Lição 3, CPAD, Ciúme, O Mal Que Prejudica A Família
Para me ajudar, PIX 33195781620, CPF, Luiz Henrique de Almeida Silva
https://youtu.be/dxUOKGw6qNs Vídeo
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/escrita-licao-3-cpad-ciume-o-mal-que.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/slides-licao-3-cpad-ciume-o-mal-que.html
CIÚME
Está entre as
obras da carne (Gl 5.20).
Pode ser bom,
quando tiver o sentido de zelo por algo de DEUS.
(lado bom) E os
seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me
devorará. João 2:17
Ou cuidais vós
que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? Tiago 4:5
Antídoto para
os ciúmes e invejas: AMOR.
O amor é sofredor,
é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7
Mas o fruto do
Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. Gálatas 5:22
qin’ah
1) ardor, zelo, ciúme
1a) ardor, ciúme, atitude ciumenta (referindo-se ao marido)
1a1) paixão sexual
1b) ardor de zelo (referindo-se ao zelo religioso)
1b1) de homens por Deus
1b2) de homens pela casa de Deus
1b3) de Deus pelo seu povo
1c) ardor de ira
1c1) de homens contra adversários
1c2) de Deus contra os homens
1d) inveja (referindo-se ao homem)
1e) ciúme (que resulta na ira de Deus)
qana’
1) invejar, ter ciúmes de, ser invejoso, ser zeloso
1a) (Piel)
1a1) ter ciúmes de
1a2) ter inveja de
1a3) ter zelo por
1a4) incitar à ira ciumenta
1b) (Hifil) provocar ira invejosa, causar inveja
φθονος phthonos
(Grego)
1) inveja
2) por inveja, i.e., motivado pela inveja
ζηλοω zeloo
(Grego)
1) arder em zelo
1a) estar cheio ou ferver de ciúme, ódio, raiva
1a1) num bom sentido, ser zeloso na busca do bem
1b) desejar sinceramente, procurar
1b1) desejar sinceramente, esforçar-se muito por, ocupar-se de alguém
1b2) empenhar-se por alguém (para que não seja arrancado de mim)
1b3) ser o objeto do zelo de outros, ser zelosamente procurado
1c) enciumar
ζηλος zelos
(Grego)
1) excitação de
mente, ardor, fervor de espírito
1a) zelo, ardor em abraçar, perseguir, defender algo
1a1) zelo no interesse de, por uma pessoa ou coisa
1a2) fúria de indignação, zelo punitivo
1b) rivalidade invejosa e contensiosa, ciúme
TIPOLOGIA JOSÉ
(Gn caps. 37 a 50) - JESUS
1. Amado pelo
pai (Gn
37.3) - Jesus (Mt
3.17).
2. Odiado pelos
irmãos (v 4) - Jesus (Jo
15.24).
3. Enviado pelo
pai (vv 13-24) - Jesus (1
Jo 4.14).
4. Vendido (v
28) - Jesus (Mt
26.14,15).
5. Tentado e
venceu (Gn
39) - Jesus (Mt
4.1-11).
6. Preso entre
dois criminosos, um salvo, outro condenado (Gn
40) - Jesus (Lc
23.32,33).
7. Levantado e
exaltado (Gn
41.14,43,44)
- Jesus (Mt
28.18).
8. Com trinta
anos começou o ministério (Gn
41.46) - Jesus (Lc
3.23).
9. A noiva
não-hebreia (Gn
41.45) - Jesus (Ef
5.25,27).
10. A
tribulação obrigou os irmãos a procurá-lo (Gn
42) - Jesus (Mt
24.21; Zc
12.10; Is
26.16).
11. Por ele
vieram reconciliação e bênção para os irmãos (Gn
45e46)-Jesus(Isll,12e35)
12. Todos os
povos abençoados por causa dele (Gn
41.57) - Jesus (Is
2.2 a 4; 11.10).
SUBSÍDIOS PARA
AJUDA COM O ESTUDO DA LIÇÃO
SUSÍDIOS BÍBLIA
BEP – CPAD
Gênesis 37.2
JOSÉ.
A história de
José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do
Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo
do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e
as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem
doutras pessoas. Ressalta a verdade que os justos podem sofrer num
mundo mal e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado
para eles.
37.3 UMA TÚNICA
DE VÁRIAS CORES. A túnica ricamente ornamentada que José recebeu de seu pai,
contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos. Ela revelava
uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai.
37.5 UM SONHO.
Deus, às vezes, nos revela sua vontade através de sonhos proféticos (Gn
28.10-17; Nm
12.6-8; Dn
7; Mt
1.20-24). Hoje, sob o novo concerto, Deus ainda pode nos falar através de
sonhos (cf. At
2.17), embora sua revelação e orientação principais emanem das Escrituras (Jo
15.7; 1
Tm 4.6; Tg
1.21) e do Espírito Santo que em nós habita (Rm
8.1-17; Gl
5.16-25).
37.6 OUVI...
ESTE SONHO. José revelou precipitação e imaturidade ao contar aos irmãos o seu
sonho. O propósito do sonho era propiciar-lhe revelação e fé para seu espinhoso
futuro, e não para ser-lhe motivo de exaltação sobre seus irmãos. Deus pode ter
escolhido José para a missão de proteger a família de Jacó no Egito, por serem
seus padrões morais e sua dedicação a Deus e às suas leis claramente superiores
aos dos seus irmãos (2
Tm 2.20,21).
37.7 OS VOSSOS
MOLHOS O RODEAVAM E SE INCLINAVAM AO MEU. Um dia esse sonho teve seu
cumprimento literal (Gn
42.6; 43.26; 44.14).
37.21 RÚBEN.
Rúben era o primogênito de Jacó e, nessa condição, deveria ser o líder dos seus
irmãos. No entanto, depois do seu ato imoral com Bila (ver Gn
35.22), perdeu para sempre a liderança espiritual definitiva e não
conseguiu aqui influenciar suficientemente os seus irmãos (vv. 22-29; Gn
42.37,38).
37.28 LEVARAM
JOSÉ AO EGITO. Embora José fosse tratado com crueldade pelos seus irmãos e
vendido como escravo, Deus serviu-se dessas más ações do homem para realizar a
sua vontade na vida de José.
37.35 ATÉ À
SEPULTURA. A palavra sepultura aqui é a palavra hebraica sheol.
Gênesis 39.1
JOSÉ FOI LEVADO AO EGITO.
José foi levado
ao Egito aproximadamente em 1900 a.C. Isso deve ter ocorrido cerca de duzentos
anos depois da chamada de Abraão (Gn
12.1-3). José enfrentou três grandes provas no Egito: a prova da pureza
pessoal, prova essa que os jovens frequentemente enfrentam quando estão longe
de casa; a prova da oportunidade de vingança, uma prova por que frequentemente
passam as pessoas que sofreram injustiças e a prova de encarar a morte (quando
José esteve injustamente na prisão). Em cada caso, José triunfou na prova
mediante sua confiança em Deus e suas promessas.
39.2 O SENHOR
ESTAVA COM JOSÉ. As Escrituras deixam claro que a separação entre José e o seu
povo estava sob o controle de Deus. Deus estava operando através de José e das
circunstâncias deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la segundo
a sua promessa (Gn
45.5-15; 50.17-20,24; Sl
105.17-23)
39.9 COMO...
EU... PECARIA CONTRA DEUS? Todo o pecado, inclusive o pecado contra a
integridade do casamento (i.e., o adultério), é sobretudo um pecado contra Deus
(Sl
51.4). O rei Davi, tempos depois, aprendeu essa lição em amarga
experiência, ao longo de um contínuo julgamento divino em sua vida e na de sua
família (ver Êx
20.14).
39.12 ELE...
FUGIU. José, por lealdade e fidelidade a seu Deus, bem como por lealdade a
Potifar, continuou resistindo ao pecado (Pv
7.6-27). Ele triunfou sobre a tentação, porque de antemão já estava
firmemente decidido a permanecer obediente ao seu Senhor e a de não pecar (v.
9). O crente do novo concerto vence a tentação da mesma maneira. Ele precisa
tomar uma decisão firme e resoluta de não pecar contra Deus. Havendo esse
propósito, não poderá haver lugar para desculpas, exceções ou concessões.
39.20 E O
ENTREGOU NA CASA DO CÁRCERE. A vida de vitória sobre a tentação e a fidelidade
a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata. José sofreu por causa da sua
retidão. Cristo declara que seus seguidores são também perseguidos por causa da
justiça (Mt
5.10) e nos afirma que tais pessoas são bem-aventuradas e que receberão um
grande galardão no céu (Mt
5.11,12).
39.21 O
SENHOR... ESTAVA COM JOSÉ. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que o
Senhor estava com José (vv. 2,3,21,23). Porque José honrava a Deus, Deus
honrava a ele.
Aqueles que
temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que
Deus dirigirá todos os seus passos (Pv
3.5,6).
Gênesis 40.1 E
ACONTECEU, DEPOIS.
José mantinha a
sua fé em Deus, mesmo quando estava confinado no cárcere, sem motivo, durante
pelo menos dois anos. Suas interpretações dos sonhos de Faraó, por revelação do
Espírito de Deus, resultou na oportunidade para sua libertação imediata e ato
contínuo, na sua ascendência à posição de autoridade. Essa narrativa salienta
que, embora Deus não seja a causa de tudo que acontece (Gn
39.7-23), Ele pode usar até circunstâncias adversas para fazer cumprir a
sua vontade, visando ao nosso bem, segundo os seus propósitos (ver Rm
8.28).
40.2 FARAÓ.
Este era o termo genérico usado por todos os reis do Egito. Era comumente
anexado ao nome do monarca.
Gênesis 41.1 AO
FIM DE DOIS ANOS INTEIROS, FARAÓ SONHOU.
O cap. 41
mostra Deus operando na vida de Faraó e de José, a fim de controlar o destino
das nações e prover um lugar para o seu povo escolhido. Todas as nações estão
sujeitas às intervenções de Deus e ao seu controle direto.
41.8 OS
ADIVINHADORES DO EGITO. Os adivinhos (ou mágicos, i.e., pessoas que praticavam
a magia ou feitiçaria) eram comuns no Egito (cf. Êx
7.11; 8.7,18,19; 9.11).
A magia consistia na prática de adivinhação (i.e., a tentativa de descobrir
conhecimentos ocultos por meio de maus espíritos), na tentativa de predizer o
futuro e controlar o curso da natureza, dos seres humanos ou das
circunstâncias, mediante a ajuda de poderes sobrenaturais ou espíritos. A lei
mosaica condenava rigorosamente todo e qualquer contato com a magia ou
feitiçaria (Dt
18.9-14) e o NT os condena igualmente (At
19.17-20; Ap
9.20,21; 22.15).
41.16 DEUS DARÁ
RESPOSTA. José enfatizou que seu Deus daria a interpretação do sonho de Faraó.
Sua fé no Senhor Deus, confessada publicamente, poderia ter-lhe custado a vida,
na presença de um rei egípcio, o qual considerava-se a si mesmo um deus.
41.46 JOSÉ ERA
DA IDADE DE TRINTA ANOS. José tinha dezessete anos ao ser vendido como escravo
por seus irmãos (37.2). A seguir, passou treze anos como escravo, e pelo menos
três desses anos foram passados no cárcere. Desse lugar, Deus o exaltou a uma
posição de honra e autoridade. Aos trinta anos, porém, José continuou sendo
fiel ao seu Deus. Tal dedicação é manifesta nos nomes hebraicos dos seus dois
filhos: Manassés (hb. que faz esquecer , v.57), e Efraim (hb. duplamente
frutífero , v.52).
Gênesis 42.4
BENJAMIM.
Benjamim era um
dos dois filhos de Raquel e, portanto, o irmão germano de José. Tendo já
perdido um dos filhos de Raquel, Jacó agora protege atentamente a Benjamim,
mantendo-o em casa.
42.8 JOSÉ...
CONHECEU OS SEUS IRMÃOS. José ocultou a sua identidade até certificar-se de que
seus irmãos demonstrariam pesar pelo que tinham feito a ele e ao pai, anos
antes (Gn 37).
42.9 VÓS SOIS
ESPIAS. Embora José reconhecesse seus irmãos e bem soubesse que não eram
espias, os pôs à prova a fim de verificar se o caráter deles fora transformado
e, se sentiam remorso pelo mal que praticaram contra ele e seu pai, Jacó.
42.21 NA
VERDADE, SOMOS CULPADOS. Os irmãos de José reconheciam agora sua culpa pelo seu
tratamento impiedoso com José, vinte anos antes (Gn
37.2; 41.46,53,54).
Concluíram que
Deus estava lhes aplicando o justo castigo pelo seu crime (vv. 21,22). Muitas
vezes, quando temos pecado oculto em nossa vida, Deus age para despertar nossa
consciência e vermos a nossa culpa. Nesses casos, podemos, ou endurecer o
coração ou humilhar-nos diante de Deus, confessar o pecado e decidirmos andar
em retidão.
42.37 MATA OS
MEUS DOIS FILHOS. Os versículos 29-38 demonstram que os irmãos de José tinham
melhorado seu caráter. Rúben, por exemplo, preferia perder seus próprios filhos
a causar mais tristeza ao seu pai.
Gênesis 43.9
SEREI RÉU DE CRIME.
Assim como
Rúben (Gn
42.37), Judá assumiu de espontânea vontade a responsabilidade pelo seu
irmão Benjamim. Ofereceu-se para tomar sobre si a vergonha e a culpa, se
Benjamim não voltasse são e salvo.
43.14 E EU, SE
FOR DESFILHADO. Quando Israel percebeu que nada podia fazer para alterar as
suas circunstâncias terríveis, só lhe restava colocar seus filhos nas mãos de
Deus, orar pedindo misericórdia e preparar-se para qualquer eventualidade.
Estava disposto a aceitar a vontade de Deus, mesmo se envolvesse a perda do
filho e demais sofrimentos. Entretanto, os acontecimentos levaram-no a um final
de vida feliz, regozijando-se em Deus e nEle confiando, pois o guiara durante
toda a sua vida.
Gênesis 44.5 EM
QUE ELE BEM ADIVINHA?
É evidente que
José não praticava ocultismo, o qual era proibido por Deus. Há duas explicações
possíveis para este particular da narrativa.
(1) A palavra
hebraica traduzida adivinha , também pode significar perceber . Assim, o texto
também significaria que José não deixaria de perceber que o copo de prata
desaparecera.
(2) Pode ser,
também, que José estava tão somente adequando-se à imagem que os irmãos teriam
dele como um governante egípcio (v. 15).
44.13 RASGARAM
AS SUAS VESTES. Tratava-se de um sinal evidente de grande angústia e aflição.
Os irmãos poderiam ter seguido viagem e deixado Benjamim, mas a resolução de
voltarem e assumirem as consequências, tendo Benjamim com eles, revelou que seu
caráter realmente mudara e que agora se preocupavam de fato com seu irmão e seu
pai (vv. 18-34).
44.15 TAL HOMEM
COMO EU BEM ADIVINHA? Ver v. 5.
44.18-34 ENTÃO,
JUDÁ SE CHEGOU A ELE. Verifica-se que os irmãos de José experimentaram uma
grande mudança interior em relação ao tempo em que o venderam para o Egito.
Essa mudança revela-se não somente na disposição de todos os irmãos sofrerem
como escravos por amor a Benjamim (vv. 13-16), mas, principalmente, na súplica
de Judá em favor de Benjamim (vv. 18-34). Estavam agora dispostos a assumir a
culpa pela iniquidade que praticaram no passado e a pagar qualquer preço para
salvar Benjamim e evitar que o pai deles sofresse uma aflição mortal (vv.
16,32,33).
Gênesis 45.5
DEUS ME ENVIOU. José revela que muitas vezes Deus sobrepõe soberanamente a sua
providência e controla as más ações dos seres humanos a fim de executar a sua
vontade (50.20).
45.7 PARA
CONSERVAR VOSSA SUCESSÃO. Deus operou através de José para a preservação do
povo do concerto, do qual descenderia o Cristo. Note-se que, embora Cristo
viesse da linhagem de Judá e não da de José, Deus usou este para preservar a
linhagem da qual viria Cristo. José, portanto, foi um antecessor espiritual de
Cristo, algo muito mais importante do que ser ancestral físico (Rm
4.12-16).
45.10 NA TERRA
DE GÓSEN. Localizada a cerca de 64 km da atual cidade do Cairo, Gósen situava-se
no delta do Nilo, ficando assim separada dos centros principais da vida
egípcia. Ali, os israelitas viveriam isolados dos egípcios e se desenvolveriam
como nação.
Gênesis 46.1 E
PARTIU ISRAEL.
Israel (i.e.,
Jacó) e sua família migraram para o Egito. (1) A mudança de território do povo
de Deus foi consequência direta da fome severa que Deus fez surgir no mundo (Gn
47.13). Deus literalmente forçou Israel a mudar-se para o Egito, por seu
controle soberano (15.13,14). Na nova terra, o povo escolhido por Deus
multiplicar-se-ia e se tornaria uma grande nação e de lá retornaria a Canaã (Gn
50.24). (2) Cumprindo a exigência dos egípcios (cf. 43.32; 46.34), os
filhos de Israel habitaram separadamente na terra de Gósen. Ali, permaneceriam
separados, um povo consagrado a Deus, esperando o dia da sua volta à pátria
prometida de Canaã, onde assumiriam o seu papel no plano divino da redenção.
46.3 EU SOU
DEUS,... NÃO TEMAS. Deus novamente promete que estará com Jacó e sua família e
reitera a promessa que os seus descendentes se tornarão uma grande nação e que
voltarão à terra de Canaã. Todos nós precisamos da reafirmação da parte de
Deus, do seu amor, cuidado e presença enquanto aqui vivermos e experimentarmos
as dificuldades e tomadas de decisão inevitáveis nesse mundo perdido. Se você
estiver se esforçando mesmo, para seguir o Senhor, você tem o direito de pedir
da parte dEle uma reafirmação do seu amor por você e da sua direção para a sua
vida (Jo
1.12,13).
46.26 SESSENTA
E SEIS. As sessenta e seis pessoas são as que viajaram com Jacó para o Egito.
As setenta no versículo 27 inclui José, seus dois filhos e Jacó. Atos
7.14 conta o número de pessoas como setenta e cinco, incluindo, assim,
os netos de José.
46.34
ABOMINAÇÃO. A ocupação principal da família de Jacó era a criação de animais.
Tradicionalmente, os egípcios tinham grande desprezo por pastores de rebanhos.
Essa animosidade ajudou os israelitas a permanecerem separados dos egípcios e
dos seus respectivos costumes (Gn
43.2; ver Gn
45.10).
Gênesis 47.9
MINHAS PEREGRINAÇÕES.
Jacó referiu-se
à sua vida e à dos seus antepassados, como uma peregrinação. (1) Como
estrangeiro e peregrino na terra, ele confiava em Deus para a posse da terra
prometida. Vivia, portanto, pela fé. Juntamente com Abraão e Isaque, ele morreu
sem receber as promessas; sua meta suprema era uma pátria melhor, celestial (Hb
11.8-16). (2) Todos os crentes são, da mesma forma, peregrinos e
estrangeiros na terra, vivendo pela fé e aguardando a celestial cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (ver Hb
11.10-13).
47.30 POR ISSO,
ME LEVARÁS DO EGITO. Jacó estava próximo da morte e não recebera a promessa,
mas pela fé em Deus, ele contemplava o dia em que Deus levaria o povo de volta
a Canaã (ver Gn
46.3). Com isso em mente, ele pediu para ser sepultado junto à sua família
em Canaã (Hb
11.22).
Gênesis 48.5 OS TEUS DOIS FILHOS... SÃO MEUS.
Jacó considerou
os dois filhos de José como se fossem dele mesmo, e assim garantiu a José uma
porção dupla de herança. Efraim e Manassés, portanto, iam ter os mesmos
direitos e posição dos demais filhos de Jacó, tais como Rúben e Simeão. Os descendentes
de Efraim e de Manassés, respectivamente, formaram duas tribos distintas.
48.15 O DEUS
QUE ME SUSTENTOU, DESDE QUE EU NASCI. Jacó deixou aos seus filhos um exemplo de
fé perseverante em Deus e um testemunho de que Deus o sustentou (lit., em hb.
pastoreou) durante toda sua vida, livrando-o de todo mal. O livro aos Hebreus
aponta o ato de Jacó, ao abençoar Efraim e Manassés, como uma evidência suprema
da sua fé resoluta em Deus (Hb
11.21). A coisa mais grandiosa que um pai pode legar aos seus filhos é sua
fé em Deus e a sua dedicação a Ele e aos seus caminhos. Não há herança maior do
que essa.
48.19 O SEU
IRMÃO MENOR SERÁ MAIOR QUE ELE. Note-se que em diversas ocasiões na história do
AT, Deus escolheu o filho mais novo em vez do mais velho. Escolheu Isaque em
vez de Ismael (Gn
21.12), Jacó em vez de Esaú (Gn
25.23), José em vez de Rúben (vv. 21,22; Gn
49.3,4),
Efraim em vez de Manassés (vv. 14-20), Gideão em vez dos irmãos dele (Jz
6.11-16) e Davi em vez dos irmãos dele (1
Sm 16). Isso evidencia o fato de que ter primazia entre os seres humanos
não significa ter primazia com Deus. Deus escolhe as pessoas à base da
sinceridade, pureza e amor, e não da sua posição na família (ver Mt
19.30; 20.26; 1
Co 1.27,28; Tg
2.5).
Gênesis 49.1 CHAMOU JACÓ A SEUS FILHOS.
Nos momentos
finais da sua vida, Jacó reuniu seus filhos e profetizou a respeito da vida
deles e do seu futuro no plano divino da redenção. As bênçãos e as maldições
deste capítulo estão condicionadas à qualidade do relacionamento com Deus, por
parte dos descendentes de Jacó (ver v. 7).
49.4 NÃO SERÁS
O MAIS EXCELENTE. Rúben era o primogênito de Jacó. Como tal, ele tinha o
direito à primogenitura e à primazia da liderança, honra e autoridade sobre os
demais. Porém, esses direitos foram anulados devido ao seu incesto com Bila,
concubina de seu pai (Gn 35.22; Dt
27.20). Noutras palavras, a degeneração do caráter, manifesta por tais atos
baixos, pode destituir uma pessoa para sempre de posições de liderança.
49.7 MALDITO
SEJA O SEU FUROR. A maldição que Jacó pronunciou contra Simeão e Levi (vv. 5-7)
era de natureza condicional, da mesma forma que todas as outras bênçãos e
maldições deste capítulo. Por causa do posicionamento de lealdade ao Senhor por
parte dos levitas (i.e., a família de Levi), na cena posterior do bezerro de
ouro, a maldição pronunciada aqui, foi removida, sendo-lhes concedida uma
bênção e uma posição de honra (Êx
32.26-29; Lv
25.32,33; Dt
10.8; 33.8-11).
Vê-se, assim, que maldições pronunciadas contra um pai e sua família podem ser
aniquiladas mediante arrependimento e a fé em Deus por parte dos filhos (Lv
26.39-42; 2
Cr 30.7-9; Jr
31.29,30; Ez
18.1-9).
49.10 ATÉ QUE
VENHA SILÓ. A bênção outorgada a Judá (vv. 8-12) indica que os direitos da
primogenitura lhe foram concedidos, e, portanto, as bênçãos prometidas a Abraão
(Gn 12.1-3).
A suma dessa promessa é que todas as nações seriam abençoadas através de Judá
pela semente da mulher (ver Gn 3.15).
(1) A Judá foi dito que seus descendentes governariam seus irmãos, até que
venha Siló (vv. 8-10). Esta promessa foi parcialmente cumprida no fato da
linhagem real de Israel ter sido a do rei Davi, um descendente de Judá. (2)
Siló provavelmente significa aquele a quem pertence (cf. Ez
21.27) e, em sentido pleno, refere-se ao Messias vindouro, Jesus Cristo,
que veio através da tribo de Judá (Ap
5.5). Jacó profetizou que todos os povos lhe estariam sujeitos (v.
10; Ap
19.15), e que Ele traria grandes bênçãos espirituais (vv. 11,12).
Gênesis 50.1
CHOROU SOBRE ELE.
O sentimento de
José pela morte de seu pai é um modelo para todos os crentes que experimentam a
perda de um ente querido crente. (1) Pesar sincero. José chorou e observou um
longo período de luto, de setenta dias e algumas semanas, enquanto transportava
os restos mortais de Jacó, de volta a Canaã, para o sepultamento (vv.
1-4,7-14). Não é desespero, nem erro, alguém sentir pesar durante semanas ou
até mesmo meses pela morte de alguém muito querido. (2) O esmero no preparo do
enterro (v. 2). José queria honrar a memória de seu pai de modo justo e apropriado.
(3) Cumprimento das últimas vontades. José honrou as promessas que fizera a seu
pai (vv. 5,12,13). Promessas feitas em vida, pela fé e baseadas na vontade de
Deus, devem ser cumpridas depois da morte de um ente querido. (4) Testemunho
fiel. José deu testemunho da sua fé nas promessas de Deus, ao levar seu pai de
volta à terra prometida de Canaã e sepultá-lo no túmulo de Abraão, Isaque e dos
demais (1
Ts 4.13,18;
ver Fp
1.21).
50.20 DEUS O
TORNOU EM BEM. Ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA abaixo
50.25 FAREIS
TRANSPORTAR OS MEUS OSSOS DAQUI. A fé perseverante de José estava firmada na
promessa de Deus, de que Canaã seria a pátria do seu povo (Gn
13.12-15; 26.3; 28.13).
Por isso, pediu que seus ossos fossem transportados para a terra da promessa.
Quatrocentos anos mais tarde, quando os israelitas deixaram o Egito, na sua
viagem para Canaã, levaram consigo os ossos de José (Êx
13.19; Js
24.32; Hb
11.22). Da mesma forma, todos os salvos sabem que seu futuro está
reservado, não neste mundo presente, mas noutra pátria, a celestial, onde
habitarão para sempre com Deus e desfrutarão eternamente da sua presença e
bênçãos. É essa a sua promessa aos seus servos fiéis (Hb
11.8-16; Ap
21.1-4).
A PROVIDÊNCIA
DIVINA
Gn
45.5 “...não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me
haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou
diante da vossa face.”
Depois de o
Senhor Deus criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria
sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da
sua criação. Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe
corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o
Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por sua
criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.
ASPECTOS DA
PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.
Preservação.
Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica
clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande
abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl
36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus
Cristo, conforme Paulo declara em Cl
1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por
Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida
mantêm-se coesas. (2) Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele
criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou
o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e
aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a
promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e
sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22).
Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a
todas as suas criaturas (e.g.,
Sl
104; 145).
O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38—41), e Jesus
asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do
campo (Mt
6.26-30; 10.29.
Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como
também as espirituais (Jo
3.16,17).
A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio
povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl
91; ver Mt
10.31). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu
Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória,
por Cristo Jesus” (ver Fp
4.19). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha
saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo
2). (3) Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o
necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os
eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu
cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito.
Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo
supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século”
[mundo] (2Co
4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo
5.19; Lc
13.16; Gl
1.4; Ef
6.12; Hb
2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente
de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém,
que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele
já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal
(Ap 19—20).
A PROVIDÊNCIA
DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência
de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num
mundo mal e decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas
ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó
7.17-21; Sl
10.1; 22.1; 74.11,12; Jr
14.8,9,19).
Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de
Deus. (2) Deus permite que os seres humanos experimentem as consequências do
pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo,
sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido
como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito
(37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente
acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois
anos (40.1—41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações
do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira
que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava
agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5;
50.20). (3) Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como
também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo:
o pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do
casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra
pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o
homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode
levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O
sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem
permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de
controlar as suas vidas (2Co
4.4; Ef
2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por
sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental
(e.g., Mc
5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt
9.32,33; 12.22;
Mc 9.14-22; Lc
13.11,16).
Dizer que Deus
permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste
mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus
nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg
1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente
sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito
redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe
são fiéis (ver Mt
2.13; Rm
8.28)
O
RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os
cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir,
conforme a Bíblia revela. (1) Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade
revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus,
mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21,
23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino
protetor ante
as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer
a Deus e fugir para o Egito (ver Mt
2.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos
têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv
3.5-7). (2) Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada
um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a
vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome
dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24). (3) Devemos amar a Deus e submeter-nos
a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas
as coisas (ver Rm
8.28).
Para termos
sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e
fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp
4.6,7),
recebemos a sua força (Ef
3.16; Fp
4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb
4.16; ver Fp
4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do
próximo (Rm
15.30-32; ver Cl
4.3).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDO PARA A LIÇÃO
LIÇÃO 11,
INVEJA, UM GRAVE PECADO
Lições Bíblicas
do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Vencendo as
Aflições da Vida - "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra
de todas” (Salmos 34:19).
Comentários da
revista da CPAD: Pr. Eliezer de Lira e Silva
Consultor
Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
RESUMO DA LIÇÃO
11, INVEJA, UM GRAVE PECADO
I. A INVEJA NO
PRINCÍPIO DO MUNDO
1. Inveja, um
sentimento maléfico.
2. Maldade, uma
ação maligna.
3. A inveja
leva à maldade.
II. A
INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA
1. Na vida de
Caim.
2. Na vida dos
irmãos de José.
3. Na vida do
crente.
III. A
DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
1. No âmbito
familiar.
2. No trabalho.
3. Na Igreja.
TEXTO ÁUREO
"O coração
com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos" (Pv
14.30).
VERDADE PRÁTICA
O cristão
verdadeiro não se deixa levar pela inveja e não age com maldade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl
37.1-3 Pratique a bondade
Terça - Pv
23.17 Não seja invejoso
Quarta - Fp
1.15 Pregar por inveja e disputa
Quinta - 1 Sm
2.22-25 As maldades dos filhos de Eli
Sexta - Pv
11.19,20 DEUS abomina a maldade
Sábado - Ez
36.33 DEUS purificará o seu povo de toda a maldade
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE- 1 João 2.9-15
9 Aquele que
diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas. 10 Aquele
que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. 11 Mas aquele que
aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde
deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos. 12 Filhinhos, escrevo-vos
porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados. 13 Pais, escrevo-vos,
porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque
vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. 14 Eu
vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos
escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de DEUS está em vós, e já
vencestes o maligno. 15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama
o mundo, o amor do Pai não está nele.
“Invejas” (gr.
fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que
não temos e queremos.
Todas as boas
virtudes para com Deus no coração e na vontade foram, igualmente, perdidas
devido à entrada do pecado no mundo — o amor de Deus, a confiança em Deus, e o
temor real a Deus. Deus não é recebido onde o Espírito Santo não tenha,
primeiramente, iluminado e despertado o entendimento, a vontade e o coração.
Sem o Espírito Santo os homens são incapazes de realizar obras virtuosas como a
Fe verdadeira, o amor de Deus e o temor real a Deus, por suas próprias forcas.
E, por isso, o' coração miserável do homem permanece tal qual uma casa
desolada, deserta, velha e decadente, sem abrigar Deus e com o vento soprando
através das suas janelas. Ou seja, todos os tipos de tendências conflitantes e
cobiças arrastam o coração rumo aos mais variados pecados que envolvem o amor,
o ódio, a inveja e o orgulho fora de controle. Os demônios também espalharam o
seu veneno.
Pecado é a
Ausência do Zelo Divino e a Presença do Zelo ímpio (a Inveja)
Com relação aos
seres humanos, as Escrituras falam tanto do zelo correto, quanto do incorreto;
precisamos cultivar o primeiro e abandonar o segundo. O zelo correto é a
valorização e a preservação daquilo que nos pertence, ao passo que o zelo
incorreto é ser exigente e assumir uma atitude de possessividade para com
aquilo que não nos pertence.
É pecado não
cuidarmos daquilo que Deus nos confiou; e é igualmente pecado sermos invejosos
ou cobiçosos com aquilo que Ele não nos deu.
Este cuidado
protetor (o zelo, que chega a se confundir com um ciúme) não é um mal inerente.
Deus e zeloso por tudo aquilo que e certo, verdadeiro e imutável — da mesma
forma que deveríamos ser. Por exemplo, Paulo era zelosamente apaixonado pela
Igreja: “Porque estou zeloso de vos com zelo de Deus; porque vos tenho
preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a
Cristo” (2 Co 11.2). De maneira semelhante, como o casamento e ordenado por
Deus, o marido e a mulher pertencem um ao outro de tal maneira (cf. Nm 5.14; 1
Co 7.4) e estão corretos em zelarem na proteção do seu amor.
Os eruditos
wesleyanos tem divergido acerca se a “santificação completa” e uma questão de
erradicação ou fortalecimento — ou seja, se o pecado é destruído ou meramente
suprimido. Será que sentimentos como a ira ou a inveja são removidos ou
meramente redirecionados? Podem ser apresentados textos em defesa das duas
posições. Wesley acreditava, entretanto, que todos os crentes podem atingir um
estado de perfeição que implique a ausência de pecado antes da morte e que
todos os crentes devam buscar isto.
“A santificação
total” não significa:
(1) que jamais
voltaremos a pecar;
(2) que não
possamos perder a nossa salvação;
(3) que não
possamos ter/cometer “mil” outras “fraquezas,” “defeitos,” “erros,” e
“enfermidades” (as quais englobam uma multidão de pecados);
(4) que os
grandes apóstolos Paulo e Pedro a possuíssem;
(5) que ela
tenha sido alcançada por mais pessoas além de algumas poucas, em cada época;
(6) que a
maioria das pessoas que a alcançam o fazem muito antes da morte; e
(7) que Paulo
raramente faz uso do termo santificado neste sentido, se é que o faz alguma
vez.
Se algum homem
encontrar em si mesmo a má vontade, a malicia, a inveja, ou qualquer outro
sentimento oposto a bondade, então ali estará o sofrimento. E quanto mais forte
for o sentimento, mais miserável ele se sentirá. Se dizem que o homem indolente
come a própria carne, algo muito pior acontece com os que são invejosos ou mal-intencionados.
Sua alma e o próprio exemplo do inferno, cheia de tormentos como também de
iniquidades. Ele já tem em si o bicho que nunca morre, e está se apressando em
direção ao fogo que nunca se apaga. Só falta o grande precipício ser instalado
entre este homem pecador e o céu (ibid.,7.139).
O Cristão e a Inveja (http://www.estudosgospel.com.br/estudos/diversos/o-cristao-e-a-inveja.html)
De todos os sentimentos que o ser humano pode ter não há dúvida de que a inveja é um dos piores. E isso é tão verdade que dentre os dez mandamentos ordenados por DEUS está escrito: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Ex 20:17). E o livro de Provérbios registra que “O ódio é cruel e destruidor, mas a inveja é pior ainda” (Pv 27:4).
Na Bíblia encontramos o registro de vários casos de inveja, o que nos
proporciona preciosos exemplos sobre o tema. Caim invejou Abel por que DEUS se
agradou mais da oferta dele do que da sua (Gn 4:1-16). Os filisteus invejaram a
Isaque por que o Senhor o tinha prosperado (Gn 26:14). Raquel invejou Léia por
que esta podia ter filhos (Gn 30:1). Os irmãos de José tinham inveja dele por
que ele agradava ao seu pai (Gn 37:11; At 7:9). Datã e Abirão invejaram Moisés
e Arão por que estes eram dedicados ao Senhor e eram os escolhidos Dele (Sl
106:16,17). Saul invejou a Davi por que DEUS lhe deu conquistas, a cabeça de
Golias e o amor do povo (1 Sm 18: 6-16; 19:5). Os líderes judeus entregaram
JESUS por que tinham inveja de suas obras (Mt 27:18, Mc 15:10). O Grande
Sacerdote do partido dos saduceus e seus companheiros puseram os apóstolos na
prisão por inveja dos sinais e maravilhas que o Senhor realizava através deles
(At 5:17,18). Simão, o Mago, invejou os apóstolos por que estes oravam e as
pessoas eram batizadas com o ESPÍRITO SANTO (At 8:14 -25). Os judeus invejaram
Paulo e Barnabé por que estes conseguiram reunir uma grande multidão para
ouvi-los (At 13:44-46). Os judeus de Tessalônica ficaram com inveja de Paulo e
Silas por que muitos se converteram ao evangelho, inclusive senhoras muito
ricas (At 17:1-9). Enfim, a partir da queda do homem no jardim do Éden a
humanidade sujeitou-se a este sentimento perverso e autodestrutivo.
Para um melhor
estudo importa definirmos o que vem a ser inveja. É comumente aceito que este
sentimento pode ser definido como o desejo que leva o ser humano a querer ter
ou ser o que outro ser humano conquistou ou é. A principal razão, portanto, da
inveja ser pecado é que a pessoa invejosa deixa de perceber que DEUS reservou
bênçãos para todas as pessoas, inclusive ela, e passa a ambicionar tola e
desnecessariamente o que é de outrem.
Sl 37.1 Não te
indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a
iniqüidade.
37.1-40 NÃO TE INDIGNES. Este salmo não é uma oração, mas uma série de expressões
ou instruções em forma de provérbios a respeito da sabedoria segundo DEUS. Seu
tema concerne a atitude do crente ante o aparente sucesso dos ímpios e das
tribulações dos justos (Sl 49; 73). Ensina que os ímpios serão por fim abatidos
e perderão tudo que conseguiram na terra, enquanto os justos, que permanecem
leais a DEUS, gozarão da sua presença, ajuda e direção na terra e herdarão a
salvação e o céu. Segundo o NT, a herança do crente é o novo céu e... nova
terra (ver Ap 21.1).
Sl 73.3 Pois eu
tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.
O salmista, um fiel servo de DEUS (vv. 1,13), ficou desanimado ao comparar as
suas aflições com a evidente prosperidade e felicidade de muitos ímpios (vv.
2,3). Porém, DEUS restaura a confiança do salmista nEle e nos seus caminhos, ao
revelar o fim trágico dos ímpios e a verdadeira bênção dos justos (vv. 16-28).
17 ENTENDI EU O FIM DELES. DEUS revela ao salmista o destino final dos ímpios.
(1) Isso coloca seu problema na perspectiva tanto da eternidade (vv. 17-20)
como da suprema bem-aventurança do crente (vv. 25-28). No final, todos os
justos serão felizes e vitoriosos com DEUS, ao passo que os ímpios perecerão.
(2) Levando em conta a breve duração da nossa vida, se avaliarmos as coisas
daqui, tão-somente da nossa perspectiva limitada, terrena e humana, é bem
possível ficarmos desanimados e frustrados. Precisamos ter a Palavra revelada
de DEUS e seu ESPÍRITO SANTO, para completarmos a jornada da vida com fé e
confiança na bondade e justiça de DEUS.
Provérbios 3:31
Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum de seus caminhos.
Provérbios 14:30 O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a
podridão dos ossos.
Provérbios
23:17 Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do
SENHOR todo o dia.
Provérbios 24:1
Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles,
Provérbios
24:19 Não te aflijas por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios.
Provérbios 27:4
Cruel é o furor e a impetuosa ira, mas quem parará perante a inveja?
Eclesiastes 4:4
Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a
inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.
Eclesiastes 9:6
Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte
alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
Diligência no trabalho e aprimoramento profissional são muitas vezes motivados
por mera competição com o próximo e por concorrência egoísta. Tais motivações
são autodestrutivas (vv. 4-6). DEUS quer, antes, que primemos pela moderação,
fazendo boas obras, tendo uma maneira de viver santa e sossegada e cooperando
uns com os outros (vv. 9,10).Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já
pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz
debaixo do sol.
Isaías 11:13 E desterrar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá
serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.
Mc 7.21 Porque
hdo interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as
prostituições, os homicídios, 22 os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a
dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.23 Todos estes males
procedem de dentro e contaminam o homem.
O coração impuro corrompe nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações (Pv
4.23; Mt 12.34; 15.19).
Gn 30:1 Vendo Raquel
que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me
filhos, se não morro.
Gn 26.14
(Isaque) e tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de
serviço, de maneira que os filisteus o invejavam.
Gn 37.11 (José)
Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu
coração.
Sl 106.16 (Datã e Abirão) E tiveram inveja hde Moisés, no acampamento, e de
Arão, o santo do SENHOR.
Nm 12.2 E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou
btambém por nós? cE o SENHOR o ouviu. (inveja de Moisés - Arão e Miriã )
1Sm 18.8 Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu emal aos seus
olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na
verdade, que lhe falta, senão fsó o reino? (Saul com inveja de Davi)
Atos 5:17, levantando-se o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele (e
eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja,
At 7.9 E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas
DEUS era com ele.
At 13.45 Então,
os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam
o que Paulo dizia.
At 17.5 Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram consigo alguns
homens perversos dentre os vadios, e, ajuntando o povo, alvoroçaram a cidade,
e, assaltando a casa de Jasom, eprocuravam tirá-los para junto do povo.
(queriam matar Paulo).
Romanos 1:29 estando
cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de
inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
Romanos 13:13 Andemos
honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em
desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.
1 Coríntios 3:3 porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja,
contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os
homens?
Filipenses 1:15 Verdade é que também alguns pregam a CRISTO por inveja e
porfia, mas outros de boa mente;
Tito 3:3 Porque
também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados,
servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos,
odiando-nos uns aos outros.
Tiago 3:14 Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração,
não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
AMARGA INVEJA.
"Amarga inveja" é o vício que impele a pessoa a cuidar somente dos
seus próprios interesses.
A inveja ou
ambição egoísta na igreja é:
(1)
"terrena", i.e., polui aquilo que é santo e que é do ESPÍRITO;
(2)
"animal", i.e., não-espiritual; carnal; sem o ESPÍRITO SANTO; e
(3)
"diabólica", i.e., inspirada por demônios (ver 1 Tm 4.1).
Tiago 3:16 Porque,
onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
A inveja na
vida de JESUS -
Marcos 15:9-10
E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?
Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham
entregado.
Mt 27.18 Porque
sabia que por inveja o haviam entregado.
INTERAÇÃO
A Palavra de
DEUS recomenda-nos que sejamos cheios do ESPÍRITO SANTO, pois assim não daremos
lugar às obras da carne (Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa
natureza pecaminosa, da nossa carne. Precisamos nos encher constantemente do
ESPÍRITO SANTO para que possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado.
DEUS nos chamou para uma vida de santidade e pureza, por isso, na lição de hoje
estudaremos dois graves pecados que não deveriam jamais encontrar lugar no
coração dos crentes: a inveja e a maldade. A Bíblia declara que os que cometem
tais coisas, se não se arrependerem, "não herdarão o Reino de DEUS"
(Gl 5.21).
OBJETIVOS -
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que a
inveja está presente no coração do homem desde a queda.
Discutir a
respeito das consequências da inveja na vida do crente.
Conscientizar-se
dos males advindos da maldade.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Providencie
cópias da tabela abaixo para os alunos. Inicie a lição fazendo as seguintes
indagações: "O que é inveja?" "Como o crente pode livrar-se
deste sentimento pecaminoso?" Ouça com atenção os alunos e explique que a
carne e o espírito são opostos. Somente teremos vitória sobre as obras da
carne, o pecado, se andarmos em ESPÍRITO (Gl 5.16). Em seguida, leia e discuta
com os alunos os tópicos apresentados na tabela.
Desejos
pecaminosos x Fruto do ESPÍRITO |
|
Desejos
pecaminosos |
O fruto do
ESPÍRITO é |
Iníquos |
Bom |
Destrutivos |
Produtivo |
Fáceis de
inflamar-se |
Difícil de
inflamar-se |
Difíceis de
conter |
De fácil
controle |
Egoístas |
Dedicado |
Opressivos e
possessivos |
Libertador e
cuidadoso |
Decadentes |
Estimulador |
Pecaminosos |
Santificado |
Mortais |
Abundante de
vida |
Fonte: Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro, CPAD, p.1642. |
SINÓPSE DO
TÓPICO (1) A inveja teve origem na frustrada tentativa de Satanás em
apoderar-se dos atributos de DEUS.
SINÓPSE DO
TÓPICO (2) A inveja é pecado e o crente não pode ser dominado por tal
sentimento.
SINÓPSE DO
TÓPICO (3) A maldade traz consequências maléficas e acaba minando a fé do
crente.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes Caim e Abel, tinham temperamentos notadamente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso. Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial registrado na Bíblia. Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura não quer dizer necessariamente que animais são superiores a planta para propósitos sacrificais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta fica evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o 'número um'. O Senhor não estava ausente na hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. DEUS não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou a Caim que ele estava em real perigo. Se Caim tivesse feito bem, com certeza DEUS o teria graciosamente recebido" (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. p.43).
VOCABULÁRIO
Mansuetude:
Mansidão.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GEISLER,
Norman. Teologia Sistemática. Vls 1,2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAIS PELA Revista - Ensinador Cristão - CPAD, nº 51, p.41.
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias,
CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA
EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. -
Orlando Boyer - CPAD
Teologia
Sistemática - Geisler, Norman L., Casa Publicadora das Assembleias de Deus -
Caixa Postal 331 - 20001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDO PARA A LIÇÃO
A História de José - Gênesis 37. 1-4 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Moisés não tem mais nada a dizer sobre os edomitas, a menos que eles cruzem o caminho de Israel novamente. Mas agora ele se dedica atentamente à história da família de Jacó: “Estas são as gerações de Jacó”. A árvore genealógica de Jacó não é estéril como a de Esaú (Gn 36.1), mas uma história memorável e útil. Aqui temos: 1. Jacó, um peregrino, com seu pai Isaque, que ainda era vivo, v. 1. Nós nunca estaremos em casa, até chegarmos ao céu. 2. José, um pastor, apascentando o rebanho com seus irmãos, v. 2. Embora ele fosse o favorito do seu pai, ainda assim não foi criado em ociosidade ou regalias. Não amam verdadeiramente a seus filhos aqueles que não os acostumam aos negócios, e ao trabalho, e à mortificação da carne pecaminosa. Mimar os filhos é, com justa razão, chamado de estragá-los. Aqueles que não são treinados para fazer nada, não servirão para nada. 3. José era amado do seu pai (v. 3) parcialmente por causa de sua querida mãe, que estava morta, e parcialmente por sua própria causa, porque ele era o maior consolo na sua velhice. Ele provavelmente o servia, e o obedecia mais do que os outros filhos. José era o filho querido, um filho maduro, segundo alguns. Isto é, quando era criança, era tão grave e discreto como se fosse mais velho. Mesmo sendo uma criança, não era infantil. Jacó proclamou o seu afeto por ele, vestindo-o de maneira mais elegante do que os seus outros filhos: Ele lhe fez “uma túnica de várias cores”, que provavelmente representava as honras futuras destinadas a ele. Observe que embora sejam felizes aqueles filhos que possuem o que, com razão, os recomenda ao amor especial dos seus pais, ainda assim é prudente que os pais não façam diferença entre um filho e outro, a menos que haja uma causa grande e manifesta, dada pela obediência ou desobediência dos filhos – o governo paterno deve ser imparcial, e controlado com mão firme. 4. José foi odiado pelos seus irmãos: (1) Porque o seu pai o amava. Quando os pais fazem diferença, os filhos logo percebem, e isto frequentemente ocasiona rixas e brigas nas famílias. (2) Porque ele “trazia uma má fama deles a seu pai”. Os filhos de Jacó, quando não estavam sob a sua vigilância, faziam o que não teriam feito, se estivessem em casa com ele. Mas José fazia ao seu pai um relato do seu mau comportamento, para que ele pudesse repreendê-los e reprimi-los. Não como um maldoso mexeriqueiro, para semear discórdia, mas como um irmão fiel, que, não ousando ele mesmo admoestá-los, apresentava os seus erros a alguém que tinha autoridade para fazê-lo. Observe que: [1] É comum que observadores amistosos sejam considerados como inimigos. Aqueles que odeiam ser transformados, odeiam aqueles que desejam transformá-los, Provérbios 9.8. [2] É comum que aqueles que são amados por Deus sejam odiados pelo mundo. Aquele a quem o Céu abençoa, o inferno amaldiçoa. Aqueles a quem Deus fala de modo consolador, os homens ímpios não irão falar pacificamente. Aqui está escrito que José estava com os filhos de Bila. Alguns interpretam que ele era servo deles, eles o tornaram seu escravo.
Aqui:
I
José conta os sonhos proféticos que teve, vv. 6,7,9,10. Embora fosse muito jovem (aproximadamente dezessete anos), ainda assim era piedoso e devoto, e tinha boa índole, e isto o adequava para as graciosas revelações de Deus a ele, sobre si mesmo. José tinha muitos problemas à sua frente, e por isto Deus logo lhe deu esta perspectiva do seu progresso, para apoiá-lo e consolá-lo durante os longos e dolorosos problemas com os quais ele seria posto à prova. Da mesma maneira, Cristo teve uma alegria apresentada à sua frente, e a têm os cristãos. Observe que Deus tem maneiras de preparar antecipadamente o seu povo para as tentações que eles não podem prever – mas que fazem parte do seu objetivo – através dos consolos que Ele lhes concede. Seus sonhos foram: 1. Que os molhos dos seus irmãos, todos, se inclinavam ao dele, indicando a ocasião em que eles seriam levados a prestar-lhe homenagem, especificamente, procurá-lo para obter trigo. Seus molhos vazios se curvariam ao seu, cheio. 2. Que o sol, e a lua, e onze estrelas, se inclinavam a ele, v. 9. José era mais um profeta do que um político, caso contrário ele teria feito segredo dos sonhos, pois ele não podia deixar de saber que os seus irmãos já o odiavam, e que isto iria exasperá-los ainda mais. Mas, mesmo dizendo isto na sua simplicidade, ainda assim Deus o destinou à admiração dos seus irmãos. Observe que José sonhou com a sua honra, mas não sonhou com a sua prisão. Assim muitos jovens, quando estão partindo para o mundo, não pensam em nada, a não ser prosperidade e prazer, e nunca sonham com problemas.
II
Seus irmãos não gostaram dos sonhos, e ficavam cada vez mais enfurecidos com ele (v. 8): “Tu deveras terás domínio sobre nós?” Veja aqui: 1. Quão corretamente eles interpretaram este sonho, de que ele reinaria sobre eles. Aqueles que eram inimigos à realização destes sonhos, foram os seus intérpretes, como na história de Gideão (Jz 7.13,14). Entenderam que falava deles, Mateus 21.45. O evento correspondia com exatidão a esta interpretação, Gn 42.6ss. 2. Quão zombeteiramente eles reagiram: “Tu deveras” – somente um – “terás domínio sobre nós” – que somos muitos? Tu, o mais jovem, sobre nós, que somos os mais velhos. Observe que o reino e o domínio de Jesus Cristo, o nosso José, têm sido, e são, desprezados e combatidos por um mundo carnal e incrédulo, que não pode suportar pensar que este homem deva reinar sobre eles. Também o domínio dos justos, na manhã da ressurreição, é considerado com o maior desprezo.
III
Seu pai lhe faz uma gentil repreensão por isto, mas observa as palavras, vv. 10,11. Provavelmente Jacó o repreendeu, para diminuir a ofensa que os seus irmãos poderiam sentir. Mas ele observou as palavras, mais do que pareceu fazer: ele insinuou que era apenas um sonho sem valor, porque a sua mãe estava no sonho, mas ela estava morta há algum tempo. Porém o sol, a lua e onze estrelas significavam toda a família que viria a depender dele, e deveria ficar satisfeita por estar em dívida com ele. Observe que a fé do povo de Deus nas promessas de Deus é frequentemente e tristemente abalada pela má interpretação que é feita das promessas, e pela lembrança das improbabilidades que acompanham o seu cumprimento. Mas Deus está realizando o seu próprio trabalho, e o fará, quer nós o interpretemos corretamente, quer não. Jacó, como Maria (Lc 2.51), guardava no coração todas essas coisas, e sem dúvida lembrou-se delas muito tempo depois, quando os acontecimentos corresponderam à predição.
Aqui temos:
I
A gentil visita que José, obedecendo à ordem de seu pai, fez a seus irmãos, que estavam apascentando o rebanho junto de Siquém, a muitos quilômetros dali. Alguns sugerem que eles foram para lá propositadamente, esperando que José fosse enviado para visitá-los, quando teriam uma oportunidade de prejudicá-lo. No entanto, José e seu pai tinham, ambos, mais da inocência e simplicidade da pomba do que da prudência da serpente, caso contrário ele nunca teria caído desta maneira nas mãos daqueles que o odiavam: mas Deus destinou tudo isto para o bem. Veja em José um exemplo:
1. De obediência ao seu pai. Embora fosse o favorito do seu pai, ainda assim ele era, e estava disposto a ser, um servo do seu pai. Com que prontidão ele espera as ordens de seu pai! “Eis-me aqui”, v. 13. Observe que os filhos que são amados por seus pais devem ser obedientes a eles. E então este amor estará sendo bem concedido, e bem retribuído.
2. De bondade com seus irmãos. Embora soubesse que eles o odiavam e invejavam, ainda assim ele não fez qualquer objeção às ordens do seu pai, fosse pela distância do lugar, ou pelo perigo da jornada, mas alegremente aceitou a oportunidade de mostrar seu respeito a seus irmãos. Observe que é uma lição muito boa, embora aprendida com dificuldade, e raramente praticada, a de amar àqueles que nos odeiam. Se nos nossos parentes não cumprem o seu dever para conosco, ainda assim não devemos estar em falta no nosso dever para com eles. Isto é digno de gratidão. José foi enviado por seu pai a Siquém, para ver se seus irmãos estavam bem ali, e se a região não tinha se revoltado contra eles, destruindo-os, como vingança por terem assassinado barbaramente os siquemitas, alguns anos antes. Mas José, não os encontrando ali, foi para Dotã, o que mostrava que ele havia empreendido esta viagem não somente em obediência ao seu pai (pois então poderia ter retornado quando não os encontrou em Siquém, tendo feito aquilo que seu pai tinha lhe dito), mas por amor a seus irmãos, e por isto os procurou diligentemente até que os encontrou. Que o amor fraternal seja contínuo, e que possamos dar provas dele.
II
A trama sangrenta e maldosa dos seus irmãos contra ele, retribuindo o bem com o mal – em paga do seu amor, eles eram seus adversários. Observe: 1. Quão deliberados eles foram na elaboração deste plano: vendo-o, de longe, “conspiraram contra ele”, v. 18. Não foi por uma provocação acalorada ou repentina, que planejaram matá-lo, mas por maldade premeditada, e a sangue frio. Observe que qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. Pois o será, se tiver a oportunidade, 1 João 3.15. A maldade é algo muito prejudicial, e pode realizar obras sangrentas quando é alimentada e tolerada. Quanto mais planejamento existir em um pecado, pior ele será; é ruim fazer o mal, mas pior ainda é planejá-lo. 2. Quão cruéis eles foram no seu plano. Nada menos do que o seu sangue os contentaria: “Vinde, pois, agora, e matemo-lo”, v. 20. Observe que a antiga inimizade procura a vida preciosa. Os homens sanguinários aborrecem aquele que é sincero (Pv 29.10), e a grande prostituta se embriaga do sangue dos santos. 3. Com que escárnio eles o censuraram pelos seus sonhos (v. 19): “Eis lá vem o sonhador-mor!”, e (v. 20): “veremos que será dos seus sonhos”. Isto mostra o que era que os irritava e enfurecia. Eles não podiam suportar o pensamento de prestar-lhe homenagem. Isto era o que eles planejavam impedir, com o assassinato dele. Observe que os homens que se irritam e enfurecem com os conselhos de Deus, estão, impiamente, procurando derrotá-los. Mas imaginam coisas vãs, Salmos 2.1-3. Os conselhos de Deus permanecerão. 4. Como eles concordaram em manter um único discurso, e encobrir o assassinato com uma mentira: “Diremos: Uma besta-fera o comeu”. Embora assim, planejando destruí-lo, eles provassem ser piores do que as piores bestas-feras. Pois as bestas-feras não atacam animais da mesma espécie, mas aqueles homens estavam rasgando uma parte de si mesmos.
III
A ideia de Rúben para salvar José, vv. 21,22. Observe que Deus pode fazer surgir amigos para o seu povo, até mesmo entre os seus inimigos. Pois Ele tem todos os corações nas suas mãos. Rúben, de todos os irmãos, era o que tinha mais razões para ter ciúme de José, pois ele era o primogênito, tendo, portanto, direito a estes favores distintos que Jacó conferia a José. No entanto, provou ser seu melhor amigo. O temperamento de Rúben parece ter sido dócil, o que alguns pensam que talvez o tenha levado a consentir que cometessem este pecado. Ao passo que o temperamento dos dois irmãos seguintes, Simeão e Levi, era cruel, o que os levou ao pecado do assassinato. Só de pensar neste pecado, Rúben se assustava. Observe que a nossa constituição natural deve ser protegida dos pecados aos quais ela mais se inclina, e deve ser aperfeiçoada (como a de Rúben, aqui) contra os pecados aos quais ela é mais contrária. Rúben fez uma proposta que eles julgaram que efetivamente atendia ao seu objetivo de destruir José, mas ele desejava que atendesse à sua intenção de salvar José das mãos deles, devolvendo-o ao seu pai, provavelmente esperando, com isto recuperar a apreciação do seu pai, que recentemente ele tinha perdido. Mas Deus predominou sobre todos, para servir ao seu próprio objetivo de fazer de José um instrumento para salvar muitas pessoas. José, aqui, foi um tipo de Cristo. Embora ele fosse o Filho amado de seu Pai, e odiado por um mundo ímpio, ainda assim o Pai o enviou, do seu seio, para nos visitar, com grande humildade e amor. Ele veio do céu à terra, para nos buscar e salvar. No entanto, tramas maldosas foram feitas contra Ele. Ele Veio para o que era seu, e os seus não o receberam, mas tramaram contra Ele: Este é o herdeiro. Vinde, matemo-lo; Crucifica-o! Crucifica-o! A isto Ele se submeteu, para realizar o seu desígnio de nos redimir e salvar.
Aqui temos a execução do seu plano, contra José. 1. Eles o despiram, cada um deles procurando apoderar-se da invejada túnica de várias cores, v. 23. Na sua imaginação, assim eles o privavam do direito de primogenitura, do qual talvez esta túnica fosse o emblema, causando-lhe sofrimento, ofendendo a seu pai, e divertindo-se enquanto o insultavam. “Agora, José, onde está a fina túnica...” Da mesma maneira, o nosso Senhor Jesus foi despido da sua túnica sem costura, e da mesma maneira os seus santos sofredores foram, em primeiro lugar, persistentemente despidos dos seus privilégios e das suas honras, e depois, tornados a escória de todas as coisas. 2. Eles prosseguiram, fazendo-o passar fome, lançando-o em uma cova sem água, para perecer ali de fome e frio, tão cruel era o tratamento que lhe dispensaram, v. 24. Observe que onde reina a inveja, a piedade é expulsa, e a própria humanidade é esquecida, Provérbios 27.4. Tão cheia de veneno mortal é a maldade, que, quanto mais bárbara a coisa for, mais satisfatória será. Agora José implorava pela sua vida, na angústia da sua alma (Gênesis 42.21), convencido, por todo o carinho imaginável, que eles ficariam satisfeitos com a sua túnica e poupariam a sua vida. Ele apela à inocência, ao parentesco, ao afeto, à submissão. Ele chora e suplica, mas é tudo em vão. Somente Rúben demonstra piedade, e intercede por ele, Gênesis 42.22. Mas ele não consegue salvar José da horrível cova na qual eles decidiram que ele morreria gradualmente, e seria enterrado vivo. É este a quem os seus irmãos devem prestar honras? Observe que as providências de Deus frequentemente parecem contradizer os seus propósitos, até mesmo quando os servem, e trabalham, à distância, contribuindo para cumpri-los. 3. Eles o desprezaram quando ele estava em aflição, e não se emocionaram pelo seu sofrimento. Pois enquanto ele estava desfalecendo na cova, lamentando a sua própria infelicidade e com um clamor débil implorando a sua piedade, eles “assentaram-se a comer pão”, v. 25. (1) Eles não sentiam nenhuma dor de consciência pelo pecado. Se sentissem, isto teria arruinado o seu apetite e o sabor da refeição. Observe que uma grande força sobre a consciência normalmente a deixa perplexa, e, durante algum tempo, remove os seus sentidos e a sua fala. Os pecadores ousados são seguros. Mas as consciências dos irmãos de José, embora adormecidas agora, despertaram muito tempo depois, Gn 42.21. (2) Agora eles se alegravam ao pensar como tinham se libertado do medo do domínio do seu irmão sobre eles, e que, ao contrário, tinham girado a sorte contra ele. Eles se regozijaram sobre ele, como os perseguidores sobre as duas testemunhas que os tinham atormentado, Apocalipse 11.10. Observe que aqueles que se opõem aos conselhos de Deus possivelmente podem vencer até o ponto de pensar que alcançaram o seu objetivo, e ainda assim estarão enganados. 4. Eles o venderam. Uma caravana de comerciantes muito oportunamente passou por ali (algo que foi preparado pela Providência divina), e Judá propôs que eles vendessem José aos comerciantes, para que fosse levado até o Egito, onde, com toda probabilidade, ele se perderia, e nunca mais se ouviria falar dele. (1) Judá propôs isto por compaixão por José (v. 26): “Que proveito haverá em que matemos a nosso irmão?” A culpa será menor, e teremos mais vantagens, se o vendermos. Observe que quando somos tentados a pecar, devemos considerar o pouco proveito que o pecado nos trará. Não se consegue nada de bom e duradouro através do pecado. (2) Eles concordaram, porque pensaram que se ele fosse vendido como escravo, nunca seria um senhor, e se fosse vendido ao Egito, nunca seria o seu senhor. Mas tudo se encaminhava em direção a isto. Observe que a cólera do homem redundará em louvor a Deus, e o restante da cólera, Ele o restringirá, Salmos 76.10. Os irmãos de José foram maravilhosamente impedidos de matá-lo, e o fato de que o vendessem voltava-se maravilhosamente ao louvor de Deus. Assim como José foi vendido graças à ideia de Judá, por vinte moedas de prata, também o nosso Senhor Jesus foi vendido por trinta, e por alguém do mesmo nome, Judas. Rúben (aparentemente) tinha se afastado dos seus irmãos, quando eles venderam José, pretendendo chegar à cova de alguma outra maneira, para ajudar José a sair dali, e devolvê-lo em segurança ao seu pai. Este era um bom plano, mas, se tivesse sido realizado, o que teria sido do propósito de Deus sobre a primazia de José no Egito? Observe que existem muitos planos, no coração do homem, muitos planos nos inimigos do povo de Deus, para destruí-los e nos corações dos seus amigos, para ajudá-los, que talvez sejam todos desapontados, como foram estes. Mas o conselho do Senhor prevalecerá. Rúben julgou-se perdido, porque o rapaz tinha sido vendido: “E, eu, aonde irei?”, v. 30. Sendo ele o mais velho, seu pai esperaria dele alguma notícia de José. Mas, como foi provado, todos eles teriam sido destruídos, se ele não tivesse sido vendido.
I
Logo que sentiram falta de José, grandes buscas foram feitas com a finalidade de encontrá-lo. Seus irmãos tinham outro objetivo, o de fazer o mundo crer que José tinha sido despedaçado por uma besta-fera. E isto eles fizeram: 1. Para isentar-se, para que não fossem suspeitos de lhe terem feito nenhum mal. Observe que todos nós aprendemos com Adão a encobrir nossas transgressões, Jó 31.33. Quando o diabo ensina os homens a cometerem um pecado, ele os ensina, então, a escondê-lo com outro. Roubo e assassinato, escondidos com mentira e perjúrio. Mas aquele que encobre o seu pecado não prosperará por muito tempo. Os irmãos de José mantiveram o combinado por algum tempo, mas a sua vilania veio à luz, afinal, e aqui é divulgada ao mundo, e a sua lembrança é transmitida a todas as gerações. 2. Para amargurar o seu bom pai. Isto parece ter sito planejado por eles com o propósito de vingar-se dele pelo seu amor distinto por José. Foi planejado propositadamente para criar-lhe a maior aflição. Eles enviaram a ele a túnica de várias cores de José, com uma cor a mais do que ela tinha tido, uma cor de sangue, v. 32. Eles fingiram tê-la encontrado nos campos, e devem ter perguntado, zombeteiramente, ao próprio Jacó: Esta é a túnica do teu filho? Agora o emblema da sua honra é a descoberta do seu destino. E apressadamente se deduz, com base na túnica ensanguentada, que José, sem dúvida, foi despedaçado. O amor está sempre pronto a temer o pior, a respeito da pessoa amada. Existe um amor que supera o nosso medo, mas este é um amor perfeito. Que aqueles que conhecem o coração de um pai imaginem as agonias do pobre Jacó, e coloquem suas almas no lugar da sua alma. Com que força ele descreve, para si mesmo, a terrível ideia da desgraça de José! Dormindo ou caminhando, ele imagina que vê a besta-fera atacando José, pensa que ouve os seus gritos queixosos quando a fera urrou para ele, treme e estremece, muitas vezes, quando imagina como a besta sugou o seu sangue, rasgou-o, membro por membro, e não deixou nenhum resto dele, a não ser a túnica de várias cores, para trazer as notícias. E sem dúvida não lhe acrescentou pouco pesar o fato de que ele o tinha exposto, ao enviá-lo, e enviá-lo completamente sozinho, nesta perigosa jornada, que provou ser fatal para ele. Isto lhe atinge o coração, e ele está pronto a se considerar o responsável pela morte do seu filho. Bem: (1) Foram feitos esforços para consolá-lo. Seus filhos, de maneira imoral, fingiram fazê-lo (v. 35). Mas todos eram consoladores miseráveis e hipócritas. Se tivessem realmente desejado consolá-lo, poderiam facilmente tê-lo feito, contando-lhe a verdade: “José está vivo, é verdade que ele foi vendido e está no Egito, mas será fácil enviar alguém para lá para resgatá-lo”. Isto teria eliminado seu pano de saco, e o teria cingido de felicidade imediata. Eu me pergunto se seus rostos não traíam a sua culpa, e com que cara eles podiam fingir lamentar com Jacó a morte de José, quando sabiam que ele estava vivo. Observe que o coração é estranhamento endurecido pelo engano do pecado. Mas: (2) Tudo foi em vão: Jacó recusou-se a ser consolado, v. 35. Ele era um pranteador obstinado, e decidido a chorar até descer à sepultura. A sua tristeza não era um súbito arrebatamento de paixão, como o de Davi: Quem me dera que eu morrera por ti... meu filho, meu filho! Mas, como Jó, ele se endureceu na tristeza. Observe: [1] O grande afeto por qualquer criatura não serve como uma preparação para a maior aflição. O afeto não nos consola quando chega a separação ou a amargura. O amor desordenado normalmente acaba em tristeza exagerada. O pêndulo oscilará para um lado e para o outro na mesma medida. [2] Não se importam com o consolo da sua alma nem com a credibilidade da sua religião aqueles que estão determinados, na sua tristeza, em qualquer que seja a ocasião. Nunca devemos dizer: “com choro hei de descer... à sepultura”, porque não conhecemos os dias alegres que a Providência divina pode ter reservado para nós, e é nossa sabedoria e dever adaptarmo-nos a ela. [3] Nós frequentemente nos confundimos com problemas imaginários. Nós imaginamos as coisas piores do que são, e nos afligimos mais do que necessitamos. Às vezes não é tão necessário consolar-nos quanto apontar o nosso erro. Devemos sempre esperar o melhor.
II
Como os ismaelitas e midianitas tinham comprado José somente para negociá-lo, aqui nós o vemos vendido novamente (sem dúvida, com suficiente lucro para os comerciantes) a Potifar, v. 36. Jacó estava lamentando a perda da sua vida. Se ele tivesse sabido tudo, ele teria lamentado, embora não tão apaixonadamente, a perda de liberdade. O filho nascido livre de Jacó trocará o melhor manto da sua família pelo uniforme de um senhor egípcio, e todas as marcas de servidão? Tão cedo a terra do Egito tornou-se uma casa de escravidão para a semente de Jacó! Observe que é sabedoria dos pais não criar seus filhos com excessiva delicadeza, porque não sabem a quais dificuldades e mortificações a Providência poderão reduzi-los durante a sua vida na terra. Jacó jamais pensou que o seu amado filho José seria assim comprado e vendido como servo.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição na íntegra - 2Tr23
Lição 1, CG,
Central Gospel, José, Um Líder Proativo, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar,
PIX 33195781620, CPF, Luiz Henrique de Almeida Silva
SUMÁRIO
1- JOSÉ, FILHO
DE JACÓ
1-1- José, o
sonhador
1-2- José, alvo
da inveja e vítima de conspirações
2- A TRAJETÓRIA
DE UM HOMEM ÍNTEGRO
2-1- O grande
líder mantém-se íntegro
2-2- O grande
líder levanta-se em qualquer lugar
2-3- O grande
líder faz bom uso dos seus dons
2-4- O grande
líder sabe que para tudo há um tempo
certo
2-5- O grande
líder reconhece e aproveita as
3- DA PRISÃO À
ADMINISTRAÇÃO DE UM PAÍS
3-1- José, a
maior autoridade sobre o Egito
3-2- José, o
salvador do Egito e de sua própria casa
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Gênesis 41.38-44
38 - E disse
Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de
Deus?
39 - Depois,
disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão
inteligente e sábio como tu.
40 - Tu estarás
sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no
trono eu serei maior que tu.
41 - Disse mais
Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.
42 - E tirou
Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de
linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
43 - E o fez
subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim, o
pôs sobre toda a terra do Egito.
44 - E disse
Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu
pé em toda a terra do Egito.
TEXTO ÁUREO
Agora, pois,
não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido
para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
Gênesis 45.5
SUBSÍDIOS PARA
O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira –
Gênesis 37.1-8 Um sonho questionado
3ª feira –
Salmo 25.11-14 O Senhor mantém segredo com os Seus
4ª feira – Naum
1.1-3 O caminho de Deus
5ª feira –
Salmo 37.21-23 Os passos de um homem bom
6ª feira –
Gênesis 41.38,39 O dia do reconhecimento divino
Sábado –
Gênesis 41.40 O maior homem do Egito
OBJETIVOS
Ao término do
estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:
- as aflições
do presente são justificadas pela glória do futuro;
- os que hoje
nos desprezam, amanhã nos honrarão;
- quem sonha
alto, realiza coisas grandes.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor,
a aprendizagem tem como objetivo principal satisfazer uma necessidade que
surgiu frente às demandas da vida. Tendo isto em mente, procure compreender o
que seus alunos entendem do tema proposto para o estudo deste trimestre; assim,
será menos árdua a exposição dos conteúdos. Nesta lição, foque as
características da liderança de José, que podem ser aplicadas à vida de todos,
indistintamente: o grande líder é íntegro a tempo e fora de tempo; levanta-se
em qualquer lugar; faz bom uso dos seus dons; sabe que para tudo há um tempo
certo; e, por fim, reconhece e aproveita as oportunidades. Boa aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Nada melhor do
que iniciar nossos estudos sobre as bases bíblicas de liderança por José, filho
de Jacó, um patriarca veterotestamentário que teve doze filhos e uma filha (Gn
29.32-35; 30.1-26). José é, sem dúvida, um dos maiores exemplos de liderança
das Escrituras. Sua história foi marcada por ciúme, inveja e ódio (dos seus
irmãos por ele), o que torna sua vida ainda mais expressiva. José não foi um
líder político preparado em casa desde a infância; ele não teve oportunidade de
estudar nas melhores escolas; tampouco foi enviado a outros países para
aprender outros idiomas. José pertencia a uma família de camponeses.
1- JOSÉ, FILHO
DE JACÓ
A história de
José (“que Deus acrescente”) cobre um terço do livro de Gênesis (caps. 37—50).
O nascimento do décimo primeiro filho de Jacó (José) foi um milagre, pois sua
mãe (Raquel) era estéril (Gn 30.22-24). José gozava de atenção diferenciada do
seu pai, visto ser ele o filho da mulher a quem Jacó amava. Não bastasse o fato
de o jovem ser o filho preferido do patriarca (Gn 37.3,4), ele contava ao pai
as coisas erradas que os seus irmãos faziam (Gn 37.2 NTLH), o que potencializava
a inveja que os mais velhos nutriam pelo rapaz.
1-1- José, o
sonhador
O texto bíblico
dá-nos ciência de que José teve dois sonhos significativos: no primeiro, o
jovem estava com os irmãos, atando molhos no meio do campo; o dele ficava em
pé, e os molhos dos irmãos inclinavam-se ao molho dele (Gn 37.7); no segundo,
José via o sol, a lua e onze estrelas inclinando-se perante ele (Gn 37. 9).
José não tinha a menor ideia do porquê tivera tais sonhos; assim, na sua
ingenuidade, contava-os, sem a menor preocupação de estar se engrandecendo
perante a família. Mal sabia ele que os sonhos eram avisos de Deus acerca do
seu futuro. O Senhor sabia para onde queria levá-lo. José era ainda muito jovem
quando Deus lhe apareceu em sonhos. Deste modo, talvez seja possível afirmar
que a falta de maturidade o levou a anunciar abertamente como ele viria a
tornar-se muito maior do que todos os membros de sua família. Obviamente, os
sonhos são involuntários; assim, José não poderia ser responsabilizado por essa
visitação divina; todavia, o fato de ele tê-los contado aos seus invejosos
irmãos (Gn 37.11) colocava-o em uma condição de vulnerabilidade dentro de casa.
SUBSÍDIO 1
Precisamos
aprender a conter o nosso entusiasmo ao falar acerca dos sonhos e planos que
temos em andamento, para não sermos prejudicados ou até impedidos de
alcançá-los. Jacó exortou José sobre o segundo sonho e guardava este negócio no
seu Coração (Gn 37.11; Lc 2.19).
1-2- José, alvo
da inveja e vítima de conspirações
Preocupado com
os filhos que apascentavam as ovelhas em Siquém, Jacó enviou José ao encontro
deles para saber como estavam. A distância era muito grande entre Hebrom — onde
moravam, ao sul do país — e Siquém, que estava em Samaria, no meio do país.
José andava errante por aquelas terras, até ser informado por um transeunte que
seus irmãos tinham ido a Dotã. Lá, José os encontrou. Antes que chegasse, no
entanto, seus irmãos viram-no de longe e conspiraram contra ele para matá-lo.
Só não o fizeram porque Rúben, o mais velho, impediu-os (Gn 37.12-21). A inveja
cegou-os de tal modo que não hesitaram em fazer-lhe mal: Os irmãos mais velhos
de José jogaram-no em uma cova sem água, enquanto assentaram-se para comer.
Tiraram-lhe a túnica que Jacó lhe dera e tingiram-na com sangue de animal para
dizerem ao pai que uma fera do campo o havia matado. Depois, enquanto comiam,
viram uma companhia de ismaelitas que seguiam a caminho do Egito. Judá, um de seus
irmãos, teve a ideia de vendê-lo àqueles comerciantes. O plano deu certo: os
ismaelitas pagaram 20 moedas de prata por José (Gn 37.25-33). Os mercadores,
por sua vez, revenderam o jovem como escravo a Potifar, no Egito (Gn 37.36; 39.
1).
2- A TRAJETÓRIA
DE UM HOMEM ÍNTEGRO
Os passos de um
homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho (Sl
37.23).
2-1- O grande
líder mantém-se íntegro
José era um
jovem de caráter: ele honrou o nome de seu pai, Jacó; de seu avô, Isaque e de
seu bisavô, Abraão. Observe o que diz o texto bíblico:
- José gozava
da confiança de Potifar. O alto oficial da corte de Faraó, ao perceber que o
rapaz era próspero em tudo quanto fazia, confiou-lhe a administração de sua
casa (Gn 39.3-5).
- José era um
jovem de boa aparência (Gn 39.6b), e a mulher de Potifar insinuou-se várias
vezes para o rapaz, que se recusou a deitar-se com ela (Gn 39.7-10). Certo dia,
no entanto, como ele fugiu apressadamente de uma de suas investidas, a mulher
tomou-lhe as vestes e usou-as para acusá-lo impiedosamente de importunação
sexual (Gn 39.11-16).
2-2- O grande
líder levanta-se em qualquer lugar
Potifar mandou
prender José motivado pela falsa acusação de sua mulher (Gn 39.19,20). Não
esperava o alto oficial de Faraó, no entanto, que o filho da velhice de Jacó,
aos poucos, viria a revelar-se um grande líder. Embora estivesse no cárcere,
José tornou-se líder de todos os apenados, por ordenação do próprio chefe do
cárcere: (...) o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que
estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali (Gn 39.22). O
líder levanta-se em qualquer lugar: assim como fora próspero na casa de Potifar,
José foi próspero dentro de um cárcere: E o carcereiro-mor não teve cuidado de
nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo
o que ele fazia o Senhor prosperava (Gn 39.23).
2-3- O grande
líder faz bom uso dos seus dons
O texto bíblico
dá-nos ciência de que o copeiro e o padeiro de Faraó pecaram contra ele; assim,
ambos foram levados para o cárcere — e José estava responsável pelos dois na
prisão (Gn 40.1-4). Certo dia, ao vê-los com o semblante decaído, José perguntou-lhes
o que se passava. Ambos disseram que estavam perturbados por um sonho que cada
um tivera. José, então, propôs-se a interpretá-los (Gn 40.5-8), e assim o fez:
ao copeiro, José disse que ele seria restaurado ao seu trabalho em três dias;
ao padeiro, todavia, José anunciou que, também em três dias, ele seria morto
(Gn 40.9-19). Tudo aconteceu, conforme José vaticinara (Gn 40.20). José pediu
ao copeiro que dele se lembrasse quando voltasse a servir vinho na casa do rei,
mas o copeiro esqueceu-se de José (Gn 40.14,23). Porém, o Senhor acompanhava
cada passo deste filho de Jacó. Na hora certa, Ele agiria em favor do Seu
servo.
2-4- O grande
líder sabe que para tudo há um tempo certo
Faraó
perturbou-se com dois sonhos que tivera. No primeiro, sete vacas gordas subiam
do rio, e, a seu tempo, sete vacas magras também subiam do rio; sendo que as
magras comiam as gordas (Gn 41.1-4). No outro sonho, sete espigas cheias e boas
nasciam e, do mesmo pé, brotavam sete espigas miúdas e queimadas; sendo que as
espigas miúdas comiam as cheias (Gn 41.5-7). Faraó chamou os adivinhadores do
palácio para obter a interpretação dos sonhos; porém nenhum deles foi capaz de
elucidar o enigma (Gn 41. 8). Ao contar o seu sonho, o copeiro lembrou-se de
José, que interpretara o sonho que ele tivera na prisão (Gn 41.9). Eis que se
levantava a grande oportunidade
deste filho de
Jacó. Dois anos se passaram até que o copeiro veio a lembrar-se de José. Sim,
até mesmo no esquecimento do copeiro DEUS estava agindo: o Senhor fê-lo esquecer-se
de José por um tempo, como também o fez lembrar-se dele na hora certa.
2-5- O grande
líder reconhece e aproveita as Oportunidades
Faraó mandou
chamar José no cárcere. Depois de Faraó contar a ele os dois sonhos, José disse
que ambos tinham uma única interpretação: tanto as sete vacas gordas quanto as
sete espigas cheias representavam sete anos de fartura; as sete vacas magras e
as sete espigas miúdas, por sua vez, representavam sete anos de fome que
haveriam de vir em toda a terra (Gn 41.14-32). José, o grande líder,
identificou a oportunidade e ousadamente colocou-se diante de Faraó: (...)
proveja agora de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do Egito
(Gn 41.34). José plantou no rei a mesma semente que plantara na mente do
copeiro, ainda na prisão: lembra-te de mim (Gn 40.14).
3- DA PRISÃO À
ADMINISTRAÇÃO DE UM PAÍS
Em Gênesis
41.45, lê-se: E chamou Faraó o nome de José Zafenate-Paneia (...).
Zafenate-Paneia significa “salvador do mundo”; não apenas por esse motivo, mas
a trajetória de José assemelha-se à de Jesus no que diz respeito ao fato de
ambos terem salvado o povo da aliança; cada um a seu tempo e modo.
3-1- José, a
maior autoridade sobre o Egito
Faraó
reconheceu, diante dos seus servos, que não havia no Egito alguém melhor do que
José, afinal, havia nele o ESPÍRITO de Deus (Gn 41.38). Isso faria toda a
diferença. Deus trabalha no tempo e no espaço. Aqueles que venderam José como
escravo não eram capazes de perceber o potencial escondido em um jovem moço (Gn
41.40,41). A melhor roupa que José havia usado na vida, até então, tinha sido
uma túnica colorida que seu pai cosera (Gn 37.23). Agora, José desfilava pelas
ruas do Egito com vestes reais, sendo honrado perante toda a nação que, por
ordem real, devia prostrar-se perante ele (Gn 41.42-44). Pode-se imaginar a
importância de um homem no comando de um império como o egípcio?
SUBSÍDIO 2
O império
egípcio divide--se em três períodos: o antigo império (3200–2000 a.C.); o médio
império (2000–1580 a.C.) e o novo império (1580–622 a.C.). Em 1250 a.C., muitos
anos depois da morte de José, os egípcios dominaram os hebreus.
3-2- José, o
salvador do Egito e de sua própria casa
Faraó sabia que
sob a administração de José, haveria comida suficiente para abastecer não
somente o Egito, mas também outras nações pelos sete anos seguintes; e assim
aconteceu (Gn 41.47-49,53,54). Pela cessação do alimento, o Senhor permitiu que
José pudesse ter a chance de reencontrar seu pai, Jacó, e todos os seus irmãos.
Os capítulos 42—47 de Gênesis narram os passos de uma família, cuja história
foi marcada por inveja, traição, luto e perdão.
CONCLUSÃO
José chegou à
casa de Potifar como mais um escravo; porém, ele soube lutar para sair daquela
posição. Ele chegou à prisão como mais um detento, mas não deixou de mapear
aquele lugar e aquela situação. José decidiu posicionar-se para crescer, para
conquistar a confiança do chefe dos presos, para liderar. Por isso, é preciso
saber colocar-se no lugar certo na hora exata. Deus já nos dotou de potencial.
Podemos ser levados a um lugar para cumprir determinada missão; então, fiquemos
atentos. O Senhor levanta, ainda hoje, pessoas com extraordinária capacidade de
liderança; homens e mulheres que podem fazer grande diferença, não apenas na
Igreja, mas também na vida cotidiana, como políticos, estadistas, cientistas
educadores, escritores etc. Nas palavras do Pr. Silas Malafaia: “Você pode
estar passando pela cova, mas será um tempo menor. Você pode estar passando
pela casa, mas será um tempo menor. Você pode estar passando pela prisão, mas
será um tempo menor. O melhor tempo vai durar muito! Vai suplantar todos os
outros estágios”.
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Que idade
tinha José quando se tornou governador do Egito?
R.: Trinta
anos.
Resumo da Lição
3, CPAD, Ciúme, O Mal Que Prejudica A Família
I – A FALHA NO
TRATAMENTO DOS FILHOS
1- A
preferência de Jacó.
2- O ciúme em
meio à preferência.
3- A inveja não
permite compreender os desígnios de DEUS.
II – O CIÚME
COMO CAUSA DE CONFLITOS
1- A túnica: o
símbolo do desprezo.
2- Ciúme: o
agente do conflito familiar.
3- A extensão
do ciúme.
III – OS MALES
DO CIÚME
1- O ciúme pode
causar tragédias familiares.
2- O ciúme
entre os santos de DEUS.
3- Vencendo o
ciúme.
TEXTO ÁUREO
“Porque, onde
há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.” (Tg 3.16)
VERDADE PRÁTICA
O ciúme é uma
obra da carne e só o fruto do ESPÍRITO é capaz de superar as consequências
ruins dessa emoção.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv
6.34 O ciúme desperta a fúria das pessoas
Terça – 1 Co
3.3 Onde há ciúme há carnalidade
Quarta – Mc
15.10 Pessoas perseguiram JESUS por causa do ciúme
Quinta – Gl
5.25 Rejeitando o ciúme de maneira convicta
Sexta – Fp 4.8;
Pv 4.23 Protegendo a mente e o coração do ciúme
Sábado – 1 Co
13.4 O antídoto do perfeito entendimento do amor
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Gênesis 37.1-4,11,18,23,24,28
1 – E Jacó
habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2 – Estas são
as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com
seus irmãos; e estava este com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa,
mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai,
3 – E Israel
amava a José mais do que todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice;
e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4 – Vendo, pois,
seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos,
aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
11 – Seus
irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu
coração.
18 – E viram-no
de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.
23 – E
aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiram a José a sua túnica, a túnica
de várias cores que trazia.
24 – E
tomaram-no e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água
nela.
28 – Passando,
pois, os mercadores midianitas; tiraram, e alçaram a José da cova, e venderam
José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
HINOS
SUGERIDOS: 20, 425, 432 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
O ciúme é uma
emoção humana que pode levar a grandes proporções. Todas as pessoas sentem
ciúmes em algum momento da vida; às vezes é por alguém da família, outras vezes
é por amigos ou por algum bem que é considerado precioso. Há pessoas que sentem
ciúmes por cargos e funções e isso pode acontecer tanto no ambiente
profissional como no ambiente eclesiástico. Nesta lição, temos o propósito de
refletir a respeito das consequências do ciúme na família.
2- APRESENTAÇÃO
DA LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição: I) Refletir sobre as consequências do favoritismo e do ciúme na família
de Jacó; II) Identificar os males que o ciúme provoca nos relacionamentos; III)
Compreender que o homem precisa orientar seu coração pela Palavra de DEUS e não
por suas emoções carnais.
B) Motivação:
Nesta lição veremos que o ciúme é uma emoção carnal e, se for cultivado, pode
chegar ao descontrole, causando consequências gravíssimas para as famílias e
para os relacionamentos em geral. O cristão não pode ter as ações dirigidas por
seus impulsos ou emoções carnais. Assim, veremos como ele pode lidar com essa
emoção.
C) Sugestão de
Método: O tema desta lição é uma emoção comum a todos os alunos. Comece a aula
propondo um diálogo sobre o ciúme. Pergunte à sua classe: “Alguém aqui é
ciumento? Você costuma sentir ciúme por alguém ou por alguma coisa? Você já foi
alvo de ciúmes? Se sim, como você se sentiu”? Após alguns minutos de
compartilhamento, inicie a exposição da lição.
3- CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Esta lição nos convida a refletir sobre as emoções que permeiam nosso coração e
que costumam influenciar nosso comportamento. O ciúme não deve ser naturalizado
ou fantasiado como uma “prova de amor e cuidado”, porque ele traz consigo
sérias consequências. Devemos lembrar que a Bíblia diz que “o amor não arde em
ciúmes” (1 Co 13.4 – NAA). Portanto, como cristãos, nosso coração precisa ser
regido pelo amor e não por emoções carnais.
4- SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
93, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula: 1) O texto “Quem era José”, que ajuda a aprofundar o
primeiro tópico, mostra o perfil de José, apresentando o contexto histórico do
seu nascimento e sua dinâmica familiar. 2) O texto “As consequências do
favoritismo e do ciúme”, que expande o segundo tópico, traz um alerta quanto as
consequências da emoção do ciúme.
INTRODUÇÃO
A história dos
filhos de Jacó não só é comovente, mas dramática. José, o filho amado do
patriarca, foi alvo do ciúme dos seus irmãos. É verdade que Jacó tinha certa
preferência por ele. Por isso, tornou-se uma pessoa de confiança do velho pai.
José delatava todas as más ações de seus irmãos para o patriarca da família.
Por esse motivo, eles o viam como um delator e merecedor das hostilidades
deles. A lição de hoje não tem o objetivo de tratar dos aspectos
gerais da história de José, mas enfatizar essa relação de conflito dentro da
família de Jacó. Vejamos as consequências para uma família em que a inveja e o
ciúme estão presentes.
PALAVRA-CHAVE -
Ciúme
I – A FALHA NO
TRATAMENTO DOS FILHOS
1- A
preferência de Jacó.
Em Gênesis 37,
lemos que “Jacó amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). É
possível que o patriarca tenha percebido que havia algo especial em relação a
José. Entretanto, independentemente de ser o filho da sua velhice, José era um
dos muitos filhos que ele havia gerado. Naturalmente, quando são conscientes do
seu papel paterno e materno dentro do lar, os pais percebem as diferenças de
personalidade e de temperamento de cada um dos filhos. Por isso, é preciso
muita atenção no relacionamento com eles. Na lição 2, estudamos a respeito do
problema que foi gerado pela predileção de Isaque e Rebeca entre Esaú e Jacó.
Aqui, na história de José, veremos que a predileção de Jacó produziu o ciúme e
a inveja entre os irmãos, as consequências graves dessa prática dentro da
família.
2- O ciúme em
meio à preferência.
Jacó não mediu
as consequências ao presentear seu filho José com “uma capa de várias cores”
numa clara atitude de preferência. Isso provocou ciúmes nos demais filhos, os
quais entenderam que o pai não lhes dava o devido valor. Ora, José era o décimo
primeiro filho de Jacó, e quando os mais velhos se sentiram alijados do amor do
pai, encheram-se de fúria. Eles viam que esse traje especial significava o
favoritismo da parte do pai e, por isso, “aborreceram-no” (v.4).
3- A inveja não
permite compreender os desígnios de DEUS.
Além desse
presente do pai a José, também havia os sonhos de José que o colocavam sempre
em superioridade em relação aos seus irmãos. O sonho dos molhos de trigo e o
sonho dos corpos celestes que se inclinavam diante de José (vv.5-9), quando
contado para seus irmãos, fizeram com que eles entendessem que José agia com
arrogância e despeito em relação a eles e, por isso, o rejeitavam. Os sonhos
tinham um caráter profético, mas seus irmãos entenderam como uma atitude
presunçosa da parte de José. Não podiam enxergar o que aconteceria alguns anos
depois, quando José tornou-se governador do Egito (Gn 41.41-43).
SINÓPSE I
Jacó tinha um
favoritismo por seu filho José. Tal prática prejudicou sua família e provocou
dissensão entre os irmãos.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
Quem era José
“Décimo
primeiro filho de Jacó, e primeiro filho com sua esposa favorita, Raquel,
depois que sua irmã Leia já lhe havia dado seis filhos e uma filha. Estéril há
muito tempo, e desejada de ter filhos, Raquel chamou seu primeiro filho de José,
em hebraico yosep ou yehosep, que significa ‘Que Ele acrescente’; e como ela
explica, ‘O Senhor me acrescente outro filho’ (Gn 30.24).
José era o
único filho de Raquel na época do retorno da região de Harã à Palestina e
tornou-se o filho favorito de Jacó. Quando Jacó foi ao encontro de Esaú,
colocou Raquel e José no lugar mais seguro da caravana. Esse favoritismo é
comentado em Gênesis 37.3 como consequência da idade avançada de seu pai. José
era um pastor, assim como seus irmãos, e provocou sua hostilidade ao relatar ao
pai informações sobre a má conduta destes.
Jacó demonstrou
sua parcialidade dando ao filho um longo manto ornado com mangas (literalmente
um manto especial). É possível que aquele manto tivesse sido confeccionado
sobre encomenda, com um tecido colorido [...]. Esse presente indicava que Jacó
pretendia fazer de José o seu principal herdeiro, e com isso, acirrou a ira de
seus irmãos contra ele (Gn 37.4).
Na fogueira do
ódio de seus irmãos foi colocado mais lenha quando José relatou os dois sonhos
que tivera, nos quais o Senhor havia lhe mostrado que ele seria o chefe de
todos eles. O ciúme dos irmãos os levou a tomar uma atitude contra ele. Quando
José foi enviado para investigar as atividades de seus irmãos, encontrou-os em
Dotã junto aos rebanhos. O plano deles era matar José (37.18,19), mas foram
impedidos pelo irmão mais velho, Rúben, que desejava protegê-lo de qualquer mal
(vv. 22-24).
Quando apareceu
uma caravana de ismaelitas-midianitas em sua rota de Gileade até o Egito, os
irmãos conceberam a ideia de se livrar dele e ainda com algum lucro. Venderam
José aos mercadores e, insensivelmente, fizeram Jacó acreditar que ele havia
sido morto por animais ferozes; para isso trouxerem de volta o manto de José,
embebido de sangue de um cabrito” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006, p.628).
II – O CIÚME
COMO CAUSA DE CONFLITOS
1- A túnica: o
símbolo do desprezo.
A vestimenta
tradicional do povo antigo tinha, no máximo, duas cores, feita de fios de linho
grosso. A “túnica colorida” de José o colocava em posição de destaque em
relação aos outros filhos (Gn 37.3). Isso corroborava o sentimento de
predileção de Jacó por José. O ciúme derivado dessa má atitude do patriarca
promoveu tristes consequências na família de Jacó.
2- Ciúme: o
agente do conflito familiar.
Os irmãos de
José sentiam-se ignorados pelo pai. Por outro lado, em razão de desfrutar do
favoritismo do pai, José agiu com inexperiência, imaturidade e arrogância. Seus
irmãos, com o orgulho ferido por causa da preferência paterna por José, não
aceitavam sequer ouvir o filho preferido de Jacó. Por isso, encheram-se de
rancor e ódio, desejando até mesmo acabar com a vida do irmão.
O ciúme é uma
emoção que tem origem no egoísmo. É como uma infecção que se espalha no corpo
doente. A inveja, o rancor e o ódio, geralmente, têm no ciúme o nascedouro,
como o sábio Salomão declarou: “[...] o ciúme desperta o furor [...]” (Pv
6.34). No Novo Testamento, o apóstolo Paulo mostra que tudo o que provoca
contenda e dissenções tem como origem a carne (1 Co 3.3). O ciúme é uma obra da
carne.
3- A extensão
do ciúme.
Na presente
lição, analisamos o ciúme na relação entre os irmãos, mas ele está presente em
muitas outras relações. O ciúme pode trazer problemas para a vida conjugal,
amizades sinceras e relacionamento profissional etc. Geralmente, onde o ciúme
está presente existe mais desprazer e desgosto do que felicidade. No ambiente
onde o ciúme domina, sobram desconfiança, insegurança, controle e posse. Embora
todas as pessoas tenham ciúme, pois trata-se de uma emoção humana, a
linha entre o ciúme controlado e o descontrolado é muito tênue.
SINÓPSE II
Na família de
Jacó podemos constatar que o ciúme é uma obra da carne e, quando cultivado,
prejudica muito os relacionamentos
humanos.
AUXÍLIO VIDA
CRISTÃ
AS
CONSEQUÊNCIAS DO FAVORITISMO E DO CIÚME
“Nos dias de
José, todos possuíam uma túnica ou manto. As túnicas eram usadas para aquecer
as pessoas, carregar pertences em uma viagem, enrolar bebês, servir de assento
ou até mesmo para servir como seguro de um empréstimo. A maioria das túnicas ia
até os joelhos, possuía mangas curtas e era apenas de uma cor. Em contraste, a
túnica de José era provavelmente do tipo utilizado pela realeza — mangas
longas, medindo até a altura dos tornozelos e colorida. A túnica tornara-se
símbolo do favoritismo de Jacó por José, o que agravou as relações já
estremecidas entre José e seus irmãos [...].Poderia o ciúme fazer você sentir
vontade de matar alguém? Antes de responder: ‘Claro que não’, veja o que
aconteceu nessa história. Dez homens estavam dispostos a matar o irmão mais
jovem por causa de uma túnica e alguns sonhos divulgados. Seu profundo ciúme
havia se tornado em ira, cegando-os completamente para o que era certo. Pode
ser difícil reconhecer o ciúme quando as nossas razões parecem ter sentido, mas
quando não o fazemos, o ciúme cresce rapidamente e leva a sérios pecados.
Quanto mais o sentimento de inveja é cultivado, mais difícil se torna livrar-se
dele. O momento certo para lidar com o ciúme é quando você se apanha
comparando-se com os outros”(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017, p.62).
III – OS MALES DO
CIÚME
1- O ciúme pode
causar tragédias familiares.
Não são poucas
as notícias de tragédias conjugais em que o ciúme é a causa. Não são poucos os
casos em que pessoas prejudicam as outras por causa do ciúme. Não foi diferente
no tempo de JESUS, em que a casta sacerdotal ficou enciumada e invejosa por
causa da extensão do ministério terreno do nosso Salvador (Mc 15.10).
2- O ciúme
entre os santos de DEUS.
Se, de maneira
geral, o ciúme obsessivo surge da parte de um dos cônjuges, terminando quase
sempre em violência, separação e ofensas mútuas, infelizmente, entre os santos
de DEUS, o ciúme também pode minar as relações de pessoas que outrora eram
próximas. Assim, por ciúmes, se calunia, difama e ofende o irmão em CRISTO ou
um colega de ministério. Que o ESPÍRITO SANTO guarde os nossos corações, de
modo que produzamos o fruto do amor, e “não sejamos cobiçosos de vanglória,
provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.25).
3- Vencendo o
ciúme.
Em primeiro
lugar é preciso alimentar a mente com as coisas de DEUS (Fp 4.8). O que
pensamos e o que está em nosso coração determinam as nossas ações (Pv 4.23). Em
segundo lugar, é muito importante saber se a emoção do ciúme está impactando e
comprometendo a qualidade de vida. Se a constatação for afirmativa, é
importante procurar a ajuda pastoral que, com base na Palavra, o aconselhará
com sabedoria. E, finalmente, considere com muita atenção o que o apóstolo
Paulo ensinou a respeito do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é
invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece” (1 Co 13.4). A
Palavra de DEUS ainda é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas.
SINÓPSE III
O ciúme
obsessivo quase sempre resulta em violência, separação e ofensas mútuas no
casamento. Ele mina também as relações de amigos e irmãos.
CONCLUSÃO
O ardor
emocional denominado “ciúme” deve ser impedido de prosseguir seu caminho de
destruição moral, física e espiritual. O apóstolo Paulo aconselha-nos a que
andemos dignamente e evitemos contendas e ciúmes (Rm 13.13). O único modo de
deter o poder destrutivo do ciúme é desenvolver o “fruto do ESPÍRITO” (Gl
5.22). Este desenvolve a nossa alma para a prática das virtudes cristãs e, ao
mesmo tempo, enfraquece as emoções humanas provenientes dos vícios da alma.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1- O que lemos
em Gênesis 37.3?
“E Israel amava
a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e
fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37.3).
2- Como os
irmãos de José entenderam os seus sonhos de caráter profético?
Os irmãos de
José entenderam os sonhos como uma atitude presunçosa da parte de José.
3- Em que
posição a túnica colorida colocava José?
A túnica
colorida colocava José em posição de destaque em relação aos seus irmãos.
4- O que sobra
num ambiente dominado pelo ciúme?
No ambiente
onde o ciúme domina sobra desconfiança, insegurança, controle e posse.
5- Qual é o
melhor antídoto para tratar as emoções negativas?
A Palavra de
DEUS é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas.