Lição 7 - O ministério de Profeta LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm
“E a uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em
terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28).
VERDADE PRÁTICA
LEITURA DIÁRIA
Segunda- At 3.22Jesus O
profeta prometido
Terça - At 11.2 7
Profetas na igreja primitiva
Quarta - Lc 11.49
Profetas enviados por DEUS
Quinta - 1 Co 14.3 O
ministério do profeta
Sexta - 1 Ts 5.20 Não
despreze as profecias
Sábado - Ap 3.22 O
ESPÍRITO fala às igrejas
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE -
1
Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.
1 Coríntios 12.27
- Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em particular. 28 - E a
uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar,
profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de
curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29 - Porventura, são
todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos
operadores de milagres?
Efésios 4.11
- E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 - querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra g do ministério, para edificação
do corpo de CRISTO, 13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura
completa de CRISTO.
INTERAÇÃO
O ministério de profeta
é um dom de DEUS para a igreja atual. O profeta é chamado para faiar
segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita. No Antigo
Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos
israelitas a mensagem divina.
Em o Novo Testamento os
profetas não perderam a preeminência. Eles, juntamente com os apóstolos,
eram as colunas da Igreja. Atualmente, temos a Bíblia, a profecia maior;
porém o Senhor continua a levantar e a usar seus porta-vozes para
revelar a sua mensagem ao seu povo.
OBJETIVOS
Após a aula, o aluno
deverá estar apto a:
Descrever a
função do profeta no Antigo Testamento.
Compreender o
ofício do profeta em o Novo Testamento.
Discernir o
verdadeiro do falso profeta
PALAVRA-CHAVE
Profeta: Porta-voz
oficial da divindade.
Resumo da
Lição 7 - O ministério de Profeta
I-
O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
II- O PROFETA EM
O NOVO TESTAMENTO
1. A importância
do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do
profeta neotestamentário.
3. O objetivo do
dom ministerial de profeta.
III – DISCERNINDO
O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x
arrogância.
2. Pelos frutos
os conhecereis.
3. Ainda sobre o
falso profeta.
SINOPSE DO
TÓPICO (1) -
Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome
de DEUS, em primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo,
para povos estranhos.
SINOPSE
DO TÓPICO (2) -
Os profetas
em o Novo Testamento desempenhavam um importante papel de
liderança nas igrejas locais.
SINOPSE DO
TÓPICO (3) -
Uma das formas de reconhecer o falso profeta é
identificar a sua arrogância e a podridão dos seus frutos.
“Os verdadeiros
Profetas e os Falsos Profetas (7.15-23)- O Evangelho de Mateus torna
o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O
caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de
árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir
justiça o compele a repetir o tema. João Batista fala que a
Impenitência dos fariseus e saduceus é como árvores ruins (cf. Mt
3.8-12). Em Mateus 12.33,35 JESUS une a acusação dos fariseus (de
que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama
de blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO. [...] Em algumas comunidades a
prova para as profecias lidava com a negação protognóstica da carne
de JESUS CRISTO (1 Jo 4.1-3) ou com o espírito de legalismo (Gl
1.8,9). Aqui Mateus identifica que o fruto do erro é o antinomismo,
chamando estas pessoas de: ‘Vós que praticais a iniquidade’ (Mt
7.23). Mesmo que eles [os profetas] façam milagres, a doutrina e o
estilo de vida são os critérios para discernimento” (STRONSTAD,
Roger; ARRINGTON, French L. (Eds,) Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.
1. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.61-62).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol,
1: Mateus a Atos. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
MENZIES, William W.;
HORTON, Stanley M. Doutrinas
Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Meus Comentários - Ev. Henrique
João Batista, o último profeta?
Existiam profetas na época do início da igreja? Existem profetas
hoje?
João Batista foi o último profeta do
Antigo Testamento - profetas do AT profetizaram sobre primeira vinda
de JESUS e quase nada sobre depois disso, com raríssimas exceções.
Alguns muito usados em milagres, alguns sem milagres, mas com
grandes profecias messiânicas, alguns sem milagres e sem profecias
messiânicas, mas com mensagens de juízo. Os verdadeiros eram temidos
e pouco desejados em meio à sociedade em geral, principalmente entre
os ricos. Eram pessoas de grande fé e santidade. Suas vidas eram
inteiramente comprometidas com DEUS e sua palavra inspirada. A
bíblia nos diz que nossa fé deve estar em conformidade com os
ensinos dos apóstolos e dos profetas.
No Novo Testamento, como ocorre com os
apóstolos, temos o ministério de Profeta. Efésios 2.20; 4.11 fala
sobre isso e em muitas outras partes do NT, como por exemplo: Atos
11:27 - profetas; Atos 15:32 - Judas e Silas; Atos 21:10 - Ágabo; 1
Co 12.28, 29; Tito 1.12 - profeta que revela pecado; Apocalipse
18.20 profetas e apóstolos.
O ministério profeta deveria ser
reconhecido na Igreja, mas com o passar do tempo, e devido à
multiplicação do pecado, principalmente por parte da liderança da
igreja, esse ministério teve a mesma sorte daquele que havia no AT,
passaram a ser pessoas "non gratas" nas igrejas. Revelar pecado e
juízo sobre esse pecado é uma das maiores tarefas de um legítimo
profeta de DEUS, por isso sua pouca popularidade na igreja atual.
O que o profeta falaria hoje na igreja?
O profeta revelaria o pecado oculto da maioria dos crentes de hoje.
O profeta é excluído de nossos púlpitos devido ao temor dos líderes
de que seus pecados sejam revelados e eles sejam desmascarados ante
suas inocentes ovelhas que são tosquiadas a cada dia para
enriquecimento dessas lideranças materialistas.
O pecado tem que ser combatido a
qualquer custo e a mensagem do profeta deve ser ouvida na igreja
para que o temor se apodere dos crentes e eles se arrependam de seus
pecados e sejam sarados.
Lembremo-nos de que todos aqueles que
escreveram nossos livros que estão contidos na bíblia e falam sobre
alguma coisa no futuro, principalmente a escatologia, todos eles
formam profetas de DEUS. Não existiria o livro de Apocalipse se não
existisse profeta no Novo Testamento. Os ministérios podem ser
mudados ao longo do tempo. Por exemplo, João que começou como
apóstolo, terminou como profeta, escrevendo Apocalipse. Paulo que
começou como Apóstolo, passou pelo ministério de profeta,
evangelista, pastor e mestre.
O ministério é dado por CRISTO de acordo
com a necessidade do momento. Paulo preso pode e é usado por JESUS
como um legítimo profeta de DEUS, combatendo o pecado nas igrejas e
falando sobre coisas futuras.
Dom de Profecia X Ministério
Profeta
Dom de Profecia é para edificação,
exortação e consolação, não prediz nada, pode vir de 3 fontes,
DEUS, homem e o Diabo; deve ser julgada.
Profeta é ministério, Profeta é
usado em dons de revelação - fala a respeito do futuro (Palavra de
Sabedoria - dentro da Onisciência de DEUS - DEUS sabe o futuro);
também revela coisas ocultas tanto no passado quanto no presente
(Dom da Palavra da ciência ou Conhecimento - dentro da Onipresença
de DEUS - DEUS está presente em toda parte). profeta é usado em dons
de poder (ressuscitar mortos - Fé; Curar enfermos - Dons de Curar;
Modificação na natureza - milagres) - Alguns profetas escrevem a
respeito de coisas futuras, como Apocalipse, por exemplo - são
revelações das coisas futuras dadas ao profeta. Quem tem ministério
de profeta não quer dizer que um dia não não possa ter outros
ministérios.
Observação sobre sustento do profeta:
O Didaquê, obra da
igreja primitiva que pode ser dada como de produção ao redor do ano
90 de nossa era (parece anteceder, inclusive, ao evangelho de João),
e que é considerado como um manual de doutrina da igreja primitiva,
diz o seguinte, sobre o trabalho de mestres itinerantes na vida das
comunidades cristãs da época: “Todo apóstolo (profeta e pregador
também) que venha a vós seja recebido como o Senhor, porém não
permanecerá mais que um dia, e se houver necessidade, ainda o outro
dia; mas se permanecer três dias, é um falso profeta. E tendo saído
o apóstolo nada tomará para si, a não ser pão, até o próximo
alojamento. Mas se pede dinheiro é um falso profeta” (11.4-7). Não
estou declarando o Didaquê como inspirado, como os escritos do Novo
Testamento, mas reconhecendo-o como documento histórico e como
manual de doutrina da Igreja. A conexão que ele faz entre apóstolo,
profeta e pregador itinerante é interessante, bem como o método para
descobrir se é falso o apóstolo ou profeta ou pregador itinerante:
se busca levar vantagem no exercício de sua função.
<http://www.ensinameaviver.com.br/admin/pdf/O_PROFETISMO_EM_ISRAEL_-_Isaltino_Gomes_Coelho_Filho.pdf
>
A
importância do ministério do profeta neotestamentário.
Atos 11:27
- profeta Ágabo
E, levantando-se
um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria
uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de
Cláudio César.
Veja a importância de um profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em todo mundo - DEUS lhe revelou algo que haveria de acontecer no futuro. Deveríamos desejar que esse ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos dizer muita coisa grandiosa, mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns historiadores dizem que pouco antes que o general Tito destruísse Jerusalém, DEUS enviou uma mensagem, através de um profeta, a igreja que estava em Jerusalém, avisando da tragédia que se avizinhava. Quem deu crédito ao que dizia o profeta de DEUS, fugiu da cidade e escapou com vida. O dom Palavra de Sabedoria é muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo, muitos escreveram a respeito de coisas que aconteceram muito depois de suas épocas e que ainda vão acontecer depois de nossa época, tanto os profetas do AT quanto os do NT . Um legítimo profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que sabe tudo sobre o futuro, dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7
Atos 15:32-34 "Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34 Judas e Silas eram respeitados profetas da Igreja e foram encarregados de passarem nas igrejas abertas por Paulo para corrigirem erros doutrinários exigidos pelos falsos apóstolos e profetas que por ali passaram. Judas e Silas transmitiram aos irmãos a resoluções do primeiro concílio da igreja. Veja a importância de verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e confiança da igreja. Os apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes resoluções da igreja.
Atos 21:10-11 "E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios". Atos 21:10-11. Veja aqui, mais uma vez, a importância de um profeta que fala a respeito do futuro. Paulo, agora, já sabia o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a escolha entre obedecer integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a DEUS parcialmente. Temos a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para nós ou de conhecer sua vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que são capazes de entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas pelo evangelho. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Coríntios 12:28 "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas". 1 Coríntios 12:28. Veja a importância do ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo lugar de importância para a edificação e progresso da igreja. Tito 1.12 - profeta que revela pecado "Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13. Veja aqui Paulo dando testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a respeito dos cretenses. Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois enxergava da maneira que DEUS enxergava e a revelava ao apóstolo. Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos. Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
Apocalipse 18:20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela. Apocalipse 18:20 Um dia DEUS dará a paga aos perseguidores dos profetas de DEUS, sejam eles falsos crentes ou descrentes. Quase não se vê um profeta na igreja de hoje. São perseguidos. Não têm oportunidade para pregar em nossos púlpitos. São considerados como escória. São desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem que um dia DEUS os recompensará. Como identificar se a mensagem é vinda de um ministério Profeta ou de alguém usado em dom de profecia? Quando se fala a respeito de coisas futuras ou coisas passadas ou ocultas quando se revela pecados ocultos e notícia de juízo é Ministério de profeta. O profeta revela às vezes um problema ou uma doença, ou um juízo e já trás a solução com um milagre, uma transformação, ---------a profecia não traz o milagre junto. A profecia é mais um aconselhamento, para edificação, consolação e exortação. não tem elemento preditivo e nem palavra de juízo contra o pecado. A profecia é para indicar a presença de DEUS na vida do crente ou descrente. Porque existe uma rejeição intensa para com o profeta ministerial nos dias de hoje? Não só hoje, mas o profeta sempre foi temido, excluído, colocado à margem dos poderosos. O profeta tem a revelação do pecado, principalmente o pecado da liderança. profeta revela roubo de dinheiro na secretaria, desvio de dinheiro das obras sociais e de missões, revela superfaturamentos nas notas fiscais, revela adultérios, revela homossexualidade, lesbianismo, prostituição, etc... Imagine quem quer um profeta em sua igreja!!! O rei da igreja, ou o ditador da igreja morre de medo de um profeta e não dá oportunidade para ele pregar de jeito nenhum. Fim de meus comentários - Ev. Luiz Henrique Vamos ver outros comentários
Veja a importância de um profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em todo mundo - DEUS lhe revelou algo que haveria de acontecer no futuro. Deveríamos desejar que esse ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos dizer muita coisa grandiosa, mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns historiadores dizem que pouco antes que o general Tito destruísse Jerusalém, DEUS enviou uma mensagem, através de um profeta, a igreja que estava em Jerusalém, avisando da tragédia que se avizinhava. Quem deu crédito ao que dizia o profeta de DEUS, fugiu da cidade e escapou com vida. O dom Palavra de Sabedoria é muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo, muitos escreveram a respeito de coisas que aconteceram muito depois de suas épocas e que ainda vão acontecer depois de nossa época, tanto os profetas do AT quanto os do NT . Um legítimo profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que sabe tudo sobre o futuro, dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7
Atos 15:32-34 "Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34 Judas e Silas eram respeitados profetas da Igreja e foram encarregados de passarem nas igrejas abertas por Paulo para corrigirem erros doutrinários exigidos pelos falsos apóstolos e profetas que por ali passaram. Judas e Silas transmitiram aos irmãos a resoluções do primeiro concílio da igreja. Veja a importância de verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e confiança da igreja. Os apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes resoluções da igreja.
Atos 21:10-11 "E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios". Atos 21:10-11. Veja aqui, mais uma vez, a importância de um profeta que fala a respeito do futuro. Paulo, agora, já sabia o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a escolha entre obedecer integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a DEUS parcialmente. Temos a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para nós ou de conhecer sua vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que são capazes de entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas pelo evangelho. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Coríntios 12:28 "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas". 1 Coríntios 12:28. Veja a importância do ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo lugar de importância para a edificação e progresso da igreja. Tito 1.12 - profeta que revela pecado "Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13. Veja aqui Paulo dando testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a respeito dos cretenses. Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois enxergava da maneira que DEUS enxergava e a revelava ao apóstolo. Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos. Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
Apocalipse 18:20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela. Apocalipse 18:20 Um dia DEUS dará a paga aos perseguidores dos profetas de DEUS, sejam eles falsos crentes ou descrentes. Quase não se vê um profeta na igreja de hoje. São perseguidos. Não têm oportunidade para pregar em nossos púlpitos. São considerados como escória. São desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem que um dia DEUS os recompensará. Como identificar se a mensagem é vinda de um ministério Profeta ou de alguém usado em dom de profecia? Quando se fala a respeito de coisas futuras ou coisas passadas ou ocultas quando se revela pecados ocultos e notícia de juízo é Ministério de profeta. O profeta revela às vezes um problema ou uma doença, ou um juízo e já trás a solução com um milagre, uma transformação, ---------a profecia não traz o milagre junto. A profecia é mais um aconselhamento, para edificação, consolação e exortação. não tem elemento preditivo e nem palavra de juízo contra o pecado. A profecia é para indicar a presença de DEUS na vida do crente ou descrente. Porque existe uma rejeição intensa para com o profeta ministerial nos dias de hoje? Não só hoje, mas o profeta sempre foi temido, excluído, colocado à margem dos poderosos. O profeta tem a revelação do pecado, principalmente o pecado da liderança. profeta revela roubo de dinheiro na secretaria, desvio de dinheiro das obras sociais e de missões, revela superfaturamentos nas notas fiscais, revela adultérios, revela homossexualidade, lesbianismo, prostituição, etc... Imagine quem quer um profeta em sua igreja!!! O rei da igreja, ou o ditador da igreja morre de medo de um profeta e não dá oportunidade para ele pregar de jeito nenhum. Fim de meus comentários - Ev. Luiz Henrique Vamos ver outros comentários
Revista Ensinador
Cristão CPAD, n° 58, p.39
O ministério de
profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica
em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério.
Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando
encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as experiências do exercício
do ministério de profeta relatadas pelo Novo Testamento e ao longo
da História da Igreja?
Os exemplos são
diversos. Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o
ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe
eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar o ministério para o mal,
a mulher em Apocalipse, de codinome de Jezabel, dizia-se profetisa
(Ap 2.20) - por isso achava-se respeitada na comunidade cristã de
Tiatira induzindo a muitos para a prostituição.
Outros exemplos são
profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento
cristão antigo datado do segundo século: "Didaqué: A Instrução dos
Doze Apóstolos". Apesar de se chamar "A instrução dos Doze", o
documento não foi escrito pelos doze apóstolos de CRISTO, mas
formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando
orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo
11, sobre "A Vida em Comunidade", os versículos 7-12 do documento
falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme
registrado em Efésios 4.11.
Empurrado para o
ralo da heresia pela igreja romana e pelos Cessacionistas, e devido
à autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do
exercício profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo
inclusive atraído um dos mais importantes pais latinos da Igreja:
Tertuliano.
O que dizer sobre
Catarina de Siena, Tereza Dávila - mulheres que denunciaram
profeticamente a corrupção de Roma John Huss, John Wycliffe e tanto
outros gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso DEUS
levantá-los como verdadeiros profetas e profetisas?
À semelhança do
Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na
história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização.
Indo no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo,
quando na verdade estava corrompido e longe dos desígnios de DEUS.
Foi assim no Antigo Testamento; assim ocorreu em o Novo Testamento;
e vem acontecendo ao longo da rica história eclesiástica. Por que
teria de ser diferente na contemporaneidade?
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Neste capítulo,
discorremos sobre o dom ministerial de profeta, na igreja cristã. É um
assunto que envolve dificuldades de interpretação, tendo em vista alguns
aspectos que parecem não estar bem claros, no texto neotestamentário.
Quando se estuda a missão dos profetas, no Antigo Testamento,
normalmente, não há grandes questionamentos. Mas, no âmbito do Novo
Testamento, persistem algumas indagações. Há dúvidas acerca da
correlação entre o dom de “profeta” e o dom espiritual de “profecia”. O
profeta, na igreja atual é um dom ou é um ofício? E um cargo
ministerial, como alguém utiliza, acima dos demais? Já existem igrejas
em que seu titular já foi pastor, bispo, apóstolo e, atualmente, é
chamado de “o profeta”!
A Igreja Primitiva é o
modelo ideal a ser seguido pelas igrejas cristãs ao longo da História.
Mesmo considerando algumas especificidades ministeriais, face ao
contexto histórico e cultural de sua época, o que foi ensinado por JESUS
e por seus apóstolos, ao longo do desenvolvimento das igrejas locais,
tem valor essencial para quaisquer igrejas, em todos os tempos e
lugares, no mundo em que vivemos. Desse modo, constatamos que tanto o
dom de profecia como o ofício ou o dom ministerial de profeta eram
naturalmente reconhecidos pelos cristãos primitivos.
Em momentos cruciais,
quando as adversidades ameaçavam a comunidade cristã, homens de DEUS
eram levantados para transmitir a mensagem de orientação, necessária
para sua estabilidade. Os profetas do Novo Testamento não eram pessoas
procuradas por irmãos ou grupos de irmãos, com a finalidade de buscarem
orientações pessoais. Eles eram usados, em momentos especiais, quando
havia uma necessidade de uma palavra especial da parte de DEUS. E o
faziam de modo espontâneo, sem qualquer ideia de premeditação ou
direcionamento da parte do profeta, como ocorre, infelizmente, em alguns
lugares, nos dias presentes. Também não tinham o ofício de profeta,
idêntico ao dos profetas do Antigo Testamento.
O profeta do Antigo
Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de DEUS,
tinha outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os
profetas que tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção
sobre a cabeça dos governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16).
No Novo Testamento, o
profeta tem função essencialmente voltada para o âmbito da igreja local.
Mas, de modo geral, o profeta da igreja cristã atende à necessidade de
edificação, exortação e consolação dos crentes (1 Co 14.3). Uma pessoa
pode ter o dom espiritual de profecia sem ter o dom ministerial de
profeta. Não se pode dizer que a igreja do século XXI não precisa
mais de profetas. Considerando que, antes da Vinda de JESUS, está
prevista terrível manifestação da apostasia (2 Ts 2.3), é indispensável
que a igreja local tenha a presença da manifestação do ESPÍRITO SANTO,
tanto através do dom de profecia, como a palavra dos profetas de DEUS.
O profeta de hoje não
tem a missão de ungir reis ou profetas em seu lugar, mas tem a grave
responsabilidade de transmitir a mensagem de DEUS, nos momentos
necessários, no tempo certo, para pessoas ou para a comunidade cristã.
Essas mensagens são de grande valia, para denunciar as ameaças ou
existência de pecados que comprometem a integridade espiritual do Corpo
de CRISTO.
Quem tem um dom de DEUS
deve ter consciência de que é apenas um servo e não um senhor dos
outros.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 82-83.
1 - O PROFETA DO
ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
No Antigo Testamento, o
ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando DEUS levantava um
profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda a nação e
até para povos estranhos.
1. A
IMPORTÂNCIA DOS PROFETAS
O Antigo Testamento foi
marcado pela atividade e testemunho dos profetas. Quando JESUS se
despedia dos seus discípulos, lhes disse: “São estas as palavras que vos
disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de
mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc
24.44). Os escritos dos profetas faziam parte da tríplice divisão da
Bíblia hebraica.
1) Profetas no
Pentateuco. Nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, vemos a
presença de Abraão, o pai da nação Israelita, que foi considerado um
profeta (Gn 20.7); quando Moisés, o líder do Êxodo, estava em aperto, na
sua chamada para tirar o povo do Egito, DEUS lhe disse que Arão, seu
irmão, seria seu profeta (Êx 7.1); os 70 homens, levantados por DEUS
para ajudar Moisés profetizaram só uma vez; dois israelitas, Eldade e
Medade, que ficaram na tenda, também profetizaram, provocando ciúmes em
Josué (Nm 11.24-29). Em Números, DEUS diz como usaria um profeta, em
visão ou sonhos (Nm 12.6). Em Deuteronômio, vemos DEUS ensinando ao povo
como distinguir os verdadeiros e os falsos profetas (Dt 13.1-5). Aqueles
homens não tinham um ministério profético. Foram usados por DEUS em
mensagens ou missões de caráter profético. Seus nomes não fazem parte
dos “Profetas”, na divisão da Bíblia hebraica, porque a profecia não era
a sua missão principal.
2) Profetas em diversos
livros do Antigo Testamento. Nos livros históricos, o papel dos profetas
foi muito relevante. Os livros de 1 e 2 Samuel foram escritos pelo
último dos juízes e o primeiro dos profetas, realmente dedicados à
missão de falar ao povo mensagens da parte de DEUS de modo marcante e
consequente (1 Sm 8.10-17); ele também era vidente (1 Sm 9.15, 19,20;
10.1-5). Foi usado para ungir Saul, o primeiro rei de Israel e Davi, seu
sucessor (1 Sm 10.24; 16.13). Nos livros de 1 e 2 Reis, houve profetas
de destaque, como Natã, que ungiu Salomão (1 Rs 1.39) e revelou o pecado
de adultério de seu pai Davi antes, depois falou sobre a construção do
templo pelo mesmo Salomão que havia de ungir como rei; o profeta Aias,
que profetizou a divisão do Reino de Israel (1 Rs 11.31, 32); houve um
profeta desconhecido, que vaticinou o nascimento de Josias, e foi
enganado por um “profeta velho”, que mentiu, e, mesmo assim, foi usado
por DEUS (1 Rs 13.1-3; 11-26). Quando DEUS quer, usa a quem Ele quer.
Dentre os profetas de 1
Reis, destacou-se o profeta Elias, que denunciou os pecados do rei Acabe
e sua mulher ímpia, Jezabel (1 Rs 17.1; 18.1) e confrontou os profetas
de Baal e Asera, cultuados pelo casal real (1 Rs 18.18-46). Seu sucessor
foi o profeta Eliseu, que foi usado com grande poder (2 Rs 2.9-11), com
grandes sinais e maravilhas (2 Rs 2.19-25). Isaías foi profeta de grande
valor em 2 Reis (2 Rs 19.2, 6,7, 20-37), conhecido como o profeta
messiânico devido à grande parte de suas profecias se referirem o
Messias, no futuro. Naquele tempo, a profetiza Hulda foi usada por DEUS
para exortar o povo em sua desobediência (2 Rs 22.14-20).
Esdras, líder da
reconstrução do Templo em Jerusalém, após o cativeiro babilônico, foi
ajudado por profetas (Ed 5.2). Na reconstrução dos muros, por Neemias,
levantou-se a falsa profetisa Noadias, que, juntamente com outros
profetas conluiaram-se contra Neemias, o líder da reconstrução dos muros
de Jerusalém (Ne 6.4).
2. OS
PROFETAS MAIORES
Integram uma lista de 5
livros, de Isaías a Daniel. São chamados de “maiores” não por
importância pessoal dos profetas, mas pelo volume ou tamanho de seus
livros bem como a abrangência das profecias. Aqueles mensageiros de DEUS
foram usados para transmitir mensagens do Senhor ao povo de Israel, no
seu tempo, e também foram usados de maneira profética para vaticinar
acontecimentos futuros, escatológicos.
3. OS
PROFETAS MENORES
São 12 livros, de Oseias
a Malaquias. De igual modo, seus autores são chamados de “menores”, não
por serem inferiores aos outros, mas pelo menor volume de seus livros e
menor extensão de suas profecias. Os profetas do Novo Testamento apenas
foram citados, no texto bíblico, em referência a sua participação na
história da Igreja, mas não tiveram a condição de serem incluídos no
cânon bíblico. Os profetas do Antigo Testamento tinham um ministério
voltado para toda a nação.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo
a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 84-85.
O
LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS.
(1) Os profetas do AT
eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus
contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um
quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes,
reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na
história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos
profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção.
(2) Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do
AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a
Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas
inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética:
Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. É provável que os autores
desses livros fossem profetas. Em segundo lugar, há dezessete livros
proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor
dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era profeta (Dt 18.15).
Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas.
PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS.
(1) Ro’eh. Este
substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade
especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O
título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas,
mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio DEUS.
Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de
DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
(2) Nabi’. (a) Esta é a
principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT.
Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja
clara, o significado do verbo hebraico “profetizar” é: “emitir palavras
abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO de DEUS”
(Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que
emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de DEUS. A palavra
grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português,
significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em
lugar de DEUS, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e
recebiam da parte dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como
“homem de DEUS” (ver 2Rs 4.21 .), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn
6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS sobre si (cf. Is 61.1-3),
“atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas
também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a
história — presente e futura — sob a perspectiva divina.
HOMENS DO ESPÍRITO E
DA PALAVRA.
O profeta não era
simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de
DEUS (Ez 37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o
profeta do AT possuía estas três características: (1) Conhecimentos
divinamente revelados. Ele recebia conhecimentos da parte de DEUS no
tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito
primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo a permanecer fiel a
DEUS e ao seu concerto. A característica distintiva da profecia, no AT,
era tornar clara a vontade de DEUS ao povo mediante a instrução, a
correção e a advertência.
O Senhor usava os
profetas para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do
solo da história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias
específicas a respeito do Messias e do reino de DEUS, bem como predições
sobre os eventos mundiais que ainda estão por ocorrer.
(2) Poderes divinamente
outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que
recebiam a plenitude do ESPÍRITO de DEUS. Através dos profetas, a vida e
o poder divinos eram demonstrados de modo sobrenatural diante de um
mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão divina.
(3) Estilo de vida
característico. Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades
corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para DEUS.
Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e iniquidades
cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e
sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel.
Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de sua justiça.
Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos
pessoais.
O
PROFETA E O SACERDOTE.
Durante a maior parte da
história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam
em conflito. O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas
os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar
contra a decadência do povo de DEUS. (1) Os sacerdotes muitas vezes
concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS
resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um
lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.
(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à
conduta, e as questões morais. Repreendiam constantemente os que apenas
cumpriam com os deveres litúrgicos. Irritava, importunava, denunciava, e
sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida
os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um
reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava o
pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver
realmente santo.
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia
de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro:
CPAD.
OITO
CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
Que tipo de pessoa era o
profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha
estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor
(Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva
divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar
próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em simpatia com
aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor
que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS.
Experimentava as mesmas reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não
somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o Seu coração (Jr 6.11;
15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de
DEUS, o profeta amava profundamente o povo. .
(4) O profeta buscava o
sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele.
(5) O profeta tinha
profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19;
25.3-7; Am 8.4-7;
Mq 3.8). .
(6) O profeta desafiava
constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando
desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS
revelara na Lei. .
(7) O profeta tinha uma
visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr
11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração
e renovação (e.g., 61–62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). .
(8) Finalmente, o
profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18;
20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3–4), perseguido pelos falsos profetas que
prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em
pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt
23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era
reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu
caráter e a sua mensagem.
A
MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas
enfatiza três temas principais:
(1) A natureza de DEUS.
(2) O pecado e o arrependimento. .(3) Predição e esperança messiânica. .
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia
de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
3. O
profetismo.
II- O PROFETA EM O
NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo
“profeta” em o Novo Testamento.
Em o Novo Testamento, só há
um livro profético — O Apocalipse. Nenhum personagem neotestamentário, além
de João, o Evangelista, escreveu outro livro com esse caráter. Mas, ao longo
dos livros do Novo Testamento encontramos referências a profetas, que
tiveram papel relevante. Vamos refletir um pouco sobre eles.
UM DOM
MINISTERIAL
Em sua carta aos coríntios,
o apóstolo Paulo fala da importância do corpo de Cristo, enfatizando que os
crentes são “seus membros em particular” (1 Co 12.27). E o faz, depois de
demonstrar a necessidade da unidade do corpo de Cristo, fazendo uma analogia
com o corpo humano, mostrando que nenhum membro do corpo pode dispensar a
função do outro. “Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um
deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo” (1 Co 12.18-20). Daí, porque
nenhum dom ministerial é maior que o outro. A ordem dos dons, no texto, é
questão de prioridade.
Com essa visão, da unidade
do corpo de Cristo, que é a Igreja, o apóstolo apresenta uma lista de dupla
referência. Primeiro, fala de homens a quem Ele põe na igreja, ao que tudo
indica, numa ordem de prioridade. São “homens-dons”, por assim dizer. Nessa
lista, os “profetas” aparecem em segundo lugar. Sem dúvida, não é por acaso,
mas segundo o entendimento do Espírito Santo. Os profetas eram os homens
usados por Deus para transmitir mensagens divinas para a comunidade dos que
eram ganhos para Cristo. Os doutores eram os que cuidavam do ensino ou do
discipulado, estudando, interpretando e ensinando os fundamentos da fé
cristã com profundidade.Eram mensagens sobrenaturais.
Na segunda parte do texto,
vemos Paulo apresentar uma lista de ministérios, indispensáveis à unidade, a
edificação, ao fortalecimento e à própria administração da igreja local:
“depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas” (1 Co 12.28 b), e faz indagações que enfatizam o valor do uso dos
dons de modo integrado e não fragmentado (1 Co 12.29-31). Se um dom fosse
maior que o outro, não promoveria a unidade indispensável do corpo de
Cristo.
Escrevendo aos efésios,
Paulo é mais didático ou explícito, em relação aos dons ministeriais. “E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento
dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus,
a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo ” (Ef 4.11-13 —
grifos nossos). Observe que, à semelhança do texto de 1 Coríntios 12.28, os
profetas vêm em segundo lugar.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 86-87.
No Novo Testamento, a
palavra comumente usada é prophétes, que aparece por cento e quarenta e nove
vezes, que exemplificamos com Mat. 1:22; 2:5,16; Mar. 8:28; Luc. 1:70,76;
7:16; Joio 1:21,23; 3:18,21; Rom. 1:2; 11:3; I Cor. 12:28,29; 14:29,32,37;
Efé. 2:20; Tia. 5:10; I Ped. 1:10; 11 Ped. 2:16; 3:2; Apo. 10:7; 11:10. O
substantivo prophetela, «profecia », é usado por dezenove vezes no Novo
Testamento: Mat. 13:14; Rom. 12:6; I Cor. 12:10; 13:2,8; 14:6,22; I Tes.
5:20; I Tim. 1:18; 4:14; 11 Ped. 1:20,21; Apo. 1:3; 11:6; 19:10;
22:7.10,18,19. Essas palavras derivam-se do grego pro, «antes.., «em favor
de.., e phemi; «falar.., ou seja, «alguém que fala por outrem.., e, por
extensão, «intérprete.., especialmente da vontade de Deus. Tais palavras
gregas, naturalmente, estão por detrás do termo português «profeta... Os
profetas eram tidos como representantes de Deus. Eles serviam de elo vital
na questão das revelações, bem como veículos do conhecimento espiritual. As
revelações por eles recebidas, por ordem do Senhor em alguns casos
tomaram-se concretas nos livros que escreveram. Esses livros, por sua vez,
foram canonizados, com a passagem do tempo, sendo então aceitos como
Escrituras Sagradas.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos.
pag. 424.
Estes versículos expõem
quatro aspectos da metáfora. Primeiro, os apóstolos e profetas são as pedras
da fundação do templo (20a). Recebem esta designação, porque sua função é
proclamar a Palavra do Senhor. Wesley observa que “a palavra do Senhor,
declarada pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos os crentes”.
Certos estudiosos veem uma contradição no pensamento de Paulo ao usar esta
metáfora aqui e em 1 Coríntios 3.11. Lá, Cristo é o fundamento. O problema
se resolve quando nos damos conta de que ele emprega a metáfora em sentidos
diferentes. Na passagem coríntia, o pensamento gira em torno de si mesmo e
de outros como construtores. Na relação aqui está claro que Cristo é o
fundamento sobre o qual eles constroem. Paulo está enfatizando as pedras
usadas na construção. Nesta relação, Cristo é a pedra da esquina. Todos os
outros são pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo de menor
importância, os apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de
fundação no edifício de Deus.
Nos versículos 4 a 22, temos
o assunto: “A Igreja, a Morada de Deus”. A unidade da Igreja Invisível é o
tema de fundo. 1) A fundação da Igreja, 20; 2) A construção da Igreja:
inclusiva, 11-19; exclusiva, 4-11; de projeto simétrico — bem ajustado;
cresce até à conclusão — cresce para templo santo no Senhor, 21; 3) “Em
Cristo”, a Igreja é a morada de Deus no Espírito, 22 (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144.
2. O ofício do profeta
neotestamentário.
Atos 11:27 - profeta Ágabo
E, levantando-se um deles, por nome
Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em
todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
Atos 11:28
"E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava
a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e
isso aconteceu no tempo de Cláudio César". Atos 11:28.
Veja a importância de um profeta aqui - este
profeta previu uma grande seca em todo mundo - DEUS lhe revelou algo que
haveria de acontecer no futuro. Deveríamos desejar que esse ministério fosse
ativo na igreja - DEUS poderia nos dizer muita coisa grandiosa, mesmo antes
de que elas acontecessem. Alguns historiadores dizem que pouco antes que o
general Tito destruísse Jerusalém, DEUS enviou uma mensagem, através de um
profeta, a igreja que estava em Jerusalém, avisando da tragédia que se
avizinhava. Quem deu crédito ao que dizia o profeta de DEUS, fugiu da cidade
e escapou com vida.
O dom Palavra de Sabedoria é muito percebido
agindo no profeta, por isso mesmo, muitos escreveram a respeito de coisas
que aconteceram muito depois de suas épocas e que ainda vão acontecer depois
de nossa época, tanto os profetas do AT quanto os do NT . Um legítimo
profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que sabe tudo sobre o futuro,
dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas.
"Certamente o Senhor DEUS não fará coisa
alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas".
Amós 3:7
Atos 15:32 - Judas e Silas;
Atos 11:28
Depois Judas e Silas, que também eram
profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
Atos 15:32-34
"Depois Judas e Silas, que também eram profetas,
exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali
algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
Atos 15:32-34
Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34 Judas e Silas eram respeitados profetas da Igreja e foram encarregados de passarem nas igrejas abertas por Paulo para corrigirem erros doutrinários exigidos pelos falsos apóstolos e profetas que por ali passaram. Judas e Silas transmitiram aos irmãos a resoluções do primeiro concílio da igreja. Veja a importância de verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e confiança da igreja. Os apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes resoluções da igreja. Atos 21:10 - profeta Ágabo novamente;
E, demorando-nos ali por muitos dias,
chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo;
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
Atos 21:10-11
"E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da
Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de
Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito
Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e
o entregarão nas mãos dos gentios". Atos 21:10-11.
Veja aqui, mais uma vez, a importância de um
profeta que fala a respeito do futuro. Paulo, agora, já sabia o que lhe
aconteceria no futuro. Poderia fazer a escolha entre obedecer integralmente
à ordem de JESUS para ele ou de servir a DEUS parcialmente. Temos a escolha
de conhecer a vontade perfeita de DEUS para nós ou de conhecer sua vontade
permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que são capazes de entregar-se
totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas pelo evangelho.
"Certamente o Senhor DEUS não fará coisa
alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas".
Amós 3:7.
1 Co 12.28, 29;
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
Atos 21:10-11
E a uns pôs Deus na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas.
1 Coríntios 12:28
"E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres,
depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas". 1
Coríntios 12:28.
Veja a importância do ministério de profeta.
Aqui Paulo o coloca em segundo lugar de importância para a edificação e
progresso da igreja.
Tito 1.12 - profeta que revela pecado;
"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os
cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este
testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam
sãos na fé". Tito 1:12-13.
Veja aqui Paulo dando testemunho da veracidade
de uma palavra de um profeta a respeito dos cretenses. Um profeta sabia a
verdade sobre a igreja, pois enxergava da maneira que DEUS enxergava e a
revelava ao apóstolo.
Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos.
1 Coríntios 12:28
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós,
santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto
a ela.
Apocalipse 18:20
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos
apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
Apocalipse 18:20
Um dia DEUS dará a paga aos perseguidores dos
profetas de DEUS, sejam eles falsos crentes ou descrentes. Quase não se vê
um profeta na igreja de hoje. São perseguidos. Não têm oportunidade para
pregar em nossos púlpitos. São considerados como escória. São desprezados.
São tidos como loucos. Ainda bem que um dia DEUS os recompensará.
3. O objetivo do dom
ministerial de profeta.
O DOM DE PROFETA NÃO É PARA
TODOS
Examinando o contexto do
capítulo 12 de 1 Coríntios, podemos verificar e concluir que os dons
ministeriais não são para todos os crentes, na igreja local. Diz o texto: “E
a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar,
profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.18). Note-se que o texto
diz que “a uns pôs Deus na igreja”. Isso mostra que Deus não pôs todos, mas
“uns”.
Na lista de Paulo aos
efésios, vemos escrito: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). Quando o escritor diz “uns” e
“outros” fica bem claro que tais dons não estão à disposição de todos os
crentes. Diz a Bíblia de Estudo Pentecostal: “Como dom de ministério, a
profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como
ministros profetas’ (grifo nosso).
1) O aperfeiçoamento dos
santos. A finalidade dos dons ministeriais é “o aperfeiçoamento dos santos”
(1 Pe 1.15), ou seja, dos crentes fiéis, santificados e comprometidos com o
Reino de Deus, “para a obra do ministério”.
Há o que chamamos ministério
ordenado, regular, integrado pelos auxiliares dos ministérios, são eles:
presbíteros, diáconos ou cooperadores, ordenados, consagrados ou separados
para atender às necessidades da comunidade cristã. E há diversos, que não
são realizados pelos ministros ou obreiros. Na música, no louvor, no ensino,
nos serviços gerais, na segurança, na operação de equipamentos e outros,
que, quando executados por pessoas que são chamadas por Deus, e assumem tais
atividades, conscientes de que estão prestando um serviço à igreja.
Observação minha - Ev.
Henrique - São
verdadeiras bênçãos para a igreja todos os cooperadores.
Nenhum desses exerce, no
entanto, um ministério dado por CRISTO à igreja (Apóstolos, Profetas,
Evangelistas, Pastores e Mestres), mas todos cooperam para o engrandecimento
do reino de DEUS.
2) Para a “obra do
ministério”. O ministério tem como obra principal ganhar almas para CRISTO e
coordenar o trabalho da igreja na terra, cuidando para que nenhuma alma se
perca, mas que todos cheguem ao pleno conhecimento de CRISTO e por fim sejam
salvos e alcancem um lugar ao lado de CRISTO na Glória eterna.
3) A edificação do Corpo de
Cristo. Os dons ministeriais também atendem à necessidade da “edificação do
Corpo de Cristo”, que é a Igreja (invisível), que se torna visível, no
conjunto de salvos, na igreja local. Os crentes salvos são considerados
“edifício de Deus” (1 Co 3.9). A metáfora é bem adequada. Os salvos são
considerados “pedras vivas”, na construção desse edifício espiritual. Diz o
apóstolo Pedro: “vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais,
agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1 Pe 2.5). Nessa edificação, o papel
dos que têm o dom ministerial de profeta é de grande valia.Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 87-88.
PROFETAS. Os profetas eram
homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação
e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo
concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder
para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo (At 2.17; 4.8;
21.4).
(1) O ministério profético
do AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos profetas do AT
era transmitir a mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo
de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes
eles também prediziam o futuro conforme o Espírito lhes revelava Cristo e os
apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).
(2) A função do profeta na
igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito
Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar,
exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3).
(b) Devia exercer o dom de profecia (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr
29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta
do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça,
advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre
o povo de Deus (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta
pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e
apostasia.
(3) O caráter, a solicitude
espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela pureza
da igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade
diante do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniquidade (Rm
12.9; Hb 1.9); (c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt
7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra
de Deus para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co 15.3,4; 2Tm 3.16; 1Pe
4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de Deus e
identificação com os sentimentos de Deus (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34;
Jo 2.14-17; At 20.27-31).
(4) A mensagem do profeta
atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da
igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus. A congregação tem o dever de
discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1Co
14.29-33; 1Jo 4.1).
(5) Os profetas continuam
sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que
rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para
o mundanismo e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia (1Co 14.3; cf. Mt
23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a
mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça
(Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz
do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do
Espírito (2Tm 3.1-9; 4.3-5; 2Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com
os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de Deus, será impulsionada
à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade
do Espírito serão evidentes entre os fiéis (1Co 14.3; 1Ts 5.19-21; Ap
3.20-22).
STAMPIS. Donald C. (Ed)
Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
Profecia
A profecia é uma
manifestação do Espírito de Deus e não da mente do homem, e é concedida a
cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Embora o dom da profecia
nada tenha a ver com os poderes normais do raciocínio humano, pois é algo
muito superior, isso não impede que qualquer crente possa exercitá-la:
“Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e
serem consolados”, 1 Co 14.31.
Ainda que nalguns casos
o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da
Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrenatural, não
devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de pregar o
Evangelho.
Dada a importância desse dom
em face dos demais dons espirituais, e dentro do contexto da doutrina
pentecostal, necessário se faz uma análise cuidadosa, no sentido de
conceituá-lo no seio da Igreja hoje.
O apóstolo Paulo adverte
os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de
profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo enumera:
a. Porque “o que
profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação... O que
profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”,
“exortação” e “consolação” são os três elementos básicos da profecia, são a
razão de ser e de existir desse dom. É evidente que isto contraria a crença
tão popular entre nós, de que o principal elemento da profecia é o preditivo
(predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo quanto o Novo
Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas das quais já se
cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão de cumprir, No
entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo da profecia
é relativamente o menor.
b. Porque ‘‘se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de
todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim,
lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está
verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo mais que
precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o seu uso na Igreja
hodiemamente:
a) O dom de profecia
nunca deve exercer propósitos diretivos ou de governo sobre a Igreja. No
Antigo Testamento, Israel era governado por reis e o culto era dirigido
pelos sacerdotes, mas nunca por alguém que se tivesse distinguido por um
ministério cem por cento profético. Os profetas eram apenas colaboradores na
condução do povo. O mesmo aconteceu com a Igreja dc Novo Testamento: o seu
governo sempre esteve sob a responsabilidade dos presbíteros ou bispos, ou
pastores, mas nunca sob a responsabilidade de profetas.
Escreveu o missionário
Eurico Bergstén, que “quando alguém, por meio de profecia, penetra na
direção da igreja, mostra que é dominado por influências estranhas. Abre-se,
então, uma porta para a perturbação... Quando alguém se faz ‘oráculo de
profeta’, para responder a perguntas e orientar os crentes, está usando
indevidamente o dom de profecia... O dom de profecia não atinge, nesta
dispensação, a faixa de consulta, pois tem uma outra finalidade: a
edificação da Igreja”.
b) Devido a possíveis
abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está sujeito a análise e a
consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo: “...falem dois ou três
profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
Paulo arremata suas
advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém cuida ser
profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de profecia não deve
ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2 Tm 2.16), a fim de que a
Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de Oliveira.
A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
O apóstolo então nos relata
quais foram os dons de Cristo na sua ascensão: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos...” (v. 11). Na verdade, Ele enviou alguns desses antes da sua
ascensão (Mt 10.1-5), mas um foi acrescentado depois (At 1.26). E todos eles
foram mais solenemente empossados e publicamente confirmados, em seu ofício,
pelo seu derramar visível do Espírito Santo de uma forma extraordinária.
Observe: O grande dom que Cristo deu à igreja na sua ascensão foi o
ministério da paz e da reconciliação. O dom do ministério é o fruto da
ascensão de Cristo. E ministros têm seus vários dons, que são todos dados
pelo Senhor Jesus. Os ministros que Cristo deu à sua igreja eram de dois
tipos - os extraordinários, investidos de um ofício superior na igreja: tais
eram apóstolos, profetas e evangelistas. Os apóstolos eram os dirigentes.
Cristo os investiu com dons extraordinários, poder para operar milagres e
uma infalibilidade para anunciar sua verdade. Tendo eles sido testemunhas
dos seus milagres e doutrina, Ele os enviou a espalhar o evangelho e a
implantar e governar igrejas. Os profetas expunham os escritos do Antigo
Testamento e prediziam as coisas do futuro. Os evangelistas eram pessoas
ordenadas (2 Tm 1.6) que os apóstolos levavam como companheiros de viagem
(Gl 2.1), e os enviavam para estabelecer igrejas que eles, os apóstolos,
tinham implantado (At 19.22). Os evangelistas não estavam presos a nenhum
lugar específico; por isso, deveriam continuar o seu trabalho até que fossem
chamados de volta (2 Tm 4.9). Também existem os ministros ordinários,
empregados em uma esfera mais restrita tais como pastores e mestres. Alguns
entendem que esses dois nomes significam um ofício só, envolvendo as tarefas
de governar e ensinar. Outros entendem que eles representam dois ofícios
distintos, ambos regulares e de uso permanente na igreja. Os pastores são
colocados como dirigentes principais de igrejas particulares, com o intento
de guiar, instruir e alimentar os membros de acordo com as instruções de
Cristo. Eles são frequentemente chamados de bispos e anciãos. Os mestres
eram aqueles que também pregavam o evangelho e instruíam o povo por meio da
exortação. Vemos aqui que é prerrogativa de Cristo designar oficiais e
ofícios em sua igreja.
A igreja é rica pelo fato de
ter tido uma diversidade tão grande de oficiais e continuar tendo uma
diversidade tão grande de dons! Como Cristo é amável com sua igreja! Quão
grande é o seu cuidado por ela e pela sua edificação! Quando Ele subiu,
enviou o dom do Espírito Santo; e os dons do Espírito Santo são vários:
alguns receberam mais, outros, menos; mas todos os dons são para o bem do
corpo, o que nos leva ao terceiro argumento:
3. A grande finalidade e
desígnio de Cristo em relação aos dons. Os dons de Cristo eram para o bem da
sua igreja e para promover seu Reino e interesse entre os homens. Tudo isso
tinha um fim comum e era um bom motivo para que todos os cristãos quisessem
viver em amor fraternal e não invejar os dons dos outros. Todos os dons são
para “...o aperfeiçoamento dos santos” (v. 12); isto é (de acordo com o
original), conduzir a um estado espiritual ordenado aqueles que tinham sido
desordenados e separados pelo pecado, e então fortalecer,
confirmar e promovê-los
nisso, para que cada um, em seu devido lugar e função, possa contribuir para
o bem do todo. “...para a obra do ministério” (ou para a obra da
dispensação), isto é, para que pudessem repartir as doutrinas do evangelho e
cumprir as diversas partes da sua função ministerial, “...para edificação do
corpo de Cristo”, isto é, a edificação da sua igreja, que é o corpo místico
de Cristo, pelo aumento da graça deles e um acréscimo de novos membros.
Todos são designados para preparar-nos para o céu: “...até que todos
cheguemos...” (v. 13). Os dons e ministérios (alguns deles) que foram
mencionados devem continuar na igreja até que os santos sejam aperfeiçoados,
o que não acontecerá “...até que todos cheguemos à unidade da fé (até que
todos os verdadeiros crentes se unam, por meio da mesma preciosa fé) e ao
conhecimento do Filho de Deus”, o que não quer dizer um conhecimento
meramente especulativo, ou o reconhecimento de Cristo como o Filho de Deus e
o grande Mediador, mas como deveria ser observado, com apropriação e afeto,
com a devida honra, confiança e obediência; “...a varão perfeito”, para o
crescimento completo dos dons e graças, livre das fragilidades imaturas às
quais estamos sujeitos no presente mundo; “...à medida da estatura completa
de Cristo”, tornando-nos cristãos maduros em todas as graças providas pela
plenitude de Cristo. Ou, de acordo com a medida dessa estatura que é
completar a plenitude de Cristo e seu corpo místico. Nunca chegaremos a ser
o varão perfeito, até que cheguemos ao mundo perfeito. Há uma plenitude em
Cristo, e uma plenitude a ser obtida dele; uma certa estatura dessa
plenitude e uma medida dessa estatura são determinadas no conselho de Deus
para cada crente, e nunca chegaremos a essa medida até chegarmos ao céu. Os
filhos de Deus, enquanto estiverem neste mundo, estão crescendo. O Dr.
Ligthfoot entende que o apóstolo está falando aqui dos judeus e gentios
ligados na unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, constituindo,
dessa forma, um homem perfeito, e a medida da estatura completa de Cristo. O
apóstolo também mostra, nos versículos seguintes, qual era o desígnio de
Deus em suas instituições sagradas e quais efeitos deveriam ter sobre nós.
(1) “...para que não sejamos mais meninos...” (v. 14); isto é, para que não
mais sejamos meninos em conhecimento, fracos na fé e inconstantes em nossos
julgamentos, facilmente cedendo a cada tentação, prontamente concordando com
o capricho de cada um. Crianças podem ser facilmente iludidas. Devemos
cuidar para não sermos inconstantes (ou “agitados de um lado para outro”,
versão RA), como navios sem lastro, levados, como nuvens no céu, em relação
a doutrinas que não têm verdade nem solidez em si, mas que, mesmo assim se
espalham por todo lado, e são, portanto, comparados ao vento, “...pelo
engano dos homens”: essa é uma metáfora tirada de jogadores trapaceiros e
traz a ideia da sutileza enganosa dos sedutores; “...que, com astúcia”, pelo
que dispõem sua habilidade em encontrar maneiras de seduzir; pois segue-se:
enganam fraudulosamente, como em uma emboscada, para iludir os fracos e
afastá-los da verdade. Observe: Somente homens muito perversos e impiedosos
buscam seduzir e enganar os outros por meio de doutrinas falsas e erros. O
apóstolo os descreve aqui como homens perversos, que usam manhas e astúcia
diabólica para alcançar seus objetivos. O melhor método que podemos usar
para nos proteger e nos fortalecer contra essas pessoas é estudar os
oráculos sagrados e orar pela iluminação e graça do Espírito de Cristo, para
que possamos conhecer a verdade em Jesus, e ser firmados nela. (2) Para que
sigamos “...a verdade em caridade” (v. 15), ou falemos a verdade em amor, ou
sejamos sinceros em amor com os nossos irmãos em Cristo. Enquanto nos
devotamos à doutrina de Cristo, que é a verdade, devemos viver em amor uns
com os outros. O amor é uma coisa excelente, mas devemos ser cuidadosos para
preservar a verdade junto com ele. A verdade é uma coisa excelente; no
entanto, é necessário que a falemos com espírito de amor e não em contenda.
Esses dois aspectos devem andar juntos: verdade e paz. (3) Para crescermos
“...em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Crescer em tudo em Cristo quer
dizer estar mais arraigado nele. Em todas as coisas - no conhecimento, no
amor, na fé e em todos os aspectos do novo homem. Devemos crescer rumo à
maturidade, que é o oposto de continuar sendo meninos. Aqueles que crescem
em Cristo são cristãos saudáveis. Quanto mais crescermos no conhecimento de
Cristo, na fé nele, no amor a Ele e na dependência dele, tanto mais
prosperaremos em graça. Ele é a cabeça, e nós devemos crescer de tal forma
que estejamos em condições de honrar essa cabeça.
O crescimento cristão sempre
será para a glória de Cristo. (4) Devemos auxiliar uns aos outros, como
membros do mesmo corpo (v. 16). Aqui o apóstolo faz uma comparação entre o
corpo natural e o corpo místico de Cristo, esse corpo do qual Cristo é a
cabeça. Paulo observa que do mesmo modo que há comunhão e comunicação mútua
dos membros do corpo entre si, para o seu crescimento e melhoramento, assim
deve haver amor e unidade mútua, junto com o fruto apropriado, entre os
cristãos, para que ocorra o melhoramento e crescimento espiritual na graça,
“...do qual, diz ele (isto é, de Cristo, seu cabeça, que transmite
influência e alimento para cada membro específico), todo o corpo, bem
ajustado e ligado (estando unidos firme e ordenadamente, cada um em seu
devido lugar), pelo auxílio de todas as juntas (pelo auxílio que cada uma
das partes, assim unidas, dá ao todo, ou pelo Espírito, fé, amor,
sacramentos etc., que, semelhantemente às veias e artérias no corpo, servem
para unir os cristãos a Cristo, seu cabeça, e uns aos outros como membros
desse corpo), segundo a justa operação de cada parte (isto é, dizem alguns,
de acordo com o poder que o Espírito Santo exerce para tornar os meios
designados por Deus eficazes para esse grande fim, em relação à medida que
Cristo julga ser suficiente e apropriada para cada membro, de acordo com seu
respectivo lugar e ministério no corpo; ou, como outros pensam, segundo o
poder de Cristo, que, como cabeça, influencia e aviva cada membro; ou, de
acordo com o trabalho eficaz de cada membro em comunicar aos outros o que
recebeu; assim o alimento é levado a todos na devida proporção e segundo o
estado e exigência de cada parte) faz o aumento do corpo”, em conformidade
com a necessidade do corpo. Observe: Cada cristão recebe seus dons e graças
de Cristo para o benefício de todo o corpo.
“...para sua edificação em
amor”. Podemos entender isso de duas maneiras: uma maneira é que todos os
membros da igreja podem alcançar uma medida de amor maior para com Cristo e
uns para com os outros; a outra maneira é que eles são movidos a agir na
forma mencionada do amor a Cristo e uns aos outros. Observe: O amor mútuo
entre os cristãos é um grande aliado do crescimento espiritual; ao passo que
“...um reino dividido contra si mesmo não pode subsistir” (veja Mc 3.24).
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.
Editora CPAD. pag. 592-593.
A Classificação dos Dons
(4.11)
Tudo indica que Paulo,
quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministérios
relacionados em 1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia compreende uma lista
mais longa de dons espirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está
interessado em apresentar os ofícios necessários para a expansão e sustento
da igreja. Cristo deu à igreja os apóstolos: os ministros supremos, os doze
que haviam
visto o Senhor ressurreto e
recebido suas tarefas diretamente dele. Os profetas têm posição proximal à
dos apóstolos, e o seu dom especial era o de ministério inspirado. Foulkes
afirma que a função primária dos profetas era similar à dos profetas do
Antigo Testamento: “anunciar” a palavra de Deus. Porém, ocasionalmente
prediziam acontecimentos futuros, como em Atos 11.28 e 21.9,ll.30 Os
evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam de lugar em lugar para
ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito semelhante como se faz
hoje.
Certos intérpretes sugerem
que as primeiras três categorias se aplicam à igreja universal, ao passo que
as outras duas se ajustam especificamente à igreja local. Pastores são
pastores de um rebanho de comunicantes; a palavra grega (poimen) empregada
aqui significa, literalmente, “pastor de ovelhas”. A tarefa dos pastores é
alimentar o rebanho e protegê-lo dos perigos espirituais. Doutores pode ser
uma outra função do pastor. Bruce afirma que estes dois termos “denotam a
mesma e uma única classe de homens”.31 Contudo, pode ser que os doutores
representem uma classe de responsabilidade um tanto quanto menor que os
pastores, mas que, mesmo assim, detêm lugar especial na igreja. Os cinco
ministérios são concedidos pelo Espírito e dados por Cristo à sua igreja.
O Propósito dos Dons
(4.12-16)
Falando principalmente da
vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o propósito para o qual
Cristo deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro dimensões do
propósito divino são distinguíveis.
a) Estes ministérios são
dados para edificar ou construir o corpo de Cristo (12). As três frases
neste versículo, cada uma separada por uma vírgula (RC), dão a impressão de
que o apóstolo expressa um propósito triplo. No idioma original, a ênfase
está na última frase: “Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o
serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo” (NTLH). O objetivo
destes servos especiais é ocasionar um aperfeiçoamento (katartismos, lit.,
“adaptação” ou “equipamento”) para a obra do ministério (diakonias). A
expectativa é que haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, com o
resultado de que a igreja será edificada. A medida que as almas são ganhas,
a vida da comunidade se aprofunda e se fortalece pelo serviço unificador da
igreja.
b) Estes dons ministeriais
são dados para promover maturidade. O versículo 13 rememora o anterior e
oferece explicação adicional da “edificação” da igreja. Uma vez mais, Paulo
usa três frases, cada uma iniciada com a preposição grega eis: 1) à unidade
da fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da estatura completa de Cristo.
Estas não são ideias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a
segunda fala da realidade da maturidade e a terceira fala da medida da
maturidade. Uma tradução melhor do versículo seria esta: “Assim, todos
finalmente atingiremos a unidade inerente em nossa fé e em nosso
conhecimento do Filho de Deus, e chegaremos à maturidade, medida por nada
menos que a estatura completa de Cristo” (NEB).
A unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). A
unidade é um dom do Espírito (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para
recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao Filho de Deus e a
nossa confiança nele — Deus manifestado na carne que morreu no Calvário em
nosso benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no ponto
em que significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não devemos
equipará-lo a conhecimento intelectual, mas a relações pessoais. A unidade
se origina dessa intimidade com o Filho proporcionada pela graça. Paulo não
está falando da experiência inicial com Cristo. O apóstolo se preocupa com o
crescimento e aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade
de Deus conforme estão revelados em associação com Cristo. Os membros da
igreja podem e devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão perfeito refere-se
ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de
Deus se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será
atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de
Cristo na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da estatura
completa de Cristo é o padrão de medida que determina a maturidade cristã.
Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a
perfeição de Cristo”. A chave para interpretar o versículo é a expressão
estatura completa de Cristo. Qual é esta estatura? Salmond diz que é “a soma
das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da
maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em
direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em Cristo.
Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de
nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente
que tem de se dirigir com empenho à estatura completa de Cristo.
c) Estes ministérios são
dados para garantir a estabilidade na igreja diante de doutrinas divergentes
e do engano de homens (14). Esta é consequência natural da maturidade, como
Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não sejamos mais meninos.
Uma das evidências claras de imaturidade é a incapacidade de resistir, de
forma inteligente e espiritual, as declarações das falsas doutrinas. As
palavras de Paulo são pitorescas. O termo inconstantes só ocorre aqui no
Novo Testamento e é derivado de kludon (“vagalhão” ou “onda”). Por
conseguinte, o verbo significa literalmente “ser lançado pelas ondas”.
Cristãos imaturos são como barcos açoitados pela tempestade. Levados em roda
vem da palavra grega periphero, que tem a ideia de oscilar violentamente.
Boas traduções dos dois termos são: “levados de um lado para outro pelas
ondas” e “jogados para cá e para lá por toda nova rajada de ensino” (cf. BJ,
NVI). Atarefa dos ministros é pôr mão forte no leme da igreja, mantê-la
firme e fornecer o lastro doutrinário mediante um ministério fiel de
pregação e ensino.
Aqueles que introduzem
falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam a si
mesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem
traduzida por “fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante para
induzir ao erro” (Weymouth). Eles usam de engano (lit., “jogo de dados”).
Metaforicamente, veio a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara
corretamente o aviso de Paulo: “Há pessoas próximas de vós que não só vos
desviam, mas o fazem de propósito, pondo armadilhas premeditadas e
organizando métodos bem-elaborados, com o objetivo de afastá-los de Cristo a
quem eles não amam”. A única proteção adequada contra a sutileza da heresia
é uma fé crescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros
têm de proporcionar a oportunidade de tal maturação para assim garantir a
estabilidade na igreja.
d) Estes ministérios são
dados para possibilitar o crescimento em Cristo. Seguindo a verdade (15) é
derivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por “falar a verdade”
(cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que proferir sons
articulados. Ele pensa em termos de viver e agir. Dale comenta: “A verdade
tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de Deus em Cristo tem de
influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A verdade tinha de
se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles. [...] Não era
apenas para falar, mas para vivenciá-la”.38 E esta vida era para ser vivida
em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com os
motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem
asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de
se expressar em amor. O resultado será o movimento progressivo em direção à
perfeição de Cristo, a cabeça da igreja. Repare que esta ideia é
essencialmente idêntica ao pensamento do versículo 13. Além disso, esta ação
positiva é a melhor defesa contra os efeitos do erro descritos no versículo
14.
No versículo 16, o apóstolo
retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade que
Cristo, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa
e intricada do corpo humano com suas partes unidas de modo bem ajustado e
ligado (“bem unido e consolidado”, NEB).39 Na analogia, juntas referem-se
aos ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo está
funcionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer, quando cada
parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece e o
crescimento é certo. Cristo é, obviamente, o centro e a origem de toda a
vida espiritual. Ele dá “coesão e poder vital para o crescimento”.40 Este
crescimento resulta na edificação ou “construção” (BAB) da igreja em amor
(cf. 1.4; 3.17; 4.2; 5.2). A estrutura tem a ver principalmente com o
desenvolvimento espiritual interno, mas quando a igreja é interiormente
forte ela aumenta numericamente.
Em suma, Paulo vê a unidade
da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeira unidade é
interior e resultado de um organismo saudável. O Espírito cria essa unidade;
não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam. Quando
esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e motivada pela
fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza,
para espanto do mundo não crente.
Nos versículos 4 a 16, o
pensamento da medida da estatura completa de Cristo sugere o tema “O Alvo
Ultimo do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de
Deus, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo
incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. Cristo no
trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163.
Apocalipse 18:20
ELABORADO: Pb Alessandro Silva com comentários extras do Ev. Henrique.