Escrita Lição 13, A Gloriosa Esperança do Apóstolo, 4tr21, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 13, A Gloriosa Esperança do Apóstolo
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a igreja de CRISTO
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionário e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
 
Lição 13, A Gloriosa Esperança do Apóstolo

Escrita

https://ebdnatv.blogspot.com/2021/12/escrita-licao-13-gloriosa-esperanca-do.html  

Slides

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Vídeo

https://youtu.be/Ob6EL76x2qE

https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-13-a-gloriosa-esperana-do-apstolo-4tr21-pr-henrique-ebd-na-tv

 
Ajuda -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-ftc-1tr16-esperando-a-volta-de-jesus.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-ftc-1tr16-esteja-alerta-e-vigilante-jesus-voltara.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-ftc-1tr16-o-arrebatamento-da-igreja.htm 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-ftc-1tr16-o-tribunal-de-cristo-e-os-galardoes.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-ftc-1tr16-as-bodas-do-cordeiro.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ftc-1tr16-a-grande-tribulacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ftc-1tr16-a-vinda-de-jesus-em-gloria.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
“Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.” (1 Ts 5.8)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A esperança gloriosa da volta de JESUS traz sobriedade para as nossas vidas, e disposição para exercer a fé e o amor em esperança.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Ts 4.13-18 Não podemos ser ignorantes quanto à volta do Senhor
Terça - 2 Co 5.8; Fp 1.23 O desejo de partir para estar com CRISTO
Quarta - 1 Ts 4.15,16 A vinda de CRISTO para a sua Igreja
Quinta - Ap 1.7 Quando todo olho verá a vinda do Filho do Homem
Sexta - At 1.6,7 Não nos compete a saber sobre os tempos e as estações
Sábado - At 1.8,11 A promessa do ESPÍRITO SANTO e da vinda de nosso Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 4.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-11
2 Timóteo 4. 6 - Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. 7 - Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 8 - Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
1 Tessalonicenses 5. 1 - Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; 2 - porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite. 3 - Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. 4 - Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão; 5 - porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. 6 - Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios. 7 - Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. 8 - Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação. 9 - Porque DEUS não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor JESUS CRISTO, 10 - que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. 11 - Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

COMENTÁRIOS BEP - CPAD
2 Timóteo 4.
4.7 COMBATI O BOM COMBATE. Ao passar em revista a sua vida dedicada a DEUS, Paulo reconhece agora que a sua morte é iminente (v. 6), e descreve sua vida cristã nos seguintes termos. (1) Considera a vida cristã como um "bom combate"; ela é a única luta que vale a pena. Lutou contra Satanás (Ef 6.12); contra os erros religiosos dos judeus e dos pagãos (3.1-5; Rm 1.21-32; Gl 5.19-21); contra o judaísmo (At 14.19; 20.19; Gl 5.1-6); contra o antinomismo e a imoralidade na igreja (2Tm 3.5; 4.3; Rm 6; 1 Co 5.1; 6.9,10; 2 Co 12.20,21); contra os falsos mestres (vv.3-5; At 20.28-31; Rm 16.17,18); contra a deturpação do evangelho (Gl 1.6-12); contra o mundanismo (Rm 12.2); e contra o pecado (Rm 6; 8.13; 1 Co 9.24-27). (2) Completou a sua carreira em meio a provações, dificuldades e tentações, e permaneceu fiel ao seu Senhor e Salvador durante toda a sua vida (cf. 2.12; Hb 12.1,2; 10.23; 11). (3) Conservou lealmente a fé, em tempos de severas provações, de grande desalento e de muitas aflições, não somente quando era abandonado pelos amigos, mas também quando teve de enfrentar a oposição dos falsos mestres. Nunca cedeu terreno no tocante à verdade original do evangelho (2Tm 1.13,14; 2.2; 3.14-16; 1 Tm 6.12).
4.8 A COROA DA JUSTIÇA. Por ter Paulo permanecido fiel ao seu Senhor e ao evangelho que lhe foi confiado, o ESPÍRITO lhe testificou que a aprovação amorosa de DEUS e a "coroa da justiça" o aguardavam no céu. DEUS tem reservado no céu galardões para todos que conservam a fé com justiça (cf. Mt 19.27-29; 2 Co 5.10). A recompensa será no Tribunal de CRISTO (Rm 14:10; 2 Co 5:10).
4.8 OS QUE AMAREM A SUA VINDA. Os cristãos do NT anelavam grandemente a volta do Senhor para levá-los daqui, para ficarem com Ele para sempre (ver 1 Ts 4.13-18; cf. Fp 3.20,21; Tt 2.13). Uma marca distintiva dos fiéis de DEUS é que eles se sentem fora do seu lugar, neste mundo, e já daqui eles aguardam o seu lar celestial (cf. Hb 11.13-16).
1 Tessalonicenses 5.
5.1 DOS TEMPOS E DAS ESTAÇÕES. Tendo falado a respeito da volta de CRISTO a fim de arrebatar os seus seguidores (v.v. 13-18), Paulo agora passa ao assunto do derradeiro juízo divino contra os que rejeitaram a salvação em CRISTO, nesse tempo terrível chamado "o Dia do Senhor" (5. 2). O arrebatamento dos crentes (v. 17) deve ser simultâneo com o início do "Dia do Senhor", para que a volta de CRISTO seja iminente e inesperada, como Ele ensinou (ver Mt 24.42,44).
5.2 O DIA DO SENHOR. O "Dia do Senhor" refere-se, normalmente, não a um dia de 24 horas, mas a um extenso período de tempo durante o qual os inimigos de DEUS são derrotados (Is 2.12-21; 13.9-16; 34.1-4; Jr 46.10; Jl 1.15-2.11,28; 3.9,12-17; Am 5.18-20; Zc 14.1-3), vindo a seguir o reino terrestre de CRISTO (Sf 3.14-17; Ap 20.4-7).
(1) Esse "Dia" começa quando o juízo e tribulação divinos e diretos, caírem sobre o mundo, no fim desta era (v. 3). O período da grande tribulação está incluso no "Dia do Senhor" (Ap 6.19; ver 6.1). Essa ira de DEUS culmina com a vinda de CRISTO para destruir todos os ímpios (Jl 3.14; ver Ap 16.16; Ap 19.11-2.1).
(2) Segundo parece, o Dia do Senhor começa num momento em que as pessoas estão confiantes na paz e na segurança (v. 3).
(3) O "Dia" não surpreenderá os crentes como um ladrão de noite, porque eles foram destinados à salvação, e não à ira, e estão alertas, espiritualmente vigilantes e vivendo na fé, no amor e na justiça (vv. 4-9).
(4) Os crentes serão livres da "ira futura" (1Ts 1.10) pelo Senhor JESUS CRISTO (v. 9), quando Ele vier nas nuvens para arrebatar sua igreja e levá-la ao céu (cf. 4.17; ver Jo 14.3; Ap 3.10).
(5) O Dia do Senhor terminará depois do reino milenar de CRISTO (Ap 20.4-10), na ocasião da criação do novo céu e da nova terra (cf. 2 Pe 3.13; Ap 21.1).
5.2 COMO O LADRÃO DE NOITE. A metáfora sobre o ladrão de noite significa que o tempo do início do Dia do Senhor é incerto e imprevisto. Não há maneira de prever a sua data (ver Mt 24.42-44).
5.3 PAZ E SEGURANÇA. São os incrédulos que estarão dizendo: "Há paz e segurança". Isso talvez signifique que o mundo estará numa expectativa e esperança de paz. O "Dia do Senhor", trazendo tribulação mundial, lhes sobrevirá repentinamente, destruindo qualquer esperança de paz e segurança.
5.4 VÓS, IRMÃOS, JÁ NÃO ESTAIS EM TREVAS. Os crentes não vivem em pecado e rebelião contra DEUS. Pertencem ao dia, e não experimentarão a noite da ira determinada por DEUS (vv. 8,9)
5.6 VIGIEMOS. "Vigiar" (gr. gregoreo) significa "manter-se acordado e alerta". O contexto (vv. 4-9) indica que Paulo não está exortando seus leitores a ficarem à espera do "Dia do Senhor" (v. 2), mas a estarem espiritualmente preparados para escapar da ira do Dia do Senhor (cf. 2.11,12; Lc 21.34-36).
 (1) Se quisermos escapar da ira de DEUS (v. 3), devemos permanecer espiritualmente acordados e moralmente alertas, e devemos continuar na fé, no amor e na esperança da salvação (vv. 8,9; ver Lc 21.36; Ef 6.11).
(2) Visto que os fiéis serão protegidos da ira de DEUS, por meio do arrebatamento (ver v. 2), não devem temer o "Dia do Senhor", mas "esperar dos céus a seu Filho... JESUS, que nos livra da ira futura" (1.10)
5.6 SEJAMOS SÓBRIOS. A palavra "sóbrio" (gr. nepho) tinha dois significados nos tempos do NT.
(1) O significado primário e literal, conforme explicam vários léxicos do grego, é "um estado de abstinência de vinho", "não beber vinho", "abster-se de vinho", "estar totalmente livre dos efeitos do vinho" ou "estar sóbrio, abstinente de vinho". A palavra tem um segundo sentido, metafórico, de alerta, vigilância ou domínio próprio, i.e., estar espiritualmente alerta e controlado, exatamente como alguém que não toma bebida alcoólica.
(2) O contexto deste versículo deixa ver que Paulo tinha em mente o significado literal. As palavras "vigiemos e sejamos sóbrios" são contrastadas com as palavras do versículo seguinte: "os que se embebedam embebedam-se de noite" (v. 7). Sendo assim, o contraste que Paulo fez entre nepho e a embriaguez física indica que ele tinha em mente o sentido literal: "abstinência do vinho". Compare com a declaração de JESUS a respeito dos que comem e bebem com os ébrios, e assim são apanhados desprevenidos na sua volta (Mt 24.48-51). O que não deixa de alertar para a sobriedade espiritual (sem envolvimento com seitas e heresias).
5.9 DEUS NÃO NOS DESTINOU PARA A IRA. Uma razão por que a esperança da volta de CRISTO é tão grande consolo para os crentes (1Ts 4.17,18) é que Ele nos livra da terrível ira de DEUS, i.e., os juízos do Dia do Senhor (vv. 2,3; cf. Ap 6.16,17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).
5.10 VIVAMOS JUNTAMENTE COM ELE. Paulo identifica nosso livramento do dia da ira de DEUS, bem como nossa esperança da salvação, com a morte sacrificial de CRISTO e seu retorno para nos levar à vida eterna juntamente com Ele.


OBJETIVO GERAL - Enfatizar a gloriosa esperança dos cristãos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ressaltar a consciência de Paulo diante da morte;
Apresentar a doutrina bíblica de Paulo sobre a volta do Senhor;
Expor sobre os tempos e as estações até a volta do Senhor.
 

Resumo da Lição 13, A Gloriosa Esperança do Apóstolo
I – A CONSCIÊNCIA DE PAULO DIANTE DA MORTE
1. Uma morte como oferta de sacrifício (2 Tm 4.6).
2. “Combati o bom combate” (2 Tm 4.7).
3. Gratidão e esperança (2 Tm 4.7,8).
II – A DOUTRINA BÍBLICA DE PAULO SOBRE A VOLTA DO SENHOR
1. A volta do Senhor em 1 Tessalonicenses.
2. As duas fases dessa vinda.
3. Sobre a Grande Tribulação.
III – DOS TEMPOS E DAS ESTAÇÕES ATÉ A VOLTA DO SENHOR
1. Uma atenção à expressão “dos tempos e das estações”.
2. Uma dimensão do ESPÍRITO; uma dimensão do porvir.
3. ESPÍRITO e Porvir: temas da nossa pregação.

  
 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv-1trim2016.htm
 
 
Os Deveres Ministeriais. A Expectativa Alegre do Apóstolo - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT (Com algumas modificações do Pr. Henrique)
2 Timóteo 4:1-8
Observe:
I
Quão solenemente essa ordem é introduzida (v. 1): Conjuro-te, pois, diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino. Observe: Os melhores homens precisam ter um grande temor na execução do seu dever. O trabalho de ministro não é uma coisa indiferente, mas absolutamente necessária. Ai daquele que não anunciar o evangelho (1 Co 9.16). Para levá-lo à fidelidade, ele deve considerar: 1. Que o olho de DEUS PAI e de JESUS CRISTO estava sobre ele: Conjuro-te diante de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO; isto é, “como tu guardas o favor de DEUS e JESUS CRISTO; como tu buscas ser aprovado por DEUS e por JESUS CRISTO, tanto pelas obrigações da religião natural quanto da religião revelada; como tu darás retorno ao DEUS que te criou e ao Senhor JESUS CRISTO te redimiu”. 2. Ele o conjura já que terá de responder a isso no grande dia, lembrando-o do julgamento vindouro, que é confiado ao Senhor JESUS, no Tribunal de CRISTO. Isso interessa a todos, tanto aos ministros quanto às pessoas. Ele aparecerá; Ele virá a segunda vez, na primeira fase, no arrebatamento; será uma aparição misteriosa, como a palavra epifaneia indica. (3) E nós estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17) na Nova Jerusalém (Jo 14.3).
O assunto da conjuração (vv. 2-5).
1. Ele é conjurado a pregar a palavra. Essa é a função dos ministros: uma revelação é confiada a eles. Não são as suas próprias idéias e concepções que devem pregar, mas a pura e clara Palavra de DEUS; e eles não a devem corromper, mas com sinceridade falam de CRISTO, como de DEUS na presença de DEUS (2 Co 2.17) e CRISTO crucificado e resurreto..
2. Ele é conjurado a instar o que pregava e a instilar a Palavra com toda seriedade nos seus ouvintes: “Insta a tempo e fora de tempo, redargúe, repreende, exorta; faz esse trabalho com todo fervor de espírito. Insiste com aqueles que estão debaixo da tua responsabilidade a tomarem cuidado com o pecado e a cumprirem o seu dever: insiste para que se arrependam, creiam e vivam uma vida santa, a tempo e fora de tempo. A tempo, quando estiverem livres para ouvir a ti, quando alguma oportunidade especial se apresentar de falar a eles. Não somente isso, mas faze-o fora de tempo, mesmo quando não há a aparente probabilidade para despertá-los para o evangelho, porque tu não sabes, mas o ESPÍRITO de DEUS pode fazer isso neles; porque o vento sopra onde quer; e pela manhã, semeamos a nossa semente e, à tarde, não retiramos a nossa mão” (Ec 11.6). Devemos fazê-lo a tempo, isto é, não deixar escapar a oportunidade; e fazê-lo fora de tempo, isto é, não esquivar-nos do dever, com o pretexto de que é fora de tempo.
3. Ele deve falar às pessoas a respeito das suas faltas: “Redargúe, repreende. Convence as pessoas perversas do mal e do perigo dos seus caminhos perversos. Procura esforçar-te, lidando claramente com elas, para levá-las ao arrependimento. Repreende-as com seriedade e autoridade, em nome de CRISTO, para que tomem o seu desagrado como uma indicação do desagrado de DEUS”.
4. Ele deve orientar, encorajar e estimular aqueles que começaram bem. “Exorta (persuada a permanecer firme e perseverar até o fim) com toda a longanimidade e doutrina”. (1) Ele deve fazê-lo com muita paciência: com toda a longanimidade. “Se você não vir o resultado dos seus esforços no presente, não entregue os pontos; não se dê o luxo de ficar cansado e desanimado em falar com eles”. Enquanto DEUS mostra a eles toda longanimidade, os ministros devem exortar com toda longanimidade. (2) Ele deve fazê-lo racionalmente, não com paixão, mas com doutrina, ou seja: “Para submetê-los às boas práticas, instile neles bons princípios. Ensine-os a verdade em JESUS, submeta-os a uma fé firme. Isso será um meio de tirá-los do mal e trazê-los para o bem”. Observe: [1] O trabalho do ministro tem várias partes: ele deve pregar a palavra, redargüir, repreender e exortar. [2] Ele deve ser muito diligente e cuidadoso. Ele deve instar a tempo e fora de tempo. Ele não deve poupar esforços, mas deve ser insistente com eles para cuidar da alma e dos interesses eternos deles.
5. Ele deve ser sóbrio em tudo. “Procure uma oportunidade para fazer-lhes o bem; não deixe escapar a oportunidade, por meio da sua negligência. Esteja atento ao seu trabalho. Esteja atento contra as tentações de Satanás, para não ser distraído. Zele pelas almas daqueles que foram confiados a você”.
6. Ele deve contar com as aflições, suportá-las e tirar o máximo proveito delas. Kakopatheson, suporta com paciência. “Não desanime diante das dificuldades, mas suporte-as com uma serenidade de espírito. Habitue-se às privações”.
7. Ele deve conservar na memória o seu ofício e realizar as suas tarefas: Faze a obra de um evangelista. O ofício dos evangelistas era, como ministros de CRISTO (Ef 4.11), pregar o evangelho com poder a todos os povos. Eles não eram pastores estabelecidos, mas evangelizavam de casa em casa e instruiam aos crentes quanto às coisas espirituais. Esse era o trabalho de Timóteo.
8. Ele deve cumprir o seu ministério: Cumpre o teu ministério (Efésios 4.11 - Havia uma grande confiança depositada nele, e, portanto, ele deve corresponder a essa confiança e realizar todas as partes do seu ofício com diligência e cuidado. Desperte o Dom que há em ti (2 Tm 1.6). Observe: (1) Um ministro deve contar com aflições no cumprimento fiel do seu dever. (2) Ele deve suportá-las com paciência, como um herói cristão. (3) Essas aflições não devem desanimá-lo em seu trabalho, porque ele deve fazer o seu trabalho, e cumprir o seu ministério. (4) A melhor maneira de cumprir o nosso ministério é realizá-lo integralmente, em todas as suas partes com o trabalho apropriado.

III
Os motivos para reforçar a ordem.
1. Porque erros e heresias estavam sendo introduzidos na igreja, por meio dos quais a mente de muitos cristãos professos seria corrompida (vv. 3,4): “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina. Portanto, aproveita o tempo presente, quando suportarão a sã doutrina. A igreja em seu início é mais propícia a ouvir a sã doutrina e praticá-la; com o tempo aparecem os falsos mestres e falsos pastores e falsos obreiros e falsos irmãos. Procura esforçar-se agora, porque é época de plantio; quando os campos estão brancos para a colheita, lança a foice, porque o vento presente da oportunidade logo acabará. Não sofrerão (suportarão) a sã doutrina. Haverá aqueles que amontoarão para si doutores e desviarão os ouvidos da verdade; portanto, segura tantos quantos puderes, para que, quando essas tempestades e tumultos surgirem, eles estejam bem firmados e a apostasia deles seja impedida”. As pessoas devem ouvir, e ministros devem pregar, para o tempo futuro, e guardá-los das injúrias que provavelmente surgirão no futuro, embora ainda não tenham surgido. Eles desviarão os ouvidos da verdade. Eles se cansarão do verdadeiro evangelho de CRISTO, e, então, se voltarão às fábulas e terão prazer nelas, e DEUS os entregará à operação do erro, porque não receberam a verdade em amor (2 Ts 2.11,12). Observe: (1) Esses doutores foram amontoados por eles e não foram enviados por DEUS, mas eles os escolheram para satisfazer as suas concupiscências e as cócegas dos seus ouvidos. (2) As pessoas agem assim quando não suportam a sã doutrina, a pregação perscrutadora, clara e com propósito e aí escolhem seus próprios doutores. (3) Há uma grande diferença entre a Palavra de DEUS e a palavra desses doutores; uma é a sã doutrina, a palavra da verdade, a outra é formada apenas de fábulas. (4) Esses que se voltam às fábulas, primeiro afastam seus ouvidos da verdade, porque não conseguem ouvir e prestar atenção nas duas coisas, da mesma forma que não podem servir a dois senhores. Por isso, lemos: voltando às fábulas. DEUS, de maneira justa, permite que aqueles que se cansaram da verdade se voltem às fábulas e os entrega para que sejam desviados da verdade pelas fábulas.
2. Porque Paulo, da sua parte, quase tinha concluído o seu trabalho: cumpre o teu ministério [...], porque eu já estou sendo oferecido etc. (v. 6).
(1) “Portanto, haverá tantas oportunidades a mais para você”. Quando os trabalhadores são tirados da vinha, não é hora de perderem tempo aqueles que ficam no trabalho, mas de dobrar a sua diligência. Quanto menos mãos houver para trabalhar tanto mais laboriosas devem ser as mãos daqueles que estão no trabalho.
(2) “Cumpri o trabalho dos meus dias e da minha geração. Faça o mesmo nos seus dias e na sua geração”.
(3) O conforto e alegria de Paulo, na medida em que a sua partida se aproximava, deveriam encorajar Timóteo a esforçar-se ao máximo em ser diligente e sério no seu trabalho. Paulo era um velho soldado de JESUS CRISTO, Timóteo tinha sido recentemente alistado. “Venha”, diz Paulo, “tenho visto que o nosso Senhor é amável e a sua obra é boa. Posso olhar para trás para a minha batalha com uma boa parte de prazer e satisfação; e, portanto, não tema as dificuldades que precisa enfrentar. A coroa da vida é tão certa como se já estivesse na sua cabeça; e, portanto, suporte as aflições, e cumpra plenamente o seu ministério”. A coragem e conforto de santos e ministros que estão morrendo são uma grande confirmação da verdade da religião cristã e um grande encorajamento para os santos e ministros vivos em relação ao seu trabalho. Aqui o apóstolo volta seu olhar para sua morte iminente: já estou sendo oferecido. O ESPÍRITO SANTO revelava de cidade em cidade que prisões e tribulações o esperavam (At. 20.23). Ele estava agora em Roma e é provável que tenha recebido um claro toque do ESPÍRITO de que ali ele deveria selar a verdade com o seu sangue, e ele entende que esse momento estava se aproximando: já estou sendo derramado; assim está no original: ede spendomai, isto é, já sou um mártir nos meus sentimentos. Isso alude à oferta de libação; porque o sangue dos mártires, embora não fosse um sacrifício de expiação ou propiciação, era um sacrifício de gratidão para a honra da graça de DEUS e de suas verdades. Paulo era um imitador de CRISTO em tudo, até mesmo na morte por perseguição e inveja de seus opositores. Observe:
[1] O prazer que ele tem em falar da morte. Ele a chama de sua partida; embora seja provável que tenha antevisto que teria uma morte violenta e sangrenta, mesmo assim a chama de sua partida ou sua libertação. A morte para um homem justo é a sua libertação da prisão deste mundo e sua partida para o gozo do outro mundo: ele não deixa de existir, mas é apenas removido de um mundo para outro.
[2] O prazer com que ele olha para a vida que tinha vivido (v. 7): Combati o bom combate, acabei a carreira etc. Ele não temia a morte, porque tinha o testemunho da sua consciência de que pela graça de DEUS ele tinha, em alguma medida, correspondido às expectativas do propósito da vida. Como cristão, como ministro, ele tinha combatido o bom combate. Ele tinha realizado o serviço, passado pelas dificuldades da sua batalha e tinha sido um instrumento ao levar avante as gloriosas vitórias do Redentor exaltado sobre os poderes das trevas. Sua vida foi uma carreira, e ele a tinha concluído. Como sua batalha tinha sido cumprida, assim sua corrida tinha acabado. “Guardei a fé. Guardei as doutrinas do evangelho e nunca neguei nenhuma delas”. Note que, em primeiro lugar, a vida de um cristão, mas especialmente de um ministro, é um combate e uma corrida, às vezes comparada a um ou ao outro nas Escrituras. Em segundo lugar, esse é um bom combate, uma boa milícia. A causa é boa, e a vitória é certa, se continuarmos fiéis e corajosos. Em terceiro lugar, devemos combater esse bom combate, devemos concluí-lo e terminar nossa carreira. Não devemos parar até que sejamos mais do que vencedores por aquele que nos amou (Rm 8.37). Em quarto lugar, é um grande consolo para um santo moribundo quando ele pode olhar para trás e dizer com o nosso apóstolo: “Combati etc. Guardei a fé, a doutrina da fé e a graça da fé”. Se pudermos falar da mesma maneira, ao nos aproximar do final dos nossos dias, sentiremos um consolo inexprimível. Portanto, precisamos continuar nos esforçando, contando com a graça de DEUS, para que possamos terminar nossa carreira com alegria (At 20.24).
[3] O prazer com que ele olha para a vida futura (v. 8): Desde agora, a coroa da justiça me está guardada etc. Ele havia sofrido perda por CRISTO, mas estava certo de que ganharia a CRISTO (Fp 3.8). Que isso possa servir de ânimo para Timóteo para suportar as dificuldades como um bom soldado de JESUS CRISTO, que há uma coroa da vida para ele, a glória e a alegria que abundantemente compensarão todas as dificuldades e privações do combate presente. Observe: Ela é chamada de coroa da justiça, porque será a recompensa dos nossos serviços, que o Senhor não esquecerá, porque não é injusto para esquecer, e porque a nossa santidade e justiça serão aperfeiçoadas e serão a nossa coroa. DEUS a dará como justo juiz e não permitirá que alguém se desvie. Essa coroa da justiça não era somente para Paulo, como se pertencesse somente aos apóstolos, aos ministros famosos e aos mártires, mas par a todos os que amarem a sua vinda. Observe: A natureza de todos os santos é amar a vinda de JESUS CRISTO: eles amaram a sua primeira vinda, quando Ele apareceu para tirar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb 9.26). Eles têm prazer em refletir a respeito dela. Eles aguardam ansiosos pela segunda vinda de CRISTO naquele grande Dia. Eles a amam e a aguardam com ansiedade. Em relação àqueles que amam a vinda de JESUS CRISTO, Ele virá para a alegria deles. Existe uma coroa de justiça reservada para eles, que na segunda vinda de JESUS CRISTO será dada a eles (Hb 9.28). Disso, podemos aprender que, em primeiro lugar, o Senhor é o Juiz justo, porque seu julgamento é de acordo com a verdade. Em segundo lugar, a coroa dos crentes é uma coroa de justiça, comprada pela justiça de CRISTO e guardada como recompensa pela justiça dos santos. Em terceiro lugar, essa coroa, que os crentes deverão usar, é depositada para eles. Eles não a têm na era presente, porque aqui eles são somente herdeiros. Ela não é deles como uma posse, e, mesmo assim, ela é certa, porque foi depositada para eles. Em quarto lugar, o justo Juiz a dará a todos que amam a sua vinda, se preparam para ela e anelam por ela. Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor JESUS! (veja Ap 22.20).
 
 
 
 
TRIBUNAL DE CRISTO
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. 1 Coríntios 3:12-15
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Romanos 14:10-12.
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal. 2 Coríntios 5:10
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-ftc-1tr16-o-tribunal-de-cristo-e-os-galardoes.htm
 
 
 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ftc-1tr16-a-grande-tribulacao.htm
 
 
A Vinda de CRISTO  - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Primeira fase da segunda vinda - arrebatamento
Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. 1 Tessalonicenses 4:13-18
 
1 Tessalonicenses 5:1-5
Nestas palavras, observe:
I
O apóstolo deixa claro aos Tessalonicenses que era desnecessário perguntar acerca do tempo específico da vinda de CRISTO: acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva (v. 1). CRISTO certamente virá, e há um tempo específico decretado para a sua vinda; mas não havia a necessidade de o apóstolo escrever a este respeito, e, portanto, não há dia marcado e revelado para qualquer ser humano. Nem eles nem nós deveríamos perguntar acerca desse segredo, que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder (veja At 1.7). Daquele Dia e hora ninguém sabe (veja Mt 24.36). O próprio CRISTO não revelou a hora quando esteve na terra; não fazia parte da sua comissão como o grande profeta da Igreja: Ele também não o revelou aos seus apóstolos; não havia necessidade disso. Há tempos e estações para fazermos nosso trabalho: o nosso dever e interesse é conhecer e observar; mas não sabemos os tempos e estações quando devemos prestar contas, nem é necessário que o saibamos. Observe: Existem muitas coisas que a nossa vã curiosidade deseja saber em que não há necessidade para tal, e o nosso conhecimento a respeito delas não nos faria bem algum. Estejamos todos prontos todos os dias, esperando a volta de JESUS para nos buscar. Isso é o correto.
II
Ele relata que a vinda de CRISTO será súbita e uma grande surpresa para a maioria das pessoas (v. 2). E isso eles sabiam perfeitamente, ou deveriam saber, porque nosso Senhor assim havia dito: o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis (Mt 24.44). Lemos também em Marcos 13.35,36: Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E, sem dúvida, o apóstolo tinha anunciado a eles acerca da vinda de CRISTO, bem como da sua vinda súbita, que é o significado da sua vinda como o ladrão de noite (veja Ap 15.15). Como o ladrão geralmente vem no tempo tranqüilo da noite, quando ele é menos esperado, assim será o Dia do Senhor; tão súbita e surpreendente será a sua aparição. A compreensão disso será mais útil do que saber o tempo exato, porque isso deveria nos despertar para levantar e vigiar, para estarmos prontos quando Ele chegar.
 
Na segunda fase da segunda vinda de JESUS, quando Ele virá em glória e com a Igreja, juízos acontecerão. O dia do Senhor. Após a Grande Tribulação.

III
Ele deixa claro quão terrível a vinda de CRISTO será para os incrédulos (v. 3). O Dia do Senhor significará a destruição deles. O DEUS justo trará ruína para os seus inimigos e os inimigos do seu povo. E essa destruição será total e final, de modo que: 1. Ela será súbita. Ela os surpreenderá, e cairá sobre eles, no meio da sua segurança e animação carnal, quando dizem em seu coração: Há paz e segurança, quando sonham de felicidade e se deleitam com diversões vãs das suas fantasias e paixões, e não pensam nisso – como as dores de parto sobrevirão àquela que está grávida, no tempo devido, mas talvez a vinda não seja esperada naquele momento, muito menos temida. 2. Ela também será uma destruição inevitável: de modo nenhum escaparão; eles de modo nenhum escaparão. Não haverá meios possíveis para evitar o terror nem o castigo daquele dia. Não haverá lugar onde se escondam os que praticam a iniqüidade (veja Jó 34.22), nem abrigo da tempestade, nem sombra do calor abrasador que consumirá os ímpios.
IV
Ele descreve quão confortador esse dia será para os justos (vv. 4,5). Observe aqui: 1. A posição e o privilégio deles. Eles não estão em trevas; eles são filhos da luz etc. Essa era a condição bem-aventurada dos Tessalonicenses, como é o caso de todos os cristãos verdadeiros. Eles não estavam em um estado de pecado e ignorância como o mundo pagão. Eles, noutro tempo, eram trevas, mas, agora, foram feitos luz no Senhor (veja Ef 5.8). Eles foram favorecidos com a divina revelação das coisas que são invisíveis e eternas, especialmente em relação à vinda de CRISTO, e às conseqüências disso. Eles eram filhos do dia, porque a estrela d’alva tinha aparecido sobre eles; sim, o Sol da justiça tinha aparecido sobre eles com cura sob suas asas. Eles não estavam mais debaixo das trevas do paganismo, nem debaixo das sombras da lei, mas debaixo do evangelho, que traz vida e incorrupção à luz (2 Tm 1.10). 2. O grande benefício deles: que aquele Dia não os surpreenda como um ladrão (v. 4). Pelo menos seria culpa deles próprios se fossem surpreendidos por aquele Dia. Eles receberam um aviso claro e ajuda suficiente para precaver-se contra aquele Dia e podem aguardar com conforto e confiança diante do Filho do homem. Isso seria um tempo de refrigério pela presença do Senhor, que aparecerá sem pecado, aos que o esperam para a salvação, e virá a eles como amigo durante o dia, não como ladrão à noite.
 
 
Vigilância e Sobriedade - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
1 Tessalonicenses 5:6-10
De acordo com o que tinha sido dito, o apóstolo apresenta exortações adequadas a diversas obrigações necessárias.
I
Vigilância e sobriedade (v. 6). Essas obrigações são distintas, mas se complementam mutuamente. Porque, enquanto somos rodeados por tantas tentações à intemperança e excesso, não permaneceremos sóbrios, se não estivermos atentos, e, se não permanecermos sóbrios, não vigiaremos por muito tempo.
1. Então, não durmamos... como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios; não devemos estar despreocupados e descuidados, nem tolerar indolência espiritual e preguiça. Não devemos estar de guarda baixa, mas continuamente vigiar contra o pecado e as tentações. A maioria das pessoas é descuidada demais em relação às suas obrigações e desatenta em relação aos seus inimigos espirituais. Elas dizem: Há paz e segurança, quando estão em grande perigo, desperdiçam os preciosos momentos dos quais depende a eternidade, alimentando sonhos inúteis, e não se preocupam mais com o outro mundo do que as pessoas que estão dormindo. Ou eles não se preocupam nem um pouco com as coisas do outro mundo, porque estão dormindo, ou não pensam nelas da forma correta, porque estão sonhando. Mas nós precisamos agir como pessoas que estão acordadas e que estão vigiando. 2. Que também sejamos sóbrios, ou controlados e moderados. Que mantenhemos nossos desejos e apetites naturais em relação às coisas deste mundo dentro dos devidos limites. A sobriedade geralmente se opõe ao excesso de alimento e bebida, e, nesse caso, ela se opõe à embriaguez. Mas ela também se estende a todas as outras coisas temporais. Assim, nosso Salvador advertiu seus discípulos a olhar por eles, para que não aconteça que o seu coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre eles de improviso aquele dia (Lc 21.34). Nossa eqüidade então, como para todas as coisas temporais, deve ser notória a todos os homens, porque perto está o Senhor (veja Fp 4.5). Além disso, vigilância e sobriedade são bastante convenientes ao caráter e privilégio cristãos, pelo fato de serem filhos do dia; porque os que dormem dormem de noite, e os que se embebedam embebedam-se de noite (v. 7). É uma coisa bastante vergonhosa dormir durante o dia, que foi feito para trabalhar e não para dormir, estar embriagado durante o dia, quando tantos olhos estão voltados para eles, para observar sua vergonha. Não seria tão estranho se esses que não tinham o benefício da revelação divina se deixassem embalar no sono da segurança carnal pelo Diabo, e se eles colocassem as rédeas ao redor do pescoço dos seus apetites e se deixassem levar por toda forma de confusão e excessos; porque para eles era noite. Eles não estavam conscientes do perigo, portanto dormiam; eles não estavam cientes das suas obrigações, portanto estavam embriagados: mas para os cristãos isso seria tremendamente prejudicial. E como! Acaso os cristãos, que têm a luz do evangelho bendito brilhando em seus rostos, seriam negligentes acerca de sua alma e descuidados em relação ao outro mundo? Esses que têm tantos olhos voltados para si próprios deveriam conduzir-se com uma decência peculiar.
II
Estar bem armado e vigilante: colocar toda a armadura de DEUS. Isso é necessário para que essa sobriedade seja uma preparação para o Dia do Senhor, porque nossos inimigos espirituais são muitos, poderosos e malignos. Eles seduzem muitos para os seus interesses, e os mantêm neles, ao torná-los descuidados, seguros e presunçosos, ao torná-los ébrios – ébrios de orgulho, ébrios de paixão, ébrios e tontos de presunção, ébrios com as gratificações dos sentidos. Por isso precisamos nos preparar contra essas investidas, ao vestir a couraça espiritual para proteger o coração, e o capacete espiritual para guardar a cabeça; e essa armadura espiritual consiste de três grandes graças dos cristãos: fé, amor e esperança (v. 8). 1. Devemos viver pela fé, e isso nos manterá vigilantes e sóbrios. Se cremos que os olhos de DEUS (ESPÍRITO) estão sempre sobre nós, que temos inimigos espirituais com os quais devemos lutar, que existe um mundo de espíritos que devemos enfrentar, veremos motivos para vigiar e estar sóbrios. A fé será nossa melhor defesa contra os assaltos dos nossos inimigos. 2. Devemos ter um coração inflamado de amor; e essa também será a nossa defesa. Um amor verdadeiro e fervoroso por DEUS e pelas coisas de DEUS nos manterá vigilantes e sóbrios e impedirá a nossa apostasia em tempos de dificuldades e tentações. 3. Devemos tornar a salvação a nossa esperança. Devemos ter uma esperança viva a esse respeito. Essa boa esperança, por meio da graça, de vida eterna, será como um capacete para defender nossa cabeça e impedir que sejamos intoxicados com os prazeres do pecado, que são por pouco tempo. Se temos uma esperança viva em relação à salvação, tomemos cuidado para não fazermos coisas que ponham em risco a nossa esperança, ou nos tornem indignos ou desqualificados para a grande salvação pela qual esperamos. Tendo mencionado a salvação e a esperança dela, o apóstolo mostra quais fundamentos e motivos os cristãos têm para esperar por essa salvação; no entanto, ele não diz nada que os façam merecê-la. Não, a doutrina do nosso merecimento está em completo desacordo com as Escrituras; não há fundamento para esse tipo de doutrina. Mas nossas esperanças devem estar fundamentadas: (1) No destino de DEUS: porque DEUS não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação (v. 9). Se remontássemos a nossa salvação à primeira causa, seria o desígnio de DEUS. Aqueles que vivem e morrem na escuridão e ignorância, que dormem e estão embriagados como na noite, são claramente destinados para a ira; mas quanto aos que são do dia, se vigiarem e permanecerem sóbrios, é evidente que são destinados para a aquisição da salvação. E a certeza e a firmeza do destino divino são o grande apoio e encorajamento da nossa esperança. Se obtivéssemos a salvação por mérito ou poder próprios, teríamos pouca ou nenhuma esperança dela; mas quando reconhecemos que a obtemos pela virtude do desígnio de DEUS, que certamente não pode ser abalado (para que o propósito de DEUS, segundo a eleição, ficasse firme), nisso edificamos uma esperança inabalável, especialmente quando consideramos que: (2) O mérito e a graça vêm de CRISTO, e que a salvação é pelo nosso Senhor JESUS CRISTO, que morreu por nós. Portanto, nossa salvação e nossas esperanças estão fundamentadas na redenção de CRISTO, e, como devemos pensar no desígnio e propósito graciosos de DEUS, também devemos pensar na morte e sofrimento de CRISTO, para esse fim, para que, quer vigiemos, quer durmamos (quer vivamos ou morramos, porque a morte não passa de um sono para os crentes, como o apóstolo tinha anunciado anteriormente), vivamos juntamente com CRISTO, vivamos em união e em glória com Ele para sempre. E, como é a salvação que os cristãos esperam para estarem para sempre com o Senhor, assim o fundamento da esperança deles é a sua união com Ele. E se eles estão unidos com CRISTO, e vivem nele, e vivem para Ele, aqui, a morte não será nenhum prejuízo para a vida espiritual, muito menos para a vida de glória no futuro. Pelo contrário, CRISTO morreu por nós para que, em vida ou na morte, sejamos dele; para que possamos viver para Ele enquanto estivermos aqui, e viver com Ele quando sairmos daqui.
 
 
 
Várias Exortações. O Dever em relação aos Companheiros Cristãos - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
1 Tessalonicenses 5:11-15
Nestas palavras, o apóstolo exorta os Tessalonicenses a realizarem diversos deveres.
I
Em relação àqueles que estavam intimamente ligados uns aos outros. Isso deveria consolá-los, ou exortar um ao outro e edificar um ao outro (v. 11). 1. Eles devem confortar ou exortar a si mesmos e uns aos outros; porque a palavra original pode ser traduzida das duas maneiras. E podemos observar: As pessoas que sabem confortar-se são capazes e aptas a confortar os outros; assim, o modo de confortar-nos a nós mesmos, ou prover conforto aos outros, é sujeitar-nos à exortação da palavra. Observe: Não deveríamos apenas ser cuidadosos acerca do nosso conforto e bem-estar, mas também promover o conforto e bem-estar aos outros. Foi Caim que disse: Sou eu guardador do meu irmão? Devemos levar as cargas uns dos outros e assim cumprir a lei de CRISTO. 2. Eles devem edificar uns aos outros, ao seguir as coisas que servem... para a edificação de uns para com os outros (Rm 14.19). Uma vez que os cristãos são pedras vivas que se unem e formam uma casa espiritual, eles devem se empenhar em fomentar o bem de toda a igreja ao promover a obra da graça uns nos outros. É nosso dever estudar aquilo que serve para a edificação daqueles com quem nos conectamos, para agradar a todos para o verdadeiro proveito deles. Devemos transmitir nosso conhecimento e experiência uns aos outros. Devemos nos unir em oração e louvor uns com os outros. Devemos ser um bom exemplo uns para com os outros. E é o dever, especialmente daqueles que moram na mesma vizinhança e família, confortar e edificar uns aos outros; essa é a melhor vizinhança, o melhor meio de cumprir a finalidade da sociedade. Como as pessoas que estão intimamente ligadas têm as maiores oportunidades, assim elas estão debaixo de maior obrigação, de fazer o bem umas às outras. Foi isso que os Tessalonicenses fizeram (como também o fazeis), e é isso que eles são exortados a continuar fazendo cada vez mais. Observe: Aqueles que fazem o que é bom precisam de mais exortação para estimulá-los a fazer o bem, e a fazer ainda mais, além de continuar fazendo o que já estão fazendo.
 
 
A segunda prisão de Paulo em Roma e seu martírio - Comen. Expo. H. D. Lopes (com odificaçoes do Pr Henrique)
(2Tm 4.6-22)
A primeira prisão de Paulo foi por motivação religiosa; a segunda, por moti­vos políticos. A primeira prisão estava ligada à perseguição judaica; a segunda, vinculada ao decreto do imperador. Da primeira prisão, Paulo saiu para dar continuidade à obra missionária; da segunda, Paulo saiu para o martírio.
Em 49 d.C., o imperador Cláudio expulsou de Roma todos os judeus (Atos 18.2). Muitos deles, a essa altura, já eram cristãos. Mas, em 64 d.C., houve um terrível incêndio em Roma, e o imperador Nero lançou a culpa dessa tragédia sobre os judeus e os cristãos.
Nero chegou ao poder em outubro de 54 d.C. Insano, pervertido e mau, era filho de Agripina, mulher promíscua e perversa. Na noite de 17 de julho de 1964, um catastrófico incêndio estourou em Roma. O fogo durou seis dias e sete noites. Dez dos quatorze bairros da cidade foram destruídos pelas chamas vorazes.
Segundo alguns historiadores, o incêndio foi provocado pelo próprio Nero, que assistiu ao horrendo espetáculo do topo da torre Mecenas, no cume do Paladino, vestido como um ator de teatro, tocando sua lira e cantando versos acerca da destruição de Troia. Pelo fato de dois bairros em que havia grande concentração de judeus e cristãos não terem sido atingidos pelo incêndio, Nero encontrou uma boa razão para culpar os cristãos pela tragédia.
A partir daí, a perseguição contra os cristãos tornou­-se insana e sangrenta. Faltou madeira na época para fazer cruz, tamanha a quantidade de cristãos crucificados. Os crentes eram amarrados em postes e incendiados vivos para iluminar as praças e os jardins de Roma. Outros, segundo o historiador Tácito, foram jogados nas arenas enrolados em peles de animais, para que cães famintos os matassem a dentadas. Outros ainda foram lançados no picadeiro para que touros enfurecidos os pisoteassem e esmagassem. A loucura de Nero só não foi mais longe porque, em 68 d.C., boa parte do império se rebelou contra ele, e o senado romano o depôs. Desesperado, sem ter para onde ir, Nero se suicidou.
No tempo em que explodiu essa brutal perseguição, Paulo estava fora de Roma, visitando as igrejas. Por ser o líder maior do cristianismo, tornou-se alvo dessa ensandecida cruzada de morte. Possivelmente quando estava em Trôade, na casa de Carpo, foi preso pelos agentes de Nero e levado a Roma para ser jogado numa masmorra úmida, fria e insalubre. Foi dessa prisão que Paulo escreveu essa carta a Timóteo. E digno de destaque que nessa carta Paulo não pede oração para sair da prisão nem expressa expectativa de prosseguir em seu trabalho missionário. O idoso apóstolo está convencido de que a hora de seu martírio havia chegado.
Como Paulo encerra a sua carreira? Que avaliação faz de sua vida? Se esse veterano apóstolo fosse examinado pelas lentes da teologia da prosperidade, seria um fracasso. O maior pregador, missionário, teólogo e plantador de igrejas da história do cristianismo está velho, jogado numa masmorra, pobre, cheio de cicatrizes, abandonado no corredor da morte. O grande apóstolo dos gentios está sozinho num calabouço romano, sem dinheiro, sem amigos, sem roupas para enfrentar o inverno, sofrendo as mais amargas privações. Como esse homem se sente? Como ele avalia seu passado, seu presente e seu futuro?
Destacamos a seguir alguns pontos fundamentais acerca da atitude desse bandeirante da fé no momento em que se viu no corredor da morte.
A vida não é simplesmente viver; a morte não é simplesmente morrer (2Tm 4.6-8)
Em 2Timóteo 4.6-8, Paulo faz uma profunda análise do seu ministério e, antes de fechar as cortinas da sua vida, abre-nos uma luminosa clareira com respeito a seu passado, presente e futuro. Acompanhemos sua análise.
Em primeiro lugar, Paulo olhou para o passado com gratidão. Combatí o bom combate, completei a carreira, guardei a fé (4.7). O que fora um propósito, ou seja, completar a carreira (At 20.24), era agora um retrospecto. Paulo está passando o bastão para o seu filho Timóteo, mas, antes de enfrentar o martírio, relembra, como havia sido sua vida: um duro combate. A vida para Paulo não foi uma feira de vaidades nem um parque de diversões, mas um combate renhido. Hans Burki diz que Paulo lutou contra poderes sombrios da maldade; contra Satanás; contra vícios judaicos, cristãos e gentílicos; contra hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto; contra fanáticos e desleixados em Tessalônica; contra gnósticos e judaizantes em Efeso e Colossos; e, não por último - no poder do ESPÍRITO SANTO -, contra o velho ser humano dentro de si mesmo, tribulações externas e temores internos. Acima de tudo e em todas as coisas, porém, lutou em prol do evangelho, a grande luta de sua vida, seu bom combate. O apóstolo podería morrer tranquilo porque havia concluído sua carreira, e isso era tudo o que lhe importava (At 20.24). Mas ele também deixa claro que nessa peleja jamais abandonou a verdade nem negou a fé. Não morre bem quem não vive bem. A vida é mais do que viver, e a morte é mais do que morrer.
Em segundo lugar, Paulo olhou para o presente com serenidade. Quanto a mim, estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegadoif.G) O veterano apóstolo sabe que vai morrer. Mas não é Roma que tirará a vida; é ele quem vai oferecê-la. E ele não vai oferecê-la a Roma, mas a DEUS. Stott diz que Paulo compara sua vida com um sacrifício e uma oferta para DEUS.215 John N. D. Kelly explica que essa metáfora vivida é tirada do costume litúrgico judaico de derramar, como o ritual preliminar da oferenda diária no templo e de certos sacrifícios, uma libação (oferta de bebida) de vinho ao pé do altar (Ex 29.40; Nm 28.7).216 Hans Burki acrescenta que a libação, feita de vinho forte, não era o sacrifício propriamente dito. Pelo contrário, era derramada sobre o animal a ser sacrificado (Nm 15.1-10). Paulo, portanto, entendia sua morte como oferenda derramada sobre o sacrifício da igreja (Fp 2.17) e derramada no mais verdadeiro sentido sobre o holocausto [sacrifício total] do Messias JESUS (Rm 8.32).
Paulo se refere à sua morte como uma partida. John N. D. Kelly diz corretamente que Paulo usa a palavra partida como um eufemismo para a morte, evocando o quadro de um navio levantando âncora ou de um soldado ou viajante levantando acampamento. Para Calvino, a palavra partida contém um testemunho da imortalidade da alma, pois a morte é apenas uma separação da alma do corpo. Assim, a morte não é outra coisa senão a partida da alma quando se separa do corpo. Para o apóstolo Paulo, a morte dos crentes equivale a partir para estar com CRISTO, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.23); é deixar o corpo e habitar com o Senhor (2Co 5.8); é lucro (Fp 1.21). A Bíblia diz que a morte dos santos é preciosa aos olhos do Senhor (SI 116.15); é bem-aventurança (Ap 14.13), pois é ser levado para o seio de Abraáo (Lc 16.22), ir ao paraíso (Lc 23.43) e ir para a casa do Pai (Jo 14.2).
A palavra grega analysis, partida, era usada em quatro circunstâncias. O primeiro significado se relaciona a aliviar alguém de uma carga. A morte é descansar das fadigas (Ap 14.13). O segundo refere-se a soltar um prisioneiro. Paulo vislumbrava sua libertação, não sua execução. Matthew Henry diz que a morte para um homem justo é sua liberta­ção da prisão deste mundo e sua partida para o gozo do outro mundo: ele não deixa de existir, mas é apenas removido de um mundo para outro. O terceiro significado é levantar acampamento e deixar a tenda temporária para voltar para o lar. A morte para Paulo significava mudar de endereço.
Era deixar este mundo e ir para a casa do Pai. Era deixar o corpo e habitar com o Senhor (2Co 5.8). Era partir e estar com CRISTO, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.23). E o quarto significado é desatar o barco e singrar as águas do rio e atravessar para o outro lado. A morte para Paulo significava fazer a última viagem da vida, rumo à Pátria celestial. A morte não o intimidava. Ele sabia em quem havia crido e para onde estava indo. Ele mesmo chegou a afirmar: Para mim o viver é CRISTO e o morrer é lucro (Fp 1.21).
Em terceiro lugar, Paulo olhou para o futuro com esperança. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda (4.8). A gratidão do dever cumprido, associada à serenidade de saber que estava indo para a presença de JESUS, dava a Paulo uma agradável expectativa do futuro. Mesmo que o imperador o condenasse à morte e o tribunal de Roma o considerasse culpado, o reto e justo Juiz revogaria o veredito de Nero, considerando-o sem culpa e dando-lhe a coroa da justiça. Como num brado de triunfo diante do martírio, Paulo proclama: Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz me dará naquele Dia! Carl Spain destaca que a coroa de Paulo não era um símbolo de sua justiça, nem uma recompensa por ele merecida. CRISTO era a sua recompensa (Fp3.8,13,14). Concordo com Stott quando ele escreve:
Nosso DEUS é o DEUS da história. DEUS está executando o seu propósito ano após ano. Um obreiro pode cair, mas a obra de DEUS continua. A tocha do evangelho é transmitida de geração em geração. Ao morrerem líderes da geração anterior, é da maior urgência que se levantem aqueles da geração seguinte e com coragem tomem os seus lugares. O coração de Timóteo deve ter sido profundamente tocado por essa exortação do velho guerreiro Paulo, que o levara a CRISTO.
 


SUBSÍDIOS DA Lição 13, A Gloriosa Esperança do Apóstolo - 4TR21-CPD
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Esta aula é uma oportunidade ímpar para falar da esperança cristã. Todo verdadeiro cristão tem uma esperança latente em sua caminhada com CRISTO no mundo: o dia do encontro com o seu Senhor. O apóstolo Paulo cultivava diariamente essa esperança. Seu desejo era estar com CRISTO para sempre. Que a lição desta semana nos ajude a priorizar a esperança cristã em nossa caminhada com CRISTO. Uma das bençãos mais extraordinária é preservar a esperança cristã diante das experiências difíceis no mundo.

PONTO CENTRAL - A volta do Senhor é a gloriosa esperança dos cristãos.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O apóstolo Paulo pensava na sua morte como uma oferta de sacrifício.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A volta de CRISTO se dará em duas fases: primeira, somente para os santos; segunda, para todos os homens.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A mensagem pentecostal traz consigo o poder do ESPÍRITO e a esperança no porvir.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO TOP1
Inicie esta lição relembrando a lição passada, onde tratamos da coragem do apóstolo diante da morte. Mostre aos alunos que a coragem de Paulo diante da morte tinha como base a esperança cristã no porvir. Se cultivarmos diariamente essa esperança, tendemos a perder o medo que paralisa. Quem perde esse medo é capaz de fazer coisas extraordinárias. Por isso, afirme que se cultivarmos uma verdadeira esperança no porvir, lidaremos melhor com as coisas presentes. Quanto mais ligados ao futuro celestial, melhor lidaremos com o presente material. É tempo de aprofundar essa certeza imaterial cristã, para viver num mundo materialista e anticristão. Atentemos para essência do que JESUS nos ensinou: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).
 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“A Bíblia indica dois aspectos da Segunda Vinda de CRISTO. Por um lado, Ele virá como Preservador, Libertador ou Protetor ‘da ira vindoura’ (1 Ts 1.10). ‘Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira’ (Rm 5.9). Devemos manter-nos espiritualmente vigilantes, viver a vida sóbria, equilibrada com domínio próprio, e usar a armadura do Evangelho: a fé, o amor e a esperança da salvação, ‘porque DEUS não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor JESUS CRISTO, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros’ (1 Ts 5.9-11).
[...] Por outro lado, a justiça de DEUS será vindicada ‘quando se manifestar o Senhor JESUS desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a DEUS e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO... quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele dia, em todos os que creem’ (2 Ts 1.7,8,10)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.632,33).

CONHEÇA MAIS TOP2
*Sobre as Duas Fases da Segunda Vinda
“Arrebatamento. [Se dará] nos ares, CRISTO vem para aqueles que lhe pertencem.
Manifestação Gloriosa. CRISTO vem à terra com aqueles que lhe pertencem.” Para ler mais, consulte a Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, editada pela CPAD, p.415
 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“O desejo do apóstolo Paulo não era estar com Abraão, mas, sim, com o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao morrer), estaria presente com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). Essa foi a promessa de JESUS ao ladrão moribundo na cruz: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso’ (Lc 23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, que também chama de Paraíso (2 Co 12.1-5). JESUS diz que se trata de um lugar preparado, onde há bastante espaço (Jo 14.2). É um lugar de grande alegria, de comunhão com CRISTO e com os irmãos na fé, que ressoa adorações e cânticos (Ap 4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4).
[...] Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que será imortal, que não estará sujeito à morte nem à decadência” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.622).
 

PARA REFLETIR - A respeito de “A Gloriosa Esperança do Apóstolo”,, responda:
Como o apóstolo via o seu martírio iminente? O apóstolo via o seu martírio iminente como uma oferta apresentada sobre o altar do sacrifício.
Que combate devemos combater? Resposta pessoal.
Qual assunto é tratado nos capítulos 4 e 5 de 1 Tessalonicenses? O capítulo 5 é a continuidade acerca do assunto da parousia, ou seja, a volta do nosso Senhor, iniciado no capítulo 4.
A Igreja passará pela Grande Tribulação? Não passaremos pelo período do juízo divino, denominado de a Grande Tribulação. A Igreja de nosso Senhor será retirada antes do período de derramamento do santo juízo.
O que as Escrituras mostram sobre a relação do Batismo no ESPÍRITO SANTO com os últimos dias? As Escrituras Sagradas mostram que o derramamento do ESPÍRITO SANTO em Pentecoste anuncia os últimos dias (At 1.5; cf. Jl 2.30).

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 87, p. 42.