Escrita Lição 08, BETEL, O Mestre por excelência que se fez Servo, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Escrita Lição 08, BETEL, O Mestre por excelência que se fez Servo, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar - PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva



Subsídios extras

 

Para ensinar é preciso

 

Encarnação da Verdade

Desejo de Servir

Crença no Ensino

Conhecimento das Escrituras

Compreensão da Natureza Humana

Domínio da Arte de Ensinar

 

Como eram os discípulos de JESUS

 

Imaturos

Impulsivos

Pecadores

Perplexos

Ignorantes

Cheios de Preconceitos

Instáveis

 

Não se pode afirmar que Jesus tivesse consciência do es­tudo de certos métodos ou do seu emprego nas lições que dava. Tudo parece indicar que não, notadamente no sentido em que o fazemos hoje em dia. Contudo, da maneira habilidosa por que os empregou, depreendemos que ele foi verdadeiro mestre no uso de métodos. Certamente aqueles métodos lhe eram coisa natural, e não fruto de deliberados estudos e planificações, e brotavam da ocasião e da necessidade. Não obstante, os resul­tados eram essencialmente os mesmos. Jesus é incomparável no uso de métodos, e ensinou como nenhum outro. Praticamente tudo aquilo que hoje é mui comum nas atividades educacionais foi usado por Jesus, ao menos em embrião. Vamos ver, ainda que ligeiramente, alguns desses métodos.

 

Métodos de JESUS

 

Objetos

Dramatizações

Histórias

 

Importante

Olhar para Longe

Dar Valor ao Contato Pessoal

Principiar Onde Está o Aluno

Deter-se em Assuntos Vitais

Trabalhar a Consciência do Aluno

Olhar para o Que Há de Bom no Aluno

Assegurar a Liberdade de Ação do Aluno

 

 

As Fontes

As Sagradas Escrituras

A Natureza

Afazeres Comuns e Correntes

 

As Formas

Afirmativas Concretas

Expressões Incisivas

Figuras de Linguagem

 

Os Propósitos

Iniciar

Aclarar

Fortalecer

 

Métodos didáticos

         

Preleções

Perguntas

Discussões ou Debates

 

1.    Preleções

1)    Valor e fraqueza deste método

2)    Discursos de JESUS

 

2.     Perguntas

1)    Propósito e caracteres das perguntas

2)    Exemplos de JESUS

 

3.    Discussões ou Debates

1)    Natureza e valor do debate

2)    Ilustrações de Jesus

 

JESUS atingiu todas as áreas da vida humana

 

Valorização e Elevação da Pessoa Humana

Transformação de Vidas

Incentivo para Reformas

Melhoria de Instituições

Saturação da Literatura

Influência nas Artes

Inspiração da Filantropia

Inspiração para Servir

 

 

Jesus nunca se limitou a um único método de ensino. Nem exaltou um método como melhor que os outros, embora careça ter ele usado a parábola ou as histórias mais frequente­mente que outras coisas. Se ele empregou vários métodos, é claro que considerava a todos como legítimos e proveitosos, e achava que o melhor era aquele que desse melhor resultado cm certas circunstâncias.

 

A idade do grupo a ser ensinado, a espécie de lição a ser dada, bem como a inclinação do professor, são os fatores que devem determinar a qualquer tempo a escolha do método a ser usado. Com toda a probabilidade usaremos de todos eles alguns, ou ao menos passaremos de um para outro.

 

 

 

 

1.    Preleções

 

O método de preleções é o de discursar na apresentação duma lição, falando o professor diretamente à classe.

 


2)    Discursos de Jesus

 

Jesus usou o método de preleção, ou discurso didático,

 Um trata do julgamento final e abrange dois capítulos (Mat. caps. 24 e 25. Outro discurso é o Ensino do Monte que ocupa três capítulos e parece ser o mais conhecido de todos os discursos do Mestre (Mat. caps. 5, 6 e 7). O discurso mais longo de Jesus é a fala de despedida, que ocupa quatro capítulos do Evangelho segundo João (João caps. 14, 15, 16 e 17). É uma mensagem de conforto, tratando da vinda do Espírito Santo, da relação da videira e as varas, de problemas que surgiriam para os discí­pulos e do triunfo final. Termina este discurso com a oração sacerdotal de Jesus em favor dos seus.

 

Todas as preleções de Jesus provocam o pensamento, son­dam o coração e são mui práticas e vitais. (Mat. 7:28 (João 7:46).

 

 

2.     Perguntas

 

O método catequético ou de perguntas e respostas é dos métodos de ensino um dos mais antigos e também um dos mais empregados..

As perguntas também ajudam a aclarar e aprofundar as impressões.

 

 

2)    Exemplos de Jesus

 

Um dos primeiros quadros que temos do Mestre, após seu nascimento e infância, nos mostra Jesus fazendo perguntas. Com doze anos, tendo ficado na cidade de Jerusalém longe dos pais, que já estavam de volta, foi achado no Templo "sen­tado no meio de professores, ouvindo-os e fazendo-lhes pergun­tas" (Luc. 2:46, tradução de Moffatt). Essa tendência pa­rece ter acompanhado Jesus durante a sua vida. O Sunday School Times afirma que Jesus fez 154 perguntas. Outros di­zem que se acham nos quatro Evangelhos mais de cem perguntas diferentes.

 

Jesus fez muitas perguntas ao desenvolver seus temas e lições. De fato, sempre lançava mão de perguntas. Eram elas de várias espécies. Às vezes perguntava para obter informes, como perguntou a Tiago e a João quando lhe pediam um fa­vor: "Que quereis que eu vos faça?" (Mar. 10:36). às ve­zes era para ajudar o perguntador a pensar e ruminar sua pró­pria dificuldade. Assim Jesus perguntou aos que estavam pre­sentes na sinagoga, por ter curado um homem no dia de sábado: "É lícito nos sábados fazer o bem ou o mal, salvar a vida ou tirá-la?" (Mar. 3:1-5). Ele fazia perguntas para acla­rar e mesmo para ilustrar seu ensino. Quando os fariseus censu­raram seus discípulos por terem num sábado colhido e comido espigas, o Mestre citou na forma de pergunta o exemplo de Davi e seus companheiros que entraram no Templo e comeram ilegalmente "os pães da proposição" (Mar. 2:23-28).

 

O Mestre também usou de perguntas como argumentos. Um dos exemplos clássicos é este: "Pois, se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?" (Mat. 6:30). É um argumento do menor para o maior. Também Jesus fez pergun­tas, apresentando dilemas, para frisar o que estava ensinando. Assim, quando os principais dos sacerdotes e os anciãos do povo puseram em dúvida sua autoridade de ensinar, o Mestre lhes perguntou:  "Donde era o batismo de João? Do céu ou dos homens?" (Mat. 21:25). Eles silenciaram, porque per­ceberam que, se respondessem duma forma ou doutra, ficariam entalados.

 

Difícil é separar as perguntas feitas para enfatizar e ar­gumentar das que foram feitas para aplicar verdade e exortar o povo; mas nos parece que Jesus fez algumas delas especial­mente para enfatizar seu ensino. Quando finalizou a histó­ria do Bom Samaritano, o Mestre perguntou ao negaceador doutor da lei: "Qual destes três te parece ter sido o próximo da­quele que caiu nas mãos dos salteadores?" (Luc. 10:36). Vemos que esta pergunta era tanto exortatória quanto infor­mativa.

 

3.    Discussões ou Debates

 

Um dos métodos mais falados de nossos dias, especial­mente para adultos, é o da discussão* ou debate. Parece mes­mo particularmente próprio para estudantes universitários. Tal método também foi usado pelo Mestre dos mestres em suas atividades educativas. Como vemos em seu ensino tal método não apresenta todas as características duma discussão formal como temos hoje, mas os princípios essenciais estão aí presentes.

 

1)    Natureza e valor do debate

 

O método de discussão, ou debate, é uma reação contra os métodos formais de contar histórias e de preleção nos quais só o professor fala, e também contra o método de recitação no qual o aluno simplesmente repete como papagaio aquilo que decorou.

 

 

Do que se afirmou acima, vemos que o método de dis­cussão ou debate tem bom número de valores bem distintos. Ele exige atividade, como nenhum outro. Tal atividade abrange a escolha do assunto, a busca e avaliação do material, e con­tribui grandemente para o aprendizado. Também abrange ini­ciativa e espírito criador, e estas coisas são de grande valor no processo da aprendizagem e no desenvolvimento do caráter. Estas coisas estabelecem claramente a diferença entre a edu­cação criadora e a educação transmissora. Incentiva o motivo social, pois cada aluno sente que tem unia parte no programa e uma contribuição a fazer, já que se trata dum processo de cooperação intelectual. Mantém-se assim de modo maravilhoso o esforço e o interesse. Exige ele investigação e avaliação, e desenvolve o pensamento e a apreciação. Não obstante, este método tem suas falhas pelo fato de não se adaptar a todas as idades ou condições, nem a todos os tipos de lição, e nem a todas as espécies de professor. Mas é ele quase perfeito, e no final de contas talvez seja o método de maiores resultados para estu­dantes amadurecidos.

 

2)    Ilustrações de Jesus

 

Do modo completo e formal, como vimos de definir o método, é certo que não podemos dizer que Jesus o usasse em seus ensinos. Na verdade, Jesus nunca usou este ou aquele mé­todo assim formalmente, à risca, como costumamos fazer. No entanto, em princípio e em seus elementos essenciais, o Mes­tre empregou o método da discussão ou debate. Vemos que em seu modo de ensinar este método transparece muitas vezes aqui e ali. Note-se, contudo, que o Mestre o usou mais no trato com indivíduos do que propriamente na lida com grupos. E, quando o usou cm grupo, foi em forma bastante simplifi­cada. Talvez o exemplo mais frisante seja o de sua lida com u mulher samaritana junto ao poço de Jacó, caso que já discuti­mos atrás. Em toda a conversa com a samaritana, Jesus buscou fazer com que ela pensasse por si, reunisse suas próprias idéias, embora lhe expressasse o Mestre suas ideias; ajudou-a para que visse e apreciasse a verdade que ele lhe apresentava, auxiliando-a ainda a concluir e responder por si mesma. É um precioso exemplo do método de conversação, que nada mais é que a dis­cussão limitada a uma pessoa.

 

Outra boa ilustração é a lição do Mestre a Nicodemos (João 3:1-21). Ele era um fariseu, doutor da lei e professor. Raimundo Calkins compara-o a um "professor de universidade, a um juiz da corte suprema e a um bispo de igreja". Isto dava a Nicodemos uma posição legalista, cultural e mais ou menos profissional. Por qualquer razão ele procurou o Mestre de noite, aproximando-se dele com suma cortesia e cautela.

 

Imediatamente Jesus levantou o problema da experiência pessoal, dizendo ao culto chefe que ele precisava "nascer de novo", se quisesse um dia ver o Reino de Deus. Isto era coisa estranha à sua religião formalista e pensou que o Mestre estava falando do nascimento natural. Então Jesus lhe disse que ele precisava nascer tanto naturalmente ("da água") como espiri­tualmente ("do Espírito"), dizendo-lhe: "O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito (v. 6).

 

O Salvador suavemente censurou a Nicodemos por ser mestre e não entender o que dizia, e passou a desenvolver sua ideia, enfatizando o fato de Deus se dar a si mesmo "para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (v. 16). Outros registros revelam que Nicodemos foi influenciado por Jesus, mais tarde o defendendo perante o sinédrio, e que, depois da morte do Mestre, trouxe peças de linho e aromas para ajudar o seu enterro.

 

Outro exemplo de conversa-discussão de Jesus é o caso do moço rico (Mar. 10:17-22). O jovem houvera sido edu­cado na lei judaica, tinha muitas propriedades, era membro da sinagoga, e, com isso tudo, não estava ainda satisfeito. Então, encentrou-se com Jesus na estrada, ajoelhou-se aos pés do Mestre, e lhe perguntou o que devia fazer para herdar a vida eterna. O problema estava claro. O Mestre experimentou o moço, dizendo-lhe que guardasse os Mandamentos de Deus. Ele respondeu que vinha fazendo aquilo desde sua adolescên­cia. Então, descobrindo o cerne da dificuldade do moço (sua avareza), disse-lhe: "Vende tudo o que tens e dá-o aos po­bres... e vem, e segue-me" (v. 21). Contudo, o sentimento do valor de suas posses era mais forte do que o sentimento da necessidade que tinha de Jesus; e, assim, "retirou-se, triste". Era a grande e terrível opção. E o Mestre deixou que o moço escolhesse por si mesmo. Assim, quer se tratasse duma decaída, dum avarento ou dum chefe religioso de justiça própria, o método de discussão ocupou lugar proeminente nos ensinos de Jesus.

Poderíamos citar aqui outros métodos, além dos já apre­sentados, conquanto não sejam tão definidos e notáveis na obra educativa de Jesus. Como dissemos atrás, o Mestre usou também o método da observação ou demonstração quando aju­dou João Batista a vencer suas dúvidas quanto ao fato de Jesus ser ou não o Messias prometido (Mat. 11:2-19). De fato, um escritor chega a colocar sob esse título grande porção de casos em que Jesus empregou objetos e dramatizações. Jesus usou igualmente o princípio de planeamento, de se aprender fazendo, quando enviou seus discípulos para dar testemunho e curar (Mat. 10:1-42), e também quando, mais tarde, en­viou os setenta em missão semelhante, e depois ouviu o rela­tório deles (Luc. 10:1-12,17). Assim os discípulos, como verdadeiros aprendizes, aprenderam, tanto por meio de obser­vação como da prática, a pregar, ensinar e curar.

 

Um elemento do método de esboço podemos encontrar na boa ordem com que foi planejado e apresentado o Ensino do Monte e outros mais discursos didáticos de Jesus. Portanto, no ministério didático do Mestre temos em embrião, quando não inteiramente desenvolvidos,  praticamente todos os métodos usa­dos hoje cm dia. Ele foi Mestre de tudo e o maior de todos. "Atrás das palavras, dos gestos, dos métodos, estava o próprio Jesus."

 

 

Sugestões auxiliares para o ensino do oitavo capítulo

 

PEDAGOGIA DE JESUS

 

Preparar para o Serviço Cristão

 

A tarefa final do Mestre dos mestres foi preparar e treinar seus discípulos para que espalhassem por todo o mundo os seus ensinamentos. Grande parte do fim de seu ministério ele dedicou a essa tarefa. Ficaram tão bem preparados que eles e seus sucessores conseguiram arrebanhar maior número de seguidores que qualquer outro grupo de mestres religiosos. Foram eficientíssimos, conquanto não pertencessem ao grupo de mestres e técnicos dos escribas e rabinos. Não tiveram trei­namento profissional específico, mas, após aquele breve pe­ríodo de preparação com Jesus, tornaram-se os mestres mais consumados deste mundo. Os onze, os setenta, e outros mais iniciaram o ensino da mensagem em sua marcha para con­quistar o mundo, e até hoje essa gloriosa cruzada ainda não cessou. O ensino deles percorreu todo o globo terrestre e mo­dificou a marcha da história.

 

Vários elementos fizeram parte daquele treinamento. Je­sus disse  a seus discípulos:   "Vinde após  mim;  eu  farei de vós pescadores de homens" (Mat. 4:19). Também "selecionou doze, para estarem com ele, e para enviá-los a pregar" (Mar. 3:14). O primeiroo, e provavelmente o mais importante aspecto do treinamento deles foi a associação pessoal com Je­sus, aprendendo eles mediante o exemplo e a imitação. Eles viram como Jesus simpatizava com o povo, como o confortava, alimentava, curava; e, assim, apanharam o seu espírito. A se­gunda fase foi mediante o ouvir os incomparáveis ensinos de Jesus, em várias circunstâncias, e sobre grande série de assun­tos. Aprenderam "ouvindo com os ouvidos". Por fim, Jesus lhes confiou serviços práticos concedendo-lhes que balizassem os conservos. Também enviou os doze numa excursão de ensina­mento e prédica, e depois os setenta em missão semelhante. Quando voltaram, reuniu-os para ouvir seus relatórios, proporcionando-lhes assim direção e supervisão.

 

Assim aprenderam eles com o exemplo de Jesus, com suas instruções e com suas atividades práticas. Nenhum grupo de mestres teve melhor treinamento que eles. Quando, por fim, estavam preparados, Jesus os enviou, dizendo-lhes: "Fazei dis­cípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mat. 28:19-20). Jamais se fez depender tanto de tão poucos, eles fielmente deram contas daquilo que se lhes confiou.

 

Como mestres, devemos reconhecer que o treinamento de outros é uma tarefa a nós confiada. De nossas classes de hoje podem sair os líderes voluntários de nossas futuras Escolas Bíblicas Dominicais, de nossas Uniões de Treinamento, de nos­sas Sociedades Femininas, de Jovens e de Homens. Também desses nossos alunos poderão sair pastores, técnicos de educa­ção religiosa, pregadores leigos, missionários a terras estranhas e outros mais líderes da Igreja de Cristo. Embora não atinjamos toda a verdade, ao afirmar que somos salvos para servir, ve­mos que, sem dúvida, esta é uma parte do dever de cada cristão. Cada obreiro, portanto, deve ser treinado, e o professor de Escola Bíblica Dominical é responsável por uma parte dessa tarefa.

 

À vista de todos estes fatos, é maravilhoso anotarmos quão largos e vastos eram os objetivos de Jesus. Abrangiam a todos e a cada um dos aspectos da natureza humana — os pensamentos, os sentimentos e a vontade, incluíam todas as nossas relações — para com o nosso corpo, para com os outros e para com Deus. Cobrem cada fase de nossa atividade — pessoal, doméstica, eclesiástica e profissional. Em resumo, Je­sus buscou criar "o homem perfeito para uma sociedade per­feita". E a realização desses objetivos significa a vinda do Rei­no de Deus à terra.

 

 

 

 

UMA DAS MANEIRAS DE JESUS ENSINAR ERA USANDO PARÁBOLAS

 

Lição 03: MARCOS 4: As Parábolas do Servo | 4° Trimestre De 2022 | EBD – Revista PECC

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Marcos 4 há 41 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Marcos 4.3-34 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Olá, professor(a)! Nesta lição vemos a variedade do ministério do Servo. Entre leituras feitas nas sinagogas e curas diversas, há tempo para contar parábolas que ensinam os propósitos do Reino de Deus. A imagem do mundo rural – o semeador e a germinação – mostram o cuidado de fazer com que todos tomem para si aquelas verdades eternas. A candeia, que representa a manifestação clara do Reino de Deus na pessoa de Jesus, mostra que se fosse trazida à luz toda a verdade sobre o Reino, muitos poderiam acolher a mensagem em seus corações fazendo-a frutificar a cem por um. Essas e outras imagens – como a do grão de mostarda – mostram a beleza e a força transformadora da boa-nova que veio aos homens.

OBJETIVOS

Compreender que a obediência – acolher a semente da boa-nova – gera frutos espirituais.
Proclamar ao mundo que Jesus é a salvação revelada.
Assimilar que a soberania de Jesus garante a expansão do Seu Reino.

PARA COMEÇAR A AULA

Para introduzir esta lição, podemos continuar com as imagens rurais que Jesus usou. Cabe a cada um de nós priorizar o Evangelho e retirar das nossas vidas pedras e espinhos. Vale lembrar que o Reino de Deus será implantado soberanamente, pois é semente de
crescimento infalível. O mesmo que plantou também colherá; não há tempestade capaz de impedi-lo, pois Ele é o Messias. O Reino manifesto em Jesus alcançará todo o mundo. Quanto a nós, somos convidados a cooperar.

LEITURA ADICIONAL

“Um semeador que está lançando sementes não é apenas uma imagem familiar da vida agrícola diária; é uma imagem de Deus semeando Israel novamente em sua própria terra, depois de longos anos no exílio; de Deus restaurando a sorte de seu povo, tornando a fazenda familiar frutífera novamente, depois de os espinhos e cardos terem nascido e crescido por tanto tempo. (…) O problema é que as pessoas estavam esperando um grande momento de renovação. Elas acreditavam que Israel iria resgatar seu destino como um todo; o reino de Deus eclodiria sobre o palco do mundo em um arroubo de glória. Não, declara Jesus: é mais como um semeador lançando a semente, que, em grande parte, aparentemente, se perde, pois o solo não é apropriado para ela e não consegue mantê-la.

(…) algumas pessoas se aproximavam, enquanto outras ficavam à distância. (…) Algumas ouvem e esquecem; outras ficam entusiasmadas, porém por pouco tempo; outras têm outras coisas em suas mentes e em seus corações. Sim, há algumas frutíferas, muito frutíferas (qualquer agricultor estaria contente com uma safra cem vezes maior); mas Jesus está fazendo uma advertência codificada de que pertencer ao reino não é algo automático. O reino está chegando, mas não da maneira como eles haviam imaginado. Tudo o que Jesus faz cria uma divisão dentro de Israel em seus dias. As parábolas não somente explicam isso, como também são parte do processo. (…) Jesus não quer que todos recebam a mensagem? Sim e não. O que ele está dizendo é tão explosivo que não pode ser dito diretamente, bem no meio da rua”.
Livro: Marcos para todos (WRIGHT, N. T. Tradução de Jorge Camargo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2020, pp. 64-66).

TEXTO ÁUREO

“Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.” Mc 4.28

Leitura Bíblica Para Estudo

Marcos 4.3-34

VERDADE PRÁTICA

Fomos chamados para frutificar abundantemente no Reino de Deus.

INTRODUÇÃO
I- A PARÁBOLA DO SEMEADOR Mc 4.3-20
1- Sua importância Mc 4.13
2– Seu tema central Mc 4.4
3– A dinâmica do Reino de Deus Mc 4.20
II- MAIS PARÁBOLAS DO REINO Mc 4.21-34
1– Parábola da candeia Mc 4.22
2– Parábola da semente que cresce automaticamente Mc 4.27
3– Parábola do grão de mostarda Mc 4.31
III- UMA AULA PRÁTICA Mc 4.35-41
1- O cenário da aula Mc 4.35
2– A confiança de Jesus Mc 4.38
3– O poder de Jesus Mc 4.39
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Marcos 4.8
Terça – Marcos 4.15
Quarta – Marcos 4.17
Quinta – Marcos 4.21
Sexta – Marcos 4.37
Sábado – Marcos 4.40
Hinos da Harpa: 224 – 578

INTRODUÇÃO

Marcos é um evangelho de ação. Contém poucas parábolas. Apenas seis, das quais quatro estão neste capítulo. As outras duas são: a parábola dos lavradores maus (12.1-12) e a parábola da figueira que brota (13.28-37). A parábola da semente que cresce automaticamente (4.26-29) é exclusiva do evangelho de Marcos.

I- A PARÁBOLA DO SEMEADOR (Mc 4.3-20)

1- Sua importância (Mc 4.13). Então, lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas? Jesus usava parábolas não porque desejava ocultar a verdade ou negar salvação a quem quer que seja (1Tm 2.4).

O problema é o coração humano (Pv 4.23; Jr 17.8). A chave para acessar o significado das parábolas está em ter um coração aberto, humilde e sensível (Mt 13.14-15; Mc 4.11-12). A parábola do semeador é uma das mais conhecidas parábolas de Jesus. Além de estar retratada nos três evangelhos sinóticos (Mt 13.3-8; Mc 4.3-8; Lc 8.5-8), foi considerada pelo próprio Senhor como chave de compreensão para qualquer outra parábola (v. 13), na medida em que revela, com impressionante simplicidade, a terrível problemática do coração humano e a especial dinâmica do Reino de Deus.

2- Seu tema central (Mc 4.4). E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram.

Nesta parábola, o solo representa o coração humano. A parábola do semeador ajudou os discípulos a entender o porquê de Jesus não se impressionar com multidões: a grande maioria de seus componentes representa solo improdutivo, ou seja, corações inapropriados ao cultivo da boa semente. De fato, muitos que ouvem a Jesus têm corações insensíveis (solo endurecido: bastante pisado pelos homens, porque “à beira do caminho” – v. 4). Movidos por outros interesses, são indiferentes ou mesmo resistentes à Palavra. Por isso, Satanás retira-lhes com facilidade a semente (v. 15).

Outros possuem corações superficiais (solo pedregoso – v. 5). Até recebem alegremente a Palavra, mas tudo não passa de ligeira experiência emocional. Logo com as primeiras aflições e angústias, decepcionam-se com a vida cristã e desistem da fé (v. 17). Há ainda os portadores de corações divididos (solo espinhoso – v. 7), ou seja, recebem a Palavra com alegria e até se firmam na fé, porém preocupações mundanas disputam ferozmente pela atenção de seu coração (riqueza, poder, fama etc.), impedindo a geração de frutos (v. 19).

Mas, felizmente, sempre há também corações acolhedores (solo fértil – v. 8). Servos corajosos e frutíferos, que amam ao Senhor de todo o seu coração. Esses triunfam sobre o diabo, a carne e o mundo – os três grandes inimigos do coração humano revelados ao longo da parábola.

3- A dinâmica do Reino de Deus (Mc 4.20). Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.

Para o observador superficial, a parábola em estudo pode ser desestimulante. O semeador parece distraído: desperdiça sementes em locais não promissores. A semente parece frágil: depende de condições perfeitas de semeadura. O solo parece improdutivo: apenas 25% do terreno é verdadeiramente cultivável. A parábola insinua ação humana um tanto desordenada, até displicente, em meio a um cenário altamente adverso. Tudo sinalizando para uma colheita desastrosa. Recorde-se que muitos tinham expectativas culturais e espirituais equivocadas a respeito do Messias: aguardavam um rei conquistador, forte e poderoso, que, comandando ação militar arrasadora, enfim libertasse o povo judeu da opressão romana.

A parábola do semeador serviu como ferramenta pedagógica para corrigir expectativas irreais. Apesar das circunstâncias desencorajadoras, a colheita é impressionante, frutificando “a cem por um” (v. 20), ou seja, uma colheita sobrenatural. Assim, a parábola revela a especial dinâmica do Reino de Deus em Jesus: começo humilde, mas garantia de frutos miraculosamente desproporcionais para as circunstâncias da semeadura e os méritos humanos.

II- MAIS PARÁBOLAS DO REINO (Mc 4.21-34)

1- Parábola da candeia (Mc 4.22). Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado. “Candeia” era um pequeno vaso de barro com óleo e um pavio, servindo como espécie de lamparina.

Seu lugar era onde melhor irradiasse luz no ambiente. Não fazia sentido, portanto, colocar a lâmpada debaixo da cama ou do “alqueire” (cesta grande usada para medir cereais), abafando a sua luz. Antes, convinha que se colocasse no “velador”, suporte em que se punha a lamparina para melhor iluminar o ambiente. Ora, toda verdade será revelada (v. 22). E as verdades do Reino de Deus, outrora ocultas (v. 11- 12), agora estavam sendo enfim reveladas em Cristo (Hb 1.1-2). “Atentai no que ouvi. Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará” (v. 24) é um provérbio popular judaico derivado do comércio que aponta para a ideia de transação justa.

Aqui, significa que ouvir atentamente ao ensino de Cristo gerará recompensas (Hb 11.6). Entretanto, para aqueles que não respondam em reciprocidade, “até o que tem lhe será tirado” (v. 25). Com isso, Jesus fazia severas críticas, em especial aos judeus da época, sobretudo aos líderes religiosos, que estavam escondendo a luz da Palavra de Deus debaixo de uma grossa camada de religiosidade externa, tradições humanas e busca por glória própria.

2- Parábola da semente que cresce automaticamente (Mc 4.27). Depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.

Parábola exclusiva do evangelho de Marcos. Em certo sentido, dá prosseguimento à parábola do semeador: mesmo no caso dos corações acolhedores (solo fértil), gerar frutos envolve um processo misterioso (Jo 3.8). A parábola da semente aponta também para a inevitabilidade da vinda do Reino. O semeador semeia e depois só lhe cabe observar o natural desenvolvimento da semente na terra. R. N. Champlin afirma que nada pode resistir para sempre à força da semente, já que sua eficácia é assegurada pelo senhorio de Deus – e nesse poder os discípulos poderiam depender serenamente. Esta parábola acalma discípulos ansiosos, especialmente os que desejam praticar medidas mais agressivas e imediatas para estabelecer o Reino.

3- Parábola do grão de mostarda (Mc 4.31). É como um grão de mostarda que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra. A semente da mostarda é minúscula.

Na cultura da época, sua invocação era um conhecido provérbio para destacar tudo o que era muito pequeno (Mt 17.20). Contudo, seu arbusto pode chegar de três a quatro metros de altura, proporcionando providencial refrigério às aves do céu (v. 32). Jesus faz desse dito proverbial uma bela ilustração do mundo espiritual, descortinando a ideia do alcance abrangente de seu Reino, onde mesmo os gentios encontrarão descanso (Gn 12.3; Jr 17.23).

Também há nítido contraste entre a singeleza da semeadura e a grandiosidade da colheita. Importante perceber que, na parábola do semeador, a ênfase está na responsabilidade humana (cultivar um coração acolhedor); já na parábola da semente que cresce em segredo, a ênfase recai na soberania divina. Agora, Jesus revela que, havendo santa cooperação entre esses dois agentes, o que parece insignificante resulta em bênção abundante.

III- UMA AULA PRÁTICA (Mc 4.35-41)

1- O cenário da aula (Mc 4.35). Naquele dia, sendo já tarde, disse- -lhes Jesus: Passemos para a outra margem.

É hora de uma rica aplicação prática. Marcos capricha: em comparação com Mateus (8.23-27) e Lucas (8.22-25), seu relato do grande temporal no Mar da Galileia é o mais rico em detalhes: menciona, entre outros pontos, a hora do dia (v. 35), a presença de outros barcos que o seguiam (v. 36) e o fato de Jesus dormir sobre um travesseiro (v. 38). O chamado Mar da Galileia é, na verdade, um grande lago de água doce com uma extensão de 166 km². Sua superfície está muito abaixo do nível do mar, em uma bacia cercada por montes e montanhas bastante íngremes. Quase 50 km a nordeste está o monte Hermon, a 2.804 metros acima do nível do mar. O contato do ar frio do alto com o ar quente que sobe do lago faz com que até hoje seja comum na região a ocorrência de fortes tempestades.

2- A confiança de Jesus (Mc 4.38). E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos?

A presença de outros barcos demonstra que o clima parecia tranquilo para a navegação. Todavia, Marcos reporta o abrupto advento de um “grande temporal de vento”, com fortes ondas açoitando impiedosamente o barco (v. 37). Pescadores experientes percebem que a situação fugira do controle (v. 37). O que parecia ser só mais um costumeiro problema climático ganha ares de incomum dramaticidade. Só uma intervenção divina os salvaria da tragédia que se anunciava.

A aflição dos discípulos contrasta com a tranquilidade de Jesus. Ironicamente, a única vez em que vemos o Servo dormindo nos evangelhos é durante uma assustadora tempestade. A cena confere vida às recentes lições teóricas: como o homem que jogou a semente no solo e depois adormeceu tranquilamente (v. 26-27), Jesus descansa confiante que Deus cuidará dele e da semente que plantara. Não sem razão: Jesus estava cumprindo a vontade do Pai (Mc 1.38-39). Ele não era um Jonas, fugindo da ordem divina (Jn 1.10,15).

3- O poder de Jesus (Mc 4.39). E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança.

Jesus é despertado não pela fúria da natureza, mas pelo sarcasmo humano (v. 38). O Servo volta-se para o vento e o mar e, com autoridade, repreende-os. O Criador bradou com a sua criatura (Gn 1.3). Não poderia ser diferente: obediência imediata (v. 39). Os discípulos entram em um novo e mais profundo estado de assombro: o terror em relação ao que Jesus fez supera o terror inicial causado pela força da tempestade. “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (v. 41).

A lição chega ao seu momento mais importante: as narrativas parabólicas e a experiência prática deixam evidente que Jesus é o Messias. Ele faz coisas que só Deus pode fazer. O perigo maior para o ser humano não é a fúria do mar ao seu redor, mas a incredulidade em seu interior (v. 40). Aprendemos que o descanso não vem da calmaria, mas da confiança. Quem confia descansa, mesmo nas piores tempestades.

APLICAÇÃO PESSOAL

Nada impedirá a implantação do Reino de Deus. Em situações desesperadoras, é essencial manter a fé em Jesus e seguir dando frutos para o Seu Reino.

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RESPONDA

Na parábola do semeador, quem as sementes que caem entre espinhos representam? R. Os que ouvem a Palavra, mas estão divididos com preocupações mundanas.
2) Qual parábola é exclusiva do Evangelho de Marcos? R. A parábola da semente que germina.
3) Segundo a lição, qual a extensão do Mar da Galileia? R. Cerca de 166 km².

 

 

 

Revista na Íntegra

Escrita Lição 08, BETEL, O Mestre por excelência que se fez Servo, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

 

TEXTO ÁUREO

"E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me, vós todos, e compreendei."

Marcos 7.14

 

 

VERDADE APLICADA

É fundamental que as verdades e os princípios dos ensinamentos de JESUS CRISTO dirijam todas as áreas da vida dos discípulos de CRISTO.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Mostrar que JESUS  trouxe esperança com Seus ensinos.

- Ressaltar a grandeza dos ensinos de JESUS.

- Destacar que JESUS  fez uso de métodos pedagógicos.

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - MARCOS 1.9-14

9. E aconteceu, naqueles dias, que JESUS, tendo ido de Nazaré, da Galileia, foi batizado por João, no Jordão.

10. E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o ESPÍRITO, que, como pomba, descia sobre ele.

11. E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tú és o meu Filho amado, em quem me comprazo.

12. E logo o ESPÍRITO o impeliu para o deserto.

13. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam. 14. E, depois que João foi entregue prisão, veio JESUS para a Galileia, pregando o evangelho do reino de DEUS.

 

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Mc 2.2 O Servo tinha prazer em ensinar. TERÇA Lc 2.52 O Servo cresceu em sabedoria e graça.

QUARTA Jo 13.13 O Servo era também Mestre e Senhor.

QUINTA 1Co 1.30 O Servo é a fonte de sabedoria. SEXTA CI 2.3 O Servo e os tesouros da sabedoria. SÁBADO Tg 3.17 A sabedoria do Servo vinha do alto.

 

HINOS SUGERIDOS 419, 456, 581

ESBOCO DA LIÇÃO

1- O Servo que oferecia esperança.

1-1- O Servo oferece um novo ensino de esperança.

1-2- O Servo oferece um ensino de esperança aos desesperançados.

1-3- O Servo veio trazer esperança aos nossos corações.

2- O Servo que oferecia instrução.

2-1- O Servo possui uma sabedoria que veio do alto.

2-2- O Servo possuía uma Sabedoria jamais vista.

2-3- A sabedoria do Servo prevalecia sobre a sabedoria dos sábios judeus.

3- A sabedoria inquestionável do Servo.

3-1- O Servo ensinou como receber o Reino de DEUS.

3-2- O Servo ensinou como servir.

3-3- O Servo ensinou a ofertar.

 

 

INTRODUÇÃO

Observaremos na lição de hoje que, ao proferir Seus magistrais ensinamentos, o Filho de DEUS trouxe esperança e renovo a muitos, mostrando ser o Mestre dos mestres.

 

 

 

1- O Servo que oferecia esperança.

Nos evangelhos podemos observar JESUS como um valoroso Mestre. Podemos dizer que Ele foi o maior Educador que já viveu nesta terra. A par desta certeza podemos observar que o evangelho de Marcos está repleto de Seus ensinamentos, discursos e parábolas. JESUS  ensinava e oferecia esperança através do Seu ensino em cada um dos dezesseis capítulos deste evangelho.

 

 

1-1- O Servo oferece um novo ensino de esperança.

O evangelho de Marcos é uma narrativa em que os atos a os ditos do Servo compõem temas fundamentais para que os seguidores do Filho do Homem possam identificá-lo como Mestre. Assim, Marcos apresenta uma abordagem motivadora sobre um novo começo marcado por um anúncio alegre e esperançoso: “E, depois que João foi entregue a prisão, veio JESUS  para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de DEUS:” [Mc 1.14]. O texto mostra e aponta para o reconhecimento dos ensinamentos de JESUS  sobre a proclamação do Reino e a chamada a uma nova vida sob nova perspectiva.

 

 

SUBSÍDIO 1-1

Pastor Cesar Roza de Melo: "As aulas do Mestre da vida não estavam circunscritas ao ambiente de sala de aula. Enquanto os rabinos da época educavam seus discípulos nos ambientes educacionais, JESUS  treinava Seus discípulos nos mais variados lugares; extraindo lições preciosas por onde passava. Um dos maiores discursos como o "Sermão do Monte" foi dado em uma colina. Diante de tantos mestres, como os escribas, JESUS  se destacava, pois ensinava como tendo autoridade. Este é um fator imprescindível para o educador moderno, pois, para se ensinar com autoridade, precisa dominar o conteúdo e ser o exemplo vivo do que ensina.

 

 

1-2- O Servo oferece um ensino de esperança aos desesperançados.

 Acompanhando o itinerário do evangelho de Marcos fica evidente que, infelizmente, os líderes religiosos de Jerusalém praticamente não fizeram nada diante da situação de miséria do povo, ao contrário, o comportamento deles procurava os seus próprios encantos [Mc 7.6]. Contrariando essa maneira de pensar, JESUS  diz: "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos:' [Mc 10.45]. Assim o evangelho de Marcos esclarece que o Mestre veio ensinar, solidarizar-se e libertar as pessoas oprimidas e excluídas pelo sistema religioso de Israel.

 

 

SUBSÍDIO 1-2

Podemos dizer que o ensinamento do Servo nasce da Sua compaixão pelo povo: "E JESUS , saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não tem pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas:' [Mc 6.34]. Essa verdade é sedutora, pois, assistimos que até hoje o Servo continuamente acolhe e continua ensinando quem vai ao Seu encontro sofrendo, sem esperança ou machucado. "E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava:' [Mc 2.13].

 

 

1-3- O Servo veio trazer esperança aos nossos corações.

Nos dias de JESUS, a dominação romana, com seus altos impostos a seu controle sobre tudo e sobre todos, fazia com que Israel vivesse um caldeirão de problemas: "E o rei entristeceu-se muito; todavia, por causa do juramento e dos que estavam com ele a  mesa, não lha quis negar. E, enviando logo o rei o executor, mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi e degolou-o na prisão." [Mc 6.26-27]. Outro agravante nestes dias era a preponderância do sistema religioso de Israel que tornava a vida do povo hebreu precária: "Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." [Mc 7.7]. Nessa desordem JESUS  aparece para ensinar e combater a hipocrisia e trazer esperança para com os fracos e oprimidos. Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo descreve o Servo como: "esperança nossa" [1Tm 1.1].

 

 

SUBSÍDIO 1-3

O salmista diz que é muito feliz aquele cuja esperança está no Senhor: “Bem-aventurado aquele que tem o DEUS de Jacó por seu auxílio, a cuja esperança está posta no Senhor, seu DEUS:” [Sl 146.5]. Diante do texto que lemos estamos certos de que aquele que coloca sua esperança no Servo DEUS - JESUS  CRISTO - passa a viver com mais vigor e esperança, pois acredita nas promessas do Pai [Rm 8.38-39].

 

 

2- O Servo que oferecia instrução.

Optamos por incluir em nosso estudo os ensinamentos de CRISTO, segundo o evangelho de Marcos, de modo a apresentar Sua sabedoria em Seus atributos estrutural, literário e teológico. Seria preciso não perder de vista que a narrativa deste evangelho deixa transbordar o autoconhecimento, demonstrado por CRISTO JESUS até o momento da Sua morte.

 

 

2-1- O Servo possui uma sabedoria que veio do alto.

Da sempre oportuna visita aos dicionários da língua portuguesa, podemos visualizar que a sabedoria remete a conhecimento de algo, ser instruído, saber, razão. Neste trajeto de compreensão é bom que se diga que a sabedoria humana é defeituosa, porque nós não sabemos tudo. Já a sabedoria de JESUS é distinta da sabedoria humana. Marcos nos faz ver que JESUS  foi um homem muito sábio, porque cultivou estes conceitos a experimentou esta verdade:

"Entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele a sinagoga, ali ensinava." [Mc 1.21]. Assistimos neste evangelho que JESUS ofereceu respostas e ações prudentes a todos que o confrontavam [Mc 12.38].

 

 

SUBSÍDIO 2-1

Bispo Primaz Manoel Ferreira: "JESUS desenvolveu um trabalho itinerante, tornando a Galileia o Seu circuito, ou seja, JESUS rodeava toda a Galileia desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino [Mt 4.23]. Mateus é bem enfático quanto a isso, pois ele informa que JESUS  percorria cidades e povoados [Mt 9.35]. O Senhor JESUS  ensinava, ou seja, instruía os Seus ouvintes, expondo acerca do Reino de DEUS. Às vezes, esse ensino era em tom de conversação e outras em discursos didáticos, mas também de pregação. O Seu auditório era formado de frequentadores das sinagogas e pessoas que se reuniam em casas ou debaixo de uma árvore nos povoados"

 

 

2-2- O Servo possuía uma Sabedoria jamais vista.

JESUS  implementou um trabalho itinerante, durante o Seu ministério terreno. Podemos enxergar que a missão de JESUS era o anúncio da Palavra de DEUS, isto é, a construção do Reino de DEUS: "E, depois que João foi entregue a prisão, veio JESUS  para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de DEUS e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de DEUS está próximo. Arrependei- -vos e crede no evangelho." [Mc 1.14- 15]. No texto vemos que JESUS  percorria toda a Galileia desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino. Marcos relata que o Servo ensinava, ou seja, instruía os Seus ouvintes, expondo que Ele veio para chamar os pecadores a não os justos [Mc 2.17].

 

 

 

SUBSÍDIO 2-2

Bispo Primaz Manoel Ferreira: "O Senhor JESUS  CRISTO tinha um senso de urgência muito grande em relação as almas. Por isso Ele "percorria'; que, no grego, significa "periegen" e, também, tem o sentido dinâmico de rodear [Mt 4.23]"

 

 

2-3- A sabedoria do Servo prevalecia sobre a sabedoria dos sábios judeus.

JESUS não perdia tempo com os líderes religiosos [Mc 2.23-28]. JESUS  tinha o entendimento de que era preciso ensinar a Palavra de DEUS [Mc 1.21-22]. Como um bom Servo obediente que era, JESUS  compreendia ter um desígnio de DEUS [Mc 1.38]. É por isso que seguindo a trilha deixada pelo Servo não podemos parar de ensinar a Palavra de DEUS: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." [Mc 16.15].

 

 

SUBSÍDIO 2-3

Olhando para os ensinos do Servo, encontramos a verdadeira sabedoria divina: a através desta sabedoria que vem do alto que cultivamos um viver que contribui para o bom testemunho perante o mundo e passamos a ter conhecimento dos pianos de DEUS para as nossas vidas.

 

 

3- A sabedoria inquestionável do Servo.

Não temos medo em errar ao dizer que todos quantos desejam exercer um ministério com excelência devem olhar para o Servo, o Mestre dos mestres. Vemos no evangelho de Marcos que JESUS  com Sua pedagogia única fazia com que todos ficassem admirados e o coração deles transbordasse de amor com tom de ternura em Sua voz a uma certeza de que Suas palavras eram inquestionáveis.

 

 

 

3-1- O Servo ensinou como receber o Reino de DEUS.

O evangelho de Marcos em sua composição deixa transparecer em suas páginas que qualquer um que ouvisse os ensinos de JESUS  ia embora com a impressão de ter ouvido uma palavra do próprio DEUS. Marcos relata que em um de Seus ensinos JESUS  querendo nos ensinar como receber o Reino de DEUS, Ele usa um exemplo de uma criança como modelo de submissão, por uma criança ser graciosa a dependente do seu pai [Mc 10.13-16]. Para JESUS  assim que devemos ser, dependentes e humildes como uma criança, reconhecendo diariamente que necessitamos da sabedoria do nosso Pai Celestial.

 

 

SUBSÍDIO 3-1

'Warren Wiersbe: "JESUS  ficou indignado e repreendeu os discípulos publicamente por impedirem o acesso a Ele. Em seguida anunciou que as crianças eram melhores exemplos do reino do que os adultos, mas JESUS  disse aos adultos para se espelharem no comportamento das crianças! De que forma uma criança serve de exemplo? Pela maneira humilde de depender dos outros, por sua receptividade, pela aceitação de si mesma e de sua situação na vida. É evidente que JESUS  falava de uma criança pura, não de uma criança que estivesse tentando agir como adulto."

 

 

3-2- O Servo ensinou como servir.

Não é difícil perceber que o ensinamento de JESUS era prático e chamava as pessoas a ação. Por estes ensinamentos objetivos, JESUS foi chamado abundantemente de Rabi e Senhor, evidenciando que o povo o respeitava como Mestre. Em um de Seus ensinos, Ele nos convoca a sermos servos, assim como Ele foi: "E ele, assentando-se, chamou os doze a disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos." [Mc 9.35]. O gesto de lavar os pés dos Seus discípulos mostrou como Ele não veio para essa vida para buscar glória para si: "Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, deitou água em uma bacia e começou a lavar os pês aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido." [Jo 13.4-5]. Podemos dizer que como um bom Servo, JESUS  seguiu o caminho da humilhação, da rejeição e serviu a todos que foram até Ele.

 

 

SUBSÍDIO 3-2

Bíblia de Estudo Holman: "Assentando-se era a postura assumida por um mestre [Mc 4.1-2; Mt 5.1]. O ensino de JESUS  inverteu o pensamento humano. Em seu sistema de valores, ser primeiro não vem por meio de agressividade e privilégio, mas por humildade [Mt 18.4] e por ser servo de todos"

 

 

3-3- O Servo ensinou a ofertar.

Temos de nos situar que os textos bíblicos que tratam a respeito das ofertas e dízimos estão atrelados com justiça, misericórdia e fé. Como nos mostra o texto, o Servo como um bom observador nota o ato de uma pobre viúva ter ofertado tudo o que tinha: "Vindo, pois, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam um quadrante." [Mc 12.42]. Como de costume o Servo aproveita esta ação da viúva pobre para ensinar uma lição valiosa a todos nós. Ele nos ensina a não sermos seduzidos pelos bens materiais. Podemos reparar que aquela pobre viúva ofertou tudo que ela tinha, duas pequenas moedas. Ao passo que os outros doaram o que lhes sobejava.

 

 

SUBSÍDIO 3-3

Indicando modelos a serem seguidos, JESUS  através desse ensinamento nos faz aprender que a doação tem que representar, genuinamente, o desejo do nosso coração.

 

 

CONCLUSÃO

Ensinar era algo que estava no coração do Servo. Para conduzir nossa tese, podemos ver entre os evangelhos que a maior parte do Seu ministério foi ocupada pelo ensino. Neste trajeto nosso Senhor JESUS  ofereceu tamanha nobreza ao ministério do ensino como ninguém jamais havia feito