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Lição 13 - O legado de Moisés, EBD NA TV, 2parte
II - MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL 1. Homem de DEUS. Sl 77.20 O teu povo, tu o conduziste, como rebanho. Israel era o rebanho de DEUS, que Ele tirou da escravidão no Egito. Israel era o Seu rebanho, quando se aproximou das águas temíveis. Os subpastores foram Moisés e Arão. Eles chegaram à beira-mar, estando o mar à frente e o exército egípcio avançando por trás. O braço poderoso de DEUS se ergueu, e as águas foram divididas. Um caminho se formou no meio do mar, e os homens, admirados, seguiram por aquele caminho em segurança. O Pastor divino não perdeu uma única ovelha. Cf. Sal. 23; 78.52; 79.13; 100.3. Quanto à liderança do Senhor durante o êxodo, ver Êxo. 13.21; 15.13 e 78.52,53. Quanto à liderança de Moisés e Arão, ver Núm. 33.1. Cf. Osé. 12.13; Isa. 63.11,12 e Miq. 6.4. Nos países orientais, o pastor lidera, em vez de tanger as ovelhas. O povo de Israel não teria atravessado o mar Vermelho se Yahweh não houvesse seguido à frente deles, tornando aquela vereda um caminho possível e seguro. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2291. Ele tomou o seu povo Israel sob a sua própria liderança e proteção (v. 20): Guiaste o teu povo, como a um rebanho. Por estarem eles fracos e impotentes, propensos a vaguear como um rebanho de ovelhas, e sujeitos ao ataque de animais predadores, DEUS seguiu na frente deles com todo o cuidado e ternura de um pastor, para que não viessem a se perder. A coluna de nuvem e fogo os guiava; mas isto não é levado em consideração aqui, somente a liderança de Moisés e Arão, por cujas mãos DEUS os guiou; ambos não poderiam ter feito isto sem a direção de DEUS, e DEUS agiu com eles e por meio deles. Moisés era o seu governador, Arão, o sumo sacerdote; eles eram guias, conselheiros e soberanos sobre Israel, e por meio destes homens o povo foi guiado por DEUS. A administração correta e bem-aventurada das duas grandes ordenanças representadas pela magistratura e pelo ministério sacerdotal é, mesmo não sendo um milagre da mais alta ordem, uma prova de grande misericórdia para qualquer povo, assim como a coluna de nuvem e fogo o foi para Israel na sua peregrinação no deserto. Este salmo termina de forma abrupta, e não aplica estes antigos exemplos do poder de DEUS às aflições presentes da igreja, como seria de esperar. Entretanto, tão logo este homem justo começa a meditar acerca destas coisas, ele percebe que chegou a uma nova percepção; a simples abordagem desta questão lhe deu luz e alegria (SI 119.130); os seus medos desapareceram de forma estranha e repentina, de forma que não seria mais necessário prosseguir neste raciocínio; ele, então, seguiu o seu caminho e foi se alimentar, e a sua fisionomia deixou de ser triste, tal como se deu com Ana, 1 Samuel 1.18. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 484. 2. Homem de oração. Êx 33.13 Rogo-te que me faças saber... o teu caminho. Com quanta frequência enfrentamos problemas para os quais precisamos de iluminação. Não basta sermos bem versados nas Escrituras; também não basta orar. Algumas vezes precisamos do toque místico da presença de DEUS a fim de podermos entender o Seu plano e o modus operando desse plano. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! A fé chama-nos à ação quando não podemos ver. Mas às vezes é uma grande ajuda ver alguma coisa! É de prestimoso auxílio ser testemunha do poder de DEUS. Nenhum homem é tão forte que não precise desse tipo de ajuda, mesmo que só ocasionalmente. DEUS se conserva em meio à luz inarcesível, para ver o que podemos fazer com os dons e a graça que Ele nos tem outorgado. Ele nos dá oportunidades e espera que usemos nossos próprios dons e poderes. Ele provê para Seus filhos uma boa educação, esperando da parte deles que usem essa instrução. Mas ao notar que eles têm mais para fazer do que são capazes de fazer, Ele sai das luz anacersível e provê a assistência divina. Esta nação é teu povo. Em Êxodo 32.7, Yahweh pareceu ter renegado a Seu povo, chamando-o de povo “de Moisés” e não Dele mesmo. A primeira intercessão de Moisés lembrou Yahweh da relação especial que Ele mantivera com Israel como um filho. Ver Êxo. 32.7-14. Abraão, Isaque e Jacó tinham que ser levados em consideração, sem falar sobre o Pacto Abraâmico. Sendo esses fatos indiscutíveis, Moisés sentiu ser necessário que Yahweh reafirmasse Suas boas intenções no tocante a Israel, garantindo a Sua presença, para que a marcha até à Terra Prometida tivesse bom êxito. Êx 33.18 Rogo-te que me mostres a tua glória. Moisés estava sempre pronto para fazer outra petição audaciosa. Visto que Yahweh tinha prometido a Sua presença e orientação, Moisés agora anelou por ver alguma manifestação especial de DEUS. E pediu uma poderosíssima experiência mística. Moisés desejava que DEUS se manifestasse de modo totalmente franco a ele. Então Moisés entenderia o caráter e o poder de DEUS de uma maneira que não tinha sucedido ainda até ali. Yahweh satisfaria esse pedido, embora com limitações (vs. 23), pois uma revelação completa de DEUS só aconteceria na eternidade, e como uma questão de progresso espiritual eterno, não podendo ser dado como um único acontecimento. Moisés estava pedindo demais, mas é melhor pedir demais, com sinceridade, do que não ser um inquiridor. É melhor pedir demais do que pedir a menos. É melhor crer demais do que crer a menos. Essa visão é uma questão de glorificação eterna, e não de um único acontecimento dentro do tempo. Essa experiência inclui a participação na natureza divina, de um filho com seu Pai celeste. As expectações de Moisés eram demasiadas para este lado da vida, mas seu zelo obteve para ele experiências tremendas, embora não tudo quanto ele esperava. Ademais, o que ele havia esperado estava muito acima do escopo da experiência humana mortal. Algo visível e glorioso haveria de ser dado, mas Moisés não veria a essência mesma da deidade, e, sim, alguma manifestação de DEUS. “Talvez esse tenha sido o mais alto favor que já foi concedido a um ser humano, antes da encarnação de nosso Senhor* (John Gill, in loc.). “Embora os homens não pudessem ver a DEUS, eles puderam contemplar a glória que indicava a Sua presença (Êxo. 40.34; Núm. 14.10,22; 16.19; Eze. 11.23”). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 455-456. A promessa da presença de DEUS (33.12-17). Estes versículos pintam a terceira vez que Moisés intercedeu pelo povo. Na primeira vez (32.11-14), ele obteve a moderação da ira de DEUS sobre o povo. Na segunda vez (32.30-35), obteve o perdão para os israelitas e uma promessa modificada de levá-los a Canaã. Desta vez, Moisés recebeu a garantia da plena restauração dos filhos de Israel ao favor de DEUS e do restabelecimento total da presença de DEUS com eles. Moisés sabia que DEUS renovara a ordem para ele fazer subir a este povo (12) a Canaã; também sabia que DEUS o favorecera com graça pessoal. Todavia, estava confuso quanto ao modo ou com quem seria feita a viagem. Rogou uma revelação do teu caminho (13), de forma que conhecesse DEUS ainda com mais clareza e nitidez e encontrasse graça aos olhos divinos. Moisés não era espiritualmente egoísta; não estava pedindo a bênção de DEUS somente por prazer pessoal. Assim, acrescentou: Atenta que esta nação é o teu povo; sentia-se inadequado para conduzir o povo sem a garantia de que DEUS iria com ele. Na verdade, Moisés não queria conduzir o povo a menos que DEUS estivesse com eles: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui (15). Esta presença de DEUS em sua plenitude demonstraria que Moisés e o povo foram totalmente restaurados à graça (16), e seria a verdadeira marca de supremacia entre as nações. A única justificativa para a existência de Israel como nação era ser inteiramente do Senhor. Quando a igreja perde a plenitude do ESPÍRITO de DEUS, ela deixa de ser diferente como instrumento de DEUS. As súplicas de Moisés prevaleceram. DEUS afirmou: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar (14). Que garantia esplendorosa! O espírito intranquilo de Moisés suplicara que DEUS poupasse o povo. Ele quebrara as tábuas de pedra, destruíra o ídolo e dirigira a execução dos transgressores; contudo, não descansou até que lhe fosse garantido que a graça de DEUS seria completamente restabelecida ao povo. Os servos de DEUS não conseguem ter paz até que saibam que Ele respondeu as orações. Quando responde e a presença divina é certeza, há grande tranquilidade. DEUS condescende em responder o clamor do homem. Declarou a Moisés: Farei também isto, que tens dito (17). Há coisas que DEUS faz porque os crentes oram, caso contrário, ele não faria. A integridade pessoal do intercessor é vital; DEUS acrescentou: Porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome. Quem suplica a DEUS deve ser o primeiro a se certificar se tem uma relação certa com DEUS. “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). Identificamos “A Presença Divina” nos versículos 1 a 17. 1) Sujeita à provocação, 1-6; 2) 2) Honra a separação, 7-11; 3) Responde a intercessão, 12,13,15,16; 4) Concede a restauração, 14,17. O pedido de Moisés para ver a glória de DEUS (33.18-23). A maioria dos crentes se satisfaz com a experiência da presença de DEUS com muito menos que Moisés. Eis um homem a quem DEUS dera mais que a qualquer outro, e ainda queria mais. Quanto mais perto nos aproximamos do céu, mais do céu queremos; quanto mais experimentamos de DEUS, mais de DEUS queremos. Moisés implorou: Rogo-te que me mostres a tua glória (18). “A glória de DEUS se manifesta na mente mortal pelas evidências de sua bondade. Contudo, esta revelação a Moisés foi — de certo modo incompreensível por nós que não a vimos — uma visão direta da bondade divina não turbada pelas limitações de suas manifestações habituais através das formas terrenas.” “O que Moisés desejava era uma visão da glória ou do ser essencial de DEUS, sem qualquer figura e sem véu.” Tratava-se de pedido ousado. DEUS prometeu a Moisés concessão parcial da petição. Toda a sua bondade (19) passaria por diante de Moisés. Aira de DEUS arrefecera e suas ameaças foram postas de lado. Ele estava pronto para revelar sua grande misericórdia e compaixão àqueles que, embora indignos, experimentariam sua graça. A proclamação do nome do SENHOR era anúncio de compaixão, clemência, longanimidade, misericórdia e fidelidade (cf. 34.6, ARA). O Senhor disse a Moisés que ele não podia ver a face de DEUS e viver (20). Só no mundo vindouro poderemos ter totalmente a visão beatífica. Moisés tinha de se satisfazer, enquanto fosse mortal, com algo menos que desejava. Por ora, não nos é permitido alcançar e possuir tudo que nos espera no futuro. Mas naquele dia “veremos face a face” (1 Co 13.12). DEUS prenunciou a teofania (a manifestação visível de si mesmo) a Moisés, que mais tarde a veria (cf. 34.5-7). DEUS prometeu colocá-lo na penha (21) e sua glória passaria. Quando acontecesse isso, DEUS cobriria Moisés com a mão (22) enquanto Ele passasse, mas retiraria a mão para que Moisés o visse pelas costas (23). Desta forma, Moisés veria “o reflexo do resplendor que Ele deixaria atrás de si, mas que, ao mesmo tempo, indicaria palidamente o que seria a plena magnificência da sua presença”. Para esta experiência, a linguagem humana seria inadequada, como se deu com Paulo quando foi levado ao “terceiro céu” (2 Co 12.2). Os filhos de DEUS que têm coração puro recebem visões de DEUS que são enigmas para a mente mundana e incompreensíveis para o coração carnal. Mas para os santos em CRISTO estas visões trazem o céu à terra, ao mesmo tempo que ainda arde neles o desejo de ver as glórias do céu. Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 231-232.