Escrita Lição 3, Betel, O Criador se relacionando com o ser humano
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Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/escrita-licao-3-betel-o-criador-se.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/slides-licao-3-betel-o-criador-se.html
SUBSÍDIOS DIVERSOS
A questão da imanência e transcendência de Deus deve ser abordada da maneira correta para que não seja adotada uma visão distorcida de Deus. Algumas pessoas enfatizam muito a imanência de Deus numa tentativa de mostrar Sua proximidade com a Criação, mas acabam anulando Sua transcendência. Além disso, alguns conceitos equivocados da imanência resultam num tipo de panteísmo disfarçado.
Já
outras pessoas, ao enaltecer a natureza singular e soberana de Deus, acabam
enfatizando apenas Sua transcendência e ignorando Sua imanência. O resultado
disso muitas vezes se mostra num conceito de que Deus está tão separado e longe
da Criação que é impossível que aja qualquer aproximação d’Ele.
Então
não podemos dizer que Deus é apenas imanente ou transcendente. O correto é que
essas duas doutrinas sejam mantidas juntas, porque ambas são ensinadas na
Bíblia: “Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de
longe? Poderá alguém esconder-se sem que eu o veja? – diz o Senhor. Não sou eu
aquele que enche os céus e a terra? – pergunta o Senhor” (Jeremias
23:23,24).
https://estiloadoracao.com/imanencia-e-transcendencia-de-deus/
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COMENTÁRIOS BEP – CPAD (com algumas
modificações do Pr. Henrique)
2.24 DEIXARÁ O VARÃO O SEU PAI E A SUA MÃE.
Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que
dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra
(ver 1.28). A prescrição divina para o casamento é um só homem e uma só mulher,
os quais tornam-se uma só carne (i.e., unidos em corpo e alma). Este ensino
divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade, a fornicação e o
divórcio quando antibíblico (ver Mt 19.9).
Marcos 10.7 Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e
unir-se-á a sua mulher. 8 E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão
dois, mas uma só carne. 9 Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.
19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de Deus para o
casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a
morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste
particular, Jesus cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia),
palavra esta que no indica imoralidade sexual de uma pessoa solteira (Mt 5.32;
19.9). O divórcio, só deve ser permitido em caso de a noiva não ser mais virgem
ao se casar e o cônjuge ofendido se recusar a perdoar.
(1) Quando Jesus censura o divórcio em Mt 19.8,9, não estava
referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido
no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a
cerimônia do casamento (Dt 22.13-21, 24.1).
Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho
dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
Quando um homem
tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas
escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me
cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão
os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade,
à porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este
homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas,
dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de
minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os
anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em
cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre
uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não a
poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não
achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da
sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel,
prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti.
Deuteronômio 22:13-21
Ora, o
nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com
José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então,
José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la
secretamente. Mateus 1:18,19
A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem
juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por
causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade
conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a
execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). (3)
Sob a Nova Aliança, o crente, quando ocorre a infidelidade conjugal deve
perdoar o ofensor .
Porque,
se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos
perdoará a vós. Mateus 6:14
Então,
Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão
contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até
sete, mas até setenta vezes sete. Mateus 18:21,22
Os Domínio de Adão - Gênesis 2. 18-20
Com.
Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
(com algumas modificações
do Pr. Henrique)
II
Um exemplo da submissão das criaturas ao homem, e o seu domínio sobre elas
(vv. 19,20): Deus trouxe a Adão todo animal do campo e toda ave dos céus – ou
por meio do ministério dos anjos, ou por um instinto especial, orientando-os
para que viessem ao homem como seu senhor, ensinando desde cedo o boi a
conhecer o seu possuidor. Assim Deus deu ao homem o uniforme e o senhorio da
bela propriedade que lhe tinha concedido, e lhe concedeu o domínio sobre as
criaturas. Deus as trouxe a ele, para que pudesse dar-lhes nomes, e, assim,
dar:
1. Uma prova do seu conhecimento, como criatura dotada das
faculdades da razão e da fala, e, assim, mais douta do que os animais da terra
e mais sábia do que as aves dos céus, Jó 35.11. E:
2. Uma prova do seu poder. Atribuir nomes é um ato de
autoridade (Dn 1.7), e recebê-los é um ato de submissão. As criaturas
inferiores, agora, de certa maneira, prestam uma homenagem ao seu príncipe na
sua posse, e juram lealdade e fidelidade a ele. Se Adão tivesse permanecido
fiel ao seu Deus, podemos supor que as próprias criaturas teriam conhecido e
recordado bem os nomes que Adão agora lhes atribuía, a ponto de atenderem ao
seu chamado, a qualquer momento, e atenderem aos seus nomes. Deus deu nomes ao
dia e à noite, ao firmamento, à terra e ao mar. E chamou as estrelas pelos seus
nomes, para mostrar que Ele é o supremo Senhor delas. Mas Ele deu permissão
a Adão para que nomeasse os animais e as aves, como seu senhor subordinado.
Pois, tendo-o criado à sua própria imagem, Deus assim concedeu a Adão um pouco
da sua honra.
III
Um exemplo da insuficiência das
criaturas, para ser a felicidade do homem: “Mas (entre todos eles) para o homem
não se achava adjutora que estivesse como diante dele”. Alguns opinam que estas
foram as palavras do próprio Adão. Observando todas as criaturas comparecendo
diante dele, aos pares, para receberem seus nomes, assim ele indica o seu
desejo ao seu Mestre: “Senhor, todos estes têm adjutoras. Mas o que farei? Aqui
não há nenhuma para mim”. Mas, na verdade, esta é a avaliação que Deus fez
daquela revisão. Ele apresentou todas diante dele, para ver se haveria uma
parceira adequada para Adão em alguma das inúmeras famílias das criaturas
inferiores. Mas não havia nenhuma. Observe aqui:
1. A dignidade e a excelência da natureza humana. Na terra não havia
semelhante a ela, nem se encontrava seu par entre todas as criaturas
visíveis. Todas foram examinadas, mas o homem não era compatível a nenhuma
delas.
2. A inutilidade deste mundo e das suas coisas. Junte-as todas, e não se consegue
produzir uma adjutora para o homem. Elas não são adequadas à natureza da sua
alma, nem suprem as suas necessidades, nem satisfazem os seus justos desejos,
nem acompanham a sua duração eterna. Deus cria uma pessoa nova para ser uma
adjutora para o homem. E não apenas uma mulher, mas a semente da mulher.
A Formação de Eva. A Instituição do Casamento - Gênesis 2. 21-25
Aqui temos:
I
A criação da mulher, para ser uma
adjutora para Adão. Isto foi feito no sexto dia, como também a colocação de
Adão no paraíso, embora aqui isto seja mencionado depois de uma explicação do
descanso do sétimo dia. Mas aquilo que está escrito de modo geral (Gn 1.27),
que Deus criou macho e fêmea, aqui é relatado de maneira mais específica.
Observe que: 1. Primeiro foi formado Adão, depois Eva. (1 Tm 2.13), e ela foi
criada do homem, e para o homem (1 Co 11.8,9), coisas que são mencionadas
aqui como razões para a humildade, modéstia, silêncio e submissão, daquele sexo
de maneira geral, e particularmente a sujeição e a reverência que as esposas
devem aos seus próprios esposos. Mas, tendo o homem sido criado depois das
criaturas, como o melhor e mais excelente dentre todas, Eva, tendo sido criada
depois dele, e a partir dele, atribui uma honra ao sexo feminino, equivalente à
glória do homem, 1 Coríntios 11.7. Se o homem é a cabeça, ela é a coroa, uma
coroa para o seu esposo, a coroa da criação visível. O homem era o pó refinado,
mas a mulher era o pó duplamente refinado, alguém ainda mais distante daquilo
que poderia ser considerado comum.
2. Adão dormiu enquanto sua esposa era criada, para que não houvesse
oportunidade para imaginar que ele teria dirigido o Espírito do Senhor, ou sido
seu conselheiro, Isaías 40.13. Ele tinha percebido a falta que lhe fazia uma
adjutora. Mas como Deus assumiu a responsabilidade por dar-lhe uma, Adão não se
aflige com nenhuma preocupação a este respeito, mas se deita e adormece
docemente, como alguém que lançou todas as suas preocupações a respeito de
Deus, com uma resignação satisfeita em si mesmo e todos os seus assuntos
entregues à vontade e à sabedoria do seu Criador. Jehovah-Jireh, o Senhor
proverá, quando e a quem Ele assim o desejar. Se descansarmos graciosamente em
Deus, Deus irá graciosamente trabalhar por nós, e fazer tudo para o nosso bem.
3. Deus fez cair um sono sobre Adão, e este foi um sono pesado, de modo que
a abertura do seu lado não lhe causasse sofrimento. Enquanto ele não conhece o
pecado, Deus tomará os cuidados para que ele não sinta dor. Quando Deus, pela
sua providência, faz ao seu povo o que causa sofrimento à carne e ao sangue,
Ele não somente procura a sua felicidade neste assunto, mas, pela sua graça,
Ele pode acalmar e compor os seus espíritos de tal forma a tranquilizá-los sob
as operações mais aflitivas.
4. A mulher foi criada de uma costela, no lado de Adão. Não da sua cabeça,
para dominá-lo, nem dos seus pés, para ser pisada por ele, mas do seu lado,
para ser igual a ele. De debaixo do seu braço, para ser protegida, e de perto
do seu coração, para ser amada. Adão perdeu uma costela, e sem nenhuma redução
da sua força ou beleza (pois, sem dúvida, a carne foi fechada sem nenhuma
cicatriz). Mas no lugar da costela, ele recebeu uma adjutora para si, que
compensou abundantemente a sua perda: aquilo que Deus remove do seu povo, Ele
irá, de uma maneira ou de outra, retribuir, com vantagens. Nisto (como em
muitas outras coisas) Adão era uma figura daquele que haveria de vir. Pois do
lado de Cristo, o segundo Adão, formou-se a sua esposa, a igreja, quando Ele
dormiu o profundo sono da morte sobre a cruz, para que o seu lado fosse aberto,
e dali saíssem água e sangue, sangue para resgatar a sua igreja e água para
purificá-la para si. Veja Efésios 5.25,26. (água e sangue estão presentes no nascimento – parto - e
morte de JESUS para mostrar sua humanidade)
II
O casamento da mulher com Adão. O
casamento é honroso, mas este certamente foi o casamento mais honroso que já
houve, no qual o próprio Deus ajudou durante todo o tempo. Os casamentos
(segundo dizem) são feitos no céu: temos certeza de que este o foi, pois o
homem, a mulher, o encontro, tudo foi obra de Deus. Ele, pelo seu poder, os
criou a ambos, e agora, pela sua ordenança, os fazia um só. Este foi um
casamento feito em perfeita inocência, e nunca houve nenhum outro casamento
como este, desde então, pois:
1. Deus, como o Pai da mulher, trouxe-a ao homem, como seu segundo ser, e
como adjutora para ele. Depois de criá-la, Ele não a deixou à sua própria
disposição. Não, ela era sua filha, e não devia casar-se sem o seu
consentimento. Têm mais probabilidades de se casar, para o seu conforto,
aqueles que pela fé e oração, e com uma dependência humilde da providência, se
colocam sob uma conduta que esteja de acordo com o padrão divino. Esta esposa
que é criação de Deus, por graça especial, e que foi trazida por Deus, por
divina providência, provavelmente provará ser uma adjutora para o homem.
2. Como Pai de Adão, o Senhor Deus lhe entregou a mulher,
e este a recebeu (v. 23): “Esta é agora osso dos meus ossos”. Agora eu tenho o
que me faltava, e que nenhuma entre todas as criaturas pôde fornecer-me, uma
adjutora para mim. Os dons de Deus para nós devem ser recebidos com um
reconhecimento agradecido e humilde da sua sabedoria, ao adequá-los a nós, e do
seu favor, ao concedê-los a nós. Provavelmente foi relevado a Adão, em uma
visão, enquanto dormia, que esta adorável criatura, agora apresentada a ele,
era uma parte de si mesmo, e deveria ser a sua companheira e a esposa da sua
aliança. Como consequência, alguns obtiveram um argumento para provar que os
santos, no paraíso celestial, reconhecerão uns aos outros. Além disto, como
sinal da sua aceitação a ela, Adão lhe deu um nome, não peculiar a ela, mas
comum ao seu sexo: Esta será chamada varoa, Isha (אשה - ’ishshah - mulher,
esposa, fêmea), um ser humano do sexo
feminino, diferente do homem em termos físicos e psicológicos, porém não em
natureza. Ela foi feita do homem e deve estar unida ao homem.
III
A instituição da ordenança do
casamento, e o estabelecimento da sua lei, v. 24. O dia de repouso e o
casamento foram duas ordenanças instituídas na fase da inocência. A primeira
visava a preservação da igreja. A segunda visava a preservação do mundo da humanidade.
Aparentemente (segundo Mt 19.4,5) foi o próprio Deus quem disse
aqui: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher”. Mas não se sabe ao
certo se Ele disse isto por intermédio de Moisés, que foi o escritor, ou de
Adão (v. 23). Aparentemente, estas são palavras de Adão, em nome de Deus,
estabelecendo esta lei para toda a sua posteridade (uma profecia).
1. Veja aqui como é grande o poder de uma ordenança divina. Seus laços são
ainda mais fortes do que os da natureza. A quem estaremos unidos mais
firmemente, do que aos pais que nos geraram, e às mães que nos deram à luz?
Ainda assim, o filho deve deixá-los, para unir-se à sua esposa, e a filha deve deixá-los,
para se unir ao seu esposo, Salmos 45.10,11. 2. Veja como é necessário que
os filhos tenham consigo o consentimento dos pais no seu casamento, e como são
injustos com seus pais, além de irreverentes, aqueles que se casam sem tal
consentimento. Pois estes filhos lhes roubam o seu direito e o seu interesse
neles, e o transferindo-os a outra pessoa de um modo fraudulento e não natural.
3. Veja a necessidade que existe, tanto de prudência quanto de oração na
escolha deste relacionamento, que é tão próximo e tão duradouro. Deve ser bem
feito aquilo que é feito para a vida inteira.
4. Veja como é firme o laço do casamento, que não deve ser dividido ou
enfraquecido, através da atitude de ter muitas esposas (Ml 2.15), nem deve ser
rompido ou arrancado pelo divórcio, por nenhuma causa.
5. Veja quão terno deve ser o afeto
entre marido e mulher, tal como o que temos pelos nossos próprios corpos,
Efésios 5.28. Estas duas pessoas são uma só carne. Que sejam então uma só alma.
IV
Uma evidência da pureza e da
inocência daquele estado no qual os nossos primeiros pais foram criados, v. 25.
Ambos estavam nus. Eles não precisavam de roupas para a sua defesa contra o
frio nem o calor, pois nenhum deles poderia fazer-lhes mal. Eles não precisavam
de nada como enfeite. Salomão, em toda a sua glória, não se vestiu como eles.
Eles também não precisavam de nada por causa da decência. Eles estavam nus, e
não tinham nenhuma razão para se envergonhar. Eles não sabiam o que era a
vergonha, diz a versão dos caldeus. Enrubescer agora mostra a cor da virtude, mas
não era, naquela ocasião, a cor da inocência. Aqueles que não tinham nenhum
pecado em sua consciência estavam isentos de ter a vergonha nos seus rostos,
mesmo não tendo roupas sobre os seus corpos.
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Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.
COMENTÁRIOS BEP – CPAD (com algumas
modificações do Pr. Henrique)
O DEUS DA CRIAÇÃO.
(1) Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, autoexistente
e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que
Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou
que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és
Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de
criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está
acima e independe dela (ver 1Tm 6.16; Cl 1.16).
(2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua
imagem” (1.27; ver 1.26). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus,
podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e
pessoal.
(3) Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e,
portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que
fizera e observou que era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram
criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado (ver
1.26). O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada e enganada pela
serpente, ou Satanás, comendo do fruto proibido por DEUS, ofereceu o fruto ao
seu marido e Adão o comeu (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9). E
Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. 1
Timóteo 2:14
A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO.
(1) Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc
13.19; Ef
3.9; Cl
1.16; Hb
1.2; Ap
10.6). O verbo “criar” (hb.“bara’’) é usado exclusivamente em
referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num
momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca
existiram (ver 1.3).
(2) A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava
informe, vazia e coberta de trevas (1.2). Naquele tempo o universo não tinha a
forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e
destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a
luz para dissipar as trevas (1.3-5), deu forma ao universo (1.6-13) e encheu a
terra de seres viventes (1.20-28).
(3) O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra.
Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus...” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24,
26). Noutras palavras, Deus falou e os céus e a terra passaram a existir. Antes
da palavra criadora de Deus, eles não existiam (Sl 33.6,9; 148.5; Is 48.13; Rm 4.17; Hb 11.3).
(4) Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na
criação.
(a) O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem
Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é
revelado como a eterna Palavra de Deus (Jo 1.1).
“Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”
(Jo
1.3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis...
tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1.16).
Finalmente, o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que
Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1.2).
(b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na
obra da criação. Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação,
preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. A
palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por
“vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao
declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército
deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33.6).
Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33.4; Sl 104.30).
O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.
Deus tinha razões específicas para criar o mundo.
(1) Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória,
majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1;
cf. 8.1).
Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão
do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor
reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.
(2) Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra
que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as
árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as
montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12).
Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos!
(3) Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e
alvos para a humanidade fossem cumpridos.
(a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão
amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser
humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente,
emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como
Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.
(b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça
humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem
contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador
para redimir a humanidade das consequências do pecado (ver 3.15). Daí Deus
teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o
glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe 2.9).
(c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do
Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com
eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o
seu Deus” (Ap
21.3).
CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO.
A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela
comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da
vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro
observações a respeito da evolução.
(1) A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e
o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que
não existe nenhum Criador pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo
contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que
decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos. Os postulantes da evolução
alegam possuir dados científicos que apoiam a sua hipótese.
(2) O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o
método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis,
oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No
entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e
comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético
“grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das
formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma
hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é
que pode aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no Senhor e
na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas
as coisas (Hb
11.3).
(3) É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias
espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias
espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças
surgindo dentre algumas das espécies. Não há, porém, nenhuma evidência, nem
sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente
já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apoiam a
declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme a sua
espécie” (1.21,24,25).
(4) Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da
chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões da
evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu início ao processo
evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a Deus um papel
ativo em todos os aspectos da criação. Por exemplo, todos os verbos principais
em Genesis
1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1.12 (que cumpre o
mandamento de Deus no v. 11) e a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus
não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o
Criador ativo de todas as coisas (Cl 1.16).
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ESBOÇO
DA LIÇÃO
1-
A coroa da criação de Deus
1-1-
Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.
1-2-
Honra a dignidade na imagem e semelhança divina.
1-3-
Abençoados para reproduzir a imagem de Deus.
2-
Deus: um Ser relacional
2-1-
Criados de uma forma especial e admirável.
2-2-
Relacionamento, intimidade e parceria.
2-3-
Alguém do lado.
3-
Ligados pelo Criador
3-1-
Divinamente ligados.
3-2-
Emocionalmente ligados.
3-3-
Intimamente ligados.
TEXTO
ÁUREO
"Eu
to louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado"
Salmo 139.14a
VERDADE
APLICADA
Nós
necessitamos de Deus. Mas é sempre Deus quem toma a iniciativa e busca o homem
para se relacionar com Ele.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
-
Apresentar o homem como a coroa da criação de DEUS
-
Mostrar que Deus e um Deus relacional.
-
Enfatizar que devemos ter relacionamento com DEUS
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
Sl 8.1-9 Deus a glorificado nas Suas obras.
TERÇA
SI 139.13-17 A onipotência de Deus.
QUARTA
Ec 4.9-12 Melhor a serem dois do que um
QUINTA
Lc 3.23-38 Genealogia de Jesus.
SEXTA
At 17.24-28 O Deus que fez o mundo a tudo que nele há
SÁBADO
1Co 11.7-12 O homem e a imagem a glória de Deus
HINOS
SUGERIDOS 35, 227, 456
MOTIVO
DE ORAÇÃO - Ore para que tenhamos desejo
de nos relacionarmos mais intimamente com DEUS
TEXTOS
DE REFERÊNCIA - GÊNESIS 2.20-23
20.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e as aves dos céus, e a todo animal do
campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21.
Então o Senhor fez cair um Sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou
uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22.
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a
Adão.
23.
E disse Adão: Esta e agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta
será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
INTRODUÇÃO
O
ser humano ter sido criado a imagem e semelhança de Deus atesta que fomos
criados para relacionamento com Deus a com o próximo. Veremos na presente lição
a atenção e o cuidado do Criador em suprir as necessidades do homem em todas as
dimensões, inclusive no que concerne ao relacionamento. Ainda hoje,
necessitamos da providência divina em todas as áreas da vida.
1-
A coroa da criação de Deus
Deus
não fez o homem para que este vivesse para si mesmo. Deus o criou para que este
vivesse com Ele e na alegria da gloria dEle. Neste tipo de vida tudo na
existência humana era plenamente abençoado.
1-1-
Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.
A
criação foi feita e abençoada por Deus para o bem do homem. O próprio DEUS
aprova o que fez para o homem. Vemos isso quando lemos, ao término de cada
etapa, a frase: "E viu Deus que era bom" [Gn 1.10, 12, 18, 21, 25].
Ou seja, na forma sabia, bela e proposital como tudo foi feito, Deus queria o
melhor para o homem e fez tudo para o nosso bem e para Sua glória. Mesmo após a
queda, não podemos desprezar a beleza e sabedoria de Deus percebida em toda a
Sua criação.
SUBSÍDIO
1-1
Comentário
Bíblico Moody - Gênesis: "Quando o Criador olhou para o produto de Sua
vontade, encontrou-o perfeitamente completo e admirável; ficou satisfeito. Esta
declaração foi feita sete vezes. Cada um dos atos criativos de Deus era
perfeito, completo, agradável, satisfatório.”
1-2-
Honra a dignidade na imagem e semelhança divina.
Ser
portador da imagem de Deus é o major prestígio que o homem pode ter [Gn 1.27].
Em Mateus 18.10, Jesus diz: "(...) os seus anjos nos céus sempre veem a
face de meu Pai, que está nos céus" Mas em nenhum lugar da Bíblia é
ensinado que Deus tenha feito algum anjo a Sua imagem e semelhança. Ainda que
tenhamos sempre a ideia de que os anjos sejam os seres mais especiais criados
por Deus, é com o homem que Deus escolheu ter um relacionamento mais íntimo.
Ter sido criado a semelhança de Deus dotou o homem de potencial que não se
encontra paralelo em qualquer outra criatura terrena [Gn 1.26]. Nossa dignidade
essencial honra a glória de Deus.
SUBSÍDIO
1-2
Comentário
Bíblico Broadman - Gênesis: "Esta imagem de Deus em nós também torna
disponível uma comunhão entre o homem e Deus, que não é possível para as outras
criaturas. Pertencemos a familia de Deus. Embora em Gênesis Deus não ordene adoração,
é claro que o homem não pode executar as suas tarefas sem tal comunhão [Jo
35.10].
1-3-
Abençoados para reproduzir a imagem de Deus.
Gênesis
1.28 diz: "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: "Frutificai, a
multiplicai-vos': A fertilidade a capacidade de se multiplicar foi um ato
abençoador a glorioso de Deus. Deus é o único criador. O verbo hebraico bara;
que significa criar algo do nada, só pode ser atribuído a Deus. Ninguém, exceto
Deus, pode criar algo do nada. Mas conquanto Deus seja o Criador, abençoou o
homem para que ele fosse um procriador dos da mesma espécie de criatura à imagem
de Deus. Os animais não podem procriar criaturas à imagem de Deus. Os anjos
também não. Mas os homens sim.
SUBSÍDIO
1-3
Comentário
Bíblico Champlin - Gênesis: "... o homem e visto como quem foi feito
imagem de Deus, algo jamais dito no tocante aos animais irracionais. Paulo toma
esse mesmo tema em um sentido mais elevado, informando-nos que faz parte do
destino dos salvos serem conformados imagem do Filho, transformação espiritual
essa que é a própria essência da salvação.”
2-
Deus: um Ser relacional
Todo
este privilégio dado ao homem não se comparava ao proposito major deles: nos
relacionarmos de forma intima com Deus.
2-1-
Criados de uma forma especial e admirável.
"Eu
to louvarei, porque de um modo terrível a tão maravilhoso fui formado; maravilhosas
são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem:' [Sl 139.14]. Deus nos fez
de forma especial e admirável de duas formas: primeiro na forma como o primeiro
homem foi criado. Deus fez todas as coisas pelo ordenar da Sua voz [Sl 33.6; Hb
11.3]. Mas Adão foi feito pelas próprias mãos de Deus [Gn 2.7; Is 64.8]. No
nosso caso, descendentes de Adão, somos gerados no ventre da nossa mãe. Mas as mãos
de Deus não estão fora disso. O salmista diz: "Pois possuístes os meus
rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. (...) Os meus ossos não to foram
encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da
terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe" [Sl 139.13, 15-16].
SUBSÍDIO
2-1
Ainda
que a narrativa poética de Gênesis seja uma figura de linguagem, visto que Deus
não tem mãos, o sentido da revelação
está claro: Quando Deus nos fez, o fez de uma forma diferenciada e elevada a
todo o resto da criação. Mesmo que não saibamos a forma exata como isso
aconteceu, Deus quer que vejamos como somos uma obra-prima Sua. Obras das Suas
mãos.
2-2-
Relacionamento, intimidade e parceria.
Deus falava diretamente com o homem [Gn 2.16]. Não havia profetas, sacerdotes, anjos ou qualquer intermediário. Do lado de fora do Jardim não era possível falar com Deus ou ouvir a Deus sem mediações. Mas antes da queda, Deus falava face a face! Relacionamento e intimidade. Como vimos na lição anterior, Deus trouxe cada animal até Adão para que Adão decidisse qual nome teriam. O que Adão decidisse, Deus aprovaria. Gênesis 2.19 diz: "E tudo que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome': Veja que parceria maravilhosa Deus nos fez para termos com Ele!
SUBSÍDIO
2-2
Comentário
Bíblico Broadman –
Gênesis:
"Anteriormente, Adão e Eva estavam vivendo em uma comunhão sadia um com o
outro e com Deus. Eles não se consideravam em contraposição a Deus e um com o
outro, mas aceitavam cada relacionamento sem questionar. Agora repentinamente
tornavam-se cônscios das diferenças existentes entre eles. "Adão está
olhando para mim"; cisma Eva, e ela precisava esconder-se dele, e
vice-versa. "Nao posso deixar DEUS me ver desta forma'; sentiam ambos.
"Eu e tu" substituem o "nos" de seu relacionamento anterior.”
2-3-
Alguém do lado.
Como
se não bastasse estar em um paraíso, tendo com Deus um relacionamento que nem
conseguimos imaginar, Adão ainda recebe de Deus alguém que lhe corresponda de
uma forma exclusiva. Ao dar nomes aos pares de animais, o homem se vê sem seu
par [Gn 2.20]. Mas Deus não é alheio a isso. O próprio Deus, pela primeira vez
em Gênesis, diz que algo não era bom [Gn 2.18]. Não porque o homem tinha sido malfeito,
mas porque Sua obra ainda não estava
completa. E para ter alguém ao lado do homem, Deus tira do lado do homem aquela
que lhe corresponderia naquela honrosa missão.
SUBSÍDIO
2-3
Comentário
Bíblico Moody - Gênesis: "Uma vez que a mulher foi formada do lado do
homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e de ajudá-lo. Ele tem a
obrigação de lhe dar a proteção e defendê-la com o seu bravo. Os dois seres
formam um todo completo, a coroa da criação. O autor do Gênesis declara que DEUS
transformou (being) a costela que tirou do homem em uma mulher. A mão que
moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do
homem e transformou-o em uma mulher."
3-
Ligados pelo Criador
Quando
temos um verdadeiro e íntimo relacionamento com Deus, os demais relacionamentos
recebem a mesma saúde.
3-1-
Divinamente ligados.
Adão
foi gerado por Deus a partir do barro. Eva foi gerada de Adão a partir da sua
costela [Gn 2.21-23]. Há uma relação mais profunda entre o homem e a mulher que
conseguimos compreender. Suas diferenças não têm a ver com valor. Elas são
funcionais na missão dada por Deus. O homem depende da mulher como a mulher do
homem em necessidades distintas. Foram criados por Deus para serem parceiros na
vida. A abordagem feminista radical tem gerado um antagonismo destrutivo no
proposito original de Deus para o homem e a mulher.
SUBSÍDIO
3-1
João
Calvino - Comentário de Gênesis: "Certamente, não se pode negar que a mulher também, ainda que
tenha sido criada de modo diferente, foi criada imagem de Deus;
consequentemente, o que se disse na criação do homem e pertinente também ao
sexo feminino. Ora, visto que Deus designa a mulher como auxiliadora do homem,
ele não só prescreve as esposas a norma de sua vocação, para instruí-las em seu
dever, mas também declara que o matrimônio realmente provara ser aos homens o
melhor auxílio da vida."
3-2-
Emocionalmente ligados.
Quando
lemos Gênesis 2.23, quase podemos ver o sorriso de Adão. "Esta e agora
osso dos meus ossos e carne da minha carne" expressa ele quando Deus lhe
traz sua nova e mais bela companhia. Na lição anterior aprendemos que DEUS
não tem necessidades emocionais
(argumento utilizado — Deus teria criado os homens para com eles finalmente se
relacionar). Mas isso não significa que
Deus não tenha emoções. Aliás, as mais
santas emoções, que sempre foram compartilhadas em Trindade. Quando cria o
homem, confere a ele este atributo. A capacidade de sentir emoções e compartilhar
sentimentos. Além de Eva ser um socorro (o substantivo hebraico
"Iezer" na JFA-RA em Gênesis 2.18 e traduzido por socorro) para Adão,
ela seria também aquela que corresponderia as necessidades emocionais.
SUBSÍDIO
3-2
A
versão NVI, assim como a KJA, traduz Gênesis 2.23 "Esta, sim", que
tem correspondência com a versão JF-RA que traduz: "Esta, afinal". O
sentido é que Adão percebia que faltava alguma coisa no Jardim e para ele.
Nenhuma fêmea no Éden lhe correspondia. A mulher foi dada por DEUS como um
socorro para tudo o que o homem tinha que fazer, como também aquela que
integraliza o que o homem deveria ser.
3-3-
Intimamente ligados.
O
autor sagrado faz uma aplicação para as futuras gerações a partir da fala de Adão
[Gn 2.23]. A profunda ligação entre o homem e a mulher só é possível por meio
de um tipo de ruptura social que o trouxe até ali [Gn 2.24]. Seus pais até
então eram a base principal de suas relações afetivas. Este lugar agora se encontra
na relação do casal. Esta ligação intima culmina no ato conjugal. Não há razões
bíblicas para pensar que Adão e Eva não
tivessem relações sexuais antes da queda. Nao havia necessidade de pudor
antes da queda [Gn 2.25]. A intimidade com Deus santifica a nossa intimidade.
SUBSÍDIO 3-3
Comentário
Bíblico Champlin - Gênesis: "Paulo (citando indiretamente) usou o
sentimento do versículo a fim de proibir a prostituição, visto que o princípio
de uma carne que deve prevalecer no matrimônio e violado pela intrusão de uma
terceira pessoa. Em Efésios 5.31, esse apóstolo citou diretamente o versículo. Primeiro
usou-o para indicar o casamento literal, e, em seguida, o casamento espiritual
de Cristo com a Sua Igreja. Em ambos os casos, ele partiu do pressuposto de
alguma espécie de comunhão mística, no âmbito da alma, que une os casais, bem com
o Cristo a Sua Igreja, o que o versículo 32 dá a entender por meio do termo mistério."
CONCLUSÃO
O
nosso relacionamento com o próximo a determinado pelo nosso relacionamento com
Deus. Quando, por causa do pecado, somos alienados de Deus, as demais relações sofrerão
danos, conforme veremos na próxima lição.