Escrita Lição 12, Central
Gospel, Os Ministérios Da Igreja, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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Lição 12, Central Gospel, Os Ministérios Da Igreja, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Efésios 4.7-12
7 - Mas a
graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de CRISTO.
8 - Pelo
que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.
9 - Ora,
isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais
baixas da terra?
10 - Aquele
que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir
todas as coisas.
11 - E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 -
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO.
TEXTO ÁUREO
Até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO. Efésios 4.13
ESBOÇO DA
LIÇÃO
1. A DIVERSIDADE
DE MINISTÉRIOS
1.1. A
função dos dons ministeriais
1.2. A
etimologia da palavra
1.2.1. O
exemplo de CRISTO
2. AS
CATEGORIAS DOS DONS MINISTERIAIS
2.1.
Apóstolos
2.1.1.
Critérios para a escolha de apóstolos
2.1.2. O
exercício apostólico no Novo Testamento
2.2.
Profetas
2.2.1. O
ministério profético na atualidade
2.3.
Evangelistas
2.3.1. O
ministério da evangelização na atualidade
2.4.
Pastores
2.4.1.
Bispos e presbíteros, um destaque importante
2.5.
Mestres
2.5.1.
Qualidades indispensáveis aos mestres
)))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS
EXTRAS
))))))))))))))))))))))))))))
Lição 6, O Ministério de Apóstolo
Revista Lições Bíblicas
Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
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Apóstolo, 2Tr21, Pr Henrique, EBD NA TV
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 4.7-16
7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de
CRISTO. 8 - Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons
aos homens. 9 - Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também, antes, tinha
descido às partes mais baixas da terra? 10 - Aquele que desceu é também o mesmo
que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. 11 - E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 - querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, 13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do
Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, 14 -
para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento
de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
15 - Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, CRISTO. 16 - do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio
de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do
corpo, para sua edificação em amor.
Resumo da Lição 6 - O Ministério de Apóstolo
1 - O COLÉGIO APOSTÓLICO
1. O termo “apóstolo”.
2. O colégio apostólico.
3. A singularidade dos doze.
II - O APÓSTOLO PAULO
1. Saulo e sua conversão.
2. Um homem preparado para
servir.
3. “O menor dos apóstolos”.
III - APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef
4.11)
1. Ainda há apóstolos?
2. Apóstolos fora dos doze.
3. O ministério apostólico
atual.
COMENTÁRIOS UNIFICADOS
2014/2021
Lição 6 - O Ministério de Apóstolo
Lições Bíblica - 2º Trimestre
de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e
Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Henrique Luiz Henrique de Almeida Silva
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- Efésios
4-7-16
7 - Mas a graça foi dada a
cada um de nós segundo a medida do dom de CRISTO. 8 - Pelo que diz: Subindo ao
alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. 9 - Ora, isto — ele subiu
— que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terra?
10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas. 11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 -
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO, 13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e
ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura
completa de CRISTO, 14 - para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com
astúcia, enganam fraudulosamente. I5 - Antes, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO. 16 - do qual todo o corpo,
bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação
de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Revista Ensinador Cristão
CPAD, n°58. p.39.
Estudamos a respeito dos dons
espirituais de locução, poder e revelação nas primeiras cinco lições. A partir
desta, trataremos dos dons ministeriais relacionados em Efésios 4.11:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. O primeiro dom listado
por Paulo é o de apóstolo, vamos começar nosso estudo por ele. A primeira
indagação que, em geral, fazemos quando estudamos a respeito deste dom
ministerial é: "Ainda existem apóstolos?" Primeiro precisamos da
definição do vocábulo que significa literalmente enviado. De certa forma, todos
os crentes são enviados a pregar as Boas-Novas.
O colégio apostólico foi
único. Ele foi formado por JESUS no momento da escolha dos Doze que receberam o
nome de enviados. Como homem perfeito, JESUS tinha consciência de que não
poderia realizar sua missão sozinho.
Para ser apóstolo, um dos
requisitos era ter estado pessoalmente com CRISTO. Atualmente, de certa forma,
todos que creem em JESUS e já tiveram um encontro com Ele são apóstolos, pois
CRISTO, antes de ascender aos céus, declarou a todos os seus discípulos:
"Ide por todo o mundo" (Mc 16.15). A Igreja de JESUS tem uma missão
apostólica. O apóstolo é alguém enviado por JESUS CRISTO com uma mensagem
especial, servos de DEUS separados para uma missão específica, diferente dos
mestres, profetas e evangelistas. Estes receberam o dom ministerial, descrito
em Efésios 4.11. Podemos afirmar que os missionários são os apóstolos da
atualidade. O apostolado não é um título pomposo, especial, também não é um
cargo hierárquico. Ser apóstolo é ter uma missão específica a cumprir no Reino
de DEUS.
O apóstolo Paulo - Paulo teve
sérios problemas com os crentes de Corinto, pois alguns não reconheciam o seu
apostolado. Por isso, ele inicia a primeira carta aos Coríntios, declarando-se
apóstolo de JESUS CRISTO (1 Co 1.1). Paulo enfatiza que seu chamado se deu
"pela vontade de DEUS". Os orgulhosos crentes de Corinto não
aceitavam o apostolado de Paulo pelo fato dele não ter feito parte do colégio
apostólico. Todavia, Paulo teve um encontro pessoal com CRISTO no caminho de
Damasco (At 9). Este encontro mudou seu ser. A missão confiada a Paulo foi dada
pelo próprio Senhor JESUS At 9.15. Os próprios coríntios eram a marca do
apostolado de Paulo. Ele declara isso em 1 Coríntios 9.2.
Apóstolo e sevo - Aprendemos
com Paulo que ser apóstolo é ser um servo, um cooperador de DEUS no ministério
da reconciliação (2Co 6.1). Quem deseja o dom ministerial de apóstolo deve
seguir os passos de JESUS, estando sempre pronto para servir e não buscar ser
servido.
Lição 6 - O
Ministério de Apóstolo
Paulo foi escolhido por JESUS,
mas JESUS não saiu dizendo para todo mundo que escolheu Paulo. Então Paulo se
autoproclamou Apóstolo. Ele não foi escolhido como apóstolo pelos apóstolos ou
por alguma igreja.
Paulo não fazia parte do doze apóstolos. Paulo fazia parte dos apóstolos da
Igreja, junto com Barnabé, Tiago, irmão de JESUS, Andronico, Júnias etc... hoje
existem vários apóstolos na Igreja.
A AMIAORIA DA IGREJA DE SUA ÉPOCA NÃO O ACEITAVA COMO APÓSTOLO E NEM O
RECONHECEU COMO APÓSTOLO. PORÉM O QUE IMPORTA É COMO SOMOS CONHECIDOS NO CÉU.
Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois
o selo do meu apostolado no Senhor. 1 Coríntios 9:2
Meus comentários - Pr.
Henrique
INTRODUÇÃO
Dons ministeriais
E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores, Efésios 4:11
Pessoas
dadas a igreja por JESUS CRISTO;
Corpo
humano tem 5 sentidos, na cabeça é onde está o cérebro que o controla;
Corpo de
CRISTO tem 5 ministérios, na cabeça é onde está quem controla tudo, CRISTO.
DIFERENÇA
ENTRE TÍTULO ECLESIÁSTICO E MINISTÉRIO DADO POR CRISTO
Títulos
eclesiásticos é um obreiro (incluindo professores de EBD), diácono, presbítero,
evangelista e pastor, todos escolhidos por pessoas sem confirmação de DEUS que
confirma ministério com sinais prodígios e maravilhas. Talvez 90% dos obreiros
(incluindo professores de EBD), diáconos, evangelistas e, pastores nunca foram
escolhidos por JESUS, apenas foram escolhidos por seus líderes.
OLHA UMA
ESCOLHA DE DEUS Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso
escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de
Israel. Atos 9:15 -Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e
doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e
Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao
Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as
mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a
Selêucia e dali navegaram para Chipre. Atos 13:1-4 Os sinais do meu apostolado
foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e
maravilhas.
2 Coríntios 12:12 E DEUS, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas
extraordinárias, Atos 19:11
Um título
eclesiástico é uma honra. Aquele que recebe deve orar, jejuar, estudar a Bíblia
e evangelizar tendo fé em DEUS e seu poder. Buscando a confirmação de seu
ministério. Eu já trilhei por esses caminhos (fui diácono, presbítero,
missionário, pastor) até que tomei a decisão de crer em DEUS e em seu poder -
foi quando disse a Ele que queria que onde eu estivesse Ele estivesse comigo
confirmando minha pregação e ensino com sinais, prodígios e maravilhas.
E eles,
tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
Objetivo
dos ministérios - Trabalho de edificação da igreja e evangelização mundial
querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que
não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de
doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
CRISTO, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as
juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para
sua edificação em amor. Efésios 4:12-16
Todos os
dons ministeriais são iguais em importância
Se faltar
algum sentido ao corpo humano, haverá grande prejuízo ao funcionamento de todo
corpo;
Se faltar
algum ministério na igreja (corpo de CRISTO na Terra), haverá grande prejuízo
ao funcionamento de toda a Igreja.
Primeiro
Dom Ministerial é o de Apóstolo (enviado)
JESUS deu
homens à igreja. Ministérios são funções específicas de liderança para servir e
não para serem servidos.
JESUS deu
apóstolos à igreja, tanto no início da Igreja, como em toda sua trajetória.
Disse-lhes,
pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu
vos envio a vós. João 20:21
Assim como
tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. João 17:18
Eu não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em
mim João 17:20
Primeiro
colegiado formado pelos apóstolos:
Ora, os
nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André,
seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu;
Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu (sendo este substituído
por Matias - E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E, por voto
comum, foi contado com os onze apóstolos. Atos 1:26). Mateus 10:2-4
Paulo foi
apóstolo do segundo colegiado quando os apóstolos do primeiro colegiado ainda
estavam vivos. Na convenção que houve em Jerusalém registrada no capítulo 15 de
Atos ninguém da liderança da igreja em Jerusalém se levantou contra o
apostolado de Paulo, mesmo porque DEUS confirmava o apostolado de Paulo com
sinais, prodígios e maravilhas. Além de Paulo, Barnabé, Tiago, irmão de JESUS,
Andrônico e Júnia, foram também denominados apóstolos.
O próprio
Paulo reconhece Matias como apóstolo substituto de Judas, o traidor.
1Corintios
cap. 15 e vers. 5 diz: e foi visto por Cefas e depois pelos DOZE, e no
versículo 8 Paulo diz que JESUS apareceu a ele próprio por último (fazendo
distinção dos 12), indicando que JESUS apareceu primeiro aos 12 no verso 5.
A quem
Paulo se referiu em respeito aos 12?
Paulo
aparece no verso 8 como distinto dos 12, então a resposta é óbvia, não era
Judas Iscariotes pois ele não viu o CRISTO ressurreto e se perdeu,
suicidando-se, portanto Matias viu, e quando Paulo fala que os 12 viram, já
haviam feito a substituição de Judas por Matias, pelo motivo de se referir aos
12 e não aos 11, Paulo reconheceu ser Matias dos 12.
Pergunta da lição 6.
Se o dom de
apóstolo é atual, quem são os apóstolos nossos?
O apóstolo Paulo liderava homens de DEUS como Timóteo, Tito, etc....
O apóstolo Paulo escrevia edificações, exortações e consolações aos seus
liderados, Chamava a atenção de alguns e corrigia outros.
Por que não temos ninguém em nossa igreja com nome de apóstolo?
Existem vários apóstolos na
Igreja hoje, porém não são reconhecidos pela Igreja. Por isso mesmo existem
muitos que fazem como Paulo que recebeu o chamado de JESUS e se autoproclamou
apóstolo.
Encontramos na Bíblia, no Novo
Testamento, além dos apóstolos do primeiro colegiado que andaram com JESUS, os
apóstolos seguintes da igreja, como Paulo, Barnabé, Tiago, irmão de JESUS,
Andronico e Júnia, entre outros.
At 14:14 Ouvindo, porém, isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram os seus
vestidos, e saltaram para o meio da multidão, clamando.
Gl 1:19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do SENHOR.
Rm 16:7 Saudai a Andrónico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na
prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em
CRISTO.
Assim como
o corpo humano possui 5 sentidos e para funcionar bem, de acordo com o plano de
DEUS, devem esses 5 sentidos estarem em pleno funcionamento e em concordância
com o restante do corpo; assim também a igreja, o corpo de CRISTO na terra,
possui 5 ministérios que deverão estar em pleno funcionamento e em concordância
com o restante do corpo para produzirem de acordo com o plano de DEUS, fazendo
a obra de DEUS com poder e com excelentes resultados - Almas para CRISTO e
edificação da Igreja..
assim nós,
que somos muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente somos
membros uns dos outros. Romanos 12:5
Primeiros
apóstolos formavam o primeiro colégio apostólico - Fundamento da igreja. Deram
início à igreja de CRISTO na Terra logo após serem batizados no ESPÍRITO SANTO
- edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS
CRISTO é a principal pedra da esquina; Efésios 2:20
Outros
apóstolos - ministérios - pessoas dadas à igreja já formada pelos apóstolos do
primeiro colégio apostólico.
Exemplos:
Paulo (“o menor dos apóstolos” - 1 Co.15.9; Rm 1.1; 2 Co 1.1), Barnabé (At
14.14). Havia “outros apóstolos”, a que Paulo se referia em sua carta aos
romanos (Rm 16.7) e em outras epístolas (G1 1.19; 1 Ts 2.6,7).
O apóstolo
é um enviado por JESUS CRISTO para pregar o Evangelho em áreas ainda não
alcançadas, é um desbravador que vai abrir o trabalho em local ainda não
evangelizado. Evidente é que nas modernas metrópoles há espaço para apóstolos
devido à falta de penetração do evangelho por parte de nossas tradicionais
igrejas. O apóstolo Paulo gostava de permanecer mais tempo em cidades grandes,
como Filipos, Éfeso e Corinto, por exemplo. Creio que a maioria dos apóstolos
modernos que surgiram no Brasil, são apóstolos mesmo no sentido correto do
ministério, a maioria tem exercido seu ministério apostólico através da mídia,
o meio mais eficaz de se pregar o evangelho nos dias atuais. DEUS os abençoe
pelos milhões de salvos que estes têm ganhado para JESUS em nossa nação.
Existe 13º
apóstolo? Paulo foi esse 13º apóstolo? NÃO.
É
necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o
Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao
dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha
da sua ressurreição. Atos 1:21,22 - PAULO NÃO CUMPRE ESSES QUISITOS (não esteve
com JESUS vivo num corpo humano, não esteve no batismo de João Batista, não foi
testemunha ocular da ressurreição de JESUS).
Não existe
13º apóstolo no primeiro colégio apostólico. A discussão é em torno de se
admitir Paulo ao invés de Matias no colégio apostólico. Uns acham que a escolha
dos apóstolos foi errada e não estava de acordo com a vontade de DEUS. Muitos
acham que tirar sortes não indicaria a pessoa certa. Muitos acham que Paulo é o
12º apóstolo porque teve um encontro pessoal com JESUS, aprendeu muito do
próprio JESUS e testificou da ressurreição de JESUS. Eu vejo que Paulo teve
especial tratamento por parte de DEUS, é o homem mais importante da bíblia para
mim, depois de JESUS, mas, para mim, ele foi um apóstolo à parte, de um
ministério totalmente diferente dos outros primeiros apóstolos. Se os apóstolos
foram escolhidos como representantes de Israel na Nova Aliança, Paulo foi
escolhido como apóstolo dos gentios, de um ministério voltado para todos os
povos que se arrependem de seus pecados e são salvos pela graça de DEUS. Paulo,
como precursor desse apostolado aos gentios tinha mesmo que ser especial em
todos os sentidos. Paulo pertence ao segundo apostolado, juntamente com
Barnabé, e os irmãos de JESUS (Tiago e Judas).
Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando Atos 14:14
E não vi a
nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. Gálatas 1:19
Para mim
"o que desligares na terra será desligado no céu" Os próprios
apóstolos escolheram já que agora tinham autoridade para isso, dada pelo
próprio CRISTO, assim como depois tomaram várias decisões sobre o andamento da
igreja e até mesmo sobre o que deveria ser proibido aos gentios, no primeiro
concílio da igreja (Atos 15). Matias tinha as credenciais necessárias e tinha a
autoridade dada pelos apóstolos que agora eram os representantes legais de
CRISTO na terra.
Paulo era o
mais importante e mais credenciado para o novo ministério apostólico aos
gentios e assim ficou como o primeiro desse novo apostolado e não do primeiro
colégio apostólico.
Se nós
aceitarmos que Paulo é o 12º apóstolo vamos ter que aceitar que hoje existem
apóstolos do primeiro colégio apostólico, pois muitos apóstolos hoje alegam
terem se encontrado com CRISTO e terem recebido revelações Dele. Sendo que os
católicos apostólicos romanos querem dizer que o papa é substituto de Pedro e
de seu apostolado. Vamos concordar com eles? Creio que não. Seria o mesmo que
concordar com a reencarnação, doutrina totalmente antibíblica.
Se JESUS
sabia que Judas o trairia e que os discípulos colocariam Matias em seu lugar, é
evidente que se isso não tivesse apoio de DEUS, JESUS já teria deixado uma
ordem para os discípulos para substituírem Judas por Paulo, por exemplo, ou por
alguém, no caso, que eles conheceriam depois. Chance para isso ELE teve logo
após ressuscitar e passar 40 dias aparecendo aos discípulos. Não, ELE não deu
instruções sobre isso a nenhum apóstolo de seu primeiro colégio apostólico.
Matias era escolha de DEUS confirmada pelos apóstolos, mesmo sendo
com a ajuda de um artifício de sortes, no momento, o único que conheciam e que
confiavam que DEUS estava no controle. O importante aí não é o meio que usaram,
pois poderiam escolher tanto José como Matias, ambos com qualificações para
exercer a função. Usaram o método de tirar sortes apenas para saber qual dos
dois e não para saberem se era para escolher outro no lugar de Judas. Isso já
estava escrito na bíblia. creio que quem inspirou Pedro a fazer isto foi o ESPÍRITO
SANTO que estava nele desde o dia em que JESUS assoprou sobre eles e disse:
"Recebei o ESPÍRITO SANTO" (João 20:22). Portanto, já tinham o
ESPÍRITO SANTO a lhes guiar.
Paulo ao
escrever 1Corintios cap. 15 e vers. 5 diz: e foi visto por Cefas e depois pelos
DOZE, e no versículo 8 Paulo diz que JESUS apareceu a ele próprio por último
(fazendo distinção dos 12), indicando que JESUS apareceu primeiro aos 12 no
verso 5.
A quem
Paulo se referiu em respeito aos 12?
Paulo
aparece no verso 8 como distinto dos 12, então a resposta é óbvia, não era
Judas Iscariotes pois ele não viu o CRISTO ressurreto e se perdeu, portanto
Matias viu, e quando Paulo fala que os 12 viram, já havia feito a substituição
de Judas por Matias, pelo motivo de se referir aos 12 e não aos 11, e Paulo
reconheceu ser Matias dos 12.
Atualmente
percebemos que o ESPÍRITO SANTO continua a distribuir, os “dons espirituais”,
“repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11), e também JESUS
continua concedendo diversos ministérios à igreja, através de homens que ELE
mesmo escolheu ( Ef 4.11) e capacitou. O ESPÍRITO SANTO confirma esta chamada
com sinais, prodígios e maravilhas que executa através destes ministérios.
Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
A JESUS
Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais,
que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22
E Estêvão,
cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8
E muitos
sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam
todos unanimemente no alpendre de Salomão. Atos 5:12
Então, toda
a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes
sinais e prodígios DEUS havia feito por meio deles entre os gentios. Atos 15:12
E eles,
tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
testificando
também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do
ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
Um dos
maiores equívocos, cometidos por muitos líderes de igrejas, nos dias presentes,
é o de entender que o título de “Apóstolo” lhes confere posição hierárquica
superior ao de pastor, evangelista, profeta ou mestre. Já são conhecidos
exemplos diversos de obreiros, que eram detentores do título de “pastor”, devidamente
ordenados por seus ministérios ou convenções, os quais arrogaram para si o
título de “apóstolo”, com o objetivo de se colocarem em posição ministerial
“superior”. Procedimento totalmente fora de propósito ou de fundamento
escriturístico. Esquecem-se tais “apóstolos”, que a maior função, no ministério
de CRISTO, é o de “servo fiel” (Nm 12.7; Hb 3.5; Mt 25.21-23). Também nos
lembremos de que Pastor não é maior que apóstolo, nem que evangelista, nem que
profeta, nem que mestre. Todos são ministros de CRISTO e estão a serviço do
corpo de CRISTO cuja cabeça é CRISTO.
Primeiro
Colégio Apostólico:
PRIMEIRO
GRUPO
Simão
Pedro------------------------------------O homem de pedra
André----------------------------------------------Irmão
de Pedro
Tiago e
João------------------------------------Filhos de Zebedeu, e filhos do trovão
SEGUNDO
GRUPO
Filipe----------------------------------------------O
inquiridor sincero
Bartolomeu
ou Natanael-------------------O israelita em quem não havia dolo
Tomé---------------------------------------------O
melancólico
Mateus-------------------------------------------O
publicano (assim chamado apenas por si mesmo)
TERCEIRO
GRUPO
Tiago
(filho) de Alfeu--------------------------(Marcos 15.40?)
Lebeu. ou
Tadeu, ou Judas de Tiago----O discípulo que tinha três nomes
Simão----------------------------------------------O
zelote
Judas, o
homem de Queriote--------------O traidor - Substituído por Matias.
Note que
mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de apóstolos,
os apóstolos do colégio apostólico nunca os desautorizaram e nem os condenou
por isso, Paulo até foi reconhecido por eles. Claro que foram aceitos como
apóstolos de ministério e não como os doze do primeiro colégio apostólico,
incluindo aí Matias.
COMENTÁRIOS
INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, estudaremos acerca dos dons ministeriais, que identificam uma diversidade enorme de funções, ofícios e atividades, de homens, chamados por DEUS, e designados pela igreja local, para exercerem a operacionalidade de serviços ou ministérios.
Os dons
ministeriais são indispensáveis ao “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de CRISTO” (Ef 4.12). Neste estudo, o
texto básico para referência é o capítulo 4, da epístola de Paulo aos Efésios.
Se alguém é
chamado por JESUS mesmo para ser evangelista, ele mesmo é um “dom”, assim como
sua função de evangelizar. E assim por diante, se alguém é chamado por JESUS
mesmo para ser Pastor ele mesmo é um “dom”, assim como sua função de pastorear.
É JESUS quem escolhe o ministro, que concede os que podem ser chamados de
“homens-dons” à igreja. Evidente que hoje temos escolhas eclesiásticas para o
ministério, não sendo um chamado do próprio JESUS com confirmação do ESPÍRITO
SANTO.
Por
isso, o apóstolo Paulo diz “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef
4.11). A expressão “ele mesmo deu” indica que o dom precede o ofício. Diz
Donald Gee: “Se ‘Ele concedeu, está fora de dúvida não poder haver ministério
divinamente ordenado sem o Seu dom”.
O primeiro
dom ministerial que estudaremos é o de apóstolo. Há uma controvérsia que
atravessa séculos acerca da atualidade do ministério de apóstolo. Há uma
corrente de estudiosos da Bíblia, que podemos chamar de “Cessacionistas”, a
exemplo do que ocorre com a atualidade dos dons espirituais do ESPÍRITO SANTO,
que também entende que o ministério apostólico “cessou” com os primeiros
discípulos de CRISTO. Outros entendem que ainda existem apóstolos, hoje, ainda
que numa conotação um tanto diferente dos primeiros doze apóstolos de CRISTO.
Além dos 12
apóstolos de CRISTO, que integraram o chamado “Colégio Apostólico”, vemos, no
Novo Testamento, que outros apóstolos foram levantados por DEUS, sem que nenhum
se considerasse sucessor de outro. Paulo e Barnabé não pertenciam ao “grupo dos
12”; mas eram apóstolos, credenciados por DEUS para realizar a missão que lhes
foi confiada (1 Co 1.1; Cl 1.1; At 13.46); Tiago, “irmão do Senhor”, também
recebia a qualificação de apóstolo (Gl 1.19).
(Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. Pag. 70-72.
Com vários
acréscimos e modificações do Pr. Henrique)
Observação
- Atualmente percebemos que o ESPÍRITO SANTO continua a distribuir, os “dons
espirituais”, “repartindo particularmente a cada um como quer” - 1 Co 12.11, e
também JESUS continua concedendo diversos ministérios à igreja, através de
homens que ELE mesmo escolheu e o ESPÍRITO SANTO confirmou com sinais,
prodígios e maravilhas- Ef 4.11).
Aquele que
desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as
coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, Efésios
4:10,13.
“os
apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres”. Diferentemente
do v. 7, onde se falava da distribuição de dons individuais para todos os
membros da igreja, Paulo aqui designa determinadas pessoas como dom de CRISTO.
Em vista da proximidade do presente trecho com Ef 1.20-23 é preciso chamar
atenção para o fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido” como
cabeça sobre a igreja toda. Logo CRISTO é a “dádiva principal” para sua igreja,
no seio da qual ele próprio “concede” determinadas pessoas.
De modo
diverso da listagem análoga em 1 Co 12.28-30, Paulo emprega aqui o artigo
definido para cada uma das pessoas. Isso permitiria concluir que na carta aos
Efésios não se trata da tarefa em geral, mas do grupo claramente delimitado de
representantes incumbidos do serviço específico. Essa diferença também é
constatável em relação a Rm 12.6s, onde são arroladas não as respectivas
pessoas, mas cada uma das atividades: profecia, diaconia, exortação, etc.
No mesmo
sentido Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos apóstolos e
profetas” e em Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante das demais
considerações em Ef 4.12ss, parece que essa ênfase se refere especificamente às
tarefas de proclamação, direção e ensino. Por isso não são mencionados aqui
outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1 Co 12.
Não se deve
esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons e as pessoas
agraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de modo que o
tratamento do conflito causado por fenômenos entusiastas é marcado por uma
clara premissa: isso diz respeito em 1 Co 12.8 à palavra da sabedoria e à
palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1 Co 12.28 “primeiramente a
apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A
combinação de “profetas e mestres” ocorre em At 13.1. Em 1Tm 2.7 (também em 2Tm
1.11). Paulo relaciona consigo mesmo o serviço de “pregador” (cf.
“evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota que também
esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e do
único Mediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de resgate,
é seguida pela transição para a investidura de Paulo como “arauto” desse evento
de salvação.
Segundo
esse pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, i. é, com pessoas
incumbidas e capacitadas que possuem uma relevância fundamental para a
construção e o crescimento da igreja. Trata-se aqui daqueles que proclamaram e
explicaram o evangelho da salvação em JESUS CRISTO de acordo com a situação
atual dos ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientes
igrejas através dessa palavra.
Nesse
contexto duas coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas pessoas
como “detentores de cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são presentes
do Senhor à igreja dele. Elas, por sua vez, receberam seus dons daquele que é o
verdadeiro presente para a igreja (Ef 1.23). Possuem importância fundamental
para a constituição da igreja, motivo pelo qual de forma alguma podem ser
arbitrariamente substituídos.
Ef 4.13 A
edificação, o crescimento do corpo de CRISTO, estão direcionados para um alvo
que é indicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar
literalmente alcançar um lugar (diversas vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19;
etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dos tempos chegou:
1 Co 10.11). Assim como aqui, em Fp 3.11 ela implica a atenta orientação rumo
ao alvo visado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre
os mortos”.
Eberhard
Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança (Com vários
acréscimos e modificações do Pr. Henrique).
A
Classificação dos Dons (Ef 4.11)
Nesta
passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários para a
expansão e sustento da igreja. CRISTO deu à igreja os apóstolos: (Obs. Minha –
Pr. Henrique - Plantadores de igrejas - Os apóstolos eram os dirigentes. CRISTO
os investiu com dons extraordinários, poder para operar milagres e uma
infalibilidade para anunciar sua verdade). Os missionários, se tivessem
autoridade apostólica concedidos pela Igreja e dons do ESPÍRITO SANTO presentes
em seu ministério, se fosse enviado só para locais sem crentes, poderiam ser
considerados hoje como apóstolos.
Sendo eles
colocados para darem testemunho do CRISTO vivo através dos seus milagres e
doutrina, Ele os enviou a espalhar o evangelho e a implantar e governar
igrejas;
Os profetas
tinham o seu dom especial era o de ministério inspirado (Palavra de sabedoria -
revelação do futuro - Atos 11.28 e 21.11 - e de conhecimento – revelação de
fatos que ocorriam sem o conhecimento geral, dom da fé para ressuscitar mortos,
curas e milagres; Os evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam de lugar
em lugar para ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito semelhante
como se faz hoje e eram tremendamente usados em curas e expulsão de demônios,
milagres e dom da fé; Pastores de um rebanho de comunicantes; a palavra grega
(poimen) empregada aqui significa, literalmente, “pastor de ovelhas”. A tarefa
dos pastores é alimentar o rebanho e protegê-lo dos perigos espirituais – eram
conselheiros e organizadores do trabalho da igreja – neles operava muito o dom
de discernimento de espíritos para julgarem as profecias e descobrirem falsos
mestres e falsos profetas o meio da igreja; doutores representam uma classe de
responsabilidade grande na área do ensino da igreja – Neles operava neles os
dons de curar, a profecia, as línguas e interpretação de línguas. Não é nada
fixado ou pré-determinado. Cada um busca o Dom melhor para equipar seu
ministério e o ESPÍRITO SANTO vai concedendo assim que necessário.
Os cinco
ministérios são concedidos pelo ESPÍRITO e dados por CRISTO à sua igreja.
Estes dons
ministeriais são dados para promover a edificação, exortação e consolação a
igreja e para evangelização eficiente. Uma vez mais, Paulo usa três frases,
cada uma iniciada com a preposição grega eis: 1) à unidade da fé; 2) a varão
perfeito; 3) à medida da estatura completa de CRISTO. Estas não são idéias
paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da realidade
da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução melhor do
versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade inerente
em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à
maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de CRISTO” (NEB).A
unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento
(cf. RA).
A varão
perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no
qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal
estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a
graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
Evidente que vão sendo
aperfeiçoados até o dia do arrebatamento, quando então seremos semelhantes a
CRISTO, nunca igual. Paulo procurava a santificação e a perfeição imitando a
CRISTO e ele mesmo confessa nunca a ter atingido completamente.
Nosso
objetivo é continuar nesta busca sempre.
Segui a paz
com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, Hebreus 12:14
Não que já
a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para
o que fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12
Willard H.
Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag.160-162. E algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique.
PASTOR -
MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO OU MINISTÉRIO DE CRISTO?
Pastor -
ministério eclesiástico (humano)- escolhido por homens.
Pastor
- Dom de CRISTO - Ministério ou pessoa dada por CRISTO a igreja -
(Sobrenatural, confirmado por DEUS com sinais, prodígios e maravilhas
Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12.
Varões
israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS
entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22.
testificando
também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do
ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
QUANDO A
ESCOLHA É FEITA POR DEUS É CONFIRMADA POR SINAIS PRODÍGIOS E MARAVILHAS.
I - O
COLÉGIO APOSTÓLICO
Primeiro colégio
apostólico:
Ora, os
nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André,
seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu;
Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. Mateus 10:2-4
1. O termo
“apóstolo”.
(Strong português) - αποστολος - apostellein - apóstolos - Em hebraico shalah
1) um delegado, mensageiro, alguém enviado com ordens
1a) especificamente aplicado aos doze apóstolos de CRISTO (primeiro colegiado)
1b) num sentido mais amplo aplicado a outros apóstolos cristãos eminentes
(segundo colegiado e até nossos dias)
1b1) Barnabé e Paulo (At 14.14)
1b2) Andrônico e Júnia (Rm 16:7)
1b3) Irmãos
de JESUS, Judas (Mt 13.55; Jd 1.1) e Tiago (Gl 1.19; At 15.13).
E algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique.
Na língua
grega, em que foi escrito o Novo Testamento, a palavra apóstolo tem o
significado de um enviado, um mensageiro ou um delegado. “Apóstolos. Um
delegado; especialmente um embaixador do evangelho; oficialmente, uma pessoa
comissionada por CRISTO [um apóstolo’] (com poderes miraculosos): — apóstolo,
mensageiro, aquele que é enviado”.
Essa é a
conceituação de apóstolo, em seu sentido original. Apóstolo não é qualquer
pessoa que “vai” ou que é mandada por alguém, numa visão humana. “O apóstolo é
enviado por CRISTO do mesmo modo pelo qual foi Ele enviado pelo Pai; e pelo
menos com algo quanto de tudo implica autoridade e poder, e graça e amor”.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 72.
O termo
grego apóstolos vem de αποστολος - Apostellein - apóstolos, no grego - do verbo
apostellein, “enviar”, “remeter”. A Septuaginta utiliza o grego apóstolos para
traduzir o hebraico shalah e seus termos derivados. O substantivo e o verbo são
usados pela LXX para traduzir o hebraico shalah e seus derivativos. Estas
palavras gregas e hebraicas são ocasionalmente usadas para mensageiros com
ênfase naquele que envia, de forma que o agente se toma uma extensão da
personalidade e da influência do mestre (Gn 45.4-8; 1 Rs 14.6). K. H.
Rengstorf, T. W. Manson e outros tentaram rastrear a palavra do NT e chegar ao
termo judaico shaliah (usado em relação a um representante cujas funções não
podem ser transferidas; representante da autoridade religiosa, seja de um
indivíduo ou de um grupo; agente de DEUS). A palavra Apostolos, usada para
“mensageiro” ou “agente”, também é encontrada no grego clássico (Heródoto i.21;
v. 38; cf. Eurípedes, Iphigeneia in Aulis, 688). No NT a palavra “apóstolo” é
usada tanto em um sentido amplo quanto estrito. Todo apostolado é centrado em
JESUS, que é o Apóstolo (Hb 3.1-6) enviado por DEUS para ser o Salvador do
mundo (1 Jo 4.14). Embora João não use o substantivo, ele frequentemente usa o
verbo e descreve as funções do Senhor JESUS como o Apóstolo de DEUS. Ele foi
enviado por DEUS (Jo 7.28,29; 8.42) para falar as palavras de DEUS (3.34), para
fazer as obras (5.36; 6.29) e a vontade (6.38) de DEUS, para revelar a DEUS
(5.37-47), para dar a vida eterna (17.2,3). Todo o apostolado subsequente tem
seu centro em DEUS através de JESUS CRISTO (Jo 17.18-26; 20.21-23) e é mediador
de CRISTO em palavra e pessoa (Mt 10.40; Lc 10.16).
Mateus e
Marcos usam o termo “apóstolo” apenas uma vez para se referirem aos doze que
foram enviados em uma viagem missionária (Mt 10.2; Mc 6.30). Aqui, este termo
designa uma função ao invés de uma posição. Durante o ministério de JESUS, os
doze não eram, a princípio, mensageiros, mas, homens selecionados que foram
iniciados no reino vindouro e, portanto, consideravam seu dever conclamar o
povo de Israel ao arrependimento e, em última análise, julgá-lo (Mt 19.28-30).
Lucas, frequentemente, e quase que exclusivamente, chama os doze de “apóstolos”
(Lc 6.13; 9.10; 17.5; 22.14; 24.10; At 1.26; 2.43; 4.35,37; 5.2,12,18; 8.1.
Exceções: Lc 11.49; At 14.4,14). Os apóstolos foram testemunhas oculares das
atividades de JESUS na terra e consequentemente testificaram que JESUS era o
Senhor ressurreto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1- 3). Os pré-requisitos para a
substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22.
É
necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o
Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao
dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha
da sua ressurreição. Atos 1:21,22
A lista de
apóstolos de Lucas (Lc 6.14- 16; At 1.13) corresponde à lista dos doze dadas em
Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19.
Mateus
lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por JESUS, Tadeu (em
Mateus e Marcos) era idêntico a Judas o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago
e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no
episódio da transfiguração (Mt 17,1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Getsêmani
(Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os
companheiros de JESUS e proclamar o Evangelho (Mc 3.14). Durante o ministério
de JESUS, os doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada
por outros (Lc 10.1).
Aparentemente, a posição dos apóstolos não foi fixada permanentemente antes da
ressurreição (Mt 19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.15- 18). O CRISTO ressurreto
fez deste grupo seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição,
apóstolos e testemunhas permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como
missionários, os instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc
24.46- 48), e completou o processo com o envio do ESPÍRITO SANTO no Pentecostes
(Lc 24.49; At 1.1-8; 2.1-13) e capacitação com Dons do ESPÍRITO SANTO daí para
frente. No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensinadores e
líderes da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O
apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha
iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.1-11.18), Tiago o
substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios.
Paulo usa o
termo “apóstolo” em um sentido amplo para um mensageiro ou agente (2 Co 8.23;
Fp 2.25; e possivelmente em Rm 16.7). Geralmente, porém, Paulo usa a palavra
para um grupo de testemunhas que havia visto o Senhor ressurreto e que havia
recebido um chamado específico para um apostolado. Este grupo era maior que os
doze (At 15.5,6). Incluído neste grupo estava Tiago, o irmão do Senhor (At
15.13; Gl 1.19), Paulo (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 9.1,2; 15.8-10; Gl 2.7,8),
provavelmente Barnabé (1 Co 9.1-6; Gl 2.9; cf. At 14.4.14), Tiago, irmão do
Senhor (Gl 1.19; At 15.13) e possivelmente outros (Rm 16.7). No entanto, o
Senhor ressurreto, de quem Paulo se tornou uma testemunha é idêntico ao JESUS
histórico de quem os doze também testemunharam. Consequentemente, a proclamação
de Paulo deve ser idêntica à dos doze (1 Co 15.11; Gl 1.18; 2.7-10; cf. At 15).
João enfatiza a obra do ESPÍRITO que testemunha através das palavras dos
apóstolos (Jo 15.26,27). Através da pregação do Evangelho, JESUS CRISTO, o
Senhor ressurreto, é contemporâneo aos ouvintes, e os coloca no mesmo patamar
das testemunhas oculares (cf. 1 Co 3.21-23).
Os membros da igreja são sacerdotes, reis, servos de DEUS e santos que usam
seus dons para a edificação da igreja como um todo (1Co 12.1-11; 1 Pe 2.9; Ap
1.6; 5.8,10; 7.3), pregam e ensinam o evangelho e, como os apóstolos, são
mediadores de CRISTO Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48) e reinarão com Ele (Ap
3.21).
Os
apóstolos, porém, através do testemunho de sua palavra, sempre serão a norma e
os arautos do fundamento sobre o qual CRISTO edifica a sua igreja (Ef 2.20; Ap
18.20; 21.14). Os apóstolos são as primeiras dádivas de CRISTO para a sua
igreja (Ef 4.11) e os ministros estabelecidos por DEUS na igreja (1 Co
12.28,29).
Dicionário
Bíblico Wycliffe E algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr.
Henrique.
2- O
colégio apostólico. (prefiro usar primeiro colégio apostólico)
Entende-se por “Colégio apostólico” o grupo dos 12 primeiros discípulos de JESUS, que foram convidados por Ele para dar início ao seu ministério terreno. Primeiramente, Ele os fez discípulos ou seguidores. JESUS foi o Apóstolo Líder do Grupo dos Doze. Ele foi enviado pelo Pai (Jo 20.21). Foram três anos aproximadamente, em que eles aprenderam as verdades de DEUS com o maior Mestre da História. Após o seu discipulado, aos pés de CRISTO, e o recebimento do batismo com o ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; At 1.8), aqueles 12 foram enviados para proclamar o evangelho, ou as Boas-Novas de salvação (Lc 6.13). Eles constituíram a base ministerial para o crescimento, o desenvolvimento e a expansão do Reino de DEUS e da Igreja de CRISTO, por todo o mundo. Eles aprenderam com JESUS, usando o poder de DEUS para confirmar tanto seus ministérios apostológicos quanto a Palavra de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20. Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 72-73. E algumas adaptações, mudanças
e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique.
A escolha
que JESUS fez dos doze discípulos que gradualmente se reuniram ao seu redor é
uma importante referência na história do evangelho.
Tal ato
divide o ministério do nosso Senhor em duas partes provavelmente muito
semelhantes quanto à duração, mas diferentes quanto à extensão e a importância
do trabalho realizado em cada uma. No período inicial JESUS trabalhou sozinho;
suas obras milagrosas estavam confinadas a uma área limitada, e seu ensino era,
em sua maior parte, de caráter elementar. Mas na ocasião em que os doze foram
escolhidos, a obra do reino "assumiu dimensões que requeriam organização e
divisão de trabalho. O ensino de JESUS estava começando a ser de natureza mais
profunda e elaborada, e suas atividades beneficentes estavam crescendo muito.
E provável
que a escolha de um número limitado de discípulos para ser seus companheiros
íntimos e constantes tenha se tornado uma necessidade para CRISTO, em
consequência de seu próprio sucesso ao fazer discípulos. Seus seguidores eram
tão numerosos a ponto de serem um impedimento aos seus movimentos,
especialmente nas longas jornadas que marcam a parte posterior de seu
ministério. Era impossível que todos os que criam pudessem então continuar a
segui-lo de modo literal, para onde quer que Ele fosse: o grande número de
pessoas agora poderia ser apenas de seguidores ocasionais. Mas era seu desejo
que alguns homens escolhidos estivessem consigo em todos os momentos e em todos
os lugares — seus companheiros de viagem em todas as suas jornadas,
testemunhando toda a sua obra e ministrando às suas necessidades diárias. E
assim, nas palavras singulares de Marcos: “E subiu ao monte e chamou para si os
que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele...”.
Estes doze,
contudo, como sabemos, deveriam ser mais que meros companheiros de viagem ou
servos comuns do Senhor JESUS CRISTO. Eles deveriam ser, então, aprendizes da
doutrina cristã, e ocasionais cooperadores das obras do reino, e mais tarde
agentes treinados, escolhidos por CRISTO para propagar a fé depois que Ele
deixasse a terra. A partir do momento em que foram escolhidos, de fato, os doze
iniciaram um aprendizado regular para o grande ofício do apostolado, no curso
do qual deveriam aprender, na privacidade de um relacionamento íntimo diário
com seu Mestre, como deveriam ser, agir, crer, e ensinar como suas testemunhas
e seus embaixadores no mundo. Doravante o treinamento desses homens deveria ser
uma parte constante e proeminente da obra pessoal de CRISTO. Ele os orientava à
noite a respeito do que deveriam falar de dia, e falava aos seus ouvidos o que
nos anos posteriores anunciariam publicamente.
A ocasião
em que ocorreu essa eleição (embora não se conheça tal data com precisão) é
fixa em relação a certos eventos-chave da história do evangelho. João se refere
aos doze como uma companhia organizada na ocasião em que o Senhor realizou o
milagre de alimentar mais de cinco mil pessoas, e do discurso sobre o Pão da
vida na sinagoga de Cafarnaum, proferido pouco tempo após aquele milagre. Desse
fato aprendemos que os doze foram escolhidos pelo menos um ano antes da
crucificação; pois o milagre da multiplicação dos alimentos ocorreu, de acordo
com o quarto evangelista, logo após a festa da Páscoa. A partir das palavras
ditas por JESUS aos homens que havia escolhido, transmitindo a sua pergunta em
relação à fidelidade devida a ele depois da multidão tê-lo abandonado: “Não vos
escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo”, concluímos que a escolha não
era tão recente. Os doze haviam estado juntos durante tempo suficiente para dar
ao falso discípulo a oportunidade de mostrar o seu verdadeiro caráter.
Voltando
agora aos evangelistas sinópticos, encontramo-los tentando estabelecer a
posição da eleição em referência a dois outros eventos ainda mais importantes.
Mateus fala pela primeira vez dos doze como um corpo distinto em relação à sua
missão na Galileia. Ele não diz, contudo, que foram escolhidos imediatamente
antes e com referência direta a tal missão. Antes, fala como se a fraternidade
apostólica já existisse anteriormente, sendo estas as suas palavras: “E,
chamando os seus doze discípulos...”
Lucas, por
outro lado, faz um relato formal da eleição, como um prefácio de seu relatório
do Sermão da Montanha, dando a impressão de que um evento ocorreu logo após o
outro. Finalmente, a narrativa de Marcos confirma o ponto de vista sugerido por
essas observações de Mateus e Lucas, isto é, os doze foram chamados pouco antes
da realização do Sermão da Montanha, e um tempo considerável antes de terem
sido enviados em missão para pregar e curar. Está escrito: “E subiu ao monte e
chamou para si os que ele quis” — a subida obviamente se refere à ocasião em
que JESUS subiu antes de pregar seu grande discurso, subiu a orar antes de
escolher. Marcos continua: “E nomeou doze para que estivessem com ele e os
mandasse a pregar e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e
expulsar os demônios”. Aqui há uma alusão feita a uma intenção da parte de
CRISTO de enviar seus discípulos em uma missão, mas a intenção não é
representada e imediatamente executada. Nem pode ser dito que a execução
imediata esteja implícita, embora não tenha sido expressa; o evangelista faz um
relato da missão como consta em vários capítulos seguintes em seu Evangelho,
iniciando com estas palavras: “Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de
dois a dois...”. Era o treinamento na evangelização Veja que curas, expulsão de
demônios e milagres estavam incluídos (Curai os enfermos, limpai os leprosos,
ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Mateus 10:8).
Não
podemos determinar com exatidão em que período do ministério de nosso Senhor o
sermão em si deve ser precisamente alocado. Nossa opinião, contudo, é que o
Sermão da Montanha foi proferido próximo ao primeiro ministério prolongado de
CRISTO na Galileia, durante o tempo passado entre as duas visitas a Jerusalém
em ocasiões de festas mencionadas no segundo e no quinto capítulo do Evangelho
de João.
O número da
companhia apostólica é significativo e, sem dúvida, uma questão de escolha,
assim como a composição daquele grupo seleto. Um número maior de homens
elegíveis poderia ser facilmente encontrado no círculo de discípulos que, mais
tarde, não se tornou menor que setenta auxiliares na obra evangelística; e um
número menor pode ter servido a todos os propósitos presentes ou futuros do
apostolado. O número doze foi recomendado por óbvias razões simbólicas.
Do
número do grupo apostólico passamos para as pessoas que o compõem. Sete dos
doze — os primeiros sete na lista de Marcos e Lucas, presumindo que Bartolomeu
seja Natanael — são pessoas já conhecidas por nós. Dois dos cinco restantes — o
primeiro e o último — conheceremos bem à medida que avançarmos na história.
Tomé, chamado Dídimo ou o Gêmeo, aparece como um homem de coração terno, mas de
temperamento melancólico, pronto para morrer por seu Senhor, mas lento para
crer em sua ressurreição. Judas Iscariotes é conhecido em todo o mundo como o
Traidor. Ele aparece pela primeira vez nessa lista de apóstolos com o título
infame marcado em sua testa: “Judas Iscariotes, aquele que o traiu”. A presença
de um homem capaz de trair entre os discípulos eleitos é um mistério no qual
não devemos tentar penetrar. Meramente fazemos aqui uma observação histórica
sobre Judas — ele parece ter sido o único não galileu entre os doze. Seu
sobrenome veio aparentemente de seu lugar de origem, Queriote; e no livro de
Josué podemos constatar que existia uma cidade com tal nome na fronteira do sul
da tribo de Judá.
Os três
nomes que restam são extremamente obscuros. Tiago, filho de Alfeu. O próximo na
lista de Mateus e Marcos é apontado por muitos como sendo o irmão deste Tiago.
Lebeu e Tadeu dos dois primeiros Evangelhos, encontrarmos na lista de Lucas o
nome Judas “... de Tiago”. A elipse nesta designação foi preenchida pela
palavra irmão, e presume-se que o Tiago aludido seja Tiago, filho de Alfeu.
Independentemente de quão tentador esses resultados possam ser, não podemos
considerá-los como apurados, e devemos nos satisfazer com a ideia de que em
meio aos doze havia um segundo Tiago, além do irmão de João e filho de Zebedeu,
e também um segundo Judas, que novamente aparece como um interlocutor na
conversa de despedida entre JESUS e seus discípulos na noite anterior à
crucificação, cuidadosamente distinguido do traidor, pelo evangelista, através
da anotação parentética: “não o Iscariotes”. Este Judas, que é o próprio Lebeu
ou Tadeu, foi chamado de discípulo de três nomes.
O discípulo
a quem reservamos o último lugar, como aquele que fica no topo de todas as
listas, é Simão. Este segundo Simão é desconhecido, enquanto o primeiro é
notório, porque não é mencionado na história do evangelho, exceto nas listas
dos apóstolos; e assim, pouco se sabe a respeito dele, o apelido anexado ao seu
nome leva a uma informação curiosa e interessante. Ele é chamado de kananita
(não de cananita), o que é uma designação política e não geográfica, como
consta no termo grego que Lucas usou para substituir o termo hebraico, chamando
o discípulo do qual falamos de Simão, o zelote. Este apelido, zelote, relaciona
Simão indiscutivelmente ao famoso partido que surgiu da rebelião sob a
coordenação de Judas nos dias da taxação, aproximadamente vinte anos antes do
início do ministério de CRISTO, quando a Judéia e Samaria ficaram sob o comando
direto do governo de Roma, e o censo populacional foi feito com a intenção de
se impor uma tributação subsequente.
Que
fenômeno singular foi a presença desse ex-zelote entre os discípulos de JESUS!
Dois homens não poderiam diferir mais em relação ao seu espírito, metas, e
pretensões do que Judas (o líder dos zelotes) e JESUS de Nazaré. Um era um
político descontente; o outro, completamente vencedor, daria a César o que era
de César. O primeiro desejava a restauração do reino de Israel, adotando como
lema: “Nós não temos um Senhor ou Mestre, exceto DEUS”; o segundo desejava a
fundação do reino que não era nacional, e sim universal; não deste mundo, e sim
“puramente espiritual”. Os métodos empregados pelos dois eram tão diferentes
quanto os seus objetivos e fins. Um havia recorrido às armas carnais de guerra,
a espada e o punhal; o outro confiava apenas na força bondosa e amável, porém
onipotente, da verdade.
Não sabemos
o que levou Simão a deixar Judas (o líder dos zelotes) para seguir JESUS; mas
ele fez uma troca feliz para si, pois anos depois o partido que ele abandonou
atraiu a ruína para si e seu país devido a seu patriotismo fanático,
inconsequente e inútil. Embora a insurreição de Judas fosse subjugada, o fogo
do descontentamento ainda queimava no peito dos seus adeptos; e com o tempo,
eclodiu na fogueira de uma nova rebelião, que fez surgir uma luta mortal contra
o poder gigantesco de Roma, e terminou na destruição da capital do judaísmo, e
na dispersão do povo judeu.
A escolha
desse discípulo para ser um apóstolo fornece uma outra ilustração do desprezo
de CRISTO pela sabedoria humana. Não era seguro transformar um ex-zelote em um
apóstolo, porque ele poderia ser o meio de transformar JESUS e os seus
seguidores em objetos de suspeitas políticas. Mas o Autor da nossa fé estava
disposto a correr este risco. Ele desejava ganhar tanto discípulos das classes
perigosas como das classes desprezadas, e queria que também estivessem
representados entre os doze.
É uma
surpresa agradável pensar que Simão, o zelote, e Mateus, o publicano, homens de
posições opostas, estivessem juntos e em comunhão naquele pequeno grupo de doze
pessoas. Na pessoa desses dois discípulos os extremos se tocam — o ex-coletor
de impostos e aquele que odiava os impostos: o judeu que não era patriota, que
havia se degradado ao se tornar um servo do governante estrangeiro, e o judeu
patriota, que se irritava com o domínio estrangeiro, e suspirava pela
emancipação.
Esta união
dos opostos não era acidental, mas havia sido designada por JESUS como uma
profecia daquilo que aconteceria no futuro. Ele desejava que os doze fossem a
igreja em miniatura ou como o seu embrião; e assim, Ele os escolheu para que a
distinção entre publicanos e zelotes não existisse, e então na igreja do futuro
não deveria haver nem gregos nem judeus, circuncisão ou incircuncisão, escravos
ou livres, mas somente CRISTO — Ele é tudo em todos e todos estão nele. Estes
eram os nomes dos doze conforme consta nas listas dos evangelistas. Quanto à
ordem são apresentados, examinando-se cautelosamente as listas, podemos
observar que elas contêm três grupos de quatro pessoas, e em cada um deles os
mesmos nomes são sempre encontrados, embora a ordem não seja a mesma. O
primeiro grupo inclui aqueles que são mais conhecidos, o segundo inclui aqueles
que são pouco menos conhecidos, e o terceiro inclui aqueles que são os menos
conhecidos de todos, exceto no caso do traidor, que ficou muito bem conhecido.
Pedro, a figura mais proeminente entre os doze, está no topo de todas as
listas, e Judas Iscariotes no rodapé, cuidadosamente designado, conforme já foi
observado, como o traidor.
E, quando
já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem
também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André,
seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de
Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que
foi o traidor. Lucas 6:13-16
Estes foram
os homens que JESUS escolheu para o acompanharem enquanto estivesse nesta
terra, e para dar continuidade à sua obra depois de sua partida. Estes são os
homens que a igreja celebra como “a companhia gloriosa dos apóstolos”. O louvor
é merecido; mas a glória dos doze não era deste mundo. Sob um ponto de vista
mundano, alguns podem considerá-los, de fato, uma companhia insignificante — um
grupo de pobres e iletrados galileus provincianos, totalmente desprezados,
privados das características sociais mais elevadas, com mínimas chances de
serem escolhidos por alguém que valorizasse as considerações da prudência.
Por que
JESUS escolheu tais homens? Teria Ele sido levado por sentimentos de
antagonismo por aqueles que possuíam vantagens sociais, ou uma predileção por
homens de sua própria classe? Não; sua escolha foi feita com base na verdadeira
sabedoria. Se Ele escolheu principalmente os galileus, não foi por preconceito
provincial contra aqueles do sul; se, como algumas pessoas pensam, Ele escolheu
dois ou mesmo quatro de seu próprio parentesco, não foi por nepotismo; se Ele
escolheu homens rudes, ignorantes, humildes, não foi movido pela inveja do
conhecimento, da cultura, ou da boa origem. Se qualquer mestre, homem rico, ou
governante estivesse disposto a se entregar sem reservas ao serviço do reino,
nenhuma objeção teria sido feita a ele em virtude de suas habilidades, posses
ou títulos. O caso de Saulo de Tarso, o pupilo de Gamaliel, prova a verdade
dessa afirmação. Nem mesmo o próprio Gamaliel poderia ter impedido que Paulo se
tornasse um discípulo do Nazareno. Mas sim! Nem ele nem nenhuma de suas ordens
chegariam tão longe. Por esta razão o desprezado Senhor não teve nenhuma
oportunidade de mostrar sua disposição de aceitá-los como discípulos e
escolhê-los como apóstolos.
A verdade é
que JESUS quis se contentar com pescadores, publicanos, e antigos zelotes como
apóstolos. Eles eram o melhor que se poderia obter. Aqueles que se consideravam
melhores, eram também muito orgulhosos para se tornarem discípulos, e por isso
se excluíram do que o mundo considera agora como a honra de serem os príncipes
escolhidos do reino. A aristocracia civil e religiosa se gabava de sua
descrença. Os cidadãos de Jerusalém se sentiram, por um momento, interessados
no jovem entusiasta que havia purificado o templo com um chicote de correias
curtas; mas a fé deles era superficial e sua atitude era defensiva, e por isso
JESUS não se entregou a eles, porque sabia o que havia no interior de cada um
deles. Alguns poucos eram simpatizantes sinceros, mas não estavam decididos
quanto ao seu ingresso na eleição para o apostolado. Nicodemos mal era capaz de
dizer uma tímida palavra apologética a favor de CRISTO, e José de Arimatéia foi
um discípulo “secretamente”, por medo dos judeus. Estes dificilmente seriam os
homens certos para ser enviados como missionários da cruz — homens tão presos
aos laços sociais e conexões partidárias, e tão escravizados pelo medo dos
homens. Os apóstolos do cristianismo devem ser feitos de material rígido.
E assim
JESUS preferiu optar pelos homens da Galileia: rústicos, porém simples,
sinceros e motivados. E Ele ficou bastante satisfeito com sua escolha, e
devotadamente agradeceu a seu Pai por ter-lhe concedido homens como esses.
JESUS não desprezaria a erudição, a posição, a riqueza, o requinte,
voluntariamente deixados em razão de seu serviço; mas preferia homens devotos
que não tivessem nenhuma dessas vantagens a homens não devotos que tivessem
todas elas. E com uma forte razão; isso importava muito pouco, exceto aos olhos
do preconceito contemporâneo, para o qual a posição social ou mesmo a história
prévia dos doze teria algum significado. O importante é que eram
espiritualmente qualificados para o trabalho que foram chamados a fazer. Ou
seja, o que importa não é o exterior do homem, mas o seu interior.
A. B.
BRUCE. O Treinamento dos Doze. Editora CPAD. pag. 44-54. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
E eis que
sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49
“Até que do alto sejais revestidos de poder”. Depois que o poder desceu, os
apóstolos não se tornaram menos racionais, porém mais racionais; não loucos,
mas sóbrios; não meros entusiastas inflamados e vazios, mas entusiastas
equilibrados, claros e dignos expositores da verdade divina, tal como o relato
de Lucas sobre o seu ministério. Em resumo, estavam prestes a ser diferentes
daquilo que foram no passado, e mais parecidos com o seu Mestre: e não mais
ignorantes, infantis, fracos, carnais, mas iniciados nos mistérios do Reino, e
habitualmente sob a direção do ESPÍRITO de graça e santidade. CURAS, SINAIS,
PRODÍGIOS E MARAVILHAS PASSARAM A FAZER PARTE DE SUAS VIDAS. ELES ENTENDERAM A
IMPORTÂNCIA DESSES SINAIS, CURAS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS, E PEDIRAM A DEUS QUE
ISTO ESTIVESSE SEMPRE COM ELES.
E, ouvindo
eles isto, unânimes levantaram a voz a DEUS e disseram: Senhor, tu és o que
fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há; que disseste pela
boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas
vãs? Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma contra o
Senhor e contra o seu Ungido. Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho
JESUS, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os
gentios e os povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu
conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora,
pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem
com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para
que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho JESUS. E, tendo
eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do
ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS. Atos 4:24-31
Tal poder
prometido era evidentemente indispensável para que fossem bem-sucedidos. Os
títulos oficiais não seriam o mais importante, e sob certos aspectos poderiam
ser vãos — apóstolos, evangelistas, pastores, professores, governantes; as
vestes clericais seriam vãs se a alma dos onze não fosse vestida com esta peça
de roupa do poder divino. Vãos, então, e igualmente vãos agora. O mundo PRECISA
ser evangelizado por homens investidos de autoridade e poder, que têm
experimentado o batismo no ESPÍRITO SANTO, que são capacitados com dons do
ESPÍRITO SANTO, e que estão visivelmente imbuídos do poder divino da sabedoria,
amor e zelo. O poder prometido era indispensável, e também era, em sua
natureza, algo a ser simplesmente esperado. Os discípulos foram instruídos a
esperar até que viesse. Não deveriam tentar fazer nada sem ele, nem tentar
alcançá-lo. Não poderiam sair de Jerusalém enquanto não recebessem. E foram
sábios o suficiente para seguir as instruções. Entenderam completamente que o
poder era necessário, e que não poderia ser alcançado, mas que deveria vir
sobre eles. Nem todos são igualmente sábios. Muitos virtualmente assumem que o
poder do qual CRISTO falou pode ser dispensado, e que, de fato, não é uma
realidade, mas uma quimera. Outros, mais devotados, acreditam no poder, mas não
na impotência do homem de investir-se dele por si mesmo. Estes tentam ganhar o
poder por meio de seu próprio trabalho, ou assumem para si e para outros uma
situação de frenesi e entusiasmo. O fracasso, mais cedo ou mais tarde, convence
essas pessoas de seus erros, mostrando que os resultados espirituais são
produzidos por algo mais do que eloquência, intelecto, dinheiro e organização;
mostra, também, que o verdadeiro poder espiritual não pode ser produzido, como
faíscas elétricas, por fricção ou estímulo, mas deve, soberana e graciosamente,
vir do alto.
A. B.
BRUCE. O Treinamento dos Doze. Editora CPAD. pag. 573-574. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
E, naqueles
dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de
quase cento e vinte pessoas), disse: Varões irmãos, convinha que se cumprisse a
Escritura que o ESPÍRITO SANTO predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que
foi o guia daqueles que prenderam a JESUS; porque foi contado conosco e
alcançou sorte neste ministério. Ora, este adquiriu um campo com o galardão da
iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se
derramaram. E foi notório a todos os que habitam em Jerusalém, de maneira que
na sua própria língua esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue.
Porque no Livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, e não
haja quem nela habite; e: Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que,
dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor JESUS entrou e
saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que dentre nós
foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição.
E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e
Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra
qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e
apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E,
lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E, por voto comum, foi contado
com os onze apóstolos. Atos 1:15-26
Sobre Judas
Iscariotes
Ao invés de
um destino sem-par, com CRISTO, em glória exaltada, Judas Iscariotes desceu ao
seu lugar exclusivo de punição. A expressão «...seu próprio lugar...» tem
deixado perplexos a muitos intérpretes, razão pela qual muitos sentidos
diversos têm sido vinculados à mesma.
Cada
indivíduo merece a sua própria recompensa ou retribuição, e esse galardão ou
castigo é distintivo para cada pessoa. Assim sendo, foi dito acerca de Judas
Iscariotes que ele foi para aquele lugar de castigo distintivamente seu, o «seu
próprio lugar». Ou seja, o inferno, lugar de tormento até o dia do juízo final,
quando será lançado no lago de fogo e enxofre (acréscimo meu - Pr. Henrique).
Sobre
Matias
Atos 1.26.
O método de «lançar sortes» consistia em colocar pedras ou tabuinhas, com nomes
escritos, em um vaso, o qual era sacudido até que um deles caísse. Aquele cujo
nome estivesse nessa pedra ou tabuinha, era considerado como a pessoa escolhida
por DEUS, porquanto pensava-se que de algum modo o Senhor DEUS é quem causara
aquela ação particular (nos lembremos de que ainda não eram batizados no
ESPÍRITO SANTO - poderiam ter perguntado diretamente a JESUS ou ao ESPÍRITO
SANTO).
(E.H. Plumptre, in loc.).
«...recair
sobre Matias...» Sem importar qual método de lançamento de sortes foi usado, o
resultado é que Matias foi considerado apóstolo por escolha divina, porquanto
se aceitou o fato de que DEUS havia dirigido o salto da sorte para fora do vaso
ou urna. Desse modo Matias tomou lugar, junto com os outros onze apóstolos, no
ofício apostólico.
Com base
nessa circunstância, ficamos sabendo da grande fé dos apóstolos na providência
divina, e que eles não criam que as coisas acontecessem por acaso.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 3. pag. 38; 40-41.
Atos 21/22
Pedro constata inicialmente as exigências imprescindíveis a um “apóstolo”. Um
“apóstolo” é acima de tudo uma “testemunha da ressurreição de JESUS”. A
ressurreição de JESUS é – obviamente mediante ligação indissolúvel com sua cruz
– o evento decisivo que realmente faz do evangelho um evangelho. Sem o
acontecimento do dia da Páscoa, o “cristianismo” jamais teria surgido no mundo.
Não teria significado extremo para nós e para o mundo todo o fato de que o ser
humano JESUS de Nazaré viveu, ensinou, curou, amou e sofreu, se esse JESUS não
tivesse sido despertado por DEUS e transformado em nosso “Senhor e CRISTO” (cf.
At 2.32-36; 3.13-15; 4.10-12; 13.38s; 17.30s). JESUS foi “designado Filho de
DEUS com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos”
(Rm 1.4). Essa ressurreição dentre os mortos, contudo, constitui ao mesmo tempo
o “impossível”, o humanamente inconcebível e por isso escandaloso, irritante e
ridículo (At 17.32). Por isso o testemunho originário do apostolado, fundador
da igreja, somente pode ser prestado nesse mundo alienado de DEUS por aquela
pessoa que presenciou pessoalmente o fato inaudito da ressurreição de JESUS e
que experimentou sua verdade. Essa ressurreição, porém, não é um evento isolado
em si. JESUS, e unicamente JESUS, é aquele que ressuscitou dentre os mortos,
subiu ao PAI e está à direita de DEUS intercedendo por nós! (Rm 8.34). E
precisamente JESUS é, como o Ressuscitado, de fato o Salvador glorioso de que
os pecadores precisam. Por isso a testemunha de sua ressurreição igualmente
precisa ter conhecido bem a JESUS pessoalmente.
Matias,
então, é “apóstolo” não como pessoa isolada e solitária, mas – já falávamos
disso – unicamente como membro do grupo de apóstolos. Por isso precisa ter
estado em contado desde o início com esse grupo a que deverá pertencer
integralmente. Ele deve exercer o ministério “conosco”.
Atos 25
Expõem diante de DEUS a necessidade resposta a suas orações. É o que podemos
fazer na oração. Judas se demitiu da “vaga neste ministério e envio”, para ir
“para seu próprio lugar”, i.é, para a perdição. O lugar vazio precisa ser
preenchido e assumido por outro.
Atos 26 O
Senhor deve decidir agora através do sorteio. O texto não deixa inequivocamente
claro se eles “lançam sortes por eles” (assim traduz A. Schlatter) ou se fazem
que os dois tirem a sorte. Seja como for, o sorteio indicou Matias como aquele
que foi eleito pelo Senhor, e “foi acrescentado aos onze apóstolos” [NVI].
Portanto,
tão vivos e múltiplos eram os acontecimentos no começo da igreja! Pedro age a
partir de si com sua própria autoridade. Na igreja existem homens que a
lideram. Mas então ele convoca a própria igreja para agir, depois que lhe
mostrou sobre o que deve dirigir sua atenção. E em oração a igreja entrega a
última decisão na mão do Senhor, recorrendo uma vez, aqui no começo, ao método
do sorteio. Não se implanta nenhum princípio, nem “episcopal”, nem
“democrático”, nem tampouco se estabelece um direito de gozar constantemente da
maravilhosa direção através do Senhor. De forma livre fez-se justiça a tudo,
conforme a respectiva situação demandava.
Será que a
igreja podia esperar durante anos por algo incerto? Para isso ela teria
necessidade de uma instrução clara do Senhor.
Sobretudo,
porém, Paulo nunca se considerou entre os “Doze”, aos quais diferencia
expressamente de si em 1 Co 15.5 (e que foi visto por Cefas e depois pelos
doze. 1 Coríntios 15:5) como sendo um grupo especial. Em sua característica
numérica, os Doze se dirigiam a Israel. Quem desejasse pertencer a eles de fato
precisava ter vivenciado, como Pedro está demandando aqui, a história especial
de DEUS no âmbito de Israel desde o movimento de arrependimento desencadeado
por João até o último desfecho na ascensão de JESUS. Nesse sentido, Paulo não
podia ser um apóstolo. Em vista disso, Paulo se considerou pessoalmente uma
exceção muito peculiar, num novo ministérios apostólico, o da Igreja: 1 Co
15.8-10. Ele tinha consciência de ser um “apóstolo das nações”, embora, nessa
tarefa, fosse plena e integralmente um “apóstolo” – Paulo lutou com todas as
forças pelo reconhecimento de seu envio e autoridade apostólicos – mas não como
um dos “Doze”, que juntos exerciam seu ministério em Jerusalém, sobretudo em
prol de Israel.
Werner de
Boor. Comentário Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
O escolhido
para assumir o lugar de Judas deve ser alguém que tenha estado associado com
JESUS, desde o seu batismo por João até a sua ascensão. A principal função do
apóstolo é ser testemunha da ressurreição.
Matias
(“presente de Jeová”) assumiu o seu lugar com os onze apóstolos. Depois do
Pentecostes, não se lê mais que os discípulos tenham lançado sortes. O ESPÍRITO
SANTO, que passou a habitar em cada um, guiava-os.
Ralph
Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 213.
Lc 24. 49.
O JESUS ressurreto tem o poder para enviar o ESPÍRITO. A promessa de meu Pai é
uma designação incomum do ESPÍRITO SANTO, e ressalta o lugar da promessa divina
na Sua vinda. Os discípulos não devem tentar a tarefa da evangelização com seus
próprios parcos recursos, mas, sim, devem aguardar a vinda do ESPÍRITO sobre
eles. O equipamento que Ele forneceria é descrito de forma pitoresca em termos
de os discípulos serem revestidos de poder do alto. A nota de poder é
significante, e do alto lembrava a eles (e nos lembra também) qual é a fonte de
todo o verdadeiro poder para a evangelização - DEUS.
I. Howard
Marshall. Atos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 322.
3. A
singularidade dos doze.
A característica fundamental do apóstolo é ser alguém que tem uma missão a cumprir, enviado por quem tem autoridade espiritual para fazê-lo. Em seu discipulado, os doze apóstolos foram preparados para o cumprimento da missão mais importante que um mortal poderia receber. Serem embaixadores do Reino de DEUS. Não poderiam ser pessoas desprovidas de qualificações especiais. Eram homens comuns, humanamente detentores de virtudes e defeitos, mas tiveram um treinamento aos pés do Mestre dos mestres. E demonstraram possuir algumas qualidades especiais.
A) Foram
chamados por JESUS
Em seu
ministério, JESUS teve muitos discípulos (Mt 8.21; 9.57-62). Mas, para cumprir
a grande missão, JESUS selecionou apenas 12, e lhes deu credenciais e poder
para se tornarem apóstolos. “E, chamando a si os seus doze discípulos...” (Mt
10.1a). Lucas anotou a eleição dos 12 dentre muitos outros. Após passar uma
noite inteira em oração a DEUS, “chamou a si os seus discípulos, e escolheu
doze deles a quem deu nome de apóstolos” (Lc 6.12 — grifo nosso).
B)
Receberam autoridade espiritual
JESUS
“deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para
curarem toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 10.1; Mc 3.15). Inicialmente,
essa autoridade foi concedida aos doze. E, na Grande Comissão, além de mandar
que seus discípulos pregassem o evangelho por todo o mundo, a toda a criatura,
disse que os sinais e maravilhas haveriam de seguir a todos os que nEle
cressem. Não apenas aos doze, mas “aos que crerem”, ou seja, a todos os seus
discípulos (Mc 16.17, 18). É importante destacar que os doze receberam esse
poder por impartição, ou seja, JESUS lhes designou e capacitou tirando Dele o
poder e transferindo a eles. No início e progresso da Igreja vieram os
Dons do ESPÍRITO SANTO para os capacitar para a tarefa de evangelização e
confirmação tanto deles mesmos como discípulos de JESUS quanto confirmação da
Palavra que pregavam (Mc 16.15-20; Atos).
E eles,
tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
D) Tinham
delegação de CRISTO
Os 12
apóstolos não foram apenas “enviados”, mas tiveram um mandato especial. JESUS
lhes disse; “Disse-lhes, pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco; assim
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto,
assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO.
A
autoridade delegada aos apóstolos foi tão grande, que eles tinham poder para
perdoar pecados ou retê-los. JESUS os enviou, do mesmo modo como Ele fora
enviado pelo Pai (Jo 20.21-23).
Podemos
imaginar o que os doze sentiram, ao ouvir aquelas palavras! Serem enviados por
CRISTO, e como CRISTO o fora por seu Pai! Os que entenderam bem a missão devem
ter sentido o grande peso de sua responsabilidade. Os que haviam sido
pescadores, antes, podiam guardar as redes e suspender a pescaria. Mas, uma vez
feitos “pescadores de homens” (Mt 4.19; Mc 1.17), não poderiam suspender a
missão. Os que outrora tinham outras atividades não tinham como voltar atrás. O
mundo nunca mais foi o mesmo depois de CRISTO, e depois que seus apóstolos
começaram a cumprir a Grande Comissão (Mc 16.15).
Receberam
poder para pregar e testemunhar
Mas
recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da terra. Atos 1:8
Mas a
manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. Porque a um,
pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a
palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo
ESPÍRITO, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a
profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de
línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1 Coríntios 12:7-10
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 73-74.
Eles foram
convocados pessoalmente pelo Senhor.
Quem foram
aqueles que CRISTO ordenou para ser seus apóstolos ou embaixadores; eram seus
discípulos (v. 1). Ele os tinha chamado, havia algum tempo, para que fossem
discípulos, seus seguidores imediatos e ajudantes constantes, e naquela ocasião
Ele lhes disse que eles deveriam ser pescadores de homens, promessa que Ele
agora cumpria. CRISTO normalmente concede honras e graças em estágios; a luz de
ambas, como a luz da manhã, brilha cada vez mais. Durante todo o tempo, CRISTO
manteve esses doze:
A. Em uma
situação de experiência. Embora conheça o ser humano, e soubesse desde o início
o que havia neles (Jo 6.70), ainda assim Ele usou este método para dar um
exemplo à sua igreja. Observe que sendo o ministério uma grande
responsabilidade, era conveniente que os homens fossem testados durante algum
tempo, antes que ele lhes fosse confiado. “E também estes sejam primeiro
provados” (1 Tm 3,10). Portanto, “a ninguém imponhas precipitadamente as mãos”
(1 Tm 5.22), mas deixai que esta pessoa seja, primeiramente, observada como um
candidato em experiência, porque os pecados de alguns homens vão adiante, e
outros os seguem.
B. Em uma
condição de preparação. Todo o tempo JESUS esteve preparando-os para esta
grande obra. Observe que aqueles que CRISTO designa e chama para qualquer
serviço, Ele primeiramente, de certa maneira, os prepara e qualifica, para
tanto. Ele os preparou:
(1)
Levando-os para estar com Ele. Observe que o melhor
preparativo para a obra do ministério é o conhecimento e a comunhão
com JESUS CRISTO. Aqueles que o servem devem estar com Ele (Jo 12.26). Paulo
teve CRISTO revelado, não somente para ele, mas nele, antes que fosse pregá-lo
entre os gentios (GI 1.16). Pelos atos vivos de fé e pela prática frequente de
orações e meditações, esta comunhão com CRISTO deve ser mantida e preservada, e
essa é uma qualificação essencial para a obra do ministério.
(2)
Ensinando-os. Eles estavam com Ele como alunos, e Ele os ensinava em
particular, além do benefício que eles obtinham com a sua pregação pública. Ele
lhes abriu as Escrituras e ampliou sua compreensão para entenderem as
Escrituras. Foi-lhes permitido conhecer os mistérios do Reino dos céus e para
eles estes mistérios foram esclarecidos. Aqueles que são designados para serem
professores devem, antes, serem aprendizes; eles devem receber, antes que
possam dar; eles devem ser capazes de ensinar outros (2 Tm 2.2). As verdades do
Evangelho devem ser entregues a eles, antes que sejam encarregados de ser
ministros do Evangelho. Dar a autoridade de ensinar a homens que não têm
capacidade para isto não é nada mais que uma zombaria a DEUS e à igreja; é
mandar mensagens pelas mãos de um tolo (Pv 26.6). CRISTO ensinou os seus
discípulos antes de enviá-los (cap. 5.2), e depois, quando ampliou a missão
deles, deu-lhes instruções mais amplas (At 1.3).
Qual foi a
comissão que Ele lhes deu?
A. Ele os
chamou para que viessem até Ele (v. 1).
Ele os
tinha chamado antes, para que o seguissem; agora Ele os chama para que venham
até Ele, admitindo-os a uma familiaridade maior, e não mais os conservando a
uma certa distância, de onde eles tinham observado até então. Aqueles que se
humilharem, serão exaltados. Dizia-se que os sacerdotes, sob a lei,
aproximavam-se de DEUS mais que as outras pessoas; a mesma coisa pode ser dita
sobre os ministros do Evangelho; eles são chamados a se aproximarem de CRISTO,
o que, assim como é uma honra, também deve lhes provocar um certo respeito e
temor. Lembremo-nos de que CRISTO será santificado naqueles que se aproximam
dele. Percebe-se que quando os discípulos iam receber instruções, eles se
aproximavam de JESUS por sua própria vontade (cap, 5.1). Mas agora que eles
seriam ordenados, Ele os chamou.
Convém aos
discípulos de CRISTO que se predisponham mais a aprender do que a ensinar. No
sentido da nossa própria ignorância, devemos procurar oportunidades de sermos
ensinados, e da mesma maneira nós devemos esperar por um chamado, um chamado
claro, antes de assumir a responsabilidade de ensinar aos outros; pois nenhum
homem deve apropriar-se dessa honra,
B. Ele lhes
deu poder, exousian, autoridade no seu nome, para convocar os homens à
obediência, e para a confirmação daquela autoridade que também coloca os
demônios sob sujeição. Toda a autoridade legítima deriva de JESUS CRISTO. Todo
o poder é dado a Ele, sem limites, e os poderes subordinados são ordenados por
Ele.
Ele coloca
sobre os seus ministros um pouco da sua honra, assim como Moisés colocou um
pouco da sua honra sobre Josué. Note que é uma prova inegável da plenitude do
poder que CRISTO usava como Mediador o fato de que Ele pudesse distribuir o seu
poder àqueles a quem Ele usava, e os capacitasse a realizar, em seu nome, os
mesmos milagres que Ele realizava. Ele lhes deu poder sobre os espíritos
imundos, e sobre todos os tipos de enfermidades.
Observe que
o desígnio do Evangelho é vencer o mal e curar o mundo. Estes pregadores foram
enviados, destituídos de todas as vantagens externas que os pudessem
recomendar. Eles não tinham riqueza, nem aprendizado, nem títulos honoríficos,
e eram muito poucos; portanto, era essencial que eles tivessem algum poder
extraordinário que os colocasse acima dos escribas.
(1 ) Ele
lhes deu poder contra os espíritos imundos, para expulsá-los. Observe que o
poder entregue aos ministros de CRISTO está diretamente apontado contra o diabo
e o seu reino. O diabo, sendo um espírito imundo, trabalha tanto em erros
doutrinários (Ap 16.13) como em concupiscências (2 Pe 2.10); e, nos dois casos,
os ministros têm uma acusação contra ele. CRISTO lhes deu o poder de expulsá-lo
dos corpos das pessoas; mas isto deveria significar a destruição do reino
espiritual do diabo, como também de todas as suas obras; para este propósito, o
Filho de DEUS se manifestou.
(2) Ele
lhes deu poder para curar todos os tipos de enfermidades. Ele os autorizou a
realizar milagres para a confirmação da sua doutrina, para provar que ela era
de DEUS; e eles deviam realizar milagres úteis para exemplificá-la, para provar
que ela não apenas era confiável, mas digna de toda a aceitação; que o desígnio
do Evangelho é curar e salvar. Os milagres de Moisés eram, muitos deles, para a
destruição. Os milagres que CRISTO realizou, e designou aos seus apóstolos que
realizassem, eram todos para a edificação, e evidenciavam que Ele era não
apenas o grande Professor e Governante, mas também o grande Redentor do mundo.
Observe que a ênfase é colocada sobre a extensão do seu poder, sobre toda
enfermidade, e todo mal, sem a exceção nem mesmo daqueles que são
reconhecidamente incuráveis, e com a censura dos médicos. Na graça do
Evangelho, existe uma pomada para cada ferida, um remédio para cada doença. Não
existe doença espiritual tão maligna, tão inveterada, mas existe suficiência de
poder em CRISTO para a sua cura. Que ninguém, portanto, diga que não existe
esperança, ou que a brecha é tão grande quanto o mar a ponto de não poder ser
curada.
Pedro é
nomeado em primeiro lugar, porque ele foi o primeiro a ser chamado ou porque
ele era o mais entusiasmado deles, e em todas as ocasiões ele se fazia a voz
dos demais, e além disso ele seria o apóstolo da circuncisão.
Mas isso
não lhe deu nenhum poder sobre os demais apóstolos, nem existe a menor marca de
que qualquer supremacia lhe tenha sido dada, ou mesmo reivindicada por ele,
neste grupo sagrado. Os Dons são impulsionados pela fé que cada um tem em JESUS
e sua autoridade, e no ESPÍRITO SANTO..
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 118-120. (Com algumas adaptações, mudanças e
alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
Marcos
(3.13-19) e Lucas (6.12-16) declaram que JESUS os escolheu ou nomeou depois de
uma noite de oração e desceu com eles a certo lugar plano do monte para
entregar o Sermão do Monte (Lc 6.17).
A. T.
ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento Grego.
Editora CPAD. pag. 115-116.
A aliança
antiga estava alicerçada sobre as doze tribos de Israel. A nova aliança deveria
ser construída sobre os doze apóstolos. – Do mesmo modo como o sumo sacerdote
trazia sobre o peito de sua vestimenta litúrgica os nomes das doze tribos,
assim JESUS, o novo e verdadeiro sumo sacerdote, carrega no coração os nomes
dos doze apóstolos. – O Apocalipse de João fala das doze portas da nova
Jerusalém, sobre as quais estão inscritos os nomes das doze tribos. Entre cada
par de portas encontra-se uma imponente pedra retangular como fundamento do
muro da cidade, e sobre cada uma dessas pedras está escrito com letras
luminosas o nome de cada um dos apóstolos (Ap. 21.12ss). Desse modo está
assegurada a unidade da Antiga e da Nova Aliança. Na vocação dos doze, essa
unidade ficou documentada (ao convocar os doze, JESUS estabelece sua
reivindicação sobre todo o povo de Israel!).
No contexto
judaico, a máxima demonstração de poder é realizar milagres. É com isso, pois,
que inicia a incumbência do Senhor JESUS aos apóstolos.
Fritz
Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica
Esperança.
Homem
nenhum havia sido tão privilegiado como estes, e ainda assim um deles tinha um
demônio, e demonstrou ser um traidor (v. 16). Apesar disso, quando o escolheu,
CRISTO não se enganou a respeito dele. Todos tiveram oportunidade de serem
instrumentos de DEUS.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 563.
Lc 6.13.
JESUS passou a noite nas montanhas, vigiando em oração. Mais de uma vez Lucas
salientou essa necessidade íntima que o Redentor tinha de orar, que com
frequência impelia JESUS a lugares ermos (Lc 4.42; 5.16). Contudo os termos
aqui utilizados contêm uma ênfase muito especial. A palavra “vigiar por toda a
noite” ocorre unicamente aqui.
A escolha
dessa expressão incomum, bem como a forma verbal analítica (imperfeito e
particípio), destacam a persistência determinada e incessante dessa vigília
noturna. A expressão proseuché tou theou, literalmente “oração de DEUS”, é
também única no Novo Testamento. Essa formulação não designa nenhum pedido
peculiar, mas um estado da mais profunda devoção na presença santa e direta de
DEUS, uma invocação que transita para a mais íntima comunhão com DEUS. Durante
essa noite JESUS apresentou a DEUS sua obra no estágio decisivo em que
ingressara naquele momento, aconselhando-se com ele. Durante essa longa luta de
oração, por toda a noite, JESUS provavelmente havia apresentado todos os seus
discípulos individualmente a seu Pai, para que o Pai designasse aqueles que o
Filho deveria tornar emissários da salvação. O que será que os discípulos, que
haviam se ajuntado em grande número em torno de JESUS, sentiram quando JESUS,
como um general, chamou um por um do meio deles, até que ficasse completo o
número dos doze?
“Simão”,
começou ele. Com quanta expectativa cada novo nome era aguardado! Com que
estremecimento cada um ouvia, então, o chamado do próprio nome. Dentre o grupo
de discípulos “ele escolheu os doze”, “aos quais também chamou de apóstolos”.
Isso é significativo. Os demais discípulos tiveram de tolerar que esses doze
obtivessem uma posição especial do Senhor. O Redentor os havia escolhido em
virtude de ordem divina. DEUS é soberano.
Os
discípulos não têm outra opção a não ser obedecer a esse Senhor extraordinário.
“Chamou-os a si”. Mas, se desejou aqueles que o Pai lhe concedeu, de agora em
diante sabemos a quem recorrer quando desejamos chegar ao Pai. Porque ele os
“ordenou” para duas finalidades.
1)
Primeiramente, devem estar junto dele. Devem perseverar com ele em suas
tentações até chegarem ao Getsêmani; afinal, devem tornar-se testemunhas dele
até os confins do mundo (At 1.8). Precisavam conhecer suas “horas silenciosas”,
conviver com ele no dia a dia, observar seu trabalho, obter uma visão dos
mistérios de sua sabedoria de educador, e até mesmo familiarizar-se com os
objetivos de sua ação. Deveriam aprender a Olhar, vigiai e orai, porque não
sabiam quando chegaria o tempo. (Marcos 13:33).
2) O
segundo aspecto é que eles partilharão de sua autoridade. Dessa maneira ele
providência, de certo modo, pernas e pés, línguas e lábios que levem adiante
sua obra.
Mateus
relata a convocação e o credenciamento dos apóstolos em uma ocasião (Mt
10.1ss), e Lucas o faz em dois trechos, mais precisamente como segue: de acordo
com Lucas, o primeiro passo de JESUS foi nomeá-los, provavelmente para que
passassem a ser seus alunos de modo especial. Isso aconteceu aqui em Lc
6.12-16. A capacitação é relatada em Lc 9.1-6, onde JESUS lhes confere a
autoridade para servir como apóstolos. O relato mais preciso indica que esse
deve ter sido o processo. Mateus reúne em uma só ocasião as duas ações de
JESUS. Isso tem a ver com sua característica de enfatizar tão-somente o aspecto
doutrinário e fundamental.
Dessa forma
o Redentor obteve, portanto, um grupo de auxiliares para sua obra. Ele, o
maravilhoso canal da poderosa benignidade de DEUS, fora multiplicado por doze.
Mas de antemão os doze não obtiveram nem poder nem incumbência para a ação
espiritual propriamente dita.
Essas
passagens não devem levar à conclusão de que a tarefa dos apóstolos consistia
tão somente em ser testemunhas de JESUS. O próprio nome expressa mais, cf. 2Co
5.20: “Somos mensageiros de CRISTO… e rogamos que vos reconcilieis com DEUS.”
Com a
escolha dos doze estava organizada a obra de JESUS. Passou do estágio de
fenômeno local e isolado para o estágio de instituição que abrange e cuja
intenção arrebata povos e épocas. A obra do Senhor obteve um solo histórico
firme e uma perspectiva clara para o futuro, com todas as suas esperanças e
todos os seus perigos. JESUS lhes ensinou a pregar o evangelho do reino de DEUS
com sinais, prodígios e maravilhas acontecendo para confirmarem a autoridade de
DEUS sobre Ele e confirmar as palavras de DEUS.
Fritz
Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança. (Com algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr.
Henrique)
Lc 6.13.
Um
discípulo era um aprendiz, um estudante. No século I, o estudante não estudava
simplesmente uma matéria; estudava com um mestre. Há um elemento de ligação
pessoal no “discípulo” que falta no “estudante.” Deste grupo maior de
aderentes, JESUS escolheu doze. JESUS nunca estabeleceu uma organização. Estes
doze homens representam a totalidade da Sua máquina administrativa. Alguns
deles eram claramente homens de destaque, mas, de modo geral, parecem ter sido
nada mais do que medianos. A maioria deles deixou pouquíssimas marcas na
história da igreja. JESUS preferia operar, naqueles tempos como também agora,
através de pessoas perfeitamente comuns.
A estes
doze JESUS deu o nome de apóstolos. O termo é derivado do verbo “enviar" e
significa “uma pessoa enviada ” “um mensageiro.” Lucas emprega a palavra seis
vezes (com mais vinte e oito em Atos), ao passo que cada um dos demais
Evangelistas a emprega uma só vez (é possível que Marcos a tenha duas vezes,
dependendo da solução de um problema textual).
Nos
Evangelhos, o grupo usualmente é referido simplesmente como “os doze.” Marcos
explica que JESUS os escolheu “para estarem com ele e para os enviar a pregar,
e a exercer a autoridade de expelir demônios” (Mc 3:14-15). Esta expressão
ressalta a noção de missão e a centralidade da pregação na sua função.
Leon L.
Morris. Lucas. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 118-119.
Os
Apóstolos receberam autoridade do Senhor.
A maneira
de DEUS confirmar o ministro, sua chamada e confirmar sua Palavra é: “E estes
sinais seguirão aos que crerem”.
Quem crer e for batizado será
salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão. Marcos 16:16-18
Primeiro - crer.
Segundo - ser batizado.
Terceiro - expulsarão demônios.
Quarto - falarão Novas Línguas (sinal de que foi batizado no ESPÍRITO SANTO).
Quinto - pegarão nas serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum.
Sexto - imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão
Em Marcos
16.15-20, os cristãos primitivos (e nós) expulsamos muitos demônios em nome de
JESUS (3.15; 6.7,13; At 8.7,16,18; 19.12). Tanto eles falaram em línguas (como
nós) (At 2.4; 10.46; 19.6; 1 Co 12.10,28; 14.2-40). Paulo foi picado por uma
víbora sem sofrer o dano de seu veneno letal (At 28.3-6). Eles impuseram as
mãos sobre os enfermos para curá-los (como nós) (At 28.8). Não vemos no Novo
Testamento nenhuma alusão a ingestão de veneno.
Estes
sinais foram dados como credenciais dos apóstolos (Hb 2.1-4; Rm 15.19; 2Co
12.12).
Cremos que
DEUS pode e tem dado seus dons e sinais onde e quando quer, a quem quer, livre
e soberanamente, segundo o seu beneplácito, para o louvor da sua própria
glória, para a salvação dos eleitos e a edificação dos santos. A grande ênfase
de Marcos é que quando a Igreja proclama a mensagem de DEUS, o próprio DEUS
confirma essa mensagem com a manifestação do seu poder (Mc 16.20; 1 Co 2.4; 1Ts
1.5), transformando vidas, atraindo as pessoas irresistivelmente pelo seu poder
sobrenatural. A Igreja é chamada para ser um sinal do CRISTO vivo e ressurreto
no mundo. William Barclay conclui o seu comentário de Marcos afirmando que a
vida cristã é a vida vivida na presença e no poder daquele que foi crucificado
e ressuscitou.
II - O
APÓSTOLO PAULO
1. Saulo e sua conversão.
Chamado por DEUS
“Paulo
(chamado apóstolo de JESUS CRISTO, pela vontade de DEUS), e o irmão Sóstenes (1
Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1). O chamado de Paulo foi bem diferente. A caminho de
Damasco, com ordens dos sacerdotes para prender os cristãos, foi interrompido
por JESUS, de maneira sobrenatural e impactante.
No chão,
Paulo teve o chamado de DEUS de forma tão dramática, que caiu, ouvindo a
potente voz do Senhor, que o abatera em seu orgulho e presunção, quando julgava
estar fazendo a vontade de DEUS no zelo do judaísmo (At 9.4; 22.7; At 9.10-19).
DEUS tem seus caminhos e suas maneiras de agir, às vezes muito estranhas (cf.
Is 28.21). Diante de um chamado tão singular e diferente dos demais apóstolos,
Paulo tinha razão em dizer que era chamado pela vontade de DEUS e não dos
homens. Seu nome em hebraico era Saulo (hb. Sha'ul, o que foi pedido) - Seu
nome em grego era Paulo (gr. Paulus, baixo, pequeno, humilde), foi convocado
pelo ESPÍRITO SANTO para ser enviado para a missão evangelística (At 13.8).
Lembrando
também que Paulo ouviu de Estêvão um maravilhoso testemunho de fé em DEUS e
comunhão íntima com JESUS.
Mas ele,
estando cheio do ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos no céu, viu a glória de DEUS
e JESUS, que estava à direita de DEUS, e disse: Eis que vejo os céus abertos e
o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de DEUS. Mas eles gritaram com
grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele. E,
expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão, que em
invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos,
clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito
isto, adormeceu. Atos 7:55-60
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75. (Com algumas adaptações, mudanças
e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
Da Terra
das Tendas Negras
Paulo dava
sua aprovação à medida que cada testemunha apanhava uma pedra, erguia-a acima
da cabeça e a atirava para ferir e aleijar o homem lá embaixo. Então Paulo
ouviu a voz de Estêvão. Em dor, mas com clareza, ele falava como se a alguém
invisível, mas próximo: "Senhor JESUS, recebe o meu espírito".
Tentando
dominar a dor, ele se ajoelhou em oração. Paulo não podia deixar de ouvir as
palavras que saíam com volume espantoso de alguém a morrer: "Senhor, não
lhes imputes este pecado."
A próxima
pedra tombou-o ao chão. O mártir perdera a consciência. A multidão continuou a
apedrejá-lo.
Paulo
nasceu numa cidade situada entre as montanhas e o mar. É provável que o ano
tenha sido 1 d.C, mas os detalhes originais do local do seu nascimento são
escassos. A indicá-lo, temos a reivindicação do próprio apóstolo: "Eu sou
judeu de Tarso, cidade não insignificante da Cilicia... Da linhagem de Israel,
da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus".
Tarso era a
principal cidade da fértil planície da Cilicia, no extremo Sudoeste da Ásia
Menor.
Antíoco IV,
por volta de 170 a.C, introduziu na cidade uma colônia de judeus.
Estes, além de direitos e privilégios. É provável que os ancestrais de Paulo
estivessem entre esses judeus que, por sua vez, devem ter saído da obscura
cidade de Giscala, na Galileia.
É possível
que o pai de Paulo tenha sido um mestre na arte de fabricar tendas. O pano era
tecido dos longos pelos de bodes pretos que pastavam, como ainda hoje
o fazem, nas encostas do Tauro.
Da mãe de
Paulo nada se sabe. Ele tinha pelo menos uma irmã (E o filho da irmã de Paulo,
tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a
Paulo. Atos 23:16). A família detinha a cobiçada posição de cidadania romana,
pois a cidade se tornou colônia romana..
O terceiro
nome, chamado cognomen, era Paulus. Por ocasião do ritual da circuncisão, no
oitavo dia de vida, ele também havia recebido um nome judaico:
"Saulo". Este foi escolhido ou por causa do seu significado,
"pedido", ou em honra do benjamita mais famoso de toda a história, o
rei Saul.
Saulo era o
nome usado em casa, ressaltando que a herança judaica lhe era a coisa mais
importante nos seus primeiros anos. Paulo, desde a infância, aprendeu grego, a
língua franca de então, latim, a língua dos dominadores romanos e em casa a
família falava o aramaico, a língua da Judeia, derivada do hebraico.
A escola
anexa à sinagoga de Tarso não ensinava nada mais que o texto hebraico da
sagrada lei. Paulo aprendeu a escrever os caracteres hebraicos em papiro e,
desta forma, pouco a pouco formou seus próprios rolos das Escrituras. Aos treze
anos de idade, Paulo já havia dominado a história judaica, a poesia dos salmos
e a majestosa literatura dos profetas. Ele estava preparado para a escola
superior.
É provável
que no ano em que Augusto morreu, 14 d.C, Paulo, ainda adolescente, tenha sido
enviado, por mar, à Palestina, e tenha subido os montes na direção de
Jerusalém.
Durante os
seguintes seis anos ele se sentou aos pés de Gamaliel, neto do mestre supremo
dos judeus Hillel que, alguns anos antes, falecera com mais de cem anos de
idade. Sob o frágil e gentil Gamaliel, em contraste com os líderes da escola
rival de Shamai, Paulo aprendeu a dissecar um texto até revelar dezenas de
possíveis significados. Aprendeu também a fazer uma exposição, pois o rabi,
além de advogado de acusação ou de defesa dos que quebravam a lei sagrada, era
também pregador. Paulo excedeu a seus contemporâneos. Sua mente poderosa
poderia levá-lo a ocupar um lugar no Sinédrio, no Corredor das Pedras Polidas,
e torná-lo um "governador dos judeus". Por ser o estado judaico uma
teocracia em que as mesmas pessoas exerciam funções religiosas e civis, os
setenta e um membros do Sinédrio eram igualmente juízes, senadores e mestres
espirituais. O tribunal tomava decisões supremas em todos os assuntos
religiosos e dentro da pequena liberdade de se governarem a si mesmos permitida
pelo romanos. Alguns dos membros do tribunal procediam do sacerdócio
hereditário. Outros eram advogados e rabis.
Tivesse
Paulo permanecido aí durante o ministério de JESUS de Nazaré, certamente teria
argumentado com ele, à semelhança dos outros fariseus. Nos anos posteriores ele
se referiu com frequência à morte de JESUS por crucificação, mas jamais
confessou-se sua testemunha ocular.
Uma de suas
cartas sugere que ele tinha forte inclinação missionária. Onde quer que os
judeus adoravam, os simpatizantes gentios eram admitidos como "tementes a
DEUS". Fariseus como Paulo instavam a que os tementes a DEUS se fizessem
prosélitos, judeus completos: deviam submeter-se ao simples mas doloroso ritual
da circuncisão, e então honrar as exigências cerimoniais e pessoais da lei em
todo o seu rigor. O fardo podia ser pesado, mas a recompensa era grande, pois
ganhariam o favor de DEUS.
Logo depois
de seu trigésimo aniversário Paulo voltou a Jerusalém.
Em
Jerusalém, podiam desincumbir-se das obrigações mais complicadas e mais dignas
da lei, e demonstrar zelo onde este seria notado. Paulo também podia combater o
movimento lançado por JESUS de Nazaré. Tarso deve ter recebido ecos dos ensinos
e das reivindicações do novo profeta e dos estranhos relatos de milagres, e até
mesmo da notícia de que ele havia ressurgido dentre os mortos.
Segundo se
acredita, Paulo era baixo; seu porte, porém, era tal que ele sobressaía em
qualquer multidão. Possuía rosto um tanto oval e sobrancelhas cerradas. Por
causa da boa vida que levava, talvez fosse gordo. Ele devia usar barbas, já que
os judeus desprezavam o costume romano de se barbear. E sua barba preta
juntamente com seu vestuário de bainha azul, mais o talismã preso a um
turbante, mostravam seu orgulho de ser fariseu. Ao andar pelos pátios do Templo
ele revelava a arrogância inevitável de um homem cujos ancestrais e ações o
tornaram importante. Ele praticava fielmente o interminável ciclo de
purificações rituais de pratos e xícaras e de sua própria pessoa. Ele guardava
os jejuns semanais — entre o nascer e o pôr do sol — e repetia as orações diárias
na progressão e número exatos. Ele sabia o que lhe era devido: saudações
respeitosas, grande precedência, lugar proeminente na sinagoga.
Paulo teria
apoiado o fariseu que, vendo JESUS permitir que uma prostituta lhe lavasse os
pés com as lágrimas e os ungisse com bálsamo, achava ser isto prova de que o
homem não podia ser profeta. O quadro imortal que JESUS pintou do fariseu e do
publicano (coletor de impostos) orando no Templo, ter-se-ia ajustado a Paulo.
Como aquele fariseu, Paulo estava seguro de merecer o favor de DEUS.
Nos dois
anos seguintes à execução de JESUS, a cidade santa se enchera daqueles que
acreditavam que JESUS ressurgira dentre os mortos.
Não foi por
acaso que as testemunhas lançaram suas vestes "aos pés de um jovem chamado
Saulo". Conheciam a responsabilidade dele. Ele, porém, não atirou uma
única pedra. Ele observava e aprovava — e ouviu Estêvão clamar: "Senhor
JESUS, recebe o meu espírito!" "Senhor, não lhes imputes este
pecado." E a ágil mente de Paulo viu e repudiou a essência dessa oração.
"Senhor, não lhes imputes este pecado", significava, no ensino de
Estêvão: "Senhor, tomaste sobre ti mesmo o pecado deles. Que eles creiam
em ti, que te conheçam e que te amem."
Durante o restante do verão em que Estêvão foi morto (provavelmente 31
d.C.) e por todo
o inverno seguinte as autoridades judaicas, tendo Paulo como principal agente,
deram início a uma repressão sistemática.
Ele atacou
como um animal, rasgando sua presa. Não era a triste eficiência de um oficial
obedecendo a ordens desagradáveis. Seu coração, bem como sua mente, estavam
engajados com a precisão de um inquisidor que desmascara a traição. Seu ímpeto
chegou ao ponto de reduzir uma comunidade vigorosa de âmbito urbano à
impotência e pôr seus líderes em fuga ou em esconderijos. Ele foi de casa em
casa. Então realizou interrogatórios nas sinagogas durante as reuniões. Todo
suspeito, homem ou mulher, tinha de se pôr de pé na presença dos anciãos
enquanto Paulo, como representante do sumo sacerdote, lhes ordenava que
amaldiçoassem a JESUS. Se se recusassem, seriam formalmente acusados, mas
tinham o direito antigo de usar em sua defesa a fórmula: "Tenho algo a argumentar
em favor de minha absolvição."
Assim,
Paulo ouviu as histórias e as crenças de muitos daqueles que chamavam a JESUS
de "Senhor". Muitos haviam estado com JESUS em Jerusalém ou tinham
ido à Galileia a fim de encontrá-lo, e estes repetiam as suas palavras.
Repetidamente, as mesmas frases, as mesmas parábolas eram apresentadas ao
tribunal da sinagoga. Paulo não se surpreendia com a exatidão dessas histórias,
uma vez que todos os rabis insistiam em que seus discípulos aprendessem os seus
ditos com perfeição, até mesmo reproduzindo a tonalidade de sua voz. E os
ditos, quer Paulo desejasse quer não, foram imediatamente armazenados na
biblioteca em expansão de seu arguto cérebro.
Alguns dos
nazarenos defendiam sua devoção relatando a influência de JESUS sobre seus
corpos, como o cego de nascença a quem o Senhor curara, que teria respondido a
Paulo de modo tão insolente quanto respondera aos indignados fariseus depois do
milagre. Alguns tinham visto JESUS cambalear na direção do Gólgota e tinham-no
observado morrer. Muitos insistiam tê-lo visto vivo depois de morto, não como
fantasma, mas real — a despeito da surra que lhe havia arrancado a pele e
desnudado as costas, e o choque, a exaustão e a exposição à crucificação romana
com seu término inevitável por sufocação, se a morte não chegasse primeiro. A
maioria dos acusados, contudo, não reivindicava ser testemunhas oculares, mas
convertidos daqueles que o eram, particularmente de Simão chamado Pedro ou
"Pedra".
Vez após
vez, um discípulo tímido e sem grande influência, de educação medíocre e sem
graças sociais, era atirado na presença do tribunal. Depois de algumas frases o
homem se transformava: começava a falar claramente, com firme convicção. Era
quase como se alguém lhe estivesse dizendo o que falar.
Atirou-os
nos calabouços. Um ou dois talvez tenham sido apedrejados. Paulo parece sugerir
tal coisa ("Quando eram mortos, eu dava o meu voto contra eles"), mas
os romanos limitavam estritamente os direitos judaicos à pena capital. A
maioria era punida por meio de espancamento público, as "quarenta
chicotadas menos uma" que não eram nada agradáveis para os de estômago
fraco.
Ele
permanecia impassível enquanto homens e mulheres saíam cambaleando com as
costas inchadas e ensanguentadas.
Para o
final do inverno chegaram notícias de que os seguidores de JESUS fugidos de
Jerusalém não se deixaram intimidar, mas propagavam as suas doutrinas onde quer
que fossem — em Samaria, com êxito impressionante, e no Norte, na direção de
Damasco. Paulo foi furioso à presença do sumo sacerdote. "Respirando ainda
ameaças e morte" como descreve o seu primeiro biógrafo, ele pediu cartas
para as sinagogas, autorizando-o a prender homens e mulheres que seguissem o
"caminho" e trazê-los amarrados para Jerusalém. Como primeiro
objetivo, ele sugeriu Damasco. Embora a disciplina do Sinédrio se estendesse
aos judeus de todos os lugares, os romanos não gostavam de perturbações. Mas
Damasco, embora cidade romana, possuía duas grandes comunidades que contavam
com certa medida de autogoverno: os árabes leais ao rei Nabateu que vivia em
sua capital de rocha em Petra, e os judeus. É provável que Paulo pretendesse
perseguir e castigar os cristãos da Fenícia e depois os de Antioquia, a grande
capital romana da Síria. Ele tinha toda uma vida pela frente.
Ele partiu
na primavera, assim que as viagens tiveram início, à primeira luz da manhã, sob
a forte luminosidade dos montes da Judeia. Deve ter ido de jumento. Teriam
passado perto do local em que Estêvão fora assassinado. Se tomaram a estrada
que atravessava Samaria, passaram por montes pedregosos acarpetados de
variegadas flores primaveris, e no segundo dia tiveram um breve vislumbre das
neves distantes do monte Hermom que domina a estrada para Damasco. No quarto ou
no quinto dia chegaram ao mar da Galileia. Paulo teria encontrado aqui mais
pessoas do que em Jerusalém as quais juravam ter visto a JESUS vivo de novo,
com cicatrizes nas mãos e nos pés.
Paulo
atravessou o Jordão usando a ponte romana e subiu as escarpas desnudas. Agora
ele tinha conhecimento do que JESUS havia feito e dito, até mesmo da tonalidade
da sua voz, da sua aparência e caráter, este homem que era quase da mesma idade
de Paulo.
Paulo
jamais sugere que à medida que a sua pequena caravana avistou o monte Hermom
ele tenha pesado os fatores a favor e contra JESUS. Este fora um impostor
blasfemo e estava morto.
A Estrada
de Damasco
O último
dia da viagem deixava para trás o Hermom, cujos cumes, ainda sob a neve,
erguiam-se acima dos montes marrons recobertos de flores brancas. Mas a
montanha já não parecia particularmente alta porque eles estavam perto demais
para ver o pico, e o planalto de Damasco encontra-se a uma altitude de mais de
600 metros.
Estavam
encorajados a prosseguir adiante até ao fim da jornada, em vez de pararem, como
em outras ocasiões, antes do meio-dia. O meio-dia primaveril não causaria
insolação. Paulo e seu grupo continuaram a caminhar. Um homem, na retaguarda,
conduzia os burros ligados por uma corda. A estrada estava vazia.
O céu
estava claro e azul. A memória de Paulo enfatiza que não havia nem tempestade
nem vento forte, como sugerem os que buscam uma explicação natural para o
acontecimento. Ele não estava perto de um colapso nervoso nem prestes a sofrer
um ataque epiléptico; ele nem mesmo tinha pressa.
"Quase
ao meio-dia, repentinamente grande luz do céu brilhou ao redor de mim... uma
luz mais brilhante do que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor de meus
companheiros de viagem."
Todos eles
caíram por terra, apavorados com o fenômeno.
Não se
tratava de apenas um relâmpago, mas de luz terrível e inexplicável. Parece que
Paulo permaneceu prostrado, enquanto seus companheiros se levantaram
cambaleando. Para ele somente, a intensidade da luz aumentou.
Paulo ouviu
uma voz, ao mesmo tempo calma e autoritária, dizer-lhe em aramaico:
"Saulo, Saulo, por que me persegues?"
Ele
levantou os olhos. No centro da luz que o impedia de ver ao derredor, ele
encarou um homem de mais ou menos a sua idade. Paulo não podia acreditar no que
ouvia e via. Todas as suas convicções, intelecto, treinamento, reputação e
autoestima exigiam que JESUS não estivesse vivo novamente. Assim, procurando
ganhar tempo, ele replicou: "Quem és, Senhor?" A expressão de
tratamento podia não significar nada mais que "Excelência".
Provavelmente se lembrou que Estêvão teve a visão desse mesmo que agora falava
com ele.
"Eu
sou JESUS, a quem tu persegues; mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te
dirão o que te convém fazer."
Então ele
soube. Em um segundo, que mais pareceu uma eternidade, Paulo viu as feridas nas
mãos e nos pés de JESUS, viu-lhe o rosto e compreendeu que estava vendo ao
Senhor, vivo, como Estêvão e outros haviam dito, e que JESUS amava não apenas
aos que Paulo perseguia, mas também ao próprio Paulo: "Dura coisa é
recalcitrares contra os aguilhões." Nem uma palavra de reprovação.
Paulo
jamais admitira a si mesmo sentir as pontadas de um aguilhão ao enfurecer-se
contra Estêvão e seus discípulos. Mas agora, instantaneamente, se
conscientizava de que estivera lutando contra JESUS. E lutando contra si mesmo,
contra sua consciência, sua falta de poder, contra as trevas e o caos de sua
alma. DEUS pairou sobre este caos e o levou ao momento de nova criação. Só
faltava o consentimento de Paulo.
Paulo se
quebrou.
Ele tremia
e não estava em condições de pesar os prós e os contras para a mudança de
ideias. Sabia apenas ter ouvido uma voz e visto o Senhor, e que nada mais
importava a não ser descobrir a sua vontade e obedecer a ela.
"Que
farei, Senhor?"
Aqui ele
usa o mesmo tratamento de antes, mas toda a obediência e adoração, e todo o
amor no céu e na terra entraram nessa única palavra "Senhor". Naquele
momento ele se sentia totalmente perdoado, totalmente amado. Em suas próprias
palavras: "Porque DEUS que disse: Das trevas resplandecerá luz — ele mesmo
resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de
DEUS na face de CRISTO."
"Levanta-te",
ouviu ele, "e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer."
Ele havia confiado. Agora tinha de obedecer — a uma primeira ordem humilhante,
quase trivial.
Ao se pôr
de pé, estava cego. Estendeu a mão aos companheiros, agora ainda mais
espantados ouvindo Paulo responder ao inaudível, os quais o conduziram. Os
animais de carga e de montaria alcançaram a pequena caravana que se dirigia a
Damasco em maravilhado silêncio.
Paulo
entrou cegamente no desconhecido. Mas ele não se encontrava em trevas, e sim em
luz. "Não podia ver por causa do brilho dessa luz." Embora o azul do
céu, a poeira vermelha da estrada e o verde do oásis desaparecessem, pouca
falta faziam. A luz lhe infundia os olhos cegos e a mente. Andando, em
obediência a esse primeiro mandamento de seu novo Mestre, Paulo fez a primeira
grande descoberta: JESUS permanecia a seu lado, não na forma de um corpo
crucificado e ressurreto, mas como alguém invisível, contudo presente.
Passaram
pelo mau cheiro do caravançarai, calmo no início da tarde, e entraram na cidade
pela Rua Direita, espaçosa e cheia de colunas, que dividia a cidade ao meio.
Esta rua também estava relativamente calma, pois as lojas e estandes ainda
estavam fechados para a sesta do meio-dia, e as janelas das casas, por causa do
sol, permaneciam cerradas. Chegaram à casa de um damasceno chamado Judas,
provavelmente um rico mercador judeu, hospedeiro digno de um representante do
Sinédrio. Os anciãos da sinagoga deviam estar à espera de Paulo, pois até os
nazarenos sabiam que ele estava a caminho a fim de persegui-los. Ambos os
grupos o perderam de vista. A escolta o entregou e desapareceu. Ele não pediu
nada a Judas, a não ser o quarto de hóspede — recusando até mesmo a comida — e
estar a sós.
O tempo
perdeu o significado. Ele ouviu a trombeta vespertina, o cantar dos galos na
manhã seguinte e o ruído de carroças no calçamento. Ouviu os gritos dos
comerciantes anunciando seus produtos, percebeu o murmúrio distante de
barganhadores, e o relinchar ocasional de um burro. Então, a calma do meio-dia.
Paulo passou o tempo deitado, totalmente desperto, a não ser por uma ou duas
horas de sono, ou ajoelhado ao lado da cama. Ele não queria companhia humana,
mas desejava estar a sós com o Senhor JESUS, como agora o chamava. Logo ele se
esqueceu da fome e da sede. Sua personalidade toda estava em mudança. Ao
permitir que a luz de CRISTO iluminasse os recessos de sua alma, ele estava
sendo virado do avesso.
"Saulo,
Saulo, por que me persegues?" Agora ele podia responder a essa pergunta
com as palavras do Salmo de Davi: "Tem misericórdia de mim, ó DEUS,
segundo a tua benignidade: segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as
minhas transgressões... Contra ti, contra ti somente pequei."
Paulo se sentia imundo e nojento. Vi a mim mesmo e fiquei
horrorizado." O assassínio sempre é absoluto à consciência despertada do
assassino. Nem foi somente assassínio e crueldade. Ele havia blasfemado,
insultado e perseguido ao Senhor, cuja resposta fora procurá-lo e mostrar-lhe o
amor que ultrapassava tudo o que Paulo antes conhecia. Quanto mais ele, em
cegueira, se banhava nesse amor, à medida que as horas passavam velozes, tanto
mais ele se quebrava ante a enormidade de seus feitos.
Ele supunha
que estivesse servindo a DEUS, que estivesse caindo na graça divina. Ele havia
disposto seus padrões de bondade, tinha-se comparado com os outros e visto que
era bom. Mas agora, em contraste com JESUS cujo ESPÍRITO lhe invadia, ele sabia
que sua pureza não passava de contrafação do inexpressivamente Puro, suas boas
ações nada mais eram que uma paródia da Bondade. Ele havia sido mental e
espiritualmente hostil a DEUS, embora o tivesse honrado com os lábios. Ele se
ocupara do mal, embora praticasse seus ritos religiosos. Ele se isolara
totalmente, arrastando-se para tão longe quanto pudesse da luz cegante que era
DEUS.
Contudo,
JESUS o havia apanhado. Paulo, desse dia em diante, citaria esse fato entre as
provas indiscutíveis da ressurreição, não importando o quanto os homens
pudessem zombar dele ou chamá-lo de mentiroso. DEUS, de maneira incrível, havia
levantado do sepulcro o corpo morto de JESUS de modo que ele estava vivo e
aparecera a Paulo, não com o propósito de o humilhar ou destruir, ou vingar o
sangue dos perseguidos, mas para salvar o perseguidor e sobrepujá-lo com amor e
perdão. Paulo sabia, do fundo do coração, que JESUS era o Messias, o CRISTO, o
Salvador do mundo. Esta não era uma conclusão tirada da lógica fria, embora
essa um dia haveria de chegar. Ia além do intelecto. Ele sabia porque conhecia
a JESUS.
E,
conhecendo a JESUS, ele compreendia o que tinha acontecido na cruz.
Paulo, em
seu orgulho e conhecimento, tinha rejeitado a JESUS porque homem algum poderia
ser pendurado no madeiro a menos que tivesse sido amaldiçoado. Agora, à medida
que enfrentava o seu pecado, ele via, com uma intuição irresistível, que JESUS
deveras sofrera uma maldição sobre a cruz, mas não a dele; era a maldição de
Paulo e de todos os homens. Cada hora passada em cegueira na casa de Judas,
cada dia do restante de sua vida, revelaria um pouco mais da largura, do
comprimento, da altura e da profundidade das boas novas, mas o coração estava
seguro delas, agora e para sempre: o amor de CRISTO, "o Filho de DEUS que
me amou e a si mesmo se deu por mim". Paulo podia, instantaneamente, ser
tratado como alguém que jamais pecou, ser recebido com amor e confiança. Quanto
mais ele olhava com olhos cegos para o brilho da luz, tanto mais distinto se
apresentava o fato revelado naquele instante na estrada de Damasco: o perdão
era uma dádiva, inteira e perfeita, porque era o próprio CRISTO. Não podia ser
merecido. Mérito humano algum podia superar o pecado humano; mas, ao possuir a
CRISTO, Paulo tinha tudo.
Na casa de
Judas, ele podia ter gritado o que escreveria no futuro: "Enviou DEUS aos
nossos corações o ESPÍRITO de seu Filho". "O mistério que estivera
oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou. . . CRISTO em
vós". "Para mim, o viver é CRISTO!" Ele já sentia o impulso de
orar. Não apenas as orações formais da gloriosa liturgia judaica, mas a
conversação de um filho com seu Pai. Ao falar com JESUS, ele falava com o Pai,
ao adorar o Pai, ele conversava com o Filho. Ele contou ao Senhor tudo o que
lhe ia no coração. Ele intercedeu com urgência por aqueles que havia
perseguido, especialmente pelos que forçara a blasfemar; pelos nazarenos de
Damasco que o aguardavam com temor; por seus amigos judeus e por seus
superiores.
Com a
oração, veio a fome das palavras de JESUS. Como uma ovelha recém-nascida que,
mesmo antes de conseguir pôr-se de pé procura instintivamente o peito da mãe,
Paulo tinha fome do conhecimento de tudo o que JESUS havia dito e feito. Até à
sua conversão ele havia sido indiferente às palavras de CRISTO. Desde o
instante em que disse: "Que farei, Senhor?" ele aceitou a sua
autoridade, e agora era de importância transcendental saber o que JESUS tinha
ordenado, prometido, prevenido e predito; conhecer a atitude do Mestre para com
aqueles que o odiavam e para com os que o amavam, saber tudo o que ele ensinou
a respeito do Pai e de si mesmo, seus veredictos em todos os assuntos do
comportamento e destino humanos.
Paulo
possuía ainda outro anseio: espalhar esta grande descoberta. Contudo, ele tinha
de esperar. O mandamento do Mestre fora: "Entra na cidade, onde te dirão o
que te convém fazer." Esperando, ele ouviu a trombeta vespertina, o cantar
dos galos e o ruído de carroças e novamente a trombeta vespertina. Finalmente,
na calma da terceira aurora, enquanto orava, recebeu a revelação do que viria a
seguir.
No quarto
de uma pequena casa da rua chamada Direita um judeu de meia-idade estava
deitado entre dormindo e acordado.
Ananias,
honrado membro da comunidade judaica de Damasco e também seguidor de JESUS
CRISTO, não se surpreendeu nem hesitou ao ouviu uma voz chamar o seu nome:
"Ananias!" "Eis-me aqui, Senhor." "Dispõe-te, e vai à
rua que se chama Direita e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de
Tarso; pois ele está orando, e viu entrar um homem, chamado Ananias, e
impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista."
Ananias
ficou espantado. Seu Senhor devia ter-se enganado. É provável que Ananias tenha
assistido a pequenas reuniões dos nazarenos que, com a notícia de que Saulo, o
Perseguidor, se aproximava, oraram pedindo que o Senhor os livrasse,
aparentemente, sem esperar que sua oração fosse atendida.
"Senhor",
respondeu Ananias, "de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos
males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização
dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome."
Disse a
voz: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido". O
Senhor, a seguir, confirmou e ampliou o seu mandamento.
Com isso,
Ananias levantou-se e foi.
Caminhando
apressado pela viela e desviando-se dos carregadores de água que voltavam do
rio, no momento em que o sol despontava nos penhascos do norte, ele quase
gritava: "Aleluia!" Então o braço do Senhor não se encolhera. Ele o
havia estendido para curar, e o lobo se deitaria com o cordeiro como na antiga
profecia. E ele, o obscuro Ananias, de quem jamais se ouviu falar nem antes nem
depois, fora escolhido para batizar a Saulo, o primeiro exemplo de um padrão
histórico, segundo o qual os grandes embaixadores de CRISTO, por mais
preparados que sejam de outros modos, são levados à sua vocação por intermédio
de insignificantes agentes.
Ananias,
levado imediatamente à presença de Paulo, permaneceu em pé ao lado da cama.
Ele via um
rosto que passara de profundo sofrimento à paz. A pele se enrugava onde a boa
vida de fariseu tinha sido esgotada pelo jejum; podiam-se ainda perceber as
rugas feitas pela crueldade; a barba era irregular e os olhos fixos. Contudo,
era um rosto descontraído, como se Paulo tivesse visto o pior e já não o
temesse, tivesse olhado o melhor e soubesse que estava sendo reconstruído em
seu molde.
Ananias pôs
as mãos na cabeça de Paulo.
"Saulo,
irmão", começou ele (e engoliu em seco ao chamar o assassino dos seus
amigos de "irmão", mas a alegria tragou a hesitação), "o Senhor
me enviou, a saber, o próprio JESUS que te apareceu no caminho por onde vinhas,
para que recuperes a vista e fiques cheio do ESPÍRITO SANTO."
Naquele
instante umas como que escamas caíram dos olhos de Paulo. Ele viu Ananias. E o
viu claramente. Paulo recuperou a vista instantânea e completamente.
Ananias
desincumbiu-se do restante das suas ordens: "O DEUS de nossos pais de
antemão te escolheu para conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma voz
da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os
homens, das coisas que tens visto e ouvido." Paulo ouviria mais, disse
ele, diretamente do Senhor JESUS, que lhe daria um vislumbre da dureza e da dor
à medida que se aventurassem juntos, não só aos filhos de Israel, grandes e
pequenos, escravos e reis — mas também a "todos os homens", a quem o
fariseu Saulo desprezara e rejeitara.
A seguir,
Ananias proferiu mais palavras, entregues como se da parte do próprio JESUS:
"Envio-te para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e
da potestade de Satanás para DEUS, a fim de que recebam eles remissão de
pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim."
O alcance e
a implicação dessa comissão deixou Paulo sem fala.
Disse mais
Ananias: "Por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus
pecados, invocando o nome dele."
Ananias
ajudou-o a deixar a cama. Os seguidores do Caminho, como João Batista,
batizavam por imersão num rio ou numa corrente de águas. Paulo estava fraco
depois de seu prolongado jejum, mas com sua vontade férrea, pode ter insistido
em caminhar, apoiado em Ananias, os oitenta metros até o rio Abana, fora do
muro norte da cidade.
Paulo,
embora advertido de que viriam tempestades, nessa ocasião podia tornar suas as
palavras do Salmo 19: "Os céus proclamam a glória de DEUS... o sol... se
regozija como herói, a percorrer o seu caminho."
Paulo
sentia bem-estar, descontração de toda a tensão, agudeza de percepção e paz
mental. Andando pela rua Direita, que, como todas as ruas orientais era uma
miscelânea de cores, barulhos e movimentos, ou entrando no bazar de especiarias
ou na rua dos trabalhadores em metal, ele estava apaixonado com a humanidade
toda. Damasco, por ser uma cidade de fronteira, atraía tipos variados: árabes,
judeus, partos com seus chapéus cônicos, e soldados romanos. Paulo sabia ter
sido enviado a todos — e a seu próprio povo, os judeus, porque até mesmo eles,
com exceção dos que tinham visto a JESUS, possuíam somente um vislumbre da
aparência de DEUS.
Naquela
noite, em companhia de Ananias, Paulo ficou conhecendo o pequeno grupo de
nazarenos. Se alguns fugitivos de Jerusalém estavam entre eles — o que é
possível — foi um momento de grande emoção quando os que haviam sido
chicoteados sob as ordens de Paulo lhe deram o beijo da paz e, como prova de
sua união uns com os outros e com JESUS, partilharam com ele o pão e o vinho,
símbolos do corpo e do sangue do Senhor, como o próprio Senhor ensinara na
noite em que foi traído.
Um
incidente ainda mais extraordinário ocorreu no sábado seguinte na sinagoga mais
importante de Damasco. Os anciãos e a congregação não faziam ideia da conversão
de Paulo. Ele não a revelara nem mesmo a Judas. Os nazarenos, contudo, que
sabiam que as coisas correriam de modo diferente, estavam orando enquanto
acompanhava Paulo, ainda vestido como fariseu e trajando uma veste de barras
azuis, tendo no turbante um talismã de couro, até à plataforma e lhe entregava
o rolo da Lei.
Ele leu a
passagem designada e devolveu o rolo. No instante de pausa, antes de começar a
falar, ele se maravilhou da estratégia divina mediante a qual, nos séculos
passados, levantaram-se sinagogas em incontáveis cidades gentias — prontas para
o dia em que, sob a sua liderança, se transformariam nos baluartes de uma
grande cruzada para JESUS CRISTO! Como ele tinha visto a verdade, certamente
que eles também a veriam. Ele e eles haviam sido separados para espalhar as
boas novas de JESUS CRISTO entre os gentios. E começariam em Damasco.
Então ele
proclamou: "JESUS é o Filho de DEUS." Paulo atacou com a mesma
veemência e paixão que caracterizaram sua perseguição. As palavras tropeçavam
umas nas outras enquanto ele contava como o Senhor lhe aparecera, que o Senhor
estava vivo e que os amava. E a reação não foi nada parecida com a que ele
esperava. Os adoradores ficaram espantados e horrorizados. Longe de se
convencerem, ficaram com raiva. Esse vira-casaca, recebido como representante
do sumo sacerdote, se declarava representante de JESUS.
Paulo se
surpreendeu. Nos dias que se seguiram ele se sentiu como Moisés que
"pensou que seus patrícios compreenderiam que DEUS lhes estava oferecendo
libertação por seu intermédio, mas não compreenderam." Ainda mais, sua
impaciência com os nazarenos aumentou. Ele se reunia com eles todas as noites,
mas poucos tinham recordações de JESUS. Possuíam vários dos seus ditos, os
quais haviam sido repetidos por aqueles que o tinham conhecido, mas isso não
satisfazia a Paulo. Ele tinha fome de evidência de primeira mão. Contudo, não
podia voltar a Jerusalém. Ainda que os apóstolos, que haviam conhecido a JESUS
melhor do que ninguém, confiassem nele imediatamente, Paulo não devia
arriscar-se a cair nas garras de um sumo sacerdote enfurecido, que se
encarregaria de fazê-lo desaparecer mediante o estrangulamento, apedrejamento
ou prisão perpétua.
De noite,
na casa de Judas ou talvez agora na casa de Ananias, ele se revirava na cama,
frustrado. E a glória dos dias de cegueira estava a desvanecer. Finalmente, ele
disse ao Senhor que deixaria tudo nas suas mãos. A paz voltou. Nenhuma voz ou
luz revelou o próximo passo, somente a convicção crescente de que devia sair
sozinho, não levando nada a não ser os rolos das Escrituras. Não era dos
apóstolos que Paulo necessitava, mas de JESUS somente; não de uma cidade, mas
do deserto.
O passo
seguinte foi fácil. Damasco era o ponto final de uma das grandes rotas de
especiarias que vinham do país da mirra e do incenso, ao sul da Arábia, e da
Ponta da África. As caravanas de camelos voltavam trazendo moedas e mercadorias
do mundo romano. O filho de um importante comerciante não teve dificuldade
alguma em conseguir passagem.
JOHN
POLLOCK. O Apóstolo. Editora Vida. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
2. Um homem
preparado para servir.
Paulo foi buscar mais conhecimento íntimo com JESUS no mesmo monte onde DEUS falara com Moisés. Foi para a Arábia e lá recebeu revelações como o que aconteceu na Santa Ceia do Senhor JESUS com seus discípulos, antes de morrer na cruz. (Obs. Pr. Henrique).
nem tornei
a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a
Arábia e voltei outra vez a Damasco. Gálatas 1:17
Porque eu
recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que
foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23
Paulo foi
escolhido e capacitado pelo ESPÍRITO SANTO para fazer a obra de apóstolo aos
gentios.
Na igreja
que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO
SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim
estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a Selêucia e dali navegaram para
Chipre. Atos 13:1-4
Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Pr.
Henrique
Paulo teve
experiências com DEUS
Um
verdadeiro apóstolo é homem que deve ter comunhão e experiência com DEUS.
Paulo, não obstante não ter convivido com JESUS como os demais apóstolos, teve
experiências espirituais que os outros não tiveram. E essas experiências
fortaleceram sua vida espiritual e solidificaram o seu relacionamento com
CRISTO. Ele diz que teve “visões e revelações do Senhor” (1 Co 12.1); com
bastante modéstia, falando na terceira pessoa, diz que “foi arrebatado ao
terceiro céu”... “e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar”
(1 Co 12.2,4). Que palavras foram essas, só DEUS e Paulo sabem.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75.
O prazer
com que ele olha para a vida que tinha vivido (v. 7): Combati o bom combate,
acabei a carreira etc. Ele não temia a morte, porque tinha o testemunho da sua
consciência de que pela graça de DEUS ele tinha, em alguma medida,
correspondido às expectativas do propósito da vida. Como cristão, como
ministro, ele tinha combatido o bom combate. Ele tinha realizado o serviço,
passado pelas dificuldades da sua batalha e tinha sido um instrumento ao levar
avante as gloriosas vitórias do Redentor exaltado sobre os poderes das trevas.
Sua vida
foi uma carreira, e ele a tinha concluído. Como sua batalha tinha sido
cumprida, assim sua corrida tinha acabado. “Guardei a fé. Guardei as doutrinas
do evangelho e nunca neguei nenhuma delas”. Note que, em primeiro lugar, a vida
de um cristão, mas especialmente de um ministro, é um combate e uma corrida, às
vezes comparada a um ou ao outro nas Escrituras. Em segundo lugar, esse é um
bom combate, uma boa milícia. A causa é boa, e a vitória é certa, se
continuarmos fiéis e corajosos. Em terceiro lugar, devemos combater esse
bom combate, devemos concluí-lo e terminar nossa carreira. Não devemos parar
até que sejamos mais do que vencedores por aquele que nos amou (Rm 8.37). Em
quarto lugar, é um grande consolo para um santo moribundo quando ele pode olhar
para trás e dizer como nosso apóstolo: “Combati etc. Guardei a fé, a doutrina
da fé e a graça da fé”.
Se pudermos
falar da mesma maneira, ao nos aproximar do final dos nossos dias, sentiremos
um consolo inexprimível.
Portanto,
precisamos continuar nos esforçando, contando com a graça de DEUS, para que
possamos terminar nossa carreira com alegria (At 20.24).
[3] O
prazer com que ele olha para a vida futura (v. 8): Desde agora, a coroa da
justiça me está guardada etc. Ele havia sofrido perda por CRISTO, mas estava
certo de que ganharia a CRISTO (Fp 3.8). Que isso possa servir de ânimo para
Timóteo para suportar as dificuldades como um bom soldado de JESUS CRISTO, que
há uma coroa da vida para ele, a glória e a alegria que abundantemente
compensarão todas as dificuldades e privações do combate presente. Observe: Ela
é chamada de coroa da justiça, porque será a recompensa dos nossos serviços,
que o Senhor não esquecerá, porque não é injusto para esquecer, e porque a
nossa santidade e justiça serão aperfeiçoadas e serão a nossa coroa. DEUS a
dará como justo juiz. Essa coroa da justiça não era somente para Paulo, como se
pertencesse somente aos apóstolos, aos ministros famosos e aos mártires, mas
para todos os que amarem a sua vinda. Observe: A natureza de todos os santos é
amar a vinda de JESUS CRISTO: eles amaram a sua primeira vinda, quando Ele
apareceu para tirar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb 9.26). Eles têm
prazer em refletir a respeito dela. Eles aguardam ansiosos pela segunda vinda
de CRISTO naquele grande Dia. Eles a amam e a aguardam com ansiedade. Em
relação àqueles que amam a vinda de JESUS CRISTO, Ele virá para a alegria
deles.
Existe uma
coroa de justiça reservada para eles, que na segunda vinda de JESUS CRISTO será
dada a eles (Hb 9.28).
Amém! Ora,
vem, Senhor JESUS! (veja Ap 22.20).
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 719-720. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
Paulo
exorta Timóteo a não se esquecer da parte sobrenatural de seu ministério, sem a
qual não alcançaria êxito.
Por este
motivo, te lembro que despertes o dom de DEUS, que existe em ti pela imposição
das minhas mãos. 2 Timóteo 1:6
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a
imposição das mãos do presbitério. 1 Timóteo 4:14
I Tm 4.7
Combati o bom combate. Aquilo para o que Timóteo foi convocado (1Tm 6.12) foi
cumprido pessoalmente pelo apóstolo e suportado até o vitorioso fim. Ele
“proclamou o evangelho de DEUS mediante grande luta”. Agora acabou a luta, esgotou-se
a luta da vida, o bom combate chegou a bom fim. Ele lutou contra poderes
sombrios da maldade, contra Satanás, contra vícios judaicos, cristãos e
gentílicos, hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto,
fanáticos e desleixados em Tessalônica, gnósticos helenistas judeus em Éfeso e
Colossos, e não por último – no poder do ESPÍRITO SANTO – o velho ser humano
dentro de si mesmo, tribulações externas e temores internos. Acima de tudo e em
tudo, porém, lutou em prol do evangelho, a grande luta de sua vida, seu bom
combate.
Completei a
corrida. A imagem do atleta competidor que alcançou a meta e por quem espera a
coroa da vitória. Nada pôde deter sua trajetória, por nada ele foi interrompido
significativamente. Agora tampouco poderes mundanos destruirão sua vida de
forma autocrática, ele é “prisioneiro do Senhor”. O que ele anunciou aos
anciãos de Éfeso na despedida se cumpriu agora: “Todavia, não me importo, nem
considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder
terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor JESUS me confiou, de
testemunhar o evangelho da graça de DEUS.”
Guardei a
fé. Será que se deve traduzir aqui com a frase que se tornou linguajar corrente
“Guardei a fidelidade”? Sem dúvida tem-se em vista “a fidelidade até a morte”;
é intencional a ligação com 2Tm 2.11-13; também a fidelidade do administrador,
do qual se demanda prestação de contas no juízo; a aprovação do colaborador e
sua paciência até o fim no trabalho penoso, quando os frutos estão maduros.
Tudo está englobado, mas antes de tudo e em tudo vale uma só coisa: “Aqui se
trata da perseverança dos santos, os que guardam fielmente os mandamentos de
DEUS e a fé em JESUS.” “Guardei a fé”, isso é o alfa e o ômega, origem e alvo
daquele que por ocasião do primeiro aprisionamento confessou: CRISTO é minha
vida e morrer para mim é lucro. Poder crer até o fim, ser sustentado na fé em
JESUS, receber constantemente essa fé renovada e aprofundada: essa é a graça
máxima, dádiva imerecida, exaltação da fidelidade de DEUS.
O soldado,
o corredor, o administrador (agricultor) – todas as três metáforas que Paulo
lançou a Timóteo para encorajá-lo, todas direcionadas para o fim dos tempos,
cumpriram-se em Paulo. Essas declarações não são marcadas pelo enaltecimento
próprio, mas pela gratidão e adoração àquele que o tornou forte na luta, que o
conduziu à perfeição, que o presenteou com a fé e o preservou.
Hans Bürki.
Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança. (Observação,
Com acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
3. “O menor dos apóstolos”.
Paulo era um homem de grande cultura
Desmistificando
a crença ou “doutrina” de que DEUS só usa pessoas de pouca instrução, o exemplo
de Paulo é bem marcante. Era homem de alto conhecimento bíblico e teológico,
discípulo de Gamaliel, um dos mestres do judaísmo (At 22.3).
Paulo era
um intelectual poliglota. Falava hebraico, por ser judeu e fariseu (At 22.2);
por ser cidadão romano (At 22.25), falava latim; suas epístolas foram escritas
em grego, o que dá a entender que, sendo um homem culto de sua época, falava a
língua helênica; e, como judeu zeloso, certamente, falava o aramaico, que era
língua usual, nos meios intelectuais de sua época. Em sua soberania, e segundo
seus propósitos divinos, JESUS resolveu contrariar a lógica humana, e chamar um
perseguidor do evangelho para ser salvo e fazer dele um apóstolo dos mais
destacados entre os que quis escolher.
Enquanto
alguns de seus primeiros discípulos, do grupo dos Doze, eram humildes
pescadores, cobrador de imposto, político e outros de menor grau de instrução,
Paulo era um homem intelectual, que haveria de levar o evangelho aos gentios,
ou gentes de todas as nações, fora de Israel, inclusive aos “reis” ou
governantes de povos estrangeiros. Além dessa característica marcante, em seu
ministério, Paulo foi o grande teólogo e intérprete dos evangelhos de CRISTO.
Dos 27 livros do Novo Testamento, 13 foram escritos por ele. E ainda resta
dúvida se a epístola aos hebreus também foi de sua autoria.
Não foi por
acaso que Paulo foi o primeiro apóstolo a levar o evangelho de CRISTO à Europa.
Ele foi o grande evangelizador do Império Romano (Rm 15.24,28). Em suas viagens
missionárias, levou o evangelho de CRISTO a cidades de Israel, passou pela
Turquia, pela Ásia Menor; pregou na Macedônia, na Acaia, na Grécia, centro
cultural da Europa, à época; e, em sua última viagem missionária, reviu
discípulos nas igrejas que fundara, e terminou em Roma, para onde foi levado
preso, e pregou na capital do Império mundial da época. Concluiu sua
extraordinária missão, declarando solenemente: “Combati o bom combate, acabei a
carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75-76. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Paulo quis
salientar diversas coisas através desse símbolo: Seu aparecimento súbito e
aparentemente fora de tempo entre as fileiras apostólicas; sua «imaturidade»
por ocasião de seu aparecimento; sua «inferioridade» natural diante dos outros
apóstolos, exceto a graça de DEUS; e, no entanto, quão grande é a graça de DEUS
que tal pessoa veio a tomar-se, por assim dizer, o principal dentre todos os
apóstolos. E foi assim que Paulo completou a lista de testemunhas da
ressurreição de CRISTO, aludindo a si mesmo. JESUS foi visto após sua morte, e
estava vivo. E isso constitui um fato histórico digno de confiança. Conforme
disse Sir William Barrett: «O que quer que os mais humildes homens afirmem, com
base em sua própria experiência, isso é digno de ser ouvido; porém, aquilo que
até mesmo os homens mais habilidosos negam, em sua ignorância, jamais merece um
momento sequer de atenção».
Paulo se
considerava bem pouca coisa. As palavras «...o menor dos apóstolos...» nada têm
a ver com sua estatura física, ou seu poder espiritual ou suas realizações;
porquanto, nessas coisas, ele foi realmente o maior de todos. Por igual modo,
isso não se pode referir à sua dedicação, ao seu propósito e à sua
espiritualidade genuína, pois, uma vez mais, nessas coisas, ele foi o maior de
todos os apóstolos. Mas temos aqui a estimativa humilde em que Paulo tinha a si
mesmo, no que concerne ao seu «valor pessoal», que ele poderia ter a fim de
merecer tão elevado ofício. Em si mesmo, dificilmente ele era digno de ser ao
menos um crente comum e possuir a vida eterna, em JESUS CRISTO, porquanto
perseguira miseravelmente à igreja de DEUS. A dor de consciência se mostra
clara aqui. Ele aprisionara pra serem assassinadas a mulheres e crianças
inocentes, entre suas outras vítimas. Não admira, pois, que ele visse a si
mesmo como o menor dos apóstolos e que se não fora a graça divina, nem ao menos
era digno de ser chamado «apóstolo». (Comparar essa autodepreciação de Paulo
com os trechos de Efé. 3:8 e I Tim. 1:15. Quanto às suas perseguições
anteriores contra os cristãos, ver as passagens de Atos 8:3; Gál. 1:13 e Fil.
3:6).
Paulo havia
dito que era ele qual um «aborto» entre os apóstolos; e essa era outra razão
para ter-se em tão pouca conta. Ele empregou aqui o termo grego «ikanos», que é
traduzido aqui por «digno». Mas essa não é a mesma palavra grega «aksios», a
palavra grega ordinariamente traduzida por «digno». Antes, o termo aqui usado
significa «competente», «adequado» (comparar com II Cor. 2:16). Ele não via
qualquer mérito em si mesmo, como explicação de por que DEUS lhe outorgara tão
estupenda graça. Contudo, a graça não lhe fora dada em vão, conforme sucede
quando o livre arbítrio de um homem teimoso interfere com os planos divinos.
Pelo contrário, a vontade de Paulo correspondia aos impulsos divinos; e isso
era tudo que o Senhor requeria da parte dele. Seu «aborto» violento, para fora
do judaísmo, fora uma necessidade; porque ele fora um destruidor; e, através
desse processo, normalmente jamais teria vindo aos pés de CRISTO, e muito menos
poderia ter assumido a posição de sua mais importante testemunha.
Todavia, a
grande mancha de culpa de sua vida jamais foi olvidada pelo apóstolo Paulo (ver
Gál. 1:3; I Tim. 1:12-14 e Atos 26:9). Por igual modo, não foi eliminado o
princípio da colheita segundo a semeadura; porquanto existe uma lei que dita
que tudo quanto um homem semear, isso também terá de colher. É o mesmo caso de
Davi, o qual, mesmo depois de haver-se arrependido de seus pecados e de ter
sido perdoado, teve de sofrer as consequências. Paulo ainda teria de pagar
pelos erros cometidos. Ele, o grande perseguidor, tornou-se o grande
perseguido. Aquele que havia encarcerado a outros, agora era frequentemente
encarcerado. Aquele que havia assassinado a outros, finalmente foi morto. Essa
é uma grande lei, que não admite qualquer exceção, até mesmo quando o perdão
entra em operação. (Ver Gál. 6:7,8). «Houve ocasiões em que esse fato terrível
(o de ter perseguido a igreja) confrontava a Paulo como um pesadelo. E quem não
compreende essa forma de contribuição?» (Robertson, in loc.).
«Embora
DEUS o tivesse perdoado, o próprio Paulo dificilmente se perdoaria por seu
pecado passado». (Faucett, in loc.). O trecho de Efé. 3:8 apresenta Paulo a
dizer algo ainda mais depreciativo a seu respeito. Lá ele aparece como «...o
menor de todos os santos...».
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 239-241. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
I Cor 9.2
Ademais, não falta o ― selo à sua incumbência apostólica: ―Porque o selo de meu
apostolado sois vós no Senhor. Como os coríntios podem duvidar da autenticidade
de sua incumbência? Nesse caso também deveriam colocar em dúvida a
autenticidade de sua condição cristã e sua existência como igreja de JESUS. “Se
não sou apóstolo para outros, certamente o sou (pelo menos) para vós” [tradução
do autor]. Essa é a sucinta e contundente ―defesa de seu apostolado contra os
que se posicionam como juízes contra ele em Corinto.
Werner de
Boor. Comentário Esperança Cartas aos I Corinto. Editora Evangélica Esperança.
I Cor 9.2
Paulo enfatiza a prova de seu apostolado, dada no primeiro versículo deste
capítulo, onde diz que os próprios crentes de Corinto eram uma prova de seu
ministério. Quanto a outros, que tão-somente tinham ouvido falar sobre Paulo,
mas nunca tinham contemplado o seu poderoso ministério em primeira mão, era
possível que se desculpassem por não reconhecer nele o grande homem de DEUS, de
fé e poder como ele era. Mas os crentes de Corinto não podiam apresentar essa
mesma desculpa. Acima de outros, tinham de reconhecer como CRISTO operava por
intermédio dele. Paulo estivera entre aqueles coríntios por nada menos de
dezoito meses, isto é, por mais tempo do que estivera entre qualquer outro
grupo de pessoas, excetuando Éfeso.
«...selo...»
Essa era a marca da autenticação, nas culturas antiga e moderna. O «selo» ou
«caminho» da autoridade, impresso sobre um documento, é necessário para dar-lhe
legalidade. Ora, os labores tão bem-sucedidos de Paulo serviam-lhe de selo, de
autenticação. Entre esses labores havia o estabelecimento do evangelho na
cidade de Corinto. Paulo não poderia ter conseguido tal coisa, a menos que
tivesse sido preparado para tanto pelo ESPÍRITO de DEUS. Através do dons
espirituais, que resultavam em poderosos sinais e grandes maravilhas, além de
uma pregação eloquente e convincente, homens e mulheres ficavam convictos do
poder de CRISTO, atuante nesse apóstolo. Nisso consistia o selo autenticador de
Paulo.
Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12 (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Principais
selos do ministério de Paulo - Sinais e Almas para CRISTO - são comprovações,
são autenticações de seu ministério dado por JESUS CRISTO.
Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Se eu não
sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do
meu apostolado no Senhor. 1 Coríntios 9:2
«...mediante
os sinais e portentos que ele operara entre eles, como diz Crisóstomo,
alicerçado em II Cor. 12:11-13...a conversão era a grande prova». (Alford, in
loc.).
De que
maneiras eram utilizados esses selos?
1. Servia
de sinal de autenticidade e autoridade, como o selo que José recebeu, na
qualidade de representante de Faraó.
2. Servia
para testificar e confirmar a autenticidade de documentos. (Ver Jer. 32:11-14;
Nee. 9:38 e Dan. 9:24).
3. Servia
para impedir a leitura de um documento ou livro. Simbolicamente, pois, esse
tipo de selo representa algo oculto ou ainda não revelado.
Neste
texto, o selo de que Paulo fala servia essencialmente como «autenticação» de
seu ministério, como uma «testemunha», como uma confirmação do mesmo.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 131. (Observação, Com acréscimos e modificações
minhas - Pr. Henrique)
III -
APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)
1. Ainda há apóstolos?
Aplicamos este termo ao que já vimos no item 1.1, ao “Colégio Apostólico”, ou aos Doze discípulos que foram selecionados por JESUS, e enviados como apóstolos para dar início à Grande Comissão (Mc 16.15). Apóstolos como eles, não existem mais. Eles eram apóstolos no sentido estrito da palavra, e nas circunstâncias em que foram chamados e enviados por JESUS, como homem na Terra. Fizeram parte do primeiro colégio apostólico. Como esses não existem mais, porém, o ministério apostólico da Igreja está em pleno exercício (Ef 4.11).
1)
Estiveram com CRISTO, durante todo o seu ministério terreno.
Os
Doze (incluindo aqui Judas, o traidor) aprenderam aos pés de JESUS, o
Mestre dos mestres, no mais perfeito curso de evangelização e discipulado que
alguém poderia realizar. Próximo à sua morte, JESUS lhes disse: “E vós sois os
que tendes permanecido comigo nas minhas tentações” (Lc 22.28). Ter visto a
CRISTO, como home, vivo, é condição sinequanom para exercer tal ministério.
Porém, ver a CRISTO ressurreto não é condição exclusiva, pois Paulo também o
viu (1 Co 9.1,2). Mas o terem aceito seu chamado diretamente de sua parte desde
o batismo de João Batista; de terem caminhado durante cerca de três anos e
meio, ao seu lado, ouvindo sua palavra, e vendo seus milagres; de terem comido
e dormido ao seu lado, muitas vezes sem ter “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20);
só os Doze compartilharam momentos tão expressivos da humanidade, bem como da
divindade de CRISTO (podemos incluir aqui outros dois discípulos, mas estes não
foram escolhidos por JESUS como homem - José e Matias).
2) Eles
estiveram com JESUS, após a sua ressurreição
Outros
discípulos também estiveram com JESUS, como Maria Madalena, por exemplo. Mas os
que compartilharam da companhia do Senhor, de modo privado e especial, foram os
11, visto que Judas traiu o Mestre e foi para o seu destino trágico (Observação
minha - Pr. Henrique - Então agora eram 13 nesta ocasião já que os apóstolos
disseram que José e Matias tinham acompanhado o mesmo que eles do ministério de
JESUS, porém não foram escolhidos quando os doze foram).
“Chegada,
pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os
discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no
meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e
o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes,
pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu
vos envio a vós” (Jo 20.19-21). Enviar significa - apostolar, tornar apóstolo.
3)
Receberam a Grande Comissão
O mandato
para evangelizar o mundo é destinado a todos os crentes em JESUS, a toda a
Igreja do Senhor. Mas os Doze receberam a ordem missionária, diretamente
da boca de JESUS (Mc 16.15). JESUS não disse aos Doze que eles fizessem
apóstolos, mas sim, discípulos em todas as nações (Mt 28.18-20).
4) Os Doze
terão seus nomes nos fundamentos da Nova Jerusalém (Aqui Matias sim. Não
Judas e nem Paulo)
Esse
importante detalhe, registrado no Apocalipse, certamente, constitui argumento
mais que suficiente para se entender, que o apostolado especial dos Doze, que
constituíam o primeiro Colégio Apostólico, não é repetido em nenhuma fase da
História da Igreja. João viu esse singular privilégio, concedido unicamente aos
que seguiram JESUS, durante o seu ministério terreno (Ap 21.12-14), mas também
viu nascer o segundo apostolado, tendo como integrantes Tiago, irmão de JESUS
que assumiu preeminência entre os apóstolos do primeiro colegiado, Andrônico,
Júnias, Paulo e Barnabé; estes sendo apóstolos da igreja (At 15.Ef 4.11).
Para
confirmar definitivamante que havia apóstolos depois dos doze primeiros, Tiago,
irmão de JESUS era líder entre eles todos, em Jeruslám e não tinha sido
escolhido por JESUS entre os doze primeiros apóstolos. O Tiago, irmão de João,
já havia sido morto por Herodes (e matou à espada Tiago, irmão de João. Atos
12:2 ).
E,
havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me.
Atos 15:13
E não vi a
nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. Gálatas 1:19
Note que
mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de apóstolos,
claro que apóstolos como ministério e não como os doze primeiros.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 77-78. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
ERA
APOSTÓLICA, A época que tem início a partir do Pentecostes (aprox. 30 d.C.) até
a morte do apóstolo João (aprox. 100 d.C.) é aquela em que os apóstolos estavam
exercendo a sua influência entre as igrejas. Esta era prontamente se divide nos
períodos pré-paulino (aprox. 30-40 d.C), paulino (aprox. 40-67 d.C.) e
pós-paulino (aprox. 67-100 d.C). Durante o primeiro período, o cristianismo
esteve grandemente confinado a Jerusalém e ao povo judeu. Não houve nenhuma
tentativa de fazer um rompimento definitivo com o judaísmo até então. A vida da
igreja foi marcada pela simplicidade, pureza e poder. No período paulino
ocorreu uma transição de uma igreja judaica para gentio-judaica com uma
expansão correspondente ao tamanho do império. Vários problemas começaram a
tomar forma, tais como a perversão judaística na Galácia, irregularidades em
Corinto e a heresia em Colossos. A principal figura do período pós-paulino foi
o apóstolo João, cuja morte trouxe o final da Era Apostólica primeira,
dada por CRISTO (dos doze primeiros apóstolos escolhidos por JESUS).
Nesta época, o cristianismo havia sido firmemente plantado em todas as terras
de Jerusalém a Roma (Observação minha - Pr. Henrique - agora com os
apóstolos do ministério referidos por Paulo em Ef 4.11).
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 161. (Observação,
Com acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Note que
mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de apóstolos,
claro que apóstolos como ministério e não como os doze primeiros.
Mt 19.28 —
Os apóstolos jamais se esqueceram da promessa de JESUS sobre o lugar que
ocupariam no Seu Reino; isso era algo que ainda estava muito vivo na mente
deles em Atos 1.15-26.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 58-59.
2.
Apóstolos fora dos doze.
Matias foi escolhido
pelos onze e não foi reprovado por Paulo e muito menos por JESUS. O método de
escolha foi totalmente correto, pois ainda não haviam sido batizados no
ESPÍRITO SANTO e provaram ter total confiança e fé em DEUS para Ele escolhesse
qual pedra sairia se referindo ao apóstolo escolhido por Ele.
Tiago,
irmão de JESUS e escritor de um dos livros do Novo Testamento, foi colocado
como apóstolo entre os primeiros apóstolos e assumiu posição de eminência entre
eles (At 15.13).
Andrônico e
Júnias (Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na
prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em
CRISTO. Romanos 16:7)
Paulo e
Barnabé (Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas
vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando Atos 14:14)
Esses são
nomes de apóstolos que assumiram o ministério de apóstolos depois dos doze
primeiros.
Sei que
muitos foram ensinados por mestres do passado e achavam que Paulo é que tinha
que ser escolhido no lugar de Matias, mas isso não é verdade. O próprio Paulo
fala de doze apóstolos colocando Matias entre eles.
e que foi
visto por Cefas e depois pelos doze. 1 Coríntios 15:5 - Judas já havia morrido
e Matias já havia sido incluído entre os apóstolos.
Já ressaltamos
o envio dos “setenta” discípulos, que, sendo enviados, de dois em dois,
cumpriram o papel de apóstolos. Mas, além deles, o Novo Testamento também cita
outros exemplos de apóstolos, como Paulo, que se considerou a si mesmo “o menor
dos apóstolos” por ter perseguido “a igreja de DEUS” (1 Co.15.9; Rm 1.1; 2 Co
1.1); ele viu a JESUS CRISTO (1 Co 9.1). Tiago, irmão de JESUS (Barnabé também
foi reconhecido como apóstolo (At 14.14). Havia “outros apóstolos”, a que Paulo
se referia em sua carta aos romanos (Rm 16.7) e em outras epístolas (G1 1.19; 1
Ts 2.6,7).
A) A
liderança dos apóstolos
Segundo o
comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, os apóstolos “Eram homens de
reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para
defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres.
Cuidavam do estabelecimento de igrejas, segundo a verdade e pureza
apostólicas”. Eles tinham a mensagem “original” de CRISTO.
- A minha
palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria
humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder, 1 Coríntios 2:4
- Os sinais
do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
- E digo
isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. Porque, ainda que
esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco,
regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em CRISTO. Como,
pois, recebestes o Senhor JESUS CRISTO, assim também andai nele, arraigados e
edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em
ação de graças. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo e não segundo CRISTO; porque nele habita corporalmente toda
a plenitude da divindade. Colossenses 2:4-9
B) A
itinerância dos apóstolos
Diz, ainda,
a Bíblia de Estudo Pentecostal que os apóstolos “Eram servos itinerantes que
arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor JESUS CRISTO e da
propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15;25,26). Um verdadeiro
apóstolo de CRISTO deve ser, antes de tudo, um servo ou um servidor e não
alguém em grau de superioridade ou supremacia entre os outros. deve viver em
santidade e humildade, repartindo com os outros m4 ministérios suas
responsabilidades eclesiásticas e ministeriais. Se há salário, deve ser
repartido igualmente entre os cindo ministérios arrolados em Efésios 4.11 -
Apóstolos - Profetas - Evangelistas - Pastores - Mestres.
C) A ordem
de fazer discípulos
A expressão
“ensinai todas as nações”, no texto bíblico original (Mt 28.19), escrito em
grego, tem o sentido de fazer discípulos. A tradução mais aproximada seria
“ide, fazei discípulos em todas as nações”. “O propósito da Grande Comissão é
fazer discípulos que observarão os mandamentos de CRISTO e serão pregadores e
ministros do evangelho daí para frente também. Este é o único imperativo direto
no texto original deste versículo”. De modo mais didático e direto, lemos, na
Bíblia de Estudo Palavras-Chave sobre o versículo de Mt 28.19: “3.100
(mathêteuo), intransitivo, tornar-se um aluno, transitivo, ser discípulo, i.e.,
inscrever-se como estudante: ser discípulo, instruir, ensinar. O termo
correlato, mathetês (3101), “discípulo. Ser discípulo de alguém (Mt 27.57);
treinar como discípulo, ensinar, instruir; por exemplo, a Grande Comissão (Mt
28.19). Também Mateus 13.52; Atos 14.21”.5.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 78-80. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
3. O
ministério apostólico atual.
Os missionários, se tivessem autoridade apostólica concedidos pela Igreja e dons do ESPÍRITO SANTO presentes em seu ministério, se fosse enviado só para locais sem crentes e se fossem sustentados pelo mesmo salário dos pastores, poderiam ser considerados hoje como apóstolos.
Como
demonstrado, o ministério dos Doze, ou do primeiro colégio apostólico (incluído
aí Matias), não se repete. Nenhum dos Setenta, nem qualquer dos apóstolos da
Igreja Primitiva; ou dos tempos antigos, modernos, atuais, ou futuros, jamais
terá seu nome nos fundamentos da Nova Jerusalém. Aqueles Doze foram únicos. Não
há sucessão apostólica, como entende a Igreja Católica. Referindo-se aos
apóstolos de JESUS do primeiro colegiado, no sentido especial, a Bíblia de
Estudo Pentecostal diz: “O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é
exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do Novo Testamento
escolhidos por JESUS, em forma humana, não têm sucessores”.
Atualmente,
o que podemos ver como ministério de caráter apostólico, é o trabalho dos
apóstolos de CRISTO como Tiago, irmão do Senhor, Andrônico, Júnias, Paulo e
Barnabé o foram e que hoje fazem o mesmo tipo de trabalho abrindo e coordenando
o trabalho de novas Igrejas. Onde deixamos espaço sem evangelizar se torna
campo missionário a ser ocupado por um apóstolo e os missionários a eles
inseridos.
Paulo
ensina que JESUS, depois de subir ao alto e levar “cativo o cativeiro”, “deu
dons aos homens”. Observando o texto bíblico, de Efésios 4.11, lemos: “E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO” (Ef
4.11,12). Esses “homens-dons”, concedidos por DEUS e seus ofícios ou
ministérios, têm por finalidade alcançar a “unidade do ESPÍRITO” (Ef 4.3),
visando “o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” e a
“edificação do corpo de CRISTO”.
O ministério
de apóstolo deve ser desenvolvido, na atualidade, ao lado dos demais
ministérios, indispensáveis à unidade e à edificação do corpo de CRISTO, em pé
de igualdade e importância.
Homens como
John Wesley, Gunnar Vingren, Daniel Berg, e tantos outros, em tempos mais
recentes, podem ser considerados verdadeiros apóstolos de JESUS. São homens que
expuseram suas vidas para levar a mensagem do evangelho aos mais longínquos
lugares do mundo.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 80-81. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 7, O Ministério de Profeta
Revista Lições Bíblicas
Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
Lição 7, O Ministério de
Profeta
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18OmJJ1H8e7UzWzZsHCu6Pk (6 partes)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- 1 Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.
1 Coríntios 12.27 - Ora, vós sois o corpo de
CRISTO e seus membros em particular. 28 - E a uns pôs DEUS na igreja,
primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores,
depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
29 - Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores?
São todos operadores de milagres?
Efésios 4.11 - E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, 12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra g
do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, 13 - até que todos cheguemos
à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida
da estatura completa de CRISTO.
Resumo da Lição 7 - O
ministério de Profeta
I- O PROFETA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
II- O PROFETA EM O NOVO
TESTAMENTO
1. A importância do termo
“profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta
neotestamentário.
3. O objetivo do dom
ministerial de profeta.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO
PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os
conhecereis.
3. Ainda sobre o falso
profeta.
Comentários de 2014 e 2021
Nesta lição vamos estudar
sobre o segundo Dom Ministerial de CRISTO - Pessoa dada a Igreja por JESUS -
Dom ministerial de Profeta (Efésios 4.11).
São Vários os profetas
mencionados como Profetas da Igreja como veremos no desenrolar da Lição.
O dom ministerial de Profeta é
atual e atuante na Igreja de hoje. Mesmo que algumas denominações teimem em não
o reconhecer eclesiasticamente, o profeta está na igreja e deve ser reconhecido
para que o corpo de CRISTO cresça em graça, em conhecimento e poder.
Importância do ministério de
Profeta
Quem recebe um profeta na
qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na
qualidade de justo, receberá galardão de justo. Mateus 10:41
Se fôssemos seguir à risca a
Bíblia, os ministérios de Apóstolo e Profeta seriam os maiores ministérios da
Igreja atual.
o qual, noutros séculos, não
foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo
ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas, Efésios 3:5 - Apóstolos e
Profetas da Igreja - Novo testamento.
edificados sobre o fundamento
dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a principal pedra da
esquina; Efésios 2:20 - Apóstolos e Profetas da Igreja - Novo testamento.
O maior erro ao falarmos sobre
Profeta é a confusão que se faz entre Profeta - Ministério (tanto no AT como no
NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado de profeta quem profetiza - quem
tem dom de profecia). Profeta é ministério. Ter dom de profecia não faz de
alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta
tem a ver com a revelação do futuro (dom de revelação - Palavra de Sabedoria)
ou revelação do passado ou do presente (dom de revelação - Palavra de
conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e
são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos), Curas (dons de curar) e Milagres
ou Maravilhas.
Dom de profecia é para
edificação, exortação e consolação. Confirma o que já está no coração da
pessoa. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a
ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a maioria dos
"profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam mensagens que
DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento sobrenatural do ESPÍRITO SANTO
e conhecimento dos Dons do ESPÍRITO SANTO na prática.
Qual ensino ou pregação Ágabo
fez? Elias e Eliseu pregavam ou ensinavam alguma coisa? Não. Profeta não é
mestre para ficar ensinando e nem é evangelista para ficar pregando. Ele tem
uma mensagem futurística ou de revelação do pecado e o juízo sobre este pecado.
Mensagem simples e direta que não está escrita na bíblia. É conversa de DEUS
direta para uma pessoa, ou grupo de pessoas ou para a igreja ou para um país,
etc...Dom Ministerial de CRISTO - Pessoa dada a Igreja por JESUS - Dom
ministerial de Profeta (Efésios 4.11). São Vários os profetas mencionados como
Profetas da Igreja. Atos 11:27 Agabo - Atos 15:32-34 - Judas e Silas - Atos
21:10-11 Agabo -1 Coríntios 12:28 profetas - Tito 1.12 - profeta - Efésios 3:5
- Apóstolos e Profetas da Igreja - Novo testamento. "edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a principal
pedra da esquina; Efésios 2:20" - Apóstolos e Profetas da Igreja - Novo
testamento.
Profeta não fala o que está
escrito na Bíblia.
Ele recebe
uma mensagem sobrenatural, instantânea, para falar a alguém, ou a um grupo de
pessoas, ou à igreja, ou a nação.
Parece estar havendo muita confusão sobre este dom por ser raro esse ministério
entre os crentes assembleianos.
Hc 2:2 Então, o SENHOR me
respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que
a possa ler o que correndo passa.
Só a partir do profeta proclamar o que DEUS lhe revelava é que se tornava
bíblia.
O profeta não tirava da Bíblia o que ia falar.
Quem lê na Bíblia alguma coisa não é profeta e nem está profetizando.
A mensagem dada ao profeta é sobrenatural e espontânea. Ele não sabe o que vai
falar até o momento que lhe é dado o que falar.
Profetas que profetizaram
nascimento, vida e morte de JESUS aqui na Terra duraram até João. Hoje temos
vários profetas na Igreja (Ef 4.11 - Exemplo clássico - Profeta Ágabo)
profeta, por nome Ágabo
- Atos 21:10-11. - Judas e Silas, que também eram profetas - Atos 15:32-34
"E a uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas". 1 Coríntios 12:28.
"Um deles, seu próprio
profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres
preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente,
para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Na
igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Atos 13:1
João Batista, o último
profeta? Existiam profetas na época do início da igreja? Existem profetas hoje?
João Batista foi o último
profeta do Antigo Testamento - profetas do AT profetizaram sobre primeira vinda
de JESUS e quase nada sobre depois disso, com raríssimas exceções. Alguns muito
usados em milagres, alguns sem milagres, mas com grandes profecias messiânicas,
alguns sem milagres e sem profecias messiânicas, mas com mensagens de juízo. Os
verdadeiros eram temidos e pouco desejados em meio à sociedade em geral,
principalmente entre os ricos e políticos. Eram pessoas de grande fé e
santidade. Suas vidas eram inteiramente comprometidas com DEUS e sua palavra
inspirada. A bíblia nos diz que nossa fé deve estar em conformidade com os
ensinos dos apóstolos e dos profetas.
No Novo Testamento, como
ocorre com os apóstolos, temos o ministério de Profeta. Efésios 2.20; 4.11 fala
sobre isso e em muitas outras partes do NT, como por exemplo: Atos 11:27 -
profetas; Atos 15:32 - Judas e Silas; Atos 21:10 - Ágabo; 1 Co 12.28, 29; Tito
1.12 - profeta que revela pecado; Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos.
O ministério profeta deveria
ser reconhecido na Igreja, mas com o passar do tempo, e devido à multiplicação
do pecado, principalmente por parte da liderança da igreja, esse ministério
teve a mesma sorte daquele que havia no AT, passaram a ser pessoas "non
gratas" nas igrejas. Revelar pecado e juízo sobre esse pecado é uma das
maiores tarefas de um legítimo profeta de DEUS, por isso sua pouca popularidade
na igreja atual.
O que o profeta falaria hoje
na igreja? O profeta revelaria o pecado oculto da maioria dos crentes de hoje.
O profeta é excluído de nossos púlpitos devido ao temor dos líderes de que seus
pecados sejam revelados e eles sejam desmascarados ante suas inocentes ovelhas
que são tosquiadas a cada dia para enriquecimento dessas lideranças
materialistas.
O pecado tem que ser combatido
a qualquer custo e a mensagem do profeta deve ser ouvida na igreja para que o
temor se apodere dos crentes e eles se arrependam de seus pecados e sejam
sarados.
Lembremo-nos de que todos
aqueles que escreveram nossos livros que estão contidos na bíblia e falam sobre
alguma coisa no futuro, principalmente a escatologia, todos eles formam
profetas de DEUS. Não existiria o livro de Apocalipse se não existisse profeta
no Novo Testamento. Os ministérios podem ser mudados ao longo do tempo. Por
exemplo, João que começou como apóstolo, terminou como profeta, escrevendo
Apocalipse. Paulo que começou como Apóstolo, passou pelo ministério de profeta,
evangelista, pastor e mestre.
O ministério é dado por CRISTO
de acordo com a necessidade do momento. Paulo preso pode e é usado por JESUS
como um legítimo profeta de DEUS, combatendo o pecado nas igrejas e falando
sobre coisas futuras.
Todo profeta tem como
confirmação de se ministério os dons do ESPÍRITO SANTO presentes em seu
ministério.
Dom de Profecia X Ministério
Profeta
Dom de Profecia é para
edificação, exortação e consolação, não prediz nada, pode vir de 3 fontes, DEUS, homem e o
Diabo; deve ser julgada.
Profeta é ministério
Profeta é usado em dons de
revelação - fala a respeito do futuro (Palavra de Sabedoria - dentro da
Onisciência de DEUS - DEUS sabe o futuro); também revela coisas ocultas tanto
no passado quanto no presente (Dom da Palavra da ciência ou Conhecimento - dentro
da Onipresença de DEUS - DEUS está presente em toda parte). profeta é usado em
dons de poder (ressuscitar mortos - Fé; Curar doentes e enfermos - Dons de
Curar; Modificação na natureza - milagres) - Alguns profetas escrevem a
respeito de coisas futuras, como Apocalipse, por exemplo - são revelações das
coisas futuras dadas ao profeta. Quem tem ministério de profeta não quer dizer
que um dia não possa ter outros ministérios, pis Pedro e Paulo foram, além de
apóstolos, profetas também..
Observação sobre sustento do
profeta:
O Didaquê, obra da igreja
primitiva que pode ser dada como de produção ao redor do ano 90 de nossa era
(parece anteceder, inclusive, ao evangelho de João), e que é considerado como
um manual de doutrina da igreja primitiva, diz o seguinte, sobre o trabalho de
mestres itinerantes na vida das comunidades cristãs da época: “Todo apóstolo
(profeta e pregador também) que venha a vós seja recebido como o Senhor, porém
não permanecerá mais que um dia, e se houver necessidade, ainda o outro dia;
mas se permanecer três dias, é um falso profeta. E tendo saído o apóstolo nada
tomará para si, a não ser pão, até o próximo alojamento. Mas se pede dinheiro é
um falso profeta” (11.4-7). Não estou declarando o Didaquê como inspirado, como
os escritos do Novo Testamento, mas reconhecendo-o como documento histórico e
como manual de doutrina da Igreja. A conexão que ele faz entre apóstolo,
profeta e pregador itinerante é interessante, bem como o método para descobrir
se é falso o apóstolo ou profeta ou pregador itinerante: se busca levar
vantagem no exercício de sua função. Por que existem altos cachês? Porque
existem pastores que pagam. São falsos pastores pagando falsos profetas? Será
que esses falsos profetas só profetizam coisas boas para esses pastores para
receberem seus altos cachês?
<http://www.ensinameaviver.com.br/admin/pdf/O_PROFETISMO_EM_ISRAEL_-_Isaltino_Gomes_Coelho_Filho.pdf >
A importância do ministério do
profeta neotestamentário.
Atos 11:27 - profeta Ágabo
E, levantando-se um deles, por
nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo
o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
Veja a importância de um
profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em todo mundo - DEUS lhe
revelou algo que haveria de acontecer no futuro. Deveríamos desejar que esse
ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos dizer muita coisa grandiosa,
mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns historiadores dizem que pouco
antes que o general Tito destruísse Jerusalém, DEUS enviou uma mensagem,
através de um profeta, a igreja que estava em Jerusalém, avisando da tragédia
que se avizinhava. Quem deu crédito ao que dizia o profeta de DEUS, fugiu da
cidade e escapou com vida.
O dom Palavra de Sabedoria é
muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo, muitos escreveram a respeito
de coisas que aconteceram muito depois de suas épocas e que ainda vão acontecer
depois de nossa época, tanto os profetas do AT quanto os do NT. Um legítimo
profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que sabe tudo sobre o futuro,
dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas.
"Certamente o Senhor DEUS
não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas". Amós 3:7
Atos 15:32-34
"Depois Judas e Silas,
que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas
palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz
para os apóstolos; Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34
Judas e Silas eram respeitados
profetas da Igreja e foram encarregados de passarem nas igrejas abertas por
Paulo para corrigirem erros doutrinários exigidos pelos falsos apóstolos e
profetas que por ali passaram. Judas e Silas transmitiram aos irmãos a resoluções
do primeiro concílio da igreja.
Veja a importância de
verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e confiança da igreja. Os
apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes resoluções da igreja.
Atos 21:10-11
"E, demorando-nos ali por
muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco,
tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto
diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é
esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios". Atos 21:10-11.
Veja aqui, mais uma vez, a
importância de um profeta que fala a respeito do futuro. Paulo, agora, já sabia
o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a escolha entre obedecer
integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a DEUS parcialmente. Temos
a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para nós ou de conhecer sua
vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que são capazes de
entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas pelo evangelho.
"Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu
segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Coríntios 12:28
"E a uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas". 1 Coríntios 12:28.
Isto é Bíblia, é Palavra de
DEUS, deve ser praticado na Igreja.
Veja a importância do
ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo lugar de importância para
a edificação e progresso da igreja.
Tito 1.12 - profeta que revela pecado
"Um deles, seu próprio
profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres
preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente,
para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Veja aqui Paulo dando
testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a respeito dos cretenses.
Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois enxergava da maneira que DEUS
enxergava e a revelava ao apóstolo.
Apocalipse 18.20 profetas e
apóstolos.
Alegra-te sobre ela, ó céu, e
vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS julgou a vossa causa quanto a
ela. Apocalipse 18:20
Um dia DEUS dará a paga aos
perseguidores dos profetas de DEUS. Quase não se vê um profeta na igreja de
hoje. São perseguidos. Não têm oportunidade para transmitirem as mensagens
diretas de DEUS a seu povo, em nossos púlpitos. São considerados como escória.
São desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem que um dia DEUS os
recompensará.
Como identificar se a mensagem
é vinda de um ministério Profeta ou de alguém usado em dom de profecia?
Quando se fala a respeito de
coisas futuras ou coisas passadas ou ocultas quando se revela pecados ocultos e
notícia de juízo é Ministério de profeta. O profeta revela às vezes um problema
ou uma doença, ou um juízo e já traz a solução com um milagre, uma
transformação.
A profecia não traz o milagre
junto. A profecia é mais um aconselhamento, para edificação, consolação e
exortação. Não tem elemento preditivo e nem palavra de juízo contra o pecado. A
profecia é para indicar a presença de DEUS na vida do crente ou descrente. É em
sua maioria, uma resposta de DEUS a uma oração do crente.
Não confunda profecia com
Profeta, por favor. profecias devem ser julgadas. Profeta - homem de DEUS que
traz uma mensagem de DEUS, revelando pecados ou coisas ocultas e futurísticas.
Na hora que o profeta fala já se sabe se é de DEUS ou não. Se a mensagem for a
respeito do futuro só se saberá se é de DEUS se acontecer o cumprimento. Não se
pode julgar o que ainda não aconteceu.
Porque existe uma rejeição
intensa para com o profeta ministerial nos dias de hoje?
Não só hoje, mas o profeta
sempre foi temido, excluído, colocado à margem dos poderosos. O profeta tem a
revelação do pecado, principalmente o pecado da liderança. profeta revela roubo
de dinheiro na secretaria, desvio de dinheiro das obras sociais e de missões,
revela superfaturamentos nas notas fiscais, revela adultérios, revela
homossexualidade, lesbianismo, prostituição, etc... Imagine quem quer um
profeta em sua igreja!!! O rei da igreja, ou o ditador da igreja morre de medo
de um profeta e não dá oportunidade para ele pregar de jeito nenhum.
Revista Ensinador Cristão
CPAD, n° 58, p.39
O ministério de profeta ainda
é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há
pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas
perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as
experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo Novo
Testamento e ao longo da História da Igreja?
Os exemplos são diversos. Em o
Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia (At
11.27-30; 21.10-12).
Outros exemplos são profusos
na história da Igreja. Podemos começar por um documento cristão antigo datado
do segundo século: "Didaquê: A Instrução dos Doze Apóstolos". Apesar
de se chamar "A instrução dos Doze", o documento não foi escrito
pelos doze apóstolos de CRISTO, mas formulado pelas lideranças da igreja do
segundo século objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida
cristã. No capítulo 11, sobre "A Vida em Comunidade", os versículos
7-12 do documento falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme
registrado em Efésios 4.11.
À semelhança do Antigo
Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da
Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho
contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade estava
corrompido e longe dos desígnios de DEUS. Foi assim no Antigo Testamento; assim
ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da rica história
eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade? (com
algumas alterações do Pr. Henrique).
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
O maior erro ao falarmos sobre Profeta é a confusão que se faz entre Profeta - Ministério (tanto no AT como no NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado de profeta quem profetiza - quem tem dom de profecia).
Profeta é ministério.
Ter dom de profecia não faz de
alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta
tem a ver com a revelação do futuro (dom de revelação - Palavra de Sabedoria)
ou revelação do passado ou do presente (dom de revelação - Palavra de
conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e
são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos), Curas (dons de curar) e Milagres
ou Maravilhas.
Dom de profecia é para
edificação, exortação e consolação. Confirma o que já está no coração da
pessoa. Resposta a uma oração. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a
ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a maioria dos
"profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam mensagens que
DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento e conhecimento dos Dons do
ESPÍRITO SANTO.
Neste capítulo, discorremos
sobre o dom ministerial de profeta, na igreja cristã. É um assunto que envolve
dificuldades de interpretação, tendo em vista alguns aspectos que parecem não
estar bem claros, no texto neotestamentário. Quando se estuda a missão dos
profetas, no Antigo Testamento, normalmente, não há grandes questionamentos.
Mas, no âmbito do Novo Testamento, persistem algumas indagações. Há dúvidas
acerca da correlação entre o dom de “profeta” e o dom espiritual de “profecia”.
O profeta, na igreja atual é um dom ou é um ofício? E um cargo ministerial,
como alguém utiliza, acima dos demais? Já existem igrejas em que seu titular já
foi pastor, bispo, apóstolo e, atualmente, é chamado de “o profeta”!
A Igreja Primitiva é o modelo
ideal a ser seguido pelas igrejas cristãs ao longo da História. Mesmo
considerando algumas especificidades ministeriais, face ao contexto histórico e
cultural de sua época, o que foi ensinado por JESUS e por seus apóstolos, ao
longo do desenvolvimento das igrejas locais, tem valor essencial para quaisquer
igrejas, em todos os tempos e lugares, no mundo em que vivemos. Desse modo,
constatamos que tanto o dom de profecia como o ofício ou o dom ministerial de
profeta eram naturalmente reconhecidos pelos cristãos primitivos.
Em momentos cruciais, quando
as adversidades ameaçavam a comunidade cristã, homens de DEUS eram levantados
para transmitir a mensagem de orientação, necessária para sua estabilidade. Os
profetas do Novo Testamento não eram pessoas procuradas por irmãos ou grupos de
irmãos, com a finalidade de buscarem orientações pessoais. Eles eram usados, em
momentos especiais, quando havia uma necessidade de uma palavra especial da
parte de DEUS. E o faziam de modo espontâneo, sem qualquer ideia de
premeditação ou direcionamento da parte do profeta, como ocorre, infelizmente,
em alguns lugares, nos dias presentes. Também não tinham o ofício de profeta,
idêntico ao dos profetas do Antigo Testamento.
O profeta do Antigo Testamento
era um homem que, além de transmitir a mensagem de DEUS, tinha outras
atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os profetas que tinham a
incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos governantes
(1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16).
No Novo Testamento, o profeta
tem função essencialmente voltada para o âmbito da igreja local. Mas, de modo
geral, o profeta da igreja cristã atende à necessidade de edificação, exortação
e consolação dos crentes (1 Co 14.3). Uma pessoa pode ter o dom espiritual de
profecia sem ter o dom ministerial de profeta. Não se pode dizer que
a igreja do século XXI não precisa mais de profetas. Considerando que, antes da
Vinda de JESUS, está prevista terrível manifestação da apostasia (2 Ts 2.3), é
indispensável que a igreja local tenha a presença da manifestação do ESPÍRITO
SANTO, tanto através do dom de profecia, como a palavra dos profetas de DEUS.
O profeta de hoje não tem a
missão de ungir reis ou profetas em seu lugar, mas tem a grave responsabilidade
de transmitir a mensagem de DEUS, nos momentos necessários, no tempo certo,
para pessoas ou para a comunidade cristã. Essas mensagens são de grande valia,
para denunciar as ameaças ou existência de pecados que comprometem a
integridade espiritual do Corpo de CRISTO.
Quem tem um dom de DEUS deve
ter consciência de que é apenas um servo e não um senhor dos outros.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 82-83. (com algumas alterações do Pr.
Henrique).
JESUS FALOU SOBRE A
PERSEGUIÇÃO AOS APÓSTOLOS E PROFETAS - Lc 11:49 Por isso diz também a sabedoria
de DEUS: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns, e perseguirão
outros;
AS POSIÇÕES PRIMORDIAIS DA IGREJA SÃO APÓSTOLOS, PROFETAS E MESTRES. 1Co 12:28
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas.
BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É PARA TODOS, DONS DO ESPÍRITO SANTO SÃO PARA POUCOS
E MINISTÉRIOS SÃO PARA POUQUÍSSIMOS. 1Co 12:29 Porventura são todos apóstolos?
São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?
A IGREJA É EDIFICADA SOBRE O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E PROFETAS - JESUS CRISTO
- Ef 2:20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS
CRISTO é a principal pedra da esquina;
REVELAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS FORAM DADAS AOS APÓSTOLOS E PROFETAS - Ef 3:5 O qual
noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido
revelado pelo ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas;
APÓSTOLOS E PROFETAS SÃO MINISTÉRIOS DE CRISTO - Ef 4:11 E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores,
AS PALAVRAS DITAS PELOS APÓSTOLOS E PROFETAS DEVEM SER GUARDADAS - 2Pe 3:2 Para
que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos
profetas, e do mandamento do SENHOR e Salvador, mediante os vossos apóstolos.
APÓSTOLOS E PROFETAS TÊM UMA CAUSA EM COMUM - Ap 18:20 Alegra-te sobre
ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS julgou a vossa
causa quanto a ela.
I- O PROFETA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
I- O PROFETA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1. Conceito.
No Antigo Testamento, o ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando DEUS levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda a nação e até para povos estranhos. Este poderia receber consultas para falar com DEUS e dar a resposta de DEUS.
Esta palavra é derivada do termo grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir [ou adiante]”, um proclamador ou intérprete da revelação divina (Arndt, p. 730). Ela geralmente refere-se àquele que age como porta-voz. Às vezes, também é sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada”, e traz a conotação de um prenunciador ou revelador de eventos futuros. O uso prático determina o sentido em que a palavra deve ser entendida.
PRESTE ATENÇÃO A ISTO -
“profeta é aquele que fala sobre aquilo que está no porvir [ou adiante, ou no
futuro]” - O DOM QUE MAIS AGE NO PROFETA É O DOM DE PALAVRA DE SABEDORIA, OU
SEJA, REVELAÇÃO DO FUTURO.
Também o profeta é muito usado
em Palavra de Conhecimento (revelação do passado ou de alguma coisa
desconhecida onde está, no presente.
No Novo Testamento temos
exemplo bem prático no profeta Ágabo.
Terminologia.
No AT hebraico são encontradas
diversas palavras cujo significado preciso deve ser determinado mais pelo uso
do que pela etimologia. Entre elas, aquela que ocorre mais frequentemente é
nabi‘. Várias tentativas foram feitas pelos estudiosos para descobrir o
significado etimológico dessa palavra (cf. My Servants the Prophets, pp.
56-57), porém os resultados não foram satisfatórios. Entretanto, sua utilização
comum mostra a força que possui. Dessa forma, em Deuteronômio 18.18, DEUS
afirma que o profeta (nabi") declarará tudo que Ele lhe ordenar.
Novamente, em Êxodo 7.1, essa palavra tem o mesmo significado. Outras passagens
são Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19 etc. Em todas elas, e na verdade
através de todo o AT, a palavra nabi’ aparece como aquele que declara uma
mensagem em nome de um superior.
A religião divinamente revelada do AT é considerada como sendo de natureza
bastante prática. Em muitas culturas pagãs, por outro lado, o que é proeminente
é a maneira pela qual o vidente recebeu a mensagem. Parece que não é a
proclamação propriamente dita, mas o obscuro cenário de mistério que recebe a
maior ênfase. Nesse ponto, o AT mostra um contraste muito grande com o mundo
pagão. Não há dúvida de que a mensagem profética não é de origem humana, mas
divina (2 Pe 1.20,21), e por essa razão o profeta do AT era diferente do
adivinhador pagão ou vaticinador da Antiguidade. Enquanto o adivinhador poderia
ter recebido sua “mensagem” ou presságios através de métodos de invenção
humana, as palavras do profeta originam-se de audições, sonhos e visões
enviadas por DEUS. Miquéias afirmava que estava cheio de poder - do ESPÍRITO do
Senhor - para tornar conhecidos à nação de Israel os pecados que haviam
praticado (Mq 3.8).
Duas outras palavras, ro’eh e hozeh, ambas particípios, dizem respeito àquele
que vê, e são praticamente usadas como sinônimos. Em ambas, a força recai sobre
o método de receber a revelação, isto é, de ver. Ro’ek e hozeh eram homens que
recebiam a mensagem que DEUS lhes havia enviado. É difícil dizer se essa visão
acontecia através dos olhos físicos, ou de uma visão, ou se a palavra poderia
estar referindo-se a uma visão metafórica como um discernimento sobrenatural. É
possível que o vidente fosse simplesmente um homem que com seu “olho
interior" enxergava a verdade que DEUS lhe enviava. Ao mesmo tempo, está
claro a partir de uma comparação entre as principais passagens nas quais essa
palavra ocorre (por exemplo, 1 Sm 9.9; Is 30.9,10) que ro’eh e hozeh eram
porta-vozes de DEUS. Sua função era a mesma do nabi’. Resumindo, podemos dizer
que o profeta do AT, por qualquer nome que porventura lhe fosse designado, era
aquele em cuja boca DEUS havia colocado suas Palavras, e que transmitia essas
preciosas Palavras ao povo. Também DEUS fala diretamente com o profeta algumas
vezes. (Então, falou DEUS a Noé, dizendo: Gênesis 8:15; Então, caiu Abrão sobre
o seu rosto, e falou DEUS com ele, dizendo: Gênesis 17:3; Falou mais DEUS a
Moisés e disse: Eu sou o Senhor. Êxodo 6:2).
Adão foi o primeiro profeta
Abraão era profeta - Por que
podemos dizer que Abraão era profeta?
Porque DEUS disse.
Agora devolva a mulher ao marido dela. Ele é profeta, e orará em seu favor,
para que você não morra. Mas se não a devolver, esteja certo de que você e
todos os seus morrerão". Gênesis 20:7
O profeta e Moisés.
Para um melhor entendimento da
origem divina da instituição profética, a passagem chave está em Deuteronômio
18.9-22. Em contrapartida à contínua atividade dos adivinhadores e
vaticinadores cananeus, DEUS prometeu enviar a Israel seus profetas. Portanto,
Israel não seria compelida a lançar mão de meios humanos para obter informações
sobre a vida e a morte. Antes, a nação deveria dar ouvidos aos profetas que
iriam declarar as verdadeiras Palavras de DEUS. Dessa forma, assim como Moisés,
ele seria um mediador entre DEUS e a nação. Da mesma forma como o sacerdote
representava o povo perante DEUS, também o profeta representava DEUS perante o
povo. Entretanto, nenhum dos profetas foi uma cópia exata de Moisés. Somente
com a vinda de CRISTO eles realmente conheceram aquele grande Profeta que fora
verdadeiramente representado por Moisés, aquele que conhecia a DEUS Pai face a
face (Dt 34.10; cf. Nm 12.8).
DEUS falava com Moisés. Ele falava claramente, frente a frente, e não através
de frases enigmáticas ou obscuras. Por outro lado, *DEUS também falava aos
outros profetas por meio de sonhos e visões, e as Escrituras sugerem que Ele
também pode ter falado através de enigmas (Nm 12.1-6).
Portanto, os profetas eram homens a quem DEUS criou para declarar a sua vontade
à nação. Eles estavam de acordo com a época à qual pertenciam, e indicavam a
vinda daquele que iria personificar, no sentido mais pleno e mais completo, os
ideais da instituição profética (JESUS). Por isso os profetas do AT duraram até
João Batista. Dai para frente os profetas da Igreja seriam iniciados em seu
ministério, agora para JESUS falar através deles à Igreja, principalmente.
Escolas de profetas.
Durante o período de Samuel
foram feitas referências a grupos de profetas. Sabemos pouco sobre esses
grupos, embora eles tenham sido objeto de muita especulação. Entretanto, parece
que ajudaram Samuel a ministrar às necessidades espirituais da nação.
A obra da teocracia revelou-se demasiadamente grande para Moisés, e por esta
razão foram escolhidos 70 anciãos para ajudá-lo nessa árdua tarefa. No período
de Samuel, essa obra revelou-se novamente muito grande para um único indivíduo.
Esse período foi particularmente crucial, pois a época dos juizes estava
chegando ao fim e a monarquia estava apenas começando. Havia a necessidade da
presença do ESPÍRITO, não apenas em Samuel, mas também naqueles de menor
estatura.
Não sabemos praticamente nada sobre a organização desses grupos. Eles foram
descritos como um “grupo” ou “rancho” (hebet); eles dedicavam-se a profetizar e
a louvar a DEUS ao som de músicas (1 Sm 10.5,10). E provável que o grupo tenha
sido organizado por Samuel, porém as Escrituras não afirmam esse fato
explicitamente.
Depois da divisão da monarquia, aparece novamente um corpo de profetas, dessa
vez chamado de “filhos dos profetas” (q.v.). Eles eram encontrados somente no
Reino do Norte, em conexão com o ministério de Elias e Eliseu. Nessa época,
além de ter sido dividida, a nação enfrentava um perigo adicional pela
influência do culto ao deus Baal dos fenícios. Dessa forma, os profetas
colocaram-se em uma associação mais íntima com Elias e Eliseu do que no caso do
grupo de profetas em relação a Samuel. Por essa razão, eles foram chamados de
“filhos”, isto é, filhos espirituais de mestres proféticos. Eles podem ter se
casado (cf. 2 Rs 4.1) e tido um lugar comum para morar (cf. 2 Rs 6.1,2). E Amós
era filho de um profeta (Am 7.14). DEUS continuou comunicando aos seus profetas
o que pretendia fazer e eles transmitiam ao povo. "Certamente o Senhor
DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas". Amós 3:7
O profeta e a teocracia.
O sacerdote era o
representante formal e oficial da religião, enquanto podemos entender que o
profeta havia sido chamado para um tipo mais espiritual de religião. A ênfase
ao sacerdote e ao profeta não era necessariamente antagônica. Do ponto de vista
bíblico-teológico, podemos dizer que o profeta era um guardião da teocracia. De
acordo com o costume da época, ele realmente tinha acesso à presença dos reis.
Quando os reis teocráticos precisavam de algum encorajamento ou censura, o
profeta estava sempre presente para oferecer a sua ajuda (por exemplo, 2 Sm 12;
Is 7.3ss.; Is 37.5-7; 21.35). Era seu dever mostrar o curso de ação que DEUS
desejava que a nação adotasse, portanto, os profetas não eram simples figuras
políticas, mas pronunciavam-se sobre questões políticas porque elas poderiam
influir no futuro curso da teocracia.
Profeta Natã e Davi - Por que,
pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A
Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a
ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me
desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.
Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e
tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual
se deitará com tuas mulheres perante este sol.
Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel
e perante o sol. 2 Samuel 12:9-12
Todo profeta está sujeito a
errar e falar o que DEUS não mandou falar, principalmente por dedução ou por
crer que poderá falar o que DEUS quer falar. O Profeta Natã falhou ao não
consultar a DEUS e querer agradar ao rei Davi -
Sucedeu, pois, que, morando
Davi já em sua casa, disse Davi ao profeta Natã: Eis que moro em casa de
cedros, mas a arca do concerto do Senhor está debaixo de cortinas. Então, Natã
disse a Davi: Tudo quanto tens no teu coração faze, porque DEUS é contigo. Mas
sucedeu, na mesma noite, que a palavra do Senhor veio a Natã, dizendo: Vai e
dize a Davi, meu servo: Assim diz o Senhor: Tu me não edificarás uma casa para
morar, 1 Crônicas 17:1-4
Pedro errou ao querer ter pena
de JESUS, não sabendo o plano de salvação na morte de cruz de JESUS, acabou
sendo usado por Satanás. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de
mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que
são de DEUS, mas só as que são dos homens. Mateus 16:23
Profetas falsos e verdadeiros.
Era de se esperar que a
verdadeira profecia sofresse a oposição dos imitadores (Dt 13.1-5). Alguns
homens falavam em nome de outros deuses, mas alguns falavam falsamente em nome
de Iavé. Um exemplo notável desses últimos foi Hananias, que falsamente profetizou
a respeito do exílio (Jr 28).
Para distinguir o verdadeiro profeta do falso, que declarava falar em nome de
DEUS, havia o teste do cumprimento da profecia: seu cumprimento versus seu
não-cumprimento (Dt 18.20-22; cf. Jr 28). No caso daqueles profetas que
prenunciavam eventos em um futuro tão distante que não poderiam ser avaliados
pelo teste do cumprimento, eles eram julgados pela sua doutrina, além de
quaisquer eventos que pudessem ocorrer durante sua vida (cf. Jr 25.12; Dn
9.3-7).
Às vezes, os falsos profetas eram apenas homens enganados (Lm 2.14; Ez 13.2-7),
mas, em sua maioria, eram homens embriagados cuja principal preocupação era o
dinheiro e os ganhos que poderiam auferir (por exemplo, Is 28,7; Mq 3.5-11).
O profeta e o Messias.
O movimento profético como um
todo deve ser entendido como uma preparação para a vinda do Messias. Se o
pecado de Adão e Eva não tivesse acontecido, não haveria necessidade de um
Messias ou dos profetas. De acordo com os profetas, o Messias era aquele que
iria realizar um papel triplo. Ele seria sacerdote, profeta, e rei. Existem
certos elementos essenciais no quadro messiânico que são apresentados pelos
profetas.
1. A vinda do Messias é sobrenatural. O Messias não é apenas uma figura humana
cujo aparecimento na cena da história foi acidental. Ele é, verdadeiramente,
uma figura humana, porém sua vinda é a chegada do próprio DEUS (por exemplo,
“Emanuel", Is 7.14; Mq5.2; Zc 6.12).
2. O próprio Messias é uma pessoa divina. Passagens como Isaías 9.6,7 mostram
que Ele é realmente DEUS.
3. A vinda do Messias é escatológica. Ela prenuncia o fim dos tempos (Ml 3.14;
Ag 2.6-9).
4. O Messias é um Rei que irá governar em perfeita virtude e justiça (Jr 23.5;
Is 11.1-5; Zc 6.13).
5. O Messias é um profeta que declara a Palavra de DEUS com claridade e
plenitude até então incomparáveis (Dt 18.9-22).
6. A obra messiânica é sotérica (Is 53.5,6,10- 12; Zc 12.10; 13.1). A essência
da tarefa do Messias é salvar seu povo dos pecados que praticaram. O Messias é
o Salvador.
Se alguém comparar o conteúdo desse quadro do Messias com o da consciência
messiânica de nosso Senhor, ficará admirado pela impressionante semelhança. Os
elementos aqui mencionados são essenciais à figura completa do Messias contida
no AT. Se eliminarmos qualquer um deles, o quadro será prejudicado.
Desnecessário dizer que nem todos esses elementos podem ser encontrados em cada
uma das profecias messiânicas; antes, em uma determinada profecia alguns deles
podem ter recebido maior ênfase do que outros. Por exemplo, em Isaías 53 o
elemento sotérico é o mais importante, enquanto o elemento real está mais ou
menos obscuro. Somente quando se analisa o aspecto geral do quadro apresentado
no AT é que poderemos ver esses seis elementos como as seis partes necessárias
e essenciais à construção aa plenitude do quadro messiânico.
De acordo com a natureza do caso, deve ficar bem claro que o AT não apresenta
esses elementos seguindo uma ordem sistemática. Ao contrário, na revelação
relativa ao Messias existe uma notável progressão de desdobramentos, Embora a
própria palavra “Messias” apareça de forma pouco constante, o quadro da
salvação conquistada pelo Senhor através de um agente humano aparece
frequentemente. E a profecia onde ocorre algum dos elementos essenciais mencionados
acima, é evidentemente e genuinamente messiânica.
A primeira profecia messiânica foi pronunciada pelo próprio DEUS e
dirigida à serpente. Ela falava sobre a Semente da mulher que iria ferir a
cabeça da serpente (Gn 3.15). DEUS menciona nesse verso um ser humano
descendente de Eva que desferiria um golpe mortal contra a serpente.
Assim como esse golpe representa o clímax da inimizade entre a mulher e a
serpente, uma inimizade que também se estende às suas respectivas sementes
trará um golpe que derrotará o inimigo da humanidade e libertará o homem de seu
poder. Nesse ponto, o elemento sotérico é repercutido com mais clareza. O
segundo Adão viria para restaurar os filhos de Adão.
À medida que o tempo passava.
DEUS revelava aos seus servos
e profetas mais e mais informações a respeito do Messias. No âmago da
revelação, sempre residia a maravilhosa obra da salvação que o Messias iria
realizar. O ápice da profecia messiânica foi alcançado em Isaías 53, que ensina
claramente que a morte substitutiva do Messias iria trazer a salvação à
humanidade. Na qualidade de “O Servo do Senhor”, o Messias consumou sua
maravilhosa obra.
Avaliação. A fim de avaliar
adequadamente o movimento profético do AT, existem três considerações
fundamentais que devem ser levadas em conta.
A- A
convicção psicológica, por parte dos profetas, de que DEUS havia falado com
eles. Ao proclamar suas mensagens, os profetas estavam convencidos de que Iavé,
o DEUS de Israel, que acreditavam ser o DEUS do céu e da terra, havia falado
com eles. Eles não apresentavam a mensagem em seu nome, ou em nome de um corpo
de profetas, mas no nome do Senhor. Além disso, estavam convencidos de que as
próprias palavras que declaravam haviam sido proferidas por DEUS ou eram
originárias dele. Está claro que não se consideravam como homens que inventavam
ou ampliavam uma mensagem que DEUS lhes havia dado, mas como mensageiros das
palavras do próprio DEUS.
B. A continuidade do movimente profético.
Durante um período de mais de 1.000 anos o ministério da Profeta manteve-se
praticamente contínuo em Israel. Embora vivendo com uma diferença de centenas
de anos, os profetas sempre afirmavam que DEUS havia falado com
eles. Todos reconheciam o mesmo DEUS, Iavé, e acreditavam que Ele havia sido o
autor das mensagens que eles, por sua vez, transmitiam. Esse é um fenômeno sem
paralelos na história mundial.
C. O conteúdo das mensagens proféticas. Embora se encontrassem bastante
dispersos na história de Israel, os profetas não transmitiam mensagens
heterogêneas, desencontradas ou conflitantes. Unir seus ministérios na
proclamação da futura vinda do Messias era um propósito teológico destes servos
de DEUS. Esses profetas eram homens do povo escolhidos por DEUS, falavam sobre
uma futura redenção. Embora muitas vezes suas mensagens estivessem relacionadas
a assuntos locais, no âmago de seu ministério estava presente uma mensagem que
apontava para o futuro. Também tinham mensagens de juízo tanto diretamente para
reis e líderes judaicos, como para sacerdotes, como para o povo em geral e a
nação. Portanto, em um sentido bastante real, os profetas realmente transmitiam
palavras que expressavam eventos ainda por vir ou revelações de situações
passadas ou atuais. Eles falavam sobre Aquele que viria para salvar seu povo
dos pecados.
Se dependessem de seu próprio conhecimento, os profetas não poderiam ter
previsto o futuro e nem descoberto coisas ocultas; mas DEUS lhes revelou seus
propósitos, e assim eles falavam muitas vezes da futura salvação, também de
curas, milagres, entre outras coisas (Isaías 53.4, 5; 1Pe 1.10-12).
O profeta é um dom que DEUS nos concede, não com a finalidade de prevermos o
futuro, mas de nos manter em CRISTO (Ap 19.10). Acima de tudo, as mensagens de
Profetas nos fixam os olhos sobre Aquele que assumiu as funções salvadoras de
sacerdote, profeta, e rei -JESUS CRISTO.
Os profetas na Igreja. Os profetas continuaram a desempenhar um
papel importante na Igreja do NT. Paulo escreve que a Igreja, a casa de DEUS,
foi edificada “sobre os fundamentos dos apóstolos e dos profetas” (Ef 2.20), e
que o mistério da igual posição dos gentios no Corpo de CRISTO foi “revelado
pelo ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef 3.5). Havia homens
conhecidos como “profetas” especialmente escolhidos para o constante e regular ministério
de profeta (Ef 4.11). Depois dos próprios apóstolos, eles eram os ministros que
ocupavam a mais elevada posição na Igreja primitiva (1 Co 12.28).
Tais profetas permaneceram em evidência ao longo do livro de Atos. Seu
ministério era geralmente o de prever (prenunciar). Observe como Ágabo, em duas
ocasiões diferentes, previu acontecimentos futuros para que os cristãos se
preparassem para uma emergência que se aproximava (At 11.27-30; 21.10-14). Eles
forneciam direção espiritual à Igreja de Antioquia porque, evidentemente,
através de um deles o ESPÍRITO SANTO dava ordens relativas ao futuro trabalho
evangelístico de Barnabé e Saulo (At 13.1-4).
Em uma reunião da Igreja, um profeta poderia receber uma revelação que seria
compartilhada com os crentes reunidos (1 Co 14.30). Tudo era movido e dirigido
pelo ESPÍRITO SANTO que falava em nome de JESUS, através do profeta.
Dicionário Bíblico Wycliffe -
Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD. (com algumas alterações do
Pr. Henrique).
Palavra de DEUS (14.36-38).
Não parece que os profetas do
NT estivessem longe ou mesmo separados das fontes doutrinárias dos apóstolos,
que tratavam da recém manifestada verdade doutrinária da Igreja.
2. O ofício.
A. A IMPORTÂNCIA DOS PROFETAS
O Antigo Testamento foi
marcado pela atividade e testemunho dos profetas. Quando JESUS se despedia dos
seus discípulos, lhes disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de
Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). Os escritos dos profetas
faziam parte da tríplice divisão da Bíblia hebraica.
No Novo Testamento também
profetas foram iminentes ministros de CRISTO (E 4.11; At 11.27-30, 13.1; 15.32;
Tt 1.12).
Assim como no Antigo
Testamento os profetas eram porta vozes de DEUS para revelações e para
predições, assim também no Novo Testamento existem Profetas, homens escolhidos
por JESUS que nos trazem Mensagens diretamente de DEUS, revelações
sobrenaturais e espontâneas de DEUS tanto quanto ao passado, quando do presente
e também do futuro.
O profeta revela pecados
ocultos para que haja santidade na Igreja (Tt 1.12). O profeta revela o futuro
para que haja fé e esperança (Apocalipse).
OITO CARACTERÍSTICAS DO
PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
Que tipo de pessoa era o
profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha
estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor (Am
3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e
não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar
próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em simpatia com aquilo que
Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer
outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas
reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS,
como também sentia o Seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de DEUS, o
profeta amava profundamente o povo. .
(4) O profeta buscava o sumo
bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele.
(5) O profeta tinha profunda
sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7;
Mq 3.8). .
(6) O profeta desafiava
constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando
desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS revelara
na Lei. .
(7) O profeta tinha uma visão
do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23;
13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação
(e.g., 61–62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). .
(8) Finalmente, o profeta era,
via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13;
Jn 3–4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e
segurança para o povo que se achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6;
26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta
verdadeiro era reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar
o seu caráter e a sua mensagem.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO
ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas
enfatiza três temas principais:
(1) A natureza de DEUS. (2) O
pecado e o arrependimento. .(3) Predição e esperança messiânica. .
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia
de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD,
1995. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
3. O profetismo.
ASPECTOS GERAIS
O profetismo em Israel foi o
fenômeno que marcou esta nação de forma peculiar, chegando a formar escola de profetismo,
culminando na vasta literatura profética que hoje faz parte da Bíblia.
a- Etimologia
A palavra portuguesa Profeta
geralmente é entendida como a pessoa que sabe prever o futuro. Esta, porém, não
é a única compreensão etimológica da palavra, na sua origem. A sua raiz se
encontra no grego profh,thj que pode ser traduzida por: Aquele que fala diante.
Não é o preditor, mas o que fala pelo outro, alguém que fala diante dos outros,
que comunica revelação divina.
Traduz o Hebraico abn nabi,
cuja raiz acádica tem o sentido de: chamar, falar em voz alta, orador,
anunciador. A mesma raiz, em árabe tem o sentido de delirar, borbulhar, caráter
frenético de expressão. A partir destas idéias, Albright define o profeta como
um chamado por DEUS para falar por ele.
b- A Profecia no Antigo
Oriente
Era comum, no Antigo Oriente,
a existência de homens que exercem a magia e a adivinhação (Nm 22,5s; Dt 2,2;
4,3-4). São pessoas consultadas pelas autoridades antes de grandes
empreendimentos. Geralmente diante de guerras, os profetas devem dizer com proceder.
c- A Profecia em Israel
Em Israel, inicialmente, os
profetas têm papel semelhante aos do Antigo Oriente (1Rs 22,1-29). Nos tempos
dos juízes surgem os filhos dos profetas (1Sm 10,5ss), cuja função é semelhante
à dos profetas do Antigo Oriente (1Sm 19,20-24). Estes se parecem como grupos
de dança e canto no culto. Ainda recebem títulos como: vidente (1Sm 9,9),
visionário (Am 7,12), homem de DEUS (1Sm 9,7)[6].
Em Israel se formou uma
tradição profética devido aos discípulos dos profetas (2Rs 2; Nm 11,17). Assim,
o que inicialmente era apenas um movimento espontâneo, tornou-se uma
experiência que foi marcante na história de Israel.
O surgimento dos profetas está
relacionado com a instituição da monarquia e do sacerdócio. O profeta forma, ao
lado do rei e do sacerdote, um dos três eixos da sociedade (1Rs 1). Eles dão
orientações aos reis (Natan, Elias, Eliseu, etc.). Porém, a profecia não é uma
instituição como a realeza e o sacerdócio (Dt 18,14-19). O profeta sempre será
o portador de um Dom de DEUS. É neste sentido que o profetismo, em Israel,
adquire um sentido diferente do mesmo fenômeno em outros povos., ainda que em
Israel também havia profetas de outras divindades, de outros países, estes se
restringiam à magia, adivinhação e oráculos. Não é este o caso dos legítimos
profetas de Israel. “O conteúdo ético e religioso da profecia israelita não tem
paralelo no mundo antigo”.
Ao que parece, na origem do
profetismo de Israel, havia líderes profetas que acolhiam discípulos. Estes
alunos eram chamados de Filhos de Profetas, ou seja, eram discípulos de um
profeta e se identificavam com sua causa. Samuel é um líder profeta (1Sm 3,1ss).
Ele tem papel nas escolhas dos reis, na unção dos mesmos e até na sua deposição
(1Sam 7 –15). Além desta função política, Samuel tem também funções de um
operador de milagres. Ele é vidente (1Sm 9,9-11.18-19). Ele encontra animais
perdidos. “Samuel é mais diretamente o antepassado do profetismo sucessivo do
que o são os Filhos de Profetas”. Elias é um continuador do professorado de
Samuel e depois dele, seu sucessor, Elizeu, deu sequência a esse ministério.
<http://www.estef.edu.br/pessoais/arquivos/ESTEF_PESSOAL_12_08_2005_21_34_48_ProfSab.htm>
d- Características Do
Movimento Profético
O Profetismo no Antigo Israel:
Forma extática.
Nabi – aquele que foi chamado.
Também conhecido como Rozeh o vidente.
Possuía vida nômade. As
Escolas de profetas marcaram a primeira época da profecia em Israel. Is
8:16;30:8; Jr 36.
Profetas profissionais do
culto: Fundiram o Nabi com o rozeh.
Pregavam a Benção e a
Salvação.
Seu tema principal é "a
eleição do povo conduz os indivíduos a DEUS, ainda que pela punição".
Outro tema importante é a
exaltação de Israel: "Os inimigos sempre serão aniquilados e Israel será
salvo. Jr 14:13".
Profetas da Corte: Falam o que
o rei quer ouvir I Reis 22:8-18; I Sm 10:1, 24; 16:12-13.
Conselheiros do rei 1Sm 22:5;
2Sm 24:11-19; 1Rs 11:29-31.
Quando a política se desviou
dos planos de DEUS, a profecia mudou seu discurso e passou a criticar o rei.
Inimigos, I Rs 21:20; 18:17.
Perseguidos I Rs 18:13; 19:10;
Jr 18:18; 26:11.
Divisão: Profetas reais, ou da
corte e profetas por vocação e chamado, independentes. Jr 28:1-17. 14:13-16;
23:9-40; 28:9; Ez 33:30-33; Jr 17:15; 12:1.
Profetas individuais ou
anônimos - Amós, Oséias, Isaias, Miquéias, Sofonias, Jeremias e Ezequiel.
Vocacionados e não profissionais.
Vêm o homem numa condição de
abandono de DEUS, recusando entregar-se a Ele, revoltado.
Esperam a punição. (O dia do
Senhor)
Apontam a possibilidade de
perdão e de uma nova salvação. "Ruína ou salvação".
O Tema é a conversão.
A salvação, para esses
profetas trata-se de uma transformação radical, interior e exterior.
Profetismo Escatológico:
Reinterpretam os profetas individuais.
Inicia-se com o Isaias,
seguido de Daniel, Joel, e a apocalíptica judaica.
Estágios Proféticos: DEUS se
apossa interiormente da pessoa.
O ESPÍRITO ou a palavra de
DEUS vem sobre o profeta. Is 6:8 audição.
O profeta não perde a
consciência. O Profeta procede à interpretação e explanação de acordo com a fé
em que vive. Acréscimo de imagens, ilustrações poética, que marcam o estilo do
profeta.
Abraão, Moisés, Débora,
Aarão, todos foram chamados de profetas. Gn 20:7; Ex 7:1; Dt 34:10; Jz 4:4.
Jeremias e Isaias não são
chamados de profetas.
Amós rejeita ser chamado de
profeta Am 7:14.
Em Ageu e Zacarias, após o
exílio, vemos que o ofício profético foi reconhecido socialmente Ag1:1, Zc1:1,
e já passaram a ser chamados como "Antigos Profetas" Zc 1:4.
Como o povo via os profetas?
Como doidos, ou tolos 2Rs 9:11; Os 9:7. Será que alguém queria ser profeta? E
hoje, as pessoas anseiam por ser profetas?
Os profetas foram pessoas que
se levantaram em momentos de crise social. Surgem em grupos I Sm 19:20; I Rs
2:3,
Chamam-se filhos de profetas I
Rs 20:35,
Líderes que presidiam suas
reuniões I Sm 19:20;
Viviam em comunidades 2 Rs
4:38-41;
Alguns eram casados 2 Rs 4:1;
Sustento por esmolas e doações
2 Rs 4:8,42;
Vestimentas, mantos de pele e
cinturão de couro 2 Rs 1:8; Zc 13:4; sinais e cicatrizes na testa I Rs 20:41;
Cantavam, soltavam gritos e
lamentações I Sm 10:6-9; Mq 1:8; chegavam até a cair por terra, prostrados ou
desmaiados I Sm 19:24; Dn 8:18,27. Entravam em transe I Sm 19:24.
<http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo>
II- O PROFETA EM O NOVO
TESTAMENTO
1. A importância do termo
“profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta
neotestamentário.
3. O objetivo do dom
ministerial de profeta.
II- O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
Em o Novo Testamento, se destaca um livro inteiramente profético — O Apocalipse. Nenhum personagem neotestamentário, além de João, o Evangelista, escreveu outro livro totalmente profético, com esse caráter. Mas, ao longo dos livros do Novo Testamento encontramos referências a profetas, que tiveram papel relevante. Vamos refletir um pouco sobre eles.
Temos várias citações
proféticas em outros livros e principalmente nos evangelhos. Pedro, Paulo e
Judas escreveram sobre o futuro escatológico
UM DOM MINISTERIAL
Em sua carta aos coríntios, o
apóstolo Paulo fala da importância do corpo de CRISTO, enfatizando que os
crentes são “seus membros em particular” (1 Co 12.27). E o faz, depois de
demonstrar a necessidade da unidade do corpo de CRISTO, fazendo uma analogia
com o corpo humano, mostrando que nenhum membro do corpo pode dispensar a
função do outro. “Mas, agora, DEUS colocou os membros no corpo, cada um deles
como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois,
há muitos membros, mas um corpo” (1 Co 12.18-20). Daí, porque nenhum dom
ministerial é maior que o outro. A ordem dos dons, no texto, é questão de
prioridade.
Com essa visão, da unidade do
corpo de CRISTO, que é a Igreja, o apóstolo apresenta uma lista de dupla
referência. Primeiro, fala de homens a quem Ele põe na igreja, ao que tudo
indica, numa ordem de prioridade. São “homens-dons”, por assim dizer. Nessa lista,
os “profetas” aparecem em segundo lugar. Sem dúvida, não é por acaso, mas
segundo o entendimento do ESPÍRITO SANTO. Os profetas eram os homens usados por
DEUS para transmitir mensagens divinas para a comunidade dos que eram ganhos
para CRISTO. Os doutores eram os que cuidavam do ensino ou do discipulado,
estudando, interpretando e ensinando os fundamentos da fé cristã com
profundidade. Eram mensagens sobrenaturais.
Na segunda parte do texto,
vemos Paulo apresentar uma lista de ministérios, indispensáveis à unidade, a
edificação, ao fortalecimento e à própria administração da igreja local:
“depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”
(1 Co 12.28 b), e faz indagações que enfatizam o valor do uso dos dons de modo
integrado e não fragmentado (1 Co 12.29-31). Se um dom fosse maior que o outro,
não promoveria a unidade indispensável do corpo de CRISTO.
Escrevendo aos efésios, Paulo
é mais didático ou explícito, em relação aos dons ministeriais. “E ele mesmo
deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos
à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida
da estatura completa de CRISTO ” (Ef 4.11-13 — grifos nossos). Observe que, à
semelhança do texto de 1 Coríntios 12.28, os profetas vêm em segundo lugar.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 86-87. (com algumas alterações do Pr.
Henrique).
No Novo Testamento, a palavra
comumente usada é prophétes, que aparece por cento e quarenta e nove vezes, que
exemplificamos com Mat. 1:22; 2:5,16; Mar. 8:28; Luc. 1:70,76; 7:16; Joio
1:21,23; 3:18,21; Rom. 1:2; 11:3; I Cor. 12:28,29; 14:29,32,37; Efé. 2:20; Tia.
5:10; I Ped. 1:10; 11 Ped. 2:16; 3:2; Apo. 10:7; 11:10. O substantivo
prophetela, «profecia », é usado por dezenove vezes no Novo Testamento: Mat.
13:14; Rom. 12:6; I Cor. 12:10; 13:2,8; 14:6,22; I Tes. 5:20; I Tim. 1:18;
4:14; 11 Ped. 1:20,21; Apo. 1:3; 11:6; 19:10; 22:7.10,18,19. Essas palavras
derivam-se do grego pro, «antes.., «em favor de.., e phemi; «falar.., ou seja,
«alguém que fala por outrem.., e, por extensão, «intérprete.., especialmente da
vontade de DEUS. Tais palavras gregas, naturalmente, estão por detrás do termo
português «profeta... Os profetas eram tidos como representantes de DEUS. Eles
serviam de elo vital na questão das revelações, bem como veículos do
conhecimento espiritual. As revelações por eles recebidas, por ordem do Senhor
em alguns casos tomaram-se concretas nos livros que escreveram. Esses livros,
por sua vez, foram canonizados, com a passagem do tempo, sendo então aceitos
como Escrituras Sagradas.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 424. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
Estes versículos expõem quatro
aspectos da metáfora. Primeiro, os apóstolos e profetas são as pedras da
fundação do templo (20a). Recebem esta designação, porque sua função é
proclamar a Palavra do Senhor. Wesley observa que “a palavra do Senhor, declarada
pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos os crentes”. Certos
estudiosos veem uma contradição no pensamento de Paulo ao usar esta metáfora
aqui e em 1 Coríntios 3.11. Lá, CRISTO é o fundamento. O problema se resolve
quando nos damos conta de que ele emprega a metáfora em sentidos diferentes. Na
passagem coríntia, o pensamento gira em torno de si mesmo e de outros como
construtores. Na relação aqui está claro que CRISTO é o fundamento sobre o qual
eles constroem. Paulo está enfatizando as pedras usadas na construção. Nesta
relação, CRISTO é a pedra da esquina. Todos os outros são pedras de menor
significação. Mas, mesmo sendo de menor importância, os apóstolos e outros
ministros na igreja são pedras de fundação no edifício de DEUS.
Nos versículos 4 a 22, temos o
assunto: “A Igreja, a Morada de DEUS”. A unidade da Igreja Invisível é o tema
de fundo. 1) A fundação da Igreja, 20; 2) A construção da Igreja: inclusiva,
11-19; exclusiva, 4-11; de projeto simétrico — bem ajustado; cresce até à
conclusão — cresce para templo santo no Senhor, 21; 3) “Em CRISTO”, a Igreja é
a morada de DEUS no ESPÍRITO, 22 (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144. (com algumas alterações
do Pr. Henrique).
2. O ofício do profeta neotestamentário.
Atos 11:27 - profeta Ágabo
E, levantando-se um deles, por
nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo
o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
Atos 11:28
"E, levantando-se um
deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande
fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César". Atos
11:28.
Veja a importância de um
profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em todo mundo - DEUS lhe
revelou algo que haveria de acontecer no futuro. Deveríamos desejar que esse
ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos dizer muita coisa grandiosa,
mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns historiadores dizem que pouco
antes que o general Tito destruísse Jerusalém, DEUS enviou uma mensagem,
através de um profeta, a igreja que estava em Jerusalém, avisando da tragédia
que se avizinhava. Quem deu crédito ao que dizia o profeta de DEUS, fugiu da
cidade e escapou com vida.
O dom Palavra de Sabedoria é
muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo, muitos escreveram a respeito
de coisas que aconteceram muito depois de suas épocas e que ainda vão acontecer
depois de nossa época, tanto os profetas do AT quanto os do NT . Um legítimo
profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que sabe tudo sobre o futuro,
dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas.
"Certamente o Senhor DEUS
não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas". Amós 3:7
Atos 15:32 - Judas e Silas;
Depois Judas e Silas, que
também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.
E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os
apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
Atos 15:32-34
"Depois Judas e Silas,
que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas
palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz
para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34
Judas e Silas eram respeitados
profetas da Igreja e foram encarregados de passarem nas igrejas abertas por
Paulo para corrigirem erros doutrinários exigidos pelos falsos apóstolos e
profetas que por ali passaram. Judas e Silas transmitiram aos irmãos a resoluções
do primeiro concílio da igreja.
Veja a importância de
verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e confiança da igreja. Os
apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes resoluções da igreja.
Atos 21:10 - profeta Ágabo
novamente;
E, demorando-nos ali por
muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo;
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés
e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus em Jerusalém
o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
Atos 21:10-11
"E, demorando-nos ali por
muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco,
tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto
diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é
esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios". Atos 21:10-11.
Veja aqui, mais uma vez, a
importância de um profeta que fala a respeito do futuro. Paulo, agora, já sabia
o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a escolha entre obedecer
integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a DEUS parcialmente. Temos
a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para nós ou de conhecer sua
vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que são capazes de
entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas pelo
evangelho. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter
revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Co 12.28, 29;
E a uns pôs DEUS na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois
milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
1 Coríntios 12:28
"E a uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas". 1 Coríntios 12:28.
Veja a importância do
ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo lugar de importância para
a edificação e progresso da igreja.
Tito 1.12 - profeta que revela
pecado;
"Um deles, seu próprio
profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres
preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente,
para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Veja aqui Paulo dando
testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a respeito dos cretenses.
Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois enxergava da maneira que DEUS
enxergava e a revelava ao apóstolo.
Apocalipse 18.20 profetas e
apóstolos.
Alegra-te sobre ela, ó céu, e
vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS julgou a vossa causa quanto a
ela.
Apocalipse 18:20
Alegra-te sobre ela, ó céu, e
vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS julgou a vossa causa quanto a
ela. Apocalipse 18:20
Um dia DEUS dará a paga aos
perseguidores dos profetas de DEUS, sejam eles falsos crentes ou descrentes.
Quase não se vê um profeta na igreja de hoje. São perseguidos. Não têm
oportunidade para pregar em nossos púlpitos. São considerados como escória. São
desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem que um dia DEUS os recompensará.
3. O objetivo do dom
ministerial de profeta.
O DOM DE PROFETA NÃO É PARA TODOS
Examinando o contexto do
capítulo 12 de 1 Coríntios, podemos verificar e concluir que os dons
ministeriais não são para todos os crentes, na igreja local. Diz o texto: “E a
uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas,
em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas” (1 Co 12.18). Note-se que o texto diz que “a
uns pôs DEUS na igreja”. Isso mostra que DEUS não pôs todos, mas “uns”.
Na lista de Paulo aos efésios,
vemos escrito: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO” (Ef 4.11,12). Quando o escritor diz “uns” e “outros” fica bem claro
que tais dons não estão à disposição de todos os crentes. Diz a Bíblia de
Estudo Pentecostal: “Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas
alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas’ (grifo
nosso).
1) O aperfeiçoamento dos
santos. A finalidade dos dons ministeriais é “o aperfeiçoamento dos santos” (1
Pe 1.15), ou seja, dos crentes fiéis, santificados e comprometidos com o Reino
de DEUS, “para a obra do ministério”.
Há o que chamamos ministério
ordenado, regular, integrado pelos auxiliares dos ministérios, são eles:
presbíteros, diáconos ou cooperadores, ordenados, consagrados ou separados para
atender às necessidades da comunidade cristã. E há diversos, que não são
realizados pelos ministros ou obreiros. Na música, no louvor, no ensino, nos
serviços gerais, na segurança, na operação de equipamentos e outros, que,
quando executados por pessoas que são chamadas por DEUS, e assumem tais
atividades, conscientes de que estão prestando um serviço à igreja.
Observação minha - Ev.
Henrique - São verdadeiras bênçãos para a igreja todos os
cooperadores. Nenhum desses exerce, no entanto, um ministério dado por
CRISTO à igreja (Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres), mas
todos cooperam para o engrandecimento do reino de DEUS.
2) Para a “obra do
ministério”. O ministério tem como obra principal ganhar almas para CRISTO e
coordenar o trabalho da igreja na terra, cuidando para que nenhuma alma se
perca, mas que todos cheguem ao pleno conhecimento de CRISTO e por fim sejam
salvos e alcancem um lugar ao lado de CRISTO na Glória eterna.
3) A edificação do Corpo de
CRISTO. Os dons ministeriais também atendem à necessidade da “edificação do
Corpo de CRISTO”, que é a Igreja (invisível), que se torna visível, no conjunto
de salvos, na igreja local. Os crentes salvos são considerados “edifício de
DEUS” (1 Co 3.9). A metáfora é bem adequada. Os salvos são considerados “pedras
vivas”, na construção desse edifício espiritual. Diz o apóstolo Pedro: “vós
também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo,
para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a DEUS, por JESUS CRISTO”
(1 Pe 2.5). Nessa edificação, o papel dos que têm o dom ministerial de profeta
é de grande valia. Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 87-88.
PROFETAS. Os profetas eram
homens que falavam sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO, e cuja motivação e
interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo
concerto, foram levantados pelo ESPÍRITO SANTO e revestidos pelo seu poder para
trazerem uma mensagem da parte de DEUS ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).
(1) O ministério profético do
AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos profetas do AT era
transmitir a mensagem divina através do ESPÍRITO, para encorajar o povo de DEUS
a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes eles
também prediziam o futuro conforme o ESPÍRITO lhes revelava CRISTO e os
apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).
(2) A função do profeta na
igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava, cheio do ESPÍRITO
SANTO, a Palavra de DEUS, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar,
exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3).
(b) Devia exercer o dom de profecia (c) Às vezes, ele era vidente (cf.
1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta
do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça,
advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o
povo de DEUS (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode
esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e
apostasia.
(3) O caráter, a solicitude
espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela pureza da
igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade diante
do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniquidade (Rm 12.9; Hb 1.9);
(c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl
1.9; 2Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra de DEUS para validar
sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co 15.3,4; 2Tm 3.16; 1Pe 4.11); (e) interesse pelo
sucesso espiritual do reino de DEUS e identificação com os sentimentos de DEUS
(cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).
(4) A mensagem do profeta
atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da
igreja, doutros profetas e da Palavra de DEUS. A congregação tem o dever de
discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de DEUS (1Co 14.29-33;
1Jo 4.1).
(5) Os profetas continuam
sendo imprescindíveis ao propósito de DEUS para a igreja. A igreja que rejeitar
os profetas de DEUS caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo
e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia (1Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc
11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de
repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11),
então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do ESPÍRITO. A
política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do ESPÍRITO (2Tm
3.1-9; 4.3-5; 2Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus
dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de DEUS, será impulsionada à
renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade do
ESPÍRITO serão evidentes entre os fiéis (1Co 14.3; 1Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia
de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD,
1995. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
Profecia
A profecia
é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a
cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Embora o
dom da profecia nada tenha a ver com os poderes normais do raciocínio humano,
pois é algo muito superior, isso não impede que qualquer crente possa
exercitá-la: “Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem
e serem consolados”, 1 Co 14.31.
Ainda que
nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a
pregação da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento
sobrenatural, não devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de
pregar o Evangelho.
Dada a importância desse dom
em face dos demais dons espirituais, e dentro do contexto da doutrina
pentecostal, necessário se faz uma análise cuidadosa, no sentido de
conceituá-lo no seio da Igreja hoje.
O apóstolo
Paulo adverte os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo
enumera:
a. Porque
“o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação... O
que profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”, “exortação” e “consolação” são os três elementos básicos da
profecia, são a razão de ser e de existir desse dom. É evidente que isto
contraria a crença tão popular entre nós, de que o principal elemento da
profecia é o preditivo (predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo
quanto o Novo Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas
das quais já se cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão
de cumprir, No entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo
da profecia é relativamente o menor.
b. Porque
‘‘se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos,
e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está
verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo
mais que precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o seu uso na
Igreja hodiemamente:
a) O dom de
profecia nunca deve exercer propósitos diretivos ou de governo sobre a Igreja.
No Antigo Testamento, Israel era governado por reis e o culto era dirigido
pelos sacerdotes, mas nunca por alguém que se tivesse distinguido por um
ministério cem por cento profético. Os profetas eram apenas colaboradores na
condução do povo. O mesmo aconteceu com a Igreja do Novo Testamento: o seu
governo sempre esteve sob a responsabilidade dos presbíteros ou bispos, ou
pastores, mas nunca sob a responsabilidade de profetas.
Escreveu o
missionário Eurico Bergstén, que “quando alguém, por meio de profecia, penetra
na direção da igreja, mostra que é dominado por influências estranhas. Abre-se,
então, uma porta para a perturbação... Quando alguém se faz ‘oráculo de
profeta’, para responder a perguntas e orientar os crentes, está usando
indevidamente o dom de profecia... O dom de profecia não atinge, nesta
dispensação, a faixa de consulta, pois tem uma outra finalidade: a edificação
da Igreja”.
b) Devido a
possíveis abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está sujeito a
análise e a consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo: “...falem dois
ou três profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
Paulo arremata
suas advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém cuida ser
profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos
do Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de profecia não
deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2 Tm 2.16), a fim de que a
Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de Oliveira. A
Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD. (com algumas alterações do Pr.
Henrique).
O apóstolo então nos relata
quais foram os dons de CRISTO na sua ascensão: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos...” (v. 11). Na verdade, Ele enviou alguns desses antes da sua
ascensão (Mt 10.1-5), mas um foi acrescentado depois (At 1.26). E todos eles
foram mais solenemente empossados e publicamente confirmados, em seu ofício,
pelo seu derramar visível do ESPÍRITO SANTO de uma forma extraordinária.
Observe: O grande dom que CRISTO deu à igreja na sua ascensão foi o ministério
da paz e da reconciliação. O dom do ministério é o fruto da ascensão de CRISTO.
E ministros têm seus vários dons, que são todos dados pelo Senhor JESUS. Os
ministros que CRISTO deu à sua igreja eram de dois tipos - os extraordinários,
investidos de um ofício superior na igreja: tais eram apóstolos, profetas e
evangelistas. Os apóstolos eram os dirigentes. CRISTO os investiu com dons
extraordinários, poder para operar milagres e uma infalibilidade para anunciar
sua verdade. Tendo eles sido testemunhas dos seus milagres e doutrina, Ele os enviou
a espalhar o evangelho e a implantar e governar igrejas. Os profetas expunham
os escritos do Antigo Testamento e prediziam as coisas do futuro. Os
evangelistas eram pessoas ordenadas (2 Tm 1.6) que os apóstolos levavam como
companheiros de viagem (Gl 2.1), e os enviavam para estabelecer igrejas que
eles, os apóstolos, tinham implantado (At 19.22). Os evangelistas não estavam
presos a nenhum lugar específico; por isso, deveriam continuar o seu trabalho
até que fossem chamados de volta (2 Tm 4.9). Também existem os ministros
ordinários, empregados em uma esfera mais restrita tais como pastores e
mestres. Alguns entendem que esses dois nomes significam um ofício só,
envolvendo as tarefas de governar e ensinar. Outros entendem que eles
representam dois ofícios distintos, ambos regulares e de uso permanente na
igreja. Os pastores são colocados como dirigentes principais de igrejas
particulares, com o intento de guiar, instruir e alimentar os membros de acordo
com as instruções de CRISTO. Eles são frequentemente chamados de bispos e
anciãos. Os mestres eram aqueles que também pregavam o evangelho e instruíam o
povo por meio da exortação. Vemos aqui que é prerrogativa de CRISTO designar
oficiais e ofícios em sua igreja.
A igreja é rica pelo fato de
ter tido uma diversidade tão grande de oficiais e continuar tendo uma
diversidade tão grande de dons! Como CRISTO é amável com sua igreja! Quão
grande é o seu cuidado por ela e pela sua edificação! Quando Ele subiu, enviou
o dom do ESPÍRITO SANTO; e os dons do ESPÍRITO SANTO são vários: alguns
receberam mais, outros, menos; mas todos os dons são para o bem do corpo, o que
nos leva ao terceiro argumento:
3. A grande finalidade e
desígnio de CRISTO em relação aos dons. Os dons de CRISTO eram para o bem da
sua igreja e para promover seu Reino e interesse entre os homens. Tudo isso
tinha um fim comum e era um bom motivo para que todos os cristãos quisessem viver
em amor fraternal e não invejar os dons dos outros. Todos os dons são para
“...o aperfeiçoamento dos santos” (v. 12); isto é (de acordo com o original),
conduzir a um estado espiritual ordenado aqueles que tinham sido desordenados e
separados pelo pecado, e então fortalecer,
confirmar e promovê-los nisso,
para que cada um, em seu devido lugar e função, possa contribuir para o bem do
todo. “...para a obra do ministério” (ou para a obra da dispensação), isto é,
para que pudessem repartir as doutrinas do evangelho e cumprir as diversas
partes da sua função ministerial, “...para edificação do corpo de CRISTO”, isto
é, a edificação da sua igreja, que é o corpo místico de CRISTO, pelo aumento da
graça deles e um acréscimo de novos membros. Todos são designados para
preparar-nos para o céu: “...até que todos cheguemos...” (v. 13). Os dons e
ministérios (alguns deles) que foram mencionados devem continuar na igreja até
que os santos sejam aperfeiçoados, o que não acontecerá “...até que todos
cheguemos à unidade da fé (até que todos os verdadeiros crentes se unam, por
meio da mesma preciosa fé) e ao conhecimento do Filho de DEUS”, o que não quer
dizer um conhecimento meramente especulativo, ou o reconhecimento de CRISTO
como o Filho de DEUS e o grande Mediador, mas como deveria ser observado, com
apropriação e afeto, com a devida honra, confiança e obediência; “...a varão
perfeito”, para o crescimento completo dos dons e graças, livre das
fragilidades imaturas às quais estamos sujeitos no presente mundo; “...à medida
da estatura completa de CRISTO”, tornando-nos cristãos maduros em todas as
graças providas pela plenitude de CRISTO. Ou, de acordo com a medida dessa
estatura que é completar a plenitude de CRISTO e seu corpo místico. Nunca
chegaremos a ser o varão perfeito, até que cheguemos ao mundo perfeito. Há uma
plenitude em CRISTO, e uma plenitude a ser obtida dele; uma certa estatura
dessa plenitude e uma medida dessa estatura são determinadas no conselho de
DEUS para cada crente, e nunca chegaremos a essa medida até chegarmos ao céu. Os
filhos de DEUS, enquanto estiverem neste mundo, estão crescendo. O Dr.
Ligthfoot entende que o apóstolo está falando aqui dos judeus e gentios ligados
na unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS, constituindo, dessa forma,
um homem perfeito, e a medida da estatura completa de CRISTO. O apóstolo também
mostra, nos versículos seguintes, qual era o desígnio de DEUS em suas
instituições sagradas e quais efeitos deveriam ter sobre nós. (1) “...para que
não sejamos mais meninos...” (v. 14); isto é, para que não mais sejamos meninos
em conhecimento, fracos na fé e inconstantes em nossos julgamentos, facilmente
cedendo a cada tentação, prontamente concordando com o capricho de cada um.
Crianças podem ser facilmente iludidas. Devemos cuidar para não sermos inconstantes
(ou “agitados de um lado para outro”, versão RA), como navios sem lastro,
levados, como nuvens no céu, em relação a doutrinas que não têm verdade nem
solidez em si, mas que, mesmo assim se espalham por todo lado, e são, portanto,
comparados ao vento, “...pelo engano dos homens”: essa é uma metáfora tirada de
jogadores trapaceiros e traz a ideia da sutileza enganosa dos sedutores;
“...que, com astúcia”, pelo que dispõem sua habilidade em encontrar maneiras de
seduzir; pois segue-se: enganam fraudulosamente, como em uma emboscada, para
iludir os fracos e afastá-los da verdade. Observe: Somente homens muito
perversos e impiedosos buscam seduzir e enganar os outros por meio de doutrinas
falsas e erros. O apóstolo os descreve aqui como homens perversos, que usam
manhas e astúcia diabólica para alcançar seus objetivos. O melhor método que
podemos usar para nos proteger e nos fortalecer contra essas pessoas é estudar
os oráculos sagrados e orar pela iluminação e graça do ESPÍRITO de CRISTO, para
que possamos conhecer a verdade em JESUS, e ser firmados nela. (2) Para que
sigamos “...a verdade em caridade” (v. 15), ou falemos a verdade em amor, ou
sejamos sinceros em amor com os nossos irmãos em CRISTO. Enquanto nos devotamos
à doutrina de CRISTO, que é a verdade, devemos viver em amor uns com os outros.
O amor é uma coisa excelente, mas devemos ser cuidadosos para preservar a
verdade junto com ele. A verdade é uma coisa excelente; no entanto, é
necessário que a falemos com espírito de amor e não em contenda. Esses dois
aspectos devem andar juntos: verdade e paz. (3) Para crescermos “...em tudo
naquele que é a cabeça, CRISTO”. Crescer em tudo em CRISTO quer dizer estar
mais arraigado nele. Em todas as coisas - no conhecimento, no amor, na fé e em
todos os aspectos do novo homem. Devemos crescer rumo à maturidade, que é o
oposto de continuar sendo meninos. Aqueles que crescem em CRISTO são cristãos
saudáveis. Quanto mais crescermos no conhecimento de CRISTO, na fé nele, no
amor a Ele e na dependência dele, tanto mais prosperaremos em graça. Ele é a
cabeça, e nós devemos crescer de tal forma que estejamos em condições de honrar
essa cabeça.
O crescimento cristão sempre
será para a glória de CRISTO. (4) Devemos auxiliar uns aos outros, como membros
do mesmo corpo (v. 16). Aqui o apóstolo faz uma comparação entre o corpo
natural e o corpo místico de CRISTO, esse corpo do qual CRISTO é a cabeça.
Paulo observa que do mesmo modo que há comunhão e comunicação mútua dos membros
do corpo entre si, para o seu crescimento e melhoramento, assim deve haver amor
e unidade mútua, junto com o fruto apropriado, entre os cristãos, para que
ocorra o melhoramento e crescimento espiritual na graça, “...do qual, diz ele
(isto é, de CRISTO, seu cabeça, que transmite influência e alimento para cada
membro específico), todo o corpo, bem ajustado e ligado (estando unidos firme e
ordenadamente, cada um em seu devido lugar), pelo auxílio de todas as juntas
(pelo auxílio que cada uma das partes, assim unidas, dá ao todo, ou pelo
ESPÍRITO, fé, amor, sacramentos etc., que, semelhantemente às veias e artérias
no corpo, servem para unir os cristãos a CRISTO, seu cabeça, e uns aos outros
como membros desse corpo), segundo a justa operação de cada parte (isto é,
dizem alguns, de acordo com o poder que o ESPÍRITO SANTO exerce para tornar os
meios designados por DEUS eficazes para esse grande fim, em relação à medida
que CRISTO julga ser suficiente e apropriada para cada membro, de acordo com
seu respectivo lugar e ministério no corpo; ou, como outros pensam, segundo o
poder de CRISTO, que, como cabeça, influencia e aviva cada membro; ou, de
acordo com o trabalho eficaz de cada membro em comunicar aos outros o que
recebeu; assim o alimento é levado a todos na devida proporção e segundo o
estado e exigência de cada parte) faz o aumento do corpo”, em conformidade com
a necessidade do corpo. Observe: Cada cristão recebe seus dons e graças de
CRISTO para o benefício de todo o corpo.
“...para sua edificação em
amor”. Podemos entender isso de duas maneiras: uma maneira é que todos os
membros da igreja podem alcançar uma medida de amor maior para com CRISTO e uns
para com os outros; a outra maneira é que eles são movidos a agir na forma
mencionada do amor a CRISTO e uns aos outros. Observe: O amor mútuo entre os
cristãos é um grande aliado do crescimento espiritual; ao passo que “...um
reino dividido contra si mesmo não pode subsistir” (veja Mc 3.24).
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 592-593. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
A Classificação dos Dons
Ministeriais (4.11)
Tudo indica que Paulo, quando
escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministérios relacionados em
1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia compreende uma lista mais longa de dons
espirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está interessado em
apresentar os ofícios necessários para a expansão e sustento da igreja. CRISTO
deu à igreja os apóstolos: os ministros supremos, os doze que haviam visto
o Senhor ressurreto e recebido suas tarefas diretamente dele. Os profetas têm
posição proximal à dos apóstolos, e o seu dom especial era o de ministério
inspirado. Foulkes afirma que a função primária dos profetas era similar à dos
profetas do Antigo Testamento: “anunciar” a palavra de DEUS. Porém,
ocasionalmente prediziam acontecimentos futuros, como em Atos 11.28 e
21.9,ll.30 Os evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam de lugar em
lugar para ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito semelhante como
se faz hoje.
Certos intérpretes sugerem que
as primeiras três categorias se aplicam à igreja universal, ao passo que as
outras duas se ajustam especificamente à igreja local. Pastores são pastores de
um rebanho de comunicantes; a palavra grega (poimen) empregada aqui significa,
literalmente, “pastor de ovelhas”. A tarefa dos pastores é alimentar o rebanho
e protegê-lo dos perigos espirituais. Doutores pode ser uma outra função do
pastor. Bruce afirma que estes dois termos “denotam a mesma e uma única classe
de homens”.31 Contudo, pode ser que os doutores representem uma classe de
responsabilidade um tanto quanto menor que os pastores, mas que, mesmo assim,
detêm lugar especial na igreja. Os cinco ministérios são concedidos pelo
ESPÍRITO e dados por CRISTO à sua igreja.
O Propósito dos Dons (4.12-16)
Falando principalmente da vida
interior da comunidade cristã, Paulo descreve o propósito para o qual CRISTO
deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro dimensões do propósito divino
são distinguíveis.
a) Estes ministérios são dados
para edificar ou construir o corpo de CRISTO (12). As três frases neste
versículo, cada uma separada por uma vírgula (RC), dão a impressão de que o
apóstolo expressa um propósito triplo. No idioma original, a ênfase está na
última frase: “Ele fez isso para preparar o povo de DEUS para o serviço
cristão, a fim de construir o corpo de CRISTO” (NTLH). O objetivo destes servos
especiais é ocasionar um aperfeiçoamento (katartismos, lit., “adaptação” ou
“equipamento”) para a obra do ministério (diakonias). A expectativa é que
haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, com o resultado de que a
igreja será edificada. À medida que as almas são ganhas, a vida da comunidade
se aprofunda e se fortalece pelo serviço unificador da igreja.
b) Estes dons ministeriais são
dados para promover maturidade. O versículo 13 rememora o anterior e oferece
explicação adicional da “edificação” da igreja. Uma vez mais, Paulo usa três
frases, cada uma iniciada com a preposição grega eis: 1) à unidade da fé; 2) a
varão perfeito; 3) à medida da estatura completa de CRISTO. Estas não são
ideias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da
realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução
melhor do versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade
inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à
maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de CRISTO” (NEB).
A unidade da fé e do
conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). A
unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para
recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao Filho de DEUS e a nossa
confiança nele — DEUS manifestado na carne que morreu no Calvário em nosso
benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no ponto em que
significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não devemos equipará-lo
a conhecimento intelectual, mas a relações pessoais. A unidade se origina dessa
intimidade com o Filho proporcionada pela graça. Paulo não está falando da
experiência inicial com CRISTO. O apóstolo se preocupa com o crescimento e
aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade de DEUS conforme
estão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja podem e devem
ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão perfeito refere-se ao
nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de DEUS se
manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será atingido em seu
significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de CRISTO na
perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da estatura completa
de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade cristã. Hodge
escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a perfeição
de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a expressão estatura completa
de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é “a soma das qualidades que
fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da maturidade plena do seu
Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em direção a essa maturidade, ela
fica mais próxima de sua meta em CRISTO. Precisamos também destacar que não há
crescimento na igreja separadamente de nosso crescimento individual como
crente. É cada um de nós individualmente que tem de se dirigir com empenho à
estatura completa de CRISTO.
c) Estes ministérios são dados
para garantir a estabilidade na igreja diante de doutrinas divergentes e do
engano de homens (14). Esta é consequência natural da maturidade, como Paulo
indica por sua frase introdutória: Para que não sejamos mais meninos. Uma das
evidências claras de imaturidade é a incapacidade de resistir, de forma
inteligente e espiritual, as declarações das falsas doutrinas. As palavras de
Paulo são pitorescas. O termo inconstantes só ocorre aqui no Novo Testamento e
é derivado de kludon (“vagalhão” ou “onda”). Por conseguinte, o verbo significa
literalmente “ser lançado pelas ondas”. Cristãos imaturos são como barcos
açoitados pela tempestade. Levados em roda vem da palavra grega periphero, que
tem a ideia de oscilar violentamente. Boas traduções dos dois termos são:
“levados de um lado para outro pelas ondas” e “jogados para cá e para lá por
toda nova rajada de ensino” (cf. BJ, NVI). Atarefa dos ministros é pôr mão
forte no leme da igreja, mantê-la firme e fornecer o lastro doutrinário
mediante um ministério fiel de pregação e ensino.
Aqueles que introduzem falsos
ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam a si mesmos e
também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem traduzida por
“fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante para induzir ao erro”
(Weymouth). Eles usam de engano (lit., “jogo de dados”). Metaforicamente, veio
a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara corretamente o aviso de Paulo:
“Há pessoas próximas de vós que não só vos desviam, mas o fazem de propósito,
pondo armadilhas premeditadas e organizando métodos bem-elaborados, com o
objetivo de afastá-los de CRISTO a quem eles não amam”. A única proteção
adequada contra a sutileza da heresia é uma fé crescente e um conhecimento
progressivo da verdade. Os ministros têm de proporcionar a oportunidade de tal
maturação para assim garantir a estabilidade na igreja.
d) Estes ministérios são dados
para possibilitar o crescimento em CRISTO. Seguindo a verdade (15) é derivado
do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por “falar a verdade” (cf. CH,
NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que proferir sons articulados. Ele
pensa em termos de viver e agir. Dale comenta: “A verdade tem de ser a vida de
todos os cristãos. A revelação de DEUS em CRISTO tem de influenciar e inspirar
todas as atividades dos cristãos. A verdade tinha de se encarnar nos efésios,
tinha de se corporificar neles. [...] Não era apenas para falar, mas para
vivenciá-la”.38 E esta vida era para ser vivida em caridade (“em amor”, ACF,
AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com os motivos e inclinações que o amor
evoca. As pessoas confessam e vivem asperamente certa porção de verdade, mas a
comunidade cristã sempre tem de se expressar em amor. O resultado será o
movimento progressivo em direção à perfeição de CRISTO, a cabeça da igreja.
Repare que esta ideia é essencialmente idêntica ao pensamento do versículo 13.
Além disso, esta ação positiva é a melhor defesa contra os efeitos do erro
descritos no versículo 14.
No versículo 16, o apóstolo
retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade que
CRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa e
intricada do corpo humano com suas partes unidas de modo bem ajustado e ligado
(“bem unido e consolidado”, NEB).39 Na analogia, juntas referem-se aos
ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo está
funcionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer, quando cada
parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece e o
crescimento é certo. CRISTO é, obviamente, o centro e a origem de toda a vida
espiritual. Ele dá “coesão e poder vital para o crescimento”.40 Este
crescimento resulta na edificação ou “construção” (BAB) da igreja em amor (cf.
1.4; 3.17; 4.2; 5.2). A estrutura tem a ver principalmente com o
desenvolvimento espiritual interno, mas quando a igreja é interiormente forte
ela aumenta numericamente.
Em suma, Paulo vê a unidade da
igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeira unidade é
interior e resultado de um organismo saudável. O ESPÍRITO cria essa unidade;
não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam. Quando
esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e motivada pela
fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza, para
espanto do mundo não crente.
Nos versículos 4 a 16, o
pensamento da medida da estatura completa de CRISTO sugere o tema “O Alvo
Último do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de
DEUS, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo
incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. CRISTO no
trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163. (com algumas alterações
do Pr. Henrique).
III – DISCERNINDO O
VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os
conhecereis.
3. Ainda sobre o falso
profeta.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO
PROFETA DO FALSO
O Profeta, quase sempre, é perseguido pelos crentes, principalmente a liderança da Igreja, que não quer ver as coisas ocultas serem reveladas. Vários profetas morreram pelas mãos de seus próprios irmãos, seu povo.
CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO
PROFETA
DEUS vale-se de homens ou
mulheres, para usá-los em mensagens proféticas. No Antigo ou em o Novo
Testamento, através de profetas ministros a mensagem de DEUS é transmitida para
sua igreja, com fins proveitosos.
1) Ele só diz o que ouve da
parte de DEUS. O verdadeiro profeta fala a verdade de DEUS, na mensagem que
transmite. O profeta verdadeiro não transmite mensagem de sua mente, para
agradar ou desagradar, propositadamente. Ele fala a Palavra de DEUS “com verdade”.
O profeta Ágabo previu seca
para todo o mundo e previu que Paulo ia ser amarrado, preso e entregue aos
gentios. As mensagens desse profeta foram verdadeiras e se cumpriram
cabalmente. (Atos 11.27; 21.10).
2) Há evidências da
confirmação de DEUS. O verdadeiro profeta é confirmado por DEUS. Sua mensagem é
autenticada pelo ESPÍRITO SANTO, e merece credibilidade.
E, levantando-se um deles, por
nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo
o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
Atos 11:28
E, levantando-se um deles, por
nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo
o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28
E aconteceu que, três dias
depois, Paulo convocou os principais dos judeus, e, juntos eles, lhes disse:
Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos
paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos
romanos; Atos 28:17.
3) Tem revelação e
discernimento de DEUS.
E isto fez ela por muitos
dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito:
Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E na mesma hora
saiu. Atos 16:18.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 89-90. (com algumas alterações do Pr.
Henrique).
1. Simplicidade x arrogância.
O maior erro ao falarmos sobre Profeta é a confusão que se faz entre Profeta - Ministério (tamo no AT como no NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado de profeta quem profetiza - quem tem dom de profecia).
Profeta é ministério.
Ter dom de profecia não faz de
alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta
tem a ver com a revelação do futuro (dom de revelação - Palavra de Sabedoria)
ou revelação do passado ou do presente (dom de revelação - Palavra de
conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e
são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos), Curas (dons de curar) e Milagres
ou Maravilhas.
Dom de profecia é para
edificação, exortação e consolação. Confirma o que já está no coração da
pessoa. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a
ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a maioria dos
"profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam mensagens que
DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento e conhecimento dos Dons do
ESPÍRITO SANTO.
O Profeta não precisa gritar,
fazer teatro para trazer uma mensagem de DEUS para alguém, ou para um grupo de
pessoas, ou mesmo para um país.
O Profeta tem autoridade de
DEUS para falar em seu Nome. Não teme represálias. Não teme autoridades
humanas. Não depende financeiramente de falsos crentes.
O Profeta tem vida honesta e
irrepreensível, vive em jejum e oração e estudo da Palavra de DEUS.
A mensagem verdadeira do
Profeta de DEUS não tem a ver com edificação, exortação e consolação como no
Dom de Profecia, mas, muitas vezes, é uma mensagem condenando o pecado e
mostrando o juízo sobre este. Não espere de um profeta uma festa ou um show, mas,
em suas ministrações, muito choro, arrependimento e clamor.
Eu repreendo e castigo a todos
quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Apocalipse 3:19
2. Pelos frutos os
conhecereis.
CARACTERÍSTICA DO FALSO PROFETA
1) Ele não tem mensagem de DEUS.
2) Ele desvia o povo dos
caminhos do Senhor.
3) O falso profeta é soberbo.
4) Os falsos profetas são como
“lobos devoradores.
5) Os falsos profetas vivem na
iniquidade.
JESUS ENSINA SOBRE OS FRUTOS
NA VIDA DAS PESSOAS
Mt 7.15 O Antigo Testamento
menciona frequentemente os falsos profetas (veja 2 Rs 3.13; Is 44.25; Jr 23.16;
Ez 13.2,3; Mq 3.5; Zc 13.2). Os falsos profetas afirmavam receber mensagens de
DEUS, mas só profetizavam o que o rei e as pessoas queriam ouvir. Os falsos
mestres também são tão comuns atualmente, quanto o foram naquela época. JESUS
disse que devemos ter cuidado com aqueles cujas palavras podem parecer
religiosas, mas que estão motivados pelo dinheiro, pela fama ou pelo poder. São
aqueles que profetizam só coisas boas. Nunca revelam os pecados e o juízo de
DEUS sobre esses pecados.
Mt 7.20 Mencionando 7.16, isto
é, o método para discernir os falsos profetas, JESUS explicou que a maneira de
identificar uma árvore ou uma pessoa é o tipo de fruto que ela produz. Os bons
mestres exibem consistentemente um bom comportamento e um elevado caráter moral
quando procuram praticar as verdades das Escrituras. São ganhadores de almas.
oram e JESUS Salva, Cura, Batiza no ESPÍRITO SANTO, Liberta.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 53-54. (com algumas alterações. Pr. Henrique).
3. Ainda sobre o falso
profeta.
O CASTIGO DOS FALSOS PROFETAS
Era assim, no Antigo
Testamento: “E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou
rebeldia contra o Senhor, vosso DEUS, que vos tirou da terra do Egito e vos
resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o
Senhor, vosso DEUS, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti (Dt
13.5)”. A responsabilidade e o prestígio de um profeta, no Antigo Testamento,
era muito grande. O povo o respeitava como sendo um verdadeiro arauto, que
falava em nome de DEUS. Sua palavra profética era considerada Palavra de DEUS.
No Novo Testamento, não é diferente. Daí, porque o castigo era severo contra os
falsos profetas.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 92-93. (com algumas alterações. Pr.
Henrique)
CONCLUSÃO
DEUS QUER USAR PROFETAS NA
IGREJA - Seja um voluntário para que JESUS CRISTO o use assim. O pecado deve
ser combatido e para isso deve ser revelado. Tenha coragem. Tenha ânimo. Se
esforce. Seja instrumento de DEUS, Canal de DEUS em sua obra de salvação.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 8, O Ministério de Evangelista
Revista Lições Bíblicas
Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2014/2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-baadTSIySFKmkNz4J5_qd (vídeos desta lição em
2014)
(Lição escrita em 2014)
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-8-o-ministerio-de.html (Slides)
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-8-o-ministerio-de_16.html (Escrita)
Vídeo desta Lição em 2021
- https://www.youtube.com/watch?v=6YrxjRisPVI
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-35; Efésios 4.11
Atos 8
26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda
do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E
levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace,
rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e
tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro,
lia o profeta Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a
esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse:
Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me
não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o
lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro;
e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua
boca. 33 - Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua
geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a
Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum
outro? 35 - Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe
anunciou a JESUS.
Efésios 4
11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores.
OBJETIVO GERAL - Mostrar a singularidade do ministério do Evangelista na vida da Igreja.
Resumo da Lição 8, O
Ministério de Evangelista - 2014/2021
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc
10.1-20)
1. São poucos os que anunciam.
2. Enviados para o meio de lobos.
3. Os sinais e as maravilhas
confirmam a Palavra.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt
28.19,20; Mc 16.15-20)
1. O alcance da Grande
Comissão.
2. O mundo está dividido em
dois grupos.
3. A Grande Comissão hoje.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE
EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
2. O papel do evangelista.
3. A finalidade do ministério
do evangelista.
COMENTÁRIOS
DO Pr. HENRIQUE
Lição 8 - O ministério de Evangelista
LIÇÕES
BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e
Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, e vídeos: Pr. Henrique de Almeida Silva
https://www.youtube.com/watch?v=6YrxjRisPVI
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- Atos 8.26-35; Efésios 4.11
Atos 8.26 -
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do
Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E
levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace,
rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e
tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro,
lia o profeta Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a
esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse:
Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me
não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o
lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro;
e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua
boca. 33 - Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua
geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a
Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro?
35 - Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a
JESUS.
Efésios
4.11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Meus Comentários - Pr.
Henrique
Evangelistas
- exemplos atuais.
https://youtu.be/ZufVLeFxLwQ Andres Bisonni – Cruzadas de
salvação e milagres
https://www.youtube.com/watch?v=MVd97AP_m6A Isso sim é
evangelismo de massas. Um autêntico evangelista. Várias curas e milagres também
ocorreram ali. (Daniel Kolenda and Reinhard Bonnke)
https://www.youtube.com/watch?v=ixFfrFFLMI4 - CRUZADA, 3
MIL ALMAS PARA CRISTO, Pr Clebison Bandeira - Imperatriz, MA. Isso sim é
evangelismo de massas. Um autêntico evangelista. Várias curas e milagres também
ocorreram ali.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre
o importantíssimo ministério de Evangelista. lembrando que não há ministério
legítimo sem a escolha e chamada de JESUS e a capacitação do ESPÍRITO SANTO,
com seus dons.
A realidade missionária no
Brasil, atualmente, é raquítica e chega a ser ridícula. Uma igreja no interior
do estado mais pobre do Brasil tem mais missionários do que a sede da
Assembleia de DEUS no Brasil, na maior cidade do país. essa mesma igreja tem mais
missionários do que igrejas de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Vitória, Recife, Natal, Fortaleza, Belém, Salvador, Teresina, Palmas, João
Pessoa, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Brasília, São Luis,
Manaus, Porto Velho, Campo Grande, Cuiabá, etc... é uma vergonha para quem deu
uma ordem expressa para sua igreja: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura". Marcos 16:15
"Mas recebereis a virtude
(poder) do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da
terra."
É
inacreditável que ainda existam pastores que acreditem que só devem enviar
missionários para outras cidades, estados e países depois de evangelizarem seu
próprio bairro ou cidade. A bíblia diz "TANTO em Jerusalém" e diz
"COMO", quer dizer ao mesmo tempo evangelizamos nossa área como as
outras áreas do mundo inteiro.
"E
também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande
perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos
pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos". Atos 8:1
Às vezes
DEUS permite uma perseguição à igreja para ela obedeça a seu IDE (Ide Depressa
Evangelizar). DEUS não manda a perseguição, ELE permite por causa de nossa
desobediência.
Será que a
pandemia veio para parar a Igreja para que ela medite sobre sua situação atual
na evangelização do mundo?
"E eis
que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". (Lucas
24:49).
Outras
vezes vemos igrejas que vão sem obedecer à Palavra de DEUS que diz para ficar
em Jerusalém até receber poder para ir. Primeiro deve-se
buscar poder, batismo no ESPÍRITO SANTO, depois deve-se ir e
receber capacitação para exercer a função com Dons do ESPÍRITO SANTO.
"E na
igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse
o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram". (Atos 13:1-3).
A igreja
deve ter profetas e doutores que servem à igreja, esses profetas e doutores
devem jejuar e orar buscando orientação de DEUS. Certamente o ESPÍRITO
SANTO orientará a igreja sobre quem deve ser enviado para evangelizar. Existem
muitos Paulos e Barnabés que estão esperando para serem enviados pelo mundo. Dê
uma olhadinha a seu redor e você encontrará gente apaixonada por almas.
"Como
nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas
casas", Atos 20:20
Se
construíssemos pequenos templos para 200 pessoas, numa distância de 300 metros
um do outro, no máximo, em nossa cidade, evangelizaríamos muito mais e melhor
do que gastar verdadeiras fortunas construindo mega-templos para serem usados
três vezes por semana. Se fossem pequenos templos e com poucas pessoas nossos
pastores visitariam essas pessoas e os aconselharia e poderiam evangelizar essa
área muito melhor. Haveria mais união, menos diferenças e mais amor. Todos
teriam um mesmo objetivo, ganhar almas.
Mesmo que
construam grandes templos, se tiverem muitos missionários, mas pelo menos usem
o dinheiro de maneira honesta para construírem de acordo com suas necessidades.
Como pode uma cidade do interior do estado mais pobre do Brasil, com cerca de
250 mil habitantes, construir uma igreja para 10 mil pessoas, enquanto a sede
da maior cidade do Brasil, com mais de 10 milhões de habitantes, constrói uma
sede para apenas 10 mil pessoas? Alguma coisa está errada. "Cadê o
dinheiro que estava aqui"?
O padrão de
Atos dos Apóstolos nos ensina como fazer missões - Primeiro Milagres, depois
ajuntamento de pessoas, depois pregação do Evangelho, depois muitas conversões,
depois batismo nas águas, depois batismo no ESPÍRITO SANTO, depois treinamento
desses novos crentes para dirigirem uma nova igreja e serem missionários tanto
em sua cidade como em todo o mundo, cheios do ESPÍRITO SANTO e capacitados com
dons do mesmo.
Sobre ter
mais de um ministério em um mesmo ministro
Podemos,
cada um de nós, ter todos os dons do ESPÍRITO SANTO (9), Paulo (em meu
entendimento) assim os teve. Busquemos cada dia mais poder para evangelizar.
Apoiemos aqueles que desejam ganhar almas. Invistamos o dinheiro na
evangelização.
Filipe, o evangelista
autêntico
“Entrementes, os que foram
dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à cidade de
Samaria, anunciava-lhes a CRISTO. As multidões atendiam, unânimes, às
coisas que Filipe dizia, ouvindo e vendo os sinais que ele operava. Pois
os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos
paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela
cidade.” Atos 8:4-8
FILIPE LHES ANUNCIAVA A
CRISTO.
Eis aqui o padrão de Atos dos
Apóstolos - Por que as multidões se convertiam? Porque ouviam e viam os sinais que
Filipe fazia por intermédio do ESPÍRITO SANTO.
Que sinais podemos Ouvir de
um legítimo evangelista, vindos do ESPÍRITO SANTO? Línguas, Dom de línguas,
interpretação de línguas, profecias, Dom Palavra de Sabedoria, Dom Palavra de
Conhecimento.
Que sinais podemos Ver, vindos
de um legítimo evangelista, usado pelo ESPÍRITO SANTO? Dom da Fé, Dom de
Discernimento de espíritos, Dom de Milagres, Dons de Curar.
Novamente o padrão de Atos
está em usos - Milagres, ajuntamento de pessoas, pregação do evangelho,
multidões de convertidos.
Filipe tinha uma família de
bom testemunho
Filipe, um dos sete diáconos
que foram escolhidos pelo povo, conforme ordem dos Apóstolos, para se dedicarem
na solução da falta de alimento às viúvas helenistas (veja em At 6,1-6).
Filipe, porém, não ficou apenas neste serviço, mas torna-se pregador do Evangelho
em Samaria. Depois o vemos como evangelista em Cesareia. Filipe morava com sua
família em Cesaréia. As suas quatro filhas, conforme vemos em At 21,9 também
eram profetizas, isto é, tinham o dom de profecia. Que bênção de família para
um evangelista bem-sucedido.
E no dia seguinte, partindo
dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em
casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.
Atos 21:8-9
E no dia
seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a
Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete,
ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. Atos
21:8-9.
Evangelista
não é título, é ministério, é pessoa dada por CRISTO à Igreja
Se você tem
o título de evangelista, mas não ganhou nem uma alma este mês, você pode ser
tudo, menos evangelista. OK?
Evangelista
é apaixonado por almas. Evangelista amanhece e anoitece pensando em ganhar
almas, aliás não só pensa, ganha mesmo.
Acontecia
ali, em Samaria, um grave problema - Havia milagres, conversões, alegria, mas
não havia batismo no ESPÍRITO SANTO.
As boas
notícias de Samaria chegaram à Jerusalém, e logo os apóstolos enviaram Pedro
e João (o melhor que tinham), com a finalidade de orarem pelos irmãos para que
recebessem o batismo no ESPÍRITO SANTO. Quando Pedro e João oraram por eles
receberam, então, o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Os quais,
tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO (Porque
sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do
Senhor JESUS). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO. Atos
8:15-17
A organização da igreja hoje é
feita de maneira humana
Existem muitos evangelistas
que não são nem diáconos em suas congregações. Falta a visão da liderança sobre
o dom de cada um. DEUS chamou, escolheu, preparou, capacitou, mas os homens não
enxergaram, ou porque são cegos ou porque não querem enxergar com medo de
perderem suas posições talvez. Fazer o que? O legítimo obreiro, ministro
chamado por DEUS, não pede cargo, não inveja cargo, não busca reconhecimento ou
elogio humano. Na bíblia, os grandes homens que DEUS chamou e escolheu, não
queriam suas funções. Achavam que não mereciam e que não conseguiriam fazer o
que DEUS queria que eles realizassem. Preferiam que DEUS chamasse outros.
Durante o tempo que dirigi igreja não encontrei nenhum bom obreiro que pedisse
cargo, mas os péssimos obreiros sempre estavam pedindo, outros exigindo, outros
bajulando para serem reconhecidos. Os bons só assumem quando são chamados
pessoalmente e com insistência.
Nossa organização ministerial não é satisfatória e nem reconhece as peças
principais da igreja. devido a isso estamos passando pela pior fase da igreja
até hoje. Milhares de crentes nominais apenas. As escolas bíblicas dominicais
nunca estiveram tão vazias. os cultos de doutrina nunca estiveram tão vazios.
Você se lembra, se é que já viu, de algum aleijado levantar e sair andando
durante um culto em sua igreja? um cego de nascença vendo, um surdo de nascença
vendo? Dom ministerial só para quem já é batizado no ESPÍRITO SANTO e tem pelo
menos um dom do ESPÍRITO SANTO, a meu ver. Não temos ministro legítimo na
bíblia que não tivesse essas coisas funcionando em seus ministérios.
As credenciais de um
verdadeiro ministro chamado e escolhido por CRISTO
As credenciais de um
verdadeiro ministro são os sinais e maravilhas que DEUS opera através do mesmo.
Não importa o título, importa o que DEUS pensa a respeito do obreiro. DEUS
confirma sua escolha com sinais, prodígio e maravilhas. --- Os sinais do meu
apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais,
prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12 --- E Estêvão, cheio de fé e de poder,
fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8 -- E em toda a alma
havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Atos 2:43
--- Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias
maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
--- Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do ESPÍRITO de DEUS; de
maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o
evangelho de JESUS CRISTO. Romanos 15:19, etc...
A UNIÃO DO ENSINO, DA PREGAÇÃO
E DOS MILAGRES, ISSO TORNA O EVANGELHO EFICAZ.
O ESPÍRITO do Senhor é sobre
mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos
cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
Isaías 61.1; Lucas 4:18,19
Mas, quando fizeres convite,
chama os pobres, aleijados, mancos e cegos. Lucas 14:13
E percorria JESUS toda a
Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e
curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23
E percorria JESUS todas as
cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do
Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35
de tal sorte que a multidão se
maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os
cegos a ver; e glorificava o DEUS de Israel. Mateus 15:31
E, tomando-o pela mão direita,
o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele,
pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e
louvando a DEUS. Atos 3:7,8 ... - Muitos, porém, dos que ouviram a palavra
creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil. Atos 4:4 E as
multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e
viam os sinais que ele fazia,
pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta
voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. Atos 8:6,7
E estava assentado em Listra
certo varão leso dos pés, coxo desde o seu nascimento, o qual nunca tinha
andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé
para ser curado, disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele
saltou e andou. Atos 14:8-10 ... - confirmando o ânimo dos discípulos,
exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa
entrar no Reino de DEUS. Atos 14:22
Exemplo de um legítimo evangelista
Bem diferente de um crente que
normalmente evangeliza - todos podem e devem evangelizar e alguns até recebem
título de Evangelista, mas poucos têm o Dom Ministerial de Evangelista -
Evangelista Reinhard Bonnke foi mais conhecido por suas grandes campanhas
evangelísticas no Continente Africano. Filho de um pastor, Reinhard aceitou a
JESUS quando tinha nove anos de idade, e recebeu seu chamado para os campos
missionários da África antes de se tornar um adolescente. Depois de atender um
Seminário no País de Gales e pastorear na Alemanha por sete anos, ele começou
seu trabalho missionário na África. Ele começou fazendo cultos em uma tenda que
acomodava 800 pessoas. À medida que o número de pessoas começou a crescer,
tendas maiores foram adquiridas. Finalmente em 1984 ele encomendou a construção
da maior estrutura móvel do mundo – uma tenda capaz de comportar 34.000 pessoas
sentadas. E ainda, pouco tempo depois o número de pessoas que atendiam aos
cultos excederam a capacidade desta tenda, chegando a milhões de pessoas
participando de um mesmo culto. Reinhard Bonnke fundou o ministério
internacional "CRISTO para todas as Nações", com escritórios
localizados na África, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Singapura e nos Estados
Unidos. Desde o início do novo milênio, através da realização de eventos em
grande escala na África e outras partes do mundo, e também com o alvo de vermos
100 milhões de vidas relatarem sua decisão por JESUS CRISTO nesta década, 42
milhões de pessoas já responderam ao chamado do Evangelho. Além disso, ele é
conhecido por realizar as “Conferências do Fogo” em muitos países ao redor do
mundo. Estas conferências treinam e encorajam os líderes da igreja para o
evangelismo. Elas causaram um grande impacto e inspiraram muitas pessoas já
alcançarem uma dimensão maior em termos de evangelismo e ministério. Seu
ministério é confirmado com muitos milagres e maravilhas. Cegos vêm, surdos
ouvem, aleijados andam, etc... Glória a DEUS.
Alguém que se desvia perde os
dons que tinha antes?
Dons são dados pela graça e
misericórdia de DEUS, tanto os do ESPÍRITO SANTO, quanto os de CRISTO (Ef
4.11).
Imediatamente após o legítimo
arrependimento e confissão e reconciliação o crente está como estava antes de
pecar. Fala em línguas e os dons voltam a fluir. DEUS não se lembra mais de
seus pecados. Nós é que lembramos e não perdoamos. Alguém matou ou roubou, não
pagou a conta que devia, etc.... teve legítimo arrependimento e confissão de
pecados, aceitou a JESUS como único Senhor e Salvador, está perdoado, seus
pecados não existem mais para DEUS, mas ele vai para a cadeia pelos seus crimes
cometidos. Existem consequências, mas não influenciam na salvação. Quanto à
nossa atitude temos que aprender perdoar de coração, segundo o amor de DEUS em
nós. Os dons voltam a funcionar imediatamente após a reconciliação.
Pastores são evangelistas?
Dificilmente um pastor será um
evangelista. Os pastores, em sua maioria, têm tentado convencer as pessoas de
que têm algum dom ministerial por terem um título de pastor, assim como alguns
evangelistas e professores. Na verdade dom ministerial não é dado por homens e
sim por DEUS. Não é por merecimento e sim pela graça de DEUS. E uma escolha
soberana de DEUS. Profetas e evangelistas da atualidade continuam como os
antigos, como Elias, Elizeu, Ágabo, Silas, Paulo, Barnabé, Apolo e outros
mencionados em Atos dos Apóstolos, bem como os que hoje andam escassos em
nossos púlpitos. É raro, mas ainda se vê algum de vez em quando - Trabalho com
um evangelista que realmente tem o ministério de evangelista, o evangelista
Clebinson Bandeira, de Imperatriz-MA. Em sua última cruzada geral, em
Imperatriz, ganhou mais de mil almas para CRISTO (veja https://youtu.be/ixFfrFFLMI4 ). Provavelmente 3 mil
almas aceitaram a JESUS neste dia. Em média ganha mais de mil almas por mês. É
um apaixonado por almas.
Em Camboriú, no congresso de
Missões, que aconteceu de 26/04/2014 a 05/05/2014, ganhou mais 140 almas para
CRISTO
(http://www.portaldoceu.com.br/dvd-do-gmuh-2014---pastor-clebison-bandeira/).
DEUS cura muitas pessoas durante suas cruzadas e concede muitos milagres
financeiros também.
Na maioria das vezes a igreja
coloca um evangelista para ser pastor de uma igreja para poder sustentar esse
obreiro e isso finda em acabar com o ministério do evangelista. Pode-se ganhar
um pastor, mas também pode ocorrer de não se ter mais nem um evangelista e nem
um pastor. Pastor é para cuidar de ovelhas. Evangelista é para pregar o
evangelho a multidões.
Quanto a esses artistas de
palco, com título de evangelistas, mandam o povo profetizar e eles mesmos dizem que estão
profetizando prosperidade e outras coisas desejadas pelo povo, são apenas
ignorantes da Palavra de DEUS e mercenários que assolam nossas igrejas em busca
da lã das néscias ovelhas. Quem as defenderá? Evangelista não está buscando
fama e nem dinheiro, mas almas. Recebe a mensagem diretamente de DEUS e a
transmite acompanhadas de milagres e maravilhas, pois DEUS confirma sua Palavra
assim.
Quanto aos dons que agem no
evangelista são principalmente os dons de poder, fé, milagres e curas, também
acompanhados de Palavra de Sabedoria (revelação do futuro), Palavra de
Conhecimento ou da Ciência (Revelação do passado e presente). Alguém pode ser
usado em algum desses dons esporadicamente, mas o evangelista sempre é usado
assim. O evangelista é apaixonado por almas. Pena que não podemos dar muitos
exemplos de evangelistas legítimos na Assembleia de DEUS de hoje, pois nossa
denominação foi quase toda corrompida pela liderança política e financeira que
existe hoje comandando a igreja. Oremos irmãos, DEUS tenha misericórdia de nós.
Precisamos investir nas grandes cruzadas evangelísticas com legítimos
evangelistas.
Lucas 10.7 - O evangelista e
suas exigências (salário-comida-hotel)
E ficai na mesma casa, comendo
e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não
andeis de casa em casa. Lucas 10:7 - Isso indica ao evangelista que ele não
deve ficar escolhendo onde vai dormir, onde vai comer, não deve exigir salário.
Eu faço palestras e prego em todo o Brasil. Não cobro nada. Não como - faço
jejum. Gosto de ficar na casa de algum irmão ou do pastor, não gosto de hotéis,
pois só dão despesa para a igreja. Nós não vamos fazer turismo, vamos levar a
mensagem de DEUS e compartilhar nossos dons com os irmãos e ganharmos almas..
A CGADB deveria estipular um
teto para os "cachês" dos pregadores (evangelistas?) e cantores
(artistas?). Já passou da hora de dar um basta nesse comércio de celebridades
em nossas igrejas.
A cidade de Samaria era
dominada por um vigarista que os iludia com artes mágicas, mas, pelo poder de
DEUS que agia através de Filipe, até o mágico Simão se converteu. Parece que
sua conversão não foi legítima, pois já queria comprar o poder de
batismo no ESPÍRITO SANTO com dinheiro, mas diante da maldição imposta por
Pedro e João, deve ter se convertido realmente.
O verdadeiro evangelista tem
intimidade com DEUS
E o anjo do
Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao
caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. Atos 8:26
E o anjo do
Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao
caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.
Atos 8:26
O evangelista Filipe não só
testificava publicamente, mas também fazia evangelismo pessoal. Foi enviado por
DEUS para pregar ao primeiro-ministro da rainha da Etiópia (o título honorífico
dela era Candace, assim como existem outros em diversos países, tais como
barão, duque, visconde, conde; presidente, imperador, césar, Candace, Heika,
Denka, Hidenka, Kakka, Daitoryoi (Títulos reais e oficiais no Japão); Czar
(Rússia), Dogde (Espanha), etc....
O legítimo evangelista conhece
as escrituras e sua mensagem é JESUS CRISTO:
E, correndo
Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
Atos 8:30
E, correndo
Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? Atos
8:30 - Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe
anunciou a JESUS. Atos 8:35
O Assunto
da pregação do evangelista é JESUS e este crucificado e ressuscitado.
Porque nada
me propus saber entre vós, senão a JESUS CRISTO e este crucificado. 1 Coríntios
2:2
O verdadeiro evangelista é
direcionado para a cidade ou lugar que DEUS manda:
E, quando
saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o
eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.
E Filipe se
achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até
que chegou a Cesaréia.
Atos 8:39-40
Então, foi
conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus
4:1
E o anjo do
Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao
caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. Atos 8:26
E, quando
saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o
eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E Filipe se achou em Azoto e,
indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a
Cesaréia. Atos 8:39-40
E, passando
pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de
anunciar a palavra na Ásia. Atos 16:6
O legítimo
evangelista ama, isso é o amor de DEUS derramado em seu coração. Esse amor
arde, queima, sufoca, não nos deixa parar e nem desanimar. Nossa comida é essa.
AMOR PELAS
ALMAS <http://ministeriofogonoaltar.blogspot.com.br/2012/12/amor-pelas-almas.html>
... Fiz-me
tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns (1 Co
9.22).
Eu, de
muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que,
amando-vos cada vez mais, seja menos amado. 2 Coríntios 12:15
Consideremos:
1. O amor no coração de DEUS
“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
2. O amor no coração de JESUS
“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e
errantes como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).Vejamos:
- amor ao leproso (Mc 1.41); - amor aos cegos (Mt 20.34); - amor à viúva de
Naim (Lc 7.13); - amor a Jerusalém (Mt 23.37); - amor às multidões (Mt 14.14;
15.32).
3- O amor no coração dos apóstolos
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor
JESUS, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).Vejamos:
- o amor de Paulo (At 20.23; 21.13; Rm 9.1-3; 10.1; 1 Co9.16-23); - o amor de
Pedro e João (At 3.1-8; 4.1,2,8,18-21).
4. O amor no coração dos diáconos
“E,
descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO” (At 8.5);
“E apedrejaram a Estêvão, que
em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito. E, pondo-se de
joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).
5. O amor no coração da Igreja
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At
8.4);
“E os que foram dispersos pela
perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e
Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus ”(At
11.19).
6. O amor no coração de alguns servos de DEUS na história -
Oração de evangelista é mais
ou menos assim:
“Agora, deixem-me consumir por DEUS” — Henrique Martyn.
“Dá-me a Escócia ou morrerei” —John Knox.
“Se não queres dar-me almas, retira a minha”—Whitefield.
“Pai, dá-me estas almas ou eu morro” — Hyde.
TER PROFUNDO AMOR A JESUS
Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém
pelo nome do Senhor JESUS” (At 21.13);
“...
regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de
JESUS” (At 5.41);
“Assim que,
sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé...” (2 Co
5.11);
“Porque o
amor de CRISTO nos constrange...” (2 Co 5.14).
O que está acontecendo com a
Europa
Na Europa acontece certos
fenômenos que o PT quer implantar aqui no Brasil.
Controle de natalidade - Abortos e Camisinhas - Todos sabem do programa do PT
sobre isso. Na Europa, tanto investiram nisso que agora a maioria da população
é velha e estão aposentados, sendo que não possuem força jovem para produzir e
pagar as aposentadorias dos mais velhos. como os muçulmanos têm pelo menos 4
filhos em cada família e podem ter 4 esposas cada homem, imaginem como têm
crescido.
Escalada do Islamismo - O PT vem estimulando construção de mesquitas por todo o
Brasil. na Europa eles já são maioria em setores importantes da economia e de
segurança.
Combate ao evangelho pentecostal - No Brasil os pentecostais são perseguidos
claramente pelo PT e os tradicionais, as igrejas ditas cessacionistas, as
históricas, apoiam o PT por debaixo do pano para receberem apoio financeiro.
Quem apoia aborto consegue vantagens - Até a Universal anda comprando horários
de todos os canais para acabar com o horário de TV e Rádio das igrejas que são
pentecostais ou neopentecostais, tudo apoiado pela esquerda. Na Europa as
igrejas que eram antes as enviadoras de missionários pelo mundo passaram a um
esfriamento pentecostal e se tornaram cessacionistas e hoje já nem existem mais
ou estão sucumbidas pelo satanismo desenfreado que invadiu tais países.
O apoio a casamentos de gays e lésbicas liberados aqui no Brasil com o apoio
maciço do PT quer destruir a família tradicional para obrigar a continuação do
nascimento de filhos. A falsa adoção de crianças por parte de casais
homossexuais tem como objetivo recrutar crianças para ser parte de sua causa.
Na Europa aconteceu a falta de filhos e falta de mão de obra para trabalhar
exatamente devido à liberação de tudo isso. A falta de moralidade, a falta de caráter,
a falta de temor de DEUS está levando a Europa ao caos político, financeiro,
moral e religioso. A única conclusão a que chegamos é a de que a
verdadeira igreja da Europa faliu. Vamos ter que evangelizar os
evangelizadores.
MAIS COMENTÁRIOS DIVERSOS COM
ALGUMA CORREÇÕES QUE FIZEMOS.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.39.
EXISTEM
EVANGELISTAS E "EVANGELISTAS"
O Dom
Ministerial do Evangelista foi repartido por JESUS para que o arauto de DEUS,
através da mensagem centralizada na cruz de CRISTO, ganhasse pessoas para o
reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua paixão
por pregar às pessoas para que se convertam a JESUS. Não importa o número, se
dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar JESUS, o crucificado.
Esta é a mensagem do bom evangelista.
Temos de
deixar bem claro a missão de um evangelista: pregar o Evangelho. Anunciar o
ministério da reconciliação de DEUS com o mundo, porque foi para isso que o
Senhor enviou seu Filho: "DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação" (2Co 5.19). Esta é a boa nova que o autêntico evangelista
tem de proclamar.
O Senhor
nosso DEUS separa uns para Evangelistas e os dá à sua Igreja. Isso não invalida
o privilégio de anunciar o Evangelho para o ser humano para todo aquele que se
chama por discípulo de JESUS de Nazaré.
A Igreja separa também
evangelistas, porém é uma escolha humana e eclesiástica. por incrível que
pareça tem evangelista que não sequer uma alma por mês, e, não se espantem, nem
uma alma por ano.
COMENTÁRIOS DIVERSOS -
INTRODUÇÃO (todos com algumas modificações e adaptações ao legítimo evangelho
de JESUS CRISTO, elaboradas por mim, Pr. Henrique)
A Bíblia fala muito pouco
sobre esse dom. Se consultamos uma concordância bíblica, só encontramos
três referências a esse termo (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). À luz da boa
hermenêutica ou interpretação dos textos bíblicos, podemos constatar que há
homens, dentre os que se colocam à disposição da obra do Senhor, que têm uma
vocação prioritária para a pregação do evangelho, para a proclamação das
Boas-Novas de salvação, ou do kerigma, também muito usados em dons do ESPÍRITO
SANTO. Por isso, o evangelista consta da lista dos “dons-ministeriais”, que são
“dons de DEUS”, concedidos por CRISTO aos homens, após sua retumbante vitória
sobre a morte (cf. Ef 4.8-11). Ninguém é superior a ninguém, no Reino de DEUS
(Rm 12.5). Todos os dons ministeriais se completam e possuem grau de
importância iguais na Igreja (Ef 4.11), São pessoas dadas por CRISTO à
Igreja.
Nas últimas décadas, os
evangelistas têm sido muito solicitados para participarem de eventos, nas
igrejas evangélicas. Alguns são excelentes pregadores, que transmitem mensagens
na unção de DEUS, demonstrando verdades bíblicas com profundidade, atraindo os
pecadores para CRISTO. Normalmente, os evangelistas têm ministério itinerante.
Vão buscar as almas, para que elas sejam acolhidas nas igrejas locais, aos
cuidados dos pastores, auxiliados pelos discipuladores. A evangelização intensa
só pode ter êxito se houver um discipulado intensivo junto aos que se convertem
por meio das pregações dos evangelistas. Evangelizar sem discipular é semear
sem cuidar das almas que se convertem.
Os evangelistas são aqueles
que dizem aos pecadores: “Venham para CRISTO”, e os pastores, que cuidam do
rebanho, são os que dizem: “Sejam transformados pelo poder de DEUS, e se
integrem ao Corpo de CRISTO, que é a Igreja”. Os ministérios se complementam.
São importantes os Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.
Nessa complementaridade de ministérios, podemos ver a palavra do profeta
Isaías: “Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te!” (Is 41.6).
Assim, vamos estudar o papel e
a missão do evangelista, com base nos textos bíblicos que nos permitem avaliar
esse importante dom ministerial, tão necessário à igreja como os demais que
constam das listas de ministérios necessários ao bom funcionamento do Corpo de
CRISTO, que é a Igreja, da qual Ele é a Cabeça.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 94-95.
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc
10.1-20)
E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir. E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. E não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante. E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS. Lucas 10:1-9
Os setenta podem ser vistos
como apóstolos ou como evangelistas. Apóstolos porque foram enviados por JESUS
e evangelistas porque foram transmitir as boas novas de salvação e os sinais os
seguiram. Falavam de JESUS e eram usados em curas, libertações, milagres e até
no dom da fé (ressuscitar mortos), como o caso dos apóstolos.
e, indo, pregai,
dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos,
ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça
dai. Mateus 10:7,8
1. São poucos os que anunciam.
Após a eleição dos Doze, que constituíam o “Colégio Apostólico”, tempos depois, JESUS resolveu escolher outros discípulos, em número de setenta, para enviá-los como evangelistas a “a todas as cidades onde ele havia de ir” e os organizou em equipes de evangelizadores, “de dois em dois” (Lc 10.1, 2). O texto de Lucas, referente ao envio dos “outros setenta” é o mais substancial em informações quanto ao seu desempenho apostólico. Algumas das mais importantes afirmações de JESUS sobre seus enviados constam desse texto, ainda que não são considerados participantes do “colégio apostólico”. Para distingui-los dos 12, nesta análise, melhor chamá-los de evangelistas.
OS OBREIROS SÃO POUCOS
Ao enviar os setenta, JESUS
asseverou que “Grande é, em verdade a seara, mas os obreiros são poucos” (Lc
10.2a). Diante dessa realidade, JESUS exorta a que devemos rogar ao Senhor da
seara, para “que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2b).Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS
e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 95-96.
OS SETENTA EVANGELISTAS -
PREGAR E CURAR - Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. E não
leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. E,
em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali
houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará
para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois
digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer
cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante. E
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS. Lucas
10:3-9
Designou o Senhor ainda outros
setenta
(1) Lucas não quer dizer que
CRISTO tinha enviado setenta anteriormente, mas que os setenta eram adicionais
aos doze que haviam sido enviados.
O simples fato de que JESUS
tinha estes muitos discípulos dignos de confiança é significativo. Muitas vezes
nos esquecemos de que Ele tinha muitos seguidores leais.
Mandou-os... de dois em dois.
Para ajuda mútua e encorajamento. A todas as cidades e lugares onde ele havia
de ir. Estes deveriam preparar a visita dele a essas cidades. Neste momento, os
doze apóstolos estavam com Ele; os setenta foram adiante da sua face. E
possível que cada uma dessas duplas de discípulos fosse a apenas uma cidade e
ficasse por lá, pregando, ensinando e preparando, em outros aspectos, a visita
de JESUS. Isto totalizaria trinta e cinco cidades e aldeias visitadas por JESUS
em seu ministério na Peréia, e Ele dificilmente visitaria muitas mais em um
período de seis ou sete meses, a menos que suas visitas fossem muito breves.
Do versículo 2 até o 16, JESUS
dá instruções e admoestações aos setenta. Muitas destas são instruções iguais
ou semelhantes às instruções dadas em várias ocasiões aos doze apóstolos. É
mais razoável que JESUS tenha dado as mesmas admoestações por duas vezes, se as
exigências das situações fossem as mesmas. Qualquer líder da igreja admoestando
grupos de obreiros inevitavelmente repetiria vários pontos, pois todos eles
precisariam basicamente das mesmas instruções.
Grande é, em verdade, a seara,
mas os obreiros são poucos
(2) A metáfora da seara parece
ter sido uma das favoritas de JESUS. A seara das almas humanas sempre foi
grande e os obreiros sempre foram, tragicamente, poucos. É a fatal falta de
interesse do homem pelos seus companheiros que mantém este número tão pequeno.
Rogai, pois, ao Senhor da
seara que envie obreiros para a sua seara. Levar a seara ao celeiro é nossa
responsabilidade. E conseguir os obreiros necessários é, em parte, nossa
responsabilidade. Devemos enxergar as necessidades e rogar que o Senhor envie obreiros
adicionais.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 409-410.
Estes setenta, embora não
o servissem de forma tão próxima e tão constantemente quanto os doze, eram, no
entanto, os ouvintes constantes de sua doutrina, as testemunhas dos seus
milagres, e criam nele. Estes setenta são aqueles de quem Pedro fala como “os
varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor JESUS entrou e saiu
dentre nós,” e faziam parte dos cento e vinte ali mencionados, Atos 1.15,21.
Podemos supor que muitos destes que foram os companheiros dos apóstolos, de
quem lemos em Atos e nas Epístolas, faziam parte destes setenta discípulos.
Havia trabalho para tantos
ministros, e ouvintes para tantos pregadores; assim o grão da semente de
mostarda começou a crescer, e o sabor do fermento a se espalhar pela refeição,
para a fermentação do todo.
Devemos supor, embora não
esteja registrado, que CRISTO logo em seguida foi a todos estes lugares em que
agora os enviou, embora Ele pudesse ficar apenas por pouco tempo em um lugar.
Duas coisas eles foram ordenados a fazer, o mesmo que CRISTO fez onde quer que
tenha ido:
(1) Eles deviam curar os
enfermos (v. 9), curá-los em nome de JESUS, o que faria com que as pessoas
desejassem ver este JESUS, e estivessem prontas a receber aquele cujo Nome era
tão poderoso.
(2) Eles deviam anunciar a
chegada do Reino de DEUS, a sua chegada até eles: “Dizei-lhes: É chegado a vós
o Reino de DEUS, e agora sereis admitidos nele, se apenas olhardes ao vosso
redor. Agora é o dia da vossa visitação, sabei e entendei”. E bom estarmos
conscientes das nossas vantagens e oportunidades, para que possamos
aproveitá-las. Quando o Reino de DEUS chega até nós, devemos prosseguir, indo
de encontro a ele.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 596-597.
10.1 Muito mais que doze
pessoas vinham seguindo a JESUS. De acordo com 1 Coríntios 15.6, JESUS tinha
pelo menos quinhentos seguidores na época em que concluiu seu ministério. Aqui
JESUS designa um grupo de setenta para preparar algumas cidades para sua visita
posterior. Um grupo de 120 destes seguidores foi a Jerusalém para dar início à
igreja ali (At 1.15). Em número de setenta também foram os ajudantes do
ministério de Moisés (Nm 11.25).
No serviço cristão, não há
desemprego. DEUS tem trabalho suficiente para todos. Nenhum crente deve ficar
sentado e olhar os outros trabalhando, porque a seara é grande.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 392.
2. Enviados para o meio de
lobos.
No tempo de JESUS, os evangelizadores, ou evangelistas, enfrentariam situações comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os setenta puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem ter sido rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos dias atuais, os que são enviados por CRISTO, para levarem a mensagem do evangelho a certas regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde o século passado, e no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de sua fé, uma é cristã. Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em toda a história de Igreja de CRISTO. Daí, porque a maior parte dos missionários está radicada onde já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a lugares inóspitos e ameaçadores. É compreensível, até certo ponto, mas JESUS mandou pregar o evangelho a toda criatura. Apóstolos, profetas e evangelistas legítimos não temem o Diabo e seus representantes, vão aonde ninguém tem coragem de ir. Paulo não se deixou intimidar por inimigos do evangelho. O legítimo evangelho é pregado com sinais, prodígios e maravilhas, talvez por isso mesmo a esmagadora maioria de enviados não têm coragem de ir aonde ainda o evangelho não penetrou e onde a perseguição ao evangelho é terrivelmente praticada, como na Coréia do Sul, por exemplo.
E a tendência da perseguição
aos servos de JESUS é de acentuar-se cada vez mais. Na maioria dos países do
Ocidente, o Diabo tem levantado a perseguição institucional, através de
governos, dos legislativos e do Judiciário, mediante a elaboração e aprovação
de leis que dificultam e ameaçam a liberdade para a pregação do evangelho. São
“as portas do inferno”, através das “leis injustas” (Is 10.1). Elas não
prevalecerão, como profetizou JESUS, mas perturbarão e causarão grandes
problemas à missão da Igreja. Mas será por um tempo. Quando JESUS intervier, na
sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados, mas a Igreja (nós) já terá sido
arrebatada, graça de DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.
Eis que vos mando como cordeiros
ao meio de lobos.
Que paradoxo: Cordeiros saindo
para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a simplicidade unida ao desamparo:
nenhuma arma carnal como defesa (nossas armas são poderosas em DEUS - Nome de
JESUS, Sangue de JESUS, Palavra de DEUS, Amor, Dons espirituais). Mas DEUS tem
uma maneira de criar a força a partir da fraqueza, e de usar até a morte como
uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos a supremacia de CRISTO. Ele é o maior
Vencedor do mundo, e ainda assim as suas forças não foram utilizadas no que se
refere à defesa carnal ou terrena. Os cristãos têm sido assassinados aos
milhares, mas o avanço triunfal continua. A esta altura temos que parar e
meditar e ganhar uma nova luz e inspiração para a tarefa e a batalha dos dias
atuais. Não estamos desprotegidos, pois CRISTO está conosco. Uma vez que a
própria morte não nos vence, podemos começar a entender que somos imbatíveis.
Mas, se começarmos a nos equipar com armas carnais, estaremos caminhando em
direção à derrota.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 410.
Cabe notar que os discípulos
não são enviados “aos lobos”, mas “para o meio de lobos”. Isso ilustra o
aspecto indizivelmente penoso do envio dos mensageiros de JESUS. Essa palavra
anuncia aos mensageiros a perseguição de sua pessoa e a rejeição de sua
mensagem. Isso é muito mais que “não acolher” ou “não ouvir” a pregação.
O envio das ovelhas para o
meio de lobos era proverbial em Israel. Se a penetração dos lobos em um rebanho
de ovelhas já representa um grande perigo, quanto mais perigoso será enviar e
remeter, contrariando todo o bom senso, ovelhas isoladas para dentro de uma
alcateia de lobos! As indefesas ovelhas devem viver, atuar e permanecer entre
lobos, e até mesmo superá-los. Isto é inimaginável e inconcebível! Contudo,
DEUS assim o determinou! Que não esqueçamos isso especialmente quando os lobos
se tornarem cada vez mais numerosos e temíveis nos tempos finais! Foi o Senhor
que o disse!
A segurança para um envio tão
perigoso, o equipamento para uma incumbência tão avessa à sensatez na luta
entre ovelhas e lobos não está em levar qualquer tipo de armamento, mas nas
palavras: “Eu vos envio”. E isso basta.
Assim como, pois, os setenta
discípulos não devem estar munidos de armas de defesa diante dos perigos no
meio de lobos, assim eles também não devem equipar-se com a bagagem usual de
viagem. A instrução de que nem sequer levem consigo algo além da roupa necessária
para a caminhada, tem o objetivo de que fiquem única e exclusivamente atentos
ao cumprimento de seu envio.
Interpreta-se de diferentes
maneiras o adendo de não saudar ninguém no trajeto ou a caminho. Essa instrução
de comportamento tem um protótipo no AT (2Rs 4.29). De acordo com uma das
interpretações, a palavra de não saudar representa uma ordem referente à
urgência. A saudação oriental é muito demorada. Em um encontro desses, todos os
votos costumeiros de bênção, abraços, beijos, pedidos de informação e discursos
podem causar uma parada que consome tempo, e que é indesejável para quem tem
pressa. Esta proibição de forma alguma veta a simples e singela saudação: “Paz
seja contigo!”
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança.
3. Os sinais e as maravilhas
confirmam a Palavra.
Os setenta evangelistas foram autorizados a curar os enfermos que encontrassem nas cidades por onde haveriam de passar (Lc 10.9). A operação de milagres fazia parte integrante da missão. Evangelização com milagres, sinais e prodígios era a característica da atividade ministerial. Receberam “poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal” (Mt 10.1). Da mesma forma, os setenta evangelistas também estavam investidos da mesma autoridade espiritual. Ao retornarem da missão, deram um relatório positivo e vibrante do que lhes acontecera, quando saíram, em cumprimento ao mandado de JESUS, de dois em dois (Lc 10.17).
O MAIOR PRIVILÉGIO DOS EVANGELISTAS
E voltaram os setenta com
alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E
disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou
poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos
fará dano algum. Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os
espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus. Lucas
10:17-20
Na palavra aos setenta, JESUS
os surpreendeu com uma declaração, ante a alegria e a comemoração pelos
milagres que viram ser realizados por seu intermédio. Curas, libertação de
endemoninhados e outros milagres. JESUS lhes fez saber que maior privilégio do
que operar milagres era ter o seus próprios nomes “escritos nos céus” (Lc
10.20).
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 97.
Eis que vos dou poder para
pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano
algum (19).
Esta escritura tem, de fato,
uma implicação literal, mas o contexto parece exigir que o principal
significado seja espiritual. Note como JESUS faz uma analogia entre serpentes,
e escorpiões, e toda a força do Inimigo. Tanto os versículos anteriores como os
posteriores se referem às forças satânicas. A gramática desses versículos
implica, também, que essas serpentes e escorpiões estão incluídos nas forças do
inimigo. O simbolismo é comum para as forças satânicas ou demônios e até para o
próprio Satanás. O significado principal é que os cristãos têm poder para pisar
triunfantemente sobre os exércitos de Satanás, através do poder do ESPÍRITO
SANTO e da graça de JESUS CRISTO.
Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 411.
Observação Importante
Notemos que nos é dado todo poder
sobre os poderes satânicos de Satanás e que nada nos causará
dano algum. As palavras todo e nada são importantíssimas aqui.
Voltaram os setenta com
alegria (v. 17); não reclamando da fadiga de suas jornadas, nem da oposição e
do desencorajamento com que eles se depararam, mas alegres com o seu sucesso,
especialmente por terem expulsado muitos espíritos imundos: Senhor, pelo teu
nome, até os demônios se nos sujeitam. Embora apenas a cura dos enfermos seja
mencionada em seu comissionamento (v. 19), não há dúvida de que a expulsão de
demônios estava incluída, e nisto eles tiveram um sucesso maravilhoso.
A. Eles dão a CRISTO a glória
por todo este resultado positivo: É através do Teu Nome. Note que todas as
nossas vitórias sobre Satanás são obtidas pelo poder que vem de JESUS CRISTO.
Ele deve ter todo o louvor; se a obra for feita em seu Nome, a honra será
devida ao seu Nome.
B. Eles se alegram com o
conforto que há nisto; eles falam deste assunto com um ar de exultação: Até os
demônios, aqueles inimigos poderosos, se nos sujeitam. Note que os santos não
têm maior alegria ou satisfação em quaisquer de seus triunfos do que quando
triunfam sobre Satanás. Se os demônios se nos sujeitam, quem pode nos resistir?
Que aceitação eles acharam no
Senhor, e como Ele recebeu este relato.
(1) Ele confirmou o que eles
disseram, por concordar com a sua própria observação (v. 18): “O meu coração e
os meus olhos acompanharam vocês; eu notei o sucesso que tiveram, e vi Satanás,
como um raio, cair do céu”.
Note que Satanás e o seu reino
caem diante da pregação do Evangelho. “Entendam como é”, disse CRISTO,
“enquanto vocês ganham terreno, o diabo perde terreno.” Ele cai como um raio do
céu, tão repentinamente, tão irrecuperavelmente, tão visivelmente, que todos
podem percebê-lo, e dizer, “Veja como o reino de Satanás cambaleia, veja como
ele tropeça.”
(2) Ele repetiu, ratificou, e
aumentou o comissionamento deles: Eis que vos dou poder para pisar serpentes,
v. 19. Note que para aquele que possui, e usa bem o que possui, mais lhe será
dado. Eles haviam empregado o poder de JESUS vigorosamente contra Satanás, e
agora CRISTO lhes confia um poder maior. (1) Um poder ofensivo, poder para
pisar serpentes e escorpiões, demônios e espíritos malignos, a antiga serpente:
“Esmagareis a cabeça da serpente em meu Nome”, de acordo com a primeira
promessa, Gênesis 3.15. Vinde, calcai os vossos pés nos pescoços destes
inimigos; pisareis estes leões e serpentes onde quer que vos encontreis com
eles; vós os calcareis debaixo dos vossos pés, Salmos 91.13. Pisareis todos os
poderes do inimigo; e o Reino do Messias será estabelecido em todos os lugares
sobre as ruínas do reino de Satanás. Assim como os demônios se vos sujeitam
agora, eles ainda vos serão sujeitos. (2) Um poder defensivo: “Nada vos fará
dano algum; nem serpentes, nem escorpiões, se fordes castigados com eles ou
lançados em prisões e calabouços entre eles; não sereis feridos pelas criaturas
mais venenosas,” como aconteceu com Paulo (At 28.5), como é prometido em Marcos
16.18. “Se os homens perversos forem como as serpentes para vós, e habitardes
entre estes escorpiões (como Ez 2.6), podereis desprezar a fúria deles, e pisar
neles; isto não precisará vos perturbar, pois eles não têm nenhum poder contra
vós, além do que eles receberam do alto; eles podem fazer barulho, mas não
podem ferir”.
(3) Ele os instruiu a
canalizarem a sua alegria para o motivo certo (v. 20): Note que o poder de
serem feitos filhos de DEUS deve ser mais valorizado do que qualquer outra
coisa. Aqueles cujos nomes estão escritos nos céus jamais perecerão; eles são
as ovelhas de CRISTO, a quem é dada a vida eterna.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 599-600.
JESUS lhes disse que não se
preocupassem com o que estivessem comendo, mas que fizessem o que tinham vindo
fazer - curar os enfermos (o que era um sinal de que o reino era chegado) e
proclamar às pessoas que era chegado o reino de DEUS (veja também 10.11;
21.31).
Lc 10.10,11 JESUS também deu
instruções caso seus discípulos entrassem em uma cidade e não fossem recebidos.
JESUS repetiu a instrução de sacudir o pó daquela cidade dos seus pés como um
anúncio público da sua condenação (9.5).
Eles tinham visto resultados
tremendos ao ministrar em nome de JESUS e com a sua autoridade.
O seu ministério não deveria
se tornar uma experiência de poder que levasse ao orgulho, mas uma experiência
de serviço cujas únicas motivações fossem o amor a DEUS, e o desejo de que mais
pessoas se unissem a eles no reino.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 394-395.
As vitórias conquistadas até
então sobre Satanás e a promessa do Senhor de que farão façanhas ainda maiores
são inúteis se não tiverem como fundamento a salvação pessoal.
Incomparavelmente mais preciosa do que possuir todas as dádivas da graça é a
própria graça de DEUS, transmitida a todos os verdadeiros discípulos do Senhor
pelo fato de que seus “nomes estão inscritos no livro da vida”. Muitas vezes
salienta-se na Escritura a importante ideia da inscrição nos céus ou no livro
da vida (cf. Êx 32.32; Sl 69.28; 87.6; 139.16; Is 4.3; Dn 12.1; Fp 4.3; Ap
3.5,12; 13.8; 20.12,15; 21.27; Hb 12.23).
E Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt
28.19,20; Mc 16.15-20)
JESUS não nos mandou ir sozinhos, além de nos capacitar para ir, ELE vai conosco, através do ESPÍRITO SANTO que habita em nós e possui todo o poder necessário para realizarmos Sua obra.
E, chegando-se JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:18-20
E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em
meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e,
se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos
sobre os enfermos e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi
recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS. E eles, tendo partido,
pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a
palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:15-20
E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o CRISTO padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. Lucas 24:46,47
Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO
SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém
como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8
1. O alcance da Grande
Comissão.
Nas suas palavras finais aos seus “onze” discípulos, após a ressurreição, JESUS lhes deu a mais importante missão que poderia ser confiada a homens. A ordem de irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). Aquele mandato seria extensivo a todos os demais discípulos, que o seguiam, e a todos os que haveriam de segui-lo ao longo dos tempos, e até à sua vinda no arrebatamento da Igreja. Foi o que se convencionou chamar de “A Grande Comissão”. Eles foram comissionados para continuarem a obra que o Mestre iniciou, em seu ministério terreno.
Tem alcance mundial. Os
seguidores de JESUS deveriam ir “por todo o mundo” para levar as Boas-Novas de
salvação. Antes de qualquer outra incumbência, eles teriam que realizar o papel
de apóstolos, evangelistas, evangelizadores ou missionários, para buscarem as
almas perdidas para CRISTO. A missão de propagar o evangelho de CRISTO
teria que ser local, regional, nacional e transcultural, “por todo o mundo”.
Destina-se a todos os
povos. Enquanto os judeus entendiam que a salvação seria exclusiva para
eles, que esperavam o Messias, JESUS ultrapassou aquela visão limitada, e deu
ordem a seus seguidores para que levasse a mensagem do evangelho “a toda criatura”.
A Igreja de JESUS é “inclusiva” para os que o aceitam e abandonam o pecado. E é
“exclusiva” para quem quer ficar ao lado de CRISTO (Mt 12.30).
Os sinais aos que crerem.
JESUS lhes mostrou que a eles e aos que haviam de crer no evangelho, seriam
concedidos recursos espirituais jamais entregues a outras pessoas, para que
pudessem alcançar a missão que lhes era confiada naquele momento especial. Ante
os olhares ansiosos e tensos, JESUS lhes asseverou: “E estes sinais seguirão
aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17, 18). A
multiplicação desses sinais são os Dons do ESPÍRITO SANTO que capacitam os
crentes para a evangelização mundial, principalmente capacita os ministérios
dados por CRISTO. Eles já tinham visto muitos sinais, operados por CRISTO. Eles
próprios tiveram experiências com sinais, prodígios e maravilhas quando foram
enviados por CRISTO (os doze e os setenta). Mas, na sua despedida, JESUS lhes
assegurou que aqueles sinais não seriam apenas para eles e sim para todos os
“que crerem”.
Nos primórdios da Igreja, no
período apostólico, todos esses sinais foram realizados, porém um não foi
registrado na Bíblia - o de “beberem alguma coisa mortífera” (ou veneno) sem
sofrer qualquer dano.
O revestimento de Poder. A
Grande Comissão exigiria um revestimento de poder sobrenatural para sua
eficácia. Antes de subir aos céus, JESUS disse aos seus discípulos: “ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lc 24.49
— grifo nosso).
O revestimento de poder a que
JESUS se referia era a descida do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Os discípulos
já eram salvos. Já tinham recebido o ESPÍRITO SANTO, no sopro de JESUS sobre
eles (Jo 20.22). Mas, para evangelizar, cumprindo a Grande Comissão, teria
necessidade de um revestimento de poder sobrenatural, que lhes daria graças,
poder e unção para saírem pelo mundo afora, enfrentando os mais difíceis
obstáculos, e as mais cruéis perseguições humana, de reis, imperadores e até de
muitos que se dizem cristãos.
Observação minha - Pr.
Henrique
A perseguição também era a
porta de entrada para que eles fossem capacitados com os dons espirituais, tão
necessários em sua obra de pregação do evangelho.
Os discípulos estavam
preparados para a Missão, pois aprenderam aos pés de JESUS, ao longo de uma
convivência de cerca de três anos.
A virtude do ESPÍRITO SANTO
era o que estava faltando aos apóstolos e evangelistas. Eles já eram salvos,
mas teriam que aguardar “a virtude do ESPÍRITO SANTO”, para serem testemunhas
corajosas, enviadas ao meio de “lobos devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento
veio sobre os discípulos, no Dia de Pentecostes, quando receberam o batismo com
o ESPÍRITO SANTO (At 2.1-13) e depois os dons do mesmo..
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-100.
Observação minha - Pr.
Henrique
Basta ver a diferença entre o
Pedro antes do batismo no ESPÍRITO SANTO e o Pedro depois do batismo no ESPÍRITO
SANTO.
o batismo no ESPÍRITO
SANTO traz encorajamento, alegria, fé para pregar destemidamente o evangelho do
JESUS vivo e ressurreto.
DEUS deu a JESUS todo o
poder sobre o céu e a terra (Mt 28.18). Com base neste poder, JESUS disse aos seus discípulos
ide e fazei discípulos (versão RA), pregando, batizando e ensinando. “Fazer
discípulos” significa educar novos crentes sobre como seguir a JESUS,
submeter-se à soberania de JESUS e assumir a sua missão de serviço
misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a JESUS CRISTO em sua
morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida (Rm 6.3, 4). O
batismo simboliza a submissão a CRISTO, a disposição para viver segundo a
vontade de DEUS, e a identificação com o povo da aliança de DEUS. Batizar em
nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO é um gesto que afirma a realidade
da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor JESUS. Ele não
disse para batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO
SANTO.
Embora em missões anteriores
JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a
partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os
discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado.
Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas
as coisas que JESUS tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que
haveria um período entre a ressurreição de JESUS e a sua segunda vinda. Durante
este período, os seguidores de JESUS tinham uma missão a cumprir - evangelizar,
curar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de JESUS para que elas, por sua
vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho
deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e autoridade,
JESUS ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos
discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a outro país - e
fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam
JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS
está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO
SANTO na vida dos crentes. O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca
os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio
do seu ESPÍRITO. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina -
Emanuel, “DEUS conosco” (1.23). O mesmo ESPÍRITO SANTO que estava em JESUS, é o
mesmo que está em nós (Atos 10.38). Assim podemos fazer as mesmas e ainda
maiores obras que JESUS (João 14.12).
As profecias do Antigo
Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de
JESUS que o qualificam para ser o Rei do reino de DEUS na terra e no céu - não
um líder militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado,
mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada
pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais.
Precisamos fazer de JESUS o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador,
Rei e Senhor.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.
A ordem com autoridade universal: Ide!
A essa ordem poderosa, Ide!,
acrescenta-se a tríplice ordem de serviço ou ordem de missão de JESUS:
• Façam que todos os povos
sejam discípulos!;
• Batizem-nos!;
• Ensinem-nos!
A tríplice ordem missionária é
emoldurada pela palavra da onipresença: Eis que estou convosco todos os dias
até a consumação do tempo.
A essência da comunidade de
JESUS é que o JESUS Ressuscitado continua vivo e atuante. É a comunhão oculta
dos cristãos com o CRISTO, dos chamados com o que chama, dos enviados com o que
envia.
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança.
TODAS AS NAÇÕES
JESUS enviou Seus servos para
fazer discípulos em todas as nações (ethne, povos; M t 28 .19).
Ele estava demonstrando ser
muito mais do que o Rei dos judeus; Ele é o CRISTO mundial, o Salvador do mundo
inteiro.
Na verdade, JESUS vinha
mostrando-lhes isso desde o início de Seu ministério. Mateus deixou registrada
Sua obra entre os gentios (Mt 8.10; 15.24) e citou Isaías 42.1-4 para afirmar
que JESUS anunciaria aos gentios [as nações] o juízo e que, no seu nome, os
gentios esperarão (M t 12 .14-21). Todavia, os discípulos levaram muito tempo
para acreditar nisso. Será que seu Senhor poderia estar mesmo interessado em
“todas as nações”? Eles mesmos não estavam. Seria fácil aceitar a ideia de
JESUS se importar com todo o mundo. Mas não seria mais fácil ainda seguir um
CRISTO que se adequasse apenas à cultura deles?
Tiveram um grande choque
cultural quando o ESPÍRITO SANTO trouxe um novo grupo à comunhão, inclusive
discípulos helenistas, samaritanos e, enfim, gentios de todos os tipos (A t
6.1-7; 8 .4 -2 5 ; 10.1— 11.18; 15.1-21).
Um dos maiores desafios que os
cristãos enfrentarão nos próximos anos é o mesmo que os discípulos enfrentaram
no início de seu movimento: não somente crer em JESUS, mas também reconhecer
que Ele de fato veio para todas as nações. DEUS nos mandou fazer discípulos em
todo o mundo porque isso faz parte de Seu grande propósito de, a longo prazo,
tornar Seu nome conhecido em todas as nações (M l 1.11).
EarI
D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 87.
I Cor 9.16. Ninguém merece
crédito por fazer a sua obrigação. Paulo diz: "Pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (16) Sem dúvida, ele
está se referindo à missão especial que havia recebido no caminho de Damasco
(At 9.6). Ele havia sido um “vaso escolhido” para levar o nome de CRISTO diante
dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel (At 9.15) e havia sido separado
pelo ESPÍRITO SANTO para esse trabalho especial (13.2). Portanto, seria
impossível fazer outra coisa, a não ser pregar o evangelho, sem se rebelar
diretamente contra DEUS (Rm 1.14; G11.15).
Pregar era a própria vida de
Paulo, e ele “não podia parar de fazê-lo, da mesma forma como não podia parar
de respirar”. A palavra imposta significa “fortemente impulsionado”. Assim,
pregar era uma “função que a ele foi proposto executar”. (Paulo
aceitou o desafio por vontade própria - Observação minha - Pr. Henrique).
Donald S. Metz. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 314-315.
“Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim se não anunciar o evangelho! É meu encargo, meu negócio; é o trabalho
para o qual eu fui constituído apóstolo (cap. 1.17). Este é um dever expressamente
colocado sobre mim. Não é em grau algum um assunto de liberdade. É me imposta
essa obrigação. Eu seria falso e infiel à minha crença, eu violaria uma ordem
clara e expressa, e ai de mim se não anunciar o evangelho!”
Aqueles que são separados para
o ofício do ministério têm o encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o
fizerem. Disso nada é esperado. Quando ele renuncia ao seu direito por causa do
evangelho e das almas dos homens, embora ele não faça mais que a obrigação,
ainda assim nega-se a si mesmo, renuncia a seu privilégio e direito; ele faz
mais do que seu encargo e ofício em geral (e todas as vezes) o obriga a fazer.
Ai dele se não pregar o evangelho. Note que é uma alta realização na religião
renunciar a nossos próprios direitos para o bem de outros; isto dará direito a
uma recompensa peculiar da parte de DEUS. Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar
pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.2
Coríntios 12:15
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 465.
2. O mundo está dividido em
dois grupos.
O mundo seria dividido entre dois grupos. Os crentes e os incrédulos. Os salvos e os perdidos. “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16). Em sua visão divina, JESUS não vê nacionalidade, condição social, a cor da pele, raça, sexo, condição financeira ou econômica (G1 3.28). Ele só vê dois tipos de pessoas. Os salvos pela fé e os perdidos por causa da descrença nEle e em seu evangelho. Os homens não têm alternativa. Ou creem para serem salvos ou permanecem na incredulidade para serem perdidos. Os discípulos entenderam que a Grande Comissão é questão de vida ou de morte. A escolha é de cada um. A responsabilidade é individual. Mas a missão de pregar o evangelho é coletiva. E da Igreja. Os evangelistas têm um papel de vanguarda. Mas a ninguém é dado o direito de escusar-se de ser testemunha de JESUS.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-99.
Mc 16.16. E for batizado. A
omissão de batizado com não-crer mostra que JESUS não torna o batismo essencial
para a salvação. A condenação apoia-se na não-crença e não na falta de batismo.
Portanto, a salvação apoia-se na crença. O batismo é meramente a figura da nova
vida, e não o meio de obtê-la.
Observação do Pr Henrique -
Interessante que pelo contexto imediatamente subsequente o batismo aí se refere
a batismo no ESPÍRITO SANTO, pois é mencionado o falar em línguas.
Quem crer e for batizado será
salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que
crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; Marcos
16:16,17).
A. T. ROBERTSON. Comentário
Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD.
pag. 545.
Gl 3.28. Tendo descrito a
unidade que o crente tem com CRISTO, Paulo se afasta momentaneamente para
considerar as implicações desta unidade. Não só o crente e seu Senhor foram
unidos, mas todos os crentes foram unidos como um em CRISTO. Nisto não há judeu
nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós
sois um em CRISTO JESUS (28). O ESPÍRITO SANTO erradica distinções
sexuais, raciais e sociais. Isto mantém cristalinamente claro o fato de que o
significado pretendido por DEUS é espiritual. A existência destas distinções
terrenas continuará, mas desaparecem como obstáculos à comunhão no corpo de
CRISTO, e é sobre isso que o ESPÍRITO SANTO está falando. Esta é a visão
inspirada de Paulo da unidade existente em CRISTO, porque DEUS não faz acepção
de pessoas. Na sociedade judaica, os judeus, os livres e os homens eram
superiores; ao passo que os gentios, os escravos e as mulheres eram inferiores.
Estas discriminações também se aplicavam à relação do indivíduo com DEUS. Paulo
argumenta que, à vista de DEUS, todos são um e iguais quando eles se chegam a
DEUS com base na fé em CRISTO.
Lógico que esta verdade não
significa, nestes dias de crescente esclarecimento na área social e racial, que
o crente pode se retirar à sua cidadela de unidade espiritual e ignorar suas
responsabilidades como membro da sociedade. Temos aqui uma verdade dedutível:
As pessoas, que são de valor igual aos olhos de DEUS, não devem ser
discriminadas por que professam ser seguidoras de CRISTO.
R. E. Howard. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 52-53.
Gl 3. 28. Essa dificuldade é
removida quando o apóstolo diz: “...todos quantos fostes batizados em CRISTO já
vos revestistes de CRISTO”. Por essa razão, parece que com o evangelho o
batismo ocupa o lugar da circuncisão, e que aqueles que pelo batismo são
consagrados a CRISTO, e sinceramente creem nele, devem receber todos os
privilégios da condição cristã como os judeus receberam por meio da circuncisão
(Fp 3.3), e, portanto, não havia motivo para a continuação desse ritual
judaico. Quando somos batizados em CRISTO, somos batizados na sua morte, para
que como Ele morreu e ressuscitou, nós também morramos para o pecado e
caminhemos em novidade de vida (Rm 6.3,4). Seremos grandemente beneficiados se
lembrarmos disso com maior frequência.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 557.
Gl 3.28 — O contexto desse
versículo é a justificação pela fé em CRISTO JESUS, o fato de JESUS ter
redimido todos aqueles que creem nele, seja judeu ou gentio (Gl 3.26—4-27).
Distinções raciais, sociais e sexuais que tão facilmente causam divisões não
impedem uma pessoa de chegar a CRISTO para receber sua misericórdia. Todas as
pessoas podem se tornar herdeiros de DEUS e receber suas promessas eternas (Gl
4-5-7).
EarI
D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com
recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 489-490.
Tanto judeus como gregos,
todos estão debaixo do pecado. Pela lógica incessante e pelo discernimento
psicológico penetrante, Paulo acaba de provar que os judeus estão na mesma
situação pecadora que os gentios; ambos estão igualmente sob o pecado. Estar debaixo
do pecado significa não somente estar sob a culpa mas também sob o poder do
pecado. “Estes dois significados, o pecado como uma transgressão e o pecado
como um poder, são exigidos pelo contexto”. Mas muito mais importante do que
qualquer análise deste tipo que eu possa ter feito, prossegue Paulo, é o fato
de que este é o veredicto das Escrituras - como está escrito: Não há um justo,
nem um sequer (Rm 3.10). O pecado é tão universal que não admite sequer uma
única exceção.
William M. Greathouse. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 62-63.
3. A Grande Comissão hoje.
Após a descida do espírito SANTO, aqueles discípulos que estavam amedrontados, após a morte de JESUS, tornaram-se intrépidos evangelistas e saíram levando o evangelho aonde puderam chegar, mesmo por causa da perseguição religiosa. O apóstolo Pedro, que negara JESUS três vezes, antes de ser revestido pelo ESPÍRITO SANTO, em sua primeira pregação, com altivez e coragem, viu quase três mil almas aceitarem a CRISTO como Salvador, como registrado em Atos 2.41. Suas palavras foram simples e objetivas: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar” (At 2.38-41).
A Grande Comissão continua até
à volta de JESUS. É “tarefa inacabada”. Segundo estatísticas de organizações
evangélicas, o mundo tem 33% de cristãos, incluindo católicos evangélicos,
espíritas, Testemunhas de Jeová, e outros. Os evangélicos só alcançam 11 % do
total da população mundial e mesmo assim, alguns são só nominais. Há muito o
que se fazer ainda, antes da vinda de JESUS. Há muito trabalho para as igrejas,
em busca das almas perdidas. Nesse contexto, o papel dos apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e doutores é de grande valia e necessidade. Que DEUS
desperte mais obreiros genuínos para fazer a sua obra evangelizadora no mundo.
Que os verdadeiros evangelistas se disponham a ganhar almas para CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 100-101.
A GRANDE COMISSÃO
(1) Um novo movimento religioso havia sido inaugurado, que só esperava ser mundialmente propagado. Era preciso contar com a colaboração de obreiros para esse mister. Esses obreiros precisavam ser devidamente instruídos e comissionados. A obra missionária de JESUS precisava ter prosseguimento, pelo esforço dos apóstolos e de seus discípulos. A Grande Comissão, pois, foi a ordem, a autoridade e a grande inspiração para esse imenso empreendimento.
(2) Versões Bíblicas
«E disse-lhes: Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será
salvo; quem, porém, não crer, será condenado». Além dessa comissão, temos uma
adição concernente aos sinais que acompanhariam aos que creem e pregam o
evangelho. Eles expulsariam demônios, falariam novas línguas, não seriam
prejudicados com picadas de serpentes ou com a ingestão de algum veneno, e
curariam os enfermos.
Quanto à Grande Comissão a
versão de Mateus é a mais comumente citada. JESUS, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as causas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do século» (Mat.
28:18-20).
A versão Lucana da Grande
Comissão aparece em Lc. 24:46-49, vinculada à aparição de JESUS aos seus
discípulos, imediatamente antes de sua ascensão. Entre a ressurreição e a
ascensão houve um período de quarenta dias, durante o qual JESUS apareceu por
diversas vezes a seus discípulos, para instruí-los acerca do reino de DEUS. No
terceiro evangelho, a Grande Comissão diz como segue: «...e lhes disse: Assim
está escrito que o CRISTO havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no
terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de
pecados, a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas
coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na
cidade, até que do alto sejais revestidos de poder». No evangelho de Mateus,
pois, aprendemos que a autoridade divina foi investida nos apóstolos mediante o
dom do ESPÍRITO. Em Marcos, essa autoridade é ilustrada mediante os feitos
miraculosos que os discípulos seriam capazes de realizar. Novamente, devemos
supor que todas as narrativas sumariam o conteúdo geral de diversas declarações
de JESUS, provavelmente feitas em diversas ocasiões, e não em uma única
oportunidade.
No evangelho de João. No quarto evangelho a
Grande Comissão é bastante diferente, não se tendo apoiado sobre as mesmas
fontes informativas que os evangelhos sinópticos, Ver João 20:21-23: «...Assim
como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre
eles, e disse: Recebei o ESPÍRITO SANTO. Se de alguns perdoardes os pecados,
são-lhe perdoados; se lhos retiverdes, são retidos». Tal como no caso do
evangelho de Lucas, encontramos menção ao ESPÍRITO SANTO, que dá poder e
autoridade. Tal como no caso desse evangelho, temos também a questão do perdão
dos pecados, com ênfase sobre o poder apostólico de perdoar ou de reter os
pecados, mediante o ministério deles.
No livro de Atos. Nesse livro há menção ao
intervalo de quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão de JESUS (Atos
1:3). Ali a Grande Comissão é vinculada de perto com a promessa do ESPÍRITO
SANTO (Atos 1:8). A própria Grande Comissão está contida nestas palavras: «...
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra» (Atos 1:8). A menção a Jerusalém, Judéia, Samaria, e,
finalmente, os confins da terra, é peculiar ao livro de Atos. E a ascensão é
registrada como se tivesse ocorrido imediatamente após JESUS haver dado
instruções e anunciado a Grande Comissão.
a. Esse variegado testemunho
acerca da Grande Comissão assegura-nos a sua autenticidade.
b, Mas essa mesma variedade
também nos revela que as várias formas em que aparece a Grande Comissão devem
corresponder a porções ou sumários de uma série de ensinos de JESUS, após a sua
ressurreição.
c. A porção final de tais
instruções aparentemente foi dada imediatamente antes da ascensão, e isso deve
ter adicionado vigor ao que JESUS dizia, pois, afinal de contas. a Grande
Comissão representa as palavras finais de CRISTO, selando suas instruções.
d. A Grande Comissão teve por
propósito encorajar a continuação de sua missão, e também ampliá-la, até
tomar-se absolutamente universal. O provincialismo relativo de judaísmo foi
assim deixado para trás, e o cristianismo haveria de ser uma fé realmente universal,
no sentido de estar dispersa pelo mundo inteiro.
e. Não há como cumprir a
Grande Comissão sem o concurso do poder, da autoridade e do batismo com o
ESPÍRITO SANTO e dons do ESPÍRITO SANTO em operação.
f. A Grande Comissão convoca
os homens de todos os lugares para arrependerem-se e confiarem no evangelho.
Ela tem um intuito evangelizador, e a salvação das almas encontra-se no foco
das atenções.
g. Uma grande responsabilidade
é posta sobre os homens, porquanto a eles cumpre executar a Grande Comissão.
Destarte, o Senhor é sempre o
Senhor, é sempre o poder principal no evangelismo. Ele compartilha dessa tarefa
com os crentes, mas nunca se ausenta dessa atividade.
Portanto, o resultado será
absolutamente universal, conforme Efésios 1:10 nos assegura. Os homens, em sua
falsa espiritualidade e em seu orgulho, pensam que a evangelização depende
inteiramente deles. Mas o Salvador sempre, e em toda parte será o Salvador. Se
isso não fosse verdade, então o propósito da Grande Comissão teria falhado
desde há muitos séculos. (ANO FRO GLO)
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 814-815.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE
EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
É um dom de DEUS. É um homem dado à igreja. Onde houver igreja, aí há ministérios dados por CRISTO, mesmo que não tenham títulos eclesiásticos. É concedido por JESUS através da capacitação espiritual e ministerial para a propagação do evangelho a todas as pessoas que estiverem ao alcance da mensagem do obreiro que tem a chamada para cuidar da evangelização, como prioridade em sua missão. O evangelista recebe de DEUS mensagens inspiradas e cheias de unção para tocarem os corações dos pecadores, pois o ESPÍRITO SANTO os sonda. O evangelista é por excelência o pregador das Boas-Novas de salvação. O salmista viu o trabalho dos evangelistas, em mensagem profética: “O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas” (Sl 68.11). Nos dias presentes, há muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo afora, difundindo a pregação do evangelho de salvação em CRISTO JESUS. Seus corações ardem de amor pelas almas perdidas, e recebem mensagens sobrenaturais de DEUS, com oração, jejum e estudo da Palavra, para que, na hora do sermão, sejam instrumentos nas mãos de DEUS para alcançar a mente e o coração dos que precisam de CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 101.
Observação minha - Pr.
Henrique - É uma pessoa dada à igreja, chamada e escolhida por JESUS,
sendo capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, para exercer o ministério de
evangelista, conforme Efésios 4.11, ou seja, ganhador de almas. É um apaixonado
por almas.
EVANGELISTA - Aquele que é
chamado por CRISTO para pregar o Evangelho em toda parte e a todos os povos.
Palavra derivada do verbo evangelizo. Evangelizar significa trazer boas novas a
alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1
Co 15.1-4).
A palavra é encontrada três
vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os
apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados por
CRISTO para compartilhar a construção da igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi chamado
de "o evangelista" (At 21.8). Embora antes fosse um dos sete diáconos
escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At
6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De
Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso, porque todos viam e
ouviam os sinais que fazia (E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes
pregava a CRISTO. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe
dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos
imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos
paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade. Atos
8:5-8). Dali foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que
estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Foi
transportado sobrenaturalmente para Azoto. Então pregou o Evangelho desde Azoto
até Cesaréia, onde veio a ter casa e quatro filhas que profetizavam (At
8.40; 21.8).
Timóteo, o jovem ministro, foi
exortado a realizar o trabalho de um evangelista (2 Tm 4.5). Timóteo foi
exortado por Paulo a despertar o Dom que recebeu (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6). Está
claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização,
havia homens que DEUS chamava especialmente para essa tarefa.
N. B. B. - PFEIFFER .Charles
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 725-726.
EVANGELISTAS
Além de apóstolos os
discípulos eram evangelistas, também profetas e ainda eram usados em outros
dons ministeriais, assim como Dons do ESPÌRITO SANTO. Mas, além desses, havia
outros, especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da exortação e de outras
manifestações espirituais apropriadas para seu ofício, os quais eram
presenteados à igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos evangelistas,
era aquele que efetuava a missão evangelizadora da igreja entre os judeus
ou os gentios. Geralmente os evangelistas não estavam limitados a qualquer
comunidade cristã local, mas foram de lugar em
lugar conduzindo os homens à fé e à conversão a CRISTO.
Apenas a epístola aos Efésios
menciona especificamente os ministérios todos como iguais em autoridade e
importância na obra de DEUS. Os evangelistas são os pioneiros no trabalho
propagandístico da Igreja cristã. Os evangelistas lançam uma trilha que, em seguida,
transforma-se em auto--estrada. Ministros especiais do evangelho, eram chamados
«evangelistas" no Novo Testamento, como os casos de Filipe (Atos 21:8) e
Timóteo (2 Tim. 4:5).
Os evangelistas são obreiros
concedidos por CRISTO à Igreja como um «dom» divino à mesma, a fim de expandir
as suas fronteiras e aumentar o número de seus membros (Efésios 4:11).
Os Documentos Sagrados e os
Evangelistas. Além dos evangelhos, a mensagem do evangelho cristão é exposta
também no livro de Atos, nas epístolas e até mesmo no livro de Apocalipse.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2.
Editora Hagnos. pag. 606.
2. O papel do evangelista.
HOMENS DADOS À IGREJA, CAPACITADOS SOBRENATURALMNETE PARA PREGAR O EVANGELHO A TODOS E EM TODA PARTE
Filipe era um dos sete
diáconos, escolhidos para cuidarem da assistência social aos primeiros crentes,
na igreja nascente, nos primórdios do cristianismo (At 6.1-3). Tinha qualidades
espirituais que o credenciavam a ser mais que um diácono, encarregado de ações
sociais em favor dos pobres. A igreja viu nele um diácono. DEUS o viu como
evangelista. Era homem que tinha intimidade com DEUS. Depois do sucesso
evangelístico em Samaria, o ESPÍRITO SANTO lhe mandou para uma estrada deserta,
entre Jerusalém e Gaza. Obedecendo à voz de DEUS, Filipe descobriu que um alto
funcionário do reino da Etiópia viajava em seu carro (carruagem), e foi
compelido a aproximar-se do viajante. Ao ouvir o texto que o homem lia, Filipe
percebeu que DEUS lhe dera grande mensagem para transmitir ao sedento viajante.
(At 8.27-29).
O papel do evangelista é
entendido de maneira bastante restrita nas igrejas. No entanto, quando Paulo
escreve sua segunda carta ao jovem obreiro Timóteo, mostra que além de ser um
arauto da pregação do evangelho, tem o dever, também, de ampliar sua visão e
ministério, despertando o Dom do ESPÍRITO SANTO que estava sobre ele.
Há exemplos de pregadores,
que, no meio de uma pregação, são usados por DEUS para entregar uma mensagem de
exortação ou revelação, às vezes severa. Quando isso acontece, os efeitos sobre
o auditório e sobre a liderança são de aprovação e quebrantamento e para os que
precisam de Repreenção, uma atitude, muitas vezes, de repulsa e enfrentamento.
Muitos evangelistas pensam nesta hora: "Ainda que seja a última vez que
venha aqui, que nunca mais seja convidado, vou dar a mensagem...”. O papel do
evangelista envolve a demonstração do poder de DEUS na mensagem. O evangelista
Filipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu registro no Novo
Testamento (At 8.5-8).
E, descendo Filipe à cidade de
Samaria, lhes pregava a CRISTO. E as multidões unanimemente prestavam atenção
ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os
espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos
paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade. Atos
8:5-8
O RESULTADO DO TRABALHO DO
EVANGELISTA
A mensagem do evangelista foi
tão impactante, que o homem se converteu e desejou ser um seguidor de CRISTO.
Após a bem-sucedida evangelização, ao lado do alto dignitário etíope, Filipe
deve ter-lhe falado sobre a necessidade do batismo em águas. Sem perda de
tempo, o novo convertido a JESUS quis logo ser batizado em águas. Diz o texto
(At 8.36, 37). Ali, na estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza, três coisas
importantes ocorreram, na vida do evangelista Filipe.
Ele pregou o evangelho, na
unção do ESPÍRITO SANTO; o atento ouvinte aceitou a CRISTO como Salvador; o
discipulado foi tão eficaz, que o novo decidido quis logo batizar-se em águas;
e Filipe mostrou qual é a condição para um novo crente ser batizado: “E lícito,
se crês de todo o coração ’. “E mandou parar o carro, e desceram ambos à água,
tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At 8.38). O novo convertido foi
batizado no mesmo dia em que ouviu a mensagem evangelística.
"E o anjo do Senhor falou
a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce
de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E levantou-se e foi. E eis que um
homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era
superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para
adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o
ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu
que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como
poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com
ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a
ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia,
assim não abriu a sua boca. Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e
quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo
o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou
de algum outro? Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe
anunciou a JESUS. E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e
disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe:
É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que JESUS
CRISTO é o Filho de DEUS. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água,
tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o ESPÍRITO
do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou
o seu caminho. E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o
evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia". Atos
8:26-40
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.
O Ofício de Evangelista - Brian Schwertley
Muitas denominações ainda têm
um oficial chamado evangelista. O evangelista moderno gasta a maior parte do
tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo, mesmo o título de “evangelista”
estando ainda em uso hoje, se deve fazer distinção entre o ofício de evangelista
do Novo Testamento (Ef 4.11 - Pessoa escolhida por CRISTO) e seu conceito
moderno (apenas eclesiástico, muitos nem evangelizam).
Os evangelistas do Novo
Testamento receberam poderes sobrenaturais do ESPÍRITO para operar sinais e
milagres (e.g., Estevão – At. 6:8; Filipe – At. 8:13; Barnabé – At. 14:3). Os
dons miraculosos foram e são necessários para autenticar a mensagem do evangelho
(cf. Ex. 4:5; 1 Re. 17:4; Mc 16.20; Jo 17:4; At 2.22; 2 Co 12:12; etc.).
Os evangelistas do Novo
Testamento frequentemente se envolviam em obras especiais. Quando os
apóstolos tinham um trabalho de evangelismo especial para fazer eles escolhiam
um evangelista para a tarefa. Eles eram em certo sentido enviados especiais apostólicos;
isto é, eram homens investidos com poderes especiais para um propósito
específico. Eles desempenharam tarefas ministeriais.
“Espero, porém, no Senhor
JESUS, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta
animado também, tendo conhecimento da vossa situação.” (Fp. 2:19). Paulo
ordenou Tito para “constituir presbíteros em cada cidade” (Tt. 1:5; cf. At.
15:22; 2 Tm. 4:9; Tt. 3:12).
Sempre que Paulo lista os
oficiais da igreja ele sempre coloca o evangelista antes do pastor. Esta
posição é logicamente determinada pelas habilidades do evangelista para operar
sinais e milagres e suas funções como representantes apostólicos para inspecionar
as igrejas, designar presbíteros e assim por diante.
A ordem de importância
ministerial está aqui: "a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente,
apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres,
depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas". 1
Coríntios 12:28 - veja que em primeiro está o apóstolo, depois o profeta,
depois o mestre, etc...
Extraído
de Spiritual Gifts, Part 3 – Evangelist. Copyright © 2004 Brian Schwertley,
Haslett, MI. Tradução:
Márcio Santana Sobrinho.
3. A finalidade do ministério
do evangelista.
Todos os crentes, que formam a
igreja, estando unidos em CRISTO pela fé, e entre si pela caridade cristã,
“...crescem para templo santo...”, tornando-se uma sociedade sagrada, na qual
há muita comunhão entre DEUS e seu povo, como no templo. Na igreja eles o
adoram e servem, e Ele se manifesta no meio deles. Eles oferecem sacrifícios
espirituais a DEUS, e Ele reparte suas bênçãos e favores a eles. Assim, o
edifício espiritual, pela sua natureza, é um templo, um templo santo; porque a
igreja é o lugar que DEUS escolheu para colocar o seu nome, e ela se tornou um
templo, pois todos têm em si o ESPÍRITO SANTO morando individualmente pela
graça e força obtida dele - no Senhor. A igreja universal sendo edificada sobre
CRISTO como a pedra fundamental, e unida em CRISTO como a principal pedra da
esquina, vem finalmente a ser glorificada nele como a pedra mais elevada: A
Igreja é formada por muitos membros e cada um tem a sua função. Sem os
ministérios a igreja não saberia como desenvolver a evangelização, discipulado,
ensino, organização social, etc...
“...no qual também vós
juntamente sois edificados...” (v. 22). Observe: Não somente a igreja universal
é chamada de templo de DEUS, mas as igrejas locais também o são. Cada crente
verdadeiro é um templo vivo, um edifício “...para morada de DEUS no ESPÍRITO”.
DEUS habita em todos os crentes que se tornaram o templo de DEUS por meio da
operação do ESPÍRITO SANTO, e essa moradia agora é uma garantia da moradia
deles junto com Ele na eternidade.
O edifício material, físico,
instituição, onde a Igreja se congrega para adorar a DEUS é chamado de Igreja,
embora a Igreja mesmo sejam os crentes salvos que ali congregam.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 585.
“Templo SANTO no Senhor”
(20-22)
O uso da palavra “família”
(oikeioi), no versículo 19, conduziu a esta caracterização da igreja. Oikeioi é
derivado da palavra que significa “casa” no sentido de residência, moradia,
habitação. Robinson comenta: “Eles não são meros membros da casa, mas fazem
parte da casa de DEUS”. A igreja é um santo templo em construção, e é uma
habitação de DEUS no ESPÍRITO (22).
Os apóstolos e profetas são as
pedras da fundação do templo (20a). Recebem esta designação, porque sua função
é abrir novas igrejas e proclamar a Palavra do Senhor a estes que ali
congregam. Wesley observa que “a palavra do Senhor, declarada pelos apóstolos e
profetas, sustenta a fé de todos os crentes”. Nesta relação, CRISTO é a pedra
da esquina. Todos os outros são pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo
de menor importância, os apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de
fundação no edifício de DEUS.
Era a pedra colocada na
fundação em um canto, não só para firmar tudo, mas para estabelecer o
alinhamento para os muros. Esta opinião está de acordo com 1 Pedro 2.7 e apoia
a ideia de que CRISTO é aquele de quem a construção depende.
Os crentes em CRISTO são as
pedras vivas, que bem ajustadas, crescem para templo santo. Paulo está
interessado em mostrar que a igreja ainda está no processo de construção. Por
isso, emprega a metáfora do crescimento. Mackay comenta: “E permanente o acréscimo
de outras pedras vivas ao edifício inacabado. As pedras que já estão e as que
ainda serão postas na estrutura sagrada devem ‘crescer para templo santo no
Senhor’”. Este crescimento ocorre e fica bonito somente quando seus novos
membros, “pela qualidade do seu discipulado em manter-se estritamente fiel ao
Senhor, contribuem para a unidade, força e perfeição da igreja”.
O templo no qual os
gentios são edificados é a habitação de DEUS. Paulo escreveu aos crentes
coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS
habita em vós?” (1 Co 3.16). No novo concerto, DEUS não só chama um povo, mas mora
neles e com eles. Como afirma Mackay: “A Igreja Cristã, quando é
verdadeiramente a Igreja, é a Casa da Presença”.
Willard H. Taylor. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144.
“No qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.19-23). O que quer que
possa nos dividir, CRISTO nos une. Quaisquer que sejam os medos ou as
desconfianças que gerem hostilidade, CRISTO traz a paz. E devemos permitir que Ele
faça isso. Pois o “templo santo no Senhor” que JESUS está edificando hoje só
surge quando o seu povo está “bem ajustado”.
Não permita que algum
partidário lhe dívida. Não deixe que um pregador estridente de divergências
doutrinárias lhe isole de irmãos e irmãs cuja fé é uma com a sua, só porque as
crenças deles são diferentes das suas. E não deixe que a raça, ou a idade, ou a
posição social, ou a educação, ou a riqueza ou a pobreza, lhe dividam. Tente
alcançar os outros, e de mãos dadas sejam edificados “para morada de DEUS no
ESPÍRITO”.
Lawrence O. Richards. Comentário
Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 856.
Filipe em Samaria (8.4-8)
Aqueles que tinham sido
dispersos pela perseguição (cf. 1) iam por toda parte (4). Uma tradução mais
precisa é “passavam de um lugar para outro” (ASV). No livro de Atos, é usado
para descrever uma atividade missionária da igreja.
Aonde quer que fossem, estavam
anunciando a palavra. O verbo euangelizo é um outro termo favorito de Lucas.
Com o significado de “anunciando novidades jubilosas”, é uma palavra que se
encaixa perfeitamente para descrever a pregação do Evangelho, por estes
missionários do século I.
Dos sete homens escolhidos
para cuidar dos assuntos materiais da igreja (6.1-6), dois representaram papéis
importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir (E Estêvão, cheio de fé e de
poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8). Filipe foi o
primeiro a ser chamado de “evangelista” (21.8). Este capítulo conta o início
dos seus esforços para evangelizar.
Ele desceu a Samaria. Embora
Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre
“subiam” a Jerusalém e “desciam” dali para qualquer outro lugar.
Descendo Filipe à cidade de
Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de
Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o
termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a
Galileia, ao norte.
Filipe pregava. Esta palavra é
kerysso, “anunciar” ou “proclamar como um arauto”. Os samaritanos, juntamente
com os judeus, estavam procurando o Messias que viria (Jo 4.25).
Os ouvintes de Filipe
prestavam atenção ao que ele anunciava. Eles ouviam as palavras que ele dizia
porque viam e ouviam os sinais (trad. literal) que ele realizava. A realização
de milagres representou um papel importante no ministério de JESUS e no início
da evangelização dos judeus e samaritanos. Expulsavam espíritos imundos
(demônios) e curavam os enfermos e aflitos. Paralíticos e coxos eram sarados.
O resultado desta manifestação
de poder divino foi grande alegria e salvação naquela cidade. Quando DEUS nos
abençoa, segue-se sempre um período de regozijo e conversão.
Filipe Testemunhando ao
Eunuco Etíope, 8.26-40
Filipe era um evangelista
versátil, cheio do ESPÍRITO e guiado pelo ESPÍRITO. Ele podia pregar para
grandes multidões em um “avivamento que alcançasse uma cidade inteira”. Mas ele
também podia realizar um evangelismo pessoal com um único indivíduo em uma
estrada deserta. A lição essencial a ser aprendida é que, quando o ESPÍRITO
SANTO nos impele a levar a salvação a alguém, Ele nos dá o poder necessário
para cumprirmos a missão. Onde DEUS guia, DEUS provê. Outra lição é que, aos
olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo ESPÍRITO é pequena. Somente a
onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de um
testemunho dado a uma pessoa cujo coração o ESPÍRITO SANTO preparou para
acolher este testemunho.
A Etiópia foi grandemente
abençoada por DEUS com evangelização através deste Eunuco, segundo alguns
acreditam (sem confirmação histórica).
Alguns estudiosos afirmam que novas evidências sugerem que a Etiópia foi o
primeiro país a adotar o Cristianismo como religião de estado.[61][62] De
acordo com registros escritos na língua Ge'ez, A região hoje conhecida como
Etiópia convertida ao judaísmo durante o tempo da rainha bíblica de Sabá e
Salomão. De acordo com o historiador ocidental do século IV, Rufino de
Aquileia, alguns acreditam que foi Frumêncio quem levou o Cristianismo à
Etiópia (cidade de Axum) e serviu como seu primeiro bispo, provavelmente logo
após em 325 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_centros_do_Cristianismo#Eti%C3%B3pia (acesso em 20-05-21 -
10:16).
O Westminster Dictionary ofthe
Bible afirma que a profecia de Salmos 68.31 — “A Etiópia cedo estenderá para
DEUS as suas mãos” — “foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At
8.26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia”.
1. Um Peregrino Buscando a
DEUS (8.26-31)
No meio das atividades de
Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos para cuidar, o anjo — lit.,
“um anjo” — do Senhor chamou-o para uma nova tarefa. (cf. 29, 39). A ordem era:
Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação
contínua, “ir” — para a banda do sul (26).
Filipe devia ir ao caminho que
desce de Jerusalém para Gaza, que estava deserto. Gaza estava a cerca de 96
quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a cidade mais ao sul da Palestina,
quase na fronteira do Egito. Nos tempos do Antigo Testamento, era uma das cinco
cidades dos filisteus. Talvez fossem 56 quilômetros de Samaria a Jerusalém e
cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.
Filipe levantou-se e foi (27).
Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem obediência imediata, Como ele
foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse demorado por qualquer razão,
Filipe teria perdido seu encontro divino com o eunuco.
Seguindo orientações divinas,
Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém para adoração, ou “em
peregrinação”, e estava agora voltando. Etiópia era o nome de um reino no Nilo,
entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos estudiosos atuais reconhece que a
referência aqui não é à Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia.
Entretanto, o Westminster Dictionary ofthe Bible afirma que a profecia de
Salmos 68.31 — “A Etiópia cedo estenderá para DEUS as suas mãos” — “foi
cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8.26-40) e a introdução do
Evangelho na Abissínia”.
O viajante que Filipe
encontrou era um eunuco, mordomo-mor (ou alto official) de Candace, rainha dos
etíopes. Mordomo-mor é dynastes, que significa “príncipe”. Candace era um
título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: “O título era dado à rainha-mãe, chefe
real do governo”. O eunuco era superintendente de todos os seus tesouros,
portanto, um homem de alto cargo e grande responsabilidade.
Como um homem digno de sua
posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de transporte da época. Assentado
no seu carro [uma carruagem], lia o profeta Isaías (28). Pergaminhos escritos à
mão eram raros e dispendiosos, mas ele era um homem rico e podia tê-los. De
acordo com os costumes da época, ele lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30).
Os rabinos determinavam que a Lei devia ser lida em voz alta por quem estivesse
viajando.
Em obediência à voz interior
do ESPÍRITO (29), Filipe correu (30) para emparelhar- se ao carro. Ouvindo o
eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele perguntou: Entendes tu o que lês? — uma
questão pertinente em qualquer época. Entendes significa literalmente: “Você
conhece?”
A resposta do eunuco etíope
foi quase patética: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? (31)
Ensinar é o mesmo verbo usado por JESUS em João 16.13 como “guiar” — “Quando
vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade”. Filipe,
cheio do ESPÍRITO, era capaz de dar orientações sobre as Escrituras.
Ávido por aprender o
verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco rogou que Filipe subisse
à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte, significando “exigiu” ou
“suplicou”.
2. Uma Profecia Incomum
(8.32-33)
A expressão O lugar da
Escritura (32) pode ser traduzida como “a passagem da Escritura”. Literalmente significa
“uma porção circunscrita, uma seção”.
A citação em 32-33 foi copiada
quase literalmente da Septuaginta de Isaías 53.7-8, e é uma parte de uma das
“Canções do Servo” de Isaías, encontrada em um importante capítulo messiânico
do Antigo Testamento. A profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida
quando JESUS “nada respondeu”, quando foi falsamente acusado perante Pilatos
(Mt 27.12). A frase difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente
significa: “lhe negaram justiça” (RSV). Gloag assim a interpreta: “O seu
julgamento — o julgamento que lhe era devido — os seus direitos de justiça —
lhe foram negados por seus inimigos”.
Porque a sua vida é tirada da
terra.
3. Um Pregador Cheio do
ESPÍRITO (8.34-40)
A questão que preocupava o
eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro?
(34). O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas
a quem?
Filipe estava à altura das
exigências da situação. Abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe
anunciou a JESUS (35). Esta era a resposta. O Servo sofredor do Senhor, de quem
Isaías falara, não era nenhum outro senão JESUS, o Messias escolhido por DEUS.
Sem dúvida, a carruagem já
havia percorrido uma grande distância enquanto Filipe comentava a passagem de
Isaías e revelava JESUS. Finalmente, chegaram ao pé de alguma água (36), e o
eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse repetido as palavras de Pedro
no dia de Pentecostes: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de JESUS CRISTO para perdão dos pecados...” (2.38).
O eunuco mandou parar o carro
(38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago ou riacho. A água corrente
era considerada preferível para o batismo cristão na Igreja Primitiva (Didache
7.1).
Quando os dois homens saíram
da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O
eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como todos fazem quando encontram
CRISTO como Salvador. Filipe se achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é
a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco cidades dos filisteus. Estava
situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza, a mais ou menos metade do
caminho entre aquela cidade e Jope
1). Em seu caminho para o
norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em todas as cidades — lit„ “ia
evangelizando todas as cidades”. Estas incluiriam Lida e Jope, onde os crentes
são mencionados logo depois disso (9.32-42). Filipe evangelizou as cidades
litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez
em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta cidade foi construída por Herodes
o Grande, e passou a chamar-se Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto
de Roma. Concluída em aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na
Judéia nos dias de JESUS.
Este capítulo pode ser usado
para enfatizar a importância dos “Dois Tipos de Evangelização”: evangelização
em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam:
1. O método é pregar (5);
2. A mensagem é CRISTO (5);
3. O motivo é que as pessoas
sejam salvas e santificadas (12-17).
Sob a evangelização pessoal,
chamamos a atenção para:
1. A importância da obediência
imediata (27);
2. A oportunidade oferecida
(27-29);
3. O lugar da Escritura
profética (30-32);
4. A interpretação da
passagem, (34-35);
5. A aplicação à necessidade
pessoal (36-39).
Ralph Earle. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 265-266; 270-273.
Ajuda de Pb Alessandro Silva. Comentários extras e acréscimos de Pr. Henrique
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 9 - O Ministério de Pastor
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre
de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e
Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações, e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
Lição 9 - O Ministério de
Pastor
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-sQE2rdEXmX2BT_HLsdoHt Vídeo deste assunto em
2014
Resumo da Lição 9 - O
Ministério de Pastor
I - JESUS, O SUMO PASTOR
1. JESUS é o pastor supremo.
2. O pastor conhece as suas
ovelhas.
3. O pastor dá a vida pelas
ovelhas.
II - AS CARACTERÍSTICAS DO
VERDADEIRO PASTOR
1. Um caráter íntegro.
2. Exemplo para os fiéis e os
infiéis.
3. Exemplo para a família.
III - O MINISTÉRIO PASTORAL
1. A missão do pastor.
2. Uma missão polivalente.
3. O cuidado contra os falsos
pastores.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
João
10.11,14; Tito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4
João 10. 11
- Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
14 - Eu sou
o bom Pastor; e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Tito 1. 7 -
Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS,
não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de
torpe ganância; 8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo,
santo, temperante, 9 - retendo firme a fiei palavra, que é conforme a doutrina,
para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para
convencer os contradizentes. 10 - Porque há muitos desordenados, faladores,
vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, 11 - aos quais convém
tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não
convém, por torpe ganância.
1 Pedro 5.2
- apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 -
nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao
rebanho. 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível
coroa de glória.
Meus Comentários e de outros, com acréscimos e correções do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO 1
Antes de tudo se deve esclarecer que:
- Um pastor que trabalha
secularmente para sobreviver não é um pastor.
- Pastor, ministério, pessoa
dada por JESUS CRISTO à Igreja. Aquele que não tem pelo menos um dom do
ESPÍRITO SANTO em prática, não é pastor da lição que estamos estudando, é
apenas um pastor eclesiástico, chamado por homens, sem comprovação de DEUS de
seu ministério.
Pastor que não visita as
ovelhas, não ora pelos doentes e enfermos, não discipula, não aconselha, não
reconhece os outros 4 ministérios, além do seu, não é pastor do ministério dado
por JESUS CRISTO.
Vamos estudar hoje do
ministério mais difícil de ser exercido, mas muito desejado pela maioria dos
obreiros, pelo seu lado mais compensativo - o financeiro. Sendo assim, aqueles
que miram o lado material até são capazes de lutar por esse ministério. O exercício
ministerial do pastor se torna difícil devido à falta de sabedoria por parte de
muitos pastores que não delegam funções aos ministros e auxiliares que DEUS
coloca à sua disposição. Como o pastor coloca sobre seus próprios ombros muitas
das funções que não deveria colocar e acaba sobrecarregado e muitas vezes não
consegue exercer seu ministério a contento.
Existe ministério Pastor como
em Efésios 4.11 e existe serviço Pastoral como acontece na maioria das igrejas
(ministério apenas eclesiástico, dado por homens). Um administrador de igreja
não é um legítimo pastor. Existe pastor dado por CRISTO a igreja e existe
pastor escolhido por homens e não por DEUS que governa a igreja. Existe
ministério pastor com sinais prodígios e maravilhas e existe pastor que apenas
é batizado no ESPÍRITO SANTO (quando é).
João 10 - JESUS, o pastor que
dá a vida pelas ovelhas.
Jo 10.1- Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das
ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
JESUS aqui
cita a porta de entrada para o homem na terra, ou seja, o nascimento físico
(nascer de mulher), o curral é o mundo (a terra), subiu por outra parte é quem
foi lançado do céu, caiu aqui na terra, no inferno e subiu para a superfície
(Pv 15.24, inferno é em baixo) para tentar o homem para conseguir lhe a
condição de imagem e semelhança de DEUS (Is 14.14), que sempre foi o
seu maior desejo.
JESUS
diz-nos aqui que quem entra pela porta correta (nascimento virginal de CRISTO)
é o pastor das ovelhas, a esse o porteiro (ESPÍRITO SANTO), abre a porta de
entrada (concebido do ESPÍRITO SANTO, Mt 1.20) e JESUS (o pastor das ovelhas)
nos chama através da pregação do evangelho, para fora desse mundo de condenação
e nos dá o pão da vida levando-nos depois para ele (Jo 14.3; 17.16).
Estamos No
mundo, mas não somos do mundo – Jo 17.14.
No restante
do capítulo, JESUS faz como de outras vezes, já que não entendiam quando lhes
falava de coisas terrenas, passou a falar-lhes de coisas espirituais, celestes,
que entendiam menos ainda e nem se interessavam em entender. Daí para frente
JESUS declara-se a própria porta de entrada para a salvação e o próprio pastor
das ovelhas. Após entrar no mundo Ele próprio torna-se a porta de entrada para
o reino de DEUS. Após entrar no reino de DEUS temos um só pastor - JESUS.
Um problema
bem atual com os pastores pentecostais, que dirigem igrejas, é a administração
financeira da mesma e seu envolvimento em questões físicas ao invés de
espirituais. Se envolvem tanto com isso que não lhes sobra tempo para se
dedicarem ao mais importante, a visita, o estudo da bíblia e a oração (At 2.42;
6.4; Rm 12.2; Ef 6.18; Cl 4.2). Mas nós perseveraremos na oração e no
ministério da palavra. Atos 6:4.
Os pastores pentecostais da
atualidade têm-se ocupado tanto com tarefas que não lhe cabem que seu
desempenho ministerial tem se tornado um caos. A maioria, e isso deve atingir
90%, não ora duas horas por dia. A maioria (por volta de 60%) não dedica mais de
2 horas de leitura e estudo da bíblia por dia. A maioria esmagadora (talvez
95%) não dirigem mais do que 4 cultos por semana, enquanto criticam os
neopentecostais que dirigem normalmente 3 cultos por dia, ou seja, 21 cultos
por semana e oram pelo menos 2 horas por dia e estudam a bíblia diariamente,
não são gritadores, mas ensinadores.
Revista
Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.40.
Qual o
modelo ministerial de pastorado que o Senhor JESUS espera encontrar nos seus
discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de JESUS de Nazaré? É
possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a
sociedade? Boa aula!
INTRODUÇÃO
2
De todos os
dons ministeriais, certamente o dom de pastor é o mais difícil de ser
exercitado. Ao mesmo tempo, é o mais desejado por aqueles que almejam exercer o
ministério, na Igreja do Senhor JESUS. Em todos os tempos, a função pastoral
foi complexa e alvo das forças contrárias ao rebanho espiritual, constituído
dos salvos por CRISTO. Sem dúvida alguma, nos dias presentes, em pleno século
XXI, ser pastor não é missão fácil, não obstante os recursos existentes, em
termos humanos, técnicos e financeiros.
Os
primeiros pastores, no Novo Testamento, em geral, pagaram com a vida pelo fato
de representarem a Igreja de JESUS. As forças infernais, usando os sistemas
religiosos, políticos, econômicos e sociais, investiram pesadamente contra os
que foram levantados como líderes, nos primórdios da Igreja. Tiago, Pedro
foi preso com o mesmo destino, para ser morto, num espetáculo macabro, que
agradaria aos inimigos do evangelho de CRISTO. Mas foi poderosamente liberto do
cárcere, por intervenção direta de DEUS, que enviou seu anjo para salvá-lo da
morte programada e continuar sua missão (At 12.11), esses eram apóstolos.
Eles eram
apóstolos, profetas, evangelistas pastores, e mestres da Igreja, em seus
primeiros dias, após a Ascensão de JESUS. Pedro e João, que eram apóstolos,
foram presos por terem sido instrumentos de DEUS para a cura de um coxo de
nascença, posto à porta do templo. E foram libertos para proclamarem o
evangelho de JESUS (At 3.1-6; 4.1-21). De modo geral, segundo a tradição e a
história da Igreja, somente João Evangelista teve morte natural, alcançando
extrema velhice, após passar por sofrimentos atrozes. Os demais apóstolos de
JESUS tiveram morte trágica, nas mãos dos sanguinários inimigos da fé. Nos
primeiros séculos, a perseguição aos servos de DEUS foi cruel. “As perseguições
só cessaram, quando Constantino (272-337 d.C.), imperador de Roma, tornou-se
cristão. Seguiu-se uma era de crescimento numérico do Cristianismo, embora, nem
sempre, acompanhado de autenticidade e genuíno testemunho cristão. A mistura
entre a Igreja e o Estado trouxe enormes prejuízos à ortodoxia
neotestamentária”.
Os regimes
ditatoriais do nazismo, do fascismo e do comunismo, sempre procuraram destruir
o cristianismo nas igrejas cristãs, cientes de que, mortos os líderes, os fiéis
sempre se dispersariam e abandonariam sua fé. Mas cometeram grave engano.
Quanto mais os cristãos foram mortos, mais seu sangue serviu para regar a
sementeira do evangelho. JESUS disse que “as portas do inferno” não
prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18). Líderes cristãos foram presos,
torturados e mortos. Mas a Igreja de JESUS segue sua marcha triunfal, em
direção ao seu destino, que é chegar aos céus, na vinda de JESUS, e reinar com
Ele sobre as tribos de Israel (Mt 19.28) e sobre as nações (Ap 20.6).
Nos dias
atuais, ser pastor, com ministério legítimo dado por JESUS CRISTO, não é
absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com
fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes,
perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor
precisa muito da graça e da unção de DEUS para que seus detentores não
fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações,
da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em JESUS.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS
e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 105-106.
At 20.28
“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com
seu próprio sangue.”
Nenhuma igreja
poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a
congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em oração e
jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com
as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em 1Tm 3.1-7; Tt
1.5-9. Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de igreja. O
discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico
quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma
igreja local. É JESUS quem escolhe e coloca seus ministérios na Igreja. A
liderança só confirma a escolha de JESUS. Basta à liderança formada por
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres observarem e perceberão
claramente quem JESUS escolheu para exercer o pastorado, por exemplo.
Olhai, pois, por vós e por
todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. Atos
20:28 - Escolha de pastores.
E, servindo eles ao Senhor e
jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
que os tenho chamado. Atos 13:2 - Escolha de apóstolos Paulo e Barnabé (At
14.14).
I - JESUS,
O SUMO PASTOR
1. JESUS é o pastor supremo.
JESUS É O PASTOR SUPREMO
O Pastor
dos pastores. O escritor aos Hebreus denomina JESUS CRISTO de “o grande Pastor
das ovelhas” (Hb 13.20). Só ele merece a qualificação de “grande”. No seu
nascimento, marcado pela humildade e despojamento de sua glória, JESUS foi
chamado de “grande”, na mensagem do anjo a Maria (Lc 1.32). Nenhum pastor, nas
igrejas locais, deve aceitar o título de “grande”, pois só JESUS o merece. Ele
é grande em todos os aspectos que se possam considerar em relação à sua pessoa.
Podemos refletir sobre o porque Ele é chamado “grande”.
Primeiramente,
porque Ele é DEUS! Todos os fundadores de religiões pereceram e seus restos
mortais jazem sob a tumba fria. Em seus túmulos consta a inscrição “aqui jaz”
fulano ou sicrano. No túmulo de JESUS, há uma inscrição diferente e gloriosa:
“Ele não está aqui porque ressuscitou” (Mt 28.6; Mc 16.6). Se JESUS houvesse
sido um homem comum, mortal, jazeria no túmulo como Buda, Maomé, Alan Kardec e
outros fundadores de religiões ou de seitas. Mas JESUS é DEUS. Como tal, venceu
todos os poderes cósmicos, espirituais, humanos e físicos. E, por fim,
vitorioso, venceu a morte!
ELE É A
PORTA DAS OVELHAS
Em segundo
lugar, JESUS é o grande pastor das ovelhas, porque ele é “a porta das ovelhas”
(Jo 10.7). Em termos espirituais, as ovelhas ou os salvos em CRISTO só podem
chegar ao céu, na presença de DEUS, através de CRISTO, de seus ensinos, de seu
exemplo marcante, que deixou para todos os pastores e crentes de todas as
idades. Ele disse que era “o Bom Pastor”, que dá a vida por suas ovelhas e as
conhece pelo nome (Jo 10.11,14).
Para entrar
no seu redil, o pecador tem que arrepender-se, crer em sua Palavra, e segui-lo
(Jo 10.9), aceitando-o como único salvador e senhor. Não pode entrar, saltando
os muros. O Adversário, Satanás que entrou no mundo porque foi expulso do céu e
não porque foi enviado, como JESUS. Satanás é “ladrão e salteador”, porque não
entra pela porta das ovelhas (não nasceu na Terra como homem). JESUS e somente
Ele, dá acesso ao homem à presença de DEUS. JESUS é ao mesmo tempo, “a porta”,
“o caminho e a verdade e a vida”. E declarou: “Ninguém vem ao Pai senão por
mim” (Jo 14.6).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 107.
Ele
ressuscitou para nossa justificação; e esse poder divino pelo qual Ele foi
ressuscitado é capaz de fazer tudo de que temos necessidade.
Os títulos
dados a CRISTO – nosso Senhor JESUS, nosso Soberano, nosso Salvador, e o grande
pastor das ovelhas, prometido em Isaías 40.11, declarado por Ele mesmo que o
era (Jo 10.14,15). Os ministros são co-pastores, CRISTO é o grande pastor. Isso
denota o seu grande interesse pelo seu povo. Eles são o rebanho do seu
pastoreio, e o seu cuidado e preocupação são por eles.
A forma e o
método em que DEUS se reconcilia, e CRISTO ressuscita dos mortos: “...pelo
sangue do concerto eterno”. O sangue de CRISTO satisfez a justiça divina, e
assim gerou a libertação de CRISTO da prisão da morte, como tendo pagado a
nossa dívida, de acordo com um concerto ou acordo eterno entre o Pai e o Filho;
e esse sangue é a sanção ou o selo de um concerto eterno entre DEUS e o seu
povo.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 821.
No Antigo
Testamento, o título de pastor era conferido tanto aos guardiães de ovelhas
como aos dirigentes do povo de Israel. No Novo Testamento, porém, este título é
transferido para nosso Senhor JESUS CRISTO, de uma maneira nova e sem igual.
• O bom
Pastor: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo
10.11);
• O grande
Pastor: “Ora, o DEUS de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer
dos mortos a nosso Senhor JESUS CRISTO, grande Pastor das ovelhas” (Hb 13.20);
• Pastor e
Bispo: “Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao
Pastor e Bispo da vossa alma” (I Pe 2.25);
• O Sumo
Pastor: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de
glória” (I Pe 5.4).
Estes
títulos conferidos ao Senhor JESUS o distinguiam totalmente daqueles que apenas
arrogavam-nos para si, mas que na verdade não o eram. JESUS pronunciou este
discurso sobre ovelhas e pastor logo após ter visto uma “pobre ovelha” (o cego
que tinha sido curado por JESUS próximo ao tanque de Siloé) sendo expulsa do
redil judaico por aqueles que, aos olhos do povo, eram de fato os pastores (Jo
9.34). CRISTO, então, mostra-nos aqui sua ternura e benevolência. A missão de
nosso Senhor, quando esteve aqui entre nós, foi servir à vontade divina e à
necessidade humana; por isso se apresentou como sendo o bom Pastor, dizendo
ainda: “Eu... conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido” (Jo
10.14).
Severino
Pedro Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS
preparou para você. Editora CPAD. pag. 283-284.
2. O pastor
conhece as suas ovelhas.
Ele disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido” (Jo 10.14). JESUS cuida de seus servos, como um bom pastor cuida de suas ovelhas. Ele não vê apenas o “rebanho”, ou a Igreja, que é predestinada, coletivamente, para a salvação (Jo 1.5,11). Ele vê cada um dos seus servos, sabe o nome de cada um, ainda que sejam milhões e milhões, em todo o mundo, ao longo da História. Ele sabe o que cada um pensa ou diz (SI 139.1-4).
As ovelhas
de JESUS o conhecem. No relacionamento espiritual entre os crentes e o Senhor
JESUS, através da comunhão constante, o servo de DEUS não se engana com a voz
do seu Pastor.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 109.
Os ímpios que nunca se
converteram a JESUS, não receberam o ESPÍRITO SANTO, não foram batizados com o
ESPÍRITO SANTO, não receberam Dons do ESPÍRITO SANTO. Aqueles que são usados
por demônios e não pelo ESPÍRITO SANTO, esses JESUS nunca os conheceu (E, então,
lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade. Mateus 7:23).
Jo 10.14,15
Da mesma forma que o pastor chama as suas ovelhas, e elas seguem somente a ele,
assim JESUS conhece o seu povo. Os seus seguidores, por sua vez, o conhecem
como seu Messias, e eles o amam e confiam nele. Tal conhecimento e confiança
entre JESUS e seus seguidores é comparado ao relacionamento entre JESUS e o
Pai: “Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai”. E JESUS
repetiu este ponto - que Ele é o Bom Pastor, e que Ele dá a sua vida pelas
ovelhas.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 550.
Primeiramente,
só existe uma entrada verdadeira para o curral. Aquele que não entra pela porta
no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador (só se
entra na terra elo nascimento físico, através de uma mulher, assim JESUS entrou
- satanás não entrou assim)
(1). O
motivo e o método de abordagem do rebanho marcam as diferenças entre o ladrão e
o pastor. Satanás, o pecado e os seus agentes querem enganar e destruir, ao
passo que o Bom Pastor (14) dá a sua vida pelas ovelhas (15).
Em segundo
lugar, existe o Bom Pastor (11), que entra no aprisco pela porta — Aquele,
porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas
(2). A
palavra pastor é anarthrous em grego, e consequentemente “fixa a atenção no
caráter, como algo distinto da pessoa”. “O pastor não é um exemplo na
parábola, ele é o exemplo; e é sobre a descrição do seu
comportamento que se apoia a narrativa, para que a atenção dos leitores possa
se concentrar ali. Não somente as ovelhas são as suas próprias ovelhas; não
apenas ele tem toda a autoridade para aproximar-se delas; não apenas ele chama
as suas ovelhas pelo nome; não apenas elas ouvem a sua voz, mas ele as traz
para fora e, quando faz sair todas as suas ovelhas, vai diante delas, e elas o
seguem”. Chama para fora do reino de Satanás, as ovelhas entram para o reino de
DEUS. Saem do reino das trevas e entram no reino da luz.
(3) Ele
é o Criador da nova sociedade de crentes, i.e., daqueles que creem nele. A este
o porteiro (ESPÍRITO SANTO) abre (JESUS foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO no
útero virgem de Maria), e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas
ovelhas e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai
adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz (3-4). A menção
do porteiro ou guarda do portão é importante, se refere ao ESPÍRITO SANTO.
Existe um relacionamento entre o Pastor e as ovelhas que se baseia na natureza
do Pastor — a sua voz, o seu conhecimento das ovelhas, a sua liderança, a sua
orientação. Estas palavras devem ter significado muito para o homem que tinha
sido curado da sua cegueira, e que fora excomungado da sua sinagoga (9.34) e
expulso da sua família. Agora, ele era um membro da nova sociedade, um seguidor
do Bom Pastor. A palavra usada para tirar para fora é a mesma traduzida como
“expulsar” em 9.34. Assim, realmente, ser expulso, sob o ponto de vista de DEUS,
é ser chamado para fora. Assim é a ekklesia (lit., “os chamados para fora”), a
Igreja, a nova sociedade.
(4) Aqueles
que pertencem a esta nova sociedade, a Igreja, são submissos a uma única voz,
...porque conhecem a sua voz. Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho
(Satanás); antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos (4-5).
Existe uma gloriosa exclusividade em ser um membro do rebanho de CRISTO —
existe somente uma voz, um caminho, uma vontade que realmente importa. Em uma
época de uma vida excessivamente complexa, o caminho garantido para a paz de
espírito, para o enfoque nos propósitos corretos, e o comprometimento
significativo é encontrado quando reconhecemos somente a sua voz. Esta “audição
seletiva” é uma proteção não somente contra a heterodoxia, mas também contra a
desintegração da personalidade (cf. 14-15). Thomas R. Kelly chama isto de
“orientação habitual de todo o ser para aquele que é o Foco - JESUS”.
Joseph H.
Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 96.
“Eu sou o
Bom Pastor” (Jo 10.1-16). O “bom pastor” é uma designação singular, pois
enfatiza que a disposição do pastor de morrer pelas suas ovelhas.
Um
“mercenário” — e aqui JESUS se refere a SATANÁS e aos líderes religiosos de
Israel — Condena as ovelhas junto ao seu próprio destino e cuida das ovelhas
apenas enquanto é lucrativo ou seguro. O bom pastor, que valoriza cada uma das
suas ovelhas, dará a vida por elas. Na verdade, é nisto, no dar a vida, que a
bondade do pastor é estabelecida.
Parece tolo
pensar em um homem disposto a morrer por meros animais, por maior que seja sua
afeição por eles. Há uma distância muito maior entre DEUS e seres humanos do
que entre seres humanos e ovelhas! A maravilhosa bondade de DEUS é plenamente
demonstrada nesta maravilha: JESUS nos amou o suficiente para dar sua vida por
nós.
Se alguma
vez você se sentir como uma ovelha perdida, só e amedrontado em um mundo sóbrio
e hostil, lembre-se do Bom Pastor. Você pode saber que Ele o ama porque Ele deu
sua vida por você. Aquele que o amou tanto nunca irá abandoná-lo. Em JESUS você
nunca, nunca está só. (Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos
espanteis diante deles, porque o Senhor, vosso DEUS, é o que vai convosco; não
vos deixará nem vos desamparará. Deuteronômio 31:6)
Lawrence O.
Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag.
686.-687.
O primeiro
aspecto que o distingue como o verdadeiro pastor de almas é este, que ele dá
sua vida, sua própria alma, como remissão, como aquele único sacrifício
completo, pela culpa de todos os pecadores, que mereceram a eterna condenação.
Ele se tornou o seu substituto; ele tomou sobre si as transgressões deles e
morreu em lugar deles. Foi assim que os culpados, os pecadores, foram redimidos
de pecado e destruição. JESUS, neste sentido, incidentalmente é um exemplo para
todos quantos carregam o nome pastor como seus assistentes na grande obra. Ele
também, tendo em vista este objetivo, se coloca em proposital contraste aos
mercenários, os mestres falsos, os fariseus. Tais mercenários, cuja preocupação
é o dinheiro e o desejo de gozar seu sossego em Sião, mas não têm interesse nas
almas das pessoas confiadas ao seu cuidado. São tão só mercenários e só
trabalham enquanto está assegurado seu viver e bem-estar. Ao primeiro sinal do
lobo, diante da primeira indicação de real perigo, de provável perseguição, sofrimento,
e, até, de martírio, fogem em precipitada corrida. O resultado é a dispersão e
o assassinato das ovelhas pelos inimigos. Mas o mercenário não se preocupa; ele
não tem qualquer preocupação, qualquer angústia, nenhum interesse, nas ovelhas.
Mercenários
são aqueles que pregam em favor de seu próprio benefício, que são cobiçosos, e
não se querem satisfazer com o que DEUS diariamente lhes concede como esmola.
Aqueles que querem mais são mercenários que não se preocupam com o rebanho;
enquanto isto um pastor piedoso por esta causa desistirá de tudo, até mesmo de
seu corpo e sua vida) O segundo aspecto que distingue JESUS como o bom pastor,
em contraste aos demais, é o fato do relacionamento e conhecimento íntimo entre
ele e suas ovelhas. Assim como JESUS conhece aqueles que são seus, tanto de
corpo, como de alma e espírito, assim os cristãos conhecem a JESUS; seu
coração, sua mente e sua vontade estão centrados em JESUS, repousam em JESUS. A
expressão representa corretamente a íntima e cordial relação e comunhão de amor
que há entre CRISTO e seus verdadeiros discípulos. Esta intimidade e comunhão é
tão estreita e envolvente como o é a que existe entre o Pai e o Filho. Seus
corações e mentes estão abertas um ao outro; há uma mútua troca de pensamentos
e ideias, que sempre são orientadas por maravilhoso amor.
Assim
sucede também entre CRISTO e seus fiéis. É devido ao conhecimento que CRISTO
tem do Pai e de sua vontade, que JESUS declara que entregará sua vida pelas
ovelhas. O resgate é pago pelos pecados do mundo inteiro, mas só os que se
convertem arrependidos têm o proveito da graça do Salvador, só eles obtêm a
graça do Pai. CRISTO ainda tem outras ovelhas, que não são deste aprisco; ele
conseguirá também dentre os membros de outras nações fora da judaica, quem nele
crê. Pois o Pai lhe deu todos do mundo inteiro; eles são seus por desígnio e
dom do Pai, basta que tenham fé em JESUS como único salvador e senhor. Aqui
CRISTO declara que sua voz, por meio da palavra do evangelho, sairia aos povos
de outra descendência e língua do que os judeus. É a obrigação da vontade
divina que repousa sobre ele que o impulsiona para ganhar também a estes para o
evangelho. E eles iriam ouvir, iriam obedecer a sua voz no evangelho, e o
resultado final seria um rebanho, composto de todos aqueles que aceitaram a
salvação pelo sangue de CRISTO, o único Pastor, o Filho do próprio DEUS. A
“santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos,” tem sido congregada no mundo
desde a primeira proclamação do evangelho, e todos os verdadeiros cristãos
em CRISTO formam a grande igreja invisível.
KRETZMANN. Paul
E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora Concordia
Publishing House.
Jo 10.3-5
Quando o pastor chegava, ele chamava as suas próprias ovelhas pelo nome. Pelo
fato de as ovelhas reconhecerem a voz de seu pastor, elas vêm e o seguem, e
saem para pastar.
O aprisco
das ovelhas do judaísmo continha algumas pessoas do povo de DEUS que tinham
esperado pela vinda de seu Pastor-Messias (veja Isaías 40.1-11). Quando o
Pastor veio, judeus crentes reconheceram a sua voz e o seguiram. Dizem que os
pastores no oriente podiam dar nome a cada ovelha e que cada ovelha respondia
ao pastor que chamava pelo seu nome. Os crentes verdadeiros, como ovelhas
pertencentes ao verdadeiro Pastor, jamais seguiriam um estranho que fingisse
ser o seu pastor (5.43).
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 549.
À noite,
geralmente quatro ou cinco rebanhos de ovelhas eram reunidos em uma área ou
curral protegido. De manhã, quando um pastor chamava, suas ovelhas respondiam à
sua voz e se separavam do rebanho! Era a resposta à voz do pastor que
identificava suas ovelhas das centenas de outras, que poderiam parecer iguais a
elas para o observador descuidado.
Hoje também
aqueles que ouvem o evangelho e reconhecem nele a voz de DEUS chamando-os
respondem. E a nossa resposta a JESUS que nos identifica como suas ovelhas.
Lawrence O.
Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 686.
3. O pastor
dá a vida pelas ovelhas.
Na vida pastoril, nos campos, os pastores cuidam das ovelhas para obterem delas o sustento para suas vidas. Eles não morrem pelas ovelhas. Mas JESUS, o Sumo Pastor, deu a sua vida pelos que nEle creem (Jo 10.1, 15). Na sua morte, aparentemente, o seu rebanho estaria destinado a ficar sem pastor. Mas, contrariando a lógica humana, Ele ressuscitou ao terceiro dia, vitorioso sobre a morte, sobre o inferno, sobre o Diabo e sobre todos os poderes do universo. Ele proclamou aos discípulos a sua onipotência: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18).
O PASTOR
QUE CUIDA DAS OVELHAS
O salmista
Davi escreveu certamente o mais belo texto sobre a figura de DEUS como nosso
Pastor, o “Jeová Raá”, que, ao mesmo tempo, é o “Jeová-Jirê, o Senhor que provê
todas as coisas necessárias a seu povo. Ele se referia ao DEUS Pai. E falava da
ovelha que confia no seu Pastor. Porém todas as características do pastor do
Salmo 23 aplicam-se a JESUS CRISTO, “o bom Pastor” (Jo 10.11,14).
1) Não nos
deixa faltar nada. No seu cuidado, JESUS não nos deixa faltar nada que seja
essencial ou indispensável à nossa vida. O crente fiel sabe contentar-se com o
que DEUS lhe concede por sua infinita bondade (Fp 4.11-13). O que lhe falta, o
Senhor lhe dá graciosamente, por sua bondade e por seu amor.
2) Os
“verdes pastos” (SI 23. 2), São a figura do alimento espiritual que JESUS
propicia à sua Igreja, através da ministração sadia da sua palavra. Os pastores
verdadeiros alimentam a Igreja com a sã doutrina. As “águas tranquilas” falam
da paz interior, que o Senhor concede aos que nele confiam. E a paz que Ele
deixou para seus servos (Sl 23.2b; Jo 14.27); é a paz “que excede todo o
entendimento” (Fp 4.7).
3) O
refrigério da alma. Lembra o conforto que a presença de DEUS nos concede,
através do ESPÍRITO SANTO, nosso “Consolador” (Sl 23.3; Jo 14.16, 17). Nas
horas mais difíceis, quando não há solução humana, o Bom Pastor nos conforta
com sua graça e seu poder.
4) As
“veredas da justiça”. São o caminhar reto e lei do crente salvo em JESUS (Sl
23.3b; Rm 5.19; 1 Pe 3.12), Quando o crente anda, seguindo o pastor Fiel, não
comete injustiças.
5) A
segurança da ovelha. Mesmo passando pelo “vale da sombra da morte” (Sl 23.4), a
presença do pastor dá segurança: “porque tu estás comigo” (Sl 23.4b). JESUS
assegurou que estaria com seus servos, ainda que sejam “dois ou três” (Mt
18.20).
6) A mesa
perante os inimigos. A mesa preparada para JESUS, a ovelha muda perante seus
tosquiadores (Is 53), perante os inimigos e a unção com óleo (Sl 23.5), nos
remetem à unção do ESPÍRITO SANTO na vida do crente fiel (1 Jo 2.20, 27; Ef
5.18), concedendo-nos vitória sobre os inimigos que se levantam contra a nossa
fé.
7) Bondade
e misericórdia todos os dias. O Pastor do Salmo 23 concede “bondade e
misericórdia” para que o crente fiel habite na casa do Senhor “todos os dias”
da sua vida (Sl 23.6). CRISTO nos faz ser “templo do ESPÍRITO SANTO” (1 Co
6.19,20). Por todos esses paralelos de CRISTO em relação a nós e o descrito no
Salmo 23, podemos concluir que JESUS é o nosso Pastor por excelência.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 108-109.
Jo 10.11
JESUS é o Pastor zeloso e dedicado - o bom pastor. Como descrito nos versículos
que se seguem, há quatro características que separam este Bom Pastor dos
pastores falsos ou maus:
1. Ele se
aproxima diretamente - Ele entra pela porta, assim como nós, nasceu de uma
mulher aqui na Terra. Em tudo semelhante a nós, menos no pecado. (Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; Filipenses 2:7).
2. Ele tem
a autoridade de DEUS - o porteiro (ESPÍRITO SANTO) permite que Ele entre. (Ora,
o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com
José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. Mateus
1:18
3. Ele
atende as necessidades reais – as ovelhas reconhecem a sua voz e o seguem.
4. Ele tem
amor sacrificial - Ele está disposto a dar a sua vida pelas suas ovelhas.
Repetindo
isto quatro vezes, JESUS assinalou que o traço mais importante do bom pastor é
que Ele dá a sua vida pelas ovelhas (10.11; veja também 15,17,18).
De acordo
com a ilustração neste capítulo, a vida de um pastor poderia às vezes ser
perigosa. Animais selvagens eram comuns nos campos da Judéia. Um bom pastor
podia certamente arriscar a sua vida para salvar as suas ovelhas.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 550.
Ainda tenho
outras ovelhas, não deste aprisco; e também a elas preciso conduzir. Elas
ouvirão a minha voz. Então será um rebanho, um pastor. As outras ovelhas não
estão no pátio cercado, neste aprisco, protegidas como Israel atrás da cerca da
lei. Estão sem CRISTO, excluídas da cidadania em Israel e estranhas aos
testamentos da promessa, e por isso sem esperança e sem DEUS no mundo (Ef
2.12). Contudo JESUS sabe o que ele fará de acordo com o maravilhoso plano e
desejo do Pai. A promessa de DEUS a Abraão em Gn 12.3 tinha de ser cumprida.
Por essa razão JESUS precisa conduzir também essas muitas outras ovelhas de
todas as gerações e línguas e povos, que ele comprará com seu sangue para DEUS
(Ap 5.9). E acontecerá o milagre que nenhuma pessoa podia esperar: Elas ouvirão
a minha voz. Pessoas que por sua natureza, história e cultura não têm
absolutamente nada a ver com esse homem de Israel, são atingidas pela palavra
de JESUS e encontram em JESUS sua vida, seu maior tesouro. Se isso não
estivesse diante de nós na história do evangelho como uma realidade, ninguém o
consideraria possível. Mas a palavra de JESUS é verdade: Ouvirão a minha voz.
Então não haverá vários rebanhos diferentes, mas haverá um rebanho, um pastor.
JESUS antevê aquela igreja de judeus e gentios que foi concedida pela primeira
vez na casa de Cornélio, que existia nas comunidades de Paulo e das quais
tratou o decisivo concílio dos apóstolos (At 15). Um rebanho, um pastor, isso
se confirmou naquelas palavras de Paulo que testemunham a unidade em CRISTO
acima de todas as diferenças (1Co 12.12s; Gl 3.28; Cl 3.11). A palavra de JESUS
a respeito de um rebanho não é mero ideal. Foi gloriosamente cumprida. Em todos
os continentes, países, raças e vozes foi ouvida a voz de JESUS e pessoas se
agregaram à igreja de JESUS. Segundo sua essência, essa igreja somente pode ser
sempre a única igreja, assim como existe apenas um pastor que a conquista com a
sua vida.
Werner de
Boor.. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica
Esperança.
I Ped 5.
2-4. A responsabilidade pastoral desses presbíteros é descrita assim:
apascentai o rebanho de DEUS. A palavra “pastorear” explica melhor o
significado do original do que apascentai.
O dever do
pastor é triplo: providenciar pasto, caminhos para o pasto e proteção nos
caminhos para o pasto.
Portanto, o
dever do pastor vai além da pregação. O rebanho é a Igreja. Ela pertence a DEUS
como sua possessão comprada. Em certa época seus membros eram como ovelhas
desgarradas, mas elas voltaram ao “Pastor e Bispo” da sua alma (cf. 2.25). O
pastor deve instruir e guiar o rebanho em obediência e sujeição à completa
vontade de DEUS. O cuidado a ser exercido envolve três particularidades
expressas de forma negativa e positiva.
1) Quanto
ao espírito desse serviço, ele não é por força, mas voluntariamente. A
liderança da igreja era tão perigosa naqueles dias que poderia custar a vida do
líder. Mesmo assim, ele não deveria fazer essa obra relutantemente como se
fosse um fardo ou considerá-lo como um dever profissional obrigatório. Em vez
disso, esse era um ministério para o qual DEUS o havia apontado e chamado e,
por isso, deveria ser feito com obediência e alegria.
2) A
motivação dessa supervisão não deveria ser por torpe ganância, mas de ânimo
pronto — não como um mercenário que espera ganhar dinheiro. Os presbíteros
tinham o direito de esperar sustento material daqueles a quem ministravam; mas
sua motivação não deveria provir de um “amor ao ganho constitucional”, que “é
uma desqualificação para o ministério cristão”. Considere seu efeito em Judas
Iscariotes!
3) Quanto à
forma de supervisão, ela não deve ser como tendo domínio sobre a herança de
DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. Os líderes nunca devem ser tirânicos
ou se esquecer dos direitos das pessoas que lhes foram confiadas. Eles não
devem dominar como o arrogante Diótrefes (3 Jo 9-11), mas liderar pelo poder de
uma vida santa. O pastor nunca deve esquecer que ele não é o Sumo Pastor (4).
A
compensação terrena do líder pode ser insignificante, mas quando aparecer o
Sumo Pastor (cf. 4.13), ele terá a sua recompensa incorruptível (cf. 1.4,5), a
coroa de glória, “a felicidade do céu, o elemento principal de a vida de DEUS
ser derramada na alma por meio de CRISTO”; “uma participação perpétua na sua
glória e honra” (Bíblia Viva).
Roy S.
Nicholson. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 242-243.
I Ped
5.2-4.
I As pessoas a quem são
dadas essas orientações – aos presbíteros, pastores e líderes espirituais da
igreja, presbíteros e anciãos por ofício, e não por idade, ministros daquelas
igrejas às quais escreve esta epístola, escolhidos por JESUS e capacitados pelo
ESPÍRITO SANTO.
II A pessoa que faz essa
exortação - o apóstolo Pedro: “...admoesto eu”. E, para reforçar essa
exortação, ele lhes diz que é presbítero com eles, e assim não impõe nada a
eles que ele não esteja disposto a fazer também. Os apóstolos disseram que se
dedicariam a doutrina e oração (Ele é também “...testemunha das aflições de
CRISTO”, tendo estado com Ele no jardim, acompanhado ao palácio do sumo
sacerdote, e muito provavelmente tendo sido testemunha do seu sofrimento na
cruz, à distância, entre a multidão (At 3.15). Ele acrescenta que é também
“...participante da glória” que em certa medida foi revelada na transfiguração
(Mt 17.1-3), e vai ser completamente desfrutada na segunda vinda de JESUS
CRISTO. Aprenda:
1. Aqueles
cujo ofício é ensinar a outros devem cumprir atentamente seu próprio dever,
assim como ensinam ao povo o dever deste.
2. Como
eram diferentes o espírito e o comportamento de Pedro dos seus pretensos
sucessores! Ele não ordena e manda, mas exorta. Ele não reivindica soberania
sobre todos os pastores e igrejas, nem se intitula príncipe dos apóstolos,
vigário de CRISTO ou cabeça da igreja, mas se apresenta como presbítero. Todos
os apóstolos eram presbíteros, ou anciãos, embora nem todo presbítero fosse
apóstolo.
3. Foi uma
honra peculiar de Pedro e de alguns mais serem testemunhas dos sofrimentos de
CRISTO; mas é privilégio de todos os verdadeiros cristãos serem participantes
da glória que há de ser revelada.
III A descrição do dever do
pastor, e a maneira em que esse dever precisa ser cumprido. O dever do pastor é
tríplice:
1.
“...apascentai o rebanho...”, por meio da pregação honesta da palavra de DEUS
ao rebanho, e ao conduzi-lo de acordo com as orientações e a disciplina que são
prescritas pela palavra de DEUS, que estão ambas incluídas nessa expressão:
Apascentai o rebanho.
2. Os pastores do rebanho precisam ter a supervisão dele, o seu cuidado. Os
presbíteros são exortados a fazer o seu trabalho de bispos (que é o significado
da palavra), por meio do cuidado pessoal e da vigilância sobre todos que no
rebanho estão comprometidos ao seu cuidado.
3. Eles
precisam ser “...exemplo do rebanho”, e praticar a santidade, a autonegação, a
mortificação e todos os deveres cristãos, que eles pregam e recomendam ao seu
povo. Esses deveres precisam ser realizados “...não por força”, não porque você
tem de fazê-los, não por compulsão de um poder civil, ou pela coação do medo ou
da vergonha, mas de uma mente voluntária que tem prazer na obra. Não “...por
torpe ganância”, ou por algum lucro ou proveito relacionados ao lugar em que
você reside, ou de uma prerrogativa relativa ao ofício, “...mas de ânimo
pronto”, considerando o rebanho mais do que a lã, sincera e alegremente se
empenhando para servir à igreja de DEUS. “...nem como tendo domínio sobre a
herança de DEUS”, agindo como tirano sobre o rebanho por compulsão ou força
coerciva, ou impondo invenções humanas ou não-bíblicas a ele em vez dos deveres
necessários (Mt 20.25,26; 2 Co 1.24).
IV Em contraste com os
lucros imundos que muitos se propõem como o seu principal motivo em assumir e
cumprir o ofício pastoral, o apóstolo coloca diante deles a coroa da glória
preparada pelo grande pastor, JESUS CRISTO, para todos os seus ministros fiéis.
Aprenda:
1. JESUS
CRISTO é o “...Sumo Pastor” de todo o rebanho e herança de DEUS. Ele os
comprou, e os governa; e os defende e salva para sempre. Ele é também o pastor
principal sobre todos os pastores subalternos; eles derivam a sua autoridade
dele, agem em nome dele e prestam contas a Ele.
2. Esse
Sumo Pastor vai aparecer para julgar todos os ministros e co-pastores, para
chamá-los à prestação de contas, para ver se cumpriram fielmente seus deveres
tanto publicamente quanto em particular, de acordo com as orientações acima.
3. Aqueles
que comprovarem ter cumprido o seu dever terão o que é infinitamente melhor do
que o ganho temporal; receberão do Sumo Pastor um elevado grau de glória
eterna, “...a incorruptível coroa de glória”.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 882-883.
I Ped 5.2 A
incumbência aos anciãos é: Apascentai o rebanho de DEUS entre vós! O fato de
ela ser rebanho de DEUS é que torna o serviço nela tão cheio de
responsabilidade. Importa também aqui o que Paulo diz em 1Co 3.17 com uma
figura diferente: “Se alguém destruir o santuário de DEUS, DEUS o destruirá.”
Assim como no AT, também no NT DEUS confiou o serviço de pastor a pessoas,
“supervisores” (At 20.28), pastores (Ef 4.11) e anciãos (ou “os mais velhos”).
Pelo fato de Pedro não diferenciar claramente entre “anciãos” e “mais velhos”,
nenhum dos mais velhos pode transferir a responsabilidade pelo rebanho aos
“anciãos”. Cada um deles possui perante DEUS uma responsabilidade pela igreja.
A tarefa dos pastores consiste em apascentar. O foco está nas necessidades do
rebanho. Apascentar é regido pela pergunta: de que a igreja precisa para um bom
desenvolvimento e para ser protegida de perigos? Um verdadeiro pastor pode se
esquecer de seus próprios interesses por causa das carências do rebanho e de
cada uma das ovelhas que lhe foram confiadas, e o mesmo vale para um ancião no
tocante à igreja que lhe foi confiada.
O serviço
do pastor é ameaçado particularmente por três perigos:
(1) pela falta de
disposição, (2) por ganância e (3) pela avidez de poder.
(1) pela falta de
disposição - Com as palavras não coagidos, mas voluntariamente. Pedro refere-se
à falta de disposição para cooperar. Há uma forma de cumprimento do dever que
não traz alegria para ninguém. Indisposição e contrariedade transferem-se para
aqueles que cumprem o “dever”, marcando a obra. Obviamente a rigor ninguém pode
ser coagido a prestar um serviço na igreja. Contudo, quando alguém pertence ao
grupo dos presbíteros ou quando até mesmo chega a ser ancião, ele tem a tarefa,
e espera-se que preste o serviço. É dessa “coação” que se fala. “Não coagido”
significa, então, realizar o serviço não porque isto é esperado, mas de livre e
espontânea vontade. Voluntariamente, ou “disposto”, “por livre iniciativa”
refere-se à iniciativa pessoal, ser cativado e impelido pela seriedade e
magnitude do serviço. Quando a vontade de DEUS determina a vontade dos “mais
velhos”, eles agem de forma espontânea, mais precisamente conforme DEUS. Isso
pode significar: “segundo a maneira de DEUS” ou “segundo a vontade de DEUS”.
Visa-se expressar que qualquer serviço de pastor depende de DEUS.
(2) não em
sórdida ganância, mas de boa vontade. É verdade que JESUS dissera: “porque
digno é o trabalhador do seu salário.” (Lc 10.7). Será que os anciãos recebiam
pagamento já nos tempos do NT? Seja como for, é grande o perigo de buscar nesse
serviço primeiramente a vantagem pessoal. Isso contamina o coração e o serviço.
Os anciãos, como bons pastores, devem estar realmente empenhados pelo rebanho,
tendo em vista o bem das ovelhas, e não mirando a lã delas. O significado
básico do termo grego prothymos (= disposto), expressa: inclinado, com
simpatia, com dedicação, com zelo, com gosto. O bem e as angústias dos outros
ocupam, portanto, o foco, e o motivo é a determinação de servi-los.
(3) I Ped
5.3 Segue uma última exortação aos anciãos ou pastores. Tampouco como aqueles
que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído, mas como aqueles que se
tornam (ou: são) exemplos do rebanho. O termo grego para o que lhes foi
distribuído na realidade significa “sorteio”. Em seguida passa a significar: o
que foi sorteado, a herança, o quinhão sorteado. No presente contexto refere-se
com certeza à igreja, respectivamente à área de tarefas confiada a cada um dos
anciãos. Duas coisas repercutem nessa palavra: que se trata de algo grandioso e
que eles não o buscaram por si, mas que lhes foi atribuído. Não como aqueles
que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído significa textualmente:
“olhar de cima para baixo”, depois “oprimir”, “subjugar”. Os anciãos ou
pastores devem conduzir a igreja, e nessa função também exercer a disciplina
eclesial. Nessa posição de liderança reside o perigo do abuso, devido à pulsão
humana pelo poder. Existe um abuso da liderança, um senso equivocado quanto ao
cargo. Ao senhorear sobre os demais, os servidores da igreja se portam como
senhores, privam DEUS da honra e posição de domínio que lhe cabem e impõem
inferioridade aos membros da igreja. Nisso sua liberdade e cooperação
responsável se perdem, bem como a alegria em servir e o senso comunitário. É
assim que anciãos ou pastores, por “olhar de cima para baixo”, praticamente
conseguem “gerir os negócios para baixo”. A isso Pedro contrapõe à maneira
correta de apascentar: como aqueles que se tornam exemplo para o rebanho.
Também Paulo emprega o termo exemplo ou “molde” (em grego typos) e exorta no
mesmo sentido os responsáveis pelas igrejas (1Tm 4.12; Tt 2.7; cf. também 1Ts
1.4; 2Ts 3.9). Em Fp 3.17 ele conclama: “Imitai-me todos juntos, irmãos, e
fixai o vosso olhar naqueles que se conduzem segundo o exemplo que tendes em
nós” [TEB]. A igreja não precisa de índoles dominadoras, mas de exemplos. Quem
se transforma em senhor gosta de exigir da igreja serviços que ele mesmo não
está disposto a executar. Quem, no entanto, é exemplo, antecipa-se no servir.
Todos os “mais velhos ou pastores” estão submetidos à tarefa de se tornar
exemplos do rebanho. Para o serviço de ancião ou pastores não são necessários
em primeiro lugar o dom da pregação nem capacidades humanas de destaque, mas,
pelo contrário, uma atitude de vida que é marcada por JESUS e pelos apóstolos,
ou seja, pela Sagrada Escritura.
I Ped 5.4 E
quando o Supremo Pastor tiver sido manifesto recebereis a imarcescível coroa da
glória. Os anciãos, ou pastores, precisam saber que acima das igrejas está um
Supremo Pastor, e que receberam a propriedade dele somente para cuidar. Ele
avaliará e recompensará o serviço deles (1Co 3.8,14; Ap 11.18). No serviço que
prestam, portanto, os anciãos, ou pastores, são responsáveis perante ele, e
independentes do julgamento das pessoas. A sentença sobre seu ministério
pastoral será proferida naquele dia em que tiver sido manifesto o Supremo
Pastor, que agora ainda está oculto, mas já presente com todo o poder. Ele,
pois, observa o serviço dos presbíteros, ou pastores, ou anciãos. Considerando,
porém, que todos os acontecimentos na igreja e no mundo originados em DEUS têm
por alvo a manifestação do Messias, é necessário que também os presbíteros, ou
pastores, ou anciãos, direcionem seu serviço para esse evento. Isso reforça seu
senso de responsabilidade e sua confiança, porque vale para eles a promessa: recebereis
a imarcescível coroa da glória. Naquele tempo, após as competições cada
vencedor recebia uma grinalda. Logo a grinalda é sinal do triunfo. É assim que
um dia o Supremo Pastor recompensará todos que apascentaram bem seu rebanho com
a grinalda da glória, que, ao contrário de todas as coroas terrenas, é
incorruptível, não consistindo em material terreno, mas de glória (cf. também
2Tm 4.8; Ap 2.10; 3.11). A glória, porém, é a essência da proximidade de DEUS e
consequentemente de todo bem, toda luz e toda beleza. Paulo escreve em Cl 3.4:
“Quando CRISTO, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis
manifestados com ele, em glória. Quando CRISTO, que é a nossa vida, se
manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.” Essa
promessa vale de forma singular para aqueles que apascentaram fielmente o
rebanho de DEUS.
Uwe Holmer. Comentário
Esperança Cartas aos I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
II - AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR
E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de CRISTO, Efésios 4:11,12
Esta é uma palavra fiel: Se
alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo
seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso
de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem
a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque,
se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de
DEUS?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do
diabo. Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que
não caia em afronta e no laço do diabo. 1 Timóteo 3:1-7
Por esta causa te deixei em
Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade
em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei: aquele que for
irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam
ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo
seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem
iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,
retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja
poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os
contradizentes. Tito 1:5-9
Aos presbíteros que estão
entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das
aflições de CRISTO, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o
rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando
aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória. 1 Pedro
5:1-4
E a uns pôs DEUS na igreja,
primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores,
depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas. 1 Coríntios 12:28
1. Um
caráter íntegro.
Neste tópico, enfatizamos as características do verdadeiro pastor, no sentido humano, daquele que tem o chamado de DEUS para ser um guia de parte do rebanho do Sumo Pastor. E o que tem o dom ministerial de pastor. Não é qualquer pessoa que tem condições de receber esse dom, ainda que seja o mais procurado pelos aspirantes ao ministério eclesiástico. Paulo ensina que é JESUS quem dá pastores às igrejas (1 Co 12; Ef 4.1): “Os pastores ministeriais escolhidos por JESUS CRISTO deveriam ser aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais, porém não é bem assim. A grande maioria dos "pastores, ou anciãos, ou presbíteros, ou bispos" que dirigem alguma congregação, ou seja lá o nome que é dado a cada um, não são ministros escolhidos por JESUS CRISTO, mas foram escolhidos por lideranças da igreja, ou seja, seus ministérios são humanos, escolhidos por homens. E já que são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (l Tm 3.1; Tt 1.7).
O pastor de
uma igreja deve espelhar-se nas características do “Sumo Pastor” (1 Pe 5.4). E
deve possuir qualificações que o credenciem para tão importante missão. O
pastor verdadeiro é dado por JESUS à igreja. Ele não dá a igreja ao pastor (Ef
4.11); a igreja, mesmo no sentido local, não pertence ao pastor. O pastor deve
ser um servo da igreja local, e não seu mandatário ou proprietário. A seguir,
algumas dessas qualificações, conforme 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.7, relativas ao
bispo, que é sinônimo de pastor, quanto ao seu testemunho perante a Igreja e o
mundo:
1)
Irrepreensibilidade moral. Refere-se a uma vida de integridade, de que não
tenha de que se envergonhar ou causar escândalo.
2) Vida
conjugal ajustada (“marido de uma mulher”). Note-se que é prioridade o cuidado
com a vida conjugal; no Novo Testamento, não é prevista a tolerância com a
bigamia ou a poligamia; a regra é a monogamia, como plano original de DEUS para
o matrimônio; e o pastor como esposo deve ser exemplo para os demais esposos,
na igreja, amando sua esposa e cuidando dela (Ef 5.25).Casado uma vez significa
que só se casou uma vez mesmo.
3)
Vigilante. O pastor é o guarda do rebanho. Deve estar atento ao que se passa ao
seu redor; vigiando, primeiro, a sua vida pessoal e ministerial (1 Tm 4.16).
Depois, vigiando o rebanho para alertar e livrar dos “lobos devoradores”;
Ser vigilante significa ser “atento, cauteloso, cuidadoso, precavido” quanto
aos perigos que o rodeiam. Para assumir a função de liderança, na igreja local,
o obreiro deve ser muito cuidadoso quanto à sua vida espiritual, moral, social,
familiar e em todos os aspectos. Isso porque o Diabo “anda rugindo como leão,
buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.7). O presbítero, bispo ou pastor deve
obedecer ao que JESUS disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;
na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Ele
precisa ser “exemplo dos fiéis” (1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3).
4) Sóbrio
(simples, moderado). Sobriedade significa que não se deixa guiar por doutrinas
várias, mas somente pela Bíblia, é equilibrado. O pastor ou bispo deve zelar
pela simplicidade, no ministério; o luxo, a ostentação material, a exibição de
riqueza não convêm a um homem de DEUS; JESUS disse: “sede símplices como as
pombas” (Mt 10.16).
5) Honesto.
Tem o significado de ser “honrado, digno, correto, íntegro; decoroso, decente,
puro, virtuoso”. Todas essas qualificações podem resumir-se numa expressão: ser
“santo em toda a maneira de viver” (1 Pe 1.15). O homem de DEUS não é perfeito
em si mesmo, por mais que se esforce para ser santo. Mas, cuidando de sua vida
pessoal, ministerial e como cidadão, pode ser muito bem-visto pelos crentes
como uma pessoa honesta. O seu falar deve ser “sim, sim; não, não” (Mt 5.37).
Honestidade é sinônimo de integridade. O pastor ou bispo deve ser uma pessoa
assim, fiel, sincera, verdadeira. Deve ser alguém que vive o que prega ou
ensina (Tg 2.12). Não se vende, paga suas contas em dia.
6)
Hospitaleiro. Esta palavra vem de hospital, na sua origem. Não havia casas de
saúde como hoje. Uma hospedaria era um hospital, um lugar onde os viandantes
podiam pousar, e também os enfermos, uma hospedaria ou estalagem (Lc 10.
34,45). Mas o pastor não tem obrigação de transformar sua casa em hospedaria.
No sentido do texto, hospitaleiro é sinônimo de acolhedor, que sabe tratar bem
as pessoas, sem fazer acepção de ninguém; (acepção é pecado - Dt 16.19; Ml 2.9;
1 Tm 2.11;Tg 2.9). Que recebe em sua casa servos de DEUS, seus colegas de
ministério.
7) Apto a
ensinar. Como o pastor é o que alimenta ou apascenta o rebanho, o pastor deve
saber fazer uso da Palavra de DEUS, ministrando mensagens, estudos e
reflexões que edifiquem o rebanho sob seus cuidados. Se não tiver essa aptidão,
pode estar no lugar errado (2 Tm 2.15).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 110-112.
2. Exemplo
para os fiéis e os infiéis.
8) Não dado ao vinho”. Nos tempos de Paulo, o vinho era já uma bebida alcoólica que podia causar dependência química ou psicológica. Seria uma tristeza um pastor ficar embriagado pelo uso constante do vinho. A bebida alcoólica tira o juízo, torce a justiça. Se fosse escrito hoje, o texto talvez dissesse: “não dado à cerveja, à champanhe, ao licor ou a outra bebida alcoólica ou a algum alucinógeno, ou droga sintética”. O pastor ou bispo deve dar exemplo de abstinência desse tipo de substância para o seu bem, de sua família e do rebanho sob seus cuidados.
9) Ordeiro
(“não espancador”). Por que Paulo fez referência a esse tipo de comportamento?
Muitos obreiros espancam seus filhos e até sua esposa, por incrível que pareça.
Sem dúvida, Paulo observou que algum obreiro tinha o costume de “espancar” as
pessoas a seu redor, algum ditador. Sempre houve pastores grosseiros,
prepotentes, alguns que cometeram “assédio moral” contra pessoas a seu redor.
Isso é reprovável sob todos os aspectos. O pastor deve ser ordeiro, humilde, de
bom trato para com todos, não cobiçoso nem ganancioso. Ordeiro quer dizer que
mantém a ordem, na casa de DEUS.
10)
Moderado, É sinônimo de suave, brando, comedido, prudente, contido. É qualidade
sem a qual o pastor pode sofrer sérios revezes em sua vida, no relacionamento
com outras pessoas, em seus hábitos, costumes etc. Ele não pode ser um
desequilibrado mental, sem controle de suas emoções. Para ser moderado, precisa
ter o fruto da temperança e da longanimidade (cf. G1 5.22).
11) Não
contencioso. O pastor ou bispo não deve viver em contenda, nem com a família,
nem com os crentes, nem com os de fora (aqui incluída a internet e seus grupos
sociais de interação). Contenda é o mesmo que porfia, dissensão, peleja, que
são “obras da carne” (G1 5.2,1). Diz um ditado: a melhor maneira de ganhar uma
contenda é evitá-la. Com oração e vigilância é possível viver em paz.
12) Não
avarento. Quer dizer que o pastor ou bispo não deve ser sovino, mesquinho, e
não deve ter amor ao dinheiro (avareza), que é “a raiz de toda espécie de
males” (1 Tm 6,10). O pastor não deve viver em função de dinheiro ou de bens
materiais. Sua missão é elevadíssima, e deve focar-se no amor às almas ganhas
para CRISTO, que ficarão aos seus cuidados ministeriais. O dinheiro da Igreja,
em sua primazia, deve ser usado para evangelização.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 112-113.
QUALIFICAÇÕES
DO PASTOR
Qualificações
de um pastor: três categorias:
a. O
serviço de ministração ao culto divino, pondo em ordem a adoração da
congregação, administrando as ordenanças, pregando e ensinando a Palavra de
DEUS.
b. Ele deve
ser habilidoso nos cuidados pastorais, cuidando de alimentar espiritualmente o
rebanho, mostrando-se vigilante, deixando-se envolver em boas obras e ações de
misericórdia e compaixão.
c. Ele deve
brandir a autoridade espiritual da Igreja, sendo um dirigente que merece
respeito e que impõe ordem e disciplina. Um pastor deve ter como um de seus
alvos o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4:12). mostrando-se espiritualmente
alerta (Heb, 13:17; 11 Tim. 4:5) sendo capaz de exortar, advertir, consolar e
orientar com autoridade (I Tes. 2:22; I Cor. 4: 14,15). Deve demonstrar
profunda comunhão com o PAI, JESUS e o ESPÍRITO SANTO, tanto quanto ao ensino e
pregação, quanto em ser usado em dons do ESPÍRITO SANTO em seu ministério.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 105-106.
Algumas
qualificações do Bispo (3.2)
É apropriado
que o ministro seja julgado por um padrão mais rígido que os membros leigos da
igreja. Os leigos podem ser perdoados por defeitos e falhas que seriam
totalmente fatais a um ministro. Há certas coisas que um DEUS misericordioso
perdoa em um homem, mas que a igreja não perdoa no ministério deste. A
irrepreensibilidade do candidato é requisito no qual devemos ser insistentes
hoje em dia, como o foi Paulo no século I.
O líder da
igreja deve ser exemplar especialmente em assuntos relativos a sexo. Este é o
destaque da segunda estipulação do apóstolo: Marido de uma mulher. Trata-se de
precaução contra a poligamia, que gerava um problema sério para a igreja cujos
membros eram ganhos para CRISTO vindos de um paganismo que tolerava abertamente
casamentos plurais. Em todo quesito que a igreja com seus altos padrões éticos
relativos a casamento confrontar o paganismo de nossos dias, em regiões
incivilizadas ou não, a insistência cristã na pureza deve ser enunciada de
forma clara e seguida com todo o rigor. Daí podemos inferir que a prática do
sexo deve ser segundo os padrões bíblicos de santificação. Sexo anal não deve
ser tolerado em um casamento cristão, que muitas vezes leva a separação de
casais. Muitos casais teem se separado devido também a espancamento da esposa
por parte do marido que é pastor. Isso acontece em casa de obreiros, muitas
vezes.
Mas temos
de perguntar: A intenção de Paulo era desaprovar o segundo casamento? Alguns
dos manuscritos antigos requerem a tradução “casado apenas uma vez” (conforme
nota de rodapé na NEB). “Sobre este assunto, como em muitos outros”, comenta
Kelly, “a atitude que vigorava na antiguidade difere notadamente da que
prevalece em grande parte dos círculos de hoje. Existem evidências abundantes
provenientes da literatura e inscrições funerárias, tanto gentias quanto
judaicas, que permanecer solteiro depois da morte do cônjuge ou depois do
divórcio era considerado meritório, ao passo que casar-se outra vez era visto
como sinal de satisfação excessiva dos próprios desejos”. É óbvio que em alguns
segmentos da igreja primitiva esta era a opinião prevalente, chegando à
inspiração de um ministério celibatário, como o de Paulo, Barnabé, Tito,
Timóteo, como parece evidente na leitura bíblica (Digo, porém, aos solteiros e
às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. 1 Coríntios 7:8).
Igualmente
essencial e até mais importante é a sétima qualidade que Paulo menciona: Apto
para ensinar. Pelo visto, nem todos os pastores eram empregados no ministério
de ensino. E o que mostra 5.17: “Os presbíteros que governam bem sejam
estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na
palavra e na doutrina”. Mas a aptidão para ensinar era rendimento certo para o
ministro cristão. Sempre haverá indivíduos que possuem maior capacidade nesta
ou naquela área que outros, mas certa habilidade para ensinar é de extrema
necessidade ao ministério completo e frutífero.
Não
cobiçoso de torpe ganância. Esta é advertência contra o amor do dinheiro que o
apóstolo, mais adiante nesta mesma epístola (6.10), declara ser “a raiz de toda
espécie de males”. Tal proibição tinha relevância imediata, pois fazia parte da
responsabilidade do pastor cuidar dos bens e capitais da igreja. Esta seria
fonte constante de tentação para o avarento. Somente aquele que desse toda
prova de não ter espírito de cobiça pode ser separado com segurança para a obra
do ministério.
Claro que é
perfeitamente possível que ministros e leigos sejam enganados pelo que nosso
Senhor chamou de “a sedução das riquezas” (Mt 13.22). A sutileza desta sedução
é que a pessoa não precisa possuir riquezas para ser enganada por elas.
Desejá-las ardentemente, permitir-se adotar atitudes calculistas na esperança
de obter riquezas, ficar indevidamente interessado por salários e lucros deste
mundo não podem deixar de empobrecer e, no final das contas, destruir o valor
do próprio ministério. Tudo isso está implícito no aviso paulino do desejo
controlador por dinheiro.
J. Glenn
Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 469-471.
I Tm 3.2 O
presidente, ou pastor, ou bispo, pois, deve ser irrepreensível.
Irrepreensível
não significa simplesmente gozar de boa fama, mas ter um testemunho
justificadamente bom. A crítica e as acusações não devem encontrar pontos
vulneráveis para seu ataque. Aparentemente a palavra designa o comportamento
abrangente, fundamental para tudo o que segue. JESUS frisa a importância do bom
testemunho, como também ocorre em geral no NT. Nessa questão é decisivo que o
bom testemunho seja reconhecido e fornecido pelos que não fazem parte da
igreja. “Vossa conduta seja decorosa aos olhos dos estranhos.” Essa exortação
da carta mais antiga de Paulo coincide integralmente com a exigência de ser
irrepreensível, o que não pode ser questionado nem mesmo por observadores
críticos e hostis. Um modo de vida desses só é viável a partir do “mistério da
fé, preservado em uma consciência pura”. Essa é a origem e a renovação de toda
a autêntica irrepreensibilidade. Representa o oposto tanto do comportamento
antissocial como da exagerada adaptação pacata a todos e a tudo.
Marido de
uma só mulher. Presidentes e diáconos devem ser casados uma única vez; isso
aponta em 3 direções:
1) Acerca
da profetiza Ana lemos que era virgem até se casar. Quando o marido morreu após
7 anos de casamento, ela passou a viver sozinha até idade avançada (84 anos),
servindo a DEUS. De acordo com a palavra profética permaneceu fiel ao “noivo de
sua mocidade”.
2) Conforme
as palavras do Senhor a monogamia é o alvo original, estabelecido por DEUS, do
relacionamento entre homem e mulher. Se os próprios gentios chamam atenção para
isso e os cristãos aspiram ao amor e à fidelidade no matrimônio, quanto mais
isso deveria valer, então, para aqueles que se “apresentam em todas as coisas”
(logo também no casamento) como “exemplo de boas obras”.
3) A
interpretação aqui fornecida possui relevância justamente com vistas à prática
do divórcio, que naquela época se alastrava com força, e do correlato
recasamento de pessoas divorciadas, seja entre gregos, seja entre judeus.
A expressão
única pode ser mantida em forma tão genérica pelo fato de que deve caracterizar
de forma abrangente a atitude básica fundamental da castidade em todas as
situações. O casto não reprimiu sua sexualidade, mas a tornou íntegra, porque
castidade é alegrar-se com a sexualidade respeitando os limites do respeito.
Quem está
embriagado e alimenta sonhos devotos a respeito de si mesmo e do mundo não
consegue orar de fato, porque orar é justamente o contrário de fugir da chamada
“realidade” para um mundo onírico. Vale o contrário: quem ora acorda para a
verdadeira situação, e quem está alerta ora de olhos abertos. É disso que
resultam as boas obras.
Apto para
ensinar (didaktikos): em todo o NT o termo ocorre somente aqui e em 1Tm 3.2. O
seu sentido é descrito exaustivamente em Tt 1.9: o presidente, ou pastor, ou
bispo deve “apegar-se à palavra confiável e conforme a doutrina, para que seja
capaz de, pelo reto ensino, exortar bem como convencer os que o contradizem”.
Deve estar aberto para questões doutrinárias, capaz de formar sua própria
opinião e instruir a outros. Precisa discernir entre o que é importante e o que
leva a descaminhos, entre doutrina verdadeira e falsa, saudável e doentia e ser
capaz de ensinar e transmitir corretamente o que é apropriado em cada caso.
Conforme
2Tm 2.2 Timóteo deve transmitir o evangelho a “pessoas fiéis”, não
especificamente apenas presidentes, ou pastores, ou bispos, que serão capazes
de novamente ensinar a outras. O ensino ministrado por mestres específicos
somente tem sentido sob a premissa de que todos são capazes de se instruir e
exortar mutuamente. No entanto, só se pode esperar isso deles quando e porque
eles próprios são “ensinados por DEUS”. Ademais, 1Tm 5.17 deixa explícito que a
presidência não era exercida por uma pessoa sozinha, era um ministério com 5
ministros (Ef 4.11), e que nem todos que presidiam ou eram presbíteros que
também ensinavam.
Os
presidentes, ou pastores, ou bispos tinham de ser exemplos no ensinar, não para
aliviar outros desta tarefa, mas capacitando-os para isso. Na escola o
professor de matemática deve instruir os alunos para que saibam solucionar
pessoalmente tarefas de matemática. Não deve resolver a tarefa por eles, e nem
todos os alunos devem tornar-se matemáticos ou professores de matemática.
I Tm 3.3.
Não dado ao vinho, não espancador, porém amável, não briguento, não avarento.
Em Corinto
as ágapes e as santas ceias da igreja haviam degenerado em comilanças. Em seu
meio havia pessoas que se intitulavam irmãos, mas cujo DEUS na verdade era seu
próprio estômago. O estômago era o poder máximo que os determinava. Comer e
beber, bem como digressões sexuais, significavam tudo para eles. Quem ainda era
escravo de tais vícios mesmo como cristão dificilmente podia conduzir aqueles
que haviam se convertido do mundo gentílico para novos hábitos de vida. O
simples fato de que era preciso dar essas instruções a presidentes, ou
pastores, ou bispos e diáconos permite reconhecer que à época da redação da
carta a igreja não passava pela vida inerte, em um “aburguesamento” distante e
impassível: “impuros, idólatras, adúlteros, garotos de programa, sodomitas,
ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, assaltantes” era o contexto de onde
vinha uma parcela da igreja, não apenas em Corinto, e com tais concidadãos seus
membros conviviam no cotidiano. Como aprenderiam que uma vida assim era
indefensável na igreja, por ser antissocial e inconciliável com o reino de
DEUS? Verdadeira transformação não podia ser trazida por ordens e condenações
genéricas, mas somente por modelos de vida nova vivenciados. Por essa razão o
presidente, ou pastor, ou bispo não deve ser beberrão nem galo de briga com
discurso autoritário, mas instrutor amável de uma vida verdadeira.
Também
nessa palavra não se deve ignorar a conotação escatológica. Como o Senhor está
próximo, os cristãos devem expressar sua amabilidade a todas as pessoas, também
diante dos que os difamam e perseguem.
Não
briguento: trata-se aqui de briga por palavras, ter palavra de comando, ser
irredutível no debate., diferente de “não espancador”, que briga chegado às
vias de fato, muitas vezes embriagado.
Não
avarento: Quando JESUS disse que não se pode servir a DEUS e ao dinheiro, os
fariseus zombaram dele porque eram gananciosos. JESUS espera do bom
administrador que lide fielmente com o dinheiro injusto. De acordo com Tt 1.7 o
presidente, ou pastor, ou bispo, que é um administrador (ecônomo) de DEUS, não
deve ambicionar a torpe ganância.
Hans Bürki. Comentário
Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.
Se
porventura o homem é quem se divorciou da mulher, contra a vontade dela, é
extremamente duvidoso que, na igreja primitiva, fosse permitido a tal homem
ocupar posição de liderança na igreja, mesmo que viesse a contrair novas
núpcias.
Fica
igualmente proibida a digamia, isto é, segundo matrimônio, após o falecimento
da primeira esposa. Parece que isso está incluso nessa proibição, que envolve
aqueles que devem ou não ocupar ofícios eclesiásticos. I Tim. 5:9,11 quase
torna necessário que interpretemos, nestas palavras, que o ESPÍRITO SANTO,
através de Paulo era contra qualquer forma de segundo matrimônio para um
oficial eclesiástico. E é provável que assim pensasse o ESPÍRITO SANTO, através
de Paulo, porque tal oficial deveria defender o ideal simbólico do
casamento, um homem e uma mulher, conforme é exemplificado no tipo de CRISTO e
sua igreja. (Ver Efé. 5:32). Além disso, a julgar pelas expressões do quinto
capítulo desta epístola, aludidas acima, parece que o ESPÍRITO SANTO, através de
Paulo, julga que a viuvez perpétua é mais nobre e mais favorável à
inquirição espiritual, bem como ao trabalho eclesiástico, do que o estado de um
homem casado pela segunda vez.
Essa
interpretação sobre esta expressão, como declaração contrária a um segundo
matrimônio, já era forte nos escritos dos pais da igreja que viveram nos
séculos II, III e IV d.C. (Ver Tertuliano, ad Uxor, 1.7; Clemente de
Alexandria, Strom. iii. 12; Orígenes, Hom. xvii sobre Lucas). Tal ideia foi
incorporada em dogmas eclesiásticos posteriores. (Ver Apost. Ch. ordem 1;
Apost. Canons, xvii e Constituições Apostólicas ii.2). Os montanistas
transformaram em artigo de fé essa regra contra um segundo casamento, após a
morte da primeira esposa.
Atenágoras,
apologista cristão que viveu em Atenas, no segundo século de nossa era, chamava
de «adultério agravado» ao segundo casamento.
Em qualquer
decisão, a tradição eclesiástica não pode ser ignorada, pois a
história eclesiástica poderá oferecer um roteiro seguro.
Um homem
solteiro, de grande piedade, não deveria ser barrado de ocupar qualquer ofício
eclesiástico. Paulo não era casado. Cumpre-nos observar, por semelhante modo,
que às viúvas é ordenado que não se casem novamente (ver I Tim. 5:14), sendo
provável que aos «viúvos» também se aconselhasse tal medida. Não seria
razoável, segundo parece, permitir viúvos recasados ocuparem ofícios
eclesiásticos. (Efé. 5:32).
A Didache
(escrito em cerca de 100 D.C.) atribui a responsabilidade maior do ensino aos
profetas e mestres (XIII e XV), ficando essa responsabilidade ao encargo dos
pastores somente na ausência daqueles. O importante é que haja indivíduos
espiritualmente chamados para esse ministério, os quais não devem poupar seu
tempo e seus talentos no cumprimento de sua vocação.
Um mestre
cristão deve ser guardião e depositário do conhecimento bíblico, aprimorando-se
cada vez mais em sua compreensão sobre as realidades espirituais, aprofundando
sempre mais o seu conhecimento nas Escrituras. A igreja evangélica de hoje em
dia necessita de «mestres», havendo um número extremamente reduzido deles. O
trecho de I Tim 5.17 mostra-nos que nem todos os pastores governantes tinham a
função de ensinar, e que aqueles que governavam e ensinavam deveriam ser alvo
de especial consideração, dignos de duplo salário. O ministério carismático,
composto de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (ver Efé.
4:11), não tinha por intuito cessar e ser substituído pelo ministério de
ensino. Antes, o ministério de «mestre» é recebido por unção divina, não
resultando apenas do cultivo intelectual. Todavia, o mestre usa «revelações»
como base de seu ensino, podendo essas revelações ser aquelas contidas nos
documentos bíblicos ou através de discernimento intuitivo ou transmissão
mística de conhecimentos, embora sempre de acordo com a revelação bíblica, que
é básica, fundamental. Já o profeta fala por inspiração espiritual direta, dada
no momento da elocução da profecia. Mas é o ESPÍRITO SANTO quem impulsiona a
ambos. Não ensinar equivale a perecer; e é por isso que, em muitos lugares de
hoje em dia, a igreja cristã sucumbe, por falta de alimento espiritual. O
ensino é parte integral da Grande Comissão (ver Mat. 28:19,20), devendo ser
tratado com muito mais dedicação e urgência do que vem ocorrendo entre nós,
equiparando-se em intensidade e importância ao evangelismo.
As
Constituições Apostólicas (oito volumes de instruções, dos fins do século IV
d.C.), um manual de disciplina eclesiástica, que supostamente seriam instruções
dos apóstolos a Clemente de Roma, contêm um interessante paralelo: «A um
supervisor, ancião ou diácono que bata nos crentes, quando pecam, ou nos
incrédulos, quando fazem algum erro, desejando aterrorizá-los desse modo,
ordenamos que seja deposto; pois em parte alguma o Senhor nos ensinou a fazer
tais coisas. Pelo contrário, quando foi ferido, não revidou; quando foi
vilipendiado, não vilipendiou; quando sofreu, não ameaçou» (νώ'.47,28).
«...não
avarento...» No grego é «aphilarguros», usado somente aqui e em Heb. 13:5.
Significa «amante de dinheiro». «Philarguros», sem o privativo, mas com sentido
praticamente idêntico, se encontra em Luc. 16:14 e II Tim. 3:2. O termo normal
para «avarento» é «pleonektes», em outras passagens do N.T. (Ver Rom). Um bom
«supervisor» não se encontra em seu ofício por causa do dinheiro. Pode esperar
receber uma recompensa financeira razoável, por trabalhar no evangelho, mas não
deve esperar enriquecer nesse mister, não devendo mesmo trabalhar visando esse
alvo. A sua dedicação a CRISTO deveria ser tão grande que ficasse excluída
qualquer possibilidade dessas. Entretanto, em nossos dias, muitos evangelistas,
pastores e «grandes pregadores» se têm, literalmente, enriquecido. Muitos deles
têm aconselhado a viúvas que lhes deixem suas ricas possessões em herança, além
de usarem de outros meios duvidosos para se enriquecerem. Um ancião ou pastor
deveria ser generoso com as suas possessões, dando sempre de si mesmo e de seus
bens, procurando fazer avançar o seu trabalho. Seu dinheiro deveria ser
investido em seu trabalho.
«Livre da
cobiça egoísta, que tão frequentemente gera ira e contenda (comparar com I Tim.
6:10 e Heb. 13:5). Sabemos quão frequentemente nosso Senhor advertiu a seus
discípulos a que se precavessem da cobiça (ver Luc. 16:14, etc.)». (Oosterzee,
in loc.). A principal direção do dinheiro da Igreja deve ser investido na
evangelização.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 307-310.
Homem de
Maturidade (3.6,7)
O versículo
6 oferece perspicácia muito interessante sobre a situação em Éfeso: Não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo
(6). Esta é
advertência contra a promoção muito rápida à liderança de “recém-convertidos”
ou pessoas “recentemente batizadas”. Embora a igreja Efésia já tivesse muitos
anos de existência e, provavelmente, não devesse ter carência de líderes
maduros, havia indícios de que candidatos imaturos ao ministério estavam sendo
postos em serviço. Paulo acreditava em maturidade e preparação de candidatos
para este cargo santo, e por uma boa e suficiente razão. Existia o perigo de
que, para alguém inadequadamente preparado, a tentação ao orgulho espiritual se
tornasse grande demais para ser resistida. Isso é tragédia na certa, tragédia
descrita pelo apóstolo nos seguintes termos: Cair na condenação do diabo. C. K.
Barrett destaca que “o julgamento não é tramado pelo diabo, mas feito por DEUS
em rígido acordo com a verdade”. A tradução de Phillips expressa o que o
apóstolo quis dizer: “Para que não se torne orgulhoso e participe da queda do
diabo” (CH).
Resta ainda
uma especificação final para aquele que deseja servir na posição de bispo ou
líder: Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que
não caia em afronta e no laço (“armadilha”, NTLH) do diabo (7). O ministro
cristão tem de inspirar o respeito e a confiança da comunidade fora da igreja,
caso deseje ganhar as pessoas dessa comunidade para a igreja. E fácil dizer:
“Não me importo com o que as pessoas pensem de mim”; e contanto que essa
atitude seja devidamente planejada e corretamente compreendida, justifica-se.
Mas ninguém deve ser indiferente à sua reputação na comunidade em que vive. Ele
deve desejar veementemente que as pessoas o considerem inteiramente acima de
repreensão. Ver a questão de outro modo, diz Paulo, é expor-se à mesma
armadilha que aguarda o indivíduo cujo espírito está arruinado pelo orgulho
espiritual.
J. Glenn
Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 471-472.
Não Neófito
- Alguns eruditos supõem que o sentido destas palavras é que se o candidato ao
pastorado tinha defeitos e vícios, em sua vida anterior, quando a igreja fez
dele um pastor tão repentinamente, sem provas suficientes de sua conversão e
experiência cristã, então que tal homem tornar-se-á objeto imediato de
críticas, por parte dos «de fora», que o conhecem e que agora começam a
denegri-lo. Essa interpretação é possível, mas parece melhor pensarmos aqui em
um «fracasso futuro», como possibilidade seriamente antecipada, se porventura
alguém for levantado como líder na igreja precipitadamente, quando ainda é
noviço na fé, pois o orgulho daí decorrente gradualmente irá destruindo a ele
mesmo e ao seu ministério.
«Os
desviados, de maneira geral, caem perante aqueles pecados que estavam
acostumados a praticar, antes de sua conversão. Hábitos inveterados são
reavivados naquele que não continua a negar-se a si próprio e a vigiar em
oração». (Adam Clarke, in loc.). .
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 311.
3. Exemplo
para a família.
Que governe bem a sua casa. Esta é uma qualificação de grande importância, pois as pessoas ouvem as mensagens dos pastores, mas olham para ele e como se relaciona com a família, notadamente com os filhos. Ele é o cabeça (líder) da esposa e do lar (Ef 5.22). Ao lado da esposa, que também governa a casa (1 Tm 5.14), deve criar seus filhos “com sujeição” (1 Tm 3.4). Porque, diz Paulo: “se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de DEUS? (1 Tm 3.5). Culto doméstico, submissão dos filhos aos pais e da esposa para com seu marido, Assuidade de toda família nos cultos e eventos da Igreja, santificação encontrada em toda a família, esses são sinais de uma família de um pastor, ou bispo, ou presbítero.
De bom
testemunho perante os descrentes (“bom testemunho dos que estão de fora”). O
pastor deve ser um proclamador do evangelho transformador de CRISTO. Seu
testemunho deve ser uma pregação viva de que JESUS converte e transforma o
pecador. Esse testemunho deve ser demonstrado, primeiramente, em sua vida
pessoal; depois, em sua casa, na igreja e, por fim, perante todas as pessoas
que o conhecerem.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 113.
«...governe
bem...» No grego é «proistemi», que significa «ser o cabeça», «conduzir»,
«gerir», sendo palavra usada para indicar qualquer forma de governo, ainda que,
secundariamente, tenha o significado de «ter interesse por», «cuidar de»,
«ajudar a». Um «supervisor» ou pastor é o governante da igreja local; mas,
antes de tudo, deve ser o chefe de sua casa. Seu lar é a sua primeira
responsabilidade, e somente se ele se mostra apto ali é que deve ser
considerado capaz de governar a casa de DEUS.
«...criando
os filhos sob disciplina...» Literalmente, «...mantendo em sujeição...», uma
frase única em todo o N.T. A tradução inglesa RSV diz aqui (agora vertido para
o português): «...mantendo submissos os seus filhos...» Mas um pastor deve
obter esse resultado com razão, com paciência e com gentileza, embora também
com demonstração de autoridade e força, que seus filhos aprendam a respeitar.
Ora, isso nem sempre é fácil de conseguir, porquanto as crianças também são
indivíduos, podendo ser dotados de fortíssima vontade própria. Todavia, um pai
obterá bons resultados se suas ordens forem justas e úteis; e assim seus filhos
aprenderão que o pai de família age assim para benefício deles, e não meramente
a fim de demonstrar a sua autoridade. «A obediência e o respeito pela
autoridade são coisas importantes. As energias dinâmicas das crianças, ao invés
de serem abafadas, precisam ser dirigidas para fins dignos.
A difícil
arte da educação cristã consiste em rodearmos os jovens com influências que os
capacitem a combinar os seguintes pontos:
a. A
obediência a DEUS com a gloriosa liberdade dos filhos de DEUS;
b. a
conformidade à mente de CRISTO com a liberdade de exprimir os dons distintivos
que DEUS conferiu a cada um de seus filhos;
c. o
conhecimento dos fatos cristãos e da história da igreja com a receptividade a
maior luz, que DEUS faça irromper de sua santa Palavra, para cada nova geração;
d. a
reverência à revelação divina no passo com a coragem que DEUS fala a cada
pessoa que tem ouvidos para ouvir e lhe queira ser obediente;
e. a
gratidão pelo que DEUS tem feito no passado com a fé que DEUS tem em reserva
maiores coisas ainda para o seu povo, que serão realizadas no futuro;
f. o
respeito pelas experiências dadas às gerações anteriores com o propósito de
buscar, em primeiro lugar, o reino de DEUS e a sua justiça.
A educação
cristã deve transmitir o conhecimento obtido pela experiência, ao mesmo tempo
que deve liberar os poderes criativos daqueles que são chamados a avançar para
um novo conhecimento e para maiores realizações». (Noyes, in loc.). Este
versículo não ensina que um homem «sem filhos» não pode ser um «supervisor»
cristão , conforme alguns eruditos têm sugerido. Essa interpretação perverte o
que aqui é dito, sendo algo inteiramente fora de consideração.
«...com
todo respeito ...» No grego é «semnotetos», que quer dizer «reverência»,
«respeito», «dignidade», «seriedade». Alguns estudiosos pensam que essas
palavras aludem aos filhos, os quais, estando debaixo da autoridade de seus
progenitores, deveriam mostrar «reverência e respeito»; o mais provável,
entretanto, é que o pai da família continue aqui em foco. O pastor que também é
pai deve governar seus filhos com «dignidade» e «seriedade». Precisa reconhecer
a seriedade de sua missão. Aos seus filhos, todo o pai deve três coisas:
exemplo, exemplo, exemplo. Se um pai der a seus filhos o exemplo certo, será
fácil para aqueles se tornarem homens de DEUS. O pai é quem deve mostrar aos
filhos o caminho. Notemos que o termo grego «...todo...» é empregado aqui. As
ações de um pai pastor, para com os seus filhos, devem ser caracterizadas por
uma seriedade «completa» e «perfeita». Não deve ser uma atitude lassa e
desinteressada. Pois, se mostrar tal atitude, poderá afastar de si os seus
próprios filhos, tornando-os presa fácil de más influências. Em «tudo» um
pastor deve manter dignidade espiritual diante de seus filhos.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 310.
Assim como
o relacionamento conjugal reflete a relação entre CRISTO e a igreja, assim a
associação familiar em uma grande casa é réplica e a célula originária da
família de DEUS, do qual toda a paternidade no céu e na terra recebe o nome.
Pela fé em CRISTO os gentios tornaram-se “membros da família de DEUS”.
Como um pai
governa os filhos e a todos na própria casa, assim o presidente, ou bispo, ou
pastor, deve conduzir a igreja de DEUS, executando seu ministério com
entusiasmo, i.é, bem. Ao contrário do mundo grego, os cristãos não mandavam
educar os filhos por meio de escravos pedagogos, mas assumiam pessoalmente essa
tarefa. Na obediência autêntica (que é o contrário de coação, porque obediência
autêntica é voluntária) e na decorrente autonomia disciplinada dos filhos
adolescentes seria possível reconhecer a dignidade do pai amável. Isso também
pode ser dito de outro modo: somente quem possui autoridade real pode favorecer
dignamente a obediência. Quem está amarrado e inseguro, lançará mão de meios
violentos, conduzindo assim os filhos à rebeldia, não à subordinação
espontânea. “Com toda a dignidade” salienta a autoridade interior, que se situa
acima da contraposição de educação autoritária – antiautoritária.
Cuidar da
igreja de DEUS. O presidente da igreja domiciliar não deve governar sobre ela
de forma arbitrária ou ditatorial, mas pensar em seu bem-estar físico,
comunitário e espiritual. A igreja não pertence a ele, mas a DEUS. “Nisso sê
diligente”, enfatiza Paulo mais tarde.
Família e
igreja poderão crescer de forma saudável quando se encontram na mais estreita
interação. Igrejas perdem seu caráter familiar quando famílias cristãs já não
formam as verdadeiras células da igreja. Quando as famílias, mesmo as famílias
nucleares de nosso tempo, não forem mais centros espirituais e locais de
treinamento do amor experimentado de DEUS, as igrejas se tornarão desertas,
apesar de todo o ativismo. Por isso cuidar das igrejas significa providenciar
em primeiro e principal lugar famílias saudáveis na fé. O cuidado pastoral
matrimonial certamente ainda é a área mais negligenciada do aconselhamento.
Quando o foco cair sobre a igreja como família de DEUS, seu caráter de exemplo
no matrimônio e na família se reveste de fundamental importância. Novamente não
se deve entender isso como uma fachada de devoção hipócrita. Exemplo não é
encenar o que não existe. Nem mesmo a pergunta temerosa sobre o que os outros
dirão deve determinar ou tolher a vida familiar dos servidores da igreja. A
família do pastor, ou bispo, ou presbítero, é o exemplo para todas as famílias
da Igreja.
Hans Bürki. Comentário
Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.
I Tm 3.4.
Um teste adicional, e crucial, é acrescentado: o superintendente deve ser um
homem que governe bem a sua casa, criando os filhos sob disciplina, com todo
respeito. É tomado por certo que normalmente, quando possível, será um homem
casado, e como tal deve vigiar para que a vida do seu lar seja ideal. A ideia é
ecoada na liturgia de ordenação no Livro Comum de Orações (anglicano), onde se
pergunta aos candidatos para o ministério: “Sereis diligentes para formular e
formar a vós mesmos, e às vossas famílias, de acordo com a doutrina de CRISTO,
e fazer de vós mesmos e delas, até ao máximo das vossas possibilidades,
exemplos e padrões sadios para o rebanho de CRISTO?” Alguns têm entendido as
últimas três palavras do versículo como aplicando-se aos filhos (cf. Moffatt:
.. conserve seus filhos submissos e perfeitamente respeitosos”), mas o
substantivo respeito, ou “dignidade” (Gr. semnotès) parece mais apropriado à
atitude do pai. A lição é que deve manter disciplina rigorosa, mas sem lutas
nem apelos à violência.
John
N. D. Kelly. I Timóteo. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 79-80.
III - O
MINISTÉRIO PASTORAL
PASTORES. Eclesiasticamente falando, os pastores escolhidos pelo ministério (por homens), são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.7).
A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11),
ensinar a Palavra de DEUS e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm
3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no
sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17;
1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade
apostólica e o rebanho de DEUS contra as falsas doutrinas e os falsos mestres
que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho,
tendo como modelo JESUS, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1Pe 2.25; 5.2-4).
Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At 20.28;
Fp 1.1). Os pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria
do ESPÍRITO concedida à igreja enquanto eram examinadas as qualificações
espirituais do candidato.
O pastor é essencial ao propósito de DEUS para sua igreja. A igreja que deixar
de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do
ESPÍRITO (ver 1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de
Satanás e do mundo (ver At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de DEUS, e os
padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus
familiares não serão doutrinados conforme o propósito de DEUS (1Tm
16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm
4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos
com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o
propósito da piedade (1Tm 4.6,7).
1. A missão
do pastor.
Várias versões traduzem a palavra hebraica ro‘eh (“protetor”) como “pastor”, por exemplo em Jeremias 2.8; 3.15; 10.21; 12.10; 17.16; 22.22; 23.1,2. Essa palavra hebraica também foi traduzida em outras passagens de Jeremias como pastor (Jr 23.4; 25.34,35,36; 31.10; 33.12; 43.12; 49.19; 50.6, 44; 51.23), e em outras passagens do AT de Gênesis até Zacarias. Na versão KJV em inglês, as palavras traduzidas como “pastores” foram geralmente traduzidas como “regentes” nas versões modernas. As versões ASV e RSV em inglês não utilizam o termo “pastor” em todo o AT. O termo na versão KJV designa os líderes do governo e os governadores do povo de DEUS.
A palavra grega poimen foi uniformemente traduzida como “pastor” em Efésios
4.11 para designar o ministro na Igreja. Em outras passagens do NT, essa
palavra também foi traduzida como “pastor de ovelhas” (q.v.; Mt 9.36; 25.32;
26.31; Mc 6.34; 24.27; Lc 2.8,15, 18,20; Jo 10.2,11,12,14,16; Hb 13.20; 1 Pe
2.25). G. W. K.
O termo original significa
literalmente “pastor”. Esta palavra foi, várias vezes, usada pelo Senhor JESUS
CRISTO no NT (Hb 13.20; 1 Pe 2.25) e, apenas uma vez, como pastor dos cristãos
(Ef 4.11). Nessa passagem, ela aparece como um dom espiritual a ser praticado,
e não como uma função a ser ocupada. Na verdade, qualquer cristão que orienta,
protege e geralmente trabalha como protetor em relação aos outros crentes, está
desempenhando o dom espiritual de um pastor. Entretanto, essa palavra veio a
designar alguém que formalmente alimenta o rebanho, administra as ordenanças,
lidera a adoração e guarda a verdade (Hb 13.17; 1 Pe 5.2). As Epístolas
Pastorais fornecem as diretrizes dos deveres daqueles que ocupam, oficialmente,
as posições de liderança como pastores entre o rebanho de DEUS (2 Tm 4.1-5). Ao
dirigir-se aos anciãos da Igreja em Éfeso (Act 20.17), Paulo os chamou de
supervisores ou bispos (v. 28) e ordenou que apascentassem (ou “alimentassem”)
o rebanho (v. 28). C. C. R.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1469.
O
SIGNIFICADO DE PASTOR
A palavra
pastor também vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que guarda as
ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo
Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “... aquele que cuida de
rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca
dos ‘pastores’ cristãos (Ef 4.11)”.
Em termos
ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom ministerial, e é encarregado
de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a CRISTO e ficam sob seus
cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um termo de cuidado, de
zelo, de ternura, para com as ovelhas de JESUS.
EXISTEM
PASTORES ECLESIÁSTICOS, ESCOLHIDOS POR LIDERANÇAS DA IGREJA, POR HOMENS, E
EXISTEM PASTORES ESCOLHIDOS, CHAMADOS POR JESUS E DADOS A IGREJA. SÃO
CAPACITADOS PELO ESPÍRITO SANTO COM DONS SOBRENATURAIS.
A MISSÃO DO
PASTOR
A principal
missão do pastor é cuidar das ovelhas de CRISTO, que lhe são confiadas. A ele
cabe apascentar (gr. poimanô) as ovelhas, dando-lhes o alimento espiritual,
através do ensino fundamentado (doutrina) da Palavra de DEUS. No Salmo 23, Davi
mostra o cuidado do pastor. Ele leva as ovelhas a deitar-se “em verdes pastos”.
O pastor fiel leva as ovelhas de JESUS a alimentar-se do “pasto verde”, que
nutre a alma e o espírito, fortalecendo-as, para que cresçam na graça e
conhecimento do Senhor JESUS CRISTO (2 Pe 3.18).
Sua missão
é múltipla ou polivalente. Um pastor de verdade tem que agir como ensinador,
conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz de causas
complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador eclesiástico
dos bens espirituais e de recursos humanos sob seus cuidados, na igreja local;
é administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de finanças e
recursos monetários, da igreja local, além de outras tarefas como pai, esposo,
e dono de casa, como pastor de sua família.
POR ISSO
MESMO A MAIORIA NÃO SÃO PASTORES DO MINISTÉRIO DADO POR JEUS CRISTO À IGREJA.
ESTÃO OCUPADOS COM COISAS DESTE MUNDO AO INVÉS DE ESTAREM SÓ OCUPADOS COM
COISAS ESPIRITUAIS.
Os
apóstolos já no início da Igreja, perceberam que deveriam cuidar da doutrina e
da oração, sendo isso mais importante do que todo o demais. Os demais crentes
aprenderam com eles e praticaram o mesmo.
E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Atos 2:42
Mas nós perseveraremos na
oração e no ministério da palavra. Atos 6:4
Tu, porém, fala o que convém à
sã doutrina. Tito 2:1
A atividade
pastoral genuína é tão importante, que o profeta Isaías, falando ao povo de
Israel, acerca do livramento que lhe seria dado, usa a figura do pastor,
aplicando-a ao próprio DEUS (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida bem das
ovelhas: recolhe os cordeirinhos (os mais fracos, mais novos) entre os braços;
leva-os no regaço; aos novos convertidos, os “amamenta”, como a “bebês
espirituais” e os guia mansamente.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 113-114.
A mensagem
principal de João 10:2 é ensinar que o verdadeiro pastor, que é JESUS CRISTO,
tem a autoridade própria e a comissão divina para ministrar às ovelhas, que são
os verdadeiros filhos de DEUS de cujo direito não participam os falsos
pastores.
a. O Dom
Pastoral
O ofício do
pastor é um dom de DEUS à Igreja. Sem dúvida terá o dom de governos, sendo esse
um dom específico dos pastores. O pastor deve buscar dons do ESPÍRITO SANTO
para equipar seu ministério, principalmente o Dom de Discernimento de
espíritos. Além disso, deve ser capaz de ensinar (ver I Tim. 3:2b). Um pastor
deve ser possuidor de apreciável dose de compaixão e simpatia, sendo capaz de
misturar-se bem com as pessoas, gostando da companhia dos seus semelhantes. Um
monge, em seu mosteiro, que gosta da solidão, meditando, lendo seus livros
sagrados, sem importar quantas outras virtudes possa ter, jamais seria um bom
pastor.
Um mestre,
mergulhado até o pescoço nos seus livros que manuseia ideias e gosta de estudar
e aprender: pode ser um professor espetacular de Escola Dominical, mas
provavelmente não está bem adaptado às tarefas próprias de um pastor.
O bom pastor dá sua vida pelas
ovelhas.
b.
Definição
Um pastor
que não tem o dom ministerial dado por JESUS CRISTO, mas sendo ocupante de um
ofício eclesiástico respeitável, ainda assim, de acordo com certos grupos
cristãos, ocupa posição inferior à de um bispo ou supervisor em muitas
denominações evangélicas. Uma igreja pode ter mais de um pastor, dependendo das
muitas necessidades da mesma. Assim um deles ocupar-se-á do trabalho pastoral
interno, um outro cuidará dos jovens, um outro poderá cuidar de aconselhamento
de casais, um outro da doutrina e ainda um outro ficará encarregado do
evangelismo, por exemplo. Isso ocorre devido à complexidade do ofício pastoral,
sem falarmos no fato de que, às vezes, o rebanho toma-se por demais numeroso
para que um único homem faça a contento o seu trabalho. O que um pastor deve
aceitar e fazer é que JESUS colocou na Igreja 5 ministérios distintos e juntos
poderão produzir imensamente mais do que separados.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 105.
Eis que o Senhor Jeová virá
como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o
seu salário, diante da sua face.
Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os
cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará
mansamente. Isaías 40:10,11
O quadro
final de DEUS é de um Pastor Divino.
Como
pastor, apascentará o seu rebanho é conhecido por todos os cristãos através do
famoso Messias de Handel.
Isaías viu
DEUS nos dois aspectos da sua infinita soberania exercendo seu poder para
subjugar seus inimigos e mostrando sua bondade compassiva para todos os membros
do seu rebanho. O versículo 10 mostra-o forte; o versículo 11 mostra-o meigo e
gentil. Brandura é simplesmente a força que se tornou meiga. Os cordeirinhos
recém-nascidos e as ovelhas que estão amamentando precisam de um cuidado
especial. Uma ovelha-mãe com um úbere pesado, cheio de leite, não deveria ser
sobrecarregada, e alguns cordeirinhos recém-nascidos ainda estão fracos demais
para longas caminhadas. Neste caso, eles devem ser carregados pelo pastor. Essa
profecia nos lembra de uma outra que descreve a compaixão de CRISTO: “A cana
trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega” (42.3; cf. Mt 12.20).
Assim, esse prólogo conclui a segunda parte das profecias como começou, com uma
nota de conforto. Isaías vê que DEUS não abandonou esse mundo ao caos; Ele
governa e continua pastoreando a todos.
Ross E.
Price. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 126.
Is 40.11.
Com a piedade e a ternura de um pastor (v. 11). DEUS é o “Pastor de Israel” (SI
80.1); CRISTO é o “bom Pastor” (Jo 10.11). O mesmo que governa com a mão forte
de um príncipe guiará e apascentará com a gentil mão de um pastor.
(1) Ele
cuida de todo o seu rebanho, o pequeno rebanho: “Como pastor, apascentará o seu
rebanho”. A sua palavra é alimento para o seu rebanho. Suas ordenanças são
pastos onde eles devem se alimentar; os seus ministros são seus pastores
auxiliares, nomeados para cuidar do rebanho.
(2) Ele tem
um cuidado particular com aqueles que mais necessitam dos seus cuidados, as
ovelhas que são fracas, e não podem cuidar de si mesmas, e estão desacostumadas
às dificuldades, e aquelas que estão prenhas, e por isso estão pesadas, e, se
algum mal for feito a elas, correm risco de dar cria prematuramente. Ele cuida
particularmente para que a descendência não se perca. O bom Pastor tem um
cuidado terno com as crianças que são entusiasmadas e esperançosas, com os
jovens convertidos, que estão iniciando o caminho para o céu, com os crentes
fracos, e com aqueles que têm um espírito pesaroso. Essas são as ovelhas do seu
rebanho que terão certeza de que não lhes faltará nada que a sua situação
exija. [1] “... entre os braços” do seu poder, “... recolherá os cordeirinhos”.
Ele os recolherá, quando vagarem, os recolherá quando caírem, os recolherá
quando estiverem dispersos, e os recolherá junto a si, por fim. E tudo isso com
seus braços, dos quais ninguém será capaz de arrebatá-los (Jo 10.28). [2] Ele
“... os levará no seu regaço”, no regaço do seu amor, e ali os guardará. Quando
estiverem cansados, ou fracos, quando estiverem doentes e enfraquecidos, quando
se encontrarem em caminhos errados, Ele os levará, Ele os carregará, e Ele
tomará as devidas precauções para que não sejam deixados para trás. [3] Ele
“... as guiará mansamente”. Com a sua palavra, Ele não exige mais serviços, e
pela sua providência Ele não inflige mais problemas do que aqueles para os
quais Ele os capacitará; pois Ele considera a estrutura deles.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 177.
2. Uma
missão polivalente.
O PASTOR — UM CONTRADITADO
Muitos
obreiros, principalmente os mais jovens, aspiram ao pastorado. Não é errado ter
essa aspiração. Paulo escreveu ao jovem obreiro Timóteo: “Esta é uma
palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Tm 3.1).
Mas os candidatos ao episcopado (pastorado) devem ter consciência de que um
pastor é alvo de grandes contradições e oposições, a despeito de sua honrosa
missão. A lista de contradições sobre o que as pessoas pensam do pastor, é
ampla e variada. Alguém já escreveu diversas listas sobre isso. A seguir, resumimos
uma delas:
Se o pastor
é ativo, é ambicioso; se é calmo, é preguiçoso; se o pastor é exigente, é
intolerante; se não exige, é displicente; se fica com os jovens, é imaturo; se
fica com os adultos, é antiquado; se procura atualizar-se, é mundano; se não se
atualiza, é de mente fechada, retrógrado, ultrapassado; se prega muito, é
prolixo, cansativo; se prega pouco, é que não tem mensagem; se veste-se bem, é
vaidoso; se veste-se mal, é relaxado; se o pastor sorri, é irreverente; se não
sorri, é cara dura. O que o pastor fizer, alguém pensa que faria melhor. Pode
parecer algo hilário ou grotesco, mas reflete um pouco a visão que muitas
pessoas têm do pastor de uma igreja local . Aliás, alguém já escreveu, dizendo
que “pastor é uma espécie em extinção”.
Mas tais
contradições não devem ser motivo para desânimo ou desinteresse pelo ministério
pastoral. O Sumo Pastor, JESUS CRISTO, foi alvo de piores referências a seu
respeito, mesmo demonstrando que era um ser especial, humano e divino, que só
fazia o bem. Seus opositores o acusaram de ser “comilão e bebedor” (Mt 11.19);
de ter demônio (Jo 8. 52); de ser endemoninhado e expulsar demônio pelo
príncipe dos demônios (Mc 3-22); e de tramar contra o governo da época,
justificando sua condenação (Lc 23.2; Jo 19.12). Mas JESUS não desistiu. Foi
até ao fim, entregando sua vida em lugar dos pecadores. E cumpriu a sua missão
(Jo 19.30).
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 114-115.
Disse o
Senhor aos discípulos: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos” (Mt
10.16). Na realidade os pastores de ovelhas são prevenidos que serão cercados
por animais perigosos. As ovelhas são atacadas por lobos. Essa é uma
advertência acerca das dificuldades que se deve esperar em um mundo tão hostil.
O próprio Senhor JESUS foi enviado “para evangelizar aos pobres; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e restauração da vida aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19). E
ainda: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).
Quão
maravilhosa é esta tarefa. Que alta e santa chamada é a do pastor. Ele os
estabeleceu como luzes no mundo, e os chamou para serem o sal da terra. O
Senhor ensinou ainda: “aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço,
e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (Jo 14.12).
Esta
promessa está muito além da experiência da maioria dos obreiros do Evangelho.
CRISTO disse justamente o que tinha a intenção de assegurar. Que DEUS conceda
fé aos pastores, para assumir a posição de autoridade e poder que Ele deixou
como herança nesta áurea promessa.
A grande
comissão inicia com uma pequena palavra - “Ide” (Mc 16.15; Mt 28.19). É o
oposto de assentai-vos e fixá-los, mas significa a renúncia das coisas que para
trás ficam numa ação definida para entrar em contato com os que se acham nas
estradas, nas cidades, no interior, na nação e fora dela.
A ordem de
JESUS atinge até aos confins da terra, partindo de Jerusalém. Trata-se de um
Evangelho de ação, e todo crente espiritual deve esforçar-se. E neste espírito
compete também ao pastor testificar das verdades que temos visto e ouvido.
A melhor
tradução de “ensinai”, em Mateus 28.19 é “fazei discípulos”. Não basta
meramente anunciarmos o Evangelho, desincumbindo-nos desta responsabilidade, e
ficando limpos do sangue de todos os homens. Não nos compete ir apenas passando
e proclamando-o às pessoas.
Mas, somos
instruídos a ter como objetivo específico à conquista de almas preciosas para
CRISTO. Não teremos cumprido o dever enquanto não orarmos e lutarmos
pacientemente, até que os homens vejam o caminho e andem nele.
Quando
Barnabé e Paulo chegaram e, entraram na sinagoga dos judeus e “falaram de tal
modo” que um grande número de pessoas veio a crer no Evangelho (At 14.1). Isso
é falar com poder. Não apenas testificaram do Evangelho, mas o fizeram de tal
modo a ganhar novos discípulos. E assim sucedeu por onde passaram, embora
enfrentando dificuldade.
IBADEP - Instituto
Bíblico da Assembleia de DEUS. Ética Cristã / Teologia do
Obreiro. pag.119-120.
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR
(BEP - CPAD)
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente
obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
Se algum homem deseja ser
“bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade
pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário,
porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS (3.1-10; 4.12) e
pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja certos requisitos
específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho pastoral deve ser
aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9.
Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra
ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua
espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja
da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu
mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser
observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da
elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do pastor,
como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais.
O caráter íntegro de quem
aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade
influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O
enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que
persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os
que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória
espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado
padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha
mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios de retidão, e que por
isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza.
Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de
que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.
O líder cristão deve ser, inicialmente, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe
5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas
perante a congregação como dignas de imitação.
Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade,
fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho
(4.12,15).
O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente
pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme
os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser
tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm
1.13).
O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento
e na família (32,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a
família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui
ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser “marido
de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério
pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução
literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma
única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
Consequentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se
para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local
(cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS,
mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na
fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente requereu
que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e
espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17;
Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).
A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu
opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá.
Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS
realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza
segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que
o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão
graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado
permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do
seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por
alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja
de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no
entanto, é falha por vários motivos. O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo
de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas
inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos
outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis
da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada
com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.
Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi
não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve
diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo
do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8;
28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a
que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da
sua vida e não pode construir o templo para DEUS (2Sm 12.9-14).
3. O
cuidado contra os falsos pastores.
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. Atos 20:28-31
OS PASTORES E SEUS DEVERES
(BEP - CPAD)
At 20.28 “Olhai, pois, por vós
e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
Nenhuma
igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23,
a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em oração e
jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com
as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em 1Tm 3.1-7; Tt
1.5-9. Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de igreja. O
discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (Atos 20.17-35) é um trecho
básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor
de uma igreja local.
Paulo em Éfeso foi instrumento
do poder de DEUS.
E DEUS, pelas mãos de Paulo,
fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se
levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os
espíritos malignos saíam. Atos 19:11,12
Paulo ensinava tanto nas ruas,
como de casa em casa, o evangelho legítimo.
Vós bem sabeis, desde o
primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio
de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e
tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;
como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas
casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a DEUS e a
fé em nosso Senhor JESUS CRISTO. Atos 20:18-21
O ESPÍRITO SANTO constituiu os
pastores.
Olhai, pois, por vós e por
todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque
eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos
cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão
homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.
Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e
dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. Atos 20:28-31
PROPAGANDO A FÉ.
(1) Um dos deveres principais
do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de DEUS. Ele
deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de
DEUS, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf.
20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9).
(2) Em 20.19-27, Paulo
descreve de que maneira serviu à igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade
de DEUS, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27) e sendo
canal de DEUS para realização de grades sinais, prodígios e maravilhas (Atos
19.11,12). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (20.26).
Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o
desígnio de DEUS. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2)
e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes
desejam ouvir (2Tm 4.3).
(3) A fé dos pastores deve ser
vista por suas ovelhas e confirmada por sinais, prodígios e maravilhas (Atos
19:11,12). Paulo exortou Timóteo, que serviu à igreja de Éfeso, a despertar o
dom que havia nele (2 Tm 1.6).
GUARDANDO A FÉ.
Além de alimentar o rebanho de
DEUS, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos.
Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria
igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o
rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e
humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão
a fé bíblica do povo de DEUS. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que
são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29; cf. Mt
10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de CRISTO e os
atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo
(20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no
sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a revelação original e
fundamental da fé, segundo o NT.
A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de DEUS e pela
comunhão do ESPÍRITO SANTO, são fiéis ao Senhor JESUS CRISTO e à Palavra de
DEUS. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de
DEUS que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15),
e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas
perversas contrárias à Palavra de DEUS e ao testemunho apostólico (20.30).
Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos
da obra devem lembrar-se de que o Senhor JESUS os têm como responsáveis pelo
sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o
dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de DEUS para a
igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não
estará “limpo do sangue de todos” (20.26, cf. Ez 34.1-10). DEUS o terá por
culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o
rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14; Ap 2.2).
É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a
ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da
doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas,
institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da
igreja (2Tm 1.13,14). O calvinismo que hora permeia os cursos teológicos devem
ser barrados a qualquer custo (são anti-pentecostais, são cessacionistas, crêem
que uma vez salvo, salvo para sempre, crêem que a salvação é só para os
escolhidos pré-determinadamente, crêem que a graça é irrestível etc.)
A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente
inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres,
pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus
ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade
absoluta da Palavra de DEUS, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em
tudo que ela ensina (20.28-31; ver Gl 1.6; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja
de DEUS, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).
A igreja que perde o zelo ardente do ESPÍRITO SANTO pela sua pureza (20.18-35),
que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em
disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de DEUS, logo deixará de
existir como igreja neotestamentária.
As igrejas atuais não devem,
pois, desprezar as qualificações justas exigidas por DEUS para seus pastores e
demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda
igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de
servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no
espírito, na fé, na pureza” (4.12).
Ajuda de Pb
Alessandro Silva, com comentários, acréscimos e alterações do Pr. Henrique
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 10, O ministério de Mestre ou Doutor
Lições Bíblicas - 2º Trimestre
de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e
Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel
Esposa - 19-98448-2187
Lição 10, O
ministério de Mestre ou Doutor
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18n22PQ9kHGcCkvGLW-VPUA vídeos de 2014 desta
mesma Lição
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Vídeo completo, Lição
10, O Ministério de Mestre ou Doutor, 2Tr21, Pr Henrique, EBD NA TV
https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
Resumo da Lição 10 - O
Ministério de Mestre ou Doutor
I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O Mestre da Galileia.
2. O Mestre divino.
3. O Mestre da
humildade.
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS
NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
2. A doutrina dos apóstolos.
3. Ensinamento persistente.
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM
MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da
igreja.
2. A responsabilidade de um
discipulado contínuo.
3. Requisitos necessários ao
Mestre .
a) Um salvo em CRISTO. b)
O hábito de ler.
c) Preparo
intelectual. d) Um coração em chamas.
Lição 10 - O Ministério de
Mestre ou Doutor
https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago 3.1.
Mateus 7.28 - E aconteceu que,
concluindo JESUS este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, 29 -
porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Atos 13.1 - Na igreja que estava em
Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado
Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e
Saulo.
Romanos 12.6 - De modo que, tendo
diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar,
haja dedicação ao ensino;
Tiago 3.1 - Meus irmãos, muitos de vós
não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
Meus comentários - Pr. Luiz
Henrique - Livros diversos Com acréscimos e comentários extras do Pr Henrique.
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” 2 Tm 2:2
INTRODUÇÃO
1
Nessa lição estamos falando de
ministério Mestre ou doutor, ministério esse que é acompanhado por sinais,
prodígios e maravilhas, como era normal na vida dos primeiros mestres. Vemos na
reunião em Antioquia que os mestres, ou doutores, eram homens de adoração,
jejum, oração e ouviam diretamente a voz do ESPÍRITO SANTO. Eram Profetas e
mestres de um ministério sobrenatural (Ef 4.11).
"E na igreja que estava
em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão
chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o
tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o
ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado". Atos 13:1,2.
Paulo foi um Mestre por
excelência, se autodenominava "doutor dos gentios" - "Para
o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios". 2
Timóteo 1:11.
Quase nenhum pastor é
Mestre - quantos você conhece que através dele, de seu ministério
pessoal, acontecem milagres, curas, batismos no ESPÍRITO SANTO, libertações,
etc...?
O pastor recebe comunicação
dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o rebanho e sobre problemas com
cada um, então procura na Bíblia uma mensagem para corrigir esses erros, às
vezes doutrinários ou de ordem moral, etc... Isso não faz do pastor um mestre.
O Mestre recebe uma mensagem de DEUS para dar à igreja que tocará nos
corações e confrontará seus pecados, fortalecerá os que estão lutando contra o
pecado, exortará os duvidosos e consolará os tristes. O ensino pastoral é
humano, o ensino do Mestre é sobrenatural, é espiritual. A mensagem vem
do ESPÌRITO SANTO que sondou os Corações se mentes dos ali presentes. É
inacreditável de repente pensarmos que todo pastor é um Mestre e que todo
professor de EBD também o é. Na maioria das vezes se encontra um Mestre
só entre toda uma igreja de 10.000 pessoas, por exemplo. É raro esse
ministério, não estamos falando de gente que estuda muito, que tem muitos
livros e que tem facilidade de decorar o que lê, que tem diplomas de teologia,
estamos falando de um ministério poderoso e eficaz de CRISTO. Procuremos não
diminuir os ministérios, por favor. Assim como é difícil encontrar um legítimo
apóstolo, um legítimo profeta, um legítimo evangelista, um legítimo pastor,
assim é também difícil encontrar um legítimo Mestre ou doutor. Estamos, nesta
lição, falando de coisas superiores, sobrenaturais, espirituais, excelentes.
Estou mostrando que o pastor
não é mestre porque ensina - o pastor recebe comunicação dos irmãos sobre
coisas que estão a perturbar o rebanho e sobre problemas com cada um, então
procura na Bíblia uma mensagem, para corrigir esses erros, às vezes doutrinários
ou de ordem moral ,etc... Isso não faz dele um mestre. O mestre recebe mensagem
diretamente do ESPÍRITO SANTO, é sobrenatural. O ESPÍRITO SANTO sonda os
corações se dá a mensagem na mesma hora ao mestre. sobre o que cada um precisa
ouvir.
διδασκαλος didaskalos
professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino.
Não sei onde alguns irmãos
acharam esse dom de ensino. Existe Dom ministerial de Mestre ou Doutor.
O Mestre ou Doutor é uma
pessoa dada, por CRISTO, à igreja, para ensinar a igreja ou qualquer que lhe
pergunte a respeito de DEUS ou que deseja aprender a Bíblia, seu ensino é
sobrenatural e é confirmado por sinais, prodígios e maravilhas.. É uma pessoa
capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons espirituais e alguém que busca e recebe
revelações de DEUS para aquilo que ensina. Acontecem salvações, curas e
milagres quando um Mestre ensina. Exemplo disso são JESUS, Paulo, Pedro,
Estêvão e Filipe etc. ---- Todos podem ensinar, mas nunca serem Mestres ou
Doutores, mas, todo Mestre ou Doutor é excelente ensinador. Todos podem e devem
estudar para ensinarem, porém o Mestre ou Doutor recebe ensino direto de DEUS,
além do que aprendeu estudando.
"Porque eu
recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na
noite em que foi traído, tomou o pão"; 1 Coríntios 11:23.
A minha palavra e a minha
pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas
em demonstração do ESPÍRITO e de poder, 1 Coríntios 2:4
As quais também falamos, não
com palavras de sabedoria humana, mas com as que o ESPÍRITO SANTO
ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 1 Coríntios
2:13
Um legítimo Mestre é
aquele que tira de seu aió, ou alforje, ou embornal, ou cofo,
ou sacola, ou pasta, ou mochila, etc... (bolsa onde se coloca as sementes
para plantar, de acordo com cada região do Brasil), daí o Mestre retira,
coisas velhas e coisas novas, ou seja, coisas já reveladas e coisas que ele
buscou de DEUS e são novas revelações da Palavra de DEUS, e as ensina a seus
alunos (palavra que sai da boca de DEUS). - "E ele disse-lhes: Por isso,
todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de
família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". Mateus
13:52.
O Mestre aplica tanto o
serviço espiritual de buscar a revelação da Palavra, em oração, quanto aplica o
serviço material que envolve estudar a finco a bíblia sobre o que vai ensinar e
também se aplica ao jejum para se manter em comunhão íntima com o ESPÍRITO
SANTO, também ministra dons do ESPÍRITO SANTO aos ouvintes - Sem entrega total
da vida não existe ministério de Mestre - sem sacrifício não existe
presença de DEUS.
Nicodemos disse: Rabi, bem
sabemos que és Mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele (2). Os milagres que JESUS
realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos e para aqueles que este
representava (observe a forma plural sabemos). Por causa desses milagres, eles
descobriram que JESUS era um professor especial enviado por DEUS.
A maior tragédia do ensino em
nossos dias é não ver na vida prática dos ensinadores o que eles mesmos
ensinam, é não ver e ouvir a confirmação de seu ensinos através do poder de
DEUS em operação pela manifestação dos dons espirituais na vida ministerial de
tais "mestres".
NOVO NASCIMENTO
Acontece quando há o
arrependimento de pecado e o pecador arrependido confessa a JESUS CRISTO como
único e suficiente Salvado e Senhor, é invisível a presença do ESPÍRITO SANTO
na pessoa, mas a partir desse momento Ele está morando nesse novo filho de DEUS,
nascido de novo. Este antes era do reino das trevas, agora é do reino da luz,
era do reino de Satanás, agora pertence ao reino de DEUS, era filho da ira,
agora filho de DEUS. JESUS disse que é como o vento que ninguém vê, mas sabe
que está balançando a árvore, assim o que é nascido de novo apresenta mudança
de vida, mas ninguém vê o ESPÍRITO SANTO na pessoa, embora O Mesmo esteja
morando lá. SINAL INTERNO E INVISÍVEL
Revista Ensinador Cristão
CPAD, n° 58, p.41.
Vivemos num tempo de avanço
tecnológico e de multiplicação das informações em distintas áreas do
conhecimento. Basta um computador conectado à internet e, pronto: um mundo
outrora desconhecido agora se abre para você. Possivelmente, o seu aluno
conhece o assunto a ser lecionado nesta semana. Certamente ele pesquisou muita
coisa em livros e na internet. E pode ter acumulado até mais informação que o
conteúdo preparado para a sua aula. Este é o nosso mundo globalizado!
Nesta lição, o nosso desafio é
explicar como se pode relacionar o dom ministerial de Mestre com as
urgências existenciais dos dias contemporâneos. Não por acaso, ela abre o tema
analisando o ministério do ensino em JESUS de Nazaré. O Mestre da
Galileia era antenado com as circunstâncias sociais, políticas e espirituais do
seu tempo. Com propriedade, JESUS ensinou sobre a política, as prevenções
contra o materialismo e confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro
sentido da vida humana. Levando sempre uma proposta de vida segundo a
perspectiva do Reino de DEUS. É a urgência da tarefa de todo educador cristão:
levar os alunos a pensarem as demandas da existência à luz do Evangelho e
segundo os aspectos positivos e negativos do Reino de DEUS (Mt 5-7). O ensino
do Mestre trás revelações sobrenaturais que o aluno jamais encontrará nos
livros e na internet.
Preeminência do ministério do
Mestre
Podemos afirmar historicamente
que, logo após a morte dos santos apóstolos, as testemunhas da ressurreição do
Senhor, os mestres ministeriais eram líderes chaves na comunidade antiga, assim
como os apóstolos ministeriais, profetas ministeriais, os evangelistas
ministeriais e os pastores ministeriais. Ao ponto de a Bíblia registrar a
exortação apostólica: "Os presbíteros (ministros, anciãos, líderes) que
governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os
que trabalham na palavra e na doutrina" (1Tm 5.17). Os presbíteros que se
dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram estimados por duplicada honra porque
eles se afadigavam dia e noite para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7).
A mensagem do Reino tinha de fazer sentido na vida dos cristãos de outrora.
Caro professor, o Pai concedeu
o dom ministerial do Mestre para a sua Igreja atingir a estatura de
CRISTO em sua plenitude. Portanto, estude, persista em ler e reflita acerca da
fé; não se esqueça de que os nossos alunos devem enfrentar as questões da vida
sob o prisma da mensagem do Reino de DEUS. E você professor, é um instrumento
essencial nesse processo de formação cristã. Busque o ministério de
Mestre ou doutor em oração e jejum. Busque ser usado por DEUS em Dons do
ESPÍRITO SANTO para que seu ensino seja confirmado por DEUS sobrenaturalmente.
Acréscimo do Pr Henrique.
INTRODUÇÃO 2
Entre os dons ministeriais,
concedidos por DEUS para edificação e “aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas
locais, está o de “doutor” ou “Mestre ”. Não é um dom muito reconhecido em
geral, nas comunidades cristãs, por falta de entendimento acerca do seu valor,
ou até por preconceito contra esses termos. As pessoas não têm qualquer receio
de tratar um obreiro como “pastor”, “evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”,
nos dias presentes. Mas não é comum um obreiro, que tem o dom de Mestre
ser chamado de “Mestre ” ou “doutor”. Isso se deve à visão que se tem do que é
ser dotado de capacidade para o exercício desse dom ministerial, tão importante
quanto os demais dons de DEUS. Ou pelo “ar de superioridade” que alguns vêm
naqueles usados no exercício desse dom. Percebe-se que, em muitos casos, os
pastores, por falta de humildade perseguem os mestres ou doutores, não
percebendo que aquele que deu o dom foi DEUS. O verdadeiro Mestre ou
doutor não se porta com diletantismo ou soberba, pelo fato de ser intelectualmente
mais galardoado do que outros. Os mestres devem ser sustentados pela igreja que
muitas vezes não lhe provê nem o sustento básico, como escrito acima - Os
presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram estimados por
duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para compreender os
mistérios divinos (Rm 12.7). 1 Timóteo 5:18 - O trabalhador é digno do seu
salário.
Não se deve generalizar em
caso algum o comportamento dos maus obreiros. Há os mestres ou doutores que, a
despeito de seu elevado grau de conhecimento bíblico, teológico e secular, são
humildes e sinceros, colocando-se como servos a serviço das igrejas.
Os bons mestres ou ensinadores
são muito úteis às igrejas locais. Na maioria das vezes os pastores,
assoberbados com as atividades administrativas, construindo templos, cuidando
do patrimônio, em viagens pastorais, e tantas atividades, próprias dos que realmente
trabalham em prol da obra do Senhor, não têm tempo de preparar estudos e
mensagens substanciais, para alimentar a igreja local. E recorrem aos mestres
ou ensinadores, para que lhes ajudem nessa imensa tarefa de edificar o rebanho.
Somente aí se dá o devido valor ao Mestre . Raríssimas são as oportunidades
dadas aos mestres nas igreja, hoje em dia.
A atividade primordial do
Mestre , doutor ou ensinador é cuidar do ensino recebido sobrenaturalmente. É
tão importante que a Bíblia requer que haja dedicação ao exercício desse dom.
“...se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino"
(Rm 12.7 — grifo nosso). Imagine quantas horas de oração, estudo da Bíblia e de
jejum o verdadeiro Mestre se entrega diariamente para poder exercer seu
ministério. Talvez seja uma das grandes falhas em muitos ministérios, a falta
de dedicação ao ministério de ensino. Há pessoas que querem ensinar sem o
mínimo preparo para essa atividade. Nos tempos pós-modernos, mais do que nunca,
existe a necessidade de bons ensinadores. Há questionamentos e problemas que
não havia há alguns anos. E muitos pastores não estão preparados para dar
respostas adequadas ao rebanho.
O avanço das ciências, das
tecnologias, as questões da bioética, as mudanças rápidas no comportamento
social provocam questões que exigem, não só o conhecimento bíblico e teológico,
mas também secular. Além de tudo, a dependência do ESPÍRITO SANTO que sonda os
corações revela as necessidades de cada um.
O Mestre , doutor ou ensinador
precisa ter o cuidado de não se considerar superior ao pastor ou dirigente de
uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros.
Humildade, modéstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos
que são dotados por DEUS de mais capacidade para se dedicarem ao ensino. Mais
cuidado ainda deve ter o Mestre , pois deles será requerido mais, como diz
Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos
mais duro juízo” (Tg 3.1). Aquele que recebe o nome de Mestre , sem o ser, está
em perigo constante, pois representa o papel daquele que realmente foi
recolhido por DEUS, não sabendo ele que será cobrado por ensinar o que não
prática e nem crê.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 118-119. Com acréscimos do Pr Henrique.
ENSINO
A importância do ensino
Cristão
1. Ensinemos por meio de
palavras, pela força do exemplo. O ensino faz parte da Grande Comissão (ver Mt.
28:20).
2. Os dons espirituais existem
para servir de auxílio no ministério do ensino, e o alvo de tudo é a maturidade
espiritual, o crescimento e o aperfeiçoamento dos santos (ver Ef. 4:11 e ss).
3. Os verdadeiros mestres são
dádivas divinas à igreja, para seu benefício (ver Ef. 4:11). E a revelação da
palavra é dada especialmente aos mestres, a fim de que sejam eficazes em seu
ministério (ver I Cor. 12:8).
4. O ensino tem um efeito
edificador. Portanto, é importante, se a igreja tiver de ser edificada. O
ensino é vital para esse propósito (Ef 4.12).
5. As Escrituras Sagradas nos
foram transmitidas nessa forma escrita a fim de que o ministério do ensino
fosse facilitado e se tomasse mais eficaz. São a base de qualquer ministério
(At 2.42).
6. Acima de tudo o mais,
CRISTO foi o Mestre Supremo. Se seguirmos o exemplo que nos deixou, sem dúvida
haveremos de ensinar. Ensinava, pregava e curava (Mt 4.23).
7. Se apenas houver
evangelização e faltar o ensino cristão, a igreja terá de contentar-se com uma
igreja infantil, carnal, com disputas e cisões. Um povo faminto
espiritualmente, será um povo infeliz. Daí a importância do Mestre (Mt.
28:20).
8. A ausência de ensino
cristão arma o palco para a apostasia. (ver Hb. 6:1 e ss).
9. Chega um tempo, na vida de
cada crente, que se espera que ele se tome um Mestre , e não um aprendiz (ver
Hb. 5:12).
10. Observemos a importância
emprestada por Paulo à necessidade de haver homens bons que sejam mestres de
outras pessoas na fé cristã, para que esta possa passar de uma geração à outra
(ver 2 Tm, 2:2).
Aquele que tem o privilégio de
ser bem ensinado terá o privilégio de ser instrumento na obra de DEUS.
Tu, porém, permanece naquilo
que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E
que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. Toda Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente
instruído para toda boa obra. 2 Timóteo 3:14-17
CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2.
Editora Hagnos. pag. 390. Com acréscimos do Pr Henrique.
Os versículos 7-8 acrescentam:
Se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em
exortar. Colocada ao lado de ensinar, a palavra exortar sugere pregação. Sobre
o significado de exortação (dom de exortar). No entanto, Barrett nos lembra que
precisamos evitar fazer uma distinção muito precisa entre ensinar e exortar.
“Cada um destes termos significa uma comunicação da verdade do evangelho ao
ouvinte, efetivada de diversas maneiras: em uma delas, é explicada - em outra,
é aplicada. Contudo, esta comunicação nunca deve ser explicada sem ser
aplicada, nem aplicada sem ser explicada”.
William M. Greathouse. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 164. Com acréscimos do Pr
Henrique.
É um belo dom, que o use
e ocupe-se dele. “...se é ensinar, haja dedicação ao ensino”; assim alguns o complementam, ho
didaskon, en te didaskalia.
Que ele seja regular,
constante e diligente no ensino; que permaneça naquilo que é a sua própria
função, e esteja nela como em seu ambiente natural (veja 1 Tm 4.15,16, onde
isso é explicado por duas palavras: em toutois isthi e epimene autois, estar
nessas coisas e continuar nelas). É função do Mestre aplicar as verdades
e as regras do evangelho mais próximas à situação e à condição das pessoas e
inculcar nelas aquilo que for mais prático. Se requer uma cabeça esclarecida e
um coração aquecido. Gera edificação dividir o trabalho adequadamente e,
qualquer que seja a tarefa de que nos encarregamos, vamos nos dedicar a ela.
Cuidar do nosso trabalho é entregar o melhor de nosso tempo e pensamentos a
ele, aproveitar todas as oportunidades para ele e não apenas refletir em como
fazê-lo, mas fazê-lo bem.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 389. Com acréscimos do Pr Henrique.
Nas páginas do N.T., o
vocábulo «...ministério...» geralmente aparece vinculado a alguma forma de
ministração física, como no caso do serviço prestado por Marta (ver Luc.
10:40), embora também possa indicar alguma forma de serviço espiritual, como o
serviço prestado pelos anjos aos herdeiros da salvação, conforme lemos em Heb.
1:14. No trecho de 2 Cor. 3:7, essa mesma palavra é usada para falar sobre o
ministério geral de Moisés. Pode significar o serviço geral, físico ou
espiritual, relativo às coisas temporais ou às realidades eternas.(Ver I Cor.
12:5; Efé. 4:13 e II Tim. 4:11).
Vê-se, portanto, que a palavra
«ministério» se aplica tanto ao serviço físico como ao serviço espiritual, dos
menores serviços aos mais elevados que podem ser realizados na igreja. (Ver
Atos 6:1,4).
«...dediquemo-nos ao
ministério...» Essa
«dedicação» não aparece no original grego, embora seja corretamente suprida na
tradução. Literalmente, o trecho original diz: «...o que ensina, esmere-se no
fazê-lo...» (Atos 20:20). Uma vez mais, o original grego diz tão-somente,
«...aquele que ensina, no seu ensino...», deixando subentendida a ideia de
«dedicação» ou «diligência». Aquele cujo ofício consiste em ensinar, deveria
esforçar-se por aprimorar os seus conhecimentos, por melhorar a eficácia dos
seus métodos de ensino, aumentando o seu interesse pessoal por aqueles que são
os seus alunos. Um dos mais graves escândalos das modernas igrejas evangélicas
é que a grande maioria dos seus mestres em nada melhora com a passagem dos
anos, incluindo-se nisso tanto o conhecimento como os métodos empregados, como
também não demonstram crescente interesse pessoal pelo bem-estar de seus
alunos. Pois, não é verdade que muitos pastores e outros ministros, depois de
terminarem algum curso bíblico, em um instituto bíblico ou em um seminário
qualquer, nunca mais envidam esforço para melhorarem, mas de ano após ano não
apresentam qualquer mudança para melhor, dizendo sempre as mesmas coisas e da
mesma maneira? Ponderamo-nos admirar, portanto que, neste nosso mundo moderno,
onde o conhecimento geral aumenta de forma assustadora, tantos se sintam
enfadados das igrejas, até que finalmente se desviam de todo? Não é suficiente
proferir dogmas contínuos, sem variação e sem imaginação. Ninguém pode tolerar
esse tipo de ministério para sempre. Esse tipo de ministério não corresponde
aos problemas de nossa complexa sociedade contemporânea. No entanto, que o
ensino bíblico é importante se toma imediatamente evidente através do fato que
a Grande Comissão nos ordena não somente evangelizar, mas igualmente ensinar, e
ensinar «todas as coisas» que ele nos ordenou.
Ensinar mediante o «exemplo»
também é importante, embora se trate de um aspecto olvidado por tantos mestres
cristãos. (Atos 12:25). Existe distinção entre «profetas» e «mestres», em Atos
13:1 e Ef. 4:11). A distinção é que os mestres, em sua inspiração imediata,
lhes é permitido revelar alguma coisa nova, uma revelação da Palavra de DUS,
por exemplo, de que ainda não se tinha conhecimento. que empresta autoridade
àquilo que dizem.
Deveria tornar-se evidente,
com base neste texto da epístola aos Romanos, que o ensino é um dom e
ministério. E os crentes possuidores desse ministério deveriam procurar
aprimorar-se na aplicação de sua chamada. O Mestre cristão deve também
buscar pela inspiração do ESPÍRITO SANTO, para que o Senhor o guie em suas
pesquisas e em seus pensamentos. O Mestre expõe aos seus ouvintes muitos
tesouros, alguns antigos e outros novos, mas todos proveitosos e expressos de
maneira tão convincente que podem transformar as vidas dos homens, porquanto as
suas palavras podem ser usadas pelo ESPÍRITO de DEUS visando exatamente a essa
função.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 3. pag. 814. Com acréscimos do Pr Henrique.
I - JESUS, O MESTRE POR
EXCELÊNCIA
1. O Mestre da Galileia.
a- O SIGNIFICADO DE MESTRE
A palavra Mestre, nas
escrituras, tem o sentido de designar “uma pessoa que é superior às outras, em
poder, autoridade, conhecimento ou em algum outro aspecto”. No hebraico, a
palavra 'adon que dizer “soberano” ou “senhor”. A palavra “rab” designa um
“professor comum”. Com relação a JESUS, foi usada a palavra “rabi” (cf. Jo
4.31), indicando que ele era um Mestre superior. As pessoas chamavam de “meu
Mestre ”, “meu Senhor”, a quem tinha esse título. JESUS recebeu esse tratamento
diversas vezes (Jo 1.38,49; 3.2,26). Quando JESUS ressuscitou, Maria usou a
palavra “Raboni?, quando o reconheceu. “Disse-lhe JESUS: Maria! Ela,
voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (Jo 20.16). Em seus
ensinos, “O Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os discípulos por
causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado entre os fariseus
(Mt 23. 7,8).
b- O MESTRE DA GALILEIA
JESUS era o Mestre perfeito.
Além de apóstolo, profeta, evangelista e pastor, exercia com excelência a
missão de ensinar. Evangelizava e discipulava de maneira eficaz. Era o Mestre
perfeito; o Doutor incomparável (Mt 4.23-25).
Seus ensinos, seus sermões ou
discursos e suas aulas eram eloquentes e profundamente convincentes aos que o
ouviam. Ele não ensinava teorias abstratas ou acadêmicas que impressionassem
pela retórica. Seu ensino era bem recebido pelas multidões, porque Ele vivia o
que ensinava e ensinava o que vivia.
O Mestre dos mestres fazia
diferença em seus ensinos perante as multidões. O povo estava descrente das
mensagens dos escribas e fariseus, que proferiam discursos eloquentes e
legalistas, mas vazios de autenticidade e poder. Não foi por acaso, que as multidões
que seguiam JESUS aumentavam a cada dia. A diferença dos ensinos de JESUS e os
dos fariseus, era que JESUS falava com autoridade (Mt 7.28,29). Ministrava os
dons do ESPÍRITO SANTO curando e libertando (Mt 4.23; 9.35)) e Ele era
incomparável, como Rabi da Galileia (Jo 3.2).
O Mestre dos Mestres
deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.
1) Conhecia a matéria que
ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt
13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de
bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava as verdades
bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17- 26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino
conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos,
preleção, leitura, demonstração etc.).
6) Curava e libertava as
pessoas com poder tremendo (Mt 4.23; 9.35).
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 120-121. Com acréscimos do Pr Henrique.
MESTRE
O significado literal de
várias palavras gregas varia de "instrutor" ou didaskalos, como em
Mateus 10.24, até "déspota" ou despotes, como em 1 Pedro 2.18. Outra
palavra grega traduzida como "Mestre ", epistates, significa
"alguém nomeado sobre" outros, como em Lucas 5.5. Ainda outra palavra
grega é, na verdade, hebraica - "rabbi" que significa "meu
Mestre " ("superior" ou "professor"), como em João
4.31. Uma quinta palavra grega para "Mestre " é kurios que geralmente
foi traduzida como "senhor" ao longo de todo o NT e significa
"supremo" (em autoridade). No sentido mais elevado, o título se
aplica apenas ao Senhor JESUS. Ainda existem outras palavras gregas e hebraicas
com diferentes aspectos de significado que foram traduzidas como "Mestre
". Duas palavras gregas para "Mestre " ocorrem em Mateus
23.8-10, "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi [rhabbi, "meu
Mestre ", ou "professor"], porque um só é o vosso Mestre
[kathegetes, "líder" ou "professor"], a saber, o CRISTO, e
todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai porque um só é o
vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres [kathegetes,
"líderes"], porque um só é vosso Mestre, que é o CRISTO".
Sendo assim, na autoridade e
plenitude do ESPÍRITO SANTO só JESUS foi o Mestre por excelência,
perfeito em seus ensinos. Depois veio a Igreja e entre seus 5 ministérios, o de
Mestre (Ef 4.11).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1261-1262. Com acréscimos do Pr
Henrique.
RABI
Esta palavra é uma
transliteração da palavra hebraica usada como um termo de respeito e honra. A
palavra significa literalmente "meu grande", "meu Mestre ".
Embora o termo tenha sido originalmente usado como uma marca de respeito,
depois do século I d.C. ele tornou-se um título para mestres religiosos e
líderes, perdendo em grande parte o seu significado original. Este título
continuou em uso durante a era Cristã, e é usado atualmente para designar os
ministros ordenados entre os judeus. Embora as escolas recentes entre os judeus
tenham tentado usar a graduação de títulos variando de "rab", um
professor comum, até "rabi", e então "raboni", no tempo do
Senhor JESUS não houve nenhuma consistência em uma forma de uso semelhante. No
NT, o termo rabi foi aplicado ao Senhor JESUS em várias ocasiões, porém mais
provavelmente no sentido de honra do que em um significado técnico (Jo 1.38,49;
3.2,26; 6.25). A palavra raboni, usada por Maria ao se dirigir ao Senhor
ressuscitado (Jo 20.16) é a forma aramaica da mesma palavra. Certa vez o Senhor
JESUS proibiu o uso deste termo entre os discípulos por causa do orgulho e da
exaltação pessoal com que era utilizado entre os fariseus (Mt 23.7,8).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1242-1243. Com acréscimos
do Pr Henrique.
CRISTO passou por toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando
toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35). Entenda;
a- O que CRISTO falava
sobre o Evangelho do reino.
O Reino dos céus, isto é, o
reino de graça e glória, é enfaticamente o reino, o reino que estava chegando;
o reino que iria sobreviver, que superaria todos os reinos da terra, o reino de
poder. O Evangelho compreende os estatutos deste reino, contendo o juramento de
coroação do Rei, pelo qual Ele se obriga graciosamente a perdoar, proteger,
curar e salvar os súditos daquele reino e a procurar a sua honra. Este é o
Evangelho do reino; dele, o próprio CRISTO foi o pregador, para que a nossa fé
no reino possa ser confirmada.
b- Onde Ele ensinava.
Nas sinagogas. Não apenas ali,
mas ali principalmente, porque estes eram os lugares onde a multidão se reunia,
onde a sabedoria erguia a sua voz (Pv 1.21); porque eram os lugares onde o povo
se reunia para a adoração religiosa e ali, esperava-se perdão de pecados e cura
física, a mente do povo estaria preparada para receber o Evangelho; e ali as
Escrituras do Antigo Testamento eram lidas, e a sua exposição poderia
facilmente introduzir o Evangelho do reino.
c- O empenho que Ele tinha em
ensinar.
Ele passou por toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e
curando toda sorte de doentes e enfermos. Ele podia ter publicado uma
proclamação, convocando todas as pessoas para que viessem até Ele; mas
para mostrar a sua humildade, e a condescendência da sua graça, e a necessidade
de que todos fossem abençoados, Ele vai até eles; pois Ele espera ser gracioso
e vir para buscar e salvar. Josefo disse que havia aproximadamente duzentas
cidades e vilas na Galileia, e CRISTO visitou todas elas, ou a sua maioria. Ele
viajava fazendo o bem. Nunca houve um Mestre itinerante assim, tão
infatigável, como era CRISTO. Ele ia de cidade em cidade, para comunicar aos
pobres pecadores que se reconciliassem com DEUS, Ele ensinava, pregava
e curava a todos. Este é um exemplo para os ministros mestres, para que se
dediquem a fazer o bem, e, para que Sejam insistentes e constantes, a tempo e
fora de tempo, em ensinar a palavra e curar a todos os doentes e enfermos, em
nome de JESUS.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 39-40. Com acréscimos do Pr Henrique.
CRISTO passou por toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino e curando
toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35).
Com estas palavras Mateus
repete o que já afirmou em 4.23-25 sobre a atividade abrangente do Senhor. O v.
35 caracteriza, numa coincidência quase literal com 4.23, a atuação com quatro
verbos. São eles: percorrer a região, ensinar, evangelizar, curar.
Estas quatro atividades
revelam-nos o CRISTO que fala e que trabalha, ou seja, a atuação de JESUS com
palavra e atos, com cuidado pela alma e cuidado pelo corpo.
Primeiro: JESUS percorria a região. Ele
procurava as pessoas lá onde estavam em casa, em seus hábitos. Ele realiza
“visitas domiciliares”, como diríamos hoje. Samuel Keller afirmou certa vez: “A
chave para as almas das pessoas está pendurada em sua casa. Por isso é
necessário ir até elas, procurá-las em sua vida cotidiana, em suas aflições, em
suas doenças, em sua solidão.”
Segundo: Ensinando. Ensinar refere-se à
instrução dada ao povo (exposição da palavra de DEUS!), e também à controvérsia
com os fariseus e escribas.
O objetivo é que o povo seja
ensinado a partir da autoridade, e não dos “estatutos humanos”. A palavra,
novamente a palavra, a palavra poderosa do ESPÍRITO. De que outra maneira o Bom
Pastor alcançaria seu rebanho, se não fazendo ressoar a sua voz?
Terceiro: Ao lado do ensino
acontece, como segunda característica, o “anúncio”, a “proclamação de alegria”
do reino.
Quarto: Ensino e proclamação são
acompanhados da ação simultânea. Pois o reino de DEUS está “em vigor”. Quando o
Senhor diz a sua palavra, caem as amarras do pecado, os castelos do Mamon, as
fortalezas da doença, sim os laços da morte. JESUS nos proíbe deixar de lado a
grande miséria física, social e econômica das multidões, como se não tivéssemos
nada a ver com ela, como se fosse possível ouvir e aceitar o evangelho do reino
de modo desligado dela. JESUS nos proíbe considerar essa miséria como algo
sancionado por DEUS. Pelo contrário, ela faz parte da realidade sem DEUS em que
JESUS nos ordenou que penetrássemos, dando-nos as magníficas palavras do “sal”
e da “luz”, com sinais, prodígios e maravilhas.
Fritz Rienecker. Comentário
Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica Esperança. Com
acréscimos do Pr Henrique.
Mt 7.28,29 Nos dois últimos
versículos, tomamos conhecimento da impressão criada pelo discurso de CRISTO
nos seus ouvintes.
1. Eles ficaram admirados com
a sua doutrina.
2. Apesar de ensinar com
autoridade, Ele não era como os escribas. CRISTO pronunciava o seu discurso da
mesma maneira que um juiz pronúncia uma sentença. Ele realmente fazia seus
discursos com um tom de autoridade. Suas lições eram leis, e a sua palavra era
uma palavra, de comando. CRISTO, sobre a montanha, mostrava mais autoridade que
os escribas na cadeira de Moisés. Dessa forma, quando CRISTO ensina às almas
através do seu ESPÍRITO, Ele ensina com autoridade e poder miraculoso (Mt 4.23;
9.35).
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora
CPAD. pag. 90. Com acréscimos do Pr Henrique
Mt 7. 28-29. O impacto do
sermão do Monte foi profundamente marcante e duradouro. “As multidões estavam
totalmente fora de si.” Estavam como que atordoadas, paralisadas! Pavor e
admiração, profundo abalo interior e simples incapacidade de captar tomaram conta
de seu coração. Jamais tinham ouvido algo assim.
Nenhum discurso que tenha
saído de lábios humanos era mais arrasador e impactante do que esse. Ele era,
no mais verdadeiro sentido da palavra, a “inversão de todos os valores”. Ele
foi e continua sendo o mais abrangente e mais radical paradoxo, i. é, diretamente
oposto a tudo o que houve até então, que já fora dito sobre a face da terra.
Mateus 5 - O pobre de espírito é bem-aventurado. O que chora é
bem-aventurado. O que
têm fome e sede de justiça é bem-aventurado, O que sofre perseguição por causa
da justiça é bem-aventurado. O injuriado, e perseguido é bem-aventurado
Fritz
Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora
Evangélica Esperança.
2. O Mestre divino.
O ensino do Mestre JESUS não teve nem tem paralelo em qualquer instrução, discurso ou filosofia dos homens. São ensinamentos para serem vividos, e não apenas pregados. Não eram como os ensinos dos fariseus ou dos doutores de sua época (Mt 7.29). Tempos depois, seu discípulo e apóstolo, Paulo, que não conviveu com Ele, que afirmou: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder” (1 Co 2.4). Uma das maiores causas do descrédito no evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de autenticidade na vida deles. Falta a confirmação da Palavra pelos sinais, prodígios e maravilhas. JESUS demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que era o Mestre Divino. Ele pregava o evangelho vivo e poderoso, que não consistia apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas física e espiritualmente.
JESUS foi aprovado por DEUS
com maravilhas, prodígios e sinais - Varões israelitas, escutai estas palavras:
A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e
sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos
2:22
O apostolado de Paulo foi
aprovado por DEUS também com maravilhas, prodígios e sinais - Os sinais do meu
apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais,
prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 121. Com acréscimos do Pr Henrique.
João 3.1,2 Nicodemos era um
líder religioso judeu e um fariseu, isto é, pertencia à seita mais rigorosa
daqueles tempos.
O que motivou Nicodemos a
procurar JESUS? Provavelmente, ele estava impressionado com os sinais que JESUS
fazia (bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. João 3:2b) e também curioso por
causa de seus ensinos, e preferiu formar sua opinião a respeito de JESUS depois
de uma conversa inicial. Talvez preferisse evitar ser visto na sua companhia,
em plena luz do dia, por temer a censura de seus companheiros fariseus (que não
criam que JESUS era o Messias). Mas pode não ter sido o medo que o levou a
JESUS depois de escurecer, e também é possível que tenha escolhido um momento
em que pudesse conversar sozinho e longamente com o popular Mestre que
estava sempre cercado de pessoas. Queria mais intimidade, se interessava por
DEUS (por isso mesmo se converteu - João 19:39).
Respeitosamente, Nicodemos se
dirigiu a JESUS como o Mestre que havia sido enviado por DEUS. Embora isso
fosse verdade, esse título revela seu limitado conhecimento sobre JESUS, afinal
Ele era muito mais que um simples rabino. Mas pelo menos Nicodemos identificou
os sinais miraculosos de JESUS como a revelação do poder de DEUS.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 500. Com acréscimos do Pr Henrique.
Uma Vida Nova Para um Homem
Morto — Nicodemos (3.1-21)
A salvação é para “todos”
(16), mas também é verdade que todos os homens precisam do nascimento que vem
do céu (cf. Rm 3.23).
O cuidado com que se descreve
a situação de Nicodemos na vida religiosa judaica não é uma coincidência. Ele
era um homem entre os fariseus, um príncipe dos judeus. Se algum homem, na
ordem antiga, conheceu o significado de DEUS e dos seus planos e propósitos
para o homem, esse foi Nicodemos — ele era profundamente entranhado na tradição
monoteísta, além dos ensinos da lei, da história de Israel e das proclamações
dos profetas. Mas em algum lugar, de alguma maneira, ele se perdera no caminho,
e de alguma maneira exemplificava o que havia acontecido com o judaísmo. Assim,
uma vez mais, João estabelece um vívido contraste entre a antiga aliança, com
todos os seus mal-entendidos, as suas inadequações e suas falhas, e a nova
aliança, que assegura a abundância da vida, que tem o DEUS vivo e verdadeiro
como a sua Fonte.
Este foi ter de noite com
JESUS (2). “Por que ele veio, afinal?” A resposta pode explicar por que ele
veio de noite. Devido à profunda necessidade da sua alma, ele veio até o Senhor
saindo da escuridão na qual ele e os seus companheiros estavam imersos. Compare
isto com o ato de Judas. Quando ele deixou JESUS para ir fazer o acordo com os
judeus, ele saiu “e era já noite” (13.30). O contraste vívido entre a luz e as
trevas aparece regularmente ao longo de todo o Evangelho (cf. 1.5, 9; 3.19;
8.12; 9.4-5; 12.35).
Nicodemos disse: Rabi, bem
sabemos que és Mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele (2). Os milagres que JESUS
realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos e para aqueles que este
representava (observe a forma plural sabemos). Por causa desses milagres, eles
pensavam que JESUS era um professor especial enviado por DEUS. Rabi... és...
vindo de DEUS. Mas isto não significava que JESUS estava sendo reconhecido como
o Messias. Embora mais tarde Nicodemus tenha se convertido (João 19:39).
Joseph H. Mayfield. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 48. Com acréscimos do Pr
Henrique.
A expectativa do Messias
vindouro estava viva em Israel e ganhara nova intensidade sob a pressão da
dominação estrangeira romana. Já por ocasião do surgimento de João Batista a
pergunta era: Será que ele pretende ser o Messias (cf. Jo 1.19ss)? Ocorre que
em sua pessoa e seus atos JESUS é ainda mais poderoso e envolvente que João
Batista. João Batista naõ realizou nenhum milagre, por isso mesmo não poderia
ser confundido com o Messias (veja profecia sobre o Messias - Isaías 61:1
Cf com Lucas 4:18 - O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração). Por isso
muitos creram em seu nome (Jo 2.23). Por essa razão vai até JESUS um dos homens
dirigentes de Jerusalém, chamado Nicodemos, que pertencia ao grupo dos fariseus
e tinha assento e voz no Sinédrio.
O tratamento que Nicodemos
dirige a JESUS é honroso. Ele, o reconhecido teólogo, o Mestre em Israel
(v. 10), chama o homem sem estudo da Galileia de Rabi. Vieste de DEUS, sim;
porém és apenas um grande Mestre , nada mais que isso. Ou queres ser mais?
Queres concordar com aqueles que agora estão a dizer em Jerusalém: JESUS
CRISTO, JESUS o Messias? Nicodemos dirige essa indagação oculta a JESUS. É
sobre essa pergunta que ele pretende falar com o próprio JESUS. Acaba por
encontrar o verdadeiro Messias (João 19:39).
Werner de Boor. Comentário
Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica Esperança. Com
acréscimos do Pr Henrique.
Nicodemos pode ter tido uma compreensão deficiente, mas pelo menos não estava cegado por preconceitos, como aqueles líderes religiosos cuja reação às palavras e obras de JESUS foi atribuí-las à atividade demoníaca (veja Jo 8.48,52, Mc 3.22ss.). Mesmo que ele não tenha compreendido o significado dos sinais, percebeu que eles somente poderiam ter sido operados pelo poder de DEUS. Por esta razão, apesar de JESUS não pertencer às escolas de ensino sacro reconhecidas, este Mestre-líder em Israel saudou-o como um igual com o título Rabi - um sinal de respeito que valia mais partindo de Nicodemos que dos dois discípulos jovens de João 1.38. As conclusões de Nicodemos eram válidas, até onde tinha ido, mas não chegaram ao ponto que importava. JESUS viu o estado de sua alma, por trás das palavras de saudação proferidas por ele e respondeu-lhe numa linguagem que, por mais desconcertante e incompreensível que tenha parecido a Nicodemos, fora calculada com cuidado para falar à sua condição e levá-lo à salvação (João 19:39)..
F. F. BRUCE. João. Introdução
e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 78-79. Com acréscimos do Pr Henrique.
3. O Mestre da
humildade.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29
A Auto humilhação de JESUS (Jo
13.4-20)
Pelo fato de a declaração de
abertura do capítulo 13 ser longa e detalhada, o leitor deve considerar que o
início da cena da ceia ocorre na primeira oração do versículo 2: E, acabada a
ceia (o texto grego diz “durante a ceia”), e então continua com a primeira
oração no versículo 4: levantou-se da ceia. Ao fazê-lo, o Senhor tirou as
vestes (4, cf. 10.17; Fp 2.5-8); i.e., a túnica externa. Então, tomando uma
toalha, cingiu-se, o que “marca a ação de um escravo”. Assim preparado, Ele pôs
água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxuga-los com a toalha
com que estava cingido (5). João não declara por que algum dos discípulos não
executou esta tarefa servil, mas evidentemente havia ocorrido alguma “busca de
posição” entre os doze (Lc 22.24). Além disso, JESUS era o único naquela sala
que poderia executar até mesmo o simbolismo da purificação — pois só Ele estava
limpo no sentido teológico e moral da palavra (cf. 17.19; Hb 13.12). Ele veio
para dar ao homem a possibilidade de tornar-se puro, moralmente limpo, santo.
Naquela sala só tinha um
totalmente limpo - JESUS - Só ELE poderia lavar os pés de todos.
Quando JESUS foi lavar os pés
de Pedro, este lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? (6) A resposta de
JESUS, não o sabes tu, agora, não só afirmava a ignorância de Pedro em relação
às coisas espirituais (e.g., a vinda do ESPÍRITO), como também incluía uma
promessa: tu o saberás depois (7). O que eu faço era a humilhação do Senhor,
simbolizada no ato de lavar-lhes os pés; na verdade, porém, Ele estava
proporcionando toda a obra redentora de DEUS para o homem. Hoskyns comenta que
a reação de Pedro não é um contraste entre o orgulho de Pedro e a humildade de
JESUS, mas, antes, “entre o conhecimento de JESUS, o qual é a base da ação, e a
ignorância de Pedro, que ainda não percebe que a humilhação do Messias é a
causa efetiva da salvação cristã” (cf. 2.22; 7.39; 12.16; 14.25-26; 15.26;
16.13; 20.9). Mas o entendimento do futuro estava longe demais para Pedro. Ele
só via a incongruência imediata da situação — JESUS lavando os seus pés.
Impulsivamente, ele declarou: “Nunca em nenhum momento lavarás os meus pés —
para sempre” (tradução literal). Pedro esperava colocar um ponto final em tudo
aquilo. Mas JESUS conhecia o caminho para o coração de Pedro — a ameaça de ser
excluído da presença de JESUS, a quem Pedro amava. Se eu te não lavar, não tens
parte comigo (8; cf. Hb 12.14). “Não há lugar na sociedade dos cristãos para
aqueles que não forem purificados pelo próprio Senhor JESUS”. Se a comunhão só
poderia ser adquirida pela purificação (cf. 1 Jo 1.7), então Pedro queria tudo
o que pudesse ter — pés, mãos e cabeça (9).
JESUS fez uma aplicação geral
da ideia sobre a qual conversava com Pedro: “Aquele que está lavado não
necessita de lavar senão os pés. Ele está todo limpo”. “Vós estais limpos, mas
não todos” (10). Hoskyns comenta que, no ato da lavagem dos pés, JESUS “simbolicamente
declara a completa purificação deles através da humilhação da morte do Messias.
O cristão fiel é purificado pelo sangue de JESUS” (1 Jo 1.7; cf. Rm 6.1-3; 1 Co
10.16). Tudo isto era uma prefiguração simbólica da obra do ESPÍRITO que se
tornaria possível através da sua vinda (14.15-17,25-26; 15.26; 16.7-15).
Mas, e quanto a Judas? Ele
estava limpo? JESUS sabia, e soube (6.70-71), quem o haveria de trair; por
isso, disse: Nem todos estais limpos (11). Bernard diz: “No que diz respeito à
limpeza do corpo, não há dúvida de que ele estava nas mesmas condições dos
outros, mas não no sentido espiritual”.
Tendo lavado os pés dos
discípulos e vestido a sua túnica, JESUS, estando à mesa, outra vez perguntou
aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12) Macgregor comenta:
“Quando ‘veste a sua túnica’, JESUS assume a sua vida novamente (10.17ss.) no poder
do ESPÍRITO, e assim esclarece todas as coisas” (7). Sem esperar por uma
resposta, JESUS explicou que isto tinha sido um exemplo (15), ou modelo, “que
estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo”. Da mesma forma que Ele, seu
Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes tinha feito, assim deveriam
fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz: “Seu ato de lavar os pés dos
discípulos expressa a própria essência da autoridade cristã”. Não parece haver
qualquer evidência de que JESUS quisesse que a lavagem dos pés fosse instituída
como um sacramento. Mas fica claro que Ele estava ensinando, pelo exemplo
básico e axiomático, embora paradoxal, que a única maneira de ser “o maior” (Lc
22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar a estrada do serviço amoroso
(13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no conhecimento da vontade de DEUS
para nós. A palavra traduzida como bem-aventurado é makarioi (Mt 5.3-12).
Joseph H. Mayfield. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 116-117. Com acréscimos do Pr
Henrique.
João 13. 4/5 Nesse episódio
torna-se palpável o que Paulo quer dizer em Fp 2.6ss: Ele, que subsistindo em
forma de DEUS, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo. Com o pano
de linho se cingiu do avental de escravo para servir, exercendo um serviço
típico de escravo.
Werner de Boor. Comentário
Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica Esperança.
Jo 13.3-5. Lucas acrescenta um
elemento interessante, descrevendo como a disputa deles sobre este assunto
provocou em JESUS algumas palavras sobre os verdadeiros padrões de grandeza e
um apelo para que olhassem para seu próprio exemplo: “ ...no meio de vós, eu
sou como quem serve" (Lc 22.24-27).
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 240-241.
Jo 13. 12/14
“Vós deveis também lavar os
pés uns aos outros” (Jo 13.12-17). Lucas 22.24 nos diz que, enquanto os
discípulos entravam na sala em que ocorreria a Última Ceia, eles discutiam quem
seria o maior no Reino do céu.
Esse pano de fundo encontrado
em Lucas nos ajuda a perceber a importância da pergunta de JESUS: “Entendeis o
que vos tenho feito?” Se JESUS, seu Senhor e Mestre, podia curvar-se para
servir, os discípulos não deviam competir por grandeza, mas, antes, concentrar-se
em servir. “Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também”.
A preocupação de CRISTO
não é com o ato, mas com a postura que ele demonstra. A humildade e o servir
são elementos necessários à condição de discípulo cristão. Se somos seguidores
de JESUS, certamente devemos seguir o seu exemplo.
Lawrence O. Richards. Comentário
Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 693-694. Com acréscimos
do Pr Henrique.
No meu ver, JESUS estava
lavando a parte dos discípulos que tinha contato com o mundo, com a Terra. Esta
parte estava suja.
O ensino de JESUS é que nós no
mundo nos sujamos no dia a dia pelo contato com as coisas do mundo. Conversas,
TV, Internet, etc...
Temos que sermos limpos todos
os dias através do perdão de JESUS.
Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça. 1 João 1:9.
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS
NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
Portanto, ide, ensinai todas
as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus
28:19,20
Mateus 28.19 IDE... ENSINAI...
BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de CRISTO a todos os
seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a
outorga da tarefa missionária da igreja.
(1) A igreja deve ir a todo o
mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, da
parte de CRISTO e dos apóstolos (ver Ef 2.20). Esta tarefa inclui a
responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).
(2) O evangelho pregado
centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47),
na promessa do recebimento de o dom do ESPÍRITO SANTO (At 2.38), e na exortação
de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que
esperamos a volta de JESUS, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).
(3) O propósito da Grande
Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de CRISTO. Este é o
único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de CRISTO
não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões
de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em
aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se
separam do mundo, que observam os mandamentos de CRISTO e que o seguem de todo
o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31).
(4) Note-se, ainda, que CRISTO
nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em
cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em
CRISTO devem abandonar o presente sistema mundano maligno e separar-se da sua
imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14), e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef
5.11).
(5) Os que crêem em CRISTO e
no evangelho devem ser batizados em água. Este ato representa o compromisso que
assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza
pecaminosa e de se consagrar sem reservas a CRISTO e aos propósitos do seu
reino (ver At 22.16).
(6) CRISTO estará com seus
seguidores obedientes, através da presença e do poder do ESPÍRITO SANTO (cf. v.
20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que
do alto sejam revestidos de poder (Lc 24.49; ver At 1.8)
28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de CRISTO para os que estão
empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de
retidão.
JESUS ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele
está contigo na pessoa do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,26), e através da sua
Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem
importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e
provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua
presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do
crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.
BEP - CPAD - Com acréscimos do
Pr Henrique.
e, em seu nome, se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém. Lucas 24:47
24.47 ARREPENDIMENTO E A
REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados
juntamente com o arrependimento do pecador. O pregador que anuncia a salvação
como uma simples crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação
gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a CRISTO e à
sua Palavra, está pregando um falso evangelho. O verdadeiro arrependimento
inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do
verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2).
24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio CRISTO institui a obra missionária cristã
como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário,
tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is
2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8; 28.28; Ef 2.14-18).
Mas recebereis o poder do
ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8
1.8
RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude ou poder é dunamis, que
significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos.
O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder
divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e
ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO
seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt
28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).
(1) Poder
(gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui,
principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO
SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente.
(2) Está
relacionado o batismo no ESPÍRITO SANTO, a salvação e a regeneração da pessoa,
junto com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com
grande eficácia.
(3) A obra
principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz
respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo
no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). O ESPÍRITO dá testemunho e isso representa papel
importante em nossa vida pessoal.
1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga
poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia
desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o
Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo
14.26; 15.26,27).
(1) O
ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS
(Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num
desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.
(2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo
16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras, mas
também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO
a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à
semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13).
(3) O
batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e
produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8).
Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com
sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40).
(4) O
batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS
por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a
mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32).
(5) O
batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de
santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando
em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À
luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO,
terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras
palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica
e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a
plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade,
estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres,
sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, devem ter uma vida de verdadeira
fé, amor e retidão. Com acréscimos do Pr Henrique.
Isso nos
leva a uma consideração dos termos da Grande Comissão. Qual foi a comissão que
o Senhor JESUS deu a Igreja? Não pode haver dúvida de que a maioria de suas
versões (pois parece que ele repetiu a comissão de várias formas e em várias
ocasiões) dá ênfase ao evangelismo. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
a toda criatura” é o mandamento familiar da “longa conclusão” do Evangelho de
Marcos (Mc 16.15). “Ide […] fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
[…], ensinando-os” é a forma que Mateus escolheu (Mt 28.19-20), enquanto Lucas
registra, no final de seu evangelho, as palavras de CRISTO de que “em seu nome
se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” e no
início de Atos, de que seu povo receberia poder para se tornar testemunha até
os confins da terra (Lc 24.47; At 1.8). A ênfase cumulativa parece clara. Ela é
colocada na pregação, testemunho e discipulado, e devemos mesmo deduzir disso
que a
missão da
igreja, de acordo com as especificações do Senhor ressurreto, seja
prioritariamente uma missão de pregação, conversão e ensino. Evidente
que a Igreja tem outras tarefas como a educação, adoração, trabalho social etc.
Embora em missões anteriores
JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a
partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os
discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado.
Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas
as coisas que JESUS tinha mandado (Mt 28.20). Isto também mostrava aos
discípulos que haveria um período entre a ressurreição de JESUS e
arrebatamento. Durante este período, os seguidores de JESUS tinham uma missão a
cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de JESUS para
que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho
deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e autoridade,
JESUS ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos
discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a outro país - e
fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam
JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que JESUS
está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do ESPÍRITO
SANTO na vida dos crentes. O ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca
nos deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio
do seu ESPÍRITO SANTO.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 171. Com acréscimos do Pr Henrique.
Mt 28:18 Toda a autoridade. Em
seu estado ressuscitado, JESUS exerce autoridade absoluta em todo o céu e a
terra, o que demonstra sua divindade. Sua autoridade foi dada pelo Pai, o que
indica que ele continua sujeito ao Pai (1 Coríntios. 15:28).
Mt 28:19 O imperativo (fazer
discípulos , isto é, chamar as pessoas a comprometer-se a JESUS como Mestre e
Senhor) explica o foco central da Grande Comissão, enquanto os particípios
gregos (traduzido como batizando , e "ensinar" [v.20 ]) descrevem os
aspectos do processo. todas as nações . O ministério de JESUS em Israel era
para ser o ponto de partida do que viria a ser uma proclamação do evangelho a
todos os povos da terra, incluindo não só os judeus, mas também os gentios. O
nome (singular, não plural) do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO é uma
indicação precoce da divindade trinitária e uma proclamação aberta da divindade
de JESUS.
Mt 28:20 O ensino é um meio
pelo qual os discípulos de JESUS são continuamente transformados, a fim de
tornar-se mais semelhante a CRISTO (cf. 10:24-25;. Rom 8:29;. 2 Coríntios
3:18). observar. Obedeça. estou convosco todos os dias . JESUS conclui a comissão,
e Mateus seu Evangelho, com o elemento crucial do discipulado: a presença do
Mestre, que é "DEUS conosco" (Mt 1:23).
BIBLIA
DE ESTUDO ESV ENGLISH STANDARD
VERSION. Published by Crossway Bibles. Com acréscimos do Pr Henrique.
2. A doutrina dos apóstolos.
12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária.
(1) Antes de mais nada, a
igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO
SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com
DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co
11.28; Hb 11.6).
(2) Mediante o poderoso
testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas
águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta
de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).
(3) O batismo no ESPÍRITO
SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença
e poder se manifestarão.
(4) Os dons do ESPÍRITO SANTO
estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios,
sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja,
DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o
trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).
(6) Os crentes expulsarão
demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta
ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42;
ver Ef 2.20). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e
à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana
(At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua
edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO
(1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a
humildade, reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11).
Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão
aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres, falsos apóstolos,
falsos evangelistas e falsos pastores que são desleais à fé bíblica (20.28; 1
Co 5.1-13; 2 Co 11.13; Mt 18.15; 24.1; Mc 13.22; 2 Pe 2.1).
(10) Aqueles que perseverarem
no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão
ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua
vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente,
a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e
materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8).
(12) Haverá amor e comunhão no
ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente
dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que
crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja
de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão
dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas
(2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e
aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará
ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma
igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a
não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas
entre seus membros.
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT perseveravam em oração fervorosa. A
situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão
vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção
de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e
oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro, na casa
de Maria, mãe de Marcos. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17).
As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At
1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna
para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa
será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua
teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e
noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como
elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na
igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração
integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação,
movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO
SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas (1.14). BEP - CPAD
O ensino do evangelho de
CRISTO aos novos convertidos era tão sério e profundo, que os primeiros crentes
eram batizados em águas imediatamente após se converterem (De sorte que foram
batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se
quase três mil almas. Atos 2:41; Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19),
“E perseveravam na doutrina
dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma
havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.42,
43 — grifo nosso).
A “doutrina dos apóstolos” era
o conjunto de ensinos, ministrados por eles aos novos crentes, de forma eficaz,
produzindo mudanças e transformações na vida dos que se convertiam, com sinais
prodígios e maravilhas. Essa doutrina apostólica ainda está em vigor em nossos
dias. Os mestres ou doutores, com humildade e amor, devem fundamentar seus
estudos nos ensinos preciosos do evangelho de CRISTO, imitando em tudo a JESUS,
ou seja, ensinando, pregando e curando.
E percorria JESUS toda a
Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e
curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23
E percorria JESUS todas as
cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do
Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35
e enviou-os a pregar o Reino
de DEUS e a curar os enfermos. Lucas 9:2
E aconteceu que, em um
daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores
da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judeia, e de
Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. Lucas 5:17
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 125. Com acréscimos do Pr Henrique.
Atos 2.42 Este primeiro relato da igreja
que acabava de nascer descreve a adoração na igreja primitiva, na primeira
década da igreja. Os três mil novos crentes se agregaram aos outros crentes.
Isto é, se reuniram com outros como eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes.
Perseveravam implica que estavam regularmente, continuamente, persistindo nas
atividades que vinham a seguir.
Estas atividades formam um
mapa prático não somente para a igreja de um dia de idade, mas para qualquer
igreja, de qualquer idade.
A doutrina dos apóstolos era
essencial para o conteúdo daquilo que deveria ser estudado. Os apóstolos, as
testemunhas oculares de tudo o que JESUS tinha feito, seriam aqueles a quem o
ESPÍRITO SANTO lembraria as verdades fundamentais segundo as quais a igreja
seria conduzida pelos séculos futuros (Jo 14.17,25,26; 16.13). Desde o início,
a igreja primitiva se dedicou a ouvir, estudar e aprender o que os apóstolos
tinham para ensinar.
A comunhão (do grego,
koinonia) significa associação e relacionamentos íntimos. Isto era mais do que
simplesmente ficarem juntos, certamente mais do que simplesmente uma reunião
religiosa. Isto envolvia compartilhar bens, fazer refeições juntos, e orar juntos.
O partir do pão se refere aos
cultos de comunhão que eram realizados como lembrança de JESUS e instituídos de
acordo com a Última Ceia, que JESUS tinha tido com os seus discípulos antes da
sua morte (Mt 26.26-29). É provável que este culto incluísse regularmente uma
refeição em comum (At 2.46; 20.7; 1 Co 10.16; 11.23-25; Jd 1.12).
A oração está ligada ao partir
do pão, para explicar a palavra “comunhão”. Estas eram pelo menos duas das
atividades que faziam parte das suas reuniões regulares. A oração sempre foi
uma marca das reuniões dos crentes.
Atos 2.43 A palavra temor é a
palavra grega phobos, literalmente traduzida como “medo”. Este temor era
parcialmente causado pelas muitas maravilhas e sinais que os apóstolos faziam.
As “maravilhas” (teratá) eram os milagres fabulosos que evocavam assombro
naqueles que os viam. Os “sinais” miraculosos (semeia) conferiam autenticidade
à mensagem e ao mensageiro, direcionando os observadores a uma fonte divina do
milagre ou a uma verdade divina. Aqui, estes sinais e maravilhas conferiam
autenticidade à mensagem dos apóstolos, identificando-a como uma verdade
divina.
E eles, tendo partido,
pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a
palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 633.
(1) Os cristãos da igreja
primitiva estavam todos os dias no templo (v. 46). Adorar a DEUS tem de ser
nossa atividade diária, e, sempre que houver oportunidade, quanto mais vezes
fizermos publicamente, melhor.
(2) Os cristãos da igreja
primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia ou discussão entre eles,
somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se reuniam nos cultos
públicos. Mantinham reuniões exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações.
c- Os primeiros cristãos
juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles perseveravam no partir do pão
(v. 42), celebrando o memorial da morte do Mestre, como pessoas que não se
envergonhavam de relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este crucificado (2
Co 2.2). Eles repartiam o pão em casa, kat oikon - de casa em casa. Não
julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no templo, visto que isso era
peculiar aos cristãos. Eles iam de uma a uma destas pequenas casas domésticas,
casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com as pessoas
que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
d- Os primeiros cristãos
perseveravam [...] nas orações (v. 42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado,
como também antes enquanto o esperavam, eles permaneceram perseverantes em
oração. O partir do pão se coloca entre a obra e a oração, pois se liga a
ambas, e é uma forma de assistência apara ambas.
5. Os primeiros cristãos
abundavam em ação de graças; sempre estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor
deve ser parte de toda oração e não algo a ser escondido num canto.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 24.
Atos 2. 43 “Cada alma, porém,
enchia-se de temor.” Consideramos isso estranho? O “temor de DEUS” obviamente
se tornou algo desconhecido para nós, porque DEUS ficou distante e impreciso,
uma mera ideia de nossas cabeças. Acerca dos primeiros cristãos, porém, Bengel
escreve com razão ao comentar este trecho: “Habebant enim DEUM praesentum” – “A
saber, tinham a DEUS presente”. Para pessoas salvas, portanto, o temor não era
aquele medo do castigo, sobre o qual João escreve que é lançado fora pelo amor
perfeito (1 Jo 4.18). Pelo contrário, era o respeito sagrado daqueles que agora
de fato “habitavam” na presença de DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e por isso “com o
fogo devorador e com as chamas eternas”, de que falou Isaías 33.14. É o “temor”
que Pedro deseja aos fiéis como característica permanente de toda a sua conduta
(1Pe 1.17).
Essa proximidade de DEUS se
tornou palpável nos “prodígios e sinais, que aconteciam por intermédio dos
apóstolos”. DEUS é por natureza um DEUS dos milagres, um DEUS que intervém nas
realidades da vida, ajudando, libertando e restaurando. Em vista disso, o
“temor” sobreveio também àqueles que ainda não pertenciam à igreja. Olhavam com
apreensão para esses cristãos, entre os quais DEUS se mostrava tão poderoso.
Tinham uma sensação de que DEUS ainda era algo diferente daquele personagem da
tradição antiga, em quem haviam “crido” e que haviam venerado em formas do
passado sem um abalo especial do coração. É uma marca de autenticidade daqueles
“prodígios e sinais” o fato de não desencadearem entusiasmo e fanatismo, mas
“temor”.
Werner de Boor. Comentário
Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança.
3. Ensinamento persistente.
Atos 13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é muito sensível ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16). Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma palavra profética (cf. v. 1).
Atos 20.19 COM MUITAS
LÁGRIMAS. Paulo, em muitas ocasiões, menciona que servia ao Senhor com lágrimas
(v. 31; 2 Co 2.4; Fp 3.18). Nesse discurso diante dos anciãos de Éfeso (vv.
17-38), Paulo refere-se à admoestação que, com lágrimas, lhes dirigiu durante
três anos (v. 31). As lágrimas não resultaram de fraqueza; pelo contrário,
Paulo via a condição perdida da raça humana, a maldade do pecado, a distorção
do evangelho e o perigo de rejeitar o Senhor, como coisas tão graves, que sua
pregação era frequentemente acompanhada de lágrimas (cf. Mc 9.24; Lc 19.41).
20.20 NADA... DEIXEI DE VOS ANUNCIAR. Paulo pregava tudo que era útil ou
necessário à salvação de seus ouvintes. O ministro do evangelho deve ser fiel
ao anunciar toda a verdade de DEUS à sua congregação. Não deve procurar agradar
aos desejos dos ouvintes, nem satisfazer o gosto deles, nem promover sua
própria popularidade. Mesmo se tiver que falar palavras de repreensão e de
reprovação, ensinar contrariamente à preconceitos naturais, ou pregar padrões
bíblicos opostos aos desejos da natureza carnal; o pregador fiel entregará a
verdade plena por amor ao rebanho (e.g., Gl 1.6-10; 2 Tm 4.1-5), afinal
"Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e
arrepende-te" Apocalipse 3:19 - BEP - CPAD
Os primeiros mestres ou
ensinadores foram os integrantes do Colégio Apostólico. Como pioneiros na
propagação do evangelho, foram perseguidos, presos e alguns mortos. Mas
cumpriram a ordem de JESUS de pregar e ensinar a sua Palavra. Diz o texto
bíblico: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de
anunciar a JESUS CRISTO” (At 5.42). Não perdiam tempo. Não havia templos
cristãos. A igreja começou nas casas. O ensino era ministrado a pequenos grupos
nos lares. O apóstolo Paulo, falando aos anciãos de Éfeso, mostrou
o caráter do seu ensino como verdadeiro Mestre cristão: “servindo ao
Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas
ciladas dos judeus, me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos
anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus
como aos gregos, a conversão a DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At
20.19-21 — grifo nosso).
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 125-126.
Os apóstolos
prosseguiram na obra com diligência infatigável: Eles foram castigados por
pregarem no nome de JESUS (v. 40) e receberam a ordem de não pregarem mais
nesse nome. Contudo, eles não cessavam de ensinar e de anunciar (v. 42). Não
deixaram de aproveitar toda oportunidade, nem diminuíram nada em seu zelo ou
fervor.
Observe: (1) Quando os
apóstolos pregavam: Todos os dias (v. 42). Não só em fim de semana, mas
diariamente, tão regularmente quanto chegava o dia, sem falhar um dia sequer;
como fez o Mestre (Mt 26.55, Lc 19.47). Eles não temiam ser mortos ou enfadar
os ouvintes. (2) Onde os apóstolos pregavam: publicamente no templo e
particularmente nas casas (v. 42). Em reuniões heterogéneas, nas quais todos
acorriam, e nas reuniões seletas de cristãos para ordenanças especiais. Eles
não pensavam que um tipo de reunião os dispensaria de outro, pois a palavra
deve ser pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2). Eles visitavam as famílias
dos irmãos que estavam sob perseguição e lhes davam instruções particulares
segundo requeria cada caso, até para crianças e escravos. (3) Qual era o tema
que os apóstolos pregavam: Eles anunciavam a JESUS CRISTO (v. 42). Eles não
pregavam a si mesmos, mas a CRISTO JESUS (2 Co 4.5), como amigos fiéis do
noivo, tornando sua tarefa promover o interesse dele. Esta era a pregação que
mais ofendia os sacerdotes, que queriam que eles pregassem qualquer coisa,
menos JESUS CRISTO. Mas eles não mudariam o tema para agradá-los. Os ministros
do evangelho devem ser constantes em anunciar senão a JESUS CRISTO e este
crucificado (1 Co 2.2), anunciar a JESUS CRISTO e este glorificado. Nada mais
que JESUS CRISTO e o que for conversível a este tema.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 58-59.
Atos 20. 20-21. A pregação de
Paulo era autêntica (w. 20,21). Ele foi a Éfeso para pregar o evangelho de
CRISTO, fora-lhes fiel e àquele que o comissionou. (1) O apóstolo era um
pregador claro. Ele entregava as mensagens de modo bastante compreensivo. Essa
interpretação se baseia em duas palavras: Nunca deixei de vos anunciar e
ensinar (v. 20). Ele não divertiu os efésios com especulações sutis, nem os
levou para depois abandoná-los nas nuvens de altas teorias e sublimes
expressões. Ele lhes anunciou as verdades claras do evangelho, verdades da
maior influência e importância, e lhes ensinou como se ensina a crianças. “Eu
vou anunciei o caminho certo para a felicidade, e vos ensinei a andar nele.”
(2) O apóstolo era um ensinador poderoso, ideia implícita no fato de
testemunhar aos efésios (v. 21, testificando). Ele ensinou como se estivesse
sob juramento, como se estivesse inteiramente certo da verdade que defendia.
Seu único desejo era que a mensagem os convencesse, os influenciasse e os
orientasse. Ele anunciou o evangelho, não como um vendedor de jornais que proclama
as manchetes na rua (pouco lhe importando se o que proclama é verdadeiro ou
falso), mas como testemunha conscienciosa que apresenta provas no tribunal, com
a maior seriedade e solicitude. Paulo ensinou o evangelho como uma testemunha a
favor deles, caso o recebessem, e como uma testemunha contra eles, caso o
rejeitassem. (3) O apóstolo era um pregador útil (v. 20). Em todas as suas
pregações, objetivava fazer o bem àqueles para quem pregava. Ele proclamava
tudo que fosse útil aos efésios, que tendesse a torná-los sábios e bons, mais
sábios e melhores, que documentasse seus julgamentos e corrigisse seus corações
e vidas. Ele pregava ta sympheronta, as coisas que traziam consigo a luz, o
calor e o poder divino para suas almas. Nós fazemos tudo isto, ó amados, para
vossa edificação (2 Co 12.19). Paulo não tencionava ensinar o que fosse
agradável, mas o que fosse útil. E, quando agradava, o alvo era ser útil. A
Bíblia diz que DEUS ensina ao seu povo o que é útil (Is 48.17).
Os que ensinam ao povo o que é
útil estão ensinando no lugar de DEUS. (4) O apóstolo era um ensinador
esmerado, muito diligente e infatigável em seu trabalho: Ele ensinava
publicamente e pelas casas (v. 20). Em suas visitas particulares e enquanto vão
de casa em casa, os ministros devem discorrer sobre os mesmos assuntos que
ensinam publicamente. Devem repeti-los, reprisá-los, explicá-los e, caso
necessário, perguntar: Entendestes todas estas coisas? (Mt 13.51). E,
sobretudo, devem ajudar as pessoas a aplicar a verdade a si mesmas e à sua
própria situação. (5) O apóstolo era um ensinador fiel: Ele não só pregava o
que era útil, mas tudo que julgasse que fosse útil para os efésios. (1 Co
1.23). (6) O apóstolo era um ensinador universal: Ele testemunhou tanto aos
judeus como aos gregos (v. 21). Os ministros têm de pregar o evangelho com
imparcialidade porque são ministros de CRISTO para a igreja universal que é o
corpo de CRISTO. (7) O apóstolo era um ensinador verdadeiramente cristão: Ele
não ensinava noções filosóficas ou questões de discussão duvidosa, nem pregava
política ou se intrometia em assuntos do estado ou do governo civil. Ele
pregava a fé e o arrependimento - os dois grandes temas do evangelho suas
características e exigências. Esses eram temas nos quais insistia em todas as
ocasiões. [1] O arrependimento para com DEUS (v. 21, versão RA; ou a conversão
a DEUS, RC). [2] A fé em nosso Senhor JESUS CRISTO (v. 21).
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 222-223.
Atos 20. 20. O ministério
pastoral de Paulo se realizava publicamente em reuniões (tais quais aquelas que
se realizavam na escola de Tirano) e também de casa em casa (2:46; cf. Rm 16:5;
Cl 4:15; Fm 2). Paulo dá considerável ênfase ao fato de que, no decurso de
tudo, não deixará de ensinar qualquer coisa que fosse proveitosa para seus
ouvintes (cf. v. 27), embora nem sempre fosse bem aceita (G1 4:16, cf. 2 Co
4:2).
Atos 20. 21. proclamava aos
judeus a necessidade da fé, e aos gregos, a necessidade do arrependimento,
respectivamente.
I. Howard Marshall. Atos.
Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 308-309.
Atos 13. A Incumbência
(13.1-3).
Literalmente, o versículo 1
diz: “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores” (ASV;
cf. NEB).
A cidade de Antioquia na Síria
era a terceira maior cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria).
Dali saiu a grande missão voltada aos gentios. Antioquia tornou-se a base
principal da evangelização do mundo gentílico. Foi feita uma referência a
alguns profetas e doutores da igreja de Antioquia. A palavra grega prophetes
(de prophemi, “falar”, com o sentido de declarar) significa “aquele que age
como intérprete ou comunicador da vontade divina”, e da mesma maneira ela foi
usada pelos profetas do Antigo Testamento (e.g., 3.22-23; 7.37; 8.28). Os
profetas e os doutores, ou mestres, passaram a constituir os dois principais
grupos de obreiros da igreja dignos de receber apoio, como mostra claramente o
Didache (c. 13) do segundo século.
Na língua grega, a partícula
te é colocada antes da palavra Barnabé e com Manaém. Este fato levou Ramsay a
sugerir que a relação de cinco nomes deveria ser dividida em duas partes, com
os três primeiros sendo designados como profetas e os dois últimos como
doutores. Mas como profetas e doutores são tratados como classes distintas
tanto no Novo Testamento como no Didache (ver acima), a interpretação de Ramsay
merece alguma consideração.
Ralph Earle. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 298-300.
Atos 13.1- Até este ponto, parece que Barnabé e Paulo tinham sido os principais professores na igreja de Antioquia (11.26). Esta lista mostra pelo menos outros três, considerados como profetas e doutores. Saulo era um rabino judeu, altamente instruído, e cidadão romano. O seu nome conclui a lista deste grupo tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais destes indivíduos mostram que o ESPÍRITO de DEUS tinha estado trabalhando rapidamente e sobre uma ampla região geográfica. O Evangelho não tinha apenas chegado a estas regiões, mas também o ESPÍRITO de DEUS usava a Antioquia cosmopolita para reunir uma equipe diversificada para a próxima “fase” da expansão do reino.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 680.
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM
MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da
igreja.
O legítimo mestre ministro tem revelações da Palavra de DEUS que nenhum outro ministro terá. É revelado ao mestre ministro exatamente o que cada um precisa ouvir para que seja edificado, exortado ou consolado. O ESPÍRITO SANTO sonda as pessoas e comunica ao mestre ministro a mensagem a ser dada. O mestre ministro possui intima comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
A Igreja necessita de mestres
ministros urgentemente para que a obra de DEUS seja realizada a contento.
Nenhuma igreja pode sobreviver sem mestre ministro de CRISTO.
Ensinar No Novo Testamento
Terminologia. Alguma forma da
palavra "ensinar" é usada em várias versões para traduzir cinco
termos gregos, quatro dos quais são precisamente traduzidos pela versão RSV em
inglês.
1. O grego matheteuo,
"ser" ou "fazer um discípulo" (Mt 28.19; At 14.21).
2. O grego paideuo,
"educar" ou "treinar" (At 22.3; Tt 2.12).
3. O grego katecheo,
"instruir" (1 Co 14.19; Gl 6.6 duas vezes).
4. O grego kataggello,
"proclamar" (At 16.21; RSV "advogar").
5. O grego sophronizo,
"encorajar", "aconselhar" (Tt 2.4).
A versão RSV em inglês traz o
termo "ensino" em Lucas 10.39 como a tradução do termo logos.
A ideia transmitida pela
palavra "ensinar", por seus cognatos e compostos reside inteiramente
sobre alguma forma do verbo didasko.
διδασκαλος didaskalos
professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino.
O ESPÍRITO SANTO como
Mestre .
Paulo afirmou que sua pregação
não consistia em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo
ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.13).
O Senhor JESUS encorajou seus
discípulos a não se preocuparem com o que deveriam dizer nas ocasiões de perigo
e perseguição, porque naquela mesma hora o ESPÍRITO SANTO lhes ensinaria o que
deveriam dizer (Lc 12.12).
Disse o nosso Senhor JESUS que
O ESPÍRITO SANTO viria como um Paracleto e ensinaria todas as coisas aos seus discípulos
(Jo 14.26).
A unção do ESPÍRITO é o tutor
perpétuo do crente (1 Jo 2.27).
E a unção que vós recebestes
dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como
a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como
ela vos ensinou, assim nele permanecereis. 1 João 2:27
O Senhor JESUS como Mestre .
Paulo, mesmo exercendo seu
ministério após a morte e ressurreição de JESUS, recebeu ensino de JESUS em seu
ministério e ensinou a todos o que recebeu de seu ensino - Porque eu
recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite
em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23.
Mas faço-vos saber, irmãos,
que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o
recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas
1:11,12
O ministério de JESUS por toda
a Palestina é descrito como sendo essencialmente de ensino e pregação e cura
(Mt 4.23; 9.35), seja para as multidões casuais ou para os seus próprios
discípulos; quer nas sinagogas, nos lugares públicos, ou na audiência dos
líderes religiosos (Lc 5.17). O efeito sobre suas reuniões era impressionante e
reforçava a convicção de que Ele ensinava não como os escribas, mas como alguém
que possuía autoridade (Mt 7.28ss.; 13.54; Mc 1.22; 6.2; cf. Lc 4.32). O Senhor
JESUS afirmou que as palavras que Ele falava lhe haviam sido ensinadas por DEUS
Pai (Jo 8.28), e que seu ensino vinha do Pai (Jo 7.16ss.). Seu ensino foi
caracterizado pelo uso frequente de parábolas (Mc 4.2).
Nicodemos reconheceu que JESUS
era um Mestre vindo de DEUS, e que isto fora atestado por obras poderosas
(Jo 3.2). Os principais dos sacerdotes e escribas o interrogaram quanto à fonte
de sua autoridade de ensino (Mt 21.23; cf. Jo 18.19). Até mesmo os seus
adversários admitiram francamente que o Senhor ensinava o caminho de DEUS
imparcialmente, independente do temor ou do favor do homem (Mc 12.14; Lc 20.21;
Mt 22.16; cf. Jo 18.19). Certamente, todos estavam admirados com seu ensino (Mt
7.28; 13.54; 22.33; Mc 1.22; 11.18) e perguntaram se era um novo ensino (Mc
1.27). Em seu circuito inicial na Galileia, CRISTO foi glorificado por todos
devido ao seu ensino (Lc 4.15). Nos últimos dias de seu ministério, Ele estava
diariamente no templo ensinando (Lc 19.47; 20.1; cf. Mc 14.49; Jo 18.20). Seu
ministério foi caracterizado pela atividade que os judeus - entendendo mal
algumas de suas declarações - questionavam, por exemplo, não sabendo se Ele
estava ensinando sobre a Diáspora e os gentios (Jo 7.35).
A reputação do Senhor JESUS
CRISTO como Mestre rapidamente lhe trouxe o respeitoso título de rabi
(q.v.), ou raboní ("meu senhor", um extraordinário título para um
Mestre distinto) por parte de seus discípulos (Mc 9.5; 11.21; Jo 1.49),
daqueles que o ouviam (Mc 12.14; Jo 3.2), e até mesmo de seus inimigos (Lc
10.25; 11.45; 19.39; 20.28). Este título aramaico às vezes é deixado sem uma
tradução, às vezes é interpretado, porém é mais frequentemente traduzido pela
palavra grega didaskalos ("Mestre " ou "professor"), que
embora não seja uma tradução literal é verdadeira no sentido do contexto
original. O Senhor JESUS aceitou este título como indicativo do verdadeiro
relacionamento existente entre si mesmo, como Mestre , e os seus seguidores,
como discípulos (Jo 13.13; Lc 6.40; Mt 10.24ss.). O tema central no ensino do
Senhor JESUS era o reino de DEUS (Mt 5.2; 9.35). Lucas descreveu o relato de
seu Evangelho como pertencendo a tudo o que JESUS começou tanto a fazer como a
ensinar (At 1.1). Dentre as muitas lições que o Senhor JESUS ensinou aos seus
discípulos, os evangelistas escolheram várias para as suas menções
particulares; por exemplo, o Sermão do Monte (q.v.); o pedido de seus
discípulos para que lhes ensinasse a orar (Lc 11.1): sua rejeição, morte e ressurreição
em Jerusalém (Mc 8.31; 9.31); e sua segunda vinda (Mt 24-25; Mc 13; Lc
17.20-27; 21).
Os apóstolos como mestres.
Durante seu ministério, o
Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar, pregar, libertar e curar
(Mc 6.1-13; 30). Mais tarde, o Senhor mandou que fizessem discípulos de todas
as nações, e ensinando-os a observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20).
Depois do Pentecostes, que ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram ao
povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos mortos (At 4.2). O concílio judeu
mandou que Pedro e João desistissem de ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma
ordem que eles não atenderam, e foram presos no templo enquanto continuavam a
ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma outra severa advertência das
autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar, pregar a JESUS CRISTO (At
5.42) e curar os doentes se enfermos, até que toda Jerusalém estivesse repleta
de seu ensino (At 5.28). Barnabé e Paulo ensinaram durante um ano inteiro na
igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O procônsul Sérgio Paulo
ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor JESUS, após Paulo ordenar
que Elimas ficasse cego para não atrapalhar a obra de DEUS (At 13.11,12).
Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao Areópago para que pudesse
lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou dezoito meses em Corinto
ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde lembrou aos presbíteros
efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de casa em casa durante sua
estada em Éfeso, onde ocorreram milagres incríveis (At 19.5-12; 20.20). Apolo,
embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as
coisas do Senhor (At 18.25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de
Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as
leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes
judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando
descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia
ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At
21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do
cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja.
Porque eu recebi do
Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que
foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23
E Paulo e Barnabé ficaram em
Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a
palavra do Senhor. Atos 15:35
Paulo refere-se repetidamente
à sua designação como Mestre dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2
Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho
que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes, ele declarou que o
recebeu pela revelação de JESUS CRISTO (Gl 1.12).
Mas faço-vos saber, irmãos,
que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o
recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de JESUS CRISTO. Gálatas
1:11,12
O ensino de Paulo foi dirigido
a todos os homens em toda a sabedoria para que todo homem pudesse tornar-se
maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do
CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo,
estavam a capacitação para se tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma
vez que os apóstolos, profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande
mobilidade, é provável que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido
um ministério de viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um
período mais curto ou mais longo. É provável que a maioria ou todos os cinco
homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo permanentemente em
Antioquia. O papel do Mestre na igreja era designado e desempenhado
através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28). A
integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são enfaticamente
ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação como em seu
conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser considerados
dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles que são
ensinados (Gl 6.6). O aspirante a Mestre é solenemente advertido de que
esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso
(Tg 3.1). Mas embora existam aqueles que são especialmente selecionados para
ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste ministério (Cl 3.16; 1 Co
14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de todos, e não deve ser
complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do
Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2 Tm 2.24). Embora as
mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1 Tm 2.12), Paulo
ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto educam as mulheres
mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja.
Há uma referência no NT a uma
tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou
de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef
4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em
Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição
era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1
Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos
homens que crêem e praticam o que ensinam, que por sua vez serão capazes de
ensinar aos outros também (2 Tm 2.2; cf. 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto,
deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel
que lhe foi ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer
uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é
creditada com o poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm
6.17). A doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento
espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6). Aquele que ensina deve crer naquilo
que ensina e praticar aquilo que ensina.
Outros usos.
O menino JESUS foi encontrado
por sua família sentado entre os doutores da lei no templo co apenas 12 anos de
idade (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de Mestre de
Israel (Jo 3.10 etc...). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc
11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que infringe o menor mandamento e
assim o ensina aos homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que
observa e ensina corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS
censurou os escribas e os fariseus por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando
como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
Falso ensino.
Entre os cristãos na Judeia
havia aqueles que ensinavam a necessidade da circuncisão para a salvação, uma
doutrina mais tarde repudiada pelo Concílio de Jerusalém (At 15.1). Paulo faz
menção dos preceitos e ensinos humanos que prescrevem regulamentos rituais aos
quais os cristãos não devem submeter-se (Cl 2.20-22). Ele adverte Timóteo que
nos anos futuros alguns iriam afastar-se da fé dando ouvidos a doutrinas de
demônios (1 Tm 4.1), enquanto outros reuniriam em torno de si mestres que se
adequassem aos seus próprios desejos (2 Tm 4.3). Em outras passagens está
previsto que os falsos mestres trarão heresias destrutivas à igreja (2 Pe 2.1).
Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse
aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que
havia aqueles que deveriam ser silenciados visto que estavam perturbando
famílias inteiras ensinando basicamente o que não tinham o direito de ensinar
(Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em
vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à
integração espiritual e à participação vital de todos dentro da igreja, para
que eles não fossem agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo
vento de doutrina (Ef 4.14). O autor da epístola aos Hebreus adverte seus
leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9),
enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que não
permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada
por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap
2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel
(Ap 2.20,24).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário
Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 647-650. Com acréscimos do Pr
Henrique.
2 Pedro 2.1 O final do
capítulo 1 leva ao tema da sua carta. Pedro tinha explicado que DEUS tinha
operado por meio de seres humanos para transmitir as suas palavras às pessoas
(1.21).
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 749-750.
Os verdadeiros mestres são de
suma importância para a Igreja devido a existência dos falsos mestres. Sempre
tem havido falsos mestres entre o povo de DEUS, e sempre os haverá.!
O cristianismo é, realmente,
uma religião de liberdade; mas também exige amoroso serviço totalmente dedicado
a JESUS, o Redentor. Paulo, Judas, Tiago e outras personalidades de destaque no
Novo Testamento deleitavam-se em chamar-se “escravos” ..Os falsos mestres não
eram assim.
Michael Green. II
Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 89-91.
2. A responsabilidade de um
discipulado contínuo.
O DISCIPULADO PERMANENTE
O ensino da Palavra de DEUS,
na igreja local, é indispensável e de fundamental importância. Depois da
evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos. Mas o discipulado
não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola Bíblica Dominical. O
discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de ser discípulo pela
idade ou “por tempo de serviço”. O pastor ou bispo ou qualquer obreiro, devem
ter sempre a capacidade para ensinar. Diz Paulo: “Convém que o bispo seja....
apto a ensinar ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso). Porém, sabe ensinar não implica em
ser mestre ministro de CRISTO. Por isso DEUS resolveu designar algumas pessoas
com a missão de dedicar-se exclusivamente ao ensino (cf. Rm 12.7). “E a uns pôs
DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em
terceiro, doutores (ou mestres)...” (1 Co 12.28).
A missão dos mestres ou
doutores, nas igrejas, é de grande valor. Os pregadores, os evangelistas ou os
missionários pregam a Palavra de DEUS, atraindo as almas para CRISTO. Os novos
convertidos são como “crianças” espirituais, que precisam receber o alimento
espiritual de acordo com o seu tempo de conversão; os crentes mais antigos,
supostamente, devem ter mais maturidade; mas todos precisam do ensino
fundamentado, que expresse a sã doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o
conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de
Nosso Senhor JESUS CRISTO (cf. 2 Pe 3.18).
O PAPEL DOS MESTRES
A necessidade do ensino da
Palavra de DEUS requer pessoas preparadas para ministrá-la com sabedoria, graça
e unção da parte de DEUS. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São
pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram
superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar.
Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem
informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a
igreja e ainda têm a inspiração contínua do ESPÍRITO SANTO em seu ministério.
Revelações sobrenaturais estão presentes nos ensinos nestes doutores ou
mestres.
Dificilmente um pastor terá o
ministério de Mestre junto a seu ministério, embora precise saber ensinar. O
ensino pastoral tem a ver com o saber dos problemas da igreja e procurar
estudar a Palavra de DEUS sobre tais assuntos e aplicá-las em seu ensino para
corrigi-los. Os pastores em seu ministério são todos apascentadores, que zelam,
cuidam, vigiam e protegem o rebanho de CRISTO aos seus cuidados. Porém, os
mestres são usados sobrenaturalmente para penetrarem no íntimo de seus ouvintes
pelo ESPÌRITO SANTO e lhes revelar a solução espiritual para seus problemas.
Os mestres, doutores ou
ensinadores, que recebem o dom de ensinar, podem (e devem) cooperar com a
liderança da igreja na ministração de estudos valiosos e profundos para a
edificação dos crentes. Diz o pastor Elienai Cabral: “Igrejas sem Mestre
são igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se reconhecer a importância
e a necessidade do ministério do ensino. É através do ensino inspirado pelo
ESPÍRITO SANTO, que a igreja se justifica contra as falsas doutrinas e que se
fortifica contra os ataques espirituais de Satanás”.
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 121-123. Com acréscimos do Pr Henrique.
O QUE É DISCIPULADO?
JESUS estudou a Palavra de
DEUS, aos doze anos já ensinava a mestres (Lucas 2.46). Treinou homens para
implantarem o Reino de DEUS. Seus discípulos estiveram com ele dia e noite por
quase três anos e meio. Escutavam seus sermões e memorizavam seus ensinamentos,
embora ainda obscuros. Viram-no viver a vida que ele ensinava. Viram e ouviram
sinais, prodígios e maravilhas que realizava. Então, após sua ascensão,
confiaram as palavras de CRISTO a outros e encorajaram-nos a adotar o seu
estilo de vida e a obedecer ao seu ensino. Discípulo é o aluno que aprende as
palavras, os atos e o estilo de vida de seu Mestre com a finalidade de
ensinar outros.
O discipulado cristão é um
relacionamento de Mestre e aluno baseado no modelo de CRISTO e seus
discípulos, no qual o Mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da
vida que tem em CRISTO que o aluno é capaz de treinar outros para que ensinem outros.
Um estudo cuidadoso do ensino
e da vida de CRISTO revela que o discipulado possui dois componentes
essenciais: a morte de si mesmo e a multiplicação. São essas as ideias básicas
de todo o ministério de JESUS. Ele morreu para que pudesse reproduzir nova vida.
E ele requer que cada um de seus discípulos siga o seu exemplo.
MORRER PARA SI MESMO
O chamado de CRISTO para o
discipulado é um chamado para a morte de si mesmo, uma entrega absoluta a DEUS.
JESUS disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome
diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá;
mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará” (Lc 9.23,24).
Da perspectiva do mundo, a
franqueza de CRISTO em chamar as pessoas para segui-lo parece exagerada. JESUS
ensina que para compartilhar de sua glória, primeiro a pessoa tem de
compartilhar de sua morte.
JESUS é o Senhor dos senhores
e o Rei dos reis. E o Senhor do Universo ordena que toda pessoa o siga. Seu
chamado a Pedro e André (Mt 4.18,19) e a Tiago e João (Mt 4.21) foi uma ordem.
“Siga-me”. Sempre tem sido uma ordem, nunca um convite (Jo 1.43).
JESUS nunca implorou que
alguém o seguisse. Ele era embaraçosamente direto. Ele confrontou a mulher no
poço, com o seu adultério; Nicodemos, com seu orgulho intelectual; os fariseus,
com sua justiça própria. Ninguém pode interpretar “Arrependam-se, pois o Reino
dos céus está próximo” (Mt 4.17) como uma súplica. JESUS ordenou a cada pessoa
que renunciasse a seus interesses, abandonasse os pecados e obedecesse
completamente a ele.
Quando o jovem rico se recusou
a vender tudo o que possuía para segui-lo (Mt 19.21), JESUS não foi correndo
atrás dele tentando conseguir um acordo. Ele nunca minimizou seu padrão. JESUS
declarava apenas: “Quem me serve precisa seguir-me [...]” (Jo 12.26).
JESUS esperava obediência
imediata. Ele não aceitava desculpas (Lc 9.62). Quando um homem quis primeiro
sepultar o pai antes de seguir CRISTO, ele replicou: “[...] Siga-me, e deixe
que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Mt 8.22). Homem algum recebeu
algum elogio por ter obedecido à ordem de CRISTO de segui-lo e tornar-se seu
discípulo; era o que se esperava de todos. JESUS disse: “Assim também vocês,
quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: 'Somos servos
inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’ ” (Lc 17.10).
Assim, quando é que você se
torna um cristão, um discípulo de CRISTO? Quando vai à frente em resposta a um
apelo? Quando se ajoelha diante do altar? Quando chora sinceramente? Nem
sempre. Os primeiros seguidores de CRISTO tornaram-se discípulos quando lhe
obedeceram, quando ‘eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o seguiram”
(Mt 4.22)
A obediência à ordem de CRISTO
“Siga-me” resulta na morte de si mesmo. O cristianismo sem essa morte é apenas
uma filosofia abstrata. É um cristianismo sem CRISTO.
Talvez o erro fundamental
cometido por muitos cristãos seja fazer distinção entre receber a salvação e
tornar-se discípulo. Colocam as duas coisas em níveis diferentes de maturidade
cristã, presumindo que é aceitável ser salvo sem assumir compromisso com as
exigências mais radicais de JESUS, como “tomar a sua cruz” e segui-lo (Mt
10.38).
Essa ideia baseia-se na crença
errada de que a salvação é principalmente para o benefício do homem a fim de
torná-lo feliz e evitar a condenação eterna.
Embora a salvação venha ao
encontro da mais profunda necessidade do homem, essa ideia humanista de fazer
uma coisa em favor do bem-estar da pessoa ignora completamente a razão
fundamental pela qual CRISTO morreu na cruz. DEUS concede a salvação aos homens
principalmente para trazer glória a ele por meio de um povo que tem o caráter
de seu Filho (Ef 1.12). A glória de DEUS é mais importante do que o bem-estar
do homem (Is 43.7).
Ninguém que compreenda o
propósito da salvação ousaria especular que uma pessoa pudesse ser salva sem
aceitar o senhorio de CRISTO. CRISTO não pode ser o Senhor da minha vida se eu
for o senhor dela. Para que CRISTO esteja no controle, tenho de morrer. Não
posso me tornar discípulo sem morrer para mim mesmo e sem me identificar com
CRISTO, que morreu pelos meus pecados (Mc 8.34). O discípulo segue o seu Mestre
até mesmo à cruz.
Por muito tempo, lutei para
entender as implicações práticas de “morrer para si mesmo”. Como essa
determinada autor renúncia se manifestaria em minha vida? Ao meditar em Gálatas
2.20, finalmente compreendi: “Fui crucificado com CRISTO. Assim, já não sou eu
quem vive, mas CRISTO vive em mim [...]”.
Suponhamos que no dia 1 ° de
janeiro eu estivesse sobrevoando o Kansas quando o avião explodiu. Meu corpo
caiu no chão, e morri com o impacto. Depois de algum tempo, um fazendeiro
encontrou meu corpo. Não havia pulsação, nenhuma batida do coração nem fôlego.
Meu corpo estava frio. Era óbvio que eu estava morto. O fazendeiro fez uma
cova. Mas, ao colocar meu corpo na terra, o dia já estava escuro demais para
cobri-lo. Decidindo que terminaria o trabalho na manhã seguinte, ele voltou
para casa.
Então CRISTO veio e me disse:
“Keith, você está morto. Sua vida sobre a Terra acabou, mas eu soprarei um
fôlego de nova vida em você se prometer fazer qualquer coisa que eu pedir e ir
a qualquer lugar que eu mandar”.
Minha reação imediata foi: “De
maneira nenhuma. Isso não é razoável. É escravidão”. Mas, então, reconhecendo
que não estava em posição de negociar, sincera e rapidamente concordei.
Instantaneamente, os pulmões,
o coração e os demais órgãos vitais voltaram a funcionar. Voltei à vida. Nasci
de novo. Daquele momento em diante, não importava o que CRISTO pedisse de mim
ou onde me mandasse, eu estava mais que disposto a obedecer-lhe. Nenhuma tarefa
seria por demais difícil, nenhum horário cansativo demais, nenhum lugar
perigoso demais. Nada era sem motivo. Por quê? Porque eu não tinha direito
sobre minha vida; estava vivendo com tempo emprestado, o tempo de CRISTO. Keith
morrera no dia 1° de janeiro em um milharal do Kansas. Então eu podia dizer
como Paulo: “Estou crucificado [morri] com CRISTO; já não sou eu [Keith] quem
vive, mas CRISTO [quem] vive em mim”.
É isso que significa morrer
para si mesmo e nascer de novo. A ordem de CRISTO “Siga-me” é uma determinação
para participar de sua morte a fim de experimentar uma nova vida. Você se torna
morto para si mesmo totalmente consagrado a ele.
Um grande paradoxo da vida
está em que existe imensa liberdade nessa morte. O morto já não se preocupa com
seus direitos, com sua independência ou com as opiniões dos outros a seu
respeito. Ao unir-se espiritualmente ao CRISTO crucificado, riquezas, segurança
e status — as coisas que o mundo tanto almeja — perdem o valor. “Os que
pertencem a CRISTO JESUS crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus
desejos” (G1 5.24). A pessoa que toma a cruz, que está crucificada com CRISTO,
não fica ansiosa pelo amanhã porque o seu futuro está nas mãos de outro.
Por outro lado, o morto para
si mesmo é liberto a fim de fazer todas as coisas para a glória de DEUS (Rm
8.10). Ele coloca tudo o que tem e tudo o que é à disposição permanente de
DEUS. Sua submissão ao senhorio de CRISTO capacita-o a agradar a DEUS em cada
decisão que toma, em cada palavra que diz e em cada pensamento que tem. O
discípulo vê toda a sua vida e todo o seu ministério como adoração (1 Co
10.31). Morrer para si mesmo liberta-o para ter prazer em seu amor a DEUS.
A morte do eu é pré-requisito
essencial para tornar-se discípulo. Qualquer pessoa que nao tenha experimentado
a morte de si mesmo não pode se qualificar como elo legítimo no processo de
discipulado porque é incapaz de reproduzir o que JESUS ensinou: “[...] se o
grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer,
dará muito fruto” (Jo 12.24). Sem multiplicação, não existe discipulado.
COMO SABER SE VOCÊ É
DISCÍPULO?
Muitas pessoas dizem ter
experimentado a morte de si mesmo e estar vivendo totalmente consagradas a
CRISTO. Mas JESUS disse: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará
no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos
céus” (Mt 7.21).
Como saber se você é um
discípulo de CRISTO? Como saber se você já morreu para si mesmo e está apto a
reproduzir? A evidência inegável ao discernir se alguém é uma versão espiritual
de imitação de ouro ou o artigo genuíno é a presença de um caráter semelhante
ao de CRISTO. Se o caráter de CRISTO estiver faltando, você ainda não morreu
para si mesmo e não está preparado para reproduzir.
Talvez a maior dificuldade que
você tenha de enfrentar seja crer de fato que seu caráter é mais importante do
que sua capacidade ou suas habilidades. Tal ideia é tão incomum ao mundo que,
mesmo depois de entregar-se à morte de si mesmo, você a achará estranha.
Sempre soube em minha mente
que só o ESPÍRITO de DEUS movia as pessoas ao arrependimento e à confissão e
que fui chamado apenas para testemunhar, e não para convertê-las. Contudo, agia
como se a qualidade da minha vida cristã e a salvação dos outros dependessem da
minha capacidade e criatividade na evangelização.
Finalmente, a Bíblia
alertou-me para a verdade. Primeiramente, e acima de tudo, DEUS queria que eu
tivesse o caráter de CRISTO —fosse cristão. Só então ele operaria por meio de
mim para a sua glória.
Que revelação paralisante! Eu
havia confundido ativismo e a resposta do homem com retidão; havia substituído
a adoração por atividades. De repente, minha segurança nas boas obras foi
destruída.
A verdade era dolorosamente
clara. É necessário ser médico antes de tratar dos doentes. É necessário ser
advogado antes de advogar. Do mesmo modo, eu teria de ser como CRISTO antes de
realizar sua obra.
O caráter cristão consiste na
união de qualidades mentais e éticas que o capacitem “para que vocês vivam de
maneira digna de DEUS, que os chamou para o seu Reino e glória’ (1Ts 2.12);
exibe o fruto do ESPÍRITO: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio (G1 5.22,23).
Um exame cuidadoso do
ministério de CRISTO revela que, entre as virtudes que caracterizavam sua vida,
quatro qualidades destacavam-no de todas as demais pessoas como o Filho
unigênito de DEUS: obediência, submissão, amor e oração.
Quando descobri isso pela
primeira vez, fiquei aturdido. Será que o DEUS encarnado escolheu edificar sua
Igreja sobre o fundamento dessas quatro qualidades? Pareciam características de
uma pessoa fraca — de alguém que depende totalmente de outra para ter direção,
motivação e confiança.
No entanto, era exatamente
isso. Essas qualidades descreviam perfeitamente a relação de CRISTO com o Pai.
A força de CRISTO vinha de sua dependência do Todo-poderoso. E, se eu quisesse
ser usado por DEUS, minha relação com ele teria de ser moldado conforme a do
meu Senhor. O caráter cristão é construído por meio de minha disposição
(exercício de minha vontade) em sujeitar cada aspecto de minha vida à imagem de
CRISTO.
Alguns cristãos têm procurado
entrar no nosso ministério de discipulado com a condição de que seus talentos
sejam utilizados. Mas tal perspectiva é uma negação da morte de si mesmo e
demonstra que seus valores estão distorcidos. A principal ocupação do discípulo
deve ser que seu caráter seja construído e multiplicado. Todos nós procuramos
fazer discípulos, mas sabemos que isso é impossível sem que sejamos
primeiramente discípulos. Precisamos conhecer a DEUS antes de torná-lo
conhecido.
O discípulo emprega qualquer
dom ou talento que construa o Reino ou edifique o corpo. Ele confiantemente
deixa de exercer habilidades que possam nutrir seu orgulho ou impedir sua
maturidade cristã. O enfoque do homem morto para si mesmo é DEUS. Ele procura
ser como CRISTO.
Se algum homem tivesse motivo
para encontrar segurança em sua reputação, capacidades ou credenciais este
seria o apóstolo Paulo. Mas ele reconhecia que isso tudo era lixo em comparação
a ser como CRISTO (Fp 3.8). A capacidade da pessoa nada vale sem um caráter
reto. É claro que mortal algum pode atingir tais qualidades por seus próprios
esforços. Mas DEUS predestinou os discípulos, a serem “conformes à imagem de
seu Filho” (Rm 8.29).
Se você não tiver um alvo para
sua vida, é provável que fique à deriva. Se o seu alvo for o nada,
provavelmente o atingirá. É por isso que você tem de ter uma compreensão
perfeita da pessoa que CRISTO quer que você seja.
Obediência, submissão, amor e
oração são os objetivos pelos quais você e cada discípulo que fizer deverão
lutar. Servem de instrumento para medir o seu crescimento e o progresso
daqueles a quem discipula. São tão importantes que os examinaremos individualmente
nos capítulos seguintes.
Keith Phillips. A
Formação de um Discípulo. Editora Vida. Com acréscimos do Pr Henrique.
3. Requisitos necessários ao
Mestre .
Um bom ensinador, Mestre
ou doutor é pessoa que, usada por DEUS, na unção do ESPÍRITO SANTO, pode muito
contribuir para a edificação espiritual e moral dos crentes. O Eclesiastes
resume o valor dos que ensinam com a sabedoria de DEUS: “As palavras dos sábios
são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações,
que nos foram dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11). Para ser um bom Mestre , na
igreja, são necessários alguns requisitos.
1) Apresentar-se a DEUS.
“Procura apresentar-te a DEUS aprovado... que maneja bem a palavra da verdade”
(2 Tm 2.15a). Um bom Mestre deve ser um obreiro aprovado por DEUS, e não
apenas nas faculdades de teologia ou seculares. O que ensina deve ser aprovado:
a) No testemunho pessoal (1 Tm
4.16; 2 Tm 4.5);
b) Na vida familiar (SI
128.1);
c) Na vida social (Mt 5.16);
d) Na igreja (Ec 5.1,2).
e) Através de sinais,
prodígios e maravilhas (Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre
vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém! Marcos 16:20)
2) “Que não tem de que se
envergonhar... ” (2 Tm 2.15b). Quem é Mestre precisa ser exemplo dos
fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida íntegra, para não ser alvo de acusações
por parte dos que o ouvem ou dos de fora da igreja. Se um ensinador dá escândalo
compromete seu nome, sua imagem e seus ensinos.
3) “Que maneja bem a palavra
da verdade...” (2 Tm 2.15c). Esse requisito é muito importante, porque o
Mestre ou doutor é o homem que faz uso da Palavra de DEUS para ministrar
o ensino à igreja. Seu manual de ensino é a Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer
bem a Palavra para poder preparar estudos, mensagens e reflexões a serem
compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para a edificação da igreja. Devem
ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24). Para ter esse manejo, é preciso
que o Mestre ou doutor tenha certos cuidados:
a) Seja um leitor persistente
e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13).
b) Seja dedicado ao ensino (Rm
12.7b). Essa dedicação exige esforço e disciplina para o desenvolvimento de um
ministério frutífero;
c) Seja um leitor de bons
livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13). Os bons livros não substituem a Bíblia,
mas, quando são escritos por homens de DEUS, são excelentes auxílios ao preparo
de estudos e mensagens;
d) Procure conhecer versões
variadas da Bíblia, principalmente as de estudo bíblico, examinando seus
comentários, para evitar inserções heréticas, em suas notas;
e) Utilize dicionários,
concordâncias e enciclopédias bíblicas.
f) Seja um leitor de revistas,
jornais, e periódicos (evangélicos e seculares), que tenham subsídios para
fortalecer o ensino.
g) Tenha preparo teológico. Um
curso teológico de boa qualidade não faz um excelente Mestre no ensino da
Palavra de DEUS. Esse é feito por DEUS. Contudo, o curso dá uma visão ampla do estudo
sistemático da Palavra de DEUS, a partir da Teologia Sistemática e suas
divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia
Bíblica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia, etc... A Bíblia diz: “Examinai
tudo. Pretende o bem...” (1 Ts 5. 21). Um Mestre deve ter conhecimentos
acima da média de seus alunos.
Tiago adverte que muitos não
queiram ser mestres (doutores ou professores), visto que “receberemos mais duro
juízo” (Tg 3.1). Diante disso, é importante que os mestres sejam pessoas
cuidadosas no exercício de sua missão, pautando-se pelos princípios éticos e
morais da Palavra de DEUS, para que possam contribuir para o crescimento
espiritual dos crentes, nas igrejas, auxiliando os pastores ou líderes a melhor
conduzirem o rebanho do Senhor JESUS.
4) Deve ser homem de adoração,
oração e Jejum. Sem uma íntima comunhão com o ESPÍRITO SANTO não haverá
revelação durante a explanação do mestre a respeito da Palavra de DEUS. O
mestre deve ouvir nitidamente a voz do ESPÍRITO SANTO.
Na igreja que estava em
Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado
Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e
Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me
a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:1,2
Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 123-124. Com acréscimos do Pr Henrique.
I Tm 4.13 « ...aplica-te...»
No grego é «prosecho», que significa «dar atenção a», «seguir», «voltar a mente
para». Isso se refere à diligência e à dedicação necessárias por parte de todo
o Mestre , sobretudo em suas funções públicas, que passam a ser enumeradas.
Embora o sentido primário
dessas palavras indique a leitura pública das Escrituras, e como os ensinadores
deveriam mostrar-se fiéis nessa função eclesiástica, espera-se, mui
naturalmente, que todos os líderes cristãos sejam homens que dediquem muito
tempo ao estudo e à leitura dos documentos sagrados.
«...à exortação...» No grego é
«paraklesis», que significa «encorajamento», «exortação», «consolo». O ESPÍRITO
SANTO é o «Consolador», o «Ajudador», o «divino paracleto», palavra teológica
essa baseada no termo grego que ora comentamos.
Esse verbo significa «chamar
para o lado de, com o intuito de ajudar», «convocar»; e isso tanto para exortar
como para consolar. No presente versículo, porém, devemos entender «exortar»,
porquanto a palavra é usada em conexão com a ideia da leitura das Escrituras em
público, indicando, portanto, o ensino que compunha parte do culto de adoração
dos cristãos. Mas em particular, um «supervisor» também deveria agir como
consolador; e também poderia ensinar mensagens consoladoras, a seu público. Mas
parece que a ideia de exortação é que se destaca aqui, pelas razões dadas
acima. Tais exortações podem estar baseadas ou não na leitura feita, pois
normalmente eram feitas mediante «alguma espécie de explicação sobre o que era
lido, ou, pelo menos, incluía algo dessa atividade.
«...no ensino...» No grego é
«didaskalia», que significa «instrução», «ensino». Não é suficiente ler e
exortar. Exortação e ensino também são unidos em Rom. 12:7,8 e I Tim.
6:2.
A principal função do Mestre ,
no tocante ao culto de adoração, é aqui salientada. O ensino não é bastante por
si mesmo. Também deve haver o ensino, e as passagens de Rom. 12:7 e Tito 2:1-14
mostram-nos que o ensino deve incluir tanto a instrução doutrinária como a
instrução moral.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 5. pag. 326. Com acréscimos do Pr Henrique.
I Tm 4.13.
Persiste em ler, exortar e
ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado
por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas,
ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem
cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo
isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 Timóteo 4:13-16
ler - exortar - ensinar
- dom - meditar- ocupar - cuidado - doutrina - perseverar - salvar.
Na leitura: trata-se da
leitura em voz alta das Escrituras disponíveis perante a congregação reunida -
A bíblia deve ser ouvida para gerar fé - De sorte que a fé é pelo ouvir, e o
ouvir pela palavra de DEUS. Romanos 10:17. Os textos de 2 Co 3.14; Lc 4.16; At
13.15 se referem à leitura do AT praticada na sinagoga, um direito de cada
homem que soubesse ler. Conforme 1Tm 5.18 (citações do AT e do NT), 1Ts 5.27;
Cl 4.16; Ap 1.3 a leitura pode ser tanto do AT como dos escritos do NT já
existentes. Aqui a ênfase certamente incide sobre a leitura de escritos
apostólicos, o que no entanto não exclui a conhecida prática de proclamar
textos do AT. “Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida a todos os
irmãos. E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja
também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodiceia, lede-a igualmente
perante vós.” As pastorais não permitem notar uma diferença em relação a essa
leitura de suas missivas motivadas por autoridade apostólica (QI 21, 25e).
Na exortação: No culto da
sinagoga a palavra livremente lida era interpretada. “Depois da leitura da lei
e dos profetas, os chefes da sinagoga (judaica) mandaram dizer-lhes: Irmãos, se
tendes alguma palavra de exortação para o povo, dizei-a!” Após essa solicitação
Paulo se levanta e evangeliza. Isso não é a mesma coisa que ensinar. Também em
Rm 12.7s ele diferencia nitidamente entre exortar e ensinar como dois dons
distintos da graça. O próprio DEUS é o DEUS de toda a consolação, CRISTO o
Parákletos, que envia outro Parákletos, o ESPÍRITO SANTO. Deparamo-nos aqui com
uma palavra-chave da revelação do NT que liga da maneira mais estreita possível
as pastorais com todas as demais cartas de Paulo e com os escritos de João. O
Messias é o consolo de Israel, que será revelado no fim dos tempos e pelo qual
esperam os mansos da terra. Os ricos, que tentam usar sua riqueza para se
tranquilizar em seu vazio humano, “já têm sua consolação”. Nesse contexto
também deve ser entendida a “consolação das Escrituras”, porque elas apontam
para o DEUS da esperança. Da Escritura e de sua leitura provêm o verdadeiro
consolo e a verdadeira admoestação.
Exortar significa tratar, com
base nas Escrituras, e com autoridade profética, por meio do ESPÍRITO SANTO, de
cada indivíduo e de cada igreja em sua carência, aflição e perigo atuais,
dirigindo-se de forma amável e séria à consciência e ao coração dos ouvintes. A
“paráclese” sempre possui o duplo sentido de exortar e encorajar, de anunciar e
desafiar, de consolar e fortalecer. Exortar visa a situação atual, motivo pelo
qual é aplicação pessoal, ou, se quisermos, subjetiva, i. é, direcionada ao
sujeito, da Escritura Sagrada.
Na doutrina: atividade de
ensino, instrução, educação. Ensinar é algo diferente e é mais que retirar um
versículo da Bíblia, relacionando com ele considerações edificantes. Estão em
jogo a totalidade da fé cristã e a história da salvação: “a forma da doutrina”.
Quem ensina, expõe os desígnios de DEUS e evidencia as dádivas e os deveres
deles decorrentes; interpela o entendimento e convida para o cumprimento em
obediência. Quem exorta, nutre e fortalece o coração dos ouvintes com a palavra
de DEUS. Coloca-os junto com seu fracasso diante daquele que perdoa e restaura.
Interpela sua consciência, para que acordem da indiferença.
Timóteo deve nutrir-se
pessoalmente com a palavra da fé e seguir a doutrina, então terá condições de
exortar e ensinar a igreja a partir da Escritura. A vivência na Escritura e a
leitura a partir de seus textos constitui o fundamento para as duas atividades
principais do servo da palavra: exortar e ensinar, dirigir-se ao indivíduo,
falar-lhe a partir de DEUS e colocá-lo no contexto geral dos desígnios de DEUS
com a igreja e o mundo, o subjetivo e o objetivo, as pequenas coisas do
cotidiano e a grande dimensão universal e supramundana das idéias e intenções
de DEUS. Ambas precisam ser mantidas em equilíbrio e tensão recíproca. Quando
se enfatiza demais a doutrina e falta a exortação, surge um conhecimento
cerebral, dissociado da vida e atividade cotidianas. Quando a exortação se
torna preponderante, o ser humano se perde na subjetividade, na
autocontemplação e em última análise na santificação própria, na mesquinhez, e
a devoção adquire aparência mofada e estreita. Falta a relação com a magnitude
e a totalidade dos desígnios de DEUS. Por essa razão ambas as coisas são
necessárias, da maneira como o ESPÍRITO explicita para cada respectiva
situação.
Paulo exorta Timóteo a
despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que nele residia para que tenha confirmação
de seu ministério perante os outros líderes e confirmação da mensagem que
transmitia ao povo. Um Mestre jamais será respeitado como tal sem a confirmação
sobrenatural de seu ministério.
Hans Bürki. Comentário
Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.
Com acréscimos do Pr Henrique.
II Tm 4.13. Ainda mais que a
capa, Paulo queria seus livros e pergaminhos. A prisão de Paulo poderia
ter ocorrido tão inesperadamente, que ele não pôde voltar para casa para
apanhar seus pertences pessoais. Os livros incluiriam partes do Antigo
Testamento. Os pergaminhos eram muito provavelmente pergaminhos ou papiros
escritos à mão, frequentemente usados no século I para a tomada de notas (como
em cadernos), confecção de memorandos, ou primeiros rascunhos de obras
literárias. Talvez estes pergaminhos fossem rascunhos de algumas das epístolas
de Paulo. Praticamente tudo o que era escrito também tinha um grande valor.
Paulo era um estudioso e teria reunido, para o seu uso, uma biblioteca pequena,
mas eficiente. Quando Paulo pediu os livros e os pergaminhos, ele estava
pedindo sua biblioteca, alguns documentos mais apreciados. provavelmente também
entre esses estavam cópias de orações da Palavra de DEUS.
Isso mostra que Paulo dava
muito valor ao estudo da Palavra de DEUS aos seus escritos sobre a mesma.
Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 542-543. Com acréscimos do Pr Henrique.
«...especialmente os
pergaminhos...» Eram livros ou documentos feitos de peles preparadas de
bezerro, de antílope, de cabra ou de ovelha. O material mais caro era feito de
bezerro ainda não-nascido, devido à sua fina textura. Eram caríssimos, e poucas
pessoas possuíam livros feitos desse material. Eram reunidos, formando rolos,
ou então eram deixados como páginas soltas. O termo pergamina (equivalente a
«membrana»), e que se refere a esse material, se derivou do nome da cidade de
Pérgamo, na Mísia, onde era manufaturado em grande quantidade, e de onde foi
introduzido na Grécia. Posto que esse era o material mais valioso, e visto que
Paulo parecia mais ansioso por receber esses documentos do que os «livros»,
alguns eruditos têm pensado que esses eram os livros que continham as
Escrituras do A.T., pelo menos certas de suas porções, porquanto não havia como
transportar o A.T. inteiro escrito sobre esse material, que ficaria por demais
volumoso. Mas outros eruditos supõem, além disso, que havia ali cópias primitivas
das declarações e da história da vida de JESUS, bem como algumas das cartas e
escritos do próprio Paulo. A única coisa que parece certa é que eram documentos
escritos, e não apenas material de escrita em branco.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 406.
Ajuda de Pb Alessandro Silva
com algumas modificações e comentários do Pr. Luiz Henrique.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 12
3TR23 NA ÍNTEGRA
Escrita
Lição 12, Central Gospel, Os Ministérios Da Igreja, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA
TV
Para me
ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Efésios 4.7-12
7 - Mas a
graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de CRISTO.
8 - Pelo
que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.
9 - Ora,
isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais
baixas da terra?
10 - Aquele
que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir
todas as coisas.
11 - E ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 -
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO.
TEXTO ÁUREO
Até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO. Efésios 4.13
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira –
1 Pedro 2.9 O sacerdócio universal dos salvos
3ª feira –
2 Timóteo 4.2 Pregando em cada ocasião
4ª feira –
2 Timóteo 4.5 Faze a obra de um evangelista
5ª feira –
2 Timóteo 4.13 O estudo da Bíblia
6ª feira –
Atos 21.8 O chamado do evangelista
Sábado –
Atos 21.11 O chamado profético
OBJETIVOS: Ao término do estudo bíblico,
o aluno deverá ser capaz de:
-
conscientizar-se de que os dons ministeriais são uma concessão de DEUS, por
meio do ESPÍRITO SANTO;
-
compreender que a obra ministerial precisa ser feita por todos os cristãos;
- descrever
as características de cada um dos dons ministeriais.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Prezado
professor, a operação dos dons ministeriais é uma concessão direta de DEUS, por
meio do Seu ESPÍRITO, para equipar os membros da igreja no cumprimento de sua
missão na terra. Ela é definida em termos da presença e da ação de CRISTO no
meio da igreja, por intermédio da terceira pessoa da Trindade. Este foi o
exemplo mais determinante da conduta de JESUS CRISTO, que, embora sendo o
Senhor de toda a Criação, fez-se servo, inclusive, lavando os pés dos Seus
discípulos (Jo 13.5,14). Excelente aula!
ESBOÇO DA
LIÇÃO
1. A
DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS
1.1. A
função dos dons ministeriais
1.2. A
etimologia da palavra
1.2.1. O
exemplo de CRISTO
2. AS
CATEGORIAS DOS DONS MINISTERIAIS
2.1.
Apóstolos
2.1.1.
Critérios para a escolha de apóstolos
2.1.2. O
exercício apostólico no Novo Testamento
2.2.
Profetas
2.2.1. O
ministério profético na atualidade
2.3.
Evangelistas
2.3.1. O
ministério da evangelização na atualidade
2.4.
Pastores
2.4.1.
Bispos e presbíteros, um destaque importante
2.5.
Mestres
2.5.1.
Qualidades indispensáveis aos mestres
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
O Novo
Testamento deixa claro que a obra ministerial precisa ser feita por todos os
cristãos, afastando, assim, a ideia de restringir tal tarefa ao grupo de
oficiais da igreja. O papel dos ministérios dados à igreja é conscientizar e
envolver todos os cristãos neste divino trabalho (Ef 4.11-13). Os dons
ministeriais existem com a finalidade de equipar os membros da igreja para o
desempenho pessoal de sua função, visando ao bem do Corpo de CRISTO.
1. A
DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS
Para um bom
entendimento a respeito dos dons da igreja, é necessário responder a algumas
questões importantes, como: Que grupo de pessoas eles contemplam? Quem pode
utilizá-los? Como podem ser exercidos?
1.1. A
função dos dons ministeriais
As duas
primeiras perguntas — Que grupo de pessoas eles contemplam? Quem pode
utilizá-los? — caminham lado a lado. A Bíblia faz referência tanto àqueles
ordenados a uma função ministerial (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores
e mestres), como aos demais cristãos, os santos. A função dos primeiros é
equipar e instruir os últimos para fazer a obra da igreja.
1.2. A
etimologia da palavra
O vocábulo
ministério provém do latim (ministerium) e designa “ofício, cargo ou função”. A
principal característica do ministério cristão é o serviço. Ministério também é
um vocábulo oriundo do termo grego diakoniai, que deriva de diakonia e
significa “serviço”, revelando que há diferentes maneiras de servir, como, por
exemplo, o dom de socorros, que envolve a capacitação para ajudar, socorrer ou
assistir o próximo (1 Co 12.28).
1.2.1. O
exemplo de CRISTO
O Senhor JESUS
é a maior referência de serviço, uma vez que Ele veio ao mundo não para ser
servido, mas para servir (Mt 20.28). Da mesma forma, o apóstolo Paulo é muito
claro em apresentar a vida e o ministério de CRISTO como referência maior de
entrega e serviço (Fp 2.7,8).
2. AS
CATEGORIAS DOS DONS MINISTERIAIS
Os dons
ministeriais estão classificados dentro de algumas categorias, como se observa,
claramente, no texto de Efésios 4.11.
2.1.
Apóstolos
O primeiro
ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de apóstolo (ver também 1 Co
12.28-30). A palavra apóstolo ocorre mais de 80 vezes no Novo Testamento; em
geral, significa “enviado com uma missão específica”. Nesses textos, a palavra
grega apostello refere- -se àquelas testemunhas que foram, especificamente,
comissionadas por JESUS para estabelecer a igreja. O título é usado para CRISTO
(Hb 3.1); para os Doze (Mt 10.2); para Paulo (Rm 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1); e
outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1 Ts 2.6,7). JESUS CRISTO é a
fonte, a origem e o padrão do perfeito apostolado.
2.1.1.
Critérios para a escolha de apóstolos
De acordo
com Atos 1.21-26, após a ascensão de CRISTO aos céus, o candidato ao apostolado
devia preencher os seguintes requisitos:
- ser uma
pessoa que andou com CRISTO pessoalmente desde o seu batismo até a sua
ascensão;
- ser
alguém que foi testemunha ocular da ressurreição do Senhor JESUS;
- ser
alguém que tivesse testemunhado a ascensão de CRISTO ao céu; ser alguém
escolhido pela designação de DEUS. A única exceção é o apóstolo Paulo de Tarso,
que recebeu sua comissão diretamente de CRISTO na estrada para Damasco (At
9.3-6; Rm 1.1; 1 Co 1.1,15; 9.1; 15.8-11).
2.1.2. O
exercício apostólico no Novo Testamento
No Novo
Testamento, o apóstolo é um mensageiro nomeado e enviado como missionário, ou
como alguém que deve cumprir alguma responsabilidade especial (At 14.4,14; Rm
16.7; 2 Co 8.23; Fp 2.25). Dentre as qualificações observadas no colégio
apostólico, destacam-se:
- eram
homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para
defrontarem-se com os poderes das trevas e confirmar o evangelho com milagres;
- eram
homens que cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza
apostólicas;
- eram
servos itinerantes, que arriscavam suas vidas em favor do nome do Senhor JESUS CRISTO
e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26);
- eram
homens de fé e de oração, cheios do ESPÍRITO SANTO (At 11.23- 25; 13.2-5,46-52;
14.1-7,21-23).
2.2. Profetas
O segundo
ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de profetas. Os profetas eram
homens e mulheres que pregavam ao povo. Eles exerciam seus ministérios sob a
unção do ESPÍRITO. Suas mensagens eram direcionadas tanto no sentido preditivo,
quanto no da proclamação da verdade bíblica.
2.2.1. O
ministério profético na atualidade
Na
atualidade, o profeta é um arauto de DEUS, que proclama as mensagens do Senhor
à igreja. A mensagem profética, nos dias de hoje, não deve ser considerada
infalível, tanto no sentido preditivo quanto no sentido da proclamação. Ela
deve ser julgada pela igreja, por outros profetas e pela Palavra de DEUS. A
igreja local é conclamada a discernir e julgar o conteúdo da mensagem
profética, para confirmar se ela realmente está de acordo com o contexto geral
das Escrituras Sagradas (1 Co 14.29-33), ou se está falseada (1 Jo 4.1).
2.3.
Evangelistas
O terceiro
ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de evangelista. A palavra
evangelista significa “mensageiro de boas novas”, sendo o nome de uma ordem de
homens da Igreja primitiva, distinta dos apóstolos, profetas, pastores e
mestres. Conforme pode ser claramente entendido, os evangelistas exerciam a
função especial de anunciar as boas novas do evangelho. Eles exerciam um
ministério baseado na itinerância e pregavam tanto na igreja local como fora
dela. Por serem dotados de uma compreensão especial do sentido do evangelho, o
foco de suas mensagens era direcionado para o arrependimento, conversão e
salvação das pessoas. Eles viajavam de lugar em lugar pregando a mensagem de CRISTO
a todos, manifestando sinais e realizando milagres, conforme se lê em Marcos
16.15-20.
2.3.1. O
ministério da evangelização na atualidade
Embora
Filipe tenha sido o único personagem da Bíblia chamado de evangelista (At
21.8), este ministério sempre esteve em evidência na história da igreja cristã
— em 2 Timóteo 4.5, Paulo exorta Timóteo a fazer o trabalho de um evangelista.
A existência de tal dom ministerial não significa que aqueles que não o
receberam estão eximidos da obrigação de falar de JESUS aos outros. Pelo
contrário, essa é uma tarefa comum a todos, evidenciada na Grande Comissão (Mc
16.15).
2.4.
Pastores
O quarto
ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de pastor. No Novo
Testamento, a palavra pastor, como designação de um ofício ministerial, é
encontrada uma única vez (Ef 4.11), tendo origem no vocábulo grego poimén, que
significa “apascentador, guarda, sustentador, aquele que conduz o rebanho ao
pasto (pastor de ovelhas)”. O vocábulo pastor é uma referência a alguém que
exerce supervisão pastoral sobre outros. Esse termo remonta ao modelo de JESUS,
que descreveu a si mesmo como o bom Pastor (Jo 10.11a) e é reconhecido como o
grande Pastor (Hb 13.20) e o Supremo Pastor das ovelhas (1 Pe 5.4). Após Sua
ascensão ao céu, Ele delegou a função de pastorear as ovelhas do Seu rebanho
aos Seus ministros. O ministério pastoral não é para quem quer, mas para quem DEUS
chama (Rm 9.16). Nenhum ministro é pastor por si mesmo ou por vontade do
rebanho. Ele o é pela graça, sob a vocação e ordem do supremo Pastor do
rebanho: CRISTO.
2.4.1.
Bispos e presbíteros, um destaque importante
Na primeira
lição desta revista, o tema “função pastoral” recebeu tratamento especial. A
título de complementariedade, a função exercida pelo pastor na atualidade
precisa ser estudada à luz de dois vocábulos, que, no conceito popular, parecem
sugerir ofícios ministeriais diferentes do ministério que é exercido pelo
pastor. São eles: bispo e presbítero. Bispo, no grego, é episkopos e significa
“curador, superintendente, administrador”. Conforme é usado na Bíblia, o termo
designa um “guardador de almas”, ou “aquele que cuida do bem-estar espiritual
do seu rebanho”. Presbítero equivale à palavra bispo, derivando do vocábulo
grego presbíteros, que significa apenas “homem idoso, ancião” (At 11.30; Mt
15.2; Mc 7.3; Hb 11.2). Entre os gregos e os hebreus, os homens de idade avançada
mereciam maior honra e respeito, pois lhes era imputada maior sabedoria. Assim,
só a eles era conferido o direito de exercer funções de grande
responsabilidade, como juízes e conselheiros do povo (Tt 1.5-9). Várias
referências do Novo Testamento mostram claramente que os presbíteros não se
distinguiam dos bispos ou pastores, como oficiais ou ministros das igrejas.
Parece claro que os termos presbíteros, bispos e pastores são usados de forma
intercambiável no Novo Testamento. Esses oficiais eram responsáveis pelas
questões internas atinentes à igreja local.
2.5.
Mestres
Pastores e
mestres provavelmente constituíam dois lados de um mesmo ministério,
significando que o pastor deveria ser um mestre na exposição e defesa da fé
cristã, e os mestres deveriam estar aptos a também cuidar do rebanho de DEUS.
Esta é a última categoria de ministros, enunciada pelo apóstolo Paulo em sua
lista (Ef 4.11). No original grego, a palavra mestre é didaskalos, e é
utilizada para designar “alguém com o dom especial de expor, esclarecer e
proclamar as Escrituras, visando sempre à edificação do Corpo de CRISTO” (Ef
4.12). Os mestres cuidam da qualidade de vida da igreja, por meio do ensino e
do discipulado. Aqueles que querem ser mestres devem atentar para a advertência
bíblica de Tiago 3.1: Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres,
sabendo que receberemos mais duro juízo.
2.5.1.
Qualidades indispensáveis aos mestres
Em Esdras
7.10, evidenciam-se três qualidades indispensáveis àqueles a quem DEUS chama e
comissiona como mestres do Seu povo. É preciso:
- dispor o
coração para buscar a Lei do Senhor — Esdras não poupou esforços e dedicação
para conhecer a Palavra de DEUS (Rm 12.7);
- cumprir a
Lei do Senhor — a vida exemplar de Esdras era a maior referência para os seus
ensinos;
- ensinar a
Lei do Senhor — Esdras ensinou a Lei; sobre todos, hoje, pesa a
responsabilidade de cumprir o mandato de CRISTO de ir e ensinar as nações (Mt
28.19,20).
CONCLUSÃO
Paulo deixa
evidente que DEUS vocacionou pessoas, considerando cinco perspectivas de
atuação ministerial: E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres (Ef 4.11
ARA). Ainda por meio do apóstolo das gentes, fica claro que os dons da igreja,
concedidos por DEUS por meio do ESPÍRITO SANTO, visam ao desenvolvimento das
pessoas justificadas em CRISTO, para que estas tenham uma atuação efetiva nos
cuidados com a igreja que Ele mesmo comprou com Seu sangue (At 20.28; Ef
4.11,12).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que
ninguém está isento de pregar o evangelho?
R.: Porque
esta tarefa foi dada por CRISTO a todos, indistintamente (Mc 16.15).