2. O caráter colocado a prova (1.5-8). (1.6,7) Essa prova começou com a troca de seus nomes hebreus, os quais tinham significados especiais de louvor ao DEUS de Israel. A Daniel, cujo nome significa “DEUS é meu juiz”, deram-lhe o nome de Beltsazar, nome dedicado ao deus Bel; a Misael que significa: ’’Quem é como Jeová”?, deram-lhe o nome de Mesaque, homenagem ao deus “Aku”; a Ananias, cujo nome significa: “misericordioso é Jeová”, chamaram-lhe Sadraque, em homenagem ao deus Marduc; e Azarias, chamaram-lhe Abede-Nego, “servo de Nego”. Eram nomes pagãos com o propósito de apagar o nome de Jeová na formação moral e religiosa desses jovens. Mas não conseguiram. A fé estava plantada no coração deles. Na verdade, Daniel e seus amigos foram colocados à prova numa terra estranha, com uma cultura que se chocava frontalmente com aquela que haviam recebido em Jerusalém. Essa provação não diminuiu a integridade moral e espiritual da vida desses jovens. Ora, que significa integridade? Pode-se definir integridade como solidez de caráter. Pode, também, significar o estado de ser inteiro, ser completo. Na história do livro, Daniel, em especial, a sua integridade resultava de sua formação de caráter. Ele assentou em seu coração não se contaminar com as iguarias da mesa do rei, que acima de tudo, eram iguarias oferecidas aos deuses do rei Nabucodonosor. Daniel e seus companheiros apesar de serem jovens, ainda bem novos, tinham a consciência de tudo quanto estavam vivendo naqueles dias, desterrados e humilhados era consequência do pecado do seu povo e do seu rei e nada tinha a ver com o DEUS de Israel. O mundo de hoje oferece muitas iguarias mundanas para contaminar os servos de DEUS, mas devemos nos exemplificar em Daniel e seus amigos. A fidelidade ao DEUS de Israel e a integridade moral e espiritual desses jovens demonstraram que, a despeito do pecado do seu rei e do seu povo, eles permaneciam fiéis a DEUS. Aprendemos com Daniel e seus amigos que a vida espiritual deles não consistia em meras tradições religiosas, mas consistia numa vida de comunhão com DEUS. Eles mantinham a fidelidade ao seu DEUS e guardavam a palavra de DEUS no coração para não pecar contra DEUS como viram o seu rei pecar (SI 119.11). Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 31-32. Dn 1.5 Determinou-lhes o rei a ração diária. Àqueles jovens seletos e promissores foi dado um tratamento em estilo real; eles recebiam aulas de primeiro nível em boa mesa, e comiam diretamente das provisões reais, ou seja, metaforicamente, comiam “da mesa do rei”. Tinham os ricos alimentos e o vinho de que o próprio rei desfrutava, mas terminaram rejeitando essa alimentação em favor da comum dieta judaica, conforme se vê no vs. 16. Sem dúvida, por motivo de saúde, isso era melhor para eles, mas a preocupação principal era obedecer à dieta judaica ideal. Além disso, a rejeição dos alimentos reais era uma maneira de eles dizerem: “Também rejeitamos o luxo e a idolatria deste lugar, como algo contrário à boa moral”. Os hebreus escolhidos para esse programa especial continuariam sendo treinados por três anos e então teriam de apresentar-se ao rei para que fosse verificado o quanto da educação babilônica tinham absorvido. Se fossem considerados qualificados, entrariam no serviço do rei. Os três anos de educação e treinamento prático significariam a formação universitária no sentido babilônico. Nabucodonosor não tinha uso para homens ignorantes. Esses acabariam varrendo soalhos e cavando valetas. Daniel e seus amigos tinham de especializar-se nas tradições dos sábios caldeus, aperfeiçoando-se na sabedoria e erudição babilônica, tal como Moisés precisou tornar-se sábio na erudição egípcia (ver Atos 7.22). “Os pagens reais viviam da abundância real. Eles tinham rações diárias determinadas, o alimento e a bebida da mesa real. Ateneu (Deifosofistas, IV.26) mencionou que os atendentes do rei persa tinham recebido provisão da mesa real, e a porção diária para os cativos da realeza, na Babilônia, é mencionada em Jer. 52.34. Por três anos. Nos escritos babilônicos, desconhece-se qualquer período de três anos de educação, mas isso nos faz lem brar dos três períodos nos quais os escritores gregos diziam estar dividida a educação de um jovem persa. Dn 1.6,7 Entre eles se achavam, dos filhos de Judá. Estes dois versículos nomeiam os amigos de Daniel: Hananias, Misael e Azarias. Ver no Dicionário os artigos sobre cada um deles. Todos pertenciam à tribo de Judá, presumivelmente (mas não necessariamente) de Jerusalém. No Dicionário há catorze homens que atendiam pelo nome de Hananias, no Antigo Testamento, e o do nosso texto é o de número oito. Há também três homens com o nome de Misael, no Antigo Testamento, e o do texto presente é o de número três no Dicionário. Finalmente, há vinte e cinco homens, no Antigo Testamento, que atendem pelo nome de Azarias! E este é o último Azarias da lista, no Dicionário. O chefe dos eunucos (chamado Aspenaz no vs. 3) mudou os nomes desses três homens para Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ver o artigo sobre esses três, juntamente, sob esse título, onde apresento notas mais detalhadas. O nome de Daniel, finalmente, foi mudado para Beltessazar. O nome alternativo de Daniel aparece oito ou dez vezes na seção aramaica do livro (ver Dan. 2.26; 4.8,9,18,19 (quatro vezes) e 5.12). E também se acha em Dan. 1.7 e 10.1. Esses novos nomes provavelmente significam que, doravante, eles seriam súditos babilônicos (sua história anterior terminou juntam ente com os antigos nomes) e serviriam a deuses babilônicos, e não a Yahweh. Em outras palavras, a esperança é que eles seriam totalmente paganizados para melhor servir à Babilônia. Dessa forma, estava armado o palco para que eles mostrassem como lutaram a fim de salvar e fomentar sua piedosa identificação judaica, permanecendo fiéis a Yahweh e à lei mosaica. Notemos como os nomes anteriores ligavam essas figuras ao yahwismo: Hananias significa “Yah tem sido gracioso"; Misael significa “Quem é o que El é?”; Azarias significa “Yah tem ajudado”. E Daniel significa “El tem julgado”. Cada um desses nome incorpora um nome hebraico para DEUS. Em sentido contrário, há esforços para fazer com que os nomes novos correspondam à divindade babilônica. Os massoretas sugeriam que Bel podia ser visto no nome Beltessazar. Abede-Nego parece significar o mesmo que Abdi-nabu, “servo de Nebo”. Mesaque pode significar “estou desprezado (humilhado) (na presença do meu deus)”. Nada semelhante tem sido demonstrado no caso do nome Sadraque. Mas talvez a última sílaba, aque, esteja associada ao nome Sadraque, ou a Merodaque. No entanto, outros vêem aqui uma alusão a rak, que no acádico significa rei, e pelo qual devemos entender “sol” ou “deus-sol”. Mas outros preferem sugerir saduraku, que significa “temo (o deus)”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3374. Dn 1.5. A ração diária, das finas iguarias da mesa real, e do vinho que ele bebia. Nem guloseimas (ASV) nem alimentos nutritivos (RSV) substitui bem as finas iguarias. A palavra assim traduzida (patbag) é uma palavra emprestada do antigo persa pelo hebraico, significando "apropriação" ou "concessão" (Montgomery, ICC, págs. 122-124). Refere-se ao fato desses jovens serem sustentados pelo governo, partilhando da "ménage" dos outros oficiais do rei. Não há nem sequer a mais leve indicação no texto hebraico de que havia algo física ou moralmente prejudicial na comida ou na bebida. O vinho era comum à dieta dos judeus (veja Sl. 104:15; Is. 55:1; Ne. 5:18, onde a mesma palavra yayin foi usada). Muitas insinuações contra o uso excessivo do vinho aparecem, contudo, no V.T. (Pv. 20:1; 23: 20,30, 31); e certas ordens religiosas estavam proibidas do uso do vinho (Nm. 6:1-20; Jz. 13:1-7; Jr. 35:1-14). Os sacerdotes estavam proibidos de usarem vinho imediatamente antes de servirem no Templo (Lv. 10:1-9), e os reis eram desencorajados a beberem vinho (Pv. 31:4, 5). A Identidade do Personagem Principal da História e Seus Companheiros. 1:5-7. Daniel, apresentado pelo nome, é alguém que através de todo o livro, além de fazer a narrativa, é também o personagem da maior parte dela em diversas circunstâncias: intérprete de sonhos (caps. 2; 4; 5), amigo dos sofredores (cap. 3), receptor de visões e sonhos reveladores de DEUS (caps. 6-12). Em diversos incidentes três amigos judeus associam-se a ele. Aqui todos são apresentados por nome. A mudança dos nomes dos jovens é muito significativa. Sua educação dentro da história da mais desenvolvida cultura pagã que já tinha existido devia se completar com a substituição dos nomes honrando as vis divindades da Babilônia em lugar daqueles que honravam o SANTO de Israel. Eles deviam ser afastados da antiga religião e cultura e totalmente transformados, até na identidade, em Babilônios. Pois entre os antigos o nome de um homem era ainda mais parte de sua identidade e caráter que entre os homens da atualidade. Dn 1.7. Outros nomes, a saber: a Daniel o de Beltessazar. Daniel significa em hebraico príncipe (ou juiz) de DEUS, enquanto que o novo nome Beltessazar, na língua da Babilônia, significa príncipe de Bel. Este nome Beltessazar (uma variante do nome do Rei Belsazar, cap. 5),homenageia Uma das principais divindades da Babilônia (veja Is. 46:1; Jr. 50:2; 51: 44). Hananias significa misericórdia de Jeová (sendo uma variação do original do nome do apóstolo amado, João), enquanto que Sadraque possivelmente significa "ordem de Aku", o deus da lua (HDB) uma forma mais ou menos disfarçada d Marduque (Montgomery, ICC, pág. 123), um dos principais deuses da Babilônia. Misael Com muita certeza significa Quem é como DEUS? enquanto que Mesaque (de acordo com Fred. Delitzch, uma competente autoridade) significa Quem é como Aku? Lamentavelmente não podemos ter certeza porque o nome não aparece em nenhum outro lugar e sua origem é incerta. Azarias significa A quem Jeová ajuda, ou Jeová ajudará, enquanto que Abede-Nego muito provavelmente significa Servo de Nebo. "Um costume . . , de impor novos nomes quando as pessoas passavam para novas condições de vida ou adquiriam novos relacionamentos", destaca Moses Stuart, "é muito comum no V.T. : veja Abrão e Abraão, Gn. 17:5; José e Zafenate-Panéia, Gn. 41:45; comp. II Sm. 12:24, 25; lI Rs. 23:34; 24:17; também Ester 2:7; Esdras 5:14 comp. com Ageu 1:14; 2:2, 21. Do mesmo modo no N.T., Mc. 3:16, 17. Esses nomes, assim impostos, geralmente designavam alguma coisa para honra dá pessoa que os recebia, ou uma homenagem ao deus adorado por quem os impôs, ou para comemorar algum acontecimento interessante, etc." (A Commentary on the Book of Daniel, pág. 9). Um comentário mais extenso sobre esses nomes poderá ser encontrado nas enciclopédias e dicionários bíblicos, como também nos léxicos hebraicos. Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Daniel. Editora Batista Regular. pag. 11-14. Jovens de Caráter (1.6-16) Os quatro heróis do livro de Daniel se sobressaíram entre todos os vencedores do rigoroso exame. Esses que pertenciam aos filhos de Judá tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Eles eram Daniel, Hananias, Misael e Azarias (6). Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro DEUS. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhes deram nomes que serviam de testemunho ao DEUS que serviam. Daniel significava: “DEUS é meu juiz”; Hananias significava: “O Senhor tem sido gracioso ou bondoso”; Misael significava: “Ele é alguém que vem de DEUS” e Azarias declarava: “O Senhor é meu Ajudador”. A continuação da história claramente indica que, embora outros pais em Judá pudessem ter falhado em relação à educação dos seus filhos, os pais desses meninos tinham dado a eles uma base sólida em relação às convicções e responsabilidades dignas do significado dos seus nomes. Seu treinamento piedoso havia cultivado profundas raízes de caráter. Em consideração ao rei e seus deuses pagãos, o chefe dos eunucos designou novos nomes aos quatro jovens. Beltessazar (7) significava “o tesouro (ou segredos) de Bel”. Sadraque significava “a inspiração do sol”. Mesaque sugeria: “aquele que pertence à deusa Sesaque”. E Abede-Nego significava “servo de Nego (a estrela da manhã)”. A pouca importância que esses jovens deram aos seus novos nomes pode ser vista nas narrativas que se seguem. Com convicção inabalável, ousadia santa e cortesia refinada, Daniel e seus companheiros revelaram seus dons extraordinários de sabedoria e caráter. A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saúde. Isso estava relacionado com a integridade dos seus votos de consagração como hebreus ao DEUS de Israel. O significado cerimonial do alimento, puro ou impuro, significava tudo para descendentes profundamente comprometidos de Abraão. Ingerir alimentos dedicados a deuses pagãos da Babilônia constituiria uma ruptura de fé com Jeová. Eles não veem outra saída senão arriscar o perigo da recusa. Mas eles devem fazer isso de maneira afável e atenciosa com aqueles que são responsáveis em cumprir as ordens do rei. Quando o chefe dos eunucos (8,10) recusou o pedido, uma sugestão sensata dada ao despenseiro (11), encarregado direto dos jovens, tirou a pressão do oficial superior e abriu caminho para uma solução. O período de prova de dez dias (12) era justo e suficiente para prover uma demonstração adequada do bom senso higiênico do pedido e dar oportunidade a DEUS para vindicar seus jovens servos. Legumes significa, literalmente, “sementes”, mas incluía vegetais em geral. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 498. III – ATITUDE DE DANIEL E DE SEUS AMIGOS 1. Uma firme resolução: não se contaminar (1.8) Quando Aspenaz, chefe dos eunucos recebeu ordens expressas de Nabucodonosor quanto a preparação daqueles jovens, não discutiria essa determinação palaciana. Reuniu os jovens hebreus e deu-lhes a ordem (1.5,6). Além da troca de seus nomes para apagar de vez com os vínculos religiosos que eles mantinham, Aspenaz lhes deu novos nomes pelos quais eles seriam identificados (Dn 1.7). Mas Daniel, apoiado por seus companheiros exilados, com atitude inteligente e prudente, convenceu a Aspenaz (Observação minha - Ev. Henrique - Aspenaz não consentiu, mas Daniel conseguiu convencer ao encarregado de cuidar deles, devido ao seu caráter diferenciado. - Quem colocou os nomes babilônios em Daniel, Hananias, Misael e Azarias não foi Nabucodonosor, mas Aspenaz, o chefe dos eunucos). a aceitar a proposta de outra dieta alimentar que daria o mesmo resultado requerido. Daniel e seus amigos, inteligentemente não revelaram as razões de sua rejeição à dieta da mesa do Rei, mas, na verdade, eles propuseram entre si não queriam contaminar-se com as iguarias da mesa do rei que eram oferecidas aos deuses. Essa atitude corajosa de Daniel e seus amigos representava toda a fé que tinham no seu DEUS a quem serviam e sabiam que seriam guardados do mal. Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 33. Dn 1.8 Resolveu Daniel firmemente não contaminar-se. Bem no começo de ter sido tão altamente favorecido, Daniel resolveu permitir que sua fé religiosa interferisse e lhe causasse dificuldades. Não são muitas as pessoas que permitem que sua fé intervenha em alvos e ambições mundanas, para nada dizermos sobre os prazeres, que usualmente formam a base de sua filosofia de vida. Daniel e seus amigos resolveram arriscar-se a enfrentar a ira do rei (que lhes seria fatal), a fim de permanecerem fiéis. Eles se revoltaram contra o alimento não-kosher (não puro) que lhes era servido. Os alimentos consumidos pelos pagãos continham coisas consideradas cerimonialmente imundas para os judeus. Daniel fez um propósito “em seu coração” (segundo a King James Version). Ele tinha profundas convicções sobre essas questões. (Ver Pro. 4.23). ver Juí. 12.1-4; Tobias 1.10,11; IV Macabeus 5.3,14,27; Josefo (Vidas, 3); Jubileus 22.16. O texto de I Macabeus 1.62,63 mostra que, para alguns judeus, comer alimentos ilegítimos significava praticar pecados graves. Tudo isso se assemelha às convicções que os evangélicos costumavam ter, as quais, em nossos dias, foram essencialmente abandonadas devido à atmosfera mundana de nossas igrejas. Notemos que Daniel também rejeitou o vinho do rei. Os judeus bebiam vinho e, se fossem piedosos, eram usuários moderados de vinho. Talvez Daniel estivesse apenas certificando-se de que não se contaminaria por imitar os comedores e bebedores da Babilônia, em nenhum sentido. Portanto, cortemos o vinho da lista. Nabucodonosor dava a seus futuros oficiais uma prova da boa vida, parte da qual consistia em alimentos e bebidas superabundantes. Os babilônios não diluíam o vinho, mas os hebreus o faziam; e, assim sendo, os babilônios tendiam mais para o alcoolismo do que os judeus. Ver em Pro. 20.1 e Isa. 5.11 advertências contra as bebidas alcoólicas. Os gregos e os romanos também misturavam vinho com água. Um dia, meu professor de latim, diante de uma passagem que mostrava esse fato, declarou não entender como alguém podia fazer algo assim. E essa era, talvez, a única coisa, acerca dos gregos e romanos, que ele não compreendia. Alguns estudiosos sugerem que os alimentos babilônios eram dedicados a seus deuses por meios rituais, algo parecido com as bênçãos que, em nossos dias, muitos pedem antes das refeições. Isso pode ter feito parte da objeção de Daniel. Humildemente, Daniel requereu que fosse isentado dos alimentos oferecidos aos jovens hebreus, (complemento meu em substituição ao original - e o despenseiro, que havia sido colocado para cuidar desses prisioneiros, foi capaz de dar-lhe essa licença, conforme vemos no vs. 16). Daniel, entretanto, não demonstrou intolerância ou animosidade, como fazem alguns separatistas hoje em dia. Ele não iniciava inimizades desnecessariamente. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3374.
Então disse Daniel ao despenseiro a
quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias,
Misael e Azarias:
Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
Daniel 1:11-12
Observação minha - Ev. Henrique -
Foi o despenseiro e não Aspenaz que permitiu a Daniel e seus amigos não
participarem dos manjares do rei. - Veja na bíblia: "Então disse Daniel ao
despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel,
Hananias, Misael e Azarias: Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e
que se nos dêem legumes a comer, e água a beber".
Daniel
1:11-12
Dn 1.8a.
Uma Decisão pela Justiça.
Resolveu Daniel firmemente. Inteligência inata e
comportamento nobre eram complementados neste homem por uma firme lealdade
aos princípios. Não contaminar-se. A contaminação (v. 5) nada tinha a ver
com qualquer elemento prejudicial que houvesse no alimento ou na bebida. Era
antes por ser "do rei". A palavra traduzida por contaminar-se (ga'al, uma
palavra heb. antiga) pode significar contaminação física (Is. 63:3,
"mancha"), contaminação moral (Sf. 3:1), ou, mais freqüentemente,
contaminação cerimonial (por exemplo, Esdras 2:62; cons. Ne. 7:64). Quanto à
relação entre o alimento e a bebida com a contaminação cerimonial, veja Mt.
15:11. O problema era
cerimonial ou religioso. Até mesmo o comer e o beber tinha um ritual e significado místico. O
matar de um animal era um ato religioso que deveria ser executado com
solenidades próprias. A carne da mesa do rei era sem dúvida morta de acordo
com o ritual pagão e oferecida a um deus. Os judeus estavam proibidos de
comer carne sacrificada a um deus pagão (veja Êx. 34:15), pois era "servir a
outros deuses" aos olhos públicos. Os judeus sempre enfrentaram este
problema ao comer fora de sua terra (Oséias 9:3, 4; Ez. 4:13, 14). Uma
situação semelhante prevalecia quanto ao vinho. Outro problema era que os
procedimentos levíticos não eram considerados, isto é, a comida e a bebida
do rei não eram "Kosher" (puros) (veja Lv. 3:17; 6:26; 17:10-14; 19:26).
Dn
1.8b-14. Um Procedimento de acordo com a Justiça.
Dn 1.8b.
Então pediu, etc. Em caso de necessidade, as leis cerimoniais podiam ser
postas de lado (Mt. 12:3-5; I Sm. 21:6; Nm. 28:8, 9). Foi porque Daniel
tinha o discernimento de perceber o propósito real nestas coisas de
afastá-lo de sua santa fé, que ele então resolveu não se submeter sem lutar.
A palavra pediu (biqesh, "buscou") não
se pode usar com referência a uma solicitação desprovida de energia. Sendo
um piel (ou intensivo ativo) na forma, sempre é uma palavra incisiva (usada
em II Sm. 2:17; 12:16).
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Daniel.
Editora Batista
Regular. pag. 14-15.
A questão em pauta, e
traçando os limites
Nos tempos de Daniel, o
perigo que a sua própria nação corria e que devia ser enfrentado pelos seus
líderes era ir descambando aos poucos, em seus costumes e tradições,
conformando-se com o mundo ao seu redor, alterando, assim, inteiramente o
seu rumo e a sua direção na História, e perdendo de vista os propósitos para
os quais DEUS a trouxera à existência. Pois os homens que estavam colocados
numa posição como a de Daniel, e que pensavam como Daniel, sentiam que não
poderiam servir a DEUS com uma consciência pura a não ser que algum limite
fosse estabelecido, e que uma posição firme fosse adotada em certos
aspectos. Deveriam ser definidos e estabelecidos para aquele dia princípios
constantes de conduta e de crença e, como já vimos, a adesão a estes
princípios teria que ser uma questão de consciência para cada um. Daniel nem
fazia idéia de que era o guardião das tradições e do destino da sua nação!
A questão era: em que ponto
estabelecer um limite? Onde seria possível o meio-termo, e onde não? Daniel
estava convicto de que, nas circunstâncias do exílio, não se poderia
transigir com as leis dietéticas tradicionais. Talvez pressentisse que a
abolição das leis dietéticas abriria a porta para os casamentos mistos e
para a transigência em questões religiosas e financeiras. De qualquer
maneira, a esta altura, ele sentia que até a existência da sua nação como
tal dependia deste sinal visível de diferenciação e de separação. Desta
maneira, fez dele uma questão de consciência e de confissão. Acreditou que a
fidelidade até mesmo na observância dos regulamentos quanto a aspectos
visíveis era importante, pois os verdadeiros e superiores aspectos
invisíveis internos teriam uma sutil dependência dos aspectos visíveis
externos.
Resolveu Daniel firmemente
não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele
bebia; então pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se
(v.8). Certamente isto parece ser um tanto supersticioso. Que contaminação
real poderia advir só por comer e beber? Não seria isto ainda legalista
demais? JESUS não condenou esta atitude quando disse: “Nada há fora do homem
que, entrando nele, o possa contaminar; mas, o que sai do homem é o que o
contamina”?
Em certas circunstâncias,
porém, questões que normalmente poderiam ser consideradas triviais podem
adquirir grande importância. O uso de um pequeno emblema, a prestação de uma
continência, cantar uma breve cansaço de libertação, por mais inferiores que
sejam a música e a letra, podem inspirar resistência heroica ou incitar
oposição demoníaca. Nas circunstâncias do exílio, Daniel sentia que qualquer
tendência potencialmente desastrosa somente poderia ser contida tomando-se
uma posição firme na lei, até mesmo em questões que em outras ocasiões
talvez parecessem estranhas e sem conseqüência.
A preocupação de Daniel era
não contaminar-se. Esta era uma
purificação da idolatria existente no mundo em derredor, e da contaminação
moral que a acompanhava. Significava uma chamada para uma vida nova e
diferente. Estas leis dietéticas e outros costumes que o diferenciavam eram
para ele o sinal e o símbolo desta purificação interior. Mas se ele
transigisse no caso destas leis, e permitisse que estes marcos de
diferenciação, que preservavam a sua atitude interior distintiva, fossem
removidos, aí então inevitavelmente ele se deixaria levar pela enxurrada de
costumes dos quais ele tinha sido purificado, e já não seria plenamente útil
como um instrumento adequado nas mãos de DEUS.
Ronald S. Wallace. A
Mensagem de Daniel. Editora ABU. pag. 33-34.
2.
Daniel um modelo de excelência.
Mesmo
tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico,
Daniel conhecia a DEUS e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse
oferecida. É um modelo para os jovens (Ec 12.1), como também foram outros
jovens na história bíblica como Samuel (1 Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi
(1 Sm 16.12) e Timóteo (2 Tm 3.15). Durante toda a sua vida, Daniel foi um
exemplo de fidelidade e de oração, pois orava três vezes ao dia,
continuamente (Dn 6.10).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 34.
Daniel,
um jovem fiel a DEUS apesar de um passado de dor. A vida de Daniel é um farol
a ensinar-nos o caminho certo no meio da escuridão do relativismo. Seu
testemunho rompeu a barreira do tempo e ainda encoraja homens e mulheres em
todo o mundo a viver com integridade.
Observemos alguns aspectos de sua vida:
Em
primeiro lugar, no meio de uma geração que se corrompia, Daniel possuía
valores absolutos. Ele era ainda um adolescente, mas conhecia a DEUS. Era
ainda jovem, mas sabia o que era certo e errado. Estava no alvorecer da
vida, mas não se misturava com aqueles que se entregavam ao relativismo
moral. Era um jovem que tinha coragem de ser diferente.
Daniel
vivia no meio de uma geração que estava colhendo o que seus pais haviam
semeado (Dn 1.2).
Jerusalém
ficara intacta na primeira invasão, mas o templo fora saqueado. Isso não foi
por acidente. Por muito tempo, os judeus haviam confiado no templo, e não no
Senhor (Jr 7.7). Achavam que enquanto tivessem o templo estariam a salvo.
Mas o templo não os salvou. Uma religião sem vida não nos salvará. Confiar
no templo não era um substituto para o arrependimento. DEUS reina, quer Seu
templo exista, quer não. A invasão da Babilônia, o saque do templo, os
tesouros transportados foram obra de DEUS.
O povo
estava sendo derrotado, mas DEUS era vitorioso.
Em
segundo lugar, no meio de tragédias terríveis, Daniel não deixa seu coração
se azedar. Ele teve muitas perdas. Perdeu sua nacionalidade e sua bandeira.
Foi arrancado de sua Pátria e de seu lar. Perdeu sua família, foi arrancado
dos braços de seus pais, de seus amigos, de seus vizinhos. Ele foi agredido,
violentado em seus direitos mais sagrados.
Daniel
perdeu sua liberdade. Ele saiu de casa não como estudante, mas como escravo.
Ele não é dono de sua vida nem de sua agenda. Ele está debaixo de um jugo.
Sua cidade foi cercada. A fome desesperadora tomou conta de seu povo até o
ponto das mães comerem seus próprios filhos. Por fim, seu povo foi levado em
bandos para a terra da servidão.
Daniel
perdeu sua religião. Seu país foi invadido, sua cidade arrasada e o templo
do Senhor saqueado. Seu povo estava debaixo de opróbrio. Daniel estava
agora longe de casa, em um país estranho, com uma língua estranha, sem a
Palavra de DEUS nas mãos, sem o templo, sem sacerdotes e sem os rituais do
culto.
Daniel, a
despeito de tantas perdas, porém, não deixa seu coração ser envenenado pela
mágoa. Em vez de buscar a vingança dos inimigos, procurou ser instrumento de
DEUS na vida deles. Daniel não é um jovem influenciado, mas um
influenciador. As pessoas que foram levadas cativas entregaram-se à
depressão, nostalgia, choro, desânimo, amargura e ódio (SI 137). Daniel
escolheu ser uma luz, uma testemunha, um jovem fiel a DEUS em terra
estranha. Não é o que as pessoas nos fazem que importa, mas como reagimos a
isso.
No meio
de uma cultura sem DEUS e sem absolutos morais, Daniel não se corrompeu. Ele
foi levado para a Babilônia, uma terra eivada de idolatria. Foi levado para
esse panteão de divindades pagãs, para a capital mundial da astrologia e da
feitiçaria. Daniel vai como escravo para uma terra que não conhecia a DEUS,
onde não havia a Palavra de DEUS, nem o temor de DEUS, onde o pecado
campeava solto. Mas, mesmo na cidade das liberdades sem fronteiras, do
pecado atraente e fácil, Daniel mantém-se íntegro, fiel e puro diante de
DEUS e dos homens.
LOPES. Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 30-32.
3.
Daniel modelo de integridade x sociedade corrupta.
Apesar de
todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha,
com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante
toda a sua vida, manter-se íntegro moral e fisicamente. Embora a tentativa
inimiga de
apagar e neutralizar a força de sua fé, o jovens hebreu
permaneceu firme e disposto a não render-se, senão a DEUS com sua
própria vida. A mudança de nome não o fez esquecer de sua fé e seu DEUS
Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7). Nas atividades políticas soube conduzir-se,
respeitando as autoridades superiores, sem trair a sua fé em DEUS. Sabia
cumprir seus deveres e, quando foi desafiado na sua fé a deixar de orar, ele
não traiu o seu DEUS.
A
superação pela fidelidade a DEUS
(1.17)
Neste versículo a poderosa mão de DEUS dirigiu todo o curso dos
acontecimentos (vv.2, 9) , bem como, a saúde física, o vigor intelectual e a
capacidade de superar inteligências comuns. O texto diz que “DEUS lhes deu”
tudo aquilo que os outros príncipes do palácio não tinham. DEUS era a fonte
de todo o conhecimento concedido aos jovens hebreus, além da capacidade de
discernir o certo do errado. Mais que a cultura babilônica era
a cultura geral que os jovens hebreus receberam para saber se conduzir no
palácio e gozar da confiança do Rei Nabucodonosor (além disso Daniel recebeu
de DEUS revelação de sonhos e visões - capacidade espiritual).
(1.18-20)
Os
jovens hebreus demonstraram a Nabucodonosor serem “dez vezes mais doutos que os
demais” (v.20). Na realidade, essa constatação do Rei demonstrou a sua
admiração por esses jovens. Mas havia em tudo isso, o dedo de DEUS dirigindo
a vida desses hebreus, de modo a que seu nome fosse glorificado diante da
glória efêmera de Nabucodonosor.
“E Daniel
permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro” (1.21). É interessante notar que
esse capítulo tem um caráter histórico no qual o autor relata os aspectos
principais dessa história. O reinado do rei Ciro,
da Pérsia, conhecido como “o Grande”, é um vislumbre do futuro de 70 anos
depois de Nabucodonosor. Ciro conquistou a Babilônia em 539 a.C. De sua
juventude quando foi exilado para a Babilônia por Nabucodonosor haviam se
passado 70 anos e Daniel já era de aproximadamente 85 anos quando os persas
conquistaram a Babilônia. Os capítulos 5 e 6 do livro retratam esse tempo.
“e Daniel
permaneceu até...” (1.21). Por um desígnio de DEUS, Daniel permaneceu como
oficial do império de Nabucodonosor até Ciro da Pérsia durante todos esses
anos do cativeiro de 70 anos dos judeus em terra estrangeira, porque estava
predito em profecias, especialmente, de Jeremias. Nestes 70 anos de
cativeiro, Jerusalém foi invadida e saqueada da sua riqueza. Houve
deportação em massa dos judeus e tudo isso porque “Joaquim, rei de Judá, fez
o que era mau aos olhos do Senhor” (2 Rs 24.8,9).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 34-36.
A inda
há homens íntegros ?
Será
que ainda existe alguém confiável?
Warren
Wiersbe diz que durante vinte séculos a igreja vem dizendo ao mundo que
reconheça seus pecados, que se arrependa e que creia no evangelho. Hoje, no
início do século 21, o mundo diz à igreja que enfrente seus próprios
pecados. A igreja evangélica cresce em número, mas não em vida; toma de
assalto a nação, mas não produz transformação moral; tem os meios de
comunicação nas mãos, mas tem pouca mensagem de DEUS para pregar ao povo;
parece que está mais interessada em granjear as riquezas do mundo que em
oferecer ao mundo as riquezas do céu. Estamos no fragor de uma crise
avassaladora, a crise de integridade.
A crise
de integridade está presente na família, nas instituições públicas, na
educação, no comércio, na política e na igreja. Falta integridade nos
palácios, nas casas de leis, nos tribunais e até nas igrejas. Os problemas
que atingem a sociedade contemporânea não são periféricos, eles afetam as
questões cruciais. Não apenas os absolutos morais são questionados, mas
também os critérios da própria verdade. Gene Edward Veith diz: “O que nós
temos hoje não é apenas um comportamento imoral, mas uma perda de critérios
morais”. Davi expressa essa angústia, quando pergunta: “Quando os
fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?” (SI 11.3). A mensagem
do livro de Daniel pode não ser popular e palatável, mas é desesperadamente
necessária. Ela faz uma radiografia da própria alma, investiga os recessos
do coração e lança luz nos corredores sombrios da vida. Daniel viveu num
tempo em que a verdade estava sendo pisada, os valores morais estavam sendo
escarnecidos e a religião tinha perdido sua integridade.
LOPES. Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 13-14.
Daniel, um jovem fiel a DEUS apesar de um presente de oportunidades e de
grandes riscos
Viver
exige discernimento. Os tolos naufragam, quer pelas oportunidades quer pelos
riscos. Aquele adolescente arrancado do seio de sua família como escravo,
teve oportunidades e riscos. A vida ofereceu-lhe muitas propostas sedutoras.
Vejamos quais foram suas oportunidades:
Em
primeiro lugar, ele foi escolhido para estudar na Universidade da Babilônia.
Nabucodonozor era estadista e estrategista. Ao mesmo tempo em que seus
exércitos eram devastadores, queimando casas, cidades, demolindo palácios e
templos; ao mesmo tempo em que assassinavam, saqueavam e carregavam manadas
para a Babilônia; também cria uma universidade para formar jovens cativos
que pudessem amar a Babilônia e se tornar divulgadores de sua cultura. O
método de Nabucodonozor era deportar a nobreza de cada nação conquistada e
integrá-la no serviço público da Babilônia. Eles mesmos governariam sobre os
demais súditos conquistados. Assim, aqueles que se rebelassem teriam de
fazê-lo contra seu próprio povo, talvez contra seus próprios filhos.
O
vestibular era composto de três exames: 1) Qualidades sociais: linhagem real
e dos nobres; 2) Qualidades físicas e morais: jovens sem nenhum defeito e de
boa aparência; 3) Qualidades intelectuais: instruídos em toda sabedoria,
doutos em ciência, versados no conhecimento e competentes para assistir no
palácio. Os aprovados deveriam andar pelos corredores do poder.
Em
segundo lugar, ele recebeu promessa de emprego e de sucesso profissional.
Daniel 1.5 nos informa que o curso da Universidade de Babilônia era
intensivo, pois durava apenas três anos. Depois disso, eles assistiriam no
palácio, com garantia de emprego no primeiro escalão do governo mais
poderoso do mundo. Era uma chance de ouro. Era tudo que um jovem queria na
vida. Era tudo que um pai podia sonhar para seus filhos. Mas, cuidado! O que
adianta você ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? O que adianta você
ficar rico, vendendo a sua alma ao diabo? O que adianta você ter sucesso,
mas perder sua fé? O que adianta você ser famoso, mas não ter uma vida
limpa? Muitas pessoas mentem, corrompem-se, roubam, matam e morrem para
alcançar o sucesso. Muitos destroem a honra e a família para chegar ao topo
da pirâmide social. Mas esse sucesso é pura perda. Ele tem sabor de derrota.
Ele é o mais consumado fracasso. É o discernimento que nos dá percepção para
saber quando uma aparente oportunidade esconde atrás de sua sedução um
grande risco. Daniel viu com clareza alguns riscos:
O maior
de todos os perigos era o risco da aculturação.
Daniel
teve de se acautelar acerca de quatro perigos.
O primeiro perigo foram as
iguarias do mundo. Os jovens, além de ter a melhor universidade do mundo de
graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. Eles só teriam
de pensar em seus estudos. Deveriam até mesmo esquecer que eram judeus, a
fim de tornarem-se babilônios. Deveriam esquecer que eram servos de DEUS, e
tornarem-se servos de um rei terrestre. Mas as iguarias da mesa do rei eram
comidas sacrificadas aos ídolos. Cada refeição, no palácio real de
Babilônia, se iniciava com um ato de adoração pagã. Comer aqueles alimentos
era tornar-se participante de Um culto pagão. Há um ditado que diz que todas
as maçãs do diabo são bonitas, mas elas têm bicho. Os banquetes do mundo são
atraentes, mas o mundo jaz no maligno. Ser amigo do mundo é ser inimigo de
DEUS. Aquele que ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Não entre na
fôrma do mundo. Fuja dos banquetes que o mundo lhe oferece! Os prazeres
imediatos do pecado produzem tormentos eternos. As alegrias que o pecado
oferece, convertem-se em choro e ranger de dentes. Fuja das boates, das
noitadas, dos lugares que podem ser um laço para sua vida. Muitos diriam
hoje: “Daniel, você está sendo muito radical, muito puritano, muito
intransigente. Por que criar um caso com uma coisa tão pequena como comer
alimento oferecido aos ídolos? Por que não colocar esses escrúpulos de lado?
Pense na influência que você poderá exercer, encontrando-se no serviço
público da Babilônia.
Você vai
salgar aquele ambiente. Você vai ser uma luz lá no palácio. Deixe de lado
esse radicalismo seu”. Mas Daniel prefere a prisão ou mesmo a morte à
infidelidade. Daniel disse: “Prefiro a morte do que pecar, ainda que um
pouco”.
O segundo
perigo foi a mudança dos valores! Seus nomes foram trocados. Com isso a
Babilônia queria que eles esquecessem o passado. A Babilônia quer remover os
marcos e arrancar as raízes deles. Entre os hebreus, o nome era resultado de
uma experiência com DEUS. Todos os quatro jovens judeus tinham nomes ligados
a DEUS. Daniel significa: DEUS é meu juiz. Deram-lhe o nome de Beltessazar,
cujo significado é: bel proteja o rei. Hananias significa: Jeová é
misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que significa: iluminado
pela deusa do sol. Misael significa: quem é como DEUS? Deram-lhe o nome de
Mesaque, que significa: quem é como Vênus? Azarias
significa: Jeová ajuda. Trocaram-lhe o nome para Abednego, cujo significado
é: servo de Nego. Assim, seus nomes foram trocados e vinculados às
divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego. Os caldeus queriam varrer o
nome de DEUS do coração de Daniel e seus amigos. A universidade da Babilônia queria tirar
a convicção de DEUS da mente de Daniel e de seus amigos e plantar neles
novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes.
Muitos jovens têm caído nessa teia do mundo. Muitos se envolvem de tal
maneira que perdem o referencial, mudam os marcos, abandonam suas
convicções, transigem com os absolutos e naufragam na fé.
A
Babilônia mudou os nomes deles, porém, não o coração. Eles discerniram que a
maior batalha que estavam travando era a batalha da mente. Não era uma luta
para a preservação da vida, mas uma guerra para a firmeza na fé. Daniel e
seus amigos não permitiram que o ambiente, as circunstâncias e as pressões
externas ditassem sua conduta. Eles se firmaram na verdade, batalharam pela
defesa da fé e mantiveram a consciência pura.
O terceiro perigo foram as
ofertas vantajosas! Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas
generosas da Babilônia. Pensaram: é melhor esquecer Sião. É melhor esquecer
os absolutos da Palavra de DEUS. Isso não tem nada a ver. A Bíblia já não
serve mais para nós. Agora estamos num estágio mais avançado: estamos
estudando as ciências. Além do mais, a Babilônia oferecia riquezas, prazeres
e Jerusalém era muito repressora. A lei de DEUS, pensavam, é muito rígida,
tem muitos preceitos. E assim, muitos se libertaram de seus escrúpulos e se
esqueceram de DEUS e de Sua Palavra. Para eles, tudo havia se tornado
relativo. Os tempos estavam mudando depressa e eles precisavam se adaptar às
mudanças.
O quarto
perigo estava escondido atrás das vantagens do mundo. Daniel e seus
companheiros eram jovens comprometidos com a verdade. Os caldeus mudaram
seus nomes, mas não seus corações. Eles compreenderam que a babilonização
era uma porta aberta para a apostasia. Sentiram que o paternalismo da
Babilônia era pior que a espada da Babilônia. A guerra das idéias, a lavagem
cerebral, a relativização da moral, a filosofia de que “nada tem nada a ver”
é procedente do maligno. Daniel não negociou seus valores. Ele não se
corrompeu. Não se mundanizou. Ele teve coragem para ser diferente mesmo
quando foi pressionado a se contaminar, mesmo quando não era vigiado e mesmo
quando estava correndo risco de vida.
Daniel
estava no mundo, mas não era do mundo. DEUS não livrou Daniel do perigo, mas
lhe deu livramento no perigo. Ele não satanizou a cultura, dizendo que tudo
era do diabo, mas ele percorreu os corredores da universidade e do palácio
sem se corromper. Daniel e seus amigos não anatematizaram a vida pública
como pecado. Contudo, jamais se corromperam. Eles tinham consciência que
pertenciam e serviam a outro Reino. Mesmo cercados por uma babel de outras
vozes, sempre se orientaram pela voz de DEUS. Resistiram sempre aos
interesses da Babilônia, quando esses se chocavam com os interesses do Reino
de DEUS.
Daniel
demonstrou refinada perspicácia e sabedoria em sua determinação.
Em primeiro
lugar, ele foi corajoso em sua decisão. Ele podia perder a vida, o emprego
e, a oportunidade da sua vida. Ele podia pensar: vou fazer só essa
concessão. DEUS sabe que meu coração é dEle. Vou ceder só nesse ponto. Mas
não, Daniel era um homem de absolutos. Ele não transigia com o pecado. Seu
grande projeto de vida era honrar a DEUS. Muitos jovens hoje estão caídos,
confusos, com o coração gelado, com a vida contaminada, porque cederam,
transigiram e não resolveram desde o início viver uma vida pura. O mundo
está mudando todos os dias. Os valores morais estão sendo tripudiados.
Vivemos numa Babilônia de permissividades, num reino de hedonismo, numa
terra da infidelidade, no cativeiro do pecado. Para a geração contemporânea
não existem mais absolutos, tudo é relativo; nada mais é pecado, tudo é
normal; nada tem nada a ver.
Em
segundo lugar, Daniel foi sábio em sua decisão. Ele teve tato para lidar com
as dificuldades. O versículo 8 nos informa que ele resolveu e pediu. Ele foi
firme e gentil. Ele foi firme e perseverante. Ele não disse: “Eu não como
carne”. Mas, embora seja ordem do Rei. “Azar do rei”.
Se
tivesse feito isso, certamente seria um jovem morto e, se morresse, não
seria por fidelidade, mas por tolice. Daniel era sábio, discreto, gentil e
sensível. Mas também firme.
Em
terceiro lugar, Daniel foi coerente durante todas as suas decisões. Porque
disse "não" nas provas mais simples, pôde dizer "não" nas provas mais difíceis.
Mais tarde, enfrentou a cova dos leões com a mesma firmeza. Meu caro leitor,
não transija. Não venda sua consciência. Seja como Daniel e seus amigos.
Nosso mundo está mudando todo dia. As pessoas dizem para você: “Que nada! Os
tempos mudaram, sexo antes do casamento não tem problema. Dançar nas boates
não tem problema. Ficar com um rapaz ou moça hoje e com outro ou outra
amanhã não tem problema. Visitar os sites pornográficos na Internet não tem
problema. JESUS disse: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e
lança-o de ti...” (Mt 5.29).
Daniel
era radical em sua posição. Não estava aberto a mudanças, se essas mudanças
interferissem em sua fidelidade a DEUS. Fidelidade a DEUS era inegociável
para ele. Mas hoje muitos jovens estão se contaminando. Há namoros
permissivos, há roupas indecorosas, há pessoas viciadas em pornografia, há
moços usando adornos peculiares às mulheres, há pessoas agredindo o próprio
corpo com tatuagens e piercings. Muitos jovens entram na onda, e se
conformam com o mundo, e são tragados por ele.
LOPES. Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 32-38.
Um
modelo para hoje?
É
significativo que Daniel, por sua atitude quanto a esta questão, tomou-se o
modelo de comportamento para muitos judeus fiéis no tempo em que estavam
sendo perseguidos sob o reinado de Antíoco Epifânio no século II a.C. O
próprio Antíoco reconheceu que, para ter sucesso em destruir o testemunho
distintivo da comunidade judaica e absorvê-la na sua cultura helenística,
teria que levá-la a abrir mão, dentre outras coisas, dos costumes
distintivos referentes à alimentação que tanto a caracterizavam. Na
tentativa de quebrar a resistência judaica nesse ponto, decretou leis que
condenavam os regulamentos cerimoniais judaicos em questões de alimentação,
exigindo conformidade às práticas seculares a respeito. O assunto tornou-se
uma questão confessional, um teste que determinava se a pessoa era leal à
totalidade da tradição judaica, e disposta a lutar e morrer por ela. Os
escritos daquela época nos dizem que muitos judeus recusaram-se a
contaminar-se, e preferiram morrer ao invés de ceder nesta questão. Muitos
estudiosos acreditam que o livro de Daniel foi recomposto e novamente
lançado ao público então, por alguém pertencente ao círculo dos fies, para
ajudar na inspiração e na sustentação do movimento de resistência a Antíoco.
Hoje em
dia está surgindo em muitas partes do mundo ocidental uma situação
semelhante àquela que então era confrontada por Daniel. Como cristãos, somos
forçados a sentir freqüentemente a mesma tensão que ele sentia ao
enfrentarmos, ao nosso redor, um mundo que se transforma rapidamente quanto
ao ponto de vista ético e religioso, e quanto aos costumes aceitos. A
correnteza é tão poderosa que tende a levar consigo qualquer coisa, a menos,
que esteja fortemente ligada a um outro ponto de vista. Sem dúvida, devemos
fazer algumas concessões à mudança. Não podemos permanecer exatamente onde
estávamos há uma geração atrás. No entanto, muitas das mudanças com
freqüência são tão radicalmente estranhas ao nosso enfoque cristão que não
podemos, de modo algum, segui-las na íntegra sem perdermos o nosso poder
para testemunharmos com clareza o que, cremos, é a natureza de DEUS e do
evangelho, e o significado da vida na terra.
Assim,
numa situação em que alguma mudança é inevitável, devemos perguntar até que
ponto podemos ir, quando vamos dizer não! tomando uma posição firme. Ainda
que as questões do comer e do beber não sejam agora, em nossa tradição
cristã, questões básicas de nossa fé e prática como eram para Daniel, há,
mesmo assim, certas coisas que também nos contaminam, da mesma forma como
aquelas coisas nos dias do exílio. O propósito da vida, da morte e do ensino
de CRISTO foi purificar a raça humana e libertá-la dos costumes e dos
caminhos que corrompem os homens e as mulheres moral e espiritualmente, e
que contaminam a vida comunitária. Ele mesmo pleiteou com os seus seguidores
no sentido de tirarem de suas vidas as atitudes e os hábitos que contaminam
o coração e a mente: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e
lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja
todo o teu corpo lançado no inferno. E se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros e
não vá todo o teu corpo para o inferno”.
O Novo
Testamento, vez após outra, nos leva de volta à questão levantada por JESUS
com estas palavras, advertindo-nos a não nos esquecermos da nossa
purificação, e de “odiarmos o mal”. Para encorajar-nos e para advertir-nos,
a cruz é demonstrada como sendo o preço que ele pagou a fim de que
ficássemos limpos e íntegros, e assim permanecêssemos.
A obra de
JESUS, porém, é negada e seus rogos desatendidos se nos conformarmos
descuidosamente com qualquer coisa do tipo “todo o mundo faz” dentro da
permissividade que arrasta a nossa sociedade em direção a mudanças morais e
espirituais. O novo espírito dos tempos nem sempre é o de CRISTO.
Forçosamente chegaremos à conclusão de que CRISTO morreu para nos purificar
deste modo de vida que nos apresentam e que, portanto, não poderemos avançar
mais nesta direção e ainda sermos fiéis ao nosso DEUS. Não há dúvida de que,
entendendo as coisas desta maneira, há “sujeira” em certas formas de
atividade política, em certos aspectos do mundo das diversões e das
publicações, em certos meios de propaganda, que não devemos tocar, a fim de
não nos contaminarmos. Além disso, muitas coisas
em
nossa
vida - no casamento e na vida do lar, por exemplo — as quais somente
podemos conservar se traçarmos os limites em algum pontos e soubermos
dizer,
quando necessário, aquele não! Não devemos subestimar a importância
desta
tomada de posição que talvez estejamos sendo conclamados a adotar.
Quando
Daniel tranquilamente tomou
a decisão de dizer não!, ele não sabia que estava desempenhando um papel de
tão grande relevância na reorientação da vida da sua nação no sentido de ela
descobrir de novo o seu verdadeiro lugar no serviço de DEUS.
Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
Daniel 1:11-12
Ronald S. Wallace. A
Mensagem de Daniel. Editora ABU. pag. 34-37
ELABORADO:
Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/)
com
algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
Questionário
da
Lição 2 - A Firmeza Do Caráter Moral e Espiritual De Daniel
Responda conforme a
revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE. Comentário: Pr.
Elienai Cabral
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as
falsas.
TEXTO ÁUREO
1-
Complete:
"E Daniel _________________________ no seu coração não se
________________________
com a porção do manjar do rei, [...] portanto, pediu ao chefe dos
eunucos que lhe concedesse não se
________________________" (Dn 1.8).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A
_________________________
de caráter implica uma
________________________
interior para se manter _________________________
aos princípios da vida cristã.
I. UMA RETROSPECTIVA HISTÓRICA
3- Qual a situação moral e política de Judá na época em que
Nabucodonosor Invadiu Jerusalém?
( ) Após a deposição do seu irmão Jeoacaz, Joaquim ascendeu
ao trono de Judá por intermédio de
Amenemete III, o faraó do Egito.
( ) Após a deposição do seu irmão Jeoacaz, Jeoaquim ascendeu
ao trono de Judá por intermédio de Neco, o faraó do Egito.
( ) Perversidades e rebeliões contra DEUS fizeram parte do
antecedente histórico do rei de Judá.
( ) No ano 606 a.C., Nabucodonosor invadiu e dominou a cidade de
Jerusalém levando para a Babilônia os tesouros do Templo.
( ) Mas as pretensões de Nabucodonosor não eram somente de cunho
material, e sim igualmente cultural, pois ele levou os nobres da casa
real versados no conhecimento, dentre os quais estavam Daniel, Hananias,
Misael e Azarias.
4- Qual era a situação espiritual de Judá na época em que Nabucodonosor
Invadiu Jerusalém?
( ) Depois da grande reforma política e religiosa em Judá, promovida
pelo rei Josias, os filhos deste se desviaram do DEUS de Israel.
( ) Os sacerdotes, a casa real e todo o povo perverteram-se
espiritualmente.
( ) O rei Ezequias, por exemplo, "endureceu a sua cerviz e tanto se
obstinou no seu coração, que se não converteu ao Senhor, DEUS de Israel".
( ) O rei Zedequias, por exemplo, "endureceu a sua cerviz e tanto se
obstinou no seu coração, que se não converteu ao Senhor, DEUS de Israel".
( ) Judá permitiu que a casa de DEUS fosse profanada pelas
abominações gentílicas. O reino do Sul conseguiu entristecer o coração
do Senhor!
5- Como o império babilônico arrasou o reino de Judá e quais as fases
desta conquista?
( ) A sequência do texto do primeiro versículo diz: "veio
Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou".
( ) Houve duas incursões do rei da Babilônia contra Judá.
( ) Houve três incursões do rei da Babilônia contra Judá.
( ) Na primeira, o império babilônico levou os tesouros da casa do
Senhor. Isto ocorreu no terceiro ano do reinado de Jeoaquim (ano 606
a.C.).
( ) Na segunda incursão, no oitavo ano do reinado de Jeoaquim,
Nabucodonosor deportou os nobres da casa real (ano 597 a.C.).
( ) A última incursão deu-se no ano 586 a.C., quando o templo de
Jerusalém foi saqueado, destruído e queimado, bem como os muros da
cidade santa, derrubados.
( ) Nabucodonosor levou os utensílios da Casa de DEUS para o
santuário da divindade babilônica, Marduque, chamado também de Bel, a
quem o rei babilônico atribuía todas as conquistas imperiais.
II. A FORÇA DO CARÁTER
6- Como foi a tentativa de aculturamento dos jovens hebreus (1.3,4) no
exílio babilônico?
( ) Os teóricos da psicologia definem caráter como "a parte
maleável da personalidade de uma pessoa".
( ) Os teóricos da psicologia definem caráter como "a parte
enrijecida da personalidade de uma pessoa".
( ) Os jovens hebreus tinham um caráter ilibado, mediante a educação
e o testemunho observado em seus pais.
( ) Para obter apoio daqueles jovens e usar a inteligência deles ao
seu favor, Nabucodonosor sabia que, obrigatoriamente, teria de
moldá-los, aculturando-os nas ciências dos caldeus.
( ) Porém, muito cedo os babilônios perceberam que a formação
cultural e, sobretudo, religiosa dos jovens hebreus, era forte. Não
seria fácil fazê-los esquecer de suas convicções de fé.
( ) Por isso, Nabucodonosor os submeteu a processo de aculturamento.
( ) Para esta finalidade, o imperador caldeu elaborou um programa
cultural que fosse eficaz na extinção da cultura judaica: Os jovens
hebreus participariam da mesa do rei (1.5).
7- Como o caráter dos hebreus foi colocado à prova (1.5-8) e por que
devemos imitá-los?
( ) Daniel e os seus amigos foram colocados à prova em uma cultura
diferente de uma terra igualmente estranha.
( ) A formação desses jovens
assemelhava-se com a cultura babilônica.
( ) A formação desses jovens chocava-se com a cultura babilônica.
( ) Em outras palavras, eles eram firmes em seu caráter!
( ) Em especial, no caso de Daniel, o seu caráter íntegro tinha a ver
com a sua personalidade.
( ) Ele assentara em seu coração não se contaminar com as iguarias do
rei que, como se sabe, eram oferecidas aos deuses de Babilônia.
( ) Daniel e os seus companheiros, apesar de serem bem jovens,
demonstraram maturidade suficiente para reconhecer que o exílio
babilônico era fruto do pecado cometido pelo povo de Judá e seus
governantes.
( ) O mundo hoje oferece um banquete vistoso para contaminar os
discípulos de CRISTO.
( ) Entretanto, devemos nos ater ao exemplo de Daniel e dos seus
amigos.
( ) Aprendamos com eles, pois as suas vidas não consistiam em meras
tradições religiosas, mas em uma profunda comunhão com DEUS.
( ) Eles eram fiéis ao DEUS de Israel e guardavam a sua Palavra no
coração para não pecar contra Ele.
III. - A ATITUDE DE DANIEL E DE SEUS
AMIGOS
8- Como foi a firme resolução de não se contaminar (Dn 1.8), por parte
de Daniel e seus companheiros?
( ) Quando Aspenaz, chefe dos eunucos, recebeu ordens de
Nabucodonosor para preparar os jovens hebreus, ele os reuniu e deu-lhes
ordens quanto à dieta diária.
( ) Em seguida, trocou-lhes os nomes hebreus por outros
árabes:
Daniel foi chamado "Beltessazar"; Misael, "Sadraque";
Hananias,
"Mesaque" e Azarias, "Abede-Nego".
( ) Em seguida, trocou-lhes os nomes hebreus por outros babilônicos:
Daniel foi chamado "Beltessazar"; Hananias, "Sadraque"; Misael,
"Mesaque" e Azarias, "Abede-Nego".
( ) Porém, cuidadosa e inteligentemente, Daniel propôs outra dieta a
Aspenaz e o convenceu.
( ) Como as iguarias do rei da Babilônia eram oferecidas aos deuses,
Daniel e seus amigos não quiseram se contaminar.
( ) Essa corajosa atitude representava muito e tinha um profundo
significado na fé de Daniel e dos seus amigos. Eles sabiam que seriam protegidos do mal!
9- Por que Daniel é um modelo de excelência?
( ) Mesmo sendo levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel
conhecia verdadeiramente o DEUS do seu povo.
( ) Daniel tinha convicção de que alimento algum, por melhor que
fosse, teria mais valor que o relacionamento entre ele e DEUS.
( ) A exemplo de outros jovens descritos na Bíblia - Samuel, José, Davi e Timóteo -,
Daniel é um modelo de excelência para a juventude que busca uma vida de
retidão e compromisso com o Evangelho e a sua ética.
( ) A exemplo de outros jovens descritos na Bíblia - Samuel,
Esaú, Davi e Timóteo -,
Daniel é um modelo de excelência para a juventude que busca uma vida de
retidão e compromisso com o Evangelho e a sua ética.
( ) A devoção de Daniel é inspiradora para todos que desejam
conciliar a vida cultural, em uma sociedade sem DEUS, com uma vida de
oração e de compromisso com o Evangelho.
10- Complete segundo Daniel: modelo de integridade x sociedade corrupta:
A imponência dos templos babilônicos, o poder político do
Estado e a classe sacerdotal dos caldeus escondiam o processo de
_________________________
sistemática que, mais tarde, culminaria na _________________________
daquele império. Em meio a toda aquela cultura pagã, o jovem ____________________
manteve-se íntegro, crente, honrando a DEUS nas
atividades políticas e respeitando as autoridades superiores. Ele
cumpriu os deveres esperados de um bom
________________________
babilônico. Todavia, quando ______________________
foi desafiado pelos ministros do império a abandonar a fé, o
________________________
não se dobrou, antes, continuou perseverante na fé uma vez dada aos
santos. Mesmo que isto custasse a sua integridade física, ______________________ manteve-se fiel!
CONCLUSÃO
11- Complete:
Como preservar um
___________________
puro em meio a uma sociedade corrompida? Esta pergunta pode ser
respondida à luz da vida de ___________________
e seus amigos. Elas estimulam-nos a ver a vida com o
___________________
de DEUS, o nosso Pai. Fomos chamados por DEUS a ser _____________________
da terra e
___________________
deste mundo. Para isso, precisamos guardar o nosso coração e viver uma
vida de
________________________ com DEUS. Testemunhando o Evangelho para todos quantos
necessitam desta verdade __libertadora__.