LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO. Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva QUESTIONÁRIO
TEXTO ÁUREO
"Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas
as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre
a tua cabeça" (Ob 1.15).
VERDADE PRÁTICA
Obadias mostra que a lei da semeadura e o
princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém escapará.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 25.22,23A inimizade desde a
gestação
Terça - Sl 137.7O clamor pela punição de Edom
Quarta - Os 8.7Quem semeia vento colhe
tempestade
Quinta - Na 1.3Deus não terá o culpado por
inocente
Sexta - Gl 6.7A lei da semeadura e o princípio
da retribuição
Sábado - Hb 2.2A desobediência receberá justa
retribuição
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Obadias 1.1-4,15-18
1Visão de Obadias: Assim diz o Senhor JEOVÁ a
respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do SENHOR, e foi enviado às nações
um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a
guerra.2Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.3A
soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas,
na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?4Se
te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te
derribarei, diz o SENHOR.
15 Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas
as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre
a tua cabeça.16 Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade, assim
beberão de contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e serão como se
nunca tivessem sido.17 Mas, no monte Sião, haverá livramento; e ele será
santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.18 E a casa de Jacó
será fogo; e a casa de José, chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão
contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque
o SENHOR o disse.
A RESPEITO DE EDOM. Os edomitas, vizinhos de Judá ao sul da
fronteira, eram descendentes de Esaú (v. 6), irmão de Jacó. Assim sendo, tinham
parentesco com Israel (v. 10). Apesar disso, Edom se tornara ferrenho inimigo do
povo de DEUS, e frequentemente ajudava os exércitos que atacavam Israel. Devido
a prolongada hostilidade de Edom, aliada ao ódio contra os israelitas, a ira
divina viria sobre eles.
Por que o nome Edom? Edom significa vermelho e
veio da cor do gusado que Esaú comeu quando trocou seu direito de bênçãos de
primogênito por um prato de lentilhas vermelhas com seu irmão sabido, Jacó.
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te,
comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou
Edom
Gênesis 25:30
Gênesis 25:30
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te,
comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou
Edom
Gênesis 25:30
Gênesis 25:30
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te,
comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou
Edom
Gênesis 25:30
Gênesis 25:30
Gênesis 25:30 E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse
guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
Por que era para haver paz e amor entre os descendentes de Esaú (Amom) e Jacó (Monte Sião, ou Judá ou Judeus ou casa de Jacó)? Porque os dois fizeram as pazes e eram irmãos que se amavam e se perdoaram pelos desafetos do passado.
Gênesis 33:4 Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se
sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.
Por que DEUS restituiu a Edom o mau que causara e
que desejara a Israel?
Embora leiamos em Gênesis a respeito da
reconciliação entre ambos os irmãos (Gn 33), o ódio entre seus descendentes
irrompia frequentemente em guerras no
decurso da história bíblica (cf. Nm 20.14-21; 1 Sm 14.47; 2 Sm 8.14; 1 Rs
11.14-22). Em consonância com suas hostilidades, os edomitas regozijaram-se
com as adversidades de Jerusalém.
Zacarias 2:8 Porque assim diz o SENHOR dos
Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque
aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.
Obadias 1.15
Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim
se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça
Obadias - BEP - CPAD
Esboço
I. O Juízo de Edom (1-14)
A. A Destruição Que Virá sobre Edom (1-4)
B. A Devastação Será Completa (5-9)
C. Motivo: A Alegria de Edom pelas Aflições de Judá (10-14)
II. O Dia do Senhor (15-21)
A. Julgamento de Edom e Outras Nações (15,16)
B. O Lugar de Israel no “Dia do Senhor” (17-21)
1. Salvação para Israel (17,18a)
2. Destruição para Edom (18b)
3. As Fronteiras de Israel Alargadas Como Parte do Reino de
DEUS (19-21)
Autor: Obadias
Tema: O Juízo de Edom
Data: Cerca de 840 a.C.; (podendo chegar a ser até 586 a.C.)
Considerações Preliminares
O autor deste breve livro é um profeta chamado Obadias. No
livro, não é mencionada a sua genealogia, nem outro pormenor a seu respeito.
Obadias é um nome bastante comum, e significa “servo do Senhor”. Doze ou
treze pessoas com tal nome são mencionadas na Bíblia (e.g., 1 Rs 18.3-16; 2
Cr 17.7; 34.12,13). Dependemos da data desta profecia para sabermos se o
Obadias que escreveu este livro é citado noutra parte do AT. Como nenhum rei
é mencionado, não sabemos com certeza a data em que foi escrito. A única
alusão histórica diz respeito a uma ocasião em que os edomitas
regozijaram-se com a invasão de Jerusalém, e até mesmo tomaram parte na
divisão dos despojos (vv. 11-14). Não fica claro, porém, qual invasão
Obadias tinha em mente. Houve cinco invasões de monta contra a cidade santa
durante os tempos do AT: (1) a de Sisaque, rei do Egito, em 926 a.C.,
durante o reinado de Roboão (1 Rs 14.25,26); (2) a dos filisteus e árabes no
reinado de Jorão, entre 848 e 841 a.C. (ver 2 Cr 21.16,17); (3) a do rei
Jeoás de Israel no reinado de Amazias, em 790 a.C. (2 Rs 14.13,14); (4) a de
Senaqueribe, rei da Assíria, no reinado de Ezequias, em 701 a.C. (2 Rs
18.13); e (5) a dos babilônios entre 605 e 586 a.C. (2 Rs 24;25). Parte do
contexto da profecia relembra Gn 25.19-34; 27.1—28.9, i.e., a longa
rivalidade entre Esaú (pai dos edomitas) e Jacó (pai dos israelitas). Embora
leiamos em Gênesis a respeito da reconciliação entre ambos os irmãos (Gn
33), o ódio entre seus descendentes irrompia frequentemente em guerras no
decurso da história bíblica (cf. Nm 20.14-21; 1 Sm 14.47; 2 Sm 8.14; 1 Rs
11.14-22). Em consonância com suas hostilidades, os edomitas regozijaram-se
com as adversidades de Jerusalém.
Propósito
Este livro foi escrito: (1) para revelar a intensa ira de
DEUS contra os edomitas por terem se regozijado com o sofrimento de Judá; e
(2) para entregar a palavra do juízo divino contra Edom. Obadias profetiza o
resultado final da atuação de DEUS: para os edomitas — destruição; para
Israel, o povo de DEUS — livramento no futuro dia do Senhor.
Visão Panorâmica
O livro de Obadias possui duas seções principais. Na primeira
(vv. 1-14), DEUS expressa, através do profeta, sua ardente ira contra Edom,
e exige deste uma prestação de contas por sua soberba originada de sua
segurança geográfica, e por ter-se regozijado com a derrota de Judá. O juízo
divino vem sobre eles; não há nenhuma esperança da comutação da pena; nenhum
convite lhes é feito para se arrependerem e voltarem ao Senhor. Serão
exterminados para sempre! (v. 10). A segunda seção (vv. 15-21) refere-se ao
dia do Senhor, quando Edom será destruído juntamente com todos os inimigos
de DEUS, ao passo que o povo escolhido será salvo, e seu reino triunfará.
Características Especiais
Quatro aspectos básicos caracterizam a profecia de Obadias.
(1) É o livro mais breve do AT. (2) É um dos três profetas vocacionados por
DEUS a dirigirem sua mensagem quase que, exclusivamente, a uma nação gentia
(os outros dois são Jonas e Naum). (3) Há muita semelhança entre Obadias e
Jeremias 49.7-22. (4) O livro não é citado nem aludido no NT.
O Livro de Obadias ante o NT
Embora o NT não se refira diretamente a Obadias, a inimizade
tradicional entre Esaú e Jacó, que subjaz a este livro, também é mencionada
no NT. Paulo refere-se à inimizade entre Esaú e Jacó em Rm 9.10-13, mas
passa a lembrar da mensagem de esperança que DEUS nos dá: todos os que se
arrependerem de seus pecados, tanto judeus quanto gentios, e invocarem o
nome do Senhor, serão salvos (Rm 10.9-13; 15.7-12).
Soberania de DEUS - Livre arbítrio
Romanos 9:10-21
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu
de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo
feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse
firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O
maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que
diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a
Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu
tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre,
mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo
te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja
anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a
quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem
resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas?
Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou
não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para
honra e outro para desonra?
A Soberania de Deus e o
Livre-arbítrio do Homem - Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Publicado em 29 de Outubro de 2008 as
04:10:57 PM
Esse tópico trata do relacionamento de
Deus com o homem, feito à sua imagem, conforme a sua semelhança. Nesta
condição é indispensável e forçoso que o homem tenha liberdade para agir ou
deixar de agir; fazer ou deixar de fazer; pensar ou deixar de pensar; ser ou
não ser; ter ou não ter, dentro de suas limitações espirituais, emocionais
ou físicas. Como entender a soberania de Deus que é a expressão de sua
onipotência ante as ações do homem que em sua grande maioria rejeita o
Criador e Salvador? Pode o homem ser realmente livre, diante do Deus
onipotente? Se Deus é soberano, por que Ele não impede que o homem, em seu
estado pecaminoso, cometa tantos desatinos e pecados? É o que desejamos
apresentar, à guisa de respostas, com fundamento na Palavra de Deus.
A VONTADE
SOBERANA DE DEUS
A vontade de Deus é soberana. No entanto, Ele
não é arbitrário. Em seu relacionamento com o homem, apresenta duas formas
de expressar sua vontade. Uma de modo absoluto, diretivo, inexorável, como
expressão de sua onipotência; outra, de modo permissivo, abrindo espaço para
o homem agir, segundo a liberdade que lhe é concedida desde a criação, para
que o mesmo seja, ao mesmo tempo, livre, responsável e responsabilizado por
suas ações.
Diz Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o
que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no
Espírito do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o
bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gl
6.7-9). Parece-nos bem claro que o homem tem liberdade para “semear”, ou
seja, agir, fazer ou praticar algo, seja certo, ou errado. Assim, pode ser
santo ou ímpio. O apóstolo deixa bem patente que o que semear “na carne”, ou
seja, de acordo com a natureza carnal, herdada do pecado original, “ceifará
corrupção”, isto é, a condenação. Não será salvo. Não porque Deus o
predestinou, de modo arbitrário. Mas porque ele semeou.
Por outro lado, se o homem semear “no Espírito”,
ou seja, der valor ao relacionamento espiritual com Deus, “ceifará a vida
eterna”. Será salvo (Jo 3.16; 5.24). No Apocalipse, lemos: “Eis que estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua
casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Ap 3.20; grifo meu). Deus sempre
permite um “se”, no seu relacionamento com o homem. Se ele quer viver com
Deus, na dimensão terrena, viverá com Deus, na eternidade. Do contrário, se
não quer saber de Deus, viverá eternamente longe de sua presença. É uma
escolha pessoal. Um direito. E uma grande responsabilidade, com repercussões
para toda a eternidade.
1) Vontade
Permissiva de Deus
Por que Deus não impede que o homem faça o mal?
Por que Deus permite tanta violência? Quando alguém faz o bem, mesmo sem
crer em Deus, está sendo teleguiado por Ele? Seriam os homens “fantoches de
Deus”, como diz certo escritor? Está em foco o livre-arbítrio concedido por
Deus ao homem, para que este faça o que desejar e puder fazê-lo até mesmo o
mal. Deus pode impedir o mal. Porém, pela sua vontade permissiva, faculta ao
homem escolher entre o bem e o mal. Se não houvesse permissão para o mal,
não haveria também liberdade concedida. Seria uma contradição.
2) A Vontade
Diretiva de Deus
Quando algo é visto por Deus como uma coisa que
deve ser impedida e o deseja impedir, Ele usa sua vontade diretiva: “Ainda
antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das
minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13) “E ao anjo da igreja
que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro,
o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém
abre” (Ap 3.7).
Há quem se inquiete, e indague: Por que Deus não
evita o mal se Ele tem todo o poder? Diante desse dilema, entre a permissão
de Deus para a existência do mal, e seu poder para evitá-lo, deve-se
considerar que a longanimidade de Deus é a paciência para com os pecadores,
dando-lhes oportunidade para o arrependimento. Isso faz parte de sua relação
com suas criaturas. Em sua soberania, Ele pode alargar o tempo para que a
humanidade tome conhecimento do seu amor, e não só de sua justiça. Não
obstante a sua soberania, Ele não age de modo arbitrário sobre os homens,
criados à sua imagem, conforme a sua semelhança, para serem dominadores (Gn
1.26).
A SOBERANIA E OS
DECRETOS DE DEUS
São também chamados de “O Conselho de Deus”, ou
“o Plano de Deus”; ou ainda, “As Obras de Deus”. Refere-se aos propósitos de
Deus em relação aos homens, ao universo, e a todas as coisas, e de modo
especial, à salvação da humanidade. “Este aspecto pode ser dividido em 1)
seus decretos 2) sua providência 3) conservação”.7 Neste tópico, não
estudamos a natureza de Deus, em si, mas as suas obras, as suas ações, que
constituem os seu plano divino (Ef 1.9; 3.11).
1.EM RELAÇÃO AO
UNIVERSO
Segundo Brancroft:
Esse plano compreende todas as coisas que já
foram ou serão; suas causas, condições, sucessões e relações, e determina
sua realização certa. O Plano de Deus inclui tanto o aspecto eficaz como o
aspecto permissivo da vontade de Deus. Todas as coisas estão incluídas no
plano de Deus, porém algumas Ele as origina e outras Ele as permite. No
aspecto eficaz do plano de Deus incluímos aqueles acontecimentos que Ele
resolveu efetuar por meio de causas secundárias ou pela sua própria agência
imediata. No aspecto permissivo de Deus, incluímos aqueles acontecimentos
que Ele resolveu permitir que fossem efetuados por livres agentes.8
Nessa conceituação, vemos a vontade diretiva (ou
decretatória), e a vontade permissiva de Deus.
Concordamos perfeitamente quanto ao decreto
divino, em seus aspectos amplo e geral, em relação ao universo e às coisas
criadas, bem como aos acontecimentos que ocorrem, seja por vontade diretiva,
seja por vontade permissiva de Deus. A Bíblia tem inúmeras referências que
corroboram esse entendimento: “Este é o conselho que foi determinado sobre
toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua
mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Is 14.26,27) “Para
sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu. A tua fidelidade
estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.
Conforme o que ordenaste, tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te
obedecem” (Sl 119.89-91).
2. EM RELAÇÃO ÀS
PESSOAS, COMO AGENTES-LIVRES
Neste aspecto, desde muitos séculos, há grandes
discussões teológicas sobre a intervenção de Deus na vontade do homem,
segundo seu decreto, sobretudo no que tange à salvação. De um lado, há os
que crêem firmemente que Deus, em sua soberania, elegeu e predestinou
algumas pessoas para serem salvas, e outras, para serem condenadas. Dentre
os ensinos teológicos sobre os decretos de Deus em relação aos homens,
destacamos os seguintes:
2.1. CALVINISMO -
PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA
É a doutrina formulada por João Calvino
(1509-1564). Teólogo protestante francês, formou-se em filosofia na
Universidade de Paris. Estudou direito, mas não se dedicou à vida jurídica.
Mudou-se para a Suíça, onde escreveu sua grande obra, Institutas. Sua
doutrina defende a idéia da predestinação absoluta, fundamentada na
soberania de Deus. O homem nada pode fazer para ser salvo; nem mesmo ter fé,
pois nessa interpretação, a fé, a vontade, a decisão, e tudo o que diz
respeito à salvação, depende de Deus. Pode ser resumida em cinco pontos:
(1) Total depravação. “O homem natural não tem
condição de entender as coisas de Deus; Jamais poderá salvar-se, a menos que
Deus lhe infunda a fé. Sua depravação faz parte de sua natureza (Jr 13.23;
Rm 3.10-12; 1 Co 2.14; Ef 1.3);”
Segundo essa doutrina, nem a fé para a salvação
pode o homem ter; é necessário que Deus lhe conceda.
(2) Eleição incondicional. Ensina que “Deus elegeu somente alguns para serem salvos; Cristo morreu apenas pelos eleitos” (Jo 6.65; At 13.48; Rm 8.29; Ef 1.4,5; 1 Pe 2.8,9);
(2) Eleição incondicional. Ensina que “Deus elegeu somente alguns para serem salvos; Cristo morreu apenas pelos eleitos” (Jo 6.65; At 13.48; Rm 8.29; Ef 1.4,5; 1 Pe 2.8,9);
Esse é um ponto fundamental da doutrina esposada
por Calvino. Aceitá-la é concordar que Deus faz discriminação, ou acepção de
pessoas; mais crucial ainda é aceitar que Deus elege pessoas para serem
salvas, desde o ventre; enquanto predestina a maior parte,
irremediavelmente, para a condenação eterna; tais assertivas, não obstante
arrimarem-se em referências bíblicas, contrariam o sentido geral da Palavra
de Deus, bem como contradizem de forma contundente o caráter de Deus
revelado nas Escrituras.
(3) Expiação limitada (ou particular). “A salvação, ainda que para todos só é alcançada pelos eleitos” (Jo 17.6,9,10; At 20.28; Ef 5.25; Tt 3.5).
(3) Expiação limitada (ou particular). “A salvação, ainda que para todos só é alcançada pelos eleitos” (Jo 17.6,9,10; At 20.28; Ef 5.25; Tt 3.5).
Se a eleição condicional colide com a idéia de
um Deus justo, que não faz acepção de pessoas, a idéia da expiação limitada
faz do sacrifício de Cristo uma encenação terrível. Se alguns já nascem, de
antemão eleitos, certamente, a Bíblia deveria afirmar que Jesus viera ao
mundo para salvar apenas os eleitos.
(4) Graça irresistível. “Para os eleitos, a graça é irresistível. Mesmo que pequem, serão salvos; para os não-eleitos, a graça não lhes alcança; mas agem livremente”.
(4) Graça irresistível. “Para os eleitos, a graça é irresistível. Mesmo que pequem, serão salvos; para os não-eleitos, a graça não lhes alcança; mas agem livremente”.
Um pouco de leitura da Bíblia, confrontando
passagens de seu conteúdo nos mostram que a graça de Deus se manifestou a
todos os homens e não apenas a um seleto grupo de eleitos, ou
predestinados.
(5) Perseverança dos salvos. Segundo Calvino, “o
Espírito Santo faz com que os eleitos perseverem. Não são eles que têm a
decisão de perseverar. Eles não podem perder a salvação. É impossível um
eleito se perder”.
Essas são as alegações usadas pelos calvinistas
para fundamentar a doutrina da predestinação absoluta.
Strong afirma que os “decretos de Deus podem ser
divididos em: relativos à natureza, e aos seres morais. A estes chamamos
preordenação, ou predestinação; e destes decretos sobre os seres morais há
dois tipos: o decreto da eleição e o da reprovação […]”9
A visão de Strong é calvinista. Admite que Deus
predestina uns para serem salvos, queiram ou não; e outros, para a perdição
eterna, queiram ou não. Parece-nos que essa doutrina contraria diversos
atributos naturais de Deus, tais como o da justiça, do amor, e da bondade
divinos. A Bíblia diz: “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o
Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção
de pessoas, nem aceita recompensas” (Dt 10.17). “E, abrindo Pedro a boca,
disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” (At
10.34). “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” (Rm 2.11).
O Deus que não faz acepção de pessoas também
reprova quem o faz: “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus
Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tg 2.1). “Mas, se fazeis
acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como
transgressores” (Tg 2.9). “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles,
deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e
que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9). Assim, se Deus não faz
acepção de pessoas, não podemos aceitar que alguns já nasçam predestinados
para a salvação, e outros, eleitos, já nasçam predestinados para a perdição.
Strong, mesmo defendendo a predestinação, diz
que “Nenhum decreto de Deus reza: “Pecarás”. Porque 1) nenhum decreto é
dirigido a você; 2) nenhum decreto sobre você diz: “você fará”; 3) Deus não
pode fazer pecar, ou decretar fazê-lo. Ele somente decreta criar, e Ele
mesmo age, de tal modo que você queira, de sua livre escolha, cometer
pecado. Deus determina sobre os seus atos prever qual será o resultado dos
atos livres das suas criaturas e, deste modo, determina os resultados”
(grifos meus).
Ora, se Deus “não pode fazer pecar”, mas condena
pessoas desde o ventre à condenação, elas terão que pecar, para que se
cumpra o decreto condenatório. Do contrário, se não pecarem, como serão
condenadas? Por outro lado, se as pessoas “de sua livre escolha”, podem
cometer ou não, o pecado, não vemos como harmonizar o livre-arbítrio com a
doutrina da predestinação. De fato, os que defendem a predestinação absoluta
negam que Deus tenha dado livre-arbítrio ao homem. Simplesmente, os homens
se comportariam como se fossem marionetes do destino traçado por Deus. Nos
parece que a predestinação absoluta equivale ao fatalismo dos árabes, que
dizem “maktub”, “está escrito”. Sua aceitação entra em conflito com os
atributos morais de Deus, de bondade, amor e justiça. Por mais que os
teólogos defensores dessa doutrina argumentem, buscando embasamento bíblico,
jamais poderão convencer que Deus discrimina uns em detrimento de outros,
com base no caráter de Deus, revelado nas Escrituras Sagradas.
2.2. ARMINIANISMO
- A PREDESTINAÇÃO RELATIVA
Doutrina pregada por Jacobus Arminius
(1560-1609). Foi sucessor de Calvino, e concluiu que o teólogo francês se
equivocara. Sua doutrina também pode ser resumida em cinco pontos:
(1) A predestinação de Deus é condicional (e não
absoluta). “Deus escolheu baseado em sua presciência. Qualquer pessoa que
crê pode ser salva” (Dt 30.19; Jo 5.40; Tg 1.14; 1 Pe 1.2; Ap 3.20).
Em todos os livros da Bíblia, percebe-se que o
relacionamento de Deus com o homem exige condições; se o homem as cumpre, é
abençoado; se não as cumpre, é penalizado. Se uns nascessem predestinados
para a vida eterna, não adiantaria pregar o evangelho, conforme a Grande
Comissão (Mc 16.15,16);
(2) A expiação é universal. “O sacrifício de Jesus foi a benefício de todos os pecadores. Mas só os que crêem nEle serão salvos” (cf. Jo 3.16; 12.32; 17.21; 1 Tm 2.3,4; 1 Jo 2.2);
(2) A expiação é universal. “O sacrifício de Jesus foi a benefício de todos os pecadores. Mas só os que crêem nEle serão salvos” (cf. Jo 3.16; 12.32; 17.21; 1 Tm 2.3,4; 1 Jo 2.2);
Os textos bíblicos referenciados são de uma
clareza cristalina, quando se referem à expiação; esta é tão profunda que
tem efeito presente e até retroativo (Hb 9.15). Diz Paulo sobre Jesus: “Ao
qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a
sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de
Deus” (Rm 3.25; grifos meus).
(3) Livre-arbítrio. “O pecado passou a todos os homens, mas as pessoas podem crer, arrepender-se e a aceitar a Cristo como Salvador” (Is 55.7; Mt 25.41,46; Mc 9.47,48; Rm 14.10,12; 2 Co 5.10).
(3) Livre-arbítrio. “O pecado passou a todos os homens, mas as pessoas podem crer, arrepender-se e a aceitar a Cristo como Salvador” (Is 55.7; Mt 25.41,46; Mc 9.47,48; Rm 14.10,12; 2 Co 5.10).
Como já foi exposto neste capítulo,
o livre-arbítrio é condição indispensável para que seja real o fato
de o homem ter sido criado conforme a imagem e a semelhança de Deus, pois um
ser teleguiado, manipulado por cordões espirituais, não passaria de uma
marionete do Criador.
(4) O pecador pode eficazmente rejeitar a graça de Deus. “Deus deseja salvar o pecador, e tudo provê para que ele alcance a salvação. Mas, sendo ele livre, pode rejeitar os apelos da graça” (Lc 18.23; 19.41,42; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). Se não houver essa condição, não existe livre-arbítrio, característica fundamental do ser criado por Deus, conforme comentário no item (3).
(4) O pecador pode eficazmente rejeitar a graça de Deus. “Deus deseja salvar o pecador, e tudo provê para que ele alcance a salvação. Mas, sendo ele livre, pode rejeitar os apelos da graça” (Lc 18.23; 19.41,42; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). Se não houver essa condição, não existe livre-arbítrio, característica fundamental do ser criado por Deus, conforme comentário no item (3).
(5) Os crentes em Jesus podem cair da graça. Se
o crente, uma vez salvo, não vigiar e orar (Mt 26.41), e não buscar a
santificação (Hb 12.14; 1 Pe 1.15), poderá cair da graça e perder-se
eternamente, se não tiver oportunidade de reconciliar-se com Deus. Por isso,
Jesus disse que quem “perseverar até ao fim será salvo” (Mt 10.22; ver
também Lc 21.36; Gl 5.4; Hb 6.6; 10.26,27; 2 Pe 2.20-22).
A doutrina arminiana nos parece coerente com o
plano de Deus para os homens, como seres livres. Podem aceitar, ou podem
rejeitar a graça de Deus. Só sendo livres, é que se justifica a semelhança
moral do homem com seu Criador. É também, a única interpretação que se
coaduna com o Ser de Deus, e seu caráter, revelado na Bíblia Sagrada. Deus
dá liberdade ao homem, dentro dos limites estabelecidos em seu plano divino
para toda a humanidade. A soberania de Deus impõe os limites. O
livre-arbítrio concedido por Deus implica em responsabilidade do homem
perante o Criador. Do contrário, Deus seria um tirano. E o homem seria seu
títere.10
3. ELEIÇÃO E
PREDESTINAÇÃO - UMA ABORDAGEM COMPREENSIVA
Eleição significa “Ato de eleger; escolha,
opção, preferência, predileção”.11 A doutrina calvinista entende que Deus
elegeu somente um grupo de pessoas, e predestinou-as para serem salvas. É a
visão da eleição e da predestinação absolutas. Os arminianos entendem que
existe eleição e predestinação, sim, mas no sentido relativo. Esta visão
parece-nos mais consentânea com a maneira pela qual Deus exerce sua
soberania, ao mesmo tempo em que assegura a liberdade do homem.
A predestinação absoluta esbarra em sério
conflito doutrinário e moral. Deus não faz acepção de pessoas, e o Deus que
não faz acepção de pessoas também reprova quem o faz: “Meus irmãos, não
tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de
pessoas” (Tg 2.1; grifos meus). “Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis
pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores” (Tg 2.9; grifos
meus); “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças,
sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não
há acepção de pessoas” (Ef 6.9; grifos meus). Assim, se Deus não faz acepção
de pessoas, não podemos aceitar que alguns já nasçam predestinados para a
perdição, e outros, eleitos, já nasçam predestinados para a salvação. Tal
idéia contradiz o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.
3.3. O
SIGNIFICADO DA ELEIÇÃO (gr.eklegoe)
Há diversos e variados pontos de vista sobre o
tema da eleição. No entanto, evitando as abordagens que levam às
contradições entre a soberania de Deus e a liberdade do homem, entendemos
que eleição é a “escolha por Deus daqueles que crêem em Cristo”. Diz a
Bíblia: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que
chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou” (Rm 8.29,30; 9.6-27; 11.5,7,28; Cl 3.12).
Isso nos leva às seguintes conclusões:
(1) Os eleitos, segundo a presciência de Deus, o
são na união com Cristo. Deus “nos elegeu nele” (Ef 1.4). Antes de alguém
aceitar a Cristo, a eleição não tem qualquer sentido, ou efeito;
(2) Deus nos predestinou para sermos “à imagem
de seu Filho”, conhecendo-nos, como eleitos, “dantes”, isto é “antes da
fundação do mundo” (Ef 1.4). Essa eleição tem sentido “profético”, só se
tornando real, a partir da união com Cristo.
(3) Cristo é o Primeiro (Mt 12.18; 1 Pe 2.4).
“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos” (Rm 8.29). Jesus foi o primogênito em tudo. Foi o “primogênito de
toda a criação” (Cl 1.15). “E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o
princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência” (Cl 1.18); “o primogênito dos mortos” (Ap 1.5).
(4) “A eleição em Cristo é em primeiro lugar
coletiva, i.e., a eleição de um povo (Ef 1.4,5,7,9; 1 Pe 1.1; 2.9). Os
eleitos são chamados ‘o seu [Cristo] corpo’ (Ef 1.23; 4.12), ‘minha igreja’
(Mt 16.18), ‘povo adquirido’”12 - eleito ¾ por Deus (1 Pe 2.9; grifo meu).
Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à
medida que este se identifica e se une ao Corpo de Cristo, a Igreja
verdadeira (Ef 1.22,23).
(5) O eleito pode perder a salvação. Pode cair
da graça, no dizer de Armínio. Precisa perseverar até o fim (Mt 10.22);
precisa vigiar e orar (Mt 26.41); precisa buscar a santificação (Hb 12.14; 1
Pe 1.15); ver também Lc 21.36; Gl 5.4; Hb 6.6; 10.26,27; 2 Pe 2.20-22). A
salvação só é eterna, se o crente permanecer debaixo da graça de Deus, em
comunhão com Jesus.
3.4. O
SIGNIFICADO DA PREDESTINAÇÃO (gr. proorizo; lat. praedestinatione)
Predestinação tem o significado de “decidir de
antemão”. Em termos bíblicos e teológicos, a predestinação está relacionada
à eleição. “A eleição é a escolha feita por Deus,’em Cristo’, de um povo
para si mesmo (a Igreja verdadeira). A predestinação abrange o que
acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes) genuínos em Cristo”.13 Com
base na Palavra de Deus, podemos discriminar dez característica dos eleitos
em Cristo.
(1) Deus predestina os eleitos a serem:
(a) chamados (Rm 8.30);
(b) justificados (Rm 3.24); 8.30);
(c) glorificados (Rm 8.30);
(d) conformes à imagem do Filho (Rm 8.29);
(e) santos e irrepreensíveis (Ef 1.4);
(f) adotados como filhos (Ef 1.5);
(g) redimidos (Ef 1.7);
(h) participantes da herança, redenção, e louvor
de sua glória (Ef 1.14);
(i) participantes do Espírito Santo (Ef 1.13; Gl
3.14);
(j) criados em Cristo Jesus para as boas obras
(Ef 2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição,
refere-se ao corpo coletivo de Cristo (i.e. a verdadeira igreja), e abrange
indivíduos somente quanto inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus
Cristo (Ef 1.5,7,13; cf. At 2.38-41; 16.31)”.14
Ninguém, à luz da Bíblia, pode arrogar-se
eleito, ou assim se considerar sem, antes, ter aceitado a Cristo como
Salvador, livre e conscientemente. Deus não admitiria alguém fazer parte do
Corpo de Cristo sem uma decisão pessoal. Diz a Bíblia: “Jesus dizia, pois,
aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra,
verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31; grifo meu). O Mestre se
referia aos judeus que criam nele. Para se tornarem discípulos de Jesus,
isto é, salvos, teriam de “permanecer” na sua Palavra. Vê-se claramente que
a salvação, que implica em eleição, não é um direito adquirido com o
nascimento. É um “poder” outorgado (Jo 1.12), a quem aceita as condições
exigidas na Palavra de Deus.
3.5. PRESCIÊNCIA
E PREDESTINAÇÃO
Deus já sabe quem vai ser salvo e quem vai ser
perdido. Mas Ele fez os homens à sua imagem e semelhança, o que inclui,
certamente, a faculdade de fazer ou deixar de fazer, ou seja, o
livre-arbítrio. Chafer (note-se que ele é um teólogo calvinista), afirma
que
Com relação à onisciência de Deus e as ações
livres dos homens (ações contingentes, não ordenadas), vê-se que Deus os
torna responsáveis pelos seus atos, e tais ações são pré-conhecidas por Ele.
Se Deus for ignorante das ações futuras dos livres-agentes, não poderá haver
um controle divino seguro do destino humano como garantido em cada pacto
incondicional que Deus fez, e como garantido em cada profecia das Escrituras
[…] A presciência divina não compele; ela meramente sabe qual será a escolha
humana15 (grifo meu).
Com base nesse entendimento, poder-se-ia dizer
que não é necessário Deus prever nada, pois todas as coisas acontecem diante
dEle como num momento, num “eterno agora”. Diz ainda Strong que a
“presciência não é em si mesmo causativa. Não dever ser confundida com a
vontade pré-determinante de Deus. As ações livres não ocorrem porque são
previstas, mas são previstas porque ocorrem”16 (grifo meu). Esta última
citação nos dá uma idéia de como melhor podemos entender o conflito entre a
presciência de Deus e a liberdade do homem em agir.
Strong afirma que O fato de que nada há na condição presente das
coisas a partir das quais as ações futuras das criaturas livres
necessariamente se seguem por lei natural, não impede Deus de prever tais
ações porque seu conhecimento não é mediato, mas imediato. Ele não só
conhece antecipadamente os motivos que ocasionarão os atos dos homens, mas
diretamente conhece os próprios atos.17
Num confronto entre as duas posições
doutrinárias, a arminiana e a calvinista, ressalta-se o problema da
eleição:
Ela tem sido apresentada de maneira tão
extremista que faz parecer que os eleitos serão inevitavelmente salvos, sem
levar em conta sua resposta ao evangelho e seu estilo de vida. Por outro
lado, os escolhidos para se perderem padecerão eternamente, não obstante
qualquer empenho em aproximar-se de Deus mediante a fé em Cristo.18
Em resposta à pergunta “O que é eleição?”,
Thiessen diz que, no seu sentido redentivo, eleição é “o ato soberano de
Deus, pela graça, através da qual Ele escolheu em Cristo Jesus, para
salvação, todos aqueles que previu que o aceitariam”.19 Sobre presciência,
acentua:
Devemos distinguir claramente entre a
presciência de Deus e a sua predestinação. Não é certo dizer que Deus previu
todas as coisas porque arbitrariamente decidiu fazer com que elas
ocorressem. Deus, em sua presciência, vê os eventos futuros praticamente
como vemos os passados […] Os que foram escolhidos são aqueles que estavam
em Cristo, pela sua presciência, Deus já os viu ali quando fez a escolha […]
Ele não determinou quem deveria achar-se ali, mas simplesmente os viu ali em
Cristo ao elegê-los […] Em ponto algum a Bíblia ensina que alguns são
predestinados à condenação. Isto seria desnecessário, desde que todos são
pecadores e estão a caminho da condenação eterna (cf. Ef 2.1-3; 12).20
Diante da controvérsia, Myer Pearlman propõe um
equilíbrio na análise do assunto. Ele afirma que:
As respectivas posições fundamentais, tanto do
calvinismo, como do arminianismo, são ensinadas nas escrituras. O calvinismo
exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação ¾ e assim faz a
Bíblia; o arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do homem ¾
e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos
anti-bíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia
em aberto antagonismo com a outra […] dar ênfase demasiada à soberania da
graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a
pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua
salvação, pode tornar-se negligente. Por outra parte, ênfase demasiada sobre
a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação ao calvinismo, pode
trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança
de sua salvação.21
De fato, o crente fiel não cai da graça de Deus,
como dizem os calvinistas, mas “se” perseverar em obediência e santidade (Hb
3.12-14;12.14); o homem é depravado, mas, se aceitar a Cristo, é nova
criatura (2 Co 5.17). A “eleição incondicional” só pode ser uma
interpretação equivocada, mesmo baseando-se em textos bíblico, pois Deus não
faz acepção de pessoas. O problema é que os calvinistas não admitem o livre
arbítrio. Mas, sem essa condição, o homem não poderia ser imagem e
semelhança de Deus.
Quanto ao arminianos, seus pontos fundamentais
são aceitáveis, mas não podem ser levados ao extremo. Não é somente pelo
livre-arbítrio ou pela responsabilidade pessoal que alguém pode ser salvo.
Entendemos que as duas interpretações podem servir de subsídio para a
doutrina da salvação, mas sem as afirmações dogmáticas, levadas ao extremo.
Na salvação, tem-se a mão de Deus, por intermédio de Cristo, vindo ao
encontro do homem pecador, por seu amor e sua misericórdia. Quando o homem
perdido reconhece seus pecados, e sua condição de miserável espiritual, e
aceita a mão de Deus em seu favor, é salvo. No entanto, quando o perdido
prefere rejeitar a mão de Deus, e opta pela mão do Diabo, está perdido, e
assim ficará até à morte.
Corroborando esse entendimento, vemos o que diz
o Senhor, por meio do profeta Ezequiel: “Quando eu também disser ao ímpio:
Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado e fizer juízo e
justiça, restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos
estatutos da vida e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não
morrerá. De todos os seus pecados com que pecou não se fará memória contra
ele; juízo e justiça fez, certamente viverá” (Ez 33.14-16; grifos meus). Aí,
nesse texto tão incisivo, vê-se que “o ímpio”, ou seja, o perdido, o
depravado, o miserável pecador, quando ouve a advertência de Deus, por meio
de sua Palavra, do evangelho de Cristo, na Nova Aliança, e se arrepende, (”e
se converter”, passando a andar “nos estatutos da vida”, que é a Palavra de
Deus), diz o Senhor: “Certamente viverá”, isto é, será salvo. Não se pode
inferir do texto qualquer conotação de que esse “ímpio” seria um “eleito”,
ou “predestinado”. É ímpio mesmo! Note-se também que não é Deus quem o
converte, por sua “graça irresistível”, mas é ele próprio quem, advertido
por Deus, deve “se converter do seu pecado”, e passar a andar “nos estatutos
da vida”. Fazendo ele isso “certamente viverá”.
Segundo Horton se a graça de Deus é
irresistível, como enfatizou Calvino,
os incrédulos pereceriam, não por não quererem
corresponder, mas por não poderem. A graça de Deus não seria eficaz para
eles. Nesse caso, Deus pareceria mais um soberano caprichoso que brinca com
seus súditos que um Deus de amor e graça. Sua promessa: “todo aquele que
quer” seria uma brincadeira de inigualável crueldade, pois Ele é quem
estaria brincando. Mas o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo não brinca
conosco22 (grifos meus).
“Entendemos que a interpretação arminiana é a
mais consentânea com o caráter de Deus, que é ao mesmo tempo justo,
soberano, bom, e que não faz acepção de pessoas”.23
É indiscutível, à luz da Bíblia, a soberania de
Deus. Por outro lado, também é indiscutível à luz das Escrituras, que o
homem recebeu de Deus o livre-arbítrio, para que seja responsabilizado por
seus atos. Ao longo da História, observa-se que a maioria das pessoas não
querem encurvar-se ante a soberania de Deus. Muitos vêem Deus como um ser
distante, que criou todas as coisas, mas não se importa com suas criaturas.
São os deístas. Outros, guiados pela cegueira espiritual, desacreditam na
existência de Deus. São os ateístas. Por fim, há os que, em minoria, aceitam
as verdades emanadas da Palavra de Deus, e não somente crêem nEle, como o
adoram, e o servem “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). São os teístas. A
crença em Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, é o único meio para que o ser
humano chegue à eternidade, com a bênção da salvação. Os que o aceitam, são
salvos. Os que o rejeitam, estão condenados (Jo 3.18,19). Deus não faz
acepção de pessoas. Sua salvação é oferecida a todos (Jo 3.16), mas só é
alcançada pelos que crêem em Jesus Cristo e o aceitam como salvador.
Notas
7 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática,
p.153.
8 BANCROFT, E.H. Teologia Elementar, p. 82.
9 STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática,
p.525.
10 “Boneco articulado, de madeira, pano ou outro
material, suspenso por fios fixados em uma trave e presos na cabeça, mãos,
joelhos e pés, pelos quais o operador o movimenta; fantoche, marionete”
(Dicionário Aurélio Séc. XXI).
11 Dicionário Aurélio Século XXI.
12 STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal.
p.1808.
13 Ibid. p.1809.
14 Ibid. p.1809 (com adaptações).
15 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática,
p.221.
16 STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática,
p.426.
17 Ibid, p. 424.
18 Guy P. DUFFIELD & Natanael M. Van Cleave,
Fundamentos da teologia, p. 281.
19 Ibid. p.281.
20 Ibid. p. 282.
21 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da
Bíblia, p.271.
22 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática,
p.366,367.
23 LIMA, Elinaldo Renovato de. Apostila sobre
Doutrina de Deus, p.
Olhando para o Salmo acima podemos chegar à data mais provável
da destruição de Jerusalém e do livro de Obadias.
Jer. 25:8, 9 “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘“Visto que não
obedecestes às minhas palavras, eis que envio alguém e vou tomar todas as
famílias do norte”, é a pronunciação de Jeová, “sim, enviando alguém a
Nabucodorosor, rei de Babilônia, meu servo, e vou trazê-las contra esta terra e
contra os seus habitantes, e contra todas estas nações ao redor, e vou
devotá-los à destruição”.’” (Falado por Jeremias no quarto ano do Rei Jeoiaquim
de Judá, que começou a reinar em 628 A.E.C. Cumpriu-se em 609-607 A.E.C.,
quando o Rei Nabucodonosor de Babilônia sitiou e destruiu Jerusalém. Veja o
testemunho de Flávio Josefo, historiador judaico, em Antiquity of the Jews,
Flavius Josephus Against Apion, Livro 1, seção 19, segundo a tradução inglesa em
The Works of Flavius Josephus [Philadelphia; 1875], Vol. II, William Whiston, p.
483.)
INTERAÇÃO
Soberania de DEUS e livre-arbítrio são temas que
geram conflitos e levam muitos a tomadas de posições extremadas. Por
conceder o livre-arbítrio ao homem, DEUS deixa de ser soberano? De maneira
nenhuma! Isso só denota o seu poder em criar uma pessoa que, sendo imagem e
semelhança de DEUS, decide seguir ou não o caminho da justiça. Mas é bem
verdade que, nalgumas circunstâncias, o Eterno intervém sem respeitar o
arbítrio humano (Ml 1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há contradição nisso? De forma
alguma! O homem continua livre em seu arbítrio e DEUS eternamente soberano.
Nas Sagradas Escrituras, o livre arbítrio e soberania divina são
essencialmente dialogais.
OBJETIVOS- Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
Conceituar soberania divina e livre arbítrio.
Elencar os elementos contextuais do livro de
Obadias.
Saber o princípio da retribuição divina.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema abaixo no quadro
de giz. Utilize-o na introdução da aula. Explique que o livro de Obadias é
constituído apenas de um capítulo (1) e vinte e um versículos (21). Podemos
dividi-lo em duas partes principais. A primeira parte fala respeito dos
oráculos contra Edom; e a segunda dos oráculos sobre o Dia do Senhor.
Explique que o propósito principal do livro é mostrar aos israelitas a ira
divina contra os edomitas. Em seguida pergunte aos alunos: "Por que
DEUS
estava irado com os edomitas?" Ouça os alunos com atenção e explique que o
Senhor estava aborrecido pelo fato de eles terem se alegrado diante da dor e
do sofrimento de Judá.
ESBOÇO
DO LIVRO DE OBADIAS
Parte
I: Oráculos contra Edom (vv. 1-14.15b)
vv.1-9 Orgulho e destruição de Edom
vv. 10-14 Traição de Edom contra Judá
v. 15b Condenação de Edom
Parte
II: Oráculos sobre o Dia do Senhor (vv. 15a. 16-21)
vv.15a., 16 Julgamento das nações
vv.17,18. Volta e restauração de Israel
vv.19-21 Apêndice: Volta e restauração de
Israel
RESUMO DA
LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO
I. A SOBERANIA DE DEUS
1. Conceito.
2. Livre-arbítrio.
II. O LIVRO DE OBADIAS
1. Contexto histórico.
2. Estrutura e mensagem.
3. Posição no Cânon.
III. EDOM, O PROFANO
1. Origem.
2. O DEUS soberano.
3. Preparativos do assédio a Edom (v.1c).
4. O rebaixamento de Edom.
5. O orgulho leva à ruína.
IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA
1. O princípio da retribuição.
2. O castigo de Edom.
3. Esaú e Jacó (v.18).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livre-arbítrio não
nega a soberania divina; pelo contrário, a confirma.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - Com apenas vinte e um
versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - A arrogância humana e a
soberba espiritual levaram os edomitas à ruína.
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O princípio da
retribuição acha-se na lei de Moisés e se confirma no princípio da semeadura
em o Novo Testamento.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Geográfico - "O
Julgamento de Edom
A terra de Edom se estendia ao longo das
encostas da cadeia de montanhas rochosas do monte Seir, em direção do golfo
de Ágaba e chegava quase ao mar Morto. O território variava de regiões
férteis, que produziam trigo, uvas, figo, romã e azeitona, a altos picos
montanhosos separados por desfiladeiros profundos. A meio caminho na
principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do
terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se
situava em um profundo vale cercado por 60 metros de precipício, acessível
somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura.
Assim, os edomitas habitavam literalmente nas
fendas das rochas (3), cuja a posição era praticamente impenetrável e
inconquistável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo
conseguira entrar pelos caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam
às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das montanhas.
[A despeito de todos esses recursos] Os
julgamentos de DEUS tinham de ser severos. [...] A nação seria totalmente
devastada. Os descendentes de Esaú, seriam reduzido a nada" (Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 5. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 131-32).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um
Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MENZIES, William W; HORTON, Stanley M. Doutrinas
Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão, CPAD,
nº 52, p.38.
QUESTIONÁRIO DA
LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012 Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas TEXTO ÁUREO 1- Complete: "Porque o ______________________ do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua __________________________ cairá sobre a tua ____________________________" (Ob 1.15). VERDADE PRÁTICA 2- Complete: Obadias mostra que a lei da _______________________________ e o princípio da _____________________________ constituem uma realidade da qual ninguém ______________________________. I. A SOBERANIA DE DEUS 3- O que é a soberania divina? Qual a diferença entre o pensamento calvinista e o Arminianista sobre a soberania divina? ( ) A soberania divina é o direito absoluto de DEUS governar totalmente as suas criaturas segundo a sua vontade (Sl 115.3; Is 46.10). ( ) Segundo os calvinistas, não há limite para o exercício desse governo, de modo que a vontade divina não pode ser anulada. ( ) Segundo os calvinistas, há limite para o exercício desse governo, de modo que a vontade divina pode ser anulada. ( ) Os arminianos, por outro lado, admitem que, no exercício da soberania divina, existe uma autolimitação suficiente para permitir o livre-arbítrio humano. ( ) Os arminianos, por outro lado, não admitem que, no exercício da soberania divina, exista uma autolimitação suficiente para permitir o livre-arbítrio dos seres humanos. 4- A vontade de DEUS é que todos sejam salvos (Ez 18.23,32; Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto, não são poucos os que se perderão. Por que? ( ) Tal acontece justamente pelo fato de sermos livres, autoconscientes e, por isso, responsáveis diante de DEUS por nossos atos. ( ) Isso se explica pelo livre-arbítrio, e não significa negar a soberania divina. Trata-se do domínio humana. ( ) Isso se explica pelo livre-arbítrio, e não significa negar a soberania divina. Trata-se da liberdade humana. ( ) DEUS é soberano em todo o Universo e, por seu amor e poder, preserva sua criação até a consumação de todas as coisas. II. O LIVRO DE OBADIAS 5- Qual o Contexto histórico do livro de Obadias? Complete: A vida pessoal de Obadias é desconhecida. O profeta apresenta-se apenas com o seu nome, sem oferecer nenhuma informação adicional (família e reinado sob o qual viveu e profetizou). Ele simplesmente diz: "Visão de ____________________________" (v.1). A data em que exerceu o seu ministério é uma das mais disputadas entre os estudiosos: vai de 848 a _____________________________ a.C. Tudo indica que os versículos 10 a 14 refiram-se à destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em 587 a.C. Portanto, qualquer data, nesse período, como __________________________ a.C. por exemplo, é aceitável. 6- Quantos versículos tem o livro de Obadias e qual seu estilo, excetuando-se a introdução? ( ) Com apenas 21 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. ( ) Com apenas 31 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. ( ) Com apenas 41 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. ( ) O seu estilo é poético. 7- Em quantas e quais partes se divide o texto de Obadias? ( ) Divide-se em duas partes principais: a destruição de Edom e o dia do Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações. ( ) Divide-se em três partes principais: a destruição de Edom; a sua maldade e o dia do Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações. ( ) Divide-se em quatro partes principais: a destruição de Edom; a sua maldade; o dia do Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações e a destruição final de Edom. 8- Qual o tema do livro de Obadias? ( ) É o destino misericordioso e divino de Edom. Obadias, porém, não é o único profeta incumbido de anunciar o futuro dos filhos de Esaú. ( ) É o julgamento divino contra Edom. Obadias, porém, anuncia a misericórdia e o perdão de DEUS para os filhos de Esaú. ( ) É o julgamento divino contra Edom. Obadias, porém, não é o único profeta incumbido de anunciar a condenação dos filhos de Esaú. 9- Fale sobre a posição de Obadias no Cânon: Complete: Em nossa Bíblia, Obadias situa-se entre Amós e ___________________________. O critério para a ordem desses livros é ainda desconhecido. Sabe-se, todavia, que não foi baseado na ________________________. Há quem justifique tal posição pelo slogan "o dia do SENHOR" (v.15; Am 5.20) e pela afirmação de que a casa de Jacó possuirá a herdade de Edom (v.17; cp. Am 9.12). Devido ao Cânon Judaico considerar a coleção dos Doze Profetas ___________________________________ só livro, a citação de Obadias, em o Novo Testamento, é apenas ________________________________. III. EDOM, O PROFANO 10- Qual a origem de Edom? ( ) Os edomitas eram descendentes de Isaque e de jacó. ( ) Os edomitas eram descendentes de Esaú. ( ) Por causa do guisado que Jacó usou para comprar de Esaú a sua primogenitura, o nome da tribo passou a ser "Edom" que, em hebraico, significa "vermelho". ( ) Eles povoaram o monte Seir (Gn 33.16; 36.8,9,21) e, rapidamente, transformaram-se em uma poderosa nação. ( ) Seu rei negou passagem a Israel por seu território, quando os filhos de Jacó saíram do Egito e peregrinavam no deserto a caminho da Terra Prometida. ( ) DEUS ordenou aos israelitas que tratassem os edomitas como a irmãos. ( ) O ódio de Edom contra Israel cresceu e atravessou séculos. 11- Complete segundo a soberania de DEUS: "Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de ___________________________" (v.1). Esta chancela destaca a _______________________________________ de DEUS sobre os povos e reis da terra. Apesar de Edom não ser reconhecido como povo de DEUS, o Eterno tinha legítima _______________________________________ sobre ele. 12- Como foram os Preparativos do assédio a Edom ou ataque ao mesmo (v.1c)? ( ) A expressão: "temos ouvido a pregação" parece indicar que Obadias falava em nome de outros profetas. ( ) Ele ouviu o oráculo divino e soube de um embaixador que fora enviado aos povos vizinhos para ajuntá-los em guerra contra Edom. ( ) Esse embaixador era um dos profetas de Israel, um diplomata da nação inimiga dos edomitas. ( ) Tal embaixador não era profeta, mas um diplomata de alguma nação inimiga dos edomitas. 13- Como foi profetizado o rebaixamento de Edom? ( ) No Antigo Testamento hebraico, existe um recurso retórico que consiste em um acontecimento futuro, que é descrito como se já tivesse sido cumprido. Por isso, o profeta emprega o verbo no passado: "Eis que te fiz pequeno entre as nações". ( ) Esse recurso é conhecido como perfeito profético (não se trata de um perfeito gramatical especial). Seu emprego, aqui, indica o cumprimento certeiro da ameaça quanto à sucessão dos dias e das noites. ( ) O fato é descrito como já sendo realizado, pois DEUS reduz Edom a um povo insignificante e desprezível entre as nações, até que este veinha a desaparecer. ( ) O fato é descrito como já realizado, pois DEUS reduzirá (como de fato, reduziu) Edom a um povo insignificante e desprezível entre as nações, até que este veio a desaparecer. 14- Como era o orgulho de Edom que o levou à ruína? ( ) Por viverem nas cavernas montanhosas de Sião, os edomitas confiavam na segurança que lhes proporcionava a topografia de seu território - uma fortaleza construída para ser inexpugnável. ( ) Por viverem nas cavernas montanhosas de Seir, os edomitas confiavam na segurança que lhes proporcionava a topografia de seu território - uma fortaleza naturalmente inexpugnável. ( ) Edom não sabia que aquilo que é inacessível ao homem é acessível a DEUS. ( ) A arrogância humana é insuportável, mas a soberba espiritual é repugnante; os que assim agem estão destinados ao fracasso. IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA 15- O que significa retribuição e por que Edom a conheceu? ( ) Retribuição significa "devolver sem merecimento". ( ) Retribuição significa "pagar na mesma moeda". ( ) Tal princípio acha-se na Lei de Moisés. ( ) Segundo Charles L. Feinberg, a passagem compreendida entre os versículos 10 até 14 pode ser chamada de o "boletim de ocorrência" dos crimes cometidos pelos edomitas contra os judeus. ( ) O acerto de contas aproxima-se, e DEUS fará com os edomitas o mesmo que eles fizeram a Judá. ( ) Nessa profecia, Edom serve de paradigma para outras nações (e até pessoas) que igualmente procedem. 16- Os edomitas beberam e alegraram-se com a desgraça de seus irmãos. Qual o castigo reservado para Edom? ( ) Os descendentes de Esaú provarão do cálice da ira divina para sempre. ( ) É bom lembrar que esse princípio vale também para indivíduos. ( ) É o princípio da semeadura. ( ) É o princípio da lei de procura e oferta. 17- A que se refere a simbologia Esaú e Jacó (v.18)? ( ) Os nomes "Sião" e "Jacó" indicam Jerusalém e Judá, respectivamente. ( ) Os nomes "Sião" e "Jacó" indicam Jerusalém e Israel do Norte, respectivamente. ( ) "José", o Reino do Norte formado pelas dez tribos e, muitas vezes, identificado como "Israel" e "Efraim". ( ) José, como pai de Efraim, é usado para identificar os irmãos do Norte. ( ) José, como pai de Benjamim, é usado para identificar os irmãos do Norte. ( ) Assim, a profecia fala sobre a reunificação de Judá e Israel. ( ) A metáfora de Israel como fogo que consumirá a casa de Esaú indica a destruição total de Edom. ( ) O orgulho e o ódio dos edomitas contra os seus irmãos judeus os levaram à ruína definitiva. CONCLUSÃO 18- Complete: Assim como ninguém pode desafiar as leis ______________________________ sem as devidas consequências, não é possível ignorar as leis ____________________________ e sair ileso. A retribuição é inevitável, pois "tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). Só o ______________________________________ e a fé em JESUS podem levar o homem a experimentar o amor e a misericórdia de DEUS (2 Co 5.17). RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Joel ( o profeta do pentecostes) - Rev.Hernandes Dias Lopes. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-mp-2tr11-quemeoespiritosanto.htm http://www.apazdosenhor.org.br/ profhenrique/licao3-mp-2tr11- oqueeobatismocomoespiritosanto.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/ profhenrique/licao3-ada-1tr11-
oderrammentodoesnopentecostes.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/ profhenrique/licao2-espiritosanto-
novonascimebatespsanto.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao01-es-oderramamentodoespiritosantoprometido.htm