Escrita Lição 2, Quem era Jó, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 2, Quem era Jó
 
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
 
 
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Ajuda - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/jolicao1.htm (2003)
Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/10/escrita-licao-2-quem-era-jo-pr-henrique.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/10/slides-da-licao-2-quem-era-jo-pr.html
Vídeo desta Lição https://www.youtube.com/watch?v=fbFrkAXI9fI
 
 


TEXTO ÁUREO
“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal.” (Jó 1.1)
 

VERDADE PRÁTICA
Quem zela por um caráter irrepreen­sível obtém testemunho acerca de sua integridade.


LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 1.1 Um homem sincero, reto, temente a DEUS e desviava-se do mal
Terça - Jó 1.2 Um homem com uma família sólida
Quarta - Jó 1.3 Um homem materialmente próspero
Quinta - Jó 1.4 Um homem com uma família festiva
Sexta - Jó 1.5 Um homem de vida piedosa
Sábado - Jó 1.8 Um homem de caráter irrepreensível, testemunhado pelo próprio DEUS
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.1-5
1 - Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal. 2 - E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3 - E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente. 4 - E iam seus filhos e faziam banque- tes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 5 - Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.

OBJETIVO GERAL - Demonstrar que Jó foi um homem rico, mas que, diferente dos demais, tinha um caráter íntegro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mencionar que Jó procurou viver de forma íntegra e justa;
Citar a prosperidade de Jó como consequência do favor de DEUS;
Destacar a piedade pessoal de Jó como modelo para os crentes.
 
 
Resumo da Lição 2, Quem era Jó
I – UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL
1. Íntegro (sincero) (v.1).
2. Reto (v.1).
3. Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1).
II – UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO
1. Um conselheiro sábio.
2. Um homem próspero.
3. Uma prosperidade baseada no “ser”
III – UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL
1. Um homem dedicado à família.
2. Um homem de moral e piedade.
3. Um homem de vida consagrada.
 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/jolicao1.htm
 
INTRODUÇÃO
Quem era Jó?
Jó foi considerado pelo próprio DEUS como um dos três homens mais piedosos de todos os tempos (Ez 14.14) (até a época de Ezequiel).
Seu nome significa "Voltado para DEUS" e é uma revelação fiel de sua pessoa. Um homem, que apesar de viver em um tempo sem muita revelação de DEUS, pôde provar ao maior inimigo de nossas almas, Satanás, que o homem, por mais cheio de defeitos que seja, mesmo assim, pode ser fiel a DEUS, apesar das provações que por certo virão em seu viver terreno; pois tem os olhos do entendimento voltados para seu autor e consumador da fé, JESUS CRISTO, o remidor de nossas almas.
 
JÓ E SEUS FILHOS
PERGUNTA IMPORTANTE
JÓ IA ÀS FESTAS NAS CASAS DE SEUS FILHOS? A ESPOSA DE JÓ IA ÀS FESTAS NAS CASAS DE SEUS FILHOS? NÃO.
POR QUE JÓ ORAVA SEMPRE POR SEUS FILHOS E OFERECIA SACRIFÍCIOS POR CADA UM DELES E OS SANTIFICAVA APÓS CADA FESTA QUE FESTEJAVAM? ALGUÉM ACHA MESMO QUE JÓ IA SE LEVANTAR DE MADRUGADA, SANTIFICAR SEUS FILHOS E SACRIFICAR UM ANIMAL PARA CADA FILHO SE SEUS FILHOS FOSSEM SANTOS?
E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:4,5
Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:18,19 - VEJA, JÓ E A ESPOSA NÃO IAM ÁS FESTAS DE SEUS FILHOS.
 
 
Jó era de Uz
(Strong Português)
עוץ ÌUwts
Uz = “arborizado”
A terra de Jó; provavelmente a leste e sudeste da Palestina em algum lugar no deserto árabe
 
 
Seu nome pode indicar "homem que suporta adversidades"
 איוב ’Iyowb
Jó = “odiado”???
Um patriarca, o tema do livro de Jó
voltando sempre para DEUS, hostilizado, isto é, o que suporta as adversidades
Correto; inatacável (RA: Jó 1.1; Tg 1.4). Bíblia Almeida Revista e Atualizada.
da terra de Uz: Jó 1:1; Ez 14:14; Tg 5:11.
Homem paciente: Tg 5:11.
Perdeu suas propriedades: Jó 1:13–17.
Perdeu os filhos: Jó 1:18,19.
Perdeu a saúde: Jó 2:7–9.
Sentiu falta de compaixão: Jó 16:1–3.
Perdeu os amigos: Jó 30:1–10.
Conservou fé vitoriosa, embora provada ao máximo: Jó 19:1–27.
Orou pelos amigos e foi liberto: Jó 42:10.
Obteve a restauração das bênçãos: Jó 42:11,13.
Ver tb: Jó 2:3, Jó 42:1, Is 32:11
 
 
Jó era o maioral do Oriente
 קדם qedem ou קדמה qedmah
Oriente
1) oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
1a) frente, da frente ou do oriente, em frente, monte do Oriente
1b) tempo antigo, tempos antigos, antigo, de antigamente, tempo remoto
1c) antigamente, antigo (advérbio)
1d) começo
1e) oriente adv.
2) rumo a leste, para ou em direção ao oriente
 
 
Jó - Dicionário Biblia Almeida
Um dos livros de SABEDORIA do AT. Trata do sofrimento humano. Nele conta-se a história de Jó, um homem bom, fiel a DEUS, rico e feliz, que de repente perde os filhos, todos os bens e ainda é atacado por uma doença dolorosa e nojenta. Seus amigos, em diálogos poéticos, procuram achar explicação para tanta desgraça, considerando o sofrimento como resultado do pecado. Para eles, DEUS sempre recompensa os bons e castiga os maus. Mas Jó reage contra essa explicação, chegando até a desafiar a DEUS. DEUS não responde às perguntas de Jó, mas fala do seu próprio poder e sabedoria, levando Jó a humilhar-se diante dele. Mesmo assim, fica provado que os seus amigos estavam errados e que Jó estava certo. Em conclusão, DEUS repreende os amigos de Jó por não haverem entendido a razão do seu sofrimento e por terem defendido idéias erradas a respeito de DEUS. A Jó, porém, DEUS recompensa, devolvendo-lhe em dobro tudo o que antes possuía, pois ele, mesmo com a sua impaciência, as suas reclamações e os seus protestos, conservou a fé num DEUS que é justo. Ele reconheceu que os seres humanos não podem compreender tudo, nem explicar bem a razão por que às vezes os justos sofrem.
 
 
Jó - Dicionário Bíblico Wycliffe
A despeito do caráter quase poético do prólogo e do epílogo do livro de Jó, e da poesia do discurso central sugerirem que nem todas as características de sua história tenham sido descritas de forma absolutamente literal, a narrativa de Jó e nas experiências representam uma história verídica, e não uma ficção. Essa conclusão é necessária devido às referências feitas a Jó em outras passagens bíblicas (veja Ez 14.14,20; Tg 5.11), e é confirmada pela finalidade desse livro, que é a de exaltar o nome de DEUS e suas soberanas realizações na história.
O lar de Jó estava localizado em algum lugar situado a leste da Palestina, nas proximidades da fronteira com o deserto. Existem várias indicações de que ele viveu na era patriarcal: sua longevidade (Jó aparentemente viveu cerca de dois séculos); o florescimento da verdadeira religião apoiada em uma divina revelação fora da comunidade da aliança de Abraão; e certas características sociais e étnicas primitivas como a condição de nômades dos caldeus e a forma patriarcal de prestar culto e oferecer sacrifícios. Além disso, ele tinha um nome usado por um grande número de semitas da região ocidental no início do segundo milênio a.C., mas que não é encontrado no primeiro milênio. Esse nome aparece nos textos de Execração de Berlim, do Egito, como Ayyabum (ANET, p. 239), e nas cartas de Amarna, como Ayal (ANET, p. 486), assim como nos textos acadianos de Mari e Alalakh.
Materialmente próspero e genuinamente piedoso, Jó viven talvez durante 70 anos sob o manifesto favor dos homens e de DEUS. Então, uma repentina e quase total reversão de todas as suas circunstâncias terrenas introduziu a grande crise qne deu à sua vida um significado especial para a história da redenção (Jó 1 ; 2). A partir da agonia e do enigma de seus sofrimentos levantou-se a queixa de Jó (Jó 3), e uma discussão longa e formal entre ele e seus três amigos filósofos (Jó 4-31). Esse debate serviu para mostrar a insensatez da sabedoria tradicional do mundo, que levou os amigos de Jó ao juízo totalmente falso de que seus sofrimentos eram uma condigna conseqüência de um radical abandono do temor a DEUS.
Mas foi necessária a revelação da voz do próprio Senhor saindo do rodemoinho, uma revelação preparada pelo ministério de seu jovem servo Eliú (Jó 32-37) para levar o atormentado sofredor de volta à paz de uma humilde e confiante devoção ao Senhor (Jó 38.1-42.6). Dessa forma, e ao contrário das alegações do adversário maligno, ele foi submetido à prova para ser um troféu da graça divina.
Como um pedido de Jó perante os olhos de seus acusadores humanos, DEUS coroou a vida terrena de seu servo com um duplo restabelecimento.M. G. K.
 
Jó, antes de conhecer a DEUS face a face foi um homem extremamente religioso, demonstrando uma fidelidade a DEUS invejável. Homem que se distingia dos demais na integridade, retidão, temente a DEUS e se desviava do mal. Era homem sábio, abastado e próspero. Um homem dedicado à família, de moral e piedade e de vida consagrada. Depois de passar por duras provas e conhecer a DEUS mais intimamente se tornou muito espiritual, possuindo melhor e mais do que antes, e sendo extremamente feliz com sua famnília por mais 140 anos que DEUS lhe concedeu. E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Jó 42:16
 
 
I – UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL
 
JÓ - UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL
Significado de Caráter:
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. https://www.significados.com.br/
Íntegro (sincero) (v.1); Reto (v.1); Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1); Um conselheiro sábio; Um homem próspero; Uma prosperidade baseada no “ser”; Um homem dedicado à família; Um homem de moral e piedade e Um homem de vida consagrada.

1. Íntegro (sincero) (v.1).
 
 תם tam
Íntegro, Sincero
1) perfeito, completo
1a) completo, perfeito
1a1) pessoa a quem não falta força física, beleza, etc.
1b) são, saudável
1b1) uma pessoa normal, pessoa calma
1c) íntegro, moralmente inocente, que tem integridade
1c1) pessoa moral e eticamente pura
 
 
O caráter define o que uma pessoa é de verdade. Ela é vista a partir dos valores que governam a sua vida interior. O “mau-caráter” define uma pessoa que não merece confiança, que é desonesta e que, portanto, não possui valores nobres. Jó não era um homem sem pecado, mas tinha um caráter irretocável. Nesse sentido, os primeiros versículos do livro possuem vários adjetivos que descrevem o seu caráter. No primeiro, o autor o apresenta como um homem íntegro. A palavra “íntegro”, que traduz o hebraico tām, possui o sentido de inocente, sem culpa. No grego, segundo a Septuaginta, a palavra alethinós remete ao que é verdadeiro. Assim, podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com DEUS e os homens.
 

2. Reto (v.1).
 
 ישר yashar
Reto
1) reto, honesto, correto, direito
1a) reto, plano
1b) certo, agradável, correto
1c) direto, justo, honesto, conveniente, próprio
1d) honestidade, retidão, honesto
1e) aquilo que é honesto (substantivo)
 
Ele também era um homem reto que, no hebraico yāšār, tem um sentido de alguém justo, direito. Na Septuaginta, de acordo com o grego amemptos, possui o sentido de irrepreensível. Portanto, o homem de Uz era justo, reto, direito e se comportava de maneira irrepreensível.
 

3. Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1).
 
 ירא yare’
Temente a DEUS
1) temente, reverente, medroso
 
 
 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9.12)
Desviava do mal
1) desviar-se, afastar-se
1a) (Qal)
1a1) desviar-se do rumo, entrar
1a2) partir, afastar-se do caminho, evitar
1a3) ser removido
1a4) chegar ao fim
1b) (Polel) desviar
1c) (Hifil)
1c1) fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
1c2) pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
1d) (Hofal) ser levado embora, ser removido
 
 
 Jó é descrito como alguém temente a DEUS, que desviava-se do mal. Estas palavras, de acordo com os termos relativos ao hebraico, sur e yare, traduzem a ideia de alguém que prestava reverência a DEUS e evitava o mal. Já na Sepetuaginta, os termos relativos ao grego, theosebés e apecho, trazem o sentido de alguém devotado ao culto e à adoração a DEUS e que, por isso, mantinha o mal sempre à distância.
As Escrituras mostram que, muito antes de Salomão, Jó praticava o que o homem mais sábio do mundo, posteriormente, ensinaria: “Teme ao SENHOR e aparta-te do mal” (Pv 3.7).
 

II – UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO

1. Um conselheiro sábio.
 
Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho. Acabada a minha palavra, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles; porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia. Jó 29:21-23
 
Há pessoas ricas que nem são sábias nem tampouco prósperas. Possuem conhecimento, mas não entendimento; riquezas, mas não prosperidade. Jó distingue-se nesse aspecto.
Ele foi um homem sábio, rico e próspero. A Bíblia afirma que Jó era “maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3). “Maior” aqui não pode ser entendido apenas como uma referência a bens materiais, mas também à sua sabedoria. Estudiosos destacam que Jó era mais importante em sabedoria, riqueza e piedade do que qualquer outra pessoa daquela região e ressaltam o reconhecimento da sabedoria de Jó conforme se destacava a sabedoria dos orientais expressa em provérbios, canções e histórias. Isso fazia dele um homem proeminente, a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação (Jó 29.21,22).
 
Um homem rico - Riqueza expressa quantidade - O homem de Uz não era apenas rico, mas, sobretudo, próspero. O texto sagrado destaca que, além de sua esposa, ele tinha sete filhos e três filhas (v.2). Para os padrões da época, possuía uma família com o formato ideal. Ele também era um fazendeiro bem sucedido. Em sua fazenda havia sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; e tinha também muitíssima gente a seu serviço (v.3).
 

2. Um homem próspero.
 
Prosperidade na bíblia indica ter recebido algo de DEUS e ter repassado para outros. É ser canal de bênçãos.
Jó recebeu várias riquezas (em quantidade).
Abastado financeiramente - Ajudava aos pobres e necessitados.
Sábio - Dava conselhos a todos.
Temente a DEUS - Orava por todos.
Íntegro e Reto - Dava bom testemunho diante de sua família, de seus funcionários, de seus amigos e da sociedade.
Família Grande - Amava a todos, os santificava,  orava por eles e sacrificava por eles.
 

3. Uma prosperidade baseada no “ser”.
 
DE ONDE VINHA TUDO O QUE JÓ POSSUÍA? ATÉ O DIABO SABIA. Então, respondeu Satanás ao Senhor e disse: Porventura, teme Jó a DEUS debalde? Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. Jó 1:9,10
Jó era rico porque DEUS lhe abençoou.
Jó, portanto, possuía um grande patrimônio e uma bela família. Sua prosperidade se refletia na relação harmoniosa entre ele, sua família, seus negócios e, sobretudo, DEUS. Não era uma prosperidade estabelecida somente no “ter”, mas, principalmente, no “ser”.
 

III – UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL

1. Um homem dedicado à família.
 
Jó enxergava a situação espiritual de seus filhos e se preocupava, era um pai exemplar, porém seus filhos não são mencionados como imitadores de seu pai.
Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:5
Nem Jó e nem sua esposa iam às festas de seus filhos (receberam notícias deles, não estavam lá na festa).
Quando terminavam suas festas, lá ia Jó orar por seus filhos, santificar a cada um e oferecer sacrifício por cada um.
Os filhos de Jó não tiveram filhos, demonstrando falta de bênção de DEUS sobre eles.
Os homens influenciavam suas irmãs para participarem de suas festas. Levavam suas irmãs e comiam e bebiam vinho em suas festas.
“Iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles” (1.4).
A família em harmonia sem o pai e a mãe presentes? Não é possível.
Não se vê falar deles trabalhando, mas só festejando com bebida presente.
Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:18,19
DEUS deu a Jó filhos mais excelentes depois de sua prova. Eles deram a Jó netos, bisnetos e tataranetos.
 

2. Um homem de moral e piedade.
 
Jó era um homem extremamente religioso. Era temente a DEUS como Cornélio, em Atos.
 
IMPRESSIONANTE A SEMELHANÇA ENTRE JÓ E CORNÉLIO - DOIS HOMENS BONS QUE NECESSITAVAM TER UM ENCONTRO PESSOAL COM DEUS. Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal. Jó 1:1
 
E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana, piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a DEUS. Atos 10:1,2
 
 Jó foi um homem que possuia uma forte moralidade e uma sólida espiritualidade. Além de seu caráter irretocável, o texto deixa claro que ele tinha uma vida piedosa (Jó 1.5). Essa piedade está presente não apenas nos primeiros capítulos, mas em todo o livro. Mesmo nos momentos de desespero, como consequência de sua provação, ele sempre mantinha seus olhos em DEUS. Essa piedade era a causa da dedicação de Jó à família.
 

3. Um homem de vida consagrada.
 
Jó nos mostra um homem de oração. Um homem temente a DEUS. Um homem de caráter. Um homem muito religioso.
Jó santificava seus filhos, provavelmente com oração a favor deles, dando a cada um a oportunidade de pedir perdão a DEUS, provavelemente um jejum devia ser feito.
Jó se levantava de madrugada e oferecia sacrifícios pelos seu filhos como um sacerdote, um animal morria em lugar de cada um de seus filhos.
 
 
A piedade de Jó está evidente no cuidado espiritual que ele tinha com os filhos. Jó sempre orava por eles: “Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1.5). Como sacerdote de seu lar, Jó cumpria o ritual do culto em favor de sua família. O levantar cedo ou de madrugada, como expressão idiomática do hebraico bíblico, é uma forma de enfatizar a piedade de Jó. Essa devoção é demonstrada pela consagração vivida por ele. O texto diz que ele se “santificava”. O vocábulo português “santificava” traduz o termo hebraico, qadash, que possui o sentido de ser separado ou consagrado. Uma pessoa que é consagrada é uma pessoa que ora, uma pessoa que ora é uma pessoa consagrada. Portanto, à luz da vida de Jó, somos instados a viver uma vida consagrada diante de DEUS e dos homens.
 

CONCLUSÃO
Aprendamos com Jó a sermos filhos do DEUS altíssimo.
JÓ ERA UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL - Era Íntegro (sincero), Reto, Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1).
JÓ ERA UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO - Era um conselheiro sábio, era um homem próspero e era possuidor de uma prosperidade baseada no “ser”
JÓ ERA UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL - Jó era um homem dedicado à família, um homem de moral e piedade e um homem de vida consagrada.
 
 
 
 
 
 
1º Semestre de 2003 - O sofrimento dos justos e o seu propósito - Pr. Claudionor de Andrade
Lição 1 - Um Homem Chamado Jó
 
 
Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-fhsd-4tr20-O%20Livro%20de%20J%C3%B3.html
 
 
TEXTO ÁUREO:
"Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a DEUS, e desviando-se do mal" (Jó 1.8).
 
OBSERVASTE TU A MEU SERVO JÓ? A essa altura, o livro apresenta o conflito entre DEUS e o seu grande adversário, Satanás. 
DEUS aqui repta Satanás a observar em Jó o triunfo da graça e salvação divinas. Na vida deste seu servo fiel, DEUS demonstrou que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é exeqüível.
Através de Jó DEUS está provando que o homem não precisa ser comprado ou bajulado para servir e ser fiel a DEUS, antes a fé traz a obediência, e esta não é pelo medo, mas pelo amor. 
 
VERDADE PRÁTICA:
Para quem ama e serve fielmente a DEUS, o sofrimento não é propriamente um problema; é uma solução: leva-nos a uma comunhão mais perfeita com o Todo-Poderoso.
 
 
Leitura Diária:
Segunda Jó 1.1 O homem que se destacou por sua piedade
Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal.
JÓ. Tudo indica que Jó viveu na época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó, 
aproximadamente em 2100-1800 a.C.). A maioria dos eruditos crê que a terra de Uz ficava a sudeste da Palestina e do mar Morto, ou ao norte da Arábia. Outros crêem que a terra de Uz ficava ao nordeste do mar da Galiléia, na direção de Damasco.
1.1 SINCERO, RETO E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL. 
(1) O temor de DEUS e o desviar-se do mal são o fundamento da vida irrepreensível e da retidão de Jó (cf. Pv 1.7). "Sincero" refere-se à integridade moral de Jó e à sua sincera dedicação a DEUS; "reto" denota retidão nas palavras, nos pensamentos e atos. 
(2) Esta declaração da retidão de Jó é reafirmada pelo próprio DEUS no versículo 8 e em 2.3 onde, claramente, se vê que DEUS, pela sua graça, pode redimir os seres humanos caídos, e torná-los genuinamente bons, retos e vitoriosos sobre o pecado. Esta declaração envergonha e expõe os erros do ensino evangélico modernista, o qual afirma que: 
(a) nenhum crente em CRISTO, mesmo com toda assistência do ESPÍRITO SANTO, pode ter a mínima esperança de ser irrepreensível e reto nesta vida; e 
(b) os crentes podem estar certos de que pecarão todos os dias, por palavras, pensamentos e obras, sem nenhuma esperança de vencer a carne nesta vida.
 
Terça Ez 14.14 Um dos homens mais santos de todos os tempos
 ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor JEOVÁ.
NOÉ, DANIEL E JÓ. O julgamento que estava para vir sobre Jerusalém era tão certo que até mesmo estes três homens de DEUS, conhecidos pela sua retidão (Gn 6.9; Jó 1.1,8; 2.3; Dn 6.4,5,22), não poderiam livrar ninguém mediante as suas orações intercessórias.
 
Quarta Ez 14.20 Um homem justo
Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça.
Numa galeria de somente três heróis da fé em todo o Antigo Testamento, Jó se destaca como um entre esses três; isso é prova de sua sinceridade e vontade de servir a DEUS.
 
Quinta Tg 5.11 Um homem paciente
Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
A PACIÊNCIA DE JÓ. A palavra traduzida por "paciência" (gr. hupomone) seria melhor interpretada por "perseverança" ou "resistência". É perseverar em meio a todas as provações, sem perder a fé em DEUS. Essa paciência brota de uma fé que triunfa até ao fim entre sofrimentos (Jó 13.15). O fim das provações que o Senhor enviou a Jó, revela que, em todas as suas aflições, DEUS cuidava dele e o sustentava na sua misericórdia. Tiago faz-nos saber que DEUS tem cuidado de todo o seu povo e que, nos sofrimentos, Ele o susterá com amor e misericórdia (ver Jó 6.4 ; 42.10).
 
Sexta Jó 42.9 Um homem aceitável diante de DEUS
Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes dissera; e o SENHOR aceitou a face de Jó.
 
Sábado Jó 42.10 Um homem de oração
E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.
O SENHOR ACRESCENTOU A JÓ OUTRO TANTO EM DOBRO A TUDO QUANTO DANTES POSSUÍA. A restauração das riquezas de Jó revela o propósito de DEUS para todos os crentes fiéis. 
(1) Cumpriu-se o propósito divino restaurador, concernente ao sofrimento de Jó. DEUS permitira que Jó sofresse, por motivos que ele não compreendia. DEUS nunca permite que o crente sofra sem um propósito espiritual, embora talvez ele não compreenda por que. Nesses casos o crente deve confiar em DEUS, sabendo que Ele, na sua perfeita justiça, fará o que é sempre melhor para nós e para seu reino. 
(2) Jó reconciliou-se com DEUS, passando a ter uma vida abundantemente abençoada. Isto revela que por maiores que forem as aflições ou dores que os fiéis tenham que passar, DEUS, no momento certo, estenderá a mão para ajudar os que perseverarem, concedendo-lhes cura e restauração totais. "Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso" (Tg 5.11). 
(3) Todos que permanecerem fiéis a DEUS, nas provações e aflições desta vida, chegarão por fim àquele estado de delícia e bem-aventurança na presença de DEUS, por toda a eternidade (ver 2 Tm 4.7,8; 1 Pe 5.10; Ap 21; 22.1-5).
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: JÓ 1.1-5
1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal.2 E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.3 E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.4 E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.5 Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
MEUS FILHOS. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus 
filhos. Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a DEUS para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de DEUS a salvação e suas bênçãos. Jó exemplifica o pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessários para mantê-los afastados do pecado (ver Lc 1.17)
 
 
Comentários
 
 
LIVRO DE JÓ - COMENTÁRIOS DA BEP - CPAD
 
1.1 JÓ. Tudo indica que Jó viveu na época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó, aproximadamente em 2100-1800 a.C.). A maioria dos eruditos crê que a terra de Uz ficava a sudeste da Palestina e do mar Morto, ou ao norte da Arábia (ver a introdução ao livro de Jó). Outros crêem que a terra de Uz ficava ao nordeste do mar da Galiléia, na direção de Damasco.


1.1 SINCERO, RETO E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL. (1) O temor de DEUS e o desviar-se do mal são o fundamento da vida irrepreensível e da retidão de Jó (cf. Pv 1.7). "Sincero" refere-se à integridade moral de Jó e à sua sincera dedicação a DEUS; "reto" denota retidão nas palavras, nos pensamentos e atos. (2) Esta declaração da retidão de Jó é reafirmada pelo próprio DEUS no versículo 8 e em 2.3 onde, claramente, se vê que DEUS, pela sua graça, pode redimir os seres humanos caídos, e torná-los genuinamente bons, retos e vitoriosos sobre o pecado. Esta declaração envergonha e expõe os erros do ensino evangélico modernista, o qual afirma que: (a) nenhum crente em CRISTO, mesmo com toda assistência do ESPÍRITO SANTO, pode ter a mínima esperança de ser irrepreensível e reto nesta vida; e (b) os crentes podem estar certos de que pecarão todos os dias, por palavras, pensamentos e obras, sem nenhuma esperança de vencer a carne nesta vida.


1.5 MEUS FILHOS. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus filhos. Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a DEUS para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de DEUS a salvação e suas bênçãos. Jó exemplifica o pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessários para mantê-los afastados do pecado (ver Lc 1.17)

 
Livro de Jó 
Ponto de comparação
Outras referências
    bíblicas
3:17-19
Os mortos não sabem nada, mas estão como os adormecidos.
Ec.9:5,10;  Jo1:11-14;
1Co.15:20
10:4 
DEUS não julga com base no ponto de vista humano.
1Sm.16:7
10:8, 9, 
10:11, 12 
O grande cuidado de DEUS 
em criar o homem.
Sl.139:13-16
12:23
DEUS deixa as nações ficarem  poderosas e até mesmo unidas contra ele, para que possa com justiça destruí-las de um só golpe.
Re.17:13, 14, 17
14:1-5
Homem nasce em pecado e em  servidão à morte.
Sl.51:5; Ro.5:12
14:13-15 
Ressurreição dos mortos.
1Co.15:21-23
17:9 
O justo não tropeça, não importa o que outros façam.
Sl.119:165
19:25 
O propósito de DEUS é remir (resgatar, livrar) a humanidade fiel.
Rm.3:24; 1Co.1:30
21:23-26 
Todos os homens estão sujeitos ao mesmo evento conseqüente; todos são iguais na morte.
Ec.9:2, 3
24:3-12 
Aflição causada pelos iníquos; cristãos são tratados assim.
2Co.6:4-10; 2Co.11:24-27
24:13-17
Os iníquos amam a escuridão, em vez de a luz; a luz os aterroriza.
 Jo.3:19
26:6
Todas as coisas estão expostas aos olhos de DEUS.
Hb.4:13
27:12 
Os que têm “visões” do seu próprio coração, não de DEUS, proferem coisas vãs.
 Jr.23:16
27:8-10
O apóstata não invocará  genuinamente a DEUS, nem será ouvido por Ele.
Hb.6:4-6
27:16, 17
O justo herdará a riqueza acumulada pelo iníquo.
Dn.6:10,11;Pv.13:22
Cap 28
O homem não pode encontrar verdadeira sabedoria do ‘livro da criação divina’, mas só de DEUS e pelo  temor Dele.
Ec.12:13;1Co.2:11-16
30:1, 2, 8, 12 
Vadios imprestáveis, insensatos, são usados para perseguir os servos de DEUS.
At.17:5
32:22
Conferir títulos antibíblicos é errado.
Mt 23:8-12
 34:14, 15
A vida de toda a carne está  na mão de DEUS. 
Sl.104:29, 30; Is.64:8; 
At.17:25, 28
34:19 
DEUS não é parcial. 
At.10:34
34:24, 25 
DEUS derruba e estabelece governantes a seu bel-prazer.
Dn.2:21; 4:25
36:24; 40:8 
O importante é declarar a justiça de DEUS.
Rm.3:23-26
42:2 
Para DEUS, todas as coisas  são possíveis.
Mt.19:26
42:3 
A sabedoria de DEUS é inescrutável.
Is.55:9; Rm.11:33
http://www.faithofgod.net/Biblia/Antigo/Intrjo.htm
 
Introdução:
Através das experiências de Jó, estaremos enfocando, neste trimestre, a problemática do sofrimento do justo.
 
I- Quem era Jó
Jó foi considerado pelo próprio DEUS como um dos três homens mais piedosos de todos os tempos (Ez 14.14) (até a época de Ezequiel).
Seu nome significa "Voltado para DEUS" e é uma revelação fiel de sua pessoa. Um homem, que apesar de viver em um tempo sem muita revelação de DEUS, pôde provar ao maior inimigo de nossas almas, Satanás, que o homem, por mais cheio de defeitos que seja, mesmo assim, pode ser fiel a DEUS, apesar das provações que por certo virão em seu viver terreno; pois tem os olhos do entendimento voltados para seu autor e consumador da fé, JESUS CRISTO, o remidor de nossas almas.
 
1- A Historicidade de Jó.
Como testemunho de sua história real temos Ezequiel 14.20 e Tg 5.11, provando que tanto no Antigo como no Novo Testamentos a palavra de DEUS dá testemunho da fidelidade de seu servo. Também o próprio inimigo tenta  provar o que ele mesmo testemunhou "In Loco", ou seja estava lá para ficar "vermelho de raiva" por ver a fidelidade e amor de Jó por seu criador. 
Ambiente histórico e geográfico do livro
A. É importante fazer uma distinção entre o tempo em que Jó viveu e o tempo quando o livro de Jó foi escrito.
B. Jó aparentemente viveu durante o tempo dos patriarcas, possivelmente perto do tempo de Abraão.
Autoria do livro de Jó
A. Como se observou acima, é quase certo que o livro de Jó não foi composto no mesmo tempo em que a personagem histórica viveu.
B. O autor não se identifica e temos pouca evidência sobre a qual basear mesmo uma boa suposição.
1. Sugestões de escritores especialistas incluem Moisés, Salomão, Isaías, Jeremias, Baruque e o próprio Jó.
2. Há quem tenha sugerido que o autor viveu nos dias depois do exílio.
C. Naturalmente, mesmo que não saibamos explicitamente quem escreveu o livro de Jó, a consideração importante é que ele foi inspirado. Se aceitarmos o livro como inspirado, então ele faz parte da palavra de DEUS e a pessoa específica que compôs o livro não é importante.
 
2- Sua Terra Natal.
A localização da "terra de Uz" é incerta. Há duas possibilidades principais:
1. Uz era a descrição de uma área entre Damasco e o rio Eufrates e na orla do deserto Arábico.
2. Uz era localizada na fronteira de Edom, no deserto Arábico. Esta possibilidade coloca Jó mais perto das localizações comumente aceitas para os lugares de origem dos três amigos.
3- A época em que viveu.
Jó aparentemente viveu durante o tempo dos patriarcas, possivelmente perto do tempo de Abraão.
Podemos concluir este fato pelas seguintes informações:
1. Não há no livro referências claras à lei de Moisés ou suas instituições. Isto seria incomum se Jó vivesse virtualmente em qualquer tempo depois de Moisés.
2. Jó oferece sacrifícios em favor de sua família, uma prática característica dos dias patriarcais, quando não havia sacerdócio estabelecido comparável com aquele sob a lei mosaica.
3. A provável duração da vida de Jó se ajusta bem ao tempo de vida comum dos patriarcas.
4. Parte da linguagem (mesmo o uso de certas palavras) sugere um ambiente nos dias patriarcais.
5. Dever-se-á notar que a força de alguns argumentos depende em parte da localização da terra de Uz.
 
4- A Teologia de Jó.
 
Propósito do livro
A. Naturalmente, o livro inteiro trata do problema da dor e do sofrimento. Jó volta-se particularmente para o problema do sofrimento inocente.
B. Ao mesmo tempo, parece que este problema é ocasião para uma lição sobre viver pela fé. O livro é uma afirmação da glória e perfeição do Senhor, aquele que é digno de ser adorado e louvado. Observe que a acusação de Satanás concernente ao "serviço egoísta" de Jó é, na realidade, uma acusação contra o próprio DEUS. Satanás está afirmando que não há outra razão para um homem servir a DEUS se não pelas bênçãos físicas e assim DEUS precisa subornar o homem com bênçãos materiais para receber adoração dele. A fidelidade de Jó no meio da tribulação prova ser a defesa do Senhor.
C. Há um bom número de outras doutrinas bíblicas que recebem atenção no livro e às quais daremos atenção nas lições que tratam do texto.
 
a) Jó 5.17 Eis que bem-aventurado é o homem a quem DEUS castiga; não desprezes, pois, o castigo do Todo-poderoso.
Elifaz conclui seu primeiro discurso admoestando Jó: "não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso" (vs. 17-27).
 
1. Ele afirma que DEUS livrará de toda a forma de mal aquele que humildemente se submete a sua correção (vs. 18-22).
 
2. Aceitando humildemente a disciplina de DEUS, ele prosperaria em todos os aspectos (vs. 23-27).
 
O HOMEM A QUEM DEUS CASTIGA. Segundo a idéia de Elifaz, se DEUS repreende uma pessoa e ela corresponde devidamente, DEUS a livrará de todos os seus males e aflições. 
(1) O autor de Hebreus refuta essa idéia enganosa, ao declarar que alguns dos maiores heróis da fé, do AT, foram perseguidos, despojados de todos os seus bens, afligidos, maltratados e até mesmo mortos. Esses justos nunca experimentaram total livramento nesta vida (Hb 11.36-39). 
(2) A Bíblia não ensina, em parte alguma, que DEUS eliminará da nossa vida todas as aflições e sofrimentos. Os santos nem sempre são poupados de sofrimentos nesta vida.
b) Jó 1.21=e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu me o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.
A provação de Jó (1:13-22; 2:7-8)
 
1. Perda dos bens materiais.
Perdeu num só dia seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas.
 
2. Perda dos membros da família e empregados.
Morreram num só dia muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.
10 filhos morreram num só dia.
 
3. Perda da saúde.
a. Alguém poderia sugerir que a doença de Jó possa ter sido uma forma muito severa de lepra, também conhecida como elefantíase-dos-gregos. Esta é conhecida algumas vezes como lepra negra, porque a pele fica enegrecida.
b. Qualquer que fosse a doença, parece claro que Jó sofreu com ela durante algum tempo e que foi muito séria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das passagens seguintes: 2:7-8, 12; 3:24-25; 7:4-5, 13-15; 19:17, 20; 30:17-18, 30.
c. A "cinza" mencionada em 2:8 é uma referência ao lugar fora da cidade onde estrume e outros resíduos seriam descarregados e periodicamente queimados. É bem provável que Jó tenha escolhido seu lugar ali porque sua doença tornava-o indesejável na aldeia.  
         Apesar de seus sofrimentos Jó não se esqueceu daquele que lhe deu tudo e reconhecer isso bendizendo a DEUS. Isso é a mais clara declaração de Mordomia Cristã; estamos na terra e tudo o que possuímos é de DEUS? Lembramos de agradecer-lhe sempre?
42.2 Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido
Essa é  a verdadeira adoração a DEUS, reconhecer que todo o poder pertence a DEUS. É entregar a DEUS todo o nosso ser e confiar que ELE tomará conta de nós.
 
d) Jó 19.25 Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra
 Pela inspiração do ESPÍRITO SANTO, o testemunho de Jó prenunciava JESUS CRISTO como o Redentor que viria salvar seu povo do pecado e da condenação (Rm 3.24; Gl 3.13; 4.5; Ef 1.7; Tt 2.14), livrar os seus do medo da morte (Hb 2.14,15; Rm 8.23), dar-lhes a vida eterna (Jo 3.16; Rm 6.23), livrá-los da ira vindoura (1 Ts 1.10) e publicamente vindicá-los (Ap 19.11-21; 20.1-6). Aqui, Jó estava predizendo a manifestação visível desse Redentor divino.(Embora não o conhecesse, isso é fé justificadora).
d) Jó 9.2 Na verdade sei que assim é; porque como se justificaria o homem para com DEUS?
No cap. 9, Jó reconheceu que não poderia ser perfeitamente justo diante de DEUS. Compreendia que, pela sua própria natureza, era inclinado ao seu próprio eu e ao pecado, e que não era inculpável aos olhos de DEUS (cf. 7.21). Mesmo assim, de todo o coração e alma, tinha resistido ao mal e se desviado dele (1.1,8; 2.3). Estava confiante de não ter pecado gravemente a ponto de merecer semelhante sofrimento (6.24; 7.20). Foi por isso que Jó se queixou que DEUS o castigara sem motivo (vv. 16-20). Mesmo assim, a sua fé ainda se mantivera firme, pois persistia em invocar a DEUS (ver 10.2,8-12; cf. Tg 5.11). 
Não blasfemou contra DEUS (conforme Satanás predisse que ele faria - 1.11; 2.5), embora 
chegasse a falar palavras das quais se arrependeria depois (vv. 17,20,22,23,30,31; 42.3-6)
 
II- A Prosperidade de Jó
O rico Jó (1:1-5)
Ele tinha dez filhos.
 
1- Sua Proverbial Riqueza.
E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço.
São as bênçãos de Jó que ressaltam sua futura pobreza e sofrimento
 
2- Seu Status Social.
Jó era abençoado a ponto de ser a mais grandiosa de todas as pessoas do oriente.  
Sua influência não era apenas política, mas também religiosa, social e financeira.
 
III- O Teste De DEUS A Respeito De Jó
 
Confrontação no céu (1:6-12; 2:1-6)
1. Na primeira confrontação de Satanás com DEUS, Satanás acusa Jó de possuir uma piedade interesseira.
a. Satanás sustenta que se Jó for privado de suas bênçãos materiais, ele cessará de servir ao Senhor.
b. O Senhor concede a Satanás poder para retirar tudo o que Jó tem, mas impede-o de ferir a pessoa de Jó.
 
2. Na segunda confrontação, quando defrontado com a fidelidade de Jó, Satanás afirma que Jó renunciará ao Senhor uma vez que sua pessoa real tenha sido afetada.
 
3. Deve-se notar que:
a. Satanás não tem poder para afligir Jó, a menos que DEUS lho permita.
b. Satanás, mesmo no seu desejo de tentar destruir, realmente serve aos propósitos de DEUS.  
 
1- Um Homem Sincero.
Sem Cera, sem Hipocrisia, Era luz no meio das trevas, falava a verdade sempre.
 
2- Reto.
Era como um Prumo, Não se desviava nem para a direita e nem para a esquerda, não andava à roda de escarnecedores, honesto em seus deveres e negócios.
 
3- Temente a DEUS
A sabedoria vem daí. O temor do Senhor traz sabedoria. É ter os pensamentos voltados para DEUS 24 horas por dia. É vigiar e estar atento à voz de DEUS sempre.
 
4- Que Se Desvia Do Mal.
O servo do Senhor deve se desviar do mal e não enfrentar o mal. Fugi de toda a aparência do mal é a ordem para nós. Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós; veja que espiritualmente nós resistimos às armadilhas de Satanás e materialmente fugimos de toda a aparência do mal para que não venhamos a cair nas astutas ciladas do inimigo.
 
IV- Um Pai De Família Exemplar
Um pai que exercia o sacerdócio em seu Lar, orando, intercedendo e sacrificando a DEUS pelos seus filhos. Parece que seus filhos não davam muito valor à educação que recebiam, pois viviam em festas com comida e vinho e não foram salvos da destruição como foi Jó, seu pai, que mesmo pedindo para morrer escapou da morte, pois DEUS em sua infinita sabedoria o poupou, pois tinha coisas melhores e mais excelentes preparadas para seu servo que provou ser fiel, se afastando do mal e temente a DEUS. Os dez primeiros filhos de Jó não tiveram filhos. Jó e a esposa não iam às festas de seus filhos.
 
O justo Jó (1:1-5)
 
1. Jó é apresentado como um homem de destacado caráter espiritual. Ele é descrito assim: aquele que era inculpável, reto, temia a DEUS e repelia o mal.
 
2. Jó oferecia regularmente sacrifícios por seus filhos, caso algum deles tivesse "amaldiçoado a DEUS."
a. A idéia de blasfêmia ou desafio a DEUS é um pensamento demasiado forte para o significado desta frase. A palavra traduzida literalmente se refere à bênção que acompanhava a partida de um visitante (veja Gênesis 31:55; Josué 22:6).
b. Jó estava preocupado com que seus filhos pudessem ter se apartado de DEUS em seus corações, isto é, esquecido DEUS e sua presença no meio de suas vidas diárias.
 
3. Esta descrição de Jó é especialmente importante à luz de acusações posteriores pelos seus três amigos.
 
NOTA: Temos no início do Livro algo de difícil interpretação, mas ao que tudo indica, no original em hebraico, a mulher de Jó disse: "Bendize ao seu DEUS e morre". Isto poderia aclarar nossa mente a respeito do porque a mulher de Jó permaneceu viva, enquanto seu esposo estava enfermo e seus filhos mortos.
Pode ser que o conselho da esposa de Jó também seja o resultado da idéia de que o sofrimento é totalmente por causa do pecado. Ela raciocina que uma vez que Jó está sofrendo enormemente, ele deve ter pecado imensamente e está separado de DEUS. "Abençoar a DEUS" e entregar-se à  morte, como é a melhor interpretação aqui, não pioraria sua relação, mas poderia trazer morte e alívio para seu sofrimento temporal!
***Os três amigos de Jó chegaram e sentaram-se com ele na terra, e permaneceram em silêncio durante sete dias; um período de luto comum pelos mortos (Gênesis 50:10; 1 Samuel 31:13), e isto pode ser alguma indicação de seus sentimentos pela situação dele.
 
 
Conclusão:
Convém ao crente ter paciência na tribulação e fé em DEUS que tudo irá fazer em prol de seu servo.
Tg 5.11 Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da [paciência ]de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.
  
 
Resumo do livro:
Considerações Preliminares BEP _ CPAD
Jó é um dos livros sapienciais e poéticos do AT; “sapiencial”, porque trata profundamente de relevantes assuntos universais da humanidade; “poético”, porque a quase totalidade do livro está elaborada em estilo poético. Sua poesia, todavia, tem por base um personagem histórico e real (ver Ez 14.14,20) e um evento histórico e real (ver Tg 5.11). Os fatos do livro se desenrolam na “terra de Uz” (1.1), que posteriormente veio a ser o território de Edom, localizado a sudeste do mar Morto, ou norte da Arábia (cf. Lm 4.21). Assim sendo, o contexto histórico de Jó é mais árabe do 
que judaico. 
Há duas datas importantes relacionadas a Jó: (1) a data do próprio Jó e dos eventos descritos no livro; e (2) a data da escrita inspirada do livro. Certos fatos indicam que Jó viveu por volta dos tempos de Abraão (2000 a.C.) ou até antes. Os fatos mais destacados são: (1) ele ter vivido mais 140 anos após os eventos do livro (42.16), o que sugere uma duração de vida de quase 200 anos (Abraão viveu 175 anos); (2) suas riquezas eram calculadas em termos de gado (1.3; 42.12); (3) sua atividade como sacerdote da família, idêntica à de Abraão, Isaque e Jacó (1.5); (4) a família patriarcal como unidade social básica, semelhante aos dias de Abraão (1.4,5, 13); (5) as incursões dos sabeus (1.15) e dos caldeus (1.17), que se encaixam na era abraâmica; (6) o uso freqüente (trinta e uma vezes) do nome patriarcal comum de DEUS, Shaddai (“O Onipotente”), e (7) a ausência de referência a fatos da história israelita ou à lei mosaica também sugere uma era pré-mosaica (i.e., antes de 1500 a.C.).
Há três diferentes pontos de vista sobre a data da escrita deste livro. Talvez tenha sido escrito: (1) durante a era patriarcal (c. 2000 a.C.), pouco depois da ocorrência dos eventos citados, e talvez pelo próprio Jó; (2) durante o reinado de Salomão ou pouco depois (c. 950—900 a.C.), pelo fato de o estilo literário do livro assemelhar-se ao da literatura sapiencial daquele período; ou (3) durante o exílio de Judá (c. 586—538 a.C.), quando, então, o povo de DEUS procurava entender teologicamente o significado da sua calamidade (cf. Sl 137). Se não foi o próprio Jó, o escritor deve ter obtido informações detalhadas, escritas ou orais, oriundas daqueles dias, as quais ele utilizou sob o impulso da inspiração divina para escrever o livro na feição em que o temos. Certas partes do livro vieram evidentemente da revelação direta de DEUS (e.g. 1.6—2.10). 
Propósito
O livro de Jó lida com a pergunta dos séculos: “Se DEUS é justo e amoroso, por que permite que um homem realmente justo, tal como Jó (1.1, 8) sofra tanto?” Sobre esse assunto o livro revela as seguintes verdades: (1) Satanás, como adversário de DEUS, teve permissão para provar a autenticidade da fé de um homem justo, por meio da aflição, mas a graça de DEUS triunfou sobre o sofrimento, porque Jó permaneceu firme e constante na fé, mesmo quando parecia não haver qualquer proveito em permanecer fiel a DEUS. (2) DEUS lida com situações demais elevadas para a plena compreensão da mente humana (37.5). Nesses casos, não vemos as coisas com a amplitude que DEUS vê e precisamos da sua graciosa auto-revelação (38—41). (3) A verdadeira base da fé acha-se, não nas bênçãos de DEUS, nem em circunstâncias pessoais, nem em teses formuladas pelo intelecto, mas na revelação do próprio DEUS. (4) DEUS, às vezes, permite que Satanás prove os justos mediante contratempos, a fim de purificar a sua fé e vida, assim como o ouro é refinado pelo fogo (23.10; cf. 1 Pe 1.6,7). Tal provação resulta numa maior integridade espiritual e humildade do 
seu povo (42.1-10). (5) Embora os métodos de DEUS agir, às vezes, pareçam contraditórios e cruéis (conforme o próprio Jó pensava), ver-se-á, no fim, que Ele é plenamente compassivo e misericordioso (42.7-17; cf. Tg 5.11). 
Visão Panorâmica
Há cinco divisões distintas no livro de Jó: (1) o prólogo (1—2), que descreve a calamidade de Jó e a causa subjacente disso; (2) três ciclos de diálogo entre Jó e os seus três amigos, nos quais estes buscam, na mente humana, respostas para o sofrimento de Jó (3—31); (3) quatro monólogos de Eliú, um homem de menos idade que Jó e seus três amigos. Estes monólogos contêm certo vislumbre de compreensão do significado (mas não a causa) do sofrimento de Jó (32—37); (4) o próprio DEUS, que fala a Jó da sua ignorância e das suas queixas e ouve a resposta de Jó à sua 
revelação (38.1—42.6); (5) o epílogo (42.7-17), com a restauração de Jó. O livro de Jó está escrito em forma poética, com exceção do prólogo, do trecho 32.1-6a, e do epílogo. No cap. 1, temos Jó como um homem justo e temente a DEUS (1.1, 8) e o mais importante de todos do Oriente (1.3). Repentinamente, uma série de grandes calamidades destruiu seus bens, seus filhos e sua saúde (1.13-22; 2.7-10). Jó ficou totalmente desorientado, sem saber que estava envolvido a fundo num conflito entre DEUS e Satanás (1.6-12; 2.1-6). Os três amigos de Jó — Elifaz, Bildade e Zofar — chegaram para consolar Jó, mas, em vez disso, passaram a debater com ele sobre o porquê dos seus infortúnios. Insistiam que, pelo fato de DEUS ser justo, os sofrimentos de Jó evidentemente eram castigos por seus pecados ocultos, e que o seu único recurso era o arrependimento. Jó rejeitou essas respostas preconcebidas, afirmou a sua inocência e confessou sua incapacidade de compreender sua situação (3—31). Eliú apresentou outra perspectiva, a saber, que o sofrimento de Jó tinha a ver com o propósito divino de purificar Jó ainda mais (32—37).Finalmente, todos se calaram, inclusive Jó, enquanto o próprio DEUS falou com ele da sua sabedoria e poder como Criador. Jó confessou, arrependido e humilhado, sua ignorância e pequenez (38—41). Quando Jó arrependeu-se de estar argumentando com o Todo-poderoso, (42.5,6) e 
orou por seus amigos que o tinham magoado profundamente (42.8-10), foi liberto da sua prova de fogo e duplamente restaurado (42.10). Além disso, Jó foi vindicado quando DEUS declarou que o patriarca tinha falado a respeito dEle “o que era reto” (42.7). Os dias subseqüentes de Jó foram mais abençoados do que os anteriores à sua aflição (42.12-17). 
Características Especiais
Sete características principais assinalam o livro de Jó. (1) Jó, um habitante do norte da Arábia, foi um não-israelita justo e temente a DEUS, que talvez tenha existido antes da família de Israel, e do seu concerto com DEUS (1.1). (2) Este livro é o mais profundo que existe sobre o mistério do sofrimento do justo. (3) Revela uma dinâmica importante, presente em toda prova severa dos santos: enquanto Satanás procura destruir a fé dos santos, DEUS está operando para depurá-la e 
aprofundá-la. A perseverança de Jó na sua fé permitiu que o propósito de DEUS prevalecesse sobre a expectativa de Satanás (cf. Tg 5.11). (4) O livro é de valor inestimável pela revelação bíblica que contém sobre assuntos-chaves tais como: DEUS, a raça humana, a criação de Satanás, o pecado, o sofrimento, a justiça, o arrependimento e a fé. (5) Boa parte do livro ocupa-se da avaliação teológica errônea que os amigos de Jó fizeram do sofrimento deste. A repetição freqüente desta avaliação errônea no livro talvez indique tratar-se de um erro comum entre o povo de DEUS; erro 
este que exige correção. (6) O papel de Satanás como “adversário” dos justos, o livro de Jó o demonstra mais do que em qualquer outro livro do AT. Entre as dezenove referências nominais a Satanás no AT, quatorze ocorrem em Jó. (7) Jó demonstra com toda clareza o princípio bíblico de que os crentes são transformados pela revelação, e não pela informação (42.5,6). 
O Livro de Jó e Seu Cumprimento no NT
O Redentor a quem Jó confessa (19.25-27), o Mediador por quem ele anseia (9.32,33) e as respostas às suas perguntas e necessidades mais profundas, todos têm em JESUS CRISTO o seu cumprimento. JESUS identificou-se inteiramente com o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.8), ao ser enviado pelo Pai como Redentor, mediador, sabedoria, cura, luz e vida. A profecia da parte do ESPÍRITO sobre a vinda de CRISTO, temo-la mais claramente em 19.25-27. Menção explícita de Jó, 
temos duas vezes no NT: (1) Uma citação (5.13, em 1 Co 3.19) e (2) uma referência à perseverança de Jó na aflição e o resultado misericordioso da maneira de DEUS lidar com ele (Tg 5.11). Jó ilustra muito bem a verdade neotestamentária de que quando o crente experimenta perseguição ou algum outro severo sofrimento, deve perseverar firme na fé e continuar a confiar naquele que julga corretamente, assim como fez o próprio JESUS quando aqui sofreu (1 Pe 2.23). Jó 
1.6—2.10 é o mais detalhado quadro do nosso adversário, juntamente com 1 Pe 5.8,9.
 
 
 
SUBSIDIOS DA LICAO 2 - 4 TRIMESTRE DE 2020
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Jó era um homem íntegro, reto, temente a DEUS e desviava-se do mal.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
É possível ser próspero e, ao mesmo tempo, ter um caráter íntegro e piedoso? Esta pergunta faz sentido porque não é pouco comum correlacionar o defeito de caráter de uma pessoa com o advento de seu sucesso. O leitor da Bíblia Sagrada sabe do cuidado que as Escrituras apontam para a relação humana com o dinheiro. Sim, a Palavra de DEUS diz que o "amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males" (1 Tm 6.10). Isso ocorre por causa do "apego", da "ambição" que o homem desperta diante do dinheiro ou de algum bem material. Essa disposição pode aniquilar a nossa integridade e piedade. Mas ao longo da lição, veremos um modelo de integridade, prosperidade e piedade conjugado com o temor do Senhor. Que o exemplo de Jó fale aos nossos corações.

PONTO CENTRAL - O temor do Senhor é a base de uma vida reta e íntegra.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Jó era um homem íntegro, reto, temente a DEUS e desviava-se do mal.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Jó era um homem conhecido por sua sabedoria e prosperidade.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Jó tinha uma vida dedicada à família e devotada a DEUS por meio de uma vida consagrada.
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Inicie o tópico fazendo uma reflexão acerca do “temor do Senhor” e sua relação com uma vida sabiamente vivida. Fale aos alunos que os livros de sabedoria do Antigo Testamento, como Provérbios, e o próprio Livro de Jó, colocam o “temor do Senhor” como princípio primeiro para uma vida de sabedoria. Para auxiliá-lo nessa reflexão, leve em conta o seguinte fragmento textual: “Sabedoria e o temor do Senhor. [...] ‘O temor do Senhor’ é central à literatura sapiencial, ocorrendo 14 vezes em Provérbios e várias vezes em Jó. [...] Além de ser o ponto de partida ou início da sabedoria, o temor do Senhor também é ‘o princípio primeiro e controlador’, ou ‘a essência e o coração’ da sabedoria” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.287).
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“As posses de Jó, incluindo seus filhos [...] e filhas, são registradas para provar a retidão desse homem (2-3). O ponto principal de discussão entre Jó e seus amigos vai ser o significado da prosperidade material. Acreditava-se naquela época que a família e os rebanhos eram bênçãos de DEUS para uma pessoa reta. A riqueza de Jó significava que ele desfrutava do favor de DEUS de uma maneira excepcional. Os números usados (sete, três e cinco), enumerando os filhos de Jó e seus rebanhos, são expressões adicionais da sua integridade.
Cada filho tinha sua própria casa. As filhas provavelmente moravam na casa do pai. Cada filho realizava uma festa, em casa de cada um no seu dia (4). Não está claro aqui se esses banquetes eram realizados no dia do aniversário de um deles ou, visto que havia sete filhos, o autor estaria descrevendo uma vida tão ideal que os filhos de Jó estavam frequentemente celebrando e se entretendo mutuamente em uma comunhão harmoniosa. Em cada evento, a piedade de Jó é ilustrada pelo fato de que ele sempre oferecia holocaustos (5) pelos seus filhos, se caso um deles pudesse ter pecado inadvertida ou secretamente. Essa frase, e os santificava, ilustra um uso comum no Antigo Testamento de santificação como um cerimonial de consagração ou separação” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.25).
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“Jó não teve de isolar-se para tornar-se piedoso. Foi justamente como pai de família, homem de negócios e membro de uma sociedade politicamente organizada, que ele pontificou-se como o melhor ser humano de seu tempo. Ninguém precisa isolar-se para tornar-se santo; santo nasce exatamente em meios às tentações.
Todos os heróis da fé destacaram-se como membros participativos da sociedade. O que dizer de Noé? Ou de Abraão, Isaque e Jacó? Ou dos profetas? Isaías e Ezequiel eram casados. E o exemplo do próprio CRISTO? Ele não se afastou dos homens para redimi-los; Emanuel resgatou-nos estando entre nós e fazendo-se como um de nós.
Enganam-se os que julgam ser a santidade o produto de uma vida solitária. Santidade é serviço; é dedicação integral ao Senhor JESUS; é desviar-se do mal e ter a parecença do Cordeiro de DEUS” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.37).

VOCABULÁRIO
Septuaginta: A primeira e mais antiga tradução grega do texto hebraico do Antigo Testamento.
Afeições: Afeto, afeiçoamento.

PARA REFLETIR - A respeito de “Quem era Jó”, responda:
O que podemos afirmar acerca de Jó? Podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com DEUS e os homens.
Como Jó é descrito no primeiro versículo? Jó é descrito como alguém temente a DEUS, que desviava-se do mal.
O que fazia de Jó um homem proeminente a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação? O reconhecimento de sua sabedoria.
Em que estava estabelecida a prosperidade de Jó? A prosperidade de Jó não estava estabelecida somente no “ter”, mas, principalmente, no “ser”.
Do que o homem Jó foi possuidor? Jó foi um homem possuidor de uma forte moralidade e sólida espiritualidade.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 83, p. 37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA
O Caráter do Cristão - Um estudo completo de personagens bíblicos que nos ajudarão a entender o verdadeiro caráter Cristão.
Heróis da Fé - Um dos maiores clássicos da literatura evangélica.Homens extraordinários que incendiaram o mundo.
O Sermão do Monte - Estudar o Sermão do Monte é um desafio, pois se trata de um texto de difícil interpretação e aplicabilidade.
 
 
 
1º Trimestre de 2003 - Título: O sofrimento dos justos e o seu propósito - CPAD - Assim era a revista original
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 1: Um homem chamado Jó - Data: 05 de janeiro de 2003
 
ó 1.1-5.
1 — Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal.
2 — E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
3 — E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente.
4 — E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
5 — Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
PONTO DE CONTATO
Durante este trimestre estaremos estudando a vida de um dos mais piedosos homens das Escrituras. Referimo-nos a Jó, aquele que mereceu o testemunho e o reconhecimento do Todo-Poderoso. As experiências, o sofrimento e a vitória do patriarca serão expostos de modo claro e objetivo a fim de que, baseados na fé e fidelidade desse grande homem de DEUS, sejamos encorajados a não abandonar ao Senhor a despeito de quaisquer circunstâncias. Ser fiel na bonança é relativamente fácil, mas é na provação que se demonstra a verdadeira devoção a DEUS.
OBJETIVOS
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Identificar a época provável em que Jó viveu.
Descrever os pontos que revelam a teologia de Jó.
Citar os atributos de Jó descritos por DEUS.
SÍNTESE TEXTUAL
O sofrimento de Jó, suas angústias e provações são fatos incontestes de que, enquanto estiver no mundo, o crente fiel estará sujeito a tentações e provas. Jó, o piedoso patriarca, teve sua integridade desafiada e testada pelo próprio Diabo. E foi então que, despido de tudo que é transitório, inclusive sua carne, obteve a revelação do que permanece para sempre: O Todo-Poderoso em sua soberania; a redenção por meio de CRISTO; e, a justificação pela fé.
Sua riqueza e posição social não lhe garantiram fiança perante DEUS. Sua perseverança, sim. Ele conhecia o DEUS de sua crença, por isso pode afirmar: “Eu sei que o meu Redentor vive…” E você, irmão? Está apto a repetir essas palavras?
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Com a ajuda dos alunos, escreva no quadro-de-giz expressões do dia-a-dia que indiquem baixo nível de tolerância diante dos problemas e dificuldades da vida, tais como: “Fulano tem pavio curto; por qualquer coisa explode”, “Vou mostrar com quantos paus se faz uma canoa”, “Se não me atender, vou chutar o balde” e assim por diante.
Deixe as expressões fluírem naturalmente e, em seguida, converse com eles sobre a importância de se viver a Palavra de DEUS em todo tempo, a despeito das circunstâncias e adversidades. O aluno deve compreender que o crente não vive ao sabor das circunstâncias, vive apesar delas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Através das experiências de Jó, estaremos enfocando, neste trimestre, a problemática do sofrimento do justo. Trata-se de um tema aparentemente difícil em decorrência de suas implicações teológicas e filosóficas. No entanto, haveremos de constatar que o crente fiel, até mesmo no cadinho da provação, reúne forças para regozijar-se em DEUS. No ardor de sua angústia, professa Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).
Se você está passando pelo crisol divino, não se desespere. Desta crise, sairá um ouro mais refinado e precioso. DEUS sabe como trabalhar as aflições de seus filhos. Por meio destas, vai Ele nos apurando, enquanto, de maneira inexplicável, demonstra-nos todo o seu amor. Sim, o amoroso Pai quer cinzelar cada um dos nossos sentimentos para adequar-nos aos seus planos e propósitos.
Acompanhe, passo a passo, as angústias e regozijos do homem que foi testado além da resistência meramente humana. Que o crente fiel terá provações e lutas nesta vida não o podemos negar; é fato declarado e constatado nas Escrituras. Crente sem cruz não é discípulo de JESUS.
I. QUEM ERA JÓ 
Jó foi considerado pelo próprio DEUS como um dos três homens mais piedosos de todos os tempos (Ez 14.14). Não é sem razão que, em hebraico, encerre o seu nome um significado tão amoroso: Voltado para DEUS.
1. A historicidade de Jó. Dois autores sagrados comprovam-lhe a historicidade: Ezequiel e Tiago (Ez 14.20; Tg 5.11). Laboram em grave erro, portanto, os teólogos liberais que dizem não passar o patriarca de uma mera ficção literária. As evidências bíblicas e históricas atestam ter existido, de fato, o homem que se tornou conhecido, universalmente, como o mais perfeito sinônimo de paciência.
Além das passagens supracitadas, que afiançam o fato de ser Jó um personagem histórico e real, temos o testemunho do próprio DEUS. Testemunho este, aliás, dado em primeira mão ao mesmo demônio (Jó 1.8). Por outro lado, não podemos confundir os personagens do Livro de Jó com os homônimos que aparecem em algumas genealogias bíblicas. Há também os que supõem ter sido Jó procedente da tribo de Issacar (Gn 46.13).
2. Sua terra natal. Localizada no Norte da Arábia, a terra de Uz ficava na confluência de várias rotas importantes. E isso facilitou tanto as incursões dos sabeus e caldeus às propriedades de Jó, como o rápido deslocamento de seus amigos quando “combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo” (Jó 2.11). Embora proviessem Zofar, Bildade e Elifaz de diferentes lugares, não tiveram dificuldades em chegar a Uz.
3. A época em que viveu. Jó viveu num tempo em que a longevidade humana era ainda prevalecente. Depois de todas as suas tribulações, teve o patriarca uma sobrevida de 140 anos (Jó 42.16). Infere-se, pois, haja sido de aproximadamente 200 anos a sua idade ao falecer.
Como o livro não faz qualquer menção aos pais da nação israelita nem à destruição de Sodoma e Gomorra, depreende-se tenha Jó vivido numa época anterior à do patriarca Abraão, entre os séculos XXV a XXIII antes de CRISTO. Por conseguinte, Jó nasceu depois do dilúvio, do qual faz referência (Jó 22.16), e antes dos primeiros ancestrais do povo judeu.
4. A teologia de Jó. A teologia de Jó é de uma singular e impressionante sublimidade. O patriarca acreditava firmemente em:
a) O DEUS Único e Verdadeiro a quem, por 31 vezes, chama de Todo-Poderoso (Jó 5.17).
b) A soberania divina (Jó 1.21; 42.2).
c) O glorioso advento do CRISTO: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).
d) Justificação pela fé. Este postulado acha-se implícito na pergunta: “Como se justificaria o homem para com DEUS?” (Jó 9.2).
Profundamente reflexivo, Jó foi um teólogo de raríssimos pendores; buscava sempre aprofundar-se no conhecimento divino. O seu livro traz ensinos dos mais profundos sobre a vida cristã em geral.
II. A PROSPERIDADE DE JÓ
De uma feita, afirmou o Senhor JESUS ser mais fácil a um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus (Mt 19.24). Por este orifício, contudo, passou Jó com todos os seus rebanhos, manadas e cáfilas; sua confiança não se encontrava nos bens materiais; centrava-se no DEUS que criou tanto o material quanto o imaterial (Jó 31.24).
O patriarca desfrutava ainda de um status digno de um príncipe. Não obstante, perseverava em sua integridade; jamais se deixou seduzir quer pela riqueza, quer pela fama, quer pelo poder; era um homem comprovadamente fiel a DEUS.
1. Sua proverbial riqueza. Assim a Bíblia sumaria as riquezas de Jó: “E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3).
2. Seu status social. O ilibado caráter de Jó, aliado à sua proverbial riqueza, guindaram-no a uma alta posição social. Embora não fosse rei, era ele tratado como nobre (Jó 29.8). Seu elevado padrão de vida espiritual era conhecido em toda aquela região.
III. O TESTEMUNHO DE DEUS A RESPEITO DE JÓ
Jó certamente não era perfeito. DEUS, porém, via-o como o mais singular dos mortais: “Ninguém há na terra semelhante a ele” (Jó 1.8). A quem presta o Senhor semelhante testemunho? Ao adversário que tudo faz por caluniar-nos e nos comprometer a reputação (Ap 12.10). O depoimento divino, contudo, é incontestável. Se DEUS é por nós, quem será contra nós (Rm 8.31). Jó tinha um caráter notabilíssimo; sobressaía entre todos os seus contemporâneos.
1. Um homem sincero. Este é o significado etimológico da palavra sincero: sem cera. Remete-nos este vocábulo à Antiga Roma, onde os atores entravam em cena trazendo máscaras de cera.
O homem sincero, por conseguinte, não é dissimulado nem vive a representar algo que não é. Jó não era um mero ator; era um autêntico homem de DEUS (1Tm 6.11).
2. Reto. Era o patriarca um homem justo, imparcial e direito. Não se deixava comprar pelos poderosos, nem se vendia aos ricos. Sua justiça era notória tanto diante de DEUS quanto diante dos homens (Gn 6.9).
3. Temente a DEUS. A sinceridade e a retidão de Jó advinham do fato de ele temer ao Senhor. Não somente acreditava na existência de DEUS, como tremia ante a sua verdade e santidade. Sabia o patriarca estar o Todo-Poderoso atento a todas as ações dos filhos de Adão (Ne 7.2).
4. Que se desvia do mal. Jó não se limitava a fugir do pecado; fugia da tentação, pois esta induz o homem à iniquidade e à morte (Tg 1.13,14). Embora não houvesse ainda qualquer mandamento escrito, tinha o patriarca em seu coração as leis, os mandamentos e os estatutos do Senhor (Rm 2.14).
Você é uma pessoa sincera, reta, temente a DEUS e desvia-se do mal? Ou já se conformou com este mundo? (Rm 12.1,2)
IV. UM PAI DE FAMÍLIA EXEMPLAR
Jó era um homem que se preocupava com o bem-estar espiritual de seu lar. Todas as vezes que seus filhos reuniam-se para se banquetearem, levantava-se ele, de madrugava, para interceder e fazer sacrifícios por eles diante de DEUS. Temia que seus sete filhos e três filhas, seduzidos já pelo vinho, ou já embaídos pela euforia dos festins, viessem a blasfemar do Todo-Poderoso (Jó 1.5).
Desgraçadamente, muitos são os pais cristãos que já não se preocupam com os seus filhos. Alguns até fingem ignorar o comportamento abominável, infame e criminoso destes (1Sm 2.22).
Como estão os seus filhos? Sabe você onde eles se encontram neste momento? Prostituindo-se? Optando pelo homossexualismo? Drogando-se? Ou roubando para sustentar os vícios que eles pouco a pouco vão adquirindo com a sua conivência? E as festas que fazem? Você lhes impõe limites? (1Tm 5.8). Interceda por eles. Não espere mais. Levante-se de madrugada; rogue a DEUS por todos os seus filhos, nominalmente. Ainda há esperança! (Lm 2.19)
CONCLUSÃO
Todos davam um excelente testemunho de Jó. Até o próprio DEUS tinha-o na conta de um homem singular e único em toda aquela geração. Mas, de nós, que estarão dizendo nossos contemporâneos? E os pósteros? Que dirão de nós? Somos, de fato, um modelo de fé? Um paradigma de piedade? Um exemplo de boas obras? Ou já não podemos ser considerados uma referência moral para este mundo que jaz no maligno?
Exige DEUS sejam todos os seus filhos um exemplo único de piedade. Caso contrário: não poderemos ser contados entre os seguidores de Nosso Senhor JESUS CRISTO. Portanto, que todos nos vejam o testemunho, e glorifiquem ao Pai Celeste. Menos que isto é inaceitável.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A vida espiritual deve ser compartilhada especialmente com os membros da família. Quando o carcereiro de Filipos se converteu, diz a Bíblia que: ‘Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em DEUS, alegrou-se com toda a sua casa’ (At 16.34).
Não é regra, mas é justo esperar que os pais tenham experiência espiritual, conhecimento da Palavra e convicção das verdades eternas. Somente assim serão capazes de ajudar seus filhos, despertando-lhes interesse pela doutrina. Porém, antes de perseverarem na doutrina, é necessário que aprendam e conheçam a importância desse conhecimento para a salvação. Duas coisas podem auxiliá-los: ensinar os filhos em casa e conduzi-los aos cultos de doutrina. Isso não significa mandá-los aos cultos, ‘à igreja’. Ir com eles é mais proveitoso e animador. Observe a recomendação bíblica: ‘Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele’ (Pv 22.6). Não nos diz: Instrui apenas, mas ‘instrui o menino no caminho’, o mandamento é ensinar à criança o caminho, andando com ela. Tal procedimento é mais fácil e proveitoso.
Os pais que se interessam apenas pelos cultos festivos ou pelos domingos de bom tempo privam os filhos de boas oportunidades para aprenderem a se edificar na fé e nas verdades fundamentais do Cristianismo. Além dessas preciosas finalidades do culto doméstico, temos esta solene exortação: ‘Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia’ (Hb 10.25). Esses mandamentos têm valor eterno, pois provêm de DEUS e visam ao bem da família, inclusive a sua!” (… E DEUS Fez a Família, CPAD, pp.197,198).
GLOSSÁRIO
Cadinho: O mesmo que crisol, vaso de argila refratária utilizado em operações químicas a temperaturas elevadas; parte do forno em que se realiza a fusão.
Cáfila: Grande quantidade de camelos que transportam mercadorias.
Cinzelar: Fazer com esmero e nitidez; apurar.
Condoer-se: Compadecer-se, sentir dó.
Confluência: Lugar onde se juntam dois ou mais rios; afluência.
Crisol: Recipiente das máquinas fundidoras e compositoras, onde se derrete o metal; caldeira.
Depreender: Concluir, inferir, deduzir.
Dissimulado: Disfarçado; astucioso, fingido, hipócrita; simulado.
Embaído: Enganado, iludido; seduzido.
Ficção: Coisa imaginária; fantasia, invenção, criação.
Guindar: Levantar, elevar; erguer a uma posição elevada.
Homônimo: Que ou aquele que tem o mesmo nome.
Ilibado: Sem mancha; puro, incorrupto.
Inferir: Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio.
Paradigma: Modelo, padrão, estalão.
Pendor: Propensão, inclinação, tendência.
Póstero: Futuro, porvindouro.
Postulado: Fato ou preceito reconhecido sem prévia demonstração.
Status: Conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posição de uma pessoa em suas relações com outras.
Sumariar: Sintetizar, resumir, compendiar.
Teólogos Liberais: Signatários do movimento iniciado nos Estados Unidos e Europa, no final do século XIX, cujo objetivo essencial era extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submentendo as Escrituras a uma crítica científica e humanista. Via de regra, questionam e subestimam os milagres, as profecias e a divindade de JESUS.
Justificação: Estado, por meio do qual o homem passa do pecado ao estado de graça, tornando-se digno da vida eterna. Neste processo judicial, o pecador arrependido é declarado justo pelo Senhor JESUS CRISTO (Rm 8.1).
 
 
Questionário de Pr.Luiz Henrique
Texto Áureo
1- Na época de Jó quem era semelhante a ele, no tocante à ser sincero, reto e temente a DEUS e que se desviava do mal? (Texto Áureo)
(     ) Abraão     (     ) Adão     (     ) Noé     (     ) Ninguém     (     ) Muitos
Verdade Prática
2- Para quem o sofrimento não é propriamente um problema? 
(     ) Para os masoquistas     (     ) Para os Judeus     
(     ) Para quem ama e serve fielmente a DEUS
3- Um período de sofrimento, leva-nos a que? 
(     ) Comunhão mais perfeita com DEUS     (     ) A nos afastar de DEUS
(     ) A morrermos para DEUS     (     ) A sermos tristes
Introdução
4- O que é cadinho de provação?
(     ) Período de Alegria     (     ) Período de sofrimento     (     ) Um Doce
5- O que Crisol Divino?
(     ) Provação do Diabo     (     ) Provação de DEUS     (     ) Um Marisco
6- O que é Cinzelar nossos sentimentos?
(     ) Apurar, revelar     (     ) Colocar no Cinzeiro     (     ) Amaldiçoar
7- Complete:
Crente sem_____________, não é discípulo de _________________.
Tópico I - Quem era Jó?
8- Quem era considerado pelo próprio DEUS um dos três homens mais piedosos de todos os tempos?
(     ) Enoque     (     ) Davi     (     ) Jó      (      ) Abraão     (     ) Samuel
9- Qual o significado do nome Jó, em Hebraico?
(     ) Afastado de DEUS     (     ) Sofredor     (     ) Voltado para DEUS
10- Em quais livros da Bíblia podemos comprovar que Jó existiu?
(     ) Gênesis e Tiago    (     ) Atos e Tiago     (     ) Ezequiel e Tiago
11- Quais tipos de Teólogos afirmam ser Jó uma Ficção Literária?
(     ) Teólogos Liberais     (     ) Teólogos Atuais     (     ) Teólogos Bíblicos
12- Como é conhecido universalmente Jó? 
(     ) Como sinônimo de paciência     (     ) Como pecador     (     ) Como triste
13- Existe na Bíblia outra pessoa com o nome de Jó?Vide Gn 46.13
(     ) Não     (     ) Sim     (     ) nenhuma
14- De onde provinha Jó?
(     ) Da Mesopotâmia     (     ) Do Egito     (     ) De Uz
15- Em que época viveu Jó e quantos anos estima-se que viveu?
(     ) Na época de Abraão e 200 anos
(     ) Antes da época de Abraão e mais ou menos 200 anos
(     ) Na época de Adão e 200 anos
16- Jó nasceu antes ou depois do dilúvio?
(     ) Antes     (     ) Depois     (     ) Durante
17- Preencha com "V" de Verdadeiro ou "F" de Falso:
(     ) Jó cria que DEUS era único e verdadeiro
(     ) Jó não cria que DEUS era único e verdadeiro
(     ) Jó não cria na vinda do CRISTO
(     ) Jó cria na vinda do CRISTO
(     ) Jó cria na Soberania Divina
(     ) Jó cria na Justificação pela fé
(     ) Jó não cria na Justificação pela fé
Tópico II - A prosperidade de Jó
18- Complete:
A- E outra vez vos digo que é mais fácil passar um ______________________ pelo 
fundo de uma __________________ do que entrar um rico no Reino de DEUS.
B- Abraão jamais se deixou seduzir pela_________________, quer pela fama, quer pelo ______________; era um homem comprovadamente fiel a DEUS.
19- Coloque "V" para verdadeiro e "F" para falso, referindo-se à riqueza de Jó:
(     ) 7 mil Ovelhas     (     ) 10.000 Cavalos Árabes     (     ) 3 mil Camelos     
(     ) 500 Juntas de Bois     (      ) 2.000 poços de Petróleo     (     ) 500 Jumentas     
20- Quem era mais rico do que Jó, em seus dias?
(      ) Noé     (     ) Ninguém     (     ) Salomão      (     ) Abraão     (     ) Davi
21- Através de que Jó ficou tão conhecido naquela região?
(     ) Através de sua Pobreza de caráter e elevado padrão de vida espiritual
(     ) Através de seu caráter, sua Riqueza e elevado padrão de vida espiritual
(     ) Através de seu elevado padrão de vida espiritual, sua riqueza e sua hipocrisia
Tópico III - O Testemunho de DEUS a respeito de Jó:
22- Em que Jó se sobressaía entre todos os seus contemporâneos? 
(     ) Em estatura     (     ) Em contar estórias     (     ) Em caráter
23- Se dissermos que Jó era sem cera, o que estaremos querendo dizer?
(     ) Que Jó era Pegajoso     (     ) Que Jó era Sincero     (     ) Que Jó gostava de Mel
24- Quem era reto a ponto de suas notícias chegarem a DEUS e aos homens como justo, imparcial e direito?
(      ) Noé     (     ) Ninguém     (     ) Salomão      (     ) Abraão     (     ) Davi     (     ) Jó
25- De onde advinha a sinceridade e a retidão de Jó?
(     ) Sua Beleza Física     (      ) De seu temor a DEUS      (     ) De sua esperteza
26- De que Jó fugia?
(     ) Do pecado e da tentação     (      ) Dos Amigos     (     ) De sua esposa
27- O que o patriarca Jó tinha já em seu coração, mesmo antes dos mandamento da Lei?
(     ) O ódio de seus amigos     (     ) A Indiferença por sua esposa     
(     ) As leis, os mandamentos e os estatutos do Senhor.
Tópico IV - Um Pai De Família Exemplar
28- O que Jó fazia pelos seus filhos, quando os mesmo se reuniam para se banquetearem?
(     ) Ficava de pileque     (     ) Surrava todos eles     (     ) Intercedia e sacrificava
29- Quantos filhos e filhas tinha Jó?
(     ) 7 Filhos e quatro Filhas     (     ) 3 Filhos e 7 Filhas     (     ) 7 Filhos e 3 Filhas
30- Qual o temor de Jó, pelos seus filhos?
(     ) Temia que os mesmos Dançassem muito
(     ) Tema que seus filhos blasfemassem de DEUS
(     ) Temia que seus filhos ficassem muito tempo acordados
31- Quanto aos pais de hoje, o que nos sugere o comentarista da lição, Pr.Claudionor de Andrade?
(     ) Darmos bastante presentes a eles
(     ) Apoiarmos seus erros e acertos
(     ) Interceder, rogando por eles, levantando-se de madrugada todos os dias
32- Qual o exemplo que DEUS requer de nós, os seguidores de CRISTO?
(     ) Que fiquemos aguardando sua vinda escondidos
(     ) Que Vivamos de qualquer maneira, mas esperando sua vinda
(     ) Que sejamos exemplo único de piedade.
 
Questionário da Revista:
1- Quem era Jó?
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2- Em que período ele viveu?
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________________________________________________________________________
3- Como era seu testemunho pessoal?
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4- O que disse o Senhor DEUS de Jó?
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________________________________________________________________________
5- De que maneira agia ele em relação a seus filhos?
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Principais fontes CPAD em CD da Revista e CD da BEP   www.cpad.com.br
Ver Também livrodeJO.htm Gary Fisher
Lembre-se de que o que escrevemos ou copiamos é apenas para melhorar seu entendimento da lição, cabendo a você professor estudar minuciosamente e orar para que DEUS dê a você sabedoria para ensinar e aos alunos entendimento para aprenderem e colocarem em prática o ensino que o ESPÍRITO SANTO trouxe através dessa parte das escrituras. 2 Tm 2.15.
 
 
JÓ (COMENTÁRIO MESQUITA) ( AT )
PRÓLOGO (1-2:13)
1. Quem Era Jó (1: 1-5)


1) Um homem justo num universo diabólico (v. 1). Está muito longe da verdade quem disser que entende o problema relacionado com o livro de Jó. Não compreendemos o problema moral do universo, nem podemos entender como Satanás tem liberdade para destruir uma vida reta, moral, equilibrada e sensata. Jó é-nos apresentado reto, íntegro e temente a DEUS. Um homem que fugia do mal e procurava manter a paz com o seu DEUS, tanto quanto a si como à sua família. Era um sacerdote doméstico, talvez um Melquisedeque, um Jetro ou um dos tantos outros que havia no mundo daqueles dias e que a História não registra. Como vimos na introdução, não estamos certos do lugar onde vivia, mas parece ser a região edomita onde foram morar os descendentes de Esaú e os filhos de Ismael. Ali se fundiram no que atualmente se conhece como o mundo árabe. Era uma região remota, isolada do mundo e que não tinha o movimento social dos nossos dias, concorrendo para que este grande homem praticasse uma vida ascética e profundamente religiosa, para que fosse um homem que, no dizer de DEUS mesmo, se desvia do mal (v. 8). A maldade, que sempre dominou este universo terreno, não o havia atingido e nem a sua riqueza tinha comprometido a sua fidelidade à religião e a DEUS, como tantas vezes acontece. Era um oásis na secura do mundo mau, sim, do mundo mau. Este mundo é mau e cheio de perversidade.


2) Um homem muito rico (v. 3). Grande fazendeiro, com sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Era o maior de todos os criadores do Oriente. Pelo número de juntas de bois, podemos inferir das imensas áreas lavradas, com abundantes colheitas de cereais. Todos os chefes daquela região eram criadores, e, em geral, ricos. Esta região veio mais tarde a ser submetida pelos reis de Israel, que fizeram dela uma colônia (I Reis 22:48). Os camelos eram usados para o transporte de mercadorias e outros centros de comércio, mais para o oriente, enquanto a lã das ovelhas era usada para o fabrico de tapetes, que ainda hoje são a tentação dos Povos Ocidentais. Até onde chegaria a influência deste grande homem, ignoramos, embora abrangesse muitas tribos e regiões.


3) Tinha numerosa família (vv. 2,4,5). Sete filhos e três filhas, o que, a bem da verdade, não era demais para um potentado oriental. Não tinha harém como tantos outros da sua época. Uma feliz exceção. A sua religião era tal que não lhe permitia a poligamia. Os filhos, parece, não partilhavam muito da religião do pai, pois, em seus banquetes de rotina, cometiam demasias, que Jó se apressava a corrigir por meio de oferendas sacrificiais (v. 5). Era sacerdote familiar e possivelmente servia à sua comunidade. A Bíblia não nos informa muito largamente sobre o modo de viver dos povos primitivos, porém nos diz o sacerdócio tribal era uma das facetas religiosas daqueles dias. Tomemos, por exemplo Melquisedeque, sacerdote em Salim (Jerusalém), e Jetro, nessa mesma região de Edom. Haveria muitos outros, vindos dos tempos primitivos quando não havia sacerdócio oficial à moda mosaica. Isso nos vem confirmar que o monoteísmo era a religião primitiva dos Povos, como nos informa Sir Charles Marston (1). O monoteísmo não um desenvolvimento do politeísmo, mas dá-se justamente o contrário. O mundo sempre foi monoteísta antes de ser politeísta; e, mesmo quando os ídolos encheram as nações da terra, o monoteísmo continuou a existir até os tempos de Moisés. Foram monoteístas os egípcios, os babilônios, os primitivos tirenos e tantos outros povos antigos. Jó oferecia sacrifícios pelos tirenos e tantos outros povos antigos. Jó oferecia sacrifícios pelos filhos, que possivelmente se haviam exorbitado em seus banquetes, no decurso dos dias (v. 5). Parece que os banquetes eram uma forma de vida dos jovens ricos, de modo que, cada semana, diríamos, um oferecia a seus irmãos o banquete semanal, e neles cometiam pecados contra DEUS em seus corações (v. 5). Vê-se que era uma família rica, feliz e religiosa, sendo o pai o seu sacerdote. Não temos muita informação a respeito dessa norma familiar antiga; entretanto, sendo pequenas as comunidades, e o intercurso social, muito reduzido, levaria as famílias ricas a se reunirem, para fins religiosos e sociais, por meio de banquetes.