Escrita Lição 9, BETEL, O Servo revela o Pai e o perfeito plano divino, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 9, BETEL, O Servo revela o Pai e o perfeito plano divino, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV


 

Vídeo https://youtu.be/HTitPeNf6gI
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/02/escritas-licao-9-betel-o-servo-revela-o.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/02/slides-licao-9-betel-o-servo-revela-o.html
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Lição 9, BETEL, O Servo revela o Pai e o perfeito plano divino, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

SUBSÍDIOS EXTRAS

  

Lição 06: Marcos 8 – O Servo é o CRISTO

4° Trimestre de 2022 | EBD – Revista PECC

  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Marcos 8 tem 38 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Marcos 8.11-30 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Querido(a) professor(a), Jesus enfrentou rejeição e acusações ao longo de suas caminhadas. Mesmo assim, seguia com enorme senso missionário e messiânico a fim de alcançar quantos o quisessem conhecer.

Ele cumpriu a Torá com justiça, recusando uma religiosidade corrompida e motivada pelo desejo de manipular e explorar as pessoas. Ninguém precisa se ocupar de uma santidade ritualística, pois um coração convertido não se deixa arrastar por costumes e tradições seculares. Jesus foi até os impuros e encontrou mais fé entre eles do que entre os fariseus. Vamos vigiar para que Satanás não nos leve a agir contra os propósitos do Reino, como, por um instante, aconteceu com Pedro.

 

OBJETIVOS

• Assumir, como servos, o compromisso missionário.
• Praticar a justiça e a humildade, seguindo o exemplo de Jesus.
• Ensinar a todos que Jesus os convida à salvação.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), mostre aos seus alunos que o crente vai a qualquer lugar onde o Evangelho deva ser ministrado, pois não somos chamados para excluir as pessoas do Reino. Ao contrário, empenhamos nossas vidas na tarefa de revelar Jesus a todos que queiram conhecê-lo. É no cotidiano das nossas atividades seculares, entre incrédulos, que devemos testemunhar com firmeza e generosidade para que muitos creiam e sejam libertos pela fé em Jesus, o Cristo.

  

LEITURA ADICIONAL

“A pureza moral não depende de lavar ou não lavar, de tocar ou não tocar em coisas, de comer ou não comer certas coisas, conforme os fariseus e escribas ensinavam. (…) Nossa pecaminosidade original e nossa inclinação natural para o mal raramente são consideradas como convém. A iniquidade dos homens, frequentemente, é atribuída aos maus exemplos, às más companhias, a tentações peculiares ou às armadilhas do diabo. Parece que esquecemos o fato de que cada homem traz, dentro de si, o manancial de sua própria iniquidade. Não precisamos de qualquer companhia má para nos ensinar ou de qualquer demônio para nos tentar a cair em pecado. Já temos dentro de nós a fonte de cada pecado debaixo do céu. (…)

Ao lermos essas palavras, precisamos entender claramente que nosso Senhor estava referindo-se ao coração humano em geral. Ele não aludia somente ao devasso de má reputação ou ao preso na cadeia. Todos nós, grandes ou pequenos, ricos ou pobres, patrões ou empregados, idosos ou jovens, eruditos ou ignorantes – todos nós temos, por natureza, um coração como aquele que foi descrito por Jesus. As sementes de todos os males aqui mencionados jazem escondidas dentro de nós. Podem ser reprimidas pelo temor às consequências, pelas restrições da opinião pública, pelo medo de sermos descobertos, pelo desejo de parecermos respeitáveis e, acima de tudo, pela graça onipotente de Deus.

Porém, cada indivíduo possui, dentro de si mesmo, a raiz de todo pecado. (…) Aos olhos de Deus, ‘todos nós somos como o mundo’ (Is 64.6). Deus vê, em cada um de nós, incontáveis iniquidades que o mundo jamais será capaz de perceber, porquanto Deus lê nossos corações. (…) Certamente, a pessoa que não se gloria no evangelho reconhece pouco da praga que abriga em seu interior”. Livro: Meditações no Evangelho de Marcos (RYLE, John Charles. 2. ed., São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2018, pp. 124-125).

  

TEXTO ÁUREO

“Então, lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.” Mc 8.29

  

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO - Marcos 8.11-30 (Abaixo)

  

VERDADE PRÁTICA

Cristo é o único que pode transformar o nosso ser de dentro para fora.

 


JESUS É O CRISTO Mc 8.1-38
1– Alimentando gentios Mc 8.4
2– Cego de Betsaida Mc 8.24
3– Quem dizem que eu sou? Mc 8.29


APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Marcos 8.2
Marcos 8.12


Hinos da Harpa: 299 – 45

 

INTRODUÇÃO

Nos capítulo 8 de Marcos, a essência da verdadeira espiritualidade é revelada por Jesus. Ademais, ao palmilhar por terras gentílicas e promover milagres entre gentios, o Servo demonstra o alcance universal da redenção. Após, no ápice do evangelho de Marcos, Pedro, representando os discípulos e inspirado pelo Espírito Santo, enfim professa a identidade messiânica de Jesus. No capítulo 8, destaca-se a cura do cego de Betsaida, narrada exclusivamente por este evangelista.

  

JESUS É O CRISTO (Mc 8.1-38)

1- Alimentando gentios (Mc 8.4) 

Donde poderá alguém fartá-los de pão neste deserto?

A segunda multiplicação de pães e peixes guarda, pelo menos, duas importantes singularidades em comparação com a primeira (Mc 6.35-44):
a) o papel mais ativo de Jesus: é o próprio Senhor quem percebe o problema (8.1-3) e, do início ao fim, protagoniza a dinâmica dos acontecimentos;
b) os destinatários do milagre: na alimentação dos quatro mil (Marcos 8), Jesus oferece alimento salvífico a gentios com o mesmo amor e compaixão que o ofertou aos judeus (Marcos 6). O Servo está reforçando o alcance universal de sua missão redentiva. Entretanto, à diferença dos gentios, o povo judeu continua resistindo ao ministério do Servo, pedindo “um sinal do céu” (8.11).

Tamanha incredulidade continua a incomodar profundamente a Jesus, que rejeita qualquer exposição gratuita de poderes (8.12-13; Mt 7.6). Afinal, pelo contrário, é preciso crer para ver (Jo 20.29). Infelizmente, até os discípulos continuam com corações endurecidos, fato evidenciado em outro evento de falta de alimento. Desta feita, porém, Jesus repreende a contínua falta de discernimento espiritual de seus companheiros mais próximos, que permanecem presos a uma visão por demais superficial e materialista de suas falas (8.14- 21), como ocorrera, inicialmente, com Nicodemos (Jo 3.1-10).

 

AS DUAS MULTIPLICAÇÕES DE PÃES

1. Na primeira multiplicação: 5000 pessoas foram alimentadas por Cristo. Na segunda multiplicação: foram 4000 as pessoas alimentadas.

2. A primeira multiplicação deu-se nas proximidades de Betsaida, cidade da Galileia. A segunda multiplicação deu-se nas proximidades do Mar da Galileia e havia muitos gentios.

3. A primeira multiplicação Jesus operou com CINCO PÃES E DOIS PEIXES. A segunda multiplicação o Senhor operou com SETE PÃES E POUCOS PEIXES.

4. Na primeira multiplicação sobraram DOZE CESTOS CHEIOS. Na segunda multiplicação sobraram SETE CESTOS CHEIOS.

5. Na primeira multiplicação os pães e os peixes estavam com um menino no meio da multidão. (João 6:9).

NOTA: HÁ UM DIA, NO CULTO A DEUS, QUE A MENSAGEM DO SENHOR ESTÁ COM ALGUÉM NO MEIO DA MULTIDÃO. ALGUÉM DE FEIÇÕES INEXPRESSIVAS ASSIM COMO O MENINO.

Na segunda multiplicação os pães e os peixes estavam com os discípulos. ENTÃO: EXISTE O DIA DO MENINO E O DIA DO OBREIRO. Ambos se manifestam isoladamente. Ou seja, existe o dia em que a mensagem está com o menino e, consequentemente, o dia em que a mensagem está com os obreiros de Cristo. Jesus Cristo somente poderá operar quando entendemos com humildade fatos iguais a esses.

NAS DUAS OCASIÕES:

Primeiro, Jesus entregou o alimento aos discípulos.

Depois, os discípulos entregaram o alimento ao povo.

Essa história espiritual ainda é a mesma. Aleluia! Obrigatoriamente, os obreiros precisam primeiro receber de Jesus, para depois dar de comer ao povo de Deus. Desconfie dos obreiros que costumam dizer: “EU NADA TENHO PARA DAR”.

NAS DUAS OCASIÕES: Jesus ordenou à multidão que se assentasse para se alimentar.

O POVO DE DEUS PRECISA E DEVE SE ORGANIZAR PARA RECEBER A ALIMENTAÇÃO DO SENHOR. Aleluia!

 

Primeira é para Israel

Segunda é para a Igreja

 

2- Cego de Betsaida (Mc 8.24) 

Vejo homens, porque como árvores os vejo, andando.

Deparamo-nos, agora, com outro episódio bíblico exclusivo de Marcos: a cura gradual do cego de Betsaida. Tomando-o pela mão, Jesus o leva para fora da aldeia, aplica-lhe saliva aos olhos e impõe suas mãos (8.22-23). O homem sinaliza que sua visão fora restaurada em parte, pois enxergava imagens ainda borradas (8.24). Após novo toque de Jesus em seus olhos, fez-se perfeita restauração da visão (v. 25). A cura em duas etapas não se deve a limitações do poder de Jesus (Mc 6.56 e 10.51-52). Pelo contrário, essa curiosa dinâmica de restauração gradual foi deliberadamente escolhida pelo Servo para servir de símbolo da própria obra que estava realizando no povo judeu, especialmente nos discípulos, cujo processo de discernimento espiritual também acontecia lenta e progressivamente, com importantes avanços e incômodos recuos (8.14-21 e 27-33).

 

3- Quem dizem que eu sou? (Mc 8.29)

Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.

O evangelho de Marcos chega ao seu ponto alto. Em meio a todo esse contexto de avanço do Evangelho junto aos gentios e embaraço junto aos judeus, Jesus prepara o cenário para, enfim, descortinar com maior riqueza de detalhes a natureza e o propósito de sua missão, bem como o nosso papel em Seu Reino. A culminância desse amoroso processo acontece exatamente quando Jesus, no caminho de Cesaréia de Filipe, debate com seus discípulos sobre o que os homens diziam a seu respeito. Em meio a muitas respostas, todas equivocadas, o Mestre, enfim, pergunta: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?”.

Pedro, então, responde: “Tu és o Cristo” (8.27-29). A identidade messiânica de Jesus estava plenamente revelada e crida! O verdadeiro cristão não teme destoar da convicção das massas e posicionar-se ao lado da verdade, com amor e sabedoria (1 Tm 1.7). Afinal, não devemos nos conformar com este mundo, mas, sim, sujeitarmo-nos à transformação pela renovação das nossas mentes, pois só assim experimentaremos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2). Sobre a sólida verdade de ser o Cristo (8.29), Jesus passa a descortinar detalhes de seu sofrimento, morte e ressurreição (8.31). O vacilo de Pedro, deixando-se ser usado por Satanás para tentar convencer Jesus a não morrer por nossos pecados (8.32-33), dá ensejo a mais uma lição: a batalha espiritual contra o diabo será dura, mas devemos ser firmes em resistir-lhe (Ef 6.10-18). Para tanto, cumpre-nos viver uma vida de total abnegação e entrega a Jesus (8.34-38; Tg 4.7).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Jesus é o Filho de Deus. Por Sua graça, pode alcançar a todos, agindo onde reside o verdadeiro problema humano: no coração.

 

RESPONDA

Segundo a lição, a partir de que sólida verdade espiritual Jesus passou a descortinar detalhes de seu sofrimento, morte e ressurreição? R. Da verdade de que Jesus é o Cristo (Mc 8.29).

 

 

 

 

COMENTÁRIOS BEP – CPAD

 

8.2 TENHO COMPAIXÃO. Jesus sentia compaixão pelas necessidades e sofrimentos da humanidade (ver 1.41). Jesus continua sendo o mesmo hoje. Ele sente profunda e sincera compaixão pelas necessidades e aflições de todo filho de Deus. Assim, temos a certeza de que, em meio às nossas aflições, podemos aproximar-nos dEle em oração a fim de receber graça, misericórdia e ajuda (Mt 6.31,32; Hb 4.14-16; 7.25).

 

 

8.15 FERMENTO. No NT, "fermento" geralmente simboliza o mal ou a corrupção (ver Mt 13.33; 16.6,11; Lc 12.1; 1 Co 5.6-8; Gl 5.9; Êx 13.7). Uma quantidade mínima de fermento afetará a massa inteira. (1) O "fermento" dos fariseus são as suas tradições religiosas pelas quais descartam os mandamentos e a justiça de Deus (7.5-8).

(2) O "fermento" de Herodes é idêntico ao dos saduceus; é o espírito de secularismo e de mundanismo (ver Mt 3.7). Os seguidores de Cristo devem sempre guardar-se contra os ensinamentos dos que pregam idéias humanas, tradições sem base bíblica ou um evangelho secular e humanista. Aceitar o "fermento de Herodes" levaria a igreja a voltar-se contra Cristo e a sua Palavra.

 

 

8.25 FICOU RESTABELECIDO. Esta cura em Betsaida é o único caso de uma cura gradual efetuada por Jesus. Foi registrada para que saibamos que nem toda cura divina é instantânea. Nalguns casos, o poder divino aniquila a enfermidade devagar.

 

 

8.34 TOME A SUA CRUZ, E SIGA-ME. A cruz de Cristo é símbolo de sofrimento (1 Pe 2.21; 4.13), morte (At 10.39), vergonha (Hb 12.2), zombaria (Mt 27.39), rejeição (1 Pe 2.4) e renúncia pessoal (Mt 16.24). Quando o crente toma sua cruz e segue a Cristo, ele nega-se a si mesmo (Lc 14.26,27) e decide abraçar quatro classes de lutas e sofrimentos:

(1) Lutar até o fim contra o pecado (1 Pe 4.1,2Rm 6), crucificando suas próprias concupiscências (1 Pe 2.11, 21-24; Gl 2.20; 6.14; Rm 6; 8.13; Tt 2.12);

(2) Lutar contra Satanás e os poderes das trevas, para estender o reino de Deus (2 Co 10.4,5; 6.7; Ef 6.12; 1 Tm 6.12), e enfrentar a hostilidade do adversário e das hostes infernais (2 Co 6.3-7; 11.23-29; 1 Pe 5.8-10), bem como a perseguição que surge por resistirmos aos falsos mestres que distorcem o verdadeiro evangelho (Mt 23.1-36; Gl 1.9; Fp 1.15-17);

(3) Sofrer o opróbrio, o ódio e o escárnio do mundo (Hb 11.25,26Jo 15.18-25) por testificarmos, com amor, que suas obras são más (Jo 7.7), por separarmo-nos dele moralmente e por rejeitarmos seus padrões e suas filosofias (1 Co 1.21-27)

 

 

8.38 SE ENVERGONHAR DE MIM E DAS MINHAS PALAVRAS. Jesus considera o mundo e a sociedade em que vivemos como "geração adúltera e pecadora". Todos os que procuram popularidade ou boa aceitação nesta geração má, ao invés de seguirem a Cristo e seus padrões de justiça, serão rejeitados por Ele na sua vinda (cf. Mt 7.23; 25.41-46; Lc 9.26; Lc 13.27).

 

 

 

 

 

Comentário Bíblico Wesleyana

 

Alimentação dos quatro mil (8:1-10)

Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não têm o que comer. E, se os deixar ir em jejum para casa, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe. E os seus discípulos responderam-lhe: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete. E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães e tendo dado graças, partiu- os e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles; e puseram- nos diante da multidão. Tinham também uns poucos peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante. E comeram e saciaram-se; e, dos pedaços que sobejaram, levantaram sete cestos. E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os. E, entrando logo no barco com os seus discípulos, foi para as regiões de Dalmanuta. Marcos 8:1-10

Considerando que a alimentação dos cinco mil estão registrados nos quatro Evangelhos, a alimentação dos quatro mil está relacionada apenas por Mateus e Marcos (ver Mat. 15: 32-39 ). Marcos acrescenta um pequeno detalhe no versículo 3 , quando ele diz que muitas das pessoas tinham de vir de longe, e assim ia desmaiar pelo caminho, se eles tiveram que voltar para casa para alimentar. Caracteristicamente Marcos usa o mais vívido presente e tenso histórico no versículo 6 , onde Mateus tem o particípio aoristo.

No final do incidente ele diz que Jesus atravessou o lago para Dalmanuta. Mateus tem "Magadan". Esta localização não é conhecida hoje. Mas presumivelmente ambos os termos se referem a planície densamente povoada de Genesaré (cf. Marcos 6:53), que estava no lado oeste do lago.

A crítica muitas vezes questionou como os discípulos poderiam ter perguntado o que está registrado no versículo 4 , depois de terem testemunhado o milagre de alimentar cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes. Mas Marcos em 6:52 diz que eles não entenderam o significado do milagre anterior. Basta pouco tempo decorrido entre os dois eventos, e a natureza humana pode esquecer as bênçãos de Deus do passado recente. Além disso, a questão dos discípulos pode ser interpretada como a expressão de uma pitada de antecipação, ao invés de incredulidade completa. 

 

Pedido de sinal (8:11-13)

E saíram os fariseus e começaram a disputar com ele, pedindo-lhe, para o tentarem, um sinal do céu. E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum. E, deixando-os, tornou a entrar no barco e foi para o outro lado. Marcos 8:11-13.

Os rabinos diziam que quando o Messias viesse iria mostrar uma luz do céu como prova de que ele realmente era o Messias. Aparentemente, isso foi o que os fariseus estavam exigindo aqui (não sabiam que no nascimento de JESUS uma estrela indicou onde Ele estava para os astrólogos).

Isto explica a aparente discrepância nesta narrativa de Mateus. Este último diz que nenhum sinal seria dado, a não ser o de Jonas ( Mat. 16: 4 ). Marcos declara que nenhum sinal seria dado àquela geração. O que ele quer dizer, evidentemente, é que não haveria nenhum sinal do tipo que os fariseus estavam procurando.

Na verdade, os muitos milagres que Jesus já havia realizado, foram testemunhos adequadas e suficientes para provar sua divindade. Mas os escribas exigiam algum sinal espetacular para mostrar que seu trabalho era sobrenatural.

Demasiadas vezes a atitude prevalece. 

As pessoas não estão satisfeitas com as provas brilhantes de vidas transformadas e personalidades resgatadas. A ânsia pelo sensacional não é um sinal de piedade, mas em vez disso, um coração carnal. Assim como Jesus havia se recusado a sugestão de Satanás para pular do pináculo do Templo (Mat. 4:6), agora Ele rejeitou a tentação de fazer algo espetacular só para aqueles religiosos. É só uma multidão inconstante que buscam pelo sensacional. As pessoas devem buscar por um desejo sensível e espiritual, sensato e significativo, não um show de circo.

A reação do Mestre com a demanda dos fariseus é graficamente expressa por Marcos na palavra anastenaxas , traduzido suspirou profundamente . É um termo composto forte, encontrado somente aqui no Novo Testamento. Ele se mostra profundamente perturbado. Ele via a superficial atitude egoísta, irracional exibida pelos líderes religiosos de sua nação. Assim, "tendo embarcado" (em grego literal), Ele "foi embora" para o outro lado, provavelmente para a costa oriental do lago da Galileia.

 

O quarto Retiro e Retorno (8:14-9:50)

1. Fermento dos fariseus (8:14-21)

E eles se esqueceram de levar pão e no barco não tinham consigo senão um pão.
E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. E arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão. E Jesus, conhecendo isso, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? Não considerastes, nem compreendestes ainda? Tendes ainda o vosso coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? E não vos lembrais quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Disseram-lhe: Doze. E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete. E ele lhes disse: Como não entendeis ainda? E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego e rogaram-lhe que lhe tocasse. 
Marcos 8:14-22

Em seu caminho, através do lago, Jesus solenemente advertiu Seus discípulos para terem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes . Mateus em seu escrito paralelo diz que é "o fermento dos fariseus e saduceus" ( Mateus 16: 6. ). Esta frase pode ser explicada como sendo o legalismo e o cerimonialismo. O fermento de Herodes provavelmente significaria a mundana política, algo que não deveria ter lugar qualquer que seja na igreja cristã. Lucas 12:1 identifica "o fermento dos fariseus", como legalistas que são sempre inconsistentes e insinceros, vivendo na "hipocrisia.". Eles coam um mosquito e engolem um camelo e não dão a ênfase principal da lei, que é o amor.

Os discípulos de mentalidade materialista pensaram que o seu Mestre estava a repreendê-los por terem negligenciado ao não terem se provido de alguns pães, quando iam para o lado leste pouco habitado do lago. Seu mal-entendido pode ter sido em parte devido ao costume rabínico de se referir ao pão comum como "fermento", para distingui-lo de pão ázimo.

 

b. Cego de Betsaida (8:22-26)

E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego e rogaram-lhe que lhe tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam. Depois, tornou a pôr-lhe as mãos nos olhos, e ele, olhando firmemente, ficou restabelecido e já via ao longe e distintamente a todos. E mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia. Marcos 8:22-26  

Betsaida Júlia é localizada na margem leste do rio Jordão, perto de onde ele deságua no extremo norte do lago da Galileia. Anteriormente uma aldeia, que tinha sido reconstruída e ampliada por Filipe, o tetrarca (filho de Herodes, o Grande) como a capital de Golã. Ele o chamou de Julias em homenagem a Júlia, a filha do imperador romano César Augusto.

O milagre registrado aqui é encontrado somente no Evangelho de Marcos. São mostradas evidências sobre detalhes vívidos, baseadas provavelmente nas observações afiadas de Pedro. Dizem-nos que Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Aqui vemos a reflexão proposta do grande Médico. O cego iria se distrair com o clamor das multidões ao redor dele. Então Jesus levou-o para um local tranquilo, onde Ele poderia ter toda a atenção do homem. (quem sabe sua fé falharia por estar próximo aos amigos e familiares incrédulos?). Provavelmente Ele queria que isso fosse uma experiência espiritual para o cego aflito, bem como a cura física. Provavelmente também, Ele queria evitar a publicidade indevida.

Este incidente e a cura do surdo-mudo de Decapoles (7:31-37) são os dois únicos milagres que são registradas por Marcos sozinho. Eles têm muito em comum. Na verdade, a linguagem do verso 23 é muito semelhante àquela em 7:33 . Em ambos os casos, Jesus levou o homem para além da multidão. Ambas as vezes ele colocou a mão sobre as partes afetadas do corpo e usou a saliva. Esta era, evidentemente, para reforçar a fé desses homens carentes. A saliva foi, por vezes, pensado por possuir qualidades medicinais, e Cristo pode tê-lo usado como um símbolo de seu poder de cura.

A cura do cego de Betsaida é único entre os milagres realizados por Jesus em ser o único que teve lugar em duas etapas. Após o primeiro toque Cristo perguntou ao homem se ele viu alguma coisa. Sua resposta foi literalmente: "Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam”. Em outras palavras, ele viu o que parecia árvores. Mas eles estavam se movendo; então eles devem ser homens. Sua visão era ainda muito vaga. Após o segundo toque o homem viu claramente. O verbo grego é um composto, diablepo . Literalmente, ele "viu através de"; ou seja, ele "viu claramente." Ele foi restaurado para ver e viu todas as coisas com clareza. A palavra grega significa "a uma distância claramente." Sua visão era perfeita, e continuou assim, como o pretérito imperfeito implica.

Por que esse milagre aconteceu progressivamente, em vez de imediatamente? O mais provável é que Jesus empreendeu o ritmo do seu poder à lentidão da fé do homem." JESUS Cristo disse ao homem curado para não entrar na aldeia. Nesta fase em seu ministério, talvez, o Mestre estava preocupado com o ensino e treinamento dos discípulos e não queria ser prejudicado por multidões trazendo-lhe os doentes.

 

Pronunciamento de Pedro (8:27-30)

E saiu Jesus e os seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e, no caminho, perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou? E eles responderam: João Batista; e outros, Elias; mas outros, um dos profetas.
E ele lhes disse: Mas vós quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo. E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele. Marcos 8:27-30

A confissão de Pedro em Cesareia de Filipe é registrado em todos os três Evangelhos sinópticos (cf. Mt 16: 13-20. ; Lucas 9: 18-21 ). Neste caso, o relato de Mateus é de longe o mais completo. Marcos tem apenas dois, muito pequenos, detalhes únicos. Ele diz que Jesus e os discípulos saíram para as aldeias de Cesaréia de Filipe, ou seja, os subúrbios, ao passo que Mateus usa a palavra "partes." Marcos também indica que aconteceu enquanto eles estavam a caminho. Ele dá uma forma mais curta da confissão: Tu és o Cristo; isto é, o Messias - ao invés de Mateus “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Mateus 16:16

Jesus exigiu dos discípulos para não darem publicidade ao seu ministério. O verbo, utilizado em todas as três narrativas deste incidente, é um composto forte, ocorrendo vinte e nove vezes no Novo Testamento. Todos menos cinco dessas vezes é traduzido como "censura" na Rei Tiago Version (cf. vv. 32 , 32 ). Ele é usado também para repreender demônios e para obrigação de copiar a natureza de Cristo. Aqui ele deve ter "cobrado de forma estrita." Jesus não queria que uma proclamação pública de Sua messianidade pudesse precipitar uma revolução contra o domínio romano. As condições políticas na Palestina estavam tensas no primeiro século, e não precisava de muito para produzir uma faísca para inflamar a estopa inflamável do nacionalismo. isto foi exatamente o que Jesus tentou evitar. (No ano 70 a revolução aconteceu e Jerusalém foi destruída),

Esta viagem a Cesaréia de Filipe é o ponto médio do Evangelho de Marcos, bem como o ponto de mudança do ministério de Jesus ... Agora, um novo tema é introduzido.: O Filho do homem deve sofrer e morrer. "

 

Previsão da Paixão (8: 31-9:1)

E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria. E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte e começou a repreendê-lo. Mas ele, virando-se e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens. E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua  alma? Porquanto qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. Marcos 8:31-38.

Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder. Marcos 9:1

A palavra começou (v. 31 ) é significativa. Ela marca um novo ponto de partida no ministério de Jesus. Até agora, o Mestre tinha principalmente lidado com a multidões em cura, ensino e pregação. A partir de agora ele passava a maior parte do seu tempo instruindo os seus discípulos, preparando-os para o momento em que Ele deveria deixá-los e eles teriam de continuar o trabalho do Reino – a Igreja.

Um tópico principal nesse ensino privado foi a proximidade de sua morte e ressurreição. Em comum com todos os judeus, os apóstolos esperavam um Messias que viria em glória para reinar sobre um reino terreno (o que acontecerá no Milênio). Era necessário que o Mestre corrigisse este equívoco na mente dos Seus discípulos, pois os judeus não o reconheceram como Messias. Eles devem ser ensinados que o Filho do homem (o Messias) iria sofrer e morrer, mas depois de três dias ressuscitaria. 

Este foi o primeiro de três previsões da Paixão (ver 9:31; 10:32-34). Todos os três sinóticos enfatizam essa fase do ministério privado de Jesus aos Seus discípulos. Marcos acrescenta uma observação aqui: E ele disse abertamente (ou, "claramente"). Como resultado Pedro falou. O particípio meio aorista significa literalmente "tomando-o para si mesmo." Parece querer dizer que o apóstolo procurou tirar o Mestre para um lado, para reprová-lo para falar assim. Mas quando Pedro começou a repreendê-lo, Jesus repreendeu Satanás que estava usando o discípulo. Voltando-se para eles significa que Cristo se voltou para eles de modo a enfrentar tanto Pedro e os discípulos, como Satanás.

Jesus declarou que alguns de seus discípulos não morreriam até que vissem o reino de Deus vindo com poder . Esta última frase é encontrada somente em Marcos.

Por uma estranha incoerência este versículo é colocado no início do capítulo nove em Marcos, como se refere à Transfiguração (ver em Mt 16:28), enquanto em Mateus vai com o capítulo anterior. Esta última é a divisão correta. Marcos 9:1 pertence ao capítulo oito.

Os três discípulos mais chegados e mais interessados pelas coisas espirituais e que seriam líderes da Igreja, foram escolhidos para terem uma visão do reino de DEUS. Moisés representando a Lei, Elias representando os profetas e JESUS representando a Graça. Moisés representando os que morreram e vão ser arrebatados, Elias os que estiverem vivos no arrebatamento e serão levados para o céu, sem experimentarem a morte, e JESUS aquele que virá nos buscar para estarmos com ELE para sempre na Nova Jerusalém, celestial..

 

 

Revista Betel 1º Trimestre de 2023 na Íntegra

Lição 9, BETEL, O Servo revela o Pai e o perfeito plano divino, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A importância de conhecer sobre JESUS.

1-1- A verdade que precisa ser conhecida por todos.

1-2- A verdade que é conhecida mediante a fé.

1-3- É preciso conhecer e crescer no conhecimento sobre JESUS.

2- O plano de DEUS revelado por intermédio de Seu Servo.

2-1- O Servo revela o Pai e Sua vontade.

2-2- As ações do Servo suscitaram questionamentos.

2-3- Marcos revela que o Servo é Filho de DEUS.

3- JESUS CRISTO: o mistério revelado.

3-1- João Batista testemunhou que JESUS era o Servo prometido.

3-2- Satanás conhecia a identidade divina do Servo.

3-3- O Servo revelou os seus sofrimentos.

  

TEXTO ÁUREO

"E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o CRISTO." Marcos 8.29

  

VERDADE APLICADA

Os que estão em CRISTO desfrutam de um relacionamento íntimo com DEUS e do conhecimento de Seu plano e propósito.

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA MARCOS 8.27-30

27. E saiu JESUS e os seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e, no caminho, perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?

28. E eles responderam: João Batista; e outros, Elias; mas outros, um dos profetas.

29. E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o CRISTO.

30. E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar a importância de conhecer sobre JESUS.

Falar sobre o plano de DEUS revelado por meio de JESUS.

Explicar que JESUS CRISTO é o mistério revelado.

 

HINOS SUGERIDOS 77, 88, 99

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Jz 16.18 Devemos ter cuidado ao contar segredos.

TERÇA Pv 11.13 A pessoa de confiança guarda segredo.

QUARTA Pv 20.19 Quem fala demais não sabe guardar segredo.

QUINTA Pv 25.9 Se alguém lhe confiou um segredo, não revele.

SEXTA Am 3.7 DEUS revela os Seus segredos aos Seus servos.

SÁBADO Fp 4.12 O segredo de viver feliz.

  

INTRODUÇÃO

Veremos nesta lição que o evangelho de Marcos descreve a identidade do Servo enviado, Sua missão em revelar o plano divino e salvar o povo dos pecados e a benção de desfrutar de um íntimo relacionamento com DEUS por intermédio de JESUS CRISTO.

  

1- A importância de conhecer sobre JESUS.

 Diante da pergunta de JESUS quando caminhavam para as aldeias de Cesareia de Filipe a respeito do que diziam sobre a pessoa dEle: "(...) Quem dizem os homens que eu sou?" [Mc 8.27], nesta hora os discípulos descrevem opiniões que as pessoas tinham sobre JESUS, relacionando-O com João Batista, Elias ou um dos profetas conhecidos [Mc 8.28]. Diante da resposta, o Servo faz uma nova interrogação e, então, Pedro faz a sua confissão de fé: "(...) Tu és o CRISTO" [Mc 8.29].

  

1-1- A verdade que precisa ser conhecida por todos.

Faz-se imperioso conhecer a identidade do Servo. Cumpre ressaltar que ainda hoje Ele é desconhecido por muitos. Não é difícil de enxergar que, apesar das muitas fontes e evidências históricas acerca de JESUS, muitos o renunciam como Senhor e DEUS. Se a pergunta feita aos discípulos sobre quem Ele era fosse dirigida aos homens de hoje, encontraria uma resposta ainda mais extensa e variada sobre quem de fato Ele era. Partilhamos da opinião de que atualmente existem milhares de religiões e, certamente, há respostas sobre a Sua Pessoa que o avaliariam de maneira pejorativa. Assim, lhe convido a pesquisar e buscar conhecer esse Servo que dividiu a história e permanece transformando a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.

  

SUBSÍDIO 1-1

Bispo Primaz Manoel Ferreira: "Através dos séculos, a humanidade tem se dividido a propósito desta questão: "Quem é JESUS?" Por que tanto atrito em torno de um indivíduo? Por que é que este nome, mais que qualquer outro nome de qualquer outro guia religioso, suscita tanto conflito? Por que é que quando se fala a respeito de DEUS, ninguém se perturba, mas basta mencionarmos o nome de JESUS e as pessoas logo querem encerrar a conversa? Ou então se colocam na defensiva. Por que que, em se tratando de JESUS, a situação difere da de outros líderes: Por que os nomes de Buda, Maomé ou Confúcio não "agridem" pessoas? A razão é que estes outros homens não declararam que eram DEUS, e JESUS o fez. É este ponto que o torna tão distinto dos outros guias religiosos.”

  

1-2- A verdade que é conhecida mediante a fé.

Tendo comparado as ideias pedagógicas de muitos estudiosos, constatamos que muitos deles são unânimes em dizer que grande parte dos povos da terra, independente de religião, tem algo a dizer sobre a pessoa de JESUS CRISTO. Aliás, não podemos deixar de mencionar que sobre este Servo de DEUS há muitos confrontos de opiniões. Podemos dizer haver congruências e disparidades sobre esta maneira de pensar. Muitos se baseiam sobre a pessoa do Servo se valendo dos dados científicos ou históricos. Entretanto, os evangelhos nos fazem ver que somente através da fé conseguimos conhecer mais acerca de JESUS. Um conhecimento que não se limita ao intelecto, mas que resulta em experiência e transformação [Mc 5.34].

  

SUBSÍDIO 1-2

Pastor Joabes Rodrigues do Rosário: "A religião cristã é alicerçada sobre a fé, a esse alicerce baseia-se sobre o conhecimento, e não sobre superstições, especulações ou algo irreal ou ainda invenções humanas. A fé é uma confiança também baseada na experiência pessoal, bem como no testemunho que é julgado como confiável, pois não é possível dispor-se a crer em algo que não convença a ser a verdade. A fé cristã, mesmo sendo de cunho pessoal, não é desvinculada da doutrina bíblica, pois não se trata de sentimento místico ou misterioso, beirando uma espécie de ocultismo. Este tipo de fé não tem Lugar no seio do cristianismo. Pelo contrário, é um tipo de experiência com um padrão de verdade fundamentada na Bíblia, balizando um relacionamento pessoal com DEUS."

  

1-3- É preciso conhecer e crescer no conhecimento sobre JESUS.

É possível afirmar, a partir dos relatos nos evangelhos, que muitos conheceram JESUS de maneira superficial, pois não quiseram se comprometer ou passar a viver segundo Seus ensinamentos. Digo isso porque temos visto que há crentes que conheceram o Filho de DEUS de perto, até mesmo de forma íntima, e ainda assim não conheceram a Sua verdadeira identidade. Marcos nos mostra que um exemplo claro disto é Judas Iscariotes, que após passar anos andando com o Servo, ainda assim o traiu [Mc 14.43-45].

  

SUBSÍDIO 1-3

Para uma definição mais plena, podemos dizer que, se quisermos conhecer a DEUS, devemos conhecer o Seu Servo. Segundo o apóstolo Paulo, Ele é a expressão da natureza e do caráter de DEUS [Cl 1.15]. Quando falamos sobre "conhecer" a JESUS, estamos nos referindo a ter um relacionamento íntimo com Ele. Situemo-nos que quando dissemos isso sobre JESUS, pode parecer impossível, mas não é. O profeta Oseias diz: "Conheçamos, e prossigamos em conhecer o Senhor (...)" [Os 6.3].

  

2- O plano de DEUS revelado por intermédio de Seu Servo

O evangelho de Marcos inicia-se com o testemunho de DEUS, o Pai, sobre o Seu Servo: "E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo" [Mc 1.11]. Assim entendemos que o plano de DEUS é fazer com que os Seus filhos possam conhecer que JESUS CRISTO é o Enviado de DEUS para salvar o povo dos seus pecados [Mc 2.10-11].

  

2-1- O Servo revela o Pai e Sua vontade.

Os planos do Senhor são belos e fascinantes. O salmista diz que o Senhor se alegra em revelar os Seus segredos aos que o temem [Sl 25.14]. No Antigo Testamento homens como Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Josué, Davi, Daniel, entre outros, por temerem a DEUS tiveram o privilégio de conhecer parte destes segredos. Já no Novo Testamento esse segredo é mostrado de maneira ainda mais vasta, quando começamos a ler sobre o plano de DEUS na pessoa do Seu Filho. Como encontramos no Dicionário Strong sobre o termo "segredo": "DEUS estabelece um relacionamento próximo, íntimo, com aqueles que o reverenciam e andam retamente". Assim encontramos nos evangelhos, em relação àqueles que se tornam discípulos de CRISTO e, consequentemente, desfrutam da benção de conhecer mais claramente as verdades do Reino de DEUS.

  

SUBSÍDIO 2-1

Pastor Cesar Roza de Melo: "É interessante observar o quanto a Bíblia é coerente a harmoniosa no Antigo e Novo Testamento. Nos textos messiânicos de Isaías lemos os relatos de como seria o ministério do Servo ungido, e em Marcos vemos o cumprimento das profecias acerca de CRISTO, no que tange ao ministério de servo."

  

2-2- As ações do Servo suscitaram questionamentos.

Marcos relata no início do seu evangelho um dos milagres realizados por JESUS em Cafarnaum, quando Ele surgiu em uma sinagoga ensinando. Ele libertou um homem que tinha um espírito imundo [Mc 1.25-26]. Carregado de certeza, Marcos relata que a partir deste milagre todos buscavam expressar o espanto e questionamentos sobre as ações e ensinamentos de JESUS: Que poder era aquele? Quem era Ele? Que nova doutrina era aquela? De onde vem a Sua autoridade que até os espíritos imundos o obedecem? E assim a fama do Servo logo correu por toda a Galileia e todos queriam saber os segredos deste homem [Mc 1.28].

  

SUBSÍDIO 2-2

Bispo Primaz Manoel Ferreira: "Note, porém, que as pessoas do extremo norte de Israel e dos termos da Síria traziam os seus enfermos para serem curados [Mt 4.24]. Não apenas grupos de pessoas iam e vinham a JESUS, mas o acompanhavam grandes multidões originadas de vários lugares: Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e lugares de além do Jordão. A fama de JESUS atravessou não os lugares de origem, mas também milênios!"

 

2-3- Marcos revela que o Servo é o Filho de DEUS.

Se estudado com mais vagar o evangelho de Marcos, em sua composição e mensagem, poderemos perceber que somos municiados de informações para uma elaboração de uma Cristologia a partir deste evangelho. Digo isso porque podemos visualizar em Marcos sete ocorrências do termo "Filho" que expõem o segredo de ser Ele o Filho de DEUS: "Filho de DEUS" [Mc 1.1]; "Filho amado" [Mc 1.1 1 ]; "Filho de DEUS" [Mc 3.11]; "Filho do DEUS Altíssimo" [Mc 5.7]; "Filho amado" [Mc 9.7]; "Filho do DEUS bendito" [Mc 14.61 ]; "Filho de DEUS" [Mc 15.39].

  

SUBSÍDIO 2-3

Pastor César Roza de Melo: "O evangelho de Marcos revela o CRISTO como servo enviado de DEUS, não somente para mostrar as grandezas do Altíssimo, mas também para servir as pessoas, atendendo-as em suas necessidades e dar a Sua vida por elas."

   

3- JESUS CRISTO: o mistério revelado.

Importa-nos reiterar que a verdade secreta do Pai que havia sido manifestada no passado pelos profetas foi revelada nos evangelhos em CRISTO. Vemos nas Escrituras que, por ordem do DEUS Eterno, este segredo se tornou conhecido em todas as nações, para que todos creiam e obedeçam.

  

3-1- João Batista testemunhou que JESUS era o Servo prometido.

É oportuno dizer que João aparece no deserto clamando arrependimento a todos os que se propunham a ouvi-lo. Podemos ver no evangelho de Marcos que ele aproveitava para pregar administrando o batismo do arrependimento para a remissão dos pecados [Mc 1.4]. Por sua entrega ao Senhor, muitos se mostravam grandemente preocupados pensando que ele fosse o CRISTO [Lc 3.15]. Podemos ler que, em resposta a essa dúvida, João respondeu sem subterfúgios não ser o CRISTO e que esse viria posteriormente a ele, sendo mais forte, do qual ele não era digno de, abaixando-se, desatar a correia das suas sandálias. João dizia que ele batizava com água, entretanto aquele que viria após ele, os batizaria com o ESPÍRITO SANTO [Mc 1.7-8].

 

 

SUBSÍDIO 3-1

Bíblia de Estudo Pentecostal: "João Batista foi o primeiro a pregar as boas- -novas a respeito de JESUS; sua pregação condensada por Marcos em um único tema: a proclamação de JESUS CRISTO que viria, a fim de batizar seus seguidores no ESPÍRITO SANTO. Todos aqueles que aceitarem CRISTO como Senhor e Salvador devem proclamar que JESUS continua sendo o que batiza no ESPÍRITO SANTO.”

 

3-2- Satanás conhecia a identidade divina do Servo.

Podemos assistir no evangelho de Marcos que no acontecimento da tentação no deserto, Satanás reconhece ser JESUS o Filho de DEUS ao dizer: "(...) Se tu és o Filho de DEUS, manda que estas pedras se tornem em pães" [Mt 4.3]. E pouco depois: "(...) Se tu és o Filho de DEUS, lança-te daqui abaixo; porque está escrito (...)" [Mt 4.6]. Cabe lembrar que em outras passagens da Bíblia, Satanás faz, pela boca dos possessos, afirmações categóricas sobre JESUS ser o Filho de DEUS: "(...) Bern sei quem és: o SANTO de DEUS [Mc 1.24]; "(...) Tu és o Filho de DEUS!" [Mc 3.11]; "(...) JESUS, Filho do DEUS Altíssimo (...)" [Mc 5.7]. 

  

SUBSÍDIO 3-2

Podemos ler que a tentação de CRISTO no deserto da Judeia ocorreu posteriormente a Seu batismo por João Batista, como descrito no Evangelho de Marcos [Mc 1.9-13]. Marcos segue narrando que foi após sua tentação no deserto que JESUS deu início a Sua vida pública [Mc 1.14]. É inevitável identificar que os evangelhos sinóticos descrevem a tentação de JESUS, contudo Marcos, diferentemente de Mateus e Lucas, faz um descritivo resumo.

  

3-3- O Servo revelou os seus sofrimentos

Após Pedro fazer a sua confissão de fé [Mc 8.29], JESUS admoesta Seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o CRISTO [Mc 8.30]. Então, o Servo começou a lhes ensinar abertamente que o Filho do Homem haveria de padecer, que seria rejeitado pelos anciões, príncipes dos sacerdotes a pelos escribas, e que seria morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria [Mc 8.31].

  

SUBSÍDIO 3-3

Bispo Primaz Manoel Ferreira: "JESUS CRISTO veio submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os corações a servirem a DEUS. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos [Mt 20.28]."

 

 CONCLUSÃO

Pelo que estudamos, claro fica a relevância de, como discípulos de CRISTO, não desprezarmos o que DEUS nos revela por intermédio de JESUS CRISTO, mas procurarmos atender ao Seu chamado para vivenciarmos um relacionamento com Ele, crescermos no conhecimento acerca do Servo e anunciarmos a todos os povos o perfeito plano divino de salvação.