Lição 7, Perdoamos Porque Fomos Perdoados
4º Trimestre de 2018 - As Parábolas de JESUS: As Verdades e Princípios Divinos para uma Vida Abundante
Comentarista: Wagner Tadeu Gaby, pastor presidente da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR)
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
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TEXTO ÁUREO
“Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.”(Mt 18.35)
VERDADE PRÁTICA
Assim como DEUS nos perdoa graciosamente, precisamos perdoar aqueles que nos ofendem. LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 18.21,22 A quantidade de vezes que se deve perdoar uma pessoa
Terça – Mc 11.25 Ao orar, lembrando que temos algo contra alguém, devemos perdoar
Quarta – Mc 11.26 Devemos perdoar, pois se não o fizermos, também não o seremos
Quinta – Cl 3.13 Devemos suportar uns aos outros e perdoarmo-nos mutuamente
Sexta – 1 Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é misericordioso e nos perdoará
Sábado – Is 55.7 O maior prazer de DEUS é que o pecador se arrependa e converta-se LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 18.21-35
21 – Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? 22 – JESUS lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. 23 – Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; 24 – e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 – E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. 26 – Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 27 – Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
28 – Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. 29 – Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 30 – Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 – Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. 32 – Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. 33 – Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? 34 – E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. 35 – Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. OBJETIVO GERAL
Sublinhar a importância do perdão, tendo como referência o fato de termos sido perdoados por DEUS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Explicar o conceito geral de doação de órgãos;
Mencionar os exemplos de doação na Bíblia;
Conscientizar de que doar órgãos é um ato de amor. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O perdão, além de ser uma necessidade e uma atitude cristã, é igualmente um bálsamo para os envolvidos em algum litígio, mas, sobretudo para quem perdoa. Ensinado pelo Senhor JESUS CRISTO, atualmente, até mesmo a psicologia e a psiquiatria reconhecem os benefícios do ato de perdoar. Em sua classe provavelmente haverá pessoas em uma situação em que há necessidade do perdão, seja precisando ou devendo perdoar. Quem sabe até mesmo você esteja enfrentando um problema nesse aspecto, seja para perdoar ou para pedir perdão a alguém. Aproveite o momento da aula para promover esse clima de autoavaliação, levando todos a refletir sobre a importância de perdoar, pois, afinal também fomos perdoados. PONTO CENTRAL - Saber perdoar é uma das características do cristão. Resumo da Lição 7, Perdoamos Porque Fomos Perdoados I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO
1. A nova vida no Reino de DEUS. 2. Perdão ilimitado. 3. Uma dívida impagável. 4. A recusa em perdoar. II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
1. Nossa dívida impagável. 2. DEUS pagou as nossas dívidas. 3. Nada pode nos condenar. III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
1. Não endureça o coração. 2. Devemos agir com misericórdia. 3. Devemos dar o presente que recebemos. SÍNTESE DO TÓPICO I - Os detalhes da parábola não são tão importantes quanto sua grandiosa mensagem. SÍNTESE DO TÓPICO II - O perdão proporcionado por DEUS, em JESUS, jamais poderia ser pago pela humanidade. SÍNTESE DO TÓPICO III - O parâmetro para perdoarmos, é justamente o fato de que DEUS perdoou-nos sem que pudéssemos pagá-lo. Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT O Perdão e a Parábola do Credor Incompassivo - Mateus 18. 21-35 Esta parte do discurso que diz respeito às ofensas certamente deve ser entendida como os erros pessoais, cujo perdão depende de nossa decisão. Agora observe: I A pergunta de Pedro com relação a esse assunto (v. 21): “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” 1. Ele já tem como certo o fato de que deve perdoar; Cristo havia anteriormente ensinado aos seus discípulos esta lição (Mt 6.14,15), e Pedro não a esquecera. Ele sabe que não deve guardar rancor contra o seu irmão, ou pensar em vingança, sendo um amigo tão bom quanto sempre foi, esquecendo a injúria. 2. Pedro acha que é uma grande coisa perdoar até sete vezes; ele não quer dizer sete vezes por dia, como Cristo disse (Lc 17.4), mas sete vezes na sua vida; supondo que se um homem tivesse de alguma forma abusado dele sete vezes, embora estivesse muito desejoso de se reconciliar, ele poderia então abandonar esse relacionamento, e não ter mais nada a ver com ele. Talvez Pedro tivesse em vista Provérbios 24.16: “Sete vezes cairá o justo”; ou a menção de “três transgressões”, e uma quarta, e Deus não retiraria o castigo (Am 2.1). Há uma tendência em nossa natureza corrupta de nos limitarmos àquilo que é bom, e termos medo de nos excedermos na religião, particularmente de perdoarmos demais, embora tenhamos recebido o perdão de tantas iniqüidades. II A resposta direta de Cristo à pergunta de Pedro: “Não te digo que até sete” (Ele nunca teve a intenção de estabelecer limites), mas “até setenta vezes sete”; um número determinado para um número indefinido, mas que é muito extenso. Não é bom que contemos as ofensas que nos são feitas pelos nossos irmãos. O fato de contarmos as injúrias que perdoamos revela uma natureza má, como se fôssemos nos tornar vingativos quando a medida estivesse completa. Deus mantém um registro (Dt 32.34) porque Ele é o Juiz, e a vingança pertence a Ele. Mas não devemos praticar a vingança, para que não nos encontremos usurpando o seu trono. É necessário para a preservação da paz – tanto da paz interior como da exterior – nos esquecermos das injúrias, sem calcularmos com que freqüência o fazemos; é necessário perdoar e esquecer. Deus multiplica os seus perdões, e nós também devemos proceder assim (Sl 77.38,40). Isto sugere que precisamos fazer do perdão das injúrias uma prática constante, e devemos nos acostumar com essa atitude até que ela se torne habitual. III Um discurso posterior do nosso Salvador, através de parábolas, para mostrar a necessidade de perdoar as injúrias que nos são feitas. As parábolas são úteis, não só como um forte incentivo ao cumprimento dos deveres cristãos, mas por causarem e deixarem uma impressão. A parábola é um comentário sobre a quinta petição na oração do Senhor: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Estes, e somente estes, podem esperar ser perdoados por Deus: aqueles que perdoam os seus irmãos. A parábola representa o Reino dos céus, isto é, a igreja, e a administração da dispensação do Evangelho nele. A igreja é a família de Deus, é a sua corte; ali Ele habita, ali Ele governa. Deus é o nosso Senhor; nós somos os seus servos, ao menos em profissão de fé e por obrigação. Em geral, a parábola sugere quanta provocação Deus tem por parte de sua família na terra, e como os seus servos são rebeldes. Há três pontos importantes na parábola. 1. A maravilhosa clemência do senhor ao seu servo que estava lhe devendo; ele o perdoou em dez mil talentos, por pura compaixão (vv. 23-27). E aqui observe: (1) Todo pecado que cometemos é uma dívida para com Deus; não como uma dívida a alguém como nós, contraída comprando ou tomando emprestado, mas a um ser superior. Como uma dívida a um príncipe quando ocorre um erro de reconhecimento, ou quando alguém incorre em uma penalidade pela violação da lei ou pelo rompimento da paz. Como a dívida do servo ao seu senhor, retendo o seu serviço, desperdiçando os bens de seu senhor, quebrando o seu contrato, e incorrendo na penalidade. Todos nós somos devedores; devemos procurar liquidar a dívida, e nos sujeitarmos ao processo da lei. (2) Há um registro das nossas dívidas, e devemos, em breve, prestar contas delas. Este rei queria que o seu servo prestasse contas. Deus agora ajusta contas conosco pelas nossas próprias consciências; a consciência é um auditor de Deus na alma, para nos cobrar a responsabilidade, e para ajustar contas conosco. Uma das primeiras perguntas que um cristão despertado faz é: “Quanto deves ao meu Senhor?” E a menos que haja suborno, dirá a verdade, e não escreverá cinqüenta por cem. Um outro dia de prestação de contas está chegando; as contas serão aceitas ou rejeitadas, e nada além do sangue de Cristo será capaz de quitar todos os débitos. (3) A dívida de pecado é uma dívida muito grande; e alguns estão mais endividados, por causa do pecado, do que outros. Quando ele começou a contar, um dos primeiros devedores pareceu dever dez mil talentos. Não há como escapar da inquirição da justiça divina; o seu pecado com certeza será descoberto. A dívida era de dez mil talentos, uma soma muito grande; é mais provável que uma quantia tão vultuosa pudesse ser um resgate de rei ou um subsídio de governo, algo muito superior à dívida de um servo. Veja o que são os nossos pecados: [1] Pela abominação de sua natureza; eles são equivalentes a talentos, a maior denominação que era usada na contagem de dinheiro ou peso. Todo pecado é como uma carga de um talento, um talento de chumbo, esta é a impiedade (Zc 5.7,8). Cada um dos bens que nos são entregues, como despenseiros da graça de Deus, são um talento (Mt 25.15), um talento de ouro. E para cada talento enterrado, e muito mais para cada talento desperdiçado, nós temos um talento de dívida, e isto faz com que a conta aumente muito. [2] Pela vastidão de seu número; eles são dez mil talentos, uma miríade, mais do que os cabelos da nossa cabeça (Sl 40.12). Quem pode entender os próprios erros? (Sl 19.12). (4) A dívida de pecado é tão grande, que não somos capazes de pagá-la; o transgressor não precisou pagar nada. Os pecadores são devedores insolventes; a escritura, que coloca tudo debaixo do pecado, é um estatuto de falência contra todos nós. A prata e o ouro não pagariam a nossa dívida (Sl 49.6,7). O sacrifício e a oferta não a pagariam; as nossas boas obras são apenas a operação de Deus em nós, e não podem liquidar a dívida. Estamos sem forças, e não podemos ajudar a nós mesmos. (5) Se Deus tratasse conosco com uma justiça rígida, deveríamos ser condenados como devedores insolventes, e Deus poderia exigir a dívida, glorificando-se em nossa completa ruína. A justiça exige o pagamento: Currat, lex – Que a sentença da lei seja executada. O servo havia contraído essa dívida pelo seu desperdício e obstinação. Portanto, poderia, de forma justa, responder por isso. “O seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos”, como escravos às galés, vendidos para trabalhos forçados na prisão, “com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse”. Veja aqui o que todo pecado merece; este é o salário do pecado. [1] Ser vendido. Aqueles que se vendem para agir com impiedade, devem ser vendidos para que a dívida seja liquidada. Os cativos do pecado são cativos da ira. Aquele que é vendido como escravo fica privado de todos os seus confortos, e nada lhe sobra além de sua mulher, para que ele possa ter consciência de suas desgraças; esse é o caso dos pecadores condenados. [2] Assim ele teria um pagamento a ser feito, isto é, algo feito a respeito disso; embora seja impossível que a venda de alguém tão desprezível cobrisse a quantia necessária para o pagamento de uma dívida tão grande. Pela condenação eterna dos pecadores, a justiça divina será eternamente satisfatória, mas nunca satisfeita. (6) Os pecadores convencidos de seu estado só podem se humilhar diante de Deus, e orar por misericórdia. O servo sob essa determinação, e essa condenação, prostrando-se aos pés do seu nobre senhor, o reverenciava. Conforme se lê em algumas versões, ele lhe suplicou; suas palavras eram muito submissas e muito importunadoras: “Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei” (v. 26). O servo já sabia que estava com uma grande dívida, contudo não se preocupava com isso, até que foi chamado a prestar contas. Os pecadores geralmente são negligentes sobre o perdão de seus pecados, até que sejam chamados à atenção por alguma palavra que os faz despertar, por alguma providência surpreendente, ou pela aproximação da morte. E então: “Com que me apresentarei ao Senhor?” (Mq 6.6). Com que facilidade, com que rapidez, Deus pode trazer o pecador mais orgulhoso aos seus pés: Acabe, ao seu pano de saco, Manassés, às suas orações, Faraó, às suas confissões, Judas, à sua restituição, Simão, o Mago, à sua súplica, Belsazar e Felix, aos seus tremores. O coração mais resistente desmaiará quando Deus colocar os pecados em ordem diante dele. Este servo não negou a dívida, não buscou evasivas, nem tentou fugir. Mas: [1] Ele suplica pedindo tempo: “Sê generoso para comigo”. A paciência e a clemência são um grande favor, mas é loucura pensar que somente essas coisas nos salvarão; as postergações temporárias não são perdões. Muitos são tolerantes, e assim não são trazidos ao arrependimento (Rm 2.4). Por essa razão, o fato de terem sido tolerantes não lhes traz nenhum benefício. [2] Ele promete um pagamento: “Sê generoso”, por um tempo, “e tudo te pagarei”. É loucura de muitos que estão sob as convicções do pecado, imaginarem que eles podem satisfazer a Deus pelos erros que cometeram contra Ele. Como aqueles que, falidos, buscando um acordo, procurariam o perdão da dívida dando os seus primogênitos por sua transgressão (Mq 6.7), procurando estabelecer a sua própria justiça (Rm 10.3). “Não tendo ele com que pagar” (v. 25), julgava poder pagar “tudo”. Veja como o orgulho oculto persiste, mesmo em pecadores despertados; eles estão convencidos, mas não se humilham. (7) O Deus de infinita misericórdia está muito pronto – devido à sua pura compaixão – a perdoar os pecados daqueles que se humilham diante dele (v. 27). O senhor daquele servo – quando poderia, de forma justa, tê-lo arruinado – por compaixão o soltou; e, visto que ele não poderia ficar satisfeito pelo pagamento da dívida, seria glorificado pelo perdão dela. A oração do servo foi: “Sê generoso para comigo”; o que o senhor concedeu foi uma quitação completa. Perceba que: [1] O perdão do pecado se deve à misericórdia de Deus, à sua terna misericórdia (Lc 1.77,78); ele foi movido de íntima compaixão. As razões da misericórdia de Deus são extraídas de seu próprio interior. Ele tem misericórdia porque Ele terá misericórdia. Deus olhou com piedade para a humanidade em geral, que estava infeliz, e enviou o seu Filho para ser uma garantia para eles. Ele olha com piedade para os penitentes em particular, pelo fato de terem consciência de sua infelicidade (seus corações partidos e contritos), e os aceita no Amado. [2] Há perdão em Deus pelos maiores pecados, se eles se arrependerem. Embora a dívida fosse muito grande, Ele perdoou toda a dívida (v. 32). Embora os nossos pecados sejam muito numerosos e muito hediondos, eles podem ser perdoados nos termos do Evangelho. [3] O perdão da dívida é a soltura do devedor. A obrigação está cancelada, o julgamento, anulado; nós nunca andamos em liberdade até que os nossos pecados sejam perdoados. Mas observe que, embora o senhor o tenha liberado da penalidade como um devedor, ele não o liberou de seus deveres como um servo. O perdão do pecado não diminui, mas fortalece, as nossas obrigações para com a obediência; e devemos considerar um favor o fato de Deus estar satisfeito por continuar com servos tão desperdiçadores como temos sido em um serviço tão proveitoso como é o dele, e devemos, portanto, libertados, servi-lo sem temor (Lc 74.1). “Sou teu servo, porque tu soltaste as minhas amarras”. 2. A severidade irracional do servo em relação ao seu companheiro, apesar da clemência de seu senhor em relação a ele (vv. 28-30). Isso representa o pecado daqueles que, embora não sejam injustos, exigindo o que não lhes pertence, no entanto são rigorosos e implacáveis ao exigir o que lhes pertence, ao máximo de seu direito, o que, às vezes, demonstra ser um verdadeiro erro. Summum jus summa injuria – Force um direito ao extremo, e isso se torna um erro. Exigir pagamento pelas dívidas de injúria, que não tende à reparação nem ao bem público, mas puramente por vingança, embora a lei possa permitir, in terrorem – a fim de infligir terror, e pela dureza dos corações dos homens, não demonstra um espírito cristão. Processar por dívidas financeiras, quando o devedor não pode pagá-las, e então deixá-lo perecer na prisão, demonstra um amor maior pelo dinheiro, e um amor menor pelo nosso próximo; este não é o amor que deveríamos ter (Ne 5.7). Veja aqui: (1) Como a dívida era pequena, muito pequena, comparada com os dez mil talentos que o seu senhor lhe perdoou. As ofensas feitas aos homens não são nada para aqueles que se opõem a Deus. Os atos desonrosos feitos a homens como nós mesmos são apenas como ciscos ou mosquitos; mas os atos desonrosos contra Deus são como talentos, vigas, camelos. Isso não significa que, portanto, possamos fazer pouco caso da atitude de prejudicar o nosso próximo, porque isso também é um pecado contra Deus; portanto, devemos fazer pouco caso das ofensas que nos são feitas pelo nosso próximo, e não agravá-las, nem planejar vinganças. Davi não se preocupava com os insultos contra ele. “Eu, como surdo, não ouvia”; mas se ofendia muito com os pecados cometidos contra Deus; por eles, rios de lágrimas corriam de seus olhos. (2) Como a exigência era severa: “Lançando mão dele, sufocava-o”. Os homens orgulhosos e iracundos pensam que se a questão de sua exigência for justa, isso os defenderá, apesar da maneira de ser tão cruel e desumana que demonstram. Mas este pensamento não terá apoio. O que justificava tanta violência? A dívida poderia ter sido exigida sem pegar o devedor pela garganta; sem lhe enviar uma intimação, ou colocando o meirinho sobre ele. Como a conduta desse homem é de soberba, e, contudo, como o seu espírito é indigno e servil! Se ele mesmo tivesse ido para a prisão pela sua dívida ao seu senhor, as suas razões teriam sido tão urgentes, que ele poderia ter tido algum pretexto para ir ao extremo ao exigir o que lhe pertencia; mas freqüentemente o orgulho e a malícia predominam mais para tornar os homens severos do que a necessidade mais urgente o faria. (3) Como o devedor era submisso. O seu companheiro, embora fosse igual, sabendo o quanto ele conhecera sobre a compaixão, prostrou-se a seus pés, e se humilhou a ele por essa dívida insignificante, da mesma forma que ele fez com o seu senhor pela dívida grande; porque o que “toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Aqueles que não podem pagar as suas dívidas têm de ter muito respeito para com os seus credores, e não é só falarem palavras boas, mas lhes fazer todos os bons ofícios que puderem; eles não devem ficar irados com aqueles que reclamam o que lhes pertence, nem falar mal deles por causa disso; não, mesmo que eles façam isso de uma maneira rigorosa. Mas nesse caso, deixe que Deus pleiteie a sua causa. O pedido do homem pobre é: “Sê generoso para comigo”; ele honestamente confessa a dívida, e não requer ao seu credor o ônus de prová-la, mas apenas pede mais prazo para pagá-la. A paciência, embora não seja o pagamento da dívida, é, às vezes, uma caridade necessária e louvável. Assim como não devemos ser excessivamente severos, também não devemos ser apressados em nossas exigências, mas devemos considerar quanto tempo Deus nos tem tolerado. (4) Como o credor foi implacável e violento (v. 30): “Ele, porém, não quis”, e não escutou a sua promessa justa, mas sem compaixão “foi encerrá-lo na prisão”. Como ele procedeu de forma insolente, pisando em alguém tão bom quanto ele, que se submeteu a ele! Que crueldade ele usou para com alguém que não havia lhe feito nenhum mal! Além disso, esta atitude não lhe traria nenhuma vantagem! Nisso, como através de um vidro, credores sem compaixão podem ver os seus próprios rostos, e sentem prazer em nada mais do que devorar e destruir (2 Sm 20.19), e se gloriam por terem os ossos de seus pobres devedores. (5) Como os outros servos estavam preocupados: “Contristaram-se muito” (v. 31), contristaram-se pela crueldade do credor, e pela desgraça do devedor. Os pecados e sofrimentos dos nossos companheiros deveriam ser motivos de pesar e perturbação para nós. Costuma-se dizer que qualquer um dos nossos irmãos deveria se fazer animal de presa, pela crueldade e barbaridade; ou ser feito animal de escravidão, pelo uso desumano daqueles que têm poder sobre ele. Ver um companheiro se enfurecendo como um urso, ou pisado como um verme, só pode causar grande tristeza a todos aqueles que têm qualquer zelo pela honra de sua natureza ou de sua religião. Veja com que olhos Salomão olhou para as lágrimas dos que foram oprimidos, e para a força dos seus opressores (Ec 4.1). (6) Como a notícia do que aconteceu foi levada até o senhor: “Foram declarar ao seu senhor”. Eles não ousaram reprovar o seu conservo por isso, por ele ter sido tão irracional e abusivo (deixe que uma ursa roubada de seus filhotes encontre um homem, em vez de tal louco em sua loucura); mas eles foram ao seu senhor e rogaram que ele socorresse o oprimido contra o opressor. Aquilo que nos é motivo de tristeza, deveria nos ser motivo de oração. Deixemos as nossas queixas – tanto da impiedade dos ímpios como da aflição dos aflitos – serem levadas a Deus, e deixemo-las com Ele. 3. O ressentimento justo do senhor pela crueldade de que o seu servo era culpado. Se os servos consideraram isso tão mau, quanto mais o senhor, cuja compaixão está infinitamente acima da nossa. Então observe aqui: (1) Como ele reprovou a crueldade do seu servo (vv. 32,33): “Servo malvado”. Note que a falta de compaixão é uma iniqüidade, e uma grande iniqüidade. [1] O servo é repreendido diante da compaixão que ele tinha encontrado em seu senhor: “Perdoei-te toda aquela dívida”. Aqueles que desfrutam os favores de Deus, jamais deveriam ser repreendidos com eles. Mas aqueles que abusarem deles, poderão esperar por isso (Mt 11.20). Considere que a dívida perdoada foi “toda aquela dívida”, aquela grande dívida. A grandeza do pecado amplia as riquezas da compaixão que perdoa; devemos ter sempre em mente que os nossos muitos pecados foram perdoados (Lc 7.47). [2] Ele, assim, mostra ao servo a obrigação que ele tinha: deveria ter compaixão de seu companheiro: “Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” Espera-se, de forma justa, que aquele que recebeu misericórdia, deva mostrar misericórdia. Dat ille veniam facile, cui venia est opus – Aquele que precisa de perdão, facilmente o concede. Senec., Agamemn. Ele mostra ao servo, em primeiro lugar, que esse deveria ter tido mais compaixão pela aflição de seu companheiro, pelo fato de ele mesmo ter experimentado a mesma aflição. O sentimento que nós mesmos tivemos faz com que entendamos melhor o sentimento de nosso irmão, e tenhamos atitudes melhores para com ele. Os israelitas conheciam o coração de um estrangeiro, porque eles foram estrangeiros; e este servo já deveria conhecer o coração de um devedor preso, e assim não poderia ter sido tão duro com o seu conservo. Em segundo lugar, ele deveria ter agido de uma forma mais semelhante ao exemplo do sentimento do seu senhor. Ele mesmo passou por isso, e foi favorecido. Note que o senso confortável da misericórdia que perdoa depende muito da disposição dos nossos corações para perdoar os nossos irmãos. Era no encerramento do Dia da Expiação que a trombeta do jubileu soava como sinal de uma liberação das dívidas (Lv 25.9); porque devemos ter compaixão dos nossos irmãos, assim como Deus tem compaixão de nós. (2) Como o senhor daquele servo revogou o seu perdão e cancelou a quitação da dívida, para que o julgamento contra ele voltasse a vigorar (v. 34): “O seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia”. Embora a maldade tenha sido muito grande, o seu senhor não lhe infligiu outro castigo além do pagamento da sua própria dívida. Aqueles que não corresponderem aos termos do Evangelho não precisarão ser mais afligidos; basta que sejam entregues ao rigor da lei, e esta seguirá o seu curso natural contra eles. Observe como a punição responde ao pecado; aquele que não perdoa, não será perdoado. Ele o entregou aos atormentadores; o máximo que aquele homem poderia fazer pelo seu companheiro era apenas lançá-lo na prisão, mas ele mesmo foi entregue aos atormentadores. Observe que o poder da ira de Deus para nos destruir vai muito além do ponto máximo da força e da ira de qualquer criatura. As reprovações e terrores da sua própria consciência seriam esses atormentadores, pois esse é um verme que não morre; os demônios, os executores da ira de Deus, que são os tentadores dos pecadores agora, serão os seus atormentadores para sempre, eternamente. Ele foi enviado para a cadeia até que pagasse tudo. As nossas dívidas para com Deus nunca são pagas em parte; ou tudo é perdoado, ou tudo é exigido. Os santos glorificados no céu são perdoados de todas as suas transgressões e pecados através do pagamento total que foi feito por Cristo. Os pecadores condenados no inferno estão pagando tudo, isto é, são punidos por tudo. A ofensa feita a Deus pelo pecado está relacionada à honra, e não pode ser paga em parte ou com uma redução, que no caso não será admitida. Portanto, de uma maneira ou de outra, ela deve ser quitada pelo pecador, ou pelo seu fiador. Por fim, aqui está a aplicação de toda a parábola (v. 35): “Assim vos fará também meu Pai celestial”. O título que Cristo aqui dá a Deus Pai foi utilizado (v. 19) em uma promessa confortável: “Isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”; aqui a palavra é usada em uma terrível ameaça. Se o governo de Deus for paternal, segue-se que é um governo justo, mas não significa que seja extremamente rigoroso, ou que sob o seu governo devamos ser mantidos no caminho certo pelo temor à ira divina. Quando oramos a Deus como “o nosso Pai que está nos céus”, somos ensinados a pedir o perdão dos nossos pecados, assim como perdoamos aos nossos devedores. Observe aqui: 1. O dever de perdoar; devemos perdoar de coração. Note que não perdoaremos corretamente, nem de forma aceitável, o nosso irmão que nos ofendeu, se não perdoarmos de coração; porque é para ele que Deus olha. Nenhuma malícia deve ser guardada ali, nem má vontade em relação a qualquer pessoa; nenhum projeto de vingança deve ser formado ali, nem o desejo de vingança, como há em muitos que exteriormente parecem pacíficos e reconciliados. No entanto, isso não é suficiente; devemos desejar de coração e buscar o bem-estar das outras pessoas, até mesmo daquelas que nos ofenderam. 2. O perigo de não perdoar: “Assim vos fará também meu Pai celestial”. (1) Essas palavras não têm a intenção de nos ensinar que Deus reverte os perdões que Ele já concedeu a uma pessoa, mas que Ele os nega àqueles que são desqualificados para recebê-los de acordo com o sentido do Evangelho. Houve alguns que, embora parecessem ter se humilhado, como Acabe, se consideravam, e outros os consideravam, em um estado de perdão, e se comportavam de forma audaciosa com o conforto desse perdão. Temos, nas Escrituras, indícios suficientes da negação dos perdões como uma forma de prevenção contra os presunçosos; mas ainda assim temos uma segurança suficiente da continuidade do perdão para conforto daqueles que são sinceros, mas tímidos. Assim, um pode temer, e o outro pode ter esperança. Aqueles que não perdoam as transgressões dos seus irmãos nunca se arrependeram de verdade de suas próprias transgressões, nem creram verdadeiramente no Evangelho. Portanto, aquilo que foi tirado é apenas o que eles pareciam ter (Lc 8.18). (2) Essa situação tem a intenção de nos ensinar que o juízo será sem misericórdia, e que a misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13). Para perdoarmos e ficarmos em paz, é necessário, e até mesmo indispensável, que as nossas atitudes sejam justas, e que também amemos a misericórdia. Esta é uma parte essencial dessa religião que é pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai: a sabedoria que vem do alto é boa, e fácil de ser solicitada. Observe como respondem aqueles que, embora tenham o nome de cristãos, persistem no tratamento mais rigoroso e cruel para com os seus irmãos, como se as leis mais rigorosas de Cristo pudessem ser dispensadas em prol da gratificação de suas paixões desenfreadas. E assim eles se amaldiçoam toda vez que fazem a oração do Senhor. PARA REFLETIR - A respeito de “Perdoamos Porque Fomos Perdoados”, responda:
Quem são os “grandes” no Reino de DEUS? O s humildes são os verdadeiramente grandes (Mt 18.1-4).
Qual é a mensagem que a parábola quer transmitir? A mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de DEUS e a obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de DEUS tê-los perdoado.
O que JESUS queria ensinar ao dizer o valor da dívida do servo do rei? O que CRISTO quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa dos nossos pecados, até que eles fossem perdoados gratuitamente por DEUS, por intermédio da morte do Filho de DEUS na cruz do Calvário (Cl 4.13,14).
Qual era a única forma de “pagarmos” a nossa dívida diante de DEUS? A única forma de pagarmos nossa dívida seria com o derramamento de sangue e, isso, exigiria a nossa própria vida. Portanto, nossa dívida para com DEUS é impagável.
Você já precisou perdoar alguém ou ser perdoado? Como se sentiu após fazê-lo? Resposta pessoal. SUBSÍDIO EXEGÉTICO TOP1
“A chamada de JESUS ao perdão imediato é a ocasião para esta parábola. Mateus une fortemente as duas passagens com as palavras ‘por isso’ (dia touto, tradução literal). JESUS começa dando um exemplo de perdão extravagante. O fato de um servo (provavelmente ministro da corte) dever dez mil talentos é incrível; JESUS exagera a soma astronômica para causar efeito. Um talento era alta denominação de dinheiro, equivalente de seis a dez mil dinheiros ou denários (um denário era o salário mínimo de um operário pelo trabalho de um dia). Em termos do dinheiro de hoje, seria uma dívida na casa dos bilhões de dólares. O servo nunca viveria o suficiente para acumular ou fraudar tal quantia. É situação tão desesperadora, que ele e sua família terão de ser vendidos como escravos (v.25), mas até isso apenas faria cócegas na importância devida. Responder como o homem pagaria está além da função da parábola” (SHELTON, James B. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.108). CONHEÇA MAIS - TOP1 - O Valor de Um Talento
“Um ‘talento’ é uma medida de peso em ouro, prata ou cobre. Ele variava, mas oscilava entre 27 e 41 Kg. Dez mil talentos não seriam menos do que 270 toneladas de metal. Dependendo do tipo de metal utilizado, um talento era equivalente a cerca de 6.000 denários e, à base de um denário por dia (cf. Mt 20.2), um trabalhador precisaria de 164.000 anos para quitar a dívida!” Para conhecer mais, leia Compreendendo todas as Parábolas de JESUS, CPAD, p.112. SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“JESUS de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi ‘o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos’. Pode ser muito afirmar que JESUS descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana.
“Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronológica, mais uma vez identificaremos uma trajetória que nos leva a pensar no perdão de um modo que transcende as metáforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de JESUS com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias. Diferente das introduções mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que João Batista ‘apareceu’ e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em voltado para) o perdão dos pecados (Mc 1.4)” (SANDAGE, Steve J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38). SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“JESUS de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi ‘o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos’. Pode ser muito afirmar que JESUS descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana.
“Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronológica, mais uma vez identificaremos uma trajetória que nos leva a pensar no perdão de um modo que transcende as metáforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de JESUS com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias. Diferente das introduções mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que João Batista ‘apareceu’ e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em voltado para) o perdão dos pecados (Mc 1.4)” (SANDAGE, Steve J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38). CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p39. Lição 8 - O GRACIOSO PERDÃO DE DEUS - Parábola do Credor Incompassivo 2º Trimestre 2005 - As Parábolas De Jesus - Tema Central: Adevertências Para Os Dias De Hoje. Comentarista: Pr. Elienai Cabral. TEXTO ÁUREO: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22). VERDADE PRÁTICA: Assim como somos perdoados por Deus, devemos perdoar os nossos ofensores. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MATEUS 18.23-35 A parábola do credor incompassivo
23 Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
24 e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
25 E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
26 Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
27 Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem 20 dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
30 Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32 Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. 18.35 SE... NÃO PERDOARDES. Jesus nesta parábola ensina que o perdão divino, embora seja concedido graciosamente ao pecador arrependido, é, também, ao mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposição do indivíduo, de perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa pode ficar sem perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao próximo (ver 6.14,15; Hb
12.15; Tg 3.14; Ef 4.31,32). Estes textos mostram que amargura, ressentimento e animosidade contra o próximo são totalmente incompatíveis com a verdadeira vida cristã, e que devem ser banidos da vida do crente.
LEITURA DIÁRIA: Segunda – Mt 5.23,24 O perdão precede a adoração 23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
1 Timóteo 2.8 Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda Terça – Is 55.7 O perdão de Deus é grandioso 7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá
dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Zacarias 8.17 e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.
Quarta – Mt 6.14,15 Somos perdoados conforme perdoamos 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
6.15 SE, PORÉM... PERDOARDES AOS HOMENS. Esta declaração de Jesus salienta o fato de que o crente deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte dos outros. Caso ele não perdoe seu ofensor arrependido, Deus não o perdoará e suas orações não terão resposta. Aqui está um princípio essencial para obtermos o perdão de Deus (18.35; Mc 11.26; Lc 11.4).
Quinta – Sl 86.5 O Senhor quer perdoar 5 Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Sexta – Lc 23.34 O perdão de Jesus é gracioso 34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
23.34 PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM. Provavelmente, esta declaração de Cristo é a primeira das suas sete últimas palavras na cruz. As sete palavras ou frases foram pronunciadas na seguinte ordem: (1) Entre 9:00 horas e o meio-dia: (a) A palavra do perdão: Pai, perdoa-lhes (v. 34). (b) A palavra da salvação: hoje estarás comigo no Paraíso (v. 43). (c) A palavra do amor:
Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27). (2) As três horas de trevas: do meio-dia às 15:00 horas, nenhuma palavra registrada. (3) Cerca das 15:00 horas: (a) A palavra do sofrimento espiritual: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34). (b) A palavra do sofrimento físico: Tenho sede (Jo 19.28). (c) A palavra do triunfo: Está consumado (Jo 19.30). (d) A palavra da entrega: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. 46).
Sábado – 1 Pe 4.8 Perdoar é uma expressão do amor divino em nós 8 Mas, sobretudo, tende ardente 6caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados,
Provérbios 10.12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
FIGURAS ILUSTRATIVAS OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a: 1- Analisar a parábola dentro de seu contexto. 2- Valorizar o bom relacionamento entre todos, especialmente, entre os irmãos. 3- Praticar o perdão gracioso de Deus. PONTO DE CONTATO: Professor, estaremos falando a respeito do perdão na aula de hoje. Inicie a aula discorrendo sobre relacionamento inter-pessoal e a dificuldade de manter a comunhão com nossos irmãos. É importante mencionar que se tratando de pessoas, sempre haverá falhas, erros, decepções, mágoas e até mesmo traições. Como irmãos em Cristo, devemos estar sempre dispostos a relevar as falhas de nossos semelhantes, a fim de que todo o Corpo de Cristo permaneça unido. Incentive seus alunos a se reconciliarem com aqueles que os ofenderam ou que, porventura, tenham ofendido. SÍNTESE TEXTUAL: Esta parábola nos ensina que a abundância da misericórdia é que deve formar a base da moral cristã. Aqui vemos que o rei pôde compreender e perdoar a ignorância, a desonestidade, os erros e as falhas humanas, mas não a injustiça, a desumanidade, a crueldade e a ingratidão. Aquele servo foi maldoso, egoísta e imoral. Não compreendeu o perdão, a misericórdia e a generosidade do rei. Fora-lhe perdoada uma dívida tão grande, que muitos atos de bondade de sua parte não seriam suficientes para expressar gratidão ao seu credor. Entretanto, não teve compaixão de quem lhe devia; pelo contrário, agiu de modo exatamente oposto, lançando seu humilde servo no cárcere. A bondade do rei fora tão grande que ninguém seria capaz de explicar a razão de sua atitude. Todos nós encontramo-nos na situação daquele homem cruel. Fomos alvos da compaixão divina e recebemos o perdão de Deus por intermédio de Jesus Cristo. Jamais pagaríamos nossa dívida! Se ela era tão grande, e fomos perdoados, como não perdoarmos as ínfimas dívidas dos nossos devedores (Mt 6.12)? ORIENTAÇÃO DIDÁTICA: Leve folhas de papel e lápis para a sala de aula. Separe a turma em duplas. Cada dupla deve elaborar um acróstico baseado na palavra PERDÃO, sintetizando em uma frase curta as principais lições aprendidas na aula. Em um acróstico, a primeira letra de cada linha compõe a palavra-chave. Ex: Perdoar para ser perdoado Ensinar o perdão Reconciliar-se com o ofendido Desejar o perdão Amar a quem nos tem ofendido Orar por aqueles que nos maltratam COMENTÁRIO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Quem pergunta quantas vezes deve perdoar, já está com a intenção de se vingar. Hoje a grande maioria dos filmes, novelas, seriados e até mesmo desenhos animados direcionados a crianças, têem como tema central a vingança, na maioria de um mal ou de alguma ofensa a algum parente próximo; é a mensagem satânica que despercebidamente é infiltrada na mente dos telespectadores desavisados. Nesta parábola que, na maioria das vezes denominamos “Parábola do credor incompassivo”, nada mais quer nos dizer senão que devemos perdoar para sermos perdoados, é plantando que se colhe e colhe-se de acordo com o plantado, esta é a lei espiritual. O REINO DE DEUS OU DOS CÉUS é diferente e na maioria das vezes oposto ao reino material ou humano-racional: JESUS nos revela a disposição sempre clara de uma criança em perdoar e amar, depois vem nos ensinando como reconciliar ofendidos e ofensores sem prejuízo para o reino de DEUS, ou seja, sem que alguma alma se perca. Entraremos agora no estudo de nossa Parábola do Credor Incompassivo que JESUS usou para explicar melhor a Pedro e demais discípulos o significado do Perdão e da misericórdia de DEUS para conosco. I. O PONTO DE PARTIDA PARA O PERDÃO (MT 18.1-20) 1. O contexto da parábola (Mt 18.1-6).
“...perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores...” JESUS está aqui ilustrando o que já havia ensinado sobre o perdão da Igreja e sobre a criança em sua altíssima capacidade em perdoar. 2. A iniciativa para o perdão (Mt 18.15-17). Em Mt 5.23,24 JESUS já havia dado uma idéia sobre a condição para o perdão, sendo o ofensor o mais indicado para fazer a reconciliação entre ele e seu ofensor devido à sua capacidade de enxergar melhor a situação com olhos espirituais e de misericórdia. Esta é a primeira iniciativa para reconciliação, caso não seja bem interpretada então haverá outras tentativas, com testemunhas e depois, se for o caso, com a Igreja. 2Co 2.10 E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; II. O PERDÃO PROCEDE DA COMPAIXÃO (MT 18.23-35) 2Co 5. 14 Porque o amor de Cristo nos constrange, 1. Um ajuste de contas (Mt 18.23). DEUS tem o direito de chamar a qualquer um, a qualquer momento para um ajuste de contas. 1 Pe 4.5 Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos. O rei é DEUS PAI pois JESUS mesmo disse. (Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes), não há no mundo alguém maior do que este rei, Ele governa sobre tudo sobre todos. O servo aqui deve ser interpretado como sendo eu (no caso de quem lê – você) - Pelo que se entende este servo era alguém próximo do rei, pois tinha poder para prender e era muito conhecido dos outros servos próximos do rei que logo foram contar para ele (o rei) o tratamento deste servo contra o seu conservo. O conservo aqui deve ser interpretado como sendo aquele que ofende ao irmão. Observe os valores que aparecem. Um "denário" era o salário de um trabalhador por um dia de trabalho (quanto seria hoje, em sua região?). Um "talento" correspondia a 6.000 denários. Agora, procure transformar em valores de hoje as duas dívidas: Considerando 1 talento igual a 60.000 dólares, vejamos as dívidas comparadas entre si: - 10.000 talentos = R$ 165.000.000.000,00 (Dívida do servo com o rei - Propositalmente exagerada, para se ver o tamanho de nossa dívida junto ao Pai).
- 20 Dinheiros ou 100 denários = R$ 2.750,00 (Dívida do conservo com o servo que foi perdoado) O que Jesus quer nos transmitir, no que se refere à nossa dívida com Deus e a partir de valores tão diferentes? (Depois de responder, confira: Mq 7.18,19; Rm 5.20b; Mt 6.12). Sabemos que está próximo o primeiro acerto de contas, quando acontecer o Arrebatamento, porém aqueles que não forem encontrados fiéis ainda terão chances como durante a grande tribulação e no final da mesma e no milênio. 2. Qual o valor real de nossa dívida com DEUS? Para custar o sangue de DEUS (em CRISTO) a dívida com certeza era a maior dívida já contraída. 1 Tm 1. 15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Quando olhamos para este versículo devemos reconhecer que não há maior dívida do que a minha (individualmente) 3. A dívida é impagável (Mt 18.25). Diante de uma dívida impagável não há como escapar do carrasco, a não ser apelando para a misericórdia, ou seja, apelar para a bondade e o amor escondidos no coração do rei, mas que nesta hora puxamos ou arrancamos lá de dentro pela necessidade e pelo desespero da morte que se aproxima. Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. A aplicação da lei determinava uma só coisa: a execução da dívida. Naquela época, a execução da dívida se dava, primeiramente, sobre o patrimônio do devedor. Caso o devedor não tivesse com que pagar, a dívida era executada sobre as pessoas, ou seja, as pessoas eram vendidas como escravas a fim de saldar a dívida. Em se tratando do pai de família, todos os seus filhos e sua mulher também eram vendidos (Ex.22:3; II Rs.4:1). 4. A compaixão graciosa perdoa toda a dívida (Mt 18.26,27). O servo, diz o texto sagrado, “reverenciava” o rei, ou seja, caiu aos seus pés, prostrou-se, adorou-o, suplicando pela sua misericórdia. Não há outro lugar em que possamos obter a bênção de Deus, a misericórdia de Deus senão a Seus pés. Como servos do rei, temos livre acesso a Ele. É nesta hora que lembramos da Palavra de DEUS em: 1Co 13.4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Jo 1.7-9 7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. É através do sacrifício de CRISTO em nosso lugar que somos reconciliados com DEUS pelo infinito amor com que ELE nos amou, provendo ELE próprio a nossa salvação. DEUS sentiu a nossa miséria e a nossa incapacidade ao se tornar em tudo semelhante a nós através de CRISTO. III. A INCLEMÊNCIA DO SERVO PERDOADO (MT 18.28-35) 1. A crueldade do servo do rei (vv.28-30). 0 que faltou ao servo perdoado, que o levou a não perdoar? Alguma falha no rei? Ou nele próprio? O que falta a alguém que não quer perdoar o próximo? Será correto então, uma pessoa dizer: "Isso eu não posso perdoar em você, é demais!"? Este servo em nada se parecia com seu rei, embora o esperado fosse ao contrário. Parece que não passou nem um dia para que este servo incompassivo e cruel tratasse seu conservo (ou seu companheiro de reino) com dureza e falta de misericórdia (Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.). Este servo colheu uma colheita de amor, porém plantou uma de ódio e rancor. Desejava o bem para si e o mal para os outros. 2. O perdão revogado (Mt 18.34). Quando o rei soube o que havia acontecido ficou irado com este servo desumano e cruel; enviou logo soldados para prenderem aquele servo violento e rancoroso para que sua dívida fosse novamente reconhecida, agora acrescida desta arrogância e ofensa a todas a s normas do bem viver e conviver. A doutrina da predestinação incondicional cai por terra diante desta afirmativa de JESUS de que o perdão foi revogado devido ao mal procedimento daquele servo. (Para estudo melhor: http://www.imwja.hpg.ig.com.br/seitas/predestinacao.htm ) Hb 3.12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 1Co 10.12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Rm 8.9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. O servo não soube conservar a bênção do perdão quando o negou ao seu próximo. Quando um pecador se converte ao Senhor, toda a dívida de seus pecados é perdoada graciosamente por Deus em virtude do sacrifício redentor que Cristo ofereceu ao Pai no Calvário (Hb 10.12-14). A redenção do pecador só Deus pode efetuar, bem como perdoar todos os seus pecados (Sl 49.7,8; Mc 2.10). 3. Aplicação da parábola (Mt 18.35). O texto diz que: “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. Ao perdoar alguém, devemos fazê-lo com amor, de coração, pois o perdão nos assemelha ao caráter de Deus (Ef 4.32). Aprendemos nesta parábola que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13). CONCLUSÃO
23- O que aprendemos nesta parábola sobre o juízo de DEUS? ( ) Que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. ( ) Que “o juízo será com misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. ( ) Que “o juízo será com muita misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. CONCLUSÃO 24- Que é, pois, o perdão? Complete: O perdão no âmbito humano é o ato de ________________ a dívida de cometimento de faltas, ofensas, erros e pecados que nosso irmão contraiu de nós, sem jamais lançar isso em rosto, ou ficar lembrando. Assim como Deus fez por nós, conforme está escrito em sua Palavra: “Porque serei _____________________________ para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me _______________________mais” (Hb 8.12). • Humildade (18.1-4) Mateus 18 tem sido chamado de “discurso sobre a grandeza e o perdão”. Ele esboça os princípios de conduta que são apropriados para aqueles que reivindicam pertencer a Cristo, o Rei. Enquanto o Salvador estava Se deparando com o sofrimento e a morte, os discípulos estavam pensando sobre posições de grandeza no Reino. Ele os lembrou que teriam que ser convertidos e se tornar como crianças para poder entrar no Reino. • Responsabilidade com os pequeninos (18.5-6) Quem recebesse Seus discípulos estaria recebendo ao próprio Jesus, mas qualquer um que ofendesse Seus discípulos, talvez fazendo-os pecar, iria sofrer um castigo pior do que ser lançado ao mais profundo mar. • Autodisciplina (18.7-9) Os homens devem tomar qualquer ação drástica necessária para evitar que os outros tropecem • A sacralidade da vida (18.10 14) Até mesmo o crente mais humilde não deve ser desprezado, porque ele é representado por anjos na presença de Deus e é um objeto especial da salvação pelo Pastor amoroso. O Senhor não quer que nem uma só ovelha se perca. • Disciplina dos transgressores (18.15-20) Para tratar com um irmão que pecou deve-se ir primeiramente ter com ele sozinho. Se isto falhar, deve-se ir acompanhado de uma ou duas pessoas. Se o transgressor ainda não se arrepender, o assunto vai para a igreja. Se ele se recusar a ouvir, os crentes devem se recusar a ter comunhão com ele. • Perdão ilimitado (18.21-35) Em resposta a uma pergunta de Pedro, o Senhor disse que devemos perdoar um irmão faltoso toda vez que ele se arrepender. Então Jesus deu uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme para um rei e não podia pagar. Em vez de vendê-lo à escravidão, juntamente com sua família, o rei compassivamente perdoou a dívida. O servo, por sua vez, tinha um amigo que devia uma quantia pequena. Em vez de perdoá-lo, o servo agarrou o amigo e o lançou na prisão. O rei ficou tão enfurecido quando ouviu sobre isso, que ordenou que o servo, cuja dívida havia sido perdoada, fosse aprisionado até que pagasse tudo o que devia - uma sentença perpétua. A lição é clara. Temos sido perdoados de milhões por Deus e devemos perdoar, por comparação, nossos irmãos e irmãs mesmo somente por alguns centavos.
A Repreensão do Rei Mateus 18 Por que alguns filhos de Deus têm tanta dificuldade em se entender? Li um poema que expressa perfeitamente esse problema: Viver no céu, com os santos que amamos, Certamente será uma glória. Viver na Terra, com os santos que conhecemos, Isso é outra história! Diante de tanta divisão e dissensão entre cristãos professos hoje, precisamos encarecidamente daquilo que Mateus 18 tem a nos ensinar. Jesus repreendeu seus discípulos por seu orgulho e desejo de grandeza aqui na Terra e lhes falou de três elementos essenciais para a harmonia e unidade entre o povo de Deus. Humildade (Mt 18:1-14) Alguém definiu humildade muito apropriadamente como "a graça que, quando você sabe que a possui, acabou de perdê-la!". Também afirmou corretamente: "A verdadeira humildade não é pensar em si mesmo de modo depreciativo; antes, é simplesmente nem pensar em si mesmo". A necessidade de humildade (v. 1). "Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?" - trata-se de um assunto que sempre voltava à baila nas conversas entre os discípulos, sendo mencionado várias vezes ao longo dos Evangelhos. É bem provável que os últimos acontecimentos tenham agravado esse problema, especialmente com referência a Pedro. Afinal, ele andara sobre as águas, estivera no monte da transfiguração com o Senhor e até mesmo recebera o dinheiro para pagar seus impostos por meio de um milagre. O fato de Jesus haver compartilhado com seus discípulos acerca de seu futuro sofrimento e morte não causara o devido impacto sobre a vida deles. Continuavam pensando apenas em si mesmos e nos cargos que ocupariam no reino. Estavam tão absortos com essa questão que chegaram a discutir entre si! (Lc 19:46). O egoísmo e a desunião do povo de Deus são um escândalo para a fé cristã. A causa principal desses problemas é o orgulho: alguém se julgar mais importante do que realmente é. Foi o orgulho que conduziu o homem ao pecado logo no princípio (Cn 3:5). Quando cristãos vivem para si mesmos e não para os outros, é inevitável que haja conflitos e divisões (Fp 2:1 ss). O exemplo de humildade (w. 2-6, 10-14). Os discípulos aguardaram com ansiedade que Jesus dissesse quem era o maior entre eles. Mas Jesus ignorou-os completamente e chamou uma criança para perto deles. Essa criança era o exemplo da verdadeira grandeza. Humildade sincera envolve conhecer a si mesmo, aceitar a si mesmo e ser autêntico, dando o melhor de si mesmo para a glória de Deus. Significa evitar dois extremos: pensar menos de si mesmo (como fez Moisés quando Deus o chamou, Êx 3:11 ss) ou pensar mais de si mesmo (Rm 12:3). A pessoa verdadeiramente humilde não nega os dons que Deus lhe deu, mas os emprega para a glória do Senhor. Quando não é mimada, uma criança possui as características que constituem a verdadeira humildade: confiança (Mt 18:6), dependência, desejo de fazer os outros felizes, ausência de arrogância e de desejos egoístas de ser maior do que os outros. Por natureza, todos somos rebeldes e queremos ser celebridades em vez de servos. As lições da humildade requerem um longo aprendizado. Os discípulos desejavam saber quem era o maior no reino, mas Jesus advertiu-os de que, sem humildade, sequer poderiam entrar no reinol Teriam, antes, de se converter - mudar sua forma de pensar - ou nem chegariam às portas do céu. Tudo indica que, nestes versículos, jesus está combinando dois conceitos: uma criança humana como um exemplo de humildade e um filho de Deus, qualquer que seja a sua idade. Como cristãos, devemos não apenas aceitar os pequeninos por causa de Jesus, mas também receber todos os filhos de Deus e procurar lhes ministrar (Rm 14:1 ss). Levar uma criança a pecar ou desviá-la do caminho é algo muito sério. E igualmente sério fazer com que outro cristão tropece por causa de nosso mau testemunho (Rm 14:13ss; 1 Co 8:9ss). A pessoa verdadeiramente humilde pensa sempre nos outros, e nunca em si mesma. Jesus explica que podemos ter quatro atitudes diferentes em relação às crianças e, conseqüentemente, em relação à verdadeira humildade. Podemos nos esforçar para nos tornarmos como crianças (Mt 18:3, 4) em humildade, como para o Senhor. Podemos apenas recebê-las (Mt 18:5), porque Jesus nos ordenou que assim fizéssemos. Se não tivermos cuidado, também podemos fazer com que tropecem (Mt 18:6) e, por fim, podemos acabar desprezando-as (Mt 18:10). É perigoso desprezar as crianças, pois Deus as tem em alta consideração. Quando nos tornamos como crianças (ou seja, cristãos verdadeiros), recebemos a Cristo (Mt 18:5). O Pai cuida delas e os anjos zelam por elas (Mt 18:10). Assim como o bom pastor, Deus busca os perdidos e os salva, e não devemos impedi-los. Um pastor que vai atrás de uma ovelha adulta se preocupará ainda mais com um carneirinho! Nestes dias de negligência e de abuso de crianças, devemos levar a sério essa advertência de Jesus. É melhor afogar-se no mar com uma pedra amarrada ao pescoço do que abusar de uma criança e encarar o juízo de Deus (Mt 18:6). O custo da humildade (w. 7-9). A pessoa verdadeiramente humilde ajuda a edificar os outros, não a derrubá-los. É uma pedra de apoio, não uma pedra de tropeço. Sendo assim, qualquer coisa que me faz tropeçar deve ser removida de minha vida, pois do contrário farei outros tropeçarem. Jesus havia proferido palavras semelhantes no Sermão do Monte (Mt 5:29, 30). Paulo usa o olho, a mão e o pé para ilustrar a dependência mútua dos membros do corpo do Cristo (1 Co 12:14-17). A humildade começa com a introspec-ção e continua com a abnegação. Jesus não está sugerindo que mutilemos nosso corpo, pois ferir o corpo físico não muda a condição espiritual de nosso coração. Antes, está nos instruindo a fazer uma "cirurgia espiritual", removendo tudo o que seja um tropeço para nós e para os outros. A pessoa humilde vive primeiramente para Jesus e depois para os outros, colocando-se sempre em último lugar. Fica contente em ser capaz de abdicar de coisas boas para fazer o outro feliz. Talvez o melhor comentário sobre isso se encontre em Filipenses 2:1-18. 2. Honestidade (Mt 18:15-20) Nem sempre praticamos a humildade. Há consciência de que, deliberada ou inconscientemente, ofendemos e prejudicamos os outros. Até mesmo a Lei do Antigo Testamento reconhece os "pecados por ignorância" (Nm 15:22), e Davi orou para ser liberto das "faltas ocultas" (SI 19:12), ou seja, das "faltas que estão ocultas até dos próprios olhos". O que devemos fazer quando outro cristão peca contra nós ou nos faz tropeçar? Jesus dá várias instruções. Manter a questão no âmbito particular. Devemos abordar a pessoa que pecou e conversar com ela a sós. É possível que essa pessoa nem tenha consciência daquilo que fez. Ou, ainda que tenha agido delibera-damente, nossa atitude de submissão e de amor pode ajudá-la a se arrepender e a pedir perdão. Acima de tudo, devemos procurar a pessoa com o objetivo de ganhar nosso irmão, não de ganhar uma discussão. Não é difícil ganhar uma discussão e perder um irmão. Ao procurar restaurar um irmão ou irmã, é necessário ter um espírito manso e gentil (Cl 6:1). Não se deve condenar quem nos ofendeu nem fazer fofocas a seu respeito, mas sim tentar ajudá-lo com lodo amor, da mesma forma como gostaríamos que alguém nos ajudasse se tivéssemos errado. A palavra corrigir, usada em Gálatas 6:1, é um termo médico grego que significa "reparar um osso fraturado", procedimento que exige paciência e grande cuidado. Pedir ajuda a outros. Se o ofensor recusar-se a proceder corretamente, estamos liberados para compartilhar o fardo com um ou dois irmãos. Devemos compartilhar os fatos de acordo com nosso ponto de vista e pedir o conselho desses irmãos tementes a Deus. Afinal, também é possível que nós estejamos errados. Se os irmãos verificarem que estamos corretos, então, juntos, podemos procurar o ofensor e tentar mais uma vez ganhá-lo como irmão. Esses irmãos não apenas podem nos ajudar com orações e persuasão como também podem servir de testemunhas para a igreja acerca da veracidade dessa conversa (Dt 19:15; 2 Co 13:1). O pecado que não é tratado com honestidade sempre se espalha. Aquilo que era uma questão entre duas pessoas passará a envolver quatro ou cinco. Não é de se admirar que jesus e Paulo tenham comparado 0 pecado ao fermento, pois cresce rapidamente. Pedir a ajuda da igreja. Devemos nos lembrar de que o objetivo não é ganhar a discussão, mas sim ganhar um irmão. A palavra ganhar, em Mateus 18:15, é usada em 1 Coríntios 9:19-22 com referência a ganhar os pecadores, mas também é importante ganhar os salvos. É a segunda vez que jesus menciona a igreja (ver Mt 16:18), e, nesse caso, a designação refere-se à congregação local de cristãos. Uma vez que os discípulos de nosso Senhor foram criados na sinagoga judaica, estavam familiarizados com a disciplina congregacional. O que começou como um problema particular entre duas pessoas é, agora, aberto para a igreja toda. A disciplina na igreja é um ministério negligenciado nos dias de hoje. No entanto, é ensinado aqui e nas epístolas (ver 1 Co 5; 2 Ts 3:6-16; 2 Tm 2:23-26; Tt 3:10). Assim como as crianças precisam de disciplina em casa, também os filhos de Deus precisam de disciplina na igreja. Se a ofensa chegar ao conhecimento de toda a igreja e, mesmo assim, o ofensor não mudar de idéia nem se arrepender, deverá ser disciplinado. Não pode ser tratado como um irmão espiritual, pois ele abriu mão dessa posição. Só pode ser tratado como alguém de fora, sem ser odiado, mas também sem comunhão com os outros. Manter o caráter espiritual da igreja local (w. 18-20). Antes de disciplinar um membro, a congregação local deve estar na melhor condição espiritual possível. Quando uma igreja disciplina um membro, está, na verdade, examinando e disciplinando a si mesma. Por isso Jesus acrescenta estas palavras sobre autoridade, oração e comunhão. Ninguém pode disciplinar os outros se não se disciplinar a si mesmo. Tudo o que ligamos (permitimos) na congregação deve, antes, ser permitido por Deus (ver os comentários em Mt 16:19). A igreja deve estar sob a autoridade da Palavra de Deus. Os cristãos não devem disciplinar os irmãos com a atitude de policiais intimidando criminosos. Pelo contrário: pela disciplina, vemos Deus exercer sua autoridade dentro da igreja local e, por meio desta, restaurar um de seus filhos em pecado. Com a autoridade da Palavra, também deve haver oração (Mt 18:19). A palavra concordar, no grego, corresponde ao termo "sinfonia". A igreja deve concordar em oração ao buscar disciplinar um membro ofensor. É através da oração e da Palavra que descobrimos a vontade do Pai sobre a questão. Por fim, deve haver comunhão (Mt 18:20). A igreja local deve ser uma comunidade de adoração que reconhece a presença do Senhor em seu meio. O Espírito Santo de Deus pode convencer do pecado tanto o ofensor quanto a igreja, e pode até mesmo julgar o pecado no meio da congregação (Atos 5). Há uma necessidade premente de honestidade na Igreja de hoje. "Falar a verdade em amor" (Ef 4:15) é o padrão de Deus. O amor sem verdade é hipocrisia, enquanto a verdade sem amor é brutalidade. Jesus sempre ensinou a verdade em amor. Se a verdade dói, é porque: "Leais são as feridas feitas pelo que ama" (Pv 27:6). No entanto, não devemos nos esquecer de que a humildade deve vir antes da honestidade. Um cristão orgulhoso não será capaz de falar a verdade em amor, pois usará o erro de um irmão como arma de combate, não como instrumento de edificação. O resultado será apenas desarmonia e discórdia ainda maiores. O primeiro problema interno a surgir na Igreja do Novo Testamento foi a desonestidade (At 5). Ananias e Safira tentaram fazer os membros da igreja acreditarem que eles eram mais espirituais do que de fato eram. Mentiram a si mesmos ao pensar que poderíam ficar impunes depois de sua farsa; mentiram aos irmãos em Cristo e aos líderes da igreja; e tentaram mentir para o Espírito Santo. O resultado foi julgamento e morte. Deus pode não dar cabo de todos os hipócritas da Igreja hoje, mas, sem dúvida alguma, a hipocrisia contribui para a desintegração da Igreja. O segundo problema interno (At 6) dizia respeito à negligência. Os membros e líderes enfrentaram esse problema com sinceridade e amor, e o resultado foi uma bênção. O amor e a verdade são essenciais, mas ambos devem ser usados com humildade. 3. Perdão (Mt 18:21-35) Quando começamos a viver num ambiente de humildade e de honestidade, devemos esperar alguns riscos e perigos. Se a humildade e a honestidade não resultarem em perdão, os relacionamentos não podem ser reparados e fortalecidos. Pedro reconheceu os riscos envolvidos e perguntou a Jesus como poderia lidar com eles no futuro. Sua pergunta, porém, revelou alguns erros graves. Para começar, faltou-lhe humildade. Estava certo de que seu irmão pecaria contra ele novamente, mas achou que ele não ofendería seu irmão! O segundo erro de Pedro foi pedir limites e medidas. Onde há amor, não há limites nem dimensões (Ef 3:17-19). Pedro pensou estar demonstrando grande fé e amor ao se oferecer para perdoar pelo menos sete vezes. Afinal, os rabinos ensinavam que era suficiente perdoar apenas três vezes. A resposta de Jesus: "até setenta vezes sete" (490 vezes) deve ter espantado Pedro. Quem poderia manter um registro de tantas ofensas? Mas era justamente isso o que Jesus desejava lhe mostrar: o amor "não se ressente do mal" (1 Co 13:5). Quando tivermos perdoado um irmão tantas vezes, teremos formado o hábito de perdoar. Porém, Jesus não estava aconselhando um perdão indiferente ou superficial. O amor cristão não é cego (Fp 1:9, 10), e o perdão que Cristo requer faz parte do fundamento das instruções que o Mestre ensinou em Mateus 18:15-20. Se um irmão é culpado de um pecado repetidas vezes, sem dúvida encontrará a força e o poder de que precisa para vencer esse pecado se receber estímulo de irmãos amorosos e clementes. Ao condenar um irmão, só o incentivamos a mostrar o que tem de pior. Mas, ao criar um ambiente de amor e de perdão, podemos ajudar Deus a revelar o que há de melhor nesse irmão. A parábola ilustra o poder do perdão. É importante observar que essa parábola não é sobre a salvação, pois a salvação é totalmente incondicional e gratuita. Transformar o perdão de Deus em algo temporário é violar a própria verdade das Escrituras (Rm 5:8; Ef 2:8, 9; Tt 3:3-7). A parábola trata do perdão entre irmãos, não entre os pecadores e Deus. A ênfase deste capítulo é sobre irmãos perdoando irmãos (Mt 18:15, 21). Era um devedor (vv. 23-27). O homem da parábola estava roubando do rei e, depois de uma auditoria contábil, seu crime foi descoberto. A arrecadação total dos impostos na Palestina daquele tempo era de oitocentos talentos anuais, de modo que podemos ter uma idéia da desonestidade desse homem. Se atualizado, esse valor provavelmente equivalería a mais de dez milhões de dólares. Porém, o homem pensou ser possível livrar-se dessa dívida e disse ao rei que seria capaz de saldá-la, caso tivesse mais tempo. Vemos aqui dois pecados: orgulho e falta de arrependimento sincero. O homem não estava com vergonha por ter roubado o dinheiro, mas sim por ter sido descoberto. Além disso, se considerava poderoso o suficiente para ganhar o dinheiro que havia roubado. Convém lembrar que, naquele tempo, um homem do povo precisava trabalhar vinte anos para receber um talento. Seu caso não tinha solução, exceto por um detalhe: o rei era um homem compassivo. Aceitou o prejuízo e perdoou o servo. Assim, o homem ficou livre, e ele e sua família não seriam jogados na prisão. O servo não merecia ser perdoado; o perdão foi um ato do mais puro amor e misericórdia por parte de seu senhor. Era um credor (vv. 28-30). O servo deixou a presença do rei e, posteriormente, encontrou outro servo que lhe devia cem denários. Um trabalhador comum ganhava cerca de cinco centavos por dia, de modo que essa quantia era insignificante, se comparada à que o primeiro servo havia roubado de seu senhor. Em vez de compartilhar com esse amigo a alegria do perdão que havia recebido, o servo perdoado maltratou-o e exigiu que pagasse a dívida. O segundo servo usou o mesmo argumento que o primeiro havia usado com o rei: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei o que devo!" Mas o servo injusto não estava disposto a conceder a outros aquilo que desejava que lhe concedessem. Talvez tivesse o direito legal de jogar esse homem na prisão, mas não tinha o direito moral. Uma vez que havia sido perdoado, não deveria também perdoar seu próximo? Sua família e ele haviam sido poupados da vergonha e do sofrimento da prisão. Acaso não deveria também poupar o outro servo e sua família? Tornou-se um prisioneiro (vv. 31-34). O rei o havia livrado da prisão, mas o servo condenou a si mesmo, exercendo justiça e jogando o amigo na prisão. "Você deseja viver segundo a justiça?", perguntou o rei. "Então vamos fazer justiça! joguem este homem perverso na prisão e torturem-no! Farei com ele o mesmo que ele fez com os outros!" (O texto não dá qualquer indicação de que a família também tenha sido condenada. Afinal, foi o pai quem abusou do outro servo e ignorou a bondade do rei.) A pior prisão do mundo é a prisão de um coração rancoroso. Se nos recusarmos a perdoar os outros, tornamo-nos nossos próprios carcereiros e a causa dos tormentos que sofremos. Algumas das pessoas mais infelizes com as quais me deparo no ministério são indivíduos incapazes de perdoar os outros. Vivem para imaginar formas de castigar os que os feriram. Na verdade, porém, estão apenas prejudicando a si mesmos. Qual era o problema desse homem? O mesmo de muitos cristãos professos: pessoas desse tipo receberam o perdão, mas não experimentaram esse perdão no mais profundo do coração. Assim, são incapazes de compartilhar o perdão com aqueles que os ofendem. Quando vivemos apenas de acordo com a justiça, sempre buscando o que nos é de direito, condenamo-nos a viver numa prisão. Mas se vivermos de acordo com o perdão, compartilhando com os outros aquilo que Deus nos concedeu, desfrutaremos de alegria e de liberdade. Pedro pediu uma medida justa, e Jesus lhe disse para praticar o perdão e esquecer a medida. A admoestação de jesus é extremamente séria. Ele não disse que Deus salva apenas os que perdoam os outros. O tema desta parábola não é a salvação dos pecadores, mas sim o perdão entre irmãos, lesus adverte que Deus não pode nos perdoar se não tivermos um coração humilde e contrito. É pela forma de tratar os outros que revelamos a verdadeira condição de nosso coração. Quando nosso coração é humilde e contrito, perdoamos nossos irmãos com prazer. Mas onde há orgulho e desejo de vingança não pode haver verdadeiro arrependimento, o que significa, também, que Deus não pode nos perdoar. Em outras palavras, não basta receber o perdão de Deus ou mesmo o perdão dos outros. Devemos experimentar esse perdão no coração, de modo a nos tornarmos humildes, mansos e dementes para com os outros. O servo desta parábola não experimentou o perdão e a humildade de maneira mais profunda; simplesmente ficou feliz por ter escapado de uma grande enrascada. Nunca chegou a se arrepender de fato. "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou" (Ef 4:32). "Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Cl 3:13).
18:1-14. Instrução sobre grandeza. 1. Quem é porventura o maior? Os antecedentes desta pergunta encontram-se na disputa entre os discípulos enquanto viajavam (Mc. 9:33; Lc. 9:46). Talvez fosse acesa pela proeminência dada aos três em Cesaréia de Filipe (17:1) ou a Pedro no incidente do pagamento do imposto (17:27). 2-4. Chamando uma criança, ele advertiu os discípulos, dizendo que se não deixassem de pensar grandes coisas de si mesmos, seu problema não seria o de grandeza relativa, mas de entrada no reino dos céus (o reino messiânico que eles esperavam que estabelecesse). A ausência do orgulho da posição é o aspecto da infância aqui referido. Para se entrar no reino de Cristo, um homem deve compreender sua imperfeição pessoal, e sua inteira dependência do Senhor. Deve experimentar o novo nascimento (Jo. 3:3 e segs.) 5. Tal como este, isto é, uma pessoa que, crendo, tornou-se como um menino (conf. v. 6). Os versículos 5-14 já não tratam mais do menino da ilustração (1-4) mas de um crente semelhante a um menino. Em meu nome. Tendo Cristo por base. Acolhendo outros crentes por causa de Cristo (não por causa de prestígio, riqueza, etc.) é como se acolhêssemos o próprio Cristo (10:42). 6. Qualquer que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim. Pequeninos também se refere a crente. O terrível julgamento que aguarda aqueles que prejudicara a fé dos crentes foi dramatizado por meio de uma comparação. Pedra de moinho. Literalmente pedra de asno, a grande pedra superior do moinho movida por um asno. 7. Embora seja inevitável que venham escândalos, pois fazem parte da disciplina de Deus para moldagem do caráter do crente, o ofensor humano é moralmente responsável por sua culpa. 8,9. Assim, é necessário tomar as medidas mais drásticas para evitar-se a ofensa (Veja 5:29,30) 10. Destes pequeninos. Crentes como crianças (não crianças verdadeiras, anão ser que sejam crentes). Os seus anjos. Os anjos que têm o encargo de guardar os crentes como um grupo (Hb. 1:14). Não temos aqui suficiente justificação para a idéia de que cada crente individual tem um anjo particular que lhe foi designado. (Atos 12:15 reflete a opinião corrente sobre os anjos, mas não é necessariamente uma verdade.) O versículo 11 foi provavelmente interpolado de Lc. 19:10. 12-14. A importância de até mesmo o mais humilde crente está ilustrada pela parábola da Ovelha Perdida. Considerando que o pastor se preocupa grandemente por uma simples ovelha desgarrada, como é grande a nossa obrigação de não desprezar essas infelizes. Esta parábola foi usada em outra ocasião (Lc. 15:4-7) para ilustrar a salvação dos pecadores. 15-20. Instruções sobre o procedimento em relação aos ofensores. 15. Apesar das mais sérias advertências, ofensas serão feitas. Um resumo do procedimento foi apresentado para que o ofendido soubesse como reagir. Sua primeira responsabilidade é a de ir procurar o ofensor em particular, sem esperar que este se desculpe. Tal procedimento torna mais fácil obter uma confissão. Se tiver sucesso, ficará amigo do irmão ofensor e o restaurará na comunhão com o Senhor e com a congregação. 16. Se houver necessidade de uma segunda visita, é preciso que diversas testemunhas estejam presentes à entrevista (veja Dt. 19:15). 17. Dize-o à igreja. Quando o ofensor permanece impenitente (e o pecado é suficientemente grave para afetar a congregação), a igreja deve examinar o assunto. A igreja aqui não quer dizer sinagoga, à vista das prerrogativas mencionadas em 18:18, 19. Uma igreja cristã está se formando, como indica a implícita ausência de Jesus (v. 20). Se a igreja fracassar e o ofensor não atender o seu conselho, deve ser tratado como alguém de fora (gentio, publicano). É claro que tal tratamento deveria envolver esforços para alcançá-lo com o Evangelho. 18. Tudo o que ligardes na terra (conf. 16:19). A decisão da congregação em tais assuntos, tomada através de oração, da Palavra e do Espírito, será ratificada no céu. Veja também Jo. 20:23. 19,20. A promessa de que a oração será atendida se ao menos dois de vós concordarem fornece uma prova adicional de que as decisões tomadas através de oração pela congregação, nas questões de disciplina, serão divinamente aprovadas. Essa promessa relativa à oração de comum acordo deve ser considerada à luz de outros ensinamentos de Cristo sobre o assunto (conf. I Jo. 5:14). Ali estou eu no meio deles. Uma promessa da presença especial de Cristo na menor das congregações concebível. 21-35. Instruções sobre o perdão. 21. Senhor, até quantas vezes? A explanação anterior referente aos ofensores implica no desejo do ofendido de perdoar. Pedro ficou imaginando até onde o perdão deveria ser estendido por repetidas ofensas. Até sete? Os rabinos ensinavam (com base em Amós 1:3; Jó 33:29, 30) que bastavam três. 22. Jesus, entretanto, elevou a questão acima do reino da computação prática, exigindo setenta vezes sete. Em lugar de buscar um padrão numérico, o crente deve seguir o exemplo do seu Senhor (Cl. 3:13). 23. A parábola do servo inclemente ensina que os homens que experimentaram o perdão de Deus são obrigados a perdoar os outros. Este é o padrão do reino dos Céus (veja comentário sobre 13:11). O rei oriental (interpretado como sendo o Pai Celestial; v. 35) é apresentado quando fazia um acerto de contas com os seus escravos. 24. Um, aparentemente um sátrapa com acesso a grandes somas dos rendimentos do rei, foi descoberto estar devendo dez mil talentos. (O valor de um talento diferia em diversas ocasiões, de acordo com o metal envolvido, mas era sempre comparativamente alto.) 25-27. Entretanto, prostrando-se diante do rei, obteve um cancelamento completo da divida (em grego, empréstimo); pela graça do rei não foi considerado um desfalque. 28-30. Saindo da presença do rei, o servo perdoado foi acertar as contas com um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros (denarius, equivalente ao salário de um dia, 20:2), uma insignificantíssima quantia comparada aos talentos. 31-33. Não devias tu, igualmente, compadecer-se? Certamente os pecadores que experimentaram o perdão de Deus devem demonstrar um espírito idêntico para com os outros, especialmente porque as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são infinitamente menores quando comparadas coma enormidade do débito para com Deus. 34,35. O entregou aos verdugos. Eis aí o ponto crítico da interpretação. Não pode se referir à eterna ruína de alguém que foi verdadeiramente salvo, pois entraria em conflito com os mais claros ensinamentos de outras passagens. Não pode se referir também a algum purgatório contrário às Escrituras. Mas o fato de que o servo foi perdoado torna impossível que ele fosse um crente simplesmente professo. Entretanto, se encaramos os tormentos como males temporais com os quais o Pai celeste aflige os crentes que não perdoam, as dificuldades anteriores são evitadas. Verdugos (basanistaî) deriva-se do verbo basanizô, o qual se usa para descrever doenças (Mt. 4:24; 8:6), e circunstâncias adversas (Mt. 14:24). Ló "afligia a sua alma" em contato com os homens maus (II Pe. 2:8). Tais tormentos Deus usa para castigar e produzir um espírito adequado entre os seus filhos (I Co. 11:30-32). Assim, o perdão divino aqui é aquele que devemos experimentar diariamente para podermos desfrutar da comunhão perfeita como nosso Pai celestial, e isto se encaixa bem neste contexto no qual se discute o relacionamento entre crentes (vs. 16-20).
Ajuda:
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
CB TT W. W. Wiersbe
Comentario Biblico Moody
“Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.”(Mt 18.35)
VERDADE PRÁTICA
Assim como DEUS nos perdoa graciosamente, precisamos perdoar aqueles que nos ofendem. LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 18.21,22 A quantidade de vezes que se deve perdoar uma pessoa
Terça – Mc 11.25 Ao orar, lembrando que temos algo contra alguém, devemos perdoar
Quarta – Mc 11.26 Devemos perdoar, pois se não o fizermos, também não o seremos
Quinta – Cl 3.13 Devemos suportar uns aos outros e perdoarmo-nos mutuamente
Sexta – 1 Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é misericordioso e nos perdoará
Sábado – Is 55.7 O maior prazer de DEUS é que o pecador se arrependa e converta-se LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 18.21-35
21 – Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? 22 – JESUS lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. 23 – Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; 24 – e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 – E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. 26 – Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 27 – Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
28 – Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. 29 – Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. 30 – Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 – Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. 32 – Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. 33 – Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? 34 – E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. 35 – Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. OBJETIVO GERAL
Sublinhar a importância do perdão, tendo como referência o fato de termos sido perdoados por DEUS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Explicar o conceito geral de doação de órgãos;
Mencionar os exemplos de doação na Bíblia;
Conscientizar de que doar órgãos é um ato de amor. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O perdão, além de ser uma necessidade e uma atitude cristã, é igualmente um bálsamo para os envolvidos em algum litígio, mas, sobretudo para quem perdoa. Ensinado pelo Senhor JESUS CRISTO, atualmente, até mesmo a psicologia e a psiquiatria reconhecem os benefícios do ato de perdoar. Em sua classe provavelmente haverá pessoas em uma situação em que há necessidade do perdão, seja precisando ou devendo perdoar. Quem sabe até mesmo você esteja enfrentando um problema nesse aspecto, seja para perdoar ou para pedir perdão a alguém. Aproveite o momento da aula para promover esse clima de autoavaliação, levando todos a refletir sobre a importância de perdoar, pois, afinal também fomos perdoados. PONTO CENTRAL - Saber perdoar é uma das características do cristão. Resumo da Lição 7, Perdoamos Porque Fomos Perdoados I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO
1. A nova vida no Reino de DEUS. 2. Perdão ilimitado. 3. Uma dívida impagável. 4. A recusa em perdoar. II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
1. Nossa dívida impagável. 2. DEUS pagou as nossas dívidas. 3. Nada pode nos condenar. III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
1. Não endureça o coração. 2. Devemos agir com misericórdia. 3. Devemos dar o presente que recebemos. SÍNTESE DO TÓPICO I - Os detalhes da parábola não são tão importantes quanto sua grandiosa mensagem. SÍNTESE DO TÓPICO II - O perdão proporcionado por DEUS, em JESUS, jamais poderia ser pago pela humanidade. SÍNTESE DO TÓPICO III - O parâmetro para perdoarmos, é justamente o fato de que DEUS perdoou-nos sem que pudéssemos pagá-lo. Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT O Perdão e a Parábola do Credor Incompassivo - Mateus 18. 21-35 Esta parte do discurso que diz respeito às ofensas certamente deve ser entendida como os erros pessoais, cujo perdão depende de nossa decisão. Agora observe: I A pergunta de Pedro com relação a esse assunto (v. 21): “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” 1. Ele já tem como certo o fato de que deve perdoar; Cristo havia anteriormente ensinado aos seus discípulos esta lição (Mt 6.14,15), e Pedro não a esquecera. Ele sabe que não deve guardar rancor contra o seu irmão, ou pensar em vingança, sendo um amigo tão bom quanto sempre foi, esquecendo a injúria. 2. Pedro acha que é uma grande coisa perdoar até sete vezes; ele não quer dizer sete vezes por dia, como Cristo disse (Lc 17.4), mas sete vezes na sua vida; supondo que se um homem tivesse de alguma forma abusado dele sete vezes, embora estivesse muito desejoso de se reconciliar, ele poderia então abandonar esse relacionamento, e não ter mais nada a ver com ele. Talvez Pedro tivesse em vista Provérbios 24.16: “Sete vezes cairá o justo”; ou a menção de “três transgressões”, e uma quarta, e Deus não retiraria o castigo (Am 2.1). Há uma tendência em nossa natureza corrupta de nos limitarmos àquilo que é bom, e termos medo de nos excedermos na religião, particularmente de perdoarmos demais, embora tenhamos recebido o perdão de tantas iniqüidades. II A resposta direta de Cristo à pergunta de Pedro: “Não te digo que até sete” (Ele nunca teve a intenção de estabelecer limites), mas “até setenta vezes sete”; um número determinado para um número indefinido, mas que é muito extenso. Não é bom que contemos as ofensas que nos são feitas pelos nossos irmãos. O fato de contarmos as injúrias que perdoamos revela uma natureza má, como se fôssemos nos tornar vingativos quando a medida estivesse completa. Deus mantém um registro (Dt 32.34) porque Ele é o Juiz, e a vingança pertence a Ele. Mas não devemos praticar a vingança, para que não nos encontremos usurpando o seu trono. É necessário para a preservação da paz – tanto da paz interior como da exterior – nos esquecermos das injúrias, sem calcularmos com que freqüência o fazemos; é necessário perdoar e esquecer. Deus multiplica os seus perdões, e nós também devemos proceder assim (Sl 77.38,40). Isto sugere que precisamos fazer do perdão das injúrias uma prática constante, e devemos nos acostumar com essa atitude até que ela se torne habitual. III Um discurso posterior do nosso Salvador, através de parábolas, para mostrar a necessidade de perdoar as injúrias que nos são feitas. As parábolas são úteis, não só como um forte incentivo ao cumprimento dos deveres cristãos, mas por causarem e deixarem uma impressão. A parábola é um comentário sobre a quinta petição na oração do Senhor: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Estes, e somente estes, podem esperar ser perdoados por Deus: aqueles que perdoam os seus irmãos. A parábola representa o Reino dos céus, isto é, a igreja, e a administração da dispensação do Evangelho nele. A igreja é a família de Deus, é a sua corte; ali Ele habita, ali Ele governa. Deus é o nosso Senhor; nós somos os seus servos, ao menos em profissão de fé e por obrigação. Em geral, a parábola sugere quanta provocação Deus tem por parte de sua família na terra, e como os seus servos são rebeldes. Há três pontos importantes na parábola. 1. A maravilhosa clemência do senhor ao seu servo que estava lhe devendo; ele o perdoou em dez mil talentos, por pura compaixão (vv. 23-27). E aqui observe: (1) Todo pecado que cometemos é uma dívida para com Deus; não como uma dívida a alguém como nós, contraída comprando ou tomando emprestado, mas a um ser superior. Como uma dívida a um príncipe quando ocorre um erro de reconhecimento, ou quando alguém incorre em uma penalidade pela violação da lei ou pelo rompimento da paz. Como a dívida do servo ao seu senhor, retendo o seu serviço, desperdiçando os bens de seu senhor, quebrando o seu contrato, e incorrendo na penalidade. Todos nós somos devedores; devemos procurar liquidar a dívida, e nos sujeitarmos ao processo da lei. (2) Há um registro das nossas dívidas, e devemos, em breve, prestar contas delas. Este rei queria que o seu servo prestasse contas. Deus agora ajusta contas conosco pelas nossas próprias consciências; a consciência é um auditor de Deus na alma, para nos cobrar a responsabilidade, e para ajustar contas conosco. Uma das primeiras perguntas que um cristão despertado faz é: “Quanto deves ao meu Senhor?” E a menos que haja suborno, dirá a verdade, e não escreverá cinqüenta por cem. Um outro dia de prestação de contas está chegando; as contas serão aceitas ou rejeitadas, e nada além do sangue de Cristo será capaz de quitar todos os débitos. (3) A dívida de pecado é uma dívida muito grande; e alguns estão mais endividados, por causa do pecado, do que outros. Quando ele começou a contar, um dos primeiros devedores pareceu dever dez mil talentos. Não há como escapar da inquirição da justiça divina; o seu pecado com certeza será descoberto. A dívida era de dez mil talentos, uma soma muito grande; é mais provável que uma quantia tão vultuosa pudesse ser um resgate de rei ou um subsídio de governo, algo muito superior à dívida de um servo. Veja o que são os nossos pecados: [1] Pela abominação de sua natureza; eles são equivalentes a talentos, a maior denominação que era usada na contagem de dinheiro ou peso. Todo pecado é como uma carga de um talento, um talento de chumbo, esta é a impiedade (Zc 5.7,8). Cada um dos bens que nos são entregues, como despenseiros da graça de Deus, são um talento (Mt 25.15), um talento de ouro. E para cada talento enterrado, e muito mais para cada talento desperdiçado, nós temos um talento de dívida, e isto faz com que a conta aumente muito. [2] Pela vastidão de seu número; eles são dez mil talentos, uma miríade, mais do que os cabelos da nossa cabeça (Sl 40.12). Quem pode entender os próprios erros? (Sl 19.12). (4) A dívida de pecado é tão grande, que não somos capazes de pagá-la; o transgressor não precisou pagar nada. Os pecadores são devedores insolventes; a escritura, que coloca tudo debaixo do pecado, é um estatuto de falência contra todos nós. A prata e o ouro não pagariam a nossa dívida (Sl 49.6,7). O sacrifício e a oferta não a pagariam; as nossas boas obras são apenas a operação de Deus em nós, e não podem liquidar a dívida. Estamos sem forças, e não podemos ajudar a nós mesmos. (5) Se Deus tratasse conosco com uma justiça rígida, deveríamos ser condenados como devedores insolventes, e Deus poderia exigir a dívida, glorificando-se em nossa completa ruína. A justiça exige o pagamento: Currat, lex – Que a sentença da lei seja executada. O servo havia contraído essa dívida pelo seu desperdício e obstinação. Portanto, poderia, de forma justa, responder por isso. “O seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos”, como escravos às galés, vendidos para trabalhos forçados na prisão, “com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse”. Veja aqui o que todo pecado merece; este é o salário do pecado. [1] Ser vendido. Aqueles que se vendem para agir com impiedade, devem ser vendidos para que a dívida seja liquidada. Os cativos do pecado são cativos da ira. Aquele que é vendido como escravo fica privado de todos os seus confortos, e nada lhe sobra além de sua mulher, para que ele possa ter consciência de suas desgraças; esse é o caso dos pecadores condenados. [2] Assim ele teria um pagamento a ser feito, isto é, algo feito a respeito disso; embora seja impossível que a venda de alguém tão desprezível cobrisse a quantia necessária para o pagamento de uma dívida tão grande. Pela condenação eterna dos pecadores, a justiça divina será eternamente satisfatória, mas nunca satisfeita. (6) Os pecadores convencidos de seu estado só podem se humilhar diante de Deus, e orar por misericórdia. O servo sob essa determinação, e essa condenação, prostrando-se aos pés do seu nobre senhor, o reverenciava. Conforme se lê em algumas versões, ele lhe suplicou; suas palavras eram muito submissas e muito importunadoras: “Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei” (v. 26). O servo já sabia que estava com uma grande dívida, contudo não se preocupava com isso, até que foi chamado a prestar contas. Os pecadores geralmente são negligentes sobre o perdão de seus pecados, até que sejam chamados à atenção por alguma palavra que os faz despertar, por alguma providência surpreendente, ou pela aproximação da morte. E então: “Com que me apresentarei ao Senhor?” (Mq 6.6). Com que facilidade, com que rapidez, Deus pode trazer o pecador mais orgulhoso aos seus pés: Acabe, ao seu pano de saco, Manassés, às suas orações, Faraó, às suas confissões, Judas, à sua restituição, Simão, o Mago, à sua súplica, Belsazar e Felix, aos seus tremores. O coração mais resistente desmaiará quando Deus colocar os pecados em ordem diante dele. Este servo não negou a dívida, não buscou evasivas, nem tentou fugir. Mas: [1] Ele suplica pedindo tempo: “Sê generoso para comigo”. A paciência e a clemência são um grande favor, mas é loucura pensar que somente essas coisas nos salvarão; as postergações temporárias não são perdões. Muitos são tolerantes, e assim não são trazidos ao arrependimento (Rm 2.4). Por essa razão, o fato de terem sido tolerantes não lhes traz nenhum benefício. [2] Ele promete um pagamento: “Sê generoso”, por um tempo, “e tudo te pagarei”. É loucura de muitos que estão sob as convicções do pecado, imaginarem que eles podem satisfazer a Deus pelos erros que cometeram contra Ele. Como aqueles que, falidos, buscando um acordo, procurariam o perdão da dívida dando os seus primogênitos por sua transgressão (Mq 6.7), procurando estabelecer a sua própria justiça (Rm 10.3). “Não tendo ele com que pagar” (v. 25), julgava poder pagar “tudo”. Veja como o orgulho oculto persiste, mesmo em pecadores despertados; eles estão convencidos, mas não se humilham. (7) O Deus de infinita misericórdia está muito pronto – devido à sua pura compaixão – a perdoar os pecados daqueles que se humilham diante dele (v. 27). O senhor daquele servo – quando poderia, de forma justa, tê-lo arruinado – por compaixão o soltou; e, visto que ele não poderia ficar satisfeito pelo pagamento da dívida, seria glorificado pelo perdão dela. A oração do servo foi: “Sê generoso para comigo”; o que o senhor concedeu foi uma quitação completa. Perceba que: [1] O perdão do pecado se deve à misericórdia de Deus, à sua terna misericórdia (Lc 1.77,78); ele foi movido de íntima compaixão. As razões da misericórdia de Deus são extraídas de seu próprio interior. Ele tem misericórdia porque Ele terá misericórdia. Deus olhou com piedade para a humanidade em geral, que estava infeliz, e enviou o seu Filho para ser uma garantia para eles. Ele olha com piedade para os penitentes em particular, pelo fato de terem consciência de sua infelicidade (seus corações partidos e contritos), e os aceita no Amado. [2] Há perdão em Deus pelos maiores pecados, se eles se arrependerem. Embora a dívida fosse muito grande, Ele perdoou toda a dívida (v. 32). Embora os nossos pecados sejam muito numerosos e muito hediondos, eles podem ser perdoados nos termos do Evangelho. [3] O perdão da dívida é a soltura do devedor. A obrigação está cancelada, o julgamento, anulado; nós nunca andamos em liberdade até que os nossos pecados sejam perdoados. Mas observe que, embora o senhor o tenha liberado da penalidade como um devedor, ele não o liberou de seus deveres como um servo. O perdão do pecado não diminui, mas fortalece, as nossas obrigações para com a obediência; e devemos considerar um favor o fato de Deus estar satisfeito por continuar com servos tão desperdiçadores como temos sido em um serviço tão proveitoso como é o dele, e devemos, portanto, libertados, servi-lo sem temor (Lc 74.1). “Sou teu servo, porque tu soltaste as minhas amarras”. 2. A severidade irracional do servo em relação ao seu companheiro, apesar da clemência de seu senhor em relação a ele (vv. 28-30). Isso representa o pecado daqueles que, embora não sejam injustos, exigindo o que não lhes pertence, no entanto são rigorosos e implacáveis ao exigir o que lhes pertence, ao máximo de seu direito, o que, às vezes, demonstra ser um verdadeiro erro. Summum jus summa injuria – Force um direito ao extremo, e isso se torna um erro. Exigir pagamento pelas dívidas de injúria, que não tende à reparação nem ao bem público, mas puramente por vingança, embora a lei possa permitir, in terrorem – a fim de infligir terror, e pela dureza dos corações dos homens, não demonstra um espírito cristão. Processar por dívidas financeiras, quando o devedor não pode pagá-las, e então deixá-lo perecer na prisão, demonstra um amor maior pelo dinheiro, e um amor menor pelo nosso próximo; este não é o amor que deveríamos ter (Ne 5.7). Veja aqui: (1) Como a dívida era pequena, muito pequena, comparada com os dez mil talentos que o seu senhor lhe perdoou. As ofensas feitas aos homens não são nada para aqueles que se opõem a Deus. Os atos desonrosos feitos a homens como nós mesmos são apenas como ciscos ou mosquitos; mas os atos desonrosos contra Deus são como talentos, vigas, camelos. Isso não significa que, portanto, possamos fazer pouco caso da atitude de prejudicar o nosso próximo, porque isso também é um pecado contra Deus; portanto, devemos fazer pouco caso das ofensas que nos são feitas pelo nosso próximo, e não agravá-las, nem planejar vinganças. Davi não se preocupava com os insultos contra ele. “Eu, como surdo, não ouvia”; mas se ofendia muito com os pecados cometidos contra Deus; por eles, rios de lágrimas corriam de seus olhos. (2) Como a exigência era severa: “Lançando mão dele, sufocava-o”. Os homens orgulhosos e iracundos pensam que se a questão de sua exigência for justa, isso os defenderá, apesar da maneira de ser tão cruel e desumana que demonstram. Mas este pensamento não terá apoio. O que justificava tanta violência? A dívida poderia ter sido exigida sem pegar o devedor pela garganta; sem lhe enviar uma intimação, ou colocando o meirinho sobre ele. Como a conduta desse homem é de soberba, e, contudo, como o seu espírito é indigno e servil! Se ele mesmo tivesse ido para a prisão pela sua dívida ao seu senhor, as suas razões teriam sido tão urgentes, que ele poderia ter tido algum pretexto para ir ao extremo ao exigir o que lhe pertencia; mas freqüentemente o orgulho e a malícia predominam mais para tornar os homens severos do que a necessidade mais urgente o faria. (3) Como o devedor era submisso. O seu companheiro, embora fosse igual, sabendo o quanto ele conhecera sobre a compaixão, prostrou-se a seus pés, e se humilhou a ele por essa dívida insignificante, da mesma forma que ele fez com o seu senhor pela dívida grande; porque o que “toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Aqueles que não podem pagar as suas dívidas têm de ter muito respeito para com os seus credores, e não é só falarem palavras boas, mas lhes fazer todos os bons ofícios que puderem; eles não devem ficar irados com aqueles que reclamam o que lhes pertence, nem falar mal deles por causa disso; não, mesmo que eles façam isso de uma maneira rigorosa. Mas nesse caso, deixe que Deus pleiteie a sua causa. O pedido do homem pobre é: “Sê generoso para comigo”; ele honestamente confessa a dívida, e não requer ao seu credor o ônus de prová-la, mas apenas pede mais prazo para pagá-la. A paciência, embora não seja o pagamento da dívida, é, às vezes, uma caridade necessária e louvável. Assim como não devemos ser excessivamente severos, também não devemos ser apressados em nossas exigências, mas devemos considerar quanto tempo Deus nos tem tolerado. (4) Como o credor foi implacável e violento (v. 30): “Ele, porém, não quis”, e não escutou a sua promessa justa, mas sem compaixão “foi encerrá-lo na prisão”. Como ele procedeu de forma insolente, pisando em alguém tão bom quanto ele, que se submeteu a ele! Que crueldade ele usou para com alguém que não havia lhe feito nenhum mal! Além disso, esta atitude não lhe traria nenhuma vantagem! Nisso, como através de um vidro, credores sem compaixão podem ver os seus próprios rostos, e sentem prazer em nada mais do que devorar e destruir (2 Sm 20.19), e se gloriam por terem os ossos de seus pobres devedores. (5) Como os outros servos estavam preocupados: “Contristaram-se muito” (v. 31), contristaram-se pela crueldade do credor, e pela desgraça do devedor. Os pecados e sofrimentos dos nossos companheiros deveriam ser motivos de pesar e perturbação para nós. Costuma-se dizer que qualquer um dos nossos irmãos deveria se fazer animal de presa, pela crueldade e barbaridade; ou ser feito animal de escravidão, pelo uso desumano daqueles que têm poder sobre ele. Ver um companheiro se enfurecendo como um urso, ou pisado como um verme, só pode causar grande tristeza a todos aqueles que têm qualquer zelo pela honra de sua natureza ou de sua religião. Veja com que olhos Salomão olhou para as lágrimas dos que foram oprimidos, e para a força dos seus opressores (Ec 4.1). (6) Como a notícia do que aconteceu foi levada até o senhor: “Foram declarar ao seu senhor”. Eles não ousaram reprovar o seu conservo por isso, por ele ter sido tão irracional e abusivo (deixe que uma ursa roubada de seus filhotes encontre um homem, em vez de tal louco em sua loucura); mas eles foram ao seu senhor e rogaram que ele socorresse o oprimido contra o opressor. Aquilo que nos é motivo de tristeza, deveria nos ser motivo de oração. Deixemos as nossas queixas – tanto da impiedade dos ímpios como da aflição dos aflitos – serem levadas a Deus, e deixemo-las com Ele. 3. O ressentimento justo do senhor pela crueldade de que o seu servo era culpado. Se os servos consideraram isso tão mau, quanto mais o senhor, cuja compaixão está infinitamente acima da nossa. Então observe aqui: (1) Como ele reprovou a crueldade do seu servo (vv. 32,33): “Servo malvado”. Note que a falta de compaixão é uma iniqüidade, e uma grande iniqüidade. [1] O servo é repreendido diante da compaixão que ele tinha encontrado em seu senhor: “Perdoei-te toda aquela dívida”. Aqueles que desfrutam os favores de Deus, jamais deveriam ser repreendidos com eles. Mas aqueles que abusarem deles, poderão esperar por isso (Mt 11.20). Considere que a dívida perdoada foi “toda aquela dívida”, aquela grande dívida. A grandeza do pecado amplia as riquezas da compaixão que perdoa; devemos ter sempre em mente que os nossos muitos pecados foram perdoados (Lc 7.47). [2] Ele, assim, mostra ao servo a obrigação que ele tinha: deveria ter compaixão de seu companheiro: “Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” Espera-se, de forma justa, que aquele que recebeu misericórdia, deva mostrar misericórdia. Dat ille veniam facile, cui venia est opus – Aquele que precisa de perdão, facilmente o concede. Senec., Agamemn. Ele mostra ao servo, em primeiro lugar, que esse deveria ter tido mais compaixão pela aflição de seu companheiro, pelo fato de ele mesmo ter experimentado a mesma aflição. O sentimento que nós mesmos tivemos faz com que entendamos melhor o sentimento de nosso irmão, e tenhamos atitudes melhores para com ele. Os israelitas conheciam o coração de um estrangeiro, porque eles foram estrangeiros; e este servo já deveria conhecer o coração de um devedor preso, e assim não poderia ter sido tão duro com o seu conservo. Em segundo lugar, ele deveria ter agido de uma forma mais semelhante ao exemplo do sentimento do seu senhor. Ele mesmo passou por isso, e foi favorecido. Note que o senso confortável da misericórdia que perdoa depende muito da disposição dos nossos corações para perdoar os nossos irmãos. Era no encerramento do Dia da Expiação que a trombeta do jubileu soava como sinal de uma liberação das dívidas (Lv 25.9); porque devemos ter compaixão dos nossos irmãos, assim como Deus tem compaixão de nós. (2) Como o senhor daquele servo revogou o seu perdão e cancelou a quitação da dívida, para que o julgamento contra ele voltasse a vigorar (v. 34): “O seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia”. Embora a maldade tenha sido muito grande, o seu senhor não lhe infligiu outro castigo além do pagamento da sua própria dívida. Aqueles que não corresponderem aos termos do Evangelho não precisarão ser mais afligidos; basta que sejam entregues ao rigor da lei, e esta seguirá o seu curso natural contra eles. Observe como a punição responde ao pecado; aquele que não perdoa, não será perdoado. Ele o entregou aos atormentadores; o máximo que aquele homem poderia fazer pelo seu companheiro era apenas lançá-lo na prisão, mas ele mesmo foi entregue aos atormentadores. Observe que o poder da ira de Deus para nos destruir vai muito além do ponto máximo da força e da ira de qualquer criatura. As reprovações e terrores da sua própria consciência seriam esses atormentadores, pois esse é um verme que não morre; os demônios, os executores da ira de Deus, que são os tentadores dos pecadores agora, serão os seus atormentadores para sempre, eternamente. Ele foi enviado para a cadeia até que pagasse tudo. As nossas dívidas para com Deus nunca são pagas em parte; ou tudo é perdoado, ou tudo é exigido. Os santos glorificados no céu são perdoados de todas as suas transgressões e pecados através do pagamento total que foi feito por Cristo. Os pecadores condenados no inferno estão pagando tudo, isto é, são punidos por tudo. A ofensa feita a Deus pelo pecado está relacionada à honra, e não pode ser paga em parte ou com uma redução, que no caso não será admitida. Portanto, de uma maneira ou de outra, ela deve ser quitada pelo pecador, ou pelo seu fiador. Por fim, aqui está a aplicação de toda a parábola (v. 35): “Assim vos fará também meu Pai celestial”. O título que Cristo aqui dá a Deus Pai foi utilizado (v. 19) em uma promessa confortável: “Isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”; aqui a palavra é usada em uma terrível ameaça. Se o governo de Deus for paternal, segue-se que é um governo justo, mas não significa que seja extremamente rigoroso, ou que sob o seu governo devamos ser mantidos no caminho certo pelo temor à ira divina. Quando oramos a Deus como “o nosso Pai que está nos céus”, somos ensinados a pedir o perdão dos nossos pecados, assim como perdoamos aos nossos devedores. Observe aqui: 1. O dever de perdoar; devemos perdoar de coração. Note que não perdoaremos corretamente, nem de forma aceitável, o nosso irmão que nos ofendeu, se não perdoarmos de coração; porque é para ele que Deus olha. Nenhuma malícia deve ser guardada ali, nem má vontade em relação a qualquer pessoa; nenhum projeto de vingança deve ser formado ali, nem o desejo de vingança, como há em muitos que exteriormente parecem pacíficos e reconciliados. No entanto, isso não é suficiente; devemos desejar de coração e buscar o bem-estar das outras pessoas, até mesmo daquelas que nos ofenderam. 2. O perigo de não perdoar: “Assim vos fará também meu Pai celestial”. (1) Essas palavras não têm a intenção de nos ensinar que Deus reverte os perdões que Ele já concedeu a uma pessoa, mas que Ele os nega àqueles que são desqualificados para recebê-los de acordo com o sentido do Evangelho. Houve alguns que, embora parecessem ter se humilhado, como Acabe, se consideravam, e outros os consideravam, em um estado de perdão, e se comportavam de forma audaciosa com o conforto desse perdão. Temos, nas Escrituras, indícios suficientes da negação dos perdões como uma forma de prevenção contra os presunçosos; mas ainda assim temos uma segurança suficiente da continuidade do perdão para conforto daqueles que são sinceros, mas tímidos. Assim, um pode temer, e o outro pode ter esperança. Aqueles que não perdoam as transgressões dos seus irmãos nunca se arrependeram de verdade de suas próprias transgressões, nem creram verdadeiramente no Evangelho. Portanto, aquilo que foi tirado é apenas o que eles pareciam ter (Lc 8.18). (2) Essa situação tem a intenção de nos ensinar que o juízo será sem misericórdia, e que a misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13). Para perdoarmos e ficarmos em paz, é necessário, e até mesmo indispensável, que as nossas atitudes sejam justas, e que também amemos a misericórdia. Esta é uma parte essencial dessa religião que é pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai: a sabedoria que vem do alto é boa, e fácil de ser solicitada. Observe como respondem aqueles que, embora tenham o nome de cristãos, persistem no tratamento mais rigoroso e cruel para com os seus irmãos, como se as leis mais rigorosas de Cristo pudessem ser dispensadas em prol da gratificação de suas paixões desenfreadas. E assim eles se amaldiçoam toda vez que fazem a oração do Senhor. PARA REFLETIR - A respeito de “Perdoamos Porque Fomos Perdoados”, responda:
Quem são os “grandes” no Reino de DEUS? O s humildes são os verdadeiramente grandes (Mt 18.1-4).
Qual é a mensagem que a parábola quer transmitir? A mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de DEUS e a obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de DEUS tê-los perdoado.
O que JESUS queria ensinar ao dizer o valor da dívida do servo do rei? O que CRISTO quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa dos nossos pecados, até que eles fossem perdoados gratuitamente por DEUS, por intermédio da morte do Filho de DEUS na cruz do Calvário (Cl 4.13,14).
Qual era a única forma de “pagarmos” a nossa dívida diante de DEUS? A única forma de pagarmos nossa dívida seria com o derramamento de sangue e, isso, exigiria a nossa própria vida. Portanto, nossa dívida para com DEUS é impagável.
Você já precisou perdoar alguém ou ser perdoado? Como se sentiu após fazê-lo? Resposta pessoal. SUBSÍDIO EXEGÉTICO TOP1
“A chamada de JESUS ao perdão imediato é a ocasião para esta parábola. Mateus une fortemente as duas passagens com as palavras ‘por isso’ (dia touto, tradução literal). JESUS começa dando um exemplo de perdão extravagante. O fato de um servo (provavelmente ministro da corte) dever dez mil talentos é incrível; JESUS exagera a soma astronômica para causar efeito. Um talento era alta denominação de dinheiro, equivalente de seis a dez mil dinheiros ou denários (um denário era o salário mínimo de um operário pelo trabalho de um dia). Em termos do dinheiro de hoje, seria uma dívida na casa dos bilhões de dólares. O servo nunca viveria o suficiente para acumular ou fraudar tal quantia. É situação tão desesperadora, que ele e sua família terão de ser vendidos como escravos (v.25), mas até isso apenas faria cócegas na importância devida. Responder como o homem pagaria está além da função da parábola” (SHELTON, James B. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.108). CONHEÇA MAIS - TOP1 - O Valor de Um Talento
“Um ‘talento’ é uma medida de peso em ouro, prata ou cobre. Ele variava, mas oscilava entre 27 e 41 Kg. Dez mil talentos não seriam menos do que 270 toneladas de metal. Dependendo do tipo de metal utilizado, um talento era equivalente a cerca de 6.000 denários e, à base de um denário por dia (cf. Mt 20.2), um trabalhador precisaria de 164.000 anos para quitar a dívida!” Para conhecer mais, leia Compreendendo todas as Parábolas de JESUS, CPAD, p.112. SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“JESUS de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi ‘o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos’. Pode ser muito afirmar que JESUS descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana.
“Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronológica, mais uma vez identificaremos uma trajetória que nos leva a pensar no perdão de um modo que transcende as metáforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de JESUS com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias. Diferente das introduções mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que João Batista ‘apareceu’ e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em voltado para) o perdão dos pecados (Mc 1.4)” (SANDAGE, Steve J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38). SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“JESUS de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi ‘o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos’. Pode ser muito afirmar que JESUS descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana.
“Se examinarmos os livros do Novo Testamento em ordem aproximadamente cronológica, mais uma vez identificaremos uma trajetória que nos leva a pensar no perdão de um modo que transcende as metáforas puramente legais ou financeiras. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de JESUS com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias. Diferente das introduções mais longas dos outros Evangelhos, Marcos cita os profetas e em seguida declara que João Batista ‘apareceu’ e proclamou um batismo de arrependimento para (ou em voltado para) o perdão dos pecados (Mc 1.4)” (SANDAGE, Steve J.; SHULTS, F. Leron. Faces do Perdão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.137-38). CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p39. Lição 8 - O GRACIOSO PERDÃO DE DEUS - Parábola do Credor Incompassivo 2º Trimestre 2005 - As Parábolas De Jesus - Tema Central: Adevertências Para Os Dias De Hoje. Comentarista: Pr. Elienai Cabral. TEXTO ÁUREO: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22). VERDADE PRÁTICA: Assim como somos perdoados por Deus, devemos perdoar os nossos ofensores. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MATEUS 18.23-35 A parábola do credor incompassivo
23 Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
24 e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
25 E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
26 Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
27 Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem 20 dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
30 Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
32 Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. 18.35 SE... NÃO PERDOARDES. Jesus nesta parábola ensina que o perdão divino, embora seja concedido graciosamente ao pecador arrependido, é, também, ao mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposição do indivíduo, de perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa pode ficar sem perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao próximo (ver 6.14,15; Hb
12.15; Tg 3.14; Ef 4.31,32). Estes textos mostram que amargura, ressentimento e animosidade contra o próximo são totalmente incompatíveis com a verdadeira vida cristã, e que devem ser banidos da vida do crente.
LEITURA DIÁRIA: Segunda – Mt 5.23,24 O perdão precede a adoração 23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
1 Timóteo 2.8 Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda Terça – Is 55.7 O perdão de Deus é grandioso 7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá
dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Zacarias 8.17 e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.
Quarta – Mt 6.14,15 Somos perdoados conforme perdoamos 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
6.15 SE, PORÉM... PERDOARDES AOS HOMENS. Esta declaração de Jesus salienta o fato de que o crente deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte dos outros. Caso ele não perdoe seu ofensor arrependido, Deus não o perdoará e suas orações não terão resposta. Aqui está um princípio essencial para obtermos o perdão de Deus (18.35; Mc 11.26; Lc 11.4).
Quinta – Sl 86.5 O Senhor quer perdoar 5 Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Sexta – Lc 23.34 O perdão de Jesus é gracioso 34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
23.34 PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM. Provavelmente, esta declaração de Cristo é a primeira das suas sete últimas palavras na cruz. As sete palavras ou frases foram pronunciadas na seguinte ordem: (1) Entre 9:00 horas e o meio-dia: (a) A palavra do perdão: Pai, perdoa-lhes (v. 34). (b) A palavra da salvação: hoje estarás comigo no Paraíso (v. 43). (c) A palavra do amor:
Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27). (2) As três horas de trevas: do meio-dia às 15:00 horas, nenhuma palavra registrada. (3) Cerca das 15:00 horas: (a) A palavra do sofrimento espiritual: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34). (b) A palavra do sofrimento físico: Tenho sede (Jo 19.28). (c) A palavra do triunfo: Está consumado (Jo 19.30). (d) A palavra da entrega: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. 46).
Sábado – 1 Pe 4.8 Perdoar é uma expressão do amor divino em nós 8 Mas, sobretudo, tende ardente 6caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados,
Provérbios 10.12 O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
FIGURAS ILUSTRATIVAS OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a: 1- Analisar a parábola dentro de seu contexto. 2- Valorizar o bom relacionamento entre todos, especialmente, entre os irmãos. 3- Praticar o perdão gracioso de Deus. PONTO DE CONTATO: Professor, estaremos falando a respeito do perdão na aula de hoje. Inicie a aula discorrendo sobre relacionamento inter-pessoal e a dificuldade de manter a comunhão com nossos irmãos. É importante mencionar que se tratando de pessoas, sempre haverá falhas, erros, decepções, mágoas e até mesmo traições. Como irmãos em Cristo, devemos estar sempre dispostos a relevar as falhas de nossos semelhantes, a fim de que todo o Corpo de Cristo permaneça unido. Incentive seus alunos a se reconciliarem com aqueles que os ofenderam ou que, porventura, tenham ofendido. SÍNTESE TEXTUAL: Esta parábola nos ensina que a abundância da misericórdia é que deve formar a base da moral cristã. Aqui vemos que o rei pôde compreender e perdoar a ignorância, a desonestidade, os erros e as falhas humanas, mas não a injustiça, a desumanidade, a crueldade e a ingratidão. Aquele servo foi maldoso, egoísta e imoral. Não compreendeu o perdão, a misericórdia e a generosidade do rei. Fora-lhe perdoada uma dívida tão grande, que muitos atos de bondade de sua parte não seriam suficientes para expressar gratidão ao seu credor. Entretanto, não teve compaixão de quem lhe devia; pelo contrário, agiu de modo exatamente oposto, lançando seu humilde servo no cárcere. A bondade do rei fora tão grande que ninguém seria capaz de explicar a razão de sua atitude. Todos nós encontramo-nos na situação daquele homem cruel. Fomos alvos da compaixão divina e recebemos o perdão de Deus por intermédio de Jesus Cristo. Jamais pagaríamos nossa dívida! Se ela era tão grande, e fomos perdoados, como não perdoarmos as ínfimas dívidas dos nossos devedores (Mt 6.12)? ORIENTAÇÃO DIDÁTICA: Leve folhas de papel e lápis para a sala de aula. Separe a turma em duplas. Cada dupla deve elaborar um acróstico baseado na palavra PERDÃO, sintetizando em uma frase curta as principais lições aprendidas na aula. Em um acróstico, a primeira letra de cada linha compõe a palavra-chave. Ex: Perdoar para ser perdoado Ensinar o perdão Reconciliar-se com o ofendido Desejar o perdão Amar a quem nos tem ofendido Orar por aqueles que nos maltratam COMENTÁRIO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Quem pergunta quantas vezes deve perdoar, já está com a intenção de se vingar. Hoje a grande maioria dos filmes, novelas, seriados e até mesmo desenhos animados direcionados a crianças, têem como tema central a vingança, na maioria de um mal ou de alguma ofensa a algum parente próximo; é a mensagem satânica que despercebidamente é infiltrada na mente dos telespectadores desavisados. Nesta parábola que, na maioria das vezes denominamos “Parábola do credor incompassivo”, nada mais quer nos dizer senão que devemos perdoar para sermos perdoados, é plantando que se colhe e colhe-se de acordo com o plantado, esta é a lei espiritual. O REINO DE DEUS OU DOS CÉUS é diferente e na maioria das vezes oposto ao reino material ou humano-racional: JESUS nos revela a disposição sempre clara de uma criança em perdoar e amar, depois vem nos ensinando como reconciliar ofendidos e ofensores sem prejuízo para o reino de DEUS, ou seja, sem que alguma alma se perca. Entraremos agora no estudo de nossa Parábola do Credor Incompassivo que JESUS usou para explicar melhor a Pedro e demais discípulos o significado do Perdão e da misericórdia de DEUS para conosco. I. O PONTO DE PARTIDA PARA O PERDÃO (MT 18.1-20) 1. O contexto da parábola (Mt 18.1-6).
“...perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores...” JESUS está aqui ilustrando o que já havia ensinado sobre o perdão da Igreja e sobre a criança em sua altíssima capacidade em perdoar. 2. A iniciativa para o perdão (Mt 18.15-17). Em Mt 5.23,24 JESUS já havia dado uma idéia sobre a condição para o perdão, sendo o ofensor o mais indicado para fazer a reconciliação entre ele e seu ofensor devido à sua capacidade de enxergar melhor a situação com olhos espirituais e de misericórdia. Esta é a primeira iniciativa para reconciliação, caso não seja bem interpretada então haverá outras tentativas, com testemunhas e depois, se for o caso, com a Igreja. 2Co 2.10 E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; II. O PERDÃO PROCEDE DA COMPAIXÃO (MT 18.23-35) 2Co 5. 14 Porque o amor de Cristo nos constrange, 1. Um ajuste de contas (Mt 18.23). DEUS tem o direito de chamar a qualquer um, a qualquer momento para um ajuste de contas. 1 Pe 4.5 Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos. O rei é DEUS PAI pois JESUS mesmo disse. (Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes), não há no mundo alguém maior do que este rei, Ele governa sobre tudo sobre todos. O servo aqui deve ser interpretado como sendo eu (no caso de quem lê – você) - Pelo que se entende este servo era alguém próximo do rei, pois tinha poder para prender e era muito conhecido dos outros servos próximos do rei que logo foram contar para ele (o rei) o tratamento deste servo contra o seu conservo. O conservo aqui deve ser interpretado como sendo aquele que ofende ao irmão. Observe os valores que aparecem. Um "denário" era o salário de um trabalhador por um dia de trabalho (quanto seria hoje, em sua região?). Um "talento" correspondia a 6.000 denários. Agora, procure transformar em valores de hoje as duas dívidas: Considerando 1 talento igual a 60.000 dólares, vejamos as dívidas comparadas entre si: - 10.000 talentos = R$ 165.000.000.000,00 (Dívida do servo com o rei - Propositalmente exagerada, para se ver o tamanho de nossa dívida junto ao Pai).
- 20 Dinheiros ou 100 denários = R$ 2.750,00 (Dívida do conservo com o servo que foi perdoado) O que Jesus quer nos transmitir, no que se refere à nossa dívida com Deus e a partir de valores tão diferentes? (Depois de responder, confira: Mq 7.18,19; Rm 5.20b; Mt 6.12). Sabemos que está próximo o primeiro acerto de contas, quando acontecer o Arrebatamento, porém aqueles que não forem encontrados fiéis ainda terão chances como durante a grande tribulação e no final da mesma e no milênio. 2. Qual o valor real de nossa dívida com DEUS? Para custar o sangue de DEUS (em CRISTO) a dívida com certeza era a maior dívida já contraída. 1 Tm 1. 15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Quando olhamos para este versículo devemos reconhecer que não há maior dívida do que a minha (individualmente) 3. A dívida é impagável (Mt 18.25). Diante de uma dívida impagável não há como escapar do carrasco, a não ser apelando para a misericórdia, ou seja, apelar para a bondade e o amor escondidos no coração do rei, mas que nesta hora puxamos ou arrancamos lá de dentro pela necessidade e pelo desespero da morte que se aproxima. Rm 6.23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. A aplicação da lei determinava uma só coisa: a execução da dívida. Naquela época, a execução da dívida se dava, primeiramente, sobre o patrimônio do devedor. Caso o devedor não tivesse com que pagar, a dívida era executada sobre as pessoas, ou seja, as pessoas eram vendidas como escravas a fim de saldar a dívida. Em se tratando do pai de família, todos os seus filhos e sua mulher também eram vendidos (Ex.22:3; II Rs.4:1). 4. A compaixão graciosa perdoa toda a dívida (Mt 18.26,27). O servo, diz o texto sagrado, “reverenciava” o rei, ou seja, caiu aos seus pés, prostrou-se, adorou-o, suplicando pela sua misericórdia. Não há outro lugar em que possamos obter a bênção de Deus, a misericórdia de Deus senão a Seus pés. Como servos do rei, temos livre acesso a Ele. É nesta hora que lembramos da Palavra de DEUS em: 1Co 13.4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Jo 1.7-9 7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. É através do sacrifício de CRISTO em nosso lugar que somos reconciliados com DEUS pelo infinito amor com que ELE nos amou, provendo ELE próprio a nossa salvação. DEUS sentiu a nossa miséria e a nossa incapacidade ao se tornar em tudo semelhante a nós através de CRISTO. III. A INCLEMÊNCIA DO SERVO PERDOADO (MT 18.28-35) 1. A crueldade do servo do rei (vv.28-30). 0 que faltou ao servo perdoado, que o levou a não perdoar? Alguma falha no rei? Ou nele próprio? O que falta a alguém que não quer perdoar o próximo? Será correto então, uma pessoa dizer: "Isso eu não posso perdoar em você, é demais!"? Este servo em nada se parecia com seu rei, embora o esperado fosse ao contrário. Parece que não passou nem um dia para que este servo incompassivo e cruel tratasse seu conservo (ou seu companheiro de reino) com dureza e falta de misericórdia (Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.). Este servo colheu uma colheita de amor, porém plantou uma de ódio e rancor. Desejava o bem para si e o mal para os outros. 2. O perdão revogado (Mt 18.34). Quando o rei soube o que havia acontecido ficou irado com este servo desumano e cruel; enviou logo soldados para prenderem aquele servo violento e rancoroso para que sua dívida fosse novamente reconhecida, agora acrescida desta arrogância e ofensa a todas a s normas do bem viver e conviver. A doutrina da predestinação incondicional cai por terra diante desta afirmativa de JESUS de que o perdão foi revogado devido ao mal procedimento daquele servo. (Para estudo melhor: http://www.imwja.hpg.ig.com.br/seitas/predestinacao.htm ) Hb 3.12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 1Co 10.12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Rm 8.9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. O servo não soube conservar a bênção do perdão quando o negou ao seu próximo. Quando um pecador se converte ao Senhor, toda a dívida de seus pecados é perdoada graciosamente por Deus em virtude do sacrifício redentor que Cristo ofereceu ao Pai no Calvário (Hb 10.12-14). A redenção do pecador só Deus pode efetuar, bem como perdoar todos os seus pecados (Sl 49.7,8; Mc 2.10). 3. Aplicação da parábola (Mt 18.35). O texto diz que: “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. Ao perdoar alguém, devemos fazê-lo com amor, de coração, pois o perdão nos assemelha ao caráter de Deus (Ef 4.32). Aprendemos nesta parábola que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13). CONCLUSÃO
Não vivemos em um "mar de rosas". A fé cristã não nos garante uma vida sem problemas. Isto inclui mágoas e tristezas que temos quando somos ofendidos ou desprezados por pessoas que estão perto de nós. Mesmo dentro da igreja muitas vezes há problemas deste tipo. O pecado ainda está dentro de cada um de nós e se manifesta de muitas maneiras. Ao sermos ofendidos, nosso velho homem manifesta a tendência de revidar. O Salvador Jesus, porém, nos leva em outra direção. Pelo poder do Espírito Santo, que veio a nós em nosso batismo e vem pela Palavra, somos movidos a viver sob o perdão de Deus e agindo em perdão para com o nosso próximo. No texto de hoje, queremos aprender com o Senhor a importância de exercitar abundantemente o perdão na nossa convivência, muito especialmente entre os irmãos na fé.
"DISCIPLINAR não é, como crêem alguns, entregar uma alma ao diabo e privá-la da intercessão e de todas as boas obras da cristandade,... quem é DISCIPLINADO deve estar privado da comunhão (Santa Ceia) e da associação com as pessoas (o pertencer à congregação), mas não está, por esta razão, excluído do amor, da intercessão e das boas obras delas. ... Onde é aplicada correta e merecidamente, a DISCIPLINA é um sinal, uma advertência e uma punição em que o DISCIPLINADO deve reconhecer que ele próprio entregou sua alma ao diabo através de transgressão e pecado. ... A igreja quer, por meio do castigo da DISCIPLINA, fazê-lo deixar o diabo e voltar novamente para Deus." "("Um sermão sobre a excomunhão". Martinho Lutero - Obras Selecionadas, vol. 2, páginas 242,243). O objetivo ainda é salvarl
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES Subsídio Devocional
“Somos pródigos em apresentar razões bem argumentadas para mostrar que estamos certos e assim endurecemos o jogo, esperando que a outra parte – esta sim, errado sob todos os aspectos – se ajoelhe aos nossos pés e implore perdão. Isto é soberba espiritual! O Senhor foi direto e incisivo: ‘Se te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa no altar a tua oferta e reconcilia-te primeiro com o teu irmão’.
O senhor não está querendo dizer, com isso, que essa reconciliação é unilateral. Segundo Ralph Earle, a palavra grega para reconciliar-se, aqui, é diallasso, sendo esta a única vez em que aparece no Novo Testamento. Ela significa ‘concessão mútua após mútua hostilidade’, diferindo de katallasso, termo empregado por Paulo para denotar a reconciliação do homem com Deus, na qual a falha está apenas de um lado. Ou seja, quando alguém tocado pelo Senhor toma a iniciativa de procurar a outra pessoa com quem as relações estão estremecidas, com o propósito de acertar os ponteiros, o perdão é mútuo, pois o outro lado acaba também reconhecendo os seus erros por estarem em posição de igualdade diante de Deus.
Por sua vez, quando Cristo alude ao fato de irmos ao encontro da pessoa magoada apenas se nos lembrarmos de alguma coisa, pode parecer, numa leitura apressada, tratar-se de uma opção à nossa escolha. Todavia, o altar é o lugar perfeito para o Espírito Santo trazer à nossa memória todos os pecados cometidos, inclusive contra o próximo. E Ele sempre o faz quando somos sensíveis à sua presença. A partir daí, queremos ser sinceros com Deus, não aquietaremos enquanto não buscarmos fazer as pazes com a pessoa a quem ferimos.” (COUTO, Geremias do . A transparência da vida cristã: Comentário devocional do Sermão do Monte.RJ:CPAD, 2001, p.89.)
Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 22, pág. 40.
Questionário da Lição 8 - Parábola dos Talentos - O GRACIOSO PERDÃO DE DEUS
TEXTO ÁUREO:
1- O que JESUS respondeu, quando lhe fizeram esta pergunta? Senhor, Até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
( ) Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22).
( ) Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até sessenta vezes sete” (Mt 18.21,22).
( ) Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até seis vezes sete” (Mt 18.21,22).
VERDADE PRÁTICA:
2- Complete: Assim como somos _________________ por Deus, devemos ________________ os nossos ofensores.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
3- Qual o tema principal da Parábola do Credor Incompassivo?
( ) O Castigo divino
( ) O Juízo divino
( ) O Perdão divino
4- Qual é o correto procedimento do cristão perdoado por Deus?
( ) Perdoar seu próximo até sete vezes
( ) Não Perdoar o seu próximo
( ) Perdoar também o seu próximo
5- Complete: “Antes, sede uns para com os outros _______________, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em _______________” (Ef 4.32).
I. O PONTO DE PARTIDA PARA O PERDÃO (MT 18.1-20)
5- O que JESUS na ênfase dada à humildade da criança nos mostra?
( ) A importância de ser dócil e a absolvição do espírito inflexível, irredutível e vingativo
( ) A importância de ser rude e a condenação do espírito inflexível, irredutível e vingativo
( ) A importância de ser dócil e a condenação do espírito inflexível, irredutível e vingativo
6- De quem deve partir a atitude inicial para o perdão e reconciliação?
( ) Do ofensor
( ) Do ofendido
( ) Do condenado
7- Quando Jesus aponta a disciplina eclesiástica?
( ) Caso o ofensor não reconheça sua dívida, arrependendo-se assim mesmo
( ) Caso o ofensor não reconheça o seu pecado, nem se arrependa
( ) Caso o ofensor não reconheça a sua boa ação, nem se arrependa
II. O PERDÃO PROCEDE DA COMPAIXÃO (MT 18.23-35)
8- Quanto devia o servo que foi chamado para pagar a dívida com o rei?
( ) Devia “Cem Dinheiros”
( ) Devia “Dez mil talentos”
( ) Devia “Sete mil talentos”
9- A quanto corresponde, nos dias de hoje, dez mil talentos, segundo o comentarista?
( ) Quase 60 milhões de reais
( ) Quase 30 milhões de reais
( ) Quase 90 milhões de reais
10- Qual dívida seria impossível de quitação para cada um de nós?
( ) Nossos débitos no supermercado
( ) Nossos pecados
( ) Nossos débitos comerciais com nosso próximo
11- O que o generoso rei fez, quanto ao débito do credor?
( ) Prorrogou todo o débito
( ) Financiou todo o débito
( ) Cancelou todo o débito
12- O que Deus faz com os pecados inumeráveis daquele que vem a Cristo e pela fé o aceita como seu Salvador?
( ) Os perdoa a todos
( ) Os condena a todos
( ) Os transforma a todos
13- Como a dívida era impagável, para o que o servo apelou?
( ) Apelou à paixão do seu senhor
( ) Apelou à compaixão do seu senhor
( ) Apelou ao tesouro do seu senhor
14- Qual “o salário do pecado” (Rm 6.23)?
( ) É o Amor
( ) É a Absolvição
( ) É a morte
15- Por quem, o pagamento exigido pela justiça de DEUS, foi pago? De que modo?
( ) Pelo PAI. Ele assumiu a nossa dívida e nos perdoou! (1 Jo 1.7-9).
( ) Pelo ESPÍRITO SANTO. Ele assumiu a nossa dívida e nos perdoou! (1 Jo 1.7-9).
( ) Por JESUS. Ele assumiu a nossa dívida e nos perdoou! (1 Jo 1.7-9).
III. A INCLEMÊNCIA DO SERVO PERDOADO (MT 18.28-35)
16- O que fez o servo do rei logo que saiu da presença de seu senhor, já perdoado da sua apavorante e sinistra dívida?
( ) Encontrou um seu servo que lhe devia uma quantia incomparavelmente menor. Ele ali mesmo perdoou-lhe a dívida, Abraçando-o com misericórdia
( ) Procurou um seu conservo que lhe devia uma quantia incomparavelmente maior. Ele ali mesmo cobrou-lhe a dívida, agredindo-o violentamente sem qualquer misericórdia
( ) Encontrou um seu conservo que lhe devia uma quantia incomparavelmente menor. Ele ali mesmo cobrou-lhe a dívida, agredindo-o violentamente sem qualquer misericórdia
17- Enquanto o servo perdoado pelo rei devia dez mil talentos, quanto o seu conservo lhe devia?
( ) "Cem talentos"
( ) "Cem cruzeiros"
( ) "Cem dinheiros"
18- A quanto equivale os "Cem dinheiros", segundo o comentarista?
( ) Equivale, a grosso modo, a menos de 1 milhão de reais
( ) Equivale, a grosso modo, a um pouco mais de cem reais
( ) Equivale, a grosso modo, menos de cem reais
19- Cite alguns defeitos do servo perdoado com relação ao seu conservo:
Cruel, des________________,______________cundo e vio_______________
20- O que fez o monarca, ao saber da crueldade do servo em relação ao seu conservo?
( ) Alegrou-se e o chamou a fim de retribuir-lhe conforme a complacência demonstrada (Mt 18.32,33)
( ) Indignou-se e o chamou a fim de retribuir-lhe conforme a incomplacência demonstrada (Mt 18.32,33), condenando-o a pagar toda a dívida.
( ) Indignou-se e o chamou a fim de compensar-lhe conforme a complacência demonstrada (Mt 18.32,33), condenando-o a viver de toda a lucratividade.
21- A atitude do rei desfaz a idéia de qual doutrina diabólica? Por que? Dê referências:
( ) “Salvo para sempre, desde que permaneça fiel”, pois a salvação requer de todos nós que cuidemos bem daquilo que recebemos. Ver Hb 3.12; Fp 2.12; 1 Co 10.12.
( ) “uma vez salvo, salvo para sempre”, pois a salvação requer de todos nós que cuidemos bem daquilo que recebemos. Ver Hb 3.12; Fp 2.12; 1 Co 10.12.
( ) “uma vez salvo, salvo para sempre”, pois a salvação requer de todos nós que vivamos conforme sejamos felizes. Ver Hb 3.12; Fp 2.12; 1 Co 10.12.
22- Qual o versículo bíblico para a aplicação da parábola (Mt 18.35)?
( ) “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.
( ) "Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida".
( ) "Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida".23- O que aprendemos nesta parábola sobre o juízo de DEUS? ( ) Que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. ( ) Que “o juízo será com misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. ( ) Que “o juízo será com muita misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo”. CONCLUSÃO 24- Que é, pois, o perdão? Complete: O perdão no âmbito humano é o ato de ________________ a dívida de cometimento de faltas, ofensas, erros e pecados que nosso irmão contraiu de nós, sem jamais lançar isso em rosto, ou ficar lembrando. Assim como Deus fez por nós, conforme está escrito em sua Palavra: “Porque serei _____________________________ para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me _______________________mais” (Hb 8.12). • Humildade (18.1-4) Mateus 18 tem sido chamado de “discurso sobre a grandeza e o perdão”. Ele esboça os princípios de conduta que são apropriados para aqueles que reivindicam pertencer a Cristo, o Rei. Enquanto o Salvador estava Se deparando com o sofrimento e a morte, os discípulos estavam pensando sobre posições de grandeza no Reino. Ele os lembrou que teriam que ser convertidos e se tornar como crianças para poder entrar no Reino. • Responsabilidade com os pequeninos (18.5-6) Quem recebesse Seus discípulos estaria recebendo ao próprio Jesus, mas qualquer um que ofendesse Seus discípulos, talvez fazendo-os pecar, iria sofrer um castigo pior do que ser lançado ao mais profundo mar. • Autodisciplina (18.7-9) Os homens devem tomar qualquer ação drástica necessária para evitar que os outros tropecem • A sacralidade da vida (18.10 14) Até mesmo o crente mais humilde não deve ser desprezado, porque ele é representado por anjos na presença de Deus e é um objeto especial da salvação pelo Pastor amoroso. O Senhor não quer que nem uma só ovelha se perca. • Disciplina dos transgressores (18.15-20) Para tratar com um irmão que pecou deve-se ir primeiramente ter com ele sozinho. Se isto falhar, deve-se ir acompanhado de uma ou duas pessoas. Se o transgressor ainda não se arrepender, o assunto vai para a igreja. Se ele se recusar a ouvir, os crentes devem se recusar a ter comunhão com ele. • Perdão ilimitado (18.21-35) Em resposta a uma pergunta de Pedro, o Senhor disse que devemos perdoar um irmão faltoso toda vez que ele se arrepender. Então Jesus deu uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme para um rei e não podia pagar. Em vez de vendê-lo à escravidão, juntamente com sua família, o rei compassivamente perdoou a dívida. O servo, por sua vez, tinha um amigo que devia uma quantia pequena. Em vez de perdoá-lo, o servo agarrou o amigo e o lançou na prisão. O rei ficou tão enfurecido quando ouviu sobre isso, que ordenou que o servo, cuja dívida havia sido perdoada, fosse aprisionado até que pagasse tudo o que devia - uma sentença perpétua. A lição é clara. Temos sido perdoados de milhões por Deus e devemos perdoar, por comparação, nossos irmãos e irmãs mesmo somente por alguns centavos.
A Repreensão do Rei Mateus 18 Por que alguns filhos de Deus têm tanta dificuldade em se entender? Li um poema que expressa perfeitamente esse problema: Viver no céu, com os santos que amamos, Certamente será uma glória. Viver na Terra, com os santos que conhecemos, Isso é outra história! Diante de tanta divisão e dissensão entre cristãos professos hoje, precisamos encarecidamente daquilo que Mateus 18 tem a nos ensinar. Jesus repreendeu seus discípulos por seu orgulho e desejo de grandeza aqui na Terra e lhes falou de três elementos essenciais para a harmonia e unidade entre o povo de Deus. Humildade (Mt 18:1-14) Alguém definiu humildade muito apropriadamente como "a graça que, quando você sabe que a possui, acabou de perdê-la!". Também afirmou corretamente: "A verdadeira humildade não é pensar em si mesmo de modo depreciativo; antes, é simplesmente nem pensar em si mesmo". A necessidade de humildade (v. 1). "Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?" - trata-se de um assunto que sempre voltava à baila nas conversas entre os discípulos, sendo mencionado várias vezes ao longo dos Evangelhos. É bem provável que os últimos acontecimentos tenham agravado esse problema, especialmente com referência a Pedro. Afinal, ele andara sobre as águas, estivera no monte da transfiguração com o Senhor e até mesmo recebera o dinheiro para pagar seus impostos por meio de um milagre. O fato de Jesus haver compartilhado com seus discípulos acerca de seu futuro sofrimento e morte não causara o devido impacto sobre a vida deles. Continuavam pensando apenas em si mesmos e nos cargos que ocupariam no reino. Estavam tão absortos com essa questão que chegaram a discutir entre si! (Lc 19:46). O egoísmo e a desunião do povo de Deus são um escândalo para a fé cristã. A causa principal desses problemas é o orgulho: alguém se julgar mais importante do que realmente é. Foi o orgulho que conduziu o homem ao pecado logo no princípio (Cn 3:5). Quando cristãos vivem para si mesmos e não para os outros, é inevitável que haja conflitos e divisões (Fp 2:1 ss). O exemplo de humildade (w. 2-6, 10-14). Os discípulos aguardaram com ansiedade que Jesus dissesse quem era o maior entre eles. Mas Jesus ignorou-os completamente e chamou uma criança para perto deles. Essa criança era o exemplo da verdadeira grandeza. Humildade sincera envolve conhecer a si mesmo, aceitar a si mesmo e ser autêntico, dando o melhor de si mesmo para a glória de Deus. Significa evitar dois extremos: pensar menos de si mesmo (como fez Moisés quando Deus o chamou, Êx 3:11 ss) ou pensar mais de si mesmo (Rm 12:3). A pessoa verdadeiramente humilde não nega os dons que Deus lhe deu, mas os emprega para a glória do Senhor. Quando não é mimada, uma criança possui as características que constituem a verdadeira humildade: confiança (Mt 18:6), dependência, desejo de fazer os outros felizes, ausência de arrogância e de desejos egoístas de ser maior do que os outros. Por natureza, todos somos rebeldes e queremos ser celebridades em vez de servos. As lições da humildade requerem um longo aprendizado. Os discípulos desejavam saber quem era o maior no reino, mas Jesus advertiu-os de que, sem humildade, sequer poderiam entrar no reinol Teriam, antes, de se converter - mudar sua forma de pensar - ou nem chegariam às portas do céu. Tudo indica que, nestes versículos, jesus está combinando dois conceitos: uma criança humana como um exemplo de humildade e um filho de Deus, qualquer que seja a sua idade. Como cristãos, devemos não apenas aceitar os pequeninos por causa de Jesus, mas também receber todos os filhos de Deus e procurar lhes ministrar (Rm 14:1 ss). Levar uma criança a pecar ou desviá-la do caminho é algo muito sério. E igualmente sério fazer com que outro cristão tropece por causa de nosso mau testemunho (Rm 14:13ss; 1 Co 8:9ss). A pessoa verdadeiramente humilde pensa sempre nos outros, e nunca em si mesma. Jesus explica que podemos ter quatro atitudes diferentes em relação às crianças e, conseqüentemente, em relação à verdadeira humildade. Podemos nos esforçar para nos tornarmos como crianças (Mt 18:3, 4) em humildade, como para o Senhor. Podemos apenas recebê-las (Mt 18:5), porque Jesus nos ordenou que assim fizéssemos. Se não tivermos cuidado, também podemos fazer com que tropecem (Mt 18:6) e, por fim, podemos acabar desprezando-as (Mt 18:10). É perigoso desprezar as crianças, pois Deus as tem em alta consideração. Quando nos tornamos como crianças (ou seja, cristãos verdadeiros), recebemos a Cristo (Mt 18:5). O Pai cuida delas e os anjos zelam por elas (Mt 18:10). Assim como o bom pastor, Deus busca os perdidos e os salva, e não devemos impedi-los. Um pastor que vai atrás de uma ovelha adulta se preocupará ainda mais com um carneirinho! Nestes dias de negligência e de abuso de crianças, devemos levar a sério essa advertência de Jesus. É melhor afogar-se no mar com uma pedra amarrada ao pescoço do que abusar de uma criança e encarar o juízo de Deus (Mt 18:6). O custo da humildade (w. 7-9). A pessoa verdadeiramente humilde ajuda a edificar os outros, não a derrubá-los. É uma pedra de apoio, não uma pedra de tropeço. Sendo assim, qualquer coisa que me faz tropeçar deve ser removida de minha vida, pois do contrário farei outros tropeçarem. Jesus havia proferido palavras semelhantes no Sermão do Monte (Mt 5:29, 30). Paulo usa o olho, a mão e o pé para ilustrar a dependência mútua dos membros do corpo do Cristo (1 Co 12:14-17). A humildade começa com a introspec-ção e continua com a abnegação. Jesus não está sugerindo que mutilemos nosso corpo, pois ferir o corpo físico não muda a condição espiritual de nosso coração. Antes, está nos instruindo a fazer uma "cirurgia espiritual", removendo tudo o que seja um tropeço para nós e para os outros. A pessoa humilde vive primeiramente para Jesus e depois para os outros, colocando-se sempre em último lugar. Fica contente em ser capaz de abdicar de coisas boas para fazer o outro feliz. Talvez o melhor comentário sobre isso se encontre em Filipenses 2:1-18. 2. Honestidade (Mt 18:15-20) Nem sempre praticamos a humildade. Há consciência de que, deliberada ou inconscientemente, ofendemos e prejudicamos os outros. Até mesmo a Lei do Antigo Testamento reconhece os "pecados por ignorância" (Nm 15:22), e Davi orou para ser liberto das "faltas ocultas" (SI 19:12), ou seja, das "faltas que estão ocultas até dos próprios olhos". O que devemos fazer quando outro cristão peca contra nós ou nos faz tropeçar? Jesus dá várias instruções. Manter a questão no âmbito particular. Devemos abordar a pessoa que pecou e conversar com ela a sós. É possível que essa pessoa nem tenha consciência daquilo que fez. Ou, ainda que tenha agido delibera-damente, nossa atitude de submissão e de amor pode ajudá-la a se arrepender e a pedir perdão. Acima de tudo, devemos procurar a pessoa com o objetivo de ganhar nosso irmão, não de ganhar uma discussão. Não é difícil ganhar uma discussão e perder um irmão. Ao procurar restaurar um irmão ou irmã, é necessário ter um espírito manso e gentil (Cl 6:1). Não se deve condenar quem nos ofendeu nem fazer fofocas a seu respeito, mas sim tentar ajudá-lo com lodo amor, da mesma forma como gostaríamos que alguém nos ajudasse se tivéssemos errado. A palavra corrigir, usada em Gálatas 6:1, é um termo médico grego que significa "reparar um osso fraturado", procedimento que exige paciência e grande cuidado. Pedir ajuda a outros. Se o ofensor recusar-se a proceder corretamente, estamos liberados para compartilhar o fardo com um ou dois irmãos. Devemos compartilhar os fatos de acordo com nosso ponto de vista e pedir o conselho desses irmãos tementes a Deus. Afinal, também é possível que nós estejamos errados. Se os irmãos verificarem que estamos corretos, então, juntos, podemos procurar o ofensor e tentar mais uma vez ganhá-lo como irmão. Esses irmãos não apenas podem nos ajudar com orações e persuasão como também podem servir de testemunhas para a igreja acerca da veracidade dessa conversa (Dt 19:15; 2 Co 13:1). O pecado que não é tratado com honestidade sempre se espalha. Aquilo que era uma questão entre duas pessoas passará a envolver quatro ou cinco. Não é de se admirar que jesus e Paulo tenham comparado 0 pecado ao fermento, pois cresce rapidamente. Pedir a ajuda da igreja. Devemos nos lembrar de que o objetivo não é ganhar a discussão, mas sim ganhar um irmão. A palavra ganhar, em Mateus 18:15, é usada em 1 Coríntios 9:19-22 com referência a ganhar os pecadores, mas também é importante ganhar os salvos. É a segunda vez que jesus menciona a igreja (ver Mt 16:18), e, nesse caso, a designação refere-se à congregação local de cristãos. Uma vez que os discípulos de nosso Senhor foram criados na sinagoga judaica, estavam familiarizados com a disciplina congregacional. O que começou como um problema particular entre duas pessoas é, agora, aberto para a igreja toda. A disciplina na igreja é um ministério negligenciado nos dias de hoje. No entanto, é ensinado aqui e nas epístolas (ver 1 Co 5; 2 Ts 3:6-16; 2 Tm 2:23-26; Tt 3:10). Assim como as crianças precisam de disciplina em casa, também os filhos de Deus precisam de disciplina na igreja. Se a ofensa chegar ao conhecimento de toda a igreja e, mesmo assim, o ofensor não mudar de idéia nem se arrepender, deverá ser disciplinado. Não pode ser tratado como um irmão espiritual, pois ele abriu mão dessa posição. Só pode ser tratado como alguém de fora, sem ser odiado, mas também sem comunhão com os outros. Manter o caráter espiritual da igreja local (w. 18-20). Antes de disciplinar um membro, a congregação local deve estar na melhor condição espiritual possível. Quando uma igreja disciplina um membro, está, na verdade, examinando e disciplinando a si mesma. Por isso Jesus acrescenta estas palavras sobre autoridade, oração e comunhão. Ninguém pode disciplinar os outros se não se disciplinar a si mesmo. Tudo o que ligamos (permitimos) na congregação deve, antes, ser permitido por Deus (ver os comentários em Mt 16:19). A igreja deve estar sob a autoridade da Palavra de Deus. Os cristãos não devem disciplinar os irmãos com a atitude de policiais intimidando criminosos. Pelo contrário: pela disciplina, vemos Deus exercer sua autoridade dentro da igreja local e, por meio desta, restaurar um de seus filhos em pecado. Com a autoridade da Palavra, também deve haver oração (Mt 18:19). A palavra concordar, no grego, corresponde ao termo "sinfonia". A igreja deve concordar em oração ao buscar disciplinar um membro ofensor. É através da oração e da Palavra que descobrimos a vontade do Pai sobre a questão. Por fim, deve haver comunhão (Mt 18:20). A igreja local deve ser uma comunidade de adoração que reconhece a presença do Senhor em seu meio. O Espírito Santo de Deus pode convencer do pecado tanto o ofensor quanto a igreja, e pode até mesmo julgar o pecado no meio da congregação (Atos 5). Há uma necessidade premente de honestidade na Igreja de hoje. "Falar a verdade em amor" (Ef 4:15) é o padrão de Deus. O amor sem verdade é hipocrisia, enquanto a verdade sem amor é brutalidade. Jesus sempre ensinou a verdade em amor. Se a verdade dói, é porque: "Leais são as feridas feitas pelo que ama" (Pv 27:6). No entanto, não devemos nos esquecer de que a humildade deve vir antes da honestidade. Um cristão orgulhoso não será capaz de falar a verdade em amor, pois usará o erro de um irmão como arma de combate, não como instrumento de edificação. O resultado será apenas desarmonia e discórdia ainda maiores. O primeiro problema interno a surgir na Igreja do Novo Testamento foi a desonestidade (At 5). Ananias e Safira tentaram fazer os membros da igreja acreditarem que eles eram mais espirituais do que de fato eram. Mentiram a si mesmos ao pensar que poderíam ficar impunes depois de sua farsa; mentiram aos irmãos em Cristo e aos líderes da igreja; e tentaram mentir para o Espírito Santo. O resultado foi julgamento e morte. Deus pode não dar cabo de todos os hipócritas da Igreja hoje, mas, sem dúvida alguma, a hipocrisia contribui para a desintegração da Igreja. O segundo problema interno (At 6) dizia respeito à negligência. Os membros e líderes enfrentaram esse problema com sinceridade e amor, e o resultado foi uma bênção. O amor e a verdade são essenciais, mas ambos devem ser usados com humildade. 3. Perdão (Mt 18:21-35) Quando começamos a viver num ambiente de humildade e de honestidade, devemos esperar alguns riscos e perigos. Se a humildade e a honestidade não resultarem em perdão, os relacionamentos não podem ser reparados e fortalecidos. Pedro reconheceu os riscos envolvidos e perguntou a Jesus como poderia lidar com eles no futuro. Sua pergunta, porém, revelou alguns erros graves. Para começar, faltou-lhe humildade. Estava certo de que seu irmão pecaria contra ele novamente, mas achou que ele não ofendería seu irmão! O segundo erro de Pedro foi pedir limites e medidas. Onde há amor, não há limites nem dimensões (Ef 3:17-19). Pedro pensou estar demonstrando grande fé e amor ao se oferecer para perdoar pelo menos sete vezes. Afinal, os rabinos ensinavam que era suficiente perdoar apenas três vezes. A resposta de Jesus: "até setenta vezes sete" (490 vezes) deve ter espantado Pedro. Quem poderia manter um registro de tantas ofensas? Mas era justamente isso o que Jesus desejava lhe mostrar: o amor "não se ressente do mal" (1 Co 13:5). Quando tivermos perdoado um irmão tantas vezes, teremos formado o hábito de perdoar. Porém, Jesus não estava aconselhando um perdão indiferente ou superficial. O amor cristão não é cego (Fp 1:9, 10), e o perdão que Cristo requer faz parte do fundamento das instruções que o Mestre ensinou em Mateus 18:15-20. Se um irmão é culpado de um pecado repetidas vezes, sem dúvida encontrará a força e o poder de que precisa para vencer esse pecado se receber estímulo de irmãos amorosos e clementes. Ao condenar um irmão, só o incentivamos a mostrar o que tem de pior. Mas, ao criar um ambiente de amor e de perdão, podemos ajudar Deus a revelar o que há de melhor nesse irmão. A parábola ilustra o poder do perdão. É importante observar que essa parábola não é sobre a salvação, pois a salvação é totalmente incondicional e gratuita. Transformar o perdão de Deus em algo temporário é violar a própria verdade das Escrituras (Rm 5:8; Ef 2:8, 9; Tt 3:3-7). A parábola trata do perdão entre irmãos, não entre os pecadores e Deus. A ênfase deste capítulo é sobre irmãos perdoando irmãos (Mt 18:15, 21). Era um devedor (vv. 23-27). O homem da parábola estava roubando do rei e, depois de uma auditoria contábil, seu crime foi descoberto. A arrecadação total dos impostos na Palestina daquele tempo era de oitocentos talentos anuais, de modo que podemos ter uma idéia da desonestidade desse homem. Se atualizado, esse valor provavelmente equivalería a mais de dez milhões de dólares. Porém, o homem pensou ser possível livrar-se dessa dívida e disse ao rei que seria capaz de saldá-la, caso tivesse mais tempo. Vemos aqui dois pecados: orgulho e falta de arrependimento sincero. O homem não estava com vergonha por ter roubado o dinheiro, mas sim por ter sido descoberto. Além disso, se considerava poderoso o suficiente para ganhar o dinheiro que havia roubado. Convém lembrar que, naquele tempo, um homem do povo precisava trabalhar vinte anos para receber um talento. Seu caso não tinha solução, exceto por um detalhe: o rei era um homem compassivo. Aceitou o prejuízo e perdoou o servo. Assim, o homem ficou livre, e ele e sua família não seriam jogados na prisão. O servo não merecia ser perdoado; o perdão foi um ato do mais puro amor e misericórdia por parte de seu senhor. Era um credor (vv. 28-30). O servo deixou a presença do rei e, posteriormente, encontrou outro servo que lhe devia cem denários. Um trabalhador comum ganhava cerca de cinco centavos por dia, de modo que essa quantia era insignificante, se comparada à que o primeiro servo havia roubado de seu senhor. Em vez de compartilhar com esse amigo a alegria do perdão que havia recebido, o servo perdoado maltratou-o e exigiu que pagasse a dívida. O segundo servo usou o mesmo argumento que o primeiro havia usado com o rei: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei o que devo!" Mas o servo injusto não estava disposto a conceder a outros aquilo que desejava que lhe concedessem. Talvez tivesse o direito legal de jogar esse homem na prisão, mas não tinha o direito moral. Uma vez que havia sido perdoado, não deveria também perdoar seu próximo? Sua família e ele haviam sido poupados da vergonha e do sofrimento da prisão. Acaso não deveria também poupar o outro servo e sua família? Tornou-se um prisioneiro (vv. 31-34). O rei o havia livrado da prisão, mas o servo condenou a si mesmo, exercendo justiça e jogando o amigo na prisão. "Você deseja viver segundo a justiça?", perguntou o rei. "Então vamos fazer justiça! joguem este homem perverso na prisão e torturem-no! Farei com ele o mesmo que ele fez com os outros!" (O texto não dá qualquer indicação de que a família também tenha sido condenada. Afinal, foi o pai quem abusou do outro servo e ignorou a bondade do rei.) A pior prisão do mundo é a prisão de um coração rancoroso. Se nos recusarmos a perdoar os outros, tornamo-nos nossos próprios carcereiros e a causa dos tormentos que sofremos. Algumas das pessoas mais infelizes com as quais me deparo no ministério são indivíduos incapazes de perdoar os outros. Vivem para imaginar formas de castigar os que os feriram. Na verdade, porém, estão apenas prejudicando a si mesmos. Qual era o problema desse homem? O mesmo de muitos cristãos professos: pessoas desse tipo receberam o perdão, mas não experimentaram esse perdão no mais profundo do coração. Assim, são incapazes de compartilhar o perdão com aqueles que os ofendem. Quando vivemos apenas de acordo com a justiça, sempre buscando o que nos é de direito, condenamo-nos a viver numa prisão. Mas se vivermos de acordo com o perdão, compartilhando com os outros aquilo que Deus nos concedeu, desfrutaremos de alegria e de liberdade. Pedro pediu uma medida justa, e Jesus lhe disse para praticar o perdão e esquecer a medida. A admoestação de jesus é extremamente séria. Ele não disse que Deus salva apenas os que perdoam os outros. O tema desta parábola não é a salvação dos pecadores, mas sim o perdão entre irmãos, lesus adverte que Deus não pode nos perdoar se não tivermos um coração humilde e contrito. É pela forma de tratar os outros que revelamos a verdadeira condição de nosso coração. Quando nosso coração é humilde e contrito, perdoamos nossos irmãos com prazer. Mas onde há orgulho e desejo de vingança não pode haver verdadeiro arrependimento, o que significa, também, que Deus não pode nos perdoar. Em outras palavras, não basta receber o perdão de Deus ou mesmo o perdão dos outros. Devemos experimentar esse perdão no coração, de modo a nos tornarmos humildes, mansos e dementes para com os outros. O servo desta parábola não experimentou o perdão e a humildade de maneira mais profunda; simplesmente ficou feliz por ter escapado de uma grande enrascada. Nunca chegou a se arrepender de fato. "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou" (Ef 4:32). "Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Cl 3:13).
18:1-14. Instrução sobre grandeza. 1. Quem é porventura o maior? Os antecedentes desta pergunta encontram-se na disputa entre os discípulos enquanto viajavam (Mc. 9:33; Lc. 9:46). Talvez fosse acesa pela proeminência dada aos três em Cesaréia de Filipe (17:1) ou a Pedro no incidente do pagamento do imposto (17:27). 2-4. Chamando uma criança, ele advertiu os discípulos, dizendo que se não deixassem de pensar grandes coisas de si mesmos, seu problema não seria o de grandeza relativa, mas de entrada no reino dos céus (o reino messiânico que eles esperavam que estabelecesse). A ausência do orgulho da posição é o aspecto da infância aqui referido. Para se entrar no reino de Cristo, um homem deve compreender sua imperfeição pessoal, e sua inteira dependência do Senhor. Deve experimentar o novo nascimento (Jo. 3:3 e segs.) 5. Tal como este, isto é, uma pessoa que, crendo, tornou-se como um menino (conf. v. 6). Os versículos 5-14 já não tratam mais do menino da ilustração (1-4) mas de um crente semelhante a um menino. Em meu nome. Tendo Cristo por base. Acolhendo outros crentes por causa de Cristo (não por causa de prestígio, riqueza, etc.) é como se acolhêssemos o próprio Cristo (10:42). 6. Qualquer que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim. Pequeninos também se refere a crente. O terrível julgamento que aguarda aqueles que prejudicara a fé dos crentes foi dramatizado por meio de uma comparação. Pedra de moinho. Literalmente pedra de asno, a grande pedra superior do moinho movida por um asno. 7. Embora seja inevitável que venham escândalos, pois fazem parte da disciplina de Deus para moldagem do caráter do crente, o ofensor humano é moralmente responsável por sua culpa. 8,9. Assim, é necessário tomar as medidas mais drásticas para evitar-se a ofensa (Veja 5:29,30) 10. Destes pequeninos. Crentes como crianças (não crianças verdadeiras, anão ser que sejam crentes). Os seus anjos. Os anjos que têm o encargo de guardar os crentes como um grupo (Hb. 1:14). Não temos aqui suficiente justificação para a idéia de que cada crente individual tem um anjo particular que lhe foi designado. (Atos 12:15 reflete a opinião corrente sobre os anjos, mas não é necessariamente uma verdade.) O versículo 11 foi provavelmente interpolado de Lc. 19:10. 12-14. A importância de até mesmo o mais humilde crente está ilustrada pela parábola da Ovelha Perdida. Considerando que o pastor se preocupa grandemente por uma simples ovelha desgarrada, como é grande a nossa obrigação de não desprezar essas infelizes. Esta parábola foi usada em outra ocasião (Lc. 15:4-7) para ilustrar a salvação dos pecadores. 15-20. Instruções sobre o procedimento em relação aos ofensores. 15. Apesar das mais sérias advertências, ofensas serão feitas. Um resumo do procedimento foi apresentado para que o ofendido soubesse como reagir. Sua primeira responsabilidade é a de ir procurar o ofensor em particular, sem esperar que este se desculpe. Tal procedimento torna mais fácil obter uma confissão. Se tiver sucesso, ficará amigo do irmão ofensor e o restaurará na comunhão com o Senhor e com a congregação. 16. Se houver necessidade de uma segunda visita, é preciso que diversas testemunhas estejam presentes à entrevista (veja Dt. 19:15). 17. Dize-o à igreja. Quando o ofensor permanece impenitente (e o pecado é suficientemente grave para afetar a congregação), a igreja deve examinar o assunto. A igreja aqui não quer dizer sinagoga, à vista das prerrogativas mencionadas em 18:18, 19. Uma igreja cristã está se formando, como indica a implícita ausência de Jesus (v. 20). Se a igreja fracassar e o ofensor não atender o seu conselho, deve ser tratado como alguém de fora (gentio, publicano). É claro que tal tratamento deveria envolver esforços para alcançá-lo com o Evangelho. 18. Tudo o que ligardes na terra (conf. 16:19). A decisão da congregação em tais assuntos, tomada através de oração, da Palavra e do Espírito, será ratificada no céu. Veja também Jo. 20:23. 19,20. A promessa de que a oração será atendida se ao menos dois de vós concordarem fornece uma prova adicional de que as decisões tomadas através de oração pela congregação, nas questões de disciplina, serão divinamente aprovadas. Essa promessa relativa à oração de comum acordo deve ser considerada à luz de outros ensinamentos de Cristo sobre o assunto (conf. I Jo. 5:14). Ali estou eu no meio deles. Uma promessa da presença especial de Cristo na menor das congregações concebível. 21-35. Instruções sobre o perdão. 21. Senhor, até quantas vezes? A explanação anterior referente aos ofensores implica no desejo do ofendido de perdoar. Pedro ficou imaginando até onde o perdão deveria ser estendido por repetidas ofensas. Até sete? Os rabinos ensinavam (com base em Amós 1:3; Jó 33:29, 30) que bastavam três. 22. Jesus, entretanto, elevou a questão acima do reino da computação prática, exigindo setenta vezes sete. Em lugar de buscar um padrão numérico, o crente deve seguir o exemplo do seu Senhor (Cl. 3:13). 23. A parábola do servo inclemente ensina que os homens que experimentaram o perdão de Deus são obrigados a perdoar os outros. Este é o padrão do reino dos Céus (veja comentário sobre 13:11). O rei oriental (interpretado como sendo o Pai Celestial; v. 35) é apresentado quando fazia um acerto de contas com os seus escravos. 24. Um, aparentemente um sátrapa com acesso a grandes somas dos rendimentos do rei, foi descoberto estar devendo dez mil talentos. (O valor de um talento diferia em diversas ocasiões, de acordo com o metal envolvido, mas era sempre comparativamente alto.) 25-27. Entretanto, prostrando-se diante do rei, obteve um cancelamento completo da divida (em grego, empréstimo); pela graça do rei não foi considerado um desfalque. 28-30. Saindo da presença do rei, o servo perdoado foi acertar as contas com um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros (denarius, equivalente ao salário de um dia, 20:2), uma insignificantíssima quantia comparada aos talentos. 31-33. Não devias tu, igualmente, compadecer-se? Certamente os pecadores que experimentaram o perdão de Deus devem demonstrar um espírito idêntico para com os outros, especialmente porque as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são infinitamente menores quando comparadas coma enormidade do débito para com Deus. 34,35. O entregou aos verdugos. Eis aí o ponto crítico da interpretação. Não pode se referir à eterna ruína de alguém que foi verdadeiramente salvo, pois entraria em conflito com os mais claros ensinamentos de outras passagens. Não pode se referir também a algum purgatório contrário às Escrituras. Mas o fato de que o servo foi perdoado torna impossível que ele fosse um crente simplesmente professo. Entretanto, se encaramos os tormentos como males temporais com os quais o Pai celeste aflige os crentes que não perdoam, as dificuldades anteriores são evitadas. Verdugos (basanistaî) deriva-se do verbo basanizô, o qual se usa para descrever doenças (Mt. 4:24; 8:6), e circunstâncias adversas (Mt. 14:24). Ló "afligia a sua alma" em contato com os homens maus (II Pe. 2:8). Tais tormentos Deus usa para castigar e produzir um espírito adequado entre os seus filhos (I Co. 11:30-32). Assim, o perdão divino aqui é aquele que devemos experimentar diariamente para podermos desfrutar da comunhão perfeita como nosso Pai celestial, e isto se encaixa bem neste contexto no qual se discute o relacionamento entre crentes (vs. 16-20).
Ajuda:
Biblias e revistas da EBD da CPAD e
Portal EscolaDominical: Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco
AJUDA BIBLIOGRÁFICACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP