VERDADE PRÁTICAO arrependimento do pecador é o primeiro passo para receber, pela fé, a graciosa salvação de DEUS. LEITURA DIÁRIA Segunda - Sl 51.1-3 O arrependimento abre caminho para o perdão de DEUS
Terça - Is 30.15 DEUS concede salvação ao que se arrepende
Quarta - Mt 3.8 Um convite para dar frutos dignos de arrependimento
Quinta - Lc 15.7 Há alegria no céu quando um pecador se arrepende
Sexta - 1 Jo 1.9 DEUS é fiel para justificar quem se arrepende dos seus pecados
Sábado - Ap 3.19 Um chamado ao arrependimento LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.37-4137 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? 38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. 39 - Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar. 40 - E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. 41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase tres mil almas. OBJETIVO GERAL - Explicar que o arrependimento é o primeiro passo para receber, pela fé, a graciosa salvação de DEUS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mostrar que o arrependimento, mediante a ação do ESPÍRITO é uma mudança essencial para receber a salvação de DEUS; Explicar que a fé salvífica é um dom de DEUS; Compreender que o arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da fé salvífica e do arrependimento. Veremos que fé para a salvação é implantada em nossos coraç?es pelo ESPÍRITO SANTO a fim de que venhamos a receber a dádiva da salvação. DEUS deseja que todos sejam salvos, contudo é necessário fé e arrependimento. Primeiro, o ESPÍRITO SANTO faz nascer no coração do homem incrédulo a fé em JESUS e no seu sacrifício vicário. Depois, o mesmo ESPÍRITO nos convence dos nossos pecados, do juízo e da justiça de DEUS, gerando o arrependimento. Então, é importante, no decorrer da lição, enfatizar que para fazer parte do Reino de DEUS é necessário fé e arrependimento. PONTO CENTRAL - Fé e arrependimento são essenciais para se fazer parte do Reino de DEUS.
Resumo da Lição 9, Arrependimento e Fé Para a Salvação I - ARREPENDIMENTO, UMA TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO
1. Definição de Arrependimento 2. Arrependimento na Vida Cotidiana 3. A Ação do ESPÍRITO SANTO no Arrependimento. II - A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO 1. A fé natural. 2. A fé salvífica. 3. Os benefícios da fé. III - O ARREPENDIMENTO E A FÉ SÃO AS RESPOSTAS DO HOMEM À SALVAÇÃO 1. Arrependimento - Condição para Salvação. 2. Salvação por meio da fé. 3. Arrependimento e conversão. SÍNTESE DO TÓPICO I - O arrependimento é essencial para receber a salvação de DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO II - A fé salvífica é um dom de DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO III - O arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação. SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP1"O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma 'virada contra' (o arrependimento) e uma 'virada para' (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv ('virar para trás', 'voltar') e nicham ('arrepender-se', 'consolar'). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de DEUS (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para DEUS. A pessoa também pode desviar-se do bem ou desviar-se do mal, isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas as palavras transmitem a ideia de arrependimento.
O Novo Testamento emprega epistrephõ no sentido de 'voltar-se' para DEUS e metanoeõ/metanoia para a ideia de 'arrependimento' (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoe? para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.
Embora o arrependimento por si só não possa salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. DEUS 'anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam' (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de JESUS (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era 'Arrependei-vos'. Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS (Rm 3.23)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 368).
CONHEÇA MAIS TOP1 - Arrependimento "Quando os olhos dos pecadores são abertos, não podem sentir senão remorsos no coração por causa do pecado, e uma grande inquietude interior. O apóstolo exorta o povo a arrepender-se de seus pecados e confessar abertamente sua fé em JESUS como o Messias, e ser batizados em seu nome. Assim, pois, professando sua fé nEle, receberia a remissão de seus pecados, e participaria dos dons e das graças do ESPÍRITO SANTO." Leia mais em "Comentário Bíblico" de Matthew Henry, CPAD, p.888. SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2 - Fé"Entre as declarações bíblicas sobre o assunto, esta é a fundamental: 'Abraão creu [heb. 'man], no senhor, e foi lhe imputado isto por justiça' (Gn 15.6). Moisés ligou a rebelião e desobediência dos israelitas à sua falta de confiança no Senhor (Dt 9.23,24). A infidelidade de Israel (Jr 3.6-14) forma um nítido contraste com a fidelidade de DEUS. A fé abrange a confiança. Podemos 'depender' do Senhor ou nEle 'fiar-nos' (heb. batach) com confiança. Quem assim fizer será bem-aventurado (Jr 17.7). Alegramo-nos porque podemos confiar no seu nome (Sl 33.21) e no seu amor inabalável (Sl 13.5). Podemos também 'refugiar-nos' (heb. casah) nEle, conceito este que afirma a fé (Sl 18.30).
No Novo Testamento, o verbo pisteu? ('creio, confio') e o substantivo pistis ('fé') ocorrem cerca de 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em DEUS (Rm 4.24), em CRISTO (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de CRISTO (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é 'um salto no escuro'.
Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de DEUS leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a DEUS (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em DEUS e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de DEUS fiel. É o nosso sangue espiritual (Gl 2.20)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3"Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos simplesmente devolvendo o dom de DEUS? Seria necessário, para protegermos o ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé não é realmente nossa, mas de DEUS? Alguns citam determinados versículos como evidências em favor de semelhante opinião. J. I. Packer diz: 'DEUS, portanto, é o autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1.29)'. H. C. Thiessen afirma que há 'um lado divino da fé, e um lado humano', e então declara: 'A fé é um dom de DEUS (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO de DEUS (1 Co 12.9). Paulo diz que todos os aspectos da salvação são um dom de DEUS (Ef 2.8), e por certo a fé está incluída aí' (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 370). PARA REFLETIR - A respeito de arrependimento e fé para a salvação, responda:
O que significa arrependimento no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento, arrependimento significa mudança de ideia ou de propósito, no sentido de abandonar o pecado, voltando-se para DEUS de todo o coração, alma e força.
Qual é a ação do ESPÍRITO SANTO no arrependimento do ser humano?O ESPÍRITO SANTO opera o arrependimento na conversão do ser humano (Jo 16.8). Somente Ele pode conhecer e esquadrinhar profundamente o coração do homem, e os que estão abertos ao seu mover podem perceber as situações que precisam de confissão sincera diante de DEUS.
O que é a fé natural?É a aceitação intelectual de certas verdades acerca de DEUS, mas não acompanhada por um compromisso com o Evangelho (Tg 2.17).
O que é a fé salvífica?É uma atitude do intelecto e do coração para com DEUS em que o homem abandona a vida de pecado para confiar exclusivamente na obra salvadora de CRISTO na cruz. Logo, a fé salvífica não consiste somente em crer em algumas coisas, mas confiar na pessoa de CRISTO. Ela é um dom de DEUS
Qual é a abrangência do arrependimento?O arrependimento faz parte do processo de conversão e abrange o ser humano por inteiro: o intelecto (Mt 21.29), as emoções (Lc 18.13) e a vontade (Lc 15.18,19). CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 72, p40.
A fé natural que todo ser humano já nasce com ela, advinda de DEUS, o arrependimento, a fé salvífica, o convencimento pelo ESPÍRITO SANTO, tudo opera conjuntamente para a salvação. Depois de convencido do pecado, da justiça e do juízo o pecador se arrepende, sente tristeza e vergonha pelos seus pecados e crê no sacrifício vicário de CRISTO na cruz do Calvário em seu lugar, levando sobre ELE seus pecados. Isso é conversão. Essa fé leva o ex-pecador, agora, a experimentar a paz de DEUS e com DEUS em seu coração. I - ARREPENDIMENTO, UMA TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO
1. Definição de Arrependimento Arrependimento (Dicionário Português) s. m. 1. Ato de arrepender-se; pesar sincero de algum ato ou omissão. 2. Contrição. 3. Mudança de deliberação. ARREPENDIMENTO (Dicionário Teológico) [Do gr. metanoia, mudança de mente ] Compunção, contrição. Tristeza causada pela violação das leis divinas, pela qual o indivíduo é constrangido a voltar-se a DEUS para implorar-lhe o imerecido favor (2 Co 7.10). No Antigo Testamento, temos o vocábulo niham que traduz a idéia de arrepender-se . No grego, podemos contar com pelo menos duas palavras: metanoeõ e apostrepho. Tanto na língua hebréia, quanto na grega, os termos usados para arrependimento encerram a seguinte idéia: "voltar-se para longe de, ou em direção de". ARREPENDER-SE (Almeida) 1) Sentir tristeza por uma atitude tomada; lamentar-se (Êx 13.17). 2) Mudar de atitude (Jr 34.11). 3) Chegar ao ARREPENDIMENTO (Mt 12.41; Lc 15.7). ARREPENDIMENTO (Almeida) Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em DEUS, que perdoa (Mt 3.2-8; 2Co 7.9-10; 2Pe 3.9). O complemento do arrependimento é a FÉ 2. E os dois juntos constituem a CONVERSÃO. Strong Português - SinônimosA distinção freqüentemente feita é: 3338 refere-se a uma mudança emocional; 3340 a uma mudança de escolha; 3338 significa nada mais que pesar equivalente a remorso; 3340, aquela reversão de propósito moral conhecida como arrependimento; esta distinção parece não manter-se pelo uso. Contudo, que 3340 é o termo mais completo e mais nobre, expressivo de ação e fim moral, é indicado não somente pela sua derivação, mas pela maior freqüência do seu uso e pelo fato de ser usado muitas vezes no imperativo. Strong Português - נחם nocham1) arrependimento, pesar μετανοεω metanoeo1) mudar a mente, i.e., arrepender-se
2) mudar a mente para melhor, emendar de coração e com pesar os pecados passados
A fé se relaciona com DEUS; o arrependimento, com o pecado. O arrependimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.2; 4.17; Lc 13.3; Mc 6.12). Foi por isso que JESUS ordenou que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47). O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10). Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra de DEUS (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo. O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24). 2. Arrependimento na Vida Cotidiana O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o pecado e a percepção da necessidade de um Salvador. O arrependimento faz o homem ficar tão contristado por causa do pecado, que ele aceita com alegria tudo o que DEUS requer para uma vida de retidão. A fé é o correlativo conseqüente do arrependimento. Os dois juntos – arrependimento e fé – constituem a conversão. A isso pode adicionar-se a obra divina do perdão. “Arrependimento para com DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.21) necessariamente caminham juntos. O arrependimento para salvação é encorajado pelo conhecimento de que DEUS é propício ao pecador, não em fazer vista grossa ao seu pecado mas em mandar o seu Filho para morrer em lugar do pecador. A fé em CRISTO é encorajada pela compreensão do propósito e significado da sua morte. É então a pregação da cruz que induz o pecador ao arrependimento e a fé. O arrependimento não é a mesma coisa que remorso. O remorso é um beco sem saída; o arrependimento é estrada transitável. O remorso olha só para os nossos pecados; o arrependimento olha para além dos nossos pecados – para o calvário. O remorso nos devolve para nós mesmos; o arrependimento nos faz voltar para DEUS. O remorso nos faz odiar a nós mesmos, muito embora possamos ao mesmo tempo amar nossos pecados; o arrependimento nos leva a odiar nossos pecados e amar nosso Senhor num único ato. O remorso é a tristeza do mundo que “produz morte”; o arrependimento é “a tristeza segundo DEUS” e conduz à salvação (2 Co 7.10). Os passos que levam o homem ao arrependimento, uma vez DEUS operando, são: reconhecimento do pecado, tristeza pelo pecado e abandono do pecado. A vida cristã é uma luta constante contra o pecado. O arrependimento sincero nos leva a combater o pecado e a vencê-lo, pois o mesmo nos envergonha, nos entristece. A perfeição só será alcançada depois do arrebatamento, mas nem por isso deixaremos de lutar contra o pecado. Recebemos, quando cremos, o fruto do ESPÍRITO para absorvermos e desenvolvermos em nós as nove qualidades ali existentes, durante nossa caminhada cristã, com a ajuda do ESPÍRITO SANTO. Até o apóstolo Paulo reconhece que não conseguiu ser totalmente aperfeiçoado - "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS." Filipenses 3:12. 3. A Ação do ESPÍRITO SANTO no Arrependimento. Após nos interessarmos por DEUS, permitimos que o ESPÍRITO SANTO nos convença do pecado, da justiça e do juízo. Procuramos ouvir a Palavra de DEUS e lermos a Palavra de DEUS para tomarmos a decisão de nos arrepender e aceitar a JESUS como nosso único salvador e Senhor. veja os casos de Cornélio e Lídia - Ambos já se interessavam por DEUS, faltava só ouvir a Palavra de DEUS para se arrependerem e se converterem. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a DEUS, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. Atos 16:14 - DEUS poderia abrir-lhe o coração porque já temia a DEUS - enviou um pregador para que ouvisse o evangelho e se convertesse. E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, Piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a DEUS. Atos 10:1,2 - DEUS poderia abrir-lhe o coração porque já temia a DEUS - enviou um pregador para que ouvisse o evangelho e se convertesse. O ESPÍRITO SANTO sonda os corações esperando uma oportunidade para ajudar na salvação do ser humano. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos. Romanos 8:27 A purificação do pecado por meio do arrependimento é uma condição que precede o batismo no ESPÍRITO SANTO (At 2.37-39). E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; Atos 2:38. II - A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO 1. A fé natural. É a fé concedida por DEUS a todos os homens - já nascemos com ela. Dá-nos o direito de escolher o lado espiritual de DEUS ou de Satanás. Nos ajuda em tudo - Fé para andar na rua (bala perdida, carros em alta velocidade), Fé para comer (envenenada ou não?), Fé para ter uma religião (cristã ou não), Fé para sentar numa cadeira de plástico (confiar que não vai se quebrar), Fé para acreditarmos no futuro, etc... Efésios 2: 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS - A fé ai é individual e pessoal. O que não vem de nós e é dom de DEUS é a graça (JESUS morrendo por nós). VEJA - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS nosso Senhor. Romanos 6:23
Para os calvinistas a fé para ser salvo vem de DEUS, então, quem DEUS não der fé para ser salvo está condenado. Então, de acordo com o calvinismo o culpado de alguém não ser salvo é DEUS. Para eles DEUS já escolheu quem vai ser salvo e quem vai para o inferno desde a fundação do mundo. Assim, o culpado de alguém não ser salvo é DEUS.
E logo JESUS, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Mateus 14:31 FOI DEUS QUEM DEU POUCA FÉ A ELE OU A FÉ É DELE?
E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. Mateus 8:26 FOI DEUS QUEM DEU POUCA FÉ A ELES OU A FÉ É DELES? E JESUS, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã. Mateus 9:22 ** TUA FÉ - FÉ DA MULHER
E JESUS lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a JESUS pelo caminho. Marcos 10:52
Então respondeu JESUS, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Mateus 15:28 - GRANDE É TUA FÉ - FÉ DA MULHER. Temos uma fé natural todos temos fé, nascemos com fé - o ser humano foi criado por DEUS com fé natural. A fé só terá valor para a salvação se for direcionada para JESUS. 2. A fé salvífica. A fé salvífica entra em operação quando nos interessamos por DEUS e procuramos ouvir a Palavra de DEUS. Se cremos no sacrifício de JESUS seremos salvos, se não cremos seremos condenados - Mc 16.16
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mateus 10:32
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Lucas 15:7
Para haver salvação tem que haver uma total confiança na obra salvadora de CRISTO na cruz (At 16.30,31; Gl 2.16). É um confiar inteiramente na pessoa de CRISTO e sua obra expiatória (Jo 3.18). A fé salvífica vem pelo ouvir a Palavra de DEUS (Rm 10.17; Jo 5.24). Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6 Fé sobrenatural é a fé para crer em milagres extraordinários. O dom da fé é a fé que é capaz de ver um morto ressuscitar. Fé no impossível. Quando este dom se manifesta a pessoa usada neste dom acredita no que ninguém mais acredita. Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele. Mateus 9:24 Fé de crentes. E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz. Lucas 7:50
E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou. Lucas 17:19
E JESUS lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. Lucas 18:42
E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz. Lucas 8:48
E JESUS lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a JESUS pelo caminho. Marcos 10:52
E JESUS, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã. Mateus 9:22
E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal. Marcos 5:34
Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:18
Então respondeu JESUS, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Mateus 15:28
E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. 2 Timóteo 3:15
O qual te dirá palavras com que te salves, tu e toda a tua casa. Atos 11:14 3. Os benefícios da fé. A salvação é pela graça, a fé é o meio para se chegar à graça (JESUS morrendo por nós) e ser salvo (Ef 2.8-9). é pela fé que iremos adquirir as bênçãos oriundas da salvação, tais como: a justificação, a regeneração, a adoção, a reconciliação, o perdão, a santificação, a glorificação e a vida eterna. A fé ainda abre as portas para a cura de enfermidades (Mc 16.18; Tg 5.15), o batismo no ESPÍRITO SANTO (Mc 16.17; At 2.1-4), a vitória contra o mundo (1 Jo 5.4), contra a carne (Gl 2.20), contra o Diabo (1 Pe 5.8-9), a paciência (Tg 1.3) e a proteção contra os dardos inflamados do Maligno (Ef 6.16). DEUS se agrada tanto da fé que presenteia quem a tem. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a DEUS, e isso lhe foi imputado como justiça. Romanos 4:3 E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz. Gênesis 22:16-18 III - O ARREPENDIMENTO E A FÉ SÃO AS RESPOSTAS DO HOMEM À SALVAÇÃO 1. Arrependimento - Condição para Salvação. Não há como entrar para o reino de DEUS sem arrependimento - Desde então começou JESUS a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 4:17. A coisa mais importante para o homem do mundo é o dinheiro, mas Zaquel considerou de menor valor quando teve seu encontro com JESUS - isso é arrependimento para conversão, se arrependeu de ter roubado. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe JESUS: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lucas 19:8-10 - A salvação chegou a Zaquel porque foi capaz de amar a DEUS sobre todas asa coisas. Pedro pregou no dia de Pentecostes e aquelas quase três mil pessoas ficaram compungidas ( κατανυσσω katanusso - atormentar a mente profundamente, emoção de tristeza, aflição). Perguntaram o que fazer - Queriam ser salvas. Pedro disse: Arrependei-vos. - Atos 2.37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? 38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Sem arrependimento não há salvação. JESUS várias vezes disse que é preciso haver arrependimento para que haja salvação. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, Atos 3:19. Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode DEUS suscitar filhos a Abraão. Lucas 3:8
Desde então começou JESUS a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 4:17
Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer. Mateus 21:32 2. Salvação por meio da fé. σωτηρια soteria - Salvação.
1- num sentido ético, aquilo que confere às almas segurança ou salvação
2- da salvação messiânica
3- salvação como a posse atual de todos os cristãos verdadeiros
4- salvação futura, soma de benefícios e bênçãos que os cristãos, redimidos de todos os males desta vida, gozarão após a volta visível de CRISTO do céu no reino eterno e consumado de DEUS.
5- Salvação quádrupla: salvo da penalidade, poder, presença e, mais importante, do prazer de pecar. (A.W. Pink). Efésios 2: 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS - A fé ai é individual e pessoal. O que não vem de nós e é dom de DEUS é a graça (JESUS morrendo por nós). VEJA - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS nosso Senhor. Romanos 6:23
Para os calvinistas a fé para ser salvo vem de DEUS, então, quem DEUS não der fé para ser salvo está condenado. Então, de acordo com o calvinismo o culpado de alguém não ser salvo é DEUS. Para eles DEUS já escolheu quem vai ser salvo e quem vai para o inferno desde a fundação do mundo. Assim, o culpado de alguém não ser salvo é DEUS.
E logo JESUS, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Mateus 14:31 FOI DEUS QUEM DEU POUCA FÉ A ELE OU A FÉ É DELE?
E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. Mateus 8:26 FOI DEUS QUEM DEU POUCA FÉ A ELES OU A FÉ É DELES? E JESUS, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã. Mateus 9:22 ** TUA FÉ - FÉ DA MULHER
E JESUS lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a JESUS pelo caminho. Marcos 10:52 - TUA FÉ - FÉ DA MULHER
Então respondeu JESUS, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Mateus 15:28 - GRANDE É TUA FÉ - FÉ DA MULHER. por meio da fé - A salvação só é possível por meio da fé - JESUS fêz tudo o que era preciso fazer, mas o homem precisa crer senão, não será salvo. δια dia - por meio de 1) através de
2) por causa de πιστις pistis - Fé1) convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com DEUS e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
1a) relativo a DEUS
1a1) a convicção de que DEUS existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em CRISTO
1b) relativo a CRISTO
1b1) convicção ou fé forte e bem-vinda de que JESUS é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de DEUS
1c) a fé religiosa dos cristãos
1d) fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em DEUS ou em CRISTO, surgindo da fé no mesmo
2) fidelidade, lealdade
2a) o caráter de alguém em quem se pode confiar χαρις charis - Favor imerecido - dom1) graça
2) presente da graça
3) prêmio δωρον doron - Dom1) dom, presente
1a) presentes oferecidos em expressão de honra
1a1) de sacrifícios e outros presentes oferecidos a DEUS - JESUS foi oferecido em nosso lugar
2) oferta de um presente ou de presentes
Na verdade a graça, como salvação, é JESUS morrendo por nós, levando sobre ELE nossos pecados e ressuscitando ao terceiro dia. por isso o dom de DEUS é JESUS. É o presente de DEUS para nós. Assim dom é masculino e graça é masculino. O que não vem de nós e é dom de DEUS é a graça (JESUS morrendo por nós) 3. Arrependimento e conversão. O arrependimento trás vergonha e tristeza pelo passado de pecados e a nova vida trás necessidade de mudança - Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17 - A conversão só acontece quando há firme decisão de não pecar mais. Trás necessidade de santidade - separação para DEUS e para uso exclusivo de DEUS. É a decisão de se moldar segundo a ética do Reino de DEUS ensinadas por CRISTO JESUS (Mt 5-7). Converter é ao mesmo tempo mudar de rumo ou direção e voltar-se para DEUS. επιστρεφω epistrepho - converter
1) transitivamente
retornar para
fazer retornar, voltar
ao amor e obediência a DEUS
ao amor à sabedoria e retidão
2) intransitivamente
virar-se, volver-se, dar volta
retornar, voltar CONCLUSÃO Arrependimento é uma transformação do espírito e também envolve nossa vida cotidiana. Existe uma poderosa ação do ESPÍRITO SANTO no arrependimento. A fé é nossa, embora dada por DEUS desde nosso nascimento, é para ser usada pelo ser humano para se aproximar de DEUS. Segundo o modo de existir a fé tem muitas facetas: Fé natural, Fé salvífica, Fé como dom sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, Fé para realização de obras após a salvação, etc... Existem muitos benefícios da fé, pois DEUS se agrada de nossa fé e é presenteador dos que o buscam pela fé. O arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação. O arrependimento é uma das condições para salvação. A Salvação só é possível por meio da fé. Arrependimento sincero conduz à conversão. Curiosidade: Batismo no ESPÍRITO SANTO e com fogo - Batismo e dom do ESPÍRITO SANTO juntos (viramn línguas como que de fogo). não é de juízo o fogo, pois "agora nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o ESPÍRITO." Romanos 8:1 SOBRE BATISMO E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, Disse-lhes: Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS.
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens. Atos 19:1-7
Paulo está dizendo que o batismo de Apolo está errado, pois batizou como João Batista, para arrependimento de pecados. Também não foram usadas as palavras "em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO" - Mt 28.19.
Cristão se arrepende na hora da conversão e não no batismo nas águas. Também o batismo cristão tem que ser feito em nome de JESUS (autoridade de JESUS) e falando que é em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO – o que Apolo não fez.
Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. 2 Coríntios 7:10 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; Atos 2:38 (veja que o batismo no início da igreja era imitando o de João - para arrependimento - Paulo corrigiu isto e ainda disse que deveria haver um só batismo - em nome de JESUS- autoridade - e com os dizeres em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO - Mt 28.19)
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19
Apenas um batismo Paulo se refere ao batismo cristão, em nome do pai e do filho e do ESPÍRITO SANTO e batismo como símbolo de morte e ressurreição com CRISTO - Não como estavam, sendo batizados cristãos como no judaísmo imitando o batismo de João que era para arrependimento de pecado, pois o arrependimento do cristão se dá na hora de sua conversão.
TODOS DEVERIAM PRATICAR UM MESMO BATISMO – O BATISMO CRISTÃO. Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Efésios 4:5
De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, Atos 2:41
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados na sua morte? Romanos 6:3
Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos? 1 Coríntios 15:29
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16 - veja que quem não crer é condenado, já não aparece o batismo como condição de salvação.
Só alcançaremos a perfeição depois do arrebatamento. Quem é perfeito ai? Levante a mão. Até Paulo disse que não tinha alcançado. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12. Nós fomos livres do pecado quando aceitamos a JESUS, não no batismo nas águas - e não é para sempre - Se pecarmos e permanecermos no pecado perdemos a salvação, como Judas, por exemplo. Só alcançaremos a perfeição depois do arrebatamento. Quem é perfeito ai? Levante a mão. Até Paulo disse que não tinha alcançado e não era perfeito. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12.
Nove qualidades a serem adquiridas ao longo de nossa vida cristã. É luta contra a carne e o Diabo e principalmente, contra nós mesmos.
Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. 1 Coríntios 9:27
FÉ E GRAÇA - Estudos Doutrinarios da Biiblia de Estudo Pentecostal
Rm 5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por JESUS CRISTO, nosso Senhor.”
A salvação é um dom da graça de DEUS, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça
FÉ SALVÍFICA. A fé em JESUS CRISTO é a única condição prévia que DEUS requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a CRISTO como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19; 16.24; Lc 9.23-25; Jo 10.4, 27; 12.26; Ap 14.4).
O conceito de fé no NT abrange quatro elementos principais: (a) Fé significa crer e confiar firmemente no CRISTO crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm 1.17). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17; Ef 6.6; Hb 10.22), ou seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a JESUS CRISTO tal como Ele é revelado no NT.
Fé inclui arrependimento, i.e., desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At 17.30; 2Co 7.10) e voltar-se para DEUS através de CRISTO. Fé salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2).
A fé inclui obediência a JESUS CRISTO e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a DEUS e pela obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO em nós (Jo 3.3-6; 14.15, 21-24; Hb 5.8,9). É a “obediência que provém da fé” (Rm 1.5). Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26). A fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível.
A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a JESUS CRISTO, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de abnegação para com CRISTO (cf. Mt 22.37; Jo 21.15-17; At 8.37; Rm 6.17; Gl 2.20; Ef 6.6; 1Pe 1.8).
A fé em JESUS como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer (ver Jo 1.12). Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós (Rm 4.25; 8.32; 1Ts 5.9,10), nossa fé deve crescer (Rm 4.20; 2Ts 1.3; 1Pe 1.3-9). A confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.8; 2Co 5.15); nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor JESUS CRISTO (Fp 1.21; 3.8-10; ver Jo 15.4; Gl 2.20). GRAÇA. No AT DEUS revelou-se como o DEUS da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de DEUS à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9). Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de DEUS em CRISTO JESUS, transmitidos aos crentes pelo ESPÍRITO SANTO, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de DEUS (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15,16). Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.
DEUS concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10), a fim de poderem crer no Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
DEUS concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.20, 22), para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21), para orar (Zc 12.10), para crescer em CRISTO (2Pe 3.18) e para testemunhar de CRISTO (At 4.33; 11.23).
Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de DEUS (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de DEUS são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm
16; 1Co 1.17,18), orar (Hb 4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16), adorar a CRISTO (Cl 3.16); estar continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO (cf. Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42; ver Ef 2.9).
A graça de DEUS pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4).
A DOUTRINA DA FÉ SALVÍFICA - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD Fé não é crer sem provas — ela é baseada na maior de todas as provas: a Palavra de DEUS. A fé é um fato, mas também um ato (Tg 2.17,26; Mt 17.20); manifesta-se por ações, por obras — “como um grão de mostarda”. Há dois aspectos da fé: ativo e passivo. A fé ativa diz respeito a nosso viver, nosso agir, nosso trabalhar para DEUS. Já a passiva se relaciona com a fidelidade do crente ao Senhor e sua firme perseverança.
Como a fé salvífca se manifesta. A fé salvífica tem a ver com o pecador em relação a DEUS (Ef 2.8,9; Ato 16.31), pois “... sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galar- doador dos que o buscam” (Hb 11.6). A pergunta que o jovem rico devia ter feito, em Mateus 19.16, seria: “Em quem devo crer para ser salvo?”, e não “Que devo fazer para me salvar?” Salvação não é o que eu devo fazer, mas em quem devo crer para me salvar (Ato 16.31). Em Romanos 10.9,10 está escrito: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor JESUS e, em teu coração, creres que DEUS o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”. De acordo com a passagem acima, o pecador confessa a CRISTO e crê nEle como Senhor e Salvador — rende-se a Ele (Jo 9.38; Rm 4.3).
A fé natural. E a fé “da cabeça”, natural, que não resulta em salvação. A Palavra de DEUS diz que até os demônios crêem que há um só DEUS e estremecem diante de tal fato (Tg 2.19). A fé que Tomé teve, inicialmente, foi meramente “da cabeça”. Daí JESUS lhe ter dito: “Porque me viste, Tomé, creste” (Jo 20.29a). Isso também aconteceu com Marta: Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS? (Jo 11.24,40). Uma pessoa pode, por conseguinte, crer só com a mente, e não com o coração. A fé natural — também chamada de “pensamento positivo” — é de grande utilidade nas relações humanas, mas inoperante e sem valor para a salvação.
A defesa da fé. Textos como 2 Timóteo 4.7 e Filipenses I.16 mostram que o crente deve defender a sua fé nesse mundo de tanta confusão e antagonismo quanto à fé. O apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate (...) guardei a fé”. Isso significa que devemos viver pela fé cada dia, sem esmorecer, defendendo o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO. A fé deve ser conservada, pois é essencial à vida cristã (Rm 1.17; Gl 2.20; 2 Pe 1.5; Hb 11.6).
Outras expressões da fé. A significação do termo “fé” varia, no Novo Testamento. Em Gálatas 5.22, ela é uma das virtudes do fruto do ESPÍRITO, expressando fidelidade. Há ainda outras expressões da fé: um dom do ESPÍRITO (I Co 12.9), o evangelho completo (2Tm 4.7), a confiança absoluta em DEUS, como proteção ou “escudo” (Ef 6.17), além de uma fé que santifica (Fp 3.9). A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO A fé se relaciona com DEUS; o arrependimento, com o pecado. O arrependimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.2; 4.17; Lc 13.3; Mc 6.12). Foi por isso que JESUS ordenou que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47). O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10). Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra de DEUS (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo. O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24). A Obra Salvífica de CRISTO - Daniel B.Pecota (TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON) O Arrependimento e a Fé O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma "virada contra" (o arrependimento) e uma "virada para" (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv ("virar para trás", "voltar") e nicham ("arrepender-se", "consolar"). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de DEUS (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para DEUS Qr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez 18.24, 26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; Ez 3.19), isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas as palavras transmitem a ideia do arrependimento. O Novo Testamento emprega epistrephõ no sentido de "voltar-se" para DEUS (At 15.19; 2 Co 3.16) e metanoeõ/ metanoia para a idéia de "arrependimento" (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeõ para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas. Embora o arrependimento por si só não possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. DEUS "anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam" (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de JESUS (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era "Arrependei-vos!"85 Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS (Rm 3.23). Embora o arrependimento envolva as emoções e o intelecto, é a vontade que está mais profundamente envolvida. Quanto a isso, basta citarmos como exemplos os dois Herodes. O evangelho de Marcos apresenta o enigma de Herodes Antipas, um déspota imoral que encarcerou João Batista por ter este denunciado o casamento com a esposa de seu irmão Filipe, mas ao mesmo tempo "Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo" (Mc 6.20). Segundo parece, Herodes acreditava em algum tipo de ressurreição (6.16). Portanto, possuía algum entendimento teológico. Dificilmente poderíamos imaginar que João Batista não lhe tenha proporcionado uma oportunidade de se arrepender. Paulo confrontou Herodes Agripa II com a própria crença do rei nas declarações proféticas a respeito do Messias, mas o rei não quis ser persuadido a tornar-se cristão (At 26.28). Não quis arrepender-se, embora não negasse a veracidade do que Paulo lhe dizia a respeito de CRISTO. Todos nós precisamos dizer, assim como o filho pródigo: "Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai" (Lc 15.18). A conversão subentende "voltar-se contra" o pecado, mas igualmente "voltar-se para" DEUS. Embora não devamos sugerir uma dicotomia absoluta entre as duas ações (pois só quem confia em DEUS dá o passo do arrependimento), não está fora de propósito uma distinção. Quando cremos em DEUS e confiamos totalmente nEle, voltamo-nos para Ele. Entre as declarações bíblicas sobre o assunto, esta é a fundamental: "Abraão creu [heb. 'aman] no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça" (Gn 15.6).86 Moisés ligou a rebelião e desobediência dos israelitas à sua falta de confiança no Senhor (Dt 9.23,24). A infidelidade de Israel (Jr 3.6-14) forma um nítido contraste com a fidelidade de DEUS (Dt 7.9; SI 89.1-8; Os 2.2,5; cf Os 2.20). A fé abrange a confiança. Podemos "depender" do Senhor ou nEle "fiar-nos" (heb. batach) com confiança. Quem assim fizer será bem-aventurado (Jr 17.7). Alegramo-nos porque podemos confiar no seu nome (SI 33.21) e no seu amor inabalável (SI 13.5). Podemos também "refugiar-nos" (heb. chasah) nEle, conceito este que afirma a fé (SI 18.30; ver também Is 57.13). No Novo Testamento, o verbo pisteuõ ("creio, confio") e o substantivo pistis ("fé") ocorrem cerca de 480 vezes.87 Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10; Ap 13.10). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado quase exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em DEUS (Rm 4.24), em CRISTO (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de CRISTO (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é "um salto no escuro". Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de DEUS leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a DEUS (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em DEUS e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de DEUS fiel. E o nosso sangue espiritual (Gl 2.20). Pode-se argumentar que a fé salvífica é um dom de DEUS, até mesmo dizer que a presença de anseios religiosos, inclusive entre os pagãos, nada tem a ver com a presença ou exercício da fé. A maioria dos evangélicos, no entanto, afirma que semelhantes anseios, universalmente presentes, constituem-se evidências favoráveis à existência de um DEUS, a quem se dirigem. Seriam tais anseios inválidos em si mesmos, à parte da atividade divina direta? Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos simplesmente devolvendo o dom de DEUS? Seria necessário, para protegermos o ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé não é realmente nossa, mas de DEUS? Alguns citam determinados versículos como evidências em favor de semelhante opinião. J. I. Packer diz: "DEUS, portanto, é o autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1.29)". H. C. Thiessen afirma que há "um lado divino da fé, e um lado humano", e então declara: "A fé é um dom de DEUS (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado soberanamente pelo ESPÍRITO de DEUS (1 Co 12.9; cf. Gl 5.22). Paulo diz que todos os aspectos da salvação são um dom de DEUS (Ef 2.8), e por certo a fé está incluída aí". E necessário perguntar, no entanto: Indicam todas as referências citadas inequivocamente a fé "salvífica"? Parece que Romanos 12.3 e 1 Coríntios 12.9 não se referem a ela, e Gálatas 5.22 certamente não. A fé considerada nesses versículos é a fé (ou fidelidade) demonstrada pelos crentes na contínua experiência cristã. O versículo em Efésios desperta dúvidas, porque "fé" é feminino e "isso" é neutro (em grego). Normalmente, o pronome concorda com o antecedente quanto ao seu gênero. Paulo quer dizer que a questão inteira de sermos salvos é dádiva de DEUS, ao invés de conquistarmos a salvação pelas nossas boas obras. Louis Berkhof diz: "A verdadeira fé salvífica é a que tem seu centro no coração e está arraigada na vida regenerada". Poderíamos olhar para aqueles versículos de modo diferente? Por exemplo: "A fé... é a resposta do homem. E DEUS quem possibilita a fé, mas a fé (o ato de crer) não é de DEUS, mas do homem". A fé não é obra, mas sim a mão estendida que se abre para aceitar a dádiva divina da salvação. A Regeneração Quando correspondemos ao chamado divino e ao convite do ESPÍRITO e da Palavra, DEUS realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu Reino: regenera os que estão mortos nos seus delitos e pecados; justifica os que estão condenados diante de um DEUS santo; e adota os filhos do inimigo. Embora estes atos ocorram simultaneamente naquele que crê, é possível examiná-los separadamente. A regeneração é a ação decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por "regeneração" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor "tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne" (Ez 11.19). DEUS diz: "Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos" (Ez 36.25-27). DEUS colocará a sua lei "no seu interior e a escreverá no seu coração" (Jr 31.33). Ele "circuncidará o teu coração... para amares ao Senhor" (Dt 30.6). O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da renovação (Tt 3.5), porém a mais comum é a de "nascer" (gr. gennaõ, "gerar" ou "dar à luz"). JESUS disse: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS" (Jo 3.3). Pedro declara que DEUS, em sua grande misericórdia; "nos gerou de novo para uma viva esperança" (1 Pe 1.3). E uma obra que somente DEUS realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister um processo de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de DEUS, na nossa experiência de CRISTO e do ESPÍRITO e no nosso caráter moral. ARREPENDIMENTO - O Que é Arrependimento? As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o pecado e a percepção da necessidade de um Salvador. O arrependimento faz o homem ficar tão contristado por causa do pecado, que ele aceita com alegria tudo o que DEUS requer para uma vida de retidão. A fé é o correlativo conseqüente do arrependimento. Os dois juntos – arrependimento e fé – constituem a conversão. A isso pode adicionar-se a obra divina do perdão. “Arrependimento para com DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (Act 20.21) necessariamente caminham juntos. O arrependimento para salvação é encorajado pelo conhecimento de que DEUS é propício ao pecador, não em fazer vista grossa ao seu pecado mas em mandar o seu Filho para morrer em lugar do pecador. A fé em CRISTO é encorajada pela compreensão do propósito e significado da sua morte. É então a pregação da cruz que induz o pecador ao arrependimento e a fé. O arrependimento não é a mesma coisa que remorso. O remorso é um beco sem saída; o arrependimento é estrada transitável. O remorso olha só para os nossos pecados; o arrependimento olha para além dos nossos pecados – para o calvário. O remorso nos devolve para nós mesmos; o arrependimento nos faz voltar para DEUS. O remorso nos faz odiar a nós mesmos, muito embora possamos ao mesmo tempo amar nossos pecados; o arrependimento nos leva a odiar nossos pecados e amar nosso Senhor num único ato. O remorso é a tristeza do mundo que “produz morte”; o arrependimento é “a tristeza segundo DEUS” e conduz à salvação (2 Co 7.10). Os passos que levam o homem ao arrependimento, uma vez DEUS operando, são: reconhecimento do pecado, tristeza pelo pecado e abandono do pecado. FÉ - O Que é Fé? As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira Arrependimento é dizer “Não”, ao pecado, enquanto que a fé na salvação, é dizer “Sim”, a DEUS. Este é o lado afirmativo da conversão. Enquanto o arrependimento dá ênfase aos nossos pecados, a fé fixa os nossos olhos em CRISTO. A fé é um relacionamento vivo com CRISTO, baseado no amor, confiança e consagração da vida e da vontade a Ele. A fé não é um mero assentimento intelectual, mas um relacionamento pessoal com DEUS (Gl 2.19,20). A fé não é uma emoção que passa de uma pessoa para outra, mas uma convicção interior da pessoa (2 Tm 1.12). A fé não se dirige a um credo ou crença doutrinária, mas a uma pessoa (Cl 2.5). Fé não é um ato isolado na vida, mas uma maneira de se viver (Rm 1.17). A fé não é uma simples confissão, mas uma dedicação ou entrega, evidenciada pelas “obras da fé”, na vida da pessoa (Tg 2.18). A palavra “fé” aparece cerca de 240 vezes no Novo Testamento, nem sempre se referindo à fé para a salvação. A fé salvadora é mais do que um assentimento mental ou reação; é um relacionamento vivo entre duas pessoas: DEUS e o homem. Pela impossibilidade do pecador autogerar a fé salvadora em beneficio próprio, a Bíblia a apresenta como um dom de DEUS (Fp 1.29; Hb 12.2; Rm 12.3). lorie, o verdadeiro arrependimento é obra de DEUS (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Até o abrir do coração do pecador para o evangelho vem de DEUS: “E certa mulher, chamada Lídia (...) nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (Ato 16.14). Isso ocorre pela exposição da Palavra de DEUS, que conduz a pessoa ao arrependimento, sendo ela crente ou não (Ato 2.37,38,41; Jn 3). Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo. O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24). A DOUTRINA DA CONFISSÃO No original, o verbo homologeo (gr.) e o substantivo homologia são os termos para confissão. Confessar é dizer de coração o que DEUS diz sobre nós na sua Palavra (Rm 10.9,10; Lv 5.5; Sm 38.18; I Jo 1.9). No sentido bíblico, confissão não se refere primeiramente a confessar pecados. Significa concordar com o que DEUS diz sobre nós — e dEle — na sua Palavra, bem como reconhecer os nossos pecados e faltas como sendo nossos e admitir os nossos erros, falhas, pecados e declará-los (Ato 19.18). Vemos em Hebreus 3.1 que JESUS CRISTO é o Sacerdote da nossa confissão, isto é, a quem confessamos quanto à nossa salvação e tudo o mais pertinente à fé. Em I João 1.9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. Elementos da confissão. De acordo com o I João 1.9, a confissão deve ser contrita e definida: “nossos pecados”. Observe que são “pecados” (plural). Outro elemento é a renúncia ao pecado (Pv 28.13). E, quanto for o caso, a confissão deve ser com restituição. Confissão secreta. E a confissão feita somente a DEUS. Confissão de pecados cometidos pelo crente e conhecidos somente por ele e DEUS. Tais pecados devem ser confessados secretamente ao Senhor, dependendo isso da base bíblica desse crente e da confiança plena e firme no que DEUS declara na sua Palavra. Confissão pessoal. E a confissão feita a pessoas contra quem pecamos. Nesse caso, antes de irmos a DEUS contritamente, temos de tratar com o ofendido ou o cúmplice, pois a comunhão espiritual é tanto vertical (comunhão com DEUS) como horizontal— comunhão com o próximo (I Jo I.7a). Confissão pública. E a confissão feita à igreja, à congregação. São pecados conhecidos, cometidos contra a coletividade cristã. A DOUTRINA DO PERDÃO DE PECADOS E importante distinguir perdão divino (I Jo 1.9) de perdão humano (Cl 1:14). Do lado divino, perdão é a cessação da ira moral e santa de DEUS contra o pecado, e o seu cancelamento ou anulação. Visto do lado humano, o perdão é o alívio ou remissão da culpa do pecado, que oprime a consciência culpada. Perdão é a remissão da punição do pecado, o qual leva à perdição eterna (Nm 23.21; Rm 8.33,34). Para nós, seres humanos, que, pela Queda, herdamos uma natureza pecaminosa e pecadora, parece fácil o perdão, e parece fácil DEUS nos perdoar; isso por sermos todos uma raça de pecadores. Porém, com um DEUS santíssimo em quem não há pecado, o caso é diferente! Ora, até o homem acha difícil perdoar quando é injustiçado. Quanto mais DEUS! DEUS nos perdoa porque Ele é amor; mas saibamos que o seu perdão é baseado na mais perfeita justiça (I Jo 1.9). Perdão judicial. E para o descrente. A condição exigida por DEUS para esse perdão é a conversão do pecador: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). O meio exigido, portanto, é a fé em DEUS. Perdão doméstico. E para o filho de DEUS; da casa de DEUS. A condição exigida é a confissão dos pecados com arrependimento e o abandono desses pecados. Se confessarmos os nossos pecados} ele éfiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça 1 Jo 1.9 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13). O meio exigido é também a fé em DEUS, e segundo a Palavra. Se a condição exigida por DEUS para perdoar o crente faltoso fosse uma nova conversão, seria necessário nos convertermos constantemente... As conseqüências de o crente não querer perdoar. O crente se recusar a perdoar, não querer perdoar de forma alguma, é uma atitude que afeta comunhão com DEUS, individual e coletivamente. Afeta, ainda, a nossa comunhão com os irmãos — com a igreja —, bem como o nosso caráter cristão e a nossa saúde em geral (cf. Mt 18.34,35). JESUS, no seu ensino, no “Pai Nosso”, o único assunto que Ele repetiu três vezes foi o perdão; isto é, perdoarmos aos outros (Mt 6.12,14,15). O momento ideal para o crente perdoar o seu ofensor é durante a oração (Mt 11.25). Até nisso a oração é uma bênção! Crente que ora pouco, também perdoa pouco (ou nunca). Além do perdão entre os irmãos, deve haver reparação, quando for o caso (cf. Ef 5.28; Ato 16.33; Lv 4—6). Falou mais o Senhor a Moisés; dizendo: Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher jizer algum de todos os pecados humanos transgredindo contra o Senhor; tal alma culpada ê. E confessará o pecado que fez; então, restituirá pela sua culpa segundo a soma total, e lhe acrescentará o seu quinto•, e o dará àquele contra quem se fez culpado (Nm 5.5-1). Arrependimento e Impenitência (Teologia Sistemática de Charles Finney)
ARREPENDIMENTO E IMPENITÊNCIA O que o arrependimento não é O que é arrependimento O que está implícito no arrependimento O que não é impenitência O que é impenitência Coisas que estão implícitas na impenitência Algumas das características ou evidências da impenitência
ARREPENDIMENTO E IMPENITENCIA
O que o arrependimento não é.
1. A Bíblia representa o arrependimento como uma virtude e como a constituir uma mudança de caráter moral, por conseguinte, não pode ser um fenômeno da inteligência, ou seja, não pode consistir em convicção de pecado, nem em alguma apreensão intelectual de nossa culpa e merecimento do castigo. Todos os estados ou fenômenos da inteligência são estados puramente passivos da mente; portanto, é claro que o caráter moral, no sentido exato do termo, não pode ser pressuposto por esses estados ou fenômenos. 2. O arrependimento não é um fenômeno da sensibilidade, quer dizer, não consiste num sentimento de pesar ou remorso, de compunção ou tristeza pelo pecado, ou de tristeza devido às conseqüências do pecado para o ser humano, nem em quaisquer outros sentimentos ou emoções. Todos os sentimentos ou emoções pertencem à sensibilidade e são — é óbvio — estados puramente passivos da mente. Por conseguinte não podem ter caráter moral. Deve estar bem entendido e sempre presente à mente que o arrependimento não pode consistir em algum estado involuntário da mente, porque é impossível que o caráter moral, no sentido exato da palavra, pertença a estados passivos.
O que é arrependimento. Há duas palavras gregas traduzidas por arrepender-se. 1. Metamelomai, que significa "importar-se com", ou ficar preocupado com os interesses de alguém e, conseqüentemente, mudar o curso de sua trajetória. Este termo geralmente parece ser usado para expressar um estado da sensibilidade, como pesar, remorso, tristeza pelo pecado etc. Mas às vezes também expressa uma mudança de propósito como conseqüência do pesar, remorso ou tristeza, à semelhança do que aparece na seguinte passagem: "Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi" (Mt 21.29). É usado também para representar o arrependimento de Judas que, evidentemente, consistiu em remorso e desespero (Mt 27.3). 2. Melanoeo, que significa "dar uma segunda olhada", ou falando mais estritamente, mudar a mente da pessoa como conseqüência de se conformar a uma segunda visão mais racional do assunto. Esta palavra expressa evidentemente uma mudança de escolha, propósito, intenção em conformidade com as injunções da inteligência. Sem dúvida esta é a idéia do arrependimento evangélico. É um fenômeno da vontade e consiste na mudança da intenção última do egoísmo para a benevolência. O termo expressa o ato da mudança do coração ou da preferência governante da alma. Pode com propriedade ser traduzido pelos termos "mudando o coração". Com freqüência, a palavra "arrependimento" é usada para expressar pesar, remorso, tristeza etc, sendo usada em sentido tão livre que não transmite uma idéia clara para a mente comum da verdadeira natureza do arrependimento evangélico. Uma mudança do pecado para a santidade, ou falando mais estritamente, de um estado de consagração ao eu para um estado de consagração a DEUS tem de ser uma mudança de mente. Este é o arrependimento exigido de todos os pecadores. Nada menos pode constituir um arrependimento virtuoso e nada mais pode ser exigido.
O que está implícito no arrependimento.
1. Tal é a correlação da vontade com o intelecto que o arrependimento tem de implicar reconsideração ou segundo pensamento. Tem de implicar auto-reflexão e uma tamanha apreensão de culpa pessoal no que tange a causar a auto-condenação. Que o egoísmo é pecado e que é certo e obrigação consagrar o ser inteiro a DEUS e ao seu serviço, são verdades primeiras, necessariamente presumidas por todos os agentes morais. Não são, porém, freqüentemente pensadas ou refletidas. Arrependimento implica a entrega da atenção a considerar e auto-aplicar estas verdades primeiras e, por conseguinte, implica convicção de pecado, culpa e merecimento de castigo, além do senso de vergonha e auto-condenação. Implica uma justificação intelectual e sincera de DEUS, de sua lei, do seu governo moral e providencial e de todas as suas obras e seus caminhos. Implica uma apreensão da natureza do pecado, algo que pertence ao coração, não consistindo essencialmente na questão da conduta exterior, embora esta seja também afetada. Este é um estado totalmente irracional da mente e que, com justiça, sempre merece a ira e maldição de DEUS. Implica uma apreensão da racionalidade da lei e dos mandamentos de DEUS e da loucura e insensatez do pecado. Implica entrega intelectual e sincera de toda controvérsia com DEUS acerca de todo e qualquer ponto. Implica uma convicção de que DEUS está completamente certo e o pecador completamente errado, bem como um abandono completo e sincero de todas as escusas e desculpas pelo pecado. Implica numa aceitação absoluta e universal de que DEUS está isento de toda sombra e todo grau de culpa, resultando, por outro lado, numa tomada completa de toda a culpa do pecado para o indivíduo. Implica uma degradação profunda e completa do eu no pó, um choro da alma contra o eu, e uma exaltação de DEUS mais autêntica e universal, intelectual e sincera. 2. O arrependimento evangélico faz também a ligação da vontade com a sensibilidade, pois implica no fato de que a tristeza pelo pecado é necessariamente o resultado da mudança da vontade, junto com as opiniões intelectuais do pecado implícitas no arrependimento. Nem a convicção do pecado, nem a tristeza por ele constituem arrependimento. Todavia, da correlação estabelecida entre a inteligência, a sensibilidade e a vontade, tanto a convicção do pecado quanto a tristeza por ele estão implícitas no arrependimento evangélico, um como necessariamente precedente e o outro como freqüentemente precedente, sendo sempre e necessariamente o resultado do arrependimento. Durante o processo de convicção, acontece muitas vezes que a sensibilidade fica endurecida e insensível. Por outro lado, se há muito sentimento, na maioria das vezes é apenas pesar, remorso, agonia e desespero. Mas quando o coração se entrega e a mudança acontece, freqüentemente é rompida a fonte das grandes profundezas da sensibilidade, as tristezas da alma são estimuladas até o mais profundo do coração e a sensibilidade despeja suas marés borbotantes como uma torrente irresistível. Mas também é comum suceder que nas mentes menos sujeitas à emoção profunda, as tristezas não fluam imediatamente em canais profundos e largos, mas sejam moderadas, comoventes, enternecedoras, chorosas, silenciosas, suavizadoras. O abominar-se a si mesmo é outro estado da sensibilidade implícito no arrependimento evangélico. Esse estado da mente pode existir com freqüência onde não há o arrependimento, da mesma maneira que acontece com a moralidade exterior, que nem sempre é sinal de mudança da vontade. Mas assim como se espera que a moralidade exterior resulte do verdadeiro arrependimento, este terá também como conseqüência o abominar-se a si mesmo. Esse estado de mente é o resultado natural e necessário dessas visões intelectuais do eu implícitas no arrependimento. Enquanto a inteligência teme a culpa absoluta e vergonhosa do eu e o coração se rende à convicção, a sensibilidade necessariamente simpatiza com essa situação, de modo que um sentimento de abominação e aversão a si mesmo é a conseqüência inevitável. O arrependimento implica uma abominação e aversão aos pecados dos outros, um sentimento mais profundo e completo de oposição a todo o pecado — ao meu pecado e ao de todas as outras pessoas. O pecado se torna para a alma penitente a coisa abominável que odeia. Implica uma indignação santa a todo o pecado e a todos os pecadores e uma manifesta oposição a toda forma de iniqüidade. 3. O arrependimento também implica paz de mente. A alma que tem plena confiança na sabedoria infinita e no amor de DEUS, na expiação de CRISTO e em sua providência universal, não pode senão ter paz. E mais: a alma que abandona todo o pecado e se volta a DEUS não está mais num estado de guerra contra si mesma e contra DEUS. Tem de ter paz de consciência e paz com DEUS. Implica em auto-contentamento com DEUS e com todos os santos. Isto tem de resultar da própria natureza do arrependimento. Implica confissão de pecado a DEUS e aos homens na medida que o pecado foi cometido contra os homens. Se o coração renuncia completamente o pecado, torna-se benevolente e mostra-se disposto, até onde for possível, a desfazer o mal cometido, a confessar o pecado e a humilhar-se a si mesmo por conta disto diante de DEUS e do próximo a quem feriu. O arrependimento implica em humildade ou numa boa vontade a ser conhecida e medida de acordo com o nosso verdadeiro caráter. Implica uma disposição em fazer as coisas certas e confessar nossas faltas a DEUS e aos homens, até onde o homem tenha o direito de conhecê-las. Que ninguém que se recusou e ainda se recusa ou negligencia a confessar os seus pecados a DEUS e aqueles pecados aos homens contra os quais foram cometidos, professe arrependimento para a salvação, mas que se lembre do que DEUS disse: "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Pv 28.13), e novamente: "Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tg 5.16). O arrependimento implica numa boa vontade em fazer restituição. Esta ação efetiva se estende até onde vai a capacidade. É óbvio que não se trata de justo arrependimento, no qual não há penitência, quando alguém que tenha ferido pessoalmente o próximo em sua reputação, propriedade ou em qualquer outra coisa não esteja disposto a fazer restituição. Quem negligencia fazê-lo sempre que é capaz é porque não está disposto. Mas é impossível que uma alma verdadeiramente penitente negligencie fazer toda restituição praticável, pela clara razão de que penitência implica uma atitude benevolente e justa da vontade, e a vontade controla a conduta por uma lei da necessidade. O arrependimento implica em transformação da vida exterior. Isto se segue à transformação do coração por uma lei da necessidade. É naturalmente impossível que uma alma penitente, permanecendo penitente, se entregue a qualquer pecado conhecido. Se o coração foi transformado, a vida deve ser como o coração é. Implica uma transformação universal de vida, ou seja, uma transformação que se estende a todo pecado exterior. O penitente que assim permanece, não pode mudar apenas com relação a alguns pecados. Se é penitente, deve ter-se arrependido de todo o pecado. Se ele se voltou e se consagrou a DEUS, é óbvio que cessou do pecado em particular e de todo o pecado como tal. O pecado, como vimos em ocasião anterior, é uma unidade e, portanto, afastar-se dele implica em santidade. O pecado consiste em egoísmo e a santidade em benevolência desinteressada. É escabrosa tolice, portanto, afirmar que arrependimento pode consentir com a indulgência em alguns pecados. Os chamados pecados pequenos, como também aqueles chamados de pecados grandes, são igualmente rejeitados e detestados pela alma verdadeiramente penitente; isto é proveniente de uma lei da necessidade — o fato de ser verdadeiramente penitente. 4. O arrependimento implica em fé ou confiança em DEUS em todas as coisas. Implica não só na convicção de que DEUS é completamente certo em toda a sua controvérsia contra os pecadores, mas também que o coração entregue a esta convicção, e que veio a confiar de forma implícita completamente no Senhor, sob todos os pontos de vista, pode prontamente entregar todos os interesses do tempo e eternidade nas mãos de DEUS. O arrependimento é um estado da mente que implica na mais plena confiança em todas as promessas e advertências de DEUS, bem como na expiação e graça de CRISTO.
O que não é impenitência. 1. Não é uma negação ou a mera ausência de arrependimento. Alguns parecem considerar a impenitência como uma não-entidade, como a mera ausência de arrependimento, mas este é um grande engano. 2. Não é mera apatia na sensibilidade com relação ao pecado e um mero desejo de tristeza por ele. 3. Não é a ausência de convicção de pecado, nem o conseqüente descuido do pecador a respeito dos mandamentos de DEUS. 4. Não é uma auto-justificação intelectual, nem consiste numa disposição a tornar sutis a verdade e as reivindicações de DEUS. Estes podem e freqüentemente são o resultado da impenitência, mas não lhe são idênticos. 5. Não consiste no espírito de dar desculpas, tão freqüentemente manifestado por pecadores. Este espírito é resultado da impenitência, mas não a constitui. 6. Nem consiste no amor do pecado por sua própria causa, nem no amor do pecado em qualquer sentido. Não é apetite, prazer ou ânsia constitucional pelo pecado. Se esta ânsia constitucional pelo pecado existisse, não poderia haver caráter moral, já que seria um estado completamente involuntário da mente. Não seria o crime da impenitência.
Note algumas das características ou evidências da impenitência. 1. Uma manifesta indiferença aos pecados dos homens é evidência de um estado de mente impenitente e justificador de pecados. E impossível que uma alma penitente não seja profunda e vigorosamente oposta a todo o pecado, e se lhe é vigorosamente oposta, é impossível que não manifeste essa oposição, pois o coração controla a vida mediante uma lei da necessidade. 2. Claro que uma manifesta e sincera satisfação no pecado ou com os pecadores é evidência segura de um estado impenitente da mente. "Qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de DEUS" (Tg 4.4). A satisfação sincera com os pecadores é aquela amizade com o mundo que é inimizade contra DEUS. 3. Um manifesto desejo de não se opor ao pecado e promover a mudança de coração é indicação segura de um estado impenitente da mente. A alma verdadeiramente convencida de pecado e do qual se afastou para o amor e serviço de DEUS, não pode senão manifestar um interesse profundo em todo o esforço de expelir o pecado do mundo. Tal alma não pode senão ser zelosa em fazer oposição ao pecado e em construir e estabelecer a justiça na terra. 4. Um manifesto sinal de antipatia contra DEUS a respeito do seu governo, providencial e moral, é evidência de impenitência de coração. Uma alma penitente, como foi dito, quer e tem de justificar DEUS em todos os seus caminhos. Isto está implícito no arrependimento genuíno. Uma disposição de reclamar da exatidão e do rigor dos mandamentos de DEUS — falar da providência de DEUS de uma maneira reclamante, murmurar de suas partilhas e queixar-se das circunstâncias nas quais uma alma está situada, é evidenciar um estado impenitente e rebelde da mente. 5. Um manifesto sentimento de desconfiança no caráter, fidelidade e promessas de DEUS também é evidência segura de um estado impenitente da mente. Uma desconfiança de DEUS em qualquer aspecto não pode estar em harmonia com um estado penitente do coração. 6. A ausência de paz de mente é evidência segura de um estado impenitente. A alma penitente tem de ter paz de consciência, porque a penitência é um estado de retidão consciente. Também tem de ter paz com DEUS, devido e por causa da confiança na expiação de CRISTO. O arrependimento é a mudança de uma atitude de rebelião contra DEUS a um estado de submissão universal à sua vontade, além de aprovar essa decisão como boa e sensata. Claro que isto tem de trazer paz para a alma. 7. Toda manifestação inequívoca de egoísmo é evidência conclusiva de impenitência vigente. O arrependimento, como vimos, consiste na mudança da alma do egoísmo para a benevolência. Segue-se evidentemente que a presença de egoísmo, ou um espírito de auto-indulgência, é evidência conclusiva de um estado impenitente da mente. O arrependimento implica na negação do eu, a negação ou sujeição de todos os apetites, paixões e inclinações à lei da inteligência. Portanto, um manifesto espírito de auto-indulgência, uma disposição a buscar a satisfação dos apetites e paixões, como a sujeição da vontade ao uso do tabaco, do álcool ou a quaisquer dos apetites naturais ou artificiais, sob a luz vigente e em oposição à lei da razão, é evidência conclusiva de impenitência presente. Eu digo: "Sob a luz vigente e em oposição à lei da razão". Tais itens, como estes mencionados, às vezes são medicinalmente usados e sob certas circunstâncias são considerados úteis e até indispensáveis à saúde. Em tais casos, o seu uso pode ser um dever. Mas são usados com mais freqüência apenas para satisfazer o apetite e diante de uma convicção secreta de que não são apenas desnecessários, mas absolutamente prejudiciais. Esta indulgência é que se constitui pecado. E impossível que tal indulgência esteja em harmonia com o arrependimento. Tal mente deve estar em impenitência, ou não há tal coisa como impenitência. 8. Um espírito de auto-justificação é outra evidência de impenitência. Esta manifestação deve ser diretamente o oposto do que a alma verdadeiramente penitente fará. 9. Um espírito de dar desculpas à negligência do dever também é evidência conclusiva de um coração impenitente. O arrependimento implica na rendição de todas as desculpas da desobediência e uma obediência sincera a todas as coisas. Claro que onde há uma manifesta disposição de dar desculpas por não ser tudo o que DEUS nos exige que sejamos, é certo que há e deve haver um estado impenitente da mente. É guerra com DEUS. 10. Uma falta de franqueza em todos os assuntos morais relativos ao eu também trai um coração impenitente. Um estado penitente da vontade é comissionado a saber e abraçar toda a verdade. Portanto, um estado preconceituoso e não franco da mente tem de ser incompatível com a penitência, e uma manifestação de preconceito tem de evidenciar impenitência vigente. Procurarmos a má vontade, termos todas as nossas palavras e caminhos levados à luz da verdade e sermos reprovados quando estamos em erro, são indicações seguras de um estado impenitente da mente. "Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em DEUS" (Jo 3.20,21). 11. Somente transformação parcial de vida também indica que o coração não abraçou toda a vontade de DEUS. Quando há uma manifesta disposição a se entregar a algum pecado, não importa quão pequeno seja, é evidência segura de impenitência do coração. A alma penitente rejeita o pecado como pecado. Claro que todo o tipo ou grau de iniqüidade é abominado e detestado. "Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos" (Tg 2.10), ou seja, se alguém em um ponto inequivocamente peca ou desobedece a DEUS, é certo que de coração não o obedece verdadeiramente em nada. Ele não tem um estado obediente da mente. Se na verdade tivesse respeito supremo à autoridade de DEUS, não poderia senão obedecê-lo em todas as coisas. Se fosse descoberto que um adepto da penitência não manifesta o espírito de obediência universal, se em algumas coisas é evidentemente auto-indulgente, saiba-se que ainda está completamente em pecado e "em fel de amargura e em laço de iniqüidade" (At 8.23). 12. Negligência ou recusa em confessar e fazer restituição, na medida que oportunidade e capacidade são proporcionados, também é indicação segura de um estado injusto e impenitente da mente. Parece impossível a uma alma penitente não ver de imediato e ficar impressionado com o dever de fazer confissão e restituição aos que foram por ela feridos. Quando isto é recusado ou negligenciado, deve haver impenitência. O coração controla a vida por uma lei da necessidade. Quando há um coração que confessa e abandona o pecado, é impossível que isto não se manifeste em confissão e restituição exterior. 13. Um espírito de cobiça ou apego ao mundo é indicação segura de impenitência. "A avareza, que é idolatria." É ter fome, sede e devoção por este mundo. A ganância satisfeita tem de ser prova positiva de um estado impenitente da mente. Se alguém ama o mundo, como habitará nele o amor de DEUS? 14. A falta de interesse e compaixão pelos pecadores é indicação segura de impenitência. Se a pessoa viu sua própria culpa e ruína, descobriu-se atolado na cova horrível e no barro lamacento de suas próprias abominações e encontrou o caminho do escape, sentir profundamente pelos pecadores e manifestar grande compaixão, preocupação e zelo pela salvação deles é tão natural quanto respirar. Se esta simpatia e zelo não são manifestados, podemos confiar que ainda há impenitência. Há um desejo total daquele amor a DEUS e às almas que sempre está implícito no arrependimento. Você já viu um professo convertido a CRISTO cujas compaixões não tenham sido estimuladas e cujo zelo pela salvação das almas não tenha sido despertado? Esteja certo de que você está vendo um hipócrita. 15. A preguiça ou indolência espiritual é outra evidência de coração impenitente. A alma que se volta completamente a DEUS, se consagra a Ele e se entrega inteiramente a promover a sua glória na edificação do seu Reino, será e deve ser tudo menos indolente. Uma disposição à ociosidade espiritual, ou à vadiação ou indolência de qualquer tipo, é evidência de que o coração é impenitente. Eu poderia pesquisar este assunto por tempo indefinido, mas o que já foi dito tem de bastar para o curso deste ensino e ser suficiente para lhe dar a pista pela qual você pode descobrir os rodeios e as ilusões do coração impenitente.
O que está implícito na fé evangélica?
1. Implica uma percepção intelectual dos fatos e verdades cridos. Ninguém pode crer no que não entende. E impossível crer que a mente possa entender aquilo que não lhe foi revelado. Tem sido erroneamente presumido que a fé não precisou de luz, ou seja, que não é essencial à fé entendermos as doutrinas ou os fatos a que somos chamados a crer. Esta é uma pressuposição falsa, pois como podemos crer ou confiar no que não entendemos? Primeiro tenho de entender qual é a proposição, o fato, a doutrina ou a coisa antes de poder dizer se eu creio ou se devo crer ou não. Se você me declarar uma proposição numa língua que não conheço e me perguntar se eu creio, tenho de responder que não, porque não entendo os termos da proposição. Talvez eu viesse a crer na verdade expressa ou talvez não, não sei, até que eu entendesse a proposição. Qualquer fato ou doutrina não compreendidos são como uma proposição apresentada num idioma desconhecido. É impossível que a mente a receba ou rejeite, creia ou descreia até que seja compreendida. Podemos receber ou crer numa verdade, ou fato, ou doutrina, não mais além do limite do que entendemos. Na medida que o entendemos, até a essa medida cremos, embora possamos não entender tudo a respeito. Por exemplo: Eu posso crer na divindade e humanidade de JESUS CRISTO. Que Ele é tanto DEUS quanto homem é um fato que posso entender. Assim, até esse ponto posso crer. Mas não consigo entender como é que a sua divindade e a sua humanidade se unem. Portanto, eu só creio no fato de que estão juntas; não sei absolutamente nada sobre o modo quo da união e não creio mais do que sei. Assim posso entender que o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO são uma unidade. Que o Pai é DEUS, que o Filho é DEUS, que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, que estes três são pessoas divinas posso entender como fato. Também posso entender que não há contradição ou impossibilidade no fato declarado de que estes três são um em substância; que em sentido diferente são um em três; que são três em um sentido e um em outro. Entendo que isto pode ser um fato e então posso crer. Mas o modo quo da união não entendo nem creio, ou seja, eu não tenho teoria, idéia, dados sobre o assunto, não tenho opinião e, por conseguinte, não tenho fé sobre a maneira pela qual estão unidos. Então, a fé em qualquer fato ou doutrina implica que o intelecto tem uma idéia, ou que a alma tem uma compreensão, uma opinião do que o coração aceita ou crê. 2. A fé evangélica implica a apropriação das verdades do Evangelho para nós mesmos. Exige uma aceitação de CRISTO como nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção. A alma que verdadeiramente crê, aceita que CRISTO provou a morte por todos os homens. Apreende CRISTO como o Salvador do mundo, como oferecido a todos e o recebe para si mesma. Apropria-se para si mesma de sua expiação, ressurreição, intercessão e suas promessas. CRISTO é apresentado no Evangelho não só como o Salvador do mundo, mas também para a aceitação individual dos homens. Ele é aceito pelo mundo não mais do que é aceito por indivíduos. Ele salva o mundo não mais do que salva os indivíduos. Ele morreu pelo mundo, porque morreu pelos indivíduos que compõem a raça. A fé evangélica implica a convicção das verdades da Bíblia, a apreensão das verdades há pouco nomeadas e uma recepção delas e aceitação pessoal e apropriação de CRISTO para satisfazer as necessidades de cada alma. 3. A fé evangélica implica uma vida evangélica. Isto não seria verdade se a fé fosse somente um estado ou exercício intelectual. Mas visto que, como vimos, a fé é do coração, visto que consiste na entrega da vontade a CRISTO, segue-se, por uma lei da necessidade, que a vida corresponderá à fé. Que isto seja mantido em perpétua lembrança. 4. A fé evangélica implica arrependimento diante de DEUS. A fé evangélica diz respeito particularmente a JESUS CRISTO e sua salvação. E uma aceitação de CRISTO e sua salvação. Claro que implica arrependimento diante de DEUS, ou seja, uma mudança desde o pecado para DEUS. A vontade não pode ser submetida a CRISTO, não pode recebê-lo como está apresentado no Evangelho, enquanto negligencia o arrependimento diante de DEUS, enquanto rejeita a autoridade do Pai, não pode aceitar o Filho e submeter-se a Ele. 5. A benevolência desinteressada ou um estado de boa vontade do ser humano estão implícitos na fé evangélica, pois isto é a entrega da alma a DEUS e a CRISTO em toda a obediência. Então, tem de implicar companheirismo com o Senhor em relação ao grande fim no qual o seu coração está estabelecido e pelo qual ele vive. Uma rendição da vontade e da alma ao Senhor tem de implicar a aceitação do mesmo fim que Ele abarca. 6. Implica um estado da sensibilidade que corresponde às verdades cridas. Ou seja, este estado da sensibilidade é um resultado da fé mediante uma lei da necessidade, e este resultado se segue necessariamente a aceitação de CRISTO e do seu Evangelho pelo coração. 7. Claro que implica paz de mente. Em CRISTO a alma encontra sua salvação plena e vigente. Encontra justificação que produz o senso de perdão e aceitação. Encontra santificação ou graça para libertar-se do poder reinante do pecado. Encontra todos os seus desejos satisfeitos e toda a graça necessária oferecida para sua ajuda. Não vê causa de perturbação, nada a pedir ou desejar que não esteja entesourado em CRISTO. Deixou de fazer guerra com DEUS — consigo mesma. Encontra seu lugar de repouso em CRISTO e descansa na paz profunda sob a sombra do Todo-Poderoso. 8. Tem de implicar a existência na alma de toda virtude, porque é uma entrega do ser inteiro à vontade de DEUS. Por conseguinte, todas as fases da virtude exigidas pelo Evangelho devem estar implícitas como existentes, quer em um estado desenvolvido, quer não desenvolvido, em todo o coração que verdadeiramente recebe CRISTO pela fé. Certas formas ou modificações de virtude não podem em todos os casos encontrar ocasião de desenvolvimento, mas é certo que toda modificação da virtude se manifestará à medida que a oportunidade surgir, se houver uma fé verdadeira e viva em CRISTO. Isto se conclui da própria natureza da fé. 9. A presente fé evangélica implica um estado de não pecaminosidade vigente. Observe que a fé é a entrega, mediante o compromisso, da vontade inteira e do ser inteiro a CRISTO. Isto, e nada menos que isto, é fé evangélica. Compreende, também, o todo da verdadeira e vigente obediência a CRISTO. Esta é a razão por que a fé é falada como a condição e, por assim dizer, a única condição de salvação. Realmente implica toda a virtude. A fé pode ser considerada como uma forma distinta de virtude e como um atributo de amor, ou como inclusiva de toda a virtude. Quando considerada como um atributo de amor é apenas um ramo da santificação. Quando considerada no sentido mais amplo de conformidade universal da vontade à vontade de DEUS, então é sinônimo da inteira santificação vigente. Considerada sob qualquer luz, sua existência no coração deve ser incompatível com o pecado presente. A fé é uma atitude da vontade e é completamente incompatível com a vigente rebelião da vontade contra CRISTO. Isto tem de ser verdade, ou então o que é fé? 10. A fé implica a recepção e a prática de toda verdade conhecida ou percebida. O coração que aceita e recebe a verdade como verdade, e porque é verdade, tem obviamente de receber toda a verdade conhecida. Porque é completamente impossível que a vontade aceite um pouco da verdade percebida por uma razão benevolente e rejeite outra verdade percebida. Toda verdade é harmoniosa. Uma verdade sempre é consistente com todas as outras verdades. O coração que em verdade aceita uma, irá, pela mesma razão, aceitar todas as verdades conhecidas. Assim, qualquer verdade revelada é realmente recebida, tornando-se impossível que toda a verdade não seja recebida assim que for conhecida. Lc 13:24 - Manual de Duvidas, Enigmas e Contradiçoes da Biblia Todos os que buscam a DEUS o encontrarão?
PROBLEMA: JESUS disse: "Buscai e achareis". Outras passagens da Escritura reafirmam a mesma verdade (1 Cr 28:9; Is 55:6; At 10:35). Contudo, de acordo com JESUS, "muitos procurarão entrar e não poderão" (Lc: 13:24). De igual forma, Ele disse em João: "vós me buscareis, e não me achareis" (Jo 7:34).
SOLUÇÃO: Todos os que resolutamente buscarem a DEUS, o encontrarão, porque ele é "galardoador dos que o buscam" (Hb 11:6). De fato, DEUS é "longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam" (2 Pe 3:9,SBTB). Naturalmente, há aqueles que buscam a DEUS em seus próprios termos (pelas obras humanas), os quais não se salvarão, já que não "por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou" (Tt 3:5). A Bíblia diz: "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Pv 14:12). Ainda, há aqueles que buscam tarde demais, ou seja, depois da morte, pois "aos homens está ordenado morrerem uma vez só, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Mas não há quem vá a DEUS nesta vida em, arrependimento, lançando-se sobre a sua misericórdia, que não receba a sua graciosa dádiva da salvação. ARREPENDIMENTO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
As palavras heb. mais comuns para arrependimento vêm da raiz naham e significam uma mudança de idéia ou de propósito, ou, às vezes, lamentar-se . O conceito do NT, porém, é mais corretamente expressado pelo verbo heb. shub, que significa “converter-se”, ou “retornar”, e é às vezes traduzido como “arrepender-se” (Ez 14.6; 18.30). Este é o verbo “converter” no clássico texto do AT sobre o arrependimento em Isaías 55.6,7. No Novo Testamento, o arrependimento tem geralmente o significado do termo gr. metanoia, que é uma “mudança de pensamento”, e seu verbo coligado; embora metamelomai, “mudar de atitude”, seja usado cinco vezes, e um adjetivo coligado seja utilizado duas vezes. A doutrina do arrependimento é apresentada mais claramente no NT pelo substantivo metanoia e seu verbo coligado. Onde quer que este substantivo ou verbo ocorra, há um convite para que os homens se convertam de seus pecados e busquem a graça de DEUS, ou ainda um registro ou referência desta atitude de arrependimento. O arrependimento pode ocorrer por parte daqueles que se declaram cristãos (2 Co 7.9,10; Ap 2.5,16,21,22; 3.3,19), embora o apelo ao arrependimento seja geralmente dirigido aos descrentes. Há um nítido desenvolvimento do uso da palavra no NT. João Batista (Mt 3.2,8,11; Mc 1.4; Lc 3.3,8) soava a nota de arrependimento para todo o povo judeu, em vista da vinda repentina do Messias. Seu ministério é resumido nas palavras de Paulo: “João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO” (Act 19.4; veja também 13.24). Para muitos dos judeus, como provavelmente para os 12 homens de Éfeso (Act 19.1-7), o batismo de João pode ter representado o momento da nítida crença que eles tiveram, no sentido da fé salvadora do AT. Contudo, muitos tinham, sem dúvida alguma, sido crentes, e para eles o batismo de João, como as outras práticas (Hb 9.10), teria representado um ato de arrependimento e reconsagração. Podemos supor que muitos daqueles que se arrependeram sinceramente com a pregação de João estiveram entre os milhares que vieram para a igreja no Pentecostes, e depois dele. O Senhor JESUS deu continuidade à mensagem de João, exatamente com as mesmas palavras (Mt 4.17; Mc 1.15). O arrependimento teve um lugar proeminente na pregação de JESUS e de seus discípulos (vejaMc 6.12; Mt 11.20-21 com Lc 10.13; Mt 12.41 com Lc 11.32). Lucas dá muito mais ênfase à pregação do arrependimento no ministério de JESUS do que os outros escritores dos Evangelhos. As passagens peculiares em Lucas são 5.32; 13.3,5; 15.7,10; 16.30; 17.3,4 e 24.47. No livro de Atos, a mensagem do Evangelho (de arrependimento) é plenamente desenvolvida, e a fé é pressuposta do início ao fim, No dia de Pentecostes (2.38) e logo depois dele (3.19), o arrependimento para a salvação do pecado era o tema predominante. A exaltação de CRISTO significa o dom do arrependimento para Israel para a remissão dos pecados. Um grande avanço neste entendimento está indicado em 11.18, "... dizendo. Na verdade, até aos gentios deu DEUS o arrependimento para a vida”. Paulo pregou o arrependimento aos filósofos no Areópago (17.30). Na mais dara de todas as referências em Atos, Paulo resume o seu ministério: “... testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão [ou arrependimento] a DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (20.21); e também: “anunciei... aos gentios que se emendassem [ou se arrependessem] e se convertessem a DEUS, fazendo obras dignas de arrependimento” (26.20). Ao escrever aos Coríntios, Paulo indica a função da tristeza ao levar uma pessoa a converter-se a DEUS, produzindo o arrependimento que conduz à salvação, porque a tristeza sem esperança, encontrada no mundo pagão, conduz apenas à amargura e à morte espiritual (2 Co 7.9,10). A partir destas e de outras passagens, podemos formular uma definição de arrependimento como a de Carl G. Kromminga: “Pode- se dizer que metanoia denota a mudança de idéia, de afeições, de convicções e compromissos interiores enraizados no temor a DEUS, e na tristeza pelas ofensas cometidas contra Ele, que, quando acompanhada pela fé em JESUS CRISTO, resulta em uma conversão externa do pecado a DEUS, e a seu serviço em todas as áreas da vida” (“Repentance”, BDT, p. 444). Há terríveis advertências para aqueles que não se arrependerem (Hb 6.6; Ap 9.20-21; 16.9,11). Em nossa opinião, a mais atraente de todas as referências ao arrependimento é Romanos 2.4, “A benignidade de DEUS te leva ao arrependimento” (cf. também 2 Pe 3.9). Veja Confissão; Perdão. Bibliografia. J. Behm e E. Würthwein, “Metanoeo, etc.”, TDNT, IV, 975-1008. Harry A. Ironside, Except Ye Repent, Nova York. American Tract Society, 1937. J. P. Ramseyer, “Repentance”, A Companion to the Bible, J. J. von Allmen, ed., Nova York. Oxford, 1958, pp. 357-359. J. O. B. AJUDA BIBLIOGRÁFICA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
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Teologia Sistemática de Charles Finney