Lição 10, Central Gospel, O Sacrifício Perfeito e Absoluto, 1Tr23,
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SUSÍDIOS EXTRAS
Lições CPAD Jovens e Adultos - LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
1º Trimestre de 2018
Título: A supremacia da CRISTO — Fé, esperança e ânimo
na Carta aos Hebreus
Comentarista: José Gonçalves
Lição 9: Contrastes na adoração da Antiga e Nova Aliança
Data: 4 de Março de 2018
TEXTO ÁUREO
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e
sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).
(Strong Português) – remissão
sh ̂emittah
1) suspensão da cobrança de tributos, remissão (temporária), perdão (da dívida)
αφεσις aphesis
1) livramento da escravidão ou prisão
2) remissão ou perdão, de pecados (permitindo que sejam apagados da memória,
como se eles nunca tivessem sido cometidos), remissão da penalidade.
(Strong Português) - redenção
פדיום pidyowm ou פדים pidyom פדיון
pidyown ou פדין pidyon
(hebraico)
1) resgate, redenção.
λυτρωσις lutrosis (grego)
1) resgate, redenção
2) livramento especial da penalidade do pecado
VERDADE PRÁTICA
A eficácia da adoração neste período da Nova Aliança está no fato
de ela estar fundamentada no sangue de CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Hb 9.2 Os utensílios do culto na Antiga Aliança
Terça — Hb 9.4 O culto, os oficiantes e a liturgia na Antiga
Aliança
Quarta — Hb 9.14 Uma redenção eterna pelo sangue do Cordeiro
Quinta — Hb 9.14,15 Uma consciência limpa pelo sangue de CRISTO
Sexta — Hb 9.15,22 Uma herança eterna pelo sangue de JESUS
Sábado — Hb 9.28 Uma promessa gloriosa pelo sacrifício do Filho de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 9.1-5,14,15,22-28.
1 — Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto
divino e um santuário terrestre.
2 — Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que
havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o
Santuário.
3 — Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se
chama o SANTO dos Santos,
4 — que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto,
coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o
maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto;
5 — e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra
no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
14 — quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO
eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará a vossa consciência
das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo?
15 — E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que,
intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do
primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
22 — E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
23 — De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas
que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com
sacrifícios melhores do que estes.
24 — Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos,
figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós,
perante a face de DEUS;
25 — nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como
o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
26 — Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes
desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27 — E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo,
depois disso, o juízo,
28 — assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a
salvação.
(Strong Português) CULTO
עבדה Ìabodah ou עבודה Ìabowdah (hebraico)
1) trabalho, serviço - 1a) obra,
trabalho
1b) trabalho (de servo ou escravo) - 1c) trabalho, serviço (de cativos ou
súditos)
1d) serviço (de DEUS)
Ìabad
1) trabalhar, servir - trabalhar para outro, servir a outro com trabalho
servir como subordinado - servir (DEUS)
servir (com tarefa levítica) - tornar-se servo
λατρεια latreia (grego)
1) serviço retribuído por salário
1a) qualquer serviço ou ministério: o serviço a DEUS
2) serviço e adoração a DEUS de acordo com os requerimentos da lei levítica
3) realizar serviços sagrados
Rm 9.3 Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de CRISTO, por
amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 4 que são
israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a
lei, e o culto, e as promessas; 5 dos quais são os pais, e dos quais é CRISTO,
segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém!
Rm 12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o
vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS.
Cl 2.18 Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de
humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde
inchado na sua carnal compreensão, 19 e não ligado à cabeça, da qual todo o
corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento
de DEUS.
Hb 9.1 Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um
santuário terrestre. 2 Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em
que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o
Santuário. 3 Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o SANTO
dos Santos, 4 que tinha o incensário de
ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso
de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as
tábuas do concerto; 5 e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra
no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
CULTO CRISTÃO TEM ESSAS COISAS
E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes
coisas DEUS fizera por eles e como abrira aos gentios a porta da fé. Atos 14:27
falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais,
cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, Efésios 5:19
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem
salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo
para edificação. 1 Coríntios 14:26
HINOS SUGERIDOS
41, 124 e 412 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que a adoração na Nova Aliança está fundamentada no
sangue de CRISTO.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar como era o culto e seus elementos na Antiga
Aliança;
II. Mostrar a eficácia do culto na Nova Aliança;
III. Explicar a singularidade do culto da Nova Aliança.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A adoração e o louvor a DEUS não é algo visto somente na Nova
Aliança, já no Antigo Testamento o desejo de DEUS era que os israelitas o
adorassem e tivessem um relacionamento mais profundo com Ele. Por isso, o
Criador ordenou que Moisés construísse uma tenda móvel de adoração, o
Tabernáculo, que acompanharia o povo durante a longa travessia pelo deserto.
Este seria o único lugar onde o povo poderia encontrar-se com Ele e adorá-lo.
Cada detalhe, cada peça, o desenho, ou seja, tudo no Tabernáculo tinha um
significado, simbolizando uma realidade espiritual.
Na carta aos Hebreus o autor detalha alguns principais utensílios
do Tabernáculo a fim de mostrar o sentido da adoração e do serviço sagrado na
Antiga Aliança, comparando com a obra de CRISTO no Tabernáculo eterno da Nova
Aliança.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao falar do tabernáculo como o local de culto na Antiga
Aliança, o autor sagrado detalha alguns dos seus principais utensílios. Ele
mostra que tem em mente o culto quando usa a palavra grega latreia. Essa
palavra é usada em outros trechos (Hb 9.1,6,9,14) com o sentido de adoração ou
serviço sagrado. É perceptível que a doutrina do sacerdócio de CRISTO domina
boa parte da epístola e muita coisa que foi dita sobre o assunto é enfatizado
novamente aqui. A intenção é contrastar a antiga adoração prestada pelo sistema
sacerdotal da Antiga Aliança e o serviço prestado por CRISTO no tabernáculo
eterno da Nova Aliança.
PONTO CENTRAL
A adoração na Nova Aliança está fundamentada na obra de
CRISTO no Calvário.
I. O CULTO E SEUS ELEMENTOS NA ANTIGA ALIANÇA
1. O culto e seus utensílios. O autor demonstra profundo
conhecimento sobre o culto na Antiga Aliança quando fala do tabernáculo e dos
seus utensílios. Ele tem em mente as duas principais divisões do antigo
santuário: o santo lugar e o santo dos santos. Na descrição que ele faz do
primeiro compartimento, o santo lugar, estavam o candelabro e a mesa dos pães
da proposição. No segundo compartimento, o santo dos santos, que era separado
do primeiro por uma cortina, o autor cita a arca da aliança e o incensário de
ouro.
2. O culto: seus oficiantes e liturgia. Há toda uma simbologia
nesses utensílios do antigo culto como demonstra a tipologia bíblica. O
candelabro representaria o testemunho do povo de DEUS; a mesa dos pães da
proposição, a comunhão com DEUS; o altar do incenso, a oração e a Arca do
Concerto a presença de DEUS. Todavia, o autor não se detém nos detalhes dessa
tipologia. A sua intenção é mostrar o culto como um todo, conforme ele era
prestado no antigo tabernáculo e, dessa forma, contrastar com o tabernáculo
celeste no qual CRISTO oficiava como sumo sacerdote. No santo lugar, os
sacerdotes entravam diariamente para prestar culto, enquanto somente uma vez no
ano o sumo sacerdote adentrava no santo dos santos para oficiar. O serviço
sagrado prestado por eles era apenas uma sombra e não resolvia o problema da
culpa. Por intermédio do sacrifício de si mesmo, CRISTO entrou no santo dos
santos celestial para resolver de uma vez por todas o problema do pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O culto na Antiga Aliança tinha os seus utensílios, seus oficiantes
e sua liturgia ordenados por DEUS.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“De alguma maneira o texto em Hebreus 9.1-10.18 é o âmago do argumento
do autor. Por meio de um número considerável de detalhes, ele contrasta o
serviço sacerdotal terreno, a Antiga Aliança, com o novo ministério sacerdotal
de CRISTO (o celestial) da Nova Aliança, a fim de completar seu argumento de
que a antiga foi simplesmente um presságio e uma preparação para a nova, e que
a nova cumpre, ultrapassa e substitui a antiga. Consequentemente, seus leitores
não podem retornar à Antiga Aliança sem que sofram resultados desastrosos (cf.
10.19-31).
Em Hebreus 9.1, o autor apresenta dois importantes assuntos
relacionados ao ministério sacerdotal sob o ‘primeiro’ concerto: (1) as
‘ordenanças de culto divino’, e (2) o ‘santuário terrestre’ (ou ‘tabernáculo’,
Hb 9.2a), que ele discute em ordem inversa em 9.2-5 e 9.6-10. O tabernáculo é
chamado de ‘terrestre’ ( kosmikon ) porque foi feito por mãos humanas
(cf. 8.2; 9.11,24) e denota a esfera de sua atividade, em contraste com a
esfera celestial não feita por mãos humanas, onde JESUS CRISTO agora ministra
(cf. 8.5,6; 9.11,12).
O autor destaca que o tabernáculo do Antigo Testamento (quando
construído por Moisés no deserto) era dividido em dois compartimentos (ou
salas); ‘Santuário’ (9.2) e ‘SANTO dos Santos’ (9.3). Estas duas salas do
tabernáculo são distinguidas pelos termos ‘primeiro’ e ‘segundo’. Cada uma
delas continha uma mobília que tinha um significado simbólico, conforme as
instruções dadas por DEUS, e o véu que separava as duas salas tinham um
profundo significado” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ:
CPAD, 2004, pp.1587,1588).
II. A EFICÁCIA DO CULTO NA NOVA ALIANÇA
1. Uma redenção eterna. A diferença entre o culto da Antiga e
o da Nova Aliança pode ser vista no contraste entre ambas alianças quanto à
eficácia do sacrifício efetuado no contexto de cada uma. Sobre a eficácia da
redenção operada por CRISTO, o autor diz ir muito além da do antigo culto (Hb
9.12). No texto de Hebreus nove, a palavra “redenção” traduz o termo
grego lytrôsis , que significa “resgate” com o sentido de “libertação
mediante o pagamento de um preço”. Enquanto o culto levítico, com seus muitos
rituais, produzia apenas pureza cerimonial, o sacrifício de CRISTO operou a
redenção eterna.
2. Uma consciência limpa. Já vimos que os sacrifícios na
Antiga Aliança possuíam um aspecto meramente externo, isto é, cerimonial. Eles
não conseguiam tratar com a parte interna do homem. Na verdade, esses muitos
sacrifícios apenas “cobriam” os pecados em vez de removê-los. Por outro lado, o
sacrifício de CRISTO trata com o problema do pecado em sua raiz. Ele não apenas
“cobre” a transgressão, mas a remove (Hb 9.14). Nenhum sacrifício no antigo
culto era capaz de tratar com o problema da consciência. Todavia, o sangue de
CRISTO purifica e limpa a consciência tornando-a apta para a adoração a DEUS.
3. Uma herança eterna. O efeito imediato da purificação
interior efetuada pelo sangue de CRISTO é visto nas palavras do autor em
Hebreus 9.15, quando ele afirma que “os chamados recebam a promessa da herança
eterna”. A palavra “herança” traduz o termo grego kleronomia , com o
sentido de algo que alguém por direito possui. Em o Novo Testamento, é usado em
relação às coisas terrenas (Lc 12.13) e celestiais, no sentido de que CRISTO
nos chamou “para uma herança incorruptível” (1Pe 1.4). Por isso, a nossa
herança é celestial, espiritual e eterna.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A eficácia do culto na Nova Aliança se dá mediante a redenção
operada por CRISTO.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As ordenanças do Antigo Testamento quanto à adoração levítica
envolviam coisas como ‘manjares, e bebidas, e várias oblações’ (Hb 9.10). Estas
providências externas e temporárias foram válidas somente ‘até ao tempo da
correção’. CRISTO cumpre o que é antecipado e prenunciado na Antiga Aliança.
Sua vinda foi, deste modo, uma emenda ou reforma completa da estrutura
religiosa de Israel. A Antiga Aliança deveria agora dar lugar à nova; a sombra
deveria dar lugar à essência; a cópia exterior e terrena deveria dar lugar à
realidade interior e celestial” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD,
2004, p.1591).
CONHEÇA MAIS
Nova Aliança
“Esta é uma providência de DEUS pela qual Ele estabeleceu um novo
relacionamento de responsabilidade entre Si mesmo e o seu povo (Jr 31.31-34). A
expressão nova aliança também é um sinônimo do NT e, portanto, refere-se aos 27
livros do NT, ou à própria Nova Aliança [...].
A escolha ou a designação da aliança. Quando mencionada pela
primeira vez, esta aliança foi chamada de ‘nova’ (Jr 31.31), porque foi
estabelecida em oposição à aliança primária ou a mais antiga de Israel, a
saber, a aliança da lei Mosaica. Este mesmo contraste também é feito em Hebreus
8.6-13”. Leia mais em Dicionário Wycliffe, CPAD, pp.66,68.
III. A SINGULARIDADE DO CULTO DA NOVA ALIANÇA
1. O santuário celeste. O tabernáculo terrestre era um tipo do
santuário celeste, onde CRISTO oficia como sumo sacerdote (Hb 9.24). O culto na
Antiga Aliança, com seu santuário terrestre, era apenas uma sombra da qual o
santuário celeste é a realidade. O verdadeiro modelo de adoração não pode ser
visto, olhando para a terra, mas para o céu. Se a adoração no antigo santuário,
apesar de suas inúmeras limitações, teve seu valor, que dizer então da adoração
que toma como ponto de partida o santuário celeste?
2. Um sacrifício superior. O serviço prestado pelos sacerdotes
no antigo culto é contrastado com aquele realizado por CRISTO na Nova Aliança.
CRISTO, ao contrário dos sacerdotes, não necessitou repetir o seu sacrifício
nem tampouco fazê-lo por meio de sangue alheio (Hb 9.25). O culto no Antigo
Concerto era imperfeito porque seus sacerdotes eram imperfeitos da mesma forma
que o eram os seus sacrifícios. O verdadeiro culto, em tudo superior, só foi
possível porque o Cordeiro de DEUS se deu em nosso lugar.
3. Uma promessa gloriosa. O autor encerra a sua exposição
sobre o culto na Antiga e Nova Aliança com uma promessa: “Assim também CRISTO,
oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28). O autor de Hebreus
resume bem a mensagem do texto sobre a obra de CRISTO, quando diz que o nosso
Senhor “se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb
9.26). Agora, comparece por nós no céu (Hb 9.24), mas um dia aparecerá para
levar-nos ao seu lar (Hb 9.28). Esses “três tempos da salvação” tem como base a
sua obra consumada na Cruz do Calvário.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O culto na Nova Aliança é singular, pois apresenta um
sacrifício superior.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar a
conexão entre o Antigo Concerto e o Novo Concerto Messiânico e a singularidade
do culto da Nova Aliança.
CONCLUSÃO
O autor conseguiu seu objetivo ao contrastar a adoração na
Antiga e na Nova Aliança. A adoração antiga era terrena, imperfeita,
transitória, incompleta. Por outro lado, a adoração no Novo Pacto se firma em
princípios celestiais, eternos e perfeitos. Não há, pois, como adorar a DEUS de
uma forma agradável tomando por base os rudimentos desta dimensão terrena.
Nossa adoração é superior porque o nosso Senhor encontra-se entronizado acima
dos anjos.
PARA REFLETIR
A respeito de Contrastes na Adoração da Antiga e Nova
Aliança, responda:
Quais as duas divisões do antigo santuário que o autor de
Hebreus tem em mente?
Ele tem em mente as duas principais divisões do antigo santuário: o
santo lugar e o santo dos santos.
Enquanto o culto levítico produzia apenas uma pureza
cerimonial, o que opera o sacrifício de CRISTO?
O sacrifício de CRISTO operou uma redenção eterna.
Segundo o autor de Hebreus, qual é a nossa herança?
Nossa herança é celestial, espiritual e eterna.
O culto na Antiga Aliança era a sombra do quê?
O culto na Antiga Aliança, com seu santuário terrestre, era apenas
uma sombra do qual o santuário celeste é a realidade.
O autor de Hebreus encerra a sua exposição com qual promessa?
O autor encerra a sua exposição sobre o culto na Antiga e Nova
Aliança com uma promessa: “Assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para
tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
esperam para salvação” (Hb 9.28).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Contrastes na adoração da Antiga e Nova Aliança
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
Texto Bíblico: Hebreus 9.1-5,14,15,22-28
2. I. O Culto e seus elementos na Antiga Aliança
• 1. O culto e seus utensílios.
• 2. O culto: seus oficiantes e liturgia.
3. II. A eficácia do culto na Nova Aliança
• 1. Uma redenção eterna.
• 2. Uma consciência limpa.
• 3. Uma herança eterna.
4. III. A singularidade do culto da Nova Aliança
• 1. O santuário celeste.
• 2. Um sacrifício superior.
• 3. Uma promessa gloriosa.
5. Conclusão
O tema da presente lição, de fato, é de grande conteúdo.
Entretanto, o problema para alguns, talvez para a maioria que se sente
desconfortável, não está na quantidade de elementos ou na descrição do culto
judaico do Antigo Testamento, mas na aparente dificuldade de compreender o
texto de Levítico, o livro que descreve toda função sacerdotal e os elementos
do culto levítico.
“O texto do Pentateuco parece ser de difícil compreensão,
impenetrável, muito fechado”, reclamam alguns. Diante disso, gostaria de
relacionar algumas dicas para facilitar a sua leitura do livro de Levítico.
1. Para a lição desta semana, a leitura do livro de Levítico é
fundamental. É o livro que trata da institucionalização do sacerdócio no Antigo
Testamento. Portanto, se você ainda não leu o livro, não deixe de fazê-lo.
2. Leia Levítico numa Bíblia mais contemporânea, isto é, numa
linguagem mais corrente. Refiro-me às seguintes versões: Almeida Século
XXI, NVI (Nova Versão Internacional).
3. Por que recomendo o item dois? Porque, na maioria das vezes,
a dificuldade que as pessoas reclamam com o livro do Levítico, na verdade, é
oriunda da versão que se usa para ler o livro do que com o texto propriamente
escrito. Explico-me no item quatro.
4. Por exemplo, sabemos que a ARC (Almeida Revista
Corrigida) ou a ARA (Almeida Revista Atualizada), versões belíssimas
da Bíblia, são versadas na Língua Portuguesa mais antiga, isto é, muitos termos
caíram em desuso.
5. Mas atenção: recomendamos o uso da versão contemporânea
apenas para o estudo pessoal. Entretanto, no culto público ou na exposição da
aula na Escola Dominical, use a ARC (Almeida Revista Corrigida), a
versão oficialmente usada por nossa denominação.
LIÇÃO 9 - CRISTO TROUXE MAIOR GLÓRIA NA ADORAÇÃO A DEUS
TEXTO ÁUREO:
“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é
mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas” (Hb
8.6).
VERDADE PRÁTICA:
Com CRISTO, o culto a DEUS passou a ter uma glória maior do que no
antigo pacto, pois Ele substituiu os símbolos
rituais pela realidade da verdadeira adoração.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda Êx 2.24 Um concerto com Abraão, Isaque e Jacó
Terça Dt 4.13 Um concerto em tábuas de pedra
Quarta Jr 31.32 Um concerto invalidado
Quinta Jr 31.31 Um Novo Concerto com Israel
Sexta Jr 31.33 Um Novo Concerto no coração
Sábado Rm 8.1 Um Concerto sem condenação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: HEBREUS 9.1,2,11,12,15,22-28
1 Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário
terrestre. 2 Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o
candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
11 Mas, vindo CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros, por
um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação,12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 15 E, por
isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para
remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os
chamados recebam a promessa da herança eterna.
22 E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.23 De sorte que era bem
necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem;
mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes. 24
Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS; 25
nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada
ano entra no Santuário com sangue alheio. 26 Doutra maneira, necessário lhe
fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação
dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de
si mesmo.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo,28 assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a
salvação.
PONTO DE CONTATO:
Antes de falar sobre as glórias do sacerdócio de CRISTO, o escritor
apresenta em retrospecto o ministério
levítico, descrevendo o Tabernáculo com seus dois compartimentos, o Lugar SANTO
e o SANTO dos Santos. Havia algo de belo e majestoso nessa antiga administração
do culto e serviço sacerdotal, o qual, pelo contraste, enaltece a glória da
nova ordem cristã. DEUS ordenou ao povo de Israel que construísse um santuário,
e orientou-o em cada detalhe desta construção. Em razão de ser a habitação de
DEUS no deserto, o povo o venerava. Entretanto, o tabernáculo e seus elementos
eram passageiros e inferiores a CRISTO.
OBJETIVOS: Após esta aula seu aluno deverá estar apto a:
Relacionar os elementos que compunham os móveis do tabernáculo.
Reconhecer CRISTO como sacerdote dos bens futuros e da nossa confissão.
Identificar o sacrifício de CRISTO como perfeito e absoluto.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Se possível, amplie no quadro de giz a figura abaixo. Em seguida
convide sete dos seus alunos para colocarem o nome das peças do tabernáculo no
lugar correspondente.
1. Altar do holocausto
2. Bacia de bronze
3. Mesa dos pães da proposição
4. Candeeiro de ouro
5. Altar do incenso
6. Arca da aliança
7. Propiciatório
COMENTÁRIOS:
INTRODUÇÃO
Nas lições referentes aos capítulos de 8 a 10 da epístola em estudo, vemos a
diferença marcante entre o
ministério sacerdotal, no antigo pacto, e o de CRISTO, como Sumo Sacerdote no
Novo Concerto. Nesta lição, que dá sequência ao tema da anterior, veremos, mais
uma vez, que, em todos os aspectos, o Novo Concerto é melhor e mais glorioso
que o primeiro.
I. O CULTO DIVINO EM SANTUÁRIO TERRESTRE
1. O culto no lugar santo do tabernáculo (9.1,2). O tabernáculo, onde as
atividades do culto eram intensas, dividia-se em três partes: o Pátio, o Lugar
SANTO e o SANTO dos Santos. O v.2 refere-se à segunda parte – o lugar santo,
chamando-o “o primeiro”, pelo fato dele ser a primeira das duas partes
cobertas: o Lugar SANTO e o SANTO dos Santos. O Pátio era descoberto.
2. Os elementos do Lugar SANTO. Após o véu da entrada, viam-se três elementos
importantes na segunda parte do tabernáculo: “o candeeiro, a mesa e os pães da
proposição” (v.2). O tabernáculo revelava que DEUS queria manifestar-se no meio
de seu povo (Êx 25.8). Hoje, devemos valorizar o ambiente do templo, na igreja
local, pois é consagrado ao culto a DEUS.
a) O candeeiro, castiçal ou candelabro. Era uma peça maciça, de ouro puro,
cujas lâmpadas eram acesas diariamente (Êx 25.31; Lv 24.1-4), representando
CRISTO, a luz do mundo (Jo 8.12);
b) Os pães da proposição. Ficavam sobre a mesa, que era um móvel de madeira de
cetim, revestida de ouro. Os pães da proposição eram um tipo de CRISTO, o pão
da vida (Jo 6.35).
c) O altar do incenso. O escritor não fala do altar do incenso, mas este também
estava no Lugar SANTO (ver Êx 30.1-3) representando CRISTO, nosso intercessor
(Jo 17 1-26; Hb 7.25). Ele ocupava uma posição central no santuário, indicando
que a vida de oração é fundamental no culto a DEUS. A negligência à oração
revela imaturidade espiritual.
3. O lugar SANTO dos Santos (vv. 3-7). No seu interior, estava a arca do
concerto, com a sua cobertura ou propiciatório, com querubins entalhados nas
extremidades (Êx 25.10). A arca representava a presença de DEUS ou CRISTO,
nosso Emanuel, que é DEUS conosco (Mt 1.23). Na arca, estavam o maná, em
memória da provisão de DEUS, ou CRISTO, o “pão que desceu do céu” (Jo 6.58); a
vara de Arão, lembrando a fidelidade de DEUS; e as tábuas do concerto, para que
o povo não se esquecesse da importância da lei. Mas havia um véu, separando o
Lugar SANTO do Lugar Santíssimo (vv.3,7,8). Aquele véu indicava “que ainda o
caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o
primeiro tabernáculo” (v.8). Quando oramos, não devemos ficar “no Pátio”
(oração monótona). Precisamos passar ao “Lugar SANTO” (oração objetiva) e
chegar ao “SANTO dos Santos” (oração no ESPÍRITO).
II. UM MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. CRISTO, Sumo Sacerdote dos bens futuros (v.11). Esses “bens
futuros” ainda não estão plenamente ao nosso alcance. A salvação é presente,
mas depende de nossa perseverança até o fim (Mt 10.22; 24.13; cf. Rm 13.11). O
reino absoluto de CRISTO e a feliz eternidade com DEUS nos aguardam. Os céus
nos esperam. A Nova Jerusalém está preparada para os santos do Senhor.
2. Um perfeito tabernáculo (v.11). O tabernáculo celestial, “não feito por
mãos”. Os utensílios do antigo
tabernáculo desapareceram. Onde estará a arca? O altar do incenso? Não se sabe.
Porém CRISTO, ao morrer, fez com que o véu do templo (em Jerusalém) se rasgasse
de alto a baixo, demonstrando que o caminho para o verdadeiro santuário, que é
a presença de DEUS, estava definitivamente aberto para o homem que nEle
crê.
3. Mediador de um Novo Testamento.
a) O Velho Testamento foi superado. O Velho Testamento era a sombra das coisas
celestes, providas por DEUS para a redenção do homem. A lei, que orientava o
culto no antigo santuário, não justificou ninguém (Gl 3.11). Pelo contrário, os
que estavam debaixo das obras da lei estavam sob maldição, por não poderem
cumprir todas as suas cláusulas (Gl 3.10).
b) O Novo Testamento é superior. CRISTO tornou-se “Mediador de um Novo
Testamento” (v.15), que contém as cláusulas marcantes e definitivas do novo
relacionamento de DEUS com o homem, e deste com DEUS. Ele “entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (v.12).
c) A morte do testador. O testamento só tem validade com a morte do testador
(v.16). Uma vez que CRISTO morreu, o Novo Testamento passou a ter validade,
garantindo-nos uma “herança eterna” (v.15). No antigo tabernáculo, a expiação
dos pecados era temporária e parcial. No novo, com a garantia do Novo
Testamento, a redenção é perfeita, definitiva e perene.
d) Sacerdote imaculado (v.14). Os sacerdotes eram imperfeitos. CRISTO, nosso
Sumo Sacerdote, com seu
sangue, “pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS”,
purificando as consciências “das obras mortas” para que sirvamos ao DEUS vivo
(v.14). O Velho Testamento era validado pelo sangue de animais (v.19). O Novo
legitimou-se pelo sangue de CRISTO, derramado em nosso lugar.
III. O SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO
1. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (v.22). A Bíblia ressalta que,
no antigo tabernáculo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue”, enfatizando que “sem derramamento de sangue não há remissão” (cf. Lv
17.11). Aqui, vemos a importância do sangue para a expiação do pecado, no Velho
Testamento. Isso quer dizer que, quando um animal era oferecido em sacrifício
pelo pecado, DEUS aceitava a oferta por atribuir a ela o valor provisório do
resgate do pecador ofertante. O sangue era símbolo da outorga da vida, que era
dada em expiação. Tal sacrifício apontava para o sangue de CRISTO, que seria
derramado em nosso lugar.
2. “Sacrifícios melhores” (v.23). O escritor diz que “era bem necessário que as
figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem”, ou seja, deviam
purificar-se com sangue. Cada animal morto, substituto do pecador, apontava
para o “Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Os sacrifícios
antigos eram repetitivos. O de CRISTO foi efetuado uma única vez, por ser
superior e perfeito.
3. A entrada de CRISTO no céu (v.24). CRISTO entrou “uma vez no santuário,
havendo efetuado uma eterna redenção” (v.12). O sacerdote entrava todos os dias
no santuário, isto é, no Lugar SANTO, mas só conseguia a remissão parcial e
temporal do pecado. O sumo sacerdote entrava somente uma vez por ano no SANTO
dos Santos e oferecia sacrifícios pelo povo e por si próprio, pois também era
pecador (cf. v.7). No entanto, CRISTO entrou “no mesmo céu, para agora
comparecer, por nós, perante a face de DEUS”. Ele é nosso intercessor perfeito (Rm
8.34), juntamente com o outro maravilhoso intercessor, que é o ESPÍRITO SANTO
(Rm 8.27).
4. CRISTO aparecerá pela segunda vez (vv.27,28). Aqui a Bíblia diz que CRISTO
“uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”,
oferecendo-se para “tirar os pecados de muitos”, e que Ele voltará, pela
segunda vez, “aos que o esperam para a salvação”.
CONCLUSÃO
O Novo Concerto trazido por CRISTO realizou-se através de um sacrifício
perfeito e único, que não precisa repetir-se, em substituição aos sacrifícios
imperfeitos do antigo concerto. Assim, sejamos gratos a DEUS pela morte de
CRISTO na cruz do Calvário, o qual por nós efetuou uma eterna redenção.
Subsídio Teológico
“A expiação da Nova Aliança (9.11-22). O tema de reforma introduz um santuário
melhor, um sacrifício eficiente e uma salvação mais completa. O serviço do
sumo sacerdote judaico no Dia da Expiação representava o clímax do sistema
levítico. Nesse dia, todo ano, ele entrava na presença divina, num tabernáculo
terreno, levando o sangue expiatório de animais. Sob a Nova Aliança,
CRISTO, “o sumo sacerdote dos bens futuros”, entrou uma vez para sempre no
próprio tabernáculo, levando o seu próprio sangue como expiação. O sangue de
touros e de cabras efetuava apenas purificação ritualística e simbólica, de
alcance limitado, mas o sangue de CRISTO, oferecido como sacrifício
espiritual e vivo, executa a purificação interior, que traz comunhão com o
DEUS vivo (vv. 13,14).
O bispo Westcott observa o seguintes itens pelos quais o sangue de CRISTO é
superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi:
a) voluntário, ao contrário dos sacrifícios exigidos pela Lei;
b) racional, e não como o dos animais (irracionais);
c) espontâneo, e não em obediência a ordens superiores;
d) moral, como oferta de si próprio por ação do supremo poder nEle residente (o
ESPÍRITO Eterno), pelo qual mantinha comunhão com DEUS. Não seguiu
meramente um rito, um esquema predeterminado. Não! Ele detinha os mais
puros motivos.” (Comentário Bíblico — Hebreus, CPAD, págs. 148,149)
QUESTIONÁRIO:
1. Quantas partes tinha o tabernáculo no AT?
R. Três partes.
2. Que significado espiritual tinha o véu, entre o lugar santo e o SANTO dos
Santos?
R. Indicava que o acesso a DEUS não estava livre.
3. O que CRISTO fez, antes de entrar no santuário celeste?
R. Efetuou uma eterna redenção pelo seu próprio sangue.
4. O que é necessário para que um testamento tenha validade?
R. A morte do testador.
5. Por que CRISTO não ofereceu sacrifícios por si mesmo?
R. Porque não teve pecado.
O Tabernáculo e a Igreja - Hebreus - SÉRIE
Comentário Bíblico - SEVERINO PEDRO DA SILVA
Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um
santuário terrestre.
Em termos gerais, o autor sagrado faz diversas menções nesta
epístola a dois santuários: um terreno (o Tabernáculo feito no deserto) e o
outro celestial. Outrossim, nos apresenta também duas linhas de sumos
sacerdotes: uma terrena — ainda que com escolha celestial (a de Arão) — e a
outra eterna (a de Melquisedeque e a de CRISTO). Josefo diz que: “Quanto á
parte interna do Tabernáculo, sua extensão era dividida em três partes, de dez
côvados cada uma e por dez côvados de fundo...
Esta divisão do Tabernáculo em três partes era a figura do mundo. A
do meio era como o Céu onde DEUS habita e as outras que estavam abertas só para
os sacrificadores, representavam o mar e a terra...”1 No Tabernáculo original
e depois, no templo construído por Salomão, não era permitida a entrada de
mulheres e gentios, havendo lugares separados onde adoravam. Os judeus do sexo
masculino podiam entrar no Lugar SANTO para adoração, mas no SANTO dos Santos somente o sumo sacerdote podia
entrar, e apenas uma vez no ano.
Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o
candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
Para que o leitor tenha maior compreensão sobre o significado de
cada peça ou utensílio do Tabernáculo, é necessário dizer que cada parte deste
tinha em CRISTO e em sua Igreja uma significação especial. Neste versículo, são
citadas três coisas importantes: o candeeiro, a mesa e os pães da proposição.
O candeeiro. Este é chamado também de “o candelabro” e de
“castiçal”. No Lugar SANTO do templo
havia um único castiçal com sete braços, que eram ligados por uma só peça — o
pedestal. Israel, mesmo dividido geograficamente em tribos, era ao mesmo tempo
unido por um só pedestal — a Lei do Senhor. Na Nova Aliança, JESUS revelou a
João que os castiçais representavam as igrejas, que mesmo sendo divididas e
organizadas em unidades locais, eram ao mesmo tempo unidas por um só pedestal
— CRISTO (Ap 1.12,20).
2° - A mesa. A mesa estendida representava toda a expansão do
Reino de DEUS, fornecendo o “pão da vida”, que é CRISTO. Primeiro, alimentando
sua Igreja, e depois o mundo faminto (Mt 8.11; Jo 6.48-51).
3° - Os pães da proposição. O termo “pão da proposição” tem sido
também traduzido como “pão da face” ou “pão exibido” (Ex 25.30), e ainda, seguindo
a preposição “pro”, pode também significar “aquilo que jaz adiante”. Alguns têm
opinado que no templo de Salomão havia 10 mesas com 12 pães expostos, de acordo
com as 12 tribos dos filhos de Israel. Contudo, no Tabernáculo original havia
somente uma mesa. Este pão representava a CRISTO: o pão da vida. O “moer do
trigo” simboliza os sofrimentos de CRISTO até a morte. Como “pão exibido”
podemos depreender que se trata de sua humanização.
Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o SANTO
dos Santos,
Este véu vem citado em Êxodo 26.31-33. Ali, DEUS
ordenou a Moisés dizendo: “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a
arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o
santuário e o lugar santíssimo” (v. 33). As citações rabínicas dizem que o véu
tinha a espessura da mão de um homem, com 74 fios retorcidos, cada um deles
feito de 24 fios
entretecidos. Tinha mais de 30
metros de comprimento e dezoito metros de largura. A finalidade espiritual que
este véu traduzia foi abolida com a morte de CRISTO. Uma vez que Ele fora
rasgado quando JESUS expirou na cruz, sem dúvida alguma foi costurado e tornou
a ser usado por quase 40 anos até a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C. Alguns
afirmam que o véu rasgado (costurado depois) passou a representar o legalismo
judaico apresentado na Epístola aos Galatas, quando se queria misturar ali ao
mesmo tempo a Lei e a graça.
que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de
ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a
vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto;
Neste versículo, seis itens são apresentados, a saber:
O incensário. Existe aqui uma pequena divergência entre os
comentaristas quanto ao que está aqui em foco, se o “incensário” ou o “altar de
ouro”. Existiam dois altares: um de cobre (Êx 27.1,2) e o outro de ouro (Ex 30.1-3), sendo este
último chamado de “o altar do incenso”. Deve, ser, portanto, o “altar do
incenso”, o que é mencionado aqui neste versículo, pois o mesmo era usado
anualmente no Dia da Expiação pelo sumo sacerdote, que trazia consigo um
incensário especial feito de ouro (Ex 30.10).
2° - A Arca. A Arca, feita de madeira de cetim, era revestida de
ouro por dentro e por fora. Ela tipificava a CRISTO e suas duas naturezas: a
divina e a humana. Sua tampa era chamada de “propiciatório”, que era uma figura
de CRISTO crucificado, o ponto de encontro entre DEUS e o homem (2 Co 5.18,19).
Em suas extremidades havia figuras de querubins de ouro, que
falavam da misericórdia de DEUS para com Israel e, por extensão, para com o
mundo inteiro.
3o - Um vaso de ouro. Quando foi feito o Tabernáculo com seus
utensílios, este vaso de ouro não nos foi revelado. Mas aqui, o autor sagrado
faz esta grande revelação desta urna de ouro que continha o maná. O maná
provido por DEUS no deserto — mas que não era do deserto — representa a CRISTO
— que estava no mundo — mas que não era do mundo. Este se encontrava num vaso
de ouro, que representa o crente fiel que guarda em seu coração a CRISTO e sua
Palavra (SI 119.11).
4o - O maná. O episódio da provisão do maná começa assim: “E,
alçando-se o orvalho caído, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa
miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra. E, vendo-a os filhos de
Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? [ou, Man hu?]” (Ex 16.14,15) O maná, mesmo tendo caído
no deserto, era “pão do céu”. Seu sabor não era terrestre; era uma figura de CRISTO
na sua humilhação aqui no mundo, o verdadeiro pão do céu (Jo 6.32). O trigo era da
terra; seu sabor era do lugar onde se encontrava. Era uma figura de CRISTO, que
mesmo sendo DEUS, nasceu na Palestina e ali foi exaltado por DEUS.
5o - A vara de Arão. “A vara de Arão que floresceu tipifica a CRISTO,
em sua ressurreição, pelo supremo poder de DEUS, elevando-o como sumo
sacerdote... 12 varas foram postas ali, mas somente uma floresceu — a de Arão.
Assim também todos os criadores de religiões do mundo morreram, e CRISTO entre
eles. Mas CRISTO ressuscitou dentre os mortos, tendo sido exaltado como sumo
sacerdote eterno”.2
6o As tábuas do concerto. Eram duas e continham os Dez Mandamentos.
O Dr. Scroggie faz um resumo aqui, dizendo: “O pátio continha a tenda; a tenda
continha o Santíssimo; o Santíssimo continha a Arca, a Arca continha a Lei, e a
Lei era a vontade revelada de DEUS, da qual CRISTO era a personificação e a
expressão”.
e sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no
propiciatório; das quais coisas não falaremos
A palavra “querubim” vem do verbo querub, que significa “guardar”,
“cobrir” e “celestial”. Estes seres aparecem pela primeira vez junto do portão
oriental do Jardim do Éden, depois que o homem foi expulso. Aparecem novamente
como protetores, embora em figuras de ouro, sobre a tampa da Arca da Aliança,
onde DEUS se comprazia em habitar. Entre os profetas, somente Ezequiel menciona
a palavra. Aqui no texto em foco eles aparecem como “... os querubins da glória”,
título este que não lhes é dado no Antigo Testamento, sendo empregado numa
descrição do SANTO dos Santos. Sobre o
propiciatório (a tampa da Arca), eram contemplados dois querubins de ouro que,
por expressa ordem de DEUS, foram postos ali. Era este o lugar (o
propiciatório) o ponto de encontro entre DEUS e o homem: “... ali virei a ti e
falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins” (Êx 25.22). Os querubins ali
postos eram uma figura de CRISTO crucificado, o ponto de encontro entre DEUS e
o homem (Jo 12.32,33; 2 Co 5.19).
Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam
os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços;
O povo eleito de DEUS tinha como uma de suas instituições a queima
contínua de ofertas. Pela manhã, era feito o sacrifício de um cordeiro, com
certa quantidade de cereais. À noite, o mesmo sacrifício se repetia. Nessas
oportunidades também havia uma oferta sob a forma de libação de pequena quantidade
de vinho (Êx 29.38-42;
Nm 28.3-8). Em 2 Crônicas 13.11 se observa
que alguns outros elementos sacrificiais foram acrescentados ao serviço do
templo. Porém, todas estas ofertas com suas apresentações formais eram
realizadas pelos sacerdotes ordinários, da linhagem de Arão. Estes tinham permissão
para adentrar apenas no primeiro santuário, não podendo, portanto, ministrar
no SANTO dos Santos, pois neste lugar
somente era permitida a entrada do sumo sacerdote escolhido por DEUS e
reconhecido pelo povo (cf. Hb
5.4).
mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem
sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
O SANTO dos Santos vem
citado em (9.3). Em hebraico, Kodessh há Kodashim; era a porção mais sagrada do
Tabernáculo e do templo. No Tabernáculo original, construído no deserto, o SANTO
dos Santos ficava localizado no fim do
ambiente fechado, penetrando na área do Lugar SANTO . Cinco colunas formavam a
entrada, e perante elas ficava o véu. O santuário mais interno, o SANTO dos Santos, tinha cerca de 18 metros de lado, e era
quadrado. Atualmente, o SANTO dos
Santos, preservado no Domo da Rocha, construído na esplanada do Templo, fica
abaixo do piso do Santuário (mesquita) e é arredondado. No SANTO dos Santos só era permitida a entrada do sumo
sacerdote uma vez por ano, quando era oferecido o sacrifício anual (Ex 30.10). Atualmente,
qualquer pessoa, especialmente turistas em visita à Terra Santa, tem acesso ao
lugar onde, segundo os árabes e judeus, ficava o SANTO dos Santos.
8 dando nisto a entender o ESPÍRITO SANTO que ainda o caminho do Santuário não estava
descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
No início deste argumento sobre o Tabernáculo, lembramos
aos leitores que este com seus utensílios apontava para CRISTO e
para toda a sua obra. E, aqui, o ESPÍRITO SANTO nos dá a entender que o véu que fazia divisão
do Lugar SANTO com o Lugar Santíssimo
impedia aos homens de chegarem até esta parte interior do Santuário terrestre.
Em Êxodo 25.22 nos é dito
que no interior do véu DEUS vinha falar com Moisés, do meio dos dois querubins.
Isto significa que com a morte de CRISTO o véu foi rasgado, e
doravante o homem, por meio dEle, pode chegar à imediata presença de DEUS. Não
no antigo santuário terrestre, mas no verdadeiro santuário celestial, que é o
céu. O “caminho do santuário”, que aqui está em foco, aponta para o santuário
celeste e não meramente para o terrestre. E com a morte de CRISTO, este
caminho foi inaugurado e consagrado pelo seu precioso sangue (10.19,20).
que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e
sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o
serviço,
Com a morte de CRISTO, qualquer oferta ou sacrifício pelo pecado
perdeu sua validade, visto que todos eles eram apenas figuras que apontavam
para uma outra realidade: CRISTO e sua morte expiatória. Doravante, somente o
sangue de CRISTO tornou-se o sacrifício eficaz e capaz de purificar a
consciência daquele que de DEUS se aproxima, como também para aperfeiçoar a
pessoa humana no caminho da santificação. Fora disso, tudo não passa de “uma
alegoria” (parábola), pois a morte do Filho de DEUS já marcou o fim do antigo
pacto e deu início a uma Nova Aliança — a da dispensação da graça, em que o
homem é justificado mediante a fé e a graça de DEUS (Ef 2.8,9). Todas as premissas para se
obter a vida eterna exigidas na Nova Aliança substituíram todas aquelas que
foram instituídas durante o período da Lei. As da Lei tiveram um período
transitório, que terminaria com a morte de CRISTO. A partir daí, tudo é por CRISTO
e por meio da sua graça.
consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e
justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
Alguns eruditos traduzem esta frase como “até ao tempo da
restauração”, ou “até ao tempo da emenda”. O sentido da palavra “correção”
indicava para os gregos “endireitar coisas”, mediante alguma modificação. Em Atos 3.19-21, o
apóstolo Pedro, quando discursava na porta do templo chamada Formosa, parece
ligar os tempos da restauração de todas as coisas com o estabelecimento do
reino milenial. Então ele diz: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério
pela presença do Senhor. E envie ele a JESUS CRISTO, que já dantes vos foi
pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de
tudo, dos quais DEUS falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o
princípio”. Evidentemente, aqui no versículo em foco o autor sagrado apontava
também para este tempo do fim, quando tudo passará por uma reforma considerável
pela presença gloriosa de CRISTO.
Mas, vindo CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior
e mais perfeito tabernáculo, não Jeito por mãos, isto é, não desta criação,
Já tivemos a oportunidade de falar anteriormente sobre a pessoa e o
título de sumo sacerdote em ambos os Testamentos. E, para que o leitor tenha
maior compreensão a respeito deste assunto, analisemos quais pessoas foram
agraciadas com tal posto e título.
Arão (Ed 7.5);
Abiatar (Mc 2.26);
Hilquias (2 Rs 22.8);
Azarias (2 Cr 31.10);
Amarias (2 Cr 19. II);
Eliasibe (Ne 3.1);
Josué (Zc 3.1);
Anás (Lc 3.2);
Caifás (Mt 26.57);
Ananias (At 23.2);
JESUS (Hb 5.10).
Os rabinos conservam em seus escritos uma lista de sumos
sacerdotes desde 350 a.C., cobrindo mais ou menos o período do cativeiro até o
ano 70 d.C. No quadro abaixo estão relacionados seus nomes e respectivos
períodos de sacerdócio.
Nome |
Período |
Jadua |
350-320 a.C. |
Onias I |
320-290 |
Simão I |
290-275 |
Eleazar |
275-260 |
Manassés |
260-245 |
Onias II |
245-220 |
Simão II (o Justo) |
220-198 |
Onias III |
198-174 |
Jasom |
I74-I7I |
Menelau |
I7I-I6I |
Alcimo |
I61-159 |
Nenhum sumo sacerdote em Jerusalém 159-152
Jônatas
Simão
João Hircano Aristóbulo I Alexandre Janeu Hircano II Aristóbulo II
Hircano II Antígono Hananel Aristóbulo III Hananel
Jesua, filho de Fabes Simão, filho de Boeto Matias, filho deTeófilo
José, filho de Ellem Joazar, filho de Boeto Eleazar, filho de Boeto Jesua,
filho de See Joazar, filho de Boeto Anás, filho de Sete Ismael, filho de Fiabi
I
152-142 (142-140) 140-135 135-104 104-103 103-76 76-67 67-63 63-40
40-37 37-36 36 36-30 30-23 23-05
5
5-4
Eleazar, filho de Anás |
16-17 |
Simão, filho de Kami |
17-18 |
José Caifás |
18-36 |
Jônatas, filho de Anás |
36-37 |
Teófilo, filho de Anás |
37-41 |
Simão Canteras, filho de
Boeto |
41-42 |
Matias, filho de Anás |
42-43 |
Elioenai, filho de Canteras |
43-44 |
José, filho de Kami |
44-47 |
Ananias, filho de Nebedaios |
47-58 |
Ismael, filho de Fiabi II |
58-60 |
José Kabi |
60-62 |
Ananus, filho de Ananus |
62 |
JESUS, filho de Dameus |
62-63 |
Jesua, filho de Gamaliel |
63-65 |
Matias, filho de Teófilo |
65-67 |
Finéias de Habta |
67-70 |
Alguns deles nunca foram chamados pelo título de “sumo sacerdote”.
Entre os que são mencionados nas Escrituras, encontramos: Eleazar (Nm 26.3); Eli e seus filhos (I Sm 1.3); Aías (I Sm 14.3); Aimeleque (I Sm 21.9), Sofonias (Jr 21.1, etc.). Usava-se
também apelativos para se referir ao sumo sacerdote, como: “primeiro
sacerdote” (2 Rs 25.18); “o segundo sacerdote” (I Rs 25.18). Em I Crônicas 6, salvo algumas
exceções, parece que se refere a uma “genealogia sacerdotal”. Neemias 12.1-26
parece trazer o mesmo sentido. O título de sumo sacerdote aparece também
aplicado a JESUS, como sendo “o sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1) e no texto em foco,
como “... o sumo sacerdote dos bens futuros”.
nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo
efetuado uma eterna redenção.
A redenção efetuada por CRISTO tem uma dimensão eterna e um
infinito alcance; assim, tudo que se relaciona com a nossa redenção, que se
iniciou no dia em que todos nós nos tornamos participantes da nova natureza de CRISTO,
tem também duração eterna. Por esta razão, diz Paulo: “... nós mesmos, que
temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos em nós mesmos, esperando a
adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). A redenção, assim,
tem um aspecto escatológico, referindo-se àquela redenção plena que ocorrerá
por ocasião do arrebatamento da Igreja, a saber, “... a redenção do nosso
corpo”. Portanto, no momento da salvação, recebemos a “redenção de nossas
almas” (G1 3.13); no arrebatamento, porém, receberemos a “redenção do nosso
corpo” (Lc 21.28; Rm 8.23).
Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha
esparzida sobre os mundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
O sacrifício de uma novilha vermelha em favor de alguém que tinha
sido contaminado por um morto ou alguma outra coisa imunda aos olhos de DEUS
encontra-se mencionado em Números 19.1-22. Sobre
o assunto, comenta o Dr. Goodman: “A novilha foi sacrificada somente uma vez, e
as suas cinzas foram guardadas para uso futuro. Assim, CRISTO morreu uma vez,
para nunca mais morrer. Seu sacrifício, ‘um sacrifício pelos pecados’ (Hb 10.10-14),
santificou o seu povo uma vez para sempre, e os aperfeiçoou. Se eles se
contaminam novamente pelo contato com coisas mortas, não é necessário que CRISTO
morra outra vez, nem que sejam remidos novamente. Uma vez arrependidos,
banhados, são de todo purificados (Jo 13.10) e necessitam
apenas da lavagem dos pés. Assim as cinzas da novilha são um símbolo do único
e perfeito sacrifício. O ‘espargir’ (v. 18) da água com cinzas simboliza a fé
que aplica ao coração a memória da morte expiatória, e que reconhece a sua
continuada eficácia. Precisa-se da ‘água da purificação’ (v. 9), isto é, da
Palavra de DEUS aplicada ao coração, e da obediência que resulta em renunciar
as coisas iníquas... As cinzas da novilha não eram para quem pecou
atrevidamente, como fez Corá e os que com ele estavam, mas para aqueles que
inconscientemente contraíram alguma contaminação (v. 11). A imundícia não é
menos imunda quando é inevitável ou inconsciente. Cada um nas suas ocupações
diárias tem contatos que sujam. O meio de purificação para nós se encontra em CRISTO,
mas precisa ser apropriado e aplicado (vv. 11,12)”.
quanto mais o sangue de CRISTO que, pelo Espirito eterno, se
ofereceu a si mesmo maculado a DEUS,
purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS
vivo ?
A ideia de um purgatório onde, através do sofrimento, as almas
serão submetidas a uma purificação, não encontra ressonância nas Escrituras
Sagradas. O termo “purgatório” vem do latim purgare, que significa “purificar”.
Para o catolicismo romano, o purgatório é um lugar ou condição da alma onde
aqueles que morrem na graça de DEUS podem expiar seus pecados veniais, que
foram perdoados. As orações oferecidas em favor dos mortos e as missas rezadas
em benefício deles são consideradas meios importantes nessa expiação. Gregório,
o Grande (540-606 d.C.), destacou-se como sistematizador desta doutrina, pois a
ideia já existia no pensamento dos gregos e de uma ala judaica do período
pós-exílio, talvez baseados em passagens de livros considerados apócrifos.
Além de oração em favor dos mortos, estes pensadores ensinavam uma restauração
universal (apocatástasis), abrindo caminho para a purificação de todos os
indivíduos como parte necessária do processo restaurador. Aqui, porém, no texto
em foco, “o sangue de CRISTO” é que tem o poder de purificar os nossos pecados.
Na Bíblia, a palavra “sangue” aparece 449 vezes, 97 das quais no Novo
Testamento, e destas 22 vezes na Epístola aos Hebreus. Em todas elas, mesmo
quando se refere ao sangue dos animais, são tomadas para dignificar e exaltar o
sangue de JESUS como garantia da redenção da pessoa humana.
15 E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que,
intervindo a morte para remissão das
transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados
recebam a promessa da herança eterna.
Quando Paulo escrevia sua Primeira Epístola a Timóteo, ele lembrou
aos seus leitores que no plano da redenção, "... há um só DEUS, e um só
mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem” (I Tm 2.5). Para os gnósticos,
os diversos “aeons” eram “pequenos deuses” em suas respectivas esferas de
influência; eram mediadores do verdadeiro DEUS e serviam para abrir o caminho
até Ele. Entretanto, o Novo Testamento nos mostra em todos os seus livros que
somente CRISTO é o nosso Mediador para com o Pai. Sua mediação continua viva e
permanente. Por meio dEle entramos na posse eterna de seu Reino celestial (Jo 14.6; Rm 5.2; 8.34). Quem procurar entrar
no céu por outro meio, que não através de JESUS CRISTO, estará procurando em
vão outra porta, ao que o Senhor nos adverte: Aquele que “... sobe por outra
parte, é ladrão e salteador” (Jo
10.1).
Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do
testador.
Os rabinos costumavam dizer que para que um testamento tivesse
validade, era preciso que se observasse alguns critérios:
Um testador;
Herdeiros;
Bens herdados;
A morte do testador;
As circunstâncias da morte do testador;
As testemunhas de sua morte.
O novo concerto efetuado por CRISTO por meio de sua morte reúne em
si todos estes requisitos. No versículo em foco, o testamento, cuja
autenticidade foi selada com a morte do testador, é para garantia de uma
herança eterna. Nele estão registradas todas as provas infalíveis de sua
veracidade. CRISTO é o nosso testador, e nós, “... sendo justificados pela sua
graça, [somos] feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Tt 3.7). Os bens herdados
pertenciam a CRISTO, mas nós nos tornamos “... herdeiros de DEUS e co-herdeiros
de CRISTO” (Rm 8.17). Sua
morte é atestada pelas Escrituras: “CRISTO morreu por nosso pecados, segundo
as Escrituras” (I Co 15.3).
As circunstâncias da sua morte são para o povo de Israel e para toda a
humanidade um fato notório. Ele morreu por todos. As testemunhas foram os seus
discípulos, como afirmou o próprio JESUS: “E destas coisas sois vós
testemunhas” (Lc 24.48).
Porque um testamento tem força onde houve morte;
ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?
É importante observarmos que o Antigo e o Novo Testamento somente
foram concluídos quando já haviam morrido todos os seus escritores.
Deuteronômio encerra a morte de Moisés, em 34.5; o mesmo aconteceu com Josué —
sua morte é registrada em 24.29. Com os outros escritores não foi diferente;
todos morreram antes que seus escritos fossem concluídos. No Novo Testamento, o
último livro a ser escrito foi o Apocalipse, em cerca de 96 d.C. Mas sua
conclusão final, quando este foi vertido para os papiros e aprovada sua
canonização, somente se deu muitos anos depois da morte do apóstolo João. O
mesmo também se deu com os outros escritores dos evangelhos, de Atos e das epístolas.
Isso mostra a autenticidade das Escrituras que, num escopo geral, encerra a
morte de seus testadores. Mas ambos os Testamentos somente foram selados com a
morte de CRISTO, o verdadeiro Testador.
O Sangue do Cordeiro e os
Sacrifícios Cruentos
IS Pelo que também o
primeiro não foi consagrado sem sangue;
No Antigo Testamento, a palavra “sangue” vem do termo hebraico dam,
e aparece 362 vezes, das quais 103 se referem aos sacrifícios cruentos
(sacrifícios com sangue). Em três passagens do Antigo Testamento o sangue é
ligado diretamente ao princípio da vida (Gn 9.4; Dt 12.23). Em outras
passagens das Escrituras, quando aparece a palavra “sangue”, o sentido geral
está em ligação com a vida e a expiação. Em Levítico isso é deixado bem claro,
como escreve o seu autor: “Porque a alma da carne está no sangue, pelo que
vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto
é o sangue que fará expiação pela alma” (Lv I7.11). No Novo Testamento esta
palavra aparece 97 vezes, porém sua ênfase principal recaía sobre a morte de CRISTO.
Quando seu sangue é mencionado, apresenta através dEle o valor imensurável da
sua morte expiatória, que é comparada com toda a extensão do novo pacto
chamado de “... o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados” (Mt
26.28).
Moisés ungiu a todo o povo, todos os mandamentos segundo a lei, porque;
havendo tomado o sangue dos bezerros e aos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo,
e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo.
O autor sagrado, nesta passagem, diz que além do sangue dos
bezerros e dos bodes, Moisés usou mais quatro outros elementos nesta aspersão:
água, lã purpúrea e hissopo. Alguns comentaristas têm encontrado dificuldades
em determinar exatamente de que texto do Antigo Testamento é extraída esta
narrativa. Visto que a passagem de Êxodo 24 fala da aspersão do
altar e do povo, mas não da aspersão do livro, embora este seja também ali
mencionado, conforme está escrito: “E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs
em bacias; e a outra metade do sangue aspergiu sobre o altar. E tomou o livro
do concerto e o leu ao ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor
tem falado faremos e obedeceremos. Então, tomou Moisés aquele sangue, e
espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor
tem feito convosco sobre todas estas palavras” (vv. 6-8, ênfase do autor). No
entanto, não se faz menção da aspersão do livro ali — porém aqui isso é
revelado, visto que as Escrituras são proféticas e perfeitamente coerentes
entre si em cada detalhe (cf. Jo
21.25).
dizendo: Este é o sangue do testamento que DEUS vos tem mandado.
Toda esta passagem, do texto ao contexto, procura mostrar o valor
que o sangue representava para DEUS com relação à redenção do seu povo. Em
seguida, o autor sagrado passa a demonstrar o valor sublime que tem “... o
sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a
DEUS...”
Quando Moisés espargiu o sangue sobre o povo, disse estas palavras:
“Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco sobre todas
estas palavras” (Êx 24.8).
Tais palavras de Moisés estão em sintonia com as palavras de JESUS na noite em
que foi traído, quando disse: “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo
Testamento, que por muitos é derramado” (Mc 14.24). Em outras palavras, CRISTO
estava dizendo que aquele sangue era a “entrega de sua vida”, derramando sua
alma na morte, e através dela, consumando o antigo pacto e doravante selando
uma Nova Aliança, na qual a graça de DEUS justificaria todo aquele que cresse
na morte de seu Filho e nEle confiasse (Jo 3.16).
E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os
vasos do ministério.
Na aspersão feita no Tabernáculo e em seus utensílios, também foi
usado por expressa ordem de DEUS o azeite santo, mas aqui este é omitido, visto
que o autor sagrado tem como primazia o valor imensurável do sangue de CRISTO.
A profusa expiação no antigo pacto visava demonstrar que tudo quanto é tocado
pelo homem precisa de purificação. Porém, isso também indicava que aqueles
vasos sagrados eram purificados para servirem exclusivamente no serviço do
Tabernáculo do Senhor. Tal purificação hoje somente é possível pelo sangue de JESUS.
Seu sangue tanto purifica como santifica, o que torna um vaso ainda mais
precioso para uso santo do Senhor (cf. I Jo 1.7; 3.3). Usando de alegoria nesta
linha de pensamento, disse Paulo: “De sorte que, se alguém se purificar destas
coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e
preparado para toda boa obra” (2Tm
2.21).
E quase todas as coisas; segundo a lei, se purificam com sangue; e
sem derramamento de sangue não há remissão.
O autor sagrado emprega aqui uma força de expressão, procurando com
ela enfatizar mais uma vez o valor e o significado que tinha o sangue em relação
aos sacrifícios. Os sacrifícios, cuja relação estava diretamente ligada à
expiação pelo pecado e à remissão dele, quase sempre eram sacrifícios cruentos
— quer dizer, sacrifícios com sangue. A exceção, que aparece em Levítico 5.11, era devido à
pobreza do ofertante, mas mesmo assim era um “substituto” para os sacrifícios
de sangue, conforme está escrito: “Porém, se a sua mão não alcançar duas rolas
ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará pela sua oferta a décima
parte de um efa de flor de farinha, para expiação do pecado; não deitará sobre
ela azeite, nem lhe porá em cima o incenso, porquanto é expiação do pecado”.
Fora disso, qualquer sacrifício pelo perdão dos pecados envolvia vida e sangue,
pois sem a presença destes, especialmente do último (o sangue), ”... não há
remissão”.
As Figuras das Coisas que Estão no
Céu
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão
no céu assim se purificassem; mas as
próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes.
Os judeus tinham uma concepção de que as coisas terrenas tinham seu
paralelo nos céus (Hb 8.5; 9.23, o texto em foco).
Assim, o Tabernáculo, cujo modelo DEUS mostrara a Moisés e
fora construído no deserto, era uma cópia do Tabernáculo celestial
(9.11), o mesmo acontecendo com a Arca e todos os outros utensílios ligados ao
Tabernáculo. Em Apocalipse 1 1.19 são descritos no céu tanto
a Arca do Concerto como o templo. “E abriu-se no céu o templo de DEUS, e a
arca do seu concerto foi vista no seu templo...” A dificuldade aqui é quando
se fala das coisas que devem ser purificadas no céu. Mas a morte de CRISTO,
além da redenção humana, tinha como objetivo consolidar a paz que fora
arruinada com a revolta de Satanás, como afirma Paulo: “... havendo por ele [CRISTO]
feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo
todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1.20). Contudo, no texto
em foco, quem deve ser purificado são “as figuras” das coisas que estão no céu,
e não as coisas que “estão” no céu. Isto é, são coisas que estão aqui na terra
— embora sejam figuras, ou cópias, daquelas que se encontram no céu.
Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face
de DEUS;
Após consumar sua obra redentora, CRISTO subiu aos céus e
assentou-se à mão direita de DEUS. Ali, junto ao Pai, Ele continua seu
ministério de intercessão em favor dos pecadores e em favor dos santos. Isto
torna bastante gratificante para nós saber que nosso Salvador está a nos
defender perante o Pai, conforme está escrito:
“... e pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12).
“E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO;
e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos” (Rm 8.27).
“Quem os condenará? Pois é CRISTO quem morreu ou, antes, quem
ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede
por nós” (Rm 8.34).
Estas passagens e outras similares confirmam as diversas orações
que foram feitas por CRISTO ao Pai, em favor de seus discípulos e também por
nós e todos os santos de todos os tempos (cf. Lc 22.32; Jo 17.20).
nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo
sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
Na antiga aliança, qualquer sacrifício oferecido pelo pecado de
alguém tinha validade somente para cada ato isolado. Por esta razão era
necessário que a cada manhã e a cada tarde se oferecesse novamente o mesmo
sacrifício. Mas aqui, o escritor sagrado passa a demonstrar o valor supremo do
sacrifício de CRISTO. Ele, pelo ESPÍRITO eterno, ofereceu a si mesmo imaculado
a DEUS. Não é necessário que CRISTO morra cada dia, como acontecia com os
animais que eram oferecidos pelos sacerdotes. Sua morte, de uma vez por todas,
tornou-se eficaz para justificar a pessoa humana, em qualquer tempo ou lugar.
De modo que “... ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos
nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo 2.2).
Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
A vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO a este mundo marcava duas
coisas importantes: Quanto ao tempo, ela marcava o início de uma época e a
consumação de uma outra. A era do Evangelho é vista como a última de uma série,
que completa o curso e os siclos da história, pelo que é denominada “a
consumação dos séculos”. Essa consumação visa tanto o tempo como o propósito.
Por esta razão o Novo Testamento usa muitas vezes expressões que indicam, por
extensão, a época do Evangelho e a consumação de todas as cosias: “o fim do
mundo” (Mt 13.39); “a
consumação deste mundo” (Mt
13.40); “a consumação dos séculos” (Mt 13.49); “os últimos
tempos” (I Tm 4.1); “os
últimos dias” (2 Tm 3.1);
“o fim de todas as coisas” (I
Pe 4.7, etc.). Todas estas frases e outras com sentido escatológico apontam
claramente para o tempo do fim, quando todos os tempos e profecias da Bíblia
terão o seu real cumprimento.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo,
Esta frase se aplica aos homens que vivem sem DEUS, pois é
mencionado nas Escrituras que DEUS abriu exceções quanto à morte dos santos.
Enoque foi trasladado para não ver a morte (Gn 5.24; 11.5), o mesmo também
aconteceu com Elias (2 Rs
II). Algo semelhante acontecerá no dia do arrebatamento da Igreja,
quando os mortos serão ressuscitados e os vivos transformados pelo poder de DEUS,
e ambos serão arrebatados por CRISTO e levados aos céus (I Ts 4.15-17). Mas
aos outros homens está “ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o
juízo”. O espiritismo, defendendo a ideia errônea da reencarnação, apresenta
um ciclo infinito de nascimento, morte e renascimento, que tem como função
levar o homem a atingir a condição de espírito puro e perfeito. Mas aqui fica
demonstrado que ao homem está ordenado morrer uma vez e depois seguir para o
julgamento, que se dará diante do Grande Trono Branco.
assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para
tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o esperam para a salvação.
Existem algumas opiniões que defendem a possibilidade de salvação
para a pessoa humana, isto é, para alguém que morreu sem CRISTO ou que se
encontra mergulhado no pecado, para depois do dia do arrebatamento. Mas aqui
nos é dito que CRISTO “... aparecerá [voltará] segunda vez, sem pecado”. Isto
é, sem expiação, como o fez quando veio e se humanizou. As Escrituras afirmam
que “o Filho do Homem tem na terra [não diz no céu ou no inferno] poder para
perdoar pecados” (Mc 2.10,
ênfase do autor). A humanidade de CRISTO tinha como alvo primordial a salvação
dos homens. Daí o motivo de alguém parafrasear e dizer em sentido poético:
“Para que o humano se tornasse divino, foi necessário que o divino se tornasse
humano”. A primeira vinda de nosso Senhor, quando Ele se humanizou, teve como
finalidade expiar o pecado do homem. Ele morreu para este fim. Contudo, quando
voltar para buscar “os que o esperam para a salvação” e também quando de sua parousia,
Ele não virá com missão de expiação, e sim, de julgamento. E melhor aguardar a CRISTO,
que em breve voltará, do que permanecer desapercebido!
__________________
Revista 1º trimestre de 2023 na integra
Lição 10, Central Gospel, O Sacrifício Perfeito e Absoluto, 1Tr23,
Pr Henrique, EBD NA TV
RESUMO GERAL
1- O CULTO DIVINO EM SANTUÁRIO TERRESTRE
1-1- O Lugar SANTO (ou SANTO Lugar)
1-2- O SANTO dos Santos (ou Lugar Santíssimo)
2- O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
2-1- CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros
2-2- Um perfeito tabernáculo
2-3- As implicações do novo pacto
3- O SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO
3-1- O valor dos sacrifícios imperfeitos
3-2- O valor do sangue de CRISTO
4- O SACRIFÍCIO QUE ANULOU O PECADO
4-1- O tabernáculo celestial
4-2- A purificação das coisas celestiais
4-3- CRISTO comparece diante de DEUS
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Hebreus 9.11,12, 15, 22-26
11 Mas, vindo CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta
criação,
12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma
vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
15 E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte
para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os
chamados recebam a promessa da herança eterna.
22 E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não há remissão.
23 De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu
assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios
melhores do que estes.
24 Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de DEUS;
25 nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote
cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
26 Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do
mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
TEXTO ÁUREO
Assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados
de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a
salvação. Hebreus 9.28.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Hebreus 9.1-9 O sacrifício perfeito de CRISTO
3ª feira - Êxodo 29.43-46 Tabernáculo: símbolo da presença de DEUS
4ª feira - Marcos 15.37,38 O caminho foi aberto para o Lugar
Santíssimo
5ª feira - Mateus 27,51-55 O caminho foi aberto para a comunhão
6ª feira - Hebreus 10.18-25 O novo e vivo caminho para DEUS
Sábado - Apocalipse 21.1-4 O tabernáculo eterno
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- relacionar os elementos que compunham o Lugar SANTO e o SANTO dos
Santos com a obra completa realizada por CRISTO na cruz;
- reconhecer CRISTO como sacerdote dos bens futuros e da nossa
confissão;
- identificar o sacrifício de CRISTO como perfeito e absoluto.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, nesta lição, procure destacara diferença entre
os dois lugares internos do tabernáculo. Relacione os elementos que compunham o
Lugar SANTO (SANTO Lugar) e o SANTO dos Santos (Lugar Santíssimo) com a obra
completa realizada por CRISTO na cruz, Também enfatize o papel de CRISTO como o
sacrifício perfeito, o sacerdote superior e o único mediador da nova aliança.
JESUS, como sumo sacerdote perfeito, rasgou o véu da separação que
impedia o acesso de todas as pessoas ao Lugar SANTO e abriu o caminho para
podermos acessar o trono de DEUS com ousadia e confiança.
Excelente aula
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Em Hebreus 7, vimos que o eterno sumo sacerdócio de CRISTO
constitui a garantia de um concerto novo e superior em Hebreus 8, observamos
que esse concerto está fundamentado em promessas melhores.
Nesta lição, baseada em Hebreus 9, será possível concluir que o
derramamento do sangue do Cordeiro santo constitui-se no custo desta nova
aliança.
Os deveres sacerdotais de JESUS não foram realizados em um
santuário terreno, mas no celestial (Hb 9.24). Quando CRISTO fez isto, Ele não
ofereceu o sangue de animais continuamente, mas o Seu próprio sangue, de uma
vez por todas, garantindo eterna redenção (Hb 9.12). JESUS não era somente o
supremo sumo sacerdote, mas o sacrifício; não apenas o ofertante, mas a oferta.
1- O CULTO DIVINO EM SANTUÁRIO TERRESTRE
O Lugar SANTO era a antessala do Lugar Santíssimo.
Era um lugar de serviço, porque ali eram ministrados sacrifícios ao
Senhor; mas também era um local de adoração e de profunda reverência.
SUBSÍDIO 1
O derramamento de sangue animal foi necessário no antigo concerto,
terreno; porém era preciso um sacrifício perfeito para o novo concerto,
celestial. Assim, CRISTO ofereceu-se como oblação definitiva pelos pecados da
humanidade (Hb 9.15-25)
1-1- O Lugar SANTO (ou SANTO Lugar)
Neste tópico, serão apresentados os elementos presentes no Lugar
SANTO, os quais apontam, conjuntamente, para CRISTO.
A mesa para os pães da proposição (Êx 25.30) — era feita de madeira
de acácia e recoberta com ouro. Nela, eram colocados os doze pães da
proposição, representando as doze tribos de Israel (LV 24.5-9; Êx 35.13); esse
elemento aponta para JESUS, o pão da vida (Jo 6.35,36).
O castiçal de ouro (Êx 25.31-37) — era uma peça de ouro, sustentada
por uma coluna central, de onde saíam três braços de cada lado, formando,
assim, sete lâmpadas; esse elemento também aponta para JESUS, a luz do mundo
(Jo 8.12).
O altar do incenso (Êx 30.1-10)
— era identificado como o altar de ouro ou altar do cheiro suave,
em virtude do perfume feito à base de plantas aromáticas, que, queimadas sobre
ele, exalavam um agradável aroma (LV 16.12); esse elemento aponta para a oração
(SI 14.1,2; Ap 5.8; 8.3), fundamental no culto a DEUS, e para JESUS, o eterno
sumo sacerdote que intercede por nós (Hb 4.14, 15; 1 Tm 2.5).
1-2- O SANTO dos Santos (ou Lugar Santíssimo)
O SANTO dos Santos, ou Santíssimo - Lugar onde ficava a Arca da
aliança, que abrigava o maná, a vara de Arão e as tábuas do concerto — era
separado do Lugar SANTO por um véu ou uma cortina espessa, tecida em parte com
fios de linho fino de cores azul, púrpura e carmesim, e fios de ouro, coberta
quase por inteiro de querubins bordados (Êx 26.33-38; Hb 9.3). Era o local mais
reservado do tabernáculo, pois representava a plenitude da presença de DEUS,
que habitava entre o povo de Israel. A ele, apenas o sumo sacerdote tinha
acesso, uma vez ao ano: no dia da expiação (o Yom Kippur dos judeus).
SUBSÍDIO 1-2
O véu constituía-se em uma barreira para o israelita comum, que não
podia entrar no SANTO dos Santos. JESUS, ao expiar nosso pecado na cruz,
intercedeu por nós por meio do Seu sangue no Lugar Santíssimo, rasgando o véu
da separação (Mc 15.38).
A ministração de CRISTO deu-se em favor de todo o mundo, não apenas
em função de uma parcela especial ou étnica da humanidade (Hb 9.11-14; Jo
3.16); hoje, todos têm liberdade para entrar no SANTO dos Santos (Hb 4.16).
2- O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
Nas Escrituras, o tabernáculo terreno é um símbolo bastante claro
do tabernáculo celestial. A partir dessa representação, o DEUS de Israel
mostrou ao Seu povo as virtudes da unidade, da santidade e da comunhão, mas
sobretudo apontou para algo que mudaria o destino da humanidade caída: a obra
expiatória de CRISTO, representada em todo o tabernáculo terreno.
2-1- CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros
Os bens futuros, mencionados em Hebreus 9.11, ainda não estão
plenamente ao nosso alcance: a salvação é presente; o reino absoluto de CRISTO
e a feliz eternidade com DEUS aguardam-nos; os céus nos esperam; a Nova
Jerusalém está preparada para os santos do Senhor, mas tudo isso depende de
nossa perseverança, até o fim (Mt 10.22; 24.13; Rm 13.11).
2-2- Um perfeito tabernáculo
O perfeito tabernáculo, também mencionado em Hebreus 9.11, não é
feito por mãos. CRISTO, ao morrer, fez com que o véu do templo, em Jerusalém,
se rasgasse de alto a baixo (Mt 27.50,51), demonstrando que o caminho para o
verdadeiro santuário, que é a presença de DEUS, estava, definitivamente, aberto
para o homem que nele crê.
2-3- As implicações do novo pacto
A Lei que orientava o culto no antigo santuário não justificava o
homem (Gl 3.10). O antigo pacto foi, portanto, superado, pois constituía-se em
uma sombra do que era celestial, provido por DEUS para redenção da humanidade.
Um testamento somente entra em vigor com a morte do testador (Hb
9.16) — o escritor da carta aos Hebreus vê uma segunda aplicação da morte de
CRISTO na nova aliança: ela não somente lida com as transgressões, como também
estabelece os benefícios espirituais positivos do concerto. e Após a morte, a
herança é passada de uma pessoa para outra — CRISTO morreu pela humanidade; com
isso, está reservada uma herança para cada um dos salvos; para recebê-la,
bastam fé e obediência (Cl 3.24; Hb 9.16, 17).
3- O SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO
Foi CRISTO quem apresentou um sacrifício perfeito e suficiente no
Lugar SANTO, por meio de Seu próprio sangue, garantindo-nos, em Seu nome, a
remissão de todos os nossos pecados. Por isso, quem está em CRISTO (2 co 5.17)
tem o privilégio de entrar na presença de DEUS (Ef 2.18, 19; Hb 10.19-22).
Além do vocábulo superior, utilizado com frequência em Hebreus,
outro termo que aparece repetidamente (catorze vezes no original grego) ao
longo dessa epístola é perfeito, indicando que CRISTO ocupa uma posição
indiscutível diante de DEUS.
Essa perfeição jamais poderia ser alcançada pelo sacerdócio
levítico (Hb 7,11), pela Lei (Hb 7.19), ou pelo sangue de sacrifícios de
animais (Hb 10.1). JESUS CRISTO entregou-se como oferta única pelo pecado; desse
modo, Ele aperfeiçoou para sempre os que são santificados (Hb 10.14).
3-1- O valor dos sacrifícios imperfeitos
Embora não pudessem aliviar a consciência do pecador de modo
permanente, os sacrifícios veterotestamentários tinham seu valor: e em primeiro
lugar, o sangue vertido e a perda de uma vida animal apontavam para as
terríveis consequências do pecado; em segundo lugar, os sacrifícios acentuavam
a santidade e ajustiça de DEUS; e por fim, os sacrifícios afirmavam a fé do
adorador no DEUS verdadeiro. JESUS, deste modo, é o mediador de uma nova
aliança em razão do que Ele é e fez (Hb 9.15); Sua morte é quem dá valor aos
tipos que apontavam para Ele no antigo pacto.
3-2- O valor do sangue de CRISTO
O Verbo divino, por amor, encarnou, submetendo-se às limitações
próprias da humanidade (Jo 3.16; Rm 5.8; 1 Jo 4.9, 10). CRISTO não poderia ter
desenvolvido Sua missão, se não se tivesse feito carne. O plano redentivo de
DEUS incluía o derramamento de sangue, como está escrito: E quase todas as
coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue
não há remissão (Hb 9.22). Sem a morte de CRISTO por nós, não poderia haver
remissão dos nossos pecados.
Porque JESUS ofereceu-se como sacrifício superior, em um santuário
superior, Ele retirou o pecado e obteve redenção eterna para todo o povo de
DEUS, promulgando, assim, a nova aliança predita por Jeremias (Hb 10.16,17; Jr
31.31-34).
4- O SACRIFÍCIO QUE ANULOU O PECADO
No Antigo Testamento, a morte de animais satisfez o padrão de justiça
estabelecido naquele primitivo concerto; no Novo Testamento, o sangue de JESUS
cumpriu as exigências do pecado, satisfazendo ajustiça de DEUS.
No antigo pacto, eram oferecidos sacrifícios mortos; no novo pacto,
depreende-se que o salvo é um sacrifício vivo (Rm 12.20).
4-1- O tabernáculo celestial
O tabernáculo terreno foi construído a partir de um modelo
celestial; contudo, as muitas metáforas disponíveis no texto bíblico não são
capazes de explicitar, com exatidão, como será esta realidade excelsa, visto
que ela está para além da compreensão humana.
A ligação existente entre os dois tabernáculos (terreno e
celestial) é teológica: entre o sacrifício imperfeito — perpetrado pelo
derramamento de sangue animal — e o sacrifício perfeito — perpetrado pelo
derramamento do sangue de CRISTO.
4-2- A purificação das coisas celestiais
Hebreus 9.23 figura como um dos versículos mais controversos da
Escritura: afinal, o céu precisaria ser purificado também? Embora haja uma
variada gama de opiniões sobre o tema, a versão mais aceita é a de que a
expressão as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem
(...)" seja uma alusão clara ao tabernáculo. Este e seus frequentadores
humanos necessitavam de purificação pelo sangue de animais para serem aceitos.
Diferentemente do tabernáculo israelita, o caminho para DEUS
necessita de um sacrifício infinitamente superior: a morte vicária de CRISTO na
cruz do Calvário. As palavras de Hebreus 9.23, portanto, são uma clara
exaltação ao sacrifício do Cordeiro de DEUS: por Seu sangue, Ele abriu a todos
o caminho para o céu (Hb 9.24).
4-3- CRISTO comparece diante de DEUS
O sacerdote entrava todos os dias no santuário, isto é, no Lugar
SANTO, mas só lograva a remissão parcial e temporal do pecado. O sumo sacerdote
entrava somente uma vez por ano no SANTO dos Santos e oferecia sacrifício pelo
povo e por si próprio, pois também era pecador (Hb 9.7).
Assim como o sacerdote do antigo pacto oferecia sangue animal em
favor do povo de Israel, JESUS compareceu diante de DEUS para oferecer o Seu
próprio sangue como pagamento pelos pecados de toda a humanidade (Hb 9.12).
CONCLUSÃO
Quando veio ao mundo e morreu, JESUS CRISTO confirmou as promessas
que DEUS havia feito a Abraão e aos pais do povo de Israel (LC 1.30-33,46-55,67-80).
Algumas delas já se cumpriram, muitas, porém, ainda aguardam seu cumprimento,
quando CRISTO voltar à terra para estabelecer o Seu reino.
Orton Wiley apropriadamente disse: "No estágio inicial, é o
reino da graça no coração dos crentes; na consumação, é o reino da glória,
inaugurado no segundo advento de CRISTO. O presente reino da graça é a
preparação para o vindouro, da glória, ou seja, as profecias messiânicas não se
cumprirão de maneira cabal até que tenha sido removida toda a maldição do universo
criado e o domínio perfeito de DEUS seja restabelecido, ".
Não percamos de vista a dimensão da santidade e da glória de DEUS.
Sejamos santos e não desprezemos o sacrifício perfeito e absoluto de nosso
senhor JESUS CRISTO (Hb 10.26,27).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1- Por que CRISTO não ofereceu sacrifícios por si mesmo?
R:. Porque Ele não tinha pecado algum.