LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos -Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual - Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO - “Era Moisés da idade
de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se
escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).
VERDADE
PRÁTICA - Moisés foi usado por
DEUS para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a
humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ex 6.20 A
família de Moisés - Terça - Dt 33.1-29 A
última bênção de um líder
Quarta- Lc
24,27,44,45 Moisés, profeta messiânico - Quinta - At
3.22,23 Moisés, tipo de CRISTO
Sexta - Dt
32,1-47 O último cântico de Moisés - Sábado - Dt 34.1-5
Moisés vê a Terra Prometida e morre
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE -
Deuteronômio
34.10-12; Hebreus 11.23-29
Deuteronômio 34 - 10 - E nunca mais se
levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor
conhecera face a face; 11 - nem semelhante em todos os sinais e
maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a
Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; 12 - e em
toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos
olhos de todo o Israel.
Hebreus 11 - 23 - Pela fé,
Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque
viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.24 - Pela fé,
Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de
Faraó,25 - escolhendo,
antes, ser maltratado com o povo de DEUS do que por; um pouco de
tempo, ter o gozo do pecado;26 - tendo, por
maiores riquezas, o vitupério de CRISTO do que os tesouros do Egito;
porque tinha em vista a recompensa.27 - Pela fé, deixou
o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme como vendo o
invisível.28 - Pela fé,
celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos
primogênitos lhes não tocasse.29 - Pela fé,
passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os
egípcios, se afogaram.
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno
deverá estar apto a:
Conhecer
a respeito dos últimos dias da vida de Moisés. - Explicar
as características de Moisés como homem de DEUS e pastor de Israel.
Aprender
à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.
PALAVRA-CHAVE - Legado: O que é
transmitido às gerações que se seguem.
Resumo da
Lição 13 - O Legado de Moisés
I - OS ÚLTIMOS
DIAS DE MOISÉS
1. As palavras de
despedida. 2. Moisés
incentiva o povo a meditar na Palavra. 3. Moisés vê a
Terra Prometida e morre.
4. Moisés nomeia
seu sucessor (Dt 31.1-8).
II - MOISÉS,
PASTOR DE ISRAEL
1. Homem de DEUS. 2. Homem de
oração. 3. Homem de fé.
III - APRENDENDO
COM MOISÉS
1. A cultivar
comunhão com DEUS. 2. A ter comunhão
com outros crentes. 3. A aceitar o
ministério de líderes piedosos.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Moisés foi, sem dúvida alguma, uma das maiores personalidades e um dos
maiores heróis da fé de todos os tempos. O seu legado para o povo de Israel,
para a humanidade como um todo e para a Igreja até os dias de hoje é enorme.
Neste capítulo, dentro do que nossa proposta sintética permite, queremos
apresentar alguns pontos importantíssimos desse legado, relembrando aspectos
especiais e inspiradores da vida e da obra desse homem de DEUS, destacando os
efeitos de seu ministério até os nossos dias e a importância do exemplo de
Moisés para os crentes em CRISTO de todos os tempos.
Primeiro, falaremos do legado de Moisés para o povo judeu; em seguida,
de sua importância para a humanidade como um todo; e, por fim, e mais atentamente,
analisaremos os exemplos instigantes de sua vida e ministério para a vida do
crente.
O Legado de Moisés para o Povo Judeu A formação de uma nação
Moisés foi o instrumento que DEUS usou para que Israel se tornasse,
enfim, uma nação, conforme Ele havia prometido aos patriarcas Abraão, Isaque e
Jacó (Gn 15.5,7; 17.5-8; 26.3,4,24; 28.4,13-15; 35.9-13). Toda nação precisa de
uma identidade, de uma cultura própria, de uma língua, de valores, de leis
pelas quais serão regidos, e Moisés foi usado por DEUS para dar tudo isso a
Israel. or meio de seu ministério, a identidade religiosa e os valores que
deveriam pautar e guiar o povo foram definidos em detalhes; uma cultura nova
foi formada, diferente em muitos aspectos da cultura das nações vizinhas; a
língua hebraica ganhou o seu primeiro grande texto — a Torá (o Pentateuco) —
que lhe daria perpetuidade e ser-lhe-ia referência na história dos povos; e uma
legislação revolucionária e um completo sistema de organização social foram
concedidos aos israelitas, que, agora, finalmente, podiam se perceber e ser
reconhecidos como uma nação, um novo povo. Mesmo quando sofreu o exílio e a diáspora, Israel continuou a ser
reconhecido como uma nação, conquanto seu território tenha passado, durante
séculos, sem a sua presença maciça ou o seu governo.
Uma fé e uma religião estruturadas
O DEUS de Israel era o DEUS de Abraão, Isaque e Jacó, porém a fé e o
culto hebreus ainda careciam de uma normatização e organização, até que DEUS os
estruturou, por intermédio de Moisés, como vimos detidamente nos capítulos 9,
11 e 12 deste livro. Em Romanos 9.4,5, o apóstolo Paulo lembra que DEUS deu a
Israel sete coisas: tornou os israelitas seus filhos por adoção, repartiu com
eles um pouco da sua glória, fez-lhes uma aliança e deu-lhes os patriarcas
(Abraão, Isaque e Jacó), a legislação, o culto e as promessas; e ainda, por
meio deles, o Messias, JESUS (Rm 9.5). Tudo isso é o que distinguia Israel das
outras nações, fazendo dele o povo eleito. Porém, como sabemos, houve a
rejeição de Israel à vontade de DEUS e, consequentemente, a rejeição divina a
Israel, que são os temas dos capítulos 9 a 11 de Romanos que fala sobre Moisés
ter sido o instrumento que DEUS usou para que Israel se tornasse, enfim, uma
nação. A rejeição de Israel não é final, pois DEUS haverá de restaurar Israel
no fim dos tempos (Rm 11.25-28).
O Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), o Salmo
90 (que é, portanto, o mais antigo salmo de Israel) e provavelmente também o
belíssimo Livro de Jó, todos escritos por Moisés, são de grande riqueza e
importância histórica, social, espiritual e literária para o mundo, pois
revelam a grandeza do ministério desse grande homem de DEUS para o seu povo e
para toda a humanidade.
O Legado de Moisés para a Humanidade A legislação hebraica
Já nos dedicamos, no capítulo 10, a demonstrar alguns dos muitos
aspectos revolucionários da legislação hebraica para a história do Direito no
mundo. Ela foi revolucionária para a sua época e, tempos depois, serviria de
inspiração para muitos avanços legais saudáveis com os quais já estamos muito
habituados em nossos dias, mas que, na época de Moisés, se constituíam uma
grande inovação. Dentre seus muitos aspectos revolucionários, a legislação
hebraica, por exemplo, “atribuía um grande valor à vida humana, exigia um
grande respeito para com a honra da mulher e conferia mais dignidade à posição
do escravo do que poderíamos encontrar em qualquer um dos códigos legais das
outras nações do Oriente Próximo”.
Os valores judaicos
Não à toa, costuma-se chamar os valores tradicionais do Ocidente, que
foram responsáveis pela sua formação e se constituem a base de todas as suas
conquistas, de valores judaico-cristãos. Os princípios do Decálogo (Ex
20.1-17), por exemplo, ajudaram a moldar todos os valores do Ocidente,
juntamente com o cristianismo.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o
Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 146-149.
I - OS ÚLTIMOS
DIAS DE MOISÉS
1. As palavras de despedida.
Último Cântico e Exortação de Moisés (32.1-47)
Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho; como chuvisco sobre a selva.
Encontramos nesse poema o autêntico espírito profético. Implícita em cada página dos escritos proféticos, acha-se a convicção de que um ser humano não pode afundar tanto que a Palavra de DEUS não seja capaz de alcançá-lo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 877.
Procedimento de Impeachment: O Cântico do Testemunho, 32.1-47
O Cântico de Moisés une dois elementos: testemunhas e ação judicial.
Deuteronômio não é mero documento legal. Quando se serve de formatos legais, usa-o para finalidades próprias. E não há motivo para ter se adaptado ao padrão de ação judicial secular para transmitir sua mensagem. A linguagem e a estrutura poética tendem a confirmar esta concepção. Os altos céus que ouviram o voto solene / Continuarão a ouvir diariamente a renovação do voto / Até que, no último momento de vida, eu me curvar / E bendizer na morte um laço tão querido.
1. A Convocação das Testemunhas (32.1-3) - O procedimento para levar os rebeldes a julgamento começa com a convocação das testemunhas do concerto, os céus e a terra (1), para testificarem que o pacto foi feito de forma legal. Mas a convocação também implica em uma afirmação da probidade do concerto.A doutrina (2) ou “ensino” (NTLH; NVI) do concerto tem o efeito que a chuva faz na vegetação, porque é a palavra de DEUS. Deve ser recebida neste princípio vital (3). O termo doutrina (2, leqah) é usado somente na literatura sapiencial, como, por exemplo, em Provérbios 1.5; 4.2; Jó 11.4 e Isaías 29.24.
2. A Declaração Preliminar da Acusação (32.4-6) - O DEUS de Israel é a Rocha (4; cf. 15,18,30,31,37), a essência da estabilidade e confiança. Sua administração política do mundo é perfeita, porque todos os seus caminhos são justos. Esta perfeição de desempenho governamental é mera expressão da perfeição do seu caráter, que é “fiel e correto” (NTLH), justo e reto. Seu povo apresenta um triste contraste, e com o versículo 5 inicia a acusação. “Seus filhos têm agido corruptamente para com Ele, já não são seus filhos, por causa da mancha que possuem” (5, RSV). No versículo 6, a acusação é imposta interrogativamente. Onde está a sabedoria em repudiar teu Pai, que salvou a nação da escravidão no Egito? (Cf. 8.1-5.) Não é ele que te fez e te estabeleceu?
3. A Acusação em Detalhes (32.7-18) -A acusação contra os israelitas é que eles retribuíram a DEUS com maldade pelas suas múltiplas bênçãos recebidas. Esta ideia, esboçada nos versículos 4 a 6, agora é minuciosamente desenvolvida, recontando a bondade de DEUS nos versículos 7 a 14. Os versículos 15 a 18 descrevem a ingratidão de Israel.
A benevolência de DEUS data dos dias da antiguidade (7), na verdade, desde o estabelecimento das nações (8), quando cada uma recebeu sua herança. Naqueles tempos antigos, as nações foram dispostas de modo a deixar espaço adequado para Israel (cf. Gn 10.32). O povo de Israel se tornou a porção do SENHOR (9). No versículo 10, o pensamento avança para as peregrinações no deserto — deixando de lado a libertação do Egito para enfatizar o cuidado divino. Israel foi encontrado no deserto, como uma criança abandonada (10; Ez 16.3-6). DEUS cuidou dessa criança como a menina do seu olho. Considerando que DEUS está constantemente cuidando de Israel, sua imagem está refletida na pupila dos olhos divinos. A metáfora da águia (11, abutre) que empurra as avezinhas recém-emplumadas para fora do ninho para lhes ensinar a voar, mas paira por perto para sustentá-las se caírem, enfatiza ainda mais o cuidado de DEUS. A próxima acusação é prevista pela afirmação de que só DEUS conduziu os israelitas sem a ajuda de qualquer deus estranho (12). A terceira marca do favoritismo de Israel é a ocupação da Terra Prometida, “que mana leite e mel”. A posse das alturas da terra (13) dá a entender propriedade incontestável. Depois do parco regime alimentar no deserto, ainda que tivesse sido suficiente, o produto suculento dos campos e rebanhos era mesmo abençoador (13,14).
Nos versículos 8 a 14, vemos o cuidado de DEUS para com seu povo na descrição “Como Águias”. 1) DEUS empluma o ninho, 8-10,12-14; 2) DEUS agita o ninho, 11a; 3) DEUS ensina os filhotes a voar segundo a natureza, 11b; 4) DEUS sustenta os que caem, 11c (G. B. Williamson). O esplendor da beneficência divina serve apenas para realçar a baixeza da resposta de Israel. O vocábulo Jesurum (15, “ereto, íntegro”) vem do mesmo radical que a palavra “Israel”, à qual é uma opção. Pode ser um nome carinhoso. Há grande ironia em seu uso aqui. Israel reagiu à bondade de DEUS como um animal super alimentado, ficando teimoso e até desdenhoso do DEUS que o fez. Não satisfeito em ignorá-lo (18), Israel se voltou a deuses estranhos (16) e às abominações que vinham com eles (cf. 18.9-12). Estes deuses são chamados diabos (17). No Salmo 106.37, a única outra ocorrência no Antigo Testamento da palavra, eles são os recebedores dos sacrifícios humanos. Estes eram deuses que eles nunca conheceram; novos deuses de quem seus pais nunca tinham ouvido falar. Qualquer deus era suficientemente bom e não muito ruim para Israel servir (16,17), ao passo que o DEUS “que os gerou” e “os fez nascer” (18, NVI) foi ignorado.
4. A Sentença (32.19-25) -Chegou a hora da sentença, dada em duas partes. Os versículos 19 a 21 enfatizam o princípio; os versículos 22 a 25 acrescentam pormenores. O princípio é a justiça rígida. Visto que seus filhos o ignoraram (18), Ele esconderia deles o rosto (20).
Visto que querem seguir os próprios caminhos, Ele os deixará para ver qual será o seu fim. Note a fórmula periódica em Romanos 1.24,26,28: “DEUS os entregou [abandonou]”. Dodd escreve: “Paulo [...] vê que o fato realmente terrível é cair das mãos divinas, e ser deixado a si mesmo em um mundo onde a escolha do mal ocasiona a própria vingança moral”. Visto que Israel provocara DEUS com um não-DEUS e ídolos inúteis, Ele os provocará com um não-povo e uma nação louca (21; “insensata”, NVI). Preferem a insensatez; eles a terão. A perfeita combinação com um deus que é a negação de tudo que é divino é um povo que é a negação de tudo que é civilizado — uma horda de bárbaros selvagens. Tendo tudo o que se quer, como descobriu Midas, é uma boa definição de inferno. Este abandono judicial por DEUS, longe de ser sinal de desdenho da responsabilidade de sua parte, é um fogo (22) aceso contra o pecado que engloba o universo e alcança as profundezas do mundo inferior. O mais profundo do inferno é, aqui, o “Sheol” (NVI), a sepultura; não é o domicílio eterno dos ímpios, como no Novo Testamento.
A segunda parte da sentença expõe o modo no qual a pena será estabelecida: a imposição das maldições do concerto (cf. 28.15-68). Como caçador em franca perseguição, DEUS esgotará as suas setas contra eles (23). A fome (24), a peste e a praga serão o ponto culminante na invasão. A guerra de ruas não poupará o jovem, a virgem, a criança de mama ou o homem de cãs (25).
5. A Promessa de Misericórdia (32.26-43) -A sentença, que obviamente está a ponto de ser dada na morte e aniquilação de Israel, é subitamente encurtada. E detida pelo temor divino do efeito que esse fim causaria no invasor. Por todos os cantos os espalharia (26) é melhor “para longe os espalharia” (RSV). Na estupefação do triunfo sobre Israel, o inimigo (27) deduziria que fora seu poder que lhe trouxera vitória. A ira do inimigo quer dizer “a provocação do inimigo” (ARA; cf. NVT). Não estranhem significa “entendesse[m] mal” (NVI), ou seja, não vissem a verdade. Longe de revelar a glória de DEUS, tal reação a colocaria em dúvida.Esta interpretação enganosa da vitória inimiga pelos conquistadores de Israel é desenvolvida nos versículos 28 a 35. Se tivessem perspicácia, eles perceberiam que o julgamento último seria o seu fim (29; cf. 34,35). A derrota dos exércitos de Israel obtida pelos adversários fracos teria somente uma explicação: DEUS tinha abandonado Israel (30). Com certeza não podia ser explicada pela superioridade moral dos inimigos, cuja vinha é a vinha de Sodoma (32). Se é que eles são piores que os israelitas. Por conseguinte, o julgamento é inevitável. A colheita mortal está selada nos depósitos de DEUS (34). Logo virá a hora da vingança (defesa) divina quando sobrevier a ruína (35).
O pensamento agora se volta diretamente para os israelitas (36-43). À beira da destruição total, no último instante eles veem a maré virar. No momento de abandono, quando não houver fechado nem desamparado (36; “escravo nem livre”, ARA; NVI), DEUS interferirá para fazer justiça ao seu povo e se arrepender pelos seus servos. Ele defenderá seu povo e lhe mostrará compaixão. A profundidade do fundo do poço em que os israelitas se encontrarem os compelirá a reconhecer o poder divino. Os deuses em quem ternamente confiavam — a rocha (37), como são ironicamente chamados — os decepcionaram. Há apenas um DEUS, o Único que tem o poder da vida e da morte (39). E agora Ele jura que afiará a sua espada (41) e dará aos adversários o que merecem. Ele ergue a mão, fazendo um juramento que, como eu vivo para sempre, assim a justiça será feita (40,41). No versículo 42, a espada entra em ação. “Embriagarei as minhas setas de sangue (a minha espada comerá carne), do sangue dos mortos e dos prisioneiros, das cabeças cabeludas do inimigo” (42, ARA). Os cabelos compridos caracterizavam a aparência feroz e desleixada ou indicavam a dedicação religiosa à guerra (SI 68.21).
O cântico termina com uma convocação a todas as nações (43): Elas devem se alegrar na intervenção justa de DEUS. A salvação dos israelitas é causa de alegria, pois por eles todas as nações da terra serão abençoadas (Gn 12.3). A ocasião de alegria é, primeiramente, a exibição da justiça, e em segundo lugar, o exercício da misericórdia. Terá misericórdia tem o sentido de “fará expiação” (ARA; cf. NVI; NTLH). O mesmo DEUS que se vinga do pecado, o perdoa e limpa; Ele é ao mesmo tempo “DEUS justo e Salvador” (Is 45.21), a um só tempo “justo e justificador daquele que tem fé em JESUS” (Rm 3.26).
6. A Exortação de Moisés (32.44-47)
Como indicado pelo texto de 31.14,19, Josué estava associado com Moisés em escrever o cântico e ensiná-lo para Israel. Oséias (44, Salvação) era o nome original que Moisés mudou para Josué (Jeová é Salvação, Nm 13.8,16). A ocorrência de Oséias aqui é provavelmente erro de ortografia, criado pela omissão de um til (cf. Mt 5.18). Moisés exorta que todo o Israel (45) preste atenção a todas as palavras (46) do cântico, de forma que ele as ensine à geração em formação. Esta mensagem não é vã (47, insignificante, inútil; cf. NVI), pois a vida de Israel está em jogo. O Cântico de Moisés é grandiosa exposição da doutrina do julgamento de DEUS na história, visto que a história de Israel é exemplo notável disso. A doutrina bíblica do senhorio divino da história — do qual o julgamento é apenas um aspecto — é, aqui, dramaticamente afirmada. Se DEUS tem um acordo com o povo de Israel para abençoá-lo, também tem um procedimento concordante para autuá-lo em caso de pecado e rebelião. DEUS não fica, como pensou Carlyle, sentado no céu sem fazer nada. Há momentos e lugares que parece que o certo é desconsiderado e o erro fica impune, de forma que é difícil “justificar os caminhos de DEUS aos homens”. Em tais ocasiões, unindo-nos com Forsyth, “confiemos em CRISTO” nos quesitos que não podemos “investigar acerca dos acontecimentos”. Moisés, primeiro, e Israel, depois, descobriram que a justificação de DEUS no ato pelo qual Ele perdoou o pecado, também o condenou (32.43). Na mais ampla medida, podemos descobrir que por esse ato semelhante Ele fez o mesmo pelo mundo inteiro. Foi demonstração sublime de sua justiça e amor na cruz do seu Filho (Rm 3.21-26).
Jack Ford; A. R. G. Deasley. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 484-488.
Dt 32. 1 — O céus[...] ouça a terra. De forma similar, Isaías invocou os céus e a terra como testemunhas (Is 1.2).
Dt 32. 2 — Esta canção é uma expressão de sabedoria, a minha doutrina (Pv 1.5;4.2;9.9). As quatro analogias que se referem a ela — chuva, orvalho, chuvisco e gotas de água — transmitem a refrescante e revigorante natureza da instrução.
Dt 32. 3 — Dai grandeza a nosso DEUS. A verdadeira sabedoria e a obediência sempre instigam o louvor a DEUS (SI 145.3; 150.2).
Dt 32 .4 — Diferente da ineficácia dos deuses pagãos (v. 37), DEUS dá a vida, a estabilidade e a felicidade ao povo (v. 15,18,30,31). A vida abundante que Ele concede é baseada em Sua obra perfeita. Como uma Rocha firme que permanece inabalável diante das águas furiosas de um mar revolto, o Senhor e Sua obra continuam sólidos perante o caos produzido pelas vidas em pecado.
O Todo-poderoso é a fundação segura de toda verdade num mundo decadente. Além disso, Ele nunca deixará as mentiras corromperem a justiça (Sf 3.5). Ao contrário, como um juiz justo e reto, protegerá os oprimidos. No momento anterior à entrada dos israelitas na Terra Prometida para que a nova nação fosse estabelecida, Moisés enalteceu DEUS, que é o alicerce perfeito para qualquer sociedade.
Dt 32. 5 — Geração perversa e torcida é. Moisés contrastou os israelitas com seu DEUS fiel. Comparados ao DEUS perfeito, eles eram corruptos, maculados e enganadores (v. 20).
Dt 32. 6 — Os antigos israelitas sabiam que DEUS era seu Pai (Is 63.16;64.8), mas raramente confessavam esta grande verdade. Logo, essas palavras são excepcionais e impressionantes porque, ao mesmo tempo em que expressam a relação próxima dos filhos de Israel com o Senhor, castigam-nos por abandonar seu Pai. DEUS os escolheu, amou, e cuidou deles. Yahweh os libertou do Egito e estabeleceu-os como nação ao dar-lhes instruções detalhadas.
Dt 32. 7 — Lembra-te[...] ele te informará. Neste versículo, a canção usa a linguagem da sábia literatura para exortar os israelitas a buscar os caminhos do Senhor. As Escrituras enfatizam repetidamente que a sabedoria é baseada no DEUS de toda verdade.
Dt 32. 8,9 — Altíssimo. Esta designação para o Senhor pautada em Sua supremacia é singular em Deuteronômio. Ele é soberano sobre todas as nações, até mesmo sobre os termos dos povos. Mesmo sendo da vontade de DEUS que todas as nações existissem, Ele favoreceu Israel com Sua graça, Suas promessas e Sua aliança, pois a porção do Senhor é o seu povo.
Dt 32. 10 — A expressão na terra do deserto é uma referência poética ao Egito. DEUS deu ao povo de Israel Sua revelação e Suas leis, isto é, instruiu-o, com o objetivo de liderá-lo em verdade. Ademais, guardou-o como a menina do seu olho. Este é um símbolo de um tenro amor cuidadoso por uma coisa preciosa que tem necessidade de proteção.
Dt 32. 11 — A águia é uma ave de rapina encontrada geralmente em regiões desérticas. Na canção, o modo como ela cuida de seus filhotes é comparado às ações de DEUS para com Israel. Ele não só protegeu o Seu povo, como também supriu todas as suas necessidades, incentivou-o, zelou por ele e guiou-o à Terra Prometida (Êx 19.4). Ao realizar esses feitos, o Senhor provou ser um Pai amoroso para os israelitas (v. 6).
Dt 32.12 — Só o Senhor... não havia com ele deus estranho. Deuteronômio é um grande documento contra a idolatria e o paganismo. Neste sentido, observamos que, na verdade, os israelitas não tinham razão para abandonar o DEUS da graça e do amor que havia suprido todas as suas necessidades.
Dt 32. 13,14 — Ele o fez cavalgar sobre as alturas da terra. O Senhor tinha grandes planos para Seu povo (Is 48.17-19). DEUS supriu os israelitas com plantações, boa comida, azeite de oliva e até mesmo laticínios na Terra Prometida, de acordo com as expressões comer as novidades do campo, chupar mel e azeite. Em suma, o Altíssimo proporcionou tudo aquilo que as pessoas não tiveram no deserto. A gordura da flor do trigo e o vinho puro, símbolos da misericórdia de DEUS, também foram concedidos a Israel.
Dt 32. 15,16 — ]esurum, nome poético de Israel, significa íntegro. Esta parte da canção estabelece um contraste entre o que Israel deveria ter sido e o que se tornou. Visto que o povo recebeu a revelação de DEUS e Sua Lei, ele tinha a obrigação de ser íntegro (v. 4). Entretanto, os israelitas engordaram e tornaram-se rebeldes.
Mesmo prosperando por causa das bênçãos divinas, os hebreus rejeitaram não só a fonte de toda a graça, mas também a própria salvação, como afirma a sentença desprezou a Rocha da sua salvação. Em vez de seguir as instruções de DEUS, os israelitas abraçaram os deuses estranhos, que não tinham feito nada por Israel (v. 12).
Dt 32. 17 — Raramente são encontradas no Antigo Testamento referências a diabos e a poderes demoníacos (SI 106.37; Am 2.1). Embora as Escrituras deixem claro que os falsos deuses não existiam como tal, esta passagem identifica o poder por trás dos deuses estranhos: os demônios.
Dt 32.18,19 — Que te gerou literalmente significa fez com que existisse. Este é um dos vários textos em que DEUS é retratado com termos que assemelham Sua função à de uma mãe, que nutre e dá a vida (compare com Is 66.13).
Dt 32.20,21 — Verei qual será o seu fim. Mesmo que Israel rejeitasse DEUS, Ele seria paciente com Seus filhos rebeldes.
Dt 32. 22,23 — A expressão mais profundo do inferno combina a palavra Sheol (que pode ser traduzida por sepultura, profundezas, pó ou morte) com o termo profundo, sugerindo que há gradações na condenação eterna, assim como pode haver gradações na glória (o terceiro céu, 2 Co 12.2).
Dt 32. 24 — Fome[...] carbúnculo[...] peste amarga. Ao invés de abençoar o povo que escolheu, DEUS o amaldiçoaria a fim de discipliná-lo. Pelo uso dos termos dentes de feras, com ardente peçonha de serpentes do pó, pode-se observar que a criação se voltaria contra as pessoas.
Dt 32. 25,26 — Jovem... homem de cãs. O emparelhamento de vocábulos opostos no versículo 25 indica que o julgamento de DEUS seria abrangente. Ele afetaria toda a sociedade. Estruturas similares a esta em Joel 2.28,29 falam do amplo alcance das bênçãos do Senhor.
Dt 32. 27 — Se eu não receara. DEUS não destruiria completamente Seu povo para que as nações arrogantes e independentes não se vangloriassem de sua valentia e destreza.
Dt 32. 28 — Este versículo antevê o julgamento divino de Israel e Judá nos dias de Isaías (Is 1.3;6.9,10).
Dt 32. 29,30 — Geralmente, a palavra fim é entendida como um futuro glorioso. Nestas passagens, esse vocábulo fala de um “futuro ruinoso” para os rebeldes israelitas, que não possuíam entendimento sobre DEUS. A afirmação se a sua Rocha os não vendera indica que a proteção do Senhor sobre Seu povo era tão certa que a conquista deste pelos inimigos só poderia acontecer se o Todo-poderoso entregasse os israelitas aos oponentes.
32.31-33 — As nações inimigas eram como as pessoas de Sodoma e Gomorra - cruéis, imorais e tiranas.
32.34-36 — Não está isso encerrado comigo, selado nos meus tesouros? Este questionamento denota que os planos definitivos e os propósitos de DEUS são secretos. Além disso, do Senhor é a vingança. Ele fará justiça ao seu povo, pois apenas DEUS, que é completamente justo, pode julgar e corrigir todas as coisas erradas que foram cometidas (Rm 12.19; Hb 10.30).
Haverá um momento específico para a vingança do Senhor, quando Ele se arrependerá pelos seus servos. Um dia, Ele distinguirá entre os justos e os perversos (Ml 3.16). Ele tratará amavelmente aqueles que restaram porque o amaram e seguiram.
Esta é a base de todas as mensagens proféticas acerca dos remanescentes de Israel.
Dt 32.37,38 — Onde estão os seus deuses? A canção menospreza aqueles que decidiram seguir falsos deuses. Eles abandonaram a Rocha da verdade por uma rocha que não era sequer uma pequena pedra. Quando a gordura era queimada e o vinho entornado nos altares dos falsos deuses, acreditava-se que estes comiam e bebiam tais ofertas. Contudo, esses ídolos sequer existiam, por isso nunca comeram nem beberam o ofertado.
Dt 32.39 — Que eu, eu o sou. Esta é uma gloriosa afirmação da incomparabilidade de DEUS (SI 113.4-6). DEUS sozinho controla todas as coisas. Por ser totalmente livre para fazer o que quiser, apenas Ele pode amaldiçoar ou abençoar, ferir ou curar, matar ou dar vida.
Dt 32.40-42 — Levantarei a minha mão aos céus. DEUS jurou a si mesmo que vingaria Seu povo (Gn 22.16; Hb 6.13-18). Ele tornaria certo tudo o que estivesse errado.
Dt 32.43-45 — Jubilai, ó nações, com o seu povo. DEUS, nessa canção dada a Moisés, convidou todas as nações para se unirem em adoração, para louvá-lo por prometer restaurar a justiça.
Dt 32.46 — Lei, neste versículo, pode remeter à canção de Moisés ou a Deuteronômio como um todo (compare com Dt31.26).
Dt 32.47 — Prolongareis os dias na terra. A intenção das instruções de DEUS era mostrar aos israelitas o caminho que levava à plenitude da vida e às ricas bênçãos.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 354-356.
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra.
Sl 1.1 Bem-aventurado. O hebraico diz aqui, literalmente, ‘'oh, felicidade de" ou, simplesmente, “feliz”. O justo tem tanto alegria interior como felicidade exterior. Compreendemos que a alegria aqui mencionada é dada por DEUS, como recompensa aos piedosos que a merecem por terem observado a lei. Presume-se que o guardador da lei seja um homem espiritual, inspirado pelo ESPÍRITO a ser bom e a praticar o bem.
A Trilogia Negativa. Há três coisas que o homem bom não faz:
1. Ele não participa dos conselhos dos ímpios nem aceita seus conselhos; ele não adota seus planos nem seu padrão de vida. Cf. Jó 10.3 e Jer. 7.24.
2. Ele não imita os caminhos dos ímpios nem age como eles. Ele não se detém no caminho dos pecadores nem é companheiro deles.
3. Ele não se assenta junto aos zombadores. Em outras palavras, não acompanha os ímpios nos lugares onde eles se reúnem para planejar, promover e praticar atos pecaminosos e rebeldes. Ninguém encontra um homem bom em companhia de tais indivíduos. Cf. Sal. 26.4,5.
O homem bom luta e ganha a vitória contra essas tendências viciosas, mas os ímpios se submetem voluntariamente a elas. Não me tenho assentado com homens falsos, e com os dissimuladores não me associo. Aborreço a súcia de malfeitores e com os ímpios não me assento. (Salmo 26.4,5)
Sl 1.2 Antes o seu prazer está na lei do Senhor. O piedoso deleita-se na lei do Senhor, o código mosaico, que é o seu manual de fé e conduta. O deleite de tal homem é a sua ocupação, conforme se lê no hebraico posterior. Ver Pro. 31.13; Ecl. 3.1,17; 8.6. O principal interesse de estudo do homem piedoso é seguir a lei mosaica. O conteúdo dessa lei, conforme visto nos salmos, é indicado em Sal. 19.7-10. Cf. Pro. 3.1-3. Ver também Sal. 119.
Medita.“Não se trata de um estudo ocasional para o homem piedoso. Antes, trata-se de seu trabalho dia e noite. Seu coração dedica-se a esse mister. É o seu emprego. Seu estudo é frequente e, de fato, perpétuo" (Adam Clarke, in loc.). “Tal meditação necessariamente envolve estudo e retenção da matéria estudada” (Allen P, Ross, in loc.).
Josué foi orientado a dar esse tipo de atenção à lei (ver Jos. 1.8). Ver também Sal. 119.97. O versículo, naturalmente, exalta o lado intelectual como uma ajuda ao crescimento espiritual.
A Lei de Moisés - Ideias dos Hebreus:
1. A lei transmite vida.- 2. Israel tornou-se uma nação distintiva mediante a possessão e o uso da lei de Moisés.
3. A lei compunha-se de estatutos eternos.- 4. A tríplice designação revela algo de seu caráter. Ver Deu. 6.1.
5. A possessão da lei era o âmago do pacto mosaico. - 6. A desobediência conduz à morte.
Sl 1.3 Ele é como árvore. Prosperidade Espiritual e Econômica.- Correntes de águas. A figura é a de um lugar desértico que conta com pouca ou mesmo nenhuma água. Apesar disso, a provisão adequada contribui para a frutificação nas estações do ano apropriadas. O fruto é algo a ser esperado e produzido no tempo devido, por haver permanente provisão de água.
Para outras comparações entre o homem bom e uma árvore, ver Sal. 52.8 (a oliveira), Sal. 128.3 (a videira); Osé. 14.6 (a oliveira e o cedro). Apresento vários artigos no Dicionário sobre Árvore. - Cf. Jer. 17.8. Ver Gál. 5.22,23, quanto ao fruto do ESPÍRITO, o que aponta para o cultivo de virtudes por parte do crente, pelo poder de DEUS. Ver também Eze.
31.4 nessa conexão."... o rio do amor de DEUS... a fonte das águas vivas chegadas do Líbano, para reavivar, refrescar, suprir e consolar o povo de DEUS... as graças do ESPÍRITO” (John Gill, in loc.).
Sl 1.4 Os ímpios não são assim. Os ímpios, em contraste, não são comparados nas Escrituras com uma árvore bem regada e frutífera. Antes, são como a palha inútil dos campos, que o vento dispersa. O julgamento de DEUS cai sobre eles, em lugar das bênçãos abundantes. Visto serem estéreis, serão eliminados. A figura, neste versículo, é o ato de trilhar as sementes. As espigas produzem seu grão, e o que resta é inútil. O vento dispersa parte da palha inútil, e os homens queimam o restante. Os homens lançam ao ar a palha, para que o grão dela se separe, e o que sobra, sendo de menor peso, é soprado pelo vento. O que cai de volta ao chão é então queimado, no tempo apropriado.
“O ímpio nunca se mostra constante. Seus propósitos são abortados. Sua conversação é leviana, emocional e tola. Suas profissões e amizades são insignificantes, ocas e insinceras. Tanto ele quanto suas obras são levados para a destruição, pelo vento dos julgamentos de DEUS” (Adam Clarke, in loc.).
Cf. Jó 21.28; Isa. 17.13; Osé. 13.3 e Mat. 3.12. “No Oriente, existem eiras em lugares altos. O grão trilhado é lançado ao vento para ser levado e tangido como se fosse palha” (Fausset, in loc.).
A figura simbólica denota “a ruína fácil dos ímpios que se precipita sobre eles em um único instante. Eles não podem evitar as lufadas de ar, nem podem resistir diante de DEUS. Como a palha, são soprados para longe” (John Gill, in loc.).
Sl 1.5 Por isso os perversos não prevalecerão no juízo. A palavra juízo, aqui usada, não indica o julgamento para além-túmulo, em algum sentido cristão. A própria doutrina do seol (ver a respeito no Dicionário) ainda não estava bem desenvolvida quando os salmos foram escritos. Antes, o autor sagrado nos deu uma ideia geral e deixou os detalhes nas mãos de DEUS. Os ímpios terminam muito mal, tanto física quanto espiritualmente. Eles não podem suportar, temporal ou espiritualmente, os julgamentos de DEUS (cf. Sal. 10.3; 37.9,13,15,17,35,36). Estamos falando sobre os julgamentos divinos, prontos a cair sobre qualquer indivíduo, e não sobre determinado dia escatológico de julgamento. O Novo Testamento levou avante o processo.
No ato de trilhar o grão, o trigo e a palha eram separados; e os juízos de DEUS exercem esse efeito separador. Ver em Mat. 13.25 ss. como o trigo e o joio são separados um do outro, e como o joio é queimado.
Na congregação dos justos. Há um grande exagero aqui em ver o “céu” onde os justos se reúnem, mas de onde os ímpios são separados. A palavra “congregação”, no livro de Salmos, refere-se a “Israel”, em contraste com os pagãos. Ou então, pode referir-se aos homens fiéis que se reuniam para adorar no templo. A congregação devia ser santa (ver Núm. 16.3). Os ímpios serão excluídos dos lugares de reunião dos bons. A idéia é de “separação” para os bons. Seja onde for que os bons estiverem, os maus não estarão, quando DEUS tiver julgado os homens.
Sl 1.6 Pois o Senhor conhece o caminho dos justos. O conhecimento especial de Yahweh (o nome divino usado neste versículo) mantém os piedosos separados dos ímpios. Yahweh sabe com o que se parecem os homens e ameaça-os de acordo com esse conhecimento. Ele conhece o caminho dos bons e o caminho pervertido dos ímpios. O caminho dos justos conduz à vida, mas o caminho dos ímpios leva à destruição. Ver o uso que JESUS fez da metáfora dos “dois caminhos”, em Mat. 7.13,14. “... os ímpios terminam em nada, mas o Senhor recompensa os justos” (William R. Taylor, in loc.).
O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel (Provérbios 12.10).
Essa declaração ilustra a noção de que DEUS conhece os que Lhe pertencem. Cf. Sal. 112.10, quanto ao conhecimento negativo de DEUS. O vs. 6 é a conclusão do vs. 1, formando um paralelo entre a ideia de dois caminhos distintos para os bons e os ímpios, e mostrando como cada qual tem sua própria conclusão natural, de acordo com a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2063-2065.
Um Estudo em Contraste, 1.1-6
Os justos prosperam e são felizes. Os ímpios são afligidos e têm uma vida curta. No entanto, conheciam-se exceções muito claras em casos individuais a essa regra. Mas o princípio geral era aceito como verdadeiro e válido.
1. A Bênção dos Santos (1.1-3)
O homem piedoso é descrito, primeiramente, em termos do que ele não faz. Ele é bem-aventurado (1; asher) ou feliz. A LXX usa makarios, o mesmo termo grego encontrado nas Bem-aventuranças em Mateus 5.3-11.
O justo é feliz naquilo que ele não faz. A religião consiste em mais do que aspectos negativos, mas ela também inclui essa faceta. A felicidade do justo consiste primeiramente no fato de que ele não anda segundo o conselho dos ímpios (hb., rashaim, os perversos).
O caráter do justo é então descrito positivamente. Uma pessoa que é verdadeiramente feliz faz o seguinte: Ela tem o seu prazer na lei do Senhor (2), o ensino ou instrução de Javé.
Os resultados de uma vida justa são descritos por meio de símbolos conhecidos. Esse homem é como a árvore plantada junto a ribeiros de águas (3). A imagem é de uma árvore bem irrigada, favoravelmente colocada (“transplantada”, Anchor) junto a um ribeiro ou canal de irrigação, cultivada e cuidada, e, como consequência disso, frutífera. Está inferida, é claro, a ideia de que esse homem vai fazer aquelas coisas por meio das quais o Senhor o possa fazer prosperar.
2. A Carga do Pecador (1.4-6)
O pecador está em completo contraste com o justo. Ao contrário da árvore com raízes profundas, eles são como a moinha (palha) que o vento espalha.O caminho dos ímpios perecerá, terminará em ruína, “caminhos da morte” (Pv 14.12). As primeiras e últimas palavras do salmo resumem o contraste que é traçado entre os justos e os ímpios: bem-aventurado e perecerá.
W. T. Purkiser, M. A.. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 113-115.
O Homem Bem-aventurado Vv. 1-3
O Senhor conhece aqueles que são seus por nome, mas nós devemos conhecê-los por seu caráter. Isso é agradável a um estado de provação que nós podemos estudar para responder ao caráter, que é de fato tanto a ordem da lei a que estamos sujeitos com a obrigação de obedecer quanto a condição da promessa a que nós estamos sujeitos e interessados em realizar. O caráter de um homem bom é mostrado aqui por meio das regras que ele escolhe seguir e tomar providências.
1. Um homem devoto que quer evitar o mal renuncia formalmente ao companheirismo dos malfeitores e não será conduzido por eles (v. 1): Ele “não anda segundo o conselho dos ímpios’’. (1) Ele vê malfeitores ao seu redor; o mundo está cheio deles; eles caminham por todos os lados. Eles são aqui descritos por três características: ímpios, pecadores e escarnecedores. (2) Ele foge deles sempre que os vê. Ele não faz como eles fazem; e por isso, ele não conversa familiarmente com eles.
2. Um homem devoto e que faz aquilo que é bom e fiel, submete-se à orientação da palavra de DEUS e se familiariza com ela (v. 2). E isso que o mantém longe do caminho do ímpio e o fortifica contra as tentações. “Pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor” (SI 17.4). (1) Toda afeição que um homem bom tem pela lei de DEUS: tem o seu prazer nela. Ele tem prazer nela, mesmo sendo uma lei, uma regra, porque é a lei de DEUS, que é santa, justa e boa, e que ele consente livremente seguir e tem então prazer nela, “segundo o homem interior" (Rm 7.16,22). Todos aqueles que estão satisfeitos por existir um DEUS devem estar satisfeitos pela existência da Bíblia, a revelação de DEUS, da sua vontade e do único caminho para a felicidade nele. (2) O conhecimento íntimo que um homem devoto tem com a palavra de DEUS: “na sua lei medita de dia e de noite”-, e assim seu prazer parece estar nela, pois nós amamos pensar naquilo que amamos (SI 119.97). Meditar na palavra de DEUS é aprofundar nosso entendimento sobre os grandes temas contidos nela, com uma aplicação imediata, uma fixação de pensamento, até que nós estejamos adequadamente influenciados por tais conteúdos e experimentemos o seu sabor e poder em nosso coração.
(2) Da bênção prometida; ele é abençoado pelo Senhor e, portanto, ele será como a árvore. A bênção divina produz efeitos reais. Esta é a felicidade de um homem devoto.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 215-217.
O caminho da vida. -A palavra “Feliz”, ou “A felicidade de . . .!” é preferível a Bem-aventurado, para o qual existe uma palavra separada. Tal foi a exclamação da Rainha de Sabá em 1 Rs 10:8, e a expressão se ouve vinte e seis vezes no Saltério.1 Este salmo continua, mostrando a escolha sóbria que é a base disto. O Sermão da Montanha, empregando a palavra correspondente em grego, futuramente acrescenta uma exposição ainda mais radical.Conselho, caminho e roda (ou “assembleia” ou “habitação”) aceitação dos seus conselhos, a participação dos seus costumes, e a adoção da sua atitude mais fatal — isto porque os zombadores, se não forem os mais escandalosos dos pecadores, são os mais distanciados do arrependimento (Pv 3:34).No versículo aqui tratado, o eco deliberado da exortação dirigida a Josué lembra ao homem de ação que o convite a pensar seriamente a respeito da vontade de DEUS não é meramente para o recluso: é o segredo de conseguir qualquer coisa que valha a pena (cf. bem sucedido, neste salmo, com Js 1:8). Lei (tôrâ) significa, basicamente, “direção” ou “instrução”; pode se confinar a um único mandamento, ou pode se estender às Escrituras inteiras, como neste caso. A frase no devido tempo, dá o seu fruto ressalta o aspecto distintivo e o crescimento silencioso do produto. Isto porque a árvore não é mero canal, levando a água de um lugar para outro, sem alterá-la. Pelo contrário, é um organismo vivo que a absorve, para produzir, no devido tempo, algo que é novo e agradável, próprio do seu tipo e estação. A promessa de que a folha fica imune ao murchar não é independência do ritmo das estações (cf. a linha anterior, e ver sobre 31:15); é o livramento dos danos aleijantes da seca (cf. Jr 17:8b).
Derek Kidner. Salmos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 62-64.
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre.
A Morte de Moisés -A Bíblia diz que quando Moisés faleceu, ele estava com 120 anos, que era uma idade já bem longeva para os padrões da época, conforme depoimento do próprio Moisés (SI 90.10). Não obstante, “os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).O último capítulo de Deuteronômio, que é o único capítulo do Pentateuco que não foi escrito por Moisés, registra que, após a morte do legislador de Israel, o reconhecimento e o amor do povo era tão grande por ele que “os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias, nas campinas de Moabe” (Dt 34.8).Nada, porém, demonstrou até que ponto chegava sua aflição como o que aconteceu a esse grande legislador. Pois ainda que ele estivesse persuadido de que não era necessário chorar à hora da morte, pois ela vem por vontade de DEUS e por uma lei indispensável da natureza, ele, no entanto, ficou tão comovido pelas lágrimas de todo o povo que ele mesmo não pôde deixar de chorar. Caminhou depois para onde deveria terminar a vida e todos seguiram-no gemendo. Ele fez sinal com a mão aos que estavam mais afastados para que parassem e rogou aos que estavam mais próximos que não o afligissem mais ainda seguindo-o com tantas demonstrações de afeto. Assim, para obedecer, eles pararam e todos, juntamente, lamentavam sua infelicidade por tão grande perda. -Os senadores [anciãos], Eleazar, o grão-sacrificador [sumo sacerdote], e Josué, o comandante do exército, foram os únicos que o acompanharam. Quando ele chegou ao monte Nebo, que está em frente a Jericó, tão alto que de lá se vê todo o país de Canaã, despediu-se dos senadores [anciãos], abraçou a Eleazar e Josué, e deu-lhes seu último adeus. Ainda ele falava quando uma nuvem o rodeou e ele foi levado a um vale. Os livros santos que ele nos deixou dizem que morreu porque temia que não se acreditasse que ele ainda estaria vivo, arrebatado ao céu, por causa da sua eminente santidade. Faltava somente um mês para que, dos cento e vinte anos que viveu, ele passasse quarenta no governo de todo esse grande povo, cuja direção DEUS lhe havia confiado. Ele morreu no primeiro dia do último mês do ano, que os macedônios chamam Dystros e os hebreus, Adar.
Jamais homem algum igualou em sabedoria a este ilustre legislador, jamais alguém soube, como ele, tomar sempre as melhores resoluções e tão bem pô-las em prática; jamais algum outro se lhe pôde comparar na maneira de tratar com um povo, governá-lo e persuadido, pela força de suas palavras. Sempre foi tão senhor de suas paixões que parecia até que delas havia sido isento e que as conhecia apenas pelos efeitos que via nos outros. Sua ciência na guerra pôde dar-lhe um lugar entre os maiores generais e nenhum outro teve o dom de profecia em tão alto grau; suas palavras eram outros tantos oráculos, e parecia que o próprio DEUS falava por sua boca. O povo chorou-o durante trinta dias e nenhuma outra perda lhe foi jamais tão sensível. Mas ele não foi chorado somente por aqueles que tiveram a felicidade de o conhecer, mas também por aqueles que conheceram as leis admiráveis que ele nos deixou, porque a santidade que nelas se nota não pode permitir dúvidas sobre a eminente virtude do legislador.
Não sabemos onde a sepultura de Moisés se encontra — aliás, ninguém sabe, desde aquela época (Dt 34.6b) até hoje. A única informação é que DEUS mesmo o sepultou “num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor” (Dt 34.6a). DEUS fez com que sua sepultura nunca fosse encontrada para que, provavelmente, não se criasse uma idolatria e romaria em torno do túmulo de seu servo. O apóstolo Judas nos fala da altercação do arcanjo Miguel com Satanás sobre o corpo de Moisés (Jd 9). Não sabemos o porquê do interesse de Satanás pelo corpo de Moisés, mas a tradição judaica afirma que tal altercação se deu porque Satanás sustentava que Moisés não era digno de um sepultamento decente, ainda mais feito pelo próprio DEUS, por ter sido um homicida em sua juventude (Ex 2.11,12). Miguel, que guardava o corpo de Moisés, apenas lhe respondeu: “O Senhor te repreenda”.O exemplo de Moisés como líder e homem de DEUS nunca será esquecido. Sobretudo pelos últimos quarenta anos de sua vida, ele sempre será lembrado como um exemplo de fé, vida de santidade, seriedade, liderança, sabedoria, paciência, fidelidade ao chamado divino e vida dedicada totalmente ao Senhor. Como escreveu o autor da Epístola aos Hebreus, referindo-se à nossa responsabilidade hoje diante do que fizeram os grandes heróis da fé do Antigo Testamento, dentre eles Moisés (Hb 11.23-29), “nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas [os heróis da fé do Antigo Testamento], deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para JESUS, autor e consumador da fé” (Hb 12.1,2). Amém!
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 154-157.
Morte e Sepultamento de Moisés (34.1-12) -“Este capítulo reinicia a história desde o fim do livro de Números, depois do discurso deuteronômico de Moisés ao povo de Israel. Estão envolvidas aqui duas tradições acerca do lugar onde Moisés teria morrido: O Monte Nebo, na Transjordânia, a leste da cidade de Jericó; e o Monte Pisga, um pico que existe na mesma serra montanhosa, ligeiramente para oeste. Daquela grande altura, Moisés olhou para o norte, na direção do Mar da Galiléia (área que ficou com as tribos de Dã e Naftali); para o ocidente, na direção do Mar Grande (ou Mediterrâneo); para o sul, na direção do Neguebe (deserto sul de Judá); e na direção do vale do rio Jordão, até Zoar (localizada no extremo sul do Mar Morto; ver Gên. 14.2). Yahweh sepultou secretamente o corpo de Moisés. Cf. Núm. 27.18- 23. Quanto ao parecer de que Moisés foi o maior de todos os profetas de Israel, cf. Deu. 18.15-22; Núm. 12.6-8; Osé. 12.13" {Oxford Annotated Bibleo).
É provável que essa conclusão, que sem dúvida não foi escrita por Moisés, tenha sido extraída da edição editorada do livro, feita por algum sacerdote.
Dt 34.1 Então subiu Moisés das campinas de Moabe. Era nessa planície que o povo de Israel estava acampado, preparado para invadir a terra de Canaã. A narrativa, abandonada no fim do livro de Números, reinicia-se aqui, uma vez terminados os discursos deuteronômios (que constituem essencialmente o livro) de Moisés. Ver Núm. 36.13, último versículo do livro de Números, onde lemos que o povo de Israel estava nas campinas de Moabe. Isso posto, Moisés deixou o acampamento e partiu na direção do Monte (Nebo ou Pisga), que dava de frente para a cidade de Jericó. Todos os nomes próprios que aparecem neste versículo são anotados no Dicionário. É óbvio que os dois montes ou picos mencionados não são um só; mas os intérpretes, a fim de evitar a idéia de discrepância, ou a fim de evitar afirmar que o editor incluiu duas tradições diversas em seu livro, deram a entender que Pisga deve ter sido um pico da serra que se estendia desde o Monte Nebo, de tal modo que o local podia ser chamado Nebo ou Pisga.
Fosse como fosse, daquele elevado pico, Yahweh mostrou a Moisés toda a Terra Prometida, apontando-lhe trechos, em diversas direções.
A narrativa começa dizendo que Moisés olhou na direção oeste, para então, acompanhando um movimento anti-horário, mencionar áreas em cada uma das outras direções do compasso, ou seja, norte, oeste e sul.
Quem Teria Sido o Autor da Conclusão do Livro? As tradições judaicas apontam para nomes como Josué, os setenta anciãos ou Esdras. Mas é inútil toda tentativa que fizermos para determinar quem teria sido esse autor.
Dt 34.2 Moisés começou a ver a Terra Prometida olhando para o leste, e então, seguindo o movimento anti-horário, foi contemplando aquelas partes da Terra Prometida que ficavam nas direções gerais norte, oeste, sul, na ordem dos territórios mencionados, isto é, Naftali, Manassés e Judá.
Até ao Mar ocidental. Temos aí o Mar Mediterrâneo. A partir de onde Moisés se achava, esse Mar ficava nas direções noroeste, oeste e sudoeste da Terra Prometida. Moisés não poderia ter visto o Mediterrâneo se estivesse no Monte Nebo; mas o autor não se incomodou com esse detalhe.
Dt 34.3 Ao olhar na direção sul, Moisés poderia ter visto as cidades de Jericó e Zoar. Ver Gên. 14.2; 19.22,23. Zoar, mui provavelmente, ficava localizada na extremidade sul do Mar Morto, em um trecho atualmente coberto pela água. Das cinco cidades da planície, Zoar era a que ficava mais ao sul, conforme lemos em Gên. 14.2. O “Neguebe” é a mesma coisa que dizer “sul”. Este era o deserto que ocupava a porção sul do território de Judá.Cidade das palmeiras. Temos ai uma marca distinta de Jericó, confirmada por Plínio (Hist. Natural 1.5, cap. 14) e por Diodoro Sículo (Biblioteca 1.2, par. 132). Estrabão ajuntou a isso que Jericó ficava situada em uma planície circundada por montes, e nela havia muitas palmeiras (Geografia, 1.16, par. 525).
Dt 34.4 Esta é a terra. Em outras palavras, toda a Palestina, o território que Yahweh havia prometido dar a Abraão e aos demais patriarcas, Isaque e Jacó, e que agora era entregue aos descendentes deles. Essa era uma das provisões do Pacto Abraâmico (Gên. 15.18).
Moisés Pôde Contemplar a Terra, Mas Não Pôde Entrar Nela. Isso por ser ele o símbolo da lei, ao passo que Josué, que liderou os hebreus na invasão da Terra Prometida, foi símbolo de JESUS e do sistema da graça-fé, do Novo Testamento. Quanto às razões pelas quais Moisés não teve permissão de entrar na Terra Prometida ver Núm. 20.12; Deu. 1.37; 3.23,26 e 4.21. Ver a terra foi uma espécie de consolação.
A Terra Prometida havia sido assegurada a Abraão (Gên. 15.18), a Isaque (Gên. 26.3), a Jacó (Gên. 28.13) e, daí por diante, ao povo hebreu.
Dt 34.5 Assim morreu ali Moisés. Por ocasião de sua morte, Moisés estava com cento e vinte anos de idade. Ver Deu. 31.2 e 34.7. Ele passou por três períodos distintos de quarenta anos cada: missão especial: quarenta anos no Egito; quarenta anos no interior do deserto, em Mídiã; e quarenta anos em perambulações pelo deserto, junto com o povo de Israel. O texto à nossa frente nada diz sobre a vida além-túmulo, pois esta foi uma doutrina que só começou a fazer parte da fé dos hebreus nos dias dos Salmos e dos Profetas, mas esperou até o período intertestamentário, ou seja, o período de quatrocentos anos entre o Antigo e o Novo Testamentos nos livros apócrifos e pseudepígrafos.
Segundo a palavra do Senhor. Ou seja, em harmonia com a predição divina, que não havia sido dita muito tempo antes (ver Deu. 31.2). Essa declaração também pode significar que a morte de Moisés não ocorreu por motivo de idade avançada, enfermidade ou acidente, e, sim, de acordo com a palavra que fora dita pelo Senhor, fazendo com que a alma de Moisés saísse de seu corpo e deixasse o corpo físico a fim de ser sepultado. Seja como for, o fato é que a morte de Moisés ocorreu de acordo com a vontade de DEUS, sendo que o momento, o lugar e as circunstâncias haviam sido todos determinados por DEUS.
Dt 34.6 Este o sepultou num vale. A frase também tem sido traduzida na voz passiva: “Este foi sepultado em um vale”. O trecho de Judas 9 pode significar que foi o arcanjo Miguel que sepultou o corpo de Moisés.
O autor sacro fornece-nos o local aproximado do sepultamento de Moisés, em algum ponto do território de Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. Foi ali que os israelitas se acamparam, quando Moisés lhes deu as instruções e as bênçãos que ficaram registradas nos capítulos 5 a 22 de Deuteronômio. Ver especificamente Deu. 3.29 e 4.46.
Moisés viveu uma vida especial, e foi-lhe conferido um sepultamento especial. E podemos ter certeza de que ele ocupa um lugar especial no céu.
Dt 34.7 Tinha Moisés a idade de cento e vinte anos. Este versículo reitera a informação que já nos havia sido dada em Deu. 31.2. Moisés morreu com cento e vinte anos de idade. Embora estivesse com tão avançada idade, Moisés não morreu devido aos efeitos de um corpo físico desgastado; nem morreu por motivo de enfermidade. De alguma forma, a sua juventude foi preservada até o fim, comparativamente falando. Ver Deu. 31.2 - ele se encontrava em um notável estado de saúde.
Nem se lhe abateu o vigor. No hebraico, a palavra traduzida aqui por “vigor” aparece somente neste versículo, embora termos cognatos, em outros trechos, possam ser traduzidos por “frescor”, “umidade” etc., sempre usados acerca de madeiras ou de árvores. Ver Gên. 30.37; Núm. 6.3; Eze. 17.24. Essa palavra também é usada para indicar cordas verdes, ou seja, não ressecadas, conforme se vê no caso da corda com que Sansão foi amarrado (ver Juí. 16.7,8). Até mesmo a visão deficiente, que aflige a maioria das pessoas de idade avançada, não constituía problema para Moisés, até o fim de sua vida, um detalhe que nos assegura suas boas condições gerais de saúde.
Por conseguinte, ocorreu com Moisés aquilo que foi dito como uma bênção especial:"... como os teus dias, durará a tua paz” (Deu. 33.25).
Dt 34.8 Prantearam a Moisés por trinta dias. Seguiu-se um período de luto e de lamentações por Moisés, durante trinta dias, do qual participou todo o povo de Israel. O período de trinta dias de lamentações por um morto estava de acordo com os costumes da época. Ver Gên. 50.10 e Núm. 20.29. Moisés tinha morrido e desaparecido. Ao que tudo indicava, ele havia “terminado”. E no entanto, séculos mais tarde, ele foi capaz de aparecer, juntamente com Elias, por ocasião da transfiguração do Senhor JESUS (Mat. 17.1-3). Achamos nesse fato o triunfo do espírito.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 890-891.
Dt 34.5, 6. O contexto sugere que foi o próprio Javé quem o sepultou, embora, sem dúvida, Ele tenha tido agentes. Talvez a segunda frase e ninguém sabe até hoje o lugar da sua sepultura tenha o propósito de cercar seu sepulcro com uma aura de mistério, embora este pareça estar definido em termos gerais na expressão num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor. O lugar é evidentemente o mesmo vale em que Israel se reuniu para ouvir os últimos discursos de Moisés (3:29; 4:46).
Dt 34.7. A idade de Moisés, cento e vinte anos, é três vezes quarenta anos. Sua vida se divide em três períodos de quarenta anos e nisto pode haver significado simbólico. Quarenta anos era a duração de uma geração, de modo que Moisés viveu por três gerações.
As observações em 34: 7 e 31: 2 não devem ser consideradas uma contradição. Há numerosas expressões no Velho Testamento que têm sentido metafórico, e.g. “uma terra que mana leite e mel” (6: 3; 11:9; 26: 9; 27: 3; 31: 20), que parece indicar que a terra tinha recursos alimentares abundantes. De igual modo, “cidades grandes e fortificadas até os céus” (1: 28) era uma expressão indicadora de cidades com altas muralhas. Assim, as expressões não se lhe escureceram os olhos e não se lhe abateu o vigor, quaisquer que sejam seus significados literais, devem ser consideradas figuras de linguagem, cujo sentido exato não nos é claro. Talvez signifiquem que, para um homem de sua idade, Moisés retivera sua capacidade física de maneira admirável, mesmo que já não fosse capaz “de sair e entrar” (mesmo esta expressão é uma figura de linguagem).
Por outro lado, poderiam significar algo como “ele enfrentou a morte triunfantemente e em plena posse de suas faculdades”.
Dt 34.8. O povo o pranteou por trinta dias nas planícies de Moabe, onde fora enterrado (cf. Nm 20:29, o pranto por Arão).
J. A. Thompson. Deuteronômio. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 305-306.
A Morte de Moisés (34.1-8)
Chegou a hora de Moisés morrer, mas ele não subiu ao monte apenas para isso. Em primeiro lugar, foi-lhe mostrada a Terra Prometida. Desta forma, Moisés estava aceitando de DEUS a propriedade da Terra Prometida em nome de todo o povo de Israel. Mas isto só acrescenta sentimento de aflição à tragédia inevitável da situação. Ele a vê, mas nunca a possuirá de verdade. Por causa de pecado próprio, embora ocasionado pelo pecado de outrem (3.24-29), ele foi permanentemente excluído. Assim, morreu... Moisés, servo do SENHOR (5) até à morte, e foi enterrado em sepultura desconhecida (6). Ninguém vai adorar junto ao túmulo do mediador do antigo concerto nem do Mediador do novo. O registro bíblico enfatiza que, apesar de idade avançada, seus olhos nunca se escureceram (7). Esta observação reforça que ele viu a terra em sua totalidade e, assim, entrou em plena posse legal. A frase: Nem perdeu ele o seu vigor, dá a entender que sua morte não foi natural, mas ocorreu conforme o dito do SENHOR (5). O versículo 8 registra o período de trinta dias de luto oficial.
Jack Ford; A. R. G. Deasley. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 492.
4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8).
Dt 31.1 Passou Moisés a falar. Moisés, pois, dá prosseguimento ao seu terceiro discurso, levando-o à sua conclusão, por meio de suas palavras de despedida (vss. 1-8).
Dt 31.2 O trecho de Deuteronômio 34.7 também nos fornece a idade de Moisés, por ocasião de sua morte. Ele viveu por três vezes quarenta anos. Três gerações de quarenta anos e três fases distintas.Moisés Não Pôde Entrar em Canaã. Ver a história sobre isso em Núm. 20.1- 13. Cf. Deu. 3.27. E ver Núm. 20.12 quanto às diversas razões pelas quais ele foi barrado. É provável que os trechos de Deu. 1.37 e 3.23 nos forneçam a maior de todas as razões. Foi “por causa de Israel”, mais do que por sua própria culpa, que a Moisés foi negada a permissão de entrar na Terra Prometida. Em outras palavras, a identificação de Moisés com o povo de Israel era tão profunda que ele precisou compartilhar da sorte da geração mais velha, rebelde.
Tipologia. Moisés, um tipo da lei, não poderia mesmo introduzir o povo de Israel na Terra Prometida, mas chegou somente até a fronteira. Porém CRISTO, o segundo Moisés, por meio do sistema da graça-fé, foi capaz de assim o fazer. A Terra Prometida simboliza a salvação. Vemos, pois, que mesmo dentro desse simbolismo, a salvação não ocorre por meio da obediência à lei mosaica, mas mediante a graça de DEUS em JESUS CRISTO.
“Moisés e a lei, ou a obediência a ela, não podem, mas JESUS, com Sua retidão é o único que pode introduzir o povo na Canaã celestial" (John Gill, in loc.).
Moisés Expressou Aqui a Sua Fraqueza. Ele não podia mais entrar e sair com facilidade, ou seja, cumprir os seus deveres, por causa de um corpo debilitado pela idade. Não obstante, o trecho de Deu. 31.1-7 refere-se ao contínuo vigor físico e até juvenil de Moisés. Todavia, devemos entender isso de uma maneira comparativa. Em comparação com outros, ele continuava juvenil para a sua idade. Mas no tocante às tarefas cansativas que tinha de realizar, então, sim, ele era idoso demais.
Dt 31.3 O Senhor teu DEUS passará diante de ti. Yahweh tinha prometido que seguiria diante do povo de Israel à Terra Prometida, preparando o caminho, e então acompanharia os hebreus na conquista militar. Cf. essa informação com o que se lê em Deuteronômio 1.37,38; 3.18-28 e 7.17-26, onde são ditas as mesmas coisas e onde as notas expositivas devem ser consultadas.Josué já havia sido nomeado como o sucessor de Moisés. Josué não seria um grande profeta como Moisés, o qual conheceu a Yahweh face a face; mas seria um excelente instrumento para a missão de introduzir Israel na Terra Prometida, apto como general e um excelente líder. Ver sobre ele no Dicionário. A missão de Josué era diferente da missão de Moisés, embora fosse uma missão necessária, que confirmava e ampliava o poder e a missão de Moisés. Os dois faziam parte da mesma equipe, e não competiam um com o outro.Ό programa de DEUS para a nação de Israel não dependia de nenhum líder humano. Dependia somente do poder de DEUS, para que fossem cumpridas as promessas do pacto” (Jack S. Deere, in loc.).Destruirá estas nações. Sete povos diferentes tinham de ser destruídos. Ver Êxo. 33.2 e Deu. 7.1. Esses povos eram mais numerosos e mais poderosos do que Israel, mas faltava-lhes a ajuda divina, pelo que sucumbiram diante de um poder militar inferior. Quanto a isso, ver Núm. 13.31 e Deu. 7.1.
Dt 31.4 Como fez a Seom e a Ogue. A derrota desses dois monarcas ficou registrada no capítulo 21 do livro de Números. As vitórias sobre esses dois reis tinham sido apenas vitórias preliminares, que tinham servido para infundir coragem aos israelitas, ajudando-os a atirar-se no cumprimento de um tremendo labor. Yahweh afirmou especificamente que o resto da campanha militar obteria um resultado similar, pelo que aquelas vitórias se tornaram lições objetivas, como garantias de vitórias ainda maiores que viriam em seguida. A mudança de liderança não seria prejudicial para os filhos de Israel. Afinal de contas, a realização era de Yahweh, e não dos homens.
Dt 31.5 Quando, pois, o Senhor vos entregar estes povos. Israel teria de efetuar uma longa campanha militar a fim de dominar totalmente aqueles povos. Essa tarefa só terminou nos dias de Davi e Salomão.
Dt 31.6 Não vos deixará nem vos desamparará. A promessa de Yahweh era suficiente para aliviar os temores dos israelitas. Era impossível pensar que Yahweh falhasse ou abandonasse o Seu povo. Assim sendo, Moisés não tinha razões para temer pelo sucesso do labor futuro, por motivo de mudança de liderança, que estava ocorrendo naquele momento crítico. Cf. o encorajamento dado por Yahweh, naquele momento histórico, com outros incidentes similares, em Êxodo 4.21 e 9.15. Ver Deu. 1.21,29, quanto a paralelos diretos.
Dt 31.7 Chamou Moisés a Josué. Moisés transmitiu a mensagem divina de encorajamento a seu sucessor, Josué. E deu-lhe uma comissão que o orientaria em sua tarefa. O objetivo era entrar na posse da herança que por direito divino cabia aos filhos de Israel, resultante da promessa de Yahweh a Abraão. Gên. 15.18 - incluía a promessa da Terra Prometida. Assim foi que Josué levou avante a tradição sagrada de liderança que vinha desde Abraão e servia ao mesmo DEUS. Estando ele dentro daquela augusta tradição, Josué nada tinha para temer.
“Moisés preparou Josué para a gigantesca tarefa que havia à frente. Foi por idênticas razões que JESUS preparou os Seus apóstolos. Todos aqueles cuja vida fica envolvida na sua tarefa esforçar-se-ão para prover uma liderança adequada aos seus continuadores, pois a grande preocupação de um líder religioso deve ser a sucessão de homens piedosos que haverão de segui-lo” (Henry H. Shires, in loc.). Cf. Jos. 1.5, onde Josué repetiu essas palavras de encorajamento a outros líderes.
“Nessas palavras, Moisés entregou formalmente a incumbência de dirigir o povo de Israel a Josué, que deveria liderá-los na travessia do Jordão e além” (Ellicott, in loc.).
Dt 31.8 O Senhor é quem vai adiante de ti. Este versículo repete os elementos vistos nos dois versículos anteriores. Israel enfrentaria adversários muito mais fortes, mas não precisaria ficar desencorajado, porquanto um poder mais do que adequado tinha sido posto à disposição deles para cumprirem a contento a sua missão.
O crente precisa confiar na presença fortalecedora de DEUS. Assim também Josué foi instruído a esperar grandes coisas da parte de Yahweh. O homem que esteja empenhado em cumprir a sua missão pode esperar receber um grande sucesso.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 872-873.
A Nomeação do Sucessor (31.1-8)
A morte de Moisés estava se aproximando. Por dois motivos, ele não podia liderar os israelitas na conquista de Canaã.
Primeiro, a idade exaurira sua capacidade de liderança. Já não podia sair e entrar (1; mas cf. 34.7).Segundo, ele fora divinamente proibido por DEUS de cruzar o rio Jordão por causa de um pecado cometido (cf. 4.21,22; Nm 20.12).DEUS, então, lhe indicara o sucessor. Já ordenado como líder da nação (Nm 27.18-23; Dt 1.38), Josué (3) foi a pessoa divinamente nomeada para o cargo. Mas o próprio DEUS seria o verdadeiro Líder dos israelitas, os quais poderiam esperar vitórias no futuro como as obtidas sobre Seom e Ogue (4,5; cf. 2.32—3.10). Josué não precisava ter medo (6), e pela mesma razão: o SENHOR, pois, é aquele que vai adiante de ti (6-8).
Jack Ford; A. R. G. Deasley. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 482-483.
AS PALAVRAS DE DESPEDIDA DE MOISÉS E A APRESENTAÇÃO DE JOSUÉ (31:1-8)
À medida que sua morte se aproximava Moisés apresentou uma série de desafios ao povo (1-6), a Josué (7, 8) e aos sacerdotes (9-13), cada um relacionado, de algum modo, à preservação da aliança. O primeiro deles foi o desafio a Josué. Esta divisão (1-8) revela vários elementos do padrão pactuai típico.
1. O versículo diz literalmente: “Moisés foi e falou estas palavras (coisas) a Israel”. A possibilidade de uma transferência de autoridade para Josué depois da morte de Moisés já ter sido sugerida em 1:38 e 3:28 torna argumentável, em termos da estrutura literária total, que o que fora a princípio apenas um indício seja agora realizado de maneira plena e aberta.
2. A idade de Moisés é dada, cento e vinte anos (34:7; cf. Êx 7:7). Pode muito bem denotar três gerações.
3-6- O líder de Israel continuaria a ser Javé. Na prática o representante de Javé seria Josué (1: 37, 38; 3: 28; 31: 7s., 23). Na conquista da terra prometida, todavia, Javé desapossaria os habitantes, tal como desapossara Seom e Ogue. À luz desta promessa e da liderança final de Javé,
Josué foi exortado a ser forte e resoluto (7, 23; Js 1: 6-9, 18). Javé teu DEUS marcha contigo. Ele não te deixará nem te abandonará (JPSA).
7, 8. Josué já fora consagrado por Moisés perante Eliazar e a congregação, para assumir a liderança depois de sua morte (1: 38; cf Nm 27: 18-23). Repetindo a promessa da presença divina dada ao povo, Moisés desafia Josué publicamente a conduzir Israel à terra prometida.
J. A. Thompson. Deuteronômio. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 276-277.