Lição 10- Cumprindo as obrigações diante de
DEUS
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD -
Para jovens e adultos
Tema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa
- A atualidade de Provérbios e Eclesiastes.
Comentário: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de
Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE
TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO
“Quando a DEUS fizeres algum
voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares,
paga-o” (Ec 5.4).
VERDADE
PRATICA
A nossa vida de adoração
somente será verdadeira quando nos conscientizarmos dos nossos direitos e
deveres diante de DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda Ec 5.8 Obrigações de
natureza política
Terça Ec 5.1 Obrigações de
natureza espiritual
Quarta Ec 5.2 Reverência a
DEUS
Quinta 1 Sm 1 5.22
Obediência a DEUS
Sexta Ec 5.2b A
transcendência
Sábado Ec 5.4; 2Co 6.16 A
imanência de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Eclesiastes 5.1-5
1 - Guarda o teu pé, quando
entrares na Casa de DEUS; e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer
sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. 2 - Não te precipites
com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma
diante de DEUS; porque DEUS está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo
que sejam poucas as tuas palavras. 3 - Porque da muita ocupação vêm os
sonhos, e a voz do tolo, da multidão das palavras. 4 - Quando a DEUS fizeres
algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que
votares, paga-o. 5 - Melhor é que não votes do que votes e não pagues.
PALAVRA-CHAVE - Obrigação: Ação de obrigar; fato de estar obrigado a fazer
uma ação.
Resumo da
Lição 10- Cumprindo as obrigações diante de
DEUS
I -
OBRIGAÇÕES E DEVOÇÃO
1.
Obrigações natureza político-social.
2.
Obrigações de natureza religiosa.
II -
OBRIGAÇÕES ANTE A SANTIDADE DE DEUS
1.
Reverência.
2.
Obediência.
III -
OBRIGAÇÕES FRENTE À TRANSCENDÊNCIA DE DEUS
1. DEUS, o
criador.
2. Homem, a
criatura.
IV -
OBRIGAÇÕES DIANTE DA IMANÊNCIA DE DEUS
1. DEUS
está próximo.
2. O valor
das orações e votos.
INTERAÇÃO
Em todas as esferas da vida
temos responsabilidades. É na família, no trabalho, na faculdade, nas
amizades, enfim; em todos os lugares onde nos relacionamos está o nosso
senso de responsabilidade. Com as coisas de DEUS não é diferente. Ora, o
Senhor nosso DEUS é SANTO, Amoroso e Misericordioso. Por isso, devemos nos
empenhar no compromisso de imitá-Lo, servindo-O de toda mente e coração. A
vida com DEUS é para ser levada a sério e devemos vivê-la até as últimas
conseqüências. Quando o amor do Pai inunda-nos à alma, não temos dúvida do
quanto podemos fazer para Ele e ao próximo que está em torno de nós.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
Conceituar as obrigações de
natureza político-social e religiosa.
Explicar as obrigações ante
a santidade de DEUS (reverência e obediência).
Compreender as obrigações
frente a transcendência e a imanência de DEUS.
BREVE
EXPLICAÇÃO PARA TRANSCENDÊNCIA E A IMANÊNCIA
TRANSCENDÊNCIA
[Do lat. transcendentia] O
que ultrapassa o conhecimento comum, e vai além da experiência meramente
humana. A transcendência é um dos atributos naturais de DEUS.
IMANÊNCIA
[Do lat. immanentia]
Qualidade do que está em si mesmo, não transita a outrem. É o oposto de
transcendência. Embora seja DEUS transcendente, não se encontra à parte de
sua criação; acha-se presente nesta através dos atributos de sua imanência:
onipresença, onisciência e onipotência; e por intermédio de seus atributos
morais.
A imanência corrobora com a
intervenção divina na criação. Seres humanos, a natureza e tudo o que há no
mundo pertencem ao nosso DEUS. Entretanto, a Sua transcendência não permite
que Ele mesmo se confunda com sua criação. O nosso Pai não é a natureza; não
é o homem; nem, muito menos, o animal. O nosso DEUS é o Criador de tudo! E
Ele se relaciona com a sua criação.
Texto adaptado do Dicionário
Teológico, editado pela CPAD.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO -
Subsídio Vida Cristã “Adoração centrada em DEUS
A adoração centrada em DEUS
começa com o foco na tremenda revelação de DEUS. Este DEUS das Santas
Escrituras é o Onipotente (Todo-Poderoso) Criador, que falou e tudo veio a
existir! Este é DEUS, que é Onipresente (presente em todos os lugares),
acima de tudo, abaixo de tudo, mas não contido em nada. DEUS é Onisciente
(sabe tudo), chegando até a enumerar os cabelos de nossa cabeça. Ele conhece
nossos pensamentos antes que venham a existir ou tornar-se conhecidos. DEUS
é santo e habita na luz inacessível de sua própria glória.
Quando nos reunimos para
cultuá-lo em adoração, devemos conscientemente começar com esta grande
imagem de DEUS diante de nós e nos perguntar: Como devemos conduzir nossa
vida a cada dia e moldar nossa reunião para glorificar a este DEUS? Isto é
muito importante para esta presente geração, porque manter em mente esta
visão bíblica de DEUS enquanto adoramos nos ajuda a evitar a idolatria. Não
cometa o erro de pensar que você não é culpado de idolatria, simplesmente
porque não se curva diante de ídolos. Somos culpados de idolatria toda vez
que pensamos em DEUS de forma diferente do que a Bíblia o retrata” (HUGUES,
Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
pp.56-57).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo em Defesa
da Fé: Questões reais, respostas precisas, fé solidificada. 1 .ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010.
HORTON, Stanley (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. l. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1996.
VOCABULÁRIO
Ativismo: Trabalho
desenvolvido em meios revolucionários, políticos, estudantis, sindicais;
militância.
Dualismo: Princípio comum a
diversas religiões e seitas que professam a coexistência irredutível do
corpo e do espírito, do bem e do mal.
Legalismo: Tendência a se
reduzir a fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das
observâncias práticas e obrigações eclesiásticas.
Texto da
Revista Ensinador Cristão
CPAD, n°56, p.41.
Cumprindo
as Obrigações Diante de DEUS
O capítulo 5 de Eclesiastes
é uma série de conselhos práticos, onde Salomão inicia falando a respeito da
vida religiosa e da reverência que é devida na Casa de DEUS (Ec 5.1). Os
israelitas, desde a infância eram ensinados a reverenciarem o sábado como
dia santo e o santuário do Senhor (Lv 19.30; 26.2). Será que nossos filhos
sabem da importância de se adorar ao Senhor no seu templo?
A língua grega dispõe de
duas palavras para culto: latreia e proskuneo. A primeira significa adoração
e a segunda reverenciar. Cultuara DEUS é adorá-lo. É reconhecer que Ele é
único e digno de receber toda a honra, glória e louvores. Muitos confundem
cultuar a DEUS com ir à igreja. Às vezes os crentes até vão à igreja, mas
não louvam e adoram ao Senhor. DEUS busca aqueles que o adoram em espírito e
em verdade (Jo 4.24).
Os israelitas não tinham a
liberdade que nós temos hoje. Na Antiga Aliança para se apresentar diante de
DEUS era necessário sacrifícios e a intervenção de um sacerdote. Atualmente
não mais precisamos disso, pois a morte e a ressurreição de JESUS nos
garante livre acesso à presença do Pai. Todavia, é preciso respeito. O poeta
Alemão Goethe declarou: "A alma da religião cristã é a reverência". Certa
vez, JESUS entrou no Templo e ficou indignado com a falta de reverência das
pessoas. O louvor e a adoração haviam sido substituídos pelo comércio (Mt
21.12). O que se ouvia ali não eram aleluias e glórias ao Todo-Poderoso, mas
o grito dos cambistas e dos que comercializavam os pombinhos que eram
utilizados nos sacrifícios. O Mestre ficou indignado! JESUS colocou toda
aquela "turma" no seu devido lugar. O louvor, a adoração e a oração estavam
sendo substituídos.
Hoje temos livre acesso a
DEUS, não precisamos realizar todo o ritual litúrgico do culto Levítico,
porém não significa que em nossos cultos não devemos seguir uma liturgia
santa, bíblica. Paulo ao ensinar a respeito do culto diz que tudo deve ser
feito para a edificação: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).
Para muitos israelitas a ida
até Jerusalém, onde estava o Templo, não era somente uma obrigação
religiosa. Certamente eles iam ao Templo para celebrar as festas sagradas
com o coração alegre. Observe o que nós diz o salmista: "Alegrei-me quando
me disseram: Vamos à Casa do Senhor!" (SI 122.1). Vamos à Casa do Senhor não
por uma obrigação religiosa, mas porque o amamos.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Nos capítulos 1—4 do livro
de Eclesiastes, Salomão já havia tratado praticamente de tudo aquilo que
acontece “debaixo do sol”. Ele mostrou que o conhecimento sem o temor de
DEUS não é sabedoria, mas estultice. Da mesma forma ele mostra que a busca
pelo prazer e lazer pode ser simplesmente correr “atrás do vento”, se não
tiverem como fim último a adoração a DEUS. Dentro ainda dessa perspectiva, a
aquisição de muitos bens ou posses pode transformar um pobre em um rico, mas
não em alguém próspero. Por último ele mostrou que o trabalho sem a visão de
DEUS como fim último é mero ativismo.
Agora Salomão, no capítulo 5
de Eclesiastes, irá falar sobre a adoração em um contexto em que se
contrastam a obrigação e a devoção. Como devotos temos direitos, mas também
possuímos deveres. E essas obrigações não se limitarão apenas ao mundo
religioso, mas também ao universo político-social. Eclesiastes mostrará que
essas obrigações serão melhores compreendidas quando vistas à luz dos os
atributos de DEUS, tais como: Santidade, transcendência e imanência.
Neste capítulo darei maior
destaque a uma prática que é muito comum entre os pentecostais — a prática
de se fazer um “voto” ou propósito em prol de determinada causa. Fiz isso
também porque esse parece ser o assunto que recebe maior destaque por parte
de Salomão em Eclesiastes 5.1-6.
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 115-116.
OBRIGAÇÃO
Essa palavra portuguesa vem
do latim, obligare, que é formado por oh, «para», e ligare, «ligar». A
palavra «religião» também está alicerçada sobre essa palavra latina,
derivada de religo, «amarrar apertado », ou, mais literalmente, «amarrar
atrás». Assim, a religião é aquilo que amarra ou prende a consciência.
Obrigação é um termo ético
que indica que existem certos deveres que o individuo precisa cumprir.
Dentro da ética, a teoria da obrigação se chama deontologia, que vem do
grego, deon, «obrigação», «necessário•. As obrigações nós as devemos a DEUS,
à comunidade dos homens, e a nós mesmos. Há obrigações absolutas e divinas,
embora também as haja de natureza pragmática.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 4. Editora Hagnos. pag.
572.
Votos Precipitados Anulam os
Frutos do Labor (5.1-7)
Um homem sábio mostrar-se-á
cauteloso quanto às práticas religiosas e devoções. Terá cuidado em realizar
votos, mas também será cuidadoso em não fazer votos insensatos que o
prejudiquem.
"Eclesiastes 5.1-7. Estes
versículos são freqüentemente interpretados como um interlúdio no argumento
de Salomão. São geralmente compreendidos como um trecho que fornece
conselhos sobre a adoração, incluindo a atitude de adoração apropriada (vs.
1): a prática apropriada da oração (vss. 2 e 3); e o pagamento apropriado
dos votos (vss. 4-7). Na realidade, entretanto, fazem parte importante do
argumento de Salomão, advertindo contra seguir votos precipitados, o que
leva uma pessoa a perder os frutos de seu trabalho, quando DEUS destrói o
trabalho de suas mãos (vs. 6). Foi assim que Salomão advertiu contra a
insensatez dos votos precipitados que ele chamou de ‘sacrifícios de tolos'
(vs. 1). Ele advertiu contra proferir um voto precipitado e mal considerado
para com o Senhor. ‘Não sejas precipitado com a tua boca. Não te apresses em
teu coração' (vs. 2)” (Donald R. Glenn. in Ioc). (Jz 11.1-12.7).
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
2718.
Salomão, neste capítulo,
discursa:
I. A respeito da adoração a
DEUS, receitando-a como um remédio contra todas aquelas vaidades que ele já
tinha observado estar na sabedoria, aprendizado, prazer, honra, poder e
trabalho. Para que nós possamos não ser enganados por estas coisas, nem ter
nossos espíritos afligidos com as decepções que encontramos nelas, vamos ter
consciência de nossas obrigações para com DEUS e manter nossa comunhão com
Ele; mas, além disso, ele dá uma advertência necessária contra as vaidades
que são também freqüentemente encontradas nos exercícios religiosos, as
quais os privam de sua excelência, tornando-os incapazes de evitar outras
vaidades.
Se a nossa religião é uma
religião vaidosa, quão grande é essa vaidade! Vamos, portanto, prestar
atenção à vaidade:
1. Ouvindo a palavra e
oferecendo sacrifício, v. 1.
2. Em oração, w. 2,3.
3. Fazendo votos, w. 4-6.
4. Fingindo ter sonhos
divinos, v. 7.
Agora:
(1) Como remédio contra
aquelas vaidades, ele receita o temor a DEUS, v. 7.
(2) Para evitar a ofensa que
pode surgir do sofrimento presente das pessoas boas, ele nos direciona a
voltar os olhos para DEUS, v. 8. II. A respeito das riquezas deste mundo e
da vaidade e aflição que as atingem. Os frutos da terra são de fato
necessários para o sustento da vida (v. 9), porém, da mesma maneira que a
prata, o ouro e as riquezas:
1. Eles são insatisfatórios,
v. 10.
2. Eles não têm proveito, v.
11.
3. Eles são inquietantes, v.
12.
4. Eles freqüentemente
provam ser cruéis e destruidores, v. 13.
5. Eles são perecíveis, v.
14.
6. Eles devem ser deixados
para trás quando nós morremos, vv. 15,16.
7. Se nós não temos um
coração para utilizá-los, eles causam grande inquietação, v. 17. E,
portanto, ele nos recomenda o uso confortável do que DEUS nos dá, com os
olhos nele, que é o doador, como o melhor caminho tanto para responder ao
fim de nossa posse disso quanto para prevenir as malícias que geralmente
atingem as grandes propriedades, w. 18-20. Assim que, se nós pudermos
aprender deste capítulo a administrar os negócios da religião e os negócios
deste mundo (ambos os quais tomam uma boa parte do nosso tempo), de modo que
ambos possam ter sucesso, e nem nossos sábados, ou Domingos, nem nossos dias
da semana sejam perdidos, nós teremos motivo para dizer: Nós aprendemos duas
boas lições.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag.
914-915.
I - OBRIGAÇÕES E DEVOÇÃO
1. Obrigações natureza político-social.
Há uma máxima que diz:
“Primeiro a obrigação depois a devoção”. Esse dualismo, que separa obrigação
da devoção como se fossem duas dimensões totalmente distintas não é bíblico.
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 116.
Ec 8.2 Eu te digo: Observa o
mandamento do rei. A primeira regra de sobrevivência quando se serve a um
rei perigoso, que pode ordenar a morte em um segundo, é observar
estritamente o juramento de obediência feito a ele. Esse juramento é
sagrado, porque ele obrigou a jurar pelo nome de Yahweh; se ele achar
conveniente matar por causa de alguma infração, pode lançar a culpa sobre
Yahweh. a quem se teria traído, visto que se traiu o rei. O juramento
sagrado tem sido explicado como:
1. Um juramento feito a DEUS
de que a pessoa mostrar-se-ia totalmente leal e obediente ao rei.
2. Um juramento feito na
presença de DEUS, afirmando a fidelidade ao rei.
3. Um juramento feito ao rei
como se ele fosse uma divindade: seu contexto é o Egito ou outras nações que
divinizaram seus reis.
Provavelmente, a
interpretação correta é a de número 2. O rei em Israel tradicionalmente era
tido como representante de DEUS, a quem o Senhor dava poder, sendo possível
que até reis ímpios retivessem seu chamado “direito divino dos reis”.
Se você fez esse juramento
sagrado, não se desanime (Revised Standard Version) se ele lhe ordenar ferir
ou matar, ou confiscar a propriedade de um homem inocente ou outra tarefa
difícil de qualquer espécie. Obedeça! Você não é pessoalmente responsável,
não se preocupe com a moralidade: a moralidade consiste em obedecer ao rei.
Você sobreviverá por mais tempo, se seguir essa regra.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
2728.
É sábio obedecer ao rei
(8.2-6). Eu digo: observa o mandamento do rei - antecipa a orientação de
Paulo aos cristãos (Rm 13.1-5). O conselho é o mesmo ainda que as razões não
sejam idênticas. E isso em consideração para com o juramento de DEUS -
provavelmente significa o juramento de lealdade de alguém ao rei (Barton),
embora possa ter o significado que Paulo deu à responsabilidade em obedecer
às autoridades civis em virtude da lealdade à vontade de DEUS.
Os versículos 3 e 4 são um
apelo simples fundamentado na autoridade nua e crua. Não te apresses a sair
da presença dele - é interpretado como: “Não se rebele precipitadamente
contra Ele” (Moffatt). Nem persistas em alguma coisa má - talvez signifique:
“Não brinque com coisas adversas, pois Ele faz o que quer” (Berkeley). O
versículo 4 diz claramente: “Visto que é a palavra do rei que vale, quem
pode dizer a Ele: ‘O que estás fazendo?’” (Berkeley). O autor fundamenta seu
conselho ao nos lembrar que Quem guardar o mandamento não experimentará
nenhum mal. Diante de circunstâncias impossíveis ou de uma autoridade
irredutível, a pessoa faz bem em fazer concessões se não há questões morais
envolvidas. É uma oração sábia aquela que diz: “Senhor, me ajuda a mudar o
que pode ser mudado; me ensina a aceitar o que não pode ser mudado; e me dá
a sabedoria para saber a diferença”.
Os versículos 5b e 6
oferecem mais uma razão para a obediência mesmo quando a exigência é
injusta. “O coração sábio reconhece que está vindo um tempo de julgamento,
ainda que hoje os homens sejam esmagados na miséria sob um governo opressor;
para todos existe o tempo de julgamento” (Moffatt).
EARL C. WOLF. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 453.
A Excelência da Sabedoria. O
Dever dos Súditos
Vv. 1-5 Aqui está:
I- Um encómio (Gabo,
applauso, louvor, elogio)
da sabedoria (v. 1),
isto é, da verdadeira piedade, guiada em todos os seus exercícios pela
prudência e discrição. O homem sábio é o homem bom, que conhece a DEUS e o
glorifica, conhece a si mesmo e faz o bem para si mesmo; sua sabedoria é uma
grande felicidade para ele, pois:
1. Isso o coloca acima dos
seus vizinhos, e torna-o mais excelente do que eles.
2. Isso o torna útil entre
os seus vizinhos e muito prestativo a eles.
3. Isso embeleza um homem
aos olhos de seus amigos.
4. Isso encoraja um homem
contra seus adversários, seus ataques e seu desprezo
II- Um
exemplo particular de sabedoria imposto sobre nós, e esse é sujeição à
autoridade, e uma perseverança obediente e pacífica em nossa fidelidade ao
governo que a Providência colocou sobre nós. Observe:
1. Como a
obrigação dos súditos é descrita aqui.
(1) Nós devemos ser
observadores das leis. Em todas as coisas em que o poder civil é interposto,
seja legislativo ou judicial, nós temos que nos submeter às suas ordens e
constituições: Eu digo; isso pode muito bem ser substituído por: Eu te
responsabilizo, não só como um príncipe, mas também como um pregador: ele
pode fazer ambos. “Eu te recomendo isso como um conselho de sabedoria; eu
digo, o que quer que eles digam e digam para mudar, observa o mandamento do
rei; onde quer que o poder soberano esteja, sujeita-te a ele.
Dai a César o que é de
César, mas de modo a reservar puro e inteiro para DEUS o que é dele”.
(2) Nós não devemos nos
antecipar para encontrar falhas na administração pública, ou brigar com tudo
o que não está de acordo com o que pensamos, nem desistir do nosso posto de
serviço sob o governo, e jogá-lo para cima, após cada descontentamento (v.
3): “Não te apresses a sair da presença dele, quando ele se desagradar de ti
(cap. 10.4), ou quando tu te desagradares dele; não caia em uma cólera, nem
entretenhas suspeitas dele que te tentarão a renunciar à corte ou abandonar
o reino”.
(3) Nós não devemos insistir
em um erro quando isso nos é mostrado: “Não persistas em alguma coisa má, em
qualquer ofensa pela qual tu fizeste teu príncipe te humilhar, e não te
justifiques, pois isso transformará a ofensa em algo muito mais ofensivo. Em
qualquer desígnio mau que tu tenhas, baseado em algum desagrado, concebido
contra teu príncipe, não dês prosseguimento a ele; mas, se procedeste
loucamente, elevando-te, e se imaginaste o mal, põe a mão na boca”,
Provérbios 30.32.
(4) Nós devemos
prudentemente nos acomodar às nossas oportunidades, tanto para o nosso
próprio alívio, se nós pensamos estar errados, quanto para a correção das
queixas públicas: O coração do sábio discernirá o tempo e o modo (v. 5);
Ester, ao lidar com Assuero, sofreu muito para discernir o tempo e o modo, e
ela se apressou adequadamente. I
2. Que argumentos são
usados aqui para nos convencer a nos submeter aos poderes mais altos; eles
são os mesmos que Paulo usa, Romanos 13.1ss.
(1) Nós devemos, se for
necessário, ser submissos, pelo bem da consciência, e esse é o princípio
mais poderoso da subordinação. Nós devemos nos submeter por causa do
juramento de DEUS, o juramento de fidelidade que nós aceitamos para sermos
fiéis ao governo, a aliança entre o rei e o povo, 2 Crônicas 23.16.
(2) Devido à fúria, por
causa da espada que o príncipe traz e do poder que lhe é confiado, o que o
torna formidável: Ele faz tudo o que quer, ele tem uma grande autoridade e
uma grande capacidade para sustentar tal autoridade (v. 4): Porque a palavra
do rei, dando ordens para prender um homem, tem poder; há muitos que
executarão as suas ordens, o que torna a indignação do rei, ou governo
supremo, como o bramido do leão e como mensageiros da morte. Quem lhe dirá:
Que fazes? Aquele que o contradiz se arrisca.
(3) Pelo bem do nosso
próprio conforto: Quem guardar o mandamento, e viver uma vida tranqüila e
pacífica, não experimentará nenhum mal, sobre o que o apóstolo responde (Rm
13.3): Queres tu, pois, não temer a autoridade do rei? Faze o bem,
tornando-te um súdito obediente e leal, e terás ordinariamente louvor dela.
Aquele que não praticar o mal não sofrerá o mal, e não precisa ter medo de
nada.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag.
933-934.
3. “Buscai
primeiro o Reino de DEUS, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas” (v. 33).
Não ande preocupado com a
sua vida, a vida do corpo; porque:
(1) Você tem coisas maiores
e melhores para cuidar, a vida da sua alma, a sua felicidade eterna; esta é
a sua maior necessidade (Lc 10.42).
(2) Você tem uma maneira
mais segura, mais fácil e mais sucinta de obter as coisas necessárias a esta
vida, do que oprimindo-se, preocupando-se, e queixando-se delas; e isto é
buscando primeiro o Reino de DEUS, e fazendo da vida coro DEUS o seu assunto
principal.
[1] O grande dever exigido é
a soma e a essência de toda a nossa obrigação: “Buscai primeiro o Reino de
DEUS” - “tenha a fé cristã como a sua grande e principal preocupação”.
Devemos buscar as coisas de
CRISTO mais do que as nossas próprias coisas; e se elas entrarem em
competição, devemos nos lembrar a qual devemos dar a preferência. “Busque
estas coisas em primeiro lugar; que sejam as primeiras em teus dias; que a
melhor parte da tua juventude seja dedicada a DEUS".
[2.| A promessa da graça e
da misericórdia de DEUS anexada. Todas estas coisas, os suportes necessários
da vida, lhe serão acrescentados; serão dados abundantemente; portanto,
estas coisas ficam na margem. Você terá o que busca, o Reino de DEUS e a sua
justiça, porque aquele que busca com sinceridade nunca busca em vão.
O Israel de DEUS não só foi
levado finalmente até Canaã, mas as suas cargas foram levadas através do
deserto. Quão bom seria se fôssemos mais interessados nas coisas que não são
vistas, nas coisas que são eternas, e menos interessados (e, de fato,
precisamos ser menos interessados) nas coisas que são vistas, que são
temporais! Não considere tanto as suas próprias coisas (Gn 45.20,23).
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD.
pag. 77-78.
Uma preocupação muito
necessária aos discípulos de CRISTO, ou aos filhos de DEUS, é buscar, ou
desejar sinceramente, ou colocar todo o coração na conquista do reino de
DEUS. Pois, este reino não é comida e bebida, mas justiça e paz e alegria no
ESPÍRITO SANTO, Rm.14.17.
Portanto, não vos inquieteis
com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o
seu próprio mal. Cada dia traz consigo o seu próprio mal. Colocai cada dia,
assim como ele acontece, nas mãos de DEUS. Isto trará, do amor do Pai
celeste, a própria ajuda e resgate, Lm.Jr.3.23.
KRETZMANN. Paul E.
Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Volume 1. Editora Concordia
Publishing House.
Mt 6.33. Buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino [ARA]. “Mas buscai primeiro o Reino de DEUS” (ARC).
Esta é uma resposta aos que só vêem comentários éticos no Sermão do Monte.
Nas Beatitudes, JESUS descreveu o homem de coração novo. Ele coloca o Reino
de DEUS e a sua justiça antes da comida e do vestuário temporal.
A. T. ROBERTSON. COMENTÁRIO
MATEUS & MARCOS À Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 88.
Perdemos nosso testemunho
(6. 31-33).
A preocupação com as coisas
materiais nos faz viver como pagãos! Quando colocamos a vontade e a justiça
de DEUS em primeiro plano em nossa vida, ele cuida de todo o resto. É triste
quando não praticamos essa verdade. Mas o cristão que decide viver de acordo
com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!
WIERSBE. Warren W.
Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 33.
Mt 22, 21. Será que se deve
pagar impostos a César? – Dêem a DEUS o que pertence a DEUS! Mas é aqui que
reside o cerne de sua resposta. Isso se depreende do simples fato de que
JESUS introduz na sua resposta algo que não foi perguntado, algo de que seus
adversários não se aperceberam, que eles, apesar da aparência religiosa, não
incluíram em sua pergunta. Porém é exatamente para essa verdade que JESUS
quer remeter seus adversários.
A princípio a discussão
apenas quer mostrar como JESUS, por sua palavra cheia de autoridade, escapa
da armadilha que lhe foi colocada. Num sentido mais rigoroso, porém, esse
reconhecimento já acontecia com o simples uso das moedas que continham a
imagem e a inscrição de César. “A moeda não está proibida”. Assim, ficava
suspensa a decisão sobre pagar ou não o imposto. Os fariseus esperavam,
agora, que JESUS apoiaria a exigência dos zelotes, de negar o pagamento do
imposto, e esperavam que ele seria aniquilado junto com a rebelião que sua
declaração desencadearia. Se, porém, tomasse a decisão oposta, perderia a
adesão das massas.
JESUS responde de uma forma
pela qual se esquiva desse ataque, de modo que os adversários somente se
admiram. Deixam-no parado onde está e têm de afastar-se dele. Por trás da
admiração, porém, nota-se também algo do susto diante de JESUS, cuja
sabedoria, com a qual escapa da cilada, o revela como o Messias. No entanto,
revela-o de tal forma que seus inimigos não conseguem pegá-lo. (Mt 8.27;
9.33; 15.31 etc.). Assim como JESUS se subtrai ao ataque por meio de uma
resposta inteligente, ele também concede aos seus a certeza de que no
momento certo “lhes será concedido” responder com igual inteligência. Nesse
sentido, nosso trecho é algo como um exemplo da promessa que JESUS dá aos
discípulos em Mt 10.19.
Na resposta acontecem duas
coisas. Por um lado JESUS revela a falta de sinceridade dos próprios
adversários, quando aponta para a moeda que os seus adversários usam, ou
seja, que eles pessoalmente nem levam a questão a sério. Por outro, força-os
a levar a sério a pergunta no seu fundo último, indicando-lhes que, na
alternativa César ou CRISTO e na pergunta do reinado de DEUS em relação a
todos os reinos mundanos, não estão primordialmente em jogo quaisquer
atitudes exteriores, mas em primeiro lugar que realmente demos a DEUS o que
lhe pertence. Se, com JESUS, chegou o reino de DEUS, o fim deste mundo
está às portas, e as perguntas de como se comportar neste mundo se tornaram
perguntas secundárias. Elas possuem importância apenas na medida em que,
respondendo-as, pudermos dar testemunho em prol da vinda desse reino.
FRITZ RIENECKER. Comentário
Esperança Mateus. Editora Evangélica Esperança.
Mt 22.21. “Dai de volta” a
César o que já é de César. “A própria inscrição no dinheiro era um
reconhecimento de dívida a César. O imposto não era um presente, mas uma
dívida em troca de lei, ordem e estradas. Há o dever ao estado e o dever a
DEUS. JESUS já endossara o imposto do Templo. A ‘efígie e inscrição’
indicavam a autoridade do imperador que cunhara a moeda. As duas esferas são
distintas, mas ambas existem. O cristão não deve esquivar-se de nenhuma das
duas.”
A. T. ROBERTSON. COMENTÁRIO
MATEUS & MARCOS À Luz do Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 247.
UMA PERGUNTA POLÍTICA SOBRE
IMPOSTOS (MT 22:15-22)
JESUS percebeu imediatamente
o ardil do inimigo. Sabia que o verdadeiro objetivo não era obter uma
resposta, mas sim colocá-lo em dificuldades.
Cada governante cunhava as
próprias moedas e nelas colocava sua imagem. O denário trazia a imagem de
César, portanto, pertencia a César. "Dai, pois, a César o que é de César",
respondeu JESUS, "e a DEUS o que é de DEUS." É correto o povo de DEUS servir
no governo (ver os exemplos de Daniel e José), mas é errado o governo
controlar a Igreja, ou mesmo a Igreja controlar o governo.
WIERSBE. Warren W.
Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag.
104-105.
2. Obrigações de natureza religiosa.
Se há obrigação
político-social, que são de natureza civil, por outro lado, há também as de
natureza religiosa ou espiritual. Elas acontecem na dimensão do culto, da
adoração e são de natureza mais devocional. A essência do culto é a
adoração! De fato a palavra hebraica shachar mantém o sentido de prostrar-se
com deferência diante de um superior (Gn 22.5; Êx 20.5).
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 117.
Gn 22.
Havendo adorado. Um rito
religioso que ultrapassava a imaginação estava prestes a ter lugar. A
garganta de Isaque seria cortada (O golpe mortal); seu corpo será
despedaçado; os pedaços do corpo seriam arrumados por sobre a lenha; e mão
tudo seria consumido no fogo, até tornar-se cinzas. Assim se consumaria o
sacrifício de Isaque. Assim adoravam os povos antigos, uma espécie de
sacrifício que CRISTO eliminou para sempre na cruz.
Os intérpretes judeus não
viam aqui a ideia de ressurreição, mas apenas afirmavam que Abraão disse
isso “no espírito da profecia”.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
155.
Gn 22.5 — Se os servos de
Abraão o tivessem acompanhado até o local do sacrifício, talvez tentariam
demovê-lo de sua penosa tarefa. Abraão lhes ordenou que ficassem com o
jumento, enquanto ele e Isaque subiriam para adorar ao Senhor.
Abraão prometeu: Tornaremos
a vós. No texto em hebraico, essas palavras são mais impressionantes do que
na tradução. Os verbos usados [hb. yalak, iremos; shachah, adoraremos; shuwb,
retornaremos (da morte) ] mostram uma grande determinação por parte daquele
que fala (Gn 12.2). Ê como se dissessem: “Estamos decididos a ir,
determinados a adorar, e com certeza voltaremos”.
Para
explicar essas palavras de Abraão deduz-se que realmente ele acreditava que
voltaria com o seu filho. [De acordo com Hebreus 11.17-19, essa é a teoria
mais correta.] Abraão ouvira, muitas vezes, a promessa de DEUS de formar uma
nação a partir de Isaque (Gn 12.1-3,7; 13.14-17-; 15.1-21; 17.1-22;
18.1-15), e ele ainda acreditava nesta promessa. O patriarca pode ter
concluído que, mesmo que tivesse de sacrificar seu filho, DEUS o
ressuscitaria (Hb 11.17' 19). Somente dessa maneira pôde seguir em frente
com a difícil tarefa que DEUS lhe designara. Abrão era homem de Aliança e
sabia que DEUS cumpriria sua parte na aliança que fizera com ele.
APLICAÇÃO
Matar meu próprio filho?
Mesmo que o sacrifício de
Isaque parecesse ir contra a promessa de DEUS, Abraão acreditou fielmente
que, apesar de tudo, o Senhor ainda lhe mostraria uma maneira de cumprir a
promessa que Ele havia feito, mesmo que para isso Ele tivesse de levantar
Isaque dos mortos (Rm 4.17).
A ordem dada ao patriarca
também foi uma lição categórica de que tudo na vida pertence a DEUS e vem
dele (Gn 2.7; Jó 27.3; 33.4). Neste sentido, devemos entender que a vida é
apenas um empréstimo a nós, tanto aos pais como aos filhos. DEUS pode
pedi-la de volta quando bem entender.
Ele também é o DEUS da
sabedoria. Algumas vezes, Ele nos faz pedidos que parecem estranhos. Mas se,
como Abraão, acreditarmos e obedecermos, o Senhor responderá à nossa fé com
a Sua bondade e a Sua integridade.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
62-63.
Êx 20.5 A adoração às
imagens de escultura é proibida no segundo mandamento. Adoração somente ao
zeloso Yahweh (Êxo. 34.14; Dt. 5.9; 6.15; 32.16,21; Jos. 24.19). A idolatria
e o uso de imagens eram considerados uma tão grave iniqüidade que foram
ameaçados poderosos juízos de DEUS contra os idólatras, envolvendo até a
quarta geração dos mesmos. Os descendentes dos idólatras não podiam escapar
ao desprazer de Yahweh, para quem mil anos é como se fosse um dia (II Ped.
3.8; Sal. 90.4).
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
391.
Êx 20.5 — O comando não te
encurvarás a elas mostra que não é aceita nenhuma forma de adoração a outro
deus. DEUS é um DEUS zeloso (hb. el ganna), isto é, que zela pela verdade de
que Ele é o único DEUS e tem ciúme de seus rivais.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 165.
O SENHOR É ESPÍRITO
(20.4-6). Cf. Jo 4.24. Ele não pode ser adorado sob a forma de qualquer
representação material, quer fosse produto da arte plástica, quer da
pictórica.
DEUS zeloso (5). Isso
significa que somente Ele tem o direito de ser amado pelo Seu povo. Por
causa deles mesmos, e para que santificassem e reverenciassem Seu nome, é
que eles deviam fugir de toda idolatria.
Enquanto a má conduta afeta
apenas três ou quatro gerações, as conseqüências de uma vida pura beneficia
a posteridade até um ponto quase ilimitado. A ira de DEUS se estende somente
até à terceira ou quarta geração; mas Sua misericórdia se estende até mil
gerações.
DAVIDSON. F. Novo Comentário
da Bíblia. Êxodo. pag. 47.
Cuidados Quanto ao Adorar no
Culto (5:1-7)
Estamos numa época de
secularização de tudo, inclusive da religião. A adoração a DEUS ressente-se
naturalmente dessa situação, e ao escritor sagrado não escapou essa falha
nas relações do homem com DEUS. O homem comum, o secularizado, não é avesso
à religião. Trata-a como qualquer outra atividade da sua vida secular.
Vai-se à igreja não tanto para adorar a DEUS, e, sim, para uma satisfação
social; em alguns casos, até para assuntos de ordem particular, pois a
igreja é um bom lugar para tais encontros. Que resulta de tudo isso? O
adorador nada recebe da sua religião nem tampouco de DEUS. DEUS passa a ser
tratado como um parceiro que comprasse e vendesse ou fizesse qualquer
negócio; assim o adorador sente que já cumpriu o seu dever de pessoa
religiosa. Se vai à confissão, volta certo de que os seus pecados lhe foram
perdoados e pode então começar outra caminhada Igual na vida. Os serviços
litúrgicos, os sermões, a recepção das ofertas dominicais, tudo cai no
terreno das formalidades comuns, sem qualquer efeito sobre a vida Intima do
adorador. Isto quando não resvala para o pior, que é a irreverência, tão
comum até em cultos protestantes, em que se conversa, se discute assuntos
particulares e profanos, sem qualquer relação com os serviços divinos. Foi
isso que o Pregador viu no templo de Jerusalém, onde a formalidade rotineira
era a mola do culto. Quando ele disse: "Guarda o teu pé quando entrares na
casa de DEUS, quis apenas afirmar que o templo é muito sagrado e o adorador
não deve profanar o lugar santo. Oferecer culto banal, frívolo, destituído
do sentimento de adoração a DEUS é oportunidade para pecar. Muitos voltam do
culto em piores condições do que quando para lá foram, porque profanaram o
lugar e desrespeitaram o Dono do lugar SANTO. Se tivéssemos de procurar as
causas da falência de muita gente no terreno religioso, talvez as
localizássemos no Templo, onde a religião foi profanada e a vida também.
Antônio Neves de Mesquita.
Eclesiastes. Editora JUERP.
Ec 5.1 Guardará os teus pés.
Este versículo hebraico e todas as versões se juntar ao capítulo anterior
Salomão, tendo antes a entender, embora muito brevemente, que a única cura
contra a vaidade humana é o devido sentido de religião, agora entra mais em
grande parte sobre este importante assunto, e dá algumas instruções
excelentes no que diz respeito ao desempenho correto do serviço Divino, a
natureza da oração vocal e mental, o perigo de erupção votos, etc. O
versículo inteiro pode ser mais traduzido literalmente assim: - "Guarda os
teus passos como tu vai para a casa de DEUS, e disponha-te a escutar, e não
para oferecer sacrifícios de tolos, pois nenhum deles tem conhecimento sobre
fazer mal " Eles oferecem presentes para os seus pecados, e não se convertem
da suas más obras, porque não sei distinguir entre o bem e o mal.
ADAM CLARKE. Comentário
Bíblico de Adam Clarke.
II - OBRIGAÇÕES ANTE A SANTIDADE DE DEUS
1. Reverência.
Todo culto possui seu ritual
e sua liturgia. "...Disse o ESPÍRITO SANTO: Separai-me, agora, Barnabé e
Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.1,2, ARA). A palavra
servindo (v.2) é a tradução do termo grego leitourgeo, de onde vem a palavra
portuguesa liturgia. A liturgia, portanto, também faz parte da adoração.
Salomão sabia disso e por
isso adverte: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de DEUS” (Ec 5.1).
Observe a liturgia do culto
e não faça dele um local para interesses meramente pessoais. Infelizmente já
presenciei casos de obreiros abandonarem o culto e até mesmo a mensagem para
irem atender seus celulares! Se isso não é uma blasfêmia, no mínimo é
pecado!
O culto é um espaço
reservado para a adoração. Não pode se transformar na “casa de mãe Joana”. É
ali onde cultuamos a DEUS e prestamos-lhe reverência. Então, por que não se
observar a liturgia do culto? Por que não evitar a movimentação sem fim
dentro da nave do templo? Por que não ensinar as crianças que no templo não
é o local adequado para comer “petiscos”? Por que não desligar o celular em
vez de ficar mandando torpedo para uma outra pessoa? Por que gastar um bom
tempo do culto em intermináveis avisos, se alguns deles podem ser dados até
um ano depois? Por que permitir o uso do púlpito como palanque eleitoral?
Por que usar o púlpito para desabafar? Por que não usar o púlpito única e
exclusivamente para a glória de DEUS?
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 117-118.
REVERÊNCIA
1. No AT. “Reverência”
ocorre apenas três vezes no AT, todas elas traduzidas do termo hebraico yare.
Diversas outras palavras hebraicas poderiam ser traduzidas como
“reverência”, especialmente mora e hared. A reverência consiste de temor,
respeito e profunda deferência na venerável prestação de tributo a DEUS, ou
a alguma outra divindade e a objetos sagrados. Todas as referências do AT
estão relacionadas ao contraste entre o culto a Yahweh e o culto a outros
deuses. Dentre uma série de proibições encontradas em Levítico, contra a
prática de magia e feitiçaria comum entre os povos vizinhos, estão também as
ordens de DEUS para seu povo quanto à adoração a Yahweh. Uma delas aparece
duas vezes: “Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu
sou o Senhor” (Lv 19.30; 26.2). Mais tarde, um “profeta” atribuiu a opressão
midianita à desobediência de Israel para com o mandamento dado anteriormente
por DEUS: “Não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais” (Jz
6.10).
2. No NT. Os quatro usos do
termo “reverência” no NT são traduções de três palavras gregas. Paulo fala
do “temor (phoboi) de CRISTO” (Ef 5.21). Pedro nos admoesta: “santificai (hagiasate)
a CRISTO, como Senhor, em vosso coração” (IPe 3.15), e no versículo seguinte
fala de “mansidão e temor” (phobou). Em Hebreus (12.28), o autor fala em
servir a DEUS “de modo agradável, com reverência (eulabeiah) e santo temor”.
G. B. Funderburk
MERRILL C. TENNEY.
Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 5. pag. 191-192.
REVERÊNCIA O respeito
mostrado a alguma pessoa importante ou distinta: a um rei (2 Sm 9.6; 1 Rs
1.31); ao filho na parábola da vinha (Mt 21.37; Mc 12.6; Lc 20.13); a um pai
(Hb 12.9); ao marido (Ef 5.33). Israel deveria reverenciar o sábado de DEUS
e o seu santuário (Lv 19.30; 26.2). Devemos reverenciar e respeitar a DEUS
com um senso de admiração e santo temor (SI 89.7; Hb 12.28).
PFEIFFER .Charles F.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1676.
At 13.2 A palavra aqui
traduzida por (...servindo...) envolve a oração, o jejum, a meditação, a
exortação, provavelmente uma combinação de todos esses elementos.
CHAMPLIN, Russell Norman, O
Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.
3. pag. 258.
At 13.2 As ordens que o
ESPÍRITO SANTO deu para separar Barnabé e Saulo, no meio de um culto em que
os ministros das várias congregações na cidade se uniram em um jejum solene
ou dia de oração: Disse o ESPÍRITO SANTO (v. 2) ou por uma voz do céu ou por
um forte impulso na mente dos profetas: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado. Ele não indica a espécie da obra, mas alude a
um chamado feito anteriormente, sobre o qual os dois sabiam o significado,
enquanto os demais poderiam ou não saber. Quanto a Saulo, fora-lhe dito
especificamente que tinha de levar o nome de CRISTO diante dos gentios (cap.
9.15), que ele seria enviado aos gentios (cap. 22.21). A questão fora
resolvida entre eles em Jerusalém antes deste dia. As ordens eram:
Apartai-me a Barnabé e a Saulo. Observe aqui:
1. CRISTO, pelo seu
ESPÍRITO, nomeia os seus ministros.
2. Os ministros de CRISTO
são separados para ele e para o ESPÍRITO SANTO: “Separai-os para mim” (v. 2,
versões NTLH e RA).
3. Todos que são separados
para CRISTO como seus ministros são separados para trabalhar.
4. A obra dos ministros de
CRISTO, à qual eles são separados, é obra que já está determinada, para a
qual todos os ministros de CRISTO, até hoje, têm sido chamados e a que eles
foram, por meio de um chamado externo, orientados e escolheram.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 133-134.
At 13.2 — Servindo eles ao
Senhor. Conforme as pessoas cumpriam aquilo que DEUS lhes tinha dado para
fazer, como as funções de profetas e mestres, o ministério pessoal
tornava-se o ministério para o Senhor. Sempre que servimos aos outros é como
se estivéssemos servindo a DEUS (Mt 25.31-46).
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 327.
At 13.2 “Enquanto eles
adoravam o Senhor e jejuavam.” A palavra adorar, um típico termo religioso
do Antigo Testamento, dantes descrevia o serviço dos sacerdotes no templo em
Jerusalém (veja, por exemplo, Lc 1.23). Mas no versículo 2, Lucas aplica a
palavra, pela primeira vez, à prática cristã. Pelo emprego da palavra
adorar, o autor de Atos mostra continuidade com o passado, porém indica, de
forma sutil, uma ênfase diferente e espiritualizada. Na nova forma de
adoração, não são os sacerdotes que vemos no altar, mas cada crente na
igreja em oração.
Nesses versículos, Lucas
indica também que os cristãos em Antioquia combinavam a oração com o costume
judaico do jejum; as duas práticas eram ligadas somente em ocasiões
especiais (veja 14.23).
O
culto de adoração é para todos os crentes da igreja. Em segundo lugar, a
igreja de Antioquia estava envolvida, em sua totalidade, no comissionamento
de Barnabé e Saulo, pois ao retornarem, os missionários relataram à igreja o
que DEUS havia feito (14.27). E por último, o ESPÍRITO SANTO move toda a
igreja a se comprometer na obra de missões, e não somente cinco pessoas.
Enquanto a igreja orava, o
ESPÍRITO SANTO falou por meio dos profetas e tornou conhecida a sua vontade.
DEUS designa Barnabé e Paulo como missionários.
JESUS havia chamado Paulo
para ser um apóstolo aos gentios, mas tanto Barnabé como Paulo tinham estado
ensinando na igreja de Antioquia.
Tanto Paulo quanto Barnabé
tinham sido chamados para serem apóstolos aos gentios. O trabalho que o
ESPÍRITO SANTO designa a Barnabé e Paulo é o de familiarizar o mundo com o
evangelho de CRISTO e estender a igreja até aos confins da terra (comparar
com 1.8).
“Impuseram as mãos sobre
eles e os enviaram.” Depois de um período de jejum e oração, os líderes da
igreja de Antioquia impuseram suas mãos sobre Barnabé e Paulo.
Simon J. Kistemaker.
COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Exposição de Atos dos Apóstolos. Editora
Cultura Cristã. Vol. 1. pag 595-597.
2. Obediência.
A simples obediência a um
conjunto de preceitos, normas e regras, sem atentar para os princípios que
lhes dão fundamentação, é puro legalismo.
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 118.
OBEDIENCIA
(vaf, escutar, ouvir
reverentemente, obedecer, depositar a confiança em, escutar de forma
submissa, ouvir, obedecer, seguir).
A Bíblia é notável em suas
muitas descrições das respostas dos homens às palavras e vontade de DEUS.
Respostas que são claramente favoráveis, a tal ponto que, aquele que é
persuadido a agir é chamado de “ouvindo”, “crendo”, ou mais simplesmente
“obedecendo”. Outras respostas que são apáticas ou negligenciam a Palavra de
DEUS são caracterizadas como “rebelião”, “incredulidade” ou “desobediência”.
Estudos sobre as situações
de obediência tendem a enfatizar os aspectos mais externos e formais da
resposta, ou a natureza interna daquele que responde e os aspectos
espirituais de sua atitude.
1. A natureza externa da
obediência. O aspecto mais evidente da obediência é a presença de uma
pessoa (ou grupo) com autoridade, que ordena ou que exige que outros
sujeitem-se a seu desejo expresso. Essa autoridade pode ser reconhecida
porque normalmente é expressa por intermédio de costumes e tradições bem
estabelecidos, de leis e ordenanças veneradas, cujo valor para a vida humana
é inquestionável. Obedecer é ajustar-se às exigências consideradas valiosas.
Obediência, portanto, pode ser vista como sendo motivada por convenções,
hábitos, medo de punição e esperança de recompensa. Quando Moisés diz: “Se
atentamente ouvires a voz do Senhor, teu DEUS, tendo cuidado de guardar
todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu DEUS, te
exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu
DEUS, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos...” (Dt 28.1,2,
veja também 30.9s.), parece evidente que a resposta da obediência
freqüentemente ocorre em uma matriz de causas externas e persuasão similar
às mencionadas acima.
AT e NT, ignoram o aspecto
espiritual mais profundo da obediência encontrado até no AT, e.g., em 1
Samuel 15.22, “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”. A ideia
bíblica de obediência é distorcida se não for reconhecido que os homens
também obedecem por causa de quem ordenou. A vontade de DEUS era considerada
ser definida para o estabelecimento de toda sabedoria e lei prática. Por
isso, os escritores bíblicos podiam apresentar razões práticas para a
obediência e mencionar suas conseqüências desejáveis, mesmo sabendo o tempo
todo que a verdadeira obediência à Palavra de DEUS não dependia de uma
espera por recompensa.
O salmista, por exemplo,
insta à obediência quando enfatiza a dependência do homem, como um ser
criado, de DEUS, como o ser não criado (SI 95.6,7). A lei de DEUS, da mesma
forma, é vista como colocando os homens sob obrigação de obedecer a DEUS,
porque ela foi graciosamente concedida (Ex 19.5; SI 119.1-4). No NT, o homem
tem a mesma obrigação à obediência, mas somente por causa do conhecimento de
DEUS revelado em CRISTO. De forma similar uma promessa da bênção é expressa,
mas ela é mais específica, pois refere-se à esperança da apropriação da
glória e excelências de CRISTO (2Pe 1.3-7). A bondade comum de DEUS em
relação a todos os homens é a base formal para a obediência (SI 145; At
14.17) e a obra especial de redenção realizada por DEUS é o fato que nos
constrange à obediência por amor (I Co 6.20 etc).
Tranquilidade nas relações
interpessoais também requer a complacência formal da obediência, como nos
relacionamentos entre pai e filho (Ef 6.4; Cl 3.20), marido e esposa (Cl
3.18), senhor e servo (empregador e empregado) (IPe 2.18) e cidadão e
governo (Lc 20.25; At 5.29).
2. Os aspectos internos
da obediência. Quando JESUS censura aqueles que obedecem à lei
externamente, mas não internamente (Mt 6.2,5,16; 23.23-25), ele exemplifica
a percepção de Samuel sobre o aspecto interno da obediência, quando disse
que “eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (ISm 15.22). A
verdadeira obediência é mais do que submissão a uma autoridade de um modo
formal, pois uma pessoa pode ser submissa sem a correspondente disposição
interna para a obediência. De acordo com a Bíblia, obedecer é escutar de tal
forma que o assentimento interior é inseparável da atividade externa.
Bultmann descreve esta atitude como o homem todo permanecendo sob e estando
no que faz. Ele diz que o indivíduo “não está fazendo algo de forma
obediente, mas é essencialmente obediente” (JESUS and the Word, pág. 61).
No NT, o escutar, ou este
tipo de obediência interior, está intimamente associado ao crer. E estar
unido a CRISTO (Rm 15.17,18; 16.19; IPe 1.2). Uma fórmula bíblica comum
afirma explicitamente que “a fé vem pelo ouvir” (Rm 10.17; cp. lTs 2.13). O
pensamento é que a palavra do Evangelho produz a fé naqueles que a escutam,
que é então rotulada de “obediência por fé” (Rm 1.5; 16.19,26). Falando
através de parábolas e de sermões, JESUS retrata os crentes como aqueles que
escutam a Palavra de DEUS e a praticam (Mt 7.24; Mc 4.20; 7.32-37; Lc 8.21).
Obediência é a marca de uma decisão pessoal, da confiança e do compromisso
que caracterizam a fé.
MERRILL C. TENNEY.
Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 4. pag. 586-587.
OBEDIÊNCIA
As palavras hebraicas e
gregas traduzidas como "obedecer" ou "obediência" são geralmente shama' e as
formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é "ouvir".
Embora a obediência expresse
uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos
mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um
relacionamento que deve existir entre o homem e DEUS. DEUS revela-se a si
mesmo ao homem por sua voz e palavras. As palavras devem ser ouvidas. Isto
obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta
compreensão mental de seu significado.
A atitude de ouvir
verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e, a traduz em
ação. É uma resposta de fé. É uma resposta positiva e ativa, não meramente
ouvir e considerar de forma passiva. Ouvir é agir. Em outras palavras, ouvir
realmente a Palavra de DEUS é obedecer à Palavra de DEUS. No NT, a ideia de
se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar
sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma
composição dos termos "sob" e "ouvir". "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça"
(Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9). O homem sábio é
aquele que "ouve estas minhas [do Senhor JESUS] palavras e as pratica" (Mt
7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27). Com
respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse:
"Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as
coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). Não há nenhuma dicotomia entre o
ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. A fé em si envolve
obediência.
S.N.G. No AT, pelo fato de
Abraão ter crido em DEUS e obedecido à sua voz, todas as nações da terra se
tornaram benditas (Gn 15.6; 22.18; 26.4,5). Obedecer à voz de DEUS é
equivalente a guardar a sua aliança (Êx 19.5; cf. 23.20-22); portanto, os
israelitas prometeram ser obedientes quando o Livro da Aliança foi
ratificado com a aspersão de sangue (Êx 24.7,8). A dedicação do povo para
obedecer à lei era uma parte básica das cerimônias de renovação de aliança
(Dt 27.1-10; 30.2,8,20; Js 24.24-27). Ao castigar o rei Saul por sua
obediência incompleta, Samuel ensinou a grande verdade de que obedecer é
melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22). Em séculos posteriores, a nação foi
repetidamente advertida por sua desobediência a DEUS e à sua lei (Is 42.24;
Jr 3.13; 7.23-28; Sf 3.2; Ne 9.17,26). A obediência, ou a falta dela, pode
ser tanto interior, do coração (Pv 3.1), ou meramente exterior, no sentido
de uma obediência forçada (SI 72.8-11).
No NT, Paulo fala da
"obediência da fé" (ou "por fé") por parte dos cristãos (Rm 1.5; cf. At
6.7). A frase em grego é a mesma que foi utilizada em Romanos 16.26, onde
ele escreve que o evangelho conduz à "obediência da fé". O apóstolo está,
evidentemente, referindo-se ao desejo de DEUS de que os gentios, ao ouvirem
o evangelho, obedeçam-no recebendo-o pela fé, confiando em seus termos (cf.
1 Pe 1.2,22; 1 Jo 3.23). Paulo adverte quanto ao terrível castigo que
aguarda aqueles que se recusam a obedecer ao evangelho de nosso Senhor JESUS
CRISTO (2 Ts 1.8; cf. Rm 2.8; 1 Pe 2.7,8). Ele elogia os coríntios por sua
obediência ao evangelho de CRISTO que professavam (2 Co 9.13).
Como um exemplo de
obediência, Paulo e Pedro apontam para o Senhor JESUS CRISTO que
"humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte" (Fp 2.8; cf. 1 Pe
2.18,21). Paulo fala da obediência de CRISTO ao fazer a expiação pelos
pecadores, em contraste com a desobediência de Adão e seus descendentes (Rm
5.19). A declaração em Hebreus 5.8 de que Ele "aprendeu a obediência, por
aquilo que padeceu", deve significar que CRISTO fez da experiência de
obedecer ao Pai algo real. Ao agir assim, Ele cumpriu o propósito eterno da
Divindade vivendo toda a sua vida como nosso representante, obedecendo e
sofrendo em nosso lugar e por nossa causa, satisfazendo completamente a lei,
em todos os seus aspectos (J. O. Buswell, Jr., A Syste-matic Theology of the
Christian Religion, Grand Rapids. Zondervan, 1962, II, lllss.).
A Palavra de DEUS exorta os
servos (escravos) a obedecerem a seus senhores (Ef 6.5-8; obedecerem a seus
líderes (Hb 13.17); as mulheres, a obedecerem a seus maridos (Tt 2.5; Ef
5.22-24; 1 Pe 3.1-6); e os filhos, a obedecerem a seus pais (Ef 6.1; Cl
3.20; cf. Pv 6.20; 23.22; 29.15). Portanto, os crentes como um todo são
caracterizados como "filhos obedientes" (1 Pe 1.14; cf. Rm 6.16,17; Hb 5.9).
A desobediência aos pais é considerada uma marca da depravação humana (Rm
1.30) e um sinal dos últimos dias (2 Tm 3.2). Os cristãos são ensinados a
obrigar cada pensamento humano a se render em obediência a CRISTO (2 Co
10.5).
O mais alto nível de
obediência para o cristão é fazer a vontade de DEUS de todo o coração (Rm
6.17), e não por uma mera complacência exterior. Ele possui um espírito de
obediência que cria dentro de si o desejo de obedecer no pensamento e
através de atitudes (por exemplo, Mt 5.28,44; 19.21,22). O cristão tem a
mente de CRISTO (Fp 2.5), pois a Palavra de DEUS está dentro de seu coração
e ele deleita-se em fazer a vontade de DEUS (SI 40.8; cf. Hb 10.5-9).
PFEIFFER .Charles F.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1383-1384.
I Sam 15.22 Tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios...?
“Este versículo contém a
mais fina expressão da crítica profética dos sacrifícios (cf. Am 5.21-27; Os
6.6; Is 1.11-15).
“Não é a obediência à
vontade de DEUS a finalidade para a qual apontam todas as fés religiosas,
ritos e cerimônias?” (Adam Clarke, in loc).
Irineu (Haer. iv.32)
corretamente comentou que essa grande declaração de Samuel claramente previu
o dia em que o sistema sacrifical chegaria ao fim. “Nos sacrifícios, um
homem oferece somente carne estranha, ao passo que, na obediência, oferece
sua própria vontade” (Gregório, Morais, xxxv.10).
Tipologia. No sacrifício de
CRISTO, todos os demais, de fato todo o sistema do Antigo Testamento,
encontra seu cumprimento, o que explica sua descontinuação.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
1177.
I Sam 15.22 — O obedecer é
melhor do que o sacrificar.
Samuel enfatizou que a
sinceridade e a obediência eram pré-requisitos para uma adoração que
agradava a DEUS. Há aqueles que usam este e outros versículos para
argumentar que DEUS nunca pretendeu que a adoração em forma de sacrifícios
fosse usada para honrá-lo. Porém, tais versículos não anulam a adoração
feita dessa forma; eles apontam para o cerne da questão: a importância da
integridade de coração daquele que vem adorar o DEUS vivo.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 478.
I Sam 15.22,23 Este é o
primeiro dentre muitos lugares na Bíblia onde é declarado o tema: “Obedecer
é melhor do que sacrificar' {SI 40.6-8; 51.16,17; Pv 21.3; Is 1.1117; J r
7.21-23; Os 6.6; Mq 6.6-8: Mt 12.7; Mc 12.33; Hb 10.8,9). Samuel teria
afirmado que aquele sacrifício era sem importância? Não. ele exortou Saul a
olhar os próprios motivos ao fazer o sacrifício ao invés de olhar o
holocausto propriamente dito. O sacrifício era um ritual que demonstrava a
comunhão entre o homem e DEUS.
Mas se o coração da pessoa
não estivesse verdadeiramente arrependido ou se ela não amasse o Senhor de
verdade, o sacrifício era uma cerimônia vazia. Cerimônias religiosas ou
rituais são vazios a menos que sejam apresentados com atitude de amor e
obediência. "Ser religioso" (ir á igreja, trabalhar em um departamento,
fazer doações à assistência social, etc.) não é suficiente se não agimos com
devoção e obediência a DEUS.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 389-390.
III -
OBRIGAÇÕES FRENTE À TRANSCENDÊNCIA DE DEUS
1. DEUS, o
criador.
Todas as grandes religiões
possuem noção do sagrado e demonstram temor e respeito diante dEle.
Transcendência de DEUS e é um dos seus atributos. “DEUS está nos céus” (Ec
5-2). DEUS está lá e você aqui! DEUS pode se humanizar (Jo 1.14), mas o
homem não pode se divinizar. Quem procurou ser igual a DEUS foi expulso do
céu (Ez 28.1,2; Is 14.12-15).
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 118-119.
CRIAÇÃO
A obra de DEUS ao trazer à
existência todas as coisas. A passagem definitiva é Gn 1.1, sob a qual deve
se colocar toda a teologia bíblica. DEUS, o Criador, é uma trindade pessoal,
onipotente, onipresente e onisciente. DEUS sozinho é eterno, tanto quanto
imanente e transcendente com respeito à sua criação.
Criação Completa. É de
suprema importância reconhecer que as Escrituras ensinam a respeito de uma
criação concluída. Este fato é enfatizado pelas repetidas afirmações deste
efeito em Gn 2.1-3, e pela instituição do sábado como um memorial da obra
concluída de DEUS (veja também Ex 20.11; 31.17; SI 33.6,9; Ne 9.6; Hb
4.4,10; 2 Pe 3.5).
As Escrituras indicam que
por causa da entrada do pecado, agora existe uma maldição universal sobre a
terra (Gn 3.17-19; Rm 8.19-22), manifestada em uma tendência universal ao
envelhecimento e à morte. Assim, embora a mudança seja evidente em todo
lugar no mundo, esta mudança não é evolucionária, mas, sim, degenerativa.
Este ensino das Escrituras é cientificamente verificado através da segunda
lei da termodinâmica, que afirma que há em todos os sistemas - sejam físicos
ou biológicos -uma tendência inata em direção à diminuição da ordem e da
complexidade.
Resumo. A Criação, de acordo
com as Escrituras, foi realizada como uma série de atos Divinos, trazendo os
seres materiais à existência, a partir do nada. Desde o início, eram
altamente organizados e em total funcionamento, e assim foram formados com
uma aparência de idade. A criação foi completa e terminada durante um
período especial no passado, resultando naquele período ou dia em que DEUS
"descansou" e não está mais criando, exceto em casos isolados de intervenção
sobrenatural. Os processos físicos e biológicos do presente são
providenciais e não criadores, e assim não podem dar nenhuma informação
sobre qualquer coisa relacionada ao período da criação. Esta informação só
pode vir através da revelação Divina, que é fornecida na Bíblia Sagrada.
Assim, não resta uma razão pela qual não possamos ou não devamos aceitar o
relato da criação que nos é fornecido pelo Gênesis como histórico, literal e
concreto dos eventos específicos que se passaram durante aquele período.
PFEIFFER .Charles F.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 472-473.
A CRIAÇÃO
Gn 1.1 “No
princípio, criou DEUS os céus e a terra.
O DEUS DA CRIAÇÃO.
(1) DEUS se revela na Bíblia
como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo
o que existe. Nunca houve um momento em que DEUS não existisse. Conforme
afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e
o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és DEUS” (Sl 90.2). Noutras
palavras, DEUS existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo
finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e
independe dela (ver 1Tm 6.16; Cl 1.16).
(2) DEUS se revela como um
ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26).
(3) DEUS também se revela
como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. O pecado
entrou na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás
(Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9).
A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO.
(1) DEUS criou todas as
coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc 13.19; Ef 3.9;
Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6).
(2) A Bíblia diz que no
princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas
(1.2).
(3) O método que DEUS usou
na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E
disse DEUS...” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26).
(4) Toda a Trindade, e não
apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação. (a) O próprio Filho
(“Verbo”) (b) O ESPÍRITO SANTO (c) O PAI.
O PROPÓSITO E O ALVO DA
CRIAÇÃO.
DEUS tinha razões
específicas para criar o mundo.
(1) DEUS criou os céus e a
terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. (a) DEUS criou
Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser
humano por toda a eternidade. (b) DEUS desejou de tal maneira esse
relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e
Eva a ponto de se rebelarem contra DEUS e desobedecer ao seu mandamento, Ele
prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das conseqüências do
pecado (ver 3.15). (c) A culminação do propósito de DEUS na criação está no
livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas
palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS
estará com eles e será o seu DEUS” (Ap 21.3).
CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO.
A evolução é o ponto de
vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do
mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de
fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da
evolução. (1) A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem
e o desenvolvimento do universo. (2) O ensino evolucionista não é realmente
científico. (3) É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias
espécies de seres viventes. (4) Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar
a teoria da chamada evolução teísta. “E foi a tarde e a manhã”. DEUS não é
um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o
Criador ativo de todas as coisas (Cl 1.16).
STAMPIS. Donald C. (Ed)
Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
Dt 4.15 Novamente, temos uma
repetição. Quanto às idéias constantes neste versículo, ver Dt. 4.6,9,11,12.
Havia fogo por toda parte; a fumaça ocultava a presença de Yahweh, mas a voz
da instrução soou claramente e a mensagem foi entregue de modo distinto. Uma
obediência absoluta era exigida. Yahweh dera revelação e iluminação, e a
revelação fora escrita e preservada. A adoração a Yahweh, entretanto, não se
alicerça sobre nenhuma forma visível. DEUS está acima de tudo isso.
Estava proibida qualquer
coisa que tendesse por desviar a mente dos homens da Presença invisível de
DEUS. Cf. Rom. 1.23.0 vs. 20 daquele capítulo faz soar a mesma nota: DEUS é
o Invisível; Ele faz-se conhecer através da natureza e da revelação. Por
conseguinte, é uma estupidez reduzir o culto religioso ao uso, à adoração ou
à veneração de imagens feitas por mãos humanas.
Êxodo 20.4 tem a tripla
proibição: coisa alguma do céu, da terra ou do Mar podia ser reduzida a um
objeto de adoração.
Dt 4.19 O trecho de Êxodo
20.4 proíbe a adoração a qualquer objeto representado como existente no céu,
como o sol, a lua e as estrelas.
Dt 4.20 Mas o Senhor vos
tomou. Israel tornou-se uma nação distinta, altamente favorecida por DEUS,
acima de outras nações. Enquanto outras nações afundavam-se na idolatria,
Israel foi libertado do Egito e trazido para a Terra Prometida, para que
vivesse separada como uma nação santa, favorecida pela posse da legislação
mosaica, dotada de uma fé religiosa distinta.
Para que lhe sejais povo de
herança. Isso fazia parte do Pacto Abraâmico (ver Gên. 15.18).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 772-773.
Dt 4.15,16 — Não havia
nenhuma maneira de descrever ou esculpir a presença de DEUS no Sinai (Ex
20.18), pois Israel não viu a forma “física” do Senhor. Assim, o povo não
poderia elaborar qualquer representação material dela. Embora o ser humano
tenha sido criado à imagem e semelhança de DEUS, não há figura de macho ou
de fêmea, isto é, objeto confeccionado pelo homem que consiga reproduzir
DEUS (Gn 1.26,27).
O resultado do êxodo e do
cumprimento da Lei seria um povo hereditário, visto que a nação de Israel
pertencia a DEUS e, por isso, teria um glorioso futuro ao Seu lado.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
317-318.
Dt 4. 15-20. A revelação
original não deve ser corrompida com idolatria (4.15-24). Este parágrafo
apresenta várias formas de idolatria. Os israelitas foram advertidos a se
manter longe de escultura (16; pesei, “imagem esculpida”, cf. ARA). Não
deviam copiar figura ou forma.
Um fogo que consome, um DEUS
zeloso (24), indica o amor ardente que não tolera rivais e destrói tudo que
seja contrário à natureza divina.
Jack Ford. A.
R. G. Deasley.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 427.
Jo 1.14 — E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós. O Verbo (gr. logos), Aquele que sempre existiu se
fez (gr. ginomai, uma ação concreta) carne (gr. sarx) e habitou entre nós.
O versículo 1 fala da
natureza divina e eterna de CRISTO e de Suas obras, que transcendem o tempo
e o espaço. Aqui, no versículo 14, o Verbo entra na dimensão do tempo e do
espaço, materializa-se, faz-se carne, e muda a história da humanidade.
O Filho de DEUS que existia
desde a eternidade (Fp 2.5-9), por um tempo, abriu mão de Seu estado eterno
e imortal e de Sua condição divina, e fez-se homem. JESUS CRISTO
se identificou completamente conosco como homem. Mas Ele não tinha pecado,
pois o pecado não fazia parte da natureza humana antes da Queda. Sendo
assim, João usou a palavra carne neste versículo para aludir à natureza
humana, e não sua propensão para o pecado (diferente do apóstolo Paulo, em
Romanos 8.1-11).
DEUS habitou entre nós. O
verbo traduzido como habitar é de origem grega e significa tabernacular,
alude a ideia de armar uma tenda.
E vimos a sua glória. No Antigo Testamento, a
palavra glória estava ligada à presença divina (Éx 33.18). Assim como DEUS
manifestou a Sua glória no tabernáculo edificado por Moisés, em CRISTO Ele
revelou a Sua presença divina e o Seu caráter (Jo 18.6; 20.26,27).
Como a glória do Unigênito
do Pai. JESUS é o unigênito de DEUS (Jo 3.16,18); o único Filho. O mesmo
termo é usado para Isaque (Hb 11.17), embora este não fosse o único filho de
Abraão, mas era o único filho da promessa. No evangelho de João, os que não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de
DEUS (v. 13), pela fé em CRISTO, foram chamados filhos de DEUS (Jo 1.12,13).
Mas JESUS CRISTO é o unigênito de DEUS, o único que sendo totalmente divino
fez-se totalmente humano. Cheio de graça e de verdade. Quando DEUS se revelou a Moisés, Ele revelou a si mesmo
como grande em beneficência e verdade (Êx 34.6). Quando aplicado a JESUS
CRISTO, esse atributo divino o identifica como o Autor da revelação e
redenção perfeitas.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 223.
Jo 1.14 Em relação ao v.10
já indagamos se, afinal, o Logos de DEUS realmente poderia estar no mundo,
tão alheio a ele por natureza e caracterizado por trevas? Porém, uma vez
que ele já estava nele, não deveria apenas fazer uma visita rápida, uma
visita em que se dissociasse e mantivesse uma resoluta distância de tudo que
fosse alheio à sua natureza? E uma vez que ele já tinha figura humana, será
que ele não agiria da mesma forma como também os gregos relatavam de seus
deuses: apareciam na terra sob um disfarce qualquer, para rapidamente
retornarem a seu aprazível céu, sem se envolver com todo o fardo terreno das
pessoas?
Não, diz João, a mensagem de
JESUS é algo radicalmente diferente de todos os mitos e lendas sobre deuses.
Cada palavra da afirmação reveste-se de importância. Pois a afirmação é
assombrosa: O Verbo eterno, no qual DEUS expressou todo o seu coração e
seu ser, tornou-se carne, tornou-se uma pessoa real de carne e sangue e
viveu no mundo por cerca de 33 anos e meio como qualquer outro ser humano.
Isso é revelação genuína.
DEUS não passou entre nós num invólucro aparente de humanidade, intocado
pela verdadeira condição humana, mas DEUS se tornou verdadeiramente um de
nós, numa solidariedade plena. Por isso não se diz apenas: A palavra se
tornou ―ser humano, mas, enfatizando a condição real do ser humano,
ouve-se: o Verbo se tornou carne. Desde o AT carne caracteriza o ser
humano em sua debilidade, transitoriedade e mortalidade; cf., p. ex., Sl
56.5; 78.39; Is 31.3; 40.6-8; Jr 17.5. O Verbo eterno - O Logos se fez carne.
Paulo imediatamente tem em mente também a
cruz. João, porém, consegue formular o evangelho integral na palavra da
encarnação.
O Verbo se fez carne: como
isso é possível? Para essa pergunta não há e não deve haver resposta, porque
dissolveria o milagre da revelação. Contudo, uma coisa podemos afirmar como
antevisão de Jo 3.16 e sob o testemunho de João em 1Jo 4.9s, a saber, que
nisso resplandece a glória do amor. Encarnação, solidariedade plena com
nossa vida humana, assumir toda a nossa existência – isso é amor, e é
unicamente consumado pelo amor.
DEUS já habitou na tenda da revelação e habitou em seu santo
templo. Agora ele habita conosco em JESUS. Nesse texto, pois, fica claro que
JESUS é o verdadeiro templo, dando-nos realmente aquilo que se buscava no
templo de Jerusalém (e também em todos os templos do mundo). Aqui reside a
base da palavra de JESUS em Jo 2.19, do mesmo modo como da afirmação de
Paulo sobre a igreja de JESUS, que como ―corpo do CRISTO é ao mesmo tempo o
templo de fato, no qual DEUS agora habita sobre a terra (1Co 3.16; 14.25).
Pelo fato de que o Verbo se fez carne e habitou entre nós tornou-se possível
o que João atesta em seguida: E vimos a sua glória. João optou pelo termo
ver, que assinala um ver real, atento, observador. João nos diz em sua
primeira carta como esse ver é sério e real.
Porém, o que João viu? João viu
algo bem diferente: a sua glória. A palavra dóxa - glória - é a réplica
grega do termo hebraico do AT kabod. A raiz subjacente significa
inicialmente ter peso e a partir daí torna-se expressão da gravidade,
grandiosidade, honra, glória. Essa glória divina João e seus amigos
viram em JESUS, embora ele fosse carne, esse homem real, sofredor,
moribundo. Sim, aprenderam do próprio JESUS a ver precisamente em sua
humildade a sua glória, em sua cruz a sua exaltação (Jo 3.15).
Em seguida, capítulo após
capítulo, João nos permitirá vê-la também. É justamente por isso que não
temos somente as cartas do NT, com suas instruções doutrinárias sobre
JESUS, mas também os evangelhos, com sua imagem de JESUS, para que
também nossa fé possa ver pessoalmente algo daquele a quem ela se entrega
para a vida e a morte. Mais tarde João viu outra vez a glória de JESUS, e
isso não aconteceu na carne, mas de forma direta, quando se achava em
espírito e podia contemplar o mundo celestial: Ap 1.12ss. No ser humano JESUS a luz da revelação resplandece da
forma como podemos suportá-la agora. Conseqüentemente, João está proferindo
uma palavra santa, mas verdadeiramente alegre e grata.
É por essa razão que João
acrescenta: essa glória é cheia de graça e de verdade.
Tudo
isso é pura graça. Por isso, quando DEUS pronuncia seu nome perante
Moisés, que quer ver a glória de DEUS, a única coisa que pode soar é:
Senhor, Senhor, DEUS compassivo, clemente e longânimo e grande em
misericórdia e fidelidade [Êx 34.6]. É por isso que Israel, que sentia
falta de poder divino em JESUS, deveria ter reconhecido, justamente com base
em Moisés e no AT, a verdadeira glória de DEUS cheia de graça e de verdade
em JESUS.
Werner de Boor. Comentário
Esperança João. Editora Evangélica Esperança.
Jo 1.14 - "O verbo se fez
carne ". Ao encarnar. CRISTO se tornou: (1) o Mestre perfeito (Fp 2.5-11); (2) o Homem perfeito
(1 Pe 2.21); (3) o Sacrifício perfeito (Cl 1.15-23).
JESUS é único em espécie e
em seu relacionamento com DEUS. Ele é diferente de todos os cristãos,
chamados “filhos de DEUS".
Jo 1.14- Quando JESUS foi
concebido no ventre de Maria. DEUS se fez homem. Ele não era em parte humano
e em parte divino; era completamente humano e completamente divino (Cl 2.9).
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1414.
Ez 28.2 Filho do homem.
Yahweh fala com o profeta, utilizando seu título comum (anotado em Eze.
2.1).
Dizes: Eu sou DEUS, sobre a
cadeira de DEUS me assento.
Meros homens começaram a
pensar si mesmos como deuses, semideuses ou filhos dos deuses. Os “deuses”
se casaram, e deuses e filhos de deusas nasceram na teologia. As doutrinas
se desenvolveram e um rei podia ser relacionado a uma variedade de
conceitos. As mitologias misturaram homens e deuses numa salada
extravagante; logo, deuses estavam produzindo semideuses, filhos de mulheres
mortais. Todas estas farsas seriam expostas, e o deus de Tiro corria para
encontrar seu destino amargo (vss. 6-10). Ver Eze. 28.6,9, para uma
renovação da reivindicação de divindade entre os homens.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
3284.
A Queda do Príncipe de Tiro.
28:1-19.
Outros exemplos da "insanidade da prosperidade" são Senaqueribe
(II Reis 17:33-35); Faraó (Ez. 29:3); Nabucodonosor (Dn. 3:15; 4:30; observe
particularmente o autoteísmo da Babilônia, Is. 47:7-10); Herodes (Atos
12:21-23); "o homem do pecado " (II Ts. 2:3, 4) e os conquistadores que
confiam em suas armas (Hc. 1:11, 16); e todos aqueles que hoje em dia adoram
"a deusa da prosperidade".
O profeta descreve o castigo
do orgulhoso príncipe (Ez. 28:1-10); e profere uma lamentação irônica sobre
a sua queda (28:11-19).
O Castigo do Príncipe de
Tiro por Causa de Sua Auto-Exaltação 28:1-10. Príncipe de Tiro é chamado de
nagîd, "líder", um termo usado apenas para com os governantes israelitas,
exceto aqui e em Dn. 9:25,26. Seu aparecimento aqui sugere que ele tinha
essa posição apenas por designação divina. Ele é chamado "rei", melek, no
versículo 12, exemplificando o conceito do Crescente Fértil de que o
governante era o representante dos deuses, e mais do que humano. Ittobaal II
era rei de Tiro nessa ocasião (Josefo, Against Apion 1. 21), mas foi o
autoteísmo de Tiro, mais que qualquer governante específico, que foi
acusado. Cadeira de DEUS. Antes dos deuses (RSV). Talvez se refira 1) a um
trono vazio no templo tiro reservado para o rei, ou 2) a uma situação
invencível de Tiro, ou 3) à ilha como lugar consagrado aos seus deuses.
Charles F. Pfeiffer.
Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular. Ezequiel. pag. 108-109.
Is 14.12 Como caíste do céu,
ó estrela da manhã. A queda de Satanás? Agora o rei caído é
comparado a uma estrela que antes brilhava no céu, a saber, a "estrela da
manhã" ou doador da luz, traduzido por "Lúcifer" na Vulgata Latina. Dentro
da mitologia Cananéia (ugarftica) havia uma divindade que era o deus do
alvorecer, ou seja, a estrela da manhã, de nome Shahar, correspondente a
Vênus, na astronomia moderna. Mas o mais provável é que o profeta não estava
procurando nenhum tipo de identificação astronômica. Ele falava sobre uma
luz brilhante no céu, tão poderosa que era capaz de anunciar o alvorecer. Seja como for, a estrela estava
tão baixa que primeiramente se apagou e, em seguida, caiu no sheol. A
referência a Lúcifer, na Vulgata, não deveria fazer-nos enganosamente pensar
que esta passagem trata de Satanás, o que foi um desenvolvimento posterior e
dificilmente está em pauta aqui. Pelo contrário, está em vista um homem
diabólico. Ele era importante e elevado, uma espécie de deus-estrela, mas
agora tinha sido deitado tão abaixo que o seu leito era uma cama de gusanos,
no sheol. Aquele homem, estando ainda na terra, derrubara nações (pintadas
como florestas, vs. 8). Mas agora ele mesmo estava cortado, em solene
demonstração da justiça divina. Aquele homem, sedento de sangue,
culpado de tantos e tantos crimes, foi lançado para fora do céu como objeto
imundo e agora jazia em seu humilde leito no sheol. No mundo ele fora a
árvore mais elevada, mas isso não o deixara imune ao machado divino.
Is 14.13-15 Tu dizias no
coração: Eu subirei ao céu. A Queda de Satanás? O tirano se jactava
doentiamente de que subiria ao céu, rivalizando com os deuses, postando-se
mais alto que as estrelas de Elohim. Lá em cima ele colocaria o seu trono. A
expressão "no monte da congregação" é uma referência pagã ao deuses que
habitariam as regiões celestes no norte, em tomo das quais girariam as
constelações. No cume desse monte, estava o trono do DEUS Altíssimo (vs.
14). Cf. Eze. 28.14 e Sal. 48.2.
Algo tão simples como a morte física fê-lo tombar às partes mais
inferiores do abismo (sheol). Era isso o que ele merecia em sua arrogância.
Essa história assemelha-se à história de Lúcifer nas lendas judaicas, as
quais, como é claro, baseavam-se neste texto. Mas, conforme se pode ver,
originalmente não havia uma referência ao principal anjo caído, a quem
chamamos Satanás ou diabo. A história judaica posterior passou para a
interpretação cristã, como se aqui tivéssemos uma descrição da queda de
Satanás. O quadro de Satanás preso no sheol é diferente do que sabemos
acerca dele. Ele está "lá fora", causando todo o dano que puder.
Naturalmente, podemos ver
aqui uma referência primária a Satanás, de quem o tirano da Babilônia era
imitador.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
2834.
Is 14.12 Como caíste do
céu é uma figura de linguagem para designar alguém que foi derrubado de uma
posição política privilegiada. JESUS disse: E tu, Cafarnaum, serás levantada
até ao céu. Até ao inferno serás abatida (Lc 10.15), e, aparentemente com o
mesmo sentido: Eu via Satanás, como raio, cair do céu (Lc 10.18). O nome
Lúcifer, em hebraico, significa literalmente estrela da manhã, ou seja, o
planeta Vênus. Na linguagem poética desse versículo, vemos uma estrela
brilhante desejosa de alcançar o ponto culminante dos céus desaparecer com o
nascimento do Sol. Essa imagem expressa muito bem o objetivo não alcançado
do rei da Babilônia (v. 4), que aspirava a um domínio universal e eterno.
Tertuliano, Milton e muitos outros atribuem essa passagem à carreira de
Satanás, com base em Lucas 10.18. Contudo, não se pode ter certeza absoluta
dessa conexão.
Is 14.13 Acima das
estrelas de DEUS. Temos aqui o caso de uma estrela que deseja ser maior que
as outras. Em linguagem poética, Isaías descreve um rei cujo anseio de
glória é insaciável.
Is 14.14 Serei semelhante
ao Altíssimo é o mais ultrajante dos desejos arrogantes do rei assírio ou
babilônio. Ele quer suplantar o Altíssimo, título atribuído ao Senhor
geralmente relacionado com as nações do mundo (SI 87.5; 91.1,9; 92.1).
Trata-se de um exemplo de
justiça irônica contra esse rei que queria ascender a um lugar acima dos
deuses e do próprio Altíssimo. O abismo é um sinônimo de Sheol, às vezes
mencionados juntos 0n 2.2,6).
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
1046.
Is 12-20. Lúcifer. O nome
romano para a estrela da manhã (heb. hêlêl, "a brilhante"), a qual logo
desaparece diante do esplendor muito maior do sol. Este título foi concedido
ao rei da Babilônia, não se referindo a ele como indivíduo humano específico
(como Belsazar, por exemplo), mas como representante ou incorporação de
Satanás, que é considerado o poder por trás do trono real. O orgulho
titânico e a ambição expressas nos versículos 13, 14 estão deslocados em
quaisquer lábios que não sejam os de Satanás. A poesia épica do ugarita
cananeu geralmente se refere à "montanha do Norte" ou Sapunu (equivalente ao
heb. sâphôn usado aqui) como sendo a habitação dos deuses. A ignominiosa
queda do tirano da Babilônia, aqui descrito profeticamente, cujo cadáver jaz
insepulto e desonrado, reflete Satanás, seu senhor.
Charles F. Pfeiffer.
Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular. Isaias. pag. 43.
2. Homem, a criatura.
O mesmo texto que diz “DEUS
está nos céus também diz: “tu estás na terra” (Ec 5.2). DEUS está no céu, o
homem está na terra! DEUS é o Criador, o homem é a criatura. É uma obrigação
nossa saber que DEUS é DEUS e o homem é homem! Devemos ter muito cuidado
para não nos transformarmos em heróis e super crentes. Seria bom sempre nos
lembrarmos de que estamos aqui “na terra”. E mais, não apenas estamos aqui,
mas somos feitos do mesmo material: “Temos, porém, este tesouro em vasos de
barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co 4.7,
veja (1 n 2.7). Não há dúvidas de que essa conscientização nos levaria a
sermos mais cuidadosos com nossas obrigações diante de DEUS.
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 119.
Então formou o Senhor DEUS
ao homem. O nome divino, no original hebraico, é aqui Yahweh-Elohim.
Formou. No hebraico, yasar.
Esse mesmo vocábulo é usado para indicar a formação de um vaso, por parte do
oleiro (Isa. 29.16; Jer. 18.4).
Pó da terra. No hebraico há
um jogo de palavras, o homem (no hebraico, adham), foi formado do pó da
terra (no hebraico, adhamah), uma palavra cognata. E foi essa palavra que
deu o nome genérico à raça humana, homem, ou seja, um ser formado do pó da
terra. O primeiro homem foi chamado Adão, outro termo cognato, que veio a
tornar-se seu nome próprio. Ver Gên. 2.20.
Ele não foi feito das rochas, nem de minérios ou de
metal, mas do pó da superfície do planeta, muito leve e que qualquer vento
pode tanger"
... lhe soprou nas narinas.
DEUS animou a estátua conferindo-lhe a energia divina, e aquilo que era
apenas argila tornou-se um ser vivo, já equipado com todos os sistemas
necessários à vida biológica, à reprodução e ao senso de bem-estar, O
decreto divino continuou, portanto, a ser a origem de tudo. Não é antecipado
nenhum processo evolutivo.
Alma vivente. No hebraico,
nephesh.
A alma aparece
embutida na expressão a imagem de DEUS. Em Gên. 1.26 (ver a exposição),
suponho que essa expressão deve incluir a ideia da espiritualidade do homem,
mesmo que essa ideia tenha ultrapassado a compreensão do autor sagrado.
Assim creio. O homem, criado como foi à imagem de DEUS, sem dúvida
compartilha de Sua espiritualidade, e isso deve envolver a alma imortal.
DEUS é o Criador do homem, o Seu amigo e conselheiro
desde o princípio, e assim contínua até hoje e continuará para sempre.
DEUS fez o homem tornar-se
uma alma vivente quando soprou sobre ele. Após a queda no pecado, tornou-se
mister insuflar vida eterna no indivíduo, para que este tivesse restaurada a
sua vida espiritual e para que desfrutasse de comunhão com seu Criador.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
22-23.
Gn 2.7 — O verbo formou
sugere um artesão moldando sua obra [em barro]. O homem foi feito do pó da
terra e voltaria ao pó quando morresse fisicamente (Gn 3.19). Embora DEUS
tenha criado a luz com uma simples palavra (Gn 1.3), Ele [se envolveu
pessoalmente na criação do homem], ao modelar o corpo humano no barro,
transformou esta matéria-prima em uma coisa nova e, depois, soprou em seus
narizes [suas narinas - ara] o fôlego da vida.
O sopro divino pode ser o
jeito que o narrador encontrou de descrever a infusão do espírito no ser
humano, que o dotou de capacidade intelectual, moral, relacional e
espiritual. O fato é que, com tudo isso, DEUS mostrou grande cuidado e
preocupação na maneira utilizada para criar o homem. A expressão traduzida
como alma vivente do homem é a mesma que foi usada para referir-se à vida
animal em Gênesis 1.24. Isto sugere que a vida humana e a animal são
parecidas; contudo, o fôlego de vida divino [o espírito] fez os seres
humanos diferentes de todas as outras criaturas vivas.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag.
11-12.
EVOLUÇÃO
A palavra portuguesa
evolução deriva-se do latim e (fora) e volvere (rolar). A idéia expressa é o
evolver gradual, em subdivisões, com a produção de muitos.
Isso é usualmente descrito como algo que passa do simples para o complexo,
ou então como a origem da vida em suas múltiplas manifestações e formas.
«Os
criacionistas têm certeza, sem evidências. Os evolucionistas têm evidências
sem certeza».
Afirmamos que ninguém, realmente,
conhece a verdade a respeito das origens, exceto a afirmação de que a Mente
divina está por detrás de toda essa operação, desde o começo. Mas, o modus
operandi dessa operação precisa continuar sendo discutido. Se a alma
pertence a DEUS, tendo provido dele e estando destinada a retornar a ele,
então, qualquer doutrina concernente ao corpo físico, por mais interessante
que seja, não é crítica para a nossa fé.
O criacionismo é uma questão de fé,
e não de ciência. Teologicamente falando é perfeitamente defensável, mas
nada tem a ver com a biologia». Esse mesmo autor duvida do valor de forçar a
questão (o criacionismo e a controvérsia que gira em redor do mesmo) até o
nível das escolas públicas, achando que seria mais aconselhável que os
cristãos bíblicos apresentem os seus pontos de vista nas igrejas, ao mesmo
tempo em que, nas escolas públicas, as crianças de pais evangélicos não
deveriam ser expostas a ensinamentos anti-religiosos, que lhes são forçados
como se fossem fatos.
Escrevi um artigo separado
sobre esse assunto, bastante detalhado. Um texto de prova da ideia que o
homem evolui espiritualmente (não biologicamente) é II Coríntios 3:18: «E
todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória
do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem,
como pelo Senhor, o ESPÍRITO».
Para mim parece claro que a
própria salvação, já nas dimensões celestiais, envolverá uma glorificação e
uma transformação eternas, em que o crente vai sendo transformado à imagem
do Filho de DEUS, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO. Isso significa que os
homens compartilharão da própria natureza divina (ver II Ped. 1:4), dotados
da plenitude de DEUS (ver Ef. 3:19), conforme a imagem e a natureza do
Filho de DEUS (ver Rom. 8:29), subindo sempre de um estágio de glória para
outro, incessantemente (ver II Cor. 3:18). Visto que há uma infinitude com a
qual seremos cheios, não há que duvidar que haverá um enchimento infinito.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
4285-4288.
IV - OBRIGAÇÕES DIANTE DA
IMANÊNCIA DE DEUS
1. DEUS está próximo.
DEUS presente — não estamos
sozinhos!
O atributo da imanência
divina, mostra-nos que DEUS, mesmo não podendo ser confundido com as suas
criaturas, todavia pode se relacionar com elas. DEUS cuida da sua criação.
Isso significa que o nosso DEUS não é um DEUS distante, que após criar o
mundo se ausentou dele! Pelo contrário, Ele é um DEUS presente! No capítulo
5 de Eclesiastes, Salomão está falando do culto a DEUS e mostra como Ele se
identifica com o mesmo, aprovando-o ou reprovando-o: “porque [DEUS] não se
agrada de tolos” (Ec 5.4). Essa mesma verdade é mostrada no Novo Testamento
(2 Co 6.16). Essa proximidade de DEUS deveria nos fazer melhores crentes,
melhores cidadãos.
GONÇALVES. José,. Sábios
Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na
vida. Editora CPAD. pag. 119-120.
IMANÊNCIA (IMANENTE)
Essa palavra vem do latim,
Immanere, «habitar».
E usada em relação a ações e
princípios relativos a DEUS (sendo o contrário de transcendência).
O teísmo admite a imanência
de DEUS, mas não identifica o mundo com DEUS. Em outras palavras, a essência
de DEUS é distinta da essência do mundo. A teologia bíblica admite tanto a
imanência quanto a transcendência de DEUS, porquanto ambas as coisas são
ensinadas na Bíblia.
O trecho de Sl. 139 ensina
a imanência de DEUS. O teísmo bíblico requer essa imanência como um conceito
fundamental. Passagens como Rm, 11:33 ss e I Tm. 6:16, por outro lado,
ensinam a transcendência de DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman,
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag.
249-250.
II Cor 6.16 Tanto naquele
tempo como hoje o processo decisivo da grande guinada de vida para sair do
mundo gentílico era o seguinte: “Convertei-vos, deixando os ídolos” (1Ts
1.9). Nesse caso, porém, os ídolos não podem de forma alguma ocupar o templo
de DEUS! Por natureza DEUS não pode tolerar poderes estranhos em seu templo.
Nessa frase Paulo deve estar pensando na leviandade com que os “livres” e os
“fortes” em Corinto acreditam que podem participar tranquilamente das
refeições em templos gentílicos. “Fugi da idolatria!” é uma advertência que
ele já tivera de escrever na primeira carta (1Co 10.14).
Mas ele não se refere apenas
a tais eventos isolados. Sua advertência tem um sentido bem abrangente com
vistas a tudo que não se harmoniza com o DEUS vivo e nossa ligação com ele.
Não é possível que sejamos reconciliados com DEUS por um preço tão alto (2Co
5.19-21!) e que depois novamente nos maculemos com “idolatria” no sentido
mais amplo. “Porque nós somos o santuário do DEUS vivente, como ele próprio
disse: "Habitarei e andarei entre eles; serei o seu DEUS, e eles serão o meu
povo‟.” O que DEUS prometera ao povo de Israel na antiga aliança (Lv 26.11s)
e o que ele assegurara novamente por meio do profeta Ezequiel (Ez 37.27)
após o cativeiro babilônico se cumpriu agora. Por isso, em 1Co 3.16s Paulo
havia designado a igreja de JESUS de templo santo de DEUS (cf. também Ef
2.19-22). Que inédita condição de vida fora concedida à igreja desse modo!
Ser santuário de DEUS, povo de DEUS, ter o eterno DEUS vivente como “nosso”
DEUS tão perto de nós na mais íntima comunhão – em que alturas isso nos
posicionou!
Werner de Boor. Comentário
Esperança II Coríntios. Editora Evangélica Esperança.
II Cor 6.1 6 — Vós sois o
templo. Uma referência a Levítico 26.11,12 e a outras passagens, tais como
Jeremias 32.38 e Ezequiel 37.27, para relembrar os coríntios de seu
relacionamento com DEUS. Como o ESPÍRITO SANTO estava habitando neles, eram
a mais nova morada do Senhor (1 Co 6.19).
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House.
O Novo Comentário Bíblico
Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 465.
O cristão é por confissão, e
deveria ser na realidade, o templo do DEUS vivente dedicado e ocupado com o
serviço de DEUS. O Senhor prometeu habitar nos cristãos, para neles habitar
e andar, para desfrutar de um relacionamento especial com eles e ter um
cuidado especial com eles, para que Ele seja o seu DEUS e eles sejam o seu
povo. Por isso, não pode haver “...consenso [...] entre o templo de DEUS e
os ídolos”. Os ídolos são rivais de DEUS e da sua honra, e DEUS é um DEUS
zeloso e não dará sua glória a outro. (3) Há um grande perigo em
comunicar-se com descrentes e idólatras, em ser corrompido e rejeitado.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 527.
Continua...