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Lição 2, Quem era Jó Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
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TEXTO ÁUREO
“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal.” (Jó 1.1)
VERDADE PRÁTICA
Quem zela por um caráter irrepreensível obtém testemunho acerca de sua integridade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 1.1 Um homem sincero, reto, temente a DEUS e desviava-se do mal
Terça - Jó 1.2 Um homem com uma família sólida
Quarta - Jó 1.3 Um homem materialmente próspero
Quinta - Jó 1.4 Um homem com uma família festiva
Sexta - Jó 1.5 Um homem de vida piedosa
Sábado - Jó 1.8 Um homem de caráter irrepreensível, testemunhado pelo próprio DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.1-5
1 - Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal. 2 - E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3 - E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do Oriente. 4 - E iam seus filhos e faziam banque- tes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 5 - Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
OBJETIVO GERAL - Demonstrar que Jó foi um homem rico, mas que, diferente dos demais, tinha um caráter íntegro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mencionar que Jó procurou viver de forma íntegra e justa;
Citar a prosperidade de Jó como consequência do favor de DEUS;
Destacar a piedade pessoal de Jó como modelo para os crentes.
I – UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL
1. Íntegro (sincero) (v.1).
2. Reto (v.1).
3. Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1).
II – UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO
1. Um conselheiro sábio.
2. Um homem próspero.
3. Uma prosperidade baseada no “ser”
III – UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL
1. Um homem dedicado à família.
Uz = “arborizado”
A terra de Jó; provavelmente a leste e sudeste da Palestina em algum lugar no deserto árabe Seu nome pode indicar "homem que suporta adversidades" איוב ’Iyowb
Jó = “odiado”???Um patriarca, o tema do livro de Jóvoltando sempre para DEUS, hostilizado, isto é, o que suporta as adversidadesCorreto; inatacável (RA: Jó 1.1; Tg 1.4). Bíblia Almeida Revista e Atualizada.da terra de Uz: Jó 1:1; Ez 14:14; Tg 5:11.
Homem paciente: Tg 5:11.
Perdeu suas propriedades: Jó 1:13–17.
Perdeu os filhos: Jó 1:18,19.
Perdeu a saúde: Jó 2:7–9.
Sentiu falta de compaixão: Jó 16:1–3.
Perdeu os amigos: Jó 30:1–10.
Conservou fé vitoriosa, embora provada ao máximo: Jó 19:1–27.
Orou pelos amigos e foi liberto: Jó 42:10.
Obteve a restauração das bênçãos: Jó 42:11,13.
Ver tb: Jó 2:3, Jó 42:1, Is 32:11 Jó era o maioral do Oriente קדם qedem ou קדמה qedmah
Oriente1) oriente, antigüidade, frente, que está diante de, tempos antigos
1a) frente, da frente ou do oriente, em frente, monte do Oriente
1b) tempo antigo, tempos antigos, antigo, de antigamente, tempo remoto
1c) antigamente, antigo (advérbio)
1d) começo
1e) oriente adv.
2) rumo a leste, para ou em direção ao oriente Jó - Dicionário Biblia AlmeidaUm dos livros de SABEDORIA do AT. Trata do sofrimento humano. Nele conta-se a história de Jó, um homem bom, fiel a DEUS, rico e feliz, que de repente perde os filhos, todos os bens e ainda é atacado por uma doença dolorosa e nojenta. Seus amigos, em diálogos poéticos, procuram achar explicação para tanta desgraça, considerando o sofrimento como resultado do pecado. Para eles, DEUS sempre recompensa os bons e castiga os maus. Mas Jó reage contra essa explicação, chegando até a desafiar a DEUS. DEUS não responde às perguntas de Jó, mas fala do seu próprio poder e sabedoria, levando Jó a humilhar-se diante dele. Mesmo assim, fica provado que os seus amigos estavam errados e que Jó estava certo. Em conclusão, DEUS repreende os amigos de Jó por não haverem entendido a razão do seu sofrimento e por terem defendido idéias erradas a respeito de DEUS. A Jó, porém, DEUS recompensa, devolvendo-lhe em dobro tudo o que antes possuía, pois ele, mesmo com a sua impaciência, as suas reclamações e os seus protestos, conservou a fé num DEUS que é justo. Ele reconheceu que os seres humanos não podem compreender tudo, nem explicar bem a razão por que às vezes os justos sofrem. Jó - Dicionário Bíblico WycliffeA despeito do caráter quase poético do prólogo e do epílogo do livro de Jó, e da poesia do discurso central sugerirem que nem todas as características de sua história tenham sido descritas de forma absolutamente literal, a narrativa de Jó e nas experiências representam uma história verídica, e não uma ficção. Essa conclusão é necessária devido às referências feitas a Jó em outras passagens bíblicas (veja Ez 14.14,20; Tg 5.11), e é confirmada pela finalidade desse livro, que é a de exaltar o nome de DEUS e suas soberanas realizações na história.
O lar de Jó estava localizado em algum lugar situado a leste da Palestina, nas proximidades da fronteira com o deserto. Existem várias indicações de que ele viveu na era patriarcal: sua longevidade (Jó aparentemente viveu cerca de dois séculos); o florescimento da verdadeira religião apoiada em uma divina revelação fora da comunidade da aliança de Abraão; e certas características sociais e étnicas primitivas como a condição de nômades dos caldeus e a forma patriarcal de prestar culto e oferecer sacrifícios. Além disso, ele tinha um nome usado por um grande número de semitas da região ocidental no início do segundo milênio a.C., mas que não é encontrado no primeiro milênio. Esse nome aparece nos textos de Execração de Berlim, do Egito, como Ayyabum (ANET, p. 239), e nas cartas de Amarna, como Ayal (ANET, p. 486), assim como nos textos acadianos de Mari e Alalakh.
Materialmente próspero e genuinamente piedoso, Jó viven talvez durante 70 anos sob o manifesto favor dos homens e de DEUS. Então, uma repentina e quase total reversão de todas as suas circunstâncias terrenas introduziu a grande crise qne deu à sua vida um significado especial para a história da redenção (Jó 1 ; 2). A partir da agonia e do enigma de seus sofrimentos levantou-se a queixa de Jó (Jó 3), e uma discussão longa e formal entre ele e seus três amigos filósofos (Jó 4-31). Esse debate serviu para mostrar a insensatez da sabedoria tradicional do mundo, que levou os amigos de Jó ao juízo totalmente falso de que seus sofrimentos eram uma condigna conseqüência de um radical abandono do temor a DEUS.
Mas foi necessária a revelação da voz do próprio Senhor saindo do rodemoinho, uma revelação preparada pelo ministério de seu jovem servo Eliú (Jó 32-37) para levar o atormentado sofredor de volta à paz de uma humilde e confiante devoção ao Senhor (Jó 38.1-42.6). Dessa forma, e ao contrário das alegações do adversário maligno, ele foi submetido à prova para ser um troféu da graça divina.
Como um pedido de Jó perante os olhos de seus acusadores humanos, DEUS coroou a vida terrena de seu servo com um duplo restabelecimento.M. G. K. Jó, antes de conhecer a DEUS face a face foi um homem extremamente religioso, demonstrando uma fidelidade a DEUS invejável. Homem que se distingia dos demais na integridade, retidão, temente a DEUS e se desviava do mal. Era homem sábio, abastado e próspero. Um homem dedicado à família, de moral e piedade e de vida consagrada. Depois de passar por duras provas e conhecer a DEUS mais intimamente se tornou muito espiritual, possuindo melhor e mais do que antes, e sendo extremamente feliz com sua famnília por mais 140 anos que DEUS lhe concedeu. E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Jó 42:16 I – UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL JÓ - UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL
Significado de Caráter:
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. https://www.significados.com.br/Íntegro (sincero) (v.1); Reto (v.1); Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1); Um conselheiro sábio; Um homem próspero; Uma prosperidade baseada no “ser”; Um homem dedicado à família; Um homem de moral e piedade e Um homem de vida consagrada.
1. Íntegro (sincero) (v.1). תם tamÍntegro, Sincero
1) perfeito, completo
1a) completo, perfeito
1a1) pessoa a quem não falta força física, beleza, etc.
1b) são, saudável
1b1) uma pessoa normal, pessoa calma
1c) íntegro, moralmente inocente, que tem integridade
1c1) pessoa moral e eticamente pura O caráter define o que uma pessoa é de verdade. Ela é vista a partir dos valores que governam a sua vida interior. O “mau-caráter” define uma pessoa que não merece confiança, que é desonesta e que, portanto, não possui valores nobres. Jó não era um homem sem pecado, mas tinha um caráter irretocável. Nesse sentido, os primeiros versículos do livro possuem vários adjetivos que descrevem o seu caráter. No primeiro, o autor o apresenta como um homem íntegro. A palavra “íntegro”, que traduz o hebraico tām, possui o sentido de inocente, sem culpa. No grego, segundo a Septuaginta, a palavra alethinós remete ao que é verdadeiro. Assim, podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com DEUS e os homens.
2. Reto (v.1). ישר yashar
Reto
1) reto, honesto, correto, direito
1a) reto, plano
1b) certo, agradável, correto
1c) direto, justo, honesto, conveniente, próprio
1d) honestidade, retidão, honesto
1e) aquilo que é honesto (substantivo) Ele também era um homem reto que, no hebraico yāšār, tem um sentido de alguém justo, direito. Na Septuaginta, de acordo com o grego amemptos, possui o sentido de irrepreensível. Portanto, o homem de Uz era justo, reto, direito e se comportava de maneira irrepreensível.
3. Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1). ירא yare’
Temente a DEUS
1) temente, reverente, medroso סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9.12)
Desviava do mal
1) desviar-se, afastar-se
1a) (Qal)
1a1) desviar-se do rumo, entrar
1a2) partir, afastar-se do caminho, evitar
1a3) ser removido
1a4) chegar ao fim
1b) (Polel) desviar
1c) (Hifil)
1c1) fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
1c2) pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
1d) (Hofal) ser levado embora, ser removido Jó é descrito como alguém temente a DEUS, que desviava-se do mal. Estas palavras, de acordo com os termos relativos ao hebraico, sur e yare, traduzem a ideia de alguém que prestava reverência a DEUS e evitava o mal. Já na Sepetuaginta, os termos relativos ao grego, theosebés e apecho, trazem o sentido de alguém devotado ao culto e à adoração a DEUS e que, por isso, mantinha o mal sempre à distância.
As Escrituras mostram que, muito antes de Salomão, Jó praticava o que o homem mais sábio do mundo, posteriormente, ensinaria: “Teme ao SENHOR e aparta-te do mal” (Pv 3.7).
II – UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO
1. Um conselheiro sábio. Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho. Acabada a minha palavra, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles; porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia. Jó 29:21-23 Há pessoas ricas que nem são sábias nem tampouco prósperas. Possuem conhecimento, mas não entendimento; riquezas, mas não prosperidade. Jó distingue-se nesse aspecto.
Ele foi um homem sábio, rico e próspero. A Bíblia afirma que Jó era “maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3). “Maior” aqui não pode ser entendido apenas como uma referência a bens materiais, mas também à sua sabedoria. Estudiosos destacam que Jó era mais importante em sabedoria, riqueza e piedade do que qualquer outra pessoa daquela região e ressaltam o reconhecimento da sabedoria de Jó conforme se destacava a sabedoria dos orientais expressa em provérbios, canções e histórias. Isso fazia dele um homem proeminente, a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação (Jó 29.21,22). Um homem rico - Riqueza expressa quantidade - O homem de Uz não era apenas rico, mas, sobretudo, próspero. O texto sagrado destaca que, além de sua esposa, ele tinha sete filhos e três filhas (v.2). Para os padrões da época, possuía uma família com o formato ideal. Ele também era um fazendeiro bem sucedido. Em sua fazenda havia sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; e tinha também muitíssima gente a seu serviço (v.3).
2. Um homem próspero. Prosperidade na bíblia indica ter recebido algo de DEUS e ter repassado para outros. É ser canal de bênçãos.Jó recebeu várias riquezas (em quantidade).Abastado financeiramente - Ajudava aos pobres e necessitados.Sábio - Dava conselhos a todos.Temente a DEUS - Orava por todos.Íntegro e Reto - Dava bom testemunho diante de sua família, de seus funcionários, de seus amigos e da sociedade.Família Grande - Amava a todos, os santificava, orava por eles e sacrificava por eles.
3. Uma prosperidade baseada no “ser”. DE ONDE VINHA TUDO O QUE JÓ POSSUÍA? ATÉ O DIABO SABIA. Então, respondeu Satanás ao Senhor e disse: Porventura, teme Jó a DEUS debalde? Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. Jó 1:9,10Jó era rico porque DEUS lhe abençoou.Jó, portanto, possuía um grande patrimônio e uma bela família. Sua prosperidade se refletia na relação harmoniosa entre ele, sua família, seus negócios e, sobretudo, DEUS. Não era uma prosperidade estabelecida somente no “ter”, mas, principalmente, no “ser”.
III – UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL
1. Um homem dedicado à família. Jó enxergava a situação espiritual de seus filhos e se preocupava, era um pai exemplar, porém seus filhos não são mencionados como imitadores de seu pai.Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:5Nem Jó e nem sua esposa iam às festas de seus filhos (receberam notícias deles, não estavam lá na festa).Quando terminavam suas festas, lá ia Jó orar por seus filhos, santificar a cada um e oferecer sacrifício por cada um.Os filhos de Jó não tiveram filhos, demonstrando falta de bênção de DEUS sobre eles.Os homens influenciavam suas irmãs para participarem de suas festas. Levavam suas irmãs e comiam e bebiam vinho em suas festas.“Iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles” (1.4).A família em harmonia sem o pai e a mãe presentes? Não é possível.Não se vê falar deles trabalhando, mas só festejando com bebida presente.Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:18,19DEUS deu a Jó filhos mais excelentes depois de sua prova. Eles deram a Jó netos, bisnetos e tataranetos.
2. Um homem de moral e piedade. Jó era um homem extremamente religioso. Era temente a DEUS como Cornélio, em Atos. IMPRESSIONANTE A SEMELHANÇA ENTRE JÓ E CORNÉLIO - DOIS HOMENS BONS QUE NECESSITAVAM TER UM ENCONTRO PESSOAL COM DEUS. Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a DEUS; e desviava-se do mal. Jó 1:1 E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana, piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a DEUS. Atos 10:1,2 Jó foi um homem que possuia uma forte moralidade e uma sólida espiritualidade. Além de seu caráter irretocável, o texto deixa claro que ele tinha uma vida piedosa (Jó 1.5). Essa piedade está presente não apenas nos primeiros capítulos, mas em todo o livro. Mesmo nos momentos de desespero, como consequência de sua provação, ele sempre mantinha seus olhos em DEUS. Essa piedade era a causa da dedicação de Jó à família.
3. Um homem de vida consagrada. Jó nos mostra um homem de oração. Um homem temente a DEUS. Um homem de caráter. Um homem muito religioso.Jó santificava seus filhos, provavelmente com oração a favor deles, dando a cada um a oportunidade de pedir perdão a DEUS, provavelemente um jejum devia ser feito.Jó se levantava de madrugada e oferecia sacrifícios pelos seu filhos como um sacerdote, um animal morria em lugar de cada um de seus filhos. A piedade de Jó está evidente no cuidado espiritual que ele tinha com os filhos. Jó sempre orava por eles: “Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1.5). Como sacerdote de seu lar, Jó cumpria o ritual do culto em favor de sua família. O levantar cedo ou de madrugada, como expressão idiomática do hebraico bíblico, é uma forma de enfatizar a piedade de Jó. Essa devoção é demonstrada pela consagração vivida por ele. O texto diz que ele se “santificava”. O vocábulo português “santificava” traduz o termo hebraico, qadash, que possui o sentido de ser separado ou consagrado. Uma pessoa que é consagrada é uma pessoa que ora, uma pessoa que ora é uma pessoa consagrada. Portanto, à luz da vida de Jó, somos instados a viver uma vida consagrada diante de DEUS e dos homens.
CONCLUSÃO
Aprendamos com Jó a sermos filhos do DEUS altíssimo.JÓ ERA UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL - Era Íntegro (sincero), Reto, Temente a DEUS e desviava-se do mal (v.1).
JÓ ERA UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO - Era um conselheiro sábio, era um homem próspero e era possuidor de uma prosperidade baseada no “ser”
JÓ ERA UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL - Jó era um homem dedicado à família, um homem de moral e piedade e um homem de vida consagrada.
JÓ. Tudo indica que Jó viveu na época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó,
aproximadamente em 2100-1800 a.C.). A maioria dos eruditos crê que a terra de Uz ficava a sudeste da Palestina e do mar Morto, ou ao norte da Arábia. Outros crêem que a terra de Uz ficava ao nordeste do mar da Galiléia, na direção de Damasco.
1.1 SINCERO, RETO E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL.
NOÉ, DANIEL E JÓ. O julgamento que estava para vir sobre Jerusalém era tão certo que até mesmo estes três homens de DEUS, conhecidos pela sua retidão (Gn 6.9; Jó 1.1,8; 2.3; Dn 6.4,5,22), não poderiam livrar ninguém mediante as suas orações intercessórias.
(3) Todos que permanecerem fiéis a DEUS, nas provações e aflições desta vida, chegarão por fim àquele estado de delícia e bem-aventurança na presença de DEUS, por toda a eternidade (ver 2 Tm 4.7,8; 1 Pe 5.10; Ap 21; 22.1-5).
filhos. Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a DEUS para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de DEUS a salvação e suas bênçãos. Jó exemplifica o pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessários para mantê-los afastados do pecado (ver Lc 1.17)
1.1 SINCERO, RETO E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL. (1) O temor de DEUS e o desviar-se do mal são o fundamento da vida irrepreensível e da retidão de Jó (cf. Pv 1.7). "Sincero" refere-se à integridade moral de Jó e à sua sincera dedicação a DEUS; "reto" denota retidão nas palavras, nos pensamentos e atos. (2) Esta declaração da retidão de Jó é reafirmada pelo próprio DEUS no versículo 8 e em 2.3 onde, claramente, se vê que DEUS, pela sua graça, pode redimir os seres humanos caídos, e torná-los genuinamente bons, retos e vitoriosos sobre o pecado. Esta declaração envergonha e expõe os erros do ensino evangélico modernista, o qual afirma que: (a) nenhum crente em CRISTO, mesmo com toda assistência do ESPÍRITO SANTO, pode ter a mínima esperança de ser irrepreensível e reto nesta vida; e (b) os crentes podem estar certos de que pecarão todos os dias, por palavras, pensamentos e obras, sem nenhuma esperança de vencer a carne nesta vida.
1.5 MEUS FILHOS. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus filhos. Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a DEUS para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de DEUS a salvação e suas bênçãos. Jó exemplifica o pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessários para mantê-los afastados do pecado (ver Lc 1.17)
Livro de Jó | Ponto de comparação | Outras referências bíblicas |
3:17-19 | Os mortos não sabem nada, mas estão como os adormecidos. | Ec.9:5,10; Jo1:11-14; 1Co.15:20 |
10:4 | DEUS não julga com base no ponto de vista humano. | 1Sm.16:7 |
10:8, 9, 10:11, 12 | O grande cuidado de DEUS em criar o homem. | Sl.139:13-16 |
12:23 | DEUS deixa as nações ficarem poderosas e até mesmo unidas contra ele, para que possa com justiça destruí-las de um só golpe. | Re.17:13, 14, 17 |
14:1-5 | Homem nasce em pecado e em servidão à morte. | Sl.51:5; Ro.5:12 |
14:13-15 | Ressurreição dos mortos. | 1Co.15:21-23 |
17:9 | O justo não tropeça, não importa o que outros façam. | Sl.119:165 |
19:25 | O propósito de DEUS é remir (resgatar, livrar) a humanidade fiel. | Rm.3:24; 1Co.1:30 |
21:23-26 | Todos os homens estão sujeitos ao mesmo evento conseqüente; todos são iguais na morte. | Ec.9:2, 3 |
24:3-12 | Aflição causada pelos iníquos; cristãos são tratados assim. | 2Co.6:4-10; 2Co.11:24-27 |
24:13-17 | Os iníquos amam a escuridão, em vez de a luz; a luz os aterroriza. | Jo.3:19 |
26:6 | Todas as coisas estão expostas aos olhos de DEUS. | Hb.4:13 |
27:12 | Os que têm “visões” do seu próprio coração, não de DEUS, proferem coisas vãs. | Jr.23:16 |
27:8-10 | O apóstata não invocará genuinamente a DEUS, nem será ouvido por Ele. | Hb.6:4-6 |
27:16, 17 | O justo herdará a riqueza acumulada pelo iníquo. | Dn.6:10,11;Pv.13:22 |
Cap 28 | O homem não pode encontrar verdadeira sabedoria do ‘livro da criação divina’, mas só de DEUS e pelo temor Dele. | Ec.12:13;1Co.2:11-16 |
30:1, 2, 8, 12 | Vadios imprestáveis, insensatos, são usados para perseguir os servos de DEUS. | At.17:5 |
32:22 | Conferir títulos antibíblicos é errado. | Mt 23:8-12 |
34:14, 15 | A vida de toda a carne está na mão de DEUS. | Sl.104:29, 30; Is.64:8; At.17:25, 28 |
34:19 | DEUS não é parcial. | At.10:34 |
34:24, 25 | DEUS derruba e estabelece governantes a seu bel-prazer. | Dn.2:21; 4:25 |
36:24; 40:8 | O importante é declarar a justiça de DEUS. | Rm.3:23-26 |
42:2 | Para DEUS, todas as coisas são possíveis. | Mt.19:26 |
42:3 | A sabedoria de DEUS é inescrutável. | Is.55:9; Rm.11:33 |
A provação de Jó (1:13-22; 2:7-8)
Não blasfemou contra DEUS (conforme Satanás predisse que ele faria - 1.11; 2.5), embora
chegasse a falar palavras das quais se arrependeria depois (vv. 17,20,22,23,30,31; 42.3-6)
Jó é um dos livros sapienciais e poéticos do AT; “sapiencial”, porque trata profundamente de relevantes assuntos universais da humanidade; “poético”, porque a quase totalidade do livro está elaborada em estilo poético. Sua poesia, todavia, tem por base um personagem histórico e real (ver Ez 14.14,20) e um evento histórico e real (ver Tg 5.11). Os fatos do livro se desenrolam na “terra de Uz” (1.1), que posteriormente veio a ser o território de Edom, localizado a sudeste do mar Morto, ou norte da Arábia (cf. Lm 4.21). Assim sendo, o contexto histórico de Jó é mais árabe do
que judaico.
Há duas datas importantes relacionadas a Jó: (1) a data do próprio Jó e dos eventos descritos no livro; e (2) a data da escrita inspirada do livro. Certos fatos indicam que Jó viveu por volta dos tempos de Abraão (2000 a.C.) ou até antes. Os fatos mais destacados são: (1) ele ter vivido mais 140 anos após os eventos do livro (42.16), o que sugere uma duração de vida de quase 200 anos (Abraão viveu 175 anos); (2) suas riquezas eram calculadas em termos de gado (1.3; 42.12); (3) sua atividade como sacerdote da família, idêntica à de Abraão, Isaque e Jacó (1.5); (4) a família patriarcal como unidade social básica, semelhante aos dias de Abraão (1.4,5, 13); (5) as incursões dos sabeus (1.15) e dos caldeus (1.17), que se encaixam na era abraâmica; (6) o uso freqüente (trinta e uma vezes) do nome patriarcal comum de DEUS, Shaddai (“O Onipotente”), e (7) a ausência de referência a fatos da história israelita ou à lei mosaica também sugere uma era pré-mosaica (i.e., antes de 1500 a.C.).
Há três diferentes pontos de vista sobre a data da escrita deste livro. Talvez tenha sido escrito: (1) durante a era patriarcal (c. 2000 a.C.), pouco depois da ocorrência dos eventos citados, e talvez pelo próprio Jó; (2) durante o reinado de Salomão ou pouco depois (c. 950—900 a.C.), pelo fato de o estilo literário do livro assemelhar-se ao da literatura sapiencial daquele período; ou (3) durante o exílio de Judá (c. 586—538 a.C.), quando, então, o povo de DEUS procurava entender teologicamente o significado da sua calamidade (cf. Sl 137). Se não foi o próprio Jó, o escritor deve ter obtido informações detalhadas, escritas ou orais, oriundas daqueles dias, as quais ele utilizou sob o impulso da inspiração divina para escrever o livro na feição em que o temos. Certas partes do livro vieram evidentemente da revelação direta de DEUS (e.g. 1.6—2.10).
Propósito
O livro de Jó lida com a pergunta dos séculos: “Se DEUS é justo e amoroso, por que permite que um homem realmente justo, tal como Jó (1.1, 8) sofra tanto?” Sobre esse assunto o livro revela as seguintes verdades: (1) Satanás, como adversário de DEUS, teve permissão para provar a autenticidade da fé de um homem justo, por meio da aflição, mas a graça de DEUS triunfou sobre o sofrimento, porque Jó permaneceu firme e constante na fé, mesmo quando parecia não haver qualquer proveito em permanecer fiel a DEUS. (2) DEUS lida com situações demais elevadas para a plena compreensão da mente humana (37.5). Nesses casos, não vemos as coisas com a amplitude que DEUS vê e precisamos da sua graciosa auto-revelação (38—41). (3) A verdadeira base da fé acha-se, não nas bênçãos de DEUS, nem em circunstâncias pessoais, nem em teses formuladas pelo intelecto, mas na revelação do próprio DEUS. (4) DEUS, às vezes, permite que Satanás prove os justos mediante contratempos, a fim de purificar a sua fé e vida, assim como o ouro é refinado pelo fogo (23.10; cf. 1 Pe 1.6,7). Tal provação resulta numa maior integridade espiritual e humildade do
seu povo (42.1-10). (5) Embora os métodos de DEUS agir, às vezes, pareçam contraditórios e cruéis (conforme o próprio Jó pensava), ver-se-á, no fim, que Ele é plenamente compassivo e misericordioso (42.7-17; cf. Tg 5.11).
Visão Panorâmica
Há cinco divisões distintas no livro de Jó: (1) o prólogo (1—2), que descreve a calamidade de Jó e a causa subjacente disso; (2) três ciclos de diálogo entre Jó e os seus três amigos, nos quais estes buscam, na mente humana, respostas para o sofrimento de Jó (3—31); (3) quatro monólogos de Eliú, um homem de menos idade que Jó e seus três amigos. Estes monólogos contêm certo vislumbre de compreensão do significado (mas não a causa) do sofrimento de Jó (32—37); (4) o próprio DEUS, que fala a Jó da sua ignorância e das suas queixas e ouve a resposta de Jó à sua
revelação (38.1—42.6); (5) o epílogo (42.7-17), com a restauração de Jó. O livro de Jó está escrito em forma poética, com exceção do prólogo, do trecho 32.1-6a, e do epílogo. No cap. 1, temos Jó como um homem justo e temente a DEUS (1.1, 8) e o mais importante de todos do Oriente (1.3). Repentinamente, uma série de grandes calamidades destruiu seus bens, seus filhos e sua saúde (1.13-22; 2.7-10). Jó ficou totalmente desorientado, sem saber que estava envolvido a fundo num conflito entre DEUS e Satanás (1.6-12; 2.1-6). Os três amigos de Jó — Elifaz, Bildade e Zofar — chegaram para consolar Jó, mas, em vez disso, passaram a debater com ele sobre o porquê dos seus infortúnios. Insistiam que, pelo fato de DEUS ser justo, os sofrimentos de Jó evidentemente eram castigos por seus pecados ocultos, e que o seu único recurso era o arrependimento. Jó rejeitou essas respostas preconcebidas, afirmou a sua inocência e confessou sua incapacidade de compreender sua situação (3—31). Eliú apresentou outra perspectiva, a saber, que o sofrimento de Jó tinha a ver com o propósito divino de purificar Jó ainda mais (32—37).Finalmente, todos se calaram, inclusive Jó, enquanto o próprio DEUS falou com ele da sua sabedoria e poder como Criador. Jó confessou, arrependido e humilhado, sua ignorância e pequenez (38—41). Quando Jó arrependeu-se de estar argumentando com o Todo-poderoso, (42.5,6) e
orou por seus amigos que o tinham magoado profundamente (42.8-10), foi liberto da sua prova de fogo e duplamente restaurado (42.10). Além disso, Jó foi vindicado quando DEUS declarou que o patriarca tinha falado a respeito dEle “o que era reto” (42.7). Os dias subseqüentes de Jó foram mais abençoados do que os anteriores à sua aflição (42.12-17).
Características Especiais
Sete características principais assinalam o livro de Jó. (1) Jó, um habitante do norte da Arábia, foi um não-israelita justo e temente a DEUS, que talvez tenha existido antes da família de Israel, e do seu concerto com DEUS (1.1). (2) Este livro é o mais profundo que existe sobre o mistério do sofrimento do justo. (3) Revela uma dinâmica importante, presente em toda prova severa dos santos: enquanto Satanás procura destruir a fé dos santos, DEUS está operando para depurá-la e
aprofundá-la. A perseverança de Jó na sua fé permitiu que o propósito de DEUS prevalecesse sobre a expectativa de Satanás (cf. Tg 5.11). (4) O livro é de valor inestimável pela revelação bíblica que contém sobre assuntos-chaves tais como: DEUS, a raça humana, a criação de Satanás, o pecado, o sofrimento, a justiça, o arrependimento e a fé. (5) Boa parte do livro ocupa-se da avaliação teológica errônea que os amigos de Jó fizeram do sofrimento deste. A repetição freqüente desta avaliação errônea no livro talvez indique tratar-se de um erro comum entre o povo de DEUS; erro
este que exige correção. (6) O papel de Satanás como “adversário” dos justos, o livro de Jó o demonstra mais do que em qualquer outro livro do AT. Entre as dezenove referências nominais a Satanás no AT, quatorze ocorrem em Jó. (7) Jó demonstra com toda clareza o princípio bíblico de que os crentes são transformados pela revelação, e não pela informação (42.5,6).
O Livro de Jó e Seu Cumprimento no NT
O Redentor a quem Jó confessa (19.25-27), o Mediador por quem ele anseia (9.32,33) e as respostas às suas perguntas e necessidades mais profundas, todos têm em JESUS CRISTO o seu cumprimento. JESUS identificou-se inteiramente com o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.8), ao ser enviado pelo Pai como Redentor, mediador, sabedoria, cura, luz e vida. A profecia da parte do ESPÍRITO sobre a vinda de CRISTO, temo-la mais claramente em 19.25-27. Menção explícita de Jó,
temos duas vezes no NT: (1) Uma citação (5.13, em 1 Co 3.19) e (2) uma referência à perseverança de Jó na aflição e o resultado misericordioso da maneira de DEUS lidar com ele (Tg 5.11). Jó ilustra muito bem a verdade neotestamentária de que quando o crente experimenta perseguição ou algum outro severo sofrimento, deve perseverar firme na fé e continuar a confiar naquele que julga corretamente, assim como fez o próprio JESUS quando aqui sofreu (1 Pe 2.23). Jó
1.6—2.10 é o mais detalhado quadro do nosso adversário, juntamente com 1 Pe 5.8,9.
É possível ser próspero e, ao mesmo tempo, ter um caráter íntegro e piedoso? Esta pergunta faz sentido porque não é pouco comum correlacionar o defeito de caráter de uma pessoa com o advento de seu sucesso. O leitor da Bíblia Sagrada sabe do cuidado que as Escrituras apontam para a relação humana com o dinheiro. Sim, a Palavra de DEUS diz que o "amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males" (1 Tm 6.10). Isso ocorre por causa do "apego", da "ambição" que o homem desperta diante do dinheiro ou de algum bem material. Essa disposição pode aniquilar a nossa integridade e piedade. Mas ao longo da lição, veremos um modelo de integridade, prosperidade e piedade conjugado com o temor do Senhor. Que o exemplo de Jó fale aos nossos corações.
PONTO CENTRAL - O temor do Senhor é a base de uma vida reta e íntegra.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Jó era um homem conhecido por sua sabedoria e prosperidade.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Jó tinha uma vida dedicada à família e devotada a DEUS por meio de uma vida consagrada.
Inicie o tópico fazendo uma reflexão acerca do “temor do Senhor” e sua relação com uma vida sabiamente vivida. Fale aos alunos que os livros de sabedoria do Antigo Testamento, como Provérbios, e o próprio Livro de Jó, colocam o “temor do Senhor” como princípio primeiro para uma vida de sabedoria. Para auxiliá-lo nessa reflexão, leve em conta o seguinte fragmento textual: “Sabedoria e o temor do Senhor. [...] ‘O temor do Senhor’ é central à literatura sapiencial, ocorrendo 14 vezes em Provérbios e várias vezes em Jó. [...] Além de ser o ponto de partida ou início da sabedoria, o temor do Senhor também é ‘o princípio primeiro e controlador’, ou ‘a essência e o coração’ da sabedoria” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.287).
“As posses de Jó, incluindo seus filhos [...] e filhas, são registradas para provar a retidão desse homem (2-3). O ponto principal de discussão entre Jó e seus amigos vai ser o significado da prosperidade material. Acreditava-se naquela época que a família e os rebanhos eram bênçãos de DEUS para uma pessoa reta. A riqueza de Jó significava que ele desfrutava do favor de DEUS de uma maneira excepcional. Os números usados (sete, três e cinco), enumerando os filhos de Jó e seus rebanhos, são expressões adicionais da sua integridade.
Cada filho tinha sua própria casa. As filhas provavelmente moravam na casa do pai. Cada filho realizava uma festa, em casa de cada um no seu dia (4). Não está claro aqui se esses banquetes eram realizados no dia do aniversário de um deles ou, visto que havia sete filhos, o autor estaria descrevendo uma vida tão ideal que os filhos de Jó estavam frequentemente celebrando e se entretendo mutuamente em uma comunhão harmoniosa. Em cada evento, a piedade de Jó é ilustrada pelo fato de que ele sempre oferecia holocaustos (5) pelos seus filhos, se caso um deles pudesse ter pecado inadvertida ou secretamente. Essa frase, e os santificava, ilustra um uso comum no Antigo Testamento de santificação como um cerimonial de consagração ou separação” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.25).
“Jó não teve de isolar-se para tornar-se piedoso. Foi justamente como pai de família, homem de negócios e membro de uma sociedade politicamente organizada, que ele pontificou-se como o melhor ser humano de seu tempo. Ninguém precisa isolar-se para tornar-se santo; santo nasce exatamente em meios às tentações.
Todos os heróis da fé destacaram-se como membros participativos da sociedade. O que dizer de Noé? Ou de Abraão, Isaque e Jacó? Ou dos profetas? Isaías e Ezequiel eram casados. E o exemplo do próprio CRISTO? Ele não se afastou dos homens para redimi-los; Emanuel resgatou-nos estando entre nós e fazendo-se como um de nós.
Enganam-se os que julgam ser a santidade o produto de uma vida solitária. Santidade é serviço; é dedicação integral ao Senhor JESUS; é desviar-se do mal e ter a parecença do Cordeiro de DEUS” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.37).
VOCABULÁRIO
Septuaginta: A primeira e mais antiga tradução grega do texto hebraico do Antigo Testamento.
Afeições: Afeto, afeiçoamento.
PARA REFLETIR - A respeito de “Quem era Jó”, responda:
O que podemos afirmar acerca de Jó? Podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com DEUS e os homens.
Como Jó é descrito no primeiro versículo? Jó é descrito como alguém temente a DEUS, que desviava-se do mal.
O que fazia de Jó um homem proeminente a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação? O reconhecimento de sua sabedoria.
Em que estava estabelecida a prosperidade de Jó? A prosperidade de Jó não estava estabelecida somente no “ter”, mas, principalmente, no “ser”.
Do que o homem Jó foi possuidor? Jó foi um homem possuidor de uma forte moralidade e sólida espiritualidade.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 83, p. 37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
O Caráter do Cristão - Um estudo completo de personagens bíblicos que nos ajudarão a entender o verdadeiro caráter Cristão.
Heróis da Fé - Um dos maiores clássicos da literatura evangélica.Homens extraordinários que incendiaram o mundo.
O Sermão do Monte - Estudar o Sermão do Monte é um desafio, pois se trata de um texto de difícil interpretação e aplicabilidade.
fundo de uma __________________ do que entrar um rico no Reino de DEUS.
PRÓLOGO (1-2:13)
1. Quem Era Jó (1: 1-5)
1) Um homem justo num universo diabólico (v. 1). Está muito longe da verdade quem disser que entende o problema relacionado com o livro de Jó. Não compreendemos o problema moral do universo, nem podemos entender como Satanás tem liberdade para destruir uma vida reta, moral, equilibrada e sensata. Jó é-nos apresentado reto, íntegro e temente a DEUS. Um homem que fugia do mal e procurava manter a paz com o seu DEUS, tanto quanto a si como à sua família. Era um sacerdote doméstico, talvez um Melquisedeque, um Jetro ou um dos tantos outros que havia no mundo daqueles dias e que a História não registra. Como vimos na introdução, não estamos certos do lugar onde vivia, mas parece ser a região edomita onde foram morar os descendentes de Esaú e os filhos de Ismael. Ali se fundiram no que atualmente se conhece como o mundo árabe. Era uma região remota, isolada do mundo e que não tinha o movimento social dos nossos dias, concorrendo para que este grande homem praticasse uma vida ascética e profundamente religiosa, para que fosse um homem que, no dizer de DEUS mesmo, se desvia do mal (v. 8). A maldade, que sempre dominou este universo terreno, não o havia atingido e nem a sua riqueza tinha comprometido a sua fidelidade à religião e a DEUS, como tantas vezes acontece. Era um oásis na secura do mundo mau, sim, do mundo mau. Este mundo é mau e cheio de perversidade.
2) Um homem muito rico (v. 3). Grande fazendeiro, com sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Era o maior de todos os criadores do Oriente. Pelo número de juntas de bois, podemos inferir das imensas áreas lavradas, com abundantes colheitas de cereais. Todos os chefes daquela região eram criadores, e, em geral, ricos. Esta região veio mais tarde a ser submetida pelos reis de Israel, que fizeram dela uma colônia (I Reis 22:48). Os camelos eram usados para o transporte de mercadorias e outros centros de comércio, mais para o oriente, enquanto a lã das ovelhas era usada para o fabrico de tapetes, que ainda hoje são a tentação dos Povos Ocidentais. Até onde chegaria a influência deste grande homem, ignoramos, embora abrangesse muitas tribos e regiões.
3) Tinha numerosa família (vv. 2,4,5). Sete filhos e três filhas, o que, a bem da verdade, não era demais para um potentado oriental. Não tinha harém como tantos outros da sua época. Uma feliz exceção. A sua religião era tal que não lhe permitia a poligamia. Os filhos, parece, não partilhavam muito da religião do pai, pois, em seus banquetes de rotina, cometiam demasias, que Jó se apressava a corrigir por meio de oferendas sacrificiais (v. 5). Era sacerdote familiar e possivelmente servia à sua comunidade. A Bíblia não nos informa muito largamente sobre o modo de viver dos povos primitivos, porém nos diz o sacerdócio tribal era uma das facetas religiosas daqueles dias. Tomemos, por exemplo Melquisedeque, sacerdote em Salim (Jerusalém), e Jetro, nessa mesma região de Edom. Haveria muitos outros, vindos dos tempos primitivos quando não havia sacerdócio oficial à moda mosaica. Isso nos vem confirmar que o monoteísmo era a religião primitiva dos Povos, como nos informa Sir Charles Marston (1). O monoteísmo não um desenvolvimento do politeísmo, mas dá-se justamente o contrário. O mundo sempre foi monoteísta antes de ser politeísta; e, mesmo quando os ídolos encheram as nações da terra, o monoteísmo continuou a existir até os tempos de Moisés. Foram monoteístas os egípcios, os babilônios, os primitivos tirenos e tantos outros povos antigos. Jó oferecia sacrifícios pelos tirenos e tantos outros povos antigos. Jó oferecia sacrifícios pelos filhos, que possivelmente se haviam exorbitado em seus banquetes, no decurso dos dias (v. 5). Parece que os banquetes eram uma forma de vida dos jovens ricos, de modo que, cada semana, diríamos, um oferecia a seus irmãos o banquete semanal, e neles cometiam pecados contra DEUS em seus corações (v. 5). Vê-se que era uma família rica, feliz e religiosa, sendo o pai o seu sacerdote. Não temos muita informação a respeito dessa norma familiar antiga; entretanto, sendo pequenas as comunidades, e o intercurso social, muito reduzido, levaria as famílias ricas a se reunirem, para fins religiosos e sociais, por meio de banquetes.