Escrita Lição 5, A Instituição da Monarquia em Israel


Lição 5, A Instituição da Monarquia em Israel
 

4º Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel Gomes
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
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Ajuda para esta Lição
4º Trimestre de 2009 - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentaristas: José Gonçalves - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentarista: Pastor José Gonçalves
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/estudos2.htm
Vídeos sobre o rei Davi - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv4trim2009.htm
 

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TEXTO ÁUREO
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.”(1 Sm 8.4,5)
 

VERDADE PRÁTICA
Antes de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de DEUS, para que não venha a sofrer dolorosas consequências.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ef 1.6,7 Procure corresponder à sua vocação espiritual
Terça – Nm 27.15-18 DEUS é quem escolhe a liderança de sua Igreja
Quarta – Mt 9.37,38 Para uma liderança de qualidade é preciso orar
Quinta – Lc 6.12-14 JESUS escolheu os seus discípulos em oração
Sexta – Lc 4.18 Para fazer a obra de DEUS é preciso unção do ESPÍRITO SANTO
Sábado – Js 1.8 Alimentar-se da Palavra é o segredo para o sucesso do ministério
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 8:4-7; 10:1-7
4- Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, 5- e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. 6- Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. 7- E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.

1 Samuel 10
1- Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade? 2- Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? 3- E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a DEUS a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. 4- E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão. 5- Então, virás ao outeiro de DEUS, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizará. 6- E o ESPÍRITO do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. 7- E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque DEUS é contigo.
 
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que para tomar decisões, o crente deve pedir orientação a DEUS.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar monarquia;
Explicitar a escolha de Saul como rei;
Especificar o rei que o povo escolheu
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A vida cristã passa pela tomada de decisões. Tomá-las sem buscar a direção de DEUS pode nos trazer grandes prejuízos. Assim, a lição desta semana trata de um tema importante do Antigo Testamento. O povo de Israel pediu um rei para ser igual às outras nações. A decisão do povo foi marcada pela aparência humana e dados superficiais. Tal pedido, mais adiante, trouxe graves consequências espirituais ao povo de Israel através do rei Saul. Aqui, encontra-se uma ótima oportunidade para refletirmos acerca do grau de dependência que temos do Senhor. Boa aula!
 
PONTO CENTRAL - O crente deve pedir direção a DEUS para tomar qualquer decisão.
 

Resumo da Lição 5, A Instituição da Monarquia em Israel
I – POR QUE A MONARQUIA?
1. Um sentimento de orgulho nacional (8.4,5).
2. O fracasso dos filhos de Samuel.
3. Rejeitando os planos de DEUS (10.6,7).
II – A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
1. Por que Saul?
2. A unção de Saul por Samuel (10.1).
3. Os sinais de confirmação da unção (10.2-7).
III – O REI QUE O POVO ESCOLHEU
1. Uma escolha pautada na aparência.
2. Os direitos do novo rei.
3. O novo sistema político e o aspecto teológico.
 
 
INTRODUÇÃO
Apesar de DEUS, em sua presciência, já saber que o povo pediria um rei (Dt 17:14), Ele não desejava que Israel tivesse um rei. DEUS considerou que o povo não queria Seu governo sobre Ele. Por isso mesmo exigiu que Ele mesmo escolhesse o rei, para que não colocassem um estrangeiro sobre eles. Também DEUS fêz exigências ao rei que colocaria sobre Israel, uma delas, ler todos os dias a Palavra de DEUS. Veja abaixo:
 
Quando entrares na terra que te dá o Senhor teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim; Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Porém ele não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito para multiplicar cavalos; pois o Senhor vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si. Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los; Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel. Deuteronômio 17:14-20
E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. 1 Samuel 8:7
 
Vamos estudar nesta Lição a implantação da monarquia em Israel. DEUS escolhe o primeiro rei, segundo o coração do povo.
 

I – POR QUE A MONARQUIA?
1. Um sentimento de orgulho nacional (8.4,5).
Israel foi chamado desde Abraão, visando um descendente que é CRISTO. Por isso deveriam ser uma nação santa. Todos deveriam ser sacerdotes.
Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo. Gálatas 3:16
Para assim te exaltar sobre todas as nações que criou, para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor teu Deus, como tem falado. Deuteronômio 26:19
E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. Êxodo 19:6
 
OS HOMENS BUSCAM REINOS TERRENOS.
“O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 8.36).
NÓS BUSCAMOS O REINO DE DEUS.
E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Lucas 17:20
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Romanos 14:17
REINO DE DEUS
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. Mateus 18:4
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Mateus 5:3
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Mateus 5:10
Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. Mateus 19:23
Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. Mateus 19:14
E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas. Mateus 13:52
Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Mateus 13:44
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:20
 
 

2. O fracasso dos filhos de Samuel.
A Arca da Aliança não estava mais em Siló, mas estava agora em Quiriate-Jearim. Poderiam tê-la buscado e colocado de volta em Siló. 30 Km.
Israel acabara de vencer uma batalha contra os Filisteus que nunca mais atacaram Israel enquanto Samuel esteve vivo sendo juíz, profeta e sacerdote.
Veja o que aconteceia naqueles dias. Vitória do povo de DEUS por intermédio de Sua intervenção.
Por isso disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao Senhor nosso Deus por nós, para que nos livre da mão dos filisteus. Então tomou Samuel um cordeiro de mama, e sacrificou-o inteiro em holocausto ao Senhor; e clamou Samuel ao Senhor por Israel, e o Senhor lhe deu ouvidos. E sucedeu que, estando Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; e trovejou o Senhor aquele dia com grande estrondo sobre os filisteus, e os confundiu de tal modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel. E os homens de Israel saíram de Mizpá; e perseguiram os filisteus, e os feriram até abaixo de Bete-Car. Então tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor. Assim os filisteus foram abatidos, e nunca mais vieram aos termos de Israel, porquanto foi a mão do Senhor contra os filisteus todos os dias de Samuel. 1 Samuel 7:8-13
Quando Samuel está envelhecido e tendo colocado seus filhos como juízes (deixando de consultar a DEUS a este respeito), então os anciãos pedem um rei.
Lado negativo - Os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos. Mas isso só ocorreu bem depois quando Samuel estava bem velho.
O profeta Samuel ficou foi chocado com o pedido dos israelitas de um rei.
Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor. 1 Samuel 8:6
 
Biblicamente, não há problema em um filho de pastor vir a substituir o pai no ministério. Entretanto, isso não pode se dar por causa do amor paterno, mas pela vocação dada por DEUS e confirmada pela Igreja de CRISTO (1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). O dono da obra é o Senhor!
 
Maneira bíblica de escolher um líder:
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Atos 13:1-4
 

3. Rejeitando os planos de DEUS (10.6,7).
FOI PECADO TEREM PEDIDO UM REI - O povo pecou contra DEUS pedindo um rei.
E todo o povo disse a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor teu Deus, para que não venhamos a morrer; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei. 1 Samuel 12:17-19
Em sua presciência, DEUS sabia que pediriam um rei devido a estarem desviados.
Quando entrares na terra que te dá o Senhor teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim
 
A liderança da Igreja é dada por DEUS
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Efésios 4:11-13
 
 
II – A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
1. Por que Saul?
Saul foi escolhido por causa de seu porte físico, estatura e beleza. Isso condizia com o que o povo desejava num rei. Era um homem segundo o coração do povo.
Não vemos o foco em Davi no início do livro, pois Davi ainda era uma criança e Samuel só escreveu até os dias de sua morte. Porém há uma clara comparação entre Saul e Davi. Enquanto se mostra Saul ciumento, irreverente, desobediente e espírita; por outro lado se mostra Davi, homem segundo o coração de DEUS. Homem generoso, valente, destemido, homem de fé, excelente salmista, musicista, temente a DEUS, obediente, capaz de se arrepender imediatamente após pecar.
 
 
2. A unção de Saul por Samuel (10.1).
 

Samuel está aqui executando o ofício de um profeta, dando a Saul plena garantia da parte de Deus de que ele deveria ser rei, o que se cumpriria mais tarde, de acordo com essas profecias.

Ele o ungiu e o beijou (v. 1). Isso não ocorreu em uma assembléia solene, mas pela designação divina, que supriu todas as solenidades externas. Pelo fato de ser reservado, junto à fonte, como dizem os judeus, não o tornou menos válido. As instituições de Deus são grandes e honrosas, embora as circunstâncias da sua administração possam ser tão desprezíveis e mesquinhas.
A. Ao ungir Saul rei, Samuel assegurou a ele que esse era um ato de Deus: Porventura, te não tem ungido o SENHOR? E, como sinal disso, o sumo sacerdote foi ungido para o seu ofício, para representar a concessão dos dons sobre ele, que eram condições necessárias para a execução dos seus deveres. O mesmo foi sugerido na unção de reis; porque aquele que Deus chama, Ele qualifica. Essas qualificações adequadas fornecem provas apropriadas dessa comissão. Essas unções sagradas, usadas na época, apontavam para o grande Messias, o Ungido, o rei da Igreja e sumo sacerdote de nossa profissão, que foi ungido com o óleo do Espírito, não com certa medida, mas sem medida, e acima de todos os sacerdotes e príncipes da igreja judaica. Samuel, sem dúvida usou um óleo comum, e não lemos que tenha abençoado ou orado por esse óleo. Mas ele foi ungido apenas com um frasco de óleo, um recipiente frágil, porque seu reino logo racharia e quebraria, porque ele recebeu apenas um pouco do Espírito. Davi, por sua vez, foi ungido com um chifre cheio de óleo, como ocorreu com Salomão e Jeú que foram ungidos com um vaso de azeite.
B. Ao beijá-lo, ele lhe assegurou que sua escolha tinha sido aprovada por ele, sinalizando não somente o seu consentimento, mas também a sua satisfação, embora isso diminuísse o seu poder e ofuscasse a sua glória e a glória de sua família. “Deus te ungiu”, diz Samuel, “para ser rei, e eu estou satisfeito e muito contente, por isso recebe o meu beijo”. Esse também era um beijo de homenagem e lealdade. Com isso, ele não somente o reconhece como rei, mas o seu rei, e nesse sentido somos ordenados a beijar o Filho (Sl 2.12). Deus o ungiu e, portanto, também devemos reconhecê-Lo e homenageá-Lo. Na explicação da cerimônia, Samuel o faz lembrar: (1) Da natureza do governo para o qual ele é chamado. Ele foi ungido para ser capitão, um comandante de fato, que anuncia honra e poder, mas um comandante de guerra, que anuncia cuidado, labuta e perigo. (2) Da origem desse governo: O Senhor te ungiu. Saul governaria da parte do Senhor e, portanto, deveria reinar para Ele, na dependência dele e para a glória dele. (3) Da finalidade desse governo. Trata-se de sua herança. Ele deverá cuidar dela, protegê-la e regular todas as questões dela da melhor maneira possível. Ele deverá ser semelhante a um mordomo que um homem nobre coloca sobre o seu patrimônio, para gerenciá-lo e prestar contas a ele. Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

 Beijou-lhe (Strong Português)  נשק nashaq
1) ajuntar, beijar
1a) (Qal) beijar
1b) (Piel) beijar
1c) (Hifil) tocar gentilmente
A unção não era cerimônia peculiarmente israelita. Era praticada em Canaã antes da invasão israelita (Cartas de Amarna, 37, linha 6) e no Egito, onde os reis eram regularmente ungidos. Originalmente usava-se a gordura de um animal na cerimônia da unção; mais tarde usou-se azeite de olivas. Alguns acham que o costume da unção começou com a crença de que ela transmitiria a força do animal ao rei. Contudo, para um hebreu, a unção significava que o poder de Deus estava sendo transmitido á pessoa ungida. A unção continua fazendo parte da cerimônia da coroação na Inglaterra, como também em muitos outros países. Comentario Biblico Moody

 Samuel tomou um vaso de azeite, eo derramou sobre a cabeça, e beijou-o (o beijo era o modo em que dia de expressar homenagem a um soberano) , e disse: Não é porque o Senhor te ungiu para ser capitão sobre a sua herança? (Achamos que todos os sinais exteriores de Ajuda de Deus está aqui, no entanto, o que era para fora não podia mudar o que era voltada para dentro um coração mau de descrença que o que não é a vontade de Deus pode ser facilmente exteriormente ungido. pelos homens, e muitas vezes é, ainda, tal não é a escolha de Deus, e não têm qualquer bom fruto). EXPOSITOR Bíblia The Word.
 
Hoje, não necessitamos do azeite para a separação de obreiros para o ministério da Palavra; basta a imposição de mãos do presbitério (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6).
Vemos a escolha de DEUS clara no início da Igreja que orava e jejuava. Vemos ai a imposição de mãos.
E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Atos 13:1-4
 
 

3. Os sinais de confirmação da unção (10.2-7).
Três são os sinais que confirmaram a unção de Saul como o rei de Israel: (1) Saul encontra as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontra três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho; (3) a capacidade de profetizar pelo ESPÍRITO de DEUS.
 
Samuel também apresenta alguns sinais a Saul, que deveriam ocorrer imediatamente, neste mesmo dia. Esses sinais não apenas confirmariam a palavra de Samuel em geral, e mostrariam que ele era um verdadeiro profeta, mas confirmariam essa palavra a Saul em particular, de que ele deveria ser o rei.
A. Ele deveria encontrar-se com alguns homens que trariam informações de casa acerca da preocupação que seu pai tinha por ele (v. 2). Esses ele encontraria junto ao sepulcro de Raquel. O primeiro lugar a que Samuel o dirigiu foi um sepulcro, o sepulcro de um dos seus ancestrais, visto que Raquel morreu durante o trabalho de parto de Benjamim. Ali ele deve ler um aviso de sua própria mortalidade. Agora que tinha uma coroa em perspectiva, ele devia pensar em seu próprio sepulcro, no qual toda sua honra seria reduzida a pó. Ali dois homens o encontrariam, talvez enviados com o propósito de procurá-lo, e diriam que as jumentas haviam sido encontradas e que seu pai estava preocupado por causa dele, dizendo: Que farei eu por meu filho? Ele perceberia que o encontro com esses mensageiros não era por acaso e que a Providência estava a seu favor (embora em uma questão sem muita importância). Isto o encorajaria para confiar em questões maiores.
B. Em seguida, ele deveria encontrar alguns homens indo a Betel, onde, pelo que parece, havia um lugar alto para a adoração religiosa. Estes homens levariam seus sacrifícios para apresentá-los ali (vv. 3,4). Era um bom sinal, para alguém que havia sido escolhido para ocupar o governo de Israel, que onde quer que fosse, encontrasse pessoas que se preparavam para adorar a Deus. Presume-se que esses cabritos e pães, e o odre de vinho que os três homens levavam consigo, eram designados para sacrifício, com as ofertas de manjares e libações. No entanto, Samuel diz a Saul que estes homens darão a ele dois pães, e ele deve aceitá-los. Esse tipo de presente poderia parecer para nós hoje como uma esmola. Assim, Saul deve lembrar-se, do tempo quando recebia esmolas, e deve ser humilde e caridoso com os pobres. Mas, talvez, poderia ser interpretado como um presente dado a um príncipe. Como tal, Saul deve recebê-lo, o primeiro presente que foi dado a ele, por pessoas que não sabiam o que estavam fazendo, nem por que o faziam. Era Deus que havia colocado isso no coração deles, o que tornava este presente um sinal claro da parte de Deus para ele. Esses dois pães, que era o primeiro tributo pago a esse recém-ungido rei, poderiam servir como uma admoestação para ele, no sentido de não gastar a riqueza da sua coroa com luxo, mas continuar satisfeito com o alimento básico. O pão é o sustento da vida.
C. O sinal mais marcante de todos seria a sua participação na companhia dos profetas, debaixo da influência de um espírito de profecia, que naquele momento viria sobre ele. O que Deus opera em nós pelo seu Espírito serve muito mais para a confirmação da fé do que qualquer coisa realizada para nós pela sua providência. (1) Samuel conta a Saul onde isso aconteceria (vv. 5,6): no outeiro de Deus, onde havia a guarnição dos filisteus, que supostamente ficava próximo de Gibeá, sua própria cidade, porque lá ficava a guarnição dos filisteus (1Sm 8.3). Talvez essa fosse uma das cláusulas do acordo que Samuel tinha com eles de que deveriam ter uma guarnição ali, ou, mais propriamente, depois de serem subjugados no início do seu tempo, eles novamente se reforçaram, a ponto de impor essa guarnição dentro daquele lugar, e então Deus levantou o homem que os açoitaria. Havia um lugar que era chamado de outeiro de Deus, porque uma das escolas de profetas tinha sido construída ali. Até mesmo os filisteus respeitavam a religião dos judeus, a ponto de uma guarnição dos seus soldados permitirem que uma escola dos profetas de Deus vivesse pacificamente com eles. Eles não somente não os expulsaram de lá, mas também não reprimiram ou perturbaram o exercício público da suas devoções. (2) Samuel conta a Saul acerca da ocasião. Ele deveria encontrar um rancho de profetas que desceriam do alto com música e estes profetizariam. Com eles Saul deveria unir-se. Israel era bem-aventurado pelo fato de não ter somente alguns profetas, mas um rancho ou um grupo de profetas, que transmitia instruções valiosas ao povo, servia de exemplo e ajudava a manter a religião no meio deles. Agora a palavra do Senhor não era tão preciosa, como tinha sido na época em que Samuel foi levantado, quando tinha sido instrumento na fundação dessas escolas, ou de casas religiosas, de onde, é provável, surgiram as sinagogas. Que pena que Israel havia se cansado do governo de um homem como Samuel, que embora não tivesse, como homem de guerra, expulsado os filisteus, no entanto (o que era um favor maior para Israel), tinha, como homem de Deus, instituído as escolas dos profetas! A música era usada naquela época como um meio apropriado para dispor a mente para receber as impressões do bom Espírito, como ocorreu com Eliseu (2 Rs 3.15). Mas não temos motivos para querer o mesmo benefício aqui, a não ser que o considerássemos tão eficaz quanto o foi no caso de Saul para afastar o espírito mau. Esses profetas tinham estado no lugar alto, provavelmente oferecendo sacrifício, e agora voltavam cantando salmos. Nós também deveríamos voltar das ordenanças santas com nosso coração cheio de alegria e louvor santo (Sl 138.5). Saul deveria estar profundamente comovido pelo fato de unir-se a eles, e seria mudado em outro homem em relação à sua vida privada. O Espírito de Deus, por meio de suas ordenanças, muda pessoas, transformando-as de maneira maravilhosa. Saul, ao louvar a Deus na comunhão dos santos, tornou-se outro homem, mas pode ser questionado se de fato transformou-se em um homem novo. Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT.
 
 
III – O REI QUE O POVO ESCOLHEU
PROVAS DE QUE QUEM ESCOLHEU SAUL COMO REI FOI DEUS E NÃO O POVO. O povo pediu um rei, mas quem escolheu o rei foi DEUS.
 
Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim.1 Samuel 9:16
veja que antes que qualquer um soubesse quem seria rei, DEUS já escolhera Saul. Nem Samuel sabia quem era.
Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança?1 Samuel 10:1
Então disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor escolheu? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então jubilou todo o povo, e disse: Viva o rei!1 Samuel 10:24
Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao Senhor.1 Samuel 15:11
Não é hoje a sega do trigo? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade, que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei. Então invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; por isso todo o povo temeu sobremaneira ao Senhor e a Samuel. E todo o povo disse a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor teu Deus, para que não venhamos a morrer; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei. 1 Samuel 12:17-19 FOI PECADO TEREM PEDIDO UM REI

1. Uma escolha pautada na aparência.
O povo queria um rei que se destacasse no meio do povo e dos reis vizinhos. O desejo era material, estético, de total orgulho humanista.
DEUS lhes deu um rei segundo seus corações. Saul era um candidato que enchia os olhos. Fisicamente, era um homem notável (1 Sm 9.2). O povo não via nada além que a aparência humana; mas DEUS, que sonda todas as coisas, conhecia o coração de Saul. Mesmo não sendo o rei ideal do ponto de vista divino, DEUS o designou e o nomeou.
Eleição Pública (povo aprovando) e Posse de Saul, e Volta para sua Cidade.

A nomeação de Saul para o trono torna-se pública aqui, em uma assembléia geral dos anciãos de Israel, os representantes das suas respectivas tribos em Mispa. É provável que essa convenção dos estados tenha sido convocada o mais breve possível, após a unção de Saul. Caso precise haver uma mudança no governo, quanto antes melhor. Poderia gerar conseqüências negativas caso fosse postergada por muito tempo. Tendo o povo se reunido em uma assembléia solene, na qual Deus estava presente de uma maneira peculiar (e lemos que Samuel convocou o povo ao Senhor, v. 17), Samuel age no meio deles em nome de Deus.
I
Samuel os censura pelo fato de rejeitarem o governo de um profeta (dirigido por DEUS) e desejarem o governo de um capitão (Orientado, mas não dirigido por DEUS).
1. Ele mostra ao povo (v. 18) quão prósperos tinham sido debaixo do governo divino. Quando Deus os governava, Ele os livrou da mão dos egípcios e da mão de todos os reinos que os oprimiam. O que mais podiam desejar? Será que o homem mais valente e valoroso poderia fazer por eles o que o Deus Todo-poderoso havia feito?
2. Samuel também mostra a eles (v. 19) a afronta que tinham feito a Deus (que os tinha livrado de todos os seus males e trabalhos, pelo seu próprio poder, e por meio daqueles que havia chamado e qualificado) ao desejar um rei para livrá-los. Samuel deixa a questão bem clara: “Vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus e Ele pode de forma justa, rejeitar-vos também”. Aqueles que acham que podem viver melhor pela razão do que pela fé, que preferem um braço de carne ao braço do Todo-poderoso, trocam um manancial de águas vivas por cisternas rotas (Jr 2.13). E alguns tornam a sua obstinação em relação a essa questão um presságio na sua rejeição a Cristo, para que não reine sobre eles.
II
Ele prepara o povo para que recebam o seu rei escolhido por DEUS. Ele sabia quem Deus tinha escolhido, e já o havia ungido, mas ele também conhecia a teimosia e impertinência daquele povo, e que havia pessoas no meio deles que não aceitariam a escolha caso dependesse do testemunho de uma única testemunha. Portanto, para que cada tribo e cada família da tribo escolhida satisfaçam-se em ter uma chance na escolha, Samuel os convoca para o sorteio (v. 19). Benjamim é escolhido de todas as tribos (v. 20), e, dessa tribo, Saul, filho de Quis (v. 21). Por meio desse método, ficaria claro para o povo, como já havia ficado claro para Samuel, que Saul tinha sido designado por Deus para ser rei de Israel; porque a sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda a sua disposição (Pv 16.33). Isso também evitaria toda disputa e exceções; porque a sorte faz cessar os pleitos e faz separação entre os poderosos (Pv 18.18). Quando a tribo de Benjamim foi escolhida, eles devem ter facilmente pressuposto que escolheriam uma família que logo seria eliminada novamente, porque no leito da morte Jacó tinha, pelo espírito de profecia, legado o domínio a Judá. Judá é a tribo que deve reinar como um leão; Benjamim somente é o lobo que despedaça (Gn 49.10,27). Portanto, aqueles que conheciam as Escrituras não podiam estar muito animados com o que aconteceu, porque anteviam que, em breve, seu reinado seria desfeito.
III
Com muita dificuldade, e não sem questionamento ao Senhor, Saul é finalmente apresentado. Quando a sorte caiu sobre ele, todos esperavam que ele se apresentasse assim que fosse chamado, mas, em vez disso, nenhum dos seus amigos o conseguia achar (v. 21). Ele havia se escondido entre a bagagem (v. 22), tão pouco lhe apetecia agora aquele poder; mas uma vez que o possuiu, não conseguiu pensar em se desfazer dele a não ser com a maior indignação.
1. Ele se retirou, na esperança de que, pelo fato de não aparecer, eles acabariam escolhendo outra pessoa. Talvez também tenha sido uma forma de expressar a sua modéstia; porque, pelo que já tinha acontecido anteriormente, ele sabia que era o homem indicado. Podemos supor que, nessa época ele era avesso à idéia de assumir o governo:
(1) Porque ele estava ciente de sua inaptidão para um cargo tão elevado. Ele não era oriundo de uma família nobre, nem tinha sido instruído na guerra, ou nas cortes de justiça e temia que pudesse ser culpado de um erro fatal. (2) Porque isso o exporia à inveja dos seus vizinhos que estivessem predispostos contra ele. (3) Porque entendia o que Samuel tinha dito, ou seja, que o povo havia pecado ao pedir um rei, e que era com ira que Deus havia atendido ao pedido deles. (4) Porque a situação de Israel naquela época não era nada confortável. Os filisteus eram fortes e os amonitas, ameaçadores. Ele precisa de muita coragem para içar as velas naquela tempestade.
2. Mas a congregação, acreditando que era boa a escolha feita pelo próprio Deus, tentaria de tudo para encontrar aquele sobre quem recaiu a sorte. Eles tornaram a perguntar ao SENHOR, ou por meio do sumo sacerdote, e seu peitoral do juízo, ou por Samuel, e seu espírito de profecia; e o Senhor os dirigiu para o lugar onde Saul havia se escondido, entre a bagagem, e o tomaram dali (v. 23). Observe: Ninguém será perdedor no final, caso apresentar um espírito modesto e humilde. A honra, semelhante à sombra, segue aqueles que dela fogem, mas foge daqueles que a perseguem.
IV
Samuel apresenta Saul ao povo e eles o aceitam. Ele não precisou montar um palanque para ser visto. Quando estava em pé com o restante das pessoas, podia ser visto por todos, porque era mais alto do que qualquer um deles, desde o ombro para cima (v. 23). “Olhem”, disse Samuel, “o rei que Deus escolheu para vocês, alguém como vocês desejavam. Em todo o povo não há nenhum semelhante a ele, com tanta majestade em sua compostura e tanta ostentação graciosa em sua aparência. Ele é no meio do povo como um cedro no meio de arbustos. Que os seus próprios olhos sejam juízes. Acaso ele não é um homem valente e garboso?”. Assim, o povo expressou a sua aprovação e aceitação quanto à escolha. Todo o povo jubilou, e disseram: Viva o rei! Isto é, “que reine muito tempo sobre nós em saúde e prosperidade”. Os súditos tinham o hábito de testificar sua afeição e lealdade ao seu príncipe por meio de suas saudações afáveis. Essas saudações acabavam sendo destinadas ao próprio Deus (como ocorre com nossa tradução). Continuamente se fará por ele oração (Sl 72.15; veja Sl 20.1). Samuel disse que logo se cansariam do seu rei, mas, com a sua predisposição, eles não dariam ouvidos a ele. Portanto: Viva o rei! Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT


2. Os direitos do novo rei.
Samuel estabelece o contrato inicial entre eles e o deixa registrado (v. 25). Ele tinha, anteriormente, anunciado o costume do rei (1Sm 8.11), como abusaria do seu poder; agora ele apresenta o direito do reino, ou melhor, a lei, ou juízo, ou constituição dele, o tipo de poder que o príncipe exigirá e as posses máximas que o súdito requererá. Ele estabeleceu os marcos entre eles, para que ninguém invadisse os direitos do outro. Que cada um esteja ciente dos seus direitos e deveres, e que esse acordo permaneça preto no branco. Isso poderá salvaguardar uma boa compreensão entre eles a partir de então. Samuel pode estar agora repetindo e registrando o que havia anunciado anteriormente (1Sm 8.11) acerca do poder arbitrário que os seus reis assumiriam. Isso servia de testemunha contra eles no futuro, de que foram eles que haviam atraído a calamidade sobre si próprios, visto que tinham sido advertidos a esse respeito. Mesmo assim, eles desejavam ter um rei.

A assembléia foi dissolvida no final da solenidade: Enviou Samuel a todo o povo, cada um para sua casa. Aqui não foi passada nenhuma resolução, por mais estranho que isso possa parecer. Apenas foi levantada uma moção, para o levantamento de dinheiro para sustentar a dignidade do seu recém-eleito rei. Se, portanto, o rei, mais tarde entendesse ser justo apoderar-se daquilo que eles não achavam justo entregar (algo que ele precisava receber), a culpa era somente deles mesmos. Cada um foi para sua casa, satisfeito com o rei que governaria sobre eles, e foi também Saul para sua casa, a Gibeá, à casa do pai, não envaidecido com o título de um reino sujeito a ele. Ele não tinha um palácio em Gibeá, nem um trono, ou corte; mesmo assim, é para lá que ele se dirige. Já que precisa ser rei, como alguém ciente da rocha de onde tinha sido lavrado, ele fará de sua própria cidade uma cidade real. Saul não se envergonhará (como acontece com tantos quando são promovidos) de sua parentela de pouca expressão. Esse tipo de espírito humilde mostra beleza e brilho diante de grande progresso. Quão bom e agradável é quando a condição de alguém melhora, mas a sua disposição continua humilde.

1. De que forma o povo reagiu em relação ao seu rei? Ao que tudo indica, a maioria não se mostrava muito preocupada: cada um foi para sua casa. Seus corações estavam mais preocupados com os negócios particulares do que com os negócios públicos. Essa era a disposição geral.
(1) Mas, havia alguns fiéis que o auxiliaram: foram com ele, do exército, aqueles cujo coração Deus tocara (v. 26). Não era um exército inteiro, mas uma pequena companhia, porque estes homens estavam conscientes de sua própria escolha de um rei, ou porque tinham uma percepção mais profunda do que seus vizinhos, no sentido de concluir que se Saul era rei, ele precisava ser respeitado de acordo. Assim, eles foram com ele para Gibeá, como seus guarda-costas. Eles eram aqueles cujo coração Deus tocara, nessa situação, para cumprir o seu dever. 
(2) Havia outros que eram tão atrevidos a ponto de afrontá-lo; filhos de Belial, homens que não estavam dispostos a levar nenhum jugo, que não se agradariam com coisa alguma que Deus ou Samuel fizessem. Esses o desprezaram (v. 27) por causa da insignificância de sua tribo e família, da pequenez do seu estado e da privacidade de sua educação. Por isso, falaram: É este o que nos há de livrar? No entanto, eles não sugeriram outro homem semelhante. Independentemente de quem tinham em mente, a salvação deles não deveria vir de homem algum, e sim de Deus. Eles não se uniram aos seus vizinhos para mostrar simpatia a ele e ao seu governo, trazendo-lhe presentes ou dirigindo-se a ele após a sua ascensão à coroa. Talvez esses espíritos descontentes fossem os mais fervorosos para que Israel tivesse um rei, no entanto, agora que o tinham, disputavam com ele, porque não era alguém parecido com eles. Bastava que outros gostassem de Saul para que eles não gostassem dele. As pessoas reagem da mesma forma em relação ao nosso Redentor exaltado. Existem aqueles que O desprezam, que perguntam: É este o que nos há de livrar? Eles se escandalizam nele, tropeçam na sua insignificância exterior e acabam destruídos por causa desse espírito. Mas, existem os fiéis seguidores e servos.
 
O profeta Samuel esclareceu que o rei teria os seguintes privilégios: todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lo na guerra, no trabalho do campo e da cozinha real, na implantação de impostos, no confisco de escravos para o trabalho, na produção de perfumes, e na cobrança dos dízimos da produção – no Antigo Testamento essa é a única vez que se trata de dízimo cobrado pelo rei (1 Sm 8.10-17).
Assim, as exigências descritas por Samuel faziam parte do novo sistema político que o povo tanto desejava, um padrão desenvolvido pelas nações gentílicas. No Novo Testamento, há recomendação evangélica de como o cristão deve se portar na forma de governo político-temporal vigente (Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13-17). Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
 

3. O novo sistema político e o aspecto teológico.
10.25 O DIREITO DO REINO. O rei de Israel devia ser bem diferente dos reis doutras nações. Ao invés de ser um monarca absoluto, devia ser um rei teocrático, submisso a Deus como o supremo Soberano do povo (ver Dt 17.14-20, quanto aos deveres e leis para os reis).
 
DEUS sempre cuidou de Israel; deu-lhe mandamentos, escolheu lideranças para representá-lo em momentos ímpares, fez com que o povo se arrependesse e se voltasse para Ele muitas vezes. Agora, não seria diferente. O Senhor não se afastaria da nação. Se originalmente esta não era a vontade de DEUS, o Criador usaria esse modelo para guiar o seu povo. Ele já preparara um rei segundo o coração dEle (1 Sm 13.14).
Neste novo modelo, a liderança seria centralizada na pessoa do rei; sacerdotes e profetas representariam o conselho de DEUS para o governo monárquico. Assim, o Altíssimo conduziria o seu povo pela história.
 
CONCLUSÃO
POR QUE A MONARQUIA? Por um sentimento de orgulho nacional (8.4,5). Devido ao fracasso dos filhos de Samuel. Os israelitas, com isso, estavam rejeitando os planos de DEUS (10.6,7).
A ESCOLHA DE SAUL COMO REI - Saul foi escolhido de acordo com o desejo do povo. Alto e Bonito. A unção de Saul por Samuel (10.1) foi dada com um beijo e óleo sobre suaa cabeça. Aconteceram sinais de confirmação da unção (10.2-7).
O REI QUE O POVO ESCOLHEU - Foi uma escolha pautada na aparência. Foram registrados e dados os direitos do novo rei. Esse novo sistema político tinha como aspecto teológico um líder ungido por DEUS que teria como auxiliares e conselheiros os sacerdotes e os profetas.
A Igreja precisa de líderes que sejam homens de DEUS, cheios e controlados e movidos pelo ESPÍRITO SANTO com auxiliares da mesma estirpe.
 
 
 
Um filho de Fineias, filho de Eli era Sumo Sacerdote na época de Saul
Aías era o sumo sacedote, era filho do irmão de Icabode, Aitube, filho de Fineias.
Icabode era aquele que nasceu quando sua mãe morreu ao lhe dar a luz, no dia que morreu seu pai, seu tio Hofnii e seu avô Eli.
E estava Saul à extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que havia em Migrom; e o povo que estava com ele era uns seiscentos homens. E Aías, filho de Aitube, irmão de Icabode, o filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia o éfode; porém o povo não sabia que Jônatas tinha ido. 1 Samuel 14:2,3
 
A arca era levada para as guerras de Saul
Então Saul disse a Aías: Traze aqui a arca de DEUS (porque naquele dia estava a arca de DEUS com os filhos de Israel). 1 Samuel 14:18
 
Os Filisteus enviaram a Arca para Bete Semes num carro de bois puxado por duas vacas paridas (para elas deixarem seus bezerros e levarem a araca só sob a direção de DEUS - foram andando e berrando).
E assim fizeram aqueles homens, e tomaram duas vacas que criavam, e as ataram ao carro; e os seus bezerros encerraram em casa. E puseram a arca do Senhor sobre o carro, como também o cofre com os ratos de ouro e com as imagens das suas hemorróidas. Então as vacas se encaminharam diretamente pelo caminho de Bete-Semes, e seguiam um mesmo caminho, andando e berrando, sem se desviarem, nem para a direita nem para a esquerda; e os príncipes dos filisteus foram atrás delas, até ao termo de Bete-Semes. 1 Samuel 6:10-12
 
Morreram 50 mil e setenta israrelitas em Bete Semes por olharem dentro da Arca (ali deve ter sumido a Vara de Arão e o Vaso de maná)
A arca ficou tendo como sede Quiriate-Jearim por 78 anos - 20 durante o sacerdócio de Samuel - 40 anos sob o reinado de Saul (sendo mudada para Nobe e Gibeá) e 18 sob o reinado de Davi.
E o Senhor feriu os homens de Bete-Semes, porquanto olharam para dentro da arca do Senhor; feriu do povo cinqüenta mil e setenta homens; então o povo se entristeceu, porquanto o Senhor fizera tão grande estrago entre o povo.
1 Samuel 6:19
Na arca não havia coisa alguma senão as duas tábuas, que Moisés tinha posto em Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel, saíndo eles do Egito. 2 Crônicas 5:10
 
CURIOSIDADE - VOCÊS SABIAM QUE DESDE O TEMPLO DE SALOMÃO NÃO SE FAZIA O DIA DA EXPIAÇÃO CORRETAMENTE? NÃO HAVIA MAIS DENTRO DA ARCA VARA E NEM MANÁ. SABIAM QUE NO TEMPO DE JESUS NÃO HAVIA MAIS A ARCA E NEM VARA DE ARÃO E NEM O VASO DE MANÁ? POR ISSO TANTO FAZIA TER UM OU DOIS SACERDOTES COMO NO TEMPO DE JESUS. Na arca não havia coisa alguma senão as duas tábuas, que Moisés tinha posto em Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel, saíndo eles do Egito. 2 Crônicas 5:10 Última menção da Arca - Josias mandou que os levitas parassem de levar a Arca de um lado para outro e a devolvessem ao templo, onde pertencia (2 Crônicas 35:3). Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. Lucas 3:2
 
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O sentimento de orgulho nacional, o fracasso dos filhos de Samuel e a rejeição do plano de DEUS contribuíram para o estabelecimento da monarquia.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Saul foi ungido rei por Samuel pela vontade soberana de DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A escolha do rei Saul foi pautada pela aparência. Ele tinha privilégios e estabeleceu o novo sistema político em Israel.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO TOP1
Ao introduzir a lição de hoje, que tem como tema a instituição do primeiro reinado de Israel, faça uma síntese a respeito de como DEUS conduzia o seu povo até aquele derradeiro momento. Como sugestão para essa síntese, use o seguinte texto como auxílio: “[...] Desde os dias de Moisés DEUS governava Israel através de sacerdotes e juízes especialmente dotados com poder e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu, o povo pediu um rei para que eles fossem como as nações que estavam ao seu redor. O repúdio que demonstravam estava dirigido a DEUS e a uma caminhada de fé. Eles desejaram imitar as nações não simplesmente no governo, mas também no espírito, dependendo de suas próprias possibilidades e poder ao invés de depender do Senhor (1 Sm 8)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.1775).
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“[...] Quando Saul se virou para partir em direção à sua casa, DEUS lhe mudou o coração em outro (9). O humilde trabalhador rural estava a caminho de tornar-se um líder militar e civil. O ESPÍRITO de DEUS se apoderou dele (10) e os seus conhecidos, ao vê-lo, perguntavam uns aos outros: Está também Saul entre os profetas? (11), uma frase destinada a tornar-se famosa em uma época posterior, sob as mais extremas manifestações de 19.23-24. Tornou-se provérbio (12) não significa necessariamente a partir daquele momento, mas pode ter sido na época posterior narrada no capítulo 19. Os versos 6-11 mostram ‘A criação de um novo homem’, pois Samuel disse a Saul: te mudarás em outro homem, 6. Aqui temos (1) Redenção – DEUS lhe mudou o coração em outro, 9; (2) Renovação – O ESPÍRITO de DEUS se apoderou dele, 10; e (3) Reconhecimento – todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava; então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis?” (Comentário Bíblico Beacon:2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.197).
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“Todos os anciãos de Israel (4) vieram até Samuel, para demonstrar uma ampla insatisfação com a situação. A sua exigência de um rei se baseava em duas razões: já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos (5), além do desejo de que o rei pudesse ser o seu juiz ou líder e de que eles pudessem ser como todas as nações. Este desejo de adequar-se aos outros, rebelando-se contra as características divinas, foi uma fonte de problemas para o povo de DEUS em todas as épocas.
O descontentamento de Samuel (6) não ocorreu porque o povo julgou que ele estava velho e que os seus filhos não eram dignos de sucedê-lo, mas porque pediram um rei – fato no qual ele via claramente implicações profundas com envolvimentos morais e espirituais. Os seus receios se confirmaram quando o Senhor lhe disse: o povo não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele (7). A nação já tinha uma triste história de rebelião e idolatria, e estava, agora, apenas fazendo a Samuel o que já havia feito ao Senhor (8). Esperava-se que o profeta concordasse com o pedido, mas ele protestou e claramente informou os líderes do resultado da sua escolha (9)” (Comentário Bíblico Beacon:2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.193).


PARA REFLETIR - A respeito de “A Instituição da Monarquia em Israel”, responda:
Onde teve origem o desvio de Israel? O desvio de Israel teve origem em sua desobediência a DEUS.
Qual era o contexto dos israelitas quando pediram um novo rei? Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo, havia ameaças constantes dos filisteus, os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos.
Qual o propósito do autor sagrado ao enfatizar o rei Davi e não o rei Saul? O propósito do autor sagrado é contrastá-lo as atitudes do rei Davi, que mostram um comportamento completamente diferente do de Saul.
Cite os três sinais que confirmaram o reinado de Saul. Três são os sinais que o texto menciona para confirmar a unção de Saul como o rei de Israel: (1) Saul encontraria as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontraria três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho; (3) a capacidade de profetizar pelo ESPÍRITO de DEUS.
Cite, ao menos, três privilégios do rei de Israel.Todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lhe na guerra, no trabalho forçado na terra, no trabalho da cozinha real, na apropriação de terras para que fossem dadas aos ministros do rei.


CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 80, p38.
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Em defesa de Israel; Liderança Espiritual; Manual do Pastor Pentecostal.