Escrita Lição 4, Quando se vai a Glória de DEUS, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 4, Quando se vai a Glória de DEUS


TEXTO ÁUREO
“E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.” (Ez 11.23)
VERDADE PRÁTICA
DEUS abandona o Templo e retira a sua glória por causa das abominações do povo.
 

Vídeo - https://youtu.be/NtGQ0bihxOY

Slides - https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-licao-4-cpad-quando-se-vai-a-gloria-de-deus-4tr22-pr-henrique-ebd-na-tvpptx

 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 40.34 O Tabernáculo representava a presença de DEUS
Terça - 2 Cr 7.2,16 DEUS escolheu o Templo de Jerusalém para habitar o seu nome
Quarta - Êx 33.18-22 A glória de DEUS, às vezes, significa a face e a presença de DEUS
Quinta - Sl 24.7-10 O DEUS verdadeiro, revelado nas Escrituras, é o Rei da Glória
Sexta - Jo 1.14 A glória de DEUS foi revelada no Senhor JESUS
Sábado - 1 Co 2.8 JESUS, como Senhor da Glória, é também o Rei da Glória

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 9.3; 10.4,18,19; 11.22-25
Ezequiel 9
3 - E a glória do DEUS de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, até à entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta.
Ezequiel 10
4 - Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do SENHOR.
18 - Então, saiu a glória do SENHOR da entrada da casa e parou sobre os querubins. 19 - E os querubins alçaram as suas asas e se elevaram da terra aos meus olhos, quando saíram; e as rodas os acompanhavam e pararam à entrada da porta oriental da Casa do SENHOR; e a glória do DEUS de Israel estava no alto, sobre eles.
Ezequiel 11
22 - Então, os querubins elevaram as suas asas, e as rodas as acompanhavam; e a glória do DEUS de Israel estava no alto, sobre eles. 23 - E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. 24 - Depois, o ESPÍRITO me levantou e me levou em visão à Caldeia, para os do cativeiro; e se foi de mim a visão que eu tinha visto. 25 - E falei aos do cativeiro todas as coisas que o SENHOR me tinha mostrado.

PALAVRA-CHAVE - GLÓRIA
 
כבוד kabowd raramente כבד kabod (Hebraico)  lê-se: kavood
glória, honra, glorioso, abundância, riqueza, esplendor, glória, dignidade, reputação, reverência
 
δοξα doxa (Grego) lê-se Voocsiá
opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória, esplendor, brilho, magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça, majestade, algo que pertence a Deus, a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade, algo que pertence a Cristo, a majestade real do Messias, escelência pessoal de Cristo; a majestade.

Resumo da Lição 4, Quando se vai a Glória de DEUS
I - SOBRE A GLÓRIA DE DEUS
1. O significado de “glória”.
2. A glória de DEUS.
II - SOBRE A RETIRADA DA GLÓRIA DE DEUS
1. O querubim e a nuvem (9.3; 10.4).
2. A retirada da presença de DEUS (10.18).
3. Por fim a glória de DEUS se pôs sobre o Monte das Oliveiras (11.23).
III - SOBRE O SEGUNDO TEMPLO
1. O segundo Templo.
2. O Templo de Herodes.
3. A presença do Filho de DEUS.
IV – SOBRE O SENHOR JESUS E O TEMPLO
1. Explicação teológica.
2. O fim do Templo.
3. A presença de DEUS hoje.
Comentários Pr. Henrique
Ezequiel viu a Glória de DEUS ir embora no Monte das Oliveiras que é onde a Glória de DEUS voltará no final da Grande Tribulação (JESUS vem com a Igreja, em Glória). Zacarias revela isto.
E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul. Zacarias 14:4
E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Judas 1:14,15
10.4 SE LEVANTOU A GLÓRIA DO SENHOR. (BEP - CPAD)
O enfoque dos capítulos 10 e 11 é a retirada da glória e presença de DEUS do templo e da cidade. Primeiramente, a glória de DEUS retirou-se do lugar santíssimo, e colocou-se à entrada do templo (v. 4). Em seguida, retirou-se do templo e repousou sobre o carro-trono dos querubins (v. 18). Os querubins conduziram a glória de DEUS até à porta oriental do templo (v. 19), e então ela retirou-se totalmente da área do templo. Por fim, a glória divina deixou a cidade de Jerusalém e pousou sobre o monte das Oliveiras (11.23). (1) A glória de DEUS retirou-se do templo por causa do pecado e idolatria do povo. DEUS retirou-se da sua casa de modo relutante e aos poucos, mas por causa da sua santidade, Ele teria de separar-se da idolatria do templo. (2) O que aconteceu com Israel e o templo pode também acontecer com as igrejas. Se os pastores tolerarem o pecado, e deixarem que Satanás e o mundanismo tomem pé, a glória e a presença de DEUS se afastarão da congregação, que se tornará uma igreja de aparência, sem as manifestações do ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 14). (3) Devemos buscar com zelo a glória e a presença de DEUS e, ao mesmo tempo, repelir todo pecado e mal na igreja (ver Hb 1.9). Qualquer outra atitude levará à transigência espiritual e ao juízo divino (ver Ap 2;3; cf. Dt 31.17; 1 Sm 4.21; Os 9.12)
11.23 E A GLÓRIA DO SENHOR SE ALÇOU. A glória de DEUS retirou-se de Jerusalém e se pôs sobre o monte das Oliveiras (ver 10.4). Mais tarde, Ezequiel teve uma visão do retorno da glória divina, quando o Senhor estabelecer o seu reino eterno (43.1-4).
A GLÓRIA DE DEUS (BEP - CPAD)
Ez 10.4 “Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do SENHOR.”
DEFINIÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS.
A expressão “glória de DEUS” tem emprego variado na Bíblia.
Às vezes, descreve o esplendor e majestade de DEUS (cf. 1Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo (ver Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” (cf. a visão que Ezequiel teve do trono de DEUS, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de DEUS designa sua singularidade, sua santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcedência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de DEUS (2Pe 1.17).
A glória de DEUS também se refere à presença visível de DEUS entre o seu povo, glória esta que os rabinos de tempos posteriores chamavam de shekinah. Shekinah é uma palavra hebraica que significa “habitação [de DEUS]”, empregada para descrever a manifestação visível da presença e glória de DEUS. Moisés viu a shekinah de DEUS na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êx 29.43 é chamada “minha glória” (cf. Is 60.2). Ela cobriu o Sinai quando DEUS outorgou a Lei (ver Êx 24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão (2Cr 7.1; cf. 1Rs 8.11-13). Mais precisamente, DEUS habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo (1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Isaías viu a Glória de DEUS e JESUS confirmou isto (Isaías 6.1; João 12:41). Jo Ezequiel viu a glória do Senhor levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria infrene ali (Ez 10.4,18,19). O equivalente da glória shekinah no NT é JESUS CRISTO que, como a glória de DEUS em carne humana, veio habitar entre nós (Jo 1.14). Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de CRISTO (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de CRISTO (Mt 17.2; 2Pe 18), e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio (At 7.55).
Um terceiro aspecto da glória de DEUS é sua presença e poder espirituais. Os céus declaram a glória de DEUS (Sl 19.1; cf. Rm 1.19,20) e toda a terra está cheia de sua glória (Is 6.3; cf. Hc 2.14), todavia o esplendor da majestade divina não é comumente visível, nem notado. Por outro lado, o crente participa da glória e da presença de DEUS em sua comunhão, seu amor, justiça e manifestações, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (ver 2Co 3.18; Ef 3.16-19; 1Pe 4.14).
Por último, o AT adverte que qualquer tipo de idolatria é uma usurpação da glória de DEUS e uma desonra ao seu nome. Cada vez que DEUS se manifesta como nosso Redentor, seu nome é glorificado (ver Sl 79.9; Jr 14.21). Todo o ministério de CRISTO na terra redundou em glória ao nosso DEUS (Jo 14.13; 17.1,4,5).

A GLÓRIA DE DEUS REVELADA EM JESUS CRISTO.
Quando Isaías falou da vinda de JESUS CRISTO, profetizou que nEle seria revelada a glória de DEUS para que toda a raça humana a visse (ver Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam que JESUS CRISTO cumpriu essa profecia. A glória de CRISTO era a mesma glória que Ele tinha com seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério do AT (2Co 3.7-11). Paulo chama JESUS “o Senhor da glória” (1Co 2.8), e Tiago o chama “nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor da glória” (Tg 2.1).
Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre JESUS CRISTO e a glória de DEUS. Seus milagres revelavam a sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). CRISTO transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (cf. 2Pe 1.16-19). A hora da sua morte foi a hora da sua glorificação (Jo 12.23,24; cf. 17.4,5). Subiu ao céu em glória (cf. At 1.9; 1Tm 3.16), agora está exaltado em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; cf. 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17).

A GLÓRIA DE DEUS NA VIDA DO CRENTE.
Como a glória de DEUS relaciona-se ao crente pessoalmente?
Concernente à glória celestial e majestosa de DEUS, ela pode ser contemplada, porém não podemos ver DEUS. Sabemos que ela existe, mas não a vemos. DEUS habita em luz e glória inacessíveis, que nenhum ser humano pode vê-lo face a face (1Tm 6.16).
A glória shekinah de DEUS, no entanto, era conhecida do seu povo nos tempos bíblicos. No decurso da história, até o presente, sabe-se de crentes que tiveram visões de DEUS, semelhantes às de Isaías (Is 6) e Ezequiel (Ez 1), embora isso não fosse comum naqueles tempos, nem agora. A experiência da glória de DEUS, no entanto, é algo que todos os crentes terão na consumação da salvação, após o arrebatamento (1 João 3:2), quando virmos a JESUS face a face. Seremos levados à presença gloriosa de DEUS (Hb 2.10; 1Pe 5.10; Jd 24), compartilharemos da glória de CRISTO (Rm 8.17,18) e receberemos uma coroa de glória (1Pe 5.4). Até mesmo o nosso corpo ressurreto terá a glória do CRISTO ressuscitado (1Co 15.42,43; Fp 3.21).
De um modo mais direto, o crente sincero experimenta a presença espiritual de DEUS. O ESPÍRITO SANTO nos aproxima da presença de DEUS e do Senhor JESUS (2Co 3.17; 1Pe 4.14). Quando o ESPÍRITO opera poderosamente na igreja, através das suas manifestações sobrenaturais (1Co 12.1-12), o crente experimenta a glória de DEUS no seu meio, i.e., um sentimento da majestosa presença de DEUS.
O crente que abandona o pecado e que repudia a idolatria pode ser cheio da glória de CRISTO (ver Jo 17.22), bem como do ESPÍRITO da glória (1Pe 4.14); na realidade, uma das razões de JESUS vir ao mundo foi para encher de glória os crentes (Lc 2.29-32). Como salvos por CRISTO JESUS, devemos viver a nossa vida inteira para a glória de DEUS, a fim de que Ele seja glorificado em nós (Jo 17.10; 1Co 10.31; 2Co 3.18).
Moisés viu a Glória de DEUS - Êxodo 33
 1 Disse mais o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: À tua semente a darei. 2 E enviarei um Anjo adiante de ti ( e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus ), 3 a uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo obstinado, para que te não consuma eu no caminho. 4 E, ouvindo o povo esta má notícia, entristeceram-se, e nenhum deles pôs sobre si os seus atavios. 5 Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: Povo obstinado és; se um momento eu subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira de ti os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. 6 Então, os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe. 7 E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação; e aconteceu que todo aquele que buscava o SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. 8 E aconteceu que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhavam para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda. 9 E aconteceu que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés. 10 E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava, e inclinavam-se cada um à porta da sua tenda. 11 E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois, tornava ao arraial; mas o moço Josué, filho de Num, seu servidor, nunca se apartava do meio da tenda. 12 E Moisés disse ao SENHOR: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome; também achaste graça aos meus olhos. 13 Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e atenta que esta nação é o teu povo. 14 Disse, pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar. 15 Então, disse-lhe: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui. 16 Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso, não é por andares tu conosco, e separados seremos, eu e o teu povo, de todo o povo que há sobre a face da terra? 17 Então, disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome. 18 Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. 19 Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer. 20 E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá. 21 Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; ali te porás sobre a penha. 22 E acontecerá que, quando a minha glória passar, te porei numa fenda da penha e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. 23 E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.
33.3 EU NÃO SUBIREI NO MEIO DE TI . Por causa do pecado de Israel, Deus declarou que um anjo estaria em seu lugar, na caminhada para a terra prometida (vv. 1-3). Moisés, porém, não conformado com essa decisão, voltou a interceder diante de Deus (vv. 12-14), assim como fizera no cap. anterior (Ex 32.11-13,31,32). Note a seqüência de eventos decorrentes do pecado de Israel, no caso do bezerro de ouro (32.1-6), juntamente com a perseverança de Moisés em oração e a revelação de Deus a ele. (1) Deus queria destruir o povo (32.10). A intercessão de Moisés (32.11-13) proveu uma base para Deus mudar a sua intenção e não cumprir sua advertência de tal destruição (32.14; ver 32.11). (2) Deus então resolveu deixar o povo entrar em Canaã, mas conduzido somente por Moisés e um anjo (32.34). Firme e claramente, Deus afirmou que Ele mesmo não iria com eles (33.3). (3) Depois de Moisés orar mais (33.12,13), o Senhor mudou o seu plano, atendeu à petição do líder de Israel e concordou que a sua presença acompanharia os israelitas (vv. 14-17). A resposta favorável de Deus à intercessão de Moisés revela algo a respeito dos seus caminhos (v. 13) com seu povo. Nem toda decisão de Deus é totalmente imutável e irrevogável. Pelo contrário, Ele é um Deus que ouve e atende ao seu povo (ver 32.11); às vezes, Ele altera o que resolvera fazer, quando seu povo sinceramente o invoca em oração, e a Ele se consagra, e à sua vontade. Deus sempre pode alterar o cumprimento de um juízo por Ele enunciado, para demonstrar o seu amor e a sua misericórdia (Jn 3)
33.11 SEU AMIGO. Deus tinha Moisés como um amigo íntimo, com quem podia conversar face a face. Esse relacionamento especial devia-se, em parte, ao fato de que Moisés vivia verdadeiramente dedicado a Deus e à sua causa, sua vontade e seus propósitos. Moisés vivia em harmonia com o Espírito de Deus, a ponto de compartilhar dos próprios sentimentos de Deus, de padecer quando Ele padecia e de entristecer-se com o pecado quando Deus ficava entristecido (32.19). Todo crente deve procurar conhecer os caminhos de Deus através da oração e crescer numa comunhão tão profunda com Ele e seus propósitos, o que o torna realmente um amigo de Deus.
33.11 JOSUÉ... NUNCA SE APARTAVA DO MEIO DA TENDA. Josué não somente servia fielmente a Moisés, o ungido de Deus, como também, com dedicação, cresceu na comunhão pessoal com Deus. Desde a sua juventude, aprendeu a permanecer longo tempo a sós com Deus. Essa dedicação preparou-o para ser o sucessor de Moisés.
33.12 MOISÉS DISSE AO SENHOR. Diante da oração de Moisés, Deus compadeceu-se, mudou a sua resolução (v. 3) e concordou em ir com Moisés e o povo (v. 14; ver v. 3).
33.13 ROGO-TE QUE AGORA ME FAÇAS SABER O TEU CAMINHO. Todo filho de Deus deve orar fervorosamente para conhecer os caminhos do Senhor, i.e., seu coração, propósito, sabedoria, princípios santos e até mesmo o seu sofrimento. Ao fazermos assim, chegamos a conhecer ao próprio Deus.
33.17 ACHASTE GRAÇA AOS MEUS OLHOS. Note que Deus atendeu à oração de Moisés porque Ele o honrava, considerava como amigo e agradava-se dele. Moisés alcançou favor porque, embora Arão e a nação tivessem desobedecido a Deus, ele permaneceu leal ao Senhor e procedia como mediador entre o Senhor e Israel.
A Glória de DEUS desceu sobre o Monte Sinai - Êxodo 19:16-20
E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. E, descendo o Senhor sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou o Senhor a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu.
19.16 TROVÕES E RELÂMPAGOS. As manifestações espantosas presentes à visitação de Deus tinham vários propósitos: (1) demonstrar a santidade, poder e transcendência de Deus (v. 9); (2) inspirar fé em Deus e firmar a autoridade do seu servo, Moisés (v. 9); (3) comunicar o temor de Deus no coração das pessoas, para que não pequem (v. 16; 20.20; Hb 12.18-21) e (4) conscientizar fortemente o povo de que resultará em julgamento e morte, a desobediência deliberada a Deus (vv. 12-25: Hb 10.26-31).
A Glória de DEUS se manifestou na inauguração do Tabernáculo
Quando entravam na tenda da congregação e quando chegavam ao altar, lavavam-se, como o Senhor ordenara a Moisés. Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim, Moisés acabou a obra. Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo, de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo. Êxodo 40:32-35.
40.34 A GLÓRIA DO SENHOR. O livro de Êxodo chega ao fim, com a glória do Senhor enchendo o Tabernáculo. (1) Esse acontecimento prenuncia a presença do Senhor nos seus santos, i.e., na igreja verdadeira (1 Co 3.16; Ef 2.18-22). Prenuncia, ainda, que Deus habitará futuramente com todos os seus santos no novo céu e nova terra (Ap 21.3). (2) A glória do Senhor , às vezes, é chamada a glória Shequiná.
A Arca da Aliança representava a Glória de DEUS
Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel, porquanto a arca de Deus foi levada presa e por causa de seu sogro e de seu marido. 1 Samuel 4:21
Em II Samuel 6 lemos como Davi estabeleceu Jerusalém como a capital de Israel e decidiu colocar a arca da aliança ali para simbolizar que o Senhor estava com eles em sua capital.
Então, avisaram a Davi, dizendo: Abençoou o Senhor a casa de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus; foi, pois, Davi e trouxe a arca de Deus para cima, da casa de Obede-Edom, à Cidade de Davi, com alegria. 2 Samuel 6:12
A Arca da Aliança era uma caixa que representava a aliança e a presença de Deus no meio do Seu povo. Através desse objeto Deus se revelava ao povo.
A Bíblia informa que a Arca da Aliança foi recolocada no santuário durante as reformas do rei Josias (2 Crônicas 35:3). O profeta Jeremias também profetizou sobre um tempo em que a Arca da Aliança não seria mais utilizada, pois Jerusalém deveria ser chamada de trono de Deus (Jeremias 3:16).
A Glória de DEUS permanecia sobre o Tabernáculo
porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas. Êxodo 40:38
A Glória de DEUS estava por todo o caminho do deserto sobre Israel
9 Chegai-vos para diante do SENHOR, porque ouviu as vossas murmurações. 10 E aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a glória do SENHOR apareceu na nuvem Êx 16.9,10.
A Glória de DEUS se manifestou a Davi
Então, Davi edificou ali um altar ao Senhor , e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos, e invocou o Senhor , o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 1 Crônicas 21:26
A Glória de DEUS se manifestou na inauguração do Templo de Salomão
1 E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. 2 E os sacerdotes não podiam entrar na Casa do SENHOR, porque a glória do SENHOR tinha enchido a Casa do SENHOR. 3 E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do SENHOR sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua benignidade dura para sempre. 2 Cr 7.1-3
7.1 A GLÓRIA DO SENHOR. A "glória do SENHOR" refere-se a uma manifestação visível da presença e do esplendor de Deus.
Isaías viu a Glória de DEUS - Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele. João 12:41
 Isaías 6.1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. 2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado. 8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. 9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. 10 Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.
6.1 NO ANO EM QUE MORREU O REI UZIAS. Esse ano foi aproximadamente 740 a.C. (cf. 2 Cr 26.16-21). Isaías deve ter profetizado antes disso (1.5), mas agora ele teve uma visão de Deus, foi purificado e recebeu uma chamada específica de Deus para pregar a sua Palavra a um povo espiritualmente cego, surdo e insensível (vv. 9,10).
6.1 EU VI AO SENHOR. Isaías, por esta visão do Senhor, teve uma compreensão correta da sua mensagem e chamada. A visão revelou um dos temas principais do livro, a saber: que a glória, majestade e santidade de Deus requer que aqueles que a Ele servem, devem também ser santos. Da mesma forma, as igrejas dos nossos dias também precisam de uma visão de Deus no seu meio, como o Senhor santo e Juiz de todos. O reconhecimento da necessidade da sua obra santificadora em nossa vida acompanhará infalivelmente tal visão. O resultado de tal visão sobre nós pode ser semelhante à de Isaías confissão com quebrantamento, purificação gloriosa e chamamento poderoso da parte de Deus, no tocante à sua vontade e chamada (vv. 5-8; Ap 1.13-17).
6.2 SERAFINS. Trata-se de seres angelicais de ordem superior. Serafins deve ser outro nome dos seres viventes revelados noutras partes das Escrituras (e.g., Ap 4.6-9). Seu título (literalmente: seres ardentes ) pode denotar sua pureza, uma vez que servem a Deus continuamente, em derredor do seu trono. Refletem de tal maneira a glória de Deus que parecem arder em chamas.
6.3 SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR. A principal característica de Deus revelada a Isaías é a sua santidade, que significa sua pureza de caráter, sua separação do pecado e sua repulsa a tudo que é mau. A santidade absoluta de Deus deve ser proclamada nas igrejas, assim como é nos céus
6.5 AI DE MIM! Isaías, ao contemplar a santidade de Deus, imediatamente reconheceu sua própria imperfeição e impureza, sobretudo quanto às suas palavras (cf. Tg 3.1-6). Reconheceu, também, as conseqüências de ver Deus face a face (cf. Êx 33.20) e ficou assombrado. Deus, então, purificou os seus lábios e o seu coração (cf. Lv 16.12; Jr 1.9) e o tornou apto a permanecer na sua presença como servo e profeta do Santo de Israel. Todos aqueles que se acercam de Deus precisam receber o perdão dos seus pecados e a purificação do seu coração pelo Espírito Santo (cf. Hb 10.19-22), pois somente Deus pode nos tornar puros como Ele mesmo requer.
6.8 A QUEM ENVIAREI? Só depois de purificado é que Isaías foi designado profeta. Esse trecho nos faz lembrar a Grande Comissão de nosso Senhor ressurreto, que ordenou proclamar o evangelho da salvação a todo o mundo (Mt 28.18-20). Se aquela ordem de sair apoderar-se do nosso coração, devemos responder da mesma maneira que Isaías: eis-me aqui, envia-me a mim
6.9 VAI E DIZE A ESTE POVO. Deus avisou a Isaías que o povo ia rejeitar a sua mensagem e continuar indiferente ao chamado profético ao arrependimento. Sua pregação até faria seus corações se endurecerem ainda mais forte contra o Senhor (vv. 9,10; cf. Mt 13.14,15; Mc 4.12; Lc 8.10). Mesmo assim, Isaías teria que pregar fielmente a mensagem impopular do juízo (cf. Jr 1.8,19; Ez 2.3,4). Haveria, no entanto, um limite para seu espinhoso ministério. Os juízos a serem infligidos através de Senaqueribe, em 701 a.C. (vv. 11,12) levariam Jerusalém à fé e à obediência (36.21,22; 37.1- 7), e como resultado, Isaías poderia ter um novo ministério durante os quinze anos concedidos por Deus a Ezequias (38.5).
Ezequiel viu a Glória de DEUS
E, por cima do firmamento, que estava por cima da sua cabeça, havia uma semelhança de trono como de uma safira; e, sobre a semelhança do trono, havia como que a semelhança de um homem, no alto, sobre ele. E vi como a cor de âmbar, como o aspecto do fogo pelo interior dele, desde a semelhança dos seus lombos e daí para cima; e, desde a semelhança dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo e um resplendor ao redor dele. Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor ; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto e ouvi a voz de quem falava. Ezequiel 1:26-28
1.26 COMO QUE A SEMELHANÇA DE UM HOMEM. Ezequiel vê Deus sentado num trono, na semelhança de um homem. Esta visão mostra que quando Deus resolveu revelar-se plenamente, Ele o fez em forma humana mediante Jesus Cristo (cf. Fp 2.5-7; Cl 2.9).
1.28 DA GLÓRIA DO SENHOR. Este versículo provê o significado da visão toda, i.e., uma visão da glória de Deus. (1) Deus revelou a Ezequiel a sua glória e poder a fim de prepará-lo para a obra à qual Ele o chamava. O Senhor ia continuar a aparecer a Ezequiel no decurso da sua vida, a fim de sustentá-lo naquele ministério (Ez 3.12,23,24; 8.2-4; 9.3; 10.1-22; 11.22,23; 43.2-4). (2) O aparecimento da glória de Deus a Ezequiel indicava que ela já saíra do templo de Jerusalém (cf. 1 Rs 8.11; Sl 26.8; 63.2), e que agora estava sendo manifesta aos exilados. Ezequiel profetizou posteriormente que a glória de Deus voltaria a Canaã e a Jerusalém (ver 43.2,3,7). (3) Assim como Ezequiel precisava de uma visão da glória de Deus a fim de prepará-lo para servir ao Senhor, assim também nós precisamos experimentar o poder da glória e a santidade de Deus antes de ingressarmos na sua obra (cf. Is 6). Obtemos a compreensão de Deus em toda a sua glória mediante Jesus Cristo (cf. Jo 1.14), o Espírito Santo (1 Pe 4.14) e a Palavra de Deus (2 Co 3.7-11; ver At 1.8)
 
JESUS é a Glória de DEUS - A Glória de DEUS se manifestou no Templo de Herodes
E a glória do Senhor se manifestará, e toda carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que disse isso. Isaías 40:5
A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos. Ageu 2:9
“o Senhor da glória” (1Co 2.8), Tiago o chama “nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor da glória” (Tg 2.1), Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre JESUS CRISTO e a glória de DEUS. Seus milagres revelavam a sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). CRISTO transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (cf. 2Pe 1.16-19).
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT 
Ez 9.3
Aquilo que o profeta agora via sobre o querubim, em visão, era a exibição da glória divina. Esta é chamada de “glória do DEUS de Israel” (Ez 8.4), e é sobre esta glória que ele tem agora os olhos. Ela saiu dali e foi até a entrada da casa, como se fosse para chamar os servos que serviam do lado de fora, para enviá-los na sua missão e dar-lhes suas instruções. E a sua remoção, como a anterior, pode ser representativa da separação entre DEUS e eles, deixando-lhes a sua casa desolada. E quando DEUS sai, todo o bem sai, porém Ele não se afasta de ninguém que não o tenha afastado antes. A princípio ela não passou da entrada, para que pudesse mostrar o quanto estava relutante em partir e para dar-lhes tempo e encorajamento para fazer o convite do seu retorno para eles e da sua permanência com eles. Observe que os afastamentos de DEUS de um povo são graduais, mas as almas graciosas logo se dão conta do primeiro passo que Ele dá neste afastamento. Ezequiel imediatamente observou que a glória de DEUS de Israel tinha se levantado de sobre o querubim – e o que é uma visão de anjos, se DEUS tiver se retirado?
Ez 10-4-18
O homem vestido de linho, que tinha marcado aqueles que deviam ser preservados, será empregado neste serviço. Pois o mesmo JESUS que é o protetor e Salvador daqueles que crêem, tendo todo juízo entregue a Ele, o da condenação e também o da absolvição, virá como labareda de fogo, tomando vingança dos que não obedecem ao Evangelho. Aquele que se assenta no trono ordena que o homem vestido de linho vá por entre as rodas, e encha a sua mão de brasas acesas dentre os querubins e as espalhe sobre a cidade. Isto sugere: (1) Que o incêndio da cidade e do templo, provocado pelos caldeus, foi um incêndio determinado, e que com isto eles realizaram o conselho de DEUS, fizeram que aquilo que Ele designou anteriormente fosse feito. (2) Que o fogo da ira divina, que acende o juízo sobre um povo, é justo e santo, pois é fogo tomado dentre os querubins. O fogo no altar de DEUS, onde era feita expiação, tinha sido desprezado, e para vingá-lo, o fogo aqui é tomado do céu como aquele pelo qual Nadabe e Abiú foram mortos, por oferecer fogo estranho. Se uma cidade, ou aldeia, ou casa for incendiada, seja por desígnio ou por acidente, se nós rastrearmos a origem do fogo, descobriremos que as brasas que acenderam o fogo vieram dentre as rodas. (3) Que JESUS CRISTO age com comissão do Pai, pois dele recebe autoridade para realizar o juízo, porque Ele é o Filho do homem. CRISTO veio para lançar fogo na terra (Lc 12.49), e no grande dia ordenará que este mundo se converta em cinzas. Pelo fogo da Sua mão, a terra e as obras que nela há se queimarão.
Este homem vestido de linho prontamente preparou-se para realizar este serviço. Embora estando vestido de linho, ele não estivesse vestido apropriadamente para estar entre as brasas acesas, ainda assim, tendo sido chamado, disse: Eis que venho. Este mandamento Ele tinha recebido do Seu Pai e obedeceu a ele. O profeta o viu entrar, v. 2. Ele entrou e se pôs junto às rodas, esperando receber ali as brasas que deveria espalhar. Pois CRISTO recebia com antecedência aquilo que deveria dar, fosse para misericórdia ou para juízo. Ele foi orientado a tomar o fogo, mas esperou até que lhe tivesse sido dado, para mostrar como o Senhor demora a realizar juízo, e como é paciente para conosco.
Um dos querubins lhe estendeu um punhado do fogo dentre as criaturas viventes. O profeta, quando teve esta visão, observou que havia brasas acesas e tochas que subiam e desciam entre os animais (Ez 1.13). Dali foi tomado este fogo, v. 7. O espírito purificador (ou de ardor), o fogo do ourives, pelo qual CRISTO purifica a Sua igreja, é de origem divina. É por um fogo celestial, o fogo de entre os querubins que se operam maravilhas. Os querubins puseram o fogo na Sua mão. Pois os anjos estão prontos para serem empregados pelo Senhor JESUS e para servir a todos os Seus propósitos.
Depois de ter pegado o fogo, Ele saiu, sem dúvida, para espalhá-lo por toda a cidade como foi instruído. “Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira?”
A Visão da Glória Divina - Ezequiel 10. 8-22
Aqui temos mais um relato da visão da glória de DEUS, que teve Ezequiel, com a intenção de apresentar a terrível profecia da partida desta glória do meio deles, o que abriria a porta para que entrasse a destruição.
I
Ezequiel vê a glória de DEUS resplandecendo no santuário, como a tinha visto junto ao rio Quebar, e comunica isto para que aqueles que pela sua iniquidade, tinham provocado DEUS a afastar-se deles, pudessem saber o que tinham perdido e pudessem lamentar após o Senhor, chorando seu Icabô, Onde está a glória? Aqui Ezequiel vê as operações da divina Providência, no governo do mundo inferior e seus assuntos representados pelas quatro rodas. As perfeições dos santos anjos, os habitantes do mundo superior e suas ministrações são representadas pelos quatro animais, cada um dos quais tinha quatro faces. A ação dos anjos, ao conduzir os assuntos deste mundo, é representada pela íntima comunicação que havia entre os animais e as rodas, e a direção de todos os seus movimentos, assim como o carro é guiado por aquele que o conduz. Mas o mesmo ESPÍRITO, estando tanto nos animais quanto nas rodas, indicava a infinita sabedoria que serve aos seus próprios propósitos pela ministração dos anjos e todas as ocorrências deste mundo inferior. De modo que esta visão transmite fé, uma visão daquele trono que o Senhor preparou nos céus cujo reino domina sobre tudo, Salmos 103.19. O profeta observa que esta era a mesma visão que ele tinha visto junto ao rio de Quebar (vv. 15,22) e em um aspecto, parece haver uma diferença importante, pois aquilo que havia ali era o rosto de um boi, do lado esquerdo (Ez 1.10), e aqui é a face de um querubim, e é o primeiro rosto (v. 14), e consequentemente alguns concluíram que o rosto peculiar de um querubim era o de um boi, o que visavam os israelitas quando fizeram o bezerro de ouro. Eu prefiro pensar que nesta visão posterior o primeiro rosto era o aspecto ou figura de um querubim, que Ezequiel conhecia muito bem, por ser um sacerdote, pelo que tinha visto no templo do Senhor (1 Rs 6.29), mas de que não podemos ter certeza, absolutamente. E com isto, Ezequiel soube, com certeza, o que antes ele somente conjeturava, que todos eram querubins, ainda que usando rostos diferentes, v. 20. E esta primeira aparição, na figura de um querubim, e ainda sendo apropriado conservar o número de quatro, o rosto do boi é deixado de fora, porque o rosto do querubim tinha sido muito maltratado pela adoração de um boi. Assim como algumas vezes quando DEUS apareceu para libertar o Seu povo, também agora, quando Ele apareceu para afastar-se deles, Ele montou sobre um querubim e voou. Observe aqui: 1. Que este mundo está sujeito a mudanças e voltas e várias reviravoltas. O curso dos acontecimentos nele é representado pelas rodas (v. 9); às vezes, um raio é o principal, às vezes, outro. Eles ainda estão indo e vindo como o mar, crescendo e diminuindo como a lua, 1 Samuel 2.4 e versículos seguintes. Na verdade, a sua aparência é como se houvesse uma roda no meio de outra roda (v. 10), o que indica as referências mútuas da providência, umas às outras, a sua dependência uma da outra, e a tendência de todas para um fim comum, ainda que os seus movimentos sejam para nós intrincados e confusos, e aparentemente, contrários. 2. Que existe uma admirável harmonia e uniformidade nas diversas ocorrências da providência (v. 13): quanto às rodas, embora elas se movessem para diversos lados, elas foram chamadas, “Galgal” (isto é, “roda que gira”), como se fossem uma só, guiadas por um ESPÍRITO, com uma finalidade. Mas DEUS opera tudo segundo o conselho da Sua própria vontade, que é única. O fato de Sua vontade ser única o glorifica. E isto torna as disposições da Providência verdadeiramente admiráveis, como devendo ser consideradas com assombro. Assim como as obras da Sua criação, consideradas separadamente, eram boas, mas em conjunto, muito boas, também as rodas da Providência, consideradas isoladamente, são maravilhosas, mas coloque-as juntas e serão extremamente maravilhosas. “Galgal!” 3. Que os movimentos da Providência são firmes e regulares, e tudo o que o Senhor desejar, Ele faz, e jamais se submete a novos conselhos. As rodas “não se viravam quando andavam” (v. 11), e os animais, “cada um andava ao direito do seu rosto”, v. 22. Quaisquer que sejam as dificuldades em seu caminho, com certeza elas as superarão, e jamais serão forçadas a ficar paradas, virar de lado, ou retroceder. Tão perfeitamente conhecidas de DEUS são todas as Suas obras, que Ele jamais as submete a novos conselhos. 4. Que DEUS faz mais uso do ministério dos anjos, no governo deste mundo inferior, do que nós temos consciência. As quatro rodas estavam junto aos querubins, uma roda junto a um querubim, e a outra, junto a outro: Uma roda junto a cada querubim, v. 9. O que alguns imaginaram, a respeito das esferas superiores, de que cada orbe tem sua inteligência para guiá-lo, é aqui sugerido, a respeito das rodas abaixo, de que cada roda tem seu querubim para guiá-la. Nós julgamos que é uma satisfação para nós, se abaixo do sábio DEUS, existem homens sábios empregados na administração dos reinos e igrejas. Seja ou não assim, parece, com isto, que existem anjos sábios empregados, um querubim para cada roda. 5. Que todos os movimentos da Providência, e todos os ministérios dos anjos, estão sob o governo do grande DEUS. Tudo está cheio de olhos, os olhos do Senhor, que vão de um lado a outro, por toda a terra, e aos quais os anjos obedecem, v. 12. Os animais e as rodas se movem e param juntos (v. 17). Pois o ESPÍRITO de vida, como se pode interpretar, ou o ESPÍRITO das criaturas está nas rodas. O ESPÍRITO de DEUS dirige todas as criaturas, tanto as superiores quanto as inferiores, de modo a fazer com que sirvam aos propósitos divinos. Os eventos não são determinados pela roleta da sorte, que é cega, mas pelas rodas da Providência que estão repletas de olhos.
II
Ezequiel vê a glória de DEUS saindo do santuário, o lugar onde a honra de DEUS tinha habitado por tanto tempo, e esta visão é tão triste quanto a outra era grata. Era agradável ver que DEUS não tinha abandonado a terra (como sugeriam os idólatras, Ezequiel 9.9), mas é triste ver que Ele abandonava o Seu santuário. A glória do Senhor ficou sobre a entrada, tendo dali dado as ordens necessárias para a destruição da cidade, e “parou sobre os querubins”, não os do lugar santíssimo, mas aqueles que Ezequiel agora via na visão, v. 18. Ela parou sobre aquele carro imponente, como o juiz quando deixa o tribunal, entra em seu carro e vai embora. E imediatamente “os querubins alçaram suas asas” (v. 19), como lhes foi ordenado, “e se elevaram da terra”, como aves. E quando saíram, as rodas deste carro não foram puxadas, mas seguiram por instinto ao seu lado e com isto, ficou evidente que o ESPÍRITO das criaturas estava nas rodas. Assim, quando DEUS está abandonando um povo, em desprazer, os anjos, no alto, e todos os eventos aqui abaixo, colaborarão na Sua partida. Mas observe aqui que nos átrios do templo onde o povo de Israel tinha desonrado o Senhor seu DEUS, lançando fora o Seu jugo e tirando os ombros de debaixo dele, os abençoados anjos parecem prontos a servi-lo, a levarem o Seu carro e a elevarem-se da terra com Ele. DEUS mostrou ao profeta como os homens da terra desobedeceram a Sua vontade (Ez 8). Aqui, Ele lhe mostra com que prontidão os anjos e as criaturas inferiores obedecem a Sua vontade. E é um consolo para nós, quando choramos pela impiedade dos ímpios, pensar como os anjos de DEUS obedecem aos seus mandamentos, dando ouvidos à voz da Sua palavra, Salmos 103.20. Agora: 1. Vamos examinar este carro no qual a glória do DEUS de Israel cavalga, em triunfo. Aquele que é o DEUS de Israel é o DEUS do céu e da terra e tem o comando de todas as forças de ambos. Que os israelitas fiéis se consolem com o fato de que Aquele, que é o seu DEUS, está acima dos querubins. Assim está o seu Redentor (1 Pe 3.22), e Sua é a única e soberana disposição de todos os eventos. Os animais e as rodas estão de acordo para servi-lo. Assim, devemos estar conscientes de que Ele está acima de tudo e de todos na igreja. Os rabinos chamam esta visão de Ezequiel de Mercabah – a visão do carro. E consequentemente nós chamamos a parte mais oculta da divindade, que trata de DEUS e dos espíritos, Opus currur – a obra do carro, como os rabinos chamam a outra parte, que é mais clara e familiar, de Opus bereshith – a obra da criação. 2. Vamos acompanhar os movimentos deste carro: “Os querubins”, e a glória de DEUS sobre eles, “pararam à entrada da porta oriental da Casa do Senhor”, v. 19. Mas observe com quantas paradas e pausas DEUS parte, como se não desejasse partir, como se desejasse ver se haveria alguém que intercederia junto a Ele para que retornasse. Nenhum dos sacerdotes no átrio interior, entre o templo e o altar, pediu que Ele ficasse. Por isto, Ele deixa o seu átrio e fica à porta oriental, que leva ao átrio do povo, para ver se algum deles, no final, se colocaria na brecha. Observe que DEUS se retira gradualmente de um povo provocador. Mas depois de estar pronto para partir em desprazer, retornaria a eles em misericórdia, desde que fosse, apenas, um povo arrependido que orasse.
Ez 11-18-25
3. Que DEUS, pela Sua graça, os separaria de seus pecados, v. 18. O seu cativeiro os curaria, eficazmente, da sua idolatria: Quando forem para lá, para a sua própria terra outra vez, “tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações”. Os seus ídolos, que tinham sido as coisas em que se deleitavam, agora serão considerados com ódio – não somente os ídolos da Babilônia, onde foram cativos, mas os ídolos de Canaã, onde eram nativos. Eles não somente não os adorariam, como tinham feito, mas não permitiriam que permanecessem como monumentos para eles: “Tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações”. Observe que é na misericórdia que nós retornamos a uma condição próspera, quando não retornamos aos pecados e às loucuras que cometemos. “Que mais tenho eu com os ídolos?”
4. Que DEUS lhes disporia poderosamente ao seu dever: Eles não somente deixariam de fazer o mal, mas aprenderiam a fazer o bem, porque não somente haveria um fim para seus problemas, mas um retorno à sua paz.
(1) DEUS plantará neles bons princípios. Ele tornará boa a árvore, v. 19. Esta é uma promessa do Evangelho e se cumpre na vida de todos aqueles aos quais DEUS designa a Canaã celestial. Pois DEUS prepara para o céu todos aqueles para quem Ele preparou o céu. A promessa é: [1] Que DEUS lhes dará um coração, um coração totalmente voltado para o DEUS verdadeiro e não dividido, como tinha sido, entre muitos deuses. Um coração firmemente decidido a favor de DEUS, sem hesitar, firme e uniforme, e não inconstante em si mesmo. Um coração é considerado sincero e justo quando as suas intenções são coerentes com aquilo que ele professa. [2] Que DEUS porá dentro deles um espírito novo, um estado de espírito de acordo com as novas circunstâncias às quais DEUS, na Sua providência, os trouxe. Todos os que são santificados têm um novo espírito, bastante diferente do que tinham. Eles agem com novos princípios, andam segundo novas regras, e têm novos objetivos. Um novo nome, ou um novo rosto, não servirá, sem um novo espírito. “Se alguém está em CRISTO, nova criatura é”. [3] Que Ele tirará da sua carne – da sua natureza corrupta – o coração de pedra. Os seus corações não serão mais, como tinham sido, mortos e secos, duros e pesados como uma pedra. Não serão mais incapazes de produzir bons frutos, com a boa semente perdida sobre si, como estava no solo rochoso. [4] Que Ele lhes dará um coração de carne, não carne morta ou orgulhosa, mas carne viva. Ele tornará os seus corações sensíveis às dores espirituais e aos prazeres espirituais. Sim, Ele os tornará ternos e capazes de receber impressões. Esta é a obra de DEUS, é o Seu dom, a dádiva que Ele bondosamente concede através da promessa. E é uma mudança maravilhosa e feliz, a que é operada por esta obra, da morte para a vida. Isto é prometido àqueles que DEUS trará de volta à sua própria terra. Pois esta mudança na condição é realmente para melhor quando é acompanhada por semelhante mudança no coração. E tal mudança deve ocorrer em todos aqueles que serão levados à pátria melhor, isto é, à celestial.
(2) Os seus atos serão coerentes com estes princípios: Eu lhes darei um espírito novo, não para que possam ser capazes de falar bem sobre a religião, e de lutar por ela, mas para que possam andar nos meus estatutos em todo o seu modo de vida, e guardem os meus juízos em todos os atos de adoração religiosa, v. 20. Estas duas coisas devem andar juntas. E aqueles aos quais DEUS deu um novo coração e um novo espírito terão consciência de ambos. E então eles “eles serão o meu povo, e eu serei o seu DEUS”. A antiga aliança, que parecia ter sido quebrada e esquecida, será renovada. Pela sua idolatria, aparentemente, eles tinham expulsado a DEUS. Pelo seu cativeiro, aparentemente, DEUS os tinha expulsado. Mas quando eles foram curados da sua idolatria e libertados do seu cativeiro, DEUS e seu Israel reconhecem um ao outro outra vez. DEUS, pela Sua boa obra neles, os fará Seu povo. E então, pelos sinais da Sua boa vontade com eles, Ele mostrará que é o seu DEUS.
III
Aqui está uma ameaça da ira contra aqueles que detestavam ser reformados. Assim como, quando os juízos são ameaçados, os justos são distinguidos, de modo a não compartilhar do mal destes juízos, também, quando as benevolências são prometidas, os ímpios são distinguidos, de modo a não compartilhar do consolo de tais benevolências. Eles não terão uma porção nelas, v. 21. Mas, quanto àqueles que não têm a graça, o que têm a ver com a paz? Observe: 1. A sua descrição. O seu coração anda conforme o coração das suas coisas detestáveis. Eles têm uma vontade tão grande de adorar demônios, como os demônios têm de serem adorados. Ou, em oposição ao novo coração que DEUS dá ao Seu povo, que é um coração segundo o Seu próprio coração, eles têm um coração segundo o coração de seus ídolos. Na sua disposição e nas suas atitudes, eles ficavam em conformidade com as descrições e narrações que lhes eram feitas de seus ídolos e com as idéias que tinham deles, e deles aprendiam crueldade e grosserias. Aqui está a raiz de toda a sua iniquidade, a corrupção do coração, assim como a raiz da sua reforma está na renovação do coração. O coração tem os seus caminhos e a condição do homem está de acordo com eles. 2. A sua condenação. Ela traz em si justiça e terror: Eu “farei recair na sua cabeça o seu caminho”. Eu lidarei com eles, como eles merecem. Não é necessário mais do que isto para chamar DEUS de justo, pois Ele dá aos homens segundo o que eles merecem. No entanto, a situação do homem no pecado é tão árida que nada mais do que isto é necessário para que se possa chamar o pecador de miserável.
As Visões da Glória Divina - Ezequiel 11. 22-25
Aqui temos: 1. A partida da presença de DEUS da cidade e do templo. Depois que a mensagem foi entregue ao profeta e ele tomou pleno conhecimento dela e foi plenamente instruído como apartar o precioso do vil, então os querubins elevaram as suas asas e as rodas as acompanharam (v. 22), como antes, Ezequiel 10.19. Os anjos, depois que cumprem suas missões neste mundo inferior, já elevam suas asas para partir, pois não perdem tempo. Nós vimos a glória do Senhor, pela última vez, na porta oriental do templo (Ez 10.19) e aqui está escrito que ela está no meio da cidade. Agora, lemos que, percebendo e imaginando que não havia ninguém que intercedesse, ninguém que defendesse o seu retorno, ninguém que convidasse ao retorno, ela se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade (v. 23). Este era o monte das Oliveiras. Sobre este monte, eles tinham colocado seus ídolos, para confrontar a DEUS no Seu templo, quando Ele habitava ali (1 Rs 11.7), e por isto ele foi chamado de “monte da Destruição” (2 Rs 23.13, na versão RA). Por isto, ali DEUS, de certa forma, coloca o Seu estandarte, o Seu tribunal, como para confrontar aqueles que pensavam ter a posse do templo para si mesmos, agora que Ele o tinha abandonado. De cima daquele monte havia uma visão completa da cidade. Para lá foi DEUS, para cumprir o que tinha dito (Dt 32.20): “Esconderei o meu rosto deles e verei qual será o seu fim”. Foi deste monte que CRISTO contemplou a cidade, e chorou por ela, prevendo a sua destruição final pelos romanos. A glória do Senhor foi para lá, para ficar ali, como ainda dentro do alcance para ser chamada e pronta para retornar se agora, por fim, sendo este o seu dia, eles tivessem compreendido as coisas que pertenciam à sua paz. Aquele que se nega a partir se despede. DEUS, partindo desta maneira, lentamente, gradualmente, indicava que Ele os deixava com relutância e não teria ido, se eles não o tivessem forçado a sair completamente do meio deles. Agora, Ele realmente diz, “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?” Mas embora Ele tolere por muito tempo, não tolerará para sempre, mas, no final, abandonará e expulsará, para sempre, àqueles que o abandonaram e expulsaram. 2. O afastamento desta visão do profeta. No final, ela se foi dele (v. 24). Ele a viu subir, até desaparecer da sua vista, o que seria uma confirmação, para a sua fé, de que ele tinha tido uma visão celestial, que desceu do alto, pois para lá retornou. Observe que as visões que os santos têm da glória de DEUS não se cumprirão, até que retornem ao céu. Eles têm lampejos desta glória, que logo perdem novamente, visões que se afastam deles, amostras de prazeres divinos, mas não uma celebração contínua. Foi do monte das Oliveiras que a visão subiu, como um tipo da ascensão de CRISTO aos céus, daquele mesmo monte, quando aqueles que o tinham visto manifesto em carne não mais o viram. Foi predito (Zc 14.4) que os Seus pés estariam sobre o Monte das Oliveiras, que ali seria a sua última parada. 3. O retorno dos profetas àqueles que estavam em cativeiro. O mesmo espírito que o tinha levado a um êxtase, à Jerusalém, o trouxe de volta à Caldéia. Pois ali estão, atualmente, os laços da sua habitação e ali é o lugar da sua adoração. O ESPÍRITO veio a ele, não para libertá-lo do cativeiro, mas (o que era equivalente) para sustentá-lo e consolá-lo no seu cativeiro. 4. O relato que ele fez aos seus ouvintes de tudo o que tinha visto e ouvido, v. 25. Ele recebeu, para que pudesse dar, e foi fiel ao que o constituiu. Ele entregou a sua mensagem com muita honestidade. Ele lhes falou aquilo que DEUS lhe tinha mostrado, e somente aquilo. Ele lhes falou da grande iniquidade que tinha visto em Jerusalém, e da destruição que se precipitava sobre a cidade, para que não se arrependessem de ter se rendido ao rei da Babilônia, como Jeremias lhes tinha aconselhado, e não se culpassem por isto. Nem invejassem àqueles que tinham ficado para trás, e riram deles, por partirem. Nem desejassem estar ali outra vez, mas ficassem satisfeitos no seu cativeiro. Quem cobiçaria estar em uma cidade tão cheia de pecado e tão próxima à destruição? É melhor estar na Babilônia, sob a benevolência de DEUS, do que em Jerusalém, sob a Sua ira e maldição. Mas, embora isto fosse transmitido imediatamente aos do cativeiro, podemos supor que eles enviassem o conteúdo desta mensagem aos de Jerusalém, com quem tinham correspondência. E teria sido bom que Jerusalém tivesse aceitado o aviso dado aqui.
SINÓPSE I - A expressão “glória de DEUS” aparece no livro de Ezequiel como presença de DEUS.
SINÓPSE II - A retirada da glória se deu mediante a retirada do querubim da Arca da Aliança, deslocando-se para o Monte das Oliveiras.
SINÓPSE III - Não há registro no Antigo Testamento de que a glória do Senhor tenha enchido a segunda Casa. O Senhor JESUS a trouxe ao ministrar no Templo.
SINÓPSE IV - A glória do Senhor deixou a primeira e a segunda Casa. Mas a segunda Casa foi substituída definitivamente pelo Senhor JESUS

Auxílio Teológico - A Glória de DEUS
“[...] A expressão ‘glória de DEUS’ tem emprego variado na Bíblia. Às vezes, descreve o esplendor e majestade de DEUS (cf.1 Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo’ (ver Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um ‘aparecimento da semelhança da glória do Senhor (cf. a visão que Ezequiel teve do trono de DEUS, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de DEUS designa sua singularidade, sua santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcendência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão ‘a magnífica glória como um nome de DEUS” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1183).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO - A shekhinah
Convém salientar que a palavra hebraica Shekhinah, muito usada nas igrejas para “glória de DEUS”, não é bíblica, pertence ao chamado hebraico talmúdico e significa “morada em”, comumente usada entre os judeus para “presença de DEUS”, e, às vezes, referindo-se ao próprio DEUS. O Talmude é uma antiga literatura religiosa dos judeus identificada nos Evangelhos como “tradição dos anciãos” porque, naqueles dias, esses preceitos eram orais, e só foram codificados a partir do século 5 d.C. Os rabinos associam-na ao ESPÍRITO de DEUS, porque o Talmude diz: “A shekhinah do Senhor nunca se afastará desse lugar” (uma referência ao Muro das Lamentações) (por Esequias Soares).
Auxílio Teológico - Presença e idolatria
“Um terceiro aspecto da glória de DEUS é a sua presença e poder espirituais. Os céus declaram a glória de DEUS (Sl 19.1; cf. Rm 1.19,20) e toda a terra está cheia de sua glória (Is 6.3; cf. Hc 2.14), todavia o esplendor da majestade divina não é comumente visível, nem notado. Por outro lado, o crente participa da glória e da presença de DEUS em sua comunhão, seu amor, justiça e manifestações, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO. [...] Por último, o AT adverte que qualquer tipo de idolatria é uma usurpação da glória de DEUS e uma desonra ao seu nome. Cada vez que DEUS se manifesta como nosso Redentor, seu nome é glorificado (ver Sl 79.9; Jr 14.21). Todo o ministério de CRISTO na terra redundou em glória ao nosso DEUS (Jo 14.13; 17.1,4,5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1183).
HINOS SUGERIDOS: 23, 189, 248 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presença de DEUS pode deixar o seu povo? Na lição anterior estudamos a respeito das abominações do Templo, que teve a idolatria como principal ato de rebelião contra o DEUS de Israel. A consequência: a glória de DEUS deixou o Templo. Essa glória representa a presença divina entre o povo. Então, isso pode acontecer hoje? É possível DEUS abandonar o seu povo por causa dos pecados deliberados? Na lição desta semana veremos que sim. É preciso cuidar para que a presença de DEUS não se afaste de nossas vidas, pois é muito precisosa. Não podemos viver sem presença de DEUS.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Conceituar a "glória" de DEUS; II) Explicar a retirada da glória de DEUS; III) Relacionar o segundo Templo com a glória de DEUS.
B) Motivação: Não podemos viver sem a presença de DEUS. Hoje, ela está representada com a doce habitação do ESPÍRITO SANTO na sua Igreja. Essa presença envolve poder, santificação e desenvolvimento do fruto do ESPÍRITO. Que o ensino deste capítulo de Ezequiel nos motive a valorizar a doce presença do SANTO ESPÍRITO.
C) Sugestão de Método: Há um livro clássico denominado "As Sete Leis do Ensino", editado pela CPAD. O processo de aprendizagem basicamente acontece de acordo com as leis contidas nesta obra. A primeira lei diz respeito ao professor, a Lei do professor: "O professor deve saber o que ensina". Nesse sentido, o professor deve se preparar com rigor para fazer a sua exposição. A aula de um professor dedicado deve apresentar: 1) Autenticidade: Pratique o que você ensina, e ensine o que você pratica; 2) Boa interpretação: faça uma interpretação bíblica sadia do texto que fundamenta a lição e exponha com segurança a Palavra de DEUS; 3) Organização: Tenha uma visão clara a respeito do que vai ensinar, pois você está conduzindo o aluno por uma jornada. Essa é a primeira lei de sete.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Faça uma revisão da lição de maneira que leve a sua classe a pensar a respeito dos atos e práticas que podem entristecer o ESPÍRITO SANTO e, como consequência trágica, o seu afastamento.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Glória de DEUS" traz uma dimensão mais ampla para a expressão "A Glória de DEUS"; 2) O texto "Presença e idolatria" aprofunda o segundo tópico enfatizando a presença de DEUS e o perigo da idolatria.

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual o significado de “glória” na descrição da visão de Ezequiel? Nas visões de Ezequiel, “glória” indica o resplendor pela presença do Senhor.
2. O que representa a saída da glória de DEUS? A saída da glória de DEUS representa a retirada de sua presença.
3. Qual o pensamento do período pós-exílio sobre o retorno da glória de DEUS? O pensamento no período pós-exílio era de que o retorno da glória de DEUS era escatológico (Ml 3.1).
4. Por que a glória da segunda Casa foi maior do que a da primeira? A presença de JESUS nele fez a glória da segunda Casa ser maior do que a da primeira (Ag
2.9; Mt 21.12, 14, 15; Lc 2.46).
5. Quem substituiu o Templo de Jerusalém? O Senhor JESUS substituiu de uma vez por todas o Templo.


LEITURAS PARA APROFUNDAR - A Doutrina do Pecado - Toca a Trombeta em Sião