Escrita, Lição 12, Betel, Zacarias, Vivendo hoje sem esquecer das Promessas para o Futuro, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel, 3° Trimestre De 2023, TEMA, PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. Escola Bíblica Dominical
Escrita
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TEXTO ÁUREO
“E eu os
fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.” Zacarias
10.12
VERDADE APLICADA
O cristão deve ser
um instrumento de Deus para consolar e encorajar outros em tempos de
perplexidades e aflições.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o
cenário do profeta Zacarias
Falar de forma panorâmica sobre as visões de Zacarias
Extrair lições do livro de Zacarias para os nossos dias
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - ZACARIAS 1
1 No oitavo mês do
segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de
Baraquias, filho de Ido, dizendo:
2 O Senhor tem estado em extremo desgostoso com vossos pais.
3 Portanto, dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tornai para mim, diz o
Senhor dos Exércitos, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos.
4 E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas,
dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos agora dos vossos maus
caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, nem me escutaram, diz o
Senhor.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Zc
1.1-6 Exortação ao arrependimento.
TERÇA – Zc 7 O jejum que não agrada a Deus.
QUARTA – Zc 8 Bênçãos prometidas.
QUINTA – Zc 9 O castigo de diversos povos.
SEXTA – Zc 10 Promessas feitas a Israel.
SÁBADO – Zc 13.7 O Pastor ferido
HINOS SUGERIDOS: 416, 418,485
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para ser um
instrumento de Deus para consolar e encorajar outros.
1- O CENÁRIO DO
PROFETA ZACARIAS
1.1 Conhecendo um
pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do
profeta
1.3. Convocação
geral ao arrependimento
2- AS PALAVRAS
PROFÉTICAS DE ZACARIAS
2.1. O jejum que
não agradou a Deus
2.2 A causa do
cativeiro
2.3 Visões do Reino
Messiânico
3- ZACARIAS PARA
HOJE
3.1 Olhar para o
futuro com esperança
3.2 Reconstruir
vidas
3.3. Realizar a
obra de Deus
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e
adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações
para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz
Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um
Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça
na terra" (Jr 23.5).
VERDADE PRÁTICA
JESUS é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 2.2-4 - A guerra não mais existirá
Terça - Is 11.6-9 - A plenitude da paz universal
Quarta - Jr 23.5,6 - Haverá completa segurança na terra
Quinta - Zc 14.11 - Jerusalém habitará segura
Sexta - At 3.20,21 - A restauração de todas as coisas
Sábado - 2 Pe 3.13 - Esperamos novos céus e nova terra
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Zacarias 1.1; 8.1-3, 20-23
Zacarias 1.1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra
do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido, dizendo:
Zacarias 8.1 Depois, veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos,
dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e
com grande indignação zelei por ela. 3 Assim diz o SENHOR: Voltarei para
Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de
verdade, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade.
Zacarias 8.20 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que
virão povos e habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade
irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar o
SENHOR dos Exércitos; eu também irei. 22 Assim, virão muitos povos e poderosas
nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do
SENHOR. 23 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão
dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de
um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que DEUS está convosco.
Esboço BEP - CPAD (Bíblia de Estudo Pentecostal)
I Primeira Parte: Palavras Proféticas no Contexto da Reedificação do Templo
(520—518 a.C.) (1.1—8.23)
A. Introdução (1.1-6)
B. Série de Oito Visões Noturnas (1.7—6.8)
1.Visão do Cavaleiro entre as Murtas (1.7-17)
2.Visão dos Quatro Chifres e dos Quatro Ferreiros (1.18-21)
3.Visão de um Homem Medindo Jerusalém (2.1-13)
4.Visão da Purificação de Josué, o Sumo Sacerdote (3.1-10)
5.Visão do Castiçal de Ouro e das Duas Oliveiras (4.1-14)
6.Visão do Rolo Voante (5.1-4)
7.Visão da Mulher num Efa (5.5-11)
8.Visão dos Quatro Carros (6.1-8)
C. A Coroação de Josué como Sumo Sacerdote e o Seu Significado Profético
(6.9-15)
D. Duas Mensagens (7.1—8.23)
1.O Jejum e a Justiça Social (7.1-14)
2.A Restauração de Sião (8.1-23)
II. Segunda Parte: A Palavra Profética a Respeito de Israel e do Messias (sem
data) (9.1—14.21)
A. Primeira Profecia do Senhor (9.1—11.17)
1.A Intervenção Triunfal do Senhor (9.1-10)
2.Anunciada a Salvação Messiânica (9.11—10.12)
3.Rejeição do Messias (11.1-17)
B. Segunda Profecia do Senhor (12.1—14.21)
1.Luto e Conversão de Israel (12.1—13.9)
2.A Entronização do Rei Messias (14.1-21)
Autor: Zacarias
Tema: A Conclusão do Templo e as Promessas Messiânicas
Data: 520—470 a.C.
Considerações Preliminares
O primeiro versículo identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto
de Ido (1.1), como o autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era
cabeça da família sacerdotal de Ido (Ne 12.16). Por esta passagem, ficamos
sabendo que ele era da tribo de Levi, e que passou a servir em Jerusalém,
depois do exílio, tanto como sacerdote quanto profeta. Zacarias era um
contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5.1 declara que ambos animaram
os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do templo nos
dias de Zorobabel (o governador) e de Josué (o sumo sacerdote). O contexto
histórico para os capítulos 1—8, datados entre 520—518 a.C., é idêntico ao de
Ageu (ver a introdução de Ageu). Como resultado do ministério profético de
Zacarias e Ageu, o templo foi completado e dedicado em 516—515 a.C.
Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado a lado com Ageu, mas ao
escrever os capítulos 9—14 (que a maioria dos estudiosos data entre 480—470
a.C.), já se achava idoso. A totalidade das profecias de Zacarias foi enunciada
em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que haviam voltado a Judá na primeira
etapa da restauração. O NT indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi
assassinado “entre o santuário e o altar” (i.e., no lugar da intercessão) por
oficiais do templo (Mt 23.25). Algo semelhante ocorrera a outro homem de DEUS
que tinha o mesmo nome (ver 2 Cr 24.20,21).
Propósito
Os dois propósitos que Zacarias tinha em mente ao escrever seu livro
correspondem às duas divisões principais da obra. (1) Os capítulos 1—8 foram
escritos a fim de encorajar o remanescente judeu, em Judá, a persistir na
construção do templo. (2) Os capítulos 9—14 foram escritos para fortalecer os
judeus que, tendo concluído o templo, ficaram desanimados por não ter aparecido
imediatamente o Messias. Nesta passagem, é revelado também em que importará a
vinda do Messias.
Visão Panorâmica
O livro divide-se em duas partes principais. (1) A primeira parte (1—8) começa
com uma exortação aos judeus para que voltem ao Senhor, para que também o
Senhor se volte a eles (1.1-6). Enquanto encorajava o povo a terminar a
reedificação do templo, o profeta Zacarias recebeu uma série de oito visões
(1.7—6.8), garantindo à comunidade judaica em Judá e Jerusalém, que DEUS cuida
de seu povo, governando-lhe o destino. As cinco primeiras visões transmitiam
esperança e consolação; as últimas três envolviam juízo. A quarta visão contém
uma importante profecia messiânica (3.8,9). A cena da coroação em 6.9-15 é uma
profecia messiânica clássica do AT. Duas mensagens (7;8) fornecem perspectivas
presentes e futuras aos leitores originais do livro. (2) A segunda parte (9—14)
contém dois blocos de profecias apocalípticas. Cada um deles é introduzido pela
expressão: “Peso da palavra do Senhor” (9.1;12.1). O primeiro “peso”
(9.1—11.17) inclui promessa de salvação messiânica para Israel, e revela que o
Pastor-Messias, que levaria a efeito tal salvação, seria primeiramente
rejeitado e ferido (11.4-17; cf. 13.7). O “peso” (12.1—14.21) focaliza a
restauração e conversão de Israel. DEUS prediz que Israel pranteará por causa
do próprio DEUS “a quem traspassaram” (12.10). Naquele dia, uma fonte será
aberta à casa de Davi para a purificação do pecado (13.1); então Israel dirá:
“O Senhor é meu DEUS” (13.9). E o Messias reinará como Rei sobre Jerusalém
(cap. 14).
Características Especiais
Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias. (1) É o mais messiânico
dos livros do AT, em virtude de suas muitas referências ao Messias, que ocorrem
em seus catorze capítulos. Somente Isaías, com seus sessenta e seis capítulos,
contém mais profecias a respeito do Messias do que Zacarias. (2) Entre os
profetas menores, possui ele as profecias mais específicas e compreensíveis a
respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos. (3) Representa a
harmonização mais bem sucedida entre os ofícios sacerdotal e profético em toda
a história de Israel. (4) Mais do que qualquer outro livro do AT, suas visões e
linguagem altamente simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel
e Apocalipse. (5) Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a
traição do Messias por trinta moedas de prata, tratando-as como “esse belo preço
em que fui avaliado por eles” (11.13). (6) A profecia de Zacarias a respeito do
Messias no capítulo 14, como o grande Rei-guerreiro reinando sobre Jerusalém, é
uma das que mais inspiram reverente temor em todo o AT.
O Livro de Zacarias ante o NT
Há uma aplicação profunda de Zacarias no NT. A harmonização da vida pessoal de
Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído para o
ensino do NT de que CRISTO é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso,
Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de CRISTO pelas mãos dos
judeus, que, no fim dos tempos, levá-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e
serem salvos (12.10—13.9; Rm 11.25-27). Mas a contribuição mais importante de
Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias concernentes a CRISTO. Os
escritores do NT citam-nas, declarando que foram cumpridas em JESUS CRISTO.
Entre elas estão: (1) Ele virá de modo humilde e modesto (9.9; 13.7; Mt 21.5;
26.31, 56); (2) Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (9.11; Mc
14.24); (3) será Pastor das ovelhas de DEUS que ficaram dispersas e desgarradas
(10.2; Mt 9.36); (4) será traído e rejeitado (11.12,13; Mt 26.15; 27.9,10); (5)
será traspassado e abatido (12.10; 13.7; Mt 24.30; 26.31, 56); (6) voltará em
glória para livrar Israel de seus inimigos (14.1-6; Mt 25.31; Ap 19.15); (7)
reinará como Rei em paz e retidão (9.9,10; 14.9,16; Rm 14.17; Ap 11.15); e (8)
estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (14.6-19; Ap
11.15; 21.24-26; 22.1-5).
Comentários da BEP - CPAD
1.1 NO OITAVO MÊS... VEIO A PALAVRA DO SENHOR AO PROFETA ZACARIAS. Em novembro
de 520 a.C., cerca de um mês depois da segunda profecia de Ageu (ver Ag 2.1),
DEUS suscita Zacarias, um profeta mais jovem, para ajudar Ageu a encorajar o
povo a concluir a reedificação do templo. Os seis primeiros capítulos incluem
uma série de oito visões noturnas concedidas ao profeta Zacarias durante os
dois primeiros anos da obra. As visões incitam o povo a examinar suas ações à
luz do plano divino, que consistia em trazer-lhe a restauração espiritual no
futuro. Tanto a primeira quanto a segunda vinda de CRISTO é focalizada nestas
profecias.
1.3 TORNAI PARA MIM... E EU TORNAREI PARA VÓS. A mensagem divina, anunciada
através de Zacarias, começa com um chamado ao povo para que se volte a DEUS.
Isto significa arrependimento. DEUS espera a obediência dos seus. E, Ele, por
sua vez, promete abençoá-los e protegê-los de todos os males.
1.4 NÃO SEJAIS COMO VOSSOS PAIS. DEUS recorda ao povo de como fizera a mesma
chamada aos seus pais, através dos profetas anteriores. Mas eles não se
arrependeram. (1) Por haverem persistido em seus maus caminhos, os pais
acabaram por desperdiçar sua oportunidade, sofrendo com isto as consequências
do que se acha registrado em Dt 28. (2) Semelhantemente, se vivermos para os
prazeres pecaminosos do presente sistema mundial, jamais alcançaremos o plano
de DEUS à nossa vida. Por conseguinte, ser-nos-ão negadas, para sempre, as
supremas bênçãos e bens que DEUS nos havia preparado.
1.8-11 OLHEI DE NOITE. Em fevereiro de 519 a.C., DEUS concede a Zacarias a
visão de um homem montado num cavalo vermelho entre as murtas, tendo vários
outros cavalos atrás dele. Acredita-se que o tal homem fosse uma manifestação
de CRISTO como o anjo do Senhor (cf. v. 12; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO
SENHOR). Um anjo intérprete explica que os cavalos tinham patrulhado toda a
terra, e que esta achava-se em paz e em descanso (v. 11). Não obstante, o povo
de DEUS, em Judá, encontrava-se oprimido e inseguro. Mas o Senhor transformaria
a situação mundial ao restaurar e abençoar Jerusalém e as demais cidades de
Judá.
1.9 O ANJO QUE FALAVA COMIGO. O anjo intérprete continua a explicar
as visões a Zacarias (vv. 3-14,19; 2.3; 4.1,4,5; 5.5,10; 6.4,5). Este anjo não
pode ser confundido com o anjo do Senhor.
1.12 O ANJO DO SENHOR... DISSE. O homem montado no cavalo vermelho é
identificado como o anjo do Senhor, cuja missão é interceder em favor de Israel
e de Jerusalém, para que se completem os setenta anos do castigo divino contra
a cidade santa e o templo, destruídos em 586 a.C. A reedificação do templo, por
exemplo, terminou em 516 a.C. precisamente setenta anos mais tarde. O anjo do
Senhor é provavelmente CRISTO (ver vv. 8-11; cf. Êx 23.20,21; Is 63.9), que
continua como nosso "Advogado para com o Pai" (1 Jo 2.1).
1.14 ESTOU ZELANDO POR JERUSALÉM. O amor de DEUS estava por trás da escolha de
Jerusalém e da nação de Israel como sua possessão particular. Este amor, no
entanto, não era para ser desfrutado somente pelos israelitas; teria de
alcançar todas as nações. DEUS quer abençoar todas as famílias da terra através
de Abraão e seus descendentes (ver Gn 12.3).
1.15 AS NAÇÕES... AUXILIARAM NO MAL. DEUS empregara nações pagãs para executar
seus juízos contra Jerusalém (Is 10.5,6; Hc 1.6). Tais nações, porém, na sua
cobiça por riquezas e poder, tinham ido longe demais. Mas, agora, seriam
julgadas por DEUS em consequência de sua orgulhosa autossuficiência.
1.18,19 ESTES SÃO OS PODERES QUE DISPERSARAM JUDÁ, ISRAEL E JERUSALÉM. Os
chifres dos animais representam a Assíria, o Egito, a Babilônia, e a
Medo-Pérsia.
1.20,21 QUATRO FERREIROS. Os ferreiros são provavelmente quatro impérios que
executaram os juízos divinos contra os chifres (v. 18). Todos os opressores do
povo de DEUS devem, finalmente, estar sujeitos ao seu juízo (cf. Sl 2.5,9).
2.1 UM HOMEM... UM CORDEL DE MEDIR. Jerusalém achava-se ainda numa condição
lastimável por ocasião do término do exílio babilônico. O número dos
repatriados era comparativamente pequeno em relação aos que haviam preferido
ficar em Babilônia. Mas DEUS os encoraja, dizendo-lhes não ter ainda terminado
seu trato com Jerusalém. A cidade santa, pois, tornar-se-ia o lugar mais
glorioso da terra. A terceira visão focaliza, no futuro distante, o reino
milenar, quando a cidade não mais terá muros. Ela transbordará com multidões de
pessoas.
2.5 SEREI PARA ELA UM MURO DE FOGO EM REDOR... NO MEIO DELA, A SUA GLÓRIA. No
reino milenar, Jerusalém não precisará de muros, pois o próprio Senhor
ser-lhe-á um muro de fogo em derredor (cf. Is 4.5). Ainda mais importante: a
glória divina, no meio do povo, transformará toda a cidade num templo cheio da
presença de DEUS (cf. Ez 43.1-7). A presença e a glória de DEUS, no meio do seu
povo, é algo que a igreja precisa desejar e buscar acima de todas as demais
coisas.
2.6 FUGI, AGORA, DA TERRA DO NORTE. A ordem transmitida por Zacarias pode ser
interpretada de diferentes formas. (1) A reedificação do templo era um sinal
para os demais judeus exilados voltarem de Babilônia (v. 7). (2) Os profetas do
AT também vislumbravam um retorno futuro que terá seu ponto culminante no reino
milenar (vv. 7-9). (3) Podemos aplicar tais palavras aos nossos dias como se
fora uma chamada para fugirmos da idolatria, imoralidade, iniquidade, ocultismo
e das demais modalidades pecaminosas do sistema mundial da atualidade.
2.8 AQUELE QUE TOCAR EM VÓS TOCA NA MENINA DO SEU OLHO. Sião (v. 7) representa
o remanescente piedoso de Israel. Estes fiéis são a menina do olho de DEUS;
são-lhe mui preciosos (ver Sl 17.8). Os crentes são tão importantes e amados
como o era o povo de DEUS no AT. Encontramo-nos, pois, debaixo de seus cuidados
e solicitudes.
2.10-12 NAQUELE DIA, MUITAS NAÇÕES SE AJUNTARÃO AO SENHOR.
"Aquele dia" refere-se ao período em que JESUS CRISTO estiver
reinando na -terra. Então, o remanescente piedoso de Israel, bem como os
gentios, formará um só povo de DEUS. Eles hão de receber a bênção da presença
divina, bem como as bênçãos da escolha de Jerusalém como a cidade santa do DEUS
de Israel.
3.1 JOSUÉ... E SATANÁS ESTAVA À SUA MÃO DIREITA, PARA SE LHE OPOR. Josué estava
representando a nação de Israel diante de DEUS. Satanás, "o
adversário" (ver Mt 4.10), encontrava-se em pé, à sua mão direita, para se
lhe opor. Isto significa que os impedimentos e as oposições contra a
reconstrução do templo realmente provinham do diabo. Ele continua como nosso
adversário; é "o acusador de nossos irmãos" (Ap 12.10); o que procura
tirar proveito de nós contra a obra de DEUS.
3.2 O SENHOR TE REPREENDE, Ó SATANÁS. Josué, como representante de Israel, não
podia resistir a Satanás. Na qualidade de sumo sacerdote, trajava ele vestes
malcheirosas e imundas, símbolos do pecado. (1) Por isso, o próprio DEUS
resistiu a Satanás, e o repreendeu, pois escolhera a Israel para cumprir os
seus propósitos. (2) Israel era "um tição tirado do fogo". O fogo
representa os sofrimentos dos judeus no exílio babilônico. DEUS os acompanhara
no meio dos sofrimentos, não para destruí-los, mas para discipliná-los e
prepará-los para coisas melhores.
3.4 E TE VESTIREI DE VESTES NOVAS. DEUS ordena que as roupas imundas de Josué
sejam removidas, simbolizando a remoção dos pecados do próprio sacerdote e de
Israel. Em seguida, Josué é vestido de vestes festivas e dispendiosas. É-lhe
posta uma mitra limpa na cabeça, indicando sua plena restauração ao cargo
sacerdotal. O pecado de Israel é purificado; e o povo, revestido da justiça
divina. A mesma purificação acha-se à nossa disposição por meio de CRISTO (Ef
1.7; Rm 1.16,17; 3.22,25,26).
3.7 SE ANDARES NOS MEUS CAMINHOS. A palavra que DEUS dirigiu pessoalmente a
Josué, encorajou-o fortemente a segui-lo e a guardar a sua palavra. Se Josué
assim o fizesse, governaria o templo como encarregado dos átrios de DEUS na
terra, e teria acesso à sala do trono divino no céu, onde ministram os anjos.
Também, temos livre acesso aos átrios celestiais, mediante a oração, se
andarmos nos caminhos de DEUS.
3.8 O MEU SERVO, O RENOVO. Josué e os demais sacerdotes eram tipos proféticos,
que prenunciavam a obra do Servo do Senhor, o Renovo (ver Is 4.2; 11.1; Jr
23.5). O anjo do Senhor (i.e., CRISTO), que se achava presente durante a
purificação e restauração de Josué (v. 5), agora é identificado com o Renovo, o
rebento que, como oferta pelo pecado, carregou com os nossos pecados, e levou a
efeito a nossa redenção (cf. Is 53.1-6). Ele derrotou Satanás tomando sobre si
as roupas dos pecados do mundo, e morrendo em nosso lugar.
3.9 SOBRE ESTA PEDRA ÚNICA ESTÃO SETE OLHOS. A pedra é outra prefiguração do
Messias (cf. Is 28.16; 1 Pe 2.6). Os sete olhos representam a plenitude de
entendimento, onisciência e inteligência divinas (cf. Ap 5.6). CRISTO removeria
o pecado num único dia, i.e., no dia em que fez a expiação na cruz por nossos
pecados.
4.2 UM CASTIÇAL TODO DE OURO. O castiçal é um lampadário de azeite. (1) Servia
de apoio às sete lâmpadas, que se achavam sob o vaso que continha azeite, e
estavam dispostas em derredor do receptáculo. O azeite fluía do vaso para
manter cheias as lâmpadas. O vaso de azeite representa o poder inexaurível e
abundante de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. (2) Cada lâmpada possuía sete
canudos, ou rebordos, cada um com um pavio, resultando em quarenta e nove
chamas ao todo. As lâmpadas representam o povo de DEUS, que outorga a plenitude
da luz ao mundo, por causa do fluxo abundante que emana do ESPÍRITO SANTO.
4.3 DUAS OLIVEIRAS. As duas oliveiras representam os ministérios real e
sacerdotal de Zorobabel e de Josué (ver Ag 1.1). (1) As árvores simbolizam um
manancial contínuo de óleo. Os dois líderes, pois, deviam guiar o povo a uma
vida fortalecida pelo poder do ESPÍRITO (v. 12). (2) As árvores representam
também os ministérios real e sacerdotal do próprio JESUS CRISTO. É Ele quem
batiza no ESPÍRITO SANTO. Todas as plenitudes adicionais provêm dEle.
4.6 NÃO POR FORÇA, NEM POR VIOLÊNCIA, MAS PELO MEU ESPÍRITO. Embora esta
mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a todos os crentes (cf. 2
Tm 3.16). Nem o poderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão
efetivar a obra de DEUS. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos
capacitados pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Jz 6.34; Is 31.3). JESUS iniciou o seu
ministério no poder do ESPÍRITO (Lc 4.1,18). E a igreja foi revestida pelo
poder do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste para cumprir a grande comissão (At
1.8; 2.4; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). Somente se o ESPÍRITO
governar e capacitar a nossa vida, é que poderemos cumprir a vontade de DEUS. É
por isso que JESUS batiza seus seguidores no ESPÍRITO SANTO (ver Lc 3.16)
4.7 Ó MONTE GRANDE. As dificuldades, que parecem tão grandes como a montanha,
serão vencidas pelo poder do ESPÍRITO que opera através de nós. Mas se as
manifestações do ESPÍRITO não se fizerem presentes, o povo de DEUS será
esmagado pela oposição e pelos problemas espirituais.
4.10 QUEM DESPREZA O DIA DAS COISAS PEQUENAS? Para alguns, a obra que o povo
realizava parecia sem importância. No entanto, nenhuma obra feita sob o poder
do ESPÍRITO de DEUS, e com a sua bênção, deve ser considerada insignificante.
Pelo contrário: tem valor e importância eternos.
5.1-4 UM ROLO VOANTE. O rolo voante representa a maldição, ou
castigo divino, contra os pecadores na terra de Israel. Embora DEUS seja
misericordioso e longânimo (ver 2 Pe 3.9), apressa-se o julgamento que
consumirá os ímpios. A era da graça chegará ao fim. A derradeira realização do
juízo dar-se-á durante a grande tribulação.
5.5-11 UM EFA. O efa, ou cesta de medir, representa o pecado e a imoralidade do
povo de Israel. (1) A mulher tipifica a idolatria e todos os tipos de iniquidade.
Ela é presa na cesta por uma tampa de chumbo, e levada a Sinear (i.e.,
Babilônia), que representa o sistema mundial dominado por Satanás (ver Ap
17.1). Os ímpios entre o povo de DEUS não somente precisavam ser castigados,
como também removidos da terra. (2) O pecado e a iniquidade têm de ser
removidos de nossas igrejas; caso contrário, DEUS removerá o seu ESPÍRITO de
nosso meio (ver Ap 2;3). Nos tempos do fim, DEUS extirpará o pecado da terra, e
JESUS CRISTO reinará em glória com o seu povo (Ap 19-22).
6.1-5 ESTES SÃO OS QUATRO VENTOS DO CÉU. Zacarias, na oitava visão, vê quatro
carros de guerra entre duas montanhas de cobre ou de bronze. (1) As cores dos
cavalos que puxavam os carros eram vermelho (que significa a guerra), preto
(que significa a pestilência e a morte), branco (que significa a vitória), e
grisalho (malhado ou pintado, que significa a pestilência; cf. Ap 6.2-8).
Acredita-se que os cavalos brancos representem a vitória gloriosa dos agentes
do juízo divino. (2) Os quatro ventos são realmente seres angelicais (cf. Sl
104.4; Ap 7.1-3). (3) Tanto os carros de guerra quanto as montanhas de bronze
falam do juízo contra os inimigos de DEUS. Os cavaleiros e os carros vão para o
Norte e para o Sul, i.e., em direção a Babilônia e ao Egito. Estas nações
também representam as potências do Norte e do Sul que se levantarão no final
dos tempos, e hão de ser destruídas.
6.8 AQUELES... FIZERAM REPOUSAR O MEU ESPÍRITO. Os seres angelicais, ao
executarem o juízo de DEUS, satisfazem-lhe a justiça, e aplacam-lhe a ira. DEUS
zela para que os seus propósitos sejam realizados no devido tempo.
6.13 SERÁ SACERDOTE NO SEU TRONO. O Senhor ordena a Zacarias que faça coroas de
prata e de ouro, e que as coloque na cabeça de Josué, o sumo sacerdote. (1) A
coroação de Josué prenuncia a coroação e o reino de JESUS, que é o
"Renovo", o Messias (Is 11.1; Jr 33.15; cf. Is 53.2; ver Zc 3.8).
JESUS é tanto Sacerdote quanto Rei. Ele realizou primeiramente a sua obra
sacerdotal, para então reinar (cf. Is 53.10; Lc 24.26). (2) No tempo presente,
JESUS é a nossa paz (Ef 2.14,15), e nEle achamos o reino de DEUS, que subsiste
em justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO (Rm 14.17). A realização ulterior
do reino de CRISTO começará no Milênio, quando Ele exercerá na terra um reino
de paz (cf. Is 9.6).
6.15 AQUELES QUE ESTÃO LONGE. A expressão refere-se aos gentios (cf. Ef
2.11-13).
7.1-5 JEJUASTES VÓS PARA MIM? A Lei de DEUS exigia um só dia de jejum por ano
por ocasião do Dia da Expiação no sétimo mês. Os judeus, porém, haviam acrescentado
um jejum, no quinto mês, como memorial da destruição do templo pelos exércitos
de Nabucodonosor (2 Rs 25.8,9). Agora que o templo estava sendo reconstruído
(518 a.C.), queriam saber se deveriam continuar observando aquele dia de jejum.
(1) A palavra vinda do Senhor mostra-lhes que não estavam jejuando de maneira
correta (ver Mt 6.16). Seu jejum não passava de mera formalidade. Estava
destituído da verdadeira fome e sede de DEUS e de sua justiça. (2) Os fiéis
teriam de prestar atenção aos profetas tais como Isaías (cf. Is 58.3-5), e, por
meio de jejum e oração, pedir graça para viverem vidas santas e justas diante
de DEUS e do próximo (vv. 8-10).
7.12 FIZERAM SEU CORAÇÃO DURO COMO DIAMANTE. O diamante (cf. Jr 17.1) é a
substância mais dura que se conhece na natureza. (1) A chamada de DEUS,
mediante o seu ESPÍRITO, através dos profetas anteriores, havia exigido
justiça, misericórdia e compaixão, mas o povo porfiava em sua teimosia.
Chegando o castigo devido, não houve mais tempo para o arrependimento. (2) O
que DEUS espera do seu povo não mudou. Ele deseja que mostremos amor e
compaixão aos que sofrem necessidades espirituais e materiais.
8.3 VOLTAREI PARA SIÃO. A chave para a plena restauração de Israel
é a volta de DEUS a Sião. Pois indica a ocasião em que CRISTO voltará, em
glória, para implantar o seu reino sobre as nações. Nesta ocasião, a presença
divina fará de Jerusalém a cidade da verdade e da fidelidade. E o monte do
Senhor será santo, i.e., separado à sua adoração. Este capítulo cita dez bênçãos
que hão de acompanhar o reino de DEUS na terra. Cada descrição começa com a
expressão: "Assim diz o Senhor".
8.4,5 VELHOS E VELHAS... MENINOS E MENINAS. Estes versículos retratam a paz, a
prosperidade e a felicidade na Jerusalém milenial.
8.7,8 SALVAREI O MEU POVO. A restauração do exílio babilônico viria somente do
Leste. Este trecho, portanto, refere-se à restauração futura, proveniente do
Leste e do Oeste, i.e., de toda a terra (cf. Is 43.5,6). DEUS tornar-se-á
verdadeiramente o DEUS do seu povo, e este participará da sua justiça através
de CRISTO.
8.16,17 EIS AS COISAS QUE DEVEIS FAZER. Tendo em vista a volta de DEUS ao seu
povo, e da esperança contida nestas profecias milenares, o povo dos dias de
Zacarias devia mostrar uma conduta digna do Senhor a quem serviam (cf. 7.9,10).
As profecias jamais foram dadas para satisfazer nossa mera curiosidade. DEUS
espera que a nossa esperança quanto ao futuro leve-nos a buscar ao seu reino
com maior intensidade e dedicação (cf. Tg 1.22; 1 Jo 3.2,3).
8.22 VIRÃO MUITOS POVOS... BUSCAR... O SENHOR. Haverá alegria incomparável
quando os gentios reunirem-se aos judeus na busca ao Senhor em Jerusalém, pois
Ele estará ali (ver Ez 48.35). Retrata-se, neste ponto, o cumprimento final da
promessa concernente à aliança com Abraão, no sentido de que os gentios -seriam
trazidos ao Senhor (Gn 12.3; Gl 3.8,26-29).
9.1 O OLHAR DO HOMEM E... DE ISRAEL SE VOLTA PARA O SENHOR. Por
causa das promessas divinas, Israel se voltaria ao Senhor, pedindo-lhe
livramento. Muitos outros também o fariam. O resultado seria o castigo das
nações em derredor de Israel, que haviam causado tanto sofrimento ao povo de
DEUS. Alexandre Magno cumpriu parcialmente esta profecia em 332 a.C.
9.8 PARA QUE NÃO PASSE MAIS SOBRE ELES O EXATOR. A paz final virá à
Jerusalém terrestre durante o reino milenial de CRISTO. DEUS não permitirá que
o seu povo seja totalmente destruído. A mesma garantia é dada à igreja, pois as
portas do inferno jamais hão de prevalecer contra ela (ver Mt 16.18).
9.9 EIS QUE O TEU REI VIRÁ... SALVADOR, POBRE. Um motivo ainda maior para o
regozijo é a vinda do Rei, não em esplendor, mas em humildade (cf. Fp 2.5-8),
montado sobre um jumento. A profecia de Zacarias prevê a entrada triunfal de
JESUS em Jerusalém (Mt 21.1-5). Ao entrar dessa maneira na cidade santa, JESUS
declarou ser Ele o Messias e o Salvador, pronto a submeter-se à cruz.
9.10 E ELE ANUNCIARÁ PAZ... E O SEU DOMÍNIO... ATÉ ÀS EXTREMIDADES DA TERRA.
Sem se referir ao período entre a ressurreição e a segunda vinda de CRISTO, Zacarias
dá um passo adiante. Vai até à sua segunda vinda no final dos tempos. Depois do
triunfo de CRISTO sobre o anticristo e seus exércitos, não haverá mais
necessidade de carros de guerra, cavalos de batalha, nem de instrumentos
bélicos. Os domínios do Senhor JESUS abrangerão toda a terra.
9.12 VOLTAI À FORTALEZA, Ó PRESOS DE ESPERANÇA. O futuro dos israelitas
dispersos não é desesperador. DEUS promete que os restaurará com uma bênção
dupla por causa de tudo quanto já tinham sofrido.
9.13 GRÉCIA. A Grécia passou a destacar-se por volta de 480-479 a.C., quando
seus exércitos derrotaram a Xerxes. O cumprimento da profecia, neste versículo,
veio com a derrota de Antíoco Epifânio em 168 a.C.
9.16,17 SEU DEUS... OS SALVARÁ. A salvação chegará ao ponto culminante quando
DEUS fizer de Israel o seu rebanho. A salvação será uma obra suprema e
exaltada. Todo o mundo a presenciará. O resultado será garantido pela bondade e
beleza do Senhor. Tudo o que Ele faz em prol do seu povo, reflete a bondade e
beleza da sua santidade.
10.1 PEDI AO SENHOR CHUVA NO TEMPO DA CHUVA SERÔDIA. A chuva serôdia, que caía
na primavera, era essencial para amadurecer a colheita. Em certo sentido, a
obra do ESPÍRITO, no AT, era como a chuva temporã um período de preparo e de
plantio (ver Os 6.2,3). A chuva serôdia começou no Pentecoste e, com ela, teve
início a colheita de almas. Confiemos, pois o derramamento do ESPÍRITO SANTO
continuará como "chuva serôdia" até o fim da presente era.
10.2 OS ADIVINHOS TÊM VISTO MENTIRA. Por não terem os israelitas nenhum pastor
para guiá-los nos caminhos retos, i.e., nos caminhos da confiança em DEUS,
passaram a depender dos ídolos, adivinhos e outras práticas ocultistas. Os
pastores e mestres que destroem a fé e a confiança na Bíblia, negando-lhe a
inspiração divina e a infalibilidade, induzem as pessoas a apelar a tais
práticas.
10.4 DELE A PEDRA DE ESQUINA. Da tribo de Judá surgiu a pedra de esquina (Sl
118.22; Is 28.16) JESUS, o Messias. Ele seria a estaca que simboliza a
segurança (cf. Is 22.22,23). Ele é o Rei vitorioso (cf. Ap 19. 11-16).
10.6-8 JUDÁ... JOSÉ. O propósito de DEUS era redimir e salvar as doze tribos de
Israel. Judá representa as duas tribos do Sul; e, José, as dez tribos do Norte.
10.11 ASSÍRIA... EGITO. A Assíria representava os inimigos de Israel, no Norte;
ao passo que o Egito, os inimigos do Sul. DEUS prometeu que removeria toda a
oposição que se levantasse contra a restauração de Israel.
11.4-17 APASCENTA AS OVELHAS DA MATANÇA. Zacarias fora instruído a representar
o pastor de Israel que DEUS havia nomeado: o Messias (vv. 4-14). Em seguida,
é-lhe ordenado que representasse o pastor iníquo de Israel (vv. 15-17), que
pode prefigurar o anticristo no final dos tempos.
11.4 AS OVELHAS DA MATANÇA. O rebanho de ovelhas é Israel, marcado para o
castigo por ter rejeitado o Messias. A matança foi levada a efeito pelos
romanos em 70 d.C.
11.7 DUAS VARAS. Zacarias, representando o -Messias, usa duas varas para
proteger o rebanho. As varas simbolizam o favor de DEUS para com a semente de
Abraão, e seu plano de unir Israel e Judá numa única nação. Tais bênçãos
tornar-se-iam realidade se o povo seguisse o Messias.
11.9 NÃO VOS APASCENTAREI MAIS. Como o rebanho odiava o Pastor-Messias, este
deixaria o seu papel de pastor para que a nação de Israel fosse entregue à
perdição.
11.10 DESFAZER O MEU CONCERTO. DEUS havia firmado um concerto para impedir que
as nações atacassem Israel. Zacarias descreve como DEUS removeu tal proteção, e
como Israel foi destruído e disperso. Assim aconteceu em 70 d.C., quando os romanos
destruíram Jerusalém.
11.12 MEU SALÁRIO, TRINTA MOEDAS DE PRATA. Zacarias, ainda representando o
Messias, pediu aos líderes que lhe pagassem a soma que, segundo a opinião
corrente, mereciam seus serviços proféticos. Mas eles o ofenderam ao lhe oferecerem
o preço de um escravo (Êx 21.32). Trinta moedas de prata foi também o preço
pago a Judas para trair a JESUS (Mt 27.3-10).
11.14 PARA ROMPER A IRMANDADE ENTRE JUDÁ E ISRAEL. Parte do castigo divino
constituiu-se na destruição da união de Israel. A nação do concerto seria
desfeita em facções.
11.15,16 UM PASTOR INSENSATO. Zacarias seria obrigado a pegar agora os
apetrechos de pastor a fim de representar o pastor iníquo que usava tais
instrumentos para ferir ao invés de ajudar as ovelhas (ver vv. 4-17). A
profecia do "pastor insensato" terá seu cumprimento final no
anticristo (cf. Ez 34.2-4; Dn 11.36-39; Jo 5.43; 2 Ts 2.3-10; Ap 13.1-8).
12.3-9 AJUNTAR-SE-ÃO CONTRA ELA TODAS AS NAÇÕES DA TERRA. No fim dos tempos, as
nações reunir-se-ão contra Jerusalém e Israel. DEUS, porém, intervirá,
destruindo os inimigos de seu povo. As potências mundiais serão derrotadas na
batalha do Armagedom (ver Ap 16.16; 19.19).
12.10-14 O ESPÍRITO DE GRAÇA. Estes versículos falam da conversão pessoal dos
judeus. Em virtude da iminência de serem derrotados por seus inimigos, passarão
a crer em JESUS como o verdadeiro Messias.
12.10 E O PRANTEARÃO. Em meio aos perigos daquele dia de batalha, os israelitas
clamarão a DEUS por socorro. Então o Senhor derramará do seu ESPÍRITO SANTO para
transmitir-lhes a sua graça, e atender-lhes à oração. (1) Os arrependidos
reconhecerão serem culpados pela espada romana ter traspassado a JESUS, o
Messias, causando-lhe a morte (cf. Sl 22.16; Is 53.5; Jo 19.34).
(2) O pranto dos israelitas será amargo. Cada família pranteará à parte. Os
maridos também prantearão separadamente das respectivas mulheres. Por
conseguinte, cada indivíduo terá de arrepender-se pessoalmente de seus pecados,
e por haver rejeitado a JESUS CRISTO (cf. Rm 3.23; 6.23; At 16.31; 1 Pe 2.24).
13.1 UMA FONTE ABERTA PARA A CASA DE DAVI. A fonte retrata a purificação dos
pecados levada a efeito pela morte de CRISTO na cruz. O povo judaico será
purificado de suas iniquidades da mesma maneira que o são os demais crentes em
CRISTO (cf. 1 Jo 1.7,9).
13.4 OS PROFETAS SE ENVERGONHARÃO. Naqueles dias, DEUS desmascarará os falsos
profetas. Eles ficarão tão amedrontados e envergonhados que, cada um dirá:
"Não sou profeta, mas simples lavrador de terra." Enquanto isto,
precisamos detectar os muitos falsos profetas que há nas igrejas. É por isto
que DEUS nos conclama a testar os espíritos (1 Jo 4.1)
13.6 FERIDAS... NAS TUAS MÃOS. Tais feridas eram, provavelmente, provenientes
da autoflagelação associada à idolatria (vv. 2-5).
13.7 ESPADA... FERE O PASTOR. Nesta perspectiva profética do livro, o Pastor é
o Messias. (1) DEUS chama pastor a um varão que é "o meu companheiro"
(i.e., meu igual, meu colega).
Portanto, um Messias divino. (2) O Pastor-Messias seria ferido, i.e.,
crucificado. Seus discípulos, diante disso, espalhar-se-iam como ovelhas (ver
Mt 26.31,56; Mc 14.27). A profecia também pode ter prenunciado a dispersão da
nação judaica em 70 d.C.
13.8,9 E FAREI PASSAR ESSA TERCEIRA PARTE PELO FOGO. Estes versículos
provavelmente referem-se ao período da tribulação no final dos tempos. Os
judeus incrédulos (dois terços) serão mortos (v. 8); somente um terço restará.
São estes judeus que "olharão para... quem traspassaram" (12.10-14).
Portanto, apenas um remanescente de Israel será salvo (Ap 11-18)
14.1 VEM O DIA DO SENHOR. "O dia do Senhor" é uma ocasião tanto de
juízo quanto de restauração. Temos aqui uma referência ao tempo em que CRISTO
voltará para julgar as nações, e estabelecer seu reino terrestre.
14.2 AJUNTAREI TODAS AS NAÇÕES... CONTRA JERUSALÉM. As nações darão a entender
terem ganho uma vitória militar, mas acabarão por serem destruídas (ver
12.3-9).
14.3 E O SENHOR SAIRÁ. O Senhor intervirá na batalha, e derrotará as nações.
14.4 NAQUELE DIA, ESTARÃO OS SEUS PÉS SOBRE O MONTE DAS OLIVEIRAS. Esta
profecia será cumprida quando JESUS CRISTO, na sua segunda vinda, voltar ao
lugar de onde partira (Lc 24.50,51; At 1.9-12). A topografia da área será
mudada dramaticamente. O monte fender-se-á: uma metade avançará para o Norte, a
outra, para o Sul, deixando um vale entre ambas as metades.
14.8 CORRERÃO DE JERUSALÉM ÁGUAS VIVAS. Águas vivas (em contraste com as águas
estagnadas) fluirão de Jerusalém (cf. Sl 46.4; Ez 47.1-12; Jl 3.18). Ao invés
de ficar seca no verão (conforme acontece com a maioria dos ribeiros na
Palestina), esta fonte fluirá ininterruptamente para os mares Mediterrâneo e
Morto. Este trecho prevê que bênçãos divinas fluirão da Jerusalém milenial (Ap
22.1).
14.9 O SENHOR SERÁ REI SOBRE TODA A TERRA. Depois da volta de CRISTO e da destruição
do anticristo e dos seus exércitos (cf. Ap 19), os sobreviventes das nações
virão anualmente a Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernáculos a fim de
adorar o Rei Messias, o Senhor JESUS. Os sobreviventes serão provavelmente, em
sua maioria, civis que permanecerão na sua pátria e aceitarão a CRISTO como
Senhor.
14.12-15 O SENHOR FERIRÁ. Estes versículos fornecem outros pormenores a
respeito do julgamento das nações (ver v. 3).
14.17 NÃO VIRÁ SOBRE ELA A CHUVA. A total ausência de chuva será o castigo das
nações que não subirem a Jerusalém para adorar o Senhor, e observar a Festa das
Cabanas. Como o Egito sofre permanentemente com a falta de chuva, uma praga
adicional lhe está reservada. (v. 18).
14.20 SANTIDADE AO SENHOR. Já não haverá separação entre o sagrado e o profano.
Todas as coisas e pessoas serão santas, consagradas e dedicadas ao serviço e
adoração do Senhor.
14.21 NÃO HAVERÁ MAIS CANANEU NA CASA DO SENHOR. O termo "cananeu"
era sinônimo de imoralidade e impiedade. Mas DEUS estabelecerá a santidade e a
retidão como as características universais e permanentes do seu reino.
INTERAÇÃO
Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu. Ele teve uma série de
visões durante os dois primeiros anos das obras de reconstrução do Templo.
Essas visões objetivavam incitar no povo ânimo para o exercício do trabalho
intenso na restauração do Templo. Os judeus estavam livres do exílio, mas o
Templo não estava acabado. A reconstrução do Templo traria uma nova esperança
para os judeus, pois a nação, no futuro, também seria restaurada
espiritualmente. A primeira e a segunda vinda de JESUS CRISTO são, focalizadas
pelas profecias de Zacarias, como cumprimento da esperança judaica.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias.
Explicar a promessa de restauração da nação.
Saber que o reino messiânico é real.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para que os alunos compreendam com mais
facilidade o conteúdo da lição, utilize o esquema abaixo. Reproduza-o conforme
as suas possibilidades. Explique aos alunos que podemos destacar ao longo da
profecia de Zacarias dois propósitos principais: Os capítulos 1 - 8 foram
escritos para encorajar o remanescente judeu na construção do Templo, em Judá.
Enquanto que nos capítulos 9 - 14 o profeta trata de Israel e do Messias. O
tema do livro é o Messias de Israel, todavia, Jerusalém também ocupa um espaço
especial.
ESBOÇO DO LIVRO DE ZACARIAS
PRIMEIRA PARTE (1.1 — 8.23)
Palavras proféticas e a reedificação do Templo
• Introdução (1.1-6).
• Série de oito visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos
quatro chifres e quatros ferreiros; [c] dum homem medindo Jerusalém; [d] da
purificação de Josué, o sumo sacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas
oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher num efa; [h] dos quatros carros
(1.7 — 6.8).
• A coroação de Josué como sumo sacerdote e o seu significado
profético (6.9-15).
• Duas mensagens: O jejum e a justiça social; a restauração de Sião.
(7.1— 8.23).
SEGUNDA PARTE (9.1 — 14.21)
A palavra profética a respeito de Israel e do Messias (9.1 — 14.21)
• Primeira profecia do Senhor: a intervenção triunfal do Senhor; a
salvação messiânica; a rejeição do Messias (9.1 — 11.17).
• Segunda profecia do Senhor: luto e conversão de Israel; a
entronização do Rei Messias (12.1 — 14.21).
RESUMO DA LIÇÃO 12, ZACARIAS, REINADO MESSIÂNICO
I. O LIVRO DE ZACARIAS
1. Contexto histórico (1.1). .
2. Vida pessoal.
3. Estrutura e mensagem.
4. Unidade literária.
a) Combinação profética.
b) Coletânea de profecias.
II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO
1. Sião.
2. O zelo do Senhor (8.2).
3. Restauração de Jerusalém.
III. O REINO MESSIÂNICO
1. A pergunta pela paz.
2. A paz universal.
3. A orla da veste de um judeu (8.23).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - Os oráculos do livro de Zacarias são
apocalípticos. O assunto central é o surgimento do Messias de Israel.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A restauração de Jerusalém é uma promessa
futura, pois quando ela se tornar uma "cidade de verdade [...] monte de
santidade", a promessa será cumprida.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - O Reino Messiânico é o período em que todo
o mundo desfrutará da verdadeira paz do Messias de Israel.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio
Sociológico
"Zacarias, que profetizou perto do fim de outono de 520 a.C.,
também aguardava ansiosamente pela libertação da nação do domínio estrangeiro,
e com confiança esperava que um povo renovado fosse governado por um
descendente da casa de Davi. Ele deu continuidade ao trabalho de Ageu ao
apressar a conclusão do segundo Templo; e em 515 a.C, cerca de setenta anos
após a destruição da primeira construção, o seu sucessor foi consagrado. Embora
os persas tivessem designado Tatenai como o governador militar de Judá (Ed
6.13), incentivaram o estado a funcionar como uma comunidade religiosa em vez
de política, com o sumo-sacerdote Josias em seu comando. Quanto a Zorobabel,
não se sabe se morreu ou se foi destituído do cargo pelos persas, como medida
preventiva. Em todo caso, a situação política em Judá parece ter sido
estabilizada pelo estabelecimento de um sistema teocrático apoiado pelo governo
persa" (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social,
Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.285).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"O futuro programa de DEUS para o
povo
Zacarias teve uma visão escatológica muito mais detalhada e
completa que os outros profetas menores dos séculos VI e V. [...] Embora o tom
global permaneça otimista, o profeta previu que a liderança do Senhor seria
rejeitada, o que necessitaria julgamento purificador. O Senhor, porém,
intervirá a favor do povo em uma batalha culminante. Isto levará ao
arrependimento o povo e à concessão das bênçãos divinas.
A restauração de Jerusalém é central aos capítulos 1 a 8. Ao
declarar a profunda ligação emocional com a cidade, o Senhor promete
restaurar-lhe a prosperidade (Zc 2.10,11; 8.1-5). Tomará residência uma vez
mais em Sião (Zc 2.10,11;8.3) e sobrenaturalmente a protegerá (Zc 2.5). O
foco da cidade restaurada será a habitação de DEUS, o Templo reconstruído (Zc
1.17). Esses residentes da cidade que ainda estão no exílio voltarão em grandes
levas (Zc 2.4,6,7; 8.7,8). Sinais das bênçãos divinas serão visíveis nas ruas
da cidade, onde os que chegarem a uma idade madura verão crianças brincando
contentemente (Zc 8.4,5). Embora muitos se maravilhem com esta reversão na
situação de Sião, o Senhor todo Todo-Poderoso não compartilhará desse assombro,
pois nada está acima do seu poder (v.6).
[...] Os capítulos de 1 a 8 de Zacarias também foca a liderança da
Jerusalém restaurada. Sacerdotes e rei desempenham papéis proeminentes nestes
capítulos. Na quarta visão noturna do profeta (Zc 3.1-10), ele testemunhou a
purificação de Josué, o sumo sacerdote na comunidade pós-exílica daquela época.
As 'vestes sujas' de Josué, símbolo do pecado, foram trocadas por 'vestes
novas' e uma mitra limpa lhe foi colocada na cabeça (Zc 3.3-5). O Senhor
encarregou Josué de obedecer aos mandamentos e prometeu recompensar-lhe a
obediência, dando-lhe autoridade sobre o serviço do Templo e acesso ao conselho
de DEUS (vv. 6,7). Claro que a mensagem se aplica à nação inteira, porque
Josué, como sumo sacerdote, representava o povo. O fato de ter sido limpo
simbolizava o restabelecimento da nação como um todo e, mais particularmente,
dos sacerdotes que faziam mediação entre DEUS e o povo" (ZUCK, Roy B
(Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009,
pp.457-58).
VOCABULÁRIO
Enigmático: Difícil de compreender ou interpretar.
Secularismo: Doutrina que ignora os princípios espirituais na
condução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, tem o homem, e
somente o homem, como medida de todas as coisas.
Hipotético: Duvidoso, incerto.
Trucidado: Morto com crueldade.
Reiteração: Repetição.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social,
Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS
na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD. 2009.
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 55, p.42.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO
12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas
verdadeiras e com "F" as falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a __Davi__
um Renovo justo; sendo __rei__, reinará, e prosperará, e praticará o __juízo__
e a justiça na terra" (Jr 23.5).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
__JESUS__ é tanto o __Salvador__ do mundo, como __Rei__ do
Universo.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- O que nos apresenta o livro de Zacarias?
( ) Apresenta os eventos do porvir como o epílogo
da história.
( ) O oráculo do profeta não fala a respeito de
acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis.
( ) As demandas do nosso tempo apontam para um
desfecho divinamente escatológico.
I. O LIVRO DE ZACARIAS
4- Qual o contexto histórico do livro de Zacarias?
( ) Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos
no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C.
( ) A situação espiritual de Judá é a mesma descrita
no livro de Ageu.
( ) A indiferença religiosa e o avanço do
secularismo colocavam DEUS em último plano.
( ) Tal como a história dos antepassados dos
judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).
5- Como era a vida pessoal de Zacarias?
( ) Era de uma família sacerdotal, assim como
Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3).
( ) Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do
exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel e Josué (Ne 12.1-4).
( ) Parece que "Baraquias", seu pai,
faleceu quando o profeta ainda era criança.
( ) Zacarias fora então criado por seu avô. Isso
pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de
"filho de Ido" (Ed 5.1).
( ) O ministério profético de Zacarias foi mais
extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após o
seu chamado (7.1).
6- Qual a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias?
( ) Os oráculos de Zacarias são apocalípticos.
( ) Eles foram entregues por visão (capítulos
1-6) e palavra (7-14).
( ) O assunto do livro é o Messias de Israel.
( ) Jerusalém também ocupa espaço significativo
na profecia.
( ) A vinda do Messias e os demais eventos
escatológicos predominam os capítulos 9-14.
7- Quais referências diretas e indiretas a Zacarias estão no Novo
Testamento?
( ) Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10;
Zc 12.10; Ap 1.7.
8- Quanto a unidade literária quais as opiniões mais populares?
( ) Os que defendem a unidade literária.
( ) Os que consideram os capítulos 9-14
provenientes do período Pré-exílio babilônico.
( ) Os que apontam para o período pós-exílio (os
liberais).
9- Em relação à passagem de Zacarias 11.13 - onde o evangelista
Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf. Mt 27.9) -
quais as duas principais explicações?
( ) Combinação profética e coletânea de
profecias.
10- Como seria a combinação profética no livro de Zacarias para que
houvesse a unidade literária?
( ) Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e
visitou a casa do oleiro (Jr 18.2).
( ) A citação de Zacarias 11.13 seria dos dois
profetas (Jeremias e Zacarias).
( ) Somente Jeremias é mencionado, porque ele é o
profeta mais antigo e importante.
11- Como seria a coletânea de profecias no livro de Zacarias para
que houvesse a unidade literária?
( ) Seria uma coleção de oráculos entregues a
Jeremias após a conclusão de seu livro.
( ) Eles teriam sido preservados pelo povo e,
mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.
II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO
12- Como é vista Sião, no livro de Zacarias?
( ) Zacarias introduz o oráculo com a usual
fórmula profética (8.1).
( ) O discurso começa com a chancela de autoridade
divina: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos" (8.2-4,6,7).
( ) Sião era originalmente a fortaleza que Davi
conquistara dos jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm
5.6-9).
( ) Com o passar do tempo, veio a ser um nome
alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.
13- Como é descrito o zelo do Senhor por Zacarias (8.2)? Complete:
Jeová declara a si mesmo como DEUS "__zeloso__" (Êx
20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua
__santidade__, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor
ainda é manifestado como __indignação__ quando o seu povo é trucidado por
estrangeiros. Aos opressores, DEUS há de __açoitar__ (1.14,15).
14- Como é descrita a restauração de Jerusalém no livro de Zacarias?
( ) A palavra profética anuncia: "Voltarei
para Sião e habitarei no meio de Jerusalém" (8.3b).
( ) Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o
Senhor se volta com zelo ao seu povo.
( ) A promessa é para o futuro, quando Jerusalém
tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade" (8.3b).
( ) Temos aqui, uma reiteração do que disseram
Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e
babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).
III. O REINO MESSIÂNICO
15- É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança? Isso
ocorrerá algum dia?
( ) A Bíblia assevera que sim!
( ) O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da
humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de
Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).
16- Quando e como será a época da paz universal?
( ) As Escrituras Sagradas falam de um período
conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor JESUS
CRISTO reinará por mil anos.
( ) Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão
a DEUS pelo anúncio do evangelho.
( ) O contexto bíblico permite-nos dizer que essa
profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no
Milênio (2.11; 3.10; Is 2.2-4; Mq 4.1-4).
( ) Nessa época, Israel estará plenamente
restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.
17- O que quer dizer Zacarias em seu livro quando diz: "A orla
da veste de um judeu"(8.23)? Complete:
A expressão "naquele dia" é escatológica (2.11; Os 2.16;
Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao __Milênio__. O número dez indica quantidade
indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo "judeu" no Antigo
Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles,
só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil
__identificação__ (Nm 15.38; Dt 22.12). E "agarrar-se à orla de sua veste"
indica o desejo e o anseio do mundo __gentio__ em desfrutar as bênçãos e os
privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a __riqueza__
do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua __plenitude__? (Rm
11.11-14).
CONCLUSÃO
18- Complete:
Diante do exposto, podemos concluir: se todas as __profecias__
sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do __Messias__
cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os
acontecimentos atuais por si só começam a __confirmar__ essa realidade.
RESPOSTAS NA REVISTA
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson
EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS
na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009.
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS
MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo
Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por
Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo
Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
ZACARIAS – Dicionário Wycliffe
Este nome significa "Yahweh lembra-se" ou "aquele de quem Yahweh se lembra". Muitas pessoas no AT tiveram este nome.
ZACARIAS, O PROFETA - O maior dos profetas que ministrou nos dias da restauração do Exílio da Babilónia. Ele era um contemporâneo de Zorobabel, o líder político dos exilados que retornaram; Josué, filho de Jozadaque era o sumo sacerdote da nação; e Ageu era também um profeta (Zc 3.1; 4.6; 6.11; Ed 5.1,2). Zacarias nasceu na Babilónia, e era membro de uma família de sacerdotes que retornou do exílio a Jerusalém quando aproximadamente 50.000 exilados foram para as suas casas sob a permissão do rei Ciro. Supõe-se que o pai de Zacarias, Baraquias, tenha morrido ainda jovem, portanto o profeta é designado como o filho de Ido, que era seu avô (veja Ed 5.1; 6.14; Ne 12.4,16; cf. Zc 1.11). Ele era, como Jeremias e Ezequiel foram antes dele, tanto profeta como sacerdote; um fato que revela que estes ofícios divinamente ordenados não eram antagónicos, como os estudiosos liberais alegaram diversas vezes. Alguns intérpretes consideram que Zacarias era ainda um homem muito jovem no início de seu ministério (Zc 2.4), mas não se pode deduzir ao certo uma idade a partir desta referência. A tradição judaica torna-o um membro da Grande Sinagoga, um grupo que supostamente teria colhido e preservado os escritos sagrados e as tradições dos judeus após o Exílio. Ele iniciou seu ministério profético dois meses depois de Ageu ter começado seus serviços (cf. Ag 1.1 e Zc 1.1). Isto aconteceu no segundo ano de reinado de Dário I, o persa (Histaspes; 521-485 a.C). A primeira profecia registrada de Zacarias deu-se no segundo ano do reinado de Dário, em 520 a.C. Seu trabalho, bem como o de Ageu, era encorajar a obra de restauração do templo, e revelar a esperança da nação para o futuro. A duração de seu ministério é desconhecida. Alguns tentaram identificar este profeta com o Zacarias citado em Isaías 8.2, mas as considerações cronológicas são contrárias a esta hipótese. Esta tradição dos judeus refuta uma outra que dizia que Zacarias havia profetizado no segundo templo. Embora as últimas anotações no livro referentes ao tempo sejam do quarto ano de Dário (7.1), é provável que Zacarias tenha visto a finalização do templo de Zorobabel dois anos mais tarde (Ed 6.14,15). Suas últimas profecias devem ter vindo de sua pena muitos anos depois de suas primeiras visões. A tradição conta que ele viveu até uma idade extremamente avançada, morreu na Judeia e foi sepultado perto de Ageu, na vizinhança de Eleuterópolis. Este profeta provavelmente não deva ser identificado com o Zacarias, filho de Baraquias mencionado pelo Senhor em Mateus 23.35, que foi morto entre o santuário e o altar (cf. 2 Cr 24.20-22), um evento ocorrido nos dias anteriores ao Exílio. Embora no Targum referente a Lamentações 2.20 Crisóstomo e Jerónimo tenham feito tal identificação, ela dificilmente está correta. Além disso, se o profeta tivesse sido martirizado nos tempos pós-Exílicos, deveríamos esperar algumas referências a este respeito nos livros de Esdras, Neemias ou Malaquias. O Senhor estava evidentemente falando de Zacarias filho de Joiada (2 Cr 24.20. Mas veja J. Barton Payne, "Zachariah Who Perished". Grace Journal, VIII [1967], 33-35. -Ed.]. O ministério de Zacarias foi desenvolvido em um período especialmente importante da história de Israel. Quando Ciro divulgou seu édito (entre 538 e 536 a.C), cerca de 50.000 exilados retornaram da Babilónia à Palestina (Ed 1.1-4; 2.64,65). Com grande entusiasmo, eles determinaram que reconstruiriam o templo do Senhor em Jerusalém, e retomariam a posse das terras. Eles começaram a trabalhar, e no segundo mês de 535 a.C. lançaram os alicerces do templo (Ed 3.8-13). Os samaritanos, que ofereceram ajuda no trabalho e não foram aceitos, opuseram-se ao trabalho de uma forma incansável. Eles conseguiram deter o trabalho até o reinado de Ciro (Ed 4.5). Durante aproximadamente 14 anos nada foi feito na construção. Quando Dário Hystaspes assumiu o trono em 521 a.C, Zacarias e seu contemporâneo, Ageu, assumiram que os decretos proibitórios do antigo monarca não eram mais válidos. Portanto eles exortaram seus compatriotas a reiniciar o trabalho. O trabalho foi reiniciado sob a liderança de Zorobabel e Josué, mas foi novamente interrompido quando Tatenai, o governador Persa do oeste do Eufrates, questionou o propósito da obra. A questão estava relacionada à Babilónia, e o decreto original de Ciro foi trazido à tona. Dário confirmou a permissão no segundo ano de seu governo (Ed 6.1-14). Mas os obstáculos exteriores foram somente uma parte da dificuldade, pois naquele momento a atitude do povo havia mudado e viram os obstáculos ao trabalho como restrições do Senhor; como se o próprio Senhor os estivesse proibindo de dar continuidade à obra. Ageu e Zacarias tentaram mudar a indiferença que estava sendo demonstrada pela nação. O Senhor abençoou o ministério destes homens, e em 515 a.C. o trabalho foi concluído. Zacarias colocou-se nas mãos de Deus para revelar ao povo as coisas gloriosas que o Senhor havia reservado para aqueles que fossem tementes e obedientes ao Messias, e ao seu reinado benevolente (veja Zacarias, livro de). C. L. F.
OUTRO ZACARIAS DE DESTAQUE NA BÍBLIA. Um filho do sumo sacerdote Joiada no reinado de Joás, rei de Judá (2 Cr 24.20), e portanto primo do rei. Após a morte de Joiada (2 Cr 24.15,16), Zacarias provavelmente mente obteve sucesso em seu ofício. Naqueles tempos, os oficiais de Judá retornaram à idolatria (24.17,18), e Zacarias foi movido pelo Espírito de Deus para repreender a nação por suas transgressões. Isto levou a tal indignação, que os nobres conspiraram com o rei para apedrejá-lo até à morte no átrio do templo. Assim, morrendo, disse: "O Senhor o verá e o requererá" (2 Cr 24.22). Quanto à questão da comparação deste Zacarias com o Zacarias de Mateus 23.35 e Lucas 11.51, veja Zacarias 1 acima.
O texto em Mateus 23.35, que é aparentemente
uma referência a 2 Crónicas 24.20- 22, fala do Zacarias que foi morto no
recinto do templo. No relato de Mateus, ele é chamado de filho de Baraquias,
enquanto em Crônicas, Joiada, o sacerdote, é chamado de seu pai. O cronista
pode ter selecionado seu proeminente avô (cf. 2 Cr 24.15) para mencioná-lo na
genealogia, enquanto Mateus relata que seu pai foi Baraquias (cf. Broadus,
Commentary on Matthew, para uma discussão completa). Na declaração: "Desde
o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias", o Senhor Jesus sem
dúvida fez uma referência ao primeiro assassinato encontrado no início da
Bíblia Sagrada (Gn 4.8), e ao apedrejamento do profeta registrado no último
livro do AT hebraico (2 Cr 24.21). J. R., F. R. H. e A. F. J.
O livro de Zacarias é o décimo primeiro dos assim chamados Profetas
Menores, ou "Os Doze" como eram chamados pelos judeus. Estilo e Valor
Pelo fato de o profeta (veja Zacarias 1) ter usado a forma apocalíptica para
transmitir a verdade profética, seu livro foi chamado de Apocalipse do AT. Suas
revelações são sucintas e concisas, por isso ele foi chamado de sintetizador
dos profetas. Seu estilo varia do profético direto direcionado a apresentações
de visões, a registros de atos simbólicos. Muitos, em tempos modernos e
antigos, já reclamaram da obscuridade do livro. Os comentaristas judeus,
especialmente, expressaram sua inabilidade de se aprofundar nas visões e
profecias do livro. A perspectiva e estrutura da profecia são definitivamente
messiânicas; portanto não deveria ser surpresa que uma abordagem descrente à
mensagem trouxesse poucos resultados. No entanto, mesmo que um livro seja de difícil
exposição, sua importância não é reduzida. Lutero referiu-se a este livro como
Der Ausbund der Propheten, a extensão dos profetas. Sua contribuição à profecia
messiânica está fora de proporção para seu tamanho. Somente Isaías possui um
retrato completo da pessoa e obra do Messias. Zacarias trata tanto da primeira
quanto da segunda vinda do Redentor de Israel: A vinda do Messias de forma
humilde; seu ministério de pastor para seu povo; a rejeição deste para com Ele;
a ferida permitida pelo Pai contra Aquele que lhe é semelhante, com a consequente
dispersão das ovelhas; seu retorno em glória à arrependida nação de Israel; seu
estabelecimento da paz entre as nações, e a inauguração de seu abençoado
governo milenar sobre a terra. Outros temas escatológicos também recebem
atenção. Autoria e Data As questões críticas a respeito do livro só perdem em
importância para os seguintes tópicos: as questões relacionadas com a autoria
Mosaica do Pentateuco; a única ou múltipla autoria de Isaías; e a datação mais
recente atribuída ao livro de Daniel. Em resumo, os capítulos 1-8 foram
atribuídos a Zacarias, enquanto os capítulos 9-14 podem ser tanto anteriores ao
exílio quanto posteriores a Zacarias. A posição crítica é baseada em diversos
argumentos. O mais importante deles lida com questões de estilo e referências
históricas. Como já foi demonstrado por diversas vezes, o estilo de um escritor
está diretamente relacionado ao sujeito ou tema sob tratamento. Não se pode
provar que Zacarias tenha usado uma linguagem inapropriada, ou que o tenha
feito visando manter a verdade. Ao tratar das questões essenciais, ou das
referências históricas, o ânimo crítico contra o sobrenatural nas profecias é
imediatamente discernível. Só vale argumentar contra o fato da referência à
Grécia em 9.13 impossibilitar que o capítulo tenha sido escrito antes de
Alexandre o Grande, se a profecia for descartada como uma possibilidade em um
registro reconhecidamente sobrenatural. Outros argumentaram acidentalmente a
favor de uma data anterior ao exílio, com base em Zacarias 9.13 e 10.7, onde é
feita menção de Efraim e Judá. As duas partes da profecia possuem semelhanças
de pensamento e estilo, indicando sua unidade. A profecia é, sem dúvida, do
período pós-exílico, e foi transmitida por Zacarias. Conteúdo Zacarias é
reconhecido como o profeta do conforto, esperança e glória. A introdução à
profecia (1.1-6) abre uma percepção ética da necessidade de arrependimento e
completa conversão ao Senhor. Então se segue uma série de oito visões noturnas,
todas concedidas ao profeta em uma noite. O propósito das visões era confortar
e encorajar os exilados que haviam retornado de sua tarefa de reconstruir o
templo, e estabelecer sua esperança na ampla expectativa do AT que está no
Messias e em seu futuro reino sobre a terra. A primeira visão noturna enfatiza
a preocupação do Senhor para com seu povo aflito que havia tão recentemente
retornado à sua pátria. Eles não podiam ser perturbados sobre a disparidade
entre as suas condições perturbadas e as condições das nações que estavam à sua
volta (1.7-12), pois o Senhor tinha bons propósitos à espera deles (1.13-17), e
ira reservada aos seus inimigos. A segunda visão noturna revela que toda força
estrangeira que oprimiu Israel sofrerá, por sua vez, a visitação do Senhor
(1.18-21). A terceira visão noturna dá continuidade ao tema da bênção, ao
mostrar como a cidade de Jerusalém será ampliada por causa da multiplicação dos
homens e dos animais em seu meio. A presença do Senhor, vivendo entre eles,
garantirá para eles segurança e glória no dia em que as promessas forem
cumpridas (2.1-13). No entanto, antes destas bênçãos prometidas se cumprirem,
era necessário que a questão do pecado de Israel fosse radicalmente tratada. A
purificação do sumo sacerdote na quarta visão é o símbolo da purificação da
nação e de sua reintegração à sua posição sacerdotal entre as nações (3.1-10).
Tudo isto é uma figura da purificação trazida pelo Messias para a sua terra e
povo. A quinta visão tinha o objetivo de encorajar Zorobabel em seu trabalho de
construção do templo, ao revelar-lhe os recursos infinitos que há no Espírito
de Deus, e o poder do Senhor que estava disponível para a realização da obra
(4.1-14). Novamente, o pecado é uma realidade a ser tratada, então a sexta e a
sétima visão mostram como o Senhor extirpará rapidamente o pecado e o pecador
da terra prometida (5.1-11). A versão final retorna de forma geral à primeira,
mostrando uma finalização do trabalho prometido, ou seja, os inimigos de Israel
sendo subjugados (6.1-8). A série é concluída por uma coroação simbólica de Josué,
o sumo sacerdote, prenunciando o ministério real e sacerdotal de Messias no
futuro reino da justiça (6.9-15). Nos capítulos 7 e 8 o profeta responde
questões a respeito do jejum, apontando a falta de profundidade destas
observâncias, os pecados de seus ancestrais que trouxeram o julgamento de Deus
sobre eles, a forma de bênçãos que lhes serão concedidas no presente, e o tempo
em que Deus transformará todo o jejum em festividades. Nenhuma porção profética
na Bíblia Sagrada resume tão bem a revelação escatológica quanto os seis
últimos capítulos desta profecia. Tendo como cenário as conquistas de Alexandre
no século IV a.C. (9.1-8), Zacarias prevê a vinda do rei da paz de Israel
(9.9,10) e seus benefícios que Ele trará ao seu povo (9.11-17). A passagem em Zacarias
10 ocupa-se com a delineação das diversas bênçãos do Messias sobre Israel. O
capítulo 11 é um dos mais sombrios no livro. Ele descreve, antes de tudo, uma
completa devastação da terra (w. 1-3) que ocorreu na guerra judaica-romana de
67-70 d.C. Depois, a causa da visitação é revelada como devida à sua rejeição
do Bom Pastor (w. 4-14); devido a esta maldade, em um dia futuro lhes será
enviado um pastor tolo que os oprimirá (w. 15-17). O último capítulo nos leva à
entrada do reino. Zacarias demonstra claramente a confederação do mundo contra
Jerusalém, e que será completamente derrotada pelo Senhor (12.1- 9). Neste
tempo, Deus lida com a questão da rejeição de Israel para com seu Messias
(12.10- 14). O Dia da Expiação de Israel requer sua conversão nacional. O povo
é purificado de seus pecados (13.1-6), e o método é enfatizado novamente, ou
seja, a morte do Messias (13.7-9). Finalmente, em golpes dramáticos e
audaciosos, o profeta revela o retorno do Messias ao Monte das Oliveiras, seu
povo sitiado, a completa devastação das forças inimigas e a purificação da
terra para que ela esteja de acordo com a santidade infinita de Deus (14.1-
21). O livro começa com uma chamada ao arrependimento e à santidade, e termina
com a realização desta santidade no povo de Deus, habitando no reino de justiça
do Messias.
Esboço I. Introdução: Exortação ao Arrependimento, 1.6
II. As Oito Visões Noturnas do Profeta, 1.7-6.8 A. O Anjo do Senhor
entre as murtas (o verdadeiro Israel), 1.7-17 B. Os quatro chifres (poderes) e
os quatro ferreiros, 1.18-21 C. O agrimensor (promessa da futura prosperidade
de Jerusalém), 2.1-13 D. Josué, o sumo sacerdote, e o Anjo do Senhor, 3.1-10 E.
O Castiçal (Israel) e os dois ramos de oliveira (os dois ungidos, Josué e
Zorobabel), 4.1-14 F. O rolo voante (a praga de Deus sobre aqueles que
quebrarem as duas partes do Decálogo na terra), 5.1-4 G. A mulher no meio do
efa (a maldade religiosa dos judeus), 5.5-11 H. Os quatro cavalos coloridos e
as carruagens (símbolos da ira de Deus que prossegue para destruir as nações
gentílicas), 6.1-8.
III. A Coroação Simbólica, 6.9-15
IV. A Responsabilidade de Betel a Respeito do Jejum, 7.1-8.23.
A. Suas questões: Deveriam eles continuar o jejum nacional no
quinto mês? 7.1-3 B. A resposta: Deus já expressou através dos antigos profetas
sua opinião sobre a mera forma de adoração, 7.4-14 C. Uma promessa de
restauração: Deus salvará seu povo e habitará com eles, 8.1-8 D. Uma
reafirmação dos propósitos de Deus de reconstruir sua casa, 8.9-17 E. A
promessa de que seus jejuns tornar-se-ão festas, 8.18-23 V. A Previsão Relativa
ao Futuro Poder de Israel e ao Futuro Poderio Mundial, 9.1-14.21 A. O fardo relacionado
aos Gentios, 9.1- 11.17 1. O julgamento nas terras da Síria, Fenícia e Filístia
por Alexandre o Grande, 9.1-8 2. Aquele que, de longe, será o maior de todos os
reis de Israel, que trará paz às nações depois de vencer os inimigos de seu
povo, 9.9-17 3. A obra de Deus de livrar Israel de seus próprios líderes, e das
nações, quando o Messias retornar, 10.1-12 4. Parênteses: A rejeição do Bom
Pastor preparado por Deus, e o governo do iníquo, 11.1-17 B. O peso a respeito
de Israel, 12.1- 14.21 1.0 final dos conflitos de Israel e sua libertação
física e espiritual, 12.1-14 2. A futura purificação de Israel dos pecados e
dos profetas idólatras, 13.1-6 3. O pastor de Israel ferido, e seu remanescente
refinado, 13.7-9 4. O grande clímax do dia do Senhor: A vinda do Senhor para
livrar Israel e estabelecer seu reino milenial na terra, 14.1-21 Bibliografia. David Baron, The Visions and Prophecies of Zechariah,
Londres: Hebrew Christian Testimony to Israel, 1919, re-impresso em 1951. Charles
L. Feinberg, God Remembers: A Study of the Book of Zechariah, Wheaton: Van
Kampen Press, 1950, reimpresso em 1965. R. E. Higginson, "Zechariah",
NBC, 2a ed., H. C. Leupold, Exposition of Zechariah, Grand Rapids: Baker, 1965,
F. B. Meyer, The Prophet of Hope: Studies in Zechariah, Nova York: Revell,
1900. George L. Robinson, The Prophecies of Zechariah, Chicago: Univ. of
Chicago Press, 1896. Merrill F. Unger, Commentary on Zechariah, Grand Rapids:
Zondervan, 1962. C. L. F.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita, Lição 12, Betel, Zacarias, Vivendo hoje
sem esquecer das Promessas para o Futuro, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista
Editora Betel, 3° Trimestre
De 2023, TEMA, PROFETAS MENORES DO
ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e
fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do
Messias. Escola Bíblica Dominical
“E eu os
fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.” Zacarias
10.12
VERDADE APLICADA
O cristão deve ser
um instrumento de Deus para consolar e encorajar outros em tempos de
perplexidades e aflições.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o
cenário do profeta Zacarias
Falar de forma panorâmica sobre as visões de Zacarias
Extrair lições do livro de Zacarias para os nossos dias
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - ZACARIAS 1
1 No oitavo mês do
segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de
Baraquias, filho de Ido, dizendo:
2 O Senhor tem estado em extremo desgostoso com vossos pais.
3 Portanto, dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tornai para mim, diz o
Senhor dos Exércitos, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos.
4 E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas,
dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos agora dos vossos maus
caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, nem me escutaram, diz o
Senhor.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Zc
1.1-6 Exortação ao arrependimento.
TERÇA – Zc 7 O jejum que não agrada a Deus.
QUARTA – Zc 8 Bênçãos prometidas.
QUINTA – Zc 9 O castigo de diversos povos.
SEXTA – Zc 10 Promessas feitas a Israel.
SÁBADO – Zc 13.7 O Pastor ferido
HINOS SUGERIDOS: 416, 418,485
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para ser um
instrumento de Deus para consolar e encorajar outros.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DO
PROFETA ZACARIAS
1.1 Conhecendo um
pouco mais o profeta
1.2. A mensagem do
profeta
1.3. Convocação
geral ao arrependimento
2- AS PALAVRAS PROFÉTICAS
DE ZACARIAS
2.1. O jejum que
não agradou a Deus
2.2 A causa do
cativeiro
2.3 Visões do Reino
Messiânico
3- ZACARIAS PARA
HOJE
3.1 Olhar para o
futuro com esperança
3.2 Reconstruir
vidas
3.3. Realizar a
obra de Deus
INTRODUÇÃO
Zacarias foi uma
voz profética para trazer ânimo e vigor para todos que se achavam desanimados.
Sua profecia é um chamado ao arrependimento e uma palavra de esperança,
mediante ao sincero arrependimento.
PONTO DE PARTIDA:
Devemos olhar para o futuro com esperança
1- O CENÁRIO DO
PROFETA ZACARIAS
Zacarias, assim
como o profeta Ageu, motivou o povo a completar a edificação da Casa do Senhor,
que aconteceu em 516 a.C. Muitos judeus optaram por continuar
na Babilônia por já terem construído suas vidas naquele país. No
entanto, os que voltaram, depois de vencido o desânimo, trabalharam
aplicadamente na edificação do Templo. O profeta Zacarias não somente os
motivou, mas também lhes deu uma visão dos propósitos de Deus para depois da
restauração da Casa do Senhor.
1.1 Conhecendo um pouco mais o profeta
O nome do profeta significa “Deus lembra” ou “Deus
recordou-se”. Zacarias provavelmente nasceu na Babilônia e estava entre o
remanescente que retornou a Judá em 538 a.C., sob a liderança de Zorobabel e
de Josué. Em data posterior, quando Joiaquim (Ne 12.10-12) era sumo
sacerdote, Zacarias (Ne 12.16) teve a oportunidade de suceder seu avô [Zc 1.1,7
- Ido] como chefe daquela família (clã) sacerdotal [Ne 12.10- 16]. Alguns
estudiosos acreditam que o pai de Zacarias, chamado Baraquias, tenha morrido
ainda muito jovem, porque Zacarias sucedeu o avô [Zc 1.1,7 - Ido].
SUBSÍDIO 1.1
O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento:
“O nome Zacarias significa Yahweh se lembra. Estas palavras poderosas trazem
consigo uma mensagem de esperança: o Deus de Israel terá misericórdia e há de
lembrar-se sempre de Seu povo. O profeta é identificado como filho de
Baraquias, filho de Ido. Ido estava entre os cabeças das famílias sacerdotais
que voltaram de Babilônia para Judá. Zacarias, portanto, fazia parte da tribo
de Levi, tendo servido, provavelmente, além de profeta, como sacerdote. Ele
começou seu ministério profético somente depois que seu contemporâneo Ageu
concluiu os primeiros escritos.”
1.2. A mensagem do profeta
A profecia de Zacarias começa com uma chamada ao
arrependimento seguida por oito visões, cada uma delas tinha o objetivo de encorajar
os judeus no término do Templo, na reconstrução da cidade, bem como no
restabelecimento da fé e do governo. Os primeiros oito capítulos são sobre a
reconstrução do Templo e os capítulos restantes, 9-14, têm sido alvo de muitas
discussões entre os estudiosos, pois parece ter sido escrito trinta anos mais
tarde, gerando assim uma dúvida sobre a autoria de Zacarias. Entretanto, essas
discussões não devem minimizar a importância da mensagem contida no livro. Há
um destaque das suas visões, pelo simbolismo apocalíptico encontrado.
SUBSÍDIO1.2
Esdras Bentho & Reginaldo
Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p.
574-575): “As mensagens contidas nos capítulos 1 a 8 abrangem as datas de 520 a
518 a.C. As mensagens que se estendem do capítulo 9 a 14 foram escritas mais ou
menos em 480 a.C. Devem ter sido escritas nos últimos anos de Zacarias (…)
Desconhecemos a duração do ministério de Zacarias, mas seu livro contém três
notações de tempo [Zc 1.1; 1.7; 7.1]. Tanto o ministério de Zacarias quanto o
de Ageu foi o de estimular o restante que voltou para reconstruir o Templo e
nutrir a esperança de vitória sobre todo e qualquer inimigo.”
1.3. Convocação geral ao arrependimento
Quando a obra do Templo tinha pouco mais de um mês,
e a sua singeleza não se equiparava ao Templo anterior, o povo se sentiu
desanimado. Zacarias os advertiu contra a evidente e crescente disposição deles
em voltar às mesmas práticas de seus pais, ou seja, a desobediência ao Senhor.
Esse comportamento de seus antepassados havia trazido o juízo de Deus sobre
eles, culminando com o exílio babilônico [Zc 1.1-6]. A palavra do profeta é um
lembrete do que acontecera no passado e de como eles estavam tendenciosos a
repetir o mesmo erro, ignorando a restauração da Casa do Senhor, numa clara
demonstração de pouco ou nenhum interesse pelas coisas espirituais.
SUBSÍDIO 1.3
Comentário Bíblico Moody: “Em linguagem
enfática o profeta declara o aborrecimento divino com os pais de seus
patrícios. Foi mais que a negligência deles em construir o Templo que o
aborreceu; foi a sua visão espiritual de modo geral. Voltar do exílio não
bastava para agradar ao Senhor; eles precisavam fazê-lo de coração. (…) O mau
exemplo é tão infeccioso que Zacarias precisou advertir seus correligionários a
não imitarem o modo de vida de seus predecessores. Estes tinham fracassado em
atender às mensagens autênticas dos profetas de Deus e consequentemente tinham
feito uma colheita de miséria e sofrimento no cativeiro babilônico.”
EU ENSINEI QUE:
É preciso entender que o verdadeiro arrependimento
não traz de volta às antigas práticas. O arrependimento sincero produz um novo
modo de vida.
2- AS PALAVRAS PROFÉTICAS DE ZACARIAS
O profeta Zacarias recebeu de Deus mensagens de esclarecimento
quanto ao Seu desagrado em relação ao comportamento do povo, palavras
animadoras para a continuidade da reconstrução do Templo e profecias
messiânicas.
2.1. O jejum que não agradou a Deus
Conforme vários comentaristas, os jejuns no quinto
e no sétimo mês [Zc 7.3, 5] lembravam, respectivamente, a destruição do templo
[2Rs 25.8-9] e o assassinato de Gedalias [2Rs 25.25]. Ainda que com
boas intenções, esses jejuns eram instituições meramente humanas, não haviam
sido ordenados por Deus e o objetivo era uma justiça baseada em obras de
autorretidão [Zc 7.6]. O povo não ouviu quando Deus enviou Seus profetas com
mensagens alertando-os sobre a necessidade de arrependimento e obediência à Sua
Palavra, por isso praticavam o jejum e a penitência, em sinal de tristeza e
“arrependimento” mediante alguma situação.
SUBSÍDIO 2.1
Comentário Beacon: “Jejuns ou banquetes não
são do interesse de Deus, a menos que causem um efeito positivo na vida diária.
Os profetas anteriores ao exílio anunciaram a palavra à qual o povo deveria ter
ouvido. Pregaram que Deus é indiferente a rituais, e o que o Senhor exige é uma
vida moral que se manifesta em amor fraterno e justiça social. Era a esse
antigo ensinamento que o povo tinha de atentar e obedecer. A mensagem fora proferida
em tempos de prosperidade nacional. Ao não levar em conta, a prosperidade
acabou. Só após voltarem a esse ensinamento é que a prosperidade retornaria.”
2.2 A causa do cativeiro
Deus diz por meio de Zacarias que a terra de Israel
ficou arrasada [Zc 7.8-14], porque o povo havia desprezado Suas palavras e não
escutaram a mensagem que os profetas traziam em Seu nome. A desobediência era a
fonte de toda aquela situação que viveram na Babilônia. O povo de Israel era um
povo poderoso, que havia sido predestinado por Deus para ser o povo escolhido
do qual descenderia o Messias. Mas se tornaram desprezados, insignificantes e
estavam em sua pátria por permissão do rei persa. Aquele povo estava ferido em
seu orgulho nacional, no entanto não conseguiam perceber que tudo fora
consequências das más escolhas que fizeram.
SUBSÍDIO 2.2
Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betei
Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 51) comenta sobre Zacarias 7: “O objetivo de
Zacarias era alertar os seus contemporâneos no sentido de não seguirem o
exemplo de seus antepassados, que pela sua desobediência foram parar no
cativeiro [Zc 7.7, 12]. O fato de não quererem escutar a voz do Senhor [Is
6.10], e de “fazerem seus corações duros como diamantes” [Zc 7.12], só
acarretou para eles a ira de Deus, o descaso por suas orações [Zc 7.13] e foram
espalhados por todas as nações [Dt 28.15, 68]. (…) Todos nós temos tendências a
desobedecer aos mandamentos de Deus [Rm 7.22-25]. Muitas vezes damos razão a
esta desobediência. Será bom não esquecermos que nosso Deus, conquanto
misericordioso, é justiça também para com todos [Ap 16.7].”
2.3 Visões do Reino Messiânico
As visões do Reino Messiânico encontram -se do
capítulo 9 ao 14 do livro de Zacarias. Elas dizem respeito ao Rei
Messiânico [Zc 9.10], o Pastor rejeitado [Zc 11], o povo restaurado [Zc 12-13]
e a soberania divina [Zc 14]. A profecia de Zacarias 9.9 foi cumprida
cabalmente na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém [Mt 21.1-11]. Apesar
daquele tempo de dificuldade, o profeta trazia uma mensagem de esperança em um
futuro melhor quando finalmente o Senhor reinará sobre a Terra. Os autores dos
evangelhos fizeram muitas citações do livro de Zacarias, mais do que qualquer
outro profeta menor, o que indica a forte preocupação messiânica de Zacarias ao
olhar para o futuro do povo de Deus.
SUBSÍDIO 2.3
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel
Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 69-70) escreveu sobre o “Livro de Zacarias
– o apocalipse do Antigo Testamento”: “Os capítulos de 9-14 do livro de
Zacarias são uma síntese extraordinária das profecias escatológicas do Antigo
Testamento. Apenas a mente do próprio Deus poderia estruturar um esquema tão
bem ordenado, lógico e cheio de esperança. Das predições deste profeta, muitas
já passaram ao terreno das realizações históricas (…) As profecias bíblicas não
são independentes. Elas constituem um conjunto bem equilibrado de revelações
que se apoiam e se explicam mutuamente.”
EU ENSINEI QUE:
O cristão deve ser um instrumento nas mãos de Deus
para consolar e encorajar o povo de Deus em tempos de perplexidades e aflições.
3- ZACARIAS PARA HOJE
Zacarias se viu diante de uma cidade cheia de
pessoas apáticas, desanimadas e sem esperança de dias melhores. Por isso, sua
mensagem da parte de Deus foram palavras de estímulo e de motivação; havia um
sentimento de uma obra que realizavam ser de pouco valor.
3.1 Olhar para o futuro com esperança
O chamado ao arrependimento iniciou a profecia de
Zacarias [Zc 1-6]. O trabalho da obra estava progredindo, mas o povo precisou
ser chamado novamente à obediência e à pureza [Zc 7-8]. A política
internacional sofreu revezes, quando os gregos derrotaram a Pérsia perto do
final do ministério de Zacarias. Esse período de incertezas trouxe novas
profecias. Constantemente o povo de Deus precisa ser “chamado” à obediência de
Sua Palavra e à santificação. Isso significa que cada cristão deve primar por
um relacionamento genuíno com o Senhor não apenas conhecendo Sua Palavra, mas
também a colocando em prática em sua vida.
SUBSÍDIO 3.1
Revista Betel
Dominical, 2° Trimestre/1994 – Auxílios Didáticos ao Professor – p. 42: “O
profeta Zacarias faz declarações importantes, quando pinta o quadro das lutas e
triunfos futuros de Israel, as quais vaticinaram, em discurso específico e
inequívoco, não só as grandes doutrinas da morte expiatória do Messias vindouro
pelo pecado humano, com o sua Deidade, seu Reino Universal etc. Também
mencionou incidentes detalhados de Sua vida (…) Quatro destes incidentes são
diretamente citados no Novo Testamento, com o está relacionado abaixo:
a) A entrada triunfal em Jerusalém [Zc 9.9], citado em Mateus 21.5; João 12.15;
b) Traição por 30 moedas de prata [Zc 11.12], citado em Mateus 27.9-10;
c) Sua Deidade [Zc 12.8];
d) Suas mãos transpassadas [Zc 12.10; 13.6], citado em João 19.37.”
3.2 Reconstruir vidas
Muito mais do que a reconstrução do Templo, da
cidade e da vida civil, a vida do povo precisava ser reconstruída com Deus e em
Deus. Estavam reconstruindo os alicerces do templo, mas não os alicerces da fé.
Por isso o profeta os faz lembrar de como chegaram aquela lamentável situação.
Era preciso retirar os entulhos da desobediência e rebeldia contra Deus,
deixados fisicamente em Jerusalém como prova da indiferença à Palavra de Deus,
mas também retirar os entulhos do pecado que ficou no coração daquele
povo. Por isso Zacarias os convoca à pureza e os anima, mostrando-lhes que há
bênçãos e um futuro cheio de esperança. Dias melhores viriam e superariam todos
aqueles momentos de angústias, perplexidades e aflições.
Após lembrar ao Seu povo as causas da manifestação
da ira divina, o Senhor revela que a história do povo da aliança não terminará
em destruição e desolação.
SUBSÍDIO 3.2
Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução
ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, pp. 580): “No capítulo 8, vemos o
amor de Yahweh pelo seu povo prevalecer. O Senhor afirma que não muda, e que
suas promessas ao seu povo hão de se cumprir. Zacarias apresenta minuciosamente
a prosperidade que Israel irá provar. O Senhor voltará a habitar com o seu povo
escolhido.”
3.3. Realizar a obra de Deus
Os judeus, ao regressarem do exílio na Babilônia,
tiveram um enorme desafio para reconstruir a cidade e o Templo, que estavam
totalmente destruídos. Isso só aconteceria com o comprometimento e a dedicação
de todos. O desafio era grande, mas a união do povo ajudaria a superar os
obstáculos que havia na realização daquela obra. O privilégio que receberam de
voltar à terra natal trazia também a responsabilidade de a tornar habitável
novamente. Existia muito trabalho a ser feito e cada pessoa tinha habilidade
para este ou aquele trabalho, mas não bastava ter habilidade, era preciso
disponibilidade de todos para a realização da obra.
SUBSÍDIO 3.3
Comentário Bíblia Shedd: “(…) o dia em que
Deus será realmente honrado com tudo o que os homens possuem. Nada deixará de
ser santificado, isto é, utilizado para a glória do Senhor, segundo a Sua santa
vontade. Quando a vida for inteiramente consagrada a Deus; não haverá mais
distinção entre o profano e o sagrado [Rm 12.1-2; Cl 3.17].
EU ENSINEI QUE:
Há muitas pessoas que estão com suas vidas
destruídas pelas mazelas da vida ou pelo pecado, mas Deus deseja usar cada
cristão para ajudá-las a reconstruírem suas vidas sobre a Rocha que é Jesus.
CONCLUSÃO
Há mensagens maravilhosas no livro de Zacarias para
todos que buscam aprender sobre o amor, o cuidado e o zelo de Deus para com o
Seu povo. Sua misericórdia alcança todos os que O buscam com sinceridade de
coração, arrependidos de seus pecados.