Escrita Lição 8, O Início da Civilização Humana

Lição 8, O Início da Civilização Humana
1º Trimestre de 2020A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
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Lição 8, O Início da Civilização Humana
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.” (Gn 4.17)
 

VERDADE PRÁTICA
Dos muitos conflitos que vivenciamos aprendemos lições preciosas para a nossa vida espiritual e formação de nosso caráter, segundo o modelo CRISTO.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 4.1,2 O início da civilização
Terça - Gn 4.3-8 O primeiro conflito civilizacional
Quarta - Gn 4.9-15 DEUS intervém na civilização
Quinta - Gn 4.16,17 A formação da primeira cidade
Sexta - Gn 4.19-24 Iniquidade e civilização
Sábado - Dt 28.1-6 A bênção na civilização
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 4.1-16
1 - E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão. 2 - E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 - E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4 - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. 5 - Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6 - E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7 - Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. 8 - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. 9 - E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 10 - E disse DEUS: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. 11 - E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. 12 - Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e errante serás na terra. 13 - Então, disse Caim ao SENHOR: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada.
14 - Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará. 15 - O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto, qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse. 16 - E saiu Caim de diante da face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden.
 
 
OBJETIVO GERAL - Esclarecer que DEUS intervém na civilização humana.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar a origem da civilização humana;
Correlacionar civilização e conflito;
Demonstrar o DEUS que intervém na civilização.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Não estamos sozinhos no mundo. O ser humano faz parte de uma família que teve origem em DEUS. O livro do Gênesis diz: “E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (1.28a). De um casal, DEUS planejou a raça humana. A ordem divina para “Frutificar” e “Multiplicar” demandava o ensejo de constituir uma civilização humana. DEUS ordenou ao ser humano que se espalhasse pelo mundo. Hoje, segundo os dados do Banco Mundial em 2017, somos aproximadamente 7,53 bilhões de habitantes no mundo. China e Índia são os países mais populosos da Terra, respectivamente: 1,413 e 1,350 bilhões.
 
 
PONTO CENTRAL - Fundar uma sociedade que glorifique a DEUS é o que o Pai espera do homem.
 
Resumo da Lição 8, O Início da Civilização Humana
I – A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
1. Definindo a civilização.
2. O casamento como base da civilização.
3. A subsistência da civilização.
II – CIVILIZAÇÃO E CONFLITO
1. Caim e Abel.
2. A cidade de Lameque.
3. A tecnologia.
III – O DEUS QUE INTERVÉM NA CIVILIZAÇÃO
1. A intervenção na biografia de cada homem.
2. A intervenção na história da civilização.
3. JESUS CRISTO, a única esperança para a civilização humana.
 
 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A civilização humana é o conjunto de realizações espirituais, morais, sociais, materiais e econômicas da vida humana num lugar.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Os diversos conflitos marcaram a história da civilização humana.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Em CRISTO, DEUS continua a intervir na história humana.
 
 
Resumo do Pr Henrique da Lição 8, O Início da Civilização Humana
 
INTRODUÇÃOVeremos nesta lição:
1- A origem da civilização humana - definição, casamento comobase, subsistência.
2- A Civilização e o conflito - primeiro de Caim para com Abel, de Lameque para com seus conterrâneos na primeira cidade fundada na Terra, o nascimnto da tecnologia necessária para o desenvolvimento.
3- A intervenção de DEUS na civlização - na biografia do hoemem, na história e a vinda do filho de DEUS e sua influencia na civilização humana.
 
 
 
I – A ORIGEM DA CIVILIZAÇÃO HUMANA
1. Definindo a civilização.
 
Imaginemos a civilação humana sem  pecado - quão maravilhosa, inteligente, tecnológica, desenvolvida, seria.
Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11
O que é Civilização:
Civilização é o conjunto de caracteres próprios da vida social, política, econômica e cultural de um país ou região. É o ato ou efeito de civilizar (se), ou seja, de tornar (se) civil, cortês, civilizado.

Civilização é o estado de cultura social, caracterizado por um relativo progresso no domínio das ciências, da religião, da política, das artes, dos meios de expressão, das técnicas econômicas e científicas, e de um grau de refinamento dos costumes.

As civilizações foram se formando ao longo de diferentes épocas e são estudadas através da análise e interpretações dos historiadores que se utilizam de vestígios deixados pelo homem, entre eles, restos arqueológicos, monumentos, tradições e documentos escritos que são fundamentais para o conhecimento da história de uma civilização.
https://www.significados.com.br/civilizacao/
 
 
 
2. O casamento como base da civilização.
 
 A civilização humana teve início quando Adão recebeu Eva como esposa (Gn 2.18-25). A partir daí, não somente a família, mas a nação, o povo e o Estado tornaram-se possíveis (Gn caps. 5 e Gn.10.1).
Portanto, sem o casamento, cujo real modelo encontramos na Bíblia Sagrada, a civilização humana seria impossível. Aliás, até a própria Igreja de CRISTO, apresentada como a sociedade perfeita, tem, no casamento bíblico, a sua base espiritual, moral e emocional (Ef 5.22-30).

 
1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão. 2 E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4 E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. 5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6 E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7 Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. 8 E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. 9 E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 10 E disse DEUS: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. 11 E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. 12 Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e errante serás na terra. 13 Então, disse Caim ao SENHOR: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. 14 Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará. 15 O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto, qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse. 16 E saiu Caim de diante da face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden. 17 E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque. 18 E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque. 19 E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá.
20 E Ada teve a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e têm gado. 21 E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão. 22 E Zilá também teve a Tubalcaim, mestre de toda obra de cobre e de ferro; e a irmã de Tubalcaim foi Naamá. 23 E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. 24 Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete. 25 E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, DEUS me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.
26 E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do SENHOR.
 
 
ADÃO E EVA FORAM SALVOS?
- CREMOS QUE SIM. Percebemos isso nos testemunhos que Eva dá após o pecado, nos nascimentos de seus filhos Gn 4: 1. E CONHECEU Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem.
Após Caim ter matado Abel, lemos no versículo 25 o relato do nascimento de Sete:
Gn 4: 25.E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela deu à luz um filho, e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, DEUS me deu outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.
 
 
Quem criou a civilização foi DEUS.
No Jardim DEUS já vinha falando com Adão imprimindo nele Sua personalidade.
Quem instiuiu o casamento foi DEUS, dando Eva para Adão. Dai nasceu a família, a sociedade, a civilização. Os principais aspectos da civilização são: Política, artes, educação, religião, moral, saúde, segurança, pecuária, agricultura, tecnologia, etc...
 
 
HOMEM - ADÃO (Strong Português) - אדם ’adam aw-dawm’ - 1) homem, humanidade (designação da espécie humana) , 1a) homem, ser humano 1b) homem (como indivíduo), humanidade (sentido intencionado com muita freqüência no AT), 1c) Adão, o primeiro homem
 
 EVA - (Strong Português) - חוה Chavvah - Eva = “vida” ou “vivente”, 1) a primeira mulher, esposa de Adão
 
 
SUBSTITUTO DE ABEL
SETE - (Strong Português) - שת Sheth
Sete = “compensação”
1) o 3o filho de Adão com Eva
 
FILHO DE SETE
ENOS - (Strong Português) - אנוש ’Enowsh
Enos = “homem”
1) filho de Sete
 daí se começou a invocar o nome do SENHOR.
 
O que é invocar?
INVOCAR - (Strong Português) - קרא qara’
1) chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar - 1a) (Qal) - 1a1) chamar, gritar, emitir um som alto, 1a2) chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de DEUS), 1a3) proclamar
 
 
Foi através da uñião conjugal entre Adão e Eva quie a civilização passou a existir - DEUS estava presente e discipulando o casal. Havia uma norma a se submeter. Havia trabalho a fazer. Havia objetivo a cumprir. Havia vigilância a ser exercida. Havia amor, paz e união. Havia espiritualidade.
 
 
 
3. A subsistência da civilização.
O trabalho não pode ser o objetivo e ocupação total na vida de um crente salvo. A vida do crente deve ter como principal objetivo servir a DEUS e ser instrumento de DEUS na evangelização dos povos. É preciso priorizar a oração, o estudo da Bíblia, o jejum, a família, a igreja e só depois o trabalho secular.
O PAI trabalha até agora, como disse JESUS que também foi e é um trabalhador, bem como o ESPÍRITO SANTO. O homem foi criado para lavrar e guardar o jardim, bem como para ser mordomo fiel no cuidado do mundo todo. Apesar de dificultoso, devido ao pecado, o trabalho dignifica o homem.
Cada ser humano tem uma função importante na civilização humana, cada um tem sua profissão, sua aptidão. Porém, nunca se deve deixar dominar pelo salário do trabalho.
 
A Bíblia Sagrada apresenta o trabalho não como um fim em si mesmo, mas como um meio à subsistência humana (Sl 128.2; 2 Ts 3.10). Quer o homem tivesse pecado, quer não, não poderia escapar ao trabalho, pois o próprio DEUS é apresentado por JESUS como um exemplo nessa área (Gn 2.1-3; Jo 5.17). Além disso, DEUS criou Adão para governar o mundo, uma atividade que requer atenção e esforço concentrado (Gn 1.26-28).
Após a queda, o trabalho humano tornou-se um enfado, devido à enfermidade do planeta (Gn 3.19; Jo 5.7; Rm 8.19-22).
 
 
TRABALHAR - (Strong Português) עבד Ìabad
1) trabalhar, servir - 1a) (Qal), 1a1) labutar, trabalhar, fazer trabalhos, 1a2) trabalhar para outro, servir a outro com trabalho, 1a3) servir como subordinado, 1a4) servir (DEUS), 1a5) servir (com tarefa levítica)
1b) (Nifal), 1b1) ser trabalhado, ser cultivado (referindo-se ao solo), 1b2) tornar-se servo
1c) (Pual) ser trabalhado,
1d) (Hifil) , 1d1) compelir ao trabalho, fazer trabalhar, fazer servir, 1d2) fazer servir como subordinado, 1e) (Hofal) ser levado ou induzido a servir
 
 
TERRA - (Strong Português) - אדמה ’adamah
1) terra, solo - 1a) solo (em geral, lavrada, produzindo sustento), 1b) pedaço de terra, uma porção específica de terra, 1c) terra (para edificação e construção em geral), 1d) o solo como a superfície visível da terra, 1e) terra, território, país, 1f) toda terra habitada, 1g) cidade em Naftali
 
 
 
II – CIVILIZAÇÃO E CONFLITO
1. Caim e Abel.
Caim ofertou e fez culto como todo mundo faz. Muito louvor, pregação, avisos, etc... Abel fez culto de adoração, ofereceu sua própria vida (animal em seu lugar). Derramou o sangue de um animal, sangue é vida. Abel deu sua vida para DEUS.
Como o sangue desse animal prefigurava o sangue de JESUS na cruz e o sacrifício desse animal prefigurava o sacrifício de JESUS na cruz:
Pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala. Hebreus 11:4
Primeiro. todos estavam expulsos do Éden, portanto no Éden ninguém mais entrou.
Segundo. os filhos de Adão aprenderam com seu pai a adorar a DEUS.
Terceiro. Um filho era adorador e puxou para o lado bom.
Quarto. O outro filho era do maligno. Prestou culto, mas não adorou. [Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]." (1 Jo 3.11,12)]
Quem estava em Caim sabia o que era matar e instigou Caim a matar seu irmão. Ele veio para matar, roubar e destruir. Roubou a paz dos irmãos, destruiu a família de Adão, matou a semente boa de Adão, seu filho Abel.
João diz que Caim invejava Abel, pois suas obras eram más, enquanto os do seu irmão eram mais justas (1Jo 3.12), e nós Lemos em Hebreus que "pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício que Caim" (Hb 11.4).
 O sacrifício de Abel Prefigurava o sacrifício de JESUS por nós. O Sangue de Abel, perseguido por agradar a DEUS prefigurava o sangue de JESUS, perseguido por dar sua vida em favor de todos os pecadores, foi derramado por nós.
e a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24
JESUS dá testemunho de Abel, chamando-o de Justo.
para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Mateus 23:35
 
 
CAIM - (Strong Português) - קין Qayin - Caim = “possessão” n. pr. m. - 1) filho mais velho de Aão e Eva e o primeiro homicida, o qual assassinou seu irmão Abel, queneu = “ferreiros” n. pr. gentílico, 2) a tribo à qual pertencia o sogro de Moisés e que vivia na região entre o sul da Palestina e as montanhas do Sinai
 
A oferta de Caim
FRUTO - (Strong Português) - פרי p ̂eriy
1) fruto - 1a) fruto, produto (do solo)
 
 
ABEL - (Strong Português) - הבל Hebel
Abel = “fôlego”
1) segundo filho de Adão e Eva, morto por seu irmão Caim
 
 
Profissão de Abel
PASTOREAR - (Strong Português) - רעה ra Ìah
1) apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
1a) (Qal), 1a1) cuidar de, apascentar, 1a1a) pastorear, 1a1b) referindo-se ao governante, mestre (fig.), 1a1c) referindo-se ao povo como rebanho (fig.), 1a1d) pastor, aquele que cuida dos rebanhos (substantivo), 1a2) alimentar, pastar
1a2a) referindo-se a vacas, ovelhas, etc. (literal), 1a2b) referindo-se ao idólatra, a Israel como rebanho (fig.), 1b) (Hifil) pastor, pastora
 
Abel deu do melhor - Animal escolhido como o melhor de todo o rebanho - mais forte e saudável.
PRIMÍCIAS - (Strong Português) - בכורה b ̂ekowrah ou (reduzido) בכרה b ̂ekorah
1) direito do primogênito, primogenitura, direito do primeiro filho
 
 
O que é oferta?
OFERTA - (Strong Português) - מנחה minchah
1) presente, tributo, oferta, dádiva, oblação, sacrifício, oferta de carne
1a) presente, dádiva, 1b) tributo, 1c) oferta (para DEUS)
1d) oferta de cereais
 
 
Atitude de DEUS para com as ofertas de Abel e de Caim
AGRADOU-SE (Strong Português) - שעה sha Ìah
De Abel - 1) olhar para, considerar, fitar ou observar ao redor - 1a) (Qal) fitar, considerar, contemplar, observar ao redor
De Caim - 1b) (Hifil) desviar o olhar, levar a desviar o olhar - 1c) (Hitpael) olhar assombrado, olhar a redor (com ansiedade)
 
 
 
DESCENDÊNCIA DE CAIM
IRADE - (Strong Português) - עירד ÌIyrad
Irade = “fugaz”
1) filho de Enoque, neto de Caim, e pai de Meujael
 
 
MEUJAEL - (Strong Português) - מחויאל M ̂echuwya’el ou מחייאל M ̂echiyya’el
Meujael = “ferido por DEUS”
1) filho de Irade e bisneto de Caim
 
 
METUSAEL - (Strong Português) - מתושאל M ̂ethuwsha’el
Metusael = “aquele que é de DEUS”
1) filho de Meujael, 4o na descendência de Caim, e pai de Lameque
 
 
LAMEQUE - (Strong Português) - למך Lemek
Lameque = “poderoso”
1) o 5o. descendente na linhagem de Caim, marido de Ada e Zilá, pai dos filhos Jabal, Jubal, e Tubalcaim e da filha Naamá
 
ADA - (Strong Português) -עדה ÌAdah
Ada = “ornamento”
1) a primeira das 2 esposas de Lameque e mãe de Jabal e Jubal
 
ZILÁ - (Strong Português) - צלה Tsillah
Zilá = “sombra”
1) a 2a. esposa de Lameque e mãe de Tubalcaim, mestre d os artesãos em bronze e ferro
 
 
JABAL - (Strong Português) - יבל Yabal
Jabal = “ribeiro de água”
1) o filho de Lameque com Ada e irmão de Jubal; descrito como o pai daqueles que habitam em tendas e possuem gado.
 
 
JUBAL - (Strong Português) - יובל Yuwbal
Jubal = “ribeiro”
1) o filho de Lameque com Ada e o inventor de instrumentos musicais.
 
 
TUBALCAIM - (Strong Português) - תובל קין Tuwbal Qayin
Tubalcaim = “tu serás trazido de Caim”
1) filho de Lameque com sua esposa Zilá e o primeiro a trabalhar em metal
 
 
NAAMÁ - (Strong Português) - נעמה Na Ìamah
Naamá = “encanto” n pr f
1) filha de Lameque com sua esposa Zilá e irmã de Tubalcaim nos dias anteriores ao dilúvio
 
 
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Quem era a mulher de Caim ? "
Esta pergunta é, em geral, acompanhada de um ligeiro histórico sobre a tragédia que envolveu a família de Adão, histórico que em geral não está em harmonia
com o relato Bíblico.
Dizem: - "Adão teve dois filhos: Caim e Abel, Caim mata Abel e foge para uma terra distante; lá conhece uma mulher, e casa-se com ela. Com quem se
casou se não havia habitantes na Terra?"
Tal pergunta quase nunca é feita pelos que têm o bom hábito de ler a Bíblia. Mas procuremos elucidar este passo bíblico.Primeiramente ajustemos a pergunta ao relato. Não diz o texto bíblico que Caim saiu para uma terra distante, e "lá casou-se", como querem os que formulam a pergunta.
O relato diz simplesmente: - " E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden. E conheceu a sua mulher, e ela concebeu, e teve a Enoque." Gênesis: 4:16,17. A região para onde Caim se mudou era chamada terra de Node, mas isto na ocasião em que Moisés escrevia o fato, isto é, cerca de 2.500 anos depois da criação do mundo.
Mas, surpreenda-se o leitor, o mundo já poderia ter na ocasião em que Caim prostrou morto seu irmão, segundo cálculos de grandes estudiosos, quase meio
milhão de habitantes. Sabia disso? Então vejamos: Segundo boas autoridades, o assassínio de Abel ocorreu no ano 128 ou 130 da criação do mundo.
Ora, nós sabemos que além de Caim, Abel e Sete, os três primeiros filhos mencionados, Adão e Eva tiveram "filhos e filhas". Gênesis 5:4
Mas admitamos, para sermos bem liberais, que Adão não tivesse tido outros filhos além de Caim e Abel. Quantos poderiam ter sido os descendentes diretos de ambos até o ano 128, quando ocorreu a morte de Abel?
Vejamos esta opinião de Clark: ""Não é exagero supor que os primeiros filhos de
Adão tenham sido mulheres. Mas para não sermos rigorosos, vamos supor que somente aos 19 anos o filho primogênito de Adão, Caim, tenha tido uma irmã em idade de casar-se (não se espante o leitor com o fato de haverem os filhos de Adão casado com as irmãs. Até o tempo de Davi, isto ainda era comum entre todos os povos do mundo).
Casando-se aos 19 anos, no ano 128 da criação do mundo cada um dos dois filhos de Adão poderia Ter tido 8 filhos, entre homens e mulheres. Mais ou menos no ano 55, poderiam ter procedido deles cerca de 60 pessoas. No ano 80, haveria cerca de 520.
No ano 100, haveria pelo menos 4.100 pessoas. E no ano 122 esta população estaria elevada a 33.000.Mas nesta linha de descendência não estamos incluindo os outros filhos de Caim e Abel, nem os filhos dos filhos destes, mas apenas os 8 que
poderiam ter tido até o ano 128 da criação do mundo. Incluindo os outros filhos de Adão, e os descendentes destes, a população do mundo não seria inferior a 450.000 pessoas no ano em que morreu Abel, isto não incluindo mulheres de idade inferior a 17 anos, e as de mais de 45 Se, porém, levarmos em conta que no ano 128, ou 130 da morte de Abel, Adão poderia ter tido mais de uma centena de filhos, pois foi criado adulto, é fácil de imaginar o vulto da população do mundo quando Caim, o assassino, saiu "de diante da face do Senhor", indo habitar a Terra de Node, que ficava "ao oriente do Éden". Gênesis 4:16. Mas esta Segunda hipótese não deve ser considerada, porquanto Sete, o terceiro filho, nasceu aos 130 anos da vida de Adão"" - (Baseado no Comentário de Clark) Caim ao sair "de diante da face do Senhor", levou sem dúvida a esposa e filhos. A expressão "conheceu Caim a sua mulher", que produz a confusão na mente de alguns, supondo referir-se ao conhecimento de uma nova pessoa, é uma expressão muito bíblica, um delicado eufemismo para denotar a união da qual resulta uma nova vida. No caso de Caim, o verbo "conhecer" é aí empregado com o fim de chamar a atenção para o nascimento de Enoque (não confundir com o Enoque justo, que foi trasladado), de cujo descendência direta viria de Lameque, o primeiro bígamo e segundo assassino. (ver Gênesis 4:18,19, 5:22 e 30) .
 
 
Os primeiros filhos de Adão dedicaram-se à subsistência básica da civilização humana: a agricultura e a pecuária. Caim fez-se lavrador enquanto Abel, seu irmão, dedicou-se ao pastoreio (Gn 4.2). Sem ambas as atividades, a civilização torna-se inviável (Ec 5.9; 2 Cr 26.10).
Foi na convergência de ambas as atividades, que Caim, o agricultor, movido por uma inveja maligna, matou Abel, o pecuarista temente a DEUS (Gn 4.8).
 
 

 
 
2. A cidade de Lameque.
 
ENOQUE - (Strong Português) - חנוך Chanowk
Enoque = “dedicado” n pr m - filho mais velho de Caim
a cidade construída por Caim que recebeu o nome do seu filho Enoque n pr m
 
 
COMIAM, BEBIAM E DAVAM-SE EM CASAMENTO
Comiam - Pecado da Glutonaria.
Bebiam - Bebidas embriagantes.
Davam-se em Casamento - Adultérios e prostituição.
 
A CIVILIZAÇÃO HUMANA FOI FORMADA COM INFORMAÇÕES E PRÁTICAS PASSADAS DE UNS PARA OS OUTROS, DE GERAÇÃO A GERAÇÃO.
DOIS ENOQUES DIFERENTES
Também não confunda Enoque que andou com DEUS (Gn 5:23, 24), com Enoque, filho de Caim (Gn 4:18-24).
contemporaneidade entre Adão e Matusalém e entre Matusalém e Noé.
Ou seja, Noé ouviu testemunhos de Adão dados por Enos, Cainã, Maalalel, Jarede, Matusalém e Lameque.
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METUSALÉM - "homem do dardo", seu nome poderia significar, igualmente, "homem de DEUS" Metusalém conheceu todos os cabeças de famílias de Adão até Sem, Cam e Jafé. DEUS TESTEMUNHO DE ADÃO A NOÉ.
Pelo que tudo indica Matusalém pode ter morrido no Dilúvio (Dicionários Wycliffe e Champlin dizem assim), ou um pouquinho antes do dilúvio (alguns chegam a dizer 6 anos antes - ). METUSALÉM (Strong Português) מתושלח M ̂ethuwshelach
Metusalém = “homem do dardo”
1) filho de Enoque, 6º na descendência de Sete, e pai de Lameque
 
ENOQUE - (Strong Português) - חנוך Chanowk
Enoque = “dedicado” n pr m
VIVEU 365 ANOS - ANDOU COM DEUS E FOI LEVADO POR DEUS PARA ELE MESMO.
 
DOIS LAMEQUES DIFERENTES.
Nesta Lição não confunda Lameque, pai de Noé (Gn 5:25-29), com Lameque filho de Metusael, tataraneto de Caim (Gn 4:17).
 
 
3. A tecnologia.
Em contraste com os conceitos evolucionários das origens humanas, as Escrituras afirmam claramente que os primeiros homens da história tinham todos os talentos necessários para alcançar grandes realizações culturais. Caim, o filho de Adão, construiu uma cidade, e os seus descendentes imediatos viveram em cabanas, domesticaram gado, inventaram instrumentos musicais (“a harpa e o órgão”), e forjaram “toda obra de cobre e de ferro” (Gn 4.17-22). Noé tinha capacidade e ferramentas suficientes para construir uma gigantesca arca, de acordo com as especificações Divinas (Gn 6.14-16). A grande longevidade e a unidade da linguagem sem dúvida contribuíram para um rápido desenvolvimento das artes e da ciência,
Um paralelo ao crescimento da civilização foi o amadurecimento da depravação espiritual. Caim, o primeiro homem nascido de uma mulher, estabeleceu o padrão da época assassinando o seu próprio irmão, e reclamando que a punição de DEUS era injusta (Gn 4.1-15; 1 Jo 3.12). Na verdade, alguns notáveis homens de DEUS viveram durante esse período, como Abel, Enoque, Lameque e Noé; mas a raça, como um todo, afundou nas profundezas do abismo, do pecado (Gn 6.5-12; Mt 24.38; Jd 14,15). É possível interpretar Gênesis 6.1-4 em termos de raça de homens maus de grande estatura (hebr. nephilim; cf. Números 13.33) nascidos de homens que tinham se permitido ser totalmente possuídos por demônios (Jó 1.6). Com os atos de depravação tão difundidos, a paciência e a tolerância de DEUS chegaram ao fim (Gn 6.3; 1 Pe 3.20). Com exceção da família de Noé, “pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio” (2 Pe 3.6), e teve início outro capítulo da história da humanidade. J. C. W. - Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
III – O DEUS QUE INTERVÉM NA CIVILIZAÇÃO
1. A intervenção na biografia de cada homem.
Interferências de DEUS nas Biografias de Adão, Caim e Enoque (Gn 3.9; 4.6; 5.24). 
Adão foi criado por DEUS à sua imagem e semelhança e depois expulso do jardim e amaldiçoado.
Caim foi punido e amaldiçoado por DEUS.
Enoque foi levado por DEUS para o céu, sem provar a morte.
 
DEUS também recompensa aos seus servos (Hb 11.6).
é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6
para que a tua esmola seja ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. Mateus 6:4
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. Mateus 6:6
E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. Jó 42:10
 

DEUS também intervém através das autoridades por Ele constituídas (Gn 9.6; Rm 13.1-14).
Quem matasse alguiém também seria morto.
Autoridades - Se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de DEUS e vingador para castigar o que faz o mal.
Se DEUS na tivesse intervindo, os homens já teriam se destruído uns aos outros.
 
 
2. A intervenção na história da civilização.
DEUS sempre esteve no controle de tudo o que acontece na Terra.
O Dilúvio e a Torre de Babel foram intervensões diretas de DEUS na civilização de então (Gn 6.7; 11.5).
O Dilúvio exterminou todos os homens e todos os animais e aves da terra, com excessão dos que estavanm na arca.
Torre de Babel separou os homens em grupos que se espalharam por toda face da Terra.
DEUS escolheu Israel para ser uma nação diferente e dela nascer o salvador, mas também muitas vezes os deteve, amaldiçoou, corrigiou, os dispersou pelo mundo.
que humilharia também a sua descendência entre as nações e os espalharia pelas terras. Salmos 106:27
DEUS deu poder e usou Nabucodonosor para castigar Israel e os levar cativos para a Babilônia.
Ó rei! DEUS, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino, e a grandeza, e a glória, e a magnificência. Daniel 5:18
Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei da Babilônia e o amarrou com cadeias, para o levar à Babilônia. 2 Crônicas 36:6
 
 
E, desde então, vem o Senhor intervindo, na História, por intermédio de reinos e impérios, a fim de impor a sua vontade soberana aos rebeldes e apóstatas (Jr 21.7; Is 45.1,13).
Vê-se, pois, que a intervenção divina na civilização jamais foi interrompida. De Adão aos nossos dias, o Senhor sempre interveio na história humana. Doutra forma, a humanidade seria inviabilizada.
 
3. JESUS CRISTO, a única esperança para a civilização humana.
EM meados do ano passado, numa conferência de cientistas e líderes religiosos no Instituto Tecnológico de Massachusetts, E. U. A., descreveu-se o problema com que o mundo se confronta como sendo ‘quase que apocalíptico’. Não há nenhum “esquema para a sobrevivência”, advertiu Jerome R. Ravetz, professor de filosofia da Universidade de Leeds, na Inglaterra. “A escala e a complexidade dos problemas são tão grandes, que o mero intelecto humano não os vencerá.”

Então, o que se pode esperar do futuro? Um clérigo da Igreja Unida do Canadá afirmou: “Ninguém pode predizer com confiança que virão dias melhores. Ninguém sabe ao certo se a civilização vai desaparecer ou se haverá finalmente uma nova sociedade, com vida mais abundante para todos.”

Mas, é isso verdade? Não! Acontece que há Alguém que sabe o que o futuro tem em reserva, porque ele tem o poder e a sabedoria de amoldá-lo à sua vontade. Este é o nosso Criador, DEUS. Em vista da evidente incapacidade dos homens de instituírem um bom governo, não concordamos que já é tempo de escutar a ele? DEUS diz sobre si mesmo: “Aquele que desde o princípio conta o final e desde outrora as coisas que não se fizeram; Aquele que diz: ‘Meu próprio conselho ficará de pé e farei tudo o que for do meu agrado.’” (Isa. 46:10) E é do agrado de DEUS prover aos homens um bom governo. JESUS governará este mundo com vara de ferro e seu governo no milênio será perfeito. Também ELE mesmo, bem antes disso acontecer, ELE vem nos buscar no arrebatamento da Igreja para estarmos para sempre com ELE na Nova Jerusalém.
NÃO HÁ OUTRA ESPERANÇA MAIOR PARA O SER HUMANO - JESUS, O SALVADOR.
Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. João 6:47
Na Grande Comissão, somos instados a evangelizar até aos confins da Terra, pois o Evangelho de CRISTO redime tanto pessoas como povos e civilizações (Mt 28.18-20). Chegará o dia em que toda a Terra encher-se-á do conhecimento do Senhor (Is 11.2).
 
 
CONCLUSÃO
Civilização é o conjunto de caracteres próprios da vida social, política, econômica e cultural de um país ou região. É o ato ou efeito de civilizar (se), ou seja, de tornar (se) civil, cortês, civilizado. A origem da civilização humana está em DEUS, desde que criou Adão e Eva e andava no Jardim do Édem, na viração do dia, conversando com Adão. O casamento, instituído por DEUS foi a base da civilização e a subsistência da civilização se deu pelo trabalho árduo de seus membros. Desde a entrada do pecado no mundo houve conflitos na civilização. Caim invejou e odiou seu irmão Abel e o matou. Lameque, descendente de Caim assassinou por motivos banais a várias pessoas e construiu uma  cidade que seguiu seu modo ruel e violento. Embora em pecado e maldade, o ser humano possuía sabedoria dada por DEUS para desenvolever uma tecnologia capaz de fazer a civilização se desenvolver. várias vezes DEUS teve que interferir tanto na biografia de cada homem como na na história da civilização. Só  JESUS CRISTO é a única esperança para a civilização humana. Evangelizemos e façamos nossa parte na orientação da civilização humana até que sejamos arrebatados.
 
 
 
 
AJUDA DE LIÇÕES ANTIGAS e livros diversos
 
Lição 5 - Caim Era do Maligno
4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis
Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
 
 
TEXTO ÁUREO"[...] Que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]." (1 Jo 3.11,12)
 
VERDADE PRÁTICAQuem ama de verdade não se deixa dominar nem pela inveja nem pelo ódio.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 4.1-10
1 - E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão. 2 - E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 - E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4 - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. 5 - Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. 6 - E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 7 - Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. 8 - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou. 9 - E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 10 - E disse DEUS: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra.
 
 

Resumo da 
Lição 5 - Caim Era do Maligno
I - CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS
1. A semente da mulher.

2. O agricultor.
3. A apostasia de Caim.
II - O CULTO DE CAIM
1. O sacrifício rejeitado.
2. A atitude interior reprovada.
3. O pecado sempre presente.
III -CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
1. O crime.
2. O álibi.
3. A marca do crime.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top2"'E irou-se Caim fortemente' (4.5). A ira de Caim mostra quão decidido ele estava em agir por conta própria, sem se submeter a DEUS. A ira é uma emoção destruidora. Nunca poderemos nos desculpar por ter ofendido alguém dizendo: 'Tenho um temperamento agressivo'. Precisamos considerar a ira como pecado e conscientemente nos submeter à vontade de DEUS" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p 28).
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:O que levou Caim a odiar Abel? O fato da oferta de Abel ser aceita e a dele não.
Como era o culto de Caim? O culto de Caim era para satisfazer o seu ego.
Por que o ofertório de Caim foi reprovado? Porque seu coração era mau, cheio de inveja e ódio.
Que desculpa deu Caim ao Senhor? Ele afirmou estar em outro lugar quando da morte de Abel.
Quais as características da geração de Caim? Uma geração perversa e contumaz.
 
 
 
 
Comentários extras de vários autores com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique
Caim ofertou e fez culto como todo mundo faz. Muito louvor, pregação, avisos, etc... Abel fez culto de adoração, ofereceu sua própria vida (animal em seu lugar)
Como o sangue desse animal prefigurava o sangue de JESUS na cruz e o sacrifício desse animal prefigurava o sacrifício de JESUS na cruz:
Pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala. Hebreus 11:4
Primeiro. todos estavam expulsos do Éden, portanto no Éden ninguém mais entrou.
Segundo. os filhos de Adão aprenderam com seu pai a adorar a DEUS.
Terceiro. Um filho era adorador e puxou para o lado bom.
Quarto. O outro filho era do maligno. Prestou culto, nas não adorou. [Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]." (1 Jo 3.11,12)]
Quem estava em Caim sabia o que era matar e instigou Caim a matar seu irmão. Ele veio para matar, roubar e destruir. Roubou a paz dos irmãos, destruiu a família de Adão, matou a semente boa de Adão, seu filho Abel.
João diz que Caim invejava Abel, pois suas obras eram más, enquanto os do seu irmão eram mais justas (1Jo 3.12), e nós Lemos em Hebreus que "pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício que Caim" (Hb 11.4).
O SINAL DE CAIM - Será???  -   Entre neste endereço para ver gigantes na terra http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/sinal_de.htm
por Mário Renato Castanheira Fanton.
    Em Gênesis, capítulo 4 há a descrição do pecado de Caim, ou seja, aquele em que ele matou Abel, devido a aceitação de DEUS à oferta de seu irmão e rejeição da sua. Em virtude desse pecado houve uma conseqüência, qual foi: …"Agora maldito és desde a terra , que abriu sua boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão. Quando lavrares o solo, não te dará mais a sua força: fugitivo e errante serás pela terra. …O Senhor, porém lhe disse: Portanto qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse"….(Gênesis 4:11,12e15) Agora, passaremos a analisar qual seria esse sinal: Quando a Bíblia, antes de começar a falar de Noé no capítulo 6 de Gênesis, relata um fato interessante e misterioso, que, …"os filhos de DEUS viram que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não permanecerá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem, pois este é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra, e também depois, quando os filhos de DEUS conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Estes foram valentes, os homens de renome que houvera na antiguidade"…. Duas teorias tem surgido para explicar o fato supra mencionado, porém somente a segunda parece-nos coerente, o que pretenderemos mostrar a seguir: A primeira diz, serem filhos de DEUS, anjos, é isso mesmo, seres celestiais, baseados no texto de Jó 1:6. Os que assim o fazem, pensam que, porque o texto se refere a filhos de DEUS apresentando-se perante o Senhor e logo em seguida aparece também Satanás(anjo caído). Os filhos aqui nesse caso, tem que ser igual a Satanás em espécie, o que não é verdade. Porque esses não poderiam ser aqueles que já morreram e que terão que comparecer perante o tribunal de CRISTO? A Bíblia é omissa e não apresenta nenhuma margem para tal interpretação, o que torna perigoso uma análise do tipo. Esses que assim pensam, fundamentam-se também no texto de Judas 1:6 combinado com Apocalipse 9:14. (JD 1:6) "E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;" (AP 9:14) "A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates." Esses anjos, referidos nos textos mencionados, não precisam ser os mesmos de Gênesis 6, mas sim aqueles que se rebelaram juntamente com Lúcifer. Nessa rebelião, somou-se 1/3 dos anjos do céu. Todos nós sabemos que anjo é o gênero da qual existem muitas espécies(querubim, Serafim, arcanjo, etc…). Esses, referidos em Ap. 9:14, com certeza possuem diferente espécie da grande maioria, possuem graus diferentes de poder. Por isso, pelo fato de possuírem grandes poderes é que estão presos em cadeias, para que DEUS os libertando façam todo o mau previsto em Apocalipse. Mas o que derruba por terra esta teoria é o que JESUS disse a respeito de anjos nos textos de Mt 22:30; Mc12:25 e Lc 20:35. Disse que no céu, todos nós seremos iguais aos anjos, não nos casaremos, nem seremos dados em casamento, ou seja, não haverá a hipótese, dentre outras, de podermos relacionarmos sexualmente. Quanto a segunda teoria, bem mais coerente do ponto de vista Bíblico e também será um ponto de apoio de nosso estudo, fundamenta-se nos seguintes argumentos: Gênesis 4:25 descreve que Adão teve um outro filho com Eva, Sete. Este veio substituir Abel, seu irmão que houvera morrido. No versículo 26 do capítulo 4, continua a dizer que Sete teve um filho, a qual pôs o nome de Enos, e foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor. Em Atos 2:21 diz que todo aquele que invocar o Senhor será salvo. Portanto, sabemos que quem é salvo, conseqüentemente, se torna filho de DEUS. Já que é assim , esses seres mencionados em Gênesis, por analogia ao versículo de Atos, são considerados filhos de DEUS. Após o pecado de Caim e sua punição por parte de DEUS, ele se retirou da presença do Senhor e foi habitar numa terra ao Oriente do Éden, cujo o nome era Node. Lá ele teve filhos, e a partir do versículo 18 até o 24, do capítulo 4 de Gênesis, fala da descendência de Caim. Em seguida, no capítulo 5 descreve a descendência de Sete, filho de Adão, sendo que no final dessa última descrição há uma observação importante de que esse é o tempo em que os homens começaram a buscar a DEUS. O capítulo 6 inicia falando sobre o relacionamento entre os filhos dos homens e os filhos de DEUS. O interessante é que DEUS no versículo 16, capítulo 34 do livro de Êxodo diz para Moisés alertar o povo de Israel que quando eles viessem a possuir a terra prometida, seus filhos não tomassem por mulheres das suas filhas, para não se prostituírem após outros deuses. O que mais chama a atenção é que DEUS usa o mesmo termo de Gênesis 6, seus filhos(filhos de DEUS pois era povo de DEUS)e suas filhas(filhas dos homens, pois eram do mundo e adoravam outros deuses). O que vem a reforçar a idéia acima é o fato de que, após o relato inicial em Gênesis 6, o texto mostra a ira de DEUS contra a corrupção humana nos versículos 6 e 7 resultando na destruição da raça humana com o dilúvio e a salvação apenas da família de Noé, porque este era justo e temente a DEUS, não tendo se corrompido como os demais(Hb 11:7). Mas, como DEUS destruiu a todos, exceto Noé, o que aconteceu com aquele povo de Gênesis 4:26 que começara a invocar o nome do Senhor? Com certeza se corrompeu, pois se não o tivesse, DEUS os teria preservado como fez com Noé. Como se corromperam? Conforme descreve Gênesis 6:2, ou seja, tendo visto os filhos de DEUS(aqueles que invocavam o nome do Senhor) que as filhas dos homens(descendência de Caim. Pecadores que se retiraram da presença do Senhor) eram formosas e tomaram mulheres para si de todas as que escolheram. Fatos semelhantes a esse aconteceu também com: Sansão que, pelo fato de ter buscado uma mulher dentre os filisteus, Dalila, se corrompeu (Juízes 14:1 a 3. Note que nesse caso, que o vers. 1 emprega o termo: "filhas dos Filisteus". Poderia ter-se dito "gentios", mas não foi); Salomão(1 Reis 11:3). O que aconteceu com Salomão e Sansão também aconteceu com esses filhos de DEUS, expressão essa, usada apenas para diferenciar o povo de DEUS dos gentios, e não anjos como muitos, erroneamente, pensam. O que acontece no versículo 1 de Gênesis é uma justificativa do castigo previsto no versículo 3, como também, acontece nos 5 e 6. Se fossem anjos, a punição deveria vir apenas para eles e não para os homens, posto que são de maior força, podendo dominar facilmente os humanos e fazerem o que quiser, como o diabo, também, muitas vezes faz com as pessoas. Portanto, volto a afirmar que filhos dos homens são aqueles descendentes de Sete que começaram a invocar o nome do Senhor, e filhos dos homens são os descendentes de Caim que se afastaram de DEUS e começaram a pecar. Agora, passaremos a analisar o mérito do assunto. Vocês devem estar pensando, porque falar sobre Gênesis 6, sendo que o sinal está no capítulo 4. Acontece que ambos estão intimamente ligados e antes de irmos ao mérito devemos esclarecer algumas coisas preliminarmente. O versículo 4 do capítulo 6 fala que: "Havia naqueles dias gigantes na terra, e também depois, de quando os filhos de DEUS conheceram as filhas dos homens"….Por que será que há essa observação, quanto a gigantes, nessa passagem? Porque isso tem tudo a ver com o contexto, é óbvio. Repare bem, como fala o texto: "que havia naqueles dias gigantes, e também depois…".Se já havia gigantes antes da relação entre os filhos dos homens e os de DEUS, da onde teriam vindo esses, sendo que DEUS deveria também os ter criado, posto que Ele tudo criou? Qual seria a razão dessa criação diferente do ser humano normal?. DEUS não criou os gigantes a tôa, tem um objetivo, o de diferenciar uma espécie de humanos de outros. O texto acima mostra que eles já existiam na terra antes daqueles fatos descritos. Se eles já existiam foram criados, para diferenciar Caim e seus descendentes do resto da população. O sinal colocado em Caim deveria ser um que, quem o visse ficasse com medo. Todos, ao vê-lo teriam que ter medo dele, para assim, não tentar matá-lo. DEUS não iria sair avisando a todos que o homem de tais características não deveria ser morto. DEUS pôs algo em Caim que já amedrontaria a todos pela aparência, afinal o objetivo desse sinal era: (GN 4:14) "Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará."(GN 4:15) "O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.". Tanto é verdade que quando Moisés enviou espias para Canaã, eles voltaram dizendo estar cheia de pessoas de grande estatura(Nm13:33), e no versículo 31 e 32 de Números, capítulo 13, também fala que Israel não podia atacar aquele povo, pois era mais forte, como também eram de grande estatura e a terra devorava seus moradores. Fato semelhante que ilustra essa idéia é, aquele em que Golias se apresenta para guerrear contra Israel e todos ao verem o gigante, espantaram-se e temeram muito(1Sm 17:11). É evidente, portanto, que a característica de gigante era colocar medo em quem os encontrasse. Mas, todos devem estar pensando como se explica o fato de haverem gigantes na terra após a destruição dessa pelo dilúvio e preservação apenas da família de Noé. A explicação é simples. Do casamento dos filhos de DEUS(descendentes de Sete) e os filhos dos homens(descendentes de Caim), saíram os homens valentes da antiguidade. Por que a Bíblia não fala exatamente que resultou dessa união, os gigantes? Porque há que se lembrar da lei da genética. Entendemos que a Bíblia diz apenas que, DEUS transformou Caim em gigante e só. Seus filhos, poderiam ser ou não gigante, já que sua esposa era normal. Um exemplo é o de um casal que tem filhos, cujo marido é alto e a esposa baixa, há a probabilidade de a criança ser alta como o pai, ou baixa como a mãe. Assim também aconteceu com os descendentes de Caim, nem todos seus filhos e filhas eram gigantes, mas apenas alguns. Os descendentes(homens ou mulheres) que não eram gigantes, mesmo assim possuíam em seu código genético "gens" de gigantes, podendo gerar filhos que fossem, conforme a genética atual explica possibilidades semelhantes, é obvio que se referindo a outras características. É claro que DEUS ao fazer isso com Caim, não transformou apenas sua
estatura, mas também lhe deu mais força, proporcional ao seu tamanho, o que quer dizer que quem, dos seus descendentes, não fosse gigante poderia possuir a força de um. Isso explica o fato da Bíblia falar em homens valentes da antiguidade. Significa que esses, eram apenas homens de grande força, daí a diferenciação que o texto faz entre esses e aqueles. Com a destruição da raça humana no dilúvio e preservação da família de Noé, como se explica o surgimento dos gigantes na nova terra de Noé e sua família, já que Davi lutou contra o gigante Golias, e também Josué e os espias viram gigantes na terra prometida? É importante estabelecermos, preliminarmente que, as pessoas que entraram na arca com Noé eram: Noé, esposa, três filhos e três noras. Foi a partir desses que surgiram os gigantes, posto que todos o demais humanos foram destruídos. Dentre os filhos de Noé não poderia haver "gen" de gigante, já que Noé foi o único justo num mundo corrompido e com certeza se assim foi, não teria ele feito como os demais e tomado mulher para si dentre aquelas dos filhos dos homens(descendentes de Caim). Se seus filhos não possuíam o "gen" de gigante, quem possuía? Com certeza, uma das esposas dos filhos de Noé. Essa esposa certamente era a de Cão, porque se formos analisar algumas coisas chegaremos a conclusão clara disso. Vejamos: 1) No capítulo 9, versículo 20 em diante do livro de Gênesis notamos uma passagem onde o filho de Noé, Cão, tendo visto a nudez de seu pai fez algo de muito errado, que a palavra não especifica, mas na qual lhe gerou uma conseqüência muito drástica: (Gn 9:25) "E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos." (Gn 9:26) "E disse: Bendito seja o SENHOR DEUS de Sem; e seja-lhe Canaã por servo." (Gn 9:27) "Alargue DEUS a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo." Para que Cão tenha cometido tamanho pecado, com certeza a influência da convivência com sua esposa (descendente dos filhos de Caim) o tenha levado a isso. 2) Outra evidência clara é que, se formos reparar a partir do versículo 6, do capítulo 10 de Gênesis, a Bíblia começa a descrever os descendentes de Cão. O interessante, a princípio, é de se observar que um dos filhos de Cão se chama Canaã. Se vocês se lembrarem, quando DEUS chama a Abrão para ir para a terra prometida, a terra é a de Canaã(GN 12:5-"E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã."). Naquela época, quando a terra era desabitada e alguém a possuísse primeiramente, colocava-se o nome do conquistador ou de seu povo àquela terra. Exemplo claro disso encontra-se em Gênesis 4:17, onde Caim tem um filho e dá o mesmo nome da criança a uma cidade que acabara de edificar. Era costume de Caim, que passou a seus descendentes dar nome às cidades, semelhantes aos dos filhos, o que também se fez com Canaã. Ela inicialmente foi habitada pelo filho de Noé, Canaã, daí advém seu nome. E como defendemos ser a mulher de Cão uma descendente dele, nada mais óbvio, seus descendentes fazerem como faziam os ascendentes no passado. Era algo que se aprendeu com os antepassados. Mas, o que isso tem a ver com o tema em análise? Tem tudo a ver. Quando Josué foi espiar a terra prometida, a terra era a de Canaã, e lá eles avistaram os gigantes (Nm 13:28,33). Agora, como se explica o fato de haverem gigantes na terra de Canaã? Então, diante de tudo que falamos, concluímos que esses encontrados naquela região eram os descendentes de Cão, filho de Noé, cuja esposa era descendente de Caim e também, talvez, podia não ser gigante, mas carregava em seu código genético o "gen" deles. O versículo 19 do capítulo 10 de Gênesis confirma tudo que foi dito, porque fala que o termo dos cananeus foi desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Laza. A terra de Sodoma e Gomorra é exatamente a planície que os espias avistaram e percorreram, ou seja, é o local da terra prometida. 3) Se observarmos ainda na genealogia de Cão em Gênesis, capítulo 10, versículo 14, encontramos que dentre os descendentes de Cão havia Patrusim, Casluim( donde saíram os filisteus). Agora, se verificarmos em 1Sm 17:4, a Bíblia se refere a passagem onde Israel iria guerrear contra os filisteus, até que surge no meio do povo dos filisteus um gigante, Golias, este que futuramente foi morto por Davi. O interessante é que no primeiro texto mencionado há a referência à origem do povo filisteu, que advieram dentre os descendentes de Cão. Outro ponto que merece destaque é que no versículo 11 do capítulo 17 se 1Sm observamos que a reação do povo de Israel ao ver o Gigante foi de espanto e temor, exatamente o que Caim precisava para não ser morto quando alguém lhe encontrasse(Gn 4:15). Diante de todo exposto, concluímos que o sinal posto em Caim foi transformá-lo num gigante, para que todos ao vê-lo ficassem atemorizados e com medo, não tentando, dessa forma matá-lo.
Será esse o grande segredo do sinal de Caim? Analise e tire suas conclusões!
CAIM
Caim é o primeiro filho de Adão e Eva. Seu nome é derivado, de acordo com Gn 4.1, da raiz kanah, possuir, e foi dado a ele por conseqüência das palavras de sua mãe em seu nascimento: "Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR". Nenhuma conclusão séria pode ser extraída desta derivação. O livro de  Gênesis, interessado no relato da origem das diferentes ocupações do homem, diz que Caim se tornou um homem da terra, enquanto seu irmão pastor de ovelhas. Ambos ofereceram ao Senhor um sacrifício de acordo com a analogia que seria mais tarde prescrita na Lei, sobre o poder de remissão do Criador. Caim ofereceu seus frutos da terra; e Abel as "primícias do seu rebanho e da gordura deste". De acordo com alguns significados não indicados no texto sagrado, talvez, tenha sido algum tipo de alusão ao fogo que consumiu a oferta de Gideão (Jz 6.21) ou de Elias (1Rs 18.38), DEUS manifestou aos irmãos que Abel e seu sacrifício fora aceito por Ele; que, ao contrário, Ele rejeitou a oferta de Caim. Nós não falamos a respeito das razões dessa preferência. Enquanto as conjecturas do sujeito a que é mais aceita entre os comentaristas é a que foi incorporada à Septuaginta na versão do que DEUS disse a Caim no verso 7: "Se não fizeres bem, o pecado jaz à porta". Isto implica que Caim cometeu a falta de apresentar  a DEUS ofertas imperfeitas, reservando para si mesmo a melhor parte do que produziu a terra. No entanto, SANTO Agostinho, que estava sob a influência da Septuaginta, entendeu a passagem de outra maneira. Caim, nos diz ele, deu a DEUS boa parte dos seus bens, mas não deu a Ele seu coração (De Civitate Dei, XV, vii). Isto está de acordo com  a causa maior que geralmente desperta a preferência de DEUS. A seqüência da história nos mostra a disposição do coração de Caim para o mal. João diz que Caim invejava Abel, pois suas obras eram más, enquanto os do seu irmão eram mais justas (1Jo 3.12), e nós Lemos em Hebreus que "pela fé Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício que Caim" (Hb 11.4).
Caim irou-se com a rejeição divina. Nos versos 6 e 7 do capítulo 4 de Gênesis lemos a advertência e o aviso de DEUS: "Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo". O pecado é aqui representado sob a figura de uma besta selvagem rondando a porta do coração, pronta para atacar sua vítima. Caim era capaz de resistir à tentação, mas não foi, e a história bíblica continua no relato do terrível crime que nasceu do ódio e da inveja. Ele assassinou Abel. Questionado pelo Senhor onde estaria o seu irmão ele respondeu que definitivamente não sabia. Para vingar o sangue de Abel, DEUS pronunciou a sentença do primeiro homicídio. O texto no hebraico pode ser traduzido como: "E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber o sangue do teu irmão" etc., ou "maldito serás sobre a terra" etc. Esta tradução refere-se à sentença que seria dita nas palavras seguintes: "quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força", ou seja, sua produção. Por último nos é relatado que este foi banido; este afastamento seria da terra onde seus pais moravam ou estivessem, como vimos em algumas passagens apresentadas. No momento da sentença, DEUS continuou a manifestar sua presença de uma maneira especial, é falado que "saiu Caim da face do Senhor". (verso 16). A terra de exílio de Caim, para onde este seria orientado e guiado, numa vida vagante, é chamada no hebraico, a terra de Nod, e é dito que se situava ao leste do Éden. Como não sabemos onde o Éden se situava, a localização de Nod também não pode ser determinada. A punição parecia a Caim maior do que ele poderia suportar; nas suas respostas, as palavras expressavam medo de vir a ser morto; DEUS deu-lhe a promessa de proteção especial à sua vida e colocou nele um sinal. Não há indicação para nós qual a natureza deste sinal. O único evento subsequente da vida de Caim, dito pela Bíblia, é a fundação de uma cidade chamada Enoque, após ter um filho com este nome. Um bom número de autores acham que esta tradição, que faz de Caim o primeiro construtor de cidades, não é compatível com a história relatada; eles dizem que isto é melhor entendido como um relato popular da origem das tribos nômades do deserto. Se nos colocarmos no contexto do autor de Gênesis, elementos que este entendia de um modo geral, não há razão para supor que ele estava errado em escrever palavras da maneira que ele entendia como "construção" de uma cidade por Caim. Comentaristas mais conservadores estão provavelmente mais corretos ao julgarem que a "cidade" de Caim não foi notável em importância.
Extraído de The Catholic Encyclopedia, Volume III (tradução livre)
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP - CAIM E ABEL (Gênesis 4)
No capítulo 4 temos, no princípio, o primeiro nascimento ocorrido na terra e o primeiro ato de cultor espiritual. Em Caim e Abel, temos dois tipos diferentes de adoradores; um, que julga poder adorar a DEUS segundo seu próprio modo; e outro, conformando-se com o método divino. Abel aproximou-se de DEUS por meio do sacrifício de sangue, e foi aceito; Caim, aproximou-se por meio estranho, e foi rejeitado. O culto, pois, dependia do estado do coração para com DEUS. Podemos notar, de passagem, que Adão e Eva não tiveram filhos antes da queda, bem como os filhos de Noé, que, sendo casados, só tiveram filhos depois do dilúvio (10:1). O primeiro filho foi motivo de admiração e regozijo da parte do casal. Caim, que significa "Aquisição", foi uma prova de estabelecimento e validez de concerto entre DEUS, Adão e Eva. É possível que eles julgassem ter perdido o privilégio recebido, de povoar a terra, em vista do pecado cometido. As próprias palavras de Eva - "Adquiri um homem com o auxílio de Jeová" - mostram que a promessa da semente estava realizada e que por meio desta semente havia de ser esmagada a cabeça da serpente.
É possível que eles julgassem ser este rapaz quem esmagaria a cabeça da serpente e restauraria o primitivo estado de pureza. É difícil afirmar ou negar. Depois nasceu Abel, que significa "Vaidade". O período entre o nascimento de Caim e Abel parece ter sido infeliz e cheio de desapontamentos, de modo que Eva começou a encarar a vida, ainda nos pontos mais brilhantes, como simples vaidade. Realmente, o futuro a convenceria ainda mais da crueza da vida, com a morte do próprio Abel. Estes dois filhos seguiram profissões diferentes e tinham temperamentos diferentes. A humanidade dividiu-se por diferentes caminhos. Caim era agricultor, e Abel, pastor de ovelhas. Ambas as profissões eram lícitas, mas a de Abel era mais de acordo com a natureza sacrificial. Ao cabo de dias, Caim trouxe, dos frutos da terra, uma oferta a Jeová; e Abel, dos seus primogênitos, ofereceu um sacrifício. A expressão "ao cabo de dias" sugere o dia do culto, o sábado. O lugar do culto e da manifestação de DEUS parece ter sido ao Oriente do Jardim, conforme a expressão de Caim: "Eis que hoje me lanças fora da tua presença". Havia um lugar particular para DEUS ali ser adorado. É interessante perguntar quem instruiu os dois filhos de Adão a oferecerem sacrifícios. Sem que possamos responder afirmativamente, o sacrifício data da ocasião da transgressão, quando DEUS usou animais, para deles tirar as peles, a fim de cobrir Adão e Eva. É natural que daí em diante os dois primeiros habitantes da terra sentissem a contínua necessidade de comunhão com DEUS, por meio do sacrifício, e que toda a família participasse deste culto. O espírito de sacrifício como meio demonstrativo de gratidão e acesso à divindade ofendida encontra-se em todas as religiões do mundo; e no V. T., muito antes de a Lei ser dada, encontramos diversos homens, em ocasiões diversas, oferecendo sacrifícios. O sacrifício é parte da natureza religiosa do homem, pois que ele é incuravelmente religioso, como diz Bastian.
Os Dois Sacrifícios - (Gên. 4:3-7)
Os dois sacrifícios eram de natureza diferente. Um era sacrifício de sangue e era feito com os primogênitos do rebanho, conforme a lei levítica, já em prática no tempo de Adão. A carne, com a gordura, era oferecida sobre o altar, na dispensação Mosaica, e, a julgar pelo ritual a que Abel se submeteu, parece que já existia o altar naquele tempo. O culto estava bem elaborado. Na falta de sacerdote, o próprio pecador oferecia sua própria oferta. Os dois sacrifícios não somente são diversos em si mesmos e com valor profundamente diferente, mas os próprios ofertantes são dois tipos diferentes. Crê-se que Caim não podia oferecer sua oferta de manjares, sem primeiro oferecer sacrifício de sangue, para expiar seu pecado, a fim de, depois, oferecer das primícias da sua terra. Se isto foi a causa de DEUS não haver atentado para a sua oferta, é difícil dizer. Só há uma alternativa: ou a oferta não estava de acordo com o estado espiritual do ofertante, ou a oferta não foi acompanhada do espírito de adoração, e, neste caso, era uma simples formalidade. Parece que a última conjectura é a mais razoável. De qualquer forma, DEUS aceitou uma e rejeitou a outra. Os rabis têm uma tradição de que DEUS mostrou sua aprovação pela oferta de Abel fazendo vir fogo do céu e consumindo o holocausto, como no caso de Elias com os profetas de Baal. Este era, sem dúvida, um modo por que DEUS aceitava o sacrifício de sangue, muitas vezes, mas nunca aceitava desta forma a oferta de manjares. Se a tradição fosse verídica, explicaria por que Caim se irou, vendo que o fogo não consumia sua oferta, como tinha consumido a de Abel. Entretanto, é apenas uma tradição, que pode ser ou não verídica. O autor da carta aos Hebreus diz que, pela fé, Abel ofereceu melhor sacrifício do que Caim (Hb. 11:4). A rejeição da oferta parece ter sido devida ao coração de Caim. Ele não estava adorando o Criador, mas simplesmente conformando-se com o rito da família.
A ira e o ciúme abrasaram Caim, e o seu semblante caiu. DEUS pergunta-lhe por que ficou tão irado, e diz: "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?" (Não terás levantado teu semblante?) A ira de Caim não era justificável; ele não tinha sido desprezado; se procedesse bem, continuaria a gozar dos favores divinos, mas, se procedesse mal, o pecado estava à porta, como um leão pronto a lançar-se sobre a presa. A última parte do verso 7 é realmente difícil de entender: " ... para ti será seu desejo, mas tu dominarás sobre ele." Há três maneiras de interpretar esta última parte do verso.
A primeira interpretação trata do significado da palavra "pecado" (se realmente significa pecado no sentido ordinário da palavra, ou oferta pelo pecado) e afirma que a palavra aqui realmente significa pecado. (Em hebraico as palavras pecado e oferta expiatória são iguais.) A segunda interpretação é que esta palavra significa "oferta pelo pecado". Ambos os significados são amplamente justificados na Bíblia. Se, portanto, traduzirmos a palavra por "oferta pelo pecado" ou "oferta expiatória", daremos à tradução do verso o seguinte: "Se não procederes bem, a oferta pelo pecado à porta." Isto é, à porta do curral, tens animais que podem ser oferecidos, como sacrifício pelo mal que fizeres; não fiques, pois, iracundo, há um meio aceitável para ti. Em resumo, a primeira interpretação diz que, no caso de a palavra significar "pecado" literalmente, então, este pecado está à porta, como uma fera pronta a saltar sobre Caim: " ... para ti será seu desejo, mas tu dominarás sobre ele". Este pecado será constante perseguidor de Caim, mas este conseguirá vencê-lo. A segunda interpretação diz que a "oferta pelo pecado" está à porta e pode ser usada sempre que precisar. Na terceira interpretação, alguns comentadores separam a última parte do verso 7 da primeira parte, e fazem que ela se refira à primogenitura de Caim. Caim julgou ter sido repudiado por DEUS, havendo sua oferta sido rejeitada, e a conseqüência lógica seria ter sido despojado dos direitos da primogenitura. A idéia de que Abel agora passava a ser seu senhor, fez-lhe cair o semblante como reflexo do estado moral em que tinha caído, pela rejeição da oferta. DEUS, que tanto via o semblante como o coração, divisou o móvel de toda a transformação e, para consolar o irado Caim, diz-lhe (parafraseando o texto): "Se fizeres bem, continuará a haver aceitação para ti; se fizeres mal, o pecado jaz à porta (segundo a primeira interpretação) e tu sofrerás as conseqüências de teu mau procedimento, ou (conforme a segunda interpretação), a oferta pelo pecado está à porta e teu mal pode ser expiado; não obstante tua falta agora, e tua falta possível no futuro, tu continuarás a dominar sobre teu irmão." "para ti será todo o seu desejo." (de teu irmão). O verso é difícil, mas a idéia é clara. DEUS quer desviar a ira de Caim e evitar o terrível pecado que já estava começando a dominar o seu coração. Se Caim tivesse ouvido o conselho de DEUS, qualquer que seja a verdadeira interpretação, continuaria na posse dos privilégios e bênçãos da primogenitura e a dominar sobre o irmão.
A última destas três interpretações parece ser a mais razoável e tem em seu favor a opinião dos melhores "scholars" e é a que o autor aceita, de preferência. A expressão ".. para ti será todo o seu desejo e tu dominarás sobre ele" só pode referir-se a Abel e Caim, porque o pronome em ambos os lugares é masculino e não pode referir-se a pecado. Era natural a ira de Caim. Sua oferta tinha sido rejeitada, e a primeira coisa que pensou foi que tinha perdido a primogenitura. DEUS intervém e mostra-lhe que não, que ele continuaria a dominar sobre Abel e este a ser seu servo. Esta promessa, entretanto, condicionada à conduta de Caim, tendo ele se desviado pelo crime que praticou, o chefe da família, após Adão, não foi mais Caim, mas Sete que veio em lugar de Abel. Por sua atuação, o primogênito perdeu a primogenitura, que teria passado a Abel, mas como este foi morto, passou para o seu substituto, Sete. A história da raça é clara sob este ponto de vista, confirmando, destarte, esta última interpretação.
O Primeiro Homicídio
Após a cena entre DEUS, Abel e Caim, dá-se o primeiro homicídio na terra. A morte era ainda desconhecida; e foi Abel, o justo, o primeiro a prová-la. Caim tinha ficado irado contra seu irmão, e, a despeito da promessa consoladora de que ele não seria repudiado, esperou a primeira oportunidade para se ver livre de seu irmão. Abel era-lhe um estorvo, e era preciso removê-lo. Ele era incrédulo, e não tinha podido dar crédito às palavras de DEUS. Abel tinha fé, e por isso seu sacrifício foi aceitável a DEUS. Este fato é o primeiro conflito entre fé e incredulidade. A raça dividiu-se neste ponto, e está dividida até hoje. As maiores guerras têm sido guerras religiosas. A religião é um patrimônio da humanidade, e a falta dela é a causa de tantos conflitos. Daí em diante, duas linhas genealógicas podem constatar-se: a dos filhos de DEUS, os homens religiosos, os crentes, e a dos filhos dos homens.
Adão e Eva estão começando a colher os frutos da sua falta. O primogênito tornou-se criminoso e proscrito, e o filho que pensavam ser da promessa estava morto. Jeová aparece a Caim depois do crime, e pergunta-lhe por Abel. A resposta revela a perversidade de Caim: "Sou eu o guardador de meu irmão?" Outro pecado, o da mentira. Todo criminoso é mentiroso. Ele bem sabia onde estava Abel, mas achou que era melhor responder que fosse perguntar ao pai e à mãe. Ele nada tinha a ver com a conduta de quem tinha pai e mãe. Vai perguntar ao pai e à mãe, eles devem saber onde ele está. Difícil era para Caim esconder o seu crime. DEUS pergunta-lhe: que fizeste? "A voz do sangue de teu irmão clama até mim desde a terra". Não houve testemunha ocular, mas o próprio sangue do justo clamava. Há uma grande doutrina aqui. Era pelo sangue inocente que o pecador, no V.T., se reconciliava com DEUS, e foi pelo sangue da aspersão, que fala melhores coisas que o de Abel, que JESUS se tornou mediador de um novo concerto.
Jeová, supremo juiz, pronunciou a condenação de Caim e expeliu-o da sua face. É a primeira maldição descarregada sobre um homem. Quando Adão pecou, DEUS amaldiçoou a terra, mas não a ele; agora, porém, o pecado agravou-se de modo tal, a ponto de destruir a própria obra divina. A raça caminha a largos passos para a ruína. Caim não pode negar seu crime, e sua própria consciência lhe diz que a punição é maior do que se pode suportar, mas não maior do que ele merece. Considera-se indigno da presença de DEUS e, como vagabundo, sem a proteção de DEUS e do homem, será morto pelo primeiro homem que o encontrar, e para fugir à perspectiva, delibera ir para uma terra afastada, para evitar ser morto mais depressa.
DEUS, porém, dá-lhe a promessa de que não será morto e põe-lhe na testa um sinal. Duas coisas devemos notar aqui. A primeira é que a morte de Caim não expiaria seu próprio pecado. A Bíblia desconhece o costume pagão dos sacrifícios humanos. Além de outras razões, eles são incapazes de corresponder às exigências sacrificiais. A segunda é quanto ao sinal que DEUS pôs em Caim. Este sinal devia estar em lugar bem conspícuo, de modo a poder ser visto ao longe. Alguém crê que foi um sinal preto e que daqui vem a raça escura, mas isto é mera suposição. A raça preta descende de Cão (Ham), filho de Noé, e não era possível que este sinal se reproduzisse noutra pessoa que nada tinha com o crime de Caim, e muito menos que Cão fosse escuro e os demais irmãos brancos.
A questão de cores deve relacionar-se com as condições topográficas, climatéricas e ecológicas. Está, pois, para ser respondida a pergunta sobre que sinal seria esse. O autor crê que foi um sinal bem visível e intransmissível.
A Mulher de Caim
Muitos crentes neófitos têm sido confundidos com a pergunta: Quem era a mulher de Caim? E não poucos críticos têm achado nesta simples narrativa suficiente material para crer que havia duas raças diferentes, uma, descendente de Adão e Eva, e outra, que tinha evoluído dos animais inferiores. Isto é ignorar propositada ou perversamente o estilo do autor e as condições da narrativa. Nada se diz de como nem de onde se originou esta mulher, mas é certo também que Moisés nada diz dos outros filhos de Adão e nem uma só palavra das filhas, não obstante dizer que teve filhos e filhas (Gênesis 5:4). A narrativa é circunscrita à linha genealógica e, portanto, deixa de parte tanto os personagens como os incidentes de valor secundário. Adão viveu 800 anos, depois que gerou o último filho mencionado, Sete, e, certamente, devia ter muitos outros filhos, nascidos antes e depois de Sete. A raça estava já espalhada no tempo em que Caim foi banido. Por outro lado, não é nada improvável que Caim tenha levado consigo sua mulher. Repugna-nos crer que levasse sua mulher, porque, neste caso, seria sua própria irmã, mas este era, indiscutivelmente, o caso. Ela podia ser sobrinha ou mesmo descendente em grau mais adiantado, mas, no caso de ser irmã, não seria ele o único a tomar por mulher sua irmã, visto que os primeiros casamentos só foram possíveis entre irmãos. Muitos anos depois desta história, Abraão casou com uma meio irmã.
Tal prática é hoje condenável e proibida pelo código e é mesmo desnecessária. Não é, pois, preciso recorrer à existência de outra raça, visto a legitimidade naquela ocasião dos casamentos consanguíneos e a numerosidade admissível da prole adâmica. Caim, em chegando à terra de Node, conheceu sua mulher, e ela lhe deu Enoque. O verbo "conhecer" aqui tem significado conjugal e nada prova em favor da teoria de que ela desconhecia a Caim. Com o medo de ser morto, edificou uma cidade murada e deu-lhe o nome de seu filho Enoque.
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP - CAIM E ABEL (Gênesis 4)
 
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 4 - 25/01/1942 – CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA - Adalberto Arraes 
LIÇÃO 4 - CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA - GÊN. 4:1-15
Texto Áureo: — "O meu pecado é muito grande, para eu poder alcançar perdão— Gên. 4:13.
Com a expulsão do primeiro casal do jardim, se iniciava uma nova era. DEUS não os tinha abandonado, como até hoje nunca o fez, mas usava agora outros caminhos, impostos  pelo seu próprio amor, a fim de  poder assistir o homem, revelando-se a ele, pouco a pouco, até o dia em que viria o Seu  Filho, que no-lo faria conhecido, cheio de graça e de verdade.  A prole iniciada por Adão e Eva, no conhecimento  vergonhoso  da sua mudez, eles a poderiam ter conseguido na santidade  e inocência em que foram criados, obedecendo o mandato  divino (1:28). O que ora faziam com conhecimento das trevas, poderiam ter feito em luz, pois todas as coisas são  puras para aqueles que não têm maldade.  Ah! Como nós tornamos miseráveis por esse conhecimento ignominioso do pecado 1 Porém dizemos como Paulo: — Graças a DEUS que nos dá vitória por nosso Senhor JESUS CRISTO.
 
I - Iniciava-se assim a era em que os homens destituídos da lei ou mandamento obedeciam mais ou menos o seu instinto já envenenado, embora seguidos ainda pelo Criador.
II - A revelação do homem para com DEUS, antes da queda, era direta e franca.
Após o tombo, porém, outro caminho urgia ser aberto. O homem podia agora chegar-se a DEUS pela fé. A fé, que vem de DEUS, é viva e substituiu o acesso à árvore da vida, o qual fora vedado ao homem. Relação com DEUS, significa vida, e para que isso se desse, teve DEUS de dar alguma coisa em lugar da árvore vedada; deu então a Fé, já viva, fé naquele que viria (3:15). "Ao cabo de dias", provavelmente nos sábados — (J. F. and Brown) os dois irmãos vinham a DEUS com seus sacrifícios e ofertas, e aí já vemos a tendência maligna de se justificar por obras. Enquanto que Abel não se valia do sacrifício, mas sim da fé, Caim, esperava algum mérito pela oferta, pois não dedicava o seu coração a DEUS. (Heb. 11:4). Nem mesmo durante a ulterior vigência da lei, o sacrifício
tinha importância capital, mas o que valia era o sangue derramado com a reverência de quem, pela fé, dissesse contrito: "Senhor aceita este sangue em lugar do meu que devia ser derramado."
Quem se julgasse assim miserável é que poderia alcançar  misericórdia. Do contrário, são cerimônias mortas e sem aceitação na presença do Senhor (Isa. 1:13).
III - Não sabemos quais as instruções que aqueles dois irmãos receberam de se apresentarem a DEUS, mas parece (v. 5) que alguma desobediência houve.
É possível que Caim tenha desagradado, pelo fato de se apresentar com a oferta antes do sacrifício. — "O Altíssimo não aceitou o sacrifício de Caim; ninguém se pode aproximar do Altíssimo e adorá-lo, sem derramamento de sangue, mesmo sangue de Cordeiro, o qual Ele mesmo instituiu: A oferta pelo pecado  tem de vir antes da oferta de agradecimento. Podem o* entrar no SANTO dos Santos e nos apresentarmos ante o Trono da Graça somente passando através do véu rasgado — o corpo de CRISTO (Earth's Earliest Ages) -  Contudo, DEUS não abandona o pecador, mas o busca,  zeloso. O Senhor revelou a Caim que, praticando o bem, 41e  venceria o pecado que se achava próximo. Ora, como sabemos  que ninguém tem em si mesmo força sobre o pecado, obviamente  compreendemos que a vitória viria se ele praticasse a  obra da fé. Assim, pela fé, o pecado pode ser vencido.  Se o sacrifício e a  oferta forem postos nos seus lugares, DEUS será satisfeito, a fé será guardada, o homem obrará o  bem, será justificado por DEUS (pela fé obediente) e vencerá  o pecado que jaz à porta. (v. 7).  DEUS adverte sempre o homem que já uma vez O conheceu e que, aos poucos, se afasta d'Ele, pois nenhum prazer tem o Senhor na morte do ímpio.
Caim não ouviu a voz do Senhor, não voltou atrás no seu caminho e inaugurou a senda do crime. Surgiu então a bifurcação  da eternidade ante os dois primeiros irmãos na terra.  Os homens inauguraram ali duas  estradas divergentes, para  nunca mais se encontrarem. (Dan. 14:2).  Infelizmente aquele sangue não ficou isolado na terra,  mas muito sangue semelhante se tem derramado até hoje,  e ainda será derramado até o triunfo final do nosso DEUS.
Caim ficou no estado em que estão muitos, hoje. Não tinha  coragem nem sentia ânimo para clamar por perdão, mas num espírito pessimista e com os olhos fechados para a misericórdia de DEUS só exclamou: "Maior é a minha pena do que eu possa suportar." (v. 13).
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
LIÇÃO 5 - DUAS LINHAGENS.HISTÓRICAS DE ADÃO
TEXTO ÁUREO - "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios" (Ef-5,15).
VERDADE PRÁTICA - Num mundo corrompido de maldade e violência, a linha­gem do pecado está fadada ao juízo final; mas a do bem está destinada a felicidade eterna.
LEITURA EM CLASSE - Gn 4.1, 2, 8, 11, 14
E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem.
E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.
E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.

RESUMO
INTRODUÇÃO
O PECADO E A MALDIÇÃO DE CAIM
1. O primeiro crime no mundo - 2. Urna oferta rejeitada - 3. Urna maldição inevitável - 4. Caim se casa e constrói urna cidade
CONCLUSÃO
OBJETIVOS
No término desta lição, os alunos deverão ser capazes de:
. Entender que DEUS não faz distinção de pessoas e nem do que elas lhe apresentam. A oferta de Caim só foi rejeitada, porque ele não era sincero, diante do seu Criador.
. Compreender que a oferta de Abe] foi bem recebida, porque DEUS aprovou a sinceridade de seu coração.
. Concluir que toda a descendência de Caim foi perversa, pois seguiu o mal exemplo deixado por seu ancestral.
. Concordar que·a descendência de Sete era diferente, pois seguiu a piedade de seu ancestral.
SUGESTÕES PRÁTICAS:
1. Explique aos alunos que a oferta de Caim seria recebida da mesma forma como foi aceita a de Abel, se tivesse havido sinceridade em seu coração. No entanto, ele era displicente e oferecia o pior de sua lavoura, para o Criador. Por isso, foi rejeitado e, por inveja, matou o próprio irmão.
2. Fale aos alunos a respeito da linhagem de Caim. Ele, devido o crime que praticou, fugiu da presença ele seus pais e construiu urna cidade,em um local bem distante. Por não temer a DEUS, fez o que era mau aos olhos do Senhor, cujo exemplo foi seguido por todos os seus descendentes.
3. Esclareça-lhes que, por causa de sua piedade, Sete foi um bom exemplo para os seus descendentes. Por esta razão, muitos deles se des­tacaram como homens tementes a. DEUS. Podemos destacar, entre eles, Enoque, que, aos 65 anos, começou a buscar intensamente a presença do Senhor.
INTRODUÇÃO
Os capítulos 4 e 5 de Genesis são narrativas históricas e genealógicas. Moisés, seu autor, procurou desen­volver a história da humanidade, a partir de Adão e Eva, com urna descrição didática. Por este motivo, não aparecem todos os filhos do primeiro casal. São destacados apenas os nomes especiais, entre os quais, registraremos alguns, ligados as duas linhagens: a de Caim e Sete.
l. O PECADO E A MALDIÇÃO DE CAIM
1. O primeiro crime no mundo (Gn 4.3-8).
 Os dois primeiros versículos deste capítulo trazem a narra­tiva breve do nascimento dos dois primeiros filhos de Adão e Eva, os quais se chamaram Caim e Abel.
Caim e Abel aprenderam, desde cedo, a expiar suas culpas diante de DEUS e oferecer ofertas de gratidão ao Senhor, por estarem vivos (Gn 4.3,4). O primeiro ofertava o fruto da lavoura do campo, do qual tirava para a sua subsistência. O segundo não deixava por menos, ao apresentar ao Senhor o primogênito de suas ovelhas. Mas DEUS atentou mais para a oferta do mais novo. A primeira vista, parece-nos injusta a atitude divina, mas o Senhor é quem conhece e perscruta o interior das pessoas que se chegam a Ele. Abel tinha um coração sincero e voluntário, para servir a DEUS, mas Caim, ao ofere­cer sua oferta do campo, não tinha urna atitude sincera e fazia isto, por um ato meramente legalista, isto é, para obedecer aos seus pais. Encheu-se de ciúme e inveja contra seu irmão, e usou ainda da traição, para matá-lo sem compaixão. Ele se tor­nou Ó primeiro homicida da Temi (Gn 4.7).
2. Uma oferta rejeitada (Gn 4.3,5). DEUS rejeitou a oferta de Caim, porque percebeu que o coração deste filho de Adão não era verdadeiro e o seu presente tinha mais um caráter material. Seu culto tornou-se legalista, cheio de obras mortas; infrutífero, sem valor espiritual. Enquanto que a oferta de Abel foi aceita, não por ser um produto mais aceitável que o da lavoura, mas porque o segundo filho de Eva tinha urna atitude voluntária e gratificante diante do Criador. Seu coração era sincero. Seu culto, verdadeiro (Hb 11.4). O que oferecemos ao Senhor, hoje? Nossas ofertas demonstram a atitude real de nossos corações? (Sl 51.17)
3. Urna maldição inevitável (Gn 4.9-12). O poder do pecado dominou o coração de Caim, que se tornou maligno.Sob o doinínio de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem que o mesmo tivesse feito qualquer coisa que justificasse sua raiva, ele usou de engodo, ao convidá­lo a ir ao campo, para depois atacá­lo e matá-lo ((Gn 4.8). O fato de tê-lo levado, indica que o crime fora premeditado, para escapar dos olhos de seus país e, deste modo, evitar testemunhas contra o seu pecado.
Caim procurou fugir da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz boje, por não querer as­sumir seus próprios pecados. No texto de Genesis 4. 11 e 12 DEUS expressa a sua rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe: "E agora maldito és desde a terra, que abriu a sua boca para receber das tuas mãos o sangue de teu irmão".
4. Caim se casa e constrói urna cidade (Gn 4.17). Depois da maldição de DEUS sobre Caim, para que fosse um peregrino na Terra (Gn 4.16), ele saiu do convívio que tinha e procurou isolar-se o quanto pode. Mas todas as regiões já eram habitadas pelos filhos e filhas de Adão (Gn 5.4,5). Em seu caminho errante, ele encontrou urna mulher e casou-se. Daí a impertinente pergunta de muitos crentes neófitos: "Com quem casou Caim? ou: "Quem era a mulher de Caim? De onde ela surgiu ?" Ora, não é preciso criar urna polemica em torno deste assunto, visto que a resposta é facilmente encontrada no contexto histórico e genealógico de Caim. Se o texto diz que ele construiu urna cidade era porque já havia muita gente naquele lugar (seus descendentes).
CONCLUSÃO
Nesta lição, além dos aspectos históricos que aprendemos, desco­brimos que, em um mundo corrom­pido e pecador, DEUS tem urna linha­gem especial que preserva o seu nome, a Igreja de JESUS CRISTO.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. O ambiente em que vivemos influencia, negativa ou positivamente na formação de nosso caráter. Caim, após matar seu irmão, partiu para urna terra distante, e fez o que era mau aos olhos do Senhor. Por isso, influenciou, negativamente, no comportamento de seus filhos.
2. O pecado surtiu o seu efeito, imediatamente, na face da Terra. Caim não era um pecador, ao nascer, mas já tinha a tendência para o mal. Só porque DEUS recebeu o sacrifício oferecido por Abel, e não o seu, por causa de sua displicência, voltou-se contra seu irmão e o matou.
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O Assassinato e seu Resultado, 4.1-24
Um aspecto terrível do pecado é que ele não pode ser isolado nem obliterado facilmente. Executa progressivamente sua obra devastadora na sociedade, de geração em geração. O pecado de Adão e Eva não causou infortúnio apenas para suas vidas; passou de pai para filho, de época para época. A história no capítulo 4 ilustra dolorosamente este fato e as genealogias ampliam as repercussões do mal por todas as gerações.
1. O Assassinato de um Irmão Crédulo (4.1-16)Na estrutura geral, esta história é muito semelhante à anterior. Tem um cenário (4.1-5), um ato de violação (4.8), uma cena de julgamento (4.9-15) e a execução da sentença (4.16).
A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva (1) realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes, Caim e Abel (2), tinham temperamentos notavelmente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso.
Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao SENHOR (3), o primeiro incidente sacrifical registrado na Bíblia.
Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura (4) não quer dizer necessariamente que animais são superiores a plantas para propósitos sacrificais. Por que atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta (5) fica evidente à medida que a história se desenrola.
A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o “número um”.
O Senhor não estava ausente da hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. DEUS não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou Caim que ele estava em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação (7) é, literalmente, “levantamento”, e está em contraste com descaiu (6). Um olhar abatido não é companhia adequada de uma consciência pura ou de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de DEUS era levar Caim à introspecção e ao arrependimento.
Se Caim tivesse feito bem (7), com certeza DEUS o teria graciosamente recebido. Mas, e se Caim não tivesse feito bem? Esta era a verdadeira questão que Caim ignorava, pois ele lançava a culpa em Abel. A ameaça à sua vida espiritual não estava longe. O pecado estava bem do lado de fora da porta, pronto para levar Caim à ruína.
Precisamos examinar duas palavras no versículo 7. A palavra traduzida por pecado ihatfat) pode significar pecado ou oferta pelo pecado. A última opção está fora de questão, porque a presença fora da porta não parece ser útil; é sinistra. A palavra jaz (robesh) é um substantivo verbal. O problema para o tradutor é: Esta palavra serve de verbo, jaz, ou de substantivo, dando o sentido: “O pecado está de tocaia”?
Speiser destaca que o acádio, uma das origens do hebraico bíblico, tem basicamente a mesma palavra, rabishum (note que as primeiras três consoantes são as mes­mas), que significa “demônio”. Esta história bíblica vem do mesmo local geográfico; as­sim, se considerarmos que robesh é um empréstimo do acádio, a solução está à mão. 21 O texto descreve o pecado como um demônio malévolo, pronto para se lançar sobre Caim se este sair da presença de DEUS sem se arrepender. DEUS graciosamente ofereceu a Caim o poder de vencer o pecado: Sobre ele dominarás.
A última porção do versículo 7 pode ser parafraseada: “Tu deixaste o fogo da raiva arder por dentro; por conseguinte, quando tu deixares meu domicílio, o pecado te toma­rá. E melhor dominares a raiva para que a destruição não te vença”.
Mas Caim saiu da presença de DEUS e a raiva se transformou em ciúme, o qual, por sua vez, se tornou em ódio assassino junto com um plano ardiloso. No campo, um dia a ação má foi executada — Caim... matou (8) Abel deliberadamente e sem provocação.
Mas Caim não pôde evitar o SENHOR (9). Logo se desenvolveu a cena de julgamen­to. A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra (10) é vívida expressão idiomática que significa: “Tu podes tentar esquecer teu ato de violência, mas eu não posso. O que quer que aconteça com meus filhos é questão de preocupação pessoal para mim”. O privilégio de cultivar a vida vegetal foi tomado de Caim e ele foi banido para o deserto, a fim de ser fugitivo e errante (12).
A exposição do seu pecado mudou Caim. O ódio arrogante se tornou em medo covar­de misturado com autopiedade. Ele estaria suscetível do mesmo destino que desferiu ao irmão. Não pôde nem suportar o pensamento. Mas DEUS não escarneceu dele. Mais uma vez sua misericórdia suavizou o castigo. Pôs o SENHOR um sinal em Caim (15). Assim, Caim partiu para enfrentar uma vida totalmente nova, longe de DEUS. A designa­ção terra de Node (16) significa “terra de vagueação”, e não parece ser o nome de uma região específica que não seja sua direção geral para a banda do oriente do Éden.
De 4.2-9, G. B. Williamson analisa “Caim e Abel”. 1) A diferença nos homens — até entre irmãos, 2b,5b,6,8,9; 2) A diferença significativa nas suas ofertas, 3-5a (cf. Hb 11.4); 3) Eis uma revelação da bondade e severidade de DEUS, 7a.
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GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
O HOMEM SOB O PECADO E A MORTE (4:1-6:8)
4:1-15.0 assassinato de Abel.Se, por trás da serpente, era perceptível o diabo no capítulo 3, a carne e o mundo entram em consideração no presente capítulo (ver adiante coment. dos vs. 16-24). O pecado é revelado com os seus ciclos de evolução como em Tg 1:15, e no v. 7 é personificado quase que à maneira paulina (c/. Rm 7:8). Muitos pormenores acentuam a gravidade do crime de Caim e, portanto, da queda. O contexto é culto, a vítima, um irmão. E enquanto que Eva fora persuadida a pecar, Caim não aceita ser dissuadido de seu pecado nem sequer por DEUS; também não irá confessá-lo, nem aceitar o castigo.
1. A palavra conheceu (AV), neste sentido especial, mostra muito bem o nível plenamente pessoal da verdadeira união sexual, embora possa perder completamente este elevado conteúdo (cf. 19:5, AV).
Caim tem algo do som de qãnâ, “ adquirir” . Tais comentários sobre nomes são geralmente jogos de palavras, e não etimologias, revestindo um nome padrão de um sentido particular. Assim, por ex., em 17:17,19 um nome existente, Isaque (“ ria-se [DEUS]” ) foi escolhido para rememorar certo riso e a promessa que o provocou.A expressão com o auxílio do (RV, RSV, AA) é literalmente “ com” , apenas. E embora esta palavra hebraica permita outras interpretações, a de RV, RSV, AA é a mais simples. Cf. 1 Sm 14:45 (outra palavra para “ com” ). A exclamação de fé, expressa por Eva neste versículo como no v. 25, levanta a situação acima do puramente natural, para o seu verdadeiro nível (como a fé sempre faz: 1 Tm 4:45), quer esteja dando um toque no oráculo de 3:15 ou não.

GÊNESIS 4:2-7
2. O nome Abel
 é, quanto à forma, idêntico ao termo hebraico para vaidade ou simples sopro (por ex., Ec '1:2, etc.). Mas a conexão é provavelmente fortuita, desde que nada se faz com ela. Pode ser que o nome seja cognato do sumério ibil(a), do acádio ab/plu, “ filho”. Os especialistas tendem a ver nesta narrativa as rivalidades de dois modos de viver, o pastoril e o agrícola.1Vê-se tal tema no Velho Testa­ mento (ex., Jr 35:6), mas aqui o contraste de culturas desempenha papel inteiramente subordinado. DEUS tem lugar para as duas modalidades (cf. Dt 8), e há os passos estruturadores de um rico modelo nestas aptidões complementares e no procurado
entrelaçamento do trabalho e do culto. O esquema é feito em pedaços unicamente mediante o material humano, e é a exposição à verdade de DEUS que o rompe; pondo a descoberto pela primeira vez a moral antipatia da religião carnal para com a espiritual.
3-5 A oferta é um minhâ, que nas atividades humanas era uma dádiva feita para homenagem ou para aliança e, como termo ritual, po­ dia descrever ofertas de animais e, mais freqüentemente, de cereais (por ex., 1 Sm 2:17, Lv 2:1). É argumento precário afirmar que a ausência de sangue desqualificou a oferta de Caim (cf. Dt. 26:1-11); tudo que é explícito aqui é que Abel ofereceu a fina flor do seu rebanho e que o espírito de Caim era arrogante (5; cf. Pv 21:27). O Novo Testamento infere as implicações adicionais e importantes de que a vida de Caim, diversamente da de Abel, desmentia sua oferenda (1 Jo 3:12) e de que para a aceitação de Abel, sua fé foi decisiva (Hb 11:4).
6. Nos repetidos Por que...? e Se... de DEUS, Seu apelo para a razão e Seu interesse pelo pecador são assinalados tão vigorosamente como Seu interesse pela verdade (5) e pela justiça (10).
7. No Hebraico, aceito (7) é literalmente “ um exaltar” (cf. RVmg), expressão que pode indicar um semblante sorridente contrariamente a um semblante carrancudo (descaído, 6). Cf. Nm 6:26. Pode ser que o sentido seja o de que o simples olhar para o rosto de Caim o traia; mais provavelmente vai além, incluindo a promessa de restauração da parte de DEUS (cf. 40:13) sobre uma mudança de coração. O quadro do pecado ... recostando-se à porta (RSV; AA: o pecado jaz à porta), desenvolve-se na candente metáfora da domação de um animal selvagem. Assim, RSV: o seu desejo é por você (Moffatt: “ ansioso para 1 Cf., por ex., o conto-competição sumério de Dumuzi e Enkimdu, deus pastor e deus lavrador: A N ET , p. 41.2 Cf. M offatt.

GÊNESIS 4:8-15
estar em você” ), mas você tem de dominá-lo. A frase é uma adaptação de 3:16, sobre o qual lança melancólica luz.
8. RV traduz corretamente o hebraico: E Caim contou a Abel, seu irmão (cf. Êx 19:25). Se este é o verdadeiro texto (como parece que é ) , Caim mostra uma natural vacilação entre aceitar ou desafiar a censura de DEUS. Contudo, a LXX diz: ... disse a Abel ... Vamos ao campo (RSV, AA), tornando o assassínio duplamente deliberado, se estas pa­ lavras constituem de fato uma parte autêntica do texto original.
9. Onde está Abel, teu irmão? emparelha-se a “ Onde estás?” de 3:9, como a perene e completa inquirição que DEUS faz ao homem. A desumana réplica, de teor igual às evasivas respostas de 3:10ss, trai, em comparação com estas, certo endurecimento.
10. Costumamos falar de erros que “clamam” por reparação. O Novo Testamento combina com o Velho Testamento nisto, e desenvolve a metáfora (por ex., Ap 6:9,10; Lc 18:7,8) que, todavia, deve ser vista como metáfora. Em tocante contraste, o sangue de JESUS CRISTO clama pela graça (Hb 12:24).
11,12. O impenitente Caim ouve palavras mais severas do que as dirigidas a Adão, para quem a maldição foi indireta, não tendo ele ouvido: “ És... maldito” .
13,14. O protesto de Caim4 ecoa o tom ofendido de Dives5 (Lc 16:24,27,28; cf. Ap 16:11), em contraste com o reconhecimento do ladrão arrependido, de que: “ ...recebemos o castigo que os nossos atos merecem” (Lc 23:41). A última frase do v. 14: “qualquer que me achar... (RSV), dá idéia de uma população em expansão, presente ou futura. Poderia implicar também em que cada pessoa encontrada seria um parente próximo de Abel — coerentemente com o contexto. Ver, porém, a Introdução, Origens Humanas, p. 25ss.
15. O interesse de DEUS pelo inocente (10) iguala-se somente à Sua preocupação pelo pecador.
Mesmo a queixosa oração de Caim continha um germe de súplica; a promessa de DEUS, em resposta, juntamente com a sua marca ou sinal (a mesma palavra de 9:13; 17:11) — não um estigma, e, sim, um salvo-conduto — é quase uma aliança, fazendo dele virtualmente o go’el ou protetor de Caim. Cf. 2 Sm 14:14b, AV, RV, AA. É o máximo que a misericórdia pode fazer pelos que não se arrependem.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
 
 
 
Lição 6, O Impiedoso Mundo de Lameque - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis - Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Gênesis 6.1-8
1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, 2 - viram os filhos de DEUS que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 - Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. 4 - Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de DEUS entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama. 5 - E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 - Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. 7 - E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.
Resumo da Lição 6, O Impiedoso Mundo de Lameque
I - UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
1. Fartura de pão.
2. Saúde perfeita.
3. Beleza perfeita.
4. Tecnologia avançada.
II - UM MUNDO TOTALMENTE DEPRAVADO
1. Devassidão sexual.
2. Violência sem limites.
3. Resistência à graça divina.
III - UM MUNDO CONDENADO À DESTRUIÇÃO
1. A pregação de Noé.
2. Uma geração corrompida.
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top1"Lameque
1. Filho de Metusael, um descendente de Caim, que foi o primeiro polígamo, tendo se casado com Ada e Zilá (Gn 4.18-24). Seus filhos foram Jabal (pai dos que habitam em tendas e têm gado), e Jubal (pai de todos que tocam harpa e órgão), e Tubalcaim (mestre de toda a obra de cobre e de ferro). Lameque cantou para suas esposas, vangloriando-se de ter matado os homens que o feriram ou o golpearam. Essa vanglória é geralmente entendida como sendo a confiança nas armas de metal de seu filho, em oposição à confiança em DEUS. Estes filhos parecem torná-lo o pai dos nômades, músicos e artífices em metal.
2. O filho de Matusalém que, com a idade de 182 anos, se tornou o pai de Noé, e viveu até a idade de 777 anos (Gn 5.25-31). Por ocasião do nascimento de seu filho, ele expressou o desejo de que em Noé a maldição de Adão chegasse ao fim: 'Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou' (Gn 5.29). Ele está incluído na genealogia do Senhor JESUS (Lc 3.36)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1130).
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:
O que caracterizava o mundo de Lameque?Violência sem limites, devassidão sexual e resistência à graça divina.
Qual o ofício de Tubalcaim?Metalurgia, fabricação de instrumentos cortantes.
Que pecados caracterizavam os contemporâneos de Noé?Era uma geração corrompida pelo pecado e caracterizada pela depravação moral.
É possível resistir a graça divina?A graça de DEUS, ainda que perfeita e infalível, pode ser resistida.
De que forma Noé apregoava a justiça divina?Ele pregava a justiça divina com a voz e com as obras.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 40. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA - Dicionário de Referências Bíblicas, Dicionário Vine e Dicionário Teológico
 
Comentários de várias revistas e livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
Observação minhas (Pr. Luiz Henrique)
2 Lameques. 1 filho de Belial, do maligno, filho de Matuselá, outro filho de DEUS, filho de Matusalém, pai de Noé.
Filhos de DEUS, descendentes de Sete. Filhas dos homens, descendentes de Caim e Lameque.
Arca acima das águas do dilúvio, levada com Noé e sua família para cima do juízo de DEUS que estava acontecendo a todos os habitantes da Terra. Igreja levada para cima do juízo de DEUS, igreja arrebatada para o céu, acima do juízo de DEUS à Terra e seus habitantes.
Como se vê até Satanás antes era Lúcifer. O problema está em se dar lugar ao pecado. Os filhos de Caim, em sua maioria, eram pessoas que inventaram coisas boas, mas depois se desviaram para o pecados e usaram as coisas boas que inventaram para produzirem mais pecados ainda.
Sinal de Caim pode ser Cicatriz, Lepra, pode DEUS t~e-lo tornado gigante, etc... Não sabemos qual o sinal, mas este sinal livrou Caim de ser morto por qualquer que lhe encontrasse, então é sinal de livramento para qem não merecia, é graça de DEUS, mas também é juízo de DEUS a marca, pois Caim seria identificado como assassino de seu irmão por onde passasse.
PREGAR AOS ESPÍRITOS EM PRISÃO 
I Pedro 3:19-20: “No qual também foi, e pregou a espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de DEUS  esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água.” 
Os antediluvianos tiveram cento e vinte anos de Graça (Gên. 6: 3). Todo esse tempo o ESPÍRITO SANTO apelou insistentemente aos seus corações através do pregoeiro da justiça – Noé (II Pedro 2:5); e estes, rebelados, resistiram, recusaram a longanimidade de DEUS, até que a paciência divina esgotou-se e, assim, cometeram o pecado imperdoável. E, se é imperdoável, não pode haver segunda oportunidade de perdão nem mesmo vivo, quanto mais morto.
Pedro não diz que eram “espíritos desencarnados”. Informa apenas: “espíritos”. Portanto, nesta assertiva do apóstolo, o lógico e razoável é aceitar que o “espírito” é um símbolo de pessoa. Exemplo:
Meu espírito significa mim, eu.
Teu espírito significa tu, você.
Adam Clark, concluindo pela impossibilidade de se tratar de “espíritos desencarnados” diz que a frase “os espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb. 12:23) “certamente se refere a homens justos, e homens que se acham ainda na igreja militante; e o Pai dos ‘espíritos’ (Heb. 12:9) tem referência a homens ainda no corpo; e o ‘DEUS dos espíritos de toda a carne’ (Núm. 16:22; 27:16) significa homens, não em estado desencarnado.” – Clarke’s Commentary, Vol. 6, pág. 862.
Eminentes teólogos partidários da doutrina imortalista, recusam a teoria de que Pedro, neste texto, ensina a imortalidade da alma. Eis alguns: Dr. Pearson, da Igreja Anglicana, diz:
“É certo pois, que CRISTO pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé eram desobedientes, em todo o tempo em que a ‘longanimidade de DEUS esperava’ e, consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento, e é igualmente certo que Ele nunca lhes pregou depois de haverem morrido.” – Exposição do Credo, Dr. João Pearson, grifos meus.
Agora o testemunho de João Wesley:
“Por meio de que ESPÍRITO Ele pregou? – Através do ministério de Noé, aos espíritos em prisão, isto é, os homens perversos antes do dilúvio. ... Quando a longanimidade de DEUS esperava. Durante cento e vinte anos, por todo o tempo em que estava sendo preparada a arca; quando então Noé os admoestava a que fugissem da ira futura.” – Explanatory Notes Upon the New Testament, pág. 615.
Finalizando, irmão, a obra de JESUS foi a “abertura da prisão aos presos” (Luc. 4:18-21; Isa. 42:6,7 e 6; 61:1). Toda pessoa desobediente está presa ao pecado (Prov. 5:22). Pecado é a prisão de Satanás. Quem morre no pecado está irremediavelmente preso até o juízo final. Heb. 9:27.
Seguramente, os apelos ao arrependimento feito por JESUS aos homens de Seus dias, foram os mesmos veementes apelos feitos por Noé em sua época. Em outras palavras: JESUS CRISTO pregou aos antediluvianos pelo ESPÍRITO SANTO através do ministério de Noé, durante o tempo de construção da arca; 120 anos.
 
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
LINHAGEM MÁ DE CAIM
1. Lameque (Gn 4.18-24).
 No hebraico, este nome significa vigoroso. Na descendência de Caim, ele constituí a quinta geração e foi pai de muitos filhos, em cuja posteridade destacaram-se agricultores, e os que trabalhavam com metais e instrumentos musicais. Lameque se tornou o primeiro homem bígamo, pois tomou para si duas mulheres. É o tipo de casamento que DEUS nunca legitimou e nem autorizou.
2. Jabal. Dos filhos de Lameque, Jabal ficou conhecido como o pai dos construtores de tendas e criadores de gado (Gn 4.20).
3. Jubal. Este, irmão de Jabal, destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou conhecido como "o pai dos músicos"(Gn 4.21). Sem dúvida, muito contribuiu para a cultura mais bela da humanidade.
4.Tubal-Caim (Gn 4.22). Filho de Lameque e sua mulher Zilá. Há um aspecto positivo, que deve ser considerado nesta descendência cainita. Nem tudo o que faziam era mau ou ruim. No caso de Tubal­Caim, ele foi o iniciador da metalurgia, ao descobrir e trabalhar com metais.
5. Naamá. No texto de Genesis 4.22, há urna referência especial ao nome desta mulher, filha de Lameque. "Naamah", no hebraico, significa a bela, a graciosa. Ela é irmã de Tubal-Caim e é citada, de modo especial, no capítulo 4 de Genesis, pois não se mencionavam nomes de mulheres nas genealogias antigas. Esta citação não vem como um elogio, mas como urna denúncia do começo da prostituição no meio da humanidade.
A LINHAGEM PIEDOSA DE SETE
1. Como surgiu a linhagem de Sete (Gn 4.25). Há urna expressão bem comum na Bíblia, quando ela fala da formação de famílias ou geração de filhos, que é: "e ... conheceu a sua mulher". Este tipo de linguagem tem um sentido bem mais amplo do que o simples relato de um contato íntimo, pois conhecer, no ato conjugal, significa muito mais que urna simples relação sexual (que está incluída, é evidente).
2. A nova linhagem genealógica de Sete. Com o nascimento de Sete nasce, também, urna nova esperança.
3.Alguns nomes têm destaque da linhagem de Sete:
ENOS (Gn 4.26; 5.6,11). Do hebraico "ENOSH", sugere "o homem em sua fragilidade", pois, até então, na linhagem de Caim, foram a arrogância e rebeldia contra DEUS que prevaleceram.
MAALALEL (Gn 5.12). Filho de Cainã, da linhagem de Sete, e cabeça da quarta geração de Adão ( Gn 5.12-17; 1 Cr 1.2; Le 3.37). O seu nome, no hebraico, significa "louvor de DEUS ". Percebe-se que a descendência piedosa não estagnou no tempo, mas continuou a adorar ao Senhor, até os dias de Noé.
ENOQUE (Gn 5.1.8,21-24). Desde Adão até Noé, apenas dois nomes se destacaram como homens tementes ao Senhor: Enoque e Noé. O primeiro andou com DEUS 300 anos (Gn 5.22,23), após gerar Matusalém, o ser humano que mais viveu sobre a face da Terra: 965anos. "ENOQUE" significa: instruir, iniciar, dedicar.
NOÉ (Gn 5.28,29). Aparece, no capítulo 5 de Genesis, um outro Lameque, que nada tem a ver com o da linhagem de Caim. Foi ele quem gerou, dentro da descendência de Sete, a Noé, cujo nome, no hebraico, significa :aquele que consola, ou consolador.
CONCLUSÃO
Nesta lição, além dos aspectos históricos que aprendemos, descobrimos que, em um mundo corrompido e pecador, DEUS tem urna linhagem especial que preserva o seu nome, a Igreja de JESUS CRISTO.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. O ambiente em que vivemos influencia, negativa ou positivamente na formação de nosso caráter. Caim, após matar seu irmão, partiu para urna terra distante, e fez o que era mau aos olhos do Senhor. Por isso, influenciou, negativamente, no comportamento de seus filhos.
2. O pecado surtiu o seu efeito, imediatamente, na face da Terra. Caim não era um pecador, ao nascer, mas já tinha a tendência para o mal. Só porque DEUS recebeu o sacrifício oferecido por Abel, e não o seu, por causa de sua displicência, voltou-se contra seu irmão e o matou.
3. DEUS consolou Adão e Eva, ao conceder-lhes um outro filho, para ocupar o lugar de Abel, assassinado por Caim, e o chamaram de Sete. Este era temente ao Senhor e seus filhos seguiram os seus passos. Por isso, tiveram o privilégio de serem chamados "filhos de DEUS" (Gn 6.2).
 
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
GÊNESIS 4:16-24
4:16-24. A família de Caim.

Os começos da vida civilizada mostram característica potencialidade para o bem e para o mal, com as artes e ofícios que serão bênçãos para a humanidade, flanqueados por abusos (19,23,24) que serão verdadeira maldição para ela. A cultura, usada ou abusada, não oferece nenhuma redenção; a única centelha de esperança está na dádiva de DEUS e na tardia resposta do homem, registradas nos dois versículos finais do capítulo.
16. Fora na presença do Senhor que havia surgido a crise (5). A partida de Caim foi ao mesmo tempo sua sentença e sua escolha. Por um lado, temera o exílio, ser banido “ da tua presença” (14), e o vagar “ errante” , agora expresso no nome Node (“ peregrinação” ; Gesenius: “ fuga” , “ exílio” ); por outro lado, desdenhara a contrição, e agora.se dispõe a conseguir algum sucesso com a sua independência. O relato subsequente permite provar o primeiro sabor de uma sociedade autossuficiente, que constitui a essência daquilo que o Novo Testamento denomina “ o mundo”.
17. A frase inicial sugere que por esse tempo Caim já era casado, e 14,15 com 5:3 dão a impressão de que a família humana começara a multiplicar-se, a menos que no v. 14 os temores de Caim fossem apenas quanto ao futuro.
O nome Enoque (hanôk) tem parentesco com o verbo “ iniciar” . Talvez haja a idéia de um novo princípio no fato de se dar esse nome ao primeiro filho e à primeira cidade de Caim independente. No hebraico, cidade é um termo que se pode aplicar a qualquer povoação, pequena ou grande. As respectivas pretensões à fama dos dois Enoques (cf. 5:22-24) estabelecem nada bela comparação entre os dois ramos da humanidade, cujas linhagens vão até
às famílias do belicoso Lameque (4:24) e do piedoso Noé (5:32).
18. Dois dos nomes aqui, Enoque e Lameque, são usados nas duas famílias (cf. 5:18,25); as semelhanças entre outros são mais notórias no inglês do que no hebraico.
19-24. Um relato tendencioso não atribuiria nada de bom a Caim. A verdade é mais complexa: DEUS iria fazer muito uso das técnicas cainitas em favor do Seu povo, desde a própria disciplina seminômade.
 
GÊNESIS 4:25,26
(20; cf. Hb 11:9) até às artes e ofícios civilizados (porex., Êx 35:35). A frase "este foi o pai de todos os que ou dos que" reconhece o débito aos empreendimentos seculares, e nos prepara para aceitarmos o mesmo débito; pois a Bíblia não ensina em parte nenhuma que os piedosos ficariam com todos os dons. Ao mesmo tempo, a informação bíblica nos livra de exagerarmos a avaliação dessas habilidades: a família de Lameque podia impor sua direção ao meio ambiente, mas não a si própria. A tentativa de melhorar a ordenança divina sobre o casamento (19; cf. 2:24) abriu um precedente desastroso, do qual o restante de Gênesis é suficiente comentário. E a mudança do
trabalho em metais para a fabricação de armas, mudança que se seguiu logo, é igualmente nefasta. A família de Caim é um microcosmo: seu padrão de proezas técnicas e de fracasso moral é o da humanidade.
A canção de sarcástico desafio de Lameque revela o rápido progresso do pecado. Enquanto Caim havia sucumbido a ele (7), Lameque exulta nele; enquanto Caim tinha procurado proteção (14,15), Lameque olha à sua volta em atitude de provocação: a selvagem desproporção entre matar um simples rapaz (hebraico, yeled, “ criança” ) e uma simples ferida, constitui o ponto determinante da sua jactância (cf. 24). Com esta nota de bravata, a família desaparece da narrativa. Em contraste, bem pode ser que JESUS tivesse em mente essa expressão, “ setenta vezes sete” , quando falou que devemos perdoar o irmão “ até setenta vezes sete” .

4:25,26. Sete substitui a Abel.A fé revelada por Eva ao salientar a vontade de DEUS pelo nome Sete (“ designado” ) fica ainda mais evidente aqui do que no v. 1. A menção de outro descendente (AV, RV: “ outra semente” ) também parece ligar-se a 3:15.
26. Enos significa “ homem” (cf. SI 8:4,5), talvez com um matiz de ênfase em sua fragilidade.
A nota final, daí se começou... tem duplo interesse, registrando o primeiro brotar do desenvolvimento espiritual desde Abel e desde a primeira revelação do nome Yahweh (o Senhor). Em Gênesis, este é um 7 No v. 22, a tradução “ forjador” (RV, RSV) inclui mais do que o hebraico Ifftês, “ malhador” ou “ afiador” . O ferro meteórico e o cobre de minas a céu aberto eram batidos e polidos muito antes de se ouvir falar de fundição e forja. Perecíveis como esses metais são, sobreviveram alguns exemplares de ferro do terceiro milênio a. C ., e de cobre do quinto milênio, ou até antes; cf. JSA, SVIII, 1966, p. 31.

NOTA ADICIONAL: OS DESCENDENTES DE CAIMDEUS só se tornou “ conhecido” pelo nome Yahweh depois de lhe dar conteúdo na mensagem comunicada por ocasião da sarça ardente (Êx 3:13, 14; 6:3).
Elaborou-se uma argumentação no sentido de identificar os cainitas com os quenitas. Os termos hebraicos são idênticos (cf. Nm 24:21,22, RV, RSV), e o equivalente árabe significa “ ferreiro”. Há, evidência da existência, em tempos remotos, de grupos viageiros como a família descrita em Gn 4, principalmente habitantes em tendas que se mudavam de um lugar a outro como artesões e músicos. Uma famosa pintura tumular da era patriarcal em Beni Hasan mostra um grupo desses equipado de armas, instrumentos musicais e foles. Daí se sugere comumente que os fatos deste capítulo foram extraídos de memórias tribais, juntamente com uma narrativa escrita para explicar
as origens dessa existência errante, e foram postos em novo uso pelo compilador de Gênesis.Naturalmente a teoria é incompatível com a narrativa do dilúvio, que revela uma clara ruptura com as primitivas famílias mencionadas aqui, exceto mediante Noé. Tem valor, todavia, em chamar a atenção para um conhecido padrão de vida que incorpora todos os traços de Gn 4:16. O termo qayin, “ ferreiro” , seria motivo bastante para dar aos quenitas o seu nome, e, por sua vez, poderia ter-se originado do nome de Caim, exatamente como nos tempos modernos um pioneiro (por ex., Watt, Ohm, Volt) podem deixar marca permanente na terminologia do seu ofício. Podemos concluir que a sucessão cainita-quenita foi deveras real, mas em termos profissionais, não hereditários.
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Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Curiosidades Bíblicas - TRABALHAR - Substantivo - nuiaseh (rftWjD): “trabalho, obra, ação, labor, labuta, comportamento”. Este substantivo é usado 235 vezes no hebraico bíblico. Lameque, pai de Noé, expressando sua esperança por um mundo novo, usou o substantivo pela primeira vez no Antigo Testamento: “E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou” (Gn 5.29). A palavra está espalhada ao longo do Antigo Testamento e em todos os tipos de literatura.
O significado básico de nuiaseli é “trabalho”. Lameque usou a palavra para significar o trabalho agrícola (Gn 5.29).
 
VINGAR - nãqam (□?:): “vingar, tomar vingança, castigar”. Esta raiz e seus derivados ocorrem 87 vezes no Antigo Testamento, com muita freqüência no Pentateuco, Isaías e Jeremias; ocorre ocasionalmente nos livros históricos e nos Salmos. A raiz também ocorre no aramaico, assírio, árabe, etiópico e hebraico recente.
A canção da espada de Lameque é um desafio depreciativo aos seus companheiros e um descarado ataque à justiça de DEUS: “Porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado', mas Lameque, setenta vezes sete” (Gn 4.23,24).
O Senhor reserva a vingança como esfera de Sua ação: “Minha é a vingança e a recompensa, [...] porque [Ele] vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança” (Dt 32.35,43). A lei proibia a vingança pessoal: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.18).
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Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
LIÇÃO 5 — 1 D E FEVEREIRO - CORRUPÇÃO E CASTIGO
GÊN. 6:5-8-13-14; 7:1-4, 17-23
Texto Áureo: — "Disse DEUS: Hei resolvido dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia de violência dos homens* — Gên. 6:13.
RESUMO DA LIÇÃO
I — "Os dias de Noé" ~ 6:5-6, 13.
II — A corrupção traz o castigo — 6:7, 17-18.
III — A salvaguarda dos que andam na fé e na obediência — 6:8, 14 7:1-4.
IV — Aspectos do dilúvio — 7:19-23.
 
I — "Os dias de Noé" ~ 6:5-6, 13.
O estado da terra nos dias de Noé, era de avançada corrupção. A iniquidade era múltipla entre os homens. Embora não caiba neste ligeiro comentário uma referência ampla às profundas lições de Gên. 6:1-5, contudo, para podermos ver alguma coisa do estado da terra daquela época, somos forçados a considerar que:
1) o homem havia sido criado à semelhança de DEUS; 2) vivia na situação de decaído; 3) não tinha lei nem temor algum 4) sofrera uma transformação constitucional no seu corpo. Diz a escola transformista que o homem é o resultado do aperfeiçoamento de outros animais, como o macaco, mandris, etc., mas nós vemos exatamente o contrário: o homem é a degenerescência da imagem de DEUS, em qual a fora criado. O verso 3 do cap* 6 de Gên. nos revela que o homem teve a sua vida limitada e se tornou carne por causa do pecado: "Então disse Jeová:. . . por causa do seu errar é ele carne". Alguém perguntará:^ "Mas o homem, então, não era carne?" Sim, mas que espécie de carne, não o sabemos. Paulo diz que há corpos com muita glória e os há com pouca ou até sem nenhuma. Nem toda a carne é uma mesma carne." (Comp. I Cor. 15:39-40). Antes, porém, que DEUS destruísse todas as vidas pelo dilúvio, teve o cuidado de limitar a existência do homem. DEUS não ignorava que viriam ser necessárias novas destruições, como a de Sodoma Gomorra e ainda a que virá no dia do Filho do Homem. O homem daqueles dias reflete bem a situação de alguém que sendo espiritual vai aos poucos se transformando carnal por causa do pecado até atingir o estado de não mais aceitar, em absoluto, as coisas do ESPÍRITO: É carne e nada mais; sua vida, que era eterna, passou a ser finita.
II — A corrupção traz o castigo — 6:7, 17-18.
Ha uma lei natural que confirma e aponta claramente a oportunidade da* destruição devido à corrupção. Vemos isso sempre. Todo indivíduo que age contra os desígnios da natureza acaba sofrendo algum abalo no seu físico desobediente; seja o tabagista, o ébrio ou o homem dado às devassidões, todos mostram no seu aspecto "destruído" a sua vida "completa". Além dessa decomposição pelo desequilíbrio das leis naturais, há, ainda, uma operação importante, o ESPÍRITO de DEUS que se entristece e castiga. DEUS é bom mas é também severo. Rom. 11:22. Até na maneira do Senhor falar (6:13) nos impressiona o motivo do castigo: "O fim da carne é vindo perante a minha face". E não: — "A minha face será voltada para dar fim à carne Os acusadores de DEUS, filhos do grande Acusador (Gên. 3:5), sabem sempre lembrar que DEUS destruiu a terra, mas escondem a sua própria maldade, provocadora da mesma destruição. "A tua malícia te castigará", (diz Jeremias — 2:19).
III — A salvaguarda dos que andam na fé e na obediência — 6:8, 14 7:1-4.
Muitas pessoas julgam que o Senhor não será capaz de cuidar duma única pessoa fiel, dentre uma completa geração perversa. Mero engano. Suponhamos que um homem de negócios, inteligente e zeloso, resolvesse fechar todas as empresas que lhe dessem prejuízo. Certamente ele não cerraria as portas e um estabelecimento que lhe desse bons lucros. Ora se um homem imperfeito sabe agir dessa forma, quanto mais DEUS que é perfeito e nos tem por mais precioso que os negócios humanos. JESUS disse que como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem"; logo, temos que descobrir em Noé o que agradava a DEUS, a fim de podermos conferir a nossa vida. Se ele foi preservado da destruição, nós também queremos ser. Noé teve fé (sem a qual é impossível agradar a DEUS — Hebr. 11:6), e mostrou zelosa obediência, pois fez tudo o que o Senhor mandara (obediência é melhor do que sacrifício). Aquele que, na presente dispensação guarda estes pontos como fez Noé, certamente, já pode ouvir: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre o mundo (Apo« 3:10). Era preciso fé e fidelidade para estar um homem construindo no seco uma arca" que se' destinava a navegar. Contudo, se alguém zombasse de Noé ou procurasse persuadi-lo, ele podia usar um forte argumento: "DEUS me falou e vocês, que não crêem, são os pecadores condenados por esta arca' (Heb. 11:7). Hoje ainda se dá o mesmo. Dizem-nos: "Vocês são fanáticos venham para o mundo; há tantos prazeres; gozemos a vida, pois daqui nada se leva. Mas nós temos o mesmo argumento: "DEUS nos falou por seu Filho conhecemos a sua voz e dele somos conhecidos, JESUS é a arca posta para salvar, mas a sua palavra julgará o mundo. A graça salva; a verdade julga. (João 12:47-48).
IV — Aspectos do dilúvio — 7:19-23.
O dilúvio foi total, isto é, as águas cobriram todo o globo terrestre. Ha pessoas que procuram negar isso, mas a Escritura o afirma de duas maneiras: direta e indireta, ou racional. A afirmação direta está no vers. 6:19-20 onde diz que as águas cobriram e prevaleceram sobre os mais altos montes da terra. A afirmação indireta é o que se deduz racionalmente, se a, arca ao baixar das águas pousou nos montes de Arará. Tendo esse monte mais de 5.200 metros de altura e sendo o ponto culminante da Arábia, num dilúvio parcial a arca nunca poderia pousar sobre ele, mas desceria fatalmente. Na primeira lição do trimestre, falamos ligeiramente numa destruição sofrida pela terra e que a tornou sem forma e vazia e, segundo se apreende do texto, também foi por água. (Gên. 1:2). Em ambos os casos, após o cataclismo, o homem tinha diante de si a terra refeita, enxuta e apta para produzir. E assim como DEUS fez o pacto com Adão, entregando-lhe a terra, também o fez com Noé, no mesmo sentido. Mas, infelizmente, havia não somente descendentes de Sete sobre a terra, mas ali se achavam também os filhos de Caim, os quais estão até hoje buscando uma nova destruição que, certamente, não tardará.
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
 
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Depois do relato introdutório da criação, o livro se concentra fundamentalmente em homens importantes e seus descendentes. Estes homens são Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. Personagens de menor importância relacionados a estes indivíduos notáveis são tratados pelo simples alistamento de suas genealogias.
Em Gênesis, há um movimento sequencial que passa do universal para o específico. A história da criação do universo concentra a atenção em Adão e sua esposa Eva; depois se estende para traçar de modo incompleto o aumento dos seus descendentes pelas linhagens de Caim e de Sete. Tendo descrito vigorosamente a corrupção destes povos em 6.1-4, o relato anuncia a decisão do Todo-poderoso em puni-los por meio de um grandioso dilúvio, mas, ao mesmo tempo, salvar um remanescente dando proteção a Noé e sua família numa arca. Os descendentes de Noé também são apresentados no aumento numérico e na expansão via migração através de uma lista genealógica. Abraão vem em primeiro plano.
Geograficamente, os primeiros onze capítulos são direcionados ao vale mesopotâmico.
 
Uma comparação das genealogias em ambos os Testamentos logo deixa claro várias características. São genealogias altamente seletivas e não alistam necessariamente toda geração. Um estudo de “pai” e “filho”, que só pode ser feito adequadamente em hebraico, revela que estes termos podem ser aplicados, respectivamente, a qualquer antepassado ou a qualquer descendente. O papel das genealogias na Bíblia nem sempre é fornecer uma cronologia histórica; sua função varia de lugar para lugar.
É interessante observar um ponto de comparação entre a linhagem de Caim e a linhagem de Sete. O sétimo depois de Caim foi Lameque, que era o epítome da hostilidade furiosa, embora seus três filhos fossem gênios criativos. O sétimo na linhagem de Sete foi o piedoso Enoque, que DEUS para si... tomou. Noé, o décimo na linhagem de Sete, e seus três filhos começaram uma nova população depois do dilúvio.
Não há modo fácil de explicar a longa extensão de vida atribuída aos patriarcas relacionados no capítulo 5. A vida mais longa é de Matusalém, 969 anos. Estudiosos conservadores tomam uma de duas possíveis interpretações. Alguns (notavelmente John Davis, na sua obra muito consultada Dicionário da Bíblia, e mais recentemente Bernard Ramm) sugerem que os nomes representam o homem individual e o seu clã. Um paralelo bíblico é encontrado em Atos 7.16, onde o nome “Abraão” se refere à sua família ou clã, visto que o procedimento informado ocorreu depois da morte do patriarca. Outros destacam que nos primórdios da raça, antes que o pecado prolongado e persistente reduzisse a vitalidade humana e as doenças se desenvolvessem ao ponto em que estão hoje, idade avançada e vigor longo eram bem possíveis.
A Grande Apostasia (6.1-8)
As genealogias de Caim e de Sete são coroadas por uma história, que é veemente em sua acusação. Extensa controvérsia ainda gira em torno desta passagem.
Um aspecto do problema centraliza-se no significado da frase "os filhos de DEUS". Pela razão de esta frase aparecer em Jó 1.6; 2.1; 38.7 e Daniel 3.25 como designação a seres divinos ou anjos, argumenta-se que os anjos caídos vieram à terra e se casaram com mulheres (cf. SI 29.1; 89.6, onde “poderosos” e “filhos dos poderosos” aludem a DEUS). Contudo, em nenhuma parte das Escrituras há a descrição de seres divinos corrompendo o gênero humano. Eles sempre são benéficos em suas relações com o homem. JESUS foi claro em declarar que os que serão ressuscitados “nem casam, nem são dados em casamento; mas serão como os anjos no céu” (Mt 22.30). Por conseguinte, esta visão é contrária ao teor geral da Bíblia.
A presença muito difundida de histórias mitológicas entre os antigos pagãos, remontando aos hurritas (1500-1400 a. C) e descrevendo deuses e deusas da natureza engajados em relações ilícitas entre si, levam alguns a advogar que esta passagem é um conto mitológico. Contudo, admite-se prontamente que mitologia erótica não aparece em outros lugares na Bíblia. Por isso, os estudiosos concluíram que o escritor de Gênesis alterou um conto mitológico e, com um jeito envergonhado, o apresentou como justificação para o julgamento de DEUS que logo viria.
Outro ponto de vista popular é que os filhos de DEUS eram descendentes de Sete. De importância aqui é a palavra DEUS (ha’elohim), que em outros lugares no Antigo Testamento significa “o único DEUS verdadeiro” e, assim, o distingue das deidades pagãs. Este ponto de vista parece tornar impossível a teoria mitológica.
Na verdade, não se pode discutir que o conceito de uma relação filial entre DEUS e seus adoradores seja estranho ao Antigo Testamento. Esta questão não se apoia em uma frase precisa; apoia-se em um conceito. Em referência ao verdadeiro DEUS há uma declaração em Deuteronômio 32.5, que diz: “Seus filhos eles não são, e a sua mancha é deles” (hb., banaw, “filhos dele”). Também em referência a DEUS, o salmista (SI 73.15) disse: “Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos” (hb., banayka, “teus filhos”). E certo que nestes contextos “seus filhos” e “teus filhos” são equivalentes a filhos de DEUS. E de forma mais clara, Oséias (Os 1.10) disse acerca de Israel: “Se lhes dirá: Vós sois filhos do DEUS [’el hay] vivo”. No pensamento do Antigo Testamento, he’elohim e ’el hay quase não poderiam ter sido dois deuses distintos. Repare também em Oséias 11.1 a frase “meu filho”, que se remonta ao Senhor.
No Novo Testamento, a expressão “filhos de DEUS” ocorre em referência a seres humanos em João 1.12; Romanos 8.14; Filipenses 2.15; 1 João 3.1 e Apocalipse 21.7. Estas passagens do Novo Testamento não são extraídas do paganismo, mas estão solidamente baseadas no conceito do Antigo Testamento mencionado acima.
A conclusão de que os adoradores do Senhor (4.26) da linhagem de Sete também eram os filhos de DEUS preenche de maneira natural a lacuna entre as genealogias e o dilúvio. Estes homens não escolheram suas esposas com base na fé, mas por impulso, sem consideração pela formação religiosa. Seguiu-se corrupção após esta vida devassa e DEUS reagiu com ira divina.
A palavra hebraica traduzida por contenderá (3, yadon) tem vários significados. A formação verbal pode aludir a raízes que significam “permanecer, ser humilhado” ou, remetendo-se ao acádio, “proteger, servir de proteção”. Contender, trabalhar, esforçar-se ou proteger se ajustam bem ao contexto. O homem não devia sentir-se mimado, porque ele também é carne. Ele foi posto em provação por cento e vinte anos.
Em 6.3, há o pensamento interessante “Não para Sempre”. 1) O ESPÍRITO de DEUS contende com o homem; 2) O ESPÍRITO nem sempre contenderá; 3) O homem pode achar graça aos olhos do Senhor, 8 (G. B. Williamson).
A tradução gigantes (4, nefilim) remonta à Septuaginta. O contexto do outro exemplo onde a palavra aparece (Nm 13.33) sugere estatura incomum. Literalmente, o termo nefilim significa “os caídos ou aqueles que caem sobre [atacam] os outros”. Em todo caso, eram indivíduos malévolos. Eles precederam e coexistiram com o ajuntamento dos filhos de DEUS e das filhas dos homens. Nada no texto apoia a idéia de que eles eram descendentes deste ajuntamento que os rivalizavam como varões de fama, ou seja, homens de notoriedade e renome.
A reação de DEUS aos assuntos da sociedade humana aumentava de intensidade à medida que a corrupção pecaminosa se tornava dominante em escala universal. A degradação do homem estava interiormente completa, era só má continuamente (5).
A frase arrependeu-se o SENHOR (6), e outras semelhantes (ver Ex 32.14; 1 Sm 15.11; Jr 18.7,8; 26.3,13,19; Jn 3.10), incomoda muitos estudiosos da Bíblia. O conceito comum de arrependimento está relacionado com afastar-se de atos imorais. Assim, uma mudança de direção, de caráter e de propósito é inerente no ato. Duas passagens no Antigo Testamento asseveram definitivamente que DEUS não mente e se arrepende como o homem (Nm 23.19; 1 Sm 15.29). Um estudo das passagens relacionadas acima mostra que arrependimento divino não brota da tristeza por más ações feitas. As mudanças na relação do homem com DEUS resultam em mudanças nos procedimentos de DEUS com o homem. Quando o homem se afasta de DEUS para o pecado, DEUS muda a relação de comunhão para uma relação de repreensão julgadora. Quando o homem se afasta do pecado para DEUS, este estabelece uma nova relação de comunhão. Este é o arrependimento divino. Em nosso texto (6), DEUS muda de comunhão para julgamento.
As mudanças de relacionamento que DEUS executa nunca são descritas no Antigo Testamento como algo impessoal ou passivo. DEUS sempre está profundamente envolvido. Visto que a mudança de relação é pessoal, que melhores termos humanos se usariam do que expressões profundamente emocionais? Assim, pesou a DEUS em seu coração. Quando o homem peca, DEUS julga; mas Ele também sofre intensamente.
DEUS não se gloriou no ato de julgamento implementado a seguir. Toda palavra do pronunciamento está imbuída de agonia. Que criei (7) sugere “Todos os produtos da minha criatividade amorosa devem ser destruídos, exceto um”. Só um homem era adorador de DEUS: Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR (8).
De 6.5-8, G. B. Williamson analisa “O Dilúvio”. 1) O julgamento pelo pecado é inevitável, 5-7; 2) A justiça é indestrutível, 8; 3) A fidelidade de DEUS aos homens que confiam e obedecem é inalterável, 8.
A Corrupção Universal e Seu Resultado, 6.9—11.26
Um indivíduo se destaca novamente como objeto principal da preocupação de DEUS. Depois de livrar Noé e sua família do “dia da destruição”, DEUS estabeleceu uma relação de concerto com eles. Mas as promessas de guardar o concerto ainda estavam soando quando entrou a profanação para turvar o relacionamento, e as coisas não melhoraram com o aumento e difusão da posteridade por toda a terra. Parece ser triste repetição de uma velha história.
As Façanhas do Justo Noé (6.9—9.17)
Embora esta história seja popularmente conhecida como “A História do Dilúvio”, há poucos detalhes sobre o dilúvio em si. O foco principal está nas relações de DEUS com o gênero humano, sobretudo com aqueles com quem Ele escolhe tratar diretamente, e nas respostas que dão às afirmações que Ele faz acerca deles. Noé é o personagem proeminente da história e sua obediência é de importância para o ato de salvação de DEUS e não apenas para julgamento.
A seqüência da história é composta de cenário (6.9-12), uma série de ordens (6.13— 7.5), a execução do julgamento (7.6-24), a dilatação da misericórdia (8.1-22) e um concerto (9.1-17).
a) Um Justo em um Mundo Corrupto (6.9-12). Imediatamente, Noé (9) é definido como indivíduo incomum, embora as características associadas a ele não sejam incomuns entre os homens de DEUS no Antigo e Novo Testamento. Ele era justo (tsadik), ou seja, vivia de acordo com um padrão, marcando a vida com obediência a DEUS e interesse pelo gênero humano. Ele era reto (tamim), isto é, era indiviso em sua lealdade, orientada em direção a uma meta definida e motivado por paixão controladora. Como Enoque (5.24), Noé andava com DEUS, ou seja, desfrutava de comunhão ininterrupta e íntima com DEUS. Este andar infundia as características anteriormente mencionadas com uma ternura e profundidade de relação interpessoal com DEUS que transcende a religião formal.
A condição moral da geração de Noé não só se contrasta com a vida de Noé, mas elucida os termos que a descrevem. A corrupção do povo se destacava como o oposto da justiça de Noé. Noé exibia fidelidade e conformidade à vontade de DEUS; o povo não. A autenticidade de Noé, sua qualidade de vida sadia (tamim) era radicalmente diferente da violência (11, chamas) que permeava a sociedade dos seus dias. Uma comparação dos versículos 11 e 12 com o versículo 5 indica que esta violência era interior, severamente contaminada com imaginações imorais e tendências corruptas.
A declaração "viu DEUS" (12), não significa que Ele precisou de informação, mas que a situação na terra era de sua grande preocupação e exigia sério exame. Note significados semelhantes desta frase em 30.1,9 e 50.15. Em cada caso, uma avaliação da situação resultou em decisão e, depois, em ação.
b) O Julgamento de DEUS sobre a Raça Humana (6.13—7.5). Apalavra divina: O fim de toda carne é vindo perante a minha face (13), ressoou como toque de morte pela consciência de Noé. O fato de a terra estar cheia de violência não podia continuar sem controle. DEUS tomou a decisão e estava pronto para passar à ação. A falta de lei do povo estava desenfreada, assim a punição tinha de ser drástica. O gênero humano e sua casa, a terra, seriam destruídos. Aterra foi destruída no sentido de deixar de sustentar vida no decorrer da duração do dilúvio.
O julgamento não devia ser privado da oportunidade de salvação. Noé recebeu orientações específicas. Ele tinha de tomar madeira de gofer (14) e construir uma estrutura grande e semelhante a uma caixa. Não se sabe como era realmente a madeira de gofer, mas o betume era material asfáltico razoavelmente comum no vale mesopotâmico. Aceitando-se o côvado de aproximadamente 45 centímetros de comprimento, a arca teria cerca de 137 metros de comprimento, 22 metros de largura e 13 metros de altura. A ventilação era fornecida por uma janela (16) ou abertura de luz, que pode ter sido espaçada ao redor da extremidade do topo. Quanto à questão dos detalhes construtivos, o texto diz pouco. Uma porta estava do lado da arca, mas não há indicação de qual era a relação da porta com os três níveis da arca.
Um dilúvio de águas (17) foi o expediente do julgamento, mas um pacto (18) seria estabelecido com Noé (ver 9.9-17). Esta é a primeira vez que a palavra pacto (ou concerto) aparece no Antigo Testamento. Em passagens posteriores é o modo preferido de descrever a relação pessoal entre DEUS e as pessoas com quem Ele escolheu ter uma relação especial. Neste caso, Noé e sua família imediata, inclusive noras, foram os poucos escolhidos. Neste ponto, a relação de concerto era apenas uma promessa.
Em seguida, o Senhor informou a Noé que ele tinha de colocar casais de pássaros e animais na arca. A frase conforme a sua espécie (20), também encontrada em 1.21,24,25 em referência aos animais, é vaga no que tange às pretensas classificações de animais. Só os grupos gerais são especificamente mencionados: aves (20, of), animais (behemah) e réptil {remes). Atualmente, as “espécies” de animais são de aproximadamente um milhão. Seria erro presumir que o povo de antigamente pensasse em espécies de animais no mesmo sentido. O conceito pode estar mais próximo aos termos “classes, ordens, famílias ou gêneros”, mas hoje não há meio de determinar a questão. A arca também foi abastecida com comida (21).
Ainda que a palavra de DEUS fosse incomum, Noé seguiu obedientemente as instruções. Em Hebreus 11.7, há a observação de que Noé “temeu” quando obedeceu a DEUS. Pedro o chamou “pregoeiro da justiça” (2 Pe 2.5).
De 6.9-22, Alexander Maclaren pregou sobre “O SANTO entre Pecadores”. 1) O SANTO solitário, 9-11; 2) A apostasia universal, 11,12; 3) A dura sentença, 13; 4) A obediência exata de Noé, 22; 5) A defesa da fé, 7.21-23.
Depois que a arca estava pronta, o SENHOR (7.1) apareceu a Noé outra vez. Ele foi elogiado por sua obediência identificada pela palavra justo. O que Noé fez contou com a aprovação de DEUS.
A lista dos animais que entram na arca faz distinção entre animal limpo (2) e animais que não são limpos. Os animais limpos, em sentido ritualista, foram privilegiados para entrar sete e sete. Se o significado é sete pares ou três pares mais um indivíduo extra não está claro. Dos animais não limpos só um par de cada um foi permitido. Não é feita classificação entre aves (3) imundas e limpas, mas também tinham de entrar sete e sete. Noé teve sete dias (4) para carregar a arca antes do início do julgamento. Este viria na forma de um dilúvio que destruiria o homem e os animais. Noé obedeceu prontamente à mensagem de DEUS em todos os detalhes.
c) O Dilúvio (7.6-24). Na época desta catástrofe, era Noé da idade de seiscentos anos (6). A descrição da entrada na arca é de um evento tranquilo e ordeiro, que se deu do modo como DEUS ordenou que fosse feito. De acordo com o tempo estabelecido, vieram as águas do dilúvio (10).
A segunda anotação cronológica menciona o mês e o dia quando irrompeu o dilúvio.
A fonte das águas era dupla: jorraram de baixo, do grande abismo (11), e se derramaram de cima, pelas janelas do céu. Esta brevidade de descrição ocasiona uma avalanche de conjecturas relativas ao significado destes termos. A Bíblia se contenta em apenas dizer que esta turbulência continuou por quarenta dias e quarenta noites (12). Antes do início do dilúvio, Noé e sua família, com os animais, já estavam na arca conforme a ordem divina. DEUS, então, fechou a porta de forma que a arca flutuou com segurança sobre as águas em formação que cresceram grandemente (18) até cobrirem todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu (19).
As águas subiram quinze côvados (20), distância de cerca de 6,75 metros, mas não informa se esta medida era do cume da montanha mais alta até à superfície das águas ou de algum outro ponto de partida.
As águas cumpriram seu propósito mortal, destruindo as criaturas que estão mais à vontade no seco (22) do que em cima ou dentro d’água. A destruição é acentuada duas vezes (21,23), pois o julgamento era assunto apavorante. Somente os que estavam na arca escaparam da fúria da tempestade, cujas conseqüências perduraram por um total de cento e cinquenta dias (24)
d) Mas DEUS se Lembrou (8.1-19). A declaração lembrou-se DEUS (1) é como um raio de luz em uma cena escura. Violência e corrupção trazem uma colheita de destruição, mas a obediência fiel de uns poucos evoca expressões de bondade do Juiz celestial. O dilúvio não ia durar para sempre, nem aqueles que estavam na arca iam ficar nela como se estivessem numa prisão. Uma vez mais, DEUS agiu, fazendo soprar um vento seco por sobre as águas, que continuamente retrocederam do cume das montanhas. Logo, a arca (4) encalhou nos montes de Ararate, uma cadeia de montanhas na Turquia oriental. Lentamente, os cumes dos montes (5) mais baixos foram aparecendo. Quando abriu Noé a janela da arca (6) e enviou a pomba (8), ainda não havia terra seca para ela pousar, por isso voltou... para a arca (9). Uma semana depois, ele enviou novamente a pomba (10), que voltou com uma folha de oliveira no seu bico (11).
Depois de outros sete dias (12), libertou a pomba pela terceira vez. Desta feita, não voltou, instigando Noé a tirar a cobertura da arca (13). Ele não permitiu que ninguém saísse até que a terra estivesse completamente seca, 57 dias depois. Note que no versículo 13, as águas se secaram (harevu), mas no versículo seguinte a terra estava seca (yavesah). A mudança do verbo hebraico indica uma seca mais completa que o esgotamento das águas de sobre a terra (13). Em resposta à ordem de DEUS, Noé (18) abriu a arca e tudo que havia nela veio para fora da arca (19).
e) Sacrifício e Promessa (8.20-22). Saindo da arca, Noé dirigiu seus pensamentos e ações primeiramente a DEUS. Sacrificou no altar (20) animais e pássaros limpos, dos quais havia número em excesso (7.2,8,9), e DEUS respondeu. Aqui, a frase cheirou o suave cheiro (21) não indica que DEUS estava sofregamente faminto, mas que estava ciente do ato de Noé e o aprovava. DEUS toma a resolução interior de não usar um dilúvio outra vez como meio de punição. As razões para tal punição ainda permaneciam, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice (21), mas a misericórdia de DEUS impediria um dilúvio como punição. Isto não significa que não haveria mais punições. Enquanto o pecado persistir entre os homens, a punição virá, embora por outros meios. Como sinal da sua decisão, DEUS estabeleceu uma regularidade de sequencias naturais que encorajariam o homem a ter esperança no futuro.
f) O Concerto de DEUS com Noé (9.1-17). Rememorativo de 1.28,29, abençoou DEUS a Noé e a seus filhos (1), os quais receberam uma ordem igual de povoar a terra. Eles tinham de dominar sobre todas as outras criaturas da terra. Além de vegetais para comer, agora recebem a permissão de comer carne, com certa limitação. Eles não têm permissão de participar de carne na qual fique sangue (4). O sangue era símbolo da vida, e no homem particularmente não tinha de ser tratado de modo leviano. DEUS fez o homem conforme a sua imagem (6) e, por isso, tinha uma condição especial.
Tendo esclarecido o papel inigualável do homem sobre a terra, DEUS passa a dar mais destaque à sua relação especial com o homem estabelecendo um concerto (9) com Noé e seus descendentes. A ênfase deste concerto estava na misericórdia e não na punição — misericórdia estendida a todas as criaturas. O fato de um arco... na nuvem (13) ser o sinal peculiar deste concerto não significa que antes não houvesse arco-íris. Sua estreita associação com a chuva parece ter sido seu valor primário como sinal do concerto de DEUS de que um dilúvio universal não aconteceria novamente. A questão é tão importante que é reiterada seis vezes nos versículos 11 a 17.
As nuanças teológicas das experiências de Noé relacionadas ao dilúvio estão implícitas, mas são claras. A origem da dificuldade acha-se na rebelião do homem contra DEUS, sua imaginação e propensão ao mal. DEUS não tolera o pecado além de certa medida. Há um ponto terminal que resulta em julgamento para o homem, mas não sem dor para DEUS (6.6). DEUS deu o primeiro passo na preparação do julgamento provendo a subsistência dos que vivem obedientemente na sua presença. Os outros foram julgados porque excluíram DEUS de suas vidas. As experiências de Noé descrevem DEUS como Senhor completo de todas as forças naturais, algumas das quais Ele usa como ferramentas para julgamento ou salvação. A preocupação de DEUS no meio do julgamento é salientada na declaração de que Ele se lembrou daqueles que estavam na arca. Por mais perigosa que lhes fosse a situação, eles nunca estavam ausentes dos pensamentos de DEUS. Quando o perigo passou, o Senhor comprovou sua preocupação entrando em relação de concerto pessoal com o homem e criatura, fazendo livremente promessas de misericórdias futuras. A relação de DEUS com o homem não estava na natureza de um complexo de forças naturais chamado deuses e deusas caracterizados por capricho e pirraça. Ele é o DEUS- Criador que exige retidão e pune a corrupção. Seus procedimentos com o homem são profundamente pessoais.
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
6:1-8. A crise iminente.
1-4. Filhos de DEUS e filhas dos homens. O ponto em questão nesta passagem crítica, seja qual for o modo como a abordemos, é que se alcançou novo estágio no progresso do mal, com os limites impostos por DEUS ultrapassados em mais outra esfera.
2. Os filhos de DEUS são identificados por alguns como sendo os filhos de Sete, em oposição aos de Caim. Outros, inclusos os primitivos escritores judeus, entendem que se trata de anjos. (Obs. Ev. Henrique -Melhor a primeira).
3. Neste versículo muito controvertido, sigamos a RSV: Meu ESPÍRITO não permanecerá para sempre no homem, pois ele é carne, mas...”. A palavra permanecer (yadôn), usada pela Tradução Brasileira, recebe apoio das principais versões antigas, embora sua etimologia seja incerta. A tradução de AV, RV (“ lutar por” ; Almeida, Edição Revista e Corrigida, “ contender” ) parece exigir a forma yãdin ou possivelmente yãdün. Mesmo a palavra “ pois” (Ifsaggam, “ porquanto, como também” ) não fica livre de objeção (ver RVmg), mas os melhores MSS a apoiam.
Os cento e vinte anos poderiam ser o período de espera antes do dilúvio (c/. 1 Pe 3:20), ou a média menor da duração da vida humana, que doravante se deveria esperar. Qualquer destes significados harmoniza-se com o que se segue em Gênesis Parece, então, que nesta altura DEUS está preocupado, não com a depravação, que o versículo 5 introduzirá, mas com a presunção. Este foi o tema de 3:5 (“ como DEUS” ; ou “ como deuses” ) e de 3:22 (“ e viva eternamente”); reaparece em 11:4 (“ chegue até aos céus”), e o presente episódio bem poderia pertencer à série como uma tentativa, desta vez de iniciativa angélica, de trazer para a terra, ilicitamente, um poder sobrenatural, ou mesmo a imortalidade. Daí o contraste entre ESPÍRITO e carne, no comentário que DEUS fez. O homem é ainda um simples mortal, sustentado pelo ESPÍRITO alentador de DEUS (como no SI 104:29,30), unicamente segundo o Seu beneplácito.
4. A famosa frase de AV, AA, havia gigantes deriva da LXX mediante a Vulgata, mas RV, RSV confessam a obscuridade da palavra chave transliterando-a, “the Nephilim” (os nefilins). Contudo, a expressão homens poderosos, juntamente com Nm 13:33, tende a fortalecer o uso da tradução costumeira. Vale a pena observar que não se diz que os gigantes provieram exclusivamente dessa origem. Se alguns surgiram desse modo (e também depois), outros já existiam (naquele tempo) .
5-8. O pecado plenamente desenvolvido. No v. 5, a expressão “Viu o Senhor” convida a amarga comparação com a narrativa da criação, 1:31. Nas duas metades do versículo a maldade do homem é apresentada extensiva e intensivamente, a última com força devastadora nas palavras“ continuamente... todo” (AV: toda... somente... continuamente).
“Dificilmente se pode conceber mais enfática declaração da impiedade do coração humano.
O termo imaginação (AV), hebr. yêser, está mais perto da ação do que o inglês sugere (como também o português). Deriva do verbo do oleiro, “ formar” (c/. 2:7), e inclui a ideia de desígnio (ver AA) ou propósito. O judaísmo mais recente fez dele um termo técnico para cada um dos impulsos gêmeos, para o bem e para o mal, que considera coexistentes no homem. Mas o Novo Testamento é o fiel expositor da passagem, não encontrando “ bem nenhum” em nossa natureza decaída (Rm 7:18).
6. Esta descrição deveras humana transmite a força intensa da situação, deixando a palavra se arrependeu (RSV, lamentou) salvaguardada noutra ocasião contra a implicação de capricho (1 Sm 15:29,35).
Esta é a maneira de falar do Velho Testamento, em que emprega as expressões mais ousadas, contrabalançadas em outros lugares, se necessário, mas não enfraquecidas. A palavra pesou tem afinidade com as palavras aflição (“ dor”, RSV) e fadiga (AA: sofrimentos, dores, fadigas) de 3:16,17. Agora DEUS sofre por causa do homem. Acrescente-se que U. Cassuto expõe que os três verbos aqui empregados, “ se arrependeu...ter feito... lhe pesou”, reproduzem as três raízes hebraicas de “ consolará... trabalhos... fadigas”, em 5:29, ampliando imensuravelmente o escopo das palavras de Lameque. O homem anseia por alívio temporal; DEUS tem de fazer direito as coisas. “ As esperanças depositadas por Lameque em seu filho vieram a realizar-se de maneira muito diversa da que ele imaginara 7,8. A singela brevidade do v. 8 é extremamente eloquente depois dos demolidores termos do v. 7. Juntos, os dois versículos mostram a maneira característica como DEUS trata o mal: enfrenta-o não com meias medidas, mas com os extremos simultâneos de juízo de salvação.
A graça (8) é ainda simples bondade, quer seu beneficiário seja um Noé ou (c/. 19:19) um Ló. O fato adicional de que toda a vida é interligada fica igualmente claro, com as criaturas companheiras do homem compartilhando a sua ruína e, conforme se desenrola a narrativa, partilhando também da sua libertação — tema retomado ulteriormente em Rm 8:19-21.
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Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
O DILÚVIO - (Gênesis 6-8) - Noé
O capítulo 5 termina com o nascimento dos três filhos de Noé. Noé significa "descanso". As agruras da vida tinham trazido amargas experiências a todos estes homens, e o nascimento de Noé foi para Lameque como que uma nova estrela no horizonte da vida. Daqui em diante começa um novo capítulo na história da humanidade.
Causa do Dilúvio: Casamentos Mistos (6:1-8)
Este capítulo começa descrevendo as terríveis condições a que tinha chegado a raça e dá, ao mesmo tempo, estas condições como a causa do Dilúvio. A iniquidade vinha se multiplicando na terra desde a morte de Abel. A despeito de todos os esforços divinos para conservar sua criação nos moldes do programa original, a corrupção cada vez mais se acentuava. DEUS tinha posto o homem na terra para dominar sobre ela, para ser o seu rei, mas estes foros e direitos estavam se perdendo pouco a pouco, e de tal modo se corrompeu, que perdeu totalmente todos os direitos de senhor e dominador da criação divina. Uma das causas mencionadas nestes primeiros versos, e talvez a maior delas, foi o casamento de crentes piedosos, da semente de Sete, com a descendência corrupta de Caim. A terra estava começando a ser povoada. Não era mais uma família, ou duas, mas uma numerosa prole, dividindo-se e subdividindo-se em diferentes tipos, com diferentes inclinações. Era problema complexo e difícil. Os primórdios da religião da família estavam sendo descartados, o culto abandonado, a união de um homem com uma mulher tomou caráter profano e, conforme as condições, cada homem tomava para si tantas mulheres quantas sua cobiça pudesse desejar. O bígamo Lameque tinha incubado o germe da corrupção da família, e no seu próprio tempo apareceram os frutos patentes, numa poligamia desbragada. A família é a base e estrutura da sociedade. O padrão familiar de qualquer povo decidirá o seu futuro como povo civilizado e honesto. A decadência de qualquer nação começa no lar. A ruína dos primitivos habitantes começou com a não observância dos estatutos divinos de multiplicar-se pelos processos lícitos e consentâneos com a natureza da raça mesma. Neste ponto, o programa divino ficou frustrado e só restava um recurso: destruir a raça apóstata e começar de novo. DEUS não pode ser acusado de injustiça, porquanto o homem tinha perdido todos os direitos a senhor da terra.
Muitos anos se passaram desde a morte de Abel, e durante esse tempo os homens se multiplicaram na terra (v. 1) e nasceram-lhes filhas, que iam sendo tomadas por outros homens, sem reserva de espécie alguma: "Viram os filhos de DEUS que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas que escolheram." Neste verso temos uma das escrituras mais debatidas e sobre que mais se tem escrito. O verso é, geralmente, interpretado de três modos, e pode dizer-se que todas as escolas teológicas têm dado sua palavra sobre o assunto. Reconhecemos que é difícil a interpretação, mas, à luz dos precedentes capítulos e da história da raça, não parece haver lugar para as extravagâncias racionalistas a respeito da diversidade de raças sobre a terra.
Dou aqui as três interpretações e a que penso ser verdadeira:
1. A causa da multiplicação do pecado no mundo e conseqüente punição pela vinda do Dilúvio sobre a terra teria sido o casamento dos filhos de DEUS, a descendência de Adão, com as filhas dos homens, mulheres meio brutas, descendentes de animais inferiores, que pelo processo da evolução tinham chegado a ter forma humana, andavam eretas, mas, além dessas aparências humanas, eram ainda seres brutos e irracionais. Esta teoria nega que as outras raças, além da branca, sejam descendentes de Adão. Haveria, portanto, no mundo, duas raças fundamentalmente diferentes: uma, criação direta de DEUS, a outra, produto da evolução, desde o protoplasma até ao macaco e depois ao homem.
Os que advogam esta teoria crêem que estas mulheres foram os seres intermediários entre o homem e o macaco, ou o elo de que tanto falam e que há dezenas de anos procuram, em achar. Reconhecem que, a despeito de o macaco oferecer certas imagináveis aparências, não deixa, entretanto, de haver um abismo entre ele e o homem, e que, portanto, não é possível que a descendência do quadrumano seja o homem. Daí a necessidade que têm os aderentes desta doutrina de recorrerem a outros seres intermediários, de que estas mulheres teriam sido parte.
Esta escola pode ainda dividir-se em duas: a que admite a criação da matéria por DEUS, e a que nega, tanto a existência de DEUS, quanto a conseqüente criação. A primeira chama-se teísta, e a segunda, ateísta.
Conforme a doutrina da primeira, DEUS criou o mundo e talvez algumas espécies elementares de vida animal, que, pela lei da evolução, foram se desenvolvendo até chegar ao homem. Outros vão mais longe e dizem que DEUS criou apenas a matéria e deu-lhe certas leis, a que chamam forças residentes, mediante as quais a dita matéria se desenvolveu por si mesma, até produzir o primeiro elemento vivo, que geralmente é chamado protoplasma, o qual, nela mesma lei da evolução, produziu todos os seres que se encontram na face da terra. Em qualquer dos casos, esta teoria requer centenas de milhares de anos, para poder produzir todas as espécies que se encontram espalhadas pelas cinco partes do mundo. Alguns teólogos, meio críticos, admitem que DEUS criou o primeiro par conforme ficou dito, donde vem a raça branca; e que as outras raças são produto da evolução, pertencendo as mulheres que são aqui chamadas "filhas dos homens" a esta raça não criada por DEUS. Em resumo, as "filhas dos homens" são o produto da evolução, e os "filhos de DEUS" são os descendentes de Adão e Eva.
Convém notar que entre a teoria teísta, que aceita DEUS como o criador da matéria e talvez de algumas espécies originais, e a teoria ateísta, que nega em absoluto, tanto DEUS como a criação, não há muita diferença, porque em ambas é admitida a evolução como causa necessária da criação. Mesmo no ramo mais conservador, que admite a criação de um par original, Adão e Eva, aceitando que as outras raças sejam o resultado da evolução, não há muita diferença, porque no final todas elas se confundem na célebre evolução.
2. A segunda escola de interpretação diz que as "filhas dos homens" eram realmente a descendência de Adão e Eva e que os "filhos de DEUS" eram os anjos que entraram em conúbio com a raça humana. Os adeptos desta teoria baseiam-se, primeiro, no teor geral das Escrituras, que chama aos anjos "filhos de DEUS"; segundo, que alguns manuscritos da Septuaginta têm "anjos" em lugar de "filhos de DEUS"; terceiro, que os versos 6 e 7 de Judas mostram que a falta dos anjos foi darem-se ao pecado de miscigenação, entrando em contacto com a carne; quarto, que os gigantes de Gênesis 6:4 eram anjos, e que, finalmente, a descendência deste conúbio deu uma raça de gigantes, de que fala Gênesis em diversos lugares, cuja descendência habitava Canaã, quando os doze espias foram revistar a terra.
Examinando, ligeiramente, esta teoria, responde-se:
(1) que em algumas passagens das Escrituras os anjos são chamados filhos de DEUS, mas nunca em Gênesis, (2) a Septuaginta, traduzindo "anjos" em lugar de "filhos de DEUS", violenta o texto hebraico para se conformar à teologia alexandrina;
(3) o argumento de Judas 6 e 7 desfaz-se à primeira análise. O verso 6 refere-se aos anjos que não guardaram sua própria habitação, isto é, que não ficaram fiéis à sua missão, ficando por isso reservados para o dia do Juízo. O verso 7 é uma analogia ou aplicação do verso 6. Assim como os sodomitas tinham fornicado, desviando-se das normas naturais, semelhantemente, os anjos se tinham desviado de sua posição. DEUS entregou os sodomitas ao juízo, sofrendo eles a pena do fogo eterno. A expressão "ido após outra carne", no verso 7, refere-se à relação sexual dos sodomitas e gomorritas que, conforme Romanos 1:27, se tinham desviado da ordem da natureza, para se corromperem entre si mesmos. Não há nenhuma confusão neste sentido, e simplesmente comparação entre o ato dos anjos e o ato dos sodomitas.
Demais, o caso em Judas é diferente de Gênesis 6:2. Aqui é casamento legal, enquanto em Judas é pecado de sodomia. A natureza dos anjos exclui em si mesmo tal união. Os anjos são incorpóreos (Sal. 104:4.; Hb. 1:14; Ef. 4:12); não têm sexo (Mat. 22:30); são imortais (Lc. 20:36); são super humanos e ao mesmo tempo finitos, com sabedoria e poder diferentes dos do homem (II Sm. 14:20; II Pedro 2:11; Mat. 24:36; I Pedro 1:2; Ef. 3:10); eles não têm descendência nem ascendência, não têm família. Não foram criados na mesma ordem que o homem. Cada um permanece fiel ou cai por si mesmo; não fazem parte da economia humana, sendo sua redenção, em caso de pecado, possível, mediante processo diferente do que redime o homem (Hb. 2:16). Os anjos são, sim, criados, e, portanto, finitos, mas por origem são chamados filhos de DEUS; por natureza, espíritos; pelo caráter, santos (Jó 5:1; Sal. 98:5-7; Daniel 18:13; Judas 14). Todos estes predicados os excluem de, por sua natureza, entrarem em relação com a humanidade.
(4) Os Nefelins (Gênesis 6:4 e Números 13:33) não são anjos, mas homens de grande estatura, célebres por seu caráter violento. A palavra "nefelim" será examinada ligeiramente, e o leitor verá que ela significa, conforme a raiz de onde se deriva, "caidores". O verbo "nafel" significa cair, não sabendo os teólogos se "nefelim" significa "caidores" sobre os outros homens mais fracos, dando-Ihes, desta forma, a ascendência sobre eles, ou se significa "caídos" moral e espiritualmente. Seja qual for a mais correta significação de nefelim, o termo nada oferece que se possa aceitar como indicativo de ser diferente da raça humana.
(5) A origem desta raça de gigantes é coisa explicável, sem necessidade de admitir miscigenação de seres humanos e espirituais. Ainda hoje há homens que junto de outros são verdadeiras gigantes. Os irlandeses são de estatura muito maior que os brasileiros. Nem por isso se diria que os irlandeses são gigantes para os brasileiros.
3. A terceira interpretação diz que "os filhos de DEUS" são descendentes de Sete, ou seja, a linhagem piedosa e obediente a DEUS, e as filhas dos homens, as mulheres da descendência de Caim, ou seja, a linhagem da desobediência e rebelião. Com isto, está de acordo Gênesis 4:26: "então começaram os homens a invocar o nome do Senhor", ou como seria melhor traduzido: "Então começaram os homens a ser chamados pelo nome do Senhor." Estas duas correntes humanas são claras através de toda a história da humanidade. Hoje mesmo, os homens se dividem em duas correntes, uma, seguindo a CRISTO e a sua lei, outra, seguindo as inclinações de seu coração corrompido. Em favor desta interpretação, pode mencionar-se a lei da reprodução "segundo sua espécie". Os homens se reproduzem segundo a união de naturezas iguais, bem como os outros animais.
A natureza dos anjos, sendo espirituais e sem sexo, os inibe de entrar em relações sexuais com qualquer espécie. O fato de Moisés mencionar estes casamentos e dá-los mesmo como causa da corrupção que se seguiu, não nos deve surpreender, porque o Novo e o Velho Testamento proíbem casamento de pessoas de condições espirituais diferentes (Ed. 10; Nm. 13; Êx. 34:15, 16; Deut. 7:3, bem como, no N.T., II Cor. 4:14-17).
Em muitos outros casos no V. T., o casamento de crentes com descrentes foi causa de sérios embaraços, como se deu com Salomão. O pecado dos filhos de DEUS consistiu em entrarem em relações matrimoniais com mulheres de sentimentos e educação diferentes, somente porque eram bonitas. Dentre as teorias mencionadas, o autor aceita esta última.
A expressão "de todas que escolheram", parece indicar que cada um tomou mais de uma mulher, continuando a poligamia que Lameque tinha introduzido no mundo. O grande comentador Conant sumaria assim a passagem: "Os descendentes de Caim eram uma raça irreligiosa, e alguns se distinguiram por proezas e opressões. Os descendentes de Sete entraram em relações matrimoniais com as mulheres dessa raça, e desta união saíram homens distinguidos por igual caráter e conduta. Assim, toda a raça se corrompeu." (Conant, Comentário ao Livro de Gênesis).
Seja qual for o verdadeiro significado da palavra que denomina os descendentes destes casamentos ilícitos, é certo que eles foram o resultado imediato da falta de obediência a DEUS. A terra encheu-se de violência, e DEUS, como que se fatigou de lutar com a raça, deliberou destruí-la. O ESPÍRITO de DEUS, o doador e preservador da vida, foi retirado do homem, e o fim chegou em breve: Meu ESPÍRITO não contenderá para sempre com o homem... O ESPÍRITO divino no homem é a única esperança para sua conduta, mas sua persistência no erro terminará afugentando-o, e o homem, uma vez entregue a si mesmo, breve se afoga na corrupção. Notemos, porém, que DEUS, por meio do seu ESPÍRITO, tenta guiar o homem e encaminhá-lo na trilha do bem e da virtude, e só depois que vê baldado seu esforço é que deixa o homem a sós, é o pecado contra o ESPÍRITO SANTO, de resistir profanamente contra sua presença visível, tanto na vida pessoal como coletiva. Não há remédio para o homem nestas condições.
"Porque ele também é carne." Em outras palavras, "porque ele... é carne", e nesta carnalidade continuará em seu erro.
A palavra não pode ser, pois, entendida aqui em seu sentido ordinário, como que comparando fisicamente o homem a DEUS. Em seu pecado e na continuidade do erro, o homem é sempre carnal.
Por causa desta carnalidade, DEUS mareou um limite à vida humana, não um limite para a idade do homem, mas para a idade da raça. "Seus dias serão 120 anos". A raça sobre a terra duraria mais 120 anos e então seria destruída pelo Dilúvio.
"E arrependeu-se Jeová de ter feito o homem sobre a terra". Aparentemente, temos aqui duas dificuldades a vencer: a primeira, que DEUS, sendo impassível, imutável, conforme nosso credo, não se pode arrepender (I Sm. 15:29). A segunda, que DEUS se pode arrepender. Ponhamos à margem nosso credo e examinemos as Escrituras. O texto diz: "Pesou-lhe em seu coração". O Dr. Conant expressa-se assim: "Não podemos penetrar no profundo significado da linguagem, quando tratamos com o DEUS Infinito e Perfeito. Como DEUS é afetado pelo pecado não pode ser conhecido por nós; esta linguagem tem por fim exprimir o pensamento divino, tanto quanto possível, para a nossa concepção e imperfeita natureza. O escritor de Gênesis está pondo pensamentos divinos em termos humanos, e o abismo que medeia entre as duas coisas não tentaremos abordar. Em JESUS temos um vivo exemplo desta resolução de DEUS. Como JESUS pôde ser tocado pelos problemas, tristezas e angústias humanas dificilmente compreenderemos; sabemos que foi. É assim também com DEUS."
Conforme isto, DEUS não se arrependeu no sentido em que o homem se arrepende, mas sim, pesou-lhe em seu coração, ficou triste por ver sua obra destruída. É tudo que podemos dizer sobre o assunto. É o limite do nosso pensamento. Há uma grande verdade através das Escrituras: nós determinamos o curso do trabalho providencial de DEUS, o condicionamos à diretriz de nossa vida.
Façamos ligeira pausa e inquiramos a razão de ser da catástrofe que ameaça o mundo, o Dilúvio. Até que ponto era a raça responsável pelo que ia acontecer? Teria ela se afastado de DEUS por voluntária e impenitente disposição, ou ter-se-ia afastado naturalmente, por falta de luz e meios preservativos? Tê-la-ia DEUS deixado entregue a si mesma, para seguir seu curso natural, ou teria sido encaminhada divinamente, de modo que pudesse perpetuar a boa disposição de Sete, Enoque e tantos outros santos? Do peso destas considerações dependem em grande medida o valor do juízo e a dignidade do "veredictum" humano, se "veredictum" se pode chamar a destruição da humanidade.
Em outras palavras, destruiu DEUS a sua criação, sem lhe dar uma oportunidade de se corrigir e melhorar? A narrativa é de tal modo breve, que o estudante precisa de capacidade, de perspicácia, para conseguir documentar a justiça do ato divino. Não que ao homem reste direito, em qualquer tempo, de apelo, diante da sentença divina, pois, que é o barro para que se volte contra o oleiro? Não obstante isto, convém certificar-nos da rigorosa justiça com que DEUS sempre faz acompanhar seus atos. Veremos que não foi a falta de luz e conhecimento divinos que levou esta geração à ruína, mas o desprezo votado por ela à revelação. Os antediluvianos tinham os mesmos conhecimentos que nós temos hoje, com a diferença de grau apenas. Tinham a revelação da natureza a respeito do poder e bondade de DEUS (Sal. 19:6; Rm. 1:18-20; Atos 14:17). Tinham a revelação de DEUS internamente, em suas próprias consciências (Rm. 2:15). Tinham a noção e o conhecimento da natureza divina e de suas próprias ordens, pelo intercurso de DEUS mesmo com o homem, desde o tempo de Adão. Tudo isto reunido, não era tanto quanto ao que a natureza caída da raça podia recorrer, mas era suficiente para que perecesse sem culpa. Eles recusaram esta revelação no mesmo grau que os homens rejeitam a luz do evangelho. Os motivos são os mesmos, qualquer que seja o grau de revelação que possuam. Ainda se pode dizer, em favor da justiça divina, que DEUS lhes tinha oferecido oportunidades e meios convenientes, de modo a poderem manter a primitiva comunhão que Adão gozou mesmo depois de pecar.
Examinemos alguns casos que deixam sem desculpa a raça e exaltam a divina justiça do castigo:
1. A promessa de um Redentor feita no Éden (Gên. 3:15). Esta promessa tinha sido perfeitamente entendida por Adão e Eva, como se pode ver no próprio nome que Adão deu à mulher - Eva, que significa, mãe dos viventes e no nascimento do primeiro filho (Gên. 4:1) Caim, que significa "Aquisição", exprimindo a esperança de Adão e Eva de que este seria o redentor do pecado.
2. O estabelecimento do lugar de culto ao oriente do Éden, onde o homem,
por meio do sacrifício, podia ver seus pecados expiados e continuar a gozar as delícias da
comunhão com DEUS (Gên. 3:24). À entrada do jardim, entre os querubins, DEUS podia ser propiciado. Foi ali que Abel ofereceu o seu holocausto e foi declarado justo pela fé.
3. DEUS mesmo instituiu sacrifícios expiatórios, como meio para o pecador poder se aproximar dele (Gên. 3:21; 4:3,4). Adão e seus filhos praticavam este culto ao Altíssimo.
4. O sábado, como dia de culto (Gên. 2:3; 4:3).
5. A facilidade de perpetuar as primitivas tradições, devido à longevidade dos antediluvianos.
6. A existência de profetas como Enoque, que não cessariam de admoestar o povo.
7. A pregação de Noé, que 120 anos anunciou a vinda do juízo.
8. Ministério do ESPÍRITO SANTO (Gên. 6:3) no coração dos homens, admoestando-os de seus pecados.
Estas e outras oportunidades DEUS deu ao povo, para que se desviasse de seus pecados. O castigo veio em tempo e justamente. Diante do estado pecaminoso a que chegou a raça humana, DEUS deliberou destruí-la e começar de novo com a família de Noé. Talvez o exemplo aproveitasse e o novo começo satisfizesse às exigências divinas.
O Dilúvio foi a terceira experiência de DEUS para ver se era possível manter a sua criação dentro dos moldes a que tinha sido destinada. Lembremo-nos de que DEUS não está experimentando achar o caminho que suas criaturas devem trilhar para se convencer a si mesmo da completa ruína espiritual do homem, mas para nos mostrar seu caminho e complacência e ao mesmo tempo convencer-nos de que só há um meio para podermos servi-lo e que este meio deve ser crido e aprendido pela experiência. O último recurso de que o Criador usou foi severo e jamais será esquecido enquanto durar o mundo. "E Jeová disse: destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei." Não somente o homem, mas os próprios irracionais. Estes eram irresponsáveis, porém, como auxiliares do homem, só tinham razão de existir se vivesse o homem. A criação principal no mundo somos nós.
Tudo mais existe para nosso proveito e conforto, daí sua aniquilação juntamente com a humanidade, que se tinha tornado indigna.
No meio de toda a geração ímpia viu DEUS um homem justo: Noé; e o justo não perece com o ímpio. Com ele o Criador se comunica e lhe anuncia o fim de toda a carne, dá instruções sobre os meios de preservar a si e a seus filhos, bem como um par de cada espécie. A lei de repovoamento da terra tinha de continuar como desde o princípio: " ... cada um segundo sua espécie".
Ainda que tudo estava irremediavelmente perdido, DEUS deu 120 anos para que o castigo não surpreendesse a raça rebelde. "Seus dias serão 120 anos". Desde o divino decreto, de destruir a terra, até a sua execução, medíou o período de 120 anos. Noé foi o pregoeiro da justiça durante esse tempo e, se houvesse arrependimento, a sentença divina podia ser derrogada. Nínive seria destruída depois de 40 dias, mas a pregação de Jonas e o consequente arrependimento do povo evitaram a catástrofe. Se os antediluvianos se houvessem arrependido como os ninivitas, não teria vindo o Dilúvio. DEUS é misericordioso e longânimo.
A Construção da Arca Salvadora
DEUS vem a Noé e lhe ordena que construa uma arca de madeira de gofer. Não se sabe que madeira era esta, mas certamente não se refere a uma qualidade qualquer, mas a madeira incorruptível. Gofer talvez signifique "madeira incorruptível" ante a ação da água, tal como o cedro ou cipreste, conforme edição atualizada. Este enorme navio tinha 300 côvados de comprido por 50 de largo. Não era um navio com toda a estética naval de nossos dias, mas obedecia ao mesmo princípio. Cada côvado tinha cerca de 22 polegadas; portanto, a arca tinha 450 pés de comprimento, 75 de largo e 45 de altura, em números redondos. Com os três andares, oferecia espaço suficiente para alojar todos os espécimes de animais da terra, bem como Noé e sua família.
A Bíblia menciona três filhos de Noé ao tempo do Dilúvio, mas é provável, senão certo, que tinha outros, porém talvez do tipo do resto da raça e que, portanto, não são mencionados ou então teriam morrido. Durante os 120 anos, Noé ocupou-se da construção da Arca e da pregação do arrependimento. A Bíblia nada diz de como DEUS proveu Noé do necessário às despesas de tão grande empreendimento. É possível que fosse homem de meios e os gastasse na construção. Pelo menos os 120 anos ele deu a este trabalho.
É admirável a fé que este homem tinha, entregando-se a uma obra tão grande, no meio de um povo que o cercaria de contínuo da pecha de tresloucado. Sua fé e pregação nada conseguiram, porque apenas ele e sua família, mencionada na ocasião do decreto fatal, tiveram o privilégio de salvar-se.
DEUS promete fazer com Noé um concerto que serviria de base ao novo princípio. É a primeira vez que a palavra "concerto" ocorre na Bíblia, embora houvesse outro concerto anterior entre Adão, Eva e DEUS. Mas aquele concerto era tão diferente em si mesmo, que não oferecia os termos de concerto, propriamente. Parece que a ocasião em que DEUS promete entrar em concerto com Noé foi posterior àquela em que ordena a construção da arca e anuncia o Dilúvio. Houve, não há dúvida, diversas manifestações divinas durante os 120 anos. Os filhos dos filhos de Noé aqui mencionados podem ser os filhos que nasceram depois do Dilúvio ou a geração futura. O concerto foi feito com Noé e com toda a humanidade depois dele. Houve diversos concertos feitos em ocasiões diferentes, mas todos baseados no molde original - a promessa de um Salvador. Tudo mais é secundário depois deste plano. A salvação e restauração da raça perdida em Adão é a chave da Bíblia. Meu concerto estabelecerei contigo mostra que não fez um novo concerto, mas o restabelecimento do antigo, em novos moldes. Nada mais alto podia premiar Noé, pela sua fé e obediência, do que ser usado para restabelecer o concerto de DEUS com a criação.
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
SUBSÍDIOS DA REVISTA DE 1TRIMESTRE DE 2020 - Lição 8, O Início da Civilização Humana
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1Quando falamos de civilização humana também referimo-nos ao empreendimento humano na história da humanidade. Suas realizações espirituais, culturais, políticas e econômicas. A ordenança de DEUS – “Frutificai” e “Multiplicai” – pode ser traduzida por “criai” famílias, igrejas, escolas, nações etc. Nesse sentido, ao expor o conteúdo desse tópico, é importante pontuar as seguintes questões: Trabalhos como administrar negócios, lecionar em escolas, publicar jornais ou tocar em orquestras podem ser considerados atividades que glorificam a DEUS? Qual a vocação de DEUS para a minha vida?
A partir dessas pontuações, demonstre que tanto o nosso trabalho profissional quanto o da igreja local são vocações não excludentes, ou seja, que se originam do propósito inicial do Gênesis: “Frutificai” e “Multiplicai”. Para aprofundar mais esse assunto, sugerimos a obra “Panorama do Pensamento Cristão”, editora CPAD, págs.223-45.
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2“A importância de Caim foi exaurida, e a linhagem de sua posteridade rebelde é incompletamente apresentada em forma genealógica abreviada. A esposa de Caim foi, implicitamente, uma irmã (cf.5.4) que partiu com ele para o exílio. Caim começou a construir uma habitação fortalecida, uma cidade (17), e orgulhosamente a chamou de Enoque, o nome de seu primeiro filho. A procura de Caim e seus filhos por segurança estava simbolizada pela construção de muros pesados, a procriação de muitos filhos com esposas múltiplas e o poder de perícia profissional, do armamento e do ódio. O primeiro poema da Bíblia (23,24) serve de ilustração da amargura feroz que envenenou o espírito desses homens. O significado do versículo 23 é: ‘Matei um homem [meramente] por me ferir e um jovem [só] por me golpear e me ferir’ (BA). Alcançaram o pico da habilidade e realização, mas também se chafurdaram nas profundezas do mal” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, p.44).
 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3“Embora esta história seja popularmente conhecida como ‘A História do Dilúvio’, há poucos detalhes sobre o dilúvio em si. O foco principal está nas relações de DEUS com o gênero humano, sobretudo com aqueles com quem Ele escolhe tratar diretamente, e nas respostas que dão às afirmações que Ele faz acerca deles. Noé é o personagem proeminente da história e sua obediência é de importância para o ato de salvação de DEUS e não apenas para julgamento. [...] A palavra divina: O fim de toda carne é vindo perante a minha face (13), ressoou como toque de morte pela consciência de Noé. O fato de a terra estar cheia de violência não podia continuar sem controle. DEUS tomou a decisão e estava pronto para passar à ação. A falta de lei do povo estava desenfreada, assim a punição tinha de ser drástica. O gênero humano e sua casa, a terra, seriam destruídos. A terra foi destruída no sentido de deixar de sustentar vida no decorrer da duração do dilúvio” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, p.48)

PARA REFLETIR - A respeito de “O Início da Civilização Humana”, responda:O que é a civilização?Segundo o Dicionário Houaiss, civilização é o conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade.
Quais as características da civilização de Caim?Paralelamente à sua iniquidade, a civilização caimita, instalada na cidade de Enoque, experimentou grande progresso tecnológico, econômico e artístico. Havia, ali, fabricantes de tendas, criadores de gado, metalúrgicos e músicos (Gn 4.20-22).
DEUS ainda intervém? Discorra sobre isso.Sim. DEUS não se limitou a criar o Universo, nem nos abandonou após nos haver formado. Ele continua a observar atenta, justa e amorosamente todas as coisas (Gn 11.5; Sl 50.21; Pv 15.3). E, sempre que necessário, intervém. Se o Senhor assim não agisse, a civilização humana, como a conhecemos, não mais existiria.
Dê um exemplo de intervenção direta de DEUS.No período da História Sagrada, abrangendo o Antigo e o Novo Testamento, DEUS interveio diretamente na civilização por ocasião do Dilúvio e da Torre de Babel (Gn 6.7; 11.5).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p40.
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Vivendo Provérbios; Resolvendo Conflitos - Coleção Apenas entre Nós e Vivendo Salmos.
 
 
ANTEDILUVIANOS - Dicionario Champlin
Esse termo refere-se às pessoas que viveram antes do dilúvio de Noé. Biblicamente falando, o período é coberto de Gên. 1:1 (criação) a Gên. 7 (que historia o dilúvio).
1. Datas e controvérsias. Têm sido feitas tentativas de calcular quando ocorreu a criação, mediante a adição dos anos dados nas genealogias o que também nos diria quando Adão veio à existência e quanto tempo se passou entre Adão e Noé. Essas manipulações resultam em 4000 A.C. (a grosso modo), como a data da criação; e 2450 A.C. (a grosso modo), como o tempo do dilúvio, o que sugere mil e seiscentos anos como o intervalo entre Adão e Noé. Alguns intérpretes continuam a insistir sobre esses números; outros, supondo que as várias genealogias dos antediluvianos (havendo dez desses patriarcas no quinto capítulo de Gênesis) são apenas representativas, talvez até mesmo um simples esboço dos povos e raças que então existiam, afirmam que atribuir datas entre Adão e Noé é tarefa simplesmente impossível. Isso não seria contrário à maneira como as genealogias dos hebreus foram manuseadas. Por outra parte, mesmo que tivessem sido dados apenas dez nomes para representar cem gerações, o que envolvería um período dez vezes mais longo do que aquele que resulta da contagem dos anos indicados nas genealogias, isso não nos ajudaria a explicar os milhões de anos (e, de fato, bilhões) que a ciência postula como a idade da terra e nem a prolongada jornada de criaturas humanóides à face da terra.
Outras considerações. 1. Alguns intérpretes vêem um grande e indefinido intervalo de tempo entre Gên. 1:1 e Gên. 1:2, supondo que a criação descrita detalhadamente, no primeiro capítulo de Gênesis, seja uma reforma, e não a criação original. A criação original seria relegada a Gên. 1:1. Em seguida, esses intérpretes supõem que possam ter ocorrido todas as variedades de coisas pré-adâmicas naquele intervalo, inclusive qualquer número de raças de homens pré-adâmicas, pertencentes ou não à espécie homo sapiens. Além disso, a data da criação original poderia ser recuada o quanto queira fazê-lo qualquer ciência existente ou que venha a existir—bilhões de anos, se for o caso.
Mas, é então que a questão se levanta: o autor da narrativa da criação, no primeiro e no segundo capítulo de Gênesis, previa uma coisa dessa natureza? Isso pode ser respondido de diversas maneiras: a. Não, ele não previa. Portanto, a teoria inteira deve ser condenada. ou então b. Não, ele não previa. Mas isso não labora em coisa alguma contra a veracidade da questão. DEUS pode não se ter interessado em revelar-nos qualquer narrativa pré-adâmica, por não nos ser aplicável em qualquer sentido, exceto para nos satisfazer a curiosidade. ou ainda: c. Não, ele não previa. E a teoria não corresponde à realidade dos fatos, inteiramente à parte do que o autor sagrado tencionou dizer, ou mesmo: d. Sim, o autor tencionava que entendéssemos ter havido um imenso intervalo de tempo entre Gên. 1:1 e Gên. 1:2, embora não se tivesse preocupado em entrar nos detalhes da questão, por não ser de interesse vital para nós. ou, finalmente: e. A discussão inteira é absurda, porque a narrativa da criação, em Gênesis, é apenas uma dentre muitas lendas antigas que procuram adivinhar como as coisas tiveram início. Por esse motivo, a narrativa não é, de fato, uma fonte informativa sobre a criação, mas tão-somente uma lenda religiosa dotada de valores morais, religiosos e simbólicos, mas sem nenhum valor no que tange à investigação científica. Os intérpretes têm assumido todas essas posições.
2. Uma espécie de reconciliação. Inteiramente à parte do que o autor de Gênesis pode ter querido dizer, podemos examinar o problema por um outro ângulo. Sim, há evidências científicas válidas em prol da vasta antiguidade da criação. Nossos telescópios são capazes de capturar luz que tem percorrido o universo durante pelo menos dezesseis bilhões de anos. É questão de simples cálculo matemático descobrir isso, uma vez que seja localizada uma fonte luminosa e a sua distância determinada. Conhecendo-se a distância da fonte luminosa e a velocidade da luz, o tempo que tem sido necessário para que a luz chegue à terra pode ser facilmente calculado. Contra isso, alguns têm afirmado que a luz realmente tem menos de seis mil anos, porque «DEUS a criou a já no caminho. Tal declaração é tão absurda que chego a corar de vergonha quando a repito. A idade dos meteoritos, pelo método do radiocarbono, sugere que o sistema solar tem 4.700.000.000 anos. As medidas dos remanescentes do desgaste radioativo no solo e na poeira trazida à terra, da lua, nos fornecem dados idênticos. Fósseis de microorganismos unicelulares encontrados na praia do lago Superior (na América do Norte), em rochas pré-cambrianas (medidos pelo método do radiocarbono), aparentemente têm 1.900.000 anos. Dizer que DEUS criou todas essas coisas já velhas na aparência, e em decadência, é opinião por demais absurda para ser considerada.
A verdade é que a ciência vai descobrindo mais fatos, quanto mais antiga reconhecemos ser a criação. Consideremos também isto: as reversões magnéticas das rochas sugerem que a posição dos povos foi modificada pelo menos por quatrocentas vezes. Na história recente, isso tem acontecido a cada poucos milhares de anos. Alguns cientistas acreditam (juntamente com teólogos e místicos) que uma outra dessas alterações está sendo esperada para nossos próprios dias, no primeiro quartel do século XXI. Cada alteração dessa, devido ao deslizamento da crosta terrestre, produz grandes inundações e explosões vulcânicas de incalculável potência. Naturalmente, cada alteração dessas é acompanhada pela quase destruição de todos os seres vivos. Se calcularmos as datas gerais (de conformidade com alguns eruditos) da última e da penúltima dessas mudanças de pólos, chegaremos perto da cronologia bíblica de Adão e Noé. Essa circunstância levanta a interessante possibilidade de que as narrativas bíblicas desses dois homens representam as duas últimas modificações nos pólos, pelo que seriam novos começos, e não co-meços absolutos. Nesse caso, Adão seria uma espécie de Noé, representando o reinicio da raça, conforme atualmente a conhecemos. Naturalmente, isso não satisfaria uma estrita e literal interpretação do registro de Gênesis. Mas uma interpretação um tanto mais liberal talvez nos aproxime mais da verdade dos fatos, mesmo que outras pessoas nos julguem hereges. Importantes hereges sempre conseguiram fazer avançar a verdade. Pensemos sobre JESUS, Paulo e Lutero. Porém, ser um herege também não é garantia da posse de verdades mais profundas. Uma coisa, entretanto, é certa—a verdade deve ser buscada. Não podemos solucionar todos os nossos problemas de conhecimento simplesmente voltando-nos para algum texto de prova para extrair dali a interpretação que satisfaça nossas exigências de conforto mental. Apesar da verdade algumas vezes vir à tona subitamente, na forma de um pacote feito, com maior freqüência assemelha-se a uma mina, que precisamos cavar para descobrir.
3. A arqueologia e as medições por radiocarbono. De modo geral, a arqueologia tem mostrado que estamos tratando com os começos, nas terras bíblicas. Em outras palavras, descobrimos um homem primitivo, um caçador, um nômade a recolher seu alimento, um pastor, um guerreiro, um lavrador— mas tudo em estágio primitivo. Um fator importante é que descobrimos o desenvolvimento do alfabeto (ver o artigo a respeito), que arma o palco (ou a possibilidade) para o desenvolvimento do conhecimento humano em todos os campos, mediante a linguagem escrita. Isso concorda com a narrativa bíblica sobre os começos; ocasionalmente, porém, a arqueologia topa com algo que parece completamente fora de lugar, que sugere a existência, em milênios passados e perdidos, de civilizações mais adiantadas. Há fortes evidências em favor do uso da eletricidade de aviões e do poder atômico por parte de alguns povos antigos. (Ver os últimos cinco parágrafos deste artigo). A cada vez que algo é descoberto e que dá a entender isso, os estudiosos, da Bíblia ou seculares, estipulam alguma explicação alternativa, embora inadequada para explicar as evidências. O moderno líder espiritual, Aaron Abrahamsen, tem sido usado pela Universidade de Arizona para descobrir locais arqueológicos por meio do conhecimento intuitivo e psíquico, e muitos locais têm sido assim descobertos. Ele é capaz de dizer a profundidade em que será encontrada alguma civilização perdida, e sua taxa de sucesso é de mais de noventa por cento. De certa feita, ele ajudou os pesquisadores a encontrarem uma civilização com «cento e cinqüenta mil anos de idade que nada tem a ver com os índios», no deserto norte-americano do oeste. Isso falaria sobre raças pré-adâmicas sobre as quais não temos praticamente nenhuma informação, e sobre as quais a arqueologia tem pouquíssimo a dizer.
As misturas e as não-misturas. É verdade que animais pré-históricos, como os dinossauros, têm sido encontrados de mistura com restos humanos, no mesmo conglomerado. Isso parece dizer que esses presumíveis antiqüíssimos animais conviveram com o homem, ao mesmo tempo em que a ciência afirma que devemos falar em milhões de anos ao nos referirmos aos dinossauros, quando o homem ainda não existia. Portanto, temos em uma mesma mistura coisas aparentemente não-homogêneas, provenientes de diferentes épocas. Tal fato não constitui problema, porém, quando consideramos o seguinte: quando ocorrem as grandes mudanças polares e a crosta terrestre desliza, é perfeitamente possível que coisas de diferentes épocas se misturem no mesmo conglomerado, embora pertencentes a épocas vastamente separadas entre si. Mas, em outros lugares, não ocorrem essas misturas e, em conseqüência, escavando de camada em camada, vamos descobrindo diferentes eras, representadas na não-mistura. Nada há de estranho no fato da existência de misturas e de não-misturas, quando olhamos para a questão do ponto de vista das alterações polares.
A medição por radiocarbono. Os métodos de medição do tempo por radiocarbono e pelo argônio de potássio estão entre os mais fidedignos métodos de medição de datas. Esses métodos obtêm uma precisão com margem de erro de apenas dois a cinco por cento. Isso tem sido provado reiteradamente com a medição de antigos artefatos, ossos, etc., mediante a comparação com datas históricas conhecidas por outros métodos, como os registros históricos. A medição radiocarbônica é digna de confiança quando são datadas matérias orgânicas, ou seja, ex-organismos vivos, que viveram há cerca de quarenta ou cinqüenta mil anos.—A precisão diminui à media que recuamos no tempo, porque a radioatividade diminui à medida que o tempo passa. — Mas, quando isso sucede, o processo faz as coisas parecerem mais novas, e não mais antigas. O fato é que ambos esses processos têm datado inúmeras coisas que antecedem, por vastas eras, os quatro mil anos antes de CRISTO conferidos a Adão, se contarmos para trás o tempo referido nas genealogias. Temos de enfrentar esses fatos e descobrir a verdade. Se Adão representa um novo começo, após uma mudança polar, e não um começo absoluto da espécie humana, ou se ele foi uma criação especial de uma nova raça, tendo cessado de existir espécies humanas mais antigas (e parece que a primeira alternativa é preferível), então podemos admitir as evidências recolhidas pela ciência, sem termos de rejeitar o relato a respeito de Adão como um mito. Seja como for, muitos eruditos bíblicos de grande reputação, que se apegam aos pontos essenciais da fé cristã, têm abandonado inteiramente o método genealógico, reconhecendo a grande antigüidade da terra. Como prova disso, precisamos ler apenas a Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible, sob o título Antediluvianos. Essa obra conclui acerca do método de medição do tempo: «O peso das evidências, de acordo com as interpretações anteriores dos informes disponíveis, claramente indica que a história de Gênesis sobre os antediluvianos não fornece a cronologia de um número específico de anos, de Adão a Noé. Torna-se claro, pois, que não temos datas sobre quando viveram Noé e Adão».
Alguns estudiosos têm sugerido que as descrições sobre os patriarcas bíblicos na verdade são registros dos movimentos e das atividades de tribos inteiras. Termos como «filho» e «gerou» podem ser usados genérica ou metaforicamente, para mostrar as relações entre grupos étnicos, e não a sucessão de pais para filhos reais, dentro desses grupos. Naturalmente, tais considerações não afetam a questão dos povos pré-adâmicos.
4.    A arqueologia e as informações sobre os antediluvianos. Muitas informações têm sido recolhidas por meio da arqueologia e da antropologia, acerca dos povos antigos. Podem ser encontrados detalhes em artigos neste dicionário que abordam pessoas e locais específicos, associados àqueles tempos antigos.
5.    Algumas evidências de avançadas civilizações pré-adâmicas. Isso pode ser ilustrado através das citações seguintes:
«Quando explodiu a primeira bomba atômica no Novo México, o deserto tornou-se um vidro fundido verde, no local da explosão. Esse fato, de acordo com a revista Free World, ofereceu aos arqueólogos uma pista.—Eles tinham escavado no antigo vale do rio Eufrates, e haviam desenterrado uma camada de cultura agrária, com oito mil anos de antigüidade, uma camada de cultura de criação de gado, mais antiga ainda, e uma ainda mais antiga cultura de homens das cavernas. Recentemente, eles atingiram uma outra camada—de vidro verde fundido. Pense só nisso, irmão” (New York Herald Tribune, 16 de fevereiro de 1947).
«Pedacinhos de vidro verde, talvez fundidos em antigas fogueiras, é uma coisa; mas áreas inteiras de vidro verde já é algo inteiramente diferente. E esse não é o único local onde tal coisa tem sido encontrada. Há também áreas similares na costa ocidental da Escócia e em outros lugares, onde apenas um lado foi fundido como se atingido por algum intenso calor, vindo do alto. Os relâmpagos ocasionalmente fundem a areia, mas sempre seguindo o modelo de uma raiz. Portanto, o que produziu uma camada inteira de vidro verde, em diversos lugares da Mesopotâmia?» (Pursuit, janeiro de 1970, lan Sanderson).
Nas antigas lendas encontramos declarações que subentendem uma tecnologia avançadíssima, que se perdeu.
«O antiqüíssimo texto indiano Mahabharata menciona um relâmpago com ponta de ferro que foi enviado contra uma cidade inimiga. O mesmo explodiu, de acordo com o relato, com a luz de dez mil sóis, e com a força destruidora de dez mil vendavais. A quilômetros dali, elefantes foram derrubados por terra. Uma nuvem em forma de guarda-chuva elevou-se no céu. A cidade inimiga, bem como o seu exército, foram inteiramente destruídos. Os sobreviventes da conflagração foram instruídos a se lavarem em um rio próximo, lavando bem suas armaduras. Os cabelos caíam das cabeças das vítimas, a carne embranquecia e os objetos de argila se partiam sozinhos, depois que a poeira se depositou». (The Sost outpost ofAtlantis, Richard Wingate).
Há muitos mistérios, e quanto mais diligentemente buscarmos a verdade, com mente aberta, mais a verdade será descoberta. (JG ST TC WEB WHI Z)
 
 

Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP