Escrita Lição 10, Betel, O Verdadeiro discípulo Glorifica a DEUS, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
https://youtu.be/4tc45bRnKTM?si=Zlk72sCzGWmUdSfQ
Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/escrita-licao-10-betel-o-verdadeiro.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/slides-licao-10-betel-o-verdadeiro.html
TEXTO ÁUREO
“E o que a si mesmo
se exaltar, será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado.” Mateus
23.12
VERDADE APLICADA
O discípulo de CRISTO
deve ser exemplo, para o rebanho, de um viver coerente com os princípios
bíblicos, para a glória de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar sobre
o poder do discipulado.
Expor critérios para verdadeiros discípulos que exercem liderança
Revelar erros do falso poder.
TEXTOS DE
REFERÈNCIA - MATEUS 23.6-12
6 E amam os
primeiros lugares nas celas e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a
saber, o CRISTO, e todos vós sois irmãos.
9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual
está nos céus
10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o CRISTO.
11 Porém o maior dentre vós será vosso servo.
12 E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se
humilhar, será exaltado.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – SI 51.10
Devemos buscar um coração puro.
TERÇA – SI 145.3 O poder de DEUS não tem limites.
QUARTA – Pv 22.9 DEUS abençoa os generosos.
QUINTA – 1Co 2.5 A fé deve se apoiar no poder de DEUS.
SEXTA – 1Co 13.4 O amor é bondoso.
SÁBADO – 1Ts 4.7 DEUS nos chamou para a santidade.
HINOS SUGERIDOS: 112, 124, 200
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o
discípulo de CRISTO tenha sede de servir bem e conhecer o DEUS Todo-Poderoso
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
1.1. Designa destinos
1.2. Promove a santidade
1.3. Tem poder para exaltar
2- O VERDADEIRO PODER
2.1. Revela inteireza de coração
2.2. É agente do bem
2.3. É solidário
3- DISCÍPULOS EM CRISE
3.1. Desafia a autoridade.
3.2. Ignora a fonte da autoridade
3.3. Não serve de exemplo
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIO EXTRA PARA
A LIÇÃO
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
OS ATRIBUTOS DE DEUS (BEP – CPAD)
Sl 139.7,8 “Para onde me irei do teu ESPÍRITO
ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no
Seol a minha cama, eis que tu ali estás também”.
A Bíblia não procura comprovar que DEUS existe. Em vez disso, ela
declara a sua existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses
atributos são exclusivos dEle, como DEUS; outros existem em parte no ser
humano, pelo fato de ter sido criado à imagem de DEUS.
ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS.
DEUS é onipresente — i.e., Ele está presente em todos os lugares a
um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, DEUS está ali
(Sl 139.7-12;
cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28); DEUS
observa tudo quanto fazemos.
DEUS é onisciente — i.e., Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5). Ele conhece, não
somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos (1Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). Quando a Bíblia fala da
presciência de DEUS (Is 42.9;
At 2.23; 1Pe 1.2), significa
que Ele conhece com precisão a condição de todas as coisas e de todos os
acontecimentos exequíveis, reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados
(1Sm 23.10-13; Jr 38.17-20). A
presciência de DEUS não subentende determinismo filosófico. DEUS é plenamente
soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na história,
segundo sua própria vontade e sabedoria. Noutras palavras, DEUS não é limitado
à sua própria presciência (ver Nm 14.11-20; 2Rs
20.1-7).
DEUS é onipotente — i.e., Ele é o Todo-poderoso e detém a
autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37). Isso não quer dizer,
jamais, que DEUS empregue todo o seu poder e autoridade em todos os momentos.
Por exemplo, DEUS tem poder para exterminar totalmente o pecado, mas optou por
não fazer assim até o final da história humana (ver 1Jo 5.19). Em muitos casos, DEUS
limita o seu poder, quando o emprega através do seu povo (2Co 12.7-10); em
casos assim, o seu poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele
(ver Ef 3.20).
DEUS é transcendente — Ele é diferente e independente da sua
criação (ver Êx 24.9-18;
Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência
são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1Rs
8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste
de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele
mesmo é incriado e existe à parte da criação (ver 1Tm 6.16). A transcendência de
DEUS não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu DEUS
(Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2Co 6.16).
DEUS é eterno — i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is 57.12). Nunca
houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que DEUS
não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (cf.
Sl 90.4; 2Pe 3.8), e é, portanto, melhor
descrito como “EU SOU” (cf. Êx
3.14; Jo 8.58).
DEUS é imutável — i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas
suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa,
porém, que DEUS nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder
humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do
arrependimento sincero dos pecadores (cf. Jn 3.6-10). Além disso,
Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu
povo. Em vários casos a Bíblia fala de DEUS mudando uma decisão como resultado
das orações perseverantes dos justos (e.g., Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6;
Is 38.2-6; Lc 18.1-8;).
DEUS é perfeito e santo — i.e., Ele é absolutamente isento de
pecado e perfeitamente justo (Lv 44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram
criados sem pecado (cf. Gn 1.31),
mas com a possibilidade de pecarem. DEUS, no entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb. Sua santidade
inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.
DEUS é trino e uno — i.e., Ele é um só DEUS (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef 4.6; 1Tm 2.5), manifesto em três
pessoas: Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO (e.g., Mt 28.19; 2Co 13.14; 1Pe 1.2). Cada pessoa é
plenamente divina, igual às duas outras; mas não são três deuses, e sim um só DEUS
(ver Mt 3.17; Mc 1.11).
ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS.
Muitas características do DEUS único e verdadeiro, especialmente
seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo,
porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente
superior aos humanos. Por exemplo, embora DEUS e o ser humano possuam a
capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de
intensidade como DEUS ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade
humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de DEUS
(Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a
sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.
DEUS é bom (Sl 25.8;
106.1; Mc 10.18). Tudo
quanto DEUS criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria
natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom
para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9); Ele cuida até dos
ímpios (Mt 5.45; At 14.17).
DEUS é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20).
DEUS é amor (1Jo 4.8).
Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, composto de humanidade
pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação
principal desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, JESUS, para morrer em
lugar dos pecadores (1Jo 4.9,10). Além disso, DEUS tem amor
paternal especial àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de JESUS
(ver Jo 16.27).
DEUS é misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8; Jl 2.13); Ele não extermina o
ser humano conforme merecemos devido aos nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga
o seu perdão como dom gratuito a ser recebido pela fé em JESUS CRISTO.
DEUS é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo
significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. DEUS,
por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, JESUS,
o Filho de DEUS, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos
pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em
liberdade os oprimidos (Lc 4.18;
cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34).
DEUS é paciente e lento em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1Tm 1.16). DEUS expressou esta
característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva,
quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente
nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E DEUS continua
demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida
ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a
oportunidade de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).
DEUS é a verdade (Dt
32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). JESUS chamou-se a si
mesmo “a verdade” (Jo 14.6),
e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da verdade” (Jo 14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque DEUS é
absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra
também é chamada a verdade (2Sm
7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com
este fato, a Bíblia deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade
alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).
DEUS é fiel (Êx 34.6;
Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). DEUS fará aquilo
que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas,
quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; 2_ Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33; ver
2Tm 2.13). A fidelidade de DEUS
é de consolo inexprimível para o crente, e grande medo de condenação para todos
aqueles que não se arrependerem nem crerem no Senhor JESUS (Hb 6.4-8; 10.26-31).
Finalmente, DEUS é justo (Dt 32.4; 1Jo 1.9). Ser justo significa
que DEUS mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira
de tratar a humanidade (Ne 9.33;
Dn 9.14). A decisão de DEUS
de castigar com a morte os pecadores (Rm 5.12), procede da sua
justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17); sua ira contra o pecado
decorre do seu amor à justiça (Rm
3.5,6; ver Jz 10.7). Ele revela a sua ira
contra todas as formas da iniquidade (Rm, principalmente a idolatria (1Rs 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn 3.36) e o tratamento
injusto com o próximo (Is
10.1-4; Am 2.6,7). JESUS CRISTO, que é chamado
o “Justo” (At 7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal
(ver Mc 3.5; Rm 1.18; Hb 1.9). Note que a justiça de DEUS
não se opõe ao seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a sua justiça que
Ele enviou JESUS a este mundo, como sua dádiva de amor (Jo 3.16; 1Jo 4.9,10) e como seu sacrifício pelo
pecado em lugar do ser humano (Is
53.5,6; Rm 4.25; 1Pe 3.18), a fim de nos
reconciliar consigo mesmo (ver 2Co 5.18-21,). A
revelação final que DEUS fez de si mesmo está em JESUS CRISTO (cf. Jo 1.18; Hb 1.1-4); noutras
palavras, se quisermos entender completamente a pessoa de DEUS, devemos olhar
para CRISTO, porque nEle habita toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Ne 8.5,6 “E Esdras abriu o livro
perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e,
abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande DEUS;
e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e
adoraram o SENHOR, com o rosto em terra. ”
A adoração consiste nos atos e
atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande DEUS do céu e da terra.
Sendo assim, a adoração concentra-se em DEUS, e não no ser humano. No culto
cristão, nós nos acercamos de DEUS em gratidão por aquilo que Ele tem feito por
nós em CRISTO e através do ESPÍRITO SANTO. A adoração requer o exercício da fé
e o reconhecimento de que Ele é nosso DEUS e Senhor.
BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO
VERDADEIRO DEUS.
O ser humano adora a DEUS desde o início
da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com DEUS no jardim do Éden (cf.
Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a
DEUS oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de
vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete
invocavam “o nome do SENHOR” (Gn
4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do
dilúvio (Gn 8.20). Abraão
assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos
ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com
Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o
Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública se tornou formal. A partir
de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e
especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu várias festas sagradas anuais como
ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a DEUS foi
posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi,
segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os
judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a DEUS
enquanto no exílio, e onde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram
em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel
(Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do
mundo romano (e.g. Lc 4.16;
Jo 6.59; At 6.9; 13.14;
14.1; 17.1, 10; 184; IM; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era
prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At
2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas,
enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las,
passaram a cultuar a DEUS noutros lugares, geralmente em casas particulares
(cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às
vezes, em salões públicos (At 19.9,10).
MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.
Dois princípios-chaves norteiam a
adoração cristã. (a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e
verdade (ver Jo 4.23),
i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez de si
mesmo no Filho (ver Jo 14.6).
Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como
as manifestações do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.7-12). (b) A
prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver
At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a
igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT (cf. o
princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).
O fato marcante da adoração no AT
era o sistema sacrificial (ver Nm
28, 29). Uma vez que o sacrifício
de CRISTO na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de
derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através
da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o
sacrifício de CRISTO, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além
disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a DEUS
sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer
nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
Louvar a DEUS é essencial à adoração
cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração
cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).
Uma maneira autêntica de louvar a DEUS
é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações
sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento
de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um
povo que cantava (1Co 14.15;
Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos
cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou
com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma
circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
Outro elemento importante na
adoração é buscar a face de DEUS em oração. Os santos do AT comunicavam-se
constantemente com DEUS através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2_ Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam
constantemente depois de JESUS subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se
parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas
orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações
intercessoras por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a
oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a DEUS (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o
cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).
A confissão de pecados era
sabidamente parte importante da adoração no AT. DEUS estabelecera o Dia da
Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de
pecados (Lv 16). Salomão, na
sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs
8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se
afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração
pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS
ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os
crentes a confessar seus pecados uns aos
outros (Tg 5.16); através da confissão
sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo
19).
A adoração deve também incluir a
leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS
ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se
reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo
mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias
(8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da
sinagoga no sábado (ver Lc
4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se
para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente
com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
Sempre quando o povo de DEUS se
reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente,
Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja
de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira
adoração a DEUS deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao
Senhor os nossos dízimos e ofertas.
Algo singular no culto da igreja do
NT era a atuação do ESPÍRITO SANTO e das suas manifestações. Entre essas
manifestações do ESPÍRITO na congregação do Senhor havia a palavra da
sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de
curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em
línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O
caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas
de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira
epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles
(ver 1Co 14.1-33).
O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do ESPÍRITO SANTO
durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).
O outro elemento excepcional na
adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do
Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era
observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47),
e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo
conforme a ordem de CRISTO (Mt
28.19,20) ocorria
sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41;
8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).
AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS
VERDADEIROS ADORADORES.
Quando os crentes verdadeiramente
adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele
promete (1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e
ceará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14); (3) que abençoará o
seu povo com chuvas de bênçãos (Ez
34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11); (4) que concederá
fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11); (5) que responderá
às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15); (6) que encherá de
novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At 4.31); (7) que enviará
manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13); (8) que
guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13); (9) que santificará o
seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo 17.17-19); (10)
que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11); (11) que convencerá
o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8); e (12) que salvará
os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do ESPÍRITO SANTO
(1Co 14.22-25).
EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO.
O simples fato de pessoas se dizendo
crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira
adoração, nem que DEUS aceite seu louvor e ouça suas orações.
Se a adoração a DEUS é mera
formalidade, somente externa, e se o coração do povo de DEUS está longe dEle,
tal adoração não será aceita por Ele. CRISTO repreendeu severamente os fariseus
por sua hipocrisia; eles observavam a lei de DEUS por legalismo, enquanto seus
corações estavam longe dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a
censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas
já não o amava plenamente (Ap
2.1-5).
Outro impedimento à verdadeira
adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade.
DEUS recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu
mandamento (1Sm 15.1-23).
Isaías repreendeu severamente o povo de DEUS como “nação pecadora... povo
carregado da iniquidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém
esse mesmo povo oferecia sacrifícios a DEUS e comemorava seus dias santos. Por
isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as
vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou
cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os
olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as
vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na
igreja do NT, JESUS conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque
“não achei as tuas obras perfeitas diante de DEUS” (Ap 3.2). Da mesma maneira,
Tiago indica que DEUS não atenderá as orações egoístas daqueles que não se
separam do mundo. O povo de DEUS só pode ter certeza que DEUS estará presente à
sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O LOUVOR A DEUS
Sl 9.1,2 “Eu te louvarei, SENHOR, de
todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e
saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo. ”
A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR. A Bíblia constantemente exorta o povo de DEUS
a louvar ao Senhor.
O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a
louvarem a DEUS: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal
(da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao
Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).
O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas
atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de
graças a DEUS (Êx 15.2).
Moisés instruiu os israelitas a louvarem a DEUS pela sua bondade em
conceder-lhes a terra prometida (Dt
8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente
para louvar ao Senhor (Jz 5.9).
A disposição de Davi em louvar a DEUS está gravada, tanto na história da sua
vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como
nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais
salmistas também convocam o povo de DEUS a, enquanto viver, sempre louvá-lo
(33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam
que o povo de DEUS o louve (Is
42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).
O chamado para louvar a DEUS também ecoa por todo o NT. O próprio JESUS
louvou a seu Pai celestial (Mt
11.25; Lc 10.21).
Paulo espera que todas as nações louvem a DEUS (Rm 15.9-11; Ef1.3;6;12 e Tiago nos conclama a
louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13). E, no fim, o quadro
vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando
a DEUS continuamente (Ap 4.9
11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
Louvar a DEUS é uma das atribuições principais dos anjos (103.20;
148.2) e é privilégio do povo de DEUS, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4;
135.1,2, 19-21). Além disso, DEUS também conclama todas as nações a louvá-lo
(67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11. Isto quer dizer que
tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de DEUS
(150.6). E, se tanto não bastasse, DEUS também conclama a natureza inanimada a
louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a
neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de
árvores (148.9; Is 55.12)
e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).
MÉTODOS DE LOUVOR. Há várias maneiras de se louvar a DEUS.
O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo
de DEUS (100.4;).
Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de
louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode
ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e.,
em línguas; 1Co 14. 16,
ver 14.15).
O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT
menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150. 4; instrumentos de
cordas, como harpa e lira (1Cr
13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de
percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).
Podemos, também, louvar a DEUS, ao falar ao nosso próximo das
maravilhas de DEUS para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da
experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o
Senhor fizera por ele (51.12,13, 15). Outros escritores bíblicos nos exortam a
declarar a glória e louvor de DEUS, na congregação do seu povo (22.22-25;
111.1; Hb2.12 e entre as
nações (18.49; 96.3,4; Is
42.10-12). Pedro conclama o povo de DEUS “para que anuncieis as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a
obra missionária é um meio de louvar a DEUS.
Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de DEUS está
a louvar ao Senhor. JESUS nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua
luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a DEUS (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante,
Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a DEUS (Fp 1.11).
MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS. Por que o povo louva ao Senhor?
Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do
nosso DEUS, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele
a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is. 63).
A nossa experiência dos atos poderosos de DEUS, especialmente dos
seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos
ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a DEUS
pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10;
Ef 1.6).
Também devemos louvar a DEUS por todos os seus atos de livramento
em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5;
40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13;
Lc 13.13; At
3.7-9).
Finalmente, o cuidado providente de DEUS para conosco, dia após
dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos
e bendizermos o seu nome (68.19; 103; 147; Is 63.7).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
“Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti.” (Sl 32.9)
Criado à imagem de DEUS, o homem é um ser espiritual, racional, livre e criativo; sua missão primordial é glorificar o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
Segunda - At 17.22 O homem é um ser espiritual
Terça - Sl 32.9 O homem é um ser racional
Quarta - Js 24.15 O homem é um ser livre
Quinta - At 17.29 O homem é um ser inventivo
Sexta - Gn 2.15 O homem é um ser cultural
Sábado - Gn 2.18 O homem é um ser social
1 - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. 2 - E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS. 3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que DEUS repartiu a cada um. 4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, 5 - assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente somos membros uns dos outros. 6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. 9 - O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros
OBJETIVO GERAL - Mostrar a complexidade do ser humano, pois ele é um ser espiritual, racional, livre e criativo.
Radiografar a racionalidade humana;
Expor a sociabilidade humana;
Aclarar a liberdade humana;
Pontuar o trabalho e a criatividade humana
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O ser humano possui vários atributos para viver e influenciar este mundo. Somos chamados por DEUS a cultivar uma espiritualidade profunda que reflita uma sincera devoção ao Pai. Somos chamados também a usar a razão no sentido de compreender bem a realidade, não podemos ignorá-la, pois foi DEUS quem nos deu. Somos chamados a viver em sociedade, jamais isolados das pessoas e da realidade. Somos chamados a ser livres, na perspectiva espiritual, social e política. Somos chamados a trabalhar com criatividade para o Senhor e para o próximo. Em todas as esferas da vida somos chamados a glorificar a DEUS e a revelar seu propósito para com o ser humano. Você é chamado a edificar a vida do outro. Boa aula!
1. A origem divina de nosso espírito.
1. DEUS é um ser racional.
1. A solidão é nociva ao ser humano.
1. O livre-arbítrio.
1. A dignidade do trabalho.
Segundo a lição, quais os atributos do ser humano? R- Os principais atributos do ser humano são: espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade.
Discorra sobre a espiritualidade humana. R- Sendo proveniente de DEUS, o espírito humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At 17.21,22).
DEUS é um ser racional? Apresente uma prova bíblica. R- Sim. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a arrazoar acerca do verdadeiro caminho (Is 1.18-20).
Fale sobre o senso sociável do homem. R- DEUS nos criou sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, DEUS instituiu a família e, só depois, o Estado.
O trabalho é uma consequência do pecado? Explique por quê. R- DEUS criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e transformá-la, a fim de torná-la habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido ao pecado de Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes.
Que o ESPÍRITO SANTO nos abra o entendimento e leve-nos a conhecer as demandas e as reivindicações da Palavra de DEUS.
Vemos a imagem e semelhança de DEUS no homem por exemplo em que o homem tem livre arbítrio - Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente, Deuteronômio 30:19
1. A origem divina de nosso espírito.
1) respirar, soprar, cheirar, ferver, entregar ou perder (a vida)
1a) (Qal) respirar, soprar
1b) (Pual) ser soprado
1c) (Hifil) fazer ofegar
1) respiração, espírito
1a) fôlego (referindo-se a DEUS)
1b) fôlego (referindo-se ao homem)
1c) tudo o que respira
1d) espírito (do homem) - Não é o ESPÍRITO SANTO.
2. O anseio natural do espírito humano.
3. A revivificação do espírito humano.
II – A RACIONALIDADE HUMANA
1) que pertence ao discurso ou fala
2) que pertence à razão ou à lógica
2a) espiritual, que pertence à alma
2b) que concorda com a razão, que segue a razão, razoável, lógico
1. DEUS é um ser racional.
Na racionalidade podemos até cantar em línguas e em língua materna para compreensão de todos.
E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos. Atos 16:25,26 NO ANTIGO TESTAMENTO DESCIA FOGO LITERAL - NO NOVO TESTAMENTO DESCE O FOGO DO ESPÍRITO SANTO.
DEUS nos criou sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, DEUS instituiu a família e, só depois, o Estado.
1. A solidão é nociva ao ser humano.
2. A família é a origem da sociedade humana.
3. A Igreja de CRISTO, a sociedade perfeita.
ESCOLHE - (Strong português) - בחר bachar
1) escolher, eleger, decidir-se por
1a) (Qal) escolher
CRISTO morreu, indistintamente, por toda a humanidade, mas somente serão salvos os que crerem.
Apesar de sua infinitude, a graça pode ser resistida.
Nem todos os que aceitaram a CRISTO perseverarão.
Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna, […]. “Por outro lado, a ênfase inconsequente à livre-vontade do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.” Leia mais em Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD, pp.368,69.
A eleição divina.
A eleição é uma escolha soberana de DEUS (Ef 1.5,9) que tem como objeto de seu amor todos os seres humanos (1Tm 2.3,4). Não é uma obra que leva em conta o mérito humano, mas que é feita exclusivamente em CRISTO (Ef 1.4). Em JESUS, DEUS nos elegeu com propósitos específicos: para pertencermos a CRISTO (Rm 1.6; 1Co 1.9); para a santidade (Rm 1.7; 1PE 1.15; 1Ts 4.7); para a liberdade (Gl 5.13); para a paz (1Co 7.15); para o sofrimento (Rm 8.17,18); e para a sua glória (Rm 8.30; 1Co 10.31).
Escolha humana e fatalismo.
A graça comum (Rm 5.18) é estendida a todos os seres humanos, abrindo-lhes a oportunidade para crerem no Evangelho, o que descarta a possibilidade de a eleição ser uma ação fatalista de DEUS – Fatalismo: acontecimentos que operam independentemente da nossa vontade, e dos quais não podemos escapar. Ora, a eleição de DEUS não é destinada somente a alguns indivíduos, enquanto os outros, por escolha divina, vão para o inferno. Isso vai contra a natureza amorosa e misericórdia do Criador. Por isso, indistintamente. Ele dá a oportunidade para que todos se salvem (At 17.30), pois DEUS não faz acepção de pessoas (At 10.34).
A possibilidade da escolha humana
Há vários textos bíblicos que apontam para o fato de o ser humano ser livre para escolher: “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16); “o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37); “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13). Uma das coisas mais belas da Palavra de DEUS é que, embora o Altíssimo seja soberano, Ele não criou seus filhos como robôs autómatos milimetricamente controlados. O nosso DEUS deseja que todo ser humano, espontânea e livremente, o ame de todo coração e mente.
A respeito da salvação e livre-arbítrio, responda:
Qual foi o propósito da eleição de Israel no Antigo Testamento?
A eleição de Israel é específica e pontual. DEUS tinha um propósito de enviar o Salvador ao mundo por intermédio da nação judaica.
O que é a presciência divina?
Presciência é a capacidade de DEUS saber todas as coisas de antemão e de interferir na história humana.
O que é o livre-arbítrio?
O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos têm de fazer escolhas e tomar decisões que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação.
O que é a eleição segundo a Bíblia?
A eleição é uma escolha soberana de DEUS que tem como objeto de seu amor todos os seres humanos. Não é uma obra que leva em conta o mérito humano, mas que é feita exclusivamente em CRISTO (Ef 1.4).
Qual é a vontade de DEUS quanto à salvação do ser humano? O nosso DEUS deseja que todo ser humano, espontânea e livremente, o ame de todo coração e mente
Em síntese, eis os pilares da antropologia bíblica:
I) O homem foi criado por DEUS (Gn 1.26);
2) Sua missão precípua é glorificar ao Criador (1 Co 11.7);
3) De um só tronco genético, suscitou o Senhor todas as famílias da terra; (At 17.26;)
4) Em consequência do pecado, tornou-se o homem mortal e sujeito às penalidades eternas (Rm 3.23);
5) O Senhor DEUS, através de CRISTO JESUS, o Filho do Homem, providenciou-lhe uma redenção eficaz (1 Tm 2.5);
6) O destino final do ser humano, pois, de acordo com a economia divina, jamais seria o inferno. Pois este fora preparado ao diabo e seus anjos (Mt 25.41). Infelizmente, por causa do pecado, muitos serão lançados no lago de fogo (Ap 20.11- 15). Quanto aos que receberem a CRISTO, seu destino é a bem-aventurança eterna Ap 21.3).
O homem é a obra-prima das mãos do DEUS trino (um só DEUS: Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO).
Feito pouco menor que os anjos, mas coroado de glória e majestade (Hb 2.6,7), o homem é a mais notável e soberana das criaturas que DEUS chamou à existência. Embora mui limitado quanto ao tempo e ao espaço, possui uma natureza mais complexa que a dos próprios anjos. Através de seu espírito, comunica-se com o Criador; por intermédio do corpo, exprime-se para fora de si; por meio de sua alma (ou mente) elabora os problemas mais difíceis e raciocínios cada vez mais altos e intrincados: sua compulsão para o saber parece não ter limites.
1. A dignidade do trabalho.
Os críticos da Bíblia veem no relato do Gênesis apenas uma alegoria ou relato mítico. Porém, a Palavra de DEUS se impõe como verdade, como martelo divino, quebrando as bigornas da incredulidade. Diz o Livro Sagrado: “E plantou o Senhor DEUS um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.8,9).
O primeiro lar foi feito por DEUS. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia amor; paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com DEUS. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia a dia do primeiro casal. O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hoje.
O casal, constituído nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciava nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites, oferecia um espetáculo de rara beleza.
Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida, com maior intensidade, brilhava o astro noturno. As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto se percebia a beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem sentia-se muito feliz. O ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da natureza, nenhum mal causavam ao homem; conviviam na mais perfeita harmonia.
O mais importante, no entanto, acontecia em todas as tardes: “... DEUS, que passeava no Jardim pela viração do dia...” (Gn 3.8a). O Criador, certamente, em todas as tardes, visitava o Éden, buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, e este sentia, assim, muita comunhão com Ele. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível.
e para inventar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em artifício de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em toda obra esmerada. Também lhe tem disposto o coração para ensinar a outros, a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador, em pano azul, e em púrpura, e em carmesim, e em linho fino, e a do tecelão, fazendo toda obra e inventando invenções. Êxodo 35:30-35
DEUS nos deu um espírito quando soprou no primeiro homem o fôlego de vida que anseia por ter comunhão com ELE. Nosso espírito foi condenado a morte pelo pecado, mas recebe a revivificação quando aceitamos a JESUS como único Salvador e Senhor de nossas vidas.
DEUS é racional e é ESPÍRITO, portanto deve haver harmonia entre racionalidade e espiritualidade humana. DEUS requer de nós um culto racional, dirigido a ELE e que agrade a ELE. Quem tem que aparecer no culto é DEUS. Quem tem que ser glorificado e exaltado no culto é DEUS.
DEUS nos fez seres sociáveis. A solidão é nociva ao ser humano. DEUS criou o homem e logo de imediato lhe deu uma companheira. A família é a origem da sociedade humana e é composta por marido, esposa e filhos. A Igreja de CRISTO é a extensão desta família, é a sociedade perfeita quando formada por famílias ajustadas ao evangelho.
DEUS nos fez seres livres para escolher o nossos destino. O livre-arbítrio nos foi concedido desde o primeiro homem, Adão e a primeira mulher, Eva. DEUS plantou duas árvores no meio do jardim, uma dava vida eterna ao homem e outra dava condenação eterna. DEUS deu a escolha entre comer e obedecer e entre não comer e desobedecer. Coube ao homem o ato de decidir. DEUS prova sua soberania exatamente nisto. Se não fosse soberano teria que criar robôs para o obedecerem sempre, mas por ser soberano, deu-lhe a possibilidade de escolher entre obedecer ou não a DEUS. DEUS prova ser soberano pois não temeu a Satanás e nem ao homem quando lhes deu o livre arbítrio. DEUS permite liberdade a todos seus seres criados, dando-lhes limite em tudo.
O trabalho foi designado ao primeiro homem no jardim do Éden para que o homem se sentisse digno de sua alimentação e conforto. Sua realização no trabalho é que lhe traz segurança de estar produzindo algo de significativo. A criatividade humana foi dada por DEUS para que este inventasse e criasse inúmeras coisas que lhe proporcionasse menor esforço e maior conforto e felicidade.
Antropologia — a Doutrina do Homem - Elinaldo Renovato de Lima
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.24b). O verbo “fazer”, na primeira pessoa do imperativo, no plural, denota que o Criador não estava sozinho, na criação do homem. A compreensão humana não alcança a grandeza daquele momento único e singular, totalmente distinto de todo processo criador dos demais seres.
Apesar disso, pode-se entender que, num ponto do planeta, no Oriente, no sítio do jardim do Eden ou do Paraíso, o DEUS Pai, o DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO se reuniram solenemente para fazer surgir o novo ser que haveria de revolucionar toda a criação. Por um momento, de modo positivo; por muitos séculos, de modo negativo. Mas, de qualquer forma, ali estava a reunião solene da Trindade para criar o homem à imagem e semelhança de DEUS!
Em Gn 1.26-30, encontramos o homem feito à imagem de DEUS;
Acima vemos a interpretação do que é ser imagem e semelhança de DEUS encontrada no Comentário Beacon, publicado no Brasil pela CPAD.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. E não poderia ser de modo diferente. DEUS fez o ser humano à sua imagem, conforme a sua semelhança, para ser governante dessa “pequena parte do Universo”; para dominar sobre as criaturas viventes, criadas antes dele. O salmista Davi disse que DEUS fez o homem pouco menor que os anjos e lhe deu, no início, domínio sobre toda a criação (SI 8.5-8).
Esse era o plano original de DEUS para com o ser humano: ser representante de DEUS, com autoridade sobre toda a criação. Como veremos adiante, esse plano foi prejudicado pela Queda, transtornando todo o Universo.
O homem à imagem de DEUS. Diante da grandeza e da nobreza originais conferidas ao ser humano, o que viria a significar o homem à imagem de DEUS? As respostas a essa questão não são completas. Há quem diga que a imagem de DEUS no homem seria física. Ou que essa imagem seria a postura reta, ou vertical, do esqueleto humano.
Não se deve sequer ocupar espaço e tempo com esse argumento, pois DEUS, sendo espírito (Jo 4.23), não projetaria imagem física no homem. As questões sobre a imagem de DEUS no homem têm suscitado muitas discussões, desde que os teólogos começaram a se debruçar sobre o estudo acerca da criação e, em especial, do ser humano.
Os chamados pais da igreja entendiam que a imagem de DEUS no homem seria o conjunto de características morais e espirituais que o levam a ser santo. Mas houve quem entendesse que tais características também seriam corporais. Irineu e Tertuliano faziam distinção entre imagem e semelhança, considerando a primeira como os aspectos corporais, e a segunda como as características espirituais.
Orígenes e Clemente de Alexandria discordavam dessa afirmação; antes, diziam que a imagem se referia às características próprias do ser humano, enquanto a semelhança dizia respeito às qualidades provindas de DEUS — não inerentes ao ser humano. Já Pelágio via na imagem somente a capacidade de raciocínio que o homem desenvolvia, podendo valer-se do livre-arbítrio.
Já os escolásticos8 concordaram em muitos aspectos com os pais da igreja, mas ampliaram o conceito de imagem de DEUS, incluindo a ideia de intelecto, razão, liberdade; a semelhança seria o sentimento de justiça provinda do Criador. A imagem de DEUS seria algo concedido ao homem de modo natural, e a semelhança, uma espécie de dom sobrenatural, que controlaria a natureza inferior do homem.
Os reformadores, em geral, não faziam distinção entre a imagem e a semelhança de DEUS no homem; eles entendiam que a justiça original faria parte da imago Deu na condição original do ser humano.
A imagem conforme a semelhança de DEUS. A discussão teológica sobre o significado da imagem de DEUS, ou a imago Dei, não tem um consenso efetivo. Há divergências entre os teólogos. De início, no Gênesis, DEUS disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26); no versículo seguinte, lemos: “E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
Notemos que o texto bíblico de Gênesis 1.27 não repete a expressão “imagem, conforme a nossa semelhança”. Parece-nos razoável entender que o ponto central, ou a ideia-chave, do relato bíblico é o registro de que o homem (o ser humano) foi feito “à imagem de DEUS” (v.26). A passagem deixa claro que tanto o homem como a mulher foram criados à “imagem de DEUS”. Com essa expressão, entendemos que o Gênesis demonstra qual é a natureza original do homem — ele foi criado à imagem de DEUS.
A semelhança tem caráter explicativo, indicando a conformidade pela qual aquela imagem de DEUS foi impressa no ser criado. Ou expressa o modo ou o modelo daquela imagem. Não há necessidade, pois, de se estudar as duas palavras “imagem” e “semelhança”, separadamente, buscando significados complexos para cada uma delas.
Berkhof afirmou:
As palavras “imagem” e “semelhança “são empregadas como sinônimos e uma pela outra, e, portanto, não se referem a duas coisas diferentes.
Essa ideia corrobora o nosso entendimento, acentuando que, em Gênesis I.16, são empregadas as duas palavras, mas, no versículo 27, somente a primeira delas.10
Chafer também reforça esse entendimento, referindo-se às palavras “imagem” e “semelhança” da seguinte maneira:
Em Gênesis 1.26,2 7, ambas as palavras, “imagem” e “semelhança”, aparecem, mas a palavra “imagem” ocorre três vezes enquanto o termo “semelhança” ocorre apenas uma vez.
Em Gênesis 5, vemos a palavra “semelhança” incluída na genealogia de Adão: “Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que DEUS criou o homem, à semelhança de DEUS o fez” (v.I). Certamente, o termo “semelhança”, aqui, se refere à imagem de DEUS, que é semelhante ao Criador, conforme já explicitado.
O homem é distinto e superior aos animais. A diferença entre o homem e os animais é tão grande, em termos qualitativos, a ponto de não haver margem para especulações quanto à origem dos humanos e dos irracionais. O Projeto do Genoma Humano (PGH), iniciado em 1990, constatou, em 2003, que há no corpo humano em tomo de quarenta mil genes, concluindo o sequenciamento de três bilhões de bases que constituem o DNA da espécie humana, com 99,9% de precisão.
O que intriga os cientistas e os leva a sonhar com a descoberta do “elo perdido” entre o símio e o homem é o fato de o Projeto Genoma ter concluído que a diferença entre o DNA do homem e do chimpanzé é apenas de 5%. Ou seja, em termos meramente numéricos, o homem e o macaco têm semelhanças quase totais. Entretanto, em termos qualitativos, incluindo-se o raciocínio lógico, a capacidade da fala e habilidades gerais, o homem se distancia do macaco tanto quanto os corpos celestes que estão a anos-luz do nosso planeta.
Com apenas 5% de diferença entre o código genético do homem e o do macaco, como pode haver tão grande diferença de conhecimento e de habilidades? Será que se pode esperar que um macaco, um dia, vá compor uma frase, uma página ou escrever um livro? Não há dúvida de que não. A ideia central, na Bíblia, é de que o homem foi feito à imagem de DEUS. E jamais poderia ser visto como semelhante aos animais. Como vimos, a diferença qualitativa entre o homem e o animal ultrapassa qualquer visão materialista da natureza do ser humano.
Semelhança natural com DEUS. Langston afirma que o homem tem “semelhança natural” com DEUS:
O homem é uma pessoa como DEUS é uma Pessoa, e a semelhança entre um e outro acha-se no espírito, naquilo que o homem é na sua natureza pessoal. Assim sendo, a “.semelhança natural “entre DEUS o homem perdura sempre, porque o homem não poderá jamais deixar de ser uma pessoa como DEUS o é.
Não devemos confundir imagem natural com imagem física, pois DEUS é espírito e não tem partes físicas, a exemplo do homem.
Strong também afirma que o homem tem “Semelhança natural com DEUS, ou pessoalidade”. E acentua:
O homem foi criado um ser pessoal e é esta pessoalidade que o distingue do irracional. Pessoalidade é o duplo poder de conhecer a si mesmo relacionado com o mundo e com DEUS e determinar o eu com vista aos fins morais. Em virtude dessa pessoalidade o homem pôde, na criação, escolher qual dos objetos de seu conhecimento — o eu, o mundo, ou DEUS — deve ser a norma e o centro de seu desenvolvimento. Essa semelhança natural com DEUS ê inalienável e, constituindo uma capacidade para a Redenção, valoriza a vida até mesmo dos não regenerados (Gn 9.6; l Co 11.7; Tg 3.9).
O homem, um ser pessoal, à semelhança de DEUS, tem inteligência, vontade e emoções. Tal condição lhe distingue dos animais. Enquanto estes apenas agem por instinto, conforme o que DEUS programou para eles, aquele tem autoconhecimento e autodeterminação. O homem imagina, projeta, cria, inventa e produz coisas. O animal apenas repete o que lhe instiga a natureza.
No hebraico e no grego, as palavras para identificar “a imagem” não contribuem muito para o entendimento do termo em análise. Por isso, as discussões teológicas e filosóficas continuam a deixar muitas lacunas quanto à sua interpretação. No grego do Novo Testamento, a palavra “imagem” é eikon e pode se referir a uma imagem de escultura. Tem o sentido de representação ou de manifestação. Mas também pode se referir a CRISTO, “o qual é imagem do DEUS invisível” (Cl, ou “o eikon de DEUS”, que não é só uma representação, como o é uma estátua, ou um ídolo; é primeiramente a igualdade na essência de DEUS.
Assim, surge a questão: o homem, feito à imagem de DEUS, é apenas uma representação do Criador, ou tinha algo divino nele, ou participava da real essência de DEUS? A palavra hebraica para “imagem” é tselem; e, para “semelhança”, demut. Elas se referem a algo similar ou idêntico ao que representam, ou àquilo de que são à “imagem”.
Podemos dizer que o homem era, no seu estado original, no ato da criação, uma imagem ou representação de DEUS, tendo características de DEUS em sua pessoa, tais como pessoalidade, amor, justiça, santidade, retidão, perfeição moral; tudo isso à semelhança de DEUS. Mas o homem não poderia ser igual a DEUS. Só JESUS é “o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb 1.3); “o qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15).
Semelhança moral com DEUS. A interpretação do que vem a ser a “semelhança” de DEUS no homem tem muitas variantes. Há quem entenda que essa “semelhança” é apenas moral e espiritual. Outros entendem que é mais ampla, incluindo a essência da divindade do Criador. Na Bíblia de Estudo Pentecostal14, lemos que “Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral e plena comunhão”.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal também está escrito que “Adão e Eva tmham semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais, tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio”.13 Na visão acima, a semelhança do homem com DEUS é moral, incluindo características especiais, concedidas por DEUS, tais como ausência de pecado, santidade, sabedoria, amor e poder para agir de modo certo. E, ao mesmo tempo, tinham semelhança natural, por terem sido criados como seres pessoais, dotados de características próprias da pessoalidade.
Langston disse:
O homem foi criado bom. Todas as suas tendências eram boas. Tosos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para DEUS, e nisto consistia a sua semelhança moral com o Criador. As Escrituras ensinam mui claramente que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a DEUS, e ensinam também que ele perdeu esta semelhança moral quando caiu pelo pecado.16
Este é um ponto importante: o homem, quando deu lugar ao Diabo e desobedeceu a DEUS, pecou; e, assim, perdeu aquela semelhança moral com o Criador. Ficaram, na verdade, os traços daquela semelhança, distorcida, prejudicada, no ser humano. Esses traços são os sensos de justiça e de ética, e da busca por um Ser supremo, no âmago de sua consciência.
I) Há uma lei interior dentro do ser humano. Na consciência do homem vemos que ele tem um referencial, um juízo de valor que aponta o que é certo e o que errado. Isso se chama faculdade moral, que aprova ou desaprova os atos praticados ou imaginados. Isso é um traço da semelhança moral com DEUS, que alertou ao homem para que não pecasse, desobedecendo e se apropriando do fruto da árvore interditada.
Paulo fala dessa faculdade moral que há dentro de cada um quando ensina que o homem tem uma lei interior que aprova ou desaprova os seus atos. Podemos chamá-la de lei da consciência.
Assim disse o apóstolo Paulo:
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os Rm 2.14,15).
Os animais não têm essa lei interior, que serve de referencial moral, pois sua natureza não comporta essa faculdade.
2; Há um padrão moral universal para o homem. Como ser moral, em sua semelhança com DEUS, o homem, falível, não pode se guiar apenas por sua consciência, ou seu coração, numa linguagem metafórica. Disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” /Jr 17.9,10\
O coração, nesse caso, não corresponde ao músculo cardíaco, e sim à consciência, ou à mente humana. Por causa do pecado original, todo o ser do homem ficou imperfeito, e seu coração, sua mente (ou sua consciência), tornaram-se enganosos e perversos. Por isso, o homem precisa de um padrão sublime para servir de referencial para suas ações.
Esse padrão não é — nem poderia ser — outro, senão a Palavra de DEUS. Disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sm 119.105). JESUS também afirmou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48; cf. Jo 17.23). Esse é, pois, o padrão para o ser humano, ainda que essa perfeição, requerida por CRISTO, não possa ser absoluta, e sim relativa, visto que a natureza, atingida pelo pecado, não pode alcançar o grau de perfeição nesta esfera da existência.
Só na eternidade, após a ressurreição dos salvos, ou ao Arrebatamento dos que permanecerem fiéis a DEUS, nesta vida, é que haverá o estado de perfeição plena, quando os santos chegarão à estatura de varão perfeito (cf. Ef 4.13).
O homem foi feito adulto — e perfeito.
Leite Filho, analisando o homem, ressalta:
Um fato relacionado à criação do homem que se faz notório e que passamos a considerar ê que o homem foi criado adulto. A cada passo das Escrituras percebe-se uma evidente maturidade dos seres que foram criados, assim também o homem.
Com isto queremos indicar que DEUS não criou nenhum óvulo ou embrião, e sim o homem já adulto.
Certo ensinador afirmou que Adão foi feito criança e cresceu no meio do jardim entre os animais. E um aluno lhe perguntou: “Quem deu de mamar à criança?”, sentindo-se constrangido com a explicação sem fundamento bíblico do tal “mestre”.
Para ter a capacidade reprodutiva, o homem foi feito com todas as suas potencialidades físicas e emocionais. Adão e Eva foram apresentados um ao outro, como marido e mulher, formando um casal, visando a unir-se numa “só carne” (Gn 2.24), para gerarem filhos e perpetuarem a continuidade da raça humana.
Quanto à perfeição do homem criado, referimo-nos à sua imagem e semelhança com o Criador, o que lhe conferia, na condição original, uma verdadeira perfeição em relação a seus descendentes, após a Queda. Tal perfeição do ser criado põe por terra os pressupostos da teoria da evolução, de Charles Darwin.
O homem não evoluiu a partir de organismos inferiores e chegou ao estágio superior. Ao contrário, ele começou num estágio altamente superior, mas, por causa do pecado, perdeu a sua condição privilegiada de um ser especial. Em lugar de evoluir, o homem passou por um processo de involução, espiritual, emocional e fisicamente, depois da Queda.
Uma síntese das idéias. Em resumo, a imagem de DEUS, no homem, refere-se à imagem espiritual e moral, conforme a semelhança de DEUS; e também à imagem natural, pelo fato de o homem ser uma pessoa, à semelhança de DEUS, que também é Pessoa. Quanto ao corpo, foi feito por DEUS para abrigar a parte espiritual do homem, formada por espírito e alma (cf. I Ts 5.23; Hb 4.12).
Essa imagem de DEUS foi corrompida pelo pecado. Mas, quando o homem se volta para o Criador e aceita a salvação, através de JESUS CRISTO, torna-se “a imagem e glória de DEUS” (I Co 11.7). Nascido de novo, o salvo é revestido “do novo homem, que, segundo DEUS, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
O homem, nascido de novo, em CRISTO, é “nova criatura” (2 Co 5.17) e se toma participante “da natureza divina” (2 Pe 1.4). Tal participação, no presente, é parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado; mas, na glorificação, será restaurada a “semelhança” da “imagem de DEUS”, pois “agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (I Jo 3.2).
Um dia, o homem será restaurado em sua perfeição original. Disse Paulo: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13). Na glorificação dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de DEUS” será plenamente entendida, pois o ser humano, totalmente restaurado, elevar-se-á a um nível superior.
Faça uma reflexão introdutória a respeito da espiritualidade humana. O que nos faz buscar a DEUS? De onde vem a necessidade de termos comunhão com o Pai? Use este fragmento textual para aprofundar a sua reflexão com a classe: “O ‘espírito’ é considerado um poder sublime que estabelece os seres humanos na dimensão espiritual e os capacita à comunhão com DEUS. Pode-se distinguir o espírito da alma, sendo aquele ‘a sede das qualidades espirituais do indivíduo ao passo que nesta residem os traços da personalidade’. Embora distinto entre si, não é possível separar alma e espírito. Pearlman declara: ‘A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espírito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecido na própria textura da alma. são fundidos e caldeados numa só substância’” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.248).
“O que Paulo quer dizer por ‘culto racional’ [logiken]’ tem sido motivo de debate. A palavra grega logikos (forma léxica de logiken), a qual Paulo não usa em outra parte dos seus escritos, era extensamente usada por filósofos gregos. Denotava ‘racionalidade’, quer dizer, as características que distinguem os seres humanos dos animais. A expressão ‘culto racional’ preserva este sentido. [...] Em outras palavras, Paulo arrazoa em favor de um culto que seja lógico ou apropriado para os que vivem no ESPÍRITO (Fee, 1994, p.601), os quais, [...], são guiados num comportamento apropriado pela mente renovada” (HORTON, Stanley M. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.892).
“Quando chegamos no Novo Testamento, a primeira coisa que notamos é que todo o povo de DEUS é dotado e chamado para fazer várias obras pelo ESPÍRITO de DEUS (veja Atos 2.17; 1 Coríntios 12.7), e não apenas as pessoas especiais como os artesãos do Templo, reis ou profetas. Colocado no contexto do novo concerto, as passagens do Antigo Testamento citadas há pouco proveem ilustrações bíblicas para uma compreensão carismática de todos os tipos básicos de trabalho humano: Todo trabalho humano, quer seja complicado ou simples, é possibilitado pela operação do ESPÍRITO de DEUS na pessoa que trabalha. Como poderia ser diferente? Se a vida inteira do cristão é por definição uma vida no ESPÍRITO, então o trabalho não pode ser exceção, quer seja trabalho religioso ou trabalho secular, trabalho ‘espiritual’ ou trabalho mundano. Em outras palavras, trabalhar no ESPÍRITO é uma dimensão do andar cristão no ESPÍRITO (Veja Romanos 8.4; Gálatas 5.16-25)” (PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.228).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p38
O que é um ser solidário?
A
atitude solidária é a “doação de si e um desprendimento,
seja de ordem afetiva/emocional ou material. E
uma forma de exercitar a empatia e tentar manter o olhar de afeto sobre as
necessidades de outras pessoas”
1. Qualidade de solidário. 2. Estado ou vínculo
recíproco de duas pessoas independentes. 3. Mutualidade de interesse e deveres.
4. Dir. Compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas pelas outras e cada
uma delas por todas.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição 10,
Betel, O Verdadeiro discípulo Glorifica a DEUS, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
EBD, Revista
Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de
João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os
laços da fraternidade Cristã
TEXTO ÁUREO
“E o que a si mesmo
se exaltar, será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado.” Mateus
23.12
VERDADE APLICADA
O discípulo de CRISTO
deve ser exemplo, para o rebanho, de um viver coerente com os princípios
bíblicos, para a glória de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar sobre
o poder do discipulado.
Expor critérios para verdadeiros discípulos que exercem liderança
Revelar erros do falso poder.
TEXTOS DE
REFERÈNCIA - MATEUS 23.6-12
6 E amam os
primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a
saber, o CRISTO, e todos vós sois irmãos.
9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual
está nos céus
10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o CRISTO.
11 Porém o maior dentre vós será vosso servo.
12 E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se
humilhar, será exaltado.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – SI
51.10 Devemos buscar um coração puro.
TERÇA – SI 145.3 O poder de DEUS não tem limites.
QUARTA – Pv 22.9 DEUS abençoa os generosos.
QUINTA – 1Co 2.5 A fé deve se apoiar no poder de DEUS.
SEXTA – 1Co 13.4 O amor é bondoso.
SÁBADO – 1Ts 4.7 DEUS nos chamou para a santidade.
HINOS SUGERIDOS: 112, 124, 200
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o
discípulo de CRISTO tenha sede de servir bem e conhecer o DEUS Todo-Poderoso
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
1.1. Designa destinos
1.2. Promove a santidade
1.3. Tem poder para exaltar
2- O VERDADEIRO PODER
2.1. Revela inteireza de coração
2.2. É agente do bem
2.3. É solidário
3- DISCÍPULOS EM CRISE
3.1. Desafia a autoridade.
3.2. Ignora a fonte da autoridade
3.3. Não serve de exemplo
INTRODUÇÃO
Ser Todo-poderoso é a natureza de DEUS, chamada de
onipotência; ao homem resta reconhecê-la e se submeter a ela. Não é errado um
discipulador ter poder, desde que ele venha de DEUS e sirva para Sua glória e
Seu propósito.
1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
O termo onipotente vem do latim omni, “todo,
completo” mais potens, “aquele que pode, potente”. O nome de DEUS em hebraico
é El Shaddai, que significa DEUS Todo-Poderoso. Foi assim que Ele se
apresentou a Abraão [Gn 17.1]. Conhecer esse atributo divino é fundamental para
que o ser humano se coloque na dependência do DEUS que tudo pode [Jó 42.2].
Engana-se quem pensa que conhece DEUS, mas se acha poderoso [Jo 15.5]. JESUS
destacou o poder de DEUS em contraste com o humano [Mt 19.26].
1.1. Designa destinos
Homens não são capazes de designar o destino das
pessoas. Só DEUS tem esse poder [Pv 21.1] e usa para Sua glória e propósito [Fp
2.13]. A maior mudança de destino foi quando DEUS enviou Seu Filho para salvar
o homem do inferno [Jo 3.16], portanto, vinculada à eternidade. Homens com sede
de poder estão com seu coração nas coisas desta terra [Mt 6.21], como
Diótrefes, que procurava ardentemente ser reconhecido como a pessoa mais importante
naquela igreja local.
Estamos vivendo o período dos coaching espiritual
(das mais diversas religiões), pessoas que afirmam serem capazes de ajudar
outros a mudarem seu destino. O fato é que o destino humano já foi mudado por DEUS
e aqueles que se submetem ao Seu plano, por meio do sacrifício de CRISTO na
cruz, alcançam essa vitória [Lc 19.10]. Sem sacrifícios exigidos por qualquer
“deus, sem apresentar virtudes humanas [Ef 2.8-9], mas pela fé em JESUS [Rm
10.9). O mesmo DEUS que muda destinos, equipa a pessoa com Seu ESPÍRITO, para
que ela passe a viver segundo o que Ele estabelece [2Co 7.1]. A partir daí,
como Seus filhos, as pessoas devem se submeter a esse DEUS Todo-Poderoso, João
repreende a atitude de Diótrefes, um mau discípulo com sede de poder, que
reivindicava para si o “primado” [Mt 23.6) e agia fora da vontade de DEUS.
1.2. Promove a santidade
A santidade é um atributo comunicável de DEUS.
O atributo comunicável é aquele que DEUS compartilha com o homem:
amor, bondade, santidade entre outros, parte deles elencado por Paulo
em Gálatas 5.22, como fruto do ESPÍRITO. A santidade, ou seja, a separação
do pecado, é exigida por DEUS [Lv 11.44]. Não se deve confundir santidade com
religiosidade, sendo essa um esforço meramente humano e vão para alcançar o
sagrado. Por meio do sangue de JESUS todos são santificados [1Co 6.11] e devem
se manter em santidade e não ser dominados pelo pecado [1 Jo 1.8-9]. Por ser SANTO,
DEUS é a Fonte da santidade. Apesar de ser um profeta do Senhor, Isaías só caiu
em si sobre esse caráter de DEUS quando teve a visão do Seu trono, onde os
serafins clamavam “SANTO, SANTO, SANTO” [Is 6.3]. Ali, reconheceu que era um
homem impuro e precisava ser tocado pela santidade divina em seu ministério. E DEUS
o tocou nos lábios [Is 6.7].
Robert Murray, pregador escocês, destaca: “Não são
os grandes talentos que DEUS abençoa, mas a grande semelhança com CRISTO. Um
discípulo que vive em santidade é uma arma poderosa nas mãos de DEUS”.
Reconhecer que DEUS é SANTO significa reconhecer que somos impuros, pecadores e
que precisamos ser tocados pelo DEUS SANTO, John Wesley diz: “A conversão tira
o cristão do mundo, mas é a santidade que tira o mundo do cristão”.
1.3. Tem poder para exaltar
Exaltar no original grego é hupsoo, que significa
“elevar às alturas; elevar ao extremo da opulência e prosperidade; elevar a
dignidade, honra e felicidade”. É uma ação divina que afeta a vida natural e
espiritual. Só é alvo dessa bênção, quem reconhece o poder de DEUS e se humilha
perante Ele [Mt 23.12]. DEUS resiste aos soberbos como Diótrefes [1 Pe 5.5].
Diótrefes era como um pregador megalomaníaco. Era o
sabe-tudo que nada sabia. Quando acreditamos saber de tudo, começamos a
“emburrecer”. Ele proferia palavras maliciosas contra o apóstolo João. Ao invés
de pregar para exaltar a CRISTO, pregava contra o seu líder. Ele não se
importava com as questões éticas, morais ou espirituais. Não via que apenas DEUS
tem o poder de exaltar e de abater. O Pr. Gilberto Oliveira Rehder diz: “Pior
do que a ‘falta’ de humildade é a ‘falsa’ humildade que leva a pessoa a se sentir
orgulhosa de estar agindo de modo humilde”.
EU ENSINEI QUE:
A onipotência é um atributo de DEUS que pertence
exclusivamente a Ele. Aquele que tem sede de poder age religiosamente, ignora
as verdades espirituais e não conhece o DEUS que é Todo-Poderoso.
2- O VERDADEIRO PODER
JESUS veio mostrar o verdadeiro poder. Na contramão
do mundo, esse poder está associado a um coração dedicado e incorruptível, a
atitudes generosas sem esperar nada em troca e à solidariedade junto aos que
sofrem. Paulo resumiu o verdadeiro poder de um discípulo na figura de JESUS,
que sendo DEUS “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” [Fp 2.7]. Por
cumprir sua missão, DEUS o exaltou soberanamente [Fp 2.9].
2.1. Revela inteireza de coração
O coração do discipulador deve estar inteiramente
voltado para o seu chamado, que é cuidar do rebanho de DEUS [1 Pe 5.2]. Os
religiosos estavam presos ao status de seus cargos, que faziam questão de
exibir – e o pior é que o amor deles estava nisso [Mt
23.6]. João serviu com amor [Jo 21.20] e alertou que “aquele que não
ama não conhece a DEUS; porque DEUS é amor” [1 Jo 4.8]. DEUS busca líderes
segundo o Seu coração [1 Sm 13.14].
Diótrefes buscava poder, fama e status. Sua busca
por primazia não tinha limites. No coração do homem carnal existe o anseio de
ser grande, ser reconhecido, afamado. Para quem trabalha no serviço de DEUS,
isso é um grande perigo. Quando desejamos coisas altas demais, corremos o risco
de não as alcançar e depois sofrermos com o sentimento de incapacidade e
frustração. Muitas vezes, buscamos glória e reconhecimento para nós mesmos, mas
não é essa a recomendação bíblica. DEUS quer que estejamos satisfeitos com as
coisas humildes, e caso queira, Ele nos dará as coisas maiores para que Seu
nome seja glorificado.
2.2. É agente do bem
A bondade é a essência de DEUS [Mc 10.18], que JESUS
encarnou [Jo 1.1]. Os religiosos foram repreendidos por JESUS por desejarem ter
os primeiros lugares nas sinagogas [Mt 23.6], valorizando o status social do
cargo que ocupavam em vez do real compromisso que deveriam ter, que era serem
servos [Jo 10.11]. A liderança de CRISTO era constituída em fazer o
bem [At 10.38] e esse deve ser o alvo dos seus discípulos. Empatia é uma
característica indispensável a um discípulo de CRISTO. Colocar-se no lugar do
outro revela o autêntico servo que age com amor. JESUS designou 70 discípulos
para esse tipo de missão [Lc 10.1, 9]. Mas esse bem não deve ser motivo de
exibicionismo [Lc 10.20].
Os verdadeiros discípulos de CRISTO ajudam as
pessoas a se desenvolverem e terem o melhor desempenho possível dentro de seus
respectivos chamados. A liderança servidora não é sobre cargos e títulos, como
muitos religiosos e seguidores de Diótrefes pensam. Em vez disso, é uma atitude
que consiste em fazer o bem àqueles que estão em seu círculo de relacionamento.
Quem pratica o mal jamais viu a DEUS [3 Jo 11].
2.3. É solidário
O termo solidário vem do latim solidus, que
significa “firme, inteiro, sólido” e está relacionado a salvus, “salvo, em boa
saúde. Gaio, um líder solidário, foi reconhecido por João pela boa saúde da sua
alma (3 Jo 2]. Ele não media esforços para auxiliar aqueles que o procuravam (3
Jo 5]. O espírito da Igreja Primitiva era o da solidariedade [At
2.44] e Gaio estava sob ele. O verdadeiro discípulo é generoso, não age como os
fariseus que faziam para serem vistos por todos [Mt 23.5-7), nas primeiras
fileiras, mas em ser reconhecido por servir solidariamente [3 Jo 6]. O mau
discípulo é egoísta, como Diótrefes, e é um problema para a Igreja.
Indivíduos egoístas, que não ouvem os outros, que
pensam que a igreja esperou dois mil anos para que eles nascessem com suas
ideias brilhantes e seu desprezo pelas pessoas, não servem para liderar a
Igreja do Senhor. John C. Maxwell diz: “A verdadeira liderança deve ser para o
benefício dos seguidores”.
EU ENSINEI QUE
O poder não está em valores que o mundo reconhece,
mas naqueles que foram vividos e ensinados por JESUS.
3- DISCÍPULOS EM CRISE
Maus discípulos que têm sede de poder são pessoas
com crise, que buscam impor sua autoridade, como Diótrefes fazia. A ausência de
submissão fez com que este mau discípulo desrespeitasse sua liderança, não
entregando as cartas escritas por João à igreja local e se recusando a
recebê-lo.
3.1. Desafia a autoridade.
O desejo de primazia que Diótrefes tinha o fazia
desafiar a autoridade espiritual que estava sobre seu ministério, o apóstolo
João. Isso mostrava sua arrogância e destemor. JESUS deixou claro que os
religiosos adoravam ser chamados de Rabi [Mt 23.7], termo que designava poder
para o ensino e para conduzir outros. No coração destes religiosos havia o
sentimento de superioridade, mas JESUS destacou que o “maior” teria que ser
“servo”, um ensinamento oposto ao que aqueles “mestres” entendiam. Esses mesmos
rabis desafiaram a autoridade de JESUS inúmeras vezes [Lc 10.25], como fez o
próprio diabo, porém DEUS é quem tem o poder sobre tudo [Mt 4.1-11].
Diótrefes não recebia o seu líder apostólico nem os
seus representantes na igreja. Era rebelde contra a sua autoridade espiritual
[Pv 17.11]; proibia que os irmãos recebessem o apóstolo João e hospedassem os
evangelistas itinerantes enviados por ele.
3.2. Ignora a fonte da autoridade
Toda autoridade vem de DEUS [Rm 13.1], por essa
razão, responde a Ele sobre como a desempenha – se não der fruto, será cortada.
Era assim na época de JESUS, da Igreja Primitiva e continuará [Lc 13.6-7]. Quem
exerce autoridade eclesiástica sob suas próprias regras está em pecado e
precisa se arrepender [1 Jo 1.9]. Ao não mostrar arrependimento por seu abuso
de poder [Jr 22.17], Diótrefes mostrou sua arrogância e orgulho. O discípulo de
CRISTO está sempre sob a autoridade de DEUS serve ao propósito dEle (CI 1.16].
Diótrefes fazia tudo do seu jeito e exigia das
pessoas o que ele próprio não tinha: obediência à liderança. Era insubmisso e
opunha-se abertamente às ordens de João [3 Jo 9.10]. Era recalcado e ciumento.
Tentava a todo custo destruir a reputação de seu líder. Considerava o apóstolo
como um perigoso rival para a sua presumida autoridade na igreja e procurou
solapar sua posição mediante murmuração caluniosa. Mas João não se deixou
intimidar por suas ameaças e comportamento autoritário. Assim que terminou de escrever
sua terceira carta, iria àquela igreja e denunciaria a prepotência de
Diótrefes. João sabia que as palavras e as obras más dos rebeldes emanam de
Satanás.
3.3. Não serve de exemplo
O discípulo cujas atitudes e palavras não inspiram
o rebanho de DEUS, não serve e é mau. JESUS disse que o discípulo deve ser
julgado pelos seus frutos [Mt 7.16a]. Quem quer apenas se mostrar “santo” para
a multidão não passa de religioso e JESUS disse que será humilhado [Mt 23.12].
Mas quem se humilha sob a autoridade de DEUS é exaltado por Ele – e reconhecido
por seus pares, como Gaio e Demétrio foram.
As pessoas não precisam de discipuladores
brilhantes, mas de testemunhas fiéis que apontem, por meio de suas palavras e
exemplo de vida, para Aquele que foi crucificado e ressuscitado. Tomás de
Aquino diz que “é preferível iluminar que brilhar. Assim como as estrelas que
brilham, as pessoas soberbas também querem brilhar. Quem brilha mostra-se a si
mesmo, quem ilumina mostra os outros”. Podemos seguir líderes que brilham ou
que iluminam. Os autopromovidos não dão espaço para a glória de DEUS.
EU ENSINEI QUE:
As crises dos discípulos surgem quando, a exemplo
de Diótrefes, ignoram seus chamados ministeriais dentro dos critérios
estabelecidos por DEUS. Eles criam suas próprias regras e vivem em rebeldia a DEUS
e às autoridades constituídas por Ele, tomando-se maus exemplos.
CONCLUSÃO
Um cristão autêntico jamais será bem-sucedido
biblicamente por seus próprios méritos; ao contrário, se tornará egoísta e
insensível, porque o coração do homem é desesperadamente corrupto. O verdadeiro
e legítimo reconhecimento que um cristão que está, ou não, em algum cargo ou
função de liderança pode e deve buscar está em conhecer o DEUS Todo-Poderoso,
revelado em JESUS e expresso na vida de santidade.