Escrita Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência
no serviço cristão, 4Tr23, Pr Henrique EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2023, TEMA: Terceira
Epistola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e
fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CREDENCIAIS DO BOM TESTEMUNHO
1.1. Compaixão e amor
1.2. Mansidão
1.3. Bendizer e abençoar
2- TER UMA VIDA TRANSFORMADA
2.1. Pelo poder do Evangelho
2.2. Pelo testemunho cristão
2.3. Pelo poder do ESPÍRITO SANTO
3- VIVENDO PARA FAZER O BEM
3.1. Apartar-se do mal
3.2. Buscar a paz
3.3. Amar a justiça
https://youtu.be/W7z4RbVOpNw?si=0nHrjbuVQoNjkerm Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/escrita-licao-11-betel-o-verdadeiro.html
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PowerPoint https://pt.slideshare.net/LuizHenriquedeAlmeid6/slides-lio-11-betel-o-verdadeiro-discpulo-uma-referncia-no-servio-cristopptx
TEXTO ÁUREO
“Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós
testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.” 3 João 12
VERDADE APLICADA
O bom testemunho de um verdadeiro discípulo é alcançado ao longo de uma
trajetória que segue o exemplo do ministério de JESUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor a importância do testemunho
Ensinar como obter uma vida transformada
Ressaltar aspectos da prática do bem.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 PEDRO 3.8-12
8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os
irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
9 Não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário,
bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança,
alcanceis a bênção.
10 Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do
mal, e os seus lábios não falem engano.
11 Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos
às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 106.3 Praticar a justiça traz felicidade.
TERÇA – Lc 6.28 Bendizer até quem maldiz.
QUARTA – At 16.2 Ser reconhecido pelo bom testemunho.
QUINTA – 2 Ts 3.13 Insistir em fazer o bem.
SEXTA – Tg 5.16 A oração de um justo tem poder.
SÁBADO – 1 Pe 3.17 É melhor sofrer pelo bem que fazer o mal.
HINOS SUGERIDOS: 115, 126, 186
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discípulo construa uma trajetória reconhecida pelo bom
testemunho.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 8, Paulo, o Discipulador de Vidas
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2021 - CPAD - Para
adultos
Tema: O
Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a
igreja de CRISTO - Comentário: Pr. Elienai Cabral - Complementos, ilustrações e
vídeos: Pr. Henrique
Lição 8, Paulo, o Discipulador de Vidas
https://www.youtube.com/watch?v=vFR5h6hmub4 subsídio - Lição
12, A Urgência do Discipulado, 1Trimestre de 2021, Pr Henrique, EBD NA TV
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/11/escrita-licao-8-paulo-o-discipulador-de.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/11/sides-licao-8-paulo-o-discipulador-de.html
https://www.youtube.com/watch?v=n7zfAyKPlks Vídeo desta lição
TEXTO ÁUREO
“E, Paulo tendo escolhido a Silas,
partiu, encomendado pelos irmãos à graça de DEUS. E passou pela Síria e
Cilícia, confirmando as igrejas.” (At 15.40,41)
VERDADE PRÁTICA
O discipulado cristão forma
discípulos de CRISTO para que o imitem de forma que DEUS seja glorificado na
sociedade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 28.19,20 O discipulado
é uma ordem do Senhor
Terça - At 2.14-41 A pregação como ponto de partida
Quarta - At 2.42-47 O discipulado como formação na
Igreja Primitiva
Quinta - Fp 4.8,9 O discipulado nos faz pensar nas
coisas mais elevadas
Sexta - Cl 3.21 O discipulado nos faz buscar as coisas
que são de cima
Sábado - 1Co 10.31 Discipulados a fim de viver para
glória de DEUS
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Atos 2.42-47; 20.1-4
Atos 2.42 - E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43 - Em cada alma
havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 - Todos
os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 - Vendiam suas
propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha
necessidade. 46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o
pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 - louvando a
DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar.
Atos 20.1 - Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou
a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia.2 - E, havendo andado
por aquelas terras e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia. 3 -
Passando ali três meses e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse
de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia. 4 - E acompanhou-o,
até à Asia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e
Gaio, de e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
2.42 DOUTRINA DOS APÓSTOLOS, E NA COMUNHÃO, E NO PARTIR
DO PÃO, E NAS ORAÇÕES.
A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do
NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma
igreja neotestamentária.
(1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de
pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente
buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At
13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).
(2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os
pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à
igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42;
4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e
concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se
manifestarão.
(4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm
12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At
2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério
quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).
(6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7;
16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos
ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os
membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a
ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a
congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da
Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1
Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo
temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma
preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no
pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co
5.1-13; ver Mt 18.15).
(10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos
padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a
direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1
Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
(11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos
responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1
Tm 3.8).
(12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre
os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação
local como também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31;
2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At
1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos
materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2;
2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e
dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará
ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma
igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a
não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas
entre seus membros.
CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT enfrentavam a
perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora
morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados.
Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e
contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser
atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração
coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS
é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras
de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que
declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no
livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e
coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos
por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de
oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música,
animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO
SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas (1.14).
OBJETIVO GERAL
- Revelar a missão integral da Igreja no Discipulado: pregar e ensinar.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Relacionar o apóstolo Paulo com o discipulado
bíblico;
Salientar a integralidade da missão no Discipulado:
pregar e ensinar;
Ponderar o discipulado com pessoas de outras culturas.
Resumo da Lição 8, Paulo, o Discipulador de Vidas
I – PAULO E O DISCIPULADO BÍBLICO
1. O
discipulado bíblico.
2. Paulo, o discipulador.
3. A metodologia de Paulo para o discipulado.
II – O DISCIPULADO E A MISSÃO INTEGRAL DE PREGAR E
ENSINAR
1. A pregação:
o ponto de partida.
2. O Ensino: “fazer discípulos”.
3. Pregação e ensino.
III – O DISCIPULADO COM PESSOAS DE OUTRAS CULTURAS
1. A pregação
para os seus irmãos.
2. A expansão para os gentios.
3. O discipulado numa cultura diferente.
DISCIPULADO - Pr. Henrique
Discipulado é fazer o discípulo parecido com CRISTO.
O discipulado não tem fim, mas tem objetivo: fazer o discípulo
gerar outro discípulo.
DISCIPULADO
O verdadeiro discipulado estimula a leitura da bíblia
completa, a frequência na EBD e a evangelização, enquanto ministra o batismo
nas águas e o batismo com o ESPÍRITO SANTO a todos novos convertidos.
Doutrinas cristãs básicas
Hb 6.
PELO que, deixando
os rudimentos da doutrina de CRISTO, prossigamos até à perfeição, não lançando
de novo o fundamento do
1- arrependimento das obras mortas e da
2- fé em DEUS,
3- E da doutrina dos baptismos, e da
4- imposição das mãos, e da
5- ressurreição dos mortos, e do
6- juízo eterno.
A Comunidade dos
Discípulos - Atos 2:42-47 - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo)
AT e NT - (com correções e acréscimos do Pr. Henrique).
Falamos frequentemente da
igreja primitiva e nos referimos a ela e sua história. Nestes versículos, temos
a história da igreja verdadeiramente primitiva, dos seus primórdios, da sua
legítima infância. É o estado de sua maior inocência.
I
Os cristãos da igreja primitiva guardavam
rigorosamente as ordenanças santas e eram profusos em todo tipo de devoção e
piedade, pois o cristianismo, reconhecido em seu poder, coloca a alma em
posição de ter comunhão com DEUS em todas as maneiras em que Ele nos fez para
conhecê-lo e prometeu nos conhecer.
1. Os primeiros cristãos eram diligentes e constantes
em reunir-se para ouvir a pregação da palavra. Eles perseveravam na doutrina
dos apóstolos (v. 42), sem jamais repudiá-la ou abandoná-la. Ou, conforme outra
leitura: “Eles se mantinham constantes no ensino ou instrução dos apóstolos”. O
batismo nas águas era imediatamente ministrado aos novos convertidos e
eles foram discipulados a aprender, ficando propensos ao ensino. Veja que
aqueles que se entregam a JESUS devem estar plenamente cônscios da obrigação de
ouvir sua palavra, pois assim lhe prestam honras e se edificam a si mesmos.
2. Os primeiros cristãos persistiam na comunhão dos
santos. Eles continuaram firmes na comunhão (v. 42), perseverando unânimes
todos os dias no templo (v. 46). Essa comunhão consistia no amor uns pelos
outros e num rico relacionamento social entre eles. Tratava-se de um povo muito
unido. Quando se retiraram da geração perversa, não viraram ermitões, mas se
achegaram ainda mais uns aos outros e aproveitavam toda oportunidade para se
reunirem. Onde quer que haja um discípulo, tem de haver mais, uma vez que são
gente da mesma origem e essência. Veja como estes cristãos amam uns aos outros.
Eles se preocupavam uns com os outros, demonstravam simpatia mútua e, de
coração aberto, defendiam as causas uns dos outros. Comungavam juntos na
adoração religiosa. Reuniam-se no templo: esse era o lugar do encontro, pois
nossa comunhão conjunta com DEUS é a melhor comunhão que podemos ter uns com os
outros (1 Jo 1.3). Observe: (1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos
os dias no templo (v. 46), não só nos sábados e nas festas solenes, mas em
outros dias, diariamente. Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e,
sempre que houver oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente melhor.
O Senhor ama as portas de Sião (Sl 87.2), e devemos imitá-lo. (2) Os cristãos
da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia ou discussão
entre eles, somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se reuniam nos
cultos públicos. Embora se agregassem aos judeus nos pátios do templo, os
cristãos mantinham reuniões exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações
separadas.
3. Os primeiros cristãos juntavam-se na ordenança da
Ceia do Senhor. Eles perseveravam [...] no partir do pão (v. 42), celebrando o
memorial da morte do Mestre, como pessoas que não se envergonhavam de
relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este crucificado (2 Co 2.2). Eles
não podiam deixar de lembrar a morte de CRISTO, por isso mantinham este momento
comemorativo e o tornaram prática constante, porque era uma instituição de CRISTO
a ser transmitida às eras sucessivas da igreja. Eles repartiam o pão em casa,
kat oikon – de casa em casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no
templo, visto que isso era peculiar aos estabelecimentos cristãos. Por isso,
ministravam essa ordenação em casas particulares, escolhendo as casas dos
cristãos convertidos conforme a praticidade, às quais os vizinhos se dirigiam.
Eles iam de uma a uma destas pequenas "igrejas" domésticas, casas que
continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com as pessoas que
normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
4. Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas
orações (v. 42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado, como também antes
enquanto o esperavam, eles permaneceram imediatamente em oração. A oração
jamais será substituída até que venha a ser absorvida no louvor perpétuo. O
partir do pão se coloca entre a obra e a oração, pois se liga a ambas, e é uma
forma de assistência apara ambas. A Ceia do Senhor é um sermão para os olhos e
uma confirmação da palavra de DEUS para nós. É um incentivo para as nossas
orações e uma expressão solene da ascensão de nossa alma a DEUS.
5. Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças;
sempre estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração
e não algo a ser escondido num canto. Aqueles que recebem o ESPÍRITO SANTO
devem ser ricos em louvores a DEUS.
II
Os cristãos da igreja primitiva amavam uns aos outros
e eram muito gentis. Suas obras de caridade eram tão valorosas quanto sua
devoção. Suas reuniões nas santas ordenanças uniam os corações uns aos outros,
tornando-os muito estimados e amados entre eles mesmos.
1. Os primeiros cristãos tinham
frequentes reuniões para convivência cristã: Todos os que criam estavam
juntos (v. 44). Não era que todos esses milhares de pessoas estivessem em um
lugar só (isto seria impraticável), mas, eles se reuniam em diversos grupos ou
congregações, segundo a língua, a nação ou outra forma de associação que os
mantivesse unidos. E assim se unindo, por estarem separados daqueles que não
criam e por estarem na mesma categoria religiosa e prática dos deveres
religiosos, o texto diz que eles estavam juntos, epi to auto. Eles se mantinham
juntos e, assim, expressavam e aumentavam o amor mútuo.
2. Os primeiros cristãos tinham tudo em comum (v. 44).
Talvez tivessem reuniões nas casas para temperança, convivência, troca de
ideias e ausência de formalismo. Eles comiam juntos (v. 46) para que os
que tivessem muito pudessem repartir suas posses e, assim, se livrassem das
tentações da abundância; e os que tivessem pouco recebessem uma porção maior e,
então, se guardassem das tentações da necessidade e pobreza. Ou havia entre
eles tamanha preocupação e prontidão em ajudar uns aos outros sempre que havia
oportunidade que se podia dizer: eles tinham tudo em comum de acordo com a lei
da amizade e benevolência. Um não queria o que o outro tinha, pois poderia
tê-lo se o pedisse.
3. Os primeiros cristãos eram muito alegres e
generosos no uso do que tinham. Além do aspecto religioso que havia nos
banquetes sagrados (o partir do pão de casa em casa), grande parte disso
aparecia nas refeições comuns: eles comiam as refeições juntos com alegria e
singeleza de coração (v. 46). Eles levavam para casa o consolo da mesa do
Senhor, fato que trazia duas boas consequências: (1) Esta prática tornava os
cristãos da igreja primitiva muito amáveis e lhes aumentava o gozo santo do
coração. Eles comiam o pão com alegria e bebiam vinho com bom coração,
sabedores de que DEUS se agradava das obras que praticavam (Ec 9.7). Ninguém
tem mais motivos para ser alegre do que cristãos bondosos. É lamentável que não
haja tantos corações assim hoje em dia. (2) Esta prática tornava os crentes da
igreja primitiva muito liberais com os irmãos pobres e lhes aumentava a
caridade do coração. Eles comiam juntos com alegria e singeleza de coração, en
apheloteti kardias – com liberalidade de coração. Assim, segundo alguns. Eles
não comiam seus bocados sozinhos, mas recebiam alegremente os pobres à mesa,
não de má vontade, mas com sincera liberdade. Veja que convém aos cristãos
serem francos e generosos, semeando com abundância em toda boa obra, como
pessoas em quem DEUS semeou com abundância e espera colher outro tanto.
4. Os primeiros cristãos angariaram fundos para obras
assistenciais: Eles vendiam suas propriedades e fazendas (v. 45). Alguns
venderam suas terras e casas, outros, seus animais e a mobília de casa e
repartiram o dinheiro com os irmãos, segundo cada um tinha necessidade. O
propósito não era acabar com as propriedades, mas com o egoísmo. Por essa
atitude, eles tinham provavelmente em vista o mandamento que JESUS deu ao jovem
rico como teste de sinceridade: Vende tudo o que tens [e] dá-o aos pobres (Mt
19.21). A intenção não era para servir de modelo de lei obrigatória e
permanentemente, como se todos os cristãos de todos os lugares do mundo fossem
forçados a vender suas propriedades e dar o dinheiro para as obras
assistenciais. Impressionante é que aqueles que não ajudaram aos mais
pobres, vendendo suas próprias propriedades, perderam tudo no ano 70 d.C.,
poucos anos mais tarde, devido a invasão romana.
As epístolas de Paulo, escritas depois deste fato,
falam da distinção entre ricos e pobres. O próprio JESUS disse: Sempre tendes
convosco os pobres (Mt 26.11), e os ricos sempre têm de fazer o bem com os
salários, rendimentos e lucros de suas propriedades. Eles se tornariam
impossibilitados de cumprir tal determinação, caso tivessem de vender todos os
seus bens e dar tudo de uma vez. Portanto, esta situação consistia num caso à
parte. (1) Os cristãos da igreja primitiva não estavam sob a obrigação de um
mandamento divino para fazer isso, como se deduz das palavras de Pedro a
Ananias: Não estava em teu poder? (Atos 5.4 - isso quer dizer - não estava
subordinado a sua própria vontade?). Mas era exemplo extremamente elogiável de
sua superioridade sobre o mundo, do desprezo que lhe davam, da certeza de
existir outro mundo, do seu amor pelos irmãos, da compaixão pelos pobres e do
grande zelo à promoção do cristianismo e cuidado em seus primórdios. Os
apóstolos deixaram tudo para seguir JESUS e dedicar-se totalmente à palavra e
oração. Por conseguinte, algo tinha de ser feito para seu sustento. Esta
liberalidade extraordinária era semelhante à que Israel teve no deserto para a
construção do tabernáculo – liberalidade que precisou ser contida (Êx 36.5,6).
Nossa regra é dar conforme DEUS nos abençoou. Não obstante, numa situação
extraordinária como esta, é digno de louvor aqueles que dão ainda acima do seu
poder (2 Co 8.3). (2) Os cristãos da igreja primitiva que procederam desse modo
eram judeus e criam em JESUS. Não sabiam ainda, mas a nação judaica logo seria
destruída, ocasionando um fim à posse de propriedades e bens, na invasão romana
em 70 d.C.. Vender suas propriedades e doar o dinheiro colocando aos pés dos
apóstolos era ajudar a obra de JESUS CRISTO e sua igreja.
III
DEUS reconhecia os crentes da igreja primitiva como
filhos e lhes dava provas surpreendentes da sua presença entre eles: Muitas
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos (v. 43). Eram milagres de
diversos tipos que confirmavam a doutrina apostólica e comprovavam
incontestavelmente ser ela proveniente de DEUS (Mc 16.20). Quem era usado em
milagres podia ajudar milagrosamente a si e aos pobres de sua comunidade, como JESUS.
Era prova da graça e amor dos crentes para com os outros o vender suas
propriedades.
Além de lhes dar poder para realizar sinais, prodígios
e maravilhas, todos os dias o Senhor salvava mais almas através da pregação e
demonstração de poder de DEUS ao povo (v. 47). A palavra na boca dos
apóstolos era confirmada por sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20), e o
Senhor abençoava seus esforços em aumentar o número de crentes. Perceba que é
obra de DEUS acrescentar almas à igreja, é um milagre a salvação oferecida a
todos, fato que gera grande alívio e consolo nos ministros e cristãos.
IV
Os não-cristãos (os de fora, os curiosos, os
espectadores) eram influenciados pela união, amor e pelos milagres nos quais os
primeiros cristãos eram usados por DEUS (ex.: Pedro, Estêvão, Filipe, Paulo).
1. Na igreja primitiva, os não-cristãos temiam os cristãos e
tinham profundo respeito por eles: Em cada alma havia temor a DEUS (v. 43),
quer dizer, em quase todos que viam as muitas maravilhas e sinais feitos pelos
apóstolos e discípulos de JESUS. O medo era que a falta do devido respeito
trouxesse desgraça à nação dos não-cristãos. O povo tinha muito medo dos
cristãos, como Herodes teve muito medo de João Batista. Embora não tivessem
pompa exterior que obrigasse respeito exterior, como as vestes compridas dos
escribas lhes ocasionavam as saudações nas praças (Lc 20.46), os cristãos
possuíam abundância de dons espirituais que eram verdadeiramente honrosos,
gerando nos não-cristãos extrema reverência por eles. O medo vinha sobre cada
alma. A alma das pessoas era estranhamente influenciada pela tremenda pregação
e majestosa vida dos apóstolos. 2. Na igreja primitiva, os cristãos caíam na
graça dos não-cristãos (v. 47). Embora tenhamos razão para pensar que havia
aqueles que menosprezavam e odiavam os cristãos (como seguramente faziam os
fariseus e os príncipes dos sacerdotes), os não-cristãos em sua maioria eram
bondosos e amáveis para com eles: os cristãos da igreja primitiva caíam na
graça de todo o povo (E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO.
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque
ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de
muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram
curados. E havia grande alegria naquela cidade. Atos 8:5-8).
JESUS foi tão violentamente vilipendiado e menosprezado pela
multidão que clamava: Crucifica-o! Crucifica-o! (Lc 21.23), que se pensaria que
sua doutrina e seguidores jamais se interessariam pelo povo comum. Mas aqui o
texto sacro nos informa que os cristãos estavam na graça de todos os
não-cristãos, dando a entender que o povo perseguiu JESUS em virtude de um tipo
de força satânica que lhe sobreveio pela esperteza dos sacerdotes. Mas agora o
povo caiu em si e voltou ao bom juízo. Observe que a devoção sincera e a
caridade aberta inspiram respeito e que a alegria em servir a DEUS torna
atraente a religião para aqueles que não a possuem. Alguns interpretam assim:
Eles tinham caridade para com todo o povo – charin echontes pros holon ton
laon. Os primeiros cristãos não limitavam suas obras assistenciais e milagres
aos integrantes da comunidade cristã, mas eram liberais e extensivos. Este
procedimento os recomendava muitíssimo. 3. Na igreja primitiva, os não-cristãos
afluíam para os crentes. Todos os dias um ou outro não-crente agregava-se à
igreja, embora não tantos como no primeiro dia do pentecostes e no dia do
milagre do coxo, na porta formosa. Eram aqueles que se haviam de salvar (v.
47). Os que forem lavados a JESUS pela pregação do evangelho serão
acrescentados à igreja em um concerto santo pelo batismo e em comunhão santa
pelas outras ordenanças.
RESUMO SOBRE DOUTRINA - Conhecendo as Doutrinas da
Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman - Editora Vida
Introdução: Um confronto teológico
A teologia, sobre a qual versa este livro, no sentido
etimológico, é: "o assunto acerca de DEUS", assunto o mais
elevado de que é capaz de se ocupar a mente humana. Vários métodos
de teologia têm sido propostos, como sejam: especulativo,
deístico, racionalista, dogmático e místico. Esses têm conduzido os
homens a conclusões contrárias às Escrituras, conclusões que violam
ao mesmo tempo a nossa natureza moral.
O método teológico, que ao mesmo tempo honra as
Escrituras e também satisfaz à alma do homem é o método indutivo, tal
qual o autor deste livro, Myer Pearlman, o emprega. A Bíblia é para
o teólogo o que a natureza é para o homem de ciência. É sua fonte
de fatos concretos. O teólogo reverente adota, para averiguar o que
a Bíblia ensina, o mesmo método que o filósofo adota para averiguar o
que a natureza ensina.
Nesse processo, que requer grande diligência,
precaução e exaustivo trabalho, derivam-se os princípios dos fatos, e não
os fatos dos princípios. Os grandes fatos da Bíblia devem ser
aceitos tais quais são, e deles edificar-se o sistema teológico, a
fim de abraçá-lo na sua integridade.
É motivo de grande satisfação notarmos que as
Escrituras contêm todos os fatos da teologia, admitindo verdades
intuitivas, tanto intelectuais como morais, por causa da nossa
constituição como seres racionais e morais. Ao mesmo tempo admitem as Escrituras
o poder controlador sobre as crenças exercido pelo ensino intimo do ESPÍRITO
SANTO, ou seja a experiência religiosa. Esta verdade ao bem se ilustra na
palavra do apóstolo Paulo que disse: "A minha palavra, e a minha
pregação não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em
demonstração de ESPÍRITO e de poder" (1 Cor. 2:4). Esse ensino ou
"demonstração" íntima do ESPÍRITO SANTO limita-se às verdades
objetivamente reveladas nas Escrituras, não como revelação de novas
verdades, mas como iluminação da mente que a torna apta para perceber a
verdade, a excelência e a glória das coisas anteriormente reveladas.
Assim disse o apóstolo Paulo em continuação da
passagem: "Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO
penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS. Porque, qual
dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que
nele está ? Assim também ninguém sabe as coisas de DEUS, senão o ESPÍRITO
de DEUS. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o ESPÍRITO que
provém de DEUS, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado
gratuitamente por DEUS. As quais também falamos, não com palavras de
sabedoria humana, mas com as que o ESPÍRITO SANTO ensina, comparando as
coisas espirituais com as espirituais. Ora o homem natural não compreende
as coisas do ESPÍRITO de DEUS, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é
espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem
conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos
a mente de CRISTO" (1 Cor. 2:10-16).
Essa posição doutrinária e bíblica, simples e
espiritual, é a posição tomada pelo autor, o irmão Myer Pearlman, posição
do apóstolo Paulo.
Nessa posição a Bíblia contém todos os fatos e todas
as verdades reveladas pelo ESPÍRITO de DEUS ao homem. N. Lawrence Olson
I. A natureza da doutrina
A doutrina cristã (a palavra "doutrina" significa "ensino"
ou "instrução") pode definir-se assim: as verdades fundamentais
da Bíblia dispostas em forma sistemática. Este estudo
chama-se comumente: "teologia", ou seja, "um tratado ou um
discurso racional acerca de DEUS". (Os dois termos serão usados
alternadamente nesta seção.) A teologia ou a doutrina assim se descreve: a
ciência que trata do nosso conhecimento de DEUS e das suas relações para
com o homem. Trata de tudo quanto se relaciona com DEUS e com os
propósitos divinos.
Por que descrevemos a teologia ou a doutrina como sendo uma
"ciência"? A ciência é a disposição sistemática e lógica de
fatos comprovados. A teologia é chamada ciência porque consiste
em fatos relacionados com DEUS e com as coisas de ordem
divina, apresentadas de uma maneira lógica e ordenada.
Qual é a conexão entre a teologia e a religião? Religião vem da palavra
latina "ligare" que significa "ligar";
religião representa as atividades que "ligam" o homem a DEUS
numa determinada relação. A teologia é o conhecimento acerca de DEUS. Assim
a religião é a prática, enquanto a teologia é o conhecimento.
A religião e a teologia devem coexistir na verdadeira
experiência cristã; porém, na prática, às vezes, se acham distanciadas,
de tal maneira que é possível ser teólogo sem ser
verdadeiramente religioso, e por outro lado a pessoa pode ser
verdadeiramente religiosa sem possuir um conhecimento sistemático
doutrinário.
"Se conheces estas coisas, feliz serás se as observas", é
a mensagem de DEUS ao teólogo. "Procura apresentar-te a DEUS aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra
da verdade" (2Tim. 2:15), é a mensagem de DEUS ao homem espiritual.
Qual é a diferença entre doutrina e dogma? Doutrina é a revelação da verdade
como se encontra nas Escrituras; dogma é a declaração do homem acerca da
verdade quando apresentada em um credo.
Esperamos confiadamente que a teologia ou doutrina encontre o lugar
que merece no pensamento e na educação religiosa.
Para um ser imortal, a verdade acerca de DEUS, do destino humano e do
caminho para a vida eterna, nunca pode ser de pouca importância.
Todos os homens que raciocinam devem tomar em consideração essas coisas.
São perguntas tão antigas quanto a própria raça humana e só podem ser
esquecidas quando a raça houver submergido na idiotice ou houver perdido a
imagem de DEUS.
"Assim como o homem pensa no seu coração, assim ele é. Toda
a existência do homem gira em torno do que pensa, especialmente do
que pensa acerca de DEUS"
— David S. Clarke
II. O valor da doutrina
1. O conhecimento (doutrinário) supre a necessidade de
haver uma declaração autoritária e sistemática sobre a verdade.
Há uma tendência em certos meios de não somente
procurar diminuir o valor de ensinos doutrinários como também de
dispensá-los completamente como sendo desnecessários e inúteis. Porém,
enquanto os homens cogitam sobre os problemas da sua existência,
sentirão a necessidade de uma opinião final e sistemática sobre
esses problemas. A doutrina sempre será necessária enquanto os
homens perguntarem: "De onde vim? quem sou eu? e para onde vou?"
Muitas vezes se ouve esta expressão: "não importa
o que a pessoa crê uma vez que faça o bem." Essa opinião dispensa a
doutrina por julgá-la de nenhuma importância em relação à vida.
Mas todas as pessoas têm uma teologia, queiram ou não
reconhecê-lo; os atos do homem são fruto de sua crença. Por exemplo, quão
grande diferença haveria no comportamento da tripulação de um navio que
estivesse ciente de que viajava em direção a um destino determinado, e o
comportamento da tripulação dum navio que navegasse à mercê das ondas e
sem rumo certo.
A vida humana é uma viagem do "tempo" para a
eternidade, e é de grande importância a pessoa saber que essa viagem não
tem significado ou rumo certo, ou que é uma viagem planejada pelo
seu Criador e dirigida por ele para um destino celestial.
2. O conhecimento doutrinário é essencial para o
pleno desenvolvimento do caráter cristão.
As crenças firmes produzem caráter firme; crenças bem
definidas produzem também convicções bem definidas. Naturalmente, a crença
doutrinária da pessoa não é sua religião, assim como a espinha dorsal do
seu organismo não é a sua personalidade. Mas assim como uma boa espinha
dorsal é parte essencial do corpo, assim um sistema definido de crença é
uma parte essencial da religião.
Alguém disse: "O homem não precisa expor a sua
espinha dorsal, no entanto deve possuí-la para estar bem aprumado. Da mesma
forma, o cristão precisa de uma definição doutrinária para não ser um
cristão volúvel e até corcunda!" Alguém disse: "A pureza de coração e
de vida importa mais do que a opinião correta." A essa
declaração outro pregador respondeu: "A cura também é mais
importante que o remédio; mas sem o remédio não haveria cura!" Sem
dúvida é mais importante viver a vida cristã do que apenas conhecer
as doutrinas cristãs; porém não pode haver experiência
cristã enquanto não houver conhecimentos das doutrinas cristãs.
3. O conhecimento doutrinário é um baluarte contra o
erro. (Mat.22:29; Gál. 1:6-9; 2 Tim. 4:2-4.)
Diz-se com razão, que as estrelas surgiram antes da
astronomia, e que as flores existiram antes da botânica, e que a vida
existia antes da biologia, e que DEUS existia antes da teologia.
Isto é verdade. Mas os homens em sua ignorância
conceberam idéias supersticiosas acerca das estrelas, e o resultado foi
a pseudociência da astrologia. Os homens conceberam falsas
idéias acerca das plantas, atribuindo-lhes virtudes que não possuíam,
e o resultado foi a feitiçaria. O homem na sua cegueira
formou conceitos errôneos acerca de DEUS e o resultado foi o paganismo
com suas superstições e corrupção.
Porém surgiu a astronomia com seus princípios
verdadeiros acerca dos corpos celestes e dessa maneira expôs os erros
da astrologia. Surgiu a botânica com a verdade sobre a vida vegetal
e dessa maneira foram banidos os erros da feitiçaria. Da
mesma maneira, as doutrinas bíblicas expurgam as falsas idéias
acerca de DEUS e de seus caminhos.
"Que ninguém creia que erro doutrinário seja um
mal de pouca importância", declarou D. C. Hodge, teólogo de renome.
"Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como
o da falsa doutrina. O erro é uma capa da consciência, e uma
venda para os olhos."
4. O conhecimento doutrinário é uma parte necessária
do equipamento de quem ensina a Palavra de DEUS.
Quando uma remessa de mercadorias chega a uma casa
comercial, essas mercadorias são desempacotadas, devidamente registradas,
e colocadas em seus devidos lugares nas prateleiras para
serem vendidas. Essa ilustração mostra que deve haver certa ordem.
Da mesma maneira, um dos propósitos do estudo sistemático é pôr
as doutrinas em ordem. A Bíblia obedece a um tema central. Mas
existem muitas verdades relacionadas com o tema principal que se
encontram nos diversos livros da Bíblia. Assim sucede que, para adquirir
um conhecimento satisfatório das doutrinas, e para poder entregá-lo a
outrem, devem-se combinar as referências relacionadas ao assunto
e organizá-las em tópicos e subtópicos.
II. A classificação da doutrina
A teologia inclui muitos departamentos:
1. A teologia exegética (exegética vem da palavra grega que significa
"sacar “ou "extrair" a verdade) procura descobrir
o verdadeiro significado das Escrituras. Um conhecimento das línguas
originais nas quais foram escritas as Escrituras pertence a este
departamento da teologia.
2. A teologia histórica traça a história do desenvolvimento
da interpretação doutrinária, e envolve o estudo da história
da igreja.
3. A teologia dogmática é o estudo das verdades fundamentais da fé como se
nos apresentam nos credos da igreja.
4. A teologia bíblica traça o progresso da verdade através dos diversos
livros da Bíblia, e descreve a maneira de cada escritor apresentar as
doutrinas importantes.
Por exemplo: segundo este método ao estudar a doutrina da expiação
estudar-se-ia a maneira como determinado assunto foi tratado nas diversas
seções da Bíblia — no livro de Atos, nas Epístolas, e no Apocalipse. Ou
verificar-se-ia o que CRISTO, Paulo, Pedro ou João disseram acerca do
assunto. Ou descobrir-se-ia o que cada livro ou seção das Escrituras
ensinou concernente às doutrinas de DEUS, de CRISTO, da expiação, da
salvação e de outras.
5. A teologia sistemática. Neste ramo de estudo os ensinos bíblicos
concernentes a DEUS e ao homem são agrupados em tópicos, de acordo com um
sistema definido; por exemplo, as Escrituras relacionadas à natureza e à
obra de CRISTO são classificadas sob o título: "Doutrina de CRISTO".
É bíblica no sentido de que as verdades são extraídas das Escrituras e o
estudo acompanha as perguntas: "Que dizem as Escrituras (exposição) e
que significam as Escrituras (interpretação)"? É sistemática no
sentido de que a matéria está agrupada segundo uma ordem definida.
IV. Um sistema de doutrina
Qual é a ordem a que vai obedecer o agrupamento desses tópicos? Não se pode
fazer uma regra rígida. Há muitos modos de fazer esses agrupamentos, cada
qual possuindo o seu valor peculiar.
Procuraremos seguir a ordem baseada sobre as relações de DEUS com o homem,
nas quais DEUS visa a redenção da humanidade.
1. A doutrina das Escrituras. De que fonte extrairemos a verdade inerente
acerca de DEUS? A natureza, na verdade, revela a existência, o poder e
sabedoria de DEUS. Mas não expõe o caminho do perdão, e nenhum meio provê
de escapar ao pecado e suas consequências .Ela não supre incentivo algum
para a santidade e nenhuma revelação fornece acerca do futuro. Deixando de
lado o primeiro livro de DEUS — a natureza — vamos ao outro livro de DEUS
— a Bíblia — na qual encontramos a revelação perfeita de DEUS concernente
a esses assuntos.
Qual a razão de se aceitarem as opiniões bíblicas como sendo a pura
verdade? A resposta a tal pergunta leva-nos ao estudo da natureza das
Escrituras, a sua inspiração, precisão e confiança.
2. A doutrina de DEUS. Procuramos verificar o que as Escrituras ensinam
acerca do maior de todos os fatos — o fato de DEUS, sua natureza e
existência.
3. A doutrina dos anjos. Do Criador naturalmente passamos ao estudo de
suas criaturas, e, portanto, vamos considerar as mais elevadas de suas
criaturas: os anjos. Este tópico também inclui os anjos maus, Satanás e os
demônios.
4. A doutrina do homem. não nos demoraremos muito tempo no tema dos
espíritos maus e bons, mas passaremos a considerar a opinião bíblica
acerca do homem, porque todas as verdades bíblicas se agrupam ao redor de
dois pontos focais — DEUS e o homem. Em segundo lugar em importância, apos
o estudo de DEUS, está o estudo acerca do homem.
5. A doutrina do pecado. O fato mais trágico em conexão com o homem é o
pecado e suas consequências. As Escrituras nos falam de sua origem,
natureza, consequências e remédio.
6. A doutrina de CRISTO. Segue-se, depois do pecado do homem, o estudo da
pessoa e da obra de CRISTO, o Salvador do homem.
7. A doutrina da expiação. Sob este título consideramos os fatos que
esclarecem o significado da obra de CRISTO a favor do homem.
8. A doutrina da salvação. Como se aplica a expiação às necessidades do
homem e como se faz real em sua experiência? Os fatos que nos dão essa
resposta agrupam-se sob a doutrina da salvação.
9. A doutrina do ESPÍRITO SANTO. Como se faz real no homem a obra de CRISTO?
Isto é assunto tratado na doutrina da natureza e da obra do ESPÍRITO SANTO.
Aqui se estuda sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO (imersão no corpo de CRISTO),
batismo com o ESPÍRITO SANTO (com evidência do falar em línguas para edificação
própria) e os dons do ESPÍRITO SANTO (capacitações para equipagem dos crentes
na evangelização dos povos).
10. A doutrina da igreja. Os discípulos de CRISTO obviamente necessitam de
alguma organização para se realizarem os propósitos de adoração, instrução,
comunhão e propagação do Evangelho. O Novo Testamento nos fala acerca da
natureza e da obra dessa organização. Aqui estudamos a Igreja como corpo de
CRISTO (invisível) e a Igreja como instituição (visível e com registro social).
11. A doutrina das últimas coisas. É natural dirigirmos o nosso olhar para
o futuro e pensar: "Qual será o resultado final de todas as coisas —
a vida, a história, o mundo?" — Tudo o que se relaciona com o futuro
então se agrupa sob o título: "As últimas coisas". Aqui
estudamos sobre o arrebatamento (tribunal de CRISTO e Bodas do Cordeiro), a
grande tribulação (3 anos e meio de paz sob o governo do anticristo e 3 anos e
meio de guerras e juízos findando com a vinda de CRISTO em glória junto com a
igreja) e estudamos o milênio, o juízo final, o destino dos ímpios e de Satanás
(o lago de foge enxofre) e a vida eterna com DEUS (o estado eterno dos salvos).
Atos 20
Neste capítulo, temos: I. As viagens de Paulo pela
Macedônia, Grécia e Ásia, até sua chegada a Trôade (vv. 1-6). II. O relato
detalhado do dia do Senhor que Paulo passou em Trôade e a ressurreição de
Êutico (vv. 7-12). III. A jornada ou percurso de viagens que Paulo fez para
visitar as igrejas que ele plantara a caminho de Jerusalém, aonde planejou
chegar na Festa de Pentecostes (vv. 13-16). IV. O sermão de despedida que Paulo
pregou aos presbitérios em Éfeso, agora que ele estava deixando aquela província
(vv. 17-35). V. A despedida muito triste entre Paulo e os efésios (vv. 36-38).
E em todas estas atividades vemos Paulo muito ocupado em servir a JESUS e fazer
o bem aos homens, não só na conversão dos gentios, mas também na edificação dos
cristãos.
A Partida de Paulo de Éfeso. A
Mudança de Paulo para Trôade - Atos 20:1-6
Essas viagens de Paulo
são narradas com muita brevidade. Existem apenas algumas indicações gerais das
ocorrências que certamente eram as mais preciosas. Aqui está:
I
A partida de Paulo de
Éfeso. Ele permanecera lá por mais tempo que em qualquer outro lugar depois que
foi ordenado pelo ESPÍRITO SANTO ao apostolado dos gentios. Já estava na hora
de ele pensar em se mudar porque também era necessário que anunciasse a outras
cidades o evangelho (Lc 4.43). Depois disso e até ao fim da história bíblica da
sua vida (que é tudo de que dispomos), ele não iniciou nenhum trabalho novo e
nem anunciou o evangelho [...] onde CRISTO já houvera sido nomeado (Rm 15.20),
como até aqui vinha fazendo, pois no final do próximo capítulo lemos que ele é
preso, e assim permaneceu e foi deixado até o encerramento do Livro de Atos.
1. Paulo deixou Éfeso logo depois que
cessou o alvoroço (v. 1), já que considerou a perturbação da ordem como
indicação da Providência divina para mudar-se de cidade. Sua partida aplacou um
pouco a raiva dos adversários e ganhou mais espaço para os cristãos dali.
Currenti cede furori – É bom descansar em uma tempestade. Certos estudiosos
entendem que, imediatamente antes de sair de Éfeso, ele escreveu a Primeira
Epístola aos Coríntios, e que o combate em Éfeso contra as bestas que ele
menciona na carta (1 Co 15.32) era uma descrição figurativa desse alvoroço. Mas
prefiro considerar suas palavras de modo literal.
2. Paulo não deixou Éfeso às pressas e com medo, mas
partiu solenemente: Ele chamou a si os discípulos (v. 1), as principais pessoas
da congregação, e, abraçando-os, saiu (diz a versão siríaca) “com o beijo de
amor”, de acordo com o costume da Igreja Primitiva. Amigos amorosos não sabem
que se amam até que chegue a hora da despedida, quando então se mostrará como
estava próximo o coração um do outro.
II
A visita de Paulo às igrejas gregas que ele plantara e
mais de uma vez regara, pelas quais ele tinha um carinho todo especial.
1. O apóstolo foi primeiro para a
Macedônia (v. 1), de acordo com o seu propósito antes do desencadeamento do
alvoroço (Atos 19.21). Ele visitou as igrejas que estavam em Filipos e
Tessalônica, exortando[-as] os com muitas palavras (v. 2). As visitas de Paulo
aos seus amigos eram visitas para pregar e suas pregações eram extensas e
complexas: Eram exortações com muitas palavras. Ele tinha muito a lhes dizer e
não se limitou ao tempo; ele os exortava ao cumprimento de muitos deveres, de
muitas maneiras e (como interpretam certos estudiosos) “com muito raciocínio”.
Suas exortações eram reforçadas com extensa variedade de motivos e argumentos.
2. O apóstolo foi à Grécia (v. 2),
quer dizer, à Acaia, como acham certos estudiosos, pois também propusera ir
para lá, para Corinto e regiões (Atos 19.21). E passou ali três meses (v. 3).
Certamente ali ele também exortou os discípulos [...] com muitas palavras para
orientá-los, confirmá-los e engajá-los a serem fiéis ao Senhor.
III
A alteração das
resoluções de Paulo, pois nem sempre podemos cumprir nossos propósitos. Os
imprevistos nos obrigam a fazer novos planos; por isso, ao planejarmos,
estipulamos limites.
1. O apóstolo estava a ponto de
navegar para a Síria (v. 3), à cidade de Antioquia, de onde fora enviado a
serviço dos gentios e por onde sempre procurava passar em suas rotas de
viagens. Mas ele mudou de planos e determinou voltar pela Macedônia pelo caminho
que antes percorrera.
2. O motivo dessa mudança eram os judeus (v. 3) que,
supondo que ele tomaria esse trajeto como sempre, preparam-lhe ciladas com o
objetivo de tirar-lhe a vida. Visto que não conseguiam (por mais que tentassem)
detê-lo provocando as multidões e os magistrados contra ele, maquinaram
assassiná-lo. Certos intérpretes afirmam que os judeus lhe puseram ciladas para
roubar o dinheiro que estava levando a Jerusalém para o socorro dos santos
pobres. Mas, considerando como eram rancorosos, acredito que tinham mais sede
do seu sangue do que do seu dinheiro.
IV
Os nomes dos
companheiros de Paulo na viagem que fez até à Ásia (v. 4). Alguns eram
ministros, talvez não todos. É provável que Sópatro, de Beréia, seja o mesmo
Sosípatro citado em Romanos 16.21. Quando partiu de Éfeso (v. 1), Paulo deixou
Timóteo ali e, em seguida, escreveu-lhe a primeira epístola a fim de orientá-lo
como evangelista a organizar a igreja naquela cidade e em quais mãos deixá-la
(veja 1 Tm 1.3; 3.14,15). Essa epístola tinha o propósito de fornecer orientações
a Timóteo sobre como proceder, não só em Éfeso, onde estava agora, mas também
em outras cidades onde ele seria igualmente deixado ou para onde seria enviado
a fim de residir como evangelista (e orientações para ele e, certamente, para
os outros evangelistas que acompanhavam o apóstolo e eram usados dessa mesma
forma). Timóteo é contado entre eles, porque, assim que cumpriu suas tarefas em
Éfeso, seguiu Paulo e o acompanhou com os outros mencionados aqui. Pode ser que
alguém pense consistir num desperdício ter todos esses homens dignos
acompanhando Paulo, pois havia mais necessidade deles onde Paulo não estava.
Mas assim se procedeu:
1. Para que eles o ajudassem a ensinar
as pessoas que, pela pregação do apóstolo, aceitassem JESUS. Aonde quer que
Paulo fosse, as águas eram agitadas; então, havia necessidade de ajudantes para
colocar os incapacitados no tanque (como em Jo 5.2-7). Estava na hora de malhar
o ferro enquanto estava quente.
2. Para que os ensinasse e
qualificasse para serviços futuros e seguissem a sua doutrina e modo de viver
(2 Tm 3.10). A presença física de Paulo era fraca e desprezível. Esses amigos o
acompanhavam para dar-lhe certeza do sucesso, apoiá-lo e chamar a atenção das
pessoas, as quais, a olho nu, julgariam que havia muita coisa nele
verdadeiramente valiosa que não se via pela aparência exterior. DEUS confirmava
seu trabalho autenticando seu apostolado com sinais, prodígios e
maravilhas (Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda
a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12).
SUBSÍDIOS DA Lição 8, Paulo, o Discipulador de Vidas -
CPAD
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Esta lição revela a importância de
a igreja conjugar com equilíbrio a pregação evangelística com o ensino cristão.
Este forma enquanto aquela chama. O pastor Antonio Gilberto, saudoso mestre das
Assembleias de DEUS no Brasil, sempre ponderou a respeito de ensinar
sistematicamente a Bíblia para a igreja local. O melhor espaço para isso é a
Escola Dominical. Nesse espaço, ensinamos os que foram chamados pela pregação
do Evangelho.
O ministério do apóstolo Paulo revela essa
integralidade da missão: pregação da Palavra e ensino formativo. O apóstolo
pregava o Evangelho e, também, discipulava, ensinava o povo de DEUS a guardar
os mandamentos do Senhor.
PONTO CENTRAL - A missão da igreja é pregar e ensinar.
SÍNTESE DO TÓPICO I - O
apóstolo Paulo foi discipulador com um método de, primeiramente, pregar e, em
seguida, ensinar de maneira mais sistematizada.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O discipulado compreende a
missão de pregar o Evangelho e ensiná-lo como caráter formativo.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O discipulado de Paulo se deu
entre seus irmãos, judeus, bem como entre os gentios.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO TOP1
A aula sempre é um ponto de encontro entre o professor
e o aluno. Ou melhor, deve ser entre mestre e discípulo. Segundo a Bíblia,
vemos claramente que a relação entre JESUS e os discípulos, bem como dos
apóstolos com os discípulos, era de mestre e discípulo. O mestre aplica o que
ensina na própria vida, ou seja, ele ensina pelo exemplo. Já o discípulo deseja
imitar o que aprendeu, aplicando o ensino na vida concreta. Não esqueça de que
o objetivo da Escola Dominical é gerar imitadores de CRISTO. Conscientize a
classe a respeito disso.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de
pessoas que vivem em mútua comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma
entidade amorosa, equilibrada e madura. Paulo diz claramente em Efésios 4.11-16
que a equipagem dos santos para o serviço compassivo em nome de CRISTO deve
acontecer numa comunidade. O crescimento espiritual e o contexto em que ele
ocorre de modo mais eficaz não surgem por mera coincidência. O amadurecer do
crente não poderá acontecer fora da comunidade da fé. O discipulado não possui
nenhum outro contexto que não seja a igreja de JESUS CRISTO, porque não se pode
seguir fielmente a JESUS à parte de uma participação cada vez mais madura com
outros crentes na vida e no ministério de CRISTO” (KLAUS, Byron D. A Missão da
Igreja. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 603).
As reuniões de Escola Dominical e os cultos de ensino
da Palavra são instrumentos importantes para forjar o caráter cristão e formar
pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos) que imitem a CRISTO em suas
vidas.
CONHEÇA MAIS TOP3
*Sobre o discipulado
“Na maioria das igrejas evangélicas, o discipulado é
uma prática de acompanhamento e treinamento bíblico que se resume aos novos na
fé. Porém, o discipulado, como processo de educação cristã, não deve ser
resumido a este grupo de novos cristãos.” Para ler mais, consulte a obra “O
Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja”, editada pela CPAD, p.31.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“O discipulado é mais que uma aula ou um conjunto de
lições que transmitem conteúdo doutrinário. Discipulado é um trabalho árduo,
longo e, às vezes, até sacrificial. É um trabalho de acolhimento, integração,
acompanhamento, aconselhamento e orientação espiritual.
Nesse importante ministério, temos JESUS como nosso
principal modelo. Além do conteúdo ético e doutrinário acerca do Reino de DEUS
transmitido por JESUS, que certamente nos serve de norte nesta questão, Ele
destacou que o discipulado precisa enfocar os relacionamentos.
Nos evangelhos, aprendemos que JESUS mantinha uma
excelente organização em seus níveis de relacionamento: em primeiro lugar a
multidão (Lc 5.1; 6.17; 7.12); em segundo lugar, os discípulos (Lc 6.1,17); e,
terceiro lugar , os apóstolos (Lc 6.13); e, por último, os três mais próximos
dentre os apóstolos (Mc 14.32; 33; Lc 9.28).
Os apóstolos de JESUS também foram discípulos, pois
eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o Mestre. É preciso lembrar que todos
os apóstolos eram discípulos, mas nem todos os discípulos eram apóstolos”
(SILVA, Rayfran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. Rio
de Janeiro: CPAD, 2019, p.27).
[...] O discipulado é o melhor método para ensinar o
Evangelho às pessoas [...] de culturas diferentes.
PARA REFLETIR - A respeito de “Paulo, o Discipulador
de Vidas”,, responda:
Em que se baseava o princípio do discipulado na Igreja
Primitiva? O princípio do discipulado na igreja primitiva baseava-se na ordem
da Grande Comissão que JESUS deu aos discípulos por ocasião de seu aparecimento
e despedida (Mt 28.19,20).
O que vemos ao longo das cartas de Paulo? Ao longo das
cartas de Paulo, vemos um compromisso profundo com a doutrina exposta e a sua
aplicabilidade na vida do discípulo.
Qual é o meio que o ESPÍRITO SANTO leva pessoas à
salvação? Pregar o Evangelho.
Quando o discipulado começa? O discipulado começa
quando pessoas aceitam a JESUS como Salvador de suas vidas.
O que o ministério do apóstolo Paulo nos mostra acerca
do discipulado? O ministério do apóstolo Paulo nos mostra que o discipulado é o
melhor método para ensinar o Evangelho às pessoas que vêm de culturas
diferentes, religiões diversas e costumes na maioria das vezes incompatíveis
SUGESTÃO DE LEITURA
Manual do Discipulador Cristão, O Discipulado Eficaz e
o Crescimento da Igreja, Missão Urbana
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 87, p.
40.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Index
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Lição 5, Fruto do ESPÍRITO, o Eu Crucificado
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1°
Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da
Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique
de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com -
Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
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Henrique de Almeida Silva
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Edna Maria Cruz Silva
Escrita Lição 12, CPAD, Vivendo No ESPÍRITO
SUBSÍDIOS
Lição 5, Fruto do ESPÍRITO, o Eu Crucificado
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1°
Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da
Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique
de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com -
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Lição 5, Fruto do ESPÍRITO: o Eu Crucificado
Escrita -
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/escrita-licao-5-fruto-do-espirito-o-eu.html
Slides -
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/01/slides-licao-5-fruto-do-espirito-o-eu.html
Lição 5, Fruto do ESPÍRITO, o Eu Crucificado, completo,
1Tr21, Pr Henrique, EBD NA - https://www.youtube.com/watch?v=p9AM6Xl24ms
Slideshare -
https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-5-fruto-do-esprito-o-eu-crucificado-3-partes-1tr21-pr-henrique-ebd-na-tv
Ajuda
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-ocfe-1tr17-as-obras-da-carne-e-o-fruto-do-espirito.htm
TEXTO ÁUREO
“Ora, o DEUS de esperança vos encha de todo o gozo e
paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do ESPÍRITO SANTO.”
(Rm 15.13)
VERDADE PRÁTICA
O fruto do ESPÍRITO é um dos temas mais vibrantes da
ética cristã, pois mostra para o mundo o que ESPÍRITO SANTO colocou dentro de
cada um de nós.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 7.15-19 O apóstolo mostra o conflito
interior do religioso formal
Terça - Rm 8.5 Existe uma diferença visível entre os
incrédulos e os crentes em JESUS
Quarta - Rm 8.8,9 Quem tem o ESPÍRITO de CRISTO, este
pertence a ele
Quinta - 2 Co 4.16 Os que estão em CRISTO se renovam a
cada dia no seu interior
Sexta - Gl 2.20 O Senhor JESUS vive naquele que está
crucificado com Ele
Sábado - Cl 3.5 A carne deve ser subjugada pelo
ESPÍRITO SANTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-26
16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a
concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o
ESPÍRITO, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o
que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da
lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já
antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS.
22 - Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 23 - Contra essas coisas não há
lei. 24 - E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. 26 -
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros,
invejando-nos uns aos outros.
OBJETIVO GERAL - Demonstrar que o Fruto do ESPÍRITO é
um dos temas mais vibrantes da vida cristã.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar o fruto do ESPÍRITO;
Distinguir e relacionar fruto do ESPÍRITO e dons
espirituais;
Conscientizar que o ESPÍRITO se opõe à Carne.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Fruto do ESPÍRITO e dons espirituais não deveriam ser
exclusivistas, mas duas realidades complementares que revelam todo o conselho
de DEUS. Quem é cheio do ESPÍRITO deve desejar o Fruto do ESPÍRITO na mesma
intensidade que deseja os dons espirituais. Se os dons são sinais poderosos
para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho
poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida. Ora, no meio
das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite.
Assim, o fruto do ESPÍRITO é o testemunho do "eu crucificado" com
CRISTO. Esse "eu" não é mais regido pelos instintos primitivos e
animalescos da Carne, mas pela direção harmoniosa, calma e serena do ESPÍRITO
SANTO.
PONTO CENTRAL - O Fruto do ESPÍRITO tem como fonte o
próprio ESPÍRITO SANTO.
Resumo da Lição 5, Fruto do ESPÍRITO: o Eu Crucificado
I - O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
1. Definição.
2. “O fruto”, no singular.
3. Andar no ESPÍRITO (v.16).
II - DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO
ESPÍRITO
1. Diferença.
2. Os dons na igreja.
III - O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE
1. O legalismo.
2. A Carne e o ESPÍRITO.
3. Os vícios (vv.19-21).
CUIDADO COM O ORGULHO RELIGIOSO - O FRUTO É DO ESPÍRITO
SANTO, NÃO NOSSO. QUANTO MAIS NOS ENTREGAMOS AO ESPÍRITO SANTO, MAIS NOS
PARECEMOS COM JESUS.
NÃO HÁ DOM DO ESPÍRITO SANTO SEM AMOR AO PRÓXIMO, POIS
É PRECISO QUE AQUELE QUE RECEBE O DOM O MINISTRE AOS OUTROS.
QUEM RECEBE DOM DO ESPÍRITO SANTO VIVE EM JEJUM, ORAÇÃO
E ESTUDO DA BÍBLIA. PORTANTO O FRUTO DO ESPÍRITO ESTÁ PRESENTE COM CERTEZA EM
QUEM É USADO EM DONS DO ESPÍRITO SANTO.
Resumo rápido do Pr Henrique da Lição 5, Fruto do
ESPÍRITO: o Eu Crucificado
INTRODUÇÃO
O fruto do ESPÍRITO SANTO nos é concedido no mesmo
instante em que ouvimos o evangelho e nele cremos. É concedido pela graça de
DEUS a todo salvo. À medida em que o crente se entrega ao ESPÍRITO SANTO, mais
ele experimenta das qualidades ou aspectos do Fruto do ESPÍRITO SANTO. O crente
não produz o fruto e nem suas qualidades, é o ESPÍRITO SANTO que manifestará
essas qualidades à medida que sejam necessárias, pois é ELE quem está no
controle do crente cheio do ESPÍRITO SANTO.
I - O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
1. Definição.
O fruto do ESPÍRITO SANTO é a dádiva de DEUS para nós,
para que possamos viver a vida de JESUS neste mundo. O amor de DEUS é derramdo
em nossos corações.
O apóstolo Paulo nos revela as 9 qualidades ou aspectos
do Fruto do ESPÍRITO SANTO. (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança)
E, porque sois filhos, DEUS enviou aos nossos corações
o ESPÍRITO de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Gálatas 4:6
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de
DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado.
Romanos 5:5
2. “O fruto”, no singular.
O fruto é singular, é um só fruto com 9 qualidades ou
aspectos (exemplo didático - uma laranja com 9 gomos).
As qualidades são iniciadas pelo amor, sem a qual, as
outras não serão desenvolvidas pelo ESPÍRITO SANTO no crente. O amor é
sacrificial e exigirá uma contínua submissão ao ESPÍRITO SANTO.
JESUS quando expulsou os cambistas do templo (Mt
21.12), ou quando chamou Herodes de raposa (Lc 13.32), ou quando discutiu e
chamou os religiosos de hipócritas e sepulcros caiados (Mt23.27), não deixou de
ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do ESPÍRITO SANTO
e todas suas qualidades inerentes a ele.
Paulo quando repreendeu Pedro na presença de todos (Gl
3.11) ou quando discutiu, contendeu e se separou de Barnabé (Atos 15.37-40),
não deixou de ser cheio do ESPÍRITO SANTO e nem deixou de ter em si o Fruto do
ESPÍRITO SANTO e todas suas qualidades inerentes a ele.
3. Andar no ESPÍRITO (v.16).
Significa andar submisso ao ESPÌRITO SANTO. Ouvir sua
voz, entender sua vontade e a ela se submeter.
E porei dentro de vós o meu ESPÍRITO e farei que andeis
nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. Ezequiel 36:27
E, passando pela Frígia e pela província da Galácia,
foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de anunciar a palavra na Ásia. Atos 16:6
Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO.
Gálatas 5:25
E repousará sobre ele o ESPÍRITO do Senhor, e o
ESPÍRITO de sabedoria e de inteligência, e o ESPÍRITO de conselho e de
fortaleza, e o ESPÍRITO de conhecimento e de temor do Senhor. Isaías 11:2
JESUS era guiado, conduzido pelo ESPÍRITO SANTO.
Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto,
para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1
E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e
foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto. Lucas 4:1
II - DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO
ESPÍRITO
1. Diferença.
Na conversão o ESPÍRITO SANTO vem morar em nós e
implanta em nós o Fruto do ESPÍRITO SANTO (selo da promessa), depois o ESPÍRITO
SANTO é que nos tem no Batismo no ESPÍRITO SANTO. Tanto os dons do ESPÍRITO
SANTO quanto o Fruto do ESPÍRITO SANTO são dados pelo mesmo ESPÍRITO SANTO que
é DEUS mesmo.
em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13
E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a
falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.
Atos 2:4
Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22
O amor é o ponto de partida para as demais qualidades
do Fruto do ESPÍRITO SANTO. Após o arrebatamento da igreja nós não precisaremos
mais dos dons do ESPÍRITO SANTO, pois na eternidade não há doença, dor,
sofrimento, morte e nada de mal. Lá ouviremos a DEUS mesmo falar conosco, não
precisaremos mais de ouvir profecias nem Palavra de Sabedoria ou de
Conhecimento (Apocalipse 21.4 e 22.1-5). Os dons são manifestos devido ao amor
pelos nossos semelhantes que DEUS colocou em nós.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três; mas o maior destes é o amor. 1 Coríntios 13:13
Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. João
15:17
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros,
assim como eu vos amei. João 15:12
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos
outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. João
13:34
A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que
vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos
13:8
Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de
que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por DEUS que vos ameis
uns aos outros; 1 Tessalonicenses 4:9
2. Os dons na igreja.
Os dons do ESPÍRITO SANTO são as armas de guerra da
igreja, são capacitações do ESPÍRITO SANTO para a evangelização e para
testemunho de JESUS vivo e atuante para salvação de todos. Paulo elucidou as
dúvidas dos Coríntios sobre os dons e deu a eles a regulamentação do uso dos
dons para a edificação da igreja e progresso da obra de DEUS.
Devemos buscar sermos usados em dons do ESPÍRITO SANTO
(1 Co 12.1), não desprezarmos as profecias (1 Ts 5.20).e não proibirmos o falar
em línguas (1 Co 14.39)..Não devemos proibir os milagres (Mc 9.39). Devemos
orar a DEUS pedindo que nos use em sinais, prodígios e maravilhas como fizeram
os primeiros crentes (Atos 4.30).
III - O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE
1. O legalismo.
Estar na carne é o oposto do andar no ESPÍRITO.
Viver debaixo do domínio da lei é viver sem vencer o
pecado, pois a lei só mostra o pecado e condena o pecador sem lhe apresentar um
salvador. Ninguém consegue cumprir toda a lei e assim é condenado.
Viver no ESPÍRITO, por outro lado, depende da graça de
DEUS (Gl 5.16-18). A graça nos livra da condenação, pois nos mostra JESUS
CRISTO que pagou o preço em nossos lugar.
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que
estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
Romanos 8:1
2. A Carne e o ESPÍRITO.
Qual o significado da palavra “carne” no original grego
e hebraico? A palavra grega que o Novo Testamento usa para “carne” é σαρξ
(sarx, s.fem.; DBLHebr 1414; Strong 4561; TDNT 7.98) que, por sua vez, vem de
σαροω (saroo) de um derivado de sairo (remover), “varrer”, “limpar através do
ato de varrer”. Assim, a palavra grega σαρξ (sarx) significa “carne”
(substância terna do corpo vivo, que cobre os ossos e é permeada com sangue)
tanto de seres humanos como de animais, “corpo”, “corpo de uma pessoa”, usado
da origem natural ou física, geração ou afinidade, com a ideia do nascido por
geração natural, natureza sensual do homem, “a natureza animal” sem nenhuma
sugestão de depravação, natureza animal com desejo ardente que incita a pecar,
natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento, criatura viva (por possuir
um corpo de carne), seja ser humano ou animal, a carne, denotando simplesmente
a natureza humana, a natureza terrena dos seres humanos separada da influência
divina, e por esta razão inclinada ao pecado e oposta a DEUS.
A expressão “ESPÍRITO”, ou “ESPÍRITO de DEUS”, ou ainda
“ESPÍRITO SANTO” se encontra na grande maioria dos livros da Bíblia. No Antigo
Testamento a palavra hebraica empregada de forma uniforme para “ESPÍRITO” se
referindo ao ESPÍRITO de DEUS é רוּח, rūaḥ
significando “sopro,” “vento” ou “brisa.” A forma verbal da palavra é רוּח,
rūaḥ, ou ריח,
rı̄aḥ usado apenas no Hiphil e significando “respirar”, “soprar”. Um verbo
semelhante é רוח, rāwaḥ, significando
“respirar”. A palavra que sempre é usada no Novo Testamento para “ESPÍRITO” é o
substantivo grego neutro πνεῦμα, pneúma, com ou sem o artigo e para o ESPÍRITO
SANTO, πνεῦμα ἅγιον, pneúma hágion, ou τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον, tó pneúma tó hágioň.
No Novo Testamento, nós encontramos as expressões, πνευματι θεου (“O ESPÍRITO
de DEUS”), πνευμα κυριου (“ESPÍRITO do Senhor”), πνευμα του πατρος (“ESPÍRITO
do Pai”), πνευματος ιησου χριστου (“ESPÍRITO de JESUS CRISTO”). A palavra grega
para “ESPÍRITO” no grego vem do verbo πνέω, (pnéō), “respirar”, “soprar”. O
correspondente em Latim é spiritus, de onde derivamos o nosso português
“espírito”.
3. Os vícios (vv.19-21).
Vício é aquilo que nos domina e escraviza, prejudicando
nossa comunhão com DEUS e destruindo nossa saúde.
São 16 as obras da carne apresentadas por Paulo em
Gálatas 5. Outras listas aparecem em outras epístolas paulinas (Rm 1.29-31; 1
Co 6.9,10; 1 Tm 1.9,10). “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de DEUS” (v.21) é uma ideia de que existem muitas outras obras da carne.
Podemos classificar esses vícios em três categorias: a) sexo ilícito:
prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa: idolatria e
feitiçaria; c) pecados de ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria.
CONCLUSÃO
O fruto do ESPÍRITO SANTO é a dádiva de DEUS para nós,
para que possamos viver a vida de JESUS neste mundo. O amor de DEUS é derramdo
em nossos corações.
O fruto do ESPÍRITO SANTO é um com 9 qualidades ou
aspectos. O fruto do ESPÍRITO SANTO em nossa vida significa andar submisso ao
ESPÌRITO SANTO. Ouvir sua voz, entender sua vontade e a ela nos submetermos.
Dons do ESPÍRITO SANTO são capacitações para fazermos a
obra de DEUS e darmos testemunho de JESUS e são temporários, ou seja, têm dia
para findar, o arrebatamento.
Os dons na igreja são importantíssimos e necessários.
Eles nos torna m fortes para vencermos a guerra espiritual em que vivemos.
O legalismo é obra da carne para nossa condenação. A
carne é o sistema mundano de viver na escravidão do pecado. O ESPÍRITO é DEUS
mesmo e nos conduz à santificação e união permanente com DEUS, nos incentivando
e capacitando para o amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão e temperança. Os vícios (vv.19-21), ao contrário do Fruto do ESPÍRITO
SANTO, nos torna escravos do pecado.
LIÇÕES ANTIGAS SOBRE O ASSUNTO - FRUTO DO ESPÍRITO
Lição 1, As Obras da Carne e o Fruto do ESPÍRITO
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
Ajuda para a Lição -
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/licao-1-as-obras-da-carne-e-o-fruto-do.html Lição
escrita
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/figuras-da-licao-1-as-obras-da-carne-e.html Lição
em Figuras
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2016/12/videos-da-licao-1-as-obras-da-carne-e-o.html Lição
em Vídeos
TEXTO ÁUREO
"Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a
concupiscência da carne." (Gl 5.16)
VERDADE PRÁTICA
Para vencer as obras da carne precisamos andar em
ESPÍRITO.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-26
16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a
concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o
ESPÍRITO, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o
que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da
lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já
antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS.
22 - Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. 23 - Contra essas coisas não há lei. 24 - E
os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO. 26 -
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros,
invejando-nos uns aos outros.
Resumo da Lição 1, As Obras da Carne e o Fruto do
ESPÍRITO
I - ANDAR NA CARNE X ANDAR NO ESPÍRITO
1. O que é a carne?
2. O que é o espírito?
3. Andar na carne x andar no ESPÍRITO.
II - OBRAS DA CARNE, UM CONVITE AO PECADO
1. A cobiça.
2. A oposição da carne.
III - FRUTO DO ESPÍRITO, UM CHAMADO PARA SANTIDADE
1. O que é o fruto do ESPÍRITO?
2. Os frutos provam a nossa verdadeira santidade.
3. A santidade que o ESPÍRITO SANTO gera em nós.
a) Posicional. b) Progressiva. c) Final.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Resumo rápido do Pastor Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a respeito das obras da
carne e o fruto do ESPÍRITO.
Estudaremos sobre a luta entre a carne e o espírito.
Sabemos que após aceitarmos a JESUS CRISTO como salvador e senhor temos que
olhar continuamente para ELE e tentar imitá-lo em tudo, tanto em seu
procedimento como ser humano, como em seu poder sobre as forças demoníacas e
sobre as doenças e moléstias.
Nós somos formados por 3 partes distintas: espírito,
alma e corpo. Somos essencialmente espírito, possuímos uma alma e habitamos em
um corpo feito do pó da Terra e a ela está ligado enquanto não formos
transformados e arrebatados ou morrermos. Enquanto isso travaremos uma guerra
entre os desejos carnais que acompanham nossa antiga maneira de viver e a nossa
nova realidade de filhos de DEUS, nascidos de novo para boas obras e um caráter
reformado. A única forma de vencermos esta luta está em nos deixar dirigir,
guiar, controlar pelo ESPÍRITO SANTO que em nós habita e nos deu o Fruto do
ESPÍRITO.
I - ANDAR NA CARNE X ANDAR NO ESPÍRITO
1. O que é a carne?
Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). É a
atração pelo sistema mundano de viver em pecado.
CARNE (Dicionário Strong)
σαρξ sarx - Natureza animal com desejo
ardente que incita a pecar .
A carne, denotando simplesmente a natureza humana, a
natureza terrena dos seres humanos separada da influência divina, e por esta
razão inclinada ao pecado e oposta a DEUS.
CARNE (Enciclopédia Ilumina)
A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos
seus desejos e impulsos (Gl 5.19; 6.8; v. CARNAL).
CARNE (Dicionário Almeida)
O ser humano fraco e mortal (Sl 78.39). - A natureza
humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl 5.19;
6.8; v. CARNAL).
CARNE (Dicionário teológico - Claudionor Correa de
Andrade)
[Do hb. basar ; do gr. sarx ; do lat. carnem ] Nas
Sagradas Escrituras, o termo é usado tanto para descrever a natureza humana,
como para qualificar o princípio que está sempre disposto a opor-se ao
espírito. Este último sentido foi desenvolvido como doutrina pelo apóstolo
Paulo (Rm 7.7-25). O crente carnal, segundo muito bem explica ele em suas
epístolas, é o que dá inteira guarida ao pecado.
CARNE (Dicionário Português)
Natureza humana, do ponto de vista da sensibilidade: A
carne é fraca. Concupiscência.
O crente pode ser Carnal ou Espiritual.
CARNAL (Dicionário Almeida)
O que pertence à natureza humana deixada à vontade nos
seus pensamentos e desejos em contraste com os pensamentos e desejos
espirituais, que vêm de DEUS. Quando não está sujeito a DEUS, o ser humano tem
inclinação para o pecado. O salvo pode ser “carnal” ou “espiritual” (1Co
2.14—3.1; 1Pe 2.11). Algumas coisas que a natureza humana produz são
mencionadas em Gl 5.19-21; o que o ESPÍRITO produz é referido nos vers. 22 e
23.
2. O que é o espírito?
Existe espírito humano e ESPÍRITO SANTO. (Também
outros como se referindo a um anjo ou a demônios ou ao próprio Satanás).
espírito Humano - "espírito é a parte
imaterial que DEUS insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida".
πνευμα pneuma
(Dicionário Strong - Bíblia The Word)
o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é
animado
um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo
ou de pelo menos todo elemento material
um movimento de ar (um sopro suave)
do vento; daí, o vento em si mesmo
ESPÍRITO SANTO - É DEUS (Jo 4.24). A Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade (Lc 4.1; Hb 3.7) - O ESPÍRITO SANTO é uma pessoa.
πνευμα pneuma
1) terceira pessoa da trindade, o SANTO ESPÍRITO,
coigual, coeterno com o Pai e o Filho
1a) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza
sua personalidade e caráter (o SANTO ESPÍRITO)
1b) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza
seu trabalho e poder (o ESPÍRITO da Verdade)
1c) nunca mencionado como um força despersonalizada.
3. Andar na carne x andar no ESPÍRITO.
Andar na carne -
"Portanto, os que estão na carne não podem agradar a DEUS" (Rm 8.8).
É viver na prática do pecado, embora congregue, leia a bíblia, ganhe almas, ore
etc. Mesmo assim, muitos estão em situação, por exemplo, de adultério.
"Andai em ESPÍRITO" (Gl 5.16). Significa
obter vitória sobre os desejos e os impulsos carnais pela dependência do
ESPÍRITO SANTO.
Andar na carne é ser dominado pela velha natureza
adâmica, leva a pessoa a portar-se de modo pecaminoso.
Andar no ESPÍRITO - Aqui é letra maiúscula, pois o
espírito humano está ligado e debaixo do domínio do ESPÍRITO SANTO. É uma vida
cheia do ESPÍRITO, é uma vida de comunhão e intimidade com DEUS. É ter prazer
em conhecer a DEUS e servi-lo.
Ilustração:
Conta-se que um homem tinha dois cães, um nefro e
pequeno e outro branco e muito grande. Este homem vivia de apostas em lutas
desses dois cães. Ele sempre ganhava suas apostas, pois apostava sempre no
pequeno cão negro ao invés de apostar, como todos faziam, no grande cão branco.
Um dia alguém lhe pagou um alto valor para que ele lhe
revelasse como conseguia saber que o cão negro ganharia a luta. Ele então
respondeu: - é que não alimento o cão branco e grande por 3 dias antes da luta
e alimento muito bem o cão negro e pequeno nesses mesmos dias que antecedem a
luta.
Assim, nossa vida cristã será, andando na carne, se a
alimentarmos bem e sempre, mas viveremos andando no ESPÍRITO se assim
alimentarmo-nos de Bíblia e oração e prática de vida cristã.
Quem você alimenta mais, a carne ou o ESPÍRITO?
II - OBRAS DA CARNE, UM CONVITE AO PECADO
Gl 5.19-23 “Porque as obras da carne são manifestas, as
quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o Reino de DEUS. Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas
não há lei.”
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido
contraste entre o modo de vida do crente cheio do ESPÍRITO e aquele controlado
pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina
a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar
que o ESPÍRITO e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma
lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do ESPÍRITO.
1. A cobiça.
Porque nós por natureza gostamos de fazer as coisas
ruins que são justamente o oposto das coisas que o ESPÍRITO nos manda fazer; e
as coisas boas que desejamos fazer quando o ESPÍRITO nos domina, são justamente
o oposto dos nossos desejos naturais. Estas duas forças dentro de nós estão
lutando constantemente uma contra a outra, a fim de ganharem o domínio sobre
nós, e os nossos desejos nunca estão livres de suas pressões.(Bíblia Viva)
Paulo ensinou às igrejas da Galácia a respeito da
cobiça da carne contra o ESPÍRITO (Gl 5.17). Os desejos da carne serão sempre
contrários à vontade de DEUS
επιθυμεω epithumeo
1) girar em torno de algo
2) ter um desejo por, anelar por, desejar
3) cobiçar, ansiar
3a) daqueles que procuram coisas proibidas
Exemplos de Eva e de Acã.
OBRAS DA CARNE. “Carne” (gr. sarx) é a natureza
pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua
conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que
praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso,
essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa
guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do ESPÍRITO
SANTO (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17). As obras da carne (5.19-21) incluem:
(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade
sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou
publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co
5.1). Os termos moichéia (adultério) e pornéia (prostituição).
(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais,
atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef
5.3; Cl 3.5).
(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a
pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha
e a decência (2Co 12.21).
(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de
espíritos, pessoas ou ídolos, e a confiança numa pessoa, instituição ou objeto
como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).
(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo,
magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na
prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações
fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta
por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).
(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento,
inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).
(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva
que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).
(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e
a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).
(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir
ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm
16.17).
(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos
dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da
igreja (1Co 11.19).
(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia
ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo
por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida
na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.
(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das
faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas
com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo
e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são
severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades
iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co
6.9).
(AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO - BEP -CPAD)
2. A oposição da carne.
O seu espírito deseja orar, jejuar e buscar a DEUS, mas
a sua carne vai preferir ver televisão, fofocar no celular, passar horas nas
novelas ou futebol, comer bem mais do que precisa e ficar no conforto da sua
casa.
Durante toda nossa vida teremos que continuar travando
esta batalha contra a carne (desejos mundanos que nos conduzem ao pecado).
Podemos e devemos vencer somente se vivermos
cheios do ESPÍRITO SANTO. Quando tivermos, no arrebatamento, o corpo
glorificado (Fp 3.21), então ficaremos livres desses desejos pecaminosos, pois
a força da carne está no corpo mortal e feito do pó da terra, que clama pelas
coisas terrenas e não anseia pelo céu e as coisas de cima. Veja que a
glutonaria, por exemplo, não terá mais lugar em nossa vida, posto que não
precisaremos mais comer. Os pecados sexuais não terão mais lugar em nossa vida,
posto que não mais teremos relações sexuais. Assim acontecerá com toda
concupiscência - cessará seu desejo carnal, pois foi vencida pela morte e
transformação do corpo em um corpo glorificado, semelhante ao de JESUS.
Nos aproximemos, pois de DEUS e procuremos ter uma vida
de comunhão e santidade com o ESPÍRITO SANTO, assim, ELE poderá nos ajudar a
vencer sempre as concupiscências da carne e desenvolverá em nós as qualidades
de seu fruto, em nós.
III - FRUTO DO ESPÍRITO, UM CHAMADO PARA SANTIDADE
1. O que é o fruto do ESPÍRITO?
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, "o fruto do
ESPÍRITO são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO
produz em cada cristão". Esses hábitos e princípios são o resultado de uma
vida de comunhão com DEUS.
FRUTO
καρπος karpos
1) fruta
1a) fruto das árvores, das vinhas; colheitas
1b) fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e.,
sua progênie, sua posteridade.
2) aquele que se origina ou vem de algo, efeito,
resultado.
2a) trabalho, ação, obra.
2b) vantagem, proveito, utilidade.
2c) recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a
vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu
esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna.
FRUTO DO ESPÍRITO (Dicionário Teológico)
[Do gr. karpós;do lat. fructus, resultado da maturação
de uma planta + Espiritus] Conjunto de virtudes morais e espirituais
amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na vida do crente como resultado de uma
permanente comunhão com CRISTO (Gl 5.22-23).
A expressão certa é fruto e não frutos como se acha
registrado em muitos trabalhos e livros teológicos. No Novo Testamento, o fruto
é mostrado como o fator determinante e revelativo de um caráter. A árvore ruim
não pode dar frutos bons, nem a árvore boa há de produzir frutos ruins. Por
nossos frutos somos conhecidos (Mt 7.16).
O FRUTO DO ESPÍRITO. Em contraste com as obras da
carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do
ESPÍRITO”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele
permite que o ESPÍRITO dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o
crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e
ande em comunhão com DEUS (ver Rm 8.5-14; 8.14
; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do
ESPÍRITO inclui:
(1) “Caridade” (ou amor) (gr. agape), i.e., o interesse
e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co
13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria
baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de DEUS,
bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em CRISTO (Sl 119.16; 2Co
6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14 ).
(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e
mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai
celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e.,
perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2;
2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer
magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade
e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc
7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e
inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso,
fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt
2.10).
(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação,
associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade
quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for
preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de JESUS, cf. Mt 11.29 com 23; Mc
3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3
com Êx 32.19,20).
(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou
domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos
votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que
não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode
— e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá
uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
(AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO - BEP - CPAD
- Revista e Cd Da BEP da www.cpad.com.br)
2. Os frutos provam a nossa verdadeira santidade.
Antes de aceitarmos a JESUS como nosso único Salvador e
Senhor, vivíamos vendidos ao pecado e, na maioria das vezes, atendíamos às
concupiscências da carne quando solicitado.
Ao morrermos espiritualmente e nascermos de novo, nos
tornamos templo, morada de DEUS na Terra, pois o ESPÍRITO SANTO veio morar
conosco e em nós. Quando de sua chegada trouxe com ELE seu fruto contendo 9
qualidades inerentes à personalidade e modo de agir do próprio JESUS que antes
de nós se fez homem e num corpo humano venceu as concupiscências da carne,
exatamente por se deixar dominar e ser guiado pelo ESPÍRITO SANTO como temos
que fazer para vencermos a carne e suas ambições.
Nós podemos ser parecidos com JESUS, desde que nos
entreguemos ao ESPÍRITO SANTO. É uma rendição total e irrestrita. Assim como
Paulo fez.
"Eu já estou crucificado com CRISTO. E vivo, não
mais eu, mas CRISTO vive em mim; e eu vivo minha vida na carne por meio da fé
do Filho de DEUS, que me amou, e entregou a si mesmo por mim" (Gl 2.20).
3. A santidade que o ESPÍRITO SANTO gera em nós.
Gl 5.22 - Quando o apóstolo passa a recomendar como o
cristão deve viver, ele usa a expressão "fruto do ESPÍRITO" no
singular. Cada arvore só dá um tipo de fruto, segundo a sua espécie.
a) Quando aceitamos a JESUS CRISTO como senhor e
salvador, recebemos o ESPÍRITO SANTO em nossas vidas, nosso espírito é ligado a
DEUS e o ESPÍRITO SANTO implanta em nós o seu fruto, ou semente, que
devidamente tratada e regada crescerá e se tornará numa frondosa árvore cheia
de frutos (no caso, virtudes ou qualidades).
Se dermos lugar ao ESPÍRITO SANTO e
santificarmos nossas vidas todos verão que DEUS está em nossas vidas, pois
pelos frutos (no caso, virtudes ou qualidades) somos conhecidos tanto pelo
mundo, como pelo pai.
b) o fruto do espírito representa
os atributos de DEUS; os traços do seu caráter; o fruto vem de dentro que
aparece do lado de fora, no quotidiano.
c) do amor precede todos os demais
atributos de DEUS que são desenvolvidos no crente pelo ESPÍRITO SANTO que nele
habita.
d) nossa maturidade cristã é medida pelo
grau de permissão que damos ao ESPÍRITO SANTO de agir e dirigir ou guiar a
nossa vida. (JESUS era guiado, conduzido pelo ESPÍRITO SANTO).
israel@openlink.com.br
NUMA EMPRESA, COMO SERIAM AS QUALIDADES DO FRUTO DO
ESPÍRITO DEMONSTRADAS POR NÓS?
AS QUALIDADES DE UM LÍDER E O FRUTO DO ESPÍRITO (Gl
5.22-23)
(BÍBLIA DA LIDERANÇA CRISTÃ - John C. Maxwell)
Provavelmente, os versículos mais memoráveis deste
livro sejam os que listam o "frutos do ESPÍRITO". Fruto é o resultado
de sementes plantadas. Quando as sementes crescem, elas dão frutos. Fruto
representa o comportamento externo, visível. Cada líder deve abraçar esta
maravilhosa lista de qualidades internas. Faça uma autoavaliação a partir dela:
1. Amor: Minha liderança é motivada pelo amor pelas
pessoas?
2. Alegria: Eu demonstro uma alegria inabalável em
todas as situações?
3. Paz: As pessoas percebem minha paz interior e nela
se encorajam?
4. Resignação: Tenho paciência de esperar pelos
resultados enquanto ajudo pessoas a crescerem ou busco metas?
5. Benignidade: Será que tenho cuidado e compreensão
com as pessoas que encontro?
6. Bondade: Estou buscando o melhor para os outros para
a organização?
7. Fidelidade: Estou sendo comprometido com a missão?
8. Mansidão: Meu poder está sob controle. Será que
consigo ser, quando necessário, severo e carinhoso?
9. Domínio próprio: Estou sendo disciplinado para obter
progressos em minhas metas?
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Lição 2, O Propósito do Fruto do ESPÍRITO
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
VÍDEO
- http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/licao-2-o-proposito-do-fruto-do.html
FIGURAS
http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-2-o-proposito-do-fruto.html
TEXTO ÁUREO
"Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento." (Mt 3.8)
VERDADE PRÁTICA
Somente através de uma vida espiritual frutífera o
crente poderá glorificar a DEUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.13-20
13 - Entrai pela porta estreita, porque larga é a
porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram
por ela; 14 - E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à
vida, e poucos há que a encontrem. 15 - Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores. 16 - Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas
dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17 - Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus. 18 - Não pode a árvore boa dar
maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. 19 - Toda árvore que não dá bom
fruto corta-se e lança-se no fogo. 20 - Portanto, pelos seus frutos os
conhecereis.
Resumo da Lição 2, O Propósito do Fruto do
ESPÍRITO
I - A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. O que significa ser controlado pelo ESPÍRITO?
2. Um viver santo.
3. A verdadeira comunhão.
II - O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO
EM NÓS
1. O que é caráter?
2. Caráter gerado pelo ESPÍRITO SANTO.
3. Um novo estilo de vida.
III - TESTEMUNHANDO AS VIRTUDES DO REINO DE DEUS
1. O propósito do fruto.
2. Uma vida produtiva.
3. O que fazer para manter a produtividade?
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
A avaliação do homem, feita por JESUS, não deve ser
apreendida apenas através das palavras que disse, mas de sua disposição de
sacrificar sua própria vida para proporcionar a sua salvação à humanidade.
Obviamente a humanidade deve, com toda a fé, ser declarada pecadora por aquele
que conhece os corações melhor que ninguém (Mt 7.11). A corrupção vem de dentro
e não de influências exteriores (Mc 7.18-23).
O fruto nos guiará a uma nova vida representando CRISTO
na terra. Se eu fosse JESUS CRISTO o que eu faria? pense e veja como estamos
longe de sermos pelo menos parecidos com ELE como deveríamos ser. Orava às
vezes a noite toda. Passava metade de seu tempo curando as pessoas e a outra
metade ensinando e pregando sobre DEUS e seu plano de salvação. E NÓS? Em um
novo convertido é demonstrado muito mais do fruto do ESPÍRITO do que em um
crente de 10, 20 ou mais anos. É que esse novo convertido está entregue inteiramente
ao ESPÍRITO SANTO enquanto o crente já antigo de fé se deixou amarrar por
várias concupiscências da carne e tirou o tempo que antes dava ao ESPÍRITO
SANTO para dar esse tempo para as coisas do mundo.
Para que eu aproveite o fruto do ESPÍRITO, eu
necessariamente vou ter que passar pelos dons. Não existe controle do ESPÍRITO
SANTO sem dons. Só recebe dons quem está sendo controlado pelo ESPÍRITO SANTO.
Se alguém disser que tem todas as qualidades do Fruto e não se manifestar nele
os dons é mentira dele, pois uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar suas
qualidades é curando, libertando, trazendo mensagens de edificação, consolação,
exortação, revelação de algo oculto, ressurreição, milagres etc. Olha para
JESUS e veja JESUS sem os dons. Não existe. Metade do evangelho é com
manifestação dos dons..
Fruto é dado junto com a entrada do ESPÍRITO SANTO em
nós no dia em aceitamos a JESUS. À medida que dermos lugar ao ESPÍRITO SANTO as
qualidades vão aparecendo.
Já batismo no ESPÍRITO SANTO é dado por JESUS a todos
desde que desejem ganhar almas. Batismo é revestimento de poder para ganhar
almas. Todos podem e devem ser batizados.
As qualidades do fruto do ESPÍRITO podem aparecer para
DEUS e não aparecer para os homens.
Às vezes estamos esperando uma coisa é DEUS outra.
JESUS expulsou cambistas e quebrou mesas no Templo.
Olhe para esta cena e veja mansidão, temperança, longanimidade etc. Aí nesta
cena. Conseguiu ver? Pois é. DEUS viu.
Os crentes mais antigos eram mais severos porque amavam
mais. Hoje o interesse é só por posição social e dinheiro, o amor esfriou e a
doutrina afrouxou. (a falta de disciplina acompanhou).
Devemos nos ater a diferença entre Fruto e Frutos.
FRUTO DO ESPÍRITO é um só e tem nove qualidades que aparecem na vida do crente
à medida que ele se deixa moldar ou dirigir pelo ESPÍRITO SANTO. Já os frutos
são as obras que realizamos sob a orientação do ESPÍRITO.
No original grego edificar-se significa - promover
crescimento em sabedoria cristã, afeição, graça, virtude, santidade,
bem-aventurança, crescer em sabedoria e piedade. ORAR EM LÍNGUAS trás esta
edificação.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Numa época em que a maioria dos crentes só congregam
aos Domingos, não ganham sequer uma alma para CRISTO em 1 ano inteiro, não
sabem nem o que é jejum, não evangelizam,
não oram nem 30 minutos por dia, a maioria não é batizada no ESPÍRITO
SANTO, nem 1% possui algum dom do ESPÍRITO SANTO, falar de vida no ESPÍRITO
parece coisa do tempo de Atos dos apóstolos ou pelo menos de tempos
antiguíssimos.
Se não existe comunhão com o ESPÍRITO SANTO, não existe
caráter de CRISTO, pois é o mesmo ESPÍRITO que nos comunica este caráter.
É bom esclarecermos que Paulo fala de Andar no
ESPÍRITO, fala de FRUTO DO ESPÍRITO. LETRA MAIÚSCULA MESMO, pois se dependesse
do espírito humano jamais conseguiríamos alcançar sinais de caráter parecidos
com o de CRISTO. O espírito humano estava antes ligado a Satanás e não a DEUS.
A partir do novo nascimento nosso espírito (letra minúscula) foi ligado ao
ESPÍRITO SANTO e agora temos comunhão com DEUS através do ESPÍRITO SANTO que
mora em nós. Nossos espírito agora pode se comunicar com DEUS, porém, infelizmente,
muitos que nasceram de novo ainda permitem que seu espírito se comunique com
Satanás como no passado. falta santidade (separação exclusiva para DEUS).
Efésios 2.1 vos vivificou, estando vós mortos em
ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos
filhos da desobediência; 3 entre os quais todos nós também, antes,
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Se não permitirmos o controle e a direção do ESPÍRITO
SANTO de nada vale termos em nós o Fruto do ESPÍRITO, pois suas virtudes só se
manifestam na direção do mesmo ESPÍRITO. Se retirarmos o ESPÍRITO SANTO do
crente o fruto sai junto. Se retermos o ESPÍRITO SANTO o fruto é retido com
suas qualidades. Existem muitos crentes com excelentes qualidades, parecidas
com as do Fruto do ESPÍRITO, porém, movidas pela religiosidade e
autojustificação, o que é um pecado. Fazer algo de bom para merecer alguma
coisa de DEUS é, no mínimo, uma heresia. Somos salvos pela graça e tudo o que
recebemos é pela graça de DEUS (JESUS CRISTO morreu e ressuscitou, levando
sobre ELE nossos pecados e doenças e enfermidades).
I - A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. O que significa ser controlado pelo ESPÍRITO?
Não há possibilidade do crente ser cheio do
ESPÍRITOSANTO Sem transbordar, pois a medida de DEUS é sacudida, compactada e
transbordante. O crente que não fala em línguas nunca foi totalmente cheio do
ESPÍRITO SANTO, ou seja, nunca o ESPÍRITO SANTO assumiu total controle sobre
ele, pois a língua ficou sem ser dominada.
Efésios 5.18: "[...] Mas enchei-vos do
ESPÍRITO". Não é, aqui, um pedido ou um conselho, mas uma ordem, está no
imperativo. Veja o significado:
Strong πληροω pleroo
1) tornar cheio, completar, i.e., preencher até o
máximo
1a) fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
1a1) Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
2) tornar pleno, i.e., completar
2a) preencher até o topo: assim que nada faltará para
completar a medida, preencher até a borda
2b) consumar: um número
2b1) fazer completo em cada particular, tornar perfeito
Atos 2.14 Pedro mencionou em seu sermão, como
interpretação daquela extraordinária ocorrência, que acabara de suceder. (Ver
Atos 2:16-21 e Joel 2:28-32). Essa profecia revela-nos como o ESPÍRITO haveria
de ser derramado sobre toda a carne, de modo pleno e transbordante. Os cento e
vinte irmãos reunidos no cenáculo, pois, foram os primeiros a experimentar
isso. Foram cheios e falaram em línguas.
A qualidade de vida vibrante e transbordante disponível
em CRISTO era evidente na autoridade de seus discursos e no poder de seu toque
(Mateus 9:18; Marcos 1:27, 41:42; 5:27-29). Ele é o "autor da vida"
(Atos 3:15), que proporciona o caminho à vida (Mateus 7:14; 25:46; Marcos
8:35-37; Marcos 9:42-47). Ele levantou os mortos com seu poder vivificador. A
sua própria ressurreição fez dele um espírito vivificador, com o poder de uma
vida indestrutível (Romanos 8:2; 1 Coríntios 15:45; Hebreus 7:16). Assim, JESUS
CRISTO é a nossa vida (Colossenses 3:4) - nele temos "novidade de
vida" (Romanos 6:4) e somos novamente criados vivendo de agora em diante
para ele e não para nós mesmos (2 Coríntios 5:15-17).
Não existe vida transbordante, cheia do ESPÍRITO SANTO
e guiada pelo ESPÍRITO SANTO sem manifestação de seus Dons. A grande maioria
dos crentes não passou nem pelo primeiro estágio de enchimento que é o batismo
e o falar em línguas. O crente deve todos os dias falar em línguas e orar em
línguas para ser edificado. Orar bem. Falar diretamente com DEUS em mistérios.
(! Coríntios 14)
2. Um viver santo.
Sem santificação não há visão de CRISTO. Esta é a
vontade de DEUS, nossa santificação. Essa santificação é nossa separação para
que ELE possa nos usar onde e da maneira que deseja. Nossa vida deve ser de
jejuns, muita oração e estudo da bíblia. Nosso maior desejo deve ser ganhar
almas para CRISTO. Sendo esse nosso desejo, vamos nos esforçar para estarmos
sempre prontos para servir a DEUS em qualquer lugar ou circunstância.
3. A verdadeira comunhão.
Oração é o mais importante na comunhão com CRISTO. Os
discípulos, vendo o resultado da oração de CRISTO pediram-Lhe para os ensinar a
orar. Oração é intimidade com DEUS. JESUS disse que devemos entrar para nossos
quarto e falar em secreto com nosso PAI e ELE nos recompensará publicamente.
Nossas orações são como incenso aromático de cheiro suave perante DEUS. Nossa
intercessão pode mover quaisquer barreiras ao evangelho.
Comunhão é relacionamento que envolve propósitos e
atividades comuns; parceria (At 2.42; 2Co 6.14; Gl 2.9; Fm 6, RA). Nossa
comunhão com DEUS quer dizer que vamos ter tudo em comum com ELE.
Comunhão é associação com uma pessoa, envolvendo
amizade com ela e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas
experiências e na sua vivência (1Co 1.9; 10.16; 2Co 13.13; Fp 2.1; 3.10, RA;
1Jo 1.3,6,7). Comunhão com o ESPÍRITO SANTO é ter tudo em comum com ELE.
II - O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO
EM NÓS
1. O que é caráter?
CARÁTER MORAL (Dicionário Teológico)
[Do lat. character ; do gr. kharacktér , marca, sinal de distinção] Natureza básica do
ser humano que o torna responsável por seus atos tanto diante de DEUS como
diante de seus semelhantes. O caráter moral tem como ressonância elementar a
consciência que, como a voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as
ações.
Segundo o Dicionário Houaiss, é a "qualidade
inerente a um indivíduo, desde o nascimento; índole."
Em nosso caso nosso caráter é modificado quando
entramos na nova vida com CRISTO pelo Novo Nascimento. Um filho deve se parecer
com o PAI.
Somente se nos deixarmos ser guiados pelo ESPÍRITO
SANTO teremos um caráter parecido com o de CRISTO, pois foi assim mesmo que
JESUS fez quando aqui na Terra. Deixou-se dominar, ser controlado, ser guiado
pelo ESPÍRITO SANTO.
Importante não confundir caráter com temperamento.
DEUS usa a cada um com seu temperamento. Sobre
temperamentos, o comentarista de nossa lição não entra em detalhes sobre o
assunto, pois a Bíblia não faz relação a isso. Para que ninguém se complique de
repente, tendo que acusar JESUS de ter um temperamento ruim, o melhor é não
querer ser psicólogo sem ser. Exemplo: JESUS derrubou mesas e deu chicotadas em
animais no Templo. Para a Bíblia e DEUS isso é zelo. Para um psicólogo isso é
temperamento fleumático etc. O problema
de quem acredita nisso é que passa a culpar seu temperamento pelos seus
pecados.
2. Caráter gerado pelo ESPÍRITO SANTO.
O Senhor JESUS afirmou que o ESPÍRITO SANTO habitaria
conosco e em nós (Jo 14.17).
Antes quem reinava em nosso interior era a natureza
adâmica, uma natureza carnal e pecadora. Agora, controlados e direcionados pelo
ESPÍRITO SANTO podemos livremente escolher em fazer o bem, em amar a DEUS em
primeiro lugar e aos outros como a nós mesmos. Podemos decidir servir a DEUS e
nos entregarmos totalmente ao ESPÍRITO SANTO, nosso companheiro e professor
inseparável. ELE sabe mais sobre nós do que nós mesmos. Já falou com Ele hoje?
3. Um novo estilo de vida.
Viver em novidade de vida - Por isso notamos tanta
mudança de caráter em um novo convertido. Todos à sua volta veem a diferença. É
o primeiro amor. É tudo novo e o ESPÍRITO SANTO está no controle. O assunto
preferido é CRISTO. As roupas mudam, as palavras mudam, o agir muda, o
comportamento muda, é tudo novo e maravilhoso. é a ação do ESPÍRITO SANTO num
coração voluntário e entregue a DEUS. O problema é mantermos essa atitude a
vida toda. Infelizmente, apara a maioria dos crentes, isso é impossível. O amor
esfria. Que tal voltar ao primeiro amor?
Nossa vida atual precisa refletir a vida de CRISTO na
Terra. Sejamos parecidos com CRISTO em tudo.
III - TESTEMUNHANDO AS VIRTUDES DO REINO DE DEUS
1. O propósito do fruto.
O propósito do fruto é nos capacitar para vivermos uma
vida plena na presença de DEUS, cheios do ESPÍRITO SANTO e produzindo o que é
mais precioso para DEUS - ALMAS.
O cristão não é um agente secreto, é um representante
de CRISTO em meio à mundo corrompido. JESUS andava em meio às pessoas,
conversava com elas, as abençoava e as curava de todos seus males. Somos
"luz" do mundo e "sal" da terra (Mt 5.14,15). Todos
gostavam de ouvir JESUS ensinar e pregar e todos queriam estar onde Ele estava.
A atração de JESUS era a presença do ESPÍRITO SANTO. Ele ensinava o que fazia e
fazia o que ensinava. JESUS praticava sua fé. Devemos ser o espelho de JESUS.
Amemos não só de palavras, mas de ações.
O fruto produz a semente.
O fruto guarda a semente e a protege.
A semente vai gerar outras árvores que vão gerar outros
frutos que vão gerar outras sementes.
2. Uma vida produtiva.
O crente precisa ter uma vida espiritual frutífera.
Produzir no reino de DEUS é ganhar almas. Com nossa vida de cristãos, nosso
testemunho e nossas ações de imitadores de CRISTO. Devemos ir até as pessoas e
falar-lhes do amor de DEUS. Precisamos produzir e dar frutos. Esses frutos são
resultados práticos para o reino de DEUS. ALMAS.
3. O que fazer para manter a produtividade?
A vida cristã precisa de manutenção. Por que um novo
convertido é mudado e está sempre testemunhando de CRISTO e está sempre alegre?
Porque está sempre orando, lendo a bíblia, jejuando congregando e
evangelizando. Se fizermos o mesmo manteremos a produtividade em nossa vida
para o reino de DEUS.
CONCLUSÃO
Temos que ter uma vida controlada pelo ESPÍRITO. Ser
controlado pelo ESPÍRITO significa ter tudo em comum com ele, um viver santo,
uma verdadeira comunhão em submissão.
Devemos saber que o fruto do ESPÍRITO evidencia o
caráter de CRISTO em nós. Caráter é personalidade restaurada, é ser dirigido e
controlado pelo ESPÍRITO SANTO que imprime em nós a personalidade de CRISTO. É
o caráter gerado pelo ESPÍRITO SANTO em nós. É um novo estilo de vida.
Precisamos agora testemunhar as virtudes do reino de DEUS, sabendo que o
propósito do fruto é nos dar condições de ter uma vida produtiva e devemos
manter esta produtividade em nossas vidas vivendo sempre em comunhão e
submissão ao ESPÍRITO SANTO.
JESUS CRISTO fazia o que aqui na Terra? Pregava,
Ensinava, Orava muito, Jejuava, Curava a todos, Libertava a todos, Fazia
milagres. Será que estamos parecidos com JESUS CRISTO ou o ESPÍRITO SANTO não
consegue nos dirigir?
BOAS OBRAS (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia)
Convém-nos considerar os pontos abaixo:
1- Considerações Práticas.
O homem espiritual foi criado a fim de praticar boas
obras (Ef. 2:10). Essas são expressões da operação da lei do amor em nós, e
resultam do fato de termos nascido de DEUS (I João 4:7,11). As boas obras, de
todas as variedades, são recomendadas aos crentes (Ef. 2:10; Tito 2:14). Elas
resultam do uso apropriado das Escrituras (II Tim. 3:17). Por intermédio delas,
os homens glorificam a DEUS (Mat. 5:16). Há uma recompensa à espera daqueles
que praticarem boas obras (I Cor. 3:14 e Apo. 22:12). As boas obras devem ser
tanto sociais quanto individuais, porquanto, quando expressamos amor, devemos
fazê-lo tanto em favor de indivíduos isolados como devemos ter em mira toda a
sociedade humana. Fazem bem as igrejas locais que promovem programas de
bem-estar social, hospitais, orfanatos e cursos práticos de instrução, que
ajudam as pessoas a obterem empregos etc. Não basta evangelizar. Temos mostrado
sermos ativos nisto, porquanto essa igreja tem promovido caridade, escolas,
hospitais, etc., e algumas de suas ordens religiosas existem com o propósito
explícito de praticar boas obras. Precisamos dar-nos crédito por essas
atividades. Sermos sempre ativos nas boas obras sociais, mesmo que não somos
justificados pelas boas obras, mas pela fé. A epístola de Tiago, no seu segundo
capítulo, instrui-nos quanto a essa questão. Todos os que, com honestidade, e
sem interesses egoístas, promovem o bem-estar social, estão cumprindo a vontade
de DEUS, e nessa medida, são servos de DEUS,
2- Um dos Aspectos do Pragmatismo.
Em certo sentido, a verdade pode ser equiparada às boas
obras, porquanto a verdade é aquilo que produz benefícios e opera em benefício
dos homens. Se não exagerarmos quanto a isso, não a transformando em uma teoria
da verdade, então seremos possuidores de uma compreensão útil. A verdade não
pode jamais ser apenas um conceito. É necessário que a verdade tenha
manifestações práticas. Uma dessas manifestações consiste em boas obras
práticas.
3- A Boa Vontade.
Alguns filósofos pensam que a única coisa
verdadeiramente boa é à vontade (Kant). Os atos bons que podemos realizar não
serão tão bons se, por detrás dos mesmos, houver motivos egoístas. Além disso,
quase sempre os próprios atos são corrompidos por motivos ulteriores, que
geralmente assumem formas egoístas. Portanto, a bondade, quando pura e simples,
reside na vontade de se fazer o bem. Seja como for, a boa vontade é a mola
impulsionadora de onde fluem os atos bons. No sentido cristão, o ESPÍRITO SANTO
transforma-nos para que sejamos dotados de boa vontade, a fim de podermos
praticar o bem.
4- Considerações Teológicas.
a) Em primeiro lugar, temos o conflito em torno da
causa da justificação. Algumas denominações cristãs, na realidade, a maioria
das religiões, misturam o que é divino com o que é humano, presumindo que a
justificação vem através da combinação da fé e das boas obras. Essa era a
posição dos hebreus, refletida no Antigo Testamento. Os primitivos cristãos,
conforme vemos no décimo quinto capítulo do livro de Atos, tiveram de enfrentar
esse ponto de vista em suas próprias fileiras, o que suscitou forte controvérsia.
Além disso, o livro de Tiago reflete essa posição, parecendo uma força
opositora à doutrina paulina da justificação exclusivamente pela fé. Não
podemos divorciar o livro de Tiago do décimo quinto capítulo do livro de Atos,
interpretando-o não-historicamente. A história da Igreja primitiva envolve essa
controvérsia, — não nos devendo maravilhar que um dos livros do Novo Testamento
assuma uma posição não paulina sobre a questão. Precisamos reconhecer que uma
contribuição tipicamente paulina para a compreensão da doutrina cristã é o seu
princípio da graça divina. Há indícios dessa doutrina fora de Paulo, mas é
inútil tentar encontrar qualquer apresentação clara da mesma antes das
epístolas paulinas. Não obstante, é errônea a aplicação do princípio das boas
obras dentro do sistema de merecimento humano, segundo o qual, mediante o
acúmulo de atos corretos e feitos úteis ao próximo, uma pessoa vai acumulando
crédito diante de DEUS, até que chegue a merecer a salvação de sua alma,
através de suas boas obras.
Essa foi a ideia que os reformadores combateram, e com
toda a razão. Os escritos de Paulo são radicalmente contrários a tal noção. Ver
Romanos 3-5, quanto a uma prolongada declaração cristã a esse respeito. Ver
também Gál. 2:16-21 e 3:1 ss. A posição protestante é que as boas obras
são o resultado natural da conversão e da justificação, e jamais a sua causa. A
ordem de coisas, em Efésios 2:8-10, serve de apoio a essa contenção. O ponto de
vista paulino é que o indivíduo, por si mesmo, é incapaz de agradar a DEUS,
pelo que suas boas obras não lhe servem de mérito. O terceiro capítulo da
epístola aos Romanos é uma extensa declaração a esse respeito. O ESPÍRITO nos
foi dado mediante o ouvir com fé (Gál. 3:2), e não através das obras da lei. A
operação do ESPÍRITO é a nossa motivação e o nosso poder, e não a nossa
tentativa, mediante as nossas próprias forças, e através de nossos próprios
recursos, de acumular merecimento diante de DEUS.
b. Reconciliação. Há uma maneira de reconciliar os
princípios das boas obras e da fé, como porções integrais da justificação. Se
considerarmos que as obras realizadas são frutos e labores do ESPÍRITO em, e
através de nós, então as obras tornam-se um termo para indicar a sua obra
transformadora em nós, juntamente com os resultados práticos dessa
transformação. Isso é algo necessário à justificação, porque o termo não é
apenas uma expressão verbal. Inclui aquilo que é feito na vida do crente pelo
ESPÍRITO de DEUS. A justificação, em uma definição mais ampla, tanto é
transformação moral e espiritual quanto é santificação. Se não fosse assim,
como Paulo poderia falar sobre a justificação da vida? (Romanos 5:18).
Portanto, insisto aqui que a descrição paulina da justificação é mais ampla do
que a definição dos reformadores a respeito. Ê precisamente isso que nos ensina
a epístola de Tiago! Mas, segundo a definição protestante tradicional, a
justificação exclui os aspectos posteriores da santificação e da transformação
do caráter do crente.
A justificação não é uma categoria isolada das demais
operações do ESPÍRITO. Somente como concepção mental podemos isolá-la desse
modo. Na prática, as operações do ESPÍRITO em nós são reais e simultâneas; e
essa realidade e simultaneidade fazem parte da justificação. Nesse sentido, a
justificação depende tanto da fé quanto das obras da fé. Não obstante, essas
obras não devem ser entendidas como meritórias, como se fossem fruto da bondade
humana. Antes, trata-se da atuação do ESPÍRITO de DEUS em nós.
c) O Acolhimento Humano. A chamada ao
arrependimento mostra que o homem é capaz de arrepender-se; de outro modo, tal
chamada seria uma zombaria. O homem caiu no pecado, mas continua havendo uma —
graça geral — que o capacita a reagir — favoravelmente — a DEUS. Se não
adotarmos essa posição, perderemos inteiramente o aspecto do livre-arbítrio, —
e tal perda é intolerável. Sem livre-arbítrio, não podem haver requisitos
éticos, e nem responsabilidade humana. Em todos os homens resta bondade
suficiente para sentirem a força de atração da bondade de DEUS e corresponderem
à mesma. Porém, a salvação é um ato divino, e tanto a fé quanto as obras da fé
são resultantes das operações do ESPÍRITO. Contudo, o homem caracteriza-se pela
inércia espiritual, e para corresponder aos reclamos do ESPÍRITO, é mister que
receba o influxo da graça divina capacitadora. Desse modo o homem chega a crer
e a agir em consonância com a sua fé, embora suas boas obras não sejam
meritórias para a salvação.
d) A Questão dos Galardões. Os galardões ou recompensas
incluem aquilo que recebemos, mas o conceito consiste, essencialmente, naquilo
em que nos tomamos. Se um homem vier a receber a coroa da justiça (II Tim.
4:8), isso significará que ele adquiriu a natureza moral e santa de DEUS. Se
ele vier a receber a coroa da vida (Tia. 1:12 e Apo. 2:10), isso significará
que ele veio a compartilhar da vida divina, da vida eterna, da vida celestial.
Por toda a parte, as Escrituras são claras no sentido de que os homens serão
julgados de acordo com as suas obras, recebendo essas coroas em resultado de um
desempenho fiel, e não meramente por haver crido em certo número de doutrinas
acerca de CRISTO. Ver Rom. 2:6; Apo. 20:12. O trecho de I Coríntios 3:10 ss,
deixa claro que esse princípio se aplica plenamente ao crente. Portanto,
podemos concluir somente que a glorificação, que-inclui o princípio das
recompensas, dependerá das nossas obras, e não apenas da nossa fé. Ao mesmo
tempo, precisamos apressar-nos a ajuntar que isso resulta das operações divinas
em nós, não sendo méritos que acumulamos mediante nossos próprios esforços
desassistidos. Não obstante, esse princípio mostra-nos que as obras, nesse
sentido, não são meramente resultados da fé. Elas são, na sua própria essência,
aquilo que o ESPÍRITO está operando em nós, em. seu processo de transformação
do crente. Quanto a esse aspecto, fé e obras são sinônimos. Paulo declarou
sucintamente esse princípio, ao escrever: «...desenvolvei (efetuai) a vossa
salvação com temor e tremor; porque DEUS é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade» (Fil. 2:12,13). Deveríamos notar
que ambos os verbos portugueses, «desenvolver» e «efetuar», no original grego
procedem da mesma raiz. Ninguém, por si mesmo, pode efetuar a sua salvação. Mas
quando alguém, através do ESPÍRITO, torna-se capaz disso, então está na
obrigação de fazê-lo.
5- Contra a Crença Fácil.
Na Igreja Católica Romana, os sacramentos tomam conta
de tudo, e obtém-se a impressão de que o homem nada mais precisa fazer, se
tiver sido batizado, se assistir à missa com frequência, se participar da
comunhão, etc. Tal doutrina é enganadora. Nas igrejas evangélicas, por sua vez,
isso tem sido substituído pela pública confissão de fé, na qual,
presumivelmente, o indivíduo confessa a CRISTO e dá seu assentimento diante de
certo número de doutrinas acerca de sua pessoa e de sua realização, nada mais
faz, e, contudo, supostamente atinge a salvação. Trata-se de uma total
insensatez. Pois contradiz todos os conceitos neotestamentários que dizem
respeito ao que está envolvido na salvação: a nossa transformação segundo a
imagem e a natureza de CRISTO (Rom. 8:29), através da contínua operação do
ESPÍRITO (II Cor. 3:18), mediante o cultivo em nós das virtudes morais e
espirituais (Gál. 5:22,23). Ninguém obterá alguma coroa espiritual, a menos que
seja digno (Apo. 2:7), e ninguém verá o Senhor sem a santificação (Heb. 12:14).
Todas as promessas das sete cartas do Apocalipse foram endereçadas aos
vencedores. Aos vencedores é ali prometida a árvore da vida (Apo. 2:14), o
escapar da segunda morte (2:11), o poder comer do maná celestial e o receber de
um novo nome (2:17), o entrar no reino milenar e o receber a estrela da manhã
(2:28), o andar de branco e não ter o seu nome apagado do Livro da Vida (3:5),
o tornar-se uma coluna no templo celestial de "DEUS e ter o nome de DEUS
nele inscrito (3:12), e o sentar-se no trono de DEUS (3:21).
Essas são questões sérias, e, em minha opinião, são
tratadas com superficialidade tanto pela Igreja Católica Romana quanto por
muitas igrejas protestantes e evangélicas, embora sob diferentes ângulos. Nada
é mais claro para mim do que isto: A confissão de um crente é a sua vida. Sem
isso, não há confissão válida. (B C H NTI)
Manual de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia
Mt 7.20 Devêssemos avaliar as palavras de um
professor examinando sua vida. Assim como a árvore se conhece pela classe de
frutos que dá, um bom professor mostrará boa conduta e um caráter moral alto ao
tentar viver as verdades das Escrituras. Isto não significa que devemos
expulsar aos professores de Escola Dominical, pastores e demais que não tenham
chegado à perfeição. Todos estamos expostos ao pecado e devemos mostrar a mesma
misericórdia que nós mesmos necessitamos. JESUS está falando dos professores que
deliberadamente ensinam doutrinas falsas. Devemos examinar a motivação dos
professores, a direção que estão seguindo e quão resultados estão esperando
obter.
Comentário Bíblico Vida Nova
O bom comportamento só pode vir de um bom coração. É
tolice esperar bons frutos de um solo ruim e esperar bons atos de uma pessoa
má. Somente a pessoa cujo coração é enriquecido com bom produzirá bom
ensinamento.
A palavra de DEUS deve ser acolhida com fé e
perseverança, se os ouvintes devem ser o tipo de terreno que produz bons
frutos. Nos corações de algumas sementes de nunca ter a chance de germinar,
enquanto outros interrompido porque o crescimento não vai conseguir perseverar.
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Lição 3, O perigo das Obras da Carne
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na
verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
VERDADE PRÁTICA
Oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos
pelas obras da carne.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 6.39-49.
39 — E disse-lhes uma parábola: Pode, porventura,
um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? 40 — O discípulo não é
superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. 41
— E por que atentas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não
reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 — Ou como podes dizer a
teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando
tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu
olho e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
43 — Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom
fruto. 44 — Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não
se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. 45 — O
homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau
tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a
boca. 46 — E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu
digo? 47 — Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as
observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante. 48 — É semelhante ao homem
que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa e não a
pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha. 49 — Mas o que ouve e não
prática é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces,
na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela
casa.
Resumo da Lição 3, O perigo das Obras da Carne
I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1. A concupiscência da carne.
2. A vida guiada pela concupiscência da carne.
3. A vida conduzida pela concupiscência dos
olhos.
II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
1. O caráter.
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO.
3. Ataques ao seu caráter.
III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
1. Viver segundo a carne.
2. Vivendo como espinheiro.
3. Uma vida infrutífera.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
TRAVE ou VIGA Uma palavra usada para traduzir
vários termos hebraicos e gregos que se referem a grandes vigas na construção
de pisos, tetos e telhados de edifícios (1 Rs 6.9; 7.2,3; 2 Rs 6.2,5). A
palavra também se refere a uma grande barra cujo arqueamento poderia ocorrer de
forma indistinta, podendo ser chamada de "eixo do tecelão" (Jz 16.14;
1 Sm 17.7; 1 Cr 11.23). Em 1 Reis 6.36; 7.12, faz-se referência a um tipo que
era comum no Oriente Próximo durante o segundo milénio a.C, o uso de um
vigamento de traves de madeira para fortalecer um muro sobre um alicerce de
pedras com a finalidade de mantê-lo firme caso ocorressem terremotos. O termo
foi usado por JESUS em um sentido figurado em contraste com um argueiro iq.v.)
ou partícula (Mt 7.3).
ARGUEIRO Esta palavra consta em várias versões em
Mateus 7.3-5; Lucas 6.41,42. A palavra grega karphos, que significa
"murchar ou secar", aparece como "lasca" ou
"mancha" em algumas traduções. O contraste pretendido por nosso
Senhor parece ser basicamente aquele entre um pequenino pedaço de palha, caco,
ou pau, assim como uma lasca, farpa, trave, ou lenha. Ele adverte contra a
crítica ou a tentativa de corrigir uma falta ou deformidade insignificante de
um irmão, quando a própria pessoa tem uma mancha muito mais evidente ou séria.
Se não atentar para isso, o Senhor JESUS diz, a pessoa não será simplesmente
hipócrita, mas incapaz de enxergar o suficiente para ajudar o seu irmão.
Argueiro - Dicionário Strong em português
- καρφος karphos - de karpho (murchar);
1) um talo ou ramo seco, palha
2) palhiço, resíduos dos cereais
Resumo Rápido do Pr. Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Para agradar a DEUS devemos ter uma vida frutífera, mas
para isso acontecer temos que vencer as batalhas internas que nos sobreveem. Em
nosso interior batalham a natureza adâmica (carnal) e a nova natureza
(espiritual). Acontece que após aceitarmos a JESUS como único Salvador e Senhor
ainda seremos tentados a nos voltar aos velhos hábitos e desejos de nossa
antiga vida pecaminosa que gerava a morte espiritual. Temos que vencer esta
luta e só o podemos fazer com a ajuda do ESPÍRITO SANTO que em nós habita.
I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1 Jo 2.16 Porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
vem do Pai, mas sim do mundo.
MUNDANISMO (Dicionário Teológico)
- [Do lat. mundanus] Conformação ideológica e emocional
ao sistema implantado por Satanás, cujo principal objetivo é levar o ser humano
a deificar o material em detrimento do espiritual. O apelo básico do mundanismo
é realçar o que se vê, o que se pega e o que se sente. E, portanto, um sistema
diametralmente oposto ao Reino de DEUS, cuja maior virtude acha-se na fé que
devotamos ao Senhor Nosso DEUS.
Três coisas caracterizam o mundanismo: a concupiscência
dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Esta última é a
tônica de todos os que fazem do mundanismo a norma de sua vida.
1. A concupiscência da carne.
Concupiscência 1 - Dicionário Bíblico Wycliffe -
Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea
A palavra luxúria, empregada em várias versões da
Bíblia Sagrada, abrange uma grande variedade de desejos. Em 1611 d.C. ela não
estava restrita ao sentido moderno de paixão sexual.
a. Forte desejo. Pode ser um desejo ardente (heb.
nephesh), como o do exército egípcio para alcançar e destruir Israel no Mar
Vermelho (Êx 15.9); ou dos negociantes ansiosos (epithumias) para auferir os
lucros de seus empreendimentos comerciais (Ap 18.14); ou simplesmente um desejo
(gr. epithumia) ou uma ambição por outras coisas (Mc 4.19).
b. Desejo excessivo, forte anseio, luxúria no sentido
de excesso (heb. ta'awa, Nm 11.4,34; SI 78.30). Muitas coisas boas quando
feitas em excesso para a autogratificação se tornam luxúria, como por exemplo,
comer demais, gastar tempo demais com o prazer (Rm 13.14).
c. Um desejo consumidor pelo que é bom, isto é, zelo
pelo que é correto. O termo gr. epithumia, quando usado para o que é
verdadeiramente um zelo piedoso, foi traduzido como "desejo" em Lucas
22.15; Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 2.17. Este uso do termo grego mostra
claramente que é o objeto de desejo de uma pessoa ou sua motivação (e não sua
intensidade), que torna esse desejo certo ou errado.
d. A luxúria como um anseio por aquilo que é proibido.
Esse é o uso mais comum do termo. Paulo revela que DEUS entregou o homem caído
às suas próprias concupiscências (epithumiais, Rm 1.24). Ele cita o mandamento
do AT, "Não cobiçarás" (Êx 20.17; Dt 5.21), em Romanos 7.7, mostrando
que cobiçar aquilo que não é seu é uma forma de luxúria. Aparentemente, esse
era o próprio pecado costumeiro de Paulo com o qual ele teve que lutar mais
vigorosamente após sua conversão (Rm 7.7-25).
A concupiscência {epithumia), Tiago declara, é uma
causa raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua vez leva à morte. O caminho de
derrocada da luxúria é retratado em Romanos 1.24-32. Tiago também usa um outro
termo, o gr. hedone, em 4.1,3 para explicar que as discussões e conflitos entre
os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que combatem nos próprios membros
de seus corpos. A palavra também ocorre como "deleites da vida" em
Lucas 8.14 e como "escravos de toda sorte de paixões [epithumiais] e
prazeres" ou "servindo a várias concupiscências [epithumiais] e
deleites" em Tito 3.3.
Bibliografia. Friedrich Búchsel, "Thumos,
Epithumia etc.", TDNT, III, 167-172. Gustav Stahlin, "Hedone",
TDNT, II, 909-926. R. A. K.
Concupiscência - 2
Um termo usado teologicamente para expressar os desejos
malignos e lascivos que assediam os homens caídos (Rm 7.8; Cl 3.5; 1 Ts 4.5).
A opinião bíblica Reformada vê a concupiscência como a
lascívia que leva a pecar, desenvolvida quando o homem se rebelou contra DEUS e
caiu. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção de toda a natureza do homem
e o pecado que está nele. Não só as ações voluntárias são pecado, mas os
pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28). Paulo fala disto em Romanos 7
quando reconhece sua própria fraqueza e tendência a pecar. A concupiscência só
pode ser vencida através do reconhecimento de que a natureza caída em nós está
julgada (Rm 8.3); e então devemos passar a andar no ESPÍRITO, e deixar que Ele
mantenha a lei de DEUS em nós (Rm 8.4). Isto significa ter uma vida cheia do
ESPÍRITO. R. A. K.
A velha natureza precisa ser controlada pelo ESPÍRITO
para que não venhamos a cair em péssimas ações e abominações. Se vivemos
vigiando e vivemos constantemente cheios do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18) então
somos mais do que vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a
velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Só há um viver que agrada
a DEUS - viver no ESPÍRITO. Isso significa vitória sempre sobre o pecado e seus
domínios maléficos.
Concupiscência (Dicionário Teológico)
[Do lat. concupiscência] Apetite carnal exagerado e
insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos
encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que
não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade, a
concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois delicia-se
em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos instintos básicos:
fome, sexo, segurança etc. A concupiscência é condenada energicamente pela
Bíblia (1 Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e tremendamente
prejudicial à vida piedosa.
2. A vida guiada pela concupiscência da
carne. (Eva achou o fruto desejável de se comer)
No homem natural já habita a concupiscência da carne e
o domínio é de Satanás, mas no crente a concupiscência da carne está debaixo do
domínio do ESPÍRITO, portanto não podemos ceder aos apetites da carne, mas
refreá-los e vencermos pela ajuda do ESPÍRITO SANTO em nós. Quando chega o
pensamento, a intenção, aí já começa a batalha. É hora de orarmos repreendendo
esse mal em nós e se preciso, repreender o inimigo que se aproxima. Podemos
nesta hora lermos na bíblia ou nos lembrarmos do que já lemos sobre este desejo
pecaminoso. Às vezes será necessário buscar ajuda de um líder.
Na concupiscência da carne as tentações acontecem no
corpo, pelos 5 sentidos.
Na soberba da vida o ataque é no espírito, é no desejo
de ser grande, famoso, de ser rico etc. (Eva pegou o fruto e o comeu porque
queria ser igual a DEUS).
3. A vida conduzida pela concupiscência dos
olhos. (Eva olhou o fruto e achou bonito)
O desejo entra pelos olhos, pela cobiça, pelo desejo de
possuir o que se vê e se acha belo ou prazeroso.
Sem manter sua comunhão com DEUS, o ser humano dá asas
a seus sentimentos mais perversos e os permite em sua mente até que os liberta
da prisão em que estavam depois de se converter.
Um crente que não vive sendo controlado pelo ESPÍRITO
SANTO e sim por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Não existe
nele mais o desejo pelas coisas de cima e agora só anseia pelas temporais,
humanas e diabólicas.
Davi viu e desejou a mulher de Urias, e o seu desejo
descontrolado o levou a cometer um adultério e um homicídio (2Sm 11.1-4).
Sansão antes de se tornar cego dos olhos naturais já
estava cego espiritualmente. Brincou com Satanás e o resultado foi funesto.
II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
1. O caráter.
No grego, caráter é charaktēr e significa
“estampa”, “impressão” e “marca”. Qualidade do crente que o faz agir de acordo
com o que, pela lei de DEUS, é considerado certo, justo e próprio; integridade
(Sl 25.21; Ef 4.24, RA
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto
de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”. O caráter
não é inato e pode ser mudado.
Caráter é o que é impresso na personalidade de uma
pessoa, em nosso caso, num cristão, pelo seu convívio e intimidade com o
ESPÌRITO SANTO.
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO.
Uma nova vida em CRISTO. Um novo caráter deve vir -a
velha natureza deve morrer, uma vez que a pessoa se revista da nova natureza
(3.5-14); novos princípios de vida devem ser adotados - a paz dominando o
coração, a Palavra habitando no salvo, e a graça inspirando a canção do coração
(3.15-17); uma nova conduta deve ser mostrada nos relacionamentos domésticos, e
no evangelismo entre aqueles que são do mundo (3.18-4.6).
Ao darmos autorização ao ESPÍRITO SANTO de nos guiar,
conduzir, dominar, então Este nos molda à semelhança de JESUS. As qualidades do
fruto do ESPÍRITO (Gl 5. 22), que já está em nós desde o dia em que nos
convertemos, passam a ser vistas e a produzirem vidas para o reino de DEUS.
Nosso novo caráter agora é de um cristão e nossas ações (Mt 5.16) demonstram
que tivemos um encontro real com o Salvador. Na igreja, vemos que existem aqueles que são transformados por
JESUS mais rapidamente e constatamos que a maioria não.
Quem está em CRISTO é uma nova criatura e como tal
procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da
natureza adâmica (2Co 5.17).
Temos agora uma vida de Abstinência.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DA ABSTINÊNCIA?
Romanos 6:13 É: nem ofereçais cada um os membros do seu
corpo ao pecado como instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS como
ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a DEUS como instrumentos de
justice. Abster-se de todo o mal é a forma pela qual posso dar glória a DEUS. É
impossível agarrar-se a DEUS e a um estilo de vida pecaminoso ao mesmo tempo.
Cantares de Salomão 8:9-10 É: Se ela for um muro,
edificaremos sobre ele uma torre de prata.. Eu sou um muro, e os meus seios
como duas torres; sendo assim, fui tida por digna de confiança do meu amado.
Abster-se de pecado sexual antes do casamento resulta em grandes bênçãos para
você e seu cônjuge após o casamento..
PROMESSA DE DEUS:
Gálatas 5:22-23...Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio. Contra estas cousas não há lei.
3. Ataques ao seu caráter.
Inimigos de nosso caráter cristão: a carne, o Diabo e o
mundo.
Não estamos sós no mundo, portanto seremos tentados a
nos desviar do verdadeiro caminho ou alvo que é CRISTO.
TENTAÇÃO (Dicionário Teológico)
[Do hb. nissi ; do gr. ekpeirazo ; do lat. tentationem
] Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não
constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão
das leis divinas. Eis porque JESUS, na Oração Dominical, ensina-nos a orar:
"E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino,
e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13).
Atração para fazer o mal por esperança de obter prazer
ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn 3) ou de dentro do ser humano (Tg 1.14-15).
Ninguém é tentado acima das suas forças (1Co 10.13). JESUS foi tentado e venceu
(Mt 4.1-11), podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18; 4.15).
Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação (Mt 6.13; 26.41). E é nosso
dever socorrer os que caem (Gl 6.1)Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
teu coração, pois dele procedem as saídas da vida. (Provérbios 4:23)
REAÇÕES TENDEM A SEGUIR AFEIÇÕES.
O nosso coração - os nossos sentimentos de amor e
desejo - revelam uma boa parte de como vivemos, porque sempre achamos tempo pra
fazer o que gostamos. Salomão nos diz para guardar o nosso coração com muita
diligência, sempre nos certificando que estamos concentrados naqueles desejos
que nos manterão no caminho certo. Coloque barreiras nos seus desejos: Não vá
atrás de tudo o que você vê. Olhe para frente, deixe os seus olhos fixados no
seu objetivo e não se deixe desviar para caminho que levam a tentação.
É necessário orar, ler a Palavra de DEUS e jejuar. Sem
a leitura da Bíblia, a oração e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida
frutífera.
III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
1. Viver segundo a carne.
Apesar de na igreja aos Coríntios todos os dons se
manifestarem, havia alguns que viviam de maneira carnal. Paulo não identifica
quais eram estes e nem afirma que eram aqueles que eram usados em dons. Paulo
cita caso de um homem que estava em pecado e não era punido ou disciplinado por
este pecado que era de possuir a esposa de seu próprio pai.
Isso indica que, mesmo numa igreja tremendamente
espiritual, pode a maioria ser carnal e concordar com um pecado, por exemplo,
de um líder ou de alguém rico e ajudador. isso causará inveja, contendas
e dissensões (1 Co 3.3) na igreja.
É possível que em Corinto fosse prática de alguns da
igreja a homossexualidade e a falta de disciplina sobre tais pecadores.
Após o Dilúvio, viu-se o Senhor obrigado a destruir
Sodoma e Gomorra, por haver estas cidades se corrompido com o homossexualismo
(Gn 19). Buscando preservar o seu povo, o Senhor foi taxativo ao entregar a Lei
a Moisés: “Nenhum homem deve ter relações sexuais com outro homem. E uma coisa
abominável” (Lv 18.22).
Nas Escrituras do Novo Testamento, a homossexualidade
continua a ser execrada. Eis o que o apóstolo escreve aos coríntios: “Não se
deixem enganar! Nem os imorais, os efeminados, nem os homossexuais terão parte
no Reino de DEUS” (1 Co 6.9).
É prova de espiritualidade a correção e a disciplina de
quem vive na prática do pecado.
Em CRISTO JESUS, porém, todos os pecados são removidos.
Basta tão-somente o transgressor aceitar os méritos do sacrifício vicário do
Filho de DEUS (1 Jo 1.7), para que todas as ofensas lhe sejam perdoadas.
Não existe possibilidade de um crente agradar a DEUS e
viver na prática do pecado. O fruto do ESPÍRITO em nós deve desabrochar de
acordo com nossa vida de total entrega ao ESPÍRITO SANTO.
2. Vivendo como espinheiro.
Assim como a roupa ou a apresentação doce e serena de
alguém pode enganar a muitos, a árvore é identificada não por suas flores ou
folhas (beleza externa), mas por seus frutos (resultados no reino espiritual).
Frutos aqui não é o Fruto do ESPÍRITO SANTO, mas
resultados das qualidades do fruto do ESPÍRITO no crente - principal - ALMAS.
Podemos incluir aqui o batismo no ESPÍRITO SANTO, os dons espirituais para
ajudar aos outros, pois assim JESUS era usado por DEUS, pois tinha nele as
características ou qualidades do fruto do ESPÍRITO.
A árvore boa com fruto do ESPÍRITO produz no reino
espiritual. A medida dos carnais é o resultado na vida material e emocional.
Ajuntam muitos amigos que vivem como eles e se combinam para pecarem juntos.
Jamais vamos colher laranja de uma macieira, pois cada
árvore produz o seu fruto segundo sua espécie (Gn 1.11).
Logo, é impossível um cristão dominado pelo ESPÍRITO
SANTO produzir as obras da carne. O homem bom tira de seu íntimo, do seu
coração transformado, coisas boas, mas o homem mau tira do seu mau coração
pelejas, dissensões, prostituição, iras etc. (Mt 7.18-22) e não produz almas e
nem resultados espirituais.
Jotão apresenta algumas árvores em uma parábola para o
seu povo (Jz 9.7-21). As árvores representam o povo de Siquém que desejavam um
rei. Essas árvores eram boas: uma produzia azeite que era utilizado na unção
dos sacerdotes e iluminação; outra produzia figos que alimentava o povo; a
videira produzia vinho, que era usado nos sacrifícios de libações. Porém o
espinheiro, arbusto inútil, representava Abimeleque. Muitos atualmente estão
como Abimeleque, não produzem nada de útil para DEUS ou para a próximo e ainda
ferem as pessoas com seus espinhos. Quem vive segundo a carne se torna um
espinheiro, inútil para DEUS e para a Igreja.
Juízes 9.
7. Jotão foi e se pôs no cume do monte Gerizim. Uma
plataforma rochosa triangular projeta-se de um dos lados de Gerizim formando um
púlpito natural que dá para Siquém. A voz de uma pessoa falando de Gerizim pode
ser ouvida até o Monte Ebal, por cima do vale no qual Siquém está localizada.
Jotão, o único sobrevivente irmão de Abimeleque, escolheu este local para
fatal, dirigindo-se aos homens de Siquém.
8. Foram . . . as árvores a ungir. . . um rei. Jotão
escolhe instruir o povo por meio de uma parábola. Ele quis mostrar que só
indivíduos baixos têm o desejo de governar os outros. Aqueles que têm ocupações
dignas estão ocupados demais pala quererem ser reis.
9. A oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo?
Bosques de oliveiras abundam na região a volta de Siquém. Azeite de oliva era
usado como unguento pala a pele e com propósitos cerimoniais quando sacerdotes
e reis eram ungidos. Era queimado para fornecer iluminação, e usado na
alimentação tal como a nossa manteiga. A oliveira não pede ser persuadida a
deixar seu importante trabalho para se tornar rei.
11. A figueira lhes respondeu: Deixaria eu a minha
doçura? A figueira era a árvore frutífera mais comum da Palestina. Os figos não
eram um luxo delicioso, como são em outras partes do mundo, mas um dos gêneros
alimentícios mais comuns do pais.
13. A videira lhes respondeu: Deixaria eu o meu vinho,
que agrada a DEUS e aos homens? Elohim pode ser traduzido para DEUS ou deuses.
Neste contexto parece que Jotão se refere às libações religiosas oferecidas aos
deuses, durante as quais o vinho era derramado sobre o sacrifício ou sobre o
solo ao lado do altar. As uvas eram grandemente estimadas em Israel, como no
mundo mediterrâneo em geral. As uvas não tinham função mais alta do que
produzir vinho.
15. Respondeu o espinheiro às árvores: . . . Vinde, e
refugiai debaixo de minha sombra. Como última alternativa, as árvores
aproximaram-se do espinheiro, o qual podia ser visto trepando pelos rochedos
nas vizinhanças de Siquém. O espinheiro disse ironicamente: Refugiai debaixo da
minha sombra, um absurdo óbvio. Com sentimento de auto importância, ameaçou
consumir os cedros do Líbano, se as outras árvores não lhe concedessem a devida
deferência. O espinheiro seco geralmente é o ponto inicial de incêndios destrutivos.
Moore, em suas notas no ICC, diz: "Aqueles que fizeram do espinheiro o seu
rei, colocaram-se neste dilema: se lhe fossem fiéis, desfrutariam de sua
proteção que não passava de tolice; se lhe tossem infiéis, ele os
arruinaria".
16-20. Se deveras e sinceramente procedestes ...
alegrai-vos com Abimeleque ... mas, se não, saia fogo de Abimeleque. Jotão fez
uma aplicação evidente à sua parábola. Os homens de Siquém poderiam sentir que
agiram bem, no fato de esquecer tudo o que Gideão tinha feito por eles,
apoiando o assassinato dos seus filhos. Neste caso, disse Jotão, "muita
felicidade vocês terão com este seu rei-espinheiro" (Moore). Contudo,
Jotão advertiu, tal não seria o caso. Não só este rei-espinheiro se comprovaria
destrutivo para os homens de Siquém, mas os homens de Siquém, por sua vez,
consumiriam Abimeleque.
21. Fugiu logo Jotão, e foi-se para Beer. Jotão
conseguiu escapar da vingança de Abimeleque. Beer significa poço, e havia
muitos lugares na Palestina com esse nome. Alguns comentadores têm sugerido que
o lugar de seu retiro fosse Berseba. El-Bireh, entre Siquém e Jerusalém, é
outra possibilidade.
3. Uma vida infrutífera.
Certa vez, JESUS contou uma parábola a respeito de uma
árvore estéril, uma figueira (Lc 13.6-9). Podemos usar a parábola para se
referir a nossa vida cristã. A figueira sem frutos pode ser aplicada aos
crentes que professam a JESUS e, no entanto, insistem em viver uma vida carnal,
pecaminosa. Na parábola, o agricultor investe na figueira, adubando, regando,
podando, ou seja, dando todas as condições para que produza fruto. Mas caso ela
não viesse a frutificar seria cortada. DEUS está investindo em sua vida e dando
todas as condições para que você produza bons frutos, aproveite a oportunidade.
13.6-9 Frequentemente no Antigo Testamento, uma árvore
com fruto simboliza a vida piedosa (vejam-se, por exemplo, Jr 17:7-8). JESUS
sublinhou o que lhe aconteceria à outra classe de árvore, aquele que ocupou
tempo e espaço e não produziu nada para o paciente agricultor.
Esta era uma maneira de advertir a seus ouvintes de que
DEUS não ia tolerar para sempre está infecundidade. Luc 3:9 inclui a versão do
João o Batista sobre o mesmo tema. Desfruta você do trato especial de DEUS sem
dar nada em troca? Se não, responda à paciência do agricultor e prepare-se a
dar fruto para DEUS.
Referências a figueiras na bíblia - Figueira, Jz 9:10;
1Rs 4:25; Pv 27:18; Hc 3:17; Mt 21:19; Lc 13:6; 21:29; Jo 1:48; Tg 3:12; Ap
6:13.
figueira (Dic Portugues.dctx)
s. f. Bot. 1. Árvore brasileira da família das
Moráceas, particularmente qualquer árvore cultivada ou não, derivada da
figueira comum. 2. Árvore muito grande, nativa do Brasil; fícus.
FIGO, FIGUEIRA
O figo comum, mencionado por volta de sessenta vezes na
Bíblia, é uma das plantas mais importantes. Gênesis 3:7 fala de suas folhas.
Quando os profetas do Velho Testamento profetizavam para as pessoas por suas
maldades, eles frequentemente ameaçavam que a vinha e a colheita dos figos
seriam destruídas.
19 E, avistando uma figueira perto do caminho,
dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça
fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
19, 20. Figueira. Esta conhecida árvore da Palestina
era usada muitas vezes como símbolo da nação de Israel (Os. 9:10; Joel 1:7).
Uma peculiaridade dessa árvore é que seus frutos e folhas costumam aparecer ao
mesmo tempo, com os frutos às vezes em primeiro lugar. A próxima colheita seria
esperada para Junho. Essa árvore em particular produzira tão abundante folhagem
em Abril que qualquer um esperaria encontrar nela também os frutos. Este parece
ser um exemplo no qual, pelo fato de CRISTO ter-se esvaziado completamente do
seu ego (Fl. 2:7), Ele deixou de usar a sua onisciência para que a sua reação
humana fosse inteiramente genuína.
CONCLUSÃO
A vida conduzida pela concupiscência da carne é uma
vida sem DEUS. A concupiscência da carne é sempre morte. A vida guiada pela
concupiscência da carne é uma vida desprovida de alegria e paz. A vida
conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida de atrações pecaminosas. A
degradação do caráter cristão se dá pela falta de condução do ESPÍRITO
SANTO. As qualidades do fruto do ESPÍRITO não desabrocham. O caráter é o
resultado de uma vida entregue a DEUS. As qualidades do ESPÍRITO que estão no
fruto aparecerão. A vida, se conduzida pela carne e suas paixões aparecerão em
pecados. O caráter moldado pelo espírito produz vida em abundância e aparência
de CRISTO no cristão. Podem acontecer ataques ao caráter cristão, se o crente
ceder terá uma vida que não agrada a DEUS. O Viver segundo a carne é seguir o
caminho da perdição e condenação eterna. não continue vivendo como espinheiro
que só serve para espetar os outros e não produz nada no reino espiritual de
DEUS, não tenha uma vida infrutífera para DEUS.
Quem vive segundo a carne não pode agradar a DEUS. E a
vida sem DEUS torna-se infrutífera. Longe do Senhor nos tornamos espinheiros,
nos ferimos e ferimos ao próximo. Busque a DEUS e seja uma árvore frutífera.
Lucas 39 - 49 - Lucas - Série Cultura Bíblica - Leon L.
Morris
39. JESUS agora volta-Se a responsabilidade que incumbe
aos discípulos no sentido de fazerem mais discípulos. Emprega uma série de
metáforas para ressaltar a importância de viverem no nível mais alto enquanto
assim fazem. Fala primeiramente de um cego que procura guiar outro cego. Visto
que o líder não enxerga melhor do que o liderado, o único futuro para ambos e o
desastre. Isto importa em problemas para aqueles que colocam sua confiança em
pessoas tais como os fariseus. E uma advertência acerca da liderança que os
seguidores de JESUS exercerão. O cristão
não pode ter esperança de servir como guia para outras
pessoas a não ser que ele mesmo veja claramente para onde está indo. Se lhe
faltar amor, não enxerga mesmo. Se alguém pessoalmente não conhecer o caminho
da salvação, somente poderá guiar os outros a desgraça.
40. A segunda ilustração relembra o pequeno grupo da
sua posição como discípulos. Declarações algo semelhantes sio achadas
noutros lugares (22:27; Mt 10:24; Jo 13:16). Claramente é um pensamento que
JESUS expressou mais de uma vez e de modos diferentes. O progresso do estudante
e limitado pelo ensino que recebe: não pode saber mais do que
seu mestre. Nio devemos entender isto em termos da
nossa própria situação, em que as bibliotecas e outras facilidades colocam
possibilidades ilimitadas diante do estudante. JESUS está falando de um tempo
em que o discípulo somente tinha seu rabino como sua fonte de informação.
Alegar que estava acima do seu mestre era o máximo da presunção. O único alvo
do discípulo era ser como o seu mestre, e chegava a este ponto somente depois
de bem instruído. Esta última expressão traduz o verbo katartizo, que tem um significado
como “tornar digno” ou “completo.”
E empregado para consertar aquilo que está quebrado (Mc
1:19) ou para suprir plenamente (como quando o mundo foi “plenamente formado,”
Hb 113). O seguidor de JESUS deve fazer da semelhança a Ele seu alvo. Não pode
deixar de lado o mandamento do amor, acreditando que está acima
daquele nível. Mas o impacto principal do dito diz
respeito aos mestres humanos. Visto que não e razoável esperar que um discípulo
saiba mais do que seu mestre, é importante que o próprio mestre esteja
pessoalmente bem adiantado no caminho cristão. Especificamente, deve
resguardar-se
contra a cegueira espiritual e a falta de amor.
41,42. JESUS repreende a hipocrisia com a ilustração do
argueiro e da trave. Este e outro tema as vezes empregado pelos rabinos. Não
devemos olvidar-nos do fato de que JESUS está bem-disposto a inculcar Sua lição
em tom humorístico. Ficamos tão frequentemente impressionados com a solenidade
das questões envolvidas em boa parte do Seu
ensino que nos esquecemos que JESUS tinha um senso de
humor. Aqui, escolhe o método da parodia. Retrata o hipócrita com uma grande
trave projetando-se do seu olho, enquanto procura cuidadosamente tirar uma
partícula do olho do seu irmão. Mesmo assim, o humor da ilustração
não deve cegar-nos diante da seriedade da lição que
ensina. A leve imperfeição noutras pessoas está frequentemente mais aparente a
nós do que a grande imperfeição em nós mesmos. JESUS nos exorta ao rígido
autoexame antes de nos engajarmos no julgamento dos outros. É importante
remover a trave do nosso próprio olho. Não é importante
nos preocuparmos com o cisco no olho do nosso irmão. E é impossível
endireitarmos nosso irmão antes de termos liquidado nossas próprias falhas. Não
podemos ver com clareza suficiente para fazer este trabalho.
VI. A árvore e o fruto (6:43-45). Os atos do homem
mostram como é o seu coração.
43,44. JESUS não explica o que quer dizer com uma
árvore boa ou uma árvore má, mas a declaração seguinte mostra que o tipo de
fruto que a árvore produz está em mente. Figos e uvas são contrastados com
espinheiros e abrolhos. Onde se trata da vida vegetal, fica claro que cada
árvore tem seu fruto característico. Não se pode colher um certo tipo de fruto
de qualquer árvore senão a apropriada. Todas as demais árvores produzem outros
tipos de frutos.
45. Os homens bons, como as árvores boas, produzem bons
frutos.
O homem bom produz fruto bom do bom tesouro do coração.
E aquilo que ele é na sua natureza íntima que determina qual fruto sua vida
produzira, Assim acontece também com o mau. O mal no seu íntimo somente pode
produzir o mal. O princípio e declarado no fim: porque a boca fala do que está
cheio o coração. Sempre há um motivo para as palavras que falamos. Nossas
palavras revelam o que está em nosso coração.
VII. Fundamentos (6:46-49). Este sermão, como aquele em
Mateus, termina com uma lembrança impressionante da importância de agir a
altura do ensino que JESUS deu. Ha uma diferença quanto a um pormenor: em
Mateus a diferença entre os dois homens e que escolheram terrenos
diferentes para construir sobre eles; aqui, diferem
quanto a sua maneira de edificar nos terrenos.
46. Parece que alguns ja se mostraram falsos
discípulos. Destarte, JESUS pergunta por que O chamam Senhor, Senhor, mas não o
obedecem.
Chamar alguém de “Senhor” e reconhecer que lhe é devida
a lealdade.
Repetir o trato e colocar certa ênfase sobre esta
confissão. Mas as palavras não sio substituto para a obediência.
47,48, JESUS agora fala do homem que presta atenção
aquilo que Ele diz. Este homem e como um construtor que cavou, abriu profunda
vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Esta obra e essencial para construir
solidamente, mas gasta muito tempo e trabalho pesado. Alguns, portanto, a
evitam. Quando, porém, chegarem as tempestades e as enchentes, a casa com
alicerces na rocha ficara firme. O trabalho pesado acabou valendo a pena. Fica
claro o paralelo na vida espiritual. Quando chegar o teste final no dia do juízo,
e o fundamento sobre o qual nossa vida é edificada que importará (cf. 1 Co 3:11
ss.). As palavras certamente têm uma aplicação as tempestades desta vida. O
homem com um bom fundamento não é facilmente perturbado pelas dificuldades da
vida; mas e o teste supremo e final que está especialmente em mira aqui.
49. 0 caso e diferente quando a casa está edificada
sobre a terra sem alicerces. Arrojando-se o rio contra a casa edificada desta
maneira, logo desabou. Nio poderia resistir o ataque. Assim é o homem que ouve
o ensino de JESUS mas não age de acordo com ele. Esta edificando sua vida sem
fundamento. Pode ter toda a aparência externa da respeitabilidade e pode ser
notável por suas observâncias religiosas, mas faltando-lhe um fundamento, não é
nada.
TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL - Pr. Antônio Gilberto
O fruto do ESPÍRITO. Em I Coríntios 2.14—3.3,
vemos que DEUS divide toda a humanidade em três grupos de pessoas. Apenas três,
e isso no sentido espiritual: (I) o homem natural, literalmente controlado pela
sua alma (2.14); (2) o homem espiritual, literalmente controlado
pelo ESPÍRITO SANTO (2.15); e (3) o homem carnal, controlado,
literalmente, pela sua natureza carnal (3.3). Ninguém escapa dessa
classificação divina. Todos nós somos um desses "homens”. Identifique-se!
O homem natural não é salvo. É irregenerado. É chamado
de “natural” porque vive segundo a natureza adâmica, decaída. O homem
espiritual é aquele que o ESPÍRITO SANTO governa e rege seu espírito,
sua alma e seu corpo. Nele, o seu “eu”, pela fé em CRISTO, está mortificado,
crucificado (Rm 6.11; G1 2.19,20).
Já o homem carnal, na conceituação bíblica, é o crente
espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida —“meninos em
CRISTO” (I Co 3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida, fracassada. Esse
crente vive em conflito interior entre a sua natureza humana e a divina, sendo
a sua alma o campo de batalha (cf. G1 5.13-26).
O homem espiritual é o crente cheio
do ESPÍRITO SANTO, isto é, aquele em cuja vida o fruto
do ESPÍRITO tem amadurecido (G1 5.22,23; Ef 5.9; Jo 15.1-8, 16). A
evidência de que alguém continua cheio do ESPÍRITO é a manifestação
do fruto do ESPÍRITO de DEUS em sua vida (Mt 3.8; 7.20).
Se um cristão afirma ser nascido de novo, mas seu modo
de viver dentro e fora da igreja desmente o que afirma, isso é uma contradição,
um escândalo e uma pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais
fracos. É pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em
tudo, que o ESPÍRITO produz o seu fruto, como descrito em Gálatas 5.22.
A igreja realiza as obras do Reino mediante a
proclamação do evangelho de poder que lhe foi outorgado por CRISTO (Rm I.I6). A
mesma instrumentalidade que operou em JESUS, durante o seu ministério terreno,
está presente na vida da igreja para que os milagres se realizem, as boas novas
cheguem aos confins da Terra e ela possa confrontar o orgulho, a falsidade e o
egoísmo disseminado pelo reino das trevas. E assim manifestar em sua existência
as qualidades do fruto do ESPÍRITO (G1 5.22), que antecipam a verdadeira
natureza da era vindoura. Os dons espirituais nao devem operar sem o fruto do
ESPÍRITO (G1 5.22; I Co 13; Jo 15.1-8).
Obra da Carne e Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
Fica bem claro que para Paulo o corpo não é
essencialmente mau.
Na sua natureza, morrerá. Mas tem potencialidades
tremendas para o bem e para o mal, dependendo se é dominado pelo pecado ou
dedicado a DEUS.
Para Paulo, o corpo em si mesmo é bem neutro.
A direção que seguirá depende da força que o controla,
para o bem ou para o mal.
Mas agora chegamos a uma palavra muito mais difícil,
sarx, a carne.
Esta é uma das palavras características de Paulo, uma
das palavras que percorre suas cartas, e especialmente as cartas aos Romanos,
aos Gálatas e aos Coríntios. É uma palavra que representa certos fatos na
situação humana que fazem parte da experiência básica de todos os homens.
Procuremos, portanto, penetrar em seu significado.
Podemos começar com dois fatos fundamentais a respeito
dela.
i. Sarx é a inimiga mortal do pneuma. O conflito na
alma é exatamente entre a carne, para usar a tradução comum da palavra, e o
ESPÍRITO.
“Estes,” diz Paulo, “são opostos entre si” (G1 5.17).
Qualquer que seja uma outra verdade a este respeito, estas duas são as forças
opostas dentro da existência humana.
ii. Sarx é muito mais do que o corpo. No pensamento de
Paulo os pecados da carne incluem muito mais do que os pecados carnais que têm
a ver com o corpo. Quando Paulo alista as obras da carne, é certo que começa
com a imoralidade, a impureza e a licenciosidade, mas daí passa para a
inimizade, as contendas, os ciúmes, a ira e o espírito partidário que não são
pecados do corpo, de modo algum. Os pecados da carne, no sentido moderno e
normal do termo, estão longe de serem aqueles
que são usados no sentido paulino do termo. Na
realidade, é verdade dizer que nem sequer são os pecados principais e mais
sérios da carne.
iii. Paulo usa o termo para denotar uma condição
física, do corpo.
Fala da circuncisão da carne, em comparação com a
circuncisão do coração (Rm 2.28). Fala de um espinho na carne, com o que quer
dizer uma enfermidade ou doença física (Gl 4.13). Ha ocasiões em que Paulo
emprega sarx onde poderia ter usado sõma com igual efeito, e onde seu
significado é físico sem quaisquer implicações ou ideias subentendidas.
iv. Paulo usa sarx em frases que poderíamos expressar
em português assim: “humanamente falando” , ou: “do ponto de vista humano” .
Assim, JESUS descendeu de Davi segundo a carne (Rm 1.3).
Abraão e o nosso antepassado segundo a carne (Rm 4.1).
JESUS é um judeu segundo a carne (Rm 9.5).
Quando sarx é usada assim, sempre subentende que o
assunto não se esgota aí, que há algo mais a ser dito, que o que é dito é
verdadeiro do ponto de vista humano, embora não seja a totalidade da verdade.
v. Paulo usa sarx em frases e contextos onde usaríamos
uma frase tal como: “julgando por padrões humanos” .
Não muitos sábios segundo a carne são chamados para
fazer parte da Igreja (1 Co 1.26), ou seja: não muitos que são sábios segundo
os padrões mundanos (RSV), ou qualquer padrão humano (NEB). Paulo, escrevendo
aos coríntios, defende-se contra a possível acusação de ter propósitos segundo
a carne (2 Co 1.17), ou seja: de fazer planos com um homem mundano que está
disposto a alterá-los de conformidade com aquilo que a conveniência venha a
sugerir.
Escreve aos coríntios afirmando que, agora, não conhece
a homem algum, nem sequer a CRISTO, segundo a carne (2 Co 5.16).
Aqui a RSV traduz: “Não consideramos a ninguém do ponto
de vista humano” , e a NEB: “Os padrões do mundo deixaram de ser levados em
conta nossa estimativa de qualquer homem.” Em tais frases, a carne representa o
padrão humano, o ponto de vista humano, a avaliação humana.
vi. Paulo usa sarx onde o pensamento principal diz
respeito a humanidade.
A expressão: “Nenhuma carne será justificada diante
dele pelas obras da lei” (Rm 3.20; Gl 2.16; 1 Co 1.29) e um hebraísmo e uma
expressão judaica normal, a passo que a linguagem moderna diria “ninguém” (AKA,
cf. ARC supra). Assim, JESUS veio na semelhança da carne pecaminosa (Rm 8.3),
onde a ideia e que CRISTO tomou sobre Si a nossa humanidade.
A língua hebraica sempre preferiria uma expressão
concreta suma expressão abstrata, e, portanto, prefere falar na carne ao invés
da humanidade.
vii. Agora chegamos ao uso paulino, único e distintivo,
da palavra sarx, o conceito que Paulo tem de sarx como a inimiga suprema no
conflito na alma. Vejamos, pois, como Paulo usa a palavra neste sentido
especial.
(a) Pode-se dizer que viver na carne é exatamente o
inverso de ser um cristão. “Vós, porém, não estais na carne, mas no ESPÍRITO”
(Rm 8.9, 12).
É o não-cristão que vive na carne. Paulo pode relembrar
o tempo “ quando vivíamos segundo a carne” (Rm 7.5; 8.5). O cristão crucificou
a carne com suas paixões e desejos (Gl 5.24). Viver na carne é exatamente o
inverso de viver no ESPÍRITO, em CRISTO; é o oposto de ser cristão.
(b) Para expressar o assunto de modo ainda mais amplo,
estar na carne é estar sujeito ao pecado (Rm 7.14). Ser dominado pela carne e
ser escravo do pecado são a mesma coisa.
(c ) A carne é a grande inimiga da vida virtuosa e da
vida cristã:.
É esta sarx que torna a lei fraca e enferma (Rm 8.3).
Isto quer dizer que a sarx é a responsável pela situação humana sempre
repetida, em que o homem sabe com perfeita clareza o que deve fazer, mas é
totalmente incapaz de fazê-lo. Na sarx não habita nada de bom (Rm 7.18). Se
entendermos que esta é uma declaração generalizada, é exatamente aqui que vemos
a diferença entre sõma e sarx, o corpo e a carne. O corpo pode tornar-se
instrumento do serviço e da glória de DEUS; a carne não o pode. O corpo pode ser
purificado e até mesmo glorificado; a carne deve ser eliminada e erradicada. É
com a carne que o homem serve a lei do pecado (Rm 7.25).
E a sarx que torna o homem totalmente incapaz de
assimilar o ensino que deveria saber receber (1 Co 3.1-3). A sarx não pode
agradar a DEUS (Rm 8.8). Pior do que isso, a sarx é essencialmente hostil a
DEUS
(Rm 8.7). Os ciúmes, as contendas e a amargura são a
prova de que o homem ou a comunidade está vivendo na sarx (1 Co 3.3).
Fica bem claro que temos um problema bem considerável
na tradução.
De modo geral, as traduções mais usadas no Brasil
mantém a palavra “ carne,” com o adjetivo “ carnal.” Das paráfrases, temos: P:
“baixos instintos da natureza” ; BLH: “a natureza humana” ; BV: “ suas próprias
inclinações erradas.” As versões mais atuais em inglês oferecem variações de
frases tais como: “a natureza inferior” , “a natureza terrena” , “a natureza
não-espiritual” , “a natureza pecaminosa” , “ a natureza carnal” , “a fraqueza
da natureza humana” . Há, sem dúvida, uma série específica de passagens em
Gálatas em que a ideia de baixos instintos da natureza serve muito bem. A ARA
traduz Gl 5:13: “Não useis da liberdade para dar ocasião à carne.” Phillips
traduz: “Apenas convém usar de cautela, para que essa liberdade não vá
estimular-vos aos baixos instintos.” A ARA traduz Gl 5:16:
“Andai no ESPÍRITO, e jamais satisfareis a
concupiscência da carne.”
Phillips traduz: “Vivei a sua vida no ESPÍRITO, em nada
satisfazendo os baixos instintos da natureza humana.” A ARA traduz Gl 5.24: “E
os que são de CRISTOJESUS crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.”
Phillips traduz: “Quem é de CRISTO, crucificou a sua
velha natureza com tudo o que amava e cobiçava.” A ARA traduz Gl 6.8: “Porque o
que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que
semeia para o ESPÍRITO, do ESPÍRITO colherá vida eterna.” Phillips traduz:
“ Se semeia para os baixos instintos da natureza, a
colheita só pode ser a corrupção e a morte da sua própria natureza. Se semeia,
porém, para o ESPÍRITO, a colheita será a vida eterna por esse mesmo ESPÍRITO.”
Em todos estes casos, a tradução de sarx por “baixos instintos da natureza”
aparece
de forma bem apta e relevante.
O que, pois, é a carne? Logicamente, a carne não é o
corpo.
Fica igualmente claro (se o pensamento de Paulo for
consistente) que a carne não é o homem natural, porque ele disse que este homem
não-cristão, o homem pagão, não precisa necessariamente ser totalmente mau.
Mesmo em tais condições há ocasiões em que o homem pode fazer por natureza
aquilo que a lei requer, porque as exigências da lei
estão escritas no seu coração, e porque mesmo em tal condição o homem possui
consciência (Rm 2.14, 15). (N.E.: Mas Paulo de maneira nenhuma ensina que o
homem na carne pode agradar a DEUS [1 Co 2.14]). Falar da carne como a natureza
inferior ( “ os baixos instintos da natureza” ) não é
inteiramente satisfatório.
Fazer assim subentende que há no homem uma natureza que
é capaz de produzir a bondade, assim como há uma natureza que é fadada ao mal.
O problema com semelhante ponto de vista é que a podridão, a despeito de tudo
quanto temos dito a respeito do homem natural, perpassa a natureza humana
inteira; toda a estrutura está minada. É cheio de relevância o fato de que
Paulo fala das obras da carne e do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.19, 22). Uma obra é
algo que o homem produz para si mesmo; um fruto é algo produzido por um poder
que ele não possui.
Os homens não podem fabricar um fruto. Isto quer dizer
que o homem pode produzir o mal por si só, com bastante facilidade, e não pode
deixar de fazê-lo; a bondade, no entanto, tem que ser produzida para ele por um
poder que não é seu. A verdade é que, embora a tradução “os baixos instintos
da natureza” frequentemente faça bom sentido, não
atinge suficientemente o sentido.
A essência da carne é a seguinte. Nenhum exército pode
invadir um país pelo mar a não ser que possa obter uma cabeça de ponte.
A tentação não teria a capacidade de afetar os homens,
a não ser que houvesse algo já existente no homem que correspondesse a
tentação. O pecado não poderia obter nenhuma cabeça de ponte na mente, coração,
alma e vida do homem a não ser que houvesse um inimigo dentro dos portões que
estivesse disposto a abrir a porta ao pecado. A carne é exatamente a cabeça de
ponte através da qual o pecado invade a personalidade humana.
A carne é como o inimigo do lado de dentro e que abre o
caminho para o inimigo que está forçando a porta.
Mas de onde vem esta cabeça de ponte? De onde surge
este inimigo do lado de dentro? É experiência universal da vida que um homem
pela sua conduta se capacita ou não a experimentar certas coisas.
Faz de si mesmo uma pessoa tal que se dispõe ou se
indispõe a corresponder a certas experiências. A carne é aquilo que homem fez
de si mesmo em contraste com o homem conforme DEUS o fez. A carne e o homem de
conformidade com aquilo que permitiu que viesse a ser, em contraste com o homem
conforme DEUS pretendeu que ele fosse. A carne representa o efeito total do
pecado do homem sobre si mesmo e do pecado dos seus pais e de todos os homens
que existiram antes dele. A carne é a natureza humana conforme se tornou
através do pecado. O pecado do homem é o pecado da humanidade, tornou-o, por
assim dizer, vulnerável ao pecado. Fê-lo cair mesmo quando sabia que estava
caindo, e mesmo quando não queria cair. Fez dele uma pessoa tal que não pode
nem evitar o fascínio do pecado nem resistir ao poder do pecado. A carne é o
homem enquanto está separado
de JESUS CRISTO e Seu ESPÍRITO.
Assim o crente deve tomar todo cuidado para não deixar
que a carne o domine, pois estaria voltando ao estado original, sem salvação,
sem vida eterna.
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Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja, Hábito da
Velha Natureza
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
Figuras da
Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/01/figuras-da-licao-4-alegria-fruto-do.html
TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo:
regozijai-vos.” (Fp 4.4)
Regozijar - χαιρω chairo
1) regozijar-se, estar contente
2) ficar extremamente alegre
3) estar bem, ter sucesso
4) em cumprimentos, saudação!
5) no começo das cartas: fazer saudação, saudar
VERDADE PRÁTICA
A alegria, fruto do ESPÍRITO, não depende de
circunstâncias.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 16.20-24
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes
e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa
tristeza se converterá em alegria. 21 - A mulher, quando está para dar à luz,
sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a
criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no
mundo. 22 - Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez
vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vô-la
tirará. 23 - E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos
digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vô-lo há de dar. 24 -
Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa
alegria se cumpra.
Resumo da Lição 4, Alegria, Fruto do ESPÍRITO; Inveja,
Hábito da Velha Natureza
I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
1. A alegria do Senhor.
2. A fonte da nossa alegria.
3. A bênção da alegria.
II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
1. Definição.
2. Inveja, fruto da velha natureza.
3. Os efeitos da inveja.
III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
2. Alegria no servir.
3. Alegria no contribuir.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Nossa verdadeira e humilde atitude deveria ser:
Eu não tenho conseguido me entregar ao ESPÍRITO SANTO
de maneira que as qualidades do ESPÍRITO SANTO apareçam em meu caráter.
Eu vejo em mim todas as obras da carne e com a ajuda do
ESPÍRITO SANTO tenho lutado contra essas e algumas vezes reconheço que tenho
perdido a batalha, pois deixei de seguir a orientação do ESPÍRITO.
Alegria . A segunda manifestação
do fruto do
ESPÍRITO é alegria . Chara ( alegria ) é
utilizado cerca de 70 vezes no Novo Testamento, sempre para significar um
sentimento de felicidade que é baseado em realidades
espirituais. Alegria é o deepdown sensação de bem-estar sendo que
habita no coração da pessoa que sabe tudo está bem entre ele e o
Senhor. Não é uma experiência que vem de circunstâncias favoráveis ou
até mesmo uma emoção humana que é divinamente estimulados. É um presente
de DEUS para os crentes. Como Neemias, declarou: "A alegria do Senhor
é a vossa força" (Ne 8:10). Alegria é uma parte da própria
natureza e de DEUS ESPÍRITO que Ele se manifesta em seus filhos.
Falando de como nos sentimos a respeito do Senhor JESUS
CRISTO, Pedro escreveu: "Ainda que você não O tenha visto, você o amam, e
ainda que você não O veja agora, mas acredita Nele, exultais com alegria
indizível e cheia de glória" (1 Pe. 1:8). Alegria é o excesso
inevitável de receber JESUS CRISTO como Salvador e do crente de conhecer a Sua
presença contínua.
Alegria não só não vem de circunstâncias humanas
favoráveis, mas às vezes é maior quando essas circunstâncias são as mais
dolorosas e graves. Pouco antes de sua prisão e crucificação, JESUS disse
aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo que, que vocês vão
chorar e lamentar, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa
tristeza se converterá em alegria" ( João 16:20). Para ilustrar essa
verdade JESUS comparou a divina alegria para uma mulher em trabalho
de parto. "Ela tem tristeza, porque é chegada a sua hora; mas quando
ela dá à luz a criança, ela não se lembra da angústia mais, por causa da
alegria que trouxe uma criança ter nascido no mundo. Por isso vocês agora
também tendes tristeza;. Mas eu vou estar com vocês novamente, e seus corações
se alegrarão, e ninguém tirará essa alegria
de vocês" (vv. 21-22).
A alegria de DEUS é completa, completa em
todos os sentidos. Nada de humano ou circunstancial pode completá-la ou
afastar-se dela. Mas não é cumprida na vida de um crente, exceto através
da dependência e obediência ao Senhor. "Pedi e recebereis",
JESUS passou a explicar, "que a vossa alegria seja completa" (João
16:24). Uma das motivações de João ao escrever sua primeira epístola foi
ensinar que nossa alegria pode "ser feita completa" (1 João 1:4).
O próprio JESUS é mais uma vez o nosso exemplo
supremo. Ele era "um homem de dores, e experimentado no
sofrimento" (Isaías 53:3; cf. Lc 18:31-33), mas, assim como Ele havia
prometido para seus discípulos, Sua tristeza se transformou em alegria. "Para
o gozo que lhe [Ele], suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está
assentado à destra do trono de DEUS" (Heb 12:2). Apesar do
mal-entendido, a rejeição, o ódio e a dor que Ele suportou dos homens, enquanto
encarnado entre eles, o Senhor nunca perdeu a sua alegria no relacionamento que
teve com seu pai. E que alegria Ele dá a cada um de Seus seguidores.
Apesar da alegria ser um dom de DEUS através
de Seu ESPÍRITO para aqueles que pertencem a CRISTO, ela também é um
mandamento para nós. "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez eu vou
dizer: alegrem-se! “Paulo ordena (Fp 4:4; cf. 3:1). Porque a
alegria vem como um presente dEle, o comando, obviamente, não é para os
crentes fabricarem ou tentar imitá-la. O comando é aceitar com gratidão e
deleitar-se com esta grande bênção que já possuem. "Porque o reino de
DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO
SANTO" (Rom 14:17).
Discórdias, dissensões,
facções, e invejas são as expressões mais particulares e
permanentes dos pecados gerais que os precedem na lista. Eles representam
animosidades entre indivíduos e grupos que, por vezes, continuam a apodrecer e crescer
muito depois de a causa original do conflito já ter passado. Esses pecados
dominaram feudos de velhos tempos e clãs das montanhas por muitas gerações com
hostilidades nacionais que duraram séculos, esses pecados podem se tornar um
modo de vida estabelecido e destrutivo. Podem atingir famílias que se odiarão
por séculos. passam a ser uma tradição familiar ou entre igrejas ou entre
empresas etc.
RESUMO RÁPIDO DO Pr. HENRIQUE
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a alegria, como fruto
qualidade do ESPÍRITO, e a inveja, como obra da carne.
Existe alegria da alma e do ESPÍRITO. A alegria que vem
do fruto do ESPÍRITO é espiritual, portanto, sobrepõe a alegria da alma,
sobrepõe os sentimentos, sobrepõe as aflições, angústias e todas as
circunstâncias adversas que possam ocorrer.
A inveja, ou ciúme, ou zelo, tem um lado bom quando nos
conduz ao desejo de melhorar nossa condição espiritual, mas pode nos conduzir
ao pecado quando nos induz ao sentimento de tristeza e angústia por não
possuir, ou ter, ou ser o que outro possui ou tem, ou é.
I - ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
1. A alegria do Senhor.
A alegria, qualidade ou virtude do fruto do ESPÍRITO,
independe do que está acontecendo a nossa volta. O crente pode estar alegre
mesmo estando preso numa cadeia, como aconteceu com Paulo, quando escreveu aos
filipenses. essa alegria é provinda da comunhão e intimidade com o ESPÍRITO
SANTO. O crente que está alegre espiritualmente não se entristece com as
circunstâncias a sua volta. A situação moral, espiritual ou material dos outros
não pode abalar sua alegria com DEUS. A alegria da certeza da salvação e da
viva esperança do arrebatamento não podem ser subjugadas pelos problemas da
vida.
2. A fonte da nossa alegria.
ALEGRIA DO ESPÍRITO - Milagre de DEUS, vem de DEUS, é
sobrenatural, é pura, é perfeita. Tiago nos revela que DEUS é a fonte de todas
as dádivas que recebemos (Tg 1.17).
É um milagre de DEUS - Vem do ESPÍRITO SANTO, não é
nossa, não vem de nós - DEUS é a fonte da Alegria Verdadeira.
Tg 1.17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
3. A bênção da alegria.
Segredos conhecidos, mas pouco praticados para se ter
uma vida alegre com DEUS - oração, a leitura da Palavra e o jejum.
Dois tipos de alegria - da alma e do ESPÍRITO.
ALEGRIA DA ALMA - Emoção e estado de satisfação e
felicidade (Sl 16.11; Rm 14.17).
חדוה
chedvah
1) alegria, contentamento
Dicionário Português - Qualidade de alegre. 2.
Contentamento. 3. Tudo o que alegra. 4. Divertimento, festa.
Ne 8.10 Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e
bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si;
porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais,
porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
ALEGRIA DO ESPÍRITO
χαρα chara
1) alegria, satisfação
1a) a alegria recebida de você
1b) causa ou ocasião de alegria
Rm 14.17 Porque o reino de DEUS não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO.
II - INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
INVEJA - Zelos - Pode ser num sentido bom ou num
sentido mal. Aqui na lição estudamos como desejo mal, como obra da carne.
1. Definição.
INVEJA - Sentimento de pesar pelo bem e pela
felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv
14.30; 1Pe 2.1).
zelos ζηλος e phthonos φθονος
ciúmes e inveja
Inveja - קנאה - qin’ah
ou קנא qana’
1) ardor, zelo, ciúme
1a) ardor, ciúme, atitude ciumenta (referindo-se ao
marido)
1a1) paixão sexual
1b) ardor de zelo (referindo-se ao zelo religioso)
1b1) de homens por DEUS
1b2) de homens pela casa de DEUS
1b3) de DEUS pelo seu povo
1c) ardor de ira
1c1) de homens contra adversários
1c2) de DEUS contra os homens
1d) inveja (referindo-se ao homem)
1e) ciúme (que resulta na ira de DEUS)
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer,
Howard F. Vos, John Rea
CIÚME
No Antigo Testamento a palavra heb. qin'a tem como
ideia básica o profundo ardor emocional. Pode ser o ardor: (1) do ciúme (Nm
5.14; Ct 8.6), (2) do zelo (Nm 25.11; Is 42.13; 63.15), ou (3) da ira (Ez
35.11; 36.6). O ciúme de DEUS é o ciúme daquele que ama e exige atenção
exclusiva, adoração e fidelidade do seu povo (Êx 34.14; Nm 25.11; Dt 32.16-21;
Jl 2.18; Zc 1.14; 8.2). No Novo Testamento, a palavra grega básica é zelos, que
pode ser usada no bom sentido do zelo (2 Co 7.11; 9.2; 11.2), ou no mau sentido
do ciúme (Rm 13.13; 1 Co 3.3), podendo até mesmo trazer uma conotação de
inveja. Um sinônimo, phthonos, é sempre empregado quando se deseja transmitir o
sentido de inveja (Mt 27.18; Fp 1.15).
INVEJA
A inveja é um princípio ativo de hostilidade dirigido
maliciosamente a um aspecto de superioridade - real ou suposta - de outra
pessoa. Originou-se da fracassada tentativa de Satanás de usurpar os atributos
divinos (Is 14.12-20). Eva absorveu esse pernicioso pecado ao ceder às
insinuações de Satanás (Gn 3.4-7).
2. Inveja, fruto da velha natureza.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer,
Howard F. Vos, John Rea
A palavra grega phthonos, que designa
"inveja" em todas as passagens, possivelmente exceto em Tiago 4.5,
caracteriza a natureza humana (Rm 1.29; Tt 3.3) e a "carne" (Gl
5.19,21). Sua manifestação entre os cristãos é proibida (Gl 5.26; 1 Tm 6.4; 1
Pe 2.1). A palavra grega zelos ("zelo"), embora muitas vezes
justamente motivado (2 Co 7.7,11; 9.2) pode, quando mal direcionado (Rm 10.2;
Fp 3.6), tornar-se facilmente em inveja (At 13.45; 17.5; Rm 13.13; 1 Co 3.3; 2
Co 12.20; Tg 3.14,16).
A inveja incendeia a pessoa que a guarda em seu coração
a falar mal de outra pessoa e a não ajudar a outra pessoa apenas para que a
mesma não se destaque mais do que ela. A inveja detesta o brilho dos outros,
pois não suporta ver alguém brilhar mais do que a si própria.
Crentes deixam de ajudar ou de fazer a obra de DEUS
porque não suportam a liderança da igreja, pois aparecem mais do que elas.
3. Os efeitos da inveja.
A inveja foi causadora do primeiro assassinato (Gn
4.5). Seu aspecto mais hediondo aparece em Raquel (Gn 30.1), nos irmãos de José
(Gn 37.11, cf. At 7.9), em Saul (1 Sm 18.8ss), e em Israel (SI 106.16). Ela até
instigou os líderes judeus a entregarem JESUS a Pilatos (Mt 27.18; Mc 15.10).
A inveja é sempre má, arrasa com toda felicidade e
alegria.
É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e
contendas de palavras, das quais nascem invejas (φθονος phthonos - 1)
inveja 2) por inveja, i.e., motivado pela inveja), porfias, blasfêmias, ruins
suspeitas, Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados
da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho: aparta-te dos tais.
III - A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
Seja alegre todo tempo e em todo tempo. A alegria vem
em abundância sobre aqueles que estão em comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Estão
ocupados na obra de DEUS. praticam a oração em abundância., bem como o estudo
da Palavra de DEUS e o jejum.
2. Alegria no servir.
JESUS é o modelo de serviço a todos e principalmente a
DEUS. Por isso mesmo o PAI também se alegrou com as obras do Filho (Mt
3.16,17).
Servir a DEUS e a nosso próximo é dever de todos nós,
pois o amor de DEUS nos constrange a isto. Representamos JESUS aqui na terra e
devemos fazer as mesmas obras que ELE fez e até maiores.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em
mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu
vou para meu Pai. João 14:12
3. Alegria no contribuir.
Nunca escolha o pior para DEUS, isso é o que fazem os
tolos. Na hora de contribuir com suas ofertas, escolhem as piores notas ou até
mesmo moedas para ofertarem. Querem muito de DEUS, mas dão para DEUS o seu
pior. A oferta deve ser dada com alegria e agradecimento a DEUS que nos deu de
tudo o que necessitávamos.
Quem não dizima e nem oferta não deveria nem entrar num
templo onde se louva e adora a DEUS e se recebe de DEUS. Tudo ali foi
construído com o dinheiro dos dízimos e das ofertas.
CONCLUSÃO
A alegria é uma felicidade interior, é a alegria do
senhor que é a nossa fonte de onde jorra alegria e nos abençoa com a alegria de
DEUS.
A inveja é o desgosto pela felicidade alheia, é por
definição o sentimento de pesar pelo bem e pela felicidade de outra
pessoa, junto com o desejo de ter isso para si (Sl 37.1; Pv 14.30; 1Pe 2.1).
A Inveja é o fruto da velha natureza e traz
consigo efeitos malignos como Paulo escreveu aos coríntios, foi
responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim, pela fuga de Jacó
diante de Esaú, pela venda de José para o Egito pelos seus irmãos, pela
tentativa de assassinato feita por Saul contra Davi, e pelo ódio pagão que
derramou o sangue dos mártires cristãos (I Clemente 4.6).
A alegria do espírito é para ser vivida, é a alegria no
servir e no contribuir, é a alegria da comunhão com DEUS. Seja feliz e alegre,
você é filho(a) de DEUS.
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
ALEGRIA - chara χαρα - Alegria Do Viver
Somente quando estudamos detalhadamente o Novo
Testamento descobrimos quão importante livro de alegria ele é.
No Novo Testamento o verbo chairein, que significa
alegrar-se, ocorre setenta e duas vezes, e a palavra chara, que significa
alegria, aparece sessenta vezes. O Novo Testamento é o livro da alegria.
A saudação grega normal, tanto na conversa quanto nas
cartas, é a palavra chairein, e é geralmente traduzida simplesmente por
“Saudações!”
Assim é usada na carta de Felix a respeito de Paulo,
dirigida ao oficial romano Claudio Lísias (Atos 23.26). Se fossemos dar a
chairein sua tradução integral e literal, teríamos: “A alegria seja contigo!” ,
e há certas ocasiões no Novo Testamento em que somente a tradução integral é
correta.
Quando a Igreja cristã resolveu no Concilio de
Jerusalém que a porta da Igreja seria aberta aos gentios, os líderes da Igreja
enviaram aos cristãos gentios na Síria, Antioquia e Cilicia uma carta
informando-os a respeito daquela grande decisão, e a carta começa com:
“Chairein” - a alegria seja convosco! (Atos 15.23). Estava aberta a porta a
alegria cristã. Quando Tiago estava escrevendo aos cristãos dispersos pelo
mundo, e quando estava pensando neles como exilados da eternidade, começa sua
carta: “A alegria esteja convosco!” (Tiago 1.1). Uma das últimas palavras que
Paulo escreveu aos seus amigos em Corinto foi: “A alegria seja convosco,
irmãos!” (2 Co 13.11). Há dois belíssimos usos desta palavra chairein em
conexão com a vida de JESUS. Quando o anjo veio a Maria, a fim de contar-lhe a
respeito do filho ao qual havia de dar à luz, a sua saudação foi: “A alegria
seja contigo!” (Lc 1.28). E na manhã da ressurreição a saudação do CRISTO
ressurreto às mulheres que tinham vindo para lamentar foi: “A alegria seja
convosco” (Mt 28.9). Esta grande saudação ressoa de modo triunfante pelas
páginas do Novo Testamento. Examinemos, portanto, está alegria cristã conforme
nos mostra o Novo Testamento.
(i) Devemos começar notando que a alegria é a atmosfera
distintiva da vida cristã. Podemos expressá-la da seguinte maneira — sejam
quais forem os ingredientes da vida cristã, e as proporções em que forem
misturados, a alegria é um deles. Na vida cristã, a alegria sempre permanece
como um fator constante. “Alegrai-vos no Senhor,” escreve Paulo aos seus amigos
filipenses, e passa a repetir a sua ordem: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra
vez digo, alegrai-vos” (Fp 3.1; 4.4). “Regozijai-vos sempre,” escreve aos
tessalonicenses (I Ts 5.16). Já foi dito que “alegrai-vos!” é sempre a ordem do
dia para o crente.
Na carta aos colossenses há uma passagem muito
relevante. Paulo diz aos colossenses que está orando por eles, pedindo a DEUS
para que transbordem do pleno conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria
e entendimento espiritual, a fim de viverem de modo digno do Senhor, para o Seu
inteiro agrado, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no pleno
conhecimento de DEUS. Continua, então: “ sendo fortalecidos com todo o poder,
segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade” — e então
vem as palavras finais: “com alegria” (Cl 1.9-11).
Toda virtude e conhecimento devem ser irradiados com
alegria; até mesmo a paciência e a perseverança, que podem ser coisas áridas e
repugnantes, devem ser iluminadas com a alegria. “O reino de DEUS não é comida,
nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO” escreveu Paulo aos
romanos (Rm 14.17).
Não há virtude na vida cristã que não se torne radiante
com a alegria; não há circunstância e ocasião que não sejam iluminadas com a
alegria.
Uma vida sem alegria não é uma vida cristã, porque a
alegria é um ingrediente constante na receita para a vida cristã.
Quando examinamos as referências a alegria no Novo
Testamento, com toda a sua variedade e multiplicidade, elas enquadram-se num
certo padrão, e nos falam acerca de certas esferas em que a alegria cristã deve
ser descoberta de modo especial.
(a) Há a alegria da comunhão cristã. O Novo
Testamento está cheio da alegria daquilo que pode ser chamado de “
fraternidade” . É uma alegria até semelhante à comunhão. Paulo escreve a
Filemom dizendo-lhe da alegria e conforto que recebeu do amor de Filemom e ao
ver o modo pelo qual os santos foram reanimados pelos cuidados amorosos dele
(Fm 7). Num famoso ditado, os pagãos olhavam para a Igreja cristã e diziam:
“Vede como estes cristãos amam-se mutuamente.” Nunca se deve esquecer de que
uma das maiores influências na evangelização do mundo é a visão da verdadeira
comunhão cristã, e uma das maiores barreiras a evangelização é a visão de uma
igreja onde a comunhão está perdida e destruída. É uma alegria ainda maior
gozar da comunhão cristã. Alegra o coração de Paulo o fato de seus amigos em
Filipos terem se lembrado dele com suas dádivas (Fp 4.10). Ver a comunhão
cristã é algo glorioso, estar envolvido nela é mais glorioso ainda. É uma
alegria ver a comunhão cristã restaurada. Quando Tito voltou da igreja perturbada
em Corinto com a notícia de que o problema havia sido sanado e a comunhão
restaurada, Paulo regozijou-se (2 Co 7.7,13). É uma alegria experimentar a
comunhão cristã restaurada. O Novo Testamento mostra a alegria de alguém ao
reencontrar-se com amigos. João espera que se encontrará outra vez com seus
amigos, e então sua alegria será completa (2 Jo 12).
No Novo Testamento, não existe vestígios da religião
que isola o homem do seu próximo. O Novo Testamento mostra vividamente a
alegria de fazer amigos, conservá-los e reencontrá-los, porque a amizade e a
reconciliação entre um homem e outro refletem a comunhão e a reconciliação que
há entre o homem e DEUS;
(b) Há a alegria do evangelho. Há a alegria da
nova descoberta e pode ser dito que a história do evangelho começa e termina em
alegria.
Foram novas de grande alegria que os anjos trouxeram
aos pastores (Lc 2.10), e os sábios se alegraram quando viram a estrela que
lhes contou sobre o nascimento do rei (Mt 2.10). Assim, houve alegria no
início. Na manhã da Ressurreição as mulheres voltaram do túmulo após seu
encontro com o Senhor Ressurreto, em temor e grande alegria (Mt 28.8). Os
discípulos nem podiam acreditar nas boas novas, por causa de tanta alegria (Lc
24.41).
Quando JESUS colocou-se no meio deles, os discípulos se
alegraram ao verem o Senhor (Jo 20.20). E bem no fim, conforme Lucas narra a
história, após a Ascensão, os discípulos voltaram para Jerusalém com grande
alegria (Lc 24.52). A história do evangelho começa, continua e termina com
grande alegria. Há alegria de receber o evangelho. Foi com alegria que Zaqueu
recebeu JESUS em sua casa (Lc 19.6). Os tessalonicenses receberam a palavra com
alegria (1 Ts 1.6).
Repetidas vezes Atos fala a respeito da alegria que
veio aos homens quando o evangelho chegou entre eles. A pregação de Filipe
trouxe alegria para Samaria (At 8.8); depois do seu batismo, o eunuco etíope
foi seguindo o seu caminho, cheio de jubilo (At 8.39). Havia alegria em
Antioquia da Pisidia quando os gentios ouviram que o evangelho estava para sair
da sinagoga e chegar a eles (At 13.48). O Novo Testamento torna claro que a
conversão deve ser uma das experiências mais felizes de todo o mundo.
Há a alegria de crer. A oração de Paulo pelos
cristãos em Roma é para que o DEUS da esperança os encha de todo gozo e paz em
sua crença (Rm 15.13). Paulo deseja aumentar a alegria de sua fé para os
filipenses (Fp 1.25). O Novo Testamento torna claro que a crença cristã é
seguida pela alegria. Dizia-se a respeito de Burns que ele era mais pressionado
do que ajudado pela sua religião. Sempre existem aqueles que tem feito da sua
religião uma agonia. Mas para o Novo Testamento, a fé e a alegria andam juntas.
Há uma certa severidade nesta alegria cristã. É uma
alegria que se regozija até mesmo na disciplina e na provação. Tiago ordena que
seus leitores se alegrem quando são provados (Tg 1.2). A alegria cristã é como
a alegria de uma mulher de quem as dores de parto já se foram, e cujo filho
chegou (Jo 16.21, 22).
É notável quão frequentemente no Novo Testamento a
alegria e a aflição andam lado a lado. A despeito da perseguição, os cristãos
em Antioquia ficam cheios do ESPÍRITO SANTO e de gozo (Ato 13.52).
O cristão pode ter tristezas mas também estar se
regozijando (2 Co 6.10). O evangelho trouxe tribulação a Tessalônica mas também
trouxe alegria (1 Ts 1.6).
Esta alegria na tribulação pode ser uma coisa muito
maravilhosa, e a maravilha dela acha-se no fato de ser suportada e empreendida
por amor a JESUS CRISTO. Pedro e João deixaram o Sinédrio e as suas ameaças,
regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome
de JESUS (Ato 5.41). Pedro encoraja os seus leitores, dizendo-lhes que quando
sofrem estão compartilhando dos sofrimentos do próprio CRISTO (1 Pe 4.13).
A .passagem mais estarrecedora no Novo Testamento
acha-se em Cl 1.24 onde Paulo diz que se regozija nos seus sofrimentos.
“Preencho o que resta das aflições de CRISTO, na minha carne, a favor do seu
corpo, que é a igreja.” Como é que algo pode faltar, ou restar, dos sofrimentos
de JESUS CRISTO? Façamos uma analogia. É possível que um cientista, um
cirurgião ou um médico, no seu laboratório, centro cirúrgico ou sala de
pesquisas, trabalhe com esforço e sofrimento, correndo perigo, arriscando e
destruindo sua própria saúde para achar a cura ou alguma ajuda para as dores e
enfermidades dos homens. Mas a sua descoberta permanece inútil a não ser que
seja tirada do laboratório e colocada à disposição dos homens em todas as
partes do mundo. E é bem possível que aqueles que levam a descoberta até aos
homens tenham de suar, labutar, sofrer e fazer sacrifícios para torná-la
disponível. É pode-se dizer com exatidão e propriedade que os sofrimentos deles
para tornar a dádiva disponível aos homens preenchem e completam os sofrimentos
do grande homem que fez a descoberta original. A obra de JESUS CRISTO foi
realizada e completada. Mas ainda falta torná-la disponível aos homens.
Repetidas vezes na história, os homens têm labutado, sofrido e morrido para
contar aos outros aquilo que JESUS CRISTO fez por eles. E em seus sofrimentos
podemos dizer que estão completando os sofrimentos do próprio JESUS CRISTO.
Aqui está o grande pensamento inspirador afirmando que, se em qualquer tempo
nosso serviço e lealdade a Ele nos custarem alguma coisa, isto quer dizer que
estamos completando os sofrimentos de JESUS CRISTO. Que privilégio e mais
sublime do que este? Se assim for, a alegria não poderá ser retirada de nós (Jo
16.22).
(c) Há a alegria da obra e do testemunho cristãos, Há
alegria ao ver DEUS em ação. Os Setenta voltaram com alegria, porque os
demônios foram conquistados no nome de CRISTO (Lc 10.17). Diante das obras
maravilhosas de JESUS o povo se regozijou por causa das coisas gloriosas que
estavam sendo feitas por Ele (Lc 13.17; 19.37). Há alegria ao ver o evangelho
sendo anunciado.
Barnabé ficou alegre quando viu os gentios sendo
trazidos para a fé em Antioquia (Ato 11.23). O relato da propagação do
evangelho trouxe muita alegria aos irmãos (Ato 15.3). O evangelho é a última
coisa que algum cristão deveria guardar para si mesmo. Quanto mais o evangelho
se propaga, e quanto maior for o número de pessoas que compartilham dele, maior
será a sua alegria.
Há a alegria do mestre e do pregador no progresso
cristão do seu povo. A notícia da obediência dos cristãos em Roma
propagou-se e Paulo está alegre por causa deles (Rm 16.19). A unidade da
congregação é a alegria do pastor (Fp 2.2). Mesmo em sua ausência, Paulo
regozija-se na firmeza dos cristãos em Colossos e com o progresso dos cristãos
de Tessalônica (Cl 2.5; 1 Ts 3.9). João se alegra quando seus filhos andam na
verdade (2 Jo 4). “Não tenho maior alegria do que esta,” diz ele, “a de ouvir
que meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4).
Nunca devemos nos esquecer de que, segundo o Novo
Testamento, o objetivo de toda a pregação cristã é trazer alegria aos homens.
“Tenho-vos dito estas coisas,” disse JESUS, “para que o meu gozo esteja em vós,
e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.11). O objetivo de JESUS ao falar aos Seus
discípulos era que tivessem o Seu gozo cumprido em si mesmos (Jo 17.13).
O alvo de João ao escrever aos seus conhecidos era que
a alegria deles e a sua fossem completas (1 João 1.4). O desejo de Paulo para
os coríntios era de que pudesse cooperar com eles visando a alegria (2 Co
1.24).
Paulo gostaria de ser poupado por um pouco mais de
tempo a fim de que ajudasse os filipenses no seu progresso e gozo da fé (Fp
1.25).
Pode ser que um pregador tenha de despertar tristeza e
arrependimento no seu povo; é possível que tenha de colocar temor nos seus
corações; pode ser que tenha de levá-lo a ter auto repugnância e a se humilhar.
Mas nunca um sermão cristão pode parar aí. O sermão que
deixa o homem nas trevas do desespero não é um sermão cristão, porque depois da
vergonha e da humilhação do arrependimento deve haver a alegria do perdão
recebido e do amor de DEUS que foi experimentado. Ninguém deve, em ocasião
alguma, levantar-se no fim de um culto cristão sem a possibilidade de a alegria
arder e flamejar diante dele. Stanley Jones conta a respeito de Rufus Moseley:
“O cristão mais fervoroso” que havia conhecido. Alguém disse a respeito dele:
“Na primeira vez que o ouvi, achei que ele estava louco, mas na segunda vez,
tive a certeza disso.” Certa vez, alguém perguntou a Moseley se achava que
JESUS riu alguma vez: “Não sei,” disse ele, “mas certamente consertou a minha
vida de modo que eu possa rir.”
É bem possível que, no final, a maior alegria será a
alegria nas pessoas que trouxemos para JESUS CRISTO.
Para Paulo, os filipenses e os tessalonicenses são sua
alegria e coroa (Fp 4.1; 1 Ts 2.19, 20). O escritor aos Hebreus conclama
aqueles que estão colocados numa posição de liderança e autoridade a serem
fiéis a sua vocação, de modo que possam prestar contas, no fim da jornada, não
com tristeza mas com alegria (Hb 13.17).
Quando Samuel Rutherford estava encarcerado por causa
de sua fé, sua mente estava na pequena igreja de Anwoth onde morara, ministrara
e trabalhara. Estava pensando nas pessoas que ali ensinara e amara, e no fim do
qual agora não poderia escapar. A Sra. Cousins expressa em palavras os
pensamentos que ele tinha naqueles momentos:
Bela Anwoth no Rio Solway, Ainda me és querida; Já
estando perto do céu, Dedico-te uma lágrima. Oh! se uma só alma de Anwoth,
Encontrar-me à destra de DEUS, Meu céu será dois céus Na terra de Emanuel.
E assim chegamos ao fim, porque esta alegria é a
alegria do próprio DEUS; e a alegria de quem achou as coisas que se perderam,
como o pastor e as ovelhas perdidas (Lc 15.5, 7;Mt 18.13); como a alegria da
mulher que achou a moeda que estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai
cujo filho perdido voltou para casa (Lc 15.32).
Tanto para o homem como para DEUS, a maior de todas as
alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado, é a alegria do pastor pelo
seu povo não é outra coisa senão a alegria de DEUS.
Alegrar-Se, (Dicionário Vine Antigo e Novo Testamento)
שמח samach
שמחה simchah
שמה sameach
ALEGRAR-SE
A. Verbo.
sãmah (שפה):
“alegrar-se. regozijar-se”. Este verbo também ocorre no ugarítico (onde seus
radicais são sh-m-h) e talvez no aramaico-siríaco. Aparece em todos os períodos
do hebraico e por volta de 155 vezes na Bíblia.
O termo sãmah diz respeito a uma emoção
espontânea ou felicidade extrema que é expressa de maneira visível e/ou
externa. Não representa um estado permanente de bem-estar ou sentimento. Esta
emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de casamento, de colheita, a
derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes. Os homens de
Jabes-Gileade irromperam com alegria quando souberam que seriam libertos dos
filisteus (1 Sm 11.9).
A emoção manifesta no verbo sãmah encontra
expressão visível. Em Jr 50.11. os babilônicos são denunciados por "se
alegrarem’' e saltarem de prazer com a pilhagem de Israel. Sua emoção é
revelada externamente por terem inchado como bezerra gorda e relinchando como
garanhões. A emoção representada no verbo é concretizada no substantivo
.· ir-ihãh é acompanhada às vezes por dança,
canto e instrumentos musicais. Este era o sentido quando Davi foi
aclamado pelas mulheres de Jerusalém quando ele voltava vitorioso das batalhas
contra os filisteus (1 Sm 15.6). Esta emoção é descrita como produto de uma
situação, circunstância ou experiência exterior, como a encontrada na primeira
ocorrência bíblica de sãmah. DEUS disse a Moisés que Arão estava
vindo para encontrá-lo e, ־‘vendo-te, se
alegrará em seu coração” (Êx 4.14). Esta passagem fala do sentimento
interno que é expresso visivelmente. Quando Arão viu Moisés, ele foi vencido
pela alegria e o beijou (Êx 4.27).
O verbo sãmah sugere três elementos: 1) Um
sentimento espontâneo e descontinuado de júbilo, um sentimento tão forte que
encontra expressão em um ato exterior e 3) um sentimento provocado por um
incentivo exterior e não sistemático.
Este verbo é usado 110 vezes no modo intransitivo com o
significado de que a ação é enfocada no sujeito (cf. 1 Sm 11.9). DEUS é, às
vezes, o sujeito, aquele que "se alegra e se regozija”: “A glória do
SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!" (SL 104.31).
Quanto aos justos: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos; [...] e cantai
alegremente” (SL 32.11). No lugar que o Senhor escolher, Israel deve
“alegrar-se” em tudo o que o Senhor o abençoar (Dt 12.7). Usado neste modo, o
verbo sãmah descreve um estado no qual a pessoa se coloca sob determinadas
circunstâncias. Tem o sentido adicional e técnico de descrever tudo o que se
faz ao preparar uma festa perante DEUS: Έ ao primeiro dia tomareis para vós
ramos de formosas árvores, ramos de palmas, ramos de árvores espessas e
salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR, vosso DEUS, por sete
dias” (Lv 23.40).
Em alguns casos, o verbo descreve um estado contínuo.
Em 1 Rs 4.20, o reinado de Salomão é resumido assim: "Eram, pois, os de
Judá e Israel muitos, como a areia que está ao pé do mar em multidão, comendo,
e bebendo, e alegrando-se".
Substantivo.
simehãh (שסחח):
“alegria, regozijo”. Este substantivo, que também aparece no ugarítico, é
encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo sinfhãh é termo técnico
para designar a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência
bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11) e é uma representação do sentimento ou
conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro uso técnico, este
substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante DEUS:
"Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a
fazer grandes festas [literalmente, “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).
O substantivo apanha a nuança concreta do verbo. como
em Is 55.12: "Porque, com alegria, saireis; [...] os montes e os
outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face e todas as árvores do campo
baterão palmas".
Adjetivo.
sãmeah (riçrj: “alegre, contente". Este
adjetivo ocorre 21 vezes no Antigo Testamento. A primeira ocorrência bíblica
está em Dt 16.15: ‘ Sete dias celebrarás a festa ao SENHOR, teu DEUS no lugar
que o SENHOR escolher, porque o SENHOR, teu DEUS te há de abençoar; [...] pelo
que te alegrarias certamente”.
ALEGRIA (Dicionário Teológico)
[Do lat. alacer ] Satisfação, contentamento, júbilo. De
conformidade com as Sagradas Escrituras, a alegria do crente independe das
circunstâncias. Como dom de DEUS e fruto do ESPÍRITO SANTO, pode ser desfrutada
sob as mais adversas condições (Gl 5,22).
Eis as palavras hebraicas mais usadas no Antigo
Testamento para expressar alegria: simhã - gozo, riso; gûl - saltar, ser
alegre; e: sãmeah - brilhar, estar contente. No Novo Testamento, temos os
seguintes vocábulos: chara - gozo; chairo - regozijar-se. Esta alegria pode
manifestar-se até mesmo em meio às perseguições e às mais impensáveis provas
(Mt 5.12; 2 Co 12.9). A graça de CRISTO faz-nos assentar nos lugares
celestiais.
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William Barclay
INVEJA - Zelos - B, ARA, BJ, Mar., BLH, BV:
ciúmes; P: inveja; ARC: emulações; CKW: rivalidade.
Traduções de zelos, quando ocorre num bom sentido: ARA:
zelo (Rm 10.2; 2 Co 7.7; 7.11; 9.2; Fp 3.6); P: vivo interesse (para comigo)
(2 Co 7.7); ansiedade (em procurar a fé) (2 Co 7.11); BV: caloroso afeto
(2 Co 7.7); almejar (2 Co 7.11); ser sincero (Fp 3.6); BLH: dedicação (Rm
10.2); devoção (2 Co 7.11).
Fthonos - (primeira palavra do v. 21) inveja(s):BV, B,
ARC, ARA, BJ, Mar.; ciúmes; BLH: são invejosas; outra ocorrência: inveja: ARA
(Fp 1.15).
Estas palavras, embora separadas no trecho de Gálatas
em estudo (Gl 5.20,21), precisam ser estudadas juntas, porque ocorrem tão
frequentemente como par, e porque há casos em que uma delas tem que ser
definida em contraste com a outra. O princípio geral que governa seu
significado é que zelos tem um sentido bom e um mal, ao passo que fthonos é
sempre mau.
i. Começamos tratando as palavras na ordem em que
ocorrem nas próprias Escrituras.
Zelos ocorre nos dois sentidos no AT grego.
(a) No seu bom sentido na LXX, zelos é usado repetidas
vezes a respeito de DEUS. “O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (Is 9.7).
DEUS tomou o zelo como sua armadura completa (Sab.
5.17). Aqui, o zelo é a resolução incansável de DEUS no sentido de levar a
efeito os Seus próprios propósitos e de vindicar os Seus. Se pudermos expressar
a questão em termos humanos, zelos é o entusiasmo infatigável de DEUS em
cumprir o Seu propósito no mundo.
(b) Zelos é a palavra que muito frequentemente expressa
os ciúmes santos de DEUS. Há um quadro que encontramos repetidas vezes nos
profetas; e o retrato de Israel com a noiva de DEUS. Quando, portanto,
Israel se desgarra para longe de DEUS e adora a outros
deuses, pode-se dizer que Israel se entregou a outros amantes que são falsos; e
em tal situação os profetas falam dos ciúmes de DEUS, que é o verdadeiro marido
de Israel (Ez 16.37, 38; 23.25). Os ciúmes de DEUS são como os ciúmes de um
amante cuja amada comporta-se de modo estulto e falso.
(c) Assim como zelos é usado num bom sentido no que diz
respeito a DEUS, assim também pode ser usado no tocante aos homens. O salmista
diz: “O zelo da tua casa me consumiu” (sal 69.9). “O meu zelo,” diz ele, “me
consome” (sal 119.139). Este zelo é a paixão por DEUS que consome e estimula o
homem.
(d) Mas igualmente no AT grego, zelos tem um mau
sentido, o da inveja e ciúmes que destroem os relacionamentos pessoais e a
felicidade individual.
Elifaz diz a Jo: “A ira do louco o destrói, e o zelo [a
inveja] do tolo o mata” (Jo 5.2). O ciúme deixa um homem furioso (Pv 6.34).
O escritor de Eclesiastes adota o ponto de vista de que
a labuta e a diligência são simplesmente o resultado da inveja do homem contra
o seu próximo (lie 4.4). Amor, ódio e inveja, todos eles perecem na morte (Ec
9.6).
O ciúme e a ira encurtam a vida, e a ansiedade provoca
a velhice precoce (Ecli. 30.24). Zelos pode ser uma coisa maligna, que arruína
a vida.
ii. Voltemo-nos, agora, ao NT. Nas cartas de Paulo,
zelos ocorre nove vezes, e pelo menos seis num bom sentido. Os judeus têm zelo
por DEUS, mesmo sem iluminação (Rm 10.2). Paulo, no seu zelo pela lei, era
um perseguidor da Igreja (Fp 3.6). Paulo fala do anseio
e do zelo dos coríntios pela sua pessoa (2 Co 7.7) e do zelo que o
arrependimento produziu neles (2 Co 7.11). Fala do zelo dos coríntios na sua
contribuição a
coleta em favor dos pobres na Igreja de Jerusalém (2 Co
9.2). Tem zelo pelos coríntios porque foi ele quem os preparou como noiva de
CRISTO (2 Co 11.2).
Por outro lado, as contendas e os ciúmes são duas
coisas das quais o cristão deve livrar-se tendo em vista a proximidade da vinda
de CRISTO (Rm 13.13). Os ciúmes e as contendas são a prova de que os coríntios
ainda estão sob o domínio dos baixos instintos da sua natureza (1 Co 3.3).
O ciúme é um dos erros que Paulo teme achar se voltar
para Corinto (2 Co 12.20). Aqui, então, temos esta palavra, equilibrada, por
assim dizer, entre o bem e o mal.
iii. Quando nos voltamos para o exame destas duas
palavras no grego secular, recebemos ajuda real na definição do significado
delas.
Três escritores dão uma ajuda notável.
(a) Em Platão as duas palavras são usadas juntas
repetidas vezes.
A ira, o medo, o luto, o amor, os ciúmes (zelos) e a
inveja (fthonos) são dores da alma (Filebo 47 E). Uma comunidade em que não há
riqueza nem pobreza e a única comunidade onde a insolência e a injustiça, as
rivalidades e as invejas, não tem oportunidade alguma de florescer (Leis 679
C).
Onde existe a riqueza, há olhares ciumentos (República
550 E).
Mas há um uso das palavras em Platão que é de
relevância especial. Depois do sucesso de Atenas contra os bárbaros, e depois
da maneira com que Atenas salvou a Grécia, ela teve de passar pela penalidade
inevitável do sucesso.
Em primeiro lugar, foi assaltada pelos ciúmes (zelos),
e depois, pela inveja (fthonos), que trouxe a guerra no seu séquito (Menex. 242
A). Fica claro, nesta base, que Platão considera zelos como uma etapa no
caminho para fthonos. Zelos, poderíamos dizer, é a inveja que lança olhares de
má vontade; fthonos é a inveja que chegou as ações hostis. Há, conforme
veremos, outra diferença; mas até agora foi estabelecido o seguinte: zelos é
menos sério, menos amargo, menos maligno do que fthonos; fthonos é aquilo a que
zelos pode chegar, a não ser que o coração seja purificado.
(b) É realmente muito lúcida a maneira de Aristóteles
lidar com a diferença entre as duas palavras. Para Aristóteles, zelos é
um sentimento bom e necessário da alma. Selos e um estímulo; é o sentimento que
vem ao homem quando vê outra pessoa possuindo alguma coisa nobre.
Esse sentimento não é de tristeza porque a outra pessoa
possui uma coisa magnífica; apenas é um lamento por também não possuí-la. É uma
virtude e uma característica do homem virtuoso. Não há nela má vontade; mas há
o incentivo para a ambição nobre, no sentido de obter uma virtude que foi vista
de relance mas não possuída. Por outro lado, fthonos é “um tipo de dor diante
da visão do sucesso” , “a dor diante daquilo que é bom no outro,” segundo a
definição dos estoicos (Diogenes Laércio 7.63, 111).
E esta dor tem sua origem, não no fato de que a pessoa
que olha não possui a coisa magnífica; brota do fato de que a outra pessoa a
possui. O homem que tem fthonos no seu coração não é inspirado por uma ambição
nobre; simplesmente está amargurado diante da visão de outra pessoa possuindo o
que ele não tem, e faria tudo quanto fosse possível, não para possuir a coisa,
mas para evitar que a outra pessoa a possuísse. Fthonos é baixeza, é a
característica do homem vil (Aristóteles: Política 2.10, 11).
zelos pode ser uma ambição nobre; fthonos nunca poderá
ser outra coisa senão ciúme malévolo e amargo. Xenofonte, na Memorabilia,
transmite uma definição de fthonos. “E um tipo de dor, não diante do infortúnio
de um amigo, nem diante do sucesso do inimigo. Os invejosos são aqueles que se
irritam somente com o sucesso dos seus amigos” (Xenofonte'.Memorabilia 3.9.8).
Fthonos é um sentimento horrível.
(c) Plutarco faz muita coisa para definir o significado
destas palavras.
zelos, escreve ele, é o desejo de estimular aquilo que
elogiamos; e a boa disposição para fazer o que admiramos, e de não fazer o que
censuramos.
É a imitação (mimèsis) daquilo que é excelente. O amor
por uma pessoa, diz ele, não pode ser realmente ativo, a não ser que haja nele
um pouco de ciúme (zelos). O amor verdadeiro da virtude não pode ser eficaz a
não ser que crie em nós, não a inveja {fthonos), mas o estimulo {zelos) nas
coisas honrosas. Não é contenda; é a rivalidade em bondade (Plutarco: Progresso
na Virtude 14). Por outro lado, fthonos inveja toda a prosperidade e todo o
sucesso. É, portanto, ilimitado, “ sendo como a oftalmia que se perturba diante
de tudo o que tem brilho”.
Fthonos irrita-se diante da prosperidade. Os insetos
atacam o trigo maduro, e a inveja ataca os bons e aqueles que estão crescendo
na virtude e na boa reputação (Plutarco: Da Inveja e do Ódio 2-8).
A inveja, disse Eurípedes, é a maior enfermidade entre
os homens.
Podemos ver a diferença entre as duas emoções, conforme
Plutarco e Aristóteles as viam, em duas histórias gregas. Temístocles não
conseguia descansar quando pensava na grande vitória que Militardes obtivera em
Mamlona; o pensamento dela enchia-o de ambição nobre; e não descansou até que
conseguiu sua vitória em Salamis lado a lado com a vitória de Miltiailes em
Maratona. Não tinha inveja da grandeza de Militardes; desejava realizar algo
semelhante (Plutarco: Temístocles 3). Isto é zelos. Aristides era chamado o
Justo. Estava sendo processado, e certo homem veio a ele, sem saber quem era, e
pediu que Aristides lhe escrevesse o seu voto, pois não sabia escrever; e o
voto era a favor do banimento do próprio Aristides!
“Que mal Aristides lhe fez?” perguntou-lhe. “Estou
cansado,” disse o homem, “ de ouvir as pessoas o chamarem de o Justo”
(Plutarco: Aristides 7).
Esta não era nenhuma ambição nobre no sentido de imitar
a grandeza; era simplesmente o ressentimento amargo porque alguém era
considerado grande. Isto e fthonos.
Fthonos não ocorre no AT canônico em lugar algum.
Ocorre, porém, nos Apócrifos. “E por inveja do diabo que a morte entrou no
mundo: prová-la-ão quantos são de seu partido! (Sab. 2.24). A inveja é uma
coisa diabólica. “ Não caminharei junto com a inveja corrosiva que com a
Sabedoria não comunga” (Sab. 6.23). Em 1 Macabeus o historiador diz a respeito
dos romanos: “Confiam por um ano o poder sobre si e o governo de Iodos os seus
domínios a um só homem, unicamente ao qual todos obedecem, sem haver inveja ou
rivalidade entre eles” (1 Mac. 8.16).
Fthonos é claramente algo a ser detestado.
Paulo usa-a apenas duas vezes. Em Rm 1.29 e um dos
pecados que caracterizam o mundo pagão. E em Fp 1.15 é o ESPÍRITO que
impulsiona aqueles que pregam a CRISTO, não tanto para ganhar as pessoas para
CRISTO, mas simplesmente para ofender Paulo. Não cobiçam para si o sucesso
dele, mas desejam nega-lo a Paulo.
Os escritores pagãos teriam permitido alguma grandeza
necessária a zelos, como a rivalidade na ambição nobre, mas estava para vir o
dia em que Clemente de Roma faria remontar todo o pecado a esta própria
qualidade.
A inveja (zelos), escreveu ele aos coríntios, foi
responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim, pela fuga de Jacó
diante de Esaú, pela venda de José para o Egito pelos seus irmãos, pela
tentativa de assassinato feita por Saul contra Davi, e pelo ódio pagão que
derramou o sangue dos mártires cristãos (I Clemente 4.6).
Há algo trágico na situação humana aqui. Fthonos sempre
foi uma palavra feia, mas zelos poderia denotar uma coisa grandiosa que acabou
em pecado. Talvez seja verdade dizer que não há teste melhor para um
homem do que sua reação diante da grandeza e do sucesso de outra pessoa. Se
isto o levar ao zelos, que é a ambição nobre da bondade, trata-se da obra do
ESPÍRITO, mas se o levar a um ressentimento amargo e ciumento, trata-se de obra
da carne, e aquilo que deveria ser um incentivo a bondade tornou-se uma persuasão
ao pecado.
INVEJA - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio
Conde
- Do hebraico “qinãh”, “qannã ”, e do
grego “phthonos”. O Antigo Testamento usa de perífrases para indicar
o olho mau.
Não é nosso propósito, neste comentário, analisar a
palavra inveja do ponto de vista literário, sociológico ou político; o que
temos em vista, ao comentar esta e outras frases que desfilam nestas
páginas, é apresentá-la de acordo como aparece nas páginas da
Bíblia, uma vez que nosso objetivo é conhecer melhor a Palavra
de DEUS, através do estudo de frases e de temas.
Para aqueles que acariciam a inveja, embora não
desejem ser chamados de invejosos, para esses que sentem
prazer em exercitar-se no terreno da inveja, diremos que a
Bíblia declara que os crimes mais nefandos da história do mundo foram
instigados pela inveja. — A inveja, em suas manifestações, está sempre
acompanhada pelo ódio, que não tolera a prosperidade nem a alegria do
próximo. Não é só isto: a inveja odeia quem desfruta de algum bem, e tudo faz
para possuir ou gozar exclusivamente os bens que outros possuem
e desfrutam.
Vamos consultar a Escritura, a fim de que os leitores
conheçam o que ela diz acerca da inveja. O livro de Gênesis registra alguns
fatos em que aparece a inveja misturada ao ódio. É bom lembrar que o primeiro
homicídio da história foi causado pela inveja de Caim, que matou seu irmão
Abel, por não suportar que ele recebesse e gozasse os favores de DEUS.
Outro fato registrado em Gênesis, no qual aparece a
ação maléfica da inveja, aconteceu nos dias de Isaque, filho de Abraão, quando
os filisteus acirrados pela inveja, entulharam os poços de água.
Vejamos como a Bíblia registra este fato: “E tinha [Isaque] possessão de
ovelhas e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os
filisteus o invejavam. E todos os poços que os servos de seu pai
tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e
encheram de terra" (Gn 26.14,15). Como se vê, a prosperidade de Isaque
provocou a inveja dos filisteus vizinhos, que em vingança entulharam-lhe
os poços de água.
Outro tipo de inveja era o das mulheres entre si, no
caso de casamento polígamo: Vendo Raquel que não dava filhos
a Jacó, teve ciúmes (inveja) de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me
filhos, senão morrerei” (Gn 30.1). Daí a lei ordenar que o homem
não tomasse outra mulher, além da sua, para que não lhe fosse
por rival e não causasse a inveja (Lv 18.18).
Os irmãos de José também o quiseram matar e depois
resolveram vendê-lo, por causa da inveja que tinham em seu coração.
Quem mencionou isso foi Estêvão, no Novo Testamento, em seu discurso de
defesa contra aqueles que queriam matá-lo.
Uma coisa que os leitores devem saber, relacionada
com a inveja e que a Bíblia aponta como perigo grave a que se expõem
os invejosos, está contida nestas palavras: "A inveja é
a podridão dos ossos” (Pv 14.30). É um corpo com ossos apodrecidos; é
um cadáver. No sentido espiritual, a inveja faz apodrecer a estrutura da vida,
torna imprestável o invejoso, mata aqueles que sentem prazer em invejar.
No mesmo livro de Provérbios, lemos esta oportuna advertência que os leitores
devem guardar: ‘‘Não tenha o teu coração inveja dos pecadores” (23.17),
‘‘dos homens malignos” (24.1), dos perversos (24.19). “Quem
pode resistir à inveja?” (27.4). Aqueles que sentem inveja
da riqueza do próximo, que invejam a prosperidade moral e intelectual de outrem
correm o risco de ficar moralmente inutilizados e mortos para DEUS.
Dissemos no início que a inveja foi a causa do primeiro
homicídio da história mas foi também a causa do maior crime. Qual foi o maior
crime da história? Vamos ver quanta gente importante estava envolvida
no maior crime que a inveja praticou.
Aconteceu, há muitos séculos, na cidade de Jerusalém,
quando se comemorava uma festa anual, entre os judeus. A Bíblia assim
registra o fato: “Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar
um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. E tinham então um preso
bem conhecido, chamado Barrabás. Portanto, estando eles reunidos [os
acusadores de JESUS], disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte:
Barrabás ou JESUS, chamado CRISTO? Porque sabia que por inveja o haviam
entregado” (Mt 27.15-18). Por inveja! O havia entregado por
inveja! isto é, a ação da inveja entregou JESUS CRISTO, o Filho
de DEUS, nas mãos de Pilatos, para que o Mestre fosse condenado à
morte sem ser culpado, a fim de que se consumasse o maior e o mais
clamoroso crime da história: a morte do Filho de DEUS. Inveja, porque JESUS
agradava mais do que eles, os fariseus; porque CRISTO falava com
autoridade divina. Inveja, porque JESUS não tinha defeito algum que eles
pudessem apontar para que o incriminassem. Inveja, porque JESUS é o Filho de
DEUS.
A inveja, no entanto, não findou sua missão
diabólica com a crucificação do Salvador; ela não se satisfez com
o crime mais nefando do universo. Nos dias da igreja primitiva, faziam-se
sinais e prodígios entre o povo, pelas mãos dos apóstolos.
“Transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em
camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este
passasse, cobrisse alguns deles” (At 5.12-15). A operação de milagres
incomodou os homens religiosos que também estavam revestidos de autoridade,
os quais se deixaram dominar pela inveja para perseguirem os
apóstolos. “E levantando-se o sumo sacerdote, e todos quantos estavam
com ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja,
e lançaram mão dos apóstolos e os puseram na prisão pública
” (At 5.17,18). Encheram-se de inveja os sacerdotes porque DEUS
usava homens simples e não a eles, sacerdotes, para curar os enfermos e
para atrair as multidões que aceitavam a salvação em JESUS CRISTO.
Quando Paulo e Barnabé pregaram na sinagoga de
Antioquia, os judeus, vendo as multidões que afluíam para ouvi-los,
tomaram-se de inveja e contradiziam o que Paulo falava. A inveja terminou
por expulsar os apóstolos da cidade (At 13.45-52).
Na cidade de Tessalônica, quando Paulo e Silas
anunciaram a CRISTO, o Messias das profecias, grande multidão creu e
se ajuntou aos dois pregadores. Os homens religiosos da cidade, em lugar
de se alegrarem com a mensagem de boas-novas de Paulo e Silas,
Apesar de todos os contratempos que sofreu, Ismael
não foi desamparado por DEUS: tornou-se pai de doze filhos,
chefes de tribos nômades desobedientes, “movidos de inveja, tomaram
consigo alguns homens perversos, dentre os vadios e, ajuntando o povo,
alvoroçaram a cidade, e assaltando a casa de Jason [que os abrigara],
procuravam tirá-los para junto do povo” (At 17.5). Como vê o leitor,
a inveja convence os invejosos a praticarem toda sorte de crimes, sem se
aperceberem que se aproximam do abismo.
O apóstolo Paulo, quando escrevia suas cartas,
sempre colocava a inveja ou o ciúme como sentimentos carnais.
A inveja temo-la em relação aos outros e o ciúme em relação
às nossas coisas (Rm 13.13; 1 Co 3.3; 13.4; 2 Co 12.20;
Gl 5.20,21; Fp 1.15).
A Palavra de DEUS condena a inveja e repreende os
invejosos. O apóstolo Tiago escreveu esta expressiva sentença acerca da
inveja: “Mas se tendes amarga inveja ou sentimento faccioso em vosso
coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade” (Tg 3.14).
O apóstolo Pedro também advertiu: “Despojando-vos, portanto, de toda a
maldade e dolo, de hipocrisias e invejas, e de toda sorte de
maledicências” (1 Pe 2.1).
Portanto, a inveja que mente, calunia e mata moral e
espiritualmente, deve ser evitada e proscrita da vida de todos quantos desejam
servir realmente a DEUS.
A inveja está sempre acompanhada pelo ódio que não
tolera a prosperidade nem a alegria do próximo.
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Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto contra as
inimizades
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou
como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo
14.27).
VERDADE PRÁTICA
A paz, como fruto do ESPÍRITO, não promove inimizades e
dissensões.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Efésios 2.11-17.
11 — Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro
tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se
chamam circuncisão feita pela mão dos homens; 12 — que, naquele tempo,
estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel e estranhos aos
concertos da promessa, não tendo esperança e sem DEUS no mundo. 13 — Mas,
agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO
chegastes perto.
14 — Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, 15
— na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que
consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo
a paz, 16 — e, pela cruz, reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando
com ela as inimizades. 17 — E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que
estáveis longe e aos que estavam perto;
Resumo da Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto
contra as inimizades
I. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1. Paz.
2. Paz com DEUS.
3. Promotor da paz.
II. INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1. Três tipos de inimizades.
2. Inimizade e soberba.
3. Inimizade e facção.
III. VIVAMOS EM PAZ
1. O favor divino.
2. A cruz de CRISTO.
3. A nossa missão.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Lição 5, Paz de DEUS: Antídoto contra as
inimizades
Resumo rápido do Pastor Henrique
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Estudo de hoje: Paz como uma das qualidades do fruto do
ESPÍRITO e a inimizade como um dos frutos da carne.
Quem não é nascido de novo não tem ainda o Fruto do
ESPÍRITO em si, portanto, não pode ter a verdadeira paz que só CRISTO oferece.
A paz de DEUS é interior e não se importa com as adversidades da vida. A
certeza de salvação e esperança de estar para sempre com o SENHOR é maior do
que tudo.
I. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
1. Paz.
PAZ - DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS
ειρηνη - eirene - Lê-se Êremê
provavelmente do verbo primário eiro (juntar);
1) estado de tranquilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade
(pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que
tem certeza da sua salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de
DEUS e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos
depois da morte
A paz aqui é espiritual, é um milagre de DEUS em nossa
vida, pois só a temos devido ao sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é
resultado da paz com DEUS que temos a partir do momento que aceitamos a JESUS
CRISTO como SALVADOR e SENHOR. O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe
Consigo o fruto do ESPÍRITO, e neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e
nossos irmãos e até com nossos inimigos, se for possível.
O mundo pode estar em guerra a nossa volta, mas nós
estamos em paz com DEUS e procuramos estar em paz com todos.
Ultimamente, temos visto o aumento da chamada Síndrome
do Pânico. O crente que vive em paz com DEUS não sentirá tais sintomas.
18 Sintomas da Síndrome do Pânico:
Sensação de perigo iminente
Medo de perder o controle
Medo da morte ou de uma tragédia iminente
Sensação de estar fora da realidade
Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
Sudorese
Tremores
Dificuldade para respirar, falta de ar e
sufocamento
Hiperventilação
Calafrios
Ondas de calor
Náusea
Dores abdominais
Dores no peito e desconforto
Dor de cabeça
Tontura
Sensação de estar com a garganta fechando
Tudo isso ocorre com quem não está em paz com DEUS.
2. Paz com DEUS.
Quando nos convertemos fomos declarados justos diante
de DEUS porque nossos pecados foram levados por JESUS na cruz e para o inferno.
Como diz o profeta Isaias: "...o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5
Paulo nos revela isso assim: "Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO;"
(Rm 5.1). Já não somos inimigos de DEUS, agora somos filhos amados.
Depois de termos esse milagre realizado me nossa vida
podemos passar esta paz aos outros pela pregação do evangelho e
compartilhamento da presença de DEUS em nós.
"Assim que, se alguém está em CRISTO, nova
criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto
provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o
ministério da reconciliação; Isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da
reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de CRISTO, como se DEUS
por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de CRISTO, que vos reconcilieis com
DEUS. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele
fôssemos feitos justiça de DEUS." 2 Coríntios 5:17-21
JUSTIFICAÇÃO - DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS δικαιοω
dikaioo
1) tornar justo ou com deve ser
2) mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal
como é e deseja ser considerado
3) declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como
deve ser
JUSTIFICAÇÃO - Dicionário Bíblia Almeida
1) Segundo alguns BIBLISTAS, o ato judicial de DEUS por
meio do qual ele, pela sua graça, perdoa os seres humanos de sua culpa. A base
para esse perdão é que JESUS cumpriu a Lei em lugar dos seres humanos e sofreu
o castigo pelos pecados deles (Rm 5.12-21). As pessoas são justificadas através
da fé (Rm 3.21-25,28; 5.1), que DEUS lhes dá pela ação do ESPÍRITO SANTO.
2) Segundo outros biblistas, justificação é o ato pelo
qual DEUS, como Rei, Senhor e Salvador, aceita e põe em relação correta consigo
a pessoa que faz com ele uma ALIANÇA, a qual é baseada na fé em CRISTO. A
justificação é originada e mantida pelo ESPÍRITO SANTO (v JUSTIÇA - Rm 1.17;
3.24 e 4.25 ).
JUSTIFICAÇÃO - Dicionário Teológico - [Do heb. tsadik\
do gr. dikaios-, do lat. justificationem] Ato de declarar justo. Processo
judicial que se dá junto ao Tribunal de DEUS, através do qual o pecador que
aceita a CRISTO é declarado justo (Rm 5.1). Ou seja: passa a ser visto por DEUS
como se jamais tivera pecado em toda a sua vida (Rm 5.1).
A justificação é mais que um mero perdão. O criminoso
perdoado, ou anistiado, continuará criminoso. Mas se DEUS o justificar,
torna-se ele justo (Rm 8.1). A justificação é obtida única e exclusivamente
pela fé em CRISTO JESUS.
JUSTIÇA - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio
Conde
- Do hebraico “sedã-qãh” e do grego “dikaiosy-nê”,
“dikaos’', é a virtude que dá a cada um o que lhe é de direito.
A palavra justiça na Bíblia adquire um
sentido mais amplo do que nos códigos coordenados pelos
magistrados para orientarem seus atos, ao serem chamados para julgar
ou aplicar a lei.
Há uma diferença profunda entre o significado
da palavra justiça na interpretação humana e sob o ponto de
vista divino
A justiça divina não é apenas um sentimento
passageiro e falho; é um atributo essencial através do qual
os atos de DEUS personificam a equidade
É vá a tentativa de medir a justiça de DEUS através de
medidas humanas. Os fariseus e os rabinos do tempo de JESUS pensavam
que receberiam a justa recompensa divina somente por cumprirem a Lei.
A eles JESUS respondeu: “Depois de haverdes feito tudo
quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque
fizemos apenas o que devíamos fazer” (Lc 17.10).
A noção de justiça de DEUS em Paulo é encontrada em
Romanos 1.17; 3.5,21,25; 10.3; 2 Coríntios 5.21 e tem um sentido derivado.
Para a maior parte dos exegetas, a justiça divina em Romanos é a justiça
que vem de DEUS, que o homem recebe de DEUS, meramente imputada, ou como
fruto de santificação. Para outros, a justiça de DEUS em Paulo é a
justiça que o próprio DEUS possui, isto é, um atributo divino que
em certo sentido é comunicado aos homens.
A justiça de DEUS é o fundamento para a justiça humana
e para a graça da filiação, como encontramos nas cartas de João: “Se
sabeis que Ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a
justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29). A justiça de DEUS requer que
o homem que conhece e ama essa justiça se abstenha de proceder como
os demais que são como que cegos espirituais. A justiça forma o
elemento principal do caráter que aprova a Palavra de DEUS. A exigência para
que o homem se apresente diante de DEUS e dos homens pronto para
receber a justiça consiste apenas em amar a misericórdia e andar
humildemente com DEUS.
As Escrituras apresentam como justos os homens
que possuem as qualificações acima mencionadas. Vamos observar o que a
Bíblia diz acerca de Simeão, quando JESUS foi apresentado no templo:
“Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo” (Lc
2.25). Simeão é chamado de justo, isto é, digno de justiça, simplesmente
porque viu o Messias e creu nas infalíveis promessas divinas de
restauração do gênero humano.
Tudo quanto até aqui declaramos, foi apenas uma
tentativa de esboçar o magnífico e incomparável tema que é a justiça de DEUS.
Contudo, somente nos aproximamos do problema; não conseguimos penetrar no
esplendor do reflexo dos atos de recompensa da justiça divina, nem
nos foi possível demonstrar a profundidade dela, por uma razão muito
simples: é impossível alcançar a base da justiça de DEUS, pois está
escrito que a justiça é a base do trono de DEUS e quem poderá perscrutar
esse fundamento?! (Sl 97.2).
Adão e Eva foram expulsos em consequência da
justiça de DEUS que havia determinado bênção para o obediente e
castigo para o transgressor.
3. Promotor da paz.
A paz que encontramos em CRISTO deve ser anunciada e
proclamada a todos os que nos cercam, pois é desejo de DEUS que todos a
incorrem também. As pessoas perceberão esta paz em nós, mesmo durante nossas
aflições e circunstâncias adversas pelas quais passarmos por elas.
Paulo fala de nosso esforço para ter paz com todos, de
nossa parte devemos fazer de tudo o que for possível para isso seja possível,
mesmo sabendo que muitos nos odiarão, mas JESUS disse que devemos amar nossos
inimigos e orar por eles.
"Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz
com todos os homens. Romanos" 12:18
"E odiados de todos sereis por causa do meu nome;
mas aquele que perseverar até ao fim, esse será
salvo." Mateus 10:22
"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que
vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos
céus;" Mateus 5:44
II. INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
1. Três tipos de inimizades.
INIMIZADE
εχθρα - echthra - Lê-se Festrá
1) inimizade
2) causa de inimizade
Inimizades.
A palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”,
significa hostilidade, animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido
por longo tempo, que se enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se
caracteriza pela hostilidade para com seu semelhante. É o oposto do amor.
Três tipos de inimizade. Vejamos:
Inimizade para com DEUS (Rm 8.7) - “Porquanto a
inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS,
nem, em verdade, o pode ser.” (Rm 8.7).
inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) - “E no mesmo
dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em
inimizade um com o outro.” (Lc 23.12)
hostilidade entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16)
- “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e,
derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a
inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para
criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz
reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades.”
(Efésios 2:14-16)
Em Gálatas, Paulo apresenta a inimizade, as contendas e
as disputas como obras da carne (Gl 5.20).
2. Inimizade e soberba.
A inimizade pode ser resultado da soberba, ou desejo de
ser grande, de ser maior que todos. Desejo de fama e de glória. JESUS ensinou
que aquele que deseja ser grande deve ser o menor.
"Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que
entre vós quiser ser grande, será vosso
serviçal;" (Marcos 10:43)
Na igreja todos devemos servir a todos, cada um com seu
talento dado por DEUS. Cada um deve administrar aos outros aquilo que recebeu
para benefício de todos.
"Cada um administre aos outros o dom como o
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de DEUS." (1
Pedro 4:10)
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um
de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação.
Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26
Paulo nos diz que aqueles que buscam inimizades estão
pecando, pois são carnais e não podem agradar a DEUS.
"Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre
vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais
segundo os homens?" (1 Co 3.3)
3. Inimizade e facção.
As inimizades, muitas vezes, causam divisão e grandes
prejuízos à obra de DEUS. São grupos que se formam e se dividem dentro da
ighreja e com focos diferentes. A evangelização, que deve ser o objetivo comum,
perde seu papel primordial e é substituído por passeios e festas entre grupos.
Na igreja de Corinto havia 4 grupos distintos. Eram
partidos em torno de Paulo, Apolo, Cefas e CRISTO. Uns diziam que pertenciam a
Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co 1.12), outros a Pedro e ainda outros diziam
pertencer a CRISTO. Paulo dá fim à discussão e às inimizades perguntando aos
irmãos: “Está CRISTO dividido? Foi Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13).
Até o grupo de CRISTO estava errado pois estavam
divididos como se pudesse CRISTO dividir a igreja em grupos.
Todos devem se unir na evangelização dos povos, como um
corpo, com todos os membros se dirigindo para um único lugar, o Céu, com um
mesmo SENHOR,JESUS, todos em comunhão com um mesmo ESPÍRITO, O ESPÍRITO SANTO,
todos sendo filhos de um mesmo DEUS, o PAI.
III. VIVAMOS EM PAZ
1. O favor divino.
Fomos todos árvores cheias de espinhos e que estavam
destinadas ao fogo eterno, éramos zambujeiros, mas fomos enxertados na oliveira
verdadeira, JESUS e assim nos chegamos a DEUS (Rm 11.17). Os judeus não
compreenderam que foram colocados por DEUS no mundo para abençoar as outras
nações (Gn 12.3).
Paulo nos mostra que, em CRISTO, tanto gentios como
judeus, todos somos iguais perante DEUS e todos carecemos de misericórdia e
amor de DEUS, por isso, devemos viver em paz e unidade, desde que através de
JESUS. Só em JESUS poderemos achar a unidade do corpo de CRISTO. Levemos a paz
a todos os povos, sem acepção de pessoas.
OLIVEIRA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)
- Do hebraico “zayit”, do grego “elaia”. Nome
científico: “olea euro-paea L”.
Como a figueira e a videira, a oliveira é a planta
característica da Palestina. É vista mais comumente nas encostas
das montanhas e floresce em maio. Sua cor é acinzentada; a
parte inferior das folhas é esbranquiçada e a superior é verde escura. Por
causa do intenso calor, suas folhas se enrolam e encolhem, razão por que a
sombra que oferecem é pequena. Quando floresce, saem umas folhas
esbranquiçadas que caem depois que nascem um ou dois frutos. São muito
conhecidos os olivais de Siquém, Jerusalém e Hebrom. As palavras derivadas
da oliveira são poucas na Bíblia: monte das Oliveiras (Zc 14.4; Mt
26.30; Mc 14.26; Lc 22.39); encosta das Oliveiras (2 Sm
15.30). Sua madeira dura é utilizável; seu fruto, em forma de
ameixa, tem uma carne muito oleosa; por causa dessa utilidade, é
denominada de rainha das árvores (Jz 9.8). Nesse texto de Juízes, está
registrado o apólogo de Jotão.
Em Israel, os olivais de Ramá da Galileia são famosos,
havendo oliveiras ali com alguns milênios de idade. Visitando o Jardim das
Oliveiras ou do Getsêmani, deparamo-nos com oliveiras que presenciaram,
silenciosas, o sofrimento de JESUS. A Palestina não é somente descrita
como terra que mana leite e mel, mas também “terra das oliveiras”,
abundante de azeite e mel (Dt 8.8). No tempo de Davi, havia um chefe
encarregado dos olivais e um outro do depósito de azeite (1 Cr 27.28).
Outro fato que os leitores devem conhecer é que a
azeitona, em grande parte, e em algumas regiões é colhida verde. A razão
disso é que - assim dizem os entendidos - o azeite é melhor. O azeite era
extraído, esmagando-se ou pisando-se as azeitonas (Êx 27.20; Jl
2.24; Mq 6.15).
O azeite também era usado para ungir os reis quando
escolhidos. Os sacerdotes também eram ungidos com o óleo especial (1 Sm
2.10,35; 12.3; 16.6).
Finalmente temos uso do azeite na alimentação.
Esta função como alimento é das mais importantes, pois o uso do
azeite não provoca irritações, nem alergias, como acontece com outros produtos
oleosos e gordurosos, que facilitam também o desenvolvimento
de doenças. Na Grécia e na Palestina, a alimentação é preparada à base de
azeite; esse fato elimina muitas doenças do aparelho digestivo que
afligem as criaturas que se alimentam com gorduras pouco saudáveis.
Agora vejamos o simbolismo da oliveira na Bíblia. A
partir da época de Noé e do Dilúvio, a oliveira transformou-se símbolo
universal da paz, não somente para os homens de sentimentos
religiosos, mas também para os políticos que tudo exploram em seu
próprio favor. A razão por que o ramo de oliveira é o símbolo da
paz baseia-se no fato registrado em Gênesis 8.11, onde aparece
a pomba que Noé soltou, após cento e cinquenta dias de chuva; ela
voltou trazendo uma folha de oliveira, sinal de que a ira de DEUS se aplacara,
sinal de que havia novamente paz entre os homens e DEUS.
O fruto da oliveira, em seu estado silvestre, é pequeno
e sem valor. Torna-se bom e abundante quando na
oliveira silvestre é enxertado um ramo de boa árvore. Por outro lado,
a oliveira se reproduz através dos brotos que saem da
raiz; esses são enxertados em outra oliveira para que cresçam
e deem frutos. Dessa figura interessante, Paulo tira uma
lição preciosa, quando escreve aos romanos (Rm 11.17-24). Ele se
refere aos ramos silvestres (os pagãos), enxertados na
oliveira cultivada (os judeus); o ramo enxertado vive pela
seiva transmitida através do tronco: os gentios recebem
benefícios por causa de Israel.
O azeite na Bíblia é o símbolo do ESPÍRITO
SANTO; precisamos de sua unção para que nosso testemunho
diante dos homens seja vivo e eficaz!
Com o óleo especial de oliveira eram ungidos os
reis e os sacerdotes que se tornavam consagrados para o serviço de
DEUS
2. A cruz de CRISTO.
A cruz é um dos símbolos mais conhecidos do
cristianismo. A cruz é sinal de maldição. É onde JESUS levou nossos pecados,
doenças e enfermidades. Pelo seu sacrifício fomos justificados, regenerados,
perdoados, redimidos, salvos, pois, pela graça de DEUS e mediante a fé no
sacrifício de JESUS, somos reconciliados com DEUS.
JESUS sofreu calado por nós. Não abriu sua boca para
reclamar ou dizer palavras ofensivas aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). JESUS
permaneceu quieto durante seu julgamento e castigo. Ele demonstrou ter paz e
equilíbrio emocional mesmo vivendo uma situação tão terrível. Ele sabia o
porquê de sua missão e que o seu sacrifício era necessário para que pudéssemos
nos reconciliar com DEUS.
Entre todas as pedras preciosas que resplandecem na
coroa da bênção de Abraão (a bênção que recebeu), com toda segurança, esta era
uma das mais preciosas, a saber, que por ele - mais precisamente, por meio de
sua semente, o Messias - uma quantidade inumerável de pessoas seria abençoada.
Por meio de CRISTO e seu ESPÍRITO, o ESPÍRITO da promessa (At 1.4,5; Ef 1.13),
o rio da graça (Ez 47.3-5) continuaria seu curso sem fim, abençoando
primeiramente aos judeus, mas depois também aos homens de toda raça, tanto gentios
como judeus. Sim, o rio da graça flui pleno, abundante, refrescante,
fortificante para todos. E, para receber a bênção, a saber, a realização da
promessa: “Eu serei o teu DEUS”, a única coisa da qual se necessita é a fé, a
confiança no CRISTO crucificado, porque foi no Calvário que as chamas da ira de
DEUS descarregaram toda sua fúria, e os crentes de todas as nações, tribos e
línguas são salvos para sempre!
3. A nossa missão.
JESUS veio ao mundo com uma missão do PAI, morrer na
cruz pelos nossos pecados. JESUS nos deu uma missão (Mt 28.19,20; Mc 16). Para
executarmos essa missão, precisamos estar em paz com todos, pois em inimizade
não poderíamos levar o evangelho a ninguém. Como ouviriam de um inimigo o
evangelho? Anunciemos ao mundo que somente JESUS pode nos dar a verdadeira paz,
pois Ele é o Príncipe da Paz (Is 9.6).
CONCLUSÃO
A Paz, qualidade do fruto do ESPÌRITO, é a paz que
Excede Todo Entendimento, é Paz Com DEUS, De posse desta paz devemos ser
Promotores Da Paz.
As Inimizades e Contendas são obras da carne, essa
inimizade é ausência De Paz, existem pelo menos três Tipos De Inimizades, entre
uma pessoa e outra, entre grupos e entre nações. Muitas vezes a Inimizade é
produto da soberba. A Inimizade produz Facção, ou divisão até mesmo dentro da
igreja.
Portanto, Vivamos Em Paz. Esta paz é um Favor
Divino. Foi conquistada na Cruz por CRISTO. JESUS nos deu uma Missão,
a missão de ir por todo o mundo e compartilhar esta paz de DEUS com todos.
Compartilhar JESUS e sua salvação para que todos tenham paz com DEUS e entre
si.
Paz é um milagre - é paz sobrenatural - vem do ESPÍRITO
SANTO - Paz com DEUS
Porquanto o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas
justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO; (Rm 14.17).
Comentário Mattew Henry do Novo Testamento
Se formos cuidadosos para agirmos sob a direção e o
poder do ESPÍRITO bendito, apesar de não sermos liberados dos estímulos e da
oposição da natureza corrupta que resta em nós, esta não teria domínio sobre
nós. Os crentes estão metidos num conflito em que desejam sinceramente essa
graça que possa alcançar a vitória plena e rápida. Os que desejam entregar-se à
direção do ESPÍRITO SANTO não estão sob a lei como aliança de obras, nem
expostos a sua espantosa maldição. Seu ódio pelo pecado, e sua busca da santidade,
mostram que tem uma parte na salvação do Evangelho.
As obras da carne são muitas e manifestas. Estes
pecados excluirão do céu aos homens, todavia, quanta gente que se diz cristã
vive assim e dizem que esperam ir para o céu!
Enumeram-se as qualidades do fruto do ESPÍRITO, ou da
natureza renovada, que devemos manifestar em nosso caráter. E assim como o
apóstolo tinha mencionado principalmente as obras da carne, não somente
daninhas para os mesmos homens, senão que tendem a fazê-los mutuamente nocivos,
assim aqui o apóstolo nota principalmente as qualidades do fruto do ESPÍRITO,
que tendem a fazer mutuamente agradáveis aos cristãos, assim como a torná-los
felizes. As qualidades do fruto do ESPÍRITO e seus resultados na vida cristã
mostram evidentemente que eles são conduzidos pelo ESPÍRITO.
A descrição das obras da carne e do fruto do ESPÍRITO e
suas qualidades nos diz que devemos evitar e resistir, e que devemos desejar e
cultivar; e este é o afã e empresa sinceros de todos os cristãos reais. O
pecado não reina agora em seus corpos mortais, de modo que lhe obedeçam (Rm
6.12), mas eles procuram destruí-lo. CRISTO nunca reconhecerá os que se rendem
para serem servos do pecado. E não basta com que cessemos de fazer o mal, senão
que devemos aprender a fazer o bem. Nossa conversação sempre deverá corresponder
ao princípio de que nos guia e nos governa (Rm 8.5).
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
PAZ - eirene
ειρηνη - Lê-se Êremê - Paz
O Melhor da Vida
Havia poucas coisas que o mundo antigo desejava mais do
que a paz. A busca pela paz era universal. O alvo de todas as filosofias
antigas era ataraxia, a serenidade, a tranquilidade, a mente quieta. César
talvez pudesse produzir um mundo em paz, mas o anelo dos homens era um coração
em paz, uma paz não proclamada por César, mas por DEUS (Epiteto: Discursos
2.13.12). Nesta busca pela paz, há certas ideias que voltam sempre a ocorrer.
(a) A paz somente pode vir com a eliminação do desejo.
“ Se quiser tornar Pitocles feliz,” disse Epicuro, “não
aumente os seus bens, mas diminua os seus desejos.
” Nada que se possa dar ao homem pode lhe trazer a paz.
Deve-se retirar-lhe os desejos humanos instintivos que fazem da vida uma
frustração e um campo de batalha.
(b) A paz somente pode vir com a morte da emoção. O
homem deve tornar-se apathès, livre da emoção. Se permitir que outra pessoa
controle o seu coração, ou que qualquer pessoa possua as chaves do mais íntimo
do seu ser, então a paz será perdida para sempre. Conforme diz Glover, os
pensadores fizeram da vida um deserto, e chamavam-no de paz.
(c) A paz vem da aquisição da indiferença. Nesta vida
tudo pode ser incluído entre duas classes. Há as coisas que estão dentro do
controle de um homem, e as coisas que não estão. A única coisa que está dentro
do controle de um homem e sua mente, sua escolha moral, a atitude que adotara
para com a vida e as circunstâncias. Diante de todas as coisas externas e de
tudo quanto possa ser afetado por forças e circunstâncias fora do seu controle,
o homem deve conservar indiferença total. A solicitude para com qualquer pessoa
ou objeto deve ser estrangulada antes de nascer, conforme ensinavam os
estoicos.
(d) A paz vem de uma total independência
autossuficiente, da autarkeia.
O homem nunca deve tornar-se, em sentido algum,
dependente de qualquer coisa fora de si mesmo. Sua vida deve ser totalmente
autossuficiente, defendida pela resolução de que não se importará com nada.
Estas eram as ideias básicas da paz: “a ausência da dor
física e da preocupação na mente,” conforme a definição de Epicuro. Fica bem
claro que estes filósofos antigos viam a paz em termos de imparcialidade, auto
isolamento e resistência contra a vida. A única coisa proibida era o
envolvimento na situação humana externa. E fica bem claro que há uma diferença
enorme entre isto, o modo de vida neotestamentário e o ideal cristão.
Examinemos, então, a ideia neotestamentária de paz. A
palavra paz entrou no Novo Testamento com uma história grandiosa. E a tradução
da palavra hebraica shalôm. É verdade que shalõm significa paz, e como paz é
traduzida na maior parte das referências em nossas Bíblias, embora existam
outras possibilidades tais como: (BV): saúde (sal 38), .3bem-estar (como vai
ele?) (Gn 43.27), prosperidade (riquezas e fama) (Jó 15.21). Shalõm realmente
significa tudo quanto contribui para o bem do homem, tudo que faz com que a
vida seja verdadeiramente vida. Entre nós, paz passa a ter um significado um
pouco negativo. Tende a significar a ausência de guerra e de problemas. Por
exemplo, se numa batalha, as hostilidades propriamente ditas terminassem, sem
haver mais lutas, provavelmente diríamos que houve paz; mas bem certamente o
hebreu não chamaria de paz uma situação onde há terras queimadas, e onde as
pessoas ainda se olham com um tipo de suspeita aterrorizada. No pensamento
hebraico a paz é algo muito mais positivo; e tudo quanto contribui para o sumo
bem dos homens. A saudação salaam não expressa simplesmente o desejo negativo
de que a vida da pessoa fique livre de problemas; expressa a esperança e a
oração positivas de que ela possa desfrutar de todas as boas dádivas e bênçãos
da mão de DEUS. Ao pensar no significado de paz, tanto no Antigo Testamento
quanto no Novo, é essencial ter em mente o significado positivo da palavra.
Examinemos brevemente, então, a palavra eirènè conforme
é usada na LXX.
i. Descreve a serenidade, a tranquilidade, o perfeito
contentamento da vida totalmente feliz e segura. O caminho da retidão será a
paz, e o efeito da retidão será a quietude e segurança para sempre (Is 32.17).
O salmista deitar-se-á em paz e dormirá, porque é DEUS quem o faz repousar
seguro (sal 4.8). Jeremias contrasta a terra da paz com a floresta do Jordão
(Jr 12.5).
Esta palavra “paz” traz a calma e a serenidade da vida
da qual o medo e a ansiedade foram banidos para sempre.
ii. Eirènè (Lê-se Êremê) é a palavra para descrever a
perfeição dos relacionamentos.
(a) E a palavra da amizade humana. Os amigos de um
homem são literalmente, em hebraico, “os amigos da minha paz” (Jr 20.10, ARA: “
íntimos amigos;” Jr 38.22, ARA: “bons amigos” ). A condenação que Isaias
faz dos homens maus e injustos é que não conheceram o
caminho da paz. Têm sido destruidores de relacionamentos pessoais. Procura a
paz, diz o salmista, e empenha-te por alcançá-la (sal 34.14). Faça tudo para
endireitar o relacionamento com o seu próximo.
(b) É a palavra do relacionamento certo entre uma nação
e outra, como, por exemplo, quando Josué faz a paz com os homens de Gibão (Js
9.15).
(c) É a palavra do relacionamento certo entre o homem e
DEUS. Entre DEUS e os Seus, há uma aliança da paz, o que torna certo de que
será mais fácil serem removidas as montanhas e as colinas do que a misericórdia
de DEUS afastar-se dos homens (Is 54.10). Jeremias declara que DEUS tem
pensamentos de paz para com os homens (Jr 29.11).
É fácil ver quão importante é a palavra “paz.” É muito
mais do que um estado negativo onde os problemas cessaram temporariamente.
Descreve a saúde do corpo, o bem-estar e a segurança, a perfeita serenidade
e tranquilidade, uma vida e um estado em que o homem
tem um relacionamento perfeito com o seu próximo e com o seu DEUS.
Verdadeiramente, “paz” é uma palavra que entra no vocabulário do NT trazendo
consigo aspectos de glória.
No NT a palavra paz, eirènè, ocorre oitenta e oito
vezes, e em todos os livros. O NT é o livro da paz.
A ocorrência mais comum acha-se nas saudações. A
saudação normal numa carta do NT é: “Graça a vós outros e paz” (Rm 1.7; 1 Co
1.3; 2 Co 1.2; Gl 1.3; Ef 1.2; Fp 1.2; 1 Ts 1.1; 2 Ts 1.2; Fm 3; cf. 1 Tm 1.2;
2 Tm 1.2; Tt 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Pe 1.2; 2 Jo 3; Ap 1.4). É uma saudação
especialmente significativa. Graça é charis; charis é o substantivo de chairein
que é o início normal de uma carta pagã. É usualmente traduzido: “Saudações!” ,
e pode significar, conforme já vimos: “A alegria seja contigo!” Paz é eirènè, e
é a saudação normal e comum numa carta judaica. É como se os escritores
cristãos tomassem e juntassem as saudações pagãs e judaicas e dissessem: “Em
JESUS CRISTO realizou-se tudo quanto judeus e gentios já sonharam e desejaram
para si mesmos e para os outros. Em JESUS CRISTO existe, para judeus e gentios,
hebreus e gregos, tudo para o sumo bem dos homens.” Todas as bênçãos reúnem-se
no bem-estar perfeito oferecido em JESUS CRISTO. No NT, paz tem certas origens:
A paz provém da fé. A oração de Paulo pelos cristãos em Roma é que o DEUS da
esperança os enchesse com todo o gozo e paz no seu crer (Rm 15.13). A paz
provém da certeza da sabedoria, do amor e do poder de DEUS. A paz provém de
apostar sua vida na fé de que aquilo que JESUS disse a respeito de DEUS é
verídico.
A paz provém da fé que se aplicou à atuação. Há glória
e honra e paz para todos quantos praticam o bem, para o judeu e o grego
igualmente (Rm 2.10). A paz provém da obediência que se fundamenta na total
confiança em DEUS. A vida cristã tem em primeiro plano a atividade intensa, e,
como pano de fundo, uma passividade sábia em que o cristão descansa em DEUS.
A paz provém de DEUS. Paulo fala da paz de DEUS que
excede todo o entendimento (Fp 4.7). Com toda a probabilidade, isto não quer
dizer tanto que a paz de DEUS ultrapassa o poder da compreensão da mente
humana, mas que a paz de DEUS ultrapassa a capacidade
de planejar da mente humana. A paz é muito mais uma coisa que DEUS dá, do que
algo que o homem cria.
A paz é o dom de JESUS CRISTO. Quando o CRISTO
ressurreto voltou para Seu próprio povo, Sua saudação foi: “Paz seja convosco”
(Jo 20.19, 21, 26).
Mesmo assim, JESUS também deixou Sua última vontade e
testamento:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14.27). Em
última análise a paz não é algo que o homem alcança — é algo que ele aceita.
No NT, a paz tem significado que é mais frequente do
que qualquer outro, e foi transmitido pelo pensamento e uso judaicos. A paz é o
relacionamento certo em todas as esferas da vida.
(a) A paz é o relacionamento certo dentro do lar. Em 1
Co 7.12-16.
Paulo trata de um problema que fora levantado pela
igreja de Corinto. Havia um partido dentro da igreja de Corinto que acreditava
que, se um cônjuge num casamento se tornasse cristão e o outro permanecesse
pagão, o cônjuge cristão deveria deixar o outro, rompendo e terminando, assim,
o casamento. Paulo dá conselhos enfáticos contra tal comportamento. O dever do
cônjuge cristão não é abandonar o cônjuge pagão, mas levá-lo a JESUS CRISTO.
Passa, então, a citar a razão: “DEUS vos tem chamado a paz” (1 Co 7.15). Esta
palavra “paz” descreve a união indissolúvel do relacionamento que existe entre
o marido e a esposa dentro do lar.
(b) A paz e o novo relacionamento entre os judeus e os
gentios. JESUS, disse Paulo, é a nossa paz, porque de dois povos fez um, e
derrubou o muro de hostilidade que estava no meio. Criou nEle mesmo um novo
homem para tomar o lugar dos dois, fazendo a paz por este modo (Ef 2.14-17).
Há um quadro duplo aqui. O Templo em Jerusalém
consistia em uma série de átrios em ordem crescente de santidade e separação. O
átrio mais externo era o Átrio dos Gentios onde qualquer homem de qualquer
nação podia entrar. Havia, depois, o Átrio das Mulheres, além do qual as
mulheres não podiam penetrar a não ser que fosse para fazer algum sacrifício
estipulado. Mais para dentro ainda, havia o Átrio dos Israelitas, além do qual
não podia penetrar qualquer leigo. O átrio mais interior era o Átrio dos Sacerdotes,
na extremidade do qual havia o Templo propriamente dito e o SANTO Lugar, e onde
ficam os altares. Entre o Átrio dos Gentios e o Átrio das Mulheres havia um
cercado bem baixo chamado o cel.; e encaixada nele, em intervalos, havia uma
inscrição: “Nenhuma pessoa de outra raça deve entrar no cercado e plataforma em
volta do Lugar SANTO.
Quem for encontrado agindo assim será responsável pela
sua própria morte, que se seguirá.” Havia, bem literalmente, um muro de divisão
entre os judeus e os gentios, uma separação total. Aquele muro foi edificado
pelos judeus, mas do lado dos gentios havia uma parede invisível de ódio,
suspeita e antissemitismo que excluía o judeu. Com a vinda de JESUS, a parede
de separação foi derrubada; a diferença radical foi apagada. Nas orações
matutinas judaicas havia uma expressão de ações de graças da parte do homem
judeu, em que agradecia a DEUS por não ter nascido gentio, escravo ou mulher.
Mas a grande declaração de Paulo é que em CRISTO não há nem judeu, nem grego,
nem escravo, nem liberto, nem homem, nem mulher (Gl 3.28). Em JESUS CRISTO as
barreiras estão derrubadas, e só nEle pode ser estabelecido o relacionamento
certo entre uma nação e outra, e entre uma raça e outra.
(c) A paz descreve o novo relacionamento que deve
existir dentro da Igreja. Na Igreja, os cristãos devem manter a unidade do
ESPÍRITO no vínculo da paz (Ef 4.3). Em Colossenses, Paulo usa uma metáfora:
“Seja a paz de CRISTO o arbitro em vossos corações” (Cl 3.15). A palavra
“arbitro” é proveniente dos jogos esportivos, referindo-se ao arbitro que dá
suas decisões. Dentro da Igreja a paz de DEUS deve ser o arbitro de todas as
decisões dentro do nosso coração.
As decisões não devem ser governadas pela ambição
pessoal, desejo de prestigio, amargura ou espirito implacável; devem, sim, ser
governadas pela paz de DEUS; devem ser feitas num relacionamento pessoal
com os homens que é possibilitado exclusivamente por um relacionamento com
DEUS.
(d) A paz descreve o relacionamento cristão entre um
homem e outro.
É dever de cada cristão esforçar-se por criar e manter
esse relacionamento. O cristão deve esforçar-se em prol da paz com todos os
homens (Hb 12.14). O cristão deve labutar para ser achado em paz por CRISTO, ou
seja, num relacionamento certo com seu próximo (2 Pe 3.14). A condenação dos
maus é que não conheceram o caminho da paz (Rm 3.17). Há aqui uma promessa e
uma advertência subentendidas. Ninguém pode fazer uma obra mais cristã do que
estabelecer o relacionamento certo entre os homens. E DEUS certamente não
considerara inocente o homem que perturba os relacionamentos pessoais dentro da
Igreja. O pacificador está fazendo a obra de DEUS; o provocador de contendas
está fazendo a obra do diabo.
(e) A paz descreve o novo relacionamento entre o homem
e DEUS. Temos paz com DEUS porque, mediante a obra de JESUS CRISTO, entramos
num relacionamento certo com Ele (Rm 5.1). JESUS fez a paz, ou seja:
estabeleceu um relacionamento certo, entre DEUS e o homem, pelo sangue da Sua
cruz (Cl 1.20). Através da obra de JESUS CRISTO, o medo, a alienação, o terror
e a distância já não existem e temos intimidade com DEUS. Bem pode ser dito que
o novo relacionamento é resumido na nova palavra pela qual podemos, mediante
JESUS, dirigir-nos a DEUS. O próprio JESUS chamava DEUS de Abba (Mac 14.36), e
mediante o ESPÍRITO nos é possível usar a mesma palavra (Rm 8.15). Abba, na
Palestina antiga, como yába ainda o é entre os árabes hoje, era a palavra com a
qual uma criancinha dirigia-se ao pai no círculo familiar. Uma tradução em
nossa língua pareceria grotesca, pois o significado é “papai.” Que infinita
diferença está no clamor aterrorizado de Manoá, dizendo para a esposa:
“Certamente morreremos, porque vimos a DEUS” (Jz 13.22).
A paz e o relacionamento completamente novo que JESUS
CRISTO possibilitou entre o homem e DEUS. Fica claro que esta paz tem um valor
infinito; e sabemos que alcançá-la não é uma tarefa fácil humanamente falando.
Já dissemos que ela é o dom de DEUS, porque no NT Ele é chamado de o DEUS da
paz pelo menos seis vezes (Rm 15.33; 16.20; Fp 4.9; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.23; Hb
13.20,21).
Mas, embora todas as dádivas de DEUS sejam feitas
gratuitamente, há também um sentido em que não são oferecidas de graça. Devem
ser intensamente desejadas e buscadas com grande esforço. Destarte, o NT usa
três grandes palavras para a parte do homem na busca desta paz. Devemos buscar
a paz e persegui-la (“empenhe-se por alcançá-la” — ARA) (1 Pe 3.11).
Devemos ser zelosos para sermos achados por ele em paz
(2 Pe 3.14).
A palavra traduzida por buscar é zêtein, e significa
fazer da paz o objeto de todos os nossos esforços. A palavra traduzida por
perseguir é diõkein, que significa perseguir até alcançar, como um caçador
faria. A
palavra traduzida por ser zeloso é spoudazein que
significa procurar uma coisa com entusiasmo ardente. A paz que consiste em
relacionamentos certos não se obtém de modo fácil ou automático, mas quando a
desejamos de todo o coração e a buscamos com toda a nossa mente, usando todas
as nossas faculdades para achá-la e mantê-la, DEUS abre a Sua mão e a dá
abundantemente.
INIMIZADE - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William
Barclay
echthra - εχθρα - Lê-se Festrá - Inimizade
B, ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as
pessoas ficam inimigas; M: brigas. Outras traduções de outras ocorrências da
palavra:
RSV: hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M:
inimizade tradicional entre famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16);
P. elementos conflitantes (Ef 2.14).
Não é necessário gastar muito tempo discutindo o
significado de echthra; echthros é a palavra grega normal para um inimigo, e
echthra, para a inimizade.
No próprio NT, ocorre somente em duas outras passagens.
Em Rm 8.7
Paulo escreve que a mente que se fixa na carne é hostil
a DEUS, ou, conforme diz NEB: “O ponto de vista da natureza inferior é
inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14,16 é usada para a parede divisória de
hostilidade que faz separação entre o judeu e o gentio até que ambos se tornem
um só em JESUS CRISTO.
No mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas
continuam sendo reproduzidas na vida humana.
i. Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da
mesma cidade do mesmo pais. Platão disse que em cada cidade havia uma guerra
civil entre os que possuem e os que não possuem. Pode haver em qualquer
comunidade uma guerra de classes que as pessoas de
disposição maligna podem facilmente fomentar visando atingir seus propósitos
pessoais maldosos.
ii. Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros.
Esta, disse Platão, era uma guerra que não conhecia fim; e Sócrates implorava
que Homero nunca fosse omitido do currículo educacional do jovem grego, porque
Homero demonstra a separação eterna entre o grego e o
bárbaro. Para os gregos, havia num sentido literal uma diferença entre os
gregos e os bárbaros. “Havia,” escreve T. R. Glover, “alguma diferença natural
entre os gregos e os bárbaros. Não se podia ir contra a Natureza; e a Natureza
planejara dois tipos distintos do homem — o grego e o não grego — e a diferença
era fundamental” (T. R. Glover: Springs of Hellas, pag. 32).
Deve ser notado quão essencialmente arrogante era esta
distinção grega. Como, perguntava insistentemente Ctesias, o historiador
antigo, homens que só sabiam latir chegariam a governar o mundo? Ora, este
teste do idioma grego relegava nações altamente civilizadas, tais como o Egito,
a Fenícia, a Pérsia, a Lídia tão próspera, a categoria de bárbaras. Aristóteles pensava que o próprio clima do
mundo mantinha esta diferença.
Aqueles que habitavam no norte, nos países frios,
tinham bastante coragem e ânimo, mas pouca perícia e inteligência; aqueles que
habitavam no sul, na Ásia Menor, conforme o nome que agora damos a região,
tinham bastante perícia, inteligência e cultura, mas pouco ânimo ou
coragem. Somente os gregos viviam num
clima projetado pela Natureza para produzir o caráter perfeitamente equilibrado
e harmonizado (Aristóteles: Política 7.7.2). Para os gregos, estes “bárbaros” eram
por natureza escravos, e era perfeitamente correto para um grego superior
reduzi-los a escravidão, comprá-los e vendê-los. Esta atitude para com o não
grego ressaltava-se vividamente num adjetivo que Plutarco aplica a Heródoto, o
historiador antigo. Heródoto tinha uma curiosidade insaciável, e poderíamos
dizer que era de alcance mundial. Para eles, grandes façanhas permaneciam
grandes façanhas, quer realizadas por um grego, quer não. Era, conforme J. L.
Myers escreve a respeito dele em The Oxford Clássica Dictiomry: “ isento do
preconceito e intolerância raciais”. E o resultado é que Plutarco rotula-o com
a palavra Philo bárbaros, amigo dos bárbaros, como se a palavra fosse uma
condenação (Plutarco: De Mal. Her. 857 A).
É de relevância que dois dos lugares onde ocorre a
palavra echthra (Ef 2.14, 16) referem-se ao relacionamento no mundo antigo
entre judeus e gentios. Havia realmente uma parede de hostilidade, uma
inimizade
tradicional antiga, entre judeus e gentios. Era uma
ojeriza que existia em ambas as partes. Os romanos podiam falar da religião
judaica como sendo superstição bárbara (Cícero: Pro Flacco 28), e do povo
judaico como o mais vil dos povos (Tácito. Histórias 5.8). Na mesma passagem,
Tácito diz a respeito dos judeus que tem uma lealdade inabalável uns aos
outros, mas um ódio hostil a todos os demais homens. Diodoro Siculo repete o
ditado de que os judeus supõem que todos os judeus sejam inimigos (31.1.1.3). Apiao
declarou que os judeus juraram pelo DEUS do céu, da terra e do mar que nunca
demonstrariam boa vontade a qualquer homem de outra nação, e especialmente que
nunca fariam isso com os gregos (Joseio: Contra Apião 1.34; 2.10). Por outro
lado, os judeus consideravam os gentios impuros. Casar-se com um gentio era o
mesmo que ter morrido. Nos seus momentos mais amargos, os judeus podiam
considerar os gentios como animais imundos, odiados por DEUS, e destinados a
serem combustível para o fogo do inferno. O antissemitismo não é nenhum
fenômeno novo, e a exclusividade judaica faz parte da essência do judaísmo. A
cortina de ferro do preconceito racial e da amargura inter-racial Nilo e coisa
nova. O espírito que produz os motins raciais é a segregação das cores e tão
antigo quanto a civilização — e desde o seu início e condenado pela ética e fé
cristãs.
iii. Há a inimizade entre um homem e outro. Neste caso,
é mais simples definir echthra em termos do seu antônimo. Echthra é o antônimo
exato de agapê. Agapê, amor, a suprema virtude cristã, é a atitude mental que
nunca permitirá sentir amargura para com homem algum, e que nunca buscara outra
coisa senão o sumo bem dos outros, independentemente de qual seja a atitude dos
outros para com ela .Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as
barreiras e que tira a espada; agapê é a atitude do coração e da mente que
alarga o círculo, que estende irmão da amizade e que abre os braços do amor. A
primeira é uma obra da carne; a outra e qualidade do fruto do ESPÍRITO.
PAZ - Dicionário Teológico
- [Do hb. shalom;do gr. eirene; do lat. pacem] Nas
Escrituras, paz não significa apenas ausência de guerras, ou de, conflitos. De
acordo com os profetas e apóstolos, é a serenidade que o ESPÍRITO SANTO nos
infunde no coração mediante a fé que depositamos na providência divina (Is
26.3; Fp 4.7).
Como qualidade do fruto do ESPÍRITO, a paz é a profunda
quietude do coração firmada na convicção de que DEUS está no comando de todas
as coisas (GL 5.22,23).
Num tempo de necessidade e insegurança, esta foi a
oração de um homem que vivia a paz como qualidade do fruto do ESPÍRITO:
“Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o
seu trigo e o seu vinho. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu,
Senhor, me fazes habitar em segurança” (SL 4.7,8).
PAZ - Dicionário Português
s. f. 1. Estado de um país que não está em guerra;
tranquilidade pública. 2. Repouso, silêncio. 3. Tranquilidade da alma. 4.
União, concórdia nas famílias. 5. Sossego. — Paz-de-alma: pessoa inofensiva,
pacífica.
Paz - Comentário Bíblico Wesleyano
A coroa de tudo. É a qualidade da mente para o
qual os homens lutam, sangram e morrem e ainda que escapa milhões. É mais
do que perdoar a si mesmo e viver consigo mesmo. É um sentimento de
relação harmoniosa com a de mais significativo ambiente de DEUS, o céu, a
justiça, a verdade, e os homens de boa vontade. Não é tanto o ajuste de
circunstâncias externas como a realidades internas e finais. Ela respira a
calma durante a tempestade e dá uma âncora para a alma. É uma fonte de
força e coragem, esperança e confiança. Mas, também, não é uma
conquista. É um resultado de uma relação que produz um hábito da mente.
inimizades são violações de amor em sentimento ou
em ato.
inimizades - é algo latente, passando pelas porfias,
que é algo operante (indicando neste caso disputas devidas ao egoísmo), pelas
dissensões (antes, divisões)
Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas
ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranquilidade,
segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl
29.11; Jo 20.21).
Paz com DEUS - Comentário Bíblico Wesleyano
ESTA PAZ indica a "paz de completa reconciliação
com Ele" ou "a segurança e tranquilidade de aceitação." A ira de
DEUS já não ameaça naqueles que são aceitos em CRISTO. Godet chama essa
paz "serenidade completa" como para o passado, o futuro, e até mesmo
o julgamento, porque CRISTO não somente morreu por nós, mas vive para nos
manter neste estado de salvação ( 5: 9 , 10 ) Embora a
palavra sugira sentimento , denota muito mais. É uma relação entre DEUS e
o homem.
A outra coisa a fazer é justificada para desfrutar da
comunhão restaurada que o tipo de justificação pela fé traz na
expiação. Já está reconciliação é nossa por graça. A
Inimizade é destruída. Em vez de medo da ira, agora é comunhão entre o
homem e DEUS. O homem não foi capaz de conseguir isso. É uma
libertação operada pelo sangue de CRISTO. A paz é mais do que
não-agressão. É a harmonia e a partilha mútua. Na KJV é chamado de
" expiação " . Nós, que éramos tão "separados"
somos agora "um" pela expiação. Isso agora desfrutaremos na
certeza de que o tipo de fé e justiça inclui todos os recursos necessários para
o triunfo final através de JESUS CRISTO, nosso Senhor.
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Lição 6, Paciência: Evitando as Dissensões
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação [...]."(Rm 12.12)
VERDADE PRÁTICA
A paciência, como fruto do ESPÍRITO, é um antídoto
contra a ansiedade e as dissensões.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tiago 5.7-11
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do
Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com
paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. 8 - Sede vós também
pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está
próxima. 9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais
condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e
paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 - Eis que temos por
bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o
fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
Resumo da Lição 6, Paciência: Evitando as
Dissensões
I - PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE
1. A paciência como fruto do ESPÍRITO.
2. A paciência e a ansiedade.
3. Jó, exemplo de paciência em meio à dor.
II - DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA
1. Exemplos bíblicos de impaciência.
2. Deixe de lado toda dissensão.
3. Evitando o partidarismo.
III - PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E MATURIDADE
CRISTÃ
1. Pacientes até a volta de JESUS.
2. Quando a paciência é provada.
3. Maturidade cristã.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Tiago 5.7-11
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do
Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com
paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. 8 - Sede vós também
pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está
próxima. 9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais
condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e
paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 - Eis que temos por
bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o
fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
CHUVAS - temos que esperar as duas chuvas com fé e
esperança, sendo pacientes para receber o resultado, a bênção completa.
1- chuva temporã - πρωιμος proimos
cedo, primeiras
da chuva temporã que cai a partir de Outubro
2- chuva serôdia - οψιμος opsimos
tardio, mais tarde
as chuvas tardias ou primaveris, que caem
principalmente nos meses de Março e Abril justo antes da colheita
PACIÊNCIA dos profetas
- μακροθυμια makrothumia - Lê-se Mácrosímia - Longanimidade
1) paciência, tolerância, constância, firmeza,
perseverança
2) paciência, clemência, longanimidade, lentidão em
punir pecados
PACIÊNCIA de Jó - υπομονη hupomone -
Ipomonê
1) estabilidade, constância, tolerância
1a) no NT, a característica da pessoa que não se desvia
de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade mesmo diante das maiores
provações e sofrimentos
1b) pacientemente, firmemente
2) paciente, que espera por alguém ou algo lealmente
3) que persiste com paciência, constância, e
perseverança
Pense no que espera uma colheita de grão, e não
esperará você uma coroa de glória? Se for chamado a esperar um pouco mais que o
camponês, não será que existe algo mais valioso que esperar? Em todo sentido
vem-se aproximando a vinda do Senhor e todas as perdas, privações e sofrimentos
de seu povo serão recompensados. Os homens contam como longo o tempo porque o
medem segundo suas próprias vidas, porém todo o tempo é como nada para DEUS; é
como um instante. Uns quantos anos parecem séculos às criaturas de curta vida;
mas a Escritura, que mede todas as coisas pela existência de DEUS, reconhece
que milhares de anos são como alguns dias.
Se a metáfora do agricultor não nos faz ficarmos
esclarecidos dessa verdade, Tiago ainda nos dá outras duas comparações. Ele nos
recorda dois outros exemplos de paciência: os profetas e Jó (Tg 5.11-12) Sem
levar em conta as imagens que ele dá, o segrede é prestar atenção nos frutos ou
no resultado que deverá seguramente, ser revelado no final de tudo. BILBIA DA
LIDERANÇA CRSTÃ - John C. Maxwell.
o que tenha que sofrer esperando.
E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência,
acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência a
temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,
E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a
caridade. (2 Pedro 1:5-7).
Perseverança (Paciência no
esperar)- υπομονη hupomone - Lê-se - Ipomonê
1) estabilidade, constância, tolerância
1a) no NT, a característica da pessoa que não se desvia
de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade mesmo diante das maiores
provações e sofrimentos
1b) pacientemente, firmemente
2) paciente, que espera por alguém ou algo lealmente
3) que persiste com paciência, constância, e perseverança
Tudo se resume no amor - Há aqui primeiramente o
tríplice desdobramento do próprio amor (amor, alegria, paz), depois seu
tríplice desdobramento em relação ao próximo (longanimidade, benignidade,
bondade), e finalmente o tríplice desdobramento da conduta pessoal (fidelidade,
mansidão, domínio próprio).- Comentário Esperança N.T.
PACIÊNCIA - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO-William
Barclay
Makrothumia OU Makrothumeo - μακροθυμια - Lê-se
Mácrosâmia ou Macroçamel - Longanimidade
A Paciência Divina e Humana
Makrothumia, o substantivo, makrothumos, o adjetivo e
makrothumein, o verbo, são expressos na ARC e ARA pela ideia de longanimidade e
paciência. São palavras muito expressivas. Em inglês fala-se de pessoas com
paciência curta, e em português, de pouca paciência. Não se usa uma frase que
deveria ser o antônimo: a pessoa tem paciência longa, ou é de longa paciência.
Mas temos a palavra longanimidade, porque makros significa grande ou longo, e
thumos quer dizer ânimo ou disposição. Temos a palavra magnanimidade, que
significa grandeza de coração. Na Vulgata makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) é traduzida bem literalmente pela palavra longanimitas, e as
primeiras edições da Bíblia Católica Romana de Rheims (em inglês) procuraram
introduzir na língua inglesa a palavra longanimity em 2 Pe 3.15 e Cl 1.11; a
palavra longanimidade existe em português como expressão perfeita da ideia
neste grupo de vocábulos gregos.
Makrothumia expressa uma certa atitude para com as
pessoas e eventos. Expressa a atitude para com as pessoas de nunca perder a
paciência, por pouco razoáveis que elas sejam, e de nunca perder a esperança
com relação a elas, por menos agradáveis e dóceis que sejam. Expressa a atitude
para com os eventos de nunca admitir derrota e de nunca perder a esperança e
fé, por mais obscura que a situação seja, por mais incompreensíveis que os
eventos se mostrem, ou por mais severa que seja a correção divina. E uma qualidade
da qual os comentaristas do NT tem dado muitas definições excelentes. Trench
diz que ela descreve “a mente que suporta por muito tempo, antes de dar lugar a
ação ou ira” . T.K. Abbott diz que makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) é o autocontrole que não se apressa em retribuir o mal
sofrido.” Plummer diz que é “a tolerância (ou longanimidade) que suporta as
injurias e as ações malignas sem ser provocada a ira ou vingança” . Moffatt a
descreve como “a tenacidade com que a fé vai suportando” . No Testamento de
José (2.7) temos a frase: “A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) é um
grande remédio” . Há um ditado de Meandro que Plutarco cita: “Uma vez que você
e mero homem, nunca peca aos deuses uma vida sem problemas, mas peca
makrothumia. ” Poderíamos muito bem traduzir makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) como “ o poder de levar as coisas até ao fim.” Makrothumia não
é uma palavra do grego clássico, mas entrou no vocabulário cristão com uma
história grandiosa, porque e uma das grandes palavras do AT grego. No AT,
movimenta-se em três esferas.
(a) Significa paciência com os eventos. O uso mais
iluminador palavra neste sentido e 1 Mc. 8.4.
Ali o escritor atribui a grandeza de Roma a sua
política e a sua paciência, a sua makrothumia, e, conforme diz R. C. Trench,
essa makrothumia (Lê-se Mácrosímia) foi expressada pela
determinação de Roma de que “nunca faria a paz em condições de derrota” . Os
romanos tinham a perseverança que podia perder uma batalha, e até mesmo perder
uma campanha mas que nunca admitiria a derrota numa guerra. Diz-se que o teste
de um exército e de como ele luta quando os soldados estão famintos e cansados.
Makrothumia é o espírito que não reconhecera nem admitira a derrota.
(b) Significa a paciência com as pessoas. Significa o
espirito que nunca perde a paciência com as pessoas, nem a esperança para com
elas; que nunca se tornara em amargura ou concordara em ser definitivamente
repelido. Neste espirito e qualidade o AT vê a origem das coisas mais
importantes da vida.
i. E a base do perdão. E o espírito que leva o homem a
adiar a sua ira (Pv 19.11), e recusar-se a ficar irado e meio-caminho andado
para o perdão.
ii. E a base da humildade. O paciente de espírito e
melhor do que o orgulhoso de espírito (Ec 7.8). Makrothumia impede o homem de
colocar-se no centro do quadro e de fazer dos seus sentimentos o padrão para
tudo.
iii. E obviamente o alicerce da comunhão. O homem
iracundo suscita contendas, mas o longânime apazigua a luta (Pv 15.18). O homem
que sempre está com o dedo no gatilho da sua ira destrói a amizade e a
comunhão; o homem cujo gênio está sob controle solidifica a comunhão, e não
deixa surgir a contenda.
iv. E a base de todos os bons relacionamentos pessoais.
Conforme Moffatt traduz Pv 25.15: “O homem irado e apaziguado pela
longanimidade.” Makrothumia sempre suaviza e nunca exacerba. Recusa-se a
permitir uma falha entre os relacionamentos pessoais, e faz um grande esforço
para sana-la quando ela surge.
v. E a base de toda a sabedoria verdadeira. “O
longânime e grande em entendimento, mas o de animo precipitado exalta a
loucura” (Pv 14. 29). O ditado judaico diz: “0 homem irritadiço não pode
ensinar,” e, da
mesma forma, ele também não pode aprender. A primeira
necessidade da aprendizagem e a paciência.
vi. E a base de alegria perpétua. Conforme diz Ben
Siraque: “A paixão do ímpio não será justificada, porque o ímpeto de sua cólera
e a sua ruína. 0 paciente resistira até o momento oportuno, mas depois a
alegria
brotara para ele” (Ecli. 1.22, 23). 0 homem impetuoso
destrói a sua própria felicidade e também a dos outros; o homem de gênio sereno
traz a felicidade para si mesmo e para todos com os quais entra em contato.
vii. E a base de todo o poder legítimo. “Melhor o
longânime do que o herói da guerra, e o que domina o seu espirito do que o que
toma uma cidade” (Pv 16.32). O homem que pode dominar a si mesmo e o homem
que pode governar aos outros.
(c) Mas o fato mais sublime no tocante a esta palavra e
que descreve o caráter do próprio DEUS.
Há uma descrição de DEUS que percorre o AT como um
refrão. DEUS passou diante de Moises e proclamou: “SENHOR, SENHOR DEUS
compassivo, clemente e longânime, e grande em misericórdia e fidelidade” (Ex
34.6). Disse Neemias: “Porém tu, o DEUS perdoador, clemente e misericordioso,
tardio em irar-te, e grande em bondade” (Ne 9.17). Repetidas vezes nos Salmos
achamos o grande refrão de regozijo: “O SENHOR e misericordioso e compassivo;
longânime e assaz benigno” (SI 103.8; 86.15; 145.8). Foi exatamente isso que Jonas
não percebeu e teve de aprender (Jn 4.2). Nesta longanimidade e demora em
irar-Se por parte de DEUS, vemos certas verdades a respeito da atitude de DEUS
para com o pecador.
i. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de
DEUS e a esperança do pecador. Porque DEUS e misericordioso, compassivo, tardio
em irar-se e grande em benignidade, o conclama as pessoas a rasgarem o seu
coração, e não as suas vestes, e a se converterem a DEUS (J1 2.13). Sem a
paciência de DEUS, não poderia haver lugar para o arrependimento.
ii. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de
DEUS e a advertência ao pecador. O pecador não ousa pensar que, se nada
aconteceu, ele escapou das consequências do seu pecado. “Não digas: ‘pequei; o
que me aconteceu?’, porque o Senhor e paciente. Ele não te soltara de modo
algum” (Ecli. 5.4 — LXX). E realmente na Sua longanimidade que DEUS visita os
pecados dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração (Nm 14.18). Porque
DEUS é paciente, Ele tem a última palavra.
iii. A makrothumia (Lê-se Mácrosímia) de
DEUS pode ser a condenação do pecador.
Em 2 Mac. 6.14 há o pensamento terrível de que DEUS é
paciente com os homens, e deixa-os agirem por conta própria até que cheguem a
medida máxima de seus pecados — então vem o julgamento. O homem pode usar a
longanimidade de DEUS para sua própria destruição.
Agora, voltemo-nos para o uso e o significado
de makrothumia (Lê-se Mácrosímia) no NT. Aqui, move-se nas
mesmas três esferas de significado do AT.
(a) Makrothumia fala da paciência de DEUS.
i. Em 2 Pedro a paciência de DEUS é apresentada no seu
sentido mais amplo. “ Tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor” (2 Pe
3.15). É questão rebatível se “ o Senhor” é JESUS ou DEUS, mas o significado do
dito não é realmente afetado. O pano de fundo no qual 2 Pedro foi escrito é de
decepção e desilusão por causa da demora na Segunda Vinda de JESUS CRISTO. E o
argumento do escritor é que esta demora não é insensibilidade; e paciência. É a
oportunidade para os homens se arrependerem e crerem no evangelho, para
transformarem sua pecaminosidade em santidade, e tornarem sua imprudência em
preparação. Por trás disto há o pensamento de que DEUS teria sido justo se
explodisse o mundo ao ponto de não existir mais, e de que, se fosse humano,
teria agido assim há muito tempo; mas na Sua paciência Ele espera dando aos
homens a oportunidade para aceitarem a salvação.
Em Paulo temos exatamente o mesmo pensamento, e de modo
ainda mais pessoal. Em 1 Tm 1.12-16 — decerto um fragmento paulino genuíno,
ainda que as Pastorais não sejam paulinas na sua totalidade conforme hoje as
possuímos (nota dos editores: não há uma base solida para essa afirmação) —
Paulo conta como blasfemava, perseguia e insultava a CRISTO, sendo o principal
dos pecadores. Mas nele JESUS demonstrou Sua perfeita longanimidade. Com
paciência, JESUS esperou até que Paulo, o perseguidor, se tornasse no Paulo
pronto a ser o apostolo. A paciência de DEUS aguarda, ao passo que a
impaciência do homem já há muito tempo teria agido em há destrutiva.
ii. Mas a paciência de DEUS e mais do que o simples
aguardar; ela está chamando os homens a se arrependerem. DEUS e longânime, não
querendo que ninguém pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe
3.9). Os homens nunca devem abusar da bondade e longanimidade de DEUS, porque
essa bondade não visa ser uma oportunidade para o pecado, mas, sim, um convite
para o arrependimento (Rm 2.4). DEUS não apenas aguarda os homens até que
retomem ao lar; em JESUS CRISTO veio busca-los e salva-los; e ainda agora os
convence com a atuação e os rogos do Seu Espirito SANTO.
iii. Assim como no pensamento do AT, a paciência de
DEUS pode ser usada pelos homens para a sua própria destruição. A longanimidade
de DEUS com Israel pode ser entendida a luz da decisão de deixar a nação
obstinada seguir seu próprio caminho até que forçosamente acontecesse a sua
rejeição final (Rm 9.22). DEUS espera com paciência; DEUS busca com paciência;
e esta espera e busca pretendem contribuir para a salvação do homem, mas o
homem na sua teimosia pode transforma-las em condenação.
(b) O NT fala da makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) em relação ao nosso próximo.
i. Makrothumia é a insígnia e o emblema da vida cristã.
O cristão deve andar com toda humildade e mansidão e longanimidade, suportando
a seu próximo em amor (Ef 4.2). O cristão deve revestir-se, como uma roupa, de
ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de
longanimidade, e deve suportar com amor o seu próximo (Cl 3.12). A
longanimidade e a bondade são a marca da vida cristã (2 Co 6.6). O amor cristão
deve ser longânime, paciente e benigno (1 Co 13.4). Por mais indesejáveis que os
homens sejam, o cristão deve ser longânime para com eles (1 Ts 5.14). O homem
do mundo pode perder sua calma, paciência e fé nos homens; o cristão nunca deve
agir assim.
ii. Não e sem motivo que makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) ocupa um lugar de destaque entre as virtudes cristas nas
Epistolas Pastorais. O amor perseverante do mestre cristão e contrastado com a
estultícia dos falsos mestres (2 Tm 3.10). O jovem missionário e instruído no
sentido de nunca falhar na longanimidade” (2 Tm 4.2). E ali, sem dúvida, a
palavra combina seus dois significados, porque o mestre e o pregador nunca
devem perder sua fé nos homens, por menos que eles pareçam corresponder, e
nunca devem desesperar-se, por mais hostis que sejam as circunstancias. Nenhum
homem pode pregar ou ensinar sem makrothumia.
(c) Makrothumia descreve a resposta do cristão as
circunstâncias aos eventos.
Paulo ora para que os Colossenses tenham perseverança e
longanimidade com alegria (Cl 1.11). A paciência cristã não e uma aceitação
inflexível e árida de uma situação; até a própria paciência e irradiada com
a alegria. O cristão aguarda, não como quem espera a
noite, mas como quem espera a manhã. Esta paciência incansável faz parte da
vida cristã (2 Co 6.6). Devido ao fato de Abraão ter perseverado com paciência,
recebeu a promessa, e esta longanimidade opera igualmente a favor do cristão
que tem a mesma fé (Hb 6.12-15).
Talvez a lição mais difícil de ser aprendida seja a de
esperar; como esperar quando parece que nada está acontecendo, e quando todas
as circunstancias mostram motivos para o desanimo. Tiago insiste que o cristão
deve ser como os profetas que repetidas vezes tinham de aguardar a atuação de
DEUS; deve ser como o agricultor que lança a semente e depois, no decurso dos
meses lentos, espera a chegada da ceifa (Tg 5.7-10). É bem possível que esta
seja a tarefa mais difícil para uma era que fez da velocidade um deus.
De certa forma, makrothumia (Lê-se
Mácrosímia) é a maior virtude. Não está revestida de romance e fascinação;
não tem a emoção da ação repentina numa aventura; mas e a virtude do próprio
DEUS. DEUS na Sua makrothumia (Lê-se Mácrosímia) tolera os
pecados, recusas e rebeldia dos homens. DEUS na
Sua makrothumia (Lê-se Mácrosímia) recusa-se a abandonar Sua
esperança no mundo que Ele criou e que tão frequentemente vira as costas ao seu
Criador. O homem na sua vida terrena deve reproduzir a paciência incansável de
DEUS para com as pessoas, e a paciência que não perde a coragem com os
eventos.
DISSENSÕES -
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
dichostasia - Lê-se Dicóstasiá – διχοστασια –
dissensões, B, ARC, ARA: dissensões; BJ, Mar.: discórdia(s); P: desavenças; M:
facções; CKW: espírito partidário. Outras traduções da outra ocorrência da
palavra de Rm 16.17: BV: os que causam divisões (outras versões em português
são semelhantes).
Dichostasia não e uma palavra comum, quer no grego
bíblico, quer no secular. Fora do presente trecho, só ocorre outra vez nos
escritos de Paulo em Rm 16.17, onde ele adverte os cristãos romanos a evitarem
os que criam dissensões e dificuldades. Na LXX ocorre somente em 1 Mac. 3.29
onde descreve a dissenção e inquietude nacionais que se seguiram após novas
legislações incabíveis que formaram um rompimento violento com o passado.
Heródoto usa-a a respeito da situação que foi criada quando um dos dois comandantes
passou para o “outro lado” no meio de uma campanha (Heródoto 5.75). Obviamente,
semelhante ação provocaria um estado agudo de divisa'. Platão cita um ditado de
Teognis que diz que nos dias de dichostasia o homem fiel vale seu peso em ouro
(Platão: Leis 630 A; Teognis 5.77, 78). A palavra denota um estado de coisas em
que os homens estão divididos, onde florescem as inimizades tradicionais entre
famílias, e onde a união é destruída.
Dichostasia leva seu retrato no rosto; literalmente,
significa “ ficar a parte, separado”, ou seja: um estado em que já se foi toda
a comunhão, toda a comunidade e toda a fraternidade. É por demais obvio que
semelhante estado é tragicamente comum entre os homens. Há divisão pessoal;
podem surgir situações em que duas pessoas chegaram a um ponto em que não se
encontram nem conversam uma com a outra. Até mesmo a obra de uma igreja pode
ser dificultada por inimizades tradicionais entre os seus membros.
...Há uma divisão de classes; na realidade, são
ideologias baseadas em nada menos do que a necessidade de luta entre as
classes. Ainda há a necessidade de aprender a sabedoria pratica das palavras de
JESUS: “ Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou
casa [lar - NEB], dividida contra si mesma, não subsistirá” (Mt 12.25). Unidos,
ficaremos em pé, divididos, cairemos; esta e uma verdade que nunca perde sua
atualidade.
Há uma divisão entre partidos. Macaulay relembrou os
grandes dias da República Romana onde “ninguém estava a favor de um partido, e
todos estavam a favor do estado.” Uma das visões mais tristes no governo
partidário democrático moderno é a da política partidária fazendo manobras para
tirar proveito dos perigos e fracassos nacionais, e agindo como se o bem-estar
nacional fosse um peão no jogo da ambição e da política partidária.
Há a divisão racial. Ainda existem sociedades das quais
um homem pode ser excluído por causa da cor da sua pele. Há poucas palavras que
é uma maior negação da ética cristã do que a palavra apartheid.
Há a divisão teológica. O odium theologicum, o ódio
teológico, não é uma coisa nova. Não há outro âmbito de pensamento mais
disposto a rotular as pessoas do que a teologia, que considera como herege o
homem que está usando a etiqueta errada.
Há a divisão eclesiástica. É bem possível que o maior
problema que a Igreja enfrenta no tempo presente seja o problema da sua própria
falta de união, e é bem possível que a desunião não seja apenas o maior
problema da Igreja, mas também o maior pecado da Igreja. Kagawa, o grande
cristão japonês, ficou profundamente aflito com esta desunião. Disse certa vez:
“Não falo inglês muito bem, e às vezes, quando digo a palavra denominação
(denomination), as pessoas pensam que eu disse danação (damnation) — e para mim
é a mesma coisa.”
Aqui há um desafio e uma conclamação, não tanto para
criticar os outros quanto examinar a nós mesmos. Nada é mais fácil do que
confundir preconceitos com princípios, e confundir teimosia irracional com
resolução inamovível. É perfeitamente verídico que o cristão frequentemente tem
de tomar uma posição sozinho, mas o homem faria bem em examinar-se a si mesmo
quando descobre que as opiniões que sustenta separam-no da comunidade da qual
faz parte. Talvez tenha razão, mas é uma grave responsabilidade ser causa de
divisão em qualquer igreja ou comunidade. Antes de se separar dos outros, o
homem deve lembrar-se das palavras solenes que Cromwell dirigiu aos escoceses
intransigentes: “Rogo-vos pelas ternas misericórdias de CRISTO: pensai que é
possível que estejais enganados.”
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo - Lê-se
Macroçamel - Um estímulo à paciência perseverante (5.7-11) - Tiago - Série
Cultura Bíblica - Douglas J. Moo
O Salmo 37 é um maravilhoso cântico de ânimo dirigido
ao justo. Este é descrito como “pobre e necessitado” (v. 14), que está a sofrer
perseguição sob a mão do ímpio (w. 12-15,32-33). Ele é tentado a invejar
prosperidade e bem-estar do ímpio (w. 1, 7) e, um tanto paradoxalmente, a se
impacientar para que o ímpio receba julgamento. Nesta situação, o salmista
incentiva o justo a “descansar no Senhor” (v. 7); a “deixar a ira” (v. 8), pois
DEUS, certamente, irá defender o justo e destruir o ímpio (w. 34-40). Tiago
escreve as pessoas justas, principalmente pobres, que estavam sofrendo em
circunstâncias semelhantes. Seu conselho é o mesmo do salmista: “sede
pacientes”, pois “a vinda do Senhor”, quando os ímpios serão julgados (5.1-6) e
os justos libertados, “está próxima”.
7. A transição da denúncia contra ricos não-cristãos
para o incentivo aos crentes é assinalada pelo retorno de Tiago à sua forma de
tratamento familiar: irmãos. Pois (oun) mostra que este incentivo é baseado na
condenação profética dos ímpios e ricos opressores, em 5.1-6: uma vez que DEUS
irá punir os opressores, os crentes precisam esperar com paciência esta hora.
Paciência, é claro, é a ideia chave neste parágrafo. Ela é expressa quatro
vezes com a raiz makrothym- (w. 7 [duas vezes], 8 e 10) e duas vezes com a raiz
hypomon- (v. 11). A última raiz figurou proeminentemente no capítulo 1, onde
Tiago encoraja seus leitores a “perseverarem” nas provações que eles estavam
experimentando. As duas raízes são quase sempre distintas, sendo que geralmente
makrothym- é usada para indicar a atitude amorosa e longânima que devemos ter
diante dos outros (1 Co 13.4; Ef 4.2; 1 Ts 5.14), enquanto hypomon- em geral se
aplica àquela atitude determinada e forte com a qual devemos enfrentar
circunstâncias difíceis (2 Ts 1.4). Entretanto, neste parágrafo não se pode
achar nenhuma diferença aguda de significado: a makrothymia dos profetas (v.
10) não parece ser diferente da hypomoriê de Jó (v. 11). Uma superposição de
significados semelhante pode ser observada no Testamento de José 2.7, onde
José, depois de obter êxito na luta contra a tentação da esposa de Potifar, diz
que a “perseverança (makrothymia) é um poderoso remédio, e a resistência
(hypomoríê) fornece muitas coisas boas (veja também Cl 1.11). Todavia,
makrothymia retém um sentido mais específico nos versículos 7-8, onde descreve
não a força nas provações, mas uma atitude de se esperar pacientemente no
Senhor.
De forma específica, Tiago incentiva a paciência até a
vinda do Senhor. Até (heõs) tem um sentido complexo aqui, sugerindo a ideia de
um alvo bem como a de um período de tempo: “exercitem a paciência, enquanto
vocês esperam, e buscam, a vinda do Senhor”. Parousia, “presença” ou vinda,
tornou-se um termo técnico na primeira igreja, aplicado à esperada volta de
JESUS em glória para julgar os ímpios (Mt 24.37,39; 2 Ts 2.8) e libertar os
santos (1 Co 15.23; 1 Ts 2.19; 3.13; 4.15; 5.23). Esta tradição sugere com
força que o Senhor aqui é JESUS, e não DEUS Pai (todavia, cf. 2 Pe 3.12).
Como exemplo de paciência, Tiago menciona o lavrador,
que precisa aguardar com paciência que a terra produza o precioso fruto do qual
depende sua subsistência. Embora a palavra chuvas não seja realmente usada
neste texto (alguns manuscritos a acrescentam; outros trazem “fruto”), a
referência à as primeiras e as últimas está certamente ligada às chuvas que
caíam sobre a Palestina no fim do outono e começo da primavera, as quais eram
vitais para a agricultura (cf. Dt 11.14).1 Embora seja possível que a figura,
sendo uma tradicional frase do Antigo Testamento, não diga nada acerca da
procedência da carta, é mais provável que Tiago a utilize porque ela se encaixa
nas circunstâncias de seus leitores,
8. Como o agricultor que espera pacientemente a semente
germinar e a safra amadurecer, os crentes devem esperar com paciência a volta
do Senhor que os libertará e julgará seus opressores. Enquanto esperam, eles
precisam “fortalecer” (stêrizõ) seus corações. Paulo fez a mesma exortação aos
tessalonicenses que aguardavam a parousia (1 Ts 3.13; cf. 2 Ts 2.17), e o autor
de Hebreus recomenda que o coração esteja “confirmado com graça”, como um
antídoto contra o falso ensino (Hb 13.9). O que se recomenda, então, é um firme
apego à fé em meio de tentações e provações. À medida que esperam pacientemente
a volta de seu Senhor, os crentes precisam fortalecer uns aos outros para a
luta contra o pecado e circunstâncias difíceis.
Pode ser perguntado se este conselho é importante para
nós, uma vez que Tiago o baseia na “proximidade” do Senhor. Muitos eruditos
pensam que a convicção de Tiago de que o Senhor estava “próximo” era um
“engano”, um engano do qual participaram muitos dos primeiros cristãos e,
talvez, até o próprio JESUS. Se isto fosse assim, a legitimidade do curso de
ação sugerido aqui por Tiago poderia ser seriamente questionada: que valor
teria tal conselho, se a compreensão básica do curso da história, na qual ele se
baseia, é um engano? A acusação de que Tiago estava errado neste assunto
repousa sobre a suposição de que ele acreditava que a Parousia iria
necessariamente ocorrer dentro de um breve período. Mas não há razão para se
pensar que isto era assim. A convicção dos primeiros cristãos de que a Parousia
estava “próxima”, ou era “iminente”, significava que eles criam plenamente que
ela poderia ocorrer dentro de um breve período de tempo — não que isso tinha de
acontecer. À semelhança de JESUS, eles não conheciam “nem o dia nem a hora” (Mc
13.32), mas agiam, e ensinavam outros a agirem, como se a geração deles fosse a
última. Quase vinte séculos depois, vivemos exatamente a mesma situação: esta
nossa década pode ser a última na história humana. E o conselho de Tiago para
nós é o mesmo que foi dado a seus leitores do primeiro século: sede pacientes,
fortalecei os vossos corações
9. À primeira vista, este versículo não tem muita coisa
em comum com seu contexto, além de participar numa ênfase na iminência do
julgamento. Entretanto, a queixa contra os outros é claramente uma tentação que
acompanha a pressão das circunstâncias difíceis. Quão frequentemente nós
achamos atirando as frustrações de um dia difícil em cima de nossos amigos
íntimos e membros da família! Abster-se de tais tipos de reclamações e queixas
pode ser visto como um aspecto da própria paciência: ela é ligada ao “suportar-nos
uns aos outros” em amor, em Efésios 4.2, sendo contrastada com a retaliação, em
1 Tessalonicenses 5.14-15. A palavra stenazõ, “queixar-se” ou “murmurar”, é
geralmente empregada de modo absoluto; apenas aqui no grego bíblico ela tem um
objeto (uns dos outros). Aqui, o significado pode ser que os crentes não devem
se queixar das dificuldades dos outros, ou que eles não devem acusar os outros,
por causa de suas dificuldades. Contudo, é perfeitamente possível que as duas
idéias estejam incluídas.
Do modo como havia feito em 4.11-12, Tiago associa o
falar contra os outros com o julgamento. Lá, todavia, ele associou palavras
críticas com o julgamento; aqui ele adverte de que as críticas de uns contra os
outros põem a pessoa em perigo de julgamento. Esta advertência é semelhante à
conhecida proibição de JESUS e pode ter recebido influência dela: “Não
julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1). Para reforçar seu conselho,
Tiago novamente lembra seus leitores de que o julgamento é iminente: o juiz está
às portas. À luz de 4.12 (“um só é juiz”), é plausível a opinião de que o juiz,
aqui, é DEUS, o Pai. Entretanto, o paralelismo entre esta declaração e as
referências à Parousia, nos versículos 7-8, torna mais aceitável identificar
CRISTO como o juiz (veja Mt 24.33; Ap 3.10). O comentário final de Davids sobre
este versículo merece ser repetido: “A proximidade do dia escatológico não é
apenas um ímpeto para se olhar para o julgamento dos “pecadores”... mas também
é uma advertência a que a pessoa examine seu comportamento, de modo que quando
aquele, cujos passos se aproximam, finalmente bater à porta, ela possa estar
preparada para abri-la... O Senhor que vem é também o juiz do cristão”.
10. A natureza meio parentética do versículo 9 deve-se
ao fato de os versículos 10-11 voltarem à exortação à paciência nos versículos
7-8. Estes versículos mencionam os profetas e Jó como exemplos de paciência e
resistência no meio das aflições. A enumeração de grandes atos de coragem
debaixo da perseguição era um dos elementos principais de muitos livros
intertestamentários (cf. 2 Macabeus) e se encontra no Novo Testamento (cf. Hb
11). JESUS incentivou seus discípulos a enfrentarem a perseguição com coragem,
“pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.12). Tiago
diz que especificamente os profetas são um exemplo de sofrimento e paciência.
Se a ARA estiver correta, ao traduzir kakopatheia por sofrimento, esta frase é
mais bem interpretada como uma hendíadis, segundo a qual uma palavra modifica a
outra: “paciência diante do sofrimento” (cf. BLH). Por outro lado, há boas
razões para se traduzir kakopatheia por “resistência no sofrimento” (cf. a
tradução que a ARA faz do verbo cognato, em 2 Tm 4.5). Com este significado,
kakopatheia denotaria o fato de que os profetas resistiram à aflição; paciência
(makrothymia) descreveria a maneira pela qual eles a suportaram. O fato de que
aqueles profetas falaram em nome do Senhor é acrescentado para tornar claro que
o sofrimento suportado por eles era resultado não de erro, mas especificamente
de sua fiel adesão à vontade de DEUS.
11. A primeira sentença deste versículo resume o ponto
principal dos versos 10-11: aqueles que fielmente perseveraram no sofrimento
são chamados “bem-aventurados” (ARC). O autor de 4 Macabeus começa seu relato
chamando de “bem-aventurados” aqueles mártires que demonstraram “perseverança”
(hypomone) diante da perseguição (1.10). De modo semelhante, JESUS também
proferiu uma bem-aventurança sobre aqueles que são “perseguidos por causa da
justiça” (Mt 5.10). “Ser bem-aventurado” não é, naturalmente, a mesma coisa que
ser Feliz (apesar da tendência de algumas versões modernas a esta tradução):
“felicidade” normalmente sugere uma reação emocional e subjetiva;
“bem-aventurança” é a aprovação e recompensa objetivas e inalteráveis de DEUS.
Assim como os profetas receberam esta recompensa, por serem fiéis na
tribulação, da mesma forma, diz Tiago, se deu com Jó. Muitas pessoas têm se
maravilhado diante da alusão de Tiago a Jó como um modelo de fiel perseverança
no sofrimento, particularmente com as traduções que trazem “a paciência de Jó”.
Mas, mesmo quando traduzimos de modo mais exato, “firmeza” ou “perseverança” de
Jó, a ilustração parece não ser muito apropriada. Não murmurou Jó acerca de
suas circunstâncias, proclamando em justiça própria sua inocência e, de modo
geral, questionando a forma de DEUS lhe tratar? A aparente incompatibilidade
entre o quadro canônico de Jó e a descrição que Tiago faz dele tem levado
muitos a pensarem que Tiago foi influenciado pelo livro apócrifo Testamento de
Jó, onde este é apresentado sob uma luz muito mais positiva. Mesmo assim, há um
sentido em que o Jó do Antigo Testamento pode ser visto como um grande exemplo
de firmeza. Embora Jó tenha reclamado amargamente do tratamento que lhe foi
dado por DEUS, ele nunca abandonou sua fé; no meio da incompreensão, ele se
apegou em DEUS e continuou a esperar nele (cf. Jó 1.21; 2.10; 16.19-21;
19.25-27). Segundo diz Barclay, “a submissão de Jó não é daquela que se arrasta
aos pés de alguém, passiva e que a nada questiona; Jó lutou e questionou, e algumas
vezes até desafiou, mas a chama da fé nunca se apagou em seu coração”.
Além da “firmeza de Jó”, os leitores de Tiago também
ouviram do fim que o Senhor lhe deu. Esta frase tem estado sujeita a uma grande
variedade de interpretações. Alguns traduzem telos como propósito e a entendem
como uma referência ao propósito final de DEUS por trás dos sofrimentos de Jó
(cf. Jó 42.5-6). Contudo, telos também pode significar “fim” ou “desfecho”. A
referência pode ser à parousia — o “fim” que o Senhor trará — ou à morte e
ressurreição de CRISTO — o “fim” e o “sinal” da vida do Senhor. Entretanto, faz
melhor sentido considerar a frase como uma referência ao fim ou desfecho da
situação de Jó, finalmente trazido pelo Senhor: e.g., a restauração de sua
família e fortuna (Jó 42.13). Esta interpretação encaixa-se com os paralelos da
frase de Tiago (Testamento de Gade 7.4 e Testamento de Benjamim 4.1; cf. Hb
13.7), fornece um exemplo concreto do “bem-aventurado” mencionado anteriormente
e explica a oração final: O “fim” de Jó mostra que, na verdade, o Senhor é
cheio de tema misericórdia e compassivo. Isto também se encaixa na mensagem
total do livro de Jó, que tem como um de seus propósitos mostrar como a
fidelidade de Jó foi, no fim, recompensada por DEUS. Certamente, Tiago não quer
dizer que a paciência no sofrimento sempre será recompensada com prosperidade
material; muitos exemplos, no Antigo Testamento (Jeremias!) e no Novo, provam
que isto é errado. Mas ele procura incentivar nossa firmeza fiel e paciente na
aflição, lembrando-nos da bem-aventurança que recebemos de nosso DEUS
compassivo e misericordioso, em troca de tal fidelidade.
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo - Lê-se
Macroçamel - A LEI DO PROCESSO: NÓS AMADURECEMOS COMO A PLANTAÇÃO QUE ESPERA
PELA COLHEITA (Tg 5.7-8) - BILBIA DA LIDERANÇA CRSTÃ - John C Maxwell
Sara enfrentou um problema e sentiu-se compelida a
resolvê-lo. Faltava-lhe paciência para confiar que DEUS cumpriria a sua
promessa. Então, Sara apelou para os seus métodos próprios. Depois de esperar
mais do que uma década, pensou que havia esperado tempo suficiente e, de
maneira pouco sábia, tentou cumprir a vontade de DEUS do jeito dela, através de
uma serva egípcia chamada Agar.
O verdadeiro problema de Sara não foi a necessidade de
um descendente, mas sua impaciência. Ao longo dos anos, José foi traído e
aprendeu duras lições sobre a natureza humana, sobre relacionamentos e
liderança. O processo moldou o seu caráter, dando-lhe paciência e humildade.
Mais tarde, reconheceu que DEUS é a fonte de bênção e poder.
Você deve praticar a paciência do silêncio e da
submissão. A frase-chave é: o Senhor falava com Moisés.
Impaciência de Nadabe e Abiú: não esperaram pela
orientação do Senhor.
A influência de Josué cresceu porque possuía paciência
e integridade (Js 1.5-9).
Josué continuou crescendo pacientemente mesmo depois
que o povo rejeitou as suas palavras em Números 14. Nem ele, nem Calebe
morreram no deserto, mas ambos foram forçados a perambular pelo deserto durante
40 anos sem que tivessem culpa própria disso.
Davi nunca se esqueceu desse encontro. Ele sabia se uma
mulher era de DEUS quando a via. Depois da morte de Nabal, Davi escolheu
Abigail para esposa. A paciência e a submissão dela em tempos difíceis, bem
como a sua sabedoria e as habilidades de solucionar problemas prepararam
Abigail para ser uma excelente esposa para Davi. Davi valorizou a força de
Abigail e sentiu-se fortemente atraído a essa líder feminina altamente capaz.
Impaciência: Saul recusou-se a esperar por Samuel
e ofereceu um sacrifício ilegal.
Em nenhum momento, Jó perde tudo. Isento de culpa
própria, ele tem de enfrentar a tragédia nos aspectos mais profundos. Porém a
maneira com que lida com ela fornece um belo estudo de caso de Jó.
Depois de suportar quase 40 capítulos de crítica e
condenação da parte de Elifaz, Bildade e Zofar, Jó tem a oportunidade de ser
compensado. DEUS anuncia o seu desprazer para com os amigos de Jó, dando
aparentemente uma maravilhosa chance de dizer: "Eu disse!" Em vez
disso, Jó ora por seus amigos tolos. Como todos os grandes líderes, Jó
recusou-se a tomar vingança ou guardar mágoas. Em vez disso. manteve o alto
nível. Perdoou os seus amigos, intercedeu por eles e os despediu no caminho
deles. Lembre-se das diferenças
O Corpo de CRISTO precisa de líderes que têm a
paciência e a sensibilidade para lidarem com situações de conflito, com
capacidade de discernirem problemas e fazerem o que necessita ser feito para se
corrigir a dificuldade. Em resumo, a Igreja necessita de pessoas capazes de
resolverem problemas, de quebra-galhos, a fim de manter seu crescimento e sua
saúde espiritual.
Resignação: Tenho que ter paciência de esperar
pelos resultados enquanto ajudo pessoas a crescerem ou busco metas.
Paulo demonstrou o Princípio da Paciência na Prática.
Paulo teve paciência para escolher Timóteo e instruí-lo. Ele, cuidadosamente,
não permitiu que ele agisse de forma prematura, bem como o alertou a não impor
as mãos a quem quer que fosse de maneira hostil (I Tm 5.22). Ele estava certo
de que sua equipe se precipitou em permitir que João Marcos tivesse tão
rapidamente se juntado a eles.
Timóteo deveria preparar os líderes de sua igreja. Ele
deveria honrar aos que serviam com diligência (I Tm 5.17-18). corrigir aqueles
que estavam em erro (I Tm 5.19-21) e preparar os que tinham sido chamados
com paciência e cuidado (I Tm 5.22). Nada deveria ser
feito com precipitação.
Hebreus 12 desenvolve o tema da paciência. Os três
primeiros versículos nos ensinam que o segredo para a persistência é a paixão.
Todos os homens e mulheres de fé apresentados em Hebreus 11 foram persistentes
porque eles eram apaixonados por suas causas. O escritor compara nossa vida a
uma corrida e tenta nos convencer de que JESUS correu sua própria corrida e com
muita paciência, tendo fixado ante seus olhos a recompensa que viria. Nós
devemos seguir seu exemplo.
Tiago pede-nos que sejamos pacientes como um agricultor
que, pacientemente, espera pelo tempo da colheita. O agricultor sabe que, se
ele colher o grão muito cedo, pode perder boa parte do que plantou Assim se dá
conosco. A lei do processo nos lembra que o desenvolvimento de nossa liderança
é um processo e não um acontecimento. Nós crescemos diariamente e não em um
dia. Não somos apenas nós que aguardamos a volta de CRISTO, mas ele também
espera que cresçamos. Ele não está apenas preparando um lugar para nós, mas
também está nos preparando para esse lugar.
Se a metáfora do agricultor não nos faz ficarmos
esclarecidos dessa verdade, Tiago ainda nos dá outras duas comparações. Ele nos
recorda dois outros exemplos de paciência: os profetas e Jó (Tg 5.11-12) Sem
levar em conta as imagens que ele dá, o segredo é prestar atenção nos frutos ou
no resultado que deverá seguramente, ser revelado no final de tudo.
Nossa verdadeira e humilde atitude deveria ser:
Eu não tenho conseguido me entregar ao ESPÍRITO SANTO
de maneira que as qualidades do ESPÍRITO SANTO apareçam em meu caráter.
Eu vejo em mim todas as obras da carne e com a ajuda do
ESPÍRITO SANTO tenho lutado contra essas e algumas vezes reconheço que tenho
perdido a batalha, pois deixei de seguir a orientação do ESPÍRITO. Vou me
esforçar mais e perseverar em imitar a CRISTO.
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo - Lê-se
Macroçamel - Bíblia Viva em português
7 Agora, quanto a vocês, queridos irmãos que estão
esperando a volta do Senhor, sejam pacientes, como o lavrador que espera até o
outono para que a sua preciosa colheita amadureça. 8 Sim, sejam
perseverantes. E tenham coragem, pois a vinda do Senhor está
próxima. 9 Não murmurem uns dos outros, irmãos. Será que vocês
próprios estão acima de qualquer censura? Pois vejam! O grande Juiz já vem.
Está quase aqui; ( deixem que Ele faça qualquer censura que precise ser feita
).
10 Para exemplos de resignação no sofrimento,
olhem para os profetas do Senhor. 11 Sabemos como eles estão felizes
agora porque permaneceram leais a Ele, no tempo da sua vida, mesmo quando
sofreram grandemente por isso. Jó é um exemplo dum homem que continuou a
confiar no Senhor no sofrimento, e das experiências dele podemos ver como o
plano do Senhor finalmente terminou em bem, e que o Senhor é cheio de ternura e
de misericórdia.
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo - Lê-se
Macroçamel - Strong português
1) ser de um espírito paciencioso, que não perde o
ânimo
1a) perseverar pacientemente e bravamente ao sofrer
infortúnios e aborrecimentos
1b) ser paciente em suportar as ofensas e injúrias de
outros
1b1) ser moderado e tardio em vingar-se
1b2) ser longânime, tardio para irar-se, tardio para
punir
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo
- Lê-se Macroçamel - Dicionário Português
s. f. 1. Qualidade de paciente. 2. Virtude de quem
suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta.
Paciência - μακροθυμεω makrothumeo - Lê-se
Macroçamel - Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos,
John Rea
PACIÊNCIA Na maior parte das vezes, essa palavra é
um termo do NT encontrado apenas três vezes no AT. Nos Salmos 37.7 e 40.1 as
palavras hebraicas hul e qawa foram respectivamente traduzidas como
"esperar pacientemente" e em Eclesiastes 7.8, a palavra 'arek
(anseio) foi empregada para descrever alguém que possui um espírito paciente.
No NT, quatro palavras gregas foram traduzidas de alguma maneira relacionada à
paciência. A palavra grega rn.akrothum.ia é a qualidade de suportar um
longo sofrimento (Mt 18.26,29). De acordo com
Crisóstomo, makroth.um.ia descreve o homem que é plenamente capaz de
se vingar, mas recusa-se a fazê-lo. Também foi traduzida como
"longanimidade" como uma qualidade de DEUS (Rm 2.4; 2 Pe 3.9) e como
o fruto do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.22). A palavra grega hypomone foi descrita por
William Barclay, na obra A New Testament Wordbook (Londres. SCM Press Ltd.,
1956, p. 59), como "uma das mais nobres palavras do NT". Seu
significado básico é o de resistir (Hb 12.1), uma qualidade que permite ao homem
suportar as adversidades e provações (Rm 12.12).
Enquanto makrothumia (Lê-se Mácrosímia) está mais corretamente
relacionada às pessoas, hypomone fala sobre a paciência em relação às
circunstâncias difíceis. Essa palavra não retrata uma paciência submissa ou
passiva que está irremediavelmente resignada ao seu destino infeliz; ao
contrário, ela é uma resistência ativa marcada pela esperança e pela segurança
(1 Ts 1.3). Barclay ainda acrescenta que esta é a "qualidade que mantém um
homem sobre seus pés, com a face voltada para o vento" (p. 60). Um exemplo
desse tipo de paciência é Jó, que suportou as aflições que lhe sobrevieram (Tg
5.11).
A terceira palavra traduzida como "paciência"
é epieikes (1 Tm 3.2,3), que descreve uma atitude bondosa, condescendente,
razoável e conciliadora, e que não insiste em seus direitos (Barclay, p.
38ss.). O quarto termo, anexikakos (2 Tm 2.24), significa, literalmente,
"suportar sob o mal" e assim expressa o tipo de paciência que suporta
o mal sem ressentimentos (Arndt). Veja Tolerância; Longanimidade; Perseverança.
TOLERÂNCIA Este substantivo traduz o termo gr.
anoche em suas duas ocorrências no NT. A palavra significa literalmente
"reter", "parar" (especialmente no caso de hostilidades), e
assim era frequentemente usada para um armistício ou trégua. Em Romanos 2.4, a
demora de um DEUS justo em infringir a ira ou o castigo sobre o pecador é
explicada pela verdade da sua bondade, paciência e longanimidade. Esta demora
tem a finalidade de dar oportunidade e levar o pecador ao arrependimento. Em
Romanos 3.25, foi declarado que DEUS suportou os pecados durante a(s) antiga(s)
dispensação(ões) em sua tolerância divina até que o sacrifício substitutivo
perfeito fosse oferecido por seu Filho JESUS CRISTO. Este conceito da
tolerância de DEUS também é encontrado em Neemias 9.30. O verbo relacionado,
anechomai, é traduzido como "suportar" em Efésios 4.2; Cl 3.13, onde
é ordenado aos cristãos que suportem uns aos outros em amor, que tenham
consideração uns pelos outros, porque o amor "cobre multidão de pecados"
(1 Pe 4.8). Outros verbos gr. e heb. traduzidos como "suportar" têm o
sentido de "parar", "cessar", "abster-se de".
LONGANIMIDADE A expressão hebraica 'erek 'aph
significa literalmente "nariz longo" ou "respiração longa",
porque a ira é acompanhada por uma respiração rápida através das narinas; daí
as possíveis traduções "demorado para se irar", "tardio em
irar-se" e "longânimo". Essa palavra foi aplicada a DEUS (Ex
34.6; Nm 14.18; SI 86.15; cf. Ne 9.17; Jl 2.13; Jo 4.2; Na 1.3, onde várias
versões a traduziram como "tardio em irar-se").
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Lição 7, Benignidade, um escudo protetor contra as
porfias
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha
espiritual travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
“Antes, sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também DEUS vos perdoou em
CRISTO.” (Ef 4.32)
VERDADE PRÁTICA
A benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha
do amor de DEUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Colossenses 3.12-17
12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e
amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade, 13 - suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos
outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como CRISTO vos perdoou,
assim fazei vós também. 14 - E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o
vínculo da perfeição. 15 - E a paz de
DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações;
e sede agradecidos. 16 - A palavra de CRISTO habite em vós abundantemente, em
toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos,
hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. 17
- E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor
JESUS, dando por ele graças a DEUS Pai.
Resumo da Lição 7, Benignidade, um escudo
protetor contra as porfias
I - A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR
1. O que é benignidade?
2. JESUS, exemplo de benignidade.
3.A benignidade na prática.
II - A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
1. Inimizade e porfia.
2. Evódia e Síntique.
3. Miriã e Arão.
III - REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE
1. Retirando as vestes velhas.
2. Sede benignos.
3. Imitando a conduta de Paulo.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
Estudo de hoje - Benignidade, uma qualidade do fruto do
ESPÍRITO X Porfias, mais uma das obras da carne.
O crente cheio do ESPÍRITO SANTO é naturalmente (melhor
dizendo, espiritualmente) benigno, ou seja, sempre deseja o bem das pessoas,
tem sempre uma intenção de agradar e de abençoar as pessoas com quem convive e
às com quem deseja conviver, se não aqui na terra, mas no céu, na eternidade.
Sabemos que para convivermos com DEUS devemos ser
humildes e Dele nada exigir e nem O confrontar, pois Ele é DEUS e pode fazer do
vaso o que desejar.
Para nos relacionar bem com nossos semelhantes
precisamos evitar discussões, disputas e polêmicas. Paulo nos ensina a não
entrar em discussões tolas a evitar e fugir de toda aparência do mal (Tt
3.9,10; 1 Ts 5.22).
I - A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR
1. O que é benignidade?
Chrestotes χρηστοτης - Lê-se Crístotês - Benignidade -
qualidade do Fruto do ESPÍRITO
Em Gálatas,VB e P traduzem por “bondade” , ao passo que
a TB, ARC, ARA, BJ e Mar. traduzem por “benignidade.” a BLH tem “ ternura,” e
“gentileza” representa a tradução oferecida na RV, RSV, Kingsley Williams e
Moffatt. Em 2 Co 6.6; Ef 2.7; Cl 3.12; Tt 3.4 a tradução em português É
geralmente “benignidade” , com “bondade” como outra alternativa.
A Vulgata traduz por generosidade, ou por benignitas,
de onde provém o adjetivo benigno. A Bíblia Católica Romana de Rheims chega bem
perto do significado quando traduz chrèstotès por benignidade e em 2 Co 6.6 por
doçura. Plummer, comentando 2 Co 6.6, diz que chrèstotès nos homens é “a
gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros a vontade e recua
diante da ideia de provocar dor” .
Cl 3.12 Portanto, como eleitos de DEUS, santos e
queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade,
doçura, paciência. (Bíblia Ave-Maria -católica romana)
Nós não somos benignos por nossa própria capacidade,
embora algumas pessoas possam parecer benignas mesmo não sendo crentes. A
benignidade, qualidade do fruto do ESPÍRITO, é produzida pelo ESPÍRITO SANTO em
nós, à medida que nos entregamos a ELE, mediante a comunhão com JESUS CRISTO.
Não conseguimos ser bondosos pelo nosso próprio esforço. A benignidade se
manifesta em nós por uma ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. É olhar para uma
pessoa como DEUS olha. É tratar uma pessoa como se fosse JESUS ali conversando
e abençoando aquela pessoa que está diante de nós.
2. JESUS, exemplo de benignidade.
JESUS, como homem perfeito, é o nosso maior exemplo de
benignidade e amor (Jo 3.16). Estamos falando de JESUS como homem, portanto
digno de imitação. Ele não fazia acepção de pessoas, não tratava um rico
diferente de um pobre ou um homem diferente de uma mulher, ou um adulto
diferente de uma criança. Todos que a Ele vinham, os amava a todos e os
abençoava a todos.
A única espécie de homens que JESUS tratava diferente
eram os religiosos, pois estes, ao contrário dos outros, não vinham a Ele para
ouví-lo ou receber alguma bênção, mas vinham para contendas e acusações, devido
à inveja que os cegava. JESUS mesmo disse: "Todo o que o Pai me dá virá a
mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora". João 6:37.
3. A benignidade na prática.
Sermos o que somos é fácil. Nossa tendência é sermos
benignos com nossos amados próximos. Quando contratamos com outras pessoas
desconfiamos imediatamente delas, às vezes as tememos, às vezes pensamos o que
podemos tirar dessa pessoa, porém, poucas vezes olhamos para alguém com o
desejo de dar a ela algo de melhor, de eterno, nosso amor, compreensão,
carinho, e principalmente, compartilharmos com ela nossa salvação.
Muitas pessoas rejeitam o cristianismo porque alguns
cristãos não amam como o seu Mestre. Tomemos cuidado com a inveja - Não sejamos
cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos
outros. Gálatas 5:26. Devemos evitar ao máximo as discussões e disputas - Se
vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais
também uns aos outros. Gálatas 5:15. Para ganharmos almas devemos ser
conhecidos como discípulos de JESUS - Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,
se vos amardes uns aos outros. João 13:35.
JESUS foi gentil para com os todos os que a Ele se
achegaram buscando DEUS. Publicanos e pecadores (Mt 9.11,12; Lc 19.1-10),
salteadores (Lc 23.42,43); adúlteras (Jo 8.4), Cananeia (Mt 15.22) , centurião
romano (Lc 7.2), etc...,
II - A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
1. Inimizade e porfia.
Eriteá
A inimizade contra DEUS é também um atributo do
egoísmo. - Teologia Sistemática de Charles Finney
Inimizade é ódio. O ódio pode existir ou como um
fenômeno da sensibilidade, ou como um estado ou atitude da vontade. E egoísmo
visto em suas relações com DEUS. Que o egoísmo é inimizade contra DEUS é
manifesto:
(1) Na Bíblia. O apóstolo Paulo diz expressamente que
"a inclinação da carne (a mente carnal) é inimizade contra DEUS" (Rm
8.7).
(2) O egoísmo opõe-se diretamente à vontade de DEUS
conforme expressa em sua lei. Esta exige benevolência. O egoísmo é seu oposto
e, portanto, inimizade contra o legislador.
(3) O egoísmo é tão hostil quanto possível ao governo
de DEUS. Ele é diretamente oposto a toda lei, princípio e medida de seu
governo.
(4) O egoísmo é uma oposição à existência de DEUS. DEUS
é o inimigo intransigente do egoísmo. O egoísmo é inimizade moral contra DEUS.
DEUS assumiu a natureza humana e levou a benevolência divina a um conflito com
o egoísmo humano. Os homens não conseguiam tolerar sua presença sobre a Terra e
não descansaram até matá-lo.
Todas as inimizades terrenas podem ser superadas pela
bondade e pela mudança de circunstâncias; mas que bondade, que mudança de
circunstâncias pode mudar o coração humano, pode superar o egoísmo ou a
inimizade contra o DEUS que ali reina?
echthra εχθρα - Inimizade
B, ARC, ARA, Mar.: Inimizades; BJ, P, BV: ódio; BLH; as
pessoas ficam inimigas; M: brigas. Outras traduções de outras ocorrências da
palavra: RSV: hostil ou hostilidade (Rm 8.7; Ef 2.14, 16). M: inimizade
tradicional entre famílias (Ef 2.16); W: inimizade mútua (Ef 2.16); P.
elementos conflitantes (Ef 2.14). Não e necessário gastar muito tempo
discutindo o significado de echthra; echthros é a palavra grega normal para um
inimigo, e echthra, para a inimizade. No próprio NT, ocorre somente em duas
outras passagens. Em Rm 8.7 Paulo escreve que a mente que se fixa na carne é
hostil a DEUS, ou, conforme diz NEB: “O ponto de vista da natureza inferior é
inimizade contra DEUS.” Em Ef 2.14, 16 é usada para a parede divisória de
hostilidade que faz separação entre o judeu e o gentio até que ambos se tornem
um só em JESUS CRISTO. No mundo antigo havia três tipos de inimizade, e estas
continuam sendo reproduzidas na vida humana.
i. Havia inimizade entre uma classe e outra dentro da
mesma cidade do mesmo pais.
ii. Havia a inimizade entre os gregos e os bárbaros.
iii. Ha a inimizade entre um homem e outro. Neste caso,
e mais simples definir echthra em termos do seu antônimo.
Echthra é o antônimo exato de ágape. Ágape, amor, a
suprema virtude crista, e a atitude mental que nunca permitirá sentir amargura
para com homem algum, e que nunca buscara outra coisa senão o sumo bem dos
outros, independentemente de qual seja a atitude dos outros para com ela.
Echthra é a atitude da mente e do coração que coloca as
barreiras e que tira a espada; ágape é a atitude do coração e da mente que
alarga o círculo, que estende laços da amizade e que abre os braços do amor. A
primeira é uma obra da carne; a outra e fruto do ESPÍRITO.
Porfia – eritheia (Êritêia)- εριθεια - Lê-se Éritiá -
Discórdia - Obra da Carne
B: facões; ARC: pelejas; ARA: discórdias; BJ:
discussões; Mar: rixas; P: rivalidade; BLH: separam-se em partidos; BV: esforço
constante para conseguir o melhor para si próprio. Outras traduções de outras
ocorrências da palavra — ARC: contenção; ARA: discórdia; P: espírito de
partidarismo; BV: fazer inveja (Fp 1.17). BV: desavenças (2 Co 12.20); ser
egoísta (Fp 2.3).
Descreve uma atitude errada na realização de um serviço
e na detenção de um cargo. No grego secular a palavra, com seu verbo
correspondente, tinha dois sentidos.
Erithos é trabalhador diarista, eritheuesthai, o verbo,
é trabalhar por contrato, e eritheia é o trabalho contratado. A palavra,
portanto, pode descrever a atitude do homem que não tem consideração pela
prestação do serviço, nenhum orgulho, nenhuma alegria no trabalho, e que se
ocupa em qualquer trabalho visando somente o que pode ganhar com ele.
Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio,
indisposição e malquerença; porfia significa contendas de palavras, discussão,
disputa e polêmica.
A inimizade pode surgir de uma porfia, inclusive entre
irmãos. Já vi irmãs chegarem ao ponto de expulsarem demônios uma da outra. Isso
é resultado de pequenas discussões que acabam por dividir igrejas e prejudicar
muito o trabalho do Senhor. Em cidades pequenas a política partidária tem
dividido igrejas a ponto de serem abertas outras congregações com facções
políticas. também líderes de igrejas grandes assistiram a perda de seus membros
para outras denominações ou se dividirem em outras convenções devido a essas
porfias. Quantas denominações têm, por exemplo, da Assembleia de DEUS, em nosso
país. Tudo resultado de porfias entre líderes.
2. Evódia e Síntique.
Evódia e Síntique - Quando o evangelho chegou à Europa
por instrução do Senhor e realizou sua obra em Filipos, essas duas mulheres
estiveram juntas na luta. Será que já tinham participado daquela primeira
pequena reunião de mulheres com Lídia na beira do rio ?
É o que Paulo lembra agora quando precisa advertir as
duas em público; afinal, a carta era lida em voz alta na assembleia da igreja,
todos ouviam juntos a exortação. Como é delicado o jeito de Paulo! Dirige-se
individualmente a cada uma delas: evita qualquer juízo acerca das diferenças.
Não critica sua atuação em si. Exorta somente essas duas da mesma forma como
havia feito com a igreja toda em Fp 2.2: “que penseis a mesma coisa, tenhais o
mesmo amor, concordes e buscando uma só coisa.” A unidade é uma questão muito
séria para Paulo! Com que clareza ele via os grandes perigos a que também essa
igreja amada está exposta por causa das circunstâncias! A história da igreja
confirmou sobejamente a preocupação dele.
Ainda que não exista nenhuma biografia sobre elas,
ainda que a própria igreja desconsidere ou em breve esqueça novamente sua ação
– ela consta para sempre, inesquecível, no livro de DEUS, o livro da vida.
As duas mulheres serão alvo de gratidão pelo fato de
que um homem – visivelmente importante na igreja – cuida das dificuldades
delas. Porque a melhor forma de entender a marcante expressão “genuíno Sýzygos”
é que de fato se trata de um nome próprio, ainda que não o encontremos
documentado como tal em nenhum outro lugar. Esse nome Sýzygos significa
“companheiro de jugo”. Sê, pois, um verdadeiro companheiro de jugo, diz Paulo,
aludindo ao nome dele, atrelando-te também ao jugo nesta dificuldade, e atrele as
duas mulheres novamente unidas sob o jugo do serviço para o Senhor! Não te
irrites com sua discórdia, mas pensa no seu corajoso engajamento para a igreja
nos primórdios, e ajuda-as para que também agora tornem a prestar um serviço
concorde e abençoado na igreja. Como podemos aprender de Paulo a “exortar”!
3. Miriã e Arão.
Números 12. 1 E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por
causa da mulher cusita, com quem se casara; porquanto tinha casado com uma
mulher cusita. 2 E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não
falou também por nós? E o Senhor o ouviu. 3 E era o homem Moisés mui manso,
mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4 E logo o Senhor disse a
Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles
três. 5 Então o Senhor desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda;
depois chamou a Arão e a Miriã e ambos saíram. 6 E disse: Ouvi agora as minhas
palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei
conhecer, ou em sonhos falarei com ele. 7 Não é assim com o meu servo Moisés
que é fiel em toda a minha casa. 8 Boca a boca falo com ele, claramente e não
por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes
temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? 9 Assim a ira do Senhor
contra eles se acendeu; e retirou-se. 10 E a nuvem se retirou de sobre a tenda;
e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que
estava leprosa. 11 Por isso Arão disse a Moisés: Aí, senhor meu, não ponhas
sobre nós este pecado, pois agimos loucamente, e temos pecado. 12 Ora, não seja
ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, a metade da sua carne já
esteja consumida. 13 Clamou, pois, Moisés ao Senhor, dizendo: Ó DEUS, rogo-te
que a cures. 14 E disse o Senhor a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não
seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e
depois a recolham. 15 Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o
povo não partiu, até que recolheram a Miriã.
כושי
Kuwshiyth - (Strong Português)
zípora - uma mulher cuxita, a esposa de Moisés, assim
denominada por Miriã e Arão
מרים
- Miryam - Miriã = “rebelião”
1) irmã mais velha de Moisés e Arão
אהרן
- Ααρων Aaron - (Strong Português)
Arão = “que traz luz”
1) o irmão de Moisés, o primeiro sumo sacerdote de
Israel e o líder de toda ordem sacerdotal.
Arão - No segundo ano de peregrinação no deserto, Arão
ajudou Moisés a realizar um censo para contar o povo (Números 1:1-3,17-18).
Mais tarde Arão teve inveja de Moisés por sua posição de liderança. Ele e
Miriam, sua irmã, começaram a conspirar contra ele, embora Moisés fosse o homem
mais humilde na face da terra (Números 12:1-4). A ira de DEUS sobre eles foi
aplacada pela oração de Moisés. Miriam sofreu pelo seu pecado (Números
12:5-15). Arão novamente escapou da condenação.
משה
- Μωσευς - Moseus ou Μωσης - Moses - (Strong Português)
Moisés = “o que foi tirado”
1) legislador do povo judaico e num certo sentido o
fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia,
comumente mencionados como os livros de Moisés. Chamado o homem mais manso da
terra.
(Hebreus - SÉRIE Comentário Bíblico)
sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi
Moisés em toda a sua casa.
O próprio DEUS falou isso a respeito de Moisés quando
argumentava com Arão e Miriã, dizendo: “Não é assim com o meu servo Moisés, que
é fiel em toda a minha casa” (Nm 12.7 ).
Nm 12:3 (Manual de Dúvidas, Enigmas e Contradições da
Bíblia)
NÚMEROS 12:3 - Como pôde Moisés fazer essa declaração a
respeito de si mesmo?
PROBLEMA: Números 12:3 diz: "Era o varão Moisés
mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra". A posição
tradicional quanto ao Pentateuco é a de que foi Moisés o autor dos cinco
livros. Mas como pôde ele fazer essa declaração sobre si mesmo? Ele não estaria
cheio de orgulho?
SOLUÇÃO: Certamente ninguém afirmaria que JESUS estava
sendo jactancioso ou orgulhoso quando disse: "sou manso e humilde de
coração" (Mt 11:29). JESUS estava apenas declarando fatos. De igual modo,
Moisés não estava se vangloriando ou se enchendo de orgulho pela sua mansidão.
Não, ele estava simplesmente declarando um fato, porque isso era crucial para
se Entender o significado dos evento que ele estava narrando.
O capítulo 11 de números relata que depois que o
ESPÍRITO do Senhor veio sobre Eldade e Medade, fazendo-os profetizar, Josué
aproximou-se de Moisés e disse: "Moisés, meu senhor, proíbe-lho" (Nm
11:28). A resposta de Moisés é uma perfeita ilustração de sua mansidão:
"Tens tu ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta,
que o Senhor lhes desse o seu ESPÍRITO!" (Nm 11:29). Moisés demonstrou ter
o caráter de um homem manso, que não se irou porque DEUS estava usando outros
para profetizar; demonstrou ser humilde, não interessado em sua própria glória,
mas somente na glória do Senhor.
Moisés havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o
seu povo até Canaã, e uma das suas características mais marcantes era a
mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas duas
características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia, Miriã e
Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado com
uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não estavam preocupados com Moisés, mas, por
trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente
desejavam a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros
sentimentos, despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da
inveja e da porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram
que ficar retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à
congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a
você e ao povo de DEUS.
“Inveja” (phthonoí) serve de passagem para este grupo.
E o desejo de se apropriar do que outras pessoas possuem. Refere-se ao desejo
de privar o outro do que ele tem. E aquela pessoa que fica amargurada diante da
visão de outra possuindo o que ela não tem, e que faria tudo quanto fosse
possível não para possuir a coisa, mas para evitar que a outra pessoa
a possua.41
Quando Moisés foi confrontado por Miriã e Arão (12:1),
ele não respondeu em defesa própria. Esta é uma característica da mansidão. Por
que Moisés não falou com eles? Por que não lhes falou com franqueza? Por que
DEUS teve de falar com Miriã e Arão, em favor de Moisés? A explicação
encontra-se em Nm 12:3. Moisés não estava lá para glorificar-se a si mesmo. Se
ele tivesse respondido em sua própria defesa, estaria justificando as queixas
que eles tinham feito contra a sua pessoa. Mas Moisés não era o líder do povo
por ter tido qualquer espécie de ambição, nem por ter confiado em si mesmo, nem
por exercer uma obstinada busca de subir ao poder. Ele foi escolhido por DEUS.
Moisés era benevolente.
Curiosidade -
LEPRA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos)
Do hebraico “sãrá at” e do grego “lepra”. A lepra é uma
enfermidade infecciosa e contagiosa, crônica, provocada pelo “bacillus lepra de
Hansen” ou o “Mycobacterium le-prae”; ela se apresenta com lesões na pele, nos
nervos e nas vísceras, com anestesia local e ulceração.
O leproso deveria andar com a cabeça descoberta, para
ser reconhecido a distância; era obrigado a cobrir o lábio superior, a fim de
evitar o contágio da enfermidade
A raiz hebraica “sã-rá” quer dizer ferido de DEUS.
Além disso, há dois tipos de lepra: a alba, pela falta
de pigmento da pele, e a maculosa, pelas manchas roxas e brancas no rosto e no
corpo.
Quem diagnosticava a lepra não era o médico mas o
sacerdote, porque a preocupação em relação à higiene do povo também era
religiosa, ritual.
Aquele que era declarado leproso caía num estado de
impureza ritual e deveria habitar somente fora do acampamento ou cidade. Também
era o sacerdote quem declarava cura do leproso, por isso ele deveria
apresentar-se diante do sacerdote.
O Antigo Testamento menciona alguns personagens
célebres, afetadas pela lepra: Moisés, no milagre da sarça (Êx 4.6); sua irmã
Miriã (Nm 12.10); Naamã (2 Rs 5); o rei Azarias (2 Rs 15.5); provavelmente Jó.
JESUS curou muitos leprosos e afirmou que a pureza
ritual era um acessório. O importante é a pureza moral, a pureza do coração,
que nada tem a ver com possíveis manchas na pele (Mt 15.10-20). Os textos que
falam da cura dos leprosos são: Mateus 8.1-4; 10.8; 11.5; 26.6; Lucas 17.12.
λεπρα - lepra - (Strong português)
moléstia cutânea muito desagradável, irritante e
perigosa. Seu vírus, que geralmente impregna o corpo inteiro, é comum no Egito
e no Oriente
III - REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE
1. Retirando as vestes velhas.
Evidenciamos a verdadeira conversão quando mortificamos
nossa natureza terrena (Cl 3.5-9)
Agora, o apóstolo volta a defender o que, para ele, era
uma linha positiva de controle próprio, que é tanto oposta à permissividade
(3.5-8) quanto afirmadora de um estilo de vida apropriado para o caráter
cristão (3.10,11). O apóstolo Paulo aborda três sublimes verdades aqui.
Em primeiro lugar, devemos andar com a certidão de
óbito no bolso (3.5-7). O apóstolo Paulo dá uma ordem: “Fazei, pois, morrer a
vossa natureza terrena...” (3.5). A palavra “pois” indica que a mortificação,
na prática, é motivada pelas qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós. A palavra
grega nekrosate, “fazer morrer”, é a mesma da qual vem nossa palavra
“necrotério”. Precisamos andar com a nossa certidão de óbito no bolso. Porque
morremos com CRISTO (3.3), temos poder para fazer morrer a nossa natureza terrena
(isso não é ascetismo - flagelação do corpo). Devemos considerar-nos mortos
para o pecado (Rm 6.11). JESUS disse: “Se o teu olho direito te faz tropeçar,
arranca-o e lança-o de ti” (Mt 5.29).
É óbvio que nem Paulo nem CRISTO estão falando de uma
cirurgia literal. O mal não vem do olho, da mão, do pé, mas sim do coração, que
abriga desejos perversos. Li algures sobre duas jovens que se converteram
depois de vários anos vivendo na boêmia. Suas parceiras de aventuras mundanas,
um dia, as convidaram para irem juntas à boate, ao que elas prontamente
responderam: “Nós não podemos ir, porque estamos mortas”.
Em segundo lugar, devemos saber para quais coisas
estamos mortos (3.5). Paulo enumera vários pecados. Esses pecados faziam parte
da velha vida dos colossenses (3.7) e eles atraem a ira de DEUS (3.6). Esses
pecados não são mais compatíveis com a nova vida que temos em CRISTO.
Que pecados são esses?
a. Pecados morais. Prostituição, impureza e lascívia
estão diretamente ligados a pecados sexuais. Toda sorte de relação sexual antes
e fora do casamento está aqui incluída.
Paulo condena não apenas o ato pecaminoso, mas também a
intenção e o desejo impuro. Fica claro que os desejos e apetites conduzem às
ações. A fim de purificar os atos, é preciso antes purificar a mente e o
coração.
b. Pecados sociais. Desejo maligno e avareza falam de
desejar o mal para os outros e de desejar o que é dos outros.
A avareza, pleonexia, é o pecado de desejar sempre
mais, sem nunca se satisfazer: sejam coisas ou prazeres.
A idéia básica de pleonexia é a de um desejo que o
homem não tem o direito de alimentar. O desejo de dinheiro, por exemplo, conduz
ao roubo; o desejo de poder conduz à tirania, e o desejo sexual conduz à
impureza. E o desejo de obter sempre o que não se tem direito de possuir. Isso
é idolatria, porque coloca as coisas no lugar de DEUS e substitui DEUS por
coisas ou prazeres. A essência da idolatria é o desejo de obter. O homem que
está dominado pelo desejo de possuir coisas coloca-as no lugar de DEUS e as adora
e lhes presta culto às coisas em vez de adorar a DEUS. Nessa mesma linha de
pensamento, Ralph Martin diz que a avareza leva uma pessoa para longe de DEUS e
a encoraja a confiar nas suas possessões materiais. Por isso, a avareza não é
melhor do que a idolatria, a devoção a um deus falso.
Em terceiro lugar, devemos despojar-nos das mortalhas
da velha vida e deixá-las na sepultura (3.8,9). O apóstolo Paulo prossegue na
lista de pecados que devem ser removidos da nossa vida, uma vez que morremos e
ressuscitamos com CRISTO. Agora, Paulo fala de mais duas categorias de pecado.
a- Pecados ligados ao temperamento (3.8). Paulo
menciona três pecados: ira (thumos), indignação {orge) e maldade (kakian).
Esses três pecados falam de um temperamento não controlado pelo ESPÍRITO de
DEUS. A ira (thumos) descreve um temperamento explosivo como fogo de palha. Ela
se relaciona com a palavra “ferver”. Por outro lado, a indignação {orge) é uma
ira inveterada, que arde continuamente, que se recusa a ser pacificada e jamais
cessa. Ralph Martin diz que essas duas explosões de mau gênio humano destroem a
harmonia dos relacionamentos humanos. A maldade (kakia) fala de uma depravação
mental da qual surgem todos os vícios particulares. Trata-se de um desejo
maligno contra uma pessoa a ponto de entristecer-se quando ela é bem-sucedida e
de alegrar-se quando ela passa por problemas.
b- Pecados ligados à língua (3.8,9). Aquela lista agora
é substituída por um novo catálogo, que consiste nos pecados da língua.
Novamente Paulo menciona três pecados: maledicência, linguagem obscena e
mentira. Todos esses são termos que descrevem o uso indevido e impróprio da
língua.
Aqui blasfêmia é falar mal dos outros.
Linguagem obscena significa ter a boca suja e refere-se
a todo tipo de palavra torpe, de comunicação vulgar e de humor de baixo calão.
Mentira é o falseamento a verdade. Quando um cristão
mente, ele está cooperando e aliando-se com Satanás, que é o pai da mentira.
Espalhar contenda entre os irmãos é o pecado que a alma de DEUS mais abomina
(Pv 6.16-19).
Russell Shedd alerta: As críticas aos nossos irmãos
devem ser de tal modo dominadas pelo amor que sempre expressem o desejo de
encorajar, e nunca a intenção de destruir maliciosamente. Cuidado com as
fofocas e os comentários desnecessários que, ao invés de encorajar e abençoar,
amaldiçoam e desestimulam.
2. Sede benignos.
A palavra “bondade” (chrestótes) tem seu uso comum
tanto no grego bíblico, quanto no eclesiástico. Na LXX é o bem no sentido de
bens terrenos (Ec 4.8; 5.10; 6.3) ou de felicidade (Ec 5.14), o bem que
acontece a alguém (Ec 15.17; 6.6; 9.18). A bondade de DEUS é provada através
dos bens que Ele concede na terra (2 Esd 19.25,35) ou guarda para o céu (2 Esd
23.31). E o bem moral que se pratica (Jz 8.35; 9.16; 2 Cr 24.16; SI 51.5). Em
Paulo, significa benignidade, gentileza. Refere-se a uma disposição gentil e bondosa
para com os outros, é a característica de “ser bom”.
O perigo da vida é que as mas companhias corrompem os
bons costumes que o cristão sempre deve ter (1 Co 15.33). Esta benignidade é
uma das coisas que o cristão deve vestir como parte da vestimenta da vida
cristã (Cl 3.12).
É com esta benignidade que os cristãos devem perdoar
uns aos outros, e este perdão segue o modelo que nos mesmos recebemos de DEUS.
“Antes sede uns para com os outros benignos, perdoando-vos uns aos outros, como
também DEUS em CRISTO vos perdoou” (Ef 4.32). Até mesmo as virtudes mais
rigorosas perdem seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2
Co 6.6).
Ainda restam mais duas ocorrências da palavra no NT,
que faltam ser estudadas, e que tem mais para acrescentar ao quadro desta
palavra. Em Lc 5.29 chrèstos é usado para o vinho que se envelheceu e
amadureceu. A dureza, aspereza e amargura foram banidas pela benignidade
cristã, é a graciosidade madura do amor cristão permanece. Em Mt 11.30 JESUS
diz: “Meu jugo é suave.” Ali, chrèstos pode significar bem-adaptado. O serviço
de CRISTO não é autoritariamente imposto sobre um homem; não age como um
capataz de escravos; é algo benigno, e a tarefa que CRISTO dá a um homem lhe é
feita sob medida.
A benignidade cristã é bela e amável, e o seu encanto
provém do fato de que ela significa tratar os outros do modo que DEUS nos
tratou.
“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At
20.35). Não há equívoco algum no versículo que transcrevemos. É melhor, muito
melhor, dar do que receber, afirma a Palavra de DEUS, em contraste com o
espírito cobiçoso e interesseiro que sempre está alerta quando ouve pronunciar
a palavra receber. Paulo recordou essas palavras de JESUS porque sabia quão
grande era o prazer de dar, dar bens materiais, dar atenção, dar amor, dar a
própria vida em favor do progresso do Evangelho de JESUS CRISTO e para o bem do
próximo!
3. Imitando a conduta de Paulo.
Paulo sempre via as pessoas com benignidade - sofreu
muito, inclusive com agressões físicas, mas nunca deixou de anunciar as
virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro
2:9) Quem poderia, hoje em dia, chamar os crentes e dizer: "sede meus
imitadores (1 Co 11.1)?
CONCLUSÃO
A benignidade fundamenta-se no amor, o que é
benignidade? É ter JESUS como, exemplo de benignidade, ser benigno é viver a
benignidade na prática.
A porfia fundamenta-se na inveja e no orgulho e isso
gera inimizade. Exemplo disso são Evódia e Síntique que apesar de irmãs viviam
separadas por inimizade. Miriã e Arão porfiaram contra Moisés por inveja.
Revistamo-nos de benignidade retirando as vestes velhas
do pecado. Sejamos benignos imitando a conduta do apóstolo Paulo que imitava o
senhor da benignidade - JESUS.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Benignidade é amar antes de fazer, é amar com as
palavras, é delicadeza no tratamento, é desejo de ajudar; Bondade é demonstrar
a Benignidade através de ações, é amar com atos práticos.
Colossenses 3.12-17 -
12 - Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e
amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade, 13 - suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos
outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como CRISTO vos perdoou,
assim fazei vós também. 14 - E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o
vínculo da perfeição. 15 - E a paz de
DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações;
e sede agradecidos. 16 - A palavra de CRISTO habite em vós abundantemente, em
toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos,
hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. 17
- E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor
JESUS, dando por ele graças a DEUS Pai.
Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e
amados (3.12). - Comentário Histórico Cultura do Novo Testamento
O mandamento “revesti-vos” (endysathe) é paralelo aos
mandamentos anteriores de Paulo; “mortificar e “despojai-vos.” O chamado
urgente, presente, expressa o aspecto positivo da responsabilidade pessoal do
cristão, enquanto os chamados anteriores expressam o aspecto negativo da
responsabilidade do cristão.
O que Paulo faz nestas exortações é nos lembrar de que,
embora a transformação que experimentamos dentro de nosso ser seja uma obra de
DEUS em sua totalidade, você e eu somos responsáveis por fazer as escolhas
morais que determinam se aquela obra de DEUS encontrará ou não expressão em
nossa vida cotidiana.
E a paz de DEUS, para a qual também fostes chamados em
um corpo, domine em vossos corações (3.15).
A palavra é brabeuo, e só é usada aqui no NT. No grego
mais antigo ela possuía uma conotação esportiva e significava "arbitrar”.
É possível que no século I a palavra significasse simplesmente decidir ou
julgar.
A questão crítica aqui é se Paulo está continuando a
discutir os relacionamentos dentro da igreja, e assim a “paz” seria
interpessoal, ou se Paulo apresenta um novo sujeito, e assim a paz seria
interior. Os tradutores da NVI preferem a segunda opinião, na qual “paz” é uma
confiança que vem quando fazemos escolhas que estão dentro da vontade de DEUS.
Uma falta de paz pode muito bem indicar que temos que repensar uma decisão, ou
adiá-la por algum tempo.
E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei
tudo em nome do Senhor JESUS (3.17). No século I, agir “em nome” de uma
outra pessoa era agir como seu representante. Tudo o que dizemos ou fazemos
ajudará a moldar a impressão que os outros têm de JESUS,
Comentários Mattew Henry Cl 3.12-17
Não só não devemos magoar a ninguém; devemos fazer todo
o bem que possamos a todos, os que são eleitos de DEUS, santos e amados, devem
ser humildes e compassivos com todos. Enquanto estivermos neste mundo, onde há
tanta corrupção em nossos corações, às vezes surgirão contendas, mas nosso
dever é perdoar-nos uns a outros imitando o perdão pelo qual somos salvados. A
ação de graças sem DEUS ajuda a fazer-nos agradáveis ante todos os homens. O
evangelho é a palavra de CRISTO. Muitos têm a palavra, porém habita pobremente
neles; não tem poder sobre eles. A alma prospera quando estamos cheios das
Escrituras e da graça de CRISTO. Quando cantamos salmos devemos ser afetados
pelo que cantamos. Façamos tudo em nome do Senhor JESUS, e dependendo da fé
nEle, seja o que for em que estivermos ocupados. Aos que fazem tudo em nome de
CRISTO nunca lhes faltará tema para agradecer a DEUS, o Pai.
Chrestotes χρηστοτης - Lê-se Crístotês - Benignidade -
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
A Benignidade Divina
A quinta virtude no fruto do ESPÍRITO é chrèstotès. Em
Gálatas,VB e P traduzem por “bondade” , ao passo que a TB, ARC, ARA, BJ e Mar.
traduzem por “benignidade.” a BLH tem “ ternura,” e “gentileza” representa a
tradução oferecida na RV, RSV, Kingsley Williams e Moffatt.
Em 2 Co 6.6; Ef 2.7; Cl 3.12; Tt 3.4 a tradução em
português e geralmente “benignidade” , com “bondade” como uma alternativa.
R. C. Trench diz a respeito de chrèstotès: “é uma bela
palavra para a expressão de uma bela graça” . A Vulgata traduz a palavra por
bonitas, que é bondade ou generosidade, ou por benignitas, de onde provém o
adjetivo benigno. A Bíblia Católica Romana de Rheims
chega bem perto do significado quando traduz chrèstotès por benignidade e em 2
Co 6.6 por doçura. Plummer, comentando 2 Co 6.6, diz que chrèstotès nos homens
é “a gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros a vontade e
recua diante da ideia de provocar dor” .
Cl 3.12 Portanto, como eleitos de DEUS, santos e
queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade,
doçura, paciência. Bíblia Ave-Maria (católica)
É uma palavra que chegou ao vocabulário cristão com uma
história importante. Marco Aurélio a usa para descrever DEUS. Fala da
benignidade com que DEUS tem glorificado ao homem (Meditações 8.34). Fala do
dever do homem de perdoar o pecador e o néscio, e diz que isto é um dever
porque os deuses são chrèstoi, são benignos, porque eles também perdoam ao
pecador (Meditações 8.11). Os filósofos pagãos cantavam os louvores da virtude
da benignidade. Marco Aurélio estipula que “a benignidade (to eumenes) é irresistível,
quando é sincera e não é um sorriso fingido ou uma máscara colocada”
(Meditações 11.18). Epiteto diz que um homem perde a própria essência da
varonilidade, a qualidade distintiva que faz dele um homem, quando perdeu sua
benignidade (to eugnõri) e sua fidelidade. Diz que conhecemos a moeda e sabemos
a quem uma moeda pertence pela impressão existente nela; e depois diz que
sabemos que o homem pertence a DEUS quando tem em si o carimbo da mansidão, da
generosidade, da paciência e da afeição, quando é hèmeros, koinõnikos,
anektikos e filallèlos.
Até mesmo os filósofos pagãos teriam definido que é a
benignidade que torna o homem semelhante a DEUS.
Mas é na LXX que chrèstotès tem seu pano de fundo mais
importante para o pensamento neotestamentário. Na LXX chrèstos e chrèstotès são
usadas mais comumente a respeito de DEUS do que qualquer outra pessoa. É uma
revelação que traz regozijo o fato de descobrirmos que, quando nossas versões
bíblicas chamam DEUS de bom, repetidas vezes o significado não é tanto a
bondade moral quanto a benignidade. Muitas vezes, quando voltamos a LXX,
achamos que bom é chrèstos e bondade é chrèstotès.
Frequentemente o salmista canta: “Rendei graças ao
SENHOR, porque ele é benigno, porque a sua misericórdia dura para sempre” (sal
106.1; 107.1; 136.1; Jr 40.11).
O que comove o coração do salmista não é a bondade
moral de DEUS, mas a Sua pura benignidade. Seu único direito aos dons de DEUS e
sua única esperança de perdão, acham-se no fato de que DEUS é benigno; sua
oração é para que DEUS o ouça e para que lhe seja misericordioso porque Ele é
benigno (sal 69.16; 86.3; 100.5; 109.21). “ Lembre-te de mim” , ele ora, “
segundo a tua misericórdia, por causa da tua benignidade, o SENHOR” (sal 25.7).
“DEUS é o único rei e o único benigno (gracioso)” (2 Mac. 1.24). Os sacerdotes
e os levitas cantam seu louvor a DEUS porque Sua benignidade (misericórdia) e
glória estão para sempre em todo Israel ( 1Ed 5.61).
A bondade de DEUS não é uma santidade moral que provoca
no homem um recuo aterrorizado; é uma benignidade que o atrai a Ele com amor. O
AT vê esta benignidade de DEUS expressa de certas maneiras.
i. A benignidade de DEUS é expressa na
natureza. “Também o SENHOR dará benignidade,” diz o salmista, “ e a nossa
terra produzirá o seu fruto” (sal 85.12). DEUS abençoara a lavoura do ano por
causa da Sua benignidade (sal 64.11 — LXX). Quando DEUS abre a Sua mão, os
homens ficam satisfeitos com a benignidade (sal 104.28). A liberalidade da
natureza é a expressão da benignidade de DEUS.
ii. A benignidade de DEUS expressa-se nos eventos
da história. O salmista divulgara a memória da benignidade de DEUS (sal
145.7). Dá graças a DEUS por aquilo que DEUS tem feito; o nome de DEUS é bom,
benigno, diante dos santos (sal 52.9). DEUS foi adiante do rei com bênçãos da
benignidade e pôs-lhe na cabeça uma coroa de ouro puro (sal 20.3).
iii. A benignidade de DEUS expressa-se até mesmo nos
julgamentos divinos. O salmista ora: “Afasta de mim o opróbrio, que temo,
porque os teus juízos são benignos” (sal 119.39). Se os julgamentos de DEUS
fossem apenas moralmente bons, logo, não sobraria nada senão o medo; mas os
juízos de DEUS são benignos, e nisto temos a nossa esperança.
iv. A benignidade de DEUS expressa-se na instrução
divina. “ Tu és benigno,” diz o salmista a DEUS, “na Tua benignidade,
portanto, ensina-me os teus decretos” (sal 119.65-68). DEUS é reto e benigno, e
por essa mesma razão, instruíra os pecadores a respeito do caminho (sal 25.8).
A benignidade de DEUS expressa-se na revelação da Sua vontade e santidade
diante dos homens.
v. A benignidade vem de maneira muito especial para
certas pessoas. Vem para os que se sentem aflitos. O Senhor é benigno para
com aqueles que se refugiam no dia da sua angústia (Na 1.7). Vem para os
que são pobres, para aqueles que conhecem muito bem a
sua própria incapacidade e insuficiência. DEUS na Sua benignidade preparou para
os pobres (sal 68.10). A benignidade vem para aqueles que esperam e confiam em
DEUS. O apelo do Salmista é no sentido de que os homens provem e vejam que DEUS
é benigno, e que a alegria vem ao homem que coloca nEle a sua esperança (sal
34.8). Vem para aqueles que O reverenciam e temem. Há grande benignidade
reservada para os que temem a DEUS (sal 31.19). Vem para aqueles que esperam
em DEUS. O Senhor é benigno para com os que esperam nEle (sal 145.9).
vi. Portanto, não é surpreendente que o fato de possuir
este tipo de benignidade torna o homem bom, e que negligenciá-la traz a
condenação divina. A lamentação do salmista é por não haver ninguém que
pratique a benignidade, e por não haver ninguém que é benigno, nem sequer uma
só pessoa (sal 53.3). Confia no Senhor, diz o salmista, e faze o bem. Espera no
Senhor, e sê benigno (sal 36.3). A tragédia da vida é que não há ninguém que
pratique a benignidade (sal 13.1, 3). O homem bom e benigno é aquele que
se compadece e empresta (sal 112.5). Importar-se com os outros faz parte da
própria essência da vida virtuosa; ser bom é ser benigno, e ser benigno é ser
bom.
vii. Finalmente, no que diz respeito ao AT, podemos
notar que a palavra chrèstos pode descrever algo muito precioso, porque em
Ezequiel é usada duas vezes para descrever pedras preciosas (Ez 27.22;
28.13); e que pode descrever algo que é bom e útil, porque em Jeremias é usada
para descrever figos bons em contraste com frutos podres (Jr 24.2, 4, 5).
Isto realmente acrescenta algo ao significado da
palavra, porque pode existir uma benignidade que enfraquece e debilita, mas a
benignidade que o AT exige da parte dos homens e constantemente atribui a DEUS
é proveitosa, preciosa e saudável.
Agora voltemo-nos para as ocorrências das palavras no
NT.
i. O NT também fala da benignidade e da longanimidade
de DEUS (Rm 2,4), e Paulo pode somente condenar o homem que não vê que
esta benignidade de DEUS visa conduzir-nos ao arrependimento (Rm 2.4). Na
realidade, deve ser assim: a própria benignidade de DEUS é a dinâmica da
bondade cristã. Pelo fato de que os homens tiveram a experiência de que o
Senhor é benigno, devem deixar de lado todas as coisas pecaminosas (1 Pe 2.3).
Nunca deve-se considerar que a benignidade de DEUS oferece oportunidade para pecar;
é uma coisa terrível procurar tirar dela proveito indevido. De qualquer
maneira, esta benignidade de DEUS não é algo sentimental e negligente, porque
juntamente com ela está a severidade de DEUS (Rm 11.22).
Em DEUS há uma combinação de força e suavidade. A
benignidade de DEUS é universal, porque DEUS é benigno até mesmo para com os
ingratos e maus (Lc 6.35). A verdade é que é impossível viver no mundo e
desfrutar da luz do sol sem experimentar a benignidade de DEUS; não há homem
que não tem dívida para com esta benignidade porque ela é outorgada de modo
universal, não de conformidade com o merecimento dos homens, mas segundo a
liberalidade de DEUS em dar.
A benignidade de DEUS tem um poder salvífico. É a
benignidade de DEUS, nosso Salvador (Tt 3.4). É uma benignidade que perdoa os
pecados do passado e que, mediante o ESPÍRITO SANTO, fortalece os homens para
a benignidade no futuro. Não somente perdoa o pecador;
também o transforma em um homem bom. E por isso que a benignidade de DEUS para
conosco é exemplificada e demonstrada, acima de tudo, em JESUS CRISTO (Ef 2.7).
A vinda de JESUS CRISTO é o ato supremo da benignidade de DEUS, e em JESUS
CRISTO esta virtude é encarnada no ser humano.
ii. Assim como no AT, também no NT a benignidade é uma
característica da vida virtuosa. Paulo cita o salmista, dizendo que a
tragédia da vida é que não há quem faça o bem, não há quem seja benigno (Rm
3.12).
O perigo da vida é que as mas companhias corrompem os
bons costumes que o cristão sempre deve ter (1 Co 15.33). Esta benignidade é
uma das coisas que o cristão deve vestir como parte da vestimenta da vida
cristã (Cl 3.12).
É com esta benignidade que os cristãos devem perdoar
uns aos outros, e este perdão segue o modelo que nos mesmos recebemos de DEUS.
“Antes sede uns para com os outros benignos, perdoando-vos uns aos outros, como
também DEUS em CRISTO vos perdoou” (Ef 4.32). Até mesmo as virtudes mais
rigorosas perdem seu valor se esta benignidade não estiver presente na vida (2
Co 6.6).
Ainda restam mais duas ocorrências da palavra no NT,
que faltam ser estudadas, e que tem mais para acrescentar ao quadro desta
palavra. Em Lc 5.29 chrèstos é usado para o vinho que se envelheceu e
amadureceu. A dureza, aspereza e amargura foram banidas pela benignidade
cristã, é a graciosidade madura do amor cristão permanece. Em Mt 11.30 JESUS
diz: “Meu jugo é suave.” Ali, chrèstos pode significar bem-adaptado. O serviço
de CRISTO não é autoritariamente imposto sobre um homem; não age como um
capataz de escravos; é algo benigno, e a tarefa que CRISTO dá a um homem lhe é
feita sob medida.
A benignidade cristã é bela e amável, e o seu encanto
provém do fato de que ela significa tratar os outros do modo que DEUS nos
tratou.
Benignidade - χρηστοτης chrestotes -
Cristotês - Dicionário Strong
1) bondade moral, integridade
2) benignidade, bondade
“Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”
(At 20.35). Não há equívoco algum no versículo que transcrevemos. É
melhor, muito melhor, dar do que receber, afirma a Palavra de
DEUS, em contraste com o espírito cobiçoso e interesseiro que sempre está
alerta quando ouve pronunciar a palavra receber. Paulo recordou essas
palavras de JESUS porque sabia quão grande era o prazer de dar,
dar bens materiais, dar atenção, dar amor, dar a própria vida em
favor do progresso do Evangelho de JESUS CRISTO e para o bem do próximo!
Benignidade - Bondade; misericórdia (Sl 26.3; Gl
5.22). - Dicionário Almeida
Benignidade - Sl
17:7; 26:3; 63:3; Is 63:7; Jr 31:3; 32:18; Os
2:19. - V. Compaixão, Misericórdia, Bondade de DEUS. - AJUDAS BÍBLICAS
EXAUSTIVAS - BÍBLIA THOMPSON
Ver tb: Gn 48:11, Êx 15:13, Dt
8:16, 2Sm 22:51, Sl 5:7, Sl 25:6, Sl 31:21, Sl
36:7, Sl 36:10, Sl 40:10, Sl 42:8, Sl 48:9, Sl
51:1, Sl 69:16, Sl 88:11, Sl 89:33, Sl 89:49, Sl
92:2, Sl 101:1, Sl 103:4, Sl 107:43, Sl 117:2, Sl
119:76, Sl 119:88, Sl 119:149, Sl 119:159, Sl
138:2, Sl 143:8, Is 54:8, Jr 9:24, Jr 16:5, Jl
2:13, Ef 2:7, Tt 3:4
BENIGNIDADE.- Dicionário Bíblico Vida Nova / editor:
Derek Williams
Tradução de uma palavra hebraica que ocorre
principalmente em Salmos. Está estreitamente ligada com as idéias de aliança e
fidelidade. MISERICÓRDIA.
Porfia -
eritheia - εριθεια - Lê-se Éritiá - Discórdia - Obra da Carne e o Fruto
do ESPÍRITO - William Barclay
B: facões; ARC: pelejas; ARA: discórdias;
BJ: discussões; Mar: rixas; P: rivalidade; BLH: separam-se
em partidos; BV: esforço constante para conseguir o melhor para si
próprio. Outras traduções de outras ocorrências da palavra —
ARC: contenção; ARA: discórdia; P: espírito de partidarismo;
BV: fazer inveja (Fp 1.17). BV: desavenças (2 Co 12.20);
ser egoísta (Fp 2.3).
As numerosas e variadas traduções desta palavra
demonstram a incerteza do seu significado. No entanto, fica bastante claro o
que ela quer dizer de modo geral. Descreve uma atitude errada na realização de
um serviço e na detenção de um cargo. No grego secular a palavra, com seu verbo
correspondente, tinha dois sentidos.
i. Erithos é trabalhador diarista, eritheuesthai, o
verbo, é trabalhar por contrato, e eritheia é o trabalho contratado. A palavra
pode ser usada nesse contexto, sem o menor mau sentido. Lemos, por exemplo, em
Tobias, que Ana ganhava dinheiro com trabalho feminino (Tob. 2.11). Todas estas
palavras simplesmente têm conexão com o trabalho em troca de pagamento. Mas, a
distância entre trabalhar por pagamento e trabalhar somente por pagamento, ou
trabalhar sem outro motivo do que ver quanto a pessoa pode ganhar, não é muito
grande. A palavra, portanto, pode descrever a atitude do homem que não tem
consideração pela prestação do serviço, nenhum orgulho no artesanato fino,
nenhuma alegria no trabalho, e que se ocupa em qualquer trabalho visando
somente o que pode ganhar com ele.
ii. Em Aristóteles, eritheuesthai, o verbo, adquire
outro significado. Talvez, aqui também, o significado não seja totalmente
claro, mas neste caso a atmosfera geral também fica clara. Em Aristóteles a
palavra significa angariar votos para um cargo mediante partidários
contratados, e Aristóteles alista esta atividade como uma das práticas que
finalmente levam às revoluções. Rackham a traduzia por “ intrigas eleitorais” .
Por trás disto há algo da mesma ideia que se liga ao primeiro significado da
palavra. A ação política descrita acha-se na atividade de um homem cujo único
motivo é a ambição partidária ou pessoal, e que não concorre a um cargo com o
desejo nobre de servir ao Estado, a comunidade, e ao seu próximo, mas que
apenas procura satisfazer sua ambição pessoal, seu desejo pessoal pelo poder,
ou a exaltação de um partido em concorrência com outros, e não pelo bem do
estado. A palavra descreve a atitude do homem que está num emprego público
visando as vantagens que pode usufruir, mas, desta vez, o motivo não é tanto o
lucro material ou financeiro quanto o prestigio e poder pessoais. Burton traduz
a palavra pela frase: “ dedicação egoísta aos seus próprios interesses.”
Paulo usa a palavra quatro vezes. Em Rm
2.8 fala daqueles que são ex eritheias, aqueles que são dominados pela
eritheia e que desobedecem a verdade, e contrasta-os com aqueles que,
perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade, e
fica bem claro que não se trata de glória e honra humanas. Em 2 Co
12.20 usa-a no tocante aos pecados que receia achar em Corinto, ligando-a
com invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos. Em Fp
1.17 usa-a no tocante aqueles em cuja proclamação do evangelho o motivo
principal é a concorrência com ele próprio, aqueles cuja pregação visa mais
frustrá-lo do que glorificar a CRISTO. Em Fp 2.3 conclama os
filipenses a não fazerem nada com eritheia ou soberba, cada um considerando os
outros superiores a si mesmo, e depois
segue-se a grandiosa passagem que diz como JESUS CRISTO esvaziou-Se da Sua
glória por amor aos homens.
Estes usos são relevantes para fixar o significado que
Paulo atribuía à palavra. Deve ser notado que três das quatro ocorrências
aparecem em contextos nos quais o problema principal acha-se nos partidos em
mútua concorrência dentro da Igreja. A igreja em Corinto estava dividida em
partidos concorrentes entre si; na igreja em Filipos a pregação se tornara em
um meio de diminuir a Paulo ao invés de proclamar a CRISTO. Em Paulo, a palavra
denota claramente o espírito de ambição e rivalidade pessoais que tem como
resultado um partidarismo que considera o partido acima da Igreja. Semelhante
motivação já seria bastante ruim no mundo, mas é uma tragédia quando invade a
Igreja. Mas é exatamente isso o que acontece.
Há aqueles cuja obra na Igreja visa exaltar sua própria
proeminência e importância, e que ficam amargamente decepcionados quando não
recebem a posição e as honrarias que acreditam ter merecido. Há aqueles, por
mais cruel que pareça ser esta declaração, que trabalham em comissões e juntas
porque estes são o único lugar no mundo onde podem parecer ser alguém. O
serviço deles, que parece ser voluntario, e um meio de gratificar um desejo
pelo poder.
Além disso, há aqueles membros na Igreja, o pior tipo
deles, que realmente planejam e fazem intrigas para apoiarem uma política ou
uma linha; e é bem possível que estejam mais interessados em obter o triunfo da
sua política do que o bem-estar geral da Igreja. Não é impossível ouvir debates
prolongados nas reuniões da Igreja onde a preocupação não visa tanto a missão
da Igreja quanto o triunfo de algum partido, política, ou até mesmo pessoa
dentro da Igreja. Há uma só resposta para tudo isto. Enquanto CRISTO ficar no
centro da vida do indivíduo e da Igreja, eritheia, a ambição pessoal e a
rivalidade partidária, não poderá sequer começar a aparecer; mas quando CRISTO
for removido do centro e as ambições e políticas de qualquer homem se tornarem
o centro, certa e inevitavelmente eritheia, a competição pessoal, invadirá a
Igreja e perturbará a paz dos irmãos.
Quando alguém luta com outros por cargo na igreja
visando o salário e não o bem do povo de DEUS, isso é eritheia - εριθεια -
Lê-se Éritiá - Obra da Carne.
Porfia -
eritheia - εριθεια - Lê-se Éritiá - Discórdia - Obra da Carne
- Comentário Bíblico Wesleyano
Ressentimentos ou rivalidade é fortemente
autoafirmação. iras indica uma forma mais apaixonada da
contenda. Facções são um desenvolvimento mais forte de ciúmes. A
hostilidade em seguida, chega ao ponto em que os contendores separar em
transitórias divisões ou permanentes partes . Estes
são seguidos por uma violação grosseira do amor que os
outros, invejas , o desejo de privar outro do que ele
tem. Muitos textos carregam a violação um passo além e incluir a
palavra assassinato , onde meios violentos são utilizados para levar
a cabo o propósito mal. Em outras palavras, a humanidade indisciplinada e
não resgatada, vive na carne, funciona mal e tende a cultivar uma atitude de
espírito que é bastante impermeável à influência do evangelho. No entanto,
é a este nível que o legalismo está condenado. Observe a condenação de
ambos o moralista e o homem religioso em Romanos 2: 1-3:
20 . Não há libertação no nível humano. De tudo isso o ESPÍRITO
deve entregar e deve proteger aqueles que vêm pela fé e pela promessa.
CONTENDA - Porfia - Hebraico - riyb ou רוב ruwb
- מריבה m ̂eriybah -
yariyb - Dicionário Vine Antigo e Novo Testamento
Verbo.
ríb (ריב):
“pelejar, lutar, contender”. Este verbo ocorre 65 vezes e em todos os períodos
do hebraico bíblico.
Em Êx 21.18, rib é usado com relação a uma
luta física: Έ, se alguns homens pelejarem, ferindo um ao outro
com pedra ou com o punho, e este não morrer...” O termo ríb aparece
em Jz 6.32 com o significado de “combater” por meio de palavras.
Substantivos.
ríb (ריב):
“contenda, discussão, disputa, processo, demanda, altercação, causa”. Este
substantivo só tem um cognato no aramaico. Suas 60 ocorrências ocorrem em todos
os períodos do hebraico bíblico.
O substantivo ríb é usado para designar
conflitos fora do âmbito dos casos legais e dos tribunais. Este conflito entre
indivíduos pode se manifestar em disputa, como em Pv 17.14: “Como o soltar as
águas, é o princípio da contenda; deixa por isso a porfia, antes que
sejas envolvido”. Em Gn 13.7,8 (primeira ocorrência de ríb), a
palavra é usada para se referir à “contenção” anterior para desencadear luta
entre dois grupos: “E houve contenda entre os pastores do gado de
Abrão e os pastores do gado de Ló”. Em tal caso, aquele com “contenda" é
claramente a parte culpada.
O termo ríb representa "disputa"
entre duas partes. Esta “disputa" é estabelecida no contexto de uma
estrutura legal mútua ligando ambas as partes e um tribunal que é autorizado a
decidir e executar justiça. Isto pode envolver "altercação" entre
duas partes desiguais (um indivíduo e um grupo), como quando todos os
israelitas disputaram com Moisés, afirmando que ele não tinha cumprido sua
parte no trato fornecendo provisões suficientes para eles. Moisés apelou para o
Juiz, que o vindicou enviando água da rocha (rochedo íngreme?) ao ser golpeada
por Moisés: “E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa
da contenda dos filhos de Israel” (Êx 17.7). DEUS decidiu quem era a
parte culpada, Moisés ou Israel. A “altercação” pode ser entre dois indivíduos,
como em Dt 25.1, onde os dois disputantes vão aos tribunais (ter um “processo”
ou “controvérsia” não significa que a pessoa seja má): “Quando
houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para que os juizes os
julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão”. Em Is 1.23,
O juiz injusto aceita suborno e não permite que a “causa” (os argumentos)
justa da viúva chegue perante dele. Provérbios 25.8,9 admoestam o sábio:
“Pleiteia a tua causa com o teu próximo”, quando este pode “te confundir”.
O termo ríb representa o que acontece na
situação real de um tribunal. E usado para aludir ao processo inteiro de
adjudicação: “Nem ao pobre favorecerás [serás parcial] na
sua demanda’'’ (Ex 23.3; cf. Dt 19.17). Também é usado para se
referir às várias partes de um processo. Em Jó 29.16, o patriarca defende sua
retidão afirmando que ele era defensor dos indefesos: “Dos necessitados era pai
e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência”.
Aqui, a palavra significa a falsa acusação trazida contra um acusado. Mais cedo
no Livro de Jó (Jó 13.6), ríb representa os argumentos da defesa:
“Ouvi agora a minha defesa e escutai os argumentos dos meus lábios”. Em outro
lugar, a palavra descreve os argumentos da acusação: “Olha para mim. SENHOR, e
ouve a voz dos que contendem comigo [literalmente, “os homens que
apresentam 0 caso da acusação”]” (Jr 18.19). Finalmente, em Is
34.8. ríb significa um “processo” já discutido e ganho. esperando
justiça: “Porque será 0 dia da vingança do SEXHOR. ano de retribuições,
pela luta de Sião".
Dois outros substantivos relacionados
com ríb ocorrem raramente. O termo nfríbãh aparece duas
vezes e significa "contenda”. A palavra se refere a uma confrontação
extralegal (Gn 13.8) e a uma confrontação legal (Xm 27.14). O vocábulo yãríb ocorre
três vezes e quer dizer “disputante, oponente, adversário" (Sl 35.1; Is
49.25; Jr 18.19).
São vários os textos que de maneira concisa, relacionam
uma série de pecados motivados pela carne e suas ambições. Dicionario Vine
Antigo e Novo Testamento.
Advertência de CRISTO: I. (Mt 23.13-33)
— Hipocrisia
— Condutores cegos - condutores do mal - — Insensatos cegos - - cegueira
do pensamento — Sepulcros caiados — Iniquidade — Fariseu cego — Serpentes —
Raça de víboras
Advertência de CRISTO: II. (Me 7.21,22)
— Maus pensamentos — Adultério — Prostituição —
Homicídio — Furto — Avareza — Engano — Dissolução — Inveja — Blasfêmia —
Soberba — Loucura
Advertência de Paulo aos romanos: III. (Rm 1.24-31)
— Concupiscência — Imundície — Mentira — Paixões
infames — Torpeza — Erro — Sentimento perverso — Iniquidade — Avareza — Engano
— Dissolução — Inveja — Blasfêmia — Soberba — Loucura — Prostituição — Maldade
— Malícia — Avareza — Inveja — Homicídio — Contenda — Engano — Malignidade —
Murmuração — Detratores — Aborrecedores — Aborrecedores de DEUS — Injuriadores
— Soberbos
— Presunçosos — Inventores de males — Desobedientes aos
pais e às mães — Néscios — Infiéis nos contratos — Sem afeição natural —
Irreconciliáveis — Sem misericórdia
Advertência de Paulo —pecados de prostituição: IV. (1
Co 5.11)
Advertência de Paulo —pecados abomináveis: V. (1
Co 6.10)
— Devasso — Avarento — Idólatra — Maldizente — Beberrão
— Devassos — Idólatras — Adúlteros — Efeminados — Sodomitas — Ladrões —
Avarentos — Bêbados — Maldizentes — Roubadores
Advertência de Paulo aos Gálatas — obras da carne: VI.
(Gl 5.19-21)
— Prostituição —Impureza — Lascívia — Idolatria —
Feitiçaria — Inimizades — Porfias — Emulações — Iras — Pelejas — Dissensões —
Heresias — Invejas — Homicídios —
Bebedices — Glutonarias — E coisas semelhantes a estas.
g) Advertência de Paulo aos efésios — obras
infrutuosas:
VII. (Ef 5.3-6) — Prostituição — Impureza — Avareza —
Torpezas — Parvoíces — Chocarrices — Devasso — Impuro — Avarento — Idólatra —
Palavras vãs — Filhos da desobediência
Advertência de Paulo aos colossenses — o velho homem:
VIII. (Cl 3.5,8)
— Impureza — Apetite desordenado — Vil concupiscência —
Avareza, que é idolatria — Ira — Cólera — Malícia — Maledicência — Palavras
torpes
Advertência de Paulo a Timóteo — tempos trabalhosos:
IX. (2 Tm 3.2-5)
Homens amantes de si mesmos - Avarentos - Presunçosos -
Soberbos - Blasfemos - Desobedientes a pais e mães - Ingratos - Profanos - Sem
afeto natural - Irreconciliáveis - Caluniadores - Incontinentes - Cruéis
- Sem amor para com os bons - Traidores - Obstinados -
Orgulhosos - Mais amigos dos deleites do que amigos de DEUS
Advertência de CRISTO: X. (Ap 21.8) Primeira lista:
— Os tímidos - Os incrédulos — Os abomináveis — Os
homicidas — Os fornicadores — Os feiticeiros — Os idólatras — Os mentirosos
Advertência de CRISTO: XI. (Ap 22.15)
— Os cães — Os feiticeiros — Os que se prostituem — Os
homicidas — Os idólatras — E qualquer que ama e comete a mentira.
Unidade manifestando influência no caráter.
Outras palavras são o usadas como variantes
contextualizadas em algumas destas palavras mencionadas acima, que representam
o lado mal da vida. Contudo, JESUS falou dos dois lados com respeito ao
caráter: bom ou mal do homem.
a) O bom caráter. JESUS falou do homem de bom caráter.
Ele disse: “O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro” (Mt 12. 35a).
b) O mal caráter. Eles fazem parte do contexto e da
tese principal, com outros nomes e apelativos, com o mesmo sentido. Por
exemplo, a omissão do bem é pecado. “Aquele pois que sabe fazer o bem e o não
faz, comete pecado” (Tg 4.17); a ausência da fé é pecado. “Tudo que não é de fé
é pecado” (Rm 14.23). Não crer em JESUS e em suas palavras é pecado. “Se não
crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados” (Jo 8.24). Aborrecer alguém
sem causa é pecado. “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida” (1 Jo 3.15).
Nos contextos de Levítico 19.17 e Mateus 5.22, se toma passivo de pecado,
aquele que aborrece a seu irmão ‘sem motivo’. Este variante apresenta o pecado
com sentido temático sobre o caráter do homem. As Escrituras usam também alguns
temas para descrever com eles o caráter de várias categorias de pecadores, tais
como:
O homem violento (Sl 18.48);
O homem do pecado (2 Ts 2.3);
O homem mau (Mt 12.35);
O homem vão (Jó 11.12);
O homem vil (Dn 11.21);
O homem iníquo (Pv 29.27);
Os obreiros da iniquidade (Sl 14.4);
Os homens perversos (Act 17.5);
Grandes pecadores etc. (Gn 13.13).
SÃO CHAMADOS
Filho do inferno (Mt 23.15);
Filho do Diabo (Act 13.10);
Filho da perdição — Judas (Jo 17.12);
Filho da perdição —Anticristo (2 Ts 2.3);
Os filhos da desobediência (Ef 2.2);
Os filhos deste mundo (Lc 16.8);
Os filhos da ira (Ef 2.3).
CONTENDA (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio
Conde)
- Debate, discussão, disputa, controvérsia, luta.
Todos aqueles que estudam e anotam o
comportamento humano constatam que a rivalidade e a contenda, com
raras exceções, acompanham o homem desde o berço até o túmulo.
Contender, disputar e altercar são qualidades negativas
que se manifestam nos atos de pequenos e grandes, por motivos diversos. Isso
significa que homens, mulheres e crianças contendem e contestam, sem
haverem estudado qualquer método sobre isso. A contenda é uma das coisas que
se aprende sem estudar e sem se esforçar; ela brota da
natureza pecaminosa, a qualquer tempo e em qualquer lugar.
Este comentário não visa ensinar a contender. Temos
em vista, ao comentar a palavra contender à luz da Bíblia, chamar a
atenção e mostrar o perigo da contenda e da competição errada, provocando a
ira dos contendores.
A primeira referência à palavra contender, registrada
nas Escrituras, foi a causa da separação de duas famílias, de dois chefes
de clãs que até então viviam unidos em harmonia: “E houve contenda entre
os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os
fereseus habitavam então na terra” (Gn 13.7). Foi essa a primeira
manifestação de contenda registrada nas Escrituras. Havia os litigiosos
naqueles dias, mas também havia os pacificadores que fecharam o caminho à
contenda. Eis como a Bíblia apresenta aqueles que se opuseram à contenda: “E
disse Abrão a Ló: Ora não haja contenda entre mim e ti, e entre os
meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos” (Gn 13.8).
Abrão era homem de paz; era varão íntegro, amigo de DEUS. O ato
pacificador de Abrão deve-se tornar em lição permanente para aqueles que
amam a paz e desejam viver em paz.
Na vida de Isaque também houve um episódio de contenda
entre os seus pastores e os de Gerar, por causa de um poço. Então esse
poço recebeu o nome de Eseque, que significa contenda. Isaque porém
demonstrou espírito de paz, e foi cavar em outro lugar, sobre o qual
também porfiaram, sendo denominado de Sitna, que significa inimizade. Dali
partiram para cavar em outro lugar e chamaram o poço de Reobote, que
significa alargamento. (Gn 26.20-22).
O espírito de contenda que domina o coração humano
é tão atrevido que se volta contra o próprio Criador, contendendo até
mesmo com DEUS. A Bíblia registra um ato de contenda coletiva do povo de
Israel contra o próprio DEUS: ‘‘E chamou o nome daquele lugar Massá e
Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram
ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?” (Êx 17.2).
Convém não esquecer que Moisés era o representante divino e o povo estava
ciente disso.
Os atos de contenda generalizaram-se entre o povo, de
tal modo que se tomou necessário estabelecer juizes para julgarem os
contendores e as rixas dos irrequietos. Eis o que a Bíblia registra:
“Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo, para que
os julguem, ao justo justificarão, e ao injusto condenarão” (Dt
25.1). São raros os fatos bíblicos acerca de contendas consideradas justas, em
razão de defenderem os direitos do povo e as coisas sagradas. No tempo de
Neemias, o abandono dos bons costumes, a exploração dos pobres por
parte dos ricos e a decadência do espírito de adoração e louvor,
fizeram com que o governador, cheio de zelo pelas coisas divinas,
contendesse com os ricos e os magistrados: “Então contendi com os nobres
de Judá e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de
sábado?” (Ne 13.11,17).
A contenda também usa disfarces, para
apresentar-se sem ser reconhecida, a fim de lançar a discórdia no
momento mais propício. O autor do livro de Provérbios denunciou a
contenda que se mistura com a soberba: “Da soberba só provém a contenda,
mas com os que se aconselham se acha a sabedoria” (Pv 13.10). Outro
aliado da contenda é o ódio: “O ódio excita contendas, mas o
amor cobre todas as transgressões” (Pv 10.12).
A melhor maneira de evitar a contenda é desviar-se do
contendor ou escarnecedor: “Lança fora o escarnecedor, e se irá a
contenda" (Pv 22.10). Não representa um ato de violência lançar
fora o escarnecedor; trata-se de medida recomendada pelo bom senso, para
evitar a contenda. Qualquer que espremer a ira, qualquer que se agitar
irado e provocador, produzirá o litígio.
Uma das causas das contendas são as questões loucas (2
Tm 2.23), questões sem grande importância, cuja discussão exalta os ânimos
das pessoas e leva a uma briga séria.
Isaías repreende, em nome do Senhor, aqueles que
jejuam para depois contender (Is 58.4). É o caso de muitos que sustentam
uma espiritualidade sem a evidência dela. O contexto é maravilhoso.
Isaías fala que é necessário o povo atentar para os que sofrem,
aliviando-lhes o sofrimento. É preciso dar pão ao faminto, minorando-lhe a
fome, e cuidar de outras necessidades do próximo. Somente assim o
jejum alcançará o seu valor e não quando há contendas, em vez do
amor (vv 5-14).
Segundo Jeremias 25.31, o Senhor contenderá com as
nações, entrará em juízo com toda a carne e julgará os ímpios.
Os evangelhos registram uma vez apenas a palavra
contenderá, uma variação do termo contenda, assim mesmo precedida do
advérbio não, formando a frase “não contenderá”, que não é aplicável aos
homens, pois todos são contendores por natureza. A locução refere-se a uma
profecia de Isaías apontando para JESUS, o Príncipe da Paz! “Eis aqui
o meu servo que escolhi, o meu amado em quem minha’lma
se compraz... Não contenderá nem clamará” (Mt 12.18,19). JESUS
sempre demonstrou compaixão pelos necessitados, mas também expressou
o seu juízo sobre os ímpios e sobre aqueles que não agiam
corretamente.
Até mesmo os homens de DEUS estão sujeitos a
tropeçar nos atos de contenda. O litígio penetrou na comunidade
apostólica. Está escrito que um desentendimento entre alguns discípulos da
circuncisão (que não ensinavam a salvação unicamente pela graça sem
auxílio da Lei), e Paulo e Barnabé, gerou um debate em Antioquia, que se
transformou em discussão e contenda (At 15.2).
Entre Paulo e Barnabé, por causa de João Marcos,
houve uma contenda tal que eles se separaram um do outro
(At 15.39).
Não foram essas as únicas vezes que Paulo foi
envolvido em uma contenda. Quando o apóstolo chegou em
Atenas, após haver falado na sinagoga, “Alguns dos filósofos
epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer
dizer este paroleiro?” (At 17.18). Em Jerusalém, quando Paulo
foi preso e levado perante o Sinédrio, ao defender-se, procurando sua
esperança na ressurreição, aconteceu que os fariseus, partidários da
ressurreição, tomaram o partido de Paulo e contenderam com os saduceus: “E
originou-se um grande clamor; e, levantando-se os escribas da parte dos
fariseus, contendiam [com os saduceus], dizendo: Nenhum mal achamos neste
homem e, se algum anjo lhe falou, não resistamos a DEUS” (At
23.9).
Entre os coríntios também havia contendas, de modo
que Paulo lhes escreveu, exortando-os a tomarem o caminho certo (1 Co
1.11 s).
A recomendação válida das Escrituras para todos os
tempos, para todos os lugares e para todas as pessoas é esta: “Fazei
todas as coisas sem murmurações nem contendas” (Fp 2.14).
“Não entres em questões loucas, genealogias e
contendas”, escreveu Paulo a Tito 3.9).
A contenda é fruto de corações cheios de pecado,
daqueles que obedecem a Satanás (Rm 1.29), que vive de contendas tal como ele
mesmo fez com o arcanjo Miguel: “Mas o arcanjo Miguel, quando
contendia com o Diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou
pronunciar juízo de maldição contra ele” (Jd 9). Essa contenda foi
‘provocada pelo Diabo, que desejava apropriar-se do corpo de
Moisés, que não lhe pertencia. Era patrimônio divino. O maior inimigo de
DEUS e dos homens contendeu com o arcanjo, mas foi repreendido e
derrotado.
A contenda é uma das coisas que se aprende sem
estudar e sem se esforçar. Ela brota da natureza pecaminosa, a
qualquer hora e em qualquer lugar
UMA SOLENE ADVERTÊNCIA - O NEOMODERNISMO TEOLÓGICO
(Seitas e Heresias - Raimundo Oliveira)
Escrevendo a Timóteo, e, em extensão, a nós hoje, diz o
apóstolo Paulo: "Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma
com as sãs palavras de nosso Senhor JESUS CRISTO, e com a doutrina que é
segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e
contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins
suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da
verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é
grande ganho a piedade com contentamento" (l Tm 6.3-6).
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Lição 8, A Bondade que Confere Vida
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E
vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna." (1 Jo
3.15)
VERDADE PRÁTICA
A vida é um dom de DEUS e ninguém tem o direito de
tirá-la a não ser o próprio DEUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.20-26
20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não
exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar
será réu de juízo. 22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se
encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu
irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu
do fogo do inferno. 23 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 - deixa ali diante do altar a tua oferta,
e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua
oferta. 25 - Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e
o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. 26 - Em verdade te digo
que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.
Resumo da Lição 8, A Bondade que Confere Vida
I - BONDADE:O FIRME COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS
OUTROS
1. A bondade como fruto do ESPÍRITO.
2. A bondade de DEUS.
3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa.
II - HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO
1. Não matarás.
2. Aborto, a morte de um inocente indefeso.
3. O primeiro homicídio.
III - SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS
1. Servindo ao outro com amor.
2. Ajudando o ferido.
3. Ajudando os irmãos.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
20 “Porém Eu advirto a todos: - a menos que vocês
tenham melhor caráter que os fariseus e outros líderes dos judeus, não poderão
de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus”. 21 “De acordo com as Leis de
Moisés, a regra era: "Se você matar; deve morrer””. 22 “Porém Eu ampliei
aquela regra, e digo que basta que vocês fiquem com raiva, mesmo que seja só em
casa, para que corram já perigo de julgamento! Se vocês chamarem um amigo de
idiota, correm o perigo de serem levados perante o tribunal. E se amaldiçoarem alguém,
correm o perigo das chamas do inferno”. 23 “Portanto, se você estiver diante do
altar no templo, oferecendo um sacrifício a DEUS, e de repente se lembrar de
que um amigo tem alguma coisa contra você”, 24 “deixe seu sacrifício ali, ao
lado do altar, vá e peça desculpas, faça as pazes com ele, depois volte, e
ofereça o seu sacrifício a DEUS”. 25 “Chegue depressa a um acordo com o seu
inimigo, antes que seja tarde demais, e ele arraste você ao tribunal, para que
seja lançado na cadeia como devedor”. 26 “Porque você ficará ali até chegar o
último centavo”.
Bíblia Viva
A justiça dos fariseus e outros líderes dos judeus era
a justiça própria e por isso não valia de nada diante de DEUS. Nossa Justiça
vem de DEUS mediante o sacrifício de JESUS por nós. Essa justiça não é nossa,
não temos mérito algum nela. Por isso nossa justiça é superior à justiça dos
fariseus e outros líderes dos judeus.
Nossa justiça foi conquistada por um ato de bondade de
DEUS (enviou seu único filho para morrer por nós)
Já que nascemos de novo deveríamos ter somente bons
pensamentos e boas intenções. Mas não é o que acontece na realidade. Muitas
vezes vamos precisar de uma ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO para nos
impulsionar a fazer aquilo que DEUS gostaria que fizéssemos. Nesta hora, neste
momento, entra a ação do nosso espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO que vai ouvir
ou perceber uma ação do ESPÍRITO SANTO para que façamos alguma coisa boa. Que
coloquemos em prática o amor de DEUS para com alguém. Isso é uma qualidade do
fruto do ESPÍRITO tentando se manifestar através de nós. Acontece que nós temos
o controle de permitir esta ação e a executarmos ou de não permitirmos esta
ação e não a executarmos.
I - BONDADE: O FIRME COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS
OUTROS
1. A bondade como qualidade do fruto do ESPÍRITO.
Benignidade e bondade se confundem muitas vezes, pois
enquanto uma deseja fazer o bem a outra executa esta necessidade de se fazer o
bem.
A palavra grega para bondade é agathosüne αγαθω
συν η - Lê-se Ágatôsini, que significa bondade de DEUS, que é perfeito e
completo (Mc 10.18).
Pessoas podem e devem ser bondosas, isso é agradável a
DEUS (Mt 12.35; At 11.24; 1 Pe 2.18).
A bondade, como uma das qualidades do fruto do
ESPÍRITO, é uma qualidade nobre, gerada por DEUS, nos corações dos crentes que
nasceram de novo (Jo 3.3). Somos, ou pelo menos, deveríamos ser inclinados
sempre para fazer o bem às outras pessoas (2 Co 5.17). Na verdade, essa
qualidade vem de DEUS e só pode ser vivenciada em sua plenitude quando
direcionada pelo próprio DEUS.
αγαθω συν η αγαθω συν η - agathosune - Lê-se
Ágatôsini - Lê-se Ágatôsini
integridade ou retidão de coração e vida, bondade,
gentileza
2. A bondade de DEUS.
A bondade de DEUS é perfeita e ativa. DEUS consegue ser
bondoso até para com seus inimigos (Sl 145.9. DEUS foi tão bondoso para conosco
que nos amou primeiro e ainda nos amou quando ainda éramos pecadores.
Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. (1
João 4:19)
Mas DEUS prova o seu amor para conosco, em que CRISTO
morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8)
DEUS é bem diferente de nós quanto à bondade: Nós
procuramos ser bons apenas para aqueles que nos são mais próximos, como
familiares e amigos; DEUS se importa com todos.
DEUS dá chuva, sol etc. a todos, independentemente de
sua fé, condição social ou financeira ou racial: Ele faz com que o sol e a
chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45).
Enquanto queremos condenar, DEUS quer sempre salvar.
Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo, não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
ele. João 3:17
A impossibilidade de sermos bons nos leva a uma sincera
pergunta; Como um coração tão santo é obtido? Para fazer a pergunta os
discípulos de JESUS um dia lhe perguntaram: “Então, quem pode ser
salvo?" (Mat. 19:25). E a única resposta é a que JESUS deu
naquela ocasião:" Aos homens é isso impossível, mas a DEUS tudo é
possível" (v 26)..Portanto, está bondade não é obtida por méritos humanos,
mas só DEUS pode conceder através do ESPÍRITO SANTO que em nós habita. A
bondade é uma qualidade do fruto do ESPÍRITO.
NO AT A BONDADE DE DEUS SE MANIFESTA PELA LEI E NO NT
PELA GRAÇA.
3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa.
Em nossa jornada aqui na terra encontramos pessoas
bondosas que nem crentes são e a bíblia registra pessoas bondosas que foram
visitadas por DEUS devido à sua bondade.
Primeiro exemplo é Jó:
Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era
este homem íntegro, reto e temente a DEUS e desviava-se do mal. Jó
1:1
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus
banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e
oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó:
Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a DEUS no seu coração. Assim
fazia Jó continuamente.
Todo o capítulo 31 de Jó fala de suas qualidades
incomparáveis e quase impossíveis de serem imitadas por nós.
Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria
numa virgem? Jó 31:1
Se andei com falsidade, e se o meu pé se apressou para
o engano. Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração
segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou qualquer coisa, Jó 31:7
Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou
se eu armei traições à porta do meu próximo, Jó 31:9
Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva,
quando eles contendiam comigo; Jó 31:13
Se retive o que os pobres desejavam, ou fiz desfalecer
os olhos da viúva, Ou se, sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele
(Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e fui o guia da
viúva desde o ventre de minha mãe), Se alguém vi perecer por falta de roupa, e
ao necessitado por não ter coberta, Se os seus lombos não me abençoaram, se ele
não se aquentava com as peles dos meus cordeiros, Se eu levantei a minha mão
contra o órfão, porquanto na porta via a minha ajuda, Jó 31:16-21.
Jó era um homem notável em seu caráter e sua bondade
era admirável. Faltava-lhe, porém conhecer de onde vinha esta bondade.
Então DEUS se revelou a ele. Com o ouvir dos meus
ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Jó 42:5
Segundo exemplo é Dorcas:
Morava em Jope uma discípula chamada Tabita, que
traduzido se diz Dorcas. Esta mulher estava cheia de boas obras e esmolas que
fazia. Atos 9:36
Pedro, foi chamado para orar por Dorcas quando esta
veio a falecer. Quando Pedro chegou no quarto alto onde estava o corpo de
Dorcas, todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e
roupas que Dorcas fizera quando estava com elas. Atos 9:39
Parece que esta mulher era costureira e usava sua
profissão para ajudar a todos na cidade de Jope. DEUS a ressuscitou para que
continuasse suas boas obras de bondade.
Veja que tanto Jó como Dorcas demonstravam seu amor
para com seus próximos na prática. O evangelho é prática de bondade.
Juridicamente chamadas de Excludentes de Ilicitude, são
elas: a) Legítima defesa b) Estado de necessidade e, c) Estrito cumprimento do
dever legal Há também as Excludentes de culpabilidade.
Marcos: 10. 17. Ora, ao sair para se pôr a caminho,
correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom
Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? 18. Respondeu-lhe JESUS:
Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão um que é DEUS.
JESUS se comportava como homem e nenhum homem é bom por
si mesmo. A bondade vem de DEUS
Esta bondade dá lição é qualidade do fruto do ESPÍRITO.
É produzida pelo ESPÍRITO, vem de DEUS, não do homem.
É aquele desejo que vem em nosso coração de ajudar as
pessoas. Quem se deixa dominar pelo ESPÍRITO vai e realiza esse. Desejo do
ESPÍRITO, quem está dominado pela carne não realiza e ainda crítica quem
realiza.
Benignidade e Bondade são frutos gêmeos? São duas
qualidades do fruto do ESPÍRITO muito parecidas. A benignidade vê o bem que
deve ser feito e a bondade vai e faz.
Em sua Benignidade DEUS viu o homem condenado e em sua
Bondade enviou JESUS para nos salvar.
II - HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO
1. Não matarás.
Só DEUS tem o direito de matar. "Não
matarás" (Êx 20.13; Dt 5.17). S
DEUS providenciou leis acerca deste mandamento - Para
os homicídios dolosos, ou seja, quando uma pessoa mata a outra intencionalmente
(Dt 27.24,25) e culposos, quando não há intenção de matar (Dt 19.4-6). Existiam
as cidades de refúgio para acontecerem ali os julgamentos de todos que matavam,
com ou sem a intenção para isto.
Nosso código penal fala de alguns crimes que hoje podem
ser justificáveis, ou melhor, que excluem a criminalidade. No artigo 23 do
código penal está escrito: Não há crime quando o agente pratica o fato: I Em
caso de necessidade; II em legítima defesa; III em estrito cumprimento de dever
legal ou no exercício de direito. Primeiro, estado de necessidade que configura
a ação de alguém que, em frente a uma grande necessidade, age devido a um
grande perigo, que não foi provocado por sua própria vontade e que não lhe dá a
outra opção. Exemplo: Duas pessoas estão em alto - mar , mas há apenas um
salva-vidas no barco, de modo que um lutará para se salvar, condenado o outro à
morte. Dr. Osiel Gomes. página 100.
Juridicamente
chamadas de Excludentes de Ilicitude,
são elas:
a) Legítima
defesa
b) Estado de necessidade e,
c) Estrito cumprimento do dever
legal
Há também as Excludentes de culpabilidade.
CIDADE DE REFÚGIO - Tesouro de Conhecimentos
Bíblicos – Emílio Conde - CPAD
A instituição legal que assegura um lugar de refúgio a
um criminoso especialmente um assassino perseguido pela justiça e pelos
vingadores da vítima. encontra-se em todas as partes e em todos os tempos.
Em Números 35.9-34, está registrada a ordem de DEUS a
Moisés para estabelecer cidades de refúgio na Palestina. Havia então uma
organização judicial também.
DEUS ordenou a Moisés que estabelecesse seis cidades de
refúgio, logo que tomasse posse da terra de Canaã. “Falou mais o Senhor a
Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando * passardes o
Jordão, à terra de Canaã, fazei com que vos estejam à mão cidades que sirvam de
cidade de refúgio, para que ali se acolha o homicida que ferir alguma alma por
erro. E estas cidades vos serão por refúgio do vingador do sangue, para que o
homicida não morra, até que esteja perante a congregação no juízo. E das
cidades que derdes haverá seis cidades de refúgio para vós. Três destas cidades
dareis daquém do Jordão, e três destas cidades dareis na terra de Canaã;
cidades de refúgio serão” (Nm 35.9-14).
Estas 6 cidades Serviam para acolher e guardar em
segurança aqueles que, por erro ou por engano, matassem alguém, até que eles
comparecessem perante o tribunal, para que fossem julgados.
Essa medida acauteladora era sábia e necessária, pois,
naqueles dias, qualquer que derramasse sangue, com sangue pagaria o seu ato.
Chamamos a atenção dos leitores para este detalhe: os
parentes do ferido ou do morto tinham o direito de vingar a morte do ente
querido, matando o homicida onde quer que o encontrassem. Foi para evitar
enganos ou injustiças na aplicação da lei que dava ao parente o direito de
tirar a vida ao que a vida sacrificou do seu próximo, que se estabeleceram as
cidades de refúgio.
Será útil e necessário saber-se como funcionavam as
cidades de refúgio. Suas portas estavam abertas de dia e de noite, e havia
anciãos em cada porta, prontos para receberem aqueles que procuravam abrigo.
Havia, também, estradas largas, bem cuidadas, e com indicações para as cidades
de refúgio. Garantia-se, assim, a integridade do homicida que ali se abrigasse;
isso, porém, não evitava que ele comparecesse perante o tribunal para ser
julgado.
As cidades de refúgio, portanto, segregando o culpado e
entregando-o ao tribunal para ser julgado, contribuíam para abrandar o ódio
entre os inimigos e fazia arrefecer o desejo de vingança, de modo que as
contendas entre as famílias e tribos diminuíam e até se extinguiam.
Tratando-se de um assassinato premeditado, o réu era
entregue aos vingadores da vítima. Segundo uma cláusula, provavelmente mais
recente, por ocasião da morte do sumo sacerdote havia uma espécie de anistia a
todos os foragidos, e eles podiam regressar às suas propriedades.
Para os cristãos, o verdadeiro refúgio, o perfeito
abrigo, é JESUS CRISTO, o Filho de DEUS, no qual todas as almas, além do
refúgio e segurança, encontram, também, orientação para a vida e remédio para a
morte.
A instituição legal que assegura um lugar de refúgio a
um criminoso, encontra-se em toda a parte e em todos os tempos.
O Senhor JESUS advertiu-nos para a possibilidade de
matar alguém apenas falando com ele ou falando mal dele (Mt 5.21, 22). Para
quem aborrece o seu irmão é homicida (1 Jo 3.15). JESUS nos ensinou a amar e a
perdoar e a abençoar até nossos inimigos.
μισεω miseo – Dicionário Strong em português
1) odiar, detestar, perseguir com ódio
2) ser odiado, detestado
αγαπη ágape – Dicionário Strong em português
1) amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor,
benevolência
2) banquetes de amor
Mt 5.43 “Há um ditado assim: Ame os seus amigos e odeie
seus inimigos”. 44 “Porém Eu digo: Amem os seus inimigos! Orem por aqueles que
perseguem vocês! ” 45 “Dessa forma vocês agirão como verdadeiros filhos do seu
Pai do Céu.
2. Aborto, a morte de um inocente indefeso.
ABORTO - Enciclopédia Ilumina Gold
ABORTO - Expulsão do feto antes do tempo em que possa
permanecer vivo fora do útero materno (Jó 3.16).
O QUE TEM DEUS A DIZER SOBRE A VIDA NO
ÚTERO? Jeremias 1:1-5
VERSÍCULO CHAVE: Antes que eu te formasse no ventre
materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te
constitui profeta às nações. (Jeremias 1:5)
AS PESSOAS TÊM VALOR MESMO ANTES DE NASCEREM.
DEUS lhe conheceu, como conheceu a Jeremias, muito
antes de você nascer ou ser concebido. Ele lhe conheceu, pensou a seu respeito,
fez planos para você. Quando você se sentir desencorajado ou inadequado,
lembre-se que DEUS sempre o considerou valioso e sempre teve um propósito para
você.
Salmo 139: 1-24
Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio
de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me
formaste. (Salmo 139: 13-14)
DEUS OBRA NA VIDA DAS PESSOAS AINDA DENTRO DO ÚTERO
O caráter de DEUS participa na criação de cada pessoa.
Quando você se sente sem valor, ou começa a se odiar, lembre-se que o ESPÌRITO
de DEUS está pronto e disposto a obrar em você. DEUS pensa em você
constantemente (Salmo 139: 1-4). Devemos nos respeitar tanto quanto o Criador
nos respeita.
O QUE ESTÁ POR TRÁS DO ABORTO HOJE?
2 Crônicas 28:1-8
Tinha Acaz vinte anos de idade, quando começou a
reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto perante
o Senhor, como Davi seu pai (2 Crônicas 28:1).
O ABORTO É UM PECADO CONTRA DEUS.
Tente imaginar a monstruosidade de uma religião que
oferece criancinhas como sacrifícios. DEUS permitiu que Judá sofresse pesados
danos como consequência das maldades de Acaz. Esta prática perdura até os dias
atuais. O sacrifício de crianças aos duros deuses da conveniência, economia e
desejos fugazes continua em clínicas esterilizadas em quantidades que
assombrariam ao próprio Acaz. Se queremos permitir que crianças se aproximem de
JESUS, precisamos primeiro permitir que venham ao mundo.
No caso de Manoá e sua esposa, DEUS lha proibiu de
beber bebida alcoólica antes mesmo de ficar grávida de Sansão, pois era
estéril. Para DEUS Sansão já existia desde aquele momento que falou com a
mulher que ela iria ficar grávida e ter um filho. A vida começa antes do útero
para DEUS.
O aborto é considerado homicídio tanto na Bíblia quanto
em nosso código penal. Se trata de um atentado contra a vida de um indefeso.
DEUS é o doador da vida (Is 45.12; Mt 10.28).
Algumas mulheres, desprezando o ensinamento bíblico,
acreditam que o aborto deve ser uma escolha da mulher, que dizem elas, serem
possuidoras de seu próprio corpo.
DEUS não nos deu o direito de decidir sobre vida e
morte. DEUS deu a vida e só Ele pode tirá-la.
A Eutanásia é outro homicídio praticado por muitos,
hoje em dia.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/antesdaformacaonoventredamae.htm
Antes da Formação no Ventre existe vida.
Dra. Angelica B. W. Boldt
Como professora e pesquisadora em Genética Humana,
confesso que me enquadrava dentro da “grande maioria” que acredita que a Bíblia
não é clara sobre quando se dá o início da vida humana, uma vez que conceitos
como “célula”, “zigoto” e o próprio mecanismo de fecundação e gestação eram um
completo mistério para os seus escritores, como é evidente no Salmo 139: “Tu
criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre da minha mãe... Meus ossos
não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como
nas profundezas da terra.” (NVI, grifo do autora).ao meditar sobre a história
do nascimento de Sansão em Juízes 13, descobri que a Bíblia é BEM CLARA a
respeito da origem da vida humana. Ela conta que a mulher de Manoá, como a mãe
de Sansão é chamada, era estéril até receber a visita de um anjo. Este lhe
declara que ela engravidará de um filho que deve ser nazireu durante toda a sua
vida, pois deve se tornar um juiz do seu povo e libertá-lo da opressão dos
inimigos. O nazireado implicava em um sinal de consagração interior, através da
abstenção de qualquer produto da videira (mesmo uvas e passas), e de
consagração exterior, através da distância de cadáveres e manutenção do cabelo
(o cabelo, assim como a barba, nunca poderiam ser cortados). O detalhe crucial
é que o anjo ordena à própria mãe que não deve ingerir nada que viesse da uva,
embora o nazireado coubesse explicitamente ao filho.
Para ficar bem clara, esta ordem é repetida duas vezes.
Uma vez à mulher; outra vez a ela e a seu marido Manoá. Além disso, a mãe
também deveria se lembrar de não ingerir qualquer comida impura, regulamento ao
qual se sujeitavam todos os israelitas, nazireus ou não. Como ela não sabia do
momento da concepção, deveria iniciar o jejum de uva desde já. Contudo, se a
“vida” de Sansão se iniciasse após 11-12 semanas de gestação, a ordem do anjo
teria sido a de abstenção da uva a partir do momento em que a mulher de Manoá
percebesse que estava grávida. Se a “vida” de Sansão se iniciasse somente após
o parto, a mãe receberia ordens apenas para cuidar da dieta do filho. A
seriedade deste compromisso revela que o espírito de Sansão poderia ser
contaminado pela desobediência da mãe desde o estágio mais tenro do seu
desenvolvimento, ou seja: o momento da união de um óvulo com o espermatozoide!
Portanto, como mães e como pais (note que o anjo falou
a ambos), somos responsáveis pelas vidas que geramos, desde a sua concepção!
Pequenas, preciosas vidas que não podemos, não devemos rejeitar. Isto também é
reforçado por várias outras passagens bíblicas que refletem a aversão que DEUS
sente pelo aborto provocado. Por exemplo, o famoso princípio “Olho por olho,
dente por dente” ocorre pela primeira vez na Torah (os cinco livros de Moisés)
no contexto em que um parto prematuro é provocado porque uma mulher grávida foi
ferida em uma briga de homens: Êx. 21:22-25. Também na Torah, a ordem de que
“um cabrito não deve ser cozido no leite da sua própria mãe” é repetida três
vezes (Êx. 23:19, 34:26, Deut. 14:21). Mais do que um preciosismo culinário,
creio que esta ordem representa a idéia de que uma mãe não deve ter
participação alguma na morte do seu filho.
A principal razão para a destruição dos povos
canaanitas foi a promiscuidade sexual seguida do sacrifício dos filhos
indesejados ao deus Moloque — os bebês eram queimados vivos. Razões semelhantes
conduziram à destruição de Jerusalém e ao êxodo dos israelitas para a Assíria e
a Babilônia. Quer os filhos sejam queimados após o nascimento, quer sugados aos
pedaços (como quer a cartilha mais recente sobre “Como abortar com segurança”
da OMS), quer destruídos na forma de embriões ou fetos, creio que o ódio divino
contra a destruição da vida humana é evidente de qualquer forma.
Filhos são sempre uma bênção, mesmo que em
circunstâncias indesejadas. O assim chamado “planejamento familiar” tem minado
a saúde mental de centenas de mulheres às quais foi ensinado que a criação de
filhos representa um fardo e um empecilho às suas carreiras. Acreditem, essa é
uma grande mentira! Dois dos meus filhos nasceram durante o mestrado e um no
início do pós-doutorado. Cada um deles me enriqueceu de uma maneira não
comparável a todo o reconhecimento que obtive pela minha carreira!
Dicionário Teológico - Claudionor Correia de Andrade -
CPAD.
[Do lat. abortum ] Etimologicamente, o vocábulo
aborto significa desaparecer na linha do horizonte; morrer, perecer. Este termo
evoca a imagem do último entardecer, quando, apagando-se o sol, aparece a
noite. Mostra-nos este quadro o que o aborto provoca a um ser que, fora bem
recebido, muitas contribuições haveria de trazer à humanidade. A definição não
se limita à poesia; é conclusivamente ética: o aborto é um crime; em nada
difere de um homicídio.
Segundo a medicina, "é a expulsão do ovo antes da
viabilidade, isto é, antes de o feto ser capaz de sobrevida extrauterina".
Há, como se sabe, o aborto provocado e o espontâneo. A
interrupção da gravidez é tida como provocada quando resulta da interferência
intencional da gestante, do médico ou de qualquer outra pessoa. É a suspensão
criminosa da gravidez. Mas, acima de tudo, é o quebrantamento da santidade da
vida, pois a ordenança divina é mais que explícita: "Não matarás" (Êx
20.13).
No Salmo 139, Davi revela com que desvelo acompanha o
Senhor DEUS a concepção do ser humano: "Graças te dou, visto que por modo
assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a
minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no
oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos
me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os
meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda"
(Sl 139.14-16).
Embora o aborto seja um tema que pertença mais à
bioética e ao biodireito, vem adquirindo grande importância teológica porque a
sua prática fere um dos mais valiosos princípios da Palavra de DEUS: a
santidade da vida.
UMA ÉTICA DO ABORTO - Livro Ética Cristã - Norman
L. Geisler - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova
O controle da natalidade é essencialmente uma tentativa
para prevenir que mais vida ocorra. O aborto é uma tentativa de tirar uma vida
depois dela ter começado a desenvolver-se, o que é uma questão muito mais
séria. O controle da natalidade não é o assassinato (i.e., tirar uma vida
humana), mas o que se diz acerca do aborto? É assassinato? O que a Bíblia tem a
dizer sobre este assunto?
A. O Aborto Não É Necessariamente Assassinato
A única coisa clara que as Escrituras indicam a
respeito do aborto é que ele não é a mesma coisa que o assassinato. Quando,
pois, um aborto natural era precipitado por uma briga, a pessoa culpada não era
acusada de assassinato.
1. Um Nenê não Nascido Não É Plenamente Humano —
Conforme a lei de Moisés, matar um Nenê não nascido não era considerado um
delito capital. "Se homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem
causa de que aborte, porém sem maior dano, será obrigado a indenizar. . .
" (Êx 21:22). No caso de matar um nené, uma criança,8 ou adulto era
exigida mais do que uma indenização - exigia-se a vida do assassino (Êx 21:
22). Aparentemente, o Nenê não nascido não era considerado plenamente humano e,
portanto, causar sua morte não era considerado assassinato (i.e., tirar uma
vida humana inocente).
2. Um Nenê Não Nascido Não É Sub-Humano — Se um
embrião não é plenamente humano, o que é, então? É sub-humano? Pode ser tratado
como um apêndice — uma extensão descartável do corpo da mãe? A resposta a isto
é "Não." Um Nenê não nascido é uma obra de DEUS que aumenta enquanto
se desenvolve. O salmista escreveu: "Pois tu formaste o meu interior, tu
me teceste no seio de minha mãe. . . as tuas obras são admiráveis, e a minha
alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto
fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra" (SI 139:13-15).
Talvez não se deva dar ênfase demasiada a esta descrição poética de um embrião,
mas parece razoável concluir que há uma grande diferença entre um Nenê não
nascido e um apêndice. O primeiro pode tornar-se um ser humano completo, o
outro não pode.9 O embrião humano é potencialmente um ser humano, e um apêndice
não o é. Há uma vasta diferença entre o que se pode desenvolver até ser um
Beethoven ou um Einstein, e um apêndice da anatomia humana. O primeiro tem
diante dele a imortalidade na imagem e semelhança de DEUS; o último é meramente
um tecido descartável do corpo humano. Realmente, CRISTO foi o DEUS-homem a
partir da concepção (Lc l :31,32).
B. O Aborto É Uma Atividade Muito Séria
O aborto não é o assassinato, mas é uma atividade muito
séria. O aborto artificial é um processo iniciado por pessoas, mediante o qual
se tira uma vida humana em potencial. O aborto é uma questão muito mais séria
do que o controle dá natalidade, que meramente previne uma vida humana de
ocorrer.
1. O Aborto É Menos Sério do que o Assassinato — O
assassinato é uma atividade, iniciada pelo homem, de tirar uma vida humana
real. O aborto artificial é um processo iniciado pelo homem, que resulta em
tirar uma vida humana em potencial. Semelhante aborto não é assassinato, porque
o embrião não é plenamente humano — é uma pessoa subdesenvolvida. Mediante o
aborto, a vida humana é destruída antes de brotar (supondo que o nascimento
inicia a brotação). Se uma vida há de ser freada, é óbvio que é melhor que seja
freada antes de realmente começar. Mas a pergunta é esta: uma vida humana deve,
em qualquer ocasião, ser freada antes de realmente ter uma oportunidade para
começar?
2. O Aborto É Mais Sério do que o Controle da
Natalidade — O controle da natalidade não é essencialmente errado, porque
meramente previne alguma vida de ocorrer. O aborto, do outro lado, tira uma
vida subdesenvolvida depois dela ter ocorrido. Visto que DEUS é o Autor da
vida, é uma coisa séria esmagar uma vida que Ele permitiu iniciar-se. A pessoa
precisa ter uma boa razão para extinguir aquilo que
DEUS acendeu. O embrião humano se desenvolverá (todas as condições sendo
normais) numa pessoa imortal. Apagar aquilo que poderia tornar-se um ser humano
não é um ato amoral. Há implicações sérias no ato de um homem que golpeia um
ato de DEUS, o de dar início a uma vida.
Ao gerar filhos, os pais estão servindo como canal
mediante o qual DEUS pode criar vida. É errado, naturalmente, bloquear o canal
completamente, de modo que nenhuma vida possa passar (como no controle completo
da natalidade da raça inteira). Mas não é necessariamente mau limitar a
quantidade ou tipo de fluxo através do canal (como no controle da natalidade
apropriado). Mesmo assim, uma vez que o fluxo da vida começou, pode ser
marcantemente errado apagá-lo sem lhe dar a mínima chance de desenvolver-se. A
concepção é um argumento, à primeira vista, de dar à pessoa ainda não
desenvolvida uma oportunidade de desenvolver-se. A pessoa deve ter algum dever
moral superior que exija o aborto antes dela lhe dar início.
C. Quando o Aborto Ë Justificado
O aborto não é nem o assassinato de uma pessoa humana,
nem uma mera operação ou ejeção de um apêndice do corpo feminino. É uma
responsabilidade séria tirar a vida de um ser humano em potencial. As únicas
circunstâncias moralmente justificáveis para o aborto são aquelas em que há um
princípio moral superior que possa ser cumprido.
l. O Aborto por Razões Terapêuticas — Quando é um
caso nítido de, ou tirar a vida do Nenê não nascido, ou deixar a mãe morrer,
exige-se o aborto. Uma vida real (a mãe) é de maior valor intrínseco do que uma
vida potencial ( Nenê não nascido).10 A mãe é um ser humano plenamente
desenvolvido; o Nenê é um ser humano não-desenvolvido.11 E um ser humano
realmente desenvolvido é melhor do que um que tem o potencial para a plena
humanidade, mas ainda não se desenvolveu. Ser plenamente humano é um valor superior
à mera possibilidade de tomar-se plenamente humano. Porque o que é tem mais
valor do que o que pode ser. Assim como a flor tem mais valor do que a semente
que germina (uma flor em potencial), assim também a mãe tem mais valor do que o
embrião. Ela já é um sujeito maduro, livre e autônomo, ao passo que o Nenê não
nascido somente tem o potencial para se tomar tal. Pode ser levantada aqui a
questão de se alguns seres humanos em potencial são mais valiosos do que alguns
seres humanos reais. O que acontece se o Nenê não nascido ficará sendo um
Albert Schweitzer e a mãe é uma indigente? O que acontece se a mãe é uma
meretriz e o Nenê não nascido acabará sendo um missionário? Podemos ser
tentados a concordar que uma vida humana potencialmente boa é melhor do que uma
vida humana realmente má, se pudéssemos ter certeza de antemão que o Nenê
acabaria sendo bom. Mas isto exigiria um tipo de onisciência que somente DEUS
possui. Logo, somente DEUS poderia fazer uma decisão baseada num conhecimento
completo do fim ou dos resultados. Ou seja: somente DEUS poderia usar
eficazmente um cálculo utilitarista.12 Os homens finitos devem contentar-se com
as consequências imediatas, baseadas nos valores intrínsecos, conforme os veem.
Nesta base, uma vida real (quer seja má, quer não) é de
mais valor do que uma vida em potencial. Além disto, DEUS não julga o valor de
uma vida individual por aquilo que um homem faz com ela (seja o bem, seja o
mal), mas, sim, por aquilo que ela é. JESUS amava Judas ainda que soubesse que
Judas se tomaria infalivelmente mau com sua traição. Uma vida humana tem valor
como tal, porque é feita à imagem de DEUS — tem perfeições e poderes conforme
DEUS tem, quer .sejam usados para glorificar a DEUS, quer não. Daí",
quando a escolha está sendo feita entre a mãe má e um embrião potencialmente
bom, deve-se preferir aquela a este, por motivos do valor intrínseco, não de
valor pragmático. Se alguém fosse levar ao fim a lógica que os homens bons são
melhores do que os maus, poder-se-ia justificar um sem número de desumanidades
a criminosos e assim chamados "elementos inferiores" da raça. Os
homens que praticam aios maus não são, por isso, intrinsecamente maus. Seu
valor intrínseco como seres humanos não deve ser julgado pêlos atos extrínsecos
que tenham realizado. Não devem ser julgados simplesmente com base em quanto
bem fazem para outros, mas, sim, para o bem que são como criaturas de DEUS.
Logo, o valor intrínseco maior de uma mãe não deve ser determinado por aquilo
que ela faz, mas, sim, por aquilo que ela é. E a humanidade real da mãe é de
maior valor do que o potencial do Nenê não nascido.
2. O Aborto por Razões Eugênicas — O que se diz de
abortos por razões eugênicas? É certo em qualquer hipótese tirar a vida de um
embrião porque nascerá deformado, retardado, ou sub-humano? Neste caso, mais
uma vez, é necessário proceder com cuidado. Sempre é uma coisa séria tirar a
vida de um ser humano em potencial. Sempre deve haver uma razão moral superior
para apagar uma vida antes de desabrochar.
Há várias razões eugênicas pelas quais abortos têm sido
recomendados por alguns, tais como o mongolismo, outros por deformações devidas
à talidomida ou drogas semelhantes, e alguns, por retardamento ou outras
deformidades devidas ao sarampo, ou a outras causas. Estes são motivos
legítimos para um aborto? Os cristãos diferem entre suas respostas a estas
situações. No entanto, do ponto de vista da ética hierárquica o princípio
básico é o seguinte: o aborto eugênico é requerido somente quando as indicações
claras são que a vida será sub-humana, e não simplesmente porque talvez venha a
ser uma pessoa deformada. Talvez o mongolismo seja um motivo justificável para
o aborto, mas a talidomida não é. Seres humanos deformados e até mesmos seres
humanos retardados ainda são humanos. Os defeitos não destroem a humanidade da
pessoa. Na realidade, frequentemente ressaltam as características
verdadeiramente humanas tanto nos defeituosos quanto naqueles que trabalham com
eles. Outro fator às vezes olvidado na questão de se um embrião deve ter
licença para viver: é o direito do não nascido. O feto potencialmente humano
tem um direito moral à vida, mesmo que a vida venha a ser dalguma maneira
defeituosa? Como é que as crianças e os adultos mutilados e retardados se
sentem acerca da questão de outra pessoa decidir seu destino antes de nascerem?
A resposta parece clara: uma vida humana, defeituosa ou não, vale a pena ser
vivida, e qualquer pessoa que toma sobre si o resolver de antemão, em prol
doutrem, que a vida deste não deve receber a oportunidade de desenvolver-se
está ocupada num ato ético sério.
3. O Aborto na Concepção Sem Consentimento — Uma
mãe deve ser forçada a dar à luz uma criança concebida pelo estupro? Há uma
obrigação moral de gerar uma criança sem consentimento? Isto levanta a questão
inteira do dever moral da maternidade. Alguém pode ser forçada a ser uma mãe
contra sua vontade? Sua madre é mero utensílio para a tirania das forças
externas da vida? Esta é uma pergunta delicada, mas parece que envolve uma
resposta delicada. O nascimento não é moralmente necessitado sem o consentimento.
Nenhuma mulher deve ser forçada a levar na madre uma criança que ela não
consentiu em ter relações sexuais.13 Uma intrusão violenta na madre de uma
mulher não traz consigo um direito moral de nascimento para o embrião. A mãe
tem o direito de recusar que o corpo dele seja usado como objeto da intrusão
sexual. A violação da sua honra e personalidade foi mal suficiente sem piorar
sua triste situação ao ainda forçar sobre ela uma criança indesejada. Mas o que
se diz do direito de a criança nascer a despeito do modo maligno segundo o qual
foi concebida? Neste caso o direito da vida potencial (o embrião) é eclipsado
pelo direito da vida real da mãe. Os direitos ávida, à saúde, e à
autodeterminação — i.e., os direitos à personalidade — da mãe plenamente humana
tomam precedência sobre o direito do embrião potencialmente humano. Uma pessoa
potencialmente humana não recebe um direito de nascimento mediante a violação
de uma pessoa plenamente humana, a não ser que seu consentimento seja dado
subsequentemente.
4. O Aborto na Concepção mediante o Incesto — A
concepção incestuosa pode envolver o estupro e as consequências eugênicas e,
portanto, pode providenciar uma base ainda mais firme para um aborto
justificável. Por qualquer dos motivos isoladamente, parece que nenhuma
obrigação moral possa ser imposta sobre uma moça para levar a termo sua
gravidez incestuosa. Sua personalidade foi violada e a personalidade potencial
do nenê não nascido pode ser seriamente danificada por defeitos eugênicos
também. Alguns males devem ser extirpados pela raiz. Deixar um mal desabrochar
em nome de um bem em potencial (o embrião) parece um modo insuficiente de lidar
com o mal, especialmente quando o bem em potencial (o embrião) pode acabar
sendo outra forma do mal. O incesto pode ser errado nos dois lados: na
concepção e nas suas consequências.
D. Quando o Aborto Não É Justificável
Agora que algumas das circunstâncias segundo as quais
um aborto pode ser exigido foram discutidas, as situações nas quais não é certo
devem ser discutidas. Como regra geral, o aborto não é justificado. Somente sob
a pressão de uma responsabilidade ética sobrepujante, tais como aquelas que
foram discutidas supra, é justificável em qualquer hipótese.
Como regra geral, o aborto é errado, e a lista que se
segue dá alguns exemplos específicos para ilustrar a regra de que o aborto,
como tal é errado a não ser que seja realizado visando um princípio ético
superior
1. O Aborto Não É Justificável Depois da
Viabilidade — A primeira consideração a ser feita, e a mais básica, é que
nenhum aborto é justificável, como tal, depois do feto se tomar viável, i.e.,
depois do nascimento ser possível. Nesta altura, já não seria sequer uma
questão de aborto (i.e., tirar uma vida potencialmente humana) mas, sim, matar
uma vida humana real. Tirar a vida de um feto viável sem justificação ética
superior seria assassinato. Deste a concepção e no decurso das oito primeiras
semanas, o não nascido é chamado um embrião. A partir deste tempo, é chamado um
feto. A partir de cerca de seis meses, é possível dar à luz um Nenê que pode
viver e respirar sozinho, e que pode desenvolver-se não ser humano maduro.
Qualquer aborto justificável que deve ser realizado, deve ocorrer antes deste
ponto de viabilidade, para ser qualificado como aborto. A partir deste ponto,
qualquer ato alegadamente justificável de tirar a vida teria de ser
classificado como eutanásia, que é uma questão ética ainda mais séria.14 Na
realidade, desde a concepção o não nascido tem valor emergente à medida em que
se desenvolve. Agora sabe-se que o não nascido recebe a totalidade da sua
potencialidade genética, RNA e DNA, na ocasião da concepção. Já no fim de
quatro semanas um sistema cardiovascular incipiente começa a funcionar. Com
oito semanas, a atividade elétrica do cérebro pode ser lida, e a maioria das
formações dos órgãos essenciais estão presentes. E dentro de dez semanas o feto
é capaz de movimento espontâneo.15 Em muitos estados, a lei requer uma certidão
de nascimento para um feto de vinte semanas. Com isso fica evidente que cada
ponto de progresso realiza um valor aumentado até que, finalmente, o pleno
valor humano é atingido.
2. O Aborto Por Causa de Crianças Não Desejadas Não É
Justificável — O simples fato de que uma mãe não deseja o Nenê não é
motivo suficiente para apagar uma vida humana em potencial. Os caprichos ou
desejos pessoais de uma mãe não tomam precedência sobre o valor do embrião ou
do seu direito de viver. O princípio articulado por Fletcher na sua ética
situacional de que nenhum Nenê não planejado ou não desejado deve nascer, em
qualquer hipótese, está certamente errado. Entre outras coisas, se for assim,
então provavelmente boa parte (senão a maioria) da raça humana nunca teria
nascido. O não nascido tem um direito à vida, quer sua vida tenha sido
humanamente planejada ou desejada naquela ocasião, quer não. Além disto, muitos
filhos que não eram desejados inicialmente vieram a ser benquistos, ou pêlos
seus pais, ou por outra pessoa. Por que a criança "não planejada" não
pode receber a oportunidade de nascer e de ser amada por alguém?
Além disto, a questão moral básica não tem a ver com se
o Nenê foi desejado ou não, mas se foi determinado ou não. Os homens não
desejam necessariamente muitas coisas que determinam. Logo, são responsáveis
por estes atos. O bêbado não deseja uma ressaca, embora tenha determinado que
ficaria bêbado. A indisposição de aceitar a responsabilidade moral
das escolhas da pessoa não diminui a responsabilidade
por elas. Noutras palavras, se alguém consentir em ter relações deve aceitar as
consequências que advêm das relações, viz., a geração de filhos. Quando não
houver consentimento às relações, como no caso do estupro, a questão é outra,
conforme foi indicado supra. Mas quando alguém escolhe ter relações ou
consente nelas, está implicitamente consentindo em ter
filhos. Visto que o casamento é consentimento automático para ter relações
sexuais (l Co 7:3ss), segue-se que os filhos concebidos são automaticamente
determinados, quer sejam desejados, quer não. E visto que até mesmo o
meretrício é um casamento aos olhos de DEUS (l Co 6:16), logo, os filhos que
nascem da fornicação também são determinados, quer sejam desejados, quer não.
Em síntese, qualquer filho nascido das relações sexuais, entre partes que consentem,
é implicitamente determinado, e, como tal, tem o direito de viver. O aborto não
resolve o problema dos filhos não desejados; pelo contrário, complica o
problema. Dois erros não perfazem um acerto.
3. O Aborto para o Controle da População Não É
Justificável — Outro abuso contemporâneo do aborto é um tipo de método de
controle de natalidade "depois do fato". Em ermos francos: uma vez
que a concepção ocorreu, é tarde demais para resolver que não deveria ter sido
feito. Há algumas decisões morais na vida que levam a uma só direção, e as
dações sexuais que levam à concepção é uma delas. Quando um homem resolve pular
do alto de um penhasco, é tarde demais mudar de opinião quando está no ar, a
caminho para baixo. Semelhantemente, quando um homem resolve ter relações
sexuais que possam resultam na procriação, é tarde demais decidir que não quer
a criança depois de ter ocorrido a concepção. O ponto da moralidade estava no
consentimento às relações. Tirar uma vida em potencial não é moralmente
justificável, simplesmente porque a pessoa não quer sofrer as consequências
sociais ou físicas que advém das suas próprias escolhas livres. Há meios
eficazes do controle de natalidade, sem chegar-se ao aborto. Dispositivos
intraceptivos têm sido aperfeiçoados ao ponto de garantirem virtualmente que a
concepção não ocorrerá. A esterilização é garantida como método de controle
populacional. Realmente, em vista destes não há necessidade alguma de dar-se ao
uso moralmente injustificável do aborto para controlar a população.
4.0 Aborto por causa de Deformação Prevista Não É
Justificável — O argumento em prol do aborto pela razão da deformidade
prevista é insuficiente. Em primeiro lugar, a porcentagem de possibilidade de
deformidade não é tão alta como às vezes é antecipada. Por exemplo, quase
metade dos nenês que nascem com defeitos os têm em grau menor, que não precisam
de tratamento médico algum. Dos defeitos sérios, metade não se tornam aparentes
a não ser depois do nascimento, o que é tarde demais para um aborto. Além disto,
em cerca de metade dos casos em que as crianças nascem com defeitos sérios, o
defeito pode ser corrigido ou compensado de modo satisfatório mediante
operações ou ajudas artificiais. Mesmo no caso da rubéola, há uma chance de
80-85 por cento de nascer uma criança normal, se a mãe foi afetada pela
enfermidade depois do primeiro mês.16 A segunda razão, e a mais básica, contra
o aborto em razão da mera deformidade, é que uma criança deformada é plenamente
humana e capaz de relacionamentos interpessoais. A deformidade normalmente não
destrói a humanidade da pessoa. Logo, o aborto artificial de um feto deformado,
mesmo nos poucos casos em que isto possa ser sabido com certeza de antemão, é
tirar o que pode tornar-se uma vida plenamente humana. Os defeituosos são
humanos e têm o direito de viver. O aborto impede de antemão este
direito.
E. Algumas Áreas Problemáticas
Os exemplos supra de abortos justificáveis e
injustificáveis não esgotam os possíveis casos problemáticos. O que se diz da
mãe cuja própria saúde mental, e, como consequência, sua capacidade de cuidar
dos seus demais filhos, é seriamente ameaçada por outra gravidez? Sem declarar
os fatos específicos de um determinado caso deste tipo, bastará dizer que a
decisão deve ser baseada no valor mais alto que, segundo razoavelmente se pode
esperar, será realizado por um determinado curso de ação. O que deve ser prevenido
é o empreendimento precipitado de um aborto com base em possibilidades
alegadas, porém incertas, de consequências físicas e psicológicas que talvez
nunca se concretizem. Outra área problemática e' se ô aborto seria aplicável no
caso de uma moça jovem que ficou grávida mediante a experimentação do sexo sem
entender realmente o que poderia acontecer. Se a moça foi forçada por um homem
de mais idade, que sabia o que estava fazendo, trata-se de concepção pelo
estupro, e o aborto é legítimo. Se houver consentimento, mas com ignorância das
circunstâncias, neste caso é uma questão aberta que terá de ser decidida tendo
em vista os valores mais altos da situação total. O aborto é concebível em tal
caso. Todos os fatos devem ser pesados na balança, e o valor superior
procurado. O problema não é basicamente moral — i.e., de saber qual é o valor
superior mas, sim, um problema de fatos, i.e., determinar como matéria de fato
qual modo de ação realizará este valor mais alto.
F. O Aborto Pode Ser Justificado Segundo o Princípio da
Qualidade da Vida? Às vezes é argumentado que o aborto de seres humanos
imperfeitos e deformados pode ser justificado pelo motivo de que a Bíblia
ressalta a qualidade da vida e não a mera quantidade. Logo, qualquer poda que
seja necessária para melhorar a raça realmente está de acordo com a intenção de
DEUS. Por que ter um filho deformado quando um filho sadio pode ser produzido
na ocasião seguinte? E tendo em vista a crise populacional, para que trazer ao
mundo crianças imperfeitas quando dificilmente há lugar para as completas? A
própria natureza aborta embriões imperfeitos. Logo, quando os homens sabem que
um embrião será imperfeito, não devem levar a efeito o padrão que a natureza
estabeleceu? Há pelo menos três premissas do argumento da qualidade da vida que
devem ser examinadas. Primeiro, reconhecendo que a Bíblia aceita um princípio
da qualidade da vida, é a qualidade da raça que deve tomar precedência sobre o
indivíduo, ou o valor do indivíduo é mais importante do que o da raça? A
resposta parece evidente: DEUS valoriza os indivíduos. O indivíduo foi criado à
Sua imagem e semelhança (Gn 1:27). É errado matar o indivíduo porque ele é
criado à Imagem de DEUS (Gn 9:6). É o indivíduo a quem DEUS ama (Mt 6:25-26) e
assim por diante. Remover indivíduos imperfeitos para melhorar a raça é,
segundo a Escritura, dificilmente justificável. Melhorar o indivíduo é bíblico,
naturalmente, mas o aborto não é nenhuma maneira de melhorar um indivíduo.
Ajudar os defeituosos, e não tirar sua vida de antemão, é a maneira de melhorar
a qualidade da vida deles.17
A segunda premissa do argumento em prol do aborto
baseado no princípio da qualidade da vida, que precisa ser examinada, é a
implicação ou asseveração de que os abortos artificiais podem estar levando a
efeito o próprio padrão que DEUS ordenou nos abortos naturais. Há alguns
problemas sérios com este argumento. Primeiramente, toma por certo que DEUS não
está causando um número suficiente de abortos, i.e., que a natureza não está,
realmente, levando a efeito a intenção de DEUS. Em segundo lugar, que DEUS não tem
propósito algum em permitir que nasçam alguns seres imperfeitos. Isto é
claramente contrário à Escritura (cf. 9: 1-2). Em terceiro lugar, dá a entender
que o homem é capaz de desempenhar o papel de DEUS, porque pode fazer um
serviço melhor do que a natureza e até adivinhar de antemão os propósitos
providenciais de DEUS. Na melhor das hipóteses, a premissa inteira depende
dalgumas pressuposições amplas. Na realidade, não há indicação na Escritura de
que o domínio do homem sobre a terra inclua a autoridade para decidir quais
seres humanos devem nascer e quais não devem. Somente DEUS detém poder soberano
sobre a vida e a morte, e não o outorgou ao homem.18 Isto nos leva ao terceiro
problema no argumento em prol do aborto baseado na qualidade da vida e no padrão
da natureza, que é o seguinte: quanta autoridade o homem tem para desempenhar o
papel de DEUS? O homem foi feito à imagem de DEUS, mas não é DEUS. É limitado
nos conhecimentos e na previsão. Mas o argumento em prol do aborto, segundo o
plano da natureza, pressupõe que o conhecimento do homem é mais do que finito.
Um ser humano pode saber melhor do que a natureza qual é o plano de DEUS para
uma vida individual, especialmente tendo em vista o fato de que DEUS tem um
plano e propósito mesmo para vidas imperfeitas? Parece que não. Já é um papel
bastante difícil aplicar os princípios hierárquicos que DEUS revelou, sem
pensar em tentar determinar valores que somente DEUS pode estabelecer. Aplicar
os valores de DEUS é uma coisa; brincar com os valores de DEUS é outra coisa
bem diferente. DEUS deu Sua valorização a vida humana individual, perfeita ou
não. É uma operação moral séria mexer indevidamente com uma vida individual.
Quando a vida é sub-humana ou quando destruirá outra vida, plenamente humana,
esta é outra questão. Mas quando a pergunta é meramente: esta vida imperfeita,
potencialmente humana, deve ser tirada pelo aborto artificial, sem semelhante
justificativa ética superior? então o aborto foi levado além dos limites da
moralidade.
6º Mês da gravidez: o bebé pode sobreviver fora do
útero
Já houve caso de um Bebê americano nascido com apenas
21 semanas e sobreviveu, MAS JÁ TINHA NASCIDO, OK?
Também existe caso de substituição do útero por uma
cavidade no abdominal da mãe, mas houve uma gestação e não foi interrompida,
portanto não houve aborto. O ABORTO é a Cessação da vida.
E no caso de um estupro a pessoa está errada em
abortar???
NÃO SE PODE MATAR UMA VIDA. SÓ ISSO. Quantos adotam uma
criança? Deixa de ser filho porque não é legítimo?
3. O primeiro homicídio.
Em Gênesis já acontece o primeiro homicídio motivado
por ciúmes e inveja. trata-se do assassinato de Abel por parte de Caim (Gn
4.8-11). Quando os dois filhos de Adão e Eva vão oferecer a DEUS um
sacrifício, cada um oferece o que lhe apraz:
Abel quer oferecer uma adoração legítima e eterna - sua
própria vida (que é substituída por um animal - sangue de uma animal em lugar
de seu sangue). Prefigurando o sacrifício de JESUS por nós, assim como Abraão
teve o substituto para seu filho, um animal, Abel teve um substituto para si,
um animal. Porém, para JESUS não havia substituto e DEUS o ofereceu por nós e
em nosso lugar, para nossa salvação. DEUS é BOM. O Senhor olhou com agrado
para Abel e para sua oblação.
Caim oferece uma dádiva do próprio DEUS - Caim
ofereceu frutos da terra em oblação ao Senhor. O Senhor não atentou para
Caim, nem para os seus dons.
DEUS amaldiçoou Caim por isso (Gn 4.15). Homem algum
pode zombar de DEUS, porque todo o pecado tem a sua recompensa (Gl 6.7).
CAIM - Enciclopédia Ilumina Gold
Caim foi o primeiro filho de Adão e Eva. Ele era um
fazendeiro enquanto seu irmão, Abel, era pastor. O assassinato de Caim sobre
Abel tornou-se um exemplo de outra similar violência e pecado destrutivo (Judas
1:11). Cada um dos dois irmãos trouxeram um sacrifício a DEUS (Genesis 4:3-4).
De acordo com Hebreus 1:14, Abel agiu em fé trazendo um sacrifício mais
aceitável do que Caim. Quando Caim ficou irado, ele se rebelou contra DEUS. e
por causa disso ele matou Abel (Genesis 4:5-8). Quando os Estudiosos da Palavra
tentam entender o porquê desta reação tão violenta de Caim, muitos deles
simplesmente dizem que Caim pertencia ao maligno (1 John3:12). DEUS confrontou
Caim com a sua culpa, julgando-o, amaldiçoando-o e levando-o para fora da terra
de Node, a qual era ao oriente do Jardim do Éden (Genesis 4:9-16). Quando Caim
reclamou que sua punição era maior do que ele podia aguentar e que alguém o
acharia e o mataria, DEUS fez uma marca em Caim e prometeu se vingar de
qualquer pessoa que tentasse o matar.
Na terra de Node, Cain construiu uma cidade e a nomeou
depois de seu filho Enoque (Genesis 4:17). Através de Enoque e seus
descendentes, Caim se tornou o cabeça de uma família muito grande. Na maior
parte, as pessoas de sua família viviam em tendas. Eles viviam como pastores,
músicos e artesãos que faziam objetos e ferramentas de metal (Genesis 4:18-22).
III - SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS
1. Servindo ao outro com amor.
JESUS sempre é nosso ideal. Ao contrário do que nossos
líderes pensam, JESUS veio para dar sua vida por nós e não para nos tirar
alguma coisa. JESUS veio para servir. Mt 20.28).
Precisamos mostrar ao mundo nosso serviço e compaixão
(Mt 5.13,14). Levarmos as cargas uns dos outros (Gl 6.2).
O amor de DEU derramado em nossos corações pelo
ESPÍRITO SANTO nos impelirá a fazer o bem, a sermos sempre bondosos e
misericordiosos. Deixemo-nos conduzir pelo ESPÍRITO SANTO e as qualidades do
Fruto do ESPÍRITO aparecerão para nos auxiliar.
SERVO - Enciclopédia Ilumina Gold
1) Empregado (Mt 25.14, NTLH).
2) ESCRAVO (Gn 9.25, NTLH).
3) Pessoa que presta culto e obedece a DEUS (Dn
3.26; Gl 1.10) ou a JESUS CRISTO (Gl 1.10). No NT JESUS CRISTO é chamado
de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da
humanidade (Mt 12.18; RA: At 3.13; 4.27).
2. Ajudando o ferido.
Nossa geração de cristãos tem demonstrado ser a pior
dentre todas as outras. O egoísmo, o amor ao dinheiro e as distrações têm
roubado o coração dos crentes. (2 Tm 3.1).
O amor está em baixa e cada qual cuida de si mesmo e
mal de sua família.
CRISTO dá o exemplo de um pobre judeu em apuros,
socorrido por um bom samaritano. Este coitado caiu nas mãos de ladrões que o
deixaram ferido e quase moribundo. Os que deveriam ser seus amigos o ignoraram,
e foi atendido por um estrangeiro, um samaritano, da nação que os judeus mais
desprezavam e detestavam, com os que não queriam ter tratos. É lamentável
observar quanto domina o egoísmo nestes níveis; quantas escusas dão os homens
para poupar-se problemas ou gastos em ajudar o próximo. O verdadeiro cristão
tem escrita em seu coração a lei do amor. O ESPÌRITO de CRISTO mora nele; a
imagem de CRISTO se renova em sua alma. A parábola é uma bela explicação da lei
de amar ao próximo como a um mesmo, sem acepção de nação, partido nem outra
distinção. Também estabelece a bondade e o amor de DEUS nosso Salvador para com
os miseráveis pecadores. Nós éramos como este coitado viajante em apuros.
Satanás, nosso inimigo, nos roubou e nos feriu: tal é o mal que nos faz o
pecado. o bendito JESUS se compadeceu de nós. O crente considera que JESUS o
amou e deu sua vida por ele quando éramos inimigos e rebeldes; e tendo mostrado
misericórdia, o exorta a ir a fazer o mesmo. é o nosso dever, em nosso trabalho
e segundo a nossa capacidade, socorrer, ajudar e aliviar a todos os que estejam
em apertos e necessitados.
Imitemos o Bom Samaritano, sejamos como aquele que
acolhe e ajuda ao ferido (Lc 10.25-37).
3. Ajudando os irmãos.
Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma
coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém. Isto
lhes pareceu bem, e mesmo lhes são devedores; porque, se os gentios têm sido
participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também os servir com
bens
Por isso, enquanto (ainda) tivermos oportunidade,
façamos o bem a todos. O mesmo período que em Gl 1.4 ainda era
chamado de “era perversa” (nvi), tem para a igreja cristã simultaneamente o
valor de uma oportunidade propícia, a qual cumpre aproveitar. Isso seguramente
acontece transmitindo-se a boa mensagem. Apenas que no presente contexto Paulo
não nutre o alvo de dizer o bem, mas de fazer o bem. Cabe tornar compreensível
para cada pessoa, por meio da bondade prática, que também temos algo de bom
para dizer, que o evangelho é profundamente bom. Pois o próprio DEUS faz
acompanhar de bondade sua palavra à humanidade. Ele mantém o mundo caído,
abençoa-o ano após ano com boas dádivas e suporta malfeitores com paciência.
Seu povo está convocado para ser perfeito como ele é perfeito (Mt 5.48), e
posicionar-se integralmente do seu lado. Neste contexto cabe também esse fazer
o bem por parte dos cristãos. Deve-se notar que essa prática do bem não é
exatamente coincidente com seus esforços evangelísticos, mas está muito antes
relacionada a eles como uma peça complementar. Tem o mesmo grupo-alvo. Assim
como o evangelho se dirige a todos, também as boas obras dos fiéis devem
acontecer em relação a todos. Acrescenta-se ainda um adendo que parece
restringir o universalismo cristão. A prática do bem vale, mas principalmente
aos da família da fé. Ou seja, será que agora o amor de novo circula
principalmente nas próprias fileiras? Isso o tornaria questionável. Mas será
uma ajuda para compreender essa palavra tomarmos o termo “família”
literalmente. Na maior parte, as igrejas existiam como igrejas domiciliares.
Tudo se desenrolava em ambientes de moradia apertados e de fácil supervisão.
Nessas circunstâncias, a superação espiritual dos problemas do convívio dentro
da igreja tornava-se a prova dos noves para o amor em geral. Não fazia sentido
pregar o amor universal a todos e aos mais distantes, mas negar literalmente o
amor ao próximo na igreja domiciliar. A lógica situa-se bem na linha de 1Tm
5.8: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria
casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. (Comentário Esperança N.T)
Muitas vezes, ao lado de nossa casa tem alguém doente,
desempregado, passando necessidades básicas no vestuário e na alimentação.
Muitas vezes perdemos as almas de nossos vizinhos, enquanto corremos o mundo
atrás das almas. Talvez dentro da igreja tenha irmãos passando por grandes
necessidades sem ninguém saber.
É dever de a igreja organizar arrecadação de cestas
básicas para ajudar aos pobres que vivem em seu derredor. Só assim teremos
maior facilidade em ganhar as almas que estão perecendo sem DEUS, sem paz e sem
salvação.
Não amemos apenas de palavras, mas também em ações,
movidos pelo amor e bondade de DEUS.
CONCLUSÃO
A bondade é o firme compromisso para o benefício dos
outros, a bondade é mais uma qualidade do fruto do espírito. DEUS tem em Si a
bondade. Temos vários exemplos de pessoas que demonstraram a bondade de DEUS em
suas vidas, como por exemplo, Jó e Dorcas.
A bíblia, através de João nos revela que é homicídio e
destruição do próximo o ódio. A ordem de DEUS é: “não matarás”. Só DEUS tem
autoridade sobre a vida. O aborto é a morte de um inocente indefeso. Vemos o
primeiro homicídio surgir por inveja e ciúmes na vida de Caim que matou seu
irmão Abel. Sejamos bondosos e misericordiosos servindo ao nosso semelhante com
amor, ajudando o ferido e ajudando os irmãos.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMA CORREÇÃO DO Pr.
Luiz Henrique
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, dois
elementos aparecem em particular: uma bondade que se baseia na misericórdia
(hesed, chrestotes), e uma que se baseia na bondade moral de DEUS (tob,
agathosune). Desta maneira, em algumas ocasiões, a bondade de DEUS é manifesta:
“A terra está cheia da bondade do Senhor” (Sl 33.5; cf. Sl 52.1; 107.8);
“Desprezas tu as riquezas da sua benignidade [bondade]... ignorando que a
benignidade de DEUS te leva ao arrependimento?” (Rm 2.4). Em outras ocasiões, a
perfeição e a bondade de DEUS vêm à tona (Nm 10.32; Sl 16.2; 23.6; Gl 5.22; 2
Ts 1.11). Uma das qualidades do fruto do ESPÌRITO é a bondade (agathosune) no
sentido da santidade e da justiça cristã (Gl 5.22). Isto está de acordo com o
objetivo da nossa vida cristã, que é o de sermos semelhantes ao nosso Pai
Celestial, tanto em caráter quanto em atitudes, assim como CRISTO nos ensinou
no Sermão do Monte (Mt 5.48). Deixemos o ESPÍRITO SANTO nos guiar à bondade
perfeita de DEUS. (Dicionário Wycliffe).
αγαθω συν η - agathosune - Lê-se Ágatôsini - também pode ser usado χρηστοτης
- chrestotes - Lê-se Cristotês
“Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e
pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc
7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). (BEP - CPAD)
Mateus 5.20-26
20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não
exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar
será réu de juízo. 22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se
encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu
irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu
do fogo do inferno. 23 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 - deixa ali diante do altar a tua oferta,
e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua
oferta. 25 - Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e
o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. 26 - Em verdade te digo
que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.
A verdade implícita de Mateus 05:20 é a seguinte: O
propósito da lei de DEUS era mostrar que, para agradar a DEUS e ser digno da
cidadania no seu reino, mais justiça é necessário que qualquer um pode,
eventualmente, ter ou realizar em si mesmo. O objetivo da lei não era
mostrar o que fazer, a fim de fazer-se aceitável, muito menos para mostrar o
quão bom um já é, mas para mostrar quão pecadores e desamparados todos os
homens são em si mesmos. (Esse é um dos temas de Paulo em Romanos e
Gálatas.) Como o Senhor apontou para os judeus na primeira bem-aventurança, o
passo inicial para a cidadania reino é pobreza de espírito, reconhecendo a sua
própria miserabilidade total e inadequação diante de DEUS.
A identidade dos escribas e fariseus
Como Ezra (Esdras 7:12), o mais
antigo grammateōn (escriba), foram encontrados transmissores da
Bíblia somente entre os sacerdotes e levitas. Eles gravaram, estudaram,
interpretaram, e muitas vezes ensinaram a lei judaica. Embora houvesse
escribas entre os saduceus, a maioria estava associada com os fariseus. Israel
tinha dois tipos de escribas, civis e eclesiásticos. Os escribas civis
trabalhavam pouco como notários, e estavam envolvidos em várias funções
governamentais. Sinsai (Esdras 4:8) foi um escriba. Os escribas
eclesiásticos dedicaram seu tempo para estudar as Escrituras, e vieram a ser
seus intérpretes primários e articuladores.
No entanto, como JESUS deixou claro, eles não
conseguiram entender o que estudaram e ensinaram. Mesmo com sua dedicação
à Palavra de DEUS, continuaram sendo superficiais em seu entendimento, eles
perderam a sua profunda revelação espiritual.
Os influentes e rígidos fariseus eram
particularmente confiantes em seu sistema de justiça. Os judeus tinham um
ditado que dizia: “Se apenas duas pessoas vão para o céu, um será um escriba e
o outro um fariseu." Aqueles homens estavam completamente convencidos
de que DEUS era obrigado a honrar as suas obras dedicadas e exigentes. Em
comparando-se com as normas que haviam estabelecido e, especialmente, em si
mesmos, comparando com o judeu em média, para não mencionar Gentios, eles não
podiam imaginar um DEUS que não estivesse impressionado com a sua bondade.
No entanto, como muitos estudiosos sérios e capazes em
toda a história da igreja, os fariseus do judaísmo também estavam cegos para o
significado das palavras que diligentemente estudavam e discutiam.
De muitas maneiras, os escribas e fariseus eram como os
teólogos liberais de nossa própria época. Eles estudavam termos bíblicos e
redefinia-os de acordo com suas próprias perspectivas humanas e
filosofia. Eles mudavam ensinamentos bíblicos, comandos e padrões para
conformá-los de acordo com seus próprios desejos e capacidades.
Como, por exemplo, "Portanto santificai-vos, e
sede santos, pois eu sou santo" (Lev. 11:44) eles não interpretavam como
uma chamada à pura atitude de coração, mas como uma exigência para realizar
certos rituais. Eles sabiam que não podiam ser santos, da mesma forma que
DEUS é santo, e não tinham nenhum desejo de ser assim. Então simplesmente
mudaram o significado de santidade.
Paulo nos ensina que: Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências; 2 Timóteo 4:3
A Retidão que DEUS precisa
A justiça de DEUS exige de seus cidadãos do
Reino que superem a justiça dos escribas e fariseus . O
termo supera é usado de um rio que transborda dos seus leitos,
enfatizando que é muito superior ao normal. O Senhor exige justiça
genuína, verdadeira santidade que excede em muito qualquer coisa humana e que
só existe no coração redimido. O salmista escreveu: “A filha do Rei está
toda gloriosa por dentro, sua roupa está entrelaçada com o ouro" (Sl
45:13).. Quando o interior é bonito, beleza exterior é adequada; mas
sem beleza interior, exterior é adorno e fingimento.
DEUS sempre se preocupou em primeiro lugar com a
justiça interior. Quando Samuel estava pronto para ungir o filho mais
velho de Jessé, Eliabe, para ser o sucessor de Saul, o Senhor disse: “Não olhe
para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho
rejeitado; porque DEUS não vê como vê o homem, O homem vê o exterior, porém o
Senhor olha para o coração "(1 Sam. 16:7).
DEUS não só exige justiça interior, mas perfeita
justiça. "Portanto, você deve ser perfeito, como o vosso Pai celeste
é perfeito" (Mat. 5:48). Para ser qualificado para o reino de DEUS,
devemos ser tão santos quanto o próprio Rei ou estarmos procurando e buscando
por tal perfeição. Esse padrão é tão infinitamente grande que até mesmo a
pessoa mais hipócrita não ousaria ter a pretensão de possuí-la ou ser capaz de
alcançá-la.
A Retidão que DEUS Dá
Esta impossibilidade leva a pessoa sincera a se
perguntar como um coração tão santo é obtido, para fazer a pergunta os
discípulos de JESUS um dia lhe perguntaram: “Então, quem pode ser
salvo?" (Mat. 19:25). E a única resposta é a que JESUS deu
naquela ocasião: “aos homens é isso impossível, mas a DEUS tudo é
possível" (v 26)..
Aquele que exige justiça perfeita dá a perfeita
justiça. Aquele que nos fala do caminho para o reino é mesmo
assim. "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim" (João 14:6), disse JESUS. O rei não só define o padrão
da justiça perfeita, mas Ele mesmo vai trazer ninguém até que a norma que está
disposta a entrar no reino em termos do Rei.
"Um homem não é justificado pelas obras da Lei,
mas pela fé em CRISTO JESUS, ... desde que pelas obras da lei nenhuma carne
será justificada" (Gl. 2:16). Para ser justificado, deve ser feito
justo, e se tornarão justos por CRISTO que é o único caminho para se tornarem
justos.
"Mas agora, sem lei, a justiça de DEUS se
manifestou, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas, justiça de DEUS mediante
a fé em JESUS CRISTO para todos os que crêem" (Rom 3:21-22). A fé
sempre foi o caminho de DEUS para a justiça, a verdade que os escribas e
fariseus, os especialistas sobre o Antigo Testamento, deveriam ter aprendido e
ensinado a todas as outras pessoas. Como Paulo lembrou aos seus leitores
judeus em Roma, "Mas, o que diz a Escritura: Abraão creu em DEUS, e isso
lhe foi imputado como justiça?" (Rom 4:3). Ele citou o livro de
Gênesis (15:6), o primeiro livro do Antigo Testamento. O primeiro
patriarca, o primeiro judeu, foi salvo pela fé, não pelas obras (Rom 4:2), nem
pelo ato de circuncisão (10 v.). Abraão "recebeu o sinal da
circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso, que ele
poderia ser o pai de todos os que crêem sem serem circuncidados, que a justiça
pode ser concedida a eles" (v. 11).
O incircunciso inclui aqueles tanto antes como depois
de Abraão. Ele era o pai dos fiéis, mas ele não foi o primeiro dos
fiéis. "Pela fé, Abel ofereceu a DEUS um sacrifício melhor do que
Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo" e "pela fé
Enoque foi trasladado para que ele não visse a morte; e não foi achado, porque
DEUS o levou para cima , pois ele obteve o testemunho de que antes de ele ser
levado, era agradável (justo) a DEUS " (Hebreus 11:4-5.). Foi também
apenas pela fé que Noé encontrou a salvação (v. 7). "Porque, se pela
ofensa de um só [isto é, Adão], a morte reinou por esse, muito mais os que
recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só,
JESUS CRISTO" (Rm 5:17). "Assim como o pecado reinou pela morte,
assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, por JESUS
CRISTO, nosso Senhor" (v. 21).
A justiça de DEUS exige, DEUS também dá. Ela não
pode ser merecida, ganhou, sem merecimento, só acreditamos e
aceitamos. Levando nosso pecado, CRISTO "condenou o pecado na carne,
a fim de que a exigência da lei se cumprisse em nós" (Rom
8:4-5). DEUS deu o padrão impossível e, em seguida, mesmo providenciou o
seu cumprimento. O pecado foi julgado e condenado e a justiça aplicada sobre
ele. JESUS levou nossos pecados sobre Ele e morreu em nosso lugar.
O escritor de romanos tinha consideravelmente mais
pretensão de justiça feita pelo homem do que a maioria dos escribas e fariseus
a quem JESUS falou. "Se alguém pensa
confiar na carne, eu poderia muito mais", escreveu
Paulo; "Circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de
Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor
da Igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível "(Fp. 3:4-6).
Mas quando o apóstolo foi confrontado pela justiça de
CRISTO, ele também foi confrontado por seu próprio pecado. Quando viu o
que DEUS tinha feito por ele, ele viu que o que ele tinha feito por DEUS era
inútil, era nada, eram trapos de imundícia. "As coisas que para mim
era lucro, essas coisas eu considerei perda por causa de CRISTO. Mais do que
isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do
conhecimento de CRISTO JESUS, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as
coisas, e as considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a CRISTO, e pode
ser encontrado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem
pela fé em CRISTO, a justiça que vem de DEUS com base na fé "(vv. 7-9).
"Mas vós sois dele, em JESUS CRISTO, o qual para
nós foi feito por DEUS sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção"
(1 Cor 1:30). Quando DEUS olha para imperfeitos, crentes pecadores, ele vê
seu perfeito e inocente Filho. Nós nos tornamos "participantes da
natureza divina" (2 Pe 1:4). Possuímos em nós mesmos a justiça do DEUS
eterno e santo. É certo que, até a nossa carne também é redimida (Rom
8:23) porque a nossa justificação está em uma batalha contra o pecado. Mesmo
assim, só somos justos em nossa posição diante de DEUS em CRISTO, e assim temos
a nova capacidade de agir com retidão.
Aqueles que insistem em vir para DEUS em sua própria
justiça e em seu próprio poder nunca irão alcançá-Lo; eles não
entrarão no reino dos céus . Nenhuma igreja, nenhum ritual, nenhuma
obra, nenhuma filosofia, nenhum sistema pode trazer uma pessoa a DEUS, nada
disso pode justificá-la. Aqueles que, através de uma igreja, por meio de
um culto, ou simplesmente através de seus próprios padrões pessoais, tentam
alcançar o seu caminho para a graça de DEUS não sabem nada do que Sua graça é.
É trágico que muitas pessoas hoje, como os escribas e
fariseus, tentam por alguma maneira se justificarem diante de DEUS, mas à sua
maneira. Eles vão tentar pagar qualquer preço, mas não vão ser aceitos
pelo preço que pagaram. Eles vão fazer qualquer trabalho que lhes for
imposto para se justificarem, mas eles não serão aceitos, pois a obra
necessária e única já foi consumada pelo Filho de DEUS por eles. Eles
precisam só aceitar o presente de DEUS, o dom da Sua salvação
gratuita. Tais pessoas são religiosas, mas não regeneradas, e eles, por
seus esforços próprios, não entrarão no reino dos céus .
26 - A Atitude por Traz dos Atos (Uma Visão Geral de
Mateus)
Desde o início do Sermão da Montanha JESUS se concentra
no interior, sobre o que os homens são como em suas mentes e
corações. Esse é o principal impulso de Mateus 5:21-48, como o Senhor
enfatiza novamente os padrões divinos para viver em seu reino, os padrões
divinos já dados na lei do Antigo Testamento, em contraste com a tradição
judaica.
Ao contrário do que a justiça externa, superficial, e
hipócrita que tipificou os escribas e fariseus, a justiça que DEUS requer é
antes de tudo interno. Se ele não existir no coração, ela não existe em
tudo. Apesar de ter sido esquecido ou negligenciado pela maioria dos
judeus da época de JESUS, que a verdade foi apresentado a eles em todo o Antigo
Testamento.
Salomão orou: “Ouve tu então nos céus, assento da tua
habitação, e perdoa, e age, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, e
segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos
dos homens." (1 Reis 8:39). Nas últimas palavras de Davi a Salomão,
ele disse: “Quanto a você, meu filho Salomão, conhece o DEUS de teu pai, e
servi-O de todo o coração e espírito voluntário; porque o Senhor esquadrinha
todos os corações, e penetra todas intenções do pensamentos "(1 Crônicas
28:9.). Hanani, o vidente, lembrou o rei Asa, "Porque, quanto ao
Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com
aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois, procedeste
loucamente porque desde agora haverá guerras contra ti." (2 Crônicas
16:9.). "Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos",
nos é dito em Provérbios, "mas o Senhor pesa os motivos" (Prov.
16:2).
Que DEUS é, antes de tudo preocupado com o que os
homens são como no interior é uma verdade central de ambos os
Testamentos. Uma boa ação exterior é 'validado diante de DEUS só quando
representa honestamente o que está no interior. "Eu, o Senhor,
esquadrinho o coração, eu testo a mente, e isso para dar a cada um segundo os
seus caminhos, de acordo com os resultados de seus atos" (Jer.
17:10). No último livro da Bíblia, o Senhor adverte a igreja em Tiatira:
"Eu sou aquele que sonda as mentes e os corações; e darei a cada um de vós
segundo as suas obras" (Ap 2:23). Comportamento externo direito
apenas agrada quando corresponde a atitudes internas certas e
bem-motivadas. "Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me
considero justificado, pois quem me julga é o Senhor. Portanto, nada julgueis
antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas
ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um
receberá de DEUS o louvor. "(1 Cor 4:4-5.).
As boas ações presumidas dos escribas e fariseus
orgulhosos auto glorificantes não vieram de um coração puro nem de boas
atitudes do coração. JESUS diz que são característicos de cidadãos do Reino: a
pobreza de espírito (desejo conhecer mais a DEUS) morte para o pecado, a
mansidão, a fome e sede de justiça, e assim por diante (vv. 3-12).
Porque JESUS sabia que seus ouvintes, especialmente os
líderes religiosos hipócritas e de autossatisfação, não poderiam entender o que
ele estava dizendo, ele dedicou grande parte desse sermão para expor os
princípios defeituosos e motivações do sistema legalista que tinha substituído
o do próprio DEUS em sua Palavra revelada.
JESUS usou a frase "Vocês ouviram o que os antigos
disseram “e para isso disse seis ilustrações corretivas nesta parte do seu
sermão (ver vv. 21, 27, 31, 33, 38, 43). A frase faz referência à tradição
rabínica, o ensino tradicional, e em cada ilustração JESUS contrasta o ensino
humano com o ensino divino da Palavra de DEUS. Os exemplos mostram
maneiras em que a justiça de DEUS supera a dos escribas e fariseus (cf. v
20).. Eles lidam com os temas específicos de assassinato, o pecado sexual,
o divórcio, falando a verdade, retaliação, e amar os outros. No entanto,
todos eles ilustram o mesmo princípio básico, o princípio JESUS diz que deve
ser aplicado a todas as áreas da vida e:a justiça é uma questão do coração.
JESUS não está modificando a lei de Moisés, o
ensinamento dos Salmos, os padrões dos profetas, ou qualquer outra parte da
Escritura. A essência do que ele acabou de dizer nos versículos 17-20 é
(1) que o seu ensino está firmemente de acordo com toda
a verdade, mesmo cada palavra, do Antigo Testamento" e
(2) que as tradições religiosas judaicas não
conseguiu fazer isto corretamente.
Nas seis ilustrações encontradas nos versículos 21-48,
JESUS primeiro refere-se a dois dos Dez Mandamentos, em seguida, a dois
princípios mais gerais na lei de Moisés, e, finalmente, aos dois grandes
princípios da misericórdia e amor. Assassinato e ofertas adultério com as
questões fundamentais de preservação individual e social. Proteção da vida
é a base do bem-estar individual e proteção do casamento é a base do bem-estar
social. Divórcio e dizer a verdade envolve uma área mais ampla das
relações sociais, e da misericórdia e do amor uma área maior ainda. As
ilustrações passam da proteção de cada vida humana ao amor de toda a vida
humana, incluindo os inimigos. Juntas, essas ilustrações afirmam que todas
as áreas de nossas vidas devem ser caracterizados e medidas pelo padrão
perfeito de DEUS da justiça interior.
Ambos os líderes judaicos e dentre o povo estavam
espantados com a radical interpretação do conteúdo da Palavra de DEUS e o
ensino que foi usado por JESUS: Se ele estava certo ou errado, era óbvio
para eles que "Ele ensinava como quem tem autoridade e não como os
escribas" (Marcos 1:22).
Entre os ensinos mais incríveis de JESUS sobre as
escrituras tradicionais era sua insistência de que tradição e Escritura estavam
em conflito e que a justiça interior, e não a forma externa, é a característica
central e necessária de um relacionamento correto com DEUS.
Cinco princípios básicos resumem a ideia central de Mt
5:21-48.
O primeiro princípio é que o espírito da lei é mais
importante do que a letra. A lei não foi dada como um conjunto mecânico de
regras pelas quais os homens em seu próprio poder poderão reger a sua vida
fora. Foi dado como um guia para o tipo de personalidade que DEUS requer.
O segundo princípio é que a lei é positiva, bem como
negativa. Seu Proposito não é apenas para evitar o pecado interior e
exterior, mas para promover a justiça de DEUS tanto interna quanto externa.
O terceiro princípio é que a lei não é um fim em si
mesmo. Seu objetivo mais profundo vai além da purificação da vida do povo
de DEUS. Seu Propósito supremo é glorificar a DEUS.
O quarto princípio é que só DEUS é qualificado para
julgar os homens, porque só Ele pode julgar o coração dos homens. Somente
o Criador tem o direito e a capacidade de julgar os mais profundos pensamentos
e intensões internos de suas criaturas.
O quinto princípio é que cada ser humano é ordenado a
viver de acordo com o padrão divino perfeito de acordo com a lei. Sabemos
que esse mandamento é impossível para o homem cumprir, sendo assim, o próprio
DEUS providenciou o cumprimento por meio de Seu Filho, JESUS CRISTO. O
comandante da justiça também é o Doador da justiça; o Legislador também é
o Redentor.
A Bondade Magnânima - αγαθω συν η -
agathosune - Lê-se Ágatôsini
- também pode ser usado χρηστοτης - chrestotes
- Lê-se Cristotês - Livro Obra da carne e fruto do ESPÍRITO - William
Barclay
A dificuldade com a sexta virtude no fruto do ESPÍRITO
é definir mais exatamente o que ela significa. Todas as demais, em número de
oito, são explicitamente adornos do caráter cristão; mas em
português bondade é um termo amplo e geral. A dificuldade com a
palavra é que seu significado depende do contexto e da esfera em que se acha a
excelência especifica que é descrita. Podemos dizer, por exemplo: “Aquele é um
bom animal.” Se o animal for criado para o abate é usado como alimento, a
bondade consiste na carne e gordura do corpo dele. Se o animal for conservado
para a reprodução, seu valor estará no seu pedigree. Se o animal for para a
corrida, sua bondade se achará nos seus músculos treinados e no fato de não ter
carne excessiva. Geralmente dizemos que o homem é bom em alguma coisa;
definimos a esfera em que a bondade opera. Alguém pode ser bom nos idiomas e
ruim na matemática; pode ser bom nos esportes e ruim nos estudos acadêmicos;
pode ser bom no seu trabalho e ruim como marido e pai. Pode ser bom de caráter,
mas ruim de saúde.
“Bondade” , em si mesmo, é um termo bom geral, e
devemos procurar definir mais de perto a esfera em que Paulo está usando esta
palavra. Começaremos citando duas sugestões quanto a linha geral do significado
de bondade. A palavra é agathõsunè - e pode ser usada χρηστοτης
- chrestotes - Lê-se Cristotês.
As duas interpretações que citamos ligam
chrèstotès (χρηστοτης - chrestotes - Lê-se Cristotês) e
agathõsunè muito estreitamente. Lighfoot fez a distinção entre as duas, dizendo
que há mais atividade em agathõsunè. Chrèstotès é uma qualidade do coração e
emoção; agathõsunè é uma qualidade da conduta e ação. Uma indica intenção e
outra ação de bondade. Elas se complementam. Nesta base poderíamos dizer que
agathõsunè é chrèstotès em ação. É uma ideia atraente, mas computando-se os
fatos não há nenhuma evidência explicita no sentido de as palavras serem assim
diferenciadas no seu uso.
R. C. Trench segue a interpretação de Jerônimo. Segundo
esta interpretação há uma qualidade de benignidade graciosa e atraente em
chrèstotès, ao passo que em agathõsunè pode haver muito mais rigor e
austeridade. Em chrèstotès, a benignidade é ressaltada; com agathõsunè o
julgamento moral é enfatizado. Destarte, Trench diz que agathõsunè pode muito
bem ser demonstrado no zelo pela bondade e verdade, na repreensão, correção e
disciplina. JESUS demonstrou agathõsunè quando expulsou os compradores e os
vendedores do Templo (Mt 21.13) e quando pronunciou suas ameaças e condenações
contra os escribas e fariseus (Mt 23); mas demonstrou chrèstotès quando tratou
com mansidão o arrependimento no coração da mulher que era pecadora e que ungiu
os seus pês (Lc 7.37-50).
A dificuldade em definir o significado de agathõsunè é
acentuada pelo fato de não ser uma palavra comum. Não ocorre nunca no grego
secular.
Na LXX ocorre cerca de treze vezes, e no NT há somente
três outras ocorrências da palavra.
Poderíamos ter procurado definir o significado deste
substantivo examinando o adjetivo correspondente agathos, mas agora nos
defrontamos com a dificuldade oposta. Agathos é uma das palavras mais comuns em
grego. Na LXX ocorre quase 520 vezes e no NT 100 vezes; e seu alcance é
bastante amplo. Pode descrever uma árvore (Mt 7.17); uma dádiva (Mt 7.11); um
homem (Mt 12.35); um escravo (Mt 25.21); um mestre, sendo o próprio JESUS neste
caso (Mt 10.17); terra fértil (Lc 8.8); a consciência de um homem (Ato 23.1); a
vontade de DEUS (Rm 12.2); a esperança cristã (2 Ts 2.16); frutos e colheitas
(Tg 3.17); palavras e ações (Ef 2.10; 2 Ts 2.17). A palavra agathos é tão ampla
em seu significado a ponto de descrever aquilo que é excelente em qualquer
esfera. A não ser que especifiquemos o seu sentido um pouco mais, ela não nos
ajudara á a definir agathõsunè. Examinemos, portanto, a pequena quantidade de
material disponível. Examinemos a palavra na LXX.
i. Na LXX agathõsunè pode significar bondade em geral.
O salmista escreve: “Amas o mal antes que o bem” , e o paralelo é:“Preferes
mentir a falar retamente” (sal 52.3). Neste caso, agathõsunè e simplesmente um
termo geral para “ bondade” em contraste com “maldade.”
ii. Na LXX pode significar prosperidade na vida. “No dia da prosperidade,” diz o Pregador,
“viva alegremente” (Ec 7.15). Não há vantagem numa vida bem-sucedida se o homem
não recebe nenhuma alegria com a sua prosperidade (Ec 6.3). Com seu profundo
pessimismo o Pregador diz que até mesmo se um homem vivesse dois mil anos, não
gozaria o bem (Ec 6.6). “Boa e bela coisa é,” diz ele, “ comer e beber, e gozar
cada um do bem de todo o seu trabalho” (Ec 5.17). Melhor é a sabedoria do que
as armas de guerra, mas um só pecador desenfreado pode destruir muitas coisas
boas, ou seja: pode desfazer muita prosperidade (Ec 9.18). Ec 5.10,11 é um
versículo obscuro. A LXX diz: “Na multidão do bem são aumentados os que comem
deste.” A ARA diz: “Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que
deles comem.” Moffatt ressalta melhor o significado: “Quanto mais o homem
ganha, mais pessoas há para gastar.” Certamente na LXX agathõsunè significa
prosperidade, mas isto não nos ajuda muito aqui.
iii. Na LXX pode ter a ideia de benefício. “Para quem
trabalho eu,” diz o Pregador, “ se nego a minha alma os bens da vida?” (Ec
4.8). A ideia é: Por que me privo dos benefícios que poderia desfrutar? As
palavras finais do livro de Neemias são:“ Lembra-te de mim, DEUS meu, para o
meu bem” (Ne 13.31). Este também é um significado que não nos ajuda muito.
iv. Na LXX pode ter a ideia de generosidade. A acusação
de Neemias contra o povo é: “Pois eles no seu reino, e na muita abundância de
bens [lit. bondade] que lhes deste” (Ne 9.35). Diz a respeito das pessoas que
entraram na Terra Prometida: “Comeram e se fartaram e engordaram, e viveram em
delícias, pela tua grande bondade” (Ne 9.25). Regalavam-se, poderíamos dizer,
na generosidade de DEUS. Agathõsunè, portanto, tem a ideia de generosidade,
especificamente a generosidade de DEUS. As evidências neotestamentárias desta
palavra são escassas.
Nada mais podemos fazer a não ser registrar as três
ocorrências dela fora desta passagem. Em 2 Ts 2.17 Paulo ora em prol do seu
povo no sentido de que DEUS cumpra para com ele toda boa palavra [lit.]. Em Ef
5.9 Paulo diz que o fruto do ESPÍRITO consiste em toda a bondade, e justiça, e
verdade. Em Rm 15.14, ele escreve a respeito dos cristãos de Roma: “E certo
estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de
bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos
outros.” Ainda temos pouca ajuda para estabelecer com exatidão o significado
desta palavra. A melhor maneira de chegar ao significado desta palavra será
comparando-a com duas outras; com uma delas forma um paralelo estreito, e da
outra é a antítese. A palavra agathos frequentemente ocorre junto com a palavra
dikaios, e agathõsunè várias vezes está em associação com a palavra dikaiosunè.
Dikaios significa justo e dikaiosunê significa justiça. Os gregos definiam o
justo como o homem que dá aos deuses e aos homens o que lhes é devido. Os
escritores gregos, exatamente nesta base, definem, comparam e contrastam
dikaiosunê e agathõsunè. A justiça, dizem eles, é a qualidade que dá ao homem o
que lhe é devido; a benignidade é a qualidade que pretende fazer muito mais do
que isto, e que deseja dar ao homem tudo quanto visa o seu benefício e ajuda. O
homem que é justo cumpre a sua obrigação segundo a letra; o homem que é benigno
vai muito além. Neste ponto temos uma aplicação interessante. Os gnósticos
diziam que o DEUS do AT é dikaios, justo, ao passo que o DEUS do NT é agathos,
generoso e benigno. Falando de modo geral, no AT há o retrato de um DEUS que
pôs em operação a lei moral, e de quem cada um recebe de acordo com os seus
merecimentos. Falando de modo geral, no NT o retrato é de um DEUS que lida com
os homens, não segundo a lei, mas segundo a graça, e que lhes dá, não aquilo
que merecem, mas aquilo que Seu amor da gratuitamente, sem merecimento.
OU SEJA, NO AT A BONDADE DE DEUS SE MANIFESTA PELA LEI
E NO NT PELA GRAÇA (Pr. Henrique).
As Homílias Clementinas dizem que DEUS é tanto
agathos quanto dikaios: agathos por perdoar o pecador arrependido, dikaios
porque cada um recebe de acordo com suas ações depois de ter-se arrependido. A
grande característica de agathõsunè é a generosidade que dá ao homem aquilo que
nunca poderia ter merecido. Isto quer dizer que a ideia primaria de agathõsunè
é a generosidade. Na justiça, não há espaço real para compaixão e misericórdia,
porque elas simplesmente viriam interferir no decurso da justiça abstrata. Na
benignidade estão presentes a compaixão e a misericórdia porque ela é a
generosidade imerecida. A palavra com o significado oposto de agathos e
ponêros. Ponèros é uma palavra bem geral para maligno ou mau. DEUS faz nascer
Seu sol sobre maus {ponèros) e bons (agathos) (Mt 5.45). Os homens adquiriram o
conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9, 17). Ho Ponèros, o Maligno, é um dos
títulos mais comuns para Satanás (Mt 6.13; Ef 6.16; 1 Jo 2.14). Mas ponèros tem
um sentido especial. Ele é ressaltado especificamente na Parábola dos
Trabalhadores na Vinha. No fim do dia, todos os trabalhadores receberam o mesmo
pagamento, e aqueles que tinham cumprido um horário mais longo queixaram-se. O
proprietário da vinha respondeu: “Porventura não me é licito fazer o que quero
do que é meu? Ou são maus {ponèros) os teus olhos porque eu sou bom (agathos)!”
(Mt 20.15). Moffatt traduz: “Estais com rancor porque eu sou generoso?” A BV
traduz:“ Você se zanga porque eu sou bondoso?” Claramente naquela passagem
ponèros significa avarento, mesquinho, rancoroso, e agathos significa
magnânimo, generoso. É possível que ponèros tenha o mesmo significado em duas
outras passagens do NT. Em Mt 6.23 JESUS diz:“ Se, porém, os teus olhos forem
maus, todo o teu corpo estará em trevas” , o que bem possivelmente significa:“
Se você for avarento, mesquinho e destituído de generosidade, sua vida inteira
será sombras e escuridão” . JESUS alista entre os pecados do espirito o olhar
maldoso, e mais uma vez pode significar um olhar mesquinho, ciumento, não-generoso:
Na LXX há alguns casos indiscutíveis de ponèros neste
sentido. “Não comas o pão,” diz o Sábio, “ do mesquinho (ponèros) ” (Pv 23.6)
“O homem avarento (ponèros) corre atrás das riquezas” (Pv 28.22). Há dois
exemplos claros deste sentido em Deuteronômio. O homem mais mimoso e delicado
na sua criação tem um olhar maldoso (ponèros) para com sua esposa, irmãos e
amigos, ou seja: no seu desejo pelo luxo e mesquinho para com eles no tocante a
tudo quanto precisa dar-lhes (Dt 28.54). Segundo os regulamentos em Deuteronômio,
no Ano da Remissão, todo sétimo ano, todas as dívidas eram canceladas e tudo
voltava a “estaca zero” . Em tais circunstâncias era muito natural e até mesmo
prudente que o homem mesquinho se recusasse a emprestar alguma coisa quando
estava perto o Ano da Remissão, temendo nunca receber seu dinheiro de volta,
pois as dívidas seriam canceladas. É estipulado, portanto, que o homem não deve
ter um olhar maldoso (ponèros) contra seu irmão pobre, ao ponto de não lhe dar
nada. Isto quer dizer que o homem não deve ser tão mesquinho ao ponto de não
emprestar aos pobres em tal ocasião (Dt 15.9).
De modo claro, ponèros frequentemente significa
avarento, mesquinho, ganancioso, e, portanto, agathos significara generoso,
liberal, magnânimo. O homem agathos não é como o dikaios, que dá ao outro
somente aquilo que ele merece; nem mais nem menos, ele é generoso para dar o
que nunca foi merecido. O homem agathos não é como o ponèros que se ressente
por causa daquilo que deve dar; é generoso, de mãos e coração abertos.
Agathõsunè é a generosidade que brota do coração benigno.
A Epístola aos Gálatas - χρηστοτης
- chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν
η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)
A palavra “bondade” (chrestótes) tem seu uso comum
tanto no grego bíblico, quanto no eclesiástico. Na LXX é o bem no sentido de
bens terrenos (Ec 4.8; 5.10; 6.3) ou de felicidade (Ec 5.14), o bem que
acontece a alguém (Ec 15.17; 6.6; 9.18). A bondade de DEUS é provada
através dos bens que Ele concede na terra (2 Esd 19.25,35) ou guarda para
o céu (2 Esd 23.31). É também o bem moral que se pratica (Jz 8.35; 9.16; 2
Cr 24.16; SI 51.5). Em Paulo, significa benignidade, gentileza. Refere-se
a uma disposição gentil e bondosa para com os outros, é a característica
de “ser bom”.
Bondade
- χρηστοτης - chrestotes - Lê-se
Cristotês - (também pode ser usado αγαθω συν η -
agathosune - Lê-se Ágatôsini) a derivação encontrada em
Agathos ( bondade ) tem a ver com a excelência moral e
espiritual que é conhecida por sua doçura e bondade ativa. Paulo ajudou a
definir essa virtude, quando ele observou que "dificilmente haverá quem
morra por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer" (Rm
5:7.). Um cristão pode ser moralmente correto, mas ainda não manifestar a
graça de DEUS . Ele pode ser admirado e respeitado por seus
elevados padrões morais e pode até ter um amigo que iria arriscar sua vida por
ele. Mas a pessoa que também tem a bondade é muito mais provável
de ter amigos abnegados.
José era um homem justo e bom. Quando soube que
Maria estava grávida, sem ainda saber que era pelo ESPÍRITO SANTO ", sendo
um homem justo", ele não poderia se casar com ela, supondo que ela tinha
sido infiel. Mas, sendo também um bom homem, ele não podia suportar a
idéia de desonrar sua amada Maria e, portanto, "desejou deixá-la secretamente" (Mat. 1:19).
Davi tinha uma profunda compreensão da bondade de DEUS,
como ele revela repetidamente em seus salmos. "Certamente que a
bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei
na casa do Senhor para sempre", alegrou-se (Sl. 23:6). Ele confessou
que de fato, "Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do
Senhor na terra dos viventes. " (Sl. 27:13).
Tal acontece com a graça que o ESPÍRITO proporciona, os
crentes são ordenados para exemplificar a bondade . Mais tarde,
na carta Paulo exorta: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens,
e especialmente para aqueles que são da família da fé" (Gl.
6:10). "Para este fim, também oramos por vocês sempre", ele
escreveu aos Tessalonicenses ", que o nosso DEUS vos faça dignos da sua
vocação, e cumpra todo desejo de bondade e da palavra de fé com poder" (2
Ts 1:11).
Comentário Bíblico Wesleyano - χρηστοτης
- chrestotes - Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν
η - agathosune - Lê-se Ágatôsini)
A bondade não é necessariamente o único ativo ou
unicamente passiva. Lightfoot a chama de neutro. É uma disposição
gentil para com os vizinhos em quaisquer que sejam as circunstâncias. Ela
pode expressar-se em qualquer um com a paciência ou longanimidade. Fácil
de se conviver. A integridade e força lhe pertencem. Além da
paciência e longanimidade a terceira qualidade desta tríade é a
bondade. Este é um princípio mais ativo e enérgico. A palavra grega é
encontrada somente em escritores bíblicos e eclesiásticos. A qualidade em
toda a sua força foi aparentemente tão carente de observações pagãs
que nem mesmo é conhecida por eles. Pagãos conhecem boas ações, mas
uma qualidade consistente como a bondade vai muito além das obras da
humanidade. Tinha que ser uma qualidade do fruto do ESPÍRITO. É
retidão de coração e vida, bondade ativada, beneficência.
Dicionário Teológico - χρηστοτης - chrestotes
- Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η -
agathosune - Lê-se Ágatôsini)
[Do lat. bonitate ] Qualidade e caráter do que é
intrínseca e extrinsecamente bom. Benevolência, indulgência, benignidade. Um
dos atributos morais e comunicáveis de DEUS. Sua bondade manifesta-se não
somente em relação às suas perfeições, mas também no amor que manifesta às suas
criaturas.
Strong Português - χρηστοτης - chrestotes
- Lê-se Cristotês (também pode ser usado αγαθω συν η -
agathosune - Lê-se Ágatôsini)
1) bondade moral, integridade
2) benignidade, bondade
Strong Português - αγαθω συν η - agathosune -
Lê-se Ágatôsini - integridade ou retidão de coração e vida, bondade,
gentileza
αγαθο ς agathos
1) de boa constituição ou natureza.
2) útil, saudável
3) bom, agradável, amável, alegre, feliz
4) excelente, distinto
5) honesto, honrado
(Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia)
Expressão que precisa ser compreendida de dois modos
diversos:
1. Bondade expressa para com outrem, sem qualquer
motivo egoísta ou expectativa de que o ato será recompensado. Trata-se, nesse
caso, simplesmente do exercício da lei do amor (que vide).
2.Amor para com DEUS como o supremo objeto do amor, sem
qualquer idéia de compensação. O mandamento que nos ordena amar ao próximo como
a nós mesmos, dá a entender amar àquela pessoa pelo valor que ela mesma
tem, e não por causa de algo que se possa ganhar egoisticamente com isso.
Usualmente, o ódio também é interesseiro. Em outras palavras, uma pessoa odeia
a outrem por alguma razão egoísta. Ele me enganou! Ele me dirigiu palavras
ofensivas. Ele me defraudou. Por semelhante razão, o amor e a bondade por muitas
vezes alicerçam-se sobre os auto interesses. JESUS ordenou que amássemos os
nossos inimigos (Mat. 5:43 ss), àqueles que poderíamos odiar por alguma
causa justa e pessoal. Longe de termos um ódio interesseiro, cumpre-nos ter um
amor desinteressado para com aqueles que nos prejudicam. O samaritano
fornece-nos um bom exemplo de benevolência desinteressada (Luc. 10:33 ss). O
próprio uso da palavra «samaritano», nesse relato de JESUS, significa que da
parte dele não se esperava qualquer ajuda. Isso pode ser contrastado com o que
sucede nas grandes cidades, hoje em dia. Publicamente, em plena luz do dia,
pessoas indefesas são atrativas, enquanto outras veem tudo com indiferença, não
querendo envolver-se.
Está em pauta a doutrina filosófico-teológica da ética
que diz que a verdadeira virtude envolve os afetos e as paixões, devendo ser
definida como amor altruísta. Cada ser vivo deve ser amado de acordo com sua
posição na escala do ser. Por conseguinte, o amor a DEUS é o mais importante
princípio moral, ao passo que o pecado consiste em autoamor, sendo o pior de
todos os vícios, sobretudo porque o autoamor exclui ou prejudica ao próximo. A
espiritualidade, uma vez renovada pelo ESPÍRITO de DEUS, manifesta-se através
da prática da benevolência, que inclui a eliminação dos excessos do
autosserviço. Essa doutrina tem provido a base de muitas das atividades
filantrópicas e missionárias.
MISERICÓRDIA (Almeida.dctx)
1) Bondade (Js 2.14, RA).
2) Bondade, AMOR e GRAÇA de DEUS para com o ser humano,
manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Êx
20.6; Nm 14.19, RA; Sl 4.1). Essa disposição de DEUS se manifestou desde a
criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1.50).
3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os
necessitados (Mt 5.7; Tg 2.13).
BOM, BONDADE (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia)
Nos diálogos de Platão, exceto em seu
Banquete, a Forma ou Idéia do Bom é o mais elevado princípio moral e
metafísico. Portanto, usando termos cristãos, a bondade é a principal
característica de DEUS, da qual tudo o mais se originou, e na direção do que
tudo se move. A vida inteira é uma inquirição ética, cujo desígnio é libertar a
alma de seu cárcere do corpo mortal, devolvendo-a à liberdade do mundo das
idéias (equivalente aos céus cristãos). Dali ela provém, e para ali ela está
retornando. Porém, isso toma-se impossível sem a perfeição na bondade moral.
I. Idéias Filosóficas:
1. No seu diálogo, Leb, Platão substituiu as idéias
pelo termo DEUS, fazendo com que as idéias se tornassem atributos de DEUS.
Portanto, a bondade seria o mais elevado atributo divino. Isso é paralelo à
declaração cristã e bíblica de que DEUS é amor (ver I João 4:16). Ê
interessante que a palavra anglo*saxôlli> ca para DEUS, God, seja a palavra
por detrás da palavra bom, good. A verdadeira bondade é uma qualidade
transcendental.
2. Platão deu início à discussão sobre o que é
intrinsecamente bom e sobre o que é instrumento do bem. Um bem intrínseco é
aquilo que é bom em si mesmo. Um bem instrumental é aquilo que resulta no bem,
mediante o seu uso.
3. O que é intrinsecamente bom mescla-se com o conceito
do bem maior, ou summum bonum (que vide), uma expressão empregada pelos
filósofos para referir-se a DEUS, ou ao bem mais elevado possível.
4. Aristóteles pensava que a Eudaimonia (felicidade) é
o maior bem, bem como o objeto de nossa inquirição ética. Isso tem paralelo, na
teologia cristã, há idéia de que a finalidade do homem consiste em glorificar a
DEUS e desfrutar de DEUS para sempre (Confissão de Westminster, que vide).
5. Os filósofos epicureus faziam do prazer o bem mais
elevado, embora usualmente o compreendessem como os prazeres intelectuais ou os
prazeres moderados. Os hedonistas (ver sobre o hedonismo) pensavam que quanto
maior fosse o prazer, tanto melhor; e isso, para eles, seria o maior bem.
6. Os estóicos faziam da apatia ou indiferença o maior
bem.
7. O confucionismo (que vide) enfatiza o li (que vide),
isto é a propriedade ou princípio do benefício, resultante do amor, como o
maior bem.
Alguns filósofos veem a bondade como um conceito mais
amplo do que o direito. O direito pode ser justo, mas a bondade aplica a
misericórdia e o amor a todas as situações; pelo que a bondade é superior ao
direito. Ver o contraste feito por Paulo entre o homem justo e o homem bom, em
Romanos 5:7, e ver a exposição dessa idéia, no NTI.
8. Helvécio (que vide) fazia a bondade ser equivalente
ao prazer coletivo.
9. Para Hegel (que vide) a bondade é a coincidência de
uma vontade humana com a vontade universal, isto é, a vontade racional: a
correção de vontade, e, por conseguinte, de ação, com base em princípios
metafísicos.
10. Para Westermarck (que vide) a bondade equivale à
aprovação da sociedade a qualquer ato ou atitude.
11. Os filósofos analíticos desistiram de definir tão
importante e amplo vocábulo como é o adjetivo «bom».
12. Berdyaev (que vide) identificava o bom com a
criatividade e a espontaneidade.
13. Para Blanshard (que vide) a bondade consistiria na
combinação de satisfação e cumprimento.
II. Idéias Bíblicas
1. DEUS é amor, e, portanto, é o ser supremamente bom,
bem como a origem de toda a bondade (I João 4:6). Através do amor, as boas
obras visam o benefício do próximo. Quando DEUS amou o mundo de tal maneira
(ver João 3:16), ele fez a missão de seu Filho revestir-se do proveito máximo.
O bem mais alto é uma qualidade transcendental, relacionado ao ser divino. (Ver
Sal. 34:3 ; 149:9).
2. Os homens tornam-se bons quando a bondade divina
passa a ser cultivada neles, pelo ESPÍRITO SANTO, pois a bondade é um dos
aspectos do fruto do ESPÍRITO de DEUS (ver Gál. 5:22).
3- O homem bom é superior ao homem meramente justo,
porquanto, além de ser alguém dotado de ética correta, ele é generoso,
demonstrando amor em sua vida (ver Rom 5:7).
4. A criação de DEUS é boa, pois ali ele manifestou
suas idéias e seus atos (Gên. 3:5).
5. A prosperidade é um bem provido aos homens por DEUS.
Essa prosperidade pode ser material ou espiritual (ver Jos. 23:14 ss; I Reis
22:8 e Jó 2:10).
6. A lei de DEUS é boa, porquanto faz a alma prosperar.
Ver Deu. 30:15 ss\ Pirke Aboth 6:3:«O que é bom é simplesmente a Torah». Ver
Rom 7:12.
7. O Novo Testamento dá continuidade aos conceitos de
bom exarados no Antigo Testamento. O homem é uma boa obra de DEUS, criado para
praticar o que é bom (Efé. 2:10). As boas obras dos crentes glorificam a DEUS
(Mat. 5:16).
8. A vontade predestinadora de DEUS faz todas as coisas
contribuírem juntamente para o bem do crente, e o propósito disso é levá-lo a
compartilhar da imagem e natureza do Filho, afinei. Em outras palavras, a
salvação (que vide) é o bom ato de DEUS, aplicado ao homem (Rom 8:29).
9. Todas as virtudes cristãs são boas e precisam ser
cultivadas (Gál. 5:22,23; Filp. 4:8). Essas virtudes devem ser objetos
constantes de nossos pensamentos, a fim de que elas se manifestem em nossas
vidas. A alma é moralmente transformada por meio dessas boas qualidades, e a
transformação moral nos conduz à perfeição (Mat. 5:48). E isso, finalmente, nos
leva à transformação metafísica, de tal modo que os remidos compartilharão da
própria natureza divina (II Cor. 3:18; II Ped. 1:4). Isso tem paralelo na idéia
platônica de que o mais exaltado aspecto da inquirição ética é a transformação
metafísica no mundo das idéias.
10. A bondade de DEUS garante tanto o poder quanto o
cumprimento final de seus planos cosmológicos, por meio dos quais ele chegará a
restaurar todas as coisas (Efé. 1:10). O primeiro capítulo da epístola aos
Efésios mostra-nos que essa bondade será reconhecida pela criação inteira, e o
oitavo capítulo de Romanos contém a mesma idéia. E então o problema do mal (que
vide) encontrará perfeita solução.
Teologia Sistemática Pentecostal
Bondade. A bondade de DEUS é um dos seus
atributos morais. DEUS é bom em si mesmo e para as suas criaturas. Ê
a perfeição dEle que o leva a tratá-las com benevolência. Essa
bondade é para com todos: “O Senhor é bom para todos, e as suas
misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sm 145.9).
DEUS é a fonte de todo o bem. JESUS disse: “Não há bom,
senão um, que é DEUS” (Mt 19.17). Nessa bondade estão envolvidos também o amor
e a graça. São três conceitos distintos, mas o amor é a bondade divina exercida
em favor de suas criaturas morais, em grau incomparável e perfeito:
Porque DEUS amor o mundo de tal maneira que deu seu o
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna Jo 3.16).
Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO
morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8).
Misericórdia, graça e longanimidade. Estes três
atributos são correlatos, porém distintos entre si; manifestam a bondade de
DEUS. Misericórdia é o termo teológico para compaixão; trata-se da disposição
de DEUS para socorrer os oprimidos e perdoar os culpados. A graça é o favor
imerecido de DEUS para com o pecador; é a bondade para quem apenas merece o
castigo. Já a longanimidade é a demonstração de paciência; é ser lento para
irar-se; retardar a ira.
Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou:
JEOVA, o SENHOR, DEUS misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em
beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a
iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente;
que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos
até à terceira e quarta geração (Ex 34.6,1). Misericordioso e piedoso é o
SENHOR; longânimo e grande em benignidade (Sl 103.8).
Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS,
nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos
feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração
e da renovação do ESPÍRITO SANTO, que abundantemente ele derramou sobre nós por
JESUS CRISTO, nosso Salvador (Et 3.4-6).
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Lição 9, Fidelidade, Firmes na Fé
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode
negar-se a si mesmo." (2 Tm 2.13)
VERDADE PRÁTICA
A fidelidade, como fruto do ESPÌRITO, ajuda o crente a
permanecer firme na fé em CRISTO.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 10.35-39
35 - Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem
grande e avultado galardão. 36 - Porque necessitais de paciência, para que,
depois de haverdes feito a vontade de DEUS, possais alcançar a promessa. 37 -
Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. 38
- Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
39 - Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas
daqueles que creem para a conservação da alma.
Resumo da Lição 9, Fidelidade, Firmes na Fé
I - O SIGNIFICADO DE FIDELIDADE
1. Definição.
2. A fidelidade como fruto do ESPÌRITO.
3. A fidelidade de DEUS.
II - IDOLATRIA E HERESIA: UM PERIGO À FIDELIDADE
1. O que é idolatria?
2. A idolatria no Novo Testamento.
3. O que significa heresia?
III - SEJAMOS FIÉIS ATÉ O FIM
1. Olhando para o passado.
2.A fé que nos ajuda a permanecermos fiéis.
3. Seja fiel.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
A fidelidade que ora estudamos é sobrenatural, não
deve ser confundida com fé e nem com ser fiel ou honesto. são uma manifestação
do ESPÍRITO SANTO concedida ao crente quando necessária e somente dada quando o
mesmo está em comunhão intima com o ESPÍRITO SANTO.
Mas o justo viverá da fé (fidelidade a DEUS e de
DEUS); e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Hebreus 10. 38
A Idolatria é a falta da fidelidade do crente e a
falta de ser fiel e a falta de fé dele. É colocar em mesmo pé de igualdade ou
em superioridade ou até mesmo em substituição ao DEUS verdadeiro por um deus
falso, ou uma representação deste deus ou até mesmo do DEUS verdadeiro.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o
Senhor teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos,
até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos
que guardam os meus mandamentos.
Êxodo 20:3-6
As heresias são a substituição voluntária de
doutrinas bíblicas por doutrinas que vão apoiar a opinião de alguns dentro da
igreja para que criem outro grupo, como por exemplo, os Nicolaítas e os
seguidores de Balaão e os de Jezabel, como em Apocalipse.
Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas,
as quais eu também odeio. Apocalipse 2:6
Assim tens também os que seguem a doutrina dos
nicolaítas, o que eu odeio. Apocalipse 2:15
Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens
lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar
tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da
idolatria, e fornicassem. Apocalipse 2:14
Mas algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas
Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para
que forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria. Apocalipse 2:20
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão
tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos,
presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos,
profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais
amigos dos deleites do que amigos de DEUS, Tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se
introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados,
levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés,
assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e
réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o
seu desvario, como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha
doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,
Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em
Listra; quantas perseguições sofri, e o
Senhor de todas me livrou; E também todos os que piamente querem viver
em CRISTO JESUS padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão
de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que
desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça; Para que o homem de DEUS seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:1-17
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO
Pr. Luiz Henrique
Hebreus 10.35-39
35 - Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem
grande e avultado galardão. 36 - Porque necessitais de paciência, para que,
depois de haverdes feito a vontade de DEUS, possais alcançar a promessa. 37 -
Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. 38
- Mas o justo viverá da fé (fidelidade a DEUS e de DEUS); e, se ele recuar, a
minha alma não tem prazer nele. 39 - Nós, porém, não somos daqueles que se
retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.
Comentários da Bíblia Diário Vivir - Hb 10.35-38 O
escritor anima a seus leitores a não abandonar a fé em tempos de perseguição, a
não ser a demonstrar mediante a paciência que essa fé é verdadeira. A fé
significa depender do que CRISTO tem feito por nós no passado, mas também
significa esperar o que fará em nosso favor no presente e no futuro (vejam-se
Rom 8:12-25; Gal 3:10-13).
Comentário Bíblico Wesleyana - Incentivo à perseverança
final ( 10: 35-39 )
Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem uma
grande recompensa ... sois ... dos que têm fé para a salvação da
alma (vv. 35 , 39 ). JB Phillips abruptamente e,
caracteristicamente, traduz: "Não jogue fora a sua confiança agora ... A
paciência é o que você precisa. ..."
O escritor chega ao fim deste grande capítulo com
aconselhamento apropriado e sério para seus leitores.
Na primeira instância, ele entrega
admoestação quente e zeloso para os crentes a manterem a sua ousadia, a
audácia da fé em CRISTO. Sua necessidade presente de reparação moral e
espiritual, de modo algum justifica a sua rejeição da fé em CRISTO que
permanece. Isso eles devem manter, e os outros que eles devem
ganhar. JESUS entregou como admoestações às igrejas do Apocalipse
(cf. Ap 2: 5 , 6 , 25 ; 3:
2 , 11 , 21 ).
O galardão foi a razão suficiente citados
pelo autor para a sua perseverança na fé (cf. Heb. 11:26 ). Aqui
parece haver uma intimação na referência para recompensar de uma
figura de linguagem do autor é para usar no final deste capítulo, o de um navio
em um mar tempestuoso de condução para seu objetivo final ou porto. Esta é
a recompensa para que os marinheiros olhar com fé. Mas esta
recompensa não é para ser pensado em termos de presentes materiais, ou prêmios
de DEUS, por sua fidelidade. A justiça de fidelidade traz consigo sua
própria recompensa. Sua recompensa é inerente a ela. A realização e
perfeição de suas próprias personalidades, pela redenção fornecida em CRISTO é
a recompensa prometida de DEUS para estes e para todos os crentes fiéis e
perseverantes (cf. v. 34 ; Heb 11:26. ; 12:
23b ).
Em segundo lugar , ele aponta-se a necessidade de
resistência deliberada paciente e lealdade contínua e fidelidade a
CRISTO. Fé e paciência estão inextricavelmente unidos em uma espécie de
relação "espirituais siamês-gêmeos (cf. Heb. 6:12 ). A fé
ativa gera paciência, paciência e por sua vez suporta fé. O objetivo final
( a promessa ) é novamente citado por seu encorajamento. O homem
é constituído de forma que ele requer uma marca, uma meta, para visar se ele
deve ser mantido em um curso direto para o seu destino (cf. Heb.
11:39 ).
Em terceiro lugar , o autor apresenta três fatores
projetados para o incentivo dos leitores no caminho cristão: (1) ele
encoraja-os com a lembrança da iminência do retorno de CRISTO; (2) ele faz
fé a realidade sobre a qual tudo é contingente ou dependente de fé não descansa
no fato, mas fato concretizada pela fé; e (3) ele expressa sua confiança
neles através da aplicação de uma citação do Antigo Testamento ( Hab. 2:
4 ), indicando a sua aceitação contínua com DEUS ( o meu justo ),
e em seguida, delicadamente os adverte contra a falta de fé em CRISTO com a
consequente descontentamento de DEUS.
Quarta e, finalmente, o autor desafia seus
leitores, identificando-se com eles, como um general valente na batalha, e
oferecendo-os a continuar com ele no conflito para a vitória final: nós
não somos daqueles que recuam para a perdição; mas daqueles que crêem para
a conservação da alma (v. 39 ).
O uso enfático do pronome "nós" aqui parece
destinado a desidentificar o autor e seus leitores completamente dos
vira-casacas espirituais e morais cujo destino final será a desilusão e
destruição. Se o desenho de volta no cristão é expressa em decepção,
desilusão e desânimo, derrota, ou depressão, é sempre rastreáveisa desconfiar
ou falta de fé em CRISTO. Positivamente, o autor conclui: "temos fé
que leva à salvação da alma" (Williams). A tempestade da oposição é
feroz e as ondas estão correndo alto e ameaçando nosso navio de fé, o autor
parece estar dizendo, mas não estamos entre aqueles que vão "tomar em
vela" (cf. Gal. 2:12 ). Tomé comenta sobre estas palavras:
Hebreus - SÉRIE Comentário Bíblico - SEVERINO PEDRO DA
SILVA - A Paciência Necessária ao
Cristão
35- Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem
grande e avultado galardão.
Desde a Igreja Primitiva e nos séculos que se seguiram,
muitos cristãos perderam tudo o que possuíam por causa de sua fé. Porém, seus
olhos estavam fixados numa recompensa maior e mais valiosa, porque não era
terrena, e sim, eterna. O próprio DEUS é a recompensa grandiosa de seu povo;
foi assim que Ele se apresentou a Abraão, quando este temeu a perda de seus
bens por causa de sua fé. “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu
grandíssimo galardão” (Gn 15.1). CRISTO e a sua glória, bem como as suas riquezas,
é uma recompensa sem igual, que ultrapassa todos os limites passageiros dos
bens desta vida, não podendo ser expressa pela linguagem humana. “... como está
escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem são as que DEUS preparou para os que o amam” (I Co 2.9).
36- Porque necessitais de paciência, para que, depois
de haverdes feito a vontade de DEUS, possas alcançar a promessa.
Nos versículos que se seguem, o autor sagrado faz uma
citação do profeta Habacuque, quando DEUS exortou seu povo quanto à paciência,
dizendo que seu juízo sobre os caldeus dar-se-ia no tempo determinado (Hc 2.3).
Esta promessa divina é de igual modo aplicada com respeito a estes cristãos
hebreus, quando o apóstolo Paulo nos diz que num futuro mui breve DEUS
cumpriria sua promessa de vingança para com seus inimigos e de recompensa para
seus santos (cf. 2Ts 1.6-10). A vinda de JESUS terminaria com todo e qualquer
sofrimento humano. Restava, portanto, para eles e para nós, um pouco de
paciência até que JESUS volte, conforme fica demonstrado nos versículos
seguintes. Todavia, a necessidade de paciência não deve somente envolver a
esperança da vinda de nosso Senhor, mas ela deve estar presente em outros
sofrimentos que acompanham a vida humana (cf. Tg 5.11).
37- Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de
vir virá e não tardará.
O grego, aqui, indica “um pouco, quão muito, muito
pouco”, e algumas traduções dizem: “dentro de pouco tempo, e o que há de vir
virá”. O contexto deste versículo, como também do seguinte, segue uma citação
do profeta Habacuque, que diz: “Porque a visão é ainda para o tempo
determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque
certamente virá, não tardará. Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas
o justo, pela sua fé, viverá” (Hc 2.3,4). O sentido implícito na passagem de Hebreus
é, em primeiro plano, a vinda de JESUS, mas o sentido também adiciona a ajuda
divina em nosso favor, “... a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”,
alcançando assim, da parte do Senhor nosso DEUS, todas as promessas que dizem
respeito ao nosso bem-estar, tanto na vida presente como na vida futura.
38 - Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a
minha alma não tem prazer nele.
Apesar de o Antigo Testamento ser de uma gigantesca
extensão, a palavra “fé” somente aparece por duas vezes. A primeira delas, em I
Samuel 21.5, quando, questionado pelo sacerdote Aimeleque no tocante à pureza
moral dos mancebos, Davi responde: “Sim em boa fé, as mulheres se nos vedaram
desde ontem; e, anteontem...” Porém como substantivo, ela somente é vista em
Habacuque 2.4, quando o profeta diz: “... mas o justo, pela sua fé, viverá”;
citação esta que é reiterada por três vezes no Novo Testamento (Rm 1.17; Gl
3.11; Hb 10.38). Neste ponto, a idéia é que aquele que é verdadeiramente justo
confia inteiramente em CRISTO, seja na abundância, seja na necessidade. Em
todos os aspectos de sua vida CRISTO ocupa o primeiro lugar (cf. Fp 4.11-13). A
fé deve estar presente em nosso viver, devendo também nos acompanhar quando
chegar a hora da partida desta vida para a outra. O sucesso daquelas
testemunhas que são mencionadas no capítulo 11 desta epístola, é que todas elas
viveram e morreram na “fé” (11.13).
39 - Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para
a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.
Um dos motivos da demora de JESUS em vir buscar o seu
povo escolhido deve-se ao fato de que DEUS, “... não querendo que alguns se
percam, senão que todos venham a arrepender- se”, orienta-o que demore um
“poucochinho de tempo” até que estas almas se arrependam (cf. 2 Pe 3.9). Este
mesmo sentimento encontra-se no coração amoroso de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Por esta razão Ele orou ao Pai, dizendo: “Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição...” (Jo 17.12). Muitos
opinam que Judas Iscariotes foi predestinado por DEUS para cumprir as
Escrituras. Mas em tudo quanto este discípulo fez, de alguma forma jamais
deixou-se levar pela influência de JESUS em sua vida. Ele preferiu a maldade,
tornou-se maldoso e se perdeu por causa dessa maldade. Até mesmo depois de
trair seu Mestre poderia ainda ter sido salvo, se realmente tivesse se
arrependido e buscado o perdão de seus pecados. Mas as Escrituras mostram seu
caráter anterior. Ele era um “ladrão” (Jo 12.6); “um hipócrita” (Lc 22.48); “um
diabo” (Jo 6.70); “um filho da perdição” (Jo 17.12); “um precipitado” (At
1.18). Ele não desejou a salvação, então ela se afastou dele (SI 109.17).
Contudo, afora a atitude de Judas, nosso Senhor disse: “nenhum deles se
perdeu”, isto é, “nenhum outro” discípulo cujo coração era dominado pelo amor
de DEUS.
FIDELIDADE
BEP - CPAD - Fé” (gr. πιστις - pistis -
Lê-se Pístês), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos
unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm
3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7, Tt 2.10). Fidelidade.
DICIONÁRIO Strong Português - πιστις - pistis -
Lê-se Pístês
1) convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma
convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com DEUS e com
as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo
nascido da fé e unido com ela
1a) relativo a DEUS
1a1) a convicção de que DEUS existe e é o criador e
governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em CRISTO
1b) relativo a CRISTO
1b1) convicção ou fé forte e bem-vinda de que JESUS é o
Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de DEUS
1c) a fé religiosa dos cristãos
1d) fé com a idéia predominante de confiança (ou
confidência) seja em DEUS ou em CRISTO, surgindo da fé no mesmo
2) fidelidade, lealdade
2a) o caráter de alguém em quem se pode confiar
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William
Barclay - πιστις - pistis - Lê-se Pístês
- Fé OU FIDELIDADE
A Virtude da Confiança, ou convicção, ou coragem, ou
fé, ou fidelidade
O sétimo elemento no fruto do ESPÍRITO e pistis, que a
ARC traduz por fé. Pistis e uma das palavras mais comuns no NT, porque a
fé é a base de toda a religião cristã. Mas nesta lista do fruto do ESPÍRITO
SANTO, fé é um termo que provoca equívocos. Na grande maioria dos casos em que
pistis ocorre no NT significa a fé que é confiança, entrega e obediência totais
no que diz respeito a JESUS CRISTO. É o que se pode chamar de uma virtude
teológica; é a base da crença e da totalidade do nosso relacionamento com DEUS
mediante JESUS CRISTO. Mas as virtudes alistadas no fruto do ESPÍRITO não são
virtudes teológicas; são virtudes éticas: tem mais a ver com nosso
relacionamento com nosso próximo do que com DEUS. Pistis aqui significa
fidelidade; ê a confiabilidade e fidedignidade que torna uma pessoa totalmente
confiável e cuja palavra podemos aceitar completamente. É justamente fidelidade
que temos em português em todas as versões brasileiras em consideração, exceto
a ARC. Em inglês, C. Kingsley Williams diz honestidade. Quando examinarmos as
ocorrências de pistis com este significado no NT, frequentemente parecerá que a
melhor tradução é simplesmente lealdade. O número de casos em que pistis tem
este significado no NT é comparativamente reduzido. Em Mt 23.23 JESUS acusa os
escribas e fariseus de serem meticulosos em darem o dízimo da hortelã, do
enduro e do cominho, negligenciando as questões mais importantes da lei, a
justiça, a misericórdia e a fé. O significado é que muito cuidadosamente levam
a efeito as exigências rituais e cerimoniais da lei, mas negligenciam as
qualidades humanas básicas da justiça, benignidade e lealdade. Moffatt e
Kingsley Williams tem fidelidade aqui. Em Tt 2.10 e estipulado que os servos
nunca devem furtar, mas demonstrar boa fidelidade. O servo cristão deve ser
honesto e fidedigno. Em Rm 3.3 Paulo compara a inconstância dos homens com a
fidelidade de DEUS. As promessas de DEUS permanecem fiéis a despeito de toda a
infidelidade dos homens. A infidelidade do homem nunca poderá anular a fidelidade
de DEUS. É provável que neste sentido a palavra pistis seja usada mais de uma
vez no Apocalipse. O Apocalipse foi escrito num pano de fundo de perseguição,
numa situação em que as virtudes do mártir são as virtudes supremas do cristão,
uma situação em que a maior virtude e a lealdade inflexível a JESUS CRISTO. O
CRISTO Ressurreto sabe que os cristãos em Pérgamo têm de habitar onde está o
trono de Satanás, e Ele os parabeniza porque, mesmo nos dias em que a
perseguição ardia, não negaram a fé nEle e a lealdade deles resistiu à prova
(Ap 2.13). Um tempo de matança e uma chamada a perseverança é a fé, ou seja: a
lealdade dos santos (Ap 13.10; 14.12).
Aos santos e irmãos fiéis em CRISTO, que estão em
Colossos: Graça a vós, e paz da parte de DEUS nosso Pai e do Senhor JESUS
CRISTO.
Colossenses 1:2
Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode
negar-se a si mesmo.
2 Timóteo 2:13
Estes são os principais usos da palavra pistos no
sentido de fidelidade ou lealdade, mas possuímos um modo de desenvolver e
ampliar o seu significado. O adjetivo correspondente, pistis, é muito mais
comum do que o substantivo. Ele também tem dois significados que correspondem
aos dois sentidos de pistis; significa crente, e significa confiável,
fidedigno, fiel. Examinemos, pois, o caso do segundo significado, e veremos o
que constitui esta lealdade neotestamentária.
i. Pistos é caracteristicamente o adjetivo mediante o
qual o servo bom e leal é descrito. Requer-se dos despenseiros que sejam
encontrados fiéis (1 Co 4.2). Esta é a palavra que JESUS usa a respeito do
servo fiel (fidedigno) que é nomeado mordomo da casa inteira (Mt 24.45; Lc
12.42). É a palavra da recomendação e louvor dos servos bons e fiéis nas
parábolas afins acerca dos talentos e das minas (Mt 25.21, 23; Lc 19.17).
Ocorre nas três lições associadas a parábola do mordomo injusto. Quem é fiel no
pouco, também é fiel no muito. Se o homem não for fiel nas riquezas temporais,
quem lhe dará as riquezas da eternidade? O homem fidedigno é fiel com os bens
alheios (Lc 16.10-12). A fidedignidade é a qualidade que os homens procuram em
seu próximo, e aquilo que JESUS CRISTO procura em Seus seguidores também.
ii. Portanto, pode-se esperar que esta palavra descreva
o servo bom do evangelho, da Igreja e de JESUS CRISTO. Paulo a emprega a
respeito de si mesmo. Dá graças a JESUS CRISTO por considerá-lo fiel e por
colocá-lo no ministério (1 Tm 1.12). Os ensinos da Igreja devem ser confiados a
homens fiéis que os ensinarão aos outros (2 Tm 2.2). Aqui a palavra pode
ter um duplo sentido, podendo significar
homens que são crentes e fidedignos.
Repetidas vezes, Paulo caracteriza seus ajudantes como
fiéis no Senhor. Timóteo, Tiqueio, Epafras e Onésimo são descritos assim (1 Co
4.17; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.9); Pedro usa a mesma palavra a respeito de Silvano (1
Pe 5.12), e João a usa a respeito de Gaio (3 Jo 5). O patrimônio mais valioso
que qualquer líder pode possuir consiste nos homens que são fieis e leais,
homens dos quais pode depender totalmente quanto a lealdade e ao trabalho fiel.
Pistos não somente é a palavra da Igreja e das suas
virtudes, mas também é a palavra da virtude doméstica, porque as esposas devem
ser sóbrias e fieis em todas as coisas (1 Tm 3.11).
Nenhuma igreja ou casamento pode ficar em pé a não ser
que estejam baseados na lealdade.
iii. Especialmente nas Epistolas Pastorais, uma
ocorrência característica de pistos acha-se em conexão com logos, que e uma
palavra ou declaração. Um pistos logos é uma declaração sobre cuja verdade o
ouvinte pode ter absoluta confiança, e da qual pode ter total certeza. CRISTO
JESUS veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Tm 1.15); desejar o cargo de
bispo e desejar uma boa obra (1 Tm 3.1); o serviço de DEUS deve provocar, em
si, sofrimento (1 Tm 4.9); aqueles que declaram crer em DEUS devem produzir boas
obras (Tt 3.8); o cristão deve apegar-se a palavra em que pode confiar (Tt 1.9)
— cada uma destas declarações e descrita como pistos logos, uma declaração
acerca da qual não pode haver dúvidas. Assim, no Apocalipse a mensagem do
CRISTO Ressurreto é fiel e verdadeira (Ap 21.5;22.6).
Pistos logos é uma palavra de cuja veracidade é
impossível duvidar-se.
iv. Pistos descreve o homem cuja lealdade o capacitara
a morrer por JESUS CRISTO. Antipas é o mártir fiel de CRISTO; e o cristão é
conclamado a ser fiel até a morte (Ap 2.10; 3.14). O homem pistos preferiria
perder a vida e não perder a honra.
v. Ainda não chegamos ao completo significado da
palavra pistos. Pistos é usado mais de uma vez para descrever o próprio JESUS
CRISTO. JESUS é a testemunha fiel, o fiel e o verdadeiro (Ap 1.5; 19.11). Um
homem pode apostar sua vida na veracidade daquilo que JESUS disse. JESUS é o
Sumo Sacerdote misericordioso e fiel (Hb 2.17). O homem pode depender
totalmente dEle para abrir o caminho até DEUS. JESUS é fiel a DEUS que O nomeou
para a Sua tarefa (Hb 3.2, 5).
vi. Podemos dar o último passo além do qual nenhuma
palavra pode ir em circunstância alguma. Repetidas vezes pistos é uma descrição
de DEUS. Este e o caso especialmente nas cartas de Paulo. O DEUS que nos chamou
à comunhão de Seu Filho é fiel (1 Co 1.9). DEUS é fiel, e não permitirá que
sejamos tentados além das nossas forças (1 Co 10.13). Paulo assevera
enfaticamente que DEUS é verdadeiro (2 Co 1.19). O DEUS que nos chamou é fiel e
cumprirá a Sua promessa e obra (1 Ts 5.24). O DEUS que nos confirmará é que nos
guardará do maligno e fiel (2 Ts 3.3). Ainda que os homens descreiam, DEUS
permanece fiel (2 Ts 2.13).
A ideia aparece várias vezes como um refrão nas cartas
de Paulo: “Vocês podem depender de DEUS.” O escritor aos Hebreus insiste em que
podemos depender do DEUS que deu Sua promessa (Hb 10.23). Sara teve um filho na
sua velhice porque acreditava poder depender totalmente da promessa de DEUS (Hb
11.11).
Pedro conclama os seus leitores, mesmo no meio de seus
sofrimentos, a encomendarem as suas almas ao Criador, de quem podem depender (1
Pe 4.19). Se confessarmos os nossos pecados, diz João, podemos depender de DEUS
no sentido de recebermos perdão (1 João 1.9).
Em uníssono, os escritores do NT dão testemunho daquilo
que eles mesmos experimentaram repetidas vezes — a grande verdade de que
podemos depender de DEUS.
Pistos realmente é uma palavra importante. Descreve o
homem em cujo serviço fiel podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem
reservas. Descreve o homem com a fidelidade inflexível de JESUS CRISTO e a
total fidedignidade de DEUS.
Dicionário Bíblico Wycliffe - FIDELIDADE 1 - (Gr.
πιστις - pistis - Lê-se Pístês, “fidelidade״,
“confiabilidade").
O adjetivo pistos é geralmente traduzido como “fiel”. A
palavra pistis é traduzida como "fidelidade” ou “lealdade” apenas uma vez
no NT (Tt 2.10), embora seja possível que em Gálatas 5.22 ela devesse ser
traduzida dessa forma. Em Romanos 3.3, “a fidelidade de DEUS” expressa a
justiça de DEUS.
Há uma possibilidade de que em Lucas 18.8: “Quando,
porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra”, o significado
deva ser “fidelidade”. Mais duas passagens que trazem a palavra fé – 1Timóteo
6.11: “a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão”, e 2 Timóteo 2.22:
“Segue a justiça, a fé, a caridade” - fariam melhor sentido se fossem
traduzidas como “fidelidade”. Em todos os outros usos de pistis no NT o
significado parece ser "fé” ou “a fé” (q.v.). Quando a palavra “fidelidade”
é usada em relação a DEUS, como em Romanos 3.3, o significado é que podemos
confiar que DEUS jamais mudará o seu caráter ou a sua disposição. Ele possui o
atributo da “fidelidade”. Em Tito 2.10; “Mostrando toda a boa lealdade”, os
escravos (ou os servos) são exortados a demonstrar a qualidade da fidelidade.
Como cristãos, devemos todos permanecer fiéis a CRISTO, isto é, termos
fidelidade em nossa vida e em nossa fé cristã, e manifestar “a perseverança dos
santos”. Desta maneira também nos tornamos “dignos de confiança”. F. E. H.
Dicionário Bíblico Wycliffe - FIDELIDADE 2 -
DEUS, como revelado na Bíblia, é vivo e pessoal, e,
dessa forma, possuidor de um caráter determinado. Um ponto central neste
caráter é a fidelidade ou a possibilidade de se ter total dependência dele. A
passagem em Tiago 1.17 apresenta a constância de DEUS, que é a antítese de tudo
que é instável e variável. Um texto muito semelhante é 2 Timóteo 2.13, onde se
declara que a fidelidade de DEUS é corolário da sua auto coerência. Estas
passagens do NT destacam a mesma característica que é metaforicamente expressada
nos textos do AT que chamam o Senhor de Rocha (Dt 32.4,15,18). Em outras
palavras, o caráter de DEUS é o fundamento sólido e inabalável da realidade.
Desse modo, a sua aliança é inviolável (Dt 7,9), a sua palavra é mais firme que
a estrutura da natureza obediente à lei (Mt 7.24-27; 24.35; Lc 21.33). Pelo
fato de DEUS ser fiel, suas promessas são infalivelmente confiáveis (Hb 10.23).
DEUS permanece firme para com os seus compromissos autoimpostos e leva a cabo
os seus acordos autoiniciados. O perdão, portanto, está enraizado na fidelidade
divina (1 Jo 1.9), assim como a vitória de seu povo sobre as mais duras
provações da vida (1 Co 10.13; 1 Pe 4.19), como também a sua perseverança (1 Ts
5.24).
Como a autorrevelação do caráter divino, JESUS CRISTO é
adequadamente designado como Fiel e Verdadeiro (An 19.11), aquele que com
absoluta fidelidade cumpre todas as responsabilidades de Sumo Sacerdote (Hb
2.17), Apóstolo (Hb 3.1,2) e Testemunha (Ap 1.5; 3.14).
Esta qualidade do caráter divino encontra o sem reflexo
humano em homens de fé (Hc 2.4). Como o seu Divino Exemplar, eles manifestam
uma firme confiabilidade em todas as suas obrigações (Mt 25.21; 1 Co 4.2); eles
são tenazmente leais, a ponto de enfrentar o martírio (Ap 2.10). Em resposta à
fé, o ESPÌRITO SANTO produz nos homens este traço de fidelidade (Gl 5.22). V.
C. G.
Claudionor Correia de Andrade - Dicionário Teológico -
(Do heb. aman; do gr. aletheia; do lat. fidelitatem) πιστις - pistis - Lê-se
Pístês
Firme compromisso de DEUS em manter as cláusulas das
alianças que Ele estabeleceu com o seu povo. Sua fidelidade advém de sua
natureza moral, absoluta e infinitamente justa (2 Ts 3.3), e do exercício de
seus atributos incomunicáveis: onipotência, onisciência, onipresença,
infinitude etc. Ele mesmo é o aval de todos os pactos que, no transcorrer da
história da salvação, firmou com a raça humana (Hb 11.11). A mesma atitude
devemos ter com o Senhor DEUS. Caso contrário: desobriga-se Ele a cumprir os
termos de suas alianças. Pois estas sempre são firmadas em caráter condicional.
Teologia Sistemática Pentecostal - Verdade e
fidelidade.
Verdade é um atributo relacionado com a fidelidade de
DEUS. Ela diz respeito à sua veracidade e é algo próprio da natureza divina. Já
a fidelidade, do latim fdelitas, é a garantia do cumprimento das promessas
dEle:
“DEUS é consistente e constante em suas promessas e em
sua graça”. É, pois, um atributo relacionado com a imutabilidade de DEUS.
O termo “verdade” (hb. ’emeth) “tem o sentido enfático
de certeza, confiança”. Daí derivam as palavras ’emuna, “fé”, “fidelidade”,
“firmeza” (Hc 2.4) e ’amen, “amém”, “verdadeiramente”, “de fato”, “assim seja”.
Esse vocábulo aplica-se duas vezes a DEUS, em Isaías 65.16, onde foi traduzido
por “verdade” (gr. aktheia, na Septuagínta, “sinceridade” ou “franqueza”), cuja
idéia é “não oculto”, “não escondido”; veritas, em latim, que denota, ainda,
“precisão”, “rigor”, “exatidão de um relato”. Todas essas qualificações
reúnem-se em DEUS, em grau absoluto e infinito.
A “veritas Dei” ou verdade de DEUS, é em última análise
a correspondência, de fato, a identidade do intelecto... e a vontade... de DEUS
com a... essência de DEUS.
DEUS é a verdade em si mesmo, num senso absoluto.
‘Verdade e fidelidade não são diferentes nomes de um mesmo atributo, embora
inseparáveis; são distintos, pois não pode haver fidelidade sem verdade. A
verdade mostra que DEUS é real; é tudo aquilo que em sua Palavra Ele afirma
ser; e nEle podemos confiar. Tal confiança envolve tanto a verdade como a
fidelidade.
Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os
seus caminhos juízo são; DEUS é a verdade, e não há nele injustiça; justo e
reto é (Dt 32.4).
Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste,
Senhor, DEUS da verdade (Sl 31.5).
De sorte que aquele que se bendisser na terra será
bendito no DEUS da verdade; e aquele que jurar na terra jurará pelo DEUS da
verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão encobertas
diante dos meus olhos (Is 65.16).
Eu sou o caminho, e a verdade e a vida... (Jo 14.6).
JESUS, pois, é fiel e justo para nos perdoar: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).
IDOLATRIA
DICIONÁRIO Strong Português - IDOLATRIA -
ειδωλολατρεια - eidololatreia - Lê-se Idôlôlatria
1) adoração a deuses falsos, idolatria
1a) de festas sacrificiais formais celebradas para
honrar falsos deuses
1b) da cobiça, como adoração a Mamom
IDOLATRIA - ειδωλολατρεια eidololatreia - Lê-se
Idôlôlatria - Livro Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
B, ARC, ARA, BJ, Mar., BV; idolatria; P: o
culto aos falsos deuses; BLH: a adoração de ídolos.
Pela natureza das coisas, a adoração aos ídolos parece
difícil de ser entendida pelo homem moderno. É difícil compreender como
qualquer homem poderia considerar com reverencia um pedaço de madeira, pedra
ou metal, por mais bela que seja a forma em que é
esculpido, e por mais dispendiosa que seja a sua ornamentação. Torna-se ainda
mais difícil entender quando nos lembramos que muitos ídolos antigos eram tudo,
menos belos. Por exemplo, a imagem de Artêmis ou Diana no famoso templo em
Éfeso era uma figura negra, achatada, desajeitada, coberta de muitos seios, e
totalmente destituída de beleza. O fato e que no início ninguém adorava o
ídolo. Este tinha duas funções. Visava localizar e visualizar o deus que representava.
Originalmente, nunca houve intenção de que o ídolo fosse adorado. Seu propósito
era facilitar ao homem a adoração do deus a quem o ídolo representava,
dando-lhe algo visível localizado num determinado lugar. Mas, uma vez que isto
foi feito, era quase inevitável que o homem passasse a adorar o ídolo em
lugar do deus a quem representava.
Citemos como exemplo o desenvolvimento do culto ao
imperador no Império Romano. Começou como expressão de gratidão pela segurança,
pela integridade física, pela justiça e pela boa ordem que Roma trouxera aos
homens. Roma varreu dos mares os piratas, e das estradas os bandidos. Trouxe a
justiça imparcial para substituir o capricho dos tiranos. Os homens ficaram tão
gratos a Roma pelo seu braço forte e pela sua justiça imparcial que havia reis
que legaram seus países a Roma ao morrerem. A partir desta gratidão surgiu a
adoração a deusa Roma, o ESPÍRITO de Roma; e esta adoração existia há mais de
um século antes de a adoração ao Imperador, propriamente dita, ter surgido. Mas
os homens desejam algo para ver, e Roma e o ESPÍRITO de Roma foram, por assim
dizer, encarnados no imperador. E assim, a adoração veio a ser transferida ao
próprio imperador, fenômeno este que inicialmente deixava os imperadores
romanos encabulados, procurando acabar com ele. Mas para aqueles que estavam
nas cercanias do Império, o Imperador
não passava de um nome, de modo que a sua estátua era
erigida, e a adoração era transferida a estátua. Em primeiro lugar, o ESPÍRITO
invisível de Roma; depois, o imperador visível; e finalmente, a estátua
presente
- foi este o curso do desenvolvimento.
E aqui está o primeiro erro básico da adoração aos
ídolos — a adoração aos ídolos e a adoração do objeto criado ao invés da
adoração do Criador de todas as coisas. E exatamente isto que Paulo viu no seu
esboço da gênese da idolatria.
O que de DEUS se pode conhecer é manifesto entre eles,
porque DEUS lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de DEUS, assim o
seu eterno poder como também a sua
própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo
percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso
indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de DEUS não o glorificaram como
DEUS, nem lhe deram graças, antes se tomaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se lhes o coração insensato. Inculcando-se por
sábios, tomaram-se loucos, e mudaram a glória do DEUS incorruptível em
semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e
répteis (Rm 1.19-23). Este tipo de idolatria ainda existe, porque, basicamente,
ela é a adoração As coisas ao invés da
adoração a DEUS. Pode-se dizer que o deus da pessoa, nem dúvida alguma, e
aquilo a que ela dedica seu tempo, seus bens e seus intentos; e aquilo a que
ela se entrega. Em tempos recentes tem entrado em nossa língua uma expressão
nova: “ o sinal de status” . O sinal de status e aquilo que o homem deseja como
prova e garantia externa de que alcançou certo grau de sucesso. O sinal de
status pode ser uma casa em certo bairro da cidade, algum tipo de móvel ou
eletrodoméstico que e cobiçado por muitos, mas possuído por poucos. Pode-se
dizer com muita verdade que o sinal de status e o ídolo do homem, porque
dedica-se totalmente a sua obtenção. Sempre quando algum objeto no mundo começa
ocupar o lugar principal em nosso coração, mente e intenção, esse objeto
torna-se um ídolo, porque tomou o lugar que pertence a DEUS. E interessante e
relevante o fato de que a idolatria e alistada imediatamente depois do grupo de
palavras que descrevem os pecados sexuais. No mundo antigo, a idolatria e a
imoralidade sexual estavam estreitamente ligadas. O escritor da Sabedoria de
Salomão, diz: “A ideia de fazer ídolos foi a origem da formicação, sua
descoberta corrompeu a vida” (Sab. 14.12 - BJ). De onde vem esta associação?
Podemos ver esta conexão no AT. Emerge de modo vivido,
impressionante e dramático na poesia do segundo capitulo de Oseias. A mãe, ou
Seja: Israel, disse: “ Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e minha
água, a minha lá e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.” lenta, a voz
de DEUS continua: “Ela, pois, não soube que eu é que lhe dei o grão, e o vinho,
e o óleo” (Os 2.5, 8). Na Palestina, no antigo culto pré-Israelita, os baalins
eram deuses da fertilidade. Eram os deuses das forças por trás do crescimento
da ceifa. Eram eles que davam o trigo, o vinho e o óleo. Israel voltou-se para
eles, e, visto que Israel era a noiva de DEUS, podia-se dizer que estava adulterando
com deuses estranhos; logo, o adultério veio a ser o símbolo da apostasia, pois
a apostasia era a infidelidade mediante a qual Israel se desviou de DEUS, que
era seu verdadeiro marido, para procurar um marido entre os deuses falsos. Ora,
conforme já notamos, entre todos os poderes de crescimento, o do sexo e o mais
vivido, o mais vital e o mais poderoso. Tendo em vista este fato, o ato sexual
veio a ser um ato de adoração e de glorificação a DEUS; e, portanto, equipar os
santuários antigos com prostitutas sagradas tornou-se um costume e as relações
sexuais com elas vieram a ser um tipo de ato de adoração do poder da forca da
vida. A atração que uma adoração deste tipo exerce sobre a parte mais baixa da
natureza humana e bem óbvia. O homem natural preferiria isto muito mais as
rigorosas austeridades da adoração verdadeira. Achava-se nisto o perigo
terrível do culto de Baal contra o qual os profetas pleiteavam e bradavam. A
tragédia da idolatria era dupla. Nela, os homens adoravam o objeto criado ao invés
do Criador de todas as coisas, e nela os homens usavam como adoração um ato,
belo em si mesmo, de tal maneira que se, tornou em pecado. Com um só golpe, a
idolatria destruiu a adoração; verdadeira e a pureza que é a mais sublime
adoração.
Adoração de ÍDOLOS. Dicionário Bíblia Almeida
DEUS proíbe a adoração de qualquer imagem, seja de um
deus falso ou do DEUS verdadeiro (Êx 20.3-6). As nações que existiam ao redor
de Israel eram idólatras, e Israel muitas vezes caiu nesse pecado (Jr 10.3-5;
Am 5.26-27). Entre outras, eram adoradas as imagens de BAAL, ASTAROTE, MOLOQUE
e o POSTE-ÍDOLO.
IDOLATRIA - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio
Conde - CPAD
A palavra tem uma interpretação de ordem material,
isto é, imagem, em linguagem popular, é uma estátua, um desenho, uma
estampa, representando, de modo geral, um motivo religioso.
Convém conhecer o que as Escrituras declaram acerca
de imagens como objetos dedicados ao culto religioso. DEUS foi muito
claro acerca desse assunto, quando entregou a Moisés os Dez Mandamentos
que deveriam orientar a vida moral e religiosa do povo de
Israel. Sempre é bom ler o que está escrito; é bom consultar a
Bíblia: “Eu sou o Senhor teu DEUS que te tirou da terra do Egito,
da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagens de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra” (Êx
20.2-4). Como se vê, o Senhor proibiu, de modo muito claro, que o seu povo
desviasse a atenção do verdadeiro DEUS para objetos inanimados,
para que não considerasse o DEUS vivo e verdadeiro igual a
uma simples figura. A razão da inclusão dessa proibição nos
Dez Mandamentos era, sem dúvida, para que o povo de Israel não se
nivelasse espiritualmente com os povos pagãos, que faziam e adoravam deuses
que não podiam ver, nem ouvir, nem ajudar a ninguém (Dt 4.15-19).
Os Dez Mandamentos são o conjunto mais perfeito de
lei que se conhece. O decálogo tem servido de modelo para
as constituições de vários países.
Convém saber que DEUS não proibiu a fabricação de
estátuas, colunas ou monumentos em que a arquitetura apresenta a habilidade do
escultor ou do arquiteto. A arte, a beleza e a inspiração sempre tiveram a
apresentação divina. O que se lê nos Dez Mandamentos é a proibição de se
fazer imagens para serem adoradas ou cultuadas. As obras de
arte que povoam os parques e jardins são peças ornamentais que
deleitam o espírito e alegram os sentimentos artísticos. Os quadros que figuram
nos museus educam e ensinam a amar a perfeição e o belo. Convém
lembrar que beleza, perfeição e nobreza são qualidades que DEUS deseja ver em
todas as vidas. Assim sendo, convém não confundir a arte, a beleza
e a inspiração criativa com a proibição expressa nos Dez Mandamentos.
Quando DEUS ordenou a Moisés que construísse o
Tabernáculo, isto é, o templo da peregrinação no deserto, o mesmo
Senhor outorgou inspiração artística a dois homens -chamados Bezaleel e
Aoliabe, aos quais encheu de sabedoria, entendimento e ciência
em todo o artifício para inventar em invenções para trabalharem em
ouro, e em prata, e em cobre, e em artifício de pedras de engastar
(Êx 35.31-33). O que os leitores acabam de ler demonstra que DEUS ama
a arte e os artistas e Ele mesmo dá inspiração para produzir
o que realmente é bom e belo. Mas DEUS não consente que
se adorem as obras humanas nem que a elas se preste culto.
Ainda para completar a explicação acerca de imagens e
suas finalidades e da arte ornamental e educativa, DEUS ordenou aos artesãos
que Ele chamara e inspirara que, além das obras de madeira talhada,
dos bordados de linho colorido, dos varais cobertos de ouro,
além de tudo isso, e para completar a ornamentação do Tabernáculo,
ordenou que se fizessem dois querubins, isto é, obra feita à mão,
perfeita, como tudo que vem de DEUS.
IDOLATRIA - Definição - Dicionário Bíblico Wycliffe -
CPAD
Esta é uma transliteração da palavra gr.
eidololatria (Lê-se Idôlôlatria), cujo significado entendemos ser “a
adoração a ídolos; a adoração a imagens como divinas e sagradas”. Esse vocábulo
gr. é uma composição de dois termos; O primeiro é eido (cf. o latim rideo),
significando “ver” e “saber”; assim ele traz em si o conceito básico de “saber
por ver”. Com base nesse termo foi formada a palavra eidolon, “imagem”, que
veio a significar especificamente uma imagem de um deus como um objeto de
adoração, ou um símbolo material do sobrenatural como tal objeto. O segundo
termo é latreia, significando “culto” ou, mais especificamente, “culto ou
adoração aos deuses”.
Idolatria, então, é prestar honras divinas a qualquer
produto de fabricação humana, ou atribuir poderes divinos a operações puramente
naturais.
Descrição
Como uma criatura ligada ao tempo e ao espaço, o homem
tem estado especialmente inclinado a prestar adoração a algum tipo de símbolo
visível de divindade. Ele parece anelar por manifestações tangíveis da presença
divina. Durante a história humana, esta atitude tomou várias formas e
manifestações. Mesmo que o homem tenha abandonado a adoração ao verdadeiro
DEUS, ele não renunciou à religião, mas procurou substituir o verdadeiro DEUS
por um deus falso que estivesse de acordo com seu próprio gosto.
O animismo era a adoração ou a reverência aos objetos
inanimados, tais como pedras, árvores, rios, fontes e outros objetos naturais.
Também havia a adoração a coisas animadas, tais como aos animais: touros ou
bezerros sagrados, símbolos do princípio da reprodução e procriação; a
serpente, como símbolo de renovação anual, uma vez que ela troca sua pele velha
por uma nova; e pássaros, tais como o gavião, a águia e o falcão, como símbolos
de sabedoria e conhecimento interior. Estas formas animais eram às vezes
combinadas com formas humanas como objetos de adoração - o teriomorfismo. Havia
divindades astrais, tais como o sol, a lua e as estrelas. Os elementos e as
forças da natureza também eram reverenciados e adorados: tempestades, ar, fogo,
água e terra. Consequentemente, os deuses da vegetação e o espírito do
lugar, recebiam uma posição importante.
O princípio da fertilidade era frequentemente
divinizado como uma deusa-mãe (veja Diana), como as imagens de Éfeso indicam.
Isso envolvia a adoração ao sexo e a glorificação da prostituição.
Havia a tendência comum da adoração aos heróis, que
também incluía os ancestrais mortos da tribo ou do clã.
O totemismo representava não apenas a atividade em
artes e ofícios, mas a adoração ao deus ou à deusa que eram patronos do clã,
qualquer que fosse a imagem sob a qual a divindade tivesse sido concebida.
Geralmente este era um animal selvagem ou um pássaro, ou ainda a combinação de
uma das formas animais com a humana.
O idealismo envolvia a adoração a conceitos abstratos
tais como a sabedoria e a justiça. A adoração ao imperador deve ser incluída.
Os reis, por terem o poder da vida e da morte sobre seus súditos, passaram a
ser divinizados. “Ave César” significava mais que um desejo de “vida longa ao
rei", assim como “Neil Hitler” (“Salve Hitler״); estes eram, na
verdade, atos de adoração.
Somente o homem possui o dom de fazer imagens. Assim
fazendo, ele busca a reprodução de impressões oculares que desaparecem, ou
objetos sagrados imaginados. Assim a idolatria fica estreitamente relacionada
ao avanço do homem em artes e ofícios, Sua história está repleta de tentativas
de dar formas materiais a ideais e idéias religiosas. Uma vez que estes se
tornassem objetos concretos, então a reverência e a adoração poderiam ser
expressas em favor deles através da queima de incenso, curvando-se os joelhos,
beijando-se a imagem, recobrindo-a com prata e ouro, adornando-a com joias e
pedras preciosas, ou vestindo-a com trajes suntuosos. Tudo isto consistia
apenas em um outro passo para consultá-la como um oráculo de sabedoria divina e
um meio de predizer o futuro de uma pessoa, ou o resultado de algum projeto
militar ou político. Uma estátua de culto era, portanto, um objeto de adoração
e deleite porque a imagem visível dava evidência da presença da divindade. Ela
era regularmente guardada em algum santuário, e um completo culto para sua
adoração era desenvolvido. Era chamada Imagem de Escultura. Em um sentido mais
amplo, a idolatria em formas teóricas pode incluir as vãs filosofias dos
homens, pois ela tira parte da glória de DEUS (Rm 1.23) e confere honras divinas
a outrem. Assim, o naturalismo, o humanismo, e o racionalismo são tipos de
idolatria. Da mesma forma, ligar-se a horóscopos e qualquer prática oculta de
feitiçaria e espiritualismo deve ser condenado como idolatria. (Exemplo: Magia;
Feitiçaria).
A Idolatria dos Vizinhos de Israel
Práticas pagãs entraram em Israel principalmente por
intermédio dos egípcios, dos cananeus e das nações assírio-babilônicas. A
antiga arte e escrita egípcia deixaram evidências de milhares de divindades. Os
próprios faraós eram considerados encarnações de alguma divindade. Além dos
seres humanos, pensava-se que um touro, um crocodilo, um peixe, uma árvore, um
gavião etc. também poderiam ser habitados por um espírito e, portanto,
divinizados. Havia muitas divindades com cabeça de animal ou pássaro, porém com
corpos de seres humanos.
Entre os cananeus, os muitos baalins com seus
respectivos cultos de fertilidade eram os promotores de adorações orgiásticas
da natureza e do princípio da produtividade.
A principal entre as divindades dos babilônios e
assírios era a deusa imoral da luxúria e da procriação, a mesopotâmia Ishtar.
Os babilônios pareciam estar dispostos a importar deuses de muitos vizinhos, ou
de nações que eles haviam conquistado e sujeitado ao pagamento de tributos.
Sendo assim, eles tinham um deus para quase tudo; aprendizado, guerra, fogo,
maternidade, virgindade, fertilidade, céu, vento, água, terra, e o mundo dos
mortos, juntamente com o habitual sol, lua e estrelas. O povo assírio era tão
idólatra quanto o babilônio e, além disso, ganhou a reputação nada invejável de
ser a mais cruel e mais sádica de todas as nações antigas do Oriente Próximo.
A História da Idolatria Entre os Israelitas
Abraão viveu em um mundo de idolatria. Sua viagem para
oeste tinha a finalidade de abandonar a idólatra de Ur dos caldeus e procurar
um novo lar no qual poderia adorar ao único DEUS verdadeiro. É significativo
notar que de seus descendentes tenham surgido as três grandes religiões
monoteístas do mundo: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.
A proibição da idolatria é um dos poucos conceitos
absolutos e imutáveis no sistema judaico de ética (juntamente com o incesto e o
assassinato). A adoração sem a imagem de Jeová anunciava não meramente que Ele
era maior do que a natureza, mas que também não era limitado por ela. No AT, há
muitos termos heb. usados como escárnio à idolatria, indicando sua infâmia e
obscenidade, bem como seu absoluto vazio.
Todas as camadas da lei judaica dão testemunho da
oposição a se fazer um retrato de DEUS. Os dois primeiros mandamentos proíbem a
adoração de imagens, bem como a adoração a qualquer outro deus ícf. Ex 20.1ss.;
Dt 5.7,8; Lv 19.4). A idolatria era classificada como uma ofensa de estado e
cheirava a traição, devendo ser punida com a morte (Dt 17.2-7).
A profecia heb. mostra, da mesma forma, uma hostilidade
intransigente à idolatria. Qualquer imagem é uma mera obra das mãos do homem
(Am 5.26; Os 13.2; Is 2.8), uma imitação das criaturas (Dt 4.16ss.) formada a
partir de matéria sem vida (Os 4.12; Is 44.9,10; Sl 115). Portanto, sua
adoração é absolutamente uma loucura. Só DEUS deve ser adorado, visto que
somente Ele é o Criador vivo de todas as coisas, e um ESPÍRITO que não pode ser
retratado de nenhuma forma. Contudo, mesmo entre os israelitas pode ser notada
a adoração a Jeová sob a forma de alguma imagem ou símbolo; muitos deles se
comportavam como se a adoração aos deuses das nações vizinhas sob qualquer
símbolo fosse apropriada; e, além disso, adoravam as próprias imagens e
símbolos (por exemplo, a serpente de bronze, 2 Rs 18.4).
A história da idolatria entre os hebreus começa com o
relato do roubo - por parte de Raquel - dos ídolos do lar que pertenciam a
Labão (Gn 31.19), que eram provavelmente estatuetas de deuses da família. Estes
naturalmente não eram considerados como o DEUS de Abraão e Naor (Gn 31.53). No
entanto, Raquel pode não ter tido interesse pelos ídolos do lar por motivos de
adoração, porque descobertas em Nuzu indicam que com a posse de um ídolo do lar
vinha a chefia da família. Ela pode ter tentado transferir a chefia patriarcal
da família de seu pai para seu marido.
Os anos no Egito resultaram na fascinação de Israel
pelos ídolos egípcios (cf. Js 24.14; Ez 20.7,8), e assim DEUS, por meio de
Moisés, considerou imperativo desafiar os deuses do Egito (Nm 33.4). Durante a
ausência de Moisés do acampamento ao pé do monte Sinai, os israelitas clamaram
por alguma representação visível de Jeová (Ex 32.1). Somente uma mente
completamente acostumada ao profundo respeito prestado aos touros sagrados do
Egito poderia inventar uma representação tão estranha de Jeová (Êx 32.4). As pessoas
que não estivessem familiarizadas com essa prática egípcia não poderiam ter
respondido tão prontamente como fizeram esses israelitas. A festa que Arão
proclamou para Jeová (Êx 32.5), que resultou no povo cantando e dançando nú
diante do ídolo (32.6,18,19,25), era como a festa de Ápis; isto levou o povo à
indecência — de uma forma pública ou privada (a palavra “divertir-se” ou
“folgar”, saheq, em 32.6 implica em gestos ou atos sexuais; cf. “acariciava”,
Gênesis 26,8). Portanto, a grande ira do Senhor e de Moisés é compreensível
(32.4,8). Arão chamou ao bezerro de Senhor (32.5), mas representá-lo desse modo
era idolatria (Sl 106.19,20).
Houve uma apostasia temporária em Sitim quando os
homens de Israel, cedendo aos encantos das filhas de Moabe, deram lugar ao
baalismo (Nm 25).
Ao entrar na Palestina, Israel teve contato com várias
formas de idolatria. E embora tivessem recebido ordens expressas para destruir
todos os ídolos (Dt 12.2,3), a ordem não foi obedecida integralmente em todos
os casos (Jz 2.12,14).
O pai de Gideão havia levantado ou tomado posse de um
altar a Baal, o qual Gideão foi obrigado a destruir (Jz 6.25-32). O éfode de
Gideão pode ter sido uma oferta de voto a
Jeová, mas ele tornou-se um laço para todo o Israel,
bem como para toda a sua casa (Jz 3.27). Assim que Gideão morreu, Israel
retomou à sua adoração idólatra a “Baal-Berite” (Jz 8.33; 9.4). O episódio de
Mica em Juízes 17 e 18 revela evidências de uma idolatria secreta por parte de
muitas pessoas (Jz 17.1-6). Neste caso, um levita de todo o povo torna-se um
sacerdote de imagens (cf Dt 27.15). Samuel, ao assumir o ofício de juiz de
Israel, considerou necessário repreender o povo pela posse de deuses estrangeiros
(1 Sm 7.3,4). Salomão já havia estabelecido o cenário para uma grande apostasia
e idolatria por sua importação de tantas esposas estrangeiras, e com elas as
suas respectivas formas de adoração pagã, cada uma com seu falso deus. Havia
Astarote dos sidônios, Quemos dos moabitas, Milcom dos amonitas, só para citar
alguns. Três dos cumes do monte das Oliveiras foram coroados com postes-ídolos
para essas divindades, respectivamente, e o quarto ficou conhecido como o monte
da corrupção (1 Es 11.5-8; 2 Rs 23.13,14). O filho de Salomão, Roboão, tinha
uma mãe amonita, cuja religião introduziu algumas das piores características de
idolatria licenciosa (1 Rs 14.21-24). Jeroboão, recém-saído de seu exílio no
Egito, erigiu touros sagrados em homenagem a Jeová em Dã e Betel (1 Rs
12.26-33). Na prática, porém, a adoração parece ter sido dirigida aos animais
de ouro ao invés de ser oferecida ao próprio Senhor (cf. Am 4.4,5). Esta
adoração aos bezerros é tratada por Oséias como o “pecado de Israel” (Os
10.5-8). Um dos maiores promotores da idolatria na história hebraica foi o rei
Acabe, influenciado por sua esposa, a princesa sidônia Jezabel (1 Rs 21.25,26).
Ele não só construiu um templo e um altar para o Baal dos sidônios - Melcarte,
como se envolveu na perseguição ativa aos profetas de Jeová (1 Rs 16.31-33).
Diante dos profetas de Baal e Aserá, Elias proclamou seu famoso discurso em
defesa do DEUS verdadeiro (1 Rs 18). A história do Reino do Norte então se
toma, sucessivamente, com cada um de seus reis, um restabelecimento do pecado
de Jeroboão. Isto veio a ser conhecido como o “caminho dos reis de Israel” (2
Rs 16.3; cf. 17.7-18). Assim houve uma longa linhagem de apóstatas reais na
nação de Israel, o que não cessou até a conquista daquele reino pelos assírios.
Um propagador da idolatria no Reino do Sul foi o rei Acaz. Ele construiu um
altar de acordo com o modelo que havia visto em Damasco, bem no local do altar
de bronze do Templo judeu (2 Rs 16.10-15). Também fez seu filho passar pelo
fogo (2 Rs 16.3) e ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco (2 Cr 28.23). Um
dos reinados mais longos e mais idólatras em Judá foi o do ímpio Manassés, que,
embora tenha se voltado para o Senhor pouco antes de sua morte (2 Cr 33,10-17),
não pôde desfazer os resultados de uma vida de apoio a encantamentos,
adivinhações, feitiçaria, profanação dos pátios do Templo com altares às
divindades astrais e uma imagem de Aserá no Lugar SANTO (2 Rs 21.1-9; Jr
32.34). Consequentemente, pouco antes de seu arrependimento e morte, seu
próprio filho restaurou os altares de Baal e as imagens de Aserá. Contudo, como
nos dias de Elias no Reino do Norte (1 Rs 19.18), também durante os reinados
dos reis ímpios de Judá DEUS parece ter conservado um remanescente justo que se
recusou a dobrar os joelhos diante de Baal. O tipo de idolatria mais deplorável
era aquele dirigido pelos falsos profetas, que como líderes da apostasia
juntaram-se a sacerdotes corruptos (2 Rs 23.5) e profetizavam por Baal e
seguiam “coisas de nenhum proveito”, isto é, ídolos desprovidos de qualquer
poder (Jr 2.8, cf. 2 Cr 15.3). Parece ter havido algumas tentativas de adorar
ao DEUS verdadeiro sob imagens idólatras e uma contaminação da verdadeira
adoração com rituais idólatras (2 Rs 17.32; 18.22; Jr 41.5). Naturalmente, o
casamento com pessoas oriundas de nações idólatras era quase sempre o primeiro
passo em direção à idolatria (Êx 34,14-16; Dt 7.3,4; Ed 9.2; 10.18; Ne
13.23-27). Ezequiel descreve um recinto de imagens em Jerusalém (Ez 8.7-12) que
era sem dúvida alguma proveniente do Égito. A serpente de bronze parece ter se
tomado um ídolo, e o povo lhe oferecia incenso (2 Rs 18.4). Até mesmo a
adoração a Moloque foi algumas vezes restaurada (2 Rs 17.17), embora a prática
de lançar seus filhos ao fogo fosse basicamente revoltante para a mente do povo
hebreu. O exílio babilônico veio como uma repreensão direta à idolatria do povo
hebreu (Jr 29.8- 10), como DEUS havia prevenido nos dias de Ezequias (Is 39.6).
Nos tempos pós-exílicos, especialmente sob o governo de Alexandre e seus
sucessores, os judeus mais uma vez depararam com a questão da idolatria (1 Mac
1.41-50,54-64). É bom lembrar, para crédito deles, que muitos judeus desse
tempo escolheram a morte ao invés da idolatria (1 Mac 2,23-26,45-48). Mais
tarde, a águia de ouro de Herodes, colocada acima de uma das portas do
santuário, provocou uma tempestade de protestos (Josefo, Ant, xvii.6.3).
A Avaliação do Novo Testamento
Os primeiros cristãos inevitavelmente entraram em
contato com a idolatria gentílica (At 17.16). Assim, eles frequentemente tinham
que encarar questões relacionadas aos alimentos e à carne oferecida aos ídolos
durante as festividades (At 15.20; 1 Pe 4.3; Ap 2.14,20), especialmente em
Corinto (1 Co 8; 10). Idólatra é o nome dado àquele que adora deuses pagãos e
ídolos pessoais no NT (1Co 5.10,11; 6.9; 10.7; Ap 21.8; 22.15). A idolatria é
especificamente equiparada à cobiça, que faz do dinheiro um deus, e torna o
homem infiel em sua mordomia (Mt 6.24; Lc 16.13; Cl 3.5; Ef 5.5). As
advertências contra a concupiscência maligna certamente não se referem apenas à
idolatria no ambiente dos primeiros cristãos, mas também à nossa era, que é
obcecada por sexo (Gl 5.19,20; Fp 3.19; cf. Rm 16.18). A fonte da idolatria é
basicamente um coração impuro e uma vontade impura (Rm 1.21). Paulo concorda
com Isaías quando diz que o homem degenerou-se no paganismo ao invés de se
desenvolver e abandoná-lo (cf. Rm 1; Is 44). Portanto, ele ordena que os
cristãos fujam da idolatria (1 Co 10.14). João faz a mesma advertência (1 Jo
5.21).
HERESIA
DICIONÁRIO Strong Português - HERESIA - αιρεσις -
hairesis - Lê-se péressis
1) ato de pegar, capturar: p.ex. atacando uma cidade
2) escolha
3) aquele que é escolhido
4) um grupo de homens escolhendo seus próprios
princípios (seita ou partido)
4a) dos saduceus
4b) dos fariseus
4c) dos cristãos
5) dissensões originadas da diversidade de opiniões e
objetivos
hairesis αιρεσις - Facções - Lê-se péressis - Obra da
Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
B, Mar.: partidos: P: partidarismo; BLH: grupos; ARC:
heresias; ARA: facções; BJ: divisões; NEB: intrigas partidárias.
A palavra em português: heresia, é, para todos os fins
práticos, uma transliteração da palavra grega hairesis. Em nossa língua,
“heresia” e uma palavra com um significado distintivamente mau; denota uma
crença contraria a ortodoxia e a sã doutrina. Mas em grego hairesis não está
necessariamente uma palavra má, porque significa ou um ato de escolher, ou uma
escolha. No AT grego pode ser usada, por exemplo, para a escolha de uma dádiva
como oferenda a DEUS (Lv 22.18); e pode
ser usada para um propósito ou um plano, um curso escolhido de ação. Na LXX está escrito que Simeão e Levi
realizaram seu propósito iníquo (Gn 49.5). No NT a palavra denota mais
comumente um grupo de pessoas que pertencem a uma escola específica de
pensamento e ação e que sustentam um tipo de crença; como, poderíamos dizer, um
grupo de pessoas que fizeram todas a mesma escolha. Destarte, e usada no
sentido de um partido, como no caso do partido dos fariseus (Ato 15.5; 26.5);
dos saduceus (Ato 5.17); dos nazarenos
(Ato 24.5); e duas vezes dos cristãos (Ato 24.14; 28.22). Em tais casos e
comumente traduzida por “ seita” , mas não há nenhuma implicação necessária de
que seita e aquilo que agora chamaríamos de uma seita herética; e simplesmente
um grupo de pessoas que escolheu o mesmo modo de crer e de viver. Logo, quando
hairesis atinge esta etapa de significado, por causa daquilo que e a natureza
humana, sua degeneração adicional torna-se quase inevitável, porque passa,
então, a significar uma escolha de crença, e talvez também de conduta, que
separa o homem da comunidade da qual faz parte; e então que a palavra vem a
significar “heresia” no significado moderno do termo. Nesta passagem, não é tanto a heresia que
está em epígrafe quando a divisão interna da Igreja em grupos e partidos,
mediante a qual a harmonia eclesiástica é destruída. O uso mais significativo
da palavra acha-se em 1 Co 11.19. Ali, Paulo está repreendendo os cristãos de
Corinto pela sua má conduta a mesa do Senhor. Na Igreja antiga, duas coisas
eram combinadas; havia a Ágape, ou a Festa do Amor, e o próprio sacramento da
Ceia do Senhor. A Festa do Amor era uma parte muito bela da vida da Igreja
primitiva. Era uma refeição em comum onde todos os cristãos se reuniam no Dia
do Senhor. Para vermos o quadro corretamente, devemos nos lembrar de que
naquele tempo a Igreja não tinha edifícios próprios, e que os grupos cristãos
se reuniam nas salas das casas comuns. Para esta refeição em comum, cada um
trazia o que podia, e isto era repartido entre todos em comunhão amorosa. Bem
provavelmente, em muitos casos, esta seria a única refeição razoável que o
escravo comia no decurso da semana. Em Corinto, ao invés de se sentarem como
grupo unido, compartilhando da comunhão, os membros do grupo estavam divididos
em grupinhos e seções, haurísseis (a forma plural da palavra), e, ao invés de
compartilharem de tudo quanto tinham numa reserva comum, cada partido dentro do
grupo maior guardava para si aquilo que trouxera, e o resultado era que uns
tinham pouquíssima coisa, ao passo que outros tinham em abundancia. Aquilo que
deveria ter sido uma só união harmoniosa com participação e amor, foi dividido
em pequenos fragmentos egoístas, exclusivistas e autossuficientes. E isto que
Paulo chama de hairesis. E a unidade da Igreja que se fragmenta em grupinhos
que fecham seu círculo para todas as demais pessoas que não são seus próprios
aderentes. Uma Igreja fragmentada não e uma Igreja de modo algum; um grupo cujo
círculo está fechado certamente não e um grupo cristão. Se alguém considera que
sua posição social e algo que o separa de outras pessoas de uma posição social
diferente, não começou nem a ter o menor vislumbre do significado do
cristianismo. Há uma enorme diferença entre crer que temos razão e crer que
todas as demais pessoas estão erradas. A convicção inabalável é uma virtude
crista; a intolerância inexorável e um pecado. Ha muitos outros caminhos para
DEUS e que são diferentes do caminho que nos percorremos. Aqui, mais uma vez, a
mesma advertência e desafio nos são apresentados. Ninguém negara que a Igreja
deve muita coisa aqueles que tiveram a coragem e a convicção de resistirem
sozinhos; mas a verdade permanece: o homem deve examinar-se a si mesmo com
cuidado, se descobrir que sua chamada piedade e sua crença escolhida o separam
do seu próximo, porque o cristianismo nunca tencionou dividir os homens, mas
uni-los, e, se reivindicarmos o direito de escolher por nós mesmos, devemos
conceber o mesmo direito aos outros. O amor cristão deve ainda ser capaz de
amar aqueles com cuja crença e conduta ele não pode concordar.
“Heresias” (gr. hairesis) - Bíblia de Estudo
Pentecostal - BEP - CPAD - i.e., grupos divididos dentro da congregação,
formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1 Co 11.19).
2 Pedro 2.1 ENTRE VÓS HAVERÁ TAMBÉM FALSOS MESTRES
O ESPÍRITO SANTO adverte repetidas vezes nas Escrituras que surgirão muitos
falsos mestres dentro das igrejas. As advertências a respeito de mestres e
líderes introduzindo heresias no meio do povo de DEUS foram feitas antes por
JESUS (ver Mt 24.11 .; 24.24,25), e o ESPÍRITO SANTO continuou advertindo
através de Paulo (ver 2 Ts 2.7; 1 Tm 4.1 .; 2 Tm 3.1-5), de Pedro (vv. 1-22),
de João (1 Jo 2.18; 4.1; 2 Jo 7,11), de Judas (Jd 3,4,12,18) e das cartas de
CRISTO às sete igrejas (ver Ap 2.2,6)
2.1 NEGARÃO O SENHOR QUE OS RESGATOU. De conformidade
com Pedro, os falsos mestres dentro da igreja que estavam "negando (gr.
arneomai = repudiar ou renunciar) o Senhor que os resgatou" tinham
abandonado o caminho certo e se desviado (v. 15), tornando-se "fontes sem
água" (v. 17). Antes, eles tinham se livrado da maldade do mundo, mediante
JESUS CRISTO, mas agora voltaram a emaranhar-se no pecado (v. 20).
2.2 SERÁ BLASFEMADO O CAMINHO DA VERDADE. Muitos
crentes professos seguirão esses falsos pregadores, com suas
"dissoluções" (i.e., imoralidades sexuais). Por causa da vida
pecaminosa desses líderes e seus seguidores, DEUS e seu evangelho serão infamados
(ver 2 Tm 4.3,4).
2.3 POR AVAREZA... PALAVRAS FINGIDAS. Os falsos mestres
comercializarão o evangelho, sendo peritos na avareza e em conseguir dinheiro
dos crentes, a fim de promover ainda mais seus ministérios e seus modos
luxuosos de vida. (1) Os crentes devem estar a par de que um dos métodos
principais dos falsos ministros é usar "palavras fingidas", ou seja,
contar histórias impressionantes, mas inverídicas, ou publicar estatísticas
exageradas a fim de motivar o povo de DEUS a contribuir com dinheiro. Glorificam
a si mesmos e promovem seu próprio ministério com esses relatos inventados (cf.
2 Co 2.17). Deste modo, o crente sincero, mas desinformado, torna-se um objeto
de exploração. (2) Pelo fato de esses obreiros profanarem a verdade de DEUS e
fraudarem o seu povo com sua cobiça e engano estão destinados à perdição e à
destruição.
2.4 ANJOS... HAVENDO-OS LANÇADO NO INFERNO.
Provavelmente, trata-se dos anjos que se rebelaram juntamente com Satanás,
contra DEUS (Ez 28.15 .), e tornaram-se os espíritos maus referidos no NT. As
Escrituras não explicam por que uns espíritos malignos estão em cadeias,
enquanto outros estão livres para agir com Satanás na terra (cf. Jd 6)
2.8 AFLIGIA... A SUA ALMA JUSTA. Uma característica
principal do homem de DEUS é que ele ama a justiça e detesta a inequidade (ver
Hb 1.9 .). Sua alma se angustia e se aflige (vv. 7,8) pelo pecado, imoralidade
e impiedade reinantes no mundo (ver Ez 9.4 .; Jo 2.13-17; At 17.16).
2.9 LIVRAR... OS PIEDOSOS. O modo de Ló reagir ante a
iniquidade e imoralidade ao seu redor (v. 8) tornou-se uma prova que
determinou, tanto o seu próprio livramento, quanto seu destino na eternidade.
(1) DEUS livrou Ló porque este rejeitava o mal e sentia repugnância na sua
alma, diante "da vida dissoluta dos homens abomináveis" (v. 7). (2)
Quando CRISTO voltar para levar seu povo (ver Jo 14.3 .) e manifestar a sua ira
sobre os ímpios (3.10-12), Ele levará para si mesmo a sua igreja visível que,
por causa da sua fé nEle e do seu amor por Ele, é, aqui, como Ló, afligida pela
conduta carnal, pela vida imoral e pelos demais pecados clamorosos da sociedade
ao seu redor. (3) DEUS sabe como libertar seus servos fiéis do meio ambiente
imoral e corrupto, em cada geração (cf. Mt 6.13; 2 Tm 4.18; Ap 3.10)
2.10 DESPREZAM AS DOMINAÇÕES... AS AUTORIDADES. Pedro
fala das pessoas ímpias e imorais que, como os homossexuais de Sodoma (v. 8;
cf. Gn 19.4-11), desprezam todos os tipos de autoridades que refreiam o mal,
inclusive CRISTO e sua Palavra.
2.15 CAMINHO DE BALAÃO. Trata-se do amor às honrarias
pessoais e aos ganhos materiais, às expensas do povo de DEUS (cf. Nm 31.16; Ap
2.14; ver Nm 25.2 .). Pedro enfatiza que a imoralidade sexual, o amor às
honrarias e a cobiça por dinheiro, caracterizam esses falsos mestres e
pregadores.
2.16 FALANDO COM VOZ HUMANA. Pedro claramente crê nos
milagres relatados no AT. Hoje, críticos auto eleitos dentro da igreja zombam
com arrogância dos milagres registrados na Palavra de DEUS e consideram sem
cultura e ingênuo quem neles acredita. O verdadeiro filho de DEUS, no entanto,
crê em DEUS e aceita todos os milagres da Bíblia. Crê, também, que DEUS realiza
milagres hoje em resposta às orações e à fé dos seus (ver Jo 6.2).
2.19 PROMETENDO-LHES LIBERDADE. O espírito de anarquia,
prometendo liberação das restrições justas, predominará com altivez na
sociedade e na igreja, nos últimos dias, antes da vinda de CRISTO (ver 1 Tm 4.1
.; 2 Tm 3.1). Os padrões morais imutáveis de DEUS serão considerados antiquados
e tidos como simples restrições legalistas à liberdade pessoal, à
autodeterminação e à felicidade dos seres humanos. À medida que os homens e
mulheres se auto elegem como autoridades máximas neste campo, tornam-se escravos
da corrupção moral (v. 19b; ver Rm 1.24,27).
2.20 ESCAPADO... FOREM OUTRA VEZ ENVOL-VI-DOS. Os
versículos 20-22 claramente mostram que alguns dos falsos mestres foram
anteriormente redimidos do poder do pecado, e depois perderam a salvação (cf.
vv. 1,15).
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Lição 10, Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar
Pelejas
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
“[...] que andeis como é digno da vocação com que
fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor.” (Ef 4.1,2).
VERDADE PRÁTICA
A mansidão, como fruto do ESPÍRITO, torna o crente apto
para evitar contendas, pelejas e dissensões.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 4.1-7
1 - Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis
como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 - com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 -
procurando guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz: 4 - há um só corpo e um só ESPÍRITO, como
também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 - um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; 6 - um só DEUS e Pai de todos, o qual é sobre todos,
e por todos, e em todos. 7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a
medida do dom de CRISTO.
Resumo da Lição 10, Mansidão: Torna o Crente Apto
para Evitar Pelejas
I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA
1. Mansidão não é covardia.
2. Ser manso é ser corajoso.
3. A mansidão, fruto do ESPÍRITO.
II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS
1. Pelejas e discórdias.
2. Ações do homem carnal.
3. Um espírito aguerrido.
III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
1. O Sermão da Montanha.
2. Estêvão um homem manso.
3. A mansidão de CRISTO.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
Efésios 4.1-7
Eu, portanto, o prisioneiro do Senhor, apelo e
suplico a vocês que andem (levem uma vida) digna do chamado [divino], para o
qual vocês têm sido chamados, [com comportamento que dê crédito para os
recomendar para o serviço de DEUS, 2 vivendo como vocês se tornaram] em
completa submissão de mente (humildade) e brandura (generosidade, gentileza e
submissão) com paciência, suportando-se uns aos outros e fazendo concessões,
por amarem-se uns aos outros. 3 Estejam ávidos e esforcem-se honestamente para guardar
e manter a harmonia e a unidade de [e produzida pelo] ESPÍRITO, no vínculo do
poder da paz. 4 [Há] um corpo e um ESPÍRITO – tanto quanto há também uma
esperança [que pertence] ao chamado que vocês receberam - 5 [Há] um Senhor, uma
fé, um batismo, 6 Um DEUS e Pai de nós todos, o qual é acima de todos [Soberano
sobre todos], impregnado em todos e vivendo em todos nós.7 Contudo a graça
(favor imerecido de DEUS) foi dada para cada um de nós individualmente [não
indiscriminadamente, mas de diferentes formas] em proporção à medida do [rico e
abundante] dom de CRISTO (Bíblia Amplificada).
Comentários BEP - CPAD
4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade
do ESPÍRITO" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para
aqueles que creram na verdade e receberam a CRISTO, conforme o apóstolo
proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e preservar essa unidade,
não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é
digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é
mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o ESPÍRITO (vv. 1-3,14,15; Gl
5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).
4.5 UM SÓ SENHOR. Uma parte essencial da fé e
unidade cristãs é a confissão de que há "um só Senhor".
(1) "Um só Senhor" significa que a obra da
redenção que JESUS CRISTO efetuou é perfeita e suficiente, e que não é
necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação
completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de DEUS somente
através de CRISTO (Hb 7.25).
(2) "Um só Senhor" significa, também, que
devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade (secular ou religiosa)
que não seja DEUS revelado em CRISTO e na sua Palavra inspirada, é a mesma
coisa que recusar o senhorio de CRISTO, e, portanto, da vida que somente nEle
existe. Não pode haver nenhum senhorio de CRISTO nem "unidade do
ESPÍRITO" (v. 3) à parte da afirmação de que o Senhor JESUS é a suprema
autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de
DEUS.
INTRODUÇÃO
Nesta oportunidade, estudaremos a qualidade do fruto do
ESPÍRITO chamada mansidão. O que pode impedir a mansidão de se manifestar são
as obras da carne tais como as pelejas, ou dissensões ou disputas - estas são oposição à brandura e
meiguice da mansidão. Atrelada à mansidão marcha a humildade que lhe dará
suporte para agir. O contrário da humildade, que é a arrogância, impede o agir
da mansidão e DEUS desaprova tal atitude (Pv 16.5). Os crentes são comparados
às ovelhas porque ovelhas são dóceis, mansas e submissas ao pastor (Jo
10.14,15). Aprendamos de JESUS, pois ELE mesmo, apesar de pastor, disse ser
manso e humilde de coração (Mt 11.29).
I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA
1. Mansidão não é covardia.
Quem é manso ou manifesta a mansidão de DEUS é humilde,
amável e Cortez. A mansidão, como qualidade do fruto do ESPÍRITO, é uma atitude
interior que brota da comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Na hora que é solicitada
esta qualidade deve aparecer. Ela não é permanente em nós. Moisés, o homem mais
manso do mundo falhou em manifestá-la na hora que mais precisou. Paulo muito
precisou desta qualidade quando recebeu oposição de mestres dos Coríntios.
Paulo sabia ser rígido com os falsos irmãos, mas sabia ser manso para com os
verdadeiros irmãos.
2. Ser manso é ser corajoso.
Nenhum crente pode ser covarde ou tímido (Qual é o
homem medroso e de coração tímido? Dt 20.8).
O homem de DEUS deve ser corajoso e repreender o mal,
combater sempre, mas ser manso e humilde ao mesmo tempo será necessário.
Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. 2 Timóteo
4:2
Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade.
Ninguém te despreze. Tito 2:15
JESUS era manso e humilde de coração, mas sabia
repreender os religiosos e combater os falsos ensinos.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que
percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes
feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. Mateus 23:15
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois
que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar
aos que estão entrando. Mateus 23:13
3. A mansidão, fruto do ESPÍRITO.
A mansidão deve ser manifesta entre as qualidades do
fruto do ESPÍRITO na vida dos súditos do Reino de DEUS (Mt 5.11). Isso só é
possível com a submissão ao ESPÌRITO SANTO., JESUS ensinou a mansidão e se
mostrou como digno de imitação nisso. (Mt 11.29,30). Aprendamos com nosso
mestre. Humildade e mansidão.
As pessoas vinham de longe para ter com JESUS - Ele é
atraente em suas palavras, em seu agir, em seu vestir, em seu comportar, em seu
tratar, eu seu amor.
A mansidão atrai pessoas para DEUS.
II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS
1. Pelejas e discórdias.
No grego a palavra utilizada para discórdia é eritheiai
Discórdia - εριθεια - eritheia - Lê-se Eritiá - Dicionário Strong
em português
1) propaganda eleitoral ou intriga por um ofício
1a) aparentemente, no NT uma distinção requerida, um
desejo de colocar-se acima, um ESPÍRITO partidário e faccioso que não desdenha
a astúcia
1b) partidarismo, sectarismo
Antes do NT, esta palavra é encontrada somente em
Aristóteles, onde denota um perseguição egoísta do ofício político através de
meios injustos. (A&G) Paulo exorta ser um em CRISTO, não colocando-se acima
ou sendo egoísta (Fp 2.3). Tg 3.14 fala contra ter amor-próprio ou se
vangloriar.
Pode descrever uma pessoa que luta por posição e
glória. A discórdia e a peleja são obras da carne (Gl 5.20).
2. Ações do homem carnal.
São conhecidas as lutas dentro da igreja por cargos e
posições. deveria ser conhecida a luta por almas e pelas missões mundiais.
Cargos ministeriais deveriam ser pouco disputados já
que, para quem está ocupado na obra de DEUS, o tempo para cuidar de coisas
administrativas seria pouco e de pouco valor, tendo seu tempo dedicado a
conquista de almas para ao reino de DEUS. O cuidado das ovelhas já requer um
tempo dispendiosos para aqueles que querem realmente fazer a obra de DEUS.
3. Um ESPÍRITO aguerrido.
Olha o que convém e o que não convém ao servo de DEUS -
E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos,
apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se
porventura DEUS lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem
a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão
presos. 2 Timóteo 2:24-26
DEUS deseja que sejamos santos - Porquanto está
escrito: Sede santos, porque eu sou SANTO. 1 Pedro 1:16 - santidade significa
separação para DEUS - manter-se longe das discussões e pelejas.
Precisamos nos manter incorruptíveis, santos, sinceros
e justos em um mundo de trevas (Fp 2.15).
A única forma para combater a peleja é ser cheio do
ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18). O Consolador nos ajuda a seguir os passos de JESUS
CRISTO.
Embora os servos de DEUS acabem por se tornarem
famosos, pois isso lhes seria impossível, veja que a fama é uma fama boa. fama
de ser pobre, de ser manso, de ser humilde, de ser cheio do ESPÍRITO SANTO,
fama de ser usado por DEUS em milagres etc. Esta é a fama que mesmo não
querendo, o servo de DEUS terá. Alguém quer esta fama hoje em dia? (JESUS se
tornou pequeno, manso, humilde, semelhante aos homens - Fp 2.5-8).
III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
1. O Sermão da Montanha.
Existem milhares de contrastes entre o reino dos homens
e o reino de DEUS. No sermão da Montanha JESUS nos enumera alguns:
3 "Muito felizes são os humildes! " dizia
Ele, "porque o Reino dos Céus é dado a eles”. 4 “Felizes são os que
choram! Porque serão consolados”. 5 “Felizes são os mansos e simples! Porque o
mundo inteiro pertence a eles”. 6 “Felizes aqueles que aspiram por ser justos e
bons, porque terão a justiça com toda a certeza”. 7 “Felizes são os que são
amáveis e têm misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia”.
8 “Felizes os que tem coração puro, porque verão a DEUS”. 9 “Felizes aqueles
que procuram promover a paz - pois serão chamados Filhos de DEUS”. 10 “Felizes
aqueles que são perseguidos por serem justos, pois o Reino dos Céus é deles”.
11 “Quando vocês forem maltratados, perseguidos e caluniados por serem meus
seguidores - ótimo! ” 12 “Fiquem contentes com isso! Fiquem muito contentes!
Porque uma grandiosa recompensa espera vocês lá em cima no céu. E lembrem-se:
Os profetas antigos também foram perseguidos”.
Enquanto os judeus esperavam o JESUS do milênio para
governar sobre eles, tendo destruído os exércitos romanos, JESUS lhes aparece
manso e meigo, cheio de maior e de misericórdia. O reino de DEUS estava entre
eles, mas não foram capazes de O reconhecer, pois seus corações estavam
carregados de pecados, mágoas, rancores, ódio.
Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te
estribes no teu próprio entendimento. Provérbios 3:5
2. Estêvão um homem manso.
Estêvão foi eleito diácono, no início da igreja, porque
era homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO - Atos 6:5
Estêvão, era homem de DEUS, pois estava sempre cheio de
fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8
Grupos se levantaram contra a pregação de Estêvão que
não era política - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos
libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da
Ásia, e disputavam com Estêvão. Atos 6:9
Para conseguirem algo contra o servo de DEUS subornaram
uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra
Moisés e contra DEUS. Atos 6:11
E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e,
investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. Atos 6:12 Durante
a defesa de Estêvão no sinédrio, todos os que estavam assentados no conselho,
fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo. Atos 6:15
Estêvão era cheio de sabedoria e compreendia as
escrituras - ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O DEUS da glória apareceu
a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã, Atos 7:2
Por causa de sua sabedoria e intimidade com DEUS e seus
desígnios Estevão foi expulso e morto - E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em
seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Atos 7:54
Estêvão antes de morrer viu seu SENHOR pronto a
esperá-lo - Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO, fixando os olhos no céu,
viu a glória de DEUS, e JESUS, que estava à direita de DEUS; Atos 7:55
E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor
JESUS, recebe o meu ESPÍRITO. Atos 7:59
E Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia
uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram
dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. Atos 8:1
Suas palavras antes de morrer foram de um homem manso,
humilde e cheio de amor e misericórdia como seu mestre JESUS:
E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor
JESUS, recebe o meu ESPÍRITO. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz:
Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
Atos 7:59,60
3. A mansidão de CRISTO.
Características de um servo sofredor - manso e humilde
- Nosso Salvador. Consegue encontrar em seus líderes algumas dessas
características de nosso mestre.
- não tinha beleza nem
- não havia boa aparência nele, para que o desejássemos
- Era desprezado
- mais rejeitado entre os homens
- homem de dores
- experimentado nos trabalhos
- como um de quem os homens escondiam o rosto, era - -
desprezado
- não fizemos dele caso algum.
- tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas
dores levou sobre si
- nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e
oprimido
- foi ferido por causa das nossas transgressões,
e
- moído por causa das nossas iniquidades;
- o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados.
- o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos.
- Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua
boca;
- como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a
ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
-pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
- puseram a sua sepultura com os ímpios,
- ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar
- as iniquidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e
foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
intercedeu pelos transgressores.
Isaías 53:2-12
Conclusão
A Mansidão é o Oposto Da Arrogância, a Mansidão Não É
Covardia. Ser Manso É Ser Corajoso. A Mansidão é uma qualidade importante do
Fruto Do ESPÍRITO. Devemos viver evitando As Pelejas E Contendas e Discórdias,
pois estas são ações Do Homem Carnal. Devemos ter um ESPÍRITO Aguerrido, mas
sabendo que Bem-Aventurados são os Mansos, como já disse JESUS no Sermão Da
Montanha.
Estêvão era um Homem Manso e mesmo na hora de morrer
clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. nosso maior
exemplo é JESUS. A Mansidão De CRISTO é dita até por ELE mesmo a nós - Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. Mateus 11:29
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO
Pr. Luiz Henrique
MANSIDÃO
πραοτης - Lê-se Právis - praotes - Mansidão -
Dicionário Strong português
1) gentileza, bondade, humildade
πραοτης - Lê-se Právis - praotes - Mansidão -
Força e Suavidade - Obra da Carne e o Fruto do Espirito - William Barclay
A oitava virtude no fruto do Espirito e prautès,
traduzido por mansidão pelas versões em português, com exceção das
paráfrases, que dizem: tolerância (P), e humildade (BLH). No pensamento e na
linguagem modernos, a mansidão não e uma qualidade admirável. Hoje em dia, a
palavra contém uma ideia de falta de dinâmica e animo, ou falta de forca e
virilidade. A única alternativa razoável que as versões atuais (em inglês)
oferecem e suavidade [que também pode ser traduzida por mansidão]; isto e melhor,
mas absolutamente ainda não e uma tradução perfeita. A medida em que estudamos
esta palavra, veremos que não há nenhuma palavra isolada em português que a
traduza de modo adequado; notaremos, além disso, que trata-se de uma palavra
que descreve uma qualidade sem a qual o homem nunca poderá progredir na vida
devocional, ou pratica. Prautès, o substantivo, praus, o adjetivo, e prauein, o
verbo, são palavras cujo significado recebe muita luz do grego secular. Ali,
são usadas com uma atmosfera e qualidade muito especificas.
i. São usadas a respeito de pessoas ou coisas com uma
certa natureza suavizam-te. São usadas a respeito de palavras que acalmam a
pessoa que está num estado de ira, amargura e ressentimento contra a vida. São
usadas para o unguento que pode aliviar a dor de uma ferida. Falam da suavidade
no tom de voz daquele que ama. Nas Leis, Platão as usa no caso de uma criança
que pede ao médico que lhe trate da maneira mais delicada possível. As palavras
falam regularmente do poder de abrandar, acalmar e tranquilizar.
ii. São usadas para a delicadeza na conduta,
especialmente por parte das pessoas que teriam condições de agir de outra
maneira. Designam o tirano que corteja o povo mediante a promessa de um
tratamento brando, se for investido de poder. Ciro, o rei persa, e descrito
como “brando e perdoador dos erros humanos” , porque tratou com gentileza um
oficial que falhara numa tarefa designada. Agesilau de Esparta foi descrito
assim: animado em meio ao medo, brando em meio ao sucesso. Xenofonte usa estas
palavras a respeito da maneira bondosa e paciente do oficial ao treinar e
tratar o pelotão de soldados inábeis. Usa-as, também, para o modo simpático de
o cavaleiro treinar e disciplinar um cavalo irrequieto. Platão as emprega no
sentido da fineza e cortesia que são a base da sociedade. Xenofonte as usa a
respeito da atmosfera da compreensão fraternal que se desenvolve entre soldados
que tem sido companheiros de lutas durante muito tempo, que combateram juntos,
e que juntos enfrentaram os perigos e a morte. Chama a agricultura de arte
branda, porque nela, os homens aprendem a cooperar com a natureza nas suas
forças e dádivas.
iii. Um dos sentidos característicos destas palavras e
a descrição da atitude e atmosfera corretas que devem prevalecer em argumentos
onde perguntas são feitas e respostas são exigidas e dadas. Destarte, Sócrates
em República agradece a Trasimaco porque este deixou de implicar e tornou-se
delicado. As palavras são usadas para a aceitação com bom humor de algumas
alusões diretas, e para a discussão de coisas sem perder a calma. As vezes e
mais fácil perceber o significado de uma coisa ao ver seu inverso em operação.
Sir Joshua Reynolds disse a respeito do Dr. Johnson: “Para ele, a disputa mais
leve e insignificante era uma disputa na arena. Em todas as ocasiões, lutava
como se toda sua reputação dependesse da vitória do momento, e lutava com todas
as suas armas. Se fosse derrotado num argumento, apelaria a linguagem ofensiva
e a rudeza.” Depois de uma noite movimentada na Taverna “Coroa e Ancora”
Johnson, feliz, disse a Boswell: “Ora, tivemos uma boa conversa.” E Boswell
respondeu, obediente e com respeito: “Sim, o senhor jogou várias pessoas para o
ar e chifrou a
todas elas.” Goldsmith disse a respeito do Johnson:
“Não se pode discutir com Johnson; porque quando sua pistola nega fogo, ele nos
derruba com a coronha.” Até mesmo o Rev. John Taylor, amigo íntimo de Johnson,
disse a respeito dele: “Não se pode disputar com ele. Ele não presta atenção a
nós e, com uma voz mais barulhenta, forçosamente nos silencia com rugidos.”
Está claro que Johnson e prautès são estranhos um ao outro.
iv. As palavras são usadas a respeito de não levar uma
coisa a sério. Sócrates diz que não se importa com as coisas que os outros
acreditam ser valiosas. Xenofonte usa as palavras a respeito de um homem que
fala levianamente a respeito de uma experiência desagradável, e da equanimidade
e varonilidade com que Sócrates aceitou a sentença de morte.
v. As palavras são regularmente usadas a respeito dos
animais mansos, que aprenderam a aceitar a disciplina e o controle. Um cavalo
que obedece ao freio ou um cachorro treinado para atender a voz de comando, e
praus.
vi. O uso mais característico destas palavras e na
descrição do caráter em que a forca e a delicadeza estão juntas. Em Platão, a
melhor ilustração de prautès e a do cão de guarda que revela hostilidade
valente aos estranhos e amizade gentil para com os familiares da casa, aos
quais conhece e ama. O melhor e mais sublime caráter do homem que é
verdadeiramente praus, é aquele que tem
ao mesmo tempo impetuosidade e delicadeza nos mais altos graus. Praus é a
palavra em que forca e suavidade estão perfeitamente combinadas. A mais plena e
perfeita discussão de prautès acha-se em Aristóteles, mas deixaremos por
enquanto está referência e veremos como as palavras são usadas na própria
Bíblia.
i. Prautès e uma das excelentes qualidades da esposa
virtuosa. O Sábio diz: “ Se a bondade e a doçura estão nos seus lábios, o seu
marido e o mais feliz dos homens” (Ecli. 36.23). Podemos lembrar aqui a linha
de Shakespeare: “A voz dela era sempre suave, branda e quieta, coisa excelente
entre as mulheres.”
ii. Prautès é o espírito com que o homem deve responder
ao seu próximo e tratar dos seus negócios. O Sábio conclama os homens a darem
ao pobre uma resposta a sua saudação com amabilidade (Ecle. 4.8). “Filho,”
diz o Sábio, “ conduze teus negócios com doçura e serás
amado mais do que um homem generoso” (Ecle. 3.17, 18). A verdade, a mansidão e
a justiça capacitam um soberano a prosperar e reinar salmos 45.5. As palavras quase chegam a significar que a
cortesia perfeita para com os homens de todas as categorias e posições e a base
de todos os relacionamentos humanos corretos.
iii. Este uso das palavras leva diretamente ao terceiro
fato a respeito delas. A mansidão e regularmente contrastada com a soberba. “O
Senhor,” diz o Sábio, “ derruba o trono dos poderosos e assenta os mansos em
seus lugares” (Ecli. 10.14). Os pés dos mansos e dos aflitos pisarão sobre os
soberbos (Is 26.6 - LXX). DEUS vindicara a justiça dos mansos, em contraste com
o Seu tratamento dado aos hipócritas arrogantes (Jó 36.15). A mansidão e o
antônimo da arrogância e orgulho.
iv. As vezes este contraste e mais amplo. Em alguns
casos, o contraste e entre o manso e o pecador. “O SENHOR ampara os humildes, e
dá com os ímpios em terra” (Salmos 147.6). Esta mansidão e nada menos do que a
qualidade básica que impede o homem de pecar.
v. Repetidas vezes no AT o manso e o homem que goza do
favor especial de DEUS. A tal homem DEUS revelara os Seus segredos. Os
mistérios são revelados aos mansos (Ecls. 3.19). “Guia os humildes na justiça,
e ensina aos mansos o seu caminho” (sal 25.9).
vi. Muito comumente rio AT fala-se da exaltação dos
mansos. Os mansos herdarão a terra (sal 37.11). DEUS se levanta-Se em juízo
para salvar todos os mansos de coração (sal 76.9). O Senhor deleita-Se no Seu
povo, e exaltara os mansos com salvação (sal 149.4). “O SENHOR ampara os
humildes, e dá com os ímpios em terra” (sal 147.6). A fé e a mansidão são um
deleite para Ele (Ecles 1,18).
vii. Por enquanto não procuramos realmente definir o
significado da palavra; pelo contrário, tentamos simplesmente reunir as
evidencias em favor de tal definição. Mas antes de deixarmos a LXX, há um uso
da palavra que e um indicio importante do seu significado. No AT, Moises e o
exemplo supremo de mansidão. “Era o varão Moises mui manso, mais do que todos
os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). E o Sábio repete esta verdade,
dizendo que DEUS santificou Moises em toda a sua fidelidade e mansidão, e escolheu-o
dentre todos os homens (Ecli. 45.4). O fato de o caráter de Moises ser o grande
exemplo de mansidão lança luz sobre esta palavra — e voltaremos para esta
consideração. Agora, atentemos para o uso de praus e prautès no próprio NT.
Temos uma considerável quantidade de material para usar como base, porque o
substantivo prautès ocorre onze vezes e o adjetivo praus, quatro vezes.
Continuaremos simplesmente expondo as evidências, sem chegarmos ainda a definir
o significado das palavras. Examinaremos em primeiro lugar as palavras que
ocorrem ao lado de praus,
i. Aparece junto com ágape, que e o amor cristão. Paulo
pergunta aos coríntios se querem que ele vá com a vara de castigo ou com amor e
espírito de mansidão (1 Co 4.21). Já vimos que ágape significa a benevolência
invencível e a boa vontade inflexível que nunca se transformara em amargura,
mas sempre procurara o sumo bem do homem, sem importar-se com o que este fizer.
Ha, portanto, uma conexão entre o amor e a mansidão.
ii. Ocorre ao lado de epieikeia. Certamente, epieikeia
e a palavra mais difícil de ser traduzida no NT. E comumente traduzida por
“mansidão,” “ clemencia” , ou “modéstia,” mas significa muito mais do que isto.
Aristóteles falou de epieikeia coma a qualidade que é justa e as vezes e melhor
do que a justiça. Falou de epieikeia como a qualidade que corrige alei quando
esta falha por causa das suas generalizações. Ha ocasiões em que e necessário
proceder com base na equidade e não na justiça legalista. Ha ocasiões em que
decisões precisam ser tomadas, não conforme as regras e os regulamentos ditam,
mas num espirito que transcende a lei. Ha circunstancias que tornam injusta a
aplicação rigorosa da lei, e epieikeia é a qualidade que sabe quando a lei deve
ser esquecida, passando-se a lidar com os outros, não segundo a lei, mas pela
misericórdia e amor. Em 2 Co 10.1. Paulo coloca juntas as palavras prautès e
epieikeia e aplica-as a JESUS, falando da “mansidão e benignidade” de JESUS.
Portanto, prautès e semelhante a esta grande qualidade que reconhece que há
ocasiões em que a justiça pode tornar-se injusta e que existe algo muito
superior a lei.
iii. Mais de uma vez prautès está associada com a
modéstia e a humildade. A humildade e a mansidão são características da vocação
cristã (Ef 4.2). Os eleitos de DEUS se revestirão da humildade de mente e
mansidão (Cl 3.12). O próprio JESUS e manso e humilde de coração (Mt 11.29).
Prautès tem a ver com a mansidão e humildade onde não há arrogância e onde há
prazer em servir. Agora devemos examinar as palavras com as quais prautès é
contrastada.
i. E contrastada com o castigo severo e condigno. Já
citamos a passagem em que Paulo pergunta aos coríntios se desejam que ele vá
com a severidade da vara do castigo ou com mansidão e amor (1 Co 4.21). Prautès
é o antônimo da disciplina severa que aplica o castigo exigido pela justiça
rigorosa.
ii. E contrastada como espírito beligerante e pugnaz, o
espírito de briga. Nas Epistolas Pastorais o dever do ministro cristão é
conclamar todos os homens a não serem altercadores, mas a darem provas de
cortesia para com todos os homens (Tt 3.2). Prautès e o antônimo do espírito
agressivo e beligerante que vive em guerra contra todos os homens. Devemos
examinar agora o papel que prautès desempenha na vida cristã, e descobriremos
que prautès é um dos elementos essenciais da vida cristã.
i. Prautès e o espírito em que se deve aprender. Os
homens devem receber com mansidão a palavra que pode salvar sua alma (Tg 1.21).
Prautès é o espírito em que o homem conhece a sua própria ignorância e com o
qual e suficientemente humilde para saber que não sabe; e o espirito que pode
abrir a mente a verdade de DEUS e o coração ao amor dEle.
ii. Prautès é o espírito em que a disciplina deve ser
exercitada, e em que as falhas dos outros devem ser corrigidas. O conselho de
Paulo e de que se alguém for surpreendido em alguma falta, certamente deve ser
corrigido, mas a correção deve ser dada e aplicada em espírito de prautès (Gl
6.1). A correção pode ser administrada de maneira a desencorajar e levar o
homem ao desespero; mas também pode ser aplicada de maneira a soerguer o homem,
tornando-o resoluto no sentido de agir melhor e tendo a esperança de que se
comportara melhor. Prautès e o espírito que faz da correção um estimulo e não
um desencorajamento; um meio para chegar a esperança, e não uma causa do
desespero.
iii. Prautès e o espírito com que se deve enfrentar a
oposição. Nas Epistolas Pastorais o ministro cristão e conclamado a instruir
com prautès os que se opõem a ele (2 Tm 2.25). Frequentemente encontramo-nos
com aqueles que não concordam conosco e que tem diferenças de opinião, num
espirito em que procuramos agredi-los verbalmente até que mudem de opinião. O
Dr. Dickie usa a seguinte ilustração: suponhamos que entremos num aposento num
dia de frio intenso, e descubramos que as janelas estão com uma camada de gelo
do lado de dentro. Ha duas coisas que podemos fazer. Podemos procurar tirar o
gelo esfregando para remove-lo das
janelas, mas o único resultado será que, quanto mais esfregarmos, mais
rapidamente o gelo voltara a formar-se. Ou, podemos acender a lareira e as
janelas serio limpas por si mesmas quando o gelo começar a derreter-se. O calor
faz o que a fricção não pode fazer. Ao lidarmos com aqueles que, segundo
cremos, estão enganados, a delicadeza produzira os resultados que a forca nunca
produziria.
iv. Prautès e o espírito do testemunho cristão. Pedro
exige que o cristão sempre esteja pronto para dar a razão da esperança que nele
há — mas sempre com prautès e temor (1 Pe 3.15). 0 verdadeiro testemunho
cristão sempre tem uma delicadeza graciosa muito mais eficaz do que o tipo
descortês de testemunho que procura forçar os outros a aceitarem as suas
opiniões. O testemunho cristão deve ser cativante, além de forte.
v. Prautès é o espírito que deve permear toda a vida
cristã. Prautès sempre estará presente na vida e conduta do homem sábio (Tg
3.13). O verdadeiro adorno da vida, precioso aos olhos de DEUS e amável aos
olhos dos homens e o espírito manso e quieto (1 Pe 3.4). Este e o espírito que
realmente e agradável aos homens e a DEUS. Restam duas coisas a serem ditas a
respeito do uso de prautès no NT.
i. Prautès é mais do que alguma coisa delicada e
graciosa. E o segredo da conquista e do poder, porque os mansos são
bem-aventurados e herdarão a terra (Mt 5.5). Prautès faz do homem um rei entre
os demais.
ii. Finalmente, devemos notar que pelo menos três vezes
esta qualidade está ligada ao próprio JESUS. Este foi o convite de JESUS:
“Tomai sobre vos o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração” (Mt 11.29). Sua entrada triunfante em Jerusalém foi o cumprimento da
profecia: “Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento” (Zc 9.9; Mt
21.5). E pela mansidão e benignidade de CRISTO que Paulo apela aos Coríntios
rebeldes, pedindo simpatia e obediência (2 Co 10.1). Esta mansidão e da própria
essência do caráter de JESUS. Conforme dissemos no início, quase todas as
versões do NT traduzem prautès por “mansidão” ou “humildade.” A ARA coloca
“mansidão” em 1 Co 4.21; 2 Co 10.1; G1 5.23; Ef 4.2; Cl 3.12; 2 Tm 2.25; Tg
1.21; 3.13; “brandura” em Gl 6.1; e “ cortesia” em Tt 3.2. A BV tem “mansidão”
em 2 Co 10.1; Gl 5.23; 6.1; 2 Tm 2.25; “bondade” em 1 Co 4.21; “amável” em Ef
4.2; “paciência” em Cl 3.12; “atencioso” em Tt 3.2; “humildade” em Tg 1.21; e
“não fazer alarde” em Tg 3.13. Versões em inglês tem expressões tais como: “a
humildade de sabedoria” , “o espírito tenro que perdoa” , “modéstia.” A grande
variação nas versões dos tradutores demonstra muito bem a dificuldade em
traduzir estas palavras. Ao discutirmos o significado destas palavras no grego
clássico, dissemos que uma discussão mais completa poderia ser encontrada em
Aristóteles, e agora examinaremos este enfoque. No pequeno tratado Das Virtudes
e dos Vícios, incluído nas obras de Aristóteles, mas que não é dele, diz-se que
prautès e coragem pertencem ao lado impetuoso da natureza humana (1.3); diz-se,
em seguida, que prautès e a bondade do lado impetuoso da natureza do homem, e
que o fato de possuí-la dificulta a explosão de ira de uma pessoa (2.2). Em
seguida, vem a definição mais completa: “A prautès pertence a capacidade de
suportar repreensões e ofensas com moderação, sem partir rapidamente para a
vingança e sem ser facilmente provocado a ira, mas está livre de amargura e
contenda, tendo tranquilidade e estabilidade de espirito” (4.3). Agora, prautès
está assumindo uma forma. Na Ética a Eudemo, volta-se a tratar de prautès. Ê
definido ali que o antônimo de prautès é ira, e que o homem explosivo e o
inverso daquele que é praus (2.5, 9). Mais adiante existe uma definição mais
completa e iluminadora. Explodir em ira e errado, e ser submisso com espirito
de escravidão também o e. “ Visto, portanto, que estes dois estados de caráter
são errados, fica claro que o meio-termo entre eles e certo, porque não e um
gênio precipitado nem lento demais, não fica irado contra as pessoas com quem
não deve ficar, nem deixa de expressar sua ira contra quem deve” (3.3, 4). O
homem praus é o meio-termo entre aquele que e servil e aquele que e severo. Mas
a análise mais completa de prautès acha-se na Ética a Nicômaco. Para
Aristóteles, cada virtude é o meio entre dois extremos. Por um lado, está o
extremo do excesso e por outro está o extremo da deficiência; entre eles está o
meio. Aristóteles diz que prautès e o meio-termo entre orgilotès, a ira excessiva,
e aorgèsia, a falta excessiva de ira .Prautès é o meio-termo entre ira em
demasia e ira insuficiente; o homem que e praus é aquele que tem a quantidade
exatamente certa de ira em sua personalidade (2.7.10). Prautès, continua
dizendo, e a observância do meio-termo no que diz respeito a ira. O homem praus
é aquele que se ira “ por motivos justos, contra as pessoas certas, da maneira
certa, no momento certo e pelo prazo certo.” Aqui, pois, está o significado de
praus. O homem praus é aquele que sempre se ira no momento certo, e nunca no
momento errado.
E aqui esta a razão pela qual Moises e o grande exemplo
de prautès. Moises não era nenhuma criatura sem caráter. Ele era um homem que
podia irar-se ardentemente, quando a ira era necessária, e que, também,
podia ser humildemente submisso quando necessário.
Nenhuma criatura sem caráter, sem espírito ou fraca poderia ter conduzido os
homens do modo pelo qual Moises os conduziu. Moises tinha uma combinação de
forca e suavidade. E se esta verdade se aplica a Moises, aplica-se ainda mais a
JESUS CRISTO, porque nEle havia ira justa e amor que perdoava. Somente um homem
praus poderia ter purificado o Templo expulsando os comerciantes ou ter
perdoado a mulher pega em flagrante adultério, a quem todos os ortodoxos condenavam.
O significado radical de prautès é o autocontrole. E o controle completo da
parte impetuosa da nossa natureza. Quando temos prautès tratamos todos os
homens com cortesia perfeita, podemos repreender sem rancor, podemos debater
sem intolerância, podemos enfrentar a verdade sem ressentimento, podemos
irar-nos sem pecar e podemos ser mansos sem ser fracos. Prautès é a virtude na
qual nossos relacionamentos conosco mesmos e com os nossos próximos podem
tornar-se perfeitos e completos. Claramente nenhum homem pode atingir esse
autocontrole para si e por si. As explosões de ira rompem as correias e são
fortes demais para a vontade e a razão que querem refreá-las. Exatamente por
este motivo prautès faz parte do fruto do ESPÍRITO de DEUS. Prautès é o poder
que, mediante o Espirito de DEUS, faz a forca poderosa e explosiva da ira ser
aproveitada no serviço humano e divino.
Mansidão - A Epístola aos Gálatas - Germano Soares
# V. 23 - Mansidão e domínio próprio. “Mansidão”
(prautes) é doçura, conduta suave, atitude pacífica com o próximo. Contém um
sentido de brandura que é visto como a disposição de submeter-se à vontade
de DEUS. E uma característica especial dos cristãos enquanto pessoas
espirituais. Este fruto deve ser usado sempre que aparece a ira. E certo de
que o conceito paulino de “mansidão” é de origem helenística e, em
razão disso, conserva o sentido primário de “brandura”; porém, baseado
na perspectiva cristã, está em íntima conexão com a tradição do judaísmo
e do Antigo Testamento, que pressupõe temor e obediência a DEUS.
A mansidão - Comentário Bíblico Wesleyano
- Mansidão é acompanhado com fidelidade. Por si só ou, neste
contexto, que carrega uma imagem completamente oposta à impressão
popular. Não é fraqueza, mas de força. O homem manso tem força de
caráter suficiente para ser leve, suave e gentil sob pressão. Homens
fracos não têm a força para ser gentil. Mansidão, também, vem de um mais
elevado do que o poder humano. É uma qualidade do fruto do ESPÍRITO.
MANSIDÃO - Dicionário Wycliffe
Este termo indica moderação nas ações, requinte nas
atitudes e disposição; a ausência daquilo que é precipitado e rude. O termo
hebraico correspondente é ‘Ana, e tem o significado básico de “inclinar”,
“condescender”. Cf, a clemência de DEUS em relação à humanidade (Sl 18.35).
Quatro termos são usados para bondade no NT.
1. A palavra grega chrestotes (Tt 3.4; Rm 2.4; 2 Co
6.6; Ef 2.7; Gl 5.22; Cl 3.12), tem o significado geral de “benignidade”,
“doçura”, “bondade potencial”, “bondade moral e integridade". Josefo
atribui a bondade de Isaque à sua natureza. O velho vinho sazonado era chamado
de chrestos. Os pagãos pareciam confundir chrestos coro o nome de CRISTO,
Christos, o que não podia ser considerado como um erro total “à luz da natureza
de CRISTO. Ele próprio fala sobre o seu jugo (Mt 11.30) como sendo chrestos,
isto é, aquele que não irrita, preocupa ou atormenta, mas é suave e sereno.
Portanto, esse termo sugere aquela bondosa natureza que é jovial e que, de
outra forma teria sido dura e austera.
2. A palavra grega prautes quer dizer “mansidão”,
“suavidade”, “meiguice”, “paciência” (1 Co 4.21; 2 Co 10.1; Gl 5.22,23). Esse
termo parece também especificar cortesia, consideração e um ESPÍRITO humilde e
modesto (2 Tm 2.25).
3. A palavra grega epios quer dizer “afável”, “bondade
em relação a alguém” (1 Ts 2.7; 2 Tm 2.24).
4. A palavra grega epieikeia indica a pessoa que é
justa, bondosa, branda, compassiva, conveniente e de bom senso (Fp 4.5; 1 Tm
3.3; Tt 3.2). É o contrário de discórdia e egoísmo, e foi definida por
Aristóteles como “equidade” ou “ESPÍRITO justo”. Portanto, não é de admirar que
Paulo especificasse essa palavra como sendo uma das qualidades necessárias de
um oficial da igreja.
Existe ainda outro termo semelhante (philantropia) que
embora não seja traduzido como mansidão traz em si o conceito básico de
“cortesia”, “bondade” ou “amor a um semelhante” (At 27.3; 28.2; Tt 3.4).
R. E. Pr.
Mansidão - Teologia Sistemática de Charles Finney -
Outro atributo da benevolência é a mansidão.
A mansidão, considerada como virtude, é um fenômeno da
vontade. Esse termo também expressa um estado da sensibilidade. Quando
empregada para designar um fenômeno da sensibilidade, é quase sinônima de
paciência. Ela designa um temperamento dócil e controlado sob provocação. A
mansidão, como um fenômeno da vontade e como um atributo da benevolência, é o
oposto da resistência à injúria e da retaliação. É, de modo mais estrito e
próprio, paciência sob tratamento injurioso. Com certeza esse é um atributo de DEUS,
conforme demonstram claramente a nossa existência e o fato de não estarmos no
Inferno. CRISTO disse a respeito dele mesmo: "sou manso e humilde de
coração" (Mt 11.29), e isso decerto não era vangloria. De que forma
admirável e incessante manifestou-se esse atributo de seu amor? O quinquagésimo
terceiro capítulo de Isaías é uma profecia que expõe esse atributo sob luz mais
tocante. Aliás, é difícil que algum aspecto do caráter de DEUS e de CRISTO seja
manifesto de maneira mais contundente que essa. Evidentemente, esse deve ser um
atributo da benevolência. A benevolência é a boa vontade para com todos os
seres. Somos naturalmente pacientes com aqueles cujo bem buscamos de maneira
honesta e diligente. Se nosso coração está decidido a lhes fazer bem, naturalmente
exerceremos paciência para com eles. DEUS confiou a nós, de modo grandioso, sua
paciência no fato de, quando éramos ainda seus inimigos, abster-se de nos punir
e nos dar seu Filho para morrer por nós. A paciência é um atributo doce e
amável. Como é tocante a maneira pela qual ele a manifestou no tribunal de
Pilatos e sobre a cruz. "Foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda
perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7).
Esse atributo possui, neste mundo, abundante
oportunidade de desenvolver e manifestar-se nos Santos. São ocasiões diárias
para o exercício dessa forma de virtude. Aliás, todos os atributos da
benevolência são chamados com frequência ao exercício nesta escola de
disciplina. De fato, este é um mundo adequado em que treina os filhos de DEUS
para desenvolver e fortalecer toda modalidade de santidade. Esse atributo deve
sempre aparecer onde existir a benevolência e sempre que houver ocasião para
seu exercício.
Há muito prazer em contemplar a perfeição e glória
daquele amor que se constitui obediência à lei de DEUS. Em algumas ocasiões, a
vislumbramos desenvolvendo um atributo após outro, e pode haver muitos de seus
atributos e modalidades dos quais ainda não temos idéia alguma. As
circunstâncias farão com que sejam exercidas. É provável, se não certo, que os
atributos da benevolência fossem conhecidos de modo muito imperfeito no céu,
antes da existência do pecado no universo e que, não fosse o pecado, muitos desses
atributos jamais teriam sido manifestados em exercício. Mas a existência do
pecado, tamanho o mal, dá oportunidade para que a benevolência manifeste suas
lindas fases e desenvolva seus ternos atributos da maneira mais encantadora.
Assim, a administração divina da benevolência faz o bem brotar de mal tão
grande.
O temperamento impetuoso e impaciente sempre manifesta
indícios de falta de benevolência ou de verdadeira religião. A mansidão é e
deve ser característica peculiar dos Santos neste mundo em que existe tanta
provocação. CRISTO reforçou com frequência e vigor a obrigação de ser paciente.
"Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater
na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e
tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a
caminhar uma milha, vai com ele duas" (Mt 5.39-41). Como é lindo!
Discórdia - εριθεια - eritheia - Lê-se Eritiá - Dicionário Strong
em português
1) propaganda eleitoral ou intriga por um ofício
1a) aparentemente, no NT uma distinção requerida, um
desejo de colocar-se acima, um ESPÍRITO partidário e faccioso que não desdenha
a astúcia
1b) partidarismo, sectarismo
Antes do NT, esta palavra é encontrada somente em
Aristóteles, onde denota um perseguição egoísta do ofício político através de
meios injustos. (A&G) Paulo exorta ser um em CRISTO, não colocando-se acima
ou sendo egoísta (Fp 2.3). Tg 3.14 fala contra ter amor-próprio ou se
vangloriar. (Wayne Steury)
Discórdia - εριθεια - eritheia - Lê-se Eritiá - Obra da Carne e o
Fruto do Espirito - William Barclay
B: facões; ARC: pelejas; ARA: discórdias;
BJ: discussões; Mar: rixas; P: rivalidade; BLH: separam-se
em partidos; BV: esforço constante para conseguir o melhor para si
próprio. Outras traduções de outras ocorrências da palavra —
ARC: contenção; ARA: discórdia; P: espirito de partidarismo;
BV: fazer inveja (Fp 1.17). BV: desavenças (2 Co 12.20);
ser egoísta (Fp 2.3).
As numerosas e variadas traduções desta palavra
demonstram a incerteza do seu significado. No entanto, fica bastante claro o
que ela quer dizer de modo geral. Descreve uma atitude errada na realização de
um serviço e na detenção de um cargo. No grego secular a palavra, com seu verbo
correspondente, tinha dois sentidos.
i. Erithos e trabalhador diarista, eritheuesthai, o
verbo, e trabalhar por contrato, e eritheia é o trabalho contratado. A palavra
pode ser usada nesse contexto, sem o menor mau sentido. Lemos, por exemplo, em
Tobias, que Ana ganhava dinheiro com trabalho feminino (Tob. 2.11). Todas estas
palavras simplesmente têm conexão com o trabalho em troca de pagamento. Mas, a
distância entre trabalhar por pagamento e trabalhar somente por pagamento, ou
trabalhar sem outro motivo do que ver quanto a pessoa pode ganhar, não está
muito grande. A palavra, portanto, pode descrever a atitude do homem que não
tem consideração pela prestação do serviço, nenhum orgulho no artesanato fino,
nenhuma alegria no trabalho, e que se ocupa em qualquer trabalho visando
somente o que pode ganhar com ele.
ii. Em Aristóteles, eritheuesthai, o verbo,
adquire outro significado. Talvez, aqui também, o significado não seja
totalmente claro, mas neste caso a atmosfera geral também fica clara. Em
Aristóteles a palavra significa angariar votos para um cargo mediante
partidários contratados, e Aristóteles alista esta atividade como uma das
práticas que finalmente levam as revoluções. Rackham a traduzia por “ intrigas
eleitorais” . Por trás disto há algo da mesma ideia que se liga ao primeiro
significado da palavra. A ação política descrita acha-se na atividade de um
homem cujo único motivo e a ambição partidária ou pessoal, e que não concorre a
um cargo com o desejo nobre de servir ao Estado, a comunidade, e ao seu
próximo, mas que apenas procura satisfazer sua ambição pessoal, seu desejo
pessoal pelo poder, ou a exaltação de um partido em concorrência com outros, e
não pelo bem do estado. A palavra descreve a atitude do homem que está num
emprego público visando as vantagens que pode usufruir, mas, desta vez, o motivo
não e tanto o lucro material ou financeiro quanto o prestigio e poder pessoais.
Burton traduz a palavra pela frase: “ dedicação egoísta aos seus próprios
interesses.” Paulo usa a palavra quatro vezes. Em Rm 2.8 fala daqueles que são
ex eritheias, aqueles que são dominados pela eritheia e que desobedecem a
verdade, e contrasta-os com aqueles que, perseverando em fazer o bem, procuram
gloria, honra e incorruptibilidade, e fica bem claro que não se trata de gloria
e honra humanas. Em 2 Co 12.20 usa- no
tocante aos pecados que receia achar em Corinto, ligando-a com invejas, iras,
porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos. Em Fp 1.17usa-a no
tocante aqueles em cuja proclamação do evangelho o motivo principal e a
concorrência com ele próprio, aqueles cuja pregação visa mais frustra-lo do que
glorificar a CRISTO. Em Fp 2.3 conclama os filipenses a fazerem nada com
eritheia ou soberba, cada um considerando os outros superiores a si mesmo, e depois segue-se a grandiosa passagem que
diz como JESUS CRISTO esvaziou-Se da Sua gloria por amor aos homens. Estes usos
são relevantes para fixar o significado que Paulo atribuía palavra. Deve ser
notado que três das quatro ocorrências aparecem em contextos nos quais o
problema principal acha-se nos partidos em mutua concorrência dentro da Igreja.
A igreja em Corinto estava dividida em partidos concorrentes entre si; na
igreja em Filipos a pregação se tornara em um meio de diminuir a Paulo ao invés
de proclamar a CRISTO. Em Paulo, a palavra denota claramente o espírito de
ambição e rivalidade pessoais que tem como resultado um partidarismo que
considera o partido acima da Igreja. Semelhante motivação já seria bastante
ruim no mundo, mas e uma tragédia quando invade a Igreja. Mas é exatamente isso
o que acontece. Ha aqueles cuja obra na Igreja visa exaltar sua própria
proeminência e importância, e que ficam amargamente decepcionados quando não
recebem a posição e as honrarias que acreditam ter merecido. Ha aqueles, por
mais cruel que pareça ser esta declaração, que trabalham em comissões e juntas
porque estes são o único lugar no mundo onde podem parecer ser alguém. O
serviço deles, que parece ser voluntario, e um meio de gratificar um desejo
pelo poder. Além disso, há aqueles membros na Igreja, o pior tipo deles, que
realmente planejam e fazem intrigas para apoiarem uma política ou uma linha; e
é bem possível que estejam mais interessados em obter o triunfo da sua política
do que o bem-estar geral da Igreja. Não é impossível ouvir debates prolongados
nas reuniões da Igreja onde a preocupação não visa tanto a missão da Igreja
quanto o triunfo de algum partido, política, ou até mesmo pessoa dentro da
Igreja. Ha uma só resposta para tudo isto. Enquanto CRISTO ficar no centro da
vida do indivíduo e da Igreja, eritheia, a ambição pessoal e a rivalidade
partidária, não poderá sequer começar a aparecer; mas quando CRISTO for
removido do centro e as ambições e políticas de qualquer homem se tornarem o
centro, certa e inevitavelmente eritheia, a competição pessoal, invadira a
Igreja e perturbara a paz dos irmãos.
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Lição 11, Vivendo de Forma Moderada
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"Melhor é o longânimo do que o valente, e o que
governa o seu espírito do que o que toma uma cidade." (Pv 16.32)
VERDADE PRÁTICA
A temperança ajuda o crente a ser moderado em todas as
áreas e circunstâncias da vida.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 João 2.12-17
12 - Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos
são perdoados os pecados. 13 - Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que
é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos
escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. 14 - Eu vos escrevi, pais, porque já
conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois
fortes, e a palavra de DEUS está em vós, e já vencestes o maligno. 15 - Não
ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele. 16 - Porque tudo o que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não é do Pai, mas do mundo. 17 - E o mundo passa, e a sua concupiscência;
mas aquele que faz a vontade de DEUS permanece para sempre.
Resumo da Lição 11, Vivendo de Forma Moderada
I - TEMPERANÇA, O DOMÍNIO DAS INCLINAÇÕES CARNAIS
1. Vivendo de modo sóbrio.
2. Temperança e qualidade de vida.
3. A temperança na vida de CRISTO.
II - PROSTITUIÇÃO E GLUTONARIA, O DESCONTROLE DA
NATUREZA HUMANA
1. Fugi da prostituição.
2. A disciplina em casos de prostituição.
3. A glutonaria e seus males.
III - VIVENDO EM SANTIFICAÇÃO E DEIXANDO OS EXCESSOS
1. Agradando a DEUS em tudo.
2. Santificação.
3. Deixando os excessos.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
1 JOÃO 2.12-17 -
12 Estou escrevendo estas coisas para todos vocês,
meus filhinhos, porque os seus pecados foram perdoados em nome de JESUS, nosso
Salvador. 13 Estou dizendo estas coisas a vocês, homens mais velhos,
porque vocês conhecem realmente a CRISTO, Aquele que está vivo desde o
princípio. E estou falando a vocês, rapazes, porque vocês venceram a batalha
contra Satanás. E estou escrevendo a vocês, mocinhos e mocinhas, porque vocês
também aprenderam a conhecer a DEUS nosso Pai. 14 E portanto eu digo
a vocês, pais que conhecem o DEUS eterno, e a vocês, rapazes que são fortes, e
têm a palavra de DEUS em seus corações, e triunfaram na sua luta contra
Satanás: 15 Deixem de amar este mundo mal e tudo o que ele lhes
oferece, pois quando vocês amam estas coisas mostram que realmente não amam a
DEUS; 16 porque todas estas coisas mundanas, estes maus desejos - a
loucura pelo sexo, a ambição de comprar tudo o que atrai vocês e o orgulho que
resulta da riqueza e do prestígio - não provêm de DEUS, e sim do próprio mundo
pecaminoso. 17 E este mundo está perecendo, e estas coisas más e
proibidas perecerão com ele, mas todo aquele que perseverar em fazer a vontade
de DEUS, viverá para sempre. (BÍBLIA VIVA).
MUNDO - Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed.
Rio de Janeiro: CPAD
A palavra é usada na Bíblia com vários significados, e
é a tradução das seguintes palavras: heb. ’eres, “terra” (aprox. 400 vezes),
“mundo” (quatro vezes); heb. tebel, “gerador de frutos” ou “terra habitável”
(35 vezes); gr. aion, “idade”, “dispensação”, “mundo” (32 vezes); gr. ge,
“terra” (mais de 15Ó vezes), “mundo” (uma vez em Apocalipse 13.3);
gT. kosmos, “mundo ordenado”, “sistema do mundo” (mais de 170 vezes); gr.
oikoumene, “terra habitada” ou “mundo habitado" (14 vezes). As palavras
gregas demonstram uma importância maior, particularmente as palavras aion. e
kosmos. Embora o termo gr. aion seja traduzido 28 vezes como “munao” na versão
KJV em inglês, um estudo de seu significado básico, “século” ou “era”, mais o
seu uso em cada contexto, leva à conclusão de que em mais da metade dos casos a
palavra se refere especificamente a um período ou época, e não à terra. Por
exemplo, os discípulos perguntaram ao Senhor JESUS CRISTO: “Dize-nos quando
serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo [aeon\T
(Mt 24.3). Visto que o AT e o NT falam de um reinado milenial de CRISTO (Is
11; 65; 66; Zc 14.9-21; Ap 20.4-6; cf. Rm
8.18-25; 11.26-29), e que os discípulos criam que isto iria ocorrer (Act
1.6-8), e ainda que o próprio CRISTO foi para o céu sem negar de nenhuma forma
esta verdade quando perguntado sobre o assunto em sua ascensão. 40 dias após a
sua ressurreição, é apenas razoável traduzir a palavra aion como “era”
em Mateus 24.3. Em muitas outras passagens, o uso da palavra indica
claramente um conceito que enfatiza a idéia de um período (cf. Mt
13.40,49; 28.20; Mc 10.30; Lc 18.30; 20.35; 2 Co
4.4; Gl 1.4; Ef 1.21). Ao mesmo tempo, porém, a palavra também é
usada sem qualquer conteúdo aparente de tempo (cf. Hb 1.2; 11.3).
A palavra gr. kosmos foi usada a partir de Homero em
expressões como “um apto e harmonioso arranjo ou constituição, ordem” (Thayer’s
Lexicon, p. 356), e também significava o universo, o mundo. Ele é
teologicamente importante porque seu estudo no NT revela muito a respeito do
mundo, da humanidade, e da condição caída do homem, das tentações e problemas
do cristão, bem como da obra de CRISTO em relação ao cosmos caído e a seu
príncipe, Satanás. Este assunto pode ser considerado sob os seguintes tópicos:
1. O mundo físico. O mundo teve um início (Mt
24.21; 25.34). DEUS (Act 17.24), através de CRISTO, criou o kosmos, o
mundo (Jo 1.3,10; cf. Hb 1.2, “por quem fez também os aeons”). Este
kosmos, ou terra, diz Pedro, foi destruído pelo Dilúvio nos dias de Noé (2 Pe
2.5; 3.6). No entanto, mesmo antes de DEUS ter formado o kosmos, Ele havia
planejado a expiação pelos pecados da humanidade caída (Ef 1.4; 1 Pe
1.20; Ap 13.8).
Quando criada a princípio, a terra era boa; em cada
etapa da criação DEUS a reexaminou e a considerou boa (Gn
1.4,10,12,18,21,25, 31). O princípio do mal entrou nela pela primeira vez
quando Adão, rebelando-se contra DEUS, abriu as portas para a entrada do pecado
que se originou no céu por culpa de Satanás e de seus anjos caídos (Rm 5.12;
cf. Ez 28.12-18). Chegará o dia em que o mundo criado (ktisis) será
libertado novamente da maldição trazida pelo pecado. Hoje, ele geme e suporta
as angústias em agonia; mas então, após a ressurreição, ele será novamente
liberto (Rm 8.21-23; cf. Is 11.6-9; 65.25).
2. O mundo da humanidade. Homens e mulheres nascem na
raça humana ou no mundo da humanidade (Jo 16.21). Este mundo é organizado em
reinos ou estados (Mt 4.8,9), e foi isto que Satanás ofereceu a CRISTO se Ele
tão somente aceitasse o senhorio de Satanás e o adorasse (Mt 4.8-10). Através
de seus seguidores, isto é, os governantes mundanos não salvos, Satanás reina
sobre este sistema do mundo. E, contudo, foi este mundo da humanidade caída que
DEUS tanto amou, a ponto de enviar o seu Filho para morrer para que eles
pudessem ter a redenção (Jo 3.16).
3.O mundo caído. O pecado entrou no kosmos quando Adão,
seguindo a liderança de Satanás, descreu em DEUS e se rebelou. A partir daquele
momento, os irregenerados são filhos de Satanás (Jo 8.44), e só podem se tornar
filhos de DEUS através do novo nascimento (Jo 3.3-7). Assim, o termo “mundo”
designa, com moita frequência, a humanidade como um todo em rebelião contra
DEUS, e destinada ao juízo.
O kosmos se tornou o domínio de Satanás; “o mundo
inteiro jaz no Maligno” (1 Jo 5.19). Ele é o seu príncipe (Jo
12.31; 14.30). Ele se tornou o deus deste mundo (2 Co 4.4), e tem
levantado muitos anticristos (1 Jo 4.1ss.) para enganar os perdidos. O sistema
do mundo tem a sua própria sabedoria (1 Co 1.21) em contraste com o
conhecimento de CRISTO como a sabedoria e o poder de DEUS para a salvação (1 Co
1.24). Esta sabedoria deficiente leva ao orgulho e à luxúria (1 Jo 2.16) e à
cobiça que se toma uma forma de idolatria (Cl 3.5), porque o homem tende a
adorar aquilo que cobiça. Este mundo caído tem um espírito próprio em contraste
com o ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.12), oferece uma comunhão ímpia ao pecador (Tg
4.4), e prende em sua escravidão aqueles que não são regenerados (Gl
4.3; Cl 2.20). Somente através da regeneração o homem pode ser libertado
do sistema do mundo (1 Jo 5.4,5).
4. CRISTO e o mundo. DEUS amou o mundo caído o
suficiente para enviar o seu Filho para dele redimir o seus eleitos (Jo
3.16; 1 Jo 4.14). JESUS veio trazer juízo sobre este mundo caído (Jo 9.39)
e sobre o seu príncipe, Satanás (Jo 12.31; 14.30). Isto foi realizado na
cruz (Jo 16.11). A morte de CRISTO é suficiente para todos (1 Jo 2.2), mas só é
eficaz para o crente. Foi em benefício dos seus que o Senhor fez sua oração
como Sumo Sacerdote (Jo 17.9), e é por eles que Ele intercede constantemente
junto a DEUS Pai (Hb 7.25). Em sua segunda vinda, o reino do mundo se tornará o
seu reino (Ap 11.15). Os crentes, juntamente com seu pai, Abraão, deverão ser
herdeiros deste mundo e reinar sobre ele com CRISTO (Mt 5.5; Rm
4.13; 8.17; cf. Ap 5.10).
5. O relacionamento atual dos cristãos com o mundo. O
crente tem sido liberto das armadilhas do sistema do mundo caído, e pode
vencê-lo pela fé em CRISTO (1 Jo 5.4,5). Os ensinos do mundo caído são
caracterizados por dois legalismos extremos e rígidos (Gl 4.9,10; cf. Jo
8,41-44) por um lado, e pela luxúria licenciosa por outro (Jo 8.44; Tg
4.1- 4). Enquanto estiver neste mundo o cristão, como seu Senhor, sofrerá
tribulações uma vez que o mundo o odeia (Jo 15.18,19; 16.33) e não o
conhece (1 Jo 3.1). Através da presença e do poder do ESPÍRITO SANTO, que é
maior que o Diabo, o crente vence (1 Jo 4.4). Mas CRISTO adverte contra se
buscar a prosperidade nas coisas do mundo (Mt 16.26). Paulo reconhece que uma
pessoa casada corre o risco de se distrair aa devoção ao Senhor pela
preocupação com as coisas do mundo (1 Co 7.31-35). João proíbe severamente o
crente de amar o mundo, mas diz que o amor a DEUS, sendo de uma afeição mais
elevada, é capaz de expulsar o amor ao mundo (1 Jo 2.15-17).
6. A responsabilidade do cristão pelo mundo. O cristão
deve permanecer no mundo e deixar que sua luz brilhe (Mt 5.14), mas não se
tornar parte dele (Jo 17.15). O mundo é o campo onde o cristão deve servir (Mt
13.38). O evangelho deve ser pregado ao mundo inteiro (Mc 14.9; 16.15),
pois ele ainda é o mundo de DEUS e jaz apenas temporariamente no poder de
Satanás (1 Jo 5.19). É tarefa do cristão não apenas ser uma luz para o mundo
(Mt 5.14-16; Fp 2.15), mas também declarar à humanidade caída que se
reconcilie com DEUS através da cruz (2 Co 5.19,20). DEUS libertará toda a
criação tanto de Satanás quanto da maldição do pecado, primeiro lançando
Satanás no abismo (Ap 20.3), depois no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10), e
então removendo a maldição tanto da natureza como do homem (Em 8.21-24;
cf. Jr 31.33,34).
O termo gr. oikoumene, a terceira palavra grega,
refere-se à terra habitada ou civilizada. No decreto de César em Lucas
2.1, ela se refere ao Império Romano. O termo é usado nesse sentido em Atos
para descrever a extensão de uma seca (Act 11.28), os efeitos das mensagens
missionárias de Paulo (17.6), a extensão da adoração pagã a Diana (19.27), e a
dispersão dos judeus (24.5).
Bibliografia. Hudson T.
Armerding, ed., Christianity and the World ofThought, Chicago. D. H. van
Daalen, Filadélfia. Muhlenberg Press, 1961.
G. Nagel, J. Héring, Christian
Senft, “World”, A Companion to the Bible, ed. por J. J. Von Allmen, Nova York.
Oxford Univ. Press, 1958, pp. 466-471. Hermann Sasse, *Kosmos, etc.”, TDNT,
III, 867-898.
R. A. K.
1 Ts 4.2 Porque vós bem sabeis que instruções vos demos
da parte do Senhor JESUS. 3 Visto que esta é a vontade de DEUS: Vossa
santificação, que vos abstenhais da fornicação; 4 que cada um de vós saiba como
possuir o próprio corpo em santidade e honra, 5 não na paixão da
concupiscência, como os gentios que não conhecem a DEUS.
πορνεια - porneia - Lê-se - Pórniá - prostituição
- Strong em português
1) relação sexual ilícita
1a) adultério, fornicação, homossexualidade,
lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada;
Mc 10.11-12
2) metáf. adoração de ídolos
2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se
incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos
Resumo da Lição 11, Vivendo de Forma Moderada - Pr.
Henrique
Introdução
Nesta lição estudaremos sobre Temperança, ou Moderação,
ou Domínio Próprio, uma qualidade do Fruto do ESPÍRITO que nos dá poder de
rejeitar o pecado, hoje, principalmente nas áreas da Glutonaria e da
Prostituição veremos esse contraponto.
I - TEMPERANÇA, O DOMÍNIO DAS INCLINAÇÕES CARNAIS
1. Vivendo de modo sóbrio.
Não se embriagar com as obras da carne, mas se
embriagar com o ESPÍRITO seria o mais apropriado aqui. É estando cheio do
ESPÍRITO SANTO que se impede a ação das obras da carne.
Quem não está em comunhão com o ESPÍRITO SANTO age e
aceita o mundo com suas concupiscências. Quem está cheio do ESPÍRITO SANTO age
segundo a direção do ESPÍRITO e vive como um atleta que de tudo se abstém para
satisfazer aquele que o alistou (DEUS). É um viver como numa concentração,
estando pronto para combater e vencer as tentações e o pecado.
2. Temperança e qualidade de vida.
A Temperança trás domínio sobre o pecado e nos dá uma
vida de santidade e tranquilidade na presença de DEUS. É não viver com
acusações na consciência, mas viver em comunhão, harmonia e paz com o ESPÍRITO
SANTO.
3. A temperança na vida de CRISTO.
JESUS era cheio do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.18), e só isso
explica porque nunca foi convencido de pecado. A comunhão de JESUS com o
ESPÍRITO SANTO era tanta que era guiado por ELE e direcionado por ELE. O que
JESUS falava era o que o ESPÍRITO SANTO queria falar e o que JESUS fazia era o
que o ESPÍRITO SANTO queria fazer.
II - PROSTITUIÇÃO E GLUTONARIA, O DESCONTROLE DA
NATUREZA HUMANA
1. Fugi da prostituição.
πορνεια - porneia - Lê-se - Pórniá - prostituição -
Strong em português - Porneia significa imoralidade, relações sexuais ilícitas.
A bíblia nos orienta a fugir da prostituição, isso quer dizer que está nos
perseguirá. Somente cheios do ESPÍRITO SANTO conseguiremos nos desviar deste
pecado. Quando estamos desejando a comunhão com o ESPÍRITO SANTO nos
fortalecemos na oração, no jejum e no estudo da bíblia - assim vencemos todas
as lutas.
Nossa vida é o templo, habitação, do ESPÍRITO SANTO e
todos os atos pecaminosos cometidos resultam em sujeiras que invadem a casa do
ESPÍRITO, provocando o Seu afastamento.
"Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma
pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca
contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do
ESPÍRITO SANTO, que está em vós, o qual tendes da parte de DEUS, e que não sois
de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a
DEUS no vosso corpo.” 1Co 6.18-20
É preciso a consciência que a vida não é nossa, somos
resgatados pelo Eterno para sermos segundo a Sua vontade e instrumentos na
manifestação de Sua glória. O impulso de pecar tem a sua origem na
mente, são os pensamentos impuros sugestionados pela carne ou pelo próprio
inimigo e a prática destes produz o pecado. Todos nós estamos sujeitos aos
pensamentos contrários à vontade do Pai, mas, como servos não devemos permitir
que eles cresçam e tome todo o nosso ser. É preciso evitar todas as formas que
desperta na vida tais desejos imundos, por exemplo: sites pornográficos /
eróticos; filmes eróticos; revistas; conversar sobre o tema com amigos e tudo
mais que desperta a nossa carne para os desejos impuros. A recomendação
é:
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo
o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor
existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Fp 4:8.
O sexo é verdadeiramente ruim?
De formal alguma! É um canal de prazer deixado por DEUS
aos homens e quando praticado de forma normal e
natural e dentro de uma união conjugal é totalmente aceitável. O sexo
foi criado por DEUS visando à procriação, como é comum a todos os animais. Mas,
ao ser humano o Eterno permitiu que além da idéia principal de procriação, as
relações sexuais fossem fonte de prazer e que naturalmente complementasse a
vida conjugal (sexo, abençoado, apenas no casamento). O diabo aproveitou-se da
situação e plantou nos corações a malícia, que desencadeia toda uma série de
desejos imundos, fortes o suficiente para escravizar o homem. A mulher
tornou-se nas mãos do inimigo um objeto, sedutor, cuja imagem é usada em quase
todas as áreas.
Sexo, exclusivamente no casamento: (Mt 5.27,28;
1Co 7.2,5; At 15.29; 1Co 7.2) O Sexo é uma benção deixada por DEUS aos homens
para ser praticada exclusivamente dentro da união conjugal. Sua prática
fora do casamento é pecado!
Inaceitável no namoro / noivado: (Gl 5.19; 1Co
6.18; Ef 5.3; Cl 3.5) A impureza é um pecado sexual. Todos os atos impuros
praticados entre casais não casados é fruto da carne. A fornicação é um pecado!
Com certeza não vamos encontrar na Bíblia um texto que literalmente faça alusão
às práticas sexuais impuras de uma forma explicita; mas, no conjunto da
Palavra, facilmente vemos que tudo aquilo que é praticado de uma forma
antinatural ou impura é errado.
A Palavra do Senhor é assim mesmo, simples e de fácil
entendimento. Para que todos que a leem, possam praticá-la (Mt 11.25; 1Co
2.1-5). As controvérsias existentes no meio cristão sobre o assunto, têm suas
origens em vidas que se deixam influenciar pelos espíritos maus e buscam dar
vazão aos desejos da carne.
Devemos dar lugar ao ESPÍRITO de DEUS, jamais aos
espíritos malignos. O amor a DEUS e a santidade no viver, é indispensável.
2. A disciplina em casos de prostituição.
Na igreja de Corinto existiam os que estavam em
comunhão com o ESPÍRITO SANTO, mas por incrível que pareça, nesta mesma igreja
existiam os que se encontravam em pecado e em divisão, formando grupos. Ali
existia até quem praticava atos sexuais com sua madrasta. Paulo chama a atenção
dos coríntios para que corrijam o pecador e o conduzam a CRISTO para
arrependimento. Havia o perigo de todos se contaminarem, pois aqueles que
pecassem diriam que estavam fazendo o mesmo que outro fazia e não era
repreendido. Houve a repreensão, o entristecimento pelo pecado cometido, a
reconciliação e o perdão. Aquela vida foi restaurada.
1 Coríntios 5.1 HÁ ENTRE VÓS FORNICAÇÃO. Paulo
passa a escrever sobre um informe recebido, de imoralidade na igreja de Corinto
e a recusa dos seus dirigentes quanto a disciplinar o culpado (vv. 1-8). Paulo
declara que a igreja, sendo um povo santo, não deve permitir nem tolerar a
imoralidade entre seus membros. Cita três razões por que a igreja deve
disciplinar um membro culpado:
(1) Para o bem do culpado (v.5). A exclusão pode
despertá-lo para ver a tragédia do seu pecado e sua necessidade de perdão e
restauração.
(2) Por amor à pureza da igreja (vv. 6-8). Tolerar a
iniquidade numa igreja é rebaixar paulatinamente o padrão moral de todos.
(3) Para o bem do mundo (cf.v.1). A igreja não poderá
ganhar homens e mulheres para CRISTO, se ela mesma for semelhante ao mundo (cf.
Mt 5.13). (para outros trechos do NT sobre a disciplina na igreja, ver Mt
5.22; 18.15-17; 2 Ts 3.6,14,15; Ap 2.19-23).
1 Coríntios 5.1 QUEM ABUSE DA MULHER DE SEU
PAI. Qual foi o pecado exato, aqui, não está claro. Paulo, ao referir-se à
mulher do pai daquele transgressor, provavelmente, quis dizer que havia um
envolvimento sexual deste com a sua madrasta.
(1) Paulo ficou pasmado e horrorizado, porque a igreja
estava tolerando semelhante imoralidade em seu meio. Ele sabe que isso é ainda
mais grave do que a
própria transgressão do indivíduo.
(2) A permissividade dos coríntios é semelhante à de
muitas igrejas da atualidade que toleram e silenciam sobre a imoralidade entre
seus membros, inclusive o adultério e todas as formas de fornicação. As
intimidades pré-conjugais, especialmente entre a juventude da igreja, não
somente são toleradas, mas, às vezes, até mesmo justificadas, alegando-se amor
e compromisso mútuo. Poucos dirigentes de igrejas falam abertamente, em nome de
CRISTO, da prática do namoro imoral entre a juventude. Como faziam os líderes
da igreja de Corinto, os tais não lamentam o fato da corrupção do povo de DEUS,
que se torna cada vez mais semelhante à sociedade à sua volta. Esses
dirigentes, na sua autocomplacência, permitem o pecado, porque, conforme
alegam, "vivemos em tempos modernos, e não devemos ser vistos como
juízes."
1 Coríntios 5.2 NEM... VOS ENTRISTECESTES. Paulo
expressa qual deve ser a reação normal de uma igreja cheia do ESPÍRITO SANTO,
em caso de imoralidade entre seus membros professos. Aqueles que aceitam o
conceito bíblico da santidade de DEUS e da sua aversão ao pecado, sentirão
tristeza e pesar (cf. Is 6). Removerão do seu meio a iniquidade (vv.
2,4,5,7,13).
1 Coríntios 5.5 SEJA ENTREGUE A SATANÁS. Isso
significa (em um caso como esse de Corinto), a igreja remover a pessoa imoral
da sua comunhão e entregá-la ao domínio de Satanás. expondo-a às influências
destrutivas do pecado e demoníacas (vv. 7,13).
(1) Tal disciplina tem dois propósitos:
(a) que o culpado, ao experimentar problemas e
sofrimentos físicos, arrependa-se e seja finalmente salvo (Lc 15.11-24);
(b) que a igreja se livre do "fermento velho"
(v.7; i.e., das influências pecaminosas), para assim tornar- se o pão novo
"da sinceridade e da verdade" (v. 8).
(2) A mesma ação pode ser adotada pela igreja hoje, ao
procurar salvar a quem abandonou a vida cristã e voltou ao mundo (cf. 1 Tm
1.20).
1 Coríntios 5.6 UM POUCO DE FERMENTO FAZ LEVEDAR TODA A
MASSA. Na Bíblia, "fermento" (i.e., levedura que produz
fermentação) é símbolo do erro que permeia o povo e corrompe a verdade, a
retidão e a vida espiritual (Gl 5.7-9; ver Êx 13.7; Mc 8.15). Paulo, neste
versículo, compara o fermento ao processo pelo qual o pecado e a iniquidade
paulatinamente se propagam numa comunidade cristã, corrompendo assim a muitos.
Qualquer igreja que não tomar medidas severas contra a imoralidade sexual entre
seus membros descobrirá que a influência maligna desse mal se alastrará pela
congregação e contaminará a muitos. O pecado deve ser rigorosamente removido;
doutra forma, no decurso do tempo, a totalidade da comunidade cristã se
corromperá e o ESPÍRITO SANTO não terá lugar nessa igreja (ver Ap 2,3).
1 Coríntios 5.12 JULGAIS... OS QUE ESTÃO
DENTRO. Um crente não deve fazer crítica precipitada ou injusta contra
outro crente (cf. Mt 7.1-5).
Todavia, Paulo mostra, aqui, que a igreja precisa
julgar seus membros em caso de pecado grave, iniquidade, imoralidade, ou
conduta ímpia persistente. Tais ações iníquas precisam ser julgadas e
disciplinadas, para o bem da pessoa envolvida, da pureza da igreja e do
testemunho de CRISTO no mundo.
Aqui aprendemos que uma congregação do Senhor
JESUS CRISTO (v 13),
a) Não deve sancionar conduta imoral de ninguém;
b) Deve manter a pureza do Evangelho. Ver Mt 13.47-49;
c) Que na igreja o viver do crente deve ser bem
diferente do viver do incrédulo;
d) Que a igreja como corpo local tem o direito de
disciplinar os membros faltosos.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-ldc-aimoralidadeemcorinto.htm
3. A glutonaria e seus males.
O comer em excesso é glutonaria, mas toda escravidão
dentro da área do ingerir é glutonaria e até mesmo o comer e vomitar é pecado.
Glutão é o indivíduo que come muito... que come com
olho maior que a boca e o estômago juntos.
Uma pessoa assim, que come como ninguém, está cavando a
própria sepultura com a faca e o garfo...
Essa pessoa está cometendo o pecado que a Bíblia chama
de gula.
Devo dizer logo de início, que esse pecado cresce à
medida que o padrão de vida cresce.
Quando uma pessoa começa a viver mais folgada, ela acha
mais alimentos para
comer. No começo não havia dinheiro para manteiga,
então era só margarina mesmo... e com o dinheiro, achou o queijo, o requeijão,
a geleia...
Então, a pessoa quando vai prosperando na vida, quando
começa a ter abundância e, começa a concluir que o homem pode viver só de pão.
JESUS falou, lemos em Mt 4.4 que: “nem só de pão viverá
o homem “, mas a pessoa que sobe na vida, que consegue um padrão de vida
melhor, com folga e conforto, corre o risco de achar que é possível viver só de
pão...
Então, ela faz do supermercado o seu altar — comer bem
e bastante é o céu para elas.
Portanto, em épocas de prosperidade econômica, em
épocas de facilidade financeira, há o grande perigo do pecado da gula crescer
na população.
Ultimamente os Estados Unidos têm sofrido por conta
disso... o índice de obesidade é grande por lá!
Porque o materialismo tem provocado a queda de muitos
que, satisfazendo seus apetites carnais, têm caído em descontrolados comes e
bebes.
Veja que Provérbios 23.21 fala que beberrões e comilões
vivem com sono e acabam na pobreza, vestindo trapos.
A guia é um dos pecados ao lado com o orgulho, a inveja
e a impureza.
Esse pecado é cometido por muitas pessoas, mas poucas
delas reconhecem esse pecado, todavia, a Bíblia condena o pecado da gula
abertamente.
Muita gente gulosa (e essa palavra vem de gula) condena
os outros por seus pecados... vê um cisco de impureza na vida dos outros, mas
ignora e não vê a tábua em seus próprios olhos.
A pessoa gulosa, que come como ninguém, que se
empanturra, acha fácil condenar aquele que é escravo da bebida, mas ela mesma
não percebe que é escrava do seu próprio estômago.
Sobre a gula, o empanturramento, lemos na Carta aos
Filipenses (3. 18-19): “ ..há muitos que vivem como inimigos da cruz de CRISTO.
0 destino deles é a perdição, o seu deus é o estômago e eles têm orgulho do que
é vergonhoso; só pensam nas coisas terrenas“.
Nesse verso, a gula é identificada com o materialismo,
porque diz que as pessoas cujo deus é o ventre, os gulosos, só cuidam das
coisas terrenas.
Esteja certo disso: a gula é pecado... primeiro, porque
ela é a expressão física da filosofia materialista.
O guloso diz: “Comamos, bebamos e alegremo-nos, porque
amanhã morreremos”.
Ele só se interessa por isso: em comer, em beber, em
viver de farras.
Aqui podemos incluir a ingestão de bebida alcoólica, de
drogas, de cigarro, etc... são o aprisionamento em torno do paladar.
III - VIVENDO EM SANTIFICAÇÃO E DEIXANDO OS EXCESSOS
1. Agradando a DEUS em tudo.
Vivamos para agradar a DEUS. Busquemos pela intimidade
com o ESPÍRITO SANTO. DEUS quer nos usar para fazer uma grande obra. Somos
vasos e devemos estar vazios e prontos para uso exclusivo de DEUS.
Pela graça de JESUS, somos salvos e já experimentamos a
regeneração. Como novas criaturas, precisamos viver de modo a agradar ao
Senhor.
2. Santificação.
A SANTIFICAÇÃO (BEP - CPAD)
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em
santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS
CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”,
“consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla
comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão
bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu
DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”
(Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a
santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa
consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo
algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2),
“para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus
mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a
operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos
liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas
pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de
CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa
e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl
5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição
absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do
crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse
crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão,
pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio
do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a
necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos
a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de
estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de
DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada,
separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44;
19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente
em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor
(Hb 12.14).
(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé
(At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm
6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e
pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr
31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13)
(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação
do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à
santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO,
ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da
carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da
corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente
mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os
crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à
Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de
DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o
pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em
obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um
processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é
apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é
liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver
para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto,
a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual
continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente
transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na
graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo
4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra
experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode
receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de
que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a
andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se
apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO
SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a
DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
3. Deixando os excessos.
Os extremos são perigosos. Tudo o que vai além do
limite da Palavra de DEUS deve ser evitado.
Como nos comportar de acordo com a orientação do
ESPÍRITO SANTO?
Comer com moderação e só o que é permitido pela Palavra
de DEUS.
Praticar sexo normal e dentro do que permite a Palavra
de DEUS e somente com o cônjuge.
Conclusão
Temperança Significa Domínio Das Inclinações
Carnais. Devemos Viver De Modo Sóbrio. A Temperança é Qualidade De Vida
Espiritual E Deve Ser Constante Na Vida De Quem Segue A CRISTO, Pois ELE Era
Temperante. A Prostituição E A Glutonaria São Descontroles Da Natureza Humana.
Fugi Da Prostituição É A Ordem Da Palavra De DEUS. Deve A Igreja Praticar A
Disciplina Em Casos De Prostituição De Seus Membros. A Glutonaria Trás Grandes
Males Para O Crente E Até Seu Afastamento Dos Caminhos Do Senhor. Que
Possamos Ser Achados Vivendo Em Santificação E Deixando Os Excessos, Agradando
A DEUS Em Tudo. Vivendo Em Santificação. Deixando Os Excessos.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO
Pr. Luiz Henrique
Domínio próprio - εγκρατεια - egkrateia -
Lê-se Egréziá - Strong em português
1) autocontrole (virtude de alguém que domina seus
desejos e paixões, esp. seus apetites sensuais)
Domínio próprio - εγκρατεια - Lê-se Engraziá -
egkrateia - Domínio próprio´- A Vitória sobre o Desejo - Obra da Carne e o
Fruto do Espirito - William Barclay
A nona e última virtude no fruto do Espirito é
egkrateia, traduzida por temperança na B, ARC, Mar., P.; por domínio próprio na
ARA,BLH,BV; e por autodomínio na BJ. Domínio próprio, que também aparece a
margem da RSV, é a melhor tradução.
No próprio NT temos muito pouca matéria com que podemos
avaliar o significado desta palavra. Ocorre somente em dois outros
lugares. Paulo debateu com o governador Felix e sua esposa Drusila acerca
da justiça e do domínio próprio (At 24.25). Pedro conclama seus leitores a
acrescentarem o domínio próprio ao conhecimento, e a perseverança a temperança
(2 Pe 1.6).
O verbo correspondente, egkrateuomai, ocorre duas vezes
no NT.
Significa exercer domínio próprio ou ter autodomínio.
Em 1 Co 7.9 Paulo, falando do relacionamento entre os sexos, adverte contra o
casamento,
mas então acrescenta: “Caso, porém, não se dominem, que
se casem.” Ou seja: se o domínio próprio se revelar impossível, então o
casamento
e permissível. Em 1 Co 9.25 ele determina o princípio
universal de que todo homem que se esforça para vencer em tudo se domina, ou e
temperado. O adjetivo correspondente egkratès ocorre uma só vez no NT.
Significa “ com domínio de si” , Em Tt 1.8 e estipulado aos bispos que sejam sóbrios, justos, piedosos e que tenham
domínio de si. De modo claro, o NT propriamente dito fornece bem pouca matéria
para a elucidação do significado desta palavra.
A LXX não as usa frequentemente, mas as poucas
ocorrências realmente ajudam a dar conteúdo ao seu significado. Ecli. 18.30
começa uma seção chamada Temperança da Alma. Na BJ Domínio de si mesmo é a
tradução deste título da seção seguinte: “Não te deixes levar por tuas
paixões e refreia os teus desejos. Se cedes ao desejo
da paixão, ela fara de ti objeto de alegria para teus inimigos. Não te deleites
numa existência voluptuosa, não te ligues a uma tal sociedade. Não te
empobreças banqueteando com dinheiro emprestado, quando nada tens no bolso”
(Ecli. 18.30-33). Com base nesta passagem fica claro que egkrateia inclui, pelo
menos, autodomínio e autodisciplina em questões de prazer físico e corporal.
A palavra ocorre mais uma vez em 4 Macabeus. Este livro
fala da terrível perseguição contra os judeus no reinado de Antioco Epifânio,
que fez uma tentativa deliberada e selvagem de liquidar a religião judaica.
Eleazar e colocado diante dos perseguidores e lhe e' oferecida a escolha entre
comer carne de porco e a morte. Sua resposta e: “Eu não te trairei, O Lei,
minha instrutora! Não te abandonei, o amada Temperança!” (4 Mac. 5.4). Neste
caso, a palavra descreve a auto restrição, a autodisciplina, a abnegação que
não violara as leis alimentares judaicas, ainda que o comprimento importe em
morte. O verbo egkrateuesthai ocorre na LXX no sentido de refrear-se de fazer
alguma coisa. Quando Jose reconheceu seus irmãos, e em especial quando
reconheceu Benjamim, ficou tomado pelas suas emoções. Retirou-se para esconder
a sua emoção e lagrimas. Depois lavou o rosto, e saiu; e na presença deles,
conteve-se (Gn 43.31). Ou seja, refreou a sua emoção. De modo semelhante, em
Ester, Hama enfurece-se diante da prosperidade de Mordecai, porem se conteve no
momento (Et 5.10). Ou seja: refreou a sua ira por um momento. Na LXX egkratês e
bastante comum, mas não no sentido ético. Todas estas palavras têm como raiz o
verbo kratein que significa “pegar
em,” “ agarrar.” Destarte, egkratès pode significar
simplesmente ter posse de, ou segurar em (Tob. 6.3; Ecli. 6.27; 15.1; 27.30; 2
Mac. 8.30; 10.15, 17; 13.13). Na realidade, esta e uma valiosa informação
casual sobre o significado ético da palavra; pois quando a palavra entra na
esfera moral e ética descreve a forca da alma com que o homem agarrasse em si
mesmo, domina-se e tem um completo autocontrole de modo a poder refrear-se de
todo desejo maligno. Na LXX parece ocorrer uma só vez no sentido ético. O Sábio
declara: “Graça sobre graça e uma mulher recatada, aquela que é casta é de um
valor inestimável” (Ecli. 26.15).
Ali a palavra descreve a castidade marcante que tem
toda paixão sob o mais completo controle. No grego clássico a palavra aparece
em Platão como uma palavra moral e ética. Platão fala na egkrateia, o domínio
dos prazeres e dos desejos (República 430 E). Na Memorabilia Xenofonte registra
a respeito de Sócrates que este era, entre todos os homens, o que mais dominava
os desejos do amor e do apetite (Memorabilia 1.2.1). Como no caso de pautes, a palavra egkrateia e
discutida muito pormenorizadamente por Aristóteles, mas deixaremos a análise
feita por ele para o fim. A partir deste ponto, dirigindo-nos a épocas
anteriores ao NT, não achamos muito material que ajude na definição de
egkrateia. Neste caso,
podemos procurar descobrir alguma ajuda indo para os
tempos posteriores. O primeiro grupo de escritores cristãos fora do NT escreveu
durante
os últimos anos do século I e na primeira metade do
século II; são conhecidos como os Pais da Igreja. São, obviamente, de vital
importância para
o estudo do pensamento da Igreja primitiva, e tem muita
coisa a dizer a respeito de egkrateia e seu lugar na vida cristã.
i. E um dos maiores dons de DEUS. “Quão bem-aventurados
e maravilhosos são os dons de DEUS” escreve Clemente de Roma, e depois passa a
enumerar alguns deles: “A vida na imortalidade, o esplendor na justiça, a
verdade na ousadia, a fé na confiança, a continência (egkrateia) na
santidade” (1 Clemente 35.1, 2). A
temperança (egkrateia), diz Hermas, e como toda dadiva de DEUS. E dupla, porque
há algumas coisas das quais refrear- se e um dever, e há outras das quais o não
refrear-se e um dever (O Pastor de Hermas, Mandados 8.1). Clemente tem uma
passagem nobre sobre a excelência da vida cristã: “O forte, cuide do fraco; e o
fraco respeite o forte. O rico, ajude com liberalidade o pobre; e o pobre seja
agradecido a DEUS, porque lhe deu alguém através de quem suas necessidades
foram supridas. O sábio manifeste a sua sabedoria não em palavras, mas em boas
obras; o que e humilde, não de testemunho de si mesmo, mas deixe que de outro
lhe venha o testemunho; o que e puro na carne, não se jacte, sabendo que outro
e o que lhe concede (o dom de) a continência” (1 Clemente 38.2). A última
oração de Clemente em favor de seus leitores e: “Possa o DEUS que a tudo vê,
Senhor dos espíritos e de toda carne, que escolheu o Senhor JESUS CRISTO, e a
nos, através dele, para sermos “um povo peculiar” , dar a toda alma que invoca
o seu magnifico e santo nome, fé, temor, paz, paciência, longanimidade, domínio
próprio, pureza e sobriedade, para serem agradáveis ao seu nome, por meio de
nosso Sumo Sacerdote e Protetor, JESUS CRISTO, através de quem lhe seja gloria
e majestade, poder e honra, agora e por todos os séculos. Amem” (1 Clemente
64). Num mundo que contamina as pessoas, os mestres primitivos amavam egkrateia
e a viam como uma das maiores dadivas de DEUS.
ii. Faz parte da própria base da vida cristã. Clemente,
encerrando a sua carta, escreve: “Tocamos em todos os aspectos da fé, do
arrependimento,
do legitimo amor, do domínio próprio, da sobriedade e
da paciência (1 Clemente 62.2). Egkrateia é uma das colunas fundamentais que
sustentam a vida cristã. Segundo Hermas, egkrateia faz parte do primeiro
mandamento da vida cristã. O anjo lhe diz: “Ordeno-te no primeiro mandamento a
conservar a fé e o temor e a continência” (O Pastor de Iíermas, Mandamentos
6.1).
iii. E a aliada da vida cristã. A carta de Barnabé diz:
“O temor e a paciência são ajudadores da nossa fé, a longanimidade e a
continência são suas aliadas” (A Carta de Barnabé 2.2).
iv. E a maneira de salvar a alma. O anjo diz a Hermas:
“ Tu es salvo por não teres rompido com o DEUS vivo e pela tua simplicidade e
grande temperança” (i0 Pastor de Hermas, Visões 2.3.2). Em 2 Clemente está
escrito: “Penso agora que meus conselhos não foram de somenos valor, a
respeito do controle próprio, e se qualquer homem os
seguir, não se arrependera, mas salvara tanto a si mesmo quanto a mim, o seu
conselheiro”
(2 Clemente 15.1).
v. E a marca do amor cristão. Policarpo define a lição
que as esposas cristas devem aprender: “Em seguida, ensina as nossas esposas a
permanecerem na fé que lhe foi dada, e, em amor e pureza, a amarem os seus
maridos em toda a verdade, e a amar os demais igualmente em toda a castidade, e
a educar seus filhos no temor a DEUS” (Policarpo: Filipenses 4.2). Egkrateia
faz com que o amor seja castidade não concupiscência.
vi. E o suporte da Igreja Crista. Nas suas Visões
Hermas viu uma torre sendo edificada, e a torre e o símbolo da Igreja. Em
derredor da torre havia sete mulheres, e a torre era sustentada por elas. “A
segunda, que tem cintura e que parece um homem, e chamada Continência; e ela e
a filha da fé. Quem portanto, segui-la, será bem-aventurado em sua vida, porque
se absterá de todas as ações mas, crendo que, refreando-se de todas a
concupiscência maligna, herdara a vida eterna” (O Pastor de Hermas: Visões 3.8.4).
Um dos suportes e fundamentos da Igreja e vida cristã e egkrateia. O valor que
os mestres primitivos atribuíam a virtude de egkrateia está claro. E a auto
restrição, o autocontrole, a autodisciplina, a pureza e a castidade presentes
na palavra, estão claros. Aristóteles faz a grande análise clássica da palavra.
Ele, ou seu discípulo, trata-a no seu opúsculo Das Virtudes e dos Vícios.
Declara-se ali que egkrateia e a virtude da parte apetitiva da alma (1.3).
Posteriormente, e definida de modo mais completo: “A egkrateia pertence a
capacidade de refrear o desejo pela razão, quando este fixa-se nos gostos e
prazeres vis, e de ser resoluto e sempre pronto a suportar a necessidade e dor
naturais”(5.1). Na Ética a Eudemo, egkrateia volta a ser comentada. Ali Aristóteles
lida com o homem que é o inverso de egkratès, aquele que é a kratês. Ele
escreve: “ Toda a iniquidade torna o homem mais injusto, e a falta de domínio
próprio parece ser iniquidade; o homem descontrolado e o tipo de homem que age
de conformidade com o desejo e de modo contrário ao raciocínio; e demonstra sua
falta de controle quando sua conduta e guiada pelo desejo; de modo que o homem
descontrolado agira injustamente e segundo o seu desejo” (2.7.6). O inverso de
egkrateia é a ação dominada pelo desejo, e o homem egkratès é aquele que evita
o desejo de ser o ditador das suas ações e da sua vida. A discussão mais
completa de egkrateia acha-se no sétimo livro da Ética a Nicômaco e é de grande
interesse e importância. Aristóteles começa definindo aquele que e egratès ao
tratar do caso inverso: o homem akratès. O homem que e egkratès tem controle
próprio, aquele que é akratès não se controla (7.1.1.). Estas duas palavras, na
realidade, nos oferecem a chave para toda a questão. As duas tem ligação com o verbo
kratein, que significa agarrar, segurar firme, sustentar, controlar. O homem
egkratès e controlado por sua natureza decidida e confiante, aquele que e
akratès não tem segurança nem controle sobre si mesmo. Aristóteles passa,
então, a falar das coisas com as quais akrasia, a qualidade do homem akratès,
tem ligação. Está associada com malakia, a fraqueza no viver e trufè, que e a
luxuria sensual no viver (7.14). Por outro lado, e contrastada com karteria,
que e a solida perseverança e persistência. Aristóteles passa, então, a definir
as diferenças essenciais entre certos tipos de caráter. O homem que e sõphrón,
prudente e controlado, sempre tem domínio próprio e perseverança. O homem que é
akratès pratica atos errados, mas não os pratica por escolha própria, ele e
levado pelos impulsos e impetuosidade, sabendo que está praticando coisas mas,
em certo sentido, contra sua vontade e juízo. O desejo forçou-o a separar-se da
linha de ação que, segundo a razão lhe diz, e boa. O homem que e akoiastos
pratica deliberadamente as coisas erradas; e o libertino que, de modo
proposital, escolhe o caminho do desejo. O homem egkratès tem desejos fortes
que procuram desvia-lo do caminho da razão, mas ele os mim tem sob controle
(7.1.6, 7; 7.2.6.7).
Mas onde está área de desejo e descontrole? Nesta vida
há dois tipos de prazer — o prazer necessário e o desnecessário. Os prazeres
necessários são aqueles dos instintos naturais; os prazeres desnecessários são
o dinheiro, as vantagens, a honra, e coisas assim. Ora, pode-se dizer que um
homem e incontido no seu desejo pelo dinheiro ou pela fama, mas em tal caso não
seria dito que ele é intemperante pura e simplesmente; declarasse a área em que
ele e incontido. Quando se usa a palavra incontido acerca de qualquer homem,
sem qualifica-la, queremos dizer incontido no que diz respeito aos prazeres e
sofrimentos do corpo (7.4.1-4).
Aqui temos a essência de toda a questão. Egkrateia não
é outra coisa senão a castidade, e a castidade foi a única virtude
completamente nova que a ética cristã trouxe para este mundo. Egkrateia é a
grandiosa qualidade do homem quando CRISTO está em seu coração, a qualidade que
o capacita a viver e andar no mundo, conservando imaculadas as suas vestes.
Domínio próprio - A Epístola aos Gálatas -
Germano Soares - “domínio próprio” (egkrateia), significa
autocontrole, a característica de ter domínio sobre seus próprios apetites.
Esta palavra também é de origem helenística, e designa para Paulo, a
conduta interna e externa em oposição à imoralidade sexual, impureza e
lascívia. Ela não significa somente a capacidade de controle, mas de uma
forma mais ampla: o autodomínio e disciplina sexual.56 O
autocontrole, no entanto, não significa a negação de si mesmo, mas uma
avaliação real da função do nosso eu na forma mais nobre de vida.
Domínio próprio - Comentário Esperança N.T.
Completo
A raiz de egkráteia é krátos, “poder”, “domínio”, de
modo que resulta o sentido básico de: “alguém tem domínio de si próprio”, p.
ex., nas seguintes relações: em referência à sua sexualidade (1Co 7.9), à sua
maneira de alimentar-se (1Co 9.25), ao lidar com pessoas (Tt 1.8; de acordo com
2Tm 3.3 o contrário seria um comportamento sem autocontrole) e, finalmente, em
2Pe 1.6, ao lidar com entendimento espiritual: comprovar a medida certa em
todas as áreas. A tradução de Lutero com “castidade” afunila demais, para o
senso linguístico de hoje, o entendimento para a sexualidade. A tradução com
“abstinência” inclui também a renúncia ao álcool. Por isso ainda é melhor
manter o termo “domínio próprio” (ra, blh, nvi, vfl, bv).
stoichéo, “conservar a linha da marcha”, “permanecendo
na linha e na fila”. O termo não ficou restrito ao âmbito militar, mas designou
também, p. ex., a concordância com uma filosofia, em At 21.24 com a lei
judaica. Outra passagem importante é Gl 6.16.
Bebedices - Μεθη - Lê-se Méssi
- methe - e - glutonarias - κωμος -
Lê-se Comós - komos - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
Methê — B, ARC, ARC: bebedices;
BJ: bebedeiras; Mar.,P, BV: embriaguez; BLH: são bêbadas. Kõmos
— B, BJ, Mar., P, BLH: orgias; ARA: glutonarias;
BV: divisões ferozes. Outra tradução da outra ocorrência da palavra em Rm
13.13 - P : sensualidade.
E natural considerar estas duas palavras como um par.
No único outro lugar em que ocorrem no NT (Rm 13.13), também aparecem juntas,
onde orgias e bebedices são duas coisas que os cristãos devem deixar de lado
para sempre. A atitude do mundo antigo, e da maior parte das Escrituras, para
com o vinho e bebidas semelhantes fica bem clara. A prática do mundo antigo e
das Escrituras via a bebedice como totalmente vergonhosa, mas dificilmente lhe
ocorria ordenar ou praticar a abstinência total. No mundo grego, até mesmo a
criança bebia vinho; o desjejum, por exemplo, era simplesmente uma fatia de pão
molhada no vinho. A Pitoguia, a festa da colheita das uvas na Grécia, era uma
ocasião em que participavam todas as pessoas de todas as idades. Na Grécia,
porém, havia pouca embriaguez, porque a pratica normalmente era beber o vinho
numa forma muito diluída, duas partes de vinho e três partes de agua. O perigo
da embriaguez e claramente reconhecido na LXX. O escritor de Provérbios diz: “O
vinho e uma coisa intemperada, e a bebida forte; está cheia de violência” (Pv
20.1 — LXX). Os profetas expressam a condenação daqueles que “ cambaleiam por
causa da bebida forte” (Is 28.7; Ez 23.33; 39.19). Em Tobias, lemos: “Não facas
a ninguém o que não queres que te façam. Não bebas vinho até a embriaguez, e
não facas da embriaguez a tua companheira pela estrada” (Tob. 4.15). Mas de
modo gera a atitude do mundo antigo e dos escritores bíblicos para com o vinho
e demonstrada nas palavras de Ben Siraque: “O vinho e vida para o homem, quando
o bebe com moderação. Que vida se vive quando falta o vinho? Ele foi criado
para a alegria dos homens. Gozo do coração e alegria da alma: eis o que é o
vinho, bebido a seu tempo e o necessário. Amargura para a alma: eis o que e o
vinho, bebido em excesso, por vicio e por desafio. O excesso de bebida aumenta
o furor do insensato para sua perda, diminui a sua forca e provoca feridas”
(Ecli. 31.27-30). Sabemos que JESUS não era ascético, porque Joao pode contar a
história da transformação do vinho em agua (Joao 2.1-11), e Seus inimigos
podiam lancar-Lhe em rosto suas zombarias e calunias de que Ele era um glutão e
bebedor de vinho. É bem possível argumentar que a abstinência e um dever
cristão, mas não se pode argumentar na base de declarações e proibições
especificas nas Escrituras. Deve ser argumentado com fundamento no grande
princípio que Paulo formula duas vezes: “E bom não comer carne, nem beber
vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se
ofender [ou se enfraquecer]” (Rm 14.21). A liberdade cristã nunca deve
tornar-se em pedra de tropeço para os fracos. “E por isso, se a comida serve de
escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a
escandaliza-lo” (1 Co 8.9, 13). O argumento não se pode basear em injunções
explicitas das Escrituras, mas somente no princípio de que não é certo alegar
ter licença para se entregar a qualquer prazer que possa escandalizar outra
pessoa. Kõmos e orgia, mas no grego secular tem um pano de fundo especifico.
Descrevia especialmente a procissão alegre pelas ruas e a celebração
subsequente, após a vitória de um homem nos jogos. Seus amigos reuniam-se para escolta-lo pelas ruas, passando, então,
a comer e beber em comemoração. No grego secular tem o significado que a
palavra “ comemoração” pode ter ocasionalmente em português. Mas no grego
bíblico kõmos e uma palavra muito mais séria. Não ocorre noutro lugar no NT a
não ser em Romanos 13.13. Não ocorre nos livros canônicos do AT grego, mas
ocorre duas vezes nos Apócrifos. Em Sabedoria e usada numa passagem a respeito
do pecado cada vez maior da humanidade. Eles vinham para matar seus filhos como
sacrifício, para usar em cerimonias secretas, para fazer orgias de ritos
estranhos. “Já não conservam pura nem a vida nem o casamento, um elimina o
outro insidiosamente ou o aflige pelo adultério” (Sab. 14.23, 24). Num contexto
como aquele, fica claro que o significado da palavra vai muito além -do que uma
celebração ocasional que talvez dure um pouco mais do que o normal. Mas o uso
realmente relevante da palavra acha-se em 2 Maca. 6.4. A passagem narra as ações de Antioco Epifânio. No início do
século II a.C. Antioco invadiu Jerusalém. Fez uma tentativa deliberada de
eliminar a fé judaica. Tornou-se em crime passível de pena da morte o guardar o
sábado ou possuir um exemplar da Lei. Contaminou o grande altar dos holocaustos
oferecendo sobre ele carne de porco, e transformou os quartos dos átrios do
Templo em prostibulo públicos. O templo, está escrito, , encheu-se de
dissolução e orgias. Kõmos expressa um excesso sensual no prazer físico e
sexual que é ofensivo a DEUS e aos homens igualmente. É bem possível que a
melhor tradução da palavra seja a de J. W. C. Wand, quando a interpreta por “
devassidão.” Estas duas palavras, “bebedices” e “ orgias” , descrevem o prazer
que se tornou em devassidão. Ha uma só maneira para o cristão evitar todos os
prazeres deste tipo. E simplesmente lembrando-se de que esta perpetuamente na
presença de JESUS CRISTO, e, portanto, procurando, a cada passo, fazer que a
vida, nos seus trabalhos e nos seus prazeres, seja digna de ser vista por JESUS
CRISTO.
BEBIDA FORTE - Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia
Várias palavras hebraicas e gregas precisam ser
consideradas:
1- Uma palavra hebraica indica o suco fermentado da
uva, sendo geralmente traduzida por «vinho». Essa palavra é usada por cento e
quarenta e uma vezes no Antigo Testamento, com cognatos nas línguas dos povos
que viviam ao redor da Palestina, embora talvez não de origem semita. O seu
equivalente grego é otnos, «vinho». (Ver Gên. 9:21; Êxo. 29:40; Núm.
6:3; Zac. 10:7, etc.).
2- Uma outra palavra hebraica é usada por trinta e oito
vezes no Antigo Testamento, também traduzida por «vinho» ou «vinho novo», esta
última sendo a sua verdadeira tradução. As alusões da palavra indicam que essa
bebida era tóxica quando ingerida em grande quantidade. Oséias 4:11 diz que
tanto o «vinho» quanto o «mosto» (outra tradução para essa palavra) «tiram
entendimento» (cf. Juí. 9:13; Atos 2:13). A LXX também traduziu essa palavra
por oinos.
3- Outra palavra hebraica deriva-se de uma raiz que
significa «fermentar». Essa é a forma poética para indicar «vinho», no hebraico
(ver Deu. 32:14), aparecendo também como seu cognato aramaico (ver Esd. 6:9;
7:22; Dan. 5:1,2,4,23).
4- Um sinônimo poético da segunda dessas palavras
deriva-se da raiz que significa «esmagar». Ê usado apenas por cinco vezes na
Bíblia, em Can. 8:2; Isa. 49:26; Joel 1:5; 3:18 e Amós 9:13).
5- Uma quinta palavra hebraica usualmente é traduzida
por «bebida forte», proveniente de uma raiz que significa «ficar embriagado».
Essa palavra era usada para denotar qualquer bebida alcoólica feita de fruto ou
cereal, embora originalmente incluísse o vinho(ver Núm. 28:7; cf. 28:14). Em
Isaías 5:11, essa palavra é usada como paralelo da primeira delas, como alusão
a bebidas alcoólicas em geral. Mas nossa versão portuguesa, nesse versículo, só
faz alusão ao vinho. Com o tempo, essa quinta palavra veio a indicar somente
bebidas intoxicantes não feitas com base na uva. Sacerdotes e nazireus não
podiam consumir vinho e bebida forte (ver Lev. 10:9; Núm. 6:3; cf. Juí.
13:4,7,14; e Luc. 1:15, «ofno» kai síkera»). Em Pro. 20:1, lê-se que
o vinho é «escarnecedor» e que a bebida forte é «alvoroçadora» (cf. Pro.
31:4,6). Quando Eli acusou Ana de estar embriagada, ela retrucou: «Não bebi nem
vinho nem bebida forte; porém venho derramar a minha alma perante o Senhor» (I
Sam. 1:15).
Vinho misturado. No período do Antigo Testamento,
o vinho era tomado puro porque diluí-lo com água era considerado indesejável. O
vinho diluído com água tomou-se símbolo de adultério espiritual (ver Isa.
1:22). Nos tempos romanos algumas vezes o vinho era misturado com água, porque
alguns criam que isso melhorava a qualidade do vinho (ver II Macabeus 15:39). O
vinho vermelho geralmente era considerado melhor e mais forte que o vinho
branco (ver Sal. 75:8;
Pro. 23:31). Os vinhos do Líbano (ver Osé. 14:7) e os
de Hebrom (ver Eze. 27:18) provavelmente eram vinhos brancos. As vinhas de
Hebrom eram famosas por seus imensos cachos de uvas (ver Núm. 13:23). Samaria
era um centro de viticultura (ver Jer. 31:5; Miq. 1:6), e os efraimitas tinham
a má reputação de serem grandes bebedores de vinhos (ver Isa. 28:1).
Também há menção ao «vinho aromático», em Can. 8:2.
Eram vinhos preparados com diferentes espécies de ervas, seguindo o costume de
povos não ‘israelitas do Oriente Próximo, e muito mais embriagadores que o
vinho regular. Esse fato fazia esse tipo de vinho muito popular nos banquetes e
ocasiões festivas (ver Pro. 9:2,5). A Bíblia proíbe claramente o uso desse tipo
de bebida alcoólica (ver Pro. 23:29,30; em português, «bebida misturada»).
Quando o vinho era misturado com mirra, era usado como
um anestésico. Foi esse tipo de bebida que ofereceram a JESUS, quando de Sua
crucificação (ver Mat. 27:34; Mar. 15:23). Os rabinos, em seus escritos,
referem-se a várias misturas de vinhos. Havia uma mistura de vinho velho com
água cristalina e bálsamo, usada especialmente após o banho. Havia também um
vinho de uvas passas e um vinho misturado com um molho de azeite e (garum?).
Uma mistura popular era a de vinho com mel e pimenta. E havia muitas outras formas
de mistura com vinho. Um bom vinagre era feito misturando-se cevada ao vinho.
Atitude da Bíblia para com o uso do vinho. A
atitude refletida por toda a Bíblia, quanto ao uso do vinho como uma bebida, é
muito bem expressa por Ben Siraque: «O vinho bebido com moderação e no tempo
certo produz alegria no coração e ânimo mental» (Eclesiástico 31:28,29). Todos
os israelitas consumiam regularmente o vinho, exceto - no caso dos sacerdotes
que ministravam no santuário, os nazireus e os recabitas. Mas a Bíblia
constantemente denuncia a incontinência no uso do vinho, pois o excesso era
considerado pecaminoso (ver Prov. 20:1; 23:29-35; Isa. 5:11,22; 28:7,8; Osé.
4:11). Paulo recomendava moderação no uso do vinho (ver I Cor. 8:7-13 e Rom.
14:13-21).
Todavia, o vinho também é elogiado na Bíblia. Ver
Juízes 9:13: «Deixaria eu o meu vinho, que agrada a DEUS e aos homens...?» (Cf.
Sal. 104:15; EcL 10:19). Metaforicamente, o vinho representa a
essência da bondade. Algumas vezes os israelitas acompanhavam com cânticos a
ingestão de vinho (ver Isa. 24:9). A boa esposa é comparada a uma «videira
frutífera» (Sal. 128:3). Israel é comparada a uma vinha que DEUS trouxe do
Egito e plantou na terra prometida, onde «deitou profundas raízes e encheu a terra»
(Sal. 80:8-11). A prosperidade algumas vezes é simbolizada pela abundância de
vinho, como quando Jacó abençoou a Judá (ver Gên. 49:11). Os tempos de paz e de
prosperidade são descritos como segue, em I Reis 4:25: «Judá e Israel habitavam
confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira...» Isaías
utiliza-se do vinho como figura das bênçãos espirituais (ver Isa. 55:1,2).
Ao que tudo indica na Bíblia, o uso moderado de vinho
não é repreensível (ver Est. 1:10; Sal. 104:15; Ecl. 10:19; Zac. 10:7). As
referências bíblicas ao vinho mostram que a ingestão dessa bebida fazia parte
da dieta regular dos israelitas (ver Gên. 14:18; Juí. 19:19; I Sam. 16:20; II
Crô. 11:11). Se a mera ingestão de vinho fosse pecaminosa, JESUS não teria
transformado água em vinho no casamento em Caná da Galileia (ver João 2:1-11),
e nem Paulo teria recomendado a Timóteo: «Não continues a beber somente água;
usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes
enfermidades» (I Tim. 5:23). O que as Escrituras condenam não é o uso e- sim,
o abuso de bebidas alcoólicas. «E não vos embriagueis com vinho, no
qual há dissolução, mas enchei-vos do ESPÍRITO» (Efé. 5:18). Os crentes não
devem assemelhar-se aos incrédulos, muitos dos quais tornam-se viciados no
alcoolismo, como em vários outros vícios (ver I Ped. 4:3). Por isso mesmo, os
líderes cristãos são exortados à temperança (ver I Tim. 3,3,8). Há somente uma
ocasião em que Paulo veda totalmente o uso do vinho ao crente, isto é, se
chegar a ser pedra de tropeço a algum irmão (ver Rom. 14:21).
A viticultura na Palestina. A produção de
vinhos», era importante no Oriente Próximo, sendo descrita na Bíblia com muitas
referências. (Ver Gên. 40:11; Deu. 18:4; Jos. 9:4; I Cro. 27:27; Eze. 17:5-10).
A viticultura era considerada tão importante em Israel que os proprietários de
vinhas eram isentos do serviço militar, no tempo da colheita da uva, no mês de
setembro (Jer. 25:30; 48:33). A vindima, ou colheita da uva, é referida em
conexão com a festa dos tabernáculos (ver Deu. 16:13). Os pobres podiam ficar
com as uvas que caíssem ao chão, como também podiam fazê-lo com todas as outras
colheitas. No ano sabático, as vinhas não recebiam cultivo, tal qual sucedia a
qualquer outro tipo de plantação. O vinho, enquanto fermentava, era sujeito a
muitos cuidados. Um deles consistia em derramar o vinho de um receptáculo para
outro, para evitar qualquer engrossamento indesejável. Jeremias 48:11 faz
alusão a esse costume. Uma vez que o vinho estivesse refinado e pronto para ser
guardado por longos períodos, era colocado em jarras forradas com betume,
postas então em «adegas» (ver I Crô. 27:27). Vinho não-fermentado, ou suco de
uva, na opinião de alguns especialistas no assunto, era impossível de ser
guardado por qualquer período de tempo, na Palestina antiga. Portanto, o vinho
referido no Antigo e no Novo Testamentos tinha certa dosagem alcoólica. A
preservação do suco de uva é um processo moderno.
Usos do vinho no mundo bíblico. Por todo o Oriente
Médio e Próximo o vinho era usado nas libações aos deuses pagãos. Os hebreus
foram constantemente advertidos pelos profetas de DEUS a não se deixarem
envolver nesses sacrifícios (ver Deu. 32:37,38; Isa. 57:6; 65:11; Jer. 7:18;
19:13). As libações que faziam parte dos sacrifícios levíticos eram de vinho
(ver Êxo. 29:40; Lev. 23:13; Núm. 15:7,10; 28:14). Os adoradores, quando
ofereciam sacrifícios, geralmente levavam vinho, entre outros requisitos, (ver
I Sam. 1:24; 10:3,8). Havia certo suprimento de vinho guardado no templo, para
propósitos de sacrifícios (ver I Crô. 9:29).
Além disso, o vinho era usado como medicamento, para
revivificar os que desmaiassem (ver II Sam. 16:2), ou como sedativo, «aos
amargurados de espírito» (Pro. 31:6). Os rabinos tinham um ditado que dizia: «O
vinho é o melhor dos medicamentos; quando falta o vinho, tornam-se necessárias
as drogas». O vinho era até mesmo derramado sobre os ferimentos, como se vê no
caso do homem vitimado pelos assaltantes, em Lucas 10:34. Finalmente, o vinho
era um importante artigo comercial e era doado como presente. Davi recebeu de
Abigail «dois odres de vinho» (I Sam. 25:18), e Ziba lhe deu «um odre de vinho»
(II Sam. 16:1). Quando Salomão edificou o templo de Jerusalém, pagou a Hirão,
entre outras coisas, «vinte mil batos de vinho» (II Crô. 2:10), pela madeira do
Líbano e pela ajuda dos operários de Hirão.
Nos tempos modernos, a viticultura tem-se tomado a mais
importante atividade agrícola em Israel. (I ID LAN UN)
BEBIDA FORTE - Wycliffe Bible Dictionary - As
bebidas alcoólicas, na época da Bíblia, eram feitas de romã, uva, cevada,
tâmara, e passas. A expressão “bebida forte” provavelmente referia-se a um tipo
de cerveja de cevada forte, conhecida por descobertas arqueológicas como muito
popular entre os egípcios e os filisteus. A expressão bebida forte (heb.
shekar, acádio, sikaru) refere-se a uma bebida que intoxica. Na Palestina, o
vinho era quase sempre um suco de uva fermentado.
A Escritura é enfática em sua denúncia contra as
bebidas fortes. Arão e seus filhos não deveriam beber vinho e nenhuma bebida
forte quando ministravam no Tabernáculo (Lv 10.9). Esta determinação
aplicava-se também aos seus descendentes. Através de Isaías, DEUS pronunciou a
desgraça sobre aqueles que bebiam o dia todo (Is 5.11), e sobre as autoridades
que bebiam, porque isto debilitava a sua capacidade de julgamento (Is 5.22-23).
Os sacerdotes e profetas “erram por causa do vinho e com a bebida forte desencaminham-se”
(Is 28.7). A bebida forte é a causa da pobreza (Pv 21.17-20) e de muito
sofrimento e devassidão (Pv 23.29-35). Compare também Lucas 1.15: “Não beberá
vinho, nem bebida forte” (sikera).
Em dias de alcoolismo crescente a advertência de
Provérbios 20.1 precisa ser divulgada. “O vinho é escarnecedor, e a bebida
forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio”.
Veja Bebida, Bêbado; Embriaguez; Vinho. R. H. B.
GLUTONARIA - Wycliffe Bible Dictionary - Abuso ao
comer ou beber que causa desregramento, intoxicação ou uma terrível dor de
cabeça ou ressaca (Lc 21.34).
O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1) - BEP - CPAD
Lc 7.33,34 “Porque veio João Batista, que não
comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que
come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos
publicanos e dos pecadores.”
VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO? Segue-se um exame
da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para
“vinho”, em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem
diferentes de suco de uva: (1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou
embriagante. Esta definição apoia-se nos dados abaixo.
1- A palavra grega oinos era usada pelos autores
seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva,
em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Meteorológica,
387.b.9-13). (a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: “Esprema a uva, deixe
sair o vinho [oinos]” (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito
de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento
86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando
as uvas são espremidas produzem “jarros de vinho [oinos]” (citado por Ireneu,
Contra as Heresias, 5.33.3-4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro
(P. Oxy. 729; 137
2- C.), fala de “vinho [oinos] fresco, do tanque de
espremer” (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p.
10). (e) Ateneu (200 d.C.) fala de um “vinho [oinos] doce”, que “não deixa
pesada a cabeça” (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de
um homem que colhia uvas “acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo”
(1.54). Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos
escritores antigos, ver Robert P. Teachout: “O Emprego da Palavra ‘Vinho’ no Antigo
Testamento”. (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas, 1979).
3- Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico
para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias
palavras hebraicas que significam vinho (ver o estudo VINHO NOS TEMPOS DO
ANTIGO TESTAMENTO). Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos
pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.
Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame
de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou
não fermentado. Em Ef 5.18, o mandamento: “não vos embriagueis com vinho
[oinos]” refere-se ao vinho alcoólico. Por outro lado, em Ap 19.15 CRISTO
é descrito pisando o lagar. O texto grego diz: “Ele pisa o lagar do vinho
[oinos]”; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10 .; Jr
48.32,33 .). Em Ap 6.6, oinos refere-se às uvas da videira como uma
safra que não deve ser destruída. Logo, para os crentes dos tempos do NT,
“vinho” (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas
distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não
fermentado.
4- Finalmente, os escritores romanos antigos explicam
com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido,
especialmente as maneiras de evitar sua fermentação. (a) Columela (Da 5- 5-
Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido
frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira:
“Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga
estas instruções: Depois de aplicar a prensa às uvas, separe o mosto mais novo
[i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e
revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água
entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não
deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície. Tire a ânfora depois
de quarenta dias. O suco permanecerá doce durante um ano” (ver também Columela:
Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura). O escritor romano Plínio (século
I d.C.) escreve: “Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em
tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno,
quando o tempo frio se instala” (Plínio, História Natural, 14.11.83). Este
método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7;
11.11,12; Sl 65.9-13). (b) Outro método de impedir a fermentação das uvas
é fervê-las e fazer um xarope (para mais detalhes, ver o estudo O VINHO
NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (2)). Historiadores antigos chamavam esse produto
de “vinho” (oinos). O Cônego Farrar (Smith’s Bible Dictionary, p. 747) declara
que “os vinhos se assemelhavam mais a xarope; muitos deles não eram
embriagantes”. Ainda, O Novo Dicionário da Bíblia , observa que “sempre havia
meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro”.
O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR. JESUS usou uma bebida
fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt
26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1Co 11.23-26)? Os dados abaixo levam à
conclusão de que JESUS e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não
fermentado.
1- Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico
emprega a palavra “vinho” (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os
escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide”
(Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da
vide” verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum
álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira
produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.
2- JESUS instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus
discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êx
12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Êx
12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador. Seor, no
mundo antigo, era frequentemente obtido da espuma espessa da superfície do
vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa
fermentada) era proibido (Êx 12.19; 13.7). DEUS dera essas leis porque a
fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8).
JESUS, o Filho de DEUS, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt
5.17). Logo, teria cumprido a lei de DEUS para a Páscoa, e não teria usado
vinho fermentado.
3- Um intenso debate perpassa os séculos entre os
rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados
fermentados da videira durante a Páscoa. Aqueles que sustentam uma
interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente
Êx 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa
ocasião.
4- Certos documentos judaicos afirmam que o uso do
vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT. Por exemplo:
“Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da
última semana de vida aqui, JESUS entrou com seus discípulos em Jerusalém, para
com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto
de Santa Ceia instituído naquela ocasião por 5- Ele, como memorial, seria o pão
asmo e o vinho não fermentado do culto Seder” (ver “JESUS”. The Jewish Encyclopaedia,
edição de 1904. V.165).
5- No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas
na casa de DEUS, e um sacerdote não podia chegar-se a DEUS em adoração se
tomasse bebida embriagante (Lv 10.9 .). JESUS CRISTO foi o Sumo
Sacerdote de DEUS do novo concerto, e chegou-se a DEUS em favor do seu povo (Hb
3.1; 5.1-10).
6- O valor de um símbolo se determina pela sua
capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão
representava o corpo puro de CRISTO e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a
corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue
incorruptível de CRISTO, seria mais bem representado por suco de uva não
fermentado (cf. 1Pe 1.18,19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente
que o corpo e sangue de CRISTO não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27;
13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é
corrompido nem fermentado.
7- Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre
eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador “da maldade e da
malícia”, porque CRISTO é a nossa Páscoa (1Co 5.6-8). Seria contraditório
usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, i.e., algo contendo levedura ou
fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as
exigências bíblicas para dela participarmos.
O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (2) - BEP - CPAD
Jo 2.11 “JESUS principiou assim os seus sinais em
Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. ”
Conjuntamente com este estudo, o leitor deve ler O
VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1).
O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL? Os dados históricos
sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo
bíblico mostram que o vinho era: (a) frequentemente não fermentado; e (b) em
geral misturado com água. O estudo anterior O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO
TESTAMENTO, aborda um dos processos usados para manter o suco da uva fresco em
estado doce e sem fermentação. O presente estudo menciona dois outros processos
de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.
1- Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifá-las
com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica
(Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella,
Sobre a Agricultura 12.44.1-8). Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida
muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se lhes água e deixava-as de molho
ou na fervura. Políbio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo
de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Políbio,
Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).
2- Outro método era ferver suco de uva fresco até se
tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em
condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante
por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver
Columella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, História Natural,
14.11.80). Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres. Podia ser
usada como geleia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado
de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de Zondervan, V. 882-884). É
provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar. O suco
extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em líquido
conhecido como “mel de uvas” (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V.
3050). Referências ao mel na Bíblia frequentemente indicam o mel de uva
(chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.
3- A água, portanto, pode ser adicionada a uvas
desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado. Autores gregos e romanos
citavam várias proporções de mistura adotadas. Homero (Odisséia, IX 208ss.)
menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho.
Plutarco (Symposíacas, IlI.ix) declara: “Chamamos vinho diluído, embora o maior
componente seja a água”. Plínio (História Natural, XIV.6.54) menciona uma
proporção de oito partes de água para uma de vinho.
4- Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes
sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não. O
Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e
200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath
77a; Pesahim 1086). Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não
fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria
quem o bebesse. Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado
para poder ser consumido.
5- Um texto interessante temos no livro de Apocalipse,
quando um anjo, falando do “vinho da ira de DEUS”, declara que ele será “não
misturado”, i.e., totalmente puro (Ap 14.10). Foi assim expresso porque os
leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas
com água (ver Jo 2.3 .).
6- Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos
dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de (a) suco de uva
recém-espremido; (b) suco de uva assim conservado; (c) suco obtido de uva tipo
passas; (d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e (e) vinho
velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1. Se
o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado
indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. À luz desses
fatos, é ilícita a prática corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base
no uso do “vinho” pelos judeus dos tempos bíblicos. Além disso, os cristãos dos
dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver
Rm 14.21 .; 1Ts 5.6 .; 1Tm 3.3 .; Tt 2.2 .).
A GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO. Em
Jo 2, vemos que JESUS transformou água em “vinho” nas bodas de Caná. Que
tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não,
concentrado ou diluído. A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais
e pela probabilidade moral. A posição desta Bíblia de Estudo é que JESUS fez
vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação. Os dados que se seguem
apresentam fortes razões para rejeição da opinião de que JESUS fez vinho
embriagante.
1- O objetivo primordial desse milagre foi manifestar a
sua glória (2.11), de modo a despertar fé pessoal e a confiança em JESUS
como o Filho de DEUS, santo e justo, que veio salvar o seu povo do
pecado (2.11; cf. Mt 1.21). Sugerir que CRISTO manifestou a sua divindade
como o Filho Unigênito do Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de
inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10 .; onde
subentende-se que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era
extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de
desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto. Será, porém, um testemunho da
honra de DEUS, e da honra e glória de CRISTO, crer que Ele criou
sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que DEUS produz anualmente através da
ordem natural criada (ver 2.3 .). Portanto, esse milagre destaca a soberania de
DEUS no mundo natural, tornando-se um símbolo de CRISTO para transformar
espiritualmente pecadores em filhos de DEUS (3.1-15). Devido a esse milagre,
vemos a glória de CRISTO “como a glória do Unigênito do Pai” (1.14; cf.
2.11).
2- Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita
obediência de CRISTO a seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele
desobedeceu ao mandamento moral do Pai: “Não olhes para o vinho, quando se
mostra vermelho... e se escoa suavemente”, i.e., quando é fermentado (Pv
23.31). CRISTO por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho
embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de
Hc 2.15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e o embebedas” (cf.
Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 28.7; Rm 14.21).
3- Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina
moderna. (a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos
citam evidências comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o
sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de
bebês com defeitos mentais e físicos incuráveis. Autoridades mundialmente
conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo
quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas),
podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e daí causar
sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do nenê. (b) Seria
teologicamente absurdo afirmar que JESUS haja servido bebidas alcoólicas,
contribuindo para o seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em
potencial que as bebidas inebriantes têm sobre os nascituros é questionar sua
divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal. Afirmar que Ele sabia
dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo
assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar dúvidas sobre a sua bondade,
compaixão e seu amor.
A única conclusão racional, bíblica e teológica
acertada é que o vinho que CRISTO fez nas bodas, a fim de manifestar a sua
glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.
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Revista do 1º Trimestre de 2005
- Título: O Fruto do ESPÍRITO — A plenitude de CRISTO na vida
do crente - Comentarista: Pr. Antonio Gilberto
Temperança é domínio-próprio em ação! O temperante
segundo Tito 1.8 é aquele que exerce autocontrole sobre as paixões ou desejos
desregrados da alma. Na criação, DEUS dotou o homem de certas faculdades
naturais necessárias à sobrevivência: alimentar-se, preservar-se,
reproduzir-se, dominar sobre a criação e adquirir bens. No entanto, com a
entrada do pecado, essas aptidões inatas foram contaminadas pelo pecado. A
partir de então, surgiram a glutonaria, o suicídio, a prostituição, a servidão,
a ganância, a cobiça etc. Esses últimos manifestam-se muitas vezes de modo
incontido, aprisionando a pessoa aos vícios e ao desejo irrefreável de cometer
tais pecados — a Bíblia os chama de “concupiscências da carne”. O desejo
refreado, por exemplo, é contemplado por Tito (1.8) no termo traduzido por
“moderado”. Este termo, no original (sophroneo), significa literalmente “são de
cérebro” ou “mente sóbria” e se refere à prudência e ao autocontrole
proveniente de uma reflexão. O moderado, dentro deste contexto, é alguém que
não se deixa dominar pela ansiedade, pelo contrário, exerce controle sobre ela,
pois pondera seus atos e suas respectivas consequências de acordo com a Palavra
de DEUS.
Temperança em diversas áreas da vida:
INTRODUÇÃO
Nesta lição, analisaremos o fruto do ESPÍRITO
quanto a sua “fatia” da disciplina — a temperança. O crente, que permite ao
ESPÍRITO SANTO torná-lo segundo a imagem de JESUS, desenvolverá esta virtude em
todas as áreas da vida (2Co 3.18).
Você precisa de mais disciplina e ordem em sua vida,
sem reclamação? O fruto da temperança ou autocontrole — não simplesmente o
natural ou advindo de cursos, mas do ESPÍRITO — é a resposta.
I. O QUE É TEMPERANÇA
DEUS anela que o crente tenha domínio próprio, pois
este fruto capacita o crente a renunciar a impiedade e as concupiscências
mundanas (Tt 2.11,12). O fruto da temperança abrange a renúncia aos desejos ou
prazeres pecaminosos.
1. Definição bíblica. A palavra original traduzida por
“temperança” aparece somente em três passagens do NT: Gl 5.22, At 24.25 e 2Pe
1.6. Em Gálatas 5.22, é usada para designar a última seção do fruto nônuplo do
ESPÍRITO. Em Atos 24.25, Paulo empregou o termo ao discorrer com Félix acerca
“da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro”. Em 2 Pedro 1.5,6, a palavra
é incluída na lista das qualidades que todo cristão deve desenvolver:
“Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a
temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade”.
2. Temperança como fruto do ESPÍRITO é autodisciplina.
A ideia principal de “temperança” é força, poder ou domínio sobre o ego,
inclusive petulância, arrogância, brutalidade e vanglória. É o controle de si
mesmo sob a orientação do ESPÍRITO SANTO.
Em 1 Coríntios 9.25, a temperança é empregada em alusão
ao treinamento e disciplina rígidos de corredores gregos em seu esforço para
conquistar o prêmio. Paulo frequentemente faz uso das analogias do atleta e do
soldado em seus escritos. “Correi de tal maneira que alcanceis [o prêmio]. Pois
eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no
ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos
outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1Co
9.24,26,27). Aqui, não se trata de ascetismo pagão e idólatra, nem de
autoflagelação religiosa, mas de manter o nosso inteiro ser em sujeição por
amor a CRISTO.
3. Domínio sobre os desejos sexuais. A palavra
temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os desejos
sexuais: “Mas, se [os solteiros] não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor
casar-se do que abrasar-se” (1Co 7.9).
II. O SEGREDO DA TEMPERANÇA
A falta de temperança leva a pessoa a cometer excessos
ao dar vazão aos desejos pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra isso é
estar cheio do ESPÍRITO SANTO, porque desta maneira estaremos sob o seu
controle. Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua
vontade. Ver Rm 8.5-9 e Jo 3.6.
Sem o auxílio do ESPÍRITO de DEUS, nossas inclinações
naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. Todavia, ao nascermos do
ESPÍRITO, a nova natureza divina em nós esforça-se por cumprir toda a sua
vontade e agradá-lo.
III. UMA VIDA EQUILIBRADA
1. O princípio do equilíbrio é uma das leis naturais do
universo. O controle perfeito que DEUS exerce sobre a natureza é mencionado na
Bíblia (Jó 37.14-16).
2. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida
equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e emocional.
Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios
a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e a
necessidade de estes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia
abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia
controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio.
Estes crentes impediam a obra do ESPÍRITO e até menosprezavam os dons,
principalmente o mais notório, a profecia (1Ts 5.19,20).
3. Vida equilibrada é viver com moderação. Isto
significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão,
conservando os apropriados e justos limites.
Obviamente há coisas das quais o cristão tem de se
privar totalmente (Gl 5.19-21; Rm 1.29-31; Rm 3.12-18; Mc 7.22,23). Entretanto,
DEUS criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com prudência, sob a
orientação do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS. Examinemos os ensinos
bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida.
a) Controle da língua. A temperança começa com o
controle da língua, e o apóstolo Tiago informa-nos o quão difícil é realizá-lo
(Tg 3.2). Se você não controla sua língua, sua fala, sua conversa, não controla
nada mais em sua vida. Se você realmente deseja o fruto da temperança, peça ao
ESPÍRITO SANTO para controlar sua língua.
b) Moderação nos hábitos cotidianos. Em 1 Coríntios
6.12-20, aprendemos a importância de honrar a DEUS através do nosso corpo.
Nesta passagem, trata-se não só a respeito da imoralidade sexual, mas também
sobre qualquer outra prática que desonre o corpo e, consequentemente, desonre
DEUS.
A glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos
contra os quais somos advertidos na Bíblia (Pv 23.20,21). Alguém que repreende
outrem por alcoolismo e ao mesmo tempo come de forma excessiva é incoerente.
Esse tal prejudica-se igualmente, pecando contra o corpo. Precisamos da ajuda
do ESPÍRITO SANTO para educar nossos hábitos alimentares.
c) Moderação no uso do tempo. Provavelmente o maior
exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato
de Lc 12.15-21. JESUS destacou a importância de usar nosso tempo com sabedoria
em seu discurso em relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente equilibrado o
dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia a Casa do Senhor, a
oração, o descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que desperdiça tempo
em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1Ts 5.6-8).
d) Autodomínio da mente. No mundo de hoje, há muitas
atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos
de nossas responsabilidades para com DEUS. O que lemos, vimos, ou ouvimos causa
impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do ESPÍRITO SANTO a fim de
conservá-la pura (Fp 4.8).
IV. UMA VIDA SANTA
Acima de tudo, DEUS deseja que sejamos santos! Esta
ideia é enfatizada inúmeras vezes ao longo da Bíblia: “Porque eu sou o SENHOR,
que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso DEUS, e para que
sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.45). “Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
O ESPÍRITO SANTO trabalha em nosso interior,
aperfeiçoando a santidade e tornando CRISTO uma realidade em nossa vida. Ele
quer produzir em nós o fruto espiritual da temperança, e cria em nós o desejo
de separação do mundo pecaminoso para viver de modo agradável a DEUS (Rm
8.8-10).
CONCLUSÃO
O fruto da temperança suscitado pelo ESPÍRITO SANTO
opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa carnal e humana. No momento em
que somos salvos, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar em nós. A partir de então,
não deveremos estar mais sob a escravidão do pecado. Ao longo da vida terrena,
precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. Esta (a
natureza inatamente pecaminosa) fará tudo para recuperar o seu domínio sobre
nós. Busquemos todos, sempre, a renovação espiritual e tenhamos uma vida
inteiramente rendida a JESUS como Senhor. Nessa dimensão espiritual nasce e
cresce o fruto do ESPÍRITO.
VOCABULÁRIO
Antídoto: Medicamento que reverte os efeitos do veneno;
contraveneno; antitóxico.
Ascetismo: Doutrina que considera a privação, a solidão
e a autopunição como elementos necessários à santidade.
Excessivo: Exagerado; demasiado; desmedido.
Glutonaria: Pecado que consiste na ingestão exagerada
de alimentos.
OBRAS DA CARNE. BEP - CPAD
“Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus
desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu
inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da
carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso, essa natureza carnal
pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua,
que o crente trava através do poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17).
As obras da carne (5.19-21) incluem:
(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade
sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou
publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os
termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.
(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais,
atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef
5.3; Cl 3.5).
(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a
pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha
e a decência (2Co 12.21).
(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de
espíritos, pessoas ou ídolos, e a confiança numa pessoa, instituição ou objeto
como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).
(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo,
magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na
prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações
fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta
por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).
(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento,
inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).
(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva
que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).
(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e
a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).
(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir
ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm
16.17).
(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos
dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da
igreja (1Co 11.19).
(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia
ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo
por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida
na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.
(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das
faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas
com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo
e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são
severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades
iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co
6.9).
Qualidade ou virtude de quem modera apetites e paixões.
Serve de freio no momento da tentação quando nosso
velho homem quer ceder à tentação, as paixões a coisas ilícitas. (Tiago
1:12-16)-
O fruto do ESPÍRITO nos dá o domínio para refrearmos a
nossa inclinação carnal. A vontade de DEUS pode as vezes significar que
precisamos nos privar de algo, e o domínio próprio aceita a privação. A vontade
de DEUS é mais importante. (Mateus 10:37-39)
Quando o ESPÍRITO flui no crente o domínio próprio, a
carne, o mau humor ou as concupiscências não determinam o que ele faz ou deixa
de fazer, mas ele tem vitória sobre todas estas coisas.
A última parte do fruto (ou última qualidade do fruto,
como queira) é a temperança, que algumas versões colocam como "domínio
próprio". O dicionário coloca que temperança é "qualidade daquele que
é moderado nas paixões, nos apetites, etc.; comedimento, sobriedade", o
que, é evidente, não cabe no conceito bíblico de temperança. Mais uma vez devo
lembrar que o entendimento bíblico deve ser espiritual, e, portanto, de acordo
com o ESPÍRITO de DEUS.
Temperança, em linhas gerais, é o negar-se a si mesmo
de que falou JESUS em Mateus 16:24; Marcos 8:34 e Lucas 9:23.
Existem fatores que conduzem o ser humano: o pensamento
(entendimento, espírito) e o sentimento (emoção, alma). Em outras palavras: as
pessoas fazem o que acham certo ou o que querem, desejam fazer. Não raro,
ocorrem contradições entre os sentimentos e os pensamentos: queremos fazer o
que condenamos, o que achamos errado, reprovável; ou não queremos fazer o que
precisa ser feito.
DEUS precisa dominar nossos pensamentos (espírito) e
nossos sentimentos (alma). Enquanto nossos pensamentos e nossos sentimentos
forem carnais e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7), nossos atos também
o serão. Enquanto não chegarmos a estatura de varão perfeito, estaremos
sujeitos a fazer o que é errado, pensando que é o certo, e nos deixar dominar
por emoções carnais, pelo desejo lascivo, devasso, destrutivo.
Não digo que devamos negar e reprimir todas as nossas
emoções, sentimentos e desejos, mas que isso deve acontecer para nossa alegria
e alegria dos que vivem e convivem conosco. Entregar-se às emoções que magoam,
matam e destroem nos conduzirá para as trevas e para a solidão.
Nossos pensamentos vão se formando aos poucos, vão
evoluindo, e se tornam como as rochas que seguram as ondas do mar (e também
precisam da santificação). Não são as águas que seguram as rochas, são as
rochas que seguram as ondas. Assim, os pensamentos é que refreiam as emoções. A
raiva, o ódio, a paixão, o desejo, são tempestades que agitam nossa alma, e se
não houver rochas altas, rígidas e firmes, as águas acabam por escapar,
destruindo tudo que está à frente.
Enquanto não se chega ao final do processo de
santificação, eu entendo que devemos confiar mais em nossos pensamentos do que
em nossos sentimentos. Desconfie sempre de suas emoções. Machado de Assis
(escritor de romances do início do século XX) já dizia que "a emoção nunca
foi boa conselheira".
A temperança (negar-se a si mesmo) é justamente isso:
reprimir sentimentos, emoções e desejos carnais, egoístas e destrutivos, e agir
mais de acordo com os pensamentos. Os pensamentos são mais confiáveis,
visíveis, compreensíveis e palpáveis. Nossas emoções mudam de repente, sem
nenhum motivo aparente. O mesmo não ocorre com nossos pensamentos. A emoção não
distingue o que é bom ou mau. O pensamento distingue quais são as emoções
"boas" ou "más".
Emoções, desejos, sentimentos são coisas que despencam
(ou explodem) em nós, sem que peçamos, sem que possamos escolher. Não somos nós
que controlamos o surgimento, o nascimento, a gênese de nossas emoções. Mas
somos nós que controlamos o crescimento e o desenvolvimento dessas emoções
dentro de nossos corações.
Temperança é a capacidade de não se deixar dominar
pelas emoções que nos afastam de DEUS (por mais que queiramos), e alimentar as
que nos aproximam de DEUS (por mais que as repudiemos).
O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que
não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode
— e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma
lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.
QUENEUS -
Uma das tribos da Palestina no tempo de Abraão (Gn
15.19), habitando nos retiros fortificados ao sul de Judá (1 Sm 15.6 e 27.10).
Foi apostrofada por Balaão (Nm 24.21,22). Jetro, o sogro de Moisés, era queneu
(Jz 1.16). Por esta razão, e pelo fato de terem sido amáveis para com os
israelitas, vindos do Egito, foram os queneus salvos da destruição, quando eram
esmagados os amalequitas (1 Sm 15.6) - aconteceu isto depois da conquista de
Canaã. No tempo de Débora, Héber, o queneu, vivia muito para o norte (Jz 4.11).
Hemate, também queneu, foi o fundador da seita ou família, que era conhecida
pelo nome de recabitas. Para explicar as amigáveis relações que por muito tempo
existiram entre esta tribo de midianitas errantes e o povo de Israel, deve-se
notar que os recabitas se acham realmente incluídos nas genealogias de Judá (1
Cr 2.55). O professor Sayce julga que os queneus eram uma família de ferreiros.
(http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi)
RECABITAS
Tiveram seu princípio em Jonadabe, filho de Recabe. os
princípios dos recabitas consistiam numa reação e protesto contra o luxo e a
licenciosidade que, no reinado de Acabe e Jezabel, ameaçavam destruir
inteiramente a simplicidade da antiga vida nômade de israel. Em conformidade
com as suas idéias, os recabitas não bebiam vinho, nem edificavam casas, nem
semeavam grão, nem plantavam vinhas, nem possuíam coisa alguma. Habitavam em
tendas, em obediência ao princípio de pureza imposto por seu líder Jonadabe e em
memória de terem sido estrangeiros na terra. Pelo espaço de dois séculos e meio
eles cumpriram fielmente as suas normas - mas, quando Nabucodonosor invadiu
Judá, no ano 607 a.C., tiveram então que abandonar as suas tendas.
(http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: NÃO ERAM HEBREUS OU JUDEUS OU
ISRAELITAS - ERAM UMA MISTURA DE CANENEUS COM QUENEUS.
INTERAÇÃO
Jeremias utilizou vários métodos para apresentar a
Palavra de DEUS ao povo de Judá. Na lição de hoje veremos que ele usou uma
tribo inteira para ensinar aos israelitas acerca da importância de se respeitar
às ordenanças divinas. Os recabitas se recusavam a beber vinho, porque o
patriarca da família havia determinado que seus descendentes não bebessem vinho
de forma alguma (35.1-11). Os recabitas foram obedientes e demonstraram
respeito às tradições de seus pais. DEUS queria que o povo de Judá compreendesse
que eles não estavam respeitando suas leis e ordenanças. Eles desobedeciam a
DEUS persistentemente e, por isso, seriam disciplinados. Se quisermos agradar
ao Senhor, precisamos obedecer-Lhe. A obediência é uma prova do nosso amor ao
Pai.
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Lição 12, Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor
com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a
lei." (Rm 13.8).
VERDADE PRÁTICA
Amar a DEUS e ao próximo é cumprir plenamente a lei
divina.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 12.8-14
8 - ou o que exorta, use esse dom em exortar; o
que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que
exercita misericórdia, com alegria. 9 - O amor seja não fingido.
Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. 10 - Amai-vos cordialmente uns
aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros. 11 - Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no
espírito, servindo ao Senhor; 12 - alegrai-vos na esperança, sede
pacientes na tribulação, perseverai na oração; 13 - comunicai com os
santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; 14 - abençoai
aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.
12.8 EXORTA... REPARTE... PRESIDE... EXERCITA...
MISERICÓRDIA. Trata-se, aqui, de dons espirituais.
(1) Exortar é a disposição, capacidade e poder dados
por DEUS, para o crente proclamar a Palavra de DEUS de tal maneira que ela
atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e
produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a CRISTO e uma separação mais
completa do mundo (ver At 11.23; 14.22; 15.30-32; 16.40; 1 Co 14.3; 1 Ts
5.14-22; Hb 10.24,25).
(2) Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados
por DEUS a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para
contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra
ou do povo de DEUS (2 Co 8.1-8; Ef 4.28).
(3) Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e
poder dados por DEUS, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as
várias atividades da igreja, visando ao bem espiritual de todos (Ef 4.11,12; 1
Tm 3.1-7; Hb 13.7,17, 24).
(4) Misericórdia é a disposição, capacidade e poder
dados por DEUS para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos (cf.
Ef 2.4)
12.9 ABORRECEI O MAL. Ver Hb 1.9
12.10 AMAI-VOS CORDIALMENTE UNS AOS OUTROS. Todos os
que se dedicam a JESUS CRISTO pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos
outros, como irmãos em CRISTO (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e
terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição
espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas
tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, i.e.,
devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes
(ver Jo 13.34,35).
Resumo da Lição 12, Quem Ama Cumpre
plenamente a Lei Divina
I - A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
1. Amor, um aspecto do fruto.
2. O amor agápe.
3. O amor agápe derramado em nós.
II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
1. O amor a DEUS.
2. O amor a si mesmo.
3. O amor ao próximo.
III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS
TREVAS
1. Debaixo da tutela do amor.
2. Amor, antídoto contra o pecado.
3. O amor leva à obediência.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
Lição 12, Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Introdução
Amor ágape é o amor perfeito que está em DEUS. Nós não
produzimos este amor, ele se manifesta em nós através do ESPÍRITO SANTO. É uma
manifestação sobrenatural. É a perfeição se manifestando no imperfeito.
O amor de DEUS é perfeito, já nosso amor tanto para com
DEUS como para com as pessoas é imperfeito. O Amor perfeito de DEUS é uma das
qualidades do fruto do ESPÍRITO, a primeira e a mais importante, somente após
esse amor entrar em operação é que as outras qualidades se manifestarão.
Se nos deixarmos guiar ou conduzir pelo ESPÍRITO SANTO
esse amor se manifestará trazendo salvação, curas, milagres, libertações etc.
Tudo de bom que a presença de DEUS nos traz.
Em 1 Co 14.1, Paulo usa uma expressão muito
significativa. A ARA traduz: “Segui o amor.” Mas o verbo que é traduzido por
seguir é diõkein que significa perseguir, correr atrás. O amor cristão não é
algo que simplesmente acontece; é algo que deve ser buscado, desejado,
perseguido, algo que exige a oração e a disciplina do homem para obtê-lo. Longe
de ser uma posse automática, e a realização suprema da vida. Pode-se até dizer
que o amor cristão não é somente difícil; humanamente falando, é impossível. O
amor cristão não é uma realização humana; faz parte do fruto do ESPÍRITO. É
derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO. É, assim, chegamos a outra
verdade a respeito deste amor cristão. Há um versículo magnífico na carta aos
filipenses. Nele, a palavra “amor” propriamente dita não aparece, mas a ideia é
a que está no centro do amor cristão. Paulo escreve, conforme diz a AV: “Anseio
por todos vós nas entranhas de JESUS CRISTO” (Fp 1.8). Literalmente, isto
significa: “Amo-vos com o próprio amor de CRISTO. Através de mim CRISTO vos
ama. O amor que eu vos tenho não é outro senão o amor do próprio CRISTO.” Ágape
tem a ver com a mente: não é simplesmente uma emoção que surge em nosso coração
sem ser convidada; é um princípio segundo o qual vivemos deliberadamente. Ágape
tem a ver, de modo supremo, com a vontade.
O amor Ágape é impossível a qualquer pessoa que não
seja cristã. Ninguém pode pôr em prática a ética cristã até que se torne
cristão.
Como agrupar os nove aspectos do fruto do ESPÍRITO
SANTO?
Aspectos que tratam do nosso relacionamento com DEUS:
amor, paz e alegria.
Aspectos que tratam do nosso relacionamento com o
próximo: longanimidade, benignidade e bondade.
Aspectos que tratam do nosso relacionamento com nós
mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio.
I - A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
1. Amor, um aspecto do fruto.
O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos em
Gálatas 5.22. Em 1 Coríntios 13 encontramos uma apologia ao amor de DEUS
derramado em nossos corações.
No grego podemos estudar alguns vocábulos para
denominar o amor:
AMOR - Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009,
Em várias versões o substantivo utilizado é,
frequentemente, “caridade״ (q.v.). O principal
verbo hebraico para amor é ’aheb (aprox. 225 vezes no AT), embora ocorram 18
outras palavras de significado semelhante (menos de 30 ocorrências no total). A
tradução usual da LXX de ’ aheb é agapao (195 vezes). As palavras gregas clássicas
para amor variavam. (1) erao, eros, “desejo sexual, desejo passional״ (um substantivo na LXX
por duas vezes; nunca utilizada como verbo; o mesmo ocorre no NT); (2) phileo,
philia, “afeição por amigos ou parentes” (um substantivo na LXX por oito vezes;
como verbo, 26 vezes; como substantivo no NT, uma vez; como verbo, 25 vezes);
(3) philadelphia, “amor dos irmãos” (não na LXX; seis vezes no NT); (4)
philanthropia, "amor pela humanidade” (uma vez na LXX; duas vezes no NT);
(5) stergo, storge, “afeição, amor familiar" (não consta na LXX nem no NT,
mas veja astorgos, Rm 1.31; 2 Tm 3.3; philostorgos, Rm 12.10); (6) agapao,
Ágape (Lê-se Ágapi), agapetos (como substantivo na LXX 20 vezes; como verbo,
cerca de 250 vezes; mais de 100 vezes como substantivo no NT: como verbo, cerca
de 140 vezes; como adjetivo, mais de 60 vezes).
AMOR - Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) - αγαπη - Amor
- o Maior de todos - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
Há a palavra Ágape. Aqui, temos pouca orientação com
base no grego secular. O verbo correspondente agapan é bastante comum no grego
secular, mas o substantivo Ágape quase nunca ocorre. Conforme diz R. C. Trench:
“Ágape é uma palavra que nasce no seio da religião revelada.” E isto não é por
acidente. Ágape é uma palavra nova que descreve uma qualidade nova, uma palavra
que indica uma atitude nova para com os outros, uma atitude nascida dentro da
comunidade, vinda de DEUS, e impossível sem a dinâmica cristã. Como, pois,
devemos determinar o significado de Ágape? Podemos determinar melhor seu
significado tendo por fundamento a maneira de o próprio JESUS falar dele. A
passagem básica é Mt 5.43-48. Ali, JESUS insiste em que o amor humano deve
seguir o padrão do amor de DEUS. E qual é a grande característica do amor de
DEUS? DEUS faz vir chuvas sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre
maus e bons. Logo, o significado de Ágape é a benevolência invencível, a boa
vontade que nunca é derrotada.
Ágape é o ESPÍRITO no coração que nunca procurará outra
coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que
recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do
próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do
próximo, o melhor para ele. Quando se vê isto, imediatamente surgem algumas
verdades vitais.
2. O amor ágape.
Perfeição só após o arrebatamento.
Nem Paulo se declarou perfeito.
3. O amor ágape derramado em nós.
Tudo começa com o amor de DEUS, porque DEUS é o DEUS de
amor (2 Co 13.11). O amor cristão é o reflexo do amor de DEUS, e dele obtém seu
padrão e poder. Este amor de DEUS é totalmente imerecido, porque a prova dele é
que, enquanto ainda éramos pecadores, CRISTO morreu por nós (Rm 5.8). O Novo
Testamento nunca poderia tolerar qualquer conceito de expiação que
subentendesse ou sugerisse que qualquer coisa que JESUS fez mudou ou alterou a
atitude de DEUS para com os homens; que, de alguma maneira, JESUS tenha transformado
a ira de DEUS em amor. O processo inteiro da salvação tem seu início no amor de
DEUS, não merecido por nós. Além disso, o amor de DEUS é um amor que produz e
transforma. É aquele amor que, derramado no coração dos homens, produz as
grandes qualidades da vida e do caráter cristãos (Rm 5.3-5). Há um amor humano
que enfraquece a fibra moral do homem, que paralisa seu esforço, e que o retira
da batalha da vida; mas o amor de DEUS é a dinâmica transformadora da vida
cristã, produzindo no homem a paciência, a perseverança, a experiência e a
esperança que o preparam-no para a vida. O amor de DEUS é um amor inseparável.
Nada há no tempo nem na eternidade que pode separar o homem dele (Rm 8.35-39).
Aqui, na realidade, temos um dos grandes argumentos para a vida após a morte. O
amor e a perfeição do relacionamento entre duas personalidades, e o amor de
DEUS oferece um relacionamento consigo mesmo que, pela própria natureza das
coisas, nada pode quebrar ou interromper. O amor de DEUS é simplesmente um grande
amor (Ef 2.4-7). E, de conformidade com esta passagem, o amor de DEUS é um
grande amor por três razoes. Primeira: Ele nos amou enquanto estávamos mortos
nos nossos pecados. Segunda, vivificou-nos para a novidade de vida. Terceira,
ultrapassa o tempo e vai além da vida para os lugares celestiais.
II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
1. O amor a DEUS.
O primeiro mandamento: amar a DEUS (v.30). Um
escriba aproximou-se de JESUS e perguntou-lhe qual seria o “primeiro de todos
os mandamentos” (Mc 12.28). O Mestre, serenamente, respondeu, citando Dt 6.5,
que diz: “Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu poder”.
a) “De todo o teu coração”. No Antigo Testamento, DEUS
disse: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Era um preceito, uma
determinação legal. Nosso Senhor JESUS CRISTO, tomou esse preceito e o
transportou para a esfera do amor. O Senhor não admitia nem admite que o crente
tenha outro DEUS além dEle, em seu coração. Não se pode servir a DEUS com
coração dividido. O amor a Ele devotado deve ser total, incondicional e
exclusivo, verdadeiro e santo. É condição indispensável, inclusive, para poder
encontrar a DEUS: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o
vosso coração (Jr 29.13).
b) “De toda a tua alma”. A alma é a sede da emoções,
dos sentimentos. Podemos dizer que é o centro da personalidade humana. O amor a
DEUS deve preencher todas as emoções e sentimentos do cristão. Maria disse: “A
minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). O salmista adorou: “Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus
benefícios” (Sl 103.1,2).
c) “De todo o teu entendimento”. Isso fala de
compreensão, de conhecimento. Aquele que ama a DEUS de verdade, tem consciência
plena desse amor, sendo, por isso, grato ao Senhor. É o culto racional (Rm
12.1b).
d) “De todas as tuas forças”. Certamente, o Senhor
JESUS referia-se aos esforços espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes,
até físico, voltados para a adoração a DEUS.
2. O amor a si mesmo.
Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior
O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós
É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina.
Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que
só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em
lugar algum da mente humana, e então o ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como
sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas
as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:
“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).
“...a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e
a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).
As coisas que DEUS deseja fazer por nós ainda nem
sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.
“...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam” (I
Coríntios 2:9).
Elas são reveladas pelo ESPÍRITO em nós!
“...DEUS no-lo revelou pelo ESPÍRITO...”
Se aquilo que DEUS preparou para nós ainda “nem
penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?
“Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão
o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de DEUS, ninguém
as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Coríntios 2:11).
Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento.
Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar,
a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode
ser a sua fonte de felicidade e paz!
Os que se apoiam nos braços da carne cavam poços que
não aguentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um
conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.
“Não sabeis que sois santuário de DEUS e que o ESPÍRITO
de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).
“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...”
(Gal. 5:22).
“é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia
que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus
11:6).
“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados
com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o
resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).
Você está pronto para receber essa verdade e agir
baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar,
para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão;
para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a
entender todas as coisas que DEUS graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer
alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que
foi prometido a um filho de DEUS; para lhe recompensar por sua diligência; para
lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um
lugar de repouso suave e de verdade.
2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma
O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o efeito
"Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando
conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que
anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.
Relação entre as três dimensões do amor ágape
Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades do
amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor.
Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força
vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as
decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à
justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria
moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo,
não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em
relação à ágape.
O fruto do ESPÍRITO é como uma linda flor que se abre
com uma chave chamada AMOR; é só a partir do Amor que conhecemos as outras
qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos
a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.
Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema
abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a
mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar esta amor e a importância
dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunha de nossa
fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque
somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei
para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos
porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.
3. O amor ao próximo.
O amor ao próximo se demonstra com ações.
De que valeria a nosso semelhante um amor de
indicações?
Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que
soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que
deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também
que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres
desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então
romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua
justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então
clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se
tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se
abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas
trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.11 O Senhor te guiará
continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos;
serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.
O segundo mandamento – amar ao próximo
(v.31). JESUS, complementando a resposta ao escriba, acrescentou que o
segundo mandamento, semelhante ao primeiro, é: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo”, concluindo que “Não há outro mandamento maior do que este”. Os judeus,
a exemplo dos orientais em geral, não valorizavam muito o amor ao próximo. O
evangelho de CRISTO trouxe nova dimensão ao amor às pessoas. Paulo enfatiza
isso, dizendo : “porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8b); “O amor
não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10).
AMOR FRATERNAL (Dicionário Wycliffe)
O termo grego “philadelphia” foi traduzido com este
sentido tanto em 2 Pedro 1.7 quanto em outras passagens (1 Pe 1.22; Rm 12.10; 1
Ts 4.9; Hb 13.1). A conotação bíblica de "philadelphia" não é
simplesmente a do amor pelos irmãos de sangue, como em todos os escritos pagãos
primitivos, mas de amor por uma fraternidade mais ampla, a dos verdadeiros
crentes (cf. Arndt). Aqueles que, através da fé em CRISTO, foram adotados
passando a ter uma filiação Divina (Jo 1.12) tornam-se, necessariamente, irmãos
em seu relacionamento mútuo (Mt 23.8; Rm 8.17; Ef 4.15,16; considere o sentido
de “vizinho” ou “próximo” no AT, por exemplo, em Lv 19.17). Assim, o amor
fraternal se toma um elemento indispensável (1 Jo 4.20) no crescimento cristão
na santificação (2 Pe 1.7) que se mostra com harmonia (At 2.46; Rm 12.16),
sinceridade (1 Pe 1.22), afeição e estima pelos seus companheiros discípulos
(Rm 12.10; cf. Gl 6.10; e em Lv 19.34 para outros também), e é mantido com zelo
(Hb 13.1; 1 Pe 1.22). Ao testemunhar essa especial abnegação, os pagãos podiam
apenas exclamar, "Vejam como eles amam uns aos outros!” (Tertuliano ,
Apologéticus, cf. Jo 13.35).
III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS
TREVAS
1. Debaixo da tutela do amor.
COMO JESUS TRATOU AS PESSOAS COMUNS (Como JESUS Tratava
as pessoas)
Você já participou do jogo "siga-o-líder"
quando era criança? E ao brincar nesse jogo, você alguma vez se encontrou
entrando numa piscina com todas as roupas, caminhando através de um lodaçal ou
pulando do alto do telhado da garagem? Se já, provavelmente você aprendeu a
questionar seriamente o jogo!
Os carneiros são notórios por seguirem o líder. Em um
matadouro na cidade de Nova Iorque um bode foi treinado para ser o líder. Seu
nome era Judas. Ele ia entrando pelo portão tão logo este se abria e todos os
carneiros o seguiam cegamente. No último minuto, o bode escapava através de um
pequeno portão lateral e os carneiros continuavam rumo ao seu destino, enquanto
o bode voltava para conduzir outro grupo.
Uma das menores parábolas, contadas por JESUS é sobre o
assunto dos perigos do jogo "siga-o-líder" no sentido espiritual. Ela
se encontra em S. Lucas 6:39 e 40.
"Propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura
um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco? O discípulo não está
acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu
mestre."
Frequentemente, JESUS compara Seus seguidores a
ovelhas, e somos convidados a seguir para onde Ele nos conduz. Assim, o
problema não está em seguir, mas com quem está liderando você. Nos dias de
CRISTO, os fariseus e saduceus eram aceitos como líderes pela vasta maioria do
povo comum. Como notamos os fariseus eram os tradicionalistas, os
conservadores; e os saduceus eram os liberais. Ambos eram legalistas, porque
ambos os grupos dependiam de seus próprios esforços para garantir a salvação. E
as pessoas seguiam seus líderes - seus cegos líderes - e no final uniram-se a
eles, rejeitando a JESUS.
É trágico o fato de que o povo raramente se eleva acima
de seus ministros, professores ou líderes. O povo judeu pereceu como nação
porque eles seguiram seus líderes no erro. Eles não pesquisaram as Escrituras
por si mesmos e não decidiram por si mesmos o que era a verdade. Isso não é um
grande perigo para nós hoje? Quão fácil é simplesmente seguir, em vez de
estudar, pesquisar e orar por nós mesmos para conhecermos a voz do verdadeiro
Pastor.
Um outro texto semelhante, concernente a seguir
líderes, encontra-se em S. Mateus 15:13 e 14. Isto ocorreu exatamente após
JESUS ter dito algumas coisas duras aos líderes religiosos daqueles dias e Seus
discípulos Lhe perguntaram: Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando
ouviram o que o Senhor disse? Então JESUS "respondeu: Toda planta que Meu
Pai celeste não plantou, será arrancada. Deixai-os: são cegos, guias de cegos.
Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco". Aparentemente
é possível encontrar líderes, mesmo em comunidades religiosas, que não foram
plantados pelo Senhor. Nem todos os que são externamente membros do corpo de
CRISTO são árvores de justiça. E o tempo virá, quando aqueles que não são
plantados pelo Senhor serão arrancados.
Eu gostaria de fazer aqui uma declaração: quando
falamos hoje sobre seguir os líderes, não estamos falando exatamente dos que
dirigem a igreja de um local específico. A prática de seguir o líder não está
limitada às sedes da igreja. Isto não é de maneira nenhuma uma crítica ou
censura à direção da igreja. As pessoas escolhem seus próprios líderes -
dependendo de como desejam viver, e você pode sempre encontrar alguém em algum
lugar que lhe indicará a direção que você deseja seguir. DEUS tem ordenado a liderança
como meio de guiar em Sua obra e em Sua igreja. A liderança tem um propósito e
uma função válidos. O ponto aqui é que é perigoso seguir qualquer um cegamente.
Segundo pesquisas e estatísticas disponíveis, apenas
uma entre quatro ou cinco pessoas na igreja hoje está gastando algum tempo em
comunhão pessoal e estudo da Palavra de DEUS. Se este é o caso, então temos
hoje, também, um grande número de seguidores cegos. Assim, não vamos apenas
olhar para isso como uma lição da história, mas ver onde podemos nos beneficiar
das lições que JESUS tentou ensinar ao grande número de seguidores cegos de
Seus dias.
Assim, foi nessa situação que JESUS apresentou a
parábola de que é possível seguir um líder diretamente para dentro da cova. Por
que era assim? Qual era o problema com o povo comum, as multidões que seguiam,
que o faziam tão facilmente enganados?
Primeiro, eles não estavam convertidos. Eles nunca
haviam experimentado a obra sobrenatural do ESPÍRITO SANTO no coração humano. A
atitude deles para com DEUS não havia mudado. Eles nunca haviam permitido que
DEUS lhes desse uma nova capacidade que eles não possuíam de conhecê-Lo. Eles
gastavam pouco tempo em buscar pessoalmente a DEUS porque nem mesmo tinham tal
capacidade. Nos dias de CRISTO, eles amarravam pedacinhos da Escritura ao redor
dos punhos e da cabeça, em vez de colocá-los no coração. Todas as suas
atividades religiosas se centralizavam no ego. Eles se sentiam satisfeitos com
uma religião externa e aceitavam as formas e cerimônias, mas o coração se
mantinha intocado pela graça de DEUS.
Essas pessoas não tinham relacionamento com DEUS. Eram
vítimas da salvação pelas obras e o motivo de seus exercícios e padrões
religiosos era garantir bênçãos temporais. Eles gostavam de a idéia dos
gafanhotos pararem e não cruzarem a cerca daqueles que pagavam seus dízimos.
Eles estavam interessados no Céu e na oferta de viver para sempre. Ficaram
impressionados pelos pães e peixes - e as doenças que foram banidas por poucas
e suaves palavras de JESUS. Mas, em S. João 6, quando JESUS falou do pão da vida,
eles ficaram decepcionados e disseram: "Duro é este discurso, quem o pode
ouvir?" Verso 60.
As pessoas nos dias de JESUS O aceitavam apenas de
maneira limitada. Eles estavam dispostos a aceitá-Lo como um grande Mestre.
Estavam dispostos a aceitá-Lo como um operador de milagres. Estavam dispostos a
crer que Ele era um profeta. Porém, eles se recusavam a aceitá-Lo como
Salvador, Senhor ou DEUS. Sua limitada aceitação terminou em total rejeição.
As pessoas tinham problemas em aceitar o ESPÍRITO de
Profecia. Você encontra isso em S. Lucas 16:19-31, onde JESUS usa uma bem
conhecida fábula romana para ensinar várias verdades - e a condição da raça
humana após a morte Não é uma delas! Porém o homem rico, como você se lembra
estava em tormento, e pediu que Lázaro, o mendigo, fosse enviado para falar a
seus cinco irmãos e os advertir da mesma sorte. "Respondeu Abraão: Eles
têm Moisés e os profetas; ouçam- nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se
alguém (entre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." Versos 29-31.
Pouco tempo depois, alguém foi ressuscitado dentre os
mortos e seu nome era Lázaro! Eles não apenas se recusaram a aceitar essa
evidência, mas conspiraram para matar tanto JESUS como Lázaro, a quem Ele havia
ressuscitado. Assim, essas pessoas enfrentaram dificuldades com Moisés e os
profetas.
Em S. Mateus 23, é dito que eles adornavam os túmulos
dos profetas, e no entanto, eram os filhos daqueles que haviam matado os
profetas, tanto em espírito quanto em linhagem. Paulo fala sobre isto em Atos
13:26 e 27. Aqui Paulo está pregando:
"Irmãos, descendência de Abraão... Pois os que
habitavam em Jerusalém, e as suas autoridades, não conhecendo a JESUS nem os
ensinos dos profetas que se leem todos os sábados, quando O condenaram
cumpriram as profecias. " Eles liam cada sábado os escritos dos profetas,
mas não aceitavam ou compreendiam o que liam.
Estêvão disse isso em Atos 7:51-53:
"Homens de dura cerviz e. incircuncisos de coração
e de ouvidos, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO, assim como fizeram vossos
pais, também vós o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles
mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos
tornastes traidores e assassinos, vós que recebestes a lei por ministério de
anjos, e não a guardastes."
Aquilo foi demais para as pessoas ali, e eles se
lançaram sobre Estêvão, arrastaram-no para fora da cidade e um jovem chamado
Saulo permaneceu ali coletando as vestes, enquanto as pedras começavam a voar.
Porém, Estêvão olhando para o céu, teve uma visão de JESUS, em pé à destra do
Pai. Eu sempre gostei dessa história. JESUS não ia enfrentar isso assentado!
Ele estava em pé ao lado de Estêvão e Estêvão morreu em paz, orando por seus
inimigos. Mas ele havia falado a verdade sobre aquelas pessoas. Eles professavam
aceitar e reverenciar os profetas, mas na realidade rejeitavam tanto os
profetas quanto Aquele anunciado pelos profetas.
Isto é evidenciado também no relacionamento deles com
João Batista. Em S. Mateus 21, os líderes religiosos se encontraram numa
situação difícil, porque JESUS os havia questionado sobre como eles
consideravam João Batista. E eles se recusaram a responder, porque sabiam que
as pessoas criam que João era um profeta. Porém, eles deram a João Batista
apenas uma limitada aceitação, pois não aceitaram a JESUS como Aquele a quem
João Batista havia indicado.
JESUS tentou contar às pessoas comuns que eles não
precisavam de líderes? Não. Há um propósito para a liderança. Contudo, é
propósito da liderança colocar a verdade nas mãos das pessoas sem lhes
perguntar nada? Não! O propósito dos líderes, professores e pregadores é
encorajar e motivar as pessoas a compreenderem a verdade, buscando e
pesquisando por si mesmas. Um velho adágio afirma: "Dê a um homem um peixe
e você vai alimentá-lo por um dia. Ensine-o a pescar e vai alimentá-lo por toda
a vida." Não sei se essa você poderia chamar de uma ilustração
vegetariana, mas apesar disso é boa.
Paulo ensinou a verdade? Certamente que sim. JESUS
ensinou a verdade? Sim. Seus discípulos ensinaram a verdade? Sim. E os bereanos
conferiram isso para ver se era verdade - e foram elogiados por seu
discernimento. JESUS não pedia às massas que O seguissem cegamente. Ele não
pede a ninguém que O siga cegamente. Contudo, Ele pediu-lhes que O seguissem.
A maioria das pessoas comuns nos dias de CRISTO não
aceitaram. Mas houve exceções, e elas nos dão hoje, coragem e inspiração.
Nem todos aqueles no meio da multidão eram
inconstantes. Nem todos uniam-se àqueles que cantaram Seu louvor na entrada
triunfal e poucos dias depois gritaram: "Crucifica-O!" A mulher no
poço estava buscando alguma coisa para satisfazer a alma. Ela aceitou a JESUS
como o Messias e convenceu uma cidade toda de Seu valor. Lázaro, um trabalhador
comum, sem distinção na sinagoga, por ocasião de seu primeiro encontro com
JESUS, amou-O com um amor que nunca se atrofiou. O ladrão na cruz voltou a cabeça
em meio à dor e gritou: "Senhor, lembra-Te dê mim!" Estou feliz e
alegre pelas exceções, e você?
Podemos hoje unir-nos às exceções, como fizeram os
discípulos no final do discurso de JESUS em S. João 6. As multidões estavam se
retirando e JESUS perguntou: Estão vocês se retirando também? Veja verso 67.
Você não quer se unir aos discípulos e dizer, como eles: "Senhor para quem
iremos? Tu tens as palavras de vida!" Verso 68. Crer em JESUS não era
popular. Isso não era comum, que as multidões continuassem seguindo a JESUS
quando Ele esteve aqui - e ainda não é. Mas eu gostaria de convidá-lo a uma
dupla experiência que o impedirá de seguir cegamente a qualquer um e ser
malconduzido.
Primeiro, um relacionamento com JESUS por si mesmo.
Segundo, uma compreensão inteligente da verdade na qual tal relacionamento está
baseado. Ambas são igualmente importantes. Uma semana outra não funciona.
Entretanto, podemos aceitar hoje o privilégio de conhecer a JESUS e a verdade
por nós mesmos, bem como buscá-Lo em Sua Palavra e através da oração. E podemos
continuar a procurá-Lo até que Ele venha novamente.
2. Amor, antídoto contra o pecado.
A oposição ao pecado é outro atributo ou característica
do verdadeiro amor a DEUS.
Esse atributo com certeza está implícito na própria
essência e natureza da benevolência. A benevolência é ter boa vontade ou
desejar o máximo bem do ser como um fim. Ora, nada no universo destrói mais
esse bem que o pecado. A benevolência não pode senão opor-se para sempre ao
pecado, como algo abominável a que necessariamente odeia. E absurdo e
contraditório afirmar que a benevolência não se opõe ao pecado. DEUS é amor ou
benevolência. Ele deve, portanto, ser o oponente inalterável do pecado — de
todo pecado, e toda forma e grau.
Mas há um estado, tanto do intelecto como da
sensibilidade, muitas vezes confundido com a oposição da vontade ao pecado. A
oposição a todo pecado é e deve ser um fenômeno da vontade e só por essa base
torna-se virtude. Mas ela muitas vezes existe como um fenômeno do intelecto e
igualmente da sensibilidade. O intelecto não pode contemplar o pecado sem
desaprová-lo. Essa desaprovação é com frequência confundida com a oposição do
coração ou da vontade. Quando o intelecto desaprova com veemência e denuncia o
pecado, existe natural e necessariamente um sentimento correspondente de
oposição a ele na sensibilidade, um sentimento de aversão, de ódio, de
repugnância. Isso é amiúde confundido com a oposição da vontade ou coração.
Isso é manifesto pelo fato de que com frequência os pecadores mais notórios
manifestam forte indignação diante da opressão, injustiça, falsidade e muitas
outras formas de pecado. Esse fenômeno da sensibilidade e do intelecto,
conforme eu disse, é muitas vezes confundido com uma oposição virtuosa ao
pecado, o que não pode ser, a menos que implique um ato da vontade.
Mas deve-se lembrar que a oposição virtuosa ao pecado é
uma característica do amor a DEUS e ao homem, ou seja, a benevolência. Não é
possível essa oposição ao pecado coexistir com algum grau de pecado no coração.
Ou seja, essa oposição não pode coexistir com uma escolha pecaminosa. A vontade
não pode ao mesmo tempo opor-se ao pecado e cometê-lo. Isso é impossível, e a
suposição implica uma contradição. A oposição ao pecado como um fenômeno do
intelecto ou da sensibilidade pode existir; em outras palavras, o intelecto
pode desaprovar com veemência o pecado, e a sensibilidade pode sentir-se
profundamente contrária a certas formas dele, enquanto, ao mesmo tempo, a
vontade pode apegar-se à indulgência consigo mesma em outras formas. Esse fato
sem dúvida responde pelo engano corriqueiro de que podemos, ao mesmo tempo,
exercer uma oposição virtuosa ao pecado e ainda continuar a cometê-lo.
Muitos estão, sem dúvida, labutando sob esse engano
fatal. Eles estão cônscios não só de uma desaprovação intelectual do pecado em
certas formas, mas também, às vezes, de fortes sentimentos de oposição a ele. E
mesmo assim também estão cônscios de continuar a cometê-lo. Assim, concluem que
possuem neles um princípio de santidade e um princípio de pecado, que são em
parte santos e em parte pecadores ao mesmo tempo. A oposição intelectual e
emocional deles, supõem-na uma oposição santa quando, sem dúvida, é apenas tão
comum no Céu e, até, mais que na Terra, uma vez que o pecado é mais descoberto
ali do que o é em geral aqui.
Mas agora pode surgir a pergunta: como é possível o
intelecto e a sensibilidade estarem em oposição ao pecado e, ainda assim,
perseverar-se nele? Que motivo a mente pode ter para uma escolha pecaminosa
quanto levada a ela não pelo intelecto nem pela sensibilidade? A filosofia
desse fenômeno exige explicação. Vamos nos dedicar a ela.
Sou um agente moral. Meu intelecto necessariamente
desaprova o pecado. Minha sensibilidade está tão ligada ao meu intelecto, que
simpatiza com ele ou é afetada por suas percepções e julgamentos. Eu considero
o pecado. Eu necessariamente o desaprovo e o condeno. Isso afeta minha
sensibilidade. Eu o detesto e abomino. Ainda assim, o cometo. Ora, a que se
deve isso? O método usual o atribui a uma depravação na própria vontade, um
estado decaído ou corrompido da faculdade, de modo que persevera na escolha do
pecado pelo próprio pecado. Ainda que desaprovado pelo intelecto e abominado
pela sensibilidade, ainda assim, dizem, é a depravação inerente da vontade que
é pertinaz em apegar-se ao pecado apesar de tudo e continuará a fazê-lo até que
tal faculdade seja renovada pelo ESPÍRITO SANTO e uma tendência ou inclinação
santa seja inculcada na própria vontade.
Mas há um engano crasso. Para ver a verdade nesse
assunto, é de grande importância inquirir o que é pecado. Todos aceitam que o
egoísmo é pecado. Comparativamente poucos parecem compreender que o egoísmo é a
totalidade do pecado, que toda forma de pecado pode resumir-se em egoísmo,
exatamente como toda forma de virtude pode resumir-se em benevolência. Não é
meu propósito agora mostrar que o egoísmo é a totalidade do pecado. Por
enquanto é suficiente tomar a admissão de que o egoísmo é pecado. Mas que é egoísmo?
É a escolha da gratificação própria como um fim. E a preferência de nossa
própria gratificação à custa do máximo bem da existência universal. A
gratificação própria é o fim supremo do egoísmo. Essa escolha é pecaminosa. Ou
seja, a moral dessa escolha egoísta é pecado. Ora, em caso algum nosso pecado é
ou pode ser escolhido por si ou como um fim. Sempre que algo é escolhido para
gratificar a si próprio não é escolhido porque a escolha é pecaminosa; mesmo
assim, é pecaminosa. Não é o caráter pecaminoso da escolha em que a preferência
se fixa como um fim ou por si, mas a gratificação trazida pelo objeto
escolhido. Por exemplo, furtar é pecado. Mas a vontade, no ato de furtar, não
almeja nem termina no caráter pecaminoso do furto, mas no ganho ou gratificação
esperada do objeto furtado. A bebedeira é pecaminosa, mas o bêbado não intenta
ou escolhe o pecado por si ou como um fim. Ele não escolhe a bebida forte
porque a escolha é pecaminosa, mas, mesmo assim, ela é. Escolhemos a
gratificação, mas não o pecado, como um fim. Escolher a gratificação como um
fim é pecado, mas o pecado não é o objeto da escolha. Nossa mãe, Eva, comeu o
fruto proibido. Esse ato foi pecaminoso. Mas o objeto escolhido ou intentado
não foi o pecado de comer, mas a gratificação que a fruta daria. O pecado não é
e não pode ser escolhido como um fim em si, em caso algum. O pecado é só a
qualidade do egoísmo. O egoísmo é a escolha, não do pecado como um fim ou por
si, mas da gratificação própria; e essa escolha da gratificação própria como um
fim é pecaminosa. Ou seja, a qualidade moral da escolha é pecado. Dizer que o
pecado é ou pode ser escolhido por si é mentiroso e absurdo. E o mesmo que
dizer que uma escolha pode terminar num elemento, qualidade ou atributo de si
mesmo; que o objeto escolhido é de fato um elemento da própria escolha.
Mas dizem que os pecadores às vezes têm consciência de
escolher o pecado por si ou porque é pecado; que eles possuem um estado mental
tão maldoso, que amam o pecado por si; que "rolam o pecado como uma
guloseima doce sob a língua"; que "engolem os pecados do povo de DEUS
como se comessem pão" (SI 14.4), ou seja, que amam os próprios pecados e
os pecados dos outros, como amam a comida que lhes é necessária e os escolhem
por esse motivo ou exatamente como escolhem a comida, que não só pecam com
ânsia, mas também têm prazer nos que fazem o mesmo. Ora, tudo isso pode ser
verdade, mas não desaprova de modo algum a posição que eu tomei, a saber, que o
pecado jamais é e jamais pode ser escolhido como um fim ou por si. O pecado
pode ser buscado e amado como um meio, mas jamais como um fim. A escolha da
comida servirá de ilustração. A comida jamais é escolhida como um fim último;
ela jamais pode ser escolhida desse modo. Ela é sempre um meio. E a
gratificação ou a utilidade dela, de algum ponto de vista, que constitui a
razão de escolhê-la. A gratificação é sempre o fim pelo qual o homem egoísta
come. Aquilo que ele busca pode não ser única ou principalmente o prazer
momentâneo de comer. Mas, apesar disso, se for egoísta, terá em vista a própria
gratificação como um fim. Pode ser que não tenha em vista tanto uma
gratificação presente, mas uma gratificação remota. Assim, ele pode escolher um
alimento que lhe dê saúde e força para buscar alguma gratificação distante, a
aquisição de bens ou outra coisa que lhe trará gratificação.
Pode acontecer de um pecador chegar a um estado de
rebelião contra DEUS e o universo, de caráter tão temerário que tenha prazer em
desejar, fazer e dizer coisas pecaminosas só porque são pecaminosas e
desagradáveis para DEUS e para os seres santos. Mas, mesmo nesse caso, o pecado
não é escolhido como um fim, mas como um meio de gratificar esse sentimento
maldoso. E, afinal, a gratificação própria escolhida como um fim, não o pecado.
O pecado é o meio e a gratificação própria, o fim.
Ora, estamos prontos para compreender como pode ocorrer
de o intelecto e a sensibilidade estarem muitas vezes contra o pecado e, mesmo
assim, a vontade apegar-se à indulgência. Um bêbado considera o caráter moral
da bebedeira. Ele condena instantânea e necessariamente a abominação. Sua
sensibilidade simpatiza com o intelecto. Ele detesta o caráter pecaminoso de
beber bebida forte e detesta a si mesmo por isso. Ele tem vergonha e, fosse
possível, cuspiria no próprio rosto. Ora, nesse estado, com certeza seria
absurdo supor que poderia escolher o pecado de beber, como um fim, por si. Isso
seria escolhê-lo por um motivo impossível e não por motivo algum. Mesmo assim,
ele pode escolher continuar sua bebedeira, não por ser pecado, mas mesmo assim
é pecado. Pois embora o intelecto condene o pecado de beber bebida forte, e a
sensibilidade deteste o caráter pecaminoso da indulgência, entretanto ainda
existe um apetite tão forte, não pelo pecado, mas pelo álcool, que ele busca a
gratificação, apesar de ser pecaminoso. Assim é e assim deve ser em todos os
casos em que o pecado é cometido diante das queixas do intelecto e da
abominação da sensibilidade. A sensibilidade detesta o pecado, mas deseja com
maior vigor o objeto escolhido, o qual é pecaminoso. A vontade não ser egoísta
presta obediência ao impulso mais forte da sensibilidade, e o fim escolhido não
é, em caso algum, o caráter pecaminoso do ato, mas a gratificação própria.
Aqueles que supõem que essa oposição do intelecto ou da sensibilidade seja um
princípio santo estão fatalmente enganados. É esse tipo de oposição ao pecado
que com frequência se manifesta entre homens perversos e que os leva a
creditarem para si uma bondade ou virtude, sem possuir um átomo sequer disso.
Esses não se considerarão moral e totalmente depravados, enquanto tiverem
consciência de possuir dentro de si tamanha hostilidade para com o pecado. Mas
eles devem compreender que essa oposição não vem da vontade, pois então não
conseguiriam prosseguir no pecado; ela é um puro estado involuntário da mente,
não possuindo qualquer caráter moral. Deve-se lembrar, portanto, que uma
oposição virtuosa ao pecado é sempre e necessariamente um atributo da
benevolência, um fenômeno da vontade; e que é naturalmente impossível que essa
oposição da vontade coexista com a comissão do pecado.
Uma vez que essa oposição ao pecado está claramente
implicada e é um atributo essencial da benevolência ou do verdadeiro amor a
DEUS, segue-se que a obediência à lei de DEUS não pode ser parcial, no sentido
de amarmos a DEUS e pecarmos ao mesmo tempo.
3. O amor leva à obediência.
É um amor obediente. Repetidas vezes o NT preconiza que
a única maneira de podermos comprovar que amamos a DEUS é oferecendo-Lhe nossa
obediência incondicional (Jo 14.15, 21, 23, 24; 13.35; 15.10;
1 Jo 2.5; 5.2, 3; 2 Jo 6). A obediência é a prova final
do amor. A obediência a DEUS e a ajuda amorosa prestada aos homens são duas
coisas que comprovam o nosso amor.
A equação de amor e obediência também é repetida (Jo
14.15,21; 1 Jo 4.21-5.3). O amor não é um mero sentimento, mas uma entrega
pessoal e voluntária que conduz à submissão.
Conclusão:
Existe uma singularidade no amor Ágape, amor, um
aspecto do fruto, o amor Ágape é derramado em nós pelo ESPÍRITO SANTO, Devemos
amar a DEUS e ao próximo, Amor vertical, horizontal e a nós se resume em o amor
a DEUS, o amor ao próximo e o amor a si mesmo, sob a tutela do amor rejeitemos
as obras das trevas, vivamos debaixo da tutela do amor. Amor é antídoto contra
o pecado, o amor leva à obediência.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO
Pr. Luiz Henrique
Exortações a todos os membros da igreja, Rm 12.9-21
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal,
apegando-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor
fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 No zelo, não sejais
remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; 12 regozijai-vos na
esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; 13
compartilhai (ativamente) as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade
(incansavelmente); 14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não
amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes
orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos
próprios olhos (Pv 3.7). 17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por
fazer o bem (Pv 3.7,27; 17.13) perante todos os homens; 18 se possível, quanto
depender de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós
mesmos, amados, mas daí lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a
vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20 Pelo contrário, se o teu
inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque,
fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça (Pv 25.21,22). 21 Não
te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
João 3.16
16 Porque DEUS amou o mundo (apresenta o tipo de amor a
DEUS) , que deu o seu Filho Unigênito (o entregou à Cruz, por isso é que ele
tomou para redimir a humanidade) , para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a Vida Eterna.
3.16 DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA. BEP - CPAD -
João 3.16 revela o coração e o propósito de DEUS para com a humanidade. (1) O
amor de DEUS é suficientemente imenso para abranger todos os homens, i.e.,
"o mundo" (cf. 1 Tm 2.4). (2) DEUS "deu" seu Filho como
oferenda na cruz por nossos pecados. A expiação procede do coração amoroso de
DEUS. Não foi algo que Ele foi obrigado a fazer (1 Jo 4.10; Rm 8.32). (3) Crer
(gr. pisteuo) inclui três elementos principais: (a) plena convicção de que
CRISTO é o Filho de DEUS e o único Salvador do perdido pecador; (b) comunhão
com CRISTO pela nossa auto submissão, dedicação e obediência a Ele (cf. João
15.1-10; ver 14.21; Jo 15.4); (c) plena confiança em CRISTO de que Ele é capaz
e quer conduzir o crente à salvação final e à comunhão com DEUS no céu (ver o
estudo FÉ e GRAÇA, p. 1704). (4) "Perecer" é a quase sempre esquecida
palavra em 3.16. Ela não se refere à morte física, mas à pavorosa realidade do
castigo eterno no inferno (Mt 10.28). (5) "Vida eterna" é a dádiva
que DEUS outorga ao homem quando este nasce de novo (ver o estudo A
REGENERAÇÃO). "Eterna" expressa não somente a perpetuidade da nova
vida, mas também a qualidade desta vida, como a de DEUS; uma vida que liberta o
homem do poder do pecado e de Satanás, e que o afasta daquilo que é puramente
terreno para que ele conheça a DEUS (cf. João 8.34-36; ver 17.3)
AMOR - Dicionário Strong em português
Amor - אהב ’ahab ou אהב
’aheb
1) amar
1a) (Qal)
1a1) amor entre pessoas, isto inclui família e amor
sexual
1a2) desejo humano por coisas tais como alimento,
bebida, sono, sabedoria
1a3) amor humano por ou para DEUS
1a4) atitude amigável
1a4a) amante (particípio)
1a4b) amigo (particípio)
1a5) o amor de DEUS pelo homem
1a5a) pelo ser humano individual
1a5b) pelo povo de Israel
1a5c) pela justiça
1b) (Nifal)
1b1) encantador (particípio)
1b2) amável (particípio)
1c) (Piel)
1c1) amigos
1c2) amantes (fig. de adúlteros)
2) gostar
AMOR - Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) - αγαπη - Amor
- o Maior de todos - Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
O alvo necessário de todos os escritores sobre a ética
da vida virtuosa é pintar em palavras o retrato do homem bom. Em outras
palavras: a tarefa contínua do mestre da ética é expor os vários ingredientes
na receita da bondade. É isto que Paulo faz em Gálatas 5.22, 23 quando alista
as grandes qualidades do fruto do ESPÍRITO - amor, alegria, paz, longanimidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. É inevitável que o amor fique
no início da lista, porque DEUS é amor (I João 4.8) e, portanto, necessariamente,
o maior destes é o amor ( 1 Co 13.13).
O amor é o vínculo da perfeição, o vínculo perfeito,
que liga tudo numa harmonia perfeita (Cl 3.14), é o amor e em si mesmo o
cumprimento da lei (Rm 13.10).
Devemos começar definindo os nossos termos. Há momentos
em que o português, em comparação com o grego, é um idioma pobre. Diz-se que,
em gaulês, se um jovem ama uma moça, há vinte maneiras diferentes para ele lhe
dizer isso! Nós temos uma só palavra para “ amar” ’ e esta palavra tem que
servir para expressar muitos sentimentos. Mas o grego tem quatro palavras para
“amar.”
(i) Há a palavra Eros. É caracteristicamente a palavra
para o amor entre os sexos, o amor de um rapaz para com uma jovem; sempre há um
lado predominantemente físico, e sempre envolve o amor sexual. Aristóteles diz
que erõs sempre começa com o prazer dos olhos, que ninguém se apaixona sem
primeiramente ficar encantado pela beleza, e que o amor não é amor, a não ser
que se anseie pelo amado quando ele está ausente, desejando ardentemente a sua
presença (Aristóteles: Ética a Nicômaco 9.4.3). Epíteto descreve este tipo de
amor como uma compulsão da paixão (Discursos 4.1.147). Esta palavra não aparece
no NT em lugar algum, não porque o NT despreza ou rejeite o amor físico, mas
porque, já nos tempos do NT, esta palavra passara a ser ligada com a
concupiscência mais do que com o amor. Eros, conforme alguém já disse, é o amor
ainda sem conversão. Atração sexual.
(ii) Há a palavra philia. Esta é a palavra mais nobre
no grego secular para expressar o amor. Descreve um relacionamento caloroso,
íntimo e tenro do corpo, mente e espírito. Inclui o lado físico do amor, pois o
verbo philein pode significar beijar ou acariciar, mas inclui muita coisa a
mais. Até mesmo nesta palavra há algo que falta. “O amor não é o amor” , disse
Shakespeare, “que se altera quando descobre uma alteração.” Mas philia, como
todas as coisas humanas, pode alterar-se. Aristóteles escreve: “O prazer do
amante é contemplar a sua amada, o prazer da amada é receber as atenções do seu
amante, mas quando murchar a beleza da amada, a amizade (philia) as vezes
murcha também, visto que o amante já não acha prazer na visão da sua amada, e a
amada não recebe atenção do amante” (Aristóteles: Ética a Nicômaco 8.4.1). É
verdade que philia descreve o tipo mais nobre do amor humano, mas também é
verdade que a luz da philia pode diminuir e seu calor esfriar.
(iii) Há a palavra storgè. Esta e a palavra mais
limitada na sua esfera, porque no grego secular e a palavra do amor no lar, do
amor dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais, para o amor
entre irmãos, irmãs e parentes.
(iv) Há a palavra Ágape. Aqui, temos pouca orientação
com base no grego secular. O verbo correspondente agapan é bastante comum no
grego secular, mas o substantivo Ágape quase nunca ocorre. Conforme diz R. C.
Trench: “Ágape é uma palavra que nasce no seio da religião revelada.” E isto
não é por acidente. Ágape é uma palavra nova que descreve uma qualidade nova,
uma palavra que indica uma atitude nova para com os outros, uma atitude nascida
dentro da comunidade, vinda de DEUS, e impossível sem a dinâmica cristã. Como,
pois, devemos determinar o significado de Ágape? Podemos determinar melhor seu
significado tendo por fundamento a maneira de o próprio JESUS falar dele. A
passagem básica é Mt 5.43-48. Ali, JESUS insiste em que o amor humano deve
seguir o padrão do amor de DEUS. E qual é a grande característica do amor de
DEUS? DEUS faz vir chuvas sobre justos e injustos, e faz nascer o sol sobre
maus e bons. Logo, o significado de Ágape é a benevolência invencível, a boa
vontade que nunca é derrotada.
Ágape é o espírito no coração que nunca procurará outra
coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que
recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do
próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do
próximo, o melhor para ele. Quando se vê isto, imediatamente surgem algumas
verdades vitais.
(i) Quando Aristóteles escreve a respeito do amor, sua
atitude é que somente aquele que merece o amor pode ser amado. Fala daqueles
que desejam ser amados, que tem desejo de que o amor seja recíproco, e diz a
respeito das pessoas que tem este desejo que seu anseio é ridículo,' se eles
nada possuem de atraente (Aristóteles: Ética de Nicômaco 8.8.6). Insiste em que
um homem não pode esperar ser amado “ se nada houver j nele para despertar
afeição” (Ética a Nicômaco 9.1.2). Epíteto diz praticamente a mesma coisa,
quando declara: “Aquilo que desperta o interesse da pessoa e o que ela ama por
natureza” (Discursos 2.22.1). Platão disse: “O amor é para os amoráveis.” Mas a
qualidade distintiva do amor cristão acha-se exatamente na sua obrigação e
capacidade de amar os pouco amáveis e os que dificilmente se pode amar, de
procurar o sumo bem do outro independentemente daquilo que ele é, ou faz, ou
tenha feito. No amor cristão a ideia do mérito não deve ser levada em conta.
(ii) Para os escritores gregos, o amor é
necessariamente uma coisa exclusiva. Aristóteles define o amor como “a amizade
num grau superlativo” . Passa, então, a dizer que, se é assim, pode ser por uma
pessoa, e
por uma pessoa somente (Aristóteles: Ética a Nicômaco
9.10.5). Na realidade, a convicção de Aristóteles é de que o amor não pode ser
difundido, nem pode a amizade ser muito espalhada. Na amizade, o círculo deve
ser estreito; no amor, nem sequer há um círculo, mas somente um único ponto em
que tudo se focaliza. O amor cristão é o próprio inverso disso. É uma
benevolência que abrange a todos. Agostinho disse a respeito de DEUS que Ele
ama a todos como se houvesse uma só pessoa para Ele amar; o amor cristão deve
modelar-se no amor de DEUS.
(iii) Há um sentido em que o amor cristão difere
radicalmente do amor humano comum. O amor humano comum é uma reação do coração;
e algo que simplesmente ocorre. Ele é algo com cuja criação e aurora nada temos
a ver. Mas Ágape, o amor cristão, é um exercício da personalidade total. É um
estado não somente do coração, mas também da mente; faz parte dos sentimentos,
emoções, e da vontade. Não é alguma coisa que simplesmente acontece e que não
podemos evitar; é algo que temos de desejar. Não é algo com que não temos nada
a fazer; é uma conquista é uma realização. Na realidade, tem sido dito que, em
pelo menos um dos seus aspectos, Ágape é a capacidade, o poder e a determinação
de amar as pessoas das quais não gostamos. É certamente verídico que este amor
cristão não é uma coisa fácil e sentimental; não é uma resposta emocional
automática e não procurada. É uma vitória sobre o eu. A pura verdade é que este
amor cristão é uma qualidade do fruto do ESPÍRITO; é algo totalmente impossível
sem a dinâmica de JESUS CRISTO. Por isso é fútil falar na aceitação da ética do
Sermão do Monte e do amor cristão. A verdade simples é que o mundo não pode
aceitá-la; somente o cristão cheio do ESPÍRITO e dedicado a CRISTO pode
fazê-lo.
(iv) Havia uma grande área do pensamento pagão que
considerava esta ideia do amor cristão como uma contradição revolucionária de
tudo quanto ele mesmo tinha em vista. Todas as filosofias contemporâneas ao
cristianismo tinham um só alvo e objetivo: a única coisa que todos procuravam
era a paz de espírito, ataraxia, serenidade, tranquilidade, o coração em
repouso. A fim de chegarem a isto, todas elas, de uma forma ou outra, insistiam
na absoluta necessidade de duas qualidades básicas.
A primeira era autarkeia, que significa a perfeita
autossuficiência, a perfeita independência de qualquer objeto ou pessoa.
Autarkeia é a atitude da mente que acha sua felicidade e paz inteira e
exclusivamente dentro de si mesma.
A segunda tinha uma estreita relação com ela; era
apatheia. Apatheia não é a apatia no sentido da indiferença. A apatheia é
essencialmente a incapacidade de sentir alegria ou tristeza, gozo ou mágoa; é a
atitude de coração e mente que não pode ser tocada por qualquer coisa que
porventura pudesse acontecer a si mesma ou a outrem. É o coração isolado de
todos os sentimentos e emoções Se este for o ideal da vida, então bem
claramente o grande inimigo da paz e o amor; o amor é o grande perturbador.
Epíteto conta como César trouxe paz e segurança políticas a este mundo, e
depois diz, com desespero: “Mas será que César pode nos dar a imunidade do
amor?” (Epíteto: Discursos 2.13.10). Concorda que o homem deve tornar-se
afetuoso (philostorgos), mas somente de uma maneira tal que, nunca, em tempo
algum, dependerá de outra pessoa para a sua felicidade e alegria, porque, se um
homem permitir a outra pessoa entrar no seu coração e habitar ali, sua
liberdade foi-se para sempre (Epíteto: Discursos 3.24-58). Para Epíteto, o amor
é um tipo de escravidão (Epíteto: Discursos 4.17.57). Por essa razão, a
filosofia é um treinamento que visa atingir a indiferença. Epíteto insiste em
que os homens nunca devem fixar seu coração em qualquer objeto ou pessoa,
porque nada e ninguém deve ser uma necessidade para nós. O homem deve
ensinar-se a não se importar com nada. Que comece com coisas sem importância —
uma vasilha, uma xícara que, de qualquer maneira, pode ser facilmente quebrada.
Que avance um pouco mais, para uma túnica, um miserável cachorro, um mero
cavalo, um pedaço de terra. Se algo acontecer a alguma destas coisas, que
aprenda a não se importar. Depois, finalmente, chegará paulatinamente a uma
etapa em que não se importará com o que acontece a seu próprio corpo, quando
poderá perder os filhos, a esposa, os irmãos — sem se importar com isso
(Epíteto. Discursos 4.1.110,111). É verdade que as vezes Marco Aurélio fala de
modo aparentemente diferente. Amai os homens entre os quais a vossa sorte é
lançada, diz ele e amai de todo o coração. Amai a humanidade e segui a DEUS.
Tudo quanto é racional é afim, e faz parte da natureza humana importar-se com
todos os homens. A divindade entronizada dentro de nós acalenta um sentimento
fraterno para com os homens. Se não podeis converter o malfeitor, lembrai-vos
de que a bondade vos foi dada para enfrentar semelhante caso e lidar com tal
homem. Ninguém deve, em caso algum, ser obrigado a arrancar de nós a bondade.
Devemos viver com mansidão para com aqueles que procuraram opor-se a nós e para
com aqueles que são um espinho em nossa carne (Marco Aurélio: Meditações 6.38;
7.31, 34, 36;| 9.11; 11.9). O cínico verdadeiro será necessariamente acoitado,
mas devei amar os homens que o acoitam, como se fosse o pai ou o irmão deles
todos (Epíteto: Discursos 3.22.55). Mas, ao procurar o sentido e significado de
passagens tais como estas, sempre deve ser lembrado que esta atitude para com
os outros nasceu, não da identificação com os outros, ou da simpatia para com
os outros, ou da participação da sua situação humana, mas da superioridade
consciente. O sábio estava tão fechado dentro da sua virtude, tão acima dos
homens! comuns, que nunca deixaria as excentricidades e a insensatez dos
mortais inferiores afetarem sua calma olímpica. Em contraste direto com isto, o
amor cristão se importa. O amor cristão é o próprio inverso dos princípios
elementares da filosofia pagã. O filosofo pagão dizia: “Ensina-te a não te
importar.” A mensagem cristã dizia: “Ensina-te a importar-te apaixonada e
intensamente para com os homens.” O filosofo pagão dizia: “Não deves, em
circunstância alguma, ficar pessoal e emocionalmente envolvido na situação
humana.” A mensagem cristã diz: “Deves entrar na situação humana de tal maneira
que vejas penses e sintas com os olhos, a mente e o coração da outra pessoa na
sua profunda identificação com os outros.” A mensagem cristã oferecia o caminho
para a felicidade naquela mesma atitude que o filosofo pagão considerava como o
caminho para a infelicidade. Para o cristão, o princípio no amago da vida era a
única coisa que o filosofo pagão procurava eliminar inteiramente da sua vida.
Analisemos, portanto, o significado deste Ágape, usando em especial os
elementos das cartas de Paulo, onde a palavra ocorre mais de sessenta vezes.
(i) Tudo começa com o amor de DEUS, porque DEUS é o
DEUS de amor (2 Co 13.11). O amor cristão é o reflexo do amor de DEUS, e dele
obtém seu padrão e poder. Este amor de DEUS é totalmente imerecido, porque a
prova dele é que, enquanto ainda éramos pecadores, CRISTO morreu por nós (Rm
5.8). O Novo Testamento nunca poderia tolerar qualquer conceito de expiação que
subentendesse ou sugerisse que qualquer coisa que JESUS fez mudou ou alterou a
atitude de DEUS para com os homens; que, de alguma maneira, JESUS tenha
transformado a ira de DEUS em amor. O processo inteiro da salvação tem seu
início no amor de DEUS, não merecido por nós. Além disso, o amor de DEUS é um
amor que produz e transforma. É aquele amor que, derramado no coração dos
homens, produz as grandes qualidades da vida e do caráter cristãos (Rm 5.3-5).
Há um amor humano que enfraquece a fibra moral do homem, que paralisa seu
esforço, e que o retira da batalha da vida; mas o amor de DEUS é a dinâmica
transformadora da vida cristã, produzindo no homem a paciência, a perseverança,
a experiência e a esperança que o preparam-no para a vida. O amor de DEUS é um
amor inseparável. Nada há no tempo nem na eternidade que pode separar o homem
dele (Rm 8.35-39). Aqui, na realidade, temos um dos grandes argumentos para a
vida após a morte. O amor e a perfeição do relacionamento entre duas
personalidades, e o amor de DEUS oferece um relacionamento consigo mesmo que,
pela própria natureza das coisas, nada pode quebrar ou interromper. O amor de
DEUS é simplesmente um grande amor (Ef 2.4-7). E, de conformidade com esta
passagem, o amor de DEUS é um grande amor por três razoes. Primeira: Ele nos
amou enquanto estávamos mortos nos nossos pecados. Segunda, vivificou-nos para
a novidade de vida. Terceira, ultrapassa o tempo e vai além da vida para os
lugares celestiais.
(ii) À medida em que Paulo fala do amor de DEUS, também
fala do amor de JESUS CRISTO. Para Paulo, o amor de DEUS e o amor de JESUS
CRISTO são a mesma coisa. Em Rm 8.35-39 Paulo começa perguntando: “Quem nos
separará do amor de CRISTO'? E termina, dizendo: “nada poderá separar-nos do
amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS nosso Senhor.” Para Paulo, JESUS é o
amor de DEUS em demonstração e ação. Paulo passa, então, a dizer certas coisas
a respeito do amor de JESUS CRISTO. É um amor que excede todo entendimento (Ef
3.19). O amor é sempre um mistério. Qualquer pessoa que é amada fica atônita,
perguntando a si mesma por que aquilo acontece. O amor de CRISTO não é algo a
ser explicado; é algo diante de que o homem somente pode maravilhar-se prestar
culto e adorar. O amor de JESUS CRISTO é o padrão da vida cristã.) O cristão
deve andar em amor conforme CRISTO o amou (Ef 5.2). O cristão não é perseguido
pelo medo a fim de ser bom; é elevado até a bondade mediante a obrigação do
amor que desperta a generosidade que esta adormecida na alma.
(iii) Uma das associações mais consistentes que Paulo
faz é entre o amor e a fé (Ef 1.15; Cl 1.4; 1 Ts 1.3; 3.6; 2 Ts 1.3; Fm 5). O
mais alto louvor que Paulo pode oferecer a qualquer igreja é dizer que seus
membros têm fé em CRISTO e amor uns para com os outros. O cristianismo envolve
um duplo relacionamento pessoal e uma dupla dedicação: o relacionamento com
CRISTO e a dedicação a Ele, e o relacionamento com os homens a dedicação a
eles. O cristianismo é a comunhão com DEUS e os homens “Ninguém,” disse Joao
Wesley, “já foi para o céu sozinho” “DEUS,” disse o sábio e velho conselheiro a
Wesley quando este estava para deixar esta vida, “não conhece a religião
solitária.” Há uma dupla associação entre a fé e o amor. Em Ef 6.23 Paulo ora
para que seu povo tenha fé com amor; em Gl 5.6 fala da fé operando através do
amor, ou, conforme talvez seja a melhor tradução: a fé energizada operada, pelo
amor. Podemos expressar este fato nas seguintes palavras o amor sem fé é
sentimentalismo, e a fé sem amor é aridez.
O amor deve basear-se na fé. Por exemplo, é
inquestionavelmente verdadeiro que a única base válida para uma crença na
democracia é a crença de que todos os homens são criaturas naturais de DEUS; e
a única base verdadeira da evangelização é a convicção teológica de que CRISTO
morreu por todos os homens: A fé deve ser inflamada pelo amor, a fim de não se
transformar em intelectualismo, e para que o teólogo não se torne, conforme a
expressão Anatole France, um homem que nunca olhou para o mundo em sua volta. Esta
combinação de fé e amor deve produzir ação, porque o amor nunca deve ser mera
aparência (Rm 12.9). É perfeitamente possível pregar o amor e viver uma vida
sem ele, cantar os louvores do amor nas palavras, e negar a existência dele nas
ações. O amor produzirá especialmente duas coisas. Produzirá a generosidade
prática. Quando Paulo estava levantando a coleta para os cristãos pobres de
Jerusalém, seus repetidos apelos às igrejas mais novas é no sentido de
demonstrarem a sinceridade do seu amor, fornecendo a prova dele mediante a sua
generosidade cristã (2 Co 8.7, 8,. 24). Isto redundará em perdão. Depois de
terminarem os problemas em Corinto, e depois de a paz ter sido restaurada, o
apelo de Paulo aos coríntios é para que reafirmem seu amor perdoando o homem
que outrora fora o foco de agitação e de todos os problemas (2 Co 2.8). A fé
deve estar ligada ao amor, e o amor à fé, e esta combinação deve ter como
resultado a mão generosa e o coração que perdoa. Devemos agora passar a ver,
aquilo que poderíamos chamar de a qualidade básica do amor em ação na vida
cristã.
(i) O amor é a atmosfera da vida cristã. O cristão, diz
Paulo, deve andar em amor (Ef 5.2). Toda vida leva consigo a sua própria
atmosfera. Uma das alunas da grande mestra norte-americana Alice Freeman Palmer
disse acerca dela: “Ela fazia com que me sentisse banhada pelos raios do sol.”
Por outro lado, Richard Church em seu ensaio autobiográfico fala a respeito do
primeiro dia que passou na escola. Tinha consciência daquilo que chamou de “um
fingimento frio e impessoal de benevolência no ar” . Há uma atmosfera que é
como uma túnica quente, e outra que é como uma ducha fria. O cristão leva esta
atmosfera de benevolência radiante por onde for. Paulo expressa esta mesma
verdade de outra maneira. O amor, diz ele, é a vestimenta da vida cristã.
Conclama os colossenses a se vestirem com o amor (Cl 3.14). Falamos de uma
pessoa revestida de beleza, ou armada em virtude. A vida cristã veste-se desta
boa vontade que se estende a todos os homens.
(ii) O amor é o motivo universal da vida cristã. “
Todos os vossos atos sejam feitos com amor,” Paulo escreve aos coríntios (1 Co
16.14). O Sermão no Monte nos deixa sem dúvidas quanto a importância dos
motivos do coração na vida cristã (Mt 5.21-48). Há um tipo de generosidade cujo
motivo principal é obter prestígio. Há um tipo de advertência e repreensão que
brota do deleite em ferir as pessoas e em vê-las afastando-se. Há até mesmo um
tipo de labuta e serviço que provém do orgulho. Um dos deveres mais negligenciados
da vida cristã é o autoexame, e talvez isto seja negligenciado por ser um
exercício muito humilhante. Se nos examinarmos, é bem possível que descubramos
que não há quase nada neste mundo que façamos com motivos puros e sem mistura.
Ainda que seja assim, devemos continuar a colocar diante de nós o padrão pelo
qual devemos viver, a insistência de que o único motivo cristão é o amor.
(iii) O amor é o segredo da unidade cristã. Os cristãos
são unidos pelo amor (Cl 2.2). O que há de significante neste amor cristão é
que ele se espalha em círculos que se expandem cada vez mais. (a) Começa sendo
amor pelos santos, ou seja, amor pelos demais membros da comunidade cristã e
pelos nossos irmãos cristãos (Ef 1.15; Cl 1.4; 1 Ts 3.12). (b) É amor pelos
líderes da Igreja (1 Ts 5.12, 13). E um fato muito simples que a única dádiva
que Paulo pediu da parte das suas igrejas foi que orassem por ele, que o
conservassem em seus corações, e que o sustentassem através da oração (Rm
15.30). (c) Toma-se amor por todos os homens. Os cristãos deve abundar em amor
uns com os outros, e com todos os homens (1 Ts 3.12). Há um tipo de
cristianismo que resume-se nas quatro linhas de um verso mal feito:
Somos os poucos escolhidos de DEUS, Todos os demais
irão para o inferno; Não há lugar no céu para ti - O céu não deve
superlotar-se. O amor cristão é o inverso disso; expande-se até procurar
englobar o mundo inteiro em seus braços, e receber todos os homens em seu
coração ;
(iv) O amor é o enfatizar da verdade cristã. O cristão
deve necessariamente ser um amante da verdade (2 Ts 2.10), mas a todo tempo
deve falar a verdade em amor (Ef 4.15). É fácil falar a verdade de tal maneira
a ferir e machucar; não é impossível alguém ter prazer
ao ver uma pessoa encolher-se e estremecer sob as chicotadas da verdade. “A
verdade,” diziam os cínicos, “é como a luz para olhos irritados.” Florence
Allshorn foi uma famosa e muito amada diretora de um grande instituto
missionário para mulheres. Inevitavelmente havia ocasiões em que ela tinha de
repreender suas estudantes; mas dizia-se a respeito dela que, quando tinha
motivo para repreender, sempre o fazia como se estivesse abraçando a pessoa a ser
repreendida A verdade falada com o intuito de ferir nada pode produzir senão
ressentimento; mas a verdade falada em amor pode despertar o arrependimento que
e algo que traz restauração.
(b) O amor é o fundamento do apelo cristão. Quando
Paulo roga a Filemom em favor do escravo fugitivo Onésimo, é ao amor que apela?
(Fm 7). É ao amor que Paulo apela quando pede as orações da igreja de
Roma antes de empreender viagem para Jerusalém (Rm
15.30). O cristão nunca apelará à forca; o cristão raramente apelará a sua
autoridade. A arma do cristão é sempre o apelo ao amor e quase nunca a
exigência do poder.
(c) O amor é o motivo da pregação cristã. Mesmo nos
seus momentos mais severos, a motivação e a aceitação das palavras de JESUS é o
amor. É com amor que intercede pela cidade quando está para morrer (Mt 23.37).
Talvez o capítulo menos compreendido em toda a Bíblia seja Mateus 23 onde há
uma série terrível de “ais” dirigida contra os escribas e os fariseus. É muito
comum pensar nesse capitulo e lê-lo como se tivesse sido falado num acesso de
fúria incandescente, e como se JESUS estivesse acoitando as pessoas com o
chicote da Sua língua. “Ai de vos! ” diz JESUS (Mt 23.13 ss.). Mas a palavra em
grego é Ouai, e o próprio som dela é um lamento. O sentimento não é de
condenação, e sim de tristeza. Não é uma explosão de ira; é a marca do amor que
parte o coração. Há momentos em que certos pregadores dão a impressão de que
odeiam os seus ouvintes, e assaltam-nos com uma bateria de ameaças quase
causando a impressão de que querem vê-los condenados ao inferno. ” Os homens
podem ser levados a aceitar o evangelho muito mais facilmente se não receberem
açoites verbais para que o aceitem. Stanley Jones em seu livro sobre a
conversão conta a respeito da obra do Dr. Karl Menninger da Clínica Menninger,
em Topeka, EUA. Toda a obra da clínica era organizada em torno do amor. Era
tomado como princípio que “ desde os psiquiatras superiores, descendo até aos
eletricistas e faxineiros, todos os contatos com os pacientes devem manifestar
amor” . E tratava-se do “amor sem limites” . O resultado foi que o período de
internamento foi reduzido pela metade. Houve uma mulher que ficou sentada
durante três anos numa cadeira de balanço sem dizer uma palavra para pessoa
alguma. O médico chamou uma enfermeira e disse-lhe: “Maria, estou colocando a
Sra. Brown como sua paciente. Tudo quanto lhe peço é que a ame até que ela
sare.” A enfermeira fez a experiência. Pegou uma cadeira de balanço do mesmo
tipo, sentou-se ao lado dela, e amou-a de manhã, de tarde e de noite. No
terceiro dia, a paciente falou, e dentro de uma semana, saiu da sua concha — e
curada! Stanley Jones cita alguns outros exemplos deste princípio em
operação.Moços que fazem parte de quadrilhas podem ser alcançados
oferecendo-lhes aquilo que mais almejam — o amor por parte de um adulto
disposto a ajudar numa emergência.” Certo fabricante hindu disse a Stanley
Jones por que viera a um dos seus retiros espirituais: “Sabe por que vim? Há
muitos anos, quando eu era menino, atormentamos um missionário que estava
pregando num bazar, jogando tomates nele. Ele enxugou do seu rosto o caldo dos
tomates e então, após a reunião, levou-nos para a confeitaria e comprou-nos
doces. Eu vi o amor de CRISTO naquele dia, e é por isso que estou aqui.” Um
negro já idoso falou a respeito de um negro mais jovem que se metera numa
encrenca seria: “A gente simplesmente deve amá-lo para atraí-lo para fora
disto.” Havia na comunidade um ébrio inveterado. Certa manhã, disse: “Os
meninos jogaram pedras em mim ontem à noite.” Respondeu o amigo dele: “ Talvez
estivessem procurando fazer de você um homem melhor.” O homem disse: “Ora,
nunca ouvi falar que JESUS jogava pedras num homem para torna-lo melhor” . Os
homens podem ser ganhos muito mais se os amarmos para levá-los ao céu do que se
os ameaçarmos para que escapem do inferno.
(v) O amor é o controlador da liberdade cristã. A
liberdade deve ser usada, não como desculpa para a licenciosidade, mas como
dever de servirmos uns aos outros (G1 5.13). Existem muitas coisas que são
perfeitamente seguras para o irmão mais forte, e que poderia legitimamente ser;
permitida, sem dúvida alguma; mas ele abstém-se dessas coisas porque, ama e
recusa-se a prejudicar com o seu exemplo o irmão por quem CRISTO morreu (Rm
14.15). Se o amor é a base da vida, a responsabilidade e a sua tônica. Nenhum cristão
pensa nas coisas somente porque afetam a sua própria pessoa. O privilégio da
liberdade cristã é condicionado pela obrigação do amor cristão.
(vi) Este amor cristão não é nenhuma emoção fácil e
sentimentalista. O amor tem os olhos abertos. A oração de Paulo pelos
filipenses é no sentido de que abundem em todo o conhecimento e em toda a
percepção sensível, de modo que sejam capacitados a distinguir entre as coisas
que diferem entre si, escolhendo as que são certas (Fp 1.10). O amor cristão na
vida é acompanhado por uma nova sensibilidade para com os sentimentos,
necessidades e problemas dos outros, uma nova consciência da bondade, e um novo
horror pelo pecado. Longe de ser cego, o amor cristão ensina o homem a ver com
clareza e a sentir com uma intensidade nunca experimentada. Da mesma maneira, o
amor cristão é forte. Na correspondência de Paulo com a igreja em Corinto há
dois usos muito iluminadores da palavra “amor.” Em 2 Co 2.4 Paulo escreve a
respeito da carta dura e severa que havia enviado a igreja em Corinto, carta
esta que causara aos coríntios mágoa e dor. Mas, diz ele, aquela carta foi
escrita, não para lhes causar mágoa e tristeza, mas para comprovar seu amor por
eles. A sentença final da primeira carta aos coríntios é : “O meu amor seja com
todos vós! ” (1 Co 16.24). As cartas a Corinto estão muito longe de serem
cartas sentimentais. Administram a disciplina; transmitem a repreensão; não
hesitam em ameaçar com o uso da vara de correção; distribuem a correção mais
severa; até mesmo exigem a exclusão do perturbador da comunhão da Igreja —
contudo, são o resultado do amor. O amor no sentido neotestamentário do termo
nunca comete o engano de pensar que amar é deixar uma pessoa fazer o que ela
quer. O NT deixa claro que há momentos quando a ira, a disciplina, a
repreensão, o castigo e a correção fazem parte do amor.
(vii) É fácil ver que a aquisição e a prática do amor
cristão não são uma tarefa fácil. Em 1 Co 14.1, Paulo usa uma expressão muito
significativa. A ARA traduz: “Segui o amor.” Mas o verbo que é traduzido por
seguir é diõkein que significa perseguir, correr atrás. O amor cristão não é
algo que simplesmente acontece; é algo que deve ser buscado, desejado,
perseguido, algo que exige a oração e a disciplina do homem para obtê-lo. Longe
de ser uma posse automática, e a realização suprema da vida. Pode-se até dizer
que o amor cristão não é somente difícil; humanamente falando, é impossível. O
amor cristão não é uma realização humana; faz parte do fruto do ESPÍRITO. É
derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO. É, assim, chegamos a outra
verdade a respeito deste amor cristão. Há um versículo magnífico na carta aos
filipenses. Nele, a palavra “amor” propriamente dita não aparece, mas a ideia é
a que está no centro do amor cristão. Paulo escreve, conforme diz a AV: “Anseio
por todos vós nas entranhas de JESUS CRISTO” (Fp 1.8). Literalmente, isto
significa: “Amo-vos com o próprio amor de CRISTO. Através de mim CRISTO vos
ama. O amor que eu vos tenho não é outro senão o amor do próprio CRISTO.” Ágape
tem a ver com a mente: não é simplesmente uma emoção que surge em nosso coração
sem ser convidada; é um princípio segundo o qual vivemos deliberadamente. Ágape
tem a ver, de modo supremo, com a vontade. É uma conquista, uma vitória é uma
realização. Ninguém já amou por natureza os seus inimigos. Amar os inimigos é
uma conquista de todas nossas inclinações e emoções naturais. Este amor
cristão, não é meramente uma experiência emocional que vem a nós sem convite e
sem ser procurada; é um princípio deliberado da mente, uma conquista e
realização da vontade. É, na realidade, o poder de amar os que não são amáveis,
de amar as pessoas das quais não gostamos. O cristianismo não pede que amemos
nossos inimigos e os homens em geral da mesma maneira que amamos nossos entes
queridos e os que estão mais próximos de nós; isto seria tanto impossível
quanto errado. Mas realmente ele exige que tenhamos a todo tempo uma certa
atitude e direção da vontade para com todos os homens, sem nos importarmos com
que são eles. Qual, pois, é o significado deste Ágape? A principal passagem
para a interpretação do significado de Ágape é Mt 5.43-48. Ali, somos ordenados
a amar os nossos inimigos. Por que? A fim de que sejamos como DEUS. E qual é a
ação típica de DEUS que é citada? DEUS envia Sua chuva aos justos e injustos,
maus e bons. Ou seja: a natureza do homem, não importa, DEUS não procura outra
coisa senão o sumo bem dele. Quer o homem seja santo, ou um pecador, o único
desejo de DEUS é o seu sumo bem. Ora, isto e Ágape. Ágape é o espírito que diz:
“Não importa o que o homem me faça, eu nunca procurarei lhe fazer mal; nunca
intentarei a vingança; sempre buscarei exclusivamente o sumo bem dele.” Isto quer dizer que o amor cristão, é a
benevolência invencível, a boa vontade insuperável.
Não é simplesmente uma onda de emoção; é uma convicção
deliberada da mente que tem como resultado uma política deliberada na vida; é a
realização, conquista e vitória da vontade. Atingir o amor cristão exige a
totalidade do homem; exige não somente seu coração, mas também sua mente e
vontade. Sendo assim, duas coisas devem ser notadas.
i) O amor humano para com o nosso próximo, é
forçosamente uma qualidade imprescindível do fruto do ESPÍRITO. O amor cristão
não é natural no sentido de que não é impossível ao homem natural. O homem
somente pode exercer esta benevolência universal, sendo purificado do ódio, da
amargura e da reação humana natural como a inimizade, injuria e antipatia,
quando o ESPÍRITO tomar posse dele e derramar no seu coração o amor de DEUS. O
amor cristão é impossível a qualquer pessoa que não seja cristã. Ninguém pode
pôr em prática a ética cristã até que se torne cristão. Pode-se ver bem
claramente a qualidade desejável da ética cristã; pode-se perceber que é a
solução para os problemas do mundo; pode-se aceitá-la mentalmente; mas, na
prática, não pode ser vivido se CRISTO não viver dentro da pessoa.
(ii) Quando entendemos o que Ágape significa, refutamos
amplamente a objeção de que uma sociedade baseada neste amor seria um paraíso
para os criminosos, e que isto significa simplesmente deixar o malfeitor fazer
o que quer. Se buscarmos somente o sumo bem do homem, é bem possível que
tenhamos de resisti-lo; é bem possível que tenhamos de castigá-lo; é bem
possível que tenhamos de agir com severidade diante dele — para o bem da sua
alma imortal. No entanto, permanece o fato de que tudo quanto fizermos ao homem
nunca será por vingança; nunca será uma simples retribuição; sempre será feito
com o amor que perdoa e que procura, não o castigo do homem, e muito menos a
eliminação do homem, mas sempre o seu sumo bem. Noutras palavras, Ágape importa
em lidar com os homens conforme DEUS lida com eles — e isso não significa
deixá-los agir desenfreadamente segundo a sua própria vontade. Quando estudamos
o NT descobrimos que o amor é a base de todo relacionamento perfeito no céu e
na terra.
(i) O amor é a base do relacionamento entre o Pai e o
Filho, entre DEUS e JESUS. JESUS pode falar do “amor com que me amaste” (Jo
17.26). Ele e “ o Filho do Seu amor” (Cl 1.13; cf. Jo 3.35; 10.17; 15.9; 17.23,
24).
(ii) O amor e a base do relacionamento entre o Filho e
o Pai. O propósito de toda a vida de
JESUS era que o mundo soubesse que Ele amava o Pai (Jo 14.31).
(iii) E dever do homem amar a DEUS (Mt 22.37; cf. Mac
12.30 e Lc 10.27; Rm 8.28; 1 Co 2.9;2Tm4.8;l Jo 4.19). O cristianismo não pensa em termos do homem
finalmente se submeter ao poder de DEUS; pensa em termos de ele finalmente se
entregar ao amor de DEUS. Não se trata de a vontade do homem ser esmagada,
trata-se de o seu coração ser quebrantado.
(iv) A força motriz da vida de JESUS era o amor pelos
homens (Gl 2.20; Ef 5.2; 2 Ts 2.16; Ap 1.5; Jo 15.9). JESUS realmente é aquele
que ama as almas.
(v) A essência da fé cristã é o amor por JESUS (Ef
6.24; 1 Pe 1.8; Jo 21.15, 16). Assim como JESUS ama as almas, assim também o
cristão ama a CRISTO. O NT tem muita coisa a nos dizer acerca do amor de DEUS
pelos homens.
(i) O amor é da própria natureza de DEUS. DEUS é amor
(1 Jo 4.7,8; 2 Co 13.11).
(ii) O amor de DEUS é universal. Não foi apenas uma
nação escolhida, foi o mundo inteiro que DEUS amou (Jo 3.16).
(iii) O amor de DEUS é sacrificial. A prova do Seu amor
é que deu Seu Filho em prol dos homens (1 Jo 4.9, 10; Jo 3.16). A garantia do
amor de JESUS é que Ele nos amou e Se deu por nós (Gl 2,20; Ef 5.2; Ap 1.5).
(iv) O amor de DEUS é amor misericordioso (Ef 2.4). Não
é ditatorial, não é possessivo de modo dominante; é o amor ansioso do coração
misericordioso.
(v) O amor de DEUS salva e santifica (2 Ts 2.13). Salva
da situação do passado e capacita o homem a enfrentar as condições do futuro.
(vi) O amor de DEUS é um amor fortalecedor. Nele e
através dele o homem torna-se mais que vencedor (Rm 8.37). Não é o amor
abrandador e ultra protetor que torna o homem fraco; é o amor que produz
heróis.
(vii) O amor de DEUS é um amor que galardoa (Tg 1.12;
2.5). Nesta vida, ele é algo precioso, e suas promessas são ainda maiores para
a vida futura.
(viii) O amor de DEUS é um amor que disciplina (Hb
12.6). O amor de DEUS é o amor que sabe que a disciplina é uma parte essencial
do amor. O NT tem muita coisa a dizer acerca de como deve ser o amor do homem
por DEUS.
(i) Deve ser um amor exclusivo (Mt 6.24; cf. Lc 16.13).
Há lugar para uma só lealdade na vida cristã.
(ii) É um amor que está alicerçado na gratidão (Lc
7.42, 47). Os dons do amor de DEUS exigem em troca a totalidade do amor dos
nossos corações.
(iii) É um amor obediente. Repetidas vezes o NT
preconiza que a única maneira de podermos comprovar que amamos a DEUS é
oferecendo-Lhe nossa obediência incondicional (Jo 14.15, 21, 23, 24; 13.35;
15.10;
1 Jo 2.5; 5.2, 3; 2 Jo 6). A obediência é a prova final
do amor.
(iv) É um amor comunicativo. O fato de amarmos a DEUS é
comprovado ao amarmos e ajudarmos nosso próximo (1 Jo 4.12, 20; 3.14; 2.10). A
falta em ajudarmos os homens comprova que nosso amor por DEUS é falso (1 Jo
3.17). A obediência a DEUS e a ajuda amorosa prestada aos homens são duas
coisas que comprovam o nosso amor.
Vejamos, agora, outras características deste amor
cristão.
(i) O amor é sincero (Rm 1.29; 2 Co 6.6; 8.8; 1 Pe
1.22). Não tem segundas intenções; não é interesseiro. Não é uma gentileza
superficial que serve de máscara para a amargura interior. É o amor que ama com
os olhos e coração abertos.
(ii) O amor é inocente (Rm 13.10). O amor cristão nunca
prejudicou alguma pessoa. O falso amor pode ferir de duas maneiras. Pode levar
ao pecado. Burns disse acerca do homem que conheceu quando estava
aprendendo a cardar linho em Irvine: “Sua amizade me
causou prejuízo.” Ou pode ser super possessivo e superprotetor. O amor materno,
por exemplo, pode tornar-se sufocante.
(iii) O amor é generoso (2 Co 8.24). Há dois tipos de
amor - o amor que exige e o amor que dá. O amor cristão é o amor que dá, porque
é uma cópia do amor de JESUS (Jo 13.34), e tem seu motivo principal no amor
generoso de DEUS (1 Jo 4.11).
(iv) O amor é prático (Hb 6.10; 1 Jo 3.18. Não é
meramente um sentimento bondoso, não se limita aos melhores votos piedosos; e
amor que resulta em ação.
(v) O amor é longânime (Ef 4.2). O amor cristão resiste
as coisas que tão facilmente transformam o amor em ódio.
(vi) O amor traz o aperfeiçoamento da vida cristã (Rm
13.10; Cl 3.14; 1 Tm 1.5; 6.11; 1 Jo 4.12). Não há nada mais sublime neste
mundo do que amar. A grande tarefa de qualquer igreja não é primeiramente
aperfeiçoar suas construções, ou sua liturgia, música ou paramentos. Sua grande
tarefa é aperfeiçoar o seu amor. Finalmente, o NT preconiza que há certas
maneiras segundo as quais o amor pode ser mal orientado.
(i) O amor pelo mundo é mal orientado (1 Jo 2.15).
Porque Demas amou o mundo, abandonou a Paulo (2 Tm 4.10). O homem pode amar o
tempo a ponto de se esquecer da eternidade. O homem pode amar as
recompensas deste mundo e se esquecer dos galardões
ulteriores. O homem pode amar o mundo de tal maneira que aceita os padrões
mundanos e abandona os de CRISTO.
(ii) O amor ao prestígio pessoal e mal orientado. Os
escribas e os fariseus amavam os assentos principais nas sinagogas e os
louvores dos homens (Lc 11.43; Jo 12.43). A pergunta do homem não deve ser: “O
que os homens pensam sobre isso?” , mas: “O que DEUS pensa sobre isso?”
(iii) O amor pelas trevas e o medo da luz são as
consequências inevitáveis do pecado (Jo 3.19). Assim que o homem peca, já tem
algo para esconder; então passa a amar as trevas. Mas as trevas podem ocultá-lo
dos homens não de DEUS. E assim, finalmente podemos dizer que o amor cristão se
manifesta quando CRISTO é novamente encarnado através de uma pessoa que se
entregou totalmente a Ele.
AMOR - Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009,
Em várias versões o substantivo utilizado é,
frequentemente, “caridade״ (q.v.). O principal
verbo hebraico para amor é ’aheb (aprox. 225 vezes no AT), embora ocorram 18
outras palavras de significado semelhante (menos de 30 ocorrências no total). A
tradução usual da LXX de ’ aheb é agapao (195 vezes). As palavras gregas clássicas
para amor variavam. (1) erao, eros, “desejo sexual, desejo passional״ (um substantivo na LXX
por duas vezes; nunca utilizada como verbo; o mesmo ocorre no NT); (2) phileo,
philia, “afeição por amigos ou parentes” (um substantivo na LXX por oito vezes;
como verbo, 26 vezes; como substantivo no NT, uma vez; como verbo, 25 vezes);
(3) philadelphia, “amor dos irmãos” (não na LXX; seis vezes no NT); (4)
philanthropia, "amor pela humanidade” (uma vez na LXX; duas vezes no NT);
(5) stergo, storge, “afeição, amor familiar" (não consta na LXX nem no NT,
mas veja astorgos, Rm 1.31; 2 Tm 3.3; philostorgos, Rm 12.10); (6) agapao,
Ágape (Lê-se Ágapi), agapetos (como substantivo na LXX 20 vezes; como verbo,
cerca de 250 vezes; mais de 100 vezes como substantivo no NT: como verbo, cerca
de 140 vezes; como adjetivo, mais de 60 vezes).
Na LXX parece haver pouca diferença entre as idéias
traduzidas por phileo e agapao, ambas sendo usadas para traduzir a idéia de
amor por alimentos, por prazer, por uma mulher e pelo sono. Eros (de onde vem o
nosso adjetivo “erótico”), embora espiritualizado por Platão, não aparece no
NT. Tanto as palavras hebraicas como gregas dizem respeito ao sentimento de
desejo e são pessoais em natureza.
A comparação dos usos do AT (’aheb-agapao) e do NT
(agapao) mostra quão diversos são os objetos do amor; por exemplo. (1) marido-
mulher (Gn 24.67; Ef 5.25), (2) o próximo (Lv 19.18; Mt 5.43; 19.19), (3)
dinheiro (Ec 5.9; 2 Pe 2.15), (4) um amigo (1 Sm 20.17 - Davi e Jônatas; Jo
11.5 - JESUS-Marta), (5) uma cidade (Sl 78.68; Ap 20.9).
Os usos teológicos em ambas as alianças dizem respeito
ao amor de (1) DEUS ao homem, (2) do homem a DEUS, e (3) do homem para com os
seus semelhantes.
1. A representação do AT do amor de DEUS ao
homem é vista em sua preocupação com todos os homens (Dt 33.3), mas
especialmente na escolha de Israel (seu amor eletivo, ’ahaba, Dt 7.7,8; 10.15;
Is 63.9; Os 11.1; Ml 1.2), e seu voto de aliança constantemente renovado para
com eles (seu amor contido em sua aliança, hesed, “misericórdia”, Dt 7.9; 1 Rs
8.23; Ne 9.32; “benignidade, Is 54.5-10; veja Benignidade). Este amor garante a
Israel a proteção e a redenção de DEUS (Is 43.25; 63.9; Dt 23.5) e é estendido
a cada um individualmente (Pv 3.12; Sl 41.12).
O NT reitera o amor que DEUS tem por todas as criaturas
(Mt 5.45), mas enfatiza a manifestação em particular de si mesmo em CRISTO e no
Calvário (Jo 3.16; Rm 5.8; 8.31-39), eventos que mostram a vida eterna para o
crente. DEUS é revelado como amoroso porque Ele próprio é amor (1 Jo 4.8,16). O
amor é a sua própria essência; o amor é outro termo juntamente com “luz” (1 Jo
1.5) que descreve a qualidade moral de seu ser. Veja DEUS.
2. O amor do homem a DEUS no AT é a resposta
completa do homem (Dt 6.5,”de todo o coração”) ao DEUS misericordioso de Israel
(Dt 6.5- 9; Êx 20.1-17; Sl 18.1; 116.1). O amor a DEUS é expresso, de forma
ética, especialmente ao se guardar a lei e o temor a Ele (Êx 20.6; Dt 5.10;
10.12; Is 56.1-6). Este conceito de resposta total é repetido pelo Senhor JESUS
no NT (Mc 12.29,30; veja também Mt 6.24; 10.37-39; Lc 9.57-62; 14.26,27). No
entanto, a resposta é dirigida a um novo conjunto de eventos - a encarnação (Jo
4.10,19,25-29,39-42), a cruz (Rm 6.3-11; Gl 2.20; 5.24; 6.14), a ressurreição
(Fp 3.10-11; Cl 3.1,2), e a segunda vinda (2 Tm 4.8). A equação de amor e
obediência também é repetida (Jo 14.15,21; 1 Jo 4.21-5.3). O amor não é um mero
sentimento, mas uma entrega pessoal e voluntária que conduz à submissão.
3. O amor do homem para com os seus semelhantes no
AT é baseado no amor anterior de DEUS, e é exigido especialmente em relação ao
próximo (Lv 19.18) e aos estrangeiros vivendo em Israel (Dt 10.19; Lv 19.34).
Até mesmo o inimigo deve ser tratado com bondade (Êx 23.4,5; Pv 25.21). O
Senhor JESUS apresentou o amor que deve existir entre os seres humanos (o seu
principal uso no NT) como o segundo mandamento (Mt 22.39), o sinal infalível do
discipulado (Jo 13.34,35), de filiação (1 Jo 4.7), e de nova vida (1 Jo 3.14).
Ele deve ser expresso através de atitudes e obras (1 Jo 3.17,18). Ele é
enfatizado pela unidade do corpo (Ef 4.1-4; Rm 12.16; Fp 1.27; 2.1,2; 4.2) e é
evidenciado pela atrocidade do pecado de dissensão (Gl 5.19-21; 1 Co 1.10- 13;
3.3-8; 11.18-22). O Senhor JESUS ensinou que o amor deve incluir os inimigos
(Mt 5.44), assim como Paulo ensinou que o amor prático deve incluir todos os
homens (Gl 6.10). Esse amor, que deve ser diferenciado da afeição erótica e
romântica, é a contraparte lógica do amor Divino em relação ao homem (1 Jo
4.11), e sem ele a reivindicação de amar a DEUS é vista como inconsistente (1
Jo 4.20- 21). Ele também é visto como o efeito do ESPÍRITO SANTO derramado em
nossos corações (Rm 5.5; cf. Gl 5.22), Ele é uma imitação consciente do amor de
DEUS, até mesmo por aqueles que fazem o mal (Mt 5.43-45; Jo 13.34; 15.12; Rm
15.7). O dever do cristão de retribuir o mal com o bem ao invés de retaliar (Rm
12.17-21) deve provavelmente ser considerado uma cooperação com o plano de DEUS
para levar o homem ao arrependimento (Rm 2.4; 12.20-21). Este conceito de amor
(Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)) criativo é tão central que pode ser
considerado uma ética cristã distinta.
A maior definição de amor Ágape (Lê-se Ágapi) nos
relacionamentos humanos já escrita é a do apóstolo Paulo no hino de 1 Coríntios
13. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com
leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus
interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas
folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (w. 4-8a,
F. F, Bruce, The Letters of Paul, an Expanded Translation, Grand Rapids.
Eerdmans, 1965,p. 107). Resumindo, o amor é a comunhão entre as pessoas,
baseado em atos de auto sacrifício. Tal amor é a bondade voluntária e
deliberada, estendo-se até mesmo aos inimigos por quem não se tem qualquer
afeto pessoal.
Veja Amigo, Amizade; Bondade; Benignidade;
Misericórdia.
Bibliografia. Edwin M. Good,
“Love in the Old Testament”, IDB, III, 164-168. George Johnston, "Love in
the New Testament”, IDB, III, 168-178. C. S. Lewis, The Four Loves, Nova York,
Harcourt, Brace & World, 1960.
Anders Nygren, Ágape and Eros,
trad. por Philip S. Watson, Filadélfia. Westminster, 1953. Gottfried Quell e
Ethelbert Stauffer, “Agapao etc.”, TDNT, I, 21-55. Norman H. Snaith, The
Distinctive Ideas of the Old Testament, Londres. Epworth Press, 1944, pp. 94-142.J. W. R.
AMAR - Dicionario Vine Antigo e Novo Testamento
אהב
’ahab ou אהב
’aheb - אהבה
’ahabah
A- Verbo.
'ãhab (אהב) ou ’ãheb (אהב):
“amar, gostar”. Este verbo aparece no moabita e no ugarítico. Ocorre em todos
os períodos do hebraico e ao redor de 250 vezes na Bíblia.
Basicamente, este verbo é equivalente a “amar” no
sentido de ter um forte afeto emocional e desejo ou de possuir ou de estar na
presença do objeto. Primeiro, a palavra se refere ao amor que um homem tem por
uma mulher e uma mulher por um homem. Tal amor está arraigado no desejo sexual,
embora, por geralmente, o desejo esteja dentro dos limites das relações
legítimas: ‘Έ Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca,
e foi-lhe por mulher, e amou-a” (Gn 24.67). Esta palavra se refere a um amor
erótico, mas legítimo, fora do casamento. Tal emoção pode ser um desejo de se
casar e cuidar do objeto desse amor, como no caso do amor de Siquém por Diná
(Gn 34.3). Em raras ocasiões 'ãhab (ou ’ãheb) significa não mais que pura
luxúria — um desejo desregrado de ter relações sexuais com seu objeto (cf. 2 Sm
13.1). O casamento pode ser consumado sem a presença de amor por um dos
parceiros (Gn 29.30).
Raramente ’ãhab (ou ’ãheb) diz respeito a fazer amor
(isto é representado pelo termo yãda\ “conhecer". ou por sãkab.
“deitar-se”). Não obstante, a palavra parece ter este significado adicional em
1 Rs 11.1: "E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além da
filha de Faraó” (cf. Jr 2.25). Oséias parece usar esta acepção quando escreve
que DEUS lhe disse: "Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e
adúltera" 1 Os 3.1). Este é o significado predominante do verbo quando
aparece no radical causativo (como particípio ·. Em todas as ocasiões, menos
uma (Zc 13.6), ãhab (ou 'ãheb> significa aquele com quem a pessoa fez ou
quis fazer amor: "Sobe ao Líbano, e clama, e levanta a uma voz em Basã. e
clama desde Abarim, porque estão quebrantados os teus namorados" (Jr
22.20: cf. Ez 16.331.
O termo 'ãhab (ou 'ãheb) também é usado para aludir ao
amor entre pais e filhos. Em sua primeira ocorrência bíblica, a palavra retrata
o afeto especial de Abraão por seu filho Isaque: ‘Έ disse: Toma agora o teu
filho, O teu único filho, Isaque, a quem amas" (Gn 22.2). A palavra ’ãhab
(ou ’ãheb) pode se referir ao amor familiar experimentado por uma nora por sua
sogra (Rt 4.15). Este tipo de amor também é representado pela palavra rãham.
Às vezes, 'ãhab (ou ,ãheb) descreve um forte afeto
especial que um escravo tem por seu senhor sob cujo domínio ele deseja
permanecer: “Mas, se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e
a minha mulher, e a meus filhos, não quero sair forro” (Êx 21.5). Talvez aqui
haja uma implicação de amor familiar; ele “ama" seu senhor como um filho
“ama" seu pai (cf. Dt 15.16). Esta ênfase pode estar em 1 Sm 16.21, onde
lemos que Saul '"amou muito” Davi. Israel veio a “amar” e admirar
profundamente Davi, de forma que eles observavam todos os seus movimentos com
admiração (1 Sm 18.16).
Uso especial desta palavra diz respeito a um afeto
especialmente íntimo entre amigos: “A alma de Jônatas se ligou com a alma de
Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma” (1 Sm 18.1). Em Lv 19.18:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Lv 19.34; Dt 10.19), ’ãhab (ou
’ãheb) significa este tipo fraterno ou amigável de amor. Além disso, a palavra
sugere que o indivíduo busca se relacionar com seu irmão e todas as pessoas de
acordo com o que está especificado na estrutura da lei que DEUS deu a Israel.
Este devia ser o estado normal das relações entre os homens.
Este verbo é usado politicamente para descrevei־
a lealdade de um vassalo ou subordinado ao seu senhor. Hirão. rei de Tiro,
“amou” Davi no sentido de que este lhe era completamente leal (1 Rs 5.1).
O forte afeto e desejo emocional sugeridos por 'ãhab
(ou ’ãheb) também podem ser estabelecidos em objetos, circunstâncias, ações com
relações.
B- Substantivo.
’ahabãh (אהבה): “amor”.
Esta palavra aparece por cerca de 55 vezes e representa vários tipos de “amor”.
A primeira ocorrência bíblica de 'ahabãh está em Gn 29.20, onde a palavra trata
do “amor” entre homem e mulher como conceito geral. Em Os 3.1, a palavra é
usada para aludir ao “amor” como atividade sexual. Em 1 Sm 18.3. ’ahabãh quer
dizer “amor” entre amigos: Έ Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o
amava como à sua própria alma”. A palavra se refere ao “amor” de Salomão em 1
Rs 11.2 e ao “amor” de DEUS em Dt 7.8.
C- Particípio.
’ãhab (אהב): “amigo”.
Esta palavra usada como particípio pode significar “amigo”: “Os amigos dos
ricos são muitos” (Pv 14.20).
AMOR - A Epístola aos Gálatas - Germano Soares
Encabeçando a lista está ágapê1 que aparece sempre
ao final dos catálogos de virtudes e manifesta deste modo como princípio e
fundamento de todas as demais virtudes. Este amor foi derramado em nossos
corações com o ESPÍRITO SANTO e se manifesta na fé enquanto amor
“meu”. Ele dirige-se a DEUS (Rm 8.28; 1 Co 2.9), a CRISTO e ao próximo
(Rm 13.8,10; G1 5.13,14 etc). O amor de CRISTO JESUS está dentro dos
nossos corações, tendo sido derramado pelo ESPÍRITO SANTO que atua como
força vital divina que funde todos os carismas, é invariável e permanente.
AMOR - Comentário Bíblico Wesleyano
Na moral como na ordem natural, não há nenhum
substituto para a fruta. Obras não pode realizar muito para a produção de
uma árvore ou de seus frutos. "Só DEUS pode fazer uma árvore."
Mas o que não pode ser produzido no reino da obra humana é perfeitamente
possível e natural no ESPÍRITO. O fruto do ESPÍRITO é descrito em nove
termos que cobrem a faixa de valores éticos e espirituais que fazem para o
cumprimento tanto do indivíduo e da sociedade empresarial e que agradam a DEUS. À
medida que as obras da carne indicam claramente inadequação do ato e atitude
para o Reino de DEUS, essas graças manifestar a presença e poder do ESPÍRITO
SANTO na vida e revelam que um já é uma parte do Reino. Esta é a herança
dos filhos de promessa pela fé.
O fruto do ESPÍRITO é enumerada em três grupos de três
cada, que apresentam algum grau de ordem. Os três primeiros compreendem
hábitos cristãos da mente em seu aspecto geral. O amor , é claro, é a
fundação. Como a expressão de santidade, esta é a qualidade que descreve a
natureza de DEUS. "Ele está derramado em nossos corações pelo
ESPÍRITO SANTO que foi dado a" (Rom. 5: 5 ). Ele é iluminado boa
vontade. É o alcance de um coração e vida que são renovadas pela graça e
restaurado à imagem de DEUS. O maior de todos os mandamentos (Marcos
12:30 , 31 ) não é uma conquista de longo trabalho e
luta. Ela brota quase despercebida como fruto do trabalho interior do
ESPÍRITO de DEUS no coração do homem.
AMOR - BEP - CPAD
“Caridade” (gr. Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)),
i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em
troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
AMOR - Dicionário Bíblia Almeida - CPAD
Amor - Sentimento de apreciação por alguém,
acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20.17). No relacionamento
CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8.6). DEUS é
amor (1Jo 4.8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fidelidade
(Jr 31.3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7.7-8). CRISTO é a maior
expressão e prova do amor de DEUS pela humanidade (Jo 3.16). O ESPÍRITO SANTO
derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5.5). O amor é a mais elevada
qualidade cristã (1Co 13.13), devendo nortear todas as relações da vida com o
próximo e com DEUS (Mt 22.37-39). Esse amor envolve consagração a DEUS (Jo
14.15) e confiança total nele (1Jo 4.17), incluindo compaixão pelos inimigos
(Mt 5.43-48; 1Jo 4.20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5.2; 1Jo
3.16).
AMOR - Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia
Discussão Preliminar
Tradução do termo hebraico aheb, palavra de larga
conotação. Outros vocábulos também eram usados no Antigo Testamento, com
sentidos variegados, associados a amor, desejo, amante etc. No N.T., temos
O círculo do amor de DEUS não tinha início, e não terá
fim. O amor de DEUS inspirou e garantiu a execução da missão tridimensional do
Logos. Ele ministrou e ministra na terra, no hades e nos céus para ser tudo
para todos,
afinal — .
O amor de DEUS é real universalmente,
— não meramente potencial - O amor de DEUS será
absolutamente efetivo,
afinal — .
Limites de pedra não podem conter o amor. E o que o
amor pode fazer, isso o amor ousa fazer.
(William Shakespeare)
O oposto de injustiça não é justiça — é amor
Agape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi) (agapao), comum na
Septuaginta, e phileo, sinônimo de agapao. Agapao aparece por 142 vezes no Novo
Testamento; Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi), por 116 vezes, e phileo por 25
vezes. Agapao tem todo o alcance possível de significado que a nossa palavra
amor exibe; e mediante o uso dessa palavra, não se pode estabelecer a diferença
entre o amor divino e o amor humano, em contraste com phileo. A suposta
diferença entre essas duas palavras torna-se nula quando simplesmente tomamos
um léxico e lemos as referências onde figuram os dois termos. Ver o artigo
sobre Ágape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi), como ilustração desse fato, e quanto a
outras informações. A mudança de uma para outra palavra, em João 21, é simples
questão estilística, não envolvendo qualquer sentido oculto. Eros, com
frequência usada para indicar o amor apaixonado e sexual, não se encontra no
Novo Testamento. Também pode ser usado para indicar o amor nobre e espiritual,
embora envolvendo, em muitos casos pelo menos, um sentido menos nobre do que
aqueles achados no caso de agapao ephileo. Nas Escrituras, o amor aparece tanto
como um atributo de DEUS como uma virtude humana moral, pelo que o assunto do
amor pertence tanto à teologia quanto à ética. O amor é fundamental à
verdadeira religião e à filosofia moral, e de fato, até na maior parte das
filosofias pessimistas, como na de Schopenhauer, onde é encarado favoravelmente
sob o título de simpatia. O amor é uma parte importante e mesmo dominante da fé
judaico-cristã, básica ao evangelho. (Ver João 3; 16). Ê um elemento essencial
em todo o relacionamento humano. Portanto, tanto mais atônitos ficamos em face
do fato de que quase todos os credos denominacionais evangélicos deixam-no
totalmente de lado, ao alistarem seus itens de crença (ver o artigo sobre
Credos). Paulo declara que o amor é a maior de todas as graças cristãs (ver I
Cor. 13:13, onde aparece a exposição do NTI, quanto a muitos dos atributos e
características do amor). Nós escritos de Paulo, também é o solo de onde brotam
todas as outras virtudes (ver Gál. 5:22,23). Trata-se da marca distintiva de
que alguém é filho de DEUS (ver Mat. 5:44 ss.). É um pré-requisito absoluto
para que alguém seja uma pessoa espiritual, um bom cidadão, um bom vizinho, um
bom marido, esposa ou pai, ou qualquer outra coisa, que envolva boas qualidades
divinas ou humanas.
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LIÇÃO 13 - AMOR, A VIRTUDE SUPREMA
- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ldc-amoravirtudesuprema.htm
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE
DE 2009
1Coríntios - Os Problemas da Igreja e Suas Soluções
Comentários do Pr. Antônio Gilberto
TEXTO ÁUREO
"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor
de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi
dado" (Rm 5.5).
VERDADE PRÁTICA
O amor de DEUS em nós não é um dom, mas o fruto do
ESPÍRITO expresso na vida do verdadeiro cristão.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 13.1-8,13.
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos
anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine. 2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios
e toda a ciência, e ainda; que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria. 3 E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me
aproveitaria. 4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a
caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, 5 não se porta com
indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6
não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. 8 A caridade nunca falha; mas, havendo profecias,
serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a
caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.
1Co 13:1-13 - (Bíblia de Estudo Pentecostal BEP )
13.1 E NÃO TIVESSE CARIDADE. O cap. 13 é uma
continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui,
que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv. 1-3). O
"caminho ainda mais excelente" (1Co 12.31) é o exercício de dons
espirituais com amor (vv. 4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons
espirituais podem cumprir o propósito de DEUS, deve ser o princípio
predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo exortar os
coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais"
(1Co 14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as coisas do ESPÍRITO,
para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e abençoar o próximo neste
mundo.
13.2 NADA SERIA. Há pessoas afeitas às práticas
religiosas sem qualquer aprovação de DEUS. É até possível que nem sejam
crentes. Por exemplo, pessoas, que falam em línguas, profetizam, têm
conhecimento ou realizam grandes obras da fé, sem, contudo terem amor, nem a
justiça de CRISTO. Esses, "nada" são aos olhos de DEUS. Diante de
DEUS, a sua espiritualidade e profissão de fé são vãs (v.1); esses não têm
lugar no Reino de DEUS (cf. 1Co 6.9,10). Não somente lhes falta a plenitude do
ESPÍRITO, como também não têm a sua presença habitando neles. As manifestações
espirituais que ocorrem neles não provêm de DEUS, mas doutro espírito (ver At
8.21; 1 Jo 4.1). O essencial na autêntica fé cristã é o amor segundo uma ética
que não prejudique o próximo e que persevere na lealdade a CRISTO e à sua
Palavra (ver também v. 13)
13.4-7 A CARIDADE. Essa seção descreve o amor divino
através de nós como atividade e comportamento, e não apenas como sentimento ou
motivação interior. Os vários aspectos do amor, neste trecho, caracterizam DEUS
Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO. Sendo assim, todo crente deve esforçar-se para
crescer nesse tipo de amor.
13.8 LÍNGUAS, CESSARÃO. Os dons espirituais, como
profecia, línguas e ciência terminarão no fim da presente era. A ocasião em que
eles cessarão é descrita assim: "quando vier o que é perfeito" (v.
10), ou seja, no fim da presente era, quando, então, o conhecimento e o caráter
do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de
CRISTO (v. 12; 1Co 1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do ESPÍRITO e dos
seus dons na congregação. Não há nenhuma evidência aqui, nem em qualquer outro
trecho das Escrituras, de que a manifestação do ESPÍRITO SANTO através dos seus
dons cessaria no fim da era apostólica.
13.13 A MAIOR... É A CARIDADE. Este capítulo deixa
claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do
ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca
o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v.
5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na
retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes
feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles
que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que
se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de DEUS
derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do
que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).
Palavra-Chave: Amor - É a revelação da natureza e
do poder de DEUS em nossas vidas.
Oração
Meu DEUS, meu PAI, me ensina a amar como o Senhor ama
(Mesmo sabendo que não conseguirei, lhe peço assim mesmo).
Meu DEUS, meu PAI, ajuda-me a amar meu semelhante como
a mim mesmo (Mesmo sabendo que não conseguirei, lhe peço assim mesmo).
Meu DEUS, meu PAI, me ensina e me ajude a pelo menos me
esforçar por amar como o Senhor ama.
Como nunca atingiremos o perfeito amor, como é o desejo
de DEUS para nós, então o que é perfeito só será visto, sentido e vivido no céu
após o arrebatamento. Isso não quer dizer que não vamos continuar tentando
crescer no amor de DEUS tanto para com ELE mesmo, como para com nossos irmãos e
outras pessoas também, enquanto por aqui estivermos.
Aqui os dons são importantes demonstrações do poder e
cuidado de DEUS para com a humanidade e não devem ser desprezados, são armas de
conversão e de edificação, portanto, indispensáveis enquanto aqui vivermos,
mas, no céu não teremos mais necessidade dos dons, lá só o amor prevalecerá.
O único ser humano que conseguiu amar como DEUS foi
JESUS, que nasceu sem a semente do pecado, venceu o pecado em todas as suas
formas e ELE mesmo É DEUS.
Jo 21.17- Disse-lhe terceira vez: “Simão, filho de
Jonas, amas-me?” Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez:
“Amas-me”? E disse-lhe: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”.
JESUS Disse-lhe: “apascenta as minhas ovelhas”.
Pedro
traiu a JESUS por três vezes
(Jo.:18.17-27) e depois se autoexcluiu da Comunhão do Senhor, Voltando
ao ofício antigo (Lc 5.4; Jo 21.3), mas o mestre o havia chamado para ser
pescador de homens (Lc 5.10).
Para restaurá-lo o senhor não usou de acusações ou
repreensões e nem lhe perguntou se estava arrependido e também
não pediu-lhe que não mais o negasse, buscou em Pedro o que ele tinha
de mais precioso, a sinceridade e honestidade procurando infundir-lhe o
verdadeiro amor (1 Co 13); na verdade o que mais interessa para JESUS é nosso
coração (Mt 22.36-40; Sl 119.11; Sl 147.3; Pv 23.26). Existe, no diálogo
entre JESUS e Pedro, dois tipos de amor: o amor AGAPEO (amor profundo e não
interesseiro, amor de DEUS) e o amor PHILEO (amor com denotação de gostar, amor
entre pais e filhos); portanto vamos reproduzir o diálogo de maneira mais
clara:
“Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes”? Ele respondeu:
“Sim, senhor, tu sabes eu gosto de ti”. Ele disse: “Apascenta os meus
cordeiros”. A segunda vez perguntou-lhe JESUS: “Simão, filho de Jonas,
amas-me?” Ele respondeu: “Sim, senhor tu sabes que gosto de ti”. Ele disse:
“pastoreia as minhas ovelhas”. Terceira vez perguntou-lhe JESUS: “Simão, filho
de Jonas, gostas de mim”? Pedro entristeceu-se, por JESUS lhe ter
perguntado pela terceira vez: “Gostas de mim?” E disse-lhe: Senhor, tu sabes
tudo; tu sabes que gosto de ti”. Disse-lhe JESUS: Apascenta as minhas ovelhas”.
JESUS
pergunta se Pedro o ama com amor profundo por duas vezes e ele responde que
ainda não está pronto, pois o seu amor ainda é muito pequeno; a terceira
pergunta vem como uma chicotada pois JESUS lhe pergunta, com suas próprias
palavras se ele o ama mesmo com esse amor pequeno, mas sincero e Pedro agora é
restaurado porque depois de negar ao seu mestre por três vezes, agora o
confessa por três vezes. (1Pe 5.2-4). Esse é o DEUS de misericórdia, amor e
perdão, que nos aceita mesmo com esse amor fraco e muito aquém do que deseja.
Jo 3.16- “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que
deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna”.
O
amor de DEUS é declarado aqui como algo incomensurável e tão grandioso que o
autor, João não conseguiu encontrar em seu vocabulário uma expressão que o
revelasse, deixando essa revelação para o ESPÍRITO de DEUS que testifica com
nosso espírito que somos filhos de DEUS. Seu amor é tão grande, que ELE nos deu
seu filho unigênito JESUS CRISTO, para morrer por nós na cruz, a fim
de nos salvar.
O maior ser que existe (DEUS, o criador de todas as
coisas).
O maior sentimento que existe (amor, DEUS sente por
nós).
A maior quantidade de pessoas que existe (o mundo).
O maior cemitério que existe (a alma que pecar esta
morrerá).
A maior dádiva que alguém pode oferecer (o filho
unigênito).
O maior motivo de todos (a salvação, o perdão, a
reconciliação).
O maior sacrifício de todos (morte na cruz, ELE fez).
A maior tragédia que existe (morte física, da alma e
espiritual).
A maior fé que existe (é dom de DEUS).
A maior confissão que existe (Rm 10.9, Mt 10.32, você
precisa fazer).
A maior e melhor vida que existe (A vida eterna, você a
terá se confessar a JESUS como senhor e salvador, Jo 5.24).
O Fruto Do ESPÍRITO - Amor: o Fruto Excelente
"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a
caridade é de DEUS; e qualquer que ama é nascido de DEUS e conhece a
DEUS." (1Jo 4.7)
O amor é a essência de todas as virtudes morais de
CRISTO originadas pelo ESPÍRITO SANTO, e implantadas no crente
Cl 3.14 O Amor é o vínculo da perfeição
1 Pedro 4.8 Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns
para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados,
João 13.34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis
uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos
ameis.
Romanos 13.8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o
amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a
lei.
1Jo 4.7 O Amor confirma a filiação divina
4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um
aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento
(2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver.
Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por
eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento
de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas
suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor,
por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o
demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua
natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos
experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o
próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS
continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
1Co 13.13 O Amor é a essência das virtudes cristãs
13.13 A MAIOR... É A CARIDADE. Este capítulo deixa
claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do
ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca
o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v.
5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na
retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes
feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles
que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que
se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de DEUS
derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do
que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).
Rm 12.9 O Amor combate a hipocrisia
Hb 1.9 AMASTE A JUSTIÇA E ABORRECESTE A INIQÜIDADE. Não
basta o crente amar a justiça; ele deve, também, aborrecer o mal. Vemos esse
fato claramente na devoção de CRISTO à justiça (Is 11.5) e, na sua aversão à
iniqüidade; na sua vida, no seu ministério e na sua morte (ver Jo 3.19; 11.33).
(1) A fidelidade de CRISTO ao seu Pai, enquanto Ele estava na terra, conforme
Ele demonstrou pelo seu amor à justiça e sua aversão à iniqüidade, é a base
para DEUS ungir o seu Filho (v. 9). Da mesma maneira, a unção do cristão virá
somente à medida que ele se identificar com a atitude do seu Mestre para com a
justiça e a iniqüidade (Sl 45.7). (2) O amor do crente à justiça e seu ódio ao
mal crescerá por dois meios: (a) crescimento em sincero amor e compaixão por
aqueles, cujas vidas estão sendo
destruídas pelo pecado, e (b) por uma sempre crescente união com o nosso DEUS e
Salvador, do qual está dito: "O temor do SENHOR é aborrecer o mal?? (ver
Pv 8.13; Sl 94.16; 97.10; Am 5.15; Rm 12.9; 1 Jo 2.15; Ap 2.6).
Rm 5.5 O Amor é resultado da ação do ESPÍRITO SANTO no
crente
5.5 O AMOR DE DEUS... EM NOSSO CORAÇÃO. Os cristãos
experimentam o amor de DEUS nos seus corações, pelo ESPÍRITO SANTO;
especialmente em tempos de aflição. O verbo "derramar" está no tempo
pretérito perfeito contínuo, significando que o ESPÍRITO continua a fazer o
amor transbordar em nossos corações. É essa experiência sempre presente do amor
de DEUS, que nos sustenta na tribulação (v. 3) e nos assegura que nossa
esperança da glória futura não é ilusória (vv. 4,5). A volta de CRISTO para nos
buscar é certa (cf. 8.17; Jo 14.3)
1Jo 4.16 DEUS é a fonte e a causa do Amor
1 João 4.8 Aquele que não ama não conhece a DEUS,
porque DEUS é caridade.
12 Ninguém jamais viu a DEUS; se nós amamos uns aos
outros, DEUS está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade.
1 João 3.24 E aquele que guarda os seus mandamentos
nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo ESPÍRITO
que nos tem dado.
João 13.34-35 = 34"Um novo
mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros. 35 Com isso todos saberão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a amar
de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros
da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. (1) Isso significa que o
crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de
fé é falsa, observando a sua obediência a JESUS CRISTO e sua lealdade às
Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9). (2) Isso significa
que quem possui uma fé viva em JESUS CRISTO e é leal à Palavra inspirada e
inerrante de DEUS, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito
modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em CRISTO e
merece meu amor, consideração e apoio especiais. (3) Amar a todos os cristãos
verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa
transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de
diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união
denominacional. (4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de
DEUS. É essencial que o amor a DEUS e à sua vontade, conforme revelados na sua
Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a DEUS deve sempre
ocupar o primeiro lugar em nossa vida (ver Mt 22.37,39).
13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr.
ágape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de CRISTO (1 Jo 3.23;
4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem
do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser
caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a
promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas
provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se
a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1
Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
Lucas 6.27-35 = 27 "Mas eu digo a vocês
que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28
abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém
lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa,
não o impeça de tirar-lhe a túnica. 30 Dê a todo aquele que lhe pedir, e se
alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês
querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. 32 "Que mérito
vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os 'pecadores' amam aos que os
amam. 33 E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com
vocês? Até os 'pecadores' agem assim. 34 E que mérito terão, se emprestarem a
pessoas de quem esperam devolução? Até os 'pecadores' emprestam a 'pecadores',
esperando receber devolução integral. 35 Amem, porém, os seus inimigos,
façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então,
a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque
ele é bondoso para com os ingratos e maus.
6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nós versículos 27-42,
JESUS nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova
aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui. (1)
Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por
eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna.
Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a DEUS e ao
seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los
a CRISTO e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts
5.15; 1 Pe 3.9). (2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes
enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando
necessário for, pela honra de DEUS, pelo bem ou segurança do próximo, ou
proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a
iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).
DINÂMICA: Eu
utilizo uma rosa fechada, quase botão. Chamo a rosa de qualidade do Fruto do
ESPÍRITO - AMOR. Tudo começa pelo amor e sem este nada mais poderá se
desenvolver. Depois vou abrindo cada pétala que sai do amor de DEUS, e vou
nomeando cada pétala, como qualidades ou resultados deste amor.
***Para ensinar sobre o Fruto do ESPÍRITO utilizo uma
laranja com nove gomos, se não achar com nove abro-a em gomos e depois de
contar nove gomos retiro os gomos que estão sobrando e dou para algum aluno
chupar. Chamo a laranja de Fruto do ESPÍRITO e os gomos de qualidades do Fruto.
Depois digo aos alunos que se cada um aproveitar de cada gomo como o aluno
chupou aquele gomo que você lhe deu, será perfeito discípulo de CRISTO. Se o
aluno não chupar de algum gomo ficará com deficiência em seu caráter cristão,
se chupar um mais do que o outro também ficará com deficiência , o importante é
que durante nossa peregrinação por aqui (na Terra), estejamos todo o tempo,
chupando a laranja o mais possível, afinal, vitamina "C" é
ótimo!!!!!! "C" de Caráter e "C" de CRISTO. Aproveitemos
todos os gomos o máximo que pudermos!!!!
PARTE I - Os 4 Tipos De Amor:
Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a
tradução da palavra grega 'Agape (Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)'. Este é amor que
flui diretamente de DEUS. 'O amor de DEUS está derramado em nossos corações
pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado'(Rm 5.5). É um amor de tamanha
profundidade que levou DEUS a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos
pecados (Jo 3.16). É o amor de JESUS por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele
deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3.16;
15.2-13). É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos
esposos, parentes, amigos, esposas etc. Mas, somente pelo ESPÍRITO SANTO, você
é capaz de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem
e perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.
1- O Amor Divino:
O amor é a essência da natureza de DEUS.
DEUS age sempre , em tudo, com Amor e conosco não é
diferente, DEUS nos ama de uma tal forma que foi capaz de nos dar o que ELE
tinha de maior valor para que reconhecêssemos esse imenso amor, seu único amado
Filho, JESUS CRISTO.
Ágape (Amor De DEUS, O Importante E Necessário, O
Principal)
DEUS ME AMA, e a prova que ele deu deste amor, foi
enviando o seu Filho para morrer por mim quando eu era ainda seu inimigo (Rm.
5.8-10). Estava morto espiritualmente, mas Ele bondosamente me deu vida.
Achava-me perdido, sem a menor chance de escapar da condenação eterna, porém,
Ele graciosamente me salvou. JESUS veio para me dar vida, e vida com abundância
Este é o Amor ágape cristão, sentimento que nos liga
mesmo aos que nos são indiferentes, mesmo aos nossos inimigos, e tem como
horizonte virtual a humanidade inteira.
2- O Amor Fraterno:
Phileo (Fraternal, De Irmãos, Necessário Mas Não O
Principal)
O amor ao próximo se demonstra com ações.
De que valeria a nosso semelhante um amor de
indicações?
Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que
soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que
deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também
que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres
desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então
romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua
justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então
clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se
tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se
abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas
trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.11 O Senhor te guiará
continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos;
serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.
3- O Amor Físico
Eros (Atração Física, Necessário Mas Não O
Principal)
4- O Amor Familiar
Storge (Afetivo, Amor Romântico, Necessário Mas Não O
Principal)
PARTE II - Amor a DEUS - A Dimensão Vertical
1- Amar a DEUS acima de tudo
EU AMO A DEUS, devo toda a minha vida a Ele, e a Ele
entrego-me com alegria para o seu serviço. Dedicar-me-ei a este curso,
participando com empenho e com prazer, esforçando-me para aprender, de maneira
que eu possa crescer espiritualmente, fortalecendo-me na graça e no
conhecimento do meu Senhor, JESUS CRISTO.
2- O Exemplo de JESUS
À esta altura percebemos que o “amor ao próximo”,
conforme apresentado na primeira epístola de João, embora não negue um peculiar
caráter “opcional”, ultrapassa a dimensão da escolha racional para tornar-se,
principalmente, um resultado da graça divina. Sua fonte transfere-se da alma
(antropologia hebraica) para o ser de DEUS. A adesão (sent. próprio do hebraico
'ahabh), segundo esta teologia joanina, não é uma mera filiação partidária ou
paixão por uma causa (coisa que os “do mundo” também podem ter); ela é, antes,
uma aliança ou pacto com o próprio DEUS. É aderir não a algo, mas a alguém. A
partir deste ponto, podemos interpretar João com os olhos de Agostinho que entendia o Ágape joanino como
sendo uma pessoa. Aliás, note-se que, desde o evangelho e o Apocalipse, é comum
para João personificar em DEUS, os títulos que lhe atribuímos. E assim como o
Logos e a Luz procederam do Pai, encarnando-se na figura histórica de JESUS
CRISTO, do mesmo modo o Amor manifestado entre os homens (4:9) é outra
“figuração personificada” para falar do mistério da encarnação. Portanto, o
dizer que o Amor procede de DEUS (h agaph ek tou qeou estin[ 4:7]) é uma
explícita referência à procedência de CRISTO do Pai (para tou Patera[João 6:46;
7:29; 8:14; 8:42; 11:27, 16:28]) e quando se diz “DEUS é amor”(o
Qeos agaph estin) paralelamente se deve lembrar do dito “e o Verbo era
DEUS” (kai Qeos hn o logos).
O amor/ágape é, enfim, o Filho de DEUS vindo ao mundo e
o “permanecer” neste amor equivale a “andar como ele andou” (amando ao próximo,
cumprindo a justiça, obedecendo à lei) e confessar o que ele é de fato (1:6 e
4:2). Fazendo isto, trazemos para o presente uma encarnação salvadora fazendo
com que ela deixe de ser mero evento de um longínquo passado com o qual não
temos relação.
3- O Teste do
Amor ágape
Como sabermos se amamos com o amor de DEUS?
Se somos capazes de amar como DEUS ama, então sentimos
este amor fluir de cada um de nós.
Jo 3.16 "Porque DEUS tanto amou o mundo que deu o
seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna.
Somos capazes de amar a ponto de darmos tudo o que
temos de mais precioso, por amor aos outros?
Rm 5.8 Mas DEUS demonstra seu amor por nós: CRISTO
morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Veja que DEUS não nos amou porque éramos bons; somos
capazes de amar aos pecadores e por eles darmos nossas vidas?
Mt 5.44 Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem
por aqueles que os perseguem,
Somos capazes de amar nossos inimigos e orar por eles?
Jo 13.35 A marca distintiva do crente
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se
vos amardes uns aos outros.
CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. Ágape
(Lê-se Ágapi) (Lê-se Ágapi)) deve ser a marca distintiva dos seguidores de
CRISTO (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e
sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o
relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude
dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos
outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar
ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para
promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22;
2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
PARTE III - Amor Ao Próximo - A Dimensão Horizontal
A questão do relacionamento humano, se torna ajustada,
encaminhada e equilibrada quando há o diferencial DEUS, que nos tornou, pela
salvação em CRISTO JESUS, seus filhos, e criou a família de fé na qual somos
irmãos que devem aprender a se amar. Afinal, "Aquele que odeia a seu irmão
está nas trevas, e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas
lhe cegaram os olhos" e, "Nisto são manifestos os filhos de DEUS, e
os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de DEUS, nem aquele que
não ama a seu irmão" (1Jo 2.11; 3.10).Entendamos: para o Antigo
Testamento, para a cultura hebreia, o próximo, o semelhante era o igual. Os
termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13). Amar o próximo tinha como
contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico 26.8:
"A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor,
despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós
perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de
vós". JESUS e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao
próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios",
disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33).
"Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação",
enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação,
"Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a DEUS a quem
não viu?" (1Jo 4.20b).
4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um
aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento
(2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver.
Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por
eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento
de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas
suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor,
por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o
demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da
sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que
temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o
próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS
continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
PARTE IV - Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior
1- O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós
É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina.
Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que
só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em
lugar algum da mente humana, e então o ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como
sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas
as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:
“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).
“...a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e
a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).
As coisas que DEUS deseja fazer por nós ainda nem
sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.
“...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam” (I
Coríntios 2:9).
Elas são reveladas pelo ESPÍRITO em nós!
“...DEUS no-lo revelou pelo ESPÍRITO...”
Se aquilo que DEUS preparou para nós ainda “nem
penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?
“Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão
o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de DEUS, ninguém
as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Coríntios 2:11).
Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento.
Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar,
a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode
ser a sua fonte de felicidade e paz!
Os que se apoiam nos braços da carne cavam poços que
não aguentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um
conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.
“Não sabeis que sois santuário de DEUS e que o ESPÍRITO
de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).
“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...”
(Gal. 5:22).
“é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia
que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus
11:6).
“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados
com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o
resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).
Você está pronto para receber essa verdade e agir
baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar,
para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão; para lhe
vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a entender
todas as coisas que DEUS graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer alegria,
amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que foi
prometido a um filho de DEUS; para lhe recompensar por sua diligência; para lhe
assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar
de repouso suave e de verdade.
2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma
O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o efeito
"Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando
conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que
anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.
3- Relação entre as três dimensões do amor ágape
Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades do
amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor.
Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força
vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as
decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à
justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria
moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo,
não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em
relação à ágape.
O fruto do ESPÍRITO é como uma linda flor que se abre
com uma chave chamada AMOR; é só a partir do Amor que conhecemos as outras
qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos
a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.
PARTE V - CARACTERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS NO
CRENTE
1. É sofredor. 2. É benigno. 3. Não é
invejoso. 4. Não é leviano. 5. Não é soberbo. 6. Não é indecente. 7.
Não é interesseiro. 8. Não se irrita. 9. Não suspeita mal. 10. Não se regozija
com a injustiça. 11. Regozija-se com a verdade. 12. Tudo sofre, crê, espera,
suporta. Para conhecer o amor de DEUS, primeiramente necessitamos saber
como é o amor do homem. Segundo a Bíblia o amor do homem é frio (Mt 24:12),
carnal (Gn 6:1-2), dobre, ou seja, passageiro (Os 6:4), deturpado pelos
mundanos e adúlteros (Pv 7:18) e busca seus interesses (Sl 116:1).
O amor de DEUS é muito diferente do amor do homem,
veja:
Como é o amor de DEUS?
Incondicional: Jo 13:1; Inseparável: nada
pode nos separar dele. Rm 8:35-39; Inexprimível: palavras não podem
expressá-lo. Ef 3:19; Extremamente grandioso: Jo 3:16; Cobre a multidão de
pecados: I Pe 4:8; Renova o amor dos cristãos: Sf 3:17; Faz com que o
cristão obedeça a DEUS através do constrangimento: II Co 5:14; Traz
consolo a vida do crente: II Ts 2:16; Disciplinador: nos corrige como
um pai ao filho. Hb 12:6; Repleto de bênçãos: II Tm 4:8;
Manifestação do amor de DEUS
O ESPÍRITO SANTO: Rm 5:5; Através de sua
misericórdia: Ef 2:4-7; A nossa obediência traz a manifestação do amor de
DEUS: I Jo 2:5; Jo 14:21.
Provas do amor de DEUS
A morte de JESUS CRISTO pela humanidade
pecadora: Rm 5:8; Jo 3:16; I JO 3:16; Jo 15:13-14; Libertação do jugo
deste mundo: Dt 7:8; Vida no ESPÍRITO SANTO: Ef 2:4-5.
Características do verdadeiro amor
Não pratica o mal, é santo: Rm 13:10; Edifica uma
vida: I Co 8:1b; Suporta tudo: II Co 2:4; Ef 4:2b; É o fim da fé - a
fé opera por ele: Gl 5:6; É perfeito, resplandece a glória de
DEUS: Cl 3:14; Não tem medo: I Jo 4:18; Se gasta pelo
próximo: II Co 12:15; Traz obras: I Jo 3:18; Imparcial: Dt
10:19; É sincero e verdadeiro: Rm 12:9; Forte como a morte: Ct 8:6-7.
DEUS, pelo seu grande amor que nos amou espera que venhamos a correspondê-lo. O
amor só pode ser correspondido por obras, veja o que DEUS espera que você faça
para manifestar o seu amor a ele
Atitudes que DEUS espera do que o ama
Permaneça no seu amor: Jo 15:9; Obedeça a
DEUS: Dt 10:12; Jo 14:15; Guarde o amor: Os 12:6; Andar no exemplo do
amor abnegado (desvinculado) de CRISTO: Ef 5:1-2 ; Que o cristão siga o
amor e ande nele: I Co 14:1; Ef 5:2; Seja constante no amor: Hb 13:1;
Sirva o próximo por amor: Gl 5:13; Que todas suas obras sejam feitas com
amor: I Co 16:14; Deteste o mal: Sl 97:10; Rejeite a Satanás e seus
caminhos: Mt 6:24; Estimule os outros a amar: Hb 10:24; Que manifeste
seu amor: Pv 27:5, Que declare seu amor a ele: Sl 18:1 Perca sua vida
por amor de CRISTO: Mt 12:24-26; Gl 2:20;
Ordens de DEUS sobre o amor
Amar o próximo ardentemente de coração: I Pe 1:22;
Jo 15:17; Amá-lo com tudo que possuímos: Dt 6:5; Amar os ímpios: Dt
10:19; Mt 5:44. DEUS, como bom galardoador que é, não deixará nem um de seus
filhos sem a devida correspondência, assim como ao pecador é dada uma punição,
ao obediente é dado um galardão. Veja o que a Bíblia Sagrada promete para
aqueles que amam o seu próximo.
Bênçãos prometidas para quem ama
CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO, habita ricamente
nesta vida: Ef 3:17; Jo 14:26; Jo 16:27; Traz crescimento espiritual em
CRISTO JESUS: Ef 4:15; Ef 6:24; Permanece ligado a CRISTO: I Jo 4:16;
Traz a guarda do Senhor sobre nós: Sl 145:20; Repreensão por amor: Pv
3:12; Perdão de pecados: Is 38:17; Traz o amor de DEUS sobre nós: Jo
16:27; Todas as coisas que acontecerem na vida do crente serão usadas para o
seu bem: Rm 8:28; Sua vida é conhecida por DEUS: I Co 8:3; A pessoa
que ama está na luz do Senhor: I Jo 2:10; Todo que ama é filho de
DEUS: I Jo 4:7; Libertação: Sl 91:14; Traz capacidade para perdoar o
próximo: Pv 10:12; Bênçãos inefáveis: que não se podem expressar. I Co
2:9.
Fontes do verdadeiro amor
De DEUS - o ESPÍRITO SANTO: Gl 5:22; II Tm 1:7; I
Ts 3:12; I Jo 4:7;
De um coração puro: I Tm 1:5;
De uma consciência boa: I Tm 1:5;
De uma fé cristã santa e verdadeira: I Tm 1:5;
Da misericórdia de DEUS: Tt 3:4-5;
Palavras de CRISTO sobre o amor
Ele é o princípio e a base de toda a lei de
DEUS: Mt 22:37-40; Lc 11:42. O verdadeiro amor consiste em conhecer o
poderoso nome do Senhor: Jo 17:26; Homens religiosos, carnais e que não
crêem em DEUS não podem ter o seu amor: Jo 5:37-47
Findaremos este estudo com alguns textos bíblicos que
falam sobre o amor.
"O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal,
apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede
fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;" Romanos 12:9-11.
Leituras complementares: Pv 15:17; Ct 1:2; Mt 5:43-48; Lc 10:25-37; Jo
21:15-23; Ap 12:11
Conclusão
Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema
abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a
mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância
dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunhar de nossa
fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque
somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei
para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos
porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.
kai o ean aitwmen lambanomen ap' autou, oti
tas entolas autou throumen kai ta aresta enwpion autou poioumen.
E aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos
os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável.
kai auth estin h entolh autou,
1 - ina pisteuswmen tw onomati tou uios autou
Ihsou Cristou
2 - kai agappwmen allhlous,
kaqws edwken entolhn hmin
kai o thrwn tas entolas autou en autou menei kai
autous en autw.
Ora, o mandamento é este:
1 - que creiamos em o nome de seu Filho JESUS CRISTO
2 - e que nos amemos uns aos outros, segundo o
mandamento que nos ordenou.
E aquele que guarda os seus mandamentos, permanece nele
e ele naquele.
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LIÇÃO 11 - O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-1cj-oamoradeuseaoproximo.htm
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º TRIMESTRE
DE 2009
1 João - Os Fundamentos Da Fé Cristã
Comentários do Pr. Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto
Palavra-Chave: Amor Ágape: amor abnegado,
profundo e constante, como o amor de DEUS pela humanidade.
"Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor, teu DEUS,
de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é
o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas" (Mt 22.37-40).
O mundo à nossa volta está promovendo o amor-próprio e
a autoestima. A autoestima é um aspecto popular da psicologia humanista, que é
baseada na crença de que todos nós nascemos bons e que a sociedade é a culpada.
Esse sistema coloca o homem como a medida de todas as coisas. A ênfase no ego é
exatamente o que começou no Jardim do Éden e se intensifica através dos ensinos
humanísticos do amor-próprio, da autoestima, da autorrealização e auto-etc.
Por não crerem em JESUS CRISTO, os humanistas seculares
têm o ego como o único centro de interesse do indivíduo. Assim podemos entender
por que aqueles que não conhecem a CRISTO desejam amar, estimar e satisfazer o
ego, pois é a única coisa que têm. E qual é a desculpa da Igreja?
Com o progresso da influência e da popularização da
psicologia, a ênfase em DEUS foi deslocada para o ego por uma grande parte da
igreja professa. De formas muito sutis, o ego vai tomando o primeiro lugar e,
assim, a atitude de ser escravo de CRISTO é substituída pela de se fazer o que
agrada e que seja para sua própria conveniência. O amor aos outros só é
praticado se for conveniente.
Com toda esta ênfase no ego, é natural que os cristãos
perguntem se é correto amar a si mesmo. Como JESUS responderia? Embora não seja
ardilosa como as dos escribas e fariseus, a questão requer uma resposta
"sim" ou "não". O "sim" leva facilmente a toda
espécie de preocupação consigo mesmo. E o "não" conduz a um possível:
"Bem, então devemos nos odiar?" Nem sempre JESUS respondia como
esperavam seus ouvintes. Em vez disso, Ele usava a pergunta como oportunidade
de lhes ensinar uma verdade. Sua ênfase sempre era o amor de DEUS e o nosso
amor a Ele e aos outros.
Linguisticamente, em toda a Bíblia, o
termo agapao é sempre dirigido aos outros, nunca a mim mesmo. O
conceito de amor-próprio não é o tema do Grande Mandamento, mas apenas um
qualificativo. Quando JESUS ordena amar a DEUS "de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua
força" (Mc 12.30), Ele enfatiza a natureza abrangente desse
amor agapao (amor-atitude, que vai além da capacidade do homem
natural, sendo possível exclusivamente pela graça divina). Se Ele usasse as mesmas
palavras para o amor ao próximo, estaria encorajando-nos à idolatria. Contudo,
para o grau de intensidade de amor que devemos ao próximo, Ele usou as palavras
"como a ti mesmo".
JESUS não nos ordenou a amar a nós mesmos. Ele não
disse que havia três mandamentos (amar a DEUS, ao próximo e a nós mesmos). Ele
apenas afirmou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas" (Mt 22.40). O amor-próprio já está implícito aqui – ele é
um fato – não uma ordem. Nenhum ensino nas Escrituras diz que alguém já não ama
a si mesmo. Paulo afirma: "Porque ninguém jamais odiou a própria
carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também CRISTO o faz com a
igreja" (Ef 5.29). Os cristãos não são admoestados a amar ou a odiar
a si mesmos. Amor-próprio, ódio-próprio (que é simplesmente uma outra forma de
amor-próprio ou preocupação consigo mesmo), e autodepreciação (possivelmente
uma desculpa para culpar a DEUS por não conceder ao ego maiores vantagens
pessoais), são atitudes centradas no eu. Os que se queixam da falta de
amor-próprio geralmente estão insatisfeitos com seus sentimentos, habilidades,
circunstâncias, etc. Se realmente odiassem a si mesmos, eles estariam alegres
por serem miseráveis. Todo ser humano ama a si mesmo.
Em toda a Escritura, e particularmente dentro do
contexto de Mateus 22, a ordem é dirigir aos outros todo o amor que o indivíduo
tem por si. Não nos é ordenado que amemos a nós mesmos. Já o fazemos
naturalmente. O mandamento é que amemos os outros como já amamos a
nós mesmos. A história do Bom Samaritano, que segue o mandamento de amar o
próximo, não só ilustra quem é o próximo, mas qual é o significado da
palavra amor. Nesse contexto, amor significa ir além das conveniências a
fim de realizar aquilo que se julga ser melhor para o próximo. A idéia é que
devemos procurar o bem dos outros do mesmo modo como procuramos o bem (ou
aquilo que podemos até erradamente pensar que seja o melhor) para nós mesmos –
exatamente com a mesma naturalidade com que tendemos a cuidar de nosso
bem-estar.
Outra passagem paralela com a mesma idéia de amar os
outros como já amamos a nós mesmos é Lucas 6.31-35, que começa com as
palavras: "Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós
também a eles." Evidentemente JESUS supunha que Seus ouvintes
quisessem ser tratados com justiça, amabilidade e misericórdia. Em outras
palavras, queriam ser tratados com amor e não com indiferença ou animosidade.
Para esclarecer esta forma de amor em contraste com a dos pecadores, JESUS
prosseguiu: "Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa?
Porque até os pecadores amam aos que os amam... Amai, porém, os vossos
inimigos..."
O amor que JESUS enfatiza é o demonstrado por atos, do
tipo altruísta e não o que espera recompensas. Dada a naturalidade com que as
pessoas satisfazem suas próprias necessidades e desejos, JESUS desviou-lhes o
foco da atenção para além delas mesmas.
Essa espécie de amor pelos outros procede primeiro do
amor de DEUS, e somente depois de respondermos sinceramente ao amor dEle (de
todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento). Não
conseguiremos praticá-lo a não ser que O conheçamos através de Seu Filho. As
Escrituras dizem: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1
Jo 4.19). Não podemos realmente amar (o amor-ação, agapao) a DEUS sem
primeiro conhecermos o Seu amor através da graça; e não podemos verdadeiramente
amar o próximo como a nós mesmos, sem primeiramente amarmos a DEUS. A posição
bíblica correta para o cristão não é a de encorajar, justificar ou mesmo
estabelecer o amor-próprio, e sim a de dedicar sua vida por amor a DEUS e ao
próximo como [já ama] a si mesmo.
(adaptado de um artigo de PsychoHeresy Update).
Ajuda extra (Segundo Semestre de 2000 - Revista
CPAD - Comentarista Elinaldo Renovato de Lima)
INTRODUÇÃO
Até hoje, ninguém foi capaz de definir o que é amor.
Poetas, escritores e dramaturgos, sempre tentaram esboçar uma definição de
amor, mas nunca conseguiram. Por que isto? Certamente, porque o amor, em sua
expressão perfeita e absoluta, é o próprio DEUS (1 Jo 4.8). Podemos dizer que o
amor é a “pedra de toque” do cristão genuíno. O verdadeiro discípulo de JESUS é
identificado pelo amor. Nesta lição, abordaremos alguns aspectos importantes
desse tema.
I. AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
1. O primeiro mandamento: amar a DEUS (v.30). Um
escriba aproximou-se de JESUS e perguntou-lhe qual seria o “primeiro de todos
os mandamentos” (Mc 12.28). O Mestre, serenamente, respondeu, citando Dt 6.5,
que diz: “Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu poder”.
a) “De todo o teu coração”. No Antigo Testamento, DEUS
disse: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Era um preceito, uma
determinação legal. Nosso Senhor JESUS CRISTO, tomou esse preceito e o
transportou para a esfera do amor. O Senhor não admitia nem admite que o crente
tenha outro DEUS além dEle, em seu coração. Não se pode servir a DEUS com
coração dividido. O amor a Ele devotado deve ser total, incondicional e
exclusivo, verdadeiro e santo. É condição indispensável, inclusive, para poder
encontrar a DEUS: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o
vosso coração (Jr 29.13).
b) “De toda a tua alma”. A alma é a sede da emoções,
dos sentimentos. Podemos dizer que é o centro da personalidade humana. O amor a
DEUS deve preencher todas as emoções e sentimentos do cristão. Maria disse: “A
minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). O salmista adorou: “Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus
benefícios” (Sl 103.1,2).
c) “De todo o teu entendimento”. Isso fala de
compreensão, de conhecimento. Aquele que ama a DEUS de verdade, tem consciência
plena desse amor, sendo, por isso, grato ao Senhor. É o culto racional (Rm
12.1b).
d) “De todas as tuas forças”. Certamente, o Senhor
JESUS referia-se aos esforços espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes,
até físico, voltados para a adoração a DEUS.
2. O segundo mandamento – amar ao próximo
(v.31). JESUS, complementando a resposta ao escriba, acrescentou que o
segundo mandamento, semelhante ao primeiro, é: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo”, concluindo que “Não há outro mandamento maior do que este”. Os judeus,
a exemplo dos orientais em geral, não valorizavam muito o amor ao próximo. O
evangelho de CRISTO trouxe nova dimensão ao amor às pessoas. Paulo enfatiza
isso, dizendo : “porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8b); “O amor não
faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10).
II. CARACTERÍSTICA DO VERDADEIRO DISCÍPULO
JESUS, dirigindo-se aos discípulos, de modo paternal,
disse: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco... Um novo mandamento vos
dou”:
1. “Que vos ameis uns aos outros” (v.34). O
discípulo de JESUS tem o dever de amar ao próximo, ou seja, a qualquer pessoa,
independentemente de ter afinidade, amizade, ou não (Mc 12.31). Esse é um amor
devido, que faz parte das obrigações dos que servem a CRISTO. Contudo, o Senhor
quer que amemos uns aos outros, como discípulos dEle, não apenas para cumprir
um mandamento, mas por afeto, de modo carinhoso, mesmo. Paulo absorveu esse
entendimento, e o retrata nas seguintes palavras: “Portanto, se há algum conforto
em CRISTO, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no ESPÍRITO, se
alguns entranháveis afetos e compaixões” (Fp 2.1). Com isso, ele enfatiza o
amor que consola, e os “entranháveis afetos e compaixões”. Esse é o amor que
deve haver entre os crentes, de coração, e não só por obrigação. Nada justifica
o crente aborrecer a seu irmão. Isso é perigoso. Pode levar à condenação (vide
1 Jo 3.15).
2. “Como eu vos amei a vós” (v.34). O padrão do
amor cristão é o exemplo de CRISTO. É o amor ágape, que tem origem em DEUS, o
qual nos amou de modo tão grande (1 Jo 3.1). CRISTO demonstrou seu amor para
conosco, de modo sacrificial. “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua
vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 Jo 3.16). Isto mostra
que JESUS nos amou de verdade, de modo sublime. Por isso, precisamos expressar
o amor pelos irmãos, não de modo teórico, porém prático: “Meus filhinhos, não
amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.18). A
prática do amor deve começar em casa, entre marido e mulher, pais e filhos e,
na igreja, entre pastores e fiéis, membros do Corpo de CRISTO.
3. “Nisto conhecerão que sois meus discípulos”
(v.35). Aqui, encontramos o padrão do verdadeiro discípulo de JESUS:
“...se vos amardes uns aos outros”. Este “se” é o grande desafio ao verdadeiro
discipulado. É importante que haja discípulos que façam outros discípulos.
Contudo, mais importante é que os cristãos amem uns aos outros, pois, assim,
demonstram serem discípulos de CRISTO, em condições de obedecer ao evangelho e,
desse modo, viverem aquilo que pregam. Notemos que o Mestre não indicou outra
característica pelos quais seus seguidores seriam conhecidos de todos. Não
sabemos o impacto total dessas solenes palavras de JESUS entre os seus
discípulos, mas Pedro mudou de idéia rapidamente (ver Jo 13.36-38).
III. O AMOR CRISTÃO GENUÍNO
1. “Amai a vossos inimigos” (v.44). No Antigo
Testamento, a norma era aborrecer o inimigo e amar apenas ao próximo, de
preferência o amigo. JESUS contrariou toda aquela maneira de pensar e mandou
que os cristãos amassem os próprios inimigos. Ao proferir essas palavras,
certamente, os olhos dos ouvintes se arregalaram, causando-lhes grande impacto
em suas mentes.
2. “Bendizei o que vos maldizem” (v.44). Sem
dúvida alguma, os que ouviam o sermão olharam uns para os outros, indagando:
“Que ensino é esse? Isso contraria tudo o que nos foi ensinado até agora!”.
Podemos ver, na Bíblia, homens piedosos, como Davi, expressar até ódio aos seus
inimigos: “Não aborreço eu, ó SENHOR, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo
por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo;
tenho-os por inimigos” (Sl 139.22).
3. “Fazei bem aos que vos odeiam” (v.44). O
espanto deve ter sido completo entre todos que ouviam o Mestre pregar. Na Lei
de Moisés, a ordem era “olho por olho e dente por dente” (Mt 5.38). JESUS mudou
todo esse ensino e disse: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas,
se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”, mandando que
os seus seguidores façam bem aos que os odeiam! Se para os judeus, isso era
terrível, não o é menos difícil para os crentes, hoje. Só um crente com “abundante
graça” (At 4.33) e sob o controle do ESPÍRITO SANTO (1 Pe 4.13,14) aceita e
vive um ensino e uma prática como essa.
4. “Orai pelos que vos maltratam” (v.44). JESUS
não disse em que termos se deve orar pelos que nos maltratam e nos perseguem.
Mas, no contexto em análise, não deve ser com vingança e ódio. Certamente,
devemos orar para que DEUS mude seus pensamentos, as circunstâncias, e os
salve, assim os nossos desafetos passem a agir de modo diferente.
5. “Para que sejais filhos do Pai que estás nos céus”
(v.45). Aqui está todo o escopo do ensino de JESUS sobre o amor cristão.
Não é amar por amar. Não é ingenuidade. É amor consequente, que tem um objetivo
sublime a ser alcançado. Todo esse amor deve ser praticado, “para que sejais
filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus
e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. Essa parte do sermão é
concluída com a pergunta: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis?
Não fazem os publicanos também o mesmo?” (v.46).
CONCLUSÃO
Os ensinos de JESUS sobre o amor contrariam toda a
lógica ou referencial humano a respeito do assunto. No Antigo Testamento, o
comum era amar o amigo e aborrecer, e até odiar o inimigo. JESUS determina que
o verdadeiro cristão deve amar o seu inimigo, orar por ele e abençoá-lo.
É a superioridade da ética evangélica. Uma coisa é
certa: muitos que se dizem cristãos não terão condições de ir ao encontro de
JESUS, na sua vinda, pelo fato de aborrecerem a seu irmão (ler 1 Jo 3.15). Que
DEUS nos ajude a cumprir a doutrina cristã do amor.
Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema
abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a
mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância
dada aos demais mandamentos da lei de DEUS deverá testemunhar de nossa
fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é CRISTO JESUS. Não amamos porque
somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei
para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos
porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.
RESUMO DA REVISTA DA CPAD - 3º Trimestre de 2009
LIÇÃO 11 - O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
INTRODUÇÃO
Será que amo de fato a DEUS e ao próximo? Como tenho
demonstrado este amor?
I. O AMOR DIVINO
1. DEUS é amor.
2. A manifestação do amor de DEUS.
CRISTO é a materialização do amor divino.
II. O AMOR COMO IDENTIDADE DO CRISTÃO
1. O dever de amar a todos.
2. A identidade cristã. "
3. DEUS nos capacita a amar.
III. O AMOR E A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
Evidências daqueles que são filhos de DEUS e, portanto,
são salvos.
1. O amor ao próximo (vv.12,13).
2. A confissão de JESUS como Filho de DEUS (v.15).
3. A confiança no amor de DEUS (vv.16-18).
CONCLUSÃO
Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode
amar a DEUS, a quem não viu?"
Mateus 22.34-40; 24.10,12.
- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-tt-afaltadeamor.htm
Mateus 22.34-40
34 E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os
saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. 35 E um deles, doutor da lei,
interrogou-o para o experimentar, dizendo: 36 Mestre, qual é o grande
mandamento da lei? 37 E JESUS disse-lhe: Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o
primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o
teu próximo como a ti mesmo. 40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e
os profetas.
Mateus 24.10,12.
10 Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e
trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. 11 E surgirão
muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a
iniqüidade, o amor de muitos se esfriará.
Tipos de amor
Há o amor de DEUS (João 3:16), o qual é a fonte de todo
outro amor, até mesmo aquele manifestado pelos incrédulos. O ESPÍRITO de DEUS,
atuando no mundo, impede-o de transformar-se em floresta completa, porquanto
propaga ao redor o seu amor, e muitas pessoas fazem o que fazem por motivos
puramente altruístas.
Há o amor de CRISTO pelo homem, o qual é uma extensão
do amor de DEUS; e, em sua essência, é a mesma coisa. (Ver II Cor. 5:14 sobre
esse amor, que nos constrange a atitudes que expressam o cristianismo).
Há o amor do indivíduo por si mesmo, num afeto
inteiramente egoísta, pois só se preocupa consigo mesmo.
Há o amor de um homem por outro ser humano. Quando
alguém ama outrem, deseja para o próximo o que deseja para si mesmo, ou
transfere o cuidado por si mesmo para outra pessoa, desejando o seu bem-estar,
tal como deseja o seu próprio bem-estar. Pode-se imaginar quase qualquer homem
a amar um filho ou filha predileta. Por causa de seus cuidados por seu filho,
ele fará sacrifícios e procurará protegê-lo. Pensará em como suprir às suas
necessidades, e desejará a felicidade de seu filho. Em outras palavras, fará em
prol de outra pessoa (sem importar quão mau seja, quanto a outras questões)
aquilo que faria por si mesmo. O amor-próprio é fácil; não é muito difícil a
transferência desse amor pelo menos a uma outra pessoa. Mas aqueles que amam
verdadeiramente são os que descobriram como transferir o amor-próprio para
muitos pessoas. Aqueles que assim fazem são a isso impelidos pelo ESPÍRITO de
DEUS, sem importar se são ou não discípulos de CRISTO, no sentido tradicional.
Há o amor dirigido a CRISTO, o Filho de DEUS, ou então
a DEUS Pai, o que se verifica quando amamos aos nossos semelhantes. (Mat.25:35
e ss ).
Há o amor do homem a CRISTO ou a DEUS Pai, diretamente
expresso. Essa modalidade de amor requer um senso altamente desenvolvido, e
normalmente se expressa por meios místicos, mediante a ascensão da alma, que
passa a contemplar a DEUS. Certamente essa foi a forma de amor que o escritor
sagrado tinha em mente, em João 4:7-21, embora o contexto contemple muitos
resultados «diários» e «práticos» da mesma, como o evangelismo dos perdidos, a
vida santa, a lealdade a CRISTO e as ações de caridade em favor do próximo.
Quantas pessoas hoje em dia, quando pregam, somente
atacam várias formas de males, como o mundanismo, o modernismo, o comunismo,
embora suas mensagens reflitam pouquíssimo do amor conquistador de CRISTO.
Tornaram-se polemistas profissionais, mas pouco ou nada sabem do amor
construtivo. Perderam a visão do CRISTO, em meio à batalha.
Há um caminho melhor do que esse. É o caminho do amor.
O amor à semelhança da morte, transforma a tudo quanto toca. Os homens são
atraídos pelo amor. As coisas semelhantes se atraem mutuamente. Os homens amam
quando são amados. E odeiam quando são odiados.
O Amor de DEUS pelo mundo, a base do Evangelho
Este mundo não é o mundo dos eleitos — mas sim, de
todos os indivíduos do mundo, de todas as épocas, sem exceção alguma.
DEUS, sendo um ser inteligente, tem consciência da
existência deste mundo e ama a todos os homens que nele habitam. De alguma
maneira, posto que indefinida, exceto conforme entendemos as pessoas, DEUS
possui qualidades emocionais. O seu amor é a mais alta forma de amor, a mais
pura, ao ponto de ser chamado de amor, conforme lemos no trecho de I João 4:8.
Esse princípio de amor, que faz com que DEUS tenha o destino perfeito do homem,
a sua felicidade e a sua utilidade perfeita e cumprimento da existência, sempre
perante os seus olhos, e que é a força central motivadora de todas as suas
ações para com os homens, também é compartilhado pelo homem, para ser exercido
em direção aos seus semelhantes. A passagem de I João 4:16 expressa essa idéia,
como também o faz o Sermão do Monte (Mat. 5:7 e 22:38,39). Esse amor de DEUS
pelos homens deve ser recíproco — dos homens por DEUS, e, em seguida, por todos
os homens. O amor, por conseguinte, é a força dinâmica de toda a criação, bem
como a origem de toda autêntica bondade, porquanto a lei inteira se alicerça no
amor, conforme também nos ensina o trecho de Mat. 22:40, declaração essa
confirmada por Paulo, em Rom. 13:9. A grandeza do amor de DEUS impeliu o
apóstolo Paulo a escrever o seu soneto imortal, o qual lemos no décimo terceiro
capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios; e nenhuma literatura superior
a essa, sobre a questão, foi jamais escrita. E ainda que esse apóstolo nada
mais houvesse deixado escrito, isso bastaria para assegurar-lhe o lugar de um
dos maiores autores do mundo.
O amor de DEUS pelo Filho e na Familia divina
O amor de DEUS Pai por DEUS Filho é mencionado e
enfatizado em João 10:17, 14:31,' 15:9, 17:23,24,26. Fica entendido que esse
amor é mútuo. João 14:21 destaca o amor mútuo no seio da família de DEUS. Este
evangelho apresenta o amor como um autêntico requisito para que a obediência
aceitável, além de ser um grande motivo para agirmos corretamente, diante de
DEUS.
DEUS é amor (I Jo. 4:8)
Implicações desta grande declaração:
Isso é o que ensinam as Escrituras. Essa é uma das
grandes afirmativas das Escrituras, que quase todas as crianças de Escola
Dominical conhecem. Certamente é uma das melhor conhecidas declarações da
primeira epístola de João. O amor, naturalmente, é um atributo de DEUS; mas
permeia a todas as coisas, de tal modo que é legítima a declaração que «DEUS é
amor». Por igual modo se diz que «DEUS é luz» (I João 1:5) e «DEUS é ESPÍRITO»
(João 4:24). Com idêntica propriedade poder-se-ia dizer que «DEUS é Justiça», «DEUS
é Bondade» e «DEUS é Verdade», ficando assim personificados e elevados os seus
atributos infinitos. Platão, ao descrever a realidade última, expressou-se
desse modo. Assim sendo, as «idéias» finais (formas espirituais finais,
copiadas e imitadas por tudo quanto existe no plano terrestre) seriam a
«Bondade», a «Beleza» e a «Justiça». Em última análise, DEUS é essas coisas; no
nível terrestre, vê-se apenas imitações das «idéias divinas», as quais
representam a realidade espiritual final. As Escrituras Sagradas, entretanto,
preferem dizer que «DEUS é Amor», porquanto todas as demais qualidades são
atributos baseados sobre o amor divino. Portanto, a «bondade» de DEUS se baseia
sobre o seu amor; ele expressa bondade porque ama. E a sua justiça, embora se mostre
severa em certas ocasiões, se baseia no amor; pois até mesmo os juízos de DEUS
são medidas pelas quais ele mostra ao homem o erro de seus distorcidos
caminhos, levando-o a pagar dívidas necessárias, levando-o a reconhecer a
verdade e a justiça. Além disso, o amor de DEUS se expressa através da
«beleza». O plano de DEUS, relativo à redenção humana, reveste-se de beleza
esplendorosa. É a beleza do evangelho .que atrai a ele mesmo tantas pessoas, e
não a sua lógica, as suas ameaças e as suas promessas.
DEUS, como amor, é contrastado com outras noções
religiosas, conforme se vê nos pontos abaixo:
Os antigos gregos imaginavam deuses tão imperfeitos
como eles mesmos, e em doses sobre-humanas. Seus deuses eram supremamente
invejosos, desprezíveis, destruidores, vingativos e odiosos. Estavam envolvidos
em todas as formas de «concupiscências», mas em doses sobre-humanas. Quão
impuro e destruidor era Zeus, com sua resmungadora esposa Hera, que sempre
procurava levá-lo a fazer algo que ele não queria fazer! Quão licencioso era
Zeus, embora ninguém pudesse chamá-lo à ordem! Em contraste com esse horrendo
quadro de Zeus destaca-se o DEUS do N.T. - caracterizado pela pureza, pelo
amor, pela bondade, pela justiça.
Além disso, Aristóteles fazia de DEUS um Impulsionador
Inabalável. Para ele a deidade seria pensamento puro, a contemplar-se a si
mesmo, porque nada haveria digno de contemplação fora dele. Ele não tinha amor
pelo universo, e, na realidade, nem tinha consciência dele, porquanto nem
merecia ser conhecido por ele não amaria ao seu universo, mas moveria todas as
coisas, sendo amado. O N.T., entretanto, nega tais conceitos. Antes, ali se
ensina que DEUS contempla seu universo e é levado a amá-lo; seu amor ativo faz
o mundo prosseguir.
Os gnósticos pensavam que DEUS seria um ser totalmente
transcendental. Ele tinha contato com seus universos somente através de uma
longa linhagem de sombrias emanações angelicais ou mediadores, como eram os
«aeons». DEUS seria elevado por demais para ter qualquer contato direto com
este mundo, ou mesmo para ao menos interessar-se pela sua criação. O «deísmo»
deles fazia de DEUS um ser intocável, inatingível para qualquer ser mortal.
Pontos de vista religiosos modernos, que exageram a
vontade divina ou seu senso de vingança, às expensas de seu amor, também
contradizem o quadro que o N.T. faz dele. Aqueles que crêem em «reprovação
ativa» e em amor limitado; DEUS amaria não ao mundo, mas exclusivamente aos
«eleitos», na realidade não acreditam que DEUS seja amor. Aqueles que veem
apenas retribuição e vingança no julgamento divino, ignorando passagens como o
primeiro capítulo da epístola aos Efésios e as passagens de I Ped. 3:18-20 e 4:6,
ou então pervertendo-as, na realidade não podem dizer que «DEUS é amor». Até
mesmo o juízo de DEUS é uma medida de seu amor, porque o juízo opera através do
amor. Primeiramente mostra ao homem o quanto «custa» o erro de seu caminho; em
seguida, mostra ao homem o próprio erro; e em seguida modifica a mente do homem
acerca de CRISTO, de tal modo que até aqueles «debaixo da terra» (ver Fil.
2:10, que fala sobre o «hades», lugar da prisão e do juízo de almas perdidas)
eventualmente virão a inclinar-se diante de «JESUS» (Salvador) e CRISTO, que é
o Senhor. DEUS dá a todos uma vida espiritual (ver I Ped. 4:6), embora não seja
o mesmo tipo de vida dos eleitos. Chegam a ter utilidade e propósito em CRISTO,
porquanto o mistério da vontade de DEUS é que, eventualmente, o CRISTO seja
«tudo para todos», conforme se aprende em Efé. 1:23. Os demais não chegarão a
compartilhar da própria natureza de DEUS (ver II Ped. 1:4), conforme sucederá
aos eleitos, mas acharão em CRISTO o propósito e alvo da existência; e o
próprio julgamento será um meio para ensinar-lhes essa lição. Assim, pois, o
«juízo» serve de aquilatarão do amor de DEUS, e não algo contrário ao mesmo. O
julgamento é um dedo na mão do amor de DEUS. Ver
O Amor é a Prova da Espiritualidade
Sabemos que o amor é a maior de todas as
virtudes cristãs, mais importante que a fé ou a
esperança (ver I Cor. 13:12).
Sabemos que o amor é o solo mesmo onde brotam e se
desenvolvem todas as demais virtudes espirituais (ver Gál. 5:22,23).
Porém, o que talvez nos surpreenda é que não terá
havido o novo nascimento, sob hipótese alguma, sem que o amor haja sido
implantado na alma. A alma egoísta não pode ser uma alma regenerada.
I João 4:7 declara — ousadamente — que o amor é produto
do próprio novo nascimento. DEUS é amor, e o amor vem da parte de DEUS. Aquele
que nasceu de DEUS recebeu o implante da natureza altruísta. Tal indivíduo
automaticamente amará a seu próximo, embora isso sempre deva ser fortalecido e
incrementado, conforme a alma se vai tornando mais espiritual.
Portanto, afirmamos que o amor é a prova mesma da
espiritualidade de uma pessoa. Trata-se da maior das virtudes espirituais, o
solo onde todas as outras virtudes têm de medrar. Assim sendo, realmente é de
estranhar que alguns pensem que o conflito e o ódio sejam a prova de sua
espiritualidade!
Fomos aceitos no «Amado» (ver Efé. 1:6), e assim, no
seio da família divina, existe uma comunhão de amor. Essa participação no
espírito de amor deve necessariamente caracterizar qualquer verdadeiro filho de
DEUS. Aquele que odeia pertence ao diabo.
Nossa espiritualidade imita DEUS, o Pai. DEUS é amor.
Ele é a origem de todo o pensamento e ação altruísta. Os filhos de DEUS serão
inspirados tanto por seu exemplo como através do cultivo do amor na alma, uma
realização do ESPÍRITO.
A prática da lei do amor é um dos meios de
desenvolvimento espiritual. De cada vez que fazemos o bem para alguma outra
pessoa, impelidos por motivos puros, o nível da nossa espiritualidade se eleva.
Outros meios de crescimento espiritual são o estudo dos livros sagrados, a
oração, a meditação, a santificação e o emprego dos dons espirituais, que nos
ajudam a cumprir nossas respectivas missões.
O Amor é a Cultivação, o Fruto do ESPÍRITO SANTO
Gál. 5:22, o amor é a primeira qualidade do fruto do
ESPÍRITO na alma e na vida de uma pessoa, e toma-se o solo no qual todos os
demais frutos crescem.
Como o produto supremo do ESPÍRITO, o amor torna-se a
força por detrás de todos os dons espirituais, sendo maior que qualquer um
deles, isoladamente ou em conjunto (ver I Cor. 13). Sem o amor nada somos.
DEUS nos confere o seu amor, pela operação do ESPÍRITO
na alma. O amor é uma planta tenra da qual o ESPÍRITO cuida. Se o amor estiver
ausente, então é que o ESPÍRITO não habita em nós.
O Amor como Altruísmo, comprimento da Lei
Capacidade de olvidar-se de si mesmo no serviço ao
próximo. Isso é amar a CRISTO, Mat. 25:31 e ss.
O amor não consiste em mera emoção. E uma qualidade da
alma, mediante a qual o indivíduo sente ser natural servir ao próximo, tal como
sempre quererá servir a si mesmo. Essa qualidade da alma é produzida pela
influência transformadora do ESPÍRITO, segundo se vê em Gál. 5:22.
— O amor consiste no interesse por nossos semelhantes
como aquele que temos naturalmente por nós mesmos. Trata-se de um altruísmo
puro, a negação do próprio «eu» visando o bem-estar alheio. Consiste em desejar
as vantagens e a prosperidade, física e espiritual, em favor dos outros, como
naturalmente anelamos para nós mesmos. Esse amor ao próximo é, ao mesmo tempo,
amor a CRISTO, conforme aprendemos no vigésimo quinto capítulo do evangelho de
Mateus (ver Mat. 25:31 e ss ). Poucas almas podem amar diretamente a DEUS, e
somente quando a alma já ascendeu o suficiente na direção de
DEUS é que esse amor pode ocorrer, na forma de
contemplação. Porém, parte dessa ascensão consiste no amor por aqueles para
quem DEUS outorgou a vida eterna. Assim sendo, é impossível amar a DEUS e odiar
a um ser humano. (Ver I João 4:7). Só ama verdadeiramente aquele que nasceu de
DEUS, porquanto o «amor cristão» é uma qualidade eminentemente espiritual. (Ver
I João 4:7). Outros- sim, aquele que não ama também não conhece a DEUS (ver I
João 4:8), porque DEUS é a própria essência do amor, sendo altruísmo puro. Por
semelhante modo, não amar é andar nas trevas (ver I João 2:11). O amor é o
caminho mais rápido de retomo ao Senhor DEUS, porquanto é a virtude moral
suprema que precisamos possuir a fim de compartilhar de sua imagem moral,
permitindo que todas as demais virtudes possam ser bem mais facilmente
adquiridas. Somente quando já somos possuidores da natureza moral divina é que
podemos possuir a natureza metafísica, que está destinada aos remidos, a saber,
a própria natureza de JESUS CRISTO, o Filho de DEUS. Somente então é que nos
tornamos verdadeiros filhos de DEUS, juntamente com o Filho de DEUS, dentro da
família divina, participantes da natureza divina. (Ver
Ped. 1.4).
«...segundo J.R. Seeley expressou o conceito, CRISTO
adicionou um novo hemisfério ao mundo moral». (Ecce Homo,págs. 201 e 202. Ver o
capítulo inteiro sobre a ‘Moralidade Positiva’). Paralelamente
à moralidade negativa, e acima dela, ele estabeleceu a moralidade
positiva. Alguém poderia guardar com perfeição os Dez Mandamentos e, no
entanto, estar longe de praticar o verdadeiro cristianismo. Para nós não
existem dez mandamentos, e, sim onze. O décimo primeiro consiste em: Amarás.
Nessa pequena palavra, amor, no dizer de CRISTO, está sumariado o dever inteiro
de um homem. Em tudo isso CRISTO manifesta muito mais originalidade do que
percebemos. Assim também é que T.R. Glover, na obra ‘Influence of Christ in the
Ancient World’, um excelente estudo acerca do cristianismo e dos seus rivais
mais próximos, declara: ‘As filosofias epicúrea e estóica haviam posto grande
ênfase na ‘imperturbabilidade’ e ‘liberdade* de toda emoção, o que, em cada
caso, é essencialmente um cânon muito egoísta da vida’. Esse autor admite que
no caso do estoicismo isso era sempre modificado pela memória do descanso do
cosmos. Todavia, Liberdade das emoções? A palavra grega era e continua sendo,
nesse caso apatia. ‘Não me ponho ao lado’, disse o gentil Plutarco, ‘daqueles
que entoam hinos à selvagem e dura apatia’». (Cambridge, University of
Cambridge Press, 1929, págs. 76 e 77). Não era esse o ideal de CRISTO. Tal como
o seu Mestre, o crente deve expor-se a ‘sentir o que os miseráveis sentem’.
Para sermos justos para com os antigos, deveríamos
acrescentar neste ponto que, tanto na moral de Sócrates, em sua busca pelas
definições universais acerca da questões éticas, fundamentadas em sua confiança
de que todo o princípio ético é eterno e imutável, contido na mente universal,
como também na moral de Platão, em seus universais e em suas «realidades
últimas», que seriam eternos, perfeitos e imutáveis, que também incluem
princípios éticos e que, em seu diálogo sobre as «Leis», são identificados com
«DEUS», há uma aproximação bem delicada do ideal do amor cristão.
"Respondeu-lhe JESUS: Amarás o Senhor, teu DEUS,
de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é
o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas" (Mt 22.37-40).
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Lição 13 - Uma Vida de Frutificação
1º Trimestre de 2017 - Título: As Obras da Carne e
o Fruto do ESPÍRITO - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual
travada diariamente.
Comentarista: Pr. Osiel Gomes da Silva (Pr Pres.
Tirirical - São Luis -MA)
TEXTO ÁUREO
"Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e
limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto." (Jo 15.2)
VERDADE PRÁTICA
O crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à
Videira Verdadeira, JESUS CRISTO.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 15.1-6
1 - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
lavrador. 2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela
que dá fruto, para que dê mais fruto. 3 - Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado. 4 - Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não
pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes
em mim. 5 - Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este
dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. 6 - Se alguém não estiver
em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo,
e ardem.
Comentários da BEP - CPAD
15.1 EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA. Nesta parábola ou
alegoria, JESUS se descreve como "a videira verdadeira" e aqueles que
se tornaram seus discípulos, como "os ramos". Ao permanecerem ligados
nEle como a fonte da vida, frutificam. DEUS é o lavrador que cuida dos ramos,
para que deem fruto (vv. 2,8). DEUS espera que todo crente dê fruto.
15.2 TODA VARA. JESUS fala de duas categorias de varas:
infrutíferas e frutíferas. (1) As varas que cessam de dar fruto são as que já
não têm em si a vida que provém da fé perseverante em CRISTO e do amor a Ele. A
essas varas o Pai tira, i.e., Ele as separa da união vital com CRISTO (cf. Mt
3.10). Quando cessam de permanecer em CRISTO, DEUS passa a julgá-las e a
rejeitá-las (v. 6). (2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por
causa da sua perseverante fé e amor para com CRISTO. A essas varas o Pai
"limpa", poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que
Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de
CRISTO. O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no crente glorifica a
DEUS, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl
5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11)
15.4 ESTAI EM MIM. Quando uma pessoa crê em CRISTO e
recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer
nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à
salvação e permanecer em CRISTO. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida
da videira flui na vara, o crente tem a vida de CRISTO somente enquanto está
vida flui nele pela sua permanência em CRISTO. A palavra grega aqui é menor,
que significa "continuar", "permanecer", "ficar",
"habitar". As condições mediante as quais permanecemos em CRISTO são:
(1) conservar a Palavra de DEUS continuamente em nosso coração e mente, tendo-a
como o guia das nossas ações (v. 7); (2) cultivar o hábito da comunhão
constante e profunda com CRISTO, a fim de obtermos dEle forças e graça (v. 7);
(3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor (v. 10) e amar uns
aos outros (vv. 12,17); (4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra,
resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do ESPÍRITO
SANTO (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)
15.6 SERÁ LANÇADO FORA, COMO A VARA. A alegoria da
videira e das varas deixa plenamente claro que CRISTO não admitia que "uma
vez na videira, sempre na videira". Pelo contrário, JESUS nessa alegoria
faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é
possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar JESUS, não permanecer mais
nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (v. 6). (1) Temos aqui o
princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre CRISTO e o crente,
a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa
decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento
progressivo, à medida que CRISTO habita no crente e comunica-lhe sua vida
divina (ver 17.3; Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13). (2) Três verdades importantes são
ensinadas nesta passagem. (a) A responsabilidade de permanecer em CRISTO recai
sobre o discípulo (ver v. 4 nota). É esta a nossa maneira de corresponder ao
dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b)
Permanecer em CRISTO resulta em JESUS continuar a habitar em nós (v. 4a);
frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de
alegria (v. 11). (c) As consequências do crente deixar de permanecer em CRISTO
são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de CRISTO e a perdição (vv.
2a,6).
PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO
1- A frutificação é uma expressão da vida de CRISTO.
2- A frutificação é evidência de discipulado.
1- A frutificação abençoa outras pessoas.
1- A frutificação traz glória a DEUS.
Resumo da Lição 13 - Uma Vida de Frutificação
I - A VIDEIRA E SEUS RAMOS
1. A parábola da vinha.
2. Condição para ser produtivo.
3. A poda.
II - O FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
1. Firmados no amor de CRISTO.
2. Por que o amor é a base da frutificação?
3. Cheios do ESPÍRITO e de amor.
III - CHAMADOS PARA FRUTIFICAR
1. Revestidos de amor.
a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.
b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.
c) A ter um relacionamento familiar frutífero.
2. Se a Palavra estiver em nós.
3. Cumprindo a lei.
Resumo Rápido do Pr. Henrique
"raiz duma terra seca" (Is 53:2).
Isaías vê JESUS no futuro nascendo como a videira
verdadeira em uma terra seca (tempos de secura espiritual em Israel, não havia
profeta e nem revelação de DEUS).
Esta é uma apropriada figura de CRISTO descrevendo um
aspecto de seu ministério ("sem mim nada podeis"). DEUS plantou duas
videiras. No AT a videira era Israel, mas não deu fruto, secou e foi retirada
(Temporariamente - o remanescente será salvo). Mas no NT, JESUS é a videira
verdadeira em que os crentes permanecem para ter vida espiritual (Jo 15:1,3).
JESUS gerou milhões de filhos para DEUS.
Israel perseguiu e matou os enviados por DEUS para
tomarem posse da vinha e por fim matou o filho do dono da vinha. Mas ele
RESSUSCITOU, está vivo para sempre, venceu a morte, o inferno, satanás e o
pecado. Nosso Salvador e Senhor está à direita do PAI, onde intercede por nós.
Estamos em CRISTO e nada pode nos separar Dele. Fique firme ai, em CRISTO e
brevemente estaremos com ELE na eternidade.
É importante saber que é o ESPÍRITO SANTO que coloca as
qualidades quando são necessárias. para isso é preciso estar cheio e controlado
pelo ESPÍRITO SANTO.
As pessoas parecem ter o fruto, mas não é possível ter
se as manifestações são dadas pelo ESPÍRITO SANTO na hora que precisamos. O
fruto é do ESPÍRITO e não nosso. Conhecemos pessoas boas que são crentes, mas
podem ser também católicas, espíritas, macumbeiras. Olha que os espíritas, por
exemplo, são mais gentis e amorosos do que os crentes em geral. O problema é
que existem interesses por detrás dessa "bondade" da grande maioria.
Essa bondade é natural, geralmente nasce com a pessoa e muitas vezes é até resultado
de um problema cardíaco.
Introdução
Nosso assunto de hoje é produção, resultado,
frutificação. Espera-se que os galhos cheios de seiva que vem da árvore
produzam frutos em abundância. Ou seja, espera-se que os crentes, cheios do
ESPÍRITO SANTO ganhem muitas almas, pois estão ligados a JESUS que deseja
salvar a todos os homens. O ESPÍRITO SANTO manifestará as qualidades
necessárias aos crentes para que produzam muito para o reino de DEUS, para que
ganhem muitas almas. Para produzirmos devemos estar ligados à Videira
Verdadeira que é CRISTO. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4). Quem receberá a
glória, honra e louvor pela colheita é o PAI (Jo 15.8).
I - A VIDEIRA E SEUS RAMOS
1. A parábola da vinha.
A vinha é figura de Israel no AT e figura de JESUS
CRISTO no NT.
Em João 15.1-6 podemos ver aí uma parábola, ou
alegoria, a respeito da videira. A videira é JESUS CRISTO e os ramos são todos
os discípulos de CRISTO, a igreja. O lavrador é o PAI. Devemos frutificar.
No antigo testamento a videira era Israel e falhou em
produzir, pois deveria ter evangelizado os povos do mundo todo e eles mesmos
terem aceitado JESUS quando se manifestou a eles como o Messias. Então Israel
se tornou a falsa videira. JESUS veio evangelizando os povos, Em Israel poucos
o aceitaram, mas dentre os gentios milhões O aceitaram e ainda Continuam
aceitando e sendo salvos. Ele usa os galhos para evangelizarem agora. Cada
galho pode produzir muitos frutos, pois a videira produz em cada galho muitos
frutos.
JESUS então é a videira verdadeira.
Nós somos os galhos que precisam frutificar. Se existe
verdadeira Videira é porque JESUS estava dizendo que a outra era falsa. Falsa
no sentido de falhar. Falsa de não ser capaz de salvar. Falsa no sentido de não
entender sua missão. Falsa porque não produziu frutos dignos de arrependimento
e nem reconheceu seu Messias. Falsa também por não ter pregado aos gentios e os
aceitado como povo de DEUS também.
2. Condição para ser produtivo.
Sem JESUS não há frutificação. Se os galhos da videira
não estiverem em CRISTO nada poderão fazer para DEUS. Esse foi o problema de
Israel, não tinham CRISTO e nem o reconheceram quando se manifestou a eles.
Muitas igrejas ditas cristãs ou evangélicas hoje não produzem para DEUS pois,
rejeitam o ESPÍRITO SANTO que é quem liga o galho à árvore, ou seja, liga o
Crente a JESUS.
O amor de DEUS se manifesta no crente assim que se
arrepende e aceita a JESUS como único salvador e senhor. Este crente já pode e
deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO e nas águas e ser uma testemunha do amor de
DEUS, ganhando almas para CRISTO. Isso acontece muito devido ao novo convertido
se entregar totalmente a CRISTO e ao ESPÍRITO SANTO e assim, através desse
primeiro amor que já vem do fruto do ESPÍRITO nele implantado pelo ESPÍRITO
SANTO, produz muito para o reino de DEUS. Frutifica muito nos primeiros dias.
Pena que com o passar dos anos a maioria dos crentes percam essa total entrega
e passem a mar o mundo e o que nele há. Assim param de frutificar. Mas DEUS
espera que despertem deste sono e sejam ganhadores de milhões de almas..
3. A poda.
O motivo da poda é maior frutificação e ás vezes é para
tentar salvar um galho que não produz mais. Às vezes é preciso cortar os
ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. Os galhos que
produzem vão produzir mais após a poda e os galhos que não produzirem serão
cortados na próxima poda.
JESUS retira de nós tudo que nos impede de frutificar
ou nos faz frutificar pouco. Isso é santificação. Isso acontece pelo ouvir a
Palavra de DEUS ( João 15.3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos
tenho falado).
II - O FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
1. Firmados no amor de CRISTO.
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna João 3.16
Mas DEUS prova o seu amor para conosco, em que
CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5.8
É nesse amor de DEUS por nós e por toda humanidade que
vamos ser usados pelo ESPÍRITO SANTO para ganharmos almas para CRISTO. A seiva
da árvore, da videira, é o amor, primeiro produzido por JESUS e depois
transmitido a nós pelo ESPÍRITO SANTO. Assim frutificamos, pois, amamos a DEUS
e a nosso próximo.
2. Por que o amor é a base da frutificação?
Porque o amor é como um botão de rosas que só vai gerar
a flor depois de abrir a primeira pétala que é o amor. As outras pétalas
dependem dessa primeira. O ESPÍRITO SANTO só vai conseguir manifestar as
qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós se nos entregarmos a Ele para que
manifeste em nós essa primeira qualidade.
Para sermos salvos não necessitamos de obras e elas,
quando apresentadas a DEUS como justificação, são chamadas obras mortas. Somos
salvos pela graça de DEUS, por meio da fé, ou seja, tudo o que era preciso
fazer para sermos salvos, JESUS já fez. Só precisamos crer para sermos salvos.
Agora, depois de salvos, nossa fé só será aceita se
retesarmos obras para DEUS. Essas obras têm como objetivo a salvação das
pessoas.
Quanto mais o sangue de CRISTO, que pelo ESPÍRITO
eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará as vossas
consciências das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo? Hebreus 9:14
Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de CRISTO,
prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do
arrependimento de obras mortas e de fé em DEUS, Hebreus 6:1
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto,
assim também a fé sem obras é morta. Tiago 2:26
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesma. Tiago 2:17
3. Cheios do ESPÍRITO e de amor.
Na igreja primitiva, ou primeira, em Atos dos
Apóstolos, temos o exemplo do verdadeiro amor altruísta que JESUS ensinou. É um
amor desinteressado que sempre está desejando dar e não tirar algo de alguém.
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é
necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor JESUS, que
disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. Atos 20:35
Tinha crentes tão cheios do ESPÍRITO SANTO e
controlado por Ele, que venderam suas propriedades para ajudar aos pobres.
"Não havia, pois, entre eles necessitado algum
[...]" (At 4.34).
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com
todos, segundo cada um havia de mister. Atos 2:45
(Barnabé) Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o
preço, e o depositou aos pés dos apóstolos. Atos 4:37
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada
um tinha. Atos 4:35
III - CHAMADOS PARA FRUTIFICAR
1. Revestidos de amor.
A palavra de DEUS sempre nos orienta a sermos cheios
do ESPÍRITO SANTO e assim permitirmos a ELE manifestar em nós as virtudes
contidas no fruto do ESPÍRITO. Devemos frutificar em tudo:
a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.
A vida cristã abundante só é possível sob 3 pilares -
Oração, Jejum e Leitura com estudo da Palavra de DEUS. JESUS jejuava, seus
discípulos jejuavam, Paulo jejuava.
Precisamos orar mais, muito mais. E, voltando para
os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora
pudeste velar comigo? Mateus 26:40
O jejum é importante para vencermos a entrada do
pecado, é importante para termos mais capacidade de ouvir e entender a voz do
ESPÍRITO SANTO. É importante para compreendermos melhor a Palavra de DEUS. É
importante para nos fortificar espiritualmente para expulsarmos demônios. Jejum
também é bom para se ouvir a orientação de DEUS sobre a escolha de obreiros
para a obra de DEUS.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de CRISTO. Porque quando
estou fraco então sou forte. 2 Coríntios 12:10
Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela
oração e pelo jejum. Mateus 17:21
Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em
fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. 2 Coríntios 11:27
E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito
anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem
haviam crido. Atos 14:23
E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até
esta hora, orando em minha casa à hora nona. Atos 10:30
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Atos 13:2
b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.
O que a mulher mais deseja num homem é seu amor.
Dificilmente um homem entende qual o amor que sua mulher deseja. Mas em resumo,
é um amor de marido que demonstra seu amor lembrando das datas importantes,
dando-lhe presentes, de preferência joias, um marido que a faça feliz
sexualmente. Que a trate com carinho e atenção.
O amor que vem do fruto do ESPÍRITO é superior a tudo
isso. É um amor que vai conduzir sua esposa a CRISTO, à salvação.
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também CRISTO
amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Efésios 5.25
c) A ter um relacionamento familiar frutífero.
O maior desejo do marido é que sua esposa lhe seja
submissa e que seus filhos a imitem nisso. O princípio de autoridade está em
plena decadência hoje e isso se reflete na sociedade. Quando uma esposa não é
submissa a seu marido, por conseguinte, seus filhos não serão obedientes a ela,
nem a seu esposo, nem aos seus professores, nem a seu pastores,, nem às
autoridades.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua
própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. Ef 5.33
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor,
porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento
com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
Efésios 6:1-3.
2. Se a Palavra estiver em nós.
Tudo funciona bem quando usamos a Palavra de DEUS. A
Palavra é CRISTO e devemos fazer como Pedro: E, respondendo Simão, disse-lhe:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua
palavra, lançarei a rede. Lucas 5:5
ORE A PALAVRA DE DEUS, ORE A RESPOSTA.
Desempregado? O meu DEUS, segundo as suas riquezas,
suprirá todas as vossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS. Filipenses
4:19
Doente? Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de DEUS, e oprimido. Isaías 53:4
As palavras de DEUS devem estar guardadas em nosso
coração - Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.
Salmos 119:11
Precisamos estar em CRISTO e suas palavras estarem em
nós - 1 co 15.7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em
vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
3. Cumprindo a lei.
"[...] quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm
13.8).
Quem ama nunca faz mal aos outros.
O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o
cumprimento da lei é o amor. Romanos 13:10
JESUS resumiu toda lei e os profetas em uma palavra só
- AMOR
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu DEUS de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo
o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27
Conclusão
A videira e seus ramos são figuras da parábola da
vinha. A condição para ser produtivo é estar em CRISTO. A poda é necessária
para cortar o que atrapalha a planta de produzir mais e fazer o galho que
produz, produzir mais ainda. O fundamento da frutificação espiritual é o amor.
Temos que estar firmados no amor de cristo.
Por que o amor é a base da frutificação? Porque somente
cheios do ESPÍRITO e de amor somos chamados para frutificar e somos revestidos
de amor. Assim podemos frutificar em nosso relacionamento espiritual. Teremos
um relacionamento conjugal e familiar frutíferos. Se a palavra estiver em nós e
ao mor de DEUS cumpriremos a lei.
VÁRIOS COMENTÁRIOS DE LIVROS COM ALGUMAS CORREÇÕES DO
Pr. Luiz Henrique
FRUTO - καρπος - kárpós - Dicionário Strong
1) fruta
1a) fruto das árvores, das vinhas; colheitas
1b) fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e.,
sua progênie, sua posteridade
2) aquele que se origina ou vem de algo, efeito,
resultado
2a) trabalho, ação, obra
2b) vantagem, proveito, utilidade
2c) louvores, que sã apresentados a DEUS como oferta de
agradecimento
2d) recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a
vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu
esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna
FRUTO - καρπος - kárpós - Dicionário Wycliffe
O produto de muitas plantas e árvores. Os mais
frequentemente mencionados nas Escrituras são as uvas, os figos e as azeitonas,
e ainda hoje são cultivados na Palestina. Veja comentários individuais no
tópico Plantas.
Figurativo. O termo “fruto” é frequentemente usado de
forma simbólica. A§ crianças são mencionadas como frutos (Ex 21.22; Sl 21.10)
em frases como “o fruto do ventre” (Sl 127.3; Dt 7.13; Lc 1.42) e “o fruto do
corpo” (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor é poeticamente descrito como o "fruto
dos lábios” (Is 57.19; cf. Hb 13.15), e as palavras de um homem são chamadas de
“fruto da boca” (Pv 12.14; 18.20).
O termo “fruto” é aplicado às consequências das nossas
ações e motivos; “Comerão do fruto do seu caminho [ou procedimento]״ (Pv 1.31; Is 3.10). “O
fruto da impiedade” é o juízo em que alguém incorre devido a ações erradas (Jr
6.19; 21.14); e os “frutos de justiça” são as boas obras que brotam do coração
de um homem temente e obediente ao Senhor (Fp 1.11). “O fruto do ESPÍRITO"
são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO produz em cada
cristão (Gl 5.22,23; Ef 5.9). Assim, neste sentido pode ser dito que o “fruto”
é o resultado total que procede de qualquer ação ou atitude específica. O fruto
pode ser mal (Mt 3.10; 7.15-20; 12.33; Lc 6.43-46; Rm 7.5), porém ele é mais
frequentemente bom (Sl 104.13; Mt 3.8; 21.43; Rm 7.4; Tg 3.17).
Os discípulos foram incentivados a “produzir frutos”
(Mc 4.20; Cl 1.10; Jo 15.4-8), e foram criticados por serem espiritualmente
infrutíferos (Mc 4.19; Tt 3.14; 2 Pe 1.8; cf. 1 Co 14.14).
FRUTO - καρπος - kárpós - Comentário
Mattew Henry do Novo Testamento
Figurativo. O termo “fruto” é frequentemente usado de
forma simbólica. A§ crianças são mencionadas como frutos (Ex 21.22; Sl 21.10)
em frases como “o fruto do ventre” (Sl 127.3; Dt 7.13; Lc 1.42) e “o fruto do
corpo” (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor é poeticamente descrito como o "fruto
dos lábios” (Is 57.19; cf. Hb 13.15), e as palavras de um homem são chamadas de
“fruto da boca” (Pv 12.14; 18.20).
O termo “fruto” é aplicado às consequências das nossas
ações e motivos; “Comerão do fruto do seu caminho [ou procedimento]״ (Pv 1.31; Is 3.10). “O
fruto da impiedade” é o juízo em que alguém incorre devido a ações erradas (Jr
6.19; 21.14); e os “frutos de justiça” são as boas obras que brotam do coração
de um homem temente e obediente ao Senhor (Fp 1.11). “O fruto do ESPÍRITO"
são os hábitos e princípios misericordiosos que o ESPÍRITO SANTO produz em cada
cristão (Gl 5.22,23; Ef 5.9). Assim, neste sentido pode ser dito que o “fruto”
é o resultado total que procede de qualquer ação ou atitude específica. O fruto
pode ser mal (Mt 3.10; 7.15-20; 12.33; Lc 6.43-46; Rm 7.5), porém ele é mais
frequentemente bom (Sl 104.13; Mt 3.8; 21.43; Rm 7.4; Tg 3.17).
Os discípulos foram incentivados a “produzir frutos”
(Mc 4.20; Cl 1.10; Jo 15.4-8), e foram criticados por serem espiritualmente
infrutíferos (Mc 4.19; Tt 3.14; 2 Pe 1.8; cf. 1 Co 14.14).
FRUTO - καρπος - kárpós - DICIONÁRIO
TEOLÓGICO
[Do gr. karpós; do lat. fructus, resultado da maturação
de uma planta + Espiritus] Conjunto de virtudes morais e espirituais
amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na vida do crente como resultado de uma
permanente comunhão com CRISTO (GL 5.22,23).
A expressão certa é fruto e não frutos como se acha
registrado em muitos trabalhos e livros teológicos. No Novo Testamento, o fruto
é mostrado como o fator determinante e relativo de um caráter. A árvore ruim
não pode dar frutos bons, nem a árvore boa há de produzir frutos ruins. Por
nossos frutos somos conhecidos (Mt 7.16).
FRUTO - καρπος - kárpós
- Comentário Bíblico Wesleyana
VIDEIRA VERDADEIRA e os ramos ( 15: 1-17)
- Este capítulo tem uma ligação dupla com o que se passou antes, com a
oração no capítulo anterior e com analogias de pão e água em capítulos
anteriores. O objetivo aqui é um avanço sobre o que se passou antes,
porque JESUS estava interessado no produto permanente e divulgação da nova vida
vivida pelos discípulos. Ele seria deixá-los em breve. Qual seria,
então acontecer com eles e com a mensagem que lhe fora confiada a
eles? Era inevitável que ele deve proceder para utilizar o presente
analogia da videira e dos ramos, ou um de natureza semelhante. Para o pão
e água só pode sustentar-eles não podem se reproduzir. A videira com seus
ramos é viva e tem o poder de produzir frutos, e por isso está se torna uma
ilustração mais completa da relação entre CRISTO e os cristãos e as
consequências do relacionamento. Rezar e fruitbearing estão intimamente
relacionados aqui, o único que permanece em CRISTO pede e recebe, e aquele que
permanece nele, esse dá muito fruto.
JESUS é a videira , o cristão é
o ramo , e que o Pai é o lavrador ou agricultor. Todo
o processo de poda e descartando de ramos inúteis é descrito aqui e quase não
precisa ser explicada porque o seu significado é tão óbvio. A ênfase
principal é sobre o fato de que os homens não são objetos inanimados, mas estão
vivendo, querendo, escolhendo, criaturas falíveis. JESUS sabia disso
melhor do que ninguém. Ele tinha observado pessoas indo e vindo, agora
crentes, agora enganadora, mutante como o vento e se deslocam com a
multidão. Um de seus doze escolhidos tinha apenas decidiu renunciar a sua
lealdade. O que agora dos onze restantes? A lição ensinada neste
capítulo é forte e pontiagudo.
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a
vós (v. 16 ). JESUS aqui declarou Sua autoridade soberana
sobre Seus seguidores. Eles estavam com ele porque ele os havia
escolhido. Nem a sua própria escolha, nem a confluência de circunstâncias
poderia ter provocado o seu relacionamento com ele. No entanto, ele não
estava negando, assim, que eles próprios tinham tido um papel em que, na
realidade, foi um acordo entre eles e JESUS. Vós não me escolhestes a mim deve
ser levado em uma relativa, não absoluta, sentido. Para eles, na verdade,
tinha respondido a sua siga-me , tinha decidido ficar quando Judas
tinha decidido deixar; e o apelo de JESUS era sua vontade e poderes de
escolha- permanecerdes em mim; permanecereis no meu amor; guardareis
os meus mandamentos; ameis uns aos outros . Esta mesma conclusão
é entendida em campanhas evangelísticas hoje, onde a ênfase é colocada em cima
de aceitar a CRISTO, ao tomar uma decisão por CRISTO, dando-se a CRISTO, ou
consagrar-se a Ele. O convite sai ", JESUS convida-o a vir a
Ele", e que a resposta é: "O Cordeiro de DEUS, eu venho." Esse
tipo de recurso tem marcado o avanço do cristianismo evangélico ao longo dos
séculos. João colocou um conteúdo teológico forte em sua maneira de
expressar esse caráter duplo da escolha divina: a resposta do homem é baseada
na escolha de DEUS. Antes de nós escolheu, Ele já nos havia
escolhido. A soberania de DEUS não destrói ou anular a soberania dada por
DEUS do homem, nem a soberania do homem existe para além da soberania de
DEUS. DEUS é soberano em sua esfera de ação; homem é soberano na sua
esfera, pela vontade de DEUS. Escolhas do homem são reais e não
imaginários, mais quando Judas saiu do cenáculo e enforcou-se, foi porque DEUS
quer o escolheu para que o destino horrível ou não a escolhê-lo para a
salvação.
Esta teologia joanina é fortemente apoiada por
Paulo; DEUS "nos escolheu nele [CRISTO] antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" ( Ef
1: 4. ). Em CRISTO, DEUS escolheu o homem para uma vida de santidade.
A Encarnação com todas as suas implicações Foi com esse propósito
primário. Em nenhum lugar nas Escrituras, interpretadas à luz da Cruz de
CRISTO, ele pode ser encontrado que DEUS escolhe o homem para qualquer outro
destino de salvação. Ele fez apenas uma escolha para o
homem-salvação. Qualquer outro destino para o homem vem contrário à
vontade de DEUS. Se isso soa como a limitação do poder soberano de DEUS,
basta reconhecer que DEUS não tem o Seu caminho em muito do que se passa no
mundo. Paulo se refere a "príncipes do mundo destas trevas"
( Ef. 6:12 ) contra a qual o cristão deve lutam. Eleição do Novo
Testamento é a salvação, nunca para a condenação. A eleição divina é a
salvação. São Paulo reforça esse conceito, referindo-se a ele como o
"bom" o prazer da vontade de DEUS ( Ef. 1: 5 ), o
"conselho" de sua vontade ( Ef 1:11), o "propósito
eterno" de Sua vontade ( Ef. 3:11 ), todos os quais estão
envolvidos no "mistério" da Sua vontade ( Ef. 1: 9 ). É
verdade que é um mistério revelado ( mysterion ), mas não é um
mistério totalmente compreendido. É possível que a pessoa se torne
overwise ao afirmar conhecimento dos caminhos de DEUS, ao passo que Paulo
estava em humilde admiração diante do mistério da verdade revelada. A
soberania de DEUS e a soberania delegada do homem pode ser melhor entendida
quando visto, cada um em relação ao outro.
JESUS disse ainda que o caminho do discipulado não era
uma maneira fácil. O objetivo do discípulo a seguir deve ser forte se ele
vai resistir ao estresse da vida; de fato, ele deve ser renovado ou
perpetuada continuamente se é para durar. Os discípulos foram escolhidos
com o objetivo de dar frutos. E este fim pode ser só se realiza por
segurando as pontas, ou permanecer em CRISTO, enquanto ameixas DEUS e trabalhos
para fazer melhores vinhas frutíferas. Há uma certa quantidade de
sofrimento associado com a disciplina depois é o que poda na vida cristã
é. Se uma árvore de maçã, por exemplo, não é aparado ele se transformará
em uma proliferação de agências e uma profusão de flores, e vai dar frutos que
é a certeza de ser uma decepção. A fruta é da mesma qualidade como a
árvore. Uma árvore boa produz bons frutos ( Mateus 7:
17-18. ). Bom fruto é glorificar para o agricultor.
O fruto da qual JESUS falou é o amor. O que ele
tinha feito para eles e o Seu breve retorno morte na cruz foi feito no
amor. O fruto da vida cristã é o amor a DEUS e amor para a
humanidade. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu
vos amei (v. 12 ). A palavra grega é ágape , dom
de si, o amor de autorrealização. O fruto é um, não muitos. O amor
tem seu muitos subprodutos e atinge o seu objeto ou o destino de muitas formas,
assim como frutas ou grãos chegue ao cliente de variadas formas. Mas o
amor que deve ser, e amá-lo será, se DEUS tem permissão para podar e
disciplina.
JESUS disse que o sucesso do Evangelho depende do fruto
produzido por seus discípulos. Duas vezes nestes poucos versos ordenou a
Seus discípulos a amar uns aos outros
(vv. 12 , 17 ). Uma pessoa não pode ser comandado a
amar como se poderia ser comandado a remar um barco ou cantar uma
canção. No entanto, o amor gera amor, o amor recebido responde no amor, e
comandos de amor na forma mais forte possível. CRISTO não estava
comandando como Senhor soberano, mas como Salvador Encarnado. Ele ordena que
amamos por Suas próprias demonstrações de amor. Nós amamos, porque ele nos
amou primeiro ( 1 Jo. 4:19 ). A esposa de um ministro irmão
morreu recentemente depois de uma doença prolongada que cobre um período de 12
anos. Ele cuidou e cuidou dela quando ela não podia nem falar nem cuidar
de suas próprias necessidades mais simples. O conselho médico poderia ter
dito para colocá-la em uma casa de repouso, e os amigos podem ter aconselhado
outras maneiras de conhecer o problema; mas o amor mandou e ele
obedeceu. O homem era de amor e obrigado. Os mandamentos de CRISTO
são os mandamentos do amor (cf. 2 Cor. 5:14 ). Quando nossas
vidas e ações são impelidos pelo amor, então é o Pai glorificado ,
porque estamos tendo muito fruto , e nós somos seus discípulos, de
fato.
VIDEIRA - αμπελος - ampelos - Dicionário
Strong
1) videira
VIDEIRA - αμπελος - ampelos
- Dicionário Almeida
videira - Pé de uvas (Jo 15.1).
O papel de DEUS em João - Bíblia da Liderança
cristã - John C Maxwell
Se nós tivéssemos de peneirar este Evangelho e separar
uma única mensagem para os líderes, seria esta: DEUS exemplifica líderes em
JESUS de maneira que eles possam obter seu poder e sustento do próprio CRISTO.
Em João 15, JESUS descreve a si mesmo como sendo a "videira" e nós
como sendo os "ramos".
Nenhum líder é uma ilha. Se nós temos de cumprir a
missão divina, nós devemos nos prover de poder de DEUS nos sustenta e dirige
enquanto estamos liderando. Nós devemos permanecer ligados a ele, se nós quiser
ser competentes em seu favor. Visto que nós podemos ver JESUS de uma
perspectiva divina neste Evangelho, dizer que também podemos liderar nessa
mesma perspectiva de DEUS. JESUS, o maior de todos os líderes, trabalhou para
permanecer ligado ao seu Pai. Ele também disse que falou apenas sobre aquilo que
tinha ouvido de Pai e fez somente aquilo que viu seu Pai fazer (Jo 5.19-20). Da
perspectiva horizontal, a liderança se dirige para pessoas, mas, na perspectiva
vertical, é uma resposta para DEUS.
Líderes em João
JESUS, João Batista, o chefe dos sacerdotes, os
fariseus, Pilatos
Outras pessoas de influência em João
Os doze discípulos, a mulher samaritana junto ao poço,
Maria Madalena
Lições de liderança
• Líderes de DEUS primeiro se submetem a DEUS, depois
servem pessoas.
• Grandes líderes convidam para um grande
comprometimento.
• Líderes espirituais dão prioridade ao seu
relacionamento com seus liderados.
• Líderes têm a coragem de deixar as coisas familiares.
• Líderes efetivos têm no crescimento das pessoas a sua
maior conquista.
• Líderes sábios jamais julgam pela aparência exterior.
• Líderes bons vão para lugares onde sua Causa é
celebrada e não apenas tolerada.
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias,
CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE
- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009,
Bíblia de Aplicação Pessoal,
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada.
Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006,
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto
bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português
por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e
Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD -
BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias,
CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE
- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm -- www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/ --
Dicionário Vine antigo e novo testamentos -
CPAD, Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD, Dicionário de
Referências Bíblicas, CPAD, Hermenêutica Fácil e
descomplicada, CPAD, Revistas antigas - CPAD
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos / Emilio Conde. - 2*
ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008,
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001,
Concordância Exaustiva do Conhecimento
Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge"
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia The Word
Bíblia SWord
Dicionário Strong Hebraico e Grego
Dicionário teológico - Claudionor Correa de Andrade
Enciclopédia Ilumina
Obra da Carne e o Fruto do ESPÍRITO - William Barclay
Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell
Comentário Bíblico Wesleyano
Série Cultura Bíblica - Vários autores - Vida Nova
TEXTO ÁUREO
“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança.” (Gl 5.22)
VERDADE PRÁTICA
O avivamento espiritual traz uma realidade de vida no
ESPÍRITO.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.19-25
19- Porque as obras da carne são manifestas, as quais
são: prostituição, impureza, lascívia,
20- idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21- invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e
coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS.
22- Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23- Contra essas coisas não há lei.
24- E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as
suas paixões e concupiscências.
25- Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO.
INTRODUÇÃO
O salvo em CRISTO JESUS, desde quando aceitou a JESUS
como seu único e suficiente Salvador, pode passar por diversas situações em sua
vida para experimentar o avivamento espiritual. A vida cristã é uma jornada
espiritual que começa no dia da conversão e prossegue até à morte, se a pessoa
perseverar até o fim (Mt 10.22). Na caminhada espiritual, o crente precisa
conservar-se fiel, vivendo de acordo com a vontade de DEUS. Para isso é
necessário andar no ESPÍRITO.
I – A VIDA NO ESPÍRITO
1- Andando em ESPÍRITO.
Na Bíblia, o verbo andar tem o sentido figurado de
viver, experienciar, praticar e conduzir na vida espiritual. Por isso, Paulo
escreve: “Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da
carne” (Gl 5.16). O andar em ESPÍRITO, com “E” maiúsculo, tem um significado
espiritual muito elevado e profundo. É ter uma vida cristã subordinada à
direção do ESPÍRITO SANTO, pautada nos ditames da santa Palavra de DEUS. É ter
uma vida espiritualmente avivada (Rm 8.1).
2- Por que andar em ESPÍRITO?
O crente em JESUS deve andar de acordo com o ESPÍRITO
SANTO para não cumprir os desejos da natureza carnal (Gl 5.16). Escrevendo aos
romanos, o apóstolo Paulo disse: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para
os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito. Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei
do pecado e da morte” (Rm 8.1,2). Por isso, andando no ESPÍRITO, o salvo tem
vitória sobre o império do pecado e da morte.
3- Como andar em ESPÍRITO?
Não é fácil andar no ESPÍRITO. Infelizmente, a
inclinação da natureza carnal, herdada de nossos primeiros pais, inerente a
todos os seres humanos, faz com que busquemos as coisas que não agradam a DEUS.
Quando as pessoas aceitam a CRISTO como Salvador, tornam-se novas criaturas,
pelo processo salvífico do Novo Nascimento (Jo 3.3; 2 Co 5.17). Entretanto,
elas precisam cultivar o relacionamento espiritual e perseverante com DEUS.
Portanto, para o crente andar em ESPÍRITO é preciso ter o ESPÍRITO SANTO dentro
dele (Jo 14.17); ser guiado pelo ESPÍRITO (Rm 8.14); ser cheio do SANTO
ESPÍRITO (Ef 5.18).
II – O CONFRONTO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO
1- Carne x ESPÍRITO.
Em termos espirituais, é a maior luta da vida do crente
salvo. A natureza carnal, herdada de Adão, é alimentada pela concupiscência da
carne. Ela se inclina para as estruturas pecaminosas criadas pelo Diabo com o
objetivo de afastar os seres humanos para longe de DEUS. Por isso, o apóstolo
João escreveu: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é
do Pai, mas do mundo” (1 Jo 2.15,16). Infelizmente, muitas pessoas não querem
saber de DEUS. Elas são seduzidas e afastadas para longe de DEUS por meio de
vários instrumentos: pelas falsas religiões, pelo humanismo, materialismo etc.
Como resultado, as pessoas se esquecem de DEUS e procuram agradar ao Diabo e à
própria natureza carnal, corrompida pelo pecado. Não por acaso, o apóstolo
Paulo admoestou a respeito dessa luta entre a carne e o ESPÍRITO (Gl 5.16,17).
2- As obras da carne.
Em termos bíblicos, do grego sarx, “a carne” é a
natureza decaída do homem, cuja inclinação é a prática do que não agrada a
DEUS. Assim, “as obras da carne”, segundo a Epístola aos Gálatas, são as
práticas, atitudes e pensamentos contrários à santidade exigida por DEUS para
os que são fiéis à Palavra. Identificadas em pelo menos 15 tipos, sem fechar a
lista, pois o autor bíblico acrescenta “e coisas semelhantes a estas”, essas
obras podem ser classificadas em várias categorias: práticas sexuais ilícitas
(5.19); práticas religiosas (5.20a); mau relacionamento humano (5.20b; 21); e
vícios e maus hábitos (5.21). O apóstolo Paulo encerra essa parte da carta,
dizendo “que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS” (Gl 5.21;
cf. 1 Co 6.9).
III – O AVIVAMENTO PELO FRUTO DO ESPÍRITO
1- O Fruto do ESPÍRITO.
Dons e Fruto do ESPÍRITO são características essenciais
para a vida e o caráter cristão. O uso dos dons espirituais, sem a prática do
Fruto do ESPÍRITO, pode ser apenas uma demonstração de egoísmo e exibicionismo.
Nem todos os cristãos são portadores da graça dos dons espirituais, mas todos
devem experimentar e testemunhar o Fruto do ESPÍRITO em sua vida. Um cristão
não pode dar bom testemunho sem a unidade do Fruto do ESPÍRITO: não pode ter
amor sem ter fé; não pode ter gozo (alegria) e não ter benignidade, bondade ou
temperança (Gl 5.22,23). Um aspecto do fruto não pode ser dissociado do outro.
Podemos usar o exemplo de uma fruta, como uma laranja, que tem vários gomos,
mas é um só fruto.
2- Os nove aspectos do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22).
Na Bíblia, amor (ou caridade) (gr. ágape) é mais que
filantropia, pois significa o verdadeiro amor como sinônimo do amor ágape, o
amor de DEUS no coração do homem (Fp 1.9; 1 Jo 4.7-8,16); gozo (gr. chara) é a
alegria produzida pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 8.13; Fp 1.4); paz (gr. eirene) é “a
paz de DEUS que excede todo o entendimento” (Fp 4.7); longanimidade (gr.
makrothumia) é a paciência para suportar as adversidades, os defeitos do outro
(Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1); benignidade (gr. chrestotes) é a qualidade de
quem é benigno, bondoso, complacente, perdoador (Ef 4.32); bondade (gr.
agathosune) refere-se àquele que é bom (Mt 12.35; Ef 5.9; Sl 37.23); fé (gr.
pistis), não é a fé natural, mas a produzida pelo ESPÍRITO SANTO no coração dos
que creem em DEUS, conforme as Escrituras (Jo 7.38; Rm 1.17; 3.28; Hb 11.6);
mansidão (gr. prautes) diz respeito àquele que é manso, sinônimo de “brandura,
de gênio afável, sossegado, dócil” (Mt 5.5; 1 Tm 6.11) ; temperança (gr.
egkrateia) quer dizer autocontrole, domínio próprio, é o aspecto elevadíssimo
do relacionamento com os outros, com situações e fatos diversos na vida (Tt
1.8; 2 Pe 1.6).
3- Contra o Fruto do ESPÍRITO, não há lei.
A conclusão de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é
impressionante. Ele afirma de modo incisivo e categórico: “Contra essas coisas
não há lei. E os que são de CRISTO crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO” (Gl
5.23-25). Que DEUS nos ajude a cultivar o Fruto do ESPÍRITO em nossas vidas. Os
dons espirituais só têm valor se forem acompanhados do Fruto do ESPÍRITO. Isso
é viver na plenitude do ESPÍRITO, tendo uma vida verdadeiramente avivada.
CONCLUSÃO
Crentes avivados são beneficiados com grandes bênçãos
da parte de DEUS, pois eles andam em ESPÍRITO, e não andam conforme as
concupiscências da carne (Gl 5.16). Além dos dons espirituais, eles têm o Fruto
do ESPÍRITO: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança” (Gl 5.22). Por isso, DEUS concede bênçãos em abundância
sobre os crentes que andam e vivem no ESPÍRITO: “Bendito o DEUS e Pai de nosso
Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em CRISTO” (Ef 1.3).
SINÓPSE I - Ter uma vida espiritualmente avivada é
andar no ESPÍRITO e viver de acordo com os ensinamentos bíblicos.
SINÓPSE II - Em termos espirituais, o confronto entre a
carne e o ESPÍRITO trata-se da maior luta da vida do crente.
SINÓPSE III - O uso dos dons espirituais e o Fruto do
ESPÍRITO são práticas indissociáveis.
Auxílio Teológico TOP2
Carne
“No sentido ético ela faz referência à natureza carnal,
ou à disposição no homem que é propensa a pecar e que é antagônica a DEUS (Gn
6.12; Rm 7.18; 8.6-8; 1 Co 3.3; Gl 5.17,19; Cl 2.18; 2 Pe 2.10,18; 1 Jo 2.16).
Este é o uso mais importante para o cristão. A carne, ou a natureza caída,
cobiça e guerreia contra o ESPÍRITO quando este opera através de uma nova
natureza, o que pode resultar em uma paralisia ou derrota espiritual (Gl
5.17-24; Rm 7.14—8.1). Esta condição é vencida da seguinte maneira: a) Aprendendo
a distinguir entre as obras da carne e as obras do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.19-23;
cf. 1 Co 6.9-11; Rm 8.4-13). b) Percebendo pela fé que a natureza caída já está
sob condenação, embora ela ainda não esteja removida (Rm 8.3) e, portanto, o
ESPÍRITO SANTO pode habitar e de fato habita o crente (Rm 8.9). c) Rendendo-nos
e sujeitando-nos à direção orientadora do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.4-13; Gl
5.24,25; Ef 5.18ss.), o que é mencionado como ‘andar em ESPÍRITO’” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 379).
Auxílio Teológico TOP3
Vivendo no ESPÍRITO: a mensagem de Paulo.
“A mensagem de Paulo é clara. Os crentes cheios do
ESPÍRITO se separaram completamente do pecado, do mundo e da carne. Mas as
perguntas ainda permanecem. Em que sentido nós fomos crucificados? Como esta
crucificação acontece? E que papel representamos na experiência da
crucificação? Em resposta, note que a nossa crucificação está sempre
relacionada à cruz de CRISTO. Nós não nos crucificamos a nós mesmos, mas em um
sentido passivo fomos crucificados ‘com CRISTO’. Deste modo a morte de CRISTO
na cruz serve como o único fundamento para todas as outras crucificações no
corpo de CRISTO. Pela fé podemos participar da morte, sepultamento e
ressurreição de CRISTO (Rm 6.1-6). Em resumo, a partir da perspectiva de DEUS,
as experiências de CRISTO se tornaram as nossas experiências.
Não obstante, como crentes temos um papel ativo na
crucificação da carne (Gl 5.24). Os efésios são ordenados a despojarem-se do
velho homem e revestirem-se do novo homem (Ef 4.22-24). Os romanos são
exortados a pararem de oferecer seus membros como instrumentos de iniquidade
(Rm 6.13). Não devem viver de acordo com a natureza pecadora, mas de acordo com
o ESPÍRITO (8.1,4). Os coríntios são desafiados a limparem-se de toda
contaminação do corpo e do espírito (2 Co 7.1). Embora CRISTO seja a nossa
santidade (1 Co 1.30) os crentes recebem a ordem de viver a santidade na vida
diária (Rm 12.1; 1 Co 3.16,17; 6.19,20)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento:
Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 379).
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos
que o verdadeiro avivamento espiritual proporciona ao crente uma nova dinâmica
de vida no ESPÍRITO. No entanto, isso não significa que o crente esteja isento
de enfrentar lutas espirituais, bem como batalhas na carne para que não obedeça
à vontade de DEUS. A caminhada espiritual requer do crente o esforço para
preservar uma vida santa, consagrada a DEUS por intermédio da oração e leitura
da Palavra. O Senhor JESUS alertou aos seus discípulos de que enfrentariam
aflições neste mundo, mas deveriam manter o bom ânimo, haja vista que Ele mesmo
venceu esse sistema pecaminoso (Jo 16.33). A Bíblia ressalta que o nascido de
DEUS tem condições de vencer o mundo mediante a fé (1 Jo 5.4). Logo, o estilo
de vida pela fé requer andar no ESPÍRITO.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Destacar o que significa
andar no ESPÍRITO e a sua importância para a condução da vida espiritual; II)
Apontar os aspectos que envolvem o confronto entre a carne e o ESPÍRITO; III)
Ressaltar os dons e o Fruto do ESPÍRITO como predicados essenciais para a vida
e o caráter cristão.
B) Motivação: O apóstolo Paulo destacou que há uma
batalha incessante entre a carne e o ESPÍRITO para que não façamos o que
queremos (Rm 7.18-20). Essa batalha se mostra presente nas ocasiões em que
intentamos praticar a vontade de DEUS, porém, o mal do pecado está sempre
presente para nos impedir. Paulo conclui que somente a graça de DEUS, mediante
a ação do ESPÍRITO no crente, pode resultar na obediência a DEUS (Rm 8.1).
Reflita com seus alunos o que precisa ser feito para nutrir uma vida espiritual
no ESPÍRITO e longe do pecado. Pergunte se a santificação tem sido o alvo
principal da nova vida em CRISTO ou a negligência com esse compromisso tem sido
uma constância em nosso cotidiano.
C) Sugestão de Método: Neste momento da aula, sugerimos
que você desenvolva com a classe o método de aprendizagem baseado na resolução
de um problema: considere a situação de um crente que, após a conversão, se
depara com a batalha entre a carne e o ESPÍRITO. Pergunte aos alunos quais sãos
as práticas que a Bíblia ensina para que o crente vença essa batalha que,
diga-se de passagem, parece ser tão injusta. Peça que expliquem com base no
texto bíblico de Romanos, capítulos 7 e 8. Explique que a nova vida debaixo da
graça requer disciplina e sujeição aos mandamentos bíblicos para que o crente
tenha uma vida cristã direcionada pelo ESPÍRITO SANTO e vença as
concupiscências da carne (cf. Gl 5.16).
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após estudar a respeito da nova vida no
ESPÍRITO, faça a seguinte pergunta: como você tem lidado com as concupiscências
da carne? Quais aspectos do Fruto do ESPÍRITO você encontra maior dificuldade
de produzir? Reforce a importância dessa autoanálise para a saúde da vida
cristã. Considere que, à medida que o crente busca o fortalecimento da vida
espiritual e o compromisso contínuo com a prática dos ensinamentos bíblicos,
menor a influência das obras da carne sobre o comportamento diário. O apóstolo
João ensina em sua Carta que "Aquele que diz que está nele também deve
andar como ele andou" (1 Jo 2.6).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa
revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p. 42, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para
aprofundar o segundo tópico, o texto que tem como título "Carne"
trata-se de um verbete do Dicionário Bíblico Wycliffe que tem como finalidade
apresentar o sentido ético da palavra "carne", que faz referência à
natureza carnal do homem, propensa a pecar, em contraste com a santidade de
DEUS; 2) Para aprofundar o terceiro tópico, o texto "Vivendo no ESPÍRITO:
a mensagem de Paulo" diz respeito ao comportamento do crente cheio do
ESPÍRITO e a comunicação da morte e ressureição de CRISTO com a nova vida de
acordo com o ESPÍRITO.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual o sentido do verbo “andar” na Bíblia?
Na Bíblia, o verbo andar tem o sentido figurado de
viver, experienciar, praticar e conduzir na vida espiritual.
2. De que a natureza carnal é alimentada?
A natureza carnal, herdada de Adão, é alimentada pela
concupiscência da carne.
3. Segundo os termos bíblicos, o que é “carne”?
Em termos bíblicos, do grego sarx, “a carne” é a
natureza decaída do homem, cuja inclinação é a prática do que não agrada a
DEUS.
4. O que são as
características essenciais para a vida e o caráter cristão?
Dons e fruto do ESPÍRITO são características essenciais
para a vida e o caráter cristão.
5. O que quer dizer “temperança”?
Temperança (gr. egkrateia) quer dizer autocontrole,
domínio próprio, é qualidade elevadíssima no relacionamento com os outros, com
situações e fatos diversos na vida (Tt 1.8; 2 Pe 1.6).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 11 BETEL, 4Tr23 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 11, Betel, O Verdadeiro Discípulo é uma referência
no serviço cristão, 4Tr23, Pr Henrique EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De
2023, TEMA: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado
baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CREDENCIAIS DO BOM TESTEMUNHO
1.1. Compaixão e amor
1.2. Mansidão
1.3. Bendizer e abençoar
2- TER UMA VIDA TRANSFORMADA
2.1. Pelo poder do Evangelho
2.2. Pelo testemunho cristão
2.3. Pelo poder do ESPÍRITO SANTO
3- VIVENDO PARA FAZER O BEM
3.1. Apartar-se do mal
3.2. Buscar a paz
3.3. Amar a justiça
https://youtu.be/W7z4RbVOpNw?si=0nHrjbuVQoNjkerm Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/escrita-licao-11-betel-o-verdadeiro.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/11/slides-licao-11-betel-o-verdadeiro.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/LuizHenriquedeAlmeid6/slides-lio-11-betel-o-verdadeiro-discpulo-uma-referncia-no-servio-cristopptx
TEXTO ÁUREO
“Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós
testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.” 3 João 12
VERDADE APLICADA
O bom testemunho de um verdadeiro discípulo é alcançado ao longo de uma
trajetória que segue o exemplo do ministério de JESUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor a importância do testemunho
Ensinar como obter uma vida transformada
Ressaltar aspectos da prática do bem.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 PEDRO 3.8-12
8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os
irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
9 Não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário,
bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança,
alcanceis a bênção.
10 Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do
mal, e os seus lábios não falem engano.
11 Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos
às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 106.3 Praticar a justiça traz felicidade.
TERÇA – Lc 6.28 Bendizer até quem maldiz.
QUARTA – At 16.2 Ser reconhecido pelo bom testemunho.
QUINTA – 2 Ts 3.13 Insistir em fazer o bem.
SEXTA – Tg 5.16 A oração de um justo tem poder.
SÁBADO – 1 Pe 3.17 É melhor sofrer pelo bem que fazer o mal.
HINOS SUGERIDOS: 115, 126, 186
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discípulo construa uma trajetória reconhecida pelo bom
testemunho.
INTRODUÇÃO
O termo testemunho no grego é marturia, que se refere a “alguém que
testifica, afirma, confirma um determinado fato”. O testemunho cristão é
pessoal e produzido à medida que o crente se relaciona e interage socialmente.
1- CREDENCIAIS DO BOM TESTEMUNHO
Ao escrever sua terceira epístola, João teve triplo objetivo:
1) elogiar e incentivar o ministério de hospitalidade de Gaio com relação
aos mensageiros itinerantes, que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho;
2) advertir e condenar o comportamento ditatorial de Diótrefes;
3) louvar a DEUS pelo exemplo positivo de Demétrio. Dos três personagens
surgiram testemunhos, positivos e negativos, fazendo com que eles se tornassem
exemplos a serem imitados ou evitados.
1.1. Compaixão e amor
A Bíblia relata JESUS “movido de íntima compaixão” em diversos momentos,
mostrando o quanto Ele se importava com a dor e o sofrimento alheios [Lc 7.13].
Compadecer-se no grego é splagchnizomai, que significa “ser movido pelas
entranhas (pois acreditava-se que as entranhas eram a sede do amor e da
piedade)”. JESUS era o testemunho vivo do amor de DEUS [Jo 3.16], atitude a ser
imitada e indispensável aos que exercem a liderança na igreja.
JESUS sentiu compaixão das pessoas, que andavam como ovelhas perdidas sem
um pastor que pudesse guiá-las [Mt 9.36]. Diótrefes não demonstrava compaixão e
amor pelos que deveria ajudar na jornada cristã, deixando um testemunho
negativo do que significa ser discípulo. A igreja deve ser um lugar onde se
promove cura às pessoas feridas, e não onde são ainda mais machucadas. Pastores
bíblicos conduzem suas ovelhas andando juntinho com elas, tendo compaixão por
elas. A compaixão que faltava a Diótrefes pôde ser vista em Galo e Demétrio,
que foram reconhecidos como obreiros zelosos pelo bem-estar da igreja do
Senhor. Com isso, eles deram o bom testemunho cristão, reproduzindo
preocupações e ações de JESUS aos vulneráveis. Fiodor Dostoievski, escritor e
filósofo do império russo, diz: “A compaixão é a lei principal da existência
humana.
1.2. Mansidão
Ser manso não significa ser fraco, mas dominado pelo ESPÍRITO de DEUS. A
mansidão está elencada pelo apóstolo Paulo no rol do fruto do ESPÍRITO [Gl
5.22] e deve ser cultivada por todos os crentes. E mais ainda, por um
verdadeiro discípulo de CRISTO no relacionamento com o rebanho do Senhor. Essa
qualidade foi destacada no comportamento de um dos mais importantes líderes
levantados por DEUS: “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os
homens que havia sobre a terra” [Nm 12.3]. Mansidão em grego é praotes,
traduzido por “gentileza, bondade, humildade”. Esses traços eram vistos no
próprio CRISTO, que chegou a aconselhar: “… aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração…” (Mt 11.29]. Um discípulo manso testemunha e imita a
liderança de JESUS, que foi capaz de transformar um homem como Saulo, que
respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor” [At 9.1]. E,
por fim, tornou-se um líder que imitava o CRISTO [1Co 11.1]. Saulo aceitou a
correção do Senhor. Abandonou sua vida de rebeldia e se tornou-se um destacado
apóstolo. Com calma, jeito, JESUS amansou o sujeito. Uma vez transformado, ele
passou a se chamar Paulo. Saulo foi domado, mas Diótrefes não. É triste quando
o ser humano deixa escapar a oportunidade de ter sua vida mudada. Geoffrey B.
Wilson, pastor batista inglês, diz: “A mansidão é a marca de um homem que foi
dominado por DEUS.” Você é uma pessoa dominada por DEUS?
1.3. Bendizer e abençoar
Gaio e Demétrio eram abençoados, que estavam prontos e dispostos a acolher
os mais vulneráveis. Essa característica era visível no auxílio ao rebanho de CRISTO,
e por isso, o serviço e conduta dos dois foi enaltecida por João [3 Jo 5.12].
Diótrefes, além de ter dificuldade em abençoar, maldizia seu líder, o que
também era visto. Abençoar é um ato de bom relacionamento e o chamado de um
líder [1Pe 3.9].
Falar mal de pessoas e instituições, como fazia Diótrefes, é falta de ética
e coisa de quem não sabe abençoar. De nossos lábios devem sair palavras que
edificam [Ef 4.29]. Aquele que tem a tarefa de liderar outras pessoas precisa
dominar a arte de saber elogiar. Elogiar significa bendizer uma pessoa, falar
bem dela, seja com ela mesma ou com outra pessoa. O elogio edifica, é uma forma
sábia de dedicação, reconhecimento e carinho. A boa palavra não edifica apenas
a pessoa a quem se dirige, mas também contribui para a formação de uma boa
atmosfera em diferentes ambientes.
EU ENSINEI QUE:
Um verdadeiro discípulo precisa apresentar um bom testemunho com suas
atitudes relativas às pessoas, por meio de um coração amoroso, caráter manso e
palavras abençoadoras, seguindo o exemplo da liderança de JESUS
2- TER UMA VIDA TRANSFORMADA
Pedro foi um discípulo de CRISTO que sofreu uma profunda transformação em
sua vida pessoal e ministerial. De um simples e rude pescador, passou a ser um
dos principais líderes doutrinários e pregadores da Igreja de CRISTO [At 2.14].
Assim, tornou-se um líder forte por seu testemunho pessoal. Antes, um discípulo
medroso [Lc 22.58], após o encontro com JESUS CRISTO ressuscitado e ser cheio
do ESPÍRITO SANTO, um apóstolo ousado [At 5.29], um líder forte e um bom
testemunho.
2.1. Pelo poder do Evangelho
O termo evangelho do grego euaggelion, significa “boas notícias, boas novas
do Reino de DEUS”. O Evangelho é o poder de DEUS [Rm 1.16], que requer
transformação [Rm 12.2]. Pedro passou de um homem escravo de
rompantes, disposto a ferir pessoas [Jo 18.10], a um proclamador das boas novas
[At 5.29-32]. Paulo é outro exemplo do poder do Evangelho,
passando de perseguidor a seu defensor e propagador, e que reconheceu sua
eficácia [Rm 1.16].
Discípulos têm um grande poder de influência, é a ponte que gera contato,
contágio e transformação. É influência. E isso acontece por meio de um
testemunho vigoroso na vida do discípulo. Gaio e Demétrio foram transformados
pelo poder do Evangelho e se tornaram referências em suas épocas até os dias de
hoje, pelos seus testemunhos registrados pelo apóstolo João. Grandes líderes
surgem motivados pela paixão, desenvolvem relacionamentos saudáveis, promovem a
comunicação aberta e engendram em outros as habilidades de liderança. Assim,
injetam o poder do Evangelho em seus liderados. James David Greear, pastor
americano, diz: “Uma coisa é entender o evangelho, mas outra bem diferente é
experimentar o evangelho”. Há quem seja um gigante no intelecto e um pigmeu no
caráter.
2.2. Pelo testemunho cristão
Quando JESUS disse “Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a
mim, recebe aquele que me enviou” [Mt 10.40], Ele estava fazendo referência ao
testemunho. Diótrefes, ao resistir em receber João, não o reconhecendo como
apóstolo, estava rejeitando o próprio CRISTO, que tinha comissionado os
apóstolos. Diótrefes estava exibindo um mau testemunho em vez do testemunho
cristão, sendo repreendido por isso. Ao contrário de Demétrio, que teve essa
condição exaltada por João: “Todos dão testemunho de Demétrio (…) também
nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro” [3 Jo
12]. O testemunho de um seguidor de JESUS é a primeira porta através da qual um
descrente vê CRISTO. Seu jeito de falar, tratar as pessoas, sua forma de lidar
com adversidades exibem sua fé. O evangélico é quem vive segundo o Evangelho,
sendo um portador das boas novas e tendo um testemunho cristão. A fé evangélica
deve testemunhar uma vida transformada, como a de Pedro, de Paulo, de João, de
Gaio, de Demétrio e tantos outros.
2.3. Pelo poder do ESPÍRITO SANTO
Foi o próprio JESUS quem convocou Seus seguidores a serem Suas testemunhas.
Ele disse que essa condição seria alcançada pelo poder do ESPÍRITO SANTO que
desceria sobre Seus discípulos [At 1.8]. Testemunhar sobre JESUS é uma missão
colocada para cada indivíduo do Corpo de CRISTO. Diótrefes, como seu
integrante, deveria ter um testemunho que honrasse JESUS. Mas sua reputação não
apontava para o CRISTO. A vida de Pedro foi transformada quando ele ficou cheio
do ESPÍRITO, o que foi constatado quando testemunhou aos líderes e anciãos do
povo sobre o poder de JESUS de Nazaré [At 4.8, 10].
Paulo é um exemplo do poder transformador do ESPÍRITO SANTO. Ele deixou de
ser Saulo e foi transformado em Paulo. Quando cheio do ESPÍRITO, demorou-se
alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco e logo foi pregar o
Evangelho nas sinagogas, proclamando que JESUS era o Filho de DEUS [At
9.17-20].
EU ENSINEI QUE:
Uma vida transformada deve passar pelo Evangelho transformador para assim
exibir o verdadeiro e bom testemunho cristão.
3- VIVENDO PARA FAZER O BEM
O termo bem no grego é kalopoieo, que significa “agir corretamente “. Fazer
o bem é a essência do Evangelho e a forma como JESUS viveu na terra [At 10.38].
Pedro diz que o cristão não deve só fazer o bem, mas se afastar do mal.
Testemunhar JESUS é mostrar o bem.
3.1. Apartar-se do mal
O termo mal no grego kakos, refere-se a uma “natureza perversa, no modo de
pensar, sentir e agir: baixo, errado, perverso, desagradável, injurioso,
pernicioso, destrutivo, venenoso”. Diótrefes fazia o mal, e era repreendido por
sua conduta, contrária à de um líder comprometido com o Reino de DEUS. Suas
perversidades feriam pessoas que ele deveria pastorear com amor [1Pe 5.2].
Diótrefes também usava sua boca para proferir maledicências contra João, a quem
deveria honrar como seu líder. Apartar-se do mal significa desviar-se das
coisas que não agradam a DEUS, não testemunham sobre JESUS, que são contrárias
ao “modus operandi” do Reino de DEUS [1Co 6.9-10].
Seguir o mal era o mesmo que seguir a Diótrefes. Sua influência era
perniciosa no seio da igreja, pois expulsava qualquer um que não concordasse
com ele. Seguir a Gaio ou a Demétrio, no entanto, equivaleria a tomá-lo como
modelo de lealdade. O que foi reconhecido pela Igreja.
3.2. Buscar a paz
O termo buscar, do grego zeteo, significa “procurar a fim de encontrar,
empenhar-se em procurar, pedir enfaticamente”. A paz não é um estado natural,
pois a partir da “Queda do Homem”, o pecado passou a gerar conflitos, tendo
como primeiro “salário” um fratricídio, a morte de Abel por seu irmão Caim [Gn
4.25]. Assim, o mundo tem sido influenciado negativamente pelo inimigo, que é
homicida e continua semeando contenda e discórdia [Jo 8.44]. Mas JESUS é o
“Príncipe da Paz” [Is 9.6], único capaz de dá-la ao homem. Diótrefes não era um
discípulo de paz, seu mau testemunho “matava” a fé dos irmãos.
Não há paz sem DEUS e é nEle que devemos buscá-la. Pedro antes de ser cheio
do ESPÍRITO SANTO era um homem de temperamento belicoso, mas acabou se tornando
um pregador da paz, ensinando a igreja a buscá-la e segui-la [1Pe 3.11].
Diótrefes era aquele tipo de pessoa que denigre a reputação da igreja. Ele
transformava a fé cristã numa religião ambígua, que só servia para oprimir e
escravizar. Em vez de melhorar a vida das pessoas, ele a tornava num fardo
pesado. Suas palavras insultuosas faziam com que as pessoas perdessem sua
alegria e sua paz. João, porém, alerta acerca da intenção de Satanás em roubar-lhes
a paz interior.
3.3. Amar a justiça
Aquele que ama a justiça deve praticá-la [Mq 6.8]. Quem pratica é abençoado
e tem suas orações respondidas por DEUS [1Pe 3.12]. Quem a ignora, faz o mal, e
o rosto do Senhor é contra ele. DEUS ama a justiça porque é Justo [Sl 11.7], e
Seus filhos devem refletir Seu caráter. Gaio e Demétrio refletiam a justiça
divina na forma como procediam na Igreja e tratavam as pessoas, até mesmo as
estranhas.
Justiça, generosidade, participação e cooperação não têm valor para maus
discípulos como Diótrefes. Só duas coisas são importantes: controle e acúmulo
de poder. O testemunho de um autêntico discípulo deve refletir seu caráter
cristão. Para ter um caráter cristão, deve ser cumpridor da Palavra e não mero
orador ou ouvinte esquecido [Tg 1.22]. Frederico William Robertson, clérigo
anglicano inglês e orador profícuo, afirmou: “A justiça e o amor de DEUS são
um. A justiça infinita deve ser o amor infinito. A justiça é apenas mais um
sinal de amor.”
EU ENSINEI QUE:
Fazer o bem deve ser prática na vida de um verdadeiro discípulo, que para
isso precisa se apartar do mal, buscar a paz e amar a justiça. Esse tipo de
comportamento molda o caráter de alguém que se preocupa em cumprir bem seu
chamado e exibir um bom testemunho que honra a JESUS.
CONCLUSÃO
O verdadeiro discípulo é construído por comportamentos que mostram
compromisso, respeito, amor e um bom testemunho. Gaio e Demétrio, ao longo de
suas trajetórias, tiveram seus ministérios dignos de serem reconhecidos não só
pela igreja, mas por seu líder, construindo um bom testemunho.