Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Acesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm
"E
para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão
sobre a terra" (Ap 5.10).
VERDADE PRÁTICA
LEITURA DIÁRIA
Segunda- Hb 6.20
JESUS, Sacerdote Eterno
Terça- Hb 5.1-9
A superioridade do sacerdócio de JESUS
Quarta- Hb 5.10
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Quinta- Hb 7.1-4
Figura do sacerdócio eterno de CRISTO
Sexta- Hb 7.26
JESUS, Sacerdote SANTO
Sábado- Ap
1.6Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 28.1-11
1 - Depois, tu
farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio
dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal,
a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 2 -
E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e
ornamento. 3 - Falarás também a todos os que são sábios de
coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que
façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o
ofício sacerdotal. 4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um
peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma
mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão,
e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal. 5 -
E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o
linho fino 6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de
púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra
esmerada. 7 - Terá duas ombreiras que se \ unam às suas duas
pontas, e assim se unirá. 8 - E o cinto de obra esmerada do
éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma
obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de
linho fino torcido. 9 - E tomarás duas pedras sardônicas e
lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel, 10 - seis dos seus
nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo
as suas gerações. 11 - Conforme a
obra do lapidário, como o lavor de selos, lavrarás estas duas
pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor
em ouro as farás.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
Explicar o
sacerdócio em Israel
Elencar os
elementos da indumentária sacerdotal.
Compreender o
papel atual dos ministros da igreja de CRISTO.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para concluir o
terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira
epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para
elencaras qualidades necessárias para quem deseja exercer o
SANTO Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só
mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto
para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não
cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não
avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em
sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13)
não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da
igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do
caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.
PALAVRAS-CHAVE - Sacerdócio; Ofício, o ministério
e a função do sacerdote.
Resumo da Lição 11 - DEUS escolhe
Arão e seus filhos para o sacerdócio
I - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)
1. O sacerdote.
2. O ministério dos sacerdotes.
3. O sumo sacerdote.
II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28).
2. O Urim e Tu mim (Êx 128.30).
III - MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
1. Chamados por DEUS.
2. Qualificações.
3. Comprometidos com a Palavra.
O CARÁTER E AÇÃO
O caráter nunca
é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É
demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas
escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim
ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do
corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas
raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais
sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito
mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as
ações que praticamos raramente são percebidas como provas de
caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à
auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender
os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem
estar acima de toda repreensão (1 Tm 3.2,7). Nossas palavras e
pensamentos devem ser agradáveis perante a face de DEUS (SI
19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As
características do caráter exigido por DEUS daqueles que querem
habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de
ser [...] (SI 15)" (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al.
Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais.
3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.l 14-15).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, Ralph.
Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2012.
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al.
Manual Pastor
Pentecostal: Teologia
e Práticas Pastorais.
3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57. p.41.
Segundo a
ordenação de DEUS a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú,
Eleazar e Itamar deveriam ser separados e consagrados para o
sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú
morreram perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o
sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar
(Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na
família de Arão, pois havia várias restrições que impediam uma
pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre
função eram necessárias certas exigências; o homem não poderia
ter nenhum defeito físico (Lv 21.1 -24). A lei exigia perfeição
e tal perfeição apontava para CRISTO, o homem perfeito.
O sacerdote
tinha a função principal de conduzir o homem até DEUS, todavia
também exercia funções no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv
10.10,11; Dt 33.10; 2 Rs 17,27,28). O sacerdote não era um
neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas para
exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própria vida.
Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que
ministram na Casa de DEUS. É necessário que os pastores sejam
separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de DEUS e
estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o
Dicionário Bíblico Wycliffe "o sacerdócio hebreu incluía três
classes básicas: o sumo sacerdote, os sacerdotes, e os levitas".
O sacerdote
deveria se apresentar diante de DEUS com roupas santas,
separadas para a ministração. Infelizmente, muitos pensam que
porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a DEUS de
qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de DEUS nos ensina que
sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb
12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir,
falar e proceder.
DEUS ordenou que
se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de
linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava
a pureza, perfeição e justiça de CRISTO, nosso Sumo Sacerdote.
Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas.
Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nos esquecer que
DEUS ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no
oriente esta era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham
ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo.
Segundo Victor Hamilton "quatro vestes só podiam ser usadas pelo
sumo sacerdote (o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx
28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx
28.36-38)". Tanto as roupas como os rituais apontava para
CRISTO.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
No capítulo
9, vimos como DEUS estabeleceu as normas relativas à
adoração, quando das suas instruções para a construção do
Tabernáculo. Mas o Senhor foi mais além. Ele também levantou
homens que se dedicariam diária e exclusivamente à obra do
Tabernáculo e teriam a responsabilidade de ensinar ao povo o
caminho da verdadeira adoração. Até antes de DEUS fazer
isso, quem tinha essa função exclusiva era Moisés, que,
inclusive, é contado, ao lado de Arão, como sacerdote do
Senhor perante Israel (SI 99.6).
O capítulo
28 do livro de Êxodo trata exatamente desse chamado divino
para a formação de um corpo sacerdotal. Ali, vemos DEUS
escolhendo e separando para si os homens da tribo de Levi
para o serviço no Tabernáculo e para o sacerdócio, que
incluía o ensino do povo no Livro da Lei. Mais detalhes
sobre esse ministério são dados também no livro de Levítico.
A seguir,
veremos alguns detalhes e características desse importante
ministério e que lições ele nos traz para os dias de hoje.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o
Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag.
128.
Desenvolvimento Histórico
Antes do
desenvolvimento formalizado do sacerdócio Levítico, na
família de Arão
houve as seguintes fases:
1. O homem
santo, dotado de poderes psíquicos e espirituais, que era
consultado como um oráculo. Esses antigos sacerdotes usualmente tinham um santuário
(embora tosco), ao qual serviam. E também dispunham de
ritos, orações, etc., tudo o que fazia parte
do seu trabalho.
Além disso,
com frequência eram uma figura importante, social e
politica. Esperava-se do sacerdote que servisse
de mediador entre algum poder divino e os homens, e também
que fosse capaz de pronunciar-se sobre questões éticas e
legais, além de prever o futuro.
2. O Estágio
Deuteronômico. Nos tempos de Moisés, os sacerdotes
pertenciam todos à família de Arão. Todavia, isso não
sucedeu de modo absoluto, pelo que, se é geralmente correto
dizer que todos os sacerdotes pertenciam à tribo de Levi
(através de Arão), isso não ocorria no caso de todos eles.
Pode-se dizer que, se um levita pudesse ser achado, ele era
a preferência natural; mas houve exceções a essa regra.
Assim, Samuel exercia poderes sacerdotais, mas ele mesmo não
era da tribo de Levi. Talvez seja correto dizer que Salomão
foi um rei - sumo-sacerdote; e, no entanto, era da tribo de
Judá. Os profetas também desempenhavam certa função
sacerdotal, posto que não formal, no tabernáculo ou no
templo. Em face de sua ocupação, os sacerdotes também eram
juízes. O filho de Mica, que era efraimita, atuou como
sacerdote (Juí. 17:5). Outro tanto fizeram alguns dos filhos
de Davi (lI Sam. 8: 18), Gideão (Juí. 6:26) e Manoá, este da
tribo de Dã (Juí. 13: 19).
3. O Estágio
de Transição. Nos capítulos 40 a 48 do livro de Ezequiel,
foram favorecidos os sacerdotes zadoquitas (de Jerusalém), o
que estreitou a opção de onde podiam proceder os sacerdotes,
em Israel.
4. O Estágio
Pôs-exilico. O sacerdócio foi monopolizado pelos
descendentes reais ou supostos de Arão, enquanto outros
levitas ocuparam posições subordinadas, e, algumas vezes,
manuais. Foi durante esse último estágio de desenvolvimento
que emergiu o verdadeiro sumo sacerdote de Israel, embora
Arão tivesse sido um protótipo do oficio.
Os
sacerdotes tinham o direito de receber dízimos e porções
determinadas das oferendas. Cuidavam do santuário e das
formas externas do culto, e envolviam-se no sistema
sacrificial. Eram os guardiões das tradições e protegiam a
pureza da adoração. No judaísmo posterior, o sacerdote (no
hebraico, cohen) retinha o privilégio de pronunciar a bênção
sacerdotal, e de ser o primeiro a ler o livro da lei.
Quando o
sacerdócio formal caiu e desapareceu da história, os rabinos
retiveram o trabalho dos sacerdotes, em forma simbólica,
embora também literal em outros sentidos, tomando-se então
os líderes espirituais do povo de Israel.
5. Divisões
dos Sacerdotes Levíticos. Três famílias deram prosseguimento
ao sacerdócio, em Israel: os descendentes de Gérson, Coate e
Merari. Outros levitas ajudavam nos cultos.
Características e Funções
No que tange
especificamente aos levitas:
1. Os
sacerdotes eram ordenados a seu oficio e às suas funções
mediante um elaborado ritual (Êxo. 29; Lev. 8).
2. Usavam
vestimentas especiais, em sinal de seu oficio, e cada peça
de seu vestuário ao que se presume, tinha significados
simbólicos (Êxo. 29; Lev. 8).
3. O sumo
sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais,
que só ele podia cumprir, como oficiar no dia da expiação,
entrando no SANTO dos Santos com esse propósito, e servir de
principal oráculo do sacerdócio. Também tinha o dever de
oferecer a refeição diária (ver Lev. 6: 19 ss.).
4. Os
sacerdotes comuns realizavam todos os sacrifícios (Lev.
1--6), cuidavam de questões sobre alimentos próprios e
impróprios (Lev, 13--14), e estavam encarregados de diversos
outros deveres secundários (Núm. 10: 10; Lev. 23:24; 25:9).
5. Eram
sustentados mediante dízimos, primícias do campo, primícias
dos animais e porções de vários sacrifícios (Núm. 18).
6. A função
original de um sacerdote (no hebraico, cohen) era ser o
intermediário de um oráculo, alguém que dava instruções por
inspiração divina, segundo dele se esperava. E isso
continuou a ser uma importante parcela do oficio sacerdotal,
mormente no caso do sumo sacerdote.
Os
sacerdotes também eram os guardiões e mestres dos documentos
e das tradições sagradas. Finalmente essa função foi
transferida para os rabinos, com o desaparecimento do
sacerdócio em Israel. Como é óbvio, os profetas
compartilhavam essas atividades; e, de fato, atuavam quase
como se fossem sacerdotes, embora sem fazer parte do
sacerdócio, de maneira formal.
7. Os
sacerdotes eram guardiões dos ritos sagrados, os quais
promoviam o conhecimento sobre a santidade de DEUS e a
necessidade de os homens se aproximarem dele sem a polução
do pecado, mediante os holocaustos apropriados e a mudança
de vida correspondente. Eles queimavam o incenso sobre o
altar de ouro, no lugar santo, o que era mesmo um símbolo
das funções sacerdotais.
Também
cuidavam das lâmpadas, acendendo-as a cada novo começo de
noite; e arrumavam os pães da proposição sobre a mesa
própria, a cada sábado (ver Êx 27:21; 30:7,8; Lv.
24:5-8). Eles mantinham a chama sempre acesa no altar dos
holocaustos (Lv. 6: 9,12); limpavam as cinzas desse altar
(vss. 10,11); ofereciam sacrifícios matinais e vespertinos
(Êxo. 29:38-44); abençoavam o povo após os sacrifícios
diários (Lv. 9:22; Nm, 6:23-27); aspergiam o sangue e
depositavam sobre o altar as várias porções da vítima
sacrificial; sopravam as trombetas de prata e o chifre do
jubileu, por ocasião de festividades especiais;
inspecionavam os imundos quanto à lepra (Nm. 6:22 ss. e
capítulos 13 e 14); administravam O juramento que uma mulher
deveria fazer quando acusada de adultério (Núm. 5:15); eram
os mestres da lei e agiam como juízes quanto às queixas do
povo, tomando decisões válidas quanto aos casos apresentados
(Dt. 17:8 ss.; 19:17; 21:5).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 16; 17-19.
Observação minha - Ev.
Henrique - Não esquecer de que Arão e Moisés eram da tribo
de Levi. Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era
sacerdote - somente os descendentes de Arão podiam ser
sacerdotes.
I - O
SACERDÓCIO (ÊX 28.15)
1. O
sacerdote.
Arão era o sumo sacerdote e o tabernáculo requeria
um elaborado sistema de manutenção do sacerdócio aarônico.
O termo sumo
sacerdote só começou a ser usado após o exílio babilônico; e
aqui o título é conferido a Arão, porque essa tinha sido a
sua função original, embora ela não fosse chamada por esse
nome (II Crô. 19.11; 24.11; Esd. 7.5);
sim, príncipe da casa de DEUS (I Crô. 9.11). Os sacerdotes aarônicos
eram mediadores do pacto mosaico (Êxo. 19.1). O sumo sacerdote destacava o
conceito da necessidade que o homem tem de reconciliar-se
com DEUS (Êx. 33.12-23). Arão mediava as graças e dons de
Yahweh ao povo de Israel. Mas foi através de Moisés que Arão
havia recebido seu ofício e sua autoridade.
Êx 28.1 Arão
e seus filhos tomaram-se uma classe sacerdotal. Havia funções e deveres maiores e menores. Moisés
é que dava a Arão e seus filhos a autoridade original deles.
Os sacerdotes tinham vestes que ilustravam os poderes, os
privilégios e a dignidade de seu ofício; e neste capitulo
vinte e oito são descritas as vestes sacerdotais.
Nadabe,
Abiú, Eleazar e Itamar.
“O ofício
sacerdotal, na verdade, estava circunscrito às famílias de
Eleazar e Itamar, pois Nadabe e Abiú morreram por terem
oferecido fogo estranho no altar. Eleazar tornou-se sumo sacerdote em razão
da morte de Arão (Núm. 20.28). Foi sucedido por seu filho,
Fínéías, que era o sumo sacerdote no tempo de Josué (Jos.
22.13) e mais tarde (Juí. 20.28). Em data posterior, mas sob
circunstâncias desconhecidas, o sumo sacerdócio passou para
a linhagem de Itamar, à qual Eli pertencia" (Ellicott, in
loc). Arão era tipo de CRISTO em Sua função de Sumo
Sacerdote.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 429.
A
Indumentária dos Sacerdotes (28.1-43; cf. 39.1-31)
a)
Introdução (28.1-5). DEUS escolheu Arão, o irmão de Moisés,
e seus descendentes, para servir de sacerdotes. Até este
momento, Moisés era o único mediador, mas foi a família de
Arão, e não a de Moisés, que foi escolhida para administrar
perante DEUS a favor de Israel (1). As vestes destes
sacerdotes eram especiais e consideradas santas (2). Típico
da pureza interior do povo de DEUS, os objetos externos eram
separados para propósitos santos. Estas roupas também eram
para glória e ornamento. Seria incompatível e desprovido de
glória o sacerdote ministrar com roupas simples e sem brilho
no Tabernáculo graciosamente colorido. DEUS, o Autor de tudo
que é bom e bonito, deseja que seu povo seja formoso e que
haja beleza nos procedimentos de adoração. DEUS concedeu
espírito de sabedoria (3) a homens sábios para capacitá-los
a fazer estas vestes. DEUS, que criou a beleza, dá ao homem
a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para
criá-la. Certas produções que o mundo chama arte não passam
de imoralidade, mas a verdadeira arte é de DEUS.
No versículo
4, há uma lista dividida em grupos dos artigos para o sumo
sacerdote. Os materiais eram os mesmos para as
cortinas do Tabernáculo (5), exceto que havia ouro.
Leo G. Cox.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 214.
A vontade de
DEUS era que a nação de Israel fosse um "reino de sacerdotes
(Êx 19:6) no mundo, revelando a glória do Senhor e
compartilhando as bênçãos de DEUS com as nações incrédulas a
seu redor. No entanto, a fim de magnificar um DEUS santo,
era preciso que Israel fosse um povo santo, e, assim, entrou
em cena o sacerdócio de Arão. Os sacerdotes (a família de
Arão) e os levitas (as famílias de Coate, Gérson e Merari;
ver Nm 3-4) eram incumbidos de servir no tabernáculo e de
representar o povo diante de DEUS. Os sacerdotes também
deviam representar a DEUS diante do povo ao ensinar a lei e
ao ajudá-los a Lhe obedecer (Lv 10:8-11; Dt 33:10; Ml 2:7).
No entanto,
Israel não viveu como um reino de sacerdotes. Em vez disso,
a liderança espiritual do povo foi se deteriorando
gradualmente até que os sacerdotes chegaram a permitir que o
povo adorasse a ídolos dentro do templo de DEUS (Ez 8)! DEUS
quer que sua Igreja ministre a este mundo como um
"sacerdócio santo" e um "sacerdócio real" (1 Pe 2:5, 9).
Se
o povo de DEUS for fiel a seu ministério sacerdotal, então
proclamará "as virtudes daquele que [o] chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2:9). Ao estudar o
sacerdócio do Antigo Testamento, você verá paralelos
significativos entre os sacerdotes israelitas e os
sacerdotes da igreja de hoje, escolhidos para servir a DEUS (Êx 28:1,3,41; 29:1,44).
As palavras
do Senhor "para que me ministre" aparecem cinco vezes nesses
dois capítulos e também em Êxodo 30:30; 40:13, 15 e Levítico
7:35. Por certo, os sacerdotes ministravam ao povo, mas seu
primeiro dever era ministrar ao Senhor e agradá-lo. Se eles
se esquecessem de sua obrigação para com o Senhor, não
tardaria para que começassem a menosprezar suas
responsabilidades para com o povo, e a nação entraria em
decadência espiritual (ver Ml 1:6-2:9).
DEUS
escolheu Arão e seus filhos para ministrar no sacerdócio por
um ato de sua graça soberana, pois eles certamente não
tinham direito a essa posição nem a mereciam.
Contudo, o
fato de DEUS salvar pecadores como nós e de constituir-nos
seu "sacerdócio santo" também é um ato da sua graça, e não
devemos jamais deixar de admirar esse privilégio espiritual.
"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu
vos escolhi a vós outros" (Jo 15:16).
Infelizmente, Nadabe e Abiú desobedeceram ao Senhor e foram
mortos (Lv 10). Quando Arão morreu, Eleazar tornou-se seu
sucessor (Nm 20:22-29), e os descendentes de Itamar deram
continuidade ao ministério sacerdotal, mesmo depois do
cativeiro (Ed 8:1,2).
Como povo de
DEUS nos dias de hoje, devemos nos lembrar de que nosso
primeiro dever é agradar e servir ao Senhor. Se fizermos
isso, ele trabalhará em nós e por nosso intermédio para
realizar sua obra neste mundo. Quando JESUS restaurou Pedro
à condição de discípulo, não perguntou: "Você ama seu
ministério?"; nem mesmo: "Você ama as pessoas?". A pergunta
que repetiu foi: "Amas-me?" (Jo 21: 17). Assim como o maior
dever de um pai é amar a mãe de seus filhos, também a
obrigação (e o privilégio) mais importante do servo é amar
ao Senhor. Todo o ministério flui desse relacionamento.
Uma parte
dessa incumbência de agradar a DEUS era usar as vestes
sacerdotais. O sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas
não podiam se vestir como bem entendessem quando ministravam
no tabernáculo. (1) davam ao sacerdote
dignidade e glória (Êx 28:2) e distinguiam-nos do resto do
povo, como um uniforme identifica um soldado ou uma
enfermeira; (2) revelavam verdades espirituais relacionadas
a seu ministério e a nosso ministério hoje em dia; e (3) se
os sacerdotes não usassem suas vestes especiais, correriam
risco de vida (vv. 35, 43).
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I.
Editora Central Gospel. pag. 315-316.
A nomeação
dos sacerdotes: “Arão e seus filhos”, v. 1. Até aqui, cada
chefe de família era o sacerdote para a sua própria família,
e oferecia, conforme julgasse haver ocasião, sobre altares
de terra. Mas agora que as famílias de Israel começavam a
incorporar-se em uma nação, e um tabernáculo da congregação
seria erigido, como centro visível da sua unidade, era
essencial que houvesse a instituição de um sacerdócio
público. Moisés, que até aqui tinha oficiado, e por isto é
reconhecido entre os sacerdotes do Senhor (SI 99.6) já tinha
trabalho suficiente para realizar, como seu profeta, para
consultar o oráculo por eles, e como seu príncipe, para
julgar entre eles. E ele não desejava monopolizar todas as
glórias para si mesmo, nem transmitir esta glória do
sacerdócio, que por si só era hereditária, para a sua
própria família, mas ficou muito satisfeito por ver o seu
irmão Arão investido nesta função, e seus filhos depois
dele, enquanto (por maior que ele pudesse ser) os seus
próprios filhos seriam apenas levitas comuns. É um exemplo
da humildade deste grande homem, e uma evidência da sua
sincera consideração pela glória de DEUS, o fato de que
tivesse tão pouca consideração pela primazia da sua própria
família. Arão, que tinha humildemente servido como profeta
para seu irmão mais jovem, Moisés, e não recusou este
trabalho (cap. 7.1) agora é promovido para ser um sacerdote,
um sumo sacerdote para DEUS. Pois Ele exalta aqueles que se
humilham. E ninguém toma para si essa honra, senão o que é
chamado por DEUS, Hebreus 5.4. DEUS tinha dito, sobre
Israel, de modo geral, que eles seriam, para Ele, um reino
de sacerdotes, cap. 19.6. Mas por ser essencial que aqueles
que ministravam no altar devessem dedicar-se integralmente
ao serviço, e porque aquilo que é o trabalho de todos em
breve passa a ser o trabalho de ninguém, DEUS aqui escolheu
entre eles uma família para ser uma família de sacerdotes, o
pai e seus quatro filhos. E dos lombos de Arão descenderam
todos os sacerdotes da igreja judaica, sobre os quais lemos
tão frequentemente, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. É uma grande bênção quando a verdadeira
santidade prossegue em uma família de geração em geração,
como a santidade cerimonial.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis
a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 329.
«...JESUS...» Somente este livro aos Hebreus, dentre os
livros mais teologicamente orientados do N.T., o simples
termo, «JESUS», é usado freqüentemente, sem elaborações,
como Senhor JESUS, CRISTO JESUS, Senhor JESUS CRISTO, etc.
(Ver Também Heb. 2:9; 6:20; 7:22; 10:19; 12:2,24 e 13:12).
Posto que JESUS entrou no SANTO
dos Santos, então até ali deverão chegar também os seus
remidos. Encontramos a mesma ideia em Heb. 10:19.
Ora, JESUS, na posição de nosso precursor, entrou no «mais
alto céu», a saber, no SANTO dos Santos. Ali ele aguarda por
nós. Isso não significa que o mero ato da morte nos
conduzirá até ali. Antes, penetramos nos «lugares
celestiais», na grande casa de DEUS, sobre a qual CRISTO
governa como Filho. Mediante o processo de glorificação é
que eventualmente entraremos na própria presença de DEUS,
porquanto quem não estiver perfeito, não poderá entrar ali.
Contudo, todos os remidos poderão estar no seu «templo», e
assim estarem «com CRISTO». A eternidade definirá para nós
esses detalhes. Notemos Heb. 9:23,24 quanto ao fato que, na
epístola aos Hebreus, o templo terreno aparece como símbolo
do templo celestial. JESUS, por causa de sua grandeza, não
poderia mesmo ocupar algum lugar inferior ou secundário.
Entrou diretamente no SANTO dos Santos.
Novidade do
conceito do precursor: O povo de Israel nunca recebeu
permissão de entrar no SANTO dos Santos. O próprio sumo
sacerdote dos hebreus só penetrava ali uma vez por ano, mas
jamais como meio de preparar o povo para tal entrada. O sumo
sacerdote do A.T. era apenas
«representante» do povo, que obtinha para eles o favor
divino. CRISTO, como nosso sumo sacerdote, tem a função
diferente de preparar o caminho para seu povo entrar onde
ele entrou. Isso é algo que nunca foi antecipado pelo
sistema Levítico.
«...tomado
sumo sacerdote...» Consideremos os pontos seguintes: 1. Por
nomeação de DEUS (ver Heb. 5:4); 2. por causa do fato de
ter-se completado com êxito a sua missão terrena (ver Heb.
1:9 e 4:10); 3. porque, em sua missão terrena, ao
identificar-se com os homens, ele aprendeu a sentir e a
conhecer suas fraquezas, de tal modo a poder mostrar-se
simpático para com eles e interceder eficazmente em seu
favor (ver Heb. 4:15); 4. Porque ele ofereceu o sacrifício
perfeito (ver Heb. 5:1,3 e 9:23); 5. porque suas promessas
são melhores, oferecendo-nos um pacto melhor que o da dispensação do A.T. (ver Heb. 8:6).
(ver Heb. 2:17).
«...ordem de
Melquisedeque.. .» (ver Heb. 5:6). Essa
nova menção de Melquisedeque reinicia o tema de Heb. 5:10. Se nos afastarmos de CRISTO, ou se o rejeitarmos,
fatalmente cairemos na apostasia. CRISTO, na qualidade de
Sumo Sacerdote, remove o véu e permite que todo o grupo dos
filhos de DEUS entrem ali.
«...por
nós...» Essas palavras subentendem que CRISTO não precisou
entrar no SANTO dos Santos por nossa causa, mas que, na
qualidade de nosso Sumo Sacerdote, como nosso representante
e como quem abriu o caminho para nós, chegou ali a fim de
interceder em nosso favor perante DEUS Pai. «As primícias de
nossa natureza já subiram: assim também o restante está
santificado. A ascensão de CRISTO é a nossa promoção. Tal como João Batista foi o
precursor de CRISTO na terra, assim também CRISTO é o nosso
precursor nos céus». (Faucett, in loc.).
«JESUS
mostrou-nos o caminho, tendo entrado à nossa frente, sendo
ele a garantia (no grego, egguos, ver Heb. 7:22), aquele que
garante nossa posterior entrada. Na realidade, nossa âncora
de esperança, com suas duas correntes, a promessa e o
juramento de DEUS, apegou-se a JESUS, dentro do véu. E se
manterá firme». (Robertson, in loc.).
Naturalmente, é verdade
que CRISTO é as primícias da ressurreição (ver I Cor.
15:20).
A
Septuaginta (versão grega do original hebraico do A.T.), em
Núm. 13:20 e Isa. 28:4; usa essa palavra para designar as
primeiras uvas ou figos que amadurecem.
«A esperança
do crente tem um alcance ilimitável. Externamente, atinge a
própria eternidade; e internamente atinge o santuário de
DEUS. A certeza da nossa esperança é CRISTO. Sua entrada no
SANTO dos Santos é a garantia de nossa entrada futura ali».
(Heubner, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 548.
Neste Lugar
Santíssimo, JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito
eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque
(20). JESUS entrou no “SANTO dos Santos”, não como um
substituto para nosso acesso, mas como um precursor, porque
também entraremos nele. O autor
se concentra novamente no papel de JESUS como sumo
sacerdote, não da ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque.
Richard S.
Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10.
pag. 61.
Hb 6.20
JESUS, como precursor, entrou por nós. No AT somente o sumo
sacerdote tinha permissão de entrar uma única vez por ano no
Santíssimo atrás da cortina (Lv 16.2,12). O povo não tinha
acesso. Quando JESUS CRISTO morreu na cruz, esta cortina no
templo rasgou-se ao meio (Mt 27.51). A cortina na terra nada
mais é que uma imagem e um indício da “cortina”, a divisa
entre DEUS e nosso mundo. JESUS atravessou-a. Ele é o
“precursor” que nos abriu o caminho até a glória (Jo 14.6;
Hb 10.19ss). JESUS é nosso Sumo Sacerdote segundo
uma ordem sacerdotal eterna.
Fritz
Laubach. Comentário Esperança
Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.
O Sacerdócio
no Novo Testamento
1. O
sacerdócio do Antigo Testamento tinha CRISTO como seu
antítipo. Ele incorpora em si mesmo todos os tipos e funções
do sacerdócio veterotestamentário. Essa é mesmo a mensagem
central da epístola aos Hebreus, parecendo muito radical
quando exposta pela primeira vez. Ler a epístola aos Hebreus, principalmente trechos como
2:14-18; 4:14-16; 5: 1-10 e seu sétimo capítulo.
2. JESUS
CRISTO também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de
Melquisedeque (ver Heb. 7).
3. Os
deveres sacerdotais de CRISTO cumpriram-se após o sacerdócio
aarônicos ter cumprido seu papel, sendo um cumprimento desse
sacerdócio; o seu oficio como sacerdote seguinte a ordem ou
categoria de Melquisedeque.
4. Todos os Crentes São Sacerdotes.
As passagens neotestamentários centrais que ensinam essa doutrina são I
Ped. 2:5,9; Efé, 1:5ss. Os sacerdotes do Novo Testamento
(todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de
seu Sumo Sacerdote, JESUS CRISTO (Heb. 10:19-22). O
sacerdócio dos crentes é vinculado à filiação deles, o que,
por sua vez, é uma maneira de definir a salvação da alma.
Visto haver acesso pessoal a DEUS, por meio de CRISTO, não
há necessidade da intermediação de nenhuma casta sacerdotal.
Princípios
do Sacerdócio Bíblico:
1. DEUS Pai
ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato divino. Ver
Heb. 5:4-6.
2. Os
sacerdotes eram nomeados mediadores entre DEUS e os homens,
sobretudo no tocante ao pecado, à expiação e à reconciliação
dos homens, com DEUS. Ver Heb. 5: 1.
3. A
expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o
centro das funções sacerdotais. Ver Heb. 8:3.
4. O
trabalho intercessor dos sacerdotes do Novo Testamento (os
crentes) repousa sobre a natureza eficaz da expiação de
CRISTO. E é aí que os crentes alcançam a DEUS. Ver Heb. 8:
Iss.
5. O novo
pacto, com base no sacerdócio superior de CRISTO. envolve
melhores promessas que aquelas do antigo pacto (Heb. 8:6).
De fato, o novo pacto anulou totalmente o antigo (a
totalidade da epístola aos Hebreus).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 19.
2. O
ministério dos sacerdotes.
Os sacerdotes responsáveis pela liturgia diária
deveriam pertencer exclusivamente à descendência de Arão,
seu irmão, que seria o primeiro sumo sacerdote da história
de Israel (Êx 28.1-3).
No
ministério do Tabernáculo, havia três classes de obreiros: o
sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas (Nm 3.6-10).
O sumo
sacerdote era a mais alta função da religião judaica. O sumo sacerdote era também o
presidente do Sinédrio, o principal tribunal de Israel.
Os
sacerdotes, por sua vez, faziam os sacrifícios diários,
ofereciam incenso ao Senhor, cuidavam da mesa dos pães da
proposição, abençoavam o povo, ensinavam a Lei de DEUS (Lv
10.10,11) e julgavam as causas civis entre a população (Nm
5.5-31). Já os levitas serviam de auxiliares dos sacerdotes
e eram responsáveis por trabalhos menores dentro do
Tabernáculo. De certa forma, seriam comparados, nos dias de
hoje, com os que exercem o ministério diaconal na igreja.
Na época de
Davi, os sacerdotes foram divididos em 24 turmas, para
ordenar melhor o serviço de cada um no Santuário (1 Cr 24);
e os levitas passaram a exercer trabalhos ainda mais
especializados, como os de cantores e músicos (1 Cr 25),
porteiros (1 Cr 26.1-19), guardas dos tesouros e zeladores
do Templo (1 Cr 26.20-28), oficiais e juízes (1 Cr
26.29-32).
Com o passar
dos séculos, surgiria entre os levitas ainda a figura dos
escribas, que inicialmente eram “escreventes, cuja principal
função era copiar as Escrituras”, mas que, “com o
transcorrer do tempo, lograram conhecê-las de tal modo que
passaram a interpretá-las, notadamente
a Lei
de Moisés”.
1- Na época de JESUS, justamente por causa desse
conhecimento profundo da Lei, eles eram chamados de “mestres
da Lei” (Lc 5.17), que seria hoje “o equivalente a eruditos
bíblicos”.
2- O mais notório escriba da história de Israel
foi, sem dúvida alguma, Esdras, que era sacerdote e autor do
livro bíblico que leva o seu nome. Segundo a tradição
judaica, foi ele quem “coligiu todos os livros do Antigo
Testamento e os reuniu numa só obra, instituiu a liturgia do
culto na sinagoga e fundou a Grande Sinagoga em Jerusalém, a
qual fixou o cânon das Escrituras do Antigo Testamento”.
3- O ministério
sacerdotal era, essencialmente, um ministério de
intercessão. O sacerdote era o mediador entre o povo e DEUS,
e não apenas no que diz respeito ao oferecimento de
sacrifícios para expiação das culpas do povo, mas também no
sentido mais comum, de orar em favor do povo. Era
responsabilidade do sacerdote também ensinar a Lei de DEUS
para a população (Êx 28.1-29.45; Lv 21.1-23; 1 Cr 24.1-31). Em síntese,
o sacerdote deveria ministrar no Santuário perante DEUS e
ensinar ao povo a guardar a Lei de DEUS. E, eventualmente,
ele também tomava conhecimento da vontade divina em
situações muito difíceis por meio da consulta ao Urim e
Tumim.
Para que
Apontava o Ministério Sacerdotal Levítico?
O sacerdócio
de Arão apontava para CRISTO, o único mediador entre DEUS e
os homens e que intercede diante do Pai por nós (Jo 14.6; 1
Tm 2.5). No Novo Testamento, não há mais linhagens de sumo
sacerdotes, porque o nosso único e definitivo Sumo Sacerdote
é CRISTO, que através do seu sacrifício acabou com a
necessidade de novas ofertas e sacrifícios
(Hb
7.1-8.13). E mais: todos os cristãos hoje são sacerdotes
diante de DEUS (1 Pe 2.5,9; Ap 1.5,6; 5.9,10) — esta é uma
das doutrinas bíblicas que os primeiros protestantes
ressaltaram na época da Reforma e que se chama Sacerdócio
Universal dos Santos. Ela nos ensina que, em CRISTO, todos
pertencentes ao povo de DEUS podem se apresentar diretamente
a DEUS para oferecer-lhe sua adoração (Hb 10.19-23; 13.15).
Aliás, a Bíblia diz que originalmente DEUS desejava tornar a
nação de Israel, como um todo, em um reino sacerdotal (Êx
19.5,6), entretanto, devido ao comportamento da nação, Ele
escolheu a família de Arão como linhagem sacerdotal (Êx
28.1; 40.12-15; Nm 6.40).
O sacerdócio
universal dos santos envolvendo todo o povo de Israel terá o
seu cumprimento no milênio, conforme Isaías 61.6: “Vós
sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão
ministros de nosso DEUS”.
Não se pode
comparar, sob vários aspectos, a função do sacerdote
Levítico com a do ministro do evangelho dos dias de hoje,
porém há, sem dúvida alguma, certas características do
ministério sacerdotal que são, de forma geral, princípios
válidos para todo ministro do Senhor em nossos dias.
As
características gerais do ministério sacerdotal são: chamado
divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4); unção e santificação
(Lv 8.12); submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para
glória e ornamento (Êx 28.2; 29.6,9). Ademais, o sacerdote
só poderia tomar mulher de sua própria nação, e ela deveria
ser ou virgem ou viúva de outro sacerdote (Lv 21). Outra
característica importante: o sacerdote não podia ministrar
como ele queria, pois estava sujeito às leis divinas
especiais para ministrar (Lv 10.8).
Não há
dúvida de que o ministro do Senhor nos dias de hoje também
deve observar o chamado divino para sua vida, a santificação
e a unção de DEUS para exercer o seu ministério, o princípio
da submissão no seu
dia a
dia e a necessidade de exercer o seu ministério conforme a
vontade de DEUS (1 Tm 3.1-7; 6.11,12; Tt 1.7-9; 1 Pe 5.1-4).
O sacerdote
mantinha estreita comunhão com DEUS e muitas vezes DEUS se
comunicava com ele diretamente, além disso, DEUS lhe
revelava como resolver várias questões surgidas entre o
povo. Nós, sacerdotes de hoje, temos os nove dons do
ESPÍRITO SANTO para nos servir de capacitação para nosso
ministério.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o
Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag.
128-132.
O vs. 10
increpa o uso de bebidas alcoólicas por parte dos sacerdotes
oficiantes. Em estado de intoxicação alcoólica, como poderia
ele cumprir direito os seus deveres no tabernáculo, dando
bom exemplo à congregação de Israel? Um sacerdote precisa
ter pensamentos claros para poder agir e ensinar (vs. 11).
Era o sacerdote quem ensinava ao povo a diferença entre o
santo e o profano, e o sistema mosaico era complicado e
exigente. Antes de tudo, o sacerdote precisava de
conhecimento. Yahweh falava e o sacerdote precisava saber o
que tinha sido dito. E, então, precisava de toda a sua
habilidade para transmitir a mensagem e para dar bom
exemplo. O serviço prestado pelos sacerdotes era complexo e
preciso. Para tanto, eles necessitavam de mente clara. Êxodo
20, 22 e 23 mostram-nos a complexidade das instruções. Ver Eze. 44.23. Quanto ao ensino da lei, ver Deu.
33.10; Eze. 22.26 e Mal. 2.7. A referência em Ezequiel
contém a queixa desse profeta de que os sacerdotes já não
sabiam distinguir entre o santo e o profano, entre o limpo e
o imundo.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 510.
Lv 10.
10-11. Se estiverem sob o efeito do álcool, a distinção
entre o santo e o profano logo ficará ofuscada, talvez até
ao ponto de perder seu significado. JESUS no Seu ensino tinha conselhos semelhantes
para Seus discípulos (cf. Mt 7:6), de modo que, tendo a
capacidade de distinguir entre o santo e o comum, não
profanarias as coisas sagradas. As leis a
respeito do imundo e o limpo são citados com pormenores em
Levítico 11-15.
Ao invés de pronunciar blasfêmias
ou profanidades, seus lábios ensinarão o conhecimento de
DEUS. Longe de ser influenciado pelo gênio distinto do mundo
pagão, o sacerdote se deleitará em fazer a vontade de DEUS
(SI 40:8), e conhecerá tão bem a lei de DEUS que poderá
indicar aos outros a direção que suas vidas devem seguir
(cf. Ml 2:7). Não é, portanto, por acidente que o Novo
Testamento emprega o conceito do sacerdócio para descrever o
grupo dos crentes em CRISTO, porque fala da dedicação, da
entrega, da santidade, e comunhão estreita e contínua com o
Senhor.
RK.
Harrison. Levíticos. Introdução e Comentário. Editora Vida
Nova. pag. 106-107.
É ainda
significativa a revelação particular, acompanhada duma
proibição, feita diretamente a Arão (8-11) e não através de
Moisés. É pelo menos possível, embora sem absoluta certeza,
que deste capítulo da Bíblia se possa deduzir a proibição
aos sacerdotes que ministravam, do uso do vinho e de outras
bebidas alcoólicas (cf. Ez 44.21), uma vez que, ao que
parece, Nadabe e Abiú
cometeram o seu crime sob a influência do álcool. Em todo o
caso, fica pelo menos bem vincada a ideia da gravidade do
pecado, que vem a ser a presunção e a leviandade.
A causa de
tal determinação vem expressa no verso 10: para fazer
diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o
limpo, admitindo que aos sacerdotes competia observarem
cuidadosamente todas as prescrições rituais da Lei, e ao
mesmo tempo ensinarem aos filhos de Israel os mandamentos
dessa mesma Lei. Cf. Dt 17.11; 24.8; 33.10; cf. Mq 3.11.
Quanto ao
trágico fim que tiveram aqueles dois sacerdotes, convém
frisar que pelo menos serviu para inculcar na mente de todos
os israelitas, -- quer fossem sacerdotes, quer não, -- a
infinita santidade de DEUS, que os punha de sobreaviso
contra qualquer presunção ou leviandade no cumprimento da
lei do sacrifício, expressamente determinada nos primeiros
sete capítulos do Levítico. Juntamente, serve-se DEUS deste
incidente para provar que não há homens indispensáveis, uma
vez que reduziu à metade o número dos sacerdotes, já tão
poucos para o culto do Santuário, onde alguns milhões de
adoradores prestavam o seu culto ao Senhor. Mas a
desobediência não agrada ao DEUS, bondoso mas justo, que
"das pedras pode suscitar filhos de Abraão".
DAVIDSON. F.
Novo Comentário da Bíblia. Levíticos. pag. 25-27.
Observação minha - Ev.
Henrique - Nadabe e Abiu morreram porque estavam sob efeito
de bebida embriagante e assim fabricaram fogo ao invés de
pegarem do fogo do altar que havia descido do céu, de DEUS.
DEUS não aceita fogo do homem, aceita somente fogo vindo
Dele mesmo. Assistimos hoje em nossos templos a manifestação
vergonhosa de fogo produzido por homens e mulheres sem a
unção de DEUS, cujo prazer se encontra em dançar ao som de
músicas estranhas. Também vemos esse fogo estranho aceso por
emocionalismo e por induções de espertalhões que andam
atrás do dinheiro dos fiéis.
CRISTO COMO SUMO
SACERDOTE, Heb.
8:1-10:18
Sumário
de Ideias
1. Ele
entrou nos verdadeiros céus, no real SANTO dos Santos; os
sacerdotes terrenos manuseavam apenas com sombras e símbolos
(ver Heb. 4: 14).
2. Ele
ofereceu o verdadeiro sacrifício, ao passo que os demais
ofereciam apenas sacrifícios simbólicos (ver Heb. 9:23 e
ss).
3. O
sacrifício de CRISTO foi final; os deles eram simbólicos
(ver Heb. 9:25 e ss).
4. Sua
expiação foi eficaz, a expiação oferecida por eles era
apenas uma representação simbólica (ver Heb. 9:28).
5. Ele foi
Sumo Sacerdote maior e mais elevado que Arão, por ser o
Filho de DEUS (ver Heb. SA-7:28).
6. Ele
administrou um melhor pacto (ver Heb.8: 1-13).
7. Ele
ministra em um melhor santuário (ver Heb. 9: 142).
8. Seu
sacrifico é melhor que o de todos, por ser o fim de todos os
sacrifícios (ver Heb. 9: 13-10: 18).
9. Seu
ministério se alicerça sobre melhores e mais permanentes
promessas (ver Heb. 10: 19-113).
CRISTO,
pois, é visto como nosso caminho de acesso a DEUS Pai.
Sumo
Sacerdote no Lugar de Arão e Segundo a Ordem de Melquisedeque.
O ofício
sumo sacerdotal, no tocante a CRISTO, envolve tanto Arão
quanto Melquisedeque. Posto que nossas informações sobre
Melquisedeque são tão escassas, quase todos os tipos
simbólicos sobre o ofício de CRISTO se acham no sacerdócio
arônico.
Quais são as idéias envolvidas no sacerdócio de
CRISTO, que é conforme a ordem de Melquisedeque?
1. CRISTO é
o rei-sacerdote, tal como Melquisedeque (ver Gên. 14: 18 e Zac. 6: 12,13).
2. CRISTO é
o rei justo de Salém, ou Jerusalém (ver Isa. 11:5 e 6:9).
3. Ele é
eterno, não havendo registro de seu início no tempo (ver
João 1: I), nunca tendo sido nomeado por homem algum para
seu ministério (ver Sal. 110:4; ver também Heb. 7:23-25 e
Rom, 6:9).
Vê-se, pois,
que a obra de CRISTO seguiu o padrão do sacerdócio arônico,
mas que a alusão a Melquisedeque fala sobre sua autoridade
real, sobre sua eternidade e sobre a natureza perene de sua
obra; ideias essas que não estavam vinculadas ao sacerdócio
arônico. Desse modo, certos aspectos de superioridade são
atribuídos ao sacerdócio de CRISTO que é segundo a ordem de
Melquisedeque.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 295-296.
«...Mediador...» No grego temos a palavra «mesites», que
significa «árbitro», «mediador». (Ver Gal. 3:19,20). Na
epístola aos Hebreus, esse termo é usado em vários trechos
para referir-se a CRISTO (ver Heb. 8:6; 9:15 e 12:24).
CRISTO, na qualidade de mediador, torna realidade os
propósitos salvadores de DEUS para os homens. Sua missão
terrena inteira foi efetuada dentro do âmbito dessa
mediação. Mas, além disso, nos céus, CRISTO continua
ocupando a posição de mediador, intercedendo incessantemente
por seus remidos. (Isso é comentado em Rom. 8:34). O
ESPÍRITO de DEUS também intercede por nós, em nome de CRISTO
(ver Rom. 8 :2 7 ) , e isso envolve nosso progresso
espiritual e nossas necessidades diárias. Já a passagem de
Heb. 9:15 ensina-nos que CRISTO é o mediador do «novo pacto»
ou «novo testamento», com o algo incluso em seu labor
expiatório, porquanto isso é que dá aos homens o direito à
herança eterna, através das provisões de seu testamento,
porquanto CRISTO «morreu por nós». (Ver Rom. 8:17).
O
verdadeiro acesso a DEUS Pai nos é dado através de CRISTO,
permitindo-nos que nos tornemos habitação de DEUS (ou templo
de DEUS) no ESPÍRITO (ver Efé. 2:22). Acerca disso, levemos
em conta os pontos abaixo:
1. Houve a
mediação preencarnada de CRISTO: (ver João 1:3,10; Col. 1:6
e Heb. 1:2). Isso teve lugar na criação, pois CRISTO foi o
criador, que fez o trabalho de DEUS Pai. E nos próprios
decretos divinos CRISTO já agira como mediador da salvação
dos homens, desde a eternidade passada (ver Efé. 1:3,4). A
eleição é «em CRISTO» (ver Rom. 8:29), e todas as bênçãos
celestiais fluem da parte de CRISTO, sendo mediadas por ele
(ver Efé. 1:3).
2. Houve a
mediação na salvação e na redenção, quando do ministério
terreno de CRISTO. (Ver Heb. 9:15; João 3:17; Atos 15:11;
20:28; Rom. 3:24,25; 5:10,11; 7:4; II Cor. 5:18; Efé. 1:7;
Col. 1:20 e I João 4:9). A vida, a morte, a cruz e o sangue
de CRISTO são os elementos dessa mediação. Além disso,
CRISTO é o Filho de DEUS, enviado por DEUS Pai, para redimir
os filhos. O trecho de João 3:17 tem esse tema, o qual se
repete por mais de quarenta vezes no quarto evangelho. O Pai
enviou o Filho, para que este realizasse sua missão
remidora. A mediação de
CRISTO produz a paz com DEUS, a reconciliação entre o homem
e DEUS, que eram partes antes alienadas entre si. (Ver Rom.
5:1 e Efé. 2:12-17). A propiciação pelo sangue de CRISTO
visa a ira justa e o julgamento reto de DEUS; e JESUS, na
qualidade de sacrifício expiatório, torna DEUS favorável aos
homens. (Ver I João 2:2).
3. Há uma
mediação contínua de CRISTO: ele continua vivo e continua
sendo o nosso mediador. (Ver João 14:6; Rom. 5:2 e 8:34).
Por meio dele entramos na posse de todas as bênçãos
espirituais (ver Efé. 1:3; Rom. 1:5; II Cor. 1:15,30 e Fil.
1:11).
I João
4:2,3: «...todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio
em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa JESUS,
não procede de DEUS; pelo contrário, este é o espírito do
anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e que
presentemente já está no mundo».
4. Há uma
mediação futura: A obra de CRISTO é aplicável a todas as
fases de nossa redenção. A sua glorificação será por nós
compartilhada, e isso envolverá um processo eterno, e não um
acontecimento isolado. (Ver II Cor. 3:18). Jamais chegará o tempo em que essa mediação
de CRISTO tornar-se-á desnecessária e obsoleta. E posto que
a glorificação é o aspecto celestial da salvação, então a
própria salvação precisa ser considerada como um processo
eterno, mediante o qual iremos passando de um estágio de
glória para outro, indefinidamente. Pois assim como o CRISTO
foi o criador de tudo (ele é o Alfa), também é o alvo da
criação inteira (ele é o Ômega). E isso jamais deixará de
ser verdade.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 299.
I Tm 2.5
Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os
homens, (a saber) o Messias JESUS, homem.
Provavelmente temos diante de nós a citação de uma oração
prefigurada usada na ceia do Senhor (QI 25e). Talvez
se vise enfatizar aqui, em contraposição aos muitos deuses
locais, que o DEUS único faz anunciar para uma só humanidade
uma só salvação por meio de um só Mediador.
Porque DEUS
e ser humano foram unidos em JESUS CRISTO, este se tornou o
Mediador entre DEUS e ser humano. Como verdadeiro ser
humano, como ser humano real, como segundo Adão ele se
tornou representante da humanidade adâmica perante DEUS. No
entanto, a seqüência de palavras “CRISTO JESUS” deixa claro
que ele veio da parte de DEUS para expiar os pecados de todo
o mundo. Ele é o Messias, que como ser humano se chamava
JESUS.
Hans Bürki.
Comentário Esperança
Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.
Porque há um só DEUS e um só mediador entre
DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem (5). Nunca
conseguiremos exaurir a riqueza de significação que percorre
estas palavras. A ênfase em um só DEUS é
parte da herança que o cristianismo recebeu do judaísmo,
ênfase que nosso Senhor reafirma muitas vezes.
A posição de
CRISTO como um só mediador entre DEUS e os homens não é
declarada desta forma em nenhuma outra passagem dos escritos
paulinos. O texto de Gálatas 3.19,20 dá indícios desta
ideia, embora ali não esteja desenvolvido como ofício de
CRISTO. E lógico que a Epístola aos Hebreus trata
freqüentemente deste conceito. Identificamos ideia paralela
em 1 João 2.1, que associa CRISTO como nosso “Advogado para
com o Pai”. Aqui, na passagem sob estudo, este ministério
exclusivo de nosso Senhor é enunciado sem rodeios e de forma
clara. Jó 9.33: “Não há entre nós árbitro
que ponha a mão sobre nós ambos”. O segundo texto é esta
passagem que estudamos: Há... um só mediador entre DEUS e os
homens, JESUS CRISTO, homem. Ser árbitro é ser juiz, alguém
que aprecia ou julga algo, intermediário, alguém que faz
intercessão a nosso favor; em uma palavra: mediador. Há
muitas relações na vida em que os serviços de um mediador
tornam-se importantíssimos. Que alegria saber que na relação
que nos é mais importante na vida — a relação entre DEUS e
nós — temos tão sublime Mediador!
J. Glenn
Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag.
463.
Há um
Mediador, e esse Mediador se deu a si mesmo em preço de
redenção por todos. Como a misericórdia de DEUS estende-se a
todas as suas obras, assim a mediação de CRISTO estende-se a
todos os filhos dos homens. Ele pagou um preço suficiente
para a salvação de toda humanidade; Ele fez com que a
humanidade estivesse debaixo de novos termos diante de DEUS. Eles estão debaixo da
graça; não debaixo do pacto da inocência, mas debaixo do
novo pacto: Ele se deu a si mesmo em preço de redenção.
Observe: A
morte de CRISTO foi uma redenção, um “contra preço”.
Merecíamos morrer. CRISTO morreu por nós, para salvar-nos da
morte e do inferno. Ele se deu a si mesmo em preço de
redenção, voluntariamente. (Fomos comparados por bom preço -
o sangue de JESUS - observação minha - Ev. Henrique).
Uma redenção
para todos; assim, toda a humanidade é colocada numa
condição.
Ele morreu
para executar uma salvação comum: dessa forma, Ele se
colocou na posição de Mediador entre DEUS e os homens. Um
mediador pressupõe uma controvérsia.
O pecado
tinha provocado uma discórdia entre nós e DEUS; JESUS CRISTO
é um Mediador que tem como finalidade fazer paz, unir DEUS e
os homens, na forma de um árbitro, que põe a mão sobre nós
ambos (Jó 9.33). Ele é uma
redenção que deveria servir de testemunho a seu tempo; isto
é, nos tempos do Antigo Testamento, seus sofrimentos e a
glória que seguiriam eram falados como coisas a serem
reveladas nos últimos tempos (1 Pe 1.10,11). E eles hoje são
adequadamente revelados.
Observe: (1)
E bom e aceitável aos olhos de DEUS, nosso
Salvador, que oremos pelos reis e por todos os homens, e
também que levemos vidas quietas e sossegadas; e essa é uma
razão muito boa para fazermos tanto um quanto o outro. (2)
DEUS tem uma boa vontade para a salvação de todos. (3) Esses que são salvos devem chegar ao
conhecimento da verdade, porque esse é o caminho delineado
por DEUS para salvar os pecadores. (4) Podemos perceber que a
unidade de DEUS é reivindicada e unida à unidade do
Mediador. (5) Esse que é um Mediador no sentido do Novo
Testamento deu-se a si mesmo em preço de redenção. Essa era uma parte necessária do
ofício do Mediador; e, na verdade, isso coloca o fundamento
para sua intercessão. (7) Os
ministros devem pregar a verdade, aquilo que compreendem
dela e, eles próprios, devem crer nela. Semelhantemente aos
apóstolos, eles devem pregar em fé e verdade, e devem também
ser fiéis e de confiança.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A
APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 688-689.
3. O sumo
sacerdote
O sacerdócio
de Arão era um dom de DEUS por um povo que, por natureza
própria, estava distante e necessitava de alguém que
aparecesse em seu nome continuamente na Sua presença. O
capítulo 7 da epístola aos Hebreus ensina-nos que a ordem do
sacerdócio estava ligada com a lei, que fora estabelecida
segundo "a lei do mandamento carnal" (versículo 16) e que
fora impedida de permanecer pela morte (versículo 23) e que
os sacerdotes dessa ordem estavam sujeitos às fraquezas
humanas. Portanto, esta ordem não podia dar perfeição, e por
isso devemos bendizer a DEUS por não ter sido instituída com
"juramento". O juramento de DEUS só podia fazer-se em
ligação com aquilo que devia durar eternamente, e isto era o
sacerdócio perfeito, imortal, e intransmissível do nosso
grande e glorioso Melquisedeque, que dá ao Seu sacrifício e
ao Seu sacerdócio todo o valor, e a dignidade e glória da
Sua incomparável Pessoa. O simples pensamento de que temos
um tal sacrifício e um tal Sacerdote faz com que o coração
palpite com as mais vivas emoções de gratidão.
Os Deveres
Levíticos e Sacerdotais, 18.1 -32
1. As
Responsabilidades Misturadas (18.1-7)
Não são
novas as informações registradas neste lugar concernentes
aos deveres dos sacerdotes e dos levitas (cf. 3.1—4.49). São
repetidas para destacar o princípio que acabara de ser
dramaticamente demonstrado: as coisas sagradas não devem ser
profanadas.
A repetição
também serve para lembrar os sacerdotes e os levitas que
junto com altos privilégios vêm sérias responsabilidades. Os
sacerdotes eram responsáveis pelo santuário e os levitas
tinham de ajudá-los. Mas os levitas não deviam tocar no
altar ou em outra mobília sagrada e tinham de cuidar para
que as pessoas não se aproximassem muito, pois caso isso
ocorresse, sofreriam a pena de morte (17.13).
2. A Lista
dos Benefícios dos Sacerdotes (18.8-20)
Considerando
que os sacerdotes eram os servos espirituais do povo, não
podiam trabalhar para ganhar a vida da mesma maneira que os
outros. Por conseguinte, o sustento tinha de vir do corpo
principal da congregação. A promessa de DEUS para Arão era:
“Agora estou te dando todas as ofertas especiais que forem
trazidas a mim e que não forem queimadas como sacrifício. Eu
dou essas ofertas a ti e aos teus descendentes como a parte
a que vós tendes direito para sempre” (8, RSV). Em seguida,
aparece uma lista das porções dos sacrifícios que pertenciam
aos sacerdotes e instruções detalhadas sobre como deviam
lidar com isso. Concerto... de sal (19) era “um concerto
indissolúvel”.
3. Os
Deveres dos Levitas (18.21-32)
Os levitas
tinham de receber o sustento dos dízimos dos israelitas. Em
troca, administrariam o ministério da tenda da congregação e assumiriam a responsabilidade pelas necessidades
espirituais do povo. Justamente por isso, deviam dar aos
sacerdotes o dízimo dos dízimos que recebiam. Esta
oferta seria considerada o equivalente do aumento do grão da
eira e da plenitude do lagar das outras tribos. DEUS
honra o dízimo e ninguém está isento da entrega propositada
e sistemática do dízimo como parte vital da adoração. E o
que DEUS espera. Que ninguém seja tentado a guardar o que
deve ser dado e que ninguém roube a DEUS (Ml 3.8-10).
Lauriston J.
Du Bois. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1.
pag. 358-350
1-
Crise
em Cades (Números 18–20)
Por causa
dos juízos do Senhor contra os rebeldes no tabernáculo (Nm
16:31-35) e sua defesa miraculosa do sumo sacerdócio de
Arão (Nm 17:10-13), os israelitas estavam aterrorizados só
de ter o tabernáculo no meio deles. "Acaso morreremos
todos?" (Nm 17:13), lamentou o povo. Na verdade, a presença
de DEUS em seu acampamento era a marca distintiva do povo de
Israel (Êx 33:1-16), pois era a única nação a ter a glória
do DEUS vivo presente com ela e indo adiante dela (Rm 9:4).
DEUS falou
especificamente a Arão (Nm 18:1, 8, 20), exaltando ainda
mais seu ministério como sumo sacerdote. O Senhor deixou
claro que era responsabilidade dos sacerdotes ministrar no
tabernáculo e guardá-lo da profanação, e era
responsabilidade dos levitas assistir os sacerdotes em seu
ministério no tabernáculo. Desde que os sacerdotes e levitas
obedecessem a essas regras, o povo não seria julgado (v. 5).
Qualquer desobediência, até mesmo no modo de se
vestir (Êx 28:35, 42, 43) ou de se lavar (Êx 30:17-21), era
arriscada. DEUS considerava Arão e seus filhos responsáveis
pelas ofensas cometidas contra o santuário e o sacerdócio. O
sacerdócio era uma dádiva de DEUS a Israel, pois sem os
sacerdotes o povo não poderia chegar a DEUS. Os levitas eram
a dádiva de DEUS aos sacerdotes, aliviando-os de tarefas
servis de modo que pudessem dedicar-se inteiramente a
ministrar ao Senhor e a atender o povo. Os sete homens
escolhidos em Atos 6, normalmente chamados de diáconos,
tinham uma relação semelhante com os apóstolos. Não há
menosprezo em servir mesas, mas os apóstolos tinham um
trabalho mais importante a fazer.
O sucesso ou
o fracasso dependem da liderança, e Arão era o líder da
família sacerdotal. Devia prestar contas a DEUS de tudo o
que acontecia no santuário. DEUS não habita em templos
feitos por mãos humanas (At 7:48), mas sim em nosso corpo,
pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 6:19, 20), e no meio de seu povo
na congregação local (1 Co 3:16ss).
Devemos ter
cuidado com a forma como tratamos nosso corpo e com aquilo
que fazemos à Igreja de JESUS CRISTO. "Se alguém
destruir o santuário de DEUS, DEUS o destruirá; porque o
santuário de DEUS, que sois vós, é sagrado" (1 Co 3:17).
2. Cuidando
de seus servos (Nm 18:8-32)
Como servos
de DEUS, os sacerdotes e levitas mereciam os cuidados do
povo de DEUS. Ao contrário das outras tribos, os levitas não
teriam herança na terra prometida, pois o Senhor era a
herança deles (v. 20; Dt 10:8, 9; Js 13:14, 33; 14:13;
18:7), e receberiam quarenta e oito cidades para habitar (Nm
35:1-8; Js 21).
As necessidades dos sacerdotes bem como dos
levitas eram supridas pelos sacrifícios, ofertas e dízimos
do povo.
Os levitas
(vv. 21-32).
Recebiam os
dízimos que o povo levava ao santuário de DEUS, pois 10% de
toda a produção pertenciam ao Senhor. Os israelitas deveriam
pagar três dízimos: um para os levitas (vv. 21-24), um que
era comido "ali perante o Senhor" (Dt 14:22-27) e um a
cada três anos, que era dado aos pobres (Lv 27:28, 29). Os
levitas, por sua vez, deveriam separar o dízimo daquilo que
recebiam, oferecê-lo ao Senhor e entregá-lo ao sumo
sacerdote. O princípio encontrado nessa passagem é claro e
recebe ênfase frequente nas Escrituras: aqueles que servem
ao Senhor e ao povo de DEUS devem ser sustentados pelas
bênçãos materiais que DEUS dá a seu povo. JESUS disse:
"Digno é o trabalhador do seu salário" (Lc 10:7; Mt 10:10),
e Paulo escreveu: "Assim ordenou também o Senhor aos que
pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Co 9:14).
Paulo explicou esse princípio em mais detalhes em Gálatas
6:6-10; Filipenses 4:10-19 e 1 Timóteo 5:17,18.
O povo de
Israel nem sempre obedecia à lei levando os dízimos ao
Senhor e, como conseqüência, o ministério no tabernáculo e
no templo sofria (ver Ne 10:35-39; 12:44-47; 13:10-14; Ml
1:6 - 2:9). Se os levitas e sacerdotes não tinham alimento
para as famílias, precisavam deixar o santuário e trabalhar
nos campos (Ne 13:10). É triste quando o povo de DEUS não
ama o Senhor e sua casa o suficiente para sustentá-la
fielmente. DEUS esperava que os levitas dessem o dízimo
daquilo que recebiam, entregando-o ao sumo sacerdote (Nm
18:25-32). Às vezes, encontro obreiros cristãos que não dão
o dízimo pois se consideram isentos disso. Usam como
argumento o fato de que estão servindo ao Senhor e de que
tudo o que têm pertence a ele, mas esse argumento não é
válido. Os levitas serviam a DEUS em tempo integral e, ainda
assim, davam o dízimo daquilo que recebiam.
O dízimo não
é, necessariamente, uma prática associada à lei, pois Abraão
e Jacó deram o dízimo séculos antes de a lei ser apresentada
(Gn 14:20; 28:22). Se os israelitas sob a antiga aliança
podiam dar 10% da sua renda (produção) ao Senhor, os
cristãos da nova aliança podem dar menos? Para nós, o dízimo
é só o começo! Se compreendermos o significado de 2
Coríntios 8 - 9, nossas ofertas irão muito além do dízimo.
WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I.
Editora Central Gospel. pag. 448-449.
Nm 18.2-4 —
Os levitas eram os servos dos sacerdotes, mas possuíam
limitações quanto ao que podiam ou não fazer. Isso foi o que
incomodou Corá (cap. 16). Ele era um levita que desejava a
função de sacerdote.
18.5-7 —
Somente os sacerdotes podiam realizar os deveres
concernentes ao santuário e ao altar. O termo estranho — em
"e o estranho que se chegar morrerá" (v. 7)— não fazia
referência ao estrangeiro, mas a qualquer pessoa não
autorizada a aproximar-se dos locais e objetos sagrados.
Quando
aquele que não tinha permissão se aproximava dos lugares
santos, ele recebia uma punição. Nesse contexto, sempre há o
sentido do sacerdote se colocando entre os vivos e os
mortos, entre a graça e a misericórdia, entre o pecado e o
perdão. Isso faz com que o leitor cristão pense no Salvador.
18.8-20 — Os
sacerdotes obtinham seu sustento pelo seu trabalho para DEUS
(Lv 6.14— 7.36). As ofertas que não eram queimadas no altar,
mesmo que feitas para o Senhor, convertiam-se em alimento
para os sacerdotes. Vamos entender melhor a expressão
pronunciada pelo Senhor a Arão: Eu sou a tua parte. Os
sacerdotes não herdavam propriamente a terra. Eles tampouco
viviam o dia-a-dia de cultivo desta, porque DEUS provia seu
sustento por meio das ofertas das pessoas. Consequentemente,
os sacerdotes possuíam uma relação especial com DEUS, que
representava a herança sacerdotal deles. Exatamente como os
sacerdotes, os cristãos de hoje não têm a promessa de
herança neste mundo. Apesar disso, há, para os fiéis, a
promessa de um legado no Reino futuro (Rm 8.17).
18.21-24 —
Os levitas também eram os beneficiários dos serviços
realizados para DEUS. Como os sacerdotes, eles também não
herdavam a terra, mas tinham suas necessidades supridas por
causa do trabalho feito para DEUS. Por isso, recebiam os
dízimos dos filhos de Israel. 18.25-32 — Os levitas que
viviam dos dízimos do povo tinham a obrigação de fazer
ofertas a DEUS, neste caso, um décimo do dízimo. Aqueles que
viviam do dízimo também deveriam dá-lo, pois assim
mostrariam a DEUS seu agradecimento por aquilo que
receberam. Em todo o seu trabalho, os levitas deveriam
lembrar-se do sentido de
santidade. Como servos do Senhor, como o povo, estavam sob a
misericórdia e a justiça de DEUS, e poderiam ser castigados
caso se comportassem de maneira imprópria.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne
House.
O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento
com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
289-290.
Observação Ev. Henrique -
CRISTO, SUMO SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
“Como também diz noutro lugar:
Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de
Melquisedeque” (Hb 5.6).
Êx 4.14 Arão, irmão de MoisésÊx 17.12 Arão, ajudador de Moisés
Êx 32 Arão e sua falha
Hb 7.1-4 Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
Hb 6.20 Jesus, nosso eterno sumo sacerdote
Ap 19.16 Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CRISTO E ARÃO
1. Jesus, sacerdote perfeito. A Lei previa a possibilidade de erro ou pecado por parte dos sacerdotes (v.3; Lv 4.3). O próprio sumo sacerdote Arão tinha a orientação de Deus para oferecer sacrifícios não só pelo povo (Lv 16.15 ss.), mas por si próprio (Lv 16.11-14). Enquanto o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, Jesus nunca pecou. Ele é perfeito. Satisfez todas as condições para o perfeito sacerdócio. Foi ungido como Rei, como Filho (Sl 2.6,7); e Sacerdote Eterno (Sl 110.4); foi enviado por Deus (Jo 5.30); veio em nome do Pai (Jo 5.43). Jesus não se glorificou a si mesmo para fazer-se sumo sacerdote (v.6). Diante de todas essas qualificações, o Mestre nunca ofereceu sacrifícios por si próprio. Ele deu-se a si mesmo por nossos pecados (Gl 1.4).
2. Sacerdote eterno (v.6). O escritor aos hebreus faz referência a dois textos bíblicos no livro de Salmos para demonstrar o caráter especial do sacerdócio de Cristo: um sacerdócio que não tem fim: “Tu és meu filho; hoje te gerei” (Sl 2.7); e “Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4). Como podemos constatar no capítulo cinco de Hebreus, o texto revela com clareza meridiana a superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão. Outro ponto importante diz respeito a humanidade de Cristo: o escritor assevera que Jesus foi humano o suficiente para buscar a Deus, o Pai, em oração, súplicas e lágrimas, sendo obediente como Filho. Trata-se de um exemplo inigualável e uma lição incomparável para nós, mortais, que, às vezes somos relapsos em fazer a vontade do Senhor, em obediência irrestrita.