Escrita, Lição 11, CPAD, Missões E A Igreja Perseguida, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita, Lição 11, CPAD, Missões E A Igreja Perseguida, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 

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PowerPoint https://pt.slideshare.net/LuizHenriquedeAlmeid6/slides-lio-11-cpad-misses-e-a-igreja-perseguidapptx


TEXTO ÁUREO
“E também todos os que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições.” (2 Tm 3.12)

VERDADE PRÁTICA
Precisamos aprender com os cristãos perseguidos aspectos da fé cristã que só eles conhecem devido à natureza da opressão que eles experimentam.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 4.11-13 A marca do sofrimento de um cristão perseguido
Terça - At 22.25-29 Fazendo o uso sábio da Lei num contexto de perseguição
Quarta - Hb 13.3 É preciso se sensibilizar pela igreja perseguida
Quinta - Tg 5.16 A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos
Sexta - Ef 6.19,20 Tendo coragem e não desanimando com a perseguição
Sábado - 2 Co 11.22-28 Perseverança e resiliência num contexto de perseguição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.8,9,13,14; 8.1-4
Atos 6
8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
13 - Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
14 - porque nós lhe ouvimos dizer que esse JESUS Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
Atos 8
1 - E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
2 - E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.
3 - E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
4 - Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.

Hinos Sugeridos: 334, 357, 422 da Harpa Cristã
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE
PERSEGUIÇÃO
1. A perseguição contra Estevão, o primeiro mártir
2. A igreja foi dispersada
3. A perseguição cristã é uma realidade
II – A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE
1. Em muitos lugares ser cristão é perigoso
2. Coreia do Norte: a nação mais fechada ao
Evangelho
III – COMO AJUDAR A IGREJA PERSEGUIDA
1. Conhecer a gravidade da situação
2. Ore pela igreja perseguida
3. Se envolva com a causa da igreja perseguida
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Lição 11 - MISSÕES E A IGREJA PERSEGUIDA – SUBSÍDIO CPAD

 

Prezado(a) professor(a), a copiosa paz do Senhor. Na lição anterior, tratamos sobre o desafio enfrentado pela igreja na evangelização em regiões do mundo onde o Evangelho é rejeitado. Nesta lição, veremos de modo mais detalhado que, em muitos lugares, ser cristão é muito perigoso, haja vista a intensa perseguição aplicada à igreja.

Antes de abordarmos a gravidade da situação enfrentada pela igreja atual, é indispensável compreender que a perseguição contra a igreja é inevitável. As investidas de Satanás contra a igreja dos primeiros séculos abrangiam desde a admissão a falsos ensinamentos, que tentavam deturpar a sã doutrina, até prisões e flagelos contra os cristãos que pagavam com a própria vida o preço de pregar o Evangelho. Na atualidade, as estratégias de Satanás têm se diversificado, porém o modus operandi ainda tem sido a perseguição, prisão e morte aos cristãos em países que são extremamente fechados à liberdade religiosa. Como igreja livre, que desfruta da liberdade religiosa em seu país, nós, cristãos brasileiros, devemos nos sensibilizar com a causa da igreja perseguida. Muitos cristãos de várias denominações em nosso país sequer ouviram falar que haja igreja perseguida no mundo.

Por essa razão, é fundamental que os departamentos de Missões e Evangelismo que operam em nossas igrejas desenvolvam eventos e cultos de conscientização missionária. São oportunidades para mostrar à igreja livre o que está acontecendo com nossos irmãos perseguidos em todo o mundo. Além disso, a igreja pode também patrocinar algum projeto de ajuda à igreja perseguida ou mesmo realizar campanhas de intercessão em prol da causa dos irmãos que se encontram presos. Há muito a ser feito e pode ser feito pela igreja livre no tocante a apoiar os irmãos que estão sendo perseguidos.

O pastor José Satírio, ao descrever a sua experiência no campo missionário, afirma que “se em Jesus Cristo houve essa disposição ao sofrimento, ela também deve estar presente em seus seguidores, especialmente naqueles que foram chamados ao santo ministério. O nosso Senhor, quando nos chamou, não prometeu que, enquanto servíssemos, nos protegeria dos sofrimentos, nem que enriqueceríamos. Mas deixou claro que no mundo teríamos aflições (Jo 16.33) e que deveríamos ser canal de bênçãos e de enriquecimento para os outros” (SANTOS, José S. Fé, Visão e Destino Profético. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 113). Que Deus nos conceda um coração com empatia para compreender a dor de nossos irmãos perseguidos. Tomar conhecimento do que se passa com eles é ter o mesmo sentimento que os filipenses tiveram em relação a Paulo (Fp 4.14,15). É preciso se importar!

 

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Lição 11 - Quando Vem A Perseguição
Estudos retirados do CD da CPAD 3º Trimestre de 2000
Evangelismo e Missões - 3º Trimestre de 2002 - CD CPAD
A Igreja Cumprindo Sua Tarefa  - Comentários de Pr. Esequias Soares
 
 
INTRODUÇÃO

A perseguição é uma das armas que Satanás ainda hoje usa na tentativa de impedir a proclamação do evangelho de Cristo. Jesus disse que somos perseguidos porque não somos do mundo (Jo 15.18,19). 

I. AS PERSEGUIÇÕES DO PRIMEIRO SÉCULO

1. No primeiro século. Os romanos viam os primeiros cristãos como uma ramificação do Judaísmo; pensavam, pois, que ambos grupos eram uma mesma coisa. Na época, Roma não queria muitos problemas com os judeus, por causa do seu ultranacionalismo. Havia um ditado em Roma que dizia que quem governasse bem a Judéia estaria apto para governar Roma, pois era a região um verdadeiro “barril de pólvora”. Por isso o Judaísmo era uma religião legal, segundo a legislação romana. Daí, as perseguições na era apostólica eram locais e promovidas por judeus e gentios. O Cristianismo só caiu na “ilegalidade” quando descobriram que Cristianismo e Judaísmo não eram a mesma coisa.
2. O crescimento da Igreja sob as perseguições. Justino, o Mártir, apologista da Igreja do séc. II, disse por volta de 150 d.C.: “Não existe mais povos, raças ou nações que não façam orações em nome de Jesus”. A população do Império Romano, nos dias de Nero, era de 120 milhões de habitantes. Ainda nos dias apostólicos, o Novo Testamento diz textualmente que a expansão do evangelho foi desde Jerusalém ao Ilírico, a atual Albânia (Rm 15.19), e de maneira indireta, diz que chegou até a Etiópia, na África (At 8.27,39). 

II. AS PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS

1. Crise social. O Cristianismo era visto como ameaça para o paganismo. Ameaça social, pois ensina a igualdade de todos os homens (Gl 3.28), e os romanos consideravam escravos como sub-humanos e os demais povos, bárbaros. Os judeus agradeciam a Deus não haver nascido escravo, gentio e nem mulher. Os apóstolos propagavam os ensinos de Jesus, que devemos amar Deus acima de todas as coisas e o nosso próximo (Mc 12.29-31). Os romanos não entendiam essa mensagem e consideravam-na uma ameaça à estrutura social do império (At 16.20-22) e os judeus, às tradições de seus antepassados (At 6.14; 21.27, 28). 
2. Crise religiosa. O crescimento vertiginoso da Igreja era uma constante preocupação para os romanos. Em virtude da singularidade de Cristo e do exclusivismo do Cristianismo, os cristãos se recusavam participar do culto ao imperador e dos demais cultos pagãos. Por causa disso eram reconhecidos pelas autoridades como ateus, anarquistas e inimigos do Estado (1 Jo 5.21). 
3. Crise econômica. A crise religiosa gerou uma nova crise: a econômica. Os novos crentes, libertos da idolatria, não mais se interessavam em adquirir as estatuetas dos deuses, usadas nos nichos ou penates (At 19.24). Isso afetou não só os “santeiros” que vendiam imagens dos deuses, como também os arquitetos e engenheiros que construíam grandes templos. O manifesto de Demétrio, que impediu Paulo de pregar para uma multidão no teatro de Éfeso (19.30,31), já era prenúncio de uma série de perseguições gerais, que foram onze até o Edito de Milão, assinado por Constantino em 313 d.C. 

III. PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS

1. Os comunistas. Karl Marx apregoava a alienação religiosa, doutrina que ensina o homem a se rebelar contra Deus. Ele chamou a religião de “ópio do povo”. Afirmava que o homem criou as instituições sociais e que agora se tornou escravo delas, devendo portanto rebelar-se contra elas. Os comunistas elaboraram programas sistemáticos para exterminar o Cristianismo e fechar as igrejas nos países sob o seu controle.
2. Queda do Muro de Berlim. Com essa derrocada, a história provou que religião não é “o ópio do povo”, mas sim “a alma do povo”. O Cristianismo triunfou sobre as forças satânicas. O bloco comunista, que parecia a fortaleza satânica mais inexpugnável da terra, caiu! (Is 45.2; 54.17). 

VI. PERSEGUIÇÕES NOS DIAS ATUAIS

1. Declaração Universal dos Direitos do Homem. Diz no artigo XVIII: “Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”. A legislação dos países civilizados e democráticos seguem essa orientação. Apesar de todas essas garantias temos ainda enfrentado o problema de perseguição. 
2. Um exemplo a seguir. Paulo enfrentou perseguições em suas viagens missionárias. Mesmo assim ele fundou igrejas na Ásia Menor e Europa. Ora, se ele enfrentou tal situação, por que não nós hoje na atualidade? Precisamos aprender com ele. A obra missionária não é uma alternativa e nem um pedido de Jesus, mas uma necessidade e sobretudo uma ordem imperativa (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20) a ser cumprida a despeito das circunstâncias.

CONCLUSÃO

A legislação romana protegia a atividade dos apóstolos, mas isso não foi suficiente para impedir as perseguições locais, como acontece nos dias atuais. O problema, portanto, não é de ordem social, política ou econômica, mas, sim, espiritual. Estamos numa guerra contra o reino das trevas (2 Co 10.4,5). Carregar a cruz de Cristo (Mc 8.34; 10.21) não significa meramente suportar nossas cargas, pois cruz simbolizava morte e não carga. Jesus estava falando à respeito das perseguições e outros sofrimentos por causa dEle. Devemos pois fazer o trabalho de Deus enquanto é dia, pois a noite vem quando ninguém pode mais trabalhar (Jo 9.4).
 
Questionário:
1. Por que o mundo nos persegue?
R. Porque não somos do mundo.
2. Por que as autoridades romanas defendiam os direitos de Paulo?
R. Não viam ilegalidade nas atividades do apóstolo.
3. Por que os cristãos eram tidos como ateus e anarquistas no Império Romano?
R. Porque se recusavam participar do culto ao imperador e dos demais cultos pagãos.
4. Por que as leis democráticas atuais não são suficientes para abolir as perseguições? 
R. Porque muitos países violam o direito de liberdade religiosa.
5. Por que as perseguições não são um problema de ordem social, política ou econômica? 
R. Porque o problema é espiritual. Estamos numa guerra contra o reino das trevas.

  

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https://portasabertas.org.br/

 

HISTÓRIA DA PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS

Entenda como a perseguição tem acompanhado a história da igreja ao longo dos séculos

 

Desde o triste dia em que Caim se levantou contra seu irmão e o matou, a perseguição tem se espalhado sobre a Terra. Do ponto de vista espiritual, os ataques são ainda anteriores aos eventos do Jardim do Éden, remontando ao tempo em que o orgulho de Satanás o fez desejar ser igual a Deus.

Nos dias de hoje, a batalha histórica entre o bem e o mal continua de maneira incessante e a injustiça se acumula, muitas vezes chocando qualquer observador da perseguição ao cristianismo.¹

Há quanto tempo os cristãos são perseguidos no mundo?

A perseguição, como temos visto, nunca se afastou da igreja. Certamente, para os que viveram durante as primeiras ondas de perseguição que varreram a história eclesiástica, ser perseguido parecia fazer parte normal da vida cristã.

De fato, a perseguição tem acompanhado a história da igreja, mas ela vem e vai como o movimento das ondas do mar. Os períodos de “tolerância” foram conseguidos a duras penas, seguidos inevitavelmente por novos ataques, tanto por forças de fora da igreja ou, tragicamente, de dentro dela própria. Nós, no Ocidente, no início do terceiro milênio, temos desfrutado de um longo período de liberdade religiosa. A história, no entanto, nos ensina que não há garantia de que essa liberdade continue.

Outros artigos no site

Por que os cristãos eram perseguidos no Império Romano?

Quais foram os outros povos que perseguiram os cristãos após a queda do Império Romano?

Quando os cristãos começaram a ser perseguidos pelos muçulmanos?

Quando a perseguição aos cristãos passou acontecer dentro da igreja?

Qual o impacto da Reforma Protestante na questão de perseguição aos cristãos?

Quando os cristãos passaram a enfrentar menor perseguição na Europa?

Quando iniciou a perseguição da União Soviética aos cristãos?

Como começou a perseguição aos cristãos na China?

Como o nazismo perseguiu os cristãos?

Como surgiu a perseguição aos cristãos na Coreia do Norte?

Qual o impacto da pandemia de COVID-19 na perseguição aos cristãos?

Por que o extremismo religioso é considerado um dos maiores inimigos dos cristãos hoje?

 

1 Resistência cristã, de Johan Companjen, São Paulo, Missão Portas Abertas, 2002.

² A Carta de Diogneto foi escrita por volta do ano 120 d.C. Trata-se do testemunho escrito por um cristão anônimo respondendo à indagação de Diogneto, pagão culto, desejoso de saber mais sobre a nova religião que se espalhava com tanta rapidez pelas províncias do Império Romano. Esse texto é considerado a “joia da literatura cristã primitiva”. Fonte:www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 dez. 2016 [N.E.].

³ Tertuliano de Cartago nasceu por volta do ano 150 d.C. e é considerado um dos pais da igreja. Fonte: http://www.icp.com.br/51materia2.asp. Acesso em: 12 dez. 2016 [N.E.].

4Os valdenses são uma denominação cristã que teve sua origem por volta de 1170 [N.E.].

5Esses cristãos foram chamados de “puritanos” porque defendiam que a Igreja Anglicana, na Inglaterra, excluísse totalmente práticas do catolicismo de seus cultos, ou seja, que fosse purificada [N.E.].

6“Huguenotes” era o nome dado aos protestantes franceses durante as guerras religiosas na França (segunda metade do século 16) [N.E.].

  

HISTÓRIA DA PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS

Entenda como a perseguição tem acompanhado a história da igreja ao longo dos séculos

 

A perseguição aos cristãos é definida como qualquer hostilidade às pessoas que se identificam como cristãs, de todas as denominações e também que não pertencem a uma denominação específica. A perseguição pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos. Essa é a definição dada na Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que dá base para o trabalho da Portas Abertas.

A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no mundo todo. O número de cristãos com medo de ir à igreja, que não têm uma igreja para ir e precisam escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter os filhos seguros só aumenta. Houve crescimento também no número de vítimas da violência extrema, que perderam familiares, casa, bens e a liberdade apenas por compartilhar a fé em Jesus Cristo.

Na compreensão clássica, a perseguição religiosa é realizada ou permitida pelo Estado. A realidade, porém, mostra que não é isso o que geralmente acontece. Nos dias de hoje, o papel de outros agentes está cada vez mais evidente — um exemplo disso são os grupos extremistas, tais como Estado Islâmico, Boko Haram, Al-Qaeda e Al-Shabaab.

Além desses, também podem ser mencionados: oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, líderes religiosos cristãos, grupos religiosos violentos, cidadãos e quadrilhas, parentes, partidos políticos, grupos paramilitares, redes criminosas, organizações multilaterais e grupos de pressão ideológica.

Portanto, a perseguição ocorre de formas diferentes de acordo com o lugar onde os cristãos vivem. Conheça agora os sete casos mais conhecidos de cristãos perseguidos.

  

Um dos perseguidos – Testemunho – Coreia do Norte

Hea-Woo é uma norte-coreana da terceira geração de cristãos na família, apesar de nunca ter ouvido falar de Jesus por sua mãe. No país, os cristãos são vistos como espiões do Sul; por isso, se descobertos, toda a família pode ser punida. 

Após a morte do presidente Kim il-Sung, as porções diárias de comida pararam de ser distribuídas para a população e muitas pessoas começaram a morrer de fome – foi o que aconteceu com uma das filhas de Hea-Woo. Antes disso acontecer, ela lhe disse: “Eu e seu pai somos culpados disso estar acontecendo com você” e a filha disse: “Eu não culpo você, mas culpo o país. Não há esperança aqui. Não morra de fome como eu. Vá embora desse lugar sem futuro”. Essas foram suas últimas palavras. A confiança de Hea-Woo no governo se transformava cada vez mais em decepção. 

Em 1996, o marido de Hea-Woo fugiu para a China. Um ano depois, o serviço de segurança informou a família sobre a fuga dele, o que implicava nele ser mandado de volta para a Coreia do Norte caso fosse encontrado no país vizinho. Durante seu tempo na China, ele conheceu um missionário e estudou a Bíblia com ele. Lá, serviu como líder de louvor em uma igreja frequentada principalmente por norte-coreanos. Porém, uma pessoa o denunciou e ele foi preso antes de ser mandado de volta para a Coreia do Norte. Na prisão, ele começou a falar de Jesus e dividia a comida com os presos. 

 

Colocando a fé em Cristo 

Certo dia, após ser transferido para uma prisão norte-coreana, os filhos foram visitá-lo na prisão. Como guardas entravam e saíam o tempo todo, o marido de Hea-Woo puxou a mão do filho por baixo da mesa e escreveu na palma de sua mão: “Creia em Jesus e ore a ele. Sempre que estiverem desanimados, passando fome ou tristes, orem a Jesus. Ele não é visível, mas ouve a oração de vocês e vai respondê-los. A única maneira de sobreviver neste país é crendo em Jesus e orando a ele”. Isso levou a família a colocar a fé em Cristo e a começar a orar a Deus. 

“Eu reconheci o que é a verdade. A fé do meu marido me ajudou a enxergar isso. Depois disso, nós começamos a orar. Não sabíamos muito sobre a palavra de Deus, mas percebi que nem o ditador Kim il-Sung, nem o Partido Comunista poderiam nos salvar, somente a fé em Jesus Cristo. Coloquei minha confiança em Jesus e comecei a orar.” 

 

Continuando o trabalho

Quando o marido de Hea-Woo foi executado, ela tomou a decisão de continuar o serviço a Deus que ele começou e decidiu fugir da Coreia do Norte também. Mas, durante suas tentativas, ela foi descoberta e mandada de volta. Primeiro, para uma prisão mista, onde foi interrogada e torturada durante muitos dias. Uma das prisioneiras contou aos guardas que Hea-Woo pregava a palavra de Deus dia e noite. Ela foi torturada muitas vezes e, em alguns momentos, teve medo de perder a consciência e negar a Jesus.

Ela orou e o Senhor lhe deu forças para suportar. “Eu ouvi uma voz que me dizia: ‘Pense no sofrimento de Jesus na cruz’. Essas imagens ficaram bem claras em minha mente e fui envolvida por elas”. Enquanto pensava no sofrimento de Jesus, Hea-Woo não sentiu nenhuma dor. Foi mandada de volta para a cela e lá ouviu uma voz do alto dizendo: “Minha filha amada, hoje você andou sobre as águas”. As outras mulheres não perceberam nada e Hea-Woo percebeu que Deus estava com ela em todos os momentos. 

Ela passou por um total de 10 prisões até ser levada para um campo de trabalho forçado. Ela entendeu que deveria falar sobre Deus dentro do campo, mas não sabia como fazer isso. Deus lhe mostrou a quem falar e como anunciar a palavra. Como as pessoas podiam morrer a qualquer momento, elas recebiam bem o evangelho. Foi assim que elas começaram uma igreja secreta no campo.

 

Um dos perseguidos – Testemunho – Irã

O pastor Nadarkhani foi condenado no Irã por plantar igrejas domésticas e promover o cristianismo

 

O pastor Yousef Nadarkhani, líder de uma das maiores igrejas protestantes do Irã, teve desentendimentos com autoridades iranianas e, por isso, em dezembro de 2006, foi preso com acusações relacionadas à apostasia e ficou detido por duas semanas. 

Depois foi novamente preso em 13 de outubro de 2009 por protestar contra uma decisão governamental que tentava impor o ensino do Alcorão ao seu filho.

No dia 8 de junho de 2010, foi preso de novo, desta vez junto com a esposa, Fatemeh Pasandideh, na cidade de Rasht, no Irã, por causa de atividades cristãs.

Nadarkhani começou como pastor de uma pequena comunidade evangélica e ficou marcado por converter muçulmanos a Cristo. O casal tem dois filhos. 

 

Pena de morte 

No dia 2 de outubro de 2010, o pastor  foi condenado à morte por enforcamento, por se converter ao cristianismo e encorajar muçulmanos a fazerem o mesmo. A condenação veio de uma corte na província de Gilan, apesar de tal delito não estar presente no código penal do Irã.  A data da execução seria em 24 de outubro do mesmo ano, mas foi adiada por forças de segurança na esperança de que Nadarkhani renunciasse a Cristo e voltasse ao islamismo. O pastor teve 20 dias para recorrer e entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal. A esposa dele foi sentenciada a prisão perpétua. No entanto, depois de uma apelação, ela foi liberada na audiência de 11 de outubro de 2010.

Depois do veredito, o pastor foi transferido do presídio de Lakan para um centro de detenção administrado pela polícia política da República Islâmica do Irã. O pastor enfrentou duas “audiências” adicionais, nos dias 27 e 28 de setembro de 2011, com o propósito principal de o fazerem negar a fé cristã. Os advogados de Nadarkhani tentaram apelar para que a sentença fosse revertida, mas se o tribunal agisse segundo sua própria interpretação da sharia (lei islâmica), ele poderia ser executado no dia seguinte.

Tecnicamente, não havia mais direitos para recursos e sob a interpretação da sharia, o pastor teria direito a três chances de se retratar. Aquela seria sua última chance, porém ele se recusou a negar a fé em Jesus Cristo. Depois disso,  poderia ser executado a qualquer momento, mas não foi o que aconteceu. Ele não foi morto, mas continuou preso.

 

Petição por libertação 

No ano de 2012, foi feita uma petição ao governo iraniano pela libertação dos prisioneiros. A petição solicitava que o presidente iraniano libertasse imediatamente e suspendesse as acusações contra os prisioneiros cristãos, inclusive o pastor Nadarkhani, que ainda poderia ser executado. Dois juízes o consideravam “passível de pena capital”, como parte da escalada contra a igreja protestante na nação muçulmana. 

Absolvição parcial 

Em setembro de 2012, a justiça voltou atrás e ele foi absolvido da apostasia, mas considerado culpado de evangelizar muçulmanos. No dia 25 de dezembro do mesmo ano, ele foi obrigado a retornar à cela, onde ficou até o dia 7 de janeiro de 2013. Depois disso, muitas falsas notícias circularam dizendo que ele estava morto. 

Nova prisão

Em 13 de maio de 2016, o líder cristão foi novamente detido, mas liberado no mesmo dia. As autoridades iranianas insistem que ele obedeça às leis do país e se converta ao islamismo. Então, em 24 de julho de 2016, ele foi convocado pelo Tribunal Revolucionário do Irã, na cidade de Rasht, com acusações de atividades sionistas e evangelismo de muçulmanos. O pastor tinha uma semana para pagar uma fiança estipulada no valor aproximado de 33 mil dólares, caso contrário poderia ser preso. 

A primeira audiência de Nadarkhani ocorreu no dia 15 de outubro e a segunda, em 16 de dezembro de 2016; porém nada de concreto foi decidido. A sentença máxima deveria ser de seis anos de prisão, porém Nadarkhani esteve preso por quase três anos antes de sua libertação em 2012. Apesar disso, no dia 24 de junho, o veredito foi uma condenação a dez anos de prisão, que só foi recebido em 6 de julho.

Em 4 de outubro de 2017, o advogado do pastor recorreu contra a sentença recebida por implementar igrejas  domésticas e promover o “sionismo cristão”. Nadarkhani também foi sentenciado a dois anos de exílio na cidade de Nik Shahr, localizada no sul do país, longe da família, que vive em Rasht. 

Em 13 de dezembro de 2017, o líder cristão passou por uma audiência de apelação no Tribunal Revolucionário de Teerã, na qual o advogado de defesa apresentou uma defesa oral e escrita, mas sem sucesso. No dia 2 de maio de 2018, uma ordem judicial confirmou a sentença. 

Prisão de Evin 

No dia 22 de julho de 2018, o pastor Nadarkhani foi novamente preso de forma violenta. Cerca de dez policiais iranianos se envolveram na ação e usaram força desnecessária com Yousef e seu filho, apesar de eles não oferecerem resistência. Acredita-se que o pastor foi levado para a prisão de Evin, em Teerã. Essa prisão foi, provavelmente, uma tentativa de intimidar a comunidade cristã.

Em outubro de 2019, o cristão entrou com pedido para novo julgamento, porém, a audiência só aconteceu em maio de 2020. Durante a espera pela decisão judicial, ele permaneceu preso em condições insalubres, mesmo durante a pandemia da COVID-19. A crise de saúde internacional fez com que não houvesse uma audiência formal para analisar o processo e nem fosse necessária a presença do réu diante do juiz Hassan Babaee. Então, em 22 de junho de 2020, a sentença do pastor Nadarkhani foi alterada, obtendo a redução para seis anos. 

O pastor e outros quatro cristãos presos foram contaminados em um surto de COVID-19 na prisão em fevereiro de 2022. Nadharkhani disse que só aceitaria a licença temporária da prisão se os cristãos presos com ele saíssem também, mas esse pedido foi negado. Então em 15 de abril de 2022, o pastor saiu da prisão pela primeira vez. Ele pagou uma fiança de 300 milhões de tomans (aproximadamente 11.500 dólares), mas mesmo assim a licença foi adiada em sete dias.

A última notícia que se tem sobre o caso é que o pastor Nadarkhani foi preso novamente e está de volta à prisão de Evin após curto período de liberdade em casa. Ele passou duas semanas em Rasht com a esposa, Tina, e os filhos, Danial e Youeil. Apesar dos pedidos de entidades que defendem a liberdade religiosa, ele continua preso.

De acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o governo do Irã deteve arbitrariamente o pastor Nadarkhani. Um grupo de trabalho da ONU pediu a libertação do líder e exigiu que o Estado o indenizasse por isso. Além disso, o grupo pede ao governo para "garantir uma investigação completa e independente das circunstâncias em torno da privação arbitrária de liberdade do pastor Nadarkhani e tomar as medidas apropriadas contra os responsáveis pela violação de seus direitos". O cristão continua condenado a dois anos de exílio após sua libertação da prisão de Evin, programada para 2025.

Libertação da prisão


No dia 26 de fevereiro, o pastor Yousef Nadarkhani fio liberto da prisão após decisão da corte iraniana. Apesar de sair da prisão, as demais punições permanecem. Ele receberá 30 chicotadas e terá de viver durante dois anos em exílio em uma área remota do país. “Agradeço a todos que oraram por mim enquanto estive na prisão. Tudo que eu suportei foi pouco em comparação com o que o Cristo fez por nós”, afirma Nadarkhani.  

 

IGREJA PERSEGUIDA

Quando os cristãos ao redor do mundo têm os direitos negados, por escolherem seguir a Jesus, eles se tornam vulneráveis a hostilidades em diferentes esferas da vida: na vida privada, na família, comunidade, na nação e na igreja. Isso faz com que eles sejam considerados cristãos perseguidos e pertençam à Igreja Perseguida.

De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2022, mais de 360 milhões de cristãos no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado da identificação com Cristo.

Essa perseguição religiosa ocorre quando alguém que se identifica como cristão, de todas as denominações e também quem não pertence a uma denominação específica, não tem os direitos de liberdade religiosa garantidos; quando a conversão ao cristianismo é proibida por conta de ameaças vindas do governo ou de grupos extremistas; são forçados a deixar as casas ou empregos por medo da violência; são agredidos fisicamente ou até mesmo mortos por causa da fé; são presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

O número de cristãos perseguidos inclui aqueles que são confrontados com outras formas de hostilidade do que apenas a violência isolada. Também, em alguns países, a perseguição afeta todos os cristãos, qualquer que seja sua denominação. Em outras nações, ela afeta apenas uma parte da comunidade cristã, a qual se difere em algum aspecto das outras denominações. Sendo um cristão, por exemplo, menos ativo no evangelismo e/ou em outras atividades públicas que outros, chama para si menos atenção e é menos confrontado.

A perseguição também pode depender da região do país onde vivem os cristãos. Áreas dominadas pelos muçulmanos em países de maioria cristã podem exercer uma forte pressão sob os cristãos, até mesmo cometer atos de violência contra eles, mesmo que o país seja de maioria cristã.

É para socorrer e fortalecer o corpo de Cristo que a Portas Abertas atua há mais de 65 anos em mais de 60 países onde existe algum tipo de proibição, condenação, execução ou ameaça à vida de pessoas ou à liberdade de crer e expressar a fé em Jesus Cristo. A Portas Abertas está a serviço de todos que declaram crer em Jesus e são perseguidos por isso, sem fazer acepção por denominação.

O apoio vem por meio de Bíblias, materiais cristãos, treinamentos, ajuda socioeconômica e presença — dentre muitas outras maneiras — para que esses cristãos sejam fortalecidos para servir e levar boas-novas as suas comunidades.

Sofrimento e Perseguição

Em 2002, houve a reformulação do logotipo da Missão a fim de ressaltar a fundamentação bíblica da atuação da Portas Abertas. Nesse processo, nos deparamos com a necessidade de fazer uma distinção clara entre “sofrimento” e “perseguição”.

Sofrimento implica todos os esforços e sacrifícios inerentes ao cumprimento da missão cristã em qualquer lugar onde o cristão viva. Ou seja, todos os cristãos envolvidos na vida da igreja podem se considerar “cristãos sofredores”. O sofrimento também pode vir de situações variadas de angústia, como doenças, questões familiares, problemas financeiros etc. Então dizemos que é sofrimento quando tais situações não são resultado direto de professar a fé cristã.

Perseguição implica todos os tipos de injustiça, de maus tratos e desrespeito aos direitos humanos com o objetivo de impedir a proclamação do evangelho, seja por parte de um indivíduo, seja de um grupo ou comunidade.

Resumindo, “sofrimento” é uma afirmação passiva, enquanto “perseguição” é uma afirmação ativa. É por isso que nós escolhemos falar sobre “os cristãos perseguidos” ou a "Igreja Perseguida”, e decidiu-se deixar de usar as expressões “cristãos sofredores” ou “Igreja Sofredora” no contexto do ministério da Portas Abertas.

O foco da Portas Abertas é apoiar a parte do corpo de Cristo que é perseguida. É por isso que quando a Portas Abertas é solicitada a atender cristãos que estejam sofrendo, mas não vivendo sob perseguição, ela busca o contato com alguma outra missão ou organização voltada a atender aquele tipo de fonte de sofrimento. Reconhecendo, assim, a importância de que irmãos que estejam sofrendo recebam a ajuda adequada.

 

Etiópia e perseguição

 Enquanto Bedru* era muçulmano, toda a comunidade o via com bons olhos na Etíopia. Mas quando decidiu seguir a Jesus, ele e sua família tornaram-se cidadãos de segunda classe e escória da sociedade.


O cristão e a família enfrentaram perseguição desde que os vizinhos viram uma Bíblia em sua mão. Os insultos tornaram-se frequentes, foram apedrejados e, por fim, tiveram a casa incendiada e as plantações destruídas.

Perseguição a meninos e meninas

Rosa* é a filha adolescente de Bedru e foi pressionada a abandonar Jesus. “Eles me disseram: ‘Vocês eram muçulmanos, mas viraram as costas para nós quando se tornaram cristãos’.” O assédio continuou: “Volte para nós ou você nunca vai se casar”. Mas a resposta de Rosa foi rápida e revelou o que estava em seu coração. “Eu respondi: ‘Eu sou casada com Jesus Cristo. Não se preocupe se eu ficar solteira, eu tenho um Senhor que cuida de mim’.”

Como Rosa é integrante da única família cristã do vilarejo, dificilmente encontrará outro seguidor de Jesus para ser seu marido. Em contextos de perseguição, a menina enfrenta sedução direcionada, que envolve a ideia de se casar com alguém que a ame e com quem possa constituir uma família feliz. Nessas condições, muitos muçulmanos radicais sentem-se encorajados a conquistar jovens cristãs, casam-se com elas prometendo respeitar sua fé, mas acabam proibindo-as de frequentar a igreja. Além disso, as jovens esposas são agredidas emocional, física e sexualmente e, geralmente, obrigadas a seguir o islã.

Quando as meninas são as únicas cristãs na família, seus algozes estão dentro de casa e costumam ser os próprios pais, irmãos, tios e primos. Eles prendem as meninas em casa, dão em casamento a algum religioso radical ou podem até matá-las para “restaurar a honra da família”.

Já os meninos e jovens cristãos costumam ser agredidos física e sexualmente. São sequestrados e obrigados a fazer parte de grupos armados, podendo até ser mortos, caso se recusem a se tornar soldados extremistas. Outra maneira de persegui-los é impedindo que tenham acesso a escola e empregos com salários justos e condições adequadas de segurança.

Confiança na adversidade

No caso da família de Bedru, durante o incêndio do lugar onde moravam, o filho caçula, que tinha menos de três anos, enfrentou o pior. “Quando saímos correndo de nossa casa em chamas, a multidão agarrou meu filho e o jogou no fogo. Corri para as chamas e o resgatei e também parte do meu gado”, testemunha o cristão.

Mesmo nessa hora, a família louvou a Deus e cantou uma canção que dizia: “Rei dos céus e da terra! Senhor, tem misericórdia de nós”. Eles assistiram à destruição de tudo que possuíam, mas nada pôde destruir a fé em Jesus.
 

*Nomes alterados por segurança.

Transforme a vida de cristãos na Etiópia

Bedru e a família são alguns dos muitos cristãos perseguidos na Etiópia que precisam de apoio para quebrar os ciclos da pressão e da violência. Doe e permita que igrejas criem projetos que beneficiem tanto os cristãos, como toda a comunidade. 

 

  

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Escrita, Lição 11, CPAD, Missões E A Igreja Perseguida, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
TEXTO ÁUREO
“E também todos os que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições.” (2 Tm 3.12)

VERDADE PRÁTICA
Precisamos aprender com os cristãos perseguidos aspectos da fé cristã que só eles conhecem devido à natureza da opressão que eles experimentam.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 4.11-13 A marca do sofrimento de um cristão perseguido
Terça - At 22.25-29 Fazendo o uso sábio da Lei num contexto de perseguição
Quarta - Hb 13.3 É preciso se sensibilizar pela igreja perseguida
Quinta - Tg 5.16 A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos
Sexta - Ef 6.19,20 Tendo coragem e não desanimando com a perseguição
Sábado - 2 Co 11.22-28 Perseverança e resiliência num contexto de perseguição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.8,9,13,14; 8.1-4
Atos 6
8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
13 - Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
14 - porque nós lhe ouvimos dizer que esse JESUS Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
Atos 8
1 - E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
2 - E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.
3 - E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
4 - Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.

Hinos Sugeridos: 334, 357, 422 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Fontes especializadas atestam que aproximadamente 360 milhões de cristãos sofrem algum tipo de perseguição e, em muitas delas, a obra missionária é realizada nesse contexto hostil. Por isso, a presente lição parte de um estudo bíblico em Atos dos Apóstolos para mostrar que a perseguição religiosa se repete em muitos países na atualidade.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar o contexto de perseguição na igreja primitiva; II) Apresentar a perseguição cristã na atualidade; III) Mostrar como podemos ajudar a igreja perseguida.
B) Motivação: Precisamos tomar conhecimento de casos em que irmãos nossos, por crerem nas mesmas coisas que cremos, padecem prisões e proibições em diversos lugares do mundo. Sim, isso ocorre em pleno século XXI.
C) Sugestão de Método: Seleciones vídeos em canais de instituições especializadas e comprometidas com a causa dos cristãos perseguidos e passe para a classe após a exposição da lição. Faça um fechamento, mostrando que o assunto tratado nesta semana é real e que a causa da igreja perseguida é concreta.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Estimule aos alunos a orarem pela causa da igreja perseguida, a tomarem conhecimento a partir de informações especializadas e a se envolverem com a causa da igreja perseguida no mundo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílio Especial: 1) O texto "Martírio de Estevão" ao final do primeiro tópico, amplia a reflexão a respeito da verdadeira Batalha Espiritual.
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE
PERSEGUIÇÃO
1. A perseguição contra Estevão, o primeiro mártir
2. A igreja foi dispersada
3. A perseguição cristã é uma realidade
II – A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE
1. Em muitos lugares ser cristão é perigoso
2. Coreia do Norte: a nação mais fechada ao
Evangelho
III – COMO AJUDAR A IGREJA PERSEGUIDA
1. Conhecer a gravidade da situação
2. Ore pela igreja perseguida
3. Se envolva com a causa da igreja perseguida


COMENTÁRIO-INTRODUÇÃO
A perseguição contra cristãos é uma realidade. Aproximadamente mais de 360 milhões de cristãos no mundo sofrem algum tipo de perseguição por expressar a sua fé em JESUS. Muitas vezes, a obra missionária é realizada num contexto de perseguição religiosa, política e cultural. Por isso, o tema desta semana é muito importante. Veremos como a igreja do Novo Testamento lidou com esse desafio, faremos um panorama da perseguição na atualidade e refletiremos a respeito do que podemos fazer para ajudar os cristãos e os missionários perseguidos que labutam na causa do Evangelho.

Palavra-Chave – Perseguição


I – A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE
PERSEGUIÇÃO
1. A perseguição contra Estevão, o primeiro mártir
 Estevão foi um servo de DEUS que se comportou com muita sabedoria diante de um levante contra ele na sinagoga chamada dos Libertos (At 6.9). O texto de Atos 6 nos mostra que ele passou a ser vítima de mentiras, subornos e de falsas testemunhas, fazendo com que Estevão disputasse com eles a respeito das Escrituras (At 7.1-53). O discurso de Estêvão foi tão assertivo que os judeus se enfureceram ao ponto de o expulsarem da cidade e o apedrejarem. Assim, esse discípulo de JESUS foi feito o primeiro mártir da Igreja (At 7.59,60).
 

2. A igreja foi dispersada
Como consequência do episódio ocorrido com Estêvão, uma grande perseguição aconteceu em Jerusalém e resultou na dispersão dos primeiros cristãos para a Judeia e Samaria (At 8.1). Todavia, à medida que os cristãos dispersos iam por todos os lugares, eles anunciavam a Palavra de DEUS (At 8.4). Podemos notar, portanto, que a perseguição se mistura com a origem da Igreja de CRISTO. Os primeiros cristãos viveram uma realidade que não é distante de muitos outros em pleno século XXI.
 

3. A perseguição cristã é uma realidade
De forma geral, podemos conceituar a perseguição como o ato de assediar, oprimir, dificultar ou negar os direitos fundamentais de ir e vir, torturar e/ou executar pessoas com bases em diferenças étnicas, políticas e religiosas. De acordo com os dados do portal Missão Portas Abertas, a perseguição aos cristãos está aumentando em muitas esferas do mundo. São aproximadamente mais de 360 milhões de cristãos no mundo que enfrentam algum tipo de oposição por expressar a sua fé em JESUS CRISTO. Isso significa que os cristãos são discriminados em alguns lugares, presos em outros e, até mesmo, torturados e mortos em alguns países.

SINÓPSE I - A narrativa de Atos dos Apóstolos, a partir do martírio de Estevão, mostra que a perseguição aos cristãos é uma realidade.

Auxílio VIDA CRISTÃ
MARTÍRIO DE ESTEVÃO
“As palavras de Estêvão diante do Sinédrio (isto é, o conselho religioso e do governo dos judeus) é uma defesa da mensagem e da fé, pregada por CRISTO, pelos seus primeiros discípulos, e pelos líderes da igreja primitiva. Estêvão é um antepassado e um exemplo de todos os que defendem a verdadeira fé bíblica daqueles que se opõem ao seu ensinamento ou o distorcem. Ele também é reconhecido como o primeiro a morrer por essa razão. JESUS confirma as ações de Estêvão e prova que este servo fiel estava certo por se levantar em sua honra, diante de seu Pai no céu (v. 55, nota). O amor de Estêvão pela verdade e a sua disposição em dar a sua vida para proteger e defender essa verdade estão em vívido contraste com aqueles que mostram pouco interesse em “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1944).

II – A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE
1. Em muitos lugares ser cristão é perigoso
Para muitas pessoas no mundo atual, se converter e proclamar a fé em JESUS significa receber uma oposição sistemática, serem obrigados a abandonar a família, perder o emprego, perder os bens, bem como os direitos básicos. Infelizmente, em muitos lugares, o exílio, a prisão, a tortura, a mutilação e a morte fazem parte do contexto de vida de muitos cristãos e missionários. Por isso, deveríamos ser gratos a DEUS pela liberdade que desfrutamos ainda em nosso país e, ao mesmo tempo, estar vigilantes com algumas ideologias e movimentos políticos que buscam sorrateiramente enfraquecer a influência da igreja em nome de um verniz de neutralidade religiosa. É importante deixarmos claro que a Constituição Brasileira ainda garante o seguinte: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias” (artigo 5º, inciso VI da Constituição Federal de 1988). Como o apóstolo Paulo, não devemos nos furtar de fazer uso da lei quando necessário (At 22.25-29).
 

2. Coreia do Norte: a nação mais fechada ao
Evangelho
Segundo a classificação do portal Missão Portas Abertas, em primeiro lugar em perseguição mundial, a Coreia do Norte é apontada como a nação mais fechada para o Evangelho desde o início deste século. Nestes últimos anos, o país norte-coreano teve três milhões de pessoas mortas pela fome. É um quadro desastroso. E, ao mesmo tempo, a perseguição religiosa é extrema. Infelizmente, a Coreia do Norte é uma vítima de uma tirania que arruinou a nação, tendo os cristãos sob intensa e horrorosa tortura. Por esse, e muitos outros motivos, a igreja mundial deve orar e se interessar pela Coreia do Norte. Imagine o que é fazer a obra missionária num país como a Coreia do Norte? Há muitos missionários que se arriscam para levar o Evangelho para os norte-coreanos.

SINÓPSE II - Em muitos lugares ser cristão é perigoso, como na Coreia do Norte, a nação mais fechada ao Evangelho.


III – COMO AJUDAR A IGREJA PERSEGUIDA
1. Conhecer a gravidade da situação
Infelizmente, não é tão fácil ter acesso a informações de qualidade em relação ao contexto de perseguição cristã no mundo.
Lamentavelmente, parece que há má vontade das mídias internacionais em divulgar esse quadro de violação aos direitos fundamentais do ser humano. Por isso, precisamos tomar consciência do terror religioso que a perseguição cristã nos revela. Nesse sentido, devemos ter acesso a dados e informações sérias e objetivas. Por exemplo, sites como SENAMI, Missão Portas Abertas e Voz dos Mártires prestam um excelente serviço de informação e apoio aos cristãos perseguidos. Portanto, procure conhecer a dimensão do problema e se sensibilize com ele (Hb 13.3).
 

2. Ore pela igreja perseguida
Devemos orar pelos cristãos perseguidos e pelos missionários desse contexto. Ora, a Bíblia nos ensina que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Por isso, ore para que os cristãos perseguidos e os missionários que atuam nesse contexto tenham coragem e não desanimem diante das perseguições (Ef 6.19,20). Ore por proteção de suas vidas, de suas famílias e suas comunidades. Ore também pelos perseguidores, pois eles também precisam de JESUS. Ore para que se arrependam e se convertam ao Evangelho, como ocorreu com o apóstolo Paulo.
 

3. Se envolva com a causa da igreja perseguida
Quando nos dispomos a orar pelos cristãos perseguidos já começamos a nos envolver com a causa da igreja perseguida. Naturalmente, ficamos mais sensíveis a obedecer à voz do Espírito SANTO. Pode ser que Ele nos chame a atuar de maneira mais efetiva e diretiva com a causa dos crentes perseguidos. Sem dúvida, o contato com os testemunhos de cristãos que resistem em fé diante de um governo opressor é muito poderoso para nos tirar da zona de conforto e nos desafiar a viver um Evangelho de maneira mais empenhada e compromissada. As histórias dos cristãos perseguidos revelam uma dimensão da fé que muitos cristãos atuais, principalmente no Ocidente, desconhecem (2 Co 11.22-28).


SINÓPSE III - Podemos ajudar a igreja perseguida, conhecendo a situação, orando pela igreja e se envolvendo com a sua causa.


CONCLUSÃO
Infelizmente, há lugares em que cristãos são mortos por causa de sua fé em JESUS. Isso mesmo, em pleno século XXI, pessoas são mortas por causa de JESUS em nome de ideologias satânicas que se sentem ameaçadas com os fundamentos da fé cristã. Oremos pelos nossos irmãos perseguidos!
Que DEUS nos conceda a graça de ser uma igreja que se alegra em estar na presença dEle, intercedendo dia após dia pela obra missionária, principalmente, pela igreja perseguida!


REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quem foi o primeiro mártir da Igreja?
Estêvão foi feito o primeiro mártir da Igreja (At 7.59,60).
2. Como podemos conceituar a perseguição?
De forma geral, podemos conceituar a perseguição como o ato de assediar, oprimir, dificultar ou negar os direitos fundamentos de ir e vir, torturar e/ou executar pessoas com bases em diferenças étnicas, políticas e religiosas.
3. O que a Constituição Federal nos garante sobre a liberdade de culto?
A Constituição Brasileira ainda garante o seguinte: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias” (artigo 5º, inciso VI da Constituição Federal de 1988).
4. Qual é o país mais fechado para o Evangelho?
Coreia do Norte.
5. Cite pelo menos uma forma de ajudar a igreja perseguida.
Conhecer a gravidade da situação.