Escrita Lição 6, Expressando Palavras Honestas, 2Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 6, Expressando Palavras Honestas
Preciso muito da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 10,00. Quem puder ajudar, envie por uma das contas abaixo, em nome de JESUS.
PIX - 33195781620 meu CPF também (Banco Bradesco, Imperatriz, MA)
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 - poupança 013 - 00056421-6 variação - 1288 - conta 000859093213-1
Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2
Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 variação 51
Edna Maria Cruz Silva
 
 
TEXTO ÁUREO
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.” (Mt 5.37)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Fazer um juramento ou uma promessa é algo muito sério. Por isso, o cristão deve cuidar para não prometer ou votar aquilo que não vai ter condições de cumprir.
 



Lição 6, Expressando Palavras Honestas
Vídeo desta Lição - https://youtu.be/xUKbO-h2WMs
 Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/escrita-licao-6-expressando-palavras.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2022/05/slides-licao-6-expressando-palavras.html
https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-6-expressando-palavras-honestas-2tr22-pr-henrique-ebd-na-tv-americana-sp
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lv 5.4 O homem é responsável pelo que promete
Terça - Sl 15.1-3 Fale a verdade de coração
Quarta - Fp 4.8 Pense no que é verdadeiro
Quinta - Êx 20.16 Não darás falso testemunho
Sexta - Pv 16.13 Quem fala a verdade tem valor
Sábado - Ef 4.25 Deixe a mentira e fale sempre a verdade com o próximo
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.33-37
33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. 34 - Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, 35 - nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, 36 - nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.
 
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (Com algumas modificações do Pr. Henrique)
Continuação do Sermão da Montanha
Mateus 5.33-37
Aqui temos uma explicação do terceiro mandamento, que devemos nos preocupar em compreender, porque está dito, especificamente, que quem infringir este mandamento, de não tomar o nome do Senhor em vão, não será considerado inocente pelo Senhor, não importando como a pessoa mesmo se considere. Quanto a este mandamento:
I
Sempre se concordou que ele proíbe o perjúrio, os falsos juramentos e a violação de juramentos e votos (v. 33). Foi dito aos antigos, e este é o verdadeiro significado e a verdadeira intenção do terceiro mandamento. Não tomarás, ou usarás, o nome de DEUS (como quando fazemos um juramento) em vão, ou por bobagens, ou numa mentira. Aquele que não entrega a sua alma à vaidade e que não jura enganosamente está descrito nas palavras acima (Sl 24.4). O perjúrio é um pecado condenado à luz da natureza, como uma complicação da impiedade com relação a DEUS e da injustiça com relação aos homens, e como resultado de um homem altamente insolente à ira divina, que sempre foi considerada como caindo tão infalivelmente sobre o pecado que todas as formas de juramentos se transformavam normalmente em execrações ou imprecações; como DEUS me fez isto, e outras frases semelhantes a estas. A expressão “e assim DEUS faça” significa: que eu nunca tenha qualquer ajuda de DEUS, se jurar em falso. Assim, com o consentimento de nações, têm havido homens que têm amaldiçoado a si mesmos, duvidando que DEUS iria amaldiçoá-los, se eles mentissem sobre a verdade quando solenemente invocaram a DEUS para ser sua testemunha.
De outras partes das Escrituras, se acrescenta: “mas cumprirás teus juramentos ao Senhor” (Nm 30.2); o que pode querer significar:
1. Quanto a outras promessas, das quais DEUS participa, devemos nos lembrar que os votos ou juramentos feitos a DEUS devem ser cumpridos pontualmente (Ec 5.4,5); ou:
2. Promessas feitas a nossos irmãos, de que DEUS é testemunha, sendo chamado para atestar a nossa sinceridade, devem ser feitas ao Senhor, prestando atenção a Ele, e por Ele: pois, para Ele, ao ratificar as promessas com um juramento, nós nos tornamos devedores; e se quebrarmos uma promessa assim ratificada, não mentimos apenas aos homens, mas também a DEUS.
II
Aqui se acrescenta que o mandamento não somente proíbe o juramento em falso, mas também todos os juramentos intempestivos e desnecessários: “De maneira nenhuma jureis” (v. 34). Compare com Tiago 5.12. Nem todos os juramentos são pecaminosos; até agora, o juramento, se feito corretamente, é parte da adoração religiosa, e nele damos a DEUS a glória devida ao seu nome (veja Dt 6.13; 10.20; Is 45.23; Jr 4.2). Vemos que Paulo confirma aquilo que ele dizia com tal solenidade (2 Co 1.23), quando havia necessidade disto. Ao jurar, hipotecamos a verdade de alguma coisa conhecida, para confirmar a verdade de alguma coisa duvidosa ou desconhecida; se juramos de maneira enganosa, apelamos para um conhecimento maior, para um tribunal superior, e rogamos a vingança de um Juiz justo.
A determinação de CRISTO sobre este assunto é:
1. Que não devemos jurar, de maneira nenhuma, exceto quando estivermos devidamente obrigados a isto, e quando a justiça ou a caridade para com o nosso irmão, ou o respeito pela comunidade tornarem necessário o juramento para o fim da contenda (Hb 6.16). O magistrado civil deve ser, normalmente, o juiz desta necessidade. Nós podemos ser jurados, mas não devemos jurar; podemos ser intimados, e desta maneira estar obrigados ao juramento, mas não devemos nos atirar a ele em busca de alguma vantagem terrena.
2. Que não devemos jurar superficial e irreverentemente, nas conversas comuns. É um pecado muito grande fazer um apelo absurdo à gloriosa Majestade do céu, que, sendo sagrada, sempre deve ser muito séria. É uma grande profanação do santo nome de DEUS, e uma das coisas sagradas que os filhos de Israel santificam ao Senhor. Este é um pecado que não tem disfarce; não há desculpa para ele, e, portanto, é um sinal de um coração desprovido da graça do Senhor, onde reina a inimizade contra DEUS: “Os teus inimigos tomam o teu nome em vão”.
3. Que devemos, de uma maneira especial, evitar juramentos ao fazer alguma promessa, dos quais CRISTO particularmente fala aqui, pois estes juramentos devem ser cumpridos. A influência de um juramento afirmativo cessa imediatamente quando descobrimos fielmente a verdade e toda a verdade; mas um juramento de promessa compromete por tanto tempo, e pode ser rompido de tantas maneiras, pela surpresa e pela força de uma tentação, que não deve ser usado, exceto em algum caso de grande necessidade. O uso frequente de juramentos se reflete sobre os cristãos, que deveriam ter uma fidelidade reconhecida a ponto das suas palavras sóbrias serem tão sagradas quanto os seus juramentos solenes.
4. Que não devemos jurar por nenhuma outra criatura. Parece que havia alguns que, como cortesia (pensavam eles) ao nome de DEUS, não fariam uso dele nos juramentos, mas juravam pelo céu, ou pela terra etc. Isto CRISTO proíbe aqui (v. 34), e mostra que não há nada por que possamos jurar, mas que isto está de uma maneira ou de outra relacionada com DEUS, que é a origem de todos os seres, e, portanto, é igualmente perigoso jurar por eles, quanto jurar pelo próprio DEUS. É a veracidade da criatura que é posta em jogo; isto não pode ser um instrumento de testemunho, mas tem relação com DEUS, que é a Verdade principal. Como, por exemplo:
(1) De maneira nenhuma jureis pelo céu. Isto é tão verdadeiro quanto é verdade que existe um céu, pois é o trono de DEUS, onde Ele reside, e de uma maneira particular manifesta a sua glória, como um príncipe em seu trono. Sendo esta a dignidade inseparável do mundo superior, não se pode jurar pelo céu, pois quem o faz acaba jurando pelo próprio DEUS.
(2) Nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés. Ele governa os movimentos deste mundo inferior. Da mesma maneira como Ele governa o céu, Ele também governa a terra; e embora a terra esteja sob os seus pés, ela também está sob os seus olhos e os seus cuidados, e é dele (Sl 24.1). A terra pertence ao Senhor; de modo que, ao jurar por ela, se está jurando pelo seu proprietário.
(3) Nem por Jerusalém, um lugar pelo qual os judeus tinham tanta veneração que não conseguiam pensar em nada mais sagrado por que jurar; mas, além da referência comum que Jerusalém tem para DEUS, como parte da terra, ela tem uma relação especial com Ele, porque é a cidade do grande Rei (Sl 48.2), a cidade de DEUS (Sl 46.4), portanto Ele tem interesse nela e em todo juramento feito por ela.
(4) “Nem jurarás pela tua cabeça”; embora esteja próxima de você e seja uma parte essencial de você, é mais de DEUS do que sua, pois Ele a criou e formou todas as suas origens e os seus poderes. Enquanto você mesmo não consegue, por nenhuma influência intrínseca natural, mudar a cor de um cabelo, para torná-lo branco ou preto, você também não pode jurar pela sua cabeça, mas sim por Ele, que é a vida da sua cabeça, e o que exalta a sua cabeça (Sl 3.3).
5. Que, portanto, em todas as nossas comunicações, devemos nos contentar com ”sim, sim, não, não” (v. 37). Nas conversas normais, se afirmamos alguma coisa, devemos somente dizer: “Sim”, é assim; e, se for necessário, para evidenciar a nossa certeza de alguma coisa, podemos nos manifestar dizendo: “Sim, sim”, realmente é assim. “Na verdade, na verdade” era o “sim, sim” do nosso Salvador. Da mesma forma, para negar uma coisa, é suficiente dizer: “Não”, ou, se for necessário, repetir a negação e dizer: “Não, não”; e se a nossa fidelidade for conhecida, que isto seja suficiente para termos crédito; e se ela for questionada, reforçar o que dizemos com juramentos não será nada além de torná-lo mais duvidoso. Aquele que é capaz de engolir um juramento profano, não conseguirá discernir uma mentira. É uma pena que isto que CRISTO coloca na boca de todos os seus discípulos precise ser fortalecido, segundo alguns, por outras maneiras, quando qualquer coisa além de sim e não nos é proibido, e não somos orientados a fazer uso de outras palavras.
É fácil perceber a razão: porque o que passa disso é de procedência maligna, embora não chegue ao pecado de um juramento. Isto vem ek tou Diabolou; conforme uma cópia antiga apresenta: isto vem do Diabo, o maligno; vem da corrupção da natureza do homem, da paixão e da veemência; de uma vaidade reinante na mente, e do desprezo pelas coisas sagradas; vem daquela falsidade que há nos homens. “Todo homem é mentiroso” (Rm 3.4), e, consequentemente, os homens usam estas declarações porque desconfiam uns dos outros e pensam que sem estas palavras não se pode acreditar neles. Observe que os cristãos devem, para crédito da sua religião, evitar não somente o que é mal em si mesmo, mas o que vem do mal e aquilo que tem aparência de mal. É necessário evitar aquilo que possa ser suspeito, aquilo que vem de alguma causa ruim. Um juramento é algo físico, e, portanto, pressupõe alguma deficiência.
 

HINOS SUGERIDOS: 38, 89, 154 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE - Palavra
 
Resumo da Lição 6, Expressando Palavras Honestas
I – NÃO DEVEMOS JURAR NEM PELOS CÉUS NEM PELA TERRA
1. A Lei do Juramento.
2. O propósito da Lei do Juramento.
3. Não jureis nem pelo Céu nem pela Terra.
II – NOSSAS PALAVRAS DEVEM SER “SIM” E “NÃO”
1. Como deve ser o nosso falar.
2. O sim e o não na vida de Paulo.
3. O que passar disso é procedência maligna.
III – HONESTIDADE COM NOSSAS PALAVRAS
1. A palavra honestidade.
2. É possível ser honesto com nossas palavras neste mundo?
3. Dando testemunho.

 
Comentário Bíblico Moody
33-37. Quarta ilustração: juramentos. O alicerce do V.T, é Lv. 19:12 e Dt. 23:21 (confira com Êx. 20:7). Jurarás falso. Jurar em falso. O abuso que os judeus faziam dos juramentos, levou JESUS a dizer, de modo nenhum jureis. É difícil achar uma brecha nesta diretiva (veja também Tiago 5:12). Assim, o crente não deveria jurar para autenticar suas declarações. Até mesmo o Estado deveria geralmente permitir uma afirmação em lugar do juramento exigido. Pelo céu. Os judeus usavam a sua engenhosidade para classificar os diversos juramentos, e geralmente perdoavam aqueles que não mencionassem DEUS especificamente. JESUS mostrou que tal raciocínio enganosamente sutil era falso, pois DEUS continua implicado quando os homens invocam os céus, a terra, ou Jerusalém; e até quando se jura pela própria cabeça está implicado Aquele que tem poder sobre a mesma. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Uma solene afirmação ou negação é o suficiente para o crente. O que passa disto. Acrescentando juramentos às nossas declarações, ou admitimos que não se pode confiar em nossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundo mentiroso, que vem do maligno. Confira com Jo. 8:44.
 
 
CB TT W. W. Wiersbe
Juramentos (vv. 33-37; Lv 19:12; Dt 23:23). Trata-se do pecado de usar juramentos para reforçar a veracidade de uma declaração. Os fariseus usavam vários tipos de artifício para esquivar-se da verdade, e o juramento era um deles. Evitavam usar o nome santo de DEUS, mas empregavam aproximações como a cidade de Jerusalém, céu, terra, ou alguma parte do corpo.
JESUS ensina que nossas conversas devem ser tão honestas e nosso caráter tão verdadeiro que não haja necessidade de usar qualquer outro recurso para fazer as pessoas acreditarem em nós. As palavras dependem do caráter, e juramentos não são capazes de compensar a falta de caráter. "No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente" (Pv 10:19). Quanto mais palavras alguém usa para nos convencer, mais desconfiados devemos ficar.
 
 
Comentário Básico do Novo Testamento
JESUS proíbe juramentos (5.33-37)
A lei dizia que se você jurasse teria que cumprir o juramento, mas JESUS proibiu jurar, não importando a razão. Nosso discurso deve ser tão consistente e honesto que não seja necessário nenhum juramento. Alguns dizem que isto se aplica aos juramentos de ação futura apenas e não a juramentos que atestam fidelidade de testemunho legal (geralmente se referindo a eventos testemunhados do passado).
 
 
Manual de Duvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia
PROBLEMA: Esse e muitos outros versículos (cf. Os 4:2; Mt 5:33-37) condenam o juramento.
Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios. Oséias 4:2 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna. Mateus 5:33-37
Ainda Tiago diz: "Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto". JESUS tinha dito a mesma coisa, a saber: "de modo algum jureis; nem pelo céu... nem pela terra" (Mt 5:34-35). Por outro lado, há muitas passagens na Bíblia que falam de juramentos abençoados por DEUS (cf. Gn 21:24; Dt 6:13). De fato, anjos fizeram juramentos (Ap 10:5-6), como o próprio DEUS o fez (Hb 6:13).
E disse Abraão: Eu jurarei. Gênesis 21:24
O Senhor , teu DEUS, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Deuteronômio 6:13
E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a mão ao céu e jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora; Apocalipse 10:5,6
Porque, quando DEUS fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, Hebreus 6:13

SOLUÇÃO: Obviamente há um bom e um mau sentido no ato de jurar, que podem ser contrastados da seguinte maneira:
 
BONS JURAMENTOS MAUS JURAMENTOS
Verdadeiros Falsos
Para o bem Para o mal
Sagrados Profanos
Significativos Vãos
Sérios Frívolos
Judiciais Secretos

Nada há na Bíblia que condene o juramento feito num tribunal para dizer a verdade, toda a verdade, e nada além da verdade, e assim ajude-me DEUS". Num casamento, por exemplo, é próprio um juramento. Por outro lado, juramentos secretos, feitos em organizações de fraternidades, que são contrárias à Palavra de DEUS, são proibidos pelos textos citados acima. Até mesmo JESUS submeteu-se a ser posto sob juramento perante o sumo sacerdote no seu julgamento (Mt 26:63).
E JESUS, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo DEUS vivo que nos digas se tu és o CRISTO, o Filho de DEUS. Mateus 26:63
 
 
Comentário - NVI (FFBruce)
Acerca do juramento (5.33-37)
Tratamos aqui também de 23.16-22. Falar a verdade completa sempre é algo tão carregado de perigos que só é possível ao que confia completamente em DEUS. Uma vez que a minha palavra não é considerada confiável, preciso estabelecer a minha veracidade com base em juramentos; mas esses tendem a se tornar mecânicos e praticamente inúteis. Os rabinos tentavam amenizar isso estabelecendo juramentos em que se pudesse confiar. JESUS se ocupa aqui não com as exigências de autoridade com que se faça um juramento, mas com aquela honestidade perfeita que torna o juramento desnecessário. Eu, como cristão, tenho o direito de esperar que as pessoas que me conhecem aceitem a minha palavra, se eu for invariavelmente verdadeiro. Por que um juiz ou outra pessoa autorizada que não me conhece deveria aceitar a minha declaração não corroborada de que eu sou cristão e me desobrigar de um juramento ou afirmação solene, que em si já é um juramento, só que com outro nome? A jurisprudência judaica, de qualquer forma, não conhecia a nossa evidência fornecida com base no juramento. Os únicos casos em que alguém era obrigado a isso eram os semelhantes a Ex 22.10,11 (então, haverá juramento do Senhor entre ambos, de que não meteu a sua mão na fazenda do seu próximo; e seu dono o aceitará, e o outro não o restituirá. Êxodo 22:11).
Por meio de um juramento, eu apelo a DEUS, ou a alguém ou a alguma coisa, para dar testemunho da verdade da minha declaração e, se necessário, trazer desastre sobre mim. Mas eu não posso controlar os céus, a terra, Jerusalém e nem mesmo a minha cabeça. Pior ainda é quando faço distinção entre juramento e juramento (23.16-22). Eu posso enganar a pessoa não versada nessas sutilezas e assim profanar coisas sagradas. Essas diferenças não são encontradas em escritos rabínicos do século II. E provável que esse seja um dos casos em que as advertências de JESUS foram levadas a sério; v. comentário de 15.4,5.
 
 
Espada Cortante 1 - Orlando Boyer - CPAD
SOBRE O JULGAMENTO (5.33-37)
34 Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, 35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, 36 nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.
No tempo de Moisés, foi proibido apenas o perjúrio, ou juramento falso 3; Lv 19.12); CRISTO proíbe todo juramento. “Eu, porém, vos digo: De modo algum jureis” (veja Tg 5.12). sim, sim. não, não. Deve ser tão sincera que um simples “sim”, para afirmar, ou um “não”, para negar, seja suficiente em quaisquer circunstâncias. Para dar ênfase não é necessário mais do que dizer: “Sim, sim” ou: “Não, não”. O exemplo do Mestre foi: “Em verdade, em verdade...” o que passa disso é de procedência maligna (v. 37). Se a mentira não fosse comum, o juramento não seria considerado necessário. Quanto mais há de juramentos, tanto mais há da idéia de que a mentira não é pecado, senão quando sob juramento. Jorge Fox, quando os juizes em Lancaster mandaram-lhe prestar juramento, respondeu: — Deste-me este Livro para beijar e segurar enquanto juro, e este Livro que me destes, para sobre ele jurar, diz: “Beijai o Filho” (SI 2.12); e o Filho diz: “De modo algum jureis”. Ora, eu obedeço ao Livro; contudo, me lançais na cadeia. Qual a razão de deixar o Livro continuar circulando entre vós com liberdade, o mesmo Livro que me manda não jurar, se me lançais na prisão porque faço o que o Livro me ordena? Por que não meteis o Livro também na cadeia?
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Qual o valor de uma palavra? Houve um tempo em que o empenho da palavra bastava para se concretizar um negócio. A presente lição é um estudo a partir do ensino do Sermão do Monte a respeito da retidão que devemos ter com as palavras empenhadas. Nosso Senhor ensinou a respeito dessa verdade. O mesmo cuidado que temos de ter com o nosso comportamento moral, devemos ter com a emissão de nossas palavras.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Afirmar que não devemos jurar nem pelos Céus nem pela Terra; II) Enfatizar que nossas palavras devem ser "sim" e "não"; III) Pontuar a honestidade com as palavras.
B) Motivação: Quando expomos pensamentos em palavras, revelamos o que pensamos e sentimos. A retidão nas palavras requer retidão no pensamento e no sentimento.
C) Sugestão de Método: Ao terminar o último tópico da lição, faça um resumo do assunto, enfatizando as palavras retidão, honestidade e verdade nas palavras. Assim, deixe claro para a classe que a palavra do cristão não pode ser banalizada.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição deve levar o aluno a conscientizar-se a respeito da retidão no falar. As palavras revelam o que pensamos e sentimos e, portanto, elas revelam o que somos. Se a nossa mente estiver permeada com os valores do Reino, nossos sentimentos e, consequentemente, nossas palavras expressarão os valores do Reino.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Juramentos", localizado ao final do primeiro tópico, é uma explicação bibliológica a respeito do que o Senhor JESUS quis dizer com não fazer juramentos; 2) O texto "A pura honestidade'", localizado ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito da simplicidade que nosso Senhor espera de seus seguidores: honestidade com as palavras.
 
SINÓPSE I - O seguidor de JESUS não jura pelo Céu nem pela Terra. Suas palavras têm o peso da verdade.
SINÓPSE II - As palavras dos seguidores de JESUS devem ser precisas e assertivas.
SINÓPSE III - As palavras dos seguidores de JESUS devem apresentar retidão e honestidade.
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
“Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv 19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, ‘jurar falsamente’ – no Novo Testamento, este verbo só é encontrado aqui. Mas JESUS disse: De maneira nenhuma jureis (34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou pela nossa própria cabeça (34- 36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de DEUS vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: ‘Como o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os conclamou como testemunhas’.36 JESUS defendeu que DEUS está sempre presente quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente (CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol.6. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.60).
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP2
A pura honestidade
“Maldizer não é o assunto aqui. Ao contrário, JESUS comenta sobre a prática de obrigar-se a manter uma promessa ao fazer um juramento. No século I, todo um sistema havia se desenvolvido para diferenciar entre os juramentos que comprometem e os que não comprometem. Assim, uma pessoa ficava comprometida ao jurar “em relação a Jerusalém”, mas não se jurasse “por Jerusalém”. Uma pessoa ficava comprometida ao jurar “pelo ouro do altar”, mas não se jurasse “pelo altar” propriamente dito. JESUS descarta isso como sendo um sofisma. Uma pessoa poderia ser tão honesta que o seu sim significasse sim e o seu não significasse sempre não. O próprio hábito de fazer juramentos fornece uma prova de que a pessoa que jura é desonesta e não se poderia confiar que ela iria manter a sua palavra! DEUS não fica satisfeito com a discussão sobre juramentos que comprometem ou não. DEUS fica satisfeito com a pura honestidade” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.26).


AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP3
“Juramento
[...] Os juramentos eram comumente feitos levantando-se a mão a DEUS (Gn 14.22; Ez 20.5ss, Hb 3.18; 6.13; 7.21; Ap 10.5) e em casos excepcionais colocando-se a mão debaixo da ‘coxa’ [...] daquele a quem o juramento era prestado (Gn 24.2ss.; 47.29). Este era o modo solene de significar que, se o juramento fosse violado, a descendência da pessoa vingaria o ato de deslealdade.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD, pp.1119.


REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais são os dois tipos de juramentos citados na lição? Os juramentos nas Escrituras são de dois tipos, aqueles feitos por DEUS e aqueles feitos pelos homens.
2. No Reino de CRISTO, o que elimina a necessidade de juramentos? Um cristão verdadeiro e sincero que tem o coração transformado pelo Evangelho não precisa invocar qualquer elemento como céu e terra para afirmar que o que está dizendo é a verdade, posto que na essência a verdade está no íntimo do seu coração, no qual não há mentira, engodo ou engano.
3. De acordo com Provérbios 18.21, o que está no poder da língua? Com muita propriedade, o sábio rei Salomão falou que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21).
4. O que é honestidade? Honestidade fala de alguém que é correto, que tem seriedade, do hebraico temos o adjetivo yashar, “reto, honesto, correto, direito, plano, certo, justo”.
5. Como devemos viver neste mundo? Devemos viver neste mundo como verdadeiros seguidores de CRISTO, sendo honestos em tudo, em especial em nossas palavras, sem recorrermos a juramentos hipócritas, profanos e desnecessários, que buscam condimentar as conversas do dia a dia.