Escrita Lição 13, O Novo Homem em JESUS CRISTO

Lição 13, O Novo Homem em JESUS CRISTO
1º Trimestre de 2020- A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
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Vídeo desta Lição 13 - https://www.youtube.com/watch?v=wTqn2c_vZ6I
 
Ajudas escritas
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-mgr-2tr16-a-nova-vida-em-cristo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-arnf-3tr17-a-necessidade-do-novo-nascimento.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-mgr-2tr16-justificacao-somente-pela-fe-em-jesus-cristo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-mgr-2tr16-os-beneficios-da-justificacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-2co-exortacaoasantificacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-es-ocristaoesuasantificacao.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-aods-4tr17-glorificados-em-cristo.htm
https://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-aods-4tr17-o-processo-da-salvacao.htm
 
 
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Lição 13, O Novo Homem em JESUS CRISTO
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO.”  (Ef 4.13)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A salvação em JESUS CRISTO leva-nos à perfeição espiritual, moral e ética, porque Ele, embora DEUS, foi o mais perfeito e completo dos seres humanos.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 12.2 JESUS CRISTO é o nosso modelo de perfeição
Terça - Gn 17.1 DEUS exige a perfeição de seus filhos
Quarta - Mt 5.48 JESUS exige a perfeição de seus discípulos
Quinta - Jó 1.1 Jó, exemplo de perfeição espiritual e moral
Sexta - Ez 14.14,2 0Homens que se destacaram pela perfeição
Sábado - Fp 3.1-16 O alvo de Paulo: a perfeição em CRISTO
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-16
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. 3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 - JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS. 6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 - Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. 9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? 10 - JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? 11 - Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho. 12 - Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? 13 - Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu. 14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 16 - Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
 
 
OBJETIVO GERAL - Mostrar que a salvação em CRISTO implica a geração de um novo homem.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Apresentar o nascimento do Novo Homem; Explanar a justificação do Novo Homem; Enfatizar a santificação do Novo Homem.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR - Chegamos à última lição do trimestre. Essa é uma excelente oportunidade para você fazer uma avaliação do seu desempenho ao longo destes meses. O professor da Escola Dominical nunca deve ficar satisfeito com o seu desempenho. Analisá-lo e planejar suas aulas faz parte da função dos Educadores Cristãos. Além de rever o que foi feito ao longo do trimestre, há a possibilidade de fazer ajustes e aperfeiçoamento para o próximo trimestre. Portanto, não perca essa oportunidade. Faça uma avaliação de sua prática educativa.
 
 
PONTO CENTRAL - A salvação em CRISTO gera um novo homem.
 
 
Resumo da Lição 13, O Novo Homem em JESUS CRISTO
I – O NASCIMENTO DO NOVO HOMEM
1. Nascido não do sangue nem da carne.
2. Nascido de DEUS.
3. Nascido da água.
4. Nascido do ESPÍRITO SANTO.
II – A JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
1. A inutilidade da justiça humana.
2. A maravilhosa doutrina da justificação.
3. O novo homem é justo.
III – A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
1. A santificação como posicionamento.
2. A santificação como processo.
3. A santificação é a vontade de DEUS no novo homem.
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “O Novo Homem em JESUS CRISTO”, responda:
O que o apóstolo João afiança acerca do novo homem? No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em CRISTO, é, antes de tudo, uma criação espiritual.
De que forma o novo homem é justificado perante DEUS? Na fé nos méritos perfeitíssimos de JESUS CRISTO (Rm 5.1).
Em que consiste a santificação do novo homem? A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.
O que ocorre com o pecador no exato instante de sua conversão? No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por DEUS e pela Igreja.
O que é imprescindível na santificação do novo homem? Na santificação do novo homem, a Palavra de DEUS é imprescindível.
 
 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA A LIÇÃO
Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Filipenses 3:12 PAULO, QUE ERA BEM MAIS PERFEITO QUE NÓS NUNCA ALCANÇOU A PERFEIÇÃO.
Batismo nas águas não salva - O cristão salvo é levado ao batismo, mas não para ser salvo, mas para confirmar publcamente sua fá.
 
 
Como Abraão não foi perfeito DEUS deve ter-lhe dito. - Seja saudável e firme na sua fé, seja íntegro. Gn 17.1 Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.
(Strong Português) - תמים tamiym
1) completo, total, inteiro, são
1a) completo, total, inteiro
1b) total, são, saudável
1c) completo, integral (referindo-se ao tempo)
1d) são, saudável, sem defeito, inocente, íntegro
1e) que está completa ou inteiramente de acordo com a verdade e os fatos (adj./subst. neutro)

Como nós todos pecamos, então JESUS deve ter dito - vocês não carecem de nada mais para serem completos, apenas o ESPÍRITO SANTO. Mateus 5.48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. João 16:7
(Strong Português) - τελειος teleios
1) levado a seu fim, finalizado
2) que não carece de nada necessário para estar completo
3) perfeito
4) aquilo que é perfeito
4a) integridade e virtude humana consumados
4b) de homens
4b1) adulto, maturo, maior idade
 
 
 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia Teologia Sistemática - Myer Pearman
 
I - A natureza da salvação
O assunto desta secção será: Que é que constitui a salvação, ou "estado de graça"?
 
1. Três aspectos da salvação.
Há três aspectos da salvação, e cada qual se caracteriza por uma palavra que define ou ilustra cada aspecto:
(a) Justificação.
é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal. O homem, culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado justo — isto é, justificado.
 
(b) Regeneração
(a experiência subjetiva) e Adoção (o privilégio objetivo) sugerem uma cena familiar. A alma, morta em transgressões e ofensas, precisa duma nova vida, sendo esta concedida por um ato divino de regeneração. A pessoa, por conseguinte, torna-se herdeira de Deus e membro de sua família.
 
(c) Santificação.
A palavra santificação sugere uma cena do templo, pois essa palavra relaciona-se com o culto a Deus. Harmonizadas suas relações com a lei de Deus e tendo recebido uma nova vida, a pessoa, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus. Comprado por elevado preço, já não é dono de si; não mais se afasta do templo (figurativamente falando), mas serve a Deus de dia e de noite. (Lc. 2:37.) Tal pessoa é santificada e por sua própria vontade entrega-se a Deus (torna-se templo de DEUS, morada do ESPÍRITO SANTO).
O homem salvo, portanto, é aquele cuja vida foi harmonizada com Deus, foi adotado na família divina, e agora dedica-se a servi-lo. Em outras palavras, sua experiência da salvação, ou seu estado de graça, consiste em justificação, regeneração (e adoção), e santificação. Sendo justificado, ele pertence aos justos; sendo regenerado, ele é filho de Deus; sendo santificado, ele é "santo" (literalmente uma pessoa santa).
São essas bênçãos simultâneas ou consecutivas? Existe, de fato, uma ordem lógica: o pecador harmoniza-se, primeiramente, perante a lei de Deus; sua vida é desordenada; precisa ser transformada. Ele vivia para o pecado e para o mundo e, portanto, precisa separar-se para uma nova vida, para servir a Deus. Ao mesmo tempo as três experiências são simultâneas no sentido de que, na prática, não se separam. Nós as separamos para poder estudá-las. As três constituem a plena salvação. À mudança exterior, ou legal, chamada justificação, segue-se a mudança subjetiva chamada regeneração, e esta, por sua vez, é seguida por dedicação ao serviço de Deus. Não concordamos em que a pessoa verdadeiramente justificada não seja regenerada; nem admitimos que a pessoa verdadeiramente regenerada não seja santificada (embora seja possível, na prática, uma pessoa salva, às vezes, violar a sua consagração). Não pode haver plena salvação sem essas três experiências, como não pode haver um triângulo sem três lados. Representam elas o tríplice fundamento sobre o qual se baseia subsequente vida cristã. Começando com esses três princípios, progride a vida cristã em direção à perfeição.
 
Essa tríplice distinção regula a linguagem do Novo Testamento em seus mínimos detalhes. Ilustremos assim:
(a) Em relação à justificação: Deus é o Juiz, e Cristo é o Advogado; o pecado é a transgressão da lei; a expiação é a satisfação dessa lei; o arrependimento é convicção; aceitação traz perdão ou remissão dos pecados; o Espírito testifica do perdão; a vida cristã é obediência e sua perfeição é o cumprimento da lei da justiça.
 
(b) A salvação é também uma nova vida em Cristo. Em relação a essa nova vida, Deus é o Pai (Aquele que gera), Cristo é o Irmão mais velho e a vida; o pecado é obstinação, é a escolha da nossa própria vontade em lugar da vontade do Chefe da família; expiação é reconciliação; aceitação é adoção; renovação de vida é regeneração, é ser nascido de novo; a vida cristã significa a crucificação e mortificação da velha natureza, a qual se opõe ao aparecimento da nova natureza, e a perfeição dessa nova vida é o reflexo perfeito da imagem de Cristo, o unigênito Filho de Deus.
 
(c) A vida cristã é a vida dedicada ao culto e ao serviço de Deus, isto é, a vida santificada. Em relação a essa Vida santificada, Deus é o Santo; Cristo é o sumo sacerdote; o pecado é a impureza; o arrependimento é a consciência dessa impureza; a expiação é o sacrifício expiatório ou substitutivo; a vida cristã é a dedicação sobre o altar (Rm. 12:1); e a perfeição desse aspecto é a inteira separação do pecado; separação para Deus.
E essas três bênçãos da graça foram providas pela morte expiatória de Cristo, e as virtudes dessa morte são concedidas ao homem pelo Espírito Santo. Quanto à satisfação das reivindicações da lei, a expiação proveu o perdão e a justiça para o homem. Abolindo a barreira existente entre Deus e o homem, ela possibilitou a nossa vida regenerada. Como sacrifício pela purificação do pecado, seus benefícios são santificação e pureza.
Notemos que essas três bênçãos fluem da nossa união com Cristo. O crente é um com Cristo, em virtude de sua morte expiatória e em virtude do seu Espírito vivificante. Tornamo-nos justiça de Deus nele, (2 Co. 5:21); por ele temos perdão dos pecados (Ef. 1:7); nele somos novas criaturas, nascidos de novo, com nova vida (2 Co. 5:17); nele somos santificados (1Co. 1:2), e ele é feito para nós santificação (1Co. 1:30). Ele é "autor da salvação eterna".
 
2. Salvação - externa e interna.
A Salvação é tanto objetiva (externa) como subjetiva (interna).
(a) A justiça, em primeiro lugar, é mudança de posição, mas é acompanhada por mudança de condições. A justiça tanto é imputada com também conferida.
 
(b) A adoção refere-se a conferir o privilégio da divina filiação; a regeneração trata da vida interna que corresponde à nossa chamada e que nos faz "participantes da natureza divina".
 
(c) A santificação é tanto externa como interna. De modo externo é separação do pecado e dedicação a Deus; de modo interno é purificação do pecado.
O aspecto externo da graça é provido pela obra expiatória de Cristo; o aspecto interno é a operação do Espírito Santo.
 
3. Condições da salvação.
Que significa a expressão condições da salvação? Significa o que Deus exige do homem a quem ele aceita por causa de Cristo e a quem dispensa as bênçãos do Evangelho da graça.
As Escrituras apresentam o arrependimento e a fé como condições da salvação; o batismo nas águas é mencionado como símbolo exterior da fé interior do convertido. (Mc. 16:16; At 22: 16; 16:31; 2:38; 3:19.)
Abandonar o pecado e buscar a Deus são as condições e os preparativos para a salvação. Estritamente falando, não há mérito nem no arrependimento nem na fé; pois tudo quanto é necessário para a salvação já foi providenciado a favor do penitente. Pelo arrependimento o penitente remove os obstáculos à recepção do dom; pela fé ele aceita o dom. Mas, embora sejam obrigatórios o arrependimento e a fé, sendo mandamentos, é implícita a influência ajudadora do Espírito Santo. (Notem a expressão: "Deu Deus o arrependimento" At 11:18.) A blasfêmia contra o Espírito Santo afasta o único que pode comover o coração e levá-lo à contrição. Por conseguinte, para tal pecado não há perdão.
Qual é a diferença entre o arrependimento e a fé? A fé é o instrumento pelo qual recebemos a salvação, fato que não se dá com o arrependimento. O arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso, enquanto a fé ocupa-se com a misericórdia de Deus.
Pode haver fé sem arrependimento? Não. Só o penitente sente a necessidade do Salvador e deseja a salvação de sua alma.
Pode haver arrependimento verdadeiro sem fé? Ninguém poderá arrepender-se no sentido bíblico sem fé na Palavra de Deus, sem acreditar em suas ameaças do juízo e em suas promessas de salvação.
São a fé e o arrependimento apenas medidas preparatórias à salvação? Ambos acompanham o crente durante sua vida cristã; o arrependimento torna-se em zelo pela purificação da alma; e a fé opera pelo amor e continua a receber as coisas de Deus.
 
(a) Arrependimento.
Alguém definiu o arrependimento das seguintes maneiras: "A verdadeira tristeza sobre o pecado, incluindo um esforço sincero para abandoná-lo"; "tristeza piedosa pelo pecado"; "convicção da culpa produzida pelo Espírito Santo ao aplicar a lei divina ao coração"; ou, nas palavras de menino: "Sentir tristeza a ponto de deixar o pecado."
Ha três elementos que constituem o arrependimento segundo as Escrituras: intelectual, emocional e prático. Podemos ilustrá-los da seguinte maneira: (1) O viajante que descobre estar viajando em trem errado. Esse conhecimento corresponde ao elemento intelectual pelo qual a pessoa compreende, mediante a pregação da Palavra, que não está em harmonia com Deus. (2) O viajante fica perturbado com a descoberta. Talvez alimente certos receios. Isso ilustra o lado emocional do arrependimento, que é uma autoacusação e tristeza sincera por ter ofendido a Deus. (2 Co. 7:10) (3) Na primeira oportunidade o viajante deixa esse trem e embarca no trem certo. Isso ilustra o lado prático do arrependimento, que significa em "meia-volta... volver!" e marchar em direção a Deus. Há uma palavra grega traduzida "arrependimento", que significa literalmente "mudar de ideia ou de propósito". O pecador arrependido se propõe mudar de vida e voltar-se para Deus; o resultado prático é que ele produz frutos dignos do arrependimento. (Mt. 3:8.)
O arrependimento honra a lei como a fé honra o evangelho. Como, pois, o arrependimento honra a lei? Contristado, o homem lamenta ter-se afastado do santo mandamento, como também lamenta sua impureza pessoal que, à luz dessa lei, ele compreende. Confessando — ele admite a justiça da sentença divina. Na correção de sua vida ele abandona o pecado e faz a reparação possível e necessária, de acordo com as circunstâncias.
De que maneira o Espírito Santo ajuda a pessoa a arrepender-se? Ele a ajuda aplicando a Palavra de Deus à consciência, comovendo o coração e fortalecendo o desejo de abandonar o pecado.
 
(b) Fé.
Fé, no sentido bíblico, significa crer e confiar. É o assentimento do intelecto com o consentimento da vontade. Quanto ao intelecto, consiste na crença de certas verdades reveladas concernentes a Deus e a Cristo; quanto à vontade, consiste na aceitação dessas verdades como princípios diretrizes da vida. A fé intelectual não é o suficiente (Tg. 2:19; At 8:13, 21) para adquirir a salvação. É possível dar seu assentimento intelectual ao Evangelho sem, contudo, entregar-se a Cristo. A fé oriunda do coração é o essencial (Rm. 10:9). Fé intelectual significa reconhecer como verídicos os fatos do evangelho; fé provinda do coração significa a pronta dedicação da própria vida as obrigações implícitas nesses fatos. Fé, no sentido de confiança, implica também o elemento emocional. Por conseguinte, a fé que salva representa um ato da inteira personalidade, que envolve o intelecto, as emoções e a vontade.
O significado da fé determina-se pela maneira como se emprega a palavra no original grego. Fé, às vezes, significa não somente crer em um corpo de doutrinas, mas, sim, crer em tudo quanto é verdade, como, por exemplo nas seguintes expressões: "Anuncia agora a fé que antes destruía (Gl. 1:23); apostatarão alguns da fé" (1 Tm. 4:1); "a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd. 3). Essa fé é denominada, às vezes, "fé objetiva" ou externa. O ato de crer nessas verdades é conhecido como fé subjetiva.
Seguida por certas preposições gregas a palavra "crer" exprime a ideia de repousar ou apoiar-se sobre um firme fundamento; é o sentido da palavra crer que se lê no Evangelho de João 3:16. Seguida por outra preposição, a palavra significa a confiança que faz unir a pessoa ao objeto de sua fé. Portanto, fé é o elo de conexão entre a alma e Cristo.
A fé é atividade humana ou divina? O fato de que ao homem é ordenado crer implica capacidade e obrigação de crer. Todos os homens têm a capacidade de depositar sua confiança em alguém e em alguma coisa. Por exemplo: um deposita sua fé em riquezas, outro no homem, outro em amigos etc. Quando a crença é depositada na palavra de Deus, e a confiança está em Deus e em Cristo, isso constitui fé que salva. Contudo, reconhecemos a graça do Espírito Santo, que ajuda, em cooperação com a Palavra, na produção dessa fé (Hb. 12:2.)
Que é então, a fé que salva? Eis algumas definições: "Fé em Cristo e graça salvadora pela qual o recebemos e nele confiamos inteiramente para receber a salvação conforme nos é oferecida no evangelho." E o "ato exclusivamente do penitente, ajudado, de modo especial, pelo Espírito, e como descansando em Cristo." "É ato ou hábito mental da parte do penitente, pelo qual, sob a influência da graça divina, a pessoa põe sua confiança em Cristo como seu único e todo suficiente Salvador." "É uma firme confiança em que Cristo morreu pelos meus pecados, que ele me amou e deu-se a si mesmo por mim." "É crer e confiar nos méritos de Cristo, e por cuja cousa Deus está disposto a mostrar-nos misericórdia." "É a fuga do pecador penitente para a misericórdia de Deus em cristo. É a fé que vem com o ouvir a pregação do evangelho, cabendo ao pecador crer ou não no evangelho que ouviu (em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13; De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17; Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21; Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Isaías 53:1).
 
4. Conversão.
Conversão, segundo a definição mais simples, é abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. (At 3:19.) O termo é usado para exprimir tanto o período crítico em que o pecador volta aos caminhos da justiça como também para expressar o arrependimento de alguma transgressão por parte de quem já se encontra nos caminhos da justiça. (Mt. 18:3; Lc. 22:32; Tg. 5:20.)
A conversão está muito relacionada com o arrependimento e a fé, e, ocasionalmente, representa tanto um como outro ou ambos, no sentido de englobar todas as atividades pelas quais o homem abandona o pecado e se aproxima de Deus. (At 3:19; 11:21; 1 Pe. 2:25.).
 
Que é arrependimento para a vida?
O pecador, sentindo verdadeiramente o seu pecado, e lançando mão da misericórdia de Deus em Cristo, e sentindo tristeza por causa do seu pecado e ódio contra ele, abandona-o e aproxima-se de Deus, fazendo o firme propósito de, daí em diante, ser obediente a Deus.
 
Note-se que, segundo essa definição, a conversão envolve a personalidade toda — intelecto, emoções e vontade.
Como se distingue conversão de salvação? A conversão descreve o lado humano da salvação. Por exemplo: observa-se que um pecador, bêbado notório, não bebe mais, nem joga, nem frequenta lugares suspeitos; ele odeia as coisas que antes amava e ama as coisas que outrora odiava. Seus amigos dizem: "Ele está convertido; mudou de vida." Essas pessoas estão descrevendo o que aparece, isto é, o lado humano do fato. Mas, do lado divino, diríamos que Deus perdoou o pecado do pecador e lhe deu um novo coração.
Mas isso significa que a conversão seja inteiramente uma questão de esforço humano? Como a fé e o arrependimento estão inclusos na conversão, a conversão é uma atividade humana; mas ao mesmo tempo é um efeito sobrenatural sendo ela a reação por parte do homem ante o poder atrativo da graça de Deus e da sua Palavra. Portanto, a conversão é o resultado da cooperação das atividades divinas e humanas. "Assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa vontade" (Fp 2:12,13).
Lado Divino - E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida. Atos 11:18
Lado humano: At 3:19; 11:18; Ez. 33:11.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, Atos 3:19,20
Qual se opera primeiro, a regeneração ou a conversão? As operações que envolvem a conversão são profundas e de caráter misterioso; por conseguinte, não as analisaremos com precisão matemática. O teólogo Dr. Strong conta o caso de um candidato à ordenação a quem fizeram a pergunta acima. Ele respondeu: "Regeneração e conversão são como a bala do canhão e o furo do cano do canhão — ambos atravessam o cano juntos."
 
  
II. A Justificação
1. Natureza da justificação: absolvição divina.
A palavra "justificar" é termo judicial que significa absolver, declarar justo, ou pronunciar sentença de aceitação. A ilustração procede das relações legais. O réu está perante Deus, o justo Juiz; mas, ao invés de receber sentença condenatória, ele recebe a sentença de absolvição (não por merecimento próprio).
O substantivo "justificação" ou "justiça", significa o estado de aceitação para o qual se entra pela fé. Essa aceitação é dom gratuito da parte de Deus, posto à nossa disposição pela fé em Cristo. (Rm. 1:17; 3:21,22.) É o estado de aceitação no qual o crente permanece (Rm. 5:2). Apesar de seu passado pecaminoso e de imperfeições no presente, o crente goza de completa e segura posição para com Deus. "Justificado" é o veredito divino e ninguém o poderá contradizer. (Rm. 8:34.) Essa doutrina assim se define: "Justificação é um ato da livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos somente por nos ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela fé." DEUS nos olha via CRISTO.
Justificação é primeiramente uma mudança de posição da parte do pecador, o qual antes era um condenado; agora, porém, goza de absolvição. Antes estava sob a condenação, mas agora participa da divina aprovação.
Justificação inclui mais do que perdão dos pecados e remoção da condenação, pois no ato da justificação Deus coloca o ofensor na posição de justo. O presidente da República pode perdoar o criminoso, mas não pode reintegrá-lo na posição daquele que nunca desrespeitou as leis. Mas a Deus é possível efetuar ambas as coisas! Ele apaga o passado, os pecados e ofensas, e, em seguida, trata o ofensor como se nunca tivesse cometido um pecado sequer!
E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. Hebreus 10:17                                                                                           Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. Hebreus 8:12
O criminoso perdoado não é considerado ou descrito como bom ou justo; mas Deus, ao perdoar o pecador, o declara justificado, isto é, justo aos olhos divinos. Juiz algum poderia justificar o criminoso, isto é, declará-lo homem justo e bom. Se Deus estivesse sujeito às mesmas limitações e justificasse somente gente boa, então não haveria evangelho nenhum a ser anunciado aos pecadores. Paulo nos assegura que Deus justifica o ímpio. "O milagre do Evangelho é que Deus se aproxima dos ímpios, com uma misericórdia absolutamente justa e os capacita pela fé, a despeito do que são, a entrarem em nova relação com ele, relação pela qual é possível que se tomem bons. O segredo do Cristianismo do Novo Testamento, e de todos os avivamentos e reformas da igreja, é justamente este maravilhoso paradoxo: "Deus justifica o ímpio!"
Assim vemos que justificação é primeiramente subtração — o cancelamento dos pecados; segundo, adição — imputação de justiça.
 
2. Necessidade da Justificação: a condenação do homem.
"Como se justificará o homem para com Deus?" perguntou Jó 9:2. "Que é necessário que eu faça para me salvar?" interrogou o carcereiro de Filipos. Ambos expressaram a maior de todas as perguntas: Como pode o homem acertar sua vida perante Deus e ter certeza da aprovação divina?
A resposta a essa interrogação encontra-se no Novo Testamento, especialmente na epístola aos Romanos, na qual se apresenta, em forma sistemática e detalhada, o plano da salvação. O tema do livro encontra-se no capítulo 1:16,17, o qual se pode parafrasear da seguinte maneira: O evangelho é o poder de Deus para a salvação dos homens, pois o evangelho revela aos homens como se pode mudar de posição e de condição, de maneira que eles sejam justos perante Deus.
Uma das frases proeminentes da mesma epístola é: "A justiça de Deus." O inspirado apóstolo descreve a qualidade de justiça que Deus aceita, de forma que o homem que a possui tenha aceitação como justo perante ele. Essa justiça resulta da fé em Cristo. Paulo demonstra que todos os homens necessitam dessa justiça de Deus, porque toda a raça pecou. Os gentios estão sob condenação. Os passos de sua degradação foram claros: outrora conheceram a Deus (1:19,20); falhando em o servirem e adorarem, seu coração insensato se obscureceu (Rm 1:21,22); a cegueira espiritual os conduziu à idolatria (Rm 1: 23) e a idolatria os conduziu à corrupção moral (vers. 24-31). São indesculpáveis porque tinham a revelação de Deus na natureza, e a consciência que aprova ou desaprova seus atos. (Rm. 1:19,20; 2:14,15.) O judeu também está sob condenação. É verdade que ele pertence à nação escolhida, e conhece a lei de Moisés de há muitos séculos, mas transgrediu essa lei em pensamentos, atos e palavras (cap. 2). Paulo, assim, estrondosamente, encerra toda a raça humana sob a condenação: "Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm. 3:19,20).
Qual será essa "justiça" de que tanto necessita o homem? A própria palavra significa "retidão", ou estado de reto, ou justo. A palavra às vezes descreve o caráter de Deus, como sendo isento de toda imperfeição ou injustiça. Quando aplicada ao homem, significa o estado de retidão diante de Deus. Retidão significa "reto", aquilo que se conforma a um padrão ou norma. Por conseguinte, é o homem que se conforma à lei divina. Mas que acontecerá se esse homem descobrir que, em vez de ser "reto", ele é perverso (literalmente "torto") sem poder se endireitar? É então que ele precisa da justificação — que é obra exclusiva de Deus.
Paulo declarou que pelas obras da lei ninguém será justificado. Essa declaração não é uma crítica contra a lei, a qual é santa e perfeita. Significa simplesmente que a lei não foi dada com esse propósito de fazer justo o povo, e, sim, de suprir a necessidade duma norma de justiça. A lei pode ser comparada a uma fita métrica que pode medir o comprimento do pano, sem, contudo, aumentar o comprimento. Podemos compará-la à balança que determina o nosso peso, sem, contudo, aumentar esse peso. "Pela lei vem o conhecimento do pecado."
"Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus" (Rm. 3:21). Notem a palavra "agora". Alguém disse que Paulo dividiu todo o tempo em "agora" e "depois". Em outras palavras, a vinda de Cristo operou uma grande mudança nas transações de Deus com os homens. Introduziu uma nova dispensação. Durante séculos os homens pecavam e aprendiam a impossibilidade de aniquilarem ou vencerem seus pecados. Mas agora Deus, clara e abertamente, revelou-lhes um novo caminho.
Muitos israelitas julgavam que devia haver um meio de serem justificados sem ser pela guarda da lei; por duas razões: 1) perceberam um grande abismo entre as exigências de Deus para com Israel e seu verdadeiro estado espiritual. Israel era injusto, e a salvação não podia proceder dos próprios méritos ou esforços. A salvação teria que proceder de Deus, por sua intervenção. 2) Muitos israelitas reconheceram por experiência própria sua incapacidade para guardar perfeitamente a lei. Chegaram à conclusão de que devia haver uma justiça alcançável independentemente de suas próprias obras e esforços. Em outras palavras, -anelavam por redenção e graça. E Deus lhes assegurou que tal justiça lhes seria revelada. Paulo (Rm. 3:21) fala da justiça de Deus sem a lei, "tendo o testemunho da lei (Gn. 3:15; 12:3; Gl. 3:6-8) e dos profetas (Jr. 23:6; 31:31-34)". Essa justiça incluía tanto o perdão dos pecados como a justiça íntima do coração.
Na verdade, Paulo afirma que a justificação pela fé foi o plano original de Deus para a salvação dos homens; a lei foi acrescentada para disciplinar os israelitas e fazê-los sentir a necessidade de redenção. (Gl. 3:19-26.) Mas a lei em si não possuía poder para salvar, como o termômetro não tem poder para baixar a febre que ele registra. Seria o próprio Senhor, o Salvador do seu povo; e sua graça seria a sua única esperança.
Infelizmente, os judeus exaltaram a lei, imaginando que ela fosse um agente justificador, e elaboraram um plano de salvação baseado no mérito pela guarda dos seus preceitos e das tradições que lhes foram acrescentadas. "Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm. 10:3). Não conheceram o propósito da lei. Confiaram nela como meio de salvação espiritual, ignorando a pecabilidade dos seus próprios corações, e imaginavam que seriam salvos pela guarda da letra da lei. Por essa razão, quando Cristo veio, oferecendo-lhes a salvação dos seus pecados, pensavam que não precisavam dum Messias como ele. (vide Jo 8:32-34.) O pensamento dos judeus era o de estabelecer rígidos requisitos pelos quais conseguiriam a vida eterna. "Que faremos para executarmos as obras de Deus?" perguntaram. E não se prontificaram a obedecer à indicação de Jesus: "A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" (Jo 6:28,29). Tão ocupados estavam em estabelecer seu próprio sistema de justiça, que perderam, por completo, a oportunidade de serem participantes da justificação divinamente provida para os homens pecadores. Na viagem, um trem representa o meio de conseguir um determinado alvo. Ninguém pensa em fazer do trem sua morada; antes, preocupa-se tão somente em chegar ao destino. Ao chegar a esse destino, deixa-se o trem. A lei foi dada a Israel com o propósito de conduzi-lo a um destino, e esse destino é a fé na graça salvadora de Deus. Mas, ao aparecer o Redentor, os judeus satisfeitos consigo mesmos, fizeram o papel do viajante que, chegando ao destino, se recusa a deixar o trem, embora o condutor lhe diga: "Estamos no fim da viagem"! Os judeus se recusaram a deixar as poltronas do "trem do Antigo Pacto", muito embora o Novo Testamento lhes assegurasse: "O fim da lei é Cristo", e que se cumpriu o Antigo Testamento. (Rm. 10:4.)
 
3. A fonte da justificação: a graça.
Graça significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. Alguém a definiu como a "bondade genuína e favor não recompensados", ou "favor não merecido". Dessa forma a graça nunca incorre em dívida. O que Deus concede, concede-o como favor; nunca podemos recompensá-lo ou pagar-lhe. A salvação é sempre apresentada como dom, um favor não merecido, impossível de ser recompensado; é um benefício legítimo de Deus. (Rm. 6:23)
A graça de DEUS é JESUS CRISTO levando sobre Ele mesmo nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições; morrendo por nós na cruz; vencendo a morte e o pecados; ressuscitando para a glória eterna, agora intercedendo por nós ao lado do Pai.
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Tito 2:11  
para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Tito 3:7
O serviço cristão portanto, não é pagamento pela graça de Deus; serviço cristão é um meio que o crente aproveita para expressar sua devoção e amor a Deus. "Nós o amamos porque ele primeiramente nos amou."
A graça é transação de Deus com o homem, absolutamente independente da questão de merecer ou não merecer. "Graça não é tratar a pessoa como merece, nem tratá-la melhor do que merece", escreveu L. S. Chafer. "E tratá-la graciosamente sem a mínima referência aos seus méritos. Graça é amor infinito expressando-se em bondade infinita."
Devemos evitar certo mal-entendido. Graça não significa que Deus é de coração tão magnânimo que abranda a penalidade ou desiste dum justo juízo.
Sendo Deus o Soberano perfeito do universo, ele não pode tratar indulgentemente o assunto do pecado pois isso depreciaria sua perfeita santidade e justiça. A graça de Deus aos pecadores revela-se no fato de que ele mesmo pela expiação de Cristo, pagou toda a pena do pecado. Por conseguinte, ele pode justamente perdoar o pecado sem levar em conta os merecimentos ou não merecimentos. Os pecadores são perdoados, não porque Deus seja benigno para desculpar os pecados deles, mas porque existe redenção mediante o sangue de Cristo. (Rm. 3:24; Ef. 1:6.) Os pregadores modernistas erram nesse ponto; pensam que Deus por sua benignidade perdoa os pecados; entretanto, seu perdão baseia-se na mais rigorosa justiça. Ao perdoar o pecado, "Ele é fiel e justo" (1 Jo. 1:9). A graça de Deus revela-se no fato de haver ele provido uma expiação pela qual pode ser justo e justificador e, ao mesmo tempo, manter sua santa e imutável lei. A graça manifesta-se independente das obras ou atividades dos homens. Quando a pessoa está sob a lei, não pode estar sob a graça; e quando está sob a graça, não pode estar sob a lei. Está "sob a lei" quando tenta assegurar a sua salvação ou santificação como recompensa, por fazer boas obras ou observar certas cerimônias. Essa pessoa está "sob a graça" quando assegura para si a salvação por confiar na obra que Deus fez por ela, e não na obra que ela faz para Deus. As duas esferas são mutuamente exclusivas. (Gl. 5:4.) A lei diz: "paga tudo"; mas a graça diz: "Tudo está pago." A lei representa uma obra a fazer; a graça é uma obra consumada. A lei restringe as ações; a graça transforma a natureza. A lei condena; a graça justifica. Sob a lei a pessoa é servo assalariado; sob a graça é filho em gozo de herança ilimitada.
Enraizada no coração humano está a ideia de que o homem deve algo para tornar-se merecedor da salvação. Na igreja primitiva certos instrutores judaico-cristãos insistiam em que os convertidos fossem salvos pela fé e a observância da Lei de Moisés. Entre os pagãos, e em alguns setores da igreja cristã, esse erro tem tomado a forma de auto castigo, observância de ritos, peregrinações, e esmolas. A ideia substancial de todos esses esforços é a seguinte: Deus não é bondoso; o homem não é justo; por conseguinte, o homem precisa fazer-se justo a fim de tornar Deus benigno. Esse foi o erro de Lutero, quando, mediante auto mortificações, envidava esforços para efetuar a sua própria salvação. "Oh quando será que você se tornará piedoso a ponto de ter um Deus benigno?" exclamou certa vez, referindo-se a si próprio. Finalmente Lutero descobriu a grande verdade básica do evangelho: Deus é bondoso; portanto deseja fazer justo o homem. A graça do amoroso Pai, revelada na morte expiatória de Cristo é um dos elementos que distinguem o Cristianismo das demais religiões.
Salvação é a justiça de Deus imputada ao pecador; não é a justiça imperfeita do homem. Salvação é divina reconciliação; não é regulamento humano. Salvação é o cancelamento de todos os pecados; não é eliminar alguns pecados. Salvação é ser libertado da lei e estar morto para a lei; não é ter prazer na lei ou obedecer a á lei. Salvação é regeneração divina; não é reforma humana. Salvação é ser aceitável a Deus; não é tornar-se excepcionalmente bom. Salvação é perfeição em Cristo; não é competência de caráter. A salvação, sempre e somente, procede de Deus; nunca procede do homem. — Lewis Sperry Chofer. Usa-se, às vezes, a palavra "graça", no sentido íntimo, para indicar a operação da influência divina (Ef. 4:7) e seus efeitos (At 4:33; 11:23; Tg. 4:6; 2 Co. 12:9). As operações desse aspecto da graça têm sido classificadas da seguinte maneira: Graça proveniente (literalmente, "que vem antes") é a influência divina que precede a conversão da pessoa, influências que produzem o desejo de voltar para Deus. É o efeito do favor divino em atrair os homens (Jo 6:44) e convencer os desobedientes. (At 7:51.) Essa graça, às vezes, é denominada eficiente, tornando-se eficaz em produzir a conversão, quando não encontra resistência. (Jo 5:40; At 7:51; 13:46.) A graça efetiva capacita os homens a viverem justamente, a resistirem à tentação, e a cumprirem o seu dever. Por isso pedimos graça ao Senhor para cumprir uma determinada tarefa. A graça habitual é o efeito da morada do Espírito Santo que resulta em uma vida plena do fruto do Espírito (Gl. 5:22,23).
 
4. Fundamento da justificação: a justiça de Cristo.
Como pode Deus tratar o pecador como pessoa justa? Resposta: Deus lhe provê a justiça. Mas será que isso é apenas conceder o título de "bom" e "justo" a quem não o merece? Resposta: O Senhor Jesus Cristo ganhou o título a favor do pecador, o qual é declarado justo "mediante a redenção que há em Cristo Jesus". Redenção significa completa libertação por preço pago.
Cristo ganhou essa justiça por nós, por sua morte expiatória, como está escrito: "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue." Propiciação é aquilo que assegura o favor de Deus para com os que não o merecem. Cristo morreu por nós para nos salvar da justa ira de Deus e nos assegurar o seu favor. A morte e a ressurreição de Cristo representam a provisão externa para a salvação do homem, referindo-se o termo justificação à maneira pela qual os benefícios salvadores da morte de Cristo são postos à disposição do pecador. Fé é o meio pelo qual o pecador lança mão desses benefícios.
Consideremos a necessidade de justiça. Como o corpo necessita de roupa, assim a alma necessita de caráter. Assim como é necessário apresentar-se em público decentemente vestido, assim é necessário que o homem se vista da roupa dum caráter perfeitamente justo para apresentar-se diante de Deus. (Vide Ap. 19:8; 3:4; 7:13,14.) As vestes do pecado estão sujas e rasgadas (Zc. 3:1-4); se o pecador se vestisse de sua própria bondade e seus próprios méritos, alegando serem boas as suas obras, elas seriam consideradas como "trapos de imundícia". (Is. 64:6.) A única esperança do homem é adquirir a justiça que Deus aceita — a "justiça de Deus". Visto que o homem por natureza está destituído dessa justiça, terá que ser provida para ele essa justiça; terá que ser uma justiça que lhe seja imputada, não merecida.
Essa justiça foi comprada pela morte expiatória de Cristo. (Is. 53:5,11; 2 Co. 5:21; Rm. 4:6; 5:18,19.) Sua morte foi um ato perfeito de justiça, porque satisfez a lei de Deus. Foi também um ato perfeito de obediência. Tudo isso foi feito por nós e posto a nosso crédito. "Deus nos aceita como justos aos seus olhos somente por nos ter sido imputada a justiça de Cristo", afirma determinada declaração doutrinária.
O ato pelo qual Deus credita essa justiça à nossa conta chama-se imputação. Imputação é levar à conta de alguém as consequências do ato de outrem. As consequências do pecado do homem foram levadas à conta de Cristo, e as consequências da obediência de Cristo foram levadas à conta do crente. Ele vestiu-se das vestes do pecado para que nós pudéssemos nos vestir do seu "manto de justiça". "Cristo... para nós foi feito por Deus... justiça" (1Co. 1:30). Ele torna-se "O Senhor Justiça Nossa" (Jr. 23:6).
Cristo expiou nossa culpa, satisfez a lei, tanto por obediência como por sofrimento, e tornou-se nosso substituto, de maneira que, estando unidos com ele pela fé, sua morte toma-se nossa morte, e sua obediência toma-se nossa obediência. Deus então nos aceita, não por qualquer bondade própria que nós tenhamos, nem pelas coisas imperfeitas que são as nossas "obras" (Rm. 3:28; Gl. 2:16), nem por nossos méritos, mas porque nos foi creditada a perfeita e toda-suficiente justiça de Cristo. Por causa de Cristo, Deus trata o homem culpado, quando este se arrepende e crê, como se fosse justo. Os méritos de Cristo são creditados a ele.
Também surgem as seguintes perguntas na mente da pessoa que investiga: sim, a justificação que salva é algo externo e concernente à posição legal do pecador; mas não haverá mudança alguma na condição moral? Afeta a sua situação, mas não afetará sua conduta? A justiça é imputada somente e não concedida de modo prático? Na justificação Cristo somente será por nós, ou agirá também em nós? Em outras palavras, parece que a imputação da justiça desonraria a lei se não incluísse a certeza de justiça futura.
A resposta é que a fé que justifica é o ato inicial da vida cristã e esse ato inicial, quando a fé for viva, é seguido por uma transformação interna conhecida como regeneração. A fé une o crente com o Cristo vivo; essa união com o Autor da vida resulta em transformação do coração. "Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co. 5:17). A justiça é imputada no ato da justificação e é comunicada na regeneração. O Cristo que é por nós torna-se o Cristo em nós.
A fé pela qual a pessoa é realmente justificada, necessariamente tem que ser uma fé viva. Uma fé viva produzirá uma vida reta; será uma fé que "opera pelo amor" (Gl. 5:6). Outrossim, vestindo a justiça de Cristo, o crente é exortado a viver uma vida em conformidade com o caráter de Cristo. "Porque o linho fino são as justiças dos santos" (literalmente os atos de justiça) (Ap. 19:8). A verdadeira salvação requer uma vida de santidade prática. Que julgamento faríamos da pessoa que sempre se vestisse de roupa imaculada mas nunca lavasse o corpo? Incoerente, diríamos! Mas não menos incoerente é a pessoa que alega estar vestida da justiça de Cristo, e, ao mesmo tempo, vive de modo indigno do evangelho. Aqueles que se vestem da justiça de Cristo terão cuidado de purificar-se do mesmo modo como ele é puro. (1 Jo 3:3.)
 
5. Os meios da justificação: a fé.
Visto que a lei não pode justificá-lo, a única esperança do homem é receber "justiça sem lei" (isto, entretanto, não significa injustiça ilegal, nem tampouco religião que permita o pecado; significa sim, uma mudança de posição e condição). Essa é a "justiça de Deus", isto é, a justiça que Deus concede, sendo também um dom, pois o homem é incapaz de operar a justiça. (Ef. 2:8-10.)
Mas um dom tem que ser aceito. Como, então, será aceito o dom da justiça? Ou, usando a linguagem teológica: qual é o instrumento que se apropria da justiça de Cristo? A resposta é: "pela fé em Jesus Cristo." A fé é a mão, por assim dizer, que recebe o que Deus oferece. Que essa fé é a causa instrumental da justificação prova-se pelas seguintes referências: Rm. 3:22; 4: 11; 9:30; Hb. 11:7; Fl. 3:9.
Os méritos de Cristo são comunicados e seu interesse salvador é assegurado por certos meios. Esses meios necessariamente são estabelecidos por Deus e somente ele os distribui. Esses meios são a fé — o princípio único que a graça de Deus usa para restaurar-nos à sua imagem e ao seu favor. Nascida, como é, no pecado, herdeira da miséria, a alma carece duma transformação radical, tanto por dentro como por fora; tanto diante de Deus como diante de si própria. A transformação diante de Deus denomina-se justificação; a transformação interna espiritual que se segue, chama-se regeneração pelo Espírito Santo. Esta fé é despertada no homem pela influência do Espírito Santo, geralmente em conexão com a Palavra. A fé lança mão da promessa divina e apropria-se da salvação. Ela conduz a alma ao descanso em Cristo como Salvador e Sacrifício pelos pecados; concede paz à consciência e dá esperança consoladora do céu. Sendo essa fé viva e de natureza espiritual, e cheia de gratidão para com Cristo, ela é rica em boas obras de toda espécie.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2:8,9). O homem nenhuma coisa possuía com que comprar sua justificação. Deus não podia condescender em aceitar o que o homem oferecia; o homem também não tinha capacidade para cumprir a exigência divina. Então Deus graciosamente salvou o homem, sem pagar este coisa alguma —"gratuitamente pela sua graça" (Rm. 3:24). Essa graça gratuita é recebida pela fé. Não existe mérito nessa fé, como não cabem elogios ao mendigo que estende a mão para receber uma esmola. Esse método fere a dignidade do homem, mas perante Deus, o homem decaído não tem mais dignidade; o homem não tem possibilidades de acumular bondade suficiente para adquirir a sua salvação. "Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei" (Rm. 3:20). Aqui a fé é do homem, mas auxiliada pelo ESPÍRITO SANTO que o convence do pecado, da justiça e do juízo (E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: João 16:8).
A doutrina da justificação pela graça de Deus, mediante a fé do homem, remove dois perigos: primeiro, o orgulho de autojustiça e de auto esforço; segundo, o medo de que a pessoa seja fraca demais para conseguir a salvação.
Se a fé em si não é meritória, representando apenas a mão que se estende para receber a livre graça de Deus, que é então que lhe dá poder, e que garantia oferece ela à pessoa que recebeu esse dom gratuito, de que viverá uma vida de justiça? Importante e poderosa é a fé porque ela une a alma a Cristo, e é justamente nessa união que se descobre o motivo e o poder para a vida de justiça. "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo"(Gl. 3:27). "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gl. 5:24).
A fé não só recebe passivamente mas também usa de modo ativo aquilo que Deus concede. É assunto próprio do coração (Rm. 10:9,10; vide Mt. 15:19; Pv. 4:23), e quem crê com o coração, crê também com suas emoções, afeições e seus desejos, ao aceitar a oferta divina da salvação. Pela fé, Cristo mora no coração (Ef. 3:17). A fé opera pelo amor (a "obra da fé"... 1Ts. 1:3), isto é, representa um princípio enérgico, bem como uma atitude receptiva. A fé, por conseguinte, é poderoso motivo para a obediência e para todas as boas obras. A fé envolve a vontade e está ligada a todas as boas escolhas e ações, pois "tudo que não é de fé é pecado" (Rm. 14:23). Ela inclui a escolha e a busca da verdade (2 Ts. 2:12) e implica sujeição à justiça de Deus (Rm. 10:3).
O que se segue representa o ensino bíblico concernente à relação entre fé e obras. A fé se opõe às obras quando por obras entendemos boas obras que a pessoa faz com o intuito de merecer a salvação. (Gl. 3:11.) Entretanto, uma fé viva produzirá obras (Tg. 2:26), tal qual uma árvore viva produzirá frutos. A fé é justificada e aprovada pelas obras (Tg. 2:18), assim como o estado de saúde das raízes duma boa árvore é indicado pelos frutos. A fé se aperfeiçoa pelas obras (Tg. 2:22), assim como a flor se completa ao desabrochar. Em breves palavras, as obras são o resultado da fé, a prova da fé, e a consumação da fé.
Imagina-se que haja contradição entre os ensinos de Paulo e de Tiago. O primeiro, aparentemente, teria ensinado que a pessoa é justificada pela fé, o último que ela é justificada pelas obras. (Vide Rm. 3:20 e Tg. 2:14-16.) Contudo, uma compreensão do sentido em que eles empregaram os termos, rapidamente fará desvanecer a suposta dificuldade. Paulo está recomendando uma fé viva que confia somente no Senhor; Tiago está denunciado uma fé morta e formal que representa, apenas, um consentimento mental. Paulo está rejeitando as obras mortas da lei, ou obras sem fé; Tiago está louvando as obras vivas que demonstram a vitalidade da fé. A justificação mencionada por Paulo refere-se ao início da vida cristã; Tiago usa a palavra com o significado de vida de obediência e santidade como evidência exterior da salvação. Paulo está combatendo o legalismo, ou a confiança nas obras como meio de salvação; Tiago está combatendo antinomianismo, ou seja, o ensino de que não importa qual seja a conduta da pessoa, uma vez que creia. Paulo e Tiago não são soldados lutando entre si; são soldados da mesma linha de combate, cada qual enfrentando inimigos que os atacam de direções opostas.
Obras mortas são obras feitas com o objetivo de adquirir salvação. A Salvação é pela graça.
 
 
III. A Regeneração
1. Natureza da regeneração.
A regeneração é o ato divino que concede ao penitente que crê uma vida nova e mais elevada mediante união pessoal com Cristo. O Novo Testamento assim descreve a regeneração:
 
(a) Nascimento. Deus o pai é quem "gerou", e o crente é "nascido" de Deus (1 Jo 5:1), "nascido do Espírito" (Jo 3:8), "nascido do alto" (tradução literal de Jo 3:3,7). Esses termos referem-se ao ato da graça criadora que faz do crente um filho de Deus.
 
(b) Purificação. Deus nos salvou pela "lavagem" (literalmente, lavatório ou banho) da regeneração". (Tt 3:5.) A alma foi lavada completamente das imundícias da vida de outrora, recebendo novidade de vida. Lavagem da Palavra de DEUS (para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Ef 5:26)
O batismo na águas representa bem isso.
 
(c) Vivificação. Somos salvos não somente pela "lavagem da regeneração", nas também pela "renovação do Espírito Santo" (Tt 3:5. Vide também Cl. 3:10; Rm. 12:2; Ef. 4:23; Sl. 51:10). A essência da regeneração é uma nova vida concedida por Deus Pai, mediante Jesus Cristo e pela operação do Espírito Santo.
 
(d) Criação. Aquele que criou o homem no princípio e soprou em suas narinas o fôlego de vida, o recria pela operação do seu Espírito Santo. (2 Co. 5:17; Ef. 2:10; Gl. 6:15; Ef. 4:24; vide Gn. 2:7.) O resultado prático é uma transformação radical da pessoa em sua natureza, seu caráter, desejos e propósitos.
 
(e) Ressurreição. (Rm. 6:4,5; Cl. 2:13; 3:1; Ef. 2:5, 6.) Como Deus vivificou o barro inanimado e o fez vivo para com o mundo físico, assim ele vivifica a alma em seus pecados e a faz viva para as realidades do mundo espiritual. Esse ato de ressurreição espiritual é simbolizado pelo batismo nas águas. A regeneração é "a grande mudança que Deus opera na alma quando a vivifica; quando ele a levanta da morte do pecado para a vida de justiça" (João Wesley).
Notar-se-á que os termos acima citados são apenas variantes de um grande pensamento básico da regeneração, isto é, uma divina comunicação duma nova vida à alma do homem. Três fatos científicos relativos à vida natural também se aplicam à vida espiritual; isto é, ela surge repentinamente; aparece misteriosamente, e desenvolve-se gradativamente.
Regeneração é o aspecto singular da religião do Novo Testamento. Nas religiões pagãs, reconhece-se universalmente a permanência do caráter. Embora essas religiões recomendem penitências e ritos, pelos quais a pessoa espera expiar os seus pecados, não há promessa de vida e de graça para transformar a sua natureza. A religião de Jesus Cristo é "a única religião no mundo que declara tomar a natureza decaída do homem e regenerá-la, colocando-a em contacto com a vida de Deus". Assim declara fazer, porque o Fundador do Cristianismo é Pessoa Viva e Divina, que vive para salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus. (Hb. 7:25.) Não existe nenhuma analogia entre a religião cristã, e, digamos, o Budismo ou a religião maometana. De maneira nenhuma se pode dizer: "quem tem Buda tem a vida". (Vide 1Jo 5:12.) Buda pode ter algo em relação à moralidade. Pode estimular, causar impressão, ensinar, e guiar, mas nenhum elemento novo foi acrescido às almas que professam o Budismo. Tais religiões podem ser produtos do homem natural e moral. Mas o Cristianismo declara-se ser muito mais. Além das coisas de ordem natural e moral, o homem desfruta algo mais na Pessoa de Alguém mais, Jesus Cristo.
 
2. Necessidade da regeneração.
A entrevista de nosso Senhor com Nicodemos (Jo 3. 1-16) proporciona um excelente fundo histórico para o estudo deste tópico. As primeiras palavras de Nicodemos revelam uma série de emoções provenientes do seu coração. A declaração abrupta de Jesus no verso 3, que parece ser uma repentina mudança do assunto, explica-se pelo fato de Jesus estar respondendo ao coração de Nicodemos e não às palavras de sua interrogação. As primeiras palavras de Nicodemos revelam. 1) Fome espiritual. Se esse chefe judaico tivesse expressado o desejo de sua alma, talvez teria dito: "Estou cansado do ritualismo morto da sinagoga vou lá mas volto para casa com a mesma fome com que saí. Infelizmente, a glória divina afastou-se de Israel; não há visão e o povo perece. Mestre, a minh'alma suspira pela realidade! Pouco conheço de tua pessoa, mas tuas palavras tocaram-me o coração. Teus milagres convenceram-me de que és Mestre vindo de Deus. Gostaria de te acompanhar. 2) Faltou a Nicodemos profunda convicção. Sentiu a sua necessidade, mas necessidade dum instrutor e não dum Salvador. Tal qual a mulher samaritana, ele queria a água da vida (Jo 4:15), mas, como aquela, Nicodemos teve de compreender que era pecador, que precisava de purificação e transformação. (Jo 4:16-18.) 3) Nota-se nas suas palavras um rasto de autocomplacência, coisa muito natural num homem de sua idade e posição. Ele diria a Jesus: "Creio que foste enviado a restaurar o reino de Israel, e vim dar-te alguns conselhos quanto aos planos para conseguir esse objetivo." Provavelmente ele supôs que sendo israelita e filho de Abraão, essas qualificações seriam suficientes para o tornarem membro do reino de Deus.
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." Parafraseando essa passagem, Jesus diria: "Nicodemos, tu não podes unir-te à minha companhia como se te unisses a uma organização. O pertencer à minha companhia não depende da qualidade de tua vida; minha causa não é outra senão aquela do reino de Deus, e tu não podes entrar nesse reino sem experimentar uma transformação espiritual. O reino de Deus é muito diferente do que estás pensando, e o modo de estabelecê-lo e de juntar seus súditos é muito diferente do meio de que estás cogitando."
Jesus apontou a necessidade mais profunda e universal de todos os homens — uma mudança radical e completa da natureza e caráter do homem em sua totalidade. Toda a natureza do homem ficou deformada pelo pecado, a herança da queda; essa deformação moral reflete-se em sua conduta e em todas as suas relações. Antes que o homem possa ter uma vida que agrade a Deus, seja no presente ou na eternidade, sua natureza precisa passar por uma transformação tão radical, que seja realmente um segundo nascimento. O homem não pode transformar-se a si mesmo; essa transformação terá que vir de cima.
Jesus não tentou explicar o como do novo nascimento, mas explicou o porquê do assunto. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido de Espírito é espírito." Carne e espírito pertencem a reinos diferentes, e um não pode produzir o outro. A natureza humana pode gerar a natureza humana, mas somente o Espírito Santo pode gerar a natureza espiritual. A natureza humana somente pode produzir a natureza humana; e nenhuma criatura poderá elevar-se acima de sua própria natureza. A vida espiritual não passa do pai ao filho pela geração natural; ela procede de Deus para o homem por meio da geração espiritual.
A natureza humana não pode elevar-se acima de si própria.
 
 Todas as criaturas possuem certa natureza segundo a sua espécie, determinada pela sua ascendência. Essa natureza que o animal recebe dos seus pais determina, desde o princípio, a sua capacidade e a esfera desse animal. A toupeira não pode subir aos ares como o faz a águia; nem tampouco pode o filhote da águia cavar um buraco como a faz a toupeira. Nenhum treino jamais fará a tartaruga correr como o antílope, nem fará o antílope tão forte como o leão... Além de sua natureza, nenhum animal poderá agir.
 
O mesmo princípio podemos aplicar ao homem. O destino mais elevado do homem é viver com Deus para sempre; mas a natureza humana, em seu estado presente, não possui a capacidade para viver no reino celestial. Portanto, será necessário que a vida celestial desça de cima para transformar a natureza humana, preparando-a para ser membro desse reino.
No arrebatamento seremos transformados para viver eternamente com DEUS, na Nova Jerusalém, a celestial, em corpos celestiais, imortais, espirituais.
 
3. Os meios de regeneração.
(a) Agência divina. O Espírito Santo é o agente especial na obra de regeneração. Ele opera a transformação na pessoa. (Jo 3:6; Tt 3:5.) Contudo, todas as Pessoas da Trindade operam nessa obra. Realmente as três Pessoas operam em todas as divinas operações, embora cada Pessoa exerça certos ofícios que lhe são peculiares. Dessa forma o Pai é preeminentemente o Criador; contudo, tanto o Filho como o Espírito Santo são mencionados como agentes na criação. O Pai gera (Tg. 1:18) e no Evangelho de João, o Filho é apresentado como o Doador da vida. (Vide caps. 5 e 6.)
Notem especialmente a relação de Cristo com a regeneração do homem. É ele o Doador da vida. De que maneira ele vivifica os homens? Vivifica-os por morrer por eles, de forma que, ao comerem sua carne e beberem seu sangue (que significa crer em sua morte expiatória), eles recebem a vida eterna. Qual é o processo de conceder a vida aos homens? Uma parte da recompensa de Cristo era a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (Vide Jo 3:3,13; Gl.3:13,14), e ele ascendeu para que pudesse tomar-se a Fonte da vida e energia espiritual (Jo 6:62; At 2:33). O Pai tem vida em si (Jo 5:26); portanto, ele concede ao Filho ter vida em si; o Pai é a Fonte do Espírito Santo, mas ele concede ao Filho o poder de conceder o Espírito; desta forma o Filho é um "Espírito vivificante" (1 Co. 15:45), tendo poder, não somente para ressuscitar os mortos, fisicamente, (Jo 5:25,26) mas também vivificar as almas mortas dos homens. (Vide Gn 2:7; Jo 20:22; 1 Co. 15:45.)
 
(b) A preparação humana. Estritamente falando, o homem não pode cooperar no ato de regeneração, que é um ato soberano de Deus; mas o homem pode tomar parte na preparação para o novo nascimento. Qual é essa preparação? Resposta: Arrependimento e fé.
 
4. Efeitos da regeneração.
Podemos agrupá-los sob três tópicos: posicionais (adoção); espirituais (união com Deus); práticos (a vida de justiça).
(a) Posicionais. Quando a pessoa passa pela transformação espiritual conhecida como regeneração, torna-se filho de Deus e beneficiário de todos os privilégios dessa filiação.
"Pela adoção, o crente, que já é filho de Deus, recebe o lugar de filho adulto; dessa forma o menino torna-se filho, o filho menor torna-se adulto." (Gl. 4:1-7.) A palavra "adoção" significa literalmente: "dar a posição de filhos" e refere-se, no uso comum, ao homem que toma para seu lar crianças que não são as suas pelo nascimento.
Quanto à doutrina, devemos distinguir entre adoção e regeneração: o primeiro é um termo legal que indica conceder o privilégio de filiação a um que não é membro da família; o segundo significa a transformação espiritual que toma a pessoa filho de Deus e participante da natureza divina. Contudo, na própria experiência, é difícil separar os dois, visto que a regeneração e a adoção representam a dupla experiência da filiação.
No Novo Testamento a filiação comum é, às vezes, definida pelo termo "filhos" ("uioi"— no grego), termo que originou a palavra "adoção"; outras vezes é definida pela palavra "tekna", no grego, também traduzida por "filhos", que significa literalmente "os gerados", significando a regeneração. As duas ideias são distintas e ao mesmo tempo combinadas nas seguintes passagens: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder (implicando adoção) de serem feitos filhos de Deus... os quais... nasceram... de Deus" (Jo 1:12,13). "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados (implicando adoção) filhos de Deus (a palavra que significa "gerados" de Deus)" (1 Jo 3:1). Em Rm. 8: 15,16 as duas ideias se entrelaçam: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos Abba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
 
(b) Espirituais. Devido à sua natureza, a regeneração envolve união espiritual com Deus e com Cristo mediante o Espírito Santo; e essa união espiritual envolve habitação divina (2 Co. 6:16-18; Gl. 2:20; 4:5,6; 1 Jo 3:24; 4:13.) Essa união resulta em um novo tipo de vida e de caráter, descrito de várias maneiras; novidade de vida (Rm. 6:4); um novo coração (Ez. 36:26); um novo espírito (Ez. 11:19); um novo homem (Ef. 4:24); participantes da natureza divina (2 Pe. 1:4). O dever do crente é manter seu contacto com Deus mediante os vários meios de graça e dessa forma preservar e nutrir a sua vida espiritual.
(c) Práticos. A pessoa nascida de Deus demonstrará esse fato pelo ódio que tem ao pecado (1 Jo 3:9; 5:18), por obras de justiça (1 Jo 2:29), pelo amor fraternal (1 Jo 4:7) e pela vitória que alcança sobre o mundo (1 Jo 5:4).
Devemos evitar estes dois extremos: primeiro, estabelecer um padrão tão baixo que a regeneração se torne questão de reforma natural; segundo, estabelecer um padrão elevado demais que não leve em conta as fraquezas dos crentes. Crentes novos que estão aprendendo a andar com Jesus estão sujeitos a tropeçar, como o bebê que aprende a andar. Mesmo os crentes mais velhos podem ser surpreendidos em alguma falta. João declara que é absolutamente inconsistente que a pessoa nascida de Deus, portadora da natureza divina, continue a viver habitualmente no pecado (1 Jo 3.9), mas ao mesmo tempo ele tem cuidado em escrever: "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 Jo 2:1).
 
 
IV. A Santificação
1. Natureza da santificação
Em estudo anterior afirmamos que a chave do significado da doutrina da expiação, encontrada no Novo Testamento, acha-se no rito sacrificial do Antigo Testamento. Da mesma forma chegaremos ao sentido da doutrina do Novo Testamento sobre a santificação, pelo estudo do uso no Antigo Testamento da palavra "santo".
Primeiramente, observa-se que "santificação", "santidade", e "consagração" são sinônimos, como o são: "santificados" e "santos". Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A palavra "santo" tem os seguintes sentidos:
 
(a) Separação. "Santo" é uma palavra descritiva da natureza divina. Seu significado primordial é "separação "; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o toma separado de tudo quanto seja terreno e humano — isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
Quando o Santo deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou aquele objeto do seu uso comum, e, em virtude dessa separação, a pessoa ou o objeto toma-se "santo".
 
(b) Dedicação. Santificação inclui tanto a separação de, como dedicação a alguma coisa; essa é "a condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do Mediador".
A palavra "santo" é mais usada em conexão com o culto. Quando referente aos homens ou objetos, ela expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus, no sentido especial de serem sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová; os levitas são santos por serem especialmente dedicados aos serviços do tabernáculo; o sábado e os dias de festa são santos porque representam a dedicação ou consagração do tempo a Deus.
 
(c) Purificação. Embora o sentimento primordial de "santo" seja separação para serviço, inclui também a ideia de purificação. O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas. Limpeza é uma condição de santidade, mas não a própria santidade, que é, primeiramente, separação e dedicação.
Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com que aquele objeto ou essa pessoa se torne santo. Objetos inanimados foram consagrados pela unção do azeite (Êx. 40:9-11). A nação israelita foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança. (Êx. 24:8. Vide Hb. 10:29). Os sacerdotes foram consagrados pelo representante de Jeová, Moisés, que os lavou com água, ungiu-os com azeite e aspergiu-os com o sangue de consagração. (Vide Lev., cap. 8.)
Como os sacrifícios do Velho Testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de Cristo. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim "também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta" (Hb. 13:12).
Jeová santificou os filhos de Arão para o sacerdócio pela mediação de Moisés e o emprego de água, azeite e sangue. Deus o Pai (1 Ts. 5:23) santifica os crentes para um sacerdócio espiritual (1 Pe. 2:5) pela mediação do Filho (I Co. 1:2,30; Ef 5:26; Heb 2:11), por meio da Palavra (Jo 17:17; 15:3), do sangue (Hb. 10:29; 13:12) e do Espírito (Rm. 15:16; 1 Cor. 6:11; 1 Pe. 1:2).
 
(d) Consagração, no sentido de viver uma vida santa e justa. Qual a diferença entre justiça e santidade? A justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de Deus andam retamente (1 Jo 3:6-10). Santidade é a vida regenerada em conformidade com a natureza divina e dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve esse serviço. "Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe. 1:15). Assim a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira que seja contrária à santidade da natureza divina.
Em seguida à consagração de Israel surge, naturalmente, a pergunta: "Como deve viver um povo santo?" A fim de responder a essa pergunta, Deus deu-lhes o código de leis de santidade que se acham no livro de Levítico. Portanto, em consequência da sua consagração, seguiu-se a obrigação de viver uma vida santa. O mesmo se dá com o cristão. Aqueles que são declarados santos (Hb. 10:10) são exortados a seguir a santidade (Hb. 12:14); aqueles que foram purificados (1 Co. 6:11) são exortados a purificar-se a si mesmos (2 Co. 7:1).
 
(e) Serviço. A aliança é um estado de relação entre Deus e os homens no qual ele é o Deus deles e eles o seu povo, o que significa um povo adorador. A palavra "santo" expressa essa relação contratual. Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote; por conseguinte, Israel é descrito como nação santa e reino de sacerdotes (Êx. 19:6). Qualquer impureza que venha a desfigurar essa relação precisa ser lavada com água ou com o sangue da purificação.
Da mesma maneira os crentes do Novo Testamento são "santos", isto é, um povo santo consagrado. Pelo sangue da aliança tornaram-se "sacerdócio real, a nação santa... sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Pe. 2:9,5); oferecem o sacrifício de louvor (Hb. 13:15) e dedicam-se como sacrifícios vivos sobre o altar de Deus (Rm. 12:1).
Assim vemos que o serviço é elemento essencial da santificação ou santidade, pois é esse o único sentido em que os homens podem pertencer a Deus, isto é, como seus adoradores que lhe prestam serviço. Paulo expressou perfeitamente esse aspecto da santidade quando disse acerca de Deus: "De quem eu sou, e a quem sirvo" (At 27:23). Santificação envolve ser possuído por Deus e servir a ele.
 
2. O tempo da santificação.
A santificação reúne: 1) ideia de posição perante Deus e instantaneidade; 2) prática e progressiva.
 
(a) Posicional e instantânea. A seguinte declaração representa o ensino dos que aderem à teoria de santificação da "segunda obra definida", feita por alguém que ensinou essa doutrina durante muitos anos:
 
Supõe-se que a justificação é obra da graça pela qual os pecadores, ao se entregarem a Cristo, são feitos justos e libertados dos hábitos pecaminosos. Mas no homem meramente justificado permanece um princípio de corrupção, uma árvore má, "uma raiz de amargura", que continuamente o provoca a pecar. Se o crente obedece a esse impulso e deliberadamente peca, ele perde sua justificação; segue-se portanto, a vantagem de ser removido esse impulso mau, para que diminua a possibilidade de se desviar. A extirpação dessa raiz pecaminosa é santificação. Portanto, é a purificação da natureza de todo pecado congênito pelo sangue de Cristo (aplicado pela fé ao realizar-se a plena consagração), e o fogo purificador do Espírito Santo, o qual queima toda a escória, quando tudo é depositado sobre o altar do sacrifício. Isso, e somente isso, é verdadeira santificação — a segunda obra definida da graça, subsequente à justificação, e sem a qual essa justificação provavelmente se perderá.
 
A definição supra citada ensina que a pessoa pode ser salva ou justificada sem ser santificada. Essa teoria, porém, é contrária ao ensino do Novo Testamento.
O apóstolo Paulo escreve a todos os crentes como a "santos" (literalmente, "os santificados") e como já santificados (1 Co. 1:2; 6:11). Mas essa carta foi escrita para corrigir esses cristãos por causa de sua carnalidade e pecados grosseiros. (1 Co. 3:1; 5:1,2,7,8.) Eram "santos" e "santificados em Cristo", mas alguns desses estavam muito longe de ser exemplos de cristãos na conduta. Foram chamados a ser santos, mas não se portavam dignos dessa vocação santa.
Segundo o Novo Testamento existe, pois, um sentido em que a santificação é simultânea com a justificação.
 
(b) Prática e progressiva. Mas será que essa santificação consiste somente em ser conferida a posição de santos? Não, essa separação inicial é apenas o começo duma vida progressiva de santificação. Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a nossa responsabilidade de viver para ele. Essa separação deve continuar diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme à imagem de Cristo. "A santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a justiça." Isso não quer dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos na santificação da qual já participamos.
A santificação é posicionai e prática — posicional em que é primeiramente uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma em santo adorador; prática porque exige uma maneira santa de viver. A santificação adquirida em virtude de nova posição, indica-se pelo fato de que todos os coríntios foram chamados "santificados em Cristo Jesus, chamados santos" (1 Co. 1:2). A santificação progressiva está implícita no fato de alguns serem descritos como "carnais" (1 Co. 3:3), o que significa que sua presente condição não estava à altura de sua posição concedida por Deus. Em razão disso, foram exortados a purificar-se e assim melhorar sua consagração até alcançarem a perfeição. Esses dois aspectos da santificação estão implícitos no fato de que aqueles que foram tratados como santificados e santos (1 Pe. 1:2; 2:5), são exortados a serem santos (1 Pe. 1:15). Aqueles que estavam mortos para o pecado (Cl 3:3) são exortados a mortificar (fazer morto) seus membros pecaminosos (Cl 3:5). Aqueles que se despiram do homem velho (Cl. 3:9) são exortados a vestirem-se ou revestirem-se do homem novo. (Ef 4:22; Cl. 3:8.)
 
3. Meios divinos de santificação.
São meios divinamente estabelecidos de santificação: o sangue de Cristo, o Espírito Santo e a Palavra de Deus. O primeiro proporciona, primeiramente', a santificação absoluta, quanto à posição perante Deus. É uma obra consumada que concede ao pecador penitente uma posição perfeita em relação a Deus. O segundo meio é interno, efetuando a transformação da natureza do crente. O terceiro meio é externo e prático, e diz respeito ao comportamento do crente. Dessa forma, Deus fez provisão tanto para a santificação interna como externa.
 
(a) O sangue de Cristo, (Eterno, absoluto e posicionai.) (Hb. 13:12; 10:10,14; 1Jo 1:7.) Em que sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa "maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada, e ele próprio é transformado de pecador impuro, em santo adorador, unido em comunhão com o Senhor Jesus Cristo; pois, "assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos" (Hb. 2:11).
Que haja um aspecto contínuo na santificação pelo sangue, infere-se de 1 Jo 1:7: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado." Se houver comunhão entre o santo Deus e o homem, necessariamente terá que haver uma provisão para remover a barreira de pecado, que impede essa comunhão, uma vez que os melhores homens ainda assim são imperfeitos. Ao receber Isaías a visão da santidade de Deus, ele ficou abatido ao perceber a sua falta de santidade; e não estava em condições de ouvir a mensagem divina enquanto a brasa do altar não purificasse seus lábios. A consciência do pecado ofusca a comunhão com Deus; confissão e fé no eterno sacrifício de Cristo removem essa barreira. (1 Jo 1:9.)
 
(b) O Espírito Santo. (Santificação Interna.) (1 Co. 6:11; 2 Ts. 2:12; 1 Pe. 1:1,2; Rm. 15:16.) Nessas passagens a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como o início da obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito pairava por cima do caos original (Gn. 1:2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus, assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus. (2 Co. 4:6.)
O capítulo 10 de Atos proporciona uma ilustração concreta da santificação pelo Espírito Santo. Durante os primeiros anos da igreja, a evangelização dos gentios retardou-se visto que muitos cristãos-judeus consideravam os gentios como "imundos", e não-santificados por causa de sua não conformidade com as leis alimentares e outros regulamentos mosaicos. Exigia-se uma visão para convencer a Pedro que aquilo que o Senhor purificara ele não devia tratar de comum ou impuro. Isso importava em dizer que Deus fizera provisão para a santificação dos gentios para serem o seu povo. E quando o Espírito de Deus desceu sobre os gentios, reunidos na casa de Cornélio, já não havia mais dúvida a respeito. Eram santificados pelo Espírito Santo, não importando se obedeciam ou não às ordenanças mosaicas (Rm. 15:16), e Pedro reptou os judeus que estavam com ele a negarem o símbolo exterior (batismo nas águas) de sua purificação espiritual. (At 10:47; 15:8.)
 
(c) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática.) (Jo 17:17, Ef 5:26; Jo 15:3; Sl. 119:9; Tg. 1:23-25.) Os cristãos são descritos como sendo "gerados pela Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação que deve continuar através da vida do crente. No ato de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho sacerdotal completo, banho que nunca se repetia; era uma obra feita uma vez para sempre. Todos os dias porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tt 3:5); mas precisa uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhe forem reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma. (Tg. 1:22-25.) Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os pés, isto é, "guardar-se da imundície que tão facilmente se apega aos pés do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo".
Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado. João 15:3
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. João 13:10 (pés, poeira, parte que toca o mundo – sujeira cotidiana precisa ser lavada)
  
5. O verdadeiro método da santificação.
O método bíblico de tratar com a carne, deve basear-se obviamente, na provisão objetiva para a salvação, o sangue de Cristo; e na provisão subjetiva, o Espírito Santo. A libertação do poder da carne, portanto, deve vir por meio da fé na expiação e por entregar-se à ação do Espírito. O primeiro é tratado no sexto capítulo de Romanos, e o segundo na primeira parte do capítulo oitavo.
 
(a) Fé na expiação. Imaginemos que houvesse judeus presentes (o que sucedia com frequência) enquanto Paulo expunha a doutrina da purificação pela fé. Nós os imaginamos dizendo em protesto: "Isso é uma heresia do tipo mais perigoso!" Dizer ao povo que precisam crer unicamente em Jesus, e que nada podem fazer quanto à sua salvação porque ela é pela graça de Deus, tudo isso resultará em que descuidarão de sua maneira de viver. Eles julgarão que pouco importa o que façam, uma vez que creiam. Sua doutrina de fé fomenta o pecado. Se a justificação é pela graça e nada mais, sem obras, por que então romper com o pecado? Por que não continuar no pecado para que abunde ainda mais a graça? Os inimigos de Paulo efetivamente o acusaram de pregar tal doutrina. (Rm. 3:8; 6:1.) Com indignação Paulo repudiou tal perversão. "De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rm. 6:2). A continuação no pecado é impossível a um homem verdadeiramente justificado, em razão de sua união com Cristo na morte e na vida. (Vide Mt. 6:24.) Em virtude de sua fé em Cristo, o homem salvo passou por uma experiência que inclui um rompimento tão completo com o pecado, que se descreve como morte para o pecado, e uma transformação tão radical que se descreve como ressurreição. Essa experiência é figurada no batismo nas águas. A imersão do convertido testifica do fato que em razão de sua união com o Cristo crucificado ele morreu para o pecado; ser levantado da água testifica que seu contacto com o Cristo ressuscitado significa que "como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rm. 6:4). Cristo morreu pelo pecado a fim de que nós morrêssemos para o pecado.
"Aquele que está morto está justificado do pecado" (Rm. 6:7). A morte cancela todas as obrigações e rompe todos os laços. Por meio da união com Cristo, o cristão morreu para a vida antiga, e os grilhões do pecado foram quebrados. Como a morte dava fim à servidão do escravo, assim a morte do crente, que morreu para o mundo, o libertou da servidão ao pecado. Continuando a ilustração: A lei nenhuma jurisdição tem sobre um homem morto. Não importa qual seja o crime que haja cometido, uma vez morto, já está fora do poder da justiça humana. Da mesma maneira, a lei de Moisés, muitas vezes violada pelo convertido, não o pode "prender", pois, em virtude de sua experiência com Cristo, ele está "morto". (Rm. 7:1-4; 2 Co. 5:14.)
"Sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós vos considerai como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 6:9-11). A morte de Cristo pôs fim a esse estado terrenal no qual ele teve contacto como o pecado; sua vida agora é uma constante comunhão com Deus. Os cristãos, ainda que estejam no mundo, podem participar de sua experiência, porque estão unidos a ele. Como podem participar? "Considerai-vos como mortos para o pecado, nas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor." Que significa isso? Deus já disse que por meio da nossa fé em Cristo, estamos mortos para o pecado e vivos para a justiça. Resta uma coisa a fazer; crer em Deus e considerar ou concluir que estamos mortos para o pecado. Deus declarou que quando Cristo morreu, nós morremos para o pecado; quando ele ressuscitou, nós ressuscitamos para viver uma nova vida. Devemos continuar considerando esses fatos como absolutamente certos; e, ao considerá-los assim, tornar-se-ão poderosos em nossa vida, pois, seremos o que reconhecemos que somos. Uma distinção importante tem sido assinalada, a saber, a distinção entre as promessas e os fatos da Bíblia. Jesus disse: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15:7). Essa é uma promessa, porque está no futuro; é algo para ser feito. Mas quando Paulo disse que "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras", ele está declarando um fato, algo que foi feito. Vide a expressão de Pedro: "Pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pe. 2:24). E quando Paulo declara "que o nosso homem velho foi com ele crucificado", ele está declarando um fato, algo que aconteceu. A questão agora é: estamos dispostos ou não a crer no que Deus declara que são fatos acerca de nós? Porque a fé é a mão que aceita o que Deus gratuitamente oferece.
Será que o ato de descobrir a relação com Cristo não constitui a experiência que alguns têm descrito como "a segunda obra da graça"?
  
(b) Cooperação com o Espírito. Os capítulos 7 e 8 de Romanos continuam o assunto da santificação; tratam da libertação do crente do poder do pecado, e do crescimento em santidade. No cap. 6 vimos que a vitória sobre o poder do pecado foi obtida pela fé. O capítulo 8 apresenta outro aliado na batalha contra o pecado — o Espírito Santo.
Como fundo para o capítulo 8 estuda-se a linha de pensamento no cap. 7, o qual descreve um homem voltando-se para a lei a fim de alcançar santificação. Paulo demonstra aqui a impotência da lei para salvar e santificar, não porque a lei não seja boa, mas por causa da inclinação pecaminosa da natureza humana, conhecida como a "carne". Ele indica que a lei revela o fato (v. 7), a ocasião (v.8), o poder (v.9), a falsidade (v. 11), o efeito (vs. 10,11), e a vileza do pecado (vs. 12,13).
Paulo, que parece estar descrevendo sua própria experiência passada, diz-nos que a própria lei, que ele tão ardentemente desejava observar, suscitava impulsos pecaminosos dentro dele. O resultado foi "guerra civil" na sua alma. Ele é impedido de fazer o bem que deseja fazer, e impelido a fazer o que odeia. "Acho então esta lei em mim; que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros" (vs. 21-23).
A última parte do capítulo 7, evidentemente, apresenta o quadro do homem debaixo da lei, que descobriu a perscrutadora espiritualidade da lei, mas em cada intento de observá-la se vê impedido pelo pecado que habita nele. Por que descreve Paulo esse conflito? Para demonstrar que a lei é tão impotente para santificar como o é para justificar.
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (v. 24 Vide 6:6). E Paulo, que descrevia a experiência debaixo da lei, assim testifica alegremente de sua experiência debaixo da graça: "Dou graças a Deus (que a vitória vem) por Jesus Cristo nosso Senhor" (v. 25). Com essa exclamação de triunfo entramos no maravilhoso capítulo oitavo, que tem por tema dominante a libertação da natureza pecaminosa pelo poder do Espírito Santo.
Há três mortes das quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, isto é, nossa condenação. (Ef. 2:1; Cl. 2:13.) O pecado havia conduzido a alma a essa condição, cujo castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infligida, e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos. (2 Co. 5:14; Gl. 2:20.) Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para o pecado, isto é, nossa santificação. (Rm. 6:11.) O que é certo para nós deve ser feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra do Espírito Santo. (Rm. 8:13.) Assim como a seiva que ascende na árvore elimina as folhas mortas que ficaram presas aos ramos, apesar da neve e das tempestades, assim o Espírito Santo, que habita em nós, elimina as imperfeições e os hábitos da vida antiga.
 
6. Santificação completa.
Muitas vezes esta verdade é discutida sob o tema: "Perfeição cristã."
 
(a) Significado de perfeição. Há dois tipos de perfeição: absoluta e relativa. É absolutamente perfeito aquilo que não pode ser melhorado; isso pertence unicamente a Deus. E relativamente perfeito aquilo que cumpre o fim para o qual foi designado; essa perfeição é possível ao homem.
A palavra "perfeição", no Antigo Testamento, significa ser "sincero e reto" (Gn 6:9; Jó 1:1). Ao evitar os pecados das nações circunvizinhas, Israel podia ser uma nação "perfeita" (Dt. 18:13). No Antigo Testamento a essência da perfeição é o desejo e a determinação de fazer a vontade de Deus. Apesar dos pecados que mancharam sua carreira, Davi pode ser chamado um homem perfeito e "um homem segundo o coração de Deus", porque o motivo supremo de sua vida era fazer a vontade de Deus.
No Novo Testamento a palavra "perfeito" e seus derivados têm uma variedade de aplicações, e, portanto, deve ser interpretada segundo o sentido em que os termos são usados. Várias palavras gregas são usadas para expressar a ideia de perfeição: 1) Uma dessas palavras significa ser completo no sentido de ser apto ou capaz para certa tarefa ou fim. (2 Tm. 3:17.) 2) Outra denota certo fim alcançado por meio do crescimento mental e moral. (Mt. 5:48; 19:21; Cl. 1:28; 4:1; Hb. 11:40.) 3) A palavra usada em 2 Co. 13:9; Ef 4:12; e Hb. 13:21 significa um equipamento cabal. 4) A palavra usada em 2 Co. 7:1 significa terminar, ou trazer a uma terminação. A palavra usada em Ap. 3:2 significa fazer repleto, cumprir, encher (como uma rede), nivelar (um buraco).
A palavra "perfeito" descreve os seguintes aspectos da vida cristã: 1) Perfeição de posição em Cristo (Hb. 10:14) — o resultado da obra de Cristo por nós. 2) Madureza e entendimento espiritual, em contraste com a infância espiritual. (1 Co. 2:6; 14:20; 2 Co. 13:11; Fil. 3:15; 2Tm. 3:17) 3) Perfeição progressiva. (Gl. 3:3.) 4) Perfeição em certos particulares: a vontade de Deus, o amor ao homem, e serviço. (Cl. 4:12; Mt. 5:48; Hb. 13:21.) 5) A perfeição final do indivíduo no céu. (Cl. 1:28,22; Fl. 3:12; 1 Pe. 5:10.) 6) A perfeição final da igreja, ou o corpo de Cristo, isto é, o conjunto de crentes. (Ef. 4:13; Jo 17:23.)
 
(b) Possibilidades de perfeição. O Novo Testamento apresenta dois aspectos gerais da perfeição: 1) A perfeição como um dom da graça, o qual é a perfeita posição ou estado concedido ao arrependido em resposta à sua fé em Cristo. Ele é considerado perfeito porque tem um Salvador perfeito e uma justiça perfeita. 2) A perfeição como realmente efetuada no caráter do crente. É possível acentuar em demasia o primeiro aspecto e descuidar do Cristianismo prático. Tal aconteceu a certo indivíduo que, depois de ouvir uma palestra sobre a Vida Vitoriosa, disse ao pregador: "Tudo isso tenho em Cristo." "Mas o senhor tem isso consigo, agora, aqui em Glasgow?" foi a serena interrogação. Por outra parte, acentuando demais o segundo aspecto, alguns praticamente têm negado qualquer perfeição à parte do que eles encontram em sua própria experiência.
João Wesley (o fundador do Metodismo) parece haver tomado uma posição intermediária entre os dois extremos. Ele reconhecia que a pessoa era santificada na conversão, mas afirmava a necessidade da inteira santificação como outra obra da graça. O que fazia essa experiência parecer necessária era o poder do pecado, que era a causa de o cristão ser derrotado. Essa bênção vem a quem buscar com fidelidade; o amor puro enche o coração e governa toda a obra e ação, resultando na destruição do poder do pecado.
Essa perfeição no amor não é considerada como perfeição absoluta, nem tampouco isenta o crente de vigilância e cuidados constantes.
 
O que Cristo fez por nós deve ser efetuado em nós. O Novo Testamento sustenta um ideal elevado de santidade e afirma a possibilidade de libertação do poder do pecado. Portanto, é dever do cristão esforçar-se para conseguir essa perfeição. (Fl. 3:12; Hb.6:l.)
Em relação a isto devemos reconhecer que o progresso na santificação muitas vezes implica uma crise na experiência, quase tão definida como a da conversão. Por um meio ou outro, o crente recebe uma revelação da santidade de Deus e da possibilidade de andar mais perto dele, e essa experiência é seguida por um conhecimento interior de ter ainda alguma contaminação. (Vide Is. 6.) Ele chegou a uma encruzilhada na sua experiência cristã, na qual deverá decidir se há de retroceder ou seguir avante, com Deus. Confessando seus fracassos passados, ele faz uma reconsagração, e, como resultado, recebe um novo aumento de paz, gozo e vitória, e também o testemunho de que Deus aceitou sua consagração.
Ainda haverá tentação de fora e de dentro, e daí a necessidade de vigilância (Gl. 6:1; I Co. 10:12); a carne é fraca e o cristão está livre para ceder, pois está em estado de prova (Gl. 5:17; Rm. 7:18, Fl. 3:8); seu conhecimento é parcial e falho; portanto, pode estar sujeito a pecados de ignorância. Porém ele pode seguir avante, certo de que pode resistir e vencer toda a tentação que reconheça (Tg. 4:7; 1 Co. 10:13; Rm. 6:14; Ef. 6:13,14); pode estar sempre glorificando a Deus cheio dos frutos de justiça (1 Co. 10:31; Cl. 1:10); pode possuir a graça e o poder do Espírito e andar em plena comunhão com Deus (Gl. 5:22, 23; Ef. 5:18; Cl. 1:10,11; 1 Jo 1:7); pode ter a purificação constante do sangue de Cristo e assim estar sem culpa perante Deus. (1 Jo 1:7; Fl. 2:15; 1Ts. 5:23).
  
V. A Segurança da Salvação
Temos estudado as preparações para a salvação e considerado a natureza desta. Nesta seção consideramos: É a Salvação final dos cristãos incondicional, ou poderá perder-se por causa do pecado?
A experiência prova a possibilidade duma queda temporária da graça, conhecida por "desviar-se". O termo não se encontra no Novo Testamento, senão no Antigo Testamento. Uma palavra hebraica significa "voltar atrás" ou "virar-se"; outra palavra significa "volver-se" ou ser "rebelde". Israel é comparado a um bezerro teimoso que volta para trás e se recusa a ser conduzido, e torna-se insubmisso ao jugo. Israel afastou-se de Jeová e obstinadamente se recusou a tomar sobre si o jugo de seus mandamentos.
O Novo Testamento nos admoesta contra tal atitude, porém usa outros termos. O desviado é a pessoa que outrora tinha o zelo de Deus, mas agora se tomou fria (Mt. 24:12); outrora obedecia à Palavra, mas o mundanismo e o pecado impediram seu crescimento e frutificação (Mt. 13:22); outrora pôs a mão ao arado, mas olhou para trás (Lc. 9:62); como a esposa de Ló, que havia sido resgatada da cidade da destruição, mas seu coração voltou para ali (Lc. 17:32); outrora estava em contato vital com Cristo, mas agora está fora de contacto, e está seco, estéril e inútil espiritualmente (Jo 15:6); outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si essa bússola que o guiava, e, como resultado, sua embarcação de fé destroçou-se nas rochas do pecado e do mundanismo (1 Tm. 1:19); outrora alegrava-se em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar a seu Senhor (2 Tm. 1:8 ;2:12); outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a "porca lavada ao espojadouro de lama" (2 Pe. 2:22; vide Lc. 11:21-26).
É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se.
 
Biblicamente a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tm. 2:4-6; Hb. 2:9; 2 Co. 5:14; Tt 2:11,12.) Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina " a todos os que querem" a serem salvos — e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos. Essa verdade tem sido explicada da seguinte maneira: na parte de fora da porta da salvação lemos as palavras: "quem quiser pode vir"; quando entramos por essa porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: "eleitos segundo a presciência de Deus". Deus, em razão de seu conhecimento do futuro, previu que essas pessoas aceitariam o evangelho e permaneceriam salvos, e predestinou para essas pessoas uma herança celestial. Ele previu o destino delas, mas não o fixou.
A doutrina da predestinação é mencionada, não com propósito especulativo, e, sim, com propósito prático. Quando Deus chamou Jeremias ao ministério, ele sabia que o profeta teria uma tarefa muito difícil e poderia ser tentado a deixá-la. Para encorajá-lo, o Senhor assegurou ao profeta que o havia conhecido e o havia chamado antes de nascer (Jr. 1:5). Com efeito, o Senhor disse: "Já sei o que está adiante de ti, mas também sei que posso te dar graça suficiente para enfrentares todas as provas futuras e conduzir-te à vitória." Quando o Novo Testamento descreve os cristãos como objetos da presciência de Deus, seu propósito é dar-nos certeza do fato de que Deus previu todas as dificuldades que surgirão à nossa frente, e que ele pode nos guardar e nos guardará de cair.
 
3. Uma comparação.
A salvação é condicional ou incondicional? Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente? A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave: De quem depende a salvação? É irresistível a graça?
1) De quem depende, em última análise, a salvação: de Deus ou do homem? Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa? Podemos estar seguros disto: Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade. Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar.
Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem? As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.
2) Pode-se resistir à graça de Deus?
O Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (Jo 6:40; Heb. 6:46; 10:26-30; 2 Pe. 2:21; Hb. 2:3; 2 Pe. 1:10), e que a perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto com Deus.
Note-se especialmente Hb. 6:4-6 e 10:26-29. Essas palavras foram dirigidas a cristãos; as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro. Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas.
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10:32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10:29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno. Tudo isso está implícito em Hb. 10:29. (Que tal repúdio da fé podia haver sido exigido, é ilustrado pelo caso dum cristão hebreu na Alemanha, que desejava voltar à sinagoga, mas foi recusado porque desejava conservar algumas verdades do Novo Testamento.) Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Hb. 6:6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser "renovada para arrependimento"; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10:28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10:30, 31).
Não se declara que alguém houvesse ido até esse ponto; de fato, o autor está persuadido de "coisas melhores" (6:9). Contudo, se o terrível pecado da apostasia da parte de pessoas salvas não fosse ao menos remotamente possível, todas essas admoestações careceriam de qualquer fundamento.
Leia-se 1 Co. 10:1-12. Os coríntios se haviam jactado de sua liberdade cristã e da possessão dos dons espirituais. Entretanto, muitos estavam vivendo num nível muito pobre de espiritualidade. Evidentemente eles estavam confiando em sua "posição" e privilégios no Evangelho. Mas Paulo os adverte de que os privilégios podem perder-se pelo pecado, e cita os exemplos dos israelitas. Estes foram libertados duma maneira sobrenatural da terra do Egito, por intermédio de Moisés, e, como resultado, o aceitaram como seu chefe durante a jornada para a Terra da Promissão. A passagem pelo Mar Vermelho foi um sinal de sua dedicação à direção de Moisés. Cobrindo-os estava a nuvem, o símbolo sobrenatural da presença de Deus que os guiava. Depois de salvá-los do Egito, Deus os sustentou, dando-lhes, de maneira sobrenatural, o que comer e beber. Tudo isso significava que os israelitas estavam em graça, isto é: no favor e na comunhão com Deus.
Mas "uma vez em graça sempre em graça" não foi verdade no caso dos israelitas, pois a rota de sua jornada ficou assinalada com as sepulturas dos que foram destruídos em consequência de suas murmurações, rebelião e idolatria. O pecado interrompeu sua comunhão com Deus, e, como resultado, caíram da graça. Paulo declara que esses eventos foram registrados na Bíblia para advertir os cristãos quanto à possibilidade de perder os mais sublimes privilégios por meio do pecado deliberado.
 
4. Equilíbrio escriturístico.
"As coisas encobertas são para o Senhor Deus, porém as reveladas são para nós" (Dt. 29:29).
O que mais importa é o poder de Cristo como Salvador; a fidelidade do Espírito Santo que habita em nós, a certeza das divinas promessas, e a eficácia infalível da oração. O Novo Testamento ensina uma verdadeira "segurança eterna", assegurando-nos que, a despeito da debilidade, das imperfeições, obstáculos ou dificuldades exteriores, o cristão pode estar seguro e ser vencedor em Cristo. Ele pode dizer com o apóstolo Paulo: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 8:35-39).
 
 
 
Resumo do Pr Henrique da Lição 13, O Novo Homem em JESUS CRISTO
INTRODUÇÃO
Não alcançamos a perfeiçlão aqui, mas na vida futura, na Nova Jerusalém, com CRISTO. O apóstolo Paulo, em comparação com os outros irmãos, poderia ser reconhecido perfeito, mas não o era, ele mesmo o declara.
Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos quantos já somos "perfeitos" sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Filipenses 3:12-17
 
Perseguimos esta perfeição, esta é nossa luta diária.
Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, Hebreus 6:1
 
"Porém a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Prov. 4:18). A unção que o crente recebeu do Espírito Santo permanece nele, diz o apóstolo João (1 João 2:20-27).
Dia Perfeito é o dia do arrebatamento onde seremos transformados, não mais sujeitos ao pecado.
Deus ordenou que Abrão andasse diante dEle e que fosse perfeito (i.e., totalmente dedicado ao cumprimento da sua vontade). Assim como a fé de Abrão foi necessária na efetuação do concerto com Deus, assim também um esforço sincero para agradá-lo era agora necessário, para continuação das bênçãos de Deus, segundo o concerto feito (22.16-18). A fé de Abrão tinha que estar unida à sua obediência - (Rm 1.5); senão ele estaria inabilitado para participar dos propósitos eternos de Deus. Noutras palavras, as promessas e os milagres de Deus somente serão realizados quando seu povo buscar viver de maneira irrepreensível, tendo o seu coração voltado para Ele (5.24; 6.9; Dt 13.4; ver Mt 17.20).
Através da perfeição evangélica, o crente é visto como completo ou perfeito em Cristo, e aceito por Deus neste sentido posicionai (Cl 2.10).
 Não há perfeição onde existe pecado - Todos pecamos - 1 João 2.8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
 
I – O NASCIMENTO DO NOVO HOMEM

1. Nascido não do sangue nem da carne.
Não é nascimento físico, é espiritual. Vem de Cima e não de baixo. Vem de DEUS (Jo 1.12,13).
Nascemos aqui na Terra de uma mulher, somos descendentes de Adão e herdamos dele a semente do pecado. Porém, ao aceitarmos, pela fé, ao ouvirmos o evangelho de JESUS CRISTO e crermos nele como nosso único Salvador e Senhor, morremos para o passado, para a decendência de Adão. Nascemos de Novo da semente incorruptível, a Palavra de DEUS. Somos novas criaturas, as coisas velhas passaram, tudo se fez novo.
O ESPÍRITO SANTO nos ajuda nesta mais importante hora, vem morar no interior do ser humano, é o milagre mais expressivo que DEUS pode operar em nossa vida. Ao nascer de novo, o homem experimenta um novo gênesis – a comunhão plena com o Pai Celeste (Rm 8.16). o último Adão (JESUS CRISTO) nos faz novos Adãos, antes do pecado. Homens em comunhão íntima com DEUS.

em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13
sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
É necessário nascer de novo (v.7).
João 3.1-121 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 - Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. 3 - JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 - JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS. 6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 - Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. 9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? 10 - JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso? 11 - Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho. 12 - Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
 
A necessidade do novo nascimento. DEUS preveniu Adão que no dia em que se rebelasse contra Ele, pela desobediência aos seus mandamentos, morreria (Gn 2.17). Ele morreu espiritualmente, quando comeu do fruto proibido (Rm 5.12 ); com a conseqüência de que, a despeito do quanto seus descendentes pudessem vir a ser moralmente justos e obedientes às leis, cada homem, em seu coração, seria totalmente pecador e depravado. O homem passaria a ter uma natureza decaída e, por estar cego em relação ao pecado, seria incapaz de se salvar (Jo 3.6; Sl 51.5; 1 Co 2.14; Rm 8.7,8) e, por isso, precisaria ser purificado de seus pecados para que tivesse sua salvação pessoal (Sl 51.7; Mt 26.28; Jo 13.8; Tt 3.5; Hb 1.3; 10.14).
CRISTO explicou a Nicodemos, membro da suprema corte dos judeus (o Sinédrio) e um dos principais teólogos de sua época, que deveria necessariamente nascer de novo (ou “de cima" como alguns traduziram o termo anothen em João 3.3-7). Pois “o que é nascido da came é carne* - através de nossos pais experimentamos o nascimento físico e entramos no mundo como seres humanos, e “o que é nascido do ESPÍRITO é espírito” - através do ESPÍRITO SANTO recebemos um nascimento espiritual e nos tornamos filhos de DEUS.
Os testes do novo nascimento. Uma das razões pelas quais os homens às vezes ignoram a doutrina do novo nascimento, é que não perceberam que esse fato está evidenciado não só em João 3, mas também em 1 João. Em sua epístola, João aborda mais profundamente o assunto do novo nascimento e revela os sinais ou provas pelos quais um homem pode saber se realmente nasceu de novo
(1) Esse homem não vive em pecado (1 Jo 3.9; 5.18).
(2) Ele sente um verdadeiro amor cristão pelos semelhantes (4.7,20; cf. 3.14,15), particularmente pelos irmãos cristãos (5.1).
(3) Ama a DEUS e tenta, a todo custo, obedecer aos seus mandamentos (5.2,3).
(4) Vence o mundo, isto é, vive uma vida cristã vitoriosa (5.4,5).
Quando essas evidências estão ausentes, o homem não passa de um cristão nominal, e portanto não foi salvo, ou é um cristão que está vivendo uma vida frustrada e de derrotas. Dicionário Whicliffe - CPAD - R. A. K. e W. M. D.
 
 
 
2. Nascido de DEUS.
É um nascer de DEUS (Jo 1.12). É sobrenatural. Aceitação, pela fé, do plano de Salvação que o Pai Celeste elaborou bem antes da fundação do mundo (Ap 13.8). Tornar-se nova criatura, em CRISTO, é o auge da bem-aventurança humana (2 Co 5.17; Gl 6.15). Logo, nascer de DEUS é tornar-se filho de DEUS pela fé (Jo 1.12).
Nascimento sobrenatural.
Renascer significa experimentar a obra criativa e que traz vida, que é realizada pelo ESPÍRITO SANTO. Ele regenera (Jo 3.5) aqueles que estão mortos em transgressões e pecados para que possam ser espiritualmente vivificados (Ef 2,1,5) e transformados de filhos do Diabo (Jo 8.44; Ef 2,2,31 em filhos e filhas de DEUS (Jo 1.12; Rm 8,16,17), Ao nascer novamente, a pessoa se torna participante da natureza divina de CRISTO (Gl 2.20; Ef 2.10; Cl 1.27; 1 Pe 1.23; 2 Pe 1.4).
São várias as interpretações da expressão “nascer da água e do ESPÍRITO’' (Jo 3.5). Tanto no Evangelho de João (veja 1.33; 7.37-39) como no AT (veja Ez 36.25-27Is 44.3) esses dois elementos aparecem reunidos. Nos dias de Nicodemos, o ministério de João Batista, que enfatizava a purificação através do arrependimento e da vinda do ESPÍRITO, fora bastante ilustrativo. A água era o sinal; a obra de purificação pelo ESPÍRITO era o significado literal. Ambas são importantes e, em conjunto, complementam o conceito de arrependimento e fé (Act 20.21) que traz a salvação.
 
NOVO - Strong Português - ανωθεν anothen1) de cima, de um lugar mais alto
1a) de coisas que vem do céu ou de DEUS
2) do primeiro, do início
3) de novo, mais uma vez
 
Para viver na terra - nascimento físico - de baixo - Nascer para o mundo.
Para viver no céu - Nascimento espiritual - de cima - Nascer para o reino de DEUS. Nascer de novo - “anothen”, “de cima” -
 
 
 
3. Nascido da água.
 
O batismo em águas nunca tem efeito salvador. (Mc 16.16). Se devidamente entendido, simboliza a morte e a ressurreição de CRISTO (Rm 6.1-12).
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Romanos 6:4
Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. Colossenses 2:12
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:15,16 - Veja que só aquele que não crêr é que será condenado, não o que não for batizado, pois o ladrão da cruiz foi salvo sem se batizar e milhões de pessoas são salvas na hora da morte e não se batizaram e ainda muitas pessoas por causa de perseguição não se batizam e ainda outros por não desejarem se submeter a entrar dentro d'água.. Nem batismo nas águas, nem batismo no ESPÍRITO SANTO salvam.
 
 
Nascemos da Palavra de DEUS pregada
Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21 (grifo nosso)
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17 (grifo nosso).
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13
 
Só somos salvos se acreditarmos na pregação.
Efésios 1:13 - em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Somos salvos na sequência - Primeiro, depois que ouvistes a palavra da verdade,
Qual Palavra temos que ouvir para sermos salvos? O evangelho da vossa salvação;
Precisamos fazer o que depois de ouvir o evangelho de nossa salvação? tendo nele também crido,
O que recebemos como prova de nossa salvação e filiação? fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13
Glória a DEUS! Tem muita gente pensando que fé é obra. Acreditar não é mérito.
Se eu lhe contar que um bombeiro salvou uma criança de um incêndio e você acreditar nisso não o fará ter mérito no salvamento.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8,9
Não está escrito - Somos salvos pela fé e isso é dom de DEUS. Está escrito - salvos pela graça e isso é que não vem de nós, é dom de DEUS.
Sem a nossa fé não podemos ser salvos. temos que creditar na pregação, isso não tem nada a ver com mérito.
Acreditar não é mérito, é reconhecimento da salvação executada por JESUS CRISTO.
 
Não é sábio perguntar o que é graça. Pergunte quem é a Graça de DEUS. A graça de DEUS é JESUS, levando sobre Ele nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições (Isaías 53; Gl 3.13). Ressuscitou ao terceiro dia sendo justificado em espírito e está a direita do PAI onde continua intercedendo por nós (1 Co 15.4; 2 Tm 3.16; Rm 8.34).
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Tito 2:11
 
Palavra de DEUS
para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:26
não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5.
sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo; 1 Pedro 3:21
 
 
NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO - ÁGUA - PALAVRA DE DEUS PREGADA - CONVENCIMENTO E REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de DEUS, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23 (grifo nosso)
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO, Tito 3:5 (grifo nosso)
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:26 (grifo nosso)
Nicodemos padrão de vida exemplar, era religioso, mas isso não fazia dele um salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
Cornélio tinha prática de uma religiosidade sincera, era religioso, mas isso não fazia dele um salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
Paulo tinha padrão de vida exemplar, era religioso, mas isso não fazia dele um salvo. Precisava de JESUS. Era-lhe necessário nascer de novo.
 
 
 
4. Nascido do ESPÍRITO SANTO.
A apartir do momento que nos interessamos por DEUS, decidimos mudar de vida, decidimos nos entregar a DEUS, o ESPÍRITO SANTO entra em ação para nos conduzir à salvação.
 
Recebe o ESPÍRITO SANTO e é mergulhado no corpo de CRISTO.
Acontecem duas coisas maravilhosas quando nos convertemos - Além do ESPÍRITO SANTO vir morar em nós, Ele nos batiza, ou seja, nos mergulha, nos inclui no corpo de CRISTO, a igreja invisível e espiritual. (Não é batismo no ESPÍRITO SANTIO - este quem dá é JESUS CRISTO, para conceder poder para pregar e testemunhar).
há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos. Efésios 4:4-6
 
 
A regeneração só é possível através da atuação do ESPÍRITO SANTO na vida do pecador arrependido; é Ele quem opera o novo nascimento (Jo 3.6). Esse ato regenerador não pode ser explicado em linguagem humana (Jo 3.8). Somente a partir dessa ação sobrenatural, em nossa alma e espírito, é que o novo homem, em CRISTO, torna-se possível (Gl 6.15). Temos, aí, a genuína conversão.
 
 
 
II – A JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
 
1. A inutilidade da justiça humana.
Nossas obras, ainda que boas e aparentemente meritórias, não nos salvam nem nos justificam diante de DEUS (Ef 2.8,9). Aliás, se as obras forem feitas com intensão de se conquistar a salvação por elas, são elas consideradas trapos de imundície (Is 64.6). Só existe um meio de obtermos a salvação e de nos justificarmos perante o Justo Juiz: a fé nos méritos perfeitíssimos de JESUS CRISTO (Rm 5.1).
A partir desse processo, o novo homem passa a ter um novo status jurídico perante DEUS (Rm 5.9).
O pecado merece e tem o justo juízo sobre ele. O pecador deve morrer na cruz. JESUS nos substituiu ali, por isso somos justicados, nossos pecados já receberam o justo juízo de DEUS.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Gálatas 3:13
 
Justificação é ser olhado por DEUS via JESUS CRISTO e seu sacrifício. Se tirar JESUS aparece a ira e a condenação de DEUS.
"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9
Assim que funciona. Se eu quero DEUS, ele já providenciou minha salvação, ELE então me fornece a ajuda do ESPÍRITO SANTO para ser salvo. SIMPLES ASSIM. Só tenho que acreditar no que já foi feito.
Arrependimento, Fé e Salvação, mas se retirar a graça de DEUS tudo isso não vale nada.
Não podemos dizer que somos salvos pela fé - está errado - Efésios: 2. 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; 9. não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10. Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS antes preparou para que andássemos nelas.
A fé é nossa para sermos salvos. Tanto é que alguns têm pouca fé, outros muita fé, outros não têm fé. Não é DEUS que dá esta fé, pois se assim fosse, ninguém seria culpado por não ser salvo, a culpa seria de DEUS que não deu a fé necessária para esse alguém ser salvo. Não, esta fé é do homem que acredita na pregação do evangelho e recebe a ajuda do ESPÌRITO SANTO para ser salvo. Fé não é mérito, é reconhecimento do que DEUS pode fazer ou faz ou vai fazer.
Não tenho mérito nenhum por acreditar que um bombeiro salvou alguém de morrer num incêndio. Só acreditei quando me contaram. Isso não faz de mim o salvador desta pessoa.
 
 
2. A maravilhosa doutrina da justificação.
Ao pecador que, pela fé, recebe a JESUS, DEUS lhe concede mais que um mero perdão e muito mais que uma anistia; concede-lhe o status de justo, pois a justiça de CRISTO muda por completo a “situação jurídica” do réu (1 Co 6.11). Este é completamente perdoado; e seus pecados, inteiramente apagados (Hb 10.17).

Justificação"[Do heb. tsadik; do gr. diakaios; do lat. justificationem]. Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de DEUS, através do qual o pecador que aceita a CRISTO é declarado justo (Rm 5.1). Ou seja: passa a ser visto por DEUS como se jamais tivera pecado em toda a sua vida (Rm 5.1).
A justificação é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado, continuará criminoso. Mas se DEUS o justificar, torna-se ele justo (Rm 8.1). A justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em CRISTO JESUS."
Para conhecer mais leia Dicionário Teológico, CPAD, p. 198.
 
Definição. A justificação é um ato divino, de cunho jurídico, e implica em declarar justo o indivíduo. Diz Daniel B. Pecota, na obra Teologia Sistemática, Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD): “O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de CRISTO, na cruz, DEUS declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos”.
Myer Pearlman definiu assim a justificação: “É um ato da livre graça de DEUS pelo qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos somente por ser imputada a justiça de CRISTO, que se recebe pela fé”.
Justificação significa perdão dos pecados (vv.7,8). O sentido do verbo “justificar”, (que aparece 39 vezes no Novo Testamento, 27 das quais nos escritos paulinos), vai muito além de um mero conceito jurídico humano e diminuto, e de um estéril pronunciamento forense. Através da justificação, sublime doutrina fundamental, o pecador arrependido passa a ser visto por DEUS como um justo.
O que isso representa? Representa vida (Rm 5.17-19), perdão de pecados (vv.7,8), cujo resultado é a santificação. Romanos 4.25 diz que a ressurreição de JESUS originou a nossa justificação. Se JESUS não tivesse ressuscitado não haveria justificação, nem salvação. 
 
 
3. O novo homem é justo.
 
A partir de sua conversão, o pecador passa a ser visto por DEUS como se jamais tivesse cometido qualquer injustiça; de agora em diante, é um justo aos olhos de DEUS (1 Jo 3.7). Haja vista o que houve com o ladrão que, na cruz, creu no sacrifício de JESUS CRISTO (Lc 23.42,43).
DEUS se esquece totalmente dos nossos pecados passados quando aceitamos o sacrifício de JESUS por nós. Ele levou sobre Ele nosos pecados.
 
Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. Hebreus 8:12
E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. Hebreus 10:17
Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Isaías 53:6
O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Isaías 53:11
 
 
III – A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM
 
Perfeito - (Strong Português) - תמים tamiym .
1) completo, total, inteiro, são
1a) completo, total, inteiro
1b) total, são, saudável
1c) completo, integral (referindo-se ao tempo)
1d) são, saudável, sem defeito, inocente, íntegro
1e) que está completa ou inteiramente de acordo com a verdade e os fatos (adj./subst. neutro)
 
Gn 17.1 Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo.
 Eu sou o Deus Todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro.
Eu sou o Deus Todo-poderoso. Caminha na vida em contacto comigo e conduz-te sempre como deves.
Eu sou o Deus Todo-poderoso. Seja obediente a mim, e viva como Eu mandar
 
 
A SANTIFICAÇÃO
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.

(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17). 
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
 
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).  
(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13). 
(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8). 
(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18). 
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21). 
(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto Dele (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
 
Salvação e santificação são a obra redentora realizada por JESUS no homem integral: espírito, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos "desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO" (2 Ts 2.13). Esta verdade está implícita no evangelho de João 19.34, que diz que do lado ferido do corpo de JESUS fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de CRISTO nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas. CRISTO morreu "para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2.14). Portanto, a salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.
 
Quem ama a volta de CRISTO está preparado para ela, está santamente preparado para ela.
As pessoas desprezam a doutrina da santificação por não crerem realmente na iminente volta de JESUS, no arrebatamento da Igreja, que poderá ocorrer a qualquer momento.
Antigo Testamento: hebraico - Qadash - Qadosh - Sagrado, SANTO, Dedicado, Consagrado.
 Novo Testamento - Hagiazõ - Hagios - Hagiasmos - Sagrado, SANTO, Dedicado, Consagrado.
Katharizõ - Tornar Limpo, Purificar
"Sereis Santos, porque Eu sou santo" ( Lv 11.44)
A aproximação de DEUS ao homem só é possível pela santificação, efetuada pela lavagem pelo sangue de JESUS.
O ESPÍRITO SANTO revela o pecado ao homem para que haja arrependimento e então DEUS possa perdoá-lo e santificá-lo.
 

1- A santificação como posicionamento.
 Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11; Rm 8.33, 34; 1 Jo 4.17b)
É estar "Em CRISTO"
O crente pela fé torna-se santo. - DEUS nos vê perfeitos. - Não há qualquer acusação contra nós.- A santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade"
Sentido posicional da Santificação
No sentido posicional todo o verdadeiro cristão é SANTO DE DEUS. Vejamos alguns aspectos desse sentido da santificação:
- A santificação posicional é um ATO SOBERANO de DEUS, mediante a obra de CRISTO (Hb10:9-10)
- O cristão verdadeiro é santificado em CRISTO (I Co 1:2)
- O cristão verdadeiro é santificado por vocação divina (Rm 1:7; Hb 3:1)
- A santificação posicional independe das nossas falhas ou imperfeições pessoais (I Co 3:1-3; cf 6:11)
- Isso não significa liberdade para andarmos como queremos. Há necessidade de SANTIFICAÇÃO PRÁTICA.
 
 
2- A santificação como processo.
Santificação progressiva. É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente.
Pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). - Ocorre à medida que o ESPÍRITO o rege soberanamente - O crente a busca, em cooperação com DEUS: "Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).
SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA se refere ao crescimento gradual do crente em conhecimento e santidade, de forma que, tendo recebido justiça legal na justificação, ele pode agora desenvolver a justiça pessoal em seu pensamento e comportamento.
 
a) O lado divino da santificação progressiva.
São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26);  (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).
(1) O sangue de JESUS CRISTO - (2) a Palavra de DEUS - (3) o ESPÍRITO SANTO - (4) a glória de DEUS manifesta - (5) e a fé em DEUS

. O Pai (I Ts 5.23)
. O Filho, o Senhor JESUS CRISTO, ao verter seu precioso sangue (Hb 10.10; Hb 12.9-10)
. O ESPÍRITO SANTO (Rm 15.16; I Pe 1.2)
O poder interior e a unção do ESPÍRITO SANTO são, talvez, os maiores agentes para nos dar a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17).
 
b) O lado humano da santificação.
DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22;1 Tm 5.22 ); (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12);  (2 Tm 1.5; 3.15); (Sl 51.10; 32.6); (Lv 27.28b; Rm 12.1,2)
Os meios coadjuvantes (que auxiliam-nos) de santificação progressiva são:
(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo - (2) O santo ministério. Dever de cooperar para a santificação dos crentes -  (3) Pais que andam com DEUS.  - (4) As orações do justo: A oração tem efeito santificador. - (5) A consagração do crente a DEUS: Rendição incondicional a DEUS
 
Ao mesmo tempo, nos é dito em várias passagens que o cristão deve santificar-se.
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS (Lv 20.7).
Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5).
Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de DEUS (II Co 7.1).

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra (II Sm 2.20-21).
De que meios os crentes podem dispor para sua santificação?

A fé (At 26.18; 15.9).Obediência à Palavra (Jo 17.17; Ef 5.26; Sl 119.105).
Rendição ao ESPÍRITO SANTO (Jo 16.13).
Compromisso pessoal. Na experiência inicial da santificação, que tem lugar na conversão, DEUS separa o crente como vaso escolhido para o Seu uso e glória. Mas chega uma hora na vida de todo seguidor sincero do Senhor JESUS CRISTO em que ele, mediante um ato de profundo compromisso pessoal, se separa para qualquer serviço que DEUS queira que faça. Nessa ocasião, ele se afasta das coisas do mundo da carne e se dedica à vontade perfeita de DEUS para sua vida. O indivíduo recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador, mas agora O coroa como Rei e Senhor da sua vida. Este é um ato real de santificação. Paulo se refere a isto em Rm 12.1-2).
Rendição da vida em definitivo a DEUS constitui a suprema condição para a santificação prática. E isso envolve a entrega de todos os nossos membros à vontade dEle; “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a DEUS, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a DEUS, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13). Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação (Rm 6.19).
 
 
3. A santificação é a vontade de DEUS no novo homem.
Motivos para o crente santificar-se:
1. A Bíblia ordena. - 2. Os santos serão arrebatados. - 3. A santidade revelada de DEUS é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente. - 4. Os ataques do Diabo.
 
Mistura em que o crente não deve se meter:
a- Da igreja com o mundanismo; b- Da doutrina do Senhor com as heresias; c- Da adoração com as músicas profanas; etc.
 
 
Santificar e santificação.
"Santificar" é "pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal".
SANTO é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de DEUS.
A palavra santificar significa separar. Aquele que aceita a salvação através de JESUS CRISTO está separado do mundo, embora vivendo nele. Nós somos separados, porque fomos justificados, isto é, tornados sem culpa, porque CRISTO tomou sobre si as nossas culpas. E se crermos e aceitarmos esse sacrifício em nosso lugar, então DEUS nos justifica. Conseqüentemente, formamos um grupo separado, portanto, santificado. É DEUS também que nos santifica.
A santificação do crente tem dois lados:
a- separação para a posse e uso de DEUS;
b- separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a DEUS.
Santificação futura. "E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.
É a consumação do propósito de DEUS em nossa Santificação. Na vinda do Senhor JESUS CRISTO seremos como Ele é. Seremos transformados à Sua própria imagem, perfeitos para sempre (Rm 8:29; Fp 1:6; 3:20-21; I Jo 3:2)
 
 
 
 
Lição 10, O Processo da Salvação - 4º Trimestre de 2017 - Título: A Obra da Salvação - JESUS CRISTO é o Caminho, e a Verdade e a Vida.
Comentarista: Pr. Claiton Ivan Pommerening, Assembleia de DEUS de Joinvile, SC.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 3.1-7
1 – E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 – Este foi ter de noite com JESUS e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele. 3 – JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS. 4 – Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5 – JESUS respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS. 6 – O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do ESPÍRITO é espírito. 7 – Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
 
Resumo da Lição 10, O Processo da Salvação
I - JUSTIFICADOS POR DEUS
1. A natureza da Justificação.
2. A necessidade de Justificação.
3. A impossibilidade da autojustificação.
II - REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO
1. A natureza da Regeneração.
2. A necessidade de Regeneração.
3. Consequências da Regeneração.
III - SANTIFICADOS EM CRISTO
1. Uma consequência da salvação.
2. Um esforço pessoal.
3. O desafio de sermos santos.
 
PARA REFLETIR - A respeito do processo da salvação, responda:
Quais são as consequências da justificação?
A justificação tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com DEUS, a segurança da salvação e a santificação da vida.
Qual é a necessidade da justificação?
A necessidade da justificação é para que nos encontremos justos e santos diante de DEUS, a fim de que sejamos participantes das bênçãos da salvação e para que o Diabo não acuse o crente dos pecados que CRISTO perdoou.
Qual é a distinção entre regeneração e conversão?
Regeneração é a ação divina de criar um novo homem, dando-lhe um novo coração, transformando-o em nova criação, tornando-o filho de DEUS e fazendo-o passar da morte para a vida. A conversão é a resposta humana à regeneração no processo de salvação, que é voltar-se inteiramente para DEUS; enquanto aquela é um milagre operado por DEUS na natureza humana, um fenômeno incompreensível à mente natural.
O que é a santificação?
A santificação é o processo pelo qual o crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a DEUS, desenvolvendo nele a imagem de CRISTO.
É possível ser santo de maneira absoluta?
As Escrituras revelam que devemos almejar e priorizar a santificação, pois a nossa natureza pecaminosa insiste em resistir a esse processo. DEUS anela pela santificação dos seus filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos no pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1 Jo 1.10). Na verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que somos simultaneamente justos e pecadores, ou seja, em CRISTO, DEUS nos vê absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa natureza inclinada ao pecado, nossa santificação sofre revezes. Por isso é exigido um esforço pessoal e dependência contínua do ESPÍRITO SANTO para sermos santos.
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 72, p41.
 
 
Resumo rápido do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
Após o interesse da pessoa, ainda descrente, por DEUS, seu desejo de mudança de vida, de entrega a DEUS, vem o convencimento do ESPÍRITO SANTO do pecado, da justiça e do juízo, depois o arrependimento e a confiança total no sacrifício de JESUS, ai vem a confissão. Continuando o processo de salvação, nas etapas que hoje vamos estudar, acontecem a justificação, a regeneração e a santificação.
 
Sequência de fatos no processo da salvação, que acontece no mesmo instante da confissão.
Primeiro é o Interesse da pessoa por DEUS (Livre-arbítrio).
Aí DEUS providencia que ouça o evangelho.
ESPÍRITO SANTO convence.
Arrependimento.
Fé em JESUS e seu sacrifício
Justificação.
Regeneração.
Santificação.
Adoção.
Redenção.
Etc...
Nossa lição está continuando o processo da salvação passo a passo.
Veja que na lição semana passada estudamos o arrependimento, outro passo no processo da salvação.
Veja que Lídia era temente a DEUS, faltava ouvir o evangelho e ser salva. Como já se interessava por DEUS, DEUS enviou Paulo a pregar o evangelho para ela. O ESPÍRITO SANTO entrou com a abertura de seu coração através do convencimento do pecado, da justiça e do juízo.
Veja o caso de Cornélio que já era homem temente a DEUS, faltava ouvir a palavra pra ser salvo e DEUS lhe enviou Pedro.
Veja Paulo que era zeloso por DEUS e DEUS lhe enviou Estevão que pregou para ele na sua morte. Depois JESUS confirmou este chamado e ainda enviou Ananias.
O homem só precisa se interessar por DEUS, o resto DEUS fará para que se converta. Vai enviar pregador e vai convencer pelo ESPÍRITO SANTO e este homem se arrependerá de seus pecados e se entregará a JESUS, confiando em sua salvação por meio de JESUS. E a fé que agrada a DEUS.
O Batismo no corpo de CRISTO é feito pelo ESPÍRITO SANTO ao aceitarmos a JESUS, pis já estamos salvos. Agora somos filhos de DEUS. Igreja. Membros do corpo invisível de CRISTO na terra. Fomos colocados pelo ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO. Esse é o batismo de todo crente. Um único batismo.

Já o batismo nas águas não é batismo no ESPÍRITO SANTO. É um Ritual de confirmação de nossa fé. Assim como a circuncisão era feita no AT pelos judeus.
O BATISMO nas águas é humano, não sobrenatural como o BATISMO no corpo de CRISTO e o BATISMO no ESPÍRITO SANTO para capacitação do crente para pregar o evangelho.

O BATISMO no ESPÍRITO SANTO como revestimento de poder para pregar o evangelho é sobrenatural e efetuado por JESUS. Nesse BATISMO o crente é cheio do ESPÍRITO SANTO e fala em línguas no momento que o recebe.
 
Sequência do processo da salvação.
Primeiro é o Interesse da pessoa por DEUS (livre-arbítrio).
Depois DEUS providencia que ouça o evangelho.
ESPÍRITO SANTO convence.
Arrependimento.
Fé em JESUS e seu sacrifício
Justificação.
Regeneração.
Santificação.
Adoção.
Redenção.
Etc...
 
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. 14 O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória. Ef 1.13, 14. 
DEUS nos deu o livre arbítrio para escolher o que queremos. Se a fé para sermos salvos fosse dada por Deus não seria fé que agradaria a DEUS. Seria fé forçada. Ninguém foi escolhido para ser salvo e outro escolhido para ir para o inferno.

Ensino diabólico de calvinistas ensina sobre depravação total do homem que não pode se chegar a DEUS sozinho. Isso é invenção de calvinista que copiou de um católico esta doutrina - Agostinho.
O homem pode se interessar por DEUS sim. DEUS diz que o homem conhece o bem e o mal.

ANTES DO HOMEM PECAR. - Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. Gênesis 3:5
 
DEPOIS DO HOMEM PECAR DEUS DISSE: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. Gênesis 3:22, 23.
 
DEUS manda o homem escolher é porque pode escolher. Veja em Dt 30
Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Deuteronômio 30:19
 
Observação:
Paulo diz que não conseguiu a perfeição. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12
Antes do arrebatamento jamais conseguiremos a perfeição.
Um crente pode ter 50 anos de crente e mesmo assim não ter dado ao ESPÍRITO SANTO chanse de arrumar alguma área de sua vida.
Tem batismo no ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO e tem batismo no ESPÍRITO SANTO para revestimento de poder para evangelizar.
Tem batismo no ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO (acontece na hora que se converte) e tem batismo no ESPÍRITO SANTO para revestimento de poder para evangelizar (neste o crente fala em línguas confirmando externamente o batismo - pode ocorrer no mesmo instante em que se converte, pode acontecer antes do batismo nas águas, pode acontecer durante a vida do crente e pode não ocorrer nunca na vida do crente.)
No batismo nas águas não acontece nada sobrenatural. Ninguém é transformado ou aperfeiçoado quando se batiza nas águas. É inteiramente uma decisão humana e realização humana. É externo. Apenas confirmação de que o crente está tomando a decisão de participar da Igreja como membro que já é desde o instante em que se converteu. É um compromisso de ter uma vida diferente quando à vida exterior. A partir dai terá obrigações sociais. É um sepultamento com CRISTO e uma ressurreição com CRISTO para uma nova vida. As coisas velhas passaram. Não poderemos viver mais como se não tivéssemos aceitado a JESUS como único Salvador e Senhor. Nenhum pecado é deixado na água e nenhuma transformação a água vai causar no crente.
Seria muita pretensão do crente achar que já alcançou a perfeição. Perfeito - Só JESUS. Paulo disse que seguia olhando para JESUS - o alvo é JESUS.
 
Nascer da água é nascer da Palavra de DEUS. Fostes regenerados não a partir de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da Palavra de Deus, a qual é viva e operosa por toda a eternidade. 1 Pedro 1.23 Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus. João 8:47
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17 Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21 Nascer da água é nascer da Palavra de DEUS. Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:26 Nascer da água é nascer da Palavra de DEUS. Nascer do ESPÍRITO é nascer da ação do ESPÍRITO SANTO que nos convence do pecado, da justiça e do juízo e depois nos coloca no corpo de CRISTO, a Igreja. Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Tito 3:5 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. João 16:8
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17 A fé para ser salvo tem que ser ativada no coração do ser humano depois de ouvir a Palavra de DEUS. Se a fé não for ativada pelo ser humano não será salvo.
Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; Efésios 1:13
 
I - JUSTIFICADOS POR DEUS
Justificação. E a mudança de posição externa e legal do pecador diante de DEUS: de condenado para justificado. Pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11Rm 8.30,33b; 5.13.24Gl 2.16).
Regeneração. E a mudança de condição do pecador: de servo do pecado para filho de DEUS. A regeneração é tão séria diante de DEUS, que a Bíblia chama-a de “batismo em JESUS” (I Co 12.13Gl 3.27Rm 6.3). Trata-se de um ato interior, dentro do indivíduo, abrangendo também todo o seu ser. E um termo ligado a família, filhos: “gerar”; é o novo nascimento (Jo 3.5). Mediante a regeneração somos chamados “filhos de DEUS” (cf. Gn 2.7Jo 20.2215.5).
Santificação. E a mudança de caráter (mudança subjetiva); e a mudança de serviço (mudança objetiva), “em CRISTO” (posicionai), como lemos em João 15.4 ;17.26.
 
A JUSTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. Significa, declarar justo pelos méritos de CRISTO.
2. Definição teológica. Declarar alguém justo, como se este jamais houvera cometido quaisquer iniqüidades.
3. Benefícios da justificação. 1) Novo relacionamento com a Lei (At 13.39); 2) Novo relacionamento com DEUS (Rm 5.1,9).
Definição. "Justificação" é o ato de DEUS declarar justo o pecador que pela fé aceita JESUS por seu Salvador (Rm 5.1,33). Tal pessoa passa a ser vista por DEUS como se jamais tivera pecado em toda a sua vida. DEUS declara o pecador livre de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas.
Os benefícios da justificação. A justificação nos concede inúmeras bênçãos divinas. Para o estudo desta lição destacaremos apenas três:
a) Remissão dos pecados. O apóstolo Paulo quando pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia fez a seguinte declaração: "Seja-vos notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê" (At 13.38,39). CRISTO ao cumprir toda a lei que o homem não pôde cumprir, possibilitou ao homem ser plenamente justificado.
b) Restauração da graça de DEUS. A justificação tem sua origem na livre graça de DEUS (Rm 3.24). Graça é o favor divino dispensado ao homem sem que ele mereça. Mediante o pecado o homem perdeu a proteção divina e passou a viver sob a justa ira divina (Jo 3.36; Rm 1.18). A ira de DEUS representa a reação automática de sua santidade contra o pecado. Porém, ao aceitar a CRISTO pela fé, o pecador é por DEUS justificado, ficando assim, livre da ira divina (Rm 5.9).
c) Imputação da justiça de CRISTO. A graça de DEUS só foi possível mediante a provisão da justiça de CRISTO. Justificação significa mudança de posição perante DEUS: de condenado que era, o homem passa a ser considerado justo. Como isso ocorre? A justiça de CRISTO é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28; 1 Co 1.30).
 
1. A natureza da Justificação.
Houve um julgamento, no qual, fomos considerados culpados (Rm 3.23). Só nos resta apelar para JESUS, nosso advogado e justificador.
O sacrifício expiatório e substitutivo de CRISTO nos livrou da pena (Rm 4.24,25). JESUS nos substituiu pagando por nós na cruz (2 Co 5.21). DEUS nos ama e prova que nos ama, dando seu Filho para morrer em nossos lugar.
Nós não temos méritos na salvação (Rm 5.1; Ef 2.8). A fé foi introduzida no homem quando nasceu aqui na terra. esta fé dá livre-arbítrio ao homem para escolher ser salvo ou não. Esta fé é o meio para nos conduzir a CRISTO, o nosso justificador. A fé não é a causa da justificação. A justificação tem como consequência direta o perdão dos pecados, a reconciliação do pecador com DEUS, a segurança da salvação e a santificação da vida.
 
2. A necessidade de Justificação.
Sem justificação não há salvação.
Só podemos nos apresentar diante de DEUS como justos e santos pela justificação em CRISTO. Existem centenas de bênçãos advindas da salvação. Nossa vitória contra o Diabo e suas acusações de que pecamos são apagadas por CRISTO que nos perdoou (Rm 8.33,34). O crente foi justificado, está livre de condenação e é herdeiro da vida eterna, tendo como resultado prático a paz com DEUS (Rm 5.1).
 
3. A impossibilidade da autojustificação.
JESUS morreu em nosso lugar, levando sobre Ele nossos pecados - Pertence a JESUS a nossa justificação - Nada do que fizermos ou dissermos poderá nos justificar.
 Na parábola do publicano e do fariseu, JESUS ilustra a justificação. (Lc 18.9-14).
Só existe justificação se existir a fé - Abraão é chamado de pai dos que têem fé porque foi justificado por sua fé.
E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em DEUS, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de DEUS. Tiago 2:23
Mesmo com os nossos defeitos e falhas, em CRISTO, DEUS nos enxerga sem pecado (1 Co 6.11). Assim, o pecador é justificado pela graça de DEUS somente, jamais por méritos pessoais (Rm 3.21,26,28; Ef 2.8; 4.5; Gl 3.11).
 
II - REGENERADOS PELO ESPÍRITO SANTO
A REGENERAÇÃO DO SER HUMANO NAS SAGRADAS ESCRITURAS
Para nascer é preciso morrer.
A idéia de que o batismo é o ato pelo qual os pecados são perdoados, inadvertidamente seguida, ainda hoje, por grupos religiosos que se dizem evangélicos, é uma sutil humanização da doutrina da regeneração.
 
A regeneração
 Quando correspondemos ao chamado divino e ao convite do ESPÍRITO e da Palavra, DEUS realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu Reino: regenera os que estão mortos nos seus delitos e pecados; justifica os que estão condenados diante de um DEUS santo; e adota os filhos do inimigo. Embora estes atos ocorram simultaneamente naquele que crê, e possível examiná-los separadamente.
A regeneração e a ação decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por "regeneração" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referencia aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere a renovação espiritual do individuo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega varias figuras de linguagem para descrever o que acontece. 0 Senhor "tirara da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne" (Ez 11.19). DEUS diz: "Espalharei água pura sobre vos, e ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vos o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos" (Ez 36.25,27). DEUS colocará a sua lei "no seu interior e a escreverá no seu coração" Jr 31.33). Ele "circuncidará o teu coração... para amares ao Senhor" (Dt 30.6).
O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da renovação (Tt 3.5), porém a mais comum é a e nascer gr. gennaõ, gerar ou dar a luz) . JESUS disse: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS" 003.3). Pedro declara que DEUS, em sua grande misericórdia) "nos gerou de novo para uma viva esperança" (1 Pe 1.3). E uma obra que somente DEUS realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister um processo de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de DEUS, na nossa experiência de CRISTO e do ESPÍRITO e no nosso caráter moral. (Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)
 
 
A REGENERAÇÃO
Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”
Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual.
 Sem o novo
nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO.
   Apresentamos a seguir,
importantes fatos a respeito do novo nascimento.
(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
(2) A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).
(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12).
(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO(Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).
(5) Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8,20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).
(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
(7) Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).
(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).
 
1. O homem foi criado por DEUS em perfeição.
Só o DEUS Altíssimo, Pessoal e Onipotente, a quem rendemos toda honra e glória, seria capaz disso!
O homem não surgiu do acaso, como ensinam os humanistas,
O homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS (Gn 1.26,27).
DEUS é a causa primária de todas as coisas, inclusive o ser humano.
O homem que veio à existência em estado de perfeição espiritual, moral, psíquica e física.
O homem é um complexo aparelho psíquico consciente e perfeito, capaz de pensar e agir por vontade própria, que o reveste de responsabilidade moral por seus feitos e de característica singular, acima de todos os seres da Criação (Gn 1.28-31).
O homem foi criado num corpo completo, funcional e com uma anatomia perfeita.
DEUS, soprou-lhe o espírito (Gn 2.7) a fim de propiciar-lhe comunhão
 
 
2. O homem pecou e foi afetado pelo pecado.
Satanás interagindo enganosamente com o livre-arbítrio do homem, seduziu-o e por meio dele (o homem), introduziu o pecado e a morte no mundo (Rm 5.12).
Um dos principais significados do vocábulo pecado é errar o alvo.
O propósito de DEUS para a raça humana foi desvirtuado pela desobediência de nossos primeiros pais (Gn 2.15-17).
O pecado passou a contaminar todo homem que vem ao mundo, tornando-o presa fácil de Satanás.
Mediante a disseminação de ideologias materialistas, como a que estamos estudando hoje, o pecado, afasta a humanidade cada vez mais de DEUS.
 
 
3. O homem necessita da regeneração.
 
"Mas DEUS, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo lugar, que se arrependam"
AT 17.30).
No próprio juízo de DEUS ao primeiro casal, extensivo a toda raça humana, veio também implícita a promessa de sua redenção (Gn 3.15)
Na época exata, o Filho Unigênito de DEUS tomou a forma de homem para, através de sua obra vicária, redimir o ser humano de seus pecados e das mãos de Satanás (vv. 24-26; Fp 2.5-11).
A parte de DEUS está perfeitamente consumada, como claramente expõe reiteradamente a Epístola aos Hebreus.
Basta ao homem crer na providência divina e pela fé salvífica em CRISTO, aceitá-la, ao invés de dar ouvidos ao pós-modernismo humanista, que o leva cada vez mais para o abismo.
CRISTO veio para restaurar todas as coisas, a partir do homem (Mt 19.28; At 3.21).
Quando o pecador se arrepende de seus pecados e aceita a JESUS como seu Salvador, ele experimenta a nova vida em CRISTO, gerada pelo poder do ESPÍRITO SANTO, que nele passa a habitar após receber a salvação.
 
 
Assim, enquanto o mundo continua em busca da nova humanidade através dos caminhos do pós-modernismo humanista, negando a necessidade da regeneração bíblica, nós, os cristãos redimidos pelo sangue de CRISTO, reafirmamos com ousadia os fundamentos da sua doutrina, sem a qual o revestir-se do novo homem jamais poderá ser alcançado.
 
 
A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
 
 
Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO.”


A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4).
 
Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
 
Regeneração: Ato que se dá na vida de quem aceita a CRISTO, tornando-o partícipe da vida e da natureza divina.
(1) Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17). JESUS agora cumpre aquela promessa.
(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).
(3) O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
(4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17. Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
(6) Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas
 (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39).
(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.
 
 
 
ESTUDOS DE DIVERSOS AUTORES E LIVROS COM CORREÇÕES
 
Soteriologia — a Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto
Em Tito 3.5, está escrito: “segundo a sua misericórdia nos salvou”. O verbo está no pretérito: “nos salvou”. Isso nos leva a refletir sobre a certeza dessa gloriosa salvação em CRISTO JESUS. Somos salvos mesmo? Temos visto casos de crentes antigos que descobrem, para a surpresa de muitos, que ainda não eram salvos segundo o evangelho!
Por que as igrejas de Efeso e Corinto eram tão diferentes? Aos coríntios disse Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa” (I Co 15.34). Apenas fazer parte de uma congregação formada por salvos não significa ser salvo!
A salvação não é coletiva, e sim individual. Vemos que, no passado, entre o povo de DEUS viveu um povo denominado o “vulgo” (Nm 11.4; Ex 12.38). Esse “vulgo” não era convertido e tornou-se em Israel uma perturbação, uma fonte de fraquezas, de desobediência, de rebeldia e de pecado. Em Lucas 15.8 JESUS contou uma parábola acerca de uma moeda perdida dentro de casa. E no livro de Ezequiel menciona-se uma ovelha “perdida” dentro do rebanho (34.4b). O leitor tem plena convicção da parte de DEUS de que está salvo mesmo} Por CRISTO, segundo “o evangelho da vossa salvação”? (Ef 1.3; Rm 1.16,17; Tt 3.5).
Em Lucas 9.23, JESUS disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Observe a parte final do versículo: “e siga-me”. O que significa isso? È perseverar em seguir ao Senhor JESUS; é persistir em seguir aos passos dEle. Enfim, implica ser um dos seus discípulos. Na aludida referência, JESUS não falou primeiramente de “vir a mim”, mas “vir após mim”.
O que é ser um discípulo dEle segundo o evangelho? Consideremos o texto de Lucas 14.26,27,33:
Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher; e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Como vemos no texto acima, o Senhor JESUS aplica um tríplice teste pelo qual se confirma um verdadeiro discípulo. Por três vezes, o Mestre disse: “não pode ser meu discípulo”. Somos — eu e o leitor — de fato discípulos de JESUS, ou apenas pensamos que o somos?
O QUE É SALVAÇÃO
O que é a salvação em CRISTO? A palavra “salvação” é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total por JESUS e a busca constante de sua comunhão.
Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Observe as afirmações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).
Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de DEUS para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através de JESUS CRISTO, nesta vida e na outra (Rm 13.11 I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19).
Pessoalmente — isto é, em relação à pessoa —, a salvação que CRISTO realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.5; 2 Co 3.18); a redenção do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23; I Co 15.44); e a glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4; Ef 5.27).
Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador receber a gloriosa salvação em CRISTO. Primeiro, reconhecer mediante o evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo, confiar em JESUS como o seu Salvador (Ato 16.31). Terceiro, confessar que o Senhor JESUS é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).
A obediência honesta do pecador movido por DEUS a esses três passos resultará na sua salvação, operando o ESPÍRITO SANTO e a Palavra. Isso não falha; não se trata de uma mera teoria; é a verdade de DEUS sobre a salvação do pecador, revelada aos homens segundo a infalível Palavra de DEUS e o testemunho da infinitude de salvos em CRISTO por toda parte.
Pleno conceito e convicção de salvação. Vemos em Hebreus 2.3 uma cristalina verdade sobre a salvação: “... uma tão grande salvação”. O que denota esta expressão? Ela diz respeito às riquezas imensuráveis da salvação; às bênçãos subseqüentes a ela; à eternidade infinita dela; ao seu alcance imensurável; e à sua sublimidade.
Se todos os crentes tivessem uma plena visão da salvação; se pudessem ver plenamente ao longe a tão grande salvação que receberam, com certeza teriam atitudes diferentes no seu dia-a-dia. Teríamos tanto regozijo, tanta motivação, tanto entusiasmo, tanta convicção, tanto anseio e enlevo pelo céu, que não haveria na Terra um só salvo descontente, descuidado, negligente e embaraçado com as coisas desta vida e deste mundo!
Ademais, teríamos uma tão profunda compreensão do que é o céu — e, por isso, teríamos tanto desejo de ir para lá—, que o Diabo não teria na igreja um só fã, um só admirador de suas coisas, um só aliado. Mas, há crentes que admiram e gostam das coisas do Maligno e se aliam a ele. Por mais que não admitam, pelo fato de não atentarem para a “tão grande salvação”, tornam-se vulneráveis às investidas do Tentador.
Visão atrofiada da salvação. Inúmeros crentes, por terem uma visão atrofiada da salvação em CRISTO, levam uma vida comprometida com o mundo, descuidada, negligente, sem amor, sem dedicação, sem ideal, sem uma busca constante da face do Senhor.
 
Quais devem ser os passos normais de uma vida salva:
  1. Regeneração espiritual;
  2. Plenitude do ESPÍRITO SANTO;
  3. Maturidade espiritual;
  4. Dedicação ao Senhor no seu trabalho.
 
Em que consiste a salvação? È importante, antes de avançarmos, respondermos a algumas perguntas. Em que consiste a salvação para o caro leitor? No seu passado na fé? Ou seja, apenas livramento da condenação do pecado? No seu presente na fé? Quer dizer, apenas livramento do poder do pecado? Ou no seu futuro na fé? Isto é, apenas livramento da presença do pecado?
Na verdade, a salvação consiste na resposta afirmativa a todas as três perguntas mencionadas. A nossa “grande salvação” em CRISTO nos livra: da condenação, que outrora era uma realidade; do poder do pecado, pois hoje ele não tem domínio sobre nós, se é que não “andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1b); e da presença do pecado, haja vista a nossa glorificação futura.
O que não é salvação. É importante, ainda nessa introdução à Soteriologia, apresentar algumas definições do que não é a salvação em CRISTO:
  1. Apenas ter uma religião com o nome de cristã. O que dizer dos seguidores do mormonismo, cujo nome da igreja é JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias. São eles salvos por seguirem a uma religião “cristã”?
  2. Apenas freqüentar ou tornar-se membro de uma igreja local. Uma coisa é pertencer a uma igreja, e outra é pertencer à Igreja.
  3. Apenas ter e ler a Bíblia. Isso os católicos romanos fazem!
  4. Apenas professar um credo religioso. Ser salvo é muito mais que adotar, seguir, abraçar dogmas.
  5. Apenas praticar a “regra áurea” de Mateus 7.12. Boas obras não salvam ninguém (Ef 2.8,9).
  6. Apenas aspergir um infante com “água benta”. Afinal, dependendo da idade da criança, sequer tem a capacidade de crer para a salvação (Mc 16.16a;
    Rm 10.9).
  7. Apenas batizar um adulto ou uma criança. Batismo não salva, mas destina- se a quem já é salvo (Mc 16.16b).
  8. Apenas “confirmar” um adepto da sua confissão religiosa.
  9. Apenas participar da Ceia do Senhor, ou da Eucaristia.
  10. Apenas ter um irrepreensível código de conduta, bom testemunho, porte.
  11. Apenas praticar sempre boas obras.
O que é salvação. E tudo o que JESUS realizou e ensinou para levar uma raça pecadora à comunhão com um DEUS santo. Trata-se da redenção do ser humano do poder do pecado (I Pe 1.18,19). Ê, ainda, a libertação do cativeiro espiritual (Rm 8.2). E a saída do pecador dentre o poder das trevas do pecado (Cl 1.13). E, finalmente, é o retorno do exílio espiritual do pecador para DEUS (Ef 2.13). Isso é salvação em resumo.
Como se vê, o homem não pode efetuar a sua salvação, nem ao menos ajudar nisso (Ef 2.8,9; Tt 2.11; Jn 2.9b). Daí ter dito o salmista: “A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção” (SI 3.8). A salvação é pela graça de DEUS, e não por nosso esforço próprio, conquanto os salvos sejam chamados para a prática das boas obras (Ef 2.10).
A salvação é chamada de novo nascimento (Jo 3.5) e de ressurreição (Cl 3.1), Não obstante o pecador venha a desejar a “tão grande salvação”, é JESUS CRISTO quem o ressuscita dentre os mortos no pecado e o faz nascer de novo.
Afinal, um bebê nada pode fazer para nascer, assim como um morto nada pode fazer para ressuscitar — toda ajuda tem de vir de fora.
Introdução à Soteriologia
Soteriologia é em suma o conjunto de doutrinas da salvação. Há pelo menos umas vinte doutrinas relacionadas com a nossa gloriosa salvação em CRISTO. Discorremos de modo resumido sobre as doutrinas da salvação, a saber:
  1. A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois o pecado é a causa da perdição da humanidade.
  2. A doutrina da graça de DEUS (Tt 2.11; 3.4), haja vista ser a graça a salvação quanto ao seu alcance.
  3. A doutrina da expiação pelo sangue (Lv I7.I I), uma vez que a expiação implica a salvação quanto ao pecado.
  4. A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto a libertação e resgate do pecador.
  5. A doutrina da propiciação (Ex 32.30), que enfatiza a salvação como um ato benevolente de DEUS.
  6. A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por DEUS, da parte do pecador para a sua salvação.
  7. A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.
  8. A doutrina da confissão dos pecados (Rm 10.9,10).
  9. A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).
  10. A doutrina da regeneração espiritual (I Pe 1.3;Tt 3.5), que trata do que ocorre no íntimo do pecador ao receber de DEUS a salvação.
  11. A doutrina da imputação da justiça de DEUS ao crente (Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.I8;Tg 2.23).
  12. A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).
  13. A doutrina da santificação do crente (I Co 6.11; 2 Co 7.1), isto é, a santificação posicionai, “em CRISTO”, e também a progressiva, no tempo presente.
  14. A doutrina da presciência de DEUS (I Pe 1.2).
  15. A doutrina da eleição divina (I Pe 1.2).
  16. A doutrina da predestinação dos salvos (Rm 8.29).
  17. A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).
  18. A doutrina da justificação somente pela fé em CRISTO (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação ante a presença de DEUS.
  19. A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10; Rm 14.10). E uma doutrina relacionanada à Escatologia.
  20. As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação, nas eras divinas futuras (Ef 2.7; I Tm 1.17; Jo 1.29).
A SALVAÇÃO NO SENTIDO FACTUAL OBJETIVO
A salvação é um fato em si, isto é, no sentido objetivo. Ela tem um lado objetivo (o lado divino), e um, subjetivo (o humano). O primeiro refere-se a DEUS como o Doador da salvação; e o segundo refere-se ao homem como o recebedor.
No sentido objetivo, a salvação tem três aspectos, todos simultâneos: a justificação, que nos declara justos (esse aspecto tem a ver com a nossa posição diante de DEUS: “em CRISTO”); a regeneração, que nos declara filhos (tem a ver com a nossa condição espiritual, interior); a santificação, que nos declara santos, mediante a nossa fé no sangue derramado de JESUS.
A salvação no seu sentido objetivo, diante de DEUS, não tem tempos, mas aspectos ou lados. Ao mesmo tempo em que uma pessoa é pela fé em CRISTO justificada, é também regenerada e santificada.
Justificação. E a mudança de posição externa e legal do pecador diante de DEUS: de condenado para justificado. Pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11; Rm 8.30,33b; 5.1; 3.24; Gl 2.16).
Regeneração. E a mudança de condição do pecador: de servo do pecado para filho de DEUS. A regeneração é tão séria diante de DEUS, que a Bíblia chama-a de “batismo em JESUS” (I Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Trata-se de um ato interior, dentro do indivíduo, abrangendo também todo o seu ser. E um termo ligado a família, filhos: “gerar”; é o novo nascimento (Jo 3.5). Mediante a regeneração somos chamados “filhos de DEUS” (cf. Gn 2.7; Jo 20.22; 15.5).
Santificação. E a mudança de caráter (mudança subjetiva); e a mudança de serviço (mudança objetiva), “em CRISTO” (posicionai), como lemos em João 15.4 ;17.26.
 
A SALVAÇÃO NO SENTIDO EXPERIMENTAL SUBJETIVO
Na experiência humana, a salvação é subjetiva. A salvação experimental tem três tempos (não aspectos): passado, presente e futuro.
No passado. Justificação; é o que DEUS fez por nós. E a salvação da pena do pecado. Ela é referida na Bíblia como ocorrida no passado da vida cristã.
... haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo Espirito do nosso DEUS (I Co 6. Z l).
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou... Quem intentará acusação contra os escolhidos de DeusP E DEUS quem os justifica (Rm 8.30,33).
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO (Rm 5.1).
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS (Rm 3.23,24).
Sabendo que o homem não é justifcado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justifcada (Gl 2.16).
No presente. Santificação em conduta, diante do mundo. Ê a salvação do poder do pecado. E aquilo que DEUS faz em nós agora. Uma frutinha pode ser perfeita, e não ser madura.
Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundíàa da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS (2 Co 7.1).
E o mesmo DEUS de paz vos santifque em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Es 5.23).
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (l Jo 2.6).
.. . operai a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12).
No futuro. Glorificação; é o que DEUS fará conosco na glória celestial (I Pe 1.5). Será a salvação da presença do pecado. Trata-se da nossa inteira “conformação” com JESUS CRISTO.
Amados, agora somos flhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar; seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos (1 Jo 3.2).
... nós mesmos, que temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber; a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé (Rm 13.11).
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO•, ofere:endo~se uma vez; para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez; sem pecado•, aos que o esperam para a salvação (Hb 9.27,28).
Evidências da salvação experimental. São os testemunhos do ESPÍRITO em nosso interior (Rm 8.16); da Palavra de DEUS (Ato 16.31); da nossa consciência (I Jo 3.19); da transformação da nossa vida (2 Co 5.17); dos frutos produzidos (Mt 5.8; 7.16-20); da aversão ao pecado (I Jo 3.9); do cumprimento da doutrina (2 Jo v.9); do amor (e comunhão) fraternal (Jo 13.35); e da vitória sobre o mundo (I Jo 4.5).
 
Como triunfar sobre o pecado. Os passos para vencer o pecado, triunfando sobre ele, são os seguintes:
1- Amar a Palavra de DEUS, a ponto de escondê-la no coração; isso faz com que o crente vença o pecado (Sm 119.11).
2- Crer no poder do sangue de JESUS, isto é, no sacrifício expiatório que Ele realizou, a fim de que o pecado não tenha domínio sobre nós (I Jo 1.9).
3- Confiar no poder do ESPÍRITO SANTO, o qual habita em nós e, se Ele exercer pleno predomínio em nosso viver, faz-nos triunfar sobre o pecado (Rm 8.2).
4- O ministério sacerdotal de CRISTO. Ele venceu todas as coisas, e, se estivermos nEle, também venceremos o pecado (Hb 4.15,16).
5- A nossa fé depositada em JESUS CRISTO também nos faz triunfar sobre o pecado (Fp 3.9).
6- Finalmente, a nossa total submissão e entrega a CRISTO (Rm 6.14). E submissão implica ser obediente à sua vontade e também agradar-lhe por amor.
Conclusão. A nossa recomendação final, ao concluir este tópico sobre a doutrina do pecado é, como diz o escritor sacro: “Evita o pecado!” A Palavra de DEUS admoesta: “Meus filhinhos (...) não pequeis” (1 Jo 2.1). Lembre-se de que “Obedecer é melhor do que sacrificar” (I Sm 15.22). E “sacrificar”, aqui, também pode significar “remediar”.
Evitemos, pois, os pecados vindos de dentro; e, de fora: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (I Tm 5.22).
 
Tudo épelagraça de DEUS. Na vida do crente, ela gera crescimento na fé (2 Pe 3.18). E por meio dela que triunfamos contra o mal (Rm 6.14; Hb 13.9; Ato 4.33; 2 Co 12.9
 
A DOUTRINA DA CONFISSÃO
No original, o verbo homologeo (gr.) e o substantivo homologia são os termos para confissão. Confessar é dizer de coração o que DEUS diz sobre nós na sua Palavra (Rm 10.9,10; Lv 5.5; Sm 38.18; I Jo 1.9). No sentido bíblico, confissão não se refere primeiramente a confessar pecados. Significa concordar com o que DEUS diz sobre nós — e dEle — na sua Palavra, bem como reconhecer os nossos pecados e faltas como sendo nossos e admitir os nossos erros, falhas, pecados e declará-los (Ato 19.18).
Vemos em Hebreus 3.1 que JESUS CRISTO é o Sacerdote da nossa confissão, isto é, a quem confessamos quanto à nossa salvação e tudo o mais pertinente à fé. Em I João 1.9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.
Elementos da confissão. De acordo com o I João 1.9, a confissão deve ser contrita e definida: “nossos pecados”. Observe que são “pecados” (plural). Outro elemento é a renúncia ao pecado (Pv 28.13). E, quanto for o caso, a confissão deve ser com restituição.
Confissão secreta. E a confissão feita somente a DEUS. Confissão de pecados cometidos pelo crente e conhecidos somente por ele e DEUS. Tais pecados devem ser confessados secretamente ao Senhor, dependendo isso da base bíblica desse crente e da confiança plena e firme no que DEUS declara na sua Palavra.
Confissão pessoal. E a confissão feita a pessoas contra quem pecamos. Nesse caso, antes de irmos a DEUS contritamente, temos de tratar com o ofendido ou o cúmplice, pois a comunhão espiritual é tanto vertical (comunhão com DEUS) como horizontal— comunhão com o próximo (I Jo I.7a).
Confissão pública. E a confissão feita à igreja, à congregação. São pecados conhecidos, cometidos contra a coletividade cristã.
 
A DOUTRINA DA REGENERAÇÃO ESPIRITUAL
O termo regeneração tem a ver com a nossa inclusão na família de DEUS (I Pe 1.3,23; Tt 3.5). Em Gênesis 1.27, temos a criação natural do homem; em Efésios 2.10, temos a sua criação espiritual.
Regeneração é o ato interior da conversão, efetuada na alma pelo ESPÍRITO SANTO. Conversão é mais o lado exterior e visível da regeneração. Uma pessoa verdadeiramente regenerada pelo ESPÍRITO SANTO é também convertida (cf. Lc 22.32).
Sendo regenerado pelo ESPÍRITO SANTO, o crente é declarado filho de DEUS (Jo). O que ocasiona a regeneração espiritual não é primeiramente a justificação pela fé, mas a comunicação da vida de CRISTO — da “vida eterna” ao pecador arrependido. Justificação tem a ver com o pecado do pecador; regeneração tem a ver com a natureza do pecador. Justificação é imputada por DEUS; regeneração é comunicada por DEUS.
Bem vês que a fé cooperou com as suas ohras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em DEUS, e foi-lhe isso imputado como justiça, efoi chamado o amigo de DEUS (Tg 2.22,23).
 
A DOUTRINA DA IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS
Imputação é o lançamento ou creditamento da justiça de CRISTO a nosso favor, mediante a nossa fé em CRISTO (Rm 4.3ss; Gl 2.16ss; 3.6-8; Gn 15.6;Tg 2.23). “O Senhor Justiça Nossa” (Jr 23.6). “Mas vós sois dele em JESUS CRISTO, o qual para nós foi feito por DEUS (...) justiça” (I Co 1.30).
O princípio da doutrina da imputação da justiça de DEUS é visto em passagens como Gênesis 3.21; 6.14 (hb.); e 15.6. Em Filemom v. 18 e Filipenses 4.17 vemos a imputação ilustrada na prática natural:
E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta.
Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.
Assim como a justiça divina é imputada ao que nEle crê, ao ímpio impenitente são imputados os seus pecados contra DEUS (Sm 32.2). E também, da mesma forma, à nossa conta podem ser imputados males que cometemos contra o próximo (2Tm 4.16; Ato 7.60; I Ts 4.6; Mt 6.12 — “as nossas dívidas”).
Somos feitos justos diante de DEUS, não primeiramente pela influência da moral cristã sobre nós, mas primacialmente pela imputação da justiça (retidão) de DEUS sobre nós, pela fé em JESUS CRISTO. Aleluia ao DEUS Trino!
Respondida está, por DEUS, a pergunta de Jó, de antanho: “Como seria justo o homem perante DEUS, e como seria puro aquele que nasce da mulher?” (Jó 25.4).
 
A DOUTRINA DA ADOÇÃO DE FILHOS
A adoção de filhos é mencionada em textos como Romanos 8.15; Efésios 1.5; e João 1.12.
Porque não recehestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor; mas recehestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
[DEUS PaíJ ... nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.
Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome.
A expressão “adoção de filhos” é uma única palavra no original: huiothesis — de huios, “filho”, e thesis, “posição”. A idéia da adoção de filhos também se encontra no Antigo Testamento (Êx 2.10 com Hb 11.24; Êx 4.22 com Os 11.1 e Mt 2.15).
Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos predestinados por DEUS para adoção de filhos, antes da fundação do mundo; portanto, antes da existência do homem. Isso exclui qualquer mérito humano e somente revela a graça infinita de DEUS.
Na antiga Grécia. A adoção de filhos, na antiga Grécia, nada tinha a ver com a filiação da criança, e sim com a sua posição em relação à família (gr. huiothesis). Por meio do ato da adoção, o “filho”, ao atingir a idade necessária, passava à posição de herdeiro da família. Daí a expressão bíblica “adoção de filhos” (Gl 4.4,5).
O ato da “adoção de filhos” passou dos gregos para os romanos, e assim chegou aos tempos do Novo Testamento e da igreja. Biblicamente, então, DEUS “adota” a quem já é seu filho.
No presente. Há bênçãos desfrutadas já nesta vida, decorrentes da adoção, como: o nosso nome de família: “chamados filhos de DEUS” (I Jo 3.1; Ef 3.14,15); o testemunho do ESPÍRITO SANTO em nosso interior, de que somos filhos de DEUS (Rm 8.16); o recebimento do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.15; Lc 11.11-13); a disciplina da parte de DEUS que nos é ministrada, como seus filhos: “Se estais sem disciplina (...) sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.8; cf. vv.6-11); a nossa herança celestial, declarada e garantida por DEUS (Rm 8.17); e a redenção do nosso corpo.
Por meio da adoção, os nossos nomes foram registrados no livro da vida do Cordeiro (Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 17.8; 3.5; 13.8; 20.12,15; 21.27).
No futuro. Em Romanos 8.23, vemos que os nossos privilégios quanto à adoção de filhos de DEUS têm ainda um lado futuro: “... gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Isso se dará à vinda de JESUS para levar a sua Igreja.
Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamadosfilhos de DEUS.
Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele épuro (l Jo 3.1-3).
 
A DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
A justificação efetuada por DEUS para nos salvar põe-nos em correto relacionamento com Ele. Já a santificação comprova a realidade da justificação em nossa vida, manifestando seus frutos em nós; em nossa vida.
SANTO é aquele crente que vive separado do pecado, do mal, do mundo (mundanismo), e dedicado a DEUS e ao seu serviço. Observe as palavras de Paulo em Atos 27.23: “Porque, esta mesma noite, o anjo de DEUS, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo”.
O cristão tem duas naturezas: uma humana, herdada de Adão, pela geração natural; e outra, divina, através da geração espiritual (I Pe 1.23). Daí a santificação do crente ter dois aspectos: um diante de DEUS, e outro, diante de si mesmo e do mundo (I Jo 3.3; 2 Co 7.1; Hb 12.14; Mt 5.16). Essas duas naturezas do crente são vistas em Gálatas 5.17 e Romanos 6—8.
Em Levítico 20.8 — “Eu sou o Senhor que vos santifica” — vemos a santificação do crente diante de DEUS, mas, no versículo 7, menciona-se a santificação crente diante de si mesmo e do mundo: “Santificai-vos e sede santos” (cf. I Pe LI5).
Santificação de objetos, eventos, datas, pessoas, animais. Esse aspecto da santificação é muito comum em relação aoTabernáculo e seus objetos, e seus oficiantes, os quais pertenciam somente a DEUS, como vemos nos livros de Exodo e Deuteronômio. Esse aspecto da santificação implica um só sentido, que é a posse de DEUS, e a dedicação e separação desses elementos para o serviço de DEUS.
 
Alguns exemplos desses elementos santos:
*Eventos e datas (Êx 20.8; Dt 5.12; Lv 25.10; 23.2).
*O Templo (I Rs 9.3).
*O altar dos holocaustos (Ex 29.37).
*As vestes sacerdotais (Êx 28.2; 29.29; 40.13).
*Pessoas (Êx 13.12; 28.41; 29.1,44; I Sm 16.5; I Cr 15.14; 2 Cr 29.5).
*Animais (Nm 18.17; Êx 13.2b).
Nesse sentido, os templos atuais da igreja são santificados a DEUS, bem como os objetos dedicados ao serviço dEle.
Santificação de pessoas. Há dois principais sentidos de santificação do crente em relação a DEUS. O primeiro diz respeito à separação do mal para pertencer a DEUS
“Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo” (Lv 20.26). E o sentido negativo da santificação, pois se ocupa do “não farás isso; não farás aquilo”, etc; é separar-se para DEUS.
O segundo sentido de santificação do crente é o positivo. O crente, já separado do mal, dedica-se a DEUS para o seu serviço, ocupa-se em fazer algo para Ele: “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra” (2Tm 2.21). Paulo, ao falar de DEUS, disse: “de quem eu sou e a quem eu sirvo” (Ato 27.23).
A santificação é dúplice. Ser santo não é somente evitar o pecado, mas também servir ao Senhor, com a vida; com os talentos; com os dons; com os bens; com a casa; com o tempo; com as finanças; com os serviços, inclusive mão de obra. Por isso, muitos crentes não conseguem viver uma vida santa; eles não vivem pecando continuadamente, mas não querem nada com as coisas do Senhor, nem com a sua obra, nem com a igreja para zelar por ela e promovê-la.
 
Os tempos da santificação. A santificação de pessoas quanto à vida cristã abrange três tempos:
Santificação passada e instantânea (I Co 6.II;Hb 10.10,14; Fp 1.1; I Co 1.2; Jo 15.4). E aspectual e posicionai, isto é, o crente estando “em CRISTO” (Cl 1.20; Fp I.I). O crente posicionalmente “em CRISTO” não pode ser mais santo do que o é no momento da sua conversão, pois a santidade de CRISTO é a sua santidade (c£ I Jo 4.17). Na Igreja Romana, alguns são “canonizados” (feitos santos) depois de mortos, mas no Remo de DEUS é diferente: os salvos são santos aqui, enquanto estão vivos!
 
Santificação presente e progressiva (2 Co 7.1). É temporal, vivencial. Ê a santificação experimental, ou seja, na experiência humana, no dia-a-dia do crente (I Ts 5.23; Hb 13.12 — “para santificar o seu povo”). A Santificação posicionai e a experimental (progressiva) são vistas juntas nestas passagens: Hebreus 12.10 com 12.14; Filipenses 3.15 com 3.12; João 15.4 com 15.5;
Coríntios 1.2; Filipenses I.I; e Levítico 20.7 com 20.8.
 
Santificação futura e completa (Ef 5.27; I Ts 3.13). È plena; trata-se da santificação final do crente (I Jo 3.2). Ela ocorrerá à Segunda Vinda de JESUS, para levar os seus (I Jo 3.2; Ef 5.26,27). Seremos então mudados: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co 15.52).
 
Os meios divinos de santificação:
DEUS, o Pai (I Ts 5.23). DEUS, o Filho (Hb 10.10; 13.12; Mt 1.21). DEUS, ESPÍRITO SANTO (I Pe 1.2), cujo título principal — ESPÍRITO SANTO — já indica a sua missão principal: santificar.
A correção divina. E um meio de santificação (Hb 12.10,11).
A Palavra de DEUS. Lida, crida, estudada, ouvida, amada, meditada, pregada, ensinada, obedecida, vivida, memorizada (SI 119.II; Jo 15.3; 17.17; SI 119.9; Ef 5.26).
A paz de DEUS em nós. Seu cultivo, sua busca, sua promoção (Hb 12.14; 1Ts 5.23a). Nestas duas passagens, a paz está ligada à santificação do crente.
A fé em DEUS. Esta, baseada na sua Palavra, é um meio divino de santificação (Rm 4; Hb 11.33; 2Ts 2.13b; Ato 26.18; 15.9).
Alerta divino. A Palavra de DEUS tem um alerta para a igreja quanto à santificação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). E ainda: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8). Tenhamos cuidado com a falsa santidade, enganosa, sectarista, fartsaica e exclusivista (2 Tm 3.5); sigamos a verdadeira santidade (Ef 4.24).
 
A DOUTRINA DA ELEIÇÃO DIVINA
“Eleição” e “escolha” são apenas um termo, no original: eeloge. A eleição “olha” para o aspecto passado da nossa salvação (I Pe 1.2; Ef 1.4). Eleição divina é, pois, a nossa escolha para a salvação, feita por DEUS. Nós, pecadores por natureza, não sabemos escolher, mas o Senhor nos escolhe (Jo 15.16).
E claro que a eleição, em si, não implica salvação:
Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o principio para a salvação, em santificação do Espirito efié da verdade (2 Ts 2.13).
eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do Espirito, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas (l Pe 1.2).
Na Bíblia mencionam-se a eleição divina coletiva, como a de Israel (Is 45.4;) e a da Igreja (Ef 1.4); e a individual, como a de Abraão (Ne 7.9) e a de cada crente (Rm 8.29). A vocação e a eleição do crente, do seu lado humano. Em 2 Pedro LIO lemos: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”.
A escolha divina ocorre da maneira como é descrita em I Ts 1.4-10. Ela se dá pelo recebimento do evangelho, pela fé, e permanência em CRISTO, mediante a santificação daqueles que se convertem dos ídolos ao DEUS vivo e verdadeiro, a fim de servi-lo “e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura” (v. 10).
DEUS não elege uns para a salvação, e outros, para a perdição. O homem é capaz de fazer a livre-escolha. E a graça de DEUS não é irresistível, como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão “Uma vez salvo, salvo para sempre”.
 
A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO
Justificação é o ato judicial de DEUS, pelo qual Ele declara justo diante dEle o pecador que põe sua fé para a salvação em JESUS, ficando assim isento de culpa e condenação (Rm 8.30). A justificação é um ato e também um processo, como a santificação experimental na vida do crente; ela é primeiramente um ato de DEUS.
O que é justificar? E DEUS declarar justo diante dEle o transgressor que crê em JESUS como o seu Salvador pessoal (Rm 4.3-5; 8.33). Justificar, como DEUS justifica, é mais que perdoar. Em teologia sistemática, a justificação precede a santificação, mas na Bíblia a santificação precede a justificação (I Co 6.11), que também é um processo — “justificação de vida” (Rm 5.18).
Diferenças entre justificar e perdoar. O perdão remove a condenação do pecado; a justificação nos declara justos diante de DEUS; isto é, como se nunca tivéssemos pecado! Quão maravilhosa é a graça de DEUS! Aleluia!
Somente DEUS pode perdoar e também justificar a um só tempo. O homem jamais pode fazer isso; ele pode relativamente perdoar, mas não justificar — declarar justo um transgressor da lei. Como é possível um DEUS perfeitamente justo perdoar e também justificar o ímpio, transgressor, sobrecarregado de delitos e pecados?
Mediante o seu amor, DEUS substituiu o culpado pelo inocente. O imaculado Cordeiro de DEUS, no Calvário, pelo amor divino, nos substituiu, levando sobre si os nossos pecados.
Verdades fundamentais da justificação pela fé, As verdades fundamentais da justificação pela fé em DEUS são: (I) a sua origem, que é a graça de DEUS (Rm 3.24;Tt 3.7); a sua base, o sangue de JESUS (Rm 5.9); o seu meio, a fé (Rm 5.1; 3.25); o seu testemunho perante os homens são as obras (Tg 2.24); e a sua causa instrumental é a ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 4.25).
A DOUTRINA DO JULGAMENTO DO CRENTE
A doutrina do julgamento do crente é geralmente estudada, em teologia sistemática, sob a escatologia. Trata-se do Tribunal de CRISTO, isto é, o julgamento da igreja após o seu arrebatamento (2 Co 5.10; Rm 14.10; I Jo 4.17). É o dia da prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia ante o citado Tribunal.
Segundo a Palavra de DEUS, o julgamento do crente é tríplice. No passado, o crente foi julgado em CRISTO, no Calvário, como pecador (2 Co 5.21). No presente, ele é julgado como filho de DEUS, durante a sua vida (I Co 11.31). No futuro, será julgado como servo de DEUS, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a DEUS (2 Co 5.10).
Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1; Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.12; 14.13). Todos os crentes serão julgados, e não apenas alguns. Este autor e o leitor — eu e tu — também: todos havemos de
comparecer ante o tribunal de CRISTO” (Rm 14.10). “... para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10).
Os critérios do julgamento. Os critérios de julgamento do crente no Tribunal de CRISTO envolvem: a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12), haja vista sermos livres para fazermos ou não a vontade de DEUS (vamos responder por essa liberdade diante do Senhor naquele dia); a qualidade do trabalho que fazemos para DEUS (Mt 20.1-16); vemos neste ensino de JESUS que muitos crentes trabalharão a vida toda (“o dia todo”, v. 12), mas receberão a recompensa de quem trabalhou apenas “uma hora”. Não será primeiramente a quantidade de trabalho que será julgada, e sim primeiramente a qualidade desse trabalho.
Outros critérios de julgamento serão: o “material” empregado no trabalho feito para DEUS (I Co 3.8,12-15); a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10
; o modo como tratamos nossos irmãos na fé (Rm 14.10; Tg 5.9; Ef 6.8; Cl 3.25); e os motivos secretos do nosso coração que nos levaram aos respectivos atos (I Co 4.5; Rm 2.16).
Um aviso a todos os que ensinam na casa de DEUS: o seu julgamento será maior, mais rigoroso e mais exigente:
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres; sabendo que receberemos mais duro juízo lg 3.1).
Qualquer; pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus (Mt 5.19).
 
Quarto Trimestre de 2006
LIÇÃO 9 –SALVAÇÃO, O PLANO DE DEUS PARA A REDENÇÃO HUMANA
TEMA –As Verdades Centrais da Fé Cristã
COMENTARISTA : Claudionor Correia de Andrade
  
O processo da Salvação
Salário:
Todos os seres humanos pecaram e mereciam um salário, um pagamento por isso, pois DEUS é justo e paga cada um segundo sua obra.
Rm 3.23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS;
Rm 5.12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS nosso Senhor.
1Pe 1.17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
O salário é o pagamento justo pelo trabalho feito, e em nosso caso, merecíamos todos morrer, tanto a morte física, como a de nossa alma, quanto de nosso espírito.
 
Dom:
A salvação do salário merecido se dá pela graça de DEUS que é favor imerecido:
Como uma mãe que vai visitar seu filho num presídio, filho que andava drogado, filho que lhe xingava e espancava, filho assassino e ladrão.
Essa mãe chega e abraça seu filho e lhe oferece o presente, mas o filho, surpreso e sem reação lhe diz: Mãe, como pode a senhora vir me visitar, me abraçar, me beijar e ainda me dar um presente, se eu a xingava e espancava, eu não mereço isso.
A mãe porém lhe diz: Não é pelo merecimento, meu filho, mas é pelo meu amor por você.
Aconteceu o mesmo entre o rei Davi e Mefibosete, filho de Jonatas, Davi lhe disse que o estava tratando bem e lhe dando uma herança, não por que ele merecesse, mas era pela aliança que tinha com seu pai, era por amor a seu pai.
Assim, DEUS, por meio de CRISTO faz aliança conosco, não por nossos méritos, mas pelo seu infinito amor e somente por causa do sacrifício de CRISTO em nosso lugar.
DEUS nos enviou o salvador para, por meio Dele, de seu sacrifício, pudéssemos ser livres dos nossos pecados e reconciliados com DEUS.
O dom é o presente dado sem merecimento.
1Tm 1.15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que CRISTO JESUS veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Rm 5.10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS nosso Senhor.
RESUMO DA REVISTA: (Utilizando os títulos da revista da CPAD atual  e os comentários da revista da CPAD de 18/02/2001 - Pr. Elienai Cabral)
Lembrando que esses complemento são para auxílio dos alunos e professores, que deverão ter como base de seus ensinos a revista da CPAD 4º trimestre de 2006.
 
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Veremos o que a Bíblia ensina acerca da salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
Salvação é uma palavra de amplo sentido, que abrange todos os atos e processos redentores, a saber: justificação, redenção, graça, 
propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação. A salvação procede de DEUS e não do homem. Foi concebida por DEUS o Pai, 
consumada por JESUS o Filho, e oferecida ao crente por intermédio do ESPÍRITO SANTO. O homem não teve participação alguma no plano de salvação. Resta-lhe apenas aceitar o Dom de DEUS. Tão logo o homem pecou, DEUS anunciou seu projeto para salvá-lo (Gn 3.15).
Salvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção bastante pobre da inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por JESUS, e busca constante de sua comunhão.
Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de DEUS para com o homem e o mundo através de JESUS, o Redentor, nesta vida e na outra.
A salvação é o resultado da redenção efetuada por JESUS, o meio que DEUS proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento.
A doutrina da salvação diz respeito ao plano divino para restaurar o homem do pecado e, conseqüentemente, livrá-lo da condenação eterna. 
CRISTO é o único caminho ao Pai. A salvação nos é concedida mediante a graça de DEUS, manifesta em CRISTO JESUS e está baseada na morte, ressurreição, e exaltação do Filho de DEUS. 
A doutrina em apreço pode ser estudada sob os vários aspectos da salvação.
 
Neste domingo, veremos o que a Bíblia ensina acerca da salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
 
 
I. O QUE É A SALVAÇÃO
1. Definição etimológica. Sōtēria, além de salvação, traz as seguintes significações: “libertação, Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com DEUS” (Dicionário Teológico).
2. Definição teológica. DEUS ofereceu o seu Unigênito para salvar pela graça, por intermédio da fé, os que o aceitam como o único e suficiente Salvador (Ef 2.8-10).
 
 
II. A GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Agostinho realça a doutrina da graça divina: “A graça de DEUS não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la”.
1. Definição etimológica. Favor imerecido.
2. Definição teológica. Aceitar e a usufruir, de imediato, das bênçãos do Plano de Salvação (Ef 2.8,9).
3. Objetivos da graça de DEUS. 1) salvar o homem da condenação do pecado; e 2) restringir a ação deste pecado.
 
 
III. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
1. Eleição (Ef 1.4,5). Antes mesmo de o Universo ter sido criado.
 
 Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
 
ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades: 
(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união com JESUS CRISTO. DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4; ver v. 1). O próprio CRISTO é o primeiro de todos os eleitos de DEUS. A respeito de JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.
(2) A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(3) A eleição em CRISTO é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu [CRISTO] corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por DEUS (1Pe 2.9) e a “noiva” de CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de CRISTO, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21; 2Rs 21.14).
(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em JESUS CRISTO, e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira: 
(a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que 
sejamos “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados (1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está sendo conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (ver Rm 8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de DEUS (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18). 
(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). 
(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).
(5) A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29; 2Pe 1.1-11).
 
Predestinação- Basta o homem receber a CRISTO para desfrutar, de imediato, dos benefícios da eleição e da predestionação.
 
A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS, “em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em CRISTO).
(1) DEUS predestina seus eleitos a serem: 
(a) chamados (Rm 8.30); 
(b) justificados (Rm 3.24; 8.30); 
(c) glorificados (Rm 8.30); 
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); 
(e) santos e inculpáveis (1.4); 
(f) adotados como filhos (1.5); 
(g) redimidos (1.7); 
(h) participantes de uma herança (1.14); 
(i) para o louvor da 
sua glória (1.12; 1Pe 2.9); 
(j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e 
(l) criados em CRISTO JESUS 
para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).

RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante JESUS CRISTO.
 
 
SE HOUVESSEM PREDESTINADOS  A SALVOS E OUTROS A PERDIDOS NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE PREGAÇÃO DO EVANGELHO.
  
IV. A REGENERAÇÃO
1. Definição etimológica. Gerar de novo, nascer outra vez.
2. Definição teológica. Concede gratuitamente ao pecador uma nova vida espiritual através dos méritos de CRISTO.
3. A necessidade da regeneração. Para se entrar no céu (Jo 3.3); para se resistir ao pecado (1 Jo 3.9); para se ter uma vida de retidão (1 Jo 2.29).
O termo "regeneração", como o temos em Tito 3.5 refere-se à renovação espiritual do indivíduo. Significa ser gerado novamente; receber nova vida, reconstruir, restaurar, reviver.
É a ação poderosa, criativa, decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a qual Ele recria a natureza interior do pecador arrependido.
Existem várias expressões bíblicas que esclarecem o sentido de regeneração.
*Novo Nascimento. 
a) O que significa nascer de novo? Sobre esse aspecto da salvação JESUS asseverou a Nicodemos: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS" (Jo 3.3). JESUS salientou a necessidade mais profunda dos homens: uma mudança radical e completa da totalidade da natureza e do caráter. Este milagre é operado no espírito do ser humano, através do qual este é recriado de conformidade com a imagem divina. Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado e passa a ter desejo e disposição de obedecer a DEUS e seguir as orientações do ESPÍRITO SANTO. 
b) O que não significa novo nascimento. Primeiro, não se realiza pela vontade e participação humana (Jo 1.13). Segundo, não depende de esforços humanos (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Isto é, não há nada que o homem possa fazer por si mesmo ou pelos outros. Terceiro, não é o batismo em águas. O batismo em águas pode simbolizar a regeneração, mas não a produz. Quarto, não é a prática de boas obras (Tt 3.5).
*Nova criação (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.10). Mediante a palavra criativa de DEUS, os que aceitam a JESUS CRISTO pela fé, são feitos novas criaturas. O crente é uma criatura renovada segundo a imagem de DEUS, que compartilha da sua glória. Em relação à primeira criação material, o homem está caído e morto, porém, na segunda, a espiritual, ele é renovado pelo ESPÍRITO SANTO. 
*Renovação (Tt 3.5; Cl 3.10). A "renovação do ESPÍRITO SANTO" refere-se à outorga constante da vida divina aos crentes à medida que se submetem a DEUS (Rm 12.2). 
*Ressurreição espiritual (Ef 2.5,6). É preciso morrer para o mundo e ressuscitar para uma nova vida em CRISTO. A Palavra de DEUS diz que os que recebem a CRISTO morrem e são sepultados com Ele, para ressuscitarem em novidade de vida (Rm 6.2-7).
 
 
V. A JUSTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. Significa, declarar justo pelos méritos de CRISTO.
2. Definição teológica. Declarar alguém justo, como se este jamais houvera cometido quaisquer iniqüidades.
3. Benefícios da justificação. 1) Novo relacionamento com a Lei (At 13.39); 2) Novo relacionamento com DEUS (Rm 5.1,9).
Definição. "Justificação" é o ato de DEUS declarar justo o pecador que pela fé aceita JESUS por seu Salvador (Rm 5.1,33). Tal pessoa passa a ser vista por DEUS como se jamais tivera pecado em toda a sua vida. DEUS declara o pecador livre de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas. 
Os benefícios da justificação. A justificação nos concede inúmeras bênçãos divinas. Para o estudo desta lição destacaremos apenas três: 
a) Remissão dos pecados. O apóstolo Paulo quando pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia fez a seguinte declaração: "Seja-vos notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê" (At 13.38,39). CRISTO ao cumprir toda a lei que o homem não pôde cumprir, possibilitou ao homem ser plenamente justificado. 
b) Restauração da graça de DEUS. A justificação tem sua origem na livre graça de DEUS (Rm 3.24). Graça é o favor divino dispensado ao homem sem que ele mereça. Mediante o pecado o homem perdeu a proteção divina e passou a viver sob a justa ira divina (Jo 3.36; Rm 1.18). A ira de DEUS representa a reação automática de sua santidade contra o pecado. Porém, ao aceitar a CRISTO pela fé, o pecador é por DEUS justificado, ficando assim, livre da ira divina (Rm 5.9). 
c) Imputação da justiça de CRISTO. A graça de DEUS só foi possível mediante a provisão da justiça de CRISTO. Justificação significa mudança de posição perante DEUS: de condenado que era, o homem passa a ser considerado justo. Como isso ocorre? A justiça de CRISTO é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28; 1 Co 1.30).
 
  
VI. A ADOÇÃO
1. Definição etimológica. Significa colocar na posição de filho.
2. Definição teológica. A partir desse momento, passa esse alguém, mediante o sacrifício de CRISTO no Calvário, a desfrutar de todos os privilégios que DEUS preparou àqueles que aceitam a CRISTO como único e suficiente Salvador.
3. Os privilégios da adoção. O crente é considerado como filho do Pai Celeste (1 Jo 3.2); como irmão de JESUS (Hb 2.11); como herdeiro dos céus (Rm 8.17).
 
ADOTA: RECEBIDO NA FAMÍLIA DE DEUS COM PRIVILÉGIOS DE FILHO.
Ef 2. 19 Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de DEUS,
Hb 2. 10 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles.
11 Pois tanto o que santifica como os que são santificados, vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E ainda: Eis-me aqui, e os filhos que DEUS me deu.
14 Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;
15 e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.
16 Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de Abraão.
17 Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a DEUS, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.
18 Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.  
 
 VII. A SANTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. Separação do mundo e consagração a DEUS.
2. Definição teológica. Consagrar-se totalmente a DEUS e ao serviço de seu Reino.
3. A santificação é um processo. O homem, continuamente, torna-se, pela ação do ESPÍRITO SANTO, mais parecido com DEUS.
4. Os propósitos da santificação. Identificar-se com o seu Criador (Lv 19.2; Gl 2.19) e Dedicar-se ao serviço de DEUS (Êx 19.6).
5. Os meios da santificação. A Palavra (Jo 17.17); o sangue de JESUS (Hb 13.12); o ESPÍRITO SANTO (2 Ts 2.13); a fé em DEUS (At 26.18).
 
O termo "santificação" significa "tornar-se santo", "consagrar-se", "separar-se do mundo", para pertencer a DEUS, ter comunhão com Ele e servi-Lo com alegria.
É através do processo de santificação que o homem regenerado passa a ter um relacionamento íntimo com DEUS em sua vida diária. 
*Os sentidos da santificação. Santificação tem o sentido genérico de separação, dedicação, consagração de pessoas ou coisas para uso exclusivo do Senhor (Êx 13.2; Jr 1.5; Lv 27.14,16; 2 Cr 29.19). 
Em se tratando de santificação do crente, dois sentidos principais fluem da Palavra de DEUS. 
a) Separação do mal, para pertencer a DEUS (Lv 20.26). É chamado de aspecto negativo da santificação, porque ocupa-se de "não farás isso; não farás aquilo" etc.
b) Separação para servir a DEUS; dedicação a DEUS, para seu serviço (Êx 19.5,6). É chamado de aspecto positivo da santificação, porque ocupa-se de fazer o que DEUS ordena quanto à santificação (2 Co 7.1; Ap 22.11; Pv 4.18; 1 Ts 5.23).
*Os meios da santificação. 
a) O crente é santificado pela Palavra de DEUS (Jo 17.17). A Palavra tem poder purificador (Ef 5.26); ela nos corrige (1 Pe 1.22; Sl 119.9; Jo 17.17; 1 Jo 1.7); ela penetra profundamente (Hb 4.12). 
b) O crente é santificado pelo sangue de JESUS (Hb 13.12). O sangue de JESUS expiou a nossa culpa, nos justificou diante de DEUS (Rm 3.24,25), e também é a provisão da nossa santificação diária (Rm 7.18; 8.7,13; 1 Jo 1.7). 
c) O crente é santificado pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 1.4; 15.16). Essa obra do ESPÍRITO manifesta-se pelo poder e a unção que garantem ao crente a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17-21).
 
 
CONCLUSÃO
Como é maravilhoso experimentar a salvação em CRISTO JESUS! Todavia, o melhor está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar a salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia! Você já experimentou a salvação? Aceite a CRISTO imediatamente.
 
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
 
“O Alcance da Salvação.
1. A salvação é para o mundo inteiro. Através do sacrifício perfeito de CRISTO, todos os habitantes da terra foram representados, e os seus pecados foram potencialmente perdoados. CRISTO ‘é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro’ (1 Jo 2.2).
2. A salvação é para os que crêem. Apesar de CRISTO haver morrido pelos pecados do mundo inteiro, há um sentido em que a expiação é uma provisão divina feita especialmente por aqueles que crêem. Paulo apresenta JESUS CRISTO como o ‘Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis’ (1 Tm 4.10). Deste modo, apesar de a salvação estar à disposição de toda a humanidade, de forma experimental ela se aplica exclusivamente àqueles que crêem.
3. Alguns abandonarão a salvação. A Bíblia dá a entender que muitos daqueles pelos quais CRISTO morreu, aceitarão a sua provisão salvadora, mas depois abandonarão, perdendo com isto o direito à vida eterna [...]”
(OLIVEIRA, R. de. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.217-8.)
  
Subsídio Bibliológico - comentários da revista da CPAD de 18/02/2001 - Pr. Antônio Gilberto)
"A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO 
como seu Senhor e Salvador.
"A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado, e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).
"Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida. Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7, 8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2.14).
"Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professem, demonstram que ainda não nasceram de novo (1 Jo 3.6,7).
"Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: 'se viverdes segundo a carne, morrereis' (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão 'como já antes vos disse' (v.21).
"O nosso nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeito, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra. Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12)". (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág. 1576).
 
 
 
 A HISTÓRIA DA NOSSA SALVAÇÃO
  INTRODUÇÃO:
O Apóstolo Paulo Em Ef 2.1-10 Nos Mostra Os Três Tempos Da Nossa Salvação: Passado, Presente E Futuro. O Que Éramos, O Que Somos E O Que Seremos Em Cristo Jesus. É Como Se Já Estivéssemos No Céu Com Deus, Fazendo Uma Retrospectiva De Nossa Existência.
 
No Passado, O Que Éramos:
Antes De Aceitarmos A Cristo, Como Éramos? Esse É O Nosso Passado. Tanto Para Quem Nasceu Num Lar Evangélico, Como Para Quem Nunca Ouviu Falar Do Evangelho, Não Importa, Todos Pecaram E Destituídos Estávamos Da Glória.
1.1     Estávamos Mortos Em Ofensas E Em Pecados (V.1)
Morte=Separação De Deus
Início Da Morte Na Terra = Adão (Ver Gn 3 = O Pecado E Gn 5 Filho De Adão = Imagem De Adão.)
Daí Em Diante As Mortes Se Manifestam = Morte Espiritual (Espírito Separado De Deus = Morto Para Deus), Moral (Alma = Só Quer Aprender E Fazer O Que É Contrário A Deus) E Física (Corpo = Só Quer Fazer O Que Lhe Dá Prazer = Comer, Beber, Dormir E Sexo).
Os Pecados São Frutos Do Pecado Que Herdamos De Adão, São Ofensas A Deus, São Delitos Que Merecem Castigo, Merecem Punição.
1.2     Andávamos Segundo O Curso Do Mundo (V.2)
É Seguir Conforme O Pensamento Humano, É O Viver Segundo A Moda, Moda Esta Que É Direcionada E Planejada Por Satanás, Através De Seus Súditos, Principalmente Lésbicas E Gays (Costureiros E Marchands).
1.3     Fazíamos A Vontade Da Carne (V.3)
É A Natureza Inclinada Ao Pecado, Que Atende Aos Desejos (Concupiscência) Degradantes Do Pecado. É A Vontade Subjugada Ao Pecado. A Carne Cobiça Contra O Espírito.
1.4     Éramos Filhos Da Ira (V.3)
A Ira De Deus É Uma Reação Natural E Automática De Sua Santidade Contra O Pecado. É Uma Barreira Espiritual Que Sua Natureza Santa E Eterna Mantém Contra O Pecado. Assim Como Deus Ama, Ele Castiga E Repreende A Quem Ele Ama E Aborrece Aquele Que O Aborrece E Lhe É Infiel.
 
No Presente, O Que Somos:
Depois Que Aceitamos A Jesus Cristo Como Senhor E Salvador, O Que Somos? Esse É O Nosso Presente. É Só Para Crentes  Salvos.
2.1     Somos Filhos Da Misericórdia De Deus (V.4)
É O Contrário De Ira De Deus. É Ter Dó, Comiseração Pela Miséria De Outrem. A Palavra Deus Muda Tudo Na Vida De Qualquer Que Se Chega A Ele. Sua Misericórdia É Indescritível.
 
2.2     Fomos Vivificados Em Cristo (V.5)
Antes, Estávamos Mortos No Pecado, Separados De Deus; Agora Estamos Vivos Por Causa Da Morte De Cristo Em Nosso Lugar; Assim Como O Poder De Deus Vivificou A Cristo Nós Também Morremos Com Cristo E Ressuscitamos Para Uma Nova Vida, Agora, Vivos Para Deus, Mortos Para O Pecado. Saúde Espiritual=Amor, Graça E Misericórdia.
 
2.3     Temos Uma Nova Cidadania Com Deus (V.6)
Antes Cansados Do Pecado, Agora Descanso, Assentados Nos Lugares Celestiais.
Cidadãos Têm Normas = Constituição, Nós Como Cidadãos Dos Céus Temos Normas = Bíblia
O Cristão Verdadeiro E Autêntico Vive Sob Esse Novo Governo (De Deus) E Não Se Conforma Com Este Mundo De Corrupção.
 
2.4   Somos Feitura De Deus (V.10)
A Transformação Operada Pelo Espírito Santo Na Vida Do Pecador O Recria Espiritualmente, Não Quer Dizer Que Retira O Espírito Do Homem E Coloca Outro Novo, Mas Fica Tão Perfeito Que Parece Que É Um Novo. Agora Vamos Fazer Boas Obras, Não Para Sermos Salvos Ou Para Ganharmos Reconhecimento Ou Prêmio, Mas Porque Agora Isso É Natural Em Nossa Vida.
 
No Futuro, O Que Seremos:
O Pecado Trouxe O Medo Do Futuro. O Salvo Está Tranqüilo Quanto Ao Seu Futuro E Preparado Para Ele.
 
3.1     Seremos A Prova Da Obra Redentora (V.7)
Mostrar Nos Séculos Vindouros. Hb 2 = Eis-Me Aqui E Os Filhos Que Tu Me Deste.
Is 53 = Ele Verá Sua Posteridade E Ficará Satisfeito (Com O Sacrifício Que Fez)
Como Deus Comprovará Que Tinha Um Plano De Salvação Para O Homem Que Ele Tanto Ama?
Resposta=Mostrando-Nos Lá No Céu Ao Seu Lado.
 
3.2     Seremos O Testemunho Da Manifestação Da Graça De Deus (Vv.8,9)
Pela Graça Somos Salvos, Por Meio Da Fé. Somos Fala De Continuidade, Deus Não Nos Desampara E Nem Nos Deixa Só, Ele É O Nosso Socorro Bem Presente Na Hora Da Angústia.
A Graça É A Fonte Que Deus Abriu No Calvário E Quem Quiser Tome De Graça Da Água Da Vida. Exemplo Davi E Mefibosete (Se Dissesse Não Quero, Perderia Tudo). Tome Posse Da Vida Eterna. Temos Bênçãos Que Tomamos Posse Agora E Outras Que Só Depois.
  
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 13 - 1º TRIMESTRE DE 2020
SÍNTESE DO TÓPICO I - O novo homem não nasce do sangue nem da carne, mas de DEUS, da água e do ESPÍRITO.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O novo homem foi justificado pela fé em JESUS CRISTO, num contexto de injustiça e pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
O Novo Nascimento é uma das mais gloriosas bênçãos dos que foram regenerados pelo ESPÍRITO SANTO. É o ESPÍRITO SANTO que opera o novo nascimento (Jo 3.6). Por isso, neste tópico, é a oportunidade de você reafirmar essa tão bela doutrina do Novo Testamento. Faça uma recapitulação da realidade da Queda humana. E mostre que o Novo Nascimento é a garantia de DEUS acerca da restauração do ser humano tragado pelo pecado. Assim, mostre que DEUS, por meio da cruz de CRISTO, e por intermédio do ESPÍRITO SANTO, garantiu a salvação a todos os que se arrependem de seus pecados e creem no Filho de DEUS. Em CRISTO, está firmada a nossa eterna salvação.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de DEUS. O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de CRISTO na cruz, DEUS declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O DEUS que detesta ‘o que justifica o ímpio’ (Pv 17.15) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque CRISTO já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3.21-26). Constamos, portanto, diante de DEUS como plenamente absolvidos” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.372).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“Atualmente, há urgente necessidade de renovada ênfase à doutrina da santificação nos círculos pentecostais. Em primeiro lugar porque são raros os pentecostais que hoje aceitariam a ideia de estar precisando de renovação espiritual. A despeito de muitíssimos crentes terem sido batizados no ESPÍRITO SANTO, são muitas as igrejas pentecostais que não possuem a vitalidade e a eficácia que nelas se evidenciavam em anos anteriores. Em segundo lugar, a ênfase pentecostal ao batismo no ESPÍRITO e aos dons sobrenaturais do ESPÍRITO tem resultado numa falta de ênfase ao restante da obra do ESPÍRITO, inclusive a santificação. Em terceiro lugar, a aceitação mais generalizada dos pentecostais e dos carismáticos parece ter ameaçado a distinção tradicional entre a Igreja e o mundo, lançando dúvidas sobre muitos dos antigos padrões de santidade. E, finalmente, os pentecostais de hoje dão muito valor à popularidade que acabaram de conquistar e, no afã de preservá-la, zelam por evitar qualquer aparência de elitismo espiritual” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.412).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p42.
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Teologia do Novo Testamento; Guia do Leitor da Bíblia e Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
 
AJUDA BIBLIOGRÁFICA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Revista Ensinador Cristão - nº 53 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/
SOTERIOLOGIA - AS GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA - Pr. Raimundo de Oliveira - CPAD
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
A TENTAÇÃO E A QUEDA - Comentário Neves de Mesquita
Bíblia The Word.
TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO - BEP - SALVAÇÃO
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Contra o Calvinismo - Roger Olson - Editora Reflexão
Teologia Sistemática de Charles Finney