Escrita Lição 9, Betel, O Verdadeiro Discípulo promove a comunhão, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 9, Betel, O Verdadeiro Discípulo promove a comunhão, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã

 


 

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A COMUNHÃO DA IGREJA

1.1. No partir do pão 

1.2. Nas orações 

1.3. Na doutrina apostólica 

2- A VIDA EM COMUNHÃO

2.1. Preza a reverência. 

2.2. Experimenta o sobrenatural. 

2.3. Convive em comunidade 

3- OBJETIVOS DA COMUNHÃO

3.1. Unanimidade de propósitos 

3.2. Concordância 

3.3. Louvor a DEUS 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133.1

 

 

VERDADE APLICADA

Uma das marcas do discípulo de CRISTO é o interesse e a busca em estar junto com os que também estão em CRISTO.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Reafirmar a importância da unidade dos cristãos.
Mostrar o propósito de DEUS para a Igreja
Expor os benefícios da comunhão.

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 2.42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 Louvando a DEUS, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 133.1 A bênção da comunhão.
TERÇA – At 2.44 Tudo em comum.
QUARTA – At 16.5 A fé promove o crescimento.
QUINTA – 2Co 13.13 A graça e o amor se manifestam na comunhão.
SEXTA – CI 2.2 Corações unidos em amor.
SÁBADO – 1Tm 4.6 Um bom discípulo segue a sã doutrina.

 


HINOS SUGERIDOS: 61, 88, 573

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o discípulo obedeça à ordem divina para defender e promover a comunhão.

 

 

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COMUNHÃO

Gr. koinonia, um termo que pode ser traduzido como “comunhão” ou “amizade”, designa um compartilhamento comum ou a participação em algo. Ela (e suas formas cognatas) descreve a comunhão dos verdadeiros crentes com o Senhor e uns com os outros. Os ensinos essenciais relativos a esta verdade podem ser assim apresentados.

A comunhão surge com o novo nascimento (Jo 3.1-12), e é, portanto, restrita àqueles que estão “em CRISTO” (2 Co 5.17). Sua paternidade espiritual comum faz deles uma irmandade comum (Hb 2.11-13).

Dessa forma, a comunhão representa a unidade espiritual que liga os crentes a JESUS CRISTO e uns com aos outros (Jo 15.1-10; 17.21,23; Ef 4.3-16). Esta unidade transcende os laços naturais (Gl 3.28; Cl 3.11), embora não venha a abolir as diferenças providenciais entre os crentes (1 Co 7.20-24; Ef 6.5-9).

Esta comunhão encontra um resultado visível no compartilhamento mútuo das bênçãos materiais (Rm 12.13; 15.26,27; 2 Co 8.4; 9.9- 14; Gl 6.6; Fp 4.14-16). Na comunidade apostólica, no Pentecostes, este compartilhamento tomou a forma de uma comunidade de bens, embora não seja evidente que esta inovação tenha se tornado um precedente para as épocas seguintes (mas cf. 1 Tm 6.18; Hb 13.16). Em um nível mais elevado, a comunhão prepara para o uso livre dos dons espirituais, embora estes dons não sejam igualmente conferidos a todos os crentes (Mt 25.15; 1 Co 12.1-31). Dentro da comunidade cristã, as posições de liderança são tão importantes quanto as posições de submissão (Fp 2.29; 1 Ts 5.12,13; 2 Ts 3.14; Hb 13.7,17).

Restrita aos regenerados, a comunhão dos santos exclui necessariamente todos os outros relacionamentos que não lhe sejam compatíveis. O filho de DEUS não pode mais participar, no nível espiritual, dos planos e programas da humanidade pecaminosa (Sl 1.1,2; 26.4,5; 1 Co 5.9-11; 2 Co 6.14-18; Ef 5.7,11; 1 Tm 5.22).

Esta comunhão pode ser interrompida ou perturbada pelo pecado (1 Co 5.1-7; 1 Jo 1.6- 10), ou por algum erro de conduta (2 Ts 3.6- 15), ou em relação à doutrina (1 Jo 2.19; 2 Jo 9-11). E, portanto, muito necessário para o crente guardar sua vida escrupulosamente (1 Co 6.1-20).

Na vida atual, a comunhão dos santos encontra sua maior realização na comunhão com o DEUS Trino (1 Co 1.9; 2 Co 13.14; Fp 2.1; 1 Jo 1.3). Nos sofrimentos de CRISTO (Fp 3.10; 1 Pe 4.13) o crente encontra sua comunhão que é visivelmente retratada na Ceia do Senhor (1Co 10.16,20,21; 11.20-34).

Esta comunhão abençoada atinge sua consumação na comunhão eterna dos crentes com o DEUS Trino e uns com os outros (Sl 73.23- 26; Mt 8.11; Hb 12.22-24). Esta comunhão constitui uma bênção suprema da glória dos céus (Ap 5.9-14; 7.9-17). Veja Amizade. W. B. - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos

 2º Trimestre de 2008 - Título: As Disciplinas da Vida Cristã — Trabalhando em busca de perfeição - Comentarista: Claudionor de Andrade

 

Lição 12: A união cristã, o vínculo da perfeição

 

 

TEXTO ÁUREO

 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42).

 

VERDADE PRÁTICA

 O amor é a característica mais forte do verdadeiro cristão. Identifica-o como discípulo de JESUS, realçando ao mundo o vínculo da nossa perfeição.

 

LEITURA DIÁRIA

 Segunda — Cl 3.14 O amor é o vínculo da perfeição

 Terça — Jo 13.35 O amor mútuo é testemunho do discipulado autêntico

 Quarta — 1Co 13 A excelência do amor divino

 Quinta — Hb 13.1-3 O amor cristão manifesto entre os necessitados

 Sexta — 1Co 13.4-8 Os atributos do amor

 Sábado — Jo 3.16 O verdadeiro amor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 João 3.11-20.

11 — Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

12 — Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.

13 — Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos aborrece.

14 — Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.

15 — Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna.

16 — Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

17 — Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele a caridade de DEUS?

18 — Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.

19 — E nisto conhecemos que somos da verdade e diante dele asseguraremos nosso coração;

20 — sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é DEUS do que o nosso coração e conhece todas as coisas.

 

INTERAÇÃO

Professor, vamos falar mais uma vez sobre a organização da classe para o próximo trimestre. Na Caderneta de Classe há duas seções importantes: o Relatório Anual Pessoal e o Rol da Classe. Você as conhece? A primeira deverá ser preenchida com as informações dos quatro Relatórios Trimestrais, portanto, sempre no último trimestre. Organize os dados de cada trimestre, a fim de facilitar seu trabalho no final do ano. Na segunda, escreva os dados pessoais de cada aluno. Lembre-se: o professor é responsável pela fidelidade das informações na Caderneta. Use essas informações para incentivar, premiar e organizar suas aulas. DEUS o abençoe.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Definir a comunhão dos santos.

Descrever a comunhão dos santos na Bíblia.

Viver em união na igreja local.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, com certeza você já observou, na Caderneta, os nomes dos alunos que faltam frequentemente. Caso não seja possível visitá-los, envie uma carta ou e-mail. A CPAD tem editado alguns modelos de cartas, entre elas, a que se destina aos alunos ausentes. Há também uma carta-convite para novas matrículas. Uma vez que estamos próximos do início do terceiro trimestre é recomendável que o professor envie essas cartas aos alunos ausentes e também aos crentes que não frequentam a Escola Dominical. Trabalhemos “enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4).

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

 

Palavra Chave

Comunhão: Vínculo espiritual e social estabelecido pelo ESPÍRITO SANTO entre os salvos em CRISTO.

 

Ronald J. Sider descreve, com vivas cores, a comunhão dos santos: “Para os primeiros cristãos, koinonia não era a ‘comunhão’ enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela igreja. Não era chá, biscoitos e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de CRISTO”.

 

I. O QUE É A COMUNHÃO DOS SANTOS

Do que acima afirmamos, depreende-se: a comunhão dos santos implica, primacialmente, na aceitação plena, por nossa parte, daqueles por quem CRISTO morreu. Definamo-la de conformidade com o Novo Testamento.

1. Definição. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), comunhão dos santos é o “vínculo espiritual e social estabelecido pelo ESPÍRITO SANTO entre os que recebem a CRISTO como o seu Único e Suficiente Salvador. Tendo como base o amor, tal vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual CRISTO é a cabeça” (Ef 4.1-16).

2. A origem da nomenclatura teológica. Embora tal expressão não se encontre nas páginas do Novo Testamento, sua ideia acha-se permeada em toda a Bíblia Sagrada. Ela foi usada, oficialmente, pela primeira vez, num sermão pregado por Nicéias de Remesiana por volta de 400.

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A comunhão dos santos é o vínculo espiritual e social estabelecido pelo ESPÍRITO SANTO entre os que recebem a CRISTO como Salvador.

 

II. A COMUNHÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

A comunhão dos santos é uma expressão biblicamente forte. Quer na comunidade de Israel, quer na Igreja Primitiva, seu conceito histórico-teológico não é uma mera definição; é uma prática que leva o povo de DEUS a sentir-se como um só corpo.

1. A comunhão dos santos em Israel. Nos momentos de emergência nacional, levantavam-se os hebreus como um só homem (1Sm 11.7; Ed 3.1). Isto mostra que, se um israelita sofria, os demais também sofriam; se uma tribo via-se em perigo, as outras viam-se ameaçadas. A fim de manter o seu povo unido, suscitava o Senhor líderes carismáticos como, por exemplo, Gideão e Davi.

O amor entre os israelitas era realçado na Lei e nos Profetas (Lv 19.18). Os hebreus, por exemplo, não podiam emprestar com usura para seus irmãos (Lv 25.36). Quando da colheita, eram obrigados a deixar, aos mais pobres, as respigas. Foi o que aconteceu à moabita Rute (Rt 2.2).

Quando a comunhão dos santos em Israel era quebrantada, instalava-se a injustiça social, a opressão e a violência (Jr 6.6). Para conter todas essas misérias, erguia DEUS os seus profetas que, madrugando, repreendiam os injustos, buscando reconduzi-los aos princípios da Lei de Moisés (Jr 25.3). No tempo de Neemias, a tensão social a tal ponto chegou, que os israelitas vendiam-se, a fim de resgatar suas dívidas. Alguns acabaram por entregar suas filhas como escravas a povos estrangeiros (Ne 5.1-7). A comunidade hebréia do Antigo Testamento foi destruída por não mais cultivar a comunhão dos santos.

2. A comunhão dos santos em o Novo Testamento. Sem a comunhão dos santos não pode haver cristianismo. Todos os escritores do Novo Testamento, a exemplo do Salvador, realçaram a comunhão dos santos.

No Sermão do Monte, JESUS ensinou aos seus discípulos a se amarem uns aos outros; doutra forma: não seriam contados entre os seus seguidores. Lucas ilustra, vivamente, como era o cotidiano da comunidade dos discípulos do Nazareno. Aliás, um casal morreu fulminado pelo Senhor por haver infligido o princípio básico da comunhão cristã (At 5.1-10). Saulo discorre sobre a unidade dos fiéis, descrevendo-a como o vínculo da perfeição (Cl 3.14). Tiago critica os cristãos que, apesar de se apresentarem como tais, eram movidos pelo desamor e inspirados por um preconceito social (Tg 2.1-13).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A comunhão dos santos é uma doutrina ensinada no Antigo e Novo Testamento, não sendo mera definição, mas doutrina e teologia.

 

III. A COMUNIDADE DOS BENS

A Igreja de CRISTO mostra o que pode fazer o amor de DEUS em nossos corações. Um amor, aliás, que se traduz em prática e não em meros conceitos. O que dizer, por exemplo, da comunidade de bens?

1. Comunidade de bens. Prática observada nos primeiros dias da Igreja, quando os crentes, premidos pelo amor de DEUS, “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2.45).

2. A história da comunidade de bens. Segundo alguns historiadores, a comunidade de bens nasceu entre os essênios — seita judaica que floresceu durante o período interbíblico. Todavia, não levaram eles seu projeto adiante, por causa de seu legalismo e falta de amor.

No entanto, a comunidade de bens não somente floresceu entre os cristãos, como também espraiou-se por todos os continentes onde o Cristianismo é verdadeiramente observado. Hoje, a comunidade de bens dos cristãos traduz-se em hospitais, asilos, creches, leprosários etc. Nenhuma outra religião, em toda a história da humanidade, mantém laços tão firmes de amor como o Cristianismo.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A “comunidade de bens” era uma prática observada na igreja primitiva que consistia em levar os bens aos apóstolos, a fim de que os repartissem, conforme a necessidade de cada crente.

 

IV. COMO VIVER A COMUNHÃO DOS SANTOS

Observemos, pois, como poderemos viver, em sua plenitude, a comunhão dos santos.

1. Amando-nos uns aos outros. “Tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pe 1.22 — ARA).

2. Empatizando nos uns com os outros. Significa comungar, sincera e amorosamente, dos sentimentos de nossos irmãos, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

3. Socorrendo os domésticos na fé. Quem são os domésticos na fé? Se bem atentarmos à epístola que enviou Paulo aos gálatas, verificaremos que são aqueles que fazem parte da família de DEUS. Por conseguinte, devem eles ser a nossa prioridade máxima: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10).

4. Orando uns pelos outros. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16 — ARA).

 

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

A comunhão dos santos pode ser experimentada através do amor mútuo, da empatia, da ajuda aos santos em suas necessidades e orando uns pelos outros.

 

CONCLUSÃO

Não pode haver cristianismo sem a comunhão dos santos; esta, além de ser o vínculo da perfeição, torna visível a unidade da fé. Levemos em conta, também, ser a comunhão dos santos a recomendação que nos faz o Senhor JESUS: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34).

Atentemos também a esta declaração do pastor e teólogo inglês Matthew Henry: “Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que DEUS impôs para aceitá-los”.

Tem você mantido comunhão com os santos? Cultive-a, a fim de tornar-se, verdadeiramente, cristão.

 

VOCABULÁRIO

Alijar: Livrar-se de; aliviar-se de.
Empatia: Colocar-se na situação de outrem.
Espraiar: Estender, alastrar.
Premer: Fazer pressão.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BRUNELLI, W. Conhecidos pelo amor. RJ: CPAD, 1995.

 

EXERCÍCIOS

1. Defina a comunhão dos santos conforme o Dicionário Teológico.

R. Vínculo espiritual e social estabelecido pelo ESPÍRITO SANTO entre os que recebem a CRISTO como o seu Único e Suficiente Salvador.

2. Cite dois textos bíblicos que ordenam a comunhão entre os israelitas.

R. Lv 19.18; 25.36.

3. Transcreva e medite no texto de Colossenses 3.14.

R. (Livre).

4. O que é a “comunidade de bens”?

R. Prática observada nos primeiros dias da Igreja, quando os crentes, premidos pelo amor de DEUS, “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2.45).

5. Como podemos viver a comunhão dos santos?

R. Por meio do amor mútuo, da empatia, da ajuda aos santos em suas necessidades e orando uns pelos outros.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Devocional

“Igreja: lugar de vida

A igreja primitiva transmitia vida pela unidade. Havia um só propósito, um só alvo, uma só determinação, muito amor por JESUS e uns pelos outros. A obra de DEUS era a prioridade número um na vida daquela Igreja. Todos buscavam o interesse de JESUS e do seu trabalho, e isso era percebido por todos. Aquela Igreja era viva e transmitia vida de tal forma que as multidões afluíam a ela (At 2.44; 4.32; 5.12).

Transmitia vida pela comunhão. Aquela Igreja possuía uma profunda comunhão com DEUS e uns com os outros (At 4.32). Isso fazia daquela comunidade o lugar mais agradável do mundo, pois o amor era o sentimento mais forte nas relações entre os irmãos. A comunhão e o amor eram tão fortes que os irmãos vendiam suas propriedades e entregavam o dinheiro aos apóstolos. O respeito era grande entre eles […]”.

(FERREIRA, I. A. Igreja: lugar de soluções. RJ: CPAD, 2001, pp.28.)

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Digno de duplicada honra, diz a Bíblia, são “os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O verbo “trabalhar”, do grego kopiaō , tem o sentido de “trabalho que conduz à exaustão”. Os líderes da igreja não devem apenas ocupar-se com a liderança da comunidade cristã, mas “esforçarem-se arduamente” na Palavra ( logos ) e no ensino ( didaskalia ). O dom de ensino não exclui o esforço e a dedicação pessoal ao ministério. Portanto, a Bíblia admoesta o professor a se dedicar ao ministério do ensino, mesmo que para isso ele seja levado à exaustão. 

Didaskalia refere-se tanto ao ensino sistemático das doutrinas e verdades bíblicas, quanto às técnicas envolvidas na transmissão do ensino e o trabalho que advém desta nobre tarefa.

 

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A IGREJA (BEP – CPAD)

Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

 

A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de DEUS em CRISTO, que se reúne como cidadãos do reino de DEUS (Ef 2.19), com o propósito de adorar a DEUS. A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).

A igreja é apresentada como o povo de DEUS (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de CRISTO (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com DEUS (1Pe 2.5; ver Hb 11.6).

A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de DEUS. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por DEUS e Pai (2Co 18).

A igreja é o templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO (ver 1Co 3.16; 2Co 6.147.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade.

A igreja é o corpo de CRISTO (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com CRISTO. A cabeça do corpo é CRISTO (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).

A igreja é a noiva de CRISTO (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a CRISTO, quanto o amor de CRISTO à sua igreja e sua comunhão com ela.

A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do ESPÍRITO SANTO (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do ESPÍRITO (Ef 4.4) e o batismo com o ESPÍRITO (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).

A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).

A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do ESPÍRITO (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado. O ESPÍRITO que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de DEUS, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).

A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17; Jd 3).

A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de CRISTO para buscar o seu povo (ver Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).

A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em CRISTO. (b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11, 17, 26; ver 2.7), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e “mornos” (Ap 3.16; ver Mt 13.24; At 12.5).

 

 

 

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Revista BETEL na íntegra – 4tr23

 

Lição 9, Betel, O Verdadeiro Discípulo promove a comunhão, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A COMUNHÃO DA IGREJA

1.1. No partir do pão 

1.2. Nas orações 

1.3. Na doutrina apostólica 

2- A VIDA EM COMUNHÃO

2.1. Preza a reverência. 

2.2. Experimenta o sobrenatural. 

2.3. Convive em comunidade 

3- OBJETIVOS DA COMUNHÃO

3.1. Unanimidade de propósitos 

3.2. Concordância 

3.3. Louvor a DEUS 

 

TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Salmos 133.1

 

VERDADE APLICADA

Uma das marcas do discípulo de CRISTO é o interesse e a busca em estar junto com os que também estão em CRISTO.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Reafirmar a importância da unidade dos cristãos.
Mostrar o propósito de DEUS para a Igreja
Expor os benefícios da comunhão.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 2.42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 Louvando a DEUS, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Sl 133.1 A bênção da comunhão.
TERÇA – At 2.44 Tudo em comum.
QUARTA – At 16.5 A fé promove o crescimento.
QUINTA – 2Co 13.13 A graça e o amor se manifestam na comunhão.
SEXTA – CI 2.2 Corações unidos em amor.
SÁBADO – 1Tm 4.6 Um bom discípulo segue a sã doutrina.


HINOS SUGERIDOS: 61, 88, 573

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o discípulo obedeça à ordem divina para defender e promover a comunhão.

 

INTRODUÇÃO

A comunhão é um dos aspectos cruciais e característicos da Igreja Cristã, razão pela qual é chamada pelo apóstolo Paulo de “Corpo de CRISTO”. Sem essa condição, ela não serviria aos propósitos de DEUS na Terra.

 

1- A COMUNHÃO DA IGREJA

O significado da palavra comunhão, no dicionário, é o conjunto de pessoas que partilham as mesmas crenças, ideias, tendências, valores etc. O sentido bíblico do termo vem do grego koinonia, que se traduz por “fraternidade, associação, comunidade, comunhão, participação conjunta, relação”. É muito importante que cada membro do Corpo de CRISTO esteja bem consciente de que o serviço cristão não nos dispensa da comunhão uns com os outros. Esse Corpo, por sua vez, por ser de CRISTO carece de comunhão com Ele [1 Jo 1.6].

 

1.1. No partir do pão 

A primeira reunião para partir o pão associada à comunhão da Igreja de JESUS foi convocada por Ele [Lc 22.8]. Durante a ceia no cenáculo, JESUS chamou o pão de “minha carne”, simbolizando a comunhão entre os discípulos e deles com JESUS. A partir dali, JESUS os orientou a realizar o mesmo ato, em sua memória [Lc 22.19]. Ao excluir os crentes da comunhão, Diótrefes sabotou a ordem divina [3 Jo 10].

 

A Ceia é o partir do pão, a comunhão que deve ser o estilo de vida dos crentes em JESUS, o cabeça do Corpo [C11.18]. Fomos criados por DEUS para o relacionamento e comunhão com Ele, e a natureza relacional do ser humano e Sua transcendência exigem o culto, eis por que, quando não adoram o DEUS verdadeiro, os seres humanos elegem deuses falsos e filosofias vãs. A “mesa” é um dos maiores símbolos de comunhão, foi nela que CRISTO partiu o pão em unidade com Seus discípulos [Mt 26.19-20], Diótrefes não promovia a comunhão, o que era seu papel como um obreiro influente. Ao contrário disso, ele excluía as pessoas da Igreja [310 10]. Por causa dessa atitude, João, usando de sua autoridade apostólica, resolve denunciar as atitudes de Diótrefes contrárias ao bom desenvolvimento da igreja local.

 

1.2. Nas orações 

A oração é uma atividade espiritual que promove a comunhão, seja individualmente ou em grupo. No primeiro caso, acontece quando estamos em comunhão com DEUS, sendo a oração o canal desse relacionamento [Mt 6.6]. No segundo, é na unidade da igreja quando está reunida no mesmo propósito [At 2.42]. Foi por meio da oração que JESUS pediu ao Pai para que nós nos tornássemos um entre nós mesmos e um com Ele [Jo 17.11]. Esse desejo de JESUS era Sua prática de vida e ministério, pois estava constantemente em oração e comunhão com o Pai, em momentos bons ou difíceis [Mt 26.39]. O Corpo de CRISTO é a Igreja unida que se conecta com o “Cabeça” pela oração, o que Diótrefes ignorava, pois não prezava os irmãos e, ao invés de reunir-se com eles, os lançava fora da igreja. Gaio e Demétrio amavam a comunhão, por isso recebiam e hospedavam não só os irmãos, mas os estranhos, dando mostras do verdadeiro amor cristão [3 Jo 5].

 

A Igreja nasceu num ambiente de comunhão e oração [At 1.12-14]. Notamos que os discípulos, após a ascensão de JESUS, procuraram permanecer juntos em oração, aguardando o cumprimento da promessa. E quando o ESPÍRITO SANTO veio sobre eles, “estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Neste dia, o povo de DEUS se tornou o Corpo de CRISTO cheio do ESPÍRITO SANTO. John Stott diz que esse fato gerou “a comunhão do ESPÍRITO” [2Co 13.13] e essa comunhão nos fez ser parte desse corpo, a Igreja de DEUS.

 

1.3. Na doutrina apostólica 

Lucas frisa que os crentes da Igreja Primitiva se dedicaram ao ensino por meio da comunhão. O termo no grego didache significa “ensino, doutrina, instrução nas assembleias religiosas dos cristãos”. Havia no início da Igreja uma comunhão com propósito doutrinário, que passou a fazer parte do estilo de vida da Igreja, que era perseverar “na doutrina dos apóstolos” [At 2.42].

 

Cristãos que negligenciam a Palavra de DEUS ficarão secos. E sua alienação espiritual pode espalhar morte por todo o seu campo eclesiástico. A corrupção e a doença espirituais na vida de um discipulador podem espalhar-se como câncer por toda a vida espiritual de todos que estão ligados a ele. A falsa doutrina, juntamente com a má conduta, pode condenar muitos ao inferno mais rapidamente do que todas as paixões ou pecados da carne. Diótrefes não podia suportar o peso da doutrina de João, que era séria e verdadeira, voltada para as profundidades interiores do ser.

 

EU ENSINEI QUE:

A comunhão deve ser desejada pelo discipulador, como JESUS a desejou, e promovida, conforme fazia a Igreja Primitiva, em reuniões com os irmãos, por meio de oração e do ensinamento bíblico perseverante

 

2- A VIDA EM COMUNHÃO

Igreja é uma comunidade de fé e nasceu com esse caráter. Eles andavam, oravam e comiam juntos. A comunhão era um estilo de vida da Igreja Primitiva e essa modalidade não expirou. A comunhão é uma ordem divina que promove bênçãos [Sl 133] e o desejo de JESUS [Jo 17]. Esse estilo de vida levou a Igreja a um novo patamar espiritual e ministerial, a charis, a simpatia que atraia os não crentes, fazendo a Igreja crescer [At 2.47].

 

2.1. Preza a reverência 

Os prodígios e sinais que DEUS efetuava na Igreja gerava temor, da própria comunidade de fé [At 5], e dos de fora. Essa reverência é condição indispensável no relacionamento do cristão com DEUS, o que Diótrefes desprezava a olhos vistos, razão pela qual era irreverente no trato com a “Igreja de CRISTO”. A reverência está vinculada à santidade, caráter que a Igreja, que será buscada por JESUS, deve ter, conforme Efésios 5.27.

 

Diótrefes usava várias acusações falsas e palavras maliciosas para afastar e manter fora aqueles que estavam pregando a verdade. O negócio dele não era comunhão, mas apenas aquilo que traria alguma benesse para si. Ele não permitiu sem mesmo que a igreja recebesse os textos de João. Seus esforços para proteger seu próprio império religioso eram prejudiciais à causa de CRISTO. A Igreja só tem um Senhor e DEUS, que deve ser reverenciado. Salomão disse: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” [Pv 9.10a]. O relato do apóstolo João demonstra que faltava a Diótrefes a sabedoria espiritual, que é imprescindível a todos que têm a responsabilidade de cuidar do Corpo de CRISTO.

 

2.2. Experimenta o sobrenatural 

A sobrenaturalidade era – e continua sendo – a marca da Igreja de DEUS. “Muitos sinais e prodígios aconteciam no meio dela através dos apóstolos. O que antes eles testemunharam com JESUS, agora, com o nascimento da Igreja, passava a ser realizado por eles [At 3.6,7]. As experiências sobrenaturais e o poder de DEUS eram meios de convencer os não crentes, além de mostrar a autoridade da Igreja. Mas, para Diótrefes, o que importava era exibir o seu super- poder humano por meio de ameaças e intimidações. É preciso estarmos atentos quanto ao aspecto sobrenatural da Igreja. Pois trata-se de algo inerente à sua própria natureza. Edificada por CRISTO, sobre CRISTO e feita morada de DEUS [Ef 2.20-22]. Diótrefes parece que não se importava com tal verdade.

 

Chamamos de sobrenatural tudo o que não conseguimos explicar naturalmente. DEUS quer que aprendamos a viver de forma a não sermos guiados e influenciados unicamente pelas circunstâncias naturais [2Co 5.7), mas dirigidos pelo ESPÍRITO SANTO. Maus discípulos como Diótrefes só veem o que enxergam naturalmente, eles não creem e não buscam uma vida sob nenhum comando, nem mesmo o divino. Assim, estão fora do âmbito do qual deveriam fazer parte, onde DEUS age.

 

2.3. Convive em comunidade 

A igreja é a comunidade cristã, um ambiente de fé onde a vida deve ser compartilhada. “Que eles sejam um”, JESUS pediu [Jo 17.11]. Antes de iniciar Seu ministério, Ele mesmo nomeou doze homens para que estivessem consigo [Mc 3.14], partilhando o chamado. Os primeiros cristãos começavam a moldar esse novo modo de viver, passando a ter “tudo em comum”, ou seja, a viver sob o koinos, termo grego que significa “comum, ordinário, compartilhado por muitos”. Esse era o espírito sob o qual Gaio vivia, como um obreiro generoso e hospitaleiro que dava abrigo aos missionários em sua casa [3 Jo 5].

 

O discípulo que se inspira em JESUS constrói um relacionamento com base no amor e no respeito. Ele sacrifica sua natureza prepotente e vaidosa, porque sabe que é impossível representar a CRISTO sendo um líder arrogante e insensível. Diótrefes tinha muito o que aprender, já que não sabia partilhar nada.

 

EU ENSINEI QUE:

A Igreja é a comunidade espiritual onde há compartilhamento de dons e de coisas. Fomos chamados para doar e receber

 

3- OBJETIVOS DA COMUNHÃO

A comunhão quebra o egoísmo, pois funciona pelo altruísmo, ou, como ensina o apóstolo Paulo em Filipenses 2.3-4: “… considere os outros superiores a si mesmos. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”.

 

3.1. Unanimidade de propósitos 

O termo unânime vem do original grego homothumadon, que tem o sentido de “com uma mente, de comum acordo, com uma paixão singular, única”. Esse significado aparece em 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Isso nos ajuda a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssono”, que aponta para harmonia em grau e tom. A Igreja nasceu para que seus integrantes andassem em harmonia de propósito: viver e compartilhar as boas-novas [Rm 10.15]. Gaio e Demétrio andavam na verdade, ou seja, estavam sob o propósito divino. Mas Diótrefes vivia para seus próprios interesses [2Co 6.12].

 

JESUS expressou qual era o propósito divino, ao nomear seus discípulos para saírem por todas as nações, batizando pessoas em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; e ensinando-as a guardar tudo o que Ele havia ordenado [Mt 28.19-20a].

 

3.2. Concordância 

Pouco antes da vinda do ESPÍRITO SANTO, os discípulos de JESUS receberam uma ordem dele, para ficarem unidos em oração, enquanto esperavam a promessa do ESPÍRITO [At 1.4]. A decisão deles foi obedecer: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar” [At 2.1]. Havia neles o mesmo coração, cujo termo original grego é kardia, por isso o ESPÍRITO caiu sobre todos. Gaio e Demétrio estavam juntos, em concordância com seu líder João, para o mesmo propósito.

 

Diótrefes não atraiu nenhuma concordância, pois andava sozinho, fora do espírito comunitário da igreja. O verdadeiro líder leva todos em consideração, transmitindo ao grupo a alegria de estarem uns com os outros e de trabalharem juntos, fazendo com que todos se sintam valiosos e necessários. Ao escrever sua Terceira Carta, João faz isso, mostrando o contraponto entre um mau discípulo que pensava em si, que era Diótrefes, e outros que andavam na verdade do chamado e do Evangelho, que eram Gaio e Demétrio. Esses, por seus posicionamentos, foram louvados e referenciados pelo apóstolo João. A concordância entre o povo de DEUS em torno das verdades e dos valores bíblicos resulta em progresso e crescimento da Igreja [Mt 18.19].

 

3.3. Louvor a DEUS 

Louvar a DEUS era uma das expressões de alegria e gratidão manifestadas pelos irmãos da Igreja Primitiva [At 2.47]. Havia consciência de que era DEUS quem estava agindo e não de qualquer pessoa da igreja, ainda que fosse um de seus líderes mais proeminentes [Rm 11.36]. Sendo um deles, João tinha esse entendimento e denunciou a motivação errada de Diótrefes, que gostava de “ser o mais importante entre eles” [3]o 9].

 

O fato de um crente buscar aplausos é algo que está em desarmonia com o coração de DEUS [Jo 7.18]. Quando buscamos louvores, desviamo-nos de JESUS. Em seu livro Atitude: práticas positivas que levam ao sucesso, o Bispo Samuel Ferreira escreveu: “O Senhor não somente opõe-se ao orgulhoso, mas fica longe-bem longe dele. Devemos abandonar qualquer pensamento de estrelismo que nos faça pensar que somos especiais”. A Igreja Primitiva reconhecia que o louvor pertence a DEUS [Ap 19.1].

 

 

EU ENSINEI QUE:

A Igreja existe para caminhar em unidade e unanimidade de propósitos, com seus membros e líderes servindo com o mesmo coração, em gratidão e alegria pelo que DEUS realiza. É pela comunhão que a Igreja alcança o objetivo de considerar o outro superior a si mesmo.

 

CONCLUSÃO

Cada membro do Corpo de CRISTO necessita estar em constante vigilância quanto aos ataques do maligno e a tendência da natureza humana pecaminosa que tentam minar e destruir a comunhão do povo de DEUS. O mesmo ESPÍRITO que nos reveste de poder, também opera a união [Ef 4.3-6].