Escrita Lição 3, As Abominações Do Templo, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 3, As Abominações Do Templo

 


 
TEXTO ÁUREO
“E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Mas verás ainda maiores abominações.” (Ez 8.6)
 
VERDADE PRÁTICA
O lugar mais sagrado da Terra Santa se tornou o centro das abominações e isso serve como prenúncio da apostasia generalizada do fim dos tempos.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ez 23.37-39 A chocante descrição das práticas abomináveis no Templo
Terça - Sl 106.19,20 O culto do bezerro fazia parte desse pacote de abominações
Quarta - Jz 8.33 A prostituição era parte do culto aos deuses
Quinta - Jr 3.8 O culto pagão é o mesmo que prostituição espiritual
Sexta - Hc 1.2-4 A corrupção nos vários segmentos da sociedade era parte das abominações
Sábado - Ap 17.4,5 A Grande Babilônia é a mãe das prostituições e abominações da terra
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 8.5,6,9-12,14,16
5 - E disse-me: Filho do homem, levanta, agora, os teus olhos para o caminho do norte. E levantei os meus olhos para o caminho do norte, e eis que da banda do norte, à porta do altar, estava esta imagem de ciúmes, à entrada. 6 - E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Mas verás ainda maiores abominações.
9 - Então, me disse: entra e vê as malignas abominações que eles fazem aqui. 10 - E entrei e olhei, e eis que toda forma de répteis, e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel estavam pintados na parede em todo o redor. 11 - E setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que se achava no meio deles, estavam em pé diante das pinturas, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia uma espessa nuvem de incenso. 12 - Então, me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? E eles dizem: O SENHOR não nos vê, o SENHOR abandonou a terra.
14 - E levou-me à entrada da porta da Casa do SENHOR, que está da banda do norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz.
16 - E levou-me para o átrio interior da Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do templo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto para o oriente; e eles adoravam o sol, virados para o oriente.
 
 
Comentários BEP - CPAD
8.1 A MÃO DO SENHOR JEOVÁ. Ezequiel experimentou uma grandiosa visitação da presença e poder de DEUS ao ser transportado a Jerusalém em visões de DEUS (v. 3; 2 Co 12.1-4). Os crentes do NT, de modo semelhante, experimentavam a presença e o poder de DEUS quando recebiam a plenitude do ESPÍRITO SANTO (At 4.29-31), acompanhada de visões e sonhos (At 2.16-18). Os crentes dos nossos dias devem pedir, buscar e clamar para que o ESPÍRITO SANTO venha sobre eles com poder (Lc 11.5-13) e lhes conceda os dons espirituais, para testemunharem de CRISTO (At 1.8; 2.4,16-18). Desta forma, a Palavra de DEUS será transmitida à sua casa e ao mundo, com ousadia, poder e maravilhas para convencer-nos plenamente (At 2.1-12,37-41; 1 Ts 1.5; Hb 2.4).
8.3 ME TROUXE A JERUSALÉM. Ezequiel foi transportado ao templo de Jerusalém, em visões de DEUS (v. 3), para que visse as abominações que o povo cometia. Esta revelação deixou claro por
que DEUS julgaria a cidade santa.
8.6 PARA QUE ME AFASTE DO MEU SANTUÁRIO? DEUS revelou a Ezequiel que Ele não habitaria no templo, se a idolatria e outros pecados fossem tolerados. Da igual maneira, JESUS declarou que as igrejas que se comprometem com o mundo, que desprezam o ensino bíblico ou que toleram a imoralidade ficarão sem a sua presença, e não terão lugar no reino de DEUS (ver Ap 2;3).
8.14 TAMUZ. Tamuz era o deus babilônico da vegetação. Quando a vida vegetal morria no outono, o povo lamentava, julgando ser aquilo a morte do ídolo. As mulheres de Judá abandonaram a DEUS, o Senhor, e voltaram-se para deuses como esse, em busca de socorro e benefícios.
8.17 CHEGAR O RAMO AO SEU NARIZ. Este ato possivelmente era parte do ritual da adoração idólatra ao sol ou à natureza.
 
HINOS SUGERIDOS: 10, 124, 422 da Harpa Cristã
 
PALAVRA-CHAVE - Idolatria
Resumo da Lição 3, As Abominações Do Templo
I - SOBRE A VISÃO
1. A segunda visão.
2. As visões das abominações do Templo.
3. Como entender as visões de DEUS?
II – SOBRE AS ABOMINAÇÕES (PARTE 1)
1. A imagem de ciúmes (v.5).
2. O culto aos animais e aos répteis (v.10).
3. Os setenta anciãos (v.11).
III – SOBRE AS ABOMINAÇÕES (PARTE 2)
1. O ritual de Tamuz (v.14).
2. Os adoradores do sol (v.16).
3. Os anciãos na casa do profeta.
 
COMENTÁRIOS EXTRAS
 
Lição 3 - AS ABOMINAÇÕES DO TEMPLO (SUBSÍDIOS CPAD)
Nesta lição, estudaremos acerca dos pecados abomináveis praticados pelos israelitas antes que viesse o juízo divino sobre Jerusalém. Na lição anterior, vimos que Deus anunciou por meio de seus “atalaias” que o fim era chegado e inevitável. Na presente lição, veremos com maiores detalhes os pecados praticados pelos israelitas que resultaram no juízo divino.
Um aspecto crucial marca a visão que o profeta Ezequiel teve a respeito do Templo em Jerusalém. A idolatria e a apostasia tomaram conta não apenas da liderança política, constituída pelos reis e príncipes do povo, mas, principalmente, da cúpula religiosa de Israel, formada pelos sacerdotes, levitas e profetas. Na visão descrita, a imagem de “ciúmes”, de acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, “pode ser a de Tamuz (v. 14). O termo ciúme não era o nome de um ídolo, mas provavelmente um ídolo era chamado de ‘imagem de ciúmes’ porque, de uma forma especial, esta imagem particular parece ter afastado as pessoas da adoração a Deus, provocando no Criador um sentimento que seria humanamente semelhante ao ciúme” (CPAD, p. 426). Ainda na visão do profeta, aparecem as imagens de animais classificados na lei como abomináveis (Lv 11.8,10,41-45). Elas são representadas por meio de figuras nas paredes do interior do Templo e os anciãos da casa de Israel ofereciam-lhes incenso e declaravam que Deus não os abandonara. Entretanto, essas palavras eram justificativas de um coração impenitente que não admitia que foram suas práticas idólatras e seus pecados que os afastaram de Deus.
Semelhantemente, as carpideiras, que estavam à entrada da porta da Casa do Senhor, lamentavam por Tamuz, uma prática dos babilônios, que tinham a crença na morte do ídolo que trazia a seca e a falta de chuva. No mês de junho, o ídolo ressuscitava e trazia novamente a bonança. Essa prática entre as mulheres de Judá confirmava que não apenas a cúpula, mas também o próprio povo havia abandonado a fé no único Deus. Por último, a visão de 25 homens adorando o sol ressalta o completo distanciamento de Deus e o retorno às práticas de adoração comuns no Egito.
O aspecto escatológico, muito presente na visão de Ezequiel, aponta que o juízo divino viria não apenas em razão da idolatria presente, mas também como castigo final para a apostasia. Nos dias atuais, temos visto não apenas o distanciamento de Deus em razão do engano, mas a decisão premeditada das pessoas em não querer um relacionamento com Deus. Esse é mais um sinal da proximidade da Volta de Jesus.
 
Comentário Bíblico Wesleyana
C. UMA VISÃO A idolatria de JERUSALÉM E DESTRUIÇÃO ( 8: 1-11: 25 )
Esta seção, mais do que qualquer outro, tem proporcionado a ocasião para as modernas visões críticas para ter um auge com o livro de Ezequiel. Como pode o profeta, que parece estar em Babilônia, de modo a visualizar claramente os acontecimentos em Jerusalém (especialmente as atividades de líderes como Jazanias e eventos, tais como a morte de Pelatias)? Será que ele viajar e para trás entre a Babilônia e Jerusalém? Isso parece improvável, pois a distância é de mais de mil quilômetros. Era seu ministério exclusivamente na Palestina, e definir em Babilônia por um editor mais tarde? Esta visão negligencia a grande quantidade de evidências babilônico no livro. A solução evangélico mais aceitável parece ser que Ezequiel realizado seu ministério exclusivamente na Babilônia, mas DEUS lhe deu uma visão sobrenatural dos eventos que ocorrem em Jerusalém, com base em ambas as experiências anteriores do profeta na cidade e os eventos atuais da época. Freedman, enquanto não confiar completamente em uma interpretação que envolve o poder sobrenatural de DEUS, analisa o bem visão quando escreve:
Na visão em Chaps. 8-11 , há uma mistura de elementos factuais realistas, com características altamente imaginativas coloridos. Assim 8 e 11 envolvem cenas supostamente históricos no templo e as pessoas que vivem.Chaps. 10/09 , por outro lado, são descrição futurista e simbólico da destruição da cidade.
A visão inteira se move através de três cenas como o profeta é transportado de sua casa em Tel-Abibe para a cidade de Jerusalém. Cada cena tem lugar na área do templo, mas abrange uma atividade diferente. Quando a visão terminou, Ezequiel encontra-se em sua casa em Tel-Abibe, com os anciãos sentados em volta dele ( 11:25 ): "Então falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me mostrou."
A primeira cena é precedida pela Introdução, que estabelece o cenário para toda a visão.
1. Introdução ( 8: 1-4 )
1  E sucedeu que, no sexto ano, no sexto mês , no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim, que a mão do Senhor DEUS caiu sobre . me 2  Então olhei, e eis uma semelhança como aparência de fogo; Desde a aparência dos seus lombos, e para baixo, era fogo; e dos seus lombos e para cima, como o aparecimento de brilho, como o brilho de âmbar. 3  E estendeu a forma de uma mão, e me tomou por uma trança da minha cabeça; eo ESPÍRITO me levantou entre a terra eo céu, e me trouxe nas visões de DEUS a Jerusalém, até a entrada da porta do interior tribunal que olha para o norte; onde estava o assento da imagem do ciúme, que provoca ciúme. 4  E eis que a glória do DEUS de Israel estava ali, conforme a semelhança que eu tinha visto no vale.
A visão é precisamente datado: ., no sexto ano, no sexto mês Este seria setembro 591 BC Ezequiel estava em sua própria casa em Tel-Abibe, e os anciãos de Judá, os representantes da comunidade de exilados, estavam buscando seu conselho . A mão do Senhor é uma forma concreta de dizer que ele recebeu uma revelação de DEUS. A presença de DEUS é descrito como se alguém colocou a mão em seu ombro.
A visão é comparável com a visão de DEUS registrada em 1:27 . Para o olho da mente DEUS apareceu como uma forma humana, no meio de fogo brilhante. Brilliance e brilhante de metal são descrições mais aptos. Estas descrições concretas são muitas vezes utilizados para dar conteúdo a de uma experiência espiritual. Pascal, que descreve seu encontro com DEUS, na noite de 23 de novembro de 1654, registra-lo desta maneira:
O Ano da graça 1654
Segunda-feira, novembro 23, dia de São Clemente, papa e mártir e de outros no Martirológio,
Eve of St. Chrysogones, mártir, e outros,
De cerca de 10:30 da noite até cerca de 12:30,
INCÊNDIO
DEUS de Abraão, DEUS de Isaac, DEUS de Jacó, não dos filósofos e estudiosos.
Certeza, certeza, sentimento, alegria, paz, DEUS de JESUS CRISTO.
etc.
De alguma forma sobrenatural que DEUS deu ao profeta uma visão de seu ser na área do templo em Jerusalém, no à porta da porta do átrio interior, que dá para o norte. Lá, ele viu a glória do DEUS de Israel, assim como ele tinha visto na planície, na Babilônia, no momento da sua chamada. A força do verso 5 é sugerir que DEUS, que em épocas anteriores estava no templo, foi agora também na Babilônia.
2. O profanado Temple ( 8: 5-18 )
5  Então ele me disse: Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte. Então eu levantei os meus olhos para o caminho do norte, e eis que, norte da porta do altar, estava esta imagem de ciúmes na entrada. 6  E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles fazem? as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, que eu deveria ir muito longe do meu santuário? Mas verás ainda outras grandes abominações.
7  . E levou-me até a porta de quando eu tinha cavado na parede, eis que um buraco na parede 8  E disse-me: Filho do homem, cava agora na parede: e quando eu tinha cavado na parede eis que uma porta. 9  E disse-me: Vai, e vê as malignas abominações que eles fazem aqui. 10  Então eu fui e vi; e eis que toda a forma de répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel, retratada em cima do muro em redor. 11  E lá estava diante deles setenta homens dos anciãos da casa de Israel; e no meio deles estava Jazanias, filho de Safã, cada um com o seu incensário na sua mão; e o odor de uma nuvem de incenso subiu. 12  E disse-me: Filho do homem, viste o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; O Senhor abandonou a terra. 13  E disse-me, Verás ainda maiores abominações que eles fazem.
14  Então ele me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz. 15  E disse-me: Viste isto , filho do homem? Verás ainda maiores abominações do que estas.
16  E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o alpendre eo altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e eles adoravam o sol em direção ao leste. 17  Então disse-me: Viste isto , filho do homem? É uma coisa leviana para a casa de Judá, que tais abominações, que fazem aqui? pois, havendo enchido a terra de violência, e, uma vez convertido para provocar-me à ira; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. 18  Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; e, ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei.
A visita visionário para a área do templo deu ao profeta quatro fotos da idolatria que atualmente prevaleceu na casa de DEUS. Seu objetivo era mostrar em detalhes por que DEUS achou necessário para destruir a cidade.Os quatro cenas incluem: a imagem do ciúme (vv. 5-6 ), a câmara de imagens (vv. 7-13 ), as mulheres que adoram Tammuz (vv. 14-15 ), e os homens que adoram o sol (vv. 16-18 ).
(A) A imagem do ciúme refere-se a algum chefe ídolo (talvez um pilar de Baal) que provocou Jeová ao ciúme (cf. o Segundo Mandamento, Êxodo 20: 4. ). A lei de Israel proibiu a idolatria de qualquer tipo porque violou a espiritualidade de DEUS. Esta imagem, localizado ao norte da porta que dava para o pátio interno, ocuparia a atenção de cada adorador de vir para a área do templo. Allegiance a falsos deuses foi uma das principais razões por que Jeová foi desocupar o templo. Ele não vai cumprir com um rival no trono do coração.
A imagem do ciúme pode falar conosco a respeito de o chefe ídolo de nossas vidas. Muitas vezes, esse ídolo é Self. Quando Auto pretende usurpar o lugar de DEUS, DEUS não pode permanecer. "Porque a inclinação da carne é inimizade contra DEUS; pois não é sujeita à lei de DEUS, nem em verdade o pode ser "( Rom. 8: 7 ). Ou o templo deve ser purificado, ou DEUS partirá.
(B) A segunda cena leva o profeta através de um buraco na parede de uma sala na portaria do átrio interior. Depois de cavar entre os escombros da entrada secreta, ele encontrou-se dentro de uma sala ocupada por setenta anciãos judeus queimando incenso a toda a forma de répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel, retratada em cima do muro em redor . Gaster vê aqui um escondido, sala de frescos, onde a cerimônia anual casamento sagrado ocorreu de acordo com os ritos de Baal. Na religião cananéia isso ocorreu em uma caverna escura; mas transportado para a área do templo, um quarto escuro pintado com símbolos de vários ídolos servido a finalidade. Se Jaazanias eram o filho do Safã mencionado no livro de Jeremias ( Jer 36:10. ; 29:14 ), sugere a baixo nível a que este filho havia caído.
Os anciãos justificaram a sua acção para si mesmos com as palavras, o Senhor não nos vê; O Senhor abandonou a terra. A atitude deles é comparável com as idéias modernas: "Os valores espirituais são irreais. DEUS está morto. "
O "quarto de fotos" tem sua contraparte moderna na adoração de "coisas". Enquanto o secularismo moderno tem muito a ver com as "coisas" que substitui DEUS, parte da culpa pode ser atribuída a membros de seitas religiosas que permitem ritos, cerimônias, liturgias, e multidão formal de adoração a devoção espiritual para o próprio DEUS.
(C) Em seguida, ele me levou até a porta do portão ... e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz. Tammuz foi babilônico Baal, o deus da vida e da fertilidade. De acordo com a lenda da fertilidade, ele morreu no mês de junho e voltou à vida no final do outono, quando a estação chuvosa começou. As mulheres choravam a sua morte e saída durante a estação seca, o que era um símbolo da falta de crescimento e fertilidade. Thomas vê um paralelo na mitologia de Ugarit Baal e comentários,
O luto por Baal como uma divindade da vegetação no eclipse sugere a chorar por Tamuz, também uma divindade da vegetação, pelas mulheres de Jerusalém, no sexto mês ( Ez. 08:14 ), e, mais diretamente, o luto público para Hadad-Rimon (cananeu Baal) no Vale de Megido ( Zc. 12:11 ).
Tamuz é, basicamente, o símbolo do sexo na mitologia cananéia. O homem moderno não perdeu este ídolo, mas conseguiu ampliando-o e tornando-o um dos ídolos mais importantes do nosso tempo. O DEUS de pureza não permanecer no templo do corpo quando o ídolo do sexo é sobre o trono. Paulo argumentou a inconsistência desta idolatria, quando escreveu: "Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de CRISTO? Tomarei, pois, embora os membros de CRISTO, e torná-los membros de uma meretriz? DEUS me livre "( 1 Cor. 06:15 ).
(D) A cena final de grandes abominações teve lugar no átrio interior da casa do Senhor. Havia vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e eles adoravam o sol em direção ao leste. A cena aconteceu no início da manhã, enquanto o sol se ergueu sobre o Monte das Oliveiras e brilhou na área do templo. Graham e maio de nota:
Em Israel, o culto solar era uma parte integrante do culto complexo que aceito como correto e natural a presença de prostitutas sagradas, as sacerdotisas de fertilidade, no recinto do templo do Senhor, e que adoravam a serpente de bronze, que era o símbolo do pro poder -creative.
Que possamos relacioná-lo com o "culto do novo"? O sol nascente, o símbolo de um novo dia, uma nova promessa, uma nova vida, ainda detém o trono-sede para muitas idólatras contemporâneos. Paulo reuniu esta multidão em Atenas: "Agora todos os atenienses e estrangeiros que ali residiam, de nenhuma outra coisa, senão de dizer e ouvir alguma coisa nova" ( Atos 17:21 ). O seu número é legião hoje como explodir as tradições do passado e inventar novas teorias dos homens. A última luz deslumbra os olhos; "Sempre aprendendo, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" ( 2 Tim. 3: 7 ).
Os versículos 17 e 18 apresentam a avaliação divina da situação. DEUS, que transportou o profeta na visão, agora fala: Viste, filho do homem? O que significa a pergunta é explicado pelo que se segue. Os povos da terra, considerada sua idolatria como uma coisa sem importância, considerando que foi a causa de encher a terra de violência e provocando a ira de DEUS. Um pecado leva a mais pecados e DEUS deve julgar o seu padrão de escalada. A frase, ei-los a chegar o ramo ao seu nariz, tem dois significados possíveis. Pode ser uma descrição mais detalhada de seu pecado e se referem a alguma prática culto pagão, ou pode ser uma expressão idiomática que significa para assediar, para irritar. A conseqüência da idolatria continuou é o julgamento. O horror e inevitabilidade do juízo são expressas pela figura de DEUS não está tendo dó nem ouvir os fundamentos para a sua suspensão. A misericórdia divina tem o seu curso; o dia da esperança é passado.
 
A Visão da Glória Divina - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Ezequiel 8. 1-6
Ezequiel estava agora na Babilônia, mas as mensagens de ira que transmitira nos capítulos anteriores dizem respeito a Jerusalém, pois na paz ou tormento dela, os cativos consideravam que eles próprios teriam paz ou tormento. Por isso, aqui ele tem uma visão do que estava acontecendo em Jerusalém, e esta visão continua até a conclusão do décimo primeiro capítulo.
I
Aqui está a data desta visão. A primeira visão que ele teve foi no quinto ano do cativeiro, no quarto mês e no quinto dia do mês, Ez 1.1,2. Esta aconteceu apenas quatorze meses depois. Talvez tenha sido depois que ele havia se deitado por 390 dias sobre seu lado esquerdo, para levar sobre si a iniqüidade de Israel, e antes que começassem os quarenta dias em que estaria sobre o seu lado direito para levar sobre si a iniqüidade de Judá. Pois agora ele estava assentado na casa, e não deitado. Note que DEUS mantém uma contabilidade particular das mensagens que nos envia, pois em breve nos chamará para prestar contas delas.
II
A ocasião, bem como a época, é observada. 1. O profeta estava assentado em sua casa, com um espírito tranqüilo e controlado, talvez em profunda contemplação. Note que quanto mais nos isolarmos do mundo e nos isolarmos em nossos próprios corações, melhor estará o nosso espírito para desfrutar a comunhão com DEUS. Aqueles que se sentam para apreciar o que aprenderam, devem aprender mais. Também é possível que o profeta estivesse em sua casa, pronto para pregar aos companheiros que a ele recorressem, esperando apenas as instruções sobre o que dizer. DEUS transmitirá mais conhecimento àqueles que compartilharem o que souberem. 2. Os anciãos de Judá, que estavam neste momento no cativeiro com ele, assentavam-se diante dele. É provável que este contato acontecesse aos sábados e que fosse habitual para eles estarem presentes junto ao profeta a cada sábado, tanto para ouvir a sua palavra como para orarem e louvarem ao Senhor com ele. E de que maneira melhor podiam passar o sábado, agora que não tinham templo, nem sinagoga, nem sacerdote, nem altar? Era uma notável misericórdia que tivessem a oportunidade de passá-lo tão bem, como os bons servos do Senhor na época de Eliseu, 2 Reis 4.23. Mas alguns entendem que eles o visitavam em alguma ocasião extraordinária para consultar ao Senhor e se sentavam aos seus pés para ouvir a sua palavra. Observe aqui: (1) Quando a lei havia perecido na vida dos sacerdotes em Jerusalém, sim, na vida daqueles cujos lábios deveriam guardar o conhecimento (Ez 7.26), aqueles que estavam na Babilônia tinham um profeta para consultar. DEUS não está confinado a lugares ou a indivíduos. (2) Agora que os anciãos de Judá estavam em cativeiro, eles respeitavam mais os profetas de DEUS e a Sua palavra nas bocas deles, do que o faziam quando viviam em paz em sua própria terra. Quando DEUS leva os homens aos laços da angústia, então eles abrem os seus ouvidos à disciplina, Jó 36.8,10; Salmos 141.6. Aqueles que menosprezaram a visão no vale da visão, estimavam-na agora que a palavra do Senhor era preciosa, e não havia uma visão acessível. (3) Quando os nossos instrutores são colocados contra a parede e são forçados a pregar em casas particulares, devemos acompanhá-los com persistência. A casa de um pastor deveria ser uma igreja para todos os seus vizinhos. Paulo pregava na própria casa que alugou em Roma. DEUS o usou ali, e ninguém lhe ordenou que não pregasse.
III
A influência e o sentimento divino sob os quais o profeta se encontrava neste momento: A mão do Senhor se estendeu sobre mim. A mão de DEUS o tomou e o aprisionou, por assim dizer, para utilizá-lo nesta visão. Mas ao mesmo tempo, o bondoso Senhor o encorajou a suportá-la.
IV
A visão que o profeta observou v. 2. Ele notou uma semelhança de um homem, podemos supor, pois essa foi a semelhança que ele vira antes. Porém ela era toda brilhante acima da cintura e toda de fogo, abaixo, fogo e resplendor. Isto está de acordo com a descrição que tivemos anteriormente da aparição que ele vira, Ez 1.27. Provavelmente era a mesma pessoa, JESUS CRISTO, homem. É provável que os anciãos que se assentavam com ele (assim como os homens que viajavam com Paulo) vissem uma luz e ficassem com medo. Eles obtiveram esta maravilhosa visão por estarem com o profeta em uma reunião particular, mas não tiveram uma visão nítida daquele que falava com ele, Atos 22.9.
V
A transferência do profeta, na visão, para Jerusalém. A aparição que ele viu, estendeu a forma de uma mão, que o tomou por um cacho de cabelos de sua cabeça, e o ESPÍRITO foi à mão que foi estendida, pois o ESPÍRITO de DEUS é chamado de o dedo de DEUS. Também é possível que o espírito dentro dele o tenha levantado, de forma que foi levantado e levado por uma força interior e não exterior. Um servo preparado e fiel a DEUS será arrastado por um fio de cabelo, pelo menor indício da vontade divina, para a sua tarefa. Pois ele tem dentro de si a propensão a obedecê-lo, Salmos 27.8. Ele foi milagrosamente levantado entre o céu e a terra, como se fosse voar sobre as asas de águias. É provável (assim pensa Grotius) que os anciãos que estavam sentados com ele tenham tido uma visão como esta. Eles foram testemunhas da mão pegando-o pelo cacho de cabelos, e levantando-o, e depois, talvez, descendo-o novamente em um êxtase, enquanto ele tinha as visões que se seguiram, quer estivesse em seu corpo ou fora dele. Podemos supor que, como Paulo, o profeta não podia saber mais detalhes, e o mesmo ocorreria conosco. Note que estão mais bem preparados para a comunhão com DEUS e as comunicações da luz divina aqueles que pela graça divina são alçados acima da terra e das suas coisas, para ficarem longe da sua força de atração. Porém, sendo erguido em direção ao céu, ele foi transportado a Jerusalém em visão, e ao santuário de DEUS naquele lugar. Pois entendo que aqueles que desejam ir para o céu devem passar por esta experiência em seu caminho. O ESPÍRITO retratou a cidade e o templo tão claramente para a sua mente, como se ele tivesse estado ali em pessoa. Ó, que pela fé possamos, dessa forma, entrar na Jerusalém, na cidade santa, que está no alto e ver as coisas que agora nos são invisíveis!
VI
As revelações que lhe foram feitas ali.
1. Lá ele viu a glória de DEUS (v. 4): Eis que a glória do DEUS de Israel estava ali, com a mesma semelhança das criaturas viventes, e as rodas e o trono, que ele havia visto (Ez 1). Note que os servos de DEUS, onde quer que estejam e para onde quer que vão, devem carregar consigo uma confiante consideração para com a glória de DEUS e colocá-la sempre adiante de si mesmos. E aqueles que viram o poder e a glória de DEUS no santuário deveriam desejar vê-los novamente, da mesma forma como as haviam visto, Salmos 63. 2. Ezequiel tem novamente essa visão da glória de DEUS tanto para dar crédito como para honrar as revelações que se seguirão. Mas isso parece ter uma intenção adicional aqui. Ela servia para agravar este pecado de Israel, ao trocar o seu próprio DEUS, o DEUS de Israel (que é o DEUS de tanta glória como aqui se pode ver), por deuses abjetos, deuses escandalosos, deuses falsos que com certeza jamais foram deuses. Note que quanto mais percebermos que DEUS é glorioso, mais perceberemos que o pecado é odioso, especialmente a idolatria, que transforma a sua verdade em mentira e a sua glória em desonra. Ela também servia para piorar o sofrimento deles, que se aproximava, quando esta glória do Senhor se afastaria deles (Ez 11.23) e deixaria a casa e a cidade desoladas.
2. Lá ele viu a repreensão a Israel – e era a imagem dos ciúmes, fixada em direção ao norte, junto à porta do altar, vv. 3,5. Não se sabe ao certo que imagem era esta. Provavelmente uma imagem de Baal, ou do bosque, que Manassés fizera e colocara no templo (2 Rs 21.7; 2 Cr 33.3), a qual Josias removeu, porém seus sucessores, ao que parece, recolocaram ali, assim como possivelmente fizeram aos carros do sol que ele encontrou junto à entrada da casa do Senhor (2 Rs 23.11), e aqui se diz que esta estava na entrada. Mas o profeta, em vez de nos contar mais sobre a imagem, o que poderia satisfazer a nossa curiosidade, nos diz que era a imagem do ciúme, para convencer as nossas consciências de que, qualquer que fosse a imagem, ela era no mais alto grau ofensiva a DEUS e causava o seu ciúme. Ele se ofendia com ela como um marido se ressentiria da prostituição de sua esposa, e certamente a vingaria. Pois DEUS é zeloso, e o Senhor toma vingança, Naum 1.2.
(1) A simples colocação dessa imagem na casa do Senhor era suficiente para motivar o seu ciúme. Pois é nos assuntos de sua adoração que nos é dito, em especial: Eu o Senhor teu DEUS, sou DEUS zeloso. Aqueles que colocaram essa imagem à porta do pátio, chamado a porta do altar (v. 5), onde o povo se reunia, pretendiam claramente com isso: [1] Afrontar a DEUS, provocá-lo face a face, ao promover um ídolo a seu rival pela adoração de seu povo, em menosprezo à sua lei e em desafio à sua justiça. [2] Corromper o povo e pegá-los quando estavam adentrando os pátios da casa do Senhor para lhe trazer as suas ofertas e aliciá-los a oferecê-las a essa imagem. Como a adúltera que Salomão descreve que se assenta à porta de sua casa, para chamar os que passam e seguem direito o seu caminho: Quem é simples, volte-se para aqui, Provérbios 9.14-16. Por uma boa razão esta é, portanto, chamada de imagem do ciúme.
(2) Podemos muito bem imaginar que surpresa e que tristeza foi para Ezequiel ver esta imagem na casa de DEUS, quando tinha esperanças de que os julgamentos pelos quais estavam passando tivessem, a esta hora, realizado alguma transformação entre eles. Mas há mais maldade no mundo e na igreja do que os homens piedosos acreditam existir. E agora: [1] DEUS apela ao profeta, se isto não era perverso o suficiente e motivo suficiente para DEUS dar continuidade ao abandono desse povo e entregá-lo à destruição. Poderia ele, ou qualquer outro, esperar qualquer outra coisa a não ser que DEUS se afastasse do seu santuário, quando existiam tais abominações cometidas ali, naquele exato lugar? Além do mais, não foi ele totalmente coagido para fora daquele lugar? Eles realizaram essas coisas intencionalmente e com o propósito de que o Senhor abandonasse o seu santuário e assim será a condenação deles. Eles desejaram verdadeiramente, através disso, como o povo de Gadara, que ele se apartasse do seu território, e então Ele se apartará. Ele não mais dignificará e protegerá o seu santuário, como tinha feito, mas o abandonará à vergonha e à ruína. Porém: [2] Embora isso já seja suficientemente ruim e sirva com abundância para justificar a DEUS em tudo que lance sobre eles, ainda assim a questão se mostrará muito pior: Vira-te ainda mais uma vez, e ficarás espantado ao ver abominações maiores do que estas. Onde houver uma abominação, será descoberto que há muitas mais. Os pecados não andam sozinhos.
 
As Abominações Secretas São Reveladas.
As Câmaras das Imagens
Ezequiel 8. 7-12
Temos aqui mais revelações das abominações que eram cometidas em Jerusalém e também dentro dos limites do templo. Observe agora:
I
Como esta revelação é feita. DEUS, em visão, levou Ezequiel à porta do pátio, o pátio exterior, ao longo do qual estavam os alojamentos dos sacerdotes. DEUS podia tê-lo introduzido primeiro nas câmaras das imagens, mas Ele o leva a elas passo a passo, em parte para utilizar o seu próprio esforço na descoberta desses mistérios da iniqüidade e em parte para torná-lo sensível ao cuidado e precaução com que aqueles idólatras ocultavam as suas idolatrias. Diante dos aposentos dos sacerdotes, eles haviam feito uma parede, para torná-los ainda mais isolados, para que não ficassem expostos à observação daqueles que por ali passassem – um sinal nítido de que faziam alguma coisa da qual tinham motivos para se envergonhar. Aquele que faz o mal odeia a luz. Eles não desejavam que aqueles que os vissem na casa de DEUS pudessem vê-los em suas próprias casas, para que não vissem a sua contradição. Isto arruinaria aquilo que faziam em público. Observe um buraco na parede (v. 7), uma lacuna através da qual se podia ver aquilo que daria motivos para desconfiar deles. Quando os hipócritas se escondem por trás da cortina de uma fé exterior e pensam que com ela podem esconder as suas maldades dos olhos do mundo e levar adiante os seus desígnios com ainda mais sucesso, é difícil alcançarem sucesso nisso com tanta perícia porque há um buraco ou outro na parede, alguma coisa que os denuncia aos que olham com atenção, mostrando que não são aquilo que fingem ser. Na fábula, as orelhas do burro apareceram sob a pele do leão. Ezequiel alargou este buraco na parede e observou uma porta, v. 8. Por esta porta, ele adentra o cofre ou algum dos aposentos dos sacerdotes, e vê as malignas abominações que eles fazem ali, v. 9. Note que aqueles que desejam revelar o mistério da iniqüidade em outros, ou em si mesmos, devem realizar uma busca atenta. Pois Satanás tem os seus embustes, os seus lugares profundos e os seus artifícios, que não devemos ignorar. Além disto, enganoso é o coração acima de todas as coisas. Por isso, devemos nos preocupar em ser muito rigorosos ao analisarmos as situações.
II
Qual é a revelação. Ela é muito triste. 1. Ele vê uma câmara com pinturas idólatras ao redor (v. 10): Todos os ídolos da casa de Israel, os quais eles haviam emprestado das nações vizinhas, estavam retratados em volta sobre a parede, até o mais desprezível deles, as figuras de coisas rastejantes, que eles adoravam, e animais, até os abomináveis, que são nocivos e venenosos. No mínimo eram abomináveis quando adorados. Este era uma espécie de panteão, uma coleção de todos os deuses reunidos aos quais eles prestavam as suas devoções. Embora o segundo mandamento, em seu texto, proíba apenas imagens esculpidas, ainda assim as pintadas são, da mesma forma, ruins e perigosas. 2. O profeta vê essa câmara repleta de adoradores idólatras (v. 11): Havia setenta homens dos anciãos de Israel oferecendo incenso a esses ídolos pintados. Nesse lugar estava um grande número de idólatras apoiando um ao outro nesta perversidade. Embora a reunião fosse em uma câmara secreta e habilmente ocultada, mesmo assim aqui estavam setenta homens engajados nela. Duvido que esses anciãos fossem muito mais do que aqueles que na Babilônia se sentavam diante do profeta na sua casa, v. 1. Eles eram setenta homens, o número do grande Sinédrio, ou o principal conselho da nação e temos razões para temer que se tratasse dos mesmos homens. Pois eles eram os anciãos da casa de Israel, não apenas em idade, mas em posto, que estavam obrigados, pela responsabilidade de sua posição, a reprimir e punir a idolatria e a destruir e abolir todas as imagens supersticiosas, onde quer que eles as encontrassem. Ainda assim, eram esses próprios que adoravam os ídolos em segredo, debilitando, deste modo, a religião que em público eles declaravam assumir e fomentar, apenas porque através dela mantinham as suas primazias. Cada um deles tinha nas mãos o seu incensório. Tão afeiçoados estavam à cerimônia idólatra, que todos desejavam ser seus sacerdotes e eram muito pródigos com os seus perfumes em honra a essas imagens, pois uma espessa nuvem de incenso subia, preenchendo aquele ambiente pecaminoso. Ó se o zelo desses idólatras pudesse envergonhar os adoradores do verdadeiro DEUS, tirando-os da indiferença que demonstram em relação a Ele! O profeta observou, em particular, um a quem conhecia que estava no meio desses idólatras como chefe deles, sendo talvez presidente do grande conselho nesta ocasião ou o mais ativo nesta perversidade. Não é de se admirar que o povo fosse corrupto, pois os anciãos o eram. Os pecados dos líderes levam o povo a pecar.
III
Qual é a observação feita sobre ela (v. 12): “Viste isto, filho do homem? Podias imaginar que tamanha maldade havia sido cometida?” É notado aqui, com referência a ela: 1. Que era feita na escuridão. Pois as obras do pecado são obras das trevas. Eles a ocultavam, para que não perdessem seus empregos, ou pelo menos a sua credibilidade. Há uma grande quantidade de maldade encoberta no mundo, que o dia revelará. Sim, o dia da revelação do justo juízo de DEUS. 2. Que este santuário idólatra era apenas um exemplar de muitos outros iguais. Aqui eles se reuniam para adorar as suas imagens em harmonia. Mas ao que parece, cada um deles tinha a câmara com as suas imagens além de um quarto em sua própria casa para esse propósito, no qual cada um satisfazia a sua própria fantasia com ilustrações conforme a sua preferência. Os idólatras tinham os deuses de suas casas, e a sua família realizava o culto a eles, em particular. Isto é uma vergonha para aqueles que chamam a si mesmos de cristãos e ainda assim, não têm uma igreja em sua casa, nem adoram a DEUS em sua família. Eles tinham câmaras de imagens. E nós não teremos câmaras de devoção? 3. Que o ateísmo estava na raiz da idolatria deles. Eles adoram imagens na escuridão, as imagens dos deuses de outras nações e dizem: “Jeová, o DEUS de Israel a quem deveríamos servir, não nos vê. Jeová abandonou a terra e nós podemos adorar o deus que quisermos. Ele já não nos considera mais.” (1) Eles se consideram fora da vista de DEUS: Eles dizem: O Senhor não nos vê. Estavam convencidos, pois o assunto era levado avante com tanta atenção que os homens não conseguiam percebê-lo, nem quaisquer de seus vizinhos suspeitavam que eles fossem idólatras. Por esse motivo, pensavam que os seus pecados estivessem escondidos do olhar de DEUS. Como se houvesse qualquer escuridão ou trevas absolutas, onde os obreiros da iniqüidade pudessem se esconder. Note que uma falta de fé na onisciência de DEUS está na raiz de nossos desleais afastamentos dele. Mas a igreja argumenta de forma correta, quanto a esse mesmo pecado da idolatria (Sl 44.20,21): Se nós nos esquecermos do nome do nosso DEUS e estendermos as nossas mãos para um deus estranho, não conhecerá DEUS isto? Sem dúvida conhecerá. (2) Eles se consideram longe do cuidado de DEUS: “O Senhor se esqueceu da terra e não cuida dos assuntos que a afetam. Portanto, podemos muito bem adorar a qualquer outro deus como adoraríamos a Ele.” Ou: “Ele esqueceu a nossa terra e permitiu que fosse uma presa para os seus inimigos. Portanto, está na hora de prestarmos atenção em algum outro deus a quem poderíamos entregar a proteção dela. O nosso único DEUS não consegue, ou não quer nos libertar. Por causa disso, vamos ter muitos deuses”. Esta era uma crítica blasfema contra DEUS, como se Ele os tivesse esquecido primeiro. Caso contrário, não o teriam abandonado. Note que com certeza estão prontos para a assolação aqueles que chegaram a um alto grau de atrevimento, a ponto de tentarem colocar a culpa por seus pecados no próprio DEUS.
 
As Câmaras das Imagens
Ezequiel 8. 13-18
Temos aqui:
I
Abominações adicionais e maiores, reveladas ao profeta. Ele acreditava que o que havia visto era ruim o suficiente, mas apesar disso (v. 13): Vira-te novamente, e verás mesmo assim abominações maiores do que esta e ainda maiores (v. 15), como antes (v. 6). Há aqueles que vivem retirados e não imaginam a maldade que há neste mundo. Quanto mais convivemos com este mundo e quanto mais andamos por ele, mais percebemos quão pervertido é. Quando virmos aquilo que é ruim, podemos parar de nos espantar com isto, pela revelação daquilo que, de um modo ou de outro, é muito pior. Nós encontraremos isso ao examinarmos os nossos próprios corações e ao sondá-los. Há um mundo de iniqüidade neles, uma grande abundância e variedade de abominações, e quando acharmos tanto pecado, ainda encontraremos mais. Pois o coração é perdidamente perverso, quem pode conhecê-lo completamente? Agora, as abominações descritas aqui foram: 1. Mulheres chorando por Tamuz, v. 14. Era abominável, sem dúvida, que alguém escolhesse servir a um ídolo com lágrimas em vez de servir ao DEUS verdadeiro com alegria e júbilo no coração! Ainda assim são culpados de absurdos como esses aqueles que observam as vaidades vãs e deixam a sua própria misericórdia. Alguns entendem que elas derramavam essas lágrimas por Adonis, um ídolo entre os gregos. Outros por Osíris, um ídolo dos egípcios. A imagem, dizem eles, era de alguém que estava chorando e então os adoradores choravam com ela. Elas lamentavam a morte dessa Tamuz, e dentro em pouco se regozijavam por seu retorno à vida. Essas mulheres lamentosas se sentavam à porta do átrio da casa do Senhor e ali derramavam as suas lágrimas idólatras, como se fosse um desafio a DEUS e aos sagrados ritos de seu culto. Alguns crêem que em meio a tal idolatria estes iníquos também se lançassem à prostituição física. Pois essas duas formas de prostituição geralmente caminhavam juntas, e aqueles que desonravam a natureza divina, através da primeira, eram merecidamente entregues a paixões abomináveis e a sentimentos reprováveis para desonrarem a natureza humana, que jamais, em parte alguma, foi tão rebaixada como nesses ritos idólatras. 2. Homens adorando o sol, v. 16. E esta era uma abominação ainda maior, pois era praticada no átrio interno da casa do Senhor, à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar. Ali, onde os ritos mais sagrados de sua santa religião costumavam ser realizados, era cometida esta abominável perversidade. Com justiça DEUS podia dizer àqueles que assim o afrontavam à sua própria porta, como disse o rei a Hamã: Quererá ele forçar a rainha perante mim nesta casa? Aqui estavam cerca de vinte e cinco homens dando ao sol a honra que só era devida a DEUS. Alguns acreditam que eles fossem os reis e seus príncipes. Mas parece que eles eram sacerdotes, pois este era o pátio dos sacerdotes e o local apropriado para encontrá-los. Aqueles a quem foi confiada a verdadeira religião, tiveram-na entregue aos seus cuidados e foram declarados responsáveis pela sua custódia. Porém eles eram os homens que a traíam. (1) Eles davam as suas costas para o templo do Senhor, esquecendo-se dele com determinação, menosprezando-o intencionalmente e dele desdenhando. Note que quando os homens dão as costas às instituições de DEUS e as menosprezam, não é de se admirar que vagueiem incessantemente seguindo a sua própria imaginação. A irreverência é o princípio da idolatria e de toda a iniqüidade. (2) Eles voltaram os seus rostos para o oriente, e adoraram o sol, o sol nascente. Este era um antigo caso de idolatria. Ele é mencionado nos tempos de Jó (31.26), e havia sido praticado de forma generalizada entre as nações. Algumas adoravam o sol sob determinado nome, outras sob outro. Estes sacerdotes, julgando que o sol tinha a antiguidade, a aceitação geral e a tradição a seu favor (as duas alegações que os papistas usam neste momento em defesa de seus ritos supersticiosos, e particularmente este de adorar voltado para o oriente), praticavam esta adoração profana no átrio do templo, considerando uma omissão que não fosse inserida em seu ritual. Veja a loucura dos idólatras ao adorarem como um deus e chamarem de Baal (um senhor), aquilo que DEUS criou para ser um servo do universo (pois assim é o sol, e é isto que o seu nome Shemesh indica, Deuteronômio 4.19). Eles adoravam a luz emprestada e menosprezavam o Pai das luzes.
II
A dedução tirada a partir dessas revelações (v. 17): “Viste isto, filho do homem! e poderias alguma vez imaginar ver tais coisas sendo feitas no templo do Senhor?” Neste ponto: 1. O precioso Senhor apela ao próprio profeta quanto à atrocidade do crime. Pode ele pensar que isso seja de pouca importância para a casa de Judá, que conhece e pratica coisas superiores e é dignificada com tantos privilégios, muito mais do que outras nações? É justificável para aqueles que têm os profetas e as leis de DEUS que cometam as abominações que eles cometem aqui? Aqueles que pecam dessa forma não merecem sofrer? Abominações como estas não devem causar desolação? Daniel 9.27. 2. Ele o torna pior por causa da trapaça e da tirania que seriam encontradas em todas as partes das nações: Eles encheram a terra de violência. Não é de se estranhar que aqueles que são injustos com DEUS, não tenham, então, escrúpulos em prejudicarem uns aos outros e tudo que é sagrado e do mesmo modo maltratem tudo o que é justo. E a maldade deles em suas relações tornava até mesmo a adoração que prestavam ao seu próprio DEUS uma abominação (Isaías 1.11, e versículos seguintes): “Eles enchem a terra com violência, e depois retornam ao templo para me provocarem à ira ali. Pois até mesmo os seus sacrifícios, em vez de promoverem uma expiação, só aumentam a sua culpa. Eles voltam para me provocar (eles repetem a provocação. Fazem-na, e tornam a fazê-la). E eis que chegam o ramo aos seus narizes” – uma expressão proverbial que talvez denote a sua intenção de escarnecer a DEUS e o seu menosprezo contra Ele. Eles suspiravam nas cerimônias dele, como os homens fazem quando colocam um ramo em seus narizes. Ou talvez este fosse algum costume usado pelos idólatras em honra aos ídolos a que serviam. Lemos a respeito das grinaldas, usadas em seus cultos idólatras (At 14.13), das quais cada fanático tirava um ramo que cheirava como a um buquê. O Dr. Lightfoot (Hor. Heb. sobre João 15.6) fornece outra interpretação para esta situação: Eles lançam o ramo à ira deles, ou à ira dele, como os massoretas o interpretam. Ou seja, eles estão trazendo ainda mais combustível (como os ramos secos da videira) ao fogo da ira divina, que eles já haviam acendido, como se aquela ira já não ardesse e já não estivesse quente demais. Chegar o ramo ao nariz pode indicar que alguém esteja fazendo uma grande afronta e provocação seja contra DEUS ou contra o homem. Eles são uma geração abusiva de homens. 3. Ele profere contra eles a sentença de que serão completamente extirpados: Portanto, por serem tão energicamente inclinados ao pecado, também procederei com furor contra eles, v. 18. Eles encheram a terra com a sua violência, e DEUS a encherá com a violência dos seus inimigos. Ele não dará ouvidos às sugestões, quer sejam: (1) De Sua própria misericórdia: O meu olho não poupará, nem terei piedade. O arrependimento se ocultará dos olhos dele. Ou: (2) Das súplicas deles: Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, não os ouvirei. Pois os seus pecados ainda gritam mais alto por vingança do que as suas súplicas gritam por misericórdia. DEUS será neste momento como surdo às suas súplicas, como eram os seus ídolos, a quem eles clamavam em alta voz, mas em vão, 1 Reis 18.26. Foi-se o tempo em que DEUS esteve pronto a ouvir mesmo antes que chamassem e a atender enquanto ainda estavam orando. Mas agora eles o buscarão de madrugada e não o acharão Provérbios 1.28. Não é a voz estrondosa que DEUS considerará, mas o coração justo.
 
 
(8: 1; 11: 25) - COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )
NO SEXTO ANO, NO SEXTO MÊS, AOS CINCO DIAS DO MÊS (v. 1)
Esta data corresponde a agosto-setembro. Era, pois, o sexto ano do cativeiro, iniciado em 579 com a primeira invasão da Cidade Santa. Estava o profeta, no ano 573 A. C., assentado em sua casa, junto com um grupo de anciãos, que ali estariam em busca de notícias lá do alto. Então o profeta teve nova visão de DEUS, catorze meses depois da primeira, quando ainda perdurariam as impressões daquela visão dos capítulos 1 e 2 deste livro. O que teria ocorrido em Babilônia entre os exilados durante estes meses não sabemos, pois o profeta nada diz, mas admitimos que a esperança falsa de uma breve volta a Jerusalém estaria sendo desvanecida, pois, já seis anos se tinham passado e nenhum sintoma de alívio tinha chegado para os exilados.
I - UMA NOVA VISÃO AO PROFETA DE DEUS (8: 1-18)
Assentado, como estava, ali a mão de DEUS caiu sobre ele, e, ao olhar, eis que vê uma figura com aparência de fogo da cintura para baixo, e, para cima, como o resplendor de metal brilhante. Há muita semelhança com a visão dos caps. 1 e 2, pois esta visão era do mesmo SENHOR, aparência de homem. Desta aparência saiu uma como mão de homem (ish, heb.), que lhe pegou pelos cachos dos cabelos e o suspendeu entre a terra e o céu (v. 3).

1) Os Detalhes da Visão do Profeta (vv. 1-3)
Não temos muito que repetir. Parece claro que esta descrição da nova visão de DEUS é uma coisa sobrenatural, vivida e sentida, sem quaisquer rodeios pictóricos ou filosóficos. Nem o profeta estaria esperando outra manifestação como a dos caps. 1 e 2, pois aquela visão perduraria em sua mente pelo resto da vida. Entretanto, mesmo perduraria em sua mente pelo resto da vida. Entretanto, mesmo sem esperar, DEUS voltou a visitar o seu profeta, e agora ia dar-lhe quadro, ao vivo, da situação em Jerusalém, para que o profeta tivesse plena confiança nas determinações divinas.
Assim levantado entre a terra e o céu, foi levado a Jerusalém, para uma vista sobre o que estava acontecendo e o que iria acontecer. A distância entre Babilônia e Jerusalém não era tão pequena cinco meses de viagem (Esd. 7: 8) Todavia, para DEUS estas distâncias não têm valor. A visão parece ter-se efetuado in corpore, isto é, em corpo, e não propriamente em espírito. O profeta foi levantado da terra e carregado milagrosamente por DEUS através dos desertos que medeiam entre Jerusalém e Babilônia. Nem carecemos de cogitar quanto tempo duraria a viagem, porque tanto quanto o pensamento é veloz, assim teria sido veloz a viagem (ver II Reis 6: 8-12 e Is 21: 6-10 e ss).
2) Uma Visão Aterradora (vv. 4-13)
O profeta foi levado até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte (v. 3), onde estava colocada a imagem dos ciúmes. Esta imagem, supunha-se, fazia despertar os ciúmes divinos para com o povo. Pensa-se que seria mesmo uma asherah, ou poste sagrado, como o que Manassés mandou colocar no templo e depois retirou quando se converteu (II Crôn. 33: 7, 15). Possivelmente, esse ídolo teria sido colocado no mesmo lugar onde havia estado o primeiro, pois os israelitas estavam de tal maneira corrompidos com a idolatria que não sabiam viver sem ela. Ali mesmo o profeta viu a glória de DEUS tal qual a tinha visto no vale, isto é, no lugar onde morava (1: 1). Um contraste entre um ídolo e a glória do supremo DEUS do céu e da terra. que contraste! A seguir, DEUS mostra ao profeta outro quadro, ainda mais horrível. Levado à porta do átrio (v. 7), teve ordens para cavar na parede, onde havia um buraco. Cavou, e eis o que viu: Paredes pintadas de imagens de bichos, de ídolo e de tudo que Israel adorava, um quadro pavoroso para um sacerdote e um profeta. Uma coisa parecida este autor em Pompéia, pinturas de toda sorte de imoralidades, o que o levou a reconhecer que não tinha sido sem motivo que as lavas do Vesúvio, distante três quilômetros da cidade, tivessem arrasado tudo e sepultado os seus moradores, que não tinham conseguido fugir. Além das pinturas nas paredes, o profeta viu setenta homens dos anciãos de Israel, com Jaazanias, filho de Safã, todos em pé com os seus incensários cheios de incenso, de modo que a nuvem causada pela queima do incenso subida às nuvens e enchia o recinto. Então, DEUS pergunta ao profeta: Vista, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas suas câmaras escuras? Afirmavam que ali o SENHOR não os veria (v. 12). A um sacerdote criado e doutrinado a servir a um só DEUS, num culto monoteísta, tal visão deveria constituir um horror, se é que ele já não teria antes visto coisas parecidas. O que ele via agora era justamente uma preparação para a compreensão do castigo que chegaria em breve. Assim, ele doutrinaria seus irmãos em Babilônia, que já teriam praticado coisas semelhantes, quem sabe? Era uma situação dramática e terrível.
3) Uma Outra Visão Completa o Quadro (vv. 14-18)
O profeta foi depois levado à entrada da casa do Senhor que está da banda do norte, e ali viu outra visão constrangedora. Um grupo de mulheres chorando a morte de Tamuz. Tamuz era uma divindade babilônica, o deus da vegetação campesina, cuja morte era lamentada anualmente, e sua ressurreição (suposta) era celebrada na primavera, quando a natureza se reveste de folhas e flores. O tempo tradicional do lamento da morte de Tamuz ocorria na quarto mês, e assim era o mês chamado "mês de Tamuz". Mas esta contemplação do horrível não era a última. (1) O profeta foi ainda levado ao átrio interno do templo e, que viu? Um grupo de homens, cerca de vinte e cinco, todos de costas para o templo e rostos virados para o Oriente; estavam adorando o sol. a adoração do sol era um costume cananeu e egípcio muito antigo, e, com as conquistas dos assírios, este culto tomou grande incremento, pois todos gostariam de homenagear o culto do grande conquistador assírio. Entre outros muitos centros de culto que Ezequias destruiu, estava o da adoração ao sol (II Reis 23: 5, 11; Jer 8: 2).
Ei-los Chegar o Ramo Ao Seu Nariz (v. 17)
Era uma outra forma de culto cuja origem se acredita tenha vindo de Babilônia e Pérsia. Os judaítas eram ciosos em criar tudo que os pagãos cultuavam, para não se diferenciarem deles. Em vista de tais demonstrações de idolatria, DEUS declara que nada mais tinha a ver com a sua nação. Estava mesmo desviada e não havia remédio para ela. Só mesmo o cativeiro poderia curá-los, nas duras saudades da terra amada e, lá longe, sua cidade destruída, seu templo arrasado e tudo falava tão alto que o favor divino estava acabado. O profeta deveria agora estar capacitado para ouvir a sentença que ia ser contra a cidade, sentença que ele talvez ainda não tivesse percebido.
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 3, As Abominações Do Templo - CPAD
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A idolatria leva o ser humano, e até mesmo uma nação, à ruína moral e espiritual. Por isso, a presente lição traz um alerta a respeito desse perigo. O que DEUS revelou ao profeta Ezequiel, a respeito das abominações do Templo forma uma imagem impressionante: abominações chocantes no lugar santo. À luz dessa imagem, a lição tem o propósito de levar os crentes em JESUS a examinar a respeito da ruína moral e espiritual da idolatria. Não estamos isentos desse perigo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor a visão do capítulo 8 do livro; II) Destacar as imagens de ciúmes, o culto aos animais e répteis e os 70 anciões; III) Tratar a respeito do ritual de Tamuz e dos adoradores do sol.
B) Motivação: Ao longo das Escrituras, percebemos uma grande quantidade de povos que praticavam idolatrias variadas. Deuses em forma de animais, deuses com aspectos humanos, enfim, é a prova de um processo de corrupção da imagem divina que o ser humano sofreu desde a queda dos nossos primeiros pais. É preciso prudência para não cair nas astutas ciladas de Satanás que, na modernidade, traz uma idolatria com novas formas e estilos.
C) Sugestão de Método: Prezado professor, estimada professora, planejar a sua aula é fundamental. Por isso, sugerimos uma lista de verificação para saber se a sua aula foi bem elaborada: 1) Ore e medite sobre a passagem bíblica em estudo; 2) Use mais de um ou dois Comentários Bíblicos; 3) Faça um esboço de sua aula; 4) Certifique-se da clareza do tema principal e dos subtemas; 5) Pense em ilustrações e exemplos para trazer vida a sua aula; 6) pratique a sua aula em voz alta na frente do espelho; 7) Garanta que a pergunta de aplicação (O que faço com isso?) seja satisfatoriamente respondida.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Aborde a respeito de diversos tipos de idolatrias que podem estar presente em nós e entre nós: 1) aspiração excessiva por títulos; 2) tendência ao fanatismo por artista gospel; 3) apego a ensinos que satisfazem certos comportamentos contrários a Bíblia; 4) auto-exibição/autolatria.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Dentro do próprio Templo" amplia as implicações teológicas que a idolatria trazia para a vida espiritual da nação; 2) O texto "Religiosidade Pagã" aprofunda o terceiro tópico a respeito de Tamuz e a adoração ao deus sol
 
 
SINÓPSE I - A visão das abominações do Templo destoa das demais visões do profeta Ezequiel e de outros profetas do Antigo Testamento.
SINÓPSE II - As abominações estão ligadas aos ídolos. A afronta maior a DEUS é o fato de elas serem praticadas na Casa de DEUS.
SINÓPSE III - Tamuz era de Osíris pelos egípcios; o sol era cultuado na Babilônia e no Egito.
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP2 - Dentro do próprio Templo
“Dentro do próprio templo, Ezequiel viu uma multidão de imagens representando toda forma de criatura (Ez 8.7-13). Essa presença era violação direta do mandamento que proibia a representação de qualquer criatura em forma tangível (Êx 20.4-6). Ezequiel também viu, no lado norte do templo, mulheres chorando por Tamuz (Ez 8.14,15), o deus sumério-babilônico da fertilidade. O fato de estar sendo feito junto as portas da casa do Senhor dá a entender não só idolatria aberta e descarada, mas também a atribuição de Tamuz as bênçãos da fertilidade que só o Senhor dá. Neste sentido, era violação do mandamento que proíbe o uso do nome do Senhor de maneira vazia, pois o que deveria ter sido designado a ele era designado a Tamuz” (ZUCK, Roy. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.401).

Auxílio BIBLIológico TOP3 - Religiosidade pagã
Prezado professor, estimada professora, é muito importante conhecer um pouco da perspectiva religiosa de Tamuz e a adoração ao sol. Na religião babilônica, Marduque, deus principal dos caldeus, teria se casado com Semíramis, e desse casamento teria nascido Tamuz, também chamado Adônis pelos gregos, Osíris pelos egípcios. Nessa estrutura, ele é irmão da deusa Isthar, a mesma Astarte ou Astarote (1 Rs 11.5,33). O sol era cultuado tanto na Babilônia como no Egito.
Outro conhecimento importante é a respeito da geografia religiosa. Por exemplo, a localização geográfica de Babilônia é na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque, cerca de 1.500 quilômetros de Jerusalém. A cidade veio a ser o centro irradiador da idolatria para outros povos. Os babilônios adoravam a diversos deuses, que eram personificações da natureza, como Sin, o deus-sol de Ur e Harã e Isthar era a deusa do amor e da guerra, Enlil, deus do vento e da terra. Bel, era o nome de outra divindade, do acádico belo, “senhor”, equivalente a Baal, deus dos cananeus. Com o tempo Bel veio a ser identificado como Marduque ou Merodaque, o patrono da cidade de Babilônia, que se tornou o deus principal no panteão babilônico (Is 46.1; Jr 51.44) (por Esequias Soares).
VOCABULÁRIO
Oráculo: A verdadeira revelação divina; a palavra de DEUS e de seus profetas.
Receptáculo: Local para guardar ou conter algo; receptor, recipiente.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Por que a segunda visão de Ezequiel pode ser entendida como preterista e ao mesmo tempo futurista? Essa visão é preterista porque se relaciona com os acontecimentos contemporâneos de Ezequiel, mas isso não exclui o futurismo, pois anuncia eventos que estavam para acontecer (8.18).
2. Como explicar a expressão “imagem do ciúme”? O uso da expressão “imagem de ciúme” se explica porque a idolatria provoca ciúme de DEUS pelo seu povo (5.13; 16.38, 42; 36.6; 38.19).
3. Como os egípcios viam a zoolatria? A zoolatria, adoração aos animais, é típica dos egípcios, pois viam neles mais que símbolos ou emblemas; eles os consideravam receptáculos das formas do poder divino.
4. Qual era o objetivo do ritual das carpideiras da visão de Ezequiel? Era realizado anualmente um ritual de lamento pelas carpideiras em favor de Tamuz no segundo dia do quarto mês para que ele ressuscitasse e fizesse chover.
5. Onde Moisés condenou o culto do sol? No Egito. O culto ao sol era uma afronta a DEUS, Moisés havia alertado o povo dessa idolatria (Dt 4.19).
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