Escrita Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia, 3Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia
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TEXTO ÁUREO
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”  (2 Tm 3.16)
  
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia é a inspirada, a inerrante e a infalível Palavra de DEUS. Por isso, não podemos relativizá-la.
  



Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia
VÍDEO DESTA LIÇÃO - https://youtu.be/KyjrpJ5iErs
Escrita
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https://www.estudantesdabiblia.com.br/cpad_sumario_2022_1t.htm SUGESTÃO PARA MUITAS LEITURAS QUE IRÃO AJUDAR NA AULA.

 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 12.2 É preciso não se conformar e se transformar pela renovação do entendimento
Terça - Is 5.20 Não se pode relativizar as Sagradas Escrituras
Quarta - Hb 13.8 A Bíblia não muda porque JESUS CRISTO é o mesmo
Quinta - Sl 11.3 Se os fundamentos forem destruídos, o que o justo fará?
Sexta - 2 Tm 3.15 O fundamento da vida cristã deve iniciar na tenra idade
Sábado - 2 Tm 3.16 As Escrituras como única regra de fé e de conduta
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 3.14-17
14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. 15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. 16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, 17 - para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
HINOS SUGERIDOS: 259, 306, 556 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Relativização
 
 
Resumo da Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia
I – A BÍBLIA E O ESPÍRITO DESTA ERA
1. A desconstrução.
2. O relativismo.
II – A BÍBLIA E O POLITICAMENTE CORRETO
1. A criação de uma narrativa.
2. A criminalização da opinião.
III – A BÍBLIA E O OUTRO EVANGELHO
1. Uma nova metodologia.
2. Novas teologias.
IV – A BÍBLIA, SEMPRE ATUAL PALAVRA DE DEUS
1. Revelada por DEUS.
2. Inspirada por DEUS.
 
 
BEP - CPAD
 
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
2Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”
O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15). Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Tm (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de DEUS para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de DEUS para todas as pessoas.
Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por DEUS. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “DEUS”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por DEUS”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por DEUS; é a própria vida e Palavra de DEUS. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).
Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de DEUS (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.
JESUS também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do restante do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO, DEUS, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13).
A inspirada Palavra de DEUS é a expressão da sabedoria e do caráter de DEUS e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em CRISTO (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2).
As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de DEUS, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em CRISTO JESUS. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.
Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3).
As Sagradas Escrituras como a Palavra de DEUS devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Êx 20.3). Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de CRISTO sem estar submisso a DEUS e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37).
Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o ESPÍRITO SANTO. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1Co 2.12).
Devemos nos firmar na inspirada Palavra de DEUS para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).
Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de DEUS para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2Tm 1.13,14; 2.2; Jd 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2; Ap 22.19).
Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema: (a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; (b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou (c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.
 
 
 A PALAVRA DE DEUS
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS. A expressão “a palavra de DEUS” (também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias aplicações na Bíblia. (1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo quanto DEUS tem falado diretamente. Quando DEUS falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16.17; Gn 3.9-19). o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de DEUS. De modo semelhante. Ele se dirigiu a Abraão (e.g.. Gn 12.1-3). a Isaque (e.g.. Gn 26.1-5). a Jacó (e.g.. Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g.. Êx 3-4). DEUS também falou à totalidade da nação de Israel. no monte Sinai. ao proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras de DEUS. (2) Além da fala direta. DEUS ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de DEUS. assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”. ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando. portanto. os israelitas ouviam as palavras do profeta. ouviam. na verdade. a palavra de DEUS. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”. o que falavam e proclamavam era. verdadeiramente. a palavra de DEUS. O sermão de Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41). por exemplo. criou tamanha comoção que. “no sábado seguinte. ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de DEUS” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos tessalonicenses que. “havendo recebido de nós a palavra da pregação de DEUS. a recebestes. não como palavra de homens. mas (segundo é. na verdade) como palavra de DEUS” (1Ts 2.13; cf. At 8.25). (4) Além disso. tudo quanto JESUS falava era palavra de DEUS, pois Ele. antes de tudo, é DEUS (Jo 1.1.18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas. escritor do terceiro evangelho. declara explicitamente que. quando as pessoas ouviam a JESUS. ouviam na verdade a palavra de DEUS (Lc 5.1). Note como. em contraste com os profetas do AT. JESUS introduzia seus ditos: Eu “vos digo...” (e.g.. Mt 5.18.20.22.23.32.39; 11.22.24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras. Ele tinha dentro de si mesmo a autoridade divina para falar a palavra de DEUS. É tão importante ouvir as palavras de JESUS. pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). JESUS, na realidade, está tão estreitamente identificado com a palavra de DEUS que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1.14; 1Jo 1.1; Ap 19.13 16; ver Jo 1.1). (5) A palavra de DEUS é o registro do que os profetas. apóstolos e JESUS falaram. i.e.. a própria Bíblia. No NT. quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”. “Davi disse”, “o ESPÍRITO SANTO diz”. ou “DEUS diz”. nenhuma diferença fazia (ver At 3.22; Rm 10.5.19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava escrito na Bíblia era. sem dúvida alguma. a palavra de DEUS. (6) Mesmo não estando no mesmo nível das Escrituras. a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas. na igreja de hoje. pode ser chamada a palavra de DEUS. (a) Pedro indicou que. a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação. era palavra de DEUS (1Pe 1.25). e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação. porém. não pode existir independentemente da Palavra de DEUS.
Na realidade. o teste para se determinar se a palavra de DEUS está sendo proclamada num sermão. ou mensagem. é se ela corresponde exatamente à Palavra de DEUS escrita. (b) O que se diz de uma pessoa que recebe uma profecia. ou revelação. no âmbito do culto de adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo. ou não. a palavra de DEUS? A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à avaliação por outros profetas. Todavia. há a possibilidade de tais profecias não serem palavra de DEUS (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas. hoje. falam sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31).
 
O PODER DA PALAVRA DE DEUS.
A palavra de DEUS permanece firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24.25). Não é. porém. estática; é dinâmica e poderosa (cf. Hb 4.12). pois realiza grandes coisas (55.11). (1) A palavra de DEUS é criadora. Segundo a narrativa da
criação. as coisas vieram a existir à medida que DEUS falava a sua palavra (e.g.. Gn 1.3.4.6.7.9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33.6. 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé. entendemos que os mundos. pela palavra de DEUS. foram criados”
(Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De conformidade com João. a Palavra que DEUS usou para criar todas as coisas foi JESUS CRISTO (Jo 1.1-3). (2) A palavra de DEUS sustenta a criação. Nas palavras do escritor aos Hebreus. DEUS sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora. essa palavra relaciona-se com JESUS CRISTO segundo Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [JESUS]” (Cl 1.17). (3) A palavra de DEUS tem o poder de outorgar vida nova. Pedro testifica que nascemos de novo “pela palavra de DEUS. viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio JESUS é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1). (4) A palavra de DEUS também libera graça. poder e revelação. por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a JESUS CRISTO. Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem. assim a palavra que sai da boca de DEUS nos leva a crescer espiritualmente (55.10.11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que. ao bebermos do leite puro da palavra de DEUS. crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2). (5) A palavra de DEUS é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf.Ap 19.13-15). JESUS derrotou Satanás. pois fazia uso da Palavra de DEUS: “Está escrito” (i.e.. “consta como a Palavra infalível de DEUS”; cf. Lc 4.1-11; ver Mt 4.1-11). (6) Finalmente. a palavra de DEUS tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT freqüentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio JESUS assegurou que a sua palavra condenará os
que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de DEUS julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de DEUS. acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.
 
NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS.
A Bíblia descreve. em linguagem clara e inconfundível. como devemos proceder quanto a palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1.2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar. no Senhor. a palavra de DEUS (Sl 56.4.10). amá-la (Sl 119.47.113). e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16.47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13). ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11). confiar nela (Sl 119.42). e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74.81.114; 130.5). Acima de tudo. devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17.67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl. DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15 e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
 
 
Comentários extras
A presença do politicamente correto nas igrejas vem preocupando o pastor Matt Chandler, que condenou a relativização dos “valores morais” presentes na Bíblia Sagrada para agradar a audiência.
Matt é líder da mega igreja Village Church, em Dallas, no estado do Texas (EUA) e costuma pregar para mais de 10 mil pessoas nos cultos. Na última semana, ele palestrou na conferência Together for the Gospel (“juntos pelo Evangelho”) e alertou centenas de líderes evangélicos que compareceram ao evento sobre os riscos de relativizar a Bíblia.
“Profundamente preocupado”, foi como ele se definiu em relação à tendência que vem sendo registrada nos últimos anos, com pastores ignorando “imperativos morais” da Bíblia com o propósito de “parecerem modernos”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Matt Chandler afirmou que na tentativa de evitar o legalismo, tais pastores procuram se mostrarem “legais” e “inclusivos”, mas o efeito prático é de prejuízo à mensagem do Evangelho. “Temos toda uma geração de pastores e líderes cristãos que se afastam dos imperativos morais da Palavra de Deus por medo da acusação de legalismo”, pontuou.
“Somente quando expomos diante de nossos irmãos e irmãs os imperativos morais que Deus nos confiou é que poderemos mostrar ao mundo a luz da glória de Deus em Cristo”, acrescentou o pastor, contundente.
Matt Chandler destacou que “em toda a Escritura, Deus descreve claramente como Ele quer que Seu povo viva e se relacione uns com os outros e com o mundo ao seu redor”, mas em muitas situações, ocorre justamente o oposto. “Como humanos caídos, todas as regras e autoridades externas parecem ameaçar nossa autonomia”, disse.
O embasamento da bronca do pastor Matt Chandler veio da passagem bíblica de Mateus 5:13-16, onde Jesus ordena que a Igreja “seja sal e luz” no mundo. O pastor – que também é teólogo e escritor – afirmou ainda que ser “nascido de novo” significa ser “moldado pelo poder do Espírito diante da realidade moral adversa”.
“Uma das maneiras que mostramos que somos filhos de Deus é que houve uma transformação interior que levou a uma transformação exterior que o mundo considera peculiar”, avaliou o pastor, destacando que há um risco de, ao relativizar o Evangelho, terminarmos sendo “discipulados pelo mundo” ao invés de fazermos discípulos de Jesus.
 
Aceitar tudo o que a sociedade nos impõe em nome da “tolerância e do amor” é um erro, segundo Chandler: “É a santidade estabelecida no Céu que nos permite confrontar toda a imundícia do mundo. É a beleza de Cristo que nos compele a dizer ‘não’ ao que está errado no mundo”, assegurou.
Na porção final de sua palestra na conferência, Matt Chandler externou sua preocupação com a postura de muitos cristãos em suavizar a mensagem do Evangelho para que ela “não ofenda” quem não está em Cristo. “Devemos lembrar que somos pessoas peculiares. Eu não entendo como há quem tente achar paralelos entre a história de Jesus Cristo e ‘Game of Thrones’ a fim de conseguir comunicar alguma coisa”, lamentou.
“Deveríamos ser mais sérios com o chamado de Deus em nossas vidas, para termos nossas vidas transformadas pela presença de Jesus e vivermos para aquilo que Ele nos chamou”, insistiu.
https://noticias.gospelmais.com.br/relativizar-biblia-erro-alerta-igreja-97187.html
 
 
Lições CPAD Jovens e Adultos
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
 1º Trimestre de 2022
 Título: A Supremacia das Escrituras — A inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus
Comentarista: Douglas Baptista
 Lição 1: A Autoridade da Bíblia
  
TEXTO ÁUREO
 “Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.” (Sl 119.1).
 VERDADE PRÁTICA
 A Bíblia Sagrada é a autoridade final da nossa regra de fé e prática.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  Salmos 119.1-8
1 — Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.
2 — Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o coração.
3 — E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos.
4 — Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
5 — Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos.
6 — Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
7 — Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.
8 — Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.
   
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
 A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e exclusivamente do Altíssimo e não dos homens. Desse modo, além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a origem da Bíblia, sua autenticidade e mensagem revelada na Palavra de Deus.
 Palavra-Chave: AUTORIDADE
 I. A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA
 1. A origem da Bíblia. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio do alto (2Tm 3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (1Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação divinamente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a humanidade.
2. Revelação Geral. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.
a) Na História. Deus se revela pela sua soberania. Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22);
b) No Universo. Deus se manifesta pelo seu poder nas coisas criadas, o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19.1-4; At 14.15-17; Rm 1.18-21);
c) No Ser Humano criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). A natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o caráter moral de Deus (Rm 2.11-15; Ef 4.24; Cl 3.10).
3. Revelação Especial. Se por um lado a revelação geral denuncia a culpa humana em rejeitar o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21), a revelação especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Ela é o complemento da revelação que Deus fez de si mesmo na história, no universo e na humanidade (Rm 10.11-17; Hb 1.1-3). Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo: “Estes [os sinais], porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
 SINOPSE I
A Bíblia tem origem em Deus. Este se revela na história, no universo e na humanidade; e, de modo especial, por meio de Cristo e das Escrituras.
 SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 “Categorias da Revelação Divina Revelação Especial
[…] A Bíblia, ao manter de forma perene a revelação especial de Deus, é tanto o registro de Deus e dos seus caminhos, quanto a intérprete dela própria. A revelação escrita é confinada aos 66 livros do Antigo e do Novo Testamento. A totalidade de sua revelação que Ele quis preservar para o benefício de toda a humanidade acha-se armazenada, em sua totalidade, na Bíblia. Examinar as Escrituras é conhecer a Deus da maneira que Ele quer ser conhecido (Jo 5.39; At 17.11). A revelação divina não é um vislumbre fugaz, mas um desvendamento permanente. Ele nos convida a voltarmos repetidas vezes às Escrituras para, aí, aprendermos a respeito dEle.
[…] A totalidade das Escrituras é a Palavra de Deus em virtude da inspiração divina dos seus autores humanos. A Palavra de Deus, na forma da Bíblia, é um registro inspirado de eventos e verdades da autorrevelação de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.84,85).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
 A Bíblia, os homens e o Espírito Santo
“As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo […]. Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e época da história e cuja cultura influenciou na composição do texto.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, pp.25,26.
 II. EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA
1. Evidências Internas. A palavra “autenticidade” tem origem no grego authentês como significado daquilo que é “verdadeiro”. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade da Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autêntica a si mesma (2Tm 3.16). Dentre as evidências internas, destacam-se:
a) Unidade e consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois idiomas principais e um dialeto, por cerca de quarenta pessoas de diferentes classes sociais, em lugares e circunstâncias distintas que abordaram centenas de temas. Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 118.30; 33.4).
b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia é possível ouvir a voz de Deus agindo como uma espada que “penetra até à divisão da alma e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra experimenta a chama do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).
c) Profecias de Eventos Futuros: A exatidão no cumprimento das profecias comprova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito séculos antes dos eventos acontecerem com clareza e precisão. Entre tantos eventos, citamos o nascimento virginal de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua morte na cruz (Sl 22.16; Jo 19.36); o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60); e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).
2. Evidências externas. Compreende-se como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados por outras fontes históricas. Por vezes, essas comprovações se identificam e se fundem aos conceitos de inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das nações, as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus. E, a despeito de ser contestada por ateus e incrédulos, a Bíblia permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a história (cf. Mc 13.31).
 SINOPSE II
A Bíblia Sagrada autêntica a si mesma, tendo sua veracidade confirmada por fontes e registros históricos.
 III. A MENSAGEM DA BÍBLIA
 1. A Supremacia da Bíblia. A expressão latina Sola Scriptura confirma que somente a Bíblia é regra infalível e autoridade final em matéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia fornece o conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com Deus e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitamos de uma nova revelação extraordinária para a nossa salvação e o nosso crescimento espiritual. Significa que todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar coisa alguma (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.
2. O poder da Palavra de Deus. O seu poder se assemelha ao fogo que consome e purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.29). As qualidades de fogo e martelo indicam que nada pode impedir o cumprimento da Palavra de Deus (Is 55.11; Jr 5.14). O seu poder também é capaz de derrubar fortalezas espirituais que fazem oposição ao conhecimento divino (2Co 10.4,5). A Palavra de Deus tem poder, tal qual uma espada, para penetrar no mais íntimo do ser humano e julgar os pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Quando tentado no deserto, o próprio Cristo derrotou Satanás usando o poder da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao fazer citações das Escrituras (Mt 4.4,7,10).
3. O propósito da Bíblia. Nossa Declaração de Fé ensina que “a Bíblia é a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo” (Jo 16.8; 1Jo 1.1-4). Nela também se encontram revelados os códigos morais para a sociedade. Ratifica-se que a moral bíblica não se relativiza, pois seus valores são absolutos (Ap 22.18,19). Nessa compreensão, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade à humanidade. Dessa forma, o compromisso inegociável da Igreja deve ser de fidelidade e propagação da mensagem bíblica para a salvação e libertação dos pecadores (1Tm 1.15).
 SINOPSE III
A Palavra de Deus é poderosa, autoridade infalível em matéria de fé e prática, cujo alvo principal é levar-nos à redenção em Jesus Cristo.
 SUBSÍDIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
 “O Professor que veio de Deus
Em uma convenção da Evangelical Press Association (Associação das Editoras Evangélicas), A. W. Tozer, preocupado com o povo evangélico, recomendou quatro linhas de ação:
1 — Os evangélicos precisam apresentar um cristianismo característico do século XX que seja manifestamente superior a qualquer outro estilo de vida.
Somente a fé ancestral será capaz disso. Somente uma aplicação realista da fé aos dias de hoje pode torná-la eficaz.
2 — Os evangélicos deviam fazer um chamado à ‘procriação espiritual’ e ir além das fileiras denominacionais e teológicas tradicionais, a fim de alcançar novas e vivificantes linhas de ação e pensamento. Tal veio de poder está disponível através da comunhão com todos aqueles que creem na divindade de Cristo e na infalibilidade e autoridade das Escrituras Sagradas.
3 — Os evangélicos deviam parar de seguir tendências e começar a lançá-las. O mundo buscará nossa liderança quando avançarmos pelos campos da ação cristã com uma agenda nova e revigorada. Atrairemos os formadores de opinião a novos e elevados patamares de visão e realização e, juntamente com eles, a massa.
4 — Os evangélicos carecem de uma nova ênfase na ‘interioridade’ da fé cristã. Devem dar menos atenção às superficialidades e aos aspectos exteriores do cristianismo, dedicando a uma vida mais profunda com Cristo em Deus” (LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55).
 CONCLUSÃO
 As Escrituras são de origem divina. Deus se deu a conhecer por meio da história, do universo, da humanidade, de Cristo e das Escrituras. A autenticidade da Bíblia é confirmada por evidências internas e externas. A Palavra de Deus é a nossa autoridade final de fé e prática. O teólogo Antônio Gilberto escreveu que “o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu tema central é o Senhor Jesus Cristo”.
 REVISANDO O CONTEÚDO
 1. O que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados?
Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2Pe 1.20,21).
 2. O que é Revelação Geral?
Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.
 3. Caracterize a Revelação Especial.
Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo.
 4. Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras.
Unidade e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escrituras; Profecias de eventos futuros nas Escrituras.
 5. Como podemos ratificar que a Bíblia é a autoridade final?
Todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar coisa alguma (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.
 
REVISTA CPAD - LIÇÃO 2 : “A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA” 1º TRIMESTRE 2022
I. A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA 
1. A inspiração bíblica é divina. Nas páginas do Antigo Testamento, a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte Sinai, Moisés “escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4). Jeremias foi advertido: “não esqueças nem uma palavra” (Jr 26.2). No texto do Novo Testamento, Paulo disse que usava as palavras “que o Espírito Santo ensina” (1Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacríticos do texto hebraico eram inspirados: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mt 5.18). Assim sendo, as Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.
2. A inspiração bíblica é verbal. Ratificamos que a Bíblia é “divinamente inspirada” (2Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego theopneustos, que significa literalmente “soprada por Deus”. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem um ditado; eles foram instrumentos de Deus e, cada qual com sua própria personalidade e talento, escreveram “inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver empregadas nas Escrituras.
3. A inspiração bíblica é plenária. A inspiração da Bíblia também é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Paulo afirma que “toda” a Escritura é inspirada (2Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade”. Significa que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Romanos, lemos que “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). Nesse aspecto, ratificamos que a Bíblia não apenas “contém” ou “torna-se” a Palavra de Deus, mas sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus — plena, sem erros e sem falha alguma.
“A Inspiração Divina da Bíblia
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus […] — Que vem a ser ‘inspiração divina’? — Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que temos fôlego para falar. Daí o ditado ‘Falar é fôlego’. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão ‘Assim diz o Senhor’, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41).
II. INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA
1. A Inspiração dos autores. O Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao gênero literário, gramática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos escritores apenas os pensamentos ou as ideias. O Espírito Santo também inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina (1Co 2.10,11).
2. As limitações dos autores. Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós, inclinadas às mesmas paixões e falhas (Tg 5.17). Moisés, por exemplo, mesmo sendo o autor do Pentateuco, foi impedido de entrar na Terra Prometida porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade, está condicionado às limitações de seus autores humanos (2Co 4.7).
3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Samuel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provérbios) etc. Os autores sagrados também fizeram uso de figuras de linguagem, tais como: o emprego de parábolas e enigmas (Jz 14.14; Ez 17.2); de alegorias (Gl 4.22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3.3-5); de vocabulário simples ou rebuscado a depender do grau de instrução do autor (2Pe 3.15,16). O emprego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).
4. A linguagem do senso comum. Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué fez alusão ao “nascer do sol” (Js 1.15); e, na batalha contra os amorreus, ele registrou que o “sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundamentos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a compreensão de todos (1Co 14.9-11).
 A Inspiração
“As Escrituras eram sopradas por Deus à medida que o Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos escritores eram verdadeiramente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos, os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua mensagem não era meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que o Espírito Santo ensina’ (1Co 2.13)”. Amplie mais O seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115.
  III.O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
 1. A inspiração do Antigo Testamento. A Bíblia é categórica em reiterar sua inspiração divina. O registro de Juízes ensina que os livros de Moisés são mandamentos do Senhor (Jz 3.4). Esdras reconhece como inspirados os livros de Jeremias, Ageu e Zacarias (Ed 1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou que os seus escritos eram “as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados (Lc 24.44). Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento.
2. A inspiração do Novo Testamento. O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; 1Co 2.10; Ef 3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1Co 14.37; Gl 1.12; 1Ts 2.13). Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2Pe 3.16). Nessa direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos escritos da Nova Aliança (Jo 16.13).
3. A obra da regeneração e a iluminação. A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16.8-11). Desse modo, o Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano a fim de regenerar os pecadores (1Pe 1.23). Sem esse mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1Co 2.14). Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se iluminação (Ef 1.18). Porém, ressalta-se que o Espírito Santo ilumina o que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (Gl 1.8,9).
CONCLUSÃO
 A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Ela foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras da Bíblia têm total e completa autoridade. Esse ensino concorda com a nossa Declaração de Fé que professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão”.
 
 
As Sagradas Escrituras: O HOMEM DE RECURSOS DE DEUS ( 3: 14-17 ) - Comentário Bíblico Wesleyana
14  Mas tu respeitar nas coisas que tens aprendido e foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 15  e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação, pela fé que é . em Cristo Jesus 16  Toda Escritura inspirada por Deus é também útil para o ensino, para instruir em justiça; 17  que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Em contraste com a deterioração moral dos erroristas (cf. v. 13 ), Paulo desafia Timóteo a cumprir , ou ir não se desviaram, para fazer nenhum desvio, para "ficar com as verdades" (NEB), que ele havia aprendido e tinha foi assegurado, sabendo de quem ele havia aprendido deles . Houve um tempo definido quando Timóteo aprendeu estas verdades e se convenceu de sua certeza. Os erroristas havia absorvido as suas opiniões a partir de fontes suspeitas, mas a força moral de Timóteo e eficácia ministerial estava no fato de que ele tinha sido apreendido e mantido pela certeza das grandes verdades fundamentais do evangelho: Deus, Cristo, o pecado, a salvação, o arrependimento, fé, e a bendita esperança da volta do Senhor. Ele tinha aprendido estes de sua mãe e avó (cf. 1: 5 ), e de Paulo e outros com quem ele tinha estudado continuamente os escritos sagrados . A partir do momento que ele era um bebê , aos pés de seus ancestrais piedosos, Timóteo tinha ouvido as verdades do Velho Testamento expôs. Suas profecias cumpridas mostraram como eles estavam relacionados com as verdades da dispensação cristã, pois em todos os lugares falou do Cristo, que estava por vir.
Além disso, ele tinha testemunhado o poder do evangelho na vida de Paulo, em sua própria vida e na vida dos outros. Não houve engano no caráter de seus professores ou o que eles ensinaram. Seus personagens tinham estado os testes de ácido. A salvação de que o Antigo Testamento faz um sábio não é independente de Jesus Cristo (cf. Atos 4:12 ), mas o Antigo Testamento dá "a sabedoria que conduz à salvação" (ARA) , pela fé que há em Cristo Jesus (veja nota em 1 Tm 3:13. ). Hebreus 11:6 mostra como a fé é vital. O Velho Testamento é "um livro de salvação, narrando os atos poderosos de Deus para livrar seu povo em vez de idade, e também aponta para a frente de seu ato de poupança final em Cristo", que declarou que as Escrituras "testemunham" Dele ( João 5:39).
No cumprimento das suas funções Timóteo é não ter medo relativas à autoridade de sua mensagem baseada na Bíblia, por todas as escrituras , por que é principalmente significou o Antigo Testamento como um todo ou qualquer parte dela considerados separadamente, é inspirada por Deus . Sem violentar a verdade, esta afirmação pode incluir o cânon do Novo Testamento (ver 1 Cor. 2: 9-16 ). Existem muitas e variadas interpretações desta passagem. Alguns comentaristas preferem a leitura KJV: "Toda a Escritura é inspirada por Deus", enquanto outros preferem a do ASV. Ou é gramaticalmente possível. Na inspiração KJV é declarado , na ASV é assumido . Timóteo realizada há dúvidas sobre a inspiração divina dos escritos sagrados em que ele tinha sido tão bem treinado. Embora nenhuma teoria de inspiração é apresentada nesta passagem, as Escrituras sendo "Deus soprou-" ( theopneustos ) significa, como Lilley declara:
Escrito por santos homens do passado, suportados pelo Espírito Santo, todas as escrituras têm a presença e operação de Deus indissoluvelmente associado a ele; e que essa influência graciosa do Espírito como o agente direto no trabalho será sentida por cada um que os ler com um coração humilde e dócil. De que forma e em que medida os escritores foram afetados pelo Espírito, Paulo não afirma. ...
As Sagradas Escrituras veio de Deus, pela autoridade divina, através de canais divinamente projetados, para servir a um propósito divino. Sua facilidade de compreensão é o ponto de Paulo enfatiza aqui. Toda Escritura ... é rentável no campo da doutrina e da ética, e serve como o equipamento moral do homem de Deus . É rentável para o ensino , dando instruções sobre as coisas de Deus. "Não há nenhuma parte dele ... o que não pode ser equipado ... para nos fornecer lições valiosas." A reprovação ou censura por causa do pecado que leva à convicção, e correção , o que chama a atenção para o remédio para o pecado e a maneira de corrigir o passado, e instruir em justiça são encontrados nas Escrituras. Ellicott, citado por Humphreys, diz: "A Sagrada Escritura ensina o ignorante, convence o mal e preconceituosa, corrige os caídos e falíveis, e trens na justiça a todos os homens, especialmente aqueles que precisam de trazer a mais completa medidas de perfeição. "
O objetivo e propósito disso é que o homem de Deus sendo dedicado às Escrituras será feita "adequado" (NVI), completa no caráter e na vida, equipado para cada tarefa designada por Deus. Como Moule exorta:
Vamos valer-nos de novo para a nossa Bíblia, e deixe-nos nunca ter feito com ele. Ele tem a prova do seu próprio super-naturalidade dentro dele. ... E o mundo está repleto de provas, depois de mil críticas, que este livro único, múltiplos e um, é o veículo divino de resultados sobrenaturais nas almas humanas. "
Talvez ele vá revelar interessante e útil citar aqui os comentários de João Wesley sobre "A Divina Inspiração das Sagradas Escrituras":
A Bíblia deve ser a invenção de homens bons ou anjos, homens ou demônios, ou de Deus ruins. 1. Não poderia ser a invenção de homens bons ou anjos; para eles não seria nem poderia fazer um livro, e dizer mentiras o tempo todo eles estavam escrevendo-lhe, dizendo: "Assim diz o Senhor", quando era sua própria invenção. 2. Não poderia ser a invenção de homens ou demônios maus; para eles não faria um livro que todos os comandos do dever, proíbe todos os pecados, e condena suas almas para o inferno por toda a eternidade. 3. Portanto, eu chegar a essa conclusão, que a Bíblia deve ser dada por inspiração divina.
  
As Marcas dos Tempos Perigosos. A Excelência das Escrituras - 2 Timóteo 3:10-17 - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD
Para confirmar Timóteo no caminho em que andava, Paulo faz o seguinte:
I
O apóstolo coloca diante dele seu próprio exemplo, do qual Timóteo tinha sido testemunha ocular, pelo fato de o estar acompanhando por muito tempo (v. 10): Tu [...] tens seguido a minha doutrina. Quanto mais plenamente conhecermos a doutrina de Cristo e dos apóstolos, tanto mais firmemente vamos aderir a ela. O problema de tantos não estarem firmes nela é que não a conhecem de perto. Os apóstolos de Cristo não tinham inimigos, a não ser aqueles que não os conheciam, ou não os conheciam de perto. Esses que os conheciam melhor, os amavam e honravam. Então o que Timóteo conhecia tão de perto em Paulo? 1. A doutrina que ele pregava. Paulo não escondia nada dos seus ouvintes, mas anunciava todo o conselho de Deus (At 20.27), assim, que se não fosse pela própria culpa deles, eles a conheceriam de perto. Timóteo tinha um grande privilégio em ter sido treinado por um tutor como Paulo e ser informado da doutrina que pregava. 2. Timóteo conhecia de perto a conduta do apóstolo: Tu [...] tens seguido a minha doutrina, modo de viver. Seu modo de vida estava em conformidade com a sua doutrina e não a contradizia. Ele não derrubava com o seu viver aquilo que tinha erguido com a sua pregação. Os ministros cuja maneira de viver está em conformidade com as suas doutrinas, muito provavelmente farão bem e deixarão frutos duradouros do seu trabalho. Por outro lado, aqueles que pregam bem, mas se conduzem mal não podem esperar trazer proveito ao povo. 3. Timóteo conhecia de perto qual era a grande coisa que Paulo tinha em vista, tanto na sua pregação quanto na sua conduta: “Você conhece a minha intenção, o que almejo, quão longe isso está de qualquer desígnio secular, carnal e mundano, e quão sinceramente viso à glória de Deus e o bem da alma das pessoas”. 4. Timóteo conhecia de perto o bom caráter de Paulo, que ele podia deduzir da sua doutrina, do seu modo de viver e do seu propósito; porque ele deu provas da sua fé (isto é, da sua integridade e fidelidade, ou da sua fé em Cristo e da sua fé em relação à vida vindoura), da sua longanimidade para com as igrejas às quais pregava e sobre as quais presidia, da sua caridade para com todas as pessoas, e da sua paciência. Essas eram graças que notabilizaram Paulo, e Timóteo sabia disso. 5. Ele sabia que o apóstolo estava sofrendo por ter feito o bem (v. 11): “Você conheceu de perto as perseguições e aflições tais quais me aconteceram” (ele somente menciona aquelas que ocorreram enquanto Timóteo esteve com ele, em Antioquia, em Icônio e em Listra); “e, portanto, não se surpreenda se tiver de suportar coisas difíceis; isso também aconteceu comigo antes”. 6. Ele conhecia o tipo de cuidado que Deus tinha com ele: e o Senhor de todas as aflições me livrou; assim como o apóstolo nunca falhou na causa dele, assim o seu Deus nunca falhou com ele. Você conhece de perto as minhas aflições. Quando conhecemos apenas em parte as aflições de pessoas justas, elas se tornam uma tentação para nós no sentido de rejeitarmos a causa pela qual elas sofrem. Quando somente conhecemos as privações às quais elas estão sujeitas por amor a Cristo, poderemos estar prontos para dizer: “Vamos renunciar a essa causa que provavelmente nos custará tanto se a adotarmos”; mas quando conhecemos as aflições de perto, não somente como elas sofrem, mas como são fortalecidas e consoladas nos seus sofrimentos, então, em vez de ficar desanimados, seremos animados por eles, especialmente considerando que sabíamos anteriormente que deveríamos passar por isso (v. 12): todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições: nem sempre de modo similar. Naquela época, aqueles que professavam a fé em Cristo estavam mais expostos à perseguição do que em outras épocas; mas em todos as épocas, mais ou menos, aqueles que viverem piamente em Cristo Jesus padecem perseguições. Eles devem esperar ser desprezados e que a sua religião os atrapalhará na sua caminhada para a honra. Esses que desejam viver piedosamente devem contar com ela, especialmente esses que viverem piedosamente em Cristo Jesus, isto é, de acordo com as regras estritas da religião cristã e vestirem a farda e levarem o nome do Redentor crucificado. Todo aquele que mostrar a religião por meio de seu modo de viver, que não somente é piedoso, mas vive de maneira piedosa, poderá esperar perseguição, especialmente quando se mostrarem resolutos nisso. Observe: (1) A vida do apóstolo era exemplar por três motivos: pela sua doutrina, que era de acordo com a vontade de Deus; pela sua vida, que era de acordo com a sua doutrina; e pelas suas perseguições e sofrimentos. (2) Embora sua vida fosse uma vida de grande proveito, também era uma vida de grande sofrimento; e ninguém, eu creio, chegou mais perto do seu grande Mestre pelos eminentes serviços e grandes sofrimentos do que Paulo. Ele sofreu quase em todo lugar. O Espírito Santo lhe revelou que prisões e tribulações o esperavam (At 20.23). Aqui ele menciona suas perseguições e aflições em Antioquia, em Icônio e em Listra, além do que sofreu em outros lugares. (3) O apóstolo menciona a libertação do Senhor em todas as situações, para o encorajamento de Timóteo e nosso. (4) Temos a prática e tratamento dos verdadeiros cristãos: eles vivem piedosamente em Cristo Jesus – essa é a prática deles; e eles sofrerão perseguição – esse é o tratamento que devem esperar neste mundo.
II
Ele adverte Timóteo do final trágico dos enganadores, como um motivo para permanecer firme à verdade em Jesus: Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior etc. (v. 13). Observe: Assim como homens justos, pela graça de Deus, se tornam cada vez melhores, assim também ocorre com os homens maus, por meio da sutileza de Satanás e o poder das suas próprias corrupções, se tornam cada vez piores. O caminho do pecado é morro abaixo; pois esses procedem de mal a pior, enganando e sendo enganados. Esses que enganam os outros não fazem mais do que enganar-se a si mesmos. Esses que atraem os outros ao pecado acabam incorrendo em mais e mais erros, e descobrirão isso no final, para o prejuízo deles.
III
Ele o orienta a permanecer firme em um bom ensino e especialmente em relação àquilo que tinha aprendido das Sagradas Escrituras (vv. 14,15): Permanece naquilo que aprendeste. Observe: Não é suficiente aprender aquilo que é bom, mas devemos permanecer nisso e perseverar até o fim. Então seremos, verdadeiramente, discípulos de Cristo (Jo 8.31). Não deveríamos mais ser meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14). Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça (Hb 13.9). E, por essa razão, deveríamos permanecer nas coisas que aprendemos das Sagradas Escrituras. Isso não quer dizer que devemos permanecer nos erros e enganos para os quais talvez tenhamos sido levados no tempo da nossa infância e mocidade (porque essas coisas, após uma averiguação imparcial e uma completa convicção, deveríamos abandonar); mas isso não muda nada quanto a permanecermos nas coisas que as Sagradas Escrituras claramente asseveram, e que até quem passa correndo consegue ler. Se Timóteo permanecesse fiel à verdade como foi ensinado, isso o prepararia contra os laços e insinuações dos enganadores. Observe: Timóteo deve permanecer naquilo que aprendeu e de que foi inteirado.
1. É uma grande alegria conhecer a certeza das coisas das quais já fomos informados (Lc 1.4); não somente para conhecer as verdades, mas saber que são certezas incontestáveis. Devemos nos esforçar cada vez mais para certificar-nos daquilo que aprendemos, que, estando fundamentados na verdade, possamos estar guardados contra o engano, porque a certeza na religião é de grande importância e benefício. “Sabendo”: (1) “Que tu tiveste bons mestres. Pondera de quem o tens aprendido; não de homens maus e enganadores, mas de homens justos, que experimentaram o poder das verdades que ensinaram a ti e estavam prontos a sofrer por elas, e, dessa forma deram a evidência mais completa da sua fé nessas verdades”. (2) “Sabendo especialmente o firme fundamento sobre o qual tu construíste, a saber, as Escrituras (v. 15): que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras”.
2. Esses que se familiarizam com as coisas de Deus, e se certificam delas, devem saber as sagradas letras, porque elas são o resumo da revelação divina.
3. É uma alegria conhecer as sagradas letras desde a meninice; e crianças deveriam ter o conhecimento das Escrituras desde cedo. A infância é a fase do aprendizado; e aqueles que querem receber o verdadeiro aprendizado devem recebê-lo das Escrituras.
4. As Escrituras que devemos conhecer são as Santas Escrituras ou as sagradas letras. Elas vêm do Deus santo, foram entregues por homens santos, contêm preceitos santos, tratam de coisas santas e foram destinadas a tornar-nos santos e a orientar-nos para o caminho da santidade para a felicidade. Sendo chamadas de sagradas letras, elas são, dessa forma, diferenciadas dos escritos profanos de todos os tipos, e daqueles que somente tratam da moralidade e justiça e honestidade comum, mas não tratam da santidade. Se queremos conhecer as sagradas letras, devemos lê-las e examiná-la diariamente, como fizeram os nobres bereanos (At 17.11). Elas não devem ficar deitadas em algum lugar de forma negligente e raras vezes ou até nunca lidas. Observe aqui:
(1) A excelência das Escrituras. A Escritura é divinamente inspirada (v. 16), e, portanto, é a Palavra de Deus. Ela é a revelação divina, de que podemos depender como infalivelmente verdadeira. O mesmo Espírito que assoprou a razão em nós, sopra a revelação entre nós: Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Os profetas e apóstolos não falavam de si mesmos, mas aquilo que recebiam do Senhor eles entregaram a nós. Da grandiosidade do seu estilo podemos saber que a Escritura foi dada pela inspiração de Deus; da verdade, pureza e sublimidade das doutrinas contidas nela; da harmonia entre as suas diversas partes; do seu poder e eficácia na mente de multidões que a ouvem; do cumprimento de muitas profecias relacionadas a coisas muito além de toda presciência humana; e dos milagres indescritíveis que foram realizados como prova da sua origem divina: testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade (Hb 2.4).
(2) Sua utilidade para nós. [1] Que podem fazer-te sábio para a salvação; ou seja, as Escrituras são um guia certo em nosso caminho para a vida eterna. Observe: As pessoas verdadeiramente sábias são sábias para a salvação. As Escrituras são aptas a tornar-nos verdadeiramente sábios, sábios para a nossa alma e para o outro mundo. “Para tornar você sábio para a salvação pela fé”. Observe: As Escrituras vão nos tornar sábios para a salvação, se estiverem combinadas com a fé, e não o contrário (Hb 4.2). Porque, se não crermos na sua verdade e bondade, não nos farão bem algum. [2] Ela é proveitosa para todos os propósitos da vida cristã, para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Ela atinge todos os fins da revelação divina. Ela instrui naquilo que é verdade, repreende quando estamos errados e nos dirige naquilo que é bom. Ela é útil para todos, porque todos precisamos ser instruídos, corrigidos e redargüidos. Ela é especialmente útil para os ministros, que devem dar instrução, correção e repreensão; e de onde poderíamos obter informações melhores do que da Bíblia? [3] Para que o homem de Deus seja perfeito (v. 17). O cristão, o ministro, é um homem de Deus. O que completa um homem de Deus neste mundo é a Escritura. Por meio dela somos perfeitamente instruídos para toda boa obra. A Escritura é adequada para todas as situações. Independentemente do nosso dever, ou do nosso serviço, podemos encontrar aquilo que precisamos nas Escrituras.
(3) Como um todo, podemos ver o seguinte: [1] Que a Escritura tem vários usos e atinge diversos fins e propósitos: Ela é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir todos os erros de julgamento e prática, e para instruir em justiça. [2] A Escritura é uma regra perfeita de fé e prática e foi designada para o homem de Deus, porque é proveitosa para ensinar etc. [3] Se consultarmos a Escritura, que foi dada pela inspiração divina e seguirmos as suas orientações, seremos feitos homens de Deus, perfeitos e perfeitamente instruídos para toda boa obra. [4] Não precisamos de escritos de filósofos, nem de fábulas rabínicas, nem de lendas papistas, nem de tradições orais, para nos tornar homens de Deus perfeitos, uma vez que a Escritura satisfaz a todos esses fins e propósitos. Devemos amar mais a nossa Bíblia e ficar mais íntimos dela. Só então acharemos o benefício e proveito dela e finalmente alcançaremos a felicidade nela prometida e assegurada a nós.
 
 
 
SUBSÍDIOS Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia - CPAD - 3º Trimestre de 2022
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro professor, prezada professora, nesta lição estudaremos o processo de relativização da Bíblia. Por isso, ela se desdobra em quatro tópicos: Primeiro - A Bíblia e o ESPÍRITO desta Era; Segundo - A Bíblia e o Politicamente Correto; Terceiro - A Bíblia e o outro Evangelho; Quarto - A Bíblia, sempre atual Palavra de DEUS. Basicamente, esse conteúdo mostra o processo de desconstrução e de relativização que certos mestres estão fazendo com a Bíblia; a construção de uma narrativa e a criminalização da opinião que enaltecem os valores da Bíblia; a promoção de novas metodologias de interpretação, bem como novas teologias, a partir da Bíblia e, finalmente, a afirmação cristã da Bíblia como a inerrante Palavra de DEUS.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Destacar os aspectos desconstrucionistas e relativistas a respeito da Bíblia; II) Explicar o processo de construção de narrativas para criminalizar a opinião doutrinariamente conservadora da Bíblia; III) Pontuar as novas metodologias e teologias a partir da relativização da Bíblia; IV) Afirmar que a Bíblia é um livro revelado e inspirado por DEUS.
B) Motivação: Vivemos sob uma ideologia que domina os ambientes intelectuais e culturais de nossa sociedade: universidades, jornalismo, cinema etc. Essa influência não deixaria de atingir a fé cristã. Há um movimento intelectual de dentro do meio evangélico que busca desconstruir a visão conservadora da Bíblia, relativizando assim os grandes ensinamentos milenares que herdamos de nossos antigos pais. É preciso estar consciente a respeito desse movimento.
C) Sugestão de Método: Certamente seus alunos já tomaram conhecimento pela internet a respeito de líderes que se denominam cristãos, mas defendem a liberação do aborto, a normalização da homossexualidade etc. Por isso, dê a oportunidade para um ou dois alunos no máximo contar a respeito dessa experiência. Não passe de cinco minutos com essa atividade introdutória para o desenvolvimento da lição. Em seguida, diga que as ideias defendidas por esses líderes têm a ver com a proposta de desconstrução e relativização da interpretação e dos valores da Bíblia como Palavra de DEUS.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conclua a lição incentivando os alunos a lerem bons livros que valorizam os antigos postulados da Bíblia como Palavra de DEUS. Obras como a Origem da Bíblia, editada pela CPAD, dentre outras, são um grande auxílio para este trabalho apologético a respeito da Bíblia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que lhe darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Apego à Bíblia como Antídoto" é uma reflexão que expande o primeiro tópico a respeito de como a igreja pode se proteger do processo de desconstrução e relativização da Bíblia; 2) O texto "A Inspiração das Escrituras" traz uma proposta de aplicação para afirmar a autoridade das Escrituras.
 
 
SINÓPSE I - O ESPÍRITO desta era contribui para a desconstrução e relativização da Bíblia.
SINÓPSE II - Há uma formação de narrativa a respeito da Bíblia para criminalizar a opinião ancorada nos antigos postulados da fé cristã.
SINÓPSE III - O outro Evangelho promove novas metodologias de leitura da Bíblia e, consequentemente, novas teologias e modismos.
SINÓPSE IV - A Bíblia é a Palavra de DEUS porque foi revelada e inspirada por Ele.
 
 AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP1
APEGO À BÍBLIA COMO ANTÍDOTO
“Em 2003, o projeto genoma humano identificou, pela primeira vez, aproximadamente 20 a 25 mil genes no DNA humano. Do ponto de vista biológico, os genes determinam as características particulares de cada organismo. DEUS é um grande engenheiro pelo fato de nos ter criado de tal modo! Nossos genes determinam como vamos evoluir ou, em alguns casos, decair conforme o andamento da nossa vida. A cor dos nossos olhos, nossa altura e até mesmo a propensão para certas doenças são exemplos de como somos tecidos nos detalhes celulares, no que diz respeito ao aspecto físico. Por analogia, as igrejas também têm uma ‘constituição genética’ – crenças, princípios e compromissos que costumam direcionar e determinar sua existência espiritual, sua dinâmica como comunidade e, finalmente, seus impactos sobre o mundo. A questão de que a igreja tem a Escritura na medula óssea pode parecer irracional, mas nem sempre é o caso. Na América do Norte temos vivido uma ‘doença genética’ na igreja, manifestada por uma preocupante expansão rápida de um analfabetismo bíblico” (GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia Para a Vida: Seu Guia para Entender e Viver a Palavra de DEUS. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.267).
 
AUXÍLIO APOLOGÉTICO TOP2
A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
“(3) JESUS também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13; 1 Co 2.12,13; 1 Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2 Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO, DEUS, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2 Pe 1.20,21; ver 1 Co 2.12,13)” (Bíblica de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1882).

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais expressões referem-se ao fenômeno cultural pós-moderno?“ A era do vazio”; “pós-verdade’, “o fim das certezas”, “cultura líquida” ou ainda “desconstrução”.
2. O que caracteriza o relativismo? Não há valores perenes ou absolutos. Tudo é relativo.
3. O que não há espaço na narrativa do politicamente correto? Dentro dessa narrativa do politicamente correto não há espaço para a Bíblia.
4. O que a Bíblia é para o cristão? Para o cristão, a Bíblia é um texto antigo com uma mensagem atual.
5. O que distingue a Bíblia de outras obras literárias? A inspiração divina. Enquanto as outras obras são de inspiração humana, a Bíblia é de inspiração divina.

LEITURAS PARA APROFUNDAR
Guia Cristão de Leitura da Bíblia; Manual Bíblico Entendendo a Bíblia
 
 
Lição 7, A Sutileza da Relativização da Bíblia (ESTA LIÇÃO, NA ÍNTEGRA COMO ESTÁ NA REVISTA)
 
 TEXTO ÁUREO
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”  (2 Tm 3.16)
  
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia é a inspirada, a inerrante e a infalível Palavra de DEUS. Por isso, não podemos relativizá-la.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 3.14-17
14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. 15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. 16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, 17 - para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
INTRODUÇÃO
Não é novidade para ninguém que a Bíblia sempre sofreu ataques ao longo dos séculos. Não foram poucas as tentativas de desacreditá-la e, até mesmo, aboli-la da sociedade. As táticas foram muitas. Às vezes seus exemplares foram queimados; outras vezes a Bíblia foi considerada perigosa, obsoleta e desnecessária. Enfim, em diferentes momentos e épocas sempre houve algum levante contra a autoridade das Escrituras.
Hoje não é diferente. Infelizmente, há quem afirme que a Bíblia precisa ser “atualizada”. Geralmente esse posicionamento é tomado quando se trata de questões de natureza social e comportamental. Assim, há quem defenda que a Bíblia precisa ser “ressignificada”. Em outras palavras, para ele, a Palavra de DEUS está desatualizada nessas questões sociais e comportamentais ou, no mínimo, mal traduzida, mal interpretada e, portanto, mal aplicada.
I – A BÍBLIA E O ESPÍRITO DESTA ERA
1. A desconstrução.
Não é incomum encontrarmos na literatura, ou nas mídias sociais, expressões como: “a era do vazio”; “pós-verdade’, “o fim das certezas”, “cultura líquida” ou ainda “desconstrução”. São formas diferentes para nomear o mesmo fenômeno cultural que impera na sociedade contemporânea, também denominado de pós-moderno. Em palavras mais simples, esse novo modelo ou paradigma cultural se contrapõe ao cristianismo procurando desconstruir, não apenas sua herança cultural, mas, sobretudo, seu conjunto de valores ético-morais e espirituais (cf. Rm 12.2). Enfim, é uma nova forma de pensar e agir diferente daquela que estávamos habituados a enxergar. A consequência disso tudo é a relativização das Escrituras (Is 5.20).
2. O relativismo.
Dentro dessa nova configuração cultural, o relativismo é inevitável. Não há valores perenes ou absolutos. Tudo é relativo. Na verdade, há muito que o relativismo ético-moral vem se insurgindo na sociedade e de forma sorrateira na igreja. Não há mais parâmetro por meio do qual se possa dizer o que é certo ou errado. Tudo é relativo. Isso significa dizer que qualquer julgamento depende do ponto de vista de quem julga ou analisa. Por essa perspectiva, a Bíblia representa apenas mais um ponto de vista dentre vários outros (cf. Hb 13.8).
II – A BÍBLIA E O POLITICAMENTE CORRETO
1. A criação de uma narrativa.
“Destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3 - NAA). Essa pergunta do salmista ecoa em nossos dias. Os fundamentos estão sendo derrubados, destruídos. É preciso observar que isso não é um fenômeno aleatório, impensado. Não. Trata-se de uma narrativa ardilosamente construída com o fim de desconstruir os valores cristãos e substituí-los por outros. É aí que se cria uma narrativa ou história para se chegar a esse fim. Surge o discurso do “politicamente correto”. Dentro desse modelo criou-se uma nova moralidade, uma nova ética, e, portanto, uma nova forma de dizer o que é certo e errado. Por esse novo modelo está correto se fazer aborto e proibir a leitura da Bíblia em espaços públicos (cf. 2 Tm 3.12-14). Dentro dessa narrativa do politicamente correto não há espaço para a Bíblia.
2. A criminalização da opinião.
Pensar diferente dessa nova narrativa que foi criada é estar sujeito à censura. Na verdade, toda forma de pensar diferente dessa narrativa é criminalizada. Há, portanto, uma ditadura da opinião. Quem pensa diferente deve ser execrado e, até mesmo, punido. É a ditadura do politicamente correto. Não há espaço para cristãos conservadores. O cristianismo, que no ocidente é a cultura majoritária, está sendo banido para a periferia, transformando-se numa contracultura (cf. Mt 10.22). No mundo todo vemos sites cristãos conservadores sendo censurados e banidos
III – A BÍBLIA E O OUTRO EVANGELHO
1. Uma nova metodologia.
Dentro da cultura pós-moderna, do politicamente correto, surge a necessidade de ressignificar a Bíblia. A Palavra de DEUS precisa ser atualizada para que fale a mesma língua dentro dessa nova configuração cultural. Surge a necessidade de se criar uma nova metodologia no processo interpretativo do texto bíblico. Nesse caso, o leitor, e não o autor bíblico, passa a ser mais importante; dizendo de outra forma: não importa o que o autor do texto bíblico disse, mas o que o leitor contemporâneo acha que está certo. É o que os exegetas denominam de hermenêutica centrada no leitor. O autor bíblico deixa de ter importância. Então, vale tudo. A Bíblia precisa se ajustar a essa nova metodologia. Assim surge, portanto, outro evangelho (cf. Gl 1.9).
2. Novas teologias.
Esse “outro evangelho” também possui sua própria teologia. Todo o texto bíblico passa por uma nova ressignificação. A Bíblia, portanto, deveria ser toda atualizada. Surge o “evangelho social” (cf. Jo 6.26). Dentro do contexto evangélico o velho marxismo ganha uma nova roupagem. Assim, os relacionamentos homoafetivos são vistos a partir da perspectiva da denominada “teologia inclusiva”. É dentro dessa nova perspectiva que se faz apologia do evangelho social, ecumênico e homoafetivo. Essa é a nova configuração teológica. Qualquer pensamento que destoe desse é considerado fascista, homofóbico e discurso de ódio. Isso explica a censura pública que muitos cristãos estão sofrendo.
IV – A BÍBLIA, SEMPRE ATUAL PALAVRA DE DEUS
1. Revelada por DEUS.
Para o cristão, a Bíblia é um texto antigo com uma mensagem atual. Ela foi, é e sempre será relevante. A razão disso é que a Bíblia é a revelação de DEUS à humanidade (2 Pe 1.16-21). DEUS se revelou através das páginas da Bíblia (2 Tm 3.16,17). Qualquer tentativa de “ressignificar” ou “atualizar” a Bíblia, fazendo com que ela se ajuste a essa cultura contemporânea, deve ser rejeitada e vista como uma heresia. A Bíblia não pode nunca ser ajustada a mentalidade de uma cultura caída e, portanto, afastada de DEUS (Is 59.1-4). Os pregadores que levantaram essa bandeira apóstata, na verdade, devem ser vistos como falsos profetas. Às vezes parecem anjos de luz, mas, na verdade, pregam ensinos de demônios (1 Tm 4.1). O fim é afastar a humanidade da cruz de CRISTO.
2. Inspirada por DEUS.
A Bíblia é a revelação de DEUS. Isso significa que ela tem origem em DEUS e por Ele foi inspirada. Paulo, o apóstolo, disse que toda Escritura é inspirada por DEUS (2 Tm 3.16). Nenhum livro, por mais espetacular que seja, pode se colocar em pé de igualdade com a Bíblia. A razão é que a Bíblia possui inspiração divina, as outras literaturas não. Alguém pode receber de DEUS alguma iluminação para dizer ou escrever algo, mas ninguém pode dizer que foi “inspirado” por DEUS da mesma forma que os escritores bíblicos foram. Isso é o que faz a Bíblia ser diferente como obra literária. É um livro com uma mensagem especial e atual porque espelha a mente de DEUS.
CONCLUSÃO
Vimos, portanto, nesta lição, que há toda uma narrativa com o propósito de desacreditar a Bíblia. Para os defensores desse novo modelo cultural, a Bíblia não passaria de um livro obsoleto, produto de uma época, e que, portanto, precisa ser atualizada. Em outras palavras, a Bíblia não seria mais relevante para essa geração. Aqueles que já aderiram a essa suposta necessidade de atualização do texto bíblico, alegando que ele precisa ser relevante para essa geração, desenvolveram metodologias e teologias próprias. Dentro dessa nova forma de entender o texto, a Bíblia é que precisa de ajustes, e não o homem se ajustar a ela.
Todo cristão que segue a ortodoxia bíblica deve rejeitar tal ensino. Não podemos aceitar nada que mutile a Bíblia por conta do politicamente correto. Não podemos rejeitar o que ensina a ortodoxia cristã ou trocá-la pelas novas teologias. A Bíblia é a Palavra de DEUS e, por isso, sempre será atual e relevante para a humanidade.