LIÇÃO 6, A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR, 5ptes, 3Tr13



LIÇÃO 6 - A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm  
 

TEXTO ÁUREO"Espero, porém, no Senhor JESUS, mandar- vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação" (Fp 2.19 - ARA).
 

VERDADE PRÁTICAOs obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.
 

LEITURA DIÁRIASegunda - Jo 10.11 - JESUS, o verdadeiro pastor
Terça - Jo 10.12,13 - O mercenário é o falso pastor
Quarta - Jo 10.14,15 - O verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas
Quinta - Mt 20.28 - O verdadeiro pastor serve à igreja
Sexta - 1 Tm 3.3 - O pastor não deve ser materialista
Sábado - 2 Pe 2.3 - Não se deve fazer comércio com o rebanho

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 2.19-29
19 E espero, no Senhor JESUS, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios. 20 Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado; 21 porque todos buscam o que é seu e não o que é de CRISTO JESUS. 22 Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai. 23 De sorte que espero enviá-lo a vós logo que tenha provido a meus negócios. 24 Mas confio no Senhor que também eu mesmo, em breve, irei ter convosco. 25 Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades; 26 porquanto tinha muitas saudades de vós todos e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente. 27 E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas DEUS se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. 28 Por isso, vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza. 29 Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra.
 
2.19 TIMÓTEO. Timóteo era um bom exemplo do que um ministro e missionário de DEUS deve ser. Era um estudante zeloso e obediente à Palavra de DEUS (2 Tm 3.15); um servo perseverante e digno de CRISTO (1 Ts 3.2); um homem de boa reputação (At 16.2), amado e fiel (1 Co 4.17), com solicitude genuína pelo próximo (v. 20), fidedigno (2 Tm 4.9,21) e dedicado a Paulo e ao evangelho (v. 22; Rm 16.21).
2.21 PORQUE TODOS BUSCAM O QUE É SEU. Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15; 2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor.
 
Paulo e a mentoria - fev 6, 2008 - David Kornfield
Barnabé como mentor de Paulo
Para entender claramente como Paulo mentoreava, precisamos saber como ele próprio foi mentoreado.
Em Atos 22.3, Paulo afirma: “Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade [Jerusalém]. Fui instruído rigorosamente por Gamaliel na lei de nossos antepassados, sendo tão zeloso por DEUS quanto qualquer de vocês hoje” (grifo do autor).
Essa afirmação sugere que Paulo foi para Jerusalém tão-logo atingiu idade suficiente para ser instruído pelo rabi mais honrado e famoso do primeiro século, o qual possivelmente foi neto de Hillel.
Como o próprio Hillel, tradicionalmente alistado entre os “cabeças das escolas”, Gamaliel possuía uma visão equilibrada. Sua sabedoria singular e seu discernimento se destacaram ao proteger os apóstolos do Sinédrio, que desejava matá-los (At 5.33-40).
Nesse momento, DEUS separou outro mentor para Paulo. Seu nome era José, mais conhecido no entanto pelo apelido de Barnabé. Para compreender a formação que Paulo obteve com Barnabé, precisamos conhecê-lo melhor.
No século II, Clemente de Alexandria escreveu sobre Barnabé mencionando que ele integrara o grupo dos 72. Vejamos a descrição do ministério desse grupo para chegar a um entendimento melhor sobre esse mentor:
Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir. E lhes disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. Não levem bolsa, nem saco de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. Quando entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa. Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa. Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês. Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O Reino de DEUS está próximo de vocês. Mas quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Fiquem certos disto: o Reino de DEUS está próximo. Eu lhes digo: Naquele dia haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade”. [...]
“Aquele que lhes dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que os rejeita, está me rejeitando; mas aquele que me rejeita, está rejeitando aquele que me enviou” (Lc 10.1-12, 16).
Muitas são as características que poderíamos destacar do mentor idôneo:
* Trabalho em equipe: mandados dois a dois (v. 1).
* Visão: enxerga a colheita e a necessidade de levantar obreiros (v. 2).
* Oração: coloca-se diante de DEUS antes de iniciar o ministério (v. 2).
* Coragem: vai em frente, sem receio, mesmo ciente de que será como ovelha entre lobos e que haverá batalha (v. 3).
* Fé e estilo de vida simples: não se preocupa com dinheiro, bagagem e outros recursos, mas permanece na dependência de DEUS (v. 4).
* Pessoa de paz: estende e reconhece a paz (shalom), a harmonia (v. 5).
* Pessoa que se relaciona: estabelece-se numa casa, numa família, finca raízes. Não apenas parece boa, mas é de fato boa e íntegra (v. 5-7).
* Pessoa do Reino de DEUS: é submissa ao Rei e por isso tem autoridade (v. 9, 11).
* Discernimento: percebe quem compartilha o mesmo espírito (v. 6).
* Humildade suficiente para receber: consegue depender de outros com graça (v. 7, 8).
* Capaz de lidar com conflitos: fala a verdade quando necessário e enfrenta a rejeição sem levar para o lado pessoal (v. 10-12, 16).
Essas se constituem em algumas das qualidades que de fato caracterizaram Barnabé, como mentor idôneo que foi. O livro de Atos corrobora essa idéia, como podemos perceber claramente :
José, um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé, que significa “encorajador”, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos (4.36, 37).
Barnabé é caracterizado não apenas como um estudioso da Bíblia, mas com experiência transcultural e muito amado entre os apóstolos. Um homem de coragem contagiante (encorajador), comprometido com o Reino, desprendido das coisas materiais, generoso, confiante nos apóstolos e, com maior simplicidade, a eles submisso. A fé, o compromisso e a integridade de Barnabé contrastaram frontalmente com Ananias e Safira, cujas ações também são narradas no livro de Atos.
As ações de Barnabé voltam a destacar-se logo após a conversão de Paulo :
Quando [Paulo] chegou a Jerusalém, tentou reunir-se aos discípulos, mas todos estavam com medo dele, não acreditando que fosse realmente um discípulo. Então Barnabé o levou aos apóstolos e lhes contou como, no caminho, Saulo vira o Senhor, que lhe falara, e como em Damasco ele havia pregado corajosamente em nome de JESUS. Assim, Saulo ficou com eles, e andava com liberdade em Jerusalém, pregando corajosamente em nome do Senhor (At 9.26-28).
Como se pode ver do texto, Barnabé demonstra possuir discernimento espiritual. Vê o que ninguém mais foi capaz, nem mesmo os apóstolos. Tinha coragem. Superou o medo e constatou que Paulo realmente nascera de novo.
A coragem de Barnabé é mais uma vez evidenciada ao se tornar patrocinador ou advogado de Paulo, arriscando a vida em tornar-se conhecido de Paulo e arriscando sua amizade com os apóstolos ao levar Paulo até eles. Seu testemunho e a confiança que os apóstolos depositavam em Barnabé permitiram que Paulo fosse aceito pela igreja e andasse com liberdade em Jerusalém, ministrando dentro e fora da igreja.
Cerca de treze anos mais tarde, a igreja em Antioquia se expande grandemente. Os apóstolos, preocupados com as notícias de que gentios se convertiam, mandaram alguém de absoluta confiança e com experiência transcultural para cuidar da igreja. E esse era Barnabé.
Notícias deste fato (de gentios se converterem) chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia. Este, ali chegando e vendo a graça de DEUS, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração. Ele era um homem bom, cheio do ESPÍRITO SANTO e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos (At 11.22-26).
Esse texto de Atos nos fornece uma descrição objetiva e clara de Barnabé. Entre suas muitas qualidades, mais uma vez destaca-se o discernimento espiritual. Primeiro na habilidade de “ver” a graça de DEUS (v. 23) e, mais tarde, em perceber que a igreja de Antioquia precisava de um líder como aquele que ainda permanecia esquecido e quase desconhecido na igreja primitiva: Saulo.
Nos treze anos que se passaram desde os fatos descritos em Atos 9 até os mencionados em Atos 11, não há nenhum relato de que Paulo tenha estabelecido um ministério significativo. Os historiadores da igreja não se referem a nenhuma igreja, em Tarso, fundada por Paulo.
Aparentemente o apóstolo permanecia inativo quando Barnabé o chamou para se juntar a ele na igreja de Antioquia. O teor dos versículos mencionados indica que não foi fácil encontrá-lo. Mais uma vez, alguém acreditou em Paulo, quando ninguém mais acreditava.
Depois de um ano, durante o qual Barnabé agiu como mentor de Paulo em Antioquia, uma reunião da liderança daquela igreja mudaria a história da Igreja de JESUS CRISTO:
Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o ESPÍRITO SANTO: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram (At 13.1-3).
Nestes versículos, como nas passagens anteriores (11.26, 30; 12.25), Barnabé é alistado antes de Saulo, indicando a liderança e importância dele. Seria natural que ele fosse o primeiro entre os iguais na equipe de liderança da igreja de Antioquia. Se a ordem de menção nesse primeiro versículo indica deferência, talvez Saulo não passasse do calouro da equipe.
Essa ordem se mantém até o início da viagem (At 13.7), quando ocorre uma surpreendente mudança. Ao saírem de Pafos, Lucas relata que “Paulo e seus companheiros navegaram para Perge, na Panfília. João os deixou ali e voltou para Jerusalém” (13.13), o que demonstra claramente que Barnabé deixara de o líder da equipe.
Tudo indica que Barnabé, tendo percebido que Paulo estava pronto para assumir a liderança, passou-a para ele. Talvez João Marcos tenha abandonado a equipe por não se sentir pronto para apoiar Paulo, querendo permanecer numa equipe liderada por Barnabé, seu parente.
Daí em diante, o nome de Paulo passa a figurar sozinho ou antes de Barnabé (13.42, 43, 46, 50; 14.1, 3), com uma exceção. Em Listra, Paulo curou um homem aleijado desde o nascimento. Diante disso a multidão clamava que os deuses haviam descido até eles em forma humana. Então, chamaram Barnabé de Zeus e Paulo, de Hermes, “porque era ele quem trazia a palavra” (14.12). Paulo e Barnabé, ao ouvirem a multidão, “rasgaram as roupas e correram para o meio da multidão, gritando e protestando que não eram deuses” (14.14).
Pela designação feita de Paulo e Barnabé, parece que a multidão via Barnabé como a autoridade maior, a cobertura espiritual de Paulo, por isso Barnabé foi chamado de Zeus, que era considerado o rei dos deuses, e Paulo, Hermes, porque este era o mensageiro, o porta-voz de Zeus.
Nesse momento crítico, se a ordem de menção dos nomes de fato é significativa, como muitos crêem, Barnabé teria assumido a liderança temporariamente. No entanto, assim que a questão foi resolvida, o nome de Paulo volta a figurar antes do nome de Barnabé (14.20, 23).
Paulo e Barnabé voltam para Antioquia, onde Barnabé naturalmente seria recebido como o primeiro, o “pastor titular”, como saíra. No entanto, mais uma vez Atos 15.2 deixa claro que Paulo vem primeiro no contexto dessa igreja. Aparentemente, Barnabé conseguira transmitir aos crentes de Antioquia, e eles aceitaram, seu apoio à liderança de Paulo.
A igreja de Antioquia, então, os envia como representantes no concílio de Jerusalém. No início do concílio, Barnabé é mencionado antes de Paulo (15.12). Para a igreja de Jerusalém, e especialmente para os apóstolos, Barnabé naturalmente seria o primeiro, o amado, o homem de sua confiança.
Entretanto, no final do concílio, mais uma vez o nome de Paulo precede o de Barnabé (15.22, 25) e assim permanece na volta a Antioquia (15.35). A exemplo do ocorrera com a igreja de Antioquia, provavelmente Barnabé transmitira à igreja de Jerusalém o mesmo conceito, e fora aceito.
Agora como líder, Paulo naturalmente toma a iniciativa de promover uma segunda viagem missionária. Barnabé propõe levar João Marcos, mas Paulo discorda de forma inegociável. Esse desentendimento entre Paulo e Barnabé resulta na separação destes (15.36-41). A partir daí, o livro de Atos deixa de mencionar o nome de Barnabé.
Talvez Barnabé tenha visto algo em João Marcos que os demais não viram, nem mesmo o apóstolo Paulo. É como se assistíssemos ao mesmo filme de anos atrás, quando ninguém acreditava em Paulo, nem os apóstolos de Jerusalém. Barnabé arriscara tudo para elevar a pessoa de Paulo, desacreditada, mas em quem ele discernia um potencial que outros não podiam ver. E, aparentemente, fez o mesmo com João Marcos.
No entanto, com o passo do tempo, descobrimos nas epístolas de Paulo que Marcos se tornou companheiro dele: “Aristarco, meu companheiro de prisão, envia-lhes saudações, bem como Marcos, primo de Barnabé. Vocês receberam instruções a respeito de Marcos, e se ele for visitá-los, recebam-no” (Cl 4.10, grifo do autor).
Paulo não só recebera Marcos como envia cartas de recomendação de seu, agora, companheiro. Mais adiante, Paulo se refere a Marcos como um de seus “cooperadores” (Fm 1.24). Mas o toque de ouro está nas últimas palavras de Paulo, já ciente de que sua vida findara (observe os verbos no passado): “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4.7, grifo do autor). Sabendo que está com os dias contados e seu ministério acabado, ele escreve para Timóteo:
Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério (2Tm 4.9-11).
Quando seu tempo se esgotava, quando se sentiu abandonado e quando possivelmente se deixava abater pelo desânimo, Paulo queria ter duas pessoas a seu lado: Timóteo, seu amado filho, e Marcos, “porque ele me é útil para o ministério”. Quando Paulo já não divisava nenhum ministério para si, viu em Marcos alguém em quem depositar o que ainda tinha a dar, para que o ministério não morresse quando sua vida findasse.
O mais interessante nessa história não está em Paulo ter aceitado Marcos de volta, como companheiro de sua equipe, mas o fato de este ter aceitado Paulo como líder. A Bíblia não relata, mas imagino que a fonte disso tenha sido Barnabé. Paulo rejeitara Marcos no passado porque este o abandonara em plena viagem (At 15.38).
Depois desse conflito sem precedentes na igreja primitiva, Marcos deve ter ficado duplamente magoado com Paulo: por ter sido rejeitado tão veementemente e por saber que, por sua causa, a rejeição também acabara estendendo-se a Barnabé. Curar ou restaurar um coração ferido não é nada fácil (v. Pv 18.19). Aparentemente Barnabé trabalhou a alma de Marcos de tal forma que lhe devolveu o respeito e a apreciação por Paulo.
Barnabé depositou o espírito de reconciliação dentro do Marcos. Isso se manifesta mais uma vez em ele ser não apenas muito querido de Paulo, mas também de Pedro. Às vezes Pedro e Paulo tinham dificuldades de relacionamento ou entendimento (veja Ga 2.11-14; 2 Pe 3.16), mas Marcos chegou a ser não apenas uma das poucas pessoas que Paulo queria a seu lado no final de sua vida, mas também o filho espiritual de Pedro (1 Pe 5.13). E como resultado disso, Marcos escreveu o primeiro evangelho, expressando em grande parte a perspectiva de Pedro que nunca escreveu um evangelho, mas em certo sentido, através de Marcos, escreveu sim.
Barnabé teve a graça de não apenas elevar Paulo à categoria de líder, mas de apoiá-lo e mantê-lo como tal, enfrentando a oposição, possivelmente até de João Marcos, da multidão em Listra, da igreja de Antioquia após a primeira viagem missionária, a dos apóstolos e da igreja de Jerusalém. Foi um mentor incomum, alguém que abriu caminho para que o próprio Paulo entendesse como mentorear outros.
Sem Barnabé, talvez não tivesse existido o ministério de Paulo, suas cartas, o ministério de Marcos e seu evangelho e os evangelhos sinópticos de Mateus e Lucas como os conhecemos hoje, já que se basearam no evangelho de Marcos, escrito antes. Barnabé fica, para mim, como o melhor modelo de mentor na Bíblia, depois de JESUS. Uma das provas disso é na forma que seu mentoreado, o Paulo, se multiplica em relacionamentos de mentoria.
Que muitos de nós possamos também ser filhos de Barnabé!
Paulo como Mentor de Timóteo
Paulo mentoreou muitas pessoas, no entanto foi com Timóteo que esse trabalho sem dúvida destacou-se mais claramente. A imagem de mentor transparece em 1 e 2 Timóteo, em especial no início de 2Timóteo. Experimente numerar, nos versículos citados a seguir, cada palavra, frase ou conceito que você considere expressão típica de um mentor:
Paulo, apóstolo de CRISTO JESUS pela vontade de DEUS, segundo a promessa da vida que está em CRISTO JESUS, a Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de DEUS Pai e de CRISTO JESUS, nosso Senhor.
Dou graças a DEUS, a quem sirvo com a consciência limpa, como o serviram os meus antepassados, ao lembrar-me constantemente de você, noite e dia, em minhas orações. Lembro-me das suas lágrimas e desejo muito vê-lo, para que a minha alegria seja completa. Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você. Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de DEUS que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois DEUS não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.
Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de DEUS [...].
Retenha, com fé e amor em CRISTO JESUS, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim. Quanto ao que lhe foi confiado, guarde-o por meio do ESPÍRITO SANTO que habita em nós. Você sabe que todos os da província da Ásia me abandonaram, inclusive Fígelo e Hermógenes[...].
Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em CRISTO JESUS. E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros (2Tm 1.1-8, 13-15; 2.1-2).
Vejo que o mentor, como também o pai espiritual, o líder pastoral ou o discipulador será bem-aventurado se reunir as qualidades de Paulo descritas nessas passagens. Vejamos brevemente algumas delas:
* Relacionamento paternal e familiar: Paulo trata Timóteo, repetidas vezes, como filho (1Tm 1.2, 18 e 2Tm 1.2; 2.1). Hoje, parece que carecemos tanto de pais espirituais como de filhos. A desestruturação e o desajuste familiar na atual geração é terrível. Precisamos muito de pessoas que saibam gerar filhos espirituais.
* Amor: Vale a pena destacar como Paulo se referia a Timóteo: “meu amado filho” (v. 2). Palavras semelhantes foram ditas pelo Pai após o batismo de JESUS: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mt 3.17). As Escrituras trazem mais oito frases similares com referência a JESUS, o que mostra quão fundamental isso foi para a vida e a identidade de CRISTO (v. Is 42.1; Mt 12.18, 17.5; Mc 1.11, 9.7; Lc 3.22, 9.35 e 2Pe 1.17). Quantos líderes e pastores não estão convictos de que são realmente amados, aceitos pelo Pai celeste ou por um mentor ou pai espiritual aqui na terra.
* Intercessão: a ligação profunda entre Paulo e Timóteo transparecia no relacionamento de Paulo com DEUS. O apóstolo lembrava-se de Timóteo constantemente, dia e noite (v. 3). Que privilégio contar com um mentor intercessor!
* Intimidade: Timóteo tinha liberdade de chorar com Paulo, e este não se envergonhava disso (v. 4). Na verdade o próprio Paulo também sabia ser transparente e compartilhar emoções profundas que também o levavam às lágrimas. Dirigindo-se aos anciãos de Éfeso, a igreja que mais tarde Timóteo supervisionaria, Paulo afirmou que serviu “ao Senhor com toda a humildade e com lágrimas” (At 20.19); instou-os a cuidarem de si mesmos e a vigiarem, lembrando-lhes “que durante três anos jamais [cessara] de advertir cada um [deles] disso, noite e dia, com lágrimas” (At 20.31). Não devemos nos surpreender de que nessa despedida “todos choraram muito, e, abraçando-o, o beijavam” (At 20.37). O verdadeiro mentor não só deixa seu coração transparecer, a ponto das lágrimas fazerem parte de sua vida e de seu ministério comum, como encoraja seus seguidores a fazerem o mesmo.
* Saudade e alegria (v. 4): Paulo, afinal, possuía um lado afetivo e sabia expressá-lo. Desenvolveu uma ligação afetiva com seu mentoreado. Alegrava-se com seu mentoreado e realmente buscava oportunidades de compartilhamento (veja 2Tm 4.9). Mais uma vez a alegria de Paulo reflete a alegria do Pai no Filho quando diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (grifo do autor).
* Reafirmação do que é bom (v. 5): Paulo citava qualidades de Timóteo e das boas experiências que compartilharam. Não insistia sempre em que seu mentoreado precisava melhorar, mas comunicava um profundo sentimento de aceitação.
* Exortação (v. 6): Paulo não só reafirmava claramente seu amor, sua aceitação e alegria, mas também sabia como desafiar seu mentoreado para o crescimento.
* Ministração: mais que uma vez Paulo impõe as mãos sobre Timóteo (v. 6) e, em oração, vê o ESPÍRITO SANTO agir de forma sobrenatural na vida deste (v. 1Tm 4.14). O poder e a graça de DEUS fluíam de Paulo para Timóteo.
* Discernimento das necessidades do mentoreado: Paulo sabia que Timóteo sofria dificuldades por causa da timidez ou do medo, por isso ministrava-lhe diretamente a respeito (v. 7) com palavras que encorajaram milhares de outros Timóteos através dos anos.
* Desejo de manter o mentoreado junto a si: Timóteo foi chamado a participar da vida de Paulo e a segui-lo de perto (2Tm 3.10,11, 4.9), até em seus sofrimentos (2Tm 1.8). Paulo não escondia de Timóteo a realidade nem o fato de que a vida cristã apresentava desafios e dificuldades. Também não o deixou enfrentá-los sozinho. O mentor se parece ao Paracletos, que se aproxima de nós e nos chama para junto de si.
* Exemplo (v. 13): Paulo mostrou a Timóteo como ensinar e viver (2Tm 3.10,11), não como um ser perfeito, mas como alguém que permanecia em constante crescimento rumo à perfeição (Fp 3.11-14).
* Reafirmação do chamado do mentoreado: Paulo lembrou Timóteo de manter viva a chama do dom de DEUS que estava nele (v. 6) e ainda estimulou-o a guardar o que lhe foi confiado ou depositado (v. 14).
* Compartilhamento de dificuldades: o mentor não se vale de máscaras para levar o mentoreado a crer que tudo está sempre bem (v. 15). Em vez disso, compartilha suas dores, suas decepções e sua solidão (2Tm 4.9-16).
* Discipulado: o estilo de ensino de Paulo, ao contrário do professor, não se baseia em conteúdo e em programas, mas no que flui do coração de um pai para um filho espiritual (2 Tm 1,2; 2.1,2). Paulo repassa vida, a sua e a de CRISTO, demonstrando as verdades que queria que Timóteo aprendesse através de como vivia e como se relacionava com ele (2 Tm 2.3-17).
* Orientação do mentoreado no pensamento estratégico: Paulo desafia Timóteo a reproduzir o que recebeu dele. Mais que isso. Desafia-o a multiplicar-se através de escolher as pessoas certas para que estas, por sua vez, ensinem a outros o que receberam (2Tm 2.2).
Qualidades do mentoreado
É muito comum as pessoas procurarem um mentor como Barnabé e Paulo e se decepcionarem quando ele não corresponde a tudo o que elas buscavam. Não raro, tais pessoas não compreendem que, assim como o mentor, o mentoreado também deve apresentar algumas qualificações para a função.
Vejamos uma passagem que nos ajude a ver essa relação mais uma vez, mas agora focando algumas qualidades do mentoreado, do seguidor:
Não estou tentando envergonhá-los ao escrever estas coisas, mas procuro adverti-los, como a meus filhos amados. Embora possam ter dez mil tutores em CRISTO, vocês não têm muitos pais, pois em CRISTO JESUS eu mesmo os gerei por meio do evangelho. Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores. Por esta razão estou lhes enviando Timóteo, meu filho amado e fiel no Senhor, o qual lhes trará à lembrança a minha maneira de viver em CRISTO JESUS, de acordo com o que eu ensino por toda parte, em todas as igrejas. Alguns de vocês se tornaram arrogantes, como se eu não fosse mais visitá-los (1Co 4.14-18).
Embora esta passagem revele características de um pai espiritual ou mentor, podemos ressaltar oito características de um filho espiritual ou mentoreado:
* Trata seu líder como pai espiritual (v. 15): demonstra carinho, amor, respeito e agradecimento pela confiança que o mentor ou líder depositou nele e pelo tempo investido. Reconhece-o como mentor, e não apenas como um professor ou mestre. O mentor ocupa um lugar especial na vida do mentoreado, inclusive na área de autoridade espiritual. O mentoreado procura entender o coração do mentor e alinhar-se com ele, de modo a abençoá-lo em vez de constituir-se em peso para o mentor (Hb 13.17).
* Imita o líder (v. 16): julga-o um modelo a seguir, um exemplo. O mentoreado, contudo, deve ter em mente que, por sua humanidade, o mentor também pode apresentar falhas ou certas características que contrariam o caráter de CRISTO propriamente dito. Seu discernimento o capacitará a imitar o que é saudável, bom, procurando reproduzir isso em sua vida.
* Tem uma identidade espiritual firme e saudável: entende que é um filho amado (v. 17) e que sua identidade de filho é a base para tudo. Serve, mas não como servo obrigado ou compulsivo e sim pelo transbordar de um coração de filho agradecido. Não procura no pai espiritual sua base de sentir-se bem.
* É fiel (v. 17): ao Senhor e no Senhor para com o mentor. O mentoreado não murmura com terceiros a respeito das falhas do mentor ou dos problemas que possa ter de enfrentar. A relação entre ambos tem de ser de mútua transparência. O mentoreado é um escudeiro para seu mentor, protegendo-o e até carregando, quando puder, algo penoso para o líder.
* Vive o que o mentor ensina sobre JESUS (v. 17): em certo sentido, ao ser observado, o mentoreado deve corresponder ao ditado: “Tal Pai, tal filho.” As pessoas devem ser capazes de conhecer o coração e a visão do mentor pelo simples fato de conviver com o mentoreado.
* Compreende os ensinos sob as atitudes do mentor (v. 17): não se limita a imitar sem compreender. Segue o modelo do mentor exatamente porque percebe o que motiva o comportamento dele. Como os discípulos de JESUS, deve expressar suas dúvidas ou o que lhe é incompreensível.
* Não se envergonha de seu mentor (v. 14): talvez seu mentor seja mais velho e não tenha concluído tantos cursos como o mentoreado; é possível que seja do sexo oposto, estrangeiro ou, como a maioria dos líderes, alvo de muitas críticas. Independentemente das razões, o mentoreado não deve se envergonhar do mentor, mas agradecer-lhe e até orgulhar-se (no sentido positivo da palavra) pelo fato dessa pessoa ser seu líder ou mentor.
* Não é arrogante (v. 18): em outras palavras, o mentoreado é humilde e ensinável e não rejeita a correção. Deseja ouvir a avaliação de sua vida e de seu ministério, de modo a poder crescer. Creio que ser ensinável é a característica mais importante de um discípulo ou mentoreado, pois se precisar de aprimoramento ou correção em quaisquer outras áreas, será possível trabalhá-las, sem traumas.
À procura de mentores e mentoreados
A relação mentoreado/mentor é muito preciosa e não pode ser tratada de modo superficial. Na verdade, esse relacionamento é um dom divino, algo parecido ao que JESUS diz a seus discípulos, seus mentoreados:
Já não os chamo servos [hoje, possivelmente uma palavra semelhante poderia ser “obreiros” ou “estudantes”], porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça (Jo 15.15, 16).
Ao referir-se a esta passagem, C. S. Lewis afirma que não escolhemos nossos amigos; DEUS os escolhe para nós. Se, de um lado, essa afirmação nos leva a descansar no Senhor quanto a ele inserir e retirar pessoas de nossa vida, de outro haverá situações em que teremos que tomar a iniciativa e nos esforçar a favor de nosso mentor ou mentoreado. É o caso da busca pela pessoa que será nosso cônjuge, por exemplo. Embora essa relação seja uma dádiva do céu, para que dê certo, é preciso entregar nossa vida a ela!
Uma relação de mentor e mentoreado é algo muito semelhante e precioso. O aprofundamento é um processo longo, como ocorreu entre JESUS e os Doze. Foi necessário um ano e meio desde o primeiro chamado em João 1 até que JESUS os separasse como os Doze (Mc 3.13-19; Lc 6.12-16).
Em certo sentido o crescimento gradativo dessa relação pode ser comparado ao processo natural de amizade, namoro, noivado e casamento. O ideal é que seja lento e flua sem artificialismos e sem pressões.
Para muitos, encontrar a pessoa certa para atuar como mentor (ou até para mentorear) é quase tão difícil como encontrar alguém para se casar, especialmente quando aquele que busca o mentor é também pastor. Mas vejamos o que dizem as Escrituras: “… busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta” (Mt 7.7).
O significado desses verbos, em grego, demonstra uma ação continuada. Se não desistirmos, se realmente formos sérios em nossa procura, DEUS nos revelará o líder pastoral, o discipulador ou o mentor que precisamos.
Ao buscar essa pessoa, recomendo os seguintes passos:
1. Liste três pessoas que poderiam ajudá-lo de alguma forma nesse papel. Ainda que não se revelem as ideais, escolha as três melhores opções, pensando em pessoas cujas vidas já estão ligadas de algum modo à sua ou é possível ligá-las.
2. Priorize as pessoas por meio da oração. Dirija-se à primeira e peça-lhe que ore quanto a um encontro inicial para conversarem sobre a possibilidade de ela vir a ser seu mentor (discipulador ou líder pastoral).
3. Se a pessoa aceitar, e o encontro inicial for boa, faça uma experiência de três a seis meses. Se o resultado for positivo, glória a DEUS! Se não, passe para a segunda pessoa de sua lista e repita o processo.
A meu ver, a maior responsabilidade para o bom relacionamento entre mentor e mentoreado cabe a este último. Normalmente, o mentor possui muitas ocupações, cabendo, assim, ao mentoreado fazer os ajustes necessários para se adaptar à rotina do mentor. Ele deve ter a iniciativa de buscar o mentor e assegurar que o relacionamento se desenvolva adequadamente. Se você já tem um mentor ou líder pastoral, eu o encorajo a meditar em Hebreus 13.17. Expresse-lhe o que DEUS lhe mostra nesse versículo.
Será mais produtivo se a relação entre mentor e mentoreado não for apenas individual, de um para um, mas dentro de um grupo ou equipe. Esse era o procedimento de JESUS CRISTO. Não há relatos de encontros individuais com os discípulos, mas de encontros em grupo.
Paulo reafirma a Timóteo que o que este recebia “na presença de muitas testemunhas” (2Tm 2.2), pela imposição de mãos, não provinha apenas de Paulo, mas também dos presbíteros (1Tm 4.14). No livro de Atos, Paulo aparece quase sempre em grupo ou em equipe. Algumas cartas de Paulo, como 1 e 2 Tessalonicenses, por exemplo, trazem como remetentes “Paulo, Silvano e Timóteo”.
Mentorear pessoas no contexto de uma equipe ou grupo, entre outras vantagens, permite reunir a riqueza das múltiplas perspectivas à interdependência (que é uma proteção contra a dependência). Isso também confere ao mentoreado mais oportunidade para dar, em vez de apenas receber. Ademais, haverá outras pessoas envolvidas que poderão ajudar a solucionar possíveis conflitos, o que torna o mentor menos vulnerável à perda de amizades, como facilmente ocorre quando o conflito é gerado numa relação individual.
Encerrando, quero dizer que tenho sido muito abençoado por meio do pr. Irland. Em sua paixão pelo mentoreamento, ele demonstra um espírito ensinável que me surpreende. Com a maior alegria entrega-se, como mentoreado, à orientação de pastores de diferentes denominações ou até mesmo de pastores bem mais jovens, ganhando e crescendo por meio desses relacionamentos. Sem dúvida a habilidade do pr. Irland de aprender de quase qualquer pessoa fornece-lhe subsídios para que ele mesmo atue como mentor de quase qualquer pessoa!
Obrigado, Irland, por mostrar o caminho para tantos de nós que queremos ser como nosso Senhor JESUS CRISTO mas sabemos que sozinhos não lograremos êxito. Precisamos de companheiros de jugo, do pastoreio de pastores, de aprendizagem contínua, de mentoreamento. Enfim, de qualidades tão evidentes em sua atuação que nos encorajam a absorvê-las e praticá-las. Podemos colocar em prática o que você nos ensina “na presença de muitas testemunhas” e confiar isso “a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros”!
Bibliografia
AZEVEDO, Irland. De pastor para pastores: um testemunho pessoal. Rio de Janeiro: JUERP, 2001.
HENDRICKS, Howard. Aprenda a mentorear. Belo Horizonte: Betânia, 1999, principalmente parte 2.
HOUSTON, James. E. Mentoria espiritual: o desafio de transformar indivíduos em pessoas. São Paulo: Sepal, 2003.
KORNFIELD, David. As bases na formação de discipuladores. São Paulo: Sepal, 1996. Na verdade, toda a literatura na área de discipulado está muito relacionada ao mentoreamento.
_____. Equipes de ministério que mudam o mundo: oito características de equipes de alto rendimento. São Paulo: Sepal, 2002.
Sites de consulta na Internet
MAPI (Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas):
www.mapi-sepal.org.br.
Fonte: http://www.mapi-sepal.org.br/   Visite www.sermao.com.br
 
Modelos de um Servo espiritual - (Filipenses 2:17-18) -
MacArthur, J. (2001). Philippians (309). Chicago: Moody Press.

(2:17–30) Qualquer um que tenha passado muito tempo estudando os escritos dos nobres servos de DEUS desenvolvem uma certa compreensão de seus corações e mentes. Normalmente, a sua qualidade mais intrigante e admirável é a vontade de fazer grandes sacrifícios. Talvez o aspecto mais importante de liderança espiritual é ter uma vida piedosa como testemunho. O exemplo pessoal ilustra os princípios bíblicos em ação, mostrando como a vida cristã deve ser vivida. Quando os crentes consideraram cuidadosamente os padrões de DEUS colocando luz sobre seus pecados, defeitos, fraquezas e fracassos, essas normas muitas vezes parecem impossíveis de alcançar. JESUS é o exemplo supremo do crente (1 João 2:6). Mas Ele era o Filho, sem pecado e perfeito de DEUS, e o que era possível para Ele pode parecer impossível para os seus seguidores. No entanto, quando os crentes têm uma vida cristã triunfante nos padrões de DEUS, eles são incentivados a combater o pecado e vencê-lo. Filipenses 2:17-30 apresenta três homens cujas vidas são padrões excepcionais para uma vida piedosa.
Estes três são: Paulo, Timóteo e Epafrodito que estavam juntos em Roma neste momento.
Paulo era um prisioneiro em sua própria residência alugada. Embora acorrentado a um soldado, ele estava livre para continuar seu trabalho sem impedimentos (Atos 28:16, 30-31).
Timóteo, filho na fé do apóstolo da fé (1 Tm 1:2), tinha andado e aprendido com ele por algum tempo.
Epafrodito havia sido enviado da igreja de Filipos para dar um apoio financeiro para Paulo e para ministrar às suas necessidades.
Estes homens estavam unidos geograficamente, espiritualmente e ministerialmente em uma causa comum. Cada um foi apaixonadamente devotado ao Senhor JESUS CRISTO, não se preocupando com seus próprios interesses. Por causa do Senhor, cada um tinha arriscado sua saúde, sua liberdade, e até mesmo a sua vida. Embora todos eles demonstrem as qualidades de Paulo, cada um reflete também as distintas características pessoais e espirituais de CRISTO.
Paulo poderia, portanto, ser descrito como o alegre sacerdote de DEUS, Timóteo como o simpatizante solteiro e dedicado, e Epafrodito como o obreiro de amor.
 
TIMÓTEO: UM SERVO COM UM ÚNICO PENSAMENTO  
Espero no Senhor JESUS enviar-lhes Timóteo brevemente, para que eu também me sinta animado quando receber notícias de vocês. Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês, pois todos buscam os seus próprios interesses e não os de JESUS CRISTO.
Mas vocês sabem que Timóteo foi aprovado, porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho ao lado de seu pai. Portanto, é ele quem espero enviar, tão logo me certifique da minha situação, confiando no Senhor que em breve também poderei ir. (2:19–24)
O segundo modelo de um servo espiritual é Timóteo, amado filho de Paulo na fé. Como Paulo, o seu mentor e modelo, Timóteo é um exemplo de confiança para os outros crentes imitarem.
A prisão de Paulo o impediu de ir para Filipos, que era a sua esperança no Senhor JESUS (isto é, na vontade do Senhor). Decidiu enviar Timóteo o mais rapidamente possível, de modo que ele também poderia ser encorajado quando soubesse a condição dos filipenses. Paulo nunca quis agir independentemente da vontade do seu Mestre, sua esperança e expectativa estava em linha com o propósito do Senhor JESUS. Paulo, sem dúvida, orou fervorosamente pedindo a direção do Senhor e estava determinado a ajustar ou descartar seus próprios planos, se necessário. Timóteo era um nativo de Listra, na província da Galácia (parte da atual Turquia). Sua mãe, Eunice, era judia e seu pai era grego e provavelmente um pagão. Paulo levou-o a CRISTO (1 Co 4:17; 1. Tim 1:2, 18;..
2 Tm 1:2), provavelmente durante a visita do apóstolo a Listra em sua primeira viagem missionária (At 14:6-23) . Tanto a sua mãe como a sua avó Loide, eram crentes (2 Tm. 1:5) e haviam instruído Timóteo no Antigo Testamento (2 Tm 3:15). Timóteo não era circuncidado como qualquer criança judia, isso sugere que seu pai o educou na aprendizagem e cultura grega. Paulo detectando sua maturidade espiritual, sua herança judaica e também sua descendência grega, viu que o mesmo era qualificado para ministrar o evangelho com ele pelo mundo gentio. Para fazer Timóteo mais aceitável para os judeus, especialmente para aqueles da Galácia que o conheciam como descendente de grego, Paulo circuncidou-o (Atos 16:3). Nessa época em que Paulo escreveu aos Filipenses, Timóteo tinha sido seu companheiro quase constante durante cerca de dez anos.
Com grande afeto, Paulo falou dele como "meu filho verdadeiro na fé" (1 Tm 1:2), "meu filho amado" (2 Tm1:2), "meu amado filho e fiel no Senhor" (1 Coríntios 4:17). ", meu companheiro de trabalho" (Rm 16:21; 1 Tessalonicenses 3:2; cf 1 Cor 16:10), "nosso irmão" (2 Coríntios 1:1.;  1 Tessalonicenses 3:2; cf Hb 13:23), e, na presente carta, como um companheiro e servo de CRISTO JESUS (Fp 1:1). Timóteo estava com Paulo em Corinto (Atos 18:5), foi enviado à Macedônia (19:22), e acompanhou o apóstolo em sua viagem de volta a Jerusalém (20:4). Ele foi associado com Paulo na escrita de Romanos (Rm 16:21), 2 Coríntios (2 Coríntios 1:1), Filipenses (Fp 1:1), Colossenses (Cl 1:1), ambas as epístolas aos Tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1:1;. 2 Tessalonicenses 1:1.), e Filemon (Fm 1). Ele serviu
como solução de problemas de Paulo em Corinto (1 Cor. 4:17), Tessalônica (1 Ts. 3:2), Éfeso (1 Tm. 1:3-4), e em Filipos (Fp 2:19).
Timóteo era fiel e confiável, em todos os sentidos e estava claramente qualificado para ser um modelo a ser imitado pelos filipenses. Eles estavam bem familiarizados com ele, pois ele sem dúvida estava com Paulo, quando a igreja ali foi fundada (cf. Atos 16:3, 12-40). Não é, portanto, surpreendente que o apóstolo estava ansioso para enviar Timóteo a eles em breve.
Alguns intérpretes acreditam que Paulo queria saber se ele permaneceria na prisão, se seria liberado, ou seria executado. Mas seus comentários posteriores, indicam que ele esperava ser solto e que iria visitar a igreja em Filipos em pessoa (2:24). Pode ser que Timóteo estava ajudando com alguma questão crucial na igreja em Roma. Embora o apóstolo estivesse livre para receber visitas e pregar e ensinar sem obstáculos a elas, ele não poderia deixar sua casa alugada, onde estava sob vigilância constante (Atos 28:16, 23, 30-31). Talvez Timóteo estivesse ajudando Paulo com a situação referida no capítulo 1:15-17.
Apesar de sua esperança de visitar em breve Filipos, Paulo esperava que Timóteo tivesse tempo para alcançá-los e informar a sua avaliação das condições espirituais deles antes do apóstolo ser libertado. Sua confiança era de que o relatório de Timóteo seria positivo.
Era típico de Paulo estar tão preocupado. No caso da igreja de Corinto, suas preocupações eram tão profundas que ele não tinha coração para o ministério até que ouviu de sua condição (2 Coríntios. 7:5-9).
Paulo queria que os filipenses aceitassem Timóteo sem hesitação, por isso, deu-lhes um breve perfil daquele servo dedicado a JESUS CRISTO (vv. 2024).
O apóstolo destaca sete características pessoais que os filipenses deveriam imitar:
Timóteo era:
- imitador de Paulo,
- simpático (bem quisto),
- sincero (obstinado, perseverante),
- temperado (experiente),
- submisso a DEUS,
- sacrificial (desejo de se sacrificar pelo evangelho), e
- útil (disponível).
Primeiro, a personalidade espiritual de Timóteo era semelhante à do apóstolo Paulo.
De muitas maneiras, Timóteo era um verdadeiro filho espiritual de Paulo. Epafrodito (2:25-30) e alguns pregadores e professores em Roma eram servos fiéis do Senhor, e Paulo era amado e apreciado por eles (cf. 1:14-17). O apóstolo não estava menosprezando estes homens, mas não havia ninguém da estatura de Timóteo. Ele tinha sido instruído nas Escrituras desde a infância por sua mãe e avó (2 Timóteo 1:5;. 3:15) e era
muito bem visto por aqueles que o conheciam (Atos 16:2). No entanto, o maior crescimento espiritual de Timóteo começou quando ele passou a viajar e ministrar com Paulo. Exceto o Senhor JESUS CRISTO, nunca houve um mentor espiritual, melhor que Paulo. Timóteo teve o privilégio único e invejável de ser protegido do apóstolo. Usado apenas aqui no Novo Testamento, isopsuchos é um adjetivo composto, composto por isso (igual) e psuche (alma). É, literalmente, significa "igual a alma" ou "one-alma", referindo-se a pessoas que são como
de espírito e de alma gêmea. A Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) usou a palavra no Salmo 55:13, onde Davi fala de "um homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo", que gravemente o traiu.
O objetivo do verdadeiro discipulado é a reprodução, quando uma pessoa está totalmente discipulado, JESUS disse, ele será como o seu mestre (Mateus 10:25). Ao longo do tempo, Timóteo chegou a pensar como Paulo, tanto a respeito de crentes como de não crentes, Sabia, como Paulo, avaliar idéias e situações. Tinha confiança no Senhor como Paulo, e orava como Paulo. Aqueles dois homens de DEUS tinham qualidades semelhantes na alma, paixões semelhantes, objetivos semelhantes, e zelo similar. Na verdade, Paulo estava dizendo aos crentes de Filipos o que ele tinha dito àqueles em Corinto, poucos anos antes: "Exorto-vos, que sejais meus imitadores. Por esta razão, enviou a vocês Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, e ele vos fará lembrar-se de meus caminhos que estão em CRISTO, assim como eu ensino em todos os lugares em cada igreja "(1 Cor. 4:16 -17). Tanto em Corinto, até Paulo visitá-los novamente, Timóteo foi de longe o seu melhor substituto. Não era nenhuma maravilha, portanto, Timóteo ser tão amado e querido por Paulo.
A segunda Virtude - Timóteo também tinha a virtude de ser simpático. Era de inteira confiança, Paulo poderia assegurar aos filipenses que Timóteo ia realmente ser causa para seu bem-estar. O merimnao verbo (preocupado com) expressa uma forte preocupação por algo ou alguém. JESUS usou o verbo para falar de ansiedade e do preocupar-se desnecessariamente (cf. Mt 6:25-28;. 10:19, Lucas 10:41), e mais tarde nessa carta, é traduzido como "ansiosos" (4:6). Mas Paulo aqui usa a palavra em um sentido positivo para descrever grande preocupação de Timóteo pelo bem-estar da igreja de Filipos. “Tal como o seu Senhor, Paulo tinha extrema preocupação com todas as Igrejas” (2 Cor constante. 11:28) e estava confiante de que Timóteo compartilhava dessa preocupação. Eram verdadeiros pastores, cuja principal preocupação era com o bem-estar de suas ovelhas.
A terceira virtude que caracterizava Timóteo era sua sinceridade (obstinação, perseverança), indiretamente mencionada por contraste com os líderes da igreja em Roma.
Paulo lamenta a atitude egocêntrica, sem amor desses líderes. Buscar traduz o tempo presente do verbo zeteo e poderia ser traduzida como " buscar continuamente."
Deve ter sido profundamente triste para Paulo ter que dizer deles que todos eles buscavam seus próprios interesses, e não os de CRISTO JESUS.
Embora o evangelho estivesse sendo proclamado por um bom número de homens em Roma, foi pregado por vezes devido à "inveja e porfia ... [e] ambição egoísta, e não por motivos puros" (1:15, 17). Paulo, no entanto, regozijou-se "que em todos os sentidos, ou por pretexto ou de verdade, CRISTO é proclamado" (v. 18). Parece que aqueles que pregavam de boa vontade e
amor (vv. 15-16) ou se foram ou ficaram em silêncio. Apesar da presença de Paulo, muitos pregadores tornaram-se mundanos e egoístas. Eles não eram apóstatas ou heréticos, mas, obviamente, haviam deixado seu primeiro amor por CRISTO e tornaram-se egoístas (centrados em si mesmos) (cf. Ap 2:4). Seus interesses principais agora já não eram os de CRISTO JESUS, mas seus próprios interesses. Ao contrário de Timóteo,
eles não eram mais sinceros, mas tornaram-se vacilantes e, portanto, espiritualmente instáveis (Tiago 1:8). Eles foram exemplificados por Demas, um colega de trabalho confiável de Paulo em Roma (Col 4:14;. Flm 24), que acabaria por abandoná-lo (2 Tim 4:10, 16.). Poucos homens foram fiéis a Paulo em Roma, como Lucas e Aristarco (Col 4:10;. Flm 24), e estes não estavam, evidentemente, disponíveis para viajarem para Filipos. O apóstolo necessitava de alguém confiável; Timóteo foi a única opção nesse momento de necessidade de Paulo em Roma.
Mais tarde essa seria a mesma situação, na segunda prisão de Paulo em Roma - Em sua última carta a Timóteo, ele disse, "Todos os que estão na Ásia se afastaram de mim" (2 Tm 1:15.) E pediu a Timóteo para permanecer fiel (2 Tm. 1:13).
A quarta virtude: Timóteo era experiente (temperado no fogo). Paulo não precisava convencer a igreja em Filipos disso, porque eles sabiam de seu valor comprovado. Comprovado valor traduz dokimen, que tem o significado básico da prova cumprida após o teste.
Usado para uma pessoa, descreve o caráter aprovado ou valor testado e aprovado. Paulo advertiu muitas vezes os crentes a "provarem da vontade de DEUS que é boa, agradável e perfeita" (Rm 12:2), e para "examinarem tudo e examinarem-se" (1 Cor . 11:28,.. 2 Cor 13:5; Gal 6:4).. Os crentes devem "examinar tudo com cuidado, apegar-se o que é bom" (1 Tessalonicenses 5:21.) E "provar os espíritos para ver se eles são de DEUS" (1 João 4:1). Paulo também usou o termo em relação ao teste do Senhor dos crentes, notando que "Mas, como fomos aprovados de DEUS para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a DEUS, que prova os nossos corações. " (1 Tessalonicenses 2:4; cf 1 Cor 3:13; 1 Pedro 1:7). Paulo falou da identificação do obreiro "Com eles enviamos também outro nosso irmão, o qual muitas vezes, e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente, e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem." (2 Coríntios. 8:22), e instruiu que os diáconos "E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis." ( 1 Tm. 3:10).
Timóteo havia sido testado muitas vezes em seu serviço ao Senhor. Quando agitadores de Tessalônica forçaram Paulo a abandonar Berea, Timóteo e Silas foram confiados a permanecer lá e continuar o trabalho (Atos 17:14).
Da mesma forma, "depois de ter passado pela Macedônia e Acaia, ... [ele] enviou à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto" (Atos 19:21-22). Um pouco mais tarde, Timóteo acompanhou o apóstolo e os outros quando eles voltaram para a Macedônia (20:3-4), da qual região, Filipos era uma cidade chave. Paulo pode ter escrito 2 Coríntios de Filipos (cf. 2 Cor 11:9;. Filipenses 4:15.) E na introdução a esta carta enviou uma saudação ao "irmão Timóteo" (2 Coríntios 1:1.). A igreja em Filipos estava bem familiarizada com Timóteo e se beneficiaram de seu serviço fiel por muitos anos.
A quinta vrtude de Timóteo mencionada aqui é a sua submissão. Como Paulo, Timóteo serviu ao Senhor, o jovem era submisso ao Senhor. Douleuo (servido) foi usado por muitos tipos de serviço, incluindo serviço de dinheiro (financeiro) (Mt 6:24), um mestre humano (1 Tim 6:2.), Um pai humano (Lucas 15:29), uma nação conquistadora ( Atos 7:7; cf. Jo 8:33), e serviço dos crentes uns aos outros (Gl 5:13). Mas foi também um dos verbos mais comuns usados no Novo Testamento para o serviço do Senhor (cf. At 20:19, Rm 12:11; 14:18.; Col. 3:24), muitas vezes em contraste com a de servir outras pessoas e coisas, como a letra da lei mosaica (Rm 7:6), a lei do pecado (Rom. 7:25), e desejos pecaminosos (Rm 16:18; Tito 3:3). Como a frase seguinte ("no progresso do evangelho") deixa claro, servido aqui se refere a servir ao Senhor.
É importante notar que Paulo não está falando de um serviço personalizado de Timóteo para ele, embora isso pudesse ser considerado. Timóteo era completamente submisso a Paulo, como um apóstolo, um pai espiritual, e um modelo incomparável de piedade. Mas Paulo deixa claro que este serviço específico não era para ele, mas com ele. Eles serviram ao Senhor juntos em uma parceria amorosa e não competitiva. Paulo era claramente o sênior e Timóteo o júnior que o servia com todo o respeito. No entanto, os dois homens eram ambos "servos de CRISTO JESUS" (Fl 1:1), "fazendo a obra do Senhor" juntos (1 Cor. 16:10). Timóteo não só foi colega de Paulo, mas também "trabalhador de DEUS e companheiro no evangelho de CRISTO" (1 Ts. 3:2).
A sexta virtude de Timóteo era a sua vontade de se sacrificar pelo evangelho, como se conclui pelo seu ministério com Paulo na promoção do evangelho como um filho servindo a seu pai. A partir do momento em que o apóstolo escolheu-o para servir ao lado dele, Timóteo deixou seus planos pessoais que poderiam passar por sua cabeça. Começou uma aventura sem volta que lhe traria grande fecundidade (produção de almas) e satisfação espiritual, mas que também envolviam sofrimento e sacrifício.
Como Paulo, Timóteo considerava-se sob a obrigação de pregar CRISTO a todos, sabendo que o evangelho "é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:14-16) . Ele também estava "determinado a não saber nada ... com exceção de JESUS CRISTO e este crucificado" (1 Cor. 2:2), estava disposto a se tornar "
" (1 Cor. 4:9-13 Porque tenho para mim, que DEUS a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de CRISTO, e vós sábios em CRISTO; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis. Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos;Somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos.”Ele podia dizer sinceramente como Paulo que "não nos pregamos a nós mesmos, mas a CRISTO JESUS como Senhor e nós mesmos como vossos servos por amor de JESUS", e que ele estava "aflito em todos os sentidos, mas não desanimados, ficamos perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de JESUS, para que a vida de JESUS se manifeste também em seus corpos "(2 Coríntios 4:5, 8 -. 10). O Senhor também lhe deu o "ministério da reconciliação" como um embaixador de CRISTO (2 Cor. 5:18, 20). E como Paulo, ele acabou sendo preso por sua fé (Hebreus 13:23). Por causa de seu Senhor, ele deixou sua casa e sua mãe piedosa e avó. Não há nenhuma evidência nas Escrituras de que se casou, teve filhos, e experimentou as alegrias da vida familiar. Ele podia verdadeiramente declarar como fez Paulo aos anciãos de Éfeso: " Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor JESUS, para dar testemunho do evangelho da graça de DEUS."(Atos 20:24).
A sétima virtude: Timóteo estava disponível, uma característica implícita para ajudar aos outros. Porque ele era tão eminentemente qualificado para o serviço, Paulo podia afirmar sem hesitação, portanto espero enviá-lo imediatamente. Como observado na discussão do versículo 21, ele ainda precisava de ajuda de Timóteo um pouco mais. O contexto deixa claro que Timóteo estava disposto a fazer qualquer coisa que Paulo lhe pedisse. Ele não tinha agenda própria. Ele estava disponível para o Senhor e isso essencialmente significava ser útil ao apóstolo do Senhor. Sua permanência ou saída era inteiramente decisão de Paulo, não dele próprio. Deve ter sido um desafio para este talentoso jovem, inteligente e energético ter rompido de repente suas relações com sua família, amigos e colegas de trabalho. Para a maioria das pessoas, especialmente aquelas com as suas capacidades, isso seria impensável, mas para Timóteo o que mais importava era sua chamada. Timóteo era o tipo de servo voluntário, confiável e alegre como era Paulo no seu serviço para JESUS CRISTO. Ele estava pronto para gastar e ser gasto como parecia melhor para seu querido amigo e apóstolo. Paulo, então, acrescentou, e eu confio no Senhor que também eu mesmo irei em breve. Ele sabia do valor de sua visita e ministração para a igreja em Filipos. No entanto, é claro que ele tinha a maior confiança em Timóteo. Timóteo tinha fraquezas humanas. Apesar de sua vocação divina e os dons espirituais (1 Tm 4:14.), ele aparentemente não tinha auto-confiança por causa de sua juventude (1 Tm. 4:12). Ele foi tentado pelas paixões da mocidade. Em sua segunda carta a ele, o apóstolo adverte: "Se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra. Agora fugi das paixões da mocidade e siga a justiça, fé, amor e paz, com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro "(2 Tm. 2:21-22). Aparentemente, Timóteo estava, então, em um ponto baixo em sua vida pessoal e ministerial. Ele teve vitórias e derrotas, satisfação e felicidade, decepção e tristeza. Mas ele atendeu o conselho de Paulo: " Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. "(2 Tm 3:14;. 4:2, 5).
 
EPAFRODITO: COMPROMETIDO ATRAVÉS DO AMOR  
Contudo, penso que será necessário enviar-lhes de volta Epafrodito, meu irmão, cooperador e companheiro de lutas, mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades. Pois ele tem saudade de todos vocês e está angustiado porque ficaram sabendo que ele esteve doente. De fato, ficou doente e quase morreu. Mas DEUS teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso, logo o enviarei, para que, quando o virem novamente, fiquem alegres e eu tenha menos tristeza. E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e honrem a homens como este, porque ele quase morreu por amor à causa de CRISTO, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar. (2:25–30)
O terceiro servo modelo espiritual descrito em 2:17-30 é Epafrodito, outro pupilo e colega de trabalho de Paulo. Ele não era um estadista e espiritual como o apóstolo Paulo, ou, tanto quanto se sabe, até mesmo um jovem, como Timóteo. Não há registro de qualquer excelente trabalho que ele realizou.
Nada se sabe de sua família, sua história pessoal, sua conversão, quanto tempo ele tinha sido um crente, ou as suas funções específicas nas igrejas em Filipos, Roma, ou em outro lugar.
O nome Epafrodito significa "pertencente a", ou "favorecido por Afrodite," a deusa grega do amor (a quem os romanos chamavam de Vênus), indicando que, como Timóteo, ele foi provavelmente nascido e educado na cultura grega. O nome era comum e, posteriormente, veio a significar "amor" ou "lindo". Embora o nome Epafrodito foi muitas vezes abreviado para Epafras, não há provas de que ele era o homem com esse nome mencionado em Colossenses 1:7 e 4:12. Seu nível de serviço de sacrifício para o Senhor é especialmente instrutivo e estimulante para o crente, para quem os exemplos de grandes pregadores e pastores como Paulo e Timóteo pode parecer fora de alcance. Ele exemplifica o espírito de sacrifício pela causa de CRISTO que não envolve nenhuma aclamação pública, nenhuma proeminência, nenhum alto cargo, sem grandes talentos ou dons. Ele não era um notável pregador, professor, ou líder, portanto, o seu exemplo parece ser mais relevante e viável.
Porque os Filipenses escolheram Epafrodito para trazer o seu presente para Paulo e para ministrar a ele (Filipenses 2:25, 4:18),  obviamente, porque o tinham na mais alta consideração e confiança. Embora ele não tenha mantido uma posição oficial em sua igreja, eles sabiam que ele conheceu os elevados padrões morais e espirituais do apóstolo Paulo. Ele tinha a alma de um servo, indo de bom grado a Roma para ajudar a Paulo da melhor maneira que pôde, no que era necessário.
Que ele estava disposto a ir a Roma, enquanto Paulo ainda estava preso também mostra uma grande coragem (cf. 2 Tm. 1:16-17). Embora o apóstolo foi autorizado a viver numa casa alugada e teve liberdade limitada para receber visitantes (Atos 28:30-31), Epafrodito sabia que esta situação poderia mudar de uma hora para outra. Se César decidisse que Paulo era realmente uma ameaça para ele como havia sido acusado, ele não hesitaria em ordenar sua execução imediata. Isso faria com que os amigos de Paulo ficassem em perigo de prisão, detenção e talvez até de execução. Epafrodito sabia que o risco que ele estava assumindo era real.
Depois de declarar sua intenção de enviar Epafrodito de volta para Filipos, Paulo apresenta cinco títulos que revelam o caráter deste homem (v. 25) e depois menciona várias razões para mandá-lo de volta (vv. 26-30).
Seus títulos “Julguei, contudo, necessário enviar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nas lutas, e vosso enviado para me socorrer nas minhas necessidades;” (2:25).
Os três primeiros títulos (introduzidos pelo meu) referem-se a relação Epafrodito para o próprio apóstolo - então ele era irmão, colega, camarada. Os dois últimos (introduzidos pelo seu) dizem respeito ao seu relacionamento com a igreja em Filipos - mensageiro, ministro.
Ao utilizar o pronome possessivo meu, Paulo manifesta um relacionamento profundo e amoroso com este homem notável. O apóstolo era o líder mais respeitado e querido na igreja primitiva. No entanto, ele se dignou a chamar um crente comum e praticamente desconhecido não só seu irmão, mas também sua colega de trabalho e outro soldado a serviço do Senhor.
Acima de tudo, Epafrodito, como todos os outros crentes, era o irmão espiritual de Paulo, vivendo o primeiro amor para com DEUS. Estes dois homens também haviam se tornado irmãos, no sentido de ter um profundo afeto pessoal de um para com o outro. Eles tinham desenvolvido uma amizade duradoura e Uma camaradagem servindo juntos ao Senhor.
Em segundo lugar, Epafrodito foi colega de Paulo, destacando seu esforço espiritual comum para além da sua vida espiritual comum. Sunergos (colega de trabalho) é um termo distintamente Paulino. Das treze vezes que ele é usado no Novo Testamento, todos, exceto um (3 Jo 8) são, por Paulo. Em cada caso tem a conotação de uma parceria afetiva, não apenas a de uma relação impessoal oficial (cf. Rm 16:9, 21;. Col. 4:11;. 1 Tessalonicenses 3:2;. Filemom 24). Paulo duas vezes inclui especificamente as mulheres piedosas entre seus companheiros trabalhadores - Prisca (ou Priscila, Rom. 16:3) e Evódia e Síntique, duas piedosas, mas briguentas, irmãs membros da igreja em Filipos que haviam compartilhado uma "luta pela causa do evangelho" que Paulo pregava(Filipenses 4:23).
Em 1 Coríntios, ele chama todos os crentes " colegas de trabalho de DEUS." (1 Cor. 3:9).
Em terceiro lugar, Epafrodito era companheiro de Paulo, sugerindo um soldado e suas lutas conjuntas contra inimigos espirituais comuns a ele e a Paulo.
Paulo estava acorrentado a um soldado em Roma quando escreveu Filipenses (Atos 28:16). Usando a palavra metaforicamente, Paulo admoestou Timóteo a sofrer dificuldades com ele "como bom soldado de CRISTO JESUS" (2 Tm. 2:3). O apóstolo via em Epafrodito não um subordinado, mas, um humilde guerreiro espiritual no serviço do Senhor JESUS CRISTO.
No segundo conjunto de títulos, Epafrodito é chamado seu mensageiro a ministrar a minha necessidade. Como mencionado acima, a palavra indica o seu relacionamento com a igreja em Filipos e vê seu trabalho a partir de sua perspectiva. Paulo julgou necessário agora enviar de volta para Filipos o amado irmão, colega de trabalho, e soldado que a igreja de lá tinha enviado a auxiliá-lo.
Apostolo pode se referir a um mensageiro comum, como ele claramente faz aqui. O termo é usado para o cargo de apóstolo, se referindo aos Doze (inclusive Matias, Atos 1:21-26) e Paulo (cf. Rm 1:1;.. Gal 1:1, 19;. Ef 1:1) . Eram homens que tinham visto o Senhor ressuscitado e que foram diretamente escolhidos por ele. De uma forma completamente original, JESUS é "o Apóstolo [apostolon] e Sumo Sacerdote da nossa confissão" (Hb 3:1). Apóstolos também pode se referir a mensageiros especiais que foram escolhidos e enviados pelas igrejas (cf. Atos 14:14;. 2 Coríntios 8:23).
Claramente Epafrodito era um mensageiro, enviado a Roma pela igreja em Filipos.
Leitourgos é uma das várias palavras gregas traduzidas por vezes ministro no Novo Testamento. Novamente, é o termo a partir do qual é derivado liturgia; mas tem uma ampla gama de significados e aplicações. Foi usada pelos antigos gregos para designar um funcionário público que de tão apaixonado e dedicado às suas funções que desempenhou-as à sua própria custa. A palavra muitas vezes é descrita como alguém fazendo um serviço que tinha uma aura de importância especial, e o leitourgos foi, portanto, altamente respeitado e homenageado pelos seus concidadãos. Paulo refere-se aos governantes humanos em geral como "servos [leitourgoi] de DEUS" (Rm
13:6), que devem ser respeitados e obedecidos (vv. 1-5, 7).
No Novo Testamento, leitourgos foi mais comumente usado para serviço ao Senhor. Paulo falou de si mesmo como "um ministro de CRISTO JESUS para os gentios, ministrando como sacerdote o Evangelho de DEUS" (Rm 15:16). O autor de Hebreus chama de anjos de DEUS "Seus ministros" (Hb 1:7) e até mesmo se refere a JESUS CRISTO como "um ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro" (8:2). Para Paulo chamar Epafrodito de ministro era um grande elogio, de fato. Epafrodito era, ele mesmo, o presente mais valioso que veio a Paulo de Filipos, uma auto-doação, um servo incansável, que vivia sacrificialmente, e era humilde no mais alto calibre.
Por esse motivo, deve ter sido extremamente difícil para Paulo enviá-lo de volta para eles. Epafrodito era um querido irmão, colega de trabalho, e destemido soldado. Por causa da igreja ter enviado Epafrodito para ficar com o apóstolo indefinidamente e servir às suas necessidades, Paulo sentiu-se obrigado a explicar por que ele o estava enviando de volta. Ele articula essas razões nos versículos 26-30.
 
MOTIVOS QUE FIZERAM PAULO ENVIAR EPAFRODITO DE VOLTA
Pois ele tem saudade de todos vocês e está angustiado porque ficaram sabendo que ele esteve doente. De fato, ficou doente e quase morreu. Mas DEUS teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso, logo o enviarei, para que, quando o virem novamente, fiquem alegres e eu tenha menos tristeza. E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e honrem a homens como este, porque ele quase morreu por amor à causa de CRISTO, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar no momento. (2:26–30).
Não que Epafrodito estava cansado de servir a Paulo. Ele não estava apenas com saudade ou agitado desejando uma mudança de trabalho ou de cenário. Nem era medo do mal que poderia acontecer-lhe se ele ficasse mais tempo com Paulo.
Paulo deu-lhe os títulos para mostrar que ele era um trabalhador fiel, que jamais deixaria um trabalho incompleto e um soldado leal que nunca iria deixar o cargo em face do perigo.
Mas Epafrodito estava com saudades de seus companheiros crentes de Filipos, e estava angustiado porque eles ouviram que ele estava doente. Ele não era de todo angustiado com sua própria condição ou bem-estar, mas apenas acerca dos Filipenses. Traduz uma forma participial afligidas do ademoneo verbo, que refere-se `a profunda angústia, ansiedade ou agitação emocional. Tanto Mateus como Marcos usaram esta palavra para descrever a angústia de JESUS quando Ele orou no Jardim do Getsêmani. Ele se tornou tão "triste e angustiado [ademonein]" que Ele clamou a Pedro, Tiago e João, "Minha alma está profundamente triste, a ponto da morte" (Mateus 26:37-38; cf Mc 14.: 33-34).
Ele orou com agonia tão intensa que "seu suor tornou-se como gotas de sangue, caindo sobre a terra" (Lucas 22:44).
A angústia de Epafrodito não era extrema, mas era, no entanto, muito real e profunda. Ele poderia, acidentalmente, tornar-se distraído a ponto de ser menos útil para Paulo. Seu coração doía, porque ele tinha recebido notícias de que os crentes de Filipos tinham ouvido falar que ele estava doente e estavam preocupados com ele.
Astheneo (estava doente) traduz um verbo composto pela negativa e sthenos ("força") e significa literalmente "sem força". Ele foi usado para descrever as fraquezas de diversos tipos e graus variados. Alguns substantivos relacionados eram fraqueza física geral (2 Coríntios. 12:10), bem como fraqueza espiritual (Mt 26:41). Paulo mesmo usava astheneo para descrever a fraqueza, por causa do pecado da carne (Rm 8:3), da Lei Mosaica em produzir justiça.
Mas astheneo foi mais comumente usado para designar doença física. Foi usado no Novo Testamento para descrever doenças milagrosamente curadas por JESUS (cf. Marcos 6:56, Lucas 4:40, João 5:3; 11:2-3), os discípulos (Mt 10:8), e os apóstolos depois de Pentecostes (cf. At 9:37; 19:12).
Os filipenses tinham boas razões para estarem preocupados com a saúde de Epafrodito, porque ele tinha estado doente a ponto de morrer. Se não fosse a misericórdia de DEUS, ele teria morrido. É interessante notar que, embora Paulo já tivesse exercido o dom da cura (cf. Atos 28:8), evidentemente não pode usá-lo para curar Epafrodito, talvez porque para esse tipo de doença não tivesse recebido o dom ou porque DEUS desejava que assim continuasse como o espinho na carne de Paulo.
Quando DEUS poupa uma pessoa da morte é sempre um reflexo de Sua misericórdia, porque "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23) e cada ser humano é um pecador (Rom. 3:23). Os dois homens cegos que pediam JESUS para restaurar a visão deles perceberam que sua única esperança era através da Sua misericórdia. Seu grito inicial, na verdade, foi por misericórdia, buscando a cura (Mt 9:27). Da mesma forma, os dez leprosos primeiro clamaram ao Senhor assim:
"JESUS, Mestre, tem misericórdia de nós" (Lucas 17:12-13). Da mesma forma, a mulher Cananéia (Mateus 15:22), o homem com o filho demente (Mt 17:15), e o mendigo cego, Bartimeu (Marcos 10:47, Lucas 18:39) que foi ter com JESUS desejando primeiro sua misericórdia.
A cura de Epafrodito por DEUS não foi apenas para benefício óbvio para ele, mas também para Paulo, que observa que “DEUS teve misericórdia ... não somente dele, mas também de mim”. Junto com os filipenses, ele teria tristeza sobre tristeza caso Epafrodito viesse a morrer. Paulo não ficaria triste como fazem os incrédulos, "que não têm esperança" (1 Ts. 4:13), mas sua tristeza pela morte de Epafrodito no entanto teria sido real, profunda e duradoura, além do prejuízo certo na obra de DEUS.
Apesar da perda pessoal, ele iria experimentar o prazer de saber que eles o estavam recebendo de volta. Por isso eu mandei-o mais ansiosamente para que quando vocês o virem novamente, vocês possam se alegrar e eu possa estar menos preocupado com vocês. Os filipenses não haviam pedido que Epafrodito fosse enviado de volta para eles. Seu retorno foi idéia de Paulo e foi realizada exclusivamente por sua iniciativa. Ele sabia que a sua perda seria seu ganho. Mas sua felicidade em ter Epafrodito de volta em sua casa traria alívio a Paulo. Tal é o poder notável e recompensa do amor altruísta. Paulo, Epafrodito, e os crentes de Filipos eram de fato "da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito," nada fazer " por egoísmo  ou vanglória, mas com a humildade de espírito" considerando "cada um superior a si mesmo"  não apenas olhando para seus próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros "(Filipenses 2:2-4). Paulo exortou os Filipenses a que o recebessem desinteressadamente no Senhor, com toda a alegria.
Prosdechomai (receber) refere-se à aceitação favorável e feliz. É usado pejorativamente por JESUS se referindo aos fariseus e os escribas" receber e comer com aqueles que consideram vis pecadores (Lucas 15:2). A raiz (dechomai) tem a mesma conotação. JESUS usou para descrever a maneira como os crentes devem receber o reino dos céus – humildes como crianças (Mt 18:5).
Prosdechomai descreve como Febe, a irmã de Paulo no Senhor e um “diaconisa", recebia a igreja em Roma (Romanos 16:1-2) e como a igreja em Filipos deveria receber agora o ilustre Epafrodito no Senhor e com toda a alegria. Mais do que isso, os filipenses deveriam ter homens como ele em alta conta, porque ele chegou perto da morte pela obra de CRISTO, arriscando a sua vida, procurando se sacrificar para completar aquilo que era necessário, ou seja, ainda não concluído, no serviço da igreja de Filipos a Paulo.
Arriscando traduz uma forma participial de paraboleuomai, que significa literalmente "deixar de lado." Ela fala de arriscar voluntariamente o bem-estar e, assim, se expor ao perigo. Ela foi utilizada algumas vezes como deixar de lado, e é por essa razão que o título desta seção refere-se a Epafrodito como "o doador amoroso." Com total desprezo para seu bem-estar próprio, ele sempre colocou sua vida em risco pela obra de CRISTO.
Sua vida associada a riscos, não era um jogo. Sem reserva, ele poderia sinceramente testemunhar com Paulo: Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de CRISTO; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de CRISTO JESUS, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a CRISTO, "(Filipenses 3:7-8).
Paulo, Timóteo e Epafrodito eram três pessoas muito diferentes:
Paulo o líder corajoso, destemido, Timóteo seu assistente, tranqüilo e consagrado; Epafrodito era diligente, trabalhador por trás das cenas. No entanto, todos os três manifestaram a característica mais importante de uma vida piedosa – Imitavam o líder maior como patrimônio celestial – JESUS CRISTO.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.

RESUMO DA
LIÇÃO 6 - A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
2. O modelo paulino de liderança.
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança.
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário.
3. Paulo envia Epafrodito.

SINOPSE DO TÓPICO (1) O compromisso pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, conseqüentemente, de todo o Corpo de CRISTO
SINOPSE DO TÓPICO (3) Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais.

VOCABULÁRIO
Empatia: Capacidade de sentir os sentimentos de outra pessoa.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. SAIBA MAIS

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 55, p.39.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 6 - A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2013 - FILIPENSES
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Espero, porém, no Senhor JESUS, mandar- vos _________________________, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta _________________________ também, tendo conhecimento da vossa _______________________________" (Fp 2.19 - ARA).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Os ______________________________ do Senhor devem estar ______________________________ quanto à sua responsabilidade no santo _____________________________.
 
I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
3- Paulo era um líder comprometido com o pastorado?
(    ) O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos "apóstolos" que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das "pessoas" a fim de "ajudá-las".
(    ) Paulo tinha um coração amoroso, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé.
(    ) O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos "lobos devoradores" que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das "ovelhas" a fim de "devorá-las".
(    ) Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.

4- Como era Paulo, como mentor de novos obreiros
?
(    ) O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos, Silas e Epafrodito.
(    ) O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos.
(    ) Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja.
(    ) Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido.
(    ) O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de DEUS contra a avareza dos falsos obreiros que não zelavam pela causa de CRISTO, mas se dedicavam apenas aos seus próprios interesses.

5- Paulo era um líder que amava a igreja
?
(    ) Paulo não era um crente bem-sucedido, não era um gerente de banco, era um prisioneiro.
(    ) Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor.
(    ) Não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio.
(    ) Ele não era um gerente e muito menos um patrão.
(    ) A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de CRISTO.
(    ) Todas as palavras do apóstolo - admoestações, exortações e deprecações - demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos.
(    ) Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor.
(    ) Esta é constituída por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da igreja.

II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
6- Qual o testemunho que Paulo dá de Timóteo?
(    ) O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e, conseqüentemente, todo o Corpo de CRISTO.
(    ) Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé.
(    ) Assim, como Epafrodito era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho, tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de DEUS.
(    ) Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho, tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de DEUS.
(    ) Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a CRISTO.

7- Qual o modelo paulino de liderança
?
(    ) Timóteo, Epafrodito, Fileto e Hemórgenes foram obreiros fiéis e sob a liderança de Paulo.
(    ) Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo.
(    ) Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de DEUS.
(    ) Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de CRISTO na esperança de ser galardoado por DEUS.
(    ) Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
(    ) O apóstolo aprendera com JESUS que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela.

8- Quais as qualidades de Timóteo (2.20-22)?
(    ) Timóteo, além de "um caráter aprovado", estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma capacidade gerencial invejável.
(    ) Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança.
(    ) Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder.
(    ) Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de "um caráter aprovado", estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de "servir" ao Senhor e à igreja.
(    ) Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé.

III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
9- Epafrodito, era um mensageiro de confiança, qual sua função atual junto a Paulo
?
(    ) Epafrodito era encarregado de levar a Paulo o resultado financeiro mensal da igreja de Filipos.
(    ) Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado.
(    ) O apóstolo Paulo o elogia como um grande "cooperador e companheiro nos combates".
(    ) Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses.
(    ) Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.

10- Epafrodito, era um verdadeiro missionário
?
(    ) Epafrodito propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Roma.
(    ) Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos.
(    ) Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico missionário.
(    ) À semelhança de Silvano e Timóteo, bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de JESUS faziam parte de seu galardão.

11- Para onde Paulo envia Epafrodito
e por que?
(    ) Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos.
(    ) O pensamento inicial era enviar Silas, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer.
(    ) O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer.
(    ) DEUS, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou, dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos.
(    ) Epafrodito possuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja.
(    ) Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em CRISTO, honrando-o como obreiro fiel.
 
12- De que maneira os obreiros devem cuidar da Igreja de CRISTO e como devem ser correspondidos?
(    ) Com capacidade de gerenciar e ser patrão da Igreja.
(    ) Com amor e zelo.
(    ) Que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que DEUS dá à Igreja (Hb 13.17).

CONCLUSÃO

13- Complete?
A Igreja pertence a _____________________________, e os obreiros, somos os ______________________________ desta grande comunidade espalhada por DEUS pela face da terra. Que ouçamos o conselho do apóstolo ____________________________, e venhamos apascentar "o rebanho de DEUS [...], tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe _________________________________, mas de ânimo pronto; nem como tendo _______________________________ sobre a herança de DEUS, mas servindo de ___________________________ ao rebanho" (1 Pe 5.2,3).
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão - nº 55 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paulo. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W . Wiersbe
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
25 Maneiras de Valorizar as Pessoas - Autores: John C. Maxwell & Les Parrott, PH. D. - Editora: SEXTANTE
Perdoando Para Viver - Autor: Wilson de Souza- Editora: MK Editora
Filipenses - A Humildade de CRISTO Como Exemplo Para a Igreja - Elienai Cabral - Livro tema do trimestre
Filipenses - Introdução e comentário - Ralph P. Martin - Série Cultura Bíblica - Editora Vida
Filipenses_Hendriksen (1)
John Macarthur - Comentáio Filipenses - http://www.editoraculturacrista.com.br
Novo Comentário Bíblico Contemporâneo - Filipenses - F. F. Bruce - Série Cultura Bíblica - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA - São Paulo - SP - 12ª edição 2002
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/