Lição 4, A
Sutileza da Normalização do Divórcio
Preciso muito da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 20,00. Quem puder ajudar, envie por uma das contas abaixo, em nome de JESUS. PIX - 33195781620 meu CPF também (Banco Bradesco, Imperatriz, MA)
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Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2
Luiz Henrique de Almeida Silva - PIX - 33195781620 meu CPF
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Edna Maria Cruz Silva -
pix 90971221120 cpf
TEXTO ÁUREO
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6) VERDADE PRÁTICA
O padrão bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e indissolúvel.
Ajuda
Lição 12, A Conduta do Crente em Relação à Família, comp-1h, 2Tr20,
Pr Henrique, EBD NA TV - Vídeo
- https://youtu.be/Zxue7nwYE0g
https://ebdnatv.blogspot.com/2020/06/escrita-licao-12-conduta-do-crente-em.html
https://ebdnatv.blogspot.com/2020/06/slides-licao-12-conduta-do-crente-em.html
Slides -
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/07/slides-licao-4-sutileza-da-normalizacao.html
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/07/escrita-licao-4-sutileza-da.html
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn
1.27,28; 2.22-25 A natureza do casamento é monogâmica e vitalícia
Terça - Mt 19.4-6 A indissolubilidade do casamento
Quarta - Ml 2.15 O aspecto moral do divórcio
Quinta - Ml 2.16 DEUS odeia o divórcio
Sexta - Dt 24.1-4 O divórcio como permissão no AT
Sábado - Mt 5.32; 1 Co 7.10,11 As cláusulas de exceção no divórcio segundo o Novo Testamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 19.1-9
1 - E aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão. 2 - E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali. 3 - Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 - Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea 5 - e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 - Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. 7 - Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? 8 - Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. 9 - Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
COMENTÁRIOS BEP - CPAD (Com modificações do Pr. Henrique) 19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia - Mt 5.32; 19.9). O divórcio, portanto, só pode ser permitido se ao se casar o homem descobre que sua esposa já havia se prostituído antes - Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
A vontade de DEUS em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por prostituição pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução a morte das duas partes culpadas (Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel. Deuteronômio 22:22). (3) Sob a Nova Aliança, continua a mesma verdade valendo. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO. Porque o Senhor , o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que cobre de violência as suas roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, tenham cuidado e não sejam infiéis; Malaquias 2:16. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem; Marcos 10:9 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. Mateus 19:6.
HINOS SUGERIDOS: 176, 213, 252 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Divórcio
Resumo da Lição 4, A Sutileza da Normalização do Divórcio
I – O DIVÓRCIO NO CONTEXTO BÍBLICO
1. O divórcio no contexto do Antigo Testamento. 2. O divórcio no contexto do Novo Testamento. II – A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO
1. O divórcio no seu aspecto legal. 2. O divórcio no seu aspecto moral. III – O DIVÓRCIO E A PRÁTICA PASTORAL
1. A pessoa do divorciado. 2. O divorciado como cristão.
Quando JESUS Explicou Sobre O Casamento E Seu Compromisso Aos Seus Discípulos Eles Disseram Que Era Melhor Não Casar Então. JESUS Lhes Disse Que Nem Todos Suportariam Ficarem Sem Se Casar. Falou Dos Tipos De Eunucos, Ou Seja, Os Que Não Se Casavam (Por Nascerem Eunucos, Ou Seja, Não Se Interessarem Por Sexo, Outros Por Serem Castrados Ou Outros Por Decisão De Se Dedicarem Exclusivamente A DEUS, Como Paulo).
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram
castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa
do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba. Mateus 19:12
Mateus 19.1
- E aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e
dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão. 2 - E seguiram-no muitas
gentes e curou-as ali.
3 Então, chegaram ao pé dele os fariseus,
tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo? 4 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no
princípio, o Criador os fez macho e fêmea 5 e disse: Portanto, deixará o
homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 Assim
não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que DEUS ajuntou
não separe o homem. 7 Disseram-lhe eles: Então, por que mandou
Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? 8 Disse-lhes ele: Moisés, por
causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas,
ao princípio, não foi assim. 9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar
sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete
adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. 10
Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à
mulher, não convém casar. 11 Ele, porém, lhes disse:
Nem todos podem
receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que
foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por
causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba.
JESUS aqui se refere a lei que permitia o divórcio caso o marido
descobrisse, no primeiro dia de casado, que sua recém esposa não era mais
virgem, ou seja, estava em posição de prostituição (prática de sexo de
pessoa solteira antes do casamento).
O que JESUS condena, portanto, é o esposo deixar sua esposa sem ser por este
motivo e mesmo assim lhe dar carta de divórcio. Nesse caso este homem se
viesse a se casar com outra pessoa estaria cometendo adultério e que se
casasse com este homem também estaria cometendo adultério.
Só há uma possibilidade de alguém casado se divorciar e casar de novo - se
ao se casar descobrisse que a mulher não era mais virgem. Aí sim, estaria
liberado para se casar de novo e contrair novas núpcias com outra mulher.
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será
que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe
fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.
Deuteronômio 24:1
Só a morte de um dos cônjuges, ou dos dois, é que o casamento é desfeito.
1 Coríntios 7.2 Porque a mulher que está sujeita ao marido,
enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está
livre da lei do marido. 3 De sorte que, vivendo o marido, será chamada
adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e
assim não será adúltera se for doutro marido.
1
Coríntios 7.39 “A mulher está ligada pela lei todo tempo que o
marido viver; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem
quiser, contando que seja no Senhor”.
Em nenhum momento você vai
encontrar na Bíblia que você não será tentado, ou seja: em algum momento do
seu casamento, você terá dificuldades e será tentado a pecar, sentir desejo
por outra pessoa, isso acontecerá sim! Mas DEUS também deixou qual recurso
você deve usar para se safar deste pecado. Fugir da aparência do mal, diz a
Palavra de DEUS em 1 Coríntios 10:13- Não vos sobreveio nenhuma tentação,
senão humana; mas fiel é DEUS, o qual não deixará que sejais tentados acima
do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída,
para que a possais suportar.( João Ferreira de Almeida). Esta é a receita
única e exclusiva para viver um casamento até que a morte os separe, passo
esta receita à todas as minhas noivas que DEUS me dá a oportunidade.
**"Porneia"** (grego) significa prostituição e só está em prostituição uma
mulher solteira que executou o ato sexual fora do casamento. Quando é casada
não é prostituição, mas adultério e era apedrejada até a morte. Levítico
20:10
**"Porneia"** (grego) também significa Adultério e só está em Adultério uma
mulher casada que executou o ato sexual fora do casamento. Quando é casada é
adultério e deveria ser apedrejada até a morte, ela e o adúltero.
Levítico 20:10
Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a
mulher do seu próximo, **certamente morrerá o adúltero e a adúltera**.
Levítico 20:10
(Os sacerdotes) Não tomarão mulher prostituta ou infame, nem tomarão mulher
**repudiada** de seu marido, pois o sacerdote santo é a seu DEUS. Levítico
21:7
Viúva, ou **repudiada, ou desonrada, ou prostituta**, estas não tomará, mas
virgem dos seus povos tomará por mulher. Levítico 21:14
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que
se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará. Hebreus 13:4
Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então,
ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim,
tirarás o mal de Israel. Quando houver moça virgem, desposada com algum
homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, então, trareis
ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a
moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher
do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti. E, se algum homem, no
campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela,
então, morrerá só o homem que se deitou com ela; porém à moça não farás
nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta
contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio. Pois a achou
no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse. Quando um
homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se
deitar com ela, e forem apanhados, então, o homem que se deitou com ela dará
ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será
por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias. Deuteronômio
22:22-29
Jeremias 3.8 E, quando por causa de tudo isso, **por ter cometido
adultério**, a rebelde Israel despedi e lhe dei carta de **divórcio**, vi
que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas foi-se e também ela mesma se
prostituiu. (Veja que o casamento de DEUS com Israel só ocorrerá no fim dos
tempos, após o milênio. A Igreja e Israel serão um só povo salvo mornado com
DEUS para sempre). Israel é considerada a esposa que estava em prostituição
(idolatria - amando deuses) e não consumou o casamento vindo a receber
repúdio e carta de divórcio.
ADULTÉRIO - נאף na’aph - hebraico
1) cometer adultério
1a) (al)
1a1) cometer adultério
1a1a) geralmente de homem
1a1a1) sempre com a esposa de outro
1a1b) adultério (de mulheres) (particípio)
1a2) culto idólatra (ig.)
1b) (iel)
1b1) cometer adultério
1b1a) referindo-se ao homem
1b1b) adultério (de mulheres) (particípio)
1b2) culto idólatra (fig.) DIVÓRCIO - כריתות k ̂eriythuwth - hebraico
1) divórcio, demissão, separação απολυω apoluo - REPÚDIO - NÃO PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) libertar
2) deixar ir, despedir, (não deter por mais tempo)
2a) um requerente ao qual a liberdade de partir é dada por um resposta decisiva
2b) mandar partir, despedir
3) deixar livre, libertar
3a) um cativo i.e. soltar as cadeias e mandar partir, dar liberdade para partir
3b) absolver alguém acusado de um crime e colocá-lo em liberdade
3c) indulgentemente conceder a um prisioneiro partir
3d) desobrigar um devedor, i.e. cessar de exigir pagamento, perdoar a sua dívida
4) usado para divórcio, mandar embora de casa, repudiar. A esposa de um grego ou romano podia pedir divórcio de seu esposo.
5) ir embora, partir
αποστασιον apostasion - DIVÓRCIO - PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) divórcio, repúdio
2) uma carta de divórcio Prostituição, Adultério - (Strong Português) - πορνεια porneia (a mesma palavra tem vários sentidos)
1) relação sexual ilícita
1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10.11-12
2) metáf. adoração de ídolos
2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos Lição 5: O casamento é para sempre (Com modificações do Pr. Henrique) LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º
Trimestre de 2022
Título: Os valores do Reino de DEUS — A relevância do Sermão do
Monte para a Igreja de CRISTO
Comentarista: Osiel Gomes - Data: 1
de Maio de 2022
Mateus 5.27-32.
27 — Ouvistes que foi dito aos
antigos: Não cometerás adultério. 28 — Eu, porém, vos digo que qualquer que
atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com
ela. 29 — Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o
para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo
o teu corpo seja lançado no inferno. 30 — E, se a tua mão direita te
escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos
teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 31
— Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de
desquite. 32 — Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não
ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que
casar com a repudiada comete adultério.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte, em que JESUS
evidencia a justiça e o caráter do discípulo acima da postura dos escribas e
fariseus, a preservação do casamento foi muito bem destacada. Ao evocar o sétimo
mandamento, “não adulterarás” (Êx 20.14), a intenção do Mestre é colocar o
casamento no seu devido lugar, como foi designado pelo próprio DEUS (Gn 2.24).
Na continuidade do seu ensino, JESUS
expressa que tudo começa no coração. Assim, cai por terra as teorias quanto ao
divórcio, as evasivas criadas por aqueles que pensam em se separar de seu
cônjuge, visto que, os que realmente são dominados pelos valores ensinados por
CRISTO, procuram, em tudo, a preservação da pureza, da vida conjugal (Hb 13.4) e
do verdadeiro lar cristão. Em Mateus 5.27-32, JESUS esclarece que não há espaço
para uma moral dupla, como deseja uma sociedade degenerada.
Palavra-Chave: CASAMENTO
I. A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério. No grego
temos o verbo moichéuo, “cometer adultério”, “ser um adúltero”, “ter relação
ilícita com a mulher de outro”; da mulher: “permitir adultério, ser devassa”.
Biblicamente, o adultério é definido como uma relação sexual que um homem casado
tem com uma mulher que não é sua esposa ou vice-versa. A idolatria era chamada,
figuradamente, de adultério (Jr 3.8,9; Ez 23.37).
Jamais se deve pensar que as ordens
divinas em relação ao adultério fossem pesadas demais; na verdade, por meio
dessas prescrições da Lei, o que se colimava era preservar o casamento, a
fidelidade conjugal, a família. O mandamento “não adulterarás” trata-se de um
dique que preserva a fidelidade conjugal e a família, a célula mater da
sociedade.
2. A posição de JESUS quanto ao
adultério. Para JESUS, a gênese do adultério está no coração, começando com um
olhar cobiçoso e pensamentos impuros que levam à prática sexual ilícita. O
posicionamento do Mestre vai além de tudo o que, no Antigo Testamento, era
permitido ao homem: divorciar-se de sua mulher, "caso esta não fosse virgem ao
se casar" (Dt 24.1 observação minha - Pr. Henrique)! CRISTO vai ao cerne da
questão, e fala de um coração profano e contaminado, capaz de olhar
cobiçosamente para uma mulher e, sem motivo, dar carta de divórcio à
esposa.
No seu Sermão, JESUS evidencia a
importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora
como dentro do casamento, pois é dessa forma que se consegue manter a pureza em
três níveis: sexual, moral e social. Precisamos ter a consciência de que,
perante DEUS, como bem expressou CRISTO, uma intenção errada é tão pecaminosa
quanto um ato, por isso, devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp
4.8).
3. Os males do adultério. O
adultério sempre é prejudicial para a estrutura familiar, e qualquer
infidelidade no relacionamento a dois sempre será ruim, pois gera desconfiança,
feridas emocionais, desvalorização, desrespeito, fraqueza e queda na vida
espiritual. Por isso, é importante evitar tanto a prática do ato como os
pensamentos indevidos.
Além disso, os prejuízos espirituais
são ainda maiores. Não havendo pureza em seus pensamentos, nem havendo lealdade
com seu cônjuge, o relacionamento entra em perigo e deturpa a mente do cristão
que, tendo a mente de CRISTO, só deve pensar coisas boas (1Co 2.16). O adultério
deve ser evitado a todo custo, pois suas consequências são devastadoras; além de
ser pecado, fere a santidade de DEUS (Pv 5.3-8).
SINOPSE I - O Senhor JESUS condena
claramente a prática do adultério.
Portanto, o que DEUS ajuntou,
não o separe o homem. Marcos 10:9
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
JESUS e a dimensão prática do
divórcio
No subsequente estado adúltero da
mulher que se casa com novo companheiro, a falta é colocada aos pés do primeiro
homem que, de acordo com JESUS, obtém um divórcio frívolo. Ele precipita um
estado adúltero da mulher que se casa outra vez (que então pode não ter tido voz
ativa no segundo matrimônio, dado seu estado social). Mais tarde, quando JESUS
insistiu nesta visão estrita do divórcio, os fariseus perguntaram: ‘Então, por
que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?’. Ele respondeu que
Moisés tolerou esta prática ‘por causa da dureza do vosso coração’.
JESUS manteve a posição anterior
exarada pela lei natural quando instruiu o povo que o Criador designou que o
marido e a esposa fossem uma só carne e nunca se separassem (Mt 19.4-11). Na
passagem em foco, JESUS diz que o homem que se divorcia da esposa por qualquer
razão, exceto por prostituição (Dt 24.1), e se casa com outra mulher, comete
adultério. A vontade de DEUS é a permanência do matrimônio nesta terra. Assim
Malaquias escreve que DEUS diz que o casal é uma carne e que Ele ‘aborrece o
repúdio [ou odeia o divórcio]’, sobretudo por causa dos efeitos sobre os filhos
(Ml 2.14-16).” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.46,47).
II. O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O
CORPO
1. O que procede do coração. O
pecado não está restrito apenas ao ato, mas também a pensamentos impuros,
malignos, cuja fonte é o coração (Mt 15.19). Do hebraico, “coração”; lebab, fala
do homem interior, mente, vontade, alma, inteligência. Trata-se do lugar dos
desejos, das emoções e paixões. No seu aspecto figurativo, o coração refere-se
ao caráter moral. Um cristão que tem o coração transformado tem um viver
totalmente diferente, visto que seu coração é regido pela Palavra (Cl 3.16).
2. O homem é o que pensa. É sabido
por todos que o homem é o que ele pensa ou sente. Os pensamentos e ideias que
estão no seu “homem interior” são os motores que colocam em ação todo o seu
corpo e são determinantes para sua conduta. Desse modo, o homem colherá aquilo
que semear (Gl 6.7). O que semeia o pensamento da cobiça, desejando outra
mulher, não demorará para que concretize isso na prática. A cobiça é algo que
começa no coração, é como uma pequena semente plantada que vai gerar o fruto do
pecado. Cada um é engodado por sua própria cobiça, a qual dará luz ao pecado,
que sendo consumado, leva à morte (Tg 1.14,15).
O Senhor JESUS falou que aquilo que
rege o coração se evidenciará no viver diário de uma pessoa por meio de seus
atos (Mt 15.19; Lc 6.45), o que foi muito bem explicado por Paulo, quando chamou
de obras da carne as ações produzidas por um coração pecaminoso (Gl 5.19-21 -
Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a
estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS.).
Ninguém está isento de tentações,
mas é preciso revestir-se do novo homem interior produzido por CRISTO para
jamais cometer os atos pecaminosos por meio do corpo (Ef 4.24; Rm 6.12,13). A
saída é pedir para JESUS fazer a transformação e nos dar um novo coração (Ez
11.19; 18.31).
3. Sujeitando o corpo ao ESPÍRITO
SANTO. O caminho para que o cristão possa dominar bem o corpo é viver na
dependência do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.16). JESUS fez uso de figuras de linguagem e
de modo hiperbólico para mostrar como se deve fazer para vencer os instintos
sexuais.
Ao sugerir “Se o teu olho direito te
escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti” (Mt 5.29a), CRISTO não
tinha a intenção de incitar alguém a praticar a mutilação dos membros do corpo.
O uso aqui é totalmente metafórico, dando ênfase de como o cristão pode
crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o seu corpo ao ESPÍRITO para que
não seja instrumento do pecado (Gl 5.24; Tt 3.3-5). JESUS não estava falando de
cortar algum membro do corpo, pois nada disso valeria enquanto o coração ainda
estivesse cheio de pecado. Um coração transformado pelo poder de CRISTO mostrará
atitudes de sacrifício que visam glorificar a DEUS (Rm 12.1; 1Co 6.20).
SINOPSE II - O que procede do
coração e permeia o pensamento do homem determinarão seu comportamento.
Porque do coração procedem os
maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos
testemunhos e blasfêmias. Mateus 15:19
III. A INDISSOLUBILIDADE DO
CASAMENTO
1. O casamento na perspectiva
bíblica. Sabemos que o casamento é a mais fundamental de todas as instituições
sociais (Gn 1.28; 2.24). Na perspectiva divina, o casamento deve ser uma união
permanente, em que homem e mulher entram em uma aliança a fim de construir uma
união única na mais perfeita intimidade.
Não querendo jamais que os votos do
casamento fossem quebrados, DEUS deu a ordem: “Não adulterarás” (Êx 20.14). A
singularidade dessa maravilhosa união foi destacada por CRISTO quando falou do
vínculo conjugal, expressando que não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19.6).
Paulo via essa união de maneira tão cândida que comparou o amor de CRISTO, que
se sacrificou pela Igreja, ao amor do marido para com a sua esposa (Ef 5.25).
2. O que fazer para que o casamento
seja para sempre? Um casal que vive a vida a dois, em amor, irá construir a mais
bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas e reveses nesta vida. O
casamento deve ser construído com base em respeito, amizade, bom tratamento,
carinho, dignidade, entre outros. Como bem disse o apóstolo Pedro (1Pe 3.7), se
tudo isso estiver presente no casamento ele irá até o fim da vida de um ou dos
dois. O casal cristão
tem conhecimento de que no aspecto espiritual de salvação ambos são iguais (Gn 1.27; Gl
3.28; Cl 3.10,11), e na vida a dois há obrigações distintas e específicas a
serem cumpridas (1Co 7.3).
A união sexual é outro fator
preponderante que deve ser levado em consideração no casamento. Ele deve ser
desfrutado pelo homem e pela mulher, casados, em uma intimidade mais profunda. O
verbo “coabitar” fala de relação sexual dentro do casamento (Gn 4.25), tratada
pela Bíblia como algo digno (Hb 13.4) e prazerosa (Desfruta
a vida com a mulher amada em todos os dias desta vida paradoxal que DEUS te
concede debaixo do sol; uma vida ilusória e sem sentido! Pois essa é a tua
recompensa na vida pelo teu árduo trabalho debaixo do sol. Eclesiastes 9.9).
O casal cristão é consciente de que
jamais deve usar o sexo como fazem os ímpios, sem amor, carinho, respeito, tão
somente para dar vazão às suas lascívias (1Ts 4.3-7). Portanto, o casal que
deseja que seu casamento dure até a morte, deve estar em comunhão com DEUS, e
ter uma união marcada pelo amor e uma vida sexual regrada e sadia.
3. Casamento: uma união
indissolúvel. Na discussão de JESUS com os líderes religiosos, Ele destacou os
ideais divinos sobre o casamento, isto é, como DEUS o havia projetado a fim de
que fosse permanente (Mc 10.9).
Há exegetas que gastam tempo e
muitas letras para provar que o divórcio era permitido; buscam elementos
históricos nas duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel, sendo que a primeira
destacava a questão da impureza no aspecto mosaico a partir da prostituição,
permitindo a carta de divórcio. A segunda era mais liberal, e dizia que qualquer
desagrado da parte do marido poderia dissolver o casamento. Contudo, o melhor
seria que tais estudiosos gastassem mais o tempo para falar do casamento
conforme o propósito eterno, atentando para o princípio de tudo. Estudos de
Judeus NÃO salvos e NÃO cheios do ESPÍRITO SANTO, não podem ser base de
referência para noissa vida cristã (Obs. minha - Pr. Henrique).
Para JESUS, o casamento é uma união
indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não era um
mandamento de Moisés, mas sim uma concessão devido à fraqueza humana, por causa
do pecado (Mt 19.8), pela falta de perdão e misericórdia e amor, pelo padrão baixo e desmoralizante em que muitos estavam
vivendo. Enquanto a Lei permitia o divórcio por causa da prostituição praticada
antes do casamento (Dt 24.1-3), JESUS salienta que isso
significava legalizar o adultério.
Sempre é dolorido falar sobre
divórcio, visto que já se trata da destruição de um casamento. Porém, como
servos de DEUS, precisamos dizer que a comunidade de salvos que quer viver o
padrão do Reino de DEUS, com suas bem-aventuranças, precisa entender que o ideal
divino é a indissolubilidade da vida a dois, tanto física como espiritualmente,
seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão uma só carne (Gn 2.23,24).
SINOPSE III - Na perspectiva
bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
DEUS ODEIA O DIVÓRCIO. Porque o
Senhor , o DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que
cobre de violência as suas roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto,
tenham cuidado e não sejam infiéis; Malaquias 2:16.
Portanto, o que DEUS ajuntou,
não o separe o homem; Marcos 10:9
Assim não são mais dois, mas uma
só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. Mateus 19:6.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Para restringir a falta grave
“JESUS aborda novamente um dos Dez
Mandamentos e afirma sua maior autoridade para interpretá-lo. Como alguns dos
seus contemporâneos Ele vai às minúcias para restringir esta falta grave. Alguns
fariseus fechariam os olhos ou andariam com a cabeça inclinada para não olhar
uma mulher. Mas JESUS identifica o coração como a principal parte ofendida do
ser humano, pois o coração é a sede da vontade, da imaginação e da intenção da
pessoa, embora os olhos tenham sua parte. JESUS não está condenando a atração
sexual natural, mas a luxúria ou desejo lúbrico (Lascivo;
definido pela luxúria ou despertado por ela - v.28). A mensagem de JESUS é
clara: Se a pessoa tratar da intenção do coração, então os olhos cuidarão de si
mesmos” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
CONCLUSÃO
Pela Palavra de DEUS, compreendemos
que o casamento é até que a morte separe os cônjuges, mas sua construção depende de uma vivência com
DEUS em um relacionamento marcado pelo amor. Frente aos problemas que possam
surgir, o caminho não é o divórcio. Os cônjuges devem agir com boa vontade e
sacrifícios, buscando sabedoria divina para que se volte à verdadeira harmonia,
com a presença de JESUS.
VOCABULÁRIO
Cândida: que apresenta pureza e
inocência.
Colimava: tinha em vista; visava a;
objetivava, pretendia.
Hiperbólico: ênfase expressiva
resultante do exagero da significação linguística; exagerado.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O CASAMENTO É ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE
A presente lição traz um estudo
sobre a perenidade do casamento cristão. Certamente esse é um dos maiores
desafios para uma pessoa da sociedade atual aceitar as implicações morais da fé
cristã. Essa é uma questão tão difícil que o autor cristão, C. S. Lewis, em sua
clássica obra, Cristianismo Puro e Simples, mais especificamente no capítulo em
que trata a respeito da moralidade sexual cristã, disse que o casamento cristão
é uma das doutrinas mais impopulares da fé cristã. No Cristianismo, segundo o
propósito moral de DEUS para o homem e a mulher, só há duas possibilidades: se
casar e ser fiel até a morte ou optar pelo dom do celibato (ficar solteiro(a)
para sempre). O autor britânico diz que há apenas uma realidade entre duas
possibilidades a respeito da moral sexual: o cristianismo é mentiroso ou há algo
muito errado com a natureza humana. É claro que há algo muito errado com a
natureza humana porque o pecado original pode ser demonstrado de maneira
concreta na dificuldade que O ser humano tem em obedecer aos preceitos de DEUS
quanto à perenidade do casamento.
Coragem - Infelizmente, em muitos
lugares o divórcio tem sido banalizado. Mas DEUS nos chamou para viver a
perenidade do casamento, ainda que essa doutrina seja impopular em muitos
lugares. Por isso, tenha coragem em expor o maravilhoso plano de amor,
companheirismo, respeito mútuo, parceria e carinho dentro de uma união que
reflete o grande compromisso de fidelidade no casamento, feito no altar, diante
de DEUS e da Igreja, para viver até que a morte os separe.
No ensino do Sermão do Monte, mais
uma vez o que está na vida interior rege a questão da durabilidade do casamento.
O teólogo James Shelton ressalta que “JESUS identifica o coração como parte
ofendida do ser humano, pois o coração é a sede da vontade, da imaginação e da
intenção da pessoa”. O que pode minar o celestial preceito da perenidade do
casamento é quando a vontade, a imaginação e a intenção pessoal foram
sobrepostas por outras que nada têm a ver com os valores do Reino de DEUS.
ENTENDA-SE "CORAÇÃO" COMO SEDE DO INTELECTO, DOS DESEJOS E DAS VONTADES - A
ALMA.
Divórcio e Discipulado ( 19: 1-12 ) - Comentário
Bíblico Wesleyana
(Com modificações do Pr. Henrique)
1. Divórcio ( 19: 1-12 )
1 E aconteceu que, concluindo JESUS estas palavras, saiu da Galileia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão; 2 e grandes multidões o seguiam; e curou-os ali. 3 E aproximou-se dele os fariseus, tentando-o, e dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 E ele, respondendo, disse: Não tendes lido que aquele que fez -los desde o início fez macho e fêmea, 5 e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim que eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS uniu, não o separe o homem. 7 Eles disseram-lhe: Por que, então comandar fez Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la embora ? 8 Ele lhes disse: Moisés, por causa da dureza do vosso coração sofrido vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o início que não tem sido assim. 9 E eu vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não por causa de fornicação (PORNEIA - PROSTITUIÇÃO), e casar com outra, comete adultério; e aquele que casar com ela quando ela a repudiada comete adultério. 10 Os discípulos disseram-lhe: Se o caso do homem é assim com sua esposa, não é conveniente casar-se. 11 Mas ele lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas para quem é dado. 12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos, que fizeram eunucos para o reino de amor de DEUS. Aquele que é capaz de recebê-lo, que o receba.
JESUS partiu da Galileia , provavelmente pela última vez, e começou sua viagem final a Jerusalém. Mas primeiro ele foi para os confins da Judéia, além do Jordão . Esta área era conhecida como Perea, no lado leste do rio Jordão. Peregrinos da Galileia preferiu vir para o lado leste do rio Jordão, para evitar passar por "impuros" e hostil Samaria. Aqui em Perea JESUS realizada em um ministério de cura (v. 2 ).
Mais uma vez os fariseus vieram para testá-lo. Desta vez, o tema foi o divórcio - TEMA já discutido por CRISTO no Sermão da Montanha ( 5: 31-32 ). Eles perguntaram se era lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo (v. 3 ).
JESUS começou a Sua resposta, chamando a atenção para o plano original de DEUS na criação, um homem e uma mulher. Ele citou Gênesis 2:24 . Um homem deve deixar seus pais e unir à sua mulher (v. 5 ). Estes são fortes verbos no grego. Literalmente eles querem dizer "deixar para trás" e "ser colado." Uma das causas da dificuldade doméstica é que alguns maridos e esposas realmente não deixam seus pais. Somos tentados a orar: ". DEUS nos dê mais cola no casamento moderno".
A última cláusula do versículo 5 e na primeira frase do versículo 6 indicam que existe união física, bem como espiritual. Isso é o que faz do casamento algo sagrado, algo diferente de qualquer outro contrato ou associação na vida. É por esta razão que o verdadeiro casamento é indissolúvel.
Os fariseus perguntaram por que era, então, que Moisés tinha ordenado a dar uma certidão de divórcio e se separar da esposa (v. 7 ; cf. Dt 24: 1-4. ). JESUS respondeu que se tratava de uma concessão à dureza dos seus corações, mas que não era da vontade de DEUS desde a criação.
Deve-se reconhecer que Moisés não estava aqui incentivando divórcio. O oposto foi o caso: ele estava colocando restrições sobre casamento para impedir o divórcio fácil. O muçulmano hoje só precisa dizer a sua esposa por três vezes, "Eu me divorcio de ti", e isso é feito de forma legal. Moisés insistiu que um homem deve procurar um escriba e têm papéis jurídicos elaborados. Isso tendia a desencorajar o divórcio (até o lençol da primeira noite era apresentado como prova de que a mulher não era mais virgem para se poder dar carta de divórcio).
Os fariseus tinham perguntado: por qualquer motivo ? JESUS disse: "Apenas por causa da fornicação "(v. 9 ). Para obter um divórcio por qualquer outro motivo e, em seguida, voltar a casar é cometer adultério. Aquele que se casa com uma pessoa não biblicamente divorciada também é culpada de adultério.
A pergunta dos fariseus (v. 3 ) reflete a disputa contemporânea entre as duas escolas de Hillel e Shammai. Ele girava em torno da interpretação de uma cláusula em Deuteronômio 24: 1 - "se ela não achar graça em seus olhos." Samai considerou que esta referida impureza ou prostituição. Hillel era muito mais liberal. Ele permitiria que um homem se divorciar de sua esposa se ela fez alguma coisa que ele não gostava; por exemplo, se ela queimou sua comida quando cozinhar. JESUS se revoltava contra toda essa tramoia. Ele colocou-se abertamente do lado da Palavra de DEUS.
Os discípulos comentaram que se as coisas seriam assim tão rigorosas então era melhor não se casar (v. 10 ). Eles ainda mostraram-se filhos de seus tempos e mal na necessidade de o ESPÍRITO de CRISTO.
JESUS pegou esta observação insensível e elevou a ideia para um nível superior. Para alguns, o celibato era o melhor caminho, mas somente para aqueles que poderiam receber este estado corretamente (v. 11 ). Ele então passou a (v. 12 ) indicar três classes de eunucos (a palavra vem diretamente do grego). Primeiro foram os que nasceram com um defeito. O segundo grupo foi composto por esses eunucos castrados por homens. Originalmente era um eunuco "guardião do quarto de dormir em qualquer harém Oriental ..., um escritório de ciúmes, o que poderia ser confiada apenas aos que foram emasculados ...". Em terceiro lugar, alguns tinham se feito eunucos por amor do reino de DEUS, como no caso de Paulo. Eles foram eunucos eticamente, em vez de fisicamente. Apenas alguns foram capazes receber esta mensagem ; ou seja, adotar a vida celibatária para fins de serviço mais elevados sem distrações (cf. 1 Cor. 7: 32-35 ). O ensino de JESUS acerca do casamento e do divórcio (19.1-12) - Comentário - NVI (FFBruce)
Comentário de 5.31,32 e de Mc 10.1 (Com modificações do Pr. Henrique)
12. Um ponto fraco comum na exposição se origina na ideia de que os fariseus eram um corpo unido e bem ajustado. Não há razão para pensarmos que os fariseus envolvidos nesse incidente eram mais hostis do que os de 22.35 ou de Lc 10.25. E permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer razão?-. Essa pergunta mostra que os questionadores pertenciam a um dos dois grupos rivais de Hillel e Shammai e esperavam poder citar JESUS a favor deles.
Os discípulos acharam, assim como muitas pessoas hoje, que a resposta de JESUS era desumana. Ele deixou claro que não era um novo legislador, mas que estava se atendo a um ideal espiritual. No caso de alguns homens e mulheres, a sua constituição física é tal que para eles o casamento, na melhor das hipóteses, é uma conveniência social. Outros não casam porque foram castrados ou colocados em circunstâncias, e.g., de escravidão, onde o casamento é impossível. Ainda outros serão elevados acima da urgência material e física de casar. Caso eles casem, não vão considerar impossível nem difícil o ideal de JESUS. Não há percepção suficiente na igreja de que muitos — talvez a maioria — dos casamentos entre cristãos são realizados num nível principalmente físico. Para esses, a execução e prática do ensino de JESUS podem ser muito difíceis. A LEI ORIGINAL DA CRIAÇÃO - CB TT W. W. Wiersbe - (Mt 19:3-6) - (Com modificações do Pr. Henrique)
Além de voltar a Deuteronômio 24.1, JESUS voltou a Gênesis (Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Gênesis 2:24). Aquilo que DEUS fez quando instituiu o primeiro casamento ensina, por afirmação, o que ele imaginava para um homem e uma mulher. Ao construir um casamento segundo o padrão ideal de DEUS, não é preciso preocupar-se com o divórcio.
Os motivos para o casamento. A única coisa que não foi considerada "boa" na criação foi o fato de o homem estar sozinho (Gn 2:18). A mulher foi criada para suprir essa necessidade. Adão não poderia ter comunhão com os animais. Precisava de uma companheira que fosse sua igual e com a qual pudesse experimentar a plenitude.
O casamento permite a perpetuação da raça humana. "Sede fecundos, multiplicai-vos" (Gn 1:28) foi o mandamento de DEUS ao primeiro casal. Desde o começo, DEUS ordenou que o sexo fosse praticado dentro da relação comprometida do casamento. Fora do casamento, o sexo torna-se uma força destrutiva, mas dentro do compromisso amoroso do matrimônio, pode ser criativo e construtivo.
O casamento é uma das formas de evitar pecados sexuais (1 Co 7:1-6). É evidente que um homem não deve se casar apenas para legalizar sua concupiscência! Aquele que se entrega aos desejos lascivos antes do casamento, certamente, continuará a fazer o mesmo depois. Esse tipo de pessoa não deve ter a ilusão de que o casamento resolverá todos os seus problemas pessoais com a lascívia. No entanto, o casamento é a forma que DEUS criou para o homem e a mulher além de procriarem, desfrutarem, a dois, os prazeres físicos do sexo.
Paulo usa o casamento como ilustração da relação íntima entre CRISTO e a Igreja (Ef 5:22, 23). Assim como Eva saiu da costela de Adão (Gn 2:21), também a Igreja nasceu do sofrimento e morte de CRISTO na cruz. CRISTO ama sua Igreja; ele a purifica, cuida dela e a nutre com sua Palavra. A relação de CRISTO com sua Igreja é o exemplo a ser seguido por todos os maridos.
As características do casamento. Ao retornar à lei original do Éden, JESUS lembra seus ouvintes das verdadeiras características do casamento. Se mantivermos vivas na memória essas características, saberemos como construir um casamento mais feliz e duradouro.
É uma união instituída por DEUS. DEUS instituiu o casamento, assim somente ele pode controlar seu caráter e suas leis. Não há legislação ou tribunal capaz de anular aquilo que DEUS instituiu.
É uma união física. O homem e a mulher tornam-se "uma só carne". Apesar de ser importante que o marido e a esposa tenham uma só mente e coração, a união fundamental do casamento é física. Se um homem e uma mulher se tornassem "um só espírito" no casamento, a morte não poderia dissolver o casamento, pois o espírito nunca morre. Mesmo se um homem e uma mulher discordam, são "incompatíveis" e não conseguem entender-se, continuam sendo casados, pois a união é física.
É uma união permanente. A intenção original de DEUS era que um homem e uma mulher passassem a vida juntos. A ideia de "morar juntos para ver se dá certo" não faz parte da lei original de DEUS, pois ele exige que o marido e a esposa comprometam-se irrestritamente com a união do casamento.
É uma união entre um homem e uma mulher. DEUS não criou dois homens e duas mulheres, ou duas mulheres e um homem, somente dois homens ou somente duas mulheres. Não importa o que psicólogos e juristas digam, a poligamia, a união entre gays e outras variações são contrárias à vontade de DEUS. Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é; Levítico 18:22 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de DEUS. 1 Coríntios 6:10 Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD - Mt 19.1-12 - (Com modificações do Pr. Henrique) CRISTO Deixa a Galileia e Entra na Judéia - Mateus 19.1,2
Aqui temos um relato da mudança de CRISTO. Observe que:
1. Ele deixou a Galileia. Ali Ele tinha sido criado. Ali, naquela remota e desprezível parte do país, Ele havia passado a maior parte de sua vida; apenas por ocasião das comemorações que Ele ia para Jerusalém, e se manifestava ali; e podemos supor que, não tendo ali residência fixa quando chegou, suas pregações e milagres eram mais perceptíveis e mais aceitos. Mas isso foi um exemplo de sua humilhação, e nisso, como em outras coisas, Ele apareceu em um estado de humildade. Ele viria como um galileu, um homem do norte, a parte menos educada e refinada da nação. Até aqui, a maioria dos sermões de CRISTO e a maioria de seus milagres haviam sido realizados na Galileia; mas agora, “concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia”, e este foi o seu último adeus; porque (a menos que a sua passagem “pelo meio de Samaria e da Galileia”, Lucas 17.11, tenha ocorrido depois disso, o que, contudo, era apenas uma visita in transitu – o enquanto Ele atravessava o país). Ele nunca mais veio para a Galileia novamente até depois da sua ressurreição, o que torna essa transição extraordinária. CRISTO não partiu da Galileia até que houvesse encerrado o seu trabalho ali. Note que os fiéis ministros de CRISTO não são afastados de nenhum lugar, até que tenham terminado o seu testemunho naquela localidade; eles também não são levados deste mundo enquanto não concluem a sua missão (Ap 11.7). É muito confortável para aqueles que seguem não a sua própria vontade, mas a providência de DEUS, em suas mudanças, saber que concluirão seus discursos antes de partirem. E quem desejaria continuar em qualquer lugar por mais tempo do que o necessário para realizar ali a obra de DEUS?
2. Ele se dirigiu “aos confins da Judéia, além do Jordão”, para que os habitantes dali pudessem ter seu dia de visitação da mesma forma que a Galileia, pois eles também pertenciam às “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas CRISTO ainda se manteve naquelas partes de Canaã que se estende em direção a outras nações: a Galileia é chamada de “Galileia das nações”, e os sírios habitavam além do Jordão. Assim, CRISTO insinuava que, embora se mantivesse dentro dos limites da nação judaica, Ele tinha em vista os gentios, e o seu Evangelho estava se encaminhando em direção a eles, pois esse era um de seus objetivos.
3. “Seguiram-no muitas gentes”. Onde estiver Siló, ali se congregarão os povos. Os “remidos do Senhor” são os que “seguem o Cordeiro” para onde quer que vá (Ap 14.4). Quando CRISTO parte, é melhor que o sigamos. O fato de CRISTO ter sido constantemente seguido por uma multidão, para onde quer que fosse, era uma amostra de respeito a CRISTO, embora fosse um problema constante. Mas Ele não procurava a sua própria comodidade, considerando quão má e desprezível essa turba era (como alguns os chamariam), nem fazia muita questão da sua própria glória, aos olhos do mundo. Ele “andou fazendo o bem”; e assim se segue que Ele curou a multidão “ali”. Isso mostra porque eles o seguiam: para ter suas enfermidades curadas; e eles o julgavam tão capaz e pronto para ajudar aqui como havia sido na Galileia. Pois, onde quer que esse “Sol da justiça” surgisse, traria “curas nas suas asas” (Ml 4.2, versão TB). Ele os curou ali, para que não o seguissem até Jerusalém, o que causaria escândalo. Ele “não contenderá, nem clamará”. A Lei do Divórcio Mateus 19. 3-12 (Dt 24.1)
Nós temos aqui a lei de CRISTO no caso do divórcio, ocasionada, como algumas outras manifestações da sua vontade, por uma discussão com “os fariseus”. Ele suportou tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as transformou em instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui:
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
I
O caso proposto pelos fariseus (v. 3): “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Os fariseus lhe perguntaram isso para provocá-lo, e não porque desejassem ser ensinados por Ele. Algum tempo atrás, Ele havia, na Galileia, manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que era uma prática comum (Mt. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse agora contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo desse país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse diminuir a liberdade de que eles tanto gostavam. Os fariseus esperavam que Ele perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer um dos seus preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa forma: se Ele dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como um inimigo da lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo de boa reputação. Alguns pensam que, embora a lei de Moisés permitisse o divórcio no caso específico de prostituição da noiva ates do casamento, ou seja, não era mais virgem (Dt 24.1), ainda que houvesse uma causa justa, havia uma controvérsia entre os próprios fariseus, e eles desejavam saber o que CRISTO diria sobre isso. Com o tempo o divórcio deixou de ser como permitia a lei de Moisés (Dt 24.1), para se tornar algo corriqueiro e por motivos banais. Causas matrimoniais têm sido numerosas, e algumas vezes intrincadas e confusas; elas se tornam assim não por causa da lei de DEUS, mas pelos desejos e pela loucura dos homens. Nesses casos, as pessoas frequentemente decidem o que vão fazer, antes de perguntarem qual seria a melhor solução. Sem se importarem com a opnião do criador.
A pergunta dos fariseus foi a seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher por qualquer motivo? O divórcio só era permitido por DEUS por prostituição da mulher antes do casamento (Dt 24.1), mas o divórcio era praticado, como acontecia geralmente, por pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele poderia ser praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado (embora fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou desagrado? A tolerância, nesse caso, permitia isso: “Se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio” (Dt 24.1). Eles interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que sem motivo, poderia se tornar a base para um divórcio.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
II
A resposta de CRISTO para essa pergunta. Embora ela fosse apresentada para tentá-lo, mesmo sendo um caso de consciência, e de consciência pesada, Ele deu uma resposta satisfatória. Não foi uma resposta direta, mas foi eficaz, afirmando os bons princípios, como prova inegável de que os divórcios arbitrários que estavam sendo praticados, que tornavam os laços matrimoniais tão precários, não eram de forma alguma legítimos. O próprio CRISTO não daria a regra sem uma razão, nem declararia o seu julgamento sem uma prova nas Escrituras para apoiá-lo. Seu argumento é este: “Se estão, marido e mulher, pela vontade e desígnio de DEUS, ligados pela mais rígida e íntima união, então eles não devem ser, levianamente e em qualquer ocasião, separados; se a ligação for consagrada, não poderá ser facilmente desfeita”. Para provar que existe tal união entre marido e mulher, Ele ressalta três pontos.
1. A criação de Adão e Eva. No que se refere a isso, Ele apela para o próprio conhecimento que eles tinham das Escrituras: “Não tendes lido?” Há alguma vantagem em discutir, tratar com aqueles que possuem e têm lido as Escrituras. Vocês têm lido (mas não têm considerado) “que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea” (Gn 1.27; 5.2). Note que será de grande utilidade para nós pensarmos frequentemente sobre nossa criação, como e por quem, por que e para que, fomos criados. Ele os criou macho e fêmea, uma fêmea para um macho; de modo que Adão não poderia se divorciar de sua esposa, e tomar outra, porque não existia nenhuma outra para ser tomada. Isso, da mesma forma, sugeria uma união inseparável entre eles. Eva era uma costela tirada de Adão, de modo que ele não podia repudiá-la, porque não devia remover um pedaço de si mesmo, contradizendo as manifestas indicações da criação dela. CRISTO faz uma breve alusão a isso, mas, recorrendo ao que eles tinham lido, Ele os remete ao registro original, onde é observado que, muito embora o restante das criaturas vivas tenha sido criadas macho e fêmea, ainda assim isso não é dito no que se refere a nenhuma delas, mas apenas no que concerne à raça humana; porque a conjunção entre homem e mulher é racional, e planejada para propósitos mais nobres do que meramente a satisfação dos sentidos e a preservação da semente. E ela é, portanto, mais íntima e sólida do que aquela que existe entre macho e fêmea entre os animais, que não são capazes de se ajudar mutuamente como Adão e Eva. Por conseguinte, a forma de expressão é um tanto singular (Gn 1.27): “E criou DEUS o homem à sua imagem, macho e fêmea os criou”; algumas traduções da Bíblia em inglês trazem os pronomes “ele” e “eles” (singular e plural) de uma forma alternada. O singular é utilizado no princípio da criação, antes que se tornassem dois. Porém, mais tarde, eles se tornam novamente um, através de uma aliança de casamento, uma união que só poderia ser íntima e indissolúvel.
2. A lei fundamental do casamento é: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” (v. 5). A relação entre marido e mulher é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos; então, se a relação filial não pode ser facilmente rompida, muito menos pode a relação de casamento ser rompida. Pode um filho abandonar seus pais, ou pode um pai ou mãe abandonar seus filhos, por qualquer motivo, seja ele qual for? Não, de modo nenhum. Muito menos pode um marido repudiar a sua esposa. Entre marido e esposa, a relação é mais íntima, e o laço da união é mais forte, do que entre pais e filhos – embora não por natureza, mas por desígnio divino. Observe que a relação pais-filhos é, em grande medida, substituída pelo casamento quando um homem deixa os seus pais para se unir à sua esposa. Veja aqui o poder de uma instituição divina. O resultado dela é uma união mais forte do que aquela que resulta das obrigações mais elevadas da natureza.
3. A natureza do contrato matrimonial. Esta é uma união de pessoas; os cônjuges “serão dois numa só carne”, de modo que (v. 6) “já não serão dois, mas uma só carne”. Os filhos de um homem são partes dele mesmo; mas a sua esposa é ele mesmo. Assim como a união conjugal é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos, ela também é, até certo ponto, equivalente àquela união que existe entre um membro e outro no corpo natural. Uma vez que esta é uma razão pela qual os maridos devem amar suas esposas, também é uma razão pela qual eles não devem repudiá-las, pois “nunca ninguém aborreceu a sua própria carne”, ou a separou de si, “antes, a alimenta e sustenta”, e faz tudo o que pode para preservá-la. Os dois serão um; por isso deve haver apenas uma esposa, pois DEUS fez apenas uma Eva para um Adão (Ml 2.15).
A partir daí, o Senhor deduz: “O que DEUS ajuntou não separe o homem”. Note que: (1) Marido e mulher são uma união de DEUS; synezeuxen – Ele os colocou sob um mesmo jugo, assim é a palavra, e é muito significativa. O próprio DEUS instituiu o relacionamento entre marido e mulher no estado de inocência. O casamento é a mais antiga instituição . Embora o casamento não seja exclusivo da igreja, mas comum para o mundo, mesmo sendo caracterizado por uma instituição divina, que é aqui ratificada pelo nosso Senhor JESUS, ele deve ser conduzido como uma união sagrada, e santificado pela Palavra de DEUS, e pela oração. Um respeito consciencioso para com DEUS nessa instituição teria uma boa influência sobre o dever, e, consequentemente, sobre a tranquilidade e o conforto do relacionamento. (2) Marido e mulher, sendo unidos pela lei de DEUS, não podem ser separados por qualquer lei humana. Homem nenhum deve separá-los; nem o próprio marido, nem alguém designado por ele; nem mesmo o magistrado, pois DEUS jamais lhe deu autoridade para fazer isso. “O Senhor, DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio” (Ml 2.16). O homem não deve tentar separar aquilo que DEUS uniu. Esta é uma regra geral.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
III
Uma objeção levantada pelos fariseus contra o dever do homem não separar o que DEUS ajuntou – uma objeção não destituída de plausibilidade (v. 7): “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” JESUS utilizou as Escrituras para argumentar contra o divórcio; os fariseus, por sua vez, alegam a autoridade das Escrituras para defendê-lo. Note que as aparentes contradições na Palavra de DEUS são grandes obstáculos para homens de mente corrompida. É verdade, Moisés era fiel àquele que o designou, e não ordenou nada além daquilo que recebeu do Senhor; mas, nesse caso, o que eles chamam de mandamento era apenas uma concessão (Dt 24.1), planejada mais para conter os excessos do que para encorajar o divórcio em si. Os próprios doutores judeus observam tais limitações naquela lei; o divórcio não podia ser concedido sem uma grande deliberação. Uma razão particular deve ser apontada: o atestado de divórcio deveria ser escrito, e, como uma ação judicial, deveria ter todas as suas formalidades executadas e registradas. Ele deveria ser entregue nas mãos da própria esposa (o que obrigaria os homens, se eles tivessem alguma consideração, a refletir), e os cônjuges eram expressamente proibidos de se juntar novamente. O processo era longo e custoso para que desse tempo para reflexão. O marido não mais poderia ter a mulher de volta. Tudo isso faria com que o marido voltasse atrás em sua decisão. COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
IV
A resposta de CRISTO a essa objeção.
1. Ele retifica o erro dos fariseus com relação à lei de Moisés. Eles a chamaram de um mandamento, CRISTO a chama somente de permissão, uma tolerância. Corações carnais tomarão o braço se lhes dermos a mão. A lei de Moisés, nesse caso, era uma lei política que DEUS concedeu como o Governante daquele povo; e o divórcio era tolerado por razões de Estado. Sendo o rigor da união matrimonial o resultado de uma lei não-natural, mas formal, em alguns casos a sabedoria de DEUS prescindia dela através do divórcio, sem qualquer depreciação de sua santidade.
Mas CRISTO diz aos fariseus que havia uma razão para essa tolerância – e esta não se devia, de modo algum, a algum mérito deles: “Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher”. Moisés se queixou do povo de Israel em seu tempo, pois o coração do povo estava endurecido (Dt 9.6; 31.27), endurecido contra DEUS; naquela ocasião, a permissão para o divórcio se devia ao fato de eles estarem endurecidos contra o próximo; os homens eram geralmente violentos e ultrajantes, qualquer que fosse o caminho que seguissem tanto em seus desejos como em suas paixões. E então, se a eles não tivesse sido permitido repudiar suas esposas quando descobrissem que não eram mais virgens, eles as teriam tratado com crueldade, teriam agredido e abusado delas, e talvez as matassem. Note que não há maior crueldade no mundo do que um homem ser rude e áspero com a sua própria esposa. Os judeus, ao que parece, eram abomináveis por isso, e então lhes foi permitido repudiá-las; melhor divorciar-se delas do que fazer pior, do que cobrir “o altar do Senhor de lágrimas” (Ml 2.13). Também o divórcio evitaria que a esposa não fosse apedrejada por sua prostituição, ficando livre para se casar novamente (quem sabe este não foi o caso da mulher samaritana?) OBSERVAÇÃO DO Pr.HENRIQUE COISA FEIA - ערוה - Ìervah - indecência, conduta imprópria - SABIA QUE ENCONTRARIA OS VERSÍCULOS PROVANDO QUE "COISA FEIA", MENCIONADA EM DEUTERONÔMIO 24.1, ERA A MULHER NÃO SER MAIS VIRGEM - Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, à porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não a poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem, e se este último homem a aborrecer, e lhe fizer escrito de repúdio, e lho der na sua mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor ; assim não farás pecar a terra que o Senhor , teu DEUS, te dá por herança. Deuteronômio 24:1-4
QUEM SABE SE NOSSOS PASTORES TIVESSEM ACHADO ESSA MENÇÃO NÃO TERIAM APROVADO DIVÓRCIO NA CONVENÇÃO EM 2011? Ai está o que é "COISA FEIA" mencionada em Dt 24.1.
Isso prova que divórcio só era permitido se no primeiro dia de casados o homem descobrisse que a mulher não era mais virgem.
Tinha um costume em Israel de colocar o lençol na porta da tenda ao amanhecer do outro dia após a noite se núpcias com a mancha do sangue da virgindade que tinha sido rompida pelo marido. Uma pequena complacência para satisfazer a vontade de um louco, ou de um homem que delira, pode evitar um dano maior. Leis formais podem ser prescindidas em prol da preservação da lei da natureza, pois “DEUS quer misericórdia e não sacrifício”. Entretanto, aqueles que tornaram isso necessário são infelizes, são perdidos que possuem um coração endurecido. E ninguém pode desejar ter a liberdade do divórcio, sem virtualmente confessar a dureza de seu coração. JESUS diz: “por causa da dureza do vosso coração”, não apenas daqueles que viviam naquela época, mas de toda a sua semente. DEUS não apenas vê, mas também antevê a dureza do coração dos homens. Ele adaptou os mandamentos e a providência do Antigo Testamento ao temperamento daquela gente, e o fez através do medo. Observe também: a lei de Moisés considerava a dureza do coração dos homens, mas o Evangelho de CRISTO, a cura; e sua graça tira do homem o coração de pedra e lhe dá um coração de carne. Através da lei, vinha o conhecimento do pecado; mas através do Evangelho, ele é derrotado.
2. JESUS os leva de volta à instituição original: “Mas, ao princípio, não foi assim”. Note que as perversões que se insinuam em qualquer lei de DEUS devem ser expurgadas recorrendo-se à instituição original. Se a cópia estiver incorreta, ela deverá ser examinada e retificada pelo original. Desse modo, o apóstolo Paulo, ao corrigir as transgressões da igreja de Corinto em relação à Santa Ceia, recorreu ao que aconteceu naquela reunião (1 Co 11.23): “Porque eu recebi do Senhor”. A verdade estava disponível desde o princípio; nós devemos então perguntar “pelas veredas antigas, qual é o bom caminho” (Jr 6.16), e devemos fazer as devidas correções, não pelos padrões recentes, mas pelas regras antigas.
3. JESUS define a questão através de uma lei explícita: “Eu vos digo” (v. 9), e isso está de acordo com que Ele havia dito antes (Mt 5.32). Naquela ocasião, isso foi dito em um sermão; aqui, em uma discussão. Mas é a mesma Palavra, pois CRISTO não muda. Entretanto, em ambas as passagens:
(1) Ele permite o divórcio em caso de prostituição da mulher antes do casamento; sendo que a razão da lei contra o divórcio consiste na máxima: “Serão dois numa só carne”. Se a esposa se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero, a razão da lei cessa, e também a lei. A prostituição era punida com a morte pela lei de Moisés (Dt 22.22). Então, o nosso Salvador suaviza o seu rigor, e determina que o divórcio seja a penalidade. O Dr. Whitby entende isso não como adultério (porque o nosso Salvador usa a palavra porneia – fornicação), mas como a impureza cometida antes do casamento, que é descoberta no dia do casamento, seria um pecado capital se o esposo não desse o divórcio.
(2) O Senhor desaprova isso em todos os outros casos: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mateus 19:9”. Essa foi uma resposta direta para a pergunta dos fariseus, e que não estava de acordo com a lei. E nisso, como em outras coisas, o tempo do evangelho é “tempo de correção” (Hb 9.10). A lei de CRISTO tende a restabelecer o homem em sua integridade primitiva; a lei do amor, do amor conjugal, não é um novo mandamento, mas era desde o princípio. Se considerarmos quantos danos às famílias e países, quantas confusões e desordens resultariam de divórcios arbitrários, entenderemos o quanto essa lei de CRISTO é para o nosso próprio benefício, e que amigo o cristianismo é para nossos interesses seculares.
A lei de Moisés, que permite o divórcio por causa da dureza do coração dos homens, e a lei de CRISTO, que o proíbe, sugerem que estando os cristãos sob a dispensação do amor e da liberdade, pode-se, legitimamente, esperar uma brandura de coração entre eles, pois eles não serão desumanos como os judeus, pois “DEUS chamou-nos para a paz”. Não haverá oportunidade para divórcios se os cônjuges forem indulgentes um com o outro, e perdoarem um ao outro no amor, como aqueles que são, e esperam ser, perdoados, e que descobriram que DEUS não nos repudiará (Is 50.1). Não há necessidade de divórcios se os maridos amarem suas esposas, se as esposas forem obedientes a seus maridos, e se ambos viverem juntos como herdeiros da graça da vida: e estas são as leis de CRISTO. Não encontramos uma lei como essa em todas as leis de Moisés.
V
Aqui está uma sugestão dos discípulos contra essa lei de CRISTO (v. 10): “Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar”. Parece que os próprios discípulos estavam relutantes em renunciar à liberdade do divórcio, considerando-a como um bom expediente para preservar o bem-estar na condição de casado; e então, como crianças mal-humoradas, se eles não tivessem o que queriam ter, jogariam fora aquilo que tinham. Se a eles não for permitido repudiar suas esposas quando lhes aprouver, eles não terão esposas de modo nenhum. Entretanto, desde o princípio, quando o divórcio não era permitido, DEUS disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e os abençoou, declarando como abençoados aqueles que fossem, dessa forma, completamente unidos; no entanto, a menos que possam ter a liberdade do divórcio, os discípulos acham que é melhor o homem não se casar. Note que: 1. A natureza corrupta não tolera o controle e as restrições, e de bom grado romperia os laços de CRISTO ao meio para obter a liberdade para a sua própria luxúria. 2. É uma atitude tola e impertinente para os homens, abandonar os confortos desta vida por causa das cruzes que habitualmente os acompanham, como se precisássemos necessariamente sair do mundo por não termos todas as coisas que desejamos; ou precisássemos assumir uma ocupação ou uma condição improdutiva, porque a sobrevivência nele se tornou a nossa obrigação. Não. Qualquer que seja a nossa condição, devemos direcionar nossas mentes para isso: ser agradecidos pelos nossos confortos, obedientes às nossas cruzes, sabendo que quando pensarmos nos nossos dias, deveremos ter em mente que “DEUS fez este em oposição àquele”, e assim fazermos o melhor com o que tivermos (Ec 7.14). O fato de não podermos desfazer os laços do casamento a nosso bel-prazer não significa que não devamos nos submeter a eles; mas que quando nos submetermos, deveremos decidir nos comportar de acordo por amor, submissão, e paciência, o que tornará o divórcio a coisa mais desnecessária e indesejável que pode existir.
VI
A resposta de CRISTO a essa sugestão (vv. 11,12), na qual:
1. Ele reconhece que é bom para alguns não se casar: Aquele que é capaz de receber essa palavra, que a receba – “Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido”. CRISTO consentiu com o que os discípulos disseram, “não convém casar”; não como uma objeção contra a proibição do divórcio, como eles o pretendiam, mas dando-lhes uma regra (talvez não menos desagradável para eles): que aqueles que têm a dádiva da abstinência, e não sentem qualquer necessidade de casar-se, fazem melhor se continuarem solteiros (1 Co 7.1); pois aqueles que não estão casados têm a oportunidade, se tiverem disposição, de se preocupar mais com as “coisas do Senhor, em como hão de agradar ao Senhor” (1 Co 7.32-34), sendo menos comprometidos com os cuidados desta vida, e tendo uma maior disponibilidade de tempo e pensamento para preocupar-se com coisas melhores. O crescimento da graça é melhor do que o crescimento da família, e a comunhão com o Pai e com o seu Filho JESUS CRISTO deve ser preferida à qualquer outra comunhão.
2. Ele desaprova, como absolutamente prejudicial, proibir o casamento, porque “nem todos podem receber esta palavra”; realmente poucos podem – é preferível que as cruzes da condição de casado sejam carregadas do que esses homens caírem em tentação para evitá-las; “é melhor casar do que abrasar-se” (1 Coríntios 7:9).
CRISTO fala aqui de uma dupla incapacidade para o casamento.
(1) Aquela que é uma calamidade pela providência de DEUS; tal como a daqueles que nascem eunucos, ou se tornam assim através dos homens, e que, sendo incapazes de corresponder a uma finalidade do casamento, não devem se casar. Mas que lhes seja permitido compensar essa calamidade com a oportunidade que existe na condição de solteiro – servir melhor a DEUS.
(2) Aquela que é uma virtude pela graça de DEUS; como é a daqueles que se fizeram eunucos “por causa do Reino dos céus”. Essa é uma incapacidade para o casamento, não no corpo (e alguns, por erro de interpretação dessa Escritura, prejudicaram a si mesmos de forma tola e perniciosa), mas na mente. Aqueles que se tornaram eunucos alcançando um sagrado desinteresse por todos os prazeres da condição de casado, têm uma decisão estabelecida, na força da graça de DEUS, de se privar completamente deles; e por jejum, e outros exemplos de mortificação, subjugaram todos os desejos voltados a eles. Estes são aqueles que podem receber esta palavra; além disso, não devem obrigar a si mesmos, através de voto, a nunca se casar. Eles só devem entender que, da forma como pensam agora, pretendem não se casar.
Então: [1] Essa simpatia pela condição de solteiro deve ser concedida por DEUS; pois ninguém pode recebê-la, exceto “aqueles a quem foi concedido”. Note que a abstinência é um dom especial de DEUS para alguns, e não para outros; e quando um homem, na condição de solteiro, descobre por experiência que tem esse dom, ele pode resolver permanecer solteiro, e (como o apóstolo diz, 1 Coríntios 7.37) ficar “firme em seu coração, não tendo necessidade”, mas tendo poder sobre a sua própria vontade para se manter assim. Mas os homens, nesse caso, devem tomar cuidado para não se gabarem de um falso dom (Pv 25.14).
[2] A condição de solteiro deve ser escolhida por amor ao Reino dos céus. Pois naqueles que resolvem nunca se casar apenas para que possam economizar nas despesas, ou para satisfazer um temperamento mal-humorado e egoísta, ou ainda para ter uma maior liberdade para servir a outros desejos e prazeres, isto está muito longe de ser uma virtude – é um vicio perverso. Mas quando é por amor à religião – não sendo um ato meritório em si mesmo (em que os papistas o transformaram), mas apenas como um meio para manter a mente mais aplicada e mais direcionada aos serviços da religião, e para que, não tendo família para sustentar, a pessoa possa fazer mais obras de caridade –, isto é aprovado e aceito por DEUS. Note que essa condição é melhor para nós. E ser escolhido e comportar-se adequadamente, que é o melhor para a nossa alma, nos leva a nos prepararmos mais e a nos preservarmos para o Reino dos céus. (3) Haviam ainda os que eram castrados por seus patrões devido a terem que cuidar de seus haréns ou de alguma esposa solitária. COMENTÁRIOS BEP - CPAD - PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. (a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré-maritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3). (b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9, sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18). (c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos num casamento, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19). (d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28). SEXO SÓ NO CASAMENTO - DEUS ODEIA O DIVÓRCIO (Ml 2.16) - SEXO ANAL É ABOMINAÇÃO DIANTE DE DEUS (Lev 18:22; 20:13; 1Co 6.10). SUBSÍDIOS DA Lição 4, A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO - 3º TRIMESTRE DE 2022 - CPAD PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição trata o divórcio de acordo com o contexto bíblico do Antigo e Novo Testamento. Outro ponto interessante é que a lição aborda dois aspectos a respeito do divórcio: o legal e o moral. E, finalmente, conclui com uma importante reflexão acerca da prática pastoral com pessoas divorciadas ou em processo de divórcio.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor o divórcio no contexto bíblico; II) Pontuar os aspectos legal e moral do divórcio; III) Refletir a respeito da prática pastoral com pessoas em situação de divórcio.
B) Motivação: O divórcio é um desafio em toda a igreja cristã. Mais desafiador ainda é não banalizar a prática do divórcio e, ao mesmo tempo, cuidar de maneira evangélica das pessoas que sofreram com o divórcio.
C) Sugestão de Método: Estamos na quarta lição. Sugerimos que você faça uma revisão de pelo menos cinco minutos a respeito dos temas vistos até agora: As Sutilezas de Satanás contra a Igreja; A Sutileza da Banalização da Graça; A Sutileza da Imoralidade Sexual. Em seguida, apresente o assunto do divórcio como uma extensão da lição anterior a respeito da imoralidade sexual. Procure contextualizar a classe com o tema.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Vimos que o padrão bíblico para o casamento tem a ver com a sua indissolubilidade. Entretanto, é possível que em sua classe haja problemas na área do casamento. Por isso, ao final da aula, faça uma oração, apresentando a vida conjugal de seus alunos. Reserve esse momento para apresentar a DEUS as demandas conjugais da classe.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Contextualização da questão do divórcio em Mateus 19" amplia a exposição bíblica do divórcio; 2) O texto "A Interpretação de JESUS CRISTO", localizado após o segundo tópico, traz uma conclusão a respeito do aspecto doutrinário do divórcio. SINÓPSE I - O divórcio está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
SINÓPSE II - O divórcio se dá na esfera legal e, ao mesmo tempo, moral.
SINÓPSE III - É preciso cuidar das pessoas divorciadas, dando-lhes auxílios espiritual e psicológico AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
“A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe [...]. Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a ‘prostituição’ (gr. porneia), palavra esta que no original inclui adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1427. AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
CONTEXTUALIZAÇÃO DA QUESTÃO DO DIVÓRCIO EM MATEUS 19
“A questão do divórcio teve um papel importante no primeiro século, da mesma forma que hoje. JESUS discutiu essa questão no Sermão do Monte (5.31,32). Agora ela reapareceu [Mt 19.3-9]. [...] O conflito se originou a partir da interpretação de Deuteronômio 24.1 – ‘Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e despedirá da sua casa’. Shammai afirmava que ‘coisa feia’ significa fornicação: ‘Um homem não se divorciaria de sua mulher, a não ser que tivesse encontrado nela um motivo de vergonha’. Seu colega Hillel (cerca de 60.d.C. – 20 d.C.), que era muito mais liberal, enfatizava a primeira frase: ‘Ela não encontrou favor em seus olhos’. Ele permitiria a um homem divorciar-se da esposa se ela fizesse alguma coisa que o desagradasse, até mesmo se queimasse o alimento ao cozinhá-lo” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.135) AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
A INTERPRETAÇÃO DE JESUS CRISTO
“CRISTO se colocou claramente a favor da estrita interpretação de Deuteronômio 24.1. Ele só permitia uma razão para o divórcio – exceto por causa de prostituição (9). Essa cláusula acrescentada ocorre apenas em Mateus (aqui [Mt 19.10] e em 5.32). Embora alguns estudiosos tenham assumido a posição de que essas palavras não teriam sido pronunciadas por JESUS, a opinião deles rejeita a inspiração de Mateus. O adultério representa a negação do voto do casamento e, nesse caso, a posição de JESUS é bastante sólida. Marcos e Lucas enfatizam, ainda mais do que Mateus, a divina aversão ao divórcio. No plano de DEUS, o casamento deve ser uma união permanente” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.136).
VOCABULÁRIO
Alienação parental: Processo em que a criança, ou a adolescente, é induzida, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, a destruir os seus vínculos afetivos com um dos genitores (pai ou mãe).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual era o plano de DEUS na Antiga Aliança em relação ao casamento? Na Antiga Aliança, o plano de DEUS para a raça humana é que o casamento fosse monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25).
2. Qual é o plano original de DEUS para o casamento em Mateus 19? No texto de Mateus capítulo 19, JESUS mostra que o plano original de DEUS é que o casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6).
3. Quais são os dois aspectos do divórcio tratados na lição? Legal e moral.
4. Quais são os dois aspectos do divórcio que envolvem a prática pastoral? A pessoa divorciada e o divorciado como cristão.
5. O que as Escrituras contêm a respeito dos relacionamentos? As Escrituras contêm princípios e preceitos que moldam os relacionamentos humanos.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Casamento Divórcio e Sexo à Luz da Bíblia; Segredos de um Casamento Duradouro.
Preciso muito da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 20,00. Quem puder ajudar, envie por uma das contas abaixo, em nome de JESUS. PIX - 33195781620 meu CPF também (Banco Bradesco, Imperatriz, MA)
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 - poupança 013 - 00056421-6 variação - 1288 - conta 000859093213-1
Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2
Luiz Henrique de Almeida Silva - PIX - 33195781620 meu CPF
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 variação 51
Edna Maria Cruz Silva
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6) VERDADE PRÁTICA
O padrão bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e indissolúvel.
Ajuda
Terça - Mt 19.4-6 A indissolubilidade do casamento
Quarta - Ml 2.15 O aspecto moral do divórcio
Quinta - Ml 2.16 DEUS odeia o divórcio
Sexta - Dt 24.1-4 O divórcio como permissão no AT
Sábado - Mt 5.32; 1 Co 7.10,11 As cláusulas de exceção no divórcio segundo o Novo Testamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 19.1-9
1 - E aconteceu que, concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão. 2 - E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali. 3 - Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 - Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea 5 - e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 - Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem. 7 - Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? 8 - Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. 9 - Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
COMENTÁRIOS BEP - CPAD (Com modificações do Pr. Henrique) 19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia - Mt 5.32; 19.9). O divórcio, portanto, só pode ser permitido se ao se casar o homem descobre que sua esposa já havia se prostituído antes - Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
A vontade de DEUS em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por prostituição pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv. 7,8). (2) No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução a morte das duas partes culpadas (Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel. Deuteronômio 22:22). (3) Sob a Nova Aliança, continua a mesma verdade valendo. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO. Porque o Senhor , o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que cobre de violência as suas roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, tenham cuidado e não sejam infiéis; Malaquias 2:16. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem; Marcos 10:9 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. Mateus 19:6.
HINOS SUGERIDOS: 176, 213, 252 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Divórcio
Resumo da Lição 4, A Sutileza da Normalização do Divórcio
I – O DIVÓRCIO NO CONTEXTO BÍBLICO
1. O divórcio no contexto do Antigo Testamento. 2. O divórcio no contexto do Novo Testamento. II – A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO
1. O divórcio no seu aspecto legal. 2. O divórcio no seu aspecto moral. III – O DIVÓRCIO E A PRÁTICA PASTORAL
1. A pessoa do divorciado. 2. O divorciado como cristão.
Quando JESUS Explicou Sobre O Casamento E Seu Compromisso Aos Seus Discípulos Eles Disseram Que Era Melhor Não Casar Então. JESUS Lhes Disse Que Nem Todos Suportariam Ficarem Sem Se Casar. Falou Dos Tipos De Eunucos, Ou Seja, Os Que Não Se Casavam (Por Nascerem Eunucos, Ou Seja, Não Se Interessarem Por Sexo, Outros Por Serem Castrados Ou Outros Por Decisão De Se Dedicarem Exclusivamente A DEUS, Como Paulo).
1) cometer adultério
1a) (al)
1a1) cometer adultério
1a1a) geralmente de homem
1a1a1) sempre com a esposa de outro
1a1b) adultério (de mulheres) (particípio)
1a2) culto idólatra (ig.)
1b) (iel)
1b1) cometer adultério
1b1a) referindo-se ao homem
1b1b) adultério (de mulheres) (particípio)
1b2) culto idólatra (fig.) DIVÓRCIO - כריתות k ̂eriythuwth - hebraico
1) divórcio, demissão, separação απολυω apoluo - REPÚDIO - NÃO PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) libertar
2) deixar ir, despedir, (não deter por mais tempo)
2a) um requerente ao qual a liberdade de partir é dada por um resposta decisiva
2b) mandar partir, despedir
3) deixar livre, libertar
3a) um cativo i.e. soltar as cadeias e mandar partir, dar liberdade para partir
3b) absolver alguém acusado de um crime e colocá-lo em liberdade
3c) indulgentemente conceder a um prisioneiro partir
3d) desobrigar um devedor, i.e. cessar de exigir pagamento, perdoar a sua dívida
4) usado para divórcio, mandar embora de casa, repudiar. A esposa de um grego ou romano podia pedir divórcio de seu esposo.
5) ir embora, partir
αποστασιον apostasion - DIVÓRCIO - PERMITE NOVO CASAMENTO E DIVISÃO DE BENS
1) divórcio, repúdio
2) uma carta de divórcio Prostituição, Adultério - (Strong Português) - πορνεια porneia (a mesma palavra tem vários sentidos)
1) relação sexual ilícita
1a) adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18
1c) relação sexual com um homem ou mulher divorciada; Mc 10.11-12
2) metáf. adoração de ídolos
2a) da impureza que se origina na idolatria, na qual se incorria ao comer sacrifícios oferecidos aos ídolos Lição 5: O casamento é para sempre (Com modificações do Pr. Henrique) LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
1. Divórcio ( 19: 1-12 )
1 E aconteceu que, concluindo JESUS estas palavras, saiu da Galileia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão; 2 e grandes multidões o seguiam; e curou-os ali. 3 E aproximou-se dele os fariseus, tentando-o, e dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 E ele, respondendo, disse: Não tendes lido que aquele que fez -los desde o início fez macho e fêmea, 5 e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim que eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS uniu, não o separe o homem. 7 Eles disseram-lhe: Por que, então comandar fez Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la embora ? 8 Ele lhes disse: Moisés, por causa da dureza do vosso coração sofrido vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o início que não tem sido assim. 9 E eu vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não por causa de fornicação (PORNEIA - PROSTITUIÇÃO), e casar com outra, comete adultério; e aquele que casar com ela quando ela a repudiada comete adultério. 10 Os discípulos disseram-lhe: Se o caso do homem é assim com sua esposa, não é conveniente casar-se. 11 Mas ele lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas para quem é dado. 12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos, que fizeram eunucos para o reino de amor de DEUS. Aquele que é capaz de recebê-lo, que o receba.
JESUS partiu da Galileia , provavelmente pela última vez, e começou sua viagem final a Jerusalém. Mas primeiro ele foi para os confins da Judéia, além do Jordão . Esta área era conhecida como Perea, no lado leste do rio Jordão. Peregrinos da Galileia preferiu vir para o lado leste do rio Jordão, para evitar passar por "impuros" e hostil Samaria. Aqui em Perea JESUS realizada em um ministério de cura (v. 2 ).
Mais uma vez os fariseus vieram para testá-lo. Desta vez, o tema foi o divórcio - TEMA já discutido por CRISTO no Sermão da Montanha ( 5: 31-32 ). Eles perguntaram se era lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo (v. 3 ).
JESUS começou a Sua resposta, chamando a atenção para o plano original de DEUS na criação, um homem e uma mulher. Ele citou Gênesis 2:24 . Um homem deve deixar seus pais e unir à sua mulher (v. 5 ). Estes são fortes verbos no grego. Literalmente eles querem dizer "deixar para trás" e "ser colado." Uma das causas da dificuldade doméstica é que alguns maridos e esposas realmente não deixam seus pais. Somos tentados a orar: ". DEUS nos dê mais cola no casamento moderno".
A última cláusula do versículo 5 e na primeira frase do versículo 6 indicam que existe união física, bem como espiritual. Isso é o que faz do casamento algo sagrado, algo diferente de qualquer outro contrato ou associação na vida. É por esta razão que o verdadeiro casamento é indissolúvel.
Os fariseus perguntaram por que era, então, que Moisés tinha ordenado a dar uma certidão de divórcio e se separar da esposa (v. 7 ; cf. Dt 24: 1-4. ). JESUS respondeu que se tratava de uma concessão à dureza dos seus corações, mas que não era da vontade de DEUS desde a criação.
Deve-se reconhecer que Moisés não estava aqui incentivando divórcio. O oposto foi o caso: ele estava colocando restrições sobre casamento para impedir o divórcio fácil. O muçulmano hoje só precisa dizer a sua esposa por três vezes, "Eu me divorcio de ti", e isso é feito de forma legal. Moisés insistiu que um homem deve procurar um escriba e têm papéis jurídicos elaborados. Isso tendia a desencorajar o divórcio (até o lençol da primeira noite era apresentado como prova de que a mulher não era mais virgem para se poder dar carta de divórcio).
Os fariseus tinham perguntado: por qualquer motivo ? JESUS disse: "Apenas por causa da fornicação "(v. 9 ). Para obter um divórcio por qualquer outro motivo e, em seguida, voltar a casar é cometer adultério. Aquele que se casa com uma pessoa não biblicamente divorciada também é culpada de adultério.
A pergunta dos fariseus (v. 3 ) reflete a disputa contemporânea entre as duas escolas de Hillel e Shammai. Ele girava em torno da interpretação de uma cláusula em Deuteronômio 24: 1 - "se ela não achar graça em seus olhos." Samai considerou que esta referida impureza ou prostituição. Hillel era muito mais liberal. Ele permitiria que um homem se divorciar de sua esposa se ela fez alguma coisa que ele não gostava; por exemplo, se ela queimou sua comida quando cozinhar. JESUS se revoltava contra toda essa tramoia. Ele colocou-se abertamente do lado da Palavra de DEUS.
Os discípulos comentaram que se as coisas seriam assim tão rigorosas então era melhor não se casar (v. 10 ). Eles ainda mostraram-se filhos de seus tempos e mal na necessidade de o ESPÍRITO de CRISTO.
JESUS pegou esta observação insensível e elevou a ideia para um nível superior. Para alguns, o celibato era o melhor caminho, mas somente para aqueles que poderiam receber este estado corretamente (v. 11 ). Ele então passou a (v. 12 ) indicar três classes de eunucos (a palavra vem diretamente do grego). Primeiro foram os que nasceram com um defeito. O segundo grupo foi composto por esses eunucos castrados por homens. Originalmente era um eunuco "guardião do quarto de dormir em qualquer harém Oriental ..., um escritório de ciúmes, o que poderia ser confiada apenas aos que foram emasculados ...". Em terceiro lugar, alguns tinham se feito eunucos por amor do reino de DEUS, como no caso de Paulo. Eles foram eunucos eticamente, em vez de fisicamente. Apenas alguns foram capazes receber esta mensagem ; ou seja, adotar a vida celibatária para fins de serviço mais elevados sem distrações (cf. 1 Cor. 7: 32-35 ). O ensino de JESUS acerca do casamento e do divórcio (19.1-12) - Comentário - NVI (FFBruce)
Comentário de 5.31,32 e de Mc 10.1 (Com modificações do Pr. Henrique)
12. Um ponto fraco comum na exposição se origina na ideia de que os fariseus eram um corpo unido e bem ajustado. Não há razão para pensarmos que os fariseus envolvidos nesse incidente eram mais hostis do que os de 22.35 ou de Lc 10.25. E permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer razão?-. Essa pergunta mostra que os questionadores pertenciam a um dos dois grupos rivais de Hillel e Shammai e esperavam poder citar JESUS a favor deles.
Os discípulos acharam, assim como muitas pessoas hoje, que a resposta de JESUS era desumana. Ele deixou claro que não era um novo legislador, mas que estava se atendo a um ideal espiritual. No caso de alguns homens e mulheres, a sua constituição física é tal que para eles o casamento, na melhor das hipóteses, é uma conveniência social. Outros não casam porque foram castrados ou colocados em circunstâncias, e.g., de escravidão, onde o casamento é impossível. Ainda outros serão elevados acima da urgência material e física de casar. Caso eles casem, não vão considerar impossível nem difícil o ideal de JESUS. Não há percepção suficiente na igreja de que muitos — talvez a maioria — dos casamentos entre cristãos são realizados num nível principalmente físico. Para esses, a execução e prática do ensino de JESUS podem ser muito difíceis. A LEI ORIGINAL DA CRIAÇÃO - CB TT W. W. Wiersbe - (Mt 19:3-6) - (Com modificações do Pr. Henrique)
Além de voltar a Deuteronômio 24.1, JESUS voltou a Gênesis (Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Gênesis 2:24). Aquilo que DEUS fez quando instituiu o primeiro casamento ensina, por afirmação, o que ele imaginava para um homem e uma mulher. Ao construir um casamento segundo o padrão ideal de DEUS, não é preciso preocupar-se com o divórcio.
Os motivos para o casamento. A única coisa que não foi considerada "boa" na criação foi o fato de o homem estar sozinho (Gn 2:18). A mulher foi criada para suprir essa necessidade. Adão não poderia ter comunhão com os animais. Precisava de uma companheira que fosse sua igual e com a qual pudesse experimentar a plenitude.
O casamento permite a perpetuação da raça humana. "Sede fecundos, multiplicai-vos" (Gn 1:28) foi o mandamento de DEUS ao primeiro casal. Desde o começo, DEUS ordenou que o sexo fosse praticado dentro da relação comprometida do casamento. Fora do casamento, o sexo torna-se uma força destrutiva, mas dentro do compromisso amoroso do matrimônio, pode ser criativo e construtivo.
O casamento é uma das formas de evitar pecados sexuais (1 Co 7:1-6). É evidente que um homem não deve se casar apenas para legalizar sua concupiscência! Aquele que se entrega aos desejos lascivos antes do casamento, certamente, continuará a fazer o mesmo depois. Esse tipo de pessoa não deve ter a ilusão de que o casamento resolverá todos os seus problemas pessoais com a lascívia. No entanto, o casamento é a forma que DEUS criou para o homem e a mulher além de procriarem, desfrutarem, a dois, os prazeres físicos do sexo.
Paulo usa o casamento como ilustração da relação íntima entre CRISTO e a Igreja (Ef 5:22, 23). Assim como Eva saiu da costela de Adão (Gn 2:21), também a Igreja nasceu do sofrimento e morte de CRISTO na cruz. CRISTO ama sua Igreja; ele a purifica, cuida dela e a nutre com sua Palavra. A relação de CRISTO com sua Igreja é o exemplo a ser seguido por todos os maridos.
As características do casamento. Ao retornar à lei original do Éden, JESUS lembra seus ouvintes das verdadeiras características do casamento. Se mantivermos vivas na memória essas características, saberemos como construir um casamento mais feliz e duradouro.
É uma união instituída por DEUS. DEUS instituiu o casamento, assim somente ele pode controlar seu caráter e suas leis. Não há legislação ou tribunal capaz de anular aquilo que DEUS instituiu.
É uma união física. O homem e a mulher tornam-se "uma só carne". Apesar de ser importante que o marido e a esposa tenham uma só mente e coração, a união fundamental do casamento é física. Se um homem e uma mulher se tornassem "um só espírito" no casamento, a morte não poderia dissolver o casamento, pois o espírito nunca morre. Mesmo se um homem e uma mulher discordam, são "incompatíveis" e não conseguem entender-se, continuam sendo casados, pois a união é física.
É uma união permanente. A intenção original de DEUS era que um homem e uma mulher passassem a vida juntos. A ideia de "morar juntos para ver se dá certo" não faz parte da lei original de DEUS, pois ele exige que o marido e a esposa comprometam-se irrestritamente com a união do casamento.
É uma união entre um homem e uma mulher. DEUS não criou dois homens e duas mulheres, ou duas mulheres e um homem, somente dois homens ou somente duas mulheres. Não importa o que psicólogos e juristas digam, a poligamia, a união entre gays e outras variações são contrárias à vontade de DEUS. Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é; Levítico 18:22 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de DEUS. 1 Coríntios 6:10 Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD - Mt 19.1-12 - (Com modificações do Pr. Henrique) CRISTO Deixa a Galileia e Entra na Judéia - Mateus 19.1,2
Aqui temos um relato da mudança de CRISTO. Observe que:
1. Ele deixou a Galileia. Ali Ele tinha sido criado. Ali, naquela remota e desprezível parte do país, Ele havia passado a maior parte de sua vida; apenas por ocasião das comemorações que Ele ia para Jerusalém, e se manifestava ali; e podemos supor que, não tendo ali residência fixa quando chegou, suas pregações e milagres eram mais perceptíveis e mais aceitos. Mas isso foi um exemplo de sua humilhação, e nisso, como em outras coisas, Ele apareceu em um estado de humildade. Ele viria como um galileu, um homem do norte, a parte menos educada e refinada da nação. Até aqui, a maioria dos sermões de CRISTO e a maioria de seus milagres haviam sido realizados na Galileia; mas agora, “concluindo JESUS esses discursos, saiu da Galileia”, e este foi o seu último adeus; porque (a menos que a sua passagem “pelo meio de Samaria e da Galileia”, Lucas 17.11, tenha ocorrido depois disso, o que, contudo, era apenas uma visita in transitu – o enquanto Ele atravessava o país). Ele nunca mais veio para a Galileia novamente até depois da sua ressurreição, o que torna essa transição extraordinária. CRISTO não partiu da Galileia até que houvesse encerrado o seu trabalho ali. Note que os fiéis ministros de CRISTO não são afastados de nenhum lugar, até que tenham terminado o seu testemunho naquela localidade; eles também não são levados deste mundo enquanto não concluem a sua missão (Ap 11.7). É muito confortável para aqueles que seguem não a sua própria vontade, mas a providência de DEUS, em suas mudanças, saber que concluirão seus discursos antes de partirem. E quem desejaria continuar em qualquer lugar por mais tempo do que o necessário para realizar ali a obra de DEUS?
2. Ele se dirigiu “aos confins da Judéia, além do Jordão”, para que os habitantes dali pudessem ter seu dia de visitação da mesma forma que a Galileia, pois eles também pertenciam às “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas CRISTO ainda se manteve naquelas partes de Canaã que se estende em direção a outras nações: a Galileia é chamada de “Galileia das nações”, e os sírios habitavam além do Jordão. Assim, CRISTO insinuava que, embora se mantivesse dentro dos limites da nação judaica, Ele tinha em vista os gentios, e o seu Evangelho estava se encaminhando em direção a eles, pois esse era um de seus objetivos.
3. “Seguiram-no muitas gentes”. Onde estiver Siló, ali se congregarão os povos. Os “remidos do Senhor” são os que “seguem o Cordeiro” para onde quer que vá (Ap 14.4). Quando CRISTO parte, é melhor que o sigamos. O fato de CRISTO ter sido constantemente seguido por uma multidão, para onde quer que fosse, era uma amostra de respeito a CRISTO, embora fosse um problema constante. Mas Ele não procurava a sua própria comodidade, considerando quão má e desprezível essa turba era (como alguns os chamariam), nem fazia muita questão da sua própria glória, aos olhos do mundo. Ele “andou fazendo o bem”; e assim se segue que Ele curou a multidão “ali”. Isso mostra porque eles o seguiam: para ter suas enfermidades curadas; e eles o julgavam tão capaz e pronto para ajudar aqui como havia sido na Galileia. Pois, onde quer que esse “Sol da justiça” surgisse, traria “curas nas suas asas” (Ml 4.2, versão TB). Ele os curou ali, para que não o seguissem até Jerusalém, o que causaria escândalo. Ele “não contenderá, nem clamará”. A Lei do Divórcio Mateus 19. 3-12 (Dt 24.1)
Nós temos aqui a lei de CRISTO no caso do divórcio, ocasionada, como algumas outras manifestações da sua vontade, por uma discussão com “os fariseus”. Ele suportou tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as transformou em instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui:
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
I
O caso proposto pelos fariseus (v. 3): “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Os fariseus lhe perguntaram isso para provocá-lo, e não porque desejassem ser ensinados por Ele. Algum tempo atrás, Ele havia, na Galileia, manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que era uma prática comum (Mt. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse agora contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo desse país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse diminuir a liberdade de que eles tanto gostavam. Os fariseus esperavam que Ele perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer um dos seus preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa forma: se Ele dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como um inimigo da lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo de boa reputação. Alguns pensam que, embora a lei de Moisés permitisse o divórcio no caso específico de prostituição da noiva ates do casamento, ou seja, não era mais virgem (Dt 24.1), ainda que houvesse uma causa justa, havia uma controvérsia entre os próprios fariseus, e eles desejavam saber o que CRISTO diria sobre isso. Com o tempo o divórcio deixou de ser como permitia a lei de Moisés (Dt 24.1), para se tornar algo corriqueiro e por motivos banais. Causas matrimoniais têm sido numerosas, e algumas vezes intrincadas e confusas; elas se tornam assim não por causa da lei de DEUS, mas pelos desejos e pela loucura dos homens. Nesses casos, as pessoas frequentemente decidem o que vão fazer, antes de perguntarem qual seria a melhor solução. Sem se importarem com a opnião do criador.
A pergunta dos fariseus foi a seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher por qualquer motivo? O divórcio só era permitido por DEUS por prostituição da mulher antes do casamento (Dt 24.1), mas o divórcio era praticado, como acontecia geralmente, por pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele poderia ser praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado (embora fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou desagrado? A tolerância, nesse caso, permitia isso: “Se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio” (Dt 24.1). Eles interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que sem motivo, poderia se tornar a base para um divórcio.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
II
A resposta de CRISTO para essa pergunta. Embora ela fosse apresentada para tentá-lo, mesmo sendo um caso de consciência, e de consciência pesada, Ele deu uma resposta satisfatória. Não foi uma resposta direta, mas foi eficaz, afirmando os bons princípios, como prova inegável de que os divórcios arbitrários que estavam sendo praticados, que tornavam os laços matrimoniais tão precários, não eram de forma alguma legítimos. O próprio CRISTO não daria a regra sem uma razão, nem declararia o seu julgamento sem uma prova nas Escrituras para apoiá-lo. Seu argumento é este: “Se estão, marido e mulher, pela vontade e desígnio de DEUS, ligados pela mais rígida e íntima união, então eles não devem ser, levianamente e em qualquer ocasião, separados; se a ligação for consagrada, não poderá ser facilmente desfeita”. Para provar que existe tal união entre marido e mulher, Ele ressalta três pontos.
1. A criação de Adão e Eva. No que se refere a isso, Ele apela para o próprio conhecimento que eles tinham das Escrituras: “Não tendes lido?” Há alguma vantagem em discutir, tratar com aqueles que possuem e têm lido as Escrituras. Vocês têm lido (mas não têm considerado) “que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea” (Gn 1.27; 5.2). Note que será de grande utilidade para nós pensarmos frequentemente sobre nossa criação, como e por quem, por que e para que, fomos criados. Ele os criou macho e fêmea, uma fêmea para um macho; de modo que Adão não poderia se divorciar de sua esposa, e tomar outra, porque não existia nenhuma outra para ser tomada. Isso, da mesma forma, sugeria uma união inseparável entre eles. Eva era uma costela tirada de Adão, de modo que ele não podia repudiá-la, porque não devia remover um pedaço de si mesmo, contradizendo as manifestas indicações da criação dela. CRISTO faz uma breve alusão a isso, mas, recorrendo ao que eles tinham lido, Ele os remete ao registro original, onde é observado que, muito embora o restante das criaturas vivas tenha sido criadas macho e fêmea, ainda assim isso não é dito no que se refere a nenhuma delas, mas apenas no que concerne à raça humana; porque a conjunção entre homem e mulher é racional, e planejada para propósitos mais nobres do que meramente a satisfação dos sentidos e a preservação da semente. E ela é, portanto, mais íntima e sólida do que aquela que existe entre macho e fêmea entre os animais, que não são capazes de se ajudar mutuamente como Adão e Eva. Por conseguinte, a forma de expressão é um tanto singular (Gn 1.27): “E criou DEUS o homem à sua imagem, macho e fêmea os criou”; algumas traduções da Bíblia em inglês trazem os pronomes “ele” e “eles” (singular e plural) de uma forma alternada. O singular é utilizado no princípio da criação, antes que se tornassem dois. Porém, mais tarde, eles se tornam novamente um, através de uma aliança de casamento, uma união que só poderia ser íntima e indissolúvel.
2. A lei fundamental do casamento é: “Deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” (v. 5). A relação entre marido e mulher é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos; então, se a relação filial não pode ser facilmente rompida, muito menos pode a relação de casamento ser rompida. Pode um filho abandonar seus pais, ou pode um pai ou mãe abandonar seus filhos, por qualquer motivo, seja ele qual for? Não, de modo nenhum. Muito menos pode um marido repudiar a sua esposa. Entre marido e esposa, a relação é mais íntima, e o laço da união é mais forte, do que entre pais e filhos – embora não por natureza, mas por desígnio divino. Observe que a relação pais-filhos é, em grande medida, substituída pelo casamento quando um homem deixa os seus pais para se unir à sua esposa. Veja aqui o poder de uma instituição divina. O resultado dela é uma união mais forte do que aquela que resulta das obrigações mais elevadas da natureza.
3. A natureza do contrato matrimonial. Esta é uma união de pessoas; os cônjuges “serão dois numa só carne”, de modo que (v. 6) “já não serão dois, mas uma só carne”. Os filhos de um homem são partes dele mesmo; mas a sua esposa é ele mesmo. Assim como a união conjugal é mais íntima do que aquela que existe entre pais e filhos, ela também é, até certo ponto, equivalente àquela união que existe entre um membro e outro no corpo natural. Uma vez que esta é uma razão pela qual os maridos devem amar suas esposas, também é uma razão pela qual eles não devem repudiá-las, pois “nunca ninguém aborreceu a sua própria carne”, ou a separou de si, “antes, a alimenta e sustenta”, e faz tudo o que pode para preservá-la. Os dois serão um; por isso deve haver apenas uma esposa, pois DEUS fez apenas uma Eva para um Adão (Ml 2.15).
A partir daí, o Senhor deduz: “O que DEUS ajuntou não separe o homem”. Note que: (1) Marido e mulher são uma união de DEUS; synezeuxen – Ele os colocou sob um mesmo jugo, assim é a palavra, e é muito significativa. O próprio DEUS instituiu o relacionamento entre marido e mulher no estado de inocência. O casamento é a mais antiga instituição . Embora o casamento não seja exclusivo da igreja, mas comum para o mundo, mesmo sendo caracterizado por uma instituição divina, que é aqui ratificada pelo nosso Senhor JESUS, ele deve ser conduzido como uma união sagrada, e santificado pela Palavra de DEUS, e pela oração. Um respeito consciencioso para com DEUS nessa instituição teria uma boa influência sobre o dever, e, consequentemente, sobre a tranquilidade e o conforto do relacionamento. (2) Marido e mulher, sendo unidos pela lei de DEUS, não podem ser separados por qualquer lei humana. Homem nenhum deve separá-los; nem o próprio marido, nem alguém designado por ele; nem mesmo o magistrado, pois DEUS jamais lhe deu autoridade para fazer isso. “O Senhor, DEUS de Israel, diz que odeia o divórcio” (Ml 2.16). O homem não deve tentar separar aquilo que DEUS uniu. Esta é uma regra geral.
COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
III
Uma objeção levantada pelos fariseus contra o dever do homem não separar o que DEUS ajuntou – uma objeção não destituída de plausibilidade (v. 7): “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” JESUS utilizou as Escrituras para argumentar contra o divórcio; os fariseus, por sua vez, alegam a autoridade das Escrituras para defendê-lo. Note que as aparentes contradições na Palavra de DEUS são grandes obstáculos para homens de mente corrompida. É verdade, Moisés era fiel àquele que o designou, e não ordenou nada além daquilo que recebeu do Senhor; mas, nesse caso, o que eles chamam de mandamento era apenas uma concessão (Dt 24.1), planejada mais para conter os excessos do que para encorajar o divórcio em si. Os próprios doutores judeus observam tais limitações naquela lei; o divórcio não podia ser concedido sem uma grande deliberação. Uma razão particular deve ser apontada: o atestado de divórcio deveria ser escrito, e, como uma ação judicial, deveria ter todas as suas formalidades executadas e registradas. Ele deveria ser entregue nas mãos da própria esposa (o que obrigaria os homens, se eles tivessem alguma consideração, a refletir), e os cônjuges eram expressamente proibidos de se juntar novamente. O processo era longo e custoso para que desse tempo para reflexão. O marido não mais poderia ter a mulher de volta. Tudo isso faria com que o marido voltasse atrás em sua decisão. COMENTÁRIOS EXTRAS DO Pr. HENRIQUE
IV
A resposta de CRISTO a essa objeção.
1. Ele retifica o erro dos fariseus com relação à lei de Moisés. Eles a chamaram de um mandamento, CRISTO a chama somente de permissão, uma tolerância. Corações carnais tomarão o braço se lhes dermos a mão. A lei de Moisés, nesse caso, era uma lei política que DEUS concedeu como o Governante daquele povo; e o divórcio era tolerado por razões de Estado. Sendo o rigor da união matrimonial o resultado de uma lei não-natural, mas formal, em alguns casos a sabedoria de DEUS prescindia dela através do divórcio, sem qualquer depreciação de sua santidade.
Mas CRISTO diz aos fariseus que havia uma razão para essa tolerância – e esta não se devia, de modo algum, a algum mérito deles: “Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher”. Moisés se queixou do povo de Israel em seu tempo, pois o coração do povo estava endurecido (Dt 9.6; 31.27), endurecido contra DEUS; naquela ocasião, a permissão para o divórcio se devia ao fato de eles estarem endurecidos contra o próximo; os homens eram geralmente violentos e ultrajantes, qualquer que fosse o caminho que seguissem tanto em seus desejos como em suas paixões. E então, se a eles não tivesse sido permitido repudiar suas esposas quando descobrissem que não eram mais virgens, eles as teriam tratado com crueldade, teriam agredido e abusado delas, e talvez as matassem. Note que não há maior crueldade no mundo do que um homem ser rude e áspero com a sua própria esposa. Os judeus, ao que parece, eram abomináveis por isso, e então lhes foi permitido repudiá-las; melhor divorciar-se delas do que fazer pior, do que cobrir “o altar do Senhor de lágrimas” (Ml 2.13). Também o divórcio evitaria que a esposa não fosse apedrejada por sua prostituição, ficando livre para se casar novamente (quem sabe este não foi o caso da mulher samaritana?) OBSERVAÇÃO DO Pr.HENRIQUE COISA FEIA - ערוה - Ìervah - indecência, conduta imprópria - SABIA QUE ENCONTRARIA OS VERSÍCULOS PROVANDO QUE "COISA FEIA", MENCIONADA EM DEUTERONÔMIO 24.1, ERA A MULHER NÃO SER MAIS VIRGEM - Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; então, o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da moça e levá-los-ão para fora aos anciãos da cidade, à porta. E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a aborreceu; e eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E estenderão o lençol diante dos anciãos da cidade. Então, os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão, e o condenarão em cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, e em todos os seus dias não a poderá despedir. Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem, e se este último homem a aborrecer, e lhe fizer escrito de repúdio, e lho der na sua mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor ; assim não farás pecar a terra que o Senhor , teu DEUS, te dá por herança. Deuteronômio 24:1-4
QUEM SABE SE NOSSOS PASTORES TIVESSEM ACHADO ESSA MENÇÃO NÃO TERIAM APROVADO DIVÓRCIO NA CONVENÇÃO EM 2011? Ai está o que é "COISA FEIA" mencionada em Dt 24.1.
Isso prova que divórcio só era permitido se no primeiro dia de casados o homem descobrisse que a mulher não era mais virgem.
Tinha um costume em Israel de colocar o lençol na porta da tenda ao amanhecer do outro dia após a noite se núpcias com a mancha do sangue da virgindade que tinha sido rompida pelo marido. Uma pequena complacência para satisfazer a vontade de um louco, ou de um homem que delira, pode evitar um dano maior. Leis formais podem ser prescindidas em prol da preservação da lei da natureza, pois “DEUS quer misericórdia e não sacrifício”. Entretanto, aqueles que tornaram isso necessário são infelizes, são perdidos que possuem um coração endurecido. E ninguém pode desejar ter a liberdade do divórcio, sem virtualmente confessar a dureza de seu coração. JESUS diz: “por causa da dureza do vosso coração”, não apenas daqueles que viviam naquela época, mas de toda a sua semente. DEUS não apenas vê, mas também antevê a dureza do coração dos homens. Ele adaptou os mandamentos e a providência do Antigo Testamento ao temperamento daquela gente, e o fez através do medo. Observe também: a lei de Moisés considerava a dureza do coração dos homens, mas o Evangelho de CRISTO, a cura; e sua graça tira do homem o coração de pedra e lhe dá um coração de carne. Através da lei, vinha o conhecimento do pecado; mas através do Evangelho, ele é derrotado.
2. JESUS os leva de volta à instituição original: “Mas, ao princípio, não foi assim”. Note que as perversões que se insinuam em qualquer lei de DEUS devem ser expurgadas recorrendo-se à instituição original. Se a cópia estiver incorreta, ela deverá ser examinada e retificada pelo original. Desse modo, o apóstolo Paulo, ao corrigir as transgressões da igreja de Corinto em relação à Santa Ceia, recorreu ao que aconteceu naquela reunião (1 Co 11.23): “Porque eu recebi do Senhor”. A verdade estava disponível desde o princípio; nós devemos então perguntar “pelas veredas antigas, qual é o bom caminho” (Jr 6.16), e devemos fazer as devidas correções, não pelos padrões recentes, mas pelas regras antigas.
3. JESUS define a questão através de uma lei explícita: “Eu vos digo” (v. 9), e isso está de acordo com que Ele havia dito antes (Mt 5.32). Naquela ocasião, isso foi dito em um sermão; aqui, em uma discussão. Mas é a mesma Palavra, pois CRISTO não muda. Entretanto, em ambas as passagens:
(1) Ele permite o divórcio em caso de prostituição da mulher antes do casamento; sendo que a razão da lei contra o divórcio consiste na máxima: “Serão dois numa só carne”. Se a esposa se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero, a razão da lei cessa, e também a lei. A prostituição era punida com a morte pela lei de Moisés (Dt 22.22). Então, o nosso Salvador suaviza o seu rigor, e determina que o divórcio seja a penalidade. O Dr. Whitby entende isso não como adultério (porque o nosso Salvador usa a palavra porneia – fornicação), mas como a impureza cometida antes do casamento, que é descoberta no dia do casamento, seria um pecado capital se o esposo não desse o divórcio.
(2) O Senhor desaprova isso em todos os outros casos: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mateus 19:9”. Essa foi uma resposta direta para a pergunta dos fariseus, e que não estava de acordo com a lei. E nisso, como em outras coisas, o tempo do evangelho é “tempo de correção” (Hb 9.10). A lei de CRISTO tende a restabelecer o homem em sua integridade primitiva; a lei do amor, do amor conjugal, não é um novo mandamento, mas era desde o princípio. Se considerarmos quantos danos às famílias e países, quantas confusões e desordens resultariam de divórcios arbitrários, entenderemos o quanto essa lei de CRISTO é para o nosso próprio benefício, e que amigo o cristianismo é para nossos interesses seculares.
A lei de Moisés, que permite o divórcio por causa da dureza do coração dos homens, e a lei de CRISTO, que o proíbe, sugerem que estando os cristãos sob a dispensação do amor e da liberdade, pode-se, legitimamente, esperar uma brandura de coração entre eles, pois eles não serão desumanos como os judeus, pois “DEUS chamou-nos para a paz”. Não haverá oportunidade para divórcios se os cônjuges forem indulgentes um com o outro, e perdoarem um ao outro no amor, como aqueles que são, e esperam ser, perdoados, e que descobriram que DEUS não nos repudiará (Is 50.1). Não há necessidade de divórcios se os maridos amarem suas esposas, se as esposas forem obedientes a seus maridos, e se ambos viverem juntos como herdeiros da graça da vida: e estas são as leis de CRISTO. Não encontramos uma lei como essa em todas as leis de Moisés.
V
Aqui está uma sugestão dos discípulos contra essa lei de CRISTO (v. 10): “Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar”. Parece que os próprios discípulos estavam relutantes em renunciar à liberdade do divórcio, considerando-a como um bom expediente para preservar o bem-estar na condição de casado; e então, como crianças mal-humoradas, se eles não tivessem o que queriam ter, jogariam fora aquilo que tinham. Se a eles não for permitido repudiar suas esposas quando lhes aprouver, eles não terão esposas de modo nenhum. Entretanto, desde o princípio, quando o divórcio não era permitido, DEUS disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e os abençoou, declarando como abençoados aqueles que fossem, dessa forma, completamente unidos; no entanto, a menos que possam ter a liberdade do divórcio, os discípulos acham que é melhor o homem não se casar. Note que: 1. A natureza corrupta não tolera o controle e as restrições, e de bom grado romperia os laços de CRISTO ao meio para obter a liberdade para a sua própria luxúria. 2. É uma atitude tola e impertinente para os homens, abandonar os confortos desta vida por causa das cruzes que habitualmente os acompanham, como se precisássemos necessariamente sair do mundo por não termos todas as coisas que desejamos; ou precisássemos assumir uma ocupação ou uma condição improdutiva, porque a sobrevivência nele se tornou a nossa obrigação. Não. Qualquer que seja a nossa condição, devemos direcionar nossas mentes para isso: ser agradecidos pelos nossos confortos, obedientes às nossas cruzes, sabendo que quando pensarmos nos nossos dias, deveremos ter em mente que “DEUS fez este em oposição àquele”, e assim fazermos o melhor com o que tivermos (Ec 7.14). O fato de não podermos desfazer os laços do casamento a nosso bel-prazer não significa que não devamos nos submeter a eles; mas que quando nos submetermos, deveremos decidir nos comportar de acordo por amor, submissão, e paciência, o que tornará o divórcio a coisa mais desnecessária e indesejável que pode existir.
VI
A resposta de CRISTO a essa sugestão (vv. 11,12), na qual:
1. Ele reconhece que é bom para alguns não se casar: Aquele que é capaz de receber essa palavra, que a receba – “Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido”. CRISTO consentiu com o que os discípulos disseram, “não convém casar”; não como uma objeção contra a proibição do divórcio, como eles o pretendiam, mas dando-lhes uma regra (talvez não menos desagradável para eles): que aqueles que têm a dádiva da abstinência, e não sentem qualquer necessidade de casar-se, fazem melhor se continuarem solteiros (1 Co 7.1); pois aqueles que não estão casados têm a oportunidade, se tiverem disposição, de se preocupar mais com as “coisas do Senhor, em como hão de agradar ao Senhor” (1 Co 7.32-34), sendo menos comprometidos com os cuidados desta vida, e tendo uma maior disponibilidade de tempo e pensamento para preocupar-se com coisas melhores. O crescimento da graça é melhor do que o crescimento da família, e a comunhão com o Pai e com o seu Filho JESUS CRISTO deve ser preferida à qualquer outra comunhão.
2. Ele desaprova, como absolutamente prejudicial, proibir o casamento, porque “nem todos podem receber esta palavra”; realmente poucos podem – é preferível que as cruzes da condição de casado sejam carregadas do que esses homens caírem em tentação para evitá-las; “é melhor casar do que abrasar-se” (1 Coríntios 7:9).
CRISTO fala aqui de uma dupla incapacidade para o casamento.
(1) Aquela que é uma calamidade pela providência de DEUS; tal como a daqueles que nascem eunucos, ou se tornam assim através dos homens, e que, sendo incapazes de corresponder a uma finalidade do casamento, não devem se casar. Mas que lhes seja permitido compensar essa calamidade com a oportunidade que existe na condição de solteiro – servir melhor a DEUS.
(2) Aquela que é uma virtude pela graça de DEUS; como é a daqueles que se fizeram eunucos “por causa do Reino dos céus”. Essa é uma incapacidade para o casamento, não no corpo (e alguns, por erro de interpretação dessa Escritura, prejudicaram a si mesmos de forma tola e perniciosa), mas na mente. Aqueles que se tornaram eunucos alcançando um sagrado desinteresse por todos os prazeres da condição de casado, têm uma decisão estabelecida, na força da graça de DEUS, de se privar completamente deles; e por jejum, e outros exemplos de mortificação, subjugaram todos os desejos voltados a eles. Estes são aqueles que podem receber esta palavra; além disso, não devem obrigar a si mesmos, através de voto, a nunca se casar. Eles só devem entender que, da forma como pensam agora, pretendem não se casar.
Então: [1] Essa simpatia pela condição de solteiro deve ser concedida por DEUS; pois ninguém pode recebê-la, exceto “aqueles a quem foi concedido”. Note que a abstinência é um dom especial de DEUS para alguns, e não para outros; e quando um homem, na condição de solteiro, descobre por experiência que tem esse dom, ele pode resolver permanecer solteiro, e (como o apóstolo diz, 1 Coríntios 7.37) ficar “firme em seu coração, não tendo necessidade”, mas tendo poder sobre a sua própria vontade para se manter assim. Mas os homens, nesse caso, devem tomar cuidado para não se gabarem de um falso dom (Pv 25.14).
[2] A condição de solteiro deve ser escolhida por amor ao Reino dos céus. Pois naqueles que resolvem nunca se casar apenas para que possam economizar nas despesas, ou para satisfazer um temperamento mal-humorado e egoísta, ou ainda para ter uma maior liberdade para servir a outros desejos e prazeres, isto está muito longe de ser uma virtude – é um vicio perverso. Mas quando é por amor à religião – não sendo um ato meritório em si mesmo (em que os papistas o transformaram), mas apenas como um meio para manter a mente mais aplicada e mais direcionada aos serviços da religião, e para que, não tendo família para sustentar, a pessoa possa fazer mais obras de caridade –, isto é aprovado e aceito por DEUS. Note que essa condição é melhor para nós. E ser escolhido e comportar-se adequadamente, que é o melhor para a nossa alma, nos leva a nos prepararmos mais e a nos preservarmos para o Reino dos céus. (3) Haviam ainda os que eram castrados por seus patrões devido a terem que cuidar de seus haréns ou de alguma esposa solitária. COMENTÁRIOS BEP - CPAD - PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. (a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré-maritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3). (b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9, sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18). (c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos num casamento, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19). (d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28). SEXO SÓ NO CASAMENTO - DEUS ODEIA O DIVÓRCIO (Ml 2.16) - SEXO ANAL É ABOMINAÇÃO DIANTE DE DEUS (Lev 18:22; 20:13; 1Co 6.10). SUBSÍDIOS DA Lição 4, A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO - 3º TRIMESTRE DE 2022 - CPAD PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição trata o divórcio de acordo com o contexto bíblico do Antigo e Novo Testamento. Outro ponto interessante é que a lição aborda dois aspectos a respeito do divórcio: o legal e o moral. E, finalmente, conclui com uma importante reflexão acerca da prática pastoral com pessoas divorciadas ou em processo de divórcio.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor o divórcio no contexto bíblico; II) Pontuar os aspectos legal e moral do divórcio; III) Refletir a respeito da prática pastoral com pessoas em situação de divórcio.
B) Motivação: O divórcio é um desafio em toda a igreja cristã. Mais desafiador ainda é não banalizar a prática do divórcio e, ao mesmo tempo, cuidar de maneira evangélica das pessoas que sofreram com o divórcio.
C) Sugestão de Método: Estamos na quarta lição. Sugerimos que você faça uma revisão de pelo menos cinco minutos a respeito dos temas vistos até agora: As Sutilezas de Satanás contra a Igreja; A Sutileza da Banalização da Graça; A Sutileza da Imoralidade Sexual. Em seguida, apresente o assunto do divórcio como uma extensão da lição anterior a respeito da imoralidade sexual. Procure contextualizar a classe com o tema.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Vimos que o padrão bíblico para o casamento tem a ver com a sua indissolubilidade. Entretanto, é possível que em sua classe haja problemas na área do casamento. Por isso, ao final da aula, faça uma oração, apresentando a vida conjugal de seus alunos. Reserve esse momento para apresentar a DEUS as demandas conjugais da classe.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Contextualização da questão do divórcio em Mateus 19" amplia a exposição bíblica do divórcio; 2) O texto "A Interpretação de JESUS CRISTO", localizado após o segundo tópico, traz uma conclusão a respeito do aspecto doutrinário do divórcio. SINÓPSE I - O divórcio está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
SINÓPSE II - O divórcio se dá na esfera legal e, ao mesmo tempo, moral.
SINÓPSE III - É preciso cuidar das pessoas divorciadas, dando-lhes auxílios espiritual e psicológico AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
“A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe [...]. Neste particular, JESUS cita uma exceção, a saber, a ‘prostituição’ (gr. porneia), palavra esta que no original inclui adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1427. AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
CONTEXTUALIZAÇÃO DA QUESTÃO DO DIVÓRCIO EM MATEUS 19
“A questão do divórcio teve um papel importante no primeiro século, da mesma forma que hoje. JESUS discutiu essa questão no Sermão do Monte (5.31,32). Agora ela reapareceu [Mt 19.3-9]. [...] O conflito se originou a partir da interpretação de Deuteronômio 24.1 – ‘Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e despedirá da sua casa’. Shammai afirmava que ‘coisa feia’ significa fornicação: ‘Um homem não se divorciaria de sua mulher, a não ser que tivesse encontrado nela um motivo de vergonha’. Seu colega Hillel (cerca de 60.d.C. – 20 d.C.), que era muito mais liberal, enfatizava a primeira frase: ‘Ela não encontrou favor em seus olhos’. Ele permitiria a um homem divorciar-se da esposa se ela fizesse alguma coisa que o desagradasse, até mesmo se queimasse o alimento ao cozinhá-lo” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.135) AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
A INTERPRETAÇÃO DE JESUS CRISTO
“CRISTO se colocou claramente a favor da estrita interpretação de Deuteronômio 24.1. Ele só permitia uma razão para o divórcio – exceto por causa de prostituição (9). Essa cláusula acrescentada ocorre apenas em Mateus (aqui [Mt 19.10] e em 5.32). Embora alguns estudiosos tenham assumido a posição de que essas palavras não teriam sido pronunciadas por JESUS, a opinião deles rejeita a inspiração de Mateus. O adultério representa a negação do voto do casamento e, nesse caso, a posição de JESUS é bastante sólida. Marcos e Lucas enfatizam, ainda mais do que Mateus, a divina aversão ao divórcio. No plano de DEUS, o casamento deve ser uma união permanente” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.136).
VOCABULÁRIO
Alienação parental: Processo em que a criança, ou a adolescente, é induzida, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, a destruir os seus vínculos afetivos com um dos genitores (pai ou mãe).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual era o plano de DEUS na Antiga Aliança em relação ao casamento? Na Antiga Aliança, o plano de DEUS para a raça humana é que o casamento fosse monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25).
2. Qual é o plano original de DEUS para o casamento em Mateus 19? No texto de Mateus capítulo 19, JESUS mostra que o plano original de DEUS é que o casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6).
3. Quais são os dois aspectos do divórcio tratados na lição? Legal e moral.
4. Quais são os dois aspectos do divórcio que envolvem a prática pastoral? A pessoa divorciada e o divorciado como cristão.
5. O que as Escrituras contêm a respeito dos relacionamentos? As Escrituras contêm princípios e preceitos que moldam os relacionamentos humanos.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Casamento Divórcio e Sexo à Luz da Bíblia; Segredos de um Casamento Duradouro.