Escrita Lição 9, Orando e Jejuando Como JESUS Ensinou, 2Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 9, Orando e Jejuando Como JESUS Ensinou
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TEXTO ÁUREO
“[...] Disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13.2,3)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do crente.
 

Lição 9, Orando e Jejuando Como JESUS Ensinou
Vídeo -  https://youtu.be/sp49_r0ScCQ
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/escrita-licao-9-orando-e-jejuando-como.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/slides-licao-9-orando-e-jejuando-como.html
      
https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-9-orando-e-jejuando-como-jesus-ensinou-2tr22-pr-henrique-ebd-na-tvpptx 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 8.47; Ne 1.6; Dn 9.3-15 A oração em forma de verdadeira confissão
1 Rs 8.47 - Quando pecassem contra DEUS, pois não há quem não peque, e fossem levados cativos e orassem). Porque é o teu povo, a tua herança, que tiraste da terra do Egito.  Era um argumento forte, para que DEUS ouvisse as orações, pois era um povo comprado à custa de muitos milagres e prodígios.
Neemias 1.6 - Sua confissão penitente do pecado; não somente Israel pecou (não era muito humilhante confessar isso), mas eu e a casa de meu pai pecamos (v. 6). Dessa forma, ele próprio se humilha, e se envergonha, nessa confissão. De todo nos corrompemos (eu e minha família junto com os outros) contra ti.
Quão solene e grave se tornou a sua comunhão com DEUS quando compreendeu que o prazo de setenta anos estava para terminar (parece, através das datas das profecias de Ezequiel, que esses anos de cativeiro haviam sido contados com precisão). E então ele dirigiu o seu rosto ao Senhor para buscá-lo através da oração. Note que as promessas de DEUS não têm o propósito de substituir, mas de estimular e encorajar as nossas orações. E quando percebemos que o dia do seu cumprimento se aproxima, devemos, com mais empenho, pleiteá-las junto a DEUS, colocando-as em todas as nossas solicitações ao nosso precioso e bendito Senhor. Foi isso que Daniel fez aqui. Ele orou três vezes ao dia(como sempre já fazia) e, sem dúvida, mencionou em cada oração as desolações de Jerusalém. No entanto, ele não creu que isso seria suficiente, pois mesmo em meio às suas tribulações conseguiu reservar algum tempo para fazer uma extraordinária solicitação ao Céu a favor de Jerusalém. .
Dn 9.3-15 - A Confissão e a Oração de Daniel. - A Oração de Daniel por seu Povo - Daniel 9. 4-19
Temos aqui a oração de Daniel ao seu DEUS, e a confissão que fez juntamente com essa oração: “E orei ao Senhor, meu DEUS, e confessei”. Note que em todas as nossas orações devemos fazer uma confissão, não só dos pecados dos quais somos culpados (o que geralmente chamamos de confissão), mas da nossa fé em DEUS, mostrando como somos dependentes dele, o nosso pesar pelo pecado e as decisões que tomamos para não pecarmos mais. A nossa confissão deve ter a linguagem das nossas próprias convicções, com as quais sinceramente nos comprometemos. Vamos examinar as várias partes dessa oração, pois temos razões para crer que Daniel ofereceu muito mais do que foi registrado aqui. Entendemos que essas palavras são apenas a parte mais importante da sua oração.

T
erça - Sl 45.1.8; Mt 14.33; Ap 4.11 A oração em forma de verdadeira adoração
45.6,7 O TEU TRONO, Ó DEUS, É ETERNO. Adoração está presente aqui - Estes dois versículos têm em JESUS CRISTO o seu pleno cumprimento. O autor de Hebreus aplica estes versículos à exaltação, preeminência, autoridade e caráter de CRISTO (Hb 1.8). (1) O domínio de CRISTO será para todo o sempre (Ap 1.6). O Rei Messiânico é chamado DEUS no versículo 6 e é diferençado de teu DEUS (i.e., o Pai) no versículo.
 Mt 14.33 - Eles aproveitaram a oportunidade para dar a JESUS “a glória devida ao seu nome”. Eles não apenas possuíam aquela grande verdade, mas foram apropriadamente influenciados por ela; eles adoraram a CRISTO. Quando CRISTO manifesta a sua glória a nós, devemos glorificá-lo, direcionando a Ele a sua glória (Sl 50.15). “Eu te livrarei, e tu me glorificarás”. A adoração de CRISTO assim foi expressa: “És verdadeiramente o Filho de DEUS”. O objeto da nossa fé pode e deve ser feito o objeto do nosso louvor. A fé é o princípio adequado da adoração, e a adoração é o produto genuíno da fé. É necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe; e aquele que crê em DEUS, certamente o buscará (Hb 11.6).
Ap 4.11 - Ele é a causa final de todas as coisas: “...por tua vontade são e foram criadas”. Foi a vontade e o prazer dele criar todas as coisas; Ele não foi forçado a isso pela vontade de outro; não há algo como um criador subordinado, que age sob e pela vontade e poder de outro; e, se houvesse, não deveria ser adorado. Como fez todas as coisas pelo seu prazer, assim as fez para o seu prazer, para tratar com elas como lhe agrada e para glorificar-se a si mesmo por meio delas de uma ou de outra forma. Embora não tenha prazer na morte de pecadores, mas antes que se voltem para Ele e vivam, mesmo assim “...o Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins” (Pv 16.4). Agora, se essas razões são verdadeiras e suficientes para a adoração religiosa, como são apropriadas para DEUS somente, CRISTO precisa necessariamente ser DEUS, um com o Pai e o ESPÍRITO, e precisa ser adorado como tal; pois encontramos a mesma causalidade atribuída a Ele. Colossenses 1.16,17: “Porque nele foram criadas todas as coisas; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
 
Quarta - Êx 15.20,21; 2 Sm 23.1-7 A oração em forma de verdadeiras ações de graças
 Êx 15.20,21 - O entoar solene deste cântico, vv. 20,21. Miriã (ou Maria, pois é o mesmo nome) presidiu uma assembleia de mulheres, que (de acordo com a suavidade do sexo feminino, e o costume comum daquela época para expressar alegria, usou tamboris e danças) entoou este cântico. Moisés liderou o salmo, e o entregou aos homens, e então Miriã, para as mulheres. Famosas vitórias eram costumeiramente celebradas pelas filhas de Israel (1 Sm 18.6,7). E também esta. Quando DEUS tirou Israel do Egito, está escrito (Mq 6.4), que Ele colocou diante deles, a Moisés, Arão e Miriã, embora não leiamos sobre nada memorável que Miriã tenha feito, exceto isto. Mas devem ser computadas como grandes bênçãos a um povo as pessoas que os ajudam e vão diante deles, louvando a DEUS.
2 Sm 23.1-7 Temos aqui a última vontade e testamento do rei Davi -  Quando vemos a morte se aproximando, deveríamos esforçar-nos em honrar a DEUS e edificar aqueles que estão à nossa volta com nossas últimas palavras. Os que têm uma longa experiência da bondade de DEUS e do deleite da sabedoria, quando chegam ao fim do seu curso, deveriam deixar um registro dessa experiência e servir de testemunho para a verdade da promessa. Temos registradas as últimas palavras de Jacó e Moisés, e aqui, as de Davi, destinadas, como aquelas, a servir de legado àqueles que ficaram para trás.
O ESPÍRITO do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o DEUS de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de DEUS. E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando, pelo seu resplendor e pela chuva, a erva brota da terra.
Quinta - Mt 6.5,6 A oração do cristão deve ser humilde e discreta
Mt 6.6 TU, QUANDO ORAIS. Todo filho de DEUS deve ter um lugar para estar a sós com DEUS a fim de buscá-lo. Sem isto, a oração secreta não terá a duração desejada ou será algo casual. JESUS tinha seus lugares secretos para orar (Mt 14.23; Mc 1.35; Lc 4.42; 5.16; 6.12). Nós, também, devemos disciplinar nossa vida a fim de mantermos nossa comunhão com DEUS e demonstrar nosso amor por Ele. A oração secreta é especialmente importante: (1) de manhã cedo, para dedicarmos a DEUS o nosso dia; (2) no fim da tarde, para render-lhe graças por suas misericórdias; e (3) nos momentos em que o ESPÍRITO nos impulsiona a orar. A noite, antes de nos deitarmos para dormir. A promessa é que nosso Pai nos recompensará abertamente com a resposta à nossa oração, com sua presença íntima, e com honra genuína por toda a eternidade (ver 6.9). Daniel e Davi oravam 3 vezes ao dia (Dn 6.10-13 - DANIEL - três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu DEUS, como também antes costumava fazer; DAVI - De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz. Salmos 55:17). Jabez orou e recebeu tudo o que pediu a DEUS. E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe chamou o seu nome Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz.
Porque Jabez invocou o DEUS de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo e meus termos amplificares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja aflito!… E DEUS lhe concedeu o que lhe tinha pedido. 1 Crônicas 4:9,10
 
Sexta - Lc 2.37; At 13.2,3 Oração e Jejum: uma combinação divina
Lc 2.36,37 ANA... SERVINDO A DEUS. Ana era uma profetisa que esperava devotadamente a vinda de CRISTO, com 84 anos. Permaneceu viúva durante muitos anos, sem voltar a casar-se, dedicando-se ao Senhor em jejuns e orações, de noite e de dia (v. 37). A Bíblia ensina que o estado de solteiro pode ser uma bênção maior do que o estado marital. Paulo declara que os solteiros têm maior oportunidade para ocupar-se com as coisas do Senhor, para agradar-lhe e a Ele dedicar-se com toda devoção (ver 1 Co 7.32-35).
Atos 13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é muito sensível ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16). Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma palavra profética (cf. v. 1). ORAÇÃO e JEJUM combinados. Reuniões na Igreja de oração e jejum são próprias para escolhas de obreiros.
Sábado - 2 Co 6.5; 11.27 O jejum como um ato deliberado e voluntário
2 Co 6.5O apóstolo enfrentou angústias, sendo restringido por todos os lados, tendo dificuldades em saber o que fazer. Muitas vezes foi surrado (2Co 11.24), preso, em tumultos provocados pelos judeus e gentios; fadigado, não somente na pregação do evangelho, mas em viajar de lugar a lugar com esse fim, e trabalhando com as mãos para suprir suas necessidades; em vigílias e jejuns, quer voluntariamente ou por motivo religioso, ou involuntariamente por amor ao evangelho. Mas ele exercitou muita paciência em tudo isso (vv. 4,5). Observe: [1] É o destino de muitos ministros fiéis serem submetidos a grandes dificuldades, necessitando de muita paciência. [2] Aqueles que querem ser aprovados diante de DEUS devem mostrar-se fiéis na dificuldade, bem como na paz, não somente ao fazer a obra de DEUS diligentemente, mas também ao fazer a vontade de DEUS com paciência. (2) Ao agir de acordo com bons princípios. O apóstolo agia de acordo com princípios justos em tudo que fazia e conta quais eram esses princípios. Orava e jejuava sempre.
2 Co 6.11.27Ele esteve em “...vigílias, muitas vezes”, e exposto à fome e sede; “...em jejum, muitas vezes”, talvez por necessidade. Ele suportou “...frio e nudez” (v. 27). Essa era a vida desse homem que foi uma das maiores bênçãos de todos os tempos. Ele foi tratado como se fosse o fardo da terra e a praga da sua geração.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 6.5-18
5 - E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 6 - Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. 7 - E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. 8 - Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. 9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 - Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. 11 - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12 - Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. 13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! 14 - Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. 15 - Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. 16 - E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 17 - Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, 18 - para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
 
6.6 TU, QUANDO ORARES. Todo filho de DEUS deve ter um lugar para estar a sós com DEUS a fim de buscá-lo. Sem isto, a oração secreta não terá a duração desejada ou será algo casual. JESUS tinha seus lugares secretos para orar (Mt 14.23; Mc 1.35; Lc 4.42; 5.16; 6.12). Nós, também, devemos disciplinar nossa vida a fim de mantermos nossa comunhão com DEUS e demonstrar nosso amor por Ele. A oração secreta é especialmente importante: (1) de manhã cedo, para dedicarmos a DEUS o nosso dia; (2) no fim da tarde, para render-lhe graças por suas misericórdias; e (3) nos momentos em que o ESPÍRITO nos impulsiona a orar. A promessa é que nosso Pai nos recompensará abertamente com a resposta à nossa oração, com sua presença íntima, e com honra genuína por toda a eternidade (ver 6.9).
6.9 ORAREIS ASSIM. Com esta oração modelo, CRISTO indicou áreas de interesse que devem constar da oração do cristão. Esta oração contém seis petições: três dizem respeito à santidade e à vontade de DEUS e três dizem respeito às nossas necessidades pessoais. A brevidade desta oração não significa que devemos ser breves quando oramos. Às vezes, CRISTO orava a noite inteira (Lc 6.12).
6.9 PAI NOSSO... NOS CÉUS. A oração envolve a adoração ao Pai celestial. (1) Como Pai, DEUS nos ama, cuida de nós e anela comunhão e intimidade conosco. Em CRISTO, temos acesso ao Pai, em todo tempo, para adorá-lo e expressar-lhe as nossas necessidades (vv. 25-34). (2) DEUS, como nosso Pai, não significa que Ele seja como um pai terrestre, que tolera o mal nos filhos ou que deixa de discipliná-los corretamente. DEUS é um Pai santo, que se opõe terminantemente ao pecado. Ele não tolera a iniquidade, mesmo naqueles que o chamam de Pai. Seu nome deve ser santificado (v. 9). (3) Logo, como Pai celeste, Ele pode castigar, tanto quanto abençoar; reter, tanto quanto dar; agir com justiça e também com misericórdia. Sua maneira de atender seus filhos depende da nossa fé e obediência para com Ele.
6.9 SANTIFICADO SEJA O TEU NOME. O maior empenho em nossas orações e na nossa vida deve concentrar-se na santificação do nome de DEUS. É da máxima importância que o próprio DEUS seja reverenciado, honrado, glorificado e exaltado (cf. Sl 34.3). Em nossas orações e em nosso viver diário, devemos ter o máximo zelo com a reputação de DEUS, da sua igreja, do seu evangelho e do seu reino. Fazer algo que cause escândalo para o nome e o caráter do Senhor é um pecado horrível que o expõe à vergonha pública.
6.10 VENHA O TEU REINO. A oração deve ocupar-se com o reino de DEUS na terra agora e com seu pleno cumprimento no futuro. (1) Devemos orar pela volta de CRISTO e pelo estabelecimento do reino eterno de DEUS no novo céu e na nova terra (Ap 21.1; cf. 2 Pe 3.10-12; Ap 20.11; 22.20). (2) Devemos orar pela presença e manifestação espiritual do reino de DEUS agora. Isso inclui a operação do poder de DEUS entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos, promover a justiça e derramar o ESPÍRITO SANTO sobre seu povo.
6.10 SEJA FEITA A TUA VONTADE. Orar seja feita a tua vontade significa que anelamos sinceramente que a vontade e o propósito de DEUS sejam cumpridos em nossa vida e na vida dos nossos familiares, segundo seu plano eterno. Podemos conhecer a vontade de DEUS, primeiramente através da Bíblia, que é a sua vontade revelada, e através da direção do ESPÍRITO SANTO em nosso coração (cf. Rm 8.4-14). A vontade de DEUS é cumprida quando oramos para que o reino de DEUS e a sua justiça prevaleçam entre nós (v. 33)
6.11 O PÃO NOSSO DE CADA DIA. A oração deve conter petições concernentes às nossas necessidades diárias (Fp 4.19; ver Lc 11.3).
6.12 PERDOA... ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS. Na oração devemos tratar dos nossos pecados e também estar dispostos a perdoar aqueles que nos fizeram mal (vv. 14,15; Hb 9.14; 1 Jo 1.9).
6.13 LIVRA-NOS DO MAL. Todos os crentes são objeto especial da hostilidade e dos maus propósitos de Satanás. Por essa razão nunca devemos esquecer de orar para que DEUS nos livre do poderio e das tramas do inimigo (ver Lc 11.26; 18.1 22.31; Jo 17.15; 2 Co 2.11)
6.15 SE, PORÉM... PERDOARDES AOS HOMENS. Esta declaração de JESUS salienta o fato de que o crente deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte dos outros. Caso ele não perdoe seu ofensor arrependido, DEUS não o perdoará e suas orações não terão resposta. Aqui está um princípio essencial para obtermos o perdão de DEUS (Mt 18.35; Mc 11.26; Lc 11.4).
6.16 QUANDO JEJUARDES. Na Bíblia, jejuar refere-se a abstenção de alimento por motivos espirituais. Embora o jejum apareça frequentemente vinculado à oração, ele por si só deve ser considerado uma prática de proveito espiritual. Na realidade, o jejum bíblico pode ser chamado de oração sem palavras .
(1) Há três formas principais de jejum, vistas na Bíblia: (a) Jejum normal a abstenção de todos os alimentos, sólidos ou líquidos, mas não de água (ver 4.2);
(b) jejum absoluto a abstenção tanto de alimentos como de água (Et 4.16; At 9.9). Normalmente este tipo de jejum não deve ir além de três dias, pois a partir daí o organismo se desidrata, o que é muito nocivo à saúde. JESUS, Moisés (2 Vezes) e Elias fizeram jejum absoluto por 40 dias, mas sob condições sobrenaturais (Dt 9.9,18; Êx 34.28; 1 Rs 19.8);
(c) o jejum parcial é uma restrição alimentar, e não uma abstenção total dos alimentos (Dn 10.3).
(2) O próprio CRISTO praticava a disciplina do jejum e ensinava que a mesma devia fazer parte da vida consagrada do cristão (6.16), além de ser um ato de preparação para a sua volta (ver 9.15). A igreja do NT praticava o jejum (At 13.2,3; 14.23; 27.33).
(3) O propósito do jejum com oração: (a) um ato para DEUS, visando à sua honra (6.16-18; Zc 7.5; Lc 2.37; At 13.2); (b) o crente humilhar-se diante de DEUS (Sl 69.10; Ed 8.21; Is 58.3), para receber mais graça (1 Pe 5.5) e desfrutar da presença íntima de DEUS (Is 57.15); (c) expressar pesar por causa de pecados e fracassos pessoais cometidos (1 Sm 7.6; Ne 9.1,2); (d) pesar por causa dos pecados da igreja, da nação e do mundo (1 Sm 7.6, Ne 9.1,2); (e) buscar graça divina para novas tarefas e reafirmar nossa consagração a DEUS (4.2); (f) como um meio de buscar a DEUS, aproximar-nos dEle e prevalecer em oração contra as forças espirituais do mal que lutam contra nós (Ed 8.21,23,31; Jl 2.12; Jz 20.26; At 9.9); (g) como um meio de libertar almas da escravidão do mal (Is 58.6-9; Mt 17.14-21); (h) demonstrar arrependimento e assim preparar o caminho para DEUS mudar seus propósitos declarados de julgamento (Jn 3.5,10; 1 Rs 21.27-29; 2 Sm 12.16,22; Jl 2.12-14 ); (i) obter revelação, sabedoria e entendimento no tocante à vontade de DEUS (Dn 9.3,21,22; Is 58.6,11; At 13.2,3); e (j) abrir caminho para o derramamento do ESPÍRITO e para a volta de CRISTO à terra para buscar o seu povo (ver 9.15).

Hinos Sugeridos: 33, 77, 577 da Harpa Cristã

PALAVRA-CHAVE - Oração
 

Resumo Lição 9, Orando e Jejuando Como JESUS Ensinou
I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI
1. A natureza da oração.
2. Como os homens de DEUS viam a oração?
3. A maneira de orar.
a) A quem a oração dever ser dirigida? b) A postura do corpo na oração. c) O horário da oração.
d) O lugar da oração. e) O decoro na oração. f) O estado do coração na oração.
II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU
1. JESUS não condenou a oração em público.
2. JESUS quer que sejamos discretos.
3. Não useis de vãs repetições nas orações.
III – ORAÇÃO E JEJUM
1. Oração e jejum: uma combinação perfeita.
2. O aspecto bíblico sobre o jejum.
3. O ensino de JESUS sobre o jejum.

 


A fé não é proporcional ao tamanho da oração ou da intelectualidade da oração. A oração com fé é que é prontamente respondida.


Mateus 6.5-18
5 - E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 6 - Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. 7 - E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. 8 - Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. 9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 - Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. 11 - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12 - Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. 13 - E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! 14 - Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. 15 - Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. 16 - E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 17 - Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, 18 - para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
 
 Só há um DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, CRISTO JESUS, homem. 1 Tm 2.5
Minha Maior Frustração: Não conseguir ser o que DEUS deseja que eu seja. 
“A Igreja tem como missão a adoração, a instrução, a edificação, a proclamação, a ministração, a oração, o batismo no ESPÍRITO SANTO, a prática dos dons espirituais”
 
 

O  R  A  Ç  à O

  PRIMEIRA PARTE

 ORAÇÃO - Strong Português -  προσευχη proseuche - Lê-se prosefchie


1) oração dirigida a Deus
Os judeus costumavam orar, fora das cidades, nos lugares onde não tinham sinagoga, situados às margens de um rio ou no litoral de um mar, onde havia um suprimento de água para lavar as mãos antes da oração.

 

EM NOME DE JESUS (Jo 16:23-26)

 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra. Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai. João 16:23-25.

CONSIDERAÇÕES SOBRE ORAÇÃO:

A-    Primeira Oração Na Bíblia: Gn 4:26

B-    Deus Ouve As Orações: Sl 65:2

C-    A Ajuda Do Espírito Santo: Rm 8:26

D-    Temos A Ajuda De Jesus: Rm 8:34

E-    As Nossas Orações Chegam Ao Céu: Ap 5:8

F-    Sobem Para Deus Com O Incenso: Ap 8:34

G-    Foi-Nos Dado Ordem Para Orarmos: 1 Cr 16:11; Mc 13:33

H-    Quando Orar? Todo O Tempo: Ef 6:18; 1 Ts 5:17

I-    Com Qual Tipo De Oração Devemos Orar? Toda: Ef 6:18

J-    Resposta Prometida: Is 58:9; Lc 11:9

K-    Uma Forma De Oração: Pública, Ou Em Família (Oração De Concordância): Mt 18:19; At 1:14; At 4:24,37

L-    Condição De Quem Ora:                 

*Contrição: 2cr 7:14 *Sinceridade: Jr 29:13  *Fé: Mc 11:24 *Justiça: Tg 5:16 *Obediência:1jo3.22

M-    Brevidade Na Oração: Ec 5:2; Mt 6:7

N-    Postura Ou Posição Na Oração                                      

*Em Pé: 1 Rs 8:22; Lc 18:11

*Assentado:At2:2

*Ajoelhado:Dn6:10;Lc22:41

*Deitado:Is38:2;Sl4:4;Sl6:6

*Prostrado:Mt26:39;Js5:14

*Inclinado:Ex4:31;Ex12:27;Ex34:8;1rs18:42

 O-    Outra Forma De Oração: Secreta: Mt 6:6

P-    Oração Pela Manhã: Mc 1:35; Dn 6:10; Sl 55:17

Q-    Oração À Tarde: Dn 6:10; At 3:1; Sl 55:17

R-    Oração À Noite: Lc 6:12; Dn 6:10; Sl 55:17

S-    Oração Pública De Jesus: Lc 3:21

T-    Oração Perdoadora: Mt 6: 14,15

 U-    Tipos De Oração:

 U.1-    Arrependimento: 

(Confissão, Contrição) 2 Cr 6:27; 1 Jo 1:9; At 11:18; Jó 42:6; Ez 18:32; Mt 4:17; Lc 13:3,15:7

 

U.2-    Agradecimento: 

(Ação De Graças) Cl 3:15, 4:2; 1 Tm 2:1,2, 4:3,4; Ef 5:20; Fp 4:6; 2 Ts 1:3; Ap 7:12

 

U.3-    Louvor: 

(Pelo Que Deus Fez, Faz E Fará) Sl 100:4; Sl 150:2,6; Sl 67:3; Hb 13:15; At 2:47; Ap 5:12, 19:5

 

U.4-    Adoração: 

(Pelo Que Deus É ) Sl 29:2; Ap 7:11,12; Jo 4:24; Sl 89:9; Sl 93 Todo. 

 

U.5-    Petição: 

(Pedido Por Si Mesmo, Com Súplica) Tg 4:3; 1 Tm 2:1; Lc 11:9; Jo 15:7; Fp 4:6 Vontade Deus 1 Jo 5:14

 

U.6-    Entrega: 

(Lançamento, Transferência De Problemas) Lc 23:46; At 4:34; 1 Pe 5:7

 

U.7-    Consagração: 

(A Vontade De Deus É Perfeita) Lc 22:42; At 4:29; 13:2

 

U.8-    Intercessão: 

(Orando Pelos Outros, Colocando-Se No Lugar De Outrem, Indo A Deus A Favor De E Resistindo A Satanáz Que Está Contra). É Um Encontro Com Deus E Um Confronto Com Satanáz.

A intercessão é tão importante que DEUS quando vai fazer algo que influencie o quotidiano humano, ELE primeiro fala aos seus servos na terra para que estes intercedam para que aconteça, caso seja bom, ou intercedam para que não aconteça, caso seja mau. (2 Rs 24.2; Jr 25.4; Jn ) Amós 3.7 = Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Exemplo: Quando DEUS quis destruir Sodoma e Gomorra primeiro falou com Abraão (Gn 18.17), quando DEUS quis destruir o povo hebreu, primeiro falou com Moisés (Ex 32.9,10), Quando quis enviar libertação do cativeiro primeiro falou com Daniel (Dn 9.2), quando quis castigar o povo de Israel primeiro falou com seus profetas (Jr 7.25; 11.7; Jr 25.4; 26.5; 29.19; 35.15; 44.4). Quando quis mandar o salvador, primeiro falou com os profetas (Dt 18.15; At 28.25; Hb 1.1). 

Note que ao pensar em destruir Sodoma e Gomorra, DEUS não se lembrou de Ló e sua família, mas de Abraão, porque Abraão era um Intercessor (Gn 19.29). 

Quando nosso filho, ou filha, ou mãe, ou pai, ou marido, ou esposa, ou parente, ou amigo, ou conhecido, ou desconhecido, qualquer pessoa estiver em perigo, DEUS recorrerá a nós para orarmos intercedendo, isso se nós estivermos ali na brecha (Ez 22.30), para interceder, ou seja estivermos prontos para orar costumeiramente todos os dias em favor daqueles que precisam de nossas orações.

VEJA Lc 13.1-9 = É por isso que às vezes cai um avião, ou outra catástrofe acontece e escapa uma pessoa só, ela tinha um intercessor orando por ela e os outro não.

 

Ez 22.30 E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.

Is 53:12; Jo 17:9; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Tm 2:1; 1 Sm 19:4, 25:24; Fm 10; Jó 9:32-35; Is 62:6, 59:16;

Ez 22:30,31: SE NÃO TIVER INTERCESSOR A IGREJA FECHA

EXEMPLO DE ABRAHÃO: Gn 18:17, 19:29 – DE MOISÉS: Gn 32:10-14; 32:32, 33:18

OBS.: VEJA ESTUDO SOBRE DONS (DOM DE LÍNGUAS, QUEM ORA EM LÍNGUAS EDIFICA-SE A SI MESMO E PODE CHEGAR A SER USADO PELO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA COM GEMIDOS INEXPRIMÍVEIS.

JESUS É INTERCESSOR COMO HOMEM E COMO DEUS.

DEUS ESTÁ NA TERRA, DENTRO DE NÓS (ESPÍRITO SANTO); O HOMEM ESTÁ NO CÉU NUM CORPO DE HOMEM (GLORIFICADO. EM JESUS CRISTO, NOSSO INTERCESSOR)

 

IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO – FAZER FUMAÇA

Altar de Incenso – Sacerdote colocava fogo para fazer fumaça e todo o tabernáculo ficar sem visão. Incensário levado para o santo dos santos para fazer mais fumaça e uma nuvem de fumaça encobrir o altar, a tampa do propiciatório. Não ver DEUS, mas ser visto por DEUS.

Incenso – orações dos santos.

Quanto mais fumaça menos visão de Satanás para as pessoas pelas quais estamos orando.

Vamos fazer fumaça para encobrir a nós mesmos e a nossos parentes, amigos, inimigos, países etc. Todos os que orarmos por eles.

 

Apocalipse 5.8 e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.

Apocalipse 8 3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.

 

Lucas 22.31 Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; 32 Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.

 

INIMIGOS DA ORAÇÃO

7 PRINCIPAIS

1- SATANÁS – Inimigo, adversário de tudo o que é bom.

2- MUNDO – Concupiscências – Desejos pecaminosos – prisão tecnológica.

3- OCUPAÇÕES – muita coisa para fazer e muitas até para DEUS, mas não temos tempo para o DEUS dessas obras.

4- NÓS MESMOS – Preguiça, Desânimo, incredulidade, Valorização da Oração.

5- TEMPO – Temos tempo para tudo, menos para DEUS.

6- ESPAÇO – Achamos lugar para colocar toda nossa mobília, mas não achamos espaço para orar em nossa casa.

7- PECADOS NÃO RESOLVIDOS E INIMIZADES. Falta de perdão. Acreditar no perdão de DEUS.

8- CANSAÇO – Dorme pouco, se alimenta mal, não faz nenhum exercício físico.

9- PRESSA – Não ter prazer na presença de DEUS.

10- INCREDULIDADE – Não acredita que DEUS ouve.

 

SEGUNDA PARTE

Oração Pai-Nosso (Lc 11.1-4  E  Mt 6.7-15 )  

NA VERDADE JESUS NÃO NOS ENSINOU “O QUE ORAR”, E SIM “COMO ORAR”; PROIBINDO-NOS DE FICAR

REPETINDO SEMPRE A MESMA ORAÇÃO. (NOS EVANGELHOS AS ORAÇÕES PAI-NOSSO SÃO DIFERENTES)

 

LUCAS 11.1-4

1 Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. 2 Ao que ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; 3 dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;

4 e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação, (mas livra-nos do mal.)

 

MATEUS 6.7-15

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. 9 Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém. 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

 

Filiação Divina - Pai nosso que estás nos céus

Ó Deus, eu Te chamo Pai, Tu és meu pai. Mas agora, ó Senhor, Tu és meu Pai; eu sou o barro, e Tu o meu oleiro; O Espírito mesmo testifica com meu espírito que sou Teu filho, ó Deus; Recebi a Jesus, crendo no seu nome, pelo que me foi dado o poder de ser chamado filho de Deus; Graças Te dou, ó pai, porque enviaste Jesus para me resgatar a fim de que eu recebesse a adoção de filho. Pai justo, Pai santo, meu pai, dirijo-me a ti que estás nos céus, em teu trono de glória, entronizado entre os querubins.

Referências bíblicas: Is. 63:16; 64:8; Gl 4:4-7; Hb. 12:8,10; Dt. 32:6; Jo. 16:27; Tg. 1:17; Rm. 8:15-17,14; 2 Co 1:3,4; Ef. 1:3; 1 Jo 3:1,2; 2 Co 11:31; Fp 4:20

Exaltação ao nome de Deus     Santificado seja o Teu nome

Bendito seja o Teu glorioso nome, que está exaltado sobre toda bênção e louvor. Bendito seja o Teu Nome, desde agora e para sempre. Desde o teu nascimento de sol até a seu ocaso, há de ser louvado o Teu Nome. Seja Bendito o Teu Nome, ó Deus, para todo o sempre, porque são tuas a sabedoria e a força. Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e a tua verdade. O teu nome, ó senhor, subsiste para sempre; e a tua memória, ó Senhor por todas as gerações. E tudo o que há em mim, bendiz o teu santo nome.

Referências Bíblicas Ne 9:5b; Gn 1:1,26; Sl 71:22; Sl 113:2,3; Rm 8:29; Ex 3:14; Pv 18:10; Gn 49:24,25; Jr 3:10 ; Dt 28:58; Gn 15:1,2,8; Dt 10:17; Dn 2:2; Hb 13:8; 1 Cr 29:10; Sl 8:1; 72:17; Lv 20:7,8; Sl 138:2; Sl 75:1; 115:1; Sl 91:1; Jo 1:14; Sl 103:2; Dt 33:27

Estabelecimento do Reino de DEUS. Venha o Teu Reino

Venha o Teu reino, tua soberania domínio e senhorio em todas as áreas da minha vida. Venha o Teu reino sobre minha família, minha cidade, meu Estado, meu País. Venha hoje o Teu reino na igreja e na vida de todos os homens. Porque o domínio pertence a Ti e reinas sobre as nações.

Teu Reino, Senhor, não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Não consiste em palavras, mas em poder e este é o caminho que quero seguir. Pai, aguardo o dia quando unirei minha voz à de miríades, proclamando: O reino do mundo passou a ser do Senhor nosso e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.

Referências Bíblicas Sl 145:11-13; Mt 6:33; Hb 12:28; Mt 6:10; Lc 17:21,22; 1 Jo 3:2,3 Amp.; Sl 22:28; Mt 5:3-11; Tt 2:11-13; Sl 103:19; Rm 14:17; Zc 14:5,9 ;Is 9:6,7;       1 Co 4:20; Ap. 11:16,17; Mt 4:17; Cl 1:12-14; 1Cr 29:11               

Submissão         Seja feita a Tua vontade, assim na terra como é no céu.

Pai, oro para que tua vontade seja feita na minha vida, de um modo tão perfeito como ela é feita no Céu. Deleito-me em fazer tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano.

Oro como Jesus: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”, não importa qual seja, pois ela é sempre o melhor para minha vida. A minha comida é fazer a Tua vontade e realizar a obra que me confiaste. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; porque não procuro a minha vontade, mas a Tua.

Pois esta é a Tua vontade, que eu seja consagrado (e colocado à parte para uma vida pura e santa): que eu me abstenha de todo vicio sexual; que eu saiba como possuir (controlar dirigir) meu próprio corpo em consagração (pureza, separado das coisas profanas) e honra, não (para ser usado) em paixão e lascívia como os pagãos, que são ignorantes do verdadeiro Deus e não têm conhecimento da Sua Vontade.

Referências Bíblicas Mt 6:10; At 13:22; 1 Jo 2:17; Ef 1:4,5 Amp.; Sl 40:8; 143:10; Rm 8:26,27; 12:2; Cl 1:9 Amp; Lc 22:42; 1 Ts 4:3-5 Amp.; Fp 2:13;       

Jo 4:34; 5:30; Sl 1:3,4 Amp.; Hb 13:20,21

Provisão “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”

Pai, tu és meu Deus Provedor, Jeová Jiré, pelo que supres liberalmente cada uma das minhas necessidades, de acordo com tuas riquezas em glória em Cristo Jesus. Sou Teu amado e me dás o pão enquanto durmo. Dás mantimento aos que Te temem; confesso que não ando ansioso quanto à minha vida, pelo que hei de comer, ou pelo que hei de beber; nem quanto ao meu corpo, pelo que hei de vestir. Olho para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajudam em celeiros; e Tu, meu Pai Celeste, as alimenta. Não valho eu muito mais do que elas? Portanto não me inquieto, dizendo: Que hei de comer? Ou: Que hei de beber? Ou: Com que hei de vestir? Porque Tu, meu pai celeste, sabes que preciso de tudo isso. Meu Pão de cada dia me dás hoje.

Referências Bíblicas Fp 4:19; Ex 23:25; Mt 6:25,26,31,32; Sl 127:2; 111:5; 2 Co 9:10; Sl 34:10; Sl 145:15,16; Sl 146:5,7; Dt 28:1,4,8,12; Sl 37:25; Pv 10:3;

Dt 8:3

Perdão Pessoal     

“E perdoa-nos as nossas dívidas”

Pai, tenho experimentado Teu perdão em minha vida. Confesso-te meus pecados e Tu és fiel e justo para me perdoares os pecados e me purificares de toda a injustiça.                 

Tu, Senhor, perdoas todas as minhas iniquidades e saras todas as minhas enfermidades. Pois me perdoaste a iniquidades e não Te lembraras mais dos meus pecados.

Referências Bíblicas Mt 6:12; Sl 139:23,24; Rm 4:7,8; 1 Jo 1:9; Sl 86:4,5; 103:1,3; 1 Jo 2:12; Sl 32:5; 19:12;      Jr 31:34; Cl 1:14

Perdão a Outros (geral) “Assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores”

Pai de amor, tenho provado o Teu ilimitado perdão. Lançaste meus pecados nas profundezas do mar e deles não Te lembras mais. Tratas-me como se eu nunca tivesse pecado. De Ti recebo o espírito perdoador e libero o meu perdão a todos quanto me ofendem. De todo o coração perdôo o que peca contra mim. Recebo Tua palavra: “Antes sede bondosos para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros (pronta e livremente), como também Deus vos perdoou em Cristo. “ Suporto o meu irmão e o perdoo, assim como Jesus me perdoou. Amo meu próximo como a mim mesmo, e porque o amo, o perdoo, sabendo que o amor cobre uma multidão de pecados.

Referências Bíblicas Mt 6:12; Cl 3:13; Mc 12:31; Is 43:25; Mt 6:14,15 Amp.; 1 P 4:8; Mt 18:35; Mc 11:25,26; Mt 5:44,45,48; Ef 4:32; Mt 18:22; Nm 6:24-26

Proteção  “Não nos deixes cair em tentação”

Pai reconheço que não me sobrevêm nenhuma tentação, que não seja humana, mas Tu és fiel, e não deixarás que eu seja tentado acima do que possa resistir, antes com a tentação dar-me-ás também o escape, para que a possa suportar.  Tu me sustentas, meu Deus. Andarei seguro pelo meu caminho, e não tropeçará o meu pé. Quando me deitar, não temerei: sim, deitar-me-ei e o meu sono será suave. Não temo o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier. Porque Tu, Senhor, serás a minha confiança, e guardarás os meus pés de serem presos. Não me deixarás cair em tentação.

Referências Bíblicas 1 Co 10:13; Tg. 1:12 Amp.; 1 Sm 2:9; Pv 4:11,12; Mt 26:41 Amp.; Pv 3:23-26; Tg 1:2-4,13; Sl 116:8; Ap. 3:10;

Libertação   “Livra-nos do mal”

Nenhum mal; me sucederá, nem praga alguma chegará à minha tenda, porque aos Teus anjos darás ordem a meu respeito, para me guardarem em todos os meus caminhos. Eles me sustentarão nas suas mãos, para que eu não tropece em alguma pedra. Teu anjo, Senhor, acampa-se ao redor, pois temo a Ti, e me livras. Senhor, Tu me Livrarás também de toda a obra maligna, e me levarás salvo para o Teu reino celestial. A ti, glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Referências Bíblicas Gl 1:4,5; Sl 18:2; 2 Tm 4:18; Sl 91:3,10,12; Sl 34:7,17; 1 Ts 1:10; Sl 91:14,15; Sl 56:13                                     

Exaltação     “Porque Teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amem”

Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a Tua glória. A ti, o único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo Nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre . Amem.

Referências Bíblicas Sl 57:5; 34:3; Sl 63:2; Sl 113:4; Sl 148:13; 1 Cr 29:10-13; 1 Cr 16:36; Sl 29:9; Is 25:1; Sl 72:18,19; Sl 92:2; Dn 2:20-22; Jd 25

 Pr Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA?

(Pastor Geziel Gomes)


I. EXISTEM TRÊS TIPOS BÁSICOS DE ORAÇÃO

1. A oração individual, At 9.11
2. A oração em grupo, At 16.26
3. A oração coletiva, At 2.42

II. AS GRANDES VANTAGENS DA ORAÇÃO COLETIVA

1. Ela fortalece a união do povo de Deus
2. Ela multiplica a nossa fé
3. Ela tem garantias de pronta resposta, Mt 21.22

III. TIPOS DE oração QUE A IGREJA NUNCA DEVERIA FAZER

1. A oração sem fé - ela invalida a Palavra de Deus. Tg 1.6
2. A oração sem humildade - oração de revolta. oração ou afronta?
2.1 ela despreza a vontade de Deus, Mt 6.10
2.2 ela insulta a Deus
2.3 ela cega a mente do crente, impedindo de discernir a vontade de Deus, Rm 8.28
3. A oração sem reverencia - ela afasta a presença de Deus
4. A oração sem temor e unção do Espírito.

IV. VOCÊ SABIA QUE DEIXAR DE ORAR É UM PECADO?

1. Leia I Samuel 12.23
2. Deixar de orar é pecado de desobediência, I Ts 5.17; Lc 18.1
3. Deixar de orar é um pecado de desprezo da alma para com Deus
4. Deixar de orar é um convite a viver em incredulidade
5. Deixar de orar é perder a chave que a abre o Celeiro de Deus
6. Deixar de orar é a maneira mais perfeita de afastar-se de Deus
7. Deixar de orar significa deixar de abastecer a alma com o gozo do Céu

V. QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA DEIXA DE ORAR?

1. O povo de Deus começa a experimentar escassez, Mt 6.11
2. Muitos dentre o povo de Deus morrem prematuramente, II Cr 16.12,13
3. Muitos que estão prestes a morrer alcançam sua cura, Is 38.1
4. A Obra de Deus sofre e se debilita, II Cr 7.14
5. A salvação de almas pode ser reduzida
6. Se a Igreja deixa de orar, suas prioridades mudam (passatempos/  /tv/lazer)

VI. QUE ACONTECEU QUANDO A IGREJA PRIMITIVA OROU?

1. Aconteceu um grande Movimento, At 4.31

1.a na casa:   Moveu-se o lugar em que estavam reunidos
1.b nos corações dos crentes:   Todos foram cheios do espírito Santo
1.c na Cidade:   Anunciavam com ousadia a palavra de Deus

2. Aconteceu um grande livramento, At 12.5-17

2.a Essa oração atraiu os anjos
2.b Essa oração cegou e imobilizou os guardas da prisão
2.c Essa oração abriu as portas do cárcere

3. Aconteceu um avivamento missionário

3.a Eles serviam, jejuavam e oravam
3.b O  Senhor levantou os primeiros missionários
3c. A Obra missionária nunca mais terminou

 

 

A PRÁTICA NA ORAÇÃO:

1. Definição 

A prática da oração é a arte de entrar no Santo dos Santos e de se colocar na presença do próprio Deus em espírito, por meio da fé, valendo-se do sacrifício de Cristo, e falar com Deus com toda liberdade por meio da palavra audível ou silenciosa.

Conforme esta definição, qual o pré-requisito para orar?

2. Resultados da oração 

A oração é um instrumento pelo qual confessamos duas coisas ao mesmo tempo: a estreiteza de nossos recursos e a extrema largueza dos recursos de poder e do amor de Deus. A prática da oração é um dos mais extraordinários meios de graça de que o homem pode dispor.

Descubra nos textos três efeitos distintos da oração em nossa vida. Tome nota.

Fp 4.6-7; Mt 7.7-8 e Tg 5.16b
Tg 4.2-3, 1 Pe 3.7 e Pv 28.9

Podemos verificar que a oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).

3. Elementos da oração 

A maior parte de nossas orações são de súplica. Não deveria ser assim. No contexto bíblico, a oração tem pelo menos seis elementos. Eles não precisam estar presentes numa única prece, mas devem ser lembrados sempre.

Descubra quais são esses elementos, verificando os textos indicados.

2 Cr 7.3; Sl 103.2; Sl 51.1-9; 1 Sm 1.15; Tg 5.16 e Mt 5.44; Jr 33.3 e Mt 7.7

4. O sim e o não 

Deus diz sim a muitas de nossas orações. É animador listar os sins de Deus nas orações contidas na história bíblica. Veja alguns exemplos. Escreva os nomes dos personagens e seus pedidos, de acordo com as referências.

Gn 25.21; Êx 2.23-25; Jz 13.8-9; 2 Rs 20.5; Lc 1.13; At 10.4

Mas Deus diz não também a não poucas orações, mesmo que elas sejam proferidas por pessoas de caráter e de fé. Leia estes textos e anote da mesma maneira.

Dt 3.23-27; 2 Sm 12.15-20; 2 Co 12.7-9

5. Oração e ação 

Lutero dizia: “É preciso orar como se todo trabalho fosse inútil e trabalhar como se todo orar fosse em vão”. É o que acontece do início ao fim do livro de Neemias. Você ficará impressionado ao procurar as passagens que descrevem como ele conciliava oração e ação (Ne 1.4; 2.4-5; 4.4-6; 4.9; 6.9 e assim por diante). Sublinhe o que encontrar em sua própria Bíblia e tire suas conclusões.

6. Frequência da oração 

Pense por um momento: Você ora todos os dias? Quantas vezes? Na hora de levantar-se e de deitar-se ou às refeições? Somente em caso de doença ou morte? Leia as passagens abaixo e anote os períodos de oração que elas sugerem.

Sl 55.17 e Dn 6.10; Lc 6.12
Ne 2.4 e Lc 22.44; 1 Ts 5.17

Porque a oração é de grande importância e porque o homem é naturalmente indisciplinado, é bom que haja algum horário fixo de oração. O que não dispensa o “orai sem cessar”, que é a manutenção do espírito de oração em todos os momentos e circunstâncias, que caracteriza a nossa total dependência de Deus.

7. Sugestões 

1) Antes de orar, pare e pense um pouco em Deus e seus atributos. Com certeza, você iniciará sua oração da maneira correta: com uma palavra de adoração que partirá do fundo da alma.

2) Lembre-se de que a oração não substitui a leitura da Bíblia. As duas práticas são essenciais para o seu crescimento na vida cristã. Sem a Bíblia, as orações podem tornar-se sem conteúdo, egoístas e até mesmo erradas (Tg 4.3).

3) Tente “balancear” suas orações com adoração, ações de graça, confissão, extravasamento, intercessão e súplica.

4) Peça sem constrangimento. Não é necessário substituir a súplica pelo louvor. É Deus quem abre a porta da oração e diz: “Pede-me”. Mas não peça apenas saúde, cura física, sucesso, prosperidade, felicidade. Ore por virtudes e valores espirituais. Insista até obter resposta.

5) Reserve horários especiais no dia para oração, sem deixar de aplicar o “orai sem cessar”.

8. Oração 

Senhor Deus, obrigado por ter acesso a ti pela oração. Ensina-me a orar.
Ajuda-me a orar mais.

Amém.  

 

Orar no ESPÍRITO SANTO - ORAÇÃO EM LÍNGUAS.

Ef 6.17 - ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no Espírito", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).

 Jd 1.20 = Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.

"O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja."(I Co 14:4)

 

     1- Falar Em Línguas:

     Orar no Espírito Santo significa orar em línguas - Letra maiúscula - ESPÍRITO. (Não é orar em pensamento)

    Vemos a respeito da necessidade de ser batizado no ESPÍRITO SANTO quando os Apóstolos  enviaram uma comitiva de irmãos a Samaria, onde Filipe pregava o evangelho e multidões se convertiam pelo poder dos sinais que fazia, porém ainda não eram batizados no ESPÍRITO SANTO. (At 8.13-17)

    Como uma Igreja pode crescer qualitativamente e não só quantitativamente, se seus membros não vêm a necessidade de serem cheios do ESPÍRITO SANTO e consequentemente do poder para testemunharem? (Lc 24.9; At 1.8)

 

  1.1- Língua para oração: 

    "Porque se eu orar em língua, o meu espírito ORA BEM, mas o meu entendimento fica infrutífero."(I Co 14:14). Você quer orar bem? Veja também em Rm 8.26 que não sabemos pedir como convém, mas o ESPÍRITO SANTO sabe o que precisamos e ELE sabe pedir.  

Orar no Espírito Santo significa orar no poder e na força do Espírito Santo

  1.2- Fala com Deus:

     "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios."(I Co 14:2). Por isso é tão combatido o falar em línguas, pois nem Satanás entende.  

 

  1.3- Edificação própria:

     "O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja."(I Co 14:4)

    Você quer ser edificado? "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé,  orando no Espírito Santo," Jd.20 (orar no ESPÍRITO, não quer dizer orar em pensamento e sim falando em línguas.

 

Edificação própria - Strong Português -  εποικοδομεω - Lê-se epoikodomeo

1) construir sobre, edificar.

Edificação pessoal e crescimento espiritual.


Para terminar a estrutura da qual a fundação já foi colocada, para incrementar constantemente o conhecimento cristão e uma vida que se conforma a Ele.

Fortalecer-se espiritualmente para estar pronto para o combate a Satanás e seus demônios.

    1.4- Falar muito em línguas, muitas horas de edificação: 

    1 Co 14.18 Dou graças a Deus, que falo em línguas mais do que vós todos.

 

 2- Profecia:

     2.1- Fala aos homens:

    1 Co 14.3 Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.

 

A profecia é o Don mais combatido por todos, inclusive por Satanás que deseja confundir a Igreja e atrapalhar os planos de DEUS para nós.

A profecia pode vir de três pessoas distintas e através de uma mesma pessoa em uma só manifestação:

1- Do Homem = Alguém fala o que já conhece a respeito da pessoa ou pessoas a que se dirige.

2- De Satanás = Uma mensagem de confusão e muitas vezes de mentiras e distorções da palavra de DEUS.

3- De DEUS = Mensagem de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa que tem três fins:

3.1- Edificação = Fazer com que siga fazendo a Obra de DEUS.

3.2- Exortação = Fazer com que desperte e anime para fazer a Obra de DEUS.

3.3- Consolação = Fazer com que a tristeza não abata a pessoa, porque DEUS está presente e assistindo e ajudando em tudo.

A profecia não tem elemento preditivo, ou seja, não tem a função de dizer o futuro.

 

    2.2- Línguas + Interpretação é semelhante ao dom de profecia, porém não é igual, pois na profecia não há necessidade de intérprete.

    1 Co 14.5 Ora, quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também intérprete para que a igreja receba edificação. 4 Tipos de línguas são faladas.

 

     3- Refrigério e Descanso:

    Is 28.11 Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará a este povo; 12 ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir.

Traz uma paz e um descanso incríveis quando nos dispomos a orar em línguas, é como se os problemas não existissem quando nos levantamos da oração.

 

    4- Interceder:

O ESPÍRITO SANTO É NOSSO INTERCESSOR NA TERRA: (Rm 8.26,27)

E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos 
inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.
 

Definição de Intercessão:

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.

Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a causa.

Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.

Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores.  Ele está para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.

Interceder é ver a necessidade da intervenção de DEUS nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.

 

Etimologia da Palavra

Etimologicamente, podemos considerar a palavra no hebraico, grego e português. É interessante estudarmos o significado das palavras nas línguas originais, porque em assim fazendo temos um entendimento melhor do que elas significam.

Paga (hebraico) - Vem da raiz de uma palavra que significa "colidir pela violência". Paga segundo a Concordância de Strong, quer dizer: "colidir, encontrar, por acidente ou violência, ou (figuradamente) pela importunação. Vir (entre), suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, interceder, pleitear, prostrar, encontrar com (juntos), suplicar, orar, alcançar, correr". É esta a palavra usada em Is. 55:12; Jr. 7:16; 27:18; 36:25.

O Léxico Hebraico-Caldeu do Velho Testamento, de H.W.F. Gesenius, ressalta vários significados existentes na raiz da palavra. Destacamos: "Vir sobre ou contra, quer de propósito ou acidentalmente, quer violenta ou levemente; num bom sentido, assaltar alguém com petições, orações; instá-lo; encontrar-se com; alcançar alguém; fazer uma aliança com alguém..."

Interessantes são também as expressões: "colocar-se na brecha", para defender alguém (Ez. 13:5; 22:30; SI. 106:23) e "erguer um muro em torno de alguém" (Ez. 13:6; 22:30).

Ënteuxis (grego) - (substantivo) De acordo com W. E. Vine, em seu Expository Dictionary of the New Testament Words, "primariamente denota encontrar-se com; então, uma conversação; uma petição; é um termo técnico de aproximação de um rei, bem como para a aproximação de Deus em intercessão; é traduzido para oração em 

I Tm. 4:5 e no plural em I Tm. 2:1 (isto é, procurando a presença e ouvindo de Deus a favor de outros).

Entugchano (grego) - (verbo) Segundo W. E. Vine, "primariamente harmonizar-se com, encontrar-se com o fim de conversar; então, fazer petição, especialmente intercessão, pleitear com uma pessoa, tanto a favor quanto contra outros;  

(a) contra: At. 25:24; Rm. 11:2; 

(b) a favor: Rm. 8:27,34; Hb. 7:25.

Huperentugcha no grego) - Interceder a favor de; fazer intercessão por. 

Interceder, segundo o Dicionário de Aurélio, é "pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)"

O Dicionário da Bíblia, de Nelson, declara: "O ato de peticionar a Deus ou orar a favor de outra pessoa ou grupo." 

 

A natureza pecaminosa deste mundo separa os seres humanos de Deus. Tem sido necessário, portanto, que pessoas justas vão a Deus buscar reconciliação entre Ele e Sua criação caída."

 

Encontro e Confronto

A palavra hebraica, paga, para intercessão, tem dois aspectos: O primeiro é de luta, violência, choque e denota confronto. O outro, de encontro, colocar-se entre, orar, suplicar. Concluímos, pois, que a intercessão tem duas facetas: Uma de confronto com o inimigo e outra de encontro com o Rei.

O homem não tem autoridade para confrontar o seu Criador. Vamos a Deus com uma atitude de quebrantamento e submissão. Contra quem, pois, se colide na intercessão? Contra o que se opõe aos planos de Deus na vida dos filhos dos homens.

No sentido lato da palavra, interceder é enfrentar as forças opostas de Satanás, colidindo contra elas, pela batalha espiritual, e colocar-se diante de Deus, firmado em Suas promessas, a fim de pleitear a causa de outros; é um  encontro com Deus e um confronto com Satanás, a favor dos homens. (O poder da INTERCESSÃO - Valnice Milhomens).

 

 Oração (Chave Bíblica - Conselhos e Promessas)

Oração

A oração é uma das principais formas de desenvolver intimidade com Deus. Se deixamos de falar com um amigo, certamente com o tempo nos afastaremos e o mesmo acontece no nosso relacionamento com Deus.
A Bíblia nos diz que a oração de um justo é poderosa e eficaz, e ela é uma das principais armas de todo aquele que crê. 
Podemos ser felizes porque Deus sempre ouve a oração daqueles que se aproximam com humildade e com o coração quebrantado.

Oração na Bíblia

Saibam que o Senhor escolheu o piedoso; o Senhor ouvirá quando eu o invocar. Salmos 4:3
Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros nem com aqueles que maquinam o mal. Salmos 37:7
Ó tu que ouves a oração, a ti virão todos os homens. Salmos 65:2
Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Tiago 5:16
Se eu acalentasse o pecado no Coração, o Senhor não me ouviria; Salmos 66:18
Se alguém se recusa a ouvir a lei, até suas orações serão detestáveis. Provérbios 28:9
Antes de clamarem, eu responderei; ainda não falarão, e eu os ouvirei. Isaías 65:24

E, quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem. Mateus 6:7-8
Vocês, orem assim: "Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.  Mateus 6:9-13
 Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!  Mateus 7:11
 "Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta. Pois tudo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.  Mateus 7:7-8
 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão".  Mateus 21:22
Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: 'Faze-me justiça contra o meu adversário'. "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: 'Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar' ". E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu digo a vocês: Ele lhes fará justiça e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?"  Lucas 18:1-8
E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. João 14:13-14
Portanto, eu digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim sucederá. Marcos 11:24
Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus. Romanos 8:26-27
Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 2 Coríntios 12:8-9
Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, Efésios 3:20
Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18
O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Filipenses 4:6
Orem continuamente. 1 Tessalonicenses 5:17
Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões. 1 Timóteo 2:8
Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4:16
Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que dúvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense que pessoa que receberá coisa alguma do Senhor, pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz. Tiago 1:5-8

Outros Versículos encontrados:

Isaque orou ao Senhor em favor de sua mulher, porque era estéril. O Senhor respondeu à sua oração, e Rebeca, sua mulher, engravidou. Gênesis 25:21

Moisés respondeu: "Assim que eu tiver saído da cidade, erguerei as mãos em oração ao Senhor. Os trovões cessarão e não cairá mais granizo, para que saibas que a terra pertence ao Senhor. Êxodo 9:29

Deus ouviu a oração de Manoá, e o Anjo de Deus veio novamente falar com a mulher quando ela estava sentada no campo; Manoá, seu marido, não estava com ela. Juízes 13:9

Ainda assim, atende à oração do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Senhor, meu Deus. Ouve o clamor e a oração que o teu servo faz hoje na tua presença. 1 Reis 8:28

Estejam os teus olhos voltados dia e noite para este templo, lugar do qual disseste que nele porias o teu nome, para que ouças a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar. 1 Reis 8:29

uma oração ou súplica por misericórdia for feita por um israelita ou por todo o Israel, teu povo, cada um sentindo as suas próprias aflições e dores, estendendo as mãos na direção deste templo, 1 Reis 8:38

ouve dos céus a sua oração e a sua súplica e defende a sua causa. 1 Reis 8:45

então, desde os céus, o lugar da tua habitação, ouve a sua oração e a sua súplica e defende a sua causa. 1 Reis 8:49

Quando Salomão terminou a oração e a súplica ao Senhor, levantou-se diante do altar do Senhor, onde tinha se ajoelhado e estendido as mãos para o céu. 1 Reis 8:54

O Senhor lhe disse: "Ouvi a oração e a súplica que você fez diante de mim; consagrei este templo que você construiu, para que nele habite o meu nome para sempre. Os meus olhos e o meu coração estarão sempre nele. 1 Reis 9:3

Então Isaías, filho de Amós, enviou uma mensagem a Ezequias: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 'Ouvi a sua oração acerca de Senaqueribe, o rei da Assíria'. 2 Reis 19:20

"Volte e diga a Ezequias, líder do meu povo: Assim diz o Senhor, Deus de Davi, seu predecessor: 'Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; eu o curarei. Daqui a três dias você subirá ao templo do Senhor. 2 Reis 20:5

Ainda assim, atende à oração do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Senhor, meu Deus. Ouve o clamor e a oração que teu servo faz hoje na tua presença. 2 Crônicas 6:19

Estejam os teus olhos voltados dia e noite para este templo, lugar do qual disseste que nele porias o teu nome, para que ouças a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar. 2 Crônicas 6:20

uma oração ou uma súplica por misericórdia for feita por um israelita ou por todo o Israel, teu povo, cada um sentindo as suas próprias aflições e dores, estendendo as mãos na direção deste templo, 2 Crônicas 6:29

ouve dos céus a sua oração e a sua súplica e defende a sua causa. 2 Crônicas 6:35

então, dos céus, lugar da tua habitação, ouve a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa. Perdoa o teu povo, que pecou contra ti. 2 Crônicas 6:39

O Senhor lhe apareceu de noite e disse:” ouvi sua oração e escolhi este lugar para mim, como um templo para sacrifícios. 2 Crônicas 7:12

E o Senhor ouviu a oração de Ezequias e não castigou o povo. 2 Crônicas 30:20

Os sacerdotes e os levitas levantaram-se para abençoar o povo, e Deus os ouviu; a oração deles chegou aos céus, sua santa habitação. 2 Crônicas 30:27

Por tudo isso o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, clamaram em oração aos céus. 2 Crônicas 32:20

Os demais acontecimentos do reinado de Manassés, inclusive sua oração a seu Deus e as palavras que os videntes lhe falaram em nome do Senhor, o Deus de Israel, estão escritos nos registros históricos dos reis de Israel. 2 Crônicas 33:18

Sua oração e a resposta de Deus, bem como todos os seus pecados e a sua infidelidade, além dos locais onde construiu altares idólatras e ergueu postes sagrados e ídolos, antes de humilhar-se, tudo está escrito nos registros históricos dos videntes. 2 Crônicas 33:19

que os teus ouvidos estejam atentos e os teus olhos estejam abertos para a oração que o teu servo está fazendo diante de ti, dia e noite, em favor de teus servos, o povo de Israel. Confesso os pecados que nós, os israelitas, temos cometido contra ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado. Neemias 1:6

Senhor, que os teus ouvidos estejam atentos à oração deste teu servo e à oração dos teus servos que têm prazer em temer o teu nome. Faze com que hoje este teu servo seja bem-sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem. Nessa época, eu era o copeiro do rei. Neemias 1:11

apesar de não haver violência em minhas mãos e de ser pura a minha oração.  Jó 16:17

Vão agora até meu servo Jó, levem sete novilhos e sete carneiros, e com eles apresentem holocaustos em favor de vocês mesmos. Meu servo Jó orará por vocês; eu aceitarei a oração dele e não farei a vocês o que merecem pela loucura que cometeram. Vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó". Jó 42:8

Então Elifaz, de Temã, Bildade, de Suá, e Zofar, de Naamate, fizeram o que o Senhor lhes ordenara; e o Senhor aceitou a oração de Jó. Jó 42:9

Responde-me quando clamo, ó Deus que me fazes justiça! Dá-me alívio da minha angústia; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.  Salmos 4:1

De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança.  Salmos 5:3

 

Ajuda

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QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA? (Pastor Geziel Gomes)

Chave Bíblica - Conselhos e Promessas (Bíblia The Word).

 Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - Canal no YouTube – Henriquelhas

Tel e WhatsApp – 99-99152-0454

 
 
Sobre o Sermão do Monte – Parte VI - John Wesley - Comentário Bíblico Wesleyana


III. A oração do Senhor é um modelo e padrão para todas as nossas orações.

1. No capítulo precedente, nosso Senhor tem descrito a religião interior em suas várias ramificações. Ele tem colocado diante de nós essas disposições da alma, que constituem no Cristianismo verdadeiro; os temperamentos interiores contidos naquela 'santidade, sem a qual nenhum homem verá ao Senhor'; as afeições que, quando fluindo de suas fontes apropriadas; de uma fé viva em DEUS, através de JESUS CRISTO, são intrinsecamente e essencialmente boas e aceitáveis para DEUS. Ele prossegue mostrando, nesse capítulo, como nossas ações, igualmente, mesmo aquelas que são indiferentes à nossa própria natureza, podem se tornar santas, boas e aceitáveis para DEUS, através de uma intenção pura e santa. O que for feito, sem isto, ele declara largamente, que não terá valor diante de DEUS. Considerando que, quaisquer que sejam as obras exteriores, se elas forem assim consagradas a DEUS, elas serão, aos Seus olhos, de grande valor.
2. A necessidade dessa pureza de intenção, ele mostra, primeiro, com respeito àquelas que são usualmente consideradas ações religiosas, e de fato, o são, quando executadas com a intenção correta. Algumas dessas são comumente denominadas de obras de devoção; a restante, obras de caridade ou misericórdia. As obras desse segundo tipo, ele particularmente chama de assistência aos pobres; as obras do primeiro tipo, de oração e jejum. Mas as direções dadas para essas são igualmente para serem aplicadas a todas as obras, se de amor ou misericórdia.

I
1. Primeiro, com respeito às obras de misericórdia: 'Cuidem', diz o senhor, 'que vocês não façam donativos, diante de homens, para que não sejam vistos por eles: Do contrário não terão recompensa junto a seu Pai que está no céu'. 'Que vocês não façam doações': -- Embora se referindo especificamente a isto; ainda assim, em toda a obra de caridade está incluída tudo o que você dá, ou fala, ou faz, e, por meio do qual, nosso próximo possa ter proveito; por meio do qual, outro homem possa receber alguma vantagem, tanto em seu corpo, quanto em sua alma. O alimentar o faminto, o vestir o nu, o entreter ou assistir ao estranho, o visitar aqueles que estão doentes, ou na prisão, o confortar o aflito, o instruir o ignorante, o reprovar o pecaminoso, o exortar e encorajar o benfeitor; e se houver alguma outra obra de misericórdia, ela estará igualmente incluída nessa direção.
2. 'Cuidem que vocês não façam donativos diante de homens, para que não sejam vistos por eles'. – A coisa que está aqui proibida, não é meramente o fazer o bem às vistas dos homens; essa circunstância apenas, a que outros vejam o que nós fazemos, não torna a ação nem pior, nem melhor; mas o fazer isto diante de homens, 'para que sejam vistos por eles', visando essa intenção apenas. Eu digo, essa intenção apenas; já que isto pode, em alguns casos, ser uma parte de nossa intenção; nós podemos objetivar que algumas de nossas ações possam ser vistas, e ainda assim, elas possam ser aceitáveis para DEUS. Nós podemos pretender que nossa luz brilhe, diante de homens, quando nossa consciência é testemunha com o ESPÍRITO SANTO, que nossa finalidade maior, em desejar que eles possam ver nossas boas obras, é 'que eles possam glorificar nosso Pai que está no céu'. Mas cuidem que vocês não façam a menor coisa, visando a própria glória de vocês. Guardem que o cuidado para com a oração de homens não tenha lugar, afinal, em suas obras de misericórdia. Se vocês buscam a sua própria glória; se vocês têm como objetivo ganhar a honra que vem dos homens, o que quer que seja feito com essa visão de nada valerá; se não for feito junto ao Senhor; Ele não aceitará. 'Vocês não terão galardão', por isto, 'do seu Pai que está no céu'.
3. 'Portanto, quando vocês derem o seu donativo, não façam alarde, como os hipócritas o fazem, nas sinagogas e nas ruas, para que possam ter louvor de homens'. -- A palavra sinagoga não significa aqui um lugar de adoração, mas algum lugar público muito frequentado, tal como um mercado, ou casa de câmbio. Era uma coisa comum, em meio aos judeus, que eram homens de grandes fortunas, particularmente entre os fariseus, fazerem alarde diante deles, na maioria das partes públicas da cidade, quando eles estavam prestes a dar alguma doação considerável. A razão pretendida para isto era reunir os pobres para recebê-la; mas o real objetivo era que eles tivessem louvor de homens. Mas que vocês não sejam como eles. Não deixem que uma trombeta seja ouvida diante de vocês. Não usem de ostentação ao fazerem o bem. A honra do donativo vem de DEUS apenas. Aqueles que buscam o louvor de homens já têm sua recompensa: Eles não terão o louvor de DEUS.
4. 'Mas, quando vocês doarem, que a mão esquerda não saiba o que a direita faz' – Está é uma expressão proverbial, e o significado dela é – Façam-no em secreto, da maneira que for possível; tão secreto quanto seja consistente com o fazê-la afinal, (já que ela não poderá deixar de ser feita; não omitam oportunidade alguma de fazerem o bem; se secretamente ou abertamente), e ao fazerem isto, da maneira mais efetiva. Porque aqui também existe uma exceção a ser feita: quando vocês estão completamente persuadidos, em suas mentes que, por não ocultarem o bem que é feito, isto tanto irá capacitá-los, quanto instigará outros a fazerem mais o bem, então, vocês não podem esconder o que estão fazendo. Deixem que a luz de vocês apareça, e 'brilhe para todos que estão na casa'. Mas, a menos onde a glória de DEUS, e o bem da humanidade os obriguem ao contrário, ajam da maneira tão privada e desapercebida, quanto a natureza das coisas admitir; -- 'para que os donativos possam ser em secreto; e o Pai que vê em secreto irá recompensar a vocês abertamente'; talvez, no mundo presente, -- muitos exemplos disto mantém-se registrado em todas as épocas; mas infalivelmente, no mundo que há de vir, diante da assembleia geral de homens e anjos.

II
1. Das obras de caridade ou misericórdia, nosso Senhor prossegue naquelas que são denominadas obras de devoção. 'E quando orarem', diz Ele, 'não sejam como os hipócritas; porque eles amam orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para que eles possam ser vistos pelos homens'. – 'Não sejam como os hipócritas'. Hipocrisia, então, ou insinceridade, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar nas orações. Precavenham-se de não falarem o que vocês não pretendem. Orar é erguer o coração a DEUS: todas as palavras da oração, sem isto, são mera hipocrisia. Portanto, quando forem empreender orar, vejam que seja objetivo de vocês, conversarem intimamente com DEUS, elevarem seus corações a ele, derramarem suas almas diante Dele; não como os hipócritas que amam, ou estão habituados, 'a orar de pé nas sinagogas', casas de câmbio, ou mercados, 'e nas esquinas das ruas', onde quer que a maioria das pessoas esteja, 'para que eles possam ser vistos pelos homens': Este é o único objetivo, o motivo e finalidade das orações que eles repetiram. 'Verdadeiramente, eu digo a vocês que eles não terão suas recompensas'. – Eles não poderão esperar coisa alguma do Pai que está no céu.
2. Mas não se trata apenas de ter um olho para o louvor de homens, que elimina qualquer recompensa no céu: que não nos deixa espaço para esperar a bênção de DEUS sobre as nossas obras, se de devoção ou misericórdia. Pureza de intenção e igualmente destruída, visando-se alguma recompensa temporal qualquer que seja. Se nós repetimos nossas orações; se nós atendemos à oração pública de DEUS; se nós aliviamos o pobre, com vista a algum ganho ou interesse, não será, nem um pouco, mais aceitável para DEUS, do que se estivéssemos fazendo com o objetivo do louvor próprio. Qualquer visão temporal; qualquer motivo desse lado da eternidade; qualquer objetivo, a não ser aquele de promover a glória de DEUS, e a felicidade de homens, por amor a DEUS, tornam toda a ação, não obstante, quão justa ela possa parecer aos homens, uma abominação junto ao Senhor.
3. 'Mas, quando vocês orarem, entrem em seus aposentos, e, quando vocês fecharem a porta, orem ao seu Pai que está em secreto'. – Existe um momento em que vocês devem glorificar a DEUS, abertamente; orarem e louvarem a ele, na grande congregação. Mas, quando vocês desejam mais largamente, e mais particularmente fazerem seus pedidos conhecidos junto a DEUS, quer seja à tarde, ou de manhã, ou ao meio-dia, 'entrem em seus aposentos, e fechem a porta'. Usem de toda privacidade que puderem. (Apenas não a deixem sem ser feita, quer tenham algum quarto, alguma privacidade, ou não. Orem a DEUS, se for possível, quando ninguém está vendo, a não ser Ele; caso contrário, orem a DEUS) assim, 'orem ao Pai que está em secreto'; derramem seus corações diante dele, 'e o Pai que está em secreto, irá recompensá–los abertamente'.
4. 'Mas quando vocês orarem', mesmo em secreto, 'não usem de repetições vãs, como os pagãos o fazem'. Não usem de abundância de palavras, sem qualquer significado. Não diga a mesma coisa, repetidas vezes; não pensem que o fruto de suas orações depende da extensão delas, como os pagãos; que 'pensam que eles serão ouvidos, por muito falarem'.
A coisa aqui reprovada não é simplesmente a extensão, mais do que a brevidade de nossas orações; -- mas, Primeiro, extensão, sem significado; falando muito, e significando pouco ou nada; o uso (não todas as repetições; porque o próprio nosso Senhor orou três vezes, repetindo as mesmas palavras, mas) vãs repetições, como os pagãos fazem; recitando os nomes de seus deuses, repetidas vezes, como eles fazem, em meio aos cristãos, (vulgarmente assim chamados), e não entre os papistas apenas, que dizem repetidas vezes a mesma sequência de orações, sem nunca sentirem o que estão falando: -- Em Segundo lugar, pensarmos que seremos ouvidos, por nosso muito falar; imaginarmos DEUS medindo as orações, por sua extensão, e mais satisfeito com aquelas que contém a maioria das palavras, que soam mais longas aos seus ouvidos. Estes são os tais exemplos da superstição e insensatez, como todos os que são chamados pelo nome de CRISTO deixariam aos pagãos; a eles em quem a luz gloriosa do Evangelho nunca brilhou.

5. 'Não sejam, portanto, como eles'. –Vocês que testaram da graça de DEUS, em JESUS CRISTO, estão totalmente convencidos de que 'seu Pai sabe quais as coisas de que precisam, antes que peçam'. De maneira que a finalidade de suas orações não é informar a DEUS, como se ele já não soubesse de suas necessidades; mas, antes, informar a vocês; fixar o sentido daquelas necessidades mais profundamente, em seus corações; e o sentido de sua contínua dependência Dele, único capaz de suprir tudo que precisam. Não é mais importante sensibilizar a DEUS, que está sempre mais pronto a dar do que a pedir, quanto sensibilizar vocês mesmos de que vocês podem estar desejosos e prontos para receber as boas coisas que Ele tem preparado para vocês.

III
1. Depois de ter ensinado a verdadeira natureza e finalidade da oração, nosso Senhor junta um exemplo disso; até mesmo aquela forma divina de oração que parece, aqui, ser proposta, por via padrão principalmente; como um modelo e norma de todas as nossas orações: 'Antes disto, contudo, vocês orem --'. Não obstante, em outra parte ele ordene o uso dessas mesmas palavras: 'Ele diz junto a eles: Quando orarem, digam ---' (Lucas 11:2).
2. Em geral, concernente a essa oração divina, nós podemos observar:
1o. Que ela contém tudo o que nós podemos razoavelmente e inocentemente pedir. Não há o que necessitamos de DEUS; nada que podemos pedir, sem causar ofenda a Ele, que não esteja incluído, tanto diretamente, quanto indiretamente, nessa forma abrangente .
2o. Que ela contém tudo que nós razoavelmente ou inocentemente desejamos; se para a glória de DEUS, se necessário e proveitoso, não apenas a nós mesmos, mas para cada criatura no céu e terra. E, de fato, nossas orações são o teste adequado de nossos desejos; nada sendo ajustado para ter um lugar em nossos desejos, que não seja ajustado para ter um lugar em nossas orações. O que nós não podemos pedir, nós também não podemos desejar.
3o. Que ela contém todas as nossas obrigações, para com DEUS e homem; quer as coisas sejam puras ou santas; o que quer que DEUS requeira dos filhos dos homens; o que quer que seja aceitável aos seus olhos; o que quer que ela seja, por meio da qual nós podemos favorecer nosso próximo, estando expresso e subtendido nela.
3. Ela consiste em três partes: -- o prefácio, as súplicas, e a doxologia, ou conclusão. O prefácio, 'Nosso pai que estás nos céus', estabelece uma fundação geral para a oração, incluindo o que nós devemos primeiro saber de DEUS, antes de podermos orar, na confiança de estarmos sendo ouvidos. Ela igualmente nos indica todos os nossos temperamentos, com os quais nós devemos nos aproximar de DEUS; e que são mais essencialmente requisitados, se nós desejamos que tanto nossas orações quanto nossas vidas encontrem aceitação com Ele.
4. 'Nosso Pai': Se ele é o Pai, então, Ele é bom; então, Ele é amoroso para com seus filhos. E aqui está a primeira e grande razão para a oração. DEUS está desejoso de abençoar; vamos pedir por uma benção.
'Nosso Pai', -- nosso Criador; o Autor de nossa existência; Ele que nos ergueu do pó da terra; que soprou em nós o fôlego da vida, e nos tornamos almas viventes. Mas, se ele nos fez, permita-nos pedir, e ele não irá reter coisa alguma boa das obras de suas próprias mãos.
'Nosso Pai'; -- nosso Preservador; aquele que, dia a dia, mantém a vida que ele deu; de cujo amor contínuo, nós agora e todo o momento, recebemos vida e fôlego, e todas as coisas.
Tanto mais evidentemente, permita-nos ir até ele, e nós 'obteremos misericórdia, e graça para ajudar em tempo de necessidade'. Acima de tudo, o Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, e de todo que nele crê; quem nos justifica 'livremente pela sua graça, através da redenção que está em JESUS'; quem 'apagou todos os nossos pecados, e curou todas as nossas enfermidades'; quem nos recebeu como seus próprios filhos, por adoção e graça; e, 'porque' nós 'somos filhos, enviou o ESPÍRITO de Seu Filho até' nossos 'corações, clamando, Abba, Pai'; quem 'nos recriou da semente incorruptível', e ' nos fez novas criaturas em JESUS CRISTO'. Por conseguinte, nós sabemos que ele nos ouve sempre; portanto, nós oramos a ele, sem cessar. E oramos, porque nós o amamos; e 'nós o amamos, porque ele primeiro amou a nós'.
5. 'Nosso Pai', -- Não apenas meu, quem agora clama junto a ele; mas nosso, no sentido mais extensivo. O DEUS e 'Pai dos espíritos de toda carne'; o Pai dos anjos e homens. Assim, mesmos os pagãos reconhecem que ele é o Pai do universo, de todas as famílias; tanto no céu, quanto na terra. Portanto, com ele não existe relação de pessoas. Ele ama a todos que ele fez. 'Ele é amoroso, para com cada homem, e sua misericórdia está sobre todas as suas obras'. E o deleite do Senhor é neles que o temem, e colocam sua confiança em Sua misericórdia; nos que confiam nele, através do Filho de Seu amor, sabendo que eles são 'aceitos no Amado'. Mas, 'se DEUS nos amou assim, nós devemos amar também uns aos outros; sim, toda a humanidade; vendo que 'DEUS amou de tal maneira o mundo, que deu seu Filho Primogênito', até mesmo, para morrer, para que eles 'não perecessem, mas tivessem a vida eterna'.
6. 'Que estás nos céus'. – Nas alturas e suspenso; DEUS sobre todos, abençoado para sempre: Quem, sentando no círculo dos céus, observa todas as coisas, ambas dos céus e terra; cujos olhos penetra toda a esfera do ser criado; sim, e da noite não criada; junto a quem 'são conhecidas todas as suas obras', e todas as obras de cada criatura; não apenas 'do começo do mundo', (uma tradução pobre, vulgar e fraca), mas desde toda a eternidade; do eterno para o eterno; que constrange a multidão dos céus, tanto quanto os filhos dos homens, a clamarem com admiração e espanto: Ó, profundeza!'. 'A profundeza dos ricos, ambos da sabedoria e conhecimento de DEUS'.
'Que estás nos céus': -- O Senhor e Soberano de tudo; administrando e dispondo de todas as coisas; tu és o Rei dos reis; Senhor dos senhores; o abençoado e único Potentado; és forte e estás envolto com poder; fazendo o que quer que te agrade; o Altíssimo; que, quando quer que tu desejes, o fazer está presente contigo. 'Nos céus': -- Eminentemente lá. O céu é teu trono, 'o lugar onde está a tua honra'; onde, particularmente, 'habitas'. Mas não sozinho. Porque tu preencheste céu e terra e toda extensão do espaço, 'Os céus e terra estão cheio de tua glória. Glória seja dada a ti. Ó Senhor, Supremo DEUS'. Portanto, nós devemos 'servir ao Senhor com temor, e nos regozijarmos junto a Ele, com reverência'. Nós devemos pensar, falar e agir, como continuamente debaixo dos olhos, e presença imediata do Senhor, o Rei.
7. 'Santificado seja teu nome'. – Esta é a primeira das seis petições, de onde a própria oração é formada. O nome de DEUS é o próprio DEUS; a natureza de DEUS, tanto quanto possa ser revelado ao homem. Quer dizer, portanto, junto com sua existência, todos seus atributos e perfeições; Sua Eternidade, particularmente significada por seu grande e incomunicável nome, Jeová, como o Apóstolo João o interpreta: 'O Alfa, o Ômega; o Começo e o Fim; Ele que é, e que foi, e que será'; -- Sua Plenitude de Ser, denotada pelo seu outro grande nome: Eu Sou o que Sou! –
Sua Onipresença; -- Sua Onipotência, que é realmente o único Agente no mundo material; toda a matéria, sendo essencialmente inerte e inativa; e movendo-se apenas quando movida pelo dedo de DEUS; e Ele é a fonte da ação, em cada criatura, visível e invisível, que não poderia agir, nem existir, sem o influxo e ação de seu poder Onipotente; -- Sua sabedoria, claramente deduzida das coisas que são vistas, da ordem considerável do universo; -- Sua Trindade, e Unidade em Tríade, revelada a nós, na mesma primeira linha de sua palavra escrita; literalmente, os Deuses criou, um nome plural, junto com um verbo na terceira pessoa do singular; tanto quanto, em cada parte das suas revelações subsequentes – feitas, através da boca de todos os seus Profetas e Apóstolos santos; -- Sua pureza e santidade essenciais; -- e, acima de tudo, seu amor, que é o próprio esplendor de sua glória.
Orando para DEUS, ou para seu nome, para que possa 'ser santificado', ou glorificado, nós oramos para que ele possa ser conhecido, tal como ele é, através de todos que sejam capazes disto; através de todos os seres inteligentes, e com afeições adequadas àquele conhecimento; para que ele possa ser devidamente honrado, e temido, e amado, por todos no céu, e na terra; através de todos os anjos e homens, aos quais para esta finalidade ele tem tornado capazes de conhecer e amá-lo para a eternidade.
8. 'Venha o teu reino'. – Isto tem uma conexão intima com aquela petição precedente. Com o objetivo de que o nome de DEUS possa ser santificado, nós oramos para que seu reino, o reino de CRISTO, possa vir. Esse reino, então, vem para uma pessoa em particular, quando ele 'se arrepende e crê no Evangelho'; quando ele é ensinado de DEUS, não apenas para conhecer a si mesmo, mas para conhecer JESUS CRISTO, e nele crucificado. Que 'esta é a vida eterna; conhecer o único DEUS verdadeiro, e JESUS CRISTO a quem Ele enviou'; assim, é o reino de DEUS, trazido para baixo, estabelecendo-se no coração do crente; o Senhor DEUS Onipotente', então, 'reina'; quando ele é conhecido, através de JESUS CRISTO. Ele toma, junto a si, seu poder imenso, para que possa subjugar todas as coisas em si mesmo. Ele segue na alma, conquistando, e para conquistar, até que tenha colocado todas as coisas debaixo de seus pés; até que 'todo pensamento seja trazido cativo para a obediência de CRISTO'.
Quando, portanto, DEUS 'dará a seu Filho os pagãos, para sua herança, e as partes mais extremas da terra para sua possessão'; quando 'todos os reinos se curvarão diante dele, e todos as nações o obedecerão; quando 'a montanha da casa do Senhor', a Igreja de CRISTO, 'for estabelecida no topo das montanhas'; quando 'a plenitude dos gentios vierem, e toda a Israel for salva'; então, será visto que 'o Senhor é Rei, e colocou sua vestimenta gloriosa', aparecendo a toda a alma humana, como Rei dos reis, e Senhor dos senhores. E certificando-se que todos os que amam sua vinda; oram para que ele possa apressar o tempo; para que este seu reino, o reino da graça, venha rapidamente, e absorva todos os reinos da terra; para que toda a humanidade, recebendo-o como seu Rei, verdadeiramente crendo em seu nome, possa ser preenchida, com retidão, paz, alegria; com a santidade e felicidade -- Até que seja removida para seu reino celeste; e lá, reine com ele, para sempre e sempre.
Para isto, também, nós oramos nessas palavras: 'Venha o teu reino': Nós oramos para que a vinda de seu reino eterno; o reino da glória no céu; que é a continuação e a perfeição do reino da graça na terra. Consequentemente esta, tanto quanto a petição precedente, é oferecida ao alto, por toda a criação inteligente; por aqueles que estão interessados neste grande evento: a renovação final de todas as coisas; DEUS colocando um fim na miséria e pecado, na enfermidade e morte; tomando todas as coisas em suas próprias mãos, e estabelecendo o reino que permanece através de todos os tempos.
Precisamente respondível a isto são aquelas terríveis palavras na oração fúnebre: 'Suplicando-te que possa agradar a ti e à tua santidade graciosa, para concluir, em breve, o número de teus eleitos, e apressar o teu reino: para que nós, com todos aqueles que estão mortos, na fé verdade de teu santo nome, possamos ter nossa consumação e felicidade, perfeitas, ambos no corpo e alma, em tua glória eterna'.
9. 'Tua vontade seja feita na terra, como no céu'. – Esta é a consequência necessária e imediata, onde quer que o reino de DEUS venha; onde quer que DEUS habite na alma, pela fé, e CRISTO reine no coração, pelo amor.
É provável que muitos, talvez, a generalidade dos homens, à primeira vista dessas palavras, estejam aptos a imaginar que elas sejam apenas uma expressão, ou petição, ou resignação para o reino; uma prontidão para subjugar-se à vontade de DEUS, qualquer que seja ela, concernente a nós. E este é um temperamento inquestionavelmente divino e excelente; o mais precioso dom de DEUS. Mas isto não é o que nós oramos nessa petição; pelo menos, não no sentido principal e primário dele. Nós oramos, não tanto, para uma passiva, quanto ativa conformidade à vontade de DEUS ao dizermos: 'Seja feita a tua vontade na terra, como ela é feita no céu'.
Como a vontade de DEUS é feita, através dos anjos no céu, -- por aqueles que agora circundam Seu trono, regozijando-se? Eles o fazem, de boa vontade; eles amam Seus mandamentos, e agradavelmente escutam com atenção Suas palavras. É o comer e beber deles fazer a vontade de DEUS; é a mais alta glória e alegria. Eles a praticam continuamente; não existe interrupção em seus serviços de boa vontade. Eles não descansam de dia, nem de noite; mas empregam cada hora (humanamente falando; uma vez que, nossas medidas de duração – dias, noites e horas - não têm lugar na eternidade), em cumprir Seus mandamentos; em executar seus desígnios; em desempenhar o conselho de Sua vontade. E eles a fazem, perfeitamente. Nenhum pecado, nenhum defeito pertence a essas mentes angelicais. É verdade, 'as estrelas não são puras aos Seus olhos', mesmo as estrelas da manhã que cantam diante Dele.
'Aos seus olhos', ou seja, em comparação a Ele, os próprios anjos não são puros. Mas isto não implica que eles não sejam puros, em si mesmos. Sem dúvida, eles são; eles são sem mácula e culpa. Eles são completamente devotados à sua vontade, e perfeitamente obedientes a todas as coisas. Se nós virmos isto, sob uma outra luz, podemos observar que os anjos de DEUS no céu fazem todas as vontades Dele. Nada mais, a não ser o que eles absolutamente asseguram seja Sua vontade. E novamente: Eles fazem a vontade de DEUS, como Ele a deseja; da maneira que agrada a Ele, e não a outro. Sim. E eles fazem isto, apenas porque é a vontade Dele; para esta finalidade, e nenhuma.
10. Quando, portanto, oramos, para que a vontade de DEUS possa 'ser feita na terra, como ela é feita no céu', o significado é que todos os habitantes da terra, mesmo toda a raça humana, possa fazer a vontade de seu Pai que está no céu, de tão boa vontade quanto os anjos santos; que possam fazê-la continuamente; assim como eles, sem qualquer interrupção de seu serviço de prontidão; sim, e fazê-la perfeitamente, -- que o DEUS da paz, através do sangue de sua aliança eterna, possa torná-los perfeitos, em cada boa obra; para realizar Sua vontade, e operar neles tudo 'o que for prazeroso aos seus olhos'.
Em outras palavras, nós oramos para que nós e toda a humanidade possamos fazer a completa vontade de DEUS, em todas as coisas; e nada mais; nem a menor coisa, a não ser o que é a santa e aceitável vontade de DEUS. Nós oramos para que possamos fazer a vontade de DEUS, como ele deseja; da maneira que agrada a Ele: E, por fim, que nós possamos fazê-la, porque é a Sua vontade; para que esta possa ser a única razão e alicerce; o motivo total e único do que quer que pensemos, falemos ou façamos.
11. 'Dê-nos hoje o pão nosso de cada dia' – Nas três primeiras petições nós temos orado por toda a humanidade. Viemos agora, mais particularmente, desejar um suprimento para nossas próprias necessidades. Não que estejamos direcionados, mesmo aqui, a confinar nossas orações completamente a nós mesmos; esta, e cada uma das petições seguintes, podem ser usadas para toda a Igreja de CRISTO na terra.
Por 'pão', nós podemos entender todas as coisas necessárias; se para nossas almas ou corpos; -- as coisas concernentes à vida e santidade: Nós entendemos não meramente o pão exterior, que nosso Senhor denomina 'o alimento que perece'; mas muito mais o pão espiritual, a graça de DEUS, o alimento 'que dura a vida eterna'. Foi o julgamento de muitos de nossos antepassados, que nós devemos entender aqui o pão sacramental também; recebido diariamente, no início, por toda a Igreja de CRISTO, e altamente estimado, até que o amor de muitos se tornou frio, assim como o grande canal, por meio do qual a graça de seu ESPÍRITO era transportada para as almas de todos os filhos de DEUS.
'Nosso pão diário'. -- A palavra, diário, tem sido diferentemente explicada por diferentes estudiosos. Mas o sentido mais simples e natural dela parece ser este, que é mantido, na maioria das traduções, tanto antigas, quanto modernas; -- o que seja suficiente para este dia; e assim, para cada dia, quando ele sucede.
12. 'Dá-nos': -- Porque reivindicamos nada por direito, mas apenas pela misericórdia gratuita. Nós não merecemos o ar que respiramos, a terra que nos carrega, ou o sol que brilha sobre nós. Todo nosso deserto, o nosso próprio, é o inferno: Mas DEUS nos amou livremente; portanto, nós pedimos a ele para dar, o que não podemos obter por nós mesmos, não mais do podemos merecer de suas mãos.
Nem a benevolência ou o poder de DEUS é motivo para ficarmos à toa. É Sua vontade que possamos usar de toda diligência, em todas as coisas; que possamos empregar nossos esforços extremos, como se nosso sucesso fosse um efeito natural de nossa sabedoria ou força: E, então, como se não tivéssemos feito nada, devemos depender Dele, o doador de todos os dons bons e perfeitos.
'Este dia': -- Porque não devemos nos preocupar com o amanhã. Para esta mesma finalidade nosso sábio Criador dividiu a vida nessas pequenas porções de tempo, tão claramente separadas umas das outras, que nós podemos observar cada dia, como um dom renovado de DEUS, uma outra vida, que nós podemos devotar para Sua glória; e que cada anoitecer possa ser como o encerrar da vida, além do que, nós podemos ver mais nada, a não ser a eternidade.
13. 'E perdoa as nossas transgressões, assim como perdoamos os que nos tem ofendido'. – Como nada, a não ser o pecado pode impedir a generosidade de DEUS de fluir adiante sobre cada criatura, então esta petição naturalmente segue a anterior; para que todos os obstáculos sejam removidos, para que possamos mais claramente confinar no DEUS de amor, para cada coisa que seja boa.
'Nossas transgressões': -- A palavra significa propriamente nossos débitos. Assim, nossos pecados estão frequentemente representados nas Escrituras; cada pecado, deitando-se sobre nós, debaixo de um novo débito a DEUS, a quem nós já devemos, como se fossem dez mil talentos. O que, então podemos responder, quando Ele diz: 'Paga-me o que tu deves? Que nós estamos completamente falidos; nós não temos com o que pagar; nós destruímos todo nosso capital. Portanto, se ele negociar conosco, de acordo com o rigor da lei; se ele cobrar o que Ele justamente pode, ele deverá ordenar que tenhamos as mãos e pés amarrados, e sejamos entregues aos atormentadores'.
De fato, nós já estamos com as mãos e pés amarrados, através das correntes de nossos próprios pecados. Estes, considerados com respeito a nós mesmos, são correntes de ferro, e algemas de bronze. Eles são os ferimentos, por meio dos quais, o mundo, a carne, e o diabo, têm nos atacado profundamente, e nos destroçado, por todos os lados. Esses são as enfermidades que esvaziam nosso sangue e espíritos, que nos trazem para as sepulturas. Mas considerados, como eles são aqui, com respeito a DEUS, são débitos imensos e incontáveis. No entanto, embora vendo que não temos com o que pagar, que possamos clamar junto a Ele. para que Ele possa 'francamente perdoar' a todos nós!
A palavra traduzida, perdoar, implica tanto em perdoar um débito, quanto em soltar a corrente. E, se nós alcançamos a primeira, a última evidentemente se segue: se nossos débitos são perdoados, as correntes soltam-se de nossas mãos. Tão logo quanto, através da graça de DEUS em CRISTO, nós 'recebemos perdão dos pecados', nós recebemos igualmente 'muitos, entre esses que são santificados, através da fé que está Nele'. O pecado perde seu poder. Ele não tem domínio sobre aqueles que 'estão debaixo da graça', ou seja, no favor com DEUS. Como 'não existe condenação para aqueles que estão em CRISTO', assim eles estão livres do pecado, tanto quanto da culpa. 'A retidão da lei é cumprida' neles, e eles 'caminham, não segundo a carne, mas segundo o ESPÍRITO'.
14. 'Como perdoamos os que nos tem ofendido'. – Nessas palavras, nosso Senhor claramente declara, em que condição, e em que grau ou maneira, nós podemos buscar sermos perdoados por DEUS. Todas as nossas transgressões e pecados são perdoados, se nós perdoarmos, e como nós perdoamos, aos outros.
[Primeiro, que DEUS nos perdoa, se nós perdoamos outros]. Este é um ponto da maior importância. E nosso abençoado Senhor é tão zeloso, para que, a qualquer tempo, não possamos divagar em nossos pensamentos, que ele não apenas a insere no contexto de Sua oração, mas presentemente depois, a repete mais duas vezes. 'Se', diz Ele, 'perdoarem aos homens suas transgressões, seu Pai celeste irá perdoar a vocês' (Mateus 6:14-15).
Em Segundo Lugar, DEUS nos perdoa, assim como perdoamos aos outros. Assim sendo, se nenhuma malícia ou amargura; se nenhuma mancha de indelicadeza, ou ira, permanecerem; se nós não claramente e completamente, do nosso coração, perdoamos as transgressões de todos os homens, seremos impedidos de termos o perdão para os nossos: DEUS não pode claramente e completamente perdoar a nós: Ele pode nos mostrar alguns graus de misericórdia, mas nós não experimentaremos dele o apagar nossos pecados, e perdoar todas as nossas iniquidades.
Nesse meio tempo, enquanto nós não perdoamos, do fundo de nosso coração, as ofendas de nosso próximo, que tipo de oração estamos oferecendo a DEUS quando exprimimos essas palavras? Nós, de fato, estamos colocando DEUS em um desafio declarado: nós estamos desafiando a DEUS que faça o seu pior. 'Perdoe a nós, nossas transgressões, tanto quanto perdoamos as transgressões deles contra nós!'. Que significa, em termos claros: 'Tu não nos deve perdoar, afinal; nós desejamos nenhum favor de tuas mãos. Nós oramos para que tu mantenhas nossos pecados na memória, e para que tua ira habite sobre nós'. Mas, você pode seriamente oferecer tal oração a DEUS: E ele já não o terá lançado rapidamente no inferno? Ó não o tente mais! Agora, mesmo agora, pela sua graça, perdoa, assim como você seria perdoado! Tenha compaixão agora do seu próximo, assim como DEUS teve e terá piedade de você'!
15. 'E não nos deixa cair em tentação, mas livra-nos do mal', -- '[E] não nos conduza a tentação'. A palavra traduzida, tentação, significa experimentação de algum tipo. A palavra inglesa para tentação foi tomada antigamente, em um sentido indiferente, embora agora, ela seja usualmente entendida da solicitação para pecar. Tiago usa a palavra, em ambos esses sentidos; primeiro, em sua generalidade; então, em sua restrita aceitação. Ele a toma no primeiro sentido, quando diz: 'Meus irmãos, tende grande gozo, quando cairdes em várias tentações... Bem aventurado o varão que sofre a tentação, porque quando for tentado', ou aprovado de DEUS, 'receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. (Tiago 1:12-13). Ele imediatamente acrescenta, tomando a palavra em seu segundo sentido: 'Que nenhum homem, quando tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada homem é tentado, quando traído e engodado pela sua própria concupiscência', ou desejo, saindo de DEUS, em quem apenas ele está salvo, -- 'e seduzido'; pego, como um peixe com a isca. E assim é, quando ele se aparta e é seduzido, que ele propriamente 'entra em tentação'. Então, a tentação o cobre como uma nuvem; ela cobre toda sua alma. E quão dificilmente ele escapará da armadilha!
Entretanto, nós suplicamos a DEUS 'não nos conduzir à tentação', ou seja (vendo que DEUS não tenta o homem), não consinta que sejamos conduzidos a ela. 'Mas livrai-nos do mal': Antes, 'do próprio mal'; é, inquestionavelmente, do diabo, enfaticamente assim chamado, o príncipe e deus desse mundo, quem opera com considerável poder nos filhos da desobediência. Mas todos que são filhos de DEUS, pela fé, estão livres de suas mãos. Ele pode lutar contra eles; e assim fará. Mas ele não poderá conquistar, a menos que eles traiam suas próprias almas. Ele pode atormentar, por algum tempo, mas ele não poderá destruir; porque DEUS está do lado deles, quem não irá falhar, no final, 'em vingar seu próprio eleito, que clama junto a Ele, dia e noite'. Senhor, quando formos tentados, não permita que caiamos em tentação! Crie um caminho para que escapemos; para que o diabo não nos toque!
16. A conclusão dessa oração divina, comumente chamada de Doxologia, é uma ação de graças solene; um reconhecimento conciso dos atributos e obras de DEUS. 'Porque teu é o reino' -- O soberano direito de todas as coisas que são, ou sempre foram criadas; sim, teu reino é um reino eterno, e teu domínio persiste, através de todos os tempos. 'O poder' -- o poder executivo, por meio do qual, governas todas as coisas em teu reino eterno; por meio do qual fazes o que agrada a ti, em todos os lugares de teu domínio. 'E a glória' – o louvor devido de cada criatura, pelo teu poder, e a grandeza de teu reino, e por todas as tuas obras maravilhosas, que tu operas desde a eternidade, e deverá operar, do mundo sem fim, 'para todo o sempre. Amém'. Que assim seja!
 
Sobre o Sermão do Monte – Parte VII
John Wesley

'Além do mais, quando jejuares, não sede como os hipócritas de semblante triste. Porque eles desfiguram seus rostos, para que pareçam aos homens que jejuam, Verdadeiramente eu digo que eles já receberam as suas recompensas. Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava seu rosto; para que não pareças aos homens que jejuam, mas junto ao teu Pai que está em secreto: E teu Pai, que está em secreto, os recompensará. (Mateus 6:16-18)
1. Tem sido empenho de satanás, desde o começo do mundo, separar o que DEUS tem juntado; separar a religião interior da exterior; colocar uma dessas, em contradição com a outra. E, nisto, ele tem encontrado não pouco sucesso, em meio àqueles que eram 'ignorantes de seus conselhos'.
Muitos, em todas as épocas, têm um zelo para com DEUS, mas não de acordo com o conhecimento; têm estado rigorosamente atados à 'retidão da lei'; na execução das obrigações exteriores; mas, nesse meio tempo, completamente descuidados da retidão interior; a 'retidão que é de DEUS, pela fé'. E muitos têm corrido para o extremo oposto, descuidando das obrigações exteriores; talvez, até mesmo, falando mal da lei, e criticando a lei', na medida em que ela ordena o desempenho deles.
2. É, através desse mesmo conselho de satanás, que a fé e as obras têm sido, tão frequentemente, colocadas em conflito, uma com a outra. E muitos que tinham um zelo por DEUS, têm, por um tempo, caído na armadilha, contrária. Alguns têm exaltado a fé, até a completa exclusão das boas obras; não apenas de ser a causa de nossa justificação, (porque nós sabemos que o homem é justificado livremente pela redenção que está em JESUS), mas de ser o fruto necessário dela; sim, por ter algum lugar na religião de JESUS CRISTO. Outros, ansiosos para evitar esse engano perigoso, têm corrido para o caminho extremamente oposto; tanto sustentando que as boas obras foram a causa, ou pelo menos a condição prévia, da justificação, -- quanto falado delas, como se elas fossem tudo em tudo, a completa religião de JESUS CRISTO.
3. Da mesma maneira, a finalidade e os meios da religião têm sido colocados em contradição, um com o outro. Alguns homens bem-intencionados parecem ter colocado toda a religião, no atendimento às orações da Igreja; no receber a Ceia do Senhor; no ouvir sermões; em ler os livros de devoção; negligenciando, nesse meio tempo, a finalidade disso tudo: o amor a DEUS e ao próximo. E esta mesma coisa tem confirmado outros, na negligência, se não, menosprezando as ordenanças de DEUS, -- insultando, de maneira tão infame, para corroer e destruir a mesma finalidade que eles designaram estabelecer.
4. Mas, de todos os meios da graça, dificilmente existe algum concernente aos homens que vão para os grandes extremos, do que aquele do qual nosso Senhor fala, nas palavras acima mencionadas: o jejum religioso. Como alguns o têm exaltado, além de toda Escritura e razão; -- e outros têm descuidado disto extremamente. Como que se desforrando, através da depreciação, tanto quanto os primeiros, da supervalorização! Aqueles que têm falado dele, como se ele fosse tudo em tudo; se não, a finalidade em si mesmo, ainda assim infalivelmente unido a ele: Estes, como se ele fosse exatamente nada; como se ele fosse um trabalho infrutífero, que não tem relação, afinal, com isso. Visto que é certo que a verdade se situa entre ambos. Ele não é tudo; nem, ainda assim, é nada. Ele não é a finalidade, mas é um meio preciso; o meio que o próprio DEUS tem ordenado, e no qual, entretanto, quando é propriamente usado, ele irá certamente nos dar sua bênção.
Com o objetivo de colocar isto tudo de uma maneira mais clara, eu me esforçarei para mostrar:
Qual a natureza do jejum, e quais os tipos e graus dele.
Quais as razões, os alicerces, e as finalidades dele:
Como nós podemos responder à maioria das objeções plausíveis:
De que maneira ele pode ser executado.
I.
1. Eu vou me esforçar para mostrar, Primeiro, qual é a natureza do jejum, e quais os diversos tipos e graus dele. Quanto à natureza dele, todos os escritores inspirados, ambos no Velho e no Novo Testamento, tomaram a palavra jejuar, em um sentido simples: não comer; abster-se do alimento. Isto está tão claro, que seria trabalho perdido citar as palavras de Davi, Neemias, Isaias, e os Profetas que se seguiram, ou nosso Senhor e seus Apóstolos; todos concordando nisto, que jejuar é não comer, por um tempo determinado.
2. A isto, outras circunstâncias foram usualmente anexadas, pelos antigos, que não tinham conexão necessária com ele. Tais coisas eram o negligenciar de suas vestimentas; deixar de lado aqueles ornamentos, que eles estavam acostumados a usar; o colocar-se em murmuração; o espalhar cinza sobre suas cabeças; ou de colocar aniagem próxima à pele. Mas nós encontramos pouca menção feita no Novo Testamento de alguma dessas circunstâncias indiferentes. Nem parece que alguma pressão tenha sido colocada sobre elas, pelos cristãos das épocas mais puras; contudo, alguns penitentes poderiam voluntariamente usá-las, como sinais exteriores da humilhação interior. Muito menos, os Apóstolos ou os cristãos contemporâneos a eles, batiam ou rasgavam suas próprias carnes: Tal disciplina como esta não era inconveniente aos sacerdotes ou adoradores de Baal. Os deuses dos pagãos, eram demônios; e isto era, sem dúvida, aceitável ao ser deus demoníaco, quando seus sacerdotes (I Reis 18:28) 'E eles clamavam a grandes vozes, e se retalhavam com facas e lancetas, conforme o seu costume, até derramarem sangue sobre si'. Mas isto não pode ser agradável a Ele, nem eles se tornam Seus seguidores; daquele que 'não vem para destruir a vida dos homens, mas para salvá-las'.
3. Quanto aos graus ou medidas do jejum, nós podemos ter exemplos de alguns que têm jejuado diversos dias seguidos. Assim, Moisés, Elias, e nosso abençoado Senhor, estando dotados de força supernatural, para aquele propósito, registraram ter jejuado, sem intermissão, 'quarenta dias e quarenta noites'. Mas o tempo do jejum, mais frequentemente mencionado nas Escrituras, é um dia, de manhã, até a noite. E este foi o jejum comumente observado em meio aos cristãos antigos. Mas além desse, eles tinham também os seus meio jejuns (sem jejum, como Tertuliano os denomina), no quarto e sexto dia da semana (quarta e sexta-feira), durante o ano, no qual eles não tomam substância alguma, até as três horas da tarde; o tempo em que eles retornam do serviço público.
4. Proximamente relatado a isto, é o que nossa igreja parece peculiarmente significa pelo termo abstinência; que pode ser usado, quando não jejuamos inteiramente, por motivos de enfermidade ou fraqueza corpórea. Isto é comer pouco; a abstinência em parte; o tomar a menor quantidade de alimento do que usual. E não me lembro da algum exemplo bíblico disto. Mas nem posso eu condená-lo; já que a Escritura não o faz. Pode ter seu uso, e receber a bênção de DEUS.
5. O menor tipo de jejum, se pode ser chamado por este nome, é o abster-se de alguma comida agradável. Disto, nós temos diversos exemplos nas Escrituras., além daquele de Daniel e seus irmãos, quem de uma consideração pessoal, ou seja, a que eles 'não poderiam se corromper com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar', (uma provisão diária a qual o Rei tinha designado para eles), requerida e obtida, do príncipe dos eunucos, grãos de leguminosas para comer e água para beber. (Daniel 1:8-12). Talvez, de uma imitação enganosa disto poderia brotar o mesmo costume antigo de abster-se de carne e vinho, durante tais épocas, como era reservar-se para o para jejum e abstinência; -- se, antes, esse costume não se erguesse da superstição de que esses eram os alimentos mais preferidos, e uma crença de que era próprio usar o que era menos agradável naquele tempo de solene aproximação a DEUS.
6. Nas igrejas judias, havia alguns jejuns determinados. Tais eram o jejum do sétimo mês, apontado pelo próprio DEUS, para ser observado por toda Israel, debaixo de mais severa penalidade. E o Senhor falou a Moisés dizendo: No décimo dia desse sétimo mês, será o Dia da Expiação: tereis santa convocação, e afligireis a vossa alma, e oferecereis oferta queimada ao Senhor. E, naquele mesmo dia, nenhuma obra, vós fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós, perante o Senhor vosso DEUS. Porque, toda alma que naquele mesmo dia, se não afligir, será extirpada do seu povo' (Levítico 23:26-30). Diversos outros jejuns determinados foram acrescidos a esse, no tempo subsequente. Assim, menção é feita, pelo Profeta Zacarias, do jejum, não apenas 'do sétimo, mas também do quarto, do quinto e do décimo mês'. (Zacarias 8:19) 'Assim diz o Senhor dos exércitos : O jejum do quarto mês , e o jejum do quinto, e o jejum do sétimo, e o jejum do décimo mês, serão para a casa de Judá, gozo, e alegria, e festividade solene; amai pois, a verdade e a paz'.
Nas igrejas cristãs antigas, havia igualmente jejuns determinados, e esses, ambos anual e semanalmente. Do primeiro tipo, era aquela antes da Páscoa, observada por alguns, durante vinte e quatro horas; por outros, por uma semana inteira; por muitos, por duas semanas; não fazendo uso de alimento até o entardecer de cada dia: Do último, aqueles do quarto e sexto dias da semana, (como Epifanius escreve, comentando como um fato inegável), -- que eram observados, em toda terra habitável; pelo menos, em cada parte onde alguns cristãos construíram sua morada.
Os jejuns anuais em nossa Igreja são os 'quarenta dias da Quaresma; o Têmpora [Os três dias de jejum prescritos pela Igreja Católica na primeira semana da quaresma, na primeira de pentecostes, nas terceiras semanas de setembro e dezembro], nas quatro estações; o Rogação [segunda, terça e quarta-feira antes da Ascensão do Senhor], e o Vigília ou Véspera, com diversas festivais solenes; -- o Semanal, todas as sextas-feiras do ano; com exceção do Natal'.
Mas, além desses que foram fixados, em cada nação temente a DEUS, havia sempre jejuns ocasionais, apontados, de tempos em tempos, como as circunstâncias e ocasiões particulares de cada necessidade. Então, quando 'os filhos de Moabe, e os filhos de Amon, e com eles alguns outros doa amonitas vieram à peleja contra Josafá. Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: vem contra ti uma grande multidão de além mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é Em-Gedi. Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o Senhor; e apregoou jejum em todo Judá' (2 Cron. 20:1-3). E, assim, 'E aconteceu, no ano quinto de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, no mês nono', quando eles estavam temerosos do Rei da Babilônia, os Príncipes de 'Judá apregoaram jejum diante do Senhor a todo o povo em Jerusalém'. (Jeremias 36:9).
E, de igual maneira, pessoas comuns, que prestam atenção aos seus caminhos, e desejam caminhar humildemente e intimamente com DEUS, irão encontrar freqüentes oportunidades para, em determinadas épocas, afligirem assim suas almas diante de seu Pai que está em secreto. E é para este tipo de jejum que as direções, dadas aqui, principalmente e primeiramente se referem.
II
1. Eu prossigo mostrando, em Segundo lugar, quais são os fundamentos, as razões, e as finalidades do jejum.
Primeiro, os homens que estão debaixo de fortes emoções da mente, que foram afetados com alguma paixão veemente, tais como tristeza e medo, são frequentemente tragados por elas, e, até mesmo, se esquecem de comer do seu pão. Em tais ocasiões eles têm pouco cuidado com o alimento, nem mesmo com o que é necessário para sustentar a natureza; muito menos, por alguma iguaria ou variedade; sendo tomado por pensamentos completamente diferentes. Assim, quando Saul disse: 'Mui angustiado estou, porque os filisteus guerrearam contra mim, e DEUS se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelos ministérios dos profetas; nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer'. É registrado que 'Ele não tinha comido ´pão todo o dia, nem toda a noite' (I Samuel 28:15-20). Assim, aqueles que estavam no navio com Paulo, quando nenhuma pequena tempestade caiu sobre eles, e toda a esperança de que pudessem ser salvos tinha ido embora... É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis sem comer, não havendo provado nada'; nenhum alimento regular, por quatorze dias seguidos (Atos 27:33). E, assim, Davi, e todos os homens que estavam com ele, quando eles ouviram que as pessoas fugiram da batalha, e que muitas das pessoas tinham caído mortas, e Saul e Jônatas, seu filho, estavam também mortos. 'E prantearam, e choraram, e jejuaram, até à tarde por Saul, e por Jônatas, seu filho, e pelo povo do Senhor, e pela casa de Israel, porque tinham caído à espada'. (2 Samuel 1:12).
Mais ainda: Muitas vezes, eles, cujas mentes estavam tão profundamente comprometidas, são impacientes de alguma interrupção, e, até mesmo repugnam de seu alimento necessário, como que, desviando seus pensamentos do que eles desejam, fosse ocupar toda sua atenção: Até mesmo Saul, quando, na ocasião mencionada anteriormente, tinha 'caído, durante todo o tempo, sobre a terra, e não havia forças nele', ainda assim, disse: 'Eu não irei comer', até 'que seus servos, juntos com a mulher, o obrigaram'.
2. Aqui, então, está o alicerce natural do jejum. Alguém que está debaixo de profunda aflição, oprimido com a tristeza, por causa do pecado, e uma forte compreensão da ira de DEUS, ele poderia, sem qualquer regra, sem saber ou considerar se seria um comando de DEUS ou não, 'esquecer-se de comer seu pão'; abster-se, não apenas do que lhe é agradável, mas, até mesmo do alimento necessário; -- como Paulo, que, depois de ser conduzido a Damasco, 'ficou três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu' (Atos 9:9).
Sim, quando a tempestade se levantou alta; 'quando um pavor horrível subjugou' alguém que tinha estado sem DEUS no mundo, sua alma poderia ter 'repugnado toda forma de alimento'; teria sido desagradável e cansativo para ele; ele poderia ficar impaciente por nada que pudesse interromper seu clamor incessante: 'Senhor, salve-me, ou perecerei'.
Quão fortemente, isto é expresso por nossa igreja, na primeira parte da Homilia sobre o Jejum! – 'Quando os homens sentem em si mesmos o pesado fardo do pecado, vêem a condenação ser a recompensa deles, e observam, com os olhos de suas mentes, o horror do inferno, eles tremem, e são intimamente tocados pela tristeza do coração, e não podem deixar de acusar a si mesmos, e declarar sua aflição ao DEUS Todo-Poderoso, e clamar junto a ele por misericórdia. Isto, sendo feito seriamente, suas mentes ficam tão ocupadas, [tomadas], parcialmente com a tristeza e pesar; parcialmente com um sincero desejo de serem libertos, desse perigo do inferno e condenação, que todo o desejo de alimento e bebida é colocado aparte, e a repugnância [ou aversão] de todas as coisas e prazeres mundanos tomam o lugar. De modo que nada, então, eles preferem a prantear, lamentar, murmurar, e ambos com palavras e comportamento do corpo, para mostrarem a si mesmos cansados da vida'.
3. Uma outra razão ou fundamento do jejum é este: Muitos dos que temem a DEUS estão profundamente sensíveis pelo quão frequentemente eles pecaram contra Ele, pelo mau uso dessas coisas legítimas. Eles sabem o quanto eles têm pecado pelo excesso de comida; por quanto tempo eles têm transgredido as santas leis de DEUS, com respeito ao equilíbrio, se não, a sobriedade também; como eles têm se cedido aos seus apetites sexuais, talvez, enfraquecendo sua saúde corpórea, -- certamente, para o não pequeno dano de suas almas; já que, por meio disto, eles continuamente alimentaram, e aumentaram aquela insensatez divertida; aquela volubilidade da mente; aquela frivolidade de temperamento; aquela divertida desatenção para com as coisas do mais profundo interesse; aquela irreflexão e descuido de espírito, que eram não outro que a embriaguez da alma, que entorpeceu todas as suas faculdades mais nobres, não menos do que o excesso de vinho ou bebida forte. Para remover, entretanto, o efeito, eles removem a causa. Eles se mantêm distantes de todo o excesso. Eles se abstêm, tanto quanto possível, daquilo que tem, por acaso, os arrastado para a perdição eterna. Eles frequentemente refreiam totalmente; sempre cuidado para serem frugais e equilibrados em todas as coisas.
4. Eles se lembram bem, igualmente, como a abundância de alimento aumentou, não apenas o descuido e leviandade de espírito, mas também os desejos tolos e profanos, e as afeições impuras e vis. E esta experiência não deixou dúvidas. Mesmo a sensualidade gentil, regular, está continuamente erotizando a alma, e fazendo-a mergulhar no mesmo nível das bestas que perecem. Não pode ser declarado qual o efeito que a variedade e a frugalidade de alimento têm sobre a mente, tanto quanto sobre o corpo; tornando isto justamente oportuno para todo prazer do sentido, tão logo a oportunidade é convidada. Portanto, nesse alicerce também, todo homem sábio irá refrear sua alma, e mantê-la humilde; irá desapegar-se, mais e mais, de todas essas indulgências dos apetites inferiores, que naturalmente tendem a acorrentá-la a terra, e corrompê-la, tanto quanto aviltá-la. Aqui está uma outra razão permanente para o jejum; remover o alimento da luxúria e sensualidade; retrair os incentivos dos desejos tolos e danosos, das afeições vis e inúteis.
5. Talvez, nós precisemos não omitir completamente (embora eu não saiba se fará bem colocar um grande estresse sobre isso) uma outra razão para o jejum, que alguns homens bons têm largamente insistido a respeito; ou seja, o punir a si mesmos por terem abusado dos bons dons de DEUS, por, algumas vezes, refreando-se deles; assim exercitando uma espécie de vingança santa sobre si mesmos, pela insensatez e ingratidão passada, em transformar as coisas que tinham sido para a saúde deles, uma ocasião de queda. Eles supõem que Davi teve um olhar para isto, quando disse: 'Eu pranteio e disciplino', ou puno. 'minha alma com jejum'; e Paulo, quando menciona: 'que vingança', a tristeza santa ocasionou nos Corintos.
6. A quinta e a mais forte razão para o jejum, é que ele é um auxiliar na oração; particularmente, quando nós reservamos porções maiores de tempo para as orações pessoais. Então, é, especialmente, quando DEUS frequentemente se agrada de erguer as almas de seus servos, acima de todas as coisas da terra, e, algumas vezes, levá-las para mais alto, como se fosse, para o terceiro céu. E é, principalmente, como um auxiliar na oração, que ele tem, tão frequentemente, encontrado um significado, nas mãos de DEUS, de conformidade e crescimento, não apenas de uma virtude; não apenas de pureza, (como alguns têm imaginado, em vão, sem qualquer fundamento, tanto Bíblico, racional, quanto experimental), mas também seriedade de espírito, sinceridade, sensibilidade e brandura de consciência, indiferença para com o mundo, e, consequentemente, o amor de DEUS, e cada afeição santa e divina.
7. Não que exista alguma conexão natural e necessária entre jejuar e as bênçãos que DEUS transmite por meio disto. Mas Ele irá ter misericórdia, quando Ele tiver misericórdia; e Ele irá transmitir o que quer que lhe pareça bom, através de qualquer que seja o meio que lhe agrade apontar. E Ele tem designado este, em todas as épocas, para ser os meios de prevenirmos sua ira, e obtermos quaisquer bênçãos que nós, de tempos em tempos, temos necessidade.
E quão poderoso instrumento isto é para impedir a ira de DEUS, nós podemos aprender do notável exemplo de Acabe. 'Não existe ninguém como aquele que não vendeu a si mesmo' -- que deu a si mesmo totalmente ao alto, como um escravo comprado com dinheiro – 'para operar perversidade'. Ainda assim quando ele rasgou suas roupas e colocou aniagem sobre sua carne e jejuou, e veio mansamente, a palavra do Senhor veio a Elias dizendo: 'Vê tu, como Acabe humilhou-se diante de mim? Porque ele se humilhou diante de mim, eu não irei trazer o mal aos seus dias'. (I Reis 21:27-30).
Foi para essa finalidade, impedir a ira de DEUS, que Daniel buscou a DEUS 'com jejum, e aniagem, e cinzas'. Isto aparece de todo o teor de sua oração; particularmente, da solene conclusão dela: 'Ó Senhor, de acordo com toda tua retidão', ou misericórdias, 'permita que tua ira se vá de tua montanha sagrada. – Ouça a oração de teu servo, e faça tua face brilhar sobre o teu santuário, que está devastado, -- Ó Senhor, ouve; Ó Senhor, perdoa; Ó Senhor, escuta atentamente e faze, por amor do Senhor'. (Daniel 9:3, 17).
8. Mas não é apenas do povo de DEUS que podemos aprender, quando sua ira é movida para buscar a Ele, através de jejum e oração; mas mesmo dos pagãos. -- Quando Jonas declarou: 'E levantou-se Jonas e foi a Nínive, segundo a Palavra do Senhor; era, pois Nínive uma grande cidade, de três dias de caminho. E começou Jonas a entrar na cidade, caminho de um dia, e ´pregava, e dizia: Ainda quarenta dias e Nínive será derrotada', o povo de Nínive proclamou um jejum, e vestiu aniagem, do maior ao menor. 'Para que o Rei de Nínive se levantasse de seu trono, e tirasse de si as suas vestes, e se cobrisse com panos de saco, e sentasse em cinzas. E ele fez com que fosse proclamado e publicado, através de Nínive, que não era permitido que homem ou animal; rebanho, nem manada, provassem alguma coisa: Que eles não se alimentem, nem bebam água': (não que o animal tivesse pecado, ou pudesse se arrepender; mas que, pelo exemplo deles, o homem pudesse ser admoestado, considerando que, por seus pecados, a ira de DEUS estava dependurada sobre todas as criaturas): 'Quem poderá dizer se DEUS irá voltar atrás e arrepender-se, e se apartar do furor de sua ira, para que não pereçamos?'. E o trabalho deles não foi em vão. O furor da ira de DEUS afastou-se dele. 'DEUS viu suas obras": (os frutos daquele arrependimento e daquela fé que ele tem forjado neles, por seu Profeta); 'e DEUS arrependeu-se do mal que ele tinha dito que viria sobre eles, e não o fez'. (Jonas 3:4, em diante).
9. E o jejum não é apenas um meio de afastar a ira de DEUS, mas também de obter quaisquer que sejam as bênçãos que estejamos precisando. De modo que, quando as outras tribos foram derrotadas diante dos Benjamitas, 'todos os filhos de Israel foram para a casa de DEUS, e murmuraram, e jejuaram naquele dia, até à tarde'; e, então, o Senhor disse: 'Levantem-se' novamente; 'amanhã, eu irei entregá-los, em suas mãos'. (Juízes 20:26, em diante).
Assim, Samuel reuniu toda Israel, quando eles foram cativos dos filisteus, 'e eles jejuaram naquele dia' diante do Senhor: E, então, 'os filisteus se aproximaram para a batalha contra Israel, o Senhor fez trovejar' sobre eles 'com um grande trovão e os confundiu; e eles foram derrotados diante de Israel. (I Samuel 7:6-10).
Assim, Esdras: 'Eu proclamei um jejum no rio Aava, para que pudéssemos afligir a nós mesmos diante de nosso DEUS, e buscar a ele no caminho certo para nós, e para os nossos filhos; e suplicamos a ele'. (Esdras 8:21).
Assim, Neemias: 'Eu jejuei e orei diante do DEUS dos céus e disse: Ah! Senhor, DEUS dos céus, DEUS grande e terrível, prospere-me, eu oro a ti, teu servo esse dia, conceda a ele misericórdia aos olhos desse homem'. E DEUS concedeu a ele misericórdia aos olhos do rei (Neemias 1:4-11).
10. De igual modo, os Apóstolos sempre se reuniram para jejuarem com oração, quando eles desejavam a bênção de DEUS em qualquer empreendimento importante. Assim, nós lemos em (Atos 13 1:13) ' Havia na igreja de Antioquia, certos Profetas e Professores: Quando eles ministraram ao Senhor e jejuaram', sem dúvida, para a direção nesse mesmo assunto, 'o ESPÍRITO SANTO disse: Separa-me a Barnabé e Saul, para o trabalho a que eu os tenho chamado. E, quando eles tiveram' uma segunda vez, 'jejuado e orado, e colocado suas mãos sobre eles, eles os despediram'.
Assim, também o próprio Paulo e Barnabé, quando nós lemos no capítulo seguinte, em que eles 'retornaram novamente para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando as almas dos discípulos quando eles os ordenaram aos Deãos, em cada Igreja, e tinham orado e jejuado, recomendaram-nos ao Senhor' (Atos 14:21-23).
Sim, que as bênçãos são para serem obtidas, na utilização desses meios, as quais, de outro modo, não são atingíveis, nosso Senhor declara expressamente na resposta aos seus discípulos dizendo: 'Então, os discípulos, aproximando-se de JESUS, em particular, disseram: Por que não podemos nós expulsá-los? E JESUS lhes disse: Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá – e há de passar, e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum'. (Mateus 17:19-21). – Esses sendo os meios designados de obter aquela fé, por meio da qual mesmos os demônios ficam sujeitos a você.
11. Esses foram os meios apontados: Já que não foi meramente pela luz da razão, ou da consciência natural, como ela é chamada, que o povo de DEUS tem sido, em todas as épocas, direcionados a fazer uso de jejuns como um meio para esses fins; mas eles têm sido ensinados do próprio DEUS, de tempos em tempos, através das revelações claras e declaradas de sua vontade. Tal como aquela notável, através do Profeta Joel: 'Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, e isso com jejuns e com choro e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e vos convertei ao Senhor, vosso DEUS, porque ele é misericordioso e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal. Quem sabe, se ele se voltar e se arrepender, e deixar uma bênção, atrás dele? Tocai a trombeta de Sião, santificai o jejum, congregai solenemente: -- Então, o Senhor terá zelo da sua terra e se compadecerá do seu povo. Sim, e o senhor responderá e dirá ao seu povo: eis que envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre os pagãos'. (Joel 2:12-19)
Agora, não são apenas as bênçãos temporais que DEUS direciona seu povo a esperar do uso desses meios. Já que, ao mesmo tempo, que ele prometeu àqueles que pudessem buscá-lo com jejum, e prantear, e murmurar, 'eu irei restaurar a você os anos que o gafanhoto tem comido; e as locustas, e o pulgão, e a coruga, o meu grande exército que enviei contra vocês'; ele anexa, 'De modo que poderão também saberão que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor seu DEUS'. E, então, imediatamente segue a grande promessa evangélica: E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão; os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões: E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO'. (Joel 2:25-29)
12. No entanto, quaisquer que tenham sido as razões para estimular aqueles do passado, no zelo e constante desempenho dessa obrigação, eles têm a mesma força para ainda estimular a nós. Mas acima de todos esses, nós temos um motivo pessoal para 'jejuarmos frequentemente', ou seja, a ordem Dele, através de cujo nome somos chamados. De fato, nesse lugar, Ele não ordena expressamente, tanto o jejum, o fazer donativos, quanto o orar; mas suas direções, em como jejuar, fazer donativos, e orar, são da mesma força que tais injunções. Enquanto, nos ordenar para fazer alguma coisa assim, é uma ordem inquestionável para que façamos aquela coisa; é impossível executa-la dessa forma, se ela não for executada afinal. Consequentemente, o dizer: 'Faça donativos, ore, jejue', dessa maneira, é uma ordem clara para executar todas essas obrigações; tanto quanto executá-las, da maneira que possa, de modo algum, perder sua recompensa.
E este é ainda um motivo e encorajamento mais além para executar essa obrigação; até mesmo a promessa que nosso Senhor tem graciosamente anexado ao devido desempenho dela; 'Teu Pai, que vê em secreto, irá recompensar a ti, abundantemente'. Tais são os planos, fundamentos, razões e finalidades do jejum; tal nosso encorajamento para perseverar nisto, não obstante a quantidade de objeções, que os homens, mais sábios do que seu Senhor, têm continuamente levantado contra ele.
III
1. A mais plausível dessas objeções, eu vou considerar agora. Primeiro, tem sido frequentemente dito: 'Que o cristão jejue do pecado, e não da comida: Isto é o que DEUS requer de suas mãos'. Assim é o que Ele quer; mas Ele requer o outro também. Portanto um deve ser feito, e o outro, não deixado sem fazer.
Veja seu argumento nessas dimensões completas; e você julgará facilmente a extensão dele: --
Se um cristão deve se abster do pecado, então, ele não deve se abster da comida:
Mas um cristão deve se abster do pecado.
Portanto, ele não deve se abster da comida.
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Que um cristão deve se abster do pecado, é a mais completa verdade; mas como se segue que ele não deve se abster da comida? Sim, que ele possa fazer tanto uma coisa quanto a outra. Que ele, pela graça de DEUS, se abstenha sempre do pecado; e que ele frequentemente se abstenha da comida; porque tais motivos e finalidades, as experiências e Escrituras mostram terem respondido plenamente a isto.
2. 'Mas não é melhor' (como tem sido objetado, em Segundo Lugar) 'abster-se do orgulho e vaidade; da insensatez e desejos danosos; da impertinência, e ira, e descontentamento do que da comida?'. Sem duvida. Mas aqui também nós temos necessidade de lembrar você das palavras do Senhor: 'Essas coisas vocês devem fazer; e as outras, não devem deixar sem serem feitas'. E, de fato, a posterior é apenas em ordem da anterior; é um meio para aquela grande finalidade.
Nós nos abstemos da comida com essa visão, -- para que, pela graça de DEUS, transmitida às nossas almas, através desse meio exterior, em conjunção com todos os outros canais da graça, que Ele tem apontado, possamos ser capazes de nos abster de toda paixão e temperamento que não são agradáveis aos seus olhos. Abstermo-nos de uma, fornecida do alto, nós possamos ser capazes de refrear a outra. De maneira que seu argumento prova justamente o contrario do que você pretendeu: Ele prova que devemos jejuar. Porque se nós devemos nos abster dos temperamentos e desejos pecaminosos, então, nós devemos nos abster da comida; já que esses pequenos exemplos de abnegação são os caminhos que DEUS tem escolhido, por meio do qual concede aquela grande salvação.
3. 'Mas nós não nos certificamos disto de fato': (Esta é a Terceira objeção) 'Nós temos jejuado, muito frequentemente; mas qual tem sido o proveito? Nós não ficamos em nada melhores; nós não encontramos bênçãos nisso. Mais ainda: nós temos nos certificado que ele é um empecilho, em vez, de ajuda. Ao contrário de prevenir raiva, por exemplo, ou mal-humor, ele tem sido um meio do crescimento deles; de tal maneira, que nós nem podemos suportar os outros, nem a nós mesmos'.
Isto, muito provavelmente, deva ser o caso. É possível jejuar e orar, de tal maneira, a nos sentirmos piores do que antes; mais infelizes, mais impuros. Ainda assim, a falha não está nos meios, por si só, mas na maneira de usá-los. Utilize-se deles ainda, mas de uma maneira diferente. Faça o que DEUS ordena, da maneira que Ele ordena; e então, sem dúvida, a promessa Dele não falhará: Suas bênçãos não ficarão retidas por mais tempo; mas, quando você jejuar em secreto, 'Ele que está em secreto, irá recompensá-lo abertamente'.
4. 'Mas, não se trata de mera superstição', (então, este tem sido a Quarta objeção) 'imaginar que DEUS leva em consideração, tais pequenas coisas como essas?'. Se você diz que é assim, você condena todas as gerações anteriores dos filhos de DEUS. Mas você poderá dizer que esses eram todos homens fracos e supersticiosos? Você pode tão duramente afirmar isto, ambos de Moisés e Josué; de Samuel e Davi; de Josafá, Esdras, Neemias, e todos os outros profetas? Sim; daquele que está acima de todos eles, -- do próprio Filho de DEUS? O certo é, que nosso Mestre e todos esses seus servos não imaginaram que o jejum fosse uma coisa sem importância, e que Ele, que é o Altíssimo, deu atenção a ele.
Do mesmo julgamento, evidentemente, foram todos os seus Apóstolos, depois que foram 'preenchidos com o ESPÍRITO SANTO, e com sabedoria'. Quando eles tiveram a 'unção do ESPÍRITO de DEUS, os ensinando todas as coisas', eles, ainda assim, confirmaram a si mesmos como Ministros de DEUS, 'através do jejum', tanto quanto, 'através da armadura da retidão, na mão direta e na esquerda'. Depois 'do noivo ter sido levado deles, então, eles jejuaram naqueles dias'. Depois que 'o noivo foi levado deles, então, eles jejuaram naqueles dias'. Nem poderiam tentar alguma coisa (como vimos acima), por meio da qual a glória de DEUS fosse proximamente afligida, tais como enviar trabalhadores para a colheita, sem o jejum solene, assim como a oração.
5. 'Mas se jejuar for, de fato, uma coisa de tão grande importância, e atendeu tais bênçãos, não seria melhor' — dizem alguns, em Quinto lugar, — 'jejuarmos sempre? Não o fazermos, de vez em quando, mas nos mantermos em um jejum continuo? Usarmos de tanta abstinência, todo o tempo, até onde as forças corpóreas suportarem?'. Que ninguém seja desencorajado de fazer isto. De qualquer maneira, faça uso de alimento em pequena quantidade, e modestamente; exercite abnegação nisto, todo o tempo, tanto quanto suas forças corpóreas suportarem. E isto poderá conduzi-lo, pelas bênçãos de DEUS, a diversas das grandes finalidades acima mencionadas. Mas isto não é jejum; não o jejum bíblico; e não foi denominado assim, em toda a Bíblia. Ele, em alguma medida, responde algumas das finalidades; mas ainda assim, se trata de uma outra coisa. Pratique isto, de qualquer forma; mas não de tal maneira a colocar de lado, por meio disto, um mandamento de DEUS, e um meio instituído de prevenir Seus julgamentos, e obter as bênçãos dos Seus filhos!
6. Use continuamente, então, de quanta abstinência você se agradar; que, considerada assim, não é outra coisa do que a temperança cristã; mas essa necessidade, afinal, não interfere com nosso observar os momentos solenes de jejum e oração. Por exemplo: Sua abstinência, ou temperança habitual, não o impediria de jejuar em secreto, se você fosse subitamente afligido por enorme tristeza e remorso, e com medo e desânimo terríveis. Tal situação de mente quase sempre o constrangeria a jejuar; a repugnar seu alimento diário; você dificilmente suportaria, até mesmo tomar tais alimentos necessários para o corpo; até que DEUS 'o erguesse desse buraco horrível, e colocasse seus pés sobre a rocha, e ordenasse suas atividades'. O mesmo poderia ser o caso, se você estivesse em agonia de desejo, veementemente lutando com DEUS pela bênção Dele. Você não precisaria de alguma mais para instruir você a não comer do pão, até que tivesse o seu pedido atendido.
7. Novamente, você esteve alguma vez em Nínive, quando foi proclamado, por toda a cidade: 'Que nem homem, nem besta; rebanho ou manada prove coisa alguma: Que eles não comam ou bebam água, mas permita que clamem imensamente junto a DEUS'; -- o seu jejum contínuo teria sido alguma razão para não fazer parte naquela humilhação geral? Indubitavelmente, não. Você estaria tão preocupado quanto os outros de não provar alimento naquele dia.
Nem a abstinência; nem a observação do jejum contínuo, teria desculpado alguns dos filhos de Israel de jejuar, no décimo dia do sétimo mês, para que não fosse afligido, 'não jejuar, naquele dia, faria com que ele fosse extirpado de entre seu povo'.
Por fim: Você já esteve com os irmãos em Antioquia, no tempo em que eles jejuaram e oraram, antes do envio de Barnabé e Saul; pode você possivelmente imaginar que sua temperança e abstinência teriam sido causa suficiente para não se juntar nisso? Sem dúvida, se você não tivesse feito, você poderia ter sido extirpado da comunidade cristã. Você teria sido, merecidamente, extirpado de entre eles, como que trazendo confusão dentro da Igreja de DEUS.
IV
1. Eu vou, por fim, mostrar de que maneira nós devemos jejuar, para que ele possa ser um serviço aceitável junto ao Senhor.
Primeiro: Que ele seja feito, junto ao Senhor, com nosso olho, isoladamente, fixo Nele. Que nossa intenção nisto seja esta; apenas esta: glorificar nosso Pai que está nos céus; expressar nossa tristeza e vergonha, por nossas muitas transgressões à sua santa lei; esperar pelo crescimento da graça purificadora; conduzir nossas afeições para as coisas do alto; acrescentar seriedade e sinceridade às nossas orações; impedir a ira de DEUS; e obter todas as grandes e preciosas promessas que ele tem feito a nós em JESUS CRISTO.
Que possamos nos precaver de zombar de DEUS, ao fazermos com que nosso jejum, tanto quanto nossas orações, sejam uma abominação a Ele, através da mistura de qualquer visão temporal; particularmente, o louvor de homens. Contra isto, nosso abençoado Senhor mais particularmente nos orienta nas palavras do texto:
'Além do mais, quando jejuares, não sede como os hipócritas' -- Assim eram os muitos que foram chamados de povo de DEUS; 'de semblante triste': amargurado, sensivelmente triste, colocando seus olhares de uma forma peculiar. 'Porque eles desfiguram seus rostos', não apenas, através de distorções artificiais, mas também os cobrindo, com poeira e cinzas; 'para que pareçam aos homens que jejuam'; esta era o principal, se não o único objetivo. 'Verdadeiramente eu digo que eles já receberam as suas recompensas'; até mesmo a admiração e louvor de homens. 'Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava seu rosto; para que não pareças aos homens que jejuam'; que isto não faça parte de tua intenção; se eles souberem disto, sem qualquer desejo de tua parte, não importa, tu não serás o melhor, nem o pior; --'mas junto ao teu Pai que está em secreto: E teu Pai, que está em secreto, os recompensará. (Mateus 6:16-18)
2. Em Segundo Lugar: Mas, se nós desejamos essa recompensa, que possamos nos precaver de fantasiar que merecemos alguma coisa de DEUS, pelo nosso jejum. Nós também não podemos ser frequentemente advertidos disto; visto que está tão profundamente enraizado em todos os nossos corações, como um desejo de 'estabelecer nossa própria retidão', o procurar a salvação de débitos, em vez da salvação da graça. Jejuar é apenas um caminho que DEUS tem ordenado; no qual esperamos por sua imerecida misericórdia; e no qual, ele prometeu nos dar livremente sua bênção, se não houver alguma desistência de nossa parte.
3. Nem devemos imaginar que, executando a mera ação exterior, iremos receber qualquer benção de DEUS. 'Tal jejum que tenho escolhido, disse o Senhor, significa um dia para o homem afligir sua alma? É com o objetivo de baixar sua cabeça como um junco, e espalhar aniagem e cinzas sobre ele?'. São essas ações exteriores, por mais que estritamente executadas, tudo o que Ele quer dizer pelo homem 'afligir sua própria alma?'. – 'Irás tu chamar a isto um jejum, e um dia aceitável para o Senhor?'. Certamente que não: se for apenas um mero serviço exterior, será tudo um trabalho perdido. Tal performance poderá possivelmente afligir o corpo; mas quanto à alma, não terá sido de proveito algum.
4. Sim, o corpo pode algumas vezes ser muito afligido; de maneira a ficar incapacitado para as obras de nosso chamado. Isto também nós, diligentemente, nos guardamos contra; já que devemos preservar a saúde, como um bom dom de DEUS. Portanto, deve-se tomar cuidado, quando quer que jejuemos, de tornar o jejum proporcional às nossas forças. Porque nós não podemos oferecer a DEUS um assassinato como sacrifício, ou destruirmos nossos corpos, para ajudarmos nossas almas.
Mas, nessas épocas solenes, nós podemos, mesmo em grande fraqueza do corpo, evitar o outro extremo, pelo qual DEUS condena aqueles que no passado discutiram com ele por não aceitar seus jejuns. 'Para que temos jejuado, dizem eles, se tu não vês? – Observem, se no dia do jejum de vocês, vocês encontraram prazer, diz o Senhor'. Se nós não podemos nos abster totalmente do alimento, que, pelo menos, nos abstenhamos do alimento prazeroso; e, então, nós não estaremos buscando a face do Senhor, em vão.
5. Que cuidemos de afligir nossas almas, tanto quanto nossos corpos. Que cada ocasião, em jejum público ou privado, seja uma oportunidade de exercitar todas aquelas afeições santas, que estão inseridas, no coração quebrantado, e arrependido. Que seja uma oportunidade do murmurar religioso; da tristeza santa pelo pecado; tal tristeza como aquelas dos Coríntios, concernente ao que o apóstolo diz:
'Agora, me regozijo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados, segundo DEUS; de maneira que por nós tu não padeceste dano em coisa alguma. Porque a tristeza santa' -- a tristeza que é de acordo com DEUS, que é um dom precioso de seu ESPÍRITO, elevando a alma para DEUS de quem ela flui – 'opera arrependimento para a salvação, do qual ninguém se arrepende'. Sim, que nossa tristeza em busca da santidade opere em nós a mesma mudança completa de coração - renovado na imagem de DEUS -, na retidão e santidade verdadeira; e a mesma mudança de vida, até que sejamos santo como Ele é santo; em toda maneira de conversação. Que opere em nós o mesmo esmero, encontrado Nele, sem mancha e sem culpa; a mesma limpeza, em nós mesmos, através de nossas vidas, preferivelmente, do que em palavras; por abstermo-nos da aparência do mal; a mesma indignação e veemente aversão a todo pecado; o mesmo temor de nosso próprio coração enganoso; o mesmo desejo de sermos, em todas as coisas, conformes com a vontade santa e aceitável de DEUS; o mesmo zelo, para o que quer que possa ser um meio para sua glória, e crescimento no conhecimento de nosso Senhor JESUS CRISTO; e o mesmo revanchismo contra Satanás e todas as suas obras; contra toda sujidade da carne e espírito (2 Cor. 7:9 em diante).
6. E ao jejum, que possamos sempre juntar a oração fervorosa, derramando toda nossas almas diante de DEUS; confessando nossos pecados com todos os seus agravantes; humilhando-nos debaixo de sua poderosa mão; colocando diante dele todas as nossas necessidades, todas as nossas culpas e impotência. Esta é uma ocasião para ampliarmos nossas orações, em favor de nós mesmos ou de nossos irmãos. Que possamos agora lamentar os pecados de nosso povo; e clamar alto pela cidade de nosso DEUS; que o Senhor possa edificar Sião, e fazer com que Sua face brilhe sobre suas desolações. Assim, nos podemos observar que os homens de DEUS, nos tempos antigos, sempre juntaram oração e jejum; assim como os Apóstolos, em todas as instâncias acima citadas; e assim nosso Senhor os reuniu no discurso diante de nós.
7. Resta apenas, com o objetivo de observarmos o jejum, como algo aceitável ao Senhor, que acrescentemos os donativos; as obras de misericórdia, em nosso poder, tanto para os corpos, quanto para as almas dos homens: 'De tais sacrifícios' também 'DEUS se agrada. Assim, o anjo declara para Cornélio, jejuando e orando em sua casa: 'Este, fixando os olhos nele, e muito atemorizado disse: Que é, Senhor? e o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de DEUS'. (Atos 10:4 em diante). E isto o próprio DEUS declara expressa e largamente: 'Por ventura, não é este o jejum que eu escolhi? Para que você se livre do vínculo do pecado; para que se desfaça dos fardos pesados; para que permita que o oprimido seja liberto, e para que você quebre todo jugo?'.
Porventura, não é também para que repartas teu pão com o faminto, e para que recolhas em tua casa o pobre que foi expulso? E vendo o nu, o cubras; e não ocultes a ti mesmo de tua própria carne? Então, que a tua luz possa brilhar como a manhã, e tua cura possa brotar rapidamente; e tua retidão possa seguir diante de ti; a glória do Senhor será a tua recompensa. Assim, tu chamarás e o Senhor irá te responder: Tu clamarás, e ele dirá: 'Aqui eu estou'. – Se, 'quando jejuaste, tu abristes a tua alma ao faminto; e satisfizeste a alma aflita; então tua luz se erguerá na obscuridade, e tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor será teu guia continuamente, e satisfará tua alma na estiagem, e fortificará teus ossos: E tu serás como um jardim regado, e como uma fonte de água, cujas águas nunca faltam'. (Isaías 58:6 em diante).

 
Continuação do Sermão da Montanha - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Mateus 6. 5-8
Na oração nos relacionamos mais diretamente com DEUS, do que na boa ação de dar esmolas; portanto, estamos mais preocupados em ser sinceros, que é o nosso foco aqui. “Quando orares” (v. 5). Tem-se como certo que todos os discípulos de CRISTO oram. Podemos observar que Paulo orava desde o início de sua conversão. Se você puder encontrar um homem vivo que não respire, também poderá encontrar um cristão vivo que não ore. Porque todos os que são cristãos oram. Se não há oração, não há graça. “Quando orares, não sejas como os hipócritas”, nem faças o que eles fazem (v. 5). Note que aqueles que não fizerem o que os hipócritas fazem, em seus caminhos e ações, não devem ser como eles em sua disposição e índole. JESUS não cita ninguém, mas em vista de Mateus 23.13, parece que por hipócritas aqui Ele quer dizer especialmente os escribas e fariseus.
Há duas grandes falhas de que os hipócritas eram culpados na oração, e aqui somos advertidos contra cada uma delas – contra a vanglória (vv. 5,6) e as vãs repetições (vv. 7,8).
I
Não devemos ser orgulhosos e vangloriosos na oração, nem procurar obter o louvor dos homens. E aqui observe:
1. Qual era o modo e a prática dos hipócritas. Em todas as suas práticas devocionais, estava claro o que procuravam obter em primeiro lugar: serem estimados pelos seus semelhantes, e assim chamarem a atenção para si mesmos. Mesmo quando pareciam alcançar as alturas em oração (algo que, se for correto, é a elevação da alma em direção a DEUS), seus olhos estavam focados sobre aqueles que seriam a sua presa. Observe:
(1) Quais eram os lugares que eles escolhiam para as suas devoções. Eles oravam nas sinagogas, que eram, na verdade, lugares adequados para a oração em público, mas não para a oração pessoal. Eles procuravam assim honrar o lugar de suas assembleias, mas tinham a intenção de honrar a si mesmos. Eles oravam nas esquinas das ruas, das ruas largas (a palavra significa isso), que eram as mais frequentadas. Eles iam àqueles lugares como se estivessem sob um impulso que não admitia demora, com o objetivo de fazer com que fossem notados. Ali, onde duas ruas se encontravam, eles não só estariam dentro da visão de ambas, mas todo transeunte que se aproximasse deles os observaria, e ouviria o que eles diziam.
(2) A postura que eles usavam na oração. Eles oravam em pé. Esta é uma postura legal e adequada para a oração (Mc 11.25), mas ajoelhar-se é o gesto mais humilde e reverente (Lc 22.41; At 7.60; Ef 3.14). Sua posição de pé parecia indicar orgulho e autoconfiança (Lc 18.11). Os fariseus oravam em pé.
(3) O orgulho dos fariseus ao escolherem estes lugares públicos é expresso em duas coisas: [1] Eles amavam orar ali. Eles não adoravam por amor ao Senhor ou à adoração, mas adoravam quando a oração lhes dava a oportunidade de serem notados. As circunstâncias podem ser tais que as nossas boas ações podem precisar ser feitas abertamente, para que caiam sob a observação dos outros, e sejam estimadas por eles. Mas o pecado e o perigo residem em amarmos e sentimos prazer nisto, porque isto alimenta o nosso orgulho. [2] Eles gostavam de orar nestes lugares para serem vistos pelos homens – não para que DEUS pudesse aceitá-los, mas para que os homens pudessem se admirar deles e aplaudi-los, e para que pudessem facilmente se apoderar dos bens das viúvas e dos órfãos (Quem não confiaria nestes homens devotos e de oração?); e quando os tivessem, poderiam devorá-los sem se tornarem suspeitos (Mt 23.14), e assim efetivamente continuariam com os seus propósitos públicos de escravizar o povo.
(4) O produto de tudo isso. Eles tinham o seu galardão. Eles tinham toda a recompensa que deviam esperar de DEUS pelo seu serviço, e esta era uma pobre recompensa. De que nos aproveita ter a boa palavra dos nossos irmãos, servos de CRISTO, se o nosso Senhor não disser: Bom trabalho? Mas se em uma transação tão grande como esta entre nós e DEUS, quando estamos em oração, podemos levar em consideração quão pobre é o louvor dos homens, esta deve ser toda a nossa recompensa. Eles faziam tudo para serem vistos pelos homens, era assim que se comportavam; e isto lhes fazia muito bem. Note que aqueles que se exaltam a si mesmos diante de DEUS, por causa da aparente integridade em sua religião, levam em consideração o louvor dos homens – não é aos homens que oramos, nem deles esperamos uma resposta; eles não devem ser os nossos juízes, pois são pó e cinza como nós. Portanto, os nossos olhos não devem estar neles – aquilo que se passa entre DEUS e a nossa própria alma deve ficar fora da vista das outras pessoas. Na nossa adoração na sinagoga, devemos evitar tudo o que tenda a tornar a nossa devoção pessoal notável, como aqueles que fazem a sua voz ser ouvida no alto (Is 58.4). Os lugares públicos não são adequados para a oração solene privada.
2. Qual é a vontade de JESUS CRISTO, em oposição a isto. A humildade e a sinceridade são as duas grandes lições que CRISTO nos ensina: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora” (v. 6). A oração pessoal deve ser o dever e a prática de todos os discípulos de CRISTO.
Observe: (1) As instruções aqui dadas sobre a oração.
[1] Em vez de orar nas sinagogas e nas esquinas das ruas, entra no teu quarto, em um lugar de privacidade e retiro. Isaque saiu para o campo (Gn 24.63), CRISTO saiu para um monte, Pedro saiu para um telhado. Nenhum lugar é impróprio para a oração, se atingir a sua finalidade. Note que a oração em secreto deve ser feita em local retirado, para que não sejamos observados, evitando assim a ostentação; para não sermos perturbados, para que assim possamos evitar distração; em silêncio, para que possamos ter maior liberdade. Contudo, se as circunstâncias não forem favoráveis, de forma a evitar sermos notados, não devemos, entretanto, negligenciar o dever, para que a omissão não seja um escândalo maior que a observação da oração por parte de outras pessoas.
[2] Em vez de orar para sermos vistos pelos homens, devemos orar ao nosso Pai que está em secreto: “Jejuastes vós para mim, mesmo para mim?” (Zc 7.5,6). Os fariseus oravam mais para os homens do que para DEUS; fosse qual fosse a forma da oração que fizessem, o objetivo era atrair o aplauso dos homens, e obter o favor deles. “Ore a DEUS, e que isto seja suficiente para você. Ore a Ele como quem se dirige ao seu pai, considerando-o o seu Pai, que está pronto para ouvir e responder, bondosamente inclinado a ter compaixão de você, ajudando-lhe e socorrendo-lhe. Ore ao seu Pai que está em oculto”. Note que, na oração em secreto, devemos nos lembrar que DEUS é aquele que está presente em todos os lugares, ao mesmo tempo. Ele estará ali em teu quarto quando ninguém mais estiver lá; ali, especialmente perto de ti, para atender ao teu clamor. Com uma oração em secreto, damos a DEUS a glória de sua presença universal (At 17.24), e recebemos o conforto que ela nos traz.
(2) Os encorajamentos que aqui nos são dados em relação à oração.
[1] Teu Pai vê em oculto; o seu olho estará sobre ti para te aceitar, quando o olho de homem algum estiver sobre ti para te aplaudir. “Te vi eu estando tu debaixo da figueira”, disse CRISTO a Natanael (Jo 1.48). Ele viu Paulo em oração na rua chamada Direita, em uma casa (At 9.11). Não há um segredo, uma palavra, que chegue inesperadamente a DEUS, porque Ele observa tudo e conhece todas as coisas antecipadamente.
[2] Ele te recompensará abertamente. Os hipócritas recebem o seu galardão abertamente, mas você não perderá o seu por fazer boas obras em secreto. A recompensa é chamada de galardão, mas ela vem da graça, não da dívida. Pois que mérito pode haver em pedir? O galardão será revelado; não só o teremos, mas o teremos honrosamente. O galardão revelado é aquele que os hipócritas gostam, mas não têm paciência para esperar por ele; este galardão é aquele pelo qual os sinceros morrem, e o terão no alto. Às vezes, as orações secretas são recompensadas abertamente neste mundo, através de respostas que vêm na forma de sinais que manifestam – nas consciências dos adversários – o povo de oração que pertence a DEUS. Porém, no grande dia, haverá um galardão revelado, quando todas as pessoas de oração aparecerão em glória com o grande Intercessor. Os fariseus receberam a sua recompensa diante de toda a cidade, e esta era um mero lampejo e sombra; os verdadeiros cristãos receberão a sua recompensa diante de todo o mundo, dos anjos e dos homens, e esta será um peso de glória.
II
Não devemos usar vãs repetições na oração (vv. 7,8). Embora a vida de oração resida em elevar a alma e derramar o coração diante de DEUS, há algum interesse nas palavras que são empregadas na oração, especialmente na oração conjunta; assim, as palavras são necessárias, e parece que o nosso Salvador fala aqui especialmente disto, porque antes Ele disse: “quando orares”, aqui Ele diz: “orando”; e a oração do Senhor (o Pai nosso), que se segue, é uma oração conjunta. Por esta razão, aqui há uma advertência para que as palavras proferidas não tenham a intenção de impressionar a outros – não use vãs repetições, quer você esteja sozinho ou com outras pessoas. Os fariseus gostavam muito disso; eles faziam longas orações (Mt 23.14). Tudo o que lhes importava era fazer longas orações. Agora observe:
1. Que a falha é aqui reprovada e condenada. O culto da língua será apenas uma mera expressão verbal do dever de orar, quando não for a expressão do culto da alma. Isto é expressado aqui por duas palavras, battologia, polylogia. (1) Vãs repetições: tautologia, batologia, balbuciamento ocioso das mesmas palavras, repetidas vezes, sem nenhum propósito, como aquela imitação das palavras de um tolo (Ec 10.14): “Bem que o tolo multiplique as palavras, não sabe o homem o que será; e quem lhe fará saber o que será depois dele?” Isto é indecente e nauseante em qualquer discurso, muito mais se a pessoa estiver falando com DEUS. Não é toda repetição na oração que é condenada aqui, mas as vãs repetições. O próprio Senhor JESUS CRISTO orou, dizendo as mesmas palavras (Mt 26.44), em meio a um fervor e zelo que eram bem mais do que comuns (Lc 22.44). Daniel também agiu assim (9.18,19). E há uma repetição muito elegante dessas palavras (Sl 136). Este tipo de oração pode ser usado tanto para expressar os nossos próprios sentimentos, como para estimular os sentimentos dos outros. Mas o ensaio supersticioso de uma série de palavras, sem levar em consideração o sentido delas (como os romanistas, proferindo através das “contas” do rosário, muitas ave-marias e pais-nossos; ou as repetições inúteis e secas onde se dizem as mesmas coisas diversas vezes, meramente para memorizar a oração até certo ponto, e para mostrar algum sentimento, quando na verdade não há nenhum) são as vãs repetições aqui condenadas. Quando temos a disposição de dizer muitas coisas de bom grado, mas não dizemos palavras proveitosas, estamos desagradando a DEUS e a todos os homens sábios. (2) Falar muito: uma afetação de prolixidade na oração, ou orgulho, ou superstição, ou mera loucura, ou impertinência, ou uma opinião de que DEUS precisa ser informado, ou ainda de que precisamos argumentar com Ele, porque os homens adoram ouvir a si mesmos falando. Nem todas as orações longas são proibidas; CRISTO orou durante uma noite inteira (Lc 6.12). A oração de Salomão era longa. Às vezes, há necessidade de longas orações, quando as nossas mensagens e os nossos sentimentos são extraordinários; mas quando prolongamos a oração meramente com a intenção de torná-la mais agradável ou mais eficaz com DEUS, esta prática se torna condenável. É bom ressaltar que não é o orar muito que é condenado; não. Somos exortados a orar sempre, mas não a falar muito. O perigo desse erro reside em recitarmos as nossas orações, e não realmente orarmos. Esta precaução é explicada por Salomão (Ec 5.2); “as tuas palavras sejam poucas”, sensatas e bem pesadas; “tome palavras” (Os 14.2), “selecione as palavras” (Jó 9.14), e não diga tudo o que lhe vier à mente.
2. Que motivos são dados contra as vãs repetições e o muito falar.
(1) Esta é a maneira utilizada pelos gentios – e os cristãos não devem adorar o seu DEUS como os gentios adoram os seus. Os gentios eram ensinados pela luz da natureza a adorar a DEUS; mas tornaram-se vãos em suas imaginações com respeito ao objeto de sua adoração. Não é de admirar que eles se preocupassem tanto com a maneira da adoração, particularmente neste caso, pensando em DEUS como alguém semelhante a si mesmos. Eles achavam que precisavam de muitas palavras para fazer DEUS entender o que lhe era dito, ou para fazê-lo concordar com os seus pedidos; como se Ele fosse fraco e ignorante, ou ainda relutante a aceitar uma súplica. Desse modo, os sacerdotes de Baal se esforçaram muito desde a manhã até ao meio-dia com as suas vãs repetições: “Ah! Baal, responde-nos!, Ah! Baal, responde-nos!” Entretanto, suas petições foram em vão; mas Elias, em uma estrutura grave e composta, com uma oração muito concisa, triunfou primeiro pela água, e então pelo fogo vindo do céu (1 Rs 18.26,36). O serviço de lábios em oração, mesmo que seja bem trabalhado, se for somente isso, será apenas um trabalho perdido.
(2) “Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes”, portanto, não há motivo para tal abundância de palavras. Isto não significa, entretanto, que não precisemos orar; porque DEUS requer que através da oração expressemos a necessidade e a dependência que temos dele, e que desfrutemos das suas promessas. Portanto, temos de fazer as nossas petições e abrir o nosso coração diante dele, deixando tudo em suas mãos. Considere: [1] O DEUS a quem oramos é o nosso Pai, pela criação e pela aliança; portanto, as nossas súplicas a Ele devem ser tranquilas, naturais e sem afetações. As crianças não costumam fazer longos discursos aos seus pais quando querem alguma coisa; basta dizer-lhes: Papai, preciso disto. Ou: Mamãe, preciso disto. Devemos nos achegar a DEUS com a disposição de crianças, com amor, reverência e dependência. Os filhos não precisam dizer muitas palavras; eles podem ser diretos, pronunciando as palavras que lhes são ensinadas pelo ESPÍRITO de adoção, dizendo Aba, Pai. [2] Ele é um Pai que conhece as nossas petições, e sabe o que queremos melhor que nós mesmos. Ele sabe das coisas que precisamos; seus olhos passam por toda a terra, para observar as necessidades do seu povo (2 Cr 16.9), e Ele frequentemente dá antes de lhe pedirmos (Is 65.24), e mais do que pedimos (Ef 3.20). E se Ele não nos der aquilo que pedimos, é porque Ele sabe que não precisamos daquilo, ou que não nos fará bem; o Senhor sempre foi e sempre será mais capacitado para nos julgar do que nós mesmos. Não precisamos tomar muito tempo, nem usar muitas palavras ao apresentar a nossa petição a DEUS. Ele sabe mais do que somos capazes de lhe dizer; a única diferença é que, quando oramos, Ele nos ouve falar das nossas necessidades (“O que quereis que vos faça?”). Quando lhe dissermos do que precisamos, devemos nos dirigir a Ele: “Senhor, diante de ti está todo o meu desejo” (Sl 38.9). DEUS está muito distante de se deixar influenciar pela extensão ou pela linguagem que empregamos nas nossas orações – as intercessões mais poderosas são aquelas que são feitas com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Não devemos dizer ao Senhor o que Ele deve fazer por nós; devemos confiar nele em todo o tempo e em todas as situações, sabendo que Ele sempre fará o melhor. Sujeitemo-nos, pois, ao Senhor e à sua vontade.
Continuação do Sermão da Montanha
Mateus 6. 9-15
Quando CRISTO condenou o que era errado, Ele os instruiu a fazer o melhor; as suas instruções foram de reprovação. Devido ao fato de não sabermos pelo que orar como deveríamos, Ele aqui nos ajuda em nossas deficiências, colocando palavras em nossos lábios: “Portanto, vós orareis assim” (v. 9). Tantas foram as adulterações que se infiltraram no dever da oração entre os judeus, que CRISTO achou necessário dar novas instruções para a oração, com o objetivo de mostrar aos seus discípulos qual deve ser, pela ordem, o assunto e o método de sua oração, e assim Ele apresenta estas instruções em palavras que devem ser usadas como um padrão; como o resumo ou conteúdo de várias particularidades das nossas orações. Isto não significa que estejamos presos somente ao uso desse formato, como se este fosse necessário para a consagração das nossas orações diárias. Aqui somos instruídos a orar dessa maneira, utilizando ou não essas mesmas palavras, porém devemos manter o sentido das palavras que nos foram ensinadas pelo Senhor. A oração encontrada no Evangelho de Lucas difere dessa; percebemos que ela não foi tão utilizada pelos apóstolos. Não somos ensinados aqui a orar em nome de CRISTO, como acontece posteriormente. Somos ensinados a orar para que o Reino venha a nós como veio quando o ESPÍRITO foi derramado. Contudo, sem dúvida, é muito bom usá-la como um padrão, e ela é uma garantia da comunhão dos santos, tendo sido usada pela igreja em todas as épocas, pelo menos (diz o Dr. Whitby) a partir do século III. Esta é a oração do nosso Senhor, foi Ele quem a compôs, Ele mesmo escolheu o seu sentido e as suas palavras; ela é muito sucinta, embora seja, sem dúvida, muito abrangente, repleta de compaixão pelas deficiências que temos em nossas orações. O assunto é seleto e necessário, o método é instrutivo, e a expressão muito concisa. Ela possui muito em poucas palavras, e requer que estejamos familiarizados com o seu sentido e significado, pois é usada de forma aceitável, como também com entendimento e sem vãs repetições.
A oração do Senhor (como toda oração), é uma carta enviada da terra ao céu. Nela consta a inscrição da carta; a pessoa a quem ela é dirigida, o nosso Pai; o endereço do destinatário, o céu; o seu conteúdo em várias mensagens que são petições; a conclusão, “pois teu é o Reino”; e o selo, o Amém. E se você também quiser a data, é hoje.
Assim vemos claramente que há três partes na oração.
I
O prefácio: “Pai nosso, que estás nos céus”. Antes de tratarmos do nosso assunto, deve haver uma apresentação solene a DEUS, que é a pessoa a quem vamos nos dirigir. Ele é o nosso Pai, e isto sugere que devemos orar, não apenas sozinhos e por nós mesmos, mas com os outros e pelos outros; porque somos membros uns dos outros, e somos chamados para a comunhão uns com os outros. Somos aqui ensinados sobre a quem devemos orar: somente a DEUS, e não aos santos ou aos anjos, pois eles não nos conhecem, não devem receber a honra elevada que damos na oração, e não podem conceder os favores que esperamos. Somos ensinados sobre como devemos nos dirigir a DEUS, e que título podemos lhe atribuir. Ele é bom e magnífico, porém devemos nos lembrar de que é a sua bondade que faz com que possamos nos aproximar do trono da sua graça com ousadia.
1. Devemos nos dirigir a DEUS como o nosso Pai, e devemos chamá-lo assim. Ele é o Pai de toda a humanidade, pela criação (Ml 2.10; At 17.28). Ele é o Pai, de um modo especial para os santos, pela adoção e pela regeneração (Ef 1.5; Gl 4.6); e este é um privilégio indescritível. Portanto, devemos olhar para Ele em oração, mantendo sempre bons pensamentos a respeito dele. Como é encorajador, e não assustador, chamar a DEUS de Pai; não há nada mais agradável a DEUS, nem a nós mesmos, do que isto. Na maior parte de suas orações, CRISTO chamou a DEUS de Pai. Se Ele é o nosso Pai, Ele se compadecerá de nós devido às nossas fraquezas e enfermidades (Sl 103.13), nos poupará (Ml 3.17), fará o melhor do nosso desempenho. E embora sejamos muito defeituosos, o Senhor precioso não nos negará bem algum (Lc 11.11-13). Nós temos acesso a Ele com ousadia, como a um pai, e temos um advogado junto ao Pai, além do ESPÍRITO de adoção. Quando nos chegamos a DEUS, arrependidos dos nossos pecados, devemos ver a DEUS como um Pai, como fez o filho pródigo (Lc 15.18; Jr 3.19). Quando nos chegamos pedindo graça, paz, a herança e a bênção dos filhos, sentimo-nos incentivados a nos chegarmos a DEUS não como se fôssemos a um Juiz irreconciliável e vingativo, mas como a um Pai amoroso, bondoso e reconciliado através do sacrifício do Bendito Salvador, JESUS CRISTO (Jr 3.4).
2. Devemos nos dirigir a DEUS como o nosso Pai que está nos céus: tanto no céu como em qualquer outro lugar, pois o céu não pode contê-lo; assim no céu como em outros locais para manifestar a sua glória, porque é o seu trono (Sl 103.19), e este é para os crentes um trono de graça – para lá devemos dirigir as nossas orações, porque CRISTO, o Mediador, está agora no céu (Hb 8.1). O céu está fora de vista; é um mundo de espíritos. Portanto, a nossa conversa com DEUS em oração deve ser espiritual. O céu está no alto; portanto, na oração, devemos ser erguidos acima do mundo, elevando os nossos corações (Sl 5.1). O céu é um lugar de pureza perfeita, e assim devemos levantar mãos puras, devemos estudar maneiras de santificar o seu Nome (que é o mais SANTO de todos), do Senhor que habita naquele lugar santo (Lv 10.3). Do céu, DEUS vê os filhos dos homens (Sl 33.13,14). Em oração, devemos ver os seus olhos sobre nós, pois Ele tem uma visão completa e clara de tudo o que queremos e de todos os nossos fardos e desejos, e também de todas as nossas enfermidades. O céu é o firmamento do seu poder, o contexto em que o Senhor vive (Sl 150.1). Ele, não só como um Pai, é capaz de nos ajudar, de fazer grandes coisas por nós, mais do que podemos pedir ou pensar; Ele possui recursos para suprir as nossas necessidades, porque toda boa dádiva vem do alto. Ele é o nosso Pai, e assim podemos nos aproximar dele com ousadia; mas Ele é o nosso Pai celestial, e, portanto, devemos nos aproximar dele com reverência (Ec 5.2). Assim sendo, todas as nossas orações devem corresponder ao nosso grande objetivo como cristãos: estar com DEUS no céu. Este é o fim de tudo aquilo que ansiosamente aguardamos, e deve ser particularmente observado em cada oração. Esta é a direção à qual todos nós tendemos. Através das nossas orações, nos transportamos para a presença do Senhor, o local para onde professamos estar indo.
II
As petições – são seis. As três primeiras dizem respeito mais diretamente a DEUS e à sua honra, e as três últimas às nossas preocupações, tanto temporais como espirituais. Como nos dez mandamentos, em que os quatro primeiros nos ensinam o nosso dever em relação a DEUS, e os seis últimos os nossos deveres em relação ao nosso próximo. O método dessa oração nos ensina a buscar primeiro o Reino de DEUS e a sua justiça, e então esperar que todas as outras coisas nos sejam acrescentadas.
1. “Santificado seja o teu nome”. Esta palavra é, em outras passagens, traduzida com o mesmo termo. As pessoas se acostumaram com o termo “santificado” devido a esta oração. Nestas palavras: (1) Glorificamos a DEUS. Esta expressão pode ser tomada não como uma petição, mas como uma adoração; nela o Senhor é exaltado, ou glorificado, pois a santidade de DEUS é a grandeza e a glória de todas as suas perfeições. Devemos começar as nossas orações louvando a DEUS, e é muito adequado que Ele deva ser servido primeiro, e que devamos dar glória a DEUS, antes de esperarmos receber dele misericórdia e graça. Vamos oferecer a Ele o louvor que lhe é devido por causa de sua perfeição, e então receberemos os benefícios dela. (2) Nós fixamos o nosso objetivo, e o objetivo certo que devemos almejar é que DEUS possa ser glorificado; este deve ser o nosso objetivo em todas as nossas petições, assim como a finalidade principal e definitiva em cada uma delas. Todos os nossos demais pedidos devem estar sujeitos a isso, e voltados à busca disso. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas...” Uma vez que tudo é dele e vem através dele, tudo deve ser para Ele e por Ele. Na oração, os nossos pensamentos e sentimentos devem ser executados principalmente para a glória de DEUS. Os fariseus faziam de seu próprio nome o principal objetivo de suas orações (v. 5, “serem vistos pelos homens”), em oposição ao que somos dirigidos a fazer: fazer da glorificação ao nome de DEUS o nosso objetivo principal. Todas as nossas petições devem ser centradas e reguladas por esse objetivo. “Faça assim por mim, para a glória do teu nome, e até que o teu nome seja glorificado”. (3) Desejamos e oramos pedindo que o nome de DEUS, isto é, o próprio DEUS, em tudo pelo que se fez conhecido, possa ser santificado e glorificado tanto por nós como pelos outros, e especialmente por si mesmo. “Pai, que o teu nome seja glorificado como um Pai, e um Pai no céu; sejam reconhecidas a tua bondade e a tua sublimidade, a tua majestade e misericórdia. Que o teu nome seja santificado, pois é um nome santo. Não importa o que aconteça com os nossos nomes impuros; mas, Senhor, o que farás pelo teu grande nome?” Quando oramos para que o nome de DEUS possa ser glorificado: [1] Fazemos da necessidade uma virtude; pois DEUS santificará o seu próprio nome, quer os homens desejem isso ou não: “Serei exaltado entre as nações” (Sl 46.10). [2] Pedimos aquilo que temos certeza que será concedido. Quando o nosso Salvador orou: “Pai, glorifica o teu nome”, a resposta foi imediata: “Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei”.
2. “Venha o teu Reino”. Este pedido tem claramente uma referência à doutrina que CRISTO pregou nesta época, e que João Batista havia pregado anteriormente. Mais tarde, João enviou os seus discípulos para pregarem que o Reino dos céus estava às portas. O reino de seu Pai que está nos céus, o reino do Messias, está às portas; e devemos orar para que ele venha. Note que devemos transformar a palavra que ouvimos em oração, e os nossos corações devem ecoá-la. CRISTO promete: “Certamente cedo venho.” Sim. Então os nossos corações devem responder: “Sim, Senhor, venha!” Os ministros devem orar sobre a palavra: quando eles pregam que o Reino de DEUS está às portas, eles devem orar, dizendo: “Pai, venha o teu reino”. Devemos orar pelo que DEUS prometeu, pois as promessas foram feitas não para substituir, mas para agilizar e encorajar a oração; e quando o cumprimento de uma promessa estiver próximo e às portas, quando o Reino dos céus estiver prestes a vir, deveremos então orar por esta bênção mais veementemente: “Venha o teu reino”. Devemos agir como Daniel, que dirigiu o seu rosto ao Senhor para orar pela libertação de Israel quando entendeu que o tempo desse acontecimento estava às portas (Dn 9.2. Veja Lc 19.11). Assim era a oração diária dos judeus a DEUS: “Que DEUS implante o seu reino, que a sua redenção floresça, e que o Messias venha e livre o seu povo”. Diz o Dr. Whitby: “Que o teu reino venha, que o Evangelho seja pregado a todos e abraçado por todos; que todos sejam trazidos ao conhecimento do registro que DEUS deu em sua palavra, a respeito de seu Filho, e o abracem como o seu Salvador e Soberano. Que os limites da igreja evangélica sejam ampliados, que o reino do mundo passe a ser o reino de CRISTO, e todos os homens se tornem sujeitos a Ele, e vivam como seus súditos”.
3. “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu”. Oramos para que, tendo o reino de DEUS chegado, nós e os outros possamos ser trazidos para a obediência a todas as suas leis e ordenanças. Desejamos que o reino de CRISTO venha, que a vontade de DEUS seja feita; e com isso, que Ele venha como o reino do céus, que Ele apresente um céu na terra. Fazemos de CRISTO apenas um Príncipe, se o chamamos de Rei e não fazemos a sua vontade. Entretanto, quando oramos para que Ele nos governe, pedimos para ser governados por Ele em tudo. Observe: (1) Pelo que oramos: “Seja feita a tua vontade”. “Senhor, faça comigo e com o que tenho o que bem quiseres (1 Sm 3.18). Eu me sujeito a ti, e estou bem satisfeito pelo fato de todo o teu conselho a meu respeito ser executado”. Neste sentido, CRISTO orou: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”. “Capacita-me a fazer o que agrada a ti; dá-me a graça que é necessária para o conhecimento correto da tua vontade, e uma obediência que seja aceitável. Que a tua vontade seja feita conscienciosamente por mim e pelos outros, não a nossa própria vontade, a vontade da carne, ou da mente, não a vontade dos homens (1 Pe 4.2), muito menos a vontade de Satanás (Jo 8.44); que não desagrademos a DEUS em nada que fizermos, nem sejamos desagradados em nada que tu faças”. (2) O padrão: que o padrão de DEUS possa ser seguido na terra, neste lugar da nossa tribulação e provação (onde o nosso trabalho deve ser feito, ou nunca será feito), como é feito no céu, aquele lugar de descanso e alegria. Oramos para que a terra possa se tornar cada vez mais como o céu, através da observância da vontade de DEUS (esta terra, que, através da prevalência da vontade de Satanás, se tornou tão semelhante ao inferno), e que os santos possam se tornar mais como os santos anjos em sua devoção e obediência. Estamos na terra, bendito seja DEUS, mas não debaixo da terra; oramos somente pelos vivos, não pelos mortos que desceram para o silêncio.
4. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Devido ao fato de nosso ser natural ser necessário para o nosso bem-estar espiritual neste mundo, depois das coisas da glória, do reino e da vontade de DEUS, oramos pelos suprimentos e confortos necessários nesta vida presente, que são as dádivas de DEUS, e que devemos pedir a Ele. Pão para o dia que se aproxima, e também para toda a nossa vida. Pão para o tempo por vir, ou pão para a nossa existência e subsistência, o que está de acordo com a nossa condição no mundo (Pv 30.8). Um alimento conveniente para nós e nossas famílias, de acordo com a nossa classe ou posição social.
Cada palavra aqui possui uma lição: (1) Pedimos pão. Isto nos ensina a sobriedade e a temperança. Pedimos pão, e não guloseimas. Não estamos pedindo algo supérfluo, mas aquilo que é saudável, mesmo que não seja agradável. (2) Pedimos o nosso pão. Isto nos ensina honestidade e esforço. Não pedimos o pão da boca das outras pessoas, não o pão da mentira (Pv 20.17), não o pão da preguiça (Pv 31.27), mas o pão conquistado honestamente. (3) Pedimos o nosso pão de cada dia. Isto nos ensina a não nos preocuparmos excessivamente pelo dia seguinte (v. 34), mas dependermos constantemente da Providência divina, como aqueles que vivem com poucos recursos disponíveis. (4) Rogamos a DEUS que nos dê o pão, não que nos venda, nem que nos empreste, mas que nos dê. Até mesmo o maior dos homens precisa ser contemplado pela misericórdia de DEUS no que diz respeito ao seu pão de cada dia. (5) Oramos: “Nos dê o pão, não só a mim, mas aos outros que o compartilharão comigo.” Isto nos ensina a caridade, e uma preocupação compassiva pelos pobres e necessitados. Também sugere que devemos orar com as nossas famílias; nós e aqueles que fazem parte da nossa casa comemos juntos, e, portanto, devemos orar juntos. (6) Oramos para que DEUS nos dê o pão neste dia. Isto nos ensina a renovar o desejo das nossas almas em relação a DEUS, assim como os desejos dos nossos corpos são renovados. Tão certo como vem o dia, devemos orar ao nosso Pai celestial, entendendo que não poderíamos passar o dia sem oração, assim como não podemos passar o dia sem os alimentos.
5. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Este versículo está ligado ao anterior. As palavras “perdoa-nos” sugerem que a menos que os nossos pecados sejam perdoados, não podemos ter conforto na vida ou o sustento dela. Se os nossos pecados não forem perdoados, o nosso pão de cada dia apenas nos alimentará como cordeiros que estão destinados ao matadouro. Isto sugere que devemos orar pelo perdão de cada dia do mesmo modo que oramos pelo pão de cada dia. Aquele que está lavado, necessita lavar os pés. Aqui temos:
(1) Um pedido: “Pai... que estás nos céus,(...) perdoa-nos as nossas dívidas”, as nossas dívidas para contigo. Note: [1] Os nossos pecados são as nossas dívidas; há uma dívida, que, como criaturas, devemos ao nosso Criador. Não oramos para ser dispensados disso [das nossas dívidas], mas ao não pagarmos a dívida, surge então uma dívida que implica em punição. Na falta de obediência à vontade de DEUS, nos tornamos ofensivos para a ira de DEUS; e por não obedecermos ao preceito da lei, somos obrigados a sofrer a pena. Um devedor arca com as despesas do processo, e nós também. Um criminoso é um devedor da lei, e nós também. [2] O nosso desejo e a oração do nosso coração ao Pai celestial todos os dias devem ser no sentido de que Ele perdoe as nossas dívidas; que a obrigação à punição possa ser cancelada e anulada, que não entremos em condenação; que possamos ser dispensados, e ter o consolo. Ao solicitarmos o perdão dos nossos pecados, o grande ponto em que devemos confiar é a satisfação da justiça de DEUS, que foi feita a favor do pecado do homem através da morte do Senhor JESUS CRISTO. Ele é a nossa certeza, ou, antes, o nosso Fiador, aquele que assegurou a nossa justificação.
(2) Um argumento para reforçar este pedido: “Como nós perdoamos aos nossos devedores”. Este não é um pedido de mérito, mas um pedido de graça. Note que aqueles que se chegam a DEUS através do perdão de seus pecados contra Ele, devem perdoar aqueles que os ofenderam, caso contrário estarão retendo o próprio perdão que os beneficiaria quando oram o “pai-nosso”. Temos o dever de perdoar os nossos devedores. Quanto às dívidas financeiras, não devemos ser rigorosos e severos ao exigir o pagamento por parte daqueles que não podem nos pagar sem arruinar a si mesmos e suas famílias. Mas aqui o texto se refere a uma dívida de injúria; os nossos devedores são aqueles que cometem transgressões contra nós, que nos atacam (Mt 5.39,40), e na rigidez da lei, poderiam ser processados por isso. Devemos relevar, perdoar, e esquecer as afrontas que nos são feitas, e as coisas erradas que alguém fez contra nós; e esta é uma qualificação moral para o perdão e a paz. Isto nos encoraja a ter a esperança de que DEUS irá nos perdoar; porque se houver em nós esta disposição misericordiosa, ela será a operação de DEUS em nossa vida, e assim será uma perfeição eminente e transcendental em si – será para nós uma evidência de que Ele nos perdoou, tendo operado em nós a condição do perdão.
6. “E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal”. Este pedido é expressado:
(1) Negativamente: “Não nos induzas à tentação”. Tendo orado para que a culpa do pecado possa ser removida, oramos, como é adequado, para que jamais possamos voltar novamente à loucura, que não sejamos tentados a isso. Não é como se DEUS tentasse alguém a pecar; mas: “Senhor, não permita que Satanás permaneça solto sobre nós; acorrente este leão rugidor, pois ele é sutil e malévolo. Senhor, não nos deixe sozinhos (Sl 19.13), pois somos muito fracos. Senhor, não coloque pedras de tropeço e laços diante de nós, nem nos coloque em circunstâncias que possam ser uma ocasião de queda”. Devemos orar contra as tentações, tanto por causa do desconforto como do transtorno causados por elas. E também por causa do perigo que corremos de ser vencidos por elas, sofrendo a culpa e a dor que então se seguem.
(2) Positivamente: “Mas livra-nos do mal”; do maligno, do diabo, do tentador. “Nos guarde de ser atacados por ele, ou de que sejamos vencidos por estes ataques”. Livra-nos da coisa maligna, do pecado, o pior dos males; um mal, um único mal; aquela coisa maligna que DEUS odeia, e para a qual Satanás tenta os homens, e por ela os destrói. “Senhor, livra-nos do mal do mundo, da corrupção que está no mundo através da concupiscência; da iniquidade de toda condição no mundo; do mal da morte; do aguilhão da morte, que é o pecado; livra-nos de nós mesmos, dos nossos próprios corações maus; livra-nos dos homens maus, para que eles não sejam um laço para nós, e nem nós uma presa para eles”.
III
Conclusão: “Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!” Alguns relacionam este trecho com a doxologia de Davi (1 Cr 29.11). “Tua é, Senhor, a magnificência”.
1. Esta conclusão é uma forma de apelo para reforçar as petições anteriores. É nosso dever pleitear com DEUS em oração, encher a nossa boca com argumentos (Jó 23.4), não para mover a DEUS, mas para tocar a nós mesmos; para encorajar a fé, para estimular o nosso fervor, e para evidenciar ambos. Os melhores pedidos em oração são aqueles que são conquistados em luta com DEUS, e daquilo que Ele revelou a respeito de si mesmo. Devemos lutar com DEUS em oração através da força que Ele mesmo nos concede, expressando tanto a natureza como a urgência dos nossos pedidos. Aqui o pedido tem uma referência especial às três primeiras petições: “Pai nosso, que estás nos céus, (...) venha o teu Reino, (...) porque teu é o Reino. Seja feita a tua vontade, (...) porque teu é o poder. Santificado seja o teu nome, (...) e a glória”. E quanto à nossa situação particular, estas palavras são animadoras: “Teu é o Reino; tu tens o governo do mundo, e proteges os santos; a tua vontade é feita neste mundo”. DEUS dá bênçãos e salva como um rei. “Teu é o poder, para manter e sustentar este Reino, e tornar todas as tuas ações proveitosas para o teu povo”. “Tua é a glória, como o fim de tudo o que é dado e feito aos santos, em resposta às suas orações; porque o louvor deles te aguarda”. Esta é uma questão de conforto e santa confiança na oração.
2. É uma forma de louvor e ação de graças. A melhor coisa na súplica a DEUS é louvá-lo; este é o modo de obter mais misericórdia, pois esta atitude nos qualifica para recebê-la. Todas as vezes que nos dirigimos a DEUS, é adequado que o louvor seja uma parte considerável da nossa oração, porque louvar é uma tarefa dos santos; pertencemos a DEUS pelo seu nome, e pelo louvor que lhe oferecemos. Isto é justo; louvamos a DEUS, e lhe damos glória, não por que Ele necessite disso, mas porque Ele o merece. Ele é louvado por um mundo de anjos, e é o nosso dever dar-lhe glória, de acordo com o seu intento de se revelar a nós. O louvor é a obra e a felicidade do céu; e todos aqueles que irão para o céu no futuro, devem começar a se conscientizar sobre o céu agora. Observe como esta doxologia é completa: O Reino, o poder, e a glória, tudo é “teu”. Note que nos convém ser abundantes ao louvar a DEUS. Um verdadeiro santo nunca pensa que pode honrar a DEUS o suficiente através de suas palavras de louvor e adoração: aqui deve haver uma fluência misericordiosa, e esta situação deve durar para sempre. Atribuir glória a DEUS para sempre sugere um reconhecimento, que é eternamente devido, e um desejo profundo de glorificar ao Senhor eternamente, com os anjos e santos que vivem na presença de nosso Pai celestial (Sl 71.14).
Por fim, a tudo isso somos ensinados a juntar o nosso amém, “que assim seja”. O amém de DEUS é uma dádiva; a sua confirmação significa “assim seja”. O nosso amém é apenas um desejo resumido; a nossa confirmação é que assim seja: é o penhor do nosso desejo e a garantia de sermos ouvidos – é por isso que dizemos “amém”. O amém se refere a toda petição feita antes de pronunciarmos esta palavra. Portanto, em compaixão para com as nossas debilidades, somos ensinados a resumir tudo em uma palavra, juntando, de forma geral, o que por acaso não tenhamos pedido, por termos nos enveredado em particularidades. É bom concluirmos as nossas atividades religiosas com calor e vigor, para que possamos sentir um doce paladar em nosso espírito. Sempre foi um hábito dos bons cristãos dizerem amém, de forma audível, no final de cada oração, e esta ainda é uma prática recomendável, contanto que seja feita com entendimento, como o apóstolo Paulo nos orienta (1 Co 14.16), e com sinceridade, com vida e energia, e com expressões interiores que possam ser uma resposta a esta expressão exterior de desejo e confiança.
A maior parte das petições encontradas na oração do “pai-nosso” era comumente usada pelos judeus em suas devoções, como também palavras com um efeito semelhante; mas esta frase na quinta petição, “como nós perdoamos aos nossos devedores”, era perfeitamente nova, e, portanto, o nosso Salvador aqui mostra por qual motivo Ele a acrescentou, sem qualquer reflexão pessoal sobre a irritação, litígio e a má natureza dos homens daquela geração – embora houvesse uma causa suficiente para isso – mas que só se estendia à necessidade e importância da própria causa. DEUS, ao nos perdoar, leva em consideração a nossa atitude de perdoarmos aqueles que nos feriram; portanto, quando oramos por perdão, devemos mencionar que temos consciência deste dever; esta atitude nos lembra do nosso dever, e nos liga a ele. Veja a parábola em Mateus 18.23-35. A natureza egoísta é pouco inclinada a concordar com isso. Por esta razão, ela é confrontada por este texto (vv. 14,15).
1. Em uma promessa. Se perdoardes, o vosso Pai celestial também vos perdoará. Não como se esta fosse a única condição exigida; deve haver arrependimento e fé, e uma nova obediência; mas onde outras graças são verdadeiras, haverá isto, de forma que esta será uma boa evidência da sinceridade das nossas outras graças. Aquele que se compadece do seu irmão, mostra que se arrepende diante de DEUS. Aqueles que na oração são chamados de devedores, aqui são chamados de transgressores – dívidas de injúria, coisas erradas que são contra nós em nossos corpos, bens ou reputação: transgressões é um termo extenuante para ofensas, paraptomata – tropeços, deslizes, quedas. Note que é uma boa evidência, e uma boa ajuda perdoarmos aos outros; chamarmos as injúrias que nos são feitas por um nome suavizador e perdoador. Não chame as ofensas que lhe são feitas de traições, mas de transgressões; não de injúrias intencionais, mas de inadvertências casuais. Pode ser que tal ofensa tenha sido um erro (Gn 43.12), portanto faça o melhor. Devemos perdoar como esperamos ser perdoados. Portanto, devemos não só não ter malícia, nem mediar vingança, mas também não devemos censurar o nosso irmão pelas ofensas que ele nos fez, nem nos alegrarmos caso lhe suceda qualquer aflição, mas devemos estar prontos para ajudá-lo e fazer-lhe bem. E se ele se arrepender e desejar ser nosso amigo outra vez, devemos tratá-lo com amabilidade e sinceridade, como antes.
2. Em uma ameaça. “Mas se você não perdoar aqueles que lhe ofenderam, este será um mau sinal – ele mostrará que você não tem as outras condições necessárias, mas está totalmente desqualificado para o perdão; e, portanto, o seu Pai, a quem você chama de Pai, e que, como um pai lhe oferece a sua graça em termos razoáveis, não lhe perdoará. E se houver outra graça sincera, contudo você for grandemente deficiente em perdoar, não poderá esperar o conforto do seu perdão, mas terá o seu ânimo abatido por alguma outra aflição que lhe sobrevirá devido a esta obrigação”. Note que aqueles que querem alcançar a misericórdia de DEUS devem mostrar misericórdia aos seus irmãos. Não podemos esperar que Ele estenda as suas mãos para nos conceder o seu favor, a menos que levantemos a Ele mãos santas, sem ira nem contenda (1 Tm 2.8). Se oramos guardando ira em nosso coração, temos motivos para temer que DEUS responda com ira. Diz-se que as orações feitas com ira são escritas com fel. Que motivo DEUS terá para nos perdoar pelas grandes somas que lhe devemos, se não perdoamos o nosso irmão pela pequena soma que este nos deve? CRISTO entrou no mundo como o grande Pacificador, e não só para nos reconciliar com DEUS, mas uns com os outros, e nisto devemos concordar com Ele. É uma grande presunção – e de consequências perigosas – amenizar uma questão a que CRISTO aqui dá tanta ênfase. As paixões dos homens não frustrarão a Palavra de DEUS.
 
O Sermão da Montanha
Mateus6.. 16-18
Somos aqui advertidos contra a hipocrisia no jejum, como fomos anteriormente quanto a dar esmolas e a orar.
I
Aqui está implicado que o jejum religioso é um dever exigido dos discípulos de CRISTO, quando DEUS, em sua providência, o requer, e quando o jejum se fizer necessário como a solução para algum problema particular: “Dias… virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão” (Mt 9.15). O jejum é colocado por último, devido ao fato de não ser uma obrigação em si, mas um meio para nos preparar para as outras obrigações. A oração está entre a atitude de dar esmolas e o jejum, como sendo a vida e a alma de ambos. CRISTO aqui fala especialmente dos jejuns em nossa privacidade, jejuns que são feitos em particular. O mesmo ocorria com as ofertas voluntárias, comumente praticadas pelos judeus devotos. Alguns jejuavam um dia, alguns, dois, todas as semanas; outros, mais raramente, ao verem um motivo para isso. Naqueles dias, eles não comiam até o pôr-do-sol, e o faziam com muita moderação. Não foi o fato de os fariseus jejuarem duas vezes por semana que CRISTO condenou, mas o fato de eles se vangloriarem de fazê-lo (Lc 18.12). Esta era uma prática louvável, e temos razões para nos lamentar que ela seja geralmente negligenciada entre os cristãos na atualidade. Ana jejuava muito (Lc 2.37). Cornélio jejuava e orava (At 10.30). Os primeiros cristãos também jejuavam (veja At 13.3; 14.23). O jejum particular é sugerido (1 Co 7.5). É um ato de renúncia e de mortificação da carne, uma vingança santa sobre nós mesmos, e uma maneira de nos humilharmos sob a mão de DEUS. A maior parte dos cristãos adultos deve jejuar, uma vez que estão muito longe de ter qualquer coisa de que se orgulhar, pois são indignos até mesmo do seu próprio pão cotidiano. O jejum é um meio de reprimir a carne e os seus desejos, e nos tornar mais vigorosos nos exercícios religiosos, uma vez que a plenitude de pão pode nos tornar indolentes. Paulo jejuava frequentemente, e assim se mantinha como senhor do seu corpo, e o trazia à sujeição.
II
Somos advertidos a não jejuar como os hipócritas jejuavam, para não perdermos o galardão do jejum; e quanto mais difícil for o cumprimento deste dever, maior será o galardão perdido.
Isto posto, observemos: 1. Os hipócritas fingiam jejuar, quando em suas almas não havia nada de contrição ou humilhação – era a aparência e a sombra sem a essência. Eles demonstravam estar mais humilhados do que realmente estavam, e assim tentavam enganar a DEUS; mas agindo assim, não podiam apresentar maior afronta diante dele. O jejum que DEUS nos ensinou a fazer consiste em separarmos um dia para afligirmos a alma, e não para abaixarmos a cabeça como um junco, e nem tampouco para nos vestirmos de saco e espalharmos cinzas sobre a nossa cabeça – estaremos enganados se chamarmos isso de jejum (Is 58.5). O exercício físico, se for apenas isso, tem pouco proveito, uma vez que isto não é jejum para DEUS, nem para nós mesmos.
2. Os fariseus hipócritas proclamavam o seu jejum e cuidavam para que todos os que os vissem notassem que eles estavam jejuando. Nestes dias, eles apareciam nas ruas, ao passo que deveriam permanecer em seus aposentos; e demonstravam uma aparência abatida, um semblante melancólico, um passo lento e solene. Eles se desfiguravam perfeitamente, para que os homens pudessem ver com que frequência eles jejuavam, e pudessem exaltá-los como homens devotos e mortificados. Note como é triste que homens que tenham, em certa medida, dominado o seu prazer, que é a impiedade sensual, sejam destruídos por seu orgulho, que é a impiedade espiritual. Esta impiedade espiritual não é menos perigosa do que a impiedade sensual. Aqui também eles recebem o seu galardão – o louvor e o aplauso dos homens que eles cortejam e cobiçam tanto – eles o têm, e isso é tudo o que terão.
III
Somos instruídos a como fazer um jejum: devemos fazê-lo na privacidade; devemos mantê-lo em oculto (vv. 17,18). JESUS não nos diz com que frequência devemos jejuar. As circunstâncias variam, e a sabedoria é proveitosa a esse respeito para instruir. O ESPÍRITO que está na Palavra deixou esta decisão para o ESPÍRITO que está no coração (e este é um só ESPÍRITO!) Mas tome isto como uma regra, sempre que você cumprir este dever: examine o assunto para que você possa ser uma pessoa aprovada diante de DEUS, e não para recomendar a si mesma, para ter uma boa opinião por parte dos homens. A humildade deve sempre se manifestar em nossa humilhação. CRISTO não nos instrui a diminuir nada da realidade do jejum. Ele não diz: “Coma um pouco, ou beba um pouco”. Não. Ele diz: “Deixe o corpo sofrer, mas não deixe transparecer; tenha um semblante comum, um aspecto comum, e vestimentas comuns; e enquanto nega a si mesmo os revigoramentos do corpo, faça-o de modo a não chamar a atenção de ninguém, nem mesmo daqueles que estão mais próximos a você; esteja em boas condições físicas, passe óleo na cabeça e lave o seu rosto, como em qualquer dia comum, com o propósito de esconder a sua devoção. E, por fim, você não falhará no louvor ao Senhor; porque, embora o jejum não seja do agrado dos homens, ele agrada a DEUS”. O jejum é a humilhação da alma (Sl 35.13), e este é o âmago do dever. Que esta, portanto, seja a sua preocupação principal; e, quanto ao exterior, não haja a cobiça de ser visto. Se formos sinceros nos nossos jejuns solenes, nos humilharmos e confiarmos na onisciência de DEUS para confirmar o nosso testemunho, e na sua bondade para nos dar o nosso galardão, descobriremos que Ele viu a nossa dedicação em secreto, e que nos recompensará abertamente. Os jejuns religiosos, se observados corretamente, logo serão recompensados com um banquete eterno. A nossa aceitação diante de DEUS, em nossos jejuns na privacidade, deve nos tornar como mortos para o aplauso dos homens (não devemos jejuar na esperança de sermos elogiados), como também para as censuras dos homens (não devemos deixar de jejuar por temor a eles). O jejum de Davi tornou-se em afronta: “Eu, porém, faço a minha oração a ti, Senhor, num tempo aceitável” (Sl 69.10,13).
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 9 - CPAD - 2TR22
SINÓPSE I - Na oração devemos glorificar a DEUS e suplicar ao Senhor a respeito de nossas dificuldades.
SINÓPSE II - O Senhor JESUS não condena a oração pública. Entretanto, a oração deve apresentar discrição em sua prática, bem como não ser conduzida por vãs repetições.
SINÓPSE III - A oração e jejum são duas disciplinas que se combinam perfeitamente.
 
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O Senhor JESUS ensinou largamente a respeito da oração e jejum. Nesse sentido, a Palavra de DEUS tem orientação de como orar e jejuar, o que significa que quando executamos essas duas práticas piedosas, de acordo com o que JESUS ensinou, temos a certeza de que DEUS não estará indiferente às aspirações da alma, isto é, às nossas orações. Perseveremos na oração e no jejum!
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Conceituar a oração como um diálogo com o Pai; II) Explicar a oração que JESUS ensinou; III) Relacionar oração e jejum.
B) Motivação: Além de ser um instrumento de relacionamento com DEUS, a oração também nos dá a oportunidade de ajudar outras pessoas por meio da intercessão. O jejum, além de ser uma ferramenta em tempos de batalhas, nos ensina a autodisciplina. C) Sugestão de Método: Estamos na lição 9. Sugerimos uma revisão dos temas que estudamos até aqui antes de iniciar o presente estudo. Passamos por muitos temas até aqui: conceito do Sermão do Monte; influência cristã; a relação de JESUS e a Lei; o Casamento; a Retribuição; a virtude de ser verdadeiro. Mostre que o Sermão do Monte forma o nosso caráter.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após estudar a presente lição, desafie a classe para a prática da oração e do jejum. Proponha uma sugestão de temas de oração para os alunos orarem. Se houver algo difícil que esteja acontecendo na vida de um aluno, proponha um dia de jejum por aquela vida ou pela classe, se esse for o caso. Oremos e jejuemos!
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final da dos tópicos, você encontrará dois auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "E, orando", localizado ao final do segundo tópico é uma reflexão ampliada a respeito da oração; 2) O texto "Quando Jejuardes...", ao final do terceiro tópico, traz uma proposta de aplicação a respeito da importância do perfeito entendimento da prática do Jejum segundo o ensinamento revelado pelo Senhor JESUS CRISTO no texto do Sermão do Monte.
 

AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP2
“E, orando (Mt 6.7-13). JESUS não deu aos seus discípulos o que chamamos de Oração do Senhor para que nós a repetíssemos juntos quando nos reuníssemos na igreja. Ele a ensinou como um modelo, mostrando como cada um de nós deve orar ‘em segredo’. Isso não quer dizer, é claro, que não devamos usá-la na igreja. O que isso significa é que precisamos explorar a oração padrão para discernir o que ela ensina, a você e a mim, sobre o desenvolvimento de um relacionamento “secreto” mais profundo com o nosso DEUS. O desafio para explorar o significado é claro na comparação de CRISTO com os pagãos, ‘que pensam que, por muito falarem, serão ouvi- que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” por causa de suas “vãs repetições’ (v. 7). DEUS deseja que compreendamos a natureza da oração, e que dotemos a nossa oração de significado” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.560).
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP3
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados (6.16). Somente um dia de jejum é ordenado no Antigo Testamento, o Dia da Expiação (Lv 16.29-31; 23.27-32). Ainda assim, o jejum fazia parte da vida social e religiosa de Israel. Os indivíduos e grupos jejuavam como um sinal de humildade e confissão (Sl 35.13; Is 58.3, 5; Dn 9.2-19; Jn 3.5), ou como indicação de desespero na oração (2 Sm 1.12; Ed 8.21-23; Et 4.16). Depois do exílio na Babilônia, foram introduzidos jejuns comemorativos (Zc 7.3-5; 8.19). Na época de JESUS, os fariseus jejuavam voluntariamente duas vezes por semana (Lc 18.12), todas as segundas-feiras e quintas-feiras. No entanto, muitos dos que jejuavam asseguravam-se de que os demais soubessem que eles estavam realizando este ato devoto, assumindo uma atitude abatida, pulverizando cinzas sobre as suas cabeças ou deixando de lavar e de ungir os cabelos. [...] Mas tudo isto é inútil. [...] [JESUS] Ele simplesmente está nos lembrando de que quando uma pessoa jejua, ela deve fazer isso como um ato de adoração e não para a sua autopromoção. Este é um bom princípio para aplicar em todas as nossas atividades ‘religiosas’. O que quer que façamos, deve ser motivado por um desejo de agradar a DEUS e não pela preocupação com o que os outros pensarão de nós” (RICHARDS, , Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.32).


REVISANDO O CONTEÚDO
1. Segundo a lição, o que é oração? A oração é o diálogo da alma com DEUS.
2. Por que a Bíblia nos incentiva a orar? A Bíblia nos incentiva a orar porque há poder nesse maravilhoso recurso espiritual, o qual não podemos desprezar.
3. Em relação à oração, o que JESUS condena? O que JESUS condena é a oração, quer individual, no templo ou na rua, dominada pelo espírito de exibição, ostentação, cuja intenção é ser visto e louvado pelos homens.
4. O Senhor JESUS condenou períodos longos de oração? Justifique. Não é verdade que o Senhor desprezava longos períodos de oração, pois na Bíblia encontramos esse tipo de oração (2 Cr 6.14-42; Ne 9; Sl 18); mas o que Ele contraria aqui é a atitude de alguém achar que quanto mais fizer barulho, DEUS lhe ouvirá.
5. Cite os três eventos que justificam o jejum segundo a lição. Na Bíblia, há três eventos que caracterizam a necessidade do jejum: o ato de humilhar-se, que, por meio da confissão, acontecia por causa da tristeza do pecado (Dt 9.18; Jn 3.5); o da lamentação, fosse por causa de um mal sofrido ou de alguma praga que viria, uma derrota sofrida em uma batalha ou uma ameaça (Jz 20.26; Ne 1.4; Et 4.3); e o evento espiritual de grande concentração de fiéis, como no caso do envio de missionários e a escolha de homens para obra (At 13.2,3; 14.23).