Lição 6, A Rebeldia de Saul e a Rejeição de DEUS 4º Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel Gomes Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
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“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 Sm 15.23)
VERDADE PRÁTICA
Ao cristão nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia, pois fazê-lo é reviver a velha natureza.
Segunda – Rm 10.21 É sempre perigoso trilhar o caminho da rebeldia
Terça – 1 Pe 1.23 O pecado da rebeldia não é coisa de quem nasceu de novo
Quarta – 1 Co 10.5 Andar na rebeldia é perder os privilégios divinos
Quinta – Pv 17.11 Evitemos proceder como os rebeldes
Sexta – Js 1.8 O cristão deve ter o cuidado de proceder conforme o que está na Palavra
Sábado – Sl 40.1 O servo de DEUS deve esperar sempre com paciência
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 15.17-28
17 - E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre Israel. 18- E enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles. 19 - Por que, pois, não destes ouvidos à voz do SENHOR? Antes, voaste ao despojo e fizeste o que era mal aos olhos do SENHOR. 20 - Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente; 21 - mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao SENHOR, teu DEUS, em Gilgal. 22- Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. 23 - Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 24 - Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. 25 - Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o SENHOR. 26 - Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SE-NHOR, para que não sejas rei sobre Israel. 27- E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou. 28 - Então, Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Definir rebeldia;
Explicar a rebeldia de Saul;
Caracterizar a liderança sem critérios de Saul. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O orgulho é um fator determinante para o pecado de rebelião. Geralmente, a ausência de humildade, a disponibilidade para o serviço altruísta, leva o ser humano a desenvolver uma personalidade egoísta e orgulhosa. Quando se permite ao orgulho dominar o coração, o processo de rebelião está preste a ser instalado. Cultivar a submissão, a humildade e a obediência é o antídoto necessário para remover o “espírito da rebelião”, “porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria” (1 Sm 15.23). PONTO CENTRAL - O crente nascido de novo não deve praticar o pecado de rebelião.
Resumo da Lição 6, A Rebeldia de Saul e a Rejeição de DEUS I – DEFINIÇÃO DE REBELDIA
1. Conceito.
1. Não cumpria com a ordem divina.
1. Não sabia esperar.
Devido à sua rebeldia Saul possuía diversos problemas que terminaram por sa rejeição por DEUS e tendo uma morte trágica. Há castigo para a rebeldia (Nm 17.10; 20.24; Rm 10.21; 1 Tm 1.9).
Lembrando que Paulo, ou Saulo, era da mesma tribo de Saul e seus nomes eram iguais (provavelmente seu pai colocou este nome nele em homengaem ao rei Saul)
I – DEFINIÇÃO DE REBELDIA
1. Conceito.
REBELDE - מרה marah
1) ser controverso, ser rebelde, ser teimoso, ser desobediente a, ser rebelde contra
1a) (Qal) ser desobediente, ser rebelde
1a1) em relação ao pai
1a2) em relação a DEUS
1b) (Hifil) mostrar rebeldia, mostrar desobediência, desobedecer REBELIAO - (Strong Português) - מרי m ̂eriy
rebelião
rebelde (no construto) FEITICARIA (Strong Português) קסם qecem
1) adinhação, feitiçaria
1a) referindo-se às nações, Balaão
1b) referindo-se aos falsos profetas
1c) em um bom sentido (os lábios do rei como oráculos) FEITICARIA NO GREGO (Strong Português) φαρμακεια pharmakeia
1) uso ou administração de drogas
2) envenenamento
3) feitiçaria, artes mágicas, freqüentemente encontrado em conexão com a idolatria e estimulada por ela
4) metáf. as decepções e seduções da idolatria
rebelde, rebeldia
REBELDE - (Strong Português) - GREGO - απειθεω apeitheo
1) não deixar-se persuadir
1a) recusar ou negar a fé
1b) negar a fé e obediência
2) não obedecer
REBELDE - (Strong Português) - GREGO - ανυποτακτος anupotaktos
1) não submisso
2) que não pode se sujeitado ao controle, desobediente, insubordinado, teimoso
1) pressionar, empurrrar
1a) (Qal) empurrar, pressionar
1b) (Hifil) ser insolente, demonstrar arrogância, presunção)
PORFIAR - (Strong Português) - GREGO - εριθεια eritheia
1) propaganda eleitoral ou intriga por um ofício
1a) aparentemente, no NT uma distinção requerida, um desejo de colocar-se acima, um espírito partidário e faccioso que não desdenha a astúcia
1b) partidarismo, sectarismo - Aristóteles DEFINE COMO umA perseguição egoísta do ofício político através de meios injustos. 2. O aspecto bíblico.
Uma rebelião pode
ser também um processo político-militar em que um grupo de
indivíduos decide não mais acatar ordens ou a autoridade de
um poder constituído. Para haver uma rebelião, é preciso que
antes haja necessariamente um poder contra o qual se
rebelar. Em Política, as rebeliões são geralmente tratadas
como contestações subversivas da ordem vigente, a princípio
ilegítimas, e não ganham legitimidade até conseguirem
derrotar o poder constituído.
Alguns
conceitos análogos a rebelião,
embora não sinônimos,
- Revolução
- Revolta
- Insurreição
- Sublevação
- Motim
- Intentona (pejorativo)
- Quartelada (pejorativo)
- Inconfidência (pejorativo)
- Conjuração
- Conspiração
- Conluio
- Subversão
Será, pois, que, quando o Senhor teu DEUS te tiver dado repouso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor teu DEUS te dá por herança, para possuí-la, então apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças. Deuteronômio 25:17-19
2. Um povo chamado amaleque ou amalequitas, contra os quais os israelitas freqüentemente lutavam desde os dias de Moisés até o reinado de Davi. A menção de Gênesis 14.7 de “feriram toda a terra dos amalequitas”, na qual Quedorlaomer lutou, não prova que os amalequitas já existissem nos tempos de Abraão, mas simplesmente designa O território, como era conhecido para o autor de Gênesis e seus leitores.
O principal território dos amalequitas parecer ter sido o deserto do Neguebe (Nm 13.29), entre Berseba e o Sinai. A extensão da sua peregrinação está resumida em 1 Samuel 15.7 como sendo “desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito” - do noroeste e da Arábia até a fronteira ocidental do Egito, seguindo a linha do moderno Canal de Suez.
Migrando à procura de oásis aprazíveis em um ano que parece ter sido um ano de seca, os amalequitas atacaram Israel em Refidim, perto do Monte Sinai (Êx 17.8), pelo que a destruição total lhes foi decretada (v. 14; Dt 25.17-19). Eles foram declarados objeto de perpétua guerra (Êx 17.16), e continuaram a ser relacionados entre os inimigos de Israel (Sl 83.7). Depois de se rebelarem contra o Senhor, os israelitas procuraram entrar em Canaã pelo sul, mas foram desastrosamente derrotados pelos amalequitas e pelos cananeus nas colinas do Neguebe, ao norte de Cades-Barnéia (Nm 14.43,45). Balaão descreveu Amaleque (ou os amalequitas) como “o primeiro das nações” (Nm 24.20), por ser muito antigo naquela região (1 Sm 27.8) ou porque eles foram os primeiros a atacar a nação de Israel que estava saindo do Egito (Êx 17.8).
Os amalequitas se uniram aos vizinhos duas vezes para oprimir Israel durante o período dos juizes. Eles auxiliaram Eglom, rei dos moabitas, a capturar Jericó (Jz 3.13; “a cidade das palmeiras” — Jericó, veja Dt 34.3). Como beduínos montados em camelos, eles acompanharam os midianitas nos seus ataques a Israel na época da colheita, nos tempos de Gideão (Jz 6.3), mas Gideão derrotou-os no vale de Jezreel (6.33; 7.12-22). Em uma ocasião houve um acampamento de amalequitas em uma colina na terra de Efraim (Jz 12.15; cf. 5.14).
O rei Saul realizou uma campanha militar sistemática contra os amalequitas (1 Sm 14.48; 15.1-8). De forma egoísta, ele se recusou a matar o seu gado saudável e a executar o seu rei Agague (15.9-33). Evidentemente, ele também deixou de matar todos os inimigos, pois eles continuaram a atacar as comunidades estabelecidas no sul de Judá durante o final do reinado de Saul (1 Sm 30.1,2). Davi empreendeu um ataque semelhante para recuperar as esposas e crianças tomadas de Ziclague (30.3-20). Foi ele quem efetivamente esmagou os amalequitas (1 Sm 27.8,9; 2 Sm 8.11,12), de modo que não se ouviu mais falar deles até que os últimos remanescentes foram destruídos pelos quinhentos simeonitas, no Monte Seir, durante o reinado de Ezequias (1 Cr 4.43). H. G. S. - Dicionário Bíblico Wycliffe DEUS fala da rebeldia de Israel - Jeremias 5.23 e 31.22 DEUS em Oseias, compara Israel a uma vaca rebelde (Os 4.16), como um fazendeiro realça a rebeldia de um animal. O animal faz o que sua natureza pede. Se não for aplicada disciplina não obedece. Com a repetição aprende um novo rumo, mas de vez em quando se rebela e volta a fazer como antes. Israel já deveria ter se acostumado com DEUS e o que lhe agradava. Já havia recebido a justa disciplina, agora não poderia estar vivendo em rebeldia de novo, mas estava. O sentido é de um desviado - alguém que conheceu a DEUS, mas aderiu a idolatria e aos pecados diversos. A porca que volta ao despojadouro. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama. 2 Pedro 2:22 O cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova natureza implantada por CRISTO JESUS (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23); praticá-la é o mesmo que chamar a natureza velha para que reine outra vez − e a ordem de DEUS por meio de Paulo é que ela não reine (Rm 6.12). Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para DEUS em CRISTO JESUS nosso Senhor.
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a DEUS, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a DEUS, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:11-14 JESUS não levará no arrebatamento quem estiver vivendo na prática do pecado. Precisamos lutar e vencer o pecado a qualquer custo.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.Romanos 12:21
Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu filho.Apocalipse 21:7
E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,Apocalipse 2:26
Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.Apocalipse 2:11
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Apocalipse 3:21 Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de DEUS. Apocalipse 2:7
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Apocalipse 3:5 JESUS falou a respeito de alguém que conhece a DEUS, experimenta de seu amor e poder e depois se desvia. Sete demônios, além do que antes do crente se converter estava nele, se apossam deste desviado. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro. Lucas 11:26 O pecado não pode ser voluntário. Não podemos mais amar o pecado. Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Hebreus 10:25-27
3. O cristão e a rebelião.
II – A REBELDIA DE SAUL
1. Não cumpria com a ordem divina.
2. DEUS se “arrependeu” em relação a Saul.
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de DEUS.
Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Gálatas 5:19-22 Exemplos de Rebelião contra o DEUS da Bíblia:
Faraó – Ex 5:1-2; Coré, Datã e Abirão - Nm 16:11; Moisés e Arão – Nm 20:8, 11-12, 24; O povo de Israel – Dt 9:23-24; Os 7:14; 13:16; Saul – I Sm 15:9, 2;
Jeroboão – I Rs 12:28-33; Zedequias – II Cr 36:13;
1Sm 15.23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
A rebelião contra DEUS teve início em Satanás.
Lembre-se, Satanás é o mestre da enganação que iniciou uma rebelião no próprio centro do Templo Celestial e no centro do domínio angelical. Ezequiel pinta um quadro estarrecedor dessa bela criatura que foi criada pelo DEUS Jeová e como sua convivência no domínio celestial foi gloriosa até que pecou. Leia o relato atentamente.
As Perfeições de Lúcifer Antes de sua Queda
"12Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 13Estavas no Éden, jardim de DEUS; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. 14Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de DEUS estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. 15Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. " [Ezequiel 28:12-15]
Se você recebeu JESUS CRISTO como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do ESPÍRITO SANTO de DEUS. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
III. SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS
1. Não sabia esperar.
15.23 REJEITOU A TI, PARA QUE NÃO SEJAS REI. (1) A rejeição de Saul como rei e a conseqüente rejeição de sua casa não significavam que DEUS rejeitara para sempre a Saul como pessoa. Embora o cargo de Saul como rei jamais fosse restaurado, contudo ele poderia ser perdoado e ter comunhão com DEUS como salvo, mediante arrependimento sincero e submissão ao Senhor (vv. 24,25,31). (2) Esse mesmo princípio verifica-se no novo concerto. Um líder espiritual que venha a fracassar moralmente, e daí ser permanentemente reprovado por DEUS para o exercício do seu ministério espiritual, pode, contudo, obter pleno perdão, usufruir a salvação e a comunhão com DEUS (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
2. Saul: o rei rejeitado.
13.14 UM HOMEM SEGUNDO O SEU CORAÇÃO. Davi é esse homem. (1) Davi era um homem segundo o coração de DEUS, pelas seguintes razões: (a) cria em DEUS desde a sua juventude (17.34,37); (b) buscava diligente e continuamente a face de DEUS e o seu conselho, dependendo inteiramente dEle (23.2,4; 30.8; 2 Sm 2.1; 5.19,23); (c) adorava a DEUS com a totalidade do seu ser e instruía a nação inteira de Israel a fazer o mesmo (1 Cr 15;16); (d) reconhecia humildemente que DEUS era o verdadeiro Rei de Israel e que ele mesmo não passava de um representante dEle (2 Sm 5.12); e (e) na sua conduta pública obedecia ao Senhor e cumpria a sua vontade de modo geral (cf. At 13.22). (2) Em época posterior da sua vida, no entanto, Davi causou profundo desgosto a DEUS em várias ocasiões, deixando de ser um homem segundo o seu coração. Ele desprezou a DEUS e à sua Palavra ao cometer os pecados de adultério e de homicídio (2 Sm 12.7-14), e ao numerar Israel contra a vontade de DEUS (1 Cr 21.1-17). 1 Samuel 15:10-23 O Exame Diante de Samuel e a Sentença de DEUS contra Saul - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Saul é aqui chamado para dar explicações a Samuel com respeito à execução da sua comissão contra os amalequitas. Temos aqui exemplos marcantes do rigor da justiça de DEUS e da infidelidade e falsidade do coração humano. Lemos o seguinte:
Samuel lamenta e pleiteia em favor de Saul. Samuel se contristou que Saul tinha perdido o favor de DEUS e que DEUS tinha resolvido rejeitá-lo; e toda a noite clamou ao SENHOR. Ele passou a noite intercedendo por Saul, para que esse decreto não se cumprisse contra Saul. Enquanto outros estavam em suas camas dormindo, ele estava de joelhos orando e batalhando com DEUS. Ele não protestava contra sua própria exclusão do governo; nem estava secretamente satisfeito, como muitos teriam ficado, pelo fato de Saul, que o sucedera, ter sido tão rapidamente colocado de lado; mas, ao contrário, ele orou sinceramente para que Saul continuasse no poder; tão distante ele estava de desejar esse dia pesaroso. A rejeição de pecadores é uma aflição para pessoas justas. DEUS não se agrada na morte deles; nós também não deveríamos.
O que se passou entre Samuel e Saul em público. Samuel, sendo enviado de DEUS a ele com essas notícias sérias, foi, semelhantemente a Ezequiel, com amargura de alma, para encontrá-lo, talvez para um encontro quando Saul saiu para essa campanha militar, porque Saul tinha descido a Gilgal (v. 12), o lugar onde foi levantado rei (1Sm 11.15), e onde agora teria sido confirmado se tivesse sido aprovado nessa prova de obediência. Mas Samuel foi informado de que Saul tinha erguido um arco do triunfo, ou algum monumento pela vitória, em Carmelo, uma cidade nas montanhas de Judá, buscando sua própria honra mais do que a honra de DEUS. Ele levantou essa coluna (ou mão, de acordo com o original) para si próprio (Saul tinha mais motivos para arrepender-se do seu pecado e fazer as pazes com DEUS do que vangloriar-se de sua vitória). Samuel também soube que Saul tinha marchado com grande pompa para Gilgal. Isso pode ser inferido da expressão: Então, fez volta, e passou, e desceu a Gilgal, com muita pompa e desfile. No encontro entre Samuel e Saul encontramos o seguinte:
1. Saul vangloria-se diante de Samuel pela sua obediência, porque por meio dela ele deveria se tornar notável agora (v. 13): “Bendito sejas tu do SENHOR, porque me enviaste para uma boa missão, na qual tive grande sucesso, e obedeci às ordens do SENHOR”. É muito provável que, se sua consciência não o tivesse desaprovado naquela época e o acusado de desobediência, ele não teria estado tão animado em proclamar a sua obediência; porque assim esperava impedir a reprovação de Samuel. Os pecadores acham que, ao justificar-se, poderão escapar de serem julgados pelo Senhor; já que a única maneira de fazê-lo é julgarem-se a si mesmos. Aqueles que mais se vangloriam de sua religião podem ser suspeitos, de maneira justa, de parcialidade e hipocrisia.
2. Samuel declara Saul culpado por meio de uma demonstração clara de sua desobediência. “Acaso obedeceste ao mandamento do Senhor? Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos? (v. 14). Saul talvez achasse que o DEUS Todo-poderoso fosse admiravelmente devedor a ele pelo bom serviço que tinha realizado; mas Samuel mostra a Saul que DEUS estava longe de ser um devedor a ele e que tinha uma causa justa contra ele. A evidência era o balido das ovelhas e o mugido das vacas, que Saul talvez planejava usar como uma das provas do seu triunfo, mas que Samuel aponta como testemunho contra ele. Ele não precisava ir longe para desmentir suas declarações. O barulho que o gado fazia (semelhante a ferrugem da prata, Tg 5.3) seria testemunho contra ele. Observe: Não é novidade ver as confissões plausíveis e protestos dos hipócritas serem contestados por evidências óbvias e irrefutáveis. Muitas pessoas vangloriam-se de sua obediência aos mandamentos de DEUS; mas o que significa então sua tolerância com a carne, seu amor ao mundo, sua paixão e falta de caridade, e sua negligência com as coisas sagradas, que testemunham contra elas?
3. Saul insiste na sua própria justificação contra essa acusação (v. 15). O fato ele não podia negar; as ovelhas e bois foram, de fato, trazidos dos amalequitas. Mas: (1) Não era culpa sua, porque o povo os perdoou (o povo os poupou); como se pudessem tê-lo feito sem a expressa ordem de Saul, quando sabiam que era contra as ordens expressas de Samuel. Observe: Aqueles que estão dispostos a se justificar são normalmente muito propensos a condenar os outros e a colocar a culpa sobre qualquer um, em vez de assumir a própria culpa. O pecado é semelhante a uma criança mal-educada que ninguém se importa em deixar à porta. É o triste subterfúgio de um coração impenitente, que não está disposto a confessar sua culpa, colocar a culpa naqueles que foram tentadores, ou parceiros, ou somente seguidores nela. (2) Isso foi feito com boas intenções: “Eles foram trazidos para serem sacrificados ao SENHOR, seu DEUS. Ele é o seu DEUS, e você não se colocará contra qualquer coisa que será feita, como nesse caso, para a honra dele”. Esse era um argumento falso, porque tanto Saul, como o povo, visavam seu próprio proveito ao poupar o gado. Mas, se isso fosse verdade, mesmo assim teria sido fútil, porque DEUS aborrece a iniqüidade do roubo (Is 61.8). DEUS havia estabelecido que esse gado fosse sacrificado a Ele no campo e, portanto, não agradeceria àqueles que o trouxeram para ser sacrificado no seu altar; porque Ele será servido na sua própria maneira e de acordo com a regra que Ele mesmo prescreveu. Uma boa intenção não justificará uma má ação.
4. Samuel rejeita, ou melhor, desconsidera seu argumento e, em nome de DEUS, apresenta juízo contra ele. Ele estabelece, como premissa, sua autoridade. O que estava prestes a dizer era o que o Senhor tinha dito a ele (v. 16), caso contrário, não teria transmitido uma reprovação tão severa contra Saul. Aqueles que reclamam que seus ministros são duros demais com eles deveriam lembrar que, enquanto se mantêm de acordo com a palavra de DEUS, são mensageiros, e devem dizer aquilo que são ordenados a dizer; por conseguinte, devem estar dispostos, como Saul aqui estava, a responder: Fala. Samuel transmite sua mensagem fielmente (1) Ele lembra a Saul da honra que DEUS tinha dado a ele ao torná-lo rei (v. 17), quando era pequeno aos seus olhos. DEUS considerou a baixeza do seu estado e recompensou a humildade do seu espírito. Observe: Aqueles que são investidos de honra e prosperidade devem lembrar com freqüência a sua origem insignificante, para que jamais se considerem superiores e, sim, sempre busquem fazer grandes coisas para o DEUS que os promoveu. (2) Ele coloca diante dele a clareza das ordens que deveria executar (v. 18): enviou-te o SENHOR a este caminho; tão fácil era o serviço, e tão certo o sucesso, que deveria ser chamado de caminho (ou jornada) em vez de guerra. A obra era honrosa: destruir os inimigos jurados de DEUS e de Israel. Caso tivesse negado a si mesmo, e deixado de lado a consideração do seu próprio benefício, destruindo tudo que pertencia a Amaleque, não teria sido perdedor no final, nem ido a essa guerra por conta própria. DEUS, certamente, teria dado tudo que precisava, a ponto de não ter necessidade de despojos. E, portanto, (3) Ele mostra quão indesculpável Saul era em buscar tirar proveito de sua campanha militar, e em enriquecer-se com ela (v. 19): “Por que, pois [...] voaste ao despojo e o converteste em uso próprio, aquilo que devia ter sido destruído pela honra de DEUS?”. Veja o que o amor ao dinheiro pode causar; mas veja a pecaminosidade do pecado, que o torna mal, acima de qualquer coisa, aos olhos do Senhor. Isto é desobediência: não deste ouvidos à voz do SENHOR.
5. Saul repete sua vindicação, preferindo persistir na sua rebeldia em relação à condenação (vv. 20,21). Ele nega a acusação (v. 20): “Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR; fiz tudo que deveria ter feito”; pois, tinha feito tudo que achava que devia ter feito. Ele se achava mais sábio aos próprios olhos do que aos olhos de DEUS. O Senhor tinha ordenado que matasse tudo, no entanto, ele coloca no meio dos exemplos de sua obediência, que tinha trazido Agague com vida, o que achava ser tão bom quanto tê-lo matado. De forma semelhante, corações carnais enganosos buscam desculpar-se dos mandamentos de DEUS com suas próprias equivalências. Ele insiste em que tinha destruído os amalequitas totalmente, que era a principal coisa a ser feita; mas, quanto ao despojo, ele reconhece que devia ser completamente destruído (o melhor do interdito). Conseqüentemente, ele conhecia a vontade do Senhor e estava plenamente ciente quanto às ordens dele. Mas ele achava que seria um grande desperdício. O gado dos midianitas foi tomado como presa nos tempos de Moisés (Nm 31.32ss.) e, por que não se poderia fazer o mesmo com o gado do amalequitas? Seria melhor que esse gado fosse uma presa para os israelitas do que para as aves do céu e as feras do campo; portanto, ele foi conivente com os israelitas e permitiu que levassem o gado com eles. Mas essa era obra deles, não dele; além disso, o gado era para ser oferecido ao Senhor ali em Gilgal, para onde o estavam trazendo agora. Veja quão difícil é convencer os filhos da desobediência de seu pecado e despi-los das folhas de figueira.
6. Samuel apresenta uma resposta completa para a sua desculpa, visto que Saul insistia nela (vv. 22,23). Ele apela para a sua própria consciência: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Embora Saul não fosse um homem de grande conhecimento da religião, no entanto, sabia que: (1) Nada agrada mais a DEUS do que a obediência. Não, não é o sacrifício e a oferta, e a gordura dos carneiros. Veja aqui o que deveríamos buscar em todos os exercícios da religião, ou seja, buscar a aceitação de DEUS, para que se deleite naquilo que fazemos. Se DEUS estiver satisfeito conosco e nossos serviços, somos felizes; mas, caso contrário, de que me serve a multidão de sacrifícios? (Is 1.11). Aqui lemos claramente que a obediência humilde, sincera e conscienciosa à vontade de DEUS é mais agradável e aceitável a Ele do que em todos os holocaustos e sacrifícios. Uma conformidade cuidadosa aos preceitos morais nos torna atraentes a DEUS mais do que todas as observâncias cerimoniais (Mq 6.6-8; Os 6.6). A obediência é ordenada pela lei eterna da natureza, mas o sacrifício somente por uma lei concreta. A obediência era a lei da inocência, mas o sacrifício supõe que o pecado entre no mundo, e não passa de uma tentativa insignificante de tirar aquilo que a obediência teria impedido. DEUS é mais glorificado e a pessoa mais negada pela obediência do que pelo sacrifício. É muito mais fácil trazer um touro novo ou um cordeiro para ser queimado no altar do que levar cativo todo entendimento à obediência (2 Co 10.5) a DEUS e a vontade sujeita à vontade dele. A obediência é a glória dos anjos (Sl 103.20), e será a nossa também. (2) Nada aborrece mais a DEUS do que a desobediência, colocando nossa vontade em competição com a dele. Isso é chamado aqui de rebelião e porfiar, comparado à feitiçaria e idolatria (v. 23). É tão iníquo exaltar outros deuses quanto viver em desobediência ao verdadeiro DEUS. Aqueles que são governados pelas suas próprias inclinações corruptas, em oposição à ordem de DEUS, consultam, na realidade, os terafins (como a palavra refere-se à idolatria aqui) ou a adivinhos. Foi a desobediência que nos tornou pecadores (Rm 5.19); a perversidade do pecado é que ele é iniqüidade (1 Jo 3.4) e, conseqüentemente, inimizade contra DEUS (Rm 8.7). Saul era rei, mas se ele desobedecer à ordem de DEUS, sua dignidade e poder real não o isentarão da culpa de rebelião e porfia. Esse texto não fala da rebelião do povo contra seu príncipe, mas de um príncipe contra DEUS.
7. Samuel anuncia a sua condenação: “Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, desprezaste o governo dela, ele também te rejeitou a ti, tratou com menosprezo, para que não sejas rei. Aquele que te tornou rei, determinou revogar o teu posto”. Aqueles que não estão prontos para ser governados por DEUS não estão preparados e dignos para governar sobre os homens. 1 Samuel 15:24-31
As Justificativas de Saul para a Desobediência - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Saul finalmente é levado ao ponto em que se coloca na posição de penitente; mas fica evidente que somente faz o papel de um penitente, mas não o é de fato. Observe:
I
Seu arrependimento insuficiente. Com muita dificuldade ele percebeu o seu erro, e não antes de ser ameaçado de ser deposto. Isso o tocou em uma parte delicada. Somente então ele começou a abrandar-se. Somente quando Samuel disse a ele que Ele o rejeitou como rei, Saul respondeu: Pequei (v. 24). Sua confissão não era livre e sincera, mas forçada pela ruína. Observamos aqui diversos sinais negativos da hipocrisia do seu arrependimento, que pode ter sido mais inadequado do que o de Acabe.
1. Ele expressou seu arrependimento somente a Samuel e parecia muito ansioso em ganhar o seu favor. Ele o torna um pequeno deus, somente para preservar sua reputação diante do povo, porque todos sabiam que Samuel era profeta e o homem que tinha sido o instrumento de sua promoção. Achando que agradaria a Samuel, o que parecia ser certo tipo de suborno a ele, Saul confessa: porquanto tenho traspassado o dito do SENHOR e as tuas palavras; como se Samuel estivesse no lugar de DEUS (v. 24). Davi, embora convencido pelo ministério de Natã, em sua confissão, se dirige somente a DEUS, não a Natã: Contra ti, contra ti somente pequei (Sl 51.4). Mas Saul, de maneira ignorante, confessa seu pecado como uma transgressão às palavras de Samuel; considerando que sua palavra era, na verdade, uma declaração do dito do SENHOR. Ele também pede perdão a Samuel (v. 25): rogo-te, perdoa-me o meu pecado; como se qualquer um podia perdoar pecado, a não ser somente DEUS. As pessoas enganam-se desgraçadamente quando, após terem caído em pecado escandaloso, acham que é suficiente fazer as pazes com a igreja e seus ministros, por meio de uma profissão de arrependimento plausível, sem se preocupar em fazer as pazes com DEUS por meio de um coração sincero. A interpretação mais tolerante que podemos fazer de Saul é supor que ele via em Samuel uma espécie de mediador entre ele e DEUS, e desejava dirigir-se a DEUS por seu intermédio. No entanto, isso era muito inadequado.
2. Ele justificou sua falta mesmo durante a sua confissão, e essa nunca é a maneira correta de um verdadeiro penitente (v. 24): Eu o fiz porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. Temos motivos suficientes para pensar que essa era puramente sua própria decisão e não a do povo; no entanto, se eles tinham a intenção de fazê-lo, fica claro, pelo que lemos anteriormente, que ele sabia como manter sua autoridade no meio deles e não tinha medo deles. Assim que a desculpa era falsa e leviana; independentemente do que pretendia, Saul realmente não temia o povo. Mas é comum aos pecadores, ao desculpar suas faltas, defender os pensamentos e ações da sua própria mente, porque, independentemente de serem fundados ou não, ninguém pode contestá-los; mas eles se esquecem de que DEUS examina o coração.
3. Saul tinha uma grande preocupação em salvaguardar seu prestígio e preservar sua influência sobre o povo, para que não se revoltassem contra ele ou, pelo menos, não o desprezassem. Por isso, ele suplica com tanta determinação (v. 25) que Samuel volte novamente com ele e o auxilie no culto de ações de graças público pela vitória. Ele foi muito insistente nessa questão, a ponto de pegar na borda da capa de Samuel para detê-lo (v. 27), não que se importasse com Samuel, mas porque temia que se Samuel o abandonasse, o povo também o faria. Muitos parecem apegados de maneira zelosa a bons ministros e boas pessoas somente pelo interesse e reputação própria, embora no coração os aborreçam. Mas a expressão de Saul foi muito grosseira quando disse (v. 30): Pequei; honra-me, porém, agora diante do meu povo. Será que essa é a linguagem de um penitente? Não, pelo contrário: “Pequei, humilha-me agora, porque a mim pertence a vergonha, e nenhum homem pode repugnar-me tanto quanto eu mesmo me repugno”. No entanto, é muito comum para aqueles que são declarados culpados de pecado mostrarem-se muito solícitos para serem honrados diante do povo. Ao passo que, aquele que perdeu a honra de um inocente não deve aspirar nada além de ser um penitente, e é uma honra para um penitente humilhar-se.
II
Saul não conseguiu quase nada com essa magra amostra de arrependimento. O que ele ganhou com isso? 1. Samuel repetiu a sentença designada a ele, tão longe ele estava de dar qualquer esperança da revogação dela (v. 26; veja versículo 23). O que encobre as suas transgressões nunca prosperará (Pv 28.13). Samuel recusou-se a voltar com ele, mas virou-se para se ir (v. 28). Como a coisa lhe parecia à primeira vista, ele achava que era impróprio aprovar alguém a quem DEUS havia rejeitado, e unir-se a ele em um culto de gratidão a DEUS pela vitória, que serviria mais para demonstrar a avareza de Saul do que glorificar a DEUS. No entanto, mais tarde, ele voltou com ele (v. 31), depois de refletir mais um pouco, e provavelmente pela direção divina, ou para impedir um motim no meio do povo. Talvez, não para honrar a Saul (porque, embora Saul adorasse o Senhor, v. 31, não lemos que Samuel presidiu aquela adoração), mas para fazer justiça a Agague (v.32). 2. Ele ilustrou a sentença por meio de um sinal, que Saul, pela sua rudeza, provocou. Quando Samuel estava virando para se ir, Saul rasgou sua roupa para detê-lo (v. 27), tão relutante ele estava em seguir com o profeta; mas Samuel atribuiu uma interpretação a este incidente que somente um profeta poderia fazer. Ele usou isso para representar o rasgar do reino dele (v. 28), e isso, como aqui, ocorreu por culpa dele. “Aquele que o rasgou de tuas mãos, o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu”, a saber, a Davi, que, mais tarde, em certo momento, cortou um pedaço da orla do manto de Saul (1 Sm 24.4), quando Saul disse: eis que bem sei que certamente hás de reinar, talvez lembrando-se desse sinal, o rasgar da borda da capa de Samuel. 3. Samuel ratificou a sentença por meio de uma declaração solene de sua forma irreversível (v. 29): a Força de Israel não mente. A Eternidade ou Vitória de Israel, de acordo com algumas traduções. “Ele está determinado a depô-lo e não mudará o seu propósito. Ele não é um homem, para que se arrependa ”. 1 Samuel 15.17-28
17 - E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre Israel. 18- E enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles. 19 - Por que, pois, não destes ouvidos à voz do SENHOR? Antes, voaste ao despojo e fizeste o que era mal aos olhos do SENHOR. 20 - Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente; 21 - mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao SENHOR, teu DEUS, em Gilgal. 22- Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. 23 - Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 24 - Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. 25 - Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o SENHOR. 26 - Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do SENHOR, já te rejeitou o SE-NHOR, para que não sejas rei sobre Israel. 27- E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou. 28 - Então, Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
CONCLUSÃO Há Esperança Para Os Rebeldes
Amado, eu não poderia trazer esta mensagem, se DEUS não me houvesse dado uma palavra de encorajamento para com aqueles que anseiam se libertar de sua rebeldia. Ela se encontra no Salmo 107: 9-14.
"Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta. Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos de aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de DEUS e haverem desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o coração - caíram, e não houve quem os socorresse."
"Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Tirou-os das trevas e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias". Você foi "abatido" pela sua rebeldia, pela sua amargura? Clame ao Senhor dos Exércitos por uma libertação divina! Deixe que Ele despedace as cadeias demoníacas que envolvem o seu coração -- que lhe retire da sombra da morte e o transporte para a Sua maravilhosa luz!
World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA
"A Rebelião contra o DEUS do livro
Nesta lição, tratamos em geral da rebelião daqueles que estão fora da comunidade dos santos. Todavia, a Bíblia discorre sobre a apostasia, que é um tipo de rebelião, como veremos na explicação abaixo.
'Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com CRISTO, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé Nele. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é a simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de CRISTO e dos apóstolos ou dalguns deles (1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3); e (b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em CRISTO e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (ls 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.1 5-23; 8.6-13)." (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. p.19ü3). SÍNTESE DO TÓPICO I - A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por vezes se trata de uma obstinação em excesso. SÍNTESE DO TÓPICO II - A rebeldia de Saul era caracterizada pela sua desobediência à ordem divina. SÍNTESE DO TÓPICO III - Saul não sabia esperar, assim, esta característica contribuiu para a sua rejeição. PARA REFLETIR - A respeito de “A Rebeldia de Saul e a Rejeição de DEUS”, responda:
Defina rebeldia. A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por vezes se trata de uma obstinação em excesso.
Por que o cristão não pode viver na prática da rebeldia? O cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova natureza implantada por CRISTO JESUS (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23).
Por que tudo dos amalequitas deveria ser destruído? Tudo deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento divino.
Qual o sentido da palavra “arrepender-se”? A Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico nacham, significa “sentir profundamente, lamentar”.
O que nos mostra a história de Saul? Essa história nos mostra que devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de DEUS e servi-lo de todo o coração
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Para ajudá-lo a elaborar a introdução de sua aula, reflita sobre o seguinte texto: “O rei de todos os pecados é o orgulho. Nenhum outro pecado é maior que ele. Além do orgulho ou presunção, todos os outros vícios – embriaguez, pecados sexuais, cobiça, mau gênio, violência – não passam de insignificâncias comparados à montanha do orgulho. O orgulho é o pecado que transformou Lúcifer em inimigo de DEUS. Satanás se recusou a submeter-se a DEUS; ele quer ser líder. John Milton comenta, em seu Paraíso Perdido: ‘Satanás decidiu que era melhor reinar no inferno do que servir no céu’. O orgulho nos torna independente de DEUS, e a independência está diametralmente oposto à adoração. É por isso que devemos nos submeter a DEUS e resistir ao Diabo” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.161).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Todos os que fomos acusados podemos arranjar álibis e racionalizar o que fizemos, mas sei em meu íntimo onde erramos. Achávamos difícil, senão impossível, submeter-nos a outros que não concordavam com a nossa maneira de agir. Várias pessoas nos disseram o que não queríamos ouvir, mas nos recusamos a escutá-las. Esse foi o nosso maior pecado. Há segurança na submissão. Mas aprendi a lição tarde demais. O que é submissão? Submissão é a disposição para afrouxar as rédeas. Um líder forte deve estar disposto a submeter-se. Políticos e empresários devem louvar essa qualidade. Os ministros devem possuí-la. O líder submisso diz: Não preciso estar no controle. Estou comprometido até o ponto em que posso deixar de lado a autoridade. Vou submeter a mim mesmo e o que faço a outros. A submissão é autoimposta. Não fazemos isso por nossa própria causa. Por que a submissão é tão importante na vida do crente? Porque ela nos protege da natureza perversa e inata oculta dentro de nós” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal:Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.153-54).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A coroa da Submissão. O Antigo Testamento oferece um contraste nos estilos de liderança. Saul representa a rebeldia; Davi personifica a submissão. Dois reis, duas coroas, dois estilos: um é exaltado, o outro, extinto. O rei Saul é rejeitado e esquecido no pó da história. Porém Davi, três mil anos mais tarde, continua nas manchetes. Ainda chamamos Jerusalém ‘Cidade de Davi’, a cidade do rei. A rebelião reflete insegurança. Quando nos submetemos, porém, damos uma firme impressão de calma e força. Howard Butt também escreve: ‘A coroa da liderança cristã é uma coroa de espinhos brilhantes. A coroa da revolução se desintegra. A coroa da submissão é exaltada” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.160). CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 80, p39. SUGESTÃO DE LEITURA - Dicionário Bíblico Wycliffe, As obras de Armínio e Orgulho Fatal.
Exemplo de rebeldia nos dias pós-modernos
Richard Dawkins - Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em DEUS, e os terríveis danos que
a crença já causou à sociedade. Agora, neste DEUS, um delírio, seu intelecto afiado se concentra exclusivamente no assunto e mostra como a religião alimenta
a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças.
Michel Onfray – Só o homem ateu pode ser livre, porque DEUS é incompatível com a liberdade humana.