Escrita Lição 1, Duas Importantes Mulheres Na História De Um Povo
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REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3º TRIMESTRE/2024
Tema: O DEUS Que Governa o Mundo e Cuida da Família: Os
Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração
Comentarista: SILAS QUEIROZ
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SUMÁRIO DO TRIMESTRE
Lição 1 – Duas Importantes Mulheres na História de um Povo
Lição 2 – O Livro de Rute
Lição 3 – Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor
Lição 4 – O Encontro de Rute com Boaz
Lição 5 – O Casamento de Rute e Boaz: A Remição da Família
Lição 6 – O Livro de Ester
Lição 7 – A Deposição da Rainha Vasti e a Ascensão de Ester
Lição 8 – A Resistência de Mardoqueu
Lição 9 – A Conspiração de Hamã contra os Judeus
Lição 10 – O Plano de Livramento e o Papel de Ester
Lição 11 – A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu
Lição 12 – O Banquete de Ester: Denúncia e Livramento
Lição 13 – Ester, a Portadora das Boas-Novas
Escrita Lição 1, Duas Importantes Mulheres Na História De Um Povo
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ESBOÇO DA LIÇÃO 1
I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita.
2. A família belemita.
3. Matrimônio e maternidade.
II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã.
2. De órfã a rainha.
3. No campo ou no palácio.
III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino.
2. Cumprindo os papéis.
3. Educação familiar.
TEXTO ÁUREO
“Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou,
hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.” (Rt 4.14)
VERDADE PRÁTICA
Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de
redenção da humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.5-17; Lc 3.32 Rute: uma ascendente direta de Davi
Terça - Rt 4.13-15 Rute gera um filho de Boaz, seu remidor
Quarta - Et 2.5-7,15 Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu
Quinta - Et 2.16,17 Ester se torna rainha: um ato da providência divina
Sexta - Rt 1.11-13 Mulheres sábias compreendem o seu papel no Reino de DEUS
Sábado - Et 2.15-17 Mulheres que se portam de maneira humilde
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Rute 4
13 - Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e
o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 - Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não
deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 - Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora,
que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.
16 - E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama.
17 - E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram
o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
18 - Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19 - e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe,
20 - e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21 - e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22 - e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.
Ester 7
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a
tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até
metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus
olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o
meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e
lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia,
ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está
esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã
se perturbou perante o rei e a rainha.
7 - E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do
palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque
viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.
HINOS SUGERIDOS: 115, 298, 515 da Harpa Cristã
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIO EXTRA PARA A LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança
2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado
Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr. Pres. ADPAR -
Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva - 99-99152-0454
Figuras Ilustrativas da Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/05/figuras-da-licao-7-Rute-uma-mulher.html
TEXTO ÁUREO
"[...] porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares
à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu
DEUS." (Rt 1.16)
VERDADE PRÁTICA
DEUS usou Rute, quebrando todos os paradigmas raciais, para torná-la parte da
linhagem do Messias.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ne 13.2 DEUS transformou a maldição ?em bênção
Terça - Sl 115.3 DEUS faz tudo o que lhe apraz
Quarta - Jo 3.16 JESUS veio para morrer por todos os homens que nEle creem
Quinta - Sl 24.1 O mundo e seus habitantes pertencem a DEUS
Sexta - Cl 3.10,11 Em CRISTO, nenhum povo é excluído do seu amor
Sábado - Ef 2.19 Em CRISTO, todos somos da família de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.11, 14-18
11 - Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu
ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos? 14 - Então,
levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute
se apegou a ela. 15 - Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e
aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada. 16 - Disse, porém, Rute:
Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu
fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é
o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS. 17 - Onde quer que morreres, morrerei eu e
ali serei sepultada; me faça assim o SENHOR e outro tanto, se outra coisa que
não seja a morte me separar de ti. 18 - Vendo ela, pois, que de todo estava
resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.
Comentários da BEP - CPAD
1.1 NOS DIAS EM QUE OS JUÍZES JULGAVAM. A história de Rute
desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável
apostasia moral e espiritual daqueles dias (cf. Jz 17.6;
21.25), havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O
livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a
Ele e à sua Palavra (ver 2.12).
1.3 MORREU ELIMELEQUE, MARIDO DE NOEMI. Noemi, embora fosse uma
fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade.
(1) Ela e a sua família sofreram os efeitos da fome, e tiveram que
abandonar sua própria casa (v. 1). Além disso, ela perdeu seu marido (v. 3) e
seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltara
contra ela (vv. 13,21).
(2) A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava
cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas
necessidades. Como no caso de Noemi, o crente fiel e leal a Cristo pode
experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus
os abandonou ou que os está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes,
que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o
nosso bem em tempos de aflição (ver Rm 8.28,36).
OBJETIVO GERAL
Mostrar que DEUS usou a vida de Rute para quebrar paradigmas raciais e torná-la
parte da linhagem do Messias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar um resumo da história de Rute;
Mostrar o cuidado de Noemi e o caráter de Rute;
Explicar como Rute entrou na genealogia de JESUS.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje, estudaremos a respeito do caráter bondoso e fiel de Rute. Ela
se recusou a abandonar sua sogra, viúva e sem nenhum recurso financeiro. Rute
escolheu ajudar Noemi e seguir o seu DEUS. Ela trabalhou nos campos recolhendo
espigas para sustentar sua sogra e para sobreviver. Esse era um trabalho
honesto, porém nada fácil para uma mulher sozinha. Sua história revela seu
caráter bondoso e fiel ao DEUS de Israel e à sua sogra. Aprendemos com seu
perfil que o amor e a bondade são capazes de mudar a história de uma pessoa.
Pois, essa gentia, que não fazia parte do povo de DEUS, entrou na genealogia de
JESUS.
PONTO CENTRAL - Rute tinha um caráter bondoso e íntegro.
Resumo da Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança
I - RUTE, UM RESUMO DE SUA ORIGEM
1. Uma estrangeira.
2. Como Rute vinculou-se a uma família israelita.
3. Em direção à terra de Judá.
II - O CUIDADO DE NOEMI E O CARÁTER DE RUTE
1. Um amor sincero e profundo.
2. O caráter amoroso de Rute.
a) Um caráter amoroso e confiante.
b) Um caráter fortalecido na fé em DEUS.
c) Um caráter decidido e firme.
III - COMO RUTE ENTROU NA GENEALOGIA DE JESUS
1. Rute chega a Belém.
2. Rute atrai a atenção de Boaz.
3. Rute casa com Boaz.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Rute era uma moabita que se vinculou a uma
família israelita e veio a fazer parte da linhagem do Messias.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O cuidado de Rute para com Noemi revelou o
seu caráter fiel e bondoso.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Rute, pela graça divina, veio fazer parte
da linhagem do Messias.
PARA REFLETIR - A respeito de Rute, uma mulher digna de confiança, responda:
Que significa o nome Rute?
O nome Rute significa "amizade".
Por que os moabitas não podiam entrar na congregação de Israel?
Por não terem permitido o povo de Israel passar por suas terras, em direção a
Canaã.
Qual a diferença entre a decisão de Rute e a de Orfa quanto a Noemi?
Orfa chorou, beijou a sogra, e voltou aos seus deuses; Rute chorou, mas
preferiu ficar ao lado de Noemi.
Como Rute mostrou que se converteu a DEUS?
Quando disse a Noemi: "[...] o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu
DEUS".
Que significado tem a inclusão de Rute, a moabita, na genealogia de JESUS?
Demonstra que DEUS não é DEUS apenas de Israel, mas é "Senhor do céu e da
terra".
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p39.
Resumo Rápido da Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança,
Pr. Henrique
É provável que Josué tenha governado os israelitas por 25 anos. Com
a morte de Josué os israelitas se voltaram para a idolatria. É provável que o
livro de Rute tenha sido escrito por Samuel com o propósito de provar a
linhagem israelita de Davi, para que não tivesse problemas com seu povo quando
assumisse a posição de rei. Apesar de Davi descender de uma Moabita, seu pai
era um israelita. É provável que o período de juízes tenha durado 400 anos. O
livro de Rute narra a época dos juízes, mais precisamente o final. O povo se
misturava com os habitantes de Canaã, Caiam na idolatria e seus pecados dai se
multiplicavam. DEUS os abandonava e os amaldiçoava por quebrarem sua aliança.
Quando estavam doentes e pobres e escravizados clamavam a DEUS e DEUS enviava
um Juiz para os livrar. Quando este juiz morria, voltavam a praticar todo
pecado de novo e assim acontecia tudo de novo.
A FOME QUE HOUVE EM BELÉM ERA RESULTADO DA MALDIÇÃO DE DEUS SOBRE A
IDOLATRIA DO POVO ISRAELITA.
Elimeleque ao invés de se converter, foi procurar comida na terra
idólatra de Moabe. A fé havia acabado e pelo nome de seus filhos vemos a doença
e a morte chegando em sua família (Malom = “doente” e Quiliom =
“desfalecimento”). Sua esposa era Noemi, que embora tivesse fé em DEUS, foi
levada junto para Moabe por seu esposo. Acabou morrendo Elimeleque. Seus filhos
se casaram com mulheres moabitas (Malom com Rute e Quiliom com Ofra),
contrariando a palavra de DEUS (Dt 7.3 nem te aparentarás com elas; não darás
tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; 4 pois
elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a
ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria). Os dois
filhos de Elimeleque morrem em Moabe, devido à sua desobediência a DEUS. Agora
são 3 viúvas. Noemi, Rute e Ofra.
I - RUTE, UM RESUMO DE SUA ORIGEM
1. Uma estrangeira.
Rute era moabita. Existem 39 livros no velho testamento, entre eles
existem livros da lei, poéticos, proféticos e históricos. Entre os históricos
existe um livro localizado entre o livro de Juízes e I Samuel, chamado Rute
escrito 900 a.c, o livro conta a historia sobre uma bela jovem de Moabe.
Havia uma maldição de DEUS sobre os Moabitas dizendo que até a 10ª
geração não poderiam fazer parte da congregação de DEUS. (Dt 23.3-6; Ne 13.2).
A pergunta é: Será que Rute não era já da 11ª geração de Moabitas ou
posteriores? Ela faz parte da genealogia de JESUS. (Deuteronômio 23…2 Nenhum
filho bastardo, nascido de união ilícita, fará parte da congregação do Eterno;
e seus descendentes também não poderão entrar na assembleia do SENHOR até a
décima geração. 3 Nenhum amonita ou moabita, até a décima geração, fará parte
do povo de Deus, o SENHOR. Eles deverão permanecer de fora, 4 pois não foram ao
vosso encontro com pão e água quando caminháveis após a saída do Egito, e
porque subornaram Balaão, filho de Beor, para vir de Petor em Aram Naharáim,
Mesopotâmia, com o propósito de proferir maldição contra o teu povo).NA
VERDADE, AI SE MANIFESTA A GRAÇA DE DEUS.
HISTÓRIA DA GRAÇA
E Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede, E Obede gerou a Jessé,
e Jessé gerou a Davi. Rute 4:21,22 - "Salmom foi pai de Boaz, e a mãe
de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi
pai de Jessé," - Mateus 1:5 - Dai veio o rei Davi e daí nasceu JESUS,
o salvador. Isso mesmo. JESUS é descendente de Raabe e de Rute. Duas
mulheres não israelitas. A mãe de JESUS, Maria, é descendente de Arão, o
sumo sacerdote. José, pai adotivo de JESUS, é descendente direto do rei
Davi. Uma prostituta, uma moabita, uma mãe da família sacerdotal e um pai
da família real. Resumindo tudo isso numa palavra - GRAÇA.
2. Como Rute vinculou-se a uma família israelita.
Elimeleque era um judeu que saiu da sua terra "Belém de
Judá" e foi para a terra de Moabe em busca de sobrevivência, pois esta
terra estava na fome, ele era casado com Noemi e tinha dois filhos Malom e
Quilom, estes por sua vez se casaram com moabitas, Orfa mulher de Quilom, e
Rute esposa de Malom.
3. Em direção à terra de Judá.
Passaram anos e Noemi ficou viúva e logo depois suas noras ficaram também.
A viúva de Elimeleque vendo que não restava lhe mais nada naquela terra
resolveu voltar para Belém de Judá e assim despedindo-se de suas queridas noras,
elas até queriam ir com ela, mas ja estava resolvido Noemi precisava voltar
sozinha ate que Orfa se despediu dela e voltou para a casa dos pais.
II - O CUIDADO DE NOEMI E O CARÁTER DE RUTE
1. Um amor sincero e profundo.
Rute como amava muito sua sogra não quis deixá-la e Noemi não
queria ser um tropeço na vida de Rute mas depois de muita insistência Rute
acabou indo com Noemi para Israel.
2. O caráter amoroso de Rute.
a) Um caráter amoroso e confiante.
Rute amou sua sogra e resolveu não deixá-la só. confiava no DEUS de
sua sogra e acreditava que poderia ajudar sua sogra a não passar por
dificuldades de alimentação. Na verdade, Rute desejava trabalhar na colheita de
trigo para sustentar sua sogra quando chegassem a Belém. Rute era uma pessoa em
quem sua sogra podia confiar.
b) Um caráter fortalecido na fé em DEUS.
O caráter de Rute foi mudado devido a seu contato com Noemi.
Aprendeu a ter fé em DEUS e esperar por um futuro melhor. |Em meio a tantos
problemas e sofrimentos acreditou que tudo daria certo dali para frente.
c) Um caráter decidido e firme.
Havia decisão de trabalhar, de vencer as lutas, de se casar, de ter
filhos, de ajudar sua sogra, de ser aceita por DEUS. A fé dá firmeza e certeza
na provisão de DEUS.
III - COMO RUTE ENTROU NA GENEALOGIA DE JESUS
Mulheres na Genealogia de JESUS - Tamar (Mt 1,3); Raabe e Rute (Mt
1,5); a mulher de Urias, o heteu, Bate-Seba (Mt 1,6); e Maria (Mt 1,16).
Portanto temos 5 mulheres e entre elas algumas eram de origem estrangeira.
Tamar era Cananeia, Raabe era de Jericó e Rute de Moabe. Bate-Seba/ Betsabéia
era a mulher de Urias, um homem heteu.
1. Rute chega a Belém.
Chegando em Belém as coisas não estavam muito boas pois Noemi não
possuía mais nada e para isto Rute foi rabiscar espigas, ou seja, como era na
lei tudo que caia das mão de uma pessoa, a mesma não podia pegar de novo,
então quando os colhedores de espigas deixavam cair, as espiga ficavam no chão,
então quem não tinha nada para comer ficava sempre atrás para pegar as espigas caídas,
porque isto era lei, e Rute foi uma pessoa assim para poder alimentar sua sogra.
Não sabendo Rute ela estava nos campos de Boaz o parente mais próximo depois de
um homem que a bíblia não menciona.
Boaz achou Rute muito bela quando a viu pela primeira vez, tanto é
que pediu aos colhedores que deixassem cair de propósito as espigas para que
ela pegasse mais, depois ele a convidou para comer juntamente com os outros.
Quando Rute voltou do campo e foi para a sua casa, ela contou tudo
para Noemi, que na mesma hora viu que Boaz era o parente mais próximo. Conforme
era a lei quando uma mulher ficasse viúva ela era dada ao parente mais próximo
do falecido para perpetuação da semente, Noemi entendo os desígnios de Deus,
orientou a Rute que quando Boaz fosse se deitar ela iria deitar aos pés dele.
E foi assim, acabando a colheita, Boaz foi se deitar depois de
comer e beber, Rute depois de ter se lavado e se vestido, desceu ate onde Boaz
estava descobriu os pés dele e se deitou. Quando deu meia-noite Boaz se assustou,
pois quem era mulher que estava aos pés dele? A nora de Rute lhe contou toda
sua historia e que também ele era o parente mais próximo de Malom, o homem
entendeu tudo e lhe disse que iria fazer de tudo para se casar com ela, mas
tinha um detalhe existia outro remidor ele era o parente bem mais próximo do
que Boaz então este homem tinha mais direitos do que ele, mas Boaz prometeu a
Rute que iria fazer com este homem desistisse dela para que Boaz se casasse com
a nora de Noemi.
Chegando pois a manhã seguinte Boaz correu mais do que depressa
para a cidade e sentou em alguma porta, quando o remidor iria passando em
frente, ele o chamou e também convocou dez anciãos da cidade para tratar aquele
negócio.
2. Rute atrai a atenção de Boaz.
RUTE PERGUNTA A BOAZ: Por que achei graça em teus olhos, para que
faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira? Rute 2:10
BOAZ RESPONDE A RUTE: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra,
depois da morte de teu marido; e deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde
nasceste, e vieste para um povo que antes não conheceste.
O Senhor retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do
Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. Rute 2:11,12
Devemos chamar a atenção das pessoas para nós por nossas boas obras
como crentes que somos. Amar as pessoas ´´e nosso dever e nossa obrigação.
3. Rute casa com Boaz.
Boaz contou para o remidor toda a história e que ele também teria
que tomar Rute como esposa, o remidor desistiu da herança de Elimeleque e
descalçou os seus sapatos e deu para Boaz como fato de desistência daquele negócio.
E assim Boaz teve o direito legítimo de se casar com ela.
Rute foi muito abençoada pois além de ter se casado com um homem
justo também teve um filho chamado Obede que é avô do Rei Davi.
Rute e sua sogra Noemi protagonizaram uma história de
DEVOÇÃO,SOFRIMENTO e GENEROSIDADE. Esta história apresenta exemplos de mulheres
que concretizaram em seus afazeres o amor sacrificial e cumpre a lei de Deus
que é "amor”, na benevolência divina estas vidas são abençoadas e passam a
ser uma benção de geração em geração.
RUTE 4.3-8 – O procedimento de Boaz e Rute não estaria em desacordo
com a lei do levirato?
PROBLEMA: Deuteronômio 25.5-10 delineia o que é conhecido como
a lei do levirato. Se um homem morria e deixava sua esposa sem filhos, o irmão
daquele homem era moralmente obrigado a casar-se com a mulher de seu irmão e
gerar filhos no nome de seu irmão falecido. Essa prática assegurava que o nome
de quem morria sem gerar filhos não ficaria sem descendência. Entretanto, Boaz
não era irmão de quem tinha sido marido de Rute, e que falecera. Assim, o
procedimento deles não estaria em desacordo com a lei do levirato?
SOLUÇÃO: Embora tenha sido um caso um pouco mais complicado, o
procedimento de Boaz, Noemi e Rute certamente não estava em desacordo com o que
a lei do levirato estabelecia. O primeiro propósito do casamento pelo levirato
era perpetuar a linha familiar daquele que morreu. Alguns fatores indicam que
no tempo de Boaz e Rute já eram comuns alguns acréscimos ao que a lei do
levirato originalmente estabelecera . Primeiro, se não havia um irmão vivo na
família, então a obrigação do casamento ficava com o parente do sexo masculino
mais próximo do falecido.
No caso em questão, havia um parente mais próximo do que Boaz da
família de Noemi. Entretanto, quando ele não aceitou o convite, Boaz tornou-se
o homem com grau de parentesco mais próximo, enquadrando-se na condição de ser
aquele que legalmente teria de cumprir aquela obrigação moral.
Segundo, junto com a responsabilidade de gerar filhos no nome do
falecido, havia ainda a responsabilidade de resgatar qualquer propriedade que
pertencia ao que morrera e que tivesse sido vendida ou confiscada (Lv 25.25).
Como o parente mais próximo não estava em condições de assumir tal
responsabilidade (Rt 4.6), ele declinou desse direito e dessa responsabilidade
de resgatar Noemi e casar-se com Rute, passando tais obrigações a Boaz. Nada há
no resgate de Noemi nem no casamento de Boaz com Rute que esteja em desacordo
com a lei do levirato.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e
“Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe
Conclusão
De viúva moabita, sem filhos e passando fome, Rute passa a ser
casada com o homem mais importante de Belém. Passa a ser rica. Passa as ser
reconhecida como povo de DEUS. Passa a ser mãe de um ascendente do rei Davi,
passa a ser ascendente de JESUS.
Aprendemos com Rute que pode haver verdadeira amizade e amor para
com nosso semelhante, em especial por uma sogra. Em meio às adversidades nasce
a fé em DEUS. (Enquanto estava em Moabe Rute não manifestou sua fé, mas ao
perder tudo e entrar numa terra estranha, sua fé brotou como uma fonte de
água). Rute é uma lutadora confiante num futuro melhor. Rute acredita que ainda
poderá ter uma família.
Rute vê as circunstâncias e acontecimentos guiados por DEUS. Rute
não temia seu passado, seu futuro estava à sua frente para ser conquistado.
Rute era uma moabita que se vinculou a uma família israelita e veio
a fazer parte da linhagem do Messias. O cuidado de Rute para com Noemi revelou
o seu caráter fiel e bondoso. Rute, pela graça divina, veio fazer parte da
linhagem do Messias.
Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr.
Henrique
(Strong Português) Belém - בית לחם Beyth
Lechem
Belém = “casa do pão (alimento)”
1) uma cidade em Judá, cidade natal de Davi
(Strong Português) Elimeleque - אלימלך ’Eliymelek
Elimeleque = “meu Deus é rei”
1) marido de Noemi
(Strong Português) נעמי No Ìomiy
Noemi = “minha delícia”
1) esposa de Elimeleque, mãe de Malom e Quiliom, e sogra de Rute e Orfa
(Strong Português) מחלון Machlown
Malom = “doente”
1) filho de Elimeleque com Noemi e primeiro marido de Rute
(Strong Português) כליון Kilyown
Quiliom = “desfalecimento”
1) um efraimita e filho de Elimeleque com Noemi, o marido falecido de Rute (ou
talvez o marido falecido de Orfa)
(Strong Português) ערפה ÌOrpah
Orfa = “gazela”
1) uma mulher moabita, esposa de Quiliom, o filho de Noemi e concunhada de Rute
(Strong Português) רות Ruwth
Rute = “amizade”
1) nora de Noemi, esposa de Boaz, e avó de Davi
Rute em hebraico: vistosa, beleza, amiga, Companheira - Dicionário
de Nomes
LIVRO DE RUTE - Dicionário Wycliffe
A Bíblia Hebraica coloca o livro de Rute na última divisão
principal (Escritos) como um dos cinco Megilloth. As Bíblias em Português
colocam esse livro depois do livro de Juizes, acompanhando a LXX, a Vulgata e
os escritos de Josefo. Não se tem certeza de que esse livro tenha, alguma vez,
feito parte do livro de Juizes. Trata- se de uma história breve que contém
quatro cenas, e uma concludente genealogia.
Esboço
I. A Peregrinação em Moabe e o Retorno à Pátria, 1.1-22
II. Rute, a Respigadora, 2.1-23
III. O Pedido de Rute a Boaz na Eira, 3.1-18
IV. Boaz Assume as Funções de um Parente Remidor, 4.1-17
V. Genealogia desde Perez até Davi, 4.18-22
Propósito
Os estudiosos têm opiniões muito divergentes sobre o propósito
desse livro. Podemos dispensar as opiniões de que: (a) o autor queria
simplesmente contar uma história interessante; (o) o livro é uma interpretação
não literal de textos bíblicos (midrash) sobre o suposto mito do culto à fertilidade
em Belém (Staples); (c) trata-se de um panfleto de propaganda destinado a
enfatizar o dever do casamento com um parente próximo (Driver); e (d) o autor
deseja exaltar a fidelidade de uma viúva. Alguns estudiosos (por exemplo, R. H.
Pfeiffer e G. A. F. Knight) argumentam que o livro de Rute é uma polêmica
contra as exigências de Esdras (capítulos 9-10) e de Neemias (13.23- 31) de que
os judeus deveriam despedir as suas esposas pagãs. O autor menciona muitas
vezes que Rute é uma moabita (Rt 1.4,22; 2.2,6,11-13,21; 4.5,10).
Além disso, não existe indicação de que os judeus envolvidos nessa história
desaprovassem os casamentos de Quiliom com Onã, de Malom com Rute, e de Boaz
com Rute. E também não existem polêmicas no próprio livro de Rute - mesmo em
passagens onde ela poderia ser esperada. poderíamos esperar uma indicação do
autor de que o parente próximo teria rejeitado Rute por ser uma mulher de
origem pagã, ou de que Boaz se casou com ela apesar de sua origem gentílica,
mas nenhuma menção existe a esse respeito (Hertzberg).
Outros estudiosos acreditam que o propósito desse livro estava
ligado à ancestralidade de Davi, mas essa opinião não recebeu uma aceitação
geral no tocante à intenção do autor. Será que ele desejava preencher uma
lacuna que existia nessa época (a árvore genealógica em 4.18-22 também é
encontrada em uma forma ampliada em 1 Crônicas
2.5-15) entre Perez e Davi? Ou será que pretendia estabelecer um
relacionamento entre a casa de Davi e a de Moabe, talvez para fornecer uma base
para a união das duas nações contra um inimigo comum, ou para que Moabe se
submetesse a Israel? Esse tipo de relacionamento poderia explicar porque Davi
confiou os seus pais aos cuidados do rei de Moabe (1 Sm 22.3,4),
embora esse evento também tenha outras explicações plausíveis. Ou será que ele
estava tentando negar que Davi deveria ser considerado um moabita, pois ele era
um descendente de Boaz (um judeu), a fim de evitar um estigma que poderia ser
lançado contra ele por causa do estatuto preservado em Deuteronômio 23.3,4,
proibindo que um moabita entrasse na assembleia do Senhor até a décima geração?
Parece provável que o autor desse livro estivesse interessado em fornecer
informações sobre os antepassados de Davi, mas subordinou essa intenção a um
propósito mais grandioso.
O principal propósito do autor era enfatizar o cuidado providencial
demonstrado pelo Senhor em relação às duas viúvas em condições desesperador as
(Hertzberg) e, dessa forma, mostrar que o aparecimento e a ascensão de Davi, em
um período crucial da história de Israel, não foi acidental (esta também é a
opinião de Ringgren). Esse tema está maravilhosamente contido nas declarações
de Boaz a Rute sobre esse assunto (2.11,12), e está explícito ao longo de todo
o livro (cf. 1.8,16,17; 2.3,4,20-23; 3.1-4,7-13; 4.13-15).
Data
O Talmude (Baba Bathra 145) considera Samuel como autor desse
livro, mas isso é improvável. Sua data depende de entendermos o seu propósito.
Se fosse uma obra polêmica contra as medidas de Esdras e Neemias, ele deveria
pertencer ao período pós-exílico, provavelmente ao século IV a.C. Se,
entretanto, o autor pretende enfatizar a providência de Deus, esse livro
certamente seria do período pré-Exllico. Sob um cuidadoso escrutínio, as
supostas palavras e expressões finais deixam de refutar uma data anterior (veja
Driver) e suas expressões aramaicas podem ser tentativas posteriores de
esclarecer certas obscuridades do primeiro texto. As semelhanças entre Rute 4.7ss.
e Deuteronômio
25.5ss. não exigem uma data posterior à reforma do rei Josias,
ocorrida em 621 a.C. (provocada pela descoberta do livro da lei que,
presumivelmente, incluía Deuteronômio) porque a tradição em Rute se apoia em
códigos legais anteriores, e as circunstâncias subjacentes a essas duas
passagens não são verdadeiramente as mesmas. Veja Rute. A sintaxe e o
vocabulário hebraicos, as expressões idiomáticas e a pureza do estilo (veja
Driver) dão suporte a uma data anterior para o livro. Entendemos que sua forma
atual não pode ser anterior à época de Davi (4.18-22).
Bibliografia. Stephen
Bertman, “Symmetrical Design in the Book of Ruth”, JBL, LXXXTV (1965), pp.
165-168. John J. Davies, Conquest and Crisis. Studies in Joshua, Judges and
Ruth, Grand Rapids. Baker, 1969, pp. 155- 170. S. R. Driver, An Introduction to
the Litemture of the Old Testament, Nova York. Scribneris, 1893, pp. 453-456.
J. Vernon McGee, In a Barley Field, Glendale. G/L Publications, 1968. Leon
Morris, Ruth, Londres. IVCF, 1968. Charles F. Pfeiffer, “Ruth”, WBC, pp.
267-272. W. E. Staples, “The Book of Ruth״, AJSL, LIII (1937), 145-157. Veja também
Juizes, Livro de.
J. T. W.
RUTE
Uma moabita que teve a
distinção única de se casar com dois fazendeiros judeus. Malom
(Rt
4.10), um dos filhos de Elimeleque (4.3) e Noemi (1.2); e Boaz, um
parente de Elimeleque (4.3).
Ao endossar entusiasticamente esses casamentos, a família de
Elimeleque ignorou o estatuto preservado em Deuteronômio 23.3,4 que
proibia que os judeus aceitassem moabitas em sua comunidade, ou então não
estava ciente dessa proibição.
Rute foi notável em sua disposição de renunciar ao seu próprio meio
em troca de outro que lhe era estranho, e se parece um pouco com Abraão ao se
aventurar em uma terra que nunca tinha visto (Gn 12.
lss. cf. Rt
2.11). Ela resistiu à tentação - sem dúvida muito forte - de sua
cunhada (Orfa) de retornar ao seu povo. Por causa de seu amor por Noemi, Rute
desejava permanecer com sua sogra, tornar-se uma judia, trocar o seu deus
(provavelmente Quemos, Nm 21.29; 1 Rs 11.7,33)
pelo Deus de Noemi (O Senhor, cf. Rt 2.12,13) e
ser sepultada no mesmo local de Noemi (Rt 1.14-17). A
devoção de Rute transcendia o pessimismo de Noemi, que atribuía seu completo
“vazio” ao Deus Todo-Poderoso, e insistia que as mulheres de Belém a chamassem
de Mara (“amarga”, 1.19-21).
Embora não estivesse sob nenhuma obrigação, Rute imediatamente
tirou proveito da época do ano em Belém (era a colheita da cevada - desde a
metade até o final de maio, precedendo a colheita do trigo) para vislumbrar um
meio de sustentar a si e sua sogra. Os trabalhadores israelitas ficaram
impressionados com sua dedicação e contaram a Boaz (2.11) que lhe concedeu
privilégios especiais (2.14ss.).
O auge da devoção de Rute reflete-se na obediência à sugestão de
Noemi de que deveria ir ao debulhador à noite, quando Boaz estava cheio de
vinho, para tentar persuadi-lo a aceitar a responsabilidade de se tomar um
parente remidor. Ele consentiu, e quando o parente mais próximo desistiu de sua
oportunidade, Boaz, voluntariamente, assumiu o seu lugar. Comprou a propriedade
de Elimeleque, Quiliom e Malom e se casou com Rute (4.712־). Ele obedeceu ao costume do levirato (q.v.), a lei contida em Deuteronômio
25.5-10, embora não fosse irmão de Malom, mas apenas um parente próximo. No
devido tempo, nasceu Obede (“servo”), filho de Boaz e Rute. A” amargura” de
Noemi foi amenizada por sua alegria pela criança, que se tornou um ancestral de
Davi (4.18-22) e do Messias. Rute foi uma das quatro mulheres especificam ente
mencionadas por Mateus na genealogia do Senhor Jesus (1.5). Todas essas
mulheres eram gentias, e a intenção de Mateus era, aparentemente, enfatizar a
dimensão universal dos ancestrais de Jesus. J. T. W.
O LIVRO DE RUTE - Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell
Deus honra lealdade e integridade
Resumo
O Livro de Rute nos lembra que Deus honra e enfatiza as seguintes
qualidades de liderança: lealdade e integridade. Rute, uma jovem moabita,
confrontou-se com a opção de abandonar a sua sogra viúva ou arriscar a sua vida
numa terra estrangeira. Ela escolheu permanecer comprometida à sua amiga e
mentora, Noemi, e, no final, a sua decisão incomum foi recompensada.
O comprometimento de Rute de ficar com a sua sogra, apesar da morte
do marido dela, revelou seu admirável caráter e demonstrou seu senso de
lealdade e responsabilidade. Ao permaneceu fiel a Noemi, demonstrou uma atitude
ética impecável e manteve-se fiel ao juntar espigas todos os dias no campo de
um homem rico. Dessa maneira destacou-se como pessoa única.
De onde essa mulher não-judia aprendeu tal caráter e confiança em
Deus ao buscar suprimento para as suas necessidades? De seu falecido marido? De
Noemi? Não sabemos, mas sabemos que Rute permaneceu comprometida fazendo a
coisa certa, e Deus a surpreendeu suprindo todas as suas necessidades e mais do
que isso. Deus providenciou para Rute a pessoa do Boaz, um homem de caráter
semelhante; e talvez essa seja a lição mais profunda do livro.
Rute ilustra que, quando líderes focam na realização do que é
correto, Deus abençoará o fruto do seu trabalho. Qualificar tal bênção
significa colocar responsabilidades à frente de resultados. Caráter deve
preceder conduta. Fidelidade deve preceder frutificação.
"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça," lembra Jesus, "e todas estas coisas vos serão
acrescentadas" (Mt
6.33). É assim que o reino de Deus funciona. Jesus ensinou, que se a
árvore é boa, o fruto também será bom (Mt
12.33-35). No Livro de Rute, Jesus prioriza mais o ser do que o fazer.
A nossa liderança deve fluir do nosso íntimo, um fruto natural do
que temos encarnado. Apesar dessa verdade, a maioria dos líderes se debate
exatamente nesse ponto. Por definição, a maioria dos líderes e orientada por
resultados. Eles saltam, imediatamente, para o visível e mensurável, para os
resultados exteriores que pessoas afirmam. Quem afirma a sua disciplina privada
e pessoal? Quem pergunta sobre a sua carreira segunda-feira de manhã, quando se
dirige ao seu escritório? A maioria dos líderes fala sobre o "ponto
extremo".
Embora todos nós concordemos que o caráter é fundamental, parece
difícil demais sustentar isso. Por isso, a maioria das pessoas, mesmo líderes,
avança em busca de resultados. Para alguns, "os fins justificam os
meios". Deus, no entanto, diz que, quando trabalhamos a profundidade de
nosso ministério, ele trabalhará a largura do mesmo.
Líderes precisam ler a bela história de Rute, pois ela lhes
lembrará duas verdades fundamentais:
1. Deus, de fato, recompensa o caráter.
2. No final, Deus realizará os seus propósitos, mesmo que tenha de
usar uma mulher moabita para isso.
O papel de Deus em Rute
Por que Deus, em sua providência, preservou o Livro de Rute? Talvez
ele tenha feito isso porque Rute ocuparia um lugar de honra na linhagem
messiânica. Deus se movimenta através desse livro como um divino Diretor de
acontecimentos, orquestrando um plano para enxertar Rute na árvore genealógica
da família de Davi e conduzindo, finalmente, a Jesus.
Deus realiza a sua Obra e a sua liderança através de todas as
alegrias e tragédias da vida. Fome, solidão, morte, exílio voluntário e
fidelidade inabalável tornam-se ferramentas que ele usa para cumprir o seu
plano soberano. Como líder fenomenal, Deus avaliou os recursos e as
circunstâncias daquele momento da história de Israel para desencadear o seu
plano.
Líderes em Rute
Noemi e Boaz
Outra pessoa de influência em Rute
Rute
Lições de liderança
• Deus recompensa a integridade e a lealdade de líderes.
• Deus realizará soberanamente os seus propósitos através de
pessoas
aparentemente desqualificadas.
* Líderes devem valorizar mais o caráter e a formação espiritual do
que a formação de conduta e habilidades.
Destaque de liderança em RUTE
RUTE: Prontamente segue Noemi (1.8-18)
BOAZ: Modelo de bondade e liderança espiritual (2.4-17)
GENEROSIDADE: Boaz não registra dívidas, simplesmente continua
dando (2.8—4.10)
MULHERES : que fizeram a diferença (4.13-17)
QUE PARECEM DESQUALIFICADOS? (Rt 1.1-22)
Todo líder necessita de recursos financeiros e humanos, mas o
comprometimento sempre merece prioridade. Quando o líder demonstra
comprometimento com a missão e com os objetivos da organização, os recursos
sempre surgirão.
No primeiro capítulo do livro que leva o seu nome, Rute decide
ficar com Noemi, sua sogra, mesmo depois de perder o seu marido. Ela não sabia,
mas o seu comprometimento a encaminharia a muitas portas abertas. Rute encontra
trabalho durante uma época difícil, faz amigos numa terra estrangeira e,
depois, ganha um novo marido, Boaz. Causa grande admiração o fato de Deus
incluir Rute, uma moabita adotada na família de Israel, na linhagem de Cristo.
O filho a quem ela deu à luz tornou-se parte da linhagem do Messias!
A chave? Comprometimento. Enquanto o líder não se compromete, ele
permanece hesitante. Mas, no momento em que o líder, de fato, se compromete,
então Deus age, e toda uma série de acontecimentos começa a fluir. Todo tipo de
incidentes imprevistos, reuniões, pessoas e assistência material, coisas que
ninguém podia imaginar, começam a surgir. E tudo começa a acontecer no momento
em que o líder se compromete firmemente.
Perfil de Liderança
RUTE
Prontamente segue Noemi (Rt 1.8-18)
O Livro de Rute conta uma história de amor e respeito entre duas
mulheres que viviam em mundos bastante diferentes.
A gentil e amável Rute, uma moabita, cuidou intensamente de sua
sogra, Noemi. Rute deixou prontamente o conforto de sua região e o único mundo
que conhecia para viajar com Noemi à estrangeira Belém. Ela exemplifica a força
e a determinação que líderes devem ter para se aventurarem e seguirem a Deus,
mesmo que isso signifique deixar para trás família e amigos.
Rute submeteu-se às orientações dadas por Noemi nessa nova e
estranha cultura. Seu parente resgatador, Boaz, casou-se, mais tarde, com ela e
proporcionou-lhe segurança e proteção. Mas, inicialmente, quando Rute decidiu
seguir as orientações de Noemi, a jovem moabita não dispunha de meios para
saber como tudo aconteceria. Ela simplesmente avançou num gesto de fé.
Noemi orou para que Rute se tornasse famosa em Israel por causa das
suas boas ações. Ainda hoje, Deus responde orações dessa natureza quando
milhões de crentes estudam o Livro de Rute para extraírem lições memoráveis
sobre amor e fidelidade. Como bisavó do rei Davi, a estrangeira Rute encontrou
lugar definitivo na linhagem de nosso Salvador, Jesus Cristo.
CORAGEM: RUTE VAI EM FRENTE E ASSUME O RISCO (Rt 3.1-6)
Rute assumiu um risco ao seguir as instruções de sua sogra. O que
permite um líder se arriscar?
R - Responsabilidade: Percebe a necessidade de ir em frente.
I - Iniciativa: Age e se antecipa aos outros.
S - Sacrifício: Esforça-se para fazer tudo funcionar.
C - Conhecimento: Possui informação suficiente para confiar na
decisão.
O - Ouvir: Segue as instruções que recebe.
Perfil de Liderança
BOAZ
Modelo de bondade e liderança espiritual (Rt 2.4-17)
As primeiras palavras que ouvimos de uma pessoa muitas vezes são as
mais duradouras e impressionantes para nós.
As primeiras palavras registradas de Boaz, rico e influente
proprietário de terras e fazendeiro de Belém, nos dizem que ele amava a Deus e
desejava as bênçãos de Deus para as pessoas que estavam em sua volta, inclusive
para aquelas que trabalhavam nos seus campos.
No dia em que Rute pediu para ajuntar espigas deixadas pelos
servos, Boaz chegou ao campo e saudou os segadores com um cordial "O
Senhor seja convosco!" (Rt 2.4)
"O Senhor te abençoe!", os servos responderam (Rt 2.4).
Por que aqueles trabalhadores responderam tão entusiasticamente ao
desejo de bênção de Boaz? Aparentemente, eles sabiam alguma coisa a respeito
desse homem extraordinário, sobre o seu relacionamento com Deus e a maneira de
tratar pessoas.
Vemos a natureza especial de Boaz no tratamento dado a Rute. Quando
ele ouviu a história dessa pobre viúva moabita, demonstrou-lhe grande bondade e
consideração, ao ponto de até mesmo providenciar proteção especial para ela dos
homens do campo e permissão especial para juntar espigas com os servos. Também
lhe deu toda água necessária e, mais tarde, a convidou para fazer companhia a
ele e aos trabalhadores numa refeição.
Boaz fornece o modelo do tipo de bondade requerida de todos os bons
líderes. Ele sabia quando ir ao encontro de alguém e dar as boas-vindas àqueles
que Deus levava ao seu círculo de influência, mostrando-se, inclusive,
compassivo e caridoso para com os seus.
A LEI DA BASE SÓLIDA:
RUTE E BOAZ SÃO BENEFICIADOS (Rt 3.1-15)
Noemi sabia como uma mulher podia comunicar apropriadamente o seu
interesse por um homem. Instruiu Rute a entrar na tenda onde Boaz dormia,
descobrisse os pés dele e se deitasse ali. Quando Boaz acordou e percebeu a
presença de Rute, imediatamente compreendeu a proposta de casamento da parte
dela. Porém o senso de integridade de Boaz não lhe permitiu dormir com ela;
estava comprometido a praticar o que pregava. E isso o que a palavra
"integridade" significa: singularidade. As palavras, os pensamentos e
as ações de uma pessoa formam uma unidade.
A antiga palavra grega para "sinceridade" carrega
significado semelhante. Estátuas eram queimadas em fornos, emergindo geralmente
do forno com pequenas fendas. Artistas tentavam esconder essas rachaduras,
enchendo as fendas com cera quente. Vez por outra, aparecia uma estátua sem
defeitos. Ao pé dessas obras, o artista escrevia sinceros, sem cera.
Sua liderança é "sem cera"? Suas palavras, intenções e
ações formam uma unidade? Você é um líder tipo Boaz?
21 Qualidades: Generosidade
Boaz não registra dívidas, simplesmente continua dando (Rt 2.8—4.10)
Líderes devem ser generosos, predispostos a partilhar os seus
recursos com outros. Acreditam que um lampião nada perde se acende outro.
Ninguém fornece modelo melhor dessa verdade do que Boaz, o líder
espiritual que se tornou o marido de Rute. Possuía um grande campo e,
semelhante a outros proprietários de terra, empregava segadores para recolherem
a sua safra. Quando os segadores terminavam a sua tarefa, permitia-se que os
menos afortunados "espigassem" no campo, recolhendo tudo que ficara
para trás da safra de grãos. Rute foi tal pessoa.
O espírito generoso de Boaz, imediatamente, percebeu a presença de
Rute. Pediu que os segadores descobrissem a identidade dessa mulher; depois,
expressou a sua generosidade a ela. Boaz revelou a sua liderança generosa de
várias maneiras:
1.Foi generoso com a sua compaixão (Rt 2.8-9).
Disse que Rute não recolhesse espigas em outro lugar; ela ganharia
dele tudo quanto precisava.
2. Foi generoso com os seus complementos (Rt 2.11-12).
Percebeu o sacrifício de Rute e complementou os esforços dela.
3. Foi generoso com a sua cortesia (Rt 2.14).
Convidou Rute para juntar-se aos empregados para uma refeição,
servindo-lhe, bondosamente, tudo quanto desejava.
4. Foi generoso com a sua colheita (Rt 2.15-16).
Disse aos seus segadores para reservarem feixes extras de trigo
para ela.
a- Foi generoso com a sua credibilidade (Rt 3.11-13).
Mostrou respeito ao fazer o que era certo segundo o pedido de Rute.
b- Foi generoso com o seu comprometimento (Rt 4.9-10).
Comprometeu-se com Rute, certificando-se de que o marido anterior
dela não tinha descendentes para suscitar o seu nome.
Você pode dar sem amor, mas não pode amar sem dar. Líderes que
deixam de demonstrar generosidade devem perguntar-se: De fato, amo as pessoas a
quem lidero? Quando grandes líderes erram, sempre erram pelo lado da
generosidade Se erram no pagamento de salários, erram em pagar demais. Se erram
na demissão de um funcionário, erram pelo lado de excessivo apoio emocional,
indenização e afirmação. Nenhum líder vai em frente imitando Ebenezer Scrooge.
Jesus falou a respeito desse espírito generoso quando disse:
"Ao que demandar contigo e tirar-lhe a túnica, deixa-lhe também a capa. Se
alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" (Mt 5.40-41).
O espírito generoso impulsionou Boaz a andar a segunda milha com
Rute, mesmo antes de imaginar que ela se tornasse sua esposa (Pensava que ela
seria atraída a um homem mais jovem - Rt 3.10.).
Mesmo assim, Boaz dedicou a ela tempo extra, atenção, trigo, respeito, favor e
honra.
Que tal você? Alguém atribuiria generosidade à sua liderança?
BOAZ E RUTE DEMONSTRAM CARÁTER... E ISSO SE PAGA (Rt 4.1-6)
Rute e Boaz queriam que o seu relacionamento progredisse, mas,
quando a verdade veio à luz, Boaz informou a Rute que precisava tomar a decisão
diante dos líderes da cidade. Rute se submeteu, jamais punindo o seu desejo de
casar-se novamente. O caráter habilita o líder a fazer o que é certo, mesmo
quando isso é difícil.
MULHERES QUE FIZERAM A DIFERENÇA (Rt 4.13-17)
Rute e Noemi constituem apenas dois exemplos de mulheres nas
Escrituras que fizeram a diferença. Essas heroínas aparecem em toda parte no
Antigo e Novo. Estude essas senhoras e seja encorajado:
A mulher de Pilatos (Mt 27.19-24), A
mulher que lavou os pés de Jesus (Lc 7.36-50), A
mulher samaritana (Jo 4), A
viúva no templo (Mc 12.41-44), Abigail (ISm 25.1-42),
Ana (I Sm
1.2—2.21), Ana (Lc 2.36-38),
Débora (Jz 4; 5),
Dorcas (At 9.36-42), Ester (Livro de Ester), Eunice (At 16.1-3; 2Tm 1.5),
Eva (Gn 2; 3; 2Co 11.3),
Febe (Rm
16.1-2), Isabel (Lc 1.5-80),
Joquebede (Êx
2.1-11; 6.20),
Lídia (At 16.12-15,40), Lóide (2Tm 1.5),
Maria (Lc
10.38-42; Jo
12), Maria Madalena (Mt
20.1-18; 27.56,61),
Maria, mãe de Jesus (Mt I; 2; Lc I; 2), Marta (Lc
10.38-41; Jo II), Miriã (Êx 15.20-21),
Priscila (At 18.2,18,26), Raabe (Js 2; 6.17-25),
Raquel (Gn 29—31), Rebeca (Gn 24; 25.20-28),
Sara (Gn 2; 12; 16; 18),
Suzana (Lc
8.3)
Fome na Casa do Pão - (Rt 1.1-22) -
Comentários Expositivos Hernandes Dias Lopes
Vamos olhar na perspectiva da fome na Casa do Pão, fazendo uma
aplicação para a igreja contemporânea.
A fome é uma experiência dolorosa. Ela produz inquietação,
desespero e até mesmo a morte. Todavia, a fome é capaz de alimentar-se da
própria morte. Há muitos anos, um avião caiu nas montanhas geladas dos Andes.
Muitas pessoas morreram. Os que escaparam da morte, transidos de frio e
castigados pela fome, alimentaram-se de carne humana para sobreviverem. Seus
companheiros de viagem tornaram-se alimento. Para fugirem da morte,
sobreviveram por causa da morte daquelas desventuradas vítimas.
Estive visitando a Coréia do Sul em 1997. Ao mesmo tempo que vi a
riqueza e a prosperidade daquele tigre asiático, emergido das cinzas e dos
destroços da guerra e da opressão, vi também a miséria amarga em que se
encontrava a Coréia do Norte. Dominada pela mão de ferro do ditador Kim
Jong-II, aquela nação está ainda imersa no mais profundo desespero econômico.
Enquanto o governo vive encastelado na pompa mais regalada, o povo é assolado
por uma pobreza aviltante. Retornando daquela viagem, li na Folha de S. Paulo,
no dia 2 de maio de 1997, que as autoridades sanitárias da Coréia do Norte
estavam tomando medidas drásticas para evitar que as pessoas castigadas pela
fome comessem os seus próprios mortos.
A fome é pior do que a morte. Quando Jerusalém foi entrincheirada
por Nabucodonosor, os judeus viveram também essa dramática realidade. Jeremias
chegou a dizer que os que morreram à espada foram mais felizes do que aqueles
que sucumbiram pela fome (Lm 4.9). A
fome mata pouco a pouco. E uma tortura em câmara lenta. Ela suga as energias e
retira lentamente o oxigênio da pessoa. A fome dói. A fome consome. A fome
mata.
(Parêntese do Pr. Henrique - "Certo dia o rei de Israel estava
passando por cima da muralha da cidade, quando uma mulher gritou para ele: Ó
rei, meu senhor, me ajude! Ele respondeu: Se o SENHOR Deus não ajudar você,
como é que eu posso ajudá-la? Você pensa que eu tenho trigo ou vinho? Mas diga
qual é o seu problema. Ela respondeu: Outro dia esta mulher me disse: Vamos
comer o seu filho hoje e amanhã comeremos o meu. Então nós cozinhamos o meu
filho e o comemos. No dia seguinte eu disse que era a vez de comermos o filho
dela, mas ela o escondeu!
Ao ouvir isso, o rei rasgou as suas roupas em sinal de desgosto, e as pessoas
que estavam perto da muralha viram que por baixo das suas roupas ele estava
vestido com roupa de pano grosseiro.") (2Reis 6.26-30).
Há fartura de pão no mundo, mas o descaso daqueles que têm fartura
de pão por aqueles que estão famintos é tão grande que ainda vemos rostos
desfigurados pela fome, crianças revirando os latões de lixo das nossas
cidades, disputando com os urubus e cães doentes um pedaço de pão para mitigar
a macabra fome. Enquanto uma minoria banqueteia-se regaladamente, ainda
assistimos ao espetáculo doloroso de crianças e velhos com o ventre estufado,
com o corpo macérrimo, com a pele furada pelas costelas em ponta, com os olhos
sem brilho e o coração sem esperança, fuzilados pela dor de um estômago vazio.
Milhões de pessoas morrem no mundo todos os anos, vitimadas pela
fome. Outras vivem com o ventre empanturrado de farinha com água, mas
desnutridas. Não poucos têm pão, mas com escassez. Li sobre uma grande família
no sertão brasileiro que passou uma semana inteira alimentando-se apenas com um
quilo de feijão. Todos os dias cozinhavam o mesmo feijão, tomando apenas o seu
caldo.
A fome é uma realidade universal. Ela tem castigado o ser humano
desde o começo da humanidade, e é uma das marcas do fim dos tempos. Belém de
Judá também estava enfrentando um tempo de fome (1.1-3). A terra que manava
leite e mel estava agora assolada. O solo ubérrimo se tornara seco e estéril.
Os campos férteis não tinham nenhum sinal de vida. A fome alastrava-se,
deixando um rastro de pânico e medo. A crise econômica era consequência da
crise espiritual. Aquele era o tempo dos juizes, um longo período de mais de
trezentos anos de muita instabilidade e inconstância do povo de Israel. O povo
só se voltava para Deus na hora do aperto, mas se esquecia dEle nos tempos de
bonança. Na verdade, aquele foi um tempo em que a nação se desviara de Deus.
Cada um seguia o seu próprio coração. A Palavra de Deus fora esquecida, a
apostasia tomou conta do povo e este virou as costas para o Senhor. A seca, a
invasão do inimigo e a fome vieram, então, como juízo de Deus sobre a nação
rebelde.
Quando o povo se afasta de Deus, os céus retêm as chuvas, e a fome
assola a terra. Quando a igreja perde o fervor espiritual, ela perde a
capacidade de alimentar as multidões com o pão espiritual. Quando falta pão na
igreja, o mundo entra em colapso. Esse fato pode ser visto no livro de Rute.
Fome de pão na Casa do Pão
Na Segunda Guerra Mundial, houve muitas atrocidades. Homens
perversos, embrutecidos e dominados pela malignidade sacrificaram milhões de
vidas, fazendo-as perecer nas câmaras de gás, nos paredões de fuzilamento, nos
campos de concentração e castigando-as com trabalhos forçados e escassez de
pão.
Após a guerra, várias crianças órfãs foram levadas para um
orfanato. Inquietas, elas não conseguiam dormir. Ao serem observadas por um
psicólogo, este percebeu que a inquietação das crianças era a insegurança e o
medo de lhes faltar o pão. O medo da fome lhes roubava o sono. O psicólogo
orientou que cada criança antes de dormir deveria receber um pedaço de pão não
para comer, mas para segurar. Assim, as crianças se aquietaram e conseguiram
dormir seguras e sossegadas. A fome traz inquietação. A certeza de que teriam
pão no dia seguinte curou as crianças da inquietação que lhes roubava o sono.
Houve fome de pão em Belém, a Casa do Pão. Belém é um símbolo da
igreja. Muitas vezes, também, falta pão na igreja, e as pessoas começam a
passar fome. O pão que falta na igreja não é aquele feito de trigo, mas aquele
que procede da boca de Deus. E a fome desse pão do céu que nos faz buscar a
Deus com todas as forças da nossa alma.
No dia em que a nossa fome de Deus for maior do que a fome por
comida, por dinheiro, por fama e reconhecimento, então poderemos experimentar
as maravilhas de Deus. No entanto, precisamos também tapar os ouvidos ao clamor
pessimista daqueles que nos dizem que não vamos conseguir, que a crise nos
vencerá e que jamais Deus nos dará pão com fartura.
Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas se desesperam
O livro de Rute é uma história de amor que ensina ricas lições
espirituais. Tommy Tenney, em seu livro Os caçadores de Deus, faz uma profunda
e pertinente exposição do capítulo primeiro de Rute. Ele escreve sobre a fome
que castigou a cidade de Belém e suas implicações para a igreja contemporânea.
Houve um tempo em que o nome da cidade de Belém era apenas uma propaganda
enganosa, uma promessa vazia, uma negação da sua realidade. Houve um dia em que
os fornos de Belém ficaram frios e cobertos de cinza, e as prateleiras, vazias.
A terra tórrida gemia sob o calor inclemente e escaldante do sol. A chuva
dadivosa e benfazeja foi retida, e o céu fechou suas comportas. A semente
perecia sem vida no ventre da terra. Nos pastos, o gado mugia desassossegado
pela fome. Nos currais, não havia ovelhas. Nos campos, outrora farturosos, não
havia frutos. Nas casas, não havia pão, e o povo começou a passar fome.
Onde há fome, há inquietação. Aonde a fome chega, reina o
desespero. A fome é implacável. Ela abate sem piedade as suas vítimas. A Casa
do Pão ficou sem pão. As pessoas chegavam de todos os lados à procura de pão,
mas voltavam de mãos vazias. Suas esperanças eram frustradas. Belém tornou-se
um lugar de inquietação e angústia, e não de satisfação e plenitude.
Belém, um retrato da igreja
A Casa do Pão, vazia de pão, é um retrato da igreja contemporânea.
A igreja também é a casa do pão. As pessoas estão famintas. Elas têm
necessidades não do pão que perece, mas do pão da vida./ O próprio Deus é quem
coloca essa fome em nós: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei
fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do
Senhor” (Am 8.11). Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja,
mas não encontram nela o pão da vida. Muitas pessoas buscam Deus na igreja, mas
não o encontram na igreja. Encontram muito do homem e pouco de Deus. Encontram
muito ritual e pouco pão espiritual. Encontram muito da terra e pouco do céu.
A igreja hoje está também substituindo o pão do céu por outro
alimento. Está pregando o que o povo quer ouvir, e não o que o povo precisa
ouvir. Prega-se para agradar, e não para alimentar. Dá-se palha, em vez de
trigo, ao povo (Jr
23.28).
Há igrejas, também, que, além de não terem pão, estão vendendo
farelo para o povo, e cobrando caro por ele. Há líderes que, além de adulterar
o evangelho, ainda o têm comercializado e mercadejado. Na ânsia do ter mais do
que na busca do ser, muitas igrejas estão desengavetando as indulgências da
Idade Média, dando-lhes novas roupagens, mercadejando a graça de Deus e
induzindo o povo incauto ao misticismo mais tosco.
Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas deixam a Casa do Pão
(Parêntese do Pr. Henrique - Abraão e Isaque desceram ao Egito e a
Gerar em busca de Pão, DEUS impediu Isaque de chegar ao Egito, mas ficou em
Gerar.)
A fome deixa as pessoas desassossegadas. Ela move e remove as
pessoas do seu lugar. Os irmãos de José desceram ao Egito para comprar pão. Os
quatros leprosos de Israel arriscaram suas vidas para procurar pão no
acampamento do inimigo.
Quando a fome chegou a Belém, Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom
abandonaram a cidade do pão. Eles colocaram o pé na estrada da fuga, em vez de
escolher o caminho do enfrentamento (e do arrependimento - Pr Henrique). Eles
saíram movidos pela visão humana, e não guiados pela fé. Como Ló, buscaram
segurança, e não a vontade de Deus. Buscaram novos horizontes, e não a direção
do céu.
Elimeleque, em vez de buscar a Deus para resolver o problema, fugiu
das circunstâncias adversas. Em vez de clamar aos céus por restauração, ele e
sua família fugiram da Casa do Pão para as terras de Moabe ( Pr. Henrique -
deixaram de buscar a solução no DEUS verdadeiro para buscarem em Quemos, deus
dos amonitas).
Muitas pessoas deixam a igreja quando falta pão na Casa do Pão.
Muitas pessoas vão procurar alimento em seitas heréticas, onde só tem veneno
mortífero. Outras rebuscam os farelos do próprio mundo como fez Demas que amou
o presente século e abandonou a fé (2Tm 4.10). A
solução não é abandonar a Casa do Pão, quando falta pão. O verdadeiro pão só
pode vir do céu. Ele não é produzido pelo esforço humano. É dádiva divina. A
solução não é fugir à procura de outro pão, mas rogar ao Senhor que nos dê
novamente o pão do céu.
Os tempos de restauração nascem da consciência de crise. E quando
sentimos nossa falência espiritual que nos prostramos aos pés do Senhor,
clamando por restauração. E quando os nossos celeiros estão vazios que somos
desafiados a clamar por pão. Quando há sinais de fome em nossas entranhas é que
clamamos como o filho pródigo: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com
fartura, e eu aqui morro de fome!” (Lc 15.17). A
crise, longe de nos levar para as terras de Moabe e para as campinas do Jordão
ou mesmo para as planícies do Egito, deveria nos levar para os joelhos e para
uma busca sem trégua de restauração.
Uma triste constatação
Uma pergunta surge por todos os lados: por que as pessoas deixam a
igreja ou não são atraídas a ela? A resposta é: Porque não há pão. O pão era um
símbolo da presença de Deus. Havia o pão da proposição, ou seja, o pão da
presença (Nm
4.7). O pão indica a presença de Deus. Nada satisfaz as pessoas de
forma plena senão Deus. O próprio Deus colocou a eternidade no coração do
homem. Você pode ter templos suntuosos, pregadores eruditos, música de
qualidade superlativa, mas só Deus satisfaz a alma.
Como o pai aflito que rogou aos discípulos de Jesus que libertassem
seu filho possesso, mas saiu desiludido pela falta de poder deles, temos visto
também uma igreja que tem conhecimento, mas não tem poder. E outras que
trombeteiam poder, mas não têm nem conhecimento nem poder. As multidões não
estão encontrando pão na Casa do Pão.
Muitas vezes, falamos que está fluindo sobre nós um rio de vida,
mas o que as pessoas vêem é um rio de palavras vazias. Temos palavra, mas não
temos vida. Temos doutrina, mas não temos poder. Temos ortodoxia, mas não temos
unção. Temos receita de pão, mas não temos pão.
Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas buscam alternativas
perigosas
Elimeleque e sua família, ao enfrentarem a crise da fome, fugiram
para Moabe. Quando Belém, a Casa do Pão, ficou vazia, aquela família se viu
obrigada a procurar pão em outro lugar. O dilema é que Moabe não era um lugar
seguro para aquela família; ao contrário, um lugar de sofrimento, doença,
pobreza e morte. As alternativas do mundo podem nos jogar na cova da morte.
Elimeleque e seus filhos Malom e Quiliom morreram em Moabe. Eles
perderam a vida buscando a sobrevivência. Eles encontraram a morte, em vez de
segurança. Eles encontraram a sepultura, em vez de um lar. Eles, no afã de
evitarem a fome em Belém, encontraram a morte em Moabe. Onde eles pensaram que
preservariam a vida, a perderam.
A segurança de Moabe é falsa. A fartura de Moabe é enganosa. Moabe
significou para Noemi doença, pobreza e viuvez. Moabe significou para Noemi a
perda dos seus dois filhos. Moabe é um símbolo do mundo e de sua aparente
segurança. Moabe levará os seus filhos e os enterrará antes do tempo. Moabe
separará você do seu cônjuge. Moabe tirará a sua alegria e encherá o seu
coração de amargura. O preço cobrado em Moabe é muito alto: lá as pessoas pagam
com seus casamentos, seus filhos e suas próprias vidas. Na verdade, Noemi
partiu cheia de esperança e voltou pobre, vazia, amargurada e ferida (1.20,21).
Quando volta a ter pão na Casa do Pão, as pessoas correm para a
Casa do Pão
Há um rumor que chega até Moabe: “Então, se dispôs ela com as suas
noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se
lembrara do seu povo, dando-lhe pão” (1.6). Noemi volta porque ouviu falar que
havia pão em Belém. Há um murmúrio que percorre as nossas cidades, ruas e
becos; é o murmúrio dos famintos. Se somente um deles ouvisse um boato de que o
Pão está de volta à Casa do Pão, a notícia logo se espalharia com grande
intensidade, e as multidões seriam atraídas irresistivelmente à Casa do Pão. Os
famintos viriam e constatariam que a propaganda não é enganosa. Elas diriam:
não é uma farsa. E verdade, realmente existe pão com fartura, podemos matar a
nossa fome. Deus está na igreja. A glória de Deus resplandece na igreja. O Pão
do Céu é oferecido gratuitamente na igreja!
Sim, como necessitamos do Pão do Céu em Belém! Sim, como
necessitamos da gloriosa presença de Deus em nossas igrejas! Tão logo as
pessoas saibam que Deus está na igreja, elas virão de todos os lados. Tudo o
que precisamos é da presença de Deus, é da glória de Deus sobre nós, é de pão
com fartura para os famintos.
A história dos avivamentos nos mostra essa gloriosa verdade. Quando
Deus visita o Seu povo, as multidões são atraídas à igreja. Os corações se
rendem a Jesus, e a igreja se levanta no poder do Espírito Santo para alimentar
os famintos com o Pão do Céu. Não precisamos nos contentar com migalhas. Não
precisamos viver de farelos. Não precisamos nos alimentar das migalhas que caem
da mesa. O Senhor nos oferece um banquete, fornadas de pão quente preparado nos
fornos do céu.
Quando há pão na Casa do Pão, as pessoas nos acompanharão à Casa do
Pão
Rute acompanhou Noemi a Belém (1.16-19,22). Da mesma maneira que
Rute, uma gentia, acompanhou Noemi à Casa do Pão, também as multidões famintas
nos acompanharão à Casa de Deus quando souberem que Deus nos visitou com
abundância de pão. As pessoas virão à igreja quando provarem o pão da presença
de Deus.
Rute encontrou pão em Belém. Ela saiu de Moabe, lugar de morte, e
encontrou a vida e um futuro glorioso em Belém. Ela tornou-se avó de Davi, um
símbolo do Rei messiânico. Davi nasceu em Belém, a Casa do Pão. Mas Rute também
foi um membro da genealogia de Jesus. Jesus também nasceu em Belém. Ele é o Pão
da Vida (Jo 6.35,48). O Pão da Vida nasceu na Casa do Pão. Agora temos o Pão do
Céu na Casa do Pão. A todos os que têm fome, Ele diz: “Este é o pão que desce
do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu
do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (Jo 6.50,51).
Quando tem pão na Casa do Pão, os pródigos voltam à igreja. Noemi
voltou para Belém. A igreja ficará cheia quando as pessoas souberem que lá
encontrarão pão com fartura. Quando Deus visita o Seu povo com Pão na Casa do
Pão, os cultos tornam-se cheios de vida. Há sincera e abundante adoração. As
músicas tornam-se cheias de alegria, as orações cheias de fervor, e os crentes
cheios do Espírito.
Que a fome de Deus seja o sinal distintivo da nossa vida. Que a
nossa fome de Deus seja maior do que a nossa fome pelas bênçãos de Deus.
Os pródigos não voltarão sozinhos à Casa do Pão
Rute voltou com Noemi. Noemi voltou e trouxe Rute. Semelhantemente,
quando a igreja é restaurada, não somente os que saíram dela voltam, mas trazem
outras pessoas. Quando o Espírito de Deus é derramado, os descendentes de Jacó
brotam como os salgueiros junto à corrente das águas (Is 44.4).
Precisamos fazer como os quatro leprosos de Samaria ao encontrarem pão: “Não
fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos” (2 Rs 7.9).
Precisamos sair pelas ruas da cidade, pelas praças e becos dizendo que tem pão
na Casa do Pão.
Se Deus realmente se manifestar com poder na igreja, o rumor dos
famintos se espalhará no campo e na cidade. Antes de podermos abrir as portas,
os famintos já estarão na fila esperando o pão. E, quando os pródigos voltarem,
não voltarão sozinhos, os gentios que habitavam em Moabe voltarão com eles.
Notas do capítulo
- Larson, Gary N. The new Ungers Bible hand-book. Chicago,
Illinois. Moody-Press, 1984: p. 140. - Tenney, Tommy. Os caçadores de Deus.
Belo Horizonte, MG. Editora Dynamus, 2000: p. 34.
Tenney, Tommy. Os caçadores de Deus, 2000: p. 36. - Tenney, Tommy.
Os caçadores de Deus, 2000: p. 46.
Rute - Comentários da Bíblia Diário Vivir (ESP)
1.1 A história do Rute transcorre em algum momento durante o
período dos juizes. Aqueles eram dias negros para o Israel, quando "cada
um fazia o que bem lhe parecia" (Jdg 17:6; Jdg 21:25). Mas em meio desses
tempos escuros e maus, até havia quem seguia a Deus. Noemí e Rute são exemplos
formosos de lealdade, amizade e entrega a Deus e ao um pelo outro.
1.1, 2 Moabe era a terra ao leste do Mar Morto. Era uma das nações
que oprimiram ao Israel durante o período dos juizes (Jdg 3:12ss), assim é que
havia hostilidade entre as duas nações. A fome deveu ter sido bastante severo
no Israel para que Elimeleque decidisse ir-se daí com sua família. Lhes chamava
efrateos porque Efrata era o nome antigo de Presépio. Até se o Israel
derrotasse ao Moabe, seguiriam as tensões entre eles.
1.4, 5 As relações amistosas com os moabitas não se passavam (Deu
23:3-6) embora possivelmente não se proibiram, já que os moabitas viviam fora
da terra prometida. Casar-se com um cananeu (e com qualquer que vivesse dentro
das fronteiras da terra prometida), estava, entretanto, contra a Lei de Deus
(Deu 7:1-4). Aos moabitas não lhes permitia adorar no tabernáculo porque
durante o êxodo do Egito não permitiram aos israelitas passar através de sua
terra.
Como nação escolhida de Deus, Israel deveu ter estabelecido as
normas de uma vida de alta moral para as outras nações. É irônico, mas foi
Rute, uma moabita, a quem Deus usou como exemplo de caráter espiritual genuíno.
Isto mostra quão estéril era a vida do Israel nesses dias.
RUTE E NOEMI
As histórias de algumas pessoas na Bíblia se encontram tão
entrelaçadas que quase são inseparáveis. Sabemos mais a respeito de sua relação
que delas como indivíduos. E em uma era que rende culto à personalidade, suas
histórias são modelos úteis que ajudam às boas relações. Noemí e Rute são
exemplos formosos desta fusão de vidas. Suas culturas, seus antecedentes
familiares e sua idade eram muito diferentes. Como sogra e nora, talvez tenham
tido tantas oportunidades de tensão como de ternura. E assim se mantiveram
unidas a uma à outra.
Passaram por profunda tristeza, quiseram-se muito e entregaram por
completo ao Deus do Israel. E apesar de sua interdependência, tinham liberdade
quanto a seu compromisso da uma pela outra. Noemí estava disposta a permitir
que Rute retornasse a sua família. Rute estava disposta a deixar sua terra
natal e ir ao Israel. Noemí incluso ajudou nos acertos matrimoniais do Rute e
Booz mesmo que isto podia trocar sua relação com ela.
Deus estava no centro de sua comunicação íntima. Rute chegou a
conhecer deus do Israel através do Noemí. A anciã permitiu que Rute visse,
escutasse e sentisse todo o gozo e a angústia de sua relação com Deus. Quão frequentemente
sente você que seus pensamentos e perguntas a respeito de Deus devem ficar fora
de uma amizade íntima? Quão frequentemente expressa seus desordenados
pensamentos a respeito de Deus com sua esposa ou com seus amigos? Expressar
abertamente a respeito de nossa relação com Deus pode brindar profundidade e
intimidade a nossa relação com outros.
Pontos fortes e lucros :
-- Uma relação em que o vínculo maior era a fé em Deus
-- Uma relação de um sólido compromisso mútuo
-- Uma relação em que cada pessoa tratou de fazer o melhor para a
outra
Lições de sua vida :
-- A presença viva de Deus em uma relação supera as diferenças que
de outro modo criam divisão e desarmonia
Dados gerais :
-- Onde: Moabe, Presépio
-- Ocupações: Algemas, viúvas
-- Familiares: Elimelec, Mahlón, Quelión, Orfa, Booz
Versículo chave :
"Respondeu Rute: Não me rogue que te deixe, e me além de ti;
porque a em qualquer lugar que você for, irei eu, e em qualquer lugar que
viver, viverei. Seu povo será meu povo, e seu Deus meu Deus" (Rth 1:16).
Sua história se relata no livro do Rute. Mat 1:5 também menciona ao
Rute.
1.8, 9 No mundo antigo quase não havia nada pior que ser viúva.
Maltratavam-nas ou as passavam por cima. Quase sempre eram pessoas golpeadas
pela pobreza. A Lei de Deus, entretanto, estabelecia que o parente mais próximo
do marido falecido devia cuidar da viúva; mas Noemí não tinha parentes no Moabe
e não sabia se existia algum vivo no Israel.
Até nessa situação se desesperada, Noemí teve uma atitude
desinteressada. Embora decidiu retornar ao Israel, animou ao Rute e a Orfa para
que ficassem no Moabe e começassem uma nova vida, embora isso significasse mais
dor para ela. Como Noemí, devemos considerar as necessidades de outros e não só
as nossas. Conforme descobriu Noemí, quando você atua desinteresadamente,
outros se sentirão animados a seguir seu exemplo.
1.11 O comentário do Noemí aqui ("eu tenho mais filhos no
ventre que possam ser seus maridos?") refere-se ao levirato, a obrigação
do irmão do finado de cuidar sua viúva (Deu 25:5-10). Esta lei evitava que a
viúva ficasse na miséria e proporcionava uma forma para que continuasse o nome
do finado algemo.
Noemí, entretanto, não tinha outros filhos que se casassem com o
Rute nem com a Orfa, assim que as animou para que ficassem em sua terra natal e
se voltassem a casar. Orfa esteve de acordo, o qual era seu direito. Mas Rute
esteve disposta a renunciar à possibilidade de segurança e filhos para cuidar
do Noemí.
1.16 Rute era uma moabita, mas isso não lhe impediu de adorar ao
Deus verdadeiro, nem tampouco impediu a Deus aceitar sua adoração e encher a de
grandes bênçãos. Deus não amava unicamente aos judeus. Deus escolheu aos judeus
como instrumento para que o resto do mundo o conhecesse. Isto se cumpriu quando
Jesus nasceu como judeu. Através do, todo mundo pode conhecer deus. At 10:34-35
diz que "Deus não faz acepção de pessoas, mas sim em toda nação se agrada
do que lhe teme e faz justiça". Deus aceita a todos os que o adoram; atua
através das pessoas sem importar raça, sexo ou nacionalidade. O livro do Rute é
um exemplo perfeito da imparcialidade de Deus. Embora Rute provinha de uma raça
frequentemente desprezada pelos israelitas, foi benta por sua fidelidade.
Chegou a ser a bisavó do rei Davi e um antepassado direto do Jesus.
1.20, 21 Noemí experimentou várias penúrias. Abandonou o Israel
casada e segura; retornou viúva e pobre. trocou-se o nome para expressar sua
amargura e a dor que sentia. Noemí não rechaçava a Deus ao manifestar
abertamente sua dor. Entretanto, tal parece que perdeu a visão dos tremendos
recursos que tinha em sua relação com o Rute e com Deus. Quando em frente
momentos amargos, Deus receberá com agrado suas orações sinceras, mas cuide-se
de não passar por cima o amor, a força e os recursos que O provê nas pressente
relações. E não permita que a amargura e a desilusão o ceguem ante as
oportunidades.
1.22 Presépio estava a uns oito quilômetros ao sul de Jerusalém. O
povo estava rodeado por exuberantes campos e arvoredos de olivos. Suas
colheitas eram abundantes.
A volta do Rute e Noemí a Presépio foi sem dúvida parte do plano de
Deus porque nesta aldeia nasceria Davi (1Sa 16:1) e como o predisse o profeta Miquéias
(Mic 5:2), também Jesus nasceria ali. Esta ação, foi mais que uma simples
conveniência para o Rute e Noemí. Conduzia ao cumprimento da Escritura.
1.22 devido a que o clima do Israel é muito moderado, há duas
colheitas cada ano, na primavera e no outono. A colheita de cevada se levava a
cabo na primavera e foi nesse tempo de esperança e de plenitude que Rute e
Noemí retornaram a Presépio. Presépio era uma comunidade agrícola e devido a
que era época de colheita, havia muito grão restante nos campos. Este grão
podia compilar-se ou espigar-se e logo convertê-lo em alimento. (se desejar
mais informação sobre espigar, veja-a nota a 2.2.)
Rute - Comentário Neves de Mesquita AT
1) Fome e imigração de Elimeleque (1:1-5) -
"Nos dias em que os juízes governavam, houve uma fome na
terra" (v. 1). Este verso coloca o episódio do livro numa época certa,
mesmo que não tivesse sido escrito nela . Pertence, pois, ao período dos
juízes. Nós acabamos de estudar este livro; estamos mais ou menos familiares
com a situação em que estes homens governavam. Uns por façanhas, como Sansão,
outros por ganância de poder, como Abimeleque (cap. 9), alguns por outros
motivos ou intenções. Nesta época, Elimeleque, sua mulher e filhos dirigem-se
para Moabe, provavelmente uma pequena região. O uso da palavra campo não parece
indicar a grande terra dos moabitas. Possivelmente seria a região rica e bem
regada junto ao Arnom, perto dos rubenitas. Assim sendo. Elimeleque estava
junto da família mesmo em terra estranha. Havia dois filhos que se teriam unido
aos pais para o cultivo de um bom pedaço de terra.
O nome de um era Malom, que significa "delicado", o do
outro, Quilom, que significa "fraco". Noemi significa
"agradável", gentil. Família de quatro pessoas, bem-comportadas,
família caseira e unida, seria um estímulo aos seus aparentados moabitas, cujos
costumes eram bem diferentes, pelo que sabemos das suas crônicas religiosas (Núm. 25).
Os dois rapazes, solteiros que eram, casaram com moabitas. O casamento com
moabitas não estava totalmente proibido porque eles não eram considerados como
os cananeus. Apenas não podiam ser admitidos no templo ou na religião, a menos
que fossem circuncidados. No tempo de Herodes, o Grande, muitos moabitas se
infiltraram em Israel e, para poderem gozar dos benefícios da religião e da
sociedade, não hesitaram em se deixar circuncidar. As mulheres se chamavam Orfa
e Rute. O nome da primeira significa bondosa ou a que vira as costas. O da
segunda significa rosa. Depois morreram Elimeleque e os dois filhos, deixando
três viúvas em terra estranha. Rute era a esposa de Malom, talvez o mais velho.
O Targum diz que ela era filha de Eglom, rei dos moabitas (Jul. 3:14). Se o
Targum estiver certo e este Eglom, pai de Rute, for o Eglom de Juízes 3:14,
então temos um ponto certo sobre a data do livro dos juízes. Mas não parece
proceder a ideia expressa pelo Targum. A morte dos dois rapazes tem sido
atribuída ao seu casamento com estranhas, o que não nos parece certo. Houve
muitos casamentos com mulheres de fora da comunidade hebraica, mas não nos
consta que os homens tivessem morrido por isso. Os nomes dos rapazes
("delicado" ou "definhamento" e outro "consunção"
ou fraco) nada indicam quanto à sua morte. Morreram prematuramente, sem que se
saiba por que. De qualquer modo, tinha razão Noemi em dizer que o Senhor havia
descarregado a sua mão sobre ela.
2) Noemi e Rute voltam a Judá (vv. 6-18).
Ouviram que tinha chovido em Israel e o Senhor se lembrara do Seu
povo. Então Noemi decidiu voltar à sua terra. Os laços de amizade com as duas
noras eram muito fortes e elas não queriam separar-se dela. Foi um gesto muito
tocante. Como é que duas estrangeiras, de costumes diferentes, e, por que não
dizer, de índoles diferentes, se uniram assim à sua sogra? Noemi não queria que
elas a acompanhassem. As duas insistiram em acompanhar a sogra. A expressão de
Noemi, que cada uma voltasse a "terra de sua mãe", quando deveria ter
dito "terra de seus pais", é significativa. Dá a entender que, sendo
sogra, só podia pensar nas mães das noras. Parece que o pai de Rute ainda
vivia, pois foi lembrado por Boaz (2:11).
"O Senhor vos dê que acheis descanso, cada uma em casa de seu
marido. E Noemi beijou-as, em despedida (v. 9). Eram moças e bem podiam
encontrar rapazes que as quisessem. Elas responderam, chorando em altas vozes:
"Não, iremos contigo ao teu povo." Noemi insistiu com elas para
voltarem às suas casas e a seus deuses. Deus poderia dar-lhes descanso
(benevolência significa descanso) enquanto em Judá talvez não tivessem isso. É
interessante notar que o nome Jeová, aqui traduzido Senhor, já era conhecido
das moças, e até o seria entre os moabitas, de modo geral. Em hebraico menuchah
significa lugar de descanso e é sinônimo de descanso em vista de promessa.
Noemi alega mais que, não tendo outros filhos, não estava na obrigação de os
dar às viúvas, conforme preceitua Deuteronômio 25:5,
conferido com Mateus
22:23-33. Foi em virtude dessa lei, que Boaz veio a casar com Rute. Se essa
lei existia em Moabe não se sabe, mas é possível que não. Existia em Israel, e
Noemi está pensando em termos de israelita.
Noemi sente-se amargurada por causa das noras, em não poder
dar-lhes outros maridos (v. 13). "A mim me amarga o ter o Senhor
descarregado contra mim a sua mão." Noemi sente-se frustrada na sua vida.
Acha que Deus foi severo com ela, levando-lhe o marido e os dois filhos e
deixando-a agora com duas noras, que não queriam separar-se dela. Não sabia que
isto estava de antemão planejado. Havia outro plano a ser realizado em Israel,
mas, como de nada sabia, falava como quem fala para o seu momento. Então
voltaram a chorar as três. Orfa com um beijo se despediu da sogra para ir ao
seu povo e aos seus deuses. Rute, porém, se apegou à sua sogra e a não deixou.
A resolução de Rute era inabalável e a sua linguagem não podia deixar qualquer
dúvida, tornando-se até um modelo de decisão e amor: "Onde quer que
morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada. Assim rne faça o Senhor, e outro
tanto se outra coisa que não seja a morte me separar de ti" (v. 17). Que
linda linguagem, que belas imagens de pensamentos de uma moabita! Vendo, pois
Noemi que a moça de todo estava decidida a jogar sua sorte com a sogra, deixou
de instar com ela. Amizades verdadeiras são raras, mas quando se encontram,
constituem uma riqueza. Que mais poderia Noemi esperar da terra estranha, onde
perdeu o marido e os filhos? Se ela voltasse rica e cheia de
"amigos", isso ainda não compensaria a amizade sincera de uma jovem
de outra linhagem, e de outra religião, de outros costumes. Aliás, pela
leitura, vê-se claro que Rute já tinha adotado a Jeová como o seu Deus. Os
deuses antigos da sua família ficavam para trás. Deus, por sua vez, não
deixaria de honrar uma fé como a desta moça. E honrou-a dando-lhe um marido
ideal e uma linhagem como nunca ela poderia ter em sua terra. Assim Deus, o bom
Deus, galardoa os que lhe obedecem e o seguem.
3) Um regresso triste (vv. 19-22).
"Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém."
A viagem não era muito comprida, mas também não era muito curta. Uns 80
quilômetros, se tanto. Se voltassem pelo sul do Mar Morto, teriam de dar uma
grande volta e subir pelo deserto de Judá, uma viagem perigosa e cansativa.
Voltando pelo caminho que nos parece mais
lógico, atravessariam o território de Rúben e de Gade e passariam o
Jordão, no vau de Jericó. Dali para Belém era um salto, viagem de um dia e
meio. Não sabemos qual teria sido o caminho, mas podemos crer que o curso aqui
proposto foi o seguido por elas. Basta imaginar duas mulheres sozinhas, com as
trouxas à cabeça, andando de vila em vila, parando aqui e ali para se alimentar
e para dormir, em estalagens nem sempre muito confortáveis e seguras. Que de
heroísmo e coragem! Certamente já estavam seguras de que o Deus de Israel as
guardaria. Doutra sorte nem teriam ânimo para a viagem. Atualmente há boas
estradas, mas, naqueles longínquos tempos, nada disso havia. Agora se vai de
automóvel, por uma estrada asfaltada, do antigo território dos rubenitas até Jerusalém
e a viagem se faz em poucas horas. Então não seria assim. Era um tempo em que
nem havia reis em Israel e cada qual fazia o que bem parecia aos seus olhos (Juí.
21:25).
Finalmente chegaram a Belém-Efrata, assim chamada antigamente. Toda
a cidade se alvoroçou (comoveu) (v. 19). Não era para menos. Depois de dez anos
de ausência, voltava uma antiga belemita, desfilhada e viúva, acompanhada de
uma estranha, que logo foi apresentada como sendo a sua nora, também viúva.
Então se diria: "Que houve, que todas estas mulheres ficaram viúvas?"
Somos levados a crer que a família de Elimeleque era muito conhecida, e ele era
um lavrador, talvez bem situado financeiramente. Possivelmente, o parente Boaz
estaria por ali e se alegraria com a volta da parenta, que talvez ele nem
pensasse voltaria. O serviço de correio naqueles tempos era coisa muito rara e
só existia para os negócios do Estado. Os particulares, quando se mudavam,
morriam na lembrança dos que ficavam. Assim Boaz teria ficado alegre ao saber
da volta da sua parenta. As mulheres diziam (eram as mulheres porque o verbo
hebraico está na forma feminina) : "Não é esta Noemi?
Ela respondia: "Não me chameis Noemi e sim MARA, porque amarga
tem sido a minha vida. O substantivo Mara - amargo ou amarga - veio de Êxodo 15:23,
quando os israelitas não puderam beber as águas, de amargas que eram. Noemi se
considerava de vida amarga, pois com grande amargura o Todo-Poderoso a tinha
afligido. O nome divino El-Elion, muito antigo, e que sempre denotava poder
para socorrer, fora contrário a Noemi, pois, lhe levara o marido e os dois
filhos. Coitada de Noemi! "Ditosa eu parti, porém o Senhor (Jeová) me fez
voltar pobre." Era ditosa porque era casada com um homem bom e tinha dois
filhos, que, parece, eram o seu consolo. Voltava agora sem nada, Então não era
mais Noemi, porém MARA. A sua queixa é admissível numa mulher que não tinha, como
muita gente ainda hoje não tem, ciência dos caminhos de Deus, que do mal pode
tirar o bem. "Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam
Deus". Isso ela não sabia. Chegava à sua cidade no princípio da sega da
cevada, que vinha um pouco antes da cega do trigo. Isto deveria ser em abril de
um ano que não se sabe.
I. RUTE VEM PARA BELÉM (1.1-22) - Comentário da Bíblia NVI - F. F.
Bruce
1) Uma família israelita em Moabe (1.1-5)
Uma época de fome na terra de Judá faz Elimeleque (“Deus é rei”), sua
esposa Noemi (“minha agradável”) e os seus filhos Malom (“doente”) e
Quiliom (“debilitado”) deixarem a sua casa em Belém (“casa de pão”)
para se estabelecer em Moabe, um planalto a leste do mar Morto. É
irônico que tivessem de deixar a “casa de pão” na terra
prometida para ir a Moabe, mas na época dos juízes houve apostasia
religiosa e o Senhor veio com julgamento contra o seu povo. Que o
propósito deles era retomar fica claro no uso da palavra gür, que expressa
residência temporária. Efrata tinha sido o nome antigo de Belém (Gn 35.19; 48.7; Mq 5.2 e
v. o paralelismo em 4.11); por isso eram chamados efrateus. Depois da
morte de Elimeleque, Malom se casou com Rute, e Quiliom, com Orfa; as
duas noivas eram moabitas. A lei não proibia o casamento com
moabitas, mas havia algumas restrições para a aceitação dos moabitas
na congregação (Dt
23.3; cf. Ne
13.23-30). Rute e Orfa não são nomes hebreus, e o significado é
incerto, v. 4. por quase dez anos: isso provavelmente cobre todo o tempo em
Moabe, e o casamento dos dois irmãos pode ter ocorrido mais próximo do
final desse período. Malom e Quiliom morreram. O narrador
aqui concentra a atenção em Noemi, enviuvada, sofrendo com a perda
dos filhos e numa terra estranha, todas essas circunstâncias com
significado religioso.
2) A determinação de Rute em ir com Noemi (1.6-18)
Noemi decidiu voltar para Belém depois que chegaram notícias a
Moabe de que o Senhor viera em auxílio do seu povo, dando-lhe alimento
(lit. “pão”). O verbo usado no original para traduzir “vir em auxílio” é
o equivalente a “visitar”, paqad, que pode significar “vir com bênção”,
com frequência para encerrar um período de provações, e.g., Gn 21.1; 50.24,25; Êx 13.19; Jr 15.15; 27.22; 29.10;
especialmente SL
65.9. Mas o verbo pode significar também “castigar”, como em Am 3.2,14 et
al.
Noemi, não querendo conduzir as suas noras à vida numa terra
estranha, diz a elas que voltem às suas famílias, v. 8. Ela reconhece a
bondade delas com os seus maridos e com ela e ora para que o Senhor seja
leal com elas (mostrar hesed “amor leal”; “amor constante”) e lhes conceda
segurança (m‘nühãh, v. 3.1) no casamento. (Observe que Itesedí uma
característica do próprio Deus, expressa principalmente na sua lealdade à
aliança. E muito mais forte do que bondade.) Ela deu-lhes beijos de
despedida, mas elas insistiram em ir com Noemi. Ela então, chamando-as
carinhosamente de minhas filhas, mais uma vez as aconselha a voltar. Numa
série de perguntas retóricas, Noemi — com a ideia do levirato em mente (Dt 25.5ss)
— argumenta que ela já não pode ter esperança de ter filhos para
oferecê-los como maridos e, de qualquer maneira, não se poderia exigir
delas que esperassem tanto tempo. v. 13. A formulação desse versículo na
NTLH transmite a ideia de que Noemi expressa remorso porque as suas
noras foram envolvidas na sua aflição, mas a formulação Para mim é mais
amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim
se harmoniza melhor com o hebraico. Parece que o sentido que ela
quer transmitir é: “Perdi marido e filhos e sou velha demais para casar de
novo e ter filhos. Vocês perderam os maridos, mas ainda são jovens
para casar de novo e ter filhos. Por que compartilhar da minha aflição?”.
E significativo que Noemi não atribui a sua aflição ao acaso ou ao azar,
mas à mão do Senhor, um antropomorfismo comum da atividade soberana de
Deus, reconhecida em toda a história. v. 14. Orfa, evidentemente
convencida pelo argumento, despediu-se e partiu. E injusto culpar Orfa por
sua decisão. Não conhecemos todas as circunstâncias; por exemplo, talvez
ela soubesse da determinação de Rute e que Noemi não ficaria sozinha. Mas
Rute, com lealdade mais forte e laços afetivos mais próximos, //!'.»«
com ela [Noemi], (dãbaq, “apegar-se”; v. ARA e ARC; Gn 2.24; Rt 2.8, 21).
v. 15. Novamente Noemi encoraja Rute a voltar e seguir a sua cunhada que
estava voltando para o seu povo e para o seu deus, “Camos”, cf. Nm 21.29 (ou
“deuses”), mas Rute, totalmente decidida, expressa a sua determinação
em expressões de beleza indescritível. Ela declara a sua lealdade a Noemi, sua
disposição em se identificar com o povo de Israel e a sua devoção ao Deus
de Noemi. A sua promessa é selada com um juramento que invoca o juízo de
Deus se ela não o cumprir. Essa fórmula de juramento, possivelmente
acompanhada de um gesto, é encontrada de forma completa em Samuel
e Reis, mas em forma abreviada em outros textos. v. 18. Vendo a força e a
natureza da decisão de Rute, Noemi não insistiu mais.
3) Rute e Noemi chegam a Belém (1.19-22)
v. 19. A chegada de Noemi e Rute a Belém causou comoção
considerável. A pergunta das mulheres: Será que é Noemi? sugere que os anos que
se haviam passado e o luto pelas perdas tinham alterado a sua aparência,
v. 20. Noemi retoma o significado do seu nome e responde: Não me
chamem Noemi (“agradável”), melhor que me chamem de Mara (“amarga”), pois o
Todo-poderoso tornou a minha vida muito amarga. Esse nome divino ’El
shaddai é quase sempre usado com referência à ação de Deus com
pessoas em aflição. (V. comentário adicional acerca de sadday de L.
Morris em Judges-Ruth, TOTC, 1968, p. 264). v. 21. A formulação da
RSV, como também da NTLH (“o Deus todo-poderoso me fez sofrer e
me deu tanta aflição”), é baseada na emenda textual do hebraico que fazem
o grego, o siríaco e o latim, que é: “o Senhor testificou
contra mim”, i.e., o Senhor demonstrou o seu desgosto por mim, por isso
não me chamem de “agradável”. A frase 0 Todo-poderoso trouxe desgraça
sobre mim completa o paralelismo. Noemi exagera a mudança desfavorável
nas suas circunstâncias. Ela saiu com uma família completa numa época de
fome e, embora o Senhor a trouxesse de volta privada de seu marido e
de seus filhos, voltou com uma nora dedicada, a vizinhos compassivos, e
isso na época da colheita, v. 22. Parece que é esse o ponto que o
autor quer ressaltar de forma branda e amável.
MIGRAÇÃO I. Elimeleque vai para Moabe ( Rute 1: 1-5 ) -
Comentário Bíblico Wesleyana
1 E sucedeu que, nos dias em que os juízes governavam,
que houve uma fome na terra. E um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar
no país de Moabe, ele e sua esposa, e seus dois filhos. 2 E o
nome do homem era Elimelech, eo nome de sua mulher Noemi, e o nome do seus dois
filhos Malom e Quiliom, efrateus de Belém de Judá. E eles vieram para o
país de Moabe, e continuou lá. 3 E Elimelech, o marido de Noemi,
morreu; e ficou ela com os seus dois filhos. 4 E eles
tomaram para si mulheres de mulheres moabitas; o nome de uma era Orfa, eo
nome da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5 E Malom e
Quiliom morreram ambas; e a mulher desamparada de seus dois filhos e de
seu marido. A bela história de Rute tem a sua definição nos dias em que os
juízes julgado (v. 1 ). Tudo começou como um resultado de
uma grave fome em Judá. A escassez crítica fez a vida em Judá intolerável
para um israelita chamado Elimelech. Para escapar da ameaça de fome, ele e
sua mulher, Noemi, juntamente com os seus filhos, Malom e Quiliom, deixou sua
herança em Belém e viajou para Moabe. Foi um movimento desesperado para
Elimelech. Significava deixando rostos e ambiente familiar. Envolveu
o risco de viagens durante o período inquieto dos juízes. É necessário
ajustes consideráveis para uma nova cultura e uma forma exterior de vida.
Geograficamente, a distância de Belém para Moabe não era grande por aqueles
dias. Uma viagem de cerca de 50 milhas estava envolvida. O coração de
Moabe foi o planalto que ficava a leste do Mar Morto entre o Arnon e os
barrancos Zerede, que drenam para o Mar Morto. Cultural e religiosamente, no
entanto, a distância foi imensa. Ao contrário da confederação das tribos
de Israel, o reino de Moabe foi altamente organizada. Havia excelentes
edifícios e fortificações fortes. Houve considerável atividade agrícola e
pastoril. A religião dos moabitas foi dedicado a Quemós e adoração de
Quemos incluído sacrifício humano. Elimelech e sua família tentou fazer um novo
começo nesta terra estrangeira. Eles deixaram um país assolado pela fome
só para encontrar novos reveses. Em primeiro lugar, verificou-se a morte
de Elimêlech (v. 3 ). Em segundo lugar, houve a perda dos dois
filhos, que, depois de ter se casaram com mulheres moabitas, viveu 10 anos e
morreu (v. 5 ). Em terceiro lugar, as esposas enlutadas ficaram
sem filhos. Enquanto alguns têm tentado mostrar que esses reveses vieram como
resultado de migração para uma terra estranha e casamento com mulheres
estrangeiras, não há nenhuma prova de que tal era o caso. II. NAOMI e suas
filhas-de-lei ( Rute 1: 6-22 ) Receber a notícia de que a fome em
Judá estava no fim, Noemi decidiu voltar para sua terra natal. Suas
filhas-de-lei, Orfa e Rute, também decidiu ir com ela.
PERSUAÇÃO A. Noemi ( 1: 6-14 )
6 Então se levantou ela com as filhas-de-lei, que ela
poderia voltar a partir do país de Moabe.: por que tinha ouvido no país de Moabe
como o Senhor havia visitado o seu povo, dando-lhes pão 7 E ela
saiu do lugar onde ela estava, e suas duas filhas-de-lei com ela; e eles
iam a caminho de volta para a terra de Judá. 8 E Noemi disse a
suas duas filhas-de-lei, Vai, volta cada um de vocês para a casa de sua mãe:
negócio Jeová bondosamente com você, como vós o fizestes com o morto, e
comigo. 9 Jeová conceder-lhe que acheis descanso cada uma em
casa de seu marido. Em seguida, ela beijou-os, e eles levantaram a sua
voz, e chorou. 10 E disseram-lhe: Não, mas nós voltaremos
contigo ao teu povo. 11 E Noemi disse: Voltai, minhas filhas;
porque ireis com me? Tenho eu ainda filhos no meu ventre, para que possam
ser seus maridos? 12 Voltai, minhas filhas, seguir o seu
caminho; pois eu sou velho demais para ter um marido. Se eu devo
dizer, eu tenho esperança, se eu deveria mesmo ter uma noite marido, e ainda
tivesse filhos, 13 seria, pois, vós fiqueis até que eles foram
cultivadas? portanto, seria a vós de ter maridos? Não, filhas
minhas; para entristece-me muito por amor de vós, para a mão do Senhor vem
saindo contra mim. 14 e levantaram a sua voz, e chorou
novamente: e Orfa beijou a sua mãe-de-lei; mas Rute se apegou a ela. Noemi
se esforçou para convencer as filhas-de-lei para permanecer em Moabe. Vai,
volta cada um de vocês para a casa de sua mãe (v. 8 ). A
referência de Noemi é aposentos das mulheres. negócio Jeová bondosamente
com você (v. 8 ). O termo hebraico chesed é
variadamente traduzido "benignidade", "bondade",
"lealdade". Noemi estava desejoso de que Deus iria
conceder chesed para suas filhas-de-lei, embora estivessem fora de
Israel e estrangeiros para a aliança. Jeová conceder-lhe que acheis
descanso cada uma em casa de seu marido (v. 9 ). O
pronome ela aqui se refere a suas respectivas mães, portanto, o
significado é que eles devem voltar para suas casas paternas. Noemi revela
o total desamparo das viúvas sem filhos quando exorta Orpah e Rute a voltar
para onde eles iriam encontrar segurança e bondade na casa da família. Não
obstante o seu fundamento, Noemi enfrentou filhas-de-lei que estavam firme em
sua determinação de ir com ela. Não, mas nós voltaremos contigo ao teu
povo (v. 10 ). Orpah e Rute haviam se provado gentilmente
em suas relações, não só com os seus maridos, que já não estavam vivendo, mas
agora também com a mãe-de-lei que estava na profundidade de uma morte em vida
de solidão e autoincriminação. Noemi revelou seu sentimento de culpa
profunda quando ela disse: Por entristece-me muito por amor de vós, para a
mão do Senhor vem saindo contra mim (v. 13 margin: "É muito
mais amargo para mim do que para você").Ainda Orpah e Rute estavam
dispostos a arriscar seu futuro em uma terra estrangeira, a fim de ajudar Noemi.
PERSISTÊNCIA DE RUTE ( 1: 15-22 )
15 E ela disse: Eis que a tua irmã-de-lei é voltado para
o seu povo, e para o seu deus: volta tu também após tua
irmã-de-lei. 16 E Rute disse: Rogai me para não te deixar, e
para voltar de seguir-te; para onde vais, eu irei; e onde tu andares,
vou apresentar; o teu povo será o meu povo, o teu Deus, meu
Deus, 17 , onde tu morres, eu vou morrer, e ali serei
sepultada. Jeová Assim me faça, e outro tanto, se outra coisa que não a morte
parte de ti e me 18 E quando viu que ela estava stedfastly
disposto a ir com ela, ela parou de lhe falar. 19 Então eles dois,
até que chegaram a Belém. E sucedeu que, quando chegaram a Belém, que toda
a cidade se comoveu por causa delas, e as mulheres , disse: Não é
esta Noemi? 20 E disse-lhes: Chame-me não Noemi, me chamar de
Mara; para o Todo-Poderoso de amargura comigo. 21 Cheia
parti, eo Senhor me fez tornar vazio; ? Por que me chamais Noemi, visto
que o Senhor testifica contra mim, eo Todo-Poderoso me
afligiu22 Assim Noemi voltou, e Rute, a moabita, sua filha-de-lei,
com ela, que voltou para fora do país de Moabe; e eles vieram a Belém no início
da colheita da cevada. Por causa de persuasão de Noemi, Orpah cedeu e,
despedindo, voltou para o seu povo. Noemi tentou usar a decisão de Orpah
influenciar Rute, Eis que a tua irmã-de-lei é voltado para o seu povo, e
para o seu deus (v.15 ). No entanto, Rute não queria seguir sua
irmã-de-lei e voltar para a segurança de seu povo e da adoração do deus de Moabe. Ela
estava tão firmemente comprometida com o tratamento gentil e dedicado a sua
mãe-de-lei como tinha sido para o marido (cf. observações de Noemi em
v. 8 ). Noemi tinha sido grandemente abalado em sua fé pelas duras
experiências recentes de que ela havia sido submetida. Ela reagiu com
amargura quando viu sua vida sob julgamento divino. Sem hesitação e sem
reservas Rute entrou em dura provação de Noemi e deu devoção abnegada para ela.
Não obstante o que Noemi tinha dito, sobre a decisão do Senhor para ela, Rute
resolutamente declarou, Rogai me para não te deixar ... para onde fores,
eu irei ... o teu povo será o meu povo, o teu Deus é o meu Deus ... o Senhor
fazê-lo para me, e outro tanto, se outra coisa que não te parte morte e
me (vv. 16 , 17 ). Suas palavras constituem uma
expressão requintada de resolução. Embora Noemi tinha oferecido nada, mas
a incerteza e frustração, Rute não estava olhando para as circunstâncias como
ela declarou a sua decisão de ir com Noemi. Mais de afeição natural motivado
Rute. Não só ela estava resoluta em seu propósito de dar devoção abnegada
a um aflito e amarga mãe-de-lei, mas também estava determinada a se juntar a
pessoas de Noemi em adorar o Deus verdadeiro. Ela estava pronta a
renunciar a seu culto ancestral, pois ela havia chegado ao conhecimento do Deus
que tinha havia levantado um povo distintas. Presumivelmente, Elimelech e
sua família a tinha trazido esse conhecimento. Em vez de voltar para sua antiga
vida, Rute preferiu arriscar tudo e ir com Noemi. Determinação para ajudar
os outros e servir a única fé resoluta Deus vivo e verdadeiro exige sempre e
decisão. Os dois chegaram a Belém, para a surpresa dos habitantes. É este Noemi? (v. 19 ). Esta
foi uma expressão de espanto ao ver Noemi voltar em uma condição tão
triste. A resposta de Noemi indica que suas aflições haviam deixado sua
marca em seu espírito. Chame-me não Noemi, me chamar de Mara; para o
Todo-Poderoso de amargura comigo (v. 20 ). O contraste
entre o nome do Noemi (que significa "agradável"), e este último
nome, Mara, que significa "amargo", é bastante significativo, tendo
em conta o fato de que ela culpou a Deus por seus problemas. Em mais de
uma ocasião, ela havia se queixado por causa do que para ela foi um duro
tratamento pelo Senhor (cf.
vv. 13 , 20-21 ; 2:20 ). No entanto, Rute
ficou ao seu lado na devoção gracioso e também manteve uma fé inabalável em
Deus, apesar de suas circunstâncias. Embora Rute era um estrangeiro, sua
devoção a Noemi e sua fé em Deus fez uma impressão memorável sobre os
habitantes de Belém.
Significado de Rute 1 - Comentário com Recursos Adicionais
Bíblia The Word - Rute 1
1.1 — Nos dias em que julgavam os juízes. Os eventos no livro de
Rute aconteceram antes do estabelecimento da monarquia de Israel. Os juízes
eram servos de Deus que estabeleceram o ensino da Sua Lei e a retidão durante
um tempo de degeneração política, moral e espiritual. A história de Rute brilha
como um holofote em uma era de escuridão na história de Israel. Moabe estava
localizada a leste do mar Morto. Os moabitas descendiam de Ló, devido à sua
relação incestuosa com sua filha mais velha (Gn 19.30-37). A
fome em Israel se estendia até Belém, embora seu nome signifique casa do pão.
1.2,3 — Devido à fome, Elimeleque, cujo nome significa Deus é rei,
viajou para Moabe com sua esposa e seus dois filhos. Os nomes de sua esposa e
de seus filhos também carregavam significado. Noemi significa agradável, doce.
Ela se tomou amarga quando a tragédia abateu sua família, mas sua amargura foi
revertida (cap. 4). Os nomes dos dois filhos, Malom e Quiliom, significam
doentio e fracassado, respectivamente. A morte prematura desses dois filhos em
Moabe mostrou que seus nomes eram apropriados (Rt 1.2,5).
Efrata era um outro nome para a região de Belém (Gn 48.7; Mq 5.2).
1.4,5 — O nome moabita Orfa pode significar pescoço, um termo
referente à beleza física naquela cultura. O nome moabita Rute conota amizade.
Embora a Lei de Moisés não proibisse os homens de Israel de casarem-se com
mulheres moabitas, excluía os moabitas da congregação de Israel por dez
gerações (Dt
23.1-4).
1.6,7 — O Senhor. Esta é a primeira menção do nome de Deus na
história. O próprio Deus está no centro do livro. Este versículo ilustra a
misericórdia dele, que sustentou até mesmo Seu povo desobediente com comida.
Ele visitou Seu povo tanto para abençoá-lo quanto para discipliná-lo (Êx 20.5,6).
1.8 — A palavra hesed, traduzida do hebraico como benevolência, é
frequentemente usada para descrever Deus e significa amor leal. Essa palavra
expressa a lealdade de Deus, Sua aliança e Seu amor pelo Seu povo. Neste
versículo, Noemi declarou a esperança de que o pacto de amor do Senhor fosse
estendido às suas noras, que estavam fora da terra de Israel e não eram judias.
1.9 — O conceito de descanso mencionado aqui se refere à segurança
encontrada no casamento. Noemi reconheceu nos versículos 8 e 9 que é o Senhor
que intervém na vida de Seu povo para trazer-lhe bênçãos. Sua providência é
destacada em todo o livro de Rute.
1.10-13 — As noras de Noemi insistiram em retornar com ela. Em
resposta, Noemi ressaltou que não poderia prover maridos para elas e expressou
preocupação com a felicidade delas. Seu amor por elas foi demonstrado pelo uso
de palavras pessoais, como minhas filhas ou filhas minhas, nos versículos 11 e
13, respectivamente.
1.13 — Noemi estava amarga (hb. marar), porque perdera seu marido e
seus filhos e atribuíra essas circunstâncias à disciplina de Deus.
1.14 — Neste versículo, as respostas de Orfa e Rute são um
contraste. Orfa fez o esperado e retornou para casa. Ainda assim, Rute fez o
inesperado, e ficou com sua pobre sogra. Mesmo que compreensível, a atitude de
Orfa significou que ela havia abandonado o Deus de Israel. Por outro lado, a
atitude de Rute a trouxe para dentro da linhagem do Messias (4.18-22).
1.15 — Noemi tentou mais uma vez convencer Rute a voltar para
Moabe. A palavra usada para deuses (hb. elohim) se refere aos deuses de Moabe.
Aqui somos lembrados de que ir para Israel era também ir para o único Senhor;
permanecer fora de Israel era ficar longe da aliança de Deus com Seu povo.
1.16,17 — Em uma resposta linda e poética, carregada de emoção,
Rute descreve sua determinação em ficar com Noemi. Sua afirmação de que o Deus
de Noemi seria o seu Deus é especialmente contundente, porque é uma afirmação
de fé no Senhor, o Deus de Israel. O fato de Rute usar o nome divino Yahweh,
que é traduzido como o Senhor, em um juramento indica o seu comprometimento com
o Deus vivo. Ela estava escolhendo apegar-se não apenas a Noemi, sua terra e
seu povo, mas também ao seu Deus. Na verdade, ela estava abandonando tudo que
havia conhecido para seguir ao único e verdadeiro Deus. Ela estava seguindo os
passos de Abraão, que abandonou sua terra e sua parentela natal em resposta a
uma ordem de Deus.
1.18-20 — Noemi, temporariamente, esqueceu- se do comprometimento
leal e corajoso de Rute ou o ignorou. Ela queria que seu nome refletisse a
amargura que sentia devido às circunstâncias por que estava passando e, por
isso, autonomeou-se Mara, que significa amarga.
1.21 — Os conceitos de fartura e escassez aparecem aqui. Noemi
partiu para Moabe completa: com um marido e dois filhos. Mas agora retornava a
Belém vazia. A única família que possuía era Rute. Sua pergunta emocionada é um
exemplo de paralelismo no idioma hebraico, um artifício que reforça e dá ênfase
à sua emoção. Noemi estava completamente desesperada com o agir do Senhor em
sua vida. Isso torna ainda mais marcante a escolha de Rute de não apenas ficar
com sua sogra, mas também seguir o seu Deus.
1.22 — O tema do retorno é muito importante neste versículo. O
verbo voltar também foi utilizado para se referir a Rute — o que não seria
comum por parte do narrador, uma vez que não há qualquer indicação de que Rute
havia estado em Israel antes.
Rute, a moabita. Como a história explica, Deus estendeu Sua
proteção a Rute, mesmo ela sendo uma estranha. Rute e Noemi chegaram a Belém no
princípio da sega da cevada. A cevada era o primeiro grão a amadurecer e este
deveria ser o período da safra. O fato de haver um período de safira indica que
a fome em Israel já havia cessado (Rt 1.1,6).
RUTE - CAPÍTULO 1 - (1322 a.C.) - EXPOSITOR Bíblia The Word
ELIMELECH E NAOMI N OW aconteceu nos dias em que os juízes julgavam
(como a exatamente quando esta era, não estamos disse) , que houve uma fome na
terra (fomes foram enviados pelo Senhor a Israel como um julgamento por causa
de declínio espiritual) . E um homem de Belém de Judá (Belém significa
"casa do pão") saiu a peregrinar no país de Moabe, ele e sua esposa,
e seus dois filhos (indo para um país fora de Israel de viver foi proibido pelo
Senhor, e ainda, vamos ver como o Senhor leve a mal e transformá-lo em direito,
mas com grande perda, como acompanha tudo falha) .
2 E o nome do homem Elimeleque, eo nome de sua mulher Noemi, e os
de seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus de Belém de Judá. E eles vieram
para o país de Moabe, e continuou lá (por causa da fome, no entanto, melhor
estar em um período de fome em que pertence ao Senhor, como fez Israel, do que
estar em um lugar de prosperidade, e que seja preenchido com a idolatria, como
era Moabe) .
SOFRIMENTO
O marido de 3 E
Elimelech Noemi morreu; e ficou ela com os seus dois filhos (estar fora da
vontade de Deus sempre traz sofrimento) .
4 E eles tomaram para si mulheres de mulheres moabitas (não foi
proibido na Lei para um hebreu para se casar com uma mulher moabita, mas uma
moabita, por causa de ser amaldiçoado por Deus, foi proibido de entrar na
congregação do Senhor [ Deut . 23: 3 ], no entanto, a fé pode superar isso, o
que fez com Rute) ; o nome de um era Orfa, eo nome da outra, Rute (dois livros
da Bíblia com nomes de mulheres-Rute e Ester; em um, uma mulher se casa com um
gentio hebraico, e, na outra, uma mulher hebraica casa-se com um gentio, ambos
os casamentos prever, como predito [ Gn 12: 3 ; 18:18 ; 22:18 ; 26: 4 ; .
Sl
72:17 ; Atos
03:25 ], para que os gentios, como tal, devem ser trazidos para o Reino
de Deus em relação a Israel) ; e ficaram ali quase dez anos (é muito fácil,
espiritualmente falando, para entrar em direções erradas, no entanto, muito
difícil de sair que direção errada, a fim de voltar para o caminho certo) .
5 E, Malom e Quiliom também morreram os dois; e foi a mulher
desamparada de seus dois filhos e de seu marido (mais sofrimento!) .
NOEMI
6 Então se levantou ela com as suas noras, que ela poderia voltar
do país de Moabe, pois tinha ouvido no país de Moabe, que o SENHOR tinha
visitado o seu povo, dando-lhe pão (os Targuns judaicos dizem que um anjo falou
para ela e deu essa informação, em outras palavras, a fome acabou,
evidentemente durou vários anos) .
7 Pelo que saiu do lugar onde estava, e suas duas noras com ela; e
eles iam a caminho de volta para a terra de Judá.
8 E Noemi disse a seus noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua
mãe.: O negócio Senhor gentilmente com você, como você tem lidado com os
mortos, e comigo (Parece que Noemi, pelo menos nesta fase ., tinha tão pouca fé
nas promessas de Deus, e uma experiência tão pobre como o resultado de sua
própria desobediência, que ela desanimado suas filhas-de-lei de voltar com ela
Isso ela não deveria ter feito, no entanto, a mesma falta de fé que fez com que
ela e sua família a deixar Israel assola ela ainda. Mas, como veremos, quando
ela não voltar a Israel, a
sua fé vai começar a voltar. Moabe não era o lugar da fé, como o
sistema mundial nunca é o lugar da fé. Israel era o lugar da fé, e por isso é
atualmente, espiritualmente falando.)
9 O Senhor lhe conceda que você pode encontrar descanso cada uma em
casa de seu marido (Noemi sabia que não havia "descanso" na terra de Moabe,
porque era um lugar de idolatria) . Então ela beijou-os; e levantaram a sua
voz, e chorou.
10 E disseram-lhe: Certamente voltaremos com você até o seu povo
(com a declaração, "seu povo", eles estavam falando, assim, do Deus
de Israel) .
11 E Noemi disse: Voltai, minhas filhas: por que você vai comigo?
há ainda nenhuma mais filhos no meu ventre, para que possam ser seus maridos?
(Mais uma vez, a dúvida e a descrença regra. Noemi estava andando pela vista,
em vez de pela fé. Tal direção sempre limita Deus.)
12 Voltai, minhas filhas, seguir o seu caminho; pois eu sou velho
demais para ter um marido. Se eu devo dizer, eu tenho esperança, se eu deveria
ter um marido também a noite, e ainda tivesse filhos;
13 Será que você demorar para eles até que eles foram cultivadas?
que você iria ficar para eles de ter maridos? (Em outras palavras, espere até
que eles cresceram, assim não se casar com outra pessoa.) não, minhas filhas;
por isso me entristece muito por amor de vós que a mão do SENHOR se descarregou
contra mim. (Noemi sentiu que ela tinha sofrido a trágica perda de seu marido e
dois filhos por causa de estar fora da vontade de Deus, deixando Israel para a
Moabe Houve, sem dúvida, alguma verdade nisso;. No entanto, devemos sempre
lembrar, Deus não trabalha com o que poderia ter sido, mas sim a partir de)
"o que é."
RUTE
14 E levantaram a sua voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua
sogra; mas Rute se apegou a ela (Orpah esquerda, e nunca a ouvir novamente;!
como é triste) .
15 E ela (Noemi) disse: Eis que a sua cunhada está voltada para o
seu povo, e aos seus deuses.: volta tu também após sua cunhada (Do comunicado,
"aos seus deuses", é óbvio que o grande fator afirmando aqui foi que
os deuses de Moabe, contra o Deus de Israel. Orfa escolheu "seus
deuses", e perdeu a melhor coisa que poderia acontecer a qualquer
indivíduo-Eterna Vida. Em essência, Noemi perguntou Rute se é isso que ela é
vai fazer bem! Exatamente como o que Noemi tinha em mente, podemos apenas
imaginar. Parece que ela não queria prometer-lhes coisas que não podia cumprir.
Esta parece ter sido a sua intenção. Mas ainda assim, em tudo isso a sua fé, ao
que parece, era muito, muito baixo.)
16 E Rute disse: Rogai me para não a deixar, ou para voltar de
seguir-te: para onde tu fores, eu irei; e onde apresentar, vou apresentar: o
teu povo será o meu povo, e teu Deus, meu Deus:
17 Quando você morrer, eu vou morrer, e ali serei sepultada; o
Senhor: Assim me faça, e outro tanto, se outra coisa senão a morte parte você e
eu. (Isso tem que ser uma das maiores demonstrações, um dos maiores afirmações
de Salvação, encontrada na totalidade da Palavra de Deus. Em essência, é o que
deve caracterizar todos os que vêm a Cristo.
Neste consagração, não há olhar para trás. A sorte está lançada.
Ela vai sempre virar as costas para o mundo da idolatria e rebelião contra
Deus. Ela vai sempre jogar em seu lote com aqueles que adoram o Senhor da
Glória. Mesmo quando ela morre, ela não quer ser mandada de volta para Moabe,
mas sim enterrado na terra de Israel, o que ela era. Ela cortou todos os laços
com o passado, a até mesmo sua família, e tudo o mais. Esta é exatamente a
consagração que é
exigido por Deus de todos os que vêm a Ele. Qualquer coisa menos
não constitui Salvação a todos!)
18 Quando ela (Noemi) viu que ela (Rute) foi fitos disposto a ir
com ela, então ela deixou de lhe falar ("firmemente minded" deve ser
o caráter de cada crente) .
19 Então eles dois, até que chegaram a Belém. E sucedeu que, quando
chegaram a Belém, que toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é
esta Noemi? (As palavras, "eles disseram," proclamar uma riqueza de
informações. Eles carregam o ideia de que a pobreza que envolvia Noemi era óbvia
para todos. Além de que, o marido e os dois filhos estavam ausentes, o que
significa que eles estavam mortos. Como assim, e acima de tudo, ela é
acompanhada por uma moabita, que foi uma censura dentro de si. Pouco que o povo
de Belém percebe que esta moabita seria o ancestral do Messias!)
20 E disse-lhes: Chame-me não Noemi, me chamar de Mara (amargo) :.
para o Todo Poderoso tem lidado muito amargamente comigo (Isso não estava
correto O Senhor não tinha lidado amargamente com Noemi Enquanto os problemas
podem ser autorizados por!. o Senhor, eles são por causa de nossos erros, e,
certamente, não dele.)
21 Cheia parti, e que o Senhor me fez tornar vazio (em seu
pensamento, "vazio", descreveu a sua situação, no entanto, ela era
muito mais completa do que ela poderia até mesmo começar a pensar; Rute viria a
ser a maior bênção de todos; incredulidade vê "vazio", enquanto fé vê
"full") : por que então me chamais Noemi, visto que o Senhor
testemunhou contra mim, eo Todo-Poderoso me afligiu?
22 Assim Noemi voltou, e Rute, a moabita, sua nora, com ela, que
voltou do país de Moabe (o Espírito Santo nos quer saber quem é Rute, para que
possamos saber o que Rute se torna, Ele é, em Ao mesmo tempo, a dizer-nos que,
como Ele mudou a vida de Rute, Ele pode mudar nossas vidas, também) , os quais
chegaram a Belém no início da colheita da cevada. (Isso foi em abril, época da
Páscoa Com efeito, o. Espírito Santo está dizendo: "Quando eu vir o
sangue, passarei por cima de você." Não existe pecado do Sangue não pode
cobrir Não há vida a purificação do sangue não pode mudar Vai mudar Rute;.. ele
pode nos mudar.)
I. A Família de Elimeleque Emigra para Moabe. 1:1-5. Comentário
Bíblico Moody
1. Nos dias em que julgavam os juizes. O Livro de Rute apresenta um
contraste aos turbulentos acontecimentos descritos em Juízes. Ali nós lemos
sobre a apostasia e a opressão, inveja intertribal e guerra civil. Aqui somos
lembrados da providência divina na vida de uma família das tristezas dessa
família e do modo como os propósitos do Senhor foram realizados através de uma
moabita, que veio a ser antepassada do Rei Davi e do Salvador (cons. Mt. 1:5).
Houve fome na terra. As chuvas na Palestina não são muito
abundantes e com bastante frequência são insuficientes para regarem
adequadamente a lavoura básica. Houve fomes durante a vida de Abraão (Gn.
12:10), Davi (lI Sm. 11:1) e Elias (I Reis 17:1). Na terra de Moabe. Moabe foi
um filho de Ló, o fruto funesto de um relacionamento incestuoso de Ló com uma
de suas filhas (Gn. 19:36, 37 ). Os moabitas pagaram a Balaão para amaldiçoar
Israel (Nm. 22:1-8), durante a peregrinação de Israel a Canaã. Sob circunstâncias
normais os moabitas eram excluídos da participação da vida nacional e
cooperativa de Israel (Dt. 23:3-6). Havia relacionamento amistoso entre
indivíduos israelitas e moabitas, no entanto. Quando fugia da ira de Saul, Davi
encontrou um amigo no rei de Moabe (I Sm. 22:3, 4).
2. Malom e Quiliom. Os nomes dos dois filhos de Elimeleque e Noemi
expressam fraqueza física. Malom significa "doentio" e Quiliom,
"definhante". Na verdade não viveram muito tempo depois de se
estabelecerem em Moabe.
4. Os quais casaram. Os filhos de Elimeleque e Noemi
estabeleceram-se em Moabe e se casaram, Não há condenação específica sobre tais
casamentos, embora certamente os israelitas ortodoxos deveriam ter desaprovado.
5. Ficando assim a mulher desamparada. Durante os dez anos de
estada em Moabe, o marido e os dois filhos de Noemi morreram, Tudo o que restou
da família antes tão feliz, foram três mulheres - Noemi e suas duas noras, Rute
e Orfa.
Rute - Autor: Desconhecido (Samuel) - Data: Entre 1050 e 500 a.C. -
Comentários e Esboços da Bíblia Plenitude
Autor
Os estudiosos discordam quanto à data do livro, porém o seu cenário histórico é
evidente. Os episódios relatados nos livro de Rute se passam durante o período
de Juízes, sendo parte daqueles eventos que ocorrem entre a morte de Josué e a
ascensão da influência de Samuel (provavelmente 1150 e 1100 a.C.).
A tradição rabínica assegura que Samuel escreveu o livro na segunda metade do
séc. XI a.C. Apesar do pensamento crítico mais recente sugerir uma data
pós-exílica bem mais tardia (cerca de 500 a.C.), há evidências na linguagem da
obra bem como referências a costumes peculiares próprios do séc. XII a.C. que
recomendam a aceitação da data mais antiga. É razoável supor que Samuel, que
testemunhou o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído para
ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse redigido o livro. Uma
história tão comovente como essa certamente já teria sido passada adiante
oralmente entre o povo de Israel, e a genealogia que a conclui indicaria uma
conexão com os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que,
em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu rei.
Cristo Revelado
Boas representa uma das mais dramáticas figuras do AT que antecipa a obra
redentora de Jesus. A função de “parente remidor” cumprida de forma tão
elegante nas ações que promoveram a restauração pessoal de Rute, dá testemunho eloquente
a respeito disso. As ações de Boaz efetuam a participação de Rute nas bênçãos
de Israel e a incluem na linhagem familiar do Messias (Eph 2:19). Eis aqui uma
magnífica silhueta do Mestre, antecipando em muitos séculos a sua graça
redentora. Como nosso “parente chegado”, ele se torna carne—vindo como um ser
humano (João 1:14) ; (Filipenses 2:5-8)
Esboço de Rute
I. Uma família hebraica em Moabe 1.1-22
Sofrimento de Noemi 1.1-5
Dedicação e promessa de Rute 1.6-18
Retorno a Belém 1.19-22
II. Uma mulher humilde no campo da colheita 2.1-23
Rute no campo de Boaz 2.1-3
Generosidade e proteção de Boaz 2.4-17
Noemi reconhece a bondade de Deus 2.18-23
III. Um matrimônio planejado 3.1-18
Orientação de Noemi 3.1-5
Obediência de Rute 3.6-13
Recompensa pela obediência 3.14-18
IV. Parente e remidor 4.1-22
Boaz, o remidor escolhido por Deus 4.1-12
Casamento de Boaz com Rute 4.13
Benção de Deus sobre Noemi 4.14-17
Genealogia de Davi 4.18-22
.Fonte: Bíblia Plenitude
Rute - História dos Hebreus - De Abraão à queda de Jerusalém.
História de Rute, mulher de Boaz, bisavô de Davi. Nascimento de
Samuel. Os filisteus vencem os israelitas e tomam a arca da aliança. Ofni e
Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, são mortos nessa batalha.
213. Rute 7. Depois da morte de Sansão, Eli, sumo sacerdote,
governou o povo de Israel. Houve no seu tempo uma grande carestia. Abimeleque,*
que morava na cidade de Belém, na tribo de Judá, não a podendo suportar, foi
com a mulher, Noemi, e seus dois filhos, Quiliom e Malom, para o país dos moabitas.
Ali tudo correu perfeitamente bem, e ele casou o mais velho dos filhos com uma
jovem de nome Orfa e o mais moço com outra, de nome Rute. Dez anos depois, pai
e filhos morreram, e Noemi, cheia de aflição, resolveu voltar para o seu país,
que então estava em situação melhor que a de quando ela o havia deixado.
As noras quiseram segui-la, porém, como as amasse demais para
tolerar que sofressem a mesma infelicidade, rogou-lhes que ficassem, pedindo a
Deus que as fizesse mais felizes no segundo matrimônio, pois não o haviam sido
no primeiro. Orfa consentiu naquele desejo, mas a extrema afeição que Rute
devotava à sogra não lhe permitiu abandoná-la e desejou ser sua companheira
também na adversidade. Assim, chegaram ambas a Belém, onde veremos em seguida
que Boaz, primo de Abimeleque, as recebeu com grande bondade. Noemi dizia aos
que a chamavam por esse nome: "Deveríeis antes chamar-me Mara" — que
significa "dor" — "e não Noemi" — que quer dizer
"felicidade".
* As Escrituras chamam-no Elimeleque.
Rute
2. Chegou o tempo da ceifa, e Rute, a fim de obter alimento, foi
respigar, com licença da sogra. Entrou por acaso no campo que pertencia a Boaz.
Ele chegou pouco depois e perguntou ao administrador quem era aquela moça. Ele
o informou de tudo o que sabia, dito por ela mesma. Boaz louvou muito o afeto
que ela nutria pela sogra e pela memória do marido e desejou-lhe toda sorte de
felicidade. Disse ao administrador que permitisse a ela não somente respigar,
mas levar o que desejasse, e que lhe dessem ainda de beber e de comer, como aos
ceifadores.
Rute guardou um caldo para a sogra, que levou para ela à tarde, com
o que havia recolhido. Noemi, por seu lado, guardara para Rute parte do que os
vizinhos lhe haviam dado para o jantar. Rute contou-lhe o que se havia passado,
e Noemi disse-lhe que Boaz era um parente e homem de bem, tanto que esperava
que ele tomasse cuidado dela, Rute, que em seguida voltou a respigar no campo
dele.
Rute
3. Dias depois, quando toda a cevada já estava batida, Boaz veio à
sua propriedade e deitou-se na eira. Quando Noemi o soube, julgou vantajoso que
Rute se prostrasse aos pés dele para dormir e disse-lhe para fazer o que
pudesse para consegui-lo. Rute não ousou desobedecê-la e assim, mansamente, esgueirou-se
até os pés de Boaz. Ele não a percebeu no momento, porque estava muito
adormecido, porém ao acordar, pela meia-noite, percebeu que alguém estava
deitado junto dele e perguntou quem era. Ela respondeu: "Sou Rute, vossa
serva, e rogo-vos que consintais que eu repouse aqui".
Nada mais ele perguntou e deixou-a dormir, mas a despertou bem
cedo, antes que os empregados se tivessem levantado, dizendo-lhe para apanhar
quanta cevada quisesse e então voltar para a casa da sogra, antes que alguém
percebesse que ela passara a noite junto dele. Porque era necessário, por
prudência, evitar qualquer motivo de comentários, principalmente em assunto
daquela importância. Ele acrescentou: "Aconselho-vos a perguntar a alguém
que vos seja mais próximo que eu se vos quer tomar para esposa. Se ele estiver
de acordo, podereis desposá-lo. E, se recusar fazê-lo, eu vos desposarei, como
a Lei me obriga". Rute narrou à sogra esse fato, e ambas conceberam então
firme esperança de que Boaz não as abandonaria.
Rute
4. Ele voltou à cidade pelo meio-dia e reuniu os magistrados. Mandou
chamar Rute e seu parente mais próximo, ao qual disse: "Não possuis os
bens de Abimeleque?" Respondeu ele: "Sim, eu os possuo pelo direito
que a Lei me dá, sendo o seu parente mais próximo". Boaz replicou:
"Não basta cumprir parte da Lei, deve-se cumprir toda ela. Assim, se
quiserdes conservar os bens de Abimeleque, é necessário que desposeis a viúva,
que vedes aqui presente". O homem respondeu que já era casado e, tendo
filhos, preferia ceder-lhe os bens e a mulher. Boaz tomou os magistrados como
testemunhas dessa declaração e disse a Rute que se aproximasse daquele parente,
descalçasse-lhe um dos sapatos e lhe desse um tapa no rosto, como a Lei
determinava. Ela o fez, e Boaz então desposou-a.
Ao fim de um ano, ela teve um filho, do qual Noemi teve o encargo
de cuidar e a quem chamou Obede, na esperança de que ele a ajudaria em sua
velhice, pois Obede, em hebreu, significa "auxílio". Obede foi pai de
Jessé, pai do rei Davi, cujos filhos até a vigésima geração reinaram na nação
dos judeus. Fui obrigado a narrar essa história para dar a conhecer que Deus
eleva quem quer ao soberano poder, como se viu na pessoa de Davi, cuja origem
foi a seguinte:
7 Samuel 2. Os interesses dos hebreus estavam então em mau estado,
e eles travaram guerra com os filisteus, pelo motivo que passo a narrar. Hofni
e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, não eram menos ultrajantes para com
os homens que ímpios para com Deus. Não havia injustiça que eles não
cometessem. Não se contentando em receber o que lhes pertencia, tomavam também
o que não lhes era devido. Corrompiam com presentes as mulheres que vinham ao
Templo por devoção ou atentavam contra a honra delas pela força, exercendo
assim funesta tirania.
Tantos crimes tornaram-nos odiosos a todo o povo e mesmo ao próprio
pai. Deus lhes fez conhecer, bem como a Samuel, que então era apenas uma
criança, que eles não evitariam a sua justa vingança, por isso Eli a esperava a
todo momento e já os chorava como mortos. Porém, antes de relatar de que modo
eles e todos os israelitas — por causa deles — foram castigados, quero falar
dessa criança, que se tornou mais tarde um grande profeta.
214. 7 Samuel 1. Elcana, da tribo de Efraim, morava em
Ramataim-Zofim, no território dessa tribo, e tinha como esposas Ana e Penina.
Esta lhe dera filhos. Não os tivera, porém, de Ana, a quem ele amava
ardentemente. Um dia, estando com a família em Silo, onde se localizava o
sagrado Tabernáculo, Ana, vendo os filhos de Penina sentados à mesa perto da
mãe e Elcana a dividir entre as duas mulheres e eles as iguarias que restavam
dos sacrifícios, a dor pelo fato de ser estéril a fez derramar lágrimas. O marido
fez o que pôde para consolá-la. Depois ela entrou no Tabernáculo, rogou com
fervor a Deus que a tornasse mãe e fez voto de que, se Ele lhe desse um filho,
o consagraria ao seu santo serviço. E não se cansava de fazer sempre a mesma
oração.
Eli, sumo sacerdote, que estava sentado diante do Tabernáculo,
julgou que ela estivesse embriagada e ordenou que se retirasse. Ela
respondeu-lhe que jamais bebera outra coisa senão água pura, mas que na aflição
em que se encontrava por ser estéril rogava a Deus que lhe desse filhos.
Disse-lhe ele então que não se afligisse e garantiu que Deus lhe daria um
filho. Com essa esperança, foi então ao encontro do marido e seguiu com
alegria. Voltando ao seu país, ficou grávida e teve um filho, a quem chamou
Samuel, isto é, "ouvido por Deus". Quando voltaram a Silo para dar
graças por meio de sacrifícios e pagar os dízimos, Ana, cumprindo o seu voto,
consagrou o menino a Deus e entregou-o nas mãos de Eli. Deixaram crescer-lhe o
cabelo, e ele só bebia água. Foi educado no Templo. Elcana teve ainda de Ana
três filhos e duas filhas.
215. 1
Samuel 3. Quando Samuel completou doze anos, começou a profetizar, e certa
noite, quando dormia, Deus chamou-o pelo nome. Pensando que era Eli quem o
chamava, foi logo ter com ele. Mas este disse-lhe que não havia nem mesmo
pensado em chamá-lo. A mesma coisa aconteceu por três vezes. Eli não teve então
dificuldade para imaginar o que se passava e disse-lhe: "Meu filho, não
vos chamei, nem agora nem das outras vezes. É Deus quem vos chama. Respondei
então que estais pronto a obedecer-lhe".
Deus chamou então novamente a Samuel, e ele respondeu: "Eis-me
aqui, Senhor. Que desejais que eu faça? Estou pronto a obedecer". Então
falou-lhe deste modo: "Sabei que os israelitas cairão na maior de todas as
desgraças: os dois filhos de Eli morrerão no mesmo dia, e o sumo sacerdócio
passará da família dele para a de Eleazar, porque Eli atraiu a minha maldição
sobre os seus dois filhos, testemunhando mais amor por eles que por mim".
O temor de causar sofrimentos a Eli não permitiu a Samuel narrar-lhe o que
ouvira nessa revelação. Mas Eli obrigou-o a falar. Então, esse infeliz genitor
não duvidou mais da sorte de seus filhos. Samuel, no entanto, crescia cada vez
mais em graça, e todas as coisas que profetizava não deixavam de acontecer.
216. 1
Samuel 4. Logo depois os filisteus se puseram em campo para atacar os
israelitas. Acamparam-se perto da cidade de Afeca e, não encontrando
resistência, avançaram ainda mais. Travaram por fim um combate, no qual os
israelitas foram vencidos. Estes, depois de terem perdido mais ou menos uns
quatro mil homens, retiraram-se desordenadamente para o seu acampamento. O
temor de serem completamente desbaratados foi tão grande que mandaram
embaixadores ao Senado e ao sumo sacerdote para rogar que lhes mandassem a arca
da aliança. Não duvidavam que com esse socorro obteriam a vitória, porque não
imaginavam que Deus, que pronunciara a sentença de seu castigo, era mais
poderoso que a arca, reverenciada unicamente por causa dEle. Mandaram então a
arca ao acampamento.
Hofni e Finéias acompanharam-na, por causa da velhice do pai, e ele
disse a ambos que, se acontecesse de ela ser tomada e eles tivessem tão pouca
coragem que sobrevivessem a tal perda, jamais tornassem a se apresentar diante
dele. A chegada da arca alegrou tanto aos israelitas que eles já se julgavam
vitoriosos. Ao mesmo tempo, lançou terror no espírito dos filisteus. Mas uns e
outros estavam enganados. Ao travar-se a batalha, a perda que os filisteus
temiam caiu sobre os seus inimigos, enquanto a confiança que os israelitas
depositavam na arca foi inútil, pois foram postos em debandada ao primeiro
embate. Perderam trinta mil homens, dentre os quais estavam os dois filhos de
Eli, e a arca caiu em poder dos filisteus.
RUTE - Dicionário Champlin
Visto tratar-se de uma forma contraída, alguns estudiosos preferem
não identificar seu sentido, mas outros pensam em «companheira». Na LXX, Routh.
Seria uma palavra moabita, pois nenhuma raiz hebraica pode ser,
convincentemente, identificada. Ela foi mulher moabita, bisavó do rei
Davi.
Uma família judaica migrara de Belém para Moabe, a fim de escapar
da fome que se agravava. O chefe da família, Elimeleque, não demorou a
falecer, como também os dois filhos homens, Malom (que se casou com Rute),
e Quiliom, que se casara com outra jovem moabita, Orfa. Desses casamentos,
não houve filhos. As três viúvas, sogra e noras, ficaram juntas. Quando
Noemi, a sogra, resolveu voltar à sua terra, insistiu com suas noras
viúvas que retornassem cada uma à casa de sua mãe. Orfa terminou cedendo,
mas Rute estava resolvida a acompanhar sua sogra aonde quer que ela
fosse, dizendo:«... o teu povo é meu povo, o teu Deus é meu Deus» (Rute 1:16).
Chegaram em Belém, no tempo da colheita. Rute foi respigar,
conforme o direito que assistia aos pobres, no campo plantado de Boaz,
parente ao falecido Elimeleque e que acolheu bondosamente à jovem moabita,
por ter ouvido falar de sua lealdade para com Noemi. Disso resultou que,
embora sendo homem já idoso, Boaz resolveu casar-se com Rute, embora
houvesse um homem que tinha maiores direitos de casamento levirato (vide),
do que ele. Como esse outro homem se recusou a cumprir o seu papel
de parente remidor (vide), Boaz alegremente assumiu esse papel.
O filho do casal, Obede, foi o avô paterno de Davi. Quanto a
certos detalhes técnicos sobre costumes e leis dos judeus, ver o livro
de Rute.
Rute é uma das cinco mulheres mencionadas na genealogia de Jesus,
em Mat.
1:1-17, a saber: Tamar, Cananéia; Raabe, Cananéia; a mulher de
Urias, Bate-Seba, judia; Maria, mãe de Jesus, judia; a própria Rute,
moabita. A inclusão de Rute é muito mais notável porque os moabitas não podiam
fazer parte do povo de Israel (ver Deu. 23:3-6 Ne. 13:1),
mas sua lealdade e confiança foram recompensadas, e ela se tornou uma das
antepassadas do Senhor Jesus, uma honra em nada pequena.
Lição 8, Rute, DEUS Trabalha Pela Família
4º Trimestre de 2016 - Título: O DEUS de Toda Provisão -
Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em meio às Crises -
Comentarista: Pr. Elienai Cabral
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.1-14
1 - E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma
fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos
de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos. 2 - E era o nome deste homem
Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos,
Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e
ficaram ali. 3 - E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus
dois filhos, 4 - os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de
uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5 - E morreram
também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus
dois filhos e de seu marido. 6 - Então, se levantou ela com as suas noras e voltou
dos campos de Moabe, porquanto, na terra de Moabe, ouviu que o SENHOR tinha
visitado o seu povo, dando-lhe pão. 7 - Pelo que saiu do lugar onde
estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando, para voltarem
para a terra de Judá, 8 - disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma
à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes
com os falecidos e comigo. 9 - O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em
casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram,
10 - e disseram-lhe: Certamente, voltaremos contigo ao teu povo. 11 -
Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda
no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos? 12 - Tornai, filhas
minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu
dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda
tivesse filhos, 13 - esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes?
Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais
amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se
descarregou contra mim. 14 - Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e
Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.
COMENTÁRIOS DE DIVERSOS AUTORES E LIVROS COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES
DO Ev. LUIZ HENRIQUE
PONTOS DIFÍCEIS E POLÊMICOS
Livro da geração de JESUS CRISTO, filho de Davi, filho de Abraão.
Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus
irmãos; E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e
Esrom gerou a Arão; E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e
Naassom gerou a Salmom; E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute
a Obede; e Obede gerou a Jessé; E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a
Salomão da que foi mulher de Urias. Mateus 1:1-6
JESUS descendente de Sara que era estéril, de Rebeca que era
estéril, de Raquel que era estéril, de Tamar que teve um filho de seu sogro, de
Raabe a prostituta e descendente de Rute a moabita, descendente de Moabe que
era filho de uma mãe que teve seu filho de seu próprio pai, Ló. Isso é graça.
Glória a DEUS!
Belém - Padaria
Elimeleque foi procurar Pão fora de Belém, mas acabou encontrando a
morte para ele e seus dois filhos. Noemi voltou para a padaria em busca de pão
e O encontrou. Belém - βηθλεεμ Bethleem. Casa de pão - padaria.
Eu sou o pão da vida. João 6:48 Porque o pão de DEUS é aquele que
desce do céu e dá vida ao mundo. João 6:33 JESUS é o pão nascido na padaria,
tanto na celeste, quanto na terrestre.
Não adianta procurar pão no mundo, ele só é encontrado na casa de
DEUS.
Elimeleque morava na Padaria, mas não tinha trigo para fazer pão.
Para fazer pão precisa de trigo e para nascer trigo precisa de chuva. Não havia
chuva por causa da idolatria.
Não adianta estar na casa de DEUS sem JESUS. Para ser casa de DEUS precisa de
ter a presença de JESUS e só temos a presença de JESUS através do ESPÍRITO
SANTO, e Este só se faz presente com muita oração. Só existe presença de JESUS
quando adoramos exclusivamente a DEUS, não existe comunhão entre trevas e
luz.
Precisava Abraão permanecer em Canaã? Precisava Isaque permanecer em Canaã?
Precisava Elimeleque permanecer em Belém? SIM. Havia fome ali. Se você só tem
fé em DEUS na bonança, quando está bem financeiramente sua fé não agrada a
DEUS. Para que fé se não precisa de DEUS?
Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide;
ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam
mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais
não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no DEUS da minha
salvação. O Senhor DEUS é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas,
e me fará andar sobre as minhas alturas.
Habacuque 3:17-19.
O livro de Rute é a história de um drama familiar nele
encontramos
- o problema da crise financeira
- o problema da imigração
- o problema da doença
- o problema da morte
- o problema da viuvez
- o problema da pobreza
- o problema da amargura contra DEUS Ao mesmo tempo, o livro de Rute nos fala
sobre:
- a força da amizade
- a beleza da providência
- a recompensa da virtude.
No Evangelho de Mateus, Rute, a moabita, é mencionada na genealogia de
JESUS (1.5). É muito interessante, que além de Raabe, uma ex-prostituta de
Jericó, apareça a moabita Rute oriunda de uma cultura pagã e idólatra. É a
prova de que CRISTO JESUS veio como o salvador de qualquer ser humano e
que a sua graça é capaz de alcançar o mais vil pecador. A história de
Rute nos mostra o quanto DEUS guia os passos dos que desejam servi-Lo com
verdade. Embora vivendo um contexto de escassez e fome,
DEUS trouxe provisão à necessidade de Rute. A história dessa grande mulher
nos estimula a vivermos uma vida de devoção sincera a DEUS, sabendo
que o Pai é grande o bastante para abençoar o esforço das nossas mãos
e a sinceridade da nossa fé. *Ensinador Cristão - CPAD
Belém Efrata - O nome Efrata é outro nome dado a Belém
אפרת ’Ephraath ou אפרתה ’Ephrathah
Efrata = "monte de cinzas: lugar frutífero"
1) um lugar próximo a Betel onde Raquel morreu e foi sepultada
2) outro nome para Belém
COMENTÁRIO
Uma família que pagou um alto preço por uma decisão precipitada de
um chefe de família.
Neste texto, vemos a história de um homem chamado Elimeleque,
tomando uma decisão que mudou a sua vida, a vida de sua esposa e de seus
filhos. O livro de Rute corresponde à época dos Juízes, e nesta época, não
havia Rei em Israel, o povo fazia o que bem entendia e agia da forma que eles
achavam correto.
A Bíblia diz que, “na época em que os Juízes julgavam a terra,
houve fome em Israel”. Foi neste período de fome que Elimeleque tomou a decisão
de se mudar para a terra de Moabe. (na época de Abrão houve fome e este desceu
ao Egito, na época de Isaque houve fome e este foi a Gerar, na época de
Elimeleque houve fome e este desceu a Moabe, na época de Pedro e Paulo teve
fome em toda parte e os irmãos vendiam suas propriedades para ajudarem aos
pobres).
A Bíblia diz que ele escolheu sair da terra de Israel e mudar-se
para um outro país em procura de alimento e socorro.
A princípio, esta decisão parecia ser correta, mas não foi. Muitas
vezes, quando nós enfrentamos momentos de lutas ou quando a fome bate em nossa
casa ou quando os negócios não vão bem, nós somos obrigados a tomar decisões em
nossas vidas que, nem sempre, serão as melhores, pois, são decisões
precipitadas, e nós iremos sofrer as consequências das decisões que tomamos
hoje, no dia de amanhã.
Elimeleque vendo a situação do país, a fome, pegou sua esposa e
seus filhos e foram para Moabe, onde havia muita idolatria, um local de pecado,
onde as pessoas adoravam a um deus que não era O DEUS verdadeiro.
Quando você tem uma decisão a tomar, você deve pensar muito bem,
consultando a DEUS, nesta decisão. Qual é o melhor caminho para a sua vida?
A mudança geográfica não significa que os problemas vão terminar.
Mudar de casa não vai resolver o problema. Mudar de cidade não vai resolver o
problema. Mudar de igreja não vai resolver o problema. Pensar em fugir, não
resolverá o problema. DEUS não quer que tomemos a decisão de agir desta forma.
DEUS não quer que tomemos decisões precipitadas. Nós temos que ser sábios.
Este tipo de problema aconteceu com Abraão. A Bíblia diz que DEUS
falou a Abraão: “olha, eu darei para ti esta terra, para você habitar nela”. E
houve fome na terra e Abraão saiu e foi para o Egito pensando: “bom, eu vou
fugir da fome. DEUS tem outro caminho, onde estou, está difícil. Eu vou fugir”.
Teve que mentir e quase perdeu sua esposa. Se DEUS não intervém, teria
destruído o plano de DEUS em sua vida.
Nem sempre estas mudanças serão o melhor de DEUS para a sua vida.
Você precisa orar muito antes de tomar uma decisão, você precisa consultar a
Palavra, e perguntar a DEUS o que você deve fazer. Você deve, às vezes, aceitar
a opinião dos pastores e dos líderes que estão sobre a sua vida, e que, muitas
vezes, têm mais sabedoria do que você. No entanto, você deve analisar tudo pela
Palavra e tomar a atitude certa. Muitos perdem a benção do Senhor em suas vidas
por tomarem a atitude errada. Buscam o caminho errado, fazem negócios que DEUS
não mandou fazer e vão para lugares que DEUS não mandou ir, e depois choram e
reclamam pensando que DEUS não os abençoou.
“O homem pode fazer planos mas a resposta final vem de DEUS”. Você
tem que descobrir quais são os planos de DEUS para a sua vida, pois, do
contrário você vai fracassar
Elimeleque tomou uma decisão.
Salmo 33: 18-19
“Mas os olhos do Senhor estão sobre os que o temem; sobre os que esperam no seu
constante amor, para livrar as suas almas da morte, e para os conservar vivos
na fome”.
Se você obedece a Bíblia e se consagra a DEUS, esta palavra é para
você.
No dia da fome Ele vai suprir as suas necessidades e você não
precisará mudar de lugar para ver as bênçãos de DEUS, Ele te alcançará.
Elimeleque não percebeu e não entendeu a voz de DEUS.
Salmo 37: 18-19
“O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre.
Não serão envergonhados nos dias maus; nos dias de fome se fartarão”.
O Senhor é responsável por suprir as suas necessidades. Podem vir
os planos econômicos, a crise, a fome, o desemprego, mas DEUS diz que vai
guardar a sua vida e te suprir em meio à crise e fome. Você deve confiar no
Senhor, na Sua palavra e não desanimar e nem voltar para trás, mas permanecer
firme.
É fácil confiar em DEUS quando tudo está bem, não é verdade?
DEUS quer nos ensinar a confiar nele quando os nossos olhos não
vêem nenhuma solução para os problemas. É crer para ver a glória de DEUS.
A Bíblia diz em Deuteronômio 11:13 – “Diligentemente”.
Se você obedecer a DEUS ele te abençoará. Mas, a Bíblia diz que se
o povo se desviar e for atrás dos ídolos, DEUS irá fechar os céus e a chuva, e
a terra não dará o seu alimento e, consequentemente, virá a fome sobre a terra.
A fome e a seca vêm sobre uma nação quando ela é idólatra. Quando
uma nação coloca alguma coisa à frente de DEUS; não apenas uma estátua de um
santo, mas até mesmo pessoas, objetos e passam a depender mais dessas coisas do
que de DEUS, Ele diz que ficaria irado contra aquele povo, e haveria fome e
seca, e as pessoas iriam sofrer as consequências de sua desobediência.
Naquela época, cada uma fazia o que achava mais reto, e cada um
fazia a seu modo. Sobreveio a fome e Elimeleque, que era judeu, deveria confiar
em DEUS e ficar naquela terra.
Não tome decisões apenas por que as situações estão complicadas.
Antes de decidir qualquer coisa pergunte a DEUS, ore e derrame o seu coração e
a sua vida diante de DEUS. Ore, jejue, levante de madrugada e gaste tempo em
oração, pergunte a DEUS qual a decisão que você deve tomar. Diga a DEUS:
“Senhor eu não quero tomar a decisão errada, eu quero andar na tua palavra’; e
se você for sincero, DEUS vai falar com você de uma maneira tremenda.
DEUS pode falar por meios que, muitas vezes, não são os meio
convencionais. DEUS fala através da Palavra, através de um irmão, por
profecias, por sonhos, por revelações, por palavras de conhecimento, visões e
de diversas formas. O mais importante é que você ouça a voz de DEUS para a sua
vida.
Porque as decisões erradas trazem problemas
A mudança de Elimeleque parecia, à princípio, uma mudança de
residência e, com sinceridade de coração, ele pensou que o melhor caminho seria
ir para Moabe. Elimeleque morreu e, anos mais tarde, seus dois filhos também
morreram (v. 3). Eu não quero dizer que ele morreu porque foi para Moabe; mas
também não vou dizer que não, pois, ele pode ter morrido por outra causa. No
entanto, a Bíblia declara que logo após a mudança, ele morreu e que dez anos
depois, seus filhos morreram. Por uma decisão que o pai tomou, a família
inteira sofreu as consequências. O marido é o sacerdote da casa, é o ministro
de DEUS em seu lar e as decisões que ele tomar, afetarão a vida de seus filhos
e de seus netos. Tenha o temor de DEUS em sua vida e tome as decisões corretas.
O homem morreu e sua esposa ficou desamparada, sozinha longe de seu povo e tudo
isso porque Elimeleque ficou com medo da fome. Elimeleque tinha planos, tinha
sonhos. Você pode sonhar, mas muitas vezes não é o sonho que DEUS tem para a
sua vida. O que DEUS quer é que você sonhe planos dEle para a sua vida. Tenho
visto pessoas tomarem decisões erradas e sofrerem na vida, levando com eles
suas esposas e seus filhos. Muitas vezes, alguém perde tudo o que tem porque
fugiu da terra que DEUS tinha para ele. Meu irmão, muitas vezes DEUS permite
que a fome venha sobre o país, para que você confie mais nEle e não nas
circunstâncias. O medo do diabo e da crise, não é de DEUS. Esta não é a decisão
que você tem que tomar. Muita gente morre cedo por decisões erradas. Deuteronômio
diz que você deve ensinar o seu filho a estudar a Palavra desde pequeno. Mas,
muitas vezes, nos esquecemos da Bíblia e lá no quarto ao invés da Palavra, está
a fotografia de uma banda de rock qualquer ou de um ídolo da novela ou do
futebol ou da luta de MMA ou coisa parecida.
Há muitas caminhos que ao homem parecem corretos mas, o fim deles
são caminhos de morte.
Tome cuidado nas decisões que você toma. Se forem decisões
radicais, preste atenção, ore, consulte a DEUS, fale com irmãos maduros, não
seja precipitado, seja humilde. DEUS vai falar com você e então, você tomará a
decisão certa que irá mudar a sua vida.
As decisões que você toma podem deixar a vida de seus filhos uma
benção ou levá-los a perdição. As palavras que você fala, podem ser de benção
ou de destruição. A semente que você semeia, o estilo de vida que você tem em
casa, o modo como você trata a sua esposa, o modo como você, homem, fala no
trabalho com seus amigos e o modo com que você trata dos assuntos espirituais,
vão afetar a vida de seus filhos e vão trazer benção ou maldição sobre a sua
casa. Você é o sacerdote da casa. DEUS colocou na sua mão uma chave que fecha a
porta para o diabo agir. DEUS te deu autoridade, use-a com sabedoria. Muitos
maridos entregam seu lar ao diabo, e deixam seus filhos assistirem qualquer
coisa na TV. Muitos pais não aceitam que seus filhos levem bronca na escola,
quando eles fazem coisas erradas. Estas decisões vão afetar a sua vida, e nós
não queremos estas coisas em nossas vidas.
Qual foi a ambição de Elimeleque?
Elimeleque queria um futuro seguro.
O ser humano quer segurança em relação ao amanhã. Não é errado
querer segurança. DEUS quer que você tenha carro, caderneta de poupança, um
sítio, e muitas outras coisas.
Mas, muitas vezes, as pessoas têm uma preocupação demasiada com
estas coisas e, quando vem alguma situação que contraria ou abala esta
segurança, elas ficam preocupadas e começam a olhar para as circunstâncias e se
esquecem de DEUS.
A lição que DEUS quer nos dar é que, no tempo de fome, Ele é o
nosso DEUS e Ele nos dá segurança a cada dia de nossas vidas.
Muitas vezes, nós vivemos em circunstâncias que não sabemos o que
fazer, mas tenha certeza de que se você for fiel ao Senhor, Ele te ajudará.
DEUS nunca vai desamparar a sai vida. Ele vai socorrer você no tempo da fome e
da dificuldade. Não fuja da vontade de DEUS nos dias difíceis. Se você está
desempregado, esta é uma palavra de DEUS para a sua vida: fique firme confiando
no Senhor, que Ele irá suprir as suas necessidades. Fique firme na Bíblia.
Talvez o tempo de fome venha para querer destruir a sua vida, mas DEUS está
contigo. Creia em DEUS!!!
Noemi não tinha mais razões para ficar na terra e, pelo motivo de
estar em Moabe, perdeu o momento da visitação de DEUS em sua terra.
DEUS visitou o seu povo e eles não estavam lá (Vs. 6).
Muitas vezes isto acontece, pessoas saem fora da vontade de DEUS e
perdem a visitação de DEUS em suas vidas. Porque é certo que, um dia, DEUS vai
visitar o Seu povo.
O povo de Israel clamou ao Senhor e DEUS ouviu o seu clamor, e
desceu e salvou o Seu povo.
Meu amado, quando clamamos a DEUS, Ele sempre está disposto a
salvar o Seu povo e sempre ouve do céu a nossa oração. Se você está na terra da
fome, você deve clamar a DEUS e ele te responderá.
Lance sobre ELE as suas ansiedades, aquilo que tira o teu sono,
aquilo que te preocupa e te deixa nervoso e apreensivo. Confie no Senhor.
Olhe para as aves do céu porque o teu Pai as sustenta. Ele te
sustentará. O teu Pai te sustentará.
Fique firme na palavra de DEUS para a sua vida e não tome decisões
precipitadas. Consulte a DEUS, vá para o teu quarto e não decida na dúvida.
Não coloque a sua vida e a vida de seus filhos em risco. Aprenda a
confiar, esperar e ouvir o Senhor.
Noemi voltou para a terra da bênção com uma nova convertida, Rute,
DEUS cuidou delas e lhes colocou na genealogia de JESUS. Glória a DEUS!
http://www.sermao.com.br/sermoes/O_caminho_errado_que_parecia_certo/
Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da
língua. Provérbios 16:1
Muitos propósitos hão no coração do homem, porém o conselho do Senhor
permanecerá. Provérbios 19:21
O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.
Provérbios 16:9
Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas
as suas veredas. Provérbios 5:21
Prefácio do Livro de Rute (Comentário Adam Clarke - Livros
Históricos)
Quando e por quem o livro de Rute foi escrito, não há acordo entre
os críticos e comentaristas. As coisas aconteceram nos dias em que os juízes
decidiam, por isso alguns tem colocado estas transações sob Eúde; outros, sob
Gideão; outros, sob Baraque, outros, em Abimeleque, e outros, sob Sangar (Filho
de Anate e juiz de Israel após Eúde), opinião da maioria dos cronologistas
bíblicos. O livro é, evidentemente, um apêndice ao livro de Juízes, e contém
uma história perfeita em si mesma. Parece indicar uma introdução aos livros de
Samuel, e na história de Davi fornecendo sua genealogia. Também nos inspira
sobre a redenção que JESUS CRISTO nos proporcionou. Quanto ao autor, ele é tão
incerto quanto o tempo. O mais provável é que o autor dos dois livros de Samuel,
foi também o autor deste pequeno livro, que se afigure necessário para
completar o seu plano da história de Davi. Veja o prefácio do primeiro livro de
Samuel.
A suma da história contida neste livro é a seguinte: Um homem de
Belém, chamado Elimeleque, com sua mulher Noemi, e seus dois filhos Malom e
Quiliom, deixou seu próprio país, a cidade de Belém, na época de fome, e passou
a peregrinar pela terra de Moabe. Lá, ele morreu, e Noemi casou seus dois
filhos com duas mulheres moabitas: Malom casou-se com Rute, que é o tema
principal deste livro e Quiliom casou-se com uma mulher chamada Orfa. Em cerca
de 10 anos esses dois irmãos morreram, e Noemi, acompanhada de suas duas noras,
saiu de Moabe para voltar à terra de Judá, pois ela tinha ouvido que a
abundância de alimentos tinha novamente sido restaurada ao seu país. No caminho
insistiu com suas noras para voltar ao seu país e parentes e buscarem um novo
casamento. Orfa atendeu ao seu conselho, e, depois de uma despedida carinhosa,
voltou para Moabe, mas Rute insistiu em acompanhar sua sogra. Elas chegaram a
Belém na época da colheita, e Rute foi para os campos para recolher alimento
para elas. As terras para as quais foi designada, através de sorteio, para
apanhar os restos da colheita pertenciam a Boaz, um dos parentes de Elimeleque,
portanto, um parente passível de remi-la. este deu ordens para que ela fosse
bem tratada e permitiu beber água com seus servos. Havia ali um parente de
Noemi que tinha o direito de se casar com Rute para poder continuar a família
de Elimeleque, mas este se recusou a remi-la e o caminho ficou livre para que
Boaz a desposasse. Esse era o costume da época, no portão de Belém, diante dos anciãos
da cidade, Boaz então remiu Rute e se casou com ela. Seu filho se chamou Obede,
que foi pai de Jessé, pai de Davi. Para as perguntas, quem era Boaz? E,
quem foi Rute? Nenhuma resposta satisfatória pode ser dada: tudo o que sabemos
com certeza é que Boaz era de Belém, e Rute uma moabita, e, consequentemente,
pagã. Pode ser possível que Boaz seja o mesmo Ibzã que julgou Israel depois de
Jefté, Jz 12 :8-10, e Rute pode ter sido a filha de Eglom, rei de Moabe. Esta é
a opinião mantida pelo Targum Caldeu sobre este livro. Os rabinos dizem que
Elimeleque era irmão de Salmon, que se casou com Raabe, e que Noemi era sua
sobrinha. A genealogia de Davi, como afirma neste livro, é a seguinte:
Ano 2236 |
Judá |
Perez |
Ezron, também chamado Hezrom |
Aram, também chamado Ram |
Aminadabe, Naasson, Salmon, que se casou com Raabe |
Boaz, que se casou com Rute |
Obede, que gerou Jessé |
Ano 2919 Davi nasce |
Esta cronologia está de acordo com o arcebispo Usher, e inclui,
de Judá para Davi 670 anos. - Ano antes do ano comum de CRISTO, 1186. · Ano
do Dilúvio, 1162. · Ano antes da primeira Olimpíada, 410. · Criação de Tisri,
ou setembro, 2818. · Esta cronologia está sobre a suposição de que Obede
tinha quarenta anos de idade no nascimento de Jessé, e Jessé, 50 no
nascimento de Davi. |
INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1
Elimeleque, sua mulher Noemi, e seus dois filhos, Malom e Quiliom,
fugia de uma fome na terra de Israel, e vão para peregrinar em Moabe, 1,2. Aqui
seus filhos se casam e, no espaço de dez anos, tanto seu pai e eles morrem, 3-6
Noemi sai em seu retorno a seu país, acompanhado por suas noras Orfa e Rute, a
quem ela se esforça para convencer a voltar para o seu próprio povo, 7-13 Orfa
retorna, mas Rute acompanha a sogra, 14-18. Elas chegam em Belém, no tempo da colheita
da cevada, 19-22.
Versículo 1. que os juízes julgavam
Nós não sabemos qual juiz julgava nesta época, alguns dizem que era
Eúde, outros que na época de Sangar.
Houve uma fome
Provavelmente ocasionada pelas invasões dos filisteus e amonitas
que destruíam as lavouras. O Targum diz: "DEUS decretou 10 fomes graves
para o mundo, para castigar os moradores da terra, antes da vinda do Messias, o
rei:
Primeiro nos dias de Adão, a segunda nos dias de Lameque; a
terceira nos dias de Abraão, o quarto nos dias de Isaque, o quinto nos dias de
Jacó, o sexto nos dias de Boaz, que é chamado Abstan, (Ibzã), o justo, de Belém
de Judá, a sétima nos dias de Davi, rei de Israel, o oitavo nos dias de Elias,
o profeta, a nona nos dias de Eliseu, em Samaria, a décima ainda está por vir,
e não é uma fome de pão ou de água, mas de ouvir a palavra de profecia da boca
do Senhor, e até agora a fome é grave na terra de Israel". Na verdade nos
tempos de Cláudio César houve uma grande fome e haverá uma grande fome para
Israel durante a grande Tribulação.
Versículo 2. Elimeleque Isto é, DEUS é meu rei. Noemi bonito ou
simpático. Malom Enfermidade. Quiliom acabado.
Versículo 3. Elimeleque morre-
Provavelmente um curto período de tempo depois de sua chegada em
Moabe.
Versículo 4. e tomaram para si mulheres
O Targum muito apropriadamente observa que eles transgrediram o
decreto da palavra do Senhor, e tomou para si mulheres estranhas.
Versículo 5. e de Malom e Quiliom morreram
O Targum acrescenta: E porque eles transgrediram o decreto da
palavra do Senhor, e juntou-se a afinidade com pessoas estranhas, portanto,
seus dias foram cortados fora. É muito provável que haja mais aqui do que
conjecturas.
Versículo 6. Tinha ouvido Pela boca de um anjo, diz o Targum.
O Senhor tinha visitado o seu povo "por causa da justiça de
Ibzã o juiz, e por causa das súplicas de Boaz piedoso."
No Targum imagina-se, e não sem probabilidade, que Malom e Quiliom
são os mesmos Joás e Sarafe, mencionados em 1 Crônicas 4:22, onde o hebraico
deve ser assim traduzido, e Joás e Sarafe, que se casaram em Moabe, e moravam
antes em Belém.
Versículo 11.
Ainda há mais filhos
Isto foi dito em alusão ao costume, que quando um irmão casado
morria sem deixar descendentes, seu irmão tomasse a viúva para que os filhos
desse casamento fossem contabilizados como filhos do irmão falecido. Há algo de
muito persuasivo e inteligente na maneira que Noemi despede suas noras querendo
que suas noras ficassem em Moabe. Vamos observar as indicações:
1. Ela insinua que ela não poderia ter outros filhos para lhes dar.
2. Que mesmo que tivesse ainda filhos elas, não poderiam ficar na
expectativa de esperá-los crescer para se casarem com eles.
3. Que ela era velha demais para ter um marido.
Versículo 14. E Orfa beijou a sua sogra
O Septuaginta diz: voltou às suas próprias pessoas. A Vulgata,
sírio e árabe, dão a mesma conotação.
O versículo 15. Voltai aos seus deuses
Elas foram provavelmente duas idólatras. talvez prosélitas de uma
conjectura infundada. Camos era o ídolo maior dos moabitas. A conversão de Rute
parece ter se iniciado ao conhecer Noemi.
Versículo 16. Rute disse
Aqui um exemplo de amor e amizade maravilhoso. Eu não te deixarei,
eu te seguirei: vou repousar onde tu repousar e dormir onde tu dormires; teu
povo é o meu povo, ainda mais alegremente agora que abandonei o meu país, e
determinei acabar os meus dias na tua companhia. Eu também, doravante, não
tenho outro deus, mas somente o teu DEUS, e me unirei a ti em adoração a ELE,
estou ligada a ti em afeto e consanguinidade. Eu me apegarei a ti mesmo até a
morte; morrer onde tu morreres, e ser enterrada, se possível, no mesmo túmulo.
Este foi um anelo do mais extraordinário e puro amor, e, evidentemente, sem
qualquer motivo secular. O Targum acrescenta várias coisas para esta conversa
entre Noemi e Rute.
Versículo 17. O Senhor me guarde para que só a morte me separe de
ti
DEUS pode infligir quaisquer punições a mim, até a pior punição, se
eu me apartar de ti, até a morte. E parece que ela foi fiel ao seu compromisso,
pois Noemi foi alimentada na casa de Boaz em sua velhice, e se tornou a babá e
enfermeira do filho de Rute, Obede. Rute 4:15,16.
Versículo 19. toda a cidade se comoveu por causa delas
Parece que Noemi não era apenas conhecida, mas muito respeitada
também em Belém, uma prova de que Elimeleque era de alta consideração naquele
lugar.
Versículo 20. Chame-me não Noemi Isto é, bela ou agradável.
Chame-me Mara Isto é, amarga, aquele cuja vida é dolorosa para ela.
O Todo-Poderoso. Aquele que é autossuficiente, tem levado os
adereços e suportes da minha vida.
Versículo 21. saí cheia. Tinha um marido e dois filhos. O Senhor me
trouxe para casa novamente, mas vazia.
Tendo perdido todos os três por morte. É também provável que
Elimeleque tivesse uma propriedade considerável dele na terra de Belém, pois,
como ele fugiu da fome, Noemi naturalmente tomaria novamente posse da
propriedade com seu retorno a Belém, talvez ela tenha pensado que tudo estava
acabado.
Versículo 22. No início da colheita da cevada.
Isso foi no início da primavera, quando a colheita de cevada
começava, imediatamente após a Páscoa, com uma festa foi realizada no dia 15 do
mês de Nissan, que corresponde quase com a nosso mês de Março. O Targum diz:
"Elas chegaram a Belém no mesmo dia em que os filhos de Israel começavam a
cortar o feixe de cevada que era para ser movido perante o Senhor. “Esta
circunstância é o mais distintamente marcados, por causa de rabiscos de Rute,
mencionado no capítulo seguinte.
1. A maneira simples e amável, com muita simplicidade, em que a
história do capítulo anterior é dita, é uma prova de sua autenticidade. Existem
várias circunstâncias simpáticas registradas aqui que nenhum falsificador
poderia ter inventado. Há muita coisa natural para admitir qualquer coisa de
arte.
2. No desejo de um novo casamento de Orfa e Rute que Noemi lhes
deseja está incluído o descanso na casa de seus maridos.
"Uma condição de casada é um estado de descanso, por isso esta
é chamada aqui, e em Rute 3:1. Assim o casamento é chamado.
O casamento é visto como um porto ou refúgio de jovens; cujos
afetos, enquanto solteiros, estão continuamente flutuantes ou atiradas para e
ar, como um navio sobre as águas, até que este tenha chegado a um porto feliz e
seguro. Há uma propensão natural de descanso e paz na maioria das pessoas em
relação à união e comunhão do casamento, como todos os seres criados têm uma tendência
natural para o seu próprio centro, (leve sursum, et sepultura deorsum) e estão
inquietos com isso, assim que os rabinos dizem, Requiret vir costam suam, et
requiret femina sedem suam, "O homem está inquieto enquanto ele sente
falta de sua outra costela que lhe foi tirada do seu lado, e que a mulher está
inquieta até que ela fique sob o braço do homem, de onde ela foi tirada".
Orem a DEUS, pois, solteiros, e chorai com a boa Noemi, O
Senhor nos conceda descansar em minha casa com uma boa esposa, para que eu
possa viver em paz e abundância, com saúde e uma companheira para eu a
confortar todos meus dias e por ela ser confortado.
Saiba que seu casamento é, de todos os seus assuntos civis, o de
maior importância, tendo uma influência sobre toda a sua vida. Ou vai
arrumar ou vai estragar sua vida neste mundo; 'Assim, um erro aqui é
irrecuperável, você tem necessidade de aguçar seus olhos para olhar além do
visível ". Este é um bom conselho, que os interessados deverão achar graça
suficiente para levá-los a este estágio de felicidade?
Rute 1:1-22 (Bíblia diário Vivir)
1.1 A história do Rute transcorre em algum momento durante o
período dos juizes. Aqueles eram dias negros para o Israel, quando "cada
um fazia o que bem lhe parecia" (Juízes 17:6; 21:25). Mas em meio desses
tempos escuros e maus, até havia quem seguia a DEUS. Noemí e Rute são exemplos
formosos de lealdade, amizade e entrega a DEUS e a uma pelo outra.
1.1, 2 Moabe era a terra ao leste do Mar Morto. Era uma das nações
que oprimiram Israel durante o período dos juizes (Juizes 3:12ss), assim é
que havia hostilidade entre as duas nações. A fome deve ter sido bastante
severa em Israel para que Elimeleque decidisse ir-se dali com
sua família. Lhes chamavam efrateos porque Efrata era o nome antigo de
Belém. Até que Israel derrotasse Moabe, seguiriam as tensões entre
eles.
1.4, 5 As relações amistosas com os moabitas
não aconteciam (Deut 23:3-6)
embora, possivelmente, não estivessem proibidas, já que os
moabitas viviam fora da terra prometida. Casar-se com um cananeu (e com
qualquer que vivesse dentro das fronteiras da terra prometida), estava,
entretanto, contra a Lei de DEUS (Deut 7:1-4). Aos moabitas não
lhes era permitido adorar no tabernáculo porque durante o êxodo
do Egito não permitiram aos israelitas passar através de sua terra.
Como nação escolhida de DEUS, Israel deve ter estabelecido as
normas de uma vida de alta moral para as outras nações. É irônico, mas foi
Rute, uma moabita, a quem DEUS usou como exemplo de caráter espiritual genuíno.
Isto mostra quão estéril era a vida do Israel nesses dias.
RUTE E NOEMI
As histórias de algumas pessoas na Bíblia se encontram tão
entrelaçadas que quase são inseparáveis. Sabemos mais a respeito de sua relação
que delas como indivíduos. E em uma era que rende culto à personalidade, suas
histórias são modelos úteis que ajudam às boas relações. Noemí e Rute são
exemplos formosos desta fusão de vidas. Suas culturas, seus antecedentes
familiares e sua idade eram muito diferentes. Como sogra e nora, talvez tenham
tido tantas oportunidades de tensão como de ternura. E assim se mantiveram
unidas uma à outra.
Passaram por profunda tristeza, quiseram-se muito e
se entregaram por completo ao DEUS de Israel. E apesar de sua
interdependência, tinham liberdade quanto a seu compromisso da uma pela outra.
Noemí estava disposta a permitir que Rute fosse
incorporada à sua família. Rute estava disposta a deixar sua terra
natal e seus deuses para ir com Rute para Israel. Noemí
inclusive ajudou nos acertos matrimoniais entre Rute e Boaz
mesmo que isto pudesse diminuir sua relação com ela.
DEUS estava no centro de sua comunicação íntima. Rute chegou a
conhecer o DEUS de Israel através do Noemí. A anciã permitiu que Rute
visse, escutasse e sentisse todo o gozo e a angústia de sua relação com DEUS.
Quão frequentemente sente você que seus pensamentos e perguntas a respeito de
DEUS devem ficar fora de uma amizade íntima? Quão frequentemente expressa seus
pensamentos a respeito de DEUS com sua esposa ou com seus amigos? Expressar
abertamente a respeito de nossa relação com DEUS pode brindar a profundidade
e intimidade de nossa relação com outros.
Pontos fortes e lucros :
-- Uma relação em que o vínculo maior era a fé em DEUS
-- Uma relação de um sólido compromisso mútuo
-- Uma relação em que cada pessoa tratou de fazer o melhor para a
outra
Lições de sua vida :
-- A presença viva de DEUS em uma relação supera as diferenças que
de outro modo criam divisão e desarmonia
Dados gerais :
-- Onde: Moabe, Belém
-- Ocupações: Algemas, viúvas
-- Familiares: Elimeleque, Malom, Queliom, Orfa, Boaz
Versículo chave :
"Respondeu Rute: Não me rogue que te deixe, e me vá
para além de ti; porque a qualquer lugar que você for, irei eu, e em
qualquer lugar que viver, viverei. Seu povo será meu povo, e seu DEUS meu
DEUS" (Rute1:16).
Sua história se relata no livro
de Rute. Mat 1:5 também menciona Rute.
1.8, 9 No mundo antigo quase não havia nada pior que ser viúva.
Maltratavam-nas ou as tornavam escravas ou prostitutas. Quase sempre eram
pessoas golpeadas pela pobreza. A Lei de DEUS, entretanto, estabelecia que o
parente mais próximo do marido falecido devia cuidar da viúva; mas Noemí não
tinha parentes em Moabe e não sabia se existia algum
vivo em Israel.
Até nessa situação de desespero, Noemi teve uma atitude
desinteressada. Embora decidisse retornar a Israel, animou Rute e Orfa
para que ficassem em Moabe e começassem uma nova vida, embora isso
significasse mais dor para ela. Como Noemí, devemos considerar as necessidades
de outros e não só as nossas. Conforme descobriu Noemí, quando você atua
desinteresadamente, outros se sentirão animados a seguir seu exemplo.
1.11 O comentário de Noemí aqui ("eu tenho mais filhos no
ventre que possam ser seus maridos?") refere-se ao levirato, a obrigação
do irmão do finado de cuidar sua viúva (Deut 25:5-10). Esta lei evitava
que a viúva ficasse na miséria e proporcionava uma forma para que continuasse o
nome do finado.
Noemí, entretanto, não tinha outros filhos que se casassem com Rute
e nem com Orfa, assim que as animou para que ficassem em sua terra natal
e que voltassem a se casar. Orfa ficou de acordo,
o qual era seu direito. Mas Rute esteve disposta a renunciar à possibilidade de
segurança e filhos para cuidar do Noemí.
1.16 Rute era uma moabita, mas isso não a impediu de adorar ao
DEUS verdadeiro, nem tampouco impediu a DEUS de aceitar sua adoração
e enche-la de grandes bênçãos. DEUS não amava unicamente aos judeus. DEUS
escolheu aos judeus como instrumentos para que o resto do
mundo O conhecesse. Isto se cumpriu quando JESUS nasceu como judeu.
Através disso, todo mundo pode conhecer DEUS. Atos 10:34-35 diz
que "DEUS não faz acepção de pessoas, mas sim em toda nação se agrada do
que lhe teme e faz justiça". DEUS aceita a todos os que o adoram; atua
através das pessoas sem se importar com raça, cor, sexo
ou nacionalidade. O livro de Rute é um exemplo perfeito da imparcialidade
de DEUS. Embora Rute provinha de uma raça frequentemente desprezada pelos
israelitas, foi abençoada por sua fidelidade. Chegou a ser a bisavó do rei Davi
e uma antepassado direta de JESUS.
1.20, 21 Noemí experimentou várias penúrias. Abandonou Israel casada
e segura; retornou viúva e pobre. trocou seu nome para expressar sua
amargura e a dor que sentia. Noemí não rechaçava a DEUS ao manifestar
abertamente sua dor. Entretanto, parece ter perdido sua visão
das tremendas bênçãos que tinha em sua relação com Rute e com DEUS.
Quando, no futuro, vierem os momentos amargos, DEUS receberá com agrado
suas orações sinceras, mas cuide-se de não passar por cima do
amor, da força e das bênçãos que recebe na
pressente relação com DEUS. E não permita que a amargura e a desilusão o
ceguem ante as oportunidades.
1.22 Belém estava a uns oito quilômetros ao sul de Jerusalém. O
povo era abençoado por exuberantes campos e arvoredos de olivas. Suas
colheitas eram abundantes.
A volta de Rute e Noemí a Belém foi sem dúvida parte do plano
de DEUS porque nesta aldeia nasceria Davi (1 Sam 16:1) e como o
predisse o profeta Miquéias (Miq 5:2), também JESUS nasceria ali. Esta
ação, foi mais que uma simples conveniência para Rute e Noemí. Conduzia ao
cumprimento da Escritura.
1.22 devido ao clima de Israel ser muito moderado,
há duas colheitas cada ano, na primavera e no outono. A colheita de cevada se
levava a cabo na primavera e foi nesse tempo de esperança e de plenitude que
Rute e Noemí retornaram a Belém. Belém era uma comunidade agrícola e devido a
que era época de colheita, havia muitos grãos restante nos campos,
que caiam ao chão na hora da colheita. Estes grãos podiam compilar-se
ou espigar-se e logo convertê-los em alimento.
Rute 1:1-4:22 (estrutura Bíblia Temática)
Rute (Rt)
> Noemi e Rute [Rute 1:1]
> Rute no campo de Boaz [Rute 2:1]
> Rute e Boaz na eira [Rute 3:1]
> Boaz casa com Rute [Rute 4:1]
> A genealogia de Davi [Rute 4:13]
Rute 1:1-22 (Bíblia Reina Valera)
Notas do Capítulo:
[1] 1.1-2 Juizes: Não eram simples magistrados que
administravam justiça, a não ser líderes carismáticos chamados e enviados pelo
Senhor para liberar a seu povo de uma situação opressiva. Por isso, outros
traduzem caudilhos. Veja livro dos Juizes. Em números redondos, esta época se
situa entre os anos 1200 e 1050 a.C.
[2] 1.1-2 Belém de Judá: Um dos lugares mais célebres da
história bíblica, situado a 8 km ao sul de Jerusalém. Cf. 1 Sm 17.12,15;
20.6,28; Miq 5.2; MT 2.1-6; Lc 2.4; Jo 7.42. Se chama Belém
de Judá para distinguir de Belém de Zabulom, que estava a 10 km a
noroeste de Nazaré (veja Jos 19.15 N.).
[3] 1.1-2 Elimeleque, em hebreu, significa meu DEUS é rei.
[4] 1.1-2 O nome Noemí, em hebreu, significa minha doçura.
[5] 1.1-2 É provável que os nomes Malom e Queliom,
em sua forma hebreia, signifiquem, respectivamente, enfermidade e esgotamento.
Em tal caso, ambos os nomes aludiriam à morte prematura dos filhos de Noemi com
Alimeleque (cf. V. 5).
[6] 1.1-2 Efrateos: Outro nome de Belém era Efrata. Cf. 1 Cr
4.3-4; Miq 5.2.
[7] 1.1-2 O país de Moabe se encontrava ao sul da Transjordânia
e ao leste do Mar Morto (veja Dt 2.9).
[8] 1.4 Embora os moabitas fossem um povo aparentado com
Israel (cf. Gn 19.30-38), esta classe de matrimônios estava severamente
proibida pela lei de Moisés (cf. Dt 23.3; Ed 9.1-2; 10).
[9] 1.4 Orfa: desconhece-se o significado exato deste nome;
alguns o traduzem por obstinação ou rebeldia. Rute significa,
provavelmente, amiga.
[10] 1.20 Noemí: Veja Rt 1.1-2. Mara, em hebreu,
significa amarga.
[11] 1.21 Todo-poderoso: em hebreu, El-Shadai, antigo título
do Jeová. Veja-se Gn 17.1 N.
[12] 1.22 A colheita da cevada, na primeira quinzena de maio.
Cf. Ex 9.31; Rt 2.23; 2 Sm 21.9-10.
O LIVRO DE RUTE (http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-oantigotestamento-oslivroshistoricos.htm )
RUTE
SÍNTESE
O livro de Rute descreve a direção providencial de Deus na vida de
uma família israelita. Devido à morte do genitor e de seus dois filhos em terra
estrangeira, correm perigo o nome e a herança desta família. Contudo, a
situação extrema do homem é a oportunidade de Deus. Por força da conduta de um
parente que, inspirado por nobres ideais, cumpre suas obrigações, a linha
hereditária permanece inalterada. A união de Boaz, o hebreu, e Rute, a moabita,
converte-se no meio pelo qual Deus cumpre seu misericordioso propósito. Com
relação à mensagem toda das Escrituras Sagradas, o livro nos proporciona uma
perspectiva da história do nascimento de JESUS e dos acontecimentos do
Pentecoste. A genealogia culmina no rei teocrático Davi, cuja linha genealógica
é prometida no advento do Messias. Isto, ocorre com a inclusão de uma mulher de
descendência moabita, mediante a qual se abre diante de nossos olhos a
perspectiva pentecostal do significado universal do Messias: não é somente o
Salvador de Israel, mas da raça humana.
AUTOR
No grego, e em traduções posteriores, o livro de Rute vem em
seguida ao de Juízes, visto que foi em seu tempo que ocorreu a história narrada
neste livro. Na Bíblia hebraica, faz parte dos chamados escritos sagrados, uma
subdivisão dos cinco pergaminhos que se liam em público nos dias de festa de
Israel. A história de Rute culmina na época da colheita. Este relato era lido,
em geral, durante a semana, ou festa da colheita do trigo, que se denominou
mais tarde festa de Pentecoste. Não se conhece seu autor. O anúncio do capítulo
1:1 no sentido de que a história aconteceu "nos dias em que julgavam os
juízes", indica que a época dos juízes pertencia ao passado. Pela forma
como o autor escreve acerca de Davi em 4:17 e da genealogia em 4:18-22, fica
demonstrado que conhecia o esplendor do reino de Davi. Esta consideração
indicaria que o livro foi escrito antes que o reinado perdesse sua glória,
possivelmente na última parte do reinado de Davi ou imediatamente depois.
Esboço Completo do Livro:
I. As Adversidades de Noemi (1.1-5)
II. Noemi e Rute (1.6-22)
A. Noemi Resolve Sair de Moabe (1.6-13)
B. O Amor Inabalável de Rute (1.14-18)
C. Noemi e Rute Vão a Belém (1.19-22)
III. Rute Conhece Boaz na Seara (2.1-23)
A. A Providência Divina na Decisão de Rute (2.1-3)
B. A Provisão Divina na Decisão de Rute (2.4-16)
C. Rute Informa a Noemi (2.17-23)
IV. Rute e Boaz na Eira (3.1-18)
A. Rute Recebe Instruções de Noemi sobre Boaz (3.1-5)
B. Rute Pede a Boaz para Ser Seu Remidor (3.6-9)
C. Rute Recebe Resposta Favorável de Boaz (3.10-18)
V. Boaz Casa com Rute (4.1-13)
A. Boaz e o Contrato de Parente-Remidor (4.1-12)
B. Casamento e Nascimento de um Filho (4.13)
VI. O Contentamento de Noemi (4.14-17)
VII. A Genealogia de Perez a Davi (4.18-22)
Autor: Anônimo -- Tema: Amor Que Redime - Data: Século X a.C.
Considerações Preliminares
Historicamente, o livro de Rute descreve eventos na vida de uma família
israelita durante o tempo dos Juízes (1.1; c. 1375—1050 a.C.). Geograficamente,
o contexto é a terra de Moabe, a leste do mar Morto.
(1) O restante do livro transcorre em Belém de Judá e sua
vizinhança. Liturgicamente, o livro de Rute é um dos cinco rolos da terceira
divisão da Bíblia Hebraica, conhecida como Os Hagiógrafos (lit. “Escritos
Sagrados”). Cada um desses rolos era lido publicamente numa das festas judaicas
anuais. Visto que a comovente história de Rute ocorreu na estação da colheita,
era costume ler este livro na Festa da Colheita (Pentecoste). Considerando que
a lista dos descendentes de Rute não vai além do rei Davi (4.21,22), o livro
foi provavelmente escrito durante o reinado de Davi. Desconhece-se o autor
humano do livro, mas a tradição judaica (e.g., o Talmude) atribui essa autoria
a Samuel.
Propósito
O livro de Rute foi escrito a fim de mostrar como, através do amor altruísta e
do devido cumprimento da lei de Deus, uma jovem mulher moabita, virtuosa e
consagrada, veio a ser a bisavó do rei Davi de Israel. O livro também foi
escrito para perpetuar uma história admirável dos tempos dos juízes a respeito
de uma família piedosa cuja fidelidade na adversidade contrasta fortemente com
o generalizado declínio espiritual e moral em Israel, naqueles tempos (ver
Juízes).
Visão Panorâmica
Esta história do amor que redime inicia quando Elimeleque parte de Judá e passa
a residir com sua família em Moabe por causa de uma fome (1.1,2). O sofrimento
continuou a flagelar Elimeleque, pois ele e seus dois filhos morreram em Moabe
(1.3-5), o que resultou em três viúvas. Quatro episódios principais vêm a
seguir.
(1) Noemi (viúva de Elimeleque) e sua devotada nora moabita, Rute,
voltaram a Belém de Judá (1.6-22).
(2) Na providência divina, Rute veio a conhecer Boaz, um
parente rico de Elimeleque (cap. 2).
(3) Seguindo as instruções de Noemi, Rute deu a entender a Boaz o
seu interesse na possibilidade de um casamento segundo a lei do parente-remidor
(cap. 3).
(4) Boaz, como parente-remidor, comprou as propriedades de Noemi e
casou-se com Rute, e tiveram um filho chamado Obede — avô de Davi (cap. 4).
Embora o livro comece com tremendos reveses, termina com um final
sobremodo feliz — para Noemi, para Rute, para Boaz e para Israel.
Características Especiais
Seis características principais assinalam o livro de Rute.
(1) É um dos dois livros da Bíblia que leva o nome de uma mulher
(sendo o outro o de Ester).
(2) Este livro, escrito, tendo ao fundo o horizonte ominoso da
infidelidade e apostasia de Israel durante o período dos juízes, descreve as
alegrias e pesares de uma família piedosa de Belém durante aqueles tempos
caóticos.
(3) Ilustra o fato de que o plano divino da redenção incluía os
gentios que, durante os tempos do AT, foram enxertados no povo de Israel
mediante o arrependimento e a fé no Senhor.
(4) A redenção é um tema central, do começo ao fim do livro,
sendo o papel de Boaz, como parente-remidor, uma das ilustrações ou tipos mais
claros do ministério mediador de Jesus Cristo.
(5) O versículo mais conhecido deste livro consiste nas palavras
que Rute dirigiu a Noemi, quando ainda estava em Moabe: “Onde quer que tu
fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é
o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (1.16).
(6) Traça um retrato realista da vida, com seus contratempos, mas
também mostra como a fé e fidelidade de pessoas piedosas ensejam a Deus a
oportunidade de converter a tragédia em triunfo e a derrota em bênção.
Paralelismo do Livro de Rute com o NT
Este livro declara quatro verdades do NT.
(1) Transtornos humanos dão oportunidade a Deus para realizar seus
grandes propósitos redentores (Fp 1.12).
(2) A inclusão de Rute no plano da redenção demonstra que a
participação no reino de Deus independe de descendência física, mas pela
conformação da nossa vida à vontade de Deus, mediante a “obediência da fé” (Rm
16.26; cf. Rm 1.5,16).
(3) Rute como partícipe da linhagem de Davi e de Jesus (ver Mt 1.5)
significa que pessoas de todas as nações farão parte do reino do grande
“Filho de Davi” (Ap 5.9; 7.9).
(4) Boaz, como o parente-remidor, é uma prefiguração do grande
Redentor, Jesus Cristo (Mt 20.28; ver Rt 4.10
CAPÍTULO 11 - História dos Hebreus - Flávio Josefo
História de Rute, mulher de Boaz, bisavô de Davi. Nascimento de
Samuel. Os filisteus vencem os israelitas e tomam a arca da aliança. Ofni e
Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, são mortos nessa batalha.
213. Rute 7. Depois da morte de Sansão, Eli, sumo sacerdote,
governou o povo de Israel. Houve no seu tempo uma grande carestia. Abimeleque,*
que morava na cidade de Belém, na tribo de Judá, não a podendo suportar, foi
com a mulher, Noemi, e seus dois filhos, Quiliom e Malom, para o país dos
moabitas. Ali tudo correu perfeitamente bem, e ele casou o mais velho dos
filhos com uma jovem de nome Orfa e o mais moço com outra, de nome Rute. Dez
anos depois, pai e filhos morreram, e Noemi, cheia de aflição, resolveu voltar
para o seu país, que então estava em situação melhor que a de quando ela o
havia deixado.
As noras quiseram segui-la, porém, como as amasse demais para
tolerar que sofressem a mesma infelicidade, rogou-lhes que ficassem, pedindo a
Deus que as fizesse mais felizes no segundo matrimônio, pois não o haviam sido
no primeiro. Orfa consentiu naquele desejo, mas a extrema afeição que Rute
devotava à sogra não lhe permitiu abandoná-la e desejou ser sua companheira
também na adversidade. Assim, chegaram ambas a Belém, onde veremos em seguida
que Boaz, primo de Abimeleque, as recebeu com grande bondade. Noemi dizia aos
que a chamavam por esse nome: "Deveríeis antes chamar-me Mara" — que
significa "dor" — "e não Noemi" — que quer dizer
"felicidade".
________________
* As Escrituras chamam-no Elimeleque.
Rute
2. Chegou o tempo da ceifa, e Rute, a fim de obter alimento, foi
respigar, com licença da sogra. Entrou por acaso no campo que pertencia a Boaz.
Ele chegou pouco depois e perguntou ao administrador quem era aquela moça. Ele
o informou de tudo o que sabia, dito por ela mesma. Boaz louvou muito o afeto
que ela nutria pela sogra e pela memória do marido e desejou-lhe toda sorte de
felicidade. Disse ao administrador que permitisse a ela não somente respigar,
mas levar o que desejasse, e que lhe dessem ainda de beber e de comer, como aos
ceifadores.
Rute guardou um caldo para a sogra, que levou para ela à tarde, com
o que havia recolhido. Noemi, por seu lado, guardara para Rute parte do que os
vizinhos lhe haviam dado para o jantar. Rute contou-lhe o que se havia passado,
e Noemi disse-lhe que Boaz era um parente e homem de bem, tanto que esperava
que ele tomasse cuidado dela, Rute, que em seguida voltou a respigar no campo
dele.
Rute
3. Dias depois, quando toda a cevada já estava batida, Boaz veio à
sua propriedade e deitou-se na eira. Quando Noemi o soube, julgou vantajoso que
Rute se prostrasse aos pés dele para dormir e disse-lhe para fazer o que
pudesse para consegui-lo. Rute não ousou desobedecê-la e assim, mansamente,
esgueirou-se até os pés de Boaz. Ele não a percebeu no momento, porque estava
muito adormecido, porém ao acordar, pela meia-noite, percebeu que alguém estava
deitado junto dele e perguntou quem era. Ela respondeu: "Sou Rute, vossa
serva, e rogo-vos que consintais que eu repouse aqui".
Nada mais ele perguntou e deixou-a dormir, mas a despertou bem
cedo, antes que os empregados se tivessem levantado, dizendo-lhe para apanhar
quanta cevada quisesse e então voltar para a casa da sogra, antes que alguém
percebesse que ela passara a noite junto dele. Porque era necessário, por
prudência, evitar qualquer motivo de comentários, principalmente em assunto
daquela importância. Ele acrescentou: "Aconselho-vos a perguntar a alguém
que vos seja mais próximo que eu se vos quer tomar para esposa. Se ele estiver
de acordo, podereis desposá-lo. E, se recusar fazê-lo, eu vos desposarei, como
a Lei me obriga". Rute narrou à sogra esse fato, e ambas conceberam então
firme esperança de que Boaz não as abandonaria.
Rute
4. Ele voltou à cidade pelo meio-dia e reuniu os magistrados. Mandou
chamar Rute e seu parente mais próximo, ao qual disse: "Não possuis os
bens de Abimeleque?" Respondeu ele: "Sim, eu os possuo pelo direito
que a Lei me dá, sendo o seu parente mais próximo". Boaz replicou:
"Não basta cumprir parte da Lei, deve-se cumprir toda ela. Assim, se
quiserdes conservar os bens de Abimeleque, é necessário que desposeis a viúva,
que vedes aqui presente". O homem respondeu que já era casado e, tendo
filhos, preferia ceder-lhe os bens e a mulher. Boaz tomou os magistrados como
testemunhas dessa declaração e disse a Rute que se aproximasse daquele parente,
descalçasse-lhe um dos sapatos e lhe desse um tapa no rosto, como a Lei
determinava. Ela o fez, e Boaz então desposou-a.
Ao fim de um ano, ela teve um filho, do qual Noemi teve o encargo
de cuidar e a quem chamou Obede, na esperança de que ele a ajudaria em sua
velhice, pois Obede, em hebreu, significa "auxílio". Obede foi pai de
Jessé, pai do rei Davi, cujos filhos até a vigésima geração reinaram na nação
dos judeus. Fui obrigado a narrar essa história para dar a conhecer que Deus
eleva quem quer ao soberano poder, como se viu na pessoa de Davi, cuja origem
foi a seguinte:
7 Samuel 2. Os interesses dos hebreus estavam então em mau estado,
e eles travaram guerra com os filisteus, pelo motivo que passo a narrar. Hofni
e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, não eram menos ultrajantes para com
os homens que ímpios para com Deus. Não havia injustiça que eles não
cometessem. Não se contentando em receber o que lhes pertencia, tomavam também
o que não lhes era devido. Corrompiam com presentes as mulheres que vinham ao
Templo por devoção ou atentavam contra a honra delas pela força, exercendo
assim funesta tirania.
Tantos crimes tornaram-nos odiosos a todo o povo e mesmo ao próprio
pai. Deus lhes fez conhecer, bem como a Samuel, que então era apenas uma
criança, que eles não evitariam a sua justa vingança, por isso Eli a esperava a
todo momento e já os chorava como mortos. Porém, antes de relatar de que modo
eles e todos os israelitas — por causa deles — foram castigados, quero falar
dessa criança, que se tornou mais tarde um grande profeta.
214. 7 Samuel 1. Elcana, da tribo de Efraim, morava em
Ramataim-Zofim, no território dessa tribo, e tinha como esposas Ana e Penina.
Esta lhe dera filhos. Não os tivera, porém, de Ana, a quem ele amava
ardentemente. Um dia, estando com a família em Silo, onde se localizava o
sagrado Tabernáculo, Ana, vendo os filhos de Penina sentados à mesa perto da
mãe e Elcana a dividir entre as duas mulheres e eles as iguarias que restavam
dos sacrifícios, a dor pelo fato de ser estéril a fez derramar lágrimas. O marido
fez o que pôde para consolá-la. Depois ela entrou no Tabernáculo, rogou com
fervor a Deus que a tornasse mãe e fez voto de que, se Ele lhe desse um filho,
o consagraria ao seu santo serviço. E não se cansava de fazer sempre a mesma
oração.
Eli, sumo sacerdote, que estava sentado diante do Tabernáculo,
julgou que ela estivesse embriagada e ordenou que se retirasse. Ela
respondeu-lhe que jamais bebera outra coisa senão água pura, mas que na aflição
em que se encontrava por ser estéril rogava a Deus que lhe desse filhos.
Disse-lhe ele então que não se afligisse e garantiu que Deus lhe daria um
filho. Com essa esperança, foi então ao encontro do marido e o seguiu com
alegria. Voltando ao seu país, ficou grávida e teve um filho, a quem chamou
Samuel, isto é, "ouvido por Deus". Quando voltaram a Silo para dar
graças por meio de sacrifícios e pagar os dízimos, Ana, cumprindo o seu voto,
consagrou o menino a Deus e entregou-o nas mãos de Eli. Deixaram crescer-lhe o
cabelo, e ele só bebia água. Foi educado no Templo. Elcana teve ainda de Ana
três filhos e duas filhas.
215. 1
Samuel 3. Quando Samuel completou doze anos, começou a profetizar, e certa
noite, quando dormia, Deus chamou-o pelo nome. Pensando que era Eli quem o
chamava, foi logo ter com ele. Mas este disse-lhe que não havia nem mesmo
pensado em chamá-lo. A mesma coisa aconteceu por três vezes. Eli não teve então
dificuldade para imaginar o que se passava e disse-lhe: "Meu filho, não
vos chamei, nem agora nem das outras vezes. É Deus quem vos chama. Respondei
então que estais pronto a obedecer-lhe".
Deus chamou então novamente a Samuel, e ele respondeu: "Eis-me
aqui, Senhor. Que desejais que eu faça? Estou pronto a obedecer". Então
falou-lhe deste modo: "Sabei que os israelitas cairão na maior de todas as
desgraças: os dois filhos de Eli morrerão no mesmo dia, e o sumo sacerdócio
passará da família dele para a de Eleazar, porque Eli atraiu a minha maldição
sobre os seus dois filhos, testemunhando mais amor por eles que por mim".
O temor de causar sofrimentos a Eli não permitiu a Samuel narrar-lhe o que
ouvira nessa revelação. Mas Eli obrigou-o a falar. Então, esse infeliz genitor
não duvidou mais da sorte de seus filhos. Samuel, no entanto, crescia cada vez
mais em graça, e todas as coisas que profetizava não deixavam de acontecer.
216. 1
Samuel 4. Logo depois os filisteus se puseram em campo para atacar os
israelitas. Acamparam-se perto da cidade de Afeca e, não encontrando
resistência, avançaram ainda mais. Travaram por fim um combate, no qual os
israelitas foram vencidos. Estes, depois de terem perdido mais ou menos uns
quatro mil homens, retiraram-se desordenadamente para o seu acampamento. O
temor de serem completamente desbaratados foi tão grande que mandaram
embaixadores ao Senado e ao sumo sacerdote para rogar que lhes mandassem a arca
da aliança. Não duvidavam que com esse socorro obteriam a vitória, porque não
imaginavam que Deus, que pronunciara a sentença de seu castigo, era mais
poderoso que a arca, reverenciada unicamente por causa dEle. Mandaram então a
arca ao acampamento.
Hofni e Finéias acompanharam-na, por causa da velhice do pai, e ele
disse a ambos que, se acontecesse de ela ser tomada e eles tivessem tão pouca
coragem que sobrevivessem a tal perda, jamais tornassem a se apresentar diante
dele. A chegada da arca alegrou tanto aos israelitas que eles já se julgavam
vitoriosos. Ao mesmo tempo, lançou terror no espírito dos filisteus. Mas uns e
outros estavam enganados. Ao travar-se a batalha, a perda que os filisteus
temiam caiu sobre os seus inimigos, enquanto a confiança que os israelitas
depositavam na arca foi inútil, pois foram postos em debandada ao primeiro
embate. Perderam trinta mil homens, dentre os quais estavam os dois filhos de
Eli, e a arca caiu em poder dos filisteus.
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia Amplificada - Bíblia Católica Edições Ave-Maria - Bíblia da
Liderança cristã - John C Maxwell - Bíblia de Estudo Aplicação pessoal - CPAD
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica
do Brasil, 2006 - Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto
bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de
Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de
1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
Bíblia Ilumina em CD - Bíblia de Estudo NVI em CD - Bíblia Thompson EM CD. -
Bíblia NVI - Bíblia Reina Valera - Bíblia SWord - Bíblia Thompson - Bíblia VIVA
- Bíblia Vivir
Bíblias e comentários e dicionários diversas da Bíblia The Word - Comentário
Bíblico Moody - Comentário Bíblico Wesleyano
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001 - Coleção Comentários Expositivos
Hagnos - Hernandes Dias Lopes - Comentário Bíblico - John Macarthur
Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture
Knowledge" - CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros
e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD - Dicionário Strong Hebraico e Grego -
Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD - Dicionário Vine antigo e
novo testamentos - CPAD
Enciclopédia Ilúmina - Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita -
Editora: JUERP - Gênesis - Comentário Adam Clarke - Série Cultura Bíblica -
Vários autores - Vida Nova
Gênesis - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade
Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis
- George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Gênesis - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade
Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis
- George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de
Todas as Coisas - Pr. Elienai Cabral - Revista CPAD
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do
Livro de Gênesis - Lição 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto
Arraes
Revista CPAD - ABRAÃO - 4º Trimestre de 2002 - ÊXITOS E FRACASSOS DO AMIGO DE
DEUS - COMENTÁRIOS DE Pr. ELIENAI CABRAL
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD - HORTON, Stanley M. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea -
CPAD - Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD - Peq. Enc. Bíb. - Orlando
Boyer - CPAD
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de
Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do
Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto
Arraes
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro: Casa
Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
VÍDEOS da EBD na TV, da LIÇÃO INCLUSIVE -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm --
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net -
www.portalebd.org.br/
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - W. W. Wiersbe
Expositivo
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - CPAD
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REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL – PECC | 3° Trimestre de 2021
| Tema: RUTE E ESTER – A Fé e a Coragem das Mulheres
Comentário e Adaptação: Berenice Araújo e Luzelucia Ribeiro
SUMÁRIO
Lição 01: Rute 1 – A TRÁGICA EMIGRAÇÃO DE BELÉM PARA MOABE
Lição 02: Rute 1 – NOEMI RETORNA A BELÉM
Lição 03: Rute 2 – RUTE ENCONTRA BOAZ
Lição 04: Rute 3 – RUTE PROPÕE CASAMENTO A BOAZ
Lição 05: Rute 4 – BOAZ CASA-SE COM RUTE E GERA FILHOS
Lição 06: Ester 1 – O BANQUETE DE ASSUERO E VASTI DESTRONADA
Lição 07: Ester 2 – ESTER E COROADA RAINHA
Lição 08: Ester 3 e 4 – A TRAMA DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS
Lição 09: Ester 5 e 6 – O PRIMEIRO BANQUETE DE ESTER
Lição 10: Ester 7 – HAMA É DESMASCARADO E ENFORCADO
Lição 11: Ester 8 – UM NOVO DECRETO LIVRA OS JUDEUS
Lição 12: Ester 9 – OS JUDEUS TRIUNFAM SOBRE OS INIMIGOS
Lição 13: Ester 9 e 10 – A FESTA DO PURIM EA GRANDEZA DE
MORDECAL
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RUTE – REVISTA PECC - 1° Trimestre De 2023 - Tema: JUÍZES E
RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente
Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém
Lição 11: Rute 2 – Rute Encontra Boaz
Lição 12: Rute 3 – Rute Propõe casamento a Boaz
Lição 13: Rute 4 – Boaz casa-se com Rute e gera Filhos
Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém | 1°
Trimestre de 2023 | EBD PECC
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã
Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE –
Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Bíblica
Dominical
TEXTO ÁUREO
“Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um
homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus
dois filhos.” Rt
1.1
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
Rute 1.6-22
VERDADE PRÁTICA
As tragédias humanas jamais podem anular os soberanos propósitos de
DEUS.
INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE RUTE Rt 1.1
1- Nome Rt 1.4
2– Autor e Data Rt 4.17
3– Drama da fome e da emigração Rt 1.1
II- O DRAMA DA MORTE E DA VIUVEZ Rt 1.3-5
1- Morte do esposo Rt 1.3
2– Casamento dos filhos Rt 1.4
3– O drama das três viúvas Rt 1.5
III- O RETORNO PARA BELÉM Rt 1.6-22
1– Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno Rt 1.6
2– A lealdade de Rute Rt 1.16
3– A chegada em Belém Rt 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
SEGUNDA – Rt 1.6
TERÇA – Rt 1.9
QUARTA – Rt 1.10
QUINTA – Rt 1.15
SEXTA – Rt 1.19
SÁBADO – 1.22
HINOS DA HARPA: 141 – 193
INTRODUÇÃO
Rute é um pequeno livro, absolutamente encantador. Além disso, é um
livro essencialmente humano que traz histórias com características de
realidades da vida com que facilmente o leitor se identifica. Nele veremos a
providência de DEUS guiando pessoas comuns e improváveis em direção a um plano
glorioso e eterno. No primeiro capítulo, o escritor relata com poucas palavras
a história de uma família que foi para Moabe.
Lá, o pai da família morreu, os filhos que casaram com moabitas também faleceram. Noemi, ao ouvir que
havia alimento na sua terra, decidiu, juntamente com suas noras, voltar para
Belém de Judá.
I- O LIVRO DE RUTE (Rt 1.1)
1- Nome (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome
de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.
Rute significa “companheira”. O livro leva seu nome e, nele, é
mencionada doze vezes e uma vez em Mateus
1.5. Ela é uma das mulheres mais importantes da Bíblia.
2- Autor e Data (Rt 4.17) As vizinhas lhe deram o nome, dizendo: A
Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de
Davi.
A autoria do livro de Rute é atribuída, por muitos estudiosos,
a Samuel, por entenderem que o estilo literário e
linguístico se assemelha aos livros de Juízes e Samuel,
dos quais é autor. No entanto, há aqueles que datam a produção do livro no
período da monarquia, pois seu autor tinha conhecimento de Davi como rei (Rt
4.17,22). A história da família de Elimeleque deu-se no período dos Juízes,
talvez nos dias de Gideão, possivelmente, na última metade do século XII a.C.
3- Drama da fome e da emigração (Rt 1.1) Nos dias em que
julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a
habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.
O livro de Rute inicia-se com a história de uma família belemita do
tempo dos juízes que, pela escassez de alimento, saiu de Belém de Judá para
morar nas terras de Moabe, a uma distância de 80 km a leste do mar Morto. Belém
era uma cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu nome
significa “casa do pão”, nome que aponta para a incomum fertilidade daquela
região para o plantio de cereais (como o esclarece o capítulo 2 do livro de
Rute). Também destaca que a fome não era comum.
Devia-se, em parte, as pilhagens associadas com o período caótico
dos juízes. A invasão midianita no período de Gideão, por exemplo, destruiu a
lavoura e o gado. Mudar de cidade é uma coisa dispendiosa e inquietante.
Implica arrancar raízes e deixar amigos e vizinhos. Procurar uma nova casa,
estabelecer uma nova vizinhança e conhecer outras pessoas. Para essa família, a
emigração foi um verdadeiro “terremoto”.
II- O DRAMA DA MORTE E A VIUVEZ (Rt 1.3-5)
1- Morte do esposo (Rt 1.3) Morreu Elimeleque, marido de
Noemi; e Ficou ela com seus dois Filhos
A morte, em certo sentido, é um dos acontecimentos mais naturais da
vida. Todos os homens são mortais e têm um tempo de permanência limitado aqui
na terra. A morte, inexoravelmente, lembra o homem de sua fragilidade e
limitação e faz parte da vida do homem desde a Queda. Todavia, a morte de uma
pessoa jovem tem um tom de tragédia. Para Malom e
Quiliom, certamente, e também para Elimeleque, a morte chegou cedo na vida, e
Noemi ficou desamparada de seu marido e seus dois filhos muito cedo.
2- Casamento dos filhos (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres
moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase
dez anos.
Uma luz de esperança brilha para Noemi, o casamento de seus filhos
Malom e Quiliom com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Os casamentos, nos tempos
bíblicos, eram especialmente muito festivos para os pais e noivos. Dentre
outras razões, uma é especial para os pais: era a possibilidade de o casal ter
filhos homens, e assim, dar continuidade a linhagem familiar, garantindo a
manutenção das suas famílias e propriedades.
Não havia tragédia maior para uma família do que ter o seu nome
extinto por não ter um herdeiro. Todavia, a sequência dos fatos mostra novos
eventos trágicos que põem fim as esperanças de Noemi: seus dois filhos morrem
sem gerar descendentes. Sobre a menção do tempo, “ficaram ali quase dez anos”,
o entendimento para muitos estudiosos é que tais anos abrangem o tempo de
permanência da família em Moabe.
3- O drama das viúvas (Rt 1.5) Morreram também ambos, Malom e
Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu
marido.
Agora, a família de Elimeleque está sem a segunda e a terceira
gerações. Diante de uma tragédia assim, não há palavras de consolo. Vale
observar que já a partir do verso 3, o escritor muda a forma de referir-se aos
homens da família: Elimeleque, agora passa a ser referido como o esposo de
Noemi. Naquele tempo, esse era um modo incomum de se referir a um homem e sua
mulher; e mais, quanto aos filhos, até então a expressão ”filhos dele’’: agora
e “filhos dela”.
Tais mudanças de tratamento indicam a transferência da
responsabilidade do pai, agora morto, para a mãe, viúva A partir de então, o
foco passa a ser Noemi e Rute, não mais Elimeleque. A semelhança de tantas
bravas mulheres que, sozinhas, por serem viúvas ou “viúvas de maridos vivos”,
precisam assumir, ajudadas por DEUS, a excepcional responsabilidade de
liderança e provisão do lar.
III- O RETORNO PARA BELÉM (Rt 1.6-22)
Noemi não tem mais motivos para ficar em Moabe, e ela diz às suas
noras que está voltando para casa. Ela sabe que a vida de uma viúva e
estrangeira em Israel é muito difícil; e então, compele suas noras a ficarem.
Orfa concorda; Rute, não. O capítulo termina com Noemi propondo mudar o seu
nome para Mara, que significa amargura, representando melhor o seu destino
trágico.
1- Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno (Rt 1.6) Então, se
dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta,
ouviu que o Senhor se lembrará do seu povo, dando-lhe pão.
Enfim, Noemi ouviu a boa notícia de que o Senhor se lembrará do Seu
povo, dando-lhe pão. Depois das mortes e da pré-condição de extinção da
família, Noemi, ao ouvir essa notícia, inicia-se um novo período para
redirecionar a sua vida. Observe o movimento dela nos textos a seguir: “Então
se dispôs ela… voltou da terra de Moabe” (Rt 1.6,7). Agora, ela tem o domínio
da decisão e faz o caminho de volta para Belém, “a casa do pão”. Por sua
atitude, Noemi mostra que sua fé em DEUS se mantivera viva para seguir em
frente, e então, lidera o êxodo do lugar onde estava, e suas noras a seguiram.
As três mulheres seguem estrada afora, quando inesperadamente,
Noemi súplica as suas noras: “Ide, voltai cada uma a casa de sua mãe”. Pode-se
inferir que, enquanto caminhava, Noemi refletia sobre o futuro de suas noras e
não desejava que elas se sacrificassem por causa dela. Em Belém, ela não
poderia garantir que elas tivessem um lar; mas em Moabe, na casa dos pais, elas
teriam maior probabilidade de se casarem novamente. Noemi deseja a bênção do
Senhor sobre elas, e disse: Que o Senhor use convosco de benevolência“.
E ainda, pede que o “Senhor lhes dê que sejais felizes, cada uma em
casa de seu marido”; isto é, que o Senhor as guiasse a novos casamentos, para
seguirem suas vidas felizes e em segurança. Assim, Noemi colocou suas noras nas
mãos de DEUS e despediu, beijando Orfa e Rute; e choraram em voz alta. Dada a
intensa emoção, pode-se intuir que as três mulheres choraram, como em uma
lamentação de luto.
Pelas circunstâncias, talvez elas nunca mais iriam se ver
novamente. Todavia, Orfa e Rute, declararam lealdade à sogra quando disseram
que pretendiam voltar com ela para o seu povo, e esperavam que Noemi aceitasse
a decisão delas. Assim acontece a primeira conversa entre as mulheres, no
caminho de retorno.
2- A lealdade de Rute (Rt 1.16) Disse, porém, Rute: Não me
instes para que te deixe e me obrigue a não te seguir; porque, aonde quer que
fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo e o meu
povo, o teu DEUS é o meu DEUS.
Noemi tenta novamente convencer Rute e Orfa a voltarem para Moabe.
Com um forte argumento: ”Sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu
dissesse: tenho esperança ou ainda que está noite tivesse marido e houvesse
filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos fez de tomardes
marido?” E prossegue: “Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me
amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão.”(1.13).
Novamente as mulheres choram em voz alta, mas desta vez, “Orfa, com
um beijo se despediu de sua sogra” e “voltou ao seu povo e aos seus deuses”;
foi para casa de sua mãe. Diferentemente, Rute se
apegou a sua sogra, decidida a ficar junto dela, numa manifestação de profundo
vínculo emocional e de lealdade. Rute fala pela primeira vez na história,
fazendo declarações lapidares de amor, companheirismo e fidelidade a sua sogra.
Para ela, voltar era abandonar Noemi e deixá-la mais vulnerável ainda.
Então, afirma que iria seguir e viver com ela; que estava disposta
a renunciar a sua terra natal e aos seus deuses e identificar-se com o povo e
o DEUS dela; que permaneceria pelo resto da vida com ela e que até mesmo seria
sepultada na mesma sepultura. E finaliza com seu compromisso resoluto, em nome
do DEUS de Israel: “Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada;
faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não
seja a morte me separar de ti” (1.17). A Partir daquele ponto, ambas seguiram
caminho para Belém de Judá.
3- A chegada em Belém (Rt 1.19) Então, ambas se foram, até que
chegaram a Belém; sucedeu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por
causa delas, e as mulheres diziam: Não é esta Noemi?
Os detalhes da viagem não são contados. Todavia, ao chegarem ali, à
porta da cidade, Noemi e Rute entraram em Belém e, juntas, iniciaram uma nova
fase de vida. Elas são recebidas pela cidade, que se comoveu ao ver Noemi
abatida física e emocionalmente, sem o marido e filhos. As mulheres que a
recebiam com entusiasmo também lhe trouxeram muitas recordações, inclusive do
significado do seu nome – “agradável ou bela”: As lembranças de um passado
feliz eram incompatíveis com a vida, no presente.
Tudo isso contribuiu para uma reação abrupta de Noemi “Não me
chameis Noemi” (agradável); um nome que não combinava com o que ela sentia.
Noemi queria mesmo era ter um nome que refletisse sua profunda dor emocional e
exigiu que a chamassem de Mara, que significa amarga. Ela compara a sua
condição do passado com o presente, dizendo: “Ditosa eu parti, porém o Senhor
me fez voltar pobre”. Para demarcar o tempo em que a volta de Noemi ocorreu, o
escritor menciona a colheita da cevada.
Lembre-se que este primeiro capítulo começa dizendo que houve uma
fome na terra (v.1) e termina com o registro da abundância trazida pelo começo
da sega da cevada. ”Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora,
a moabita; e chegaram a Belém no princípio da sega da cevada” (Rt 1.22).
APLICAÇÃO PESSOAL
Fé e a confiança de que DEUS é fiel em todas as circunstâncias. Só
Ele pode transformar os nossos infortúnios em bênçãos, segundo o Seu eterno
propósito.
RESPONDA
Quais são as três personagens no livro de Rute? R. Rute, Orfa
e Noemi
2) Qual o significado do termo Belém? R. Seu nome significa “casa do pão”
3) Como Noemi queria ser chamada, quando de seu retorno a Belém? R. Exigiu
que a chamassem de Mara
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Lição 11: Rute 2 – Rute Encontra Boaz | 1° Trimestre de 2023
| EBD – PECC
TEXTO ÁUREO
“O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do
Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” Rt 2.12
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
Rute 2.1-23
VERDADE PRÁTICA
A providência divina toma forma na vida do crente por meio das
ações humanas e é assim que podemos ver que a graça de DEUS tem um rosto
humano.
INTRODUÇÃO
I- UM ENCONTRO CASUAL Rt 2.1-7
1– Rute colhe alimento Rt 2.2
2– Um encontro “por casualidade” Rt 2.3
3– Boaz conversa com o encarregado Rt 2.6
II- BOAZ TRATA BEM RUTE Rt 2.8-17
1– Boaz conversa com Rute Rt 2.8
2– Convida Rute para o almoço Rt 2.14
3– A orientação de Boaz aos servos Rt 2.1s
III- RELATÓRIO DO DIA Rt 2.18-23
1– Rute faz relatório a Noemi Rt 2.18
2– A Conversa de Noemi e Rute Rt 2.20
3– O fim da colheita Rt 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
SEGUNDA – Rt 2.2
TERÇA – Rt 2.3-4
QUARTA – Rt 2.8-14
QUINTA – Rt 2.15-17
SEXTA – Rt 2.18-20
SÁBADO – Rt 2.21-23
HINOS DA HARPA: 61-369
INTRODUÇÃO
O novo episódio da história contada no capítulo dois de Rute é
regado de eventos surpreendentes, que começam com a apresentação de um novo
personagem. A decisão de Rute de ir ao campo para respigar a fez correr
riscos, mas lhe abriu muitas possibilidades. Ela encontrou quem lhe
favorecesse, colheu alimento, fez amizade, adquiriu status. Sob as asas do DEUS
de Israel, Rute recebe uma porção da paga por sua lealdade a Noemi, por meio do
seu benfeitor, Boaz (2.8,12). Um novo dia trará novidades.
I- UM ENCONTRO CASUAL (Rt 2.1-7)
1- Rute colhe alimento (Rt 2.2) Rute, a moabita disse a Noemi:
deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que me favorecer. Ela
lhe disse: Vai, minha filha!
Um novo dia surge para as duas viúvas; Noemi fala sobre um parente
de Elimeleque, Boaz, que terá um papel importante na história. O nome dele tem
o sentido de “proeminente homem de bem”. Noemi contempla os campos de cevada
que confirmavam a notícia que ouvira, ainda em Moabe, que DEUS visitará Seu
povo, dando-lhe pão (Rt 1.6). Rute a ouvia e ponderava em qual dos campos ela
poderia ser favorecida para adquirir alimento. Por ser moabita, Rute talvez nao
tinha conhecimento que o pobre, a viúva, o órfão e o estrangeiro tinham o
direito de colher os grãos nas bordas dos campos e também para recolher o que
os segadores deixavam nas eiras, conforme determinava a lei de Israel (cf. Lv
19. 9- 10; Dt 24.19). Ela pediu permissão a Noemi para apanhar espigas no campo
que lhe fosse permitido, ao que Noemi consentiu: “Vai, minha filha!” Rute foi,
chegou ao campo e respigava após os segadores.
2- Um encontro “por casualidade” (Rt 2.3) Ela se foi, chegou e
apanhava após os segadores por casualidade entrou na parte que pertencia a
Boaz, a qual era da família de Elimeleque.
Rute, por “casualidade”, entrou no campo que pertencia a Boaz. De
pronto, a cena mostra o controle soberano de DEUS sobre as questões humanas. DEUS
a estava guiando para o campo certo. Para não restar dúvida, tem-se mais uma
pista da providência divina: Boaz era do mesmo clã que Elimeleque (2.1). Agora
Rute estava no campo de propriedade de Boaz. Os sentidos de compromissos, de
lealdade e de deveres de família agora pairam sobre o campo de cevada, mas
falta acontecer o encontro dos personagens.
De repente, eis que Boaz veio de Belém (v.4). A chegada de Boaz ao
mesmo local onde Rute estava é indício da providência divina. Boaz chegou e
saudou seus trabalhadores, dizendo: “O Senhor seja convosco”. Ao que os
ceifeiros responderam: “O Senhor te abençoe”. Essa saudação, embora costumeira,
deixa uma sutil sugestão de que, “por casualidade” mencionada no verso 3,
afirma a presença de Jeová entre eles, bem como sobre o trabalho, o campo e o
que aconteceria a seguir.
3- Boaz conversa com o encarregado (Rt 2.6) Respondeu-lhe o
servo: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.
A visita de Boaz ao seu campo foi para inspecionar o progresso da
colheita e incentivar os trabalhadores. Mas ao identificar a presença de uma
moça, quis saber quem era. Então perguntou ao encarregado: “De quem é esta
moça?”(v.5). O uso “De quem” ao invés de “quem” expressa o desejo de Boaz de
saber a identidade de Rute, se era empregada de um outro proprietário de campos
vizinhos, ou a qual família ou clã ela pertencia. A resposta do encarregado
mostra que era moça moabita que viera com Noemi de Moabe, uma jovem senhora
de uns vinte e cinco anos de idade, possivelmente. Ao referir-se como uma
moabita, indica os riscos que ela poderia passar por ser estrangeira e estar no
campo a respigar (vs. 9,15,16), como observado mais tarde por Noemi (v. 22).
Ele mostra então que Rute era conhecida pela sua identidade étnica, pela
associação com Noemi e ter vindo com ela de Moabe.
Mesmo não sabendo o nome, o encarregado deu indícios de que Rute tinha um lar.
II- BOAZ TRATA BEM RUTE (Rt 2.8-17)
1- Boa conversa com Rute (Rt 2.8) Então, disse Boaz a Rute:
Ouve, minha filha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui;
porém aqui ficarás com as minhas servas.
Então, Boaz falou atenciosamente com Rute e a tratou de “minha
filha.” A partir daquele momento, ela estava autorizada a rebuscar onde
quisesse, e ele ainda deu ordens aos servos que não lhe trocassem de campo.
Rute ficaria na companhia das servas e, se fossem trabalhar em outro campo, que
fosse com elas: e foi assim que sucedeu, até finalizar a colheita da cevada e
do trigo (v.23).
Ao ser permitido respigar após as servas, Rute colheria mais do que
grãos se o fizesse nas bordas dos campos. Além desse privilégio, Rute poderia
beber da água que era trazida para os trabalhadores daquele campo. Diante dos
atos de bondade de Boaz, Rute se inclinou com o rosto rente ao chão e exclamou:
“Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira?”.
Ele disse, revelando que alguém havia lhe contado da dedicação dela
a Noemi, que ela havia deixado o pai, a mãe e a segurança da terra na tal,
arriscando vir morar em meio a um povo que não conhecia bem. Naquele dia, no
campo de cevada, esse encontro foi a primeira situação de alegria que Rute
viveu desde a morte de seu esposo em Moabe.
2- Convida Rute para o almoço (Rt 2.14) A hora de comer, Boaz
lhe disse: Achega-te para aqui, e come do pão, e molha no vinho o teu bocado.
Ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu grãos tostados de cereais;
ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.
Boaz convidou Rute para almoçar com ele e os trabalhadores, ela
aceitou, assentou-se ao lado dos segadores e ele mesmo lhe serviu grãos
tostados. Dá a entender que a quantidade de grãos foi generosa, pois ela comeu,
saciou a fome e guardou a sobra. Ao lhe servir aqueles grãos, Boaz mostra mais
um sinal de bondade e que Rute encontrou um benfeitor muito generoso. Rute,
igualmente, mostrou sua generosidade, ao
guardar um pouco do seu almoço para uma pessoa que lhe era especial (v.18).
Ali ela sentava-se como membro de uma importante família israelita
(2.1). Aliás, contrariando os costumes hebraicos antigos, ela foi servida por
ele, que precisou se levantar para servi-la. Não é difícil ver a mão de Jeová,
como o provedor, na retaguarda dos atos generosos de Boaz.
3- A orientação de Boaz aos servos (Rt 2.15) Levantando-se ela
para rebuscar, Boaz deu ordens aos seus servos dizendo: Até entre as gavelas
deixai-a colher e não a censureis.
Atento aos movimentos de Rute, assim que ela se voltou a rebusca
Boaz deu ordens a seus servos que não a repreendessem quando ela estivesse
respigando entre as espigas já cortadas e que também ao fazerem os feixes, deixassem
porções de espigas para ela recolher. Assim, deixou claro para os servos que
Rute tinha a permissão irrestrita para rebuscar entre os feixes. Portanto, os
servos não poderiam nem reclamar dela, pois o ato da autorização de Boaz foi
além da exigência legal.
Naquele resto do dia, Rute respigou até o fim da tarde, amarrou os
seus febres e os levou para a eira onde debulhou e preparou para levar. Apesar
do tempo de espera pela permissão, a quantidade de grãos colhidos foi de quase
um efa, aproximadamente 22 litros de cevada, cerca de 13kg, o equivalente ao
salário de metade de um mês, em um dia.
III- RELATÓRIO DO DIA (Rt 2.18-23)
1- Rute faz relatório a Noemi (Rt 2.18) Tomou-o e veio à
cidade: e viu sua sogra o que havia apanhado; também o que lhe sobejara depois
de fartar-se tirou e deu a sua sogra.
No fim daquele dia, Rute retornou à cidade com tudo que colhera
sobre os ombros. Sua sogra viu que a quantidade de cevada que Rute trouxe era
superior ao volume que um homem respigava em um dia de trabalho. Além da grande
quantidade de cereais que trouxe, um gesto afetuoso de Rute animou Noemi
(v.18).
O gesto faz lembrar o dia quando elas chegaram a Belém,
quando Noemi reclamara de ter voltado pobre, com as mãos vazias (1.21). Rute,
depois de um dia de colheita no campo de cevada (cf. 1.22), coloca comida
pronta nas mãos de Noemi, além da cevada que supriria a casa dela por muitos
dias. Entusiasmada, Noemi fazia uma pergunta atrás da outra para Rute (v.14).
Queria saber de todas as novidades.
2- A conversa de Noemi e Rute (Rt 2.20) Então, Noemi disse a
sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua
benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe Noemi:
Esse homem e nosso parente chegado e um dentre os nossos resgatadores.
Percebendo a mão de DEUS, Noemi fez uma oração pedindo ao Senhor, o
justo juiz, que recompensasse aquela pessoa pelos seus atos de bondade. Rute
respondeu que havia trabalhado na parte do campo que era de Boaz. De novo,
Noemi pede uma específica bênção do Senhor sobre Boaz. Reconhece que Jeová não
deixou a Sua benevolência para com ela e Rute, nem para com os maridos e filhos
já falecidos.
Noemi reconhece o Senhor como o supremo agente da benção e diz que
Boaz era merecedor de uma recompensa. A providência divina toma forma na vida
do crente por meio das ações humanas, e é assim que podemos ver que a graça de DEUS
pode se apresentar com um rosto humano.
Ao cuidar das necessidades de Rute e Noemi, por meio de Boaz, Jeová
demonstra bondade e cuidado para com as viúvas, como está escrito: “O SENHOR
guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos
ímpios” (Sl 146.9).
3- O fim da colheita (Rt 2.23) Assim, passou ela na companhia
das servas de Boaz, para colher, até que a sega da cevada e do trigo se acabou:
e ficou com a sua sogra.
A conversa entre a sogra e sua nora se mantém animada! Rute conta a
Noemi que Boaz lhe deu até mesmo permissão de continuar respigando ali até o
fim da colheita (v.8,9). A pronta reação de Noemi foi de concordância; e
reforçou que, ficando na companhia das servas de Boaz, estaria protegida. Tanto
Noemi como Boaz demonstram intenção de proteger Rute. Assim foi feito e Rute
permaneceu junto das servas de Boaz no campo de cevada até terminar a colheita.
O tema da colheita está presente nos dois primeiros capítulos de Rute. O
primeiro com o começo da colheita e o segundo capítulo com o fim (1.22; 2.23).
Mas, a atitude de Rute, o consentimento de Noemi e a benevolência de Boaz
explicitam a graça de DEUS” (1.16; 2.2; 2.8).
APLICAÇÃO PESSOAL
Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para
indicar às pessoas o caminho da verdadeira esperança, nos tornamos o rosto da
graça de DEUS para elas.
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Lição 12: Rute 3 – Rute Propõe casamento a Boaz | 1° Trimestre de
2023 | EBD PECC
TEXTO ÁUREO
“Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende
a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador. Rute 3.9
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
VERDADE PRÁTICA
DEUS desempenha o seu trabalho através dos crentes que aproveitam
oportunidades inesperadas como sendo presentes de DEUS
INTRODUÇÃO
I- O PLANO PARA RUTE Rt 3.1-1
1– Noemi instrui Rute Rt 3.5
2– Rute faz pedido de casamento Rt 3.9
3– Boaz elogia Rute Rt 3.10
II- BOAZ,0 REMIDOR Rt 3.12-15
1– Havia outro mais chegado Rt 3.12
2– O juramento de Boaz Rt 3.13
3– O presente de Boaz Rt 3.15
III- RUTE REPORTA A NOEMI Rt 3.16-18
1– A expectativa confiante de Noemi Rt 3.16
2– A generosidade de Boaz Rt 3.17
3– O sábio conselho de Noemi Rt 3.18
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
SEGUNDA – Rt 3.1-5
TERÇA – Rt 3.6-8
QUARTA – Rt 3.9,10
QUINTA – Rt 3.11-15
SEXTA – Rt 3.16
SÁBADO – Rt 3.17,18
HINOS DA HARPA: 45-139
INTRODUÇÃO
O terceiro capítulo de Rute mostra o ponto crítico de toda a
história, o mais alto nível de tensão e de suspense. O infortúnio da
fome das duas viúvas já havia sido solucionado, mas o estado de viuvez de Rute
se mantinha. Desde há muito, Noemi desejava que Rute se casasse, como
manifestado na sua oração que fosse feliz em casa de seu marido, o que é
reiterado agora (3.1,18; 1.9).
I- O PLANO PARA RUTE (Rt 3.1-11)
1- Noemi instruí Rute (Rt 3.5) Quando ele repousar, notarás o
lugar em que se deita; então, chegarás, e lhe descobrirás os pés, e te
deitarás; ele te dirá o que deves fazer. Respondeu-lhe Rute: tudo quanto me
disseres farei.
Passados os momentos mais angustiantes desde que chegou a Belém,
Noemi encerra a fase de amargura e se dispôs a cumprir uma obrigação que
caberia aos pais de Rute (1.6). E disse assim: ”Minha filha, preciso arranjar
um marido para você, a fim de que você tenha um lar” (Rt 3.1, NTLH), segurança,
permanência e a felicidade no lar, bem como, ter um herdeiro (1.8,9).
Noemi responderia à sua própria oração ao elaborar um plano pelo
qual Boaz cumprisse a obrigação de socorrer um membro da família que perdera a
sua propriedade. Naquela noite Boaz estaria no campo da debulha, onde Rute
conversaria com ele sem serem vistos. Rute desceria ao terreiro da debulha onde
se manteria sem ser vista por Boaz.
Enquanto isso, ela observaria quando e onde Boaz fosse deitar-se
para dormir, depois da festa. Então ela viria para deitar-se aos pés dele. Boaz
entende perfeitamente a atitude de Rute e o seu pedido de um casamento em
Levirato. Ela estava respeitando uma norma e costume familiar antigamente.
O levirato era
uma lei para os casamentos nos quais o marido falecia sem deixar herdeiro (Lv
25.25,47-49; Rt 4.4); então, era permitido que o cunhado solteiro da viúva se
casasse com ela para ter filho, de forma que o primogênito dessa relação se
tornasse o herdeiro legal do morto.
O livro de Rute mostra
em detalhes a aplicação da lei do levirato e ainda indica que essa lei estendia-se
para além do irmão do marido morto. Rute havia ficado viúva sem que tivesse
gerado um filho de seu marido. Ela também não dispunha de um cunhado elegível
para cumprir o casamento levirato.
2- Rute faz pedido de casamento (Rt 3.9) Disse-lhe: Quem és
tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva,
porque tu és resgatador.
Passado o tempo de espera, até que Boaz dormisse, Rute chega de
mansinho, lhe descobre os pés e deita-se na direção perpendicular (v.8) e em
secreto, dormem próximos; e, seguindo o plano, Rute espera pelo desenrolar dos
acontecimentos. À meia-noite, Boaz acorda e é surpreendido com uma mulher
deitada ali. O israelita respeitado deve ter ficado tenso e, de imediato,
perguntou: Quem és tu? Pela forma de tratamento – “tu” e não “minha filha” –
indica não ter sido reconhecida.
A resposta dada foi de uma mulher que se identifica sem temor: Eu
sou Rute, tua serva. Além disso, ao ter se qualificado como “tua serva”, como
fez anteriormente, mostra um novo status, não mais de uma “serva” da classe
inferior (2.13). Ao contrário, se identifica entre aquelas candidatas ao
casamento; ao mesmo tempo, como uma mulher trabalhadora e vulnerável que
necessitava de proteção. Ela era, sim, uma mulher apta para ser esposa de Boaz.
Utilizando uma expressão para pedir em casamento, Rute solicita que Boaz
estenda o seu manto sobre ela.
3- Boaz elogia Rute (Rt 3.10) Disse ele: Bendita sejas tu do
Senhor, minha filha; melhor fizeste a tua última benevolência que a primeira,
pois não fostes após jovens, quer pobres, quer ricos.
Tendo ouvido as palavras de Rute, agora Boaz se manifesta; e suas
primeiras palavras revelam seus nobres sentimentos, sua felicidade pelo que
ouvira de Rute, e lhe faz elogios na forma de benção: “Disse ele: Bendita sejas
tu do Senhor”. O sentido desta expressão, naquele contexto, sugere que DEUS
está guiando aquele episódio. Quando usam tratamento ‘”minha filha”: Boaz fez
como um pai faz ao dirigir-se com temor e sem cerimônia a sua filha, o que
também pode indicar que Boaz fosse bem mais velho do que Rute (2.8; 3.11).
Boaz estava disposto a pagar o custo social e financeiro de receber
uma estrangeira na família. Ele ainda destaca a notabilidade dela ao querer
casar-se com um resgatador, para dar a Noemi um herdeiro, e que este era um
nobre ato superior, ao deixar toda a segurança da sua pátria e família para
dedicar-se a Noemi (1.16.17). Ele admirou também a sua decisão de escolhê-lo
para casar-se, e não ter preferido um homem jovem, com quem ela teria maior
possibilidade de ter filhos. Por certo, Rute conhecia o homem de bom caráter e
sabia que Boaz daria proteção a Noemi e a ela também.
II- BOAZ, O REMIDOR (Rt 3.12-15)
1- Havia outro mais chegado (Rt 3.12) Ora, é muito verdade que
eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu.
Boaz diz a Rute que ele era um resgatador, mas havia um outro
parente mais próximo da família de Noemi. Portanto, a este cabia a obrigação e
o direito de cumprir com os deveres de resgatador duplamente: casando-se com
Rute e tendo um filho com ela para assegurar descendência a Elimeleque (1.1-5;
2.20); e a de resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.3).
De fato, o filho que o remidor teria com Rute seria legalmente o
filho de Malom (4.17). Tendo em vista que o outro poderia reivindicar a
prioridade de cumprir a obrigação de resgatador, não era o que Rute queria
ouvir depois de ter arriscado sua moral para viabilizar o piano de Noemi e
pedir que Boaz fosse o seu protetor.
2- O juramento de Boaz (Rt 3.13) Fica-te aqui esta noite, e
será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate;
porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o Senhor.
Objetivamente, Boaz como um parente da família, mas não a primeira
opção de resgatador, faz um juramento como resgatador de Rute, caso o outro não
o fizesse. Assim, tendo lhe garantido que cuidaria da questão até o fim, ele a
instruiu que dormisse ali, pensando na segurança dela. Seguindo as orientações
de seu pretenso protetor, Rute dormiu em segurança aos pés dele até antes que
o dia clareasse, despertou antes que qualquer pessoa a distância pudesse
identificá-la. De acordo com a orientação de Boaz, que ninguém soubesse que ela
estivesse na eira.
3- O presente de Boaz (Rt 3.15) Disse, mais: Dá-me o manta que
tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele encheu com seis medidas de cevada
e lhe pôs às costas; então, entrou na cidade.
Boaz vai além da exigência da lei quando oferece a Rute cereais
da eira. Antes que ela saísse, ele praticou mais um ato de cuidado e de
garantia que ele resolveria as questões relativas ao desejo de Rute. Mesmo
sendo impróprio para uma mulher sair em público sem o manto que cobria os
cabelos, Boaz pediu a Rute que segurasse o manto pelas pontas e o encheu com
seis medidas de cevada.
Em seguida, Boaz o pôs às costas de Rute, que voltou para casa
levando um excelente presente. Isto a fazia lembrar o bem-sucedido plano ousado
de Noemi, executado à risca. Tendo feito assim, a cena do terreiro de debulha
termina para continuar em outro lugar. Ainda, é certo que o presente foi uma
evidência da generosidade de Boaz para com Rute e um indicativo de mudança da
situação de Noemi.
III- RUTE REPORTA A NOEMI (Rt 3.16-18)
1- A expectativa confiante de Noemi (Rt 3.16) Em chegando à
casa de sua sogra, esta lhe disse: Como se te passaram as coisas, filha minha?
Ela lhe contou tudo quanta aquele homem lhe fizera.
Cumprida a missão, Rute deixa o terreiro da debulha e volta para
casa levando sobre os ombros uma generosa porção de cevada e desejosa de
contar tudo a sua sogra. Subindo para a cidade, provavelmente, Rute relembrava
o que aconteceu naquela noite em que ela fez a Boaz a proposta e ele prometera
ser seu resgatador, se o outro mais chegado declinasse de seu direito.
Quando ela entrou em casa, Noemi a recebeu perguntando: “Como se
te passaram as coisas, minha filha?” O plano deu certo? “Ela lhe contou tudo
quanto aquele homem lhe fizera” (v.16), sabre o elogio a sua lealdade a
família (v.10); que prometeu encontrar um remidor para restituir a herança
da família e que faria isso ele próprio, caso o
outro parente mais próximo não quisesse exercer o papel (vs.11-13); que ele
cuidaria de todos os trâmites com presteza, tendo em vista o seu status social
(2.1) e seu caráter moral. Portanto, a sorte de Rute não poderia estar em
melhores mãos.
2- A generosidade de Boaz (Rt 3.17) E disse ainda, estas seis
medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes para tua sogra sem nada.
Ao iniciar a frase com um pronome demonstrativo “estas seis “: Rute
se referia com ênfase ao que poderia ser visualizado: uma grande quantidade de
cevada equivalente a uns 30 ou 40 quilos. Um grande presente confirma as boas
intenções de Boaz. É interessante notar que Rute adiciona que Boaz lhe dissera:
“Não voltes para a tua sogra sem nada”.
A última vez que vimos referenda ao estado de pobreza foi quando,
em 1.21, Noemi exclamou em desespero: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez
voltar pobre’ Seus dias de pobreza tinham acabado! Noemi vê a grande quantidade
de cevada como um sinal de benevolência e acredita nas pala de Boaz de que não
descansará até resolver o caso.
3- O sábio conselho de Noemi (Rt 3.18) Então, lhe disse Noemi:
Espera, minha filha, até que saibas em que daria as coisas, porque aquele homem
não descansará, enquanto não resolver este caso ainda hoje.
Depois de ouvir o relatório do encontro com Boaz, Noemi diz a Rute:
Espere, seja paciente até que saia o resultado, afirmando que o caso estava nas
mãos de Boaz, entende-se que estavam sob o controle de DEUS. Noemi conhecia bem
Boaz (2.1), pois cita o caráter dele em outras conversas com Rute (2.1.22;
3.2-4). Ela podia aconselhar Rute a não se afligir enquanto esperava a solução
do caso que envolvia Boaz e o parente remidor mais próximo que tinha primazia
Boaz resolveria por completo.
É possível que Noemi tenha dito isso, indicando a cevada concedida
como presente. Depois disso, ela marcou o último aparecimento e últimas
palavras dela pronunciadas no livro; deixou o centro do palco para Boaz e Rute.
Ela teve êxito em seu plano. É com sentimento de esperança que Noemi se
despede, deixando o leitor ciente que ela estaria feliz. É certo que Boaz fora
impulsionado pelo dever do resgatador, bem como por desejar casar-se com Rute.
O destino das duas viúvas está sob o cuidado de um verdadeiro israelita.
Talvez ele encontre um meio de requerer Rute para si, se tiver a “ajuda” do
outro parente em declinar do seu direito. Para Rute, o casamento com um
resgatador lhe restauraria emocionalmente e devolveria a esperança de gerar
filhos para preservar a linhagem e os bens da família. Portanto, o fim bem-sucedido
desta história é iminente!
APLICAÇÃO PESSOAL
Os crentes não devem esperar passivamente até que os eventos
favoráveis aconteçam. Em vez disso, procurando direção divina, devem tomar a
iniciativa quando uma oportunidade se apresentar. Assim, nossos atos justos
executam os planos de DEUS.
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Lição 13: Rute 4 – Boaz casa-se com Rute e gera Filhos | 1°
Trimestre de 2023 | EBD – PECC
TEXTO ÁUREO
“Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o Senhor bendito, que
não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador; e seja afamado em
Israel o nome deste.” Rt 4.14
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
VERDADE PRÁTICA
DEUS tem o mundo em suas mãos e os seus olhos procuram os fiéis da
terra.
INTRODUÇÃO
I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ Rt 4.1-5
1– O processo legal Rt 4.1
2– O outro resgatador Rt 4.4
3– Uma condição inesperada Rt 4.5
II- CASAMENTO DE RUTE Rt 4.7-12
1– Transferência do direito Rt 4.B
2– Boaz casa-se com Rute Rt 4.10
3– Somos testemunhas Rt 4.11
III- FELICIDADE DE NOEMI Rt 4.13-17
1– A concepção de Rute Rt 4.13
2– A alegria de Noemi Rt 4.17
3– A genealogia de Davi Rt 4.22
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
SEGUNDA – Rt 4.1-5
TERÇA – Rt 4.7,8
QUARTA – Rt 4.9-12
QUINTA – Rt 4.13,14
SEXTA – Rt 4.15-17
SÁBADO – Rt 4.18-22
HINOS DA HARPA: 27-126
INTRODUÇÃO
De modo empolgante, o escritor detalha o processo legal pelo qual
Boaz se tornou o legítimo resgatador e se casou com Rute, de modo que o filho
deles foi o herdeiro de Elimeleque.
I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ (Rt 4.1-5)
1- O processo legal (Rt 4.1) Boaz subiu à porta da cidade e
assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando;
então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se
assentou.
Do terreiro da debulha Boaz sobe a porta da cidade, um ponto de
reunião de todas as pessoas; o lugar para comunicar as notícias, fazer negócios
e administrar a justiça , um centro de decisões da vida social da cidade. Boaz
estava ali para resolver a questão da redenção de uma viúva e da propriedade de
um parente.
Havia, na sociedade israelita, uma lei que atuava nos casos de
heranças, de cuidado das viúvas e a provisão de herdeiros para viúvas sem
filhos. A causa em questão era decidir formalmente qual dos homens, Boaz ou o
parente mais chegado, seria o resgatador da família de Elimeleque. Boaz, uma
autoridade reconhecida na cidade, esperava o parente resgatador passar por ali.
Este, ao ser avistado, foi convidado para aproximar-se,
assentando-se de imediato. Para formar um quórum legal, que pode ser chamado de
júri, Boaz convidou dez homens dos anciãos da cidade para servirem de
testemunhas, caso fosse necessário, os quais poderiam certificar e validar
qualquer transação.
2- O outro resgatador (Rt 4.4) Resolvi, pois, informar-te
disso e dizer-te: compra-a na presença destes que estão sentados aqui e na de
meu povo; se queres resgatá-la, resgata-a; se não, declara-me para que eu o
saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti. Respondeu
ele: Eu a resgatarei.
Boaz explica ao parente sobre o caso em questão. Ele diz: “resolvi,
pois, informar-te”, indicando que era dele a iniciativa de fazer aquela
reunião. E lhe disse que comprasse “a parte da terra” na presença das
testemunhas e do povo, tendo em vista a situação de Noemi, viúva e sem
herdeiros. Evocando o propósito da remissão e o dever legal de resgatador, Boaz
oferece ao parente duas opções:
a) se desejasse servir como parente resgatador, que o fizesse;
b) se não se interessasse ou se sentisse impedido, que declarasse. Boaz lhe
diz que não havia outro resgatador, só eles dois. É possível que isso tenha
estimulado o ego do parente diante do único concorrente, então disse: “Eu a
resgatarei”. Com isso, o parente assume seu dever de ser o resgatador de Noemi.
3- Uma condição inesperada (Rt 4.5) Disse, porém, Boaz: No dia
em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a
moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança
dele.
Antes do parente se dirigir às testemunhas e declarar que faria a
redenção da propriedade (cf. v.9), Boaz explica que, ao comprar a terra de
Noemi, também teria de se casar com Rute para suscitar o nome do esposo
falecido sobre a herança dele. Ao tomar conhecimento dessa obrigação, ele
declinou do seu direito em favor de Boaz e justificou que não poderia efetuar o
resgate para não prejudicar a herança dele.
Esse prejuízo poderia ser pago pela terra e ter de entregá-la ao
primeiro filho que teria com Rute, o herdeiro legal de Elimeleque. E, ainda
mais, ter suas despesas aumentadas com o sustento de Rute e
de Noemi. Então, respondeu a Boaz dizendo: “Redime tu o que me cumpria
resgatar”. Para eximir-se de qualquer prejuízo pessoal, repete diante das
testemunhas e do povo: “porque eu não poderei fazê-lo” (v. 6).
Assim, ele cumpriu a formalidade legal
exigida. Agora, Boaz tem a posse do direito de remir a terra de Elimeleque,
casar-se com Rute e prover um herdeiro para a família de
Noemi. Ele cumprirá a promessa que fizera a Rute de ser o seu resgatador: “Eu o
farei, tão certo como vive o Senhor” (3.13).
II- CASAMENTO DE RUTE (Rt 4.7-12)
1- Transferência do direito (Rt 4.8) Disse, pois o resgatador
a Boaz: compra-a tu. E tirou o calçado.
A cerimônia era um antigo costume em Israel.
Assim acontecia em uma negociação: quando um dos negociadores queria confirmar
o seu acordo numa transação, tirava o calçado e o transferia para o parceiro.
Naquela situação, o parente, que é o portador do direito de resgatar, renunciou
a favor de Boaz, dizendo: “compra-a tu”. Suas palavras eram uma declaração
legal e, com o gesto simbólico de tirar o seu calçado e entregá-lo a Boaz,
tornava pública a cessão do direito de remidor que foi transferido a Boaz.
2- Boaz casa-se com Rute (Rt 4.10) E também tomo por mulher
Rute, a moabita, que Foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre sua
herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta
da cidade: disto sois, hoje, testemunhas.
Boaz assume o legítimo título de resgatador e, ainda no mesmo
cenário jurídico, dirige-se às testemunhas, aos anciãos e ao povo, e diz:
“Sois, hoje, testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a
Elimeleque, a Quiliom e a Malom”. Essa formalidade era um procedimento legal
israelita (v. 11) usado para reconhecer transações realizadas oralmente (cf Js
24.22; 1 Sm 12.5) e que tornava a cessão do direito válida com comprovação por
parte das testemunhas. Boaz indica o tempo, hoje (v.9).
Com precisão legal o processo tem o encerramento. Finalmente, Boaz
levanta o objeto da questão: “também tomo por mulher Rute, a moabita”
(4,5,10). É possível que a nacionalidade de Rute e o fato de ser viúva de Malom
configuraram uma identificação legal da moabita para ser substituta de Noemi e,
por meio do casamento, perpetuar o nome dos falecidos, o marido e filhos sobre
a herança deles. Assim, o primeiro filho nascido de Rute e Boaz seria dono da
propriedade da família de Elimeleque e renovaria a esperança de Noemi, de que
seus mortos sobrevivessem através do herdeiro, continuariam com vida nas suas
propriedades, no extrato social e no clã.
3- Somos testemunhas (Rt 4.11) Toda o povo que estava na porta
e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que
entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de
Israel; e tu, Boaz, há-te valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em
Belém.
A aprovação das testemunhas às declarações de Boaz legitimava e
encerrava a transação. Mas as manifestações delas foram além, desejando que a
benção de DEUS estivesse sobre Boaz e sua esposa. Desejaram que DEUS fizesse
de Rute como a Raquel e Lia, as duas esposas de Jacó e as genitoras da nação de
Israel. Nesse pedido, está implícito que DEUS desse fertilidade a Rute para ser
mãe de uma distinta descendência, provendo um herdeiro para Elimeleque.
A Boaz desejou que ele fosse valoroso e afamado em Belém e, sendo
progenitor de uma grande e próspera família em Efrata. Por fim, para encerrar
as manifestações, as testemunhas e os anciãos disseram que o sucesso de Boaz
somente seria possível por meio da “prole que o SENHOR te der desta jovem.”
(4.12). Ao mencionar “desta jovem”
eles afirmam que os descendentes de Boaz viriam do seu casamento com Rute.
III- FELICIDADE DE NOEMI (Rt 4.13-17)
1- A concepção de Rute (Rt 4.13) Assim, tomou Boaz a Rute, e
ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o Senhor lhe concedeu que
concebesse, e teve um filho.
Depois do ocorrido na porta da cidade, o escritor e econômico nas
palavras diz que Boaz e Rute se casaram e destacou que o Senhor lhe concedeu
que conhecesse, e assim, tivesse um filho. Na sociedade belemita, Rute começou
como serva (2.13); depois como jovem (3.12); e, por fim, como esposa de Boaz
(3.13); resultando, assim, naquilo que Noemi tanto desejou no início (1.9) e,
mais recentemente, planejou (3.1-4): que Rute tivesse um lar, segurança e fosse
mãe.
As mulheres da cidade (1.19) de novo se fazem presentes na vida de
Noemi, louvando a DEUS por ter dado a ela um neto que manteria viva a
descendência de Elimeleque. Elas abençoaram o menino, desejando que ele fosse
afamado (v.14), como os anciãos desejaram a Boaz (v.11), porém mais de maneira
mais extensa, não só na cidade de Belém, mas entre toda a nação de Israel. Essa
celebração contribui para concluir com alegria a história de Noemi que no
início era de desolação e vazio, agora reflete a concretização ao ter os braços
e colo cheios com a esperança desejada.
2- A alegria de Noemi (Rt 4.17) As vizinhas lhe deram nome,
dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Esse o pai de Jessé,
pai de Davi.
As mulheres falam dos benefícios que o menino proporcionaria a
Noemi: ele seria o resgatador da vida de Noemi, trazendo sua alegria de volta e
impedindo a extinção da família de seu falecido esposo (1.21.22); ele seria o
consolador da sua velhice, por todos os dias da sua vida; ele pro veria para
que não faltasse o pão sobre a sua mesa (1.1). Rute, que se manteve silenciosa
na cena, e honrada pelas mulheres por sua bondade: “pois tua nora, que te ama,
o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos”.
Parece estranho Rute ser tratada de nora de Noemi, agora casada com
Boaz (cf.1.6- 8,22;2.20,22). Isso demonstra que Rute e Noemi mantinham
relacionamento mútuo de respeito e amabilidade, mas a condição foi mantida por
causa do resgate.
Na expressão “ela te é melhor que sete filhos”, as mulheres mostram a
simbologia desta condição para aqueles dias: ter sete filhos era uma benção
divina e uma grande honra, e se fossem muitos, melhor, pelo valor atribuído aos
homens (servir nas guerras, no trabalho, na administração e proteção dos bens).
Noemi faz um simbólico gesto, enquanto ouvia silenciosamente as
amigas, e fecha o círculo da sua vida. Tomou (das mãos das mulheres) o menino,
e o pôs no regaço, e entrou (na casa dela) para cuidar dele. Diante disso, elas
exclamam: “a Noemi nasceu um filho”, relembrando o lamento dela (1.11-13;
20,21). Antes vazia, agora vivendo sua completude. Para finalizar, as mulheres
deram nome ao menino e lhe chamaram Obede, “um que trabalha/servo”.
3- A genealogia de Davi (Rt 4.22) Boaz gerou Obede, Obede
gerou Jessé, e Jessé gerou a Davi.
O autor, encantado com o fim da história, exalta o menino Obede com
um brado de alegria. Este é o pai de Jessé, o pai de Davi. Portanto, um
antepassado ilustre que certamente contribuiria para a certificação da
autenticidade do reinado de Davi,
além de ser um descendente de Judá, uma das suas principais famílias da qual o
próprio Davi descendia.
Nesta lis ta, Boaz ocupa o sétimo lugar, o de antepassado honrado,
um notável e reconhecido. Boaz, o herói da história e o honrado ancestral de
Davi. Em todos os eventos retratados em Rute, é entendido que a providência
divina e continua ao longo da História, do presente e do porvir.
APLICAÇÃO PESSOAL
A figura do resgatador (goel) aponta profeticamente para o nosso
Redentor, que nos concedeu o direito de participar legitimamente da família de DEUS
e sermos eternamente Seus herdeiros.
RESPONDA
1) Onde era realizado o resgate da propriedade de um parente?
2) Que tipo de cerimônia era um costume antigo em Israel?
3) A qual tribo pertencia Boaz?
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ESTER
Escrita Lição 9,
Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO
PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder
não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada
2- UM AGAGITA NA
CASA DO REI
2-1- Um genocídio
decretado
2-1-1- Assuero
deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA
JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE
PERSA
3-1- O grande líder
discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester
deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder
discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus
trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação
de Hamã
3-3- O grande líder
discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o
rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o
rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então,
respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se
bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como
meu requerimento.
4 - Porque estamos
vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se
ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor
não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o
rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração
o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester:
O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou
perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo
te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus,
mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este
chegaste a este reino? Ester 4.14
COMENTÁRIOS BEP –
CPAD
Livro de Ester
Autor: Desconhecido
Tema: O Cuidado
Providencial de Deus
Data: 460 — 400
a.C.
Considerações
Preliminares
Depois da derrota
do império babilônico e sua conquista pelos persas em 539 a.C., a sede do
governo dos exilados judeus passou à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da
história de Ester, durante o reinado do rei Assuero (seu nome hebraico) —
também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshayarshan (seu nome persa) — que
reinou em 486 — 465 a.C. O livro de Ester abarca os anos 483 — 473 a.C. do
reinado de Assuero (1.3; 3.7), sabendo-se que a maioria dos eventos ocorreu em
473 a.C. Ester tornou-se rainha da Pérsia em 478 a.C. (2.16). Cronologicamente,
o episódio de Ester na Pérsia ocorre entre os caps. 6 e 7 do livro de Esdras,
i.e., entre o primeiro retorno dos exilados judeus de Babilônia e da Pérsia,
para Jerusalém em 538 a.C., chefiados por Zorobabel (Esdras 1– 6), e o segundo
retorno chefiado por Esdras em 457 a.C. (Ed 7—10) (ver a introdução a Esdras).
Embora o livro de Ester venha depois de Neemias em nosso AT, seus eventos
realmente ocorreram trinta anos antes da volta de Neemias a Jerusalém (444 a.C.)
para reconstruir seus muros (ver a introdução a Neemias). Enquanto os livros
pós-exílicos de Esdras e Neemias tratam de fatos do remanescente judaico que
retornara a Jerusalém, Ester registra um acontecimento de vital importância
ocorrido entre os judeus que se encontravam na Pérsia.
A importância da
rainha Ester vê-se, não somente no fato de ela salvar o seu povo da destruição,
mas também por conseguir para esse povo, segurança e respeito num país
estrangeiro (cf. 8.17; 10.3). Esse ato providencial tornou possível o cargo de
Neemias na corte do rei, por décadas seguidas, e sua escolha para reconstruir
os muros de Jerusalém. Se Ester e os judeus (inclusive Neemias) tivessem
perecido na Pérsia, o remanescente em crise em Jerusalém talvez nunca tivesse
reconstruído a sua cidade. O resultado da história judaica pós-exílica
certamente teria sido outro muito diferente.
Embora não se
conheça o autor do livro de Ester, as evidências internas do livro revelam que
ele conhecia pessoalmente os costumes persas, o palácio de Susã e pormenores da
pessoa do rei Assuero. Isso indica que o autor provavelmente morava na Pérsia
durante o período descrito no livro. Além disso, o apreço do autor pelos
judeus, bem como seu conhecimento dos costumes judaicos sugerem que ele era
judeu.
Propósito
O livro tem um
propósito duplo. (1) Foi escrito para demonstrar a proteção e livramento de
extermínio iminente do povo judeu, mediante a intervenção de Deus através da
rainha Ester. Embora o nome de Deus não seja mencionado especificamente, a
evidência é patente da sua providência no decurso de todo o livro. (2) Foi
escrito, também, para prover um registro e contexto histórico da festa judaica
de Purim (3.6,7; 9.26-28) e, assim, manter viva para gerações futuras, a
lembrança desse grande livramento do povo judeu na Pérsia (cf. a festa da
Páscoa e o grande livramento dos israelitas da escravidão no Egito).
Visão Panorâmica
O livro de Ester
enseja um estudo do caráter de cinco personagens principais do referido livro.
(1) o rei persa, Assuero; (2) seu primeiro-ministro, Hamã; (3) Vasti, a rainha
que antecedeu Ester; (4) Ester, a formosa moça judia que se tornou rainha; e
(5) Mardoqueu, o íntegro primo de Ester que a adotou como filha e cuidou dela
na mocidade. Ester, naturalmente, é a heroína da história; Hamã é o vilão; e
Mardoqueu é o herói que, como alvo principal do desprezo de Hamã, é vindicado e
exaltado no fim. A figura principal nos eventos do livro é Mardoqueu, pois ele
influenciou a rainha Ester e lhe deu conselhos retos.
A providência de
Deus está presente em todas as partes do livro. É vista, primeiramente, na
escolha de uma virgem judia chamada Hadassa (hebraico) ou Ester (persa e
grego), para ser rainha da Pérsia, numa hora crítica da história dos judeus
(1—2; 4.4). A providência de Deus é novamente evidente quando Mardoqueu, primo
de Ester, que a criara como filha (2.7), foi informado de uma trama para
assassinar o rei, denunciou-a, salvou a vida do rei, e seu ato foi registrado
nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu providencialmente no
momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).
O ódio que Hamã
alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os judeus. Urdiu um horrendo
complô e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a promulgar um decreto para
exterminar todos os judeus no dia 13 do mês Adar (3.13). Mardoqueu persuadiu
Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus. Depois de um jejum levado a
efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de duração, Ester arriscou a
sua vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido convocada (cap. 4); obteve
o favor do rei (5.1-4) e denunciou o funesto complô de Hamã. A seguir, o rei
mandou enforcar Hamã na forca que este preparara para Mardoqueu (7.1-10). Um
segundo decreto do rei possibilitou aos judeus triunfarem sobre os seus
inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande celebração e deu origem à
festa anual de Purim (9.17-32). O livro termina com um relato da fama de
Mardoqueu (10.1-3).
Características
Especiais
Cinco
características assinalam o livro de Ester. (1) É um dos dois livros na Bíblia
que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. (2) O livro começa e
termina com uma festa, e menciona um total de dez festas ou banquetes no
decurso das quais se desenrola boa parte do drama do livro. (3) O livro de
Ester é o último dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica, chamados
Hagiographa (“Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos é lido publicamente em
uma das grandes festas judaicas. Este aqui é lido na festa de Purim, em 14-15
de Adar, que comemora o grande livramento do povo judeu na Pérsia, durante o
reinado de Ester. (4) Embora o livro mencione um jejum de três dias de duração,
não há qualquer referência explícita a Deus, à adoração, ou à oração (aspecto
este que tem levado alguns críticos a, insensatamente questionarem o valor
espiritual do livro). (5) Embora o nome de Deus não apareça através do livro de
Ester, sua providência é patente em toda parte do mesmo (e.g., Et 2.7,17,22;
4.14; 4.16—5.2; 6.1,3-10; 9.1). Nenhum outro livro da Bíblia ilustra tão
poderosamente a providência de Deus ao preservar o povo judeu a despeito do
ódio demoníaco dos seus inimigos.
O Livro de Ester e
o NT
Não há referência
ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de Hamã aos judeus e seu complô
visando o extermínio de todos os judeus do império persa (cap. 3; 7.4) é uma
prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que procurará destruir todos os judeus
e também os cristãos no final da história (ver o livro de Apocalipse).
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SUBSÍDIOS REVISTAS
ANTIGAS
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Lição 02: Ester, um
Espelho para o Cristão de hoje | EBD BETEL | 1° Trimestre De 2021
EBD | 1°
Trimestre De 2021|Ester: A Soberania e o poder de Deus na preservação do seu Povo| Betel Adultos | CPAD |Escola
Bíblica Dominical
TEXTO ÁUREO
“(…) e alcançava
Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.” (Ester 2.15b)
VERDADE APLICADA
As atitudes
da rainha Ester enfatizam a necessidade de sermos pessoas
honradas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Entender qual
é o papel do cristão no mundo.
Apresentar Ester
como um exemplo de fidelidade.
Ressaltar que
Ester era íntegra e temente a Deus.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - ESTER 2
8. Sucedeu, pois,
que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e ajuntando-se muitas moças na
fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também levaram Ester à casa do rei,
debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres.
16. Assim, foi
levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no décimo mês, que é o mês de
tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17. E o rei amou a
Ester mais do que todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e
benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e
a fez rainha em lugar de Vasti.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Mt
5.13-14 – Devemos ser sal da terra e luz do mundo.
TERÇA / Rm
12.2 – Não devemos nos conformar com este mundo.
QUARTA / 2Co
4.1-6 – Devemos pregar a Cristo Jesus, o Senhor.
QUINTA / Fp
2.15 – Devemos ser irrepreensíveis e sinceros.
SEXTA / Tt
2.11-12 – Devemos renunciar à impiedade.
SÁBADO / 1Jo
2.15 – Não devemos amar o mundo.
HINOS SUGERIDOS:
111, 141, 225
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus
nos dê estratégias para estarmos no centro da sua vontade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução – O
papel do cristão no mundo – Um exemplo de fidelidade – Ester, mulher íntegra e
temente a Deus – Conclusão
INTRODUÇÃO
O livro
de Ester nos descreve de uma maneira afetuosa as estratégias de Deus,
o qual agiu de modo silencioso para proteger o povo hebreu dos seus inimigos.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser
íntegros e tementes a Deus.
O Papel do Cristão
no Mundo
Ester viveu em um
período em que prevalecia a imoralidade. Em seu reino havia promiscuidade,
libertinagem, traição, embriaguez excessiva e todo tipo de idolatria. Você
conhece algum lugar assim? É impossível não perceber que o nosso mundo hoje
está semelhante àquele em que Ester convivia.
Como uma serva
fiel, ela não se deixou corromper com as coisas que o mundo oferece! Ela sabia
que pertencia ao povo que tinha aliança com Deus. E você, sabe qual o seu papel
no mundo?
1.1. Devemos
confiar no amor de Deus. Deus disse através do profeta Jeremias: “Com amor
eterno te amei” [Jr 31.3]. Ele nos criou e se importa conosco. Uma prova deste
amor nota-se na vida de Ester, que tinha uma íntima e saudável comunhão com o
Senhor. Deus sabia que ela não abandonaria as verdades transmitidas por seu
primo Mardoqueu [Et 2.7].
Temos observado que
nos dias atuais muitos cristãos estão abandonando suas verdades. O apóstolo
João deixou registrado que: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas
aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” [1Jo 2.17]. Isso nos
faz ter a certeza de que não devemos abandonar ao Senhor e que a alegria
verdadeira está em ter uma comunhão contínua com Ele.
Subsídio do
Professor: Quando vivemos um relacionamento íntimo com Deus, não damos
lugar à mentira. Cabe a cada crente estudar as Escrituras e obedecer às
verdades ali contidas. Os crentes atuais necessitam duma composição de valores
básicos que lhes proporcione segurança e uma direção na caminhada rumo aos
céus. Cada cristão precisa estar alicerçado em verdades consistentes de normas
que identifiquem o que é certo ou errado, bom ou mau.
Como presenciamos,
no caso da rainha Ester, a educação transmitida por seu primo não admitia o
errado no lugar do certo. Os valores morais que a Bíblia nos oferece devem ser
adotados, para nos ajudar a levar uma vida estável e feliz.
1.2. Um exemplo
para os cristãos de hoje. A maneira como o livro de Ester aborda sua conduta
serve de espelho para cada cristão. Ela nos ensina a confiar no Senhor acima de
tudo. A Bíblia corrobora nos orientando a não amar o mundo. É por causa disso
que Jesus afirmou que Seu reino não era deste mundo [Jo 18.36]. O crente tem
que aprender a dizer “não” às tentações do mundo: “Não ameis o mundo, nem o que
no mundo há” [1Jo 2.15].
Em uma sociedade
contaminada e nefária, é preciso que haja cristãos que façam a diferença em
todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de conquistarem alguns para o
Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
Subsídio do
Professor: Deus dá valor à Sua Palavra e sempre cumpre Suas promessas.
Como bons filhos de Deus, devemos honrar nossa palavra, assim como Deus cumpre
a Sua. A nossa vida diária tem que fazer a diferença neste mundo. Devemos andar
apropriadamente e de cabeça levantada por onde quer que passemos, não devemos
viver uma vida fingida nem simulada, mas explícita e verdadeira.
Jesus nos ensinou a
ser verdadeiro: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que
passa disto é de procedência maligna.” [Mt 5.37]. Devemos ser autênticos em
nossas palavras, para que sejamos reconhecidos como pessoas de confiança e
contribua, assim, para que o Senhor seja glorificado.
1.3. Uma fé
inabalável. Através da Bíblia temos a oportunidade de conhecer
pessoas que fizeram toda a diferença neste mundo. Uma destas pessoas foi Ester.
Ela nos mostra que podemos até viver em uma terra estranha, e ainda assim a
nossa fé ser pautada no sobrenatural de Deus. Ela pede que todos os judeus
jejuem por ela por três dias [Et 4.16], tendo a plena certeza da importância do
jejum e da oração na vida do servo de Deus. Esta atitude de Ester demonstra sua
total dependência em Deus. Ester praticou o que Jesus disse em Mateus 6.16-18.
Subsídio do
Professor: Toda a Escritura é um manual de fé e de coragem, que
narra as histórias de muitos homens e mulheres, que, agindo por meio da fé,
praticaram a vontade do Senhor. Estes homens e mulheres venceram obstáculos
insonháveis. Dando-nos grandes exemplos de que, quando atuamos por fé,
experimentamos o momento tão sublime que Maria viveu quando o anjo lhe disse:
“Porque para Deus nada é impossível” [Lc 1.37].
Aprendemos que o
Senhor é a fonte da fé. Ela vem dEle. Sem fé não é possível agradar a Deus [Hb
11.6]. Jesus ficou admirado com a fé do centurião romano: “Em verdade vos digo
que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” [Mt 8.10].
EU ENSINEI QUE: É preciso que haja cristãos
que façam a diferença em todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de
conquistarem alguns para o Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
2- Um Exemplo de
Fidelidade
Em sua carta a
Timóteo, Paulo escreveu: “…sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na
caridade, no espírito, na fé, na pureza” [1Tm 4.12]. Ester nos dá este exemplo
em sua dependência total de Deus. Ester tinha tudo para ser uma pessoa triste,
desanimada, entretanto não é isso o que vemos. Notamos que ela está firmada na
palavra do salmista, que declarou: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente na angústia.” [Sl 46.1]. O exemplo de fidelidade é uma das
características mais importantes do autêntico discípulo de Jesus.
2.1. Faça a
diferença onde você estiver. Embora vivendo em uma terra estrangeira,
Ester não se deixou levar pelas influências que o mundo pode oferecer. Assim
como Ester, os cristãos de hoje são peregrinos em uma terra estrangeira [1Pe
2.11], pois o nosso reino não é deste mundo [Jo 18.36]. Vivemos no meio de uma
sociedade insensível e agressiva ao nosso projeto de vida.
Contudo, não
devemos ficar na defensiva. Devemos pregar a Cristo a tempo e fora de tempo
[2Tm 4.2]. Ester possuía as características que Deus espera de todos nós, sem
exceção. O verdadeiro cristão tem que fazer a diferença no meio em que estiver,
seja na sua igreja, no seu trabalho, em sua casa e em sua família. Precisamos
ser dependentes de Deus, e Ele honrará as nossas atitudes.
Subsídio do
Professor: Nossas atitudes refletem de fato quem nós somos. Que atitudes
temos tomado para fazer as melhores escolhas? Estamos dando prioridade ao que
realmente importa? Nossas famílias estão em primeiro lugar em nossas escolhas?
Estamos fazendo a obra de Deus como de fato ela tem quer ser feita?
Aprendemos com as
palavras de Jesus que nossas atitudes mostram os nossos frutos: “Porque não há
boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore
se conhece pelo seu próprio fruto…” [Lc 6.43-44]. Atitude na presença de Deus
faz a diferença para desfrutarmos de “todas as bênçãos espirituais” [Ef 1.3].
2.2. As estratégias
de Deus para a nossa vida. Ao falar sobre estratégias de uma vida
vitoriosa, nos vem à mente dois personagens: Ester e José. José
entrou na presença do rei quando foi convocado, Ester entrou sem ser convidada.
Ester foi capaz, mesmo sendo indigna, por ser judia, de tornar-se rainha da
Pérsia [Et 1.1], e José tornou-se governador do todo o Egito [Gn 41.40].
Aprendemos com a história de ambos que, quando o Senhor quer abençoar, Ele se
utiliza de várias estratégias.
Quando Deus quer
abençoar, o que importa de fato é a nossa comunhão com Ele. Tenha a certeza de
que Deus tem uma estratégia para que a tua vida seja vitoriosa. Subsídio do
Professor: Muitas vezes estamos rodeados de problemas inesperados, que nos
deixam paralisados, sem saber como reagir. É nesta hora que o Senhor nos dá
estratégia, para que possamos continuar vencendo mesmo diante de adversidades e
crises.
2.3. Deus tem um
propósito na vida de cada crente. O livro de Ester nos faz entender que o
cristão faz parte do plano de Deus na terra. Devemos viver por meio da fé,
certos de que Deus tem um propósito para cada um de nós. Na dinâmica de Deus,
Sua tática é a de uma vida vitoriosa para todos os seus servos [Jr 29.11].
Para que o Senhor
venha cumprir Seus propósitos em nossa vida, precisamos basear todas as nossas
ações no que diz a Sua Palavra: “E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por
seu decreto.” [Rm 8.28].
Subsídio do
Professor: Temos que abrir nossos corações para que Deus realize os Seus
propósitos em nossas vidas. Nenhuma resolução que possamos fazer é tão urgente
como a coragem de amar aquele que nos amou primeiro, e permitir que o Seu
propósito seja realizado em nossa vida. Embora o homem tenha se contaminado, e
se feito inútil para o desígnio de Deus, Deus não desiste do Seu propósito. O
propósito de Deus é inalterável [Hb 6.17]. Seus propósitos devem direcionar
nossa vida. O desígnio de Deus deve se tornar o nosso propósito, o nosso alvo!
EU ENSINEI QUE:
A fidelidade é uma
das características mais importantes do discípulo de Jesus.
3- Ester, Mulher
Íntegra e Temente a Deus
Ester é apontada na
Bíblia como uma serva sincera. Mulher íntegra e temente a Deus. Integridade é
um termo abrangente que significa: “Qualidade de íntegro, retidão,
imparcialidade, pureza”. Todos os adjetivos qualificam Ester. Ela quis mostrar
ao rei o que era, e não o que possuía [Et 2.15]. Seu verdadeiro tesouro não
estava em sua aparência, e sim no fato da presença de Deus estar em sua vida.
3.1. A bênção do
Senhor estava sobre a vida de Ester. Por sua fidelidade espiritual, o
Senhor engrandeceu Ester diante das nações: “E o rei amou a Ester mais do que a
todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que
todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de
Vasti.” [Et 2.17].
Ela tinha a bênção
de Deus sobre a sua vida [Pv 10.22]. Isso faz parte da promessa de Deus que
expõe: “…os sinceros herdarão o bem” [Pv 28.10]. Quando a bênção do Senhor está
sobre a nossa vida, milagres acontecem.
Subsídio do
Professor: Ester, por sua obediência, se tornou a mulher mais rica do
império persa. Mesmo diante de tantas riquezas, Ester não esqueceu suas
origens. Jesus conta a parábola de um homem muito rico, entretanto insensato
[Lc 12.13-21].
Segundo a parábola,
este homem era possuidor de tantas riquezas, contudo possuía um grande defeito:
não zelava por seu bem mais precioso: sua alma. Para ele, seus bens materiais
alimentariam sua alma [Lc 12.19]. No entanto, a análise divina veio sobre ele
de maneira consistente: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens
preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é
rico para com Deus.” [Lc 12.20-21].
O Senhor chama de
louco todos os que acrescentam patrimônios para si mesmos, mas não se
interessam em ser ricos no relacionamento com Deus. Os cristãos que possuem uma
fé genuína em Deus se favorecem das “riquezas da sua benignidade, e paciência,
e longanimidade” [Rm 2.4].
3.2. A vida eterna:
tesouro incomparável. Nos dias de hoje, existe um falso conceito de
prosperidade. Mediante a isso, o homem vive buscando acumular tesouros na
terra. Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na terra” [Mt 6.19]. Os homens estão
morrendo por tesouros perecíveis que a traça e a ferrugem consomem.
Acumulam suas
fortunas para, depois de sua morte, seus familiares disputarem pelos bens
deixados. Porém, os servos do Senhor procuram depositar sua fé em Deus por meio
de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro incomparável é a vida
eterna.
Subsídio do
Professor: Os bens terrenos fazem os corações humanos se tornarem
soberbos, proferem: “Eu obtive! É meu!”. O dinheiro se torna um deus venerado e
idolatrado por quem o amontoou. Não sabem eles que o nosso maior tesouro é
Cristo, a maior riqueza que Deus nos deu.
Quando Lhe
entregamos nossa vida, Ele nos confere coragem e alento para encararmos a vida
com todas as pelejas. Ele nos torna mais que vencedores. Ser filho de Deus é a
prerrogativa mais ilustre da nossa salvação. Ser filho de Deus é o alicerce da
nossa fé e a esperança da glória futura.
3.3. Verdadeira paz
só em Jesus. A oportunidade para se ter um relacionamento saudável com
Deus está disponível a todos os homens. Este relacionamento talvez não resulte
em prosperidade material aqui na terra, todavia brotará uma paz profunda que nenhum
dinheiro do mundo pode comprar.
Para se ter paz é
preciso mais do que semear sementes financeiras no seu Reino; é adotar um modo
de vida e praticar uma devoção sincera e contínua a Deus. Como disse o profeta
Isaías, somente em Jesus podemos encontrar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe
da Paz [Is 9.6].
Subsídio do
Professor: Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.” [Mt 11.28]. O que Ele estava querendo dizer é
que somente nEle existe verdadeiramente a paz. Ao oferecer a Sua vida na cruz
do Calvário por cada um de nós, Jesus rompeu com o precipício que existia entre
Deus e o homem.
Ele resgatou a
nossa vida aqui na terra, dando-nos a vida eterna no céu após a nossa morte.
Todavia, a vida eterna é somente para aqueles que permitem Cristo fazer morada
em seu coração. Quando consentimos que Cristo faça parte da nossa vida e a
conduza, todas as nossas inquietações, perturbações, problemas e batalhas, são
transferidos para Ele.
Àquele que for
fiel, Ele promete que desfrutará de vida abundante ainda nesta terra e no
porvir. Esta é uma promessa real e admirável de um Deus que nos ama com um amor
irrestrito.
EU ENSINEI QUE:
Os servos do Senhor
procuram depositar sua fé em Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo
que o seu tesouro incomparável é a vida eterna.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta
lição que a nossa vitória está em um conjunto de passos e de atitudes de
comportamentos. O livro de Ester nos ensina que nossas atitudes podem
influenciar no processo para sermos bem-sucedidos, como José, Ester e tantos
outros. Servir a Deus corretamente é fundamental para cumprirmos nossa missão
como discípulos de Cristo.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 07: Ester 2 –
Ester é Coroada Rainha | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021
EBD Pecc | 3°
Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres –
Programa de Educação Cristã Continuada | Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO
EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento
do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres,
inclusive o número da página.
Orientação
Pedagógica
Em Ester
2 há 23 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes,
Ester 2.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura
complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
É interessante
observar que o livro de Ester mostra que, às vezes, temos de esperar para ver o
que Deus está fazendo. Em todo o livro, Ele não é mencionado em parte alguma.
Ainda que não possamos constatar de imediato a Sua ação, não quer dizer que Ele
esteja alheio aos acontecimentos. É o cenário descortinado em Susã, no
reinado de Assuero.
Por que Vasti jogou
fora sua posição em um gesto impensado e inútil? E por que Assuero fez sua
exigência? Quem teve a ideia de substituir Vasti por outra mulher, ao invés de
resolver discretamente o conflito? Todos esses acontecimentos parecem
absolutamente ordinários, sem nenhum componente miraculoso. Mas todos foram
necessários para abrir caminho ao processo pelo qual Ester seria elevada à
posição de rainha, e assim, poderia livrar o seu povo.
OBJETIVOS
• Informar sobre
o cenário no qual viviam os judeus que não regressaram para sua terra após o
edito do rei.
• Mostrar a
providência divina na escolha de Ester como rainha.
• Entender a
ação silenciosa de Deus para beneficiar o Seu povo.
PARA COMEÇARA AULA
Peça aos alunos que
falem sobre o império persa e como havia tolerância para com os cativos, que
podiam continuar exercendo suas crenças e até falando a língua materna.
Interessante observar também que a recusa da rainha Vasti em obedecer ao
chamado do rei para se apresentar perante os seus oficiais gerou uma crise
inesperada. Ponderar que Deus age por trás dos bastidores, em oculto e em
silêncio, quando lhe apraz. Ele tinha conhecimento das circunstâncias que
envolveriam os judeus que moravam na Pérsia e estava tecendo os meios para
prover o livramento ao Seu povo.
LEITURA ADICIONAL
A sentença inicial
desta seção tem causado problemas, porque tanto o seu significado real quanto o
seu significado para o autor são obscuros. As dificuldades se centralizam:
I. Na palavra
hebraica traduzida pela segunda vez, pois aparentemente não havia sido realiza
da tal reunião anteriormente, e há quase tantas explicações quanto
comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros tradutores para o grego e o
latim não tenham entendido o seu significado, pois eles omitiram a oração
inicial. Talvez a emenda, pequena no texto consonantal hebraico de senit para
sonot, deva ser considerada favoravelmente. Nesse caso o significado seria
“quando várias virgens estavam sendo reunidas”, isto é, recapitulando o
versículo 8. Mas isto tem que ser pesado à luz do significado da segunda
oração,
II. Em vista do
fato de que Mordecai podia ser encontrado regularmente assentado à porta do rei
(2.21:32: 5.9:13; 6.10.12), por que o autor enfatiza tanto este ponto? Será que
dois temas referentes a Ester e Mordecai foram independentemente colocados
juntos de maneira incompleta? A conclusão a que Gordis chega com a frase
“sentado à porta do rei” é que ela “não é uma etiqueta sem significado em
qualquer uma de suas cinco ocorrências neste livro”. Ele indica que, por todo o
Oriente Próximo antigo “a porta” era o lugar em que se dispensava a justiça e
que, enquanto os litigantes ficavam de pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava
“sentado” (ct. Pv 31.23).
A modificação da
frase em 19b desta forma assume significado concreto, e Gordis faz a sugestão
plausível de que Ester, quando se tornou rainha, fez com que Mordecai fosse
nomeado magistrado ou juiz, “uma posição subalterna na elaborada hierarquia dos
oficiais persas”, e que ela o executara sem delongas, “antes do desfile
cerimonial final que concluía as festividades de coroação”. Se este é um
raciocínio correto, 2.19-20 não recapitula simplesmente 2.8-10, mas acrescenta
um incidente importante para o desenvolvimento da trama, Mordecai agora está em
uma posição que pode ouvir de passagem o que está sendo dito pelos oficiais do
palácio (21) e tem acesso às câmaras reais (22), e, embora seja conhecida a sua
identidade judaica, não há razão para que se subentenda que Ester também é
judia.
Livro: Ester:
Introdução e comentário. (Baidwin, Joyce G. Serie Cultura Cristã. SP Vida Nova,
2011, p. 62, 631).
Texto Áureo
“A moça que cair no
agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e as sim
se fez”. (Et 2.4)
Leitura Bíblica
Para Estudo - Ester 1.10-12;
2.1-4; 21-23
Verdade Prática
Nem sempre os
propósitos de Deus são manifestos de imediato, o que faz com que a nossa
caminhada seja fundamentada na confiança e fé de que Ele sabe como agir.
INTRODUÇÃO
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA Et 2.1-16
1- Em busca de uma nova rainha Et 2.1-4
2- Ester e Mordecai Et 2.7
3- Ester entre as candidatas Et 2.8
II- A RAINHA ESTER Et 2.16-20
1- Casamentos de monarcas Et 2.16
2- A coração de Ester Et 2.17
3- A rainha Ester é celebrada Et 2.17
III- MORDECAI SALVA O REI Et 2.19-23
1- Assentado à porta do Rei Et 2.19
2- Conspiração frustrada Et 2.21
3- Morte dos conspiradores Et 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda
– Ester 2.1-7; Terça – Ester
2.8-15;; Quarta – Ester
2.16-18; Quinta – Ester
2.19-20; Sexta – Ester
2.21; Sábado – Ester
2.23-23
Hinos da
Harpa 46-75
INTRODUÇÃO
Muitos judeus não
voltaram para sua terra quando Ciro decretou que o fizessem. Já bem
estabelecidos na Pérsia, vamos encontrar Ester e seu primo Mordecai, que são
figuras importantes para o agir de Deus na história desse povo. A ação
providencial de Deus está, primeiro, em que Ester alcançou graça aos olhos do
rei e tornou-se a esposa principal de Assuero; e, segundo, em Mordecai ter
recebido um cargo que lhe possibilitava ficar à porta do rei, onde os assuntos
oficiais eram tratados, descobrindo assim a trama de morte que dois serviçais
armavam contra o rei.
I- A ESCOLHA DA
NOVA RAINHA (Et 2.1-16)
1. Em busca de
uma nova rainha (Et 2.1)
“Passadas estas
coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que
ela fizera, e do que se tinha decretado contra ela.”
Esse tempo
indeterminado deve ser por cerca de dois a quatro anos, que se passam entre o
final do capítulo 1 e a escolha de Ester como rainha. Os servos que atendiam o
rei entenderam que era preciso agir em favor do rei e recomendaram a
implementação do plano de Memucã (Et 1.21). E houve então muito entusiasmo na
tarefa de encontrar e levar a Susã as moças mais atraentes do reino. A ordem
para encontrar uma substituta para Vasti foi expedida, mas isto não se tratava
de uma competição que alguém tivesse de se inscrever para participar. “A moça
que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o
rei, e assim se fez” (Et 2.4). Todas as jovens do reino estavam no
páreo pelo simples fato de viver em sua jurisdição. Nenhuma das participantes
voltaria para casa depois.
2. Ester e
Mordecai (Et 2.7)
“Ele criara a
Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, a qual não tinha pai nem mãe; e era
jovem bela, de boa aparência e formosura. Tendo-lhe morrido o pai e a mãe,
Mordecai a tomara por filha.”
Saindo das
dependências luxuosas do palácio, encontramos Mordecai e Ester. Eles moravam em
Susã; ele era “judeu, benjamita, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis,
que fora transportado de Jerusalém, com os exilados que foram deportados com
Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei de Babilônia, havia
transportado” (Et 2.5 6). Portanto, Mordecai não tinha qualquer ligação com o
rei ou com o reino medo-persa. Ele era apenas um judeu exilado que cuidava de
sua prima órfã, Hadassa (Et 2.7). O autor sagrado enfatizou que Mordecai e
Ester eram judeus puros e, assim, guardiães apropriados de seu povo, em Susã.
Ester era órfã, criada pelo primo Mordecai. Estando Mordecai consciente da rara
beleza física de sua prima, calculou acertadamente que ela seria uma fortíssima
candidata a substituir Vasti.
3. Ester entre as
candidatas (Et 2.8)
“Em se divulgando,
pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem ajuntadas muitas moças na cidadela
de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram também Ester à casa do rei, sob os
cuida dos de Hegai, guarda das mulheres.”
O livro nos mostra
que a moça era bela, corajosa, esperta e cheia de recursos. Coisa alguma é dita
sobre o que ela pensava a respeito do plano de ser feita rainha em lugar de
Vasti. Ester era apenas uma candidata entre muitas outras; porém, foi-lhe conferida
vantagem imediata, porque ela despertou a atenção do chefe do harém, de nome
Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele se apressou a fornecer a Ester os cosméticos de
que ela precisaria; e deu-lhe sete donzelas para servi-la. Deus trabalhava por
intermédio de Hegai, sendo este o primeiro passo em que a providência divina
estava operando, uma vez que Ester foi posta entre as candidatas.
II- A Rainha Ester
(Et 2.16-21)
1. Casamentos de
monarcas (Et 2.16) “Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real,
no decimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.”
Os casamentos de
príncipes costumam ser determinados por interesses políticos e diplomático,
visando à ampliação de seus domínios e ao fortalecimento de suas alianças. A
beleza era um fator importante, mas nem sempre prevalecia o amor ou o agrado do
monarca. Há quem sugira que Es ter estava cometendo um grave pecado ao se
submeter ao procedimento de escolha. Isso se deve ao desconhecimento dos
costumes antigos desses povos.
Nesta época, Ester
não deveria ter mais do que 20 anos de idade, ou poderia ser até mais jovem.
Era uma oportunidade para ela conseguir tudo o que quisesse. Em vez disso, ela
permanece fiel ao que aprendeu e não sucumbe à tentação ao seu redor; antes, porta-se
com modéstia, coragem e fé em meio àquela incomparável extravagância. Mesmo
vivendo momentos de interrogações e relutância, Ester não teve uma atitude
negativa. Ela sentia o cuidado e a providência de Deus na situação.
2. A coroação de
Ester (Et 2.17)
“O rei amou a Ester
mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e
benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real
e a fez rainha em lugar de Vasti.”
Após todo um ano de
preparativos, chegou a vez de cada jovem comparecer diante do rei. Para essa
visita, elas podiam usar todos os ornamentos, joias ou roupas que quisessem.
Mas Ester não se preocupou demais, como aparentemente fizeram as outras, e veio
a se destacar por meio apenas da beleza natural. Nenhuma coisa pediu como
adorno especial para apresentar-se ao rei, mas apenas o que estava designado
para ela. E mesmo assim, foi considerada a mais agradável entre as candidatas
(2.15). Quanto mais natural a beleza, mais aprazível ela é.
É bom lembrar que
Ester veio apresentar-se ao rei depois de muitas outras moças. Embora to das
fossem de boa aparência e habilidosas, o rei percebeu que Ester se sobressaia a
todas. Assim, o caminho para Ester estava pavimentado pela soberana providência
de Deus em lhe favorecer, inclusive com predicados que a destacaram
sobremaneira. O rei viu e “amou” Ester mais do que todas as mulheres que ele
vira até então. Ela obteve graça e favor aos olhos do rei. Agora, sem esperar
por mais nenhum outro procedimento, o rei logo decidiu fazê-la rainha e pôr a
coroa real na cabeça de Ester.
3. A Rainha Ester é
Celebrada (Et 2.18)
“Então, o rei deu
um grande banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era o banquete
de Ester; concedeu alívio às províncias e fez presentes segundo a generosidade
real.”
As honras que o Rei
concedeu a Ester foram além da escolha e da colocação da coroa sobre sua
cabeça, tornando-a a nova rainha. Ele também levou todo o reino a celebrar
solenemente a coroação com uma grande festa, na qual apresentou Ester como a
nova rainha. Somando a grandiosidade do momento e a alegria do reino, praticou
atos de bondade para com todos os cidadãos do reino, como dar alívio fiscal às
províncias, perdão de impostos, indultos a prisioneiros e feriado nacional.
É notório que
Ester, já elevada à posição de rainha, manteve respeito e cuidado para com
Mordecai, seu primo que a criara (v.20). E isso demonstra seu espírito grato e
sua humildade para continuar seguindo as instruções de seu primo, padrasto,
guardião e conselheiro.
Quem diria que uma
criança judia, órfã de pai e mãe, trazida cativa de Israel para a Pérsia,
criada por seu primo, se tornaria rainha do império mais poderoso da época. A
segunda pessoa mais importante do país de seu desterro. Foi através dela que
Deus concedeu ao Seu povo uma grande libertação dos desígnios malignos de seus
inimigos. Tudo isso nos faz lembrar que o Senhor é o Pai dos órfãos e os
acolhe. A providência divina levanta o pobre para o fazer assentar-se entre
príncipes. Ele tem a caneta da história das nossas vidas e nenhum de Seus
planos podem ser frustrados.
III- MORDECAI SALVA
O REI (Et 2.19-23)
1. Assentado à
porta de relo rei Assuero” (Et 2.19)
“Quando pela
segunda vez, se reuniram as virgens, Mordecai estava assentado à porta do rei”.
É possível que
Mordecai fosse uma espécie de oficial na corte persa, pois se sentava no portão
do rei. Talvez ele ocupasse alta posição no sistema judicial do rei, visto que
sentar-se no portão indicava deliberar legalmente. Os oficiais esperavam à
porta do palácio real e não entravam enquanto não fossem convidados. Em sua
posição especial de autoridade, Mordecai descobriu um conluio para assassinar o
rei (Et 2.21). Foi assim que o plano não deu certo, e Mordecai obteve poder
junto ao rei.
2. Conspiração
frustrada (Et 2.21)
“Naqueles dias,
estando Mordecai sentado à porta do rei, dois eunucos do rei, dois guardas da
parta Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram e tramaram atentar contra o rei
Assuero”.
Mordecai soube da
trama para assassinar o rei. Essas conspirações eram muito comuns no palácio.
Alguns anos mais tarde o rei foi assassinado nesse tipo de ardil na corte. Mas,
neste momento, a revelação da trama, feita por Mordecai, salvou a vida do rei pela
segunda vez: “Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei dois
eunucos de rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram, e
tramaram atentar contra o rei Assuero” (Et 2.21). Mordecai tinha sua posição no
portão e era conhecido pelo rei.
3. Morte dos
conspiradores (Et 2.23)
“Investigou-se o
caso e era fato ambos foram pendurados numa forca. Isso foi escrito no Livro
das Crônicas, perante o rei.”
Não se sabe que
desagrado o rei havia cometido contra os dois eunucos, servos ou Oficiais Bigtã
e Teres. Eles eram guardas da porta, quer dizer, membros da guarda pessoal do
rei que guardavam seus ambientes particulares. Assim, tinham fácil acesso ao
rei, que seria um homem praticamente morto, não fora a intervenção de Mordecai.
Mordecai tornou-se um salvador da vida do rei quando ouviu os dois homens
sussurrando o plano assassino, passou as tristes notícias para Ester, que
contou ao rei demonstrando sua nova posição de influência e de acesso ao
soberana.
O caso foi
investigado, constatado como verdadeiro, e o resultado natural foi a execução
dos culpados por enforcamento, um método favorito de execução entre os persas.
Por sua vez, foi assim que Mordecai, oficial da corte persa de Susã,
transformou-se em amigo e salvador da vida do rei, fato que foi registrado no
livro das crônicas dos Reis e que mais tarde serviu para que Mordecai, fosse
honrado pelo rei e prevalecesse sobre Hamã, salvando também, a vida dos seus
compatriotas judeus (Et 2.23; 6.1).
APLICAÇÃO PESSOAL
No império
medo-persa, duas pessoas relativamente insignificantes, Mordecai e Ester, sobem
ao palco como parte de um grupo de segunda ou terceira geração de exilados, com
atuação decisiva para a salvação da vida do rei mostra que Deus continuava
tecendo os fios dessa história em favor do Seu povo.
Responda
1) Qual o grau de
parentesco entre Ester e Mordecai? Primos
2) O que motivou o
rei Assuero na escolha de Ester para ser sua rainha? Sua beleza Natural
3) Que tipo de
trama Mordecai descobriu contra o rei Assuero? O plano para assassinar o
rei
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EBD – Pecc | Lição
09: Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester | 3° Trimestre De 2021
3° Trimestre De
2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Das Mulheres – Programa de
Educação Cristã Continuada | Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO
EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento
do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres,
inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em Ester
5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os
presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de
estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Enfatizar que Deus,
durante a competição, fez com que Ester ganhasse o favor do rei para enfrentar
este momento difícil que viria para todos os judeus. Interessante observar
também que, quando o tempo de Ester entrar em ação chega, Deus novamente a faz
ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na
corte sem ser convidada.
Nesta visita ao
rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque te que ela havia preparado
naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o próximo dia 0 tempo de um
banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a indignação de Hamã em
relação a Mordecai era tanta que ele não esperaria até o dia definido para a
destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de Deus não podem ser
frustrados.
OBJETIVOS
Identificar o
agir providencial de Deus na vida de Ester.
Entender como
a arrogância, o orgulho e a vaidade podem levar a atos extremos.
Constatar a
providência divina até na insônia do rei.
PARA COMEÇAR A AULA
Para começar sua
aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e como isso foi providencial
para o reconhecimento do que Mordecai havia feito pelo rei, uma vez que este
não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com que o rei pedisse para que
lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas, naquela noite, entre as
muitas ano tações, havia uma única que precisava ser lida; e, finalmente, foi
esta a anotação lida. Após o rei saber que Mordecai não tinha sido ainda
recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.
LEITURA ADICIONAL
O rei não consegue
dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro dos feitos memoráveis seja
lido e ouve como uma conspiração contra sua vida havia sido evitada mediante um
gesto oportuno de Mordecai, surpreendendo-se ao descobrir que este não recebera
qualquer recompensa. Resolve então que ele deverá ser premiado sem demora. […]
O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã (pois este se
apresentara bem cedo a fim de obter uma audiência como rei, na qual esperava
conseguir autorização para enforcar Mordecai). O rei pergunta a Hamã: “Que se
fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser
ele mesmo o candidato a novas preferências, envaidecido e faz a seguinte
proposta atraente: tragam-se as vestes reais, de que o rei costuma usar, e o
cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real,
entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e
vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da
cidade, e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja
honrar”.
A proposta de Hamã
evidencia sua ilimitada presunção, sua sede doentia de louvor dos homens o sua
ideia mesquinha de grandeza. Seu coração bate mais forte quando se imagina
sendo levado dessa forma em meio à adulação de seus semelhantes. Então, ele
ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e
fazei assim para com o judeu Mordecai Quê? Fazer isso ao judeu Mordecai? Será
que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e deve
ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se derrete. É como
se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por alguns segundos que
parecem séculos ele fica ali de pé, perplexo diante de seu senhor real. A
seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de exaltar Mordecai
justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examina
as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidow São Paulo: Vida Nova,
1993, p.279 280).
Texto Áureo
“Quando o rei viu a
rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei
para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do
cetro”. Et 5.2
Leitura Bíblica
Para Estudo
Ester 5.1-5;
6.12-14
Verdade Prática
Enquanto esperamos,
Deus não trabalha apenas em nosso coração, mas, igualmente, no de outros,
renovando as forças a todo o momento.
INTRODUÇÃO
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mordecai Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2
2- Mordecai honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda –
Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Hinos da
Harpa 58-205
INTRODUÇÃO
Após jejuar três
dias, Ester colocou suas melhores roupas para comparecer perante o rei, pois
conhecia sua natureza impulsiva. Deus a acompanhou e o monarca estendeu para
ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o que ela desejasse. Por que ela não
pediu ao rei no primeiro momento, o que ela desejava realmente? Talvez por
querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma estratégica e em um lugar
no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester agisse de acordo com a melhor
tradição do seu povo: confrontar Hamã face a face, em vez de falar pelas
costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um banquete
I- ESTER ALCANÇA O
FAVOR (Et 5.1-8)
1. Ester vai falar
com o rei (Et 5.3)
“Então, lhe disse o
rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do
reino se te dará.
Depois que Mordecai
convenceu Ester a tentar intervir em favor dos judeus, por meio de uma entre
vista pessoal com o rei, Ester estava em uma situação crítica, pois não havia
sido chamada à presença do rei nos últimos trinta dias. Passados, portanto, os
dias do jejum por ela solicitado, ela se vestiu da maneira mais atraente
possível, colocou-se no pátio interno do palácio, em frente ao salão do rei; e
se colocou no lugar onde o rei pudesse vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester
devia ter tido um motivo in comum para atrever-se a se aproximar dele, ela
acaba alcançando graça aos seus olhos.
Novamente, a
providência de Deus é demonstrada pela reação do rei a Ester. “Quando o rei viu
a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele estendeu o rei
para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do
cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei estendeu-lhe o cetro de ouro,
e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até
metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da explosão de generosidade do
rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o rei e Hama para um banquete
que preparara especialmente para eles.
2. O primeiro
banquete (Et 5.5)
“Então, disse o
rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendemos a que Ester deseja. Vinda, pois,
o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado.”
Observemos a
prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se apresentou a ele intercedendo
imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que aquele não era o momento nem o
lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um lugar mais reservado para fazer o
seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela convidou o rei e Hama para irem a
seu banquete naquele mesmo dia “Respondeu Ester: Se bem te parecer, venha o rei
e Hamã hoje ao banquete que eu preparei ao rei Então, disse o rei: Fazei
apressar a Hamã, para que atendamos ao que Ester deseja. Vindo, pois, o rei e
Hamã ao banquete que Ester havia preparado, disse o rei a Ester, no banquete do
vinho: Qual é a tua petição? E se te dará Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que
seja metade do reino” (Et 5.4-6).
Assim, antes de
pedir o que queria, Ester preparou um banquete para o rei Assuero e para Hamã,
cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual era o estado de espírito do
rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que dissesse o que desejava, mas Ester
simplesmente convidou o rei e Hamã para outro banquete. a ser realizado na
noite seguinte. Era um lance arriscado convidar Hamã para o banquete, como
único conviva do casal real; contudo, isto estava em plena concordância com a
recente promoção desse homem, levada a efeito pelo rei.
3. A petição de
Ester (Et 5.8)
“Se achei favor
perante o rei e se bem parecer ao rei conceder-me a petição e cumprir o meu
deseja venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar amanhã, e,
então, farei segundo o rei me concede.”
Os dias
de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam dado a Ester uma
sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era característica. Ela chegara
até a preparar a refeição, crendo que o resultado da sua ousada iniciativa
seria favorável. Oferecendo publicamente duas vezes cumprir o que Ester
desejasse, até mesmo metade do rei no, a resposta dela foi cautelosa e mansa,
atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher: “Se achei favor
perante o rei e se bem parecer do rei[…]” (Et 5.8). Isto fez o rei se sentir no
total controle da situação. O rei não tinha como se esquivar do convite da
rainha pois o propósito do banquete era para revelar o pedido dela. E, nesse
arriscado jogo, Ester estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance para
aumentar as chances de sucesso.
II. A VAIDADE DE
HAMÃ (Et 5.9-14)
1. O bom-humor de
Hamã (Et 5.9)
“Então, saiu
Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando viu porém, Mordecai à porta do
rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de
furor contra Mordecai.”
Hamã alcançou tanto
prestígio aos olhos do rei, que veio a tornar-se o primeiro-ministro do reino.
O rei chegou a ordenar que todos se inclinassem perante ele. Portanto, era o
homem de influência e confiança do rei. Ao pedir ao rei que Hamã o acompanhasse
no segundo banque te que ofereceria, Ester queria assegurar-se do seu favor e,
ao mesmo tempo, garantir a presença de Hamã quando expusesse o plano perverso
dele. Hamã teria então de calar-se Não poderia negar a veracidade da acusação,
nem ousaria contradizer a rainha na presença do rei. E Hamã saiu alegre e
disposto, sem saber o que lhe esperava (Et 5.9a).
2. A ira de Hamã
contra Mordecai (Et 5.9b)
“… Quando viu,
porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante
dele, então, se encheu de furor contra Mordecai”.
Hamã alimentava um
ódio mor tal contra o judeu Mordecai e, consequentemente, todos
os judeus estavam incluídos nesse sentimento fatídico. E quando,
cheio de alegria e orgulho, pensando estar prestes a receber alguma honraria
adicional da parte do rei – pois fora o único convidado para beber vinho com o
rei e a rainha-, depara-se com Mordecai sentado na porta do rei. Este nem ao
menos se levantou quando ele passava e sequer se prostrou diante dele, conforme
exigiam os costumes orientais.
Então, a ira de
Hamã se acendeu sobremaneira. O prazer de Hamã em participar
do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se queixa
diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação de
Mordecai. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a
arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por to das da
presença nefasta do judeu.
3. Hama planeja
vingança (Et 5.14)
“Então, lhe disse
Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinquenta
côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei que nela enforquem Mordecai;
então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi bem-aceita por Hama,
que mandou levantar a forca”
Hamã era vaidoso,
soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar perto de Mordecai e ser alvo
novamente da insubordinação daquele. Hamã, em sua sandice, se gabava à esposa e
aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos que tinha e de seu status no
reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma grande bênção entre os
antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse mais filhos recebia
presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito com tudo o que
possuía, enquanto Mordecai estivesse atravessado no seu caminho: “Porém tudo
isso não me satis faz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à porta do
rei” (Et 5.13).
Foi então que a
mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e horrível ideia de abater Mordecai,
enforcando-o incontinente. No entanto, Deus estava soberanamente operando por
trás até de um ato tão odioso, como o de levantar uma forma.
III- HUMILHAÇÃO DE
HAMÃ (Et 6.1-14)
1. Ajuda de
Mordecai lembrada (Et 6.2)
“Achou-se escrito
que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, as dois eunucos do rei,
guardas da porta que tinham procura- do matar a rei Assuero.”
E depois do
primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos, o rei não consegue
dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve a
respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido evitada mediante um
gesto oportuno de Mordecai (Et 219-23), 0 rei surpreende-se ao descobrir que o
benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então que este deveria ser
premiado sem demora. Já estava quase amanhecendo. O rei pergunta quem está no
pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando para ver o rei e
conseguir autorização para enforcar Mordecai.
2. Mordecai
honrado (Et 6.11)
“Hamã tomou as
vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a cavalo pela praça da cidade,
e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.”
O rei então
pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? (Et 6.6).
Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão arrogante, Hamã pensou que o rei
estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as honrarias que adoraria receber:
um desfile real pela praça da cidade, para que to dos vissem e ouvissem como o
rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas
planejava dar esse galardão ao homem que Hamã julgava ser seu inimigo, embora o
rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior de tudo foi Hama ter sido
encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente as honrarias ao homem para
o qual fora requerer uma sentença de morte, para quem se atrevera a preparar a
forca Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se agradava dele. Era uma
estonteante humilhação.
Ali estava o odiado
Mordecai que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real. com as
vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo a pé pela praça da cidade,
apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.
3. Mulher de Hamã
prevê fracasso (Et 6.13)
“Cantou Hamã a
Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido.
Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mordecai perante o
qual já começaste o cair é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra
ele; antes, certamente, cairás diante dele.”
Foi terrível contar
todo o ocorrido, a humilhação era demasiada para suportar. Então, a esposa e os
amigos de Hamã disseram-lhe que ele não prevaleceria, devido à ascendência
judaica de Mordecai (Et 6.13). Hamã ainda está se recuperando da humilhação quando
chegam os mensageiros do rei chamando-o para o segundo banquete com Assuero e
Ester (Et 6.14).
APLICAÇÃO PESSOAL
A providência divina é manifesta em
Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais
onde ficou constatada a participação do judeu Mordecai na salvação da
vida do rei, sem que recompense alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.
RESPONDA
1) Quem a rainha
Ester convidou para se assentar no banquete com o rei Assuero? Hamã
2) Que tipo de
vingança a mulher de Hamã tramo contra Mordecai? Enforcamento
3) Qual foi a
decisão do rei Assuero em favor de Mordecai? Honra-lo
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LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2016
Título: O Deus
de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
- Comentarista: Elienai Cabral
Lição 11: O
socorro de Deus para livrar o seu povo - Data: 11 de Dezembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Os justos
clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias” (Sl
34.17).
VERDADE PRÁTICA
Deus é fiel
no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Ester 5.1-6.
1 — Sucedeu,
pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no
pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava
assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2 — E sucedeu
que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos
seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua
mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 — Então, o
rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até
metade do reino se te dará.
4 — E disse
Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho
preparado para o rei.
5 — Então,
disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois,
o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,
6 — disse o
rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é
o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.
OBJETIVO GERAL
Ressalvar que Deus
é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apontar a
providência de Deus na história;
II.
Mostrar como Ester foi colocada no palácio real;
III.
Explicar a crise sofrida pelo povo de Deus no livro de Ester.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Mediante o estudo
da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto Deus é fiel em todas as suas
promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da morte. O Senhor colocou Ester
no palácio, tornando-a rainha para que intercedesse por seu povo. Com isso,
aprendemos que nada em nossas vidas acontece por acaso. Todas as coisas
cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).
O povo judeu corria
o risco de ser exterminado; se assim fosse, a promessa que Deus fez a Abraão
não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel. Se Deus tem promessas em sua
vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os “Hamãs” da vida venham impedir
sua trajetória e amedrontá-lo.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
O nome de Deus não
aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as
circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de
Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição
de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem.
PONTO CENTRAL - Deus livra o seu povo das
crises.
I. A PROVIDÊNCIA DE
DEUS
1. A providência
divina na história de Ester. A palavra providência vem do
latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou
“antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que
significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos
que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava ciente de todos os
incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem
judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo fosse salvo da
destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus são mais altos do
que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as coisas. Nada em
nossa vida acontece por acaso.
2. A festa do
rei. Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza
a todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou
muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e
sete províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já
dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os
convidados.
3. A destituição da
rainha. Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não
podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente
para uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição,
mas pagou caro por isso.
SÍNTESE DO TÓPICO
(I)
Podemos ver a
providência de Deus na história da rainha Ester.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Rebeldia de Vasti
(Et 1.10-22)
A recusa de Vasti
em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres
de todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as
mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio
profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa.
Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio
pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de
Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida” (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.324).
CONHEÇA MAIS
Hamã
“Hamã é chamado de
agagita. A tradição judaica identifica-o como um descendente do rei amalequita
cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx 17.8-14; 1Sm 15.7-33). Mordecai era
da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim comentaristas rabínicos veem esse conflito como
a luta histórica do povo judeu com os inimigos gentios, cujo ódio irracional
persiste por milhares de anos”.
Para conhecer mais
leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.325.
II. ESTER NO
PALÁCIO DE ASSUERO
1. A busca de uma
jovem para o lugar de Vasti. Passado algum tempo da destituição de Vasti,
alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas
para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias
trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do
eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao
palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do
eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O
Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela
fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não
imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga
compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!
2. Mardoqueu e
Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo.
Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que
serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de
profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu
povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um
homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et
4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e
espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos
judeus.
3. Ester é
escolhida para o lugar de Vasti. Chegou a vez de Ester apresentar-se
diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido
apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o
Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester
para que ela não contasse a ninguém que era judia.
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
Deus colocou a
rainha Ester no palácio do rei Assuero com um propósito específico.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
A rainha
“O rei persa
nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios
para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1). Ester tinha agora
condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos
mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para
proteger o seu povo (Et 4.4).
Embora Ester
tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se
orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que
acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu tio, de condição
humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava
um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como
sempre fizera antes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.758).
III. A CRISE CHEGA
PARA O POVO DE DEUS
1. A trama de
Hamã. Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o
segundo homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando
Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir
todos os judeus. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte
dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que
todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise
havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se
de saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6).
2. Ester toma
conhecimento da trama contra seu povo. Mardoqueu informou Ester acerca do
decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só
lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então,
Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para
aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus
levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a
Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de
crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do
Pai até que Ele envie o seu socorro.
3. A estratégia
sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester
colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la,
o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza
da rainha, perguntou-lhe: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua
petição? Até a metade do reino se te dará” (Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã
para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para
matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso
enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na
forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao
livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a
sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em
favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e
carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
A crise chegou até
os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas o Senhor é
fiel e livrou o seu povo da morte.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Hamã foi
enforcado como resultado da justa intervenção de Deus, porém o decreto do rei,
no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei
poderia anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito
um segundo decreto concedendo aos judeus o direito de resistência armada e de
defesa, no dia decretado para sua destruição. Em geral, Deus não operou o
livramento do seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre
com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel
resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes fiéis.
Deus não somente
capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras
temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se
mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, pp.763,764).
CONCLUSÃO
Aprendemos, por
intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos
dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um
propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo:
abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão.
Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida.
PARA REFLETIR
A respeito do
socorro de Deus para livrar seu povo, responda:
Segundo a lição,
qual o significado da palavra providência?
A palavra
providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa
“antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva
de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da
providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente.
Por que Vasti se
recusou comparecer ao banquete do rei?
Vasti recusou ser
exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma
rainha.
Quem havia criado
Ester e a levado até a fortaleza de Susã?
Seu primo
Mardoqueu.
Qual a posição que
Hamã possuía no reino de Assuero?
Hamã era uma
espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante
do reino.
Qual a atitude de
Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?
Ela jejuou e orou
ao Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O Socorro de Deus
para livrar o seu povo
A história da
rainha Ester é uma das mais belas histórias do livramento de Deus para com a
nação de Israel. Uma exilada judia que viveu no período do reinado de Assuero,
o Xerxes, 486-465 a.C., na Pérsia. Seu nome, Ester, era gentílico, derivado do
persa stara, que significa “estrela”, e tinha a ver com o paganismo
babilônico (pois o nome Ishtar também deriva Ester, de uma deusa
babilônica). Entretanto, o nome de origem da jovem judia era o
hebraico Hadassa, que significa “murta”. Órfã desde muito cedo, Hadassa
foi criada por seu primo Mardoqueu (ela era filha do tio de Mardoqueu cf. Et
2.7). A jovem era bela de aparência e formosa à vista. Por isso foi contada
entre as virgens do rei e levada a reinar no lugar de Vasti, a antiga rainha
que perdera o trono.
Assim, Hadassa foi
escolhida por Assuero como a nova rainha do palácio de Susã. Era agora a rainha
Ester.
Embora num primeiro
momento a rainha temesse e se mostrasse apática, sendo preciso Mardoqueu lhe
chamar a atenção para a gravidade dos acontecimentos: “Não imagines, em teu
ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte
virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para
tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.13-14); posteriormente, a
rainha se mostrou absolutamente decidida e focada em proteger e a interceder
pelo seu povo (4.15-17). A jovem rainha, ao longo do reinado, mostrara-se uma
mulher sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou no centro de uma
conspiração covarde para aniquilar o seu próprio povo.
A rainha Ester
arriscou a própria vida entrando na presença do rei, revelando que era judia e
suplicando que o rei Assuero fizesse um novo decreto, cancelado o de Hamã e
dando o direito aos judeus de se defenderem no reino da Pérsia. Assim, Deus
livrou o seu povo de ser aniquilado numa época distante.
Tudo isso foi
pensado e colocado estrategicamente em pauta por intermédio de jejum, oração e
ação diante de Deus. No momento mais angustioso da história do povo judeu, a
nação se voltou ao Pai por meio de jejuns e muitas súplicas. Deus deu o
livramento ao seu povo!
Portanto, nos
momentos de crises e de muitas tribulações devemos nos inclinar aos pés do
Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do Espírito Santo. Deus nos
dará o escape!
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lições Bíblicas
CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2007
Título: A
busca do caráter cristão - Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição
4: Ester, uma rainha altruísta - Data: 29 de Julho de 2007
TEXTO ÁUREO
“Mulher virtuosa,
quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins” (Pv 31.10).
VERDADE PRÁTICA
Os que confiam no
Senhor são vitoriosos, mesmo diante de circunstâncias desfavoráveis.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Ester 3.12,13; 4.13-17.
Ester 3
12 - Então,
chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo, e conforme
tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores
que havia sobre cada província, e aos principais de cada povo; a cada província
segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei
Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.
13 - E as
cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as províncias do rei, que
destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até
ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é
mês de adar), e que saqueassem o seu despojo.
Ester 4
13 - Então,
disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que
escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
14 - Porque,
se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para
os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo
como este chegaste a este reino?
15 - Então,
disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 - Vai, e
ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais
nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças
também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a
lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então,
Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
INTERAÇÃO
Prezado professor,
nesta aula a palavra-chave é “altruísmo”. Você sabe o que significa esse
vocábulo? Esse termo foi criado pelo filósofo Augusto Comte para descrever a
propensão humana em atender o próximo em suas necessidades. Essa virtude é
oposta ao egoísmo, mas sinônima da filantropia. Ao ministrar a lição, destaque
o caráter altruísta de nossa personagem principal, Ester.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Descrever o
contexto histórico do tempo de Ester.
Explicar o sentido
moral de altruísmo.
Apreciar o
altruísmo como virtude necessária ao cristão.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, esta
lição apresenta quatro personagens principais: Ester, Mordecai, Xerxes e Hamã.
Você sabe a importância de cada uma dessas pessoas na história narrada pelo
livro de Ester? O tópico “A Pérsia no tempo de Ester” descreve algumas
particularidades sobre esses indivíduos. Ao terminar a ministração do tópico I,
apresente aos alunos a síntese abaixo.
Palavra Chave
Altruísmo: Virtude
mediante a qual a pessoa nega a si mesma e dedica-se ao próximo, mesmo que isto
lhe cause infortúnio.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
O texto
bíblico em apreço conta-nos a miraculosa história de Ester, uma jovem simples,
que em razão de sua conduta corajosa, equilibrada e altruísta, salvou seu povo
de um terrível massacre. Desta narrativa, extrairemos preciosas lições acerca
do caráter de Ester e da providência e fidelidade de Deus ao seu povo.
I. A PÉRSIA NO
TEMPO DE ESTER
1. Contexto
histórico (597-465 a.C). Por volta de 597 a.C. Judá fora invadido por
Nabucodonosor, rei de Babilônia. Onze anos depois, por ordem deste poderoso
monarca, os babilônios destruíram Jerusalém e levaram os judeus para o
cativeiro (2 Cr 36.17-21). Porém, a despeito de sua grandeza, o Império
Babilônico não resistiu às pressões militares do colossal exército Medo-persa,
sendo derrotado em 539 a.C. A partir daí, os judeus tornaram-se vassalos dos
persas.
Em 485 a.C, Dario
Histapes, rei da Pérsia, o que reinara na época da conclusão do templo de
Jerusalém (ver 2 Cr 36.22,23; Ed 5-6), morreu, sendo sucedido por seu filho
Assuero (Xerxes I). A miraculosa história da rainha Ester inicia-se no terceiro
ano do reinado deste extraordinário monarca.
2. Assuero, rei
persa. Assuero foi o homem mais poderoso de seu tempo. Governou o vasto
Império Pérsico, desde a Índia até a Etiópia, que compreende cento e vinte e
sete províncias (Et 1.1). Do texto bíblico inferimos que Assuero era
egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua grandeza (Et 1.3-4). Não
admitia que suas ordens fossem questionadas (Et 1.12). Certa vez, embriagado e
enfurecido, agiu com tirania contra Vasti, sua esposa (Et 1.7-12). Passado
aquele momento de insensatez, percebeu que não deveria ter procedido daquele
modo (Et 2.1). Decisões tomadas no calor das emoções trazem consequências
desastrosas. A história de Jefté é um grande exemplo (Jz 11.30-40).
3. O ímpio
Hamã. Assuero havia engrandecido a Hamã sobremaneira, elevando-o à segunda
pessoa mais influente do reino (Et 3.1). Hamã era ganancioso, ardiloso,
traiçoeiro; um mau exemplo para a própria família (Et 5.11-14). Odiava
Mardoqueu e desejava sua morte (Et 5.9). Não queria apenas matá-lo, mas
exterminar todo o seu povo (Et 3.5,6). Quando o coração humano não tem Cristo é
um solo fértil para o surgimento, abrigo e crescimento do ódio. O cristão deve
estar atento aos primeiros sinais dessa praga que mina as forças espirituais
(Ef 4.26). O autêntico Cristianismo está baseado no amor (Jo 13.34,35).
Qualquer atitude que fira este princípio deve ser rejeitada (1 Jo 4.8).
4. Mardoqueu, um
homem humilde e temente a Deus. Primo da rainha Ester e fiel servidor do
palácio (Et 2.5-7,21), Mardoqueu era um exemplo de autêntica humildade,
confiança e obediência a Deus (Et 5.13,14). A despeito de ter sido promovido é
exaltado pelo próprio rei, nenhum direito reivindicou; sequer exigira as
glórias que lhe eram devidas, mas retornou ao trabalho cotidiano (Et 6.11,12),
deixando tudo nas mãos do Senhor. Mais tarde, esse extraordinário homem foi
honrado e reconhecido como protetor do povo judeu (Et 10).
Enaltecida pela
Palavra de Deus (Mt 5.3; Sl 138.6), a humildade é uma virtude imprescindível a
todo crente.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
Algum tempo depois
da queda do império babilônico pelo exército Medo-persa, o grande rei Assuero
estendeu muitíssimo o seu reino. Esse monarca, por ser egocêntrico, destituiu
sua rainha do trono. É nesse cenário que surge a história de Ester - uma rainha
altruísta.
II. ASPECTOS DO
CARÁTER DE ESTER
1.
Obediência. A Bíblia engrandece a obediência dos filhos aos pais (Ef
6.1-3; Mt 15.4). Sendo órfã (Et 2.15), Ester em tudo obedecia a Mardoqueu, seu
pai adotivo. Certa ocasião, quando este lhe ordenou que não declarasse a que
povo pertencia, a jovem não titubeou, obedeceu-o prontamente (Et 2.10,20).
Mesmo casada, Ester permaneceu fiel às promessas que fizera a Mardoqueu,
honrando-o em tudo (Êx 20.12). Mais tarde, ao receber o pedido de Mardoqueu
para livrar seu povo do extermínio, Ester mais uma vez atendeu-o, mesmo
consciente dos sérios riscos que correria (Et 4.8,16).
A independência e
as novas funções exercidas pelos filhos na sociedade moderna não os impedem de
respeitar seus pais, nem tiram destes a responsabilidade de admoestá-los (Et
2.11). Deus abençoa os filhos que seguem rigorosamente os sábios conselhos dos
pais (Gn 7.7,13; 8.18).
2.
Humildade. Ester estivera algum tempo sob os cuidados de Hegai, guarda das
mulheres (Et 2.8). Segundo a narrativa bíblica, ela poderia pedir-lhe o que
quisesse, entretanto, contentava-se com o que lhe oferecia (Et 2.15). Quantos,
no lugar de Ester, não se esqueceriam do Senhor, usufruindo das iguarias e dos
recursos que estivessem à sua disposição.
O conselho de Pedro
em sua primeira carta, capítulo três, versículos de três a cinco, aplica-se
perfeitamente à vida de Ester (Et 2.17).
3.
Disposição. É maravilhoso quando nos colocamos inteiramente nas mãos de
Deus para realizarmos sua obra. Mas, infelizmente, nem todos estão dispostos a
pagar o preço (Mt 19.16-22). Ester colocou sua vida em risco a fim de livrar
seu povo do iminente extermínio (Et 4.16). Há muitos que não dedicam sequer
parte do seu tempo ao serviço do Reino de Deus. Todavia, Deus continua
convocando servos fiéis, dispostos a serem poderosamente usados em suas mãos.
4. Sensatez e
Paciência. Ester era cautelosa (Et 2.10,20; cf. Am 5.13) e paciente (Et
5.2,3,4-8; 7.1-6). Esperava o tempo de Deus com toda resignação (Et 7.5-10). A
sensatez e a paciência têm salvado muitas vidas ao longo da história. São
virtudes indispensáveis a todos os filhos de Deus (Sl 40.1; Rm 5.3,4; Pv
14.33). Foi exatamente em razão dessas qualidades que Ester fez sucumbir os
malévolos projetos de Hamã (Et 7-8). Cumpriu-se em Ester o sábio provérbio:
"O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas, sobre o que procede
indignamente, cairá o seu furor" (Pv 14.35).
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Os principais
aspectos do caráter de Ester eram: obediência, humildade, disposição, sensatez
e paciência.
III. COMO LIDAR COM
SITUAÇÕES ADVERSAS
1. Orando (Cl 4.2;
1 Ts 5.17). Assim como a oração muda a história de um povo (Jn 3.10; Et
9), pode alterar o destino de uma pessoa (Is 38.5). A oração faz parte do nosso
relacionamento com Deus. Através dela Ele se faz conhecido e nos revela seus eternos
propósitos (Os 6.3; Jr 33.3). O verdadeiro cristão deve crer no poder de Deus
para que, por meio de sua intercessão, as coisas aconteçam (Mt 21.22). “A
oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16-18).
2. Confiando em
Deus. Jesus nos advertiu da urgente necessidade de vivermos em constante
oração e comunhão com Deus (1 Co 1.9; 2 Co 13.13; Fp 2.1). A tendência do ser
humano é desesperar-se diante das circunstâncias adversas. Isso pode acontecer
com qualquer um de nós. Mas a vitória só será concedida àqueles que confiarem
integralmente no Senhor (Sl 118.8,9).
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
O cristão pode
vencer as adversidades da vida cotidiana por meio da oração e da fé em Deus.
CONCLUSÃO
Devemos em nossa
vida cotidiana orar e confiar totalmente no Senhor. Somente assim
desenvolveremos em nosso caráter a sensatez, a paciência e a fé necessárias a
uma vida vitoriosa na presença de Deus e dos homens. E, como Ester,
triunfaremos a despeito das adversidades. Confiemos sempre no Senhor!
VOCABULÁRIO
Alardear: Ostentar;
vangloriar-se; gabar.
Egocêntrico: Aquele que refere tudo ao próprio eu.
Insolúvel: Que não se pode resolver.
Sensato: Que tem bom senso; prudente.
Tirania: Governo opressor e cruel; opressão.
Vassalo: Subordinado, submisso.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
COUTO, G. A
transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Quando tem
início a história de Ester?
R. No terceiro
ano do reinado de Assuero (485-465 a.C).
2. Descreva
alguns aspectos do caráter de Assuero.
R. Egocêntrico
e costumava alardear o esplendor de sua grandeza (Et 1.3-4).
3. Quem era
Mardoqueu?
R. Primo da
rainha Ester e fiel servidor do palácio, era um exemplo de autêntica humildade,
confiança e obediência a Deus.
4. Descreva as
características do caráter de Ester.
R. Obediência;
humildade; disposição; sensatez e paciência.
5. Como
resolver problemas aparentemente insolúveis?
R. Por meio da
oração e da confiança em Deus.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio
Apologético
“Mensagem
espiritual do livro de Ester
O livro de Ester
ensina muitas verdades espirituais para os cristãos atuais. Vejamos:
1. Os judeus,
apesar de desobedientes ao Senhor e desviarem-se dEle no exílio, estão nos
pensamentos de Deus e são objetos da sua misericórdia e preocupação. Assim, o
Senhor ama o pecador e fez com que o Seu Filho amado morresse por ele.
2. A
providência de Deus está sempre sobre o seu povo, para salvá-lo das tramas
malignas de seus inimigos.
3. Deus às
vezes se oculta ao cumprir os seus propósitos no mundo. Em Isaías 45.15 lemos:
‘Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador’.
4. O poder da
oração é ensinado claramente. É evidente que o jejum solicitado em 4.16 é um
motivo para esta prática na atualidade. A resposta à oração deve ser vista no
sucesso da rainha em convencer o rei a ajudar os judeus no seu sofrimento.
5. A
responsabilidade que temos em cumprir a missão delegada por Deus é ensinada em
4.14: ‘E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?’ Também
indica o risco que temos de correr ao cumprirmos nossa missão: ‘e, perecendo,
pereço’ (v.6)”.
(MULDER, C. (et
al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005, Vol.2, p.545.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Deus está presente
mesmo quando não o vemos. Ele age mesmo quando não vislumbramos os seus atos. Alguns
imaginam que o Senhor não se importa com os perigos que eles costumam
atravessar. Mas, como de fato passaram pelo vale da sombra da morte? Como
saíram incólume do deserto? Como suas vestes não se desgastaram e o calor não
desidratou o espírito abatido? Por quanto tempo, filho de Deus, estarás errante
a murmurar que estás sozinho na batalha? Olhe para trás e veja que as pegadas
que contemplas não são tuas, mas do Senhor! Que a brisa que soprava acalentando
as tuas feridas era o alento divino enquanto Ele te carregava em teus braços. O
crepúsculo e a aurora que lhe enchiam de esperança a cada manhã e tarde não era
nada menos do que os olhos de El Roi, o Senhor que tudo vê. Como achaste mel em
solo rochoso? E água em pleno deserto? Você não está sozinho!
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ESTER 2:1-18 - Como
Ester pôde participar de um concurso de beleza entre os pagãos?
PROBLEMA: É
evidente que Ester foi escolhida por Deus como seu instrumento para libertar
Israel do mal no tempo determinado (Et 4:14). Entretanto, sendo uma judia
devota, como pôde ela participar de um espetáculo público pagão e depois entrar
no harém do rei Assuero?
SOLUÇÃO: Primeiro,
não está claro se Ester tinha liberdade de se recusar a participar, pois ela
foi colocada como parte do conjunto das moças "de boa aparência e
formosura" apresentado ao rei. De acordo com Ester 2:8, "levaram
também Ester à casa do rei". Isso nos dá a entender que ela não tinha
alternativa alguma em relação a essa questão, mas foi escolhida para servir o
rei.
Segundo, nada se
diz no texto quanto aos participantes daquele espetáculo público terem tido de
praticar qualquer coisa explicitamente imoral para estarem no concurso. Pelo
que sabemos do caráter de Ester, podemos estar certos de que ela teria se
recusado a qualquer coisa contrária à lei de Deus.
Finalmente, uma vez
que Ester foi a escolhida pelo rei, ela foi compelida a participar da corte
dele. Foi a providência de Deus que levou Ester àquele lugar precisamente no
momento certo. Na hora certa ela se dispôs a arriscar sua vida pelo povo do seu
Deus.
ESTER 4:16 - Ester
não teria desobedecido ao governo humano, o que é contrário à vontade de Deus?
PROBLEMA: Romanos
13:1 nos informa de que "não há autoridade que não proceda de Deus; e as
autoridades que existem foram por ele instituídas". E Pedro acrescenta:
"Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor" (1 Pe
2:13; cf. Tt 3:1). Mas Ester 4:16 diz que o que ela fez era "contra a
lei" (4:16). Dessa forma, Ester não teria violado leis da Pérsia ordenadas
por Deus, ao apresentar-se diante do rei?
SOLUÇÃO: Às vezes é
necessário desobedecer ao governo humano, isto é, quando ele nos compele a
pecar. Por exemplo, se o governo diz que não podemos orar a Deus (Dn 6), ou que
devemos adorar um ídolo (Dn 3), ou que temos de matar bebês inocentes (veja os comentários
de Êx 1:15-21), então temos de desobedecer.
No caso de Ester,
entretanto, não havia lei alguma que a compelisse a pecar. Mas nem assim ela
desobedeceu à lei do país, já que esta permitia que uma pessoa, não tendo sido
chamada, se apresentasse perante o rei por seu próprio risco (Et 4:11). Sabendo
o que a lei dispunha, e aceitando o risco de sua vida, Ester foi até o rei
para salvar a vida do seu povo. Neste caso não houve necessidade de desobedecer
à lei, nem houve nada que a tivesse constrangido a matar alguém ou cometer
qualquer outro tipo de pecado.
Manual de Dúvidas,
Enigmas e Contradições da Bíblia. Norman Geisler, Thomas Howe
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA
2TR2023 NA ÍNTEGRA
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição 9,
Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO
PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder
não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada
2- UM AGAGITA NA
CASA DO REI
2-1- Um genocídio
decretado
2-1-1- Assuero
deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA
JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE
PERSA
3-1- O grande líder
discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester
deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder
discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus
trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação
de Hamã
3-3- O grande líder
discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o
rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o
rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então,
respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se
bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como
meu requerimento.
4 - Porque estamos
vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se
ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor
não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o
rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração
o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester:
O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou
perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo
te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus,
mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este
chegaste a este reino? Ester 4.14
SUBSÍDIOS PARA O
ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Ester
2.10 A sabedoria do silêncio
3ª feira – Salmo
75.7 Deus, a um exalta e a outro abate
4ª feira – Salmo
37.7 Deus trata com os inimigos do Seu povo
5ª feira – Hebreus
6.10 Deus não se esquece
6ª feira – Salmo
23.5 O Senhor honra os que sãos Seus
Sábado – Mateus 5.6
A fartura de justiça
OBJETIVOS
Ao término do
estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:
- a rainha Ester
estava no lugar certo, na hora certa;
- a liberdade para
pedir aquilo que se deseja deve ser guardada para a hora certa;
- a liderança sábia
de Ester garantiu a salvação de uma nação inteira.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor,
encontraremos diferentes modelos de liderança no texto bíblico; por essa razão,
não se deve comparar, por exemplo, a liderança de Moisés à de Gideão, ou a de
Neemias à de Ester. Algumas são permanentes; outras, ocasionais, pontuais.
Entretanto, cada uma delas revela sua eficácia em atender a um propósito divino
e, de cada uma, podem-se extrair grandes lições. Nesta lição, procure focar as
características singulares da liderança de Ester, que podem ser aplicadas à
vida de todos, indistintamente: o grande líder não procura tirar proveito
pessoal de sua posição destacada; discerne o tempo da ação;
discerne o tempo da
estratégia; e discerne o tempo dos embates decisivos. Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Depois de setenta
anos de cativeiro babilônico, os Medos e os Persas venceram a Babilônia e
Ascenderam ao poder. Entre os anos 483—473 a.C., Assuero foi alçado ao posto de
imperador da Pérsia, exercendo o comando sobre 127 províncias.
Certa vez, o rei
Assuero ofereceu uma festa, com duração de 180 dias, aos representantes das
suas províncias: príncipes e governadores. Ao mesmo tempo, Vasti, sua mulher,
oferecia um banquete para as mulheres da casa real (Et 1.9). No sétimo dia de
festejo, o rei mandou chamar Vasti, com a coroa real, para mostrar sua beleza
aos seus convidados; ela, porém, recusou o chamado de Assuero. A atitude de
Vasti deixou o monarca furioso (Et 1.10-12). Assuero tinha um grupo de sete
conselheiros, chamados
“príncipes”, os
quais viam o seu rosto constantemente e se assentavam com ele (Et 1.14). Um
deles, Memucã, considerando grave o ato de Vasti, aconselhou Assuero a escrever
uma carta, na qual constasse que a rainha nunca mais poderia comparecer à
presença do rei; que o seu reinado
deveria ser dado a
outra mulher (Et 1.19-22).
Seguindo o conselho
dos que o serviam, Assuero mandou procurar, entre todas as suas províncias,
moças virgens, de grande beleza, para ser rainha da Pérsia, no lugar de Vasti.
Dentre elas, achou Ester, uma linda jovem judia.
1- UMA JUDIA NO
PALÁCIO IMPERIAL
Os judeus eram
considerados um povo inferior pelos persas; afinal, haviam sido escravizados
pelo Império Babilônico. Ademais, havia gente no palácio que os via com maus
olhos, como era o caso de Hamã, filho de Hamedata, o imediato do rei Assuero
(Et 3.1). O rei não sabia que Ester era judia, órfã de pai e mãe, criada por
seu primo Mardoqueu, que a tratava como se fosse sua filha (Et 2.10).
1-1- O grande líder
não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada
Ávido por obter
informações sobre Ester, Mardoqueu
passeava todos os
dias pelo pátio da casa das mulheres — também chamado de harém, parte do
palácio destinado às servas do rei (Et 2.11). As mulheres cumpriam uma agenda
com o monarca: cada vez que uma delas era convocada para comparecer perante o
rei, ela tinha o direito de fazer-lhe algum pedido. Quando chegou a vez de
Ester, ela nada pediu ao soberano, que se agradou mais dela do que das demais
(Et 2.17). Assentado à porta do palácio, onde ficava normalmente, Mardoqueu
ouviu a conversa de dois eunucos, Bigtã e Teres, os quais tramavam a morte do
rei. Mardoqueu enviou um recado a Ester, que levou o fato ao conhecimento de
Assuero, em nome de Mardoqueu; assim, ambos os traidores foram enforcados (Et
2.21-23).
2- UM AGAGITA NA
CASA DO REI
O rei promoveu
Hamã, um agagita — descendente de
Agague; portanto,
de ascendência amalequita, povo inimigo dos israelitas —, a principal homem do
seu trono (Et 3.1). Hamã aprendera com seu pai, Hamedata, a odiar os judeus.
Hierarquicamente, ele estava abaixo apenas de Assuero. Por ordem do rei, quando
Hamã passasse pelas pessoas, todas deveriam inclinar-se perante ele (Et 3.2).
2-1- Um genocídio
decretado
Mardoqueu nunca se
inclinava perante Hamã. Por ser judeu, ele afirmou que jamais faria tal coisa
(Et 3.2-4). Assim, para vingar-se de Mardoqueu, Hamã decidiu exterminar todos
os judeus que estavam espalhados pelas províncias do rei Assuero (Et 3.5,6). Valendo-se
do seu franco acesso ao monarca, Hamã disse a Assuero que havia um povo
rebelde, com costumes e leis diferentes, que não cumpria as ordens reais e que,
portanto, deveria ser exterminado. Se o rei consentisse naquele grande
genocídio, ele mesmo daria dez mil talentos de prata para os cofres do rei (Et
3.8,9). O plano era matar os judeus e confiscar todos os seus bens.
SUBSÍDIO 2-1
Embora a palavra
“Deus” não apareça uma vez sequer no livro de Ester, esse escrito não esconde
que todo ato de humilhação, jejum e oração eram oferecidos ao
Senhor. Em meio à
grande preocupação que atingia a
todos, sua única
esperança estava em Deus.
2-1-1- Assuero
deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
O rei apreciou a
ideia; assim, em acordo com Hamã, a data para a morte coletiva dos judeus que
habitavam
todo o Império
Medo-persa foi marcada. Em seguida, expediu-se um documento a todos os
príncipes e
governadores,
anunciando o dia da execução coletiva (Et 3.10-15). Ao saber da notícia, todos
os judeus
entraram em estado
de luto. Mardoqueu saiu pelo meio da cidade de Susã, vestido com saco de cinza,
com grande e amargo
clamor (Et 4.1-3).
3- DEUS USA UMA
JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE
PERSA
Ester mantinha-se
alheia aos acontecimentos externos
ao palácio; até que
as moças e os eunucos que cuidavam dela informaram-na sobre o que estava
ocorrendo, dando-lhe ciência de que Mardoqueu estava à porta, vestido de
cilício (Et 4.4). Preocupada com Mardoqueu, Ester mandou boas roupas para ele
vestir-se, mas ele recusou-se a recebê-las (Et 4.4); antes, preferiu apenas
manter Ester informada sobre o genocídio que havia sido decretado pelo rei ao
seu povo.
3-1- O grande líder
discerne o tempo da ação
Hataque, eunuco do
rei, foi a Mardoqueu, a pedido da rainha, para obter mais informações sobre o Extermínio
dos judeus. Mardoqueu explicou tudo em detalhes, inclusive que Hamã oferecera
ao rei, Tesouros confiscados dos judeus. Mardoqueu enviou, ainda, uma cópia da
publicação com a decisão real, aproveitando o ensejo para pedir a Ester que
suplicasse ao rei em favor dos judeus (Et 4.5-8). Ester constrangeu-se
muitíssimo com o pedido de Mardoqueu, pois ela corria risco de morte, caso
comparecesse à presença de Assuero sem ser solicitada — a menos que o rei
estendesse a ponta do seu cetro para ela.
3-1-1- Ester
deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
Mardoqueu insistiu
no seu apelo, mandando informar a
Ester que nem mesmo
ela escaparia da morte, uma vez que o decreto real abrangia “todos” os judeus —
certamente o rei a mataria, ao saber que ela era judia (Et 4.14). Ester
atreveu-se a entrar no pátio interior da casa, defronte ao aposento do rei, sob
o risco de ser morta, mas entendia que era sua única oportunidade de agir.
Então, preparou-se para aquele momento; contudo, o rei precisava agradar-se
dela (Et 4.15-17).
Ao vê-la, Assuero
apontou-lhe o cetro que tinha em mãos; e Ester tocou em sua ponta (Et 5.1,2).
Em
seguida, disse a
ela: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se
fará, ainda até
metade do reino (Et
5.6).
3-2- O grande líder
discerne o tempo da estratégia
Sabiamente, Ester
disse que ofereceria um banquete ao rei no dia seguinte; por isso, gostaria de
contar com a presença de Hamã. O rei consentiu e informou Hamã (Et 5.4-8).
Orgulhoso por tamanha honra, Hamã correu para casa a informar sua esposa e
amigos que recebera um convite da rainha para banquetear com o rei, e ele
(Hamã) os levaria consigo (Et 5.9-12). Havia apenas uma coisa com a qual ainda
estava profundamente incomodado: a irreverência de Mardoqueu, que não se
prostrava perante ele (Et 5.9,13). Seguindo a sugestão de sua mulher, Hamã
preparou uma forca para Mardoqueu (Et 5.14).
3-2-1- Deus
trabalha nas circunstâncias
Naquela mesma
noite, o rei Assuero perdeu o sono e lembrou-se da conspiração tramada contra
ele por Bigtã e Teres, os quais havia mandado matar (Et 2.21-23). Assim, pediu
o livro de crônicas para reler aquele episódio e perguntou aos que o serviam:
Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E a resposta foi: Nenhuma (Et
6.1-3). Assuero reconheceu que tinha uma dívida moral com Mardoqueu; afinal,
ele poderia ter sido morto pelos conspiradores, se não fosse pela fidelidade de
Mardoqueu.
3-2-2- A humilhação
de Hamã
Hamã entrou à
presença de Assuero para comunicar que havia preparado uma forca para
Mardoqueu, mas, antes que dissesse qualquer coisa, o rei lhe perguntou: Que se
fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.4-6a)? Pensando que o rei
falava dele, Hamã sugeriu que tal homem trajasse vestes reais e montasse no
cavalo do rei, com a coroa real sobre a sua cabeça, e que um dos príncipes de
quem o rei mais se agradasse, puxasse o cavalo pela mão gritando: Assim se fará
ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.6b-9)! Para surpresa de Hamã, o
rei disse que Mardoqueu era o tal homem, e ordenou a Hamã que se apressasse em
cumprir tudo, exatamente, quanto sugerira (Et 6.10).
3-3- O grande
líder discerne o tempo dos embates
decisivos
Angustiado com a
ordem do rei, Hamã chegou à casa correndo, com a cabeça coberta, informando à
sua mulher e a todos os seus amigos o que ocorrera. Então, os seus sábios e
Zeres disseram a Hamã: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da
semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás
perante ele (Et 6.12,13).
Sem saber, Zeres
estava profetizando para Hamã, seu marido. Na hora do banquete, o rei
lembrou-se da promessa feita a Ester e disse-lhe: Qual é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará
(Et 7.2). Até então, Ester não havia pedido nada para si mesma. Ela havia
guardado esse crédito, e soube usá-lo na hora certa. Diante da pergunta, a
rainha revelou ser judia e falou da maldade feita por “alguém” contra o seu
povo e do perigo que o cercava naquela hora. Assuero, então, lhe perguntou:
Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? (Et
4.3-5). Ester, por fim, disse: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã.
Então, diz o texto bíblico: Hamã se perturbou perante o rei e a rainha (Et
7.6). Por ordem do rei, Hamã foi enforcado na corda que preparou para
assassinar Mardoqueu (Et 7.10); Assuero revogou o decreto de matança aos judeus
(Et 8); e Mardoqueu foi promovido a segundo homem depois do rei Assuero (Et
10.3).
CONCLUSÃO
Nada se sabe sobre
a vida pregressa de Ester, a não ser que era judia, de grande beleza e que fora
criada por seu primo Mardoqueu, por ser órfã de pai e mãe.
Deus usou Ester
para liderar uma situação difícil e salvar toda uma nação. Sua sensibilidade
para discernir os tempos mudou a história de um reino.
O texto bíblico
dá-nos ciência de que Assuero expediu um novo decreto, invertendo o anterior,
assegurando aos judeus que se assenhorassem de todos os seus inimigos e
aborrecedores (Et 9.1). Esse decreto estendeu-se da Índia até a Etiópia,
compreendendo as 127 províncias da Pérsia. Os judeus foram livres e, até hoje,
comemoram o Purim, sua festa de libertação, com dois dias de comemoração (Et
9.20-23).
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Como se chama a
festa que os judeus comemoram até hoje pela sua libertação?
R.: Purim.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ESTER
(Seu primo em segundo grau - Mordecai ou Mardoqueu)
O Banquete de Assuero e Vasti Destronada
Ester é Coroada Rainha
Um Novo Decreto Livra os Judeus
Os Judeus Triunfam sobre os Inimigos
A Festa do Purim e a Grandeza de Mordecai
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O Banquete de Assuero e Vasti Destronada
EBD Programa de educação continuada, 3° Trimestre De
2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de
Educação Cristã Continuada. Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Orientação Pedagógica
Em Ester 1 há 22 versos Sugerimos começar a aula lendo, com todos
os presentes, Ester 1.1-5 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo
e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
O livro de Ester é uma história singular e vívida acerca
das lutas de um povo em minoria e sua crença, bem como a ação de DEUS nos
interesses pessoais e nacionais, mesmo que em nenhum momento o Seu nome tenha
sido mencionado nas páginas deste livro. Embora não haja menção explícita da
providência de DEUS, ela está implícita e desempenha um papel proeminente, e
pode mesmo dar a esse livro a sua razão de ser.
Muito embora tenha sido contestada por alguns, a sua inclusão no
cânon bíblico, o livro evidencia claramente o cuidado providencial de DEUS na
vida dos judeus exilados. A cultura Persa era dirigida pelo destino, mas o
poder absoluto de DEUS agiu até na maneira terrivelmente perigosa em que os
planos hoje, es de pelos Pesquisar na captura de tela judeus e lido por ocasião
Purim, na providência de DEUS.
Objetivos
Entender o cuidado de DEUS na história dos judeus, mesmo que
Seu nome não seja citado nas páginas do livro.
Conhecer sobre o título, autor, data e historicidade do
livro.
Perceber a importância da inclusão desse livro no cânon
bíblico, sua autenticidade e valor religioso.
PARA COMEÇAR A AULA
Comece expondo que o livro de Ester tem sido um enigma para muitos
por causa de suas particularidades. Não há menção ao nome de DEUS, nem
referência à adoração ou à fé Nele. Em suma, não há nada “religioso”
nele, pelo menos na superfície. No entanto, o fato de não podermos ver
explicitamente DEUS trabalhando não quer dizer que Ele não esteja atuando.
Enquanto comenta a lição, deixe claro que, em todo o livro de Ester, DEUS está
extremamente ocupado como o Diretor invisível da História, organizando todas as
coisas para o bem do Seu povo (Rm
8.28).
LEITURA ADICIONAL
Os eventos deste livro tiveram lugar, assim nos diz o escritor
(1.1), no reinado do rei Assuero (486-465 a.C.) que é mais conhecido pelo seu
nome grego, Xerxes. Ele foi filho e sucessor de Dario 1 Hystaspes, no começo de
cujo reinado teve lugar a restauração do Templo de Jerusalém (Ag 21-9:Zc
7.1:89). Este foi completado em 516 a.C. O decreto de Ciro havia permitido a
volta de cativos da Babilônia para Jerusalém em 539, bem no começo do período
persa. Comparativamente poucos judeus haviam se aproveitado da oportunidade de
retornar, quer nesta, quer em ocasiões posteriores, e sessenta anos mais tarde
grande número de judeus permanecia na metade oriental do império persa, muitos
deles em cidades imperiais da própria Pérsia.
Pouco se sabe a respeito deles, a não ser a evidência propiciada
pelo livro de Ester, e a breve referência ao reinado de Assuero em Esdras
4.6, que propicia evidência independente da oposição aos interesses judaicos.
Porém, a despeito da hostilidade, houve judeus que se elevaram a posições de
influência, como havia acontecido com Daniel durante o século anterior na corte
de Nabucodonosor (Dn 2.48). Havia algo totalmente adequado a respeito da
elevação ao poder de pessoas que honravam o único DEUS verdadeiro, no contexto
de uma cultura estrangeira, embora essas pessoas sofressem como consequência da
sua lealdade a Ele.
No livro de Ester é introduzido um novo elemento ao tema do
sofrimento. Os judeus foram atormentados porque se conservaram para si mesmos,
observando as suas próprias leis e costumes (3.8). A partir disto tornou-se
fácil acusá-los de desprezar as leis do estado persa, fosse ou não verdadeira
essa acusação. Não há razão para se duvidar de que, naquela época como agora,
tal atormentação era um fato experimental (cf. Lv 19.33-34).
Livro: Ester: Introdução e comentário (Baldwin, Joyce G. Série
Cultura Cristã SP Vida Nova, 2011. p. 14,15).
Texto Áureo
“Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da
sua excelente grandeza, por muitos dias; por cento e oitenta dias.” (Et 1.4)
Leitura Bíblica para Estudo
Ester 1.1-22
Verdade Prática
O livro de Ester fala da providência de DEUS em relação ao Seu
povo, mesmo que Seu nome não seja mencionado.
INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE ESTER Et.1.1-27
1– Título, autor e data Et 1.1
2– Ausência do nome DEUS Et 4.14
3– Importância do livro Et 9.26
II- BANQUETE DE ASSUERO Et 1.1-9
1- Exatidão histórica Et 1.1
2– A cidade de Susã Et 1.2
3– O esplendor persa Et 1.4
III- VASTI É DESTRONADA Et 1.10-22
1- O rei é desafiado Et 1.12
2– Crise institucional Et 1.18
3– Vasti é destronada Et 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 1.1
Terça – Ester 1.2
Quarta – Ester 1.3-4
Quinta – Ester 1.10-12
Sexta – Ester 1.13-18
Sábado – Ester 1.19-22
Hinos da Harpa – 124 – 4
INTRODUÇÃO
O estudo do livro de Ester é relevante dentro do contexto bíblico
pelas características especiais que apresenta. Ele recebe o nome de sua heroína
e é um dos dois livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o
outro. É também um dos dois que não contém a menção de DEUS, sendo o outro
Cantares de Salomão. Ester é um claro exemplo, na Escritura, da doutrina da
providência e nos ensina a ver o DEUS invisível revelado no fluir dos
acontecimentos pessoais e mundiais.
I. O LIVRO DE ESTER (Et 1.1; 2.7)
1. Título, autor e data (Et 1.1). “Nos dias de Assuero, o
Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete
províncias.”
Ester significa estrela e era o seu nome persa. Hadassa (murta) era
o seu nome judeu. Ester é a figura central, pois tudo gira ao redor de sua
ascensão ao trono e sua influência como rainha. O livro de Ester é de autoria
desconhecida. Autoridades judaicas, como o historiador Josefo, supõem que o
próprio Mordecai (ou Mardoqueu) tenha sido o seu autor ou, pelo menos, tenha
sido uma das principais fontes informativas.
É difícil também determinar a data em que o livro de Ester foi
escrito. O cenário da história é o século V a.C. no reinado do rei persa
Assuero: que em geral é identificado com Xerxes (486-465 a.C.). Os
acontecimentos do relato sucederam pelo menos 50 anos depois do decreto de Ciro
(583 a.C.; 2Cr 36.22) permitindo aos judeus regressarem à sua terra, e cerca de
25 anos antes de Esdras fazer sua jornada para Jerusalém
2. Ausência do nome DEUS (Et 4.14) “Porque, se de todo te
calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento,
mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta
é que foste elevada a rainha?”
Enquanto o rei da Pérsia é
mencionado 190 vezes nos seus 167 versículos, o nome de DEUS não ocorre uma
única vez do começo ao fim. A única atividade religiosa mencionada no livro é o
jejum. Muitos judeus consideraram essa ausência do nome de DEUS inaceitável,
bem como o casamento de Ester com um gentio. No entanto, em vários aspectos,
essa dúvida acerca do valor religioso do livro de Ester é superficial, pois,
mesmo que DEUS não seja chamado pelo nome, o livro apresenta uma fé profunda na
providência divina. A mão de DEUS na história está lá, mesmo que não se
encontre a citação do Seu nome. Em Ester 4.14, quando Mordecai afirma que se
Ester ficar calada “socorro e livramento surgirão de outra parte para os
judeus”, está evidentemente se referindo a DEUS. Além disso, ele sugere que
Ester se tornou rainha exatamente para uma ocasião como essa – o que claramente
implica o cronograma da providência de DEUS.
3. Importância do livro (Et 9.26) “Por isso, àqueles dias
chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e
do que testemunharam, e do que Ihes havia sucedido.”
A importância do livro de Ester se dá por ter um claro exemplo da
doutrina da providência divina. Também por registrar a origem e observância da
Festa de Purim, além das importantes informações sobre os costumes, geografia e
corte persa. Ester é um dos cinco livros dos Megillôt (rolos), associados às
festas dos hebreus. Na celebração anual do Purim, o livro de Ester é lido
inteiramente em um rolo especial de pergaminho, chamado de Megillôt Ester.
II. BANQUETE DE ASSUERO (Et 1.1-9)
1. Exatidão histórica (Et 1.1) “Nos dias de Assuero, o Assuero
que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete
províncias.”
Assuero, em grego Xerxes, ou Artaxerxes, é o rei persa mencionado
em Esdras 4.6, que reinou de 486 se a 465 a.C. Foi um grande construtor, ele
que completou e melhorou os grandes palácios que seu pai, Dario, havia
iniciado, e consolidou o império da Índia à Etiópia. Ele reinou sobre 127
províncias de mar a mar.
Embora a historicidade do livro de Ester tenha sido contestada,
provas incontestáveis são encontradas, como: descrições de da corte persa e dos
costumes daquele período, conjunto de datas precisas e usos de nomes persas
correntes na época, assim como a caracterização de Xerxes são absolutamente
corretos. A confirmação imparcial da subida de Mordecai ao poder vem de
uma placa cuneiforme encontrada em Borsippa, que identifica Marduque
(Mordecai) como um oficial na corte real de Susā no princípio do reinado de
Xerxes.
O livro é um testemunho histórico confiável que demonstra um
conhecimento preciso e detalhado da vida, da lei e dos costumes persas, As
informações arqueológicas sobre a arquitetura do palácio e sobre o reinado de
Xerxes estão em harmonia com as descrições do livro.
2. A cidade de Susă (Et 1.2) “Naqueles dias, assentando-se o
rei Assuero no trono do seu reino, que está na cidadela de Susă.”
Susã era uma das três capitais mantidas pela Pérsia. As outras
eram Babilônia, na
Mesopotâmia, e Persépolis, na parte sudeste da Pérsia. Susã era considerada
residência real de verão e estava localizada no planalto de Elão, a cerca de
400 quilômetros da Babilônia. Depois da derrota do império babilônico e sua
conquista pelos persas, em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus
passou da Babilônia à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da história de Ester.
3. O esplendor persa (Et 1.4) “Então, mostrou as riquezas da
glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias,
por cento e oitenta dias.”
Mais do que isso, Assuero sabia como dar uma festa, um evento de
seis meses, para seus líderes militares, seus príncipes e nobres, todos os
poderosos do reino. O ambiente era ornado com pilares de mármore e cortinas de
linho branco e violeta, sofás de ouro e prata – até mesmo pavimentos de mosaico
feitos de materiais caros. Até o chão no qual os convidados caminhavam e os
assentos nos quais eles se sentavam eram feitos de materiais que outros
anfitriões teriam mantido trancadas em segurança como tesouros preciosos. Não
havia duas taças de vinho idênticas e o vinho fluía livremente, graças à
generosidade do rei.
III. VASTI É DESTRONADA
1. O rei é desafiado (Et 1.12) “Porém a rainha Vasti recusou
vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei: pelo que o rei muito
se enfureceu e se inflamou de ira.”
O grande rei, que governava sobre todo o mundo conhecido e gozava
de recursos ilimitados, não obstante, era vulnerável. O rei Assuero vinha
bebendo por sete dias seguidos e, como era de se esperar, estava “alto”. Ele
tinha bebido demais para estar completamente sóbrio. Com um toque
característico de exagero, ele enviou nada menos do que sete dos seus eunucos
reais para intimar sua rainha, Vasti. Ela deveria comparecer usando sua coroa
real para que os nobres e demais pessoas pudessem admirar sua beleza (Et 1.10-11).
A ordem para que sua esposa aparecesse vestida com suas finas
roupas reais para o deleite de uma multidão de homens alterados pelo vinho
parecia ofensiva. “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos,
segundo a palavra do rei; pelo que o rei muito se enfureceu e se infamou de
ira” (Et 1.12). A lei dos persas e dos medos, que não podia ser revogada,
podia, porém, ser recusada. A recusa de Vasti era um desprezo flagrante ao rei,
que ficou furioso.
2. Crise institucional (Et 1.18) “Hoje mesmo, as princesas da
Pérsia e da Média, ao ouvirem o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os
príncipes do rei; e haverá daí muito desprezo e indignação.’
O desafio de Vasti a Assuero foi assim uma ameaça à ordem social
estabelecida. Desencadeou uma crise institucional, e Assuero recorreu aos
conselheiros credenciados do reino. O parecer oficial era que a crise conjugal
provocada por Vasti prejudicaria a todos, e que sua atitude contaminaria todas
as mulheres da Pérsia e da Média, ao ponto de elas virem a se revoltar contra
seus cônjuges. A solução proposta foi um edito emergencial irrevogável para
garantir que Vasti não fizesse aquilo que ela já havia decidido não fazer, ou
seja, entrar na presença do rei. A sugestão “dê o reino a outra que seja melhor
do que ela” abre caminho para Ester ocupar o lugar de Vasti no trono.
3. Vasti é destronada (Et 1.19) “Se bem parecer ao rei,
promulgue de sua parte um edito real, e que se inscreva nas leis dos persas e
dos medos e não se revogue, que Vasti não entre jamais na presença do rei
Assuero; e o rei de o reino dela a outra que seja melhor do que ela.“
A rainha Vasti, de acordo com o costume persa, estava dando uma
festa separada para as mulheres: “Também a rainha Vasti deu um banquete às
mulheres 10 na casa real do rei Assuero” (Et 1.9). Ela recusou-se a atender as
exigências de Assuero. Nenhuma razão foi apresentada para a recusa de Vasti,
mas muitas foram sugeridas. O historiador Josefo afirma que pessoas estranhas
não podiam ver a beleza de mulheres persas e outros sugerem que, por modéstia,
Vasti não se comparece diante de um grupo de homens que tinham bebido mais do
que era apropriado. Mas a gravidade da situação aponta para outro caminho.
A recusa de Vasti em obedecer à ordem de Assuero foi vista como um
precedente para as mulheres de todo o império. Os conselheiros do rei viram na
atitude desrespeitosa de Vasti para com seu monarca, que também era seu marido,
uma possível influência negativa sobre a maneira como outras mulheres do reino
responderiam a seus maridos, provocando desordem e discórdia nos lares de toda
a terra. O rei agiu de acordo com o conselho de seus oficiais. Assuero
destronou Vasti e emitiu um decreto sobre sua substituição.
O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje
no Oriente Médio. O marido governa a casa, e somente ele tem o direito de
iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e,
quando o divórcio acontece, ele os mantém. Assim, Vasti perdeu sua posição de
poder e prestígio como rainha e foi despojada do seu título.
APLICAÇÃO PESSOAL
O livro de Ester mostra
de forma incontestável o cuidado providencial de DEUS em relação ao povo
escolhido, pois, de acordo com a história de Ester, DEUS protege e preserva o
Seu povo.
RESPONDA
1) Qual era a festa comemorada entre os judeus todos os anos, de
acordo com o livro de Ester? Purim
2) Qual o nome da cidade que virou palco da história de
Ester? Susã
3) Qual o nome da rainha que desafiou o rei Assuero? Vasti
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Um Novo Decreto Livra os Judeus
EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a
Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica
Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor,
todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número
da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 8
há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester
8.1-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura
complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Neste capítulo, o autor trata da maneira como o rei Assuero mudou o
quadro que antes estava destinado aos judeus. Podemos dizer que houve uma
reviravolta nos planos estabelecidos no edito que fora divulgado em Susã e no
império como um todo. Em primeiro lugar, o rei constitui a Mordecai por
superintendente da casa de Hamã, cujos bens agora pertenciam à rainha, Ester.
Sensível a mais uma petição da rainha, o rei propõe um segundo decreto
irrevogável, no qual deter mina que os judeus se congreguem em um exército e se
defendam. O poder do DEUS de Israel fica implícito nesse triunfo de Mordecai
sobre Hamã, na reversão do edito de Hamã e na reação do povo da terra. O ódio
de Hamã resultou na sua própria morte e na conversão de inúmeros persas.
OBJETIVOS
• Compreender a dinâmica que autorizou os judeus a
resistirem ante o decreto que não podia ser revogado.
• Esclarecer que o pedido da rainha Ester mudou a
condição de seu povo.
• Mostrar a popularidade e triunfo dos judeus sobre os
seus inimigos.
PARA COMEÇAR A AULA
Fale sobre os benefícios que DEUS tem concedido ao Seu povo,
mormente ao povo de Israel quando se encontrava naquela situação vexatória, no
império persa. Em que pese o nome do DEUS de Israel não ser mencionado, Seu
cuidado se fazia sentir em todas as situações vivenciadas. Sem saber que sua
rainha era judia, o rei atendeu -lhe a intercessão em favor do seu povo e da
sua própria vida, buscando solução para o mal que já estava determinado. Que
tipo de pedido podemos levar ao Senhor hoje para que beneficie nossa vida,
nossa pátria, nossa comunidade?
LEITURA ADICIONAL
Ester pode ser considerada um tipo da Igreja. Ela é em seus
ancestrais judeus. Era filha de judeus, mas seus pais haviam morrido. Mesmo
assim. a igreja, se considerada historicamente, surgiu de ancestrais judeus. O
próprio Salvador era judeu. As Escrituras que prepararam o caminho para a
igreja cristã eram judaicas. A primeira comunidade cristã era judaica. Todavia,
ao surgir o judaísmo, a igreja carregava consigo o sinal de que seu antecedente
judaico já estava morto. A lei foi abolida em CRISTO. A ordem mosaica já
passara. Do mesmo modo como os pais de Ester haviam morrido, também não mais
existia o antecedente judaico do qual a igreja procedia. Ester é um tipo da
igreja em sua beleza feminina. DEUS lhe dera uma beleza que superava a de todas
as outras. Assim também DEUS deu à Igreja de CRISTO uma beleza insuperável – a
beleza do próprio CRISTO. Nos nos tornamos a “justiça de DEUS em CRISTO. Somos
“aceitos no amado Seremos ainda apresentados como a “igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem cousa semelhante” (Ef 5.27). […]
Ester tipifica a igreja em sua exaltação, Ela se casa com um homem
cujo titulo era “rei dos reis”. Embora Assuero, em seu caráter pessoal,
estivesse longe de tipificar a CRISTO, mesmo assim, por ser um “rei dos reis”,
pode muito bem representar para nós o noivo real, o qual, de fato, é “o Rei dos
reis e Senhor dos senhores. [-] Ester tipifica a igreja em sua intercessão. Ela
compareceu diante do rei “no terceiro dia”, simbolizando a ressurreição e a
intercessão no poder da ressurreição. Era contra a “lei” o fato de Ester se
apresentar assim ao rei: daquele modo, a lei a excluía. No entanto, foi aceita
com base na graça apenas, pois o rei a viu nos trajes reais que lhe dera (5.1).
Nós também somos excluídos pela lei, mas somos plenamente aceitos com base em
generosa graça, quando aparecemos nos trajes reais que CRISTO nos deu.
Os judeus foram livrados mediante a intercessão de Ester. Não será
através da intercessão dos sacerdotes piedosos da igreja que o livramento
chegará para os judeus em sua tribulação final? As taças de ouro cheias de
incenso” não são chamadas de “orações dos santos7 (Ap 5.8).
Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Bader, J. Sidlow
São Paulo: Edições Vida Nova, 1993, p.200).
Texto Áureo
“Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei,
e selai-o com o anel do rei; por que os decretos feitos em nome do rei e que
com o seu anel se selam não se podem revogar.” Et 8.8
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 8.1-17
Verdade Prática
Quando DEUS derruba o perverso e revela amor continuo pelos Seus,
devemos nos regozijar.
INTRODUÇÃO
I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI Et 8.1-2
1- Confiscados os bens de Hamã Et 8.1
2– Mordecai como primeiro-ministro Et 8.2
3– O significado do anel Et 8.2
II- O NOVO DECRETO Et 8.3-14
1– Outra petição de Ester Et 8.3
2– Ester intercede pelo seu povo Et 8.5
3– Um novo decreto é escrito Et 8.8
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS Et 8.15-17
1– Mordecai e honrado Et 8.15
2– Regozijo e alegria dos judeus Et 8.16
3– Triunfo sobre os inimigos Et 8.17
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 8.1-2
Terça – Ester 8.1-2
Quarta – Ester 8.3-4
Quinta – Ester 8.5-7
Sexta – Ester 8.8-14
Sábado – Ester 8.15-17
Hinos da Harpa 212-88
INTRODUÇÃO
Uma vez a justiça tendo sido feita em relação aos planos malignos
de Hamã, o rei Assuero toma as rédeas da situação: confisca os bens de Hamã e
passa-os para a rainha Ester, designando Mordecai para ser o superintendente e
o nomeia também primeiro-ministro. Ester alcança mais um favor do rei, que
sugere um novo decreto, que agora os autoriza a se defender. Mordecai foi
honrado, os judeus se alegraram e se regozijaram com o novo rumo dos
acontecimentos, triunfando sobre os seus inimigos. Isso demonstra que o cuidado
providencial de DEUS os acompanhava.
I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI (Et 8.1-2)
1. Confiscados os bens de Hama (Et 8.1) “Naquele mesmo dia,
deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hama, inimigo dos judeus; e Morde
cai veio perante o rei porque Ester lhe fez saber que era seu parente.”
Os historiadores Heródoto e Josefo afirmam que a propriedade de um
traidor passava para o rei. No mesmo dia da execução de Hamă, o rei deu à
rainha a casa de Hamă. Isto refere-se à casa de Hamã com todos os bens que ele
possuía. Isso está de acordo com a lei persa, segundo a qual o espólio dos
traidores ficava sob custódia da coroa. Assuero entregou a propriedade
confiscada a Ester, como reparação pela ofensa cometida contra ela e como sinal
de boa vontade. Posteriormente, a esposa de Hamã e seus filhos também foram
mortos. Ester ficou com todo o pessoal de Hamã, seus escravos e servos, e
também seus suboficiais.
2. Mordecai como primeiro-ministro (Et 8.2) “Tirou o rei o seu
anel, que tinha tomado de Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs a Mordecai por
superintendente da casa de Hamă”.
Além de ter sua vida poupada da tentativa de assassinato, Mordecai
foi promovido como sucessor de Hama na corte. Mordecai obteve o cargo de
primeiro-ministro que fora de Hamă. A tentativa de matar Mordecai serviu apenas
para exaltá-lo. Foi investido pelo rei de plena autoridade, o que fica patente
por ter recebido o anel real. E essa de inversão tem por objetivo advertir os
inimigos do povo de DEUS e encorajar aqueles a quem DEUS pro meteu proteção.
Foi a apresentação de Mordecai ao rei, como parente próximo de Ester e como
quem salvou a vida do rei ao descobrir o plano secreto para matá-lo, que
proporcionou a ocasião da sua investidura como primeiro-ministro do rei, no
lugar do traidor Hamã. Ester, de sua par te, precisava de um administrador de
propriedades, papel para o qual indicou Mordecai.
3. O significado do anel (8.2) “Tirou o rei o anel que tinha
tomado de Hamă, e a deu a Mordecai.”
Mordecai tornou-se alguém dentro daquele grupo seleto, que podia ir
ver o rei a qualquer tempo, sem esperar por permissão Tornou-se a primeiro
ministro. ocupando o lugar de Hama. Ele recebeu o anel de selar do rei, que era
usado para deixar sua marca sobre a argila, e assim, apor a assinatura do rei
sobre qualquer decreto ou questão. Era o poder de decretar em nome do rei,
logicamente por sua direção. Mordecai tornou-se administrador de muita riqueza,
incluindo a casa de Hama, da qual ele era agora o supervisor.
Ester dotou a seu pai de criação e primo o prestigio que
cabia a um primeiro ministro. Agora, Mordecai possuía tudo aquilo que antes
pertencia ao inimigo dos judeus: suas riquezas, seu título e sua autoridade.
II- O NOVO DECRETO (Et 8.3-14)
1. Outra petição de Ester (Et 8.3) “Falou mais Ester perante o
rei e se lhe lançou aos pés com lagrimas. Lhe implorou que revogasse a maldade
de Hamã o agagita, e a trama que havia empreendido contra as judeus.”
Apesar da grande vitória obtida por Ester e Mordecai, o problema do
decreto de Hamã ainda
precisava ser resolvido. Como fora emitido no nome do rei e com seu selo, ele
não podia ser revogado. Portanto, Ester, embora uma grande e poderosa mulher em
seus próprios direitos. prostrou-se diante do rei, com muito choro e lágrimas.
A intenção da rainha era levar o rei a exercer misericórdia E o rei olhou para
aquela triste cena Ester prostrada no chão, chorando e lamentando-se. O que ele
poderia fazer? Então, estendeu o cetro de ouro em sua direção, dando a entender
que sua presença ali era aceita, e que ele estava pronto para ouvir outro
pedido dela.
2. Ester intercede pelo seu povo (Et 8.5) “E lhe disse: Se bem
parecer ao rei, se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do
rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos
por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os
judeus que há em todas as províncias de rei.”
Assim que o rei estendeu o cetro de ouro para Ester, ela se
levantou pôs-se em pé diante dele e lhe disse “Se bem parecer ao rei se eu
achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe
agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de
Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em
todas as províncias do rei.
Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como
poderei ver a destruição da minha parentela?” (Et 8.5-6) Portanto, com a devida
deferência, Ester fará seu pedido. Aproveita-se da boa posição que estava
desfrutando aos olhos do rei. Pedir que uma lei dos medo-persas fosse revogada
era pedir o impassível, de forma que Ester evitou o vocábulo “lei”, e dá ênfase
à obra de Hamã. Embora, estritamente falando, as cartas houvessem sido
impedidas em nome do rei ele não tinha conhecimento da conspirata.
3. Um novo decreto é escrito (Et 8.8) “Escrevei pois, aos
judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, selai-o como anel do rei, porque
as decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem
revogar.”
No império medo-persa, uma escritura real não podia ser altera da,
mas uma segunda escritura poderia amenizar as consequências. Sendo assim, o rei
instruiu Mordecai e Ester a escrever um segundo edito. Este teria o mesmo peso
do anterior, mas poderia reverter os seus resultados. Embora fosse impossível o
rei recuar de qualquer palavra que havia sido expedida em seu nome, uma
compensação podia ser conseguida por um edito posterior, semelhantemente
autenticado. Ele tinha suas formas e melos de fazer valer a sua vontade.
O primeiro decreto determinava o total aniquilamento dos judeus; e
o segundo visava o bem estar deles. Ambos tinham o selo. do rei, sua expressa
autoridade, autenticada pelo seu anel. O edito foi emitido em nome do rei e sob
sua autorização, Foi também sela do o decreto com o anel real, que tinha o peso
legal de uma assinatura. Ninguém poderia reverter o decreto que o rei havia
determinado, porque ele era soberano. O primeiro decreto não fora anula do,
simplesmente porque nenhum decreto real podia sê-lo. Podia ser tornado obsoleto
por um novo decreto, equivalente à anulação, mas não a anulação estrita e
expressa Mordecai assumiu a responsabilidade de redigir o edito que os
secretários do rei precisavam copiar e traduzir nas muitas línguas do império.
Desta vez, o hebraico foi acrescentado nas cópias enviadas para os
judeus em todas as províncias. O novo decreto foi baixado em sivã, o terceiro
mês (ref. junho-julho), no ano de 474 1 a.C. pouco mais de dois meses após o
primeiro decreto. “Os correios, montados em ginetes que se usavam no
serviço do rei, saíram incontinenti, impelidos pela ordem do rei; e o edito foi
publicado na cidadela de Susã.” (Et 8.14).
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS (Et 8.15-17)
1. Mordecai é honrado (Et 8.15) “Então, Mordecai saiu da
presença do rei com veste real azul-celeste e brancos, como também com grande
coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se
alegrou.”
Quando do edito de Hamã houve consternação geral e tristeza. Mas,
agora, com Mordecai investido de autoridade e vestido a caráter, ao sair para
despachar o decreto real, houve alegria em todo o povo (Et 8.15). A cidade de
Susã, e não apenas os judeus que ali vi- viam, deram as boas-vindas a Mordecai
como primeiro-ministro.
Longe de ficarem ressentidos pela indicação de um membro de uma
minoria estrangeira, o povo aclamou e regozijou-se, apoiando plenamente aquela
nomeação. As roupas características com as cores reais e a grande coroa de ouro
o distinguiam como o segundo em autoridade no reino, passando a ocupar o lugar
de honra outrora ocupado por Hamã. A diferença era brutal, pois operou com mais
honra e obteve maior sucesso, ganhando popularidade ao mesmo tempo junto a
judeus e gentios, pois sua abençoada atuação produzira alegria no lugar de
desalento. ]
2. Regozijo e alegria dos judeus (Et
8.16) “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e
honra.”
O contraste entre a recepção do novo decreto e o primeiro, do novo
decreto e o primeiro, de Hamã, ficou particularmente marcado entre os judeus.
As noticias sobre o reposicionamento do edito real espalharam-se como fogo.
Homens contendiam pelas cópias do decreto. Todo judeu queria ler as boas-novas
para certificar-se de que aquilo era verdade. Agora, aos humildes judeus, eram
conferidas honrarias. Em lugar de jejum, choro e lamentos (Et 4.3), houve
felicidade, alegria, regozijo e honra.
Os gentios comuns temeram, pois a poder de matar tinha sido posto
nas mãos dos judeus. Em toda parte, os judeus celebravam com grandes
festividades. “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra” (Et
8.16).
3. Triunfo sobre os inimigos (Et 8.17) “Também em toda
província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia
entre os judeus alegria e regozijo. banquetes e festas e muitos dos povos da
terra, se fizeram judeus porque o temor dos judeus tinha caldo sobre eles.”
As províncias se regozijaram quando o edito chegou a elas. A
decretação de um feriado implica em que os empregadores gentios receberam as
noticias com simpática compreensão, e se manifestaram dispostos a permitir que
os judeus tivessem tempo para celebrar: O fato de um judeu estar dirigindo os
negócios da capital pode ter alguma relação com o respeito dos judeus que
sobreveio ao império. Mordecai havia provado a sua habilidade para mudar o que,
pelo menos em teoria, não podia ser muda- do; e o povo ficou impressionado
tanto quanto apreensivo concernente ao futuro. Sentindo, com razão, que no
futuro seria vantajoso ser judeu, muitos se fizeram judeus. Naturalmente, isso
significa que eles tiveram de ser circuncidados. A fé judaica foi abraçada por
muitos.
APLICAÇÃO PESSOAL
As surpresas para a rainha Ester, Mordecai e o povo judeu foram
alvissareiras. Eles estavam na iminência de uma total destruição; agora podiam
se preparar para defenderem a sua vida. Quando DEUS derruba o perverso e revela
amor continuo pelos Seus, devemos nos regozijar.
RESPONDA
1) Qual foi a primeira medida tomada pelo Rei Assuero após a morte
de Hamã? Tirou o anel de Hamã e deu a Mordecai.
2) Diferente de primeiro decreto que determinava a aniquilação dos
judeus, qual o teor do segundo ? O bem estar dos judeus.
3) Que posição recebeu Mordecai dentro do falácia do rei
Assuero? Primeiro ministro
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Os Judeus Triunfam sobre os Inimigos
EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a
Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica
Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor,
todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número
da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 9 há 32 versos. Sugerimos começar a aula lendo,
com todos os presentes, Ester 9.1-19 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia
de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Enfim, chegou o dia em que os judeus seriam exterminados por
determinação do decreto de Hamă, tendo sido aquele dia escolhido através do
lançamento de sortes. No entanto, depois que a rainha Ester intercedeu junto ao
rei, alcançou favor e graça do soberano, que até então sequer tinha
conhecimento de que o cumprimento do decreto afetaria a sua própria casa O rei
desconhecia que sua rainha fazia parte do grupo condenado à morte.
E DEUS agiu “nos bastidores”, fazendo com que tudo acontecesse no
momento oportuno. O rei ficou tão impressionado com a traição de Hama que
mandou executá-lo sumariamente. Porém, a situação dos judeus não estava
resolvida ainda, até que o próprio rei sugeriu, em resposta à intercessão de
Ester, que um novo decreto fosse baixado dando aos judeus o
direito de se defender. Eles poderiam matar quem pretendiam mata-los.
OBJETIVOS
Esclarecer que os judeus agiram em legítima defesa, destruindo
os seus inimigos.
Compreender que Ester agiu visando a preservação do seu povo
Entender a importância do livra mento comemorado pelos judeus.
PARA COMEÇAR A AULA
Fale sobre a situação das pessoas condenadas à morte que recebem
indulto no último momento. Impossível imaginar a reação desses condenados que
são libertos no instante em que perderam toda a esperança de salvação da
circunstância na qual estão envolvidos. Mas a providência de DEUS é infalível e
Ele tem os recursos para cada situação, em cada época. Os judeus estavam
perplexos com o que lhes reservara o decreto do rei, mas a mão invisível do
Todo-Poderoso teceu os fios de forma que a tristeza e luto se transformas sem
em alegria e comemoração.
LEITURA ADICIONAL
O livro de Ester é, como temos visto, construído ao redor de uma
grande reviravolta de destinos. Se Ester é uma tragédia ou uma comédia de pende
da perspectiva de cada um. Para Hama e seus aliados é uma grande tragédia, já
que todos os seus esquemas para triunfar sobre os odiados judeus dão em nada.
Para Ester, Mordecai e a comunidade do povo de DEUS,
contudo, é uma comédia em todos os aspectos, com a transformação do desastre
iminente numa situação na qual cada pessoa pode viver feliz para sempre e rir
dos antigos temores.
O tema da reviravolta se torna explicito já no primeiro versículo
de Ester 9: “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou
a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos
judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que
se assenhorearam dos que os odiavam” (Et 9.1). Finalmente, chegou o dia
decisivo para a comunidade judaica no império persa no décimo terceiro dia de
adar. Os editos conflitantes de Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de
DEUS, entraram em vigor, levantando a questão sobre qual edito sairia
vitorioso.
O escritor não mantém o suspense por muito tempo. Pelo contrário,
ele nos diz desde o início como o dia terminou: a situação foi invertida
Aqueles que tinham esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos
destruídos. O suspense foi deliberadamente eliminado para que o escritor
pudesse enfatizar o ponto principal do capitulo: ocorreu uma reviravolta no
destino do povo de DEUS. O fim da história mostra aqueles que estavam
impotentes, os judeus, tendo o total controle, dominando seus inimigos no mesmo
dia em que esses haviam alimentado a esperança de dominá-los.
Livro de Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid,
lain M. São Paulo Editora Cultura Crista. 2016, p.115,118).
Texto Áureo
“Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze
do mês de adar, e mataram, em Susā, a trezentos homens; porém no despojo não
tocaram.” Et 9.15
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 9.1-19
Verdade Prática
DEUS estava com Seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando os
poderes terrenos estavam operando para matá-los e destruí-los.
INTRODUÇÃO
1- INIMIGOS MORTOS Et 9.1-10
1- Legitima defesa Et 9.1
2– Popularidade de Mordecai Et 9.4
3– Luta pela vida e não por riqueza Et 9.10
II- MORTES EM SUSÃ Et 9.11-15
1- O rei recebe o relatório Et.9.12
2– Mortos os filhos de Hama Et 9.13
3– Ester renova sua petição Et 9.13
III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO Et 9.16-21
1- O sossego após a luta Et 9.16
2– Dois dias de celebração Et 9.17
3– Celebração até hoje Et 9.21
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 9.1-3
Terça – Ester 9.4-9
Quarta – Ester 9.10
Quinta – Ester 9.11-15
Sexta – Ester 9.16-20
Sábado – Ester 9.21
Hinos da Harpa 305-225
INTRODUÇÃO
Finalmente chegou o grande dia da vingança, no décimo terceiro dia
do décimo segundo mês de 473 a.C. O segundo decreto havia neutraliza do os
efeitos do primeiro, publicado por influência de Hamă, que assinalara aquele
mesmo dia para o genocídio e para o saque da comunidade judaica. Portanto,
estava em operação a providência de DEUS, sendo esse o tema central do livro de
Ester.
I- INIMIGOS MORTOS (Et 9.1-10)
1. Legítima defesa (Et 9.1) “No dia treze do duodécimo mês,
que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se
executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles,
sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam”
Os judeus agiram em legitima defesa contra os que tentaram se
aproveitar do primeiro edito promulgado por Hamã, mas não confiscaram as
propriedades de seus adversários. Uma das chaves da história é que as “coisas
podem virar ao contrário”. O que os inimigos queriam fazer contra os judeus,
foi feito contra eles mesmos. A alegria que deveria vir a seus inimigos foi
dada aos judeus. DEUS jamais é mencionado no livro, mas Sua providência está em
vista. E, em vez de precisar suportar a mortandade sem qualquer meio de defesa,
a nova legislação permitia que os judeus lutassem contra os que os atacassem e
os matassem. O fato de ter acontecido esta surpreendente mudança nas
circunstâncias inspirava temor.
2. Popularidade de Mordecai (Et 9.4) “Porque Mordecai era
grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele
se ia tornando mais e mais poderoso.”
Além do medo dos judeus, havia também o temor de Mordecai entre os
líderes, que fez com que estes ajudassem o povo judeu. Podem ter feito isso
para se proteger politicamente, em vista do poder e da popularidade que
Mordecai possuía. É interessante observar que quase tão misteriosa quanto o
temor dos judeus, foi a popularidade do novo primeiro-ministro. Por que será
que ele fora guindado tão rapidamente na uma posição tão poderosa na política
se mundial? E por que será que o povo estava preparado para confiar nele como
líder? Uma influência sobrenatural parece estar nas entrelinhas, aumentando as
tendências naturais de adoração dos heróis e reforçando o interesse próprio.
Mordecai lidou com toda a situação com sabedoria.
3. Luta pela vida e não por riqueza (Et 9.10) “Feriram, pois,
os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e
destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram”.
Embora os bens dos inimigos resultantes do saque tivessem sido
concedidos aos judeus, o autor evidentemente quer ressaltar que eles estavam
lutando pela sobrevivência, e não por lucros materiais. Os judeus não eram os
agressores, mas estavam se defendendo dos seus inimigos. Portanto, os judeus
não estavam atrás de dinheiro. Eles não saquearam as casas e propriedades
daqueles a quem mataram, nem mesmo dos dez filhos de Hamã.
Segundo o Targum (paráfrase do Antigo Testamento), os judeus usaram espadas, lanças
e cacetes, bem como quaisquer outras armas que pudessem ter em mãos. Os homens
encobriam os olhos para não ver os golpes que terminavam com eles. Mulheres
lamentavam-se e choravam. Na verdade, era uma vingança cruel. Mas os judeus
estavam defendendo o direito à vida e, nesta luta, como eram minoria, não havia
alternativa se não fazer aos outros o que estes desejaram fazer com eles.
II- MORTES EM SUSÃ (Et 9.11-15)
1. O rei recebe o relatório (Et 9.12) “Na cidadela de Susã,
mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os dez filhos de Hama; nas
mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua petição? E se
te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá”
Um auxiliar levou ao conhecimento do rei o número total dos que
foram mortos. É evidente que ele requereu esse ato, com o propósito de
apresentar os “resultados” a Ester, cujo favor procurava e cujos desejos ele
queria satisfazer: O rei recebeu o relato da matança. Por quaisquer padrões,
perder quinhentos homens em um dia era apavorante, e há uma horrível inferência
no cálculo feito pelo rei do número total de pessoas mortas no resto das
províncias, pois se fizeram isso em Susã, imaginem como deve ter sido no resto
das províncias!
2. Mortos os filhos de Hamã (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se
bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também
façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos
dez filhos de Hamã.”
Além da matança das quinhentas pessoas mencionadas, os dez filhos
de Hamã foram mortos, e o autor sacro registra os nomes deles todos, a fim de
que possamos perceber quão grande triunfo ocorreu: “como também a Parsandata, a
Dalfom, a Aspata, a Porata, a Adalia, a Aridata, a Farmasta, a Arisai, a Aridai
e a Vaizatá, que eram os dez filhos de Hamă, filho de Hamedata, o inimigo dos
judeus; porém no despojo não tocaram” (Et 9.7-10). Foram mortos com golpes de
espada. O Targum relata que Hamã tinha mais de 200 filhos e, considerando que
todos os poderosos da época tinham amplos haréns, isso provavelmente está
certo. No entanto, parece viável que os dez filhos seletos de Hamã eram todos
filhos de sua esposa Zeres (Et 5.10.14). Fora ela quem encorajara os preparativos
para a morte de Mordecai.
3. Ester renova sua petição (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se
bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também
façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos
dez filhos de Hamã.”
A rainha foi presenteada com outra “carta branca” e não demonstrou
nenhum sinal de enfraquecimento em sua busca de adversários locais. Até então
as baixas haviam ocorrido na acrópole, na cidadela de Susã, em oposição à
cidade, onde devia se encontrar a maioria da população. O pedido de Ester é que
outro dia fosse dado em que toda resistência ali fosse anulada, e que os corpos
dos dez filhos de Hamă fossem expostos publicamente em forcas, como meio de
intimidação, como havia acontecido com os corpos de Saul e seus filhos (1Sm
31.8-12).
O pedido para que os filhos de Hama fossem pendurados em “forca”
correspondia a pedir para que os corpos fossem mostrados em público,
relembrando que assim Hama havia planejado matar Mor decai. Além do que, a
exposição pública do inimigo morto era uma prática comum no antigo Oriente
Próximo.
O rei promulgou o decreto. Podemos inferir que permaneciam na
cidade tropas encarregadas de executar o edito original. Só organizando os seus
homens e armando-os, a resistência poderia ser eficaz. E no dia catorze do mês
de adar a última ação defensiva foi levada a efeito, e foi assegurada a
libertação judaica do edito de Hamã. “Reuniram-se os judeus que se achavam em
Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos
homens; porém no despojo não tocaram” (Et
9.15). Assim, Susã foi expurgada de todos os inimigos dos judeus.
III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO (Et 9.16-21)
1. O sossego após a luta (Et 9.16) “Também os demais judeus que se
achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para de fender a
vida, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos
que os odiavam; porém no despojo não tocaram.”
O livro de Ester não tem a pretensão de ser um tratado ético, em
vez disso, ele sublinha a perseguição experimentada pelos judeus em meio a
nações pagas e nos lembra que DEUS permanece comprometido em preservar seu
povo. Lutando por suas vidas, os judeus tiveram sossego dos seus inimigos
matando um total de 75.800 oponentes que certamente os teriam eliminado. Mais
uma vez, qualquer tentativa de obter vantagens materiais com base nesse
incidente foi frustrada.
Apesar das criticas, os judeus mostraram-se moralmente corretos. O
decreto original de Hamă de terminava extermínio de homens, mulheres e crianças
e permitia a pilhagem. As forças defensivas dos judeus mataram somente homens e
não efetuaram a pilhagem. Aqueles mortos eram inimigos conhecidos.
2. Dois dias de celebração (Et 9.17) “Sucedeu isto no dia
treze do mês de adar, no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes
e de alegria.”
É bem possível que o decreto de Hamã tivesse incendiado a
hostilidade contra os judeus. Muitos dos inimigos dos judeus provavelmente
tiveram a esperança de destrui-los e saqueá-los, mas foram completamente
derrotados. Estes versículos fazem um resumo dos dias de livramento dos judeus.
Em Susã, eles tiveram dois dias de lutas e depois descansaram e comemoraram no
décimo quinto dia do mês de adar (correspondente ao nosso período de fevereiro
a março). Os judeus do restante das províncias persas lutaram por um dia e
jejuaram no décimo quarto dia do mês. “Os judeus, porém, que se achavam em
Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia
quinze e o fizeram dia de banquetes e de alegria” (Et
9.18).
A liberação motivou regozijo, daí a instituição de um feriado no
décimo quarto dia do mês de adar celebrado com banquetes, um dos temas
constantes do livro, Não há via festividades durante os últimos cinco meses do
calendário hebraico (outubro a março). No meio do último mês do ano seria
bem-vinda uma razão para se regozijar, depois do inverno. O jejum e a
lamentação eram reservados para outros dias.
3. Celebração até hoje (Et 9.21) “ordenando-lhes que
comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo todos os
anos.”
Aqui o relato da instituição da festa em questão indica a diferença
da sua comemoração entre a data da festa em Susã e a observada nos outros
lugares. A razão para a diferença foi atribuída pelo pedido ulterior de Ester
ao rei (Et 9.13). Consequentemente, Susã precisava observar o décimo quinto dia
de adar como feria do, enquanto em todos os outros lugares se observava o
décimo. quarto. Da mesma forma que em festividades comunitárias, havia. uma
troca de presentes, porções dos banquetes. Um compartilha mento generoso
expressava alegria e, ao mesmo tempo, a aumentava, em assegurar que ninguém
ficava dela excluída por causa de pobreza.
A narrativa subentende a solidariedade das comunidades judaicas;
embora estivessem es palhadas por todo o império, elas conservaram a sua
identidade e se regozijaram juntas em sua experiência comum de libertação.
Desta forma, uma conspiração que pretendia destrui-las resultou em uma festa
que ajudou a uni-las e a mantê-las como um único povo. Além disso, deu origem a
uma das maiores festas judaicas: o dia do Purim, celebrado obrigatória e
efusivamente todos os anos. até aos dias de hoje.
APLICAÇÃO PESSOAL
DEUS estava com seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando
poderes terrenos estavam operando para os matar e destruir.
RESPONDA
1) Qual o motivo real de luta dos judeus contra os seus
inimigos? A sua sobrevivência
2) Qual o resultado de número de mortos pela mão dos
judeus? Setenta e cinco mil e oitocentos mortos
3) Por quantos dias os judeus comemoraram a vitória sobre seus
inimigos? Foram dois dias de Comemoração
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A Festa do Purim e a Grandeza de Mordecai
EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema: Rute e Ester – A fé e a
Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester
9 e 10 há 32 e 3 versos, respectivamente. Sugerimos começar a
aula lendo, com todos os presentes Ester 9.20-32 e 10.1-3 (5a 7 min.). A
revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui
a leitura da bíblia.
Neste trimestre, a vida e atuação das heroínas Rute e Ester foram
estudadas e pudemos extrair preciosas lições. Elas exerceram um papel relevante
na nação de Israel e são as únicas mulheres que nomeiam livros da Bíblia.
Uma gentia que se agrega ao povo da promessa e uma exilada que coloca sua vida
em risco para evitar a extinção de sua raça, vítima de um ardil que
a condenara à destruição.
A alegria, a restauração e a comemoração pelo livramento foi tema
de mais uma celebração acrescentada ao calendário judaico, a Festa de Purim.
Até hoje, a celebração faz o povo judeu relembrar que DEUS é maior do que as
leis da casualidade e que Ele pode intervir decisivamente na História, mesmo
que permaneça oculto de todos, menos daqueles que podem enxergar com os olhos
da fé.
OBJETIVOS
Aprender sobre a origem e propósito da Festa do Purim.
Mostrar como os judeus exila dos finalmente puderam celebrar a vitória
providenciada por DEUS.
Explicitar a maneira como DEUS age na vida dos que se dedicam a fazer
conhecido e notório o Seu nome.
PARA COMEÇAR A AULA
Para iniciar a aula você pode fazer uma retrospectiva rápida da
história de Ester e de como a ação. de DEUS foi eficaz, pois Ele tem um
compromisso com a nação de Israel, de onde procederia o Redentor. Por tanto,
nenhuma arma preparada pelo maligno seria suficiente para frustrar os planos de
DEUS em relação ao propósito divino de trazer o Redentor. E finalizar
agradecendo a DEUS pela maneira como conduziu os eventos na história desse
povo, que esteve à beira da destruição total pelo orgulho e soberba de um homem
ímpio e mau.
LEITURA ADICIONAL
Visto à luz do cenário de festas do Antigo
Testamento, os aspectos horizontais da Festa de Purim são impressionantes.
Ela foi estabelecida como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não
por DEUS (Et 9.20-22,29-32).
Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deve
riam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e
fazer doações aos pobres. Essa celebração deveria se repetir para sempre, como
as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do que as pessoas
deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da intervenção do rei para livrá-las
(Et 9.23-28).
Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção
clara do povo de DEUS se reunindo para louvar a DEUS pelo seu livramento e
lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de DEUS, algo que era
central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para eles fosse possível
obedecer o edito de Mordecai e Ester sem pensar em DEUS pelo menos uma vez
durante todo o dia. […] a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia
estava precisamente correta. Tratava-se de um memorial do tempo em que os
judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi
transformada em alegria e o lamento deles em celebração. […] Como seria
possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de
descanso dos inimigos sem pensar em DEUS? Como alguém poderia celebrar o Purim
sem ver o que DEUS havia feito?
Os desvalidos que são erguidos do pó e os necessita dos que são
tirados do monturo para se assentar junto aos príncipes não deveriam precisar
ser incitados a louvar o Senhor (SI 113.5-9). A Festa de Purim, quando
corretamente compreendida, é mais do que apenas um lembrete para o povo de DEUS
da habilidade passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo
escondido de todos, menos dos olhos da fé.
Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain
M. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016, p. 120,121,124)
Texto Áureo
“Por isso, aqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa
de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam e do que lhes havia
sucedido,” Et
9.26.
Verdade Prática
É justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por DEUS,
por meio de Sua providência constante.
INTRODUÇÃO
1- ORIGEM DA FESTA DO PURIM Et 9.20-28
1- Origem da Festa do Purim Et 9.21
2– A festa como instituição oficial. Et 9.23
3– O significado do nome Purim Et 9.26
II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE Et 9.29-32
1- Ester ratifica a celebração Et 9.29
2– Divulgação da festa de Purim Et 9.30
3– Detalhes da Festa do Purim Et 9.32
III- A GRANDEZA DE MORDECAI Et 10.1-3
1- Tributo sobre a terra Et 10.1
2– Arquivos reais Et 10.2
3– A ascensão de Mordecai Et 10.3
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 9.20-25
Terça – Ester 9.26-28
Quarta – Ester 9.29
Quinta – Ester 9.30-32
Sexta – Ester 10.1-2
Sábado – Ester 10.3
Hinos da Harpa 216-525
INTRODUÇÃO
Nesta última lição, estudaremos sobre a instituição da festa de
Purim, autorização para que esta celebração fizesse parte dos festivais
judaicos; a vida do povo judeu restaurada e a promoção e engrandecimento de
Mordecai.
I- ORIGEM DA FESTA DO PURIM (Et 9.20-28)
1. Origem da Festa do Purim (Et
9.21) “Ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de
adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos”
Uma vez que a própria continuidade do povo escolhido estivera em
jogo, o seu milagroso resgate não podia deixar de ser comemorado. Mordecai
escreveu e enviou cartas falando sobre os acontecimentos que concerniam a todo
o povo judeu, incorporando os aspectos importantes em escritos que apresentavam
as diretrizes para o futuro. O sistema postal real tornava as comunicações
relativamente fáceis e abrangentes, alcançando todos os judeus- os de perto e
os de longas distâncias de até 3.000 quilômetros. Assim, a carta de Mordecai
estabeleceu a festa de Purim, que não fora estabelecida pela lei mosaica, mas
ordenada por Mordecai (Et 9.20-28).
2. A festa como instituição oficial (Et 9.23) “Assim, os
judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira
vez, segundo Mordecai lhes prescrevera”
Era preciso estabelecer a data da festa, e Mordecai decretou que
tanto o dia catorze quanto o dia quinze de adar deviam ser observados
anualmente. Seria isto para lembrar às futuras gerações a maravilhosa
libertação da extinção: a tristeza se transformara em alegria, e
a lamentação, em celebração.
Os judeus temiam inovações que talvez fossem tidas como
contradições com a lei de Moisés. Mas a autoridade de Mordecai era suficiente
para fazer a festa de Purim entrar no calendário judaico das festas nacionais.
Há uma forte ênfase para que judeus em todos os lugares comemorem esses dias. A
comunidade judaica em geral sempre celebrou com entusiasmo essa festa, pois, os
inimigos dos judeus tinham sido destruídos pelo poder de DEUS, por meio de Sua
providência constante. Os homens eram convocados a relembrar esses fatos.
Os judeus cumpriram as ordens recebidas, e assim
têm feito através dos séculos. A festa foi e continua sendo celebrada
anualmente.
3. O significado do nome Purim (Et 9.26) “Por isso àqueles
dias chamam Purim, do nome Pur. Dai, por causa de todas as palavras daquela
carta, e do que testemunharam, e do que lhe havia sucedido.”
A festa chamou-se Purim. para relembrar que Hama usou a prática de
Pur, isto é, lançar sorte, para determinar o dia da destruição dos judeus. A
palavra pur é originária da Babilônia e significa sorte ou destino. Lançar a
sorte, algo semelhante a lançar dados, era uma forma comum de fazer uma escolha
aleatória (Ne 11.1) ou de discernir a vontade divina (Jn 1.7).
Acreditando que seus deuses controlavam o resultado do pur, Hama
lançou a sorte para deter minar o dia certo para destruir os judeus (Et
3.7). Lançando a sorte, Hamã, sem querer, escolheu o dia do livramento
dos judeus, até hoje celebrado como o festival de Purim (Et 9.28). Mordecai
estabeleceu a festa com dois dias de duração, para comemorar o livramento de DEUS
em favor do Seu povo, salvando-o da conspiração maligna de Hamă para exterminar
os judeus.
II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE (Et 9.29-32)
1. Ester ratifica a celebração (Et 9.29) “Então, a rainha
Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade,
segunda vez, para confirmar a carta de Purim.”
Mesmo sendo respeitado no império, Mordecai ainda teve o respaldo
da rainha, que também escreveu uma carta para estimular a observância da festa.
Ester escreveu na tentativa de persuadir, e não de ordenar ou coagir o seu
povo, a celebrar o Purim. Ela acrescentou sua autoridade e autenticou a festa,
adicionando. algo à sua natureza obrigatória. Ela escreveu com toda autoridade,
pois, como rainha, contava com o apoio e autoridade do rei, que também
encorajou a celebração.
A rainha Ester institucionalizou a comemoração do Purim sob a lei
persa. A expressão “e se escreveu no livro” indica que a decisão de Ester
determinando a observância de Purim por todo o império foi colocado nos
arquivos reais. “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por
causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes
havia sucedido, determinaram os judeus e tomaram sobre si, sobre a sua
descendência e sobre todos os que se chegassem a eles que não se deixaria de
comemorar estes dois dias segundo o que se escrevera deles e segundo o seu
tempo marcado, todos os anos” (Et 9.26,27).
2. Divulgação da festa de Purim (Et 9.30) “Expediram cartas a
todos os judeus, às cento e vinte províncias do reino de Assuero, com palavras
amigáveis e sinceras”
A festa de Purim promoveu a paz de DEUS e Sua verdade entre o povo
judeu. E, pelo fato de a festa poder causar efeitos tão benéficos, Ester e
Mordecai se dedicaram a si mesmos e aos seus descendentes não só na observância
como também na divulgação da festa utilizando de todos os meios possíveis, de
modo que todos a conhecessem e também a celebrassem. A apresentação da rainha
Ester nos versículos 29-32 propicia assentimento real à atividade legislativa
de Mordecai, em consequência de que essa legislação presumivelmente foi
acrescentada a todo o resto das leis dos medos e persas, que não podiam ser
contraditadas.
3. Detalhes da Festa do Purim (Et
9.32) “E o mandado de Ester estabeleceu estas particularidades de
Purim; e se escreveu no livro.”
Como a Páscoa, a festa de Purim celebra o livramento divino. Salvos
do governo do faraó e da escravidão no Egito e livres da destruição planejada
por Hamã, os judeus comemoraram uma libertação que só DEUS poderia ter
orquestrado. Toda a história do feriado do Purim está no livro de Ester.
O primeiro dia da festa. O livro inteiro de Ester é lido em voz
alta, e a cada vez que o nome de Hama é mencionado, as crianças do grupo
respondem ao nome de Hamã com chocalhos e guizos, os presentes batem com os pés
no chão a fim de abafar o som do nome de Hamã e dizem: “Que o seu nome seja
apagado”.
No segundo dia da festa, a alegria e a comemoração se manifestam.
Comida, música, peças de teatro e brincadeiras, canções especiais e recitais
acrescentam à disposição festiva. As pessoas se presenteiam e fazem questão de
dar presentes e alimento aos pobres, por ter sido esse um desejo especial de
Mordecai (Et 9.22).
III- A GRANDEZA DE MORDECAI (Et 10.1-3)
1. Tributo sobre a terra (Et 10.1) “Depois disto, o rei
Assuero impôs tributo sobre a terra e sobre as terras do mar”.
É inquestionável o poder do rei Assuero, e o seu império precisava
de um hábil administrador. É tanto que o rei impôs tributo sobre as terras.
Tributo aqui pode referir-se tanto a impostos como a trabalhos que o rei impôs
sobre todo o seu território.
Sobre a terra e sobre as terras do mar dá a entender que o rei era
possuidor de todo esse território, sendo o litoral o do Mediterrâneo oriental
de maneira genérica, com suas muitas ilhas. E o homem certo para o trabalho era
Mordecai, assim como o foi José no Egito (Gn 41.41-46). Ele foi promovido à
posição de primeiro-ministro e muitos detalhes do governo The foram delegados.
Ele foi um grande patriota judeu, também foi capaz de ministrar habilidosamente
uma potência estrangeira. Mordecai foi um homem qualificado o bastante para
preencher ambas as posições e funções.
2. Arquivos reais (Et 10.2) “Quanto aos mais atos do seu poder
e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Morde- cai, a quem o rei
exaltou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis da Média
e da Pérsia?”.
O período histórico de Mordecai e Ester foi devidamente resguardado
na história mundial, conforme o livro nos diz. A orientação de DEUS estava por
trás da elevação de Mordecai, no império medo-persa, por parte de Assuero. A
referência citada é uma espécie de registro diário dos acontecimentos da corte.
O livro da história dos reis da Média e da Pérsia certamente oferecem maiores
detalhes sobre a vida do rei Assuero, da rainha Ester e do seu primeiro
ministro Mordecai, cujos feitos foram registrados em crônicas oficiais do
império.
3. A ascensão de Mordecai (Et 10.3) “Pois o judeu Mordecai foi
o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela
multidão de seus ir mãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado
pela prosperidade de todo o povo da sua raça”
O livro de Ester termina com grandes elogios a Mordecai, cujos
feitos foram registrados nas crônicas oficiais do império persa. Mordecai foi o
segundo na hierarquia. Ele não desfrutava somente do favor especial do rei, mas
era respeitado também por seu povo e honrado por sua administração
bem-sucedida. Obteve a aceitação dos grandes do império e era popular com as
massas.
Sempre buscou o bem-estar de seu povo, bem como da população do
império em geral. E, acima de tudo, falava de paz ao remanescente perseguido
dos judeus, trazendo-lhes a luz de um novo dia. Mordecai entrou para a gale-
ria de heróis da história israelita como mais um exemplo de vitória concedida
por DEUS ao seu povo disperso entre as nações. Quanta falta faz nas autoridades
de hoje os predicados e elogios dedica- dos a Mordecai neste último verso do
livro de Ester: “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e
grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo
procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo
da sua raça” (Et 10.3).
APLICAÇÃO PESSOAL
Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de DEUS em todas
as páginas do livro de Ester. Sendo assim, é justo celebrar com entusiasmo os
livramentos proporcionados por DEUS, por meio de Sua providência constante.
RESPONDA
1) Qual o propósito da Festa de Purim? Lembrar as futuras
gerações a libertação do seu povo.
2) Quem institucionalizou a Festa do Purim? A rainha Ester
3) A que grau de elevação Mordecai passou a exercer diante do
povo? Era o segundo depois do rei Assuero.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
NA ÍNTEGRA
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3º TRIMESTRE/2024
Tema: O DEUS Que Governa o Mundo e Cuida da Família: Os
Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração
Comentarista: SILAS QUEIROZ
Comentários Extras – Pr Henrique – EBD NA TV – 99 99152-0454
Lição 1, DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO
ESBOÇO DA LIÇÃO 1
I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita.
2. A família belemita.
3. Matrimônio e maternidade.
II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã.
2. De órfã a rainha.
3. No campo ou no palácio.
III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino.
2. Cumprindo os papéis.
3. Educação familiar.
TEXTO ÁUREO
“Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou,
hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.” (Rt 4.14)
VERDADE PRÁTICA
Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de
redenção da humanidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.5-17; Lc 3.32 Rute: uma ascendente direta de Davi
Terça - Rt 4.13-15 Rute gera um filho de Boaz, seu remidor
Quarta - Et 2.5-7,15 Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu
Quinta - Et 2.16,17 Ester se torna rainha: um ato da providência divina
Sexta - Rt 1.11-13 Mulheres sábias compreendem o seu papel no Reino de DEUS
Sábado - Et 2.15-17 Mulheres que se portam de maneira humilde
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Rute 4
13 - Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e
o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 - Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não
deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 - Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora,
que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.
16 - E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama.
17 - E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram
o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
18 - Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19 - e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe,
20 - e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21 - e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22 - e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.
Ester 7
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a
tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até
metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus
olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o
meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e
lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia,
ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está
esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã
se perturbou perante o rei e a rainha.
7 - E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do
palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque
viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.
HINOS SUGERIDOS: 115, 298, 515 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos os livros históricos de Rute e Ester. Neles,
veremos como DEUS usou duas mulheres na história da salvação. Elas foram muito
importantes para preparar todo o contexto necessário para o advento do Senhor JESUS,
o nosso Salvador. Apresente o comentarista deste trimestre, pastor Silas
Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Jornalista,
Bacharel em Teologia e Direito, Procurador-Geral do município de Ji-Paraná, RO.
Atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar o perfil de Rute, a moabita; II) Traçar o
perfil de Ester, a judia que ascendeu ao posto de rainha; III) Refletir a
respeito da mulher cristã como protagonista no Reino de DEUS.
B) Motivação: Rute e Ester nos apresentam perfis de mulheres de DEUS que podem
nos inspirar em nosso relacionamento com DEUS, no compromisso mútuo com o
próximo. Não há dúvida de que os exemplos dessas duas grandes mulheres ressoam
ainda hoje e influenciam as mulheres do século XXI.
C) Sugestão de Método: Muito se discute a respeito do papel da mulher no mundo
atual. A Bíblia revela mulheres fortes, moralmente corajosas e, ao mesmo tempo,
dedicadas à sua família e aos negócios da cidade. Essa mulher bíblica que se
revela em Rute e Ester, se revela em muitas mulheres hoje que amam a JESUS, sua
igreja local e sua família. Por isso, introduza esta lição fazendo a
contextualização entre a mulher cristã de hoje com a mulher da Bíblia em Rute e
Ester.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: DEUS chama mulheres e as capacita para fazer uma grande obra em
seu reino, para serem seu instrumento no século atual, de modo que o seu nome
seja glorificado. Que o ESPÍRITO SANTO continue a capacitar mulheres para a sua
obra no mundo!
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 98, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Quando alguém diz",
localizado depois do primeiro tópico, ressalta a pessoa de Rute; 2) O texto
"Ester", ao final do segundo tópico, aprofunda a introdução a
respeito de Ester.
PALAVRA-CHAVE - MULHERES
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
Rute e Ester são os dois livros da Bíblia que levam o nome de
mulheres. Registram duas das mais belas, extraordinárias e dramáticas histórias
sagradas. A primeira, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, que
durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. A segunda, na Pérsia, depois do
cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C. Rute e Ester viveram em épocas,
circunstâncias e contextos muito diferentes, mas expressaram as mesmas virtudes
espirituais e morais: fé, convicção, humildade, coragem, obediência,
simplicidade, pureza, abnegação, temor a DEUS e disposição de servir. Essas
duas mulheres foram fundamentais para a preservação do povo judeu, a
descendência piedosa de Abraão. Suas vidas continuam sendo fontes de profunda
inspiração para todos que desejam agradar a DEUS e viver para a sua glória (Sl
147.11; 1 Co 10.31; Hb 11.6).
I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita
Descendentes de Moabe, filho da relação incestuosa de Ló, o
sobrinho de Abraão, com sua filha mais velha (Gn 19.30-37), os moabitas eram um
povo pagão, hostil a Israel desde os dias do rei Balaque (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4;
Jz 11.17). Habitavam a leste do mar Morto (atual Jordânia) e eram dados à
idolatria e à imoralidade sexual (Nm 25.1,2; Ap 2.14). Pertencendo a este povo,
era de todo improvável que Rute fizesse parte da linhagem de Davi, família da
qual viria o Messias, o Salvador do mundo (Gn 49.8-10; Is 11.1,10; Mq 5.2; Ap
5.5). Mas os caminhos de DEUS são mais altos que os nossos; estão muito acima
de nossa compreensão (Is 55.8,9; Rm 11.33). Ele é soberano (Jó 42.2). Faz do
improvável, provável e do impossível, possível quando cremos nEle, o tememos e
obedecemos sem impor-lhe qualquer condição (Gn 18.14-16; Hb 11.8-11).
2. A família belemita
A história de Rute muda a partir de seu ingresso em uma piedosa
família de Belém de Judá, que peregrinava nos campos de Moabe por causa da fome
que assolava a terra de Israel (Rt 1.1). Eram Elimeleque, sua mulher, Noemi, e
os filhos Malom e Quiliom. Depois de algum tempo na terra dos moabitas,
Elimeleque morre, ficando Noemi na companhia de seus dois filhos (Rt 1.2,3).
Rute se casou com Malom, o mais velho deles (Rt 4.10). Ao final de quase 10
anos, também Malom e seu irmão Quiliom morreram. Viúva e sem filhos, Noemi
decide voltar a Belém, motivada pela notícia de que a fome havia cessado em sua
terra. Embora pudesse permanecer em Moabe – como decidiu Orfa, viúva de Quiliom
–, Rute escolhe ir com sua sogra Noemi, declarando sua fé no DEUS de Israel (Rt
1.4,6,16).
3. Matrimônio e maternidade
Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos
que foram fundamentais para que o propósito de DEUS se cumprisse na vida dessa
moabita. Apegada à sua sogra e sempre disposta a obedecê-la e servi-la, Rute
alcança o favor do DEUS de Israel, “sob cujas asas te vieste abrigar” (Rt
2.12). O casamento com Boaz, parente de Elimeleque, e o nascimento de seu filho
Obede (heb. “servo”) fazem de Rute uma ascendente direta de Davi (de quem foi
bisavó) e integrante da genealogia de JESUS (Rt 4.1-22; Mt 1.5-17; Lc 3.32).
Honrar o casamento e a geração de filhos traz a bênção de DEUS para muitas
gerações (Hb 13.4; Sl 127.3-5).
SINÓPSE I - Rute era uma mulher moabita, de família belemita, que escolheu
viver com sua sogra após a morte de seu esposo.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘Deixe-me contar sobre a minha sogra’, esperamos algum tipo
de declaração negativa ou anedota humorística, pois muitas delas têm sido alvo
de ridicularização ou comédia. [...]
Não é dito muito sobre Noemi a não ser que amava e cuidava das noras.
Obviamente, a vida dela foi um poderoso testemunho para a realidade do Senhor.
Rute foi atraída para ela — e para o DEUS dela. Nos meses que se sucederam, o
Todo-poderoso levou esta jovem viúva moabita a um homem chamado Boaz, com quem
posteriormente se casou. Como resultado, ela se tornou bisavó de Davi e
ancestral do Messias. Que profundo impacto teve a vida de Noemi!” (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.354.).
II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã
Cerca de cinco séculos depois de Rute, a Bíblia nos apresenta outra
mulher notável, Ester, também usada providencialmente por DEUS para a
preservação do povo de Israel. Filha de Abiail, tio de Mardoqueu, Ester era
judia. Órfã de pai e mãe, foi criada pelo primo Mardoqueu (Et 2.5-7,15). Seu
nome hebraico era Hadassa, que significa “murta”, uma das plantas favoritas do
mundo antigo, de folhas perfumadas e flores brancas ou rosadas, usadas para
perfumar ambientes e fazer grinaldas para os nobres nos banquetes. Já o nome
persa Ester (stara) significa “estrela”. Ester fazia parte da geração de judeus
nascidos no cativeiro. Conforme Isaías e Jeremias haviam profetizado, o fim do
cativeiro babilônico foi decretado por Ciro, rei da Pérsia, no ano 538 a.C. (Is
44.26,28; 45.1,4,5,13; Jr 29.10-14). No entanto, a maioria dos judeus
permaneceu na Babilônia, sob domínio persa.
2. De órfã a rainha
Susã era capital do novo império (Et 1.1,2). Lá viviam Ester e
Mardoqueu, dentre milhares de outros judeus. Dotada de rara beleza, Ester
integrou o grupo de moças virgens que se candidataram para suceder a rainha
Vasti, deposta pelo rei Assuero por sua desobediência, como escreve o
historiador judeu Flávio Josefo. Vasti se recusou a comparecer a um banquete
oferecido pelo rei nos jardins de seu palácio (Et 1.5-8,10-12,21,22). Em um
inequívoco ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar (Et
2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita
coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo
o império (Et 8 e 9). Como diz Matthew Henry, “ainda que o nome de DEUS não se
encontre [no livro de Ester], o mesmo não se pode dizer de sua mão, guiando
minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”.
3. No campo ou no palácio
Assim como Rute, Ester é um exemplo inspirativo do quanto valem a
fidelidade e a confiança em DEUS, seja qual for o contexto em que vivamos. Os
princípios divinos são absolutos e imutáveis; suficientes para orientar nossa
conduta em qualquer tempo e lugar (Sl 19.7-9; 119.89-91).
SINÓPSE II - Ester é a mulher judia de Belém; era órfã, mas foi para Susã, a
capital do império, para se tornar rainha.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“ESTER - A beleza e o caráter de Ester conquistaram o coração de
Assuero (ou Xerxes), e assim o rei fez de Ester sua rainha. Mesmo em sua
posição tão favorecida, ela arriscou a própria vida, entrando à presença do rei
sem ser chamada. Não havia sequer a garantia de que o rei a receberia. Embora
fosse a rainha, não estava completamente segura. Mas, com cautela e coragem,
Ester decidiu arriscar sua vida, abordando o rei a favor de seu povo.
[...] Neste ínterim, DEUS estava trabalhando ‘nos bastidores’. O Senhor fez com
que o rei lesse os registros históricos do reino, à noite, e descobrisse que
Mardoqueu certa vez salvou a sua vida. Assuero não perdeu tempo para honrar
Mardoqueu por tal ato. Durante o segundo banquete, Ester revelou ao rei a
conspiração de Hamã contra os judeus, e este foi sentenciado. [...] O risco que
Ester correu confirmou que DEUS era a fonte de sua segurança” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.692).
III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino
A liderança masculina, instituída por DEUS (Gn 1.26; cf. Ef
5.22,23), não anula o propósito divino com a mulher, nem lhe retira a
possibilidade de, em muitas circunstâncias, ser protagonista da história. Isso
não implica, todavia, na necessidade de confundir ou inverter os papéis entre
homem e mulher. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não
foi a altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que tornaram, tão
relevante, a vida dessas mulheres.
2. Cumprindo os papéis
Noemi dá testemunho de que Rute cumpriu bem a função de
esposa (Rt 1.8). Seu extraordinário relacionamento com a sogra não nos permite
outra conclusão. Ambas eram mulheres sábias, que conheciam bem os seus papéis
(Rt 1.11-13), o que é fundamental para uma boa convivência em família,
inclusive entre nora e sogra (Pv 14.1).
3. Educação familiar
Não foi apenas a beleza de Ester que lhe fez ser escolhida rainha,
mas também sua humildade e seu bom comportamento no palácio (Et 2.15-17).
Apesar de órfã, Ester havia recebido uma boa educação de Mardoqueu, a quem
devotava obediência e profundo respeito (Et 2.10; 4.1-4). É no lar que somos
forjados para os grandes desafios da vida (Pv 29.15,17; 30.17).
SINÓPSE III- A Bíblia apresenta mulheres como protagonistas da história,
cumprindo devidamente o papel estabelecido por DEUS.
CONCLUSÃO
DEUS continua usando mulheres para cumprir seus propósitos. Algumas se tornam
conhecidas e tem seus nomes registrados na história, como Rute e Ester. Outras,
como a mulher de Noé, vivem a vida toda no anonimato (Gn 6.10,18; 7.7,13;
8.15,16), mas nem por isso deixam de ser importantes. O que seria do patriarca
sem uma companheira fiel ao seu lado enquanto cumpria a missão divina que
recebera? No Reino de DEUS, seja homem, seja mulher, o que importa não é o
quanto a pessoa aparece, pois o Senhor olha para o coração (1 Sm 16.7; 1 Co
3.12-15).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. A quais períodos históricos estão ligados os livros de Rute e Ester?
O Livro de Rute, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, que durou,
aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. O Livro de Ester, na Pérsia, depois do
cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C.
2. Quem eram os moabitas?
Os moabitas eram um povo pagão, hostil a Israel desde os dias do rei Balaque
(Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17).
3. Que eventos representam o ápice da história de Rute quanto aos propósitos de
DEUS em sua vida?
Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos que foram
fundamentais para que o propósito de DEUS se cumprisse na vida dessa moabita:
apego a sua sogra e o casamento com Boaz.
4. Como a providência divina se manifesta no livro de Ester?
Em um inequívoco ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar
(Et 2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita
coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo
o império (Et 8 e 9).
5. Para ser protagonista da história a mulher precisa desempenhar papel
masculino?
Não. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não foi a
altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que fizeram tão relevante
a vida dessas mulheres.
VOCABULÁRIO
Incestuoso: Relativo ao incesto; relação sexual entre parentes dentro dos graus
em que a lei, a moral ou a religião proíbe e condena.
Ascendente: Diz-se de pessoa de quem se descende.
COMENTARISTA DA CPAD DESTE TRIMESTRE
Pr. Silas
Queiroz
Residente na cidade
rondoniense de Ji-Paraná, o pastor Silas Rosalino de Quiroz serve a Deus na
Assembleia de Deus local. O ministro é o comentarista da revista Lições
Bíblicas Adultos da CPAD deste 3º trimestre, que traz o seguinte tema: "O
Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família". O pastor é bacharel em
Teologia e Direito; pós-graduado em Direito Público, Direito Processual Civil e
Docência Universitária; procurador-geral do município de Ji-Paraná; assessor
jurídico da Convenção dos Ministros e Igrejas Assembleias de Deus no Estado de
Rondônia (CEMADERON); membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB; e
autor dos livros "Jesus, o Filho de Deus" e "Maturidade
Espiritual do Líder", editados pela CPAD.
Obras do comentarista
publicadas pela CPAD:
·
E-Book Jesus, o Filho de Deus
·
Maturidade Espiritual do Líder
E-Book Maturidade Espiritual do Líder