“E DEUS não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lc 18.7). VERDADE PRÁTICA
Quanto mais perseverarmos na fé, melhor entenderemos a vontade de DEUS. LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 11.1 O firme fundamento e a prova das coisas que se não veem
Terça – Ef 2.8,9 A salvação é pela graça, mediante a fé, para que ninguém se glorie
Quarta – Mt 17.20 A fé não precisa ser grande, mas tem de ser íntegra e verdadeira
Quinta – Hb 11.6 É preciso acreditar, pois sem fé é impossível agradar a DEUS
Sexta – Mt 9.2 Uma fé que, de tão evidente, pode até ser vista
Sábado – 1 Pe 1.9 O alvo supremo da fé não consiste em receber “bênçãos” LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 18.1-8
1 – E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, 2 – dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a DEUS temia, nem respeitava homem algum. 3 – Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4 – E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a DEUS, nem respeito os homens, 5 – todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito. 6 – E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 7 – E DEUS não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 8 – Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? OBJETIVO GERAL - Estimular a perseverança na fé. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Interpretar a parábola do juiz iníquo;
Destacar a bondade de um DEUS justo;
Ressaltar a postura da viúva a respeito da oração, da perseverança e da fé. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A aula de hoje é uma grande oportunidade para estimular os alunos a perseverarem na fé e na oração. Este é o grande desafio do ensino: Romper a barreira do discurso levando os educandos à prática. A parábola do juiz iníquo mostra exatamente isso. O interesse de JESUS era levar os seus discípulos a serem perseverantes e pessoas de oração. Em tempos de “determinismo profético”, nada mais sensato e necessário que ensinar acerca da fé e da oração. PONTO CENTRAL - A perseverança na fé e na oração é decisiva para o desenvolvimento espiritual.
Resumo da Lição 4, Perseverando na Fé
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
1. Uma parábola difícil. 2. O juiz. 3. A viúva. 4. O caso e a perseverança. II – A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
1. DEUS é bom. 2. DEUS é justo. 3. DEUS assume a nossa causa. III – A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
1. Oração. 2. Perseverança. 3. Fé. RESUMO RÁPIDO da Lição 4, Perseverando na Fé - Pr. Henrique INTRODUÇÃO Nesta parábola estudaremos a Perseverança na fé, que é a mensagem central, ou objetivo de JESUS, ao contá-la. A Perseverança aqui é buscada por DEUS em cada crente através da oração com fé de que DEUS ouve nossas orações e as atende, segundo sua vontade. A perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. Sobretudo, quando acompanhada da oração, pois esta também é de suma importância, visto ser a forma de comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nestes tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de DEUS. Esta parábola, também conhecida como a “parábola da viúva persistente”, mostra que a oração intermitente em tempos de crise é o meio pelo qual os discípulos do Reino se valem da justiça do Pai a seu favor.Ó tu que ouves as orações, a ti virá toda a carne. Salmos 65:2 ORAÇÃO - (Strong Português) προσευχομαι proseuchomai
1) oferecer orações, orar
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
1. Uma parábola difícil. Devido ao título dado à parábola (“A parábola do juiz iníquo”), alguns a vêm com certo grau de dificuldade para o bom entendimento de seu real ensino. Não conseguem ver o contraste desse juiz com o DEUS bondoso e misericordioso que temos. A Perseverança na oração com fé é a mensagem que JESUS queria nos passar ao contar esta parábola. 2. O juiz. Na estrutura jurídica da época de JESUS existiam dois sistemas de tribunais: o judaico e o gentílico. Creio que este juiz era perverso e julgava em uma pequena localidade e a mulher só tinha essa maneira de apelação, não podendo pagar um advogado, pois a condição de muitas viúvas da época era desesperadora e sofriam com juízes corruptos ou desumanos. 3. A viúva. As viúvas recém enviuvadas eram reconhecidas pelas suas roupas típicas, as quais indicavam sua situação (Gn 38.14,19). Não sabemos a idade desta viúva e nem quanto tempo estava enviuvada, muito menos quanto tempo sua causa já estava na mão desse juiz para ser julgada. Cremos que esta viúva não tinha filhos e algumas viúvas, para se sustentarem, acabavam caindo na prostituição, ou se tornavam escravas da família do marido, ou de algum senhor a quem o esposo desta devia dinheiro. Muitas dependiam do dinheiro do templo em Jerusalém. Também, dependiam dos donos de grandes plantações que deixavam algo sobrar nos cantos de suas roças para sustentar viúvas, órfãos e estrangeiros. Não havia uma assistência social adequada e permanente. Muitas são as viúvas de destaque na bíblia, o Senhor estava com elas para as guardar e livrar do mal, estava com elas e não as deixou passar fome e nem necessidade. Ana alcançou a promessa de DEUS e pode colocar em seus braços o seu salvador. A viúva da oferta pequena, mas de grande valor, recebeu elogios daquele que recebe as ofertas. A viúva de Sarepta recebeu alimentação e o milagre da ressurreição de seu filho que provavelmente morreria e não ressuscitaria se o profeta de DEUS, Elias, não estivesse por ali. A viúva do azeite multiplicado recebeu alimento e seus filhos de volta antes que fossem levados como escravos. Noemi e Rute receberam alimento e o nome na genealogia de JESUS. A viúva de Naim recebeu seu filho de volta a vida. Maria recebe a maior honra - a de ser mãe de seu salvador. 4. O caso e a perseverança. Não nos é dito que tipo de causa a mulher tinha para ser julgada. Poderia ser herança, dívidas do marido, Terras arrendadas, etc... O juiz do caso, por ter declarado ele mesmo que não temia a DEUS e não respeitava os homens poderia ser corrupto e dar preferências a fazendeiros ricos nas causas que julgava. A Viúva não tendo mais ninguém para que pudesse pedir ajuda e apelar, procurou o juiz por várias vezes, importunando-o para que julgasse sua causa, lhe dando ganho de causa. Por isso, ao final, o juiz cede para não ser mais incomodado, isto é, “molestado” pela mulher que o importuna. II – A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
1. DEUS é bom. “E DEUS não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (v.7). Oração é o meio pelo qual nos chegamos a DEUS buscando por solução parta todos os nossos problemas. JESUS revela aqui o contraste entre aquele juiz iníquo e nosso DEUS e Pai. Enquanto aquele juiz era perverso, o nosso DEUS é bondoso e misericordioso. Enquanto aquele juiz prorrogou a sentença de propósito, nosso DEUS sabe a hora certa para nos abençoar. Enquanto aquele juiz resolveu atender a viúva por causa de sua importunação, nosso DEUS nos atende porque nos ama. “quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11). Nós, sendo maus, sabemos abençoar nossos filhos, imagine DEUS! “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). Nosso DEUS está pronto a nos ouvir e nos abençoar. Na parábola que estamos estudando, encontramos a viúva clamando, e este é o recurso utilizado por JESUS para, mais uma vez, ensinar sobre a oração e nos lembrar que DEUS é bom. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17 E JESUS lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é DEUS. Marcos 10:18
JESUS lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é DEUS. Lucas 18:19 2. DEUS é justo. "Havia numa cidade um certo juiz, que nem a DEUS temia, nem respeitava homem algum" (Lc 18:2). O Juiz da parábola era injusto. DEUS é justo, DEUS é Justiça Nossa. Preste atenção ao contraste da parábola. Nosso DEUS é o contrário daquele juiz da parábola. Abraão chamou o Senhor de “Juiz de toda a Terra” (Gn 18.25). A justiça de DEUS é tão elevada que, assim como a paz de CRISTO, excede a todo nosso entendimento (Is 56.1). Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal. 1 Pedro 3:12 Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.
Romanos 9:30
Porquanto, não conhecendo a justiça de DEUS, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de DEUS. Porque o fim da lei é CRISTO para justiça de todo aquele que crê. Romanos 10:3,4. A justiça de DEUS é CRISTO. 3. DEUS assume a nossa causa. JESUS conta a parábola a respeito de uma viúva que necessitava de justiça, mas o ensino e objetivo de JESUS é ensinar sobre a oração com Fé perseverante. O dever de orar sempre e nunca desfalecer, isto é, a perseverar. Podemos também absorvermos o ensino de que DEUS é grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste” (Dt 10.17,18).Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o justo. 1 João 2:1
O Senhor, porém, será juiz, e julgará entre mim e ti, e verá, e advogará a minha causa, e me defenderá da tua mão. 1 Samuel 24:15 III – A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS Qual é o conceito bíblico de perseverança? Perseverar remonta a ideia de permanecer, resistir, em nosso caso, não desistir da fé cristã em tempos de tentação, aflição, angústia, provação e perseguição. Aponte alguns meios promotores de perseverança. Alguns meios são: cultivar a vida de oração; submeter-se ao senhorio de CRISTO no enfrentamento das provações; manter o coração e a mente protegidos sob o escudo da fé para desfazer as investidas de Satanás; cultivar a humildade que livra da queda e do tropeço; em tudo dar graças pela vontade de DEUS; e, por fim, cultivar a esperança, mantendo os olhos na eternidade, aguardando o nosso Salvador voltar. PERSEVERAR É INSISTIR ATÉ RECEBER, SEM NUNCA DESFALECER.
1. Oração. JESUS está voltando e precisamos evangelizar os povos para que conheçam o Salvador e Senhor. Para isso temos que perseverar em oração com fé em sua volta iminente. Uma das características distintivas do Evangelho de Lucas é a oração (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28,29; 10.21,22; 11.1; 22.41-46; 23.46). Vemos JESUS que é DEUS, orando antes de cada grande crise da sua vida, ou seja, chegando a orar pelos seus agressores (Lc 23.34). Antes de escolher seus discípulos JESUS orou. Antes de ser preso JESUS orou. Por ser um homem de oração, JESUS exortou seus discípulos a fazerem o mesmo (Lc 11.2; 22.40,46). Siga o mestre - ORE. Os apóstolos deixaram tudo para se dedicarem à doutrina e à oração. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. Atos 6:4
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Atos 2:42 Exemplos de Oração perseverante Abraão, Isaque, Jacó, Daniel, Ezequias Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. Gênesis 32:24
Lutou com o anjo, e prevaleceu; chorou, e lhe suplicou; em Betel o achou, e ali falou conosco, Oséias 12:4
Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com DEUS e com os homens, e prevaleceste. Gênesis 32:28
E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. Gênesis 32:25 2. Perseverança. A oração deve ser com perseverança para que recebamos o resultado desejado. Desistir ou pausar a oração acarreta perda de ritmo na reposta e consequente recomeço. Devemos estar atentos à volta do Senhor para nos levar para Si. Vigiemos e oremos com perseverança. Esforça-te e tem bom ânimo, foi dito a Josué por 10 vezes. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Josué 1:6
Todo o homem, que for rebelde às tuas ordens, e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares, morrerá. Tão-somente esforça-te, e tem bom ânimo .Josué 1:18
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Josué 1:7 3. Fé. “Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (v.8b). A fé tem sumido da igreja. Não se vê mais milagres, não se vê mais conversões em massa, Não se vê mais batismos no ESPÍRITO SANTO em massa. Não se encontra mais a Igreja em massa reunida na EBD. Mudemos esta situação, começando por mim, diga cada um. A fé que JESUS busca em nós é aquela fé que, em meio às dificuldades e às perseguições, transforma-se em fidelidade e coragem para testemunhar diante dos homens (Lc 9.26; 12.9). A fim de preservarmos este tipo de fé, precisamos cultivar uma vida de oração constante e persistente.
É uma parábola difícil se a interpretarmos pelo título dado por muitos.
DEUS, ao contrário daquele juiz, é bom e julga retamente nossas causas.
A Oração é a chave da vitória. É Crer que há alguém que nos ouve e ajuda.
18.7 ESCOLHIDOS... CLAMAM... DE DIA E DE NOITE. Os verdadeiros escolhidos de DEUS (i.e., os que perseveram na fé e na santidade) nunca cessarão de clamar a DEUS pela volta de CRISTO à terra, a fim de destruir o poder de Satanás e o presente sistema iníquo deste mundo. Perseverarão na oração, para DEUS depressa fazer justiça (vv. 3,8) e para CRISTO reinar em justiça, sabendo que a sua segunda vinda é a única esperança veraz para este mundo (cf. Jo 14.2; 1 Ts 5.2,3; 2 Ts 2.8; Ap 19.11-21).
18.8 LHES FARÁ JUSTIÇA. Quando JESUS voltar para aqueles que a Ele clamam dia e noite (v. 7), Ele porá fim às suas aflições, seu sofrimento e perseguição da parte de um mundo hostil e maligno e os levará para estar com Ele (Jo 14.2,3 notas). Na sua vinda, os fiéis serão arrebatados... nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17). Então, DEUS julgará os ímpios na sua justiça (1 Ts 5.2,3,9).
18.8 ACHARÁ FÉ NA TERRA? Esta pergunta de JESUS, provavelmente, indica que à medida que se aproxima a volta de CRISTO, o mal se tornará cada vez pior, de modo que muitos da igreja se apartarão da fé em CRISTO (Mt 24.11-13,24; 1 Tm 4.1; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO; O PERÍODO DO ANTICRISTO; e A APOSTASIA PESSOAL). À medida que o fim se aproxima, a preocupação de todo crente deve ser: estou perseverando na fé, firme na oração, buscando a DEUS para que prevaleça a justiça e sua santa causa triunfe em tudo, para sempre? Ou estou tão preocupado com as coisas desta vida, que não anseio pela volta de CRISTO e seu reino eterno? (Ap 19; 20; 21; 22) ORAÇÃO DE INTERCESSÃO Substantivo. enteuxis (IvtcuÇiç) denota primariamente “iluminação em, encontro com” (cognato de B); então, “conversação"; por conseguinte, “petição”, significado frequente nos papiros; é termo técnico para descrever a aproximação a um rei, e, assim, para se chegar a DEUS em “intercessão”. É traduzido em 1 Tm 4.5 por “oração"; no plural, ocorre em 1 Tm 2.1 (ou seja. buscando a presença e ouvindo de DEUS em favor de outros). sinônimos proseuche, deesis. B. Verbos. 1. entunchanõ (evTvyxái/b)), primariamente “concordar com, harmonizar-se com, encontrar-se para conversar"; portanto, “fazer petição", especialmente “fazer intercessão, pleitear com uma pessoa”, quer a favor ou contra outros: (a) contra (At 25.24, “tem falado”, ou seja, contra Paulo); cm Rm11.2, refere-se a Elias que “fala” a DEUS contra Israel; (b) a favor, em Rm 8.27, acerca da obra intercessora do ESPIRITO SANTO em favor dos santos: Rm 8.34, a respeito de semelhante obra intercessora de JESUS; o mesmo se dá em Hb 7.25. 2. huperentunchanò ( tm c p e i/T ir y x á v iij) , “fazer petição” ou “interceder em favor de outrem” (formado de huper, “em favor de”), é usado em Rm 8.26, acerca do trabalho do ESPIRITO SANTO em fazer “intercessão” (veja Rm 8.27). (Dicionário Vine - CPAD) A JUSTIÇA HUMANA, UM TRAPO SUJO
A terceira obrigação que a sociedade impõe sobre o indivíduo, a de obedecer as leis e ser punido em caso de infração, tornou-se mais pesada e complexa em vista da ocupação romana.
A Judéia, por ser um país anexado, estava sujeita à justiça do imperador: os seus edicta, mandata, decreta e rescripta eram lei, como em todas as outras províncias imperiais; o represen-
tante do senhor, o procurador, era então o juiz supremo em todos os casos exceto naqueles que envolvessem judeus possuidores do título de cidadão romano, pois estes tinham o direito de apelar para César — o direito que Paulo veio a exercer.
É bastante provável que os romanos administrassem a justiça até mesmo nas pequenas tetrarquias dos descendentes de Herodes. Mesmo assim, de acordo com sua prática invariável, os romanos deixavam ao povo do país uma grande autonomia nos assuntos legais e administrativos. Não viam mal algum em que os casos fossem julgados segundo as.leis judias, fora de seus tribunais. Eles não interferiam exceto para acalmar os ânimos exacerbados, e reservavam-se apenas as mais sérias decisões, como vemos pelo desempenho de Pilatos no julgamento de CRISTO.
A lei era antiquíssima entre os judeus e altamente aperfeiçoada, que é o mesmo que dizer que sua essência era religiosa. A Bíblia supriu Israel com todos detalhes legais básicos, da mesma forma que o Corão atua hoje como um código civil e penal para o mundo islâmico. Isto sempre fora assim entre o Povo Escolhido; pelo menos mantinham essa prática desde quando Moisés disse, "O povo vem a mim para consultar a DEUS; quando tem alguma questão vem a mim, para que eu a julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de DEUS e as suas leis”.
Essa origem explica a natureza essencial de todo o sistema: a Lei, em seu aspecto civil e penal, não se interessava realmente em recompensar a parte prejudicada nem apresentar um exemplo, e ainda menos em corrigir um transgressor, mas unicamente em satisfazer um DEUS que aborrecia o erro. O mandamento fundamental da Lei Judaica foi resumido na fórmula admirável de Levitico: "Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso DEUS, sou santo", e o propósito da lei humana era concretizar este ideal na terra. "O ESPIRITO de DEUS", dizia o tratado Mak-koth, "deve brilhar sobre a Beth Din, a casa do julgamento." Mas os seguidores de Javé conheciam perfeitamente como a natureza humana pecaminosa abre um grande abismo entre o ideal e sua aplicação, e desprezavam toda justiça simplesmente humana, desprezo esse es-plendidamente expresso por Isaías, que a comparou com um "trapo de imundícia".
JUÍZES E TRIBUNAIS
A constituição dos tribunais de justiça mostra muito claramente a fusão entre a lei e a religião. O Grande Sinédrio era um tribunal de justiça e um conselho político e, como vimos, uma escola de teologia. Nós na verdade o conhecemos melhor sob este aspecto, devido ao julgamento de JESUS e, mais tarde, o de Paulo. Como tribunal de justiça era o mais alto de todos, sendo tanto a última corte de apelação como uma espécie de corte suprema que tratava judicialmente dos casos mais graves acima de tudo, isto é, os referentes â religião. Quando este tribunal estava em sessão plenária, com o Ab Beth Din como presidente, reunia-se no Lis-cat Haggazith, o salão das pedras polidas, que datava da época do rei Jannaeus. Este fazia parte do Templo e ficava dentro do recinto sagrado, mas se abria para o Pátio dos Gentios, no qual todos podiam entrar: os juizes entravam pelo lado do Templo e o acusado pelo outro lado.
Quando se tratava de assuntos menos importantes não era preciso reunir os 70 membros do Sinédrio; 23 bastavam para tornar válida uma halakha, uma deliberação, mas foi estabelecido que o juiz só podia sair se tivesse certeza que o quorum continuaria completo depois de sua partida. As sessões eram realizadas nas segundas e quintas-feiras e nunca aos sábados ou dias de grandes festas. Acontecia às vezes que o Grande Sinédrio se reunisse à noite, mas nesse caso não tinha permissão de votar uma sentença de morte. Parece que o poder do tribunal declinou muito logo depois da morte de CRISTO, pois Herodes Agripa e depois dele os procuradores não confiavam no mesmo por razões políticas: impediram até que se reunisse no salão de pedras polidas. Em todo caso, sobreviveu â queda de Jerusalém e movendo-se de lugar para lugar, durou até o final do quarto século. O lugar onde se reúnem agora os judeus prati-
cantes, Bet Shearim, se orgulha de ter sido uma de suas últimas sedes.
Mas, muito antes disto ele tinha perdido a sua jurisdição territorial devido a uma decen-tralização atribuída por Josefo a Gabinius.40 Quatro "tribunais de vinte e três juízes" (isto é, juntas semelhantes às dos parlamentos da França pré-revolucionária) foram estabelecidos em Jerico, Seforis na Galiléia, Amate e Gadara. Todavia, durante um longo período tinham existido tribunais locais, "pequenos sinédrios". Toda comunidade regularmente constituída possuía o seu, que julgava ps casos menores; mas suas sentenças não podiam ir além das chibatadas, e apenas 39 açoites, mesmo assim.41 Compunha-se no geral de três membros, pelo menos em teoria; pois os rabinos ensinavam que nenhum ser humano pode julgar sozinho exceto o Todo-poderoso";42 entretanto, como era difícil às vezes encontrar pessoas competentes nos distritos rurais, foi resolvido que "um só homem podia decidir sem colegas ou assessores, se as partes declarassem publicamente que aceitariam a sua decisão."43
As regras quanto às qualificações do juiz eram bastante exigentes. "Nas causas civis, qualquer israelita está qualificado para julgar," diziam os rabinos, "mas nas criminais, apenas sacerdotes,44 podem ser escolhidos como juízes." Existe uma passagem no tratado sanhedrin que mostra o juiz ideal, um homem cheio de dignidade, apto para falar as "setenta línguas", não necessitando então de intérprete, familiarizado com as artes mágicas, estando pois preparado contra a astúcia de feiticeiros e outros necromantes.46 Não deveria ser jovem nem velho demais, nem um eunuco; não deveria ser também homem de coração duro, acrescentou o rabino Judá.46 Os juízes não recebiam pagamentos. "As sentenças de qualquer homem que tenha recebido remuneração são inválidas."47
Todo um exército de secretários, recepcionistas, homens encarregados de executar as ordens da corte e aqueles a quem os gregos chamavam ironicamente de hyperetes, remadores de reserva, ou pessoas completa mente inúteis, rodeavam os juízes. 0 mais importante dentre esses homens era o hazzam, tantas vezes mencionado na literatura talmúdica: um personagem importante, um misto de bedel, recepcionista, escriturário do tribunal, açoitador oficial e carcereiro. 0 evangelho de Mateus mostra quão poderoso era.48
As atividades também se processavam segundo planos cuidadosos. Dezenas e até centenas de versículos bíblicos estabelecem as regras para as mesmas e os doutores da Lei as estudaram tão profundamente que não havia sem dúvida um único detalhe deixado ao acaso. 0 tratado Sanhedrin contém uma coleção desses preceitos, sua meticulosidade faz honra ao senso jurídico dos rabinos e aos seus sentimentos de imparcialidade.49 Nenhum caso era introduzido pelo que designaríamos como promotor público. Nos casos civis a iniciativa partia dos interessados; nos criminais, exigia-se um acusador. Cabia então à pessoa prejudicada ou aos parentes da vítima, ou mesmo a qualquer pessoa que tivesse suspeita ou conhecimento de um crime, levar o fato aos juízes e iniciar o processo. Uma mulher adúltera, por exemplo, podia ser denunciada pelo marido ou pelo clamor popular. Este modo de proceder mostrava-se menos perigoso do que se poderia supor, pois os acusadores recebiam severos castigos no caso de acusações contra pessoas inocentes. Os desprezíveis anciãos que acusaram falsamente a casta Susana foram sentenciados à morte quando ela foi salva no último instante pelo jovem Daniel; e em memória deste acontecimento o falso acusador sempre sofria o castigo que a vítima inocente teria recebido.60
Devia ser realizado um inquérito antes do julgamento e os resultados do mesmo eram reunidos e entregues a dois secretários. No dia marcado, cada secretário tinha em seu poder documentos relativos a um dos lados, no caso de um assunto civil; nas questões criminais um dos secretários ficava com os papéis da defesa e o outro os da acusação. Alguns doutores, como o rabino Judá, insistiam em ter um terceiro secretário nos casos em que a vida de alguém estivesse em risco, a fim de certificar-se de que a votação fosse feita adequadamente.
As reuniões, particularmente as do Grande Sinédrio, eram muito formais e solenes. 0 presidente, o Ab Beth Dín no caso da corte suprema, ficava sentado no meio de um grande semi-círculo; à sua direita e sua esquerda alinhavam-se os setenta juízes por ordem de idade. O público, constituído em sua maior parte pelos discípulos dos rabinos que faziam parte do conselho, ficava sentado á frente deles. Por trás desse grupo, de pé, postavam-se inúmeros serviçais, recepcionistas, bedéis e guardas. O Shema Israel era recitado antes de iniciar-se a sessão. Mesmo um julgamento apressado, irregular, como o de JESUS, dava uma impressão de solenidade.
Um ponto bastante curioso no processo judaico era o fato da evidência circunstancial, por mais forte que fosse, ser inadmissível. Testemunhas, principalmente testemunhas oculares, eram exigidas, pois as pessoas que tivessem ouvido mas não visto não recebiam crédito. Quando desejavam embaraçar um suspeito, era comum esconder duas testemunhas atrás de uma cortina, arranjada de modo que pudessem ver o prisioneiro, iluminado por duas lâmpadas. Exigiam-se duas testemunhas51 como na lei romana, a qual continha o axioma do testis unus — “o testemunho de um único indivíduo jamais deve ser aceito". A responsabilidade das testemunhas era portanto excessivamente grande, tão pesada que tinham como obrigação "atirar a primeira pedra” no culpado para cuja condenação tinham concorrido.52
Foi este'costume que sugeriu a JESUS a terrível lição dada por Ele aos que acusaram a mulher apanhada em adultério — "Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra ..." Por outro lado, quando as falsas testemunhas eram descobertas, elas sofriam o mesmo castigo que tencionavam aplicar ao acusado.53 As testemunhas eram portanto escolhidas com o máximo cuidado: mulheres, menores, escravos, surdos, mudos e cegos eram todos descartados como pessoas que mentiam facilmente; os parentes próximos do acusado também estavam impedidos. Isto eliminava o falso testemunho? A leitura dos Salmos e Provérbios e até mesmo dos Dez Mandamentos basta para duvidarmos que fosse assim, mesmo descontando os famosos julgamentos de JESUS e de Estêvão.54 Mas, para evitar tal coisa, uma interrogação escrupulosa era feita: em que ano, dia e hora a testemunha vira o crime ser cometido? Conhecia o acusado? Tinha advertido o mesmo de que estava prestes a transgredira Lei? Qualquer variação nos detalhes — por exemplo a diferença entre a aroeira e a azinheira no julgamento de Susana — devia ser interpretada a favor do acusado; da mesma forma que qualquer mudança de opinião ou retratação de uma afirmativa anterior. Por último, o tribunal tinha o direito de exigir da testemunha um juramento muito solene: havendo inúmeros deles — por DEUS, pelo Céu, por Jerusalém, pelo Templo, pela consolação de Israel, pelos meus filhos, pela minha porção no Paraíso. No Sermão do Monte,55 o evangelho diz claramente que esses juramentos não evitavam o falso testemunho, e que a este eles acrescentavam também o perjúrio. Mas os inumeráveis conselhos para que demonstrassem prudência e sinceridade dados pelos rabinos aos que deviam apresentar evidência na corte, sem dúvida lhes conferiam grandes honras.
Depois de ouvidos os acusadores e as testemunhas, o acusado apresentava sua própria defesa. Ao que parece, não havia em Israel verdadeiros advogados como em Roma. Todavia, certas "testemunhas" deveriam certamente ter desenvolvido essa função e depois disso o tribunal deliberava e pronunciava a sentença. Grandes precauções legais eram tomadas a fim de que o veredicto fosse inteiramente justo, principalmente nos processos criminais. Por exemplo, durante a deliberação um dos juizes podia apresentar um argumento a favor do acusado, mas nunca contra ele. Os membros mais jovens do tribunal votavam em primeiro lugar, como acontece com os menos graduados em nossos conselhos de guerra. Nos casos de absolvição bastava uma maioria relativa, enquanto sempre que se tratasse de uma sentença de morte era exigido que houvesse dois votos a mais do que a maioria absoluta. Se o Sinédrio se mostrava unânime em sua condenação, a sentença era "adiada", cuja expressão alguns rabinos interpretavam como significando "absolvição devida a preconceito", e outro como indicando "sujeita a reflexão" pelo menos por uma noite. 0 veredicto era executado de imediato no caso de absolvição do acusado, mas adiado por vinte e quatro horas se fosse contra ele.
Deve ser concedido que todas essas exigências são dignas de elogio. Seriam sempre acatadas? Duvidamos. Em períodos difíceis ou quando as mentes se achavam perturbadas por paixões violentas, não seriam esses belos princípios esquecidos? No julgamento de JESUS a ilegalidade é tão flagrante que em nossos dias comissões de teólogos e juristas judeus repetidamente reestudaram o caso; e o periódico Jerusalem afirmou que a condenação foi "um dos erros mais terríveis jamais cometidos pelos homens"“ Mas no livro The Wars oftheJews, Jose-fo relata o julgamento verdadeiramente abominável de um certo Zacharias ben Baris diante do Sinédrio em 67 A.C., que, embora inocente, foi mesmo assim morto no próprio Templo.67 As melhores leis jamais bastaram para tornar perfeita a justiça humana: os "trapos de imundícia" de Isaías estão sempre conosco.
A LEI CIVIL
Os três códigos bíblicos contém mais informação sobre a justiça criminal do que a civil. Mas sobre essas bases algo incompletas os rabinos conseguiram criar todo um sistema legal. Por exemplo, existem nada menos do que três tratados do Talmude dedicados aos prejuízos e compensações e coisas semelhantes. São eles: os três Baba, ou portões — o Baba Kamma, Baba Mesia e Baba Bathra. Pelo fato de seguirem princípios fundamentais seria de supor que tivessem produzido um código civil conciso; mas na verdade era excessiva mente detalhado e até curiosamente minucioso em certos aspectos.
Já vimos a essência da lei civil no que se refere aos direitos pessoais e ao casamento,68 ambos baseados no conceito religioso da sociedade e na defesa da família como uma unidade social. 0 homem livre, adulto, era a única pessoa considerada como uma entidade civil completa com todos os direitos civis. 0 chefe da família tinha autoridade sobre a esposa, o filho menor, afilha solteira e o escravo. A Lei ou os costumes estabeleciam porém limites para esta autoridade, negando ao homem o poder de vida e morte protegendo a esposa e o escravo israelita. Decretos especiais estipulavam a lei relativa ao estrangeiro, o forasteiro, o guer. 0 Livro da Aliança já lembrara os israelitas que eles haviam sido guers no Egito69 e que recordando sua própria infelicidade deveriam ser bondosos com os estrangeiros. Deuteronômio tinha afirmado que quem quer que negasse ao guer os seus direitos seria amaldiçoado.80 Levítico avançava ainda mais ao ordenar: "Uma e a mesma lei havereis, assim para o estrangeiro como para o natural".61 Este é um dos pontos em que a lei judia se mostrava muito mais generosa do que a romana, e Josefo está certo em elogiar a "justiça do legislador de Israel em relação aos estrangeiros", que é ainda mais notável, comenta ele corretamente "em que povo aigum jamais teve tanto cuidado quanto nós em manter inalterados nossos ritos tradicionais".62 Existe um marcante contraste entre o exclusivismo judeu, sua recusa em manter qualquer contato com os pagãos impuros, e esta generosidade em sua Lei. Paulo era o herdeiro do que havia de mais excelente, mais humano, nas tradições de seu povo quando exclamou: "Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos"63
Temos pouca informação sobre a lei da herança, embora isto forme uma parte considerável da legislação das sociedades bem organizadas. Os textos relevantes se acham distribuídos pelo Pentateuco, mas alguns podem ser também encontrados em Jó, Josué e nos livros históricos de' Reis. Ela parece ter sido desenvolvida depois da volta do exílio sob a influência da lei helénica: havia, por exemplo o costume de "fazer testamento na forma devida e apropriada" mencionado por Paulo ao escrever aos seus amigos na Galácia;64e isto com certeza constituía uma novidade. Os rabinos tinham estudado o assunto com grande zelo e cuidadosamente regularam as condições em que um testamento era válido. A herança comum, em separado daquela afetada pelos testamentos, se processava da seguinte forma: os filhos ou os parentes mais próximos do sexo masculino eram os herdeiros, mas não a viúva; e as filhas não tinham direito a uma parte dela a não ser que se casassem na família, embora por outro lado tivessem
de ser mantidas pelos irmãos até sua maioridade. O primogênito entre os filhos tinha uma posição privilegiada segundo Deuteronômio,66 a qual era ainda certamente mantida nos dias de CRISTO, como pode ser visto na parábola do Filho Pródigo.66 O patrimônio era dividido em partes iguais e o filho mais velho ficava com duas delas. A parábola também mostra que já se praticava o recebimento da herança por antecipação.
A parte da Lei relativa a direitos ou obrigações civis fica limitada na Bíblia a algumas regras sobre propriedade, compra e venda, empréstimos, promessas e dívidas, mas os rabinos edificaram um grande corpo de legislação detalhada a respeito. Por exemplo, eles estabeleceram o direito a uma propriedade perdida subseqüentemente achada e a diferença entre um empréstimo e um depósito; estipularam regras para a locação de propriedade legítima e pessoal, sem esquecer-se dos casos do ano de treze meses;67 estabeleceram o prazo que poderja decorrer entre a venda e a entrega; e isso tão precisamente quanto os romanos fixaram aHe^ dos direitos de posse e prescrição de propriedade.
CRIMES E DELITOS LEVES; CASTIGOS
... (Falta uma parte)... Os preceitos bíblicos e as decisões dos rabinos sobre todos esses assuntos mostram uma grande dose de reflexão, bom-senso jurídico e sentimento de justiça. Não era assassinato, por exemplo, matar um ladrão durante a noite, mas matá-lo à luz do dia constituía crime, pois durante o dia ele poderia ter sido apanhado vivo.69
Mas de toda espécie de perversidade, a pior e mais imperdoável aos olhos da lei, eram os crimes contra a religião. Isto era perfeítamente natural, devido à natureza sagrada de todas as instituições judaicas. Para o povo de DEUS não havia maior falta do que rebelar-se contra o Senhor; de certa forma tal ato assemelhava-se bastante ao que nossos códigos profanos chamam de alta traição. Esses crimes chocantes foram sempre castigados em Israel; a própria Aliança cuidava disso. Deve ser porém admitido que a lista dos mesmos tinha-se estendido consideravelmente no decorrer dos séculos, e no período mais recente os doutores da Lei, esses especialistas, haviam alargado de muito a área em que tais crimes podiam ser cometidos.
A idolatria, como é natural, era crime; assim como a prática da magia, necromancia e até mesmo a adivinhação. A blasfêmia se achava também inclusa, e ela se estendia até o simples uso errado do Nome SANTO. E pode ser admitido que tudo isso era perfeitamente certo. Mas a violação do sábado constituía, outrossim, crime passível de morte; e a recusa em permitir a circuncisão de um filho ou deixar de celebrar a Páscoa eram coisas tão graves que o criminoso devia ser expulso. Nos primeiros dias, o homem que se masturbava ou se deitava com mulhe.r menstruada era tratado como criminoso. No período posterior, porém, a tendência dos sacerdotes e dos escribas foi de considerar todos os que desobedecessem a menor lei eclesiástica, principalmente as relativas ao pagamento das ofertas e do dízimo ao Templo,70 como ateus e rebeldes contra DEUS. Não existe qualquer dúvida que nos dias de CRISTO, a crescente influência dos fariseus tinha fornecido ao judeu, o judeu comum, inúmeras ocasiões para a prática de crimes e delitos leves.
O castigo era severo. S6 havia uma sentença para todos os crimes contra a religião — a pena de morte. Foi esta a acusação sob a qual nosso Senhor veio a ser condenado. O mesmo se aplicava a inúmeros outros crimes que as leis modernas tratam com mais brandura: entre eles (e sob certas condições, como vimos) achava-se o adultério.71 A morte também se aplicava a quem quer que escravizasse um judeu livre, a quem quer que usasse pesos falsos, à filha de sacerdote que se prostituísse, à mulher que se casasse ocultando sua impureza. Mas na época de CRISTO a severidade do sistema judeu foi mitigada por uma decisão feita pouco antes pelos romanos. "Quarenta anos antes da destruição do Templo," diz o tratado Sanhedrin, "os julgamentos envolvendo a pena de morte foram retirados da corte."72 Outros escritores julgam que as autoridades judaicas mantinham ainda o direito de examinar esses casos, mas o procurador romano reservava-se a prerrogativa de autorizar ou anular a sentença.
As antiqüíssimas leis tribais relativas a crimes e danos eram ainda válidas em teoria. A lex talionis, a mais famosa delas, é mencionada na Bíblia não menos que três vezes: "olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe,", e, naturalmente, "vida por vida".73 Parece um mandamento chocante, mas talvez o seu alvo fosse de fato limitar o excesso de vingança na antigüidade, a-fim de evitar que se tomasse "sete vezes vingança de Caim; de Lameque, porém, setenta vezes sete," ou "que um homem fosse morto por um ferimento e um jovem por um pisão".74 Os séculos tinham abrandado seu rigor, permitindo que a retaliação literal só fosse aplicada em casos de assassinato deliberado ou de ferimentos tão graves que a pessoa jamais voltasse a trabalhar. É bastante improvável que nos dias de CRISTO a iex talionis fosse ainda imposta: a indenização em dinheiro tomara o seu lugar. Isto está longe de afirmar que o povo estivesse preparado para aceitar a grande lição do evangelho que condenava redondamente o velho costume de olho por olho e dente por dente, pedindo aos homens^que perdoassem tudo, dizendo-lhes que "voltassem a outra face”.76
A iex talionis fazia parte do princípio geral de vingança: por parte da comunidade e da família, em uma palavra, a vingança de DEUS. Um crime abalava a ordem divina das coisas e um castigo proporcional restaurava esta ordem. Sendo esta, de fato, a única justificativa para a pena dé morte, que já foi mostrada mais de uma centena de vezes como sendo um exemplo inútil e que não pode indenizar o prejudicado de forma alguma a não ser através desta satisfação psicológica da vingança. Os ditames bíblicos mostravam-se assim absolutos com relação ao assunto: "Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu”.76 A vingança era um dever sagrado da família. O parente mais próximo do assassinado deveria constituir-se como goel, o vingador do sangue. Neste ponto, novamente, a Lei fez o máximo para limitar os efeitos deste sistema desastroso: a vingança não seria a mesma no caso de homicídio deliberado como no de morte não premeditada;77 não devendo atingir os membros inocentes da família do culpado.78 Haveria um "preço de sangue", uma lista dos pagamentos
que o criminoso ou sua família podiam fazer a fim de evitar o castigo, como mais tarde foi o caso nas leis germânicas. É certo que havia no que se refere a ferimentos e danos, assim como no caso da morte de um escravo, quando a soma a ser paga montava a trinta moedas de prata, aquelas bem conhecidas trinta peças que Judas pagou para trair JESUS; mas é duvidoso que tal pagamento pudesse ser feito quando a vítima era um homem livre. Parece grandemente improvável que os ordeiros romanos permitissem que qualquer tipo de vendeta continuasse num país ocupado por eles. .
A lei criminal era rigorosa e seus castigos e penas muito rígidos. As multas por golpes e danos, por negligência culpável (por ter cavado um fosso ou cisterna sem avisar as pessoas, por exemplo), por difamação e calúnia, pela sedução de virgens e por roubo tinham sido todas cuidadosamente estabelecidas: o homem que roubasse um boi, por exemplo, tinha de devolver dois.79 Os castigos físicos impostos em virtude da iex talionis não são exatamente determinados na Bíblia, mas os rabinos falam de um número certo. A única mutilação permitida pelas Escrituras é o corte da mão da mulher que ajudasse o marido numa luta, agarando o oponente de maneira indelicada.80 Os golpes com bastão deviam ser comuns, talvez como uma simples medida policial sem qualquer ordem do juiz, diferindo assim do terrível açoitamento dos contribuintes relutantes, como acontecia no Egito. No tempo dos primeiros hebreus, as prisões serviam apenas para assegurar que o acusado não escapasse,81 ou, sob os reis, para servir como instrumento de disciplina,82 mas na época de Esdras e Neemias elas tornaram-se uma forma de castigo,83 principalmente para os devedores insolventes. 0 Novo Testamento se refere repetidamente a isto.84 A situação dos presos ficava ainda mais desagradável quando prendiam seus pés no tronco, o que aconteceu a Paulo e seu discípulo Silas em Filipos.85 Tem-se também a impressão de que a fórmula frequentemente reiterada na Bíblia: "serão eliminados do seu povo" ou "ficará perdido para o seu povo" não significa morte mas expulsão, o que em si já indicava excomunhão religiosa.88
As formas de execução eram muitas e variadas. O tratado Sanhedrin fala de quatro: apedrejamento, queima, decapitação e estrangulamento. Esta ordem de gravidade parece estranha, principalmente quando nos lembramos que a queima era executada jogando o condenado num monturo, onde ficava enterrado até a cintura enquanto o seu tronco era envolto em tecido de cânhamo e dois executores forçavam-lhe a boca para enfiar nela um bastão aceso. Este era o tipo de morte aplicado ao homem que se deitasse com mãe e filha ou para a filha de sacerdote que se prostituísse. O filho que batesse no pai era estrangulado, o mesmo acontecendo ao fajso profeta. Isto era feito com um garrote.
Os castigos mais comuns e mais conhecidos eram o açoitamento e o apedrejamento. O primeiro ou era um castigo completo em si mesmo ou uma adição à pena de morte. Existe grande probabilidade de terem sido os romanos que introduziram na Palestina o costume de açoitar os conedenados.87 No açoitamento comum acontecia às vezes da vítima morrer sob os golpes, e por esta razão a Lei Judaica estabelecia que os açoites não passassem de quarenta e ordenava que só chegassem aos trinta e nove, por temer que exatamente o quadragésimo viesse a provocar a morte.89 A lei romana não conhecia esta medida de humanidade. Os chicotes usados pelo executor judeu, feitos com uma, três ou quatro tiras, eram muito menos cruéis do que os dos romanos, com pontas de chumbo ou osso de carneiro, que laceravam a pele a cada golpe. Foi sem dúvida a esse segundo tipo de castigo que nosso Senhor teve de sujeitar-se, amarrado a uma coluna baixa e entregue à brutalidade dos lictores.89
O apedrejamento era um castigo capital e nada mais. Era a executação hebraica típica, antiquíssima e continuamente mencionada na Bíblia. Este foi o castigo que os acusadores da mulher apanhada em adultério queiram aplicar-lhe, e aquele sob o qual morreu Estêvão, o primeiro dos mártires cristãos. Deuteronômio afirma claramente tratar-se de um castigo inflingido pela comunidade inteira: os acusadores e as testemunhas da acusação deveriam atirar as primeiras pedras e depois deles o restante do povo.90 No tratado Sanhedrin existe uma outra informação que faz este tipo de morte parecer um tanto menos bárbaro: o condenado devia ser levado a um penhasco "da altura de dois homens" e um dos acusadores o atirava para trás e para baixo, evidentemente para atordoá-lo com a queda ou quebrar-lhe a espinha: somente depois disto eram atiradas as pedras, e a primeira deveria ser dirigida ao seu coração.
Poderíamos ser tentados a pensar, em vista de morte de JESUS, que a crucificação fosse um castigo comum em Israel; mas, na verdade, ela foi importada pelos gregos e romanos. Os israelitas não crucificavam nem enforcavam originalmente os condenados à morte: seus corpos deviam ser "pendurados no madeiro".91 A crucificação, essa forma hedionda de execução — crudellissimum taeterrimumque, nas palavras de Cícero — tinha vindo provavelmente da Fenícia, e era sem dúvida usada apenas para os escravos rebeldes. Espalhou-se porém por todo o mundo antigo e foi dito que alcançou Roma na época de Tarquinius Superbus. Alexandre Janeu fez uso dela em larga escala na Judéia,na execução dos fariseus derrotados.92
0 lugar da execução ficava fora das portas da cidade,93 e ali os postes perpendiculares estavam fixados permanentemente: o condenado era levado para fora e amarrado ou pregado pelas mãos a uma travessa menor que levantavam por meio de cordas até o alto do poste ou até que alcançasse uma fenda cortada no mesmo. Os homens eram executados com as costas voltadas para a cruz, e olhando para os espectadores; as mulheres, na posição inversa. Uma espécie de suporte ou apoio entre as pernas impedia que o corpo cedesse devido ao peso, a fim de que a morte não sobreviesse muito rapidamente. De fato, ela não ocorria durante horas e horas, sendo causada no final por uma crescente asfixia, uma condição tetânica dos músculos, fome e, acima de tudo, sede, para não falar dos ferimentos feitos pelos odiosos pássaros que sempre rodeavam o lugar. Havia um mandamento em Deuteronômio que proibia que os cadáveres fossem deixados no madeiro durante a noite;94 assim sendo, se a morte demorasse muito, eles quebravam as pernas do crucificado ou traspassavam o seu lado com uma espada ou lança.
Tudo isto é com certeza hediondo, mas embora a guilhotina e a cadeira elétrica possam ser tidas como menos cruéis, serão realmente menos repulsivas? De qualquer modo, havia uma tendência contra a pena de morte na opinião judaica: o Talmude a menciona.96 E a Lei Judia supria até certos serviços ao condenado completamente omissos nos códigos modernos; era ordenado, por exemplo, que houvesse um guarda montado junto ao lugar da execução, com revezamentos, para que no caso das autoridades judiciais assim o desejarem poderem sustar a ação legal até o último minuto. 0 condenado recebia também obrigatoriamente uma "bebida forte" como a chamam os Provérbios,96 aparentemente um hipnótico feito de incenso ou mirra dissolvido em vinho ou vinagre — o mesmo que foi oferecido a JESUS. Havia sociedades de mulheres piedosas, semelhantes às confrarias de penitentes na Idade Média, que cuidavam deste dever. Na falta delas, as autoridades municipais ficavam incumbidas do mesmo.97 Esta era a última prova de bondade que a comunidade de Israel mostrava ao mais desgraçado de seus membros. O juiz injusto ( 18: 1-8 ) - Comentário Bíblico Wesleyana
1 E falou-lhes uma parábola a fim de que eles dever de orar sempre, e nunca desfalecer; 2 ditado: Havia em certa cidade um juiz que não temia a DEUS, nem respeitava o homem: 3 e havia uma viúva naquela cidade; e ela veio oft-lhe, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 4 E ele não iria por um tempo, mas depois disse consigo: Ainda que não temo a DEUS, nem respeito os homens, 5 todavia, como esta viúva me, I perturba vingar dela, para que ela não me desgastar por ela não continue a vir. 6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o juiz injusto. 7 E DEUS não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e ainda que ele é longânimo para com eles? 8 Digo-vos que ele depressa lhes fará justiça. No entanto, quando o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
O Evangelho de Lucas é o grande Evangelho de oração (ver Introdução ). Capítulo 11 contém a chamada Oração do Senhor e da parábola do amigo importuno à meia-noite. Este capítulo começa com a parábola do juiz iníquo (ou o importuna Widow) ea parábola do fariseu e do publicano.
O objetivo desta parábola é afirmado no primeiro verse- que eles dever de orar sempre, e nunca desfalecer . Isto está directamente relacionado com o que precede. "A conexão é que, embora o tempo do retorno de CRISTO para libertar Seu povo é escondido deles, mas eles devem não cessamos de orar por livramento." Esse mesmo comando para orar continuamente, na sequência de uma declaração de que ninguém sabe a hora de A vinda de CRISTO, é encontrado em 21:36 e também em Marcos 13:33 . É claro que a oração incessante é o mais importante preparação para a Segunda Vinda.
A palavra traduzida como deveria é dei , o que significa, literalmente, "é necessário," Esta parábola ensina que a oração persistente não é apenas um direito, mas uma necessidade. Só aqui e no versículo 9 encontramos o propósito e significado de uma parábola dado como um prefácio para ele. Para desmaiar é literalmente "a perder o ânimo." É uma palavra favorita de Paulo.
A exortação a rezar sempre (cf. 1 Ts. 5:17 - "Orai sem cessar"). é contrário ao ensino judaico "que DEUS não deve ser cansado com oração incessante ... Um homem não deveria orar mais do que três vezes por dia . Orações por hora são proibidos. "
A descrição do juiz- não temia a DEUS, e não consideraram o homem (v. 2 ) -Mostra que ele estava completamente incapacitado para manter esta posição. Ele era um cínico sem consciência moral. Provavelmente, ele é pensado como um Oficial Gentile.
Na mesma cidade, era uma viúva que veio oft (imperfeito ", continuou vindo") para o juiz com o pedido: Faze-me justiça contra o meu adversário (v. 3 ). Arndt e Gingrich traduzir esta: "Veja por que eu recebo justiça contra o meu adversário." No grego há um jogo de palavras que é difícil trazer para fora em Inglês. Vinga e adversário são desenvolvidos a partir da mesma raiz, que significa " justiça. " Adversário propriamente significa "um oponente em uma ação judicial." Parece provável que alguma pessoa rica foi tomar medidas legais contra a pobre mulher, talvez encerrando uma hipoteca sobre a casa dela e ameaçando levá-lo com ela. JESUS acusou os escribas de fazer this- "os que devoram as casas das viúvas, sob pretexto de longas orações" ( Marcos 12:40 ). Assim, a viúva manteve articulado com o juiz, "Reivindicar meus direitos contra o meu adversário." O status de uma viúva no antigo Oriente foi muito infeliz. Uma e outra vez os israelitas foram advertidos contra as viúvas que oprimem, mas muitas vezes esse pecado cruel foi perpetrado.
No início, o juiz manteve a recusa (imperfeito) para cuidar do caso da mulher. Mas, finalmente, sua persistência usava-o para baixo. Embora ele não temia a DEUS, nem sequer tem respeito pelo homem, mas ele decidiu tomar uma atitude, para que ela não me desgastar por ela não continue a vir (v. 5 , literalmente, "chegando ao final)." Esta tradução é melhor do que "cansar-me" (KJV), que é demasiadamente fraca. O verbo em grego é muito forte. Literalmente significa "à greve sob o olhar, dar um olho roxo." Pode ser encontrada somente aqui e em 1 Cor. 9:27 , onde Paulo diz: "Mas eu bater e machucar o meu corpo" (Goodspeed). Provavelmente, a palavra é usada metaforicamente em ambas as passagens, mas somos tentados a admitir a possibilidade de que a mulher exasperado pode literalmente dar ao juiz um olho roxo. Não é provável, no entanto, que isso poderia acontecer.
Em seguida, JESUS fez a aplicação. Se um juiz injusto iria finalmente se render a súplica persistente, quanto mais que um DEUS fiel do amor justiça aos seus escolhidos , que clamam continuamente a Ele (v. 7 ).
O significado exato da última cláusula do versículo 7 - e ainda assim ele é longânimo para com eles -é disputado. Geldenhuys objetos à palavra ainda nesta versão. Será notado que o termo está em itálico, o que indica que não está no original. Ele prefere a versão em Inglês revista (1881), onde se lê: ". E ele é longânimo para com eles" Plummer sugere: "enquanto ele é lento para agir para eles." O Verson Revised Standard dá uma inclinação diferente, colocando isso na forma de uma pergunta: "Será que ele vai atrasar muito tempo sobre eles?" - o que implica uma resposta negativa. Isso parece se encaixar melhor com o que se segue no versículo 8 .
A parábola termina com uma pergunta inquietante: No entanto, quando o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Desde pistis ( fé ) carrega o artigo definido, alguns tomam isso como "a fé", ou seja, o cristianismo. Outros referem que a confiança pessoal. Geldenhuys diz que ela "refere-se claramente à fé que está aqui a ser discutido-fé em JESUS como o CRISTO, o Messias Filho do Homem, através do qual DEUS julgará a causa dos eleitos." O Juiz Iníquo - Lucas 18. 1-8 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Esta parábola tem a sua chave pendurada na porta; o sentido e o plano dela são prefixados. CRISTO a disse com esta intenção, para nos ensinar que os homens deveriam orar sempre e nunca desfalecer, v. 1. Supõe-se que todo o povo de DEUS compõe-se de pessoas de oração. Todos os filhos de DEUS mantêm tanto um contato constante como um contato ocasional com Ele, enviando-lhe as suas orações de forma regular, e também em cada situação de emergência. É nosso privilégio e honra podermos orar. É nosso dever; devemos orar, pecamos se negligenciamos esta bênção. Este deve ser o nosso trabalho constante; devemos orar sempre, é o que o dever de todos os dias exige. Devemos orar, e nunca nos cansar de orar, nem pensar em parar de orar até que as nossas orações sejam recebidas em meio ao louvor eterno. Mas o que parece ser particularmente pretendido aqui, é nos ensinar a constância e a perseverança em nossos pedidos por algumas misericórdias espirituais que estamos buscando, com relação a nós ou à igreja de DEUS. Quando estivermos orando pedindo forças contra os nossos inimigos espirituais, as nossas luxúrias e corrupções – que são os nossos piores inimigos – devemos persistir em oração, devemos orar e não desfalecer, porque não buscaremos a face de DEUS em vão. Assim, devemos igualmente em nossas orações, pedir a libertação do povo de DEUS das mãos de seus perseguidores e opressores.
I
CRISTO mostra, através de uma parábola, o poder da importunação entre os homens – que serão dominados por ela, quando nada mais os influenciar – para fazerem o que é justo e certo. Ele lhe dá um exemplo de uma causa honesta que teve êxito diante de um juiz iníquo, não por retidão ou compaixão dela, mas puramente por meio da importunação. Observe aqui: 1. O mau caráter do juiz que estava em certa cidade. Ele não temia a DEUS, nem respeitava homem algum. Ele não tinha absolutamente nenhuma preocupação por sua consciência ou por sua reputação. Não temia a ira de DEUS contra si, nem a censura dos homens a seu respeito. Ele não se importava em cumprir o seu dever para com DEUS, nem para com o homem; ele era um perfeito estranho tanto para a piedade como para a honra, e não tinha noção de nenhuma delas. Não é estranho que aqueles que rejeitaram o temor ao seu Criador sejam totalmente indiferentes aos seus semelhantes; onde não existe o temor a DEUS, nenhuma coisa boa deve ser esperada. Tal predomínio da falta de religiosidade e da falta de humildade é ruim em qualquer pessoa, porém muito pior em um juiz, que tem em sua mão um grande poder. Ao utilizar este poder, ele deveria ser guiado pelos princípios de religião e justiça; pois, se não for, em vez de fazer o bem com o seu poder, ele estará correndo o risco de fazer o mal. A impiedade no lugar do juízo foi um dos males mais cruéis que Salomão viu debaixo do sol, Eclesiastes 3.16. 2. O caso aflito de uma pobre viúva que precisou fazer o seu apelo ao juiz, por estar sendo maltratada e defraudada por alguém que pensava em vencê-la com poder e terror. Ela manifestadamente tinha o direito a seu favor; mas, parece que, ao solicitar que lhe fosse feita justiça, ela não se deteve às formalidades da lei, mas fazia uma solicitação pessoal ao juiz todos os dias talvez em sua própria casa, clamando: Faze-me justiça contra o meu adversário; não que ela desejasse vingança por qualquer coisa que o adversário tivesse feito contra ela, mas que ele fosse obrigado a restituir os bens dela que estavam em suas mãos, e que ninguém mais pudesse oprimi-la. Note que as viúvas pobres têm, freqüentemente, muitos adversários que cruelmente se aproveitam de seu estado de fraqueza e desamparo para invadir os seus direitos, e defraudá-las do pouco que possuem. E os magistrados são particularmente ordenados, não só a não fazer violência às viúvas (Jr 22.3), mas a fazer justiça ao órfão e tratar da causa das viúvas (Is 1.17), e serem seus patronos e protetores. Assim, eles agem como deuses, porque o Senhor DEUS é assim, Salmos 68.5. 3. A dificuldade e a falta de estímulo que ela encontrou em seu caso: E por algum tempo, não quis. De acordo com a sua prática habitual, ele a reprovou, não deu atenção à sua causa, mas consentiu com todo o mal que o adversário dela lhe fez; porque ela não tinha nenhum suborno para oferecer àquele iníquo, nenhum homem importante a quem ele admirasse para falar por ela, de forma que ele não se inclinava a reparar as suas injustiças. E ele mesmo estava consciente do motivo de sua lentidão, e só podia reconhecer dentro de si mesmo que nem temia a DEUS nem respeitava ao homem. É triste que um homem conheça os seus próprios erros, e não se preocupe em corrigi-los. 4. Conseguir o que queria importunando continuamente este juiz injusto (v. 5): “Como esta viúva me molesta, me causa uma dificuldade contínua, eu ouvirei a sua causa, e lhe farei justiça; nem tanto para que o seu clamor não me traga uma má fama, mas para que o seu clamor não me aborreça; porque ela está decidida a não me dar descanso até que seja atendida. Portanto, eu o farei, para me poupar de todo este transtorno”. Assim ela conseguiu que a justiça fosse feita através de um anseio contínuo; ela suplicava na porta do juiz, o seguia nas ruas, o solicitava em julgamentos abertos, e a sua súplica era: Faze-me justiça contra o meu adversário. O juiz injusto foi obrigado a atendê-la, para se ver livre dela; porque a sua consciência, mesmo sendo tão má, não o levaria a mandá-la para a prisão por considerar que a sua insistência fosse uma afronta ao tribunal.
II
O Senhor emprega esta parábola para encorajar o seu povo a orar com fé e fervor, e perseverar nesse particular.
1. Ele lhes assegura que DEUS Pai, por fim, será misericordioso para com eles (v. 6): Ouvi o que diz o injusto juiz, como ele reconhece ter sido vencido pela importunação constante, e DEUS não fará justiça aos seus escolhidos? Observe:
(1) O que é que eles desejam e esperam: que DEUS fizesse justiça aos seus escolhidos. Note: [1] Há um povo no mundo que é o povo de DEUS, os seus eleitos, um povo de sua escolha, um povo escolhido. E o Senhor tem um cuidado especial em tudo o que faz por eles; isto se deve ao fato de serem seus escolhidos. O Senhor assume uma responsabilidade em relação àqueles que Ele escolhe. [2] Os escolhidos de DEUS enfrentam muitos transtornos e oposição neste mundo; há muitos adversários que lutam contra eles; Satanás é o seu grande adversário. [3] O que é desejado e esperado é que DEUS os preserve e os proteja, e que a sua mão opere neles; que Ele assegure o interesse da igreja no mundo e a sua graça em cada coração.
(2) O que é exigido do povo de DEUS a fim de obter isto: eles devem clamar a Ele de dia e de noite; não que o Senhor precise da queixa deles, ou que possa ser movido por suas súplicas, mas Ele lhes atribuiu este dever, e lhes prometeu agir com misericórdia. Devemos ser específicos ao orarmos contra os nossos inimigos espirituais, como fez o apóstolo Paulo: Por isto eu roguei ao Senhor três vezes, que isto pudesse se afastar de mim; como esta viúva importuna. Senhor, mortifique esta corrupção. Senhor, me arme contra esta tentação. Devemos nos preocupar com as igrejas perseguidas e oprimidas, e orar para que DEUS lhes faça justiça, e as coloque em segurança. E nisto devemos ter muita urgência; devemos clamar com um desejo ardente; devemos clamar de dia e de noite, como aqueles que acreditam que a sua oração será finalmente ouvida. Devemos lutar com DEUS, como aqueles que sabem valorizar a bênção, e que não terão uma resposta negativa. O povo que ora a DEUS é admoestado a não se cansar de clamar, Isaías 62.6,7.
(3) Que falta de estímulo eles talvez possam enfrentar em suas orações e expectativas. O Senhor pode ser muito paciente com eles, e pode não se manifestar a eles no momento que esperam, em resposta às suas orações. Ele é makrothymon ep autois – o Senhor exerce a paciência para com os adversários do seu povo, e não se vinga deles. E Ele exercita a paciência do seu povo, e não peleja imediatamente por eles em algumas circunstâncias. Ele foi muito paciente em relação ao clamor devido aos pecados dos egípcios que oprimiam Israel, e devido ao clamor e às dores daqueles que eram oprimidos.
(4) Que garantia eles têm de que a misericórdia virá finalmente, embora ela possa demorar, e como é apoiada pelo que o juiz injusto disse: Se esta viúva prevaleceu sendo importuna, muito mais prevalecerão os escolhidos de DEUS. Porque: [1] Esta viúva era uma estranha, não tendo qualquer relacionamento com o juiz; mas o povo que suplica a DEUS é o seu povo escolhido, a quem Ele conhece, e ama, em quem tem prazer, e com quem sempre se preocupa. [2] Ela era apenas uma, mas o povo suplicante de DEUS é composto por muitos, e todos vão a Ele com o mesmo propósito, e concordam em pedir o que precisam, Mateus 18.19. Assim como os santos no céu cercam o trono de glória unidos por seus louvores, os santos na terra cercam o trono da graça unidos por suas orações. [3] Ela foi até um juiz que ordenou que ela mantivesse distância; nós vamos a um Pai que ordena que nos aproximemos dele com ousadia, e nos ensina a clamar, Aba, Pai. [4] Ela foi até um juiz injusto; nós vamos a um Pai justo (Jo 17.25), que pensa em sua própria glória e no conforto das suas pobres criaturas, especialmente aquelas que estão em aflição, como viúvas e órfãos. [5] Ela foi até este juiz puramente por sua própria conta; mas o próprio DEUS está empenhado na causa que estamos solicitando; e podemos dizer, Vem, ó Senhor, pleiteie a tua própria causa; e o que farás ao teu grande Nome? [6] Ela não tinha amigos para falar por ela, e acrescentar força à sua petição, e usar de influência a seu favor mais que ela própria; mas nós temos um Advogado junto ao Pai, o seu próprio Filho, que vive para interceder por nós, e que tem um interesse poderoso e dominante no céu. [7] Ela não tinha nenhuma promessa de que as coisas seriam agilizadas, não, nem qualquer estímulo; mas nós temos o cetro de ouro à nossa disposição, somos admoestados a pedir, com a promessa de que seremos atendidos. [8] Ela podia ter acesso ao juiz apenas em certas ocasiões; mas nós podemos clamar a DEUS de dia e de noite, a qualquer hora, e assim podemos esperar prevalecer pela importunação. [9] A importunação dela era irritante ao juiz, e ela poderia temer que ele se colocasse contra ela; mas a nossa importunação é agradável a DEUS; a oração do justo é o seu prazer, e, portanto, podemos esperar, será mais eficaz, se for uma oração efetiva e fervorosa.
2. Ele lhes sugere que, apesar disso, começarão a ficar cansados de esperar por Ele (v. 8): “Porém, embora tais garantias sejam dadas – de que DEUS fará justiça aos seus escolhidos – quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?” O Filho do Homem virá para fazer justiça aos seus escolhidos, para defender a causa do seu povo ferido em todas as épocas, e no grande dia Ele virá finalmente para julgar as controvérsias de Sião. Agora, quando Ele vier, achará fé na terra? A pergunta sugere uma forte negativa: Não, não achará; Ele mesmo prevê isto.
(1) Isto supõe que é somente na terra que há motivos para se ter fé; porque os pecadores no inferno estão sentindo aquilo em que se recusaram a crer, e os santos no céu estão desfrutando daquilo em que creram.
(2) Isto supõe que a fé é a grande qualidade que JESUS CRISTO procura. Ele abaixa seus olhos sobre os filhos dos homens, e não pergunta, Há inocência? mas, Há fé? Ele indaga sobre a fé daqueles que lhe pedem curas.
(3) Isto supõe que se houvesse fé, embora tão pequena, ele a descobriria, e a acharia. Seus olhos estão sobre o crente mais fraco e mais obscuro.
(4) É predito que, quando CRISTO vier para defender a causa do seu povo, ele achará apenas pouca fé em comparação com o que se poderia esperar. Isto é: [1] Em geral, Ele encontrará apenas poucas pessoas boas, poucas que sejam realmente e verdadeiramente boas. Muitas têm a forma e o aspecto de piedade, mas poucas têm fé, são sinceras e honestas; Ele encontrará pouca fidelidade entre os homens; faltam os fiéis, Salmos 12.1,2. Mesmo até o fim dos séculos ainda haverá ocasião para a mesma queixa. O mundo não ficará melhor, não enquanto estiver se tratando deste período. Este período é mau, e será mau, e o pior de todos será aquele que antecederá a vinda de CRISTO; os últimos tempos serão os mais perigosos. [2] Em particular, o Senhor encontrará poucos que tenham fé no tocante à sua vinda. Quando vier fazer justiça aos seus escolhidos, o Senhor olhará se não há qualquer fé para ajudar e apoiar, e se admirará por não encontrá-la, Isaías 59.16; 63.5. Isto sugere que CRISTO, tanto em suas vindas específicas para o alívio de seu povo, quanto em sua vinda geral no final dos tempos, pode, e irá, retardar a sua vinda até que, em primeiro lugar, as pessoas ímpias comecem a desafiá-la, e a dizer, Onde está a promessa de sua vinda? 2 Pedro 3.4. Eles o desafiarão a vir (Is 5.10; Am 5.19); e a sua demora os endurecerá na impiedade em que vivem, Mateus 24.48. Em segundo lugar, até mesmo o seu próprio povo começará a perder as esperanças, e a concluir que Ele nunca virá, por não ter vindo de acordo com os cálculos e estimativas que eles fizeram. O tempo determinado pelo Senhor DEUS para aparecer ao seu povo é aquele em que as coisas chegarão ao último extremo, quando Sião começar a dizer, O Senhor me abandonou. Veja Isaías 49.14; 40.27. Mas este é o nosso conforto; que, quando o tempo designado chegar, parecerá que a incredulidade do homem não tornou a promessa de DEUS sem efeito. A ORAÇÃO EFICAZ
1Rs 18.42b-45 “Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”.
A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a DEUS (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de DEUS (Hb 10.22).
MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de DEUS orar.
(1) Antes de tudo, DEUS ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor JESUS (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). DEUS aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele. (2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o ESPÍRITO SANTO lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).
(3) DEUS, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, DEUS se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de DEUS se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11). Por exemplo: DEUS quer enviar obreiros para evangelizar. CRISTO ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de DEUS sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de DEUS para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente. REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.
(1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. JESUS declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15). (2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de JESUS. O próprio JESUS expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13).
(3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de DEUS. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14).Uma das petições da oração modelo de JESUS, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio JESUS no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de DEUS, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de DEUS constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o DEUS de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor DEUS de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).
(4) Não somente devemos orar segundo a vontade de DEUS, mas também devemos estar dentro da vontade de DEUS, para que Ele nos ouça e atenda. DEUS nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22). Obedecer aos mandamentos de DEUS, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em CRISTO, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a DEUS — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. DEUS tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de DEUS arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33).
(5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1). A instrução de JESUS: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2; 1Ts 5.17). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a DEUS, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para DEUS devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17.17-23). PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.
(1) Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a DEUS com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11..
(b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a DEUS (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) DEUS também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6). (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).(2) Como devemos orar? JESUS acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do ESPÍRITO (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o ESPÍRITO levará a DEUS esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16).
(3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).
EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ. A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.
(1) Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais DEUS atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.
(2) Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; DEUS atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).
(3) DEUS respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao DEUS de Israel (17-18; Tg 5.17,18).
(4) O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a DEUS para que prolongasse sua vida. DEUS mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).
(5) Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e DEUS atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).
(6) Os cristãos primitivos oraram incessantemente a DEUS pela libertação de Pedro da prisão, e DEUS enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia. 1 Crônicas 16.8; 10-17; João 15.16 1 Crônicas 16.8 - Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos. 10 - Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR. 11 - Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente. 12 - Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca. 13 - Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos. 14 - Ele é o SENHOR, nosso DEUS; em toda a terra estão os seus juízos. 15 - Lembrai-vos perpetuamente do seu concerto e da palavra que prescreveu para mil gerações; 16 - do concerto que fez com Abraão e do seu juramento a Isaque; 17 - o qual também a Jacó ratificou por estatuto, e a Israel por concerto eterno, João 15.16 - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda. O QUE É ORAÇÃO? A oração é o meio que DEUS proveu ao homem, a fim de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele. A QUEM ORAR E QUANDO ORAR? 1. Devemos orar a DEUS. 2. Quando tudo está bem. 3. No dia da angústia e da adversidade. COMO ORAR? 1. Com reverência. 2. Com fé e humildade. 3. Priorizando o Reino de DEUS e seus valores eternos. ONDE ORAR E POR QUEM ORAR? 1. O lugar da oração. 2. Orar pela igreja de DEUS. 3. Orar por todos os homens e pelas autoridades constituídas (1 Tm 2.1,2). Não há limite para o crente viver uma vida de constante e crescente oração. Objetivos da oração "[n.] Todos já nos sentimos impulsionados a orar com mais intensidade nos momentos de decisão e de angústias; não podemos viver distanciados da presença divina. 1. Buscar a presença de DEUS. 'Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto Senhor, buscarei' (SI 27.8). Seja nos primeiros alvores do dia, seja nas últimas trevas da noite, o salmista jamais deixava de ouvir o chamado de DEUS para contemplar-lhe a face. Tem você suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-Lo? O sorriso de DEUS é tudo o que você precisa para vencer as insídias humanas. 2. Agradecê-Io pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até mesmo pelas tribulações que nos sitiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã, surpreendidos pelos cuidados divinos. J. Blanchard é mui categórico: 'nenhum homem pode orar biblicamente, se orar egoisticamente'. 3. Interceder pelo avanço do Reino de DEUS. Na Oração Dominical, insta-nos o Senhor JESUS a orar: 'Venha teu Reino' (Mt 6.1 O). No Antigo Testamento, os judeus rogavam a DEUS que jamais permitisse que suas possessões viessem a cair em mãos gentias. Basta ler o Salmo 136 para se enternecer com o cuidado dos israelitas por sua herança espiritual e territorial" (ANDRADE, Claudionor. As Disciplinas da vida Cristã. Como alcançar a verdadeira espiritualidade. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp. 36-8). LUCAS 18:1-8 - CB TT W. W. Wiersbe Uma viúva exigente (Lc 18:1-8) Lucas menciona as viúvas com mais freqüên-cia do que todos os escritores dos Evangelhos juntos (Lc 2:37, 38; 4:25, 26; 7:11-17; 18:1-8; 20:45-47; 21:1-4). Apesar de DEUS haver instruído seu povo a cuidar das viúvas, naquela época, muitas vezes era difícil essas mulheres se sustentarem (Êx 22:22-24; Dt 14:28, 29; 16:9-15; SI 146:9; Is 1:17, 23; Jr 7:6). A Igreja primitiva considerava o cuidado com as viúvas uma responsabilidade séria (At 6:1; 1 Tm 5:3-10; Tg 1:27) e devemos seguir seu exemplo.
Ao estudar esta parábola, vamos procurar vê-la em seu contexto oriental. O "tribunal" não é um prédio sofisticado, mas uma tenda que costumava ser levada de um lugar para outro ao longo do itinerário percorrido pelo juiz. Quem determinava o expediente era o juiz, que se assentava com toda pompa em sua tenda, cercado de assistentes. Qualquer um poderia assistir ao desenrolar dos processos do lado de fora da tenda, mas somente os que eram aprovados e aceitos poderíam apresentar sua causa para ser julgada. Normalmente, isso significava que a pessoa deveria procurar um dos assistentes, a fim de que este apresentasse o caso ao juiz.
A viúva precisava superar três obstáculos. Em primeiro lugar, pelo fato de ser mulher, praticamente não existia perante a lei. Na sociedade palestina do tempo de JESUS, as mulheres não pleiteavam suas causas. Em segundo lugar, uma vez que era viúva, não tinha um marido para representá-la no tribunal. Por fim, era pobre e, nem que quisesse, não poderia pagar suborno. Não é de se admirar que as viúvas pobres não recebessem o amparo legal que lhes era devido!
Agora que temos uma visão geral do contexto desta parábola, podemos compreender melhor do que JESUS está tratando. Seu objetivo principal é ensinar os discípulos a orar e, para esse fim, apresenta três contrastes.
O contraste entre orar e esmorecer (v. 1). É simples: se não orarmos, desanimaremos! O termo esmorecer descreve um cristão que perde o ânimo e fica desalentado a ponto de desejar desistir. Lembro-me de duas vezes em que desmaiei fisicamente; nunca me senti tão impotente quanto nessas ocasiões. Senti que minhas forças estavam sumindo, mas não havia nada que eu pudesse fazer!
Há uma relação entre o que JESUS diz em Lucas 18:1 e sua declaração em Lucas 17:37. Se a sociedade é como um cadáver em decomposição, o ambiente em que vivemos se encontra "poluído", o que, por sua vez, afeta nossa vida espiritual. Porém, quando oramos, respiramos o "ar puro" do céu, que nos impede de desmaiar.
Mas o que significa "orar sempre" ou "orar sem cessar" (1 Ts 5:17)? Por certo não significa passar o tempo todo repetindo orações, pois JESUS nos advertiu sobre esse tipo de oração (Mt 6:5-15). Antes, significa tornar a oração algo tão natural quanto nossa respiração regular. A menos que estejamos doentes ou sufocando, dificilmente pensamos em nossa respiração; ela é algo que simplesmente fazemos. O mesmo se aplica à oração: deve ser um hábito natural, o "ar" que nos dá vida.
A oração vai muito além das palavras que nos saem dos lábios; ela é o desejo do coração, e nosso coração sempre anseia por algo de DEUS, mesmo quando não dizemos nada. Assim, "orar sempre" significa abrigar no coração desejos tão santos, tão compatíveis com a vontade de DEUS, que estamos sempre em comunhão afetuosa com o Pai, suplicando sua bênção.
Podemos escolher: desejamos orar ou esmorecer?
O contraste entre a viúva e os escolhidos de DEUS (w. 2-5). JESUS não disse que o povo de DEUS é como essa mulher, pelo contrário. Uma vez que JESUS não nos comparou com ela, isso deve servir de incentivo para orar. JESUS argumenta do menor para o maior: "Se uma pobre viúva conseguiu o que merecia de um juiz egoísta, quanto mais os filhos de DEUS receberão o que é certo do amoroso Pai celestial!"
Veja os contrastes. Para começar, a mulher era estrangeira, enquanto nós somos filhos de DEUS, e ele cuida de seus filhos (Lc 11:13). A mulher não tinha acesso ao juiz, mas os filhos de DEUS têm livre acesso a sua presença e podem aproximar-se a qualquer momento para obter a ajuda de que necessitam (Ef 2:18; 3:12; Hb 4:14-16; 10:19-22).
A mulher não tinha amigo algum no tribunal para ajudar a colocar seu pleito no rol das causas. Tudo o que lhe restava fazer era andar ao redor da tenda e aborrecer a todos, gritando para o juiz. Porém, quando os cristãos oram, têm no céu um Advogado (1 Jo 2:1) e um Sumo Sacerdote (Hb 2:17, 18) que os representa constantemente diante do trono de DEUS.
Quando oramos, podemos abrir a Palavra e nos apropriar de várias promessas de DEUS, mas a viúva não tinha promessas às quais se apegar, enquanto tentava convencer o juiz a ouvir sua causa. Temos não apenas as promessas infalíveis de DEUS, mas também o ESPIRITO SANTO, que nos ajuda em nossas orações (Rm 8:26, 27). Talvez o maior contraste seja o fato de a viúva ter se dirigido ao tribunal, enquanto os filhos de DEUS ache-gam-se ao trono da graça (Hb 4:14-16). Ela suplicou em meio a sua pobreza, enquanto nós temos à disposição todas as riquezas de DEUS para suprir nossas necessidades (Fp 4:19). Não restam dúvidas: se não orarmos, nossa situação espiritual torna-se igual à dessa viúva pobre, e isso deve ser um estímulo para orarmos.
O contraste entre o juiz e o Pai (w. 68). É fundamental lembrar que JESUS utiliza contrastes, pois, de outro modo, se conclui que é preciso "argumentar" com DEUS ou "suborná-lo" para que responda a nossas orações! DEUS não é como esse juiz, pois é um Pai amoroso, que atenta para todas as nossas súplicas, sendo generoso em suas dádivas e se preocupando com nossas necessidades, pronto a supri-las quando clamarmos. O juiz só ajudou a viúva por medo de que ela o "molestasse" - expressão que significa, literalmente, "deixar com um olho roxo" - ou seja, que acabasse com sua reputação. DEUS responde às orações para sua glória e para nosso bem e nunca se aborrece quando o buscamos.
Como explicar, então, as demoras de DEUS em responder a certas orações, especialmente quando consideramos o fato de JESUS ter declarado que DEUS "depressa [nos] fará justiça"? (Lc 18:8). É importante nos lembrarmos que a demora de DEUS não corresponde a falta de ação, mas sim a preparação. DEUS está sempre respondendo às orações; de outro modo, Romanos 8:28 não estaria na Bíblia. DEUS opera em todas as coisas em todo o tempo, fazendo com que tudo coopere para a realização de seus propósitos. No instante em que lhe fazemos um pedido de acordo com sua vontade (ver 1 Jo 5:14, 15), DEUS começa a trabalhar. Talvez não o vejamos operando no momento, mas um dia a resposta virá.
A pergunta em Lucas 18:8 é associada ao que JESUS ensinou em Lucas 17:22-37: "Achará, porventura, [esse tipo de] fé na terra?". Não haverá grande fé no fim dos tempos. Oito pessoas foram salvas no tempo de Noé e somente quatro em Sodoma (e uma delas pereceu no caminho). Passagens como 1 Timóteo 4 e 2 Timóteo 3 apresentam um retrato sombrio dos últimos dias. LUCAS 18:1-8 - Moody 1. Disse-lhes JESUS uma parábola. Grande parte do discurso acima encontra paralelo em Mateus 24, mas esta parábola é exclusiva de Lucas. Mostra que ele estava fazendo uma aplicação imediata da profecia de JESUS. Estar preparado para sua volta está condicionado à oração.
2. Um juiz. Talvez o juiz fosse um magistrado romano, que não tivesse nenhum interesse particular nas necessidades do povo judeu.
3. Vinha (gr. êrcheto) está no imperfeito, o que lhe dá a entender que ela aparecia freqüentemente no tribunal. Julga a minha causa (gr. ekdikêson contra) não é um pedido de vingança, mas de uma sentença que a protegesse de suas injustiças.
4. Não a quis atender. O verbo expressa mais o seu estado de espírito e não uma simples atitude. A persistência da viúva esgotou a obstinação do juiz.
5. Esta viúva me importuna. Literalmente, para que ela não me deixe com um olho preto. O grego hypôpiazê pode significar "molestar" ou "prejudicar a reputação".
7. Escolhidos. Lucas usa esta palavra só duas vezes: uma vez falando do Messias (23:35), e outra vez falando do povo que ele escolheu e chamou.
8. Achará porventura fé na terra? A pergunta retórica implica que a fé será escassa. As palavras de nosso Senhor não predizem uma melhoria geral das condições espirituais no mundo antes de sua volta. O R A Ç Ã O EM NOME DE JESUS (Jo 16:23-26) CONSIDERAÇÕES SOBRE ORAÇÃO: A- Talvez A Primeira Oração Na Bíblia: Gn 4:26 B- DEUS Ouve As Orações: Sl 65:2 C- Temos A Ajuda Do ESPÍRITO SANTO: Rm 8:26 D- Temos A Ajuda De JESUS: Rm 8:34 E- As Nossas Orações Chegam Ao Céu: Ap 5:8 F- Sobem Para DEUS Com O Incenso: Ap 8:34 G- Foi-Nos Dado Ordem Para Orarmos: 1 Cr 16:11; Mc 13:33 H- Quando Orar? Todo O Tempo: Ef 6:18; 1 Ts 5:17 I- Com Qual Tipo De Oração Devemos Orar? Toda: Ef 6:18 J- Resposta Prometida: Is 58:9; Lc 11:9 K- Uma Forma De Oração: Pública, Ou Em Família (Oração De Concordância): Mt 18:19; At 1:14; At 4:24,37 L- Condição De Quem Ora: *Contrição: 2cr 7:14 *Sinceridade: Jr 29:13 *Fé: Mc 11:24 *Justiça: Tg 5:16 *Obediência:1jo3.22 M- Brevidade Na Oração: Ec 5:2; Mt 6:7 N- Postura Ou Posição Na Oração *Em Pé: 1 Rs 8:22; Lc 18:11 *Assentado:At2:2 *Ajoelhado:Dn6:10;Lc22:41 *Deitado:Is38:2;Sl4:4;Sl6:6 *Prostrado:Mt26:39;Js5:14 *Inclinado:Ex4:31;Ex12:27;Ex34:8;1rs18:42 O- Outra Forma De Oração: Secreta: Mt 6:6 P- Oração Pela Manhã: Mc 1:35; Dn 6:10; Sl 55:17 Q- Oração À Tarde: Dn 6:10; At 3:1; Sl 55:17 R- Oração À Noite: Lc 6:12; Dn 6:10; Sl 55:17 S- Oração Pública De JESUS: Lc 3:21 T- Oração Perdoadora: Mt 6: 14,15 U- Tipos De Oração: U.1- Arrependimento: (Confissão, Contrição) 2 Cr 6:27; 1 Jo 1:9; At 11:18; Jó 42:6; Ez 18:32; Mt 4:17; Lc 13:3,15:7 U.2- Agradecimento: (Ação De Graças) Cl 3:15, 4:2; 1 Tm 2:1,2, 4:3,4; Ef 5:20; Fp 4:6; 2 Ts 1:3; Ap 7:12 U.3- Louvor: (Pelo Que DEUS Fez, Faz E Fará) Sl 100:4; Sl 150:2,6; Sl 67:3; Hb 13:15; At 2:47; Ap 5:12, 19:5 U.4- Adoração: (Pelo Que DEUS É ) Sl 29:2; Ap 7:11,12; Jo 4:24; Sl 89:9; Sl 93 Todo. Veja Adoração U.5- Petição: (Pedido Por Si Mesmo, Com Súplica) Tg 4:3; 1 Tm 2:1; Lc 11:9; Jo 15:7; Fp 4:6 Vontade DEUS 1 Jo 5:14 U.6- Entrega: (Lançamento, Transferência De Problemas) Lc 23:46; At 4:34; 1 Pe 5:7 U.7- Consagração: (A Vontade De DEUS É Perfeita) Lc 22:42; At 4:29; 13:2 U.8- Intercessão: (Orando Pelos Outros, Colocando-Se No Lugar De Outrem, Indo A DEUS A Favor De E Resistindo A Satanás Que Está Contra). É Um Encontro Com DEUS E Um Confronto Com Satanás. A intercessão é tão importante que DEUS quando vai fazer algo que influencie o quotidiano humano, ELE primeiro fala aos seus servos na terra para que estes intercedam para que aconteça, caso seja bom, ou intercedam para que não aconteça, caso seja mau. (2 Rs 24.2; Jr 25.4; Jn ) Amós 3.7 = Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Exemplo: Quando DEUS quis destruir Sodoma e Gomorra primeiro falou com Abraão (Gn 18.17), quando DEUS quis destruir o povo hebreu, primeiro falou com Moisés (Ex 32.9,10), Quando quis enviar libertação do cativeiro primeiro falou com Daniel (Dn 9.2), quando quis castigar o povo de Israel primeiro falou com seus profetas (Jr 7.25; 11.7; Jr 25.4; 26.5; 29.19; 35.15; 44.4). Quando quis mandar o salvador, primeiro falou com os profetas (Dt 18.15; At 28.25; Hb 1.1). Note que ao pensar em destruir Sodoma e Gomorra, DEUS não se lembrou de Ló e sua família, mas de Abraão, porque Abraão era um Intercessor (Gn 19.29). Quando nosso filho, ou filha, ou mãe, ou pai, ou marido, ou esposa, ou parente, ou amigo, ou conhecido, ou desconhecido, qualquer pessoa estiver em perigo, DEUS recorrerá a nós para orarmos intercedendo, isso se nós estivermos ali na brecha (Ez 22.30), para interceder, ou seja estivermos prontos para orar costumeiramente todos os dias em favor daqueles que precisam de nossas orações. VEJA Lc 13.1-9 = É por isso que às vezes cai um avião, ou outra catástrofe acontece e escapa uma pessoa só, ela tinha um intercessor orando por ela e os outro não. Ez 22.30 E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Is 53:12; Jo 17:9; Rm 8:34; Hb 7:25; 1 Tm 2:1; 1 Sm 19:4, 25:24; Fm 10; Jó 9:32-35; Is 62:6, 59:16; Ez 22:30,31: SE NÃO TIVER INTERCESSOR A IGREJA FECHA Exemplo De Abrahão: Gn 18:17, 19:29 – De Moisés: Gn 32:10-14; 32:32, 33:18 Obs.: Veja Estudo Sobre Dons (Dom De Línguas, Quem Ora Em Línguas Edifica-Se A Si Mesmo E Pode Chegar A Ser Usado Pelo ESPÍRITO SANTO Na Oração Intercessória Com Gemidos Inexprimíveis.
2. A oração em grupo, At 16.26
3. A oração coletiva, At 2.42 II. AS GRANDES VANTAGENS DA ORAÇÃO COLETIVA 1. Ela fortalece a união do povo de DEUS
2. Ela multiplica a nossa fé
3. Ela tem garantias de pronta resposta, Mt 21.22 III. TIPOS DE oração QUE A IGREJA NUNCA DEVERIA FAZER 1. A oração sem fé - ela invalida a Palavra de DEUS. Tg 1.6
2. A oração sem humildade - oração de revolta. oração ou afronta?
2.1 ela despreza a vontade de DEUS, Mt 6.10
2.2 ela insulta a DEUS
2.3 ela cega a mente do crente, impedindo de discernir a vontade de DEUS,
Rm 8.28
3. A oração sem reverencia - ela afasta a presença de DEUS
4. A oração sem temor e unção do ESPÍRITO. IV. VOCÊ SABIA QUE DEIXAR DE ORAR É UM PECADO? 1. Leia I Samuel 12.23
2. Deixar de orar é pecado de desobediência, I Ts 5.17; Lc 18.1
3. Deixar de orar é um pecado de desprezo da alma para com DEUS
4. Deixar de orar é um convite a viver em incredulidade
5. Deixar de orar é perder a chave que a abre o Celeiro de DEUS
6. Deixar de orar é a maneira mais perfeita de afastar-se de DEUS
7. Deixar de orar significa deixar de abastecer a alma com o gozo do Céu V. QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA DEIXA DE ORAR? 1. O povo de DEUS começa a experimentar escassez, Mt 6.11
2. Muitos dentre o povo de DEUS morrem prematuramente, II Cr 16.12,13
3. Muitos que estão prestes a morrer alcançam sua cura, Is 38.1
4. A Obra de DEUS sofre e se debilita, II Cr 7.14
5. A salvação de almas pode ser reduzida
6. Se a Igreja deixa de orar, suas prioridades mudam (passatempos/piadas/tv/lazer) VI. QUE ACONTECEU QUANDO A IGREJA PRIMITIVA OROU? 1. Aconteceu um grande Movimento, At 4.31 1.a na casa: Moveu-se o lugar em que estavam reunidos
1.b nos corações dos crentes: Todos foram cheios do espírito SANTO
1.c na Cidade: Anunciavam com ousadia a palavra de DEUS 2. Aconteceu um grande livramento, At 12.5-17 2.a Essa oração atraiu os anjos
2.b Essa oração cegou e imobilizou os guardas da prisão
2.c Essa oração abriu as portas do cárcere 3. Aconteceu um avivamento missionário 3.a Eles serviam, jejuavam e oravam
3.b O Senhor levantou os primeiros missionários
3c. A Obra missionária nunca mais terminou A PRÁTICA NA ORAÇÃO: 1. Definição A prática da oração é a arte de entrar no SANTO dos Santos e de se colocar na presença do próprio DEUS em espírito, por meio da fé, valendo-se do sacrifício de CRISTO, e falar com DEUS com toda liberdade por meio da palavra audível ou silenciosa. Conforme esta definição, qual o pré-requisito para orar? 2. Resultados da oração A oração é um instrumento pelo qual confessamos duas coisas ao mesmo tempo: a estreiteza de nossos recursos e a extrema largueza dos recursos de poder e do amor de DEUS. A prática da oração é um dos mais extraordinários meios de graça de que o homem pode dispor. Descubra nos textos três efeitos distintos da oração em nossa vida. Tome nota. Fp 4.6-7 Mt 7.7-8 e Tg 5.16b
Tg 4.2-3, 1 Pe 3.7 e Pv 28.9 Podemos verificar que a oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranqüilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito). 3. Elementos da oração A maior parte de nossas orações são de súplica. Não deveria ser assim. No contexto bíblico, a oração tem pelo menos seis elementos. Eles não precisam estar presentes numa única prece, mas devem ser lembrados sempre. Descubra quais são esses elementos, verificando os textos indicados. 2 Cr 7.3 Sl 103.2
Sl 51.1-9 1 Sm 1.15
Tg 5.16 e Mt 5.44 Jr 33.3 e Mt 7.7 4. O sim e o não DEUS diz sim a muitas de nossas orações. É animador listar os sins de DEUS nas orações contidas na história bíblica. Veja alguns exemplos. Escreva os nomes dos personagens e seus pedidos, de acordo com as referências. Gn 25.21 Êx 2.23-25
Jz 13.8-9 2 Rs 20.5
Lc 1.13 At 10.4 Mas DEUS diz não também a não poucas orações, mesmo que elas sejam proferidas por pessoas de caráter e de fé. Leia estes textos e anote da mesma maneira. Dt 3.23-27 2 Sm 12.15-20
2 Co 12.7-9 5. Oração e ação Lutero dizia: “É preciso orar como se todo trabalho fosse inútil e trabalhar como se todo orar fosse em vão”. É o que acontece do início ao fim do livro de Neemias. Você ficará impressionado ao procurar as passagens que descrevem como ele conciliava oração e ação (Ne 1.4; 2.4-5; 4.4-6; 4.9; 6.9 e assim por diante). Sublinhe o que encontrar em sua própria Bíblia e tire suas conclusões. 6. Freqüência da oração Pense por um momento: Você ora todos os dias? Quantas vezes? Na hora de levantar e de deitar ou às refeições? Somente em caso de doença ou morte? Leia as passagens abaixo e anote os períodos de oração que elas sugerem. Sl 55.17 e Dn 6.10 Lc 6.12
Ne 2.4 e Lc 22.44 1 Ts 5.17 Porque a oração é de grande importância e porque o homem é naturalmente indisciplinado, é bom que haja algum horário fixo de oração. O que não dispensa o “orai sem cessar”, que é a manutenção do espírito de oração em todos os momentos e circunstâncias, que caracteriza a nossa total dependência de DEUS. 7. Sugestões 1) Antes de orar, pare e pense um pouco em DEUS e seus atributos. Com certeza, você iniciará sua oração da maneira correta: com uma palavra de adoração que partirá do fundo da alma. 2) Lembre-se de que a oração não substitui a leitura da Bíblia. As duas práticas são essenciais para o seu crescimento na vida cristã. Sem a Bíblia, as orações podem tornar-se sem conteúdo, egoístas e até mesmo erradas (Tg 4.3). 3) Tente “balancear” suas orações com adoração, ações de graça, confissão, extravasamento, intercessão e súplica. 4) Peça sem constrangimento. Não é necessário substituir a súplica pelo louvor. É DEUS quem abre a porta da oração e diz: “Pede-me”. Mas não peça apenas saúde, cura física, sucesso, prosperidade, felicidade. Ore por virtudes e valores espirituais. Insista até obter resposta. 5) Reserve horários especiais no dia para oração, sem deixar de aplicar o “orai sem cessar”. 8. Oração Senhor DEUS, obrigado por ter acesso a ti pela oração. Ensina-me a orar.
Ajuda-me a orar mais. Amém. Extraído Revista Ultimato 269 SÍNTESE DO TÓPICO I - Os detalhes da parábola não são o principal a ser entendido, mas sim sua mensagem central. SÍNTESE DO TÓPICO II - Além da perseverança na oração e na fé, a parábola destaca a bondade, a justiça e o fato de que DEUS assume as causas dos menos favorecidos. SÍNTESE DO TÓPICO III - A parábola ensina que a oração, a perseverança e a fé, evidenciadas na atitude da viúva, são marcas que devem ser encontradas em todo discípulo de JESUS.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO TOP1
“A Parábola do Juiz e da Viúva enfoca a oração persistente. Claro que JESUS não está ensinando que DEUS é como um juiz injusto. A parábola é dita num estilo ‘quanto mais’. Se um homem iníquo finalmente responde os clamores de uma viúva, quanto mais um DEUS justo ouvirá as orações dos seus filhos.
“A parábola fala sobre uma situação da vida real. O juiz não tem reverência a DEUS ou respeito pelos direitos das pessoas. Uma viúva pobre envolvida num processo na mesma cidade pleiteia com o juiz insensível para decidir em favor dela contra um adversário (v.3). Por um longo tempo ele não faz nada, ignorando os clamores por justiça. Como outras viúvas naquela sociedade, ela é impotente e entre a mais vulnerável das pessoas. Ela é dependente dos outros para cuidar dela” (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.435). SUBSÍDIO PRÁTICO-TEOLÓGICO TOP2
“A aplicação é clara e simples. Uma viúva pode obter justiça de um juiz que não teme a DEUS e não tem nenhuma consideração pelos seus semelhantes, simplesmente pela sua vinda contínua. Quanto mais deveria um cristão ter fé e crer que um DEUS justo, bom e amoroso responderá as suas orações, embora Ele possa demorar – ou seja, embora às vezes pareça que a resposta demora! Depressa, lhes fará justiça, ou seja, subitamente, inesperadamente, mas não necessariamente quando eles pensam que a resposta deve vir” (CHILDERS, Charles. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.467). CONHEÇA MAIS - TOP2 - *O Cuidado de DEUS com as Viúvas
“DEUS é o socorro e o auxílio [das viúvas]: Dt 10.18; Sl 68.5; 146.9; Pv 15.25. DEUS tem expectativa que o seu povo cuide das viúvas (Is 10.2; Jr 7.6), principalmente os juízes e líderes e DEUS apresenta o seu testemunho contra os opressores das viúvas (Ml 3.5). A trilogia de ‘viúvas, orfãos e estrangeiros’ é uma descrição-padrão das pessoas que estão em situação vulnerável.” Para conhecer mais leia Compreendendo todas as Parábolas de JESUS, CPAD, p.630. SUBSÍDIO DEVOCIONAL TOP3
“JESUS ensina uma importante lição a respeito da oração, nas parábolas do amigo importuno e do juiz injusto. Ambas ilustram a frequentemente citada promessa de JESUS: ‘Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre’ (Mt 7.7,8; veja Lc 11.9,10).
“Os três imperativos em Mateus 7.7 (‘pedi’, ‘buscai’ e ‘batei’) são verbos que originalmente estão no presente ativo. Por conseguinte, o sentido dessa passagem é: ‘Continuai pedindo, até receberdes; continuai buscando, até encontrardes; continuai batendo, até que vos seja aberta a porta’. Muito diferente da incredulidade, a importunação e a persistência demonstram a firme determinação de se alcançar um fim desejado, ao mesmo tempo que evidenciam a fé que prevalece contra todos os obstáculos” (BICKET, Zenas J.; BRANDT, Robert L. Teologia Bíblica da Oração. 6ª reimpressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.206). PARA REFLETIR - A respeito de “Perseverando na Fé”, responda:
O que devemos levar em conta na interpretação dessa parábola?
Devemos levar em conta o propósito que levou JESUS a contar essa parábola.
Segundo a lição, é necessário interpretar, ao pé da letra, cada detalhe das parábolas?
Não é preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas.
Qual foi a decisão inédita tomada pela viúva da parábola?
Ela toma uma decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente, decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz.
Qual é o elemento de contraste dessa parábola?
O juiz de nossa parábola é iníquo, injusto; DEUS, a quem servimos, por outro lado, é justo. Nisto consiste o elemento de contraste dessa parábola.
O último tópico da lição destaca três coisas que, segundo a parábola, não devem faltar na vida do cristão. Quais são elas?
Oração, perseverança e fé. CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 76, p38. AJUDA BIBLIOGRÁFICA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP