Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio 1 parte

Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio 1 parte
LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
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TEXTO ÁUREO
"E para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra" (Ap 5.10).
 
 
VERDADE PRÁTICA
CRISTO nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda- Hb 6.20 JESUS, Sacerdote Eterno
Terça- Hb 5.1-9 A superioridade do sacerdócio de JESUS
Quarta- Hb 5.10 Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Quinta- Hb 7.1-4 Figura do sacerdócio eterno de CRISTO
Sexta- Hb 7.26 JESUS, Sacerdote SANTO
Sábado- Ap 1.6Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 28.1-11
1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 2 - E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento. 3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal. 4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal. 5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino 6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada. 7 - Terá duas ombreiras que se \ unam às suas duas pontas, e assim se unirá. 8 - E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido. 9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel, 10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações. 11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor de selos, lavrarás estas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o sacerdócio em Israel
Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
Compreender o papel atual dos ministros da igreja de CRISTO.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencaras qualidades necessárias para quem deseja exercer o SANTO Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.
 PALAVRAS-CHAVE - Sacerdócio; Ofício, o ministério e a função do sacerdote.
 
Resumo da Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio
I - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)
1. O sacerdote.
2. O ministério dos sacerdotes.
3. O sumo sacerdote.
II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28).
2. O Urim e Tu mim (Êx 128.30).
III - MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
1. Chamados por DEUS.
2. Qualificações.
3. Comprometidos com a Palavra.
 
O CARÁTER E AÇÃO
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1 Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de DEUS (SI 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por DEUS daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (SI 15)" (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.l 14-15).
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
 
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57. p.41.
Segundo a ordenação de DEUS a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam ser separados e consagrados para o sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar (Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na família de Arão, pois havia várias restrições que impediam uma pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre função eram necessárias certas exigências; o homem não poderia ter nenhum defeito físico (Lv 21.1 -24). A lei exigia perfeição e tal perfeição apontava para CRISTO, o homem perfeito.
O sacerdote tinha a função principal de conduzir o homem até DEUS, todavia também exercia funções no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2 Rs 17,27,28). O sacerdote não era um neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas para exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própria vida. Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que ministram na Casa de DEUS. É necessário que os pastores sejam separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de DEUS e estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe "o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote, os sacerdotes, e os levitas".
O sacerdote deveria se apresentar diante de DEUS com roupas santas, separadas para a ministração. Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a DEUS de qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de DEUS nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
DEUS ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de CRISTO, nosso Sumo Sacerdote. Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nos esquecer que DEUS ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo. Segundo Victor Hamilton "quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote (o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx 28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)". Tanto as roupas como os rituais apontava para CRISTO.
 
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
No capítulo 9, vimos como DEUS estabeleceu as normas relativas à adoração, quando das suas instruções para a construção do Tabernáculo. Mas o Senhor foi mais além. Ele também levantou homens que se dedicariam diária e exclusivamente à obra do Tabernáculo e teriam a responsabilidade de ensinar ao povo o caminho da verdadeira adoração. Até antes de DEUS fazer isso, quem tinha essa função exclusiva era Moisés, que, inclusive, é contado, ao lado de Arão, como sacerdote do Senhor perante Israel (SI 99.6).
O capítulo 28 do livro de Êxodo trata exatamente desse chamado divino para a formação de um corpo sacerdotal. Ali, vemos DEUS escolhendo e separando para si os homens da tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o sacerdócio, que incluía o ensino do povo no Livro da Lei. Mais detalhes sobre esse ministério são dados também no livro de Levítico.
A seguir, veremos alguns detalhes e características desse importante ministério e que lições ele nos traz para os dias de hoje.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 128.
Desenvolvimento Histórico
Antes do desenvolvimento formalizado do sacerdócio Levítico, na família de Arão houve as seguintes fases:
1. O homem santo, dotado de poderes psíquicos e espirituais, que era consultado como um oráculo. Esses antigos sacerdotes usualmente tinham um santuário (embora tosco), ao qual serviam. E também dispunham de ritos, orações, etc., tudo o que fazia parte do seu trabalho.
Além disso, com frequência eram uma figura importante, social e politica. Esperava-se do sacerdote que servisse de mediador entre algum poder divino e os homens, e também que fosse capaz de pronunciar-se sobre questões éticas e legais, além de prever o futuro.
2. O Estágio Deuteronômico. Nos tempos de Moisés, os sacerdotes pertenciam todos à família de Arão. Todavia, isso não sucedeu de modo absoluto, pelo que, se é geralmente correto dizer que todos os sacerdotes pertenciam à tribo de Levi (através de Arão), isso não ocorria no caso de todos eles. Pode-se dizer que, se um levita pudesse ser achado, ele era a preferência natural; mas houve exceções a essa regra. Assim, Samuel exercia poderes sacerdotais, mas ele mesmo não era da tribo de Levi. Talvez seja correto dizer que Salomão foi um rei - sumo-sacerdote; e, no entanto, era da tribo de Judá. Os profetas também desempenhavam certa função sacerdotal, posto que não formal, no tabernáculo ou no templo. Em face de sua ocupação, os sacerdotes também eram juízes. O filho de Mica, que era efraimita, atuou como sacerdote (Juí. 17:5). Outro tanto fizeram alguns dos filhos de Davi (lI Sam. 8: 18), Gideão (Juí. 6:26) e Manoá, este da tribo de Dã (Juí. 13: 19).
3. O Estágio de Transição. Nos capítulos 40 a 48 do livro de Ezequiel, foram favorecidos os sacerdotes zadoquitas (de Jerusalém), o que estreitou a opção de onde podiam proceder os sacerdotes, em Israel.
4. O Estágio Pôs-exilico. O sacerdócio foi monopolizado pelos descendentes reais ou supostos de Arão, enquanto outros levitas ocuparam posições subordinadas, e, algumas vezes, manuais. Foi durante esse último estágio de desenvolvimento que emergiu o verdadeiro sumo sacerdote de Israel, embora Arão tivesse sido um protótipo do oficio.
Os sacerdotes tinham o direito de receber dízimos e porções determinadas das oferendas. Cuidavam do santuário e das formas externas do culto, e envolviam-se no sistema sacrificial. Eram os guardiões das tradições e protegiam a pureza da adoração. No judaísmo posterior, o sacerdote (no hebraico, cohen) retinha o privilégio de pronunciar a bênção sacerdotal, e de ser o primeiro a ler o livro da lei.
Quando o sacerdócio formal caiu e desapareceu da história, os rabinos retiveram o trabalho dos sacerdotes, em forma simbólica, embora também literal em outros sentidos, tomando-se então os líderes espirituais do povo de Israel.
5. Divisões dos Sacerdotes Levíticos. Três famílias deram prosseguimento ao sacerdócio, em Israel: os descendentes de Gérson, Coate e Merari. Outros levitas ajudavam nos cultos.
Características e Funções
No que tange especificamente aos levitas:
1. Os sacerdotes eram ordenados a seu oficio e às suas funções mediante um elaborado ritual (Êxo. 29; Lev. 8).
2. Usavam vestimentas especiais, em sinal de seu oficio, e cada peça de seu vestuário ao que se presume, tinha significados simbólicos (Êxo. 29; Lev. 8).
3. O sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficiar no dia da expiação, entrando no SANTO dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio. Também tinha o dever de oferecer a refeição diária (ver Lev. 6: 19 ss.).
4. Os sacerdotes comuns realizavam todos os sacrifícios (Lev. 1--6), cuidavam de questões sobre alimentos próprios e impróprios (Lev, 13--14), e estavam encarregados de diversos outros deveres secundários (Núm. 10: 10; Lev. 23:24; 25:9).
5. Eram sustentados mediante dízimos, primícias do campo, primícias dos animais e porções de vários sacrifícios (Núm. 18).
6. A função original de um sacerdote (no hebraico, cohen) era ser o intermediário de um oráculo, alguém que dava instruções por inspiração divina, segundo dele se esperava. E isso continuou a ser uma importante parcela do oficio sacerdotal, mormente no caso do sumo sacerdote.
Os sacerdotes também eram os guardiões e mestres dos documentos e das tradições sagradas. Finalmente essa função foi transferida para os rabinos, com o desaparecimento do sacerdócio em Israel. Como é óbvio, os profetas compartilhavam essas atividades; e, de fato, atuavam quase como se fossem sacerdotes, embora sem fazer parte do sacerdócio, de maneira formal.
7. Os sacerdotes eram guardiões dos ritos sagrados, os quais promoviam o conhecimento sobre a santidade de DEUS e a necessidade de os homens se aproximarem dele sem a polução do pecado, mediante os holocaustos apropriados e a mudança de vida correspondente. Eles queimavam o incenso sobre o altar de ouro, no lugar santo, o que era mesmo um símbolo das funções sacerdotais.
Também cuidavam das lâmpadas, acendendo-as a cada novo começo de noite; e arrumavam os pães da proposição sobre a mesa própria, a cada sábado (ver Êx 27:21; 30:7,8; Lv. 24:5-8). Eles mantinham a chama sempre acesa no altar dos holocaustos (Lv. 6: 9,12); limpavam as cinzas desse altar (vss. 10,11); ofereciam sacrifícios matinais e vespertinos (Êxo. 29:38-44); abençoavam o povo após os sacrifícios diários (Lv. 9:22; Nm, 6:23-27); aspergiam o sangue e depositavam sobre o altar as várias porções da vítima sacrificial; sopravam as trombetas de prata e o chifre do jubileu, por ocasião de festividades especiais; inspecionavam os imundos quanto à lepra (Nm. 6:22 ss. e capítulos 13 e 14); administravam O juramento que uma mulher deveria fazer quando acusada de adultério (Núm. 5:15); eram os mestres da lei e agiam como juízes quanto às queixas do povo, tomando decisões válidas quanto aos casos apresentados (Dt. 17:8 ss.; 19:17; 21:5).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 16; 17-19.
 
Observação minha - Ev. Henrique - Não esquecer de que Arão e Moisés eram da tribo de Levi. Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote - somente os descendentes de Arão podiam ser sacerdotes.
 
I - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)
1. O sacerdote.
Arão era o sumo sacerdote e o tabernáculo requeria um elaborado sistema de manutenção do sacerdócio aarônico.
O termo sumo sacerdote só começou a ser usado após o exílio babilônico; e aqui o título é conferido a Arão, porque essa tinha sido a sua função original, embora ela não fosse chamada por esse nome (II Crô. 19.11; 24.11; Esd. 7.5); sim, príncipe da casa de DEUS (I Crô. 9.11). Os sacerdotes aarônicos eram mediadores do pacto mosaico (Êxo. 19.1). O sumo sacerdote destacava o conceito da necessidade que o homem tem de reconciliar-se com DEUS (Êx. 33.12-23). Arão mediava as graças e dons de Yahweh ao povo de Israel. Mas foi através de Moisés que Arão havia recebido seu ofício e sua autoridade.
Êx 28.1 Arão e seus filhos tomaram-se uma classe sacerdotal. Havia funções e deveres maiores e menores. Moisés é que dava a Arão e seus filhos a autoridade original deles. Os sacerdotes tinham vestes que ilustravam os poderes, os privilégios e a dignidade de seu ofício; e neste capitulo vinte e oito são descritas as vestes sacerdotais.
Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
“O ofício sacerdotal, na verdade, estava circunscrito às famílias de Eleazar e Itamar, pois Nadabe e Abiú morreram por terem oferecido fogo estranho no altar. Eleazar tornou-se sumo sacerdote em razão da morte de Arão (Núm. 20.28). Foi sucedido por seu filho, Fínéías, que era o sumo sacerdote no tempo de Josué (Jos. 22.13) e mais tarde (Juí. 20.28). Em data posterior, mas sob circunstâncias desconhecidas, o sumo sacerdócio passou para a linhagem de Itamar, à qual Eli pertencia" (Ellicott, in loc). Arão era tipo de CRISTO em Sua função de Sumo Sacerdote.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 429.
A Indumentária dos Sacerdotes (28.1-43; cf. 39.1-31)
a) Introdução (28.1-5). DEUS escolheu Arão, o irmão de Moisés, e seus descendentes, para servir de sacerdotes. Até este momento, Moisés era o único mediador, mas foi a família de Arão, e não a de Moisés, que foi escolhida para administrar perante DEUS a favor de Israel (1). As vestes destes sacerdotes eram especiais e consideradas santas (2). Típico da pureza interior do povo de DEUS, os objetos externos eram separados para propósitos santos. Estas roupas também eram para glória e ornamento. Seria incompatível e desprovido de glória o sacerdote ministrar com roupas simples e sem brilho no Tabernáculo graciosamente colorido. DEUS, o Autor de tudo que é bom e bonito, deseja que seu povo seja formoso e que haja beleza nos procedimentos de adoração. DEUS concedeu espírito de sabedoria (3) a homens sábios para capacitá-los a fazer estas vestes. DEUS, que criou a beleza, dá ao homem a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para criá-la. Certas produções que o mundo chama arte não passam de imoralidade, mas a verdadeira arte é de DEUS.
No versículo 4, há uma lista dividida em grupos dos artigos para o sumo sacerdote. Os materiais eram os mesmos para as cortinas do Tabernáculo (5), exceto que havia ouro.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 214.
A vontade de DEUS era que a nação de Israel fosse um "reino de sacerdotes (Êx 19:6) no mundo, revelando a glória do Senhor e compartilhando as bênçãos de DEUS com as nações incrédulas a seu redor. No entanto, a fim de magnificar um DEUS santo, era preciso que Israel fosse um povo santo, e, assim, entrou em cena o sacerdócio de Arão. Os sacerdotes (a família de Arão) e os levitas (as famílias de Coate, Gérson e Merari; ver Nm 3-4) eram incumbidos de servir no tabernáculo e de representar o povo diante de DEUS. Os sacerdotes também deviam representar a DEUS diante do povo ao ensinar a lei e ao ajudá-los a Lhe obedecer (Lv 10:8-11; Dt 33:10; Ml 2:7).
No entanto, Israel não viveu como um reino de sacerdotes. Em vez disso, a liderança espiritual do povo foi se deteriorando gradualmente até que os sacerdotes chegaram a permitir que o povo adorasse a ídolos dentro do templo de DEUS (Ez 8)! DEUS quer que sua Igreja ministre a este mundo como um "sacerdócio santo" e um "sacerdócio real" (1 Pe 2:5, 9).
Se o povo de DEUS for fiel a seu ministério sacerdotal, então proclamará "as virtudes daquele que [o] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2:9). Ao estudar o sacerdócio do Antigo Testamento, você verá paralelos significativos entre os sacerdotes israelitas e os sacerdotes da igreja de hoje, escolhidos para servir a DEUS (Êx 28:1,3,41; 29:1,44).
As palavras do Senhor "para que me ministre" aparecem cinco vezes nesses dois capítulos e também em Êxodo 30:30; 40:13, 15 e Levítico 7:35. Por certo, os sacerdotes ministravam ao povo, mas seu primeiro dever era ministrar ao Senhor e agradá-lo. Se eles se esquecessem de sua obrigação para com o Senhor, não tardaria para que começassem a menosprezar suas responsabilidades para com o povo, e a nação entraria em decadência espiritual (ver Ml 1:6-2:9).
DEUS escolheu Arão e seus filhos para ministrar no sacerdócio por um ato de sua graça soberana, pois eles certamente não tinham direito a essa posição nem a mereciam.
Contudo, o fato de DEUS salvar pecadores como nós e de constituir-nos seu "sacerdócio santo" também é um ato da sua graça, e não devemos jamais deixar de admirar esse privilégio espiritual. "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros" (Jo 15:16).
Infelizmente, Nadabe e Abiú desobedeceram ao Senhor e foram mortos (Lv 10). Quando Arão morreu, Eleazar tornou-se seu sucessor (Nm 20:22-29), e os descendentes de Itamar deram continuidade ao ministério sacerdotal, mesmo depois do cativeiro (Ed 8:1,2).
Como povo de DEUS nos dias de hoje, devemos nos lembrar de que nosso primeiro dever é agradar e servir ao Senhor. Se fizermos isso, ele trabalhará em nós e por nosso intermédio para realizar sua obra neste mundo. Quando JESUS restaurou Pedro à condição de discípulo, não perguntou: "Você ama seu ministério?"; nem mesmo: "Você ama as pessoas?". A pergunta que repetiu foi: "Amas-me?" (Jo 21: 17). Assim como o maior dever de um pai é amar a mãe de seus filhos, também a obrigação (e o privilégio) mais importante do servo é amar ao Senhor. Todo o ministério flui desse relacionamento.
Uma parte dessa incumbência de agradar a DEUS era usar as vestes sacerdotais. O sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas não podiam se vestir como bem entendessem quando ministravam no tabernáculo. (1) davam ao sacerdote dignidade e glória (Êx 28:2) e distinguiam-nos do resto do povo, como um uniforme identifica um soldado ou uma enfermeira; (2) revelavam verdades espirituais relacionadas a seu ministério e a nosso ministério hoje em dia; e (3) se os sacerdotes não usassem suas vestes especiais, correriam risco de vida (vv. 35, 43).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 315-316.
A nomeação dos sacerdotes: “Arão e seus filhos”, v. 1. Até aqui, cada chefe de família era o sacerdote para a sua própria família, e oferecia, conforme julgasse haver ocasião, sobre altares de terra. Mas agora que as famílias de Israel começavam a incorporar-se em uma nação, e um tabernáculo da congregação seria erigido, como centro visível da sua unidade, era essencial que houvesse a instituição de um sacerdócio público. Moisés, que até aqui tinha oficiado, e por isto é reconhecido entre os sacerdotes do Senhor (SI 99.6) já tinha trabalho suficiente para realizar, como seu profeta, para consultar o oráculo por eles, e como seu príncipe, para julgar entre eles. E ele não desejava monopolizar todas as glórias para si mesmo, nem transmitir esta glória do sacerdócio, que por si só era hereditária, para a sua própria família, mas ficou muito satisfeito por ver o seu irmão Arão investido nesta função, e seus filhos depois dele, enquanto (por maior que ele pudesse ser) os seus próprios filhos seriam apenas levitas comuns. É um exemplo da humildade deste grande homem, e uma evidência da sua sincera consideração pela glória de DEUS, o fato de que tivesse tão pouca consideração pela primazia da sua própria família. Arão, que tinha humildemente servido como profeta para seu irmão mais jovem, Moisés, e não recusou este trabalho (cap. 7.1) agora é promovido para ser um sacerdote, um sumo sacerdote para DEUS. Pois Ele exalta aqueles que se humilham. E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por DEUS, Hebreus 5.4. DEUS tinha dito, sobre Israel, de modo geral, que eles seriam, para Ele, um reino de sacerdotes, cap. 19.6. Mas por ser essencial que aqueles que ministravam no altar devessem dedicar-se integralmente ao serviço, e porque aquilo que é o trabalho de todos em breve passa a ser o trabalho de ninguém, DEUS aqui escolheu entre eles uma família para ser uma família de sacerdotes, o pai e seus quatro filhos. E dos lombos de Arão descenderam todos os sacerdotes da igreja judaica, sobre os quais lemos tão frequentemente, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. É uma grande bênção quando a verdadeira santidade prossegue em uma família de geração em geração, como a santidade cerimonial.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 329.
«...JESUS...» Somente este livro aos Hebreus, dentre os livros mais teologicamente orientados do N.T., o simples termo, «JESUS», é usado freqüentemente, sem elaborações, como Senhor JESUS, CRISTO JESUS, Senhor JESUS CRISTO, etc. (Ver Também Heb. 2:9; 6:20; 7:22; 10:19; 12:2,24 e 13:12). Posto que JESUS entrou no SANTO dos Santos, então até ali deverão chegar também os seus remidos. Encontramos a mesma ideia em Heb. 10:19. Ora, JESUS, na posição de nosso precursor, entrou no «mais alto céu», a saber, no SANTO dos Santos. Ali ele aguarda por nós. Isso não significa que o mero ato da morte nos conduzirá até ali. Antes, penetramos nos «lugares celestiais», na grande casa de DEUS, sobre a qual CRISTO governa como Filho. Mediante o processo de glorificação é que eventualmente entraremos na própria presença de DEUS, porquanto quem não estiver perfeito, não poderá entrar ali. Contudo, todos os remidos poderão estar no seu «templo», e assim estarem «com CRISTO». A eternidade definirá para nós esses detalhes. Notemos Heb. 9:23,24 quanto ao fato que, na epístola aos Hebreus, o templo terreno aparece como símbolo do templo celestial. JESUS, por causa de sua grandeza, não poderia mesmo ocupar algum lugar inferior ou secundário. Entrou diretamente no SANTO dos Santos.
Novidade do conceito do precursor: O povo de Israel nunca recebeu permissão de entrar no SANTO dos Santos. O próprio sumo sacerdote dos hebreus só penetrava ali uma vez por ano, mas jamais como meio de preparar o povo para tal entrada. O sumo sacerdote do A.T. era apenas «representante» do povo, que obtinha para eles o favor divino. CRISTO, como nosso sumo sacerdote, tem a função diferente de preparar o caminho para seu povo entrar onde ele entrou. Isso é algo que nunca foi antecipado pelo sistema Levítico.
«...tomado sumo sacerdote...» Consideremos os pontos seguintes: 1. Por nomeação de DEUS (ver Heb. 5:4); 2. por causa do fato de ter-se completado com êxito a sua missão terrena (ver Heb. 1:9 e 4:10); 3. porque, em sua missão terrena, ao identificar-se com os homens, ele aprendeu a sentir e a conhecer suas fraquezas, de tal modo a poder mostrar-se simpático para com eles e interceder eficazmente em seu favor (ver Heb. 4:15); 4. Porque ele ofereceu o sacrifício perfeito (ver Heb. 5:1,3 e 9:23); 5. porque suas promessas são melhores, oferecendo-nos um pacto melhor que o da dispensação do A.T. (ver Heb. 8:6). (ver Heb. 2:17).
«...ordem de Melquisedeque.. .» (ver Heb. 5:6). Essa nova menção de Melquisedeque reinicia o tema de Heb. 5:10. Se nos afastarmos de CRISTO, ou se o rejeitarmos, fatalmente cairemos na apostasia. CRISTO, na qualidade de Sumo Sacerdote, remove o véu e permite que todo o grupo dos filhos de DEUS entrem ali.
«...por nós...» Essas palavras subentendem que CRISTO não precisou entrar no SANTO dos Santos por nossa causa, mas que, na qualidade de nosso Sumo Sacerdote, como nosso representante e como quem abriu o caminho para nós, chegou ali a fim de interceder em nosso favor perante DEUS Pai. «As primícias de nossa natureza já subiram: assim também o restante está santificado. A ascensão de CRISTO é a nossa promoção. Tal como João Batista foi o precursor de CRISTO na terra, assim também CRISTO é o nosso precursor nos céus». (Faucett, in loc.).
«JESUS mostrou-nos o caminho, tendo entrado à nossa frente, sendo ele a garantia (no grego, egguos, ver Heb. 7:22), aquele que garante nossa posterior entrada. Na realidade, nossa âncora de esperança, com suas duas correntes, a promessa e o juramento de DEUS, apegou-se a JESUS, dentro do véu. E se manterá firme». (Robertson, in loc.).
Naturalmente, é verdade que CRISTO é as primícias da ressurreição (ver I Cor. 15:20).
A Septuaginta (versão grega do original hebraico do A.T.), em Núm. 13:20 e Isa. 28:4; usa essa palavra para designar as primeiras uvas ou figos que amadurecem.
«A esperança do crente tem um alcance ilimitável. Externamente, atinge a própria eternidade; e internamente atinge o santuário de DEUS. A certeza da nossa esperança é CRISTO. Sua entrada no SANTO dos Santos é a garantia de nossa entrada futura ali». (Heubner, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 548.
Neste Lugar Santíssimo, JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (20). JESUS entrou no “SANTO dos Santos”, não como um substituto para nosso acesso, mas como um precursor, porque também entraremos nele. O autor se concentra novamente no papel de JESUS como sumo sacerdote, não da ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque.
Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 61.
Hb 6.20 JESUS, como precursor, entrou por nós. No AT somente o sumo sacerdote tinha permissão de entrar uma única vez por ano no Santíssimo atrás da cortina (Lv 16.2,12). O povo não tinha acesso. Quando JESUS CRISTO morreu na cruz, esta cortina no templo rasgou-se ao meio (Mt 27.51). A cortina na terra nada mais é que uma imagem e um indício da “cortina”, a divisa entre DEUS e nosso mundo. JESUS atravessou-a. Ele é o “precursor” que nos abriu o caminho até a glória (Jo 14.6; Hb 10.19ss). JESUS é nosso Sumo Sacerdote segundo uma ordem sacerdotal eterna.
Fritz Laubach. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.
O Sacerdócio no Novo Testamento
1. O sacerdócio do Antigo Testamento tinha CRISTO como seu antítipo. Ele incorpora em si mesmo todos os tipos e funções do sacerdócio veterotestamentário. Essa é mesmo a mensagem central da epístola aos Hebreus, parecendo muito radical quando exposta pela primeira vez. Ler a epístola aos Hebreus, principalmente trechos como 2:14-18; 4:14-16; 5: 1-10 e seu sétimo capítulo.
2. JESUS CRISTO também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de Melquisedeque (ver Heb. 7).
3. Os deveres sacerdotais de CRISTO cumpriram-se após o sacerdócio aarônicos ter cumprido seu papel, sendo um cumprimento desse sacerdócio; o seu oficio como sacerdote seguinte a ordem ou categoria de Melquisedeque.
4. Todos os Crentes São Sacerdotes. As passagens neotestamentários centrais que ensinam essa doutrina são I Ped. 2:5,9; Efé, 1:5ss. Os sacerdotes do Novo Testamento (todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de seu Sumo Sacerdote, JESUS CRISTO (Heb. 10:19-22). O sacerdócio dos crentes é vinculado à filiação deles, o que, por sua vez, é uma maneira de definir a salvação da alma. Visto haver acesso pessoal a DEUS, por meio de CRISTO, não há necessidade da intermediação de nenhuma casta sacerdotal.
Princípios do Sacerdócio Bíblico:
1. DEUS Pai ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato divino. Ver Heb. 5:4-6.
2. Os sacerdotes eram nomeados mediadores entre DEUS e os homens, sobretudo no tocante ao pecado, à expiação e à reconciliação dos homens, com DEUS. Ver Heb. 5: 1.
3. A expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o centro das funções sacerdotais. Ver Heb. 8:3.
4. O trabalho intercessor dos sacerdotes do Novo Testamento (os crentes) repousa sobre a natureza eficaz da expiação de CRISTO. E é aí que os crentes alcançam a DEUS. Ver Heb. 8: Iss.
5. O novo pacto, com base no sacerdócio superior de CRISTO. envolve melhores promessas que aquelas do antigo pacto (Heb. 8:6). De fato, o novo pacto anulou totalmente o antigo (a totalidade da epístola aos Hebreus).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 19.
 
2. O ministério dos sacerdotes.
Os sacerdotes responsáveis pela liturgia diária deveriam pertencer exclusivamente à descendência de Arão, seu irmão, que seria o primeiro sumo sacerdote da história de Israel (Êx 28.1-3).
No ministério do Tabernáculo, havia três classes de obreiros: o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas (Nm 3.6-10).
O sumo sacerdote era a mais alta função da religião judaica. O sumo sacerdote era também o presidente do Sinédrio, o principal tribunal de Israel.
Os sacerdotes, por sua vez, faziam os sacrifícios diários, ofereciam incenso ao Senhor, cuidavam da mesa dos pães da proposição, abençoavam o povo, ensinavam a Lei de DEUS (Lv 10.10,11) e julgavam as causas civis entre a população (Nm 5.5-31). Já os levitas serviam de auxiliares dos sacerdotes e eram responsáveis por trabalhos menores dentro do Tabernáculo. De certa forma, seriam comparados, nos dias de hoje, com os que exercem o ministério diaconal na igreja.
Na época de Davi, os sacerdotes foram divididos em 24 turmas, para ordenar melhor o serviço de cada um no Santuário (1 Cr 24); e os levitas passaram a exercer trabalhos ainda mais especializados, como os de cantores e músicos (1 Cr 25), porteiros (1 Cr 26.1-19), guardas dos tesouros e zeladores do Templo (1 Cr 26.20-28), oficiais e juízes (1 Cr 26.29-32).
Com o passar dos séculos, surgiria entre os levitas ainda a figura dos escribas, que inicialmente eram “escreventes, cuja principal função era copiar as Escrituras”, mas que, “com o transcorrer do tempo, lograram conhecê-las de tal modo que passaram a interpretá-las, notadamente a Lei de Moisés”.
1- Na época de JESUS, justamente por causa desse conhecimento profundo da Lei, eles eram chamados de “mestres da Lei” (Lc 5.17), que seria hoje “o equivalente a eruditos bíblicos”.
2- O mais notório escriba da história de Israel foi, sem dúvida alguma, Esdras, que era sacerdote e autor do livro bíblico que leva o seu nome. Segundo a tradição judaica, foi ele quem “coligiu todos os livros do Antigo Testamento e os reuniu numa só obra, instituiu a liturgia do culto na sinagoga e fundou a Grande Sinagoga em Jerusalém, a qual fixou o cânon das Escrituras do Antigo Testamento”.
3- O ministério sacerdotal era, essencialmente, um ministério de intercessão. O sacerdote era o mediador entre o povo e DEUS, e não apenas no que diz respeito ao oferecimento de sacrifícios para expiação das culpas do povo, mas também no sentido mais comum, de orar em favor do povo. Era responsabilidade do sacerdote também ensinar a Lei de DEUS para a população (Êx 28.1-29.45; Lv 21.1-23; 1 Cr 24.1-31). Em síntese, o sacerdote deveria ministrar no Santuário perante DEUS e ensinar ao povo a guardar a Lei de DEUS. E, eventualmente, ele também tomava conhecimento da vontade divina em situações muito difíceis por meio da consulta ao Urim e Tumim.
Para que Apontava o Ministério Sacerdotal Levítico?
O sacerdócio de Arão apontava para CRISTO, o único mediador entre DEUS e os homens e que intercede diante do Pai por nós (Jo 14.6; 1 Tm 2.5). No Novo Testamento, não há mais linhagens de sumo sacerdotes, porque o nosso único e definitivo Sumo Sacerdote é CRISTO, que através do seu sacrifício acabou com a necessidade de novas ofertas e sacrifícios (Hb 7.1-8.13). E mais: todos os cristãos hoje são sacerdotes diante de DEUS (1 Pe 2.5,9; Ap 1.5,6; 5.9,10) — esta é uma das doutrinas bíblicas que os primeiros protestantes ressaltaram na época da Reforma e que se chama Sacerdócio Universal dos Santos. Ela nos ensina que, em CRISTO, todos pertencentes ao povo de DEUS podem se apresentar diretamente a DEUS para oferecer-lhe sua adoração (Hb 10.19-23; 13.15). Aliás, a Bíblia diz que originalmente DEUS desejava tornar a nação de Israel, como um todo, em um reino sacerdotal (Êx 19.5,6), entretanto, devido ao comportamento da nação, Ele escolheu a família de Arão como linhagem sacerdotal (Êx 28.1; 40.12-15; Nm 6.40).
O sacerdócio universal dos santos envolvendo todo o povo de Israel terá o seu cumprimento no milênio, conforme Isaías 61.6: “Vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso DEUS”.
Não se pode comparar, sob vários aspectos, a função do sacerdote Levítico com a do ministro do evangelho dos dias de hoje, porém há, sem dúvida alguma, certas características do ministério sacerdotal que são, de forma geral, princípios válidos para todo ministro do Senhor em nossos dias.
As características gerais do ministério sacerdotal são: chamado divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4); unção e santificação (Lv 8.12); submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para glória e ornamento (Êx 28.2; 29.6,9). Ademais, o sacerdote só poderia tomar mulher de sua própria nação, e ela deveria ser ou virgem ou viúva de outro sacerdote (Lv 21). Outra característica importante: o sacerdote não podia ministrar como ele queria, pois estava sujeito às leis divinas especiais para ministrar (Lv 10.8).
Não há dúvida de que o ministro do Senhor nos dias de hoje também deve observar o chamado divino para sua vida, a santificação e a unção de DEUS para exercer o seu ministério, o princípio da submissão no seu dia a dia e a necessidade de exercer o seu ministério conforme a vontade de DEUS (1 Tm 3.1-7; 6.11,12; Tt 1.7-9; 1 Pe 5.1-4).
O sacerdote mantinha estreita comunhão com DEUS e muitas vezes DEUS se comunicava com ele diretamente, além disso, DEUS lhe revelava como resolver várias questões surgidas entre o povo. Nós, sacerdotes de hoje, temos os nove dons do ESPÍRITO SANTO para nos servir de capacitação para nosso ministério.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 128-132.
O vs. 10 increpa o uso de bebidas alcoólicas por parte dos sacerdotes oficiantes. Em estado de intoxicação alcoólica, como poderia ele cumprir direito os seus deveres no tabernáculo, dando bom exemplo à congregação de Israel? Um sacerdote precisa ter pensamentos claros para poder agir e ensinar (vs. 11). Era o sacerdote quem ensinava ao povo a diferença entre o santo e o profano, e o sistema mosaico era complicado e exigente. Antes de tudo, o sacerdote precisava de conhecimento. Yahweh falava e o sacerdote precisava saber o que tinha sido dito. E, então, precisava de toda a sua habilidade para transmitir a mensagem e para dar bom exemplo. O serviço prestado pelos sacerdotes era complexo e preciso. Para tanto, eles necessitavam de mente clara. Êxodo 20, 22 e 23 mostram-nos a complexidade das instruções. Ver Eze. 44.23. Quanto ao ensino da lei, ver Deu. 33.10; Eze. 22.26 e Mal. 2.7. A referência em Ezequiel contém a queixa desse profeta de que os sacerdotes já não sabiam distinguir entre o santo e o profano, entre o limpo e o imundo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 510.
Lv 10. 10-11. Se estiverem sob o efeito do álcool, a distinção entre o santo e o profano logo ficará ofuscada, talvez até ao ponto de perder seu significado. JESUS no Seu ensino tinha conselhos semelhantes para Seus discípulos (cf. Mt 7:6), de modo que, tendo a capacidade de distinguir entre o santo e o comum, não profanarias as coisas sagradas. As leis a respeito do imundo e o limpo são citados com pormenores em Levítico 11-15.
Ao invés de pronunciar blasfêmias ou profanidades, seus lábios ensinarão o conhecimento de DEUS. Longe de ser influenciado pelo gênio distinto do mundo pagão, o sacerdote se deleitará em fazer a vontade de DEUS (SI 40:8), e conhecerá tão bem a lei de DEUS que poderá indicar aos outros a direção que suas vidas devem seguir (cf. Ml 2:7). Não é, portanto, por acidente que o Novo Testamento emprega o conceito do sacerdócio para descrever o grupo dos crentes em CRISTO, porque fala da dedicação, da entrega, da santidade, e comunhão estreita e contínua com o Senhor.
RK. Harrison. Levíticos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 106-107.
É ainda significativa a revelação particular, acompanhada duma proibição, feita diretamente a Arão (8-11) e não através de Moisés. É pelo menos possível, embora sem absoluta certeza, que deste capítulo da Bíblia se possa deduzir a proibição aos sacerdotes que ministravam, do uso do vinho e de outras bebidas alcoólicas (cf. Ez 44.21), uma vez que, ao que parece, Nadabe e Abiú cometeram o seu crime sob a influência do álcool. Em todo o caso, fica pelo menos bem vincada a ideia da gravidade do pecado, que vem a ser a presunção e a leviandade.
A causa de tal determinação vem expressa no verso 10: para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, admitindo que aos sacerdotes competia observarem cuidadosamente todas as prescrições rituais da Lei, e ao mesmo tempo ensinarem aos filhos de Israel os mandamentos dessa mesma Lei. Cf. Dt 17.11; 24.8; 33.10; cf. Mq 3.11.
Quanto ao trágico fim que tiveram aqueles dois sacerdotes, convém frisar que pelo menos serviu para inculcar na mente de todos os israelitas, -- quer fossem sacerdotes, quer não, -- a infinita santidade de DEUS, que os punha de sobreaviso contra qualquer presunção ou leviandade no cumprimento da lei do sacrifício, expressamente determinada nos primeiros sete capítulos do Levítico. Juntamente, serve-se DEUS deste incidente para provar que não há homens indispensáveis, uma vez que reduziu à metade o número dos sacerdotes, já tão poucos para o culto do Santuário, onde alguns milhões de adoradores prestavam o seu culto ao Senhor. Mas a desobediência não agrada ao DEUS, bondoso mas justo, que "das pedras pode suscitar filhos de Abraão".
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Levíticos. pag. 25-27.
 
Observação minha - Ev. Henrique - Nadabe e Abiu morreram porque estavam sob efeito de bebida embriagante e assim fabricaram fogo ao invés de pegarem do fogo do altar que havia descido do céu, de DEUS. DEUS não aceita fogo do homem, aceita somente fogo vindo Dele mesmo. Assistimos hoje em nossos templos a manifestação vergonhosa de fogo produzido por homens e mulheres sem a unção de DEUS, cujo prazer se encontra em dançar ao som de músicas estranhas. Também vemos esse fogo estranho aceso por emocionalismo e por induções de espertalhões que andam atrás do dinheiro dos fiéis.
 
CRISTO COMO SUMO SACERDOTE, Heb. 8:1-10:18
Sumário de Ideias
1. Ele entrou nos verdadeiros céus, no real SANTO dos Santos; os sacerdotes terrenos manuseavam apenas com sombras e símbolos (ver Heb. 4: 14).
2. Ele ofereceu o verdadeiro sacrifício, ao passo que os demais ofereciam apenas sacrifícios simbólicos (ver Heb. 9:23 e ss).
3. O sacrifício de CRISTO foi final; os deles eram simbólicos (ver Heb. 9:25 e ss).
4. Sua expiação foi eficaz, a expiação oferecida por eles era apenas uma representação simbólica (ver Heb. 9:28).
5. Ele foi Sumo Sacerdote maior e mais elevado que Arão, por ser o Filho de DEUS (ver Heb. SA-7:28).
6. Ele administrou um melhor pacto (ver Heb.8: 1-13).
7. Ele ministra em um melhor santuário (ver Heb. 9: 142).
8. Seu sacrifico é melhor que o de todos, por ser o fim de todos os sacrifícios (ver Heb. 9: 13-10: 18).
9. Seu ministério se alicerça sobre melhores e mais permanentes promessas (ver Heb. 10: 19-113).
CRISTO, pois, é visto como nosso caminho de acesso a DEUS Pai.
Sumo Sacerdote no Lugar de Arão e Segundo a Ordem de Melquisedeque.
O ofício sumo sacerdotal, no tocante a CRISTO, envolve tanto Arão quanto Melquisedeque. Posto que nossas informações sobre Melquisedeque são tão escassas, quase todos os tipos simbólicos sobre o ofício de CRISTO se acham no sacerdócio arônico.
Quais são as idéias envolvidas no sacerdócio de CRISTO, que é conforme a ordem de Melquisedeque?
1. CRISTO é o rei-sacerdote, tal como Melquisedeque (ver Gên. 14: 18 e Zac. 6: 12,13).
2. CRISTO é o rei justo de Salém, ou Jerusalém (ver Isa. 11:5 e 6:9).
3. Ele é eterno, não havendo registro de seu início no tempo (ver João 1: I), nunca tendo sido nomeado por homem algum para seu ministério (ver Sal. 110:4; ver também Heb. 7:23-25 e Rom, 6:9).
Vê-se, pois, que a obra de CRISTO seguiu o padrão do sacerdócio arônico, mas que a alusão a Melquisedeque fala sobre sua autoridade real, sobre sua eternidade e sobre a natureza perene de sua obra; ideias essas que não estavam vinculadas ao sacerdócio arônico. Desse modo, certos aspectos de superioridade são atribuídos ao sacerdócio de CRISTO que é segundo a ordem de Melquisedeque.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 295-296.
«...Mediador...» No grego temos a palavra «mesites», que significa «árbitro», «mediador». (Ver Gal. 3:19,20). Na epístola aos Hebreus, esse termo é usado em vários trechos para referir-se a CRISTO (ver Heb. 8:6; 9:15 e 12:24). CRISTO, na qualidade de mediador, torna realidade os propósitos salvadores de DEUS para os homens. Sua missão terrena inteira foi efetuada dentro do âmbito dessa mediação. Mas, além disso, nos céus, CRISTO continua ocupando a posição de mediador, intercedendo incessantemente por seus remidos. (Isso é comentado em Rom. 8:34). O ESPÍRITO de DEUS também intercede por nós, em nome de CRISTO (ver Rom. 8 :2 7 ) , e isso envolve nosso progresso espiritual e nossas necessidades diárias. Já a passagem de Heb. 9:15 ensina-nos que CRISTO é o mediador do «novo pacto» ou «novo testamento», com o algo incluso em seu labor expiatório, porquanto isso é que dá aos homens o direito à herança eterna, através das provisões de seu testamento, porquanto CRISTO «morreu por nós». (Ver Rom. 8:17). O verdadeiro acesso a DEUS Pai nos é dado através de CRISTO, permitindo-nos que nos tornemos habitação de DEUS (ou templo de DEUS) no ESPÍRITO (ver Efé. 2:22). Acerca disso, levemos em conta os pontos abaixo:
1. Houve a mediação preencarnada de CRISTO: (ver João 1:3,10; Col. 1:6 e Heb. 1:2). Isso teve lugar na criação, pois CRISTO foi o criador, que fez o trabalho de DEUS Pai. E nos próprios decretos divinos CRISTO já agira como mediador da salvação dos homens, desde a eternidade passada (ver Efé. 1:3,4). A eleição é «em CRISTO» (ver Rom. 8:29), e todas as bênçãos celestiais fluem da parte de CRISTO, sendo mediadas por ele (ver Efé. 1:3).
2. Houve a mediação na salvação e na redenção, quando do ministério terreno de CRISTO. (Ver Heb. 9:15; João 3:17; Atos 15:11; 20:28; Rom. 3:24,25; 5:10,11; 7:4; II Cor. 5:18; Efé. 1:7; Col. 1:20 e I João 4:9). A vida, a morte, a cruz e o sangue de CRISTO são os elementos dessa mediação. Além disso, CRISTO é o Filho de DEUS, enviado por DEUS Pai, para redimir os filhos. O trecho de João 3:17 tem esse tema, o qual se repete por mais de quarenta vezes no quarto evangelho. O Pai enviou o Filho, para que este realizasse sua missão remidora. A mediação de CRISTO produz a paz com DEUS, a reconciliação entre o homem e DEUS, que eram partes antes alienadas entre si. (Ver Rom. 5:1 e Efé. 2:12-17). A propiciação pelo sangue de CRISTO visa a ira justa e o julgamento reto de DEUS; e JESUS, na qualidade de sacrifício expiatório, torna DEUS favorável aos homens. (Ver I João 2:2).
3. Há uma mediação contínua de CRISTO: ele continua vivo e continua sendo o nosso mediador. (Ver João 14:6; Rom. 5:2 e 8:34). Por meio dele entramos na posse de todas as bênçãos espirituais (ver Efé. 1:3; Rom. 1:5; II Cor. 1:15,30 e Fil. 1:11).
I João 4:2,3: «...todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa JESUS, não procede de DEUS; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e que presentemente já está no mundo».
4. Há uma mediação futura: A obra de CRISTO é aplicável a todas as fases de nossa redenção. A sua glorificação será por nós compartilhada, e isso envolverá um processo eterno, e não um acontecimento isolado. (Ver II Cor. 3:18). Jamais chegará o tempo em que essa mediação de CRISTO tornar-se-á desnecessária e obsoleta. E posto que a glorificação é o aspecto celestial da salvação, então a própria salvação precisa ser considerada como um processo eterno, mediante o qual iremos passando de um estágio de glória para outro, indefinidamente. Pois assim como o CRISTO foi o criador de tudo (ele é o Alfa), também é o alvo da criação inteira (ele é o Ômega). E isso jamais deixará de ser verdade.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 299.
I Tm 2.5 Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens, (a saber) o Messias JESUS, homem.
Provavelmente temos diante de nós a citação de uma oração prefigurada usada na ceia do Senhor (QI 25e). Talvez se vise enfatizar aqui, em contraposição aos muitos deuses locais, que o DEUS único faz anunciar para uma só humanidade uma só salvação por meio de um só Mediador.
Porque DEUS e ser humano foram unidos em JESUS CRISTO, este se tornou o Mediador entre DEUS e ser humano. Como verdadeiro ser humano, como ser humano real, como segundo Adão ele se tornou representante da humanidade adâmica perante DEUS. No entanto, a seqüência de palavras “CRISTO JESUS” deixa claro que ele veio da parte de DEUS para expiar os pecados de todo o mundo. Ele é o Messias, que como ser humano se chamava JESUS.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.
Porque há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem (5). Nunca conseguiremos exaurir a riqueza de significação que percorre estas palavras. A ênfase em um só DEUS é parte da herança que o cristianismo recebeu do judaísmo, ênfase que nosso Senhor reafirma muitas vezes.
A posição de CRISTO como um só mediador entre DEUS e os homens não é declarada desta forma em nenhuma outra passagem dos escritos paulinos. O texto de Gálatas 3.19,20 dá indícios desta ideia, embora ali não esteja desenvolvido como ofício de CRISTO. E lógico que a Epístola aos Hebreus trata freqüentemente deste conceito. Identificamos ideia paralela em 1 João 2.1, que associa CRISTO como nosso “Advogado para com o Pai”. Aqui, na passagem sob estudo, este ministério exclusivo de nosso Senhor é enunciado sem rodeios e de forma clara. Jó 9.33: “Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos”. O segundo texto é esta passagem que estudamos: Há... um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem. Ser árbitro é ser juiz, alguém que aprecia ou julga algo, intermediário, alguém que faz intercessão a nosso favor; em uma palavra: mediador. Há muitas relações na vida em que os serviços de um mediador tornam-se importantíssimos. Que alegria saber que na relação que nos é mais importante na vida — a relação entre DEUS e nós — temos tão sublime Mediador!
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 463.
Há um Mediador, e esse Mediador se deu a si mesmo em preço de redenção por todos. Como a misericórdia de DEUS estende-se a todas as suas obras, assim a mediação de CRISTO estende-se a todos os filhos dos homens. Ele pagou um preço suficiente para a salvação de toda humanidade; Ele fez com que a humanidade estivesse debaixo de novos termos diante de DEUS. Eles estão debaixo da graça; não debaixo do pacto da inocência, mas debaixo do novo pacto: Ele se deu a si mesmo em preço de redenção.
Observe: A morte de CRISTO foi uma redenção, um “contra preço”. Merecíamos morrer. CRISTO morreu por nós, para salvar-nos da morte e do inferno. Ele se deu a si mesmo em preço de redenção, voluntariamente. (Fomos comparados por bom preço - o sangue de JESUS - observação minha - Ev. Henrique).
Uma redenção para todos; assim, toda a humanidade é colocada numa condição.
Ele morreu para executar uma salvação comum: dessa forma, Ele se colocou na posição de Mediador entre DEUS e os homens. Um mediador pressupõe uma controvérsia.
O pecado tinha provocado uma discórdia entre nós e DEUS; JESUS CRISTO é um Mediador que tem como finalidade fazer paz, unir DEUS e os homens, na forma de um árbitro, que põe a mão sobre nós ambos (Jó 9.33). Ele é uma redenção que deveria servir de testemunho a seu tempo; isto é, nos tempos do Antigo Testamento, seus sofrimentos e a glória que seguiriam eram falados como coisas a serem reveladas nos últimos tempos (1 Pe 1.10,11). E eles hoje são adequadamente revelados.
Observe: (1) E bom e aceitável aos olhos de DEUS, nosso Salvador, que oremos pelos reis e por todos os homens, e também que levemos vidas quietas e sossegadas; e essa é uma razão muito boa para fazermos tanto um quanto o outro. (2) DEUS tem uma boa vontade para a salvação de todos. (3) Esses que são salvos devem chegar ao conhecimento da verdade, porque esse é o caminho delineado por DEUS para salvar os pecadores. (4) Podemos perceber que a unidade de DEUS é reivindicada e unida à unidade do Mediador. (5) Esse que é um Mediador no sentido do Novo Testamento deu-se a si mesmo em preço de redenção. Essa era uma parte necessária do ofício do Mediador; e, na verdade, isso coloca o fundamento para sua intercessão. (7) Os ministros devem pregar a verdade, aquilo que compreendem dela e, eles próprios, devem crer nela. Semelhantemente aos apóstolos, eles devem pregar em fé e verdade, e devem também ser fiéis e de confiança.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 688-689.
3. O sumo sacerdote
O sacerdócio de Arão era um dom de DEUS por um povo que, por natureza própria, estava distante e necessitava de alguém que aparecesse em seu nome continuamente na Sua presença. O capítulo 7 da epístola aos Hebreus ensina-nos que a ordem do sacerdócio estava ligada com a lei, que fora estabelecida segundo "a lei do mandamento carnal" (versículo 16) e que fora impedida de permanecer pela morte (versículo 23) e que os sacerdotes dessa ordem estavam sujeitos às fraquezas humanas. Portanto, esta ordem não podia dar perfeição, e por isso devemos bendizer a DEUS por não ter sido instituída com "juramento". O juramento de DEUS só podia fazer-se em ligação com aquilo que devia durar eternamente, e isto era o sacerdócio perfeito, imortal, e intransmissível do nosso grande e glorioso Melquisedeque, que dá ao Seu sacrifício e ao Seu sacerdócio todo o valor, e a dignidade e glória da Sua incomparável Pessoa. O simples pensamento de que temos um tal sacrifício e um tal Sacerdote faz com que o coração palpite com as mais vivas emoções de gratidão.
Os Deveres Levíticos e Sacerdotais, 18.1 -32
1. As Responsabilidades Misturadas (18.1-7)
Não são novas as informações registradas neste lugar concernentes aos deveres dos sacerdotes e dos levitas (cf. 3.1—4.49). São repetidas para destacar o princípio que acabara de ser dramaticamente demonstrado: as coisas sagradas não devem ser profanadas.
A repetição também serve para lembrar os sacerdotes e os levitas que junto com altos privilégios vêm sérias responsabilidades. Os sacerdotes eram responsáveis pelo santuário e os levitas tinham de ajudá-los. Mas os levitas não deviam tocar no altar ou em outra mobília sagrada e tinham de cuidar para que as pessoas não se aproximassem muito, pois caso isso ocorresse, sofreriam a pena de morte (17.13).
2. A Lista dos Benefícios dos Sacerdotes (18.8-20)
Considerando que os sacerdotes eram os servos espirituais do povo, não podiam trabalhar para ganhar a vida da mesma maneira que os outros. Por conseguinte, o sustento tinha de vir do corpo principal da congregação. A promessa de DEUS para Arão era: “Agora estou te dando todas as ofertas especiais que forem trazidas a mim e que não forem queimadas como sacrifício. Eu dou essas ofertas a ti e aos teus descendentes como a parte a que vós tendes direito para sempre” (8, RSV). Em seguida, aparece uma lista das porções dos sacrifícios que pertenciam aos sacerdotes e instruções detalhadas sobre como deviam lidar com isso. Concerto... de sal (19) era “um concerto indissolúvel”.
3. Os Deveres dos Levitas (18.21-32)
Os levitas tinham de receber o sustento dos dízimos dos israelitas. Em troca, administrariam o ministério da tenda da congregação e assumiriam a responsabilidade pelas necessidades espirituais do povo. Justamente por isso, deviam dar aos sacerdotes o dízimo dos dízimos que recebiam. Esta oferta seria considerada o equivalente do aumento do grão da eira e da plenitude do lagar das outras tribos. DEUS honra o dízimo e ninguém está isento da entrega propositada e sistemática do dízimo como parte vital da adoração. E o que DEUS espera. Que ninguém seja tentado a guardar o que deve ser dado e que ninguém roube a DEUS (Ml 3.8-10).
Lauriston J. Du Bois. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 358-350
1- Crise em Cades (Números 18–20)
Por causa dos juízos do Senhor contra os rebeldes no tabernáculo (Nm 16:31-35) e sua defesa miraculosa do sumo sacerdócio de Arão (Nm 17:10-13), os israelitas estavam aterrorizados só de ter o tabernáculo no meio deles. "Acaso morreremos todos?" (Nm 17:13), lamentou o povo. Na verdade, a presença de DEUS em seu acampamento era a marca distintiva do povo de Israel (Êx 33:1-16), pois era a única nação a ter a glória do DEUS vivo presente com ela e indo adiante dela (Rm 9:4).
DEUS falou especificamente a Arão (Nm 18:1, 8, 20), exaltando ainda mais seu ministério como sumo sacerdote. O Senhor deixou claro que era responsabilidade dos sacerdotes ministrar no tabernáculo e guardá-lo da profanação, e era responsabilidade dos levitas assistir os sacerdotes em seu ministério no tabernáculo. Desde que os sacerdotes e levitas obedecessem a essas regras, o povo não seria julgado (v. 5).
Qualquer desobediência, até mesmo no modo de se vestir (Êx 28:35, 42, 43) ou de se lavar (Êx 30:17-21), era arriscada. DEUS considerava Arão e seus filhos responsáveis pelas ofensas cometidas contra o santuário e o sacerdócio. O sacerdócio era uma dádiva de DEUS a Israel, pois sem os sacerdotes o povo não poderia chegar a DEUS. Os levitas eram a dádiva de DEUS aos sacerdotes, aliviando-os de tarefas servis de modo que pudessem dedicar-se inteiramente a ministrar ao Senhor e a atender o povo. Os sete homens escolhidos em Atos 6, normalmente chamados de diáconos, tinham uma relação semelhante com os apóstolos. Não há menosprezo em servir mesas, mas os apóstolos tinham um trabalho mais importante a fazer.
O sucesso ou o fracasso dependem da liderança, e Arão era o líder da família sacerdotal. Devia prestar contas a DEUS de tudo o que acontecia no santuário. DEUS não habita em templos feitos por mãos humanas (At 7:48), mas sim em nosso corpo, pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 6:19, 20), e no meio de seu povo na congregação local (1 Co 3:16ss).
Devemos ter cuidado com a forma como tratamos nosso corpo e com aquilo que fazemos à Igreja de JESUS CRISTO. "Se alguém destruir o santuário de DEUS, DEUS o destruirá; porque o santuário de DEUS, que sois vós, é sagrado" (1 Co 3:17).
2. Cuidando de seus servos (Nm 18:8-32)
Como servos de DEUS, os sacerdotes e levitas mereciam os cuidados do povo de DEUS. Ao contrário das outras tribos, os levitas não teriam herança na terra prometida, pois o Senhor era a herança deles (v. 20; Dt 10:8, 9; Js 13:14, 33; 14:13; 18:7), e receberiam quarenta e oito cidades para habitar (Nm 35:1-8; Js 21).
As necessidades dos sacerdotes bem como dos levitas eram supridas pelos sacrifícios, ofertas e dízimos do povo.
Os levitas (vv. 21-32).
Recebiam os dízimos que o povo levava ao santuário de DEUS, pois 10% de toda a produção pertenciam ao Senhor. Os israelitas deveriam pagar três dízimos: um para os levitas (vv. 21-24), um que era comido "ali perante o Senhor" (Dt 14:22-27) e um a cada três anos, que era dado aos pobres (Lv 27:28, 29). Os levitas, por sua vez, deveriam separar o dízimo daquilo que recebiam, oferecê-lo ao Senhor e entregá-lo ao sumo sacerdote. O princípio encontrado nessa passagem é claro e recebe ênfase frequente nas Escrituras: aqueles que servem ao Senhor e ao povo de DEUS devem ser sustentados pelas bênçãos materiais que DEUS dá a seu povo. JESUS disse: "Digno é o trabalhador do seu salário" (Lc 10:7; Mt 10:10), e Paulo escreveu: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Co 9:14). Paulo explicou esse princípio em mais detalhes em Gálatas 6:6-10; Filipenses 4:10-19 e 1 Timóteo 5:17,18.
O povo de Israel nem sempre obedecia à lei levando os dízimos ao Senhor e, como conseqüência, o ministério no tabernáculo e no templo sofria (ver Ne 10:35-39; 12:44-47; 13:10-14; Ml 1:6 - 2:9). Se os levitas e sacerdotes não tinham alimento para as famílias, precisavam deixar o santuário e trabalhar nos campos (Ne 13:10). É triste quando o povo de DEUS não ama o Senhor e sua casa o suficiente para sustentá-la fielmente. DEUS esperava que os levitas dessem o dízimo daquilo que recebiam, entregando-o ao sumo sacerdote (Nm 18:25-32). Às vezes, encontro obreiros cristãos que não dão o dízimo pois se consideram isentos disso. Usam como argumento o fato de que estão servindo ao Senhor e de que tudo o que têm pertence a ele, mas esse argumento não é válido. Os levitas serviam a DEUS em tempo integral e, ainda assim, davam o dízimo daquilo que recebiam.
O dízimo não é, necessariamente, uma prática associada à lei, pois Abraão e Jacó deram o dízimo séculos antes de a lei ser apresentada (Gn 14:20; 28:22). Se os israelitas sob a antiga aliança podiam dar 10% da sua renda (produção) ao Senhor, os cristãos da nova aliança podem dar menos? Para nós, o dízimo é só o começo! Se compreendermos o significado de 2 Coríntios 8 - 9, nossas ofertas irão muito além do dízimo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 448-449.
Nm 18.2-4 — Os levitas eram os servos dos sacerdotes, mas possuíam limitações quanto ao que podiam ou não fazer. Isso foi o que incomodou Corá (cap. 16). Ele era um levita que desejava a função de sacerdote.
18.5-7 — Somente os sacerdotes podiam realizar os deveres concernentes ao santuário e ao altar. O termo estranho — em "e o estranho que se chegar morrerá" (v. 7)— não fazia referência ao estrangeiro, mas a qualquer pessoa não autorizada a aproximar-se dos locais e objetos sagrados.
Quando aquele que não tinha permissão se aproximava dos lugares santos, ele recebia uma punição. Nesse contexto, sempre há o sentido do sacerdote se colocando entre os vivos e os mortos, entre a graça e a misericórdia, entre o pecado e o perdão. Isso faz com que o leitor cristão pense no Salvador.
18.8-20 — Os sacerdotes obtinham seu sustento pelo seu trabalho para DEUS (Lv 6.14— 7.36). As ofertas que não eram queimadas no altar, mesmo que feitas para o Senhor, convertiam-se em alimento para os sacerdotes. Vamos entender melhor a expressão pronunciada pelo Senhor a Arão: Eu sou a tua parte. Os sacerdotes não herdavam propriamente a terra. Eles tampouco viviam o dia-a-dia de cultivo desta, porque DEUS provia seu sustento por meio das ofertas das pessoas. Consequentemente, os sacerdotes possuíam uma relação especial com DEUS, que representava a herança sacerdotal deles. Exatamente como os sacerdotes, os cristãos de hoje não têm a promessa de herança neste mundo. Apesar disso, há, para os fiéis, a promessa de um legado no Reino futuro (Rm 8.17).
18.21-24 — Os levitas também eram os beneficiários dos serviços realizados para DEUS. Como os sacerdotes, eles também não herdavam a terra, mas tinham suas necessidades supridas por causa do trabalho feito para DEUS. Por isso, recebiam os dízimos dos filhos de Israel. 18.25-32 — Os levitas que viviam dos dízimos do povo tinham a obrigação de fazer ofertas a DEUS, neste caso, um décimo do dízimo. Aqueles que viviam do dízimo também deveriam dá-lo, pois assim mostrariam a DEUS seu agradecimento por aquilo que receberam. Em todo o seu trabalho, os levitas deveriam lembrar-se do sentido de santidade. Como servos do Senhor, como o povo, estavam sob a misericórdia e a justiça de DEUS, e poderiam ser castigados caso se comportassem de maneira imprópria.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 289-290.
 
Observação Ev. Henrique - CRISTO, SUMO SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
“Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 5.6).
Êx 4.14 Arão, irmão de Moisés
Êx 17.12 Arão, ajudador de Moisés
Êx 32 Arão e sua falha
Hb 7.1-4 Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
Hb 6.20 Jesus, nosso eterno sumo sacerdote
Ap 19.16 Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores
DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CRISTO E ARÃO
1. Jesus, sacerdote perfeito. A Lei previa a possibilidade de erro ou pecado por parte dos sacerdotes (v.3; Lv 4.3). O próprio sumo sacerdote Arão tinha a orientação de Deus para oferecer sacrifícios não só pelo povo (Lv 16.15 ss.), mas por si próprio (Lv 16.11-14). Enquanto o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, Jesus nunca pecou. Ele é perfeito. Satisfez todas as condições para o perfeito sacerdócio. Foi ungido como Rei, como Filho (Sl 2.6,7); e Sacerdote Eterno (Sl 110.4); foi enviado por Deus (Jo 5.30); veio em nome do Pai (Jo 5.43). Jesus não se glorificou a si mesmo para fazer-se sumo sacerdote (v.6). Diante de todas essas qualificações, o Mestre nunca ofereceu sacrifícios por si próprio. Ele deu-se a si mesmo por nossos pecados (Gl 1.4).
2. Sacerdote eterno (v.6). O escritor aos hebreus faz referência a dois textos bíblicos no livro de Salmos para demonstrar o caráter especial do sacerdócio de Cristo: um sacerdócio que não tem fim: “Tu és meu filho; hoje te gerei” (Sl 2.7); e “Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4). 
Como podemos constatar no capítulo cinco de Hebreus, o texto revela com clareza meridiana a superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão. Outro ponto importante diz respeito a humanidade de Cristo: o escritor assevera que Jesus foi humano o suficiente para buscar a Deus, o Pai, em oração, súplicas e lágrimas, sendo obediente como Filho. Trata-se de um exemplo inigualável e uma lição incomparável para nós, mortais, que, às vezes somos relapsos em fazer a vontade do Senhor, em obediência irrestrita.