Escrita Lição 3, Betel, O Criador se relacionando com o ser humano, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Escrita Lição 3, Betel, O Criador se relacionando com o ser humano

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https://youtu.be/bI9T-yKmRAA Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/escrita-licao-3-betel-o-criador-se.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/slides-licao-3-betel-o-criador-se.html

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SUBSÍDIOS DIVERSOS

A questão da imanência e transcendência de Deus deve ser abordada da maneira correta para que não seja adotada uma visão distorcida de Deus. Algumas pessoas enfatizam muito a imanência de Deus numa tentativa de mostrar Sua proximidade com a Criação, mas acabam anulando Sua transcendência. Além disso, alguns conceitos equivocados da imanência resultam num tipo de panteísmo disfarçado.

Já outras pessoas, ao enaltecer a natureza singular e soberana de Deus, acabam enfatizando apenas Sua transcendência e ignorando Sua imanência. O resultado disso muitas vezes se mostra num conceito de que Deus está tão separado e longe da Criação que é impossível que aja qualquer aproximação d’Ele.

Então não podemos dizer que Deus é apenas imanente ou transcendente. O correto é que essas duas doutrinas sejam mantidas juntas, porque ambas são ensinadas na Bíblia: “Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Poderá alguém esconder-se sem que eu o veja? – diz o Senhor. Não sou eu aquele que enche os céus e a terra? – pergunta o Senhor” (Jeremias 23:23,24).

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COMENTÁRIOS BEP – CPAD (com algumas modificações do Pr. Henrique)

2.24 DEIXARÁ O VARÃO O SEU PAI E A SUA MÃE.

Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra (ver 1.28). A prescrição divina para o casamento é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se uma só carne (i.e., unidos em corpo e alma). Este ensino divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade, a fornicação e o divórcio quando antibíblico (ver Mt 19.9).

Marcos 10.7 Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. 8 E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. 9 Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.

19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, Jesus cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), palavra esta que no indica imoralidade sexual de uma pessoa solteira (Mt 5.32; 19.9). O divórcio, só deve ser permitido em caso de a noiva não ser mais virgem ao se casar e o cônjuge ofendido se recusar a perdoar.

(1) Quando Jesus censura o divórcio em Mt 19.8,9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do casamento (Dt 22.13-21, 24.1).

 

Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1

 

Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, à porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não a poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21

 

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.  Mateus 1:18,19

 

A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). (3) Sob a Nova Aliança, o crente, quando ocorre a infidelidade conjugal deve perdoar o ofensor .

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mateus 6:14

Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. Mateus 18:21,22

   

Os Domínio de Adão - Gênesis 2. 18-20

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

(com algumas modificações do Pr. Henrique)

II

Um exemplo da submissão das criaturas ao homem, e o seu domínio sobre elas (vv. 19,20): Deus trouxe a Adão todo animal do campo e toda ave dos céus – ou por meio do ministério dos anjos, ou por um instinto especial, orientando-os para que viessem ao homem como seu senhor, ensinando desde cedo o boi a conhecer o seu possuidor. Assim Deus deu ao homem o uniforme e o senhorio da bela propriedade que lhe tinha concedido, e lhe concedeu o domínio sobre as criaturas. Deus as trouxe a ele, para que pudesse dar-lhes nomes, e, assim, dar:

1. Uma prova do seu conhecimento, como criatura dotada das faculdades da razão e da fala, e, assim, mais douta do que os animais da terra e mais sábia do que as aves dos céus, Jó 35.11. E:

2. Uma prova do seu poder. Atribuir nomes é um ato de autoridade (Dn 1.7), e recebê-los é um ato de submissão. As criaturas inferiores, agora, de certa maneira, prestam uma homenagem ao seu príncipe na sua posse, e juram lealdade e fidelidade a ele. Se Adão tivesse permanecido fiel ao seu Deus, podemos supor que as próprias criaturas teriam conhecido e recordado bem os nomes que Adão agora lhes atribuía, a ponto de atenderem ao seu chamado, a qualquer momento, e atenderem aos seus nomes. Deus deu nomes ao dia e à noite, ao firmamento, à terra e ao mar. E chamou as estrelas pelos seus nomes, para mostrar que Ele é o supremo Senhor delas. Mas Ele deu permissão a Adão para que nomeasse os animais e as aves, como seu senhor subordinado. Pois, tendo-o criado à sua própria imagem, Deus assim concedeu a Adão um pouco da sua honra.

III

 Um exemplo da insuficiência das criaturas, para ser a felicidade do homem: “Mas (entre todos eles) para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele”. Alguns opinam que estas foram as palavras do próprio Adão. Observando todas as criaturas comparecendo diante dele, aos pares, para receberem seus nomes, assim ele indica o seu desejo ao seu Mestre: “Senhor, todos estes têm adjutoras. Mas o que farei? Aqui não há nenhuma para mim”. Mas, na verdade, esta é a avaliação que Deus fez daquela revisão. Ele apresentou todas diante dele, para ver se haveria uma parceira adequada para Adão em alguma das inúmeras famílias das criaturas inferiores. Mas não havia nenhuma. Observe aqui:

1. A dignidade e a excelência da natureza humana. Na terra não havia semelhante a ela, nem se encontrava seu par entre todas as criaturas visíveis. Todas foram examinadas, mas o homem não era compatível a nenhuma delas.

2. A inutilidade deste mundo e das suas coisas. Junte-as todas, e não se consegue produzir uma adjutora para o homem. Elas não são adequadas à natureza da sua alma, nem suprem as suas necessidades, nem satisfazem os seus justos desejos, nem acompanham a sua duração eterna. Deus cria uma pessoa nova para ser uma adjutora para o homem. E não apenas uma mulher, mas a semente da mulher.

 

A Formação de Eva. A Instituição do Casamento - Gênesis 2. 21-25

Aqui temos:

I

 A criação da mulher, para ser uma adjutora para Adão. Isto foi feito no sexto dia, como também a colocação de Adão no paraíso, embora aqui isto seja mencionado depois de uma explicação do descanso do sétimo dia. Mas aquilo que está escrito de modo geral (Gn 1.27), que Deus criou macho e fêmea, aqui é relatado de maneira mais específica. Observe que: 1. Primeiro foi formado Adão, depois Eva. (1 Tm 2.13), e ela foi criada do homem, e para o homem (1 Co 11.8,9), coisas que são mencionadas aqui como razões para a humildade, modéstia, silêncio e submissão, daquele sexo de maneira geral, e particularmente a sujeição e a reverência que as esposas devem aos seus próprios esposos. Mas, tendo o homem sido criado depois das criaturas, como o melhor e mais excelente dentre todas, Eva, tendo sido criada depois dele, e a partir dele, atribui uma honra ao sexo feminino, equivalente à glória do homem, 1 Coríntios 11.7. Se o homem é a cabeça, ela é a coroa, uma coroa para o seu esposo, a coroa da criação visível. O homem era o pó refinado, mas a mulher era o pó duplamente refinado, alguém ainda mais distante daquilo que poderia ser considerado comum.

2. Adão dormiu enquanto sua esposa era criada, para que não houvesse oportunidade para imaginar que ele teria dirigido o Espírito do Senhor, ou sido seu conselheiro, Isaías 40.13. Ele tinha percebido a falta que lhe fazia uma adjutora. Mas como Deus assumiu a responsabilidade por dar-lhe uma, Adão não se aflige com nenhuma preocupação a este respeito, mas se deita e adormece docemente, como alguém que lançou todas as suas preocupações a respeito de Deus, com uma resignação satisfeita em si mesmo e todos os seus assuntos entregues à vontade e à sabedoria do seu Criador. Jehovah-Jireh, o Senhor proverá, quando e a quem Ele assim o desejar. Se descansarmos graciosamente em Deus, Deus irá graciosamente trabalhar por nós, e fazer tudo para o nosso bem.

3. Deus fez cair um sono sobre Adão, e este foi um sono pesado, de modo que a abertura do seu lado não lhe causasse sofrimento. Enquanto ele não conhece o pecado, Deus tomará os cuidados para que ele não sinta dor. Quando Deus, pela sua providência, faz ao seu povo o que causa sofrimento à carne e ao sangue, Ele não somente procura a sua felicidade neste assunto, mas, pela sua graça, Ele pode acalmar e compor os seus espíritos de tal forma a tranquilizá-los sob as operações mais aflitivas.

4. A mulher foi criada de uma costela, no lado de Adão. Não da sua cabeça, para dominá-lo, nem dos seus pés, para ser pisada por ele, mas do seu lado, para ser igual a ele. De debaixo do seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada. Adão perdeu uma costela, e sem nenhuma redução da sua força ou beleza (pois, sem dúvida, a carne foi fechada sem nenhuma cicatriz). Mas no lugar da costela, ele recebeu uma adjutora para si, que compensou abundantemente a sua perda: aquilo que Deus remove do seu povo, Ele irá, de uma maneira ou de outra, retribuir, com vantagens. Nisto (como em muitas outras coisas) Adão era uma figura daquele que haveria de vir. Pois do lado de Cristo, o segundo Adão, formou-se a sua esposa, a igreja, quando Ele dormiu o profundo sono da morte sobre a cruz, para que o seu lado fosse aberto, e dali saíssem água e sangue, sangue para resgatar a sua igreja e água para purificá-la para si. Veja Efésios 5.25,26. (água e sangue estão presentes no nascimento – parto - e morte de JESUS para mostrar sua humanidade)

II

 O casamento da mulher com Adão. O casamento é honroso, mas este certamente foi o casamento mais honroso que já houve, no qual o próprio Deus ajudou durante todo o tempo. Os casamentos (segundo dizem) são feitos no céu: temos certeza de que este o foi, pois o homem, a mulher, o encontro, tudo foi obra de Deus. Ele, pelo seu poder, os criou a ambos, e agora, pela sua ordenança, os fazia um só. Este foi um casamento feito em perfeita inocência, e nunca houve nenhum outro casamento como este, desde então, pois:

1. Deus, como o Pai da mulher, trouxe-a ao homem, como seu segundo ser, e como adjutora para ele. Depois de criá-la, Ele não a deixou à sua própria disposição. Não, ela era sua filha, e não devia casar-se sem o seu consentimento. Têm mais probabilidades de se casar, para o seu conforto, aqueles que pela fé e oração, e com uma dependência humilde da providência, se colocam sob uma conduta que esteja de acordo com o padrão divino. Esta esposa que é criação de Deus, por graça especial, e que foi trazida por Deus, por divina providência, provavelmente provará ser uma adjutora para o homem.

2. Como Pai de Adão, o Senhor Deus lhe entregou a mulher, e este a recebeu (v. 23): “Esta é agora osso dos meus ossos”. Agora eu tenho o que me faltava, e que nenhuma entre todas as criaturas pôde fornecer-me, uma adjutora para mim. Os dons de Deus para nós devem ser recebidos com um reconhecimento agradecido e humilde da sua sabedoria, ao adequá-los a nós, e do seu favor, ao concedê-los a nós. Provavelmente foi relevado a Adão, em uma visão, enquanto dormia, que esta adorável criatura, agora apresentada a ele, era uma parte de si mesmo, e deveria ser a sua companheira e a esposa da sua aliança. Como consequência, alguns obtiveram um argumento para provar que os santos, no paraíso celestial, reconhecerão uns aos outros. Além disto, como sinal da sua aceitação a ela, Adão lhe deu um nome, não peculiar a ela, mas comum ao seu sexo: Esta será chamada varoa, Isha (אשה - ’ishshah -  mulher, esposa, fêmea), um ser humano do sexo feminino, diferente do homem em termos físicos e psicológicos, porém não em natureza. Ela foi feita do homem e deve estar unida ao homem.

III

 A instituição da ordenança do casamento, e o estabelecimento da sua lei, v. 24. O dia de repouso e o casamento foram duas ordenanças instituídas na fase da inocência. A primeira visava a preservação da igreja. A segunda visava a preservação do mundo da humanidade. Aparentemente (segundo Mt 19.4,5) foi o próprio Deus quem disse aqui: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher”. Mas não se sabe ao certo se Ele disse isto por intermédio de Moisés, que foi o escritor, ou de Adão (v. 23). Aparentemente, estas são palavras de Adão, em nome de Deus, estabelecendo esta lei para toda a sua posteridade (uma profecia).

1. Veja aqui como é grande o poder de uma ordenança divina. Seus laços são ainda mais fortes do que os da natureza. A quem estaremos unidos mais firmemente, do que aos pais que nos geraram, e às mães que nos deram à luz? Ainda assim, o filho deve deixá-los, para unir-se à sua esposa, e a filha deve deixá-los, para se unir ao seu esposo, Salmos 45.10,11. 2. Veja como é necessário que os filhos tenham consigo o consentimento dos pais no seu casamento, e como são injustos com seus pais, além de irreverentes, aqueles que se casam sem tal consentimento. Pois estes filhos lhes roubam o seu direito e o seu interesse neles, e o transferindo-os a outra pessoa de um modo fraudulento e não natural.

3. Veja a necessidade que existe, tanto de prudência quanto de oração na escolha deste relacionamento, que é tão próximo e tão duradouro. Deve ser bem feito aquilo que é feito para a vida inteira.

4. Veja como é firme o laço do casamento, que não deve ser dividido ou enfraquecido, através da atitude de ter muitas esposas (Ml 2.15), nem deve ser rompido ou arrancado pelo divórcio, por nenhuma causa.

 5. Veja quão terno deve ser o afeto entre marido e mulher, tal como o que temos pelos nossos próprios corpos, Efésios 5.28. Estas duas pessoas são uma só carne. Que sejam então uma só alma.

IV

 Uma evidência da pureza e da inocência daquele estado no qual os nossos primeiros pais foram criados, v. 25. Ambos estavam nus. Eles não precisavam de roupas para a sua defesa contra o frio nem o calor, pois nenhum deles poderia fazer-lhes mal. Eles não precisavam de nada como enfeite. Salomão, em toda a sua glória, não se vestiu como eles. Eles também não precisavam de nada por causa da decência. Eles estavam nus, e não tinham nenhuma razão para se envergonhar. Eles não sabiam o que era a vergonha, diz a versão dos caldeus. Enrubescer agora mostra a cor da virtude, mas não era, naquela ocasião, a cor da inocência. Aqueles que não tinham nenhum pecado em sua consciência estavam isentos de ter a vergonha nos seus rostos, mesmo não tendo roupas sobre os seus corpos.

  

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A CRIAÇÃO

Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.

COMENTÁRIOS BEP – CPAD (com algumas modificações do Pr. Henrique)

 

O DEUS DA CRIAÇÃO.

(1) Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, autoexistente e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16; Cl 1.16).

(2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal.

(3) Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que fizera e observou que era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado (ver 1.26). O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada e enganada pela serpente, ou Satanás, comendo do fruto proibido por DEUS, ofereceu o fruto ao seu marido e Adão o comeu (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9). E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. 1 Timóteo 2:14

 

A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO.

(1) Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc 13.19; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6). O verbo “criar” (hb.“bara’’) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram (ver 1.3).

(2) A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas (1.2). Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas (1.3-5), deu forma ao universo (1.6-13) e encheu a terra de seres viventes (1.20-28).

(3) O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus...” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). Noutras palavras, Deus falou e os céus e a terra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles não existiam (Sl 33.6,9; 148.5; Is 48.13; Rm 4.17; Hb 11.3).

(4) Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação.

(a) O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus (Jo 1.1). “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1.16).

Finalmente, o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1.2).

(b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33.6). Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33.4; Sl 104.30).

 

O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.

Deus tinha razões específicas para criar o mundo.

(1) Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1; cf. 8.1).

Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

(2) Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos!

(3) Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos.

(a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

(b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado (ver 3.15). Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe 2.9).

(c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

 

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO.

A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução.

(1) A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não existe nenhum Criador pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos. Os postulantes da evolução alegam possuir dados científicos que apoiam a sua hipótese.

(2) O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é que pode aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas as coisas (Hb 11.3).

(3) É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas das espécies. Não há, porém, nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apoiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (1.21,24,25).

(4) Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões da evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a Deus um papel ativo em todos os aspectos da criação. Por exemplo, todos os verbos principais em Genesis 1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1.12 (que cumpre o mandamento de Deus no v. 11) e a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1.16).

  

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SUBSÍDIOS

Escrita Lição 3, Betel, O Criador se relacionando com o ser humano

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A coroa da criação de Deus

1-1- Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.

1-2- Honra a dignidade na imagem e semelhança divina.

1-3- Abençoados para reproduzir a imagem de Deus.

2- Deus: um Ser relacional

2-1- Criados de uma forma especial e admirável.

2-2- Relacionamento, intimidade e parceria.

2-3- Alguém do lado.

3- Ligados pelo Criador

3-1- Divinamente ligados.

3-2- Emocionalmente ligados.

3-3- Intimamente ligados.

  

TEXTO ÁUREO

"Eu to louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado" Salmo 139.14a

 

VERDADE APLICADA

Nós necessitamos de Deus. Mas é sempre Deus quem toma a iniciativa e busca o homem para se relacionar com Ele.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Apresentar o homem como a coroa da criação de DEUS

- Mostrar que Deus e um Deus relacional.

- Enfatizar que devemos ter relacionamento com DEUS

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Sl 8.1-9 Deus a glorificado nas Suas obras.

TERÇA SI 139.13-17 A onipotência de Deus.

QUARTA Ec 4.9-12 Melhor a serem dois do que um

QUINTA Lc 3.23-38 Genealogia de Jesus.

SEXTA At 17.24-28 O Deus que fez o mundo a tudo que nele há

SÁBADO 1Co 11.7-12 O homem e a imagem a glória de Deus

  

HINOS SUGERIDOS 35, 227, 456

 

MOTIVO DE ORAÇÃO -  Ore para que tenhamos desejo de nos relacionarmos mais intimamente com DEUS

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA - GÊNESIS 2.20-23

20. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e as aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.

21. Então o Senhor fez cair um Sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.

22. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.

23. E disse Adão: Esta e agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

  

INTRODUÇÃO

O ser humano ter sido criado a imagem e semelhança de Deus atesta que fomos criados para relacionamento com Deus a com o próximo. Veremos na presente lição a atenção e o cuidado do Criador em suprir as necessidades do homem em todas as dimensões, inclusive no que concerne ao relacionamento. Ainda hoje, necessitamos da providência divina em todas as áreas da vida.

  

1- A coroa da criação de Deus

Deus não fez o homem para que este vivesse para si mesmo. Deus o criou para que este vivesse com Ele e na alegria da gloria dEle. Neste tipo de vida tudo na existência humana era plenamente abençoado.

  

1-1- Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.

A criação foi feita e abençoada por Deus para o bem do homem. O próprio DEUS aprova o que fez para o homem. Vemos isso quando lemos, ao término de cada etapa, a frase: "E viu Deus que era bom" [Gn 1.10, 12, 18, 21, 25]. Ou seja, na forma sabia, bela e proposital como tudo foi feito, Deus queria o melhor para o homem e fez tudo para o nosso bem e para Sua glória. Mesmo após a queda, não podemos desprezar a beleza e sabedoria de Deus percebida em toda a Sua criação.

  

SUBSÍDIO 1-1

Comentário Bíblico Moody - Gênesis: "Quando o Criador olhou para o produto de Sua vontade, encontrou-o perfeitamente completo e admirável; ficou satisfeito. Esta declaração foi feita sete vezes. Cada um dos atos criativos de Deus era perfeito, completo, agradável, satisfatório.”

  

1-2- Honra a dignidade na imagem e semelhança divina.

Ser portador da imagem de Deus é o major prestígio que o homem pode ter [Gn 1.27]. Em Mateus 18.10, Jesus diz: "(...) os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai, que está nos céus" Mas em nenhum lugar da Bíblia é ensinado que Deus tenha feito algum anjo a Sua imagem e semelhança. Ainda que tenhamos sempre a ideia de que os anjos sejam os seres mais especiais criados por Deus, é com o homem que Deus escolheu ter um relacionamento mais íntimo. Ter sido criado a semelhança de Deus dotou o homem de potencial que não se encontra paralelo em qualquer outra criatura terrena [Gn 1.26]. Nossa dignidade essencial honra a glória de Deus.

  

SUBSÍDIO 1-2

Comentário Bíblico Broadman - Gênesis: "Esta imagem de Deus em nós também torna disponível uma comunhão entre o homem e Deus, que não é possível para as outras criaturas. Pertencemos a familia de Deus. Embora em Gênesis Deus não ordene adoração, é claro que o homem não pode executar as suas tarefas sem tal comunhão [Jo 35.10].

  

1-3- Abençoados para reproduzir a imagem de Deus.

Gênesis 1.28 diz: "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: "Frutificai, a multiplicai-vos': A fertilidade a capacidade de se multiplicar foi um ato abençoador a glorioso de Deus. Deus é o único criador. O verbo hebraico bara; que significa criar algo do nada, só pode ser atribuído a Deus. Ninguém, exceto Deus, pode criar algo do nada. Mas conquanto Deus seja o Criador, abençoou o homem para que ele fosse um procriador dos da mesma espécie de criatura à imagem de Deus. Os animais não podem procriar criaturas à imagem de Deus. Os anjos também não. Mas os homens sim.

  

SUBSÍDIO 1-3

Comentário Bíblico Champlin - Gênesis: "... o homem e visto como quem foi feito imagem de Deus, algo jamais dito no tocante aos animais irracionais. Paulo toma esse mesmo tema em um sentido mais elevado, informando-nos que faz parte do destino dos salvos serem conformados imagem do Filho, transformação espiritual essa que é a própria essência da salvação.”

  

2- Deus: um Ser relacional

Todo este privilégio dado ao homem não se comparava ao proposito major deles: nos relacionarmos de forma intima com Deus.

  

2-1- Criados de uma forma especial e admirável.

"Eu to louvarei, porque de um modo terrível a tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem:' [Sl 139.14]. Deus nos fez de forma especial e admirável de duas formas: primeiro na forma como o primeiro homem foi criado. Deus fez todas as coisas pelo ordenar da Sua voz [Sl 33.6; Hb 11.3]. Mas Adão foi feito pelas próprias mãos de Deus [Gn 2.7; Is 64.8]. No nosso caso, descendentes de Adão, somos gerados no ventre da nossa mãe. Mas as mãos de Deus não estão fora disso. O salmista diz: "Pois possuístes os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. (...) Os meus ossos não to foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe" [Sl 139.13, 15-16].

  

SUBSÍDIO 2-1

Ainda que a narrativa poética de Gênesis seja uma figura de linguagem, visto que Deus não  tem mãos, o sentido da revelação está claro: Quando Deus nos fez, o fez de uma forma diferenciada e elevada a todo o resto da criação. Mesmo que não saibamos a forma exata como isso aconteceu, Deus quer que vejamos como somos uma obra-prima Sua. Obras das Suas mãos.

  

2-2- Relacionamento, intimidade e parceria.

Deus falava diretamente com o homem [Gn 2.16]. Não havia profetas, sacerdotes, anjos ou qualquer intermediário. Do lado de fora do Jardim não era possível falar com Deus ou ouvir a Deus sem mediações. Mas antes da queda, Deus falava face a face! Relacionamento e intimidade. Como vimos na lição anterior, Deus trouxe cada animal até Adão para que Adão decidisse qual nome teriam. O que Adão decidisse, Deus aprovaria. Gênesis 2.19 diz: "E tudo que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome': Veja que parceria maravilhosa Deus nos fez para termos com Ele!

  

SUBSÍDIO 2-2

Comentário Bíblico Broadman –

Gênesis: "Anteriormente, Adão e Eva estavam vivendo em uma comunhão sadia um com o outro e com Deus. Eles não se consideravam em contraposição a Deus e um com o outro, mas aceitavam cada relacionamento sem questionar. Agora repentinamente tornavam-se cônscios das diferenças existentes entre eles. "Adão está olhando para mim"; cisma Eva, e ela precisava esconder-se dele, e vice-versa. "Nao posso deixar DEUS me ver desta forma'; sentiam ambos. "Eu e tu" substituem o "nos" de seu relacionamento anterior.”

  

2-3- Alguém do lado.

Como se não bastasse estar em um paraíso, tendo com Deus um relacionamento que nem conseguimos imaginar, Adão ainda recebe de Deus alguém que lhe corresponda de uma forma exclusiva. Ao dar nomes aos pares de animais, o homem se vê sem seu par [Gn 2.20]. Mas Deus não é alheio a isso. O próprio Deus, pela primeira vez em Gênesis, diz que algo não era bom [Gn 2.18]. Não porque o homem tinha sido malfeito, mas porque Sua obra ainda não  estava completa. E para ter alguém ao lado do homem, Deus tira do lado do homem aquela que lhe corresponderia naquela honrosa missão.

  

SUBSÍDIO 2-3

Comentário Bíblico Moody - Gênesis: "Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e de ajudá-lo. Ele tem a obrigação de lhe dar a proteção e defendê-la com o seu bravo. Os dois seres formam um todo completo, a coroa da criação. O autor do Gênesis declara que DEUS transformou (being) a costela que tirou do homem em uma mulher. A mão que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher."

  

3- Ligados pelo Criador

Quando temos um verdadeiro e íntimo relacionamento com Deus, os demais relacionamentos recebem a mesma saúde.

  

3-1- Divinamente ligados.

Adão foi gerado por Deus a partir do barro. Eva foi gerada de Adão a partir da sua costela [Gn 2.21-23]. Há uma relação mais profunda entre o homem e a mulher que conseguimos compreender. Suas diferenças não têm a ver com valor. Elas são funcionais na missão dada por Deus. O homem depende da mulher como a mulher do homem em necessidades distintas. Foram criados por Deus para serem parceiros na vida. A abordagem feminista radical tem gerado um antagonismo destrutivo no proposito original de Deus para o homem e a mulher.

  

SUBSÍDIO 3-1

João Calvino - Comentário de Gênesis: "Certamente, não  se pode negar que a mulher também, ainda que tenha sido criada de modo diferente, foi criada imagem de Deus; consequentemente, o que se disse na criação do homem e pertinente também ao sexo feminino. Ora, visto que Deus designa a mulher como auxiliadora do homem, ele não só prescreve as esposas a norma de sua vocação, para instruí-las em seu dever, mas também declara que o matrimônio realmente provara ser aos homens o melhor auxílio da vida."

  

3-2- Emocionalmente ligados.

Quando lemos Gênesis 2.23, quase podemos ver o sorriso de Adão. "Esta e agora osso dos meus ossos e carne da minha carne" expressa ele quando Deus lhe traz sua nova e mais bela companhia. Na lição anterior aprendemos que DEUS não  tem necessidades emocionais (argumento utilizado — Deus teria criado os homens para com eles finalmente se relacionar). Mas isso não  significa que Deus não  tenha emoções. Aliás, as mais santas emoções, que sempre foram compartilhadas em Trindade. Quando cria o homem, confere a ele este atributo. A capacidade de sentir emoções e compartilhar sentimentos. Além de Eva ser um socorro (o substantivo hebraico "Iezer" na JFA-RA em Gênesis 2.18 e traduzido por socorro) para Adão, ela seria também aquela que corresponderia as necessidades emocionais.

  

SUBSÍDIO 3-2

A versão NVI, assim como a KJA, traduz Gênesis 2.23 "Esta, sim", que tem correspondência com a versão JF-RA que traduz: "Esta, afinal". O sentido é que Adão percebia que faltava alguma coisa no Jardim e para ele. Nenhuma fêmea no Éden lhe correspondia. A mulher foi dada por DEUS como um socorro para tudo o que o homem tinha que fazer, como também aquela que integraliza o que o homem deveria ser.

  

3-3- Intimamente ligados.

O autor sagrado faz uma aplicação para as futuras gerações a partir da fala de Adão [Gn 2.23]. A profunda ligação entre o homem e a mulher só é possível por meio de um tipo de ruptura social que o trouxe até ali [Gn 2.24]. Seus pais até então eram a base principal de suas relações afetivas. Este lugar agora se encontra na relação do casal. Esta ligação intima culmina no ato conjugal. Não há razões bíblicas para pensar que Adão e Eva não  tivessem relações sexuais antes da queda. Nao havia necessidade de pudor antes da queda [Gn 2.25]. A intimidade com Deus santifica a nossa intimidade.

 

SUBSÍDIO 3-3

Comentário Bíblico Champlin - Gênesis: "Paulo (citando indiretamente) usou o sentimento do versículo a fim de proibir a prostituição, visto que o princípio de uma carne que deve prevalecer no matrimônio e violado pela intrusão de uma terceira pessoa. Em Efésios 5.31, esse apóstolo citou diretamente o versículo. Primeiro usou-o para indicar o casamento literal, e, em seguida, o casamento espiritual de Cristo com a Sua Igreja. Em ambos os casos, ele partiu do pressuposto de alguma espécie de comunhão mística, no âmbito da alma, que une os casais, bem com o Cristo a Sua Igreja, o que o versículo 32 dá a entender por meio do termo mistério."

  

CONCLUSÃO

O nosso relacionamento com o próximo a determinado pelo nosso relacionamento com Deus. Quando, por causa do pecado, somos alienados de Deus, as demais relações sofrerão danos, conforme veremos na próxima lição.