Lição 3, O DEUS Que Intervém Na História, 2 parte
Sonhos e visões em Daniel
A habilidade dada por DEUS a Daniel de interpretar sonhos
e visões (Dn 1.17) foi importante para sua função como conselheiro do
rei da Babilônia,
Nabucodonosor, um homem de sonhos problemáticos e misteriosos.
A seguinte comparação de um sonho de Nabucodonosor com um
sonho e com uma visão de Daniel revela um tema recorrente no livro de
Daniel: a frequente sucessão de reinos.
No sonho de Nabucodonosor, havia uma estátua cuja cabeça
[era] de ouro fino; peito e braços, de prata\ ventre e coxas, de cobre;
pernas, de ferro e pés, em parte de ferro e em parte de barro (Dn 2.32).
No sonho de Daniel, havia um animal semelhante a um leão,
masque tinha asas de águia: um semelhante a um urso, masque tinha na
boca três costelas entre os seus dentes; um semelhante a um leopardo,
mas que tinha quatro asas de ave nas suas costas, e um, diferente de
todos os animais que apareceram antes dele, cujos dentes grandes eram de
ferro e que, além disso, possuía dez chifres] (Dn 7.4-7).
Na visão de Daniel, havia um carneiro, o qual tinha duas
pontas, uma mais alta do que a outra (Dn 8.3) e um bode com uma ponta
notável entre os olhos. Em um dado momento, o bode se engrandeceu e
[...] a grande ponta foi quebrada, e subiram no seu lugar quatro
[também] notáveis [...] e de uma delas saiu uma ponta mui pequena (Dn
8.5-9).
Na interpretação dada por DEUS a Daniel, a Babilônia se
estabeleceria como o primeiro império mundial (Dn 2.38; 7.17); a Babilônia,
como o segundo império (Dn 2.39; 7.17; 8.20); a Grécia derrubaria o
império medo-persa e se estabeleceria como o terceiro (Dn 2.39; 7.17;
8.21); e a Roma derrubaria a Grécia e se estabeleceria como o quarto (Dn
2.40-43; 7.17).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo
Comentário Bíblico Antigo
Testamento
com recursos adicionais.
Editora Central Gospel. pag.
1278.
Dn 2.19. Coisas que estavam ocultas para os sábios da
Babilônia foram reveladas a Daniel. Onde os primeiros haviam sido
impotentes (10), o DEUS do céu se mostrou capaz de revelar aos Seus
servos o que estes precisavam saber. Numa visão de noite ("visão
noturna", BJ), Daniel “viu" o que o rei
tinha visto em seu sonho e ainda compreendeu do que se
tratava. Pelo uso do conceito 'Visões noturnas" em Jó 4:13 e 33: 15,
parece que aquele que recebia a visão se achava num sono profundo,
embora dele não se diga que estivesse sonhando (talvez pelo fato de que
as imagens não vinham da sua própria mente, mas por uma intervenção
direta de DEUS).
Dn 2.20-23. O fato de ter sido socorrido encontrou
expressão em um hino espontâneo de gratidão ao único DEUS que poderia
atender de tal modo a uma oração; mas havia também temor e espanto pelo
fato de esse mesmo DEUS, invisível e infinitamente grande, ter estado
diretamente em contato pessoal com ele. Este último pensamento está por
trás da primeira linha do seu luno: o nome de Detis é revelado somente
pelo próprio DEUS (cf. Êx 6:3; Jz 13:17, 18) e representa ao que pode
ser conhecido a Seu respeito. Daniel acabara de ver algo da sua
sabedoria e poder, tendo recebido de DEUS o poder compartilhar desses
atributos divinos (23). O poder de DEUS, explicitamente aqui de
controlar a ordem natural e de governar a política humana, antecipa já o
sentido do sonho, que o autor até então ainda não revelara. A sabedoria
de DEUS, da mesma forma, é todo abrangente (22). ilimitada; a ênfase que
perpassa o texto, contudo, está no fato de DEUS colocar Sua sabedoria à
disposição: ele dá sabedoria ... e entendimento.. ele revela,. me
deste... me fizeste saber... nos fizeste saber (aos que juntos oraram
pedindo por conhecimento do sonho do rei). Sabedoria aos sábios (21)
significa não que só os sábios recebem o dom da sabedoria “extra”, mas
que onde houver sabedoria, esta foi recebida como um dom do único DEUS
que é a sua fonte. De conformidade com isso, há uma ênfase neste salmo
sobre o Doador. Nas linhas 3-5 ele é enfático e do mesmo modo a ti na
linha 6. Esta miraculosa resposta à oração relembra Daniel de tudo que
ouvira dos maravilhosos feitos de DEUS no passado, sentindo assim a
continuidade entre ele e os que foram antes dele; por isso, louva ao
DEUS de meus pais (23).
Este pequeno salmo é um modelo de ação de graças. Nenhuma
palavra é meramente repetitiva; cada uma das primeiras 9 linhas
enaltecendo a grandeza de DEUS faz a sua contribuição própria ao cântico
de louvor, estando todas relacionadas com a experiência de Daniel. As
últimas 4 linhas expressam a sua própria admiração pelo privilégio de
compartilhar da sabedoria e poder de DEUS (cf. o v. 20; as mesmas
palavras são repetidas no aramaico.
ligando assim o fim do salmo com o seu início). A
simetria e beleza da poesia fazem também a sua contribuição ao louvor a
DEUS.
Dn 2.24. Faltava agora ir ter com Arioque, dando-lhe as
boas novas de que as execuções não precisariam ter lugar, pois Daniel
pode revelar e Dn 2.25. Arioque deprecia as credenciais de Daniel,
creditando a si próprio o ter achado alguém que satisfizesse os desejos
do rei.
Dn 2.26. A pergunta do rei traz implicada a
incredulidade: “Podes tu...? ”
Joyce G. Baldwin,. Daniel Introdução e Comentário.
Editora Vida Nova. pag. 95-97.
3. O caráter profético do sonho de Nabucodonosor
(vv.28-29).
Daniel revela ao rei que o sonho tinha um caráter
profético e escatológico (2.26-29) “Podes tu jazer-me saber o sonho que
tive e a sua interpretação? ” (2.26). O rei Nabucodonosor está ainda
incrédulo de que aquele jovem ousado pudesse trazer a revelação do seu
sonho. Ele não conhecia o poder do DEUS de Daniel. DEUS não se deixaria
zombar por um rei pagão, adorador de deuses fictícios existentes na
Babilônia. Daniel não se engrandece nem ostenta qualquer virtude própria
capaz de revelar segredos. Daniel foi objetivo e demonstrou sua audácia
diante do rei, não se apressando em dar a revelação do sonho antes de
dizer ao rei que ele não era mais sábio que os demais, destacando o fato
de que a revelação devia-se unicamente ao seu DEUS, ao DEUS de Israel,
cujo propósito era o de tornar conhecidos os seus planos ao rei da
Babilônia.
“Há um DEUS no céu, o qual revela os mistérios” (2.27).
Daniel fez questão de dizer ao rei que o mistério do seu sonho “nem
sábios, nem astrólogos, nem adivinhos o podem declarar ao rei” (v. 27),
mas fez questão de ressaltar que “há um DEUS no céu o qual revela os
mistérios” (v. 28). O sonho do rei dizia respeito ao próprio reino da
Babilônia, mas continha uma visão futura dos próximos reinos que
haveriam de suceder ao reino da Babilônia. Daniel usou a expressão “fim
dos dias” (v.28) que é escatológica e não significa simplesmente a
sucessão dos impérios representados no texto. Segundo a escatologia
judaica do Antigo Testamento “o fim dos dias” pode significar todo o
espaço de tempo desde o começo do cumprimento da profecia até a
inauguração do reino messiânico na terra.
A preocupação do Rei com o seu reino no futuro (2.29)
No sonho do rei, ainda que ele tenha tido dificuldades
para entender o seu significado, estava revelado o porquê do sonho, ou
seja, causa ou o motivo do sonho que dizia respeito à preocupação do rei
quanto ao seu futuro e o futuro do seu reino. Na verdade, DEUS usou um
ímpio para algo especial acerca do futuro do povo de Israel e das nações
do mundo. O esquecimento do rei acerca do seu sonho e a inquietação
acerca do mesmo por não ter se lembrado tinha o dedo de DEUS para
revelar a sua glória através do seu servo Daniel.
“a mim me foi revelado esse mistério” (2.30). Não havia
presunção ou vaidade no coração de Daniel quando atribui a si a
revelação do mistério, mas era uma demonstração da sua humildade e
reconhecimento pela soberania do seu DEUS. Daniel professa solenemente
que não há nenhum mérito seu na revelação do mistério, mas a glória
pertence ao DEUS que revelou a ele, por sua imensurável graça e poder.
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 43-44.
Dn 2.28 Mas há um DEUS nos céus. Onde psíquicos
profissionais e sábios e deuses pagãos falham, o DEUS do céu é
bem-sucedido. Ver o vs. 18 quanto a esse título. A expressão “nos
últimos dias" é sempre usada do ponto de vista do autor, e não de nosso
século! Portanto, significa “mais tarde” ou, talvez, “em tempos remotos
do nosso”, e não necessariamente nos últimos dias, imediatamente antes
da era do reino etc. Se as profecias deste capítulo atingem a época dos
romanos, então o tempo estava bastante afastado de Daniel para merecer a
expressão; mas a verdade é que a visão de Daniel mergulhou num tempo
ainda mais distante. “Do ponto de vista de Jacó (ver Gên. 49.1), isso
significou o fim da ocupação de Israel da Terra de Canaã. Do ponto de
vista de Balaão (ver Núm. 24.4), significou o fim da independência de
Moabe e Edom... Mais freqüentemente, porém, essa frase é usada
escatologicamente para indicar o fim da era presente, os últimos dias
antes do Reino de DEUS, a nova era. O teu sonho e as visões da tua
cabeça. Se Joel 2.28 faz distinção entre as duas coisas, no livro de
Daniel esses termos parecem sinônimos.
Ambas as coisas são consideradas reveladoras dos
propósitos e da vontade de DEUS, uma maneira pela qual um homem pode
olhar para além dos limites do conhecimento humano ordinário. Daniel
não tomou o crédito para si mesmo.
Dn 2.29 Estando tu, ó rei, no teu leito. A Nabucodonosor,
embora fosse ele um rei pagão, foi dada uma visão. A tentativa de
limitar as visões aos judeus e aos cristãos não passa nos testes da
investigação. O Logos opera universalmente, e Ele tem agentes e servos
não cristãos. Os Logoi Sperm atikoi (as sementes do Logos) estão por
toda a parte. Ver sobre esse termo na Enciclopédia de Bíblia, Teologia
e Filosofia.
DEUS é aquele que revela, e Ele não escolhe,
necessariamente, agentes que merecem nossa aprovação. O rei pode ter
estado a meditar sobre o futuro. Seu coração (a sede da inteligência)
estava ativo. Mas a visão ocorreu espontaneamente, de acordo com o
propósito divino.
Escopo da Visão. A visão cobriu a história do mundo em
grandes lances, a começar pelos tempos de Nabucodonosor, tocando de leve
em vários impérios mundiais e terminando com o reino eterno. “Esse mesmo
periodo é chamado de ‘tempo dos gentios’, em Luc. 21.24" (J. Dwight
Pentecost).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3380-3381.
Ele confirmou o rei em sua opinião de que o sonho cuja
lembrança ele estava desejoso de recuperar era realmente valioso. Ele
tinha uma mensagem de grande importância e de vasta conseqüência, e não
era um sonho comum, a diversão ociosa de uma imaginação ridícula e
luxuriante, que não valesse a pena se lembrar ou contar novamente, mas
era uma revelação divina, um raio de luz lançado em sua mente vindo do
mundo superior, relacionado aos grandes assuntos e reviravoltas deste
mundo inferior. DEUS, nesse sonho, revelou ao rei o que aconteceria nos
últimos dias (v. 28), isto é, nos dias que estavam por vir, chegando até
ao estabelecimento do reino de CRISTO no mundo, que deveria ocorrer nos
últimos dias (Hb 1.1). Além disso, “os pensamentos que subiram à tua
mente não foram as repetições do que havia sido antes, como os nossos
sonhos geralmente são” (v. 29):
Omnia quae sensu volvuntur vota diurno Tempore sopito
reddit amica quies. Os sentimentos que nutrimos durante todo o dia
Freqüentemente se misturam com os cochilos agradáveis da noite.
Claudiano
“Mas foram predições do que há de ser depois disso, e que
Aquele que revela os segredos te fez saber. Portanto, tens o dever de
aceitar o sinal e procurar entendê-lo.” Observe que as coisas que
deverão acontecer no futuro são coisas secretas, que somente DEUS pode
revelar. E o que Ele revelou sobre essas coisas, especialmente com
referência aos últimos dias, ao fim dos tempos, deve ser muito séria e
diligentemente analisado e considerado por cada um de nós. Alguns
entendem que os pensamentos que subiram à mente do rei em sua cama,
sobre o que havia de ser depois disso, eram os próprios pensamentos que
teve quando estava acordado. Pouco antes de dormir, e de ter tido esse
sonho, ele estava distraindo a sua própria mente com aquilo que seria o
resultado da sua grandeza crescente, pensando no que aconteceria mais
tarde com o seu reino. E assim, o sonho foi uma resposta a estes
pensamentos. DEUS, desse modo, prepara os homens para as revelações que
Ele, por tão grande bondade, pretende fazer.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 833.
III – DANIEL CONTA O SONHO E INTERPRETA-O (2.31-45)
1. A correta descrição do sonho (vv. 31-35).
O sonho de Nabucodonosor tinha uma estrutura de uma
mensagem profética. Os estudiosos veem o capítulo 2 apenas numa
perspectiva histórica, porque os quatro impérios pagãos que a visão
anunciava já passaram. Porém, a visão tinha também um sentido
escatológico, porque estabelece ao final o reino universal de CRISTO. É
algo que DEUS tem preparado para o futuro. A visão contém quatro
divisões principais.
A imagem da grande estátua (2.31 -33)
A estátua que Nabucodonosor viu tinha uma cabeça de ouro
(v.32); o peito e os braços eram de prata (v.32); o ventre e as coxas da
estátua eram de cobre (v.32); as pernas eram de ferro (v.33) e os pés da
estátua continham ferro e barro (v.33). No versículo 34 temos “uma pedra
que foi cortada, sem mãos”, a qual feriu a estátua nos pés destruindo-a
completamente. Naqueles tempos, o misticismo e a utilização de figuras
de representação faziam parte das crendices existentes na cultura pagã.
Na mente de Nabucodonosor havia essa cultura e DEUS aproveita para
revelar realidades presentes e futuras daquele império através de
sonhos.Todavia o rei esqueceu o sonho mas sabia que havia sonhado algo
importante que tinha algum significado para si mesmo e para o seu
império.
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 44-45.
Dn 2.31 Tu, ó rei, estavas vendo. A Essência dos Sonhos e
das Visões. O rei vira uma imagem gigantesca e grotesca, sob a forma de
um imenso homem. A imagem rebrilhava como bronze fundido; era
“gigantesca, rebrilhante e assustadora” (NCV). A imagem exalava poder e
esplendor. Os sonhos espirituais envolvem imagens incomuns que deixam a
pessoa estonteada, e foi isso o que aconteceu a Nabucodonosor. Os
antigos do Oriente Próximo e Médio costumavam fazer imagens colossais,
mas essa imagem tomou de surpresa o próprio Nabucodonosor, embora ele
fosse um ativo construtor.
“Suas dimensões e sua aparência eram formidáveis, fazem
ao rei
parecer insignificante diante dela” (J. Dwight Pentecost, in Ioc.).
Os vss. 31-36 fornecem a visão. Em seguida, os vss. 36-38
dão a interpretação. Conforme veremos, as
várias porções da imagem representavam reinos mundiais.
“Havia algo na fisionomia da imagem que era ameaçador e
terrível. A forma inteira, tão gigantesca, encheu o rei com profunda
admiração, pois lhe pareceu terrível. Talvez isso denote o terror que os
reis, sobretudo os arbitrários e despóticos, projetam sobre seus
súditos” (John Gill, in Ioc.).
Dn 2.32,33 A cabeça era de fino ouro. Os Elementos da
Imagem Representam Quatro Reinos:
1. A cabeça era de ouro
2. Os braços e o peito eram de prata
3. O ventre e as coxas eram de bronze
4. As pernas eram de ferro, enquanto os artelhos eram
parte de ferro e parte de barro Essas quatro partes representam quatro
reinos, que surgiriam sucessivamente. Seriam impérios mundiais. Os vss.
37-43 dão as interpretações sobre as figuras.
Observações sobre os Itens. 32-33:
1. Note o leitor a qualidade descendente dos metais:
ouro, prata, bronze, ferro, ferro misturado com barro.
2. O grego de épocas remotas, Hesíodo, falava em eras do
mundo em termos de metais. Aqui descem os do ouro ao barro. A descida
parece ser de valor, e não de força. O quarto reino seria mais forte que
os demais, tal como o ferro é mais forte (porém menos valioso) que os
outros metais listados.
3. A prata é um metal nobre, mas não tão valioso quanto o
ouro. O bronze é ainda menos valioso, porém mais forte que a prata.
Provavelmente está em vista o cobre, que, misturado com o estanho, fica
mais forte do que o simples cobre, e essa liga produz o bronze.
4. O ferro é o mais forte e o mais útil dos metais
listados, mas essa força é debilitada pela mistura com o barro, ou
melhor, com o barro cozido, duro, mas não tão duro quanto um metal. O
barro cozido fala de vulnerabilidade e fraqueza inerente, a despeito da
demonstração de força. Todos os reinos, como é natural, têm os pés
feitos de barro.
5. Os quatro reinos representam toda a história da
humanidade, contada rapidamente, e o Reino de DEUS é o quinto reino. A
vasta porção da história do mundo é deixada de fora. A visão é um
símbolo do que acontece no mundo e mostra as limitações do escopo do
profeta, que só podia ver essa parte do total, e teve de fazê-la
representar os reinos do mundo, ou os tempos dos gentios (ver Luc.
21.24).
Dn 2.34 Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada.
Temos aqui, na “pedra”, o quinto império, não feito por mãos humanas. A
pedra era uma Grande Pedra, que demoliu a imagem, em suas partes de
metal. A imagem e suas diversas partes eram produtos humanos e, por isso
mesmo, teriam de chegar ao fim. Eram apenas temporais. Já a Grande Pedra
é eterna, e não está sujeita à dissolução.
Com um simples golpe nos pés, ela levou a imagem feita
pelo homem a cair em forma de poeira, ou seja, de forma irrecuperável.
A interpretação sobre essa Pedra aparece nos vss. 44-45.
Dn 2.35 Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro,
o bronze, a prata e o ouro. Continua aqui o poder destruidor da Grande
Pedra. Os metais, de várias qualidades, não puderam resistir ao golpe da
Grande Pedra, e todos se reduziram a uma poeira finíssima, que o vento
levou embora. As eiras eram lugares abertos situados de tal maneira que
podiam ser tangidos por qualquer brisa que passasse, para que o grão,
lançado ao alto, fosse facilmente separado da palha, que era então
levada pelo vento. Essa é uma figura usada com freqüência nas
Escrituras. Cf. Osé.13.3; Sal. 35.5; Jó 21.18; Isa. 41.15,16; Mat. 3.12.
“Os fragmentos desapareceram tão completamente que nem um traço deles
podia ser encontrado. Assim mostram Sal. 103.16; Jó 7.10; 20.9 e Apo.
20.11. A finalidade do golpe desfechado pelo Pedra foi assim indicada,
uma característica da literatura apocalíptica” (Arthur Jeffery, in
Ioc.). A Pedra veio a tornar-se uma grande montanha, que encheu toda a
terra.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3381.
Devido a serem tremendas para os seus
inimigos, e temidas por todos à sua volta, a forma dessa imagem é
considerada terrível. Tanto as características do rosto como a postura
do corpo a tornavam assim. Mas o que era mais notável nessa imagem eram
os diferentes metais dos quais ela era composta - a cabeça de ouro (o
metal mais valioso e mais durável), o peito e os braços de prata (o
segundo metal em termos de valor), a barriga e os lados (ou coxas) de
bronze, as pernas de ferro (metais ainda mais inferiores), e por fim os
pés, parcialmente de ferro e parcialmente de barro. Veja como são as
coisas deste mundo: quanto mais nos aproximamos delas, menos valor
aparentam. Na vida de um homem a juventude é a cabeça de ouro, mas ela
fica cada vez menos digna da nossa estima. A velhice é metade barro.
Nesta etapa, o homem tem o seu vigor físico extremamente reduzido. E
assim com o mundo, as épocas posteriores trazem consigo a degeneração. A
primeira era da igreja cristã, a da reforma, era uma cabeça de ouro.
Mas, em minha opinião, se é que esta comparação pode ser feita, vivemos
em uma era que é de ferro e de barro. Alguns fazem uma alusão a isto na
descrição do hipócrita, cuja prática não está de acordo com o seu
conhecimento. Ele tem uma cabeça de ouro, mas pés de ferro e de barro:
ele conhece o seu dever, mas não o cumpre. Alguns observam que nas
visões de Daniel as monarquias foram representadas por quatro animais
(cap. 7), porque ele olhava para a sabedoria de baixo para cima. Nesta
situação elas se tornavam terrenas e sensuais, e um poder tirânico,
tendo, nelas mesmas, mais características dos animais do que do homem. E
assim a visão estava de acordo com a noção que Daniel tinha das coisas.
Mas para Nabucodonosor, um príncipe gentio, elas foram representadas por
uma imagem vistosa e pomposa de um homem, porque ele era um admirador
dos reinos deste mundo e da glória deles. Para ele, a visão era tão
encantadora que estava impaciente para vê-la outra vez. Mas o que
aconteceu com essa imagem? A parte seguinte do sonho nos mostra que ela
está calcinada, e foi transformada em nada. Ele viu uma pedra cortada da
montanha por um poder invisível, sem mãos, e esta pedra caiu sobre os
pés da imagem, que eram de ferro e de barro, e os despedaçou. E então,
consequentemente, a imagem deve cair, e assim o ouro, a prata, o bronze,
e o ferro foram todos despedaçados juntos, e esmiuçados de tal forma que
se tornaram como a pragana das eiras no estio, e ali não seria achado
nem sinal deles. Mas a pedra cortada do monte tornou-se um grande
monte, e encheu a terra. Veja como DEUS pode provocar grandes efeitos
através de causas fracas e improváveis. Quando Ele quer, um pequenino
pode se tornar mil. Talvez a destruição desta imagem de ouro, de prata,
de bronze, e de ferro tivesse a intenção de representar a extinção da
idolatria do mundo no devido tempo. Os ídolos dos gentios são de prata e
de bronze, como era esta imagem, e elas perecerão na terra e debaixo
destes céus (Jr 10.11; Is 2.18). E seja qual for o poder que destruir a
idolatria, ele estará no caminho preparado para glorificar e exaltar a
si mesmo, como esta pedra que, após esmiuçar a imagem, tomou-se um
grande monte.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 834.
2. A interpretação dos elementos materiais da grande
estátua (2.34-45).
Em primeiro lugar, “a cabeça de ouro” (w.32,36-38)
representava o próprio Rei Nabucodonosor, o rei mais poderoso da terra
na época. Sua palavra era lei e governou por 41 anos e transformou a
Babilônia no maior império do mundo. Obteve grandes conquistas e alargou
suas fronteiras e domínio tomando posse das riquezas das nações
conquistadas, inclusive dos reinos de Judá e de Israel. Em segundo
lugar, “o peito e os braços de prata” (vv.32,39) simbolizavam o império
que sucedeu a Nabucodonosor, o Império Medo-persa. Os dois braços
ligados pelo peito simbolizam a união dos medos e dos persas. Nesse
tempo prevaleceu muito mais as leis instituídas que a autoridade dos
reis desses povos. Em terceiro lugar, Daniel fala do “ventre e os
quadris” da estátua (vv.32,39) que eram de cobre e representavam o
terceiro reino que sucedeu ao medo-persa, o Império Grego. Foi Alexandre Magno, o grande rei e
general, que dominou o mundo inteiro até desintegrar-se com a sua morte.
Em quarto lugar, aparece as “pernas de ferro” (v.33,40-43) que
representavam o último império dessa visão, o Império Romano. Esta
interpretação baseia-se na visão política de um rei pagão. Em quinto
lugar, "os pés de ferro e barro ” indicavam a fragilidade dessa grande
estátua. A mistura de ferro e barro não dá liga, nem sustenta aquele
império que viria, o Romano. Ainda que não seja citado o Império Romano,
o contexto histórico e profético denuncia que se tratava desse império.
As pernas de ferro indicavam a dureza do poder militar que tornou Roma
muito forte, mas diluiu-se moralmente demonstrando a fragilidade do
barro. Os elementos constitutivos da estátua são materiais porque
indicam esta visão política para a compreensão de Nabucodonosor.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual.
O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag.
45-46.
Dn 2.37 O autor deixa claro que Nabucodonosor e seu
império babilônico eram a cabeça de ouro. Esse monarca era um rei de
reis entre os homens, pleno de grande força e glória. Foi o “DEUS do
céu” (Dan. 2.18) que predestinou esse reino e seu rei.
Pois Yahweh é quem se encarrega dos destinos humanos, individuais e
coletivos (as nações). DEUS é soberano. Ele é tanto o Criador como o Interventor em Sua criação,
recompensando, punindo e dirigindo em consonância com a lei moral. “Rei
de reis” era um título comumente dado aos reis da Pérsia (ver
Esd.7.12). Encontra-se em inscrições do antigo Oriente Próximo e Médio,
incluindo o caso de reis vassalos, como os reis armênios ou os reis
selêucidas. É usado para indicar Nabucodonosor, em Eze. 36.7 e Isa.
36.4. O título, claramente, é atribuído a Yahweh e, então, a JESUS, o
Rei-Messias. Cf. Dan. 47.5; Jer. 27.6,7; Apo. 17.14 e 19.16. Cf. Jer.
52.32.
Dn 2.38 A cujas mãos foram entregues os filhos dos
homens. Continua aqui a descrição do poder do “rei dos reis”
(Nabucodonosor). A cabeça de ouro era a cabeça de tudo em seus dias.
Yahweh havia entregado todas as coisas em suas mãos, tanto os seres
humanos com o os animais. Nabucodonosor se tornou o governante universal
do mundo conhecido em sua época, através de muitas e brutais conquistas
que não deixaram adversário de pé. Os “animais do campo são animais
ferozes, e não domesticados. A Septuaginta adiciona “e os peixes do mar,
o que, obviamente, é secundário. Os monarcas antigos do Oriente Próximo
e Médio (incluindo Salomão) tinham seus jardins zoológicos particulares,
onde criavam toda a espécie de animais estranhos, desconhecidos nas
regiões onde esses reis governavam. A expressão, seja como for,
enfatizava a universalidade do governo de Nabucodonosor. A vida, tanto
animal quanto humana, foi posta a seus pés. Cf. isso com o vs. 44 deste
mesmo capitulo e também com 7.17,24. O império neobabiiônico durou de
626 a 539 A.C., ou seja, oitenta e sete anos.
Ouro provavelmente refere-se às riquezas da Babilônia, e
não à sua força. Dignidade e glória fazem parte da figura como
descrições que os versículos esclarecem.
O Peito e os Braços de Prata (2.39a)
Dn 2.39ª Depois de ti se levantará outro reino. Este
segundo reino (mencionado em meio versículo) significa:
1. os medos e os
persas; ou 2. De acordo com alguns intérpretes antigos e modernos,
apenas os medos. O império medo-persa, em seu conjunto, perdurou por
mais de duzentos anos (539-330 A.C.). Eles conquistaram a Babilônia em
539 A.C.
O Ventre e as Coxas de Bronze (2.39b)
Dn 2.39b Esse terceiro reino, de acordo com vários
intérpretes antigos e modernos é formado:
1. pelos persas, em distinção
aos medos; ou 2. pelo império grego. O leitor deve tomar consciência de
que a identificação do quarto império como Roma não aconteceu senão
quando Roma realmente apareceu, e então a interpretação do quarto
império foi ajustada a esse fato. O quarto rei dos medos, Artiages, foi
traído por suas próprias tropas em 550 A. C., e seu poder foi entregue a
Ciro, o persa, que tinha sido um de seus vassalos. Foi dessa forma que
Ciro se tomou o cabeça do reino medo-persa. Assim também, nos capítulos
5 e 6 de Daniel, essas duas potências aparecem intimamente ligadas. Ver vss. 32-33, que preenchem detalhes quanto à
natureza desses reinos.
As Pernas de Ferro, com os Artelhos em parte de Barro
Cozido (vs. 40)
Dn 2.40 O quarto reino será forte como ferro. Esse quarto
reino era:
1. ou o império de Alexandre. 2. Ou Roma. No início
prevalecia a primeira dessas posições, mas a segunda passou a predominar
quando Roma apareceu. O quinto capítulo sofre a mesma variação quanto à
interpretação. O ferro é o mais forte dos metais, e certamente essa
interpretação se adapta à Grécia ou a Roma. Mas a mistura de ferro
cozido com ferro (vs. 41) fala de uma fraqueza inerente e,
provavelmente, de divisão, como quando o império grego foi dividido
entre os quatro generais de Alexandre. A descrição do vs. 40 pode
aplicar-se igualmente bem a Alexandre ou aos romanos, pois ambos se
ocuparam de uma conquista mundial, quebrando e subjugando os povos.
Como o ferro quebra todas as cousas. “Todos os outros
reinos" é a tradução da NCV, que contudo provavelmente está incorreta.
A ideia não
é que esse poder esmagaria todos os reinos que existiram antes, mas,
antes, que esmagaria todos os oponentes de sua própria época e, assim,
obteria domínio mundial.
Alexandre derrotou todos os oponentes e espalhou o idioma
e a cultura grega por todas as partes. O mundo foi “helenizado". Mas
outro tanto sucedeu com Roma, que se transformou no maior dos impérios
antigos, quando o mar Mediterrâneo se tornou o “lago" romano. O latim
veio a tornar-se outro idioma universal, e, através do latim vulgar,
espalhou-se por toda a Europa. Linguagens separadas surgiram a partir do
latim vulgar, incluindo o nosso idioma português, a última das línguas
neolatinas a desenvolver-se, sendo a caçula desses idiomas.
Dn 2.41,42 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos. Esse
poderoso quarto império tinha herdado fraquezas porque seus pés eram
feitos de ferro e barro cozido, um misto de fortalezas e fraquezas.
Neste ponto não são mencionados os dez artelhos, mas é natural
vinculá-los aos dez chifres de Dan. 7.24. Se a Grécia está em vista,
então a divisão do reino significa a distribuição do império de
Alexandre entre os seus quatro generais, quando ele morreu. As duas
pernas, nesse caso, apontariam para as duas principais divisões dessa
divisão, os selêucidas e os ptolomeus. Mas a palavra “dividido”, aqui
usada, poderia ser mais bem traduzida por “composto”, uma referência à
mistura do ferro e do barro cozido que representa fortaleza e fraqueza.
Mas se Roma está em pauta, então pode estar em mira a
divisão desse império em dez partes subordinadas. A visão
dispensacionalista deste versículo, em seguida, liga os dez artelhos, e
os dez chifres, aos dez chifres de Apo. 17.3.
Esses dez chifres, por parte de alguns estudiosos, são
então as dez nações do Mercado Comum Europeu, ou dez centros de poder no
mundo, concebidos como um reavivamento do império romano nos últimos
dias, o qual será encabeçado pelo anticristo. Visto que o Mercado Comum
Europeu consiste agora em mais do que dez nações membros, a teoria do
“poder central” atualmente é mais popular. Não sabemos o quanto dessa
forma de interpretação está correta e quanto dela não passa de fantasia.
Os críticos pensam que é ridículo tentar adaptar tais profecias (ou
história!) ao mundo conhecido atualmente.
Barro de oleiro. Dizem assim muitas traduções, mas barro
cozido (ver o vs. 33) provavelmente é o que está em vista. O barro
cozido é aparentemente duro, mas inerentemente fraco, e o fato de estar
misturado com o ferro tornava a liga mais precária. O barro cozido é
quebradiço, embora pareça ser forte. O vs. 43 diz “barro cozido” (NIV),
mas algumas traduções dizem “barro de lodo”, conforme se vê em nossa
versão portuguesa.
Dn 2.43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro
de lodo. O ferro e o barro são elementos precários quando se misturam,
sem importar se o barro estiver cozido ou em sua forma semilíquida. O
resultado é a fraqueza, conforme vimos no vs. 42. Houve
uma mistura dos homens fortes de Alexandre com as filhas das nações,
pelo que o caráter grego distintivo foi poluído. O próprio Alexandre
encorajava casamentos mistos, com povos conquistados, em sua visão
universalista das coisas, e ele, como é natural, seria o rei do império
mundial. Os reis selêucidas e ptolomeus continuaram a política dos
casamentos mistos, e em breve o que era grego transformou-se em apenas
outra forma de expressão gentílica. Se Roma está em mira, então temos o
declínio gradual da força romana. A descentralização destruiu o império
romano. A anarquia passou a reinar em alguns lugares: houve o governo da
plebe, ou seja, das classes populares. Em outros lugares, a democracia
enfraqueceu o poder centralizado, e o resultado foi a fragmentação.
Portanto, vários tipos de “casamento” debilitaram o que antes fora muito
forte. Não está em vista a mistura do cristianismo com o paganismo, na
época da igreja, embora certamente isso tenha acontecido e continue
acontecendo.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3382.
A interpretação desse sonho. Vejamos agora qual é o
significado disso. Ela veio de DEUS. Portanto, convém que consigamos a
explicação que Ele se dispõe
a nos dar. Ao que parece, Daniel tinha os seus
companheiros consigo, e fala por eles bem como por si mesmo, quando diz:
A interpretação dele diremos (v. 36). Agora:
1. Essa imagem representava os reinos da terra que
governariam sucessivamente entre as nações, e teriam influência sobre as
questões da congregação judaica. As quatro monarquias não eram
representadas por quatro estátuas diferentes, mas por uma única imagem,
pelo fato de todas elas serem de um mesmo espírito e caráter, e por
todas serem mais ou menos contrárias à igreja. Foi o mesmo poder,
conferido a apenas quatro nações diferentes, ficando as duas primeiras
ao oriente da Judéia, e as outras duas ao ocidente.
(1) A cabeça de ouro
representava a monarquia dos caldeus, que estava em ação (w. 37,38): Tu,
ó rei, és (ou antes, serás) rei de reis, um monarca universal, a quem
muitos reis e reinos serão tributários. Ou, Tu és o mais elevado dos
reis sobre a terra neste momento (como um servo dos servos é o servo
mais inferior). Tu ultrapassas em brilho a todos os outros reis. Mas que
ele não atribua a sua elevação à sua própria política e coragem. Não.
Foi o DEUS dos céus que deu a ti um reino, poder, força, e glória, um
reino que exerce grande autoridade, permanece firme, e brilha
intensamente, agindo através de um exército poderoso, com um poder
arbitrário. Note que o maior dos príncipes não tem nenhum poder além
daquele que lhe é dado do alto. A extensão do seu domínio é apresentada
(v. 38): onde quer que habitem filhos de homens, em todas as nações
daquela parte do mundo. Ele era príncipe sobre todas elas, sobre elas e
tudo o que lhes pertencesse, sobre todo o seu gado, não só aquele que
possuíssem, mas aquele que fosse fera e naturalmente selvagem, ou seja, os
animais do campo e as aves do céu. Ele era senhor de todos os bosques,
florestas, e animais de caça, e ninguém tinha permissão de caçar sem a
sua autorização. Assim “tu és a cabeça de ouro; tu, e teu filho, e o
filho de teu filho, por setenta anos.” Compare esta palavra com Jeremias
25.9,11, especialmente com Jeremias 27.5-7. Havia outros reinos
poderosos no mundo nessa época, como o dos citas. Mas foi o reino da
Babilônia que reinou sobre os judeus, e isto iniciou o governo que
continuou na sucessão aqui descrita até o tempo de CRISTO. Ele é chamado
de cabeça, por sua sabedoria, eminência, e poder absoluto, uma cabeça de
ouro por causa de sua riqueza (Is 14.4). Era uma cidade de ouro. Alguns
posicionam essa monarquia começando em Ninrode, e depois percorrendo
todos os reis da Assíria, cerca de cinquenta monarcas ao todo, e
calculam que ela tenha durado mais de 1.600 anos. Mas ela não foi uma
monarquia tão longa, de extensão e poder tão vastos quanto a que aqui é
descrita, nem algo semelhante a essa. Portanto, outros consideram que
somente Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Belsazar pertencessem a essa
cabeça de ouro. Eles tinham um trono glorioso e alto, e talvez
exercessem um poder mais despótico do que qualquer dos reis que viveram
antes deles. Nabucodonosor reinou quarenta e cinco anos ininterruptos.
Evil-Merodaque, vinte e três anos ininterruptos, e Belsazar, três. A
Babilônia era a metrópole deles. E Daniel esteve com eles, neste local,
durante setenta anos.
(2) O peito e os braços de prata representavam a
monarquia dos medos e persas, das quais o rei recebe informações
bastante resumidas: E, depois de ti, se levantará outro
reino, inferior ao teu (v. 39), não tão rico, poderoso,
ou vitorioso. Este reino foi fundado por Dario, o medo, e Ciro, o persa,
em aliança um com o outro. Portanto, ele é representado por dois braços
que se encontram no peito. Ciro era persa por parte de pai, e medo por
parte de mãe. Alguns calculam que essa segunda monarquia durou 130 anos.
Outros calculam 204 anos. O primeiro cálculo está mais de acordo com a
cronologia das Escrituras.
(3) A barriga e as coxas de bronze
representavam a monarquia dos gregos, fundada por Alexandre, que
derrotou Dario Codomano, o último dos imperadores persas. Este é o
terceiro reino, de bronze, inferior à monarquia persa em riqueza e
extensão de domínio. Mas com Alexandre, pelo poder da espada, o reino
dominará sobre toda a terra. Porque Alexandre vangloriou-se de ter
conquistado o mundo, e então sentou e chorou porque não tinha outro
mundo para conquistar. (4) As pernas e pés de ferro representavam a
monarquia romana. Alguns creem que
isto diz respeito à parte final da monarquia grega, os dois impérios
da Síria e do Egito, o primeiro governado pela família dos Selêucidas,
de Seleuco, o segundo pela família de Lagidae, de Ptolomeu Lago. Estes
formam as duas pernas e os pés dessa imagem: Grótio, Júnio e Broughton
entendem desta maneira. Mas a opinião mais aceita tem sido a de que a
referência feita aqui seja à monarquia romana, porque foi na época desta
monarquia, e quando ela estava no seu auge, que o reino de CRISTO foi
estabelecido no mundo pela pregação do Evangelho eterno. O reino romano
era forte como o ferro (v. 40). O testemunho disso é o domínio desse
reino contra todos aqueles que contenderam com ele por muitos anos. Esse
reino despedaçou o império grego e depois disso destruiu boa parte da
nação dos judeus. Durante a parte final da monarquia romana ele
enfraqueceu muito, e se dividiu em dez reinos, que eram como os dedos
desses pés. Alguns deles eram fracos como o barro, e outros fortes como
o ferro (v. 42). Várias tentativas foram feitas para misturá-los e
uni-los para o fortalecimento do império, mas foi tudo em vão: Não se
ligarão um ao outro (v. 43). Esse império dividiu o governo por muito
tempo entre o senado e o povo, os nobres e os comuns, mas eles não se
fundiram inteiramente. Houve guerras civis entre Mário e Sila, César e
Pompeu, cujos aliados eram como o ferro e o barro. Alguns entendem essas
palavras como uma referência aos tempos de declínio desse império,
quando, para o fortalecimento do império contra as irrupções das nações
bárbaras, os ramos da família real se casaram entre si. Mas a política
não teve o efeito desejado, quando chegou o dia da queda desse império.
3. A pedra cortada, sem ajuda de mãos (2.45).
Os reinos descritos de cima para baixo representados na
grande estátua revelam a progressiva decadência dos reinos desse mundo,
pois começam no ouro e terminam no barro. Esta “pedra” representa o
reino que virá que é o Reino messiânico de CRISTO intervindo no poder
dos reinos do mundo. Ele é a pedra cortada que virá para desfazer no
último tempo o poder mundial do Anticristo (Dn 2.45; SI 118.22; Zc
12.3). O sentido da pedra cortada vinda do monte indica figuradamente a
vinda de CRISTO que esmiuçará o domínio configurado dos 10 dedos dos pés
da estátua, formando um grande montão (Dn 2.44,45).
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 46.
Dn 2.44,45 Mas, nos dias destes reis, o DEUS do céu
suscitará um reino. O quinto reino é o Reino Divino da era do reino e do
Messias. Este versículo interpreta a Grande Pedra dos vss. 34-35. O
reino universal de DEUS destruirá todos os outros reinos, reduzindo-os a
um pó tão fino que qualquer brisa será capaz de soprar para longe. Mas o
próprio reino do Messias será invencível e indestrutível. Perdurará para
sempre. Tornar-se-á ímpar e único. Os dispensacionalístas vêem os dez
artelhos como, especificamente, reinos a serem esmigalhados. A Grande
Pedra é a Rocha, o Messias. Cf. Sal. 118.22; Isa. 8.14; 28.16; I Ped.
2.6-8. A Grande Pedra tornou-se uma montanha, tão poderosa e imensa será
(ver Dan. 2.35). Essa montanha encherá toda a terra. A montanha
simboliza um grande reino. Essa montanha é distinta da imagem. É de
origem divina e tem uma qualidade eterna, ao passo que a imagem feita
pelo homem é reduzida a pó. “Os reinos anteriores tinham sido destruídos
ou pela corrupção interna ou por algum conquistador vindo de fora. Mas
esse novo reino nunca será destruído, pois permanecerá para sempre. A
soberania de DEUS jamais passará... O escritor sacro, pois, estava
dizendo que o Novo Reino não será apenas outro reino, que chegou e logo
passará. Não estará nas mãos de algum grupo nacional, mas nas mãos de
DEUS" (Arthur Jeffery, in Ioc.). Esse intérprete passa então a fazer do
quinto reino a nação de Israel, o que, em certo sentido, é verdadeiro,
porquanto o reino do Messias será manifestado através da restaurada
nação de Israel. No entanto, será mais do que isso.
“Por ocasião de Sua volta, o Messias subjugará todos os
reinos a Seus pés, levando-os assim ao fim (ver Apo. 11.15; 19.11-20). E
então Ele governará para sempre no milênio e no estado eterno” (J.
Dwight Pentecost, in Ioc.). Os pré-milenaristas acreditam que o reino
messiânico será estabelecido por ocasião do segundo advento de CRISTO.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3382-3383
Tendo Daniel então interpretado o sonho, a satisfação de
Nabucodonosor foi tão grande, que não o interrompeu nenhuma vez. A
interpretação foi tão completa, a ponto de o rei não ter perguntas a
fazer, e foi tão clara que ele não teve nenhuma objeção a fazer. E
assim, o homem de DEUS encerra tudo com uma declaração solene:
1. Da origem divina desse sonho: O DEUS grande (assim ele
o chama, para expressar os seus próprios pensamentos elevados a respeito
dele, e para gerar o mesmo na mente desse grande rei) fez saber ao rei o
que há de ser depois disso, o que os deuses dos magos não puderam fazer.
E assim, uma confirmação completa foi dada a esse grande argumento que
Isaías havia muito tempo antes exortado contra os idólatras, e
particularmente os idólatras da Babilônia, quando ele desafiou os deuses
que eles adoravam a anunciarem as coisas que ainda haviam de vir, para
que soubessem que eram de fato deuses (Is 41.23). Através de tudo isso,
Daniel provou que o DEUS de Israel é o DEUS verdadeiro, que só Ele é
capaz de declarar o final de todas as coisas desde o princípio (Is
46.10).
2. Da inequívoca certeza das coisas preditas por esse sonho.
Aquele que faz saber essas coisas é o mesmo que as criou e as
determinou, e por sua providência as realizará. E temos a certeza de que
o seu conselho permanecerá, e não poderá ser alterado. Portanto, o sonho
é certo e a sua interpretação é segura. Observe que podemos confiar em
tudo aquilo que DEUS quiser nos revelar.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 836.
A pedra cortada sem mãos representava o reino de JESUS
CRISTO, que deveria ser estabelecido no mundo na época do império
romano, e sobre as ruínas do império de Satanás nos reinos do mundo.
Esta é a pedra cortada do monte sem mãos, pois Ele não seria levantado
nem apoiado pelo poder humano nem pela política humana. Nenhuma mão
visível deveria agir no seu estabelecimento, mas isto deveria ser feito
invisivelmente pelo ESPÍRITO do Senhor dos Exércitos. Essa foi a pedra
que os edificadores rejeitaram, porque não foi cortada pelas mãos deles,
mas agora se tornou a pedra fundamental, a pedra de esquina.
Quando esses reis estiverem
competindo uns com os outros, e em todas as lutas em que cada uma das
partes em conflito quiser encontrar a sua própria razão, DEUS fará a sua
própria obra e cumprirá os seus próprios conselhos. Todos esses reis são
inimigos do reino de CRISTO. No entanto, Ele será estabelecido, o que
constitui um desafio a todos eles.
Esse é um reino que não conhece
declínio, não corre o risco de ser destruído, e não admitirá qualquer
sucessão ou revolução. Ele nunca será destruído por alguma força
estrangeira invasora, como ocorre com muitos outros reinos. O fogo e a
espada não podem consumi-lo. Os poderes conjuntos da terra e do inferno
não podem privar os súditos do seu Príncipe ou o Príncipe dos seus
súditos. Esse reino não será deixado para outros povos, como acontece
com os reinos desta terra. Assim como CRISTO é um monarca que não tem
sucessor (porque Ele mesmo reinará para sempre), o seu reino também é
uma monarquia que não está sujeita a nenhuma revolução.
É um reino que será vitorioso sobre toda a oposição. Ele
despedaçará e consumirá todos esses reinos, assim como a pedra cortada
do monte sem mãos esmiuçará a imagem (w. 44,45). O reino de CRISTO
assolará todos os outros reinos, sobreviverá a eles, e florescerá quando
eles afundarem com o seu próprio peso. Eles ficarão tão destruídos, que
não se conhecerá mais o seu lugar. Todos os reinos que aparecerem contra
o reino de CRISTO serão quebrados com uma vara de ferro, como um vaso de
oleiro (SI 2.9). E nos reinos que se sujeitarem ao reino de CRISTO, a
tirania, a idolatria, e tudo o que for reprovado neles serão quebrados. Está chegando o dia em
que JESUS CRISTO abaterá todo governo, principado, e potestade, e
colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés. E então essa
profecia terá o seu pleno cumprimento no momento preparado pelo Senhor
DEUS, e não antes (1 Co 15.24,25). O nosso Salvador parece se referir a
isso (Mt 21.44), quando, falando de si mesmo como a pedra rejeitada
pelos edificadores judeus, Ele diz que aquele sobre quem esta pedra cair
ficará reduzido a pó.
Ele será um reino eterno. Aqueles reinos da terra que
haviam despedaçado todos ao seu redor vieram, em sua vez, a ser
despedaçados da mesma maneira. Mas o reino de CRISTO despedaçará outros
reinos e permanecerá para sempre. O seu trono será como os dias do céu.
A sua semente e os seus súditos serão como as estrelas do céu, não só
inumeráveis, mas imutáveis. Do aumento do governo de CRISTO, e da paz de
CRISTO, não haverá fim. O Senhor reinará para sempre, não só até o fim
dos tempos, mas quando o tempo e os dias não mais existirem. E DEUS será
tudo em todos por toda a eternidade.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 834-836.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de DEUS para
todo o sempre, porque dele é a _________________________
e a força; ele muda os _________________________
e as horas; ele __________________________ os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos
sábios e ciência aos inteligentes" (Dn 2.20,21).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
DEUS ___________________________ na ___________________________,
pois sua é a ___________________________ e os que nela
habitam.
I- O SONHO PERTURBADOR DE NABUCODONOSOR (Dn 2.1-15)
3- Qual o tempo do sonho (v.1) de Nabucodonosor?
( ) O primeiro versículo demonstra um aparente conflito de datas.
( ) A expressão "segundo ano do reinado de Nabucodonosor" contrasta com
os três anos de treinamento de Daniel e de seus companheiros descritos no
primeiro capítulo.
( ) Segundo estudiosos do Antigo Testamento, tanto os judeus quanto os
babilônios contavam as frações de um ano como ano inteiro.
( ) Por isso, a vigência do segundo ano para a cultura do reino de Judá
era o terceiro ano do reinado de Nabucodonosor.
( ) Por isso, a vigência do terceiro ano para a cultura do reino de Judá
era o segundo ano do reinado de Nabucodonosor.
4- De que maneira a habilidade dos sábios é desafiada no palácio (2.2)?
( ) Ao esquecer-se do sonho, Nabucodonosor desafiou as habilidades dos
sábios palacianos em revelar e interpretar o que ele havia sonhado.
( ) O sonho perturbou o rei, pois Nabucodonosor suspeitava que a
simbologia do que sonhara tinha relação com o reino e com o futuro do
império.
( ) Naqueles tempos, os reis tinham a pretensão de ser privilegiados com
sonhos divinamente inspirados.
( ) Quando sonhavam, requeriam então o trabalho dos sacerdotes adivinhos.
( ) Estes serviam à corte e interpretavam os sonhos de seus senhores.
( ) Os sacerdotes adivinhos eram também chamados de magos, astrólogos,
encantadores ou apenas "sábios sacerdotes".
( ) Os sacerdotes adivinhos eram também chamados de magos, astrólogos,
encantadores ou apenas "caldeus".
5- Como se deu o fracasso da sabedoria pagã (2.3-13)?
( ) Conforme descrito no capítulo dois, percebemos que Nabucodonosor
suspeitava da lisura e honestidade dos seus magos conselheiros.
( ) Será que estes magos se aproveitavam de estratégias para enganar e
ameaçar as pessoas com palavras vãs? Esta dúvida deveria ser passada a
limpo.
( ) Então o imperador desafiou-os a não somente adivinhar o sonho, mas
interpretá-lo.
( ) O rei decretou ainda a pena capital para todos os sábios do palácio
caso não desvendassem o sonho.
( ) Diante do desafio, os magos revelaram-se incapazes de decifrar o
sonho do rei Nabucodonosor, bem como saberem o seu conteúdo.
( ) O problema era que, por serem
advinhos, Daniel e os seus amigos
poderiam ser igualmente atingidos por esse decreto.
( ) O problema era que, por serem nobres, Daniel e os seus amigos
poderiam ser igualmente atingidos por esse decreto.
II- A ATITUDE SÁBIA DE DANIEL (2.16-30)
6- Como se deu a cautela de Daniel (vv.16-18) para desvendar o sonho de
Nabucodonosor?
( ) Daniel entrou na presença do rei e pediu-lhe um tempo para desvendar
o sonho. O objetivo era receber a resposta de DEUS acerca do conteúdo do
sonho de Nabucodonosor.
( ) O profeta Daniel não agiu isoladamente. Antes,
convocou todos os judeus para que juntos orassem a DEUS pedindo-lhe
orientação espiritual sobre o assunto, a fim de que eles não perecessem com
os sábios da Babilônia.
( ) O profeta Daniel não agiu isoladamente. Antes, procurou os seus
amigos Hananias, Misael e Azarias para juntos orarem a DEUS pedindo-lhe
orientação espiritual sobre o assunto, a fim de que eles não perecessem com
os sábios da Babilônia.
( ) A ousadia da fé do profeta, demonstrada neste episódio, ilustra-nos
quão essencial é para o crente viver uma vida de confiança e inteira
dependência de DEUS.
( ) Há coisas na vida do crente que demandam oração perseverante. Para
obtermos resposta do Senhor, a oração ainda é o canal mais eficaz.
7- Como Daniel poderia provar que DEUS revelava mistérios (vv.19 -27)? E
nós?
( ) Depois de Daniel e os seus companheiros terem buscado a DEUS em
oração, o Senhor revelou o que o rei havia sonhado e também o que o sonho
significava.
( ) Daniel exaltou e alegrou-se em DEUS porque o Altíssimo interveio na
história humana.
( ) Quem pode livrar como o Senhor? Quem pode impedir a sua ação? Sábio
algum do mundo!
( ) Ninguém poderia perscrutar o pensamento e a consciência de um homem
poderoso como o rei da Babilônia. Mas o Senhor dos Exércitos não só podia
como o fez.
( ) Ele é o Criador; o homem, criatura! O mundo está sob a providência de
DEUS, pois Ele tem poder de mudar os tempos e as estações do ano, de remover
e estabelecer reis.
( ) Ele ajuda o homem a conduzir a história humana!
( ) Ele conduz a história humana!
8- Como é o caráter profético do sonho de Nabucodonosor (vv.28,29)? O que
foi revelado ao profeta Daniel?
( ) Daniel se esforçou após saber que
se tornaria governador do império Caldeu.
( ) Em síntese, DEUS mostrou que o sonho do rei dizia respeito a
Babilônia, bem como aos acontecimentos futuros envolvendo outros reinos.
( ) A expressão "fim dos dias" merece ser destacada. Segundo a
escatologia judaica, essa é uma expressão do Antigo Testamento que significa
o espaço de tempo, desde o início do cumprimento da profecia no império
babilônico até o estabelecimento do reinado de CRISTO na terra.
( ) Outro ponto digno de nota é que Daniel não expressa nenhum interesse
de ter os créditos da revelação. Para o profeta, a revelação do mistério é
mérito somente de DEUS.
( ) A glória pertence ao Todo-Poderoso que, pela sua imensurável graça,
desvenda os mistérios terrenos e espirituais aos pequeninos deste mundo.
III. DANIEL CONTA O SONHO E INTERPRETA-O (2.31-45)
9- Qual a correta descrição do sonho de Nabucodonosor (vv. 31-35)?
( ) O sonho do imperador babilônico era profético.
( ) O sonho do imperador babilônico era
escatológico e histórico.
( ) Nabucodonosor viu uma estátua constituída por uma cabeça de
ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de cobre; pernas de ferro; e pés de ferro e de barro.
( ) O versículo 34 relata "uma pedra que foi cortada, sem mãos" a qual
feriu os pés da estátua, destruindo-a completamente.
( ) Os quatro impérios pagãos, mencionados simbolicamente na profecia já
existiram, comprovando a veracidade da visão profética.
( ) A visão da "pedra que foi cortada, sem mãos" ainda não se cumpriu,
pois trata-se do reino universal de JESUS CRISTO que ainda não foi
literalmente estabelecido.
10- Qual a interpretação dos elementos materiais da grande estátua
(2.34-45)? Complete:
a ) "A cabeça de ouro " (vv.32,36-38).
Exemplificava o reino da
__________________________. Nabucodonosor a governou por 41 anos
e a transformou no império mais poderoso da época.
b) "O peito e os braços de prata" (vv.32,39).
Trata-se do império Medo-__________________________.
Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos ___________________________.
c) " Ventre e os quadris" (vv.32,39).
Retrata o império
_________________________.
Foi Alexandre Magno que dominou o mundo inteiro constituindo assim um
dos impérios mais extensos na história da humanidade até a sua morte
__________________________.
d) "Pernas de ferro" (v.33,40-43).
Refere-se ao último império da história, o
__________________________.
Os pés de ferro e barro indicam a ___________________________
deste império. A mistura entre ferro e barro não ocorre. O império __________________________,
por um lado era poderoso (ferro), mas por outro, frágil e ___________________________ (barro).
11- O que significa "A pedra cortada, sem ajuda de mãos" (2.45)?
( ) Esta "pedra" representa o império de CRISTO interferindo nos
impérios do
mundo.
( ) Esta "pedra" representa o reino de CRISTO intervindo nos reinos do
mundo.
( ) CRISTO é a pedra cortada que desfará o poder mundial do Anticristo.
( ) A pedra cortada vinda do monte significa, figuradamente, a vinda do
Rei esmiuçando o domínio imperial e pagão deste século.
( ) CRISTO é quem regerá as nações para sempre!
CONCLUSÃO
12- Complete:
A revelação da __________________________
provou ao rei Nabucodonosor a ___________________________
do DEUS de Israel. Nação a qual o rei havia levado em
__________________________,
destruído a Cidade Santa e o seu __________________________
(2 Cr 36.11-23). O DEUS desta nação revelou a Daniel e aos seus
companheiros o futuro dos ___________________________
ao longo da existência humana (Dn 2.46-49).
__________________________ compreendeu isto. E
nós? O quanto valorizamos e amamos o DEUS soberano?
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada.
Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em
português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes.
Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM
CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
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-
Pb Alessandro Silva
ELABORADO:
Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/)
com
algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
Questionário
da
Lição 3, O DEUS Que
Intervém Na História
Responda conforme a
revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE. Comentário: Pr.
Elienai Cabral
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vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as
falsas.