É a partir da aceitação da graça de DEUS que a revelação pelo ESPÍRITO SANTO é dada ao arrependido pecador, então a misericórdia de DEUS é demonstrada e este que a partir daí está predestinado à vida eterna com DEUS, desde que permaneça em sua fé no filho de DEUS. RESUMO DA LIÇÃO 5 - 4 TRIMESTRE DE 2008A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANOHá diferentes formas de interpretação quanto ao assunto "soberania de DEUS e livre-arbítrio humano" I - A ONIPOTÊNCIA DE DEUS1. DEUS é Onipotente. Ele tudo pode: " ... operando eu, quem impedirá?" (ls 43.13).2. A Onipotência e a vontade de DEUS.Os atributos de DEUS revelam o seu maravilhoso e irrepreensível caráter. "pode fazer tudo o que quer, mas não quer fazer tudo o que pode".II - A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANODEUS, ao criar o homem, proveu-o de livre-arbítrio.1. Vontade permissiva e livre-arbítrio. o homem pode rejeitar a salvação.2. Vontade diretiva e predestinação. Vontade diretiva de DEUS opera em conformidade com sua sabedoria e soberania. III - PREDESTINAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO1. A predestinação e o livre-arbítrio. A Bíblia enfatiza tanto a doutrina da predestinação divina, quanto o ensinamento do livre-arbítrio humano.2. A obra redentora e a presciência de DEUS. Uma interpretação bíblica livre de qualquer preconceito mostrará claramente que DEUS predestinoutodos os homens à salvação, mediante a obra redentora de JESUS, portanto, a predestinação fatalista contradiz dois atributos divinos:a justiça o amor.IV - OBSERVAÇÕES DOUTRINÁRIAS1. A segurança salvífica. O crente está seguro quanto a sua salvação enquanto ele permanece em CRISTO (Jo 15.1-6).2. A predestinação fatalista. Este ensino só considera a soberania de DEUS, e não sua graça e justiça (Rm 11.5; 3.21; Tt 2.11). CONCLUSÃO: As doutrinas da predestinação divina e do livre-arbítrio humano não estão na Bíblia para motivar controvérsias, especulação oucoisas semelhantes, mas para encorajar o crente. ARMINIANISMO segundo o dicionário WycliffeO Arminianismo é uma forma de teologia protestante que possui ao menos alguma semelhança com os ensinamentos de James Arminius (1560-1609). Em sua forma original, refere-se principalmente à doutrina que diz que a predestinação está condicionada à resposta que o homem (de forma livre) dá à graça de DEUS - o ensino de Arminius era semelhante ao dos protestantes Jonh Wesley e dos evangélicos conservadores deste século, tal como o falecido H. Orton Wiley (veja Christian Theology, vol. 3. 1940-46). Na sua forma menos autêntica, está associado ao Socinianismo, Unitarianismo, Latitudinarianismo, e outras teologias liberais, que levaram ao extremo certas idéias desenvolvidas por Arminius, principalmente sua tolerância e ênfase à liberdade humana. Lambertus Jacobus van Holl, referindo-se a estas idéias, fala sobre “o aumento do envolvimento do Arminianismo na teologia liberal” (“From Arminius to ARMINIANISMO in Dutch Theology”, Man’s Faith and Freedom, p. 27).Os Antecedentes do ArminianismoArminius não originou o que se chama hoje de Arminianismo, mas foi apenas o seu principal expoente. Logo depois de ter se associado a tais ensinos, como a predestinação condicional, um grande número de eruditos ou seguia naquela direção ou ensinava aquela doutrina.É bem sabido o fato de que o erudito Erasmo ensinou sobre a liberdade humana, em uma visão oposta à visão Agostiniana de Lutero, embora Erasmo fosse humanista e, portanto, bem diferente de Arminius, que viveu em uma época posterior.Melancton parece ter gravitado na direção da predestinação condicional (veja Caspar Brandt, The Life of James Arminius, pp. 32-34).Os Anabatistas, conhecidos mais tarde como Menonitas ensinaram que a condição para a salvação é universal, e que os homens dão o voto decisivo na sua condenação ou libertação. Embora Zwingli e Calvino tenham ensinado a predestinação incondicional, essa visão não era universalmente sustentada, e nem mesmo em sua própria terra, a Suíça. Em Zurique, o ilustre Bullinger questionou durante um certo tempo os ensinamentos de Calvino; e Jerome Bolsec e Charles Perrot, ambos de Genebra, também se opunham a essa visão.Na Holanda, algumas décadas antes do Sínodo de Dort (1618-19), a maioria dos ministros estava inclinada à predestinação condicional. Theodore Beza, genro e sucessor de Calvino na Academia de Genebra, onde muitos ministros foram treinados para as igrejas Reformadas, começou a esperar que muitos dos estudantes dos Países Baixos fossem condicionalistas - embora ele próprio fosse um supralapsariano, ou seja, aquele que crê que a decisão de eleger alguns e condenar outros foi feita antes da criação e queda de Adão.Na recém fundada universidade em Leyden, na Holanda, durante os seis anos em que Arminius ali estudou, a maioria dos professores era “Arminiana” (1775-1781). Nem a Confissão Belga nem o Catecismo de Heidelberg, os dois maiores credos das igrejas Reformadas, tinham ensinado a predestinação incondicional antes dos Canones de Dort - a não ser no caso de alguma inferência. Arminius estava certo de que eles não haviam ensinado claramente aquela doutrina.Na Inglaterra, em 1595,foi negado o grau de Bacharel em Divindade de Cambridge a William Barrett, porque ele rejeitou as visões calvinistas de William Perkins, de Cambridge. Nesta época, o teólogo Peter Baro foi destituído da sua posição em Cambridge pela mesma razão (veja Carl Bangs, “Arminius and the Reformation”, Church History, junho de 1961, p. 7).Mas, dentre todos, Arminius era indubitavelmente o mais capacitado, “De todos os agentes daquele movimento [o retrocesso do Calvinismo], embora tão fértil de poderosos, ninguém desempenhou papel mais notável, proeminente e exasperante do que Arminius” (John Guthrie, “Translator’s Preface". The Life of James Arminius, by Caspar Brandt. P. XIV).Os Ensinos de ArminiusA “Declaração de Sentimentos de Arminius” (veja The Writings of James Arminius, I, 193), apresentada por ele perante as autoridades governamentais em Hague, em 1608, transmite suas próprias idéias e dá 20 argumentos contra o supralapsarianismo da Universidade de Leyden Francis Gomarus. Os argumentos de Arminius, condensados, dizem que a doutrina é falsa porque ela transforma DEUS em autor do pecado.É nesse tratado também que Arminius apresenta sua distinta doutrina dos decretos divinos. Enquanto os supralapsarianos ensinavam que o decreto de salvar e condenar alguns indivíduos precedia o decreto de criá- los, Arminius ensinava que o primeiro decreto era enviar CRISTO para redimir os homens pecadores; o segundo era receber na graça aqueles que se arrependessem e cressem; o terceiro era ajudar todos os homens a se arrepender e crer (graça impeditiva); e o quarto era salvar e condenar os indivíduos de acordo com o conhecimento prévio de DEUS, de uma forma em que eles responderíam livremente ao dom da graça. É importante também, para um melhor entendimento dos ensinos de Arminius, notar sua visão de liberdade humana. Em relação a isso ele não era um pelagiano, embora fosse acusado disto durante a sua vida. Ao contrário do antigo Pelágio, ele acreditava na queda da raça humana causada pelo pecado de Adão; e embora acreditasse que o “poder do arbítrio” estivesse retido no homem depois da queda, acreditava não ser possível para os homens caídos, sem a ajuda da graça impeditiva, exercer esta capacidade de liberdade em direção a qualquer coisa boa. Sobre o homem caído, natural, Arminius escreveu: “Neste estado, o livre arbítrio do homem em relação ao bem verdadeiro não está apenas ferido, mutilado, débil, torto e enfraquecido; mas também preso, destruído, e perdido. E estas forças não estarão apenas debilitadas e inutilizadas a menos que sejam assistidas pela graça divina, e não terão mais qualquer poder exceto aquele que lhe for instilado por esta preciosa graça. Porque CRISTO disse, ‘Sem mim, nada podeis fazer’”. (The Writings of Arminius, ed. por Nichols, I, 526). Ele também escreveu: “A mente, neste estado é escura, destituída do conhecimento da salvação, e de acordo com o apóstolo, incapaz das coisas que se relacionam ao ESPÍRITO de DEUS. Porque ‘o homem natural não compreende as coisas do ESPÍRITO de DEUS" (1 Co 2.14; ibid.). Simultaneamente a esta escuridão do espírito e perversidade de coração, está a fraqueza absoluta de todos os poderes para realizar o que é verdadeira mente bom, e negligenciar a perpetração daquilo que é maligno” (ibid., pg 527). Como suporte, ele cita as palavras de CRISTO: “Não pode a árvore... má dar frutos bons”. (Mt. 7.18), e “como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus?” (Mt 12.34). Dentre outros fundamentos, ele também cita João 6.44. “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer”. Depois de citar João 8.36. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres”, ele diz. “Segue-se que a nossa vontade não é livre desde a primeira queda; ou seja, não é livre para o bem a menos que seja liberta pelo Filho através do seu ESPÍRITO” (ibid., pg 528). Sempre se supôs que Arminius sustentava a doutrina da santificação absoluta, ou perfeição cristã (veja este erro em Man’s Faith and Freedom, pp. 66-79). Mas Arminius não ensinou esta doutrina. É verdade que às vezes ele parecia sugerir o ensino wesleyano. Sobre santificação, ele diz que esta é apenas para os crentes e que é uma atitude aceita por fé (Works, II, 120), e que é a “purificação o pecado”. Ele tirou algumas idéias a partir de uma compreensão wesleyana, através destas passagens, ao dizer. “Esta santificação não se completa em um único momento, mas o pecado... vai se enfraquecendo cada vez mais...” (ibid.). E também escreveu: “Quem pode negar, quando as Escrituras afirmam, que há em nós os remanescentes do pecado e do velho homem, enquanto vivermos nesta vida mortal?” (II, p. 263).Arminius tentou fazer uma teologia realmente bíblica. Ele sentiu que a filosofia estóica, ao invés da Bíblia, era a base da doutrina da predestinação incondicional de Agostinho; porque os estóicos ensinaram que existe uma lei de necessidade escrita dentro da própria natureza da existência, à qual tanto o homem quanto DEUS estão sujeitos. Arminius também sentiu que os credos freqüentemente se tomavam mais autoritários do que as Escrituras, e acreditava que tanto a Confissão Belga quanto o Catecismo de Heidelberg deveriam ser interpretados, ou talvez corrigidos através da Bíblia.Arminius era também irônico, embora fosse um homem pacífico e amoroso, que clamava não por uma uniformidade rígida de crença, mas por tolerância. É irônico que durante seus últimos anos e logo após a sua morte, o povo holandês tenha se posicionado de forma tão apaixonada quanto à questão da predestinação, de tal forma que muitos chegaram a se perguntar se a questão poderia causar uma guerra civil.Arminius seguiu interesses práticos ao invés de simplesmente especulativos. Ele escreveu: “Porque a teologia que pertence a este mundo é prática... A teologia teórica pertence ao outro mundo... Por esta razão, devemos revestir o objeto da nossa teologia de tal modo que ela nos incline à adoração a DEUS, e nos persuada completa mente e nos traga a esta prática” (Writings, I, 60).Durante séculos pensou-se que Arminius já teria sido um supralapsariano Calvinista, e que tivesse abraçado a doutrina da predestinação condicional. Supõe-se que esta mudança tenha se dado depois de lhe terem pedido que apoiasse o supralapsarianismo, contra o tipo de predestinação condicional que o humanista holandês Richard Coornhert estava defendendo, e contra o sublapsarianismo de certos ministros da cidade de Delft - o sublapsarianismo seria uma visão em que o decreto de DEUS para salvar ou condenar alguns indivíduos teria sido tomada depois do pecado voluntário e queda de Adão. Peter Bertius afirmou que Arminius mudou do supralapsarianismo para predestinação condicional. Bertius fez esta afirmação em um discurso fúnebre na época da morte de Arminius, o que parece ter influenciado aqueles que escreveram sobre Arminius desde então.Embora esta questão não tenha sido resolvida, Carl Bangs, a principal autoridade da atualidade nas questões sobre Arminius, deu um exemplo interessante em relação à teoria de que Arminius havia sido um condicionalista durante todos os anos, e não se casou anteriormente com o supralapsarianismo (veja Carl O. Bangs, Arminius and Reformed Theology, Univ. of Chicago Library, 1958). Bangs cita o fato de que a única evidência elementar contrária é a afirmação de Bertius, mas que Bertius não era tão próximo de Arminius quanto alguns pensaram. Bangs também diz que Beza queria que seus alunos holandeses fossem condicionalistas, e assim não se chocava com Arminius, mas ao invés disso recomendava-o amplamente na conclusão dos seus estudos. Quanto ao motivo pelo qual teria sido solicitado a Arminius apoiar o supralapsarianismo , Bangs sustenta que, (1) primeiro solicitaram a outra pessoa, Martin Lydius, que por sua vez pediu a Arminius; e que (2) talvez este pedido se destinasse a diminuí-lo, junto com seu condicionalismo, em campo aberto, Um fator que isto não explica, entretanto, é porque Arminius teria aceitado tal tarefa, se de fato já era um oponente do supralapsarianismo.O Arminianismo na HolandaEm 1610, um ano depois da morte de Arminius, 42 ministros e dois educadores se encontraram em Hague, e prepararam e assinaram um documento que concordava de maneira geral com o que Arminius havia ensinado. Escrito por John Uytenbogaert, o amigo mais próximo de Arminius desde os tempos de estudante em Genebra, ele veio a se chamar Remonstrance, e os seus assinantes, Remonstrantes. Este documento, dirigido ao governo da Holanda, enumerava cinco doutrinas sustentadas por Uytenbogaert e seus associados, e era destinado a ganhar permissão oficial, para a promulgação daquelas doutrinas nas igrejas Reformadas da Holanda.A Remonstrance discute certos problemas e também ressalta cinco diferenças doutrinárias entre o Calvinismo e o que foi rapidamente chamado de Arminianismo. Na primeira parte do documento, os Remonstrantes tratam da parte das confissões na igreja, e afirma que elas eram úteis, mas que poderiam ser mudadas a qualquer momento, e que apenas as Escrituras possuem uma autoridade imutável.Uma afirmação interessante na primeira parte do documento, também á a sua visão de que as autoridades seculares têm o direito de entrar em disputas teológicas, a fim de preservar a paz e evitar cismas. Os Remonstrantes provavelmente imaginaram que as autoridades seculares seriam mais tolerantes e mais objetivas como árbitros de disputas teológicas, do que as autoridades eclesiásticas. Com exceção da questão relacionada à dúvida de que se daria ao estado o direito de dominar a igreja, este foi um passo dos Remonstrantes que, se fosse seguido nos anos seguintes na Holanda, podería bem ter garantido ao Arminianismo um status oficial. Porém, uma corte eclesiástica foi convocada mais tarde (1618-19), e condenou o Arminianismo.A segunda parte da Remonstrance rejeita os cinco artigos do Calvinismo e estabelece as cinco posições opostas dos Remonstrantes. A primeira das cinco, de forma resumida, é o que se deve chamar de predestinação condicional. o propósito de DEUS de salvar aqueles que se arrependerem e crerem, e condenar aqueles que não o fizerem.O segundo ponto principal da posição dos Remonstrantes é que CRISTO morreu “por todos os homens, e por cada um deles em particular”, e não simplesmente por um segmento da raça humana que foi previamente destinada para a salvação (veja Philip Schaff, The Creeds of Christendom, III, 545ss).O terceiro ponto está relacionado ao que pode ser chamado de graça impeditiva - o propósito de DEUS de ajudar homens pecadores a se voltarem a Ele.O quarto ponto é que esta graça pode ser resistida, e não, como os Calvinistas diziam, irresistivelmente recebida.O quinto e último ponto é que tendo se tornado “incorporados a CRISTO pela verdadeira fé”. CRISTO “impede que eles caiam”, desde que apenas continuem a crer. Mas embora os Remonstrantes sejam cuidadosos sobre esta questão, eles insinuam que se uma pessoa salva não continuar a cooperar com CRISTO ela se tornará “destituída da graça (salvadora)”.Quando a Remonstrance foi publicada, o grupo Calvinista lançou a Contra ■ Remonstrance, na qual deram a sua resposta.O Arminianismo é Declarado Ilegal na HolandaA Holanda agora estava dividida. Em 1610 e 1612 foram feitas conferências para ajudara superar a disputa, mas não foram bem sucedidas. Em 1614 o governo proibiu as discussões de púlpito destas doutrinas. Então em 1617, o Príncipe Maurice, que era a favor do Calvinismo, requereu um sínodo nacional para se reunir em Dort no ano seguinte. De acordo com as Memórias de Simon Episcopius, este príncipe foi arrolado pelos Calvinistas do lado da controvérsia contra o grande homem do Estado van Olden Barnevelt. Maurice estava enciumado e com medo dele, e viu na disputa religiosa unia oportunidade única de unir as províncias sob o seu controle.Decidiu-se fazer do encontro em Dort um sínodo nacional para a União Holandesa, composta de seis representantes de cada uma das sete províncias. Estes representantes deviam ser escolhidos pelos sínodos provinciais; e por causa de certas manobras, até mesmo das províncias da Holanda e de Utrecht, onde os Arminianos eram maioria, quase todos os representantes eram Calvinistas. Na verdade, ao todo havia apenas três Arminianos dentre 42 representantes oficiais; e somado aos oficiais, 33 representantes estrangeiros foram convidados como visitantes, todos eles Calvinistas. Além de tudo isso, os três membros Arminianos foram impedidos pelas regras de defender o Arminianismo , e deixaram as sessões antes de fazer o juramento “Calvinista” como representantes. Embora ao orador Arminiano era permitido em algumas ocasiões responder às acusações feitas contra eles, não havia debate aberto sobre os méritos das duas teologias.Este sínodo condenou o Arminianismo como heresia, e proibiu sua propagação nos Países Baixos - nos sete estados, ou seja, em sete dos 17 estados que compreendiam os Países Baixos, sendo os sete oficialmente chamados de República das Províncias Unidas, ou aRepública Holandesa. As sessões do sínodo foram concluídas em maio de 1619, tendo começado em novembro de 1618. Em julho de 1619, a sentença do sínodo foi aprovada pelo governo e os líderes Arminianos foram banidos ou presos. Era ilegal realizar encontros com Remonstrantes, apoiar ou acolher qualquer um de seus ministros. Espiões foram contratados para relatar aos líderes se qualquer um deles retomasse para visitar suas famílias, e cerca de 18.000 tornaram-se mártires, mortos por mercenários contratados pelo grupo Contra-Remonstrante.Apesar de todas estas tentativas para desistirem da sua fé, os Remonstrantes sempre se reuniram; e sobreviveram, mesmo sem prosperar. Em 1619 iniciaram uma organização chamada Irmandade Reformada Protestante (Remonstrant Reformed Brotkerhood), liderada por John Uytenbogaert, Simon Episcopius (discípulo de Arminius), e Grevinchovius. Quando o príncipe Maurício morreu, em 1623, a interdição contra os Remonstrantes foi suspensa. Eles organizaram a Comunidade da Igreja Reformada Remonstrante, que ainda existe como a Irmandade Remonstrante. Em 1634 fundaram uma faculdade teológica em Amsterdã, tendo Episcopius como diretor e seu primeiro professor de teologia. A faculdade ainda existe como parte da Universidade de Leyden (veja G. O. McCulloh, ed., Man’s Faith and Freedom, 1962, pp. 5-7).Fora da HolandaArminius e Arminianos em geral sempre mencionam o fato de que os patriarcas tanto do Latim quanto do Grego antes de Agostinho (354-420) eram condicionalistas. Já se havia dito que os Menonitas que prosperaram na Alemanha eram Arminianos.Os Moravianos, que se mudaram para os maiores estados de Count Zinzendorf na Alemanha, e que partiram dali como missionários para muitas partes do mundo, eram Arminianos. Sua crença de que qualquer um pode ser salvo, introduziu-os em um extensivo e comprometido trabalho missionário, em uma época em que poucos cristãos estavam dispostos a fazê-lo. Foi através do trabalho deles na América e na Inglaterra, que Peter Bõhler encontrou John Wesley em Londres, e ajudou-o a ter a experiência de receber um coração estranhamente aquecido. Na Inglaterra, havia alguns predestinacionistas antes do casamento de Arminius com aquela doutrina de disputas e publicações. Peter Baro. em Cambridge já foi mencionado. Seu sucessor (1608), John Playfere, lecionou e publicou sobre o livre arbítrio e a possibilidade de redenção para todos os homens. Assim também fez o Arcebispo Laud no início do séc. XVII, embora ele tenha ido ao extremo do ensino pelagiano. negando o pecado de Adão e Eva veja John Fletcher, Works, II, 276, 277).Os Quakers, místicos e não doutrinários em seus interesses, embora “Arminianos sem Arminius”, ainda assim ensinaram basicamente o mesmo que Arminius - que qualquer um pode ser salvo.John Goodwin ensinou o Arminianismo na Inglaterra na metade do séc. XVII e influenciou diretamente Wesley nessa direção (veja a dissertação de Ph.D de William Strickland’s sobre Goodwin. Univ. Vanderbilt, 1967). Jeremy Taylor e William Law também ensinaram o Arminianismo e da mesma forma ajudaram a formar o fundador do Metodismo. Muitos teólogos ingleses anteriores à época de John Wesley (1703-1791) ensinaram um Arminianismo que poderia ser classificado como uma aberração. As contaminações dos Pelagianos, Socinianos, Arianos, Universalistas e Latitudinarianos foram introduzidas na oposição Arminiana a Calvino. É por isto que John Wesley escreveu: “Dizer: ‘Este homem é um Arminiano’ tem, nos ouvintes, o mesmo efeito de dizer, ‘Este é um cachorro louco’. Eles começam a tremer imediatamen- te...” (Veja a resposta à pergunta, “O que é um Arminiano?” na obra The Works of John Wesley, X, 358). Quando Wesley iniciou a edição de um periódico em 1778, ele teve coragem suficiente para chamá-lo de A Revista Arminiana.Na verdade, existiam e ainda existem tanto na Inglaterra como no País de Gales, dois braços do movimento Arminiano. Geoffrey Nuttall, em um artigo apresentado em 1960 na Holanda, no quatrocentésimo aniversário do nascimento de Arminius, disse: “O Arminianismo autoconfesso na Inglaterra deve ser encontrado, essencialmente, em um ou outro dentre dois movimentos contrastantes. Um destes dois movimentos leva ao Arianismo, Socinianismo, e Unitarianismo, e eventualmente diminui em número e influência. O outro permanece Trinitariano e Evangélico, e aumenta”. (“The Influence of Arminianism in England”, Man's Faith and Freedom, ed. por G. O. McCulloh,1962, p. 50). Nuttall, na verdade, faz o traçado do braço “não autêntico” nos registros das congregações locais no País de Gales e na Inglaterra, e sustenta - através de um estudo histórico em primeira- mão - a sua afirmação, de que a facção não autêntica decresce em números.Não era necessário tal estudo para provar que o outro braço do Arminianismo Wesleyano , o “Arminianismo sob fogo”, tendia a aumentar em números e influência. Tão efetiva, de fato, é a influência do Arminianismo Wesleyano, que estudantes universitários na Inglaterra, anos atrás, encontraram-se escrevendo sobre o tema: “Desde Wesley Somos Todos Arminianos”.O Metodismo é o nome do movimento em que o Arminianismo foi mais amplamente disseminado na América. Através do ensino de que qualquer um pode ser salvo, os missionários metodistas (tanto os leigos quanto aqueles que eram formalmente ordenados) espalhavam a doutrina da predestinação condicional, enquanto a fronteira da América avançava para o oeste. Assim, o metodismo se tornou a maior denominação protestante dos Estados Unidos, sendo somente superada pelos Batistas do Sul na década de 1950.Além de ser promulgado na América através do Metodismo, o Arminianismo original foi ensinado neste país pela United Brethren, pelo Exército da Salvação, e por muitas denominações Wesleyanas, incluindo a igreja do Nazareno, dentre outros numerosos grupos. Bibliografia. 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