Escrita Lição 9, A Mordomia do Trabalho, 3Tr19, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 9, A Mordomia do Trabalho, 3Tr19, Pr. Henrique, EBD NA TV
3º Trimestre de 2019 - Tempos, Bens e Talentos - Sendo Mordomo Fiel e Prudente com as coisas Que DEUS nos tem dado - Comentarista CPAD - Elinaldo Renovato de Lima
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TEXTO ÁUREO
“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.”  (2 Ts 3.10).
 
 
 
 
VERDADE PRÁTICA
O trabalho honesto, acompanhado da bênção de DEUS, dignifica e enobrece o cristão.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jó 5.6,7 O homem nasceu para o trabalho
Terça – Gn 3.19 O trabalho com o suor do rosto
Quarta – Ec 3.10 O trabalho como aflição
Quinta – Ef 6.5-9 O relacionamento entre patrão e empregado
Sexta – Sl 128.2 Comendo do próprio trabalho
Sábado – Jo 9.4 Trabalhar enquanto é dia
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Tessalonicenses 3.6-13
6 - Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.
7 - Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós, 
8 - nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós; 
9 - não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes. 
10 - Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
11 - Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.
12 - A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor JESUS CRISTO, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão. 
13 - E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
 
 
OBJETIVO GERAL - Esclarecer que o trabalho honesto dignifica e enobrece o cristão.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar o trabalho de DEUS na Bíblia;
Correlacionar a Bíblia com a mordomia do trabalho; 
Elencar os princípios cristãos para o trabalho.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O trabalho é uma vocação que aparece no Gênesis, perpassa por JESUS e se confirma nos apóstolos. Isso significa que DEUS espera que seus filhos trabalhem. Nesse sentido, o trabalho não é fruto do pecado, mas da criação e dádiva de DEUS. Essa concepção bíblica muda todo o sentido do trabalho em nossa vida. Por isso, ao longo de muito tempo, e amparados no ensinamento apostólico de Efésios 6.5-8, os cristãos encararam o trabalho como oportunidade de servir a DEUS diligentemente. Podemos, e devemos, glorificar a DEUS com o nosso trabalho!
 
 
PONTO CENTRAL - O trabalho honesto dignifica e enobrece o cristão.
 
 
Resumo da Lição 9, A Mordomia do Trabalho
I – O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA
1. O trabalho de DEUS na criação do Universo.
2. O trabalho de DEUS na criação do homem.
3. DEUS continua a trabalhar.
II – A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO
1. O homem foi criado para o trabalho.
2. O trabalho antes da Queda.
3. O trabalho depois da Queda.
3.1. O medo e a maldição.
3.2. A ecologia foi mudada.
3.3. O trabalho tornou-se desgastante.
III – PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO
1. O homem deve trabalhar “com o suor de seu rosto”.
2. O trabalho deve ser diuturno. 
3. Não ser pesado a ninguém.
4. O preguiçoso não deveria comer.
5. A relação de empregados e empregadores.
5.1. Os Patrões cristãos.
5.2. Empregados cristãos.
5.3. Não se submeta ao trabalho vil.
 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A Bíblia mostra que DEUS trabalhou na criação do universo, do homem e continua a trabalhar
SÍNTESE DO TÓPICO II - A Bíblia mostra o homem e sua vocação para o trabalho antes e depois da Queda.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Dentre dos muitos princípios cristãos para o trabalho, destacamos: o trabalho deve ser do suor do rosto, diuturno, patrões e empregados devem
observar a ética do Reino de DEUS.
 
 
 
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
DEUS criou o homem a sua imagem e semelhança (Gn 1:27). DEUS é um ser trabalhador. Autor da criação e nunca deixou de trabalhar (E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. João 5:17).
No início da vida terrena DEUS disse para o primeiro homem, Adão “lavrar e guardar” o jardim do Éden (Gn 2.15). JESUS era trabalhador - experimentado nos trabalhos (Isaías 53:3), "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele". Marcos 6:3 - Profissão de JESUS - Carpinteiro.
O trabalho passou a ser penoso após o pecado. Porém, o trabalho é que dignifica o homem e o faz conquistar novos horizontes (Gn 3:19).
Vamos ver nesta Lição a mordomia e os princípios cristãos para o trabalho. 
I – O TRABALHO DE DEUS NA BÍBLIA
 
Trabalhar - (Strong Português) - עשה Ìasah - HEBRAICO1) fazer, manufaturar, realizar, fabricar
1a) (Qal)
1a1) fazer, trabalhar, fabricar, produzir
1a1a) fazer
1a1b) trabalhar
1a1c) lidar (com)
1a1d) agir, executar, efetuar
1a2) fazer
1a2a) fazer
1a2b) produzir
1a2c) preparar
1a2d) fazer (uma oferta)
1a2e) atender a, pôr em ordem
1a2f) observar, celebrar
1a2g) adquirir (propriedade)
1a2h) determinar, ordenar, instituir
1a2i) efetuar
1a2j) usar
1a2k) gastar, passar
1b) (Nifal)
1b1) ser feito
1b2) ser fabricado
1b3) ser produzido
1b4) ser oferecido
1b5) ser observado
1b6) ser usado
1c) (Pual) ser feito
2) (Piel) pressionar, espremer
 
 
Trabalhar - (Strong Português) - εργαζομαι ergazomai - GREGO1) trabalhar, labutar, fazer trabalho
2) comerciar, ganhar pelo comércio, “fazer negócios”
3) fazer, executar 
3a) exercitar, realizar, empenhar-se 
3b) fazer existir, produzir
4) trabalhar para, ganhar pelo trabalho, adquirir
 

1. O trabalho de DEUS na criação do Universo.
 
2. O trabalho de DEUS na criação do homem.
 
3. DEUS continua a trabalhar.
 
II – A BÍBLIA E A MORDOMIA DO TRABALHO
1. O homem foi criado para o trabalho.
Os benefícios do trabalho. 
O trabalho ocupa a mente, exercita o corpo, satisfaz à alma.
Jó 5. 6, 7 - O homem nasceu para o trabalho - ARC 1995  - 6 Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. 7 Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar.
 
Nos sentimos realizados e felizes quando trabalhamos e podemos sustentar nossas casas, nossas famílias, nossas despesas.
 
2. O trabalho antes da Queda.
DEDICANDO-SE AO TRABALHO
A necessidade do trabalho. 
O ser humano foi criado para trabalhar.
Adão foi colocado no Éden e foi lhe dada ordem de trabalhar tanto materialmente (cultivar) como trabalhar espiritualmente (guardar)
Cultivar significa podar, arrancar mato que danifica a planta, colher, plantar, cuidar.
Guardar tem o sentido de proteger, DEUS sabia que Satanás estava por ali e que tentaria roubar do homem a imagem e semelhança de DEUS.
 
3. O trabalho depois da Queda.
 
3.1. O medo e a maldição.
 
3.2. A ecologia foi mudada.
 
3.3. O trabalho tornou-se desgastante.
 
III – PRINCÍPIOS CRISTÃOS PARA O TRABALHO
1. O homem deve trabalhar “com o suor de seu rosto”.
A sua própria custa. Exige esforço mental e físico ou às vezeas só fisico ou só mental.
2. O trabalho deve ser diuturno.
Que tem longa duração; que se prolonga no tempo; prolongado: o povo enfrenta uma batalha diuturna para vencer o desemprego.Que tem uma vida longa; que não se acaba facilmente; que perdura, demora.Que se refletiu por um longo tempo; em que há reflexão, ponderação; ponderado.3. Não ser pesado a ninguém.
Paulo queria desesperadamente desafiar os tessalonicenses sobre seu estilo de vida. Ele sabia na prática sobre a Lei da aquisição, as pessoas aceitam o líder antes de aceitar suas palavras. Por isso, ele lembra-lhes o modelo que ele e Silas deixaram. Ele sabe que o exemplo é sempre mais forte do que a exortação. Então, antes que ele exorta-os a trabalhar duro, ele lembra de como fora difícil sua equipe ter trabalhado enquanto que entre eles alguns não queriam trabalhar ( 2 Tess. 3: 7 , 8 ). Considere o argumento de Paulo:

A Questão Exemplo de Paulo Exortação de Paulo
 
1.   Disciplina    1. Nós não somos indisciplinado(v. 7 )1. Alguns são indisciplinados (vv. 11 , 12 )
2.   Trabalhar 2. Nós trabalhamos duro (v. 8 )2. Sem trabalho, sem comida (v. 10 )
3.   Problema3. Nós não somos um fardo (vv. 8 , 9 )3. Não seja um fardo (vv. 11-13 )
 
 
4. O preguiçoso não deveria comer.
Devemos ser aplicados em tudo o que fazemos (Eclesiastes 9:10). O livro de Provérbios trata muito do ocioso, o homem que se recusa a trabalhar. O preguiçoso faz tudo o que deseja, menos trabalhar. "O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar" (Provérbios 21:25). Inventa desculpas para evitar o trabalho: "Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas" (Provérbios 22:13). Está sempre precisando de descanso, de relaxamento e de folga: "Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso"(Provérbios 6:10). O escritor compara uma porta que abre e fecha com o preguiçoso que vira na cama. O trabalho necessário para levar a mão do prato à boca para se alimentar o deixa completamente exausto, e ele precisa então descansar de novo (Provérbios 26:13-16).

O preguiçoso recebe a instrução de ser aplicado:
 "O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente" (Provérbios 12:27). Ele deve olhar para o futuro e planejar o seu sustento. "O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha" (Provérbios 10:5). O padrão apresentado é a formiga: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tende ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento" (Provérbios 6:6-8). A formiga trabalha sem ser mandada, e se prepara para os dias de escassez. Algumas pessoas pensam somente nas necessidades momentâneas, esquecendo-se de que precisarão comer amanhã também.

Provérbios é claro sobre as conseqüências da preguiça: a pobreza e a necessidade (Provérbios 6:10-11). Apresenta-se uma descrição completa do campo de um preguiçoso:
 "Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi instrução. Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, a tua necessidade, como um homem armado" (Provérbios 24:30-34). O ocioso acabará sendo dominado pelo diligente, e ainda assim não terá nada (Provérbios 12:24; 13:4).
5. A relação de empregados e empregadores.
Vários textos dão instruções específicas ao servo (em nossa sociedade, o empregado o equivale em muitas situações). "Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a CRISTO, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de CRISTO, fazendo, de coração, a vontade de DEUS; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de cada um, se fizer alguma cousa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre" (Efésios 6:5-8). "Servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, ciente que recebereis do Senhora recompensa da herança. A CRISTO, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas" (Colossenses 3:22-25). "Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as cousas, a doutrina de DEUS, nosso Salvador" (Tito 2:9-10). Basicamente, as instruções de DEUS para os que trabalham para outra pessoa são as seguintes: Œ Devem submeter-se ao patrão, obedecendo às suas instruções (a exceção a essa regra acha-se em Atos 5:29); 1. Não devem reclamar nem ser briguentos (veja Lucas 3:14); 2. Devem ser pacientes ainda que tratados injustamente; 3. Devem trabalhar esforçadamente, mesmo longe da supervisão do chefe; 4. Devem trabalhar como se estivessem servindo ao Senhor; ' Jamais devem roubar daqueles para quem trabalham, porque a vida deles deve ostentar a doutrina de CRISTO. 
5.1. Os Patrões cristãos.
 
As Escrituras também fornecem o padrão de conduta para os senhores (na sociedade atual, esses princípios podem ser aplicados aos que supervisionam os que trabalham). "E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas" (Efésios 6:9). "Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu" (Colossenses 4:1). Os patrões devem tratar com justiça aqueles que trabalham para eles e devem evitar fazer ameaças.
Os perigos
Há certas áreas relacionadas ao trabalho em que se deve tomar um cuidado especial para evitar as armadilhas de Satanás. É importante que a necessidade de trabalhar e de se sustentar não se corrompam tornando-se ganância e cobiça. Há pessoas que ficam possuídas pelo trabalho e pelo dinheiro e agem desonestamente para conseguirem mais. Outras fazem do trabalho um deus que lhes domina todo o ser. DEUS deve ser a prioridade máxima. JESUS descreveu um rico fazendeiro que usou toda a sua energia em seu trabalho; o fim dele foi muito triste (veja Lucas 12:15-21). JESUS concluiu a história desta forma: "Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com DEUS" (Lucas 12:21). Outros textos falam do contentamento e do grande perigo de amar o dinheiro (veja Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:6-10).

O cristão deve trabalhar com diligência, mas jamais deve fazer do trabalho um deus.
5.2. Empregados cristãos.
O trabalho “secular” também deve ser “sagrado”
Ainda nos dias de hoje, muitos cristãos têm a ideia de que alguém só pode servir a DEUS dentro da igreja. São pessoas que levam à risca a separação entre o que enxerga como trabalho “secular” e como trabalho “sagrado”. Contudo, a Palavra nos diz que devemos fazer tudo para a glória de DEUS (1 Coríntios 10.31).
É claro que é necessário ter bom senso, pois, no trabalho, temos tarefas a cumprir e não podemos negligenciar essa responsabilidade usando o Evangelho como desculpa – pelo contrário. “Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradar os homens quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem ao Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a CRISTO, o Senhor, que vocês estão servindo” (Colossenses 3.22-24).
Nesse contexto, o apóstolo Paulo fala aos escravos, contudo, a mensagem se adequa perfeitamente a nós. O cristão deve ser excelente em tudo que faz, porque deve fazer todas as coisas para JESUS. Além disso, o nosso comportamento e as ações dão testemunho acerca Daquele a quem servimos. Portanto não podemos nos despir da “roupagem” de cristão a depender do local em que estamos.
Partindo desse ponto de vista, cai por terra o argumento de que trabalho existe apenas para ganhar dinheiro. Afinal, “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a DEUS e ao Dinheiro” (Mateus 6.24). Portanto, seja no trabalho “secular” ou na igreja, atue convicto de que o seu coração está limpo e inteiramente conectado ao Senhor.
Muitos serão os “enviados” por DEUS a empresas e instituições com a finalidade de fazer chegar a mensagem de CRISTO a homens que nunca a ouviriam primeiramente dentro de uma congregação. Entenda: DEUS nos muniu de dons e talentos e designou planos diferentes para cada um de nós, porém todos foram convocados para a Grande Comissão. “Vão pelo mundo TODO e preguem o Evangelho a TODAS as pessoas” (Marcos 16.15).
O Senhor é multiforme e não está limitado a ministérios desempenhados dentro de congregações para que o Evangelho se espalhe. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de DEUS em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de DEUS. Se alguém serve, faça-o com a força que DEUS provê, de forma que em todas as coisas DEUS seja glorificado mediante JESUS CRISTO” (1 Pedro 4.10,11a).
O ambiente corporativo carece de pessoas excelentes no que fazem e que, ao mesmo tempo, possuem corações rendidos ao Senhor e dispostos a semear a semente do Evangelho nesses locais aonde a igreja não consegue chegar. Não negligencie a missão que DEUS confiou a você. Seja luz também para os seus colegas de trabalho.
 
5.3. Não se submeta ao trabalho vil.
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. Salmos 128:2
 
 
 
 
O Cristão e o Emprego
E tomou o Senhor DEUS o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Gênesis 2:15
Quando DEUS criou Adão no jardim do Éden, deu-lhe um trabalho para realizar: cultivar e cuidar do jardim. Isso foi antes do homem pecar e mostra que DEUS pretendia que o homem trabalhasse mesmo que o pecado não tivesse entrado no mundo. Apocalipse 7:15 mostra que os fiéis no céu "servem" a DEUS. O céu não deve ser encarado como uma folga infindável, mas sim como um período em que "trabalhamos" para o Senhor. Esse é o ideal do homem.

Quando Adão caiu, mudou a natureza de seu trabalho. DEUS amaldiçoou o solo, de modo que produzisse espinhos e abrolhos (Gênesis 3:17-19). O trabalho do homem ficou mais difícil e laborioso. Dali em diante, o homem ganha o pão com o suor do seu rosto.

Como em todo aspecto da vida do homem, DEUS deu instruções claras sobre o homem e o seu trabalho. Vamos examinar essas instruções com cuidado.
Qual a razão de trabalhar?
A Bíblia oferece várias razões por que o homem deve trabalhar. Primeiro, é a ordem de DEUS. Paulo deixou isso bem claro em 2 Tessalonicenses 3. É óbvio que alguns dos tessalonicenses não estavam trabalhando. Paulo os repreendeu fortemente e os exortou para que todos trabalhassem. "Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor JESUS CRISTO, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão" (2 Tessalonicenses 3:10-12). Em segundo lugar, o homem deve trabalhar para sustentar a si e aos que dele dependem. "Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e nada venhais a precisar" (1 Tessalonicenses 4:10-12). Devemos ganhar o próprio pão sem contar com a ajuda das outras pessoas. "Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente" (1 Timóteo 5:8). Deve ficar claro que o trabalho não é uma opção deixada a nosso critério; DEUS nos manda trabalhar. Em terceiro lugar, devemos trabalhar para podermos ajudar as outras pessoas. "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado" (Efésios 4:28).

Há, obviamente, exceções à ordem de trabalhar. Quem é esposa e mãe tem uma tarefa especial a desempenhar no lar (1 Timóteo 5:14; Tito 2:5). A Bíblia não sugere que as mulheres devam trabalhar fora além de trabalharem em casa. O papel de esposa e mãe geralmente é um trabalho de tempo integral. Há aqueles cuja saúde não permite que trabalhem. Há circunstâncias especiais em que alguém pode não estar apto para trabalhar ou em que alguém que trabalha ainda precisa de auxílio. Muitas dessas situações são mencionadas na Bíblia (veja Atos 2:44-45; 4:34-35; 6:1-6; 11:27-30; 2 Coríntios 8:13-15).

De modo geral, porém, devemos trabalhar e nos sustentar. Há quem não ache que isso seja necessário. Às vezes, os jovens que têm idade suficiente para se sustentar preferem ficar sem fazer nada e deixar que o papai e a mamãe cuidem deles. Alguns não trabalham  simplesmente porque não encontram o emprego que lhes agrade, ou porque ninguém lhes veio oferecer um emprego. O desemprego é um fato de vida, mas o cristão que está se esforçando para agradar a DEUS pode fazer da procura de um emprego um trabalho de tempo integral.
 
No emprego
Devemos ser aplicados em tudo o que fazemos (Eclesiastes 9:10). O livro de Provérbios trata muito do ocioso, o homem que se recusa a trabalhar. O preguiçoso faz tudo o que deseja, menos trabalhar. "O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar" (Provérbios 21:25). Inventa desculpas para evitar o trabalho: "Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas" (Provérbios 22:13). Está sempre precisando de descanso, de relaxamento e de folga: "Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso"(Provérbios 6:10). O escritor compara uma porta que abre e fecha com o preguiçoso que vira na cama. O trabalho necessário para levar a mão do prato à boca para se alimentar o deixa completamente exausto, e ele precisa então descansar de novo (Provérbios 26:13-16).

O preguiçoso recebe a instrução de ser aplicado:
 "O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente" (Provérbios 12:27). Ele deve olhar para o futuro e planejar o seu sustento. "O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha" (Provérbios 10:5). O padrão apresentado é a formiga: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tende ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento" (Provérbios 6:6-8). A formiga trabalha sem ser mandada, e se prepara para os dias de escassez. Algumas pessoas pensam somente nas necessidades momentâneas, esquecendo-se de que precisarão comer amanhã também.

Provérbios é claro sobre as conseqüências da preguiça: a pobreza e a necessidade (Provérbios 6:10-11). Apresenta-se uma descrição completa do campo de um preguiçoso:
 "Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi instrução. Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, a tua necessidade, como um homem armado" (Provérbios 24:30-34). O ocioso acabará sendo dominado pelo diligente, e ainda assim não terá nada (Provérbios 12:24; 13:4).

Vários textos dão instruções específicas ao servo (em nossa sociedade, o empregado o equivale em muitas situações).
 "Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a CRISTO, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de CRISTO, fazendo, de coração, a vontade de DEUS; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de cada um, se fizer alguma cousa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre" (Efésios 6:5-8). "Servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, ciente que recebereis do Senhora recompensa da herança. A CRISTO, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas" (Colossenses 3:22-25). "Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as cousas, a doutrina de DEUS, nosso Salvador" (Tito 2:9-10). Basicamente, as instruções de DEUS para os que trabalham para outra pessoa são as seguintes: Œ Devem submeter-se ao patrão, obedecendo às suas instruções (a exceção a essa regra acha-se em Atos 5:29); 1. Não devem reclamar nem ser briguentos (veja Lucas 3:14); 2. Devem ser pacientes ainda que tratados injustamente; 3. Devem trabalhar esforçadamente, mesmo longe da supervisão do chefe; 4. Devem trabalhar como se estivessem servindo ao Senhor; ' Jamais devem roubar daqueles para quem trabalham, porque a vida deles deve ostentar a doutrina de CRISTO.

As Escrituras também fornecem o padrão de conduta para os senhores (na sociedade atual, esses princípios podem ser aplicados aos que supervisionam os que trabalham).
 "E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas" (Efésios 6:9). "Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu" (Colossenses 4:1). Os patrões devem tratar com justiça aqueles que trabalham para eles e devem evitar fazer ameaças.
Os perigos
Há certas áreas relacionadas ao trabalho em que se deve tomar um cuidado especial para evitar as armadilhas de Satanás. É importante que a necessidade de trabalhar e de se sustentar não se corrompam tornando-se ganância e cobiça. Há pessoas que ficam possuídas pelo trabalho e pelo dinheiro e agem desonestamente para conseguirem mais. Outras fazem do trabalho um deus que lhes domina todo o ser. DEUS deve ser a prioridade máxima. JESUS descreveu um rico fazendeiro que usou toda a sua energia em seu trabalho; o fim dele foi muito triste (veja Lucas 12:15-21). JESUS concluiu a história desta forma: "Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com DEUS" (Lucas 12:21). Outros textos falam do contentamento e do grande perigo de amar o dinheiro (veja Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:6-10).

O cristão deve trabalhar com diligência, mas jamais deve fazer do trabalho um deus.
 
 
 
 
A desgraça de hoje pode vir a ser a bênção do amanhã…
Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, três filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede, o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos.
O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo.
– O senhor vê aquela vaca ? – disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.
O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo:
– Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo. O discípulo não acreditou.
– Não posso fazer isso, mestre ! Como pode ser tão ingrato ? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem !
O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem:
– Vá lá e empurre a vaquinha. Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ajudar a família, pedir desculpas. Ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro, antena parabólica. Perto da churrasqueira, adolescentes, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão.
O coração do discípulo gelou. Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Devem estar mendigando na rua, pensou o discípulo. Aproximou-se do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá.
– Claro que sei. Você está olhando para ela.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte, altivo, a mulher mais feliz e as crianças, jovens saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse:
– Mas o que aconteceu ? Estive aqui com meu mestre alguns anos atrás e era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo?
O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu:
– Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.
Ou seja: às vezes é preciso perder no presente para ganhar mais adiante. É na adversidade que exercitamos nossa criatividade e engendramos soluções para os problemas da vida. Muitas vezes é preciso sair da acomodação, criar novas idéias e trabalhar com amor e determinação para colhermos os frutos da prosperidade.
 
 
2 Tessalonicenses 3:6-15-
O apóstolo usa em 2 Tessalonicenses 3:10, 12 ["exortamos"]. Essa palavra refere-se a uma "ordem militar transmitida por um oficial superior". Paulo vê a igreja como um exército, e não há ordem em um exército insubordinado. Infelizmente, alguns cristãos estavam "fora de formação" ("insubmissos" em 1 Ts 5:14, e "[andando] desordenadamente" em 2 Ts 3:6, 7, 11).
Que autoridade Paulo possuía para dar a ordem: "Se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2 Ts 3:10)? Possuía a autoridade do nome do Senhor JESUS CRISTO. Em pelo menos vinte ocasiões ao longo das cartas aos tessalonicenses, Paulo usa o título completo do Salvador. JESUS significa "Salvador" e é seu nome humano (Mt 1:21). CRISTO significa "Messias, o Ungido", e é seu título divino. Outros se chamavam JESUS (a forma hebraica é "Josué"); outros, ainda, como os profetas, os sacerdotes e os reis, podiam dizer que eram ungidos. Mas esses dois nomes - JESUS CRISTO - são definidos pela designação SENHOR, "DEUS Jeová".
Nos quatro Evangelhos e no Livro de Atos, nosso Senhor é chamado com freqüên-cia de JESUS, mas esse nome é usado sozinho em poucas ocasiões no restante do Novo Testamento. Uma vez que é usado ocasionalmente, não devemos criticar os que chamam o Salvador de "JESUS", mas o fato de estar associado, em grande parte, ao ministério aqui na Terra deve ser um estímulo para nos referirmos a ele por seu nome de exaltação: Senhor JESUS CRISTO (Fp 2:11). Não o conhecemos mais como "CRISTO segundo a carne" (2 Co 5:16), mas sim como Filho de DEUS e "cabeça sobre todas as coisas, [dado por DEUS] à igreja" (Ef 1:22). Seu senhorio aplica-se a nosso trabalho e à administração de nosso dinheiro.
O que a Bíblia ensina sobre o trabalho manual ou intelectual? Dentre outras coisas, o trabalho fazia parte da vida do homem antes de o pecado entrar em cena. DEUS incumbiu Adão de cultivar e de guardar o jardim do Éden (Gn 2:15). Apesar de o pecado ter transformado o trabalho em uma labuta infindável (Gn 3:17-19), não devemos jamais pensar que a necessidade de trabalhar seja resultado da queda. O ser humano precisa do trabalho para sua realização pessoal. DEUS criou o homem para trabalhar.
Podemos observar como DEUS chamou gente que trabalhava. Moisés cuidava de ovelhas (Êx 3). Josué foi servo de Moisés antes de se tomar seu sucessor (Êx 33:11). Gideão malhava o trigo no lagar (Jz 6:11 ss), e Davi cuidava das ovelhas de seu pai (1 Sm 16:11ss). JESUS chamou quatro pescadores para serem seus discípulos, e ele próprio trabalhou como carpinteiro. Paulo fazia tendas (At 18:1-3) e usava essa ocupação para sustentar seu ministério.
Os judeus honravam o trabalho honesto e exigiam que todos os rabinos soubessem um ofício. Os gregos, por outro lado, desprezavam o trabalho manual e o deixavam ao encargo de seus escravos. Essa influência grega, somada a idéias equivocadas acerca da doutrina sobre a volta de CRISTO, levaram esses convertidos a um modo de vida indigno de um cristão.
Paulo reconhece que algumas pessoas não tinham condições de trabalhar, talvez por causa de deficiências físicas ou de responsabilidades para com a família. Por isso, ele declara: "Se alguém não quer trabalhar; também não coma" (2 Ts 3:10, itálicos nosso). Não se trata de uma questão de capacidade, mas sim de disposição. Quando um cristão não consegue trabalhar e está passando necessidade, é um privilégio e dever da igreja prestar-lhe auxílio (Tg 2:14-1 7; 1 Jo 3:16-18).
A exortação da Palavra deveria ser motivação suficiente para esses cristãos preguiçosos trabalharem, mas Paulo acrescenta outro motivo.
O EXEMPLO DO APÓSTOLO
(2 Ts 3:7-10)
Como apóstolo, Paulo tinha o direito de esperar o sustento financeiro, mas abriu mão desse direito deliberadamente, a fim de ser um exemplo aos recém-convertidos (ver 1 Co 9:6-14). Por meio dessa atitude, mostrou ser um líder cristão maduro. Líderes egoístas usam as pessoas para garantir o próprio sustento e estão sempre exigindo seus direitos.
Um líder verdadeiramente dedicado usa seus direitos para edificar as pessoas e coloca seus privilégios de lado por amor aos outros.
O apóstolo já havia se referido a seu exemplo de trabalho na epístola anterior (1 Ts 2:9). Os leitores sabiam que Paulo e seus colaboradores não tiraram seu sustento de qualquer igreja recém-formada. Antes, deram o exemplo ao suprir as próprias necessidades e ao ajudar a suprir as necessidades de outros. Paulo admoesta os leitores a seguirem o exemplo dado por ele e seus colaboradores.
As influências mais marcantes são exercidas por meio da vida piedosa e do sacrifício. Um líder pode apelar para a autoridade da Palavra, mas se não for capaz de apontar para o próprio exemplo de obediência, seu povo não lhe dará ouvidos. Eis a diferença entre autoridade e grandeza. Um líder adquire grandeza ao obedecer à Palavra e servir a seu povo de acordo com a vontade de DEUS. A autoridade vem do cargo, enquanto a grandeza vem da prática e do exemplo. A grandeza confere ao líder o direito de exercer autoridade.
Todo obreiro cristão tem o direito de receber sustento da igreja onde serve ao Senhor (Lc 10:7; Gl 6:6; 1 Tm 5:17, 18). Não devemos usar o exemplo de Paulo como desculpa para não sustentar os servos de DEUS. Mas todo servo de DEUS tem o privilégio de colocar de lado esse direito para a glória de DEUS. Paulo o fez para que fosse um exemplo aos recém-convertidos de Tessalônica.
Essa política de Paulo não apenas era um estímulo para os recém-convertidos como também servia para calar seus acusadores. Havia, em todas as cidades, mestres itinerantes que "vendiam seus produtos" pelo preço que conseguissem. Paulo não desejava ser colocado na mesma categoria que eles. Também não desejava que incrédulos dissessem que ele pregava o evangelho por dinheiro. Segundo sua afirmação em 1 Co-ríntios 9, seu desejo era oferecer o evangelho gratuitamente, a fim de não permitir que o dinheiro fosse um empecilho para ganhar almas perdidas.
Por certo, a atitude negligente desses cristãos afetava a igreja, de modo que Paulo acrescenta um terceiro motivo para sua obediência.
 
 
2 Tessalonicenses 3:6-15-
Havia entre eles algumas pessoas ociosas e que faziam coisas vãs (v. 11). O apóstolo foi informado a esse respeito de fontes tão seguras que tinha razão suficiente para dar ordens e orientações com relação a essas pessoas, como deveriam se comportar, e como a igreja deveria agir em relação a eles. (1) Havia algumas pessoas no meio deles que eram ociosas, não trabalhando, ou fazendo coisa alguma. Não parece que eram glutões ou beberrões, mas ociosos, e, portanto, pessoas desregradas. Não basta alguém dizer que não faz mal a ninguém, porque exige-se de todas as pessoas que façam o bem no local e no meio no qual a Providência as colocou. É provável que essas pessoas tivessem uma noção (ao interpretar mal algumas passagens da epístola anterior) referente à proximidade da vinda de CRISTO, que serviu de pretexto para desistir do trabalho do seu chamado e viver em ociosidade. Observe: É um grande erro, ou abuso de religião, torná-la um pretexto para a ociosidade ou para qualquer outro pecado. Se tivéssemos certeza de que o dia do julgamento estivesse bem próximo, deveríamos, não obstante, fazer a obra do dia no seu dia, para que quando o Senhor chegasse, nos encontrasse servindo assim. O servo que espera pela vinda do seu Senhor da maneira certa deve trabalhar da forma como seu Senhor mandou, para que todos estejam preparados quando ele vier. Ou, pode ser que essas pessoas desregradas faziam de conta que a liberdade por meio da qual CRISTO as havia libertado as liberava dos serviços e afazeres dos seus chamados específicos no mundo: ao passo que deveriam ficar na vocação em que foram chamados por DEUS, e no estado em que foram chamados de DEUS (1 Co 7.20,24). A assiduidade em nosso chamado específico como pessoas é um dever requerido pelo nosso chamado geral como cristãos. Ou, talvez, a caridade geral que havia então entre os cristãos em relação aos seus irmãos pobres favorecia alguns a viver em ociosidade, uma vez que sabiam que a igreja iria sustentá-los: qualquer que tenha sido a causa, eles precisavam ser seriamente censurados. (2) Havia pessoas no meio deles que faziam coisas vãs (ou, que se intrometiam na vida alheia, versão RA): e parece, pela conexão, que as mesmas pessoas que eram ociosas também faziam coisas vãs. Isso pode parecer uma contradição; mas muitas vezes as pessoas que não têm uma atividade própria, ou que a negligenciam, se ocupam com o trabalho alheio. Se estivermos ociosos, o Diabo e um coração corrupto logo acharão algo para fazermos. A mente de uma pessoa é uma coisa ocupada; se não está ocupada em fazer o bem, fará o mal. Observe: Pessoas intrometidas são andarilhos desregrados, como aqueles que são culpados de curiosidade inútil e se intrometem de maneira inoportuna nas coisas que não lhes diz respeito, e importunam a si mesmos e aos outros com questões de outras pessoas. O apóstolo adverte Timóteo (1 Tm 5.13) para guardar-se daqueles que aprendem também a andar ociosos de casa em casa; e não são só ociosos, mas também paroleiros e curiosos, falando o que não convém.
 
 
 As boas leis que se originaram dessas condutas más, que devemos observar:
1. A origem dessas leis: elas são ordens dos apóstolos do nosso Senhor, dadas em nome do seu Senhor e nosso, isto é, as ordens do próprio Senhor. Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor JESUS CRISTO (v. 6). Novamente: Mandamos e exortamos, por nosso Senhor JESUS CRISTO (v. 12). O apóstolo usa palavras de autoridade e súplica: e, onde desordens precisam ser corrigidas ou prevenidas, existe uma necessidade das duas. A autoridade de CRISTO deveria nos compelir à obediência, e sua graça e bondade deveriam nos fascinar.
2. O objetivo das boas leis e regras. O apóstolo dá orientações para toda a Igreja, ordens às pessoas desordeiras e uma exortação àqueles em particular que faziam bem no meio deles.
(1) Suas ordens e orientações a toda a igreja: [1] Referentes à conduta deles em relação às pessoas desordeiras que estavam no meio deles: Eles deveriam apartar-se delas, e mais tarde, notar essas pessoas, e não se misturar com elas, para que se envergonhem. Todavia, não tê-las como inimigas, mas admoestá-las como irmãos. As orientações do apóstolo devem ser cuidadosamente observadas em nossa conduta com pessoas desregradas. Devemos ser muito cautelosos em relação à repreensão da igreja e disciplina da igreja. Devemos, em primeiro lugar, notar o tal, que é suspeito ou acusado de não obedecer à Palavra de DEUS, ou caminhar contrário a ela, isto é, devemos ter provas suficientes da sua falta antes de proceder adiante. Devemos, em segundo lugar, admoestá-lo de uma maneira amigável. Devemos lembrá-lo do seu pecado e do seu dever; e isso deve ser feito em particular (Mt 18.15). Então, se ele não ouvir, devemos, em terceiro lugar, afastar-nos dele e não ter comunhão com ele, isto é, devemos evitar conversas familiares e convívio com ele, por dois motivos, a saber, para que não aprendamos os seus caminhos maus; porque a pessoa que segue pessoas vãs e ociosas, e faz companhia a elas, está correndo o risco de tornar-se semelhante a elas. Outro motivo é para que se envergonhe, para que possa ocorrer a correção da pessoa que transgrediu. Quando as pessoas ociosas ou desregradas vêem como suas práticas incorretas desagradam as pessoas sábias e justas, terão a oportunidade de envergonhar-se do seu erro e voltar a caminhar de maneira ordenada. O amor, portanto, aos nossos irmãos ofensores, mesmo quando detestamos as suas maldades, deveria ser o motivo de nos afastarmos deles; e, mesmo aqueles que estão debaixo da repreensão da igreja não devem ser considerados inimigos (v. 15); porque, se eles forem corrigidos e restaurados por meio dessas repreensões, recuperarão a sua confiança e conforto, e o direito aos privilégios da igreja como irmãos. [2] A conduta geral e o comportamento deles devem ser de acordo com o bom exemplo que o apóstolo e aqueles que estavam com ele deram a eles: vós mesmos sabeis como convém imitar-nos (v. 7). Aqueles que plantaram a religião no meio deles tinham dado um bom exemplo diante deles; e os ministros do evangelho deveriam ser exemplos ao rebanho. O dever dos cristãos não é somente andar de acordo com as tradições dos apóstolos, e as doutrinas que pregavam, mas também de acordo com o bom exemplo que deixaram, para serem imitadores deles, como também eles eram de CRISTO. O bom exemplo particular que o apóstolo menciona era a diligência deles, que era tão diferente das pessoas desregradas que andavam no meio deles: “Não nos houvemos desordenadamente entre vós (v. 7), não usamos o nosso tempo de maneira ociosa, em visitas ociosas, conversas ociosas, passatempos ociosos”. Eles se esforçaram no seu ministério, na pregação do evangelho e em obter o seu próprio sustento. Nem, de graça, comemos o pão de homem algum (v. 8). Ele poderia ter exigido por direito o seu sustento, porque aqueles que anunciam o evangelho podem, por direito, esperar viver do evangelho. Essa é uma dívida justa que o povo deve aos seus ministros, e o apóstolo tinha o poder ou autoridade de ter exigido isso (v. 9); mas ele desistiu do seu direito por amor a eles, e pela causa do evangelho, para que pudesse ser um exemplo para eles (v. 9), para que pudessem aprender como preencher o tempo e sempre estar ocupados com algo que se transformaria em algo bom.
 
Paulo ordena e orienta as pessoas que viviam vidas ociosas a mudar de vida e ocupar-se com suas coisas. Ele tinha dado ordens em relação a esse propósito, e um bom exemplo disso, quando esteve no meio deles: Quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também (v. 10). Era um provérbio entre os judeus: Aquele que não trabalha, também não merece comer. O trabalhador é digno do seu alimento; mas qual é a dignidade do ocioso? A vontade de DEUS é que cada pessoa tenha um chamado, e se ocupe com esse chamado, e que ninguém viva como ocioso e inútil no mundo. Essas pessoas fazem o possível para derrotar o significado dessa sentença: No suor do teu rosto, comerás o teu pão (veja Gn 3.19). Não era meramente o temperamento do apóstolo, que era um homem ativo, e, portanto, desejava que todos agissem da mesma forma, mas era o mandamento do nosso Senhor JESUS CRISTO, que diz: com sossego trabalhem e comam o seu próprio pão (v. 12). As pessoas devem, de uma forma ou outra, ganhar o seu próprio sustento, caso contrário não comerão o seu próprio pão. Observe: Deve haver trabalho, em oposição à ociosidade; e deve haver quietude, em oposição a pessoas intrometidas. Devemos aprender a ser sossegados e cuidar da própria vida. Uma disposição ótima, mas rara, é a de ter um espírito ativo mas sossegado, ativo em nossos próprios afazeres, mas sossegado em relação aos outros.
 
 
2 Tessalonicenses 3:6-15-
Trabalho enquanto você observar e esperar ( 3: 6-15 )6  mandamo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, que vos aparteis de todo irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. 7  Porque vós mesmos sabeis como deveis imitar-nos: para que não nos portamos desordenadamente entre vós, 8  nem comemos pão para nada na mão de ninguém, mas em trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados ​​a nenhum de vós: 9  não porque nós não temos o direito , mas para nos fazer uma ensample-vos que deveis imitar-nos. 10  Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, se alguém não quiser trabalhar, não deixá-los comer. 11  Porquanto ouvimos que alguns que caminhar entre você desordenada, que o trabalho não em tudo, mas são coisas vãs. 12  A esses tais, porém, ordenamos e exortamos no Senhor JESUS CRISTO, que com tranquilidade eles trabalham, comam o seu próprio pão. 13  Mas vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. 14  E, se alguém não obedecer a nossa palavra por esta carta, note que o homem, que não tendes relações com ele, a fim de que ele possa ter vergonha. 15  E ainda considerá-lo não como um inimigo, mas admoestai-o como irmão.
Paulo lidou com o problema de desordem em sua primeira carta ( 1 Tessalonicenses 4: 11-12. ); mas parece que pouco ou nada tinha sido feito a respeito. Parece que esses elementos desordenados têm ido além dos limites da razão; Por isso, Paulo agora exorta a Igreja a tomar medidas para excluir tal a partir da comunhão da assembléia. Ele lembra a igreja, também, se eles precisam de um critério de juízo para além do ensino dado anteriormente, de sua própria maneira de comportamento quando viveu entre eles.
Pelo menos uma parte da desordem dentro da igreja foi causado por ociosos piedosas que se recusaram a trabalhar e que se espera que sejam suportados pela labuta dos outros. É significativo que aquele que estava sempre alerta para a situação dos santos infelizes em Jerusalém e em outros lugares era, ao mesmo tempo firme em lidar com aqueles que foram capazes de ganhar auto-apoio, mas optou por não fazê-lo. Na verdade, como um guia para TimotéoPaulo mais tarde tinha que dizer isto: "Mas se alguém não tem provisão do cuidado dos seus, e especialmente a sua própria casa, tem negado a fé, e é pior que um infiel" ( 1 Tim 5: 8. ). Mesmo viúvas eram obrigados a qualificar-se para o apoio da igreja ( 1 Tim. 5: 9-11 ). Paulo lembra aos tessalonicenses que ele havia renunciado a todas as reivindicações legítimas a um apoio pessoal, labutando e labutando tanto noite e dia que ele não poderia tornar-se onerosa para a Igreja. A igreja de Tessalônica estava em sua infância, e sem dúvida pobres; portanto, ele não poderia ter pedido apoio sem aumentar suas cargas. Por outro lado, por uma questão de princípio, Paulo, como o nosso Senhor, sustenta que "o trabalhador é digno do seu salário", e que DEUS ordenou que "os que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho" ( Lucas 10 : 7 ; 1 Cor 9:14. ). Mas esses direitos Paulo estava disposto a renunciar em prol da causa para que a sua vida foi dedicada.
Se alguém não quiser trabalhar, não coma (cf. 1 Ts 4: 11-12. ; 05:14 ). Esta máxima é baseada em princípio universal de DEUS: "No suor do teu rosto comerás o pão" ( Gen. 3: 17-19 ).
Paulo recebeu notícia inquietante que certos membros da igreja são desordenada , isto é, estão saindo de classificação, criando confusão e desordem dentro da igreja, perambulando em casa ou nas ruas, e se intrometer nos assuntos dos outros. A unidade do conjunto, bem como a sua reputação na comunidade, é assim posta em causa. Tal condição não deve ser autorizado a continuar!
No versículo 12, Paulo se dirige a igreja em seu caráter integral como comissionado Apóstolo de DEUS. Ele não fala, portanto, em seu próprio nome, mas em nome de JESUS CRISTO, Cabeça da Igreja verdadeira. Deixe estas loafers desistir sua fofoca e intromissão oficioso e voltar ao trabalho! Deixe-os comer o pão que eles ganharam por sua própria indústria! E que o façam em silêncio! "Menos ruído e mais trabalho!"
Mas vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem . O abuso de caridade cristã por parte de alguns não deve fechar o coração de compaixão para com os outros que merecem ajuda. É verdade, o indolente não deve ser subsidiada pela igreja; mas, por outro lado, não deixe a igreja esquecer ou negligenciar aqueles que têm uma reivindicação legítima sobre a caridade da irmandade. E uma vez que os pobres estão sempre conosco, poderá surgir tentações de indiferença e impaciência.
Alguns haviam desobedecido às injunções apostólicas da primeira epístola, e que a igreja tinha infelizmente tolerada sua desobediência. Agora, o apóstolo adverte firmemente a igreja não só a censura, mas se for necessário, para excluir a em corrigibles, e não ter comunhão com eles (v. 14 ). Não que os infratores devem ser tratados como inimigos ou pagãos, mas como candidatos para o arrependimento e eventual restauração. Suas almas ainda estão infinitamente preciosa aos olhos de DEUS!
 
 
COMO TRATAR OS PREGUIÇOSOS (3.6-13)O problema a que o autor aludiu em lTs
5.14 se tornou sério. Paulo se refere ao exemplo dos missionários (v. 7-9) e ao seu ensino (v. 6b, 10) para reforçar a sua ordem de que a minoria avessa ao trabalho seja disciplinada (v. 6), até que obedeçam à exigência apostólica (v. 12). v. 6-9. A insistência de Paulo na necessidade de que eles o imitem é um desafio a todos os pregadores. Acerca do seu lembrete do comportamento dos missionários, v. lTs 1.5,6; 2.5-12, e acerca da sua insistência no direito apostólico ao sustento, cf. ICo 9.3-14. Acerca de ociosamente, v. lTs 5.14. v. 6. Observamos o apelo à autoridade do Senhor aqui e no v. 12. se afastem (stellõ): Recolher a vela, retirar-se em si mesmo. Mas o ofensor ainda assim é um irmão, e o propósito do afastamento é a sua restauração e o retorno à vida compartilhada da igreja quando ele parar de pecar contra a fraternidade (cf. v. 13 e 2Co 2.7). v. 8. Cf. lTs 2.9; At 18.3. v. 9. modelo: Cf. lTs 1.7. v. 10. Esse ensino habitual (tempo contínuo) concorda com o dos rabinos, pois insistiam em que até o estudioso tinha de aprender um ofício para assim não viver à sombra da lei. A origem do ditado é desconhecida, não quiser. Uma recusa intencional; os que não podem trabalhar precisam de ajuda. v. 11. Por meio de um jogo de palavras, Paulo mostra como a falta de ocupação desmoralizou os fanáticos. Morris (NLC) conjectura friamente: “Podemos supor que eles estavam tentando fazer uma de duas coisas incompatíveis, ou até ambas, isto é, obter o sustento dos outros e persuadir estes a que compartilhassem o seu ponto de vista acerca da segunda vinda e, assim, persuadi-los a parar de trabalhar também”. v. 12. De forma diplomática, Paulo
(a)    fala dos preguiçosos em termos gerais e
(b)    não só ordena (ordenamos), mas acrescenta exortamos, e não faz isso pelo Senhor, mas no Senhor JESUS CRISTO, v. 13. Essa exortação ao restante da igreja para que nunca se cansem de fazer o bem pode ser uma referência à necessidade de que mantenham uma atitude solidária com os outros ou (em concordância com os v. 14,15) que sejam firmes com os outros.
 
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP 1
DEUS criou o universo e o homem. Ele o colocou para ser o mordomo da Terra. Um dos principais instrumentos para que o homem pudesse executar essa mordomia é o trabalho. Ao iniciar a aula de hoje, faça essa reflexão com a classe, a partir do seguinte texto: “[...] DEUS criou os seres humanos para trabalhar. Considere os dois relatos da criação nos primeiros capítulos do Gênesis. Em Gênesis 1.26, lemos que DEUS criou os seres humanos como macho e fêmea para ‘dominarem’ sobre toda a terra. Dois versículos mais adiante, DEUS abençoou o primeiro casal humano e ordenou-lhe que ‘sujeitasse’ a terra e ‘dominasse’ sobre todos os seres vivos (o que, a propósito, não lhe deu licença para destruir o meio ambiente, assunto que abordarei mais tarde). O ‘domínio’, que só pode ser exercido pelo trabalho, é o propósito para o qual DEUS criou os seres humanos (não o único propósito, mas um propósito)” (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.226).
"Portanto, podemos afirmar que o trabalho estava no plano original da Criação, ou seja, ele não foi um acidente pós-queda".
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP 2
“Se DEUS criou as pessoas para trabalhar e se DEUS as dota de dons para realizar as várias tarefas, seguem-se então duas consequências importantes. Primeiro, o trabalho não é meramente um meio para alcançar um fim. Não é apenas uma tarefa a ser suportada em consideração ao atendimento de necessidades e à satisfação de desejos. Se você recorda nossa definição de trabalho, saberá que trabalho sempre será um instrumento, sempre será um meio. Contudo, isto não é tudo o que o trabalho é e não é o que o melhor trabalho é. Pelo fato de o trabalho ser essencial para a nossa humanidade, trabalhar também tem um valor intrínseco.
Segundo, todos os tipos de trabalho têm dignidade igual. O trabalho religioso (como pregar ou ensinar num seminário) não é melhor que o trabalho secular (como assar pão ou construir pontes); ambos são igualmente bons se forem feitos em resposta ao dom e chamada do ESPÍRITO de DEUS” (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.228-29).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP 3
“Primeiramente, o propósito do trabalho é atender as necessidades da vida. De acordo com o apóstolo Paulo, os cristãos devem trabalhar com sossego e comer o seu próprio pão (2 Ts 3.12); devem trabalhar para que não necessitem de coisa alguma (1 Ts 4.12b). Como Karl Barth afirmou, o primeiro item em questão em todas as áreas do trabalho humano é a necessidade dos seres humanos ‘ganharem o pão cotidiano e um pouco mais’. 
A necessidade de trabalhar para prover as necessidades da vida acha-se por trás do dever de trabalhar. Para Paulo, este dever é de importância primária, tanto que fazia parte da instrução original que Paulo deu aos tessalonicenses quando pela primeira vez os evangelizou: ‘Quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também’ (2 Ts 3.10)’. [...] Além disso, não temos nenhuma razão para pensar que os tessalonicenses eram exceção a este respeito. Outras igrejas paulinas receberam instrução semelhante. Pois isto fazia parte do ensino ou ‘tradição’ (2 Ts 3.6) sobre o estilo de vida cristão” (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.229).

PARA REFLETIR - A respeito de “A Mordomia do Trabalho”, responda:
O que o início da história de salvação revela na Bíblia? A Bíblia inicia a história de salvação revelando o trabalho de DEUS de criação do universo.
O que nosso Senhor respondeu ao ser acusado de desrespeitar o sábado? Ao ser acusado de desrespeitar o sábado, nosso Senhor respondeu assim: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). 
Quais foram as duas primeiras atividades laborais do homem? As duas primeiras atividades laborais do homem foram “lavrar” e “guardar” a terra.
Qual o princípio exposto pelo apóstolo Paulo aos tessalonicenses? Outro princípio é o exposto por Paulo aos Tessalonicenses: “nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (2 Ts 3.8). 
Qual o dever dos patrões e dos empregados cristãos? Os patrões cristãos têm o dever de zelar pelos direitos trabalhistas de seus empregados, sob pena de serem condenados por DEUS (Tg 5.4-6). 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 79, p40.
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Panorama do Pensamento Cristão, Você & DEUS no Trabalho, Pensamentos e Reflexões sobre os princípios de vida de Billy Graham.
 
 
 
Ajuda
O trabalho “secular” também deve ser “sagrado” - [https://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/o-trabalho-secular-tambem-deve-ser-sagrado/]
[https://slideplayer.com.br/slide/3258384/]
O Cristão e o Emprego - https://www.estudosdabiblia.net/d38.htm (por Gary Fisher)
 Biblia da Lideranca Crista, de John C Maxwell
Warren W. Wiersbe - Comentários Bíblicos AT e NT W. W. Wiersbe
Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Comentário Bíblico Wesleyana
Comentário - NVI (FFBruce)