Escrita - Lição 10, Ofertas pacíficas para um Deus de paz, 3Tr18, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 10, Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz
3º Trimestre de 2018 - Adoração, Santidade e Serviço ao Senhor - Os Princípios de DEUS para a Sua Igreja em Levítico
Comentarista: Pr. Claudionor Correia de Andrade, conferencista e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
Ajuda - 
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-cdc-2tr17-jaco-um-exemplo-de-um-carater-restaurado.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-davi-daviearestauracaodocultoajeova.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-fhc-3tr13-osacrificioqueagradadeus.htm
Vídeo - https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-PSw-WDerAD05bU2_agQJK
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13.15)
 
 
 
VERDADE PRÁTICA
O crente oferece sacrifícios pacíficos a DEUS quando pratica e semeia a paz do Senhor JESUS CRISTO no poder do ESPIRITO SANTO.
 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 103.1,2 Uma alma devotada em bendizer ao Senhor
Terça – 1 Sm 1.24-28 O sacrifício de Ana
Quarta – Gn 28.20,21 O voto de Jacó
Quinta – Sl 22.25 O voto de Davi
Sexta – 1 Ts 5.18 Nossos contínuos sacrifícios pacíficos
Sábado – Rm 12.1 Nossa verdadeira oferta pacífica
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Levítico 7.11-21
11 - E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR. 12 - Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorőes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serăo fritos, de flor de farinha. 13 - Com os bolos oferecerá păo levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica. 14 - E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica. 15 - Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até ŕ manhă. 16 - E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. 17 - E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo. 18 - Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu năo será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade. 19 - E a carne que tocar alguma coisa imunda năo se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela. 20 - Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos. 21 - E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
 
 
As Ofertas - Manual Tipologia - Ada Habekshon - EDITORA VIDA
Oferta
Consiste em
A PARTE DE DEUS SOBRE O
ALTAR DE BRONZE
Porção
DOS SACERDOTES
Tipificação DO SENHOR JESUS
Holocausto
Lv 1; Lv 6.8- 13; Ef 2.1-6, Hb 10.7
Bois, bodes,carneiros, cordeiros, bolinhas, pombinhos
Tudo queimado
Couro
Na sua vida e morte, cumprindo perfeitamente a vontade de DEUS
Oferta de cereal
Lv 2; Lv 6.14- 23; Hb 7.26
Melhor farinha, espigas verdes, incenso puro, óleo, sal.
Um punhado, parte do óleo, todo o incenso, coda a oferta dos sacerdotes
Todo o restante
Como ser humano, apresentando a DEUS uma vida sem mácula
Oferta de comunhão
Lv 3; Lv 7.11- 13; Rm 5.1;Cl 1.20
Machos e fêmeas das manadas e dos rebanhos: novilhos, cordeiros, bodes.
Toda a gordura
O peito movido ritualmente e a coxa oferecida.
Por sua morte tornou-se a nossa paz e a base da comunhão.
Oferta pelo pecado
Lv 4; Lv 6.24- 30: 2Co 5.21.
Lv 5; Lv 6.1- 7; Lv 7.1-7; Cl 2.13,14; 1Pe 2.24.
Macho e fêmea da manada e do rebanho, ou rolinhas, pombinhos e 1/10 de farinha
Toda a gordura, sangue na base do altar (e nas pontas do altar de incenso).
Oferta da qual o sangue não era levado para dentro do tabernáculo.
Na cruz feito pecado por nós

Por seu sacrifício, assumindo a responsabilidade pelos pecados e transgressões contra DEUS e o homem.
 
OBJETIVO GERAL - Compreender que o crente oferece sacrifícios pacíficos a DEUS quando pratica e semeia a paz do Senhor JESUS CRISTO no poder do ESPIRITO SANTO.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar a excelência da oferta pacífica;
Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada;
Compreender a oferta pacífica na vida diária.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor(a), na liçăo de hoje estudaremos as ofertas pacíficas. Veremos a beleza desse sacrifício no culto levítico, os tipos e o objetivo de tais ofertas. Em geral tais sacrifícios eram realizados como forma de gratidăo por algum favor recebido, como por exemplo, a cura de alguma enfermidade. Mediante a gratidăo a comunhăo com DEUS era fortalecida e renovada. Sejamos gratos a DEUS pelo que Ele é e por tudo que tem feito por nós, oferecendo nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável.
 
 
PONTO CENTRAL - Ofereçamos a DEUS continuamente sacrifícios de louvor e adoração.
Resumo da Lição 10, Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz 
I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
1. Oferta pacífica.
2. Tipos de ofertas pacíficas.
a) Açăo de graças. b) Voto. c) Oferta movida. 
3. Objetivos das ofertas pacíficas.
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
1. Jacó, filho de Isaque.
2. Ana, mãe de Samuel.
3. Davi, rei de Israel.
III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
1. Consagração incondicional.
2. Sacrifícios de louvores.
3. Adoração contínua.


SÍNTESE DO TÓPICO I - As ofertas pacíficas eram excelentes pelo fato de serem voluntárias.
SÍNTESE DO TÓPICO II - As ofertas pacíficas fazem parte da história de Israel.
SÍNTESE DO TÓPICO III - As ofertas pacíficas devem fazer parte da nossa vida diária.PARA REFLETIR

A respeito de “Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz”, responda:
Qual é a característica mais importante da oferta pacífica? A voluntariedade.
Quais são os tipos de ofertas pacíficas? Ação de graças, voto e oferta movida.
Quais são os objetivos das ofertas pacíficas? Os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre DEUS e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1). 
Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor. Jacó, Ana e Davi.
Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico? Consiste em entregar a DEUS o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a DEUS em todo o tempo.
 
 
 
Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 10, Ofertas Pacíficas para um DEUS de Paz
 
 
INTRODUÇÃO
As ofertas de Levítico, JESUS como Redentor

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31)Levítico é livro que trata da santificação do povo de DEUS. O Êxodo lembra a conversão. Israel foi livre da escravidão do Egito, figura da escravidão do pecado, fez o Tabemáculo e estava ao pé do monte Sinai, onde DEUS deu a Lei. Foi armado o Tabemáculo e a glória do Senhor o encheu, em forma de nuvem de dia e de fogo à noite (Êx 40.34,38).
Ali deu DEUS as instruções sobre o cerimonial de Levítico, que representa todos os detalhes da obra de JESUS CRISTO na cruz.
Quem estuda cuidadosamente este livro, vê que antes pouco sabia da razão pela qual JESUS morreu crucificado.
A tipologia de JESUS no livro de Levítico está nas cinco ofertas no Dia da Expiação e nas festas do capítulo 23. 
As cinco ofertas são descritas nos capítulos 1 a 7 e explicam tudo que foi realizado no Calvário. Formam um todo, mas podem ser estudadas separadamente, assim será dada maior atenção aos pormenores.
Vamos estudar hoje a oferta de paz...
 
 שלם shelem
1) oferta pacífica, retribuição, sacrifício por aliança ou amizade 
1a) sacrifício voluntário de agradecimento
Aproximação do ofertante com DEUS (JESUS nos aproximou, nos reconciliou, nos deu a paz com DEUS).
 
sacrifício - זֶבַח zevach - sacrifício; sacrifício de justiça
 
oferta - מִנְחִָׁ֖ה  - minchah 
 
para-oferta - לְמִנְחִָ֑ה - leminchah
 

Oferta1- Foi ordenada ainda que era voluntária.
2- Tinha sangue.
3- É expiatória.
4- O sangue derramado era um sacrifício, a entrega de uma vida, uma substituição.
CRISTO e a oferta de paz - Colocando-se entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO nos trouxe a paz. Esta oferta encerra o significado da reconciliação.

O livro de Levítico começa com a voz do Senhor chamando Moisés, da tenda da congregação (Lv 1.1b). Lembra a voz dos céus que disse: "...Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo'' (Mt 3.17b).
A exortação aqui não se dirige ao pecador perdido, mas aos que têm um pacto com DEUS e aos corações movidos pela gratidão, a ponto de trazerem uma oferta a DEUS.
Fala aos que voluntariamente desejam trazer alguma coisa que Ele aprova. O que trazem lembra DEUS trazendo JESUS CRISTO. Aqui não se trata de obrigação. É "quem quiser", "qualquer pessoa", "se alguém..."

No evangelho de Lucas a Oferta pacífica é representada - A paz deve ser entendida como base da comunhão com DEUS. Os capítulos 14 e 15 de Lucas mostram o caminho pelo qual DEUS, em sua graça, vem ao encontro do homem e o atrai para si.

Significação da Oferta pacíficaPacífica - Comunhão com DEUS.

A Oferta Pacífica (Lv 3.1-17; 7.11-34; Sl 85)Diferente de todas as outras, porque nela o ofertante comia uma parte. Na de holocausto onde tudo era queimado para DEUS. Nas outras três ofertas, o sacerdote tirava uma parte para si e seus filhos.
Representa a oferta pacífica - a comunhão com DEUS.
Nesta oferta podia ser trazido para sacrifício:
- um novilho ou novilha (3.1-5);
- um cordeiro (3.6-11);
- uma cabra (3.12-16).
Não era permitido o sacrifício de pombos, como na do holocausto.
O pombo ou rolinha era de menor valor financeiro. Espiritualmente tem aplicação ao crente menos desenvolvido no conhecimento de JESUS CRISTO. O crente que só sabe que JESUS é do Céu e que vai encontrar com Ele no Céu, não cresceu. Não aprendeu a servir, não produziu o fruto do ESPIRITO, não tem paz. Tal crente não faz a oferta pacífica.
JESUS CRISTO cumpriu o sentido da oferta pacífica “Porque Ele é a nossa paz..." (Ef 2.14a). "...Por Ele é feito a paz pelo seu sangue..." (Cl 1.20a).
O peito era comido pelo sacerdote (7.30,31). Peito, lugar de afeição. Somos agora sacerdotes e nos alimentamos do amor de CRISTO que nos dá a paz.
A espádua direita (7.32) também pertencia ao sacerdote. A força representada pela espádua é o poder que vem do Senhor JESUS, para seus servos realizarem a obra do testemunho neste mundo.
O sangue pertencia a DEUS (v 20). O sangue trouxe o perdão dos pecados, a purificação. Não pode haver comunhão sem perdão. O sangue de JESUS CRISTO nos purifica. O ato de comer uma parte da oferta lembra o significado da Ceia do Senhor. Recebendo pela fé o que JESUS realizou na cruz, temos paz com DEUS.
O crente tem obrigação de buscar a paz se quiser experimentá-la. Outras pessoas não podem estragar a minha paz. "Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a" (1 Pe3.11). "Não estejais inquietos por coisa alguma: antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de DEUS... guardará os vossos corações..." (Fl 4.6,7b).

Depois, oferecerá do sacrifício pacífico a oferta queimada ao SENHOR: a gordura que cobre a fressura e toda a gordura que está sobre a fressura. Então, ambos os rins, e a gordura que está sobre eles e sobre as tripas, e o redenho que está sobre o fígado com os rins tirará. E os filhos de Arão queimarão isso sobre o altar, em cima do holocausto, que estará sobre a lenha que está no fogo; oferta queimada é, de cheiro suave ao SENHOR.  Levítico 3:3-5.
Toda Gordura e Rins, queimados.
 
Levítico 2.1 OFERTA DE MANJARES. A oferta de manjares (ou, melhor, de cereais) era uma dádiva apresentada a Deus como ato de adoração, e que simbolizava a dedicação a Deus, do fruto do trabalho da pessoa. Subentendia que todo o trabalho humano devia ser feito como para o Senhor, e que nosso alimento cotidiano deve ser recebido com ações de graças a Ele (cf. 1 Co 10.31; ver Cl 3.23).


Levítico 2.11 NENHUM FERMENTO, NEM DE MEL. Não podiam ser oferecidos no altar porque eram usados para fomentar a fermentação. A fermentação envolve alteração, decomposição ou deterioração e, geralmente, simboliza
o mal (ver Êx 13.7).
O mel é um antibiótico natural. Também contém açúcar. As ofertas não poderiam ter modificação em sua composição natural. Deveriam ser queimadas no altar santo. Esta oferta representa JESUS.
Já as ofertas que não eram queimadas no altar e somente movidas, poderiam ter mel e fermento. Elas simbolizavam as pessoas que são falhas e pecadoras.
Eu acredito que a oferta de paz era feita em duas etapas, uma com cereais e depois outra com animais e seu sangue.
Conforme Lev. 3 e 7:11, parece que havia duas espécies de ofertas de paz, uma de sangue, outra sem sangue ou de cereais.
 
Para comemorar, na terra, o dito fausto, DEUS instituiu a Oferta de Paz. Paz entre os céus e a terra! Ao ser elevada a oferta no altar, fincava-se o marco da vitória da fé sobre a incredulidade. Tendo sido a restauração espiritual do pecador feita mediante o sangue substitutivo da vítima animal, a festa seria de paz e alegria. As quentes emoções da ocasião durariam por todo esse tempo, embalsamando a alma e conservando-a para a continuidade da paz e comunhão com DEUS.

Nada há tão desejável como a paz mesmo entre os homens. Nada lhe é comparável. Por ela, deviam eles trabalhar mais afincadamente do que pelo pão, pois é possível passar uma hora de dor física com o espírito tranqüilo, mas é difícil passar um minuto de tormento moral e espiritual. A paz é o fator primordial do trabalho e do progresso. Cem ela, tudo se constrói; sem ela, tudo se derruba. Por ela, edificam-se castelos e mansões, sem ela, arruina-se o mais sólido patrimônio. À sombra da bandeira da paz, se ensaiam as mais sentidas canções do espírito humano, mas, com o turbilhão da desordem, põem-se abaixo nações, impérios, lares, e sociedades.

FATO IMPRESSIONANTE ERA QUE A OFERTA ERA MOVIDA DA DIREITA PARA A ESQUERDA E DE CIMA PARA BAIXO - ISSO FAZIA UMA CRUZ. 
GLÓRIA A DEUS.
JESUS FOI OFERECIDO NA CRUZ COMO OFERTA DE PAZ ENTRE DEUS E NÓS. SEU SANGUE NOS PURIFICOU. 
NOSSA CONTA FOI PAGA, NOSSA INIMIZADE DESFEITA. NOSSA COMUNHÃO RESTAURADA.
GLÓRIA A DEUS.
 

I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
No culto temos a intenção de Recebermos o Perdão de DEUS, Louvar a DEUS, Adorar a DEUS. depois de nos aproximarmos de DEUS, nossa expectativa deve ser a manifestação de DEUS.
“Nosso culto racional - sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
culto é racional por que vamos por livre e espontanea vontade e com desejo de nos aproximarmos de DEUS. Voluntariedade é necessária.
culto é vivo porque não apresentamos um sacrifício de animal morto, mas nos apresentamos a nós mesmos, vivos, para prestarmos um legítimo culto de louvor e adoração a DEUS.
O culto é agradável a DEUS porque estamos dispostos a adorá-Lo na beleza de sua santidade.
Nesta lição, veremos uma das cinco ofertas de sacrifício que eram apresentadas a DEUS no Altar de Sacrifícios - a oferta de paz, ou pacífica - que tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre o Israelita e DEUS. Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2).
 
NOME
CONTEÚDO
SIGNIFICADO
Ofertas queimadas
Lv 1; 6.8-13
Um boi, cordeiro, bode, ou um pombo macho ou um pombinho sem defeito.

Essa oferta voluntária simboliza completa entrega a DEUS.
Ofertas de cereais
Lv 2; 6.14-23
Grãos, flor de farinha, com óleo de oliva e sal, mas nunca com qualquer fermento.
Essa oferta voluntária acompanha a maioria das ofertas queimadas e simboliza devoção a DEUS.
Ofertas de comunhão (pacíficas)
Lv 3; 7.11-36
Qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhas
A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão com DEUS e ação de graças por bênção. 
Ofertas pelo pecado
Lv 4. 1-5, 13; 6.24-30; 12.6-8; 14.12-14
Animal específico é requerido dependendo do status e posição. Ao muito pobre é permitido trazer uma oferta de fina flor de trigo.
Pelo pecado ou impureza.

Ofertas pela culpa
Lv 5.14-6.7; 7.16; 14.12-18
Valioso cordeiro ou ovelha sem defeito.
Essa oferta era requerida se uma pessoa violasse os direitos de alguém, como por furto. Era também requerida quando houvesse cura da lepra, pois DEUS era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente.
 

1. Oferta pacífica.
Esta oferta geralmente era oferecida logo após o holocausto, sendo um complemento da aproximação com DEUS. primeiro passo era o arrependimento e agora o louvor.
O ofertante devia estar ali por livre e espontânea vontade e desejo de comunhão com DEUS - voluntariedade (Lv 7.12). O louvor em forma de ações de graças vinha no íntimo do oferante. o motivo da oferta não era petição (a mais esquecida oração e mais negligenciada), mas a motivação ali era aproxiamção com DEUS por intermédio do louvor. intenção era agradecer ao Senhor por todas as bênçãos (exemplo - curas), galardões e livramentos. Nos Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao Senhor por todas as suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos 118 e 136.
O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a DEUS (1 Ts 5.18 - não é por tudo, mas em toda a situação difícil ou fácil pela qual passarmos). Devemos agir assim para jamais perderemos a comunhão quer com DEUS, quer com a Igreja de CRISTO (Cl 3.15).
Lv 7:11 - E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR. 12 - Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorőes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serăo fritos, de flor de farinha. 13 - Com os bolos oferecerá păo levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica.
Ritual. O azeite deveria ser misturado à farinha na oferta queimada diária ou contínua (Ex 29.40), na oferta de manjares ou de grãos (Lv 2.1-10), na oferta do nazireado (Nm 6.15), nas ofertas de consagração dos líderes (Nm 7.13 etc.), e na oferta pela culpa de um leproso limpo (Lv 14.10-32). Também fazia parte da oferta das primícias (Lv 2.14-16).
O azeite não deveria ser usado na oferta pelo pecado (Lv 5.11) nem na oferta de ciúmes (Nm 5.15), porque o azeite significava alegria e felicidade (Sl 45.7; Hb 1.9).
COSCORÕES ou OBREIAS (Wycliffe)
Um pedaço de pão fino e chato. O termo heb. raqiq é usado para descrever um bolinho não fermentado, oferecido em cerimônias de consagração de sacerdotes (Êx 29.2,23; Lv 8.26), no cumprimento do voto do nazireu (Nm 6.15,19) ou como parte da oferta de grãos ou de manjares (Lv 2.4; 7.12). Em heb. a palavra sappihit é usaçla uma vez para descrever o sabor do maná (Êx 16,31).
A mesa do rei Salomão era abastecida diariamente com comidas exuberantes - “Trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha; dez vacas gordas, e vinte vacas de pasto, e cem carneiros, afora os veados, e as cabras monteses, e os corços, e as aves cevadas” (1 Rs 4.22,23).
2. Tipos de ofertas pacíficas.
As ofertas pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação de graças, voto e oferenda movida diante do altar.
Era oferecido qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhas - A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão com DEUS e ação de graças por bênçãos alcançadas.
 
a) Açăo de graças.
NO SISTEMA LEVÍTICO ERA PADRONIZADO bolos e coscorões (Pães achatados) ázimos amassados com azeite, sendo que os bolos deviam ser feitos da flor de farinha e depois tinham de ser fritos (Lv 7.12-15). Quanto à carne oferecida junto, devia ser consumida no mesmo dia (Lv 7.15), Nada poderia ser comido após 3 dias. O ofertante agrdaecia a DEUS, ou seja, louvava a DEUS no ato do sacrifício.
 
O sacrifício de JESUS louvou a DEUS por nossa salvação.
 
Hoje devemos também oferecer louvores a DEUS, tanto em oração como em cânticos (Hb 13.15).


AÇÃO DE GRAÇAS (Wycliffe)
Expressão de agradecimento ou apreço a DEUS. É conhecida pelo homem universalmente, mas somente conhecida a fundo pelo cristão que enxerga a DEUS como o Criador de um mundo que era “bom" (Gn 1.4,31), o Provedor da salvação do homem imediatamente após o pecado e a queda, e aquele que dá todo dom bom e perfeito.
A Bíblia está repleta de ações de graças, e os exemplos mais pronunciados são encontrados em uma oferta especial de ação de graças no AT (Lv 7.12-15; 22.29; 2 Cr 29.31; Am 4.5) e nas várias festividades instituídas para Israel (Êx 23.14ss.; Êx 34.22,23; Lv 23; Nm 29; Dt 16), nos Salmos de ações de graças (Sl 34.3; 50.14; 92.1-5; 100; 107; 136). No NT o cristão nunca deve orar sem dar graças (Fp 4.6; Cl 4,2) pelas coisas que DEUS tem feito por ele (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 8.16; 9,15; 1 Tm 4.3,4). A ministração dos dons que temos, em benefício de outras pessoas, deve ser motivo de ação de graças por parte destas (gr. eucharistia) a DEUS por sua graça abundante (charis) e favor (2 Co 4.15; 9.11,12). O céu estará repleto de vozes de criaturas angelicais e também daqueles que foram salvos dando graças a DEUS (Ap 4.9; 7.12; 11.17).
A celebração nacional do dia de ação de graças nos Estados Unidos da América é um eco e duas festas do AT. A Festa da Sega RA/ RC (Êx 23.16), também charpada de Pentecostes e Festa das Semanas (Ex 34.22), pois era celebrada depois de sete semanas ou 50 dias após a Páscoa judaica; e da Festa dos Tabernáculos (Lv 23.34-43), também chamada de Festa das Primícias (Êx 23.16; 34.22) no final do ano agrícola. O Pentecostes marcava o final da colheita de trigo em Israel que acontecia em Junho, enquanto nosso dia de ação de graças marca o final de toda a estação da colheita que acontece no outono, como ocorria na Festa dos Tabernáculos após as azeitonas, uvas, e outras frutas serem colhidas. R. A. K.
Quando alguém grita "Aleluia'' sem a gratidão a DEUS, sem a alegria e a paz pelo reconhecimento da bênção do Senhor, será hipócrita aos olhos de JESUS. Ou quando uma pessoa diz "Amém" sem concordar com a vontade de DEUS, sem desejar de coração que se realize o pensamento da mensagem ouvida, ou da oração do irmão que está ao lado, estará aumentando seu pecado, pela leviandade da palavra.
ALELUIA e AMÉM são manifestações de testemunho e de louvor ao Senhor DEUS, dos que estão em comunhão com Ele. São também motivo de condenação para quem as pronuncia só com os lábios, sem o propósito de DEUS, e sem o cultivo do amor fraternal. "...Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado" (Mt 12.37).
 
 
 
b) Voto.
 
VOTO (Tesouro de Conhecimentos Bíblicos - Emílio Conde - CPAD) 
- Do hebraico “neder”, e do grego “euche’ (que também significa oração).
Inicialmente, diremos que não se trata de um voto para a eleição de alguém ou coisa semelhante. A palavra voto emprega-se para definir o ato da preferência do cidadão na escolha de um candidato político ou mesmo de qualquer outra agremiação. Entretanto, a palavra voto que vamos focalizar tem um sentido diferente, quando examinada à luz dos costumes e da religiosidade do povo judeu, de acordo com as Escrituras. A palavra era usada para designar a dedicação especial, voluntária, de uma pessoa ou mesmo de uma propriedade que se oferecia com fins sagrados. Voto era o oferecimento que se fazia espontaneamente a DEUS, ou a promessa de praticar alguma obra boa, ou então de abster-se de algum ato ou prazer, mesmo que fossem lícitos, desde que animado por um sentimento de fidelidade a DEUS. O sentido de voto, nos dias do Antigo Testamento podia ser o de uma promessa, por um sentimento de gratidão a DEUS por favores e bênçãos recebidos, como também poderia ser motivada pelo temor de um perigo iminente, a fim de evitá-lo. O voto estava imbuído de um sentimento de culto a DEUS.
As coisas e pessoas que não estivessem ainda envolvidas em voto, como o caso dos primogênitos que já eram do Senhor, e que não fossem vergonhosas, como o dinheiro da prostituição ou da sodomia (Dt 23.18), podiam ser objeto de voto de alguém. O marido poderia votar a DEUS sua própria pessoa, bem como a de sua mulher, de seus filhos, servas, animais, campo, etc. As pessoas eram resgatadas pelas quantias estabelecidas e os animais impuros eram resgatados pelos puros ou pelo valor correspondente, assim como sucedia com as casas, os campos, etc. O valor era estabelecido pelo sacerdote. As mulheres podiam fazer um voto ao Senhor, se independentes; quando eram casadas ou solteiras, devia obter a permissão do marido ou do pai.
A prática do voto vem desde o tempo dos patriarcas. Jacó fez um voto no lugar em que teve a visão da escada cujo topo chegava ao Céu. A seguir deu o nome de Betel ao lugar em que tivera o sonho. Convém que todos os leitores conheçam o voto de Jacó e saibam se ele cumpriu o que prometera: “Se DEUS for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo... então o Senhor será o meu DEUS... e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (Gn 28.20-22).
Moisés regulamentou a prática do voto entre os hebreus, a fim de evitar abusos, excessos e incompreensões. Na legislação não é descrito o uso do voto, que nasceu e continuou a existir por causa da piedade um tanto quanto interesseira dos crentes da velha dispensação. Se não encontramos no Antigo Testamento detalhes sobre o seu uso, encontramqg advertências para que o voto fosse cumprido. Aquele que fizesse um voto assumia a alta responsabilidade de cumpri-lo, ou então seria considerado enganador. Para aqueles-que não honrassem sua palavra, o profeta Malaquias fez esta tremenda advertência: “Pois maldito seja o enganador, que tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso” (Ml 1.14). Importante, sem dúvida, é que os leitores conheçam os termos em que Moisés colocou o problema do voto. Eis o que ele declarou: “Quando fizeres algum voto ao Senhor teu DEUS, não tardarás em cumpri-lo; porque DEUS certamente o requererá de ti” (Dt 23.21). Outro texto que fala sobre isso é Levítico 22.21-24.
É necessário o cumprimento do voto, porque, de outra forma, a atitude contrária engana a DEUS; é. preferível não votar do que votar e não cumprir o prometido. O autor do livro de Eclesiastes fez esta expressiva advertência, válida para todos os tempos: “Quando a DEUS fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o teu voto que fizeres. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Ec 5.4,5).
Como vimos, se alguém fizesse um voto consagrando-se ao serviço de DEUS, ou se oferecesse pessoa de sua família, e se depois se arrependesse, devia resgatar o compromisso com determinada importância. A avaliação do resgate càbia ao sacerdote, que determinava quanto o autor do voto devia pagar. Tratando-se de pessoas, o preço do resgate variava de acordo com a idade da pessoa a ser resgatada, isto é, que devia ser desobrigada do voto feito (Lv 27). Tratando-se de propriedade, o resgatante devia pagar uma quinta parte além da avaliação que o sacerdote havia feito.
Este comentário estaria seriamente prejudicado, e os leitores ficariam privados de conhecimentos valiosíssimos, se não incluíssemos aqui alguns exemplos de votos feitos a DEUS, enfatizando os resultados positivos e as conseqüências negativas do cumprimento do voto e da transgressão da promessa feita.
Em todos os tempos e em todos os lugares sempre existiram pessoas honestas e cumpridoras de seus deveres e compromissos, mas também sempre houve transgressores de leis e de promessas. A mãe de Samuel fez um voto ao Senhor de dedicar seu filho ao serviço divino, mesmo antes de o filho haver sido concebido. No tempo próprio ela cumpriu o seu voto (1 Sm 1.11, 27,28).
Há um episódio emocionante registrado no livro de Juizes 11.30-34. Ali se descreve a ação corajosa e fiel de Jefté, juiz em Israel, que fez um voto ao Senhor: se DEUS lhe concedesse a vitória sobre seus inimigos, então oferecería ao Senhor a quem primeiro lhe aparecesse, ao voltar da guerra para casa. Aconteceu que Jefté retornou vitorioso da luta e a primeira pessoa que lhe veio ao encontro, cantando e saltando de prazer pela vitória, foi a sua própria filha, a única filha, bela, prendada e querida por todos. Jefté sentiu que uma calamidade viera sobre sua vida. Teria de cumprir o seu voto sobre sua única filha, que estava no verdor dos anos, ou então mentir a DEUS, quebrando o voto que fizera. A corajosa resolução de Jefté está registrada nestas eloquentes e expressivas palavras: “Porquanto fiz um voto ao Senhor, não tornarei atrás”(Jz 11.35). Como resultado positivo do voto e de seu cumprimento, a filha de Jefté ficou virgem até o fim de sua vida, não conhecendo varão (Jz 11.39,40) (Há dúvidas se Jefté matou ou não sua filha). Davi também era usual dos votos como vemos em Sl 22.25.
Os leitores também precisam conhecer o lado negativo do tema, isto é, devem tomar conhecimento dos resultados funestos do não cumprimento do voto feito ao Senhor DEUS. No mesmo livro que registra o ato corajoso e digno de Jefté, está registrada a história de Sansão, que os leitores já devem conhecer. O que talvez ignorem é que Sansão era nazireu, isto é, Manoá, seu pai, concordou em oferecê-lo ao Senhor, como nazireu; este voto incluía o fato de não poder cortar o cabelo nem beber vinho. Entretanto, Sansão, embora consciente do voto de seu pai e de sua consagração ao Senhor, não honrou o voto, não cumpriu a promessa, e revelou o segredo de sua força, permitindo que lhe cortassem o cabelo, depois de ter tomado vinho. As conseqüências foram trágicas. Trágicas são as conseqüências para todos aqueles que desonram a DEUS.
Vários salmos celebram o êxito de votos proferidos e cumpridos, como os Sl 61; 65; 66.
JESUS não proibe os votos, mas ensina que não devem impedir o cumprimento dos deveres filiais (Mt 15.5,6).
 
O voto de uma virgem estava obrigado se seu pai não o desaprovasse (Nm 30.3-5); da mesma forma, o voto de uma mulher casada dependia da aprovação de seu marido (Nm 30.6-15).
 

Voto era o oferecimento que se fazia espontaneamente a DEUS, ou a promessa de praticar alguma boa obra, ou então de abster-se de algum ato ou prazer.
 
 
PERSONAGEM
VOTO
Jacó
“Se DEUS for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu DEUS” (Gn 28.20,21).
Ana
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11).
Davi
“O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl 22.25).
Voto
“Empenho voluntário de uma palavra a DEUS ou a outra pessoa. Nas Sagradas Escrituras, o voto, via de regra, tem um caráter sagrado e não pode ser revogado a menos que seja feito com base na ignorância e presunção (1 Sm 14.24-35). Por este motivo, para que o voto seja legítimo é mister que se observe os seguintes requisitos: 1) Voluntariedade; 2) Consciência e responsabilidade; 3) Conformidade com a Palavra de DEUS; 4) Que não envolva terceiras pessoas sem o consentimento destas” (Dicionário Teológico, CPAD, p. 361).
 
 
c) Oferta movida.
Cerimônia pela qual as ofertas são dedicadas mais provavelmente levantando-se o objeto diante do senhor. Vários objetos podiam ser levantados na oferta movida, dentre os quais a porção do peito da oferta pacífica.
Na última etapa do sacrifício pacífico o sangue do sacrifício era aspergido sobre o altar. A gordura do animal era queimada (Lv 7.30). O peito era entregue a Arão e a seus filhos. Num último ato do sacrifício, o sacerdote movia a parte mais excelente da oferenda perante o altar: o peito e a coxa (Lv 7.31-35). 
As ofertas movidas eram aquelas porções dos sacrifícios que eram movidas na direção do altar em vez de serem queimadas, e que depois eram comidas pelos sacerdotes e pelo oferente. Esta oferta era agitada pelo oferente, da direita para a esquerda, e era movida para cima e para baixo (Êx 29.24, 26 - Lv 7.30, 34 - Nm 18.11, 18).
Êxodo 29, Versículo 22 . a gordura eo garupaA rabada ou cauda de algumas ovelhas orientais é a melhor parte do animal, e é tida como a melhor carne a ser ingerida. Eles também são muito grandes, alguns deles pesando entre 12 a 40 kg de peso.
Êxodo 29, Versículo 23 . E um pedaço de pão - Comentário do Velho Testamento de Adam Clarke
O pão de diferentes tipos (ver Clarke em Êxodo 29:2) nesta oferta, parece ter sido concebido como uma minchah, ou oferta de gratidão reconhecimento pelas bênçãos providenciais. A essência da adoração consistia em reconhecer Deus, 1.Como o Criador, Governador e Preservador de todas as coisas, é distribuidor de todo dom bom e perfeito. 2. Como o juiz dos homens, o Justiceiro do pecado, e quem só poderia perdoar-lo. Os minchahs, ofertas alçadas, ofertas movidas, e ofertas agradecimento, referiu-se ao primeiro ponto. Os holocaustos, ofertas pelo pecado, e sacrifícios em geral, referiu-se à segunda.
O versículo 24 . Para uma oferta movida - Veja Levítico 7:1 abaixo:
O versículo 27 . peito da oferta movida e a espádua da oferta alçada a...
Como a oferta de movimento foi agitada para lá e para cá e alçada para cima e para baixo, alguns têm concebido que esta ação dupla representou a figura da cruz, em que a grande oferta de paz foi oferecido entre Deus e o homem no sacrifício pessoal de nosso bendito Redentor. Se tivéssemos autoridade bíblica para esta conjectura, seria certamente lançar muita luz sobre o significado e a intenção dessas ofertas. Muito provavelmente ai está representada a cruz, onde a raça humana foi levantada,perante DEUS. "A oferta alçada e oferta movida, embora sejam duas cerimônias estão na mesma oblação.A distinção entre ambas está em que a oferta de movimento implica que a vítima foi transferida para cá e para lá, para a Direita e para a Esquerda, enquanto a oferta alçada era levantada de Cima para Baixo, e isso era feito várias vezes. Desta forma alguns judeus messiânicos explicam essas coisas, e ensinam os cristãos, que por esses atos a cruz foi apresentada como oferta de paz da raça humana que depois foi substituída por CRISTO.
O peito e do ombro, assim,DEUS ordenou, foram designados para serem doados aos sacerdotes para sempre, e isso, como o Sr. Ainsworth observa piamente "ensina aos sacerdotes como, com todo o seu coração e toda a sua força, eles devem dar-se ao serviço do Senhor na sua Igreja porque serão sustentados pelo Senhor e seu povo". Moisés, como sacerdote, recebeu nesta ocasião o peito e o ombro, que se tornou mais tarde a parte dos sacerdotes; ver Êxodo 29:28 e Levítico 7:34. É digno de nota que, embora o próprio Moisés não tinha consagração ao ofício sacerdotal, mas ele atuou aqui como sumo sacerdote, consagrando o sumo sacerdote, e recebeu o peito e o ombro, que eram parte dos sacerdotes! Moisés, porém, foi um extraordinário mensageiro, e sua autoridade, não veio por meio de ritos e cerimônias, mas do próprio Deus. Não está escrito que Cristo batizou os doze apóstolos, ou os tenha ordenado pela imposição de suas mãos, porque os escolheu por sua própria suficiência infinita, deu-lhes autoridade tanto para expulsar demônios, curar enfermos, ressuscitar mortos, batizar, e para impor as mãos, na nomeação de outros para o trabalho do ministério sagrado.
Levítico 7
Versículo 4 . A gordura que está sobre eles -------------------------------
Principalmente a gordura que foi encontrado em um estado separado, não misturado com os músculos, como o omento ou coifa, a gordura do mesentério, a gordura sobre os rins. 
O versículo 8 . O sacerdote terá para si a pele ---------------------------
Talvez esta ordenança tenha sido iniciada com a oferta de Adão, É provável que o próprio Adão ofereceu o primeiro sacrifício, e teve a pele dada a ele por Deus para fazer roupas para ele e sua esposa se cobrirem. isto está em conformidade com a ordem para que os sacerdotes ficassem com a pele dos holocaustos para si, quando estas não eram queimadas junto com os sacrifícios, como em algumas ofertas pelo pecado (Levítico 4:11).
O versículo 9 . Cozer no forno - Levítico 2:5. 
Versículo 12. - Levítico 7:38. 
O versículo 15. Ele não se deixará dela até pela manhã.--------------
 Levítico 7:18: "Se alguma parte da carne do sacrifício e comer ao terceiro dia, não será aceito, nem será imputado àquele que o tiver oferecido, é uma abominação, e a pessoa que dela comer levará a sua iniquidade.” - Muito provavelmente pode sugerir a ressurreição de JESUS ao terceiro dia, portanto o sacrifício só teria valor no primeiro e segundo dia, antes de apodrecer.
Versículo 20. Tendo sua imundícia sobre ele ---------------------------
Tendo tocado alguma coisa imunda pelo qual ele se tornou legalmente contaminado, e não tinha lavado as suas vestes, e banhado sua carne. 
Versículo 21. Imundícia do homem 
Qualquer úlcera, dor, ou lepra, ou qualquer tipo de doença cutânea, ou repugnante ou infecciosa. 
Versículo 23. Gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra. (Lv 7:4).  
O versículo 27. Tudo alma que comer qualquer espécie de sangue (Gênesis 9:4) será extirpada, ou seja, excomungado do povo de Deus, e assim privada de qualquer parte em sua herança, e de suas bênçãos. (Gênesis 17:14). 
Versículo 29. Trará a sua oferta 
Ou seja, as coisas que foram dadas fora das ofertas pacíficas ao Senhor e ao sacerdote (Êxodo 29:27). 
Versículo 32. O ombro direito (Êxodo 29:27). 

3. Objetivos das ofertas pacíficas.
oferta pacífica, oferta de paz, sacrifícios pacíficos ou sacrifícios de paz (em hebraico: zevah shelamim) era um dos sacrifícios e ofertas na Bíblia hebraica descritas no loivro de Levítico..
Os principais objetivos eram: Louvar a DEUS, agradecendo por curas ou outras bênçãos alcansadas. Aproximar-se de DEUS. Reconhecer que DEUS nos deu tudo o que possuímos e é que está no controle de Tudo, inclusive de nossa vida.
 
 
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
 
 
 

1. Jacó, filho de Isaque.
JACÓ (Dicionário Wycliffe)
Em hebraico, o nome ya‘aqob significa '1apanhador de calcanhar", “malandro” ou “suplantador". O substantivo que significa “calcanhar” ocorre em hebraico Vaqeb), aramaico, siríaco, árabe, ugarítico e acádio. 
1. O patriarca. O filho gêmeo mais novo de Isaque e Rebeca; mais tarde chamado de Israel.
A vida na Palestina (Gn 25-27). O nascimento de Esaú e Jacó está registrado em Gênesis 25.21-28. Isaque casou-se com Rebeca quando tinha quarenta anos de idade. Rebeca, assim como Sara (cf. Gn 11.30; 16.1,2), era estéril. As orações de Isaque por sua esposa foram ouvidas e atendidas. Ela deu à luz dois meninos gêmeos, que lutaram no útero assim como a posteridade de suas nações fez na vida real. Esaú, o primeiro a nascer, foi assim chamado porque era peludo. O segundo foi chamado de Jacó porque saiu do útero agarrado no calcanhar de seu irmão. Os filhos gêmeos de Rebeca herdaram suas principais características, Esaú herdou sua mente aberta; Jacó, sua astúcia. Esaú tornou-se um hábil caçador, um homem do campo, a quem Isaque amava, porque este seu filho lhe dara carne de caça para comer. Em contraste, Jacó era calado, introspectivo, acomodado, um homem íntegro vivendo em tendas, amado por Rebeca, sua mãe.
Deus prometeu a Abraão que através de sua semente, Isaque, faria dele uma grande nação. Esta promessa foi renovada em Isaque. A questão era, através de qual semente, Jacó ou Esaú? Esta luta resultou em um conflito doméstico e forçou Jacó a viver sob constante tensão. Gênesis 25.23 declara que pela escolha divina, Jacó seria o herdeiro da promessa; mas dois eventos interessantes ocorrem para implementar o propósito divino.
O primeiro é a compra do direito de primogenitura de Esaú (Gn 25.29-34). Quando Esaú, o caçador, veio do campo faminto e de mãos vazias, desejou um pouco daquele guisado vermelho (Gn 25.30, lit.), um cozido que seu irmão pastor, Jacó, estava preparando. Em sua condição faminta, Esaú negociou o seu direito de primogenitura. Jacó insistiu em um juramento, considerado irrevogável (Gn 25.33; cf. Js 9.19). Então, através de uma providência sagaz (como quem tira vantagem de uma forma injusta), Jacó adquiriu a reputação de seu nome e ganhou o direito de primogenitura, que a sua ordem de nascimento não lhe dava. A intenção de Deus (Gn 25.23) estava tomando-se realidade com a ajuda de Jacó, embora o Senhor a pudesse realizar de uma forma diferente e sem a ajuda deste. De qualquer forma, junto com a boa sorte de Jacó, sementes de hostilidade que trariam grandes aborrecimentos futuros a Jacó foram plantadas (Gn 27.41). 
O segundo evento é o roubo da bênção da aliança (Gn 27.1-46), O já idoso Isaque, temendo a morte iminente (137 anos de idade - porém 43 anos antes de sua morte), instruiu Esaú para que preparasse para ele o seu prato favorito, para que pudesse transmitir ao seu primogênito a bênção patriarcal contida em sua alma (Gn 27.4). A medida que o inocente Esaú estava cumprindo a sua tarefa, Jacó cooperou com o plano de Rebeca a fim de tomar a bênção para si mesmo (Acréscimo do Pr. Henrique - pois a tinha ganho comprando-a de seu irmão). Com audácia e mentiras grosseiras, Jacó executou a fraude conforme havia sido esboçado por sua mãe (Gn 27.19,24). Jacó acrescentou blasfêmias chocantes (v. 20: “Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro”  (Acréscimo do Pr. Henrique - colocou até o nome de DEUS numa mentira). O fato patético da ocasião toma-se ainda mais agravante devido à cegueira de Isaque. Tomado de suspeita e dúvida (a voz era de Jacó, mas as mãos de Esaú, 27.22 (Acréscimo do Pr. Henrique - devido a Jacó ter colocado a pele do animal morto recobrindo seu pescoço e seus braços), o pai cego finalmente colocou sobre Jacó a sua bênção final, já no leito de morte, (Acréscimo do Pr. Henrique - segundo ele acreditava) (Gn 27.27- 29; cf. 24.1-9; 49.1-33). Por ocasião do retorno de Esaú, quando Isaque tomou conhecimento do logro, a bênção não podia mais ser alterada nem retirada (27.37,38). Então, nada mais do que uma triste sorte restava para Esaú (27.39,40).
A vida em Harã (Gn 28-30). Quando a trama toda foi descoberta, Jacó foi enviado para junto de seus parentes em Harã. Em sua viagem a partir de Berseba, Jacó, como um exaurido, cansado, e fugitivo pecador, passou sua primeira noite nas proximidades do antigo santuário cananeu de Luz. Em uma visão noturna, Deus revelou-se a este peregrino como o Deus de seu pai. Ele também renovou a bênção da aliança (Gn 12.7; 13.14- 17; 26.3-5), prometeu-lhe a terra, deu-lhe uma missão universal e assegurou-lhe que teria a orientação divina e uma vida próspera. Jacó respondeu com um voto pessoal e chamou o local de Betel  (Acréscimo do Pr. Henrique - casa de DEUS) q.v.). 
Jacó chegou a Arã-Naaraim (Mesopotâmia) e a misericórdia do Senhor veio resgatá-lo novamente. Lá, conheceu Raquel, no poço, e este foi um caso de amor à primeira vista. Ela, por sua vez, levou-o até à casa de seu pai, Labão, que era tio dele, e o apresentou (Gn 29.10,11,18,20). O amor de Jacó por Raquel garantiu-lhe um emprego permanente junto a Labão. Jacó trabalhou por sete anos para tê-la como esposa. Na manhã seguinte à cerimônia de casamento, ele descobriu que, ao invés de ter se casado com Raquel, que tinha uma voz suave, havia se casado com Léia, que tinha uma enfermidade (Acréscimo do Pr. Henrique - defeito físico) nos olhos. O engodo de Labão era equivalente à ira de Jacó, por isso, ele concordou em dar-lhe Raquel após as festividades tradicionais de casamento que duravam uma semana, se este o servisse por mais sete anos. Jacó trouxe grande prosperidade a seu sogro (Gn 30.30), e o astuto Labão sempre era capaz de reconhecer um bom negócio.
A prosperidade de Jacó aumentou assim como sua família. Doze filhos nasceram a Jacó na Mesopotâmia. 
A preparação de Jacó para voltar para casa (Gn 31). Jaoó desejava retomar à Palestina (Gn 30.25). 
Enquanto Labão estava pastoreando o seu rebanho, Jacó com suas esposas, filhos, servos e rebanhos partiram rumo à terra de seu pai (Gn 31.17-20). 
O retorno à Palestina (Gn 32-33). Vinte anos haviam se passado desde que Jacó havia enganado Isaque e roubado a bênção de Esaú.
Passando pela parte rasa do ribeiro de Jaboque (q.v.) para proteger sua família de Esaú, Jacó encontrou-se com “um varão” que lutou com ele até o romper do dia (v. 24). Embora estivesse com seu quadril ferido, Jacó foi bem-sucedido e ganhou, do varão com quem lutou, uma bênção que mudou o seu nome de Jacó (“enganador”) para Israel (“o que luta com Deus”; veja Israel). O estranho revelou sua verdadeira identidade abençoando Jacó e também mudando o seu nome - Ele era o próprio Eterno (cf. Gn 17.5; 35,9־ 15; Is 65.15; Os 2.23; 12.3,4). (Acréscimo do Pr. Henrique - Um combate em oração). 
Em uma cena de grande ternura, Jacó encontrou-se com Isaú, e a discórdia foi resolvida, pelo menos temporariamente, com magnanimidade e afeição.
Vivendo pela segunda vez na Palestina (Gn 33.17-45.5). Esaú foi a Seir e lá formou uma nação (Gn 33.16; cf. o cumprimento da promessa de Gn 25.23; 27.39-40; 36.1-43). Jacó passou a residir em Canaã para assumir sua herança. Ele agora era de fato um patriarca. Após a partida de Esaú, Jacó permaneceu a leste do rio Jordão e acampou próximo a Sucote; então foi para Siquém, onde comprou terras e reconstruiu um altar (Gn 33.17-20). Sob a ordem de Deus, foi para Betel e lá o Senhor renovou as promessas patriarcais (35.1-5). 
A promessa de Deus a Jacó foi cumprida. Em sua morte, os egípcias lhe prestaram uma grande homenagem. Seus filhos, liderados por José, o primeiro ministro do Egito, levaram seu corpo de volta a Canaã, e o sepultaram em Macpela com Abraão e Isaque (49.29-50.13; cf. 25.9-10; 35.28-29), realizando um desejo comum dos antigos, de serem enterrados em sua terra natal (cf. o Sinuhe egípcio, ANET, pp. 20ssj.  D. W.D.
 
 
 
 
2. Ana, mãe de Samuel.
ANA - (Dicionário Wycliffe)
A história de Ana, mãe de Samuel, é encontrada em 1 Samuel 1 e 2. Ela era uma das duas esposas de Elcana, um levita da linhagem de Coate, que vivia no Monte Efraim. Talvez pelo fato de Ana ter sido estéril, ele se casou com uma segunda esposa chamada Penina, que lhe gerou filhos.
Ana era uma mulher de oração, de muita fé, e determinada. Ela suplicou que Deus lhe desse um filho, e prometeu que, se Ele o fizesse, ela o daria ao Senhor. E assim fez quando Samuel nasceu; levou-o ao Tabernáculo ainda pequeno, e deixou-o aos cuidados de Eli, o sumo sacerdote. Mais tarde, ela se tomou a mãe demais cinco filhos (I Sm 2.21). A oração profética de Ana (1 Sm 2.1-10) revela grande maturidade e visão espiritual. Ela era cheia de alegria e reconhecia a santidade, o poder, a soberania e a graça de Deus. Falava do poder sustentador do Senhor, e que Ele, algum dia, viria para “julgar as extremidades da terra”. Além de tudo isto, parece que, embora vagamente, ela previu o estabelecimento final do Ungido de Deus como Rei, uma profecia que começou a se cumprir através de Davi, um século mais tarde (1 Sm 2.10; cf. Sl 18.50; 89.19-37). J. A. S.
 
 
 
3. Davi, rei de Israel.
 
Davi era um adorador.
E, introduzindo a arca do SENHOR, a puseram no seu lugar, na tenda que Davi lhe armara; e ofereceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR. 2 Samuel 6:17
E edificou ali Davi ao SENHOR um altar e ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas. Assim, o SENHOR se aplacou para com a terra e cessou aquele castigo de sobre Israel. 2 Samuel 24:25
Então, Davi edificou ali um altar ao SENHOR, e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos, e invocou o SENHOR, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto.
(na eira de Ornã, o jebuseu de que Davi comprou e veio a ser o local do templo mais tarde) 1 Crônicas 21:26
Então, irei ao altar de DEUS, do DEUS que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó DEUS, DEUS meu. Salmos 43:4
A partir de Davoi se começou a fazer os sacrifícios nas festas com música também.
E deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar, e, ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do SENHOR, com as trombetas e com os instrumentos de Davi, rei de Israel. 2 Crônicas 29:27
 
DAVI - (Dicionário Wycliffe)
Segundo rei de Israel, fundador da monarquia unida (1000-962 a.C.).
Fontes
A principal fonte da vida e da época de Davi encontra-se no material encontrado nos livros de 1 e 2 Samuel e 1 Reis 1-2. Esses relatos, principalmente 2 Samuel 9.20 (a história da corte de Davi) formam uma representação realista de Davi feita por um historiador contemporâneo. O livro de 1 Crônicas 11.29 contém um relato paralelo a Samuel-Reis com alguns acréscimos e algumas omissões. E mais completo que eles em relação a detalhes da organização do templo e faz uma lista dos funcionários reais, apresentando Davi de forma mais idealista do que Samuel-Reis.
Também são encontradas numerosas referências a Davi em outros livros do AT e do NT. As fontes secundárias sâo historias no Talmude, Alcorão e nas tradições rabínicas e cristãs. Elas ajudam a ilustrar, se não a iluminar, a figura mais amada de Israel depois do patriarca Abraão.
Nome e Família
O nome Davi pode significar “amado”, do nome hebraico dod (cf. Jedidias, “por amor do Senhor” ou “porque o Senhor o amava”, 2 Sm 12.25). 
Davi nasceu em Belém de Judá, uma cidade a cerca de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, mencionada nas cartas de Tel el Amarna. Era a cidade de Boaz e Rute, e tornou-se mais conhecida como cidade natal de um filho de Davi, o Messias de Israel.
Davi era o caçula de uma família que tinha dez filhos (1 Sm 16.10,11; 1 Cr 2.13-16 relacionam apenas nove, talvez um filho tivesse morrido na infância). Os nomes de seus irmãos eram Eliabe (Eliú), Abinadabe, Siméia, Natanael, Radai e Ozém. Os nomes de suas irmãs eram Abigail e Zeruia. De acordo com 2 Samuel 17,25, essas meninas eram filhas de Naás. Aparentemente, a mãe de Davi teve essas filhas em um casamento anterior, e seu nome é desconhecido. Seu pai, Jessé, era um ancião rico e muito respeitado em Belém, e que reivindicava ser da linhagem de Boaz. Davi era um filho da velhice de Jessé (1 Sm 17.12).
Os Anos de sua Juventude
A primeira menção a Davi ocorre no relato da visita do profeta Samuel a Belém para escolher um sucessor para o rei Saul. Davi foi convocado de sua tarefa de cuidar das ovelhas e ganhou a aprovação do profeta como o homem de Deus para a nação  (Acréscimo do Pr. Henrique - tendo sido ecolhido por DEUS).
Embora Davi tenha sido ungido na presença de seus irmãos (1 Sm 16.13) o propósito exato dessa unção permaneceu desconhecido de todos os presentes. 
Iimportante para Samuel e para Israel era a garantia de que “desde aquele dia em diante o Espirito do Senhor se apoderou de Davi”. Ele foi o escolhido do profeta e de Deus para a tarefa que aguardava a nação. Ele se tornaria o escolhido do povo algum tempo depois.
Davi ficou conhecido em Israel por causa de dois importantes acontecimentos, um relacionado com a música e o outro relacionado com sua competência física. Na busca de um habilidoso músico que pudesse aliviar a melancolia  (Acréscimo do Pr. Henrique -e a possessão demoníaca) de Saul.
O texto em 1 Samuel 16.18 relaciona, entre suas qualificações, que Davi “sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele”. Além da boa aparência e do excelente talento musical, ele tinha um bom antecedente familiar, podia lutar se fosse chamado, sabia como contomar situações difíceis e possuía o carisma que é necessário para alguém que presta um serviço público.
 “o Senhor” era “com ele”. Seu prestígio cresceu, com grande velocidade, tanto em Benjamin como em Judá.
Nos primeiros anos de sua juventude, outro acontecimento que chamou a atenção de toda a nação, foi sua vitória sobre Golias, o gigante filisteu, na batalha que teve lugar no vale de Elá (ou vale do Carvalho; 1 Sm 17). O capítulo 17 pode estar referindo-se a eventos anteriores à contratação Davi para tocar na corte de Saul, incluídos de forma intercalada pelo autor, para explicar as qualificações de Davi (1 Sm 16.18).  
Davi ofereceu-se para aceitar o desafio de Golias, e Saul lhe deu o melhor equipamento militar que o exército hebreu conseguiu reunir. Davi recusou a armadura por ser difícil de manejar e escolheu as suas próprias armas, as armas de um pastor, a pedra e a funda. Com esses instrumentos ele havia protegido os rebanhos de seu pai terreno, e com eles tentaria proteger o povo do rebanho de seu Pai Celestial. Ele aceitou a oferta de Golias como uma oportunidade para expressar sua heróica fé na vitória que Deus tinha reservado para o seu povo. Golias foi derrotado por um menino pastor, sua cabeça foi levada para a metrópole de Jerusalém como um troféu de guerra, e sua armadura colocada na tenda de Davi (alguns interpretam *tenda” como a tenda em Nobe).
A vitória de Davi sobre Golias serviu para introduzi-lo ainda mais na corte de Saul. 
A paciência de Davi e seu respeito para com o rei Saul eram admiráveis. Ele nada fez que pudesse derrubar seu trono, mas simplesmente manteve um passo à frente daquele rei que o perseguia. Seu respeito religioso e sadio por aquele que havia sido ungido por Deus e, ao mesmo tempo, um constante desenvolvimento de seu próprio programa a fim de estar preparado quando Deus o chamasse para assumir a liderança, eram seus objetivos paradoxais. Esse tempo chegou com a morte de Saul e Jônatas na batalha do Monte Gilboa. Quase toda a nação de Israel lamentou a trágica morte de seu rei. Davi chorou com eles e compôs uma elegia em honra a Saul e Jônatas (2 Sm 1.17-27).
Rei de Israel
Rei em Hebrom . Davi tornou-se rei da tribo de Judá (2 Sm 2-4) antes de se tomar rei de toda a nação de Israel. De forma vagarosa, porém segura, Davi foi capaz de conquistar toda a legião de colaboradores do reino de Saul para o sólido apoio que havia conquistado em Judá. Finalmente, Davi foi coroado rei de todo o Israel. Ele foi o primeiro monarca de um império unificado e o fundador de uma dinastia que permaneceu no poder durante 425 anos. Poucas dinastias no mundo conseguiram igualar os recordes da família de Davi. O NT revela a natureza eterna do reino de Deus no verdadeiro Filho de Davi, o Rei dos reis, o Senhor Jesus Cristo.
O primeiro ato de Davi, como rei de Israel, foi escolher um determinado lugar para a capital, que pudesse ser aceito tanto pelas tribos do norte como do sul; Jerusalém tornou-se esse lugar. Davi construiu o seu palácio no Monte Sião, uma colina situada a sudoeste, que havia sido capturada dos jebuseus (2 Sm 5.6-9), e ergueu inúmeros edifícios governamentais para abrigar os seus escritórios. Sua própria experiência e o período dos Juizes provavam que a nação não podia depender de um exército formado pelo povo. Por esta razão, Davi criou um exército de soldados profissionais. Este era composto por muitos quereteus e peleteus sob a liderança de Benaia, de Cabzeel e de 600 homens sob Itai de Gate, um velho amigo do período em que Davi era um fugitivo. Davi empreendeu vitoriosas guerras contra os filisteus, contra Edom, Moabe, Amom e Aram ou Síria (2 Sm 5; 8; 10; 12).
Suas duas mais significativas contribuições para a vida de Israel foram:
(1)a unificação das 12 tribos em uma monarquia cuja capital estava situada em Jerusalém, e (2) os planos para a centralização da adoração do povo de Israel em um templo nessa capital. Ele o fez estabelecendo a adoração do povo de Israel de acordo com a lei Mosaica, como se pode ver no ritual da arca. Colocando a arca, símbolo do Deus invisível, no centro do país, Davi centralizou a adoração em Jerusalém e preparou o caminho para o templo. 
Os judeus que viveram depois de Davi o consideraram como o rei ideal, e retrataram, como um segundo Davi, o governante dos dias felizes que esperavam.
Avaliação
Davi não era isento de defeitos. O caso que manteve com Bate-Seba e o assassinato de Urias são indicadores de sua fraqueza humana. Ele demonstrava, muitas vezes, um certo desrespeito pelos homens que haviam sido seus constantes apoiadores (por exemplo, Joabe e o exército de Israel na rebelião de Absalão). Entretanto, era fiel aos compromissos. intensamente leal a seus amigos e mais acessível à direção dos profetas do que Saul. Tem sido chamado de doce cantor de Israel; o fundador de uma dinastia de reis; um profeta: e um homem amado por Deus, pois o seu coração estava inclinado a Ele, e sabia como se arrepender e implorai׳ a graça divina.  (Acréscimo do Pr. Henrique - Foi um excelente salmista e adorador de DEUS, tendo oferecido inúmero sacrifícios a DEUS). F. E.Y.
 
Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl 22.25; 56.12; 61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício pacífico ao Senhor.
 
 

III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
De que modo apresentaremos, hoje, nossos sacrifícios pacíficos ao Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós mesmos; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a DEUS em todo o tempo.
 
 
BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS.
O ser humano adora a DEUS desde o ínicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com DEUS no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a DEUS oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).
Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a DEUS foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a DEUS enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).
A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).

MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.
(1) Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã.
(a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.7-12).
(b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver At 7.44). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT (cf. o princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).
(2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de CRISTO na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de CRISTO, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).
(3) Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).
(4) Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
(5) Outro elemento importante na adoração é buscar a face de DEUS em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com DEUS através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de JESUS subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a DEUS (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).
(6) A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. DEUS estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).
(7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
(8) Sempre quando o povo de DEUS se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a DEUS deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.
(9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do ESPÍRITO SANTO e das suas manifestações. Entre essas manifestações do ESPÍRITO na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do ESPÍRITO SANTO durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).
(10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de CRISTO (Mt 28.19,20) ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).

AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES.
Quando os crentes verdadeiramente adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete
(1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14);
(3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11);
(4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11);
(5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15);
(6) que encherá de novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At 4.31);
(7) que enviará manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13);
(8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13);
(9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo 17.17-19);
(10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11);
(11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8); e
(12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do ESPÍRITO SANTO (1Co 14.22-25).

1. Consagração
Esta é primeiramente uma palavra utilizada no AT, e traduz vários verbos heb. e seus substantivos derivativos (haram, “dedicar”; qadash, “pôr de lado”; male, “encher a mâo”; e nazar, “separar”). A idéia comum destas palavras hebraicas parece ser a de separar algo ou alguém para o serviço peculiar ao Senhor: sacerdotes (Êx 28.1-3; 30.30), coisas (Js 6.19), dias de festa (Ed 3.5), sacrifícios (Lv 7.37), ganhos (Mq 4.13). A palavra também é usada para descrever o procedimento pelo qual alguém que foi contaminado pode recuperar o acesso à presença do Senhor (Nm 6.7-12).
No NT, a versão KJV em inglês usa esta palavra para traduzir duas palavras gregas. Hb 10.20 declara que JESUS consagrou (enkaini- zo, “renovou”) um novo e vivo caminho para DEUS. A passagem em Hebreus 7.28 mostra que JESUS é etemamente consagrado (teleioo, “aperfeiçoado”) como o nosso grande Sumo Sacerdote.
A versão RSV em inglês prefere usar esta palavra para traduzir hagiazo, geralmente traduzida na KJV como “santificar” ou “santificação”. A idéia em sua raiz ainda é a de separar do uso secular (mundano) para o serviço divino. Há alguns exemplos de coisas sendo separadas para DEUS (cf. Mt 23.17,19), mas primeiramente a idéia é de separar as pessoas para DEUS. A ênfase é mudada do indivíduo excepcional para todo o corpo de cristãos. O ato da consagração ocorre prímeiramente no momento da conversão. O agente é sempre DEUS; o objeto é o homem (cf. Hb 2.11). No entanto, a idéia de separação e capacitação para o serviço é encontrada no caso de JESUS (Jo 17.19), pois consagrou a si mesmo, e dos apóstolos (Jo 17.17) a quem DEUS assim consagrou. Algumas passagens parecem envolver o crescimento ou o desenvolvimento do cristão em uma vida santa (cf. 1 Ts 5.23).
De interesse particular é o fato de que o adjetivo para este verbo (hagios) é uma das designações mais comuns para o crente. Geralmente traduzida como “santo”. A idéia no mundo é que todo crente é um santo, alguém consagrado, alguém que está separado do mundo e que pertence a DEUS. Ser um santo é a nossa vocação, e nos tornarmos santos é o nosso objetivo na vida. A prática moderna de aplicar a palavra apenas para grandes cristãos, especialmente dos períodos antigos, é totalmente antibíblica. O uso bíblico nos justifica ao dizer que cada crente verdadeiro é um santo; ele foi consagrado por DEUS para Si mesmo através de JESUS CRISTO. F. L. F.1 (Wycliffe).
CONSAGRAÇÃO
O ato pelo qual o ofício sagrado é conferido. No AT os sacerdotes eram consagrados (ou ordenados) por imposição de mãos (Êx 28.41; 29.9,33; Nm 3.3); a cerimônia era solenizada com o sacrifício de um carneiro (Êx 29.22-34; Lv 8.22-33). A consagração ou ordenação no NT, da mesma forma simbolizada pela imposição das mãos, era conferida aos diáconos (Act 6.6), presbíteros (Act 14.23) e missionários (Act 13.3).
 
 
 
 
 
2. Sacrifícios de louvores.
1 Crônicas 16.7-14
7Então, naquele mesmo dia, entregou Davi em primeiro lugar o Salmo seguinte, para louvarem ao SENHOR, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos: 8 Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos. 9 Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas maravilhas. 10 Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR. 11 Buscai o SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente. 12 Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca. 13 Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos. 14 Ele é o SENHOR, nosso DEUS; em toda a terra estão os seus juízos.
16.7 O SALMO SEGUINTE, PARA LOUVAREM AO SENHOR.
Este salmo consiste em trechos dos Sl 105.1-15; 96.1-13; 106.1,47,48.O modo de Davi exaltar a DEUS e suas obras poderosas em favor de Israel consistia, em grande parte, em louvores e ações de graças. Segundo o novo concerto, todos os crentes são sacerdotes de DEUS (1 Pe 2.5,9) e, como tais, devem desempenhar o ministério espiritual de louvores e ações de graças a DEUS. "Portanto, ofereçamos sempre, por ele, [CRISTO] a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15). O louvor e a adoração do crente devem ser com palavras e também com atos (ver v. 29) e são aceitáveis diante de DEUS, somente à medida que o crente for dedicado à sua Palavra, e não conformado com o mundo (Rm 12.1,2).

16.10 ALEGRE-SE O CORAÇÃO DOS QUE BUSCAM O SENHOR.
Nossa felicidade, segurança e isenção da ansiedade dependem da nossa gratidão a DEUS e da nossa perseverança em buscar diariamente a sua face (vv. 8-11). Aqueles que continuamente invocam o Senhor com ações de graças podem confiar que Ele estará ao lado deles e que será um socorro sempre presente durante a vida inteira (Sl 46.1; ver Fp 4.6,7)
 
16.29 Dai ao SENHOR a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.
ADORAI AO SENHOR NA BELEZA DA SUA SANTIDADE. A adoração genuína deve ser prestada em "santidade" (cf. 2 Cr 20.21). DEUS aceita a adoração espiritual e jubilosa (15.28) somente quando acompanhada de uma disposição reverente e pura de um anelo sincero de estar perto dEle e de um firme propósito de resistir a tudo quanto ofenda a sua santa natureza (ver v. 7).
 
LOUVOR (Wycliffe)
As principais palavras hebraicas para louvor são hiílel, da raiz halal, e hoáà deyadà. A primeira corresponde à conhecida expressão hallelujah, “Louvai ao Senhor [Yahweh]”. O título hebraico do livro dos Salmos é “louvores” (tehillim), enquanto os Salmos 113118־ são conhecidos como salmos Halel, e utilizados nas festas judaicas. O “hino” cantado antes da saída de JESUS da última ceia pode ter sido a segunda parte do Halel, Salmos 115-118 (cf. Mishna Pesahim 10,6ss.). A palavra hoda, embora comum no AT, ficou agora mais conhecida a partir dos hinos sectários (Hodayoth) encontrados em Qumran.
O louvor a DEUS é uma das características mais típicas da piedade bíblica. Desde o cântico de Moisés (Êx 15.1-19), o Senhor foi louvado por seus atos redentores; mas, a sistematízação do louvor israelita é atribuída a Davi, Os livros das Crônicas registram detalhadamente a instituição dos músicos e dos porteiros do Templo levíticos (1 Cr 23.1- 26.32, especialmente 23,5,30; cf. capítulo 6), e a atribuição de muitos Salmos a Davi ou aos seus músicos (por exemplo, Asafe, os filhos de Corá, Hemã ou Jedutum) dão suporte a essa tradição.
Quando Judá foi para o exílio, tornou-se impossível realizar cultos no Templo e, dessa forma, o louvor ficou centralizado na sinagoga. Ele assumiu algumas das características dos sacrifícios designados naquela época, e foi concedido um mérito especial ao louvor “incessante” (ou oração, q.v.), isto é, a oração antes do amanhecer ou durante toda a noite (veja, por exemplo, Salmos de Salomão 3.1ss. Qumran Hodayoth xil1-11).
O louvor como sacrifício (Hb 13.15) e como um dever e privilégio contínuos (1 Ts 5.16ss.; cf. Ap 4.8) também são temas do NT. Os hinos de louvor do NT têm como enfoque a redenção que há em JESUS CRISTO (por exemplo, Lc 1.46-55,68-79; 2.13ss.; Ef 1.3-14; Cl 1.18-20; Ap 5.9-14; 7.10-12), embora o Senhor DEUS e sua obra da criação (Ap 4.8,11; Cl 1.15-17) não tenham sido esquecidos. Além disso, os cristãos são encorajados a fazer de sua conduta e de toda a sua vida uma forma de louvor a DEUS (Ef 1.12; Fp 1.11; 4.8; 1 Pe 1.7; 2.9). J. R. M.
 
3. Adoração contínua.
O que é adoração
Adorar é um ato de rendição a DEUS - Sl 95.6; 2 Cr 29.30.
Adorar a DEUS é reverenciá-Lo com sinceridade e dedicação - Hb 12.28,29.
Adorar a DEUS é uma experiência interior - Sl 95.6,7.
Adorar a DEUS é estar unido a CRISTO - Lc 22.14-20; Jo 15.1-10.
Cabe-nos esclarecer que os verdadeiros adoradores são aqueles que trabalham na obra do Senhor, dando suas vidas pela causa do mestre; embora muitos pensam que são os exclusivamente cantores. A adoração a DEUS é um estado constante em nosso espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO), não sendo determinada por momentos de louvor, mas uma vida de comunhão com o ESPÍRITO SANTO; neste capítulo 4, a palavra adoração aparece 10 vezes indicando-nos, a necessidade de atentarmos mais para esse fato tão importante. A verdadeira adoração exige serviço na obra de DEUS e dedicação em obedecer à vontade de DEUS e ganhar almas (esta é a prioridade da Igreja, a evangelização).  
 
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
2- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a        adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito;
4- O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
5- No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
6- Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7- O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
8- Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é adoração).
9- Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10- Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11- Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
 
·Note que JESUS está dizendo para a mulher samaritana, em joão 4, que os judeus adoravam a DEUS com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os escritos do Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o coração outra. Não adoravam em ESPIRITO, só com a verdade.
·Os samaritanos adoravam em espírito, pois não tinham nem o templo legítimo e nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes portanto a verdade.  
·JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em ESPIRITO e em Verdade, pois ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor e salvador e estes aprenderão o real sentido da adoração.
·Veja que é DEUS que procura aos verdadeiros adoradores que o adoram em ESPIRITO e em verdade.
·Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem no Monte Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo construído por Herodes) - mas a verdadeira adoração a DEUS é feita onde você estiver, bastando para isso erguer o pensamento a DEUS e adorá-lo, entregando-se totalmente ao ESPÍRITO SANTO.
 
***Caim ofereceu sacrifício inferior ao de seu irmão Abel, pois Abel ofereceu sua própria vida a DEUS(verdadeira adoração), tipificada no cordeiro que foi imolado e derramado o seu sangue;Antítipo de CRISTO.(Gn 4.2-5;Hb 11.4)***Abraão por já ser velho não poderia oferecer sua vida, pois pouco lhe restava para viver aqui na terra, por isso DEUS lhe pediu uma vida mais preciosa, a de seu filho amado que já estava começando a ocupar o lugar que só era de DEUS, no coração do velho patriarca.***Moisés ofereceu sua vida quando deixou os seus 40anos de orgulho de ser filho da filha de um faraó e passar a ser pastor de ovelhas por mais 40 anos e depois passar mais 40 anos dirigindo o povo de DEUS pelo deserto, inclusive passando pelo Mar Vermelho, símbolo de batismo nas águas, morte. Se tivéssemos espaço e tempo falaríamos de tantos outros que entregaram a DEUS o melhor da adoração, suas próprias vidas. (Hb 11.4 Pela fé Abel ofereceu a DEUS mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando DEUS testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala.5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque DEUS o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a DEUS.===17 Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas,===24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,===35 As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;36 e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões.37 Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
 
 
ADORAÇÃO (2) (Wycliffe)
O propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento entre a criatura e a divindade. A adoração é praticada prestando-se reverência e homenagem religiosa a DEUS em pensamento, sentimento ou ato, com ou sem a ajuda de símbolos e ritos. A adoração pura expressa a veneração sem fazer alguma petição, e pressupõe a auto-renúncia e a entrega sacrificial a DEUS. Estritamente falando, a adoração é a ocupação da alma com o próprio DEUS, e não inclui a oração por necessidades e ação de graças pelas bênçãos.
A adoração é representada na Bíblia principalmente por duas palavras: no AT a palavra heb. shaha (mais de 100 vezes) significando “curvar-se diante”, “prostrar-se”, (Gn 22.5; 42.6: 48.12; Êx 24.1; Jz 7.15; 1 Sm 25.41; Jó 1.20; Sl 22.27; 86.9 etc.), e no NT a palavra gr. proskyneo (59 vezes), significando 'prostrar-se”, “prestar homenagem a alguém” (Mt 2.2,8,11; 4,9; Mc 5.6; 15.19; Lc 4.7,8: Jo 4.20-22 etc.). Essas duas palavras são constantemente traduzidas pela palavra ־adoração׳’, denotando o valor daquele que recebe a honra ou devoção especial. Ambos os termos “adoração” e “digno” podem ser vistos juntos na grande descrição dos 24 anciãos prostrando-se diante daquele que se assenta no trono (Ap 4.10-11; cf. 5.8-14). 
Além das duas palavras principais há um extenso vocabulário tanto no heb. como no gr. definindo ainda mais a atividade de adoração. As palavras comumente usadas são o heb. ‘abad, significando “trabalhar”, “servir”, “adorar” (2 Rs 10.19-23) com a sua contraparte gr. latreuo, significando “prestar serviço religioso ou honra a DEUS” (Act 24.14; Fp 3.3), Uma palavra heb. e aram. sagad, significando “prostrar-se em adoração”, é encontrada em Isaías 44.15,17,19; 46.6; Daniel 2.46 e freqüentemente no capítulo seguinte. Temer ao Senhor é um sinônimo próximo, à medida que se aprende a comparar Deuteronômio 6.13 com a citação deste versículo pelo Senhor JESUS em Mateus 4.10. Aqui o temor tem um sentido de admiração e reverência (cf. Sl 5.7). Outras palavras gregas de grande importância são sebomai e os seus diversos cognatos, significando “ficar admirado”, “reverenciar”, e threskeia, significando “religião”, “adoração cerimonial” (Cl 2.18; Act 26.5; Tg 1.26ss.).
A Adoração no AT
A adoração no AT pode ser dividida em dois períodos principais, o patriarcal e o teocrático. Antes das instituições mosaicas, há poucas indicações de adoração formal e pública entre os patriarcas. Os tempos dos patriarcas revelam, antes, os atos individuais, pessoais e ocasionais de adoração que caracterizariam um povo seminômade vivendo longe da sociedade organizada (por exemplo, Abraão no Moriá, Gênesis 22.1-5; Jacó em Betel, Gênesis 28.18-22). Gênesis, porém, retrata os primórdios da religião ritualista na instituição de sacrifícios e na construção de altares (Gn 4.3,4,26; 8.20-22).
Durante o período teocrático, o conceito corporativo e ritualista da adoração tornou-se proeminente. Um sistema de adoração altamente organizado e muito completo foi revelado por DEUS a Moisés no Sinai, o qual incluía:
1. Tipos especiais de ofertas e sacrifícios para toda a nação; (a) diário (Nm 28.3-8); (b) todos os sábados (Nm 28.9,10; Lv 24.8); (c) na lua nova (Nm 28.11-15); (d) a Páscoa ou a Festa dos Pães Asmos (Nm 28.16-25; Êx 12.1ss.); (e) Festa das Primícias e Pentecostes - Festa das Semanas (Lv 23.15-20; Nm 28.26-31); (f)FestadasTrombetas(Lv23.23- 25; Nm 29.1-6; cf. Is 18.3; 27.12,13; Jl 2.15- 32); (g) Dia da Expiação (Lv 23.26-32; Nm 29.7-11); (h) Festa dos Tabernáculos, quando, no décimo quinto dia do sétimo mês, logo após a colheita, enquanto o povo habitava em tendas feitas de galhos de árvores em memória de sua libertação do Egito, os sacerdotes ofereciam sete dias de sacrifícios especiais (Lv 23.33-44; Nm 29.13ss.). 
2. Sacrifícios específicos a serem oferecidos por um indivíduo por si mesmo e sua família, como o manjar da Páscoa e a Páscoa em si (Êx 12; cf. Lv 23.5); uma oferta queimada de um macho do rebanho sem mancha, por si mesmo e sua família (Lv l.lss.) com o qual ele se identificava e sobre o qual tanto os seus pecados como os dos seus familiares eram simbolicamente depositados, ao colocar a sua mão sobre a cabeça da oferta quando ela era morta; uma oferta de manjares como uma oferta de louvor apontando para a perfeição de DEUS e de CRISTO (Lv 2); uma oferta pacífica apontando para CRISTO como a nossa paz (Lv 3). Havia ofertas apropriadas para o caso dos pecados praticados por ignorância (Lv 4-5) e pelas transgressões (Lv 6.1-7).
3. Sacrifícios especiais pelos próprios sacerdotes na consagração de Arão e seus filhos (Lv 8.2,14,15); na unção de um sacerdote (Êx 29.15ss.; Lv 6.19-23); quando um sacerdote havia pecado (Lv 4.3ss.); na purificação das mulheres (Lv 12.6,8); para a purificação de leprosos (Lv 14.19); para remover a impureza cerimonial (Lv 15.15,30); na conclusão ou na quebra do voto de um nazireu (Nm 6.11- 14). 
Houve, sem dúvida, muita confusão durante o período dos juizes, e a dispersão das tribos por toda a terra, posteriormente, perturbou o quadro religioso. O conceito corporativo de adoração, apesar de tudo, estava destinado a aumentar. Santuários foram estabelecidos e buscados pelo povo ano após ano; Dã, Gilgal, Siquém, Siló e Berseba, para citar os mais importantes. Tendências sincretistas em religião constantemente corrompiam a adoração nesses lugares, inspirando práticas pagãs na religião de Israel. Por causa da corrupção constante e crescente, a religião de Israel estava em uma situação difícil quando Saul e a monarquia chegaram. Na verdade, o reinado de Davi poderia ser visto como uma época de reavivamento religioso que culminou com a edificação do Templo sob a autoridade de Salomão. Sem dúvida alguma a própria experiência de adoração de Davi em particular, e a sua comunhão com o Senhor em meio às circunstâncias mais atribuladas, lhe trouxeram o desejo de levar outros a louvar e adorar a DEUS (Sl 42.1-4; 122.1; 2 Sm 6.12-18; 1 Cr 16.1-36). O efeito do Templo na adoração de Israel é desequilibrado por qualquer outro fator. Gradualmente, todos os outros lugares de adoração foram eliminados, e o Templo em Jerusalém permaneceu como o único lugar para sacrifício, a base da adoração.
Além de todas as ofertas e sacrifícios especificados por DEUS na lei mosaica, desenvolveu-se um sistema de adoração pública com algumas características: (1) Atos sacrificiais especiais para ocasiões extraordinárias, como a consagração do Tabernáculo (Nm 7) ou do Templo de Salomão (2 Cr 7.5ss.). (2) Atos cerimoniais específicos nos quais o povo expressava uma reverência incomum, como quando o sumo sacerdote oferecia incenso no lugar santo, quando Salomão abençoava o povo (1 Rs 8.14), e quando os sacerdotes tocaram as trombetas de prata (2 Cr 7.6). (3) Ministrações de louvor no Templo quando cânticos vocais e instrumentos musicais de todo tipo eram empregados (2 Cr 5.13). Moisés compôs um cântico de livramento depois que DEUS conduziu o povo a pés enxutos pelo meio do mar Vermelho, e Miriã, sua irmã, e as mulheres o acompanharam com tamboris (Êx 15.1,20). Depois da arca do Senhor ter sido recuperada dos filisteus, Davi designou um coral de levitas para ministrar diante dela (1 Cr 16.4), e também formou uma orquestra (1 Cr 16.6,42,43; cf. 2 Sm 6.5). O último Salmo recomenda que instrumentos musicais de todos os tipos sejam usados para louvar ao Senhor (Sl 150). Existem possivelmente alguns Salmos antifonais (Sl 20; 21; 24; 107; 118). (4) A oração pública quando o povo foi guiado por Moisés (Dt 26.15), por Salomão (1 Rs 8.23-54), e como encontrado nos Salmos 51, 60, 79, 80 e muitos outros. (5) Discursos públicos, como a soma da obra de Moisés com cinco discursos no livro de Deuteronômio; o discurso de Salomão para a congregação (2 Cr 6.4-11); Neemias mandando ler a lei e então mandando os levitas orarem (Ne 9.3-38; cf. 13.1-5). 
Depois que os cativos retomaram da Babilônia, a reedificação do Templo era de certo modo o renascimento da religião nacional. Nos séculos que se seguiram ao retorno, a adoração de Israel tomou-se altamente desenvolvida e ritualista. O calendário religioso foi expandido para incluir as festas pós-exílio e as observâncias sagradas. O Templo não era só um edifício, mas um centro que colocava em foco a adoração de toda a nação. Sua evidência verdadeira revela que algumas seitas do judaísmo (como os essênios) eram antitemplo em sua expressão de adoração, mas a principal corrente da vida judaica, alimentada por muitos e divergentes tributários (como os saduceus e os fariseus), fluía através do Templo.
Depois do retorno do exílio babilônico, a sinagoga (q.v.) apareceu como um rival para o Templo. Estritamente falando, a sinagoga foi criada para a instrução e não para a adoração; mas, na prática, parece ter havido algum elemento de adoração na ministrarão da sinagoga desde o seu início, Na verdade, este era um elemento crescente; e após a destruição do Templo em 70 d.C., a sinagoga se apropriou de tudo o que restou da adoração judaica.
A Adoração no NT
Com a morte, sepultamento e ressurreição de CRISTO, todos os sacrifícios e ofertas do AT tornaram-se coisa do passado. Agora “não resta mais sacrifício pelos pecados”, pois o Cordeiro de DEUS tirou o pecado do mundo Hb 10.26; Jo 1.29). Agora o crente tem, em CRISTO. um advogado diante de DEUS para defendê-lo quando ele se arrepende de seus pecados (1 Jo 1.9; 2.1), e assim não precisa de nenhum sacerdote terreno. Portanto, a forma de adoração logo começou a mudar. Porém a adoração pública nos primeiros dias do cristianismo ainda estava associada ao Templo. O livro de Atos descreve cristãos judeus continuando sua adoração no Templo (Act 2.46; 3.1; 5.20,42), mesmo na época da prisão de Paulo (Act 21.26-33). Somente a hostilidade daqueles que controlavam o Templo, aparentemente, afastou os primeiros cristãos daquele lugar santo.
Ao mesmo tempo, o cristianismo começou a se voltar para as residências particulares como lugares de reunião (Act 2.46; 5.42; 12.12). O elemento de sacrifício, que era básico no Templo, foi perpetuado apenas na ceia que rememorava a morte sacrificial de CRISTO. Esta observância parece ter sido, a princípio, uma parte de uma refeição coletiva que os cristãos compartilhavam (1 Co 11.20-34). Posteriormente ela se tomou especialmente associada com o dia do Senhor, o dia que logo foi separado para a adoração cristã. O sábado judaico foi gradualmente substituído pelo primeiro dia da semana, firmando-se como o dia das primeiras experiências cristãs com o CRISTO ressurrecto (Jo 20.19,26; Act 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). Pregar e ensinar eram elementos de suprema importância nas reuniões públicas para as jovens igrejas (Act 11.26; 15.35; 18.25; 20.7). Aqueles elementos que faziam parte da adoração no judaísmo também aparecem nas primeiras ministrações cristãs; leitura do AT (1 Tm 4.13), oração (Act 2.42; 1 Co 14.14-16), canto (Ef 5.19; Cl 3.16) e a entrega de ofertas ou donativos (1 Co 16.1,2).
A verdadeira adoração congregacional é regulamentada em 1 Coríntios 11-14. Qualquer membro era livre para participar conforme o ESPIRITO dispusesse (1 Co 14.26), principalmente quando procurasse ministrar aos outros através de seu dom espiritual ou carismático (1 Pe 4.10ss.). Uma mulher que orasse ou profetizasse deveria ter a sua cabeça coberta (1 Co 11.5). Uma mensagem em uma língua incompreensível deveria ser interpretada, e toda profecia deveria estar sujeita aos profetas na congregação (1 Co 14.27- 33). 
CRISTO não prescreveu para os seus discípulos formas específicas de adoração pública, sem dúvida assumindo que o seu próprio exemplo e o ESPIRITO SANTO fariam com que estas surgissem espontaneamente. Ele realmente enfatizou que os adoradores deveriam adorar a DEUS “em espírito e em verdade" (Jo 4.23ss.) e que procurassem guardar a sua adoração de formas mera mente exteriores, enfatizando a privacidade e a realidade diante de DEUS (Mt 6.1-18). O apóstolo Paulo nos permite enxergar uma parte de sua vida devocional particular quando menciona o falar a DEUS em mistérios em seu espírito e através de suas orações, e quando nos ensina sobre cantar e bendizer a DEUS tanto com o espírito como com a mente (1 Co 14.2,14-19). 
Alguns estudiosos têm professado encontrar nas religiões de mistério várias práticas que têm - segundo eles pensam - uma adoração cristã influenciada. O banho ou batismo cerimonial (como o banho de sangue do Mitraísmo); o manjar sagrado, às vezes com um significado memorial (como a elevação da espiga de trigo como um símbolo de morte e renascimento no ritual Eleusiano). É claramente certo que essas religiões eram totalmente inferiores ao cristianismo, pois a base da adoração cristã reside no fato histórico e não em mitos e teorias. Por seus próprios méritos inerentes, o cristianismo ganhou a sua vitória sobre as religiões rivais do mundo antigo, e tais expressões de adoração, quando são similares ao cristianismo, apenas apontam para a ampla base religiosa que é inerente à natureza humana. Uma das maiores dificuldades do cristianismo chegou cedo e em conexão com a adoração. Roma decretou uma religião universal para o mundo: o culto aos imperadores. Era a política romana chamar a atenção de todas as pessoas para o centro do poder, e o culto imperial era um meio de dar coesão ao vasto império. Este culto jamais teve a intenção de perseguir ou substituir as religiões nacionais, não pretendia impor um dogma religioso. Na verdade, a apoteose imperial era política em natureza e propósito, surgindo como resultado de lisonja, gratidão e precedente histórico. Os imperadores reagiram à apoteose em graus diferentes. De todos os imperadores, embora provavelmente encorajando a adoração a si mesmo em níveis inferiores a qualquer outro, Augusto recebeu a adoração mais genuína. Tibério recusou-se a receber honras divinas em Roma, mas encorajou o culto nas províncias. Calígula era insistente em sua divindade. Nero foi o primeiro imperador vivo a usar a corona radiata que era o símbolo da descendência do deus sol. Domiciano reivindicou o título de domitnus et deus durante o período em que viveu. Embora não possuísse nenhum valor religioso, o culto se tomou, nas províncias, um modo conveniente de detectar a deslealdade a Roma. Os principais não-conformistas eram os republicanos, os judeus e os cristãos. O cristianismo jamais esteve disposto a atribuir um senhorio a César, o que trouxe um imenso sofrimento e uma perseguição generalizada no final do século I — A adoração dos cristãos - mesmo em uma era politeísta - era exclusivamente reservada a CRISTO. 
Bibliografia. Oscar Cullmann, Early Chris- tian Worskip, trad. por A. S. Todd e J. B. Torrance, Chicago. H. Regnery Co., 1953. G. Henton Davies. C. C. Richardson e Abraham Cronbach, “Worship, etc.”, IDB, IV, 879-903. Gerhard Delling, Worship in the NT, trad. por Percy Scott, Filadélfia. Westminster Press, 1962. Roland de Vaux, Ancient Israel, trad. por John McHugh, Nova York. McGraw-Hill, 1961,pp. 271-517, 537-552. George Evans, The True Spirit of Worship, Chicago. Bible Iast. Colportage Assn., 1941. Alfred P. Gibbs, Worship. The Christian’s Highest Occupation, 2a ed., Kansas City, Kan. Walteríck Publ., s.d. Oscar Hardman,
A History of Christian Worship, Nashville. Cokesbury Press, 1937. Arthur S. Herbert, Worskip in Ancient Israel, Richmond. John Knox Press, 1959. Yehezkel Kaufmann, The Religion of Israel, trad. e resumido por Moshe Greenberg, Chicago. Univ. of Chicago Press, 1960, Franidin M. Segler, Christian Worship. Its Theology and Practice, Nashville. Broad- man Press, 1967. H. Strathmann, “Latreuo, etc,”, TDNT, IV, 58-65, Jean J. von Allmen, Worship, Its Theology and Practice, Nova York. Oxford Univ. Press, 1965.
H. LD.eE. A. K.
 
CONCLUSÃO
A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
A Oferta pacífica era oferecida geralmente logo após a oferta de holocausto e era feita com bolos, coscorões, azeite e animais.
Os Tipos de ofertas pacíficas eram: Açăo de graças (Louvor), Voto (pedindo, recebendo e devolvendo para DEUS) e Oferta movida (Vários objetos podiam ser levantados perante DEUS na oferta movida, dentre os quais a porção do peito da oferta pacífica). 
Os principais Objetivos das ofertas pacíficas eram louvar a DEUS e reconhecer sua soberania sobre tudo e todos e se aproximar de DEUS.
A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
Jacó, filho de Isaque faz voto e oferece sacrifício. Ana, mãe de Samuel faz voto e oferece sacrifício. Davi, rei de Israel faz voto e oferece sacrifício, ofereceu diversos sacrifícios pacíficos (2 Samuel 6:17; 2 Samuel 24:25; Salmos 43:4)
A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
A Consagração deve ser incondicional e voluntária.  Sacrifícios de louvores são bem-vindos, bem como instrumentos musicais na vida cristã. A Adoração contínua do cristão se dá pela sua vida de santidade e trabalho na seara do Mestre.
Ofereçamos a DEUS oferta pacífica de paz, nosso culto racional onde nosso corpo é oferecido como oferta de sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS.
 
 
 
COMENTÁRIOS EXTRAS DE LIVROS ABAIXO
Cap. 3 - OFERTA DE PAZ - AÇÃO DE GRAÇAS - (Lev 3.1-17; 7:11-21) - Comentário Neves de Mesquita
Segundo alguns rabis, a oferta de paz pode ser interpretada como oferta inteira e completa em si mesma, incluindo tanto a oferta mesma, como o ofertante. A palavra hebraica de onde se traduz "oferta de paz" fornece elementos para esta idéia, porque ela significa atitude de íntima relação entre a oferta e o ofertante. Daqui, a idéia de paz e amizade entre o pecador e DEUS, de uma união vital, em que as duas entidades se fundem.
Conforme outros, a palavra implica a idéia de compensação ou reparo feito, sendo relacionada também com a idéia de expiação, idéia que, não obstante estar um tanto remota, não deixa de ser incursa na oferta. O elemento expiatório encontra-se em todas as ofertas, ainda mesmo que não seja elemento principal, como não o é na oferta de paz, do mesmo modo que em todas as ofertas se encontram as idéias de reparo e substituição, mas em cada uma delas há a idéia básica. Por exemplo, não se deve confundir sacrifício expiatório, em que a idéia é de expiação, com o sacrifício de transgressão, em que a idéia é de reparo. Na oferta do holocausto, como já vimos, a idéia é de dedicação, não obstante lhe estar intimamente relacionada a de expiação. De igual modo, na oferta de paz, a idéia é de comunhão entre o ofertante e DEUS, e se bem que tal comunhão fosse possível mediante a oferta de expiação, nem por isso a oferta de paz deixa de ser necessária, incluindo, já se vê, o elemento expiatório, incluso em todas as ofertas em que há sangue, porque sem sangue não há remissão nem possibilidade de comunhão, entre DEUS e o ,pecador.

Assim, seria difícil interpretar a "Oferta de Paz" como. inteira e completa em si, excluindo dela tudo que pudesse referir-se à expiação.
Primariamente, ela significa comunhão e paz, e era neste caráter oferecida. Em segundo, como se não fosse possível alienar de toda e qualquer oferta a idéia de expiação, ela inclui também este elemento.
Nenhum pecador podia chegar ao Templo ou Tabernáculo para oferecer uma oferta de paz sem que antes tivesse oferecido a de expiação. Nenhum pecador poderia aspirar a gozar a comunhão com o seu DEUS sem que tivesse. oferecido a vitima da substituição pelo seu pecado. Feita essa expiação, podia, então, gozar comunhão com o Criador, e isto ele declarava por meio da "Oferta de Paz".

Conforme Lev. 3 e 7:11, parece que havia duas espécies de ofertas de paz, uma de sangue, outra sem sangue ou de cereais. O mais provável é que, em muitos casos, a oferta de cereais bastasse; noutros, seria necessária a de sangue. Se se tratasse de oferta de expiação, o sangue seria absolutamente exigido e não poderia jamais ser substituído, mas, visto que essa não era a idéia fundamental desta oferta, casos haveria em que podia ser feita de cereais mesmo. Não parece, pois, haver duas espécies de ofertas de paz, mas uma só, com três modalidades de oferecimento (Levíticos 7:16). Neste caso, teríamos: (1) oferta de ação de graças, (2) oferta de voto e (3) oferta voluntária. A de Paz era espontânea, podendo ser oferecida ou não. O que era essencial era a Oferta de Expiação, não a de Paz - que era mais um memorial que oferta propriamente. O crente que se sentia perdoado e em paz com DEUS declarava esta paz por meio da oferta, mas podia deixar de o fazer. Podia também dar-lhe o caráter de voto a DEUS. Neste caso, a oferta declararia que o ofertante jamais se apartaria dos estatutos divinos e fazia declaração de viver segundo a reta justiça. No terceiro caso, expressava um sentimento, muito natural do crente, de vir perante Jeová, trazendo sua oferta. Era regra que ninguém podia aparecer vazio diante de DEUS. Um hebreu que de tempos em tempos viesse ao templo teria de oferecer a oferta pela culpa e depois ofereceria invariavelmente a espontânea, de gratidão. Perdoe o leitor a repetição, mas convém dizer que nenhum coração penitente se satisfaria com uma só oferta: depois de cumprir o que sabia ser a exigência da Lei, cumpriria a exigência do seu próprio coração. Assim é ainda hoje. O crente faz o que lhe é exigido e o que voluntariamente deseja fazer. O que mais trabalha é sempre o que mais deseja trabalhar.

1. Natureza da Oferta de Paz e Ação de GRAÇAS

1) Não era oferta expiatória - Ainda que a vítima tivesse de ser pura simbolicamente, isto é, sem defeito físico, não era exigida a confissão. Poria a mão sobre a cabeça do animal, porque este era seu substituto, mas não confessava os pecados, porque estes já haviam sido confessados na "oferta pelo Brecado".
2) Era o sacrifício ou oferta do crente perdoado - Era a lembrança do holocausto, da oferta de transgressão, da oferta de expiação. Lembrava todos os sacrifícios. No caso de a Oferta de Paz significar voto ou oferta voluntária, que eram as partes menos importantes, podia comer-se no dia em que era oferecida e também no dia seguinte, mas nunca no terceiro, dia (Lev. 7:16,17). Se parte da oferta fosse comida no terceiro dia, o sacrifício não seria aceito. É que a oferta acompanhava de perto as emoções do coração, e tudo que se relacionasse cem a oferta não podia ser distanciado no momento em que ela era oferecida. O que passasse além dos momentos da oferenda cairia na formalidade e no frio ritual. Era preciso conservar o coração bem perto da oferta e esta bem perto das emoções e sentimentos do momento. Não somente deixaria ela de ser aceita, mas se converteria numa abominável farsa, se qualquer porção dela passasse para o terceiro dia. Muitas vezes o nosso culto se terna frio, e ainda pior, morno, porque o desassociamos dos nossos sentimentos e emoções da alma. Se é cântico, apenas emitimos os sons musicais já decorados, tão longe do espírito do hino; se é a contribuição, apresentamo-la como uma obrigação ou costume, esquecendo o que ela significa em nossa experiência de comunhão com DEUS; se é a ida mesmo ao culto, obedecemos tantas vezes ao, hábito (e seja dito, hábito bom), quando devíamos sentir o gozo de ir adorar ao Senhor, que nos tem dado, além da salvação, tudo o mais de que nossa vida carece para se manter normalmente. Isto tudo Jeová evitou, exigindo que a cerimônia da Oferta de Paz não se distanciasse dos momentos emotivos da ocasião da oferta.

3) Era a cerimônia das festas - Sempre que o crente recebesse uma manifestação graciosa de DEUS, devia vir ao templo oferecer sua oferta de paz. Como se nada acontecesse na vida sem a intervenção de DEUS, nada devia ser recebido sem ação de graças. Nós pensamos muitas vezes que certas felicidades nos vêm por via de nossa habilidade e inteligência, esquecendo-nos de que DEUS enfeixa em sua mão todo o governo do mundo e preside aos mais insignificantes momentos da vida e de cada criatura. Â parte da liberdade que temos de nos conduzir bem ou mal, tudo, entretanto, DEUS vê e governa, e, se alguma bênção nos vem à mão, vem pela sua graciosa interferência.

4) É oferta de memorial - Tenhamos em mente que o pecado é o fato delituoso mais grave nas relações entre DEUS e o homem. É como se fora um cataclismo que abalasse o cosmos pelos seus fundamentos. O pecado tem mobilizado as forças dos céus e dos infernos, na horrenda disputa pela vitória, Através da Bíblia, vemos como anjos, serafins e arcanjos cooperam diligentemente na obra divina da redenção da raça; ao mesmo tempo, vemos como Satanás movimenta seu povo para atrapalhar e destruir a obra de DEUS. Tal tem sido a luta multimilenária. Pois bem. Quando DEUS, pela sua inefável graça, consegue que um pecador se reabilite na paz e comunhão celestes, por meio de uma aproximação adequada, e assim restaura a primitiva situação de paz e amizade entre si e o homem, faz-se uma festa, de cujas proporções não temos a menor idéia. JESUS declara que há alegria diante dos anjos de DEUS por um pecador que se arrepende. Que alegria será essa? Qual será a musica? Que extravasões de júbilo serão essas no céu? Eis o que nem a imaginação com toda a sua extravagância pode calcular. Mas um acontecimento aparentemente insignificante aos olhos dos mortais, que assim abala os céus com todas as suas hostes, é inegavelmente um acontecimento grandioso.

Para comemorar, na terra, o dito fausto, DEUS instituiu a Oferta de Paz. Paz entre os céus e a terra! Ao ser elevada a oferta no altar, fincava-se o marco da vitória da fé sobre a incredulidade. Tendo sido a restauração espiritual do pecador feita mediante o sangue substitutivo da vítima animal, a festa seria de paz e alegria. As quentes emoções da ocasião durariam por todo esse tempo, embalsamando a alma e conservando-a para a continuidade da paz e comunhão com DEUS.

Nada há tão desejável como a paz mesmo entre os homens. Nada lhe é comparável. Por ela, deviam eles trabalhar mais afincadamente do que pelo pão, pois é possível passar uma hora de dor física com o espírito tranqüilo, mas é difícil passar um minuto de tormento moral e espiritual. A paz é o fator primordial do trabalho e do progresso. Cem ela, tudo se constrói; sem ela, tudo se derruba. Por ela, edificam-se castelos e mansões, sem ela, arruina-se o mais sólido patrimônio. À sombra da bandeira da paz, se ensaiam as mais sentidas canções do espírito humano, mas, com o turbilhão da desordem, põem-se abaixo nações, impérios, lares, e sociedades.

Nós podemos conjecturar apenas o que seria uma dessas festas! O sacerdote e os levitas, que, por suas funções, viviam afastados das gentes para que não se contaminassem, ajuntavam-se com o ofertante da Oferta de Paz, e este, com sua família, e todos comiam. Era a festa da paz entre DEUS e o pecador. Era a festa dos puros e santificados. Se uma pessoa imunda comesse dela seria extirpada da face da terra.
Nós, que temos sido purificados pelo sangue de CRISTO e temos chegado a, gozar desta mesma paz, num grau superior ao que gozava o israelita, também devemos oferecer de contínuo nossa Oferta de Paz, não mais por meio da vítima, mas por meio da inteligência, fazendo que a nossa paz contagie o ambiente, e todo ele se sature de paz celeste. Nós bem devíamos, em virtude de nossa relação pacífica e amorosa com o bondoso Criador semear a paz e a concórdia entre os irmãos; ter perenemente levantado o altar com a oferta do espírito redimida; e a esta festa trazermos os amigos e a família, para que todos se alegrassem na nossa paz. Muito ao contrário, tantas vezes trazemos os amigos e parentes para a fogueira das nossas discórdias, lhes incendiamos a alma com nossas próprias paixões e fazemos soprar um temível temporal de desordem e contenda, que arrasta na sua fúria a coluna monumental erigida à custa dos grandes labores, para depois contemplarmos as ruínas deixadas após a passagem do vendaval. Oh! como é adorável, nos céus, a paz! Como até os anjos se alegram quando um pobre mortal entra as mansões pacíficas por meio da fé! Não seremos nós os que, por princípio, por mister, por ofício mesmo, teremos de construir a paz universal? Não será verdade que o mundo só gozará paz quando a bandeira de CRISTO for desfraldada às gentes e sobre as suas dobras se abrigarem todos os povos? Por certo. Agora que o exército é pequeno e que os porta-bandeiras são poucos e fracos, não dispersemos as forças, não lhes conta--minemos a alma com discórdias pequeninas. Antes lhes saturemos o coração com aquela paz que CRISTO nos deixou e que, no seu próprio falar, é a paz que o mundo não conhece e não pode, portanto, dar.

Façamos a festa da salvação, uma festa de dois dias, e gozemos a recordação por toda a vida. No Templo ou no Tabernáculo, festejavam por dois dias os amigos do ofertante da festa pacífica, como querendo tornar a alma bem permeada do ambiente santo e santificante do lugar em que aprazia a Jeová manifestar-se. Nós, com a contínua presença de DEUS em nossa vida, temos muito maiores motivos para viver em festa espiritual contínua e associarmos à dita festa os amigos e parentes, fazendo-os partilhar dela. É só uma questão de desejar e ser obediente.

5) Era a festa da Eucaristia - Esta palavra talvez careça de uma explicação. Eucaristia é, na terminologia católica a hóstia consagrada pelo padre, mas, em linguagem evangélica, é uma festa memorial. Antigamente, os crentes tinham mais nítida esta noção toda vez que tomavam a Ceia. Para eles, era a Eucaristia a festa memorial em que celebrava a salvação trazida por JESUS CRISTO. Depois que a Igreja Católica lhe deu a idéia de que no pão e vinho, ou somente no pão, em forma de hóstia, estão o corpo real e a divindade do Senhor, os crentes abandonaram a palavra eucaristia, para somente prevalecer a da ceia. Entretanto, ou seja uma ou outra a palavra usada, o que não resta dúvida é que a Ceia é uma festa em que entram todas as emoções da alma salva pela graça de CRISTO e as recordações do sofrimento vicário do Senhor, juntamente com a esperança da sua volta certa, para levar a Igreja. É uma festa que aponta para o passado, para o presente e para o futuro. Para o passado, lembrando a tragédia do Calvário, em que foi efetuada a nossa redenção; para o presente, em que gozamos, na carne, os benefícios de nossa salvação; para o futuro, quando para sempre estaremos com o Senhor e em quem serão realizados, de forma final e definitiva, todos os benefícios implicados na morte, expiatória de JESUS. Na Ceia, pois, ao mesmo tempo que choramos o nosso pecado, que levou à cruz o Filho bendito de DEUS, alegramo-nos na salvação que ora gozamos e antelibamos o gozo celeste na glória.

A Festa de Paz e Ação de Graças que ora estudamos era, entre os hebreus, a sua eucaristia. Quantos deles compreenderiam o significado da festividade, não nos será possível saber. Uns compreenderiam muito; outros, pouco. Os mais espirituais teriam uma inteligência mais compreensiva de toda a transação, vendo nela a graça de Jeová errei dignar-se a aceitar o animal em substituição do pecador, declarando, por meio deste rito, que o dito pecador estava doravante em paz e comunhão com Ele. Os menos espirituais conformar-se-iam simplesmente com o rito sem lhe perceberem o conteúdo. Entretanto, uns e outros viviam debaixo deste pálio de graça que acobertava toda a nação, de maneira que, poderíamos dizer, viviam num ambiente saturado de paz e comunhão com DEUS. À parte a natureza recalcitrante da raça, que sempre se afastava dos preceitos de Jeová, podemos reconhecer que era uma nação que desfrutava paz e comunhão com DEUS coletiva e pessoalmente.

Para suprir toda e qualquer deficiência nesta admirável Teocracia, deficiência essa provocada pela incúria de uns e pela materialidade de outros, DEUS propôs as festividades de natureza coletiva, em que entravam tanto os Fiéis e dedicados como os rebeldes e recalcitrantes. O dia de Expiação Nacional, por exemplo, em que toda a nação entrava como uma, entidade, deixava claro que não podia haver um só fora da comunhão com DEUS. Nesta festa se chorava o pecado, e se fazia alarido festivo pela redenção feita no lugar SANTO com o sangue do bode.

Passado o tempo da dispensação nacional e entrada da dispensação pessoal, todos nós podemos erigir o nosso altar no coração e ali celebrarmos nossa oferenda de paz e comunhão com DEUS. Não precisamos mais da oferenda material, porque CRISTO fez-se oferta eterna por nós, mas, porque lhe queiramos oferecer uma oferenda aceitável, oferecemos-lhe a vida, com todos os seus poderes e capacidades, consagramos-lhe, no altar do serviço e adoração, todas as reservas vivas de nosso ser inteligente e racional, fazendo subir ao alto, como um holocausto, a fragrância da mesma vida imolada no altar da Reverência e veneração do Senhor.

Alongamo-nos mais do que seria preciso nestas considerações. É, que não pudemos obstar o extravasamento da alma, na contemplação dos dois altares, não obstante a distância do tempo que os separa, em que, no primeiro, se ofertava um animal de substituição, e, no segundo, se ofereceu o próprio Filho de DEUS, na grandiosidade do amor divino, fazendo que, num ato aparentemente tão insignificante, houvesse um mundo de graças e favor, como contemplamos na Cruz do Calvário, onde foram vitalizadas espiritualmente todas as sombras típicas do ritual mosaico.

2. Ritual da OFERTA de Paz

Não penetraremos no espírito desta oferta, se não atendermos à diferença que há entre ela e as outras. Em certo sentida, cedas eram iguais em seus efeitos redentores, porque todas tinham sangue, menos a última oferta que estudamos, a Oferta de Manjares, pois sem sangue não há remissão de pecados. Mas a diferença de ritual é bastante impressiva para dar a entender o alcance parcial de cada oferta, de modo que todas elas completassem uma única e solene verdade - que o pecador está perdido em seus pecados e o sangue da vítima o pode salvar.

1) Um animal macho ou FÊMEA - No sacrifício do holocausto, não era admitido senão o macho; no de paz, porém, a fêmea podia ser oferecida. É que não se tratava propriamente, de sacrifício, mas de oferenda e, neste caso, não se exigia o tipo forte da espécie. Assim como o pecado mata todas as energias físicas e espirituais do pecador, o sacrifício que tira estas faltas deve conter, pelo menos em símbolo, todas as energias compensadoras. O macho é mais forte que a fêmea, e, por essa razão, era exigido para o sacrifício de expiação, mas não para o de Paz. Era opcional, no segundo caso. O importante é que todos gozassem a salvação. A festa comemorativa seria feita segundo os recursos de cada um.

A mesma era franqueia a todos que desejassem gozar as bênçãos da comunhão. Caso não tivesse o penitente um bezerro, podia oferecer uma novilha; se esses animais não estivessem ao seu alcance, uma cordeira ou cordeiro serviam; se ainda fosse impossível este animal, uma cabra servia. Prodigalidade da graça, contanto que seja aceita segundo DEUS a oferece.
2) IMPOSIÇÃO das mãos do pecador - A cerimônia da imposição das mãos sobre o animal era obrigatória, em virtude do caráter substitutivo. O animal ia em lugar do crente. A vida tinha sido salva e pertencia agora ao Senhor, que bem a aceitaria. Mas, como a sua imolação roubaria a raça de sua cooperação e mesmo porque DEUS nunca exigiu sangue humano - ao contrário, quem derramasse sangue humano seria derramado o seu - o animal daria a substituição perfeitamente aceitável. Não obstantante a imposição das mãos, não havia confissão de pecados. Não havia pecado a confessar. Este já havia sido extirpado da alma no momento da oferta pelo pecado, que devia, como já vimos, preceder esta, da imposição das mãos. O que esta oferta visava era o oferecimento da vida em serviço e adoração, e não o perdão do pecado. Tenhamos bem presente que ninguém é aceitável a DEUS enquanto seu pecado não tiver sido perdoado. Por todo o tempo que o pecado reinar, em todo o seu império, na vida do pecador, nada este pode oferecer de aceitável. Seu culto, se o pudesse prestar, seria abominável. Os lábios que beijam o pecado não podem beijar o Senhor. A alma que se deleita no pecado não pode sentir deleite em DEUS. Oh! se bem pudéssemos penetrar no âmago destas verdades tão importantes! Seria nossa vida mais circunspecta e mais santa. Não a contaminaríamos tanto com as coisas mundanas.

3) O sangue seria aspergido em redor do altar - No caso de sacrifício pelo pecado, o sangue seria aplicado sete vezes nos chifres do altar do incenso (4:7, 17), em sinal de força e revigoramento de energias perdidas no pecado. Agora bastava que fosse aspergido em volta do altar. Não há nem a cerimônia. da aplicação do sangue sete vezes (perfeição), nem aplicação aos chifres (força).
O sangue era exigido como o elemento vital da oferenda, não podia ser aceita uma vida sem sangue, mas não era requerido o elemento purificador ou expiatório. O sangue apenas, incluía a idéia da existência do pecado, ainda que este não mais reinasse na vida do crente ofertante.

Ninguém podia oferecer a DEUS sua vida sem que a oferecesse de fato. O sangue era a prova de que a vida tinha sido mesmo oferecida. Se o crente oferecia o animal em reconhecimento de uma bênção recebida, ainda reconhecia também a relação entre sua vida de crente e Jeová, que lhe concedia o favor. O descrente é que recebe tudo na vida como se tudo viesse pela sua indústria e agência, relegando DEUS para um lado; não é assim o crente. Se era um voto feito a DEUS, tal voto incluía dedicação dos poderes da pessoa votante, e, neste caso, devia oferecer-lhe a vida como garantia da oferta e o sangue era a prova. Era o mesmo que se DEUS dissesse: "Nada aceitarei que não seja a vida inteira e incondicionalmente. Todos os poderes de tua mente e coração que vivem animados pelo sangue que rega todo o teu corpo, e sem o que eles não existiriam, eu os requeiro, garantidos pelo teu próprio sangue, que pode ser substituído pelo do animal."

DEUS é justo e santo, e ninguém pode dele acercar-se sem estar na mesma luz. Uma vida que ousa oferecer-se imolada, ainda que tipicamente, é uma vida santa. Em nossa experiência, verificamos sempre que os crentes oferecem sua vida ao Senhor na proporção da santidade em que vivem. Referimo-nos a um oferecimento racional, inteligente e aceitável. Pode ser que um interessado também contribua e assista aos cultos, mas isto em sentido algum é oferecimento de vida.
4) A gordura era do Senhor, assim como o sangue - O sangue é a vida; a gordura, a força. Um animal gordo é forte; um magro, fraco. A gordura que estava sobre os intestinos e os rins do animal seria queimada sobre o holocausto no altar e seu cheiro subiria a DEUS como se fora a própria vida que subisse ao céu. Assim que, por todas as gerações dos judeus, o sangue e a gordura não eram comidos pelo povo.

5) Certas partes eram queimadas; outras, simplesmente movidas (7:28-30) - As partes da vítima que eram queimadas pertenciam totalmente ao Senhor, porque delas nada restava. O fogo que as consumia, elevando ao céu o seu odor, significava inteira entrega e aceitação. As partes que não eram queimadas, eram movidas perante o Senhor; eram oferecidas, e depois entregues ao sacerdote, para seu alimento (31). Em primeiro lugar, temos que as partes queimadas eram oferecidas ao Senhor no ato de movimentação perante o altar, e, em segundo lugar, temos que, mesmo depois de assim oferecidas, eram entregues ao representante do Senhor, para seu alimento. Era a porção dos sacerdotes.

O sacerdote representava DEUS em todas estas transações, assim condão representava o pecador. No ato, porém, de jazer expiação, representava simples e puramente a divindade. Era, portanto, o Senhor aceitando o pecador. O sacerdote tinha de ser alimentado, e sua alimentação vinha das próprias vítimas do sacrifício. Da oferta pelo pecado, o sacerdote não podia comer; desta, que significava paz entre o pecador e DEUS, podia. Era o sacrifício da paz. Não há mais separação entre DEUS e o pecador. A oferta é, pois, de comunhão. Há paz entre os dois entes, e das oferendas de paz todos podem comer (7:19). Não há outro sacrifício em que a divindade se associe ao pecador por meio do sacerdote. Como a inimizade tinha desaparecido e os dois entes podiam viver em comunhão, sentam-se à volta da mesma mesa e participam juntas das mesmas viandas. Podemos imaginar um chefe de família aparecendo diante de Jeová, e, depois de oferecer o sacrifício pelo pecado, sem o qual não podia oferecer sacrifício de paz ou de ação de graças, sentam-se ele e sua família de um lado e o sacerdote, representante de DEUS, do outro, e todos se associam à festa da salvação. £ a alegria da festa. DEUS não podia estar fora da festividade, porque dele é a terra e a sua plenitude. Sua soberania deve ser notada em todo parte.

Há outra doutrina que deve ser destacada neste sacrifício. Se, por um lado, o sacerdote comia da carne oferecida em sacrifício de paz, corno representante da divindade, é certo que este direito lhe assistia em virtude do seu ofício. Ele trabalhava no serviço do culto e devia ser sustentado do culto. Nunca DEUS pensou noutra maneira de sustentar os que trabalham na religião. A tribo de Levi, separada para o sacerdócio, não recebeu herança territorial entre seus irmãos. Devia ser espalhada por toda a terra, entre todas as tribos. Não semeava, não cultivava, nem colhia, mas devia comer. Devia comer do serviço que prestava no templo. Os dízimos foram reservados para o sustento do culto e as ofertas, tirada a parte exigida por DEUS para o fogo, eram para sustento dos sacerdotes também. Nenhum culto pode ser espiritual e nenhum ministro pode servir bem a este culto se ele viver afogado em mil coisas materiais, com a alma posta no ganha pão de cada dia, deixando para o culto um espírito apagado e exausto. Por outro lado, também, os crentes perdem boa parte do interesse nas coisas espirituais, inclusive o Ministério, porque não dão nada para elas. DEUS soube o que fez quando ordenou que "os que servem o altar vivam do altar". Naturalmente nem sempre é possível praticar esta doutrina bíblica, mas isso não implica na sua nulidade. Devemos reconhecê-la e praticá-la, e, se não podemos pô-la em prática, reconhecemos ainda que ela é a única norma posta por DEUS para o sustento do Ministério.

Como em muitas outras ofertas de sacrifício, DEUS não deixou excluído o pobre de poder oferecer seu sacrifício de paz, ou de bolos asmos, obreiras asmas, bolos de pão levedado, um novilho, uma cabra ou outro animal limpo (7:12-14; 3:1-17). Ninguém precisava ficar fora do círculo de paz e amizade com DEUS por falta de recursos, pois que DEUS não se apraz na quantidade, mas na qualidade. Do mesmo modo hoje: quem não tem muito oferece o pouco como o que pode dar; bem assim, o que oferece o muito, como o tanto que deve dar. A DEUS não vai o volume das ofertas; vai o motivo delas. Tais idéias não se encontram senão na religião de Jeová, em que tão aceitável é o pobre como o rico, tão louvado é o que dá muito como o que dá pouco, se cada um dá o que pode. JESUS louvou mais à oferta da viúva pobre, que em si mesma nada valia, do que as mãos cheias de ouro ou prata que os ricos lançavam na arca do tesouro.

Em nenhum outro sacrifício era permitido oferecer pão levedado, mas, na oferta de consagração ou de paz, era permitido. Por quê? O fermento é tomado na Bíblia como símbolo de corrupção (Mat. 13:33) e maldade (Luc. 12:1). Aqui, porém, não se trata mais de expiação, nem de sacrifício no sentido real, mas de uma festa de paz, e, neste caso, a exigência de pureza absoluta em todos os elementos não procede. O pecador estava em paz e comunhão com DEUS; seu pecado já tinha sido expiado. Agora era um pecador perdoado em comunhão festiva com o seu salvador.

Outra coisa singular neste sacrifício é o fato de que o pecador mesmo devia oferecer a sua vítima (7:30). No tempo de CRISTO, o ritual deste sacrifício era feito da seguinte maneira: o ofertante trazia sua vítima e a matava na presença do sacerdote, e este aspergia o sangue. Depois o animal era partido, e o sacerdote oficiante tirava as partes internas, cortava a carne em pedaços e separava o peito e a pá direita. Depois colocava a gordura na mão do ofertante, juntamente com o peito, e, por cima de tudo isto, a pá direita. Os dois rins e o fígado por cima de tudo, e afinal o pão que devia ser usado na festa. O sacerdote punha a mão por baixo da do ofertante e juntos moviam as espécies perante o Senhor. Após isso, o sacerdote salgava as partes internas e as queimava sobre o altar. O peito e a pá, bem como o pão, que eram de novo movidos perante o Senhor, depois do que eram comidos pelo sacerdote e pelos sacerdotes ajudantes, ao mesmo tempo que restante era comido pelo ofertante juntamente com seus amigos Se a oferta fosse oferecida por duas pessoas em comum, uma faria oferta pelos dois, e, se uma mulher fosse a ofertante, o sacerdote fazia a moção, pois que as mulheres não podiam mover oferta perante o Senhor (Núm. 5:25; 6:20).

3. Simbolismo do Sacrifício de Paz

Todo o objetivismo dos sacrifícios levíticos se encontra na obra de JESUS CRISTO. Para os israelitas, seria difícil compreender o alcance de todo aquele cerimonialismo; o mesmo se daria conosco, se não soubéssemos o que sabemos em CRISTO. Isto mesmo se dá quando uma pessoa não familiar com o Novo Testamento lê o levítico ou outro livro do Velho Testamento. Não compreende nada e, muitas vezes, se escandaliza. Todavia, à luz do sacrifício de CRISTO, todos estes emblemas renovam o seu antigo fulgor.

Na obra mediatária de JESUS, temos tudo quanto se encontra nos sacrifícios do holocausto, pelo pecado, pela transgressão, de cereais e no de paz e de ação de graças, o que ora estudamos. Houve, ampla apropriação de graça para que num só ato JESUS satisfizesse o que era exigido de vários modos e em circunstâncias diferentes. Assim como no sacrifício de Paz o crente israelita gozava de comunhão com Jeová e era considerado em plena harmonia com as exigências nacionais e religiosas, do mesmo modo o crente em JESUS, depois de perdoado, goza da plenitude da graça de DEUS e continua nesta santa comunhão. O sangue de CRISTO derramado sobre o propiciatório (Rom. 3:21) fêz ampla provisão para todo e qualquer pecador e purgou todo e qualquer pecado. Em vista disso, ele goza de todas as bênçãos decorrentes da salvação.

1) Tem paz com DEUS - Havendo sido "justificados, pois, pela fé, temos paz com DEUS... "(Rom. 5:1). CRISTO ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele não nos salvou para ainda nos deixar no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou guerra com DEUS. Certa vez JESUS disse que o Reino de DEUS estava dentro de nós, e o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas paz... Se há coisa que um cristão deve gozar como resultado de sua salvação, é paz, e paz com DEUS. Não há dúvida de que ele terá muitas aflições, como JESUS mesmo adverte, mas Ele também diz que venceu o mundo, e é certo que nos conforta, para que vençamos também nossas lutas. A paz é o principal patrimônio do crente em JESUS. De tudo ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco talento para umas tantas coisas; poderá ter pouco conhecimento das coisas desta vida; poderá ter pouco de tudo que há em todo sentido, mas poderá ser enriquecido de paz. É a única coisa em que todos podemos ser iguais e viver por igual nesta vida - na paz com nós mesmos e com DEUS. "Não se turbe o vosso coração..." Se temos sido resgatados da maldição do pecado, tenhamos paz com DEUS e paz dentro de nós. Certo que corvejam sobre esta nossa riqueza espiritual milhares de corvos. Sobre ela piam todas as corujas. Todavia, urge que não deixemos arrebatar tão preciosa dádiva. Conservemos a paz. Deve haver dentro de cada peito cristão uma forte doze de estoicismo, não desse estoicismo histórico, mas estoicismo filho da fé em CRISTO. Todas as tentativas feitas para nos roubarem esta preciosidade são de alcance limitado, em comparação com o alcance da paz que vem de DEUS; são como se estivessem atirando contra nós com canhões de insignificante calibre, quando temos uma fortaleza inexpugnável. Gostamos de pensar, quando olhamos para uma estrela a brilhar no firmamento, cuja distância ignoramos, que, além daquela que vemos, há milhares que ignoramos; que além do mundo celeste que observamos, há outros mundos ignorados. Se as lutas forem do tamanho do mundo, maiores telescópios há ainda e maiores espaços para devassar. Além de tudo, DEUS. Além de todas as provações da vida, DEUS. Salvemos. pois, a nossa paz, ainda que tenhamos de pôr em movimento todas as reservas da fé. Podemos deixar-nos roubar de tudo e ainda ficarmos de pé, mas, se deixarmos roubar a paz, estamos mortos. Muitos dos últimos ensinos de JESUS visavam justamente a este ponto. Ele bem sabia que, se o seu povo tivesse paz, teria ânimo; mas, se esta lhe faltasse, nada o poderia garantir. "Não se turbe o vosso coração..."

2) Tem MOTIVOS para dar graças - Muitos dos sacrifícios de paz eram de ações de graças (Lev. 7:12) e os crentes têm cada dia motivos novos para dar graças a DEUS. Deve haver um hino contínuo nos lábios de cada crente, o hino de ações de graças, porque, podendo estar perdidos, estamos salvos; podendo estar sem esperança, estamos inflamados dela; podendo, estar desanimados, temos sempre bom ânimo; podendo considerar-nos sozinhos, temos muitos amigos e irmãos. Nossa salvação não traz somente salvação, traz tudo o que ela envolve.

Certa vez, desembarcamos numa ilha, onde não esperávamos encontrar um só amigo. Fomos à terra, e logo encontramos um homem que nos perguntou se éramos maçom. Dissemos-lhe que não, mas que éramos cristão.
- Ah! tanto melhor! Que igreja o senhor segue? - perguntou.
- Batista.
- Não há batistas nesta cidade, creio - disse ele - mas os cristãos são seus irmãos.
Nada nos faltou durante os dias que lá estivemos, ainda que de nada precisássemos. Se precisássemos de amigos, os teríamos encontrado; se precisássemos de auxílio, te-lo-íamos encontrado. Naquela ilha, não pudemos deixar de dar graças, porque pertencíamos a uma família que tem os seus membros espalhados por toda a terra. Quando nos lembramos de que temos ao nosso serviço todas as boas forças da terra e todas as dos céus, devemos dar graças a DEUS.

O descrente também goza de muitas bênçãos que o crente desfruta, mas não sabe de onde vêm e não sabe dar graças. Se vivem ou se morrem a seu lado, se tem fome ou fartura, se estão alegres ou tristes, de nada sabem dar graças. Não é assim o crente. Este sabe de onde lhe vem a boa dádiva. Sabe de onde vem o pão, e a sua aflição, e por tudo dá graças. Cada nova bênção deve ser motivo de novas graças. CRISTO deve estar presente em nossas mentes, como o gracioso doador de toda boa dádiva e de todo dom perfeito.

3) TEMOS acesso a DEUS Pai - Mediante o sacrifício ritualistico, o crente judeu tinha acesso a DEUS e podia gozar cerimonialmente esta comunhão. Depois que CRISTO morreu por nós e o aceitamos como o nosso substituto, temos acesso a DEUS Pai. O privilégio da comunhão com DEUS não é nem pode ser bem apreciado por nós aqui na terra mas, nos limites de nossa compreensão, deve constituir um motivo de justo regozijo. Seja onde e como for que vivamos, a idéia de que podemos estar em paz com DEUS é certamente filha de nossa salvação por CRISTO. Uma só coisa concorre para que a nossa crença deixe de produzir todos os seus efeitos - a incredulidade de nossos corações. Se não fora isso, todos viveríamos o céu na terra, que é de fato o ideal.

4) Em JESUS nos alegraremos nas bênçãos recebidas COMO o judeu se alegrava na oferta de ação de graças - Se o ofertante judeu fazia uma festa quando aparecia perante o Senhor com os seus bolos ou seu animal, muito maior festa deve fazer o crente cristão quando aparece perante DEUS com o sangue do Cordeiro Imaculado. Já se disse que a vida do cristão é de festa. O que existe destoante deste postulado deve ser levado à conta de notas desafinadas na sinfonia humana. Devemos viver em festa espiritual, e assim vivem os que vivem verdadeiramente em CRISTO. Há mui, tos cristãos tristes e chorosos, como há muitos queixosos e descontentes, mas simplesmente porque não vivem a verdadeira vida cristã. Pelo menos três vezes no ano deviam os crentes judeus comparecer a Jerusalém, a sede do culto, para oferecerem seus sacrifícios e fazerem festa. A nação não podia deixar-se matar de desânimo. Nós não podemos comparecer três vezes ao centro de nosso culto, porque comparecemos todos os dias e todos os momentos, pois que já chegou o dia quando nem em Jerusalém nem em Samária se adora a Jeová, mas em qualquer parte da terra. Portanto, desta comunhão deve resultar maior alegria. Mesmo as melhores partes do culto de domingo são estragadas pelo espírito de amargura e angústia. Quantos crentes deixam a casa do Senhor em pior condição do que quando lá entraram! Há coisas que não estão sendo feitas como desejamos? Lembremo-nos de que tampouco as faríamos a contento de todos. O pregador não pregou como gostaríamos? Lembremo-nos de que não pregaríamos melhor do que ele. Há um mundo de coisas defeituosas e que não correm a nosso jeito, mas também nós somos um amontoado de defeitos e imperfeições e todavia, nosso Pai nos aceita. Só há uma coisa que deve entristecer-nos: se andamos em pecado. Nenhuma outra coisa deve levar-nos a deixar de dar graças ao Senhor e vivermos alegres. Remediaríamos uma multidão de queixas se nos puséssemos no lugar daqueles que são motivo delas. O mundo não é nosso, a Igreja não é nossa, os crentes não são nossos, ninguém vive para nós e morre para nós. Demos, pois, graças 
ao Senhor e sejamos alegres. Sejamos pelo menos o que um bom judeu seria nos dias de sua festa em Jerusalém.

5) Podemos ser santos - O israelita, depois de oferecer o seu sacrifício pelo pecado, era julgado santo, e fundamentalmente todo judeu era considerado santo, pois está dito: "sede santos, porque eu sou santo" (Lev. 11:44) e "vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo" (Êx. 19:6). CRISTO removeu toda nossa iniqüidade, assim como cerimonialmente o antigo sacrifício removia a iniqüidade do crente judeu. Assim, pois, sejamos santos. A vida de JESUS deve ser o nosso maior estímulo a uma vida de santidade, pois que Ele em tudo se santificou por nós. Não há nenhum motivo para vida de iniqüidade. Basta a luz que em nós já foi feita sobre a diferença entre pecado e santidade, para que detestemos aquele e amemos esta. O pecado deve causar verdadeiro pânico a um sincero crente. Sua presença é sinal de derrocada espiritual e fracasso na obra de JESUS CRISTO. Deve haver suficiente reserva em nós para podermos viver essa vida ideal. JESUS não nos acenou com uma miragem; deixou-nos exemplos. Se Ele pede que sigamos em santidade, é porque sabe ser possível tal situação. Não ficamos órfãos, quando JESUS morreu; Ele enviou o seu ESPIRITO aos nossos corações e podemos clamar: "Abba, Pai." Não somente devemos viver em santidade, mas temos o dever imperioso de assim viver. Morreria CRISTO debalde? Criaria Ele uma vida irrealizável? Não seria Ele mesmo o autor dos sacrifícios levíticos como uma antecipação real do futuro sacrifício? Por certo que sim. Os crentes, ao aceitarem a JESUS, assumem o compromisso sagrado de viver pelo que professam.

De onde nos vem essa consciência do pecado? Não será de nossa comunhão com CRISTO, mediante seu ESPIRITO em nós? De onde vem que o pecado entristece, enquanto a santidade alegra? Vede o crente caído como anda triste, enquanto que o que goza comunhão com CRISTO exubera de felicidade. Vede, outrossim, como é feliz em sua pobreza o crente que vive santamente, enquanto se decompõe espiritualmente o que vive nos deleites de sua carne. Em CRISTO podemos ter um conceito e compreensão elevados da vida de santidade. A oferta, repetimos, de um animal ou de alguns bolos, em ação de graças, fazia uma comunidade gozar da comunhão em santidade com Jeová. Não terá o sangue de CRISTO maior efeito que o de bodes ou a oferta de bolos? Lá, DEUS se comprazia em aceitar aquelas coisas e mediante elas dispensar ao pecador os meios de graça. Muito mais hoje, que Ele nos deu o seu Filho como Cordeiro imaculado para tirar nossos pecados.

6) O Senhor é o dono de nossa vida em CRISTO - Pela oferenda do sacrifício de paz ou ação de graças, ficava arbitrado que a vida pertencia ao Senhor, tinha-lhe sido dedicada. Não era somente uma festa de comunhão, paz, alegria e santidade; era também a consagração da vida. No momento que o crente trazia ao sacerdote o animal ou quaisquer viandas, e estas eram aceitas, ficava hipotecada a vida ao Senhor. Ora, tudo isto em muito melhor luz temos no Novo Testamento: "Fostes comprados por preço...", doutrina o apóstolo. A doutrina da Mordomia não diz respeito apenas ao que é nosso, e, sim, também a nós. Não será possível que nossa fazenda pertença ao Senhor, se primeiro não nos oferecermos a nós mesmos. Isto diz o apóstolo Paulo, falando aos corintios sobre a grande coleta a favor dos cristãos pobres de Jerusalém. Primeiro eles se tinham dado ao Senhor. Se os pregadores falassem mais de consagração das vidas, não Precisariam de falar tanto de consagração da fazenda, falar de dinheiro, sejam dízimos ou ofertas. Quando a noção de que somos do Senhor e, conseqüentemente, que dele é tudo que temos se apegar à nossa alma, teremos resolvido os problemas financeiros das igrejas. O que precisamos de combater é a Idolatria em nós, para que em seu lugar nasça a dedicação.

O judeu era doutrinado a dar o dizimo, mas ele dava muito mais do que isto. Talvez 60% de suas rendas fossem para o sustento do culto, se tomarmos os em consideração o que ele gastava com dízimos, ofertas, sacrifícios, tempo e dinheiro para assistir às festividades nacionais. Numa religião elementar como era a judaica, em comparação com o cristianismo, era singular este espírito. Calcado neste espírito está todo o ensino de JESUS a respeito do dinheiro. Calcula-se que 30% de seus ensinos giram em torno do dinheiro. Bem sabia Ele que não podemos ter dois senhores. A consagração da fazenda, pois, é condição precípua à consagração da vida, e, inversamente, a consagração da vida é condição essencial para a consagração da fazenda.

Poderíamos dizer que, se praticarmos bem a Mordomia, teremos dado o passo para a prática de todas as demais doutrinas, visto que JESUS mesmo reconheceu que onde estivesse o nosso tesouro aí estaria o nosso coração. Ora, onde estiver o coração do homem estará todo o seu empenho e dedicação. Se consagrarmos ao Senhor tudo, teremos atingido o ideal.
Para finalizar estas considerações, lembramos que os antigos sacrifícios tinham o seu lado ritual e legal, mas também o lado prático. Não era uma simples formalidade chegar ao sacerdote o oferecer o sacrifício, fosse sobre que fim fosse, e depois voltar a viver como se nada houvera feito. As impressões deixadas pelo ritual expressivo e impressivo ensinariam dia após dia o quanto Jeová exigia para que se pudesse habitar em comunhão com Ele.

Naturalmente haveria, como em tudo o mais, as falhas e lacunas; mas, em geral, cada observador da lei sentia os impulsos que o ritual deixava impresso em sua alma. Nem outra coisa era de esperar de DEUS. Se não fosse este o objetivo atual, além do profético, não seria tão enérgica a obrigação. Encontramos, no último profeta, cerradas objurgatórias contra os que estavam agindo formalisticamente, oferecendo animais impuros e defeituosos a Jeová. Estes se tinham desviado do caminho.

Lembremo-nos de que se de um judeu era exigido tanto, não poderá haver medida menor para nós. Seremos mais responsáveis pelo culto que oferecemos a DEUS do que o era um judeu nos velhos tempos.
 

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 75, p41. 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO TOP 1 
Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro e utilize-a para mostrar aos alunos os vários tipos de sacrifícios apresentados individualmente pelos israelitas.
 

NOMECONTEÚDOSIGNIFICADO
Ofertas queimadas
Lv 1; 6.8-13
Um boi, cordeiro, bode, ou um pombo macho ou um pombinho sem defeito.
Essa oferta voluntária simboliza completa entrega a DEUS.
Ofertas de cereais
Lv 2; 6.14-23
Grãos, flor de farinha, com óleo de oliva e sal, mas nunca com qualquer fermento.Essa oferta voluntária acompanha a maioria das ofertas queimadas e simboliza devoção a DEUS.
Ofertas de comunhão (pacíficas)
Lv 3; 7.11-36
Qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhasA refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão com DEUS e ação de graças por bênção. 
Ofertas pelo pecado
Lv 4. 1-5, 13; 6.24-30; 12.6-8; 14.12-14
Animal específico é requerido dependendo do status e posição. Ao muito pobre é permitido trazer uma oferta de fina flor de trigo.Pelo pecado ou impureza.

Ofertas pela culpa
Lv 5.14-6.7; 7.16; 14.12-18
Valioso cordeiro ou ovelha sem defeito.Essa oferta era requerida se uma pessoa violasse os direitos de alguém, como por furto. Era também requerida quando houvesse cura da lepra, pois DEUS era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente.



CONHEÇA MAIS - TOP 1 - Sobre pão levedado
“O pão levedado podia ser usado com a oferta pacífica, porque esta não era colocada no altar (cf.2.11 nota).
[2.11] Não podiam ser oferecidos no altar porque eram usados para fomentar a fermentação. A fermentação envolve alteração, decomposição ou deterioração e, geralmente, simboliza o mal.” Leia mais em “Bíblia de Estudo Pentecostal”, CPAD, pp.186,93
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO TOP 2
Professor(a), para apresentar de forma mais didática os três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi. Reproduza o quadro abaixo. Depois faça a seguinte indagação: “O que é um voto?” Ouça os alunos e em seguida, se desejar leia a explicação para que compreendam o significado do termo.
 
 
PERSONAGEM
VOTO
Jacó
“Se DEUS for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu DEUS” (Gn 28.20,21).
Ana
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11).
Davi
“O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl 22.25).
Voto
“Empenho voluntário de uma palavra a DEUS ou a outra pessoa. Nas Sagradas Escrituras, o voto, via de regra, tem um caráter sagrado e não pode ser revogado a menos que seja feito com base na ignorância e presunção (1 Sm 14.24-35). Por este motivo, para que o voto seja legítimo é mister que se observe os seguintes requisitos: 1) Voluntariedade; 2) Consciência e responsabilidade; 3) Conformidade com a Palavra de DEUS; 4) Que não envolva terceiras pessoas sem o consentimento destas” (Dicionário Teológico, CPAD, p. 361).

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - TOP3
“A natureza e o propósito dos sacrifícios pacíficos estão aqui mais distintamente abertos. Eles eram oferecidos: 1. Em gratidão por alguma misericórdia especial recebida, como a recuperação de uma enfermidade, a proteção em viagem, o livramento no mar, a redenção do cativeiro, tudo que é especificado no Salmo 107, e por estas coisas os homens são convocados a oferecer sacrifícios de gratidão. 2. No cumprimento de algum voto que um homem fez quando estava em aflição, e isto menos honorável do que no caso anterior, embora a omissão de ofertar este sacrifício tivesse sido mais culpável. 3. Em súplica por alguma misericórdia especial que um homem estava buscando com elevada expectativa. Este sacrifício é, aqui, chamado de oferta voluntária. Este sacrifício acompanhava as orações de um homem, assim como o anterior acompanhava os seus louvores. Não encontramos que os homens fossem obrigados pela lei, a menos que tivessem se obrigado — através de um voto — a oferecerem estas ofertas pacíficas em tais ocasiões, da mesma forma que deveriam fazer os seus sacrifícios de expiação no caso de terem cometido pecados. Não que a oração e o louvor sejam tanto nossa obrigação como o arrependimento o é. Mas aqui, nas expressões de seu senso de misericórdia, DEUS os deixou mais para a liberdade deles do que nas expressões de seu senso de pecado — para provar a generosidade de sua devoção, e que os seus sacrifícios, sendo ofertas voluntárias, pudessem ser as mais louváveis e aceitáveis. Além disto, obrigando-os a trazer os sacrifícios de expiação, DEUS mostraria a necessidade de grande propiciação” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 373,374).

AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP