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10 novembro 2025

Escrita Lição 7, Betel, Davi – DEUS não rejeita um coração quebrantado, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 7, Betel, Davi – DEUS não rejeita um coração quebrantado, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A origem do rei Davi

1.1. Davi, pastor de ovelhas e músico. 

1.2. Davi, unção e reinado. 

1.3. Davi derrota o gigante Golias. 

2- Davi, um pecador arrependido

2.1. Os pecados de Davi. 

2.2. Davi se arrepende. 

2.3. Davi foi sincero e grato. 

3- Davi, um homem segundo o coração de DEUS

3.1. DEUS conhecia Davi. 

3.2. Davi se submeteu a DEUS. 

3.3. Davi não tocava os ungidos do Senhor. 

 

EBD, Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | Tema: Personagens Bíblicos Virtuosos E Marcantes – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a DEUS diante das circunstâncias da vida | Escola Bíblica Dominical 

 

TEXTO ÁUREO

“Os sacrifícios para DEUS são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó DEUS”. Salmo 51.17.

 

VERDADE APLICADA

Confiança, temor e disposição em obedecer ao Senhor em tudo devem caracterizar o viver do discípulo de CRISTO.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Conhecer a origem do rei Davi
- Ressaltar que Davi se arrependeu de seus pecados
- Compreender que Davi foi aceito por DEUS pelo arrependimento sincero.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA – Salmos 51.1-7

SALMO 51
1 Tem misericórdia de mim, ó DEUS, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos parece mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava- -me, e ficarei mais alvo do que a neve.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1 Sm 16.13 O ESPÍRITO do Senhor apoderou-se de Davi.
TERÇA | 2Sm 8.1-6 0 Senhor dava vitória a Davi em tudo.
QUARTA | 2Sm 24.24 Davi, um homem que valorizava as ofertas a DEUS.

QUINTA | Sl 78.70-72 Davi, de pastor de ovelhas a pastor de Israel.
SEXTA | Sl 89.20-24 DEUS manda Samuel ungir Davi.
SÁBADO | At 13.22,23 Davi, um homem segundo o coração de DEUS.


HINOS SUGERIDOS: 340, 501, 503

 

MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore para que possamos cultivar um coração quebrantado e contrito.

 

PONTO DE PARTIDA: Do campo para o trono

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS

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LIÇÃO 01 - DAVI E A SUA VOCAÇÃO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 4º TRIMESTRE DE 2009

Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentários do Pr. José Gonçalves - Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto - Complementos, Slides e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

RESUMO DA LIÇÃO 01 - DAVI E A SUA VOCAÇÃO

REVISTA CPAD - 4º TRIMESTRE DE 2009

I. AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE DAVI FOI CHAMADO

1. Em meio a uma crise espiritual.

2. A gravidade da crise.

II. A NATUREZA DA VOCAÇÃO DE DAVI

1. Um desígnio divino.

2. A resposta humana.

III. O PROPÓSITO DA VOCAÇÃO DE DAVI

1. Abençoar a nação judaica.

2. Abençoar a humanidade.

CONCLUSÃO

Nada está fora do controle de DEUS.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1Sm 16.1, 3, 10-13

1Então, disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

3 E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser.

10 Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não tem escolhido estes. 11 Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui. 12 Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é. 13 Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.   

 

DAVI, considerado pelos judeus o maior rei de Israel
Seu lugar na história.

Davi é uma das figuras mais preeminentes da história do mundo e também entre as personagens da Bíblia. É o mais famoso antepassado de CRISTO. JESUS
não é chamado “Filho de Abraão” ou “Filho de Jacó”, mas “Filho de Davi”.


Seu caráter.

Sua vida foi uma mescla de bem e mal. Apesar de repleta de feitos nobres, altas aspirações e grandes conquistas, foi manchada por pecados terríveis.
Nenhuma personagem da Bíblia ilustra mais plenamente a escala moral da natureza humana. É difícil conceber que o homem que escreveu o salmo 23 fizesse o que fez a Urias. Mas o espírito da época em que ele viveu deve ser considerado e também as tentações relacionadas com o poder quase ilimitado.
Nos primeiros anos de sua vida, ele é mencionado como o homem segundo o coração de DEUS, 1Sm 13:14. Isso realmente era verdade, quando se dispunha a guardar os mandamentos divinos. Pode ser dito a seu favor que nunca se tornou idólatra e foi leal ao Senhor no testemunho e na adoração.
O fato de que a maior parte de sua vida, unida à sua genialidade, foi de notável espiritualidade, apesar de nem sempre consistente, explica o lugar elevado que ocupa nas Escrituras.


A característica marcante de Davi: seu caráter polivalente
1. Na juventude, foi atleta, 1Sm 17:34-36.
2. Foi grande músico. Sua reputação era tal que tocava perante o rei Saul, 1Sm 16:14-23.
3. Seu talento poético era da mais alta categoria. Escreveu algumas das maiores obras-primas da literatura espiritual. Nenhuma poesia é tão utilizada quanto os salmos de Davi.
4. General competente, conduziu com grande êxito suas campanhas militares.
5. É considerado, em geral, o maior rei de Israel. Demonstrou sabedoria fora do comum na administração do governo.

 

 Sinopse de sua carreira (v. tb. 4325)
I. Seus primeiros anos
1. Passou-os na fazenda de seu pai, perto de Belém; era o caçula de oito filhos, 1Sm 16:10,11.
2. Como pastor, mostrou grande valor ao proteger o rebanho, 1Sm 17:34-36.
3. DEUS escolheu-o sucessor do rei Saul; foi ungido humildemente pelo profeta Samuel, 1Sm 16:12,13.

  

II. Seu serviço sob o comando de Saul
1. Torna-se harpista do rei, 1Sm 16:14-23
Nota: A ordem cronológica dos acontecimentos durante esse período não está determinada com exatidão.

2. Depois de algum tempo na corte, retorna ao campo, 17:15.

3. Ainda jovem, aparece como campeão de Israel e mata o gigante Golias, o que resulta em grande vitória para o povo de DEUS, 1Sm 17:25-53.

4. A façanha histórica ganha a admiração de Jônatas, filho do rei, mas os louvores que o povo lhe rende despertam o ódio de Saul, 1Sm 18:1-9.

5. Logo Davi se vê forçado a fugir para salvar a vida, cap. 19.

 
III. Davi como fugitivo
Esse é um período escuro de sua carreira. Perseguido pelo rei Saul, vive a perigosa vida de fugitivo. Mas há momentos de esplendor em meio a esse obscuro panorama.
1. A intercessão magnânima de Jônatas assegura a Davi a restauração temporária da graça do rei, 19:4-7.

2. Generosidade de Davi ao poupar duas vezes a vida de Saul, 1Sm 24:1-15; 26:1-20.

  

IV. Davi como rei
1. Após a morte de Saul, a tribo de Judá unge Davi rei, e ele reina sete anos em Hebrom, 2Sm 5:1-5.

2. Após a morte de Is-Bosete, Davi converte-se em rei de todo o Israel, 2Sm 5:3.

Acontecimentos notáveis em seus últimos anos:
a. Toma Jerusalém e a estabelece como capital, 2Sm 5:7.
b. Leva a arca para Jerusalém, 2Sm 6:1-11; 1Cr 15:1-29.
c. As vitórias militares e a expansão do reino, 2Sm 8 e 10.
d. Seu pecado contra Urias, 2Sm 11 e 12.
e. Seu arrependimento (v. Sl 51).
f. A rebelião de Absalão contra o pai, 2Sm 15, 16, 17, 18.
g. Preparativos para a construção do Templo, 1Cr 22:5,14; 29:2.

 

V. Seus últimos dias
1. Nomeia Salomão seu sucessor, 1Rs 1:11-39.
2. Instruções solenes a Salomão, 1Rs 2:1-9.
3. Sua morte, 1Cr 29:26-28.

Morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e honra. Salomão, seu filho, reinou em seu lugar.
 

SAUL E DAVI – IGUAIS - DIFERENTES 

DEUS de Israel – absolutamente soberano está no controle...

Escolheu nossos antepassados fazendo aliança com Israel. Fez Israel crescer enquanto estava no Egito. Outro rei subiu ao poder no Egito e era cruel com eles, e DEUS os tirou de lá. DEUS não os esqueceu. Após os libertar. DEUS continuou a cuidar deles, apesar de seus pecados e rebelião. 19 Ele destruiu sete nações em Canaã e deu a terra delas como herança a seu povo. 20 Tudo isso levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. “Depois disso, ele lhes deu juízes até o tempo do profeta Samuel. At 13 Como havia anunciado (Dt 7.1) destruiu sete nações malignas que sacrificavam crianças. Durou aproximadamente 450 anos (400 Egito + 40 deserto + 10 processo de entrar na terra). Depois disso começou o período dos juízes que eram libertadores levantados por DEUS, e o último foi Samuel.

- Então o povo pediu um rei, e DEUS lhes deu Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, que reinou quarenta anos. At 13.21 Pediram a Samuel um rei, rejeitando a Samuel e a DEUS 1Sm 8.5

Saul e Saulo (Paulo), ambos eram benjamitas. Saul era orgulhoso, egocêntrico e desobediente, e então foi tirado após 40 anos. Após DEUS o tirar

- Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade’. At 13.22 DEUS rejeitou Saul por sua rebeldia, e levantou em seu lugar, Davi, totalmente diferente de Saul.

Davi = segundo meu coração. Como pode um homem segundo o coração de DEUS ser adultero, covarde, assassino?

Segundo o coração não significa ser perfeito, mas ver seus pecados e os reconhecer e tratar diante de DEUS.

A importância de Davi, é que ele estabelece a linhagem de JESUS. O Messias seria seu descendente, e cumpriria a promessa da Sua vinda.

  

1- SAUL E DAVI - QUASE IGUAIS

 

SAUL

DAVI

Saul era jovem e belo. Entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele - I Samuel 9.2

Davi era formoso e de boa aparência – I Samuel 16.12,18

Saul, filho responsável, foi buscar as jumentas do pai.

I Samuel 9.3-4

Davi, pastor zeloso, apascentava as ovelhas do pai.

I Samuel 16.11 –  I Samuel 16.19 – I Samuel 17. 15

DEUS escolheu Saul para reinar em Israel, em resposta ao pedido do povo - I Samuel 9.17

DEUS escolheu Davi para reinar em Israel. Escolha Sua própria.

I Samuel 16. 12

Saul, preocupado, procurava as jumentas do pai, porém o Senhor já havia preparado o vaso de azeite para ungi-lo rei de Israel - I Sm 9.15-16 – I Sm 10.1.

Davi estava no campo (apascentava as ovelhas do pai), porém o vaso de azeite estava preparado para ungi-lo rei de Israel. I Samuel 16.11 -  I Samuel 16.13- Salmo 89.20

Saul reconhecia que sua tribo era a menor de Israel.

I Samuel 9.21-Samuel lembra a Saul que ele era pequeno

I Samuel 15.17

Davi era o menor da casa de seu pai Jessé.

I Samuel 16.11 –

 I Samuel  17.14

Samuel derramou azeite sobre Saul – I Sm 10.1

Samuel derramou azeite sobre Davi – I Sm 16.13

O Espírito de DEUS era sobre Saul– I Samuel 10.6-10

O Espírito de DEUS era sobre Davi - I Samuel 16.13

Saul cobiçou o rebanho amalequita- I Samuel 15.3,9

Davi cobiçou Batseba, mulher de Urias - II Samuel 11.2-4

Saul reinou 40 anos – Atos 13.21

Davi reinou 40 anos – II Samuel 5.4 –I Reis 2.11 –

I Crônicas 29.27

 

2- SAUL E DAVI - DIFERENTES

 

SAUL

DAVI

No momento de assumir o trono e enfrentar a guerra, Saul escondeu-se entre as bagagens, porém o Senhor o achou

I Samuel 10.21-22.

No momento da guerra, Davi deixou a bagagem na mão do guarda, ficando livre para a peleja – I Samuel 17.22.

No momento da guerra, Saul não passou segurança aos angustiados homens de Israel e o povo fugiu para as cavernas, e espinhais e penhascos, fortificações, e covas.  

I Samuel 13.6

Davi enfrentou o inimigo para defender as cidades de Queila e Ziclague - I Sm. 23.1-5 e I Samuel 30.1-21

DEUS rejeitou Saul como rei - I Samuel 13.14

DEUS escolheu Davi como rei – I Samuel 16. 1

Saul era oprimido por um espírito mau – I Samuel 16.14, 23

Saul era oprimido por um espírito mau, porém Davi tocava a harpa, trazendo-lhe alívio. I Samuel. 16.23. Davi era cheio do ESPÍRITO SANTO.

Na hora da batalha contra os filisteus, Saul não estava junto ao povo, que tremia de medo. I Samuel 13. 6-7

Na hora da batalha, Davi confortou a congregação, declarando que do Senhor é a guerra- I Samuel 17.47.

Saul foi rejeitado por DEUS por desobediência e impaciência (não esperou o sacerdote Samuel em Gilgal, para oferecer o sacrifício de holocausto), I Samuel 13.8-14 – Conferir I Samuel 10.8

Davi esperou com paciência no Senhor. Mesmo ungido rei de Israel, continuou cuidando das ovelhas de seu pai. I Samuel 16.13 – I Samuel 17.12-22 - Salmo 40. 1-3

DEUS arrependeu-se de ter ungido Saul como rei, rejeitando-o no 2º ano de seu reinado.

I Samuel 13.1,13-14 I Samuel 5.11– I Samuel 15.26

DEUS achou Davi, varão conforme o Seu coração.

I Samuel 13.14 - Atos 13.22 - Salmo 89.20  

Salmo 101.6

Diante do gigante Golias, Saul demonstrou medo e fraqueza

I Samuel 17.33.

Davi, jovem valente e destemido para a guerra, enfrentou o gigante Golias e o venceu- I Samuel 16.18 – 17.32.

Saul confiou nas armas e armaduras feitas pelo homem.

I Samuel 17.38

Davi foi contra o gigante Golias em nome do Senhor dos Exércitos, recusando as armas e armaduras feitas pelo homem – I Samuel 17.39, 45.

Saul perseguiu Davi – I Samuel 24.2 – I Samuel 26.1-2

Davi perdoou Saul – I Samuel 24.4 – I Samuel 24. 6-10 –

I Samuel 26.8-18

Fim de Saul: Clamou a DEUS, e Ele não lhe respondeu.

I Samuel 28.6

Últimas palavras de Davi: O Espírito do Senhor falou por  mim  - II Samuel 23.1-3

Saul não guardou a palavra do Senhor, nem buscou o Seu socorro (consultou-se com uma feiticeira). Morreu por causa destas transgressões.  I Samuel 28.7 – I Crônicas 10.13-14

Davi confessou o seu pecado e buscou socorro em DEUS Salmo 57.1-2 – 62.1-2 - Salmo 142 – Salmo 51.1-12

Derrotado por seus inimigos, Saul morreu com seus três filhos e toda sua casa, menos Mefibosete. I Crônicas 10.6

Davi morreu e foi sucedido no trono por seu filho Salomão

I Reis 1.32-39 - I Reis 2.12 - I Crônicas 23.1 - I Crônicas 29.23

Os filhos de Saul morreram sem nenhuma honra

I Samuel 31.8-9

O Senhor magnificou a Salomão, filho de Davi.

I Crônicas 29.25

Morte trágica de Saul e seus 3 filhos (Saul morreu por sua arma) - I Samuel 31.1-10 - I Crônicas 10.1-14

Davi teve uma morte tranquila – I Crônicas 29.27-28

Saul e seus filhos foram queimados e seus ossos sepultados debaixo de um arvoredo – I Samuel 31.12-13

Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi –

I Reis 2.10 – Ver cidade de Davi em  II Samuel 5.7 e 9

Saul encerrou o seu reinado, não buscando ao Senhor.

I Crônicas 10.13-14

Porque, na verdade, tendo Davi, no seu tempo, servido conforme a vontade de DEUS... Atos 13.36

 

Davi demonstrou ter coração quebrantado, misericordioso e bondoso: exumou os ossos de Saul e de Jônatas, (enterrando-os na terra de Benjamim, na sepultura de Quis, seu pai) e ordenou que se ajuntassem os ossos dos enforcados.

 

II Samuel 21.12-14

12 Então, foi Davi e tomou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas, seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da rua de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, quando os filisteus feriram a Saul em Gilboa. 13 E fez subir dali os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados. 14 Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai, e fizeram tudo o que o rei ordenara; e, depois disso, DEUS se aplacou para com a terra.

 

 Mateus 5.7

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

Davi teve oportunidade para se vingar de Saul (matá-lo), porém, não fez por temor a DEUS. Leia I Samuel capítulo 24 e capítulo 26

 Ninguém se esconde do olhar de DEUS - Leia  Salmo 139

 Provérbios . 15.3 Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.

 Apocalipse  2.18  E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de DEUS, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente.

 

Davi escreveu 73 salmos - quase a metade do saltério todo, isso nos mostra a intimidade e o desejo de louvar e adorar a DEUS.

Um rei ocupado em tantos afazeres ainda achava tempo e um bom tempo para se dedicar a escrever uma tão preciosa obra que sempre está à disposição de todos os cristãos pelo mundo todo, edificando, consolando, exortando a tantos quantos desses maravilhosos salmos se aproxima com reverência, sabendo que a inspiração para os escrever saiu diretamente da sabedoria de DEUS.

 

A NATUREZA DO CONCERTO COM DAVI.

(1) Embora a palavra “concerto” não ocorra literalmente em 2Sm 7, é evidente que DEUS estava estabelecendo um concerto com Davi. Em Sl 89.3,4, por exemplo, DEUS diz: “Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração” (ver também Sl 89.34-36). A promessa de que o trono do povo de DEUS seria estabelecido para sempre através da descendência de Davi é exatamente a mesma que DEUS fez a Davi em 2Sm 7 (note-se especialmente no v. 14). Além disso, posteriormente em 2Samuel, o próprio Davi faz referência ao “concerto eterno” que DEUS fez com ele (2Sm 23.5), sem dúvida aludindo a 2Sm 7.

(2) Os mesmos dois princípios que operam noutros concertos do AT também estão em evidência aqui: apenas DEUS estabelecia as promessas e os deveres do seu concerto e esperava que do lado humano houvesse o aceite com fé obediente:

(a) Nesse concerto de DEUS com Davi, Ele fez uma promessa de cumprimento imediato, que era estabelecer o reino do filho de Davi, Salomão, o qual edificaria uma casa para o Senhor, i.e., o templo (2Sm 7.11-13).

(b) Ao mesmo tempo, a promessa de DEUS de que a casa ou dinastia de Davi duraria para sempre sobre os israelitas estava condicionada à fiel obediência de Davi e dos seus descendentes. Noutras palavras, esse concerto era eterno somente no sentido de DEUS ter sempre um descendente de Davi no trono em Jerusalém, desde que os governantes de Judá permanecessem em obediência e fidelidade a Ele.

(3) Durante os quatro séculos seguintes, a linhagem de Davi permaneceu ininterrupta no trono de Judá. Quando, porém, os reis de Judá, especialmente Manassés e aqueles que reinaram depois do rei Josias, rebelaram-se continuamente contra DEUS ao adorarem ídolos e desobedecerem à sua lei, DEUS, por fim, os impediu de ocuparem o trono. Permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia invadisse a terra de Judá, sitiasse a cidade de Jerusalém e, finalmente, destruísse a cidade juntamente com seu templo (2Rs 25; 2Cr 36). Agora, o povo de DEUS estava, pela primeira vez desde a escravidão no Egito, sob o domínio de governantes estrangeiros.

JESUS CRISTO EM RELAÇÃO A ESTE CONCERTO. Havia porém, um aspecto do concerto de DEUS com Davi que era incondicional — que o reino de Davi seria por fim estabelecido para sempre.

(1) A culminância da promessa de DEUS era que da linhagem de Davi viria um descendente que seria o Rei messiânico e eterno. Este Rei dominaria sobre os fiéis em Israel e sobre todas as nações (cf. Is 9.6,7; 11.1, 10; Mq 5.2,4). Sairia da cidade de Belém (Mq 5.2,4), e seu governo se estenderia até os confins da terra (Zc 9.10). Ele seria chamado: “O SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.5,6) e consumaria a redenção do pecado (Zc 13.1). O cumprimento da promessa davídica teve início com o nascimento de JESUS CRISTO, anunciado pelo anjo Gabriel a Maria, uma piedosa descendente da família de Davi (Lc 1.30-33; cf. At 2.29-35).

(2) Essa promessa foi um desdobramento do concerto feito em Gn 3.15, que predisse a derrota de Satanás através de um descendente de Eva (Gn 3.15); foi um prosseguimento do concerto feito com Abraão e seus descendentes.

(3) O cumprimento dessa promessa abrangia a ressurreição de CRISTO dentre os mortos e sua exaltação à destra de DEUS no céu (At 2.29-33), de onde Ele agora governa como Rei dos reis e Senhor dos senhores. A primeira missão de CRISTO como o Senhor exaltado foi o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo (At 1.8; 2.4, 33). (4) O régio governo de CRISTO caracteriza-se por um chamamento, dirigido a todas as pessoas, no sentido de largarem o pecado e o mundo perverso, aceitarem CRISTO como Senhor e Salvador e receberem o ESPÍRITO SANTO (At 2.32-40).

(5) O reino eterno de CRISTO inclui:

(a) seu atual domínio sobre o reino de DEUS e sua primazia sobre a igreja,

(b) seu futuro reino Milenial sobre as nações (Ap 2.26,27; 20.4) e

(c) seu reino eterno nos novos céus e na nova terra (Ap 21 — 22).

 

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE DAVI.

REVISTA CPAD 1994

 

INTRODUÇÃO:

Os acontecimentos que vamos considerar através do estudo desta lição nos trarão uma visão mais ampla do interesse de DEUS pelo bem-estar do seu povo quando ordenou ao profeta que tomasse as devidas providências para ungir um outro rei para Israel, porquanto o seu povo estava atravessando dias difíceis em virtude do. mau comportamento do rei Saul. 
DEUS usou a capacidade de Davi, aperfeiçoando-a e dando a ele condições para ocupar o trono, porém, somente depois de fazê-lo passar por uma série de experiências é que foi possível ao jovem pastorzinho tornar-se um ousado e valente monarca. 

I. O SIGNIFICADO DA UNÇÃO 
Ungir, no sentido literal, significa untar com óleo ou substância gordurosa. 
O simbolismo da unção. DEUS determinou que fossem ungidos aqueles a quem ele chamou para o Seu serviço. 
A unção simbolizava consagração. separação. a transmissão de autoridade. força e honra. 

II. O JOVEM UNGIDO REI 
DEUS quer usar um jovem ainda bem moço para ser o líder da nação, tinha ele certas qualidades na vida que poderiam fazer dele um rei. 
DEUS ordena a Samuel ungir a Davi. Samuel era Sacerdote, estava sendo perseguido por Saul, pois este sabia que DEUS já não era mais com ele. E não demorou e DEUS falou a Samuel que tinha um trabalho importante a realizar por seu intermédio. 
 ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

1. A fase preparatória. Talvez Davi nem atinasse bem no que estava acontecendo e o que tinha pela frente. Contudo, com DEUS não tinha nada a temer, pois o Senhor era com ele. 
Muitos anos ainda se passaram até que fosse conduzido ao trono e nos anos que se sucederam foram um tempo de escola, Davi aprendeu muita coisa para sua vida adulta e para ser capaz de liderar seu país, precisava ser testado numa guerra desigual. Em razão da visão errada que Saul tinha de seu reinado seus inimigos começaram a atormentar Israel o povo de DEUS passou a viver escondido temendo a cada momento uma inesperada invasão do inimigo em seu território. 
a. Um menino contra Um Gigante.

b. Servindo na casa do rei. Não só de guerras vive um monarca, mas também de várias outras situações que da mesma forma requerem capacidade de quem lidera. 
DEUS estava preparando o inexperiente jovem para ocupar o trono e cuidar do povo, que era muito especial, assim, era necessário que ele amadurecesse para a função que deveria exercer. 
Dessa forma, também Davi teve oportunidade de ir conviver com o rei Saul em seu palácio (1 Sm 18.2). 

c. Sofrendo perseguições. Davi conquistou a confiança e a amizade de todos no palácio.
O rei Saul o tinha como um valente e corajoso soldado e estava muito satisfeito em tê-lo no palácio. 
Até que um dia quando Davi voltava de uma batalha juntamente com o rei, o povo, alegre pela vitória, saiu às ruas cantando e elogiando os feitos do rei e destacando a participação de Davi na batalha. 
Entrou o espírito de inveja no coração de Saul e dali por diante ele começou a dirigir uma série de ostensivas perseguições a Davi, prometendo mesmo tirar-lhe a vida, o que 'intentou por várias vezes (1 Sm 18.11; 19.10; 20.33; 24.2; 26.2). Todavia, em todas essas situações DEUS livrou Davi das mãos de Saul. 
O equilíbrio, a perseverança e a confiança com que Davi enfrentava as situações difíceis demonstram o quanto ele esperava e confiava em DEUS. 
Assim como DEUS cuidou de Davi, Ele cuida de cada um de nós. 

III. UM JOVEM FAZENDO PARTE DO PLANO DE DEUS 
Desde o Éden, por ocasião da queda do homem, DEUS revelou seu plano de redenção, o qual estava preparado antes da fundação do mundo (Ef 1.24) e colocou-o em prática, através dos tempos, chamando homens, separando uma nação, conquistando vitórias para o seu povo, até que tudo se cumprisse em seu Filho JESUS. 
Neste contexto vamos encontrar o jovem e simples pastorzinho decidido a mesmo sem saber o que DEUS pretendia fazer dele, ocupar-se em obedecer e seguir às ordens divinas. 
Da mesma forma, como antigamente DEUS usava jovens, como foi o caso de Davi; e crianças, como o caso de Samuel e da menina judia em casa de Naamã; e também homens e mulheres avançados em idade, como o caso de Abraão e Sara, o Senhor continua usando aqueles que se dispõem a fazer a Sua vontade e a submeter-se ao seu querer. DEUS quer encontrar homens de coração puro e reto e de abnegada dedicação ao trabalho. 
Depois de todas as provas e estando já madurecido para ocupar a posição de rei, Davi foi chamado a ocupar o trono. 
O reinado de Israel estendeu grandemente suas fronteiras pelas conquistas obtidas e tornou-se uma nação verdadeiramente grande e respeitada por todas as nações vizinhas. 
 

1. Uma descendência abençoada. DEUS prometeu que abençoaria a descendência de Davi e cumpriu Sua promessa. 
Depois de Davi, veio a reinar seu filho Salomão, que foi o monarca mais sábio, mais poderoso e mais rico de Israel. Foi uma época abençoada, quando o povo passou por um período de paz e tranquilidade, sem guerras, e por esse motivo o grande e majestoso templo de Jerusalém pôde ser construído (1 Rs 6.11-13). 
A nação de Israel subsistiu a muitos ataques e até mesmo escravidão e exílio. DEUS preparou todas as coisas e tornou tudo aos seus lugares até que se cumprissem as profecias acerca da Casa de Davi (Jr 23.5; Mq 5.2,3). 

2. O ungido de DEUS. DEUS ungiu a Davi, isto é, separou-o para um trabalho especial, dotou-o das qualidades necessárias e encheu-o do ESPÍRITO SANTO e de poder para que ele tivesse condições de conquistar vitórias sem precedentes para o povo de Israel. Davi foi um rei segundo o coração de DEUS (1 Sm 13.14), o que nos faz entender que Davi não fazia a sua própria vontade, mas a do Senhor. 
Tudo isso foi deveras muito importante. Porém, precisamos compreender que era apenas a preparação para o maior acontecimento de todos os tempos na história da humanidade. 
Um descendente de Davi, nasceria em Belém, cidade de Davi, e seria o Messias prometido, o Salvador do mundo, e este foi JESUS CRISTO, o Ungido de DEUS (ls 61.1,2; At 10.38). 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Escatológico "A Aliança Davídica - A segunda aliança incondicional

entre DEUS e Israel foi mais especificamente firmada com Davi. Ela está registrada em 2 Samuel 7.1-16. Esta aliança pormenoriza a questão da 'semente' na aliança abraâmica. O Senhor prometeu estabelecer o reinado, o lar e o trono de Davi para sempre (2 Sm 7.12-16). Estas três palavras ('reino', 'casa' e 'trono') dizem respeito ao futuro político de Israel. Nesta aliança, DEUS promete de forma clara tornar Israel politicamente independente para sempre. Ela garante a proteção de Israel como um povo e, com o tempo, como uma nação. DEUS haverá de cumprir essa promessa no reinado do Messias, quando o Senhor JESUS CRISTO, como o grande Filho de Davi, governar no trono de Davi. Isso ainda não aconteceu, mas indica o futuro de Israel como uma nação (Ez 36.112; Mq 4.1-5; Zc 14.1-21). Deixar de enxergar o futuro de Israel como algo especial e exclusivo que DEUS preparou para seu próprio povo equivaleria a chamar o Criador de mentiroso e seria o mesmo que considerá-Lo infiel em suas palavras. Estas promessas e profecias claramente mostram que:

(1) Israel jamais possuiu toda a terra prometida por DEUS;

(2) DEUS prometeu não mudar o seu propósito;

(3) DEUS admitiu que Israel seria disperso por entre as nações;

(4) DEUS traria o seu povo de volta para sua terra e os reuniria como uma nação; e

(5) Israel, no futuro, servirá ao Senhor sob o domínio do Messias na Terra Prometida"

(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.34).

 

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Lição 2: Davi enfrenta e vence o gigante

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 11 de Outubro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 17.43-49.

43 - Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu amaldiçoou a Davi, pelos seus deuses.

44 - Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.

45 - Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o DEUS dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.

46 - Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há DEUS em Israel.

47 - E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.

48 - E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.

49 - E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.

 

INTERAÇÃO

Em classe, pergunte aos seus alunos: "O que é ter coragem?" "Coragem significa ausência de medo?" Depois de ouvi-los, explique que ter coragem não significa ausência de medo; mas sim fazer o que for preciso, apesar do medo. A fé que Davi depositava em DEUS lhe proporcionou coragem para aceitar o desafio naquele momento - enfrentar o gigante em nome do Senhor dos Exércitos. Davi recebeu de DEUS força, estratégia e coragem para a realização daquela difícil tarefa.

 

Palavra-Chave

Vitória: Ato de vencer o inimigo em uma guerra; triunfo brilhante em qualquer campo de ação.

 

COMENTÁRIO - introdução

Quem lê o capítulo 17 de 1 Samuel, principalmente os versículos 31 a 50, observa que Davi, ao enfrentar o gigante filisteu, estava cônscio de que aquele combate não era somente físico, mas também espiritual. Todo crente fiel enfrenta essa luta contra os poderes do inferno (Mt 16.18; Ef 6.10-18). A vitória de Davi sobre Golias aponta para a nossa vitória diária na vida cristã através do Filho de Davi, Jesus Cristo, que venceu por nós (2 Co 2.14; Rm 8.37).

 

I. OS INIMIGOS DO POVO DE DEUS

1. Inimigos numerosos. Os filisteus eram um povo aguerrido, que habitava a planície da costa do Mar Mediterrâneo, desde Jope até o sul de Gaza. Na Bíblia, o país é chamado de Filístia (Sl 87.4), que originou os termos Palestina e palestino. Em Gênesis 10, a Bíblia registra a origem desse povo gentílico (vv.13,14). Em Josué 13.3, está a menção das suas cinco grandes cidades: Gaza, Asdode, Asquelom, Gate e Ecrom. Golias, o guerreiro gigante que desafiou os israelitas, era de Gate (1 Sm 17.4).

O livro de Samuel nos dá a dimensão da grandeza numérica desse povo: "E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à borda do mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven" (1 Sm 13.5). Os inimigos de Israel eram de fato numerosos. Na história se observará que os fiéis a DEUS, às vezes, parecem estar em desvantagem pessoal, material, posicional, comunicativa, etc., mas a Palavra do Senhor acerca deles permanece de pé: "Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" (Lc 12.32).

2. Inimigos poderosos. De acordo com 1 Samuel 13.20, "todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho”. Os filisteus dominavam a técnica que permitia instrumentalizar o ferro. Já Israel era mais um povo agrícola, pastoril. O livro de Juízes, do qual 1 Samuel é uma sequência, relata o desvio espiritual de Israel como povo de DEUS (Jz 17.6; 21.25). Israel colheu a má semeadura disso ao ser atormentado pelos filisteus (1 Sm 4.2,10; 7.3). Parecia impossível Israel vencer o seu potente inimigo, mas nas palavras de fé de Davi, temos a devida resposta: “E saberá toda esta congregação que o senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (1 Sm 17.47). Somente a provisão divina pode explicar isso!

 

II. O INIMIGO DE DAVI

 

1. Amedrontava por seu tamanho. A Bíblia descreve a estatura de Golias com os seguintes detalhes: "Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo" (1 Sm 17.4). Golias impressionava por sua grande estatura. Pelo nosso sistema atual de pesos e medidas, isso corresponde a quase 3 metros de altura. Tal informação não é de causar espanto, pois a arqueologia tem descoberto, no Antigo Oriente, esqueletos de gigantes que confirmam o relato bíblico. Aliás, o registro bíblico apresenta outras menções de homens gigantes (Gn 6.4 ; Dt 2.10,20,21; 3.11).

Golias, confiante em sua grande estatura, desafiou e amedrontou o exército de Israel por quarenta dias (1 Sm 17.11,16). Como o gigante, muitos hoje confiam tão somente em sua "estatura" (em vários sentidos), sem cogitarem que sua derrubada está próxima.

O contraste era grande: de um lado um homem guerreiro e campeão, que amedrontava por sua experiência e seu tamanho; do outro, um jovem do campo, pastor de ovelhas (1 Sm 16.11), mas que demonstrou coragem e responsabilidade no cuidado com o rebanho de seu pai (1 Sm 17.34-37). A diferença física entre os dois era muito grande, tanto que aos olhos do gigante Davi era desprezível: "E, olhando o filisteu e vendo a Davi, o desprezou" (1 Sm 17.42). O homem de DEUS pode ser depreciado, ignorado e humilhado, mas, se ele é temente ao Senhor, santo, fiel, perseverante e humilde de espírito, sabe que o Todo-Poderoso lhe dará a vitória final. Apesar de sua zombaria, Golias não sabia que, a despeito de ser novo, aquele moço possuía as qualidades mencionadas em 1 Samuel 16.18: talento musical, coragem, prudência no falar, boa aparência e, o mais importante, tinha comunhão com DEUS.

2. Amedrontava por suas armas e discurso persistente. Golias e seu armamento causavam medo a qualquer um. O texto sagrado, ao falar das armas de Golias, registra: "Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro" (1 Sm 17.5-7). Imagine Davi desafiando essa fortaleza móvel, com tantas armas, tendo apenas um cajado, uma funda, cinco pedras do ribeiro e uma pequena sacola!

Golias procurava amedrontar o acampamento israelita com seus persistentes discursos que afrontavam o DEUS de Israel. A Escritura registra que o gigante desafiava Israel pela manhã e pela tarde, e isso durou um longo período (1 Sm 17.16,23). É evidente que essa era uma forma de impor medo e manter o exército de Israel sob constante pressão. Essa mesma tática o Diabo repetiu ao tentar Cristo por quarenta dias, e, sendo derrotado, afastou-se até o momento oportuno (Lc 4.13). Assim como Davi, nós devemos resisti-lo e vencê-lo por Cristo (Tg 4.7).

 

III. A VITÓRIA DE DAVI

1. Davi venceu porque estava sob a direção e autoridade de DEUS. Nos dias do patriarca Abraão, DEUS firmou uma aliança com ele (Gn 12.1-3; 17.1-11). Essa aliança, o Senhor a confirmou com os descendentes de Abraão: Isaque (Gn 26.3,4) e Jacó (Gn 28.13,14). Herdeiro dessas alianças de DEUS com seu povo, Davi sabia que estava sob a proteção do Senhor (2 Sm 7.15,16). Assim, a indignação de Davi não consistia meramente no fato de que Golias estava desafiando os soldados do exército do Povo Escolhido, mas o próprio DEUS dos Exércitos de Israel (1 Sm 17.45). O homem segundo o coração de DEUS estava convicto de que, assim como havia um exército humano comandado por Saul, existia um exército celestial comandado pelo Senhor!

Na realidade, a vitória de Davi está diretamente relacionada à autoridade espiritual da qual ele estava investido. Ele não lutava em seu próprio nome, mas no nome do DEUS de Israel que estava sendo afrontado (1 Sm 17.45). A Bíblia declara que "as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas" (2 Co 10.4). Tal como Davi, o crente é um soldado cristão e jamais deve esquecer que não está lutando contra o sangue e a carne, mas contra os principados e potestades (Ef 6.12), e que, por isso, deve estar sempre revestido de toda a armadura de DEUS (Ef 6.11).

2. Davi venceu porque teve fé e confiança em DEUS. Quando Saul quis saber como o jovem Davi poderia enfrentar o gigante, ele relatou que já havia matado um leão e um urso, que tinham atacado o seu rebanho (1 Sm 17.34-37). Se ele pôde destruir aqueles animais ferozes, da mesma forma poderia derrotar o gigante filisteu. Quem tem fé e confiança no Senhor costuma ver as coisas por outro ângulo, e foi o que Davi demonstrou ali. Sua confiança em DEUS era tão grande e evidente, que logo convenceu tanto Saul como o comandante do seu exército. Só DEUS faz estas coisas. Não é sem razão que Davi é um dos componentes da galeria dos heróis da fé (Hb 11.32).

Sempre que a fé está presente, as leis da lógica formal são anuladas. A fé em DEUS faz o menor vencer o maior; uma guerra ser vencida sem luta (2 Cr 20.17); a fraqueza virar força (Hb 11.34); e a alegria prevalecer no sofrimento, pois a fé pode crer mesmo contra a esperança (Rm 4.18); ela contempla como existentes coisas que ainda não existem (Hb 11.1). Davi estava tomado por essa fé em DEUS, por isso, derrotou o gigante filisteu.

 

CONCLUSÃO

A vitória de Davi sobre Golias é sem dúvida alguma um grande divisor de águas na história da nação hebraica. De um simples e pequeno pastor desconhecido, Davi passa a ser uma figura-chave na construção da monarquia de Israel. Tudo isso graças à sua coragem e fé ousada na ocasião em que não temeu o enfrentamento com um inimigo aparentemente invencível. Fica para nós a lição de que nenhum gigante é imbatível, quando o combatemos confiando plenamente no Senhor.

 

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, o que aponta a vitória de Davi sobre Golias?

R. A vitória de Davi sobre Golias aponta para a nossa vitória diária na vida cristã através do Filho de Davi, Jesus Cristo, que venceu por nós.

2. Faça um breve resumo a respeito dos filisteus.

R. Os filisteus era um povo aguerrido que habitava a planície da costa do Mar Mediterrâneo, desde Jope até o sul de Gaza, e dominavam a técnica que permitia instrumentalizar o ferro.

3. Descreva, de modo resumido, o contraste entre Davi e Golias.

R. O contraste era grande: de um lado um homem guerreiro e campeão, que amedrontava por sua experiência e seu tamanho; do outro um jovem do campo, pastor de ovelhas, mas que demonstrou coragem e responsabilidade no cuidado com o rebanho de seu pai. A diferença física entre os dois era muito grande, tanto que, aos olhos do gigante, Davi era desprezível.

4. Por quanto tempo Golias afrontou o exército de Israel? Qual era seu objetivo ao adotar tal estratégia?

R. Por um longo período. O objetivo era impor medo e manter o exército de Israel sob constante pressão.

5. O que fez com que Davi vencesse Golias?

R. Sua fé e confiança em DEUS.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Biográfico

 “Golias: Golias era um descendente dos refains, um povo alto e aborígene que vivia na região de Amom, na Transjordânia, dos quais um grupo reduzido refugiou-se com os filisteus depois da sua dispersão pelos amonitas (Dt 2.20,21), ou era descendente dos anaquins (q.v.; cf. Nm 13.33; Js 11.22), conhecidos por sua elevada estatura. A LXX (1 Sm 17.4) e Josefo dizem que ele media quatro côvados e um palmo, ou seja, dois metros e vinte centímetros, ao passo que o texto hebraico afirma que ele media seis côvados e um palmo, ou seja, praticamente três metros e vinte centímetros de altura. [...] A literatura rabínica registra muitas lendas sobre Golias. De acordo com elas, sua mãe era Orfa (cf. Rt 1.14), que caminhou 40 passos (aprox. 30 metros) com Noemi e Rute, e então voltou para uma vida libertina em Moabe. Golias foi seu filho ilegítimo. Ele orgulhava-se de ter assassinado os dois filhos de Eli (1 Sm 4.11), e de ter roubado a Arca de Israel (1 Sm 4.17). Os quarenta dias do seu desafio ao exército de Israel (1 Sm 17.4-10) comparam-se aos 40 passos de sua mãe, Orfa, e ocorreram na época em que recitavam o Shema! [...] O lugar onde Golias encontrou a morte foi o vale de Elá (ou vale do Carvalho, 1 Sm 17.2), entre Socó e Azeca, nas terras da tribo de Judá. Os israelitas, sob o comando do rei Saul, estavam acampados na encosta norte do vale de Elá, e os filisteus estavam entrincheirados na encosta oposta. Um vale estreito, por onde passava um riacho, que separava os dois exércitos”.

(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.873).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Através da passagem bíblica que serve de tema à aula deste domingo, aprendemos que o povo de Israel estava sendo afrontado por um incircunciso filisteu. Todos estavam acuados, paralisados diante das afrontas do inimigo. Os israelitas pareciam ter se esquecido do poder e dos muitos livramentos que o Altíssimo já havia lhes concedido. Entretanto, DEUS os via, importava-se com o que estava acontecendo e estava trabalhando em favor deles, enviando-lhes um "homem segundo o seu coração" para ajudá-los.

Que momentos difíceis você está atravessando? Qual "gigante" tem se levantado sobre sua vida antes tão tranquila? Que peleja você está travando? Você tem a sensação de estar sozinho? Acredite: DEUS está contemplando a sua luta e agindo em seu favor, ainda que você não o perceba. Como um Pai amoroso e misericordioso, Ele sempre ouve o nosso clamor. Mais um pouco, e logo você verá o "gigante" caindo a sua frente. E todos saberão que "o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra" (1 Sm 17.47).

 

Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)

 

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LIÇÃO 02 - DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2007

TEMA : “A busca do caráter cristão: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia”. - COMENTARISTA : Eliezer de Lira e Silva

  

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Samuel 13.13,14; Salmos 1,4,10,12,13

1Samuel 13.13,14

13Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor, teu DEUS, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.

14Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.

NÃO GUARDASTE O MANDAMENTO QUE O SENHOR, TEU DEUS, TE ORDENOU. O Senhor tinha ordenado diretamente a Saul que esperasse em Gilgal até que chegasse Samuel, o qual ofereceria sacrifícios e lhe daria instruções (10.8). DEUS testou a obediência de Saul mediante a demora deliberada de Samuel, além dos sete dias combinados. Em desespero (v. 8) e presunção (v. 9), o próprio Saul resolveu oferecer um sacrifício, de modo contrário à Palavra de DEUS. Por Saul não ter cumprido o mandamento do Senhor, Samuel lhe disse que DEUS lhe tiraria o reino (vv. 13,14). Embora Saul tenha permanecido como rei pelo resto da sua vida, seu filho Jônatas não o sucedeu no trono.

UM HOMEM SEGUNDO O SEU CORAÇÃO. Davi é esse homem.

(1) Davi era um homem segundo o coração de DEUS, pelas seguintes razões:

(a) cria em DEUS desde a sua juventude (17.34,37);

(b) buscava diligente e continuamente a face de DEUS e o seu conselho, dependendo inteiramente dEle (23.2,4; 30.8; 2 Sm 2.1; 5.19,23);

(c) adorava a DEUS com a totalidade do seu ser e instruía a nação inteira de Israel a fazer o mesmo (1 Cr 15;16);

(d) reconhecia humildemente que DEUS era o verdadeiro Rei de Israel e que ele mesmo não passava de um representante dEle (2 Sm 5.12); e

(e) na sua conduta pública obedecia ao Senhor e cumpria a sua vontade de modo geral (cf. At 13.22).

(2) Em época posterior da sua vida, no entanto, Davi causou profundo desgosto a DEUS em várias ocasiões, deixando de ser um homem segundo o seu coração. Ele desprezou a DEUS e à sua Palavra ao cometer os pecados de adultério e de homicídio (2 Sm 12.7-14), e ao numerar Israel contra a vontade de DEUS (1 Cr 21.1-17).
 

Falando de Salmos agora, uma breve introdução:

O SALTÉRIO DE ISRAEL
1. Título. Seu título em hebraico é tehilim, que significa “louvores”. O nome “Salmos” vem da Septuaginta Psalmoi, do verbo grego psallo, “tocar instrumento de cordas”. Esse verbo aparece quatro vezes no Novo Testamento grego com o sentido de “cantar louvores” (Rm 15.9; 1 Co 14.15; Ef 5.19; Tg 5.13).
2. Autoria. Eles foram produzidos desde Moisés (90) até o período Pós-Exílio (126.1-3), num período de cerca de mil anos. A maioria deles é de autoria davídica, o “mavioso salmista de Israel” (2 Sm 23.1 – Almeida Atualizada). Outros são de autoria dos filhos de Asafe e Corá, famílias levitas dedicadas ao louvor.
3. Conteúdo. Os Salmos são didáticos, devocionais, históricos, proféticos, de louvor e adoração a DEUS. Na leitura da Bíblia geralmente é DEUS quem fala com o homem, mas nessa parte das Escrituras, geralmente, é o homem quem fala com DEUS.
4. Os Salmos messiânicos. Falam do sofrimento do Messias (22.1; Mt 27.46), da sua ressurreição (16.8-10; At 2.25-27) e da sua ascensão (24.7-10; At 1.11).

Davi escreveu 73 salmos - quase a metade do saltério todo, isso nos mostra a intimidade e o desejo de louvar e adorar a DEUS.

Um rei ocupado em tantos afazeres ainda achava tempo e um bom tempo para se dedicar a escrever uma tão preciosa obra que sempre está à disposição de todos os cristãos pelo mundo todo, edificando, consolando, exortando a tantos quantos desses maravilhosos salmos se aproxima com reverência, sabendo que a inspiração para os escrever saiu diretamente da sabedoria de DEUS.

Salmos 1,

Davi fala sobre a felicidade dos justos e o castigo dos ímpios.

 

Obs.: Como os salmos são livros independentes e interligados, cada salmo é um livro, portanto ao lê-los deve-se referir a eles da seguinte maneira:

Salmo de número ...... versículo......

 

Salmos 4,

Davi ora a DEUS na sua angústia Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Neguinote.

 

Salmos 10,

A audácia dos perseguidores de Davi e o seu refúgio em DEUS.

 

Salmos 12,

A falsidade do homem e a veracidade de DEUS - Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Seminite

 

Salmos 13.

Davi, na sua extrema tristeza, recorre a DEUS e confia nele - Salmo de Davi para o cantor-mor

 

O CONCERTO DE DEUS COM DAVI
2Sm 7.16 “...a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre”.

 


A NATUREZA DO CONCERTO COM DAVI.

(1) Embora a palavra “concerto” não ocorra literalmente em 2Sm 7, é evidente que DEUS estava estabelecendo um concerto com Davi. Em Sl 89.3,4, por exemplo, DEUS diz: “Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração” (ver também Sl 89.34-36). A promessa de que o trono do povo de DEUS seria estabelecido para sempre através da descendência de Davi é exatamente a mesma que DEUS fez a Davi em 2Sm 7 (note-se especialmente no v. 14). Além disso, posteriormente em 2Samuel, o próprio Davi faz referência ao “concerto eterno” que DEUS fez com ele (2Sm 23.5), sem dúvida aludindo a 2Sm 7.

(2) Os mesmos dois princípios que operam noutros concertos do AT também estão em evidência aqui: apenas DEUS estabelecia as promessas e os deveres do seu concerto e esperava que do lado humano houvesse o aceite com fé obediente:

(a) Nesse concerto de DEUS com Davi, Ele fez uma promessa de cumprimento imediato, que era estabelecer o reino do filho de Davi, Salomão, o qual edificaria uma casa para o Senhor, i.e., o templo (2Sm 7.11-13).

(b) Ao mesmo tempo, a promessa de DEUS de que a casa ou dinastia de Davi duraria para sempre sobre os israelitas estava condicionada à fiel obediência de Davi e dos seus descendentes. Noutras palavras, esse concerto era eterno somente no sentido de DEUS ter sempre um descendente de Davi no trono em Jerusalém, desde que os governantes de Judá permanecessem em obediência e fidelidade a Ele.

(3) Durante os quatro séculos seguintes, a linhagem de Davi permaneceu ininterrupta no trono de Judá. Quando, porém, os reis de Judá, especialmente Manassés e aqueles que reinaram depois do rei Josias, rebelaram-se continuamente contra DEUS ao adorarem ídolos e desobedecerem à sua lei, DEUS, por fim, os impediu de ocuparem o trono. Permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia invadisse a terra de Judá, sitiasse a cidade de Jerusalém e, finalmente, destruísse a cidade juntamente com seu templo (2Rs 25; 2Cr 36). Agora, o povo de DEUS estava, pela primeira vez desde a escravidão no Egito, sob o domínio de governantes estrangeiros.

JESUS CRISTO EM RELAÇÃO A ESTE CONCERTO.

Havia porém, um aspecto do concerto de DEUS com Davi que era incondicional — que o reino de Davi seria por fim estabelecido para sempre.

(1) A culminância da promessa de DEUS era que da linhagem de Davi viria um descendente que seria o Rei messiânico e eterno. Este Rei dominaria sobre os fiéis em Israel e sobre todas as nações (cf. Is 9.6,7; 11.1, 10; Mq 5.2,4). Sairia da cidade de Belém (Mq 5.2,4), e seu governo se estenderia até os confins da terra (Zc 9.10). Ele seria chamado: “O SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.5,6) e consumaria a redenção do pecado (Zc 13.1). O cumprimento da promessa davídica teve início com o nascimento de JESUS CRISTO, anunciado pelo anjo Gabriel a Maria, uma piedosa descendente da família de Davi (Lc 1.30-33; cf. At 2.29-35).

(2) Essa promessa foi um desdobramento do concerto feito em Gn 3.15, que predisse a derrota de Satanás através de um descendente de Eva (Gn 3.15); foi um prosseguimento do concerto feito com Abraão e seus descendentes.

(3) O cumprimento dessa promessa abrangia a ressurreição de CRISTO dentre os mortos e sua exaltação à destra de DEUS no céu (At 2.29-33), de onde Ele agora governa como Rei dos reis e Senhor dos senhores. A primeira missão de CRISTO como o Senhor exaltado foi o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo (At 1.8; 2.4, 33). (4) O régio governo de CRISTO caracteriza-se por um chamamento, dirigido a todas as pessoas, no sentido de largarem o pecado e o mundo perverso, aceitarem CRISTO como Senhor e Salvador e receberem o ESPÍRITO SANTO (At 2.32-40).

(5) O reino eterno de CRISTO inclui:

(a) seu atual domínio sobre o reino de DEUS e sua primazia sobre a igreja,

(b) seu futuro reino Milenial sobre as nações (Ap 2.26,27; 20.4) e

(c) seu reino eterno nos novos céus e na nova terra (Ap 21 — 22).

 

Diante da situação de nossos instrumentistas atuais poderíamos meditar no caráter desse jovem instrumentista de DEUS em comparação ao demonstrado hoje em dia pelos nossos jovens, de como Davi se portava como instrumentista, de como ele mantinha estreita comunhão com DEUS, de como ele tinha seu maior prazer em meditar na Palavra de DEUS, de como ele tinha prazer em louvar e adorar a DEUS, de como ele aproveitava todos seus momentos sós para buscar a face do Senhor, de como tocava para agradar a DEUS e com isso os demônios fugiam de sua presença. Que belo exemplo de caráter de um tão humilde tocador.

 

Em nossa vida temos com certeza cometido muitos pecados e temos falhado em nossa busca pela perfeição do caráter de CRISTO. É certo de termos muitos defeitos e de possuirmos poucas características de CRISTO em nossa maneira de conviver com os outros que nos cercam. Porém, com certeza, DEUS vê algo em nós que O agrada, temos alguma característica em nosso caráter que é semelhante ao seu querido e íntimo Rei Davi.

Davi pecou muito, cometeu adultério, assassinato, agiu errado com os filhos, mas Davi tinha algo que agradava a DEUS, era sua grande capacidade de reconhecer seu erro e, mais importante ainda do que isto, de se arrepender de seus pecados. Ele assumia sua culpa diante de DEUS e pedia sua misericórdia, clamava pela sua comunhão, se humilhava diante Do Todo Poderoso até que Este lhe concedesse perdão.

 

Nossa obrigação, como nascidos de novo, é não pecar jamais, porém se pecarmos, devemos nos lembrar de nosso advogado junto ao PAI, JESUS CRISTO. (1 Jo 2.1)

Estamos nos lembrando da palavra de DEUS quando cometemos algum deslize?

1João 1.8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.


1.8 SE DISSERMOS QUE NÃO TEMOS PECADO
. João emprega o substantivo "pecado" em vez da forma verbal "pecamos", para enfatizar o pecado como um princípio imanente na natureza humana.

(1) João está provavelmente argumentando contra os que afirmam que o pecado não existe como um princípio ou poder na natureza humana, ou contra os que afirmam que as más ações que eles cometem não são realmente pecado. Essa heresia continua ainda hoje entre os que negam a realidade do pecado e que interpretam a iniquidade em termos de causas deterministas, psicológicas ou sociais (ver Rm 6.1; 7.9-11).

(2) Os crentes devem conscientizar-se de que a carne, ou a natureza humana pecaminosa, é uma ameaça constante na sua vida, e que devem sempre estar mortificando as suas más obras por meio do ESPÍRITO SANTO que neles habita (Rm 8.13; Gl 5.16-25).

 

1.9 CONFISSÃO DE PECADO. Devemos reconhecer os nossos pecados e buscar em DEUS o perdão e a purificação deles. Os dois resultados disso são:

(1) o perdão divino e a reconciliação com DEUS, e

(2) a purificação (i.e., remoção) da culpa e a destruição do poder do pecado, a fim de vivermos uma vida de santidade (Sl 32.1-5; Pv 28.13; Jr 31.34; Lc 15.18; Rm 6.2-14).
1.10 NÃO PECAMOS. Quem afirma que não peca, também não precisa da eficácia salvífica da morte vicária de CRISTO, e está fazendo DEUS de mentiroso (cf. Rm 3.23).

 

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE DAVI.

REVISTA CPAD 1994

INTRODUÇÃO: Os acontecimentos que vamos considerar através do estudo desta lição nos trarão uma visão mais ampla do interesse de DEUS pelo bem-estar do seu povo quando ordenou ao profeta que tomasse as devidas providências para ungir um outro rei para Israel, porquanto o seu povo estava atravessando dias difíceis em virtude do. mau comportamento do rei Saul. 
DEUS usou a capacidade de Davi, aperfeiçoando-a e dando a ele condições para ocupar o trono, porém, somente depois de fazê-lo passar por uma série de experiências é que foi possível ao jovem pastorzinho tornar-se um ousado e valente monarca. 

I. O SIGNIFICADO DA UNÇÃO 

Ungir, no sentido literal, significa untar com óleo ou substância gordurosa. 
O simbolismo da unção. DEUS determinou que fossem ungidos aqueles a quem ele chamou para o Seu serviço. 
A unção simbolizava consagração. separação. a transmissão de autoridade. força e honra. 

II. O JOVEM UNGIDO REI 
DEUS quer usar um jovem ainda bem moço para ser o líder da nação, tinha ele certas qualidades na vida que poderiam fazer dele um rei. 
DEUS ordena a Samuel ungir a Davi. Samuel era Sacerdote, estava sendo perseguido por Saul, pois este sabia que DEUS já não era mais com ele. E não demorou e DEUS falou a Samuel que tinha um trabalho importante a realizar por seu intermédio. 
 ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

1. A fase preparatória. Talvez Davi nem atinasse bem no que estava acontecendo e o que tinha pela frente. Contudo, com DEUS não tinha nada a temer, pois o Senhor era com ele. 
Muitos anos ainda se passaram até que fosse conduzido ao trono e nos anos que se sucederam foram um tempo de escola, Davi aprendeu muita coisa para sua vida adulta e para ser capaz de liderar seu país, precisava ser testado numa guerra desigual. Em razão da visão errada que Saul tinha de seu reinado seus inimigos começaram a atormentar Israel o povo de DEUS passou a viver escondido temendo a cada momento uma inesperada invasão do inimigo em seu território. 
a. Um menino contra Um Gigante.

b. Servindo na casa do rei. Não só de guerras vive um monarca, mas também de várias outras situações que da mesma forma requerem capacidade de quem lidera. 
DEUS estava preparando o inexperiente jovem para ocupar o trono e cuidar do povo, que era muito especial, assim, era necessário que ele amadurecesse para a função que deveria exercer. 
Dessa forma, também Davi teve oportunidade de ir conviver com o rei Saul em seu palácio (1 Sm 18.2). 

c. Sofrendo perseguições. Davi conquistou a confiança e a amizade de todos no palácio.
O rei Saul o tinha como um valente e corajoso soldado e estava muito satisfeito em tê-lo no palácio. 
Até que um dia quando Davi voltava de uma batalha juntamente com o rei, o povo, alegre pela vitória, saiu às ruas cantando e elogiando os feitos do rei e destacando a participação de Davi na batalha. 
Entrou o espírito de inveja no coração de Saul e dali por diante ele começou a dirigir uma série de ostensivas perseguições a Davi, prometendo mesmo tirar-lhe a vida, o que 'intentou por várias vezes (1 Sm 18.11; 19.10; 20.33; 24.2; 26.2). Todavia, em todas essas situações DEUS livrou Davi das mãos de Saul. 
O equilíbrio, a perseverança e a confiança com que Davi enfrentava as situações difíceis demonstram o quanto ele esperava e confiava em DEUS. 
Assim como DEUS cuidou de Davi, Ele cuida de cada um de nós. 

III. UM JOVEM FAZENDO PARTE DO PLANO DE DEUS 

Desde o Éden, por ocasião da queda do homem, DEUS revelou seu plano de redenção, o qual estava preparado antes da fundação do mundo (Ef 1.24) e colocou-o em prática, através dos tempos, chamando homens, separando uma nação, conquistando vitórias para o seu povo, até que tudo se cumprisse em seu Filho JESUS. 
Neste contexto vamos encontrar o jovem e simples pastorzinho decidido a mesmo sem saber o que DEUS pretendia fazer dele, ocupar-se em obedecer e seguir às ordens divinas. 
Da mesma forma, como antigamente DEUS usava jovens, como foi 

o caso de Davi; e crianças, como o caso de Samuel e da menina judia em casa de Naamã; e também homens e mulheres avançados em idade, como o caso de Abraão e Sara, o Senhor continua usando aqueles que se dispõem a fazer a Sua vontade e a submeter-se ao seu querer. DEUS quer encontrar homens de coração puro e reto e de abnegada dedicação ao trabalho. 
Depois de todas as provas e estando já madurecido para ocupar a posição de rei, Davi foi chamado a ocupar o trono. 
O reinado de Israel estendeu grandemente suas fronteiras pelas conquistas obtidas e tornou-se uma nação verdadeiramente grande e respeitada por todas as nações vizinhas. 
 
1. Uma descendência abençoada. DEUS prometeu que abençoaria a descendência de Davi e cumpriu Sua promessa. 
Depois de Davi, veio a reinar seu filho Salomão, que foi o monarca mais sábio, mais poderoso e mais rico de Israel. Foi uma época abençoada, quando o povo passou por um período de paz e tranquilidade, sem guerras, e por esse motivo o grande e majestoso templo de Jerusalém pôde ser construído (1 Rs 6.11-13). 
A nação de Israel subsistiu a muitos ataques e até mesmo escravidão e exílio. DEUS preparou todas as coisas e tornou tudo aos seus lugares até que se cumprissem as profecias acerca da Casa de Davi (Jr 23.5; Mq 5.2,3). 

2. O ungido de DEUS. DEUS ungiu a Davi, isto é, separou-o para um trabalho especial, dotou-o das qualidades necessárias e encheu-o do ESPÍRITO SANTO e de poder para que ele tivesse condições de conquistar vitórias sem precedentes para o povo de Israel. Davi foi um rei segundo o coração de DEUS (1 Sm 13.14), o que nos faz entender que Davi não fazia a sua própria vontade, mas a do Senhor. 
Tudo isso foi deveras muito importante. Porém, precisamos compreender que era apenas a preparação para o maior acontecimento de todos os tempos na história da humanidade. 
Um descendente de Davi, nasceria em Belém, cidade de Davi, e seria o Messias prometido, o Salvador do mundo, e este foi JESUS CRISTO, o Ungido de DEUS (ls 61.1,2; At 10.38). 
 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Devocional 
"Treinando para nossa missão"

Na luta mais famosa da história, Davi cumpriu sua missão integralmente. Essa devia ser uma demonstração entre o poder espiritual e secular, o vencedor leva tudo. 
Tudo mudaria se Davi entendesse mal a sua missão. 'Por DEUS, Golias, os meus irmãos assustados me colocaram nessa!' ou 'Nós estamos filmando um anúncio para essa nova funda' ou 'Vou ser um astro nacional se acertar o primeiro tiro'. Nada disso faria sentido. 
Para entender sua missão, Davi precisava de uma história pessoal de oração, adoração e fé. Oração para desafiar com coragem o gigante. Adoração para saber que aquela era uma batalha espiritual, e fé bem exercitada para crer que podia ter êxito. Então, e só então, ele caminha das trincheiras para a planície. Todos estamos engajados na batalha de Davi -a justiça contra a maldade. Nosso adversário é a mentira que aumenta as vendas, o beijo que viola votos, a concessão que transforma todas as afirmações da verdade numa salada mista. Davi sabia, talvez melhor do que ninguém, que a batalha espiritual decisiva tinha que ser enfrentada, naquele dia, e que tinha que ser naquela hora. Estava pronto. Você está? 
Pela oração, adoração e prática da fé, treinamos para a missão que DEUS coloca diante de nós". (KENDRICK,M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. Rio de Janeiro CPAD, 1999, p.1 09.) 

 

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LIÇÃO 03 - DAVI NA CORTE REAL - VIVENDO COM SABEDORIA - Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 4º TRIMESTRE DE 2009

Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS - Comentários do Pr. José Gonçalves - Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 16.18; 18.2-5,13,14

1 Samuel 16.18 - 18 Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele.
1 Samuel 18.2-5 - 2 E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. 3 E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. 4 E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto. 5 E saía Davi aonde quer que Saul o enviava e conduzia-se com prudência; e Saul o pôs sobre a gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de Saul.
1 Samuel 18.13,14 - 13 Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saía e entrava diante do povo. 14 E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o SENHOR era com ele.
 

Palavra-Chave: Prudência - Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro.

 

O ESPÍRITO DO SENHOR SE RETIROU DE SAUL. Por Saul rebelar-se contra a vontade de DEUS, foi entregue à influência demoníaca (ver 15.23). Os espíritos malignos agem sob a vontade permissiva de DEUS, e, às vezes, sob sua vontade direta (Jz 9.23; 1 Rs 22.19-23; Lc 11.26; 22.3; Rm 1.21-32; 2 Ts 2.8-12).
O ESPÍRITO MAU SE RETIRAVA. Evidentemente o ESPÍRITO SANTO estava presente na música de Davi, de modo que Saul experimentava alívio temporário da opressão demoníaca que lhe sobreviera como castigo divino.

O MAU ESPÍRITO, DA PARTE DE DEUS, SE APODEROU DE SAUL, E PROFETIZAVA. Ninguém vá pensar que o significado deste texto é que DEUS enviou diretamente um espírito demoníaco sobre Saul, e sim que DEUS permitiu que um espírito maligno entrasse nele (ver 16.14). A palavra hebraica para "profetizar", pode referir-se à profecia genuína, ou à falsa profecia. Aqui, Saul não estava profetizando pelo ESPÍRITO de DEUS; pelo contrário, sua "profecia" provavelmente consistia em
expressões vocais demoníacas e em delírio.

 

1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."

Sempre que se menciona Aliança no Antigo Testamento, quer dizer que fizeram uma Aliança de Sangue, aliança eterna que passa de pai para filho.

Embora não se mencione os nove tópicos de uma Aliança de Sangue, deduz-se sempre que fizeram os nove rituais:

 

Vejamos como exemplo a Aliança Abraâmica:

 

1- TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS)

 

Exemplo: Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo."

Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."

 

2- TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro tópico.

Exemplo: Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra"

Outro exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto."

 

3- CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com. Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis, através de uma faca de pedra.

 

Exemplo: Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós."

Outro exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário.

 

4- SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era complemento do  tópico 3.

 

Exemplo: Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós."

Outro exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara."

 

5- TROCA DE NOMES:  significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome.

 

Exemplo: Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações;
5 não mais serás chamado Abrão, mas Abraão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;"

 

A partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim.

 

 Tela de televisão com imagem de homem

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto. 

 

6- TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18).

 

AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITA ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.

 

7- REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com Abrahão. 

 

Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.

 

8- MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir.

 Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender que: Este sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna. Daí a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim.

 

Jr 34. 18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto, e não cumpriram as palavras do pacto que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções-

 Gênesis 15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. ...

 

Para interpretação deste texto veja: https://ebdnatv.blogspot.com/search?q=alian%C3%A7a

 

9- ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para servir de memorial) :

SEGUNDO MEMORIAL:

- Abrahão plantou um bosque. Gênesis 21:33 - Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar para lá, devem lembrar da aliança.

 

Conclusão da Aliança:

Por isso Davi ajudou o filho de Jônatas depois da morte deste. A aliança deve ser mantida eternamente, não pode ser quebrada. Davi era homem de Aliança.

 2 Samuel 9:6-9 - Davi colocou o filho de Jônatas para comer em sua mesa e devolveu a Mefibosete as terras de seu pai Jônatas, para cumprir a aliança feita.
DEUS, em CRISTO também fez aliança conosco. Nova e eterna Aliança, passa de Pai para filho, desde que seja em CRISTO e a condição para entrar nessa aliança é aceitar a JESUS como único salvador e senhor.

 

NOVA ALIANÇA  

Bhêrite (aliança em hebraico) = a aliança anterior é feita em base de igualdade, é uma troca, um acordo em que DEUS me dá e eu tenho que dar para DEUS o mesmo.

Diateke (aliança em grego) = a nova aliança é diferente, é superior, pois DEUS me dá tudo o que preciso não exigindo nada em troca, a não ser fé.

Eu não tinha nada de bom a oferecer, só de ruim: pecado e iniquidade; mesmo assim, DEUS me recebe como cabeça de aliança e me dá a salvação e todas as bênçãos provindas daí : batismo com ESPÍRITO SANTO, dons do ESPÍRITO SANTO, participação no ministério etc... 

DEUS conosco em CRISTO, Heb 8.9, 1 co 1.30 e Gal 3.16 = maior sinal da nova e eterna aliança.

 

 

A Escolha de Davi para Servir a Saul
(1Sm 16:14-23 até cap 17)

DEUS mostra a Samuel que Davi é, de fato, Seu escolhido como rei de Israel e, por isso, Samuel se põe de pé e o unge. O ESPÍRITO de DEUS vem sobre Davi, apossando-se dele e capacitando-o daí em diante. Samuel, então, ergue-se e retorna para sua casa em Ramá.

 

Em questão de tempo, é um longo caminho desde a designação profética de Davi como rei de Israel até sua ascensão ao trono; e ainda mais longo em termos de logística. Como um jovem rapaz, a quem nem mesmo a família considera como candidato a rei, ascende a essa posição, quando um rei paranoico já está nesse lugar, um rei que não hesita em matar seus concorrentes? A resposta a esta pergunta toma tempo e espaço nas Escrituras, mas os versos 14 a 23 nos dão uma amostra de como DEUS providencialmente faz aquilo que indica mediante Seu profeta.

Obviamente, Saul não faz idéia do que aconteceu, conforme registrado nos versos 1 a 13 deste capítulo. Se ele acreditar nas palavras de Samuel (pode ser também que não acredite, especialmente à medida que o tempo passe e ele continue como rei de Israel), será realmente afastado e substituído por um homem da escolha de DEUS. Ele não sabe que Samuel já designou e ungiu Davi como seu substituto, ou que o ESPÍRITO que DEUS lhe deu agora é dado a Davi. O que ele realmente sabe é que as coisas estão bem diferentes do que eram. Ele não vê mais Samuel (ver 15:35). Ele não sente a presença e o poder do Senhor, através do ESPÍRITO. O que ele experimenta mesmo é um fenômeno espiritual bem diferente. Um “espírito maligno da parte de DEUS” se apossa de Saul, aterrorizando-o. Ele parece ter ataques quando o terror deste espírito está presente e épocas que são mais normais.

Como seria de se esperar, existem várias teorias sobre este “espírito maligno da parte de DEUS”. A aparição deste “espírito”, bem como o desaparecimento do ESPÍRITO SANTO, vêm da parte de DEUS. Ou seja, é o Senhor quem ordena que o ESPÍRITO SANTO deixe Saul. Será possível que o pedido de Davi para que DEUS não retire dele Seu ESPÍRITO (Sl. 51:11) seja, de certa forma, consequência daquilo que ele observa com seus próprios olhos enquanto está a serviço de Saul? O espírito maligno também é da parte de DEUS. Isto não deveria ser nenhuma surpresa, uma vez que DEUS é soberano. Satanás não pode fazer nada a ninguém sem que DEUS permita (ver, por exemplo, Jó 1 e 2). Para os servos de Saul, este “espírito maligno” não é novo ou incomum. Eles já o viram e o reconhecem, e sabem qual é o melhor tratamento para Saul. Todas estas coisas me levam a concluir que o espírito que oprime Saul seja demoníaco. Pelo que conheço da história, parece que homens como Adolf Hitler tiveram uma experiência extremamente semelhante.

Os servos de Saul crêem que a música tenha efeito benéfico sobre Saul e recomendam que ele encontre um homem hábil no tocar da harpa para que, quando o espírito o atacar, o músico toque uma canção suave e acalme seu espírito atribulado. Saul aprova a idéia. Ele, acima de tudo, está aterrorizado pela opressão do espírito.

Subitamente um dos servos de Saul se lembra de alguém que se encaixa perfeitamente às suas necessidades. Em algum lugar ele viu e ouviu falar de Davi de Belém. Davi não é apenas um músico dotado que toca harpa com destreza, ele é também um valente guerreiro (talvez por suas “lutas” com o urso e o leão), um homem de boa aparência e de bom senso. Mais importante, é um homem com que o Senhor está presente. As mesmas coisas que qualificam Davi como rei são aquelas que o qualificam para servir ao rei. As qualidades reais de Davi estão se tornando evidentes, até mesmo para aqueles que estão no palácio.

Saul convoca Davi com educação, no entanto, este é um convite que ninguém ousa recusar. O pedido é feito a Jessé, uma vez que Davi ainda vive sob seu teto. Pelas palavras de Saul a Jessé, fica claro que ele sabe que Davi é guardador de ovelhas (ver o verso 19). Jessé envia Davi ao rei junto com uma oferta de alimentos, onde ele começa a servir como seu criado. Conforme o caráter e as habilidades de Davi vão ficando mais evidentes para Saul, ele é promovido à posição de seu escudeiro, provavelmente o serviço mais íntimo e pessoal de qualquer um dos servos de Saul. Saul não só começa a respeitar as habilidades de Davi, ele também começa a amá-lo. Talvez Davi seja quase como um filho para ele.

Termina o período de experiência de Davi e ele toma posse do cargo, por assim dizer, junto ao rei. De forma adequada, Saul solicita a Jessé que permite que Davi permaneça a seu serviço. Assim é que, toda vez que Saul é atormentado pelo espírito maligno, Davi toca sua harpa e tranquiliza o espírito atribulado do rei. O ESPÍRITO de DEUS em Davi faz com que o espírito maligno, durante algum tempo, se retire de Saul. Como Saul soletra alívio? D A V I.

Conclusão

O pecado do capítulo 15 é o fim para Saul; não é o fim do seu reinado, mas o fim da oportunidade para ele mudar e se arrepender. Mas, por que ungir Davi tanto tempo antes dele ser nomeado e coroado como rei? Primeiro, o ESPÍRITO que está sobre Saul para que desempenhe seus ofícios reais, pode agora ser removido e colocado sobre Davi. É no ESPÍRITO que Davi crescerá, amadurecerá e servirá a Saul, enquanto DEUS o prepara para o seu ofício. Como é irônico e inesperado que Davi sirva ao rei em preparação para servir como rei. Os caminhos de DEUS estão além da nossa capacidade de predizê-los.

Segundo, a unção de Davi acaba sendo um teste para os israelitas. Sua unção, diferentemente de Saul, é semipública. Seu pai e seus irmãos, assim como os homens proeminentes da cidade que comparecem ao banquete sacrificial, precisam saber que o novo rei que substituirá Saul está sendo designado. Na medida em que os homens compreendam que Davi é o próximo rei, sua reação é indicativa da alusão ao Rei de Israel e Seu Reino. Isto também determina seu lugar no reino de Davi.

Deixe-me ilustrar com a história de um homem e sua esposa, Nabal e Abigail, descrita em I Samuel 25. Davi está fugindo de Saul, e ele e seus homens se escondem onde os rebanhos de Nabal são guardados. Eles não molestam nenhum dos pastores de Nabal, nem tomam qualquer animal de seu rebanho. Eles são úteis a Nabal e, como estão na época da tosquia, educadamente lhe solicitam uma oferta. Nabal recusa, com estas palavras:

“Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” (I Sam. 25:10b-11)

Não é que Nabal não saiba quem é Davi. Ele sabe que ele é o filho de Jessé, e também sabe que está fugindo de seu senhor, Saul. Em outras palavras, ele sabe que Davi é o rei designado para substituir Saul. Se há alguma dúvida disto, ouça as palavras de sua esposa, Abigail, ditas a Davi:

“Perdoa a transgressão da tua serva; pois, de fato, o SENHOR te fará casa firme, porque pelejas as batalhas do SENHOR, e não se ache mal em ti por todos os teus dias. Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua vida, então, a tua vida será atada no feixe dos que vivem com o SENHOR, teu DEUS; porém a vida de teus inimigos, este a arrojará como se a atirasse da cavidade de uma funda. E há de ser que, usando o SENHOR contigo segundo todo o bem que tem dito a teu respeito e te houver estabelecido príncipe sobre Israel, então, meu senhor, não te será por tropeço, nem por pesar ao coração o sangue que, sem causa, vieres a derramar e o te haveres vingado com as tuas próprias mãos; quando o SENHOR te houver feito o bem, lembrar-te-ás da tua serva.” (I Sam. 25:28-31)

Nabal sabe exatamente quem é Davi e se recusa a fazer qualquer coisa por ele. Será por que ele pode ter repercussão negativa junto a Saul (ver os capítulos 21 e 22)? Abigail é uma mulher sábia e temente a DEUS. Ela sabe quem é Davi, e sua resposta e seu apelo a ele se fundamentam em sua submissão a ele como futuro rei. A designação precoce de Davi como futuro rei de Israel, portanto, se torna um teste.

É quase o mesmo hoje em dia. Quando o autor de I Samuel volta sua atenção de Saul para Davi, ele nos leva a refletir sobre um homem que é um protótipo de nosso Senhor JESUS CRISTO. Infelizmente, Saul se parece demais com Satanás. Saul recebe autoridade para governar segundo DEUS, no entanto, suas regras e seu governo se tornam mais importantes para ele do que o governo e as leis de DEUS. Por isso, ele é posto de lado. Davi é designado para ocupar seu lugar, para governar sobre o povo de DEUS com retidão. Satanás, como o Saul dos tempos antigos, foi rejeitado por DEUS. Na cruz do Calvário, nosso Senhor derrotou Satanás. Contudo, ele ainda está livre para se opor a DEUS, embora seu julgamento e sua punição sejam certos. Neste ínterim, JESUS CRISTO foi designado como o Rei de DEUS. Ele não apenas proclamou o reino de DEUS, Ele também o conquistou com Sua morte, sepultamento e ressurreição. Todos aqueles que se submetem a Ele como Rei entrarão em Seu reino e governarão com Ele por toda a eternidade. A questão para você e para mim, hoje, é: “A quem serviremos?” Quem reinará sobre nós? A que reino iremos nos submeter? Por natureza, todos os homens são nascidos no reino de Satanás. Somente pelo novo nascimento, por confiar na obra de JESUS CRISTO na cruz do Calvário, é que os homens são transportados do reino das trevas para o reino da luz, do reino de Satanás para o reino de DEUS. Você já mudou os reis, meu amigo?

Samuel erra sobre quem será o rei de DEUS. Ele espera que o rei seja “alto, moreno e bonito”, por assim dizer. DEUS deixa claro a Samuel que a aparência externa não é Seu critério para a escolha do rei (I Sam. 16:7). Davi também tem boa aparência, mas esta não é a base para sua escolha por DEUS. Por desígnio divino, nosso Senhor JESUS CRISTO, o rei eterno de DEUS, também não devia ser reconhecido por Sua aparência:

“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” (Is. 53:1-3)

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS, pois ele, subsistindo em forma de DEUS, não julgou como usurpação o ser igual a DEUS; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp. 2:5-8)

Pelo que entendo destes textos e de outros, o Senhor JESUS não era uma pessoa que chamava a atenção, fisicamente falando. Os homens não eram atraídos a Ele por Seus belos traços ou por Sua voz profunda, tipo locutor de rádio. Os homens eram atraídos a Ele quando reconheciam Seu coração igual a DEUS, Seu ser igual a DEUS. Foram Sua submissão e obediência ao Pai que O distinguiram, junto ao fato dEle ter cumprido perfeitamente todas as profecias relativas ao Messias. Ele é aquele apontado por DEUS para governar e, quando Ele voltar, todos os homens se ajoelharão diante Dele e O reconhecerão como o Rei de DEUS (Fp. 2:9-11). A exortação das Escrituras é para que O recebamos como Rei e que nos tornemos parte de Seu reino, ou aguardemos Sua ira sobre nós como Seus inimigos (Sl. 2:10-12).

Talvez esta seja uma boa ocasião para falarmos sobre música e sua relação com o reino espiritual. Você deve se recordar que em I Sam. 10 (versos 5-6, 10-13) os profetas com quem Saul se encontrou, e a quem se juntou como “um dos profetas” (pelo menos por alguns instantes) quando o ESPÍRITO desceu poderosamente sobre ele, estavam acompanhados de instrumentos musicais - tamborim, flauta e harpa (verso 5). De alguma forma, a descida do ESPÍRITO sobre Saul (e talvez sobre os outros profetas) está associada à música, ou até mesmo seja principiada por ela. No capítulo 16, as possessões demoníacas de Saul são acalmadas pelo toque da harpa de Davi. Em II Re. 3:14-15 uma vez mais, Eliseu chama um menestrel a fim de profetizar no ESPÍRITO. Entendo que a música deva ter algum tipo de papel na ligação (ou desligamento) com o reino espiritual. Acho que devemos ter muito cuidado com o tipo de música que ouvimos. Sei que tem havido muita discussão sobre o “rock”, e não desejo ser muito loquaz neste assunto, mas sugiro que haja um tipo de música potencialmente benéfico e, provavelmente um tipo que possa invocar o espírito errado. Este texto deve nos dar uma pausa para pensar no tipo de música que ouvimos e sua influência sobre nós.

Nossa passagem fala sobre a escolha de Davi para desempenhar uma função dada por DEUS - não para sua salvação. Alguns poderiam ficar tentados a se desviar desta passagem achando que DEUS escolheu salvar Davi porque ele tinha um coração voltado para Ele. DEUS escolheu Davi para servir por causa de seu coração. Há uma diferença enorme entre DEUS escolher para um serviço e Sua eleição para salvação. Se DEUS escolhesse salvar os que tivessem coração puro, Ele não salvaria ninguém:

“Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv. 20:9, ver Rm. 3:9-18).

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr. 17:9, ver também Rm. 3:9-18)

DEUS não salva os homens devido àquilo que vê em seus corações e gosta do que vê. DEUS salva homens que são vis pecadores em seus corações e tem misericórdia deles, colocando seus pecados sobre Seu Filho, JESUS CRISTO. Somente CRISTO é sem pecado e, por isso, capaz de morrer pelos pecados dos outros. Há apenas uma pessoa em toda a história da raça humana cujo coração foi livre de pecado, e essa pessoa é JESUS CRISTO. DEUS salva aqueles que confiam Nele para serem perdoados de seus pecados e para terem o presente da vida eterna.

Hoje em dia há muita discussão sobre liderança, e devo dizer que as qualidades e qualificações procuradas nos líderes contemporâneos não são aquelas que DEUS buscou em Davi. Os evangélicos escolhem seus líderes quase nas mesmas bases que a sociedade secular. Procuramos homens que tenham “recursos” (dinheiro e influência) e “uma boa cabeça pra negócios”. DEUS buscou um homem que tinha um coração voltado para Ele. Creio que esta característica seja o primeiro e principal pré-requisito para o tipo de liderança que DEUS quer. Vamos procurar ser o tipo de homens e mulheres que DEUS busca para o Seu serviço.

 

 

DAVI

Poucas pessoas na Bíblia são apresentadas com uma carreira tão cheia de experiências e vivendo situações tão contrastantes como Davi. No entanto, o início do relato bíblico sobre Davi faz toda a diferença (I Sam. 13:14; 16: 7 e13; Prov. 4:23; Mat. 22:37-38).

1. O pastor

- simplicidade, disciplina, “responsabilidade e risco” (I Sam. 16:11, 19; 17:15- 20, 34-35).

- a fase em que Davi foi “fiel no mínimo”: uma importante lição para nossos filhos.

2. O poeta-músico

- sensibilidade e inspiração envolvendo DEUS, homem e natureza (I Sam. 16:23; Salmos 8 e 19).

- Salmo 19: DEUS revelado na natureza (1-6), na Palavra (7-10) e experimentado no coração (11-14).

3. O jovem comandante

- prudência, sabedoria, habilidade (I Sam. 18:5, 13-15, 30).

- humildade (I Sam. 18:22-23).

- capacidade e competência (I Sam. 19:8; 23:5).

4. O amigo fiel

- afinidade genuína (I Sam. 18:1-4).

- quando a família não ajuda (I Sam. 19:1-3; Prov. 18:24; 17:17).

- o desenvolvimento de boas amizades aperfeiçoa e fortalece o caráter (I Cor. 15:33): outra lição para filhos.

5. O fugitivo

- em Nobe: mentindo para conseguir comida e armas (I Sam. 21:1-9).

- em Gate: fingindo-se de louco (I Sam. 21:10-15).

- na caverna de Adulão: organizando um bando de renegados (I Sam. 22:1-2).

- em Mizpá: buscando refúgio junto aos parentes moabitas (I Sam. 22:3-4).

- no deserto: o coiote e o papa-léguas (I Sam. 23:14, 21-23; 24:1-2; 26:1-4).

- em Gate de novo: um mercenário cruel (I Sam. 27:1, 7-12).

6. O rei

- um reino consolidado com guerra (II Sam. 3:1; 8:1-14).

- pondo DEUS em primeiro lugar (II Sam. 7:1-3, 16-22).

- exercendo misericórdia (II Sam. 9:1,7).

- poder, paixão e crime (II Sam. 11:1-27).

- sem controle sobre a família: incesto, ódio, traição, assassinato, indulgência (II Sm.12:10-12, I Rs 1:5-6).

- sempre pronto a arrepender-se e a assumir a responsabilidade

 

 

INTERAÇÃO

Inicie a aula pedindo aos alunos para citarem algumas qualidades do caráter de Davi. À medida que forem mencionando, relacione-as no quadro-de-giz. Depois de ouvi-los com atenção, explique que as características do caráter de Davi revelam que ele era um homem consciente de suas limitações, vigilante e que amava a DEUS acima de todas as coisas.

Ressalte o fato de que Davi era prudente em sua conduta e sabia se conduzir no meio de príncipes, do exército e do povo em geral. Embora tenha passado sua infância e juventude no campo cuidando de ovelhas, Davi soube como ninguém construir uma forte rede de relacionamentos. Portanto, enfatize a importância de se estabelecer bons relacionamentos.

 

Explique aos seus alunos que Davi, ao longo de sua vida, desempenhou várias atividades no campo, no exército, em família e no palácio. Como homem, e na posição de líder ungido pelo Senhor, cometeu erros e acertos, no entanto, as características de seu caráter revelam que ele era prudente, moderado, precavido e cauteloso em suas atitudes. Explique aos alunos que a prudência é uma virtude que toda pessoa deve desenvolver.

 

REFLEXÃO

"Pela oração, adoração e prática da fé, treinamos para a missão que DEUS coloca diante de nós." Michael Kendrick

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Davi possuía muitas virtudes e qualidades, tais como: exímio músico, corajoso, valente, prudente, de boa aparência, destemido, piedoso e temente a DEUS.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O homem segundo o coração de DEUS obteve êxito desde o princípio e em todo lugar porque foi alguém que sempre cultivou em seu espírito a humildade de aprender e de começar de baixo.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

Mediante o seu carisma e habilidade, Davi conseguiu construir bons relacionamentos e administrar conflitos.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Histórico

"Quando pensamos em Davi, logo nos vem a mente que ele era pastor, poeta, matador de gigante, rei e antepassado de JESUS - em resumo, um dos maiores homens do Antigo Testamento. Mas existe uma outra relação junto a esta: traidor, mentiroso, adúltero e assassino. A primeira lista fornece as qualidades que todos nós gostaríamos de ter; a segunda, as que poderiam ser reais e a nosso respeito. A Bíblia não faz esforço algum para esconder os fracassos de Davi. Ele ainda é lembrado e respeitado por seu coração voltado para DEUS. Quando aprendemos que compartilhamos mais dos fracassos de Davi do que de suas grandezas, deveríamos ficar curiosos para descobrir o motivo pelo qual o Senhor se refere a ele como 'o homem segundo o meu coração' (At 13.22). Davi, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de DEUS. [...] Suas confissões eram de coração, e seu arrependimento genuíno. Nunca negligenciou o perdão de DEUS ou tomou sua bênção como uma concessão. Em troca, o Senhor nunca lhe negou seu perdão ou as retribuições de suas ações. Davi experimentou a alegria do perdão mesmo quando teve que sofrer as consequências de seus pecados. [...] Ele aprendeu com suas falhas porque aceitou o sofrimento que estas lhe trouxeram. [...] Quais mudanças seriam necessárias para que DEUS encontrasse esse tipo de obediência em você?"

 

(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p.393).

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

WOOD, George O. Um salmo em seu coração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS EM Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 40, p. 37.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 17.43-49.

43 - Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu amaldiçoou a Davi, pelos seus deuses.

44 - Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.

45 - Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o DEUS dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.

46 - Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há DEUS em Israel.

47 - E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.

48 - E sucedeu que, levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.

49 - E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.

 

INTERAÇÃO

Em classe, pergunte aos seus alunos: "O que é ter coragem?" "Coragem significa ausência de medo?" Depois de ouvi-los, explique que ter coragem não significa ausência de medo; mas sim fazer o que for preciso, apesar do medo. A fé que Davi depositava em DEUS lhe proporcionou coragem para aceitar o desafio naquele momento - enfrentar o gigante em nome do Senhor dos Exércitos. Davi recebeu de DEUS força, estratégia e coragem para a realização daquela difícil tarefa.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a aula de hoje, sugerimos que o gráfico abaixo seja reproduzido em uma cartolina, pois ele poderá ser utilizado durante todo o trimestre. Ao usá-lo, explique aos seus alunos que, embora Davi fosse "um homem segundo o coração de DEUS", enfrentou muitas tribulações. Ele teve que derrubar muitos "gigantes" e vivenciou experiências boas e ruins, no entanto, sempre manteve uma fé inabalável no Senhor dos Exércitos.

  

Palavra-Chave - Vitória: Ato de vencer o inimigo em uma guerra; triunfo brilhante em qualquer campo de ação.

 

COMENTÁRIO - introdução

Quem lê o capítulo 17 de 1 Samuel, principalmente os versículos 31 a 50, observa que Davi, ao enfrentar o gigante filisteu, estava cônscio de que aquele combate não era somente físico, mas também espiritual. Todo crente fiel enfrenta essa luta contra os poderes do inferno (Mt 16.18; Ef 6.10-18). A vitória de Davi sobre Golias aponta para a nossa vitória diária na vida cristã através do Filho de Davi, Jesus Cristo, que venceu por nós (2 Co 2.14; Rm 8.37).

 

I. OS INIMIGOS DO POVO DE DEUS

1. Inimigos numerosos. Os filisteus eram um povo aguerrido, que habitava a planície da costa do Mar Mediterrâneo, desde Jope até o sul de Gaza. Na Bíblia, o país é chamado de Filístia (Sl 87.4), que originou os termos Palestina e palestino. Em Gênesis 10, a Bíblia registra a origem desse povo gentílico (vv.13,14). Em Josué 13.3, está a menção das suas cinco grandes cidades: Gaza, Asdode, Asquelom, Gate e Ecrom. Golias, o guerreiro gigante que desafiou os israelitas, era de Gate (1 Sm 17.4).

O livro de Samuel nos dá a dimensão da grandeza numérica desse povo: "E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à borda do mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven" (1 Sm 13.5). Os inimigos de Israel eram de fato numerosos. Na história se observará que os fiéis a DEUS, às vezes, parecem estar em desvantagem pessoal, material, posicional, comunicativa, etc., mas a Palavra do Senhor acerca deles permanece de pé: "Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" (Lc 12.32).

2. Inimigos poderosos. De acordo com 1 Samuel 13.20, "todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho”. Os filisteus dominavam a técnica que permitia instrumentalizar o ferro. Já Israel era mais um povo agrícola, pastoril. O livro de Juízes, do qual 1 Samuel é uma sequência, relata o desvio espiritual de Israel como povo de DEUS (Jz 17.6; 21.25). Israel colheu a má semeadura disso ao ser atormentado pelos filisteus (1 Sm 4.2,10; 7.3). Parecia impossível Israel vencer o seu potente inimigo, mas nas palavras de fé de Davi, temos a devida resposta: “E saberá toda esta congregação que o senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (1 Sm 17.47). Somente a provisão divina pode explicar isso!

 

II. O INIMIGO DE DAVI

1. Amedrontava por seu tamanho. A Bíblia descreve a estatura de Golias com os seguintes detalhes: "Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo" (1 Sm 17.4). Golias impressionava por sua grande estatura. Pelo nosso sistema atual de pesos e medidas, isso corresponde a quase 3 metros de altura. Tal informação não é de causar espanto, pois a arqueologia tem descoberto, no Antigo Oriente, esqueletos de gigantes que confirmam o relato bíblico. Aliás, o registro bíblico apresenta outras menções de homens gigantes (Gn 6.4 ; Dt 2.10,20,21; 3.11).

Golias, confiante em sua grande estatura, desafiou e amedrontou o exército de Israel por quarenta dias (1 Sm 17.11,16). Como o gigante, muitos hoje confiam tão somente em sua "estatura" (em vários sentidos), sem cogitarem que sua derrubada está próxima.

O contraste era grande: de um lado um homem guerreiro e campeão, que amedrontava por sua experiência e seu tamanho; do outro, um jovem do campo, pastor de ovelhas (1 Sm 16.11), mas que demonstrou coragem e responsabilidade no cuidado com o rebanho de seu pai (1 Sm 17.34-37). A diferença física entre os dois era muito grande, tanto que aos olhos do gigante Davi era desprezível: "E, olhando o filisteu e vendo a Davi, o desprezou" (1 Sm 17.42). O homem de DEUS pode ser depreciado, ignorado e humilhado, mas, se ele é temente ao Senhor, santo, fiel, perseverante e humilde de espírito, sabe que o Todo-Poderoso lhe dará a vitória final. Apesar de sua zombaria, Golias não sabia que, a despeito de ser novo, aquele moço possuía as qualidades mencionadas em 1 Samuel 16.18: talento musical, coragem, prudência no falar, boa aparência e, o mais importante, tinha comunhão com DEUS.

2. Amedrontava por suas armas e discurso persistente. Golias e seu armamento causavam medo a qualquer um. O texto sagrado, ao falar das armas de Golias, registra: "Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro" (1 Sm 17.5-7). Imagine Davi desafiando essa fortaleza móvel, com tantas armas, tendo apenas um cajado, uma funda, cinco pedras do ribeiro e uma pequena sacola!

Golias procurava amedrontar o acampamento israelita com seus persistentes discursos que afrontavam o DEUS de Israel. A Escritura registra que o gigante desafiava Israel pela manhã e pela tarde, e isso durou um longo período (1 Sm 17.16,23). É evidente que essa era uma forma de impor medo e manter o exército de Israel sob constante pressão. Essa mesma tática o Diabo repetiu ao tentar Cristo por quarenta dias, e, sendo derrotado, afastou-se até o momento oportuno (Lc 4.13). Assim como Davi, nós devemos resisti-lo e vencê-lo por Cristo (Tg 4.7).

 

III. A VITÓRIA DE DAVI

1. Davi venceu porque estava sob a direção e autoridade de DEUS. Nos dias do patriarca Abraão, DEUS firmou uma aliança com ele (Gn 12.1-3; 17.1-11). Essa aliança, o Senhor a confirmou com os descendentes de Abraão: Isaque (Gn 26.3,4) e Jacó (Gn 28.13,14). Herdeiro dessas alianças de DEUS com seu povo, Davi sabia que estava sob a proteção do Senhor (2 Sm 7.15,16). Assim, a indignação de Davi não consistia meramente no fato de que Golias estava desafiando os soldados do exército do Povo Escolhido, mas o próprio DEUS dos Exércitos de Israel (1 Sm 17.45). O homem segundo o coração de DEUS estava convicto de que, assim como havia um exército humano comandado por Saul, existia um exército celestial comandado pelo Senhor!

Na realidade, a vitória de Davi está diretamente relacionada à autoridade espiritual da qual ele estava investido. Ele não lutava em seu próprio nome, mas no nome do DEUS de Israel que estava sendo afrontado (1 Sm 17.45). A Bíblia declara que "as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas" (2 Co 10.4). Tal como Davi, o crente é um soldado cristão e jamais deve esquecer que não está lutando contra o sangue e a carne, mas contra os principados e potestades (Ef 6.12), e que, por isso, deve estar sempre revestido de toda a armadura de DEUS (Ef 6.11).

2. Davi venceu porque teve fé e confiança em DEUS. Quando Saul quis saber como o jovem Davi poderia enfrentar o gigante, ele relatou que já havia matado um leão e um urso, que tinham atacado o seu rebanho (1 Sm 17.34-37). Se ele pôde destruir aqueles animais ferozes, da mesma forma poderia derrotar o gigante filisteu. Quem tem fé e confiança no Senhor costuma ver as coisas por outro ângulo, e foi o que Davi demonstrou ali. Sua confiança em DEUS era tão grande e evidente, que logo convenceu tanto Saul como o comandante do seu exército. Só DEUS faz estas coisas. Não é sem razão que Davi é um dos componentes da galeria dos heróis da fé (Hb 11.32).

Sempre que a fé está presente, as leis da lógica formal são anuladas. A fé em DEUS faz o menor vencer o maior; uma guerra ser vencida sem luta (2 Cr 20.17); a fraqueza virar força (Hb 11.34); e a alegria prevalecer no sofrimento, pois a fé pode crer mesmo contra a esperança (Rm 4.18); ela contempla como existentes coisas que ainda não existem (Hb 11.1). Davi estava tomado por essa fé em DEUS, por isso, derrotou o gigante filisteu.

 

CONCLUSÃO

A vitória de Davi sobre Golias é sem dúvida alguma um grande divisor de águas na história da nação hebraica. De um simples e pequeno pastor desconhecido, Davi passa a ser uma figura-chave na construção da monarquia de Israel. Tudo isso graças à sua coragem e fé ousada na ocasião em que não temeu o enfrentamento com um inimigo aparentemente invencível. Fica para nós a lição de que nenhum gigante é imbatível, quando o combatemos confiando plenamente no Senhor.

 

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, o que aponta a vitória de Davi sobre Golias?

R. A vitória de Davi sobre Golias aponta para a nossa vitória diária na vida cristã através do Filho de Davi, Jesus Cristo, que venceu por nós.

2. Faça um breve resumo a respeito dos filisteus.

R. Os filisteus era um povo aguerrido que habitava a planície da costa do Mar Mediterrâneo, desde Jope até o sul de Gaza, e dominavam a técnica que permitia instrumentalizar o ferro.

3. Descreva, de modo resumido, o contraste entre Davi e Golias.

R. O contraste era grande: de um lado um homem guerreiro e campeão, que amedrontava por sua experiência e seu tamanho; do outro um jovem do campo, pastor de ovelhas, mas que demonstrou coragem e responsabilidade no cuidado com o rebanho de seu pai. A diferença física entre os dois era muito grande, tanto que, aos olhos do gigante, Davi era desprezível.

4. Por quanto tempo Golias afrontou o exército de Israel? Qual era seu objetivo ao adotar tal estratégia?

R. Por um longo período. O objetivo era impor medo e manter o exército de Israel sob constante pressão.

5. O que fez com que Davi vencesse Golias?

R. Sua fé e confiança em DEUS.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Biográfico

Golias: Golias era um descendente dos refains, um povo alto e aborígene que vivia na região de Amom, na Transjordânia, dos quais um grupo reduzido refugiou-se com os filisteus depois da sua dispersão pelos amonitas (Dt 2.20,21), ou era descendente dos anaquins (q.v.; cf. Nm 13.33; Js 11.22), conhecidos por sua elevada estatura. A LXX (1 Sm 17.4) e Josefo dizem que ele media quatro côvados e um palmo, ou seja, dois metros e vinte centímetros, ao passo que o texto hebraico afirma que ele media seis côvados e um palmo, ou seja, praticamente três metros e vinte centímetros de altura. [...] A literatura rabínica registra muitas lendas sobre Golias. De acordo com elas, sua mãe era Orfa (cf. Rt 1.14), que caminhou 40 passos (aprox. 30 metros) com Noemi e Rute, e então voltou para uma vida libertina em Moabe. Golias foi seu filho ilegítimo. Ele orgulhava-se de ter assassinado os dois filhos de Eli (1 Sm 4.11), e de ter roubado a Arca de Israel (1 Sm 4.17). Os quarenta dias do seu desafio ao exército de Israel (1 Sm 17.4-10) comparam-se aos 40 passos de sua mãe, Orfa, e ocorreram na época em que recitavam o Shema! [...] O lugar onde Golias encontrou a morte foi o vale de Elá (ou vale do Carvalho, 1 Sm 17.2), entre Socó e Azeca, nas terras da tribo de Judá. Os israelitas, sob o comando do rei Saul, estavam acampados na encosta norte do vale de Elá, e os filisteus estavam entrincheirados na encosta oposta. Um vale estreito, por onde passava um riacho, que separava os dois exércitos”.

(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.873).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Através da passagem bíblica que serve de tema à aula deste domingo, aprendemos que o povo de Israel estava sendo afrontado por um incircunciso filisteu. Todos estavam acuados, paralisados diante das afrontas do inimigo. Os israelitas pareciam ter se esquecido do poder e dos muitos livramentos que o Altíssimo já havia lhes concedido. Entretanto, DEUS os via, importava-se com o que estava acontecendo e estava trabalhando em favor deles, enviando-lhes um "homem segundo o seu coração" para ajudá-los.

Que momentos difíceis você está atravessando? Qual "gigante" tem se levantado sobre sua vida antes tão tranquila? Que peleja você está travando? Você tem a sensação de estar sozinho? Acredite: DEUS está contemplando a sua luta e agindo em seu favor, ainda que você não o perceba. Como um Pai amoroso e misericordioso, Ele sempre ouve o nosso clamor. Mais um pouco, e logo você verá o "gigante" caindo a sua frente. E todos saberão que "o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra" (1 Sm 17.47).

 

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Lição 3: Davi na corte real - Vivendo com sabedoria

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 18 de Outubro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 16.18; 18.2-5,13,14.

 1 Samuel 16

18 - Então, respondeu um dos jovens e disse: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele.

1 Samuel 18

2 - E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai.

3 - E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.

4 - E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.

5 - E saía Davi aonde quer que Saul o enviava e conduzia-se com prudência; e Saul o pôs sobre a gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de Saul.

13 - Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saía e entrava diante do povo.

14 - E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o SENHOR era com ele.

 

INTERAÇÃO

 

Inicie a aula pedindo aos alunos para citarem algumas qualidades do caráter de Davi. À medida que forem mencionando, relacione-as no quadro-de-giz. Depois de ouvi-los com atenção, explique que as características do caráter de Davi revelam que ele era um homem consciente de suas limitações, vigilante e que amava a DEUS acima de todas as coisas.

Ressalte o fato de que Davi era prudente em sua conduta e sabia se conduzir no meio de príncipes, do exército e do povo em geral. Embora tenha passado sua infância e juventude no campo cuidando de ovelhas, Davi soube como ninguém construir uma forte rede de relacionamentos. Portanto, enfatize a importância de se estabelecer bons relacionamentos.

 

Palavra-Chave

Prudência: Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro.

 

COMENTÁRIO -  introdução

Mesmo antes de derrotar Golias, Davi já era um jovem talentoso e temente a DEUS (1 Sm 16.18). Todavia, após sua vitória esmagadora sobre Golias e, consequentemente, sobre o exército filisteu, Davi tornou-se o centro das atenções, tanto da tropa israelita como do povo em geral. Essa notoriedade trouxe novos desafios para o filho de Jessé, porém, o mais importante foi o seu proceder com sabedoria e discernimento na administração dos conflitos advindos dessa nova situação. A admiração e o respeito do povo motivaram a inveja do rei, que passa a considerar o novo herói nacional seu rival e inimigo. O mesmo ocorre hoje na obra de DEUS, gerando situações difíceis, acusações injustas, ameaças, obstáculos e prejuízos à Igreja.

 

I. AS QUALIDADES E VIRTUDES DE DAVI

1. Um homem talentoso. Como já vimos, Davi, mesmo antes de vencer o gigante Golias, já era possuidor de virtudes, habilidades e qualidades que lhe permitiriam conduzir-se prudentemente na corte real. Quando os servos de Saul solicitaram um músico para tocar para o rei em suas crises espirituais, um deles demonstrou conhecer a pessoa ideal: “Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele” (1 Sm 16.18b).

É oportuno lembrar que nesse tempo o Espírito do Senhor já havia se retirado de Saul, e um espírito maligno o oprimia (1 Sm 16.14,15,23). Seus passos seguintes foram tenebrosos, pois consultou uma feiticeira (1 Sm 28.7) e cometeu suicídio (1 Sm 31.4,5).

2. Um homem com muitas habilidades. Algumas virtudes, habilidades e qualidades de Davi são imprescindíveis à igreja nos dias atuais:

a) Músico. Davi sabia tocar magistralmente. Era exímio músico e poeta, e isso muito contribuía para ser ele um homem espiritual, metódico, organizado e sensível às questões divinas. Basta lermos seus muitos Salmos para constatarmos essa realidade. É altamente importante para a Igreja de DEUS e para a vida cristã de cada um a verdadeira música evangélica, a “música de DEUS” (1 Cr 16.41,42); música inspirada pelo Senhor e bem executada (Sl 33.3); música espiritual que ensina e edifica (Cl 3.16).

b) Forte. Os livros de 1 e 2 Samuel; 1 Crônicas e Salmos registram os feitos corajosos, resolutos, decisivos e vitoriosos de Davi. Neles vemos um homem de fé, oração, justo, temente a DEUS e perseverante, como no caso registrado em 1 Crônicas 14.8-17.

c) Valente. Davi, por confiar inteiramente no Senhor, era um homem destemido em seu desempenho como rei de Israel. Ele demonstrou coragem, habilidade e eficiência antes de ocupar o trono e depois, quando nele assentou-se.

d) Homem de guerra. Infelizmente as guerras com os seus incontáveis sofrimentos e consequências vêm dos primórdios da humanidade, a partir do momento em que o pecado nela entrou (Gn 3; Pv 6.14; Tg 4.1,2). Vemos Caim matando seu irmão Abel (Gn 4.8) e, a partir daí, a Bíblia registra muitas guerras, basta ler Gênesis 14.1-17, bem como grande parte do Antigo Testamento.

e) Sisudo em palavras. O renomado comentarista bíblico John Gill declarou que Davi era um homem “prudente em seus assuntos; nas suas falas e conversas; na conduta e comportamento; e que sabia se conduzir, até mesmo na corte real”.

f) Boa aparência. A boa, cuidada e equilibrada aparência e compostura de uma pessoa influencia a visão das demais a respeito dela. Aliás, a aparência é algo tão marcante que, se não fosse DEUS, Samuel ungiria a pessoa errada (1 Sm 16.6,7). Quando Saul ascendeu ao trono, sua aparência, inclusive seus traços físicos, foram logo percebidos e mencionados pelo povo (1 Sm 9.2; 10.23). Convém dizer que o que agradou ao Senhor ao escolher Davi foi o seu interior (1 Sm 16.7), e não a sua imagem externa. Vemos aqui um princípio a que a igreja deve estar atenta ao avaliar alguém como homem de DEUS, ou não, somente pelo que vê ou ouve.

g) O Senhor era com ele. Davi era piedoso, um homem temente a DEUS. A piedade aparece na vida do filho de Jessé como uma virtude que deve ser imitada (1 Tm 4.8; 6.11). O Eterno era tudo para Davi (Sl 18.2), e isso fez toda a diferença em sua vida. Sua inteira e voluntária submissão ao Senhor fez dele o maior monarca da história bíblica.

 

II. O TALENTO DE DAVI NA CORTE

1. Davi como escudeiro do rei. Antes de chegar a ser o escudeiro do rei Saul, o jovem Davi era um simples camponês, trabalhando como pastor das ovelhas de seu pai (1 Sm 17.15), e tinha a habilidade de tocar instrumentos de cordas (1 Sm 16.18). Na corte, Davi era praticamente um desconhecido (1 Sm 17.55,56).

O homem segundo o coração de DEUS obteve êxito desde o princípio e em todo lugar, porque foi alguém que sempre cultivou em seu espírito a humildade de aprender e de começar de baixo. Quem quer chegar aonde Davi chegou, deve saber se portar, agir com humildade e estar sempre pronto a aprender.

2. Como comandante das tropas. Até o seu desafio a Golias, Davi era um aprendiz na casa real (1 Sm 16.21). Todavia, essa situação mudou drasticamente graças à sua estupenda vitória sobre Golias, o filisteu de Gate. De um simples músico e escudeiro-aprendiz, Davi foi promovido a comandante de tropas (1 Sm 18.5).

Davi, por ser fiel e amar ao Senhor e à sua Palavra, soube se conduzir como iniciante e também portar-se numa posição elevada e de autoridade. Em ambos os casos, Davi estava instruído a como se conduzir: quando era dirigido como subordinado e quando dirigia como chefe. Não é difícil executar tarefas mais difíceis, extensas e complexas quando se aprende bem a fazer as mais simples, buscando ao Senhor, o divino Mestre, que tudo conhece.

 

III. O CARISMA DE DAVI NO PALÁCIO REAL

1. Nos relacionamentos. Inicialmente Davi foi muito estimado pelo próprio rei (1 Sm 16.22), mas isso foi apenas no começo, depois tudo mudou (1 Sm 18.7-16). Entretanto, na corte, ele ampliou seus relacionamentos, demonstrando empatia com as três principais classes de pessoas no reino:

a) O filho do rei. Sem dúvida, essa estima contagiante para com Davi, que logo fez com que o filho do rei se tornasse o seu melhor amigo, foi muito importante e necessária em sua vida, como se vê em 1 Samuel 23.16,17. Não devemos esquecer que Jônatas era um potencial herdeiro do trono de Saul, e com certeza Saul pensava assim (1 Sm 20.31). Todavia, Jônatas não enxergava Davi como um rival, mas como o seu melhor amigo.

b) Todo o povo. Davi era benquisto pelo povo (1 Sm 18.5). Uma característica de quem obtém ascensão social de forma meteórica é esquecer suas origens e raízes. Porém, Davi não agiu assim. Mesmo convivendo no palácio, ele não perdeu seus referenciais do campo. Ele soube construir novos relacionamentos, mas também manter aqueles já existentes.

c) Servos de Saul. Ainda dentro da corte de Saul, Davi construiu relacionamentos com os funcionários do rei (1 Sm 18.5), e manteve boas amizades até mesmo com os servos de Saul.

2. Para administrar conflitos. Davi se portou com sabedoria na corte quando demonstrou habilidade para administrar conflitos: “E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares“ (1 Sm 18.7). A Escritura registra ainda que “daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos” (1 Sm 18.9 - ARA). Isto é, o primeiro rei de Israel passou a ter inveja de Davi. O espírito maligno que nele atuava tornou isso pior do que se imagina.

A Bíblia mostra que Davi fez o possível para que o seu relacionamento com Saul fosse mantido amistosamente, no entanto, a condição espiritual e emocional do rei não permitiu isso. Mesmo quando sofreu tentativas de assassinato por parte do rei, Davi não revidou, mas preferiu fugir (1 Sm 18.11; 19.1). Quando teve oportunidade para matar o rei, mais uma vez ele procurou reatar as relações rompidas e não “tocou” no ungido do Senhor (1 Sm 26.9-25).

 

CONCLUSÃO

A passagem do homem segundo o coração de DEUS pela corte real, antes de sua ascensão ao trono de Israel, foi algo marcante em sua vida. Todos temos algo a aprender com o até então futuro monarca de Israel. O modo como ele se conduziu e construiu uma forte rede de relacionamentos talvez seja uma de suas maiores proezas. A Escritura registra que isso se deu graças à sua forma prudente de se conduzir no meio de príncipes, do exército e do povo em geral.

 

REFLEXÃO

 “Pela oração, adoração e prática da fé, treinamos para a missão que DEUS coloca diante de nós”. Michael Kendrick

 

WOOD, G. O. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006.

PURKISER, W. T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2: Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2004.

 

EXERCÍCIOS

1. Cite três qualidades de Davi.

R. Prudente, valente e temente a DEUS.

2. Como Davi se conduziu como escudeiro do rei?

R. Com humildade e vontade de aprender e de começar de baixo.

3. Davi, graças ao seu carisma, construiu na corte de Saul bons relacionamentos. Cite três exemplos.

R. Ele teve um bom relacionamento com o filho do rei, com todo o povo e com os servos de Saul.

4. De acordo com a lição, qual conselho você daria a quem deseja chegar aonde Davi chegou?

R. Resposta pessoal.

5. Como Davi procurou resolver as diferenças entre ele e Saul?

R. Davi procurou não as revidar, mas fugir.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Histórico

“Quando pensamos em Davi, logo nos vem à mente que ele era pastor, poeta, matador de gigante, rei e antepassado de Jesus - em resumo, um dos maiores homens do Antigo Testamento. Mas existe uma outra relação junto a esta: traidor, mentiroso, adúltero e assassino. A primeira lista fornece as qualidades que todos nós gostaríamos de ter; a segunda, as que poderiam ser reais e a nosso respeito. A Bíblia não faz esforço algum para esconder os fracassos de Davi. Ele ainda é lembrado e respeitado por seu coração voltado para DEUS. Quando aprendemos que compartilhamos mais dos fracassos de Davi do que de suas grandezas, deveríamos ficar curiosos para descobrir o motivo pelo qual o Senhor se refere a ele como ‘o homem segundo o meu coração’ (At 13.22). Davi, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de DEUS. [...] Suas confissões eram de coração, e seu arrependimento genuíno. Nunca negligenciou o perdão de DEUS ou tomou sua bênção como uma concessão. Em troca, o Senhor nunca lhe negou seu perdão ou as retribuições de suas ações. Davi experimentou a alegria do perdão mesmo quando teve que sofrer as consequências de seus pecados. [...] Ele aprendeu com suas falhas porque aceitou o sofrimento que estas lhe trouxeram. [...] Quais mudanças seriam necessárias para que DEUS encontrasse esse tipo de obediência em você?”.

(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2004, p.393).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

“O Davi humano também teve uma falha séria que o poderia ter condenado não fosse o Mestre agindo em sua vida. O Salmo 51 fala sobre o pecado que quase o destruiu e nos ensina mediante o seu exemplo como nos arrependermos dos nossos próprios erros.

A oração de Davi se inicia com três pedidos ao Senhor: Misericórdia (v.1). Nenhum de nós merece a graça de DEUS, porém Ele cuida de nós com ternura e intensidade, mesmo quando o nosso coração está distante dEle. Nosso amor pelo Senhor pode falhar, mas não o seu amor por nós. Renovação (v.2). A ‘tinta’ de nossa falha deixa uma marca indelével em nossa vida e na dos outros; porém, podemos confiar na compaixão do Senhor para apagar o nosso pecado do livro de sua memória. Purificação (v.2). Somente DEUS pode lavar a mancha e a sujeira do pecado. Queremos nos sentir puros outra vez, de modo que desapareçam toda a impureza que adquirimos e o legado de suas lembranças”.

(WOOD. G. O. Um Salmo em seu Coração. RJ: CPAD, 2006, pp.209,210).

 

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Lição 4: Davi e o tempo de DEUS em sua vida

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 25 de Outubro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 24.4-8

4 - Então, os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o SENHOR te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem a teus olhos. E levantou-se Davi e, mansamente, cortou a orla do manto de Saul.

5 - Sucedeu, porém, que, depois, o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul;

6 - e disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR.

7 - E, com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna e prosseguiu o seu caminho.

8 - Depois, também Davi se levantou, e saiu da caverna, e gritou por detrás de Saul, dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e se prostrou.

 

INTERAÇÃO

DEUS escolheu e ungiu Davi para governar seu povo. Mas, para que Davi assumisse o trono, seu caráter precisava ser moldado mediante o exercício da paciência. Ele teve que aprender a esperar, e esperar o tempo de DEUS. Esperar não é uma tarefa fácil, principalmente na atualidade, onde as pessoas vivem sob a pressão do imediatismo. Hoje, tudo tem que ser instantâneo, imediato, até mesmo as bênçãos de DEUS. Ninguém quer esperar. Contudo, saber aguardar o momento certo, sem "tramóias" ou manobras políticas é uma virtude que todo homem de DEUS precisa aprender. Em determinadas situações, não podemos fazer absolutamente nada, a não ser esperar e confiar que os planos do Eterno jamais poderão ser frustrados. Essa certeza faz com que os servos de DEUS esperem com paciência e sem amargura ou dor, naquEle que pode todas as coisas (Sl 40.1).

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Mostre que Davi tinha grande respeito por Saul, apesar de este rei tentar matá-lo por diversas vezes. Davi tinha consciência de que um dia viria a ser rei, mas entendia também que não era direito seu derrubar o homem a quem DEUS havia ungido.

 

Palavra-Chave

Tempo: Momento ou ocasião apropriada (ou disponível) para que uma coisa se realize.

 

COMENTÁRIO - introdução

Uma das grandes lições na história de Davi é a sua paciência para esperar o momento certo de ascender ao trono de Israel. Apesar de ter sido ungido para ser rei sobre Israel quando ainda era bem jovem, Davi esperou muitos anos para vir, de fato, a sê-lo. Neste seu período de espera, não vemos em nenhum momento Davi maquinando Golpe de Estado, manobras escusas e procedimentos vis para destituir Saul e ocupar o seu lugar. E em todo o tempo de suas provações, Davi era ciente de que Saul havia sido rejeitado por DEUS. O exemplo de Davi deve ser seguido por todos aqueles que têm aguardado as promessas de DEUS, andam segundo a sua Palavra e vivem conforme a sua vontade.

 

I. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS EM MEIO ÀS AMEAÇAS

1. A lança do rei. O capítulo 18 de 1 Samuel narra o início da perseguição que Davi passaria a sofrer por parte de Saul, movido por inveja e cobiça de origem não somente natural, mas também diabólica (1 Sm 18.6-9). Daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos (v.9). Quando esses fatos ocorreram, Davi era um militar a serviço do rei (v.16). Nessa época, Davi gozava de grande aceitação e popularidade diante de todo o povo. Não era difícil nesse momento valer-se de sua posição, promover uma rebelião contra Saul e ocupar o trono. Contudo, Davi nunca se valeu de sua posição para derrubar Saul. Enquanto pôde permanecer no palácio real, mesmo sendo perseguido, Davi manteve a postura de um servo humilde que reconhece tanto a bondade e misericórdia divinas, quanto sua justiça e retidão em todas as coisas. O livro de Salmos, em várias passagens, revela muitos desses momentos (SL 57). Por ser fiel e temente a DEUS, Davi fugiu várias vezes, retirando-se secretamente da presença de Saul, como está registrado nos capítulos 19,20,21 e 22 de 1 Samuel.

2. A espada dos filisteus. Tendo falhado em matar Davi com suas próprias mãos, Saul orquestra um novo plano: usar os filisteus - os piores inimigos de Israel -, para acabar com Davi através deles. O estratagema é ardiloso e envolvia uma negociata com as filhas do próprio rei. Primeiramente Saul ofereceu sua filha Merabe a Davi, exigindo em troca apenas que ele guerreasse “as guerras do SENHOR” (1 Sm 18.17). Essa seria uma excelente oportunidade para Davi ascender socialmente, vindo a tornar-se genro do rei. Todavia, o filho de Jessé não demonstra ambição e esquiva-se da primeira proposta do rei, alegando que não passava de um simples camponês (1 Sm 18.18). Posteriormente Saul oferece Mical a Davi, querendo apenas a vida de alguns filisteus como dote. Humanamente falando não seria essa uma excelente oportunidade para fazer parte da família real? Quantos caem porque no seu dia a dia também recebem propostas semelhantes a essa. Esperar o tempo de DEUS, muitas vezes, significa perder aparentemente excelentes oportunidades. Posteriormente Davi se casou com Mical (1 Sm 18.27,28), mas manteve-se firme em não tomar decisões movido por torpes e indignos interesses.

 

II. OS LOCAIS DE REFÚGIO DE DAVI DURANTE A ESPERA DO TEMPO DE DEUS

1. Na escola profética de Samuel. Davi larga o comando militar na corte de Saul e foge para Ramá, onde Samuel residia e dirigia uma casa de profetas (1 Sm 19.18-20). é compreensível que Davi, vendo-se pressionado por Saul, procurasse o profeta Samuel, o destacado homem que DEUS usou para ungi-lo. Ninguém melhor do que o “homem de DEUS” (1 Sm 9.6) para entender e aconselhar Davi nesse difícil momento de sua vida. Anteriormente, Davi já contara com o ombro amigo de Jônatas, mas agora enfrentava uma pressão psicológica e espiritual, que dependia de uma ajuda espiritual. Samuel era um excelente conselheiro e, por isso, o texto sagrado declara que Davi contou a ele “tudo quanto Saul lhe fizera” (1 Sm 19.18).

2. Na casa do sacerdote Aimeleque. O ministério profético estava relacionado à inspiração divina, enquanto o ministério sacerdotal, à instrução. O sacerdote cuidava do caminho de ida para DEUS, isto é, representava o povo diante de DEUS, enquanto o profeta cuidava do caminho de volta, isto é, representava DEUS perante o povo. Davi buscou refúgio na escola profética de Samuel e, embora o texto sagrado não nos diga os detalhes desta visita, certamente ela trouxe refrigério à alma aflita de Davi. A unção tem o poder de quebrar o jugo (Is 10.27).

Pode acontecer de um crente estar esperando o tempo de DEUS e assim mesmo ocorrerem problemas, fraquezas e dificuldades, como foi o caso ocorrido quando da visita de Davi ao sacerdote Aimeleque (1 Sm 21.1-9; 22.6-22).

 

III. DAVI CONTINUA ESPERANDO O TEMPO DE DEUS

1. Entre os filisteus e na caverna de Adulão. Naqueles dias de provações, Davi não se sentia seguro em nenhum lugar de Israel e, por isso, procurou abrigo em território inimigo (1 Sm 21.10-15; 27.1-7). Amparar-se ou buscar asilo no território inimigo não é a melhor alternativa; isso mostra o quanto é possível perder a lucidez quando se está em perigo. Sua experiência mostra-nos que devemos pensar bem antes de tomar qualquer atitude e decisão, principalmente quando estamos sob forte pressão (1 Sm 22.1-5).

Sendo descoberto pelos filisteus, o filho de Jessé foge para a caverna de Adulão, local que, pelas defesas naturais, proporcionava-lhe proteção. Naquele lugar os familiares de Davi sentiram-se seguros em visitá-lo (1 Sm 22.1). Recebendo apoio da família, Davi evidentemente se sentiu fortalecido. Ao longo das Escrituras, constatamos que a família desfruta de destaque especial nos desígnios de DEUS para a humanidade. Além do seu papel de coesão, inclusive social, a família provê também apoio emocional e espiritual para seus membros. Todos nós de alguma forma necessitamos também de nossa “caverna de Adulão”, isto é, um local de refúgio, inclusive familiar.

2. Nas cidades, desertos, vales e montes. As fugas de Davi cobrem um longo período de tempo e durante essa época, como registra a Escritura, ocorreram muitos fatos. Nesse ponto de seus apertos a caminho do trono, Davi declarou: “[...] até que saiba o que DEUS há de fazer de mim” (1 Sm 22.3).

Os capítulos 24 e 26 de 1 Samuel mostram duas situações diferentes, onde Davi prova que não estava interessado em eliminar Saul. No primeiro momento Davi se encontrava no deserto de En-Gedi, onde Saul, juntamente com três mil homens, montam-lhe o cerco. Apesar de ter tido a oportunidade de matar Saul, quando este se encontrava em uma caverna, Davi não o fez. Pelo contrário, Ele sentiu até seu coração doer quando cortou parte das vestes de Saul (1 Sm 24.5). Bastava Davi sair daquela caverna com a cabeça de Saul, e tudo estaria terminado. Mas que consequências isso iria trazer? Davi por certo estava consciente da unção real sobre ele, mas ascender ao trono daquela forma não o agradava. Ele preferiu esperar o tempo de DEUS.

Em outra ocasião, quando novamente teve oportunidade de matar Saul, Davi mais uma vez declara: “O SENHOR me guarde de que eu estenda a mão contra o ungido do SENHOR” (1 Sm 26.11). Os capítulos finais de 1 Samuel mostram a rota de fuga de Davi que ora se encontra nos desertos, ora nos vales e montes, ora entre os inimigos (1 Sm 27.1-12). A grande lição para nós é que, em todos esses terríveis momentos, o filho de Jessé soube esperar em DEUS (Sl 40).

 

CONCLUSÃO

Davi esperou pacientemente no Senhor, e Ele ouviu a sua voz. Esperar o tempo de DEUS é a garantia de não agirmos precipitadamente. é o segredo de quem quer fazer a vontade do Senhor. A Escritura diz que os nossos pensamentos não são os pensamentos de DEUS, nem tampouco os nossos caminhos são os caminhos dEle (Is 55.8). O tempo do Eterno, evidentemente, não é o nosso tempo (Sl 90.4). Conhecedores desse fato, devemos confiar no Senhor e esperar nEle em todas as situações.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PALMER, M. D. Panorama do Pensamento Cristão. RJ: CPAD, 2001.

PURKISER, W. T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2: Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005.

DANIEL, S. Reflexões sobre a Alma e o Tempo. RJ: CPAD, 2001.

 

EXERCÍCIOS

1. Mencione uma das grandes lições que podemos aprender com a vida de Davi.

R. Certamente uma das maiores lições de Davi foi a sua paciência para esperar o momento certo de ascender ao trono de Israel.

2. Qual o plano de Saul para tirar a vida de Davi?

R. Usar os filisteus para dar cabo da vida de Davi.

3. Cite os locais de refúgio de Davi enquanto esperava o tempo de DEUS em sua vida?

R. Na escola profética de Samuel, na casa do sacerdote Aimeleque, entre os filisteus e na caverna de Adulão.

4. Que lição podemos aprender com o fato de Davi ter ido para a caverna de Adulão?

R. Todos nós de alguma forma necessitamos também de nossa “caverna de Adulão”, isto é, um local de refúgio, inclusive familiar.

 5. Em que situação de sua vida, você poderá aplicar o conteúdo da lição?

R. Resposta pessoal.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Filosófico

“O Tempo Cronos e o Tempo Kairos

[...] As Escrituras veem o tempo como um presente e uma oportunidade a ser usada sob a direção do ESPÍRITO SANTO. Remimos o tempo para realizar aquelas coisas que estão de acordo com os propósitos de DEUS. A visão moderna de tempo é como um produto que pode ser eficaz ou ineficazmente usado, disputado, administrado, economizado, perdido ou até convertido em dinheiro. O kairos-tempo promove uma consciência descontraída e um discernimento das oportunidades de viver fornecidas pelo tempo. O cronos-tempo é propenso a ser compulsivamente tiranizado por uma planificação frenética da vida. Objetivar a riqueza, a produtividade econômica e viver eficientemente nutrem a sensação de ser rápido - a marca registrada das sociedades redigidas pelo cronos-tempo.

O cronos-tempo e o kairos-tempo encontram-se em todo o momento. Uma espiritualidade verdadeiramente carismática requer uma sensibilidade descansadamente contínua à voz e movimento do Espírito, na qual a vontade de DEUS é comunicada ao crente. Sem essa sensibilidade, nenhuma reivindicação à espiritualidade pode permanecer fiel à sua visão de nutrir a vida na abundância do ESPÍRITO SANTO.

[Na realidade, existe uma relação muito grande entre] o valor da meditação e contemplação em termos de aprofundamento da experiência que a pessoa tem com o Espírito”.

(NIENKIRCHEIN, C. Panorama do Pensamento Cristão. RJ: CPAD, 2001, pp.268,269).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

“O tempo não é um inimigo, mas um amigo. Lutar contra o tempo é uma sandice. Se o sofrimento entrou no mundo por causa do pecado, DEUS não é o causador do sofrimento; e se Ele o permite, mesmo quando não consigo evitá-lo, o mais coerente seria ver as intempéries como aliadas na formação e aprimoramento de traços e silhuetas positivas na alma. Esse é o ensino bíblico.

O tempo serve para nos preparar. Quando compreendo e admito isso, consigo ver o tempo como algo que não é ruim, que serve para amadurecer-me e não pode tirar minha felicidade, porque esta está firmada em DEUS.

Nós sabemos, pela Palavra de DEUS, que o sofrimento tem um fim. A demora também. Logo, o propósito de DEUS na minha vida é usar o tempo para me ajustar ao ponto ideal. Ad augusta per angusta - ‘chega-se a resultados sublimes por caminhos estreitos’. Desde que apenas nesta dimensão encontro demora e sofrimento, e lá não, então o aqui e o hoje são dotados de instrumentos de DEUS para forjar o meu ser. Disse o salmista Davi, em Salmos 31.15: ‘Os meus tempos estão nas tuas mãos...’.

Quando entrego tudo à vontade de DEUS, entrego não apenas a minha vida, mas o meu tempo também. E isto significa que a administração do meu tempo passou a ser orientada por DEUS. Se ‘os meus tempos’, isto é, se o meu passado, o meu presente e o meu futuro, estão nas mãos de DEUS, e não sou daqueles que buscam e criam problemas e situações de espera angustiante e, mesmo assim, se eu passo por problemas e esperas, devo ver tudo isso como o trabalhar de DEUS em mim”.

(DANIEL. S. Reflexões sobre a Alma e o Tempo. RJ: CPAD, 2001, p.155).

 

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Lição 5: Davi e sua equipe de liderados

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 1º de Novembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Crônicas 11.10-12,20,22,24,25.

10 - E estes foram os chefes dos heróis que Davi tinha e que o apoiaram fortemente no seu reino, com todo o Israel, para o fazerem rei, conforme a palavra do SENHOR, no tocante a Israel.

11 - E estes foram do número dos heróis que Davi tinha: Jasobeão, hacmonita, o principal dos capitães, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, de uma vez os matou.

12 - E, depois dele, Eleazar, filho de Dodô, o aoíta; ele estava entre os três varões.

20 - E também Abisai, irmão de Joabe, foi chefe de três, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, os feriu; e teve nome entre os três.

22 - Também Benaia, filho de Joiada, filho de um valente varão, grande em obras, de Cabzeel; ele feriu dois fortes leões de Moabe; e também desceu e feriu um leão dentro de uma cova, no tempo da neve.

24 - Estas coisas fez Benaia, filho de Joiada, pelo que teve nome entre aqueles três varões.

25 - Eis que dos trinta foi ele o mais ilustre; contudo, não chegou aos três; e Davi o pôs sobre os da sua guarda.

 

INTERAÇÃO

Professor, assim como Davi, você também é um líder à frente de sua classe. Por isso, esteja atento a alguns aspectos importantes da liderança de Davi que serão apresentados nesta lição. Todo líder, qualquer que seja a sua área de atuação, corre o risco de desgastar-se no exercício da liderança, quando não sabe delegar responsabilidades. Alguns pensam que podem fazer tudo sozinhos. Puro engano! Todos precisam de cooperadores (Rm 16.3). Você tem seus cooperadores? Sua equipe trabalha em harmonia? Se a sua resposta for afirmativa, você com certeza terá uma liderança bem-sucedida.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, sugerimos que você reproduza em uma cartolina o diagrama abaixo. Explique aos seus alunos que muitos não valorizam o trabalho em equipe por falta de conhecimento, pois desconhecem a importância e os benefícios deste. Leia o texto bíblico de 1 Coríntios 3.6. Depois, explique que "Paulo só teve o que plantar, porque alguém lhe deu a semente, Apolo só teve o que regar, porque Paulo plantou, e DEUS só deu o crescimento porque os dois plantaram". Paulo e Apolo trabalharam em equipe. Trabalhar em equipe é um princípio bíblico que deve ser observado por todos que querem realizar a obra do Senhor.

 

Palavra-Chave

Líder: Indivíduo que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros.

 

COMENTÁRIO - introdução

Os liderados, à semelhança dos reflexos de um espelho, refletem a qualidade da liderança de seus líderes ou dirigentes. Equipes sadias, eficientes e fortes são reflexos de uma liderança competente e idônea, assim como um corpo saudável reflete a harmonia de seus membros.

Não se pode minimizar a importância do trabalho em equipe, pois desde os primórdios da história bíblica vemos líderes, juntamente com seus liderados, realizando os propósitos de DEUS (Êx 18.13-27). Davi demonstra ser um homem de grande capacidade para liderar Israel. Sendo povo de DEUS, devemos aprender com ele esses princípios para bem nos conduzirmos na vida e na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

I. LIDERANÇA BÍBLICA E LIDERANÇA SECULAR

1. Líder, liderança e equipe. Os especialistas no assunto definem o líder natural como alguém que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros. Como bem declarou o Pregador em Eclesiastes 1.9: "nada há novo debaixo do sol". E em relação a Davi, esta verdade não poderia ser mais bem aplicada, pois na liderança de seus homens no deserto de Judá, os mesmos princípios básicos do trabalho em equipe adotados hoje pelos modernos administradores, já eram praticados naqueles tempos pelo segundo rei de Israel.

Davi, o líder escolhido por DEUS, mas rejeitado e perseguido no deserto, figura a Cristo, o ungido de DEUS, que foi rejeitado e perseguido por seus irmãos "segundo a carne" - os judeus. Davi, quando no deserto, humilhado, rejeitado e perseguido, fez com que um grande grupo de seguidores se achegasse a ele. Os primeiros eram em sua maioria estrangeiros em dificuldades, homens rudes e problemáticos, no entanto, Davi recebeu, acolheu, ensinou e preparou-os. Também se chegaram a Davi muitos de seus irmãos de Israel (1 Sm 22.1-5; 23.13); a princípio, eram 400 homens "em aperto", mas logo o número chegou a 600 (1 Sm 22.2; 25.13).

2. A atualidade da liderança davídica. É evidente que as circunstâncias na qual Davi desenvolveu sua liderança eram muito diferentes da nossa. Todavia, o modelo utilizado por ele em nada fica a desejar se comparado às modernas tendências em liderança da nossa sociedade globalizada. Sem dúvida Davi foi um homem que viveu à frente de seu tempo. Devemos ressaltar que os princípios que regem uma liderança eficaz são ainda os mesmos, quer tenham sido vividos nos primeiros estágios da civilização, quer sejam praticados hoje. Como negar, por exemplo, que Davi tenha sido um homem talentoso, carismático, criativo e com um alto poder de decisão (1 Sm 16.18; 18.14; 23.22; 25.13)?

Por outro lado, lembremo-nos de Jetro, sogro de Moisés (Êx 18.21), cujo modelo de trabalho em equipe é seguido ainda hoje tanto por cristãos como por não-cristãos. Isto porque os princípios de liderança são universais e, portanto, podem ser aplicados a todas as épocas, todos os povos e em todos os lugares. Nesse sentido há, por conseguinte, muita coisa em comum entre a liderança genuinamente bíblica e o atual modelo secular de liderança eficaz, aliás, aquele precedeu a este.

 

II. A LIDERANÇA FUNDAMENTADA NO CARÁTER CRISTÃO

1. É uma liderança que agrada a DEUS. O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter. Elementos do caráter cristão como o temor de DEUS, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. Uma equipe de trabalho com esses fundamentos será bem-sucedida. A sabedoria é um fator de sucesso na liderança, pois o "temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10).

O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Basta, por exemplo, lermos algumas passagens bíblicas para chegarmos a essa conclusão. Como não nos dobrarmos diante do senso de justiça de Davi quando estipulou a lei da partilha (1 Sm 30.24) ? Somente um homem com uma noção exata de valores aprovados por DEUS podia tomar uma atitude assim.

2. Não é uma liderança à parte de DEUS. O antecessor de Davi exerceu uma liderança à parte de DEUS. Em vez de esperar com "paciência no Senhor" (Sl 40.1), assim como Davi, Saul era demasiadamente precipitado. Na realidade, a liderança de Saul refletia simplesmente o seu caráter (1 Sm 15.1-35), pois ele não conseguia enxergar-se como dependente da direção divina.

 

III. DAVI E SUA EQUIPE

A expressão "Davi e seu homens" aparece por diversas vezes nos livros de Samuel (1 Sm 18.27; 24.2; 25.13; 2 Sm 5.6,21; 15.14; 16.13). Todas estas passagens mostram que tal expressão pode perfeitamente ser lida como "Davi e sua equipe". De fato, Davi possuía mais do que um grupo, ele tinha uma equipe coesa, harmônica, íntegra e submissa.

1. Distinguindo uma equipe de um grupo. Há diferença entre os termos "grupo" e "equipe". Basicamente essa diferença se situa na área das relações interpessoais, no objetivo comum e na própria essência daquilo que seja um grupo ou uma equipe. Só há uma equipe quando existe um devido relacionamento entre seus membros. Isto nos lembra a parábola da "casa dividida", a qual o Mestre se referiu em Mateus 12.25.

A equipe de Davi era unânime, irmanada, vinculada, integrada e ainda contava com heróis individuais, os chamados "valentes de Davi" (2 Sm 23.8). De acordo com a Escritura, nessa equipe bem treinada "o menor valia por cem homens, e o maior, por mil" (1 Cr 12.14 - ARA). Era uma equipe em ação com um objetivo comum, dado por DEUS, e não um aglomerado de homens sem um alvo específico na vida. Na autêntica liderança, cada membro da equipe é de alto valor para o seu líder. Em 2 Samuel 23.14-17 e 1 Crônicas 11.16-19, fica evidente que isso era uma realidade na vida de Davi. Nessa ocasião, ele teve sede e desejou beber da boa água da cisterna de Belém, que estava em poder dos inimigos filisteus. Davi, ao saber que os seus homens haviam se arriscado para obtê-la, rejeitou a água e ficou com sede. Isso é que é empatia! Tal atitude só pode vir de quem não trata os membros de sua equipe como máquinas, objetos, mas como gente de carne e osso e, portanto, digna de amor, respeito e apreciação. É uma obrigação cristã reconhecer o valor das pessoas e não as tratar como objetos descartáveis, a serviço de nossos interesses.

2. A força do exemplo do líder. Liderança se faz com exemplo. Por que o povo de Israel se rendia à liderança de Davi? A Escritura registra: "Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles" (1 Sm 18.16). Davi liderava pelo seu exemplo vinculado ao amor e ao altruísmo.

 

CONCLUSÃO

Sem dúvida Davi foi um líder talentoso, no entanto, muito mais do que talento, Davi amava a DEUS e cuidava do seu caráter. Ele, em suas fraquezas, descuidos e tentações, cometeu pecados, como é claramente mostrado nas Escrituras, mas venceu pela sua fé e devoção a DEUS. Ele era um servo do Senhor disposto a se retratar, a valorizar o outro e a liderar pelo seu exemplo. Pela providência divina e por seus princípios de liderança fundamentados no caráter íntegro, Davi formou uma equipe de trabalho vitoriosa.

 

REFLEXÃO

"A excelência da Escola Dominical, só será uma realidade para os alunos quando a equipe que a administra se importar com a contínua melhoria da qualidade dos seus serviços, visando se adequar à gestão da qualidade total (o TQM, na sigla em inglês), dentro da realidade bíblica, ética e cultural". César Moisés Carvalho.

 

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, defina o líder natural.

R. Alguém que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social.

2. Davi, o rei ungido e perseguido no deserto, pode ser comparado a quem?

R. A Jesus Cristo sendo tentado no deserto.

3. Cite três características da equipe de Davi.

R. Coesa, íntegra e submissa.

4. Como Davi via seus liderados?

R. Como gente de carne e osso e, como tal, digna de amor, respeito e apreciação.

5. Qual a forma de liderança de Davi?

R. Davi liderava pelo exemplo vinculado ao amor, ao altruísmo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Técnico

 "Unidade é a Base da Equipe

O corpo docente da sua Escola Dominical é uma equipe? [...] Agem os professores e os demais componentes, de acordo com a vontade do Senhor explicitada em sua oração? São abnegados trabalhadores, que ajudam um ao outro, fazendo com que a Escola Dominical a cada dia cresça? Têm eles o mesmo dinamismo de uma equipe empresarial que despende todo o seu trabalho em prol do sucesso da empresa através da produção e vendas? [...] A linha de raciocínio bíblico fornece uma ampla visão de como formar uma equipe, sendo o primeiro passo, a oração (Lc 6.12,13)".

(CARVALHO, C. M. Marketing para a Escola Dominical. 4. ed. RJ: CPAD, 2009, p.184,191).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

"Transforme sua 'Equipe' em uma Equipe

Quando Jesus pediu em sua oração sacerdotal que os discípulos fossem um (Jo 17.11), quebrou um dos maiores dissidentes fomentadores de disputa nas equipes, não fugindo a essa regra os seus discípulos por quem Ele até orava nesse sentido (Mt 20.24). Não é de admirarmos que sua oração intercessória abrangesse todos os cristãos que surgissem dali para frente: [...] (Jo 17.20-23). Jesus, que é presciente, sabia da máxima que impera na sociedade atual: 'Viver é fácil, difícil é conviver'. O que mais impede uma equipe de funcionar eficazmente e com eficiência é o individualismo e partidarismo".

(CARVALHO, C. M. Marketing para a Escola Dominical. RJ: CPAD, 2009, p.184-5).

 

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Lição 6: Davi unifica o Reino de Israel

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 08 de novembro de 2009

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  1 Samuel 16.1,12,13; 2 Samuel 5.2.

1 Samuel 16

1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.

12 - Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.

13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

2 Samuel 5

2 - E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.

 

INTERAÇÃO

Professor, nesta lição, veremos que, apesar de Davi ser um homem segundo o coração de DEUS, enfrentou a retaliação de uma parte do seu povo quanto a unificação do reino. Isso nos mostra que a dificuldade de o povo de DEUS estar unido não é recente, mas um problema antigo, que demanda esforço e persistência da liderança em sua busca. Encoraje seus alunos a trabalharem firme em prol da união de sua família e igreja, a fim de que nossas principais instituições estejam fortalecidas.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, converse com seus alunos e explique que o caminho de Davi até o trono passou por várias etapas distintas e bem espinhosas. Contudo, ele foi vencedor em muitas delas. Questione-os: "Quais foram às atitudes tomadas por Davi que o fizeram vencedor?" "Que passos ele seguiu?" - e, logo após, mediante a passagem bíblica de 2 Samuel 5.19-25, exponha alguns passos seguidos por Davi e que também podem ser imitados em nossa caminhada diária. Após apresentá-los, enfatize que, se ignorarmos tais passos, poderemos falhar em nossas "batalhas".

 

Palavra-Chave

Unidade: Qualidade daquilo que não pode ser dividido.

 

COMENTÁRIO - introdução

A chegada de Davi ao trono deu-se em duas etapas: primeiro, ele reinou em Hebrom sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a seguir, reinou sobre as doze tribos por 33 anos; totalizando quarenta anos de reinado (2 Sm 5.4,5). A Escritura deixa claro que a profecia que prenunciava a Davi um reinado sobre toda a nação hebraica, era de conhecimento não só do filho de Jessé, mas também dos nobres e até mesmo do povo mais comum (2 Sm 5.2). Esse fato é visto na declaração de Abner em 2 Samuel 3.9,10 e também nas palavras de Jônatas, filho de Saul (1 Sm 23.17), e nas de Abigail em 1 Samuel 25.30. O próprio Saul tinha uma visão disso (1 Sm 24.20). Foi muito atribulada a jornada de Davi até chegar ao palácio real, todavia, ele estava dentro do plano de DEUS para esse fim.

 

I. A MONARQUIA AMEAÇADA

1. O nascimento e a morte de um sonho. O primeiro rei de Israel, dado por DEUS segundo a vontade popular e conforme o modelo prescrito pelo povo, que queria algo semelhante ao governo das nações incrédulas e idólatras a sua volta (1 Sm 8 a 10), certamente não terminou o seu reinado conforme eles idealizaram. Infelizmente, havia no imaginário popular a ideia de que somente um rei, que se assemelhasse aos monarcas das outras nações daquela época, seria capaz de levá-los à segurança. Isso fica explícito não somente por parte da nação israelita, mas é claramente expresso pelos seus líderes auxiliares (1 Sm 8.4,5), que não buscaram continuamente ao Senhor neste assunto tão vital: a administração da nação eleita por DEUS.

Com a decadência espiritual e posterior morte de Saul, acabou também o sonho daqueles que idealizaram seu reinado. Fora da vontade de DEUS, não há garantias de que sonho algum se realize. Aliás, realização de promessas e sonhos está condicionada à obediência ao Senhor. Aquela não pode acontecer sem esta (1 Cr 22.12,13).

2. O trágico fim de Saul. Como já vimos em outra ocasião, a princípio Saul tinha tudo para dar certo, pois ascendeu ao trono com um alto índice de popularidade (1 Sm 9.2; 10.22-24). O texto sagrado relata que naquela ocasião crítica e sem saída em que o povo se encontrava, o "Espírito de DEUS se apossou de Saul", e o Senhor concedeu a vitória à Nação Escolhida (1 Sm 11.6,11). Portanto, o primeiro rei de Israel poderia ter tido êxito em seu reinado caso se mantivesse na direção de DEUS. Infelizmente, com as suas constantes desobediências, vemos no final do primeiro livro de Samuel o registro trágico do seu fim pelas mãos dos inimigos do povo de DEUS (1 Sm 31). Em outras palavras, Saul inaugurou seu reinado vencendo e triunfando e terminou perdendo, envergonhando e finalmente tirando a própria vida, deixando Israel em uma situação difícil.

O momento agora era de união nacional e não de retaliação. Como poderia Davi se alegrar com a derrota do povo da Aliança Divina se por trás de tal perda estavam os "incircuncisos" (2 Sm 1.20)? Embora Davi tivesse uma personalidade forte, era também um homem que se quebrantava com facilidade (Sl 34.18; 51.17). Em seu lamento pela morte de Saul e de seu filho, ou seja, de "como caíram os valentes" (2 Sm 1.25,27), Davi deixa aflorar, do mais profundo íntimo de suas emoções, um hino belo e expressivo. As palavras do lamento de Davi revelam muito mais do que um coração despedaçado; mostram os fragmentos nos quais transformara-se a nação. Somente o Senhor podia agora reconstruir, alentar, encorajar, unificar e sarar o seu povo. Aqui há mais uma lição de liderança empática e de como é importante colocar as questões pessoais de lado em benefício do Reino.

 

II. O REINO ABALADO

1. Do exílio ao trono. Após a morte de Saul, Davi retornou do exílio, onde esteve peregrinando na obscuridade durante vários anos. Instalou-se em Hebrom, na tribo de Judá (1 Cr 11.1-4), que fora uma das cidades dos patriarcas, e também cidade de refúgio (Js 20.7). Sem demora, "Davi consultou ao SENHOR" sobre o que fazer naquele momento (2 Sm 2.1). DEUS o dirigiu para a cidade de Hebrom com seus familiares e seus homens, isto é, sua guarda que o apoiou e protegeu no deserto. No meio de sua tribo, de sua parentela e do seu povo, Davi logo foi aclamado como rei sobre a casa de Judá (2 Sm 2.4).

Apesar de ser o homem segundo o coração de DEUS, Davi, assim como Saul (1 Sm 10.27), enfrentou a retaliação de uma parte do seu povo, pois Abner, precipitada e arbitrariamente, constituiu a Isbosete como rei sobre uma área que compreendia a maior parte do território de Israel. Esse acontecimento antecipa o que oitenta anos depois realmente ocorreria: a divisão do Reino (1 Rs 12.1-33).

2. Um reino sem aprovação divina. DEUS já havia estabelecido que Davi seria o rei escolhido para governar Israel (1 Sm 16.1), nenhuma promessa divina havia sobre Isbosete. Mesmo assim o povo o constituiu rei sobre Israel (2 Sm 2.8-10). De nada valem os cargos e ofícios que porventura venhamos a ocupar na Casa do Senhor se não formos estabelecidos neles pela vontade divina. Mais importante do que um cargo é a unção que DEUS põe sobre quem o exerce. Saul, quando ainda rei, caiu no erro de se preocupar mais com a posição do que com a unção do alto. Observamos isso quando ele disse "[...] honra-me, porém, agora diante dos anciãos" (1 Sm 15.30). De que vale a honra daqui sem a unção de DEUS na vida da pessoa? De que vale o cargo sem a aprovação divina e sua comprovação perante o povo? São casos que continuam a acontecer como o de Isbosete (2 Sm 2.8-10).

Contudo, fica para nós a lição de que aquilo que humanamente queremos nem sempre é o que o Senhor quer; e o que escolhemos sem consultar a DEUS, julgando estarmos certos, nem sempre é o que Ele escolhe.

 

III. A MONARQUIA RESTAURADA

1. A unção real. Passados sete anos e meio na condição de rei parcial, chegou o momento em que os próprios anciãos de Israel procuraram Davi e lembraram-lhe da promessa que o Senhor lhe fizera: "Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos. E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel" (2 Sm 5.1,2). Por meio desse gesto, os anciãos de Israel demonstraram ter consciência de que a unção real estava de fato sobre Davi e, portanto, não havia razão para adiamento da sua ascensão ao trono sobre a nação inteira (2 Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino finalmente estava unificado.

2. Restaurando o culto. Uma das diferenças básicas entre Davi e Saul é que este não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto aquele comprova um zelo especial pela adoração a DEUS (Leia os capítulos 6 e 7 de 2 Samuel). Não se pode governar, reinar ou fazer qualquer outra coisa com êxito se há negligência no culto a DEUS. Quando Saul lembrou-se de levantar um altar a DEUS, já estava todo complicado por causa de suas transgressões às ordens do Senhor. Não esqueçamos esse fato, pois o Eterno considera primeiramente, e antes de qualquer coisa, a obediência (1 Sm 15.22).

 

CONCLUSÃO

A unificação do reino por parte de Davi foi um dos mais importantes acontecimentos da história do povo escolhido. Como o Israel de DEUS que hoje somos, devemos saber que sem unidade nenhum edifício se mantém de pé. É por isso que não devemos medir esforços na busca da unidade do corpo de Cristo, que é a Igreja (Ef 4.3). O Novo Testamento revela claramente a eterna unificação do reino de DEUS através do perfeito e autêntico "Filho de Davi" - o Senhor Jesus Cristo (Mt 21.9; Lc 1.32,33).

 

EXERCÍCIOS

1. A chegada de Davi ao trono deu-se em quantas etapas? Faça um resumo de cada uma.

R. Em duas: primeira, ele reinou em Hebrom sete anos e meio sobre a tribo de Judá; a seguir, reinou sobre as doze tribos por 33 anos; totalizando quarenta anos de reinado (2 Sm 5.4,5).

2. De acordo com a lição, quais são as condições para que as promessas e sonhos tenham êxito.

R. Obediência ao Senhor.

3. Ao retornar do exílio, após a morte de Saul, qual foi a cidade escolhida por Davi para fixar sua residência?

R. Hebrom.

4. Segundo a lição, o que é mais importante do que um cargo na obra de DEUS?

R. A unção que DEUS põe sobre quem o exerce.

5. Quais as diferença básicas entre Davi e Saul em relação ao culto?

R. Saul não demonstrava muita preocupação com o culto ao Senhor e com os ministros do culto, enquanto Davi demonstra um zelo especial pela adoração a DEUS.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Histórico

"A Última Batalha de Saul

A expressão estes incircuncisos (4) revela a aversão e o desprezo que os hebreus tinham por seus vizinhos pagãos. Quando o escudeiro se recusou a atender o pedido, Saul tomou a sua própria espada, fixou o cabo na terra e lançou-se contra a sua ponta; suicidou-se e seu companheiro seguiu o mesmo exemplo (4,5). Quando as tropas de Israel que não estavam perto de Saul viram o que havia acontecido, abandonaram as suas posições, deixaram as suas cidades e fugiram para o deserto (7). No dia seguinte à batalha, os filisteus descobriram os corpos de Saul e seus três filhos no campo de batalha. Profanaram o corpo do rei de Israel, ao cortar-lhe a cabeça. Despojaram-no de suas armas e as puseram no templo de Astarote, provavelmente perto de Bate-Seã, e fixaram o corpo de Saul e os seus três filhos no muro da mesma cidade".

(PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. RJ: CPAD, 2005, p.229).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 "No Salmo 125, [...], o escritor deixa-nos saber que sua fé tem se debatido [...] e tem prevalecido. O versículo 3 é um telegrama de sua provação. [...]. O mal domina e o povo de fé vacila (ou seja, 'o justo não estenda suas mãos à iniquidade'). [...] A oração do peregrino traz força para sua fé [...]. Quando você confia no Senhor no meio da provação, DEUS faz você tão firme quanto o monte Sião. Nada pode penetrar o círculo protetor de DEUS para você (v.2). As adversidades e a tristeza não podem passar do círculo exterior. O próprio DEUS se torna o seu perímetro interno de cuidado e proteção. Momentos difíceis não são desculpa para má conduta (v.5). É importante continuar vivendo retamente, mesmo quando tudo vai mal".

(WOOD, G. Um salmo em seu coração. RJ: CPAD, 2006, pp.506-7).

 

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Lição 7, Davi é Ungido Rei

4º Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel Gomes

Slides -  https://ebdnatv.blogspot.com/2019/11/slides-licao-7-davi-e-ungido-rei-pr.html 

Vídeos desta Lição 7 - https://www.youtube.com/watch?v=bZ0IL7xaLpc

 

4º Trimestre de 2009 - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentaristas: José Gonçalves - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentarista: Pastor José Gonçalves

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  1 Samuel 16.1-13
1 - Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei. 2 - Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR. 3 - E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser. 4 - Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda? 5- E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício. 6- E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 - Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração. 8 - Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este tem escolhido o SENHOR. 9 - Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o SENHOR. 10 - Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não tem escolhido estes. 11- Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui. 12- Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é. 13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nós pentecostais ensinamos que tudo o que fizermos para obra de DEUS tem de estar sob a direção do ESPÍRITO SANTO. Este nos capacita para fazermos qualquer obra no Reino de DEUS. Com esta perspectiva, a lição desta semana deve ser conjugada com o entendimento bíblico de nossa tradição. Procure sempre enfatizar aos alunos que, para qualquer empreendimento no Reino de DEUS, devemos executá-lo sob a capacitação do ESPÍRITO. À luz do livro de Atos dos Apóstolos, o Batismo no ESPÍRITO SANTO é a capacitação divina para o empreendimento da evangelização.

 

PONTO CENTRAL - A unção capacita o obreiro para desempenhar a obra de DEUS

 

Resumo da Lição 7, Davi é Ungido Rei

I – DAVI: O REI UNGIDO
1. Significado e propósito da unção.

2. O simbolismo da unção.

3. A unção sobre Davi.

II – DAVI: O REI QUE ERA SERVO
1. O ungido servindo.

2. O ESPÍRITO do Senhor se retira de Saul.

3. DEUS levanta autoridades.

III – DAVI: O REI QUE ERA GUERREIRO
1. O gigante Golias.

2. Davi, ungido e cheio de fé.

3. As armas do garoto.

4. O contraste entre Davi e Golias.

 

POR QUE DEUS DESTITUIU SAUL E ASCENDEU A DAVI?

Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. 1 Crônicas 10:13

 

Davi nasceu no décimo ano do governo de Saul.

Saul foi rejeitado por DEUS em seu segundo ano de governo.

Tanto Saul quanto Davi são ungidos após a refeição da Aliança, sacrifício pacífico.

Davi é tipo de CRISTO. Davi é ungido três vezes - JESUS é ungido três vezes.

 

QUALIDADES DE DAVI

- Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele.

1 Samuel 16:18

 

Favor não confundir na lição 7.
A unção é do ESPÍRITO SANTO, mas não é o ESPÍRITO SANTO.

Quando Paulo deu o lenço para que uma pessoa levasse ao doente ele repartiu da unção que estava sobre ele. Ele não deu o ESPÍRITO SANTO num lenço ou num avental.
At 19:12 De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
Quando Elizeu morreu o morto ao ser jogado em cima de seu esqueleto reviveu devido a unção que estava sobre Elizeu, não caiu sobre o ESPÍRITO SANTO.
At 5:15 De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles.
Não era a sombra de Pedro que curava, mas a unção de cura que estava sobre Pedro fornecida pelo ESPÍRITO SANTO.
2Rs 13:21 Certa vez alguns homens que estavam sepultando um amigo viram esses bandidos; então, mais que depressa, jogaram o defunto no túmulo de Eliseu. E logo que o corpo tocou os ossos de Eliseu, o morto reviveu e se pôs em pé
Lc 4:18 O ESPÍRITO SANTO é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

O ESPÍRITO SANTO UNGIU JESUS.
DESIGNOU.
CAPACITOU.
DEU PODER A ELE.

χριω chrio provavelmente pela idéia de contato;
1) ungir
1a) consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério
1b) revestindo os cristãos com os dons do ESPÍRITO SANTO

 O crente recebe o ESPÍRITO SANTO no mesmo momento que aceita a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor.

Ef 1:13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa.

Já a unção do ESPÍRITO SANTO (dons) podem ou não vir sobre o crente algum dia. É preciso desejo e fé.

 

Para mim Davi já era crente desde novinho lá no campo quando matou um Leão e um Urso. Ele era um adorador com sua harpa e compondo Salmos.


Esta era já uma unção para derrotar inimigos e para tocar e compor. A unção com óleo Depois foi para ser rei.
4 Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.
Davi nem tinha nascido ainda


CREIO QUE ESTE ACONTECIMENTO DA GUERRA E DE GOLIAS FOI PELO MENOS UNS 2 ANOS DEPOIS DE DAVI SER UNGIDO POR SAMUEL.
1 Sm 17:12 E David era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e, nos dias de Saul, era este homem já velho e adiantado na idade entre os homens.13 Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé e seguiram a Saul à guerra; e eram os nomes de seus três filhos, que foram à guerra, Eliabe, o primogénito, e o segundo, Abinadabe, e o terceiro, Samá.14 E David era o menor; e os três maiores seguiram a Saul. 15 David, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém. 16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias.


Só três filhos mais velhos de Jessé foram para o exército devido a terem 20 anos ou mais.
Então, se tinha oito filhos, vamos colocar pelo menos um filho por ano.
Se foram 3 ficaram 5.
Um com 19, outro com 18, outro com 17, outro com 16, então Davi tinha 15 anos quando foi lá para levar comida para seus irmãos e enfrentar o gigante Golias.

Davi pode ter sido ungido por Samuel com 12 ou 13 anos.
Mas teve um rei em Israel, descendente de Davi, que começou a reinar com oito anos.

2 Reis 22:1 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. 2 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou em todo o caminho de David, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda.


Alguém cheio do ESPÍRITO SANTO pode receber do ESPÍRITO SANTO uma unção para tocar ou cantar ou pregar como Davi que tocava e o demônio saia de Saul.
Houve tantos pregadores que levavam milhões a JESUS não é? Uma unção do ESPÍRITO SANTO para isso.

Conheço um pregador que tem esta unção. Ganha cerca de mil almas por mês.
Pr. Clebison Bandeira, Imperatriz, MA.

  

No NT não vemos a unção de objetos, nem lugares, nem estabelecimentos.
Vemos unção com óleo em enfermos e doentes , e unção transmitida pela imposição de mãos sobre pessoas separadas para DEUS ou para enviar pessoas numa tarefa especial para a Igreja. Missionários e obreiros eram assim ungidos, com a imposição de mãos. O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma unção do ESPÍRITO SANTO e na bíblia muitas vezes foi concedido após uma imposição de mãos.

Tg 5:14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do SENHOR.
At 6:6 E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
At 8:17 Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO.
Atos 13:2 E, servindo ao SENHOR, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam

Um dom é uma unção do ESPÍRITO SANTO, muitas vezes concedida pela imposição de mãos.
1Tm 4:14 Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
2Tm 1:6 Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de DEUS que existe em ti pela imposição das minhas mãos.

 

Como hoje a imposição de mãos é a maneira de ungir uma pessoa, precisamos tomar cuidado como e porque impomos as mãos sobre alguém.
Para curar ou para separar para o ministério.

1 Timóteo 5:22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios: conserva-te a ti mesmo puro.

Para que alguém receba a imposição de mãos ou unção para o exercício do ministério deve possuir as qualidades exigidas pela Palavra de DEUS.

Atos 6:3 Escolhei pois, irmãos, de entre vós sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei; 6 Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução, nem sejam desobedientes.7 Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como dispenseiro de casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; 9 Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.10 Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão.11 Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1

- Inicie o tópico com a seguinte pergunta: O que é unção? Ouça atenciosamente cada resposta. Em seguida, explane sobre o assunto de acordo com o primeiro tópico. Ao final do tópico, resuma o conteúdo a fim de que alguma dúvida identificada nas respostas do aluno seja superada.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2

- Neste tópico é importante aplicar a perspectiva do serviço cristão no mundo atual. Para isso, considere o seguinte trecho teológico: “Diakonia (‘serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a CRISTO que continuam o ministério encarnacional que Ele realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por CRISTO de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a CRISTO por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de DEUS que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de DEUS” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.604).

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3

- Aqui, vale a pena fazer uma comparação entre Davi e Golias, conforme este trecho: “Um homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se como o campeão dos filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel – uma prática comum nas antigas táticas de guerra. Ele tinha mais de dois metros e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura que pesava cerca de sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão, cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta do cotovelo até a extremidade do dedo médio, cerca de quarenta e cinco centímetros. O palmo era a distância entre a ponta do mindinho até a ponta do polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em torno de quinze a vinte centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo, então, Saul e todo o Israel... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas sabiam que Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser campeão de Israel. E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12) – como os livros históricos do Antigo Testamento registram, em alguns casos, compilados a partir de documentos mais antigos (por exemplo, 10.25; 1 Rs 11.41; 14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações dadas anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais velhos estavam no exército com Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai (15) – uma referência à aparição anterior de Davi na corte de Saul em Gibeá (cf. 16.19-23)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.209).

 

PARA REFLETIR - A respeito de “Davi é ungido Rei”, responda:
O que o ato da unção passou a simbolizar? Como um ato ordenado por DEUS, a unção passou a simbolizar o derramamento do ESPÍRITO do Senhor (1 Sm 10.9; Is 61.1).
Qual a diferença entre a unção do Antigo e do Novo Testamento? No geral, entendemos a unção no Antigo Testamento como separação de alguém para algum ofício. No Novo Testamento ela está relacionada a CRISTO e aos cristãos, no sentido de dotar o cristão de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1 Jo 2.20,27).
O que Davi não abandonou? Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.
Qual foi o grande desafio de Davi? Após ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar contra Golias.
Com que Davi matou o gigante? Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, o qual caiu atordoado com a espada.

 

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 80, p39.

 

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Lição 7: A expansão do Reino Davídico

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 15 de novembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Samuel 5.6-10.

6 - E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui.

7 - Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi.

8 - Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos, e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa.

9 - Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro.

10 - E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, DEUS dos Exércitos, era com ele.

 

INTERAÇÃO

Nesta sétima lição, estudaremos a respeito da expansão e da prosperidade do reino davídico. Através da leitura do livro de 2 Samuel, podemos perceber que, sob a liderança de Davi, o reino de Israel experimentou um vertiginoso crescimento, que acarretou diversas mudanças em diferentes áreas (política e espiritual). Com isso, aprendemos que, se o líder escolhido pelo Senhor para realizar a sua obra, for fiel e obediente a Ele, o crescimento e a prosperidade (espiritual e material) virão.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

1. Hebrom: Após a morte de Saul, Davi mudou-se da cidade dos filisteus, Ziclague, para Hebrom. 2. Jerusalém: Uma das primeiras batalhas de Davi, como rei, foi travada em Jerusalém. Davi e suas tropas tomaram a cidade de surpresa, e ela se tornou a capital do reino. 3. Gate: Pertencia aos filisteus. Davi e suas tropas os expulsaram (2 Sm 5.17-25) e os dominaram (2 Sm 8.1). 4. Moabe: Davi conquistou Moabe e exigiu que lhe pagassem impostos (2 Sm 8.2). 5. Edom: Davi derrotou os edomitas e os obrigou a pagarem tributos (2 Sm 8.14).

 

Palavra-Chave - Expansão: Fazer crescer, ampliar, desenvolver-se.

 

COMENTÁRIO - introdução

Mesmo enfrentando inimigos externos - as nações vizinhas -, e também conflitos internos, familiares e governamentais, Davi foi próspero e vitorioso em seu reinado, pelo fato de obedecer à direção de DEUS para sua vida. Era também um crente que buscava ao Senhor, amava a sua Palavra, sempre adorava e louvava a DEUS. O aprofundamento da sua vida espiritual no deserto e sua dependência do Senhor ali, lhe foi muito proveitoso em seu desempenho como chefe nacional do povo de DEUS.

 

I. A NOVA SEDE DE UM NOVO REINO

1. Jerusalém e sua posição estratégica. Tão logo Davi foi empossado rei sobre todo o Israel, tomou a decisão de conquistar a cidade de Jerusalém, na época conhecida como Jebus (Js 18.28). Centralizada em Canaã, Jerusalém era uma cidade fortificada, situada nas montanhas, o que a tornava militarmente estratégica. Davi iniciara a transformação de Jerusalém num centro nacional religioso. Essa tradição permaneceu forte entre os judeus, e Jerusalém tornou-se o local predileto para se adorar a DEUS (Jo 4.20). Esse fato é visto claramente nos Salmos de Davi (Sl 122; 137), nos quais é mostrada a importância espiritual que essa cidade ocupava no coração da nação.

Reedificada várias vezes no mesmo local, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da Nova Jerusalém, que se há de estabelecer na consumação dos séculos, quando ela será a metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, período em que terá muito esplendor (Is 2.3; Zc 8.22), pois Israel estará à frente das nações que subsistirem ao seu julgamento.

2. Jerusalém e sua importância histórica. Jerusalém já conta com mais de três mil anos de história e somente esse fato já é suficiente para torná-la relevante. Mencionada no Antigo Testamento como "A Cidade de Davi" e também no Novo como "Cidade do grande rei", Jerusalém se tornou importante tanto para judeus como para os cristãos. Para o judaísmo, Jerusalém é importante porque se tornou a cidade de Davi (2 Sm 5.7), e para os cristãos, por ser a cidade do Grande Rei, Jesus Cristo (Mt 5.35).

Ao longo da história hebraica, Jerusalém aparece em diferentes contextos. Depois do reinado de Davi, seu filho Salomão construiu neste local o Templo e o palácio real. A perspectiva espiritual de Jerusalém é bem documentada nas páginas do Novo Testamento. Por exemplo, em sua carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo faz um interessante contraste entre a Jerusalém histórica, a qual ele chama de terrena, e a Jerusalém espiritual, a qual ele chama de lá de cima (Gl 4.25,26). No perfeito estado eterno de "um novo céu e uma nova terra" (Ap 21), DEUS fará a nova e resplandecente Jerusalém descer do céu e pairar nas alturas acima da nova terra (vv.1,2). Que cena maravilhosa não será?! Leia Apocalipse 21.10,11.

 

II. UM REINO CRESCENTE DESPERTA INIMIGOS

1. Um período de conquista. Uma vez unificado o reino, Davi dá início a suas conquistas militares. Sua primeira investida, após consultar o Senhor e fazer o que este lhe ordenara, é contra os jebuseus, habitantes de Jerusalém (2 Sm 5.6). Após derrotar os jebuseus, a Bíblia diz que "ouvindo, pois, os filisteus que Davi fora ungido rei sobre Israel, subiram todos para prender a Davi" (2 Sm 5.17). Entretanto, a Escritura informa-nos que ele "feriu os filisteus desde Geba até chegar a Gezer" (2 Sm 5.25).

Sobre a conquista de Jerusalém, também conhecida como a fortaleza de Sião (2 Sm 5.7), o Salmo 2 vai nos mostrar esse fato e apresentá-lo como sendo um tipo da conquista do Messias que viria (Sl 2.6). Isso se explica pelo fato de que não somente Davi se torna um tipo do Messias vencedor, mas a própria Jerusalém terrestre, um tipo da celestial (Gl 4.26).

2. Reconhecimento lá fora. A vitória de Davi sobre os jebuseus e posteriormente sobre os filisteus foi apenas o início de um extenso período de vitórias nessa nova fase do reino unido de Israel. O texto sagrado destaca que Davi "ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, DEUS dos Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10). Essa presença divina na vida e no reinado de Davi foi notória até fora de Israel, o que é demonstrado pelos presentes trazidos pelos mensageiros enviados por Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11). Davi reconhecia que no seu reinado todas as bênçãos materiais e espirituais sobre o povo, a terra e o culto divino procediam de DEUS.

Nessa época do reinado de Davi, a Arca da Aliança ficou em Jerusalém numa tenda provisória preparada por ele, pois o Tabernáculo do Senhor estava levantado em Gibeão próximo a Jerusalém (1 Cr 16.39; 21.29). Porém, a Arca estava, como já vimos, em Jerusalém no monte Sião (2 Cr 5.2; Sl 116.19). Havia, portanto, culto diante da Arca em Jerusalém (1 Cr 15.29), e diante do Tabernáculo em Gibeão (1 Cr 16.39,40). Da tenda provisória que o rei Davi erigiu-lhe no monte Sião em Jerusalém, a Arca foi transportada para o Templo de Salomão também em Jerusalém (1 Rs 8.1-9). A Arca aparece em visão no livro de Apocalipse 11.19, apenas para lembrar a Israel que o tempo da bênção divina nacional, conforme as promessas do Eterno a Israel, é chegado.

 

III. NOVO REINO, NOVOS ALVOS A ALCANÇAR

1. Adoração ao Senhor. É edificante observar como Davi priorizava as coisas espirituais e primava por isso. Ao chegar ao trono, sua grande preocupação foi cuidar da Arca e do culto ao Senhor. Em seus Salmos, Davi ressalta isso muitas vezes. Será que um dia teremos, em nosso país, governantes e líderes assim?

A Arca representava a presença de DEUS entre o seu povo: "E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel" (Êx 25.22). Quando a Arca foi levada inicialmente para Jerusalém, tanto Davi como os filhos de Israel "alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de instrumentos de madeira de faia, com harpas, e com saltérios, e com tamboris, e com pandeiros, e com címbalos" (2 Sm 6.5). No transporte da Arca para Jerusalém, os levitas encarregados disso descumpriram preceitos da Lei de DEUS sobre o assunto e houve castigo divino com a morte de um levita. Por isso, a Arca permaneceu três meses em casa de Obede-Edom (2 Sm 6.2-11).

2. Um projeto de construção. Davi viveu na Velha Aliança, onde o culto a DEUS era prestado no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo. Em o Novo Testamento a adoração no templo é substituída pelo "templo adoração", ou seja, o salvo em Cristo é o templo do ESPÍRITO SANTO (Tg 4.5). A nossa adoração a DEUS origina-se pelo ESPÍRITO SANTO no íntimo do nosso ser "em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24). Adoração não é exatamente o mesmo que louvor. Muitos afirmam louvar a DEUS sem, contudo, adorá-Lo; isso por ignorância, hipocrisia, engano, etc. Nesta era da Igreja, cada crente é santuário de DEUS e, por isso, pode adorá-lo pelo ESPÍRITO SANTO, que no crente habita, em qualquer lugar (1 Co 3.16).

 

CONCLUSÃO

Davi, apesar dos seus maus e reprováveis procedimentos que a Bíblia não omite por ser Ela imparcial, tinha o propósito de amar ao Senhor, buscá-Lo e consultá-Lo em oração, adorá-Lo e sempre fazer sua vontade. Por isso, o seu reinado em Israel tornou-se forte e estável. O legado de Davi para a história bíblica e universal e, particularmente, para a Igreja atual, é muito importante, pois nele está materializada a história de Israel, bem como uma marcante experiência espiritual. Por conseguinte, Davi é citado em o Novo Testamento por diversas vezes.

 

EXERCÍCIOS

1. A que se deve a prosperidade do reino davídico? R. À bênção de DEUS.

2. Qual era o lugar predileto dos judeus para a adoração ao Senhor? Cite uma referência que comprove esse fato. R. Jerusalém. Salmos 122 e 137.

3. De acordo com a lição, mencione dois nomes antigos de Jerusalém.

R. Jebus e Cidade de Davi.

4. Qual a importância de Jerusalém para o judaísmo e para o cristianismo?

R. Para o judaísmo, Jerusalém é importante porque se tornou a cidade de Davi (2 Sm 5.7), e para os cristãos, por ser a cidade do Grande Rei, Jesus Cristo (Mt 5.35).

5. O que representava a Arca da Aliança? R. A presença de DEUS entre o seu povo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Histórico

"Uma família de reis

[...] Após a morte de Saul, o Senhor deu a Davi uma promessa por meio de seu profeta Natã. A respeito de Salomão, o filho de Davi, DEUS disse: "Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre" (2 Sm 7.13). E DEUS acrescentou: "Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre" (v.16). Esta promessa é a base da aliança davídica. A "casa" de Davi é uma referência a sua linhagem familiar. O "trono" de Davi simboliza o governo de sua família sobre o reino de Israel. O "reino" inclui tanto o povo como seu território. As gerações subsequentes de israelitas, tanto no NT como do AT, conheciam esta promessa e aceitavam-na como sendo literal: somente através da família de Davi haveria reis sobre Israel".

(LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008, p.37).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

A partir de um reino despedaçado, que Saul havia deixado como herança, Davi construiu uma potência forte e unida. Quarenta anos depois, esta seria transmitida a seu filho Salomão. O segredo do sucesso do reino de Davi era o seu coração totalmente voltado para DEUS. Foi um rei que governou o povo de DEUS por meio dos princípios de DEUS e, por esta razão, DEUS o abençoou. Pode ser que não alcancemos o sucesso terreno de Davi, no entanto, obedecer a DEUS é, certamente, a melhor e mais acertada decisão. Há muitos crentes que são insubmissos a DEUS e à sua Palavra. Os tais se esquecem que obedecer é um princípio fundamental da vida cristã. O DEUS de Davi continua o mesmo. Ele ainda requer obediência. Davi é um exemplo de que, sem obediência a DEUS, o líder não conseguirá obter o bom êxito e a expansão da obra de DEUS.

(Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.415).

 

Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)

 

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LIÇÃO 08 - O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 4º TRIMESTRE DE 2009

Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentários do Pr. José Gonçalves - Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto - Complementos, Slides e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Samuel 11.2,4,5,14-17

 2 E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.
4 Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa. 5 E a mulher concebeu, e enviou, e fê-lo saber a Davi, e disse: Pejada estou.

14 E sucedeu que, pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e mandou-lha por mão de Urias. 15 Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra. 16 Aconteceu, pois, que, tendo Joabe observado bem a cidade, pôs a Urias no lugar onde sabia que havia homens valentes. 17 E, saindo os homens da cidade e pelejando com Joabe, caíram alguns do povo, dos servos de Davi; e morreu também Urias, o heteu.


11.1 DAVI FICOU EM JERUSALÉM.
O capítulo 11 registra o pecado e queda trágicos de Davi. Ao invés de ir adiante do seu exército na batalha, conforme fizera antes, Davi ficou em Jerusalém. Foi tomado de uma indolência que não demorou a levá-lo ao colapso moral e espiritual. Sua vida de conforto e luxo como rei desenvolveu nele a autoconfiança e a imoderação. Nesse tempo, ele deixou de ser um homem segundo o coração de DEUS (1 Sm 13.14). Davi, deste modo, caindo da graça (cf. Gl 5.4), é uma advertência a todos os crentes: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (1 Co 10.12).


11.2 VIU... A UMA MULHER.
Os capítulos 11-24 registram as graves falhas espirituais de Davi e os castigos subseqüentes da parte de DEUS, sobre ele, pelo resto da sua vida.

(1) Esse relato dos pecados de Davi e as tragédias que se seguiram na sua vida pessoal e doméstica serve como exemplo de grave advertência, não somente para Israel, como também para o crente do NT. Concernente a eventos semelhantes na época do êxodo, o ESPÍRITO SANTO salienta, através do apóstolo Paulo: "tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos" (1 Co 10.11). Por isso, devemos tomar todas as precauções para não desejarmos coisas iníquas, nem agir com imoralidade, nem tentar ao Senhor (cf. 1 Co 10.6-9).

(2) O pecado de Davi demonstra até onde pode cair uma pessoa que se desvia de DEUS e da orientação do ESPÍRITO SANTO. Quando DEUS inicialmente chamou Davi para ser rei, este era um homem segundo o próprio coração de DEUS (1 Sm 13.14; At 13.22); ao mandar eliminar Urias e tomar a sua esposa, Davi estava desprezando a DEUS e à sua Palavra (12.9,10; cf. 1 Co 10.12).

(3) Embora Davi tenha se arrependido dos seus pecados e recebido o perdão da parte de DEUS, as consequências disso não foram eliminadas por DEUS. Semelhantemente, um crente que venha a cometer pecados terríveis, pode receber, através da tristeza segundo DEUS e o arrependimento sincero, a graça e perdão da parte de DEUS. Mesmo assim, a restauração do nosso relacionamento com DEUS não significa que escaparemos do castigo temporal, nem que ficaremos isentos das consequências dos pecados específicos (vv.10,11,14).

(4) DEUS não deixou passar, nem desculpou os pecados de Davi, sob o pretexto de ele ser um mero ser humano; que seus pecados eram simples fraquezas ou falhas humanas, ou que ele, como rei, teria o direito natural de recorrer à injustiça e à crueldade. Davi não era obrigado a fazer o que fez. Mesmo na redenção imperfeita do antigo concerto, pessoas, como o profeta Samuel, continuavam leais e fiéis diante de DEUS, através da graça que lhes era concedida (1 Sm 12.1-5,23; ver 1 Sm 25.1). O escritor deste livro claramente condena as grandes transgressões de Davi, sem procurar desculpá-las.

(5) A maneira correta de lidarmos com nosso pecado é nos arrependermos dele e, com toda a sinceridade, buscarmos em DEUS o perdão, a graça e a misericórdia (Sl 51; Hb 4.16; 7.25), e nos dispormos a aceitar, sem amargura nem rebelião, o castigo divino pelo nosso pecado. Davi tanto reconheceu quanto confessou seus pecados terríveis, voltou-se para DEUS, e aceitou a repreensão de DEUS com humildade (12.9-13,20; 16.5-12; 24.10-25; Sl 51).


11.11 A ARCA, E ISRAEL.
Urias revelou-se um homem melhor do que Davi. Seus atos eram fruto da sua dedicação a DEUS e da sua lealdade fraterna aos que lutavam na batalha do Senhor. Pagou com a vida o preço da sua dedicação.

 

11.14,15 PARA QUE SEJA FERIDO E MORRA. Ao invés de confessar seu pecado, Davi resolveu matar Urias, para então tomar a esposa deste. As palavras que o apóstolo João aplicou a Caim e a todos os demais homicidas (cf. 1 Jo 3.12-15) também se aplicam a Davi nessa ocasião: "Qualquer que aborrecer a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna" (1 Jo 3.15). Davi poderia ser restaurado somente através do arrependimento sincero, de todo o coração, diante de DEUS (ver cap. 12; Sl 51).


11.27 ESSA COISA... PARECEU MAL AOS OLHOS DO SENHOR.
Os pecados que Davi cometera: adultério, homicídio a sangue frio e o encobrimento hipócrita de tudo, eram um mal horrendo aos olhos de DEUS. Davi se tornara réu da quebra do sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo mandamentos (Êx 20.13-17). Seus pecados eram ainda mais graves, porque ele era pastor do povo de DEUS (5.2) e responsável pela administração da justiça e da retidão em Israel (8.15).
 

Tiago 1.12-18

12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. 13 Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. 15 Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. 16 Não erreis, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.18Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.

 

Tentação:

Atração para fazer o mal por esperança de obter prazer ou lucro. Pode vir do Tentador (Gn 3) ou de dentro do ser humano (Tg 1.14-15), ou de DEUS (provação). Ninguém é tentado acima das suas forças (1Co 10.13). JESUS foi tentado e venceu (Mt 4.1-11), podendo, por isso, socorrer os que são tentados (Hb 2.18; 4.15). Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação (Mt 6.13; 26.41). E também é nosso dever socorrer os que caem (Gl 6.1). Na provação somos abençoados por passar por ela com fé em DEUS.

 

Palavra-Chave:

Tentação (ruim): É o estímulo ou indução, externa ou interna, que impulsiona o ser humano à prática do pecado.

 

INTRODUÇÃO

TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM  

A doutrina da queda do homem é precedida pela tentação, ou seja, por sua provação. Certo autor escreveu que "a causa última do mal não se encontra nem em DEUS, que é absolutamente SANTO, ou seja, a mais perfeita negação do mal, nem no mundo, criado bom em DEUS e para DEUS" (Tg l . l 3).

A-  A PROPENSÃO PARA O PECADO

1. Propenso, mas não destinado. Como ser racional, o homem, em seu primeiro estado de inocência , desconhecia o pecado. A possibilidade para o pecado surgiu com a tentação. De fato, ele não havia ainda desenvolvido o seu caráter moral. Esta propensão para a transgressão não significa que o homem, inevitavelmente, estivesse destinado a pecar. Esta tendência baseava-se unicamente em seu Livre-arbítrio. Ele poderia, conscientemente, manter-se fiel aos limites do conhecimento que o Criador lhe deu, ou, então, rebelar-se contra esta lei, e partir para o outro lado.

2. O teste da tentação de Adão e Eva (Gn 2.9;16,17).
a) Surge o agente da tentação (Gn 3.1). O teste moral de Adão e Eva começou, por permissão de DEUS, com uma criatura feita pelo Criador, mas que, por rebelião tornou-se o maior opositor do Senhor e de toda a sua obra. Este ser foi criado como ESPÍRITO dependente do Criador, como os demais membros do mundo angelical. Esta criatura é Satanás ou Diabo; que não é igual a DEUS, mas surge diante de Adão e Eva, incorporado em inocente serpente que estava no jardim plantado por DEUS.

b) A trama satânica para engodar a Adão e Eva. Satanás sabia que não seria tão fácil convencer o casal a desobedecer a DEUS. Ele investiu, então, sobre a mulher, porque entendia que ela, como um ser mais frágil que o homem, facilmente cederia as suas provocações.

B- A QUEDA DO HOMEM, ATRAVÉS DO PECADO

1. O relato bíblico da queda do homem (Gn 3.1-12). A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. Não foi um relato teórico ou figurativo, mas um histórico da queda humana, Por isso, entendemos que o pecado de nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria vontade e determinação. É claro que a tentação veio de fora, da parte de Satanás, que os instigou  a desobedecer à ordem de DEUS. Concluímos , pois, que a essência do primeiro pecado está na desobediência do homem à vontade divina e na realização de sua própria vontade. O seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que DEUS lhe havia colocado.

2. As três Áreas do autoengano que levaram à queda (Gn 3,6).
A primeira área do autoengano de Eva foi a fome instintiva, provocada pela palavra de satanás.
A segunda área de autoengano de Eva e Adão foi o desejo de grandeza, incitado por satanás, com a idéia de obter o entendimento do bem e do mal.
A terceira área do autoengano de Eva e Adão foi a satisfação através dos olhos, porque aquela Árvore "era agradável aos olhos".

 

Como vencer as Tentações? Todos nós, sem exceção, somos tentados. Até JESUS foi tentado no deserto.

 

Tiago 1.12-18

l\lesta lição Tiago enfoca a tentação, no sentido de perseguição e aflição, como o principal elemento estimulador da fé perseverante. Pois, segundo seus ensinos, a fé se torna madura quando enfrenta dificuldades. 

Outro ponto importante tratado pelo apóstolo, é a distinção entre a tentação, cuja origem está nos desejos carnais, e a provação, que em DEUS tem o objetivo de testar nossa sinceridade e reconhecer a nossa dedicação à Sua pessoa. 

Em suma, DEUS nos prova para fortalecer nossa fé, e não para conduzir-nos ao pecado. 

 

Desde o princípio, o Senhor tem permitido a seus servos serem provados para que, como vencedores, sejam aprovados diante dos homens, dos Anjos e do Diabo. É bem-aventurado quem, sendo tentado, permanece fiel a DEUS, tomando-se, assim, digno de receber a coroa da vida. 

   

I- O QUE É A TENTAÇÃO

1. Conceito. Tentação é "ato ou efeito de tentar; disposição de ânimo para a prática de coisas diferentes ou censuráveis" (Dicionário Aurélio). 

Biblicamente, podemos dizer que é o convite ao pecado. 

2. O significado na epístola:

Em Tiago, tentações têm o significado de perseguições, lutas e provações pelas quais o crente pode passar. 

 

II- ORIGEM DA TENTAÇÃO 

A tentação tem três origens ou fontes:

1. Da parte da carne.

a) Tentação humana. A Bíblia nos diz que "não veio sobre vós tentação, senão humana" (1 Co 10.13). Neste texto, podemos entender que "tentação humana" quer dizer a que é própria da natureza carnal do homem (ver Rm 7.5-8; GI 5.13,19). Ela tem seu aspecto mal, pernicioso, incitador ao pecado. 

b) O significado da carne. A carne, é o "centro dos desejos pecaminosos" (Rm 13.14;GI5.16,24). Dela vem o pecado e suas paixões (Rm 7.5; GI5.17-21). Na carne não habita coisa boa (Rm 7.18). Devemos salientar que o termo carne, aqui, não se refere ao corpo, que não tem nada de mal em si mesmo, mas à natureza carnal, herdada de nossos pais. O corpo do crente é templo do ESPÍRITO SANTO ( 1 Co-6.19.20).  

 2) Da parte do mundo.

O mundo como fonte de tentação, não é o mundo físico, criado por DEUS. O Dicionário da Bíblia, de Davis, diz que "a palavra mundo se emprega frequentemente para designar os seus habitantes", como em Sl 9.8, Is 13.11 e Jo 3.16. 

O Dicionário Teológico (CPAD), referindo-se ao mundo, diz que "No campo da teologia, porém, é o sistema que se opõe de forma persistente e sistemática ao Reino de DEUS". João exorta a que não amemos "o mundo, nem o que no mundo há". "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1 Jo 2.15,16). Tudo isso é fonte de tentação. 

    

3) Da parte do Diabo.

 É a fonte mais cruel da tentação. Seu caráter é sempre destrutivo. 

a) JESUS foi tentado. 

É a fonte mais terrível e avassaladora da tentação. Dela, não escapou nem mesmo nosso Senhor JESUS CRISTO. Após o batismo em água, Ele foi conduzido "pelo ESPÍRITO para ser tentado pelo diabo" (Mt 4.1; Mc 1.13; Lc 4.2). Foi o único que não caiu em pecado (Hb 4.15). 

b) Homens de DEUS foram tentados. 

Homens de DEUS, do porte de Abraão, Sansão, Davi, e tantos outros, foram tentados pelo Adversário (Satanás) a fazerem o que não era da vontade de DEUS, com sérios prejuízos para suas vidas. 

c) Os homens comuns são tentados. 

Os homens são tentados a praticar toda espécie de males, crimes, violência, estupros, brigas, ciúmes, guerras, mentiras, calúnias, roubos, etc...

d) Os crentes são tentados. 

Até os crentes em JESUS são vítimas da ação do maligno, quando causam prejuízos a Igreja do Senhor, com escândalos, calúnias, invejas, divisões, rebeliões, busca pelo poder, politicagem religiosa e tantas outras coisas ruins.

   

III- O PROCESSO DA TENTAÇÃO

A tentação se constitui num processo que tem os seguintes passos:

1. Atração do desejo (v.14a). 

"Mas cada um é tentado, quando atraído..." 

Primeiro, vem a atração pelos sentidos: visão (1 Jo 2.16); audição (I Co 15.33); olfato; gosto ou paladar, e tato (Pv6.17).

2. Engodo (isca). 

A pessoa é atraída, seduzida e "engodada pela própria concupiscência" (desejo carnal) (v.14b). 

3. Concepção do desejo (da concupiscência). 

Na mente, nos pensamentos (cf. Mc 7.21-23), o desejo é concebido. Só se faz o que se pensa (v.15a). Nesse ponto, ainda se pode  evitar o pecado. 

4. O pecado é gerado.

"Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado" (v.15). Ainda na mente, já nasce o pecado. Alguém pode adulterar só na mente (Mt 5.27,28). 

5. A consumação do pecado.(v.15b). 

"...e o pecado, sendo consumado, gera a morte." A morte, aqui, é espiritual. Nesse ponto, só há solução se houver arrependimento, ainda. em vida. 

É importante entendermos esse terrível processo a fim de que nos resguardemos dele. Alguém já disse que ninguém pode impedir que um pássaro voe sobre sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer um ninho nela. Isso ilustra o processo da tentação. Esta, em si, não é pecado. Pecado é praticar o que a tentação sugere. 

   

IV. DIFERENÇA ENTRE TENTAÇÃO E PROVAÇÃO 

A Tentação, conforme estudamos, é sempre uma indução ao mal, ao pecado. A provação, no entanto, não tem esse sentido. Quando a Bíblia diz que DEUS tentou alguém, devemos entender que DEUS o provou, e isso tem objetivos muito elevados, conforme descrevemos a seguir. 

Tiago nos diz que "Ninguém, sendo tentado, diga: De DEUS sou tentado; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta" (v.13). 

Quando a Bíblia diz que alguém foi tentado por DEUS, isso pode ser entendido como provação. 

Abraão só foi considerado o pai de todos os que crêem, porque creu e foi "tentado", ou seja, "provado" por DEUS (ver Gn 22.1-18). A prova da fé é essencial para ""louvor, honra e glória na revelação de JESUS CRISTO" (1 Pe 1.7). 

Tiago exorta os crentes a terem "grande gozo", quando caírem em "várias tentações", sabendo que "a prova da vossa fé produz a paciência" (vv.2,3). Ele considera uma bem-aventurança o crente sofrer a tentação, porque, quando for provado, receberá a coroa da vida (v.12). 

   

V. SETE PASSOS PARA A VITÓRIA NA TENTAÇÃO 

1. Saber utilizar a Palavra de DEUS:

Nosso Senhor JESUS CRISTO, quando foi tentado, não deu chance ao Diabo para conversar muito com Ele. A cada insinuação do maligno, ele usava a "espada do ESPÍRITO, que é a Palavra de DEUS" (Ef 6.17b), dizendo: "Está escrito..." (Mt 4.4b, 7a, 10b). Por isso, é preciso ler a Bíblia, para usar a Palavra na hora certa. 

2. Através da oração. 

JESUS nos mandou orar sem cessar para não cairmos em tentação (Lc 22.40; 1Ts 5.17). A maioria dos crentes, hoje, não ora. Certo pregador disse:  "O Diabo ri da nossa sabedoria, zomba das nossas pregações, mas treme diante de nossas orações". 

3. Através da vigilância. 

JESUS enfatizou a importância da vigilância para não cairmos em tentação (cf. Mt 26.41a). 

4. Através da disciplina pessoal. 

Falando sobre o "atleta cristão", Paulo diz que "aquele que luta, de tudo se abstém" (I Co 9.25a). Em seguida, afirma: "Antes, subjugo meu corpo e o reduzo à servidão para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (I Co 9.27). Muitos caem. por exemplo, na tentação do sexo, porque não sabem controlar seus instintos. 

5. Resistindo ao Diabo. O inimigo sabe qual é o ponto fraco de cada crente (Tendão de Aquiles), Mas, com determinação e resistência, no ESPÍRITO, é possível ser vitorioso (cf. I Pe 5.8,9; Tg 5.17). José, jovem hebreu, mesmo pagando terrível preço, não se deixou vencer pelo pecado do adultério. Foi vencedor e exaltado por DEUS. 

6. Buscando a santificação. É preciso que o crente viva a separação (santificação) integral para DEUS (Hb 12.14; I Pe 1.15). 

7. Ocupando a mente com as coisas espirituais. 

Isso se consegue através da oração, jejum, estudo da Bíblia e leitura de bons livros; servindo, evangelizando, louvando, participando da obra do Senhor, santificando a mente, a vida e o corpo (ver 1 Ts 4.3-7). 

 

O próprio JESUS foi tentado, mas não cedeu à tentação do Diabo.

    

Como JESUS Venceu a Tentação

Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. JESUS tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás (note Hebreus 2:17-18; 4:15). É essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma JESUS venceu.
Embora JESUS fora tentado várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado. Lucas recorda este evento (Lucas 4:1-13), mas seguiremos a história conforme Mateus a conta: "A seguir, foi JESUS levado pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome" (Mateus 4:1-2). Pelo fato que foi o ESPÍRITO que levou JESUS para o deserto mostra que DEUS pretendia que JESUS fosse totalmente humano e sofresse tentação. Note estas três tentativas de Satanás para seduzir JESUS:

Primeira Tentação
A afirmação do diabo: "Se és o Filho de DEUS, manda que estas pedras se transformem em pães" (4:3). O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. JESUS estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata.
As questões: Era verdade que JESUS necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi DEUS quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou JESUS a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em DEUS ou se alimentará a seu próprio modo? Há  aqui, também, uma questão mais básica: Como JESUS usará suas aptidões? O grande poder que JESUS tinha seria usado como uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de DEUS era que JESUS enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição.
A resposta de JESUS: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de DEUS" (4:4). Em cada teste, JESUS se voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se sustentarem.

Lições:

1. O diabo ataca as nossas fraquezas. Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de jejuar 40 dias, JESUS estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos mais vulneráveis, no momento. De fato, as tentações são frequentemente ligadas a sofrimento ou desejos físicos.

2. A tentação parece razoável. O errado frequentemente parece certo. Um homem "tem que comer" . Muitas pessoas sentem que necessidades pessoais as isentam da responsabilidade de obedecer às leis de DEUS.

3. Precisamos confiar em DEUS. JESUS precisava de alimento, sim. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. DEUS proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor morrer de fome do que desagradar ao Senhor.

Segunda Tentação
A afirmação do diabo: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és filho de DEUS, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra" (4:5-6). JESUS tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em DEUS, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente cuidará de ti." E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras.
As questões: A questão é: JESUS confiará sem experimentar? Desde que DEUS prometeu preservá-lo do perigo, é certo criar um perigo, só para ver se DEUS realmente fará como disse?
A resposta de JESUS: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu DEUS" (4:7). A confiança verdadeira aceita a palavra de DEUS e não necessita testá-la.

Lições: 1. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Pessoas frequentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as Escrituras. JESUS replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que DEUS diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de DEUS. Segundo, ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual.

2. Satanás é versátil. JESUS venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8).

3. A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a DEUS, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que DEUS apresentou, é perverso pedir a DEUS para fazer algo mais para dar prova de si.

Terceira Tentação
A afirmação do diabo: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" (4:8-9). Que tentação! O diabo deslumbrava com a torturante possibilidade de reinar sobre todos os reinos do mundo.
As questões: A questão aqui não era tanto a de JESUS tornar-se um rei (DEUS já lhe tinha prometido isso Salmo 2:7-9; Gênesis 49:10), mas de como e quando. O Senhor prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hebreus 2:9). O diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. Era um compromisso. Ele poderia governar todos os reinos do mundo e entregá-los ao Pai. Mas, no processo, o reino se tornaria impuro. Então as questões são: Como JESUS se tornaria rei? Você pode usar um meio errado e, no fim, conseguir fazer o bem?
A resposta de JESUS: "Retira-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu DEUS, adorarás e só a ele darás culto"(4:10). Nada é bom se é errado, se viola as Escrituras.


Lições:

1. Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar" JESUS. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a DEUS, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. (Leia Mateus 16:26).

2. O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. JESUS recusou o atalho; Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de DEUS é converter ensinando o evangelho (Romanos 1:16). Exatamente como ele tentou JESUS para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes dias.

3. O diabo oferece compromissos por bons propósitos. Ele testa a profundeza de nossa pureza. Ele nos tenta a usar erradamente as Escrituras para apoiar um bom ponto ou dizer uma mentira.

 

Os Cristãos São Socorridos Sobrenaturalmente Em Suas Horas de Tentação.

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (I Coríntios 10:13).

Esta é a mais poderosa e encorajadora promessa de todas as que estão na Bíblia para os cristãos que enfrentam tentações. DEUS mostra, de forma bem clara que nenhum de Seus filhos é deixado sozinho na batalha contra a cobiça, a paixão, ou qualquer tipo de mal habitual. O socorro sobrenatural necessário é fornecido.

Cristãos de todas as partes do mundo estão se tornando fracos contra as tentações, e se rendendo à carne em número crescente. É como se alguns cristãos pensassem que a tentação é um tipo de doença incurável que não larga enquanto não destrói a vítima. Se curvam de medo quando a tentação chega, pensando: "Ó não – aqui vou eu de novo. Me pegou em suas garras, e só sei que vou me entregar. Não tenho força de vontade; sou muito fraco para resistir."

Este é o pensamento de derrota dos cristãos que não sabem reivindicar seus direitos de auxílio. O que é este direito prometido para todos os cristãos? É o direito ao auxílio sobrenatural durante as tentações.

Estaria eu dizendo através disto que CRISTO não só liberta o cristão do poder do pecado, como também o ajuda guardando-o de voltar a praticá-lo? Isto é exatamente o que a Bíblia diz.

Quando a tentação chega em sua vida como uma enchente, CRISTO exercita o Seu senhorio e faz algo sobrenatural para combatê-la. Ele "cria um caminho de escape," de modo que estes crentes possam sobreviver a prova ou, em outras palavras, "suportá-la."

A tentação é um teste do livre arbítrio do homem; logo, DEUS não pode eliminar essa Sua alternativa para se pecar, sem destruir este mesmo livre arbítrio. Então DEUS faz algo assim eficaz para aqueles que nEle confiam. Faz algo em relação ao objeto de cobiça. Ele age externamente a nós, exatamente na fonte da tentação.

Isto é mais bem ilustrado por uma mãe que age em relação à tentação que seus filhos têm de roubar bolachas do pote. Ela não pode remover de repente a tentação deles – então ela simplesmente pega o pote, e o coloca longe de seu alcance.

Além disso, pode ser ilustrado por um pai que muda a sua família de um bairro infestado com tráfico de drogas, para evitar que seus filhos sejam seduzidos por usuários e vendedores de narcóticos.

Muitos pais têm se mudado para um novo continente afim de manter um filho ou uma filha longe de amigos maus e influências corruptoras.

Todos estes pais agiram em amor, esperando que a sua temporária intervenção viesse a permitir algum tempo para que seus filhos aprendessem a obedecer do fundo do coração. Embora deva chegar o tempo em que os filhos decidam seus negócios por si mesmos, um pai amoroso não pode ficar parado, permitindo que uma criança imatura possa ser dominada por alguma influência maligna. Um pai preocupado irá levar o seu filho para longe da tentação, ou de alguma forma colocá-la fora de seu alcance.

A Bíblia ilustra como DEUS pode colocar objetos de tentação fora do alcance de Seus filhos. Por exemplo: os filhos de Israel começaram a murmurar contra Moisés por tê-los levado para fora do Egito. Eles queriam retornar ao seu velho estilo de vida. A liberdade parecia ser muito cara. Então DEUS planejou abrir o Mar Vermelho, permitiu que o exército egípcio perseguisse o seu povo em terra seca, e então fechou o mar – bloqueando qualquer chance de retorno. DEUS fez aquilo apenas em resposta às ferventes orações de Moisés e outros israelitas que desejavam a liberdade.

Assim como JESUS, os cristãos devem resistir as tentações com a palavra de DEUS. A maioria das tentações podem ser neutralizadas simplesmente concentrando o raio da verdade sobre elas. Porém existem outras tentações que estão tão enraizadas, são tão furiosas e tenazes que não podem ser resistidas sem que haja uma intervenção sobrenatural. As tentações mais graves são geralmente o resultado de um ataque direto e pessoal de poderes demoníacos.

Paulo fala de "por fora combates, temores por dentro" (2 Cor. 7:5) . Satanás, na verdade, declara guerra a certos convertidos que abandonaram seu exército, por terem sido uma vez os melhores exemplos de seus poderes de possessão. Em seu acesso de raiva por haver perdido alguém tão especial, ele luta contra eles pelo lado de fora esmurrando-os repetidamente com uma tentação dura após a outra, peneirando-os como o trigo. JESUS disse a Pedro, "eis que Satanás vos pediu para peneirar como trigo"( Lucas 22:31). "

Você é um cristão que tem sido esmurrado por uma tentação repetitiva que parece estar além de suas forças resistir? Homossexuais, alcoólatras, viciados, amantes secretos ilícitos, são particularmente assolados por tentações esmagadoras. Frequentemente, se rendem, e logo são engolidos pelo remorso, pela culpa, e sentimento de impotência. Como cristãos, não duvidam que CRISTO os tenha libertado de todos os compromissos de obediência às suas cobiças carnais. E, em muitas áreas de suas vidas, têm visto progressos e vitórias. Ainda assim, permanece um insistente pecado – uma tentação sufocante para se entregar à certa luxúria.

Graças a DEUS, há um caminho de escape! DEUS é um "interventor miraculoso." Foi preciso uma tempestade, uma baleia e várias intervenções sobrenaturais para tirar Jonas dos problemas. DEUS tem sido conhecido por ter tornado as águas "amargas" e levado o maná a "cheirar mal", com o intuito de tornar a obediência menos difícil.

DEUS, em resposta a uma fervente oração, pode fazer com que a fonte da sua cobiça se transforme em um abominável fedor para você, e pode fazer com que a entrega ao pecado se torne tão amarga, que você hesitará em se entregar novamente. Ele pode lhe desviar das tentações; remover pessoas de sua vida; pode fazer com que a fonte de sua cobiça se vire contra você; pode jogar todos os tipos de bloqueios necessários; pode até colocar uma "parede de concreto" como proteção; Ele pode simplesmente levá-lo, sem que você nem ao menos resista, para dentro do local secreto de oração; ou então enviar alguém, para avisá-lo e corrigi-lo, mas por um jeito sobrenatural ou outro, DEUS irá responder a oração e intervir na situação, tornando possível para os cristãos obterem a vitória sobre suas mais violentas tentações.

Cristãos que, bem lá no fundo, não querem desistir de suas cobiças e que secretamente esperam continuar condescendendo com seus pecados, nunca poderão receber esta miraculosa intervenção quando são tentados. DEUS se move para fazer um caminho de escape apenas quando o coração está totalmente compromissado com uma vida de separação e pureza.

Se não houver este tipo de compromisso, não funcionará. DEUS não é obrigado a intervir em uma situação quando uma pessoa não deseja realmente a libertação.

Flertadores com pecados secretos são deixados para enfrentar as tentações com suas próprias forças. E então quando se rendem ao pecado, culpam a DEUS por "não os terem livrado". Eles dizem: "Eu esperei por DEUS, mas Ele simplesmente me deixou ir em frente cometer o erro."

Porém os cristãos que honestamente querem ser libertados da escravidão do pecado podem estar seguros de que seu Pai amoroso vê a sua batalha e irá usar todo o poder do céu para ajudá-los.

Quando for fortemente tentado, peça a DEUS pela sua intervenção sobrenatural, e peça com fé, crendo que Ele fará.

DEUS prometeu "nos livrar de todo o mal." Aqui está uma prova da ajuda de DEUS em tempos de tentação:

“Vós, que amais ao SENHOR, detestai o mal; ele guarda as almas dos seus santos, livra-os das mãos dos ímpios” (Salmo 97:10).

“A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos” (Salmo 124:7).

“Os meus olhos estão continuamente no SENHOR, pois ele tirará os meus pés da rede” (Salmo 25:15).

“Então temerão o nome do SENHOR desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o ESPÍRITO do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira” (Isaías 59:19).

Não preciso mais temer retrocessos ou fracassos. Ele vai me guardar, me amar, e me levar à glória, pelo Seu poder.

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória”(Judas 24).

 

Encorajamento aos que são tentados

1Co 10:13; Hb 2:18; Tg 1:2; Tg 1:3; Tg 1:12; 2Pe 2:9; Ap 3:10

Promessas aos tentados

Poder para pisar forças malignas Lc 10:19;

Segurança por meio da intercessão de CRISTO Lc 22:31; Lc 22:32;

Poder para esmagar Satanás Rm 16:20;

Provisão de um meio de escape 1Co 10:13;

Ajuda na hora da prova Hb 2:18;

Vitória final Tg 4:7; 1Jo 4:4; Ap 3:10;

Entronização com CRISTO Ap 3:21  

  

CONCLUSÃO

A tentação, no seu sentido mais, comum, é um processo terrível, da parte do homem, do mundo e do Diabo, cuja finalidade é destruir a fé, a santidade, a comunhão com DEUS, levando o crente a pecar. Para vencer, é preciso fazer como JESUS, que, usou a "Espada do ESPÍRITO" - a Palavra de DEUS. É preciso usar as armas que DEUS colocou à disposição de Seus, servos. Em CRISTO, "somos mais que vencedores" (Rm 8.37), A arma mais poderosa que temos é o nome de JESUS, use-o com fé e coragem.

 

 Quando sentimos os impulsos da natureza, podemos também estar certos de que temos um maravilhoso aliado na pessoa do ESPÍRITO SANTO. Por este divino ser poderoso podemos ser vitoriosos.

Enquanto a natureza decaída tenta equilibrar-se e impedir a obra do ESPÍRITO em nossas vidas, o ESPÍRITO SANTO também reage e dá ao crente o sincero desejo de vencer e dominar as obras da carne. 

 

O fruto do ESPÍRITO é representado por nove virtudes que correspondem ao caráter divino e representam essencialmente o amor de CRISTO. Contra essas qualidades espirituais não há lei ou condenação (Gl 5.22). 

Do exposto você pode concluir que a resposta à necessidade de santificação consiste em darmos oportunidade ao ESPÍRITO SANTO para derrotar a velha natureza em sua pretensão de retomar ao controle de nossa vontade. Precisamos permitir que o ESPÍRITO desenvolva em nós a imagem de CRISTO que é perfeitamente SANTO. "Certos de que o ESPÍRITO SANTO tem uma natureza santa como indica o seu nome, facilmente concluímos que estarmos ou permanecermos cheios do ESPÍRITO (Ef 5.18) é o meio mais seguro para obtermos a santificação que tem caráter instantâneo e progressivo, ou seja, é produzida em nós instantaneamente pelo ESPÍRITO SANTO e por Ele conservada durante os anos da nossa peregrinação nesta vida." (Nos Domínios do ESPÍRITO, CPAD).

  

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI  (Estudos Bíblico)

1 SM 12.1-15 - Pr. José Antônio Corrêa

"1 O SENHOR enviou Natã a Davi. Chegando Natã a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. 2 Tinha o rico ovelhas e gado em grande número; 3 mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma cordeirinha que comprara e criara, e que em sua casa crescera, junto com seus filhos; comia do seu bocado e do seu copo bebia; dormia nos seus braços, e a tinha como filha.4 Vindo um viajante ao homem rico, não quis este tomar das suas ovelhas e do gado para dar de comer ao viajante que viera a ele; mas tomou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o homem que lhe havia chegado. 5 Então, o furor de Davi se acendeu sobremaneira contra aquele homem, e disse a Natã: Tão certo como vive o SENHOR, o homem que fez isso deve ser morto. 6 E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. 7 Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, DEUS de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; 8 dei-te a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teus braços e também te dei a casa de Israel e de Judá; e, se isto fora pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas. 9 Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. 10 Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. 11 Assim diz o SENHOR: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. 12 Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol. 13 Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás. 14 Mas, posto que com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do SENHOR, também o filho que te nasceu morrerá".

 

INTRODUÇÃO:

A ociosidade de Davi o levou a cometer sérios pecados manchando sua comunhão com DEUS. Um momento de prazer pode significar anos e mais anos de intenso sofrimento. Se Davi soubesse o que lhe aguardava, teria sido mais prudente.

2. "Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça", Is 59.2.

3. Como o pecado afetou a vida de Davi, e como ele sofreu amargamente?

 

"AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO NA VIDA DE DAVI E COMO ESTAS CONSEQÜÊNCIAS SE APLICAM A CADA UM DE NÓS"

 I – VERGONHA

 1. O primeiro momento de vergonha para Davi, foi quando ele foi confrontado pelo profeta pelo Natã. "...pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido", Mt 10.26.

2. Foi também uma grande vergonha para Davi quando tomou conhecimento do incesto de seu filho com sua filha e de que seu filho Absalom se prostituía com as suas mulheres publicamente,  2 Sm 16.21-22.

3. Quando mantemos qualquer tipo de pecado e rebelião contra DEUS, certamente a vergonha virá sobre nós:

a) Jr 7.19, "Acaso, é a mim que eles provocam à ira, diz o SENHOR, e não, antes, a si mesmos, para a sua própria vergonha?"

b) Jr 23.40, "Porei sobre vós perpétuo opróbrio e eterna vergonha, que jamais será esquecida".

4. A pior vergonha que poderemos enfrentar acontecerá na segunda vinda do Senhor, se não nos mantermos firmes nele, Jo 2.28, "Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda".

5. Ao invés de sermos envergonhados em razão de nossos pecados contra DEUS, que sintamos vergonha por causa de nossos pecados, Jr 6.15, "Serão envergonhados, porque cometem abominação sem sentir por isso vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se. Portanto, cairão com os que caem; quando eu os castigar, tropeçarão, diz o SENHOR".

 

II – MAL TESTEMUNHO

 "...deste motivo a que blasfemem os inimigos do Senhor", Vs. 14.

1. Com seu procedimento, Davi tinha vulgarizado o nome do Senhor perante seus inimigos.

2. Quando não vivemos a vida cristã de uma forma correta, seremos motivo de escândalo no meio do povo de DEUS.

a) Rm 14.13, "Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão". .

b) 2 Co 6.3, "não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado". .

3. Seremos duramente cobrados pelo Senhor, se provocarmos escândalo e prejudicarmos os irmãos mais fracos: "6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. 7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!", Mt 18.6-7.

 

III – DESORDEM FAMILIAR

 "Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa...", Vs. 10.

1. Morte do filho com Bate-Seba, "15 Então, Natã foi para sua casa. E o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente. 16 Buscou Davi a DEUS pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra. 17 Então, os anciãos da sua casa se achegaram a ele, para o levantar da terra; porém ele não quis e não comeu com eles. 18 Ao sétimo dia, morreu a criança; e temiam os servos de Davi informá-lo de que a criança era morta,...2 Sm 12.15-23.

2. Incesto de Amnon com Tamar, Amnom, filho do rei, sentiu-se atraído pela própria irmã Tamar, deitando-se com ela, 2 Sm 13.1-14.

3. Morte de Amnon, pelas mão de Absalom, para vingar o incesto com sua irmã Tamar,"  2 Sm 13.23-29.

4. Morte de Absalom, pelas mãos de Joabe, para conter a rebelião, "15 Cercaram-no dez jovens, que levavam as armas de Joabe, e feriram a Absalão, e o mataram", 2 Sm 18.9-15

5. Quando não vivemos uma vida digna do DEUS a quem servimos, certamente a primeira a ser atingida é a nossa própria família. Pais rebeldes e desobedientes ao Senhor, criará também filhos rebeldes e desobedientes ao Senhor! Nossos filhos acabam sendo uma extensão de nós mesmos. Seremos para os nossos filhos exemplos ou para a prática do bem, ou para a prática do mal. Certamente colheremos através de nossos filhos aquilo que plantamos! 

 

CONCLUSÃO:

Nossos pecados não ficarão para sempre escondidos;

Colheremos o resultado de nossa maldade, ainda que mais tarde nos arrependamos.

Por estas razões, vamos viver uma vida digna do DEUS a quem servimos! Vamos praticar o verdadeiro arrependimento, que implica numa mudança completa de vida. Como dizia Lewis W. Dillwyn: "Arrependimento sem mudança de vida é como ficar bombeando sem consertar o vazamento".

 

INTERAÇÃO

A lição de hoje trata do pecado de Davi com Bate-Seba. O pecado, uma vez concebido, fez com que o "homem segundo o coração de DEUS" passasse da vitória para o tormento. Aproveite esta aula para, mediante a experiência deste rei, demonstrar aos alunos a importância de andarmos em ESPÍRITO para que não venhamos satisfazer os desejos da carne.

 

1. Podemos considerar o pecado de Davi como uma simples fraqueza ou imperfeição?

2. O que devemos fazer diante da tentação?

3. O fato de ser um servo fiel a DEUS nos isenta do pecado?

4. O que faz com que optemos por ficar em determinado local, onde claramente estamos expostos e vulneráveis à tentação?

5. Se acaso estivéssemos em outro local, será que teríamos cometido o que cometemos?

Conclua o debate explicando que, embora vivamos em uma sociedade que tem se tornado complacente com o pecado, este é fatal. Por isso, deve ser erradicado de nossas vidas.

 

Palavra-Chave: Pecado - Transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por DEUS.

 

RESUMO DA LIÇÃO 08 - 4º TRIMESTRE DE 2009 - CPAD

O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS

I. DAVI E A TENTAÇÃO ANTES DO PECADO

1. A realidade da tentação.

2. As fontes da tentação.

II. DAVI E O SEU PECADO

1. O pecado camuflado.

Davi estava tentando esconder e incubar o seu pecado:

Davi ordenou que Urias viesse da guerra para dar-lhe notícias

Ofereceu-lhe um presente e deu-lhe licença para ir a sua própria casa (2 Sm 11.6-8).

Davi insistiu que Urias permanecesse em casa, noutras palavras reincidiu no mal (v.10).

Davi ofereceu um banquete a Urias com vinho embriagante (vv.12,13).

Davi enviou uma carta real ao comandante Joabe, através de Urias, onde

estava contida a sentença de morte do próprio portador (vv.14,15)!

2. O pecado descoberto e exposto.

III. DAVI E AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO

1. Consequências emocionais.

2. Consequências espirituais e físicas.

CONCLUSÃO

Devemos atentar bastante para que também não venhamos a incidir no mesmo erro de Davi.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"O profeta Natã foi enviado pelo Senhor para confrontar Davi com seu pecado. Dramaticamente usou uma parábola simples, mas admirável para revelar a verdade à consciência do rei. A sabedoria desta abordagem faz um paralelo com o discurso de Paulo aos atenienses no Areópago (At 17.22-31). Cada elemento da parábola é planejado para estimular a solidariedade do rei e ultrajar o senso de justiça: um homem pobre com apenas uma cordeira, a qual ele amava com grande estima; um homem rico com uma riqueza abundante em rebanhos e gado; a cruel desconsideração pelos sentimentos e direitos de seu pobre vizinho ao tomar-lhe a única cordeira e matá-la para os seus convidados (1-4). A reação de Davi foi imediata e correta. A sua ira foi provocada, e ele declarou: 'Digno de morte é o homem que fez isso'. Natã revelou com habilidade o ponto-chave da parábola: 'Tu és este homem'. [...] Davi tinha desprezado o mandamento de DEUS, e tinha feito o mal diante de seus olhos com o pecado duplo de adultério e assassinato. O terrível resultado do pecado começa agora a se desdobrar. O juízo seria duplamente severo porque viria não de estrangeiros e inimigos de fora, mas da sua própria casa"

 

(PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. RJ: CPAD, 2005, p.246).

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

PURKISER, W.T. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

WOOD, George O. Um salmo em seu coração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

SAIBA MAIS na revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 40, p.39.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Bate-Seba era o vínculo entre os dois reis mais famosos de Israel - Davi e Salomão. Seu adultério com Davi quase pôs fim a família através da qual DEUS planejou entrar fisicamente no mundo. Em meio às cinzas daquele pecado, porém, o Senhor trouxe o bem. JESUS CRISTO, o Redentor da humanidade, nasceu de um descendente de Davi e Bate-Seba. A história de Davi e Bate-Seba mostra que pequenas decisões erradas frequentemente levam a grandes erros. [...]

Bate-Seba provavelmente sentiu-se arrasada pela cadeia de eventos. [...] Davi a confortou (2 Sm 12.24), e ela viveu para ver outro filho, Salomão, sentar-se no trono. Por meio de sua vida, vemos que as pequenas escolhas que fazemos em nosso dia a dia são muito importantes. Elas nos preparam para realizar coisas esplêndidas, quando temos que tomar grandes decisões. A sabedoria para fazer as escolhas certas em diversos assuntos é um dom de DEUS

(Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.461).

 

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Lição 9, O Reinado de Davi

4º Trimestre de 2019 - O Governo Divino Em Mãos Humanas - Liderança do Povo de DEUS em 1 e 2 Samuel - Comentarista CPAD - Pr Osiel Gomes

Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP

 Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2019/11/slides-licao-9-o-reinado-de-davi.html  

Vídeo desta Lição 9 - https://www.youtube.com/watch?v=CIJtaQfPaAw  

4º Trimestre de 2009 - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS - Comentaristas: José Gonçalves - Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de DEUS

Esta Lição no BLOG Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2019/11/licao-9-o-reinado-de-davi-pr-henrique.html

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Samuel 5.1-12
1 - Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos. 2 - E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel. 3 - Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR; e ungiram Davi rei sobre Israel. 4 - Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou. 5 - Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá. 6- E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui. 7 - Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi. 8 - Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos, e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa. 9 - Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro. 10 - E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, DEUS dos Exércitos, era com ele. 11 - E Hirão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e pedreiros, que edificaram a Davi uma casa 12- E entendeu Davi que o SENHOR o confirmava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por amor do seu povo.

  

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A ideia central desta lição é que tudo o que fizermos só pode ter um bom desfecho se a mão de DEUS for conosco. A pujança do reino de Davi não foi porque ele era uma pessoa competente para a guerra, ou simplesmente por causa de uma razão circunstancial, mas porque DEUS era com ele em tudo o que fazia. Ter essa percepção espiritual é essencial para que a nossa vida espiritual seja mais vigorosa e abençoada. Não podemos deixar de pedir a DEUS que o seu SANTO ESPÍRITO nos guie em tudo o que fazemos. Nós temos a mente de CRISTO e o ESPÍRITO SANTO habita em nós.

  

PONTO CENTRAL - A boa mão de DEUS estava sobre o reinado de Davi, por isso, ele foi bem-sucedido

 

Resumo da Lição 9, O Reinado de Davi

 

INTRODUÇÃO
O bem-sucedido reinado de Davi foi dirigido e guardado por DEUS (2 Sm 8.1-18). Davi sempre consultava a DEUS (1 Sm 22:10; 30:8; 2 Samuel 2:1; 5:19; 23; 21:1; 1 Crônicas 14:10).

O reinado de Davi foi profetizado - E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel. (2 Samuel 5:2)

Então, disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei. (1 Samuel 16:1)

Também pela profecia de Gênesis 49.10, proferida por Jacó sobre seu filho Judá, se referindo a Davi, e a JESUS CRISTO posteriormente.

O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. (Gênesis 49:10)

 

SAUL REINOU 40 ANOS - DAVI FOI UNGIDO PARA SER REI COM 12 ANOS - DAVI ESPEROU 18 ANOS PARA ASSUMIR O TRONO - DAVI COMEÇOU A REINAR COM 30 ANOS.
Mas sabemos que Saul foi rejeitado em seu segundo ano de Reinado e reinou 40 anos. (E, depois, pediram um rei, e DEUS lhes deu, por quarenta anos, a Saul, filho de Quis, varão da tribo de Benjamim. Atos 13:21).
Davi começou a reinar com 30. (Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou. 2 Samuel 5:4).

Daí tiramos algumas conclusões.
Eu creio que Davi foi ungido com 12 anos.
Começou a reinar com 30.
Depois de ungido rei, teve que esperar 18 anos para assumir sua unção.

Faz sentido, até porque foi este também o tempo que JESUS demorou entre a assunção da responsabilidade junto a DEUS no templo e o início de Seu ministério público.
Davi é um tipo de CRISTO.
A bíblia toda se completa e se revela.

 

Passamos agora ao livro de 2 Samuel.

Vamos falar do reinado de Davi.

 

Davi ungido três vezes:

1ª Unção: Samuel - UNÇÃO PROFÉTICA - (I Samuel 16:13) - Davi tinha 12 anos.

(Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o ESPÍRITO do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá. 1 Samuel 16:13)


2ª Unção: A CAPACITAÇÃO - UNÇÃO DE AUTORIDADE REAL - (II SAMUEL 2:4)
18 anos depois da 1ª unção, Davi foi ungido pela 2ª vez. Aceito como rei de Judá

(Então, vieram os homens de Judá e ungiram ali a Davi rei sobre a casa de Judá. E deram avisos a Davi, dizendo: Os homens de Jabes-Gileade são os que sepultaram Saul. 2 Samuel 2:4)


3ª Unção - O ESTABELECIMENTO - UNÇÃO SACERDOTAL - (II SAMUEL 5:3)
Após a 2ª unção, se passaram 7 anos e 6 meses (II Samuel 2:11), e Davi foi ungido pela 3ª vez com 37 anos e meio de idade.

Desta vez ele estava assumindo o trono de todo o Israel e definitivamente sendo estabelecido Rei de seu povo.

(Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor; e ungiram Davi rei sobre Israel. Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou. Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá. 2 Samuel 5:3-5).

 

I – DAVI É CONSTITUÍDO REI

1. Três motivos para sua escolha.

Davi "preenchia as condições da realeza". Por que?

Davi só assumiu 18 anos após ser ungido por Samuel.
Agora, com 30 anos seria ungido como rei de Judá, e depois com 37 anos e meio, ungido rei sobre todo o Israel, pois:
Já tinha vencido o gigante Golias,
Já tinha sido chefe de 1000 no exército de Saul, Já tinha reunido, organizado em exército e ensinado 600 homens de guerra,
Já tinha se introduzido entre Amalequitas e Filisteus (conhecia portanto suas táticas de guerra),
Era amado pelo povo de Israel,
Era esposo da filha de Saul,
Consultava sempre a DEUS sobre o que fazer, Tinha consigo um sacerdote da linha de Arão,
Tinha dois excelentes generais, etc...

 

Tem muita gente assumindo a direção de igreja por apenas um requisito. Ser filho ou parente do ex.
Busque-se os Requisitos bíblicos:
1 Timóteo 3:1 ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.2 Convém pois que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sério, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; 4 Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia; 5 (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de DEUS?) 6 Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. 7 Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.
FIQUEMOS ATENTOS.

 

 

2. Davi como pastor e chefe.

O pastor de ovelhas era o símbolo de um rei em Israel - Davi foi designado por DEUS para lhes ser pastor. A maioria dos reis posteriores a Davi não se comportaram assim.

 

PASTOR - (Strong Português) -  רעה ra Ìah
1) apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
1a) (Qal)
1a1) cuidar de, apascentar
1a1a) pastorear
1a1b) referindo-se ao governante, mestre (fig.)
1a1c) referindo-se ao povo como rebanho (fig.)
1a1d) pastor, aquele que cuida dos rebanhos (substantivo)
1a2) alimentar, pastar
1a2a) referindo-se a vacas, ovelhas, etc. (literal)
1b) (Hifil) pastor, pastora
2) associar-se com, ser amigo de (sentido provável)
2a) (Qal) associar-se com
2b) (Hitpael) ser companheiro
3) (Piel) ser um amigo especial

 

E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:
Vivo eu, diz o Senhor Jeová, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto. Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão. E as tirarei dos povos, e as farei vir dos diversos países, e as trarei à sua terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da terra. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será a sua malhada; ali, se deitarão numa boa malhada e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. Eu apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Jeová. A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo. E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes. Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés? E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés. Por isso, o Senhor Jeová assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro. Visto como, com o lado e com o ombro, dais empurrões e, com as vossas pontas, escorneais todas as fracas, até que as espalhais para fora, eu livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre gado miúdo e gado miúdo. E levantarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as há de apascentar; ele lhes servirá de pastor. E eu, o Senhor, lhes serei por DEUS, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse. E farei com elas um concerto de paz e acabarei com a besta ruim da terra; e habitarão no deserto seguramente e dormirão nos bosques. E a elas e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão. E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o Senhor, quando eu quebrar as varas do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas. E não servirão mais de rapina aos gentios, e a besta-fera da terra nunca mais as comerá; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante. E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si opróbrio dos gentios. Saberão, porém, que eu, o Senhor, seu DEUS, estou com elas e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Jeová. Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso DEUS, diz o Senhor Jeová. Ezequiel 34:1-31

 

Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho um Pastor. João 10:11-16.

 

Além de Pastor Davi deveria ser chefe do povo.

Disse, porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR que me escolheu a mim antes do que a teu pai e a toda a sua casa, mandando-me que fosse chefe sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR me tenho alegrado. 2 Samuel 6:21

 CHEFE - (Strong Português) -

 נגיד nagiyd ou נגד nagid
1) líder, governante, capitão, príncipe
1a) governante, príncipe
1b) príncipe superintendente
1c) governante (em outras capacidades)
1d) coisas principescas

 

Naturalmente a palavra chefe aqui indica liderança por exemplo, amor, inteligência e sabedoria.

O apóstolo Pedro diz que o pastor deve pastorear o rebanho sem qualquer exibição de domínio, mas sendo o exemplo do rebanho (1 Pe 5.3). Eis o que nos falta hoje. Exemplo de homem de DEUS. Exemplo na integridade, no jejum, na oração, no ensino, na pregação, na santidade, na instrumentalidade do ESPÍRIITO SANTO.

 

3. Entrando em aliança com o povo.

PARECE QUE DAVI NÃO ENTENDEU QUE DEVERIA CONTINUAR A GUERREAR, VENCER E DESTRUIR TODOS OS EXÉRCITOS QUE OCUPAVAM AS TERRAS DADAS POR DEUS A ISRAEL. ANTES, COM ALGUMAS NAÇÕES FEZ ALIANÇA. POR ISSO MESMO CAIU EM PECADO, COMO VEREMOS NA LIÇÃO SEGUINTE. (AO INVÉS DE LUTAR FOI OLHAR PELA JANELA).

POVO DE DEUS NÃO FAZ ALIANÇA COM O INIMIGO.

 

Davi fez aliança com o povo israelita das tribos do norte - Assim reinou sobre Israel unida. ESTA É UMA BOA ALIANÇA FIRMADA ENTRE DAVI E O POVO, TENDO DEUS COMO TESTEMUNHA.

Também vieram todos os anciãos de Israel ao rei, a Hebrom, e Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor; e ungiram Davi rei sobre Israel, conforme a palavra do Senhor pelo ministério de Samuel. 1 Crônicas 11:3

 

II. A CONSOLIDAÇÃO DO REINO DE DAVI
1. A edificação de Jerusalém.

Era de vital importância ao reinado de Davi uma cidade bem fortificada e estratégica. Jerusalém reunia todas as condições necessárias para uma capital em sua época. Cidade murada com muros quase que indestrutíveis e intransponíveis. Construída em um monte, com difícil acesso aos inimigos, bem abastecida de água.

Davi já estivera entre os filisteus e cananeus em geral quando fugia de Saul, portanto já conhecia suas cidades e táticas de guerra. Não era difícil para um soldado, general e estrategista como Davi planejar uma invasão em Jerusalém, sempre orientado por DEUS.

Davi, orientado por DEUS, diz ao exército como entrar em Jerusalém - Pelos canais de entrada de água da cidade desde Giom. Diziam os inimigos que Davi seria vencido facilmente e nem precisariam de soldados para isso.

2 Samuel 5:6 O rei e seus soldados marcharam para Jerusalém para atacar os jebuseus que viviam lá. E os jebuseus disseram a Davi: "Você não entrará aqui! Até os cegos e os aleijados podem se defender de você". Eles achavam que Davi não conseguiria entrar, 7 mas Davi conquistou a fortaleza de Sião, que veio a ser a Cidade de Davi. 8 Naquele dia disse Davi: "Quem quiser vencer os jebuseus terá que utilizar a passagem de água para chegar àqueles cegos e aleijados, inimigos de Davi". É por isso que dizem: "Os 'cegos e aleijados' não entrarão no palácio". 9 Davi passou a morar na fortaleza e chamou-a Cidade de Davi. Construiu defesas na parte interna da cidade desde o Milo. 10 E ele se tornou cada vez mais poderoso, pois o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estava com ele.

 

Segundo estudo em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9m (acesso em 30-11-19) - Jerusalém (em hebraico: ירושלים; transl.: Yerushaláyim; em árabe: القدس; al-Quds; em grego: Ιεροσόλυμα; Ierossólyma), localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. É considerada sagrada pelas três principais religiões abraâmicas — judaísmo, cristianismo e islamismo. Israelenses e palestinos reivindicam a cidade como sua capital, mas Israel mantém suas principais instituições governamentais em Jerusalém, enquanto o Estado da Palestina, em última instância, apenas a prevê como a sua futura sede política; nenhuma das reivindicações, no entanto, é amplamente reconhecida pela comunidade internacional.
Durante a sua longa história, Jerusalém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes e capturada e recapturada outras 44 vezes. A parte mais antiga da cidade foi estabelecida no IV milénio a.C.. Em 1538, muralhas foram construídas em torno da cidade sob o regime de Solimão, o Magnífico. Atualmente aqueles muros definem a Cidade Antiga, que é dividida em quatro bairros — armênio, cristão, judeu e muçulmano — desde o início do século XIX.A Cidade Antiga se tornou um Patrimônio da Humanidade em 1981, está na lista de patrimônios em perigo.[5] A Jerusalém moderna cresceu para muito além dos limites da Cidade Antiga.
De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo. Estes eventos fundamentais, abrangendo o fim do I milênio a.C., assumiram uma importância simbólica central para o povo judeu. O apelido de "cidade santa" (עיר הקודש, transliterado ‘ir haqodesh) foi provavelmente associado a Jerusalém no período pós-exílio.

A Fonte de Giom (Ha Gihon) localizada numa caverna natural no vale do Cédron, foi a principal fonte de água para Ofel, local original de Jerusalém. Três sistemas principais de água permitiram que a água desta fonte fosse conduzida à cidade:

Ofel e o monte das Oliveiras
O canal médio da idade do bronze. É conhecido por este nome (devido a sua idade estimada); Determinou-se que foi construído por volta de 1 800 a.C. (na Idade do Bronze). É essencialmente uma vala profunda de 20 pés na terra, onde depois a construção foi coberta por grandes lajes da rocha ( escondidas na folhagem). É mais estreito, mas ainda pode-se andar em grande parte de todo seu comprimento. Além disso à saída, perto do túnel de siloé, a canaleta tinha diversas saídas pequenas que molhavam os jardins do Vale da torrente do Cédron.[1] O túnel de Ezequias age como substituto para este canal, mas a facilidade para que um assaltante descubra as lajes da cobertura é um ponto fraco.
O Canal de Warren - um túnel íngreme, um canal de água que penetrava no fundo da caverna na qual surge a fonte de Giom, e, depois de uns 20 metros, terminava num reservatório. Datado um pouco depois do tempo do canal médio da idade do bronze, conduzindo a entrada de Ofel descendo à fonte de Giom. Uma passagem inclinada que se estendia da fonte para trás até o interior de Jerusalém. Esta passagem era para que quaisquer pessoas que desejassem, pudessem usar para coletar água da fonte.
O túnel de Ezequias - O túnel,[2] que conduzia[3] a Fonte de Giom[4] até a piscina de Siloé, foi projetado para agir como um Aqueduto para abastecer de água a Jerusalém durante um sítio organizado pelos assírios, conduzidos por Senaqueribe.
Em 1997, quando um centro de visitantes era construído, a fonte foi descoberta fortalecendo a datação desde a idade média do bronze, visto que os arqueólogos também descobriram inesperadamente as torres[5] - uma que protege a base do canal de Warren, e a outra que protege a própria fonte de Giom. Visto que a área em torno do local ainda que está sendo habitado, é desconhecido se existem quaisquer fortificações adicionais. Passagens bíblicas indicam que no período do rei Ezequias esta fonte foi escondida, para que os assírios não soubessem dela. - II Crônicas 32:2-4

Diante de muralhas do inimigo nunca nos prostemos ou desanimemos, pois temos um DEUS que dá sabedoria a todo o que lhe pedir crendo e não duvidando.

DEUS nos dá estratégias de evangelismo, de conquista de milhares de almas. A Igreja deve marchar confiante na vitória em nome de JESUS.

 

2. As reformas religiosas.

Saul nunca buscou uma capital para sede de seus governo e nunca intentou colocar a arca em um local adequado, nem mesmo a devolver para onde estava anteriormente antes dos filisteus a tomarem. Em Siló - 1 Samuel 1:3

Já Davi, ao contrário, está buscando uma cidade para estabelecer sua capital e é profundo seu desejo de trazer para junto de si a presença e a glória de DEUS representadas pela Arca da Aliança.

Numa primeira tentativa, frustrada pela falta de conhecimento ainda de como proceder, não conseguiu trazer a si a Arca, pois a tentativa foi segundo a maneira que o mundo tenta transportar a presença de DEUS (carro de bois e sem sacrifício, mas com muita música e danças carnais). Mas, agora, já inteirado das normas de DEUS para que fosse conduzida a Arca (nos ombros dos sacerdotes e com sacrifícios), consegue seu intento. Um tabernáculo provisório é montado em Jerusalém para que no devido tempo seja tudo transferido para uma casa ou templo. Fato que ocorre somente no reinado de seu filho Salomão

 

O capítulo 6 de 2 Samuel trata da ação de Davi em busca da Arca para Jerusalém. Davi era um adorador - dançava no ESPÍRITO SANTO (2 Sm 6.20), isso causava em muitos a admiração, mas também o desprezo por parte de alguns como sua esposa Mical, que com ciúmes, criticou negativamente seu marido que vinha dançando perante a Arca.

Embora o texto pareça indicar que Davi estivesse nú, não é bem assim - Davi se despojou de suas roupas de rei (em sinal de humildade e de submissão a DEUS) e se vestiu de um Éfode, vestimenta que era usada na adoração a DEUS. Capa que descia abaixo dos joelhos e era em forma de colete, sem mangas.

Esta mesma vestimenta Davi já havia usado para consultar a DEUS sobre uma batalha contra os Amalequitas onde suas esposas haviam sido sequestradas.

E disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me, peço-te, aqui o éfode. E Abiatar trouxe o éfode a Davi. Então, consultou Davi ao Senhor, dizendo: Perseguirei eu a esta tropa? Alcançá-la-ei? E o Senhor lhe disse: Persegue-a, porque, decerto, a alcançarás e tudo libertarás. 1 Samuel 30:7,8

 

3. A suprema aliança davídica.

Davi era homem de Aliança - tanto que cumpriu fielmente sua aliança com Jônatas. Sabia que se não cumprisse suas alianças aqui, DEUS não cumpriria também sua aliança com ele.

E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.
E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto. 1 Samuel 18:3,4

ALIANÇA ENTRE DAVI E JONATAS (Mefibosete).

 

Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor; e ungiram Davi rei sobre Israel. 2 Samuel 5:3

 

A aliança de DEUS com Davi

a) a firmeza da sua família na terra;

b) seus sucessores teriam a presença de DEUS; e

c) uma dinastia eterna (2 Sm 7.11-16).

 

ALIANÇA DE DEUS COM DAVI

Porque Davi era um homem segundo o coração de DEUS, um homem com uma consciência sensível ao seu Criador, DEUS fez uma aliança separada e distinta com ele, além da aliança que fizera com Israel. Assim, quando Davi quis construir uma casa para DEUS, o Todo-Poderoso lhe enviou uma mensagem através do profeta Natã:

“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então, farei levantar depois de ti a tua semente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade se não apartará dele, como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” (2 Samuel 7:12-16).

 

ALIANÇA CONFIRMADA COM SALOMÃO

o Senhor tornou a aparecer a Salomão, como lhe tinha aparecido em Gibeão.
E o Senhor lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica que, suplicando, fizeste perante mim; santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; e os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias.
E, se tu andares perante mim como andou Davi, teu pai, com inteireza de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos,
então, confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre, como falei acerca de Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão sobre o trono de Israel. 1 Reis 9:2-5

  

 

III. A GRANDEZA POLÍTICA DO REINADO DE DAVI
1. As realizações militares.

Não demorou para que importantes possessões gentílicas estivessem sob o controle de Davi. Como é maravilhoso ter um líder cujo coração e força são dominados pelo Senhor! DEUS deseja levantar líderes segundo o seu coração!

 

E sucedeu, depois disso, que Davi feriu os filisteus e os sujeitou; e Davi tomou a Metegue-Amá das mãos dos filisteus. Também feriu os moabitas, e os mediu com cordel, fazendo-os deitar por terra, e os mediu com dois cordéis para os matar, e com um cordel inteiro para os deixar em vida; ficaram, assim, os moabitas por servos de Davi, trazendo presentes. Feriu também Davi a Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá, indo ele a virar a sua mão para o rio Eufrates. E tomou-lhe Davi mil e seiscentos cavaleiros e vinte mil homens de pé; e Davi jarretou todos os cavalos dos carros e reservou deles cem carros. E vieram os siros de Damasco a socorrer a Hadadezer, rei de Zobá; porém Davi feriu dos siros vinte e dois mil homens. E Davi pôs guarnições na Síria de Damasco, e os siros ficaram por servos de Davi, trazendo presentes; e o SENHOR GUARDOU a Davi por onde quer que fosse. (GRIFO NOSSO). E Davi tomou os escudos de ouro que havia com os servos de Hadadezer e os trouxe a Jerusalém. Tomou mais o rei Davi uma quantidade mui grande de bronze de Betá e de Berotai, cidades de Hadadezer. Ouvindo, então, Toí, rei de Hamate, que Davi ferira a todo o exército de Hadadezer, mandou Toí seu filho Jorão ao rei Davi, para lhe perguntar como estava e para lhe dar os parabéns por haver pelejado contra Hadadezer e por o haver ferido (porque Hadadezer de contínuo fazia guerra a Toí); e na sua mão trazia vasos de prata, e vasos de ouro, e vasos de bronze, os quais também o rei Davi consagrou ao Senhor, juntamente com a prata e ouro que já havia consagrado de todas as nações que sujeitara: da Síria, e de Moabe, e dos filhos de Amom, e dos filisteus, e de Amaleque, e dos despojos de Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá. Também Davi ganhou nome, voltando ele de ferir os siros no vale do Sal, a saber, a dezoito mil. E pôs guarnições em Edom, em todo o Edom pôs guarnições, e todos os edomitas ficaram por servos de Davi; e o Senhor ajudava a Davi por onde quer que fosse. Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi julgava e fazia justiça a todo o seu povo. E Joabe, filho de Zeruia, era sobre o exército; e Josafá, filho de Ailude, era cronista. E Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes, e Seraías, escrivão. Também Benaia filho de Joiada, estava com os quereteus e peleteus; porém os filhos de Davi eram príncipes. (2 Samuel 8:1-18).

 

Davi é considerado um tipo de CRISTO por causa de suas guerras e vitória e por causa de sua constante adoração a DEUS e obediência, sendo um homem que sabia se arrepender de seus pecados e de nunca ter se dobrado à idolatria. A aliança que fez com DEUS lhe proporcionou a manutenção de sua família no governo de Judá até a vinda do rei dos reis para governar por mil anos sobre Jerusalem e todas as nações.

A profecia de Miqueias (5.2), mencionada pelos escribas nos dias de Herodes, para os astrólogos que seguiam a estrela, confirma a descendência e reinado do Messias vindouro. (E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Miquéias 5:2).

 

2. As administrações de Davi.

NO TEMPO DE DAVI QUASE TODA A TERRA DADA AOS ISRAELITAS FOI DOMINADA POR DAVI

E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão; e eis um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia, fez o Senhor um concerto com Abrão, dizendo: À tua semente tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates, e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o heteu, e o ferezeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu. Gênesis 15:17-21.

Na verdade Salomão teve o maior território que Israel já teve, mas a totalidade só será de Israel no milênio, sob o governo de JESUS CRISTO, cumprindo a Aliança com Davi.

 

Davi supervisionava tudo - Política, Religião, Administração.

Foram muitas as mudanças realizadas por Davi, que o fizeram destacar-se no campo militar, político, administrativo e religioso. Lendo o capítulo 8.15-18 e 20.23-26, observamos como Davi fez importantes mudanças na área administrativa.
No comando de suas tropas, estava à frente Joabe; havia uma guarda real, um superintendente da corveia (trabalho árduo, penoso - soldados que combatem sem pagamento), que lidava com os estrangeiros. No campo religioso, Davi tinha dois sacerdotes: Zadoque e Aimeleque, filho de Abiatar (2 Sm 8.17); um cronista, um escrivão (1 Cr 24.3), os quais eram responsáveis pelos registros e documentos do Estado, dentre outras nuanças administrativas.

Davi procurou montar um setor administrativo que o pudesse auxiliar no seu reinado. O sucesso de um obreiro depende de oração, pregação, ensino, mas também de saber administrar com eficiência as coisas de DEUS; para isso são chamados (Tt 1.5). Paulo diz que dois tipos de obreiro precisam ser bem remunerados: os que se afadigam na Palavra e os que administram bem (1 Tm 5.17).

 

3. O culto público.

A ARCA TINHA QUE SER CONDUZIDA NOS OMBROS DOS SACERDOTES COATITAS - DEVERIA HAVER SACRIFÍCIOS.

Havendo, pois, Arão e seus filhos, ao partir do arraial, acabado de cobrir o santuário e todos os instrumentos do santuário, então, os filhos de Coate virão para levá-lo; mas no santuário não tocarão para que não morram; este é o cargo dos filhos de Coate na tenda da congregação. Números 4:15.

Davi organizou todo setor religioso com sacerdotes descendentes de Arão, organizou também o setor musical com salmos escritos e instrumentos fabricados.

 

Trazendo, pois, a arca de DEUS, a puseram no meio da tenda que Davi lhe tinha armado; e ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos perante DEUS. E, acabando Davi de oferecer os holocaustos e sacrifícios pacíficos, abençoou o povo em nome do Senhor. E repartiu a todos em Israel, tanto a homens como a mulheres, a cada um pão, e um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho. E pôs perante a arca do Senhor alguns dos levitas por ministros; e isso para recordarem, e louvarem, e celebrarem ao Senhor, DEUS de Israel. Era Asafe o chefe, e Zacarias, o segundo, e depois dele Jeiel, e Semiramote, e Jeiel, e Matitias, e Eliabe, e Benaia, e Obede-Edom, e Jeiel, com alaúdes e com harpas; e Asafe se fazia ouvir com címbalos. Também Benaia e Jaaziel, os sacerdotes, estavam continuamente com trombetas, perante a arca do concerto de DEUS. Então, naquele mesmo dia, entregou Davi em primeiro lugar o Salmo seguinte, para louvarem ao Senhor, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos: Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos. Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. Buscai o Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente. Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca. Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos. Ele é o Senhor, nosso DEUS; em toda a terra estão os seus juízos. Lembrai-vos perpetuamente do seu concerto e da palavra que prescreveu para mil gerações; do concerto que fez com Abraão e do seu juramento a Isaque;
o qual também a Jacó ratificou por estatuto, e a Israel, por concerto eterno, Dizendo: A ti te darei a terra de Canaã, quinhão da vossa herança. Sendo vós em pequeno número, poucos homens, e estrangeiros nela; andavam de nação em nação e de um reino para outro povo. A ninguém permitiu que os oprimisse e, por amor deles, repreendeu reis, dizendo: Não toqueis os meus ungidos e aos meus profetas não façais mal. Cantai ao Senhor em toda a terra; anunciai de dia em dia a sua salvação. Contai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado, e mais tremendo é do que todos os deuses. Porque todos os deuses das nações são vaidades; porém o Senhor fez os céus. Majestade e esplendor há diante dele, força e alegria, no seu lugar. Dai ao Senhor, ó famílias das nações, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade. Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se firmará, para que se não abale. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se entre as nações: O Senhor reina. Brama o mar com a sua plenitude; exulte o campo com tudo o que há nele. Então, jubilarão as árvores dos bosques perante o Senhor; porquanto vem a julgar a terra. Louvai ao Senhor, porque é bom; pois a sua benignidade dura perpetuamente. E dizei: Salva-nos, ó DEUS da nossa salvação, e ajunta-nos, e livra-nos das nações; para que louvemos o teu santo nome e nos gloriemos no teu louvor. Louvado seja o Senhor, DEUS de Israel, de século em século. E todo o povo disse: Amém! E louvou ao Senhor. Então, Davi deixou ali, diante da arca do concerto do Senhor, a Asafe e a seus irmãos, para ministrarem continuamente perante a arca, segundo se ordenara para cada dia. E mais a Obede-Edom, com seus irmãos, sessenta e oito; a este Obede-Edom, filho de Jedutum, e a Hosa, ordenou por porteiros. E mais a Zadoque, o sacerdote, e a seus irmãos, os sacerdotes, diante do tabernáculo do Senhor, no alto que estava em Gibeão, Para oferecerem ao Senhor os holocaustos sobre o altar dos holocaustos continuamente pela manhã e à tarde; e isso segundo tudo o que está escrito na Lei que o Senhor tinha prescrito a Israel. E com eles deixou a Hemã, e a Jedutum, e aos mais escolhidos, que foram apontados pelos seus nomes, para louvarem ao Senhor, porque a sua benignidade dura perpetuamente. Com eles, pois, estavam Hemã, e Jedutum, e trombetas, e címbalos para os que os faziam ouvir, e instrumentos de música de DEUS; porém os filhos de Jedutum estavam à porta. Então, se foi todo o povo, cada um para a sua casa; e tornou Davi, para abençoar a sua casa. 1 Crônicas 16:1-43

 

A organização do culto é algo que deve ser pensado com todo cuidado, pois os que o fazem de qualquer jeito, por vontade própria, sem a prescrição das normas divinas, poderão sofrer consequências da parte de DEUS. Foi o que aconteceu com Nadabe e Abiú, que, querendo fazer culto por conta própria, foram fulminados pelo fogo do Senhor (Lv 10.1,2).

 

Modelo de culto cristão:

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. Romanos 12:1

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso DEUS e Pai, em nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, sujeitando-vos uns aos outros no temor de DEUS. Efésios 5:18-21

 

CONCLUSÃO

O reinado de Davi, e de seu filho, Salomão, ficou conhecido como a era de ouro de Israel. Mas na verdade, o rei Davi sabia que a fonte verdadeira de toda a grandeza do reino vinha de DEUS: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14).

Lutemos as lutas do Senhor JESUS, desfazendo as obras do Diabo, sabendo que temos de DEUS uma linda cidade onde estaremos para sempre - A Nova Jerusalém.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A constituição de Davi como rei se deu porque, primeiro, ele preenchia as condições da realeza; segundo, tinha liderança militar; terceiro, estava pautado numa promessa de DEUS. "Está escrito que Davi deveria agir como chefe e pastor do rebanho."

SÍNTESE DO TÓPICO II - A consolidação do reinado de Davi passa pela edificação de Jerusalém, pelas reformas religiosas e de sua aliança com todo o povo.

SÍNTESE DO TÓPICO III - As realizações militares, as administrações de Davi e as mudanças no culto público demonstram a grandeza política do reinado davídico.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Neste primeiro tópico é possível trabalhar melhor as habilidades pessoais que Davi tinha e que foram determinantes em seu reinado. Destaque para a classe as características pessoais que o faziam ter condições de ocupar o reinado (ora, Davi não era estrangeiro, mas da tribo de Judá); ele apresentou uma liderança militar ao recrutar soltados para o seu apoio, principalmente, na Caverna de Adulão; era uma pessoa contrita diante de DEUS, pois não tardava em buscá-lo; seu estilo fez com que fosse visto como um pastor do povo, um chefe muito próximo. Além disso, ele fez aliança com o povo de Israel para garantir a unidade do seu reinado.
Assim, trace um pouco do perfil do rei Davi conforme a exposição do primeiro ponto deste tópico.

SUBSÍDIO HISTÓRICO - CULTURAL TOP2
Um pouco da monarquia antes do reinado de Davi: “O surgimento da monarquia sob Saul fez pouco para curar a crescente brecha entre Judá e as tribos do norte. Durante o seu reinado, o abismo entre as tribos tomava proporções consideravelmente grandes. Por exemplo, o historiador aponta que, quando Saul fez uma convocação geral para livrar Jabes-Gileade de Amom, trezentos mil homens vieram de Israel, mas apenas trinta mil de Judá (1 Sm 11.8). Quando realizou a campanha contra os amalequitas, Saul contou ‘duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá” (1 Sm 15.4). Os números são reveladores, mostrando que Judá proveu um número bastante reduzido de soldados em comparação com Israel, um fato comprometedor para a própria Judá, uma vez que os amalequitas viveram por muitos anos em sua fronteira ao sul. Estaria Judá mostrando sinais de uma postura anti-Saul? Além disso, depois de Davi ter matado o gigante Golias, ‘os homens de Israel e Judá’ perseguiram os filisteu (1 Sm 17.52) e, quando Davi foi colocado na corte de Saul, ‘todo o Israel e Judá amava a Davi’ (1 Sm 18.16). Está claro que Israel e Judá eram tidos como duas entidades particulares que seguiam seus interesses separadamente” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.239,40). Com o reinado de Davi essa realidade mudou.

 

SUBSÍDIO HISTÓRICO - CULTURAL TOP3
“É quase certo que durante esse período (980-976) Davi tenha dado início ao seu programa de construções (2 Sm 5.9-12), o que incluiria, depois de tudo pronto, os planos para edificação do templo. É óbvio que no reino de Davi houve construções, palácios e edifícios públicos; porém, os envolvimentos com a expansão do império e os acontecimentos que assolavam sua família impediram a infraestrutura impressiva característica de um monarca de sua estatura. A reconciliação com Absalão deu-lhe a oportunidade esperada, que era transformar a cidade de Jerusalém no centro religioso e político” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.277).

 

PARA REFLETIR - A respeito de “O Grande Reinado de Davi”, responda:
Por quais razões Davi foi aclamado rei? Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido rei por três razões. A primeira, ele preenchia todas as condições da realeza; a segunda, sua liderança militar; a terceira, uma promessa da parte de DEUS de que o trono seria entregue a Davi.
O que estava claro para Davi? Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava apenas ser um líder, um pastor amigo, não um déspota ou um tirano.
Qual o primeiro intento de Davi após ser ungido rei? O primeiro intento é tornar sua capital forte e bonita.
Dentre outras coisas, o que Davi valorizava? Dentre outras coisas, Davi valorizava tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas.
Quais os sacerdotes que serviriam no reinado de Davi? Os sacerdotes que estarão servindo são Zadoque e Aimeleque (2 Sm 8.17).

 

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 80, p40.

 

SUGESTÃO DE LEITURA - Por que os líderes fracassam?; Conciliando profissão e ministério e Propagando a verdade através do ensino

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Lição 10: Davi e o preço da negligência na família

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 06 de dezembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Samuel 13.2,5,10-12,14,15

 2 - E angustiou-se Amnom, até adoecer, por Tamar, sua irmã, porque era virgem; e parecia, aos olhos de Amnom, dificultoso fazer-lhe coisa alguma.

5 - E Jonadabe lhe disse: Deita-te na tua cama, e finge-te doente; e, quando teu pai te vier visitar, dize-lhe: Peço-te que minha irmã Tamar venha, e me dê de comer pão, e prepare a comida diante dos meus olhos, para que eu a veja e coma da sua mão.

10 - Então, disse Amnom a Tamar: Traze a comida à câmara e comerei da tua mão. E tomou Tamar os bolos que fizera e os trouxe a Amnom, seu irmão, à câmara.

11 - E, chegando-lhos, para que comesse, pegou dela e disse-lhe: Vem, deita-te comigo, irmã minha.

12 - Porém ela lhe disse: Não, irmão meu, não me forces, porque não se faz assim em Israel; não faças tal loucura.

14 - Porém ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes, sendo mais forte do que ela, a forçou e se deitou com ela.

15 - Depois, Amnom a aborreceu com grandíssimo aborrecimento, porque maior era o aborrecimento com que a aborrecia do que o amor com que a amara. E disse-lhe Amnom: Levanta-te e vai-te.

 

INTERAÇÃO

Prezado professor, como está a sua família? Todos estão bem? Você tem tido cuidado com o seu cônjuge? Será que, como pai, você não está cometendo os mesmos erros que Davi? Pense... A família é o nosso maior patrimônio. É uma das grandes dádivas de DEUS para nós. Davi foi um dos maiores reis de Israel, no entanto, fracassou na educação e na formação dos seus filhos. Ele não colocou sua família entre as suas prioridades. Reflita com seus alunos acerca dos erros cometidos por Davi em sua vida familiar e encoraje-os a cuidar e proteger sua família.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

O fato de Davi haver transgredido a Lei Mosaica (Dt 17.17), adquirindo para si muitas mulheres, trouxe-lhe consequências terríveis. Tais consequências não atingiram apenas o "homem segundo o coração de DEUS", mas toda a sua família. Utilize o quadro para refletir com seus alunos a respeito de questões familiares, tais como fidelidade conjugal, educação de filhos etc.

 

Palavra-Chave - Negligência: Desatenção; descuido; desleixo.

 

COMENTÁRIO - introdução

Admirados diante dos grandes feitos de Davi como rei de Israel, achamos difícil admitir a sua negligência como pai de família. Às vezes corremos o risco de cuidar demasiadamente da imagem pessoal e do progresso profissional, e descuidar da assistência ao lar. Não há como eximir Davi de sua omissão na educação de seus filhos. Isso fica mais evidente quando descobrimos que os maiores escândalos sexuais aconteceram dentro da família real (2 Sm 13.1-19; 16.20-23). Não seria este o momento de não apenas estudarmos acerca dos erros de Davi, mas de extrairmos lições que nos ajudem na formação de nossos familiares?

 

I. DAVI FRACASSA NA FORMAÇÃO CULTURAL DOS FILHOS

1. Os valores dos filhos do mundo. Os hebreus tinham uma facilidade muito grande de assimilar os costumes das culturas vizinhas. De fato, esse foi um problema crônico que acompanhou o povo de DEUS ao longo de sua história. A fim de preveni-los desse mal, ainda no ministério mosaico, DEUS advertiu-os: "E não andeis nos estatutos da gente que eu lanço de diante da vossa face, porque fizeram todas estas coisas; portanto, fui enfadado deles" (Lv 20.23). Infelizmente a história irá mostrar que a absorção de tais costumes foi a causa principal da derrocada de Israel. No período dos reis, devido ao afrouxamento na observação dos princípios divinos, esse perigo se tornou mais ameaçador (2 Rs 17.19). Muitos costumes vividos por Davi, como o de possuir várias mulheres, refletem mais a cultura circundante de seus dias do que a cultura bíblico judaica. Lamentavelmente, foram alguns desses princípios valorativos que Davi deixou de herança para seus descendentes.

Uma coisa pode ser legal, isto é, amparada por um costume ou até mesmo por uma lei coercitiva; todavia, essa mesma coisa pode não ter apoio moral. Nos dias de Davi, era costume um monarca desposar várias mulheres. Culturalmente não havia nenhum problema nisso, mas teria essa prática apoio moral na Palavra de DEUS, que Davi tão bem conhecia? Davi e outros reis depois dele parecem ignorar aquilo que é moral para se ajustar àquilo que era convencionalmente aceito.

2. Os valores dos filhos do rei. Amnom possuía uma escala de valores invertidos, que se reflete, por exemplo, na ideia que ele tinha sobre a sexualidade humana. Totalmente dominado por uma paixão e concupiscência doentias, vejamos algumas de suas características:

a) Ele estava dominado pela atração física. O texto sagrado na versão atualizada declara que Amnom se "enamorou pela formosura" de sua meia-irmã Tamar (2 Sm 13.1). Mesmo naqueles dias, o culto ao corpo já era bem familiar nas culturas pagãs. Amnom não conseguia ver em sua meia-irmã a pureza de uma donzela filha do rei, mas contemplava-a como um objeto sexual.

b) Ele estava à procura de sexo. É muito fácil confundir sexo com amor e, uma paixão fugaz com um relacionamento. Entretanto, há uma diferença assombrosa entre ambos. Não devemos esquecer que Amnom era meio-irmão de Tamar e, portanto, deveria saber que um relacionamento entre eles era impossível (Lv 20.17). Mesmo diante da sugestão de Tamar, Amnom violenta-a e satisfaz, à força, o seu desejo de gratificação sexual, sabendo que isso não era permitido e teria a reprovação de Davi.

c) Ele demonstra ser um homem impulsivo e não racional. Os impulsos dominaram Amnom. Através da primeira carta aos Coríntios (capítulo 13), ficamos sabendo que o amor é mais um comportamento do que um sentimento. É sentimental, mas também racional. Tivesse Amnom a noção exata do que significa o verdadeiro amor, por certo não teria destruído a vida de sua irmã para satisfazer um desejo pessoal, egoísta e irracional.

 

II. DAVI FRACASSA AO NÃO IMPOR LIMITES

1. Davi não corrigiu o mal comportamento. Uma primeira leitura da vida e obra de Davi nos dá a nítida impressão de que ele era um rei extremamente zeloso, mas um pai omisso. Davi parece alimentar um ambicioso projeto expansionista, mas não demonstra esse mesmo interesse na administração de sua família. Essa omissão fica evidente quando ele, mesmo sabendo do ato detestável praticado por seu filho Amnom contra Tamar, sua filha, não toma nenhuma medida para corrigi-lo. O texto sagrado registra que, ao saber do acontecido, Davi ficou irado (2 Sm 13.21), e isso é perfeitamente compreensível. Todavia, que medidas ele tomou depois que as coisas esfriaram? Nenhuma.

Diante da impunidade, Absalão, irmão de Amnom e de Tamar, também filho de Davi, passou a odiar a "Amnom, por ter forçado a Tamar, sua irmã" (2 Sm 13.22). Certamente, Davi percebia esse ódio no rosto de Absalão e, se tivesse agido com justiça, corrigindo o incestuoso filho, é possível que as coisas não tivessem terminado daquela forma. Dois anos se passaram (2 Sm 13.23), e Davi nenhuma providência tomou acerca do caso. A sua omissão contribuiu para que o sentimento de vingança de Absalão crescesse e resultasse na morte de Amnom (2 Sm 13.28,29).

2. Davi não ensinou valores hierárquicos. Um dos fatores que ajuda estabelecer uma boa convivência familiar é o respeito pelos papéis familiares. Algumas atitudes dos filhos de Davi contradizem esse princípio. Primeiramente vemos uma forte ambição pelo poder, claramente demonstrada nas atitudes de Absalão e Adonias, que a todo custo queriam o lugar do pai. Este via sua autoridade real ameaçada pelas tentativas de Golpe de Estado planejada por seus dois filhos (2 Sm 15.1-18; 1 Rs 1.5-10). A Bíblia diz que Adonias "se exaltou e disse: eu reinarei" (1 Rs 1.5). A expressão "se exaltou" mantém o sentido na língua original de "levantar-se contra a autoridade constituída". Somente alguém sem nenhum respeito pela hierarquia, que neste caso é a do próprio pai, agiria dessa forma. É difícil imaginar isso acontecendo em uma família onde valores familiares, como respeito à autoridade paterna, são praticados.

 

III. DAVI FRACASSA COMO PAI

1. Um pai ausente. Um bom pai acompanha seus filhos de perto, orientando-os inclusive em relação às suas companhias. Os fatos ocorridos com Amnom revelam que, por trás do plano arquitetado para violentar sua meia-irmã, havia um "amigo" chamado Jonadabe, o qual o aconselhou a cometer tamanho crime (2 Sm 13.2-5). Jonadabe, que demonstra ser um mau caráter, atua como uma espécie de "pedagogo" para Amnom. Mas onde estava Davi? Nunca é demais dizer que os pais devem ser os melhores amigos dos filhos sem, contudo, serem seus cúmplices.

2. Um pai sem afetividade. O relacionamento entre Davi e seus filhos obedecia a um formalismo frio. A forma como ele tratou Absalão, após este ter assassinado Amnom, é uma prova disso. Depois de cometer o crime, Absalão fugiu para Gesur (2 Sm 13.38) e, três anos depois do fato ter acontecido, Davi ainda não lhe perdoara. Graças à intercessão de Joabe, Absalão volta ao palácio real, mas sem ter o direito de ver a face do pai (2 Sm 14.28). Após muita insistência, Absalão foi admitido na casa real. Davi, como gesto de perdão e admissão do filho, até o beijou, mas tal ato foi insuficiente para reparar os danos causados pela falta de afetividade do passado (2 Sm 14.33). Completando o círculo de desgraças, Absalão armou um Golpe de Estado e acabou morto (2 Sm 18.9-15).

 

CONCLUSÃO

Há por certo outras virtudes de Davi que ainda não contemplamos, todavia, essa análise às avessas visa nos alertar para os perigos que cercam nossas famílias. Seja como for, quer de forma positiva, quer de forma negativa, Davi nos ensina.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

YOUNG, Ed. Os 10 Mandamentos da Criação dos Filhos. RJ: CPAD, 2007.
GANGEL, K. O.; GANGEL, J. S. Aprenda a ser pai com o Pai. RJ: CPAD, 2004.

 

EXERCÍCIOS

1. Cite três atitudes que demonstram que Amnom não se pautava pelos valores bíblicos. R. Ele estava dominado pela atração física, à procura de sexo e demonstrava ser um homem impulsivo e não racional.

2. O que significa, segundo a língua original, a expressão "se exaltou"? R. Significa "levantar-se contra a autoridade constituída". 

3. À luz da história de Amnom, como os pais devem agir em relação às companhias de seus filhos? R. Um bom pai deve acompanhar seus filhos de perto, orientando-os inclusive em relação às suas companhias.

4. Os pais devem ser amigos dos filhos ou cúmplices? R. Os pais devem ser os melhores amigos dos filhos sem, contudo, serem cúmplices.

5. Comparando a forma de Davi educar com a sua, em que vocês mais se parecem e em que mais divergem? R. Resposta pessoal.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Histórico

"Disciplina é um componente necessário do amor (Hb 12.5,6). Obviamente, a disciplina paterna oferecida por cristãos no contexto da família deveria sempre ser amorosa - nunca aplicada com raiva. [...] Disciplina identifica o filho como um membro genuíno da família (Hb 12.7,8). A referência a pais terrenos nesses versículos indica novamente que DEUS nos ensina verdades espirituais através de ilustrações familiares. [...] Disciplina de pais humanos nunca é perfeita (Hb 12.9,10). A Escritura ensina que nós temos de reverenciar, ou honrar, pais que nos corrigem, mesmo quando eles fazem isso de forma imperfeita e às vezes mediante seus próprios padrões.[...] Disciplina sempre parece ser dolorosa na hora, mas no fim produz frutos (Hb 12.11). [...] Uma disciplina bem-sucedida requer paciência, persistência e uma visão clara do objetivo. Disciplina nem sempre significa fazer coisas para e por seus filhos. Às vezes pode significar exigir que eles façam coisas essenciais por si mesmos".

(GANGEL, K. O.; GANGEL J. S. Aprenda a ser pai com o Pai. RJ: CPAD, 2004, pp.141-2).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Os pais não estão somente criando filhos, mas construindo templos. Uma vez que os seres humanos são feitos para serem preenchidos com a presença de DEUS, os pais são construtores de templos, assentando uma fundação sólida de disciplina coberta por um telhado robusto de incentivo. Conectando a fundação (que dá estabilidade) ao telhado (que dá segurança), há duas robustas colunas chamadas estabilidade e firmeza.

(YOUNG, Ed. Os 10 Mandamentos da Criação dos Filhos. RJ: CPAD, 2007).

 

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Lição 11: Davi e a restauração do culto a Jeová

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 13 de dezembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Crônicas 16.7-14

7 - Então, naquele mesmo dia, entregou Davi em primeiro lugar o Salmo seguinte, para louvarem ao SENHOR, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos:

8 - Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos.

9 - Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas maravilhas.

10 - Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR.

11 - Buscai o SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente.

12 - Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca.

13 - Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos.

14 - Ele é o SENHOR, nosso DEUS; em toda a terra estão os seus juízos.

 

INTERAÇÃO

 

Prezado professor, nesta lição estudaremos a respeito da segunda tentativa de Davi de trazer a Arca que estava na casa de Obede-Edom. Davi havia aprendido a lição e desta vez preparou-se junto aos levitas, que eram pessoas separadas por DEUS para cuidar da Arca (Nm 4.4-15). Portanto, desta vez, a viagem até Jerusalém foi marcada não somente pela adoração e pelo louvor, mas também pelo respeito, reverência e obediência aos mandamentos de DEUS. Aprendemos, por intermédio desta lição, que adorar a DEUS exige reverência, pois é um ato de total rendição, gratidão e exaltação ao Senhor. Separe um tempo, na conclusão da aula, para que você e seus alunos adorem ao Senhor, pois só Ele é digno de receber toda a honra, glória e louvor.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, pergunte aos alunos o que entendem por adoração. Relacione suas respostas no quadro-de-giz. Depois, compare-as com as definições descritas abaixo.

 

O que é adoração

Adorar é um ato de rendição a DEUS - Sl 95.6; 2 Cr 29.30.

Adorar a DEUS é reverenciá-Lo com sinceridade e dedicação - Hb 12.28,29.

Adorar a DEUS é uma experiência interior - Sl 95.6,7.

Adorar a DEUS é estar unido a Cristo - Lc 22.14-20; Jo 15.1-10.

 

Palavra-Chave

Adoração: O sentido original sugere o ato de inclinar-se perante alguém, a fim de reverenciar, venerar ou adorá-lo.

 

COMENTÁRIO - introdução

É quase impossível lermos o Pentateuco sem que não nos impressionemos pela estrutura que ganha o culto no judaísmo. Somente uma revelação divina, como a que foi dada a Moisés, justificaria a existência de tantos símbolos presentes na adoração hebraica. O culto mosaico era extremamente ritualista, no entanto, era constituído de uma adoração enriquecedora. No início da monarquia, muitos desses símbolos foram esquecidos ou desprezados. É com Davi que observamos os primeiros passos rumo ao retorno da verdadeira adoração a Jeová.

 

I. O CULTO E O SEU PROPÓSITO

1. Adoração. A essência do culto está na adoração ao Senhor, e nunca é demais enfatizarmos essa verdade, pois adoração vazia significa culto frio e sem propósito. Adorar vem de uma palavra que significa "inclinar-se, prostrar-se em deferência diante de um superior". No contexto bíblico, portanto, essa palavra significa um prostrar-se diante de DEUS em reconhecimento à sua divindade.

Quando Davi se prontificou a trazer a Arca da Aliança (que se encontrava na casa de Obede-Edom) para Jerusalém, veio adorando a DEUS durante todo o caminho percorrido. O gesto de Davi, ao dançar, demonstra a atitude de um verdadeiro adorador. É o que vemos com a expressão "Davi [...] ia bailando e saltando diante do Senhor" (2 Sm 6.16). A palavra hebraica karar traduzida na versão atualizada como "dançar" significa também "girar", e demonstra a atitude jubilosa do segundo rei de Israel. Não devemos esquecer que essa dança (ou giro) era movida pelo Espírito; não foi algo ensaiado nem tampouco fruto de uma explosão carnal.

2. Comunhão. Outro elemento indispensável ao verdadeiro culto a DEUS e encontrado no culto davídico é a comunhão. Sem comunhão com o DEUS a quem servimos e com o nosso próximo, não é possível uma adoração verdadeira. Ainda quando Davi conduzia a Arca de DEUS a Jerusalém, observamos ele tomando uma atitude que demonstra uma característica importante de um verdadeiro adorador. Ao final do percurso, a Escritura afirma que Davi "repartiu a todo o povo e a toda a multidão de Israel, desde os homens até às mulheres, a cada um, um bolo de pão, um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho; então, foi-se todo o povo, cada um para sua casa" (2 Sm 6.19).

Ao dar esses presentes, Davi demonstra ao povo a fraternidade que deve existir entre os adoradores do verdadeiro DEUS. Na Nova Aliança essa comunhão é ainda mais fomentada, basta olharmos para os crentes no início da Igreja Primitiva (At 2.42). A comunhão é, pois, uma via de mão dupla, só a teremos com o Senhor se zelarmos pela comunhão com os nossos irmãos (1 Jo 2.9-11). Se quebrarmos nosso relacionamento com o próximo, não teremos comunhão com o Senhor (Mt 6.14,15).

 

II. O CULTO E SEUS UTENSÍLIOS

1. O altar do holocausto e do incenso. O altar mais conhecido no Velho Testamento é o do holocausto, isto é, destinado à realização dos sacrifícios. Esse altar era o local onde se derramava o sangue de um animal inocente para fazer expiação pelo pecado, lembrando com isso o sangue do Cordeiro de DEUS que seria sacrificado por toda a humanidade (Jo 1.29; Ap 1.5). Na Nova Aliança, em vez de sacrificarmos animais, fomos transformados em sacrifício vivo pelo Cordeiro de DEUS, que foi sacrificado por nós (Rm 12.1). Por outro lado, o "altar do incenso" tem sua simbologia ligada à oração e intercessão (Sl 141.2). Na Nova aliança a Escritura declara que esse incenso é a oração dos santos (Ap 5.8).

2. A arca. Na arca da Aliança eram guardadas as tábuas da lei e outros objetos sagrados, e a sua simbologia está associada à presença de DEUS (Êx 25.22). Infelizmente, nos dias de Samuel os israelitas haviam transformado a arca em uma espécie de amuleto, e tentavam usá-la como um fetiche (1 Sm 4.3). De nada adianta barulho sem poder, de nada vale um utensílio sagrado se não há obediência por parte de quem o conduz (1 Sm 4.5,10). Davi queria que a arca adquirisse nos seus dias a sua verdadeira simbologia.

 

III. O CULTO E SUA LITURGIA

1. A liturgia na Velha Aliança. O culto judaico possuía uma liturgia complexa e inflexível. Nos dias de Davi, muitos elementos dessa forma de adorar ainda continuavam. Isso é comprovado em todo o Velho Testamento, especialmente nas dezenas de regras que serviam para regulamentar o culto e que são mostradas com abundância no Pentateuco. O vocábulo liturgia é oriundo de duas palavras gregas, que são respectivamente leiton e ergon. A junção destes vocábulos significa literalmente serviço público. A Septuaginta usa esse vocábulo para traduzir os termos hebraicos sharat e 'avodah. Os estudiosos observam que no contexto do Velho Testamento a liturgia passa a ser aplicada a sacerdotes e levitas, que se ocupavam dos ritos sagrados no Tabernáculo ou no Templo. Tanto os sacerdotes quanto os levitas trabalhavam duro para darem conta do ritual litúrgico do culto judaico.

2. A liturgia na Nova Aliança. Os escritores do Novo Testamento tomam emprestado esse significado e o aplicam à estrutura do culto cristão. Assim, no contexto neotestamentário, o termo é utilizado para "cristãos servindo a Cristo, seja pela oração, ou instruindo outros no caminho da salvação, ou de alguma outra forma". De fato, é o que podemos observar quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos: "E, servindo eles ao Senhor" (At 13.2). Nesse contexto a palavra "servindo" é a tradução do grego leitourgeo, que no português é "liturgia".

A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto veterotestamentário, é extremamente simples. Incluía a leitura da Bíblia e sua explanação (At 13.14-16; 1 Tm 4.13); a oração (At 16.13; 1 Tm 2.8); a recitação de Salmos, cânticos de hinos e expressões carismáticas do ESPÍRITO SANTO (1 Co 14.26; Ef 5.19; Cl 3.16). Isso não quer dizer que os cristãos primitivos não se preocupassem com os rituais do culto e que fossem desprovidos de sentido. Devemos lembrar que há um contraste enorme entre o culto da Velha Aliança e o da Nova Aliança, o que justifica também essa diferença litúrgica.

Por exemplo, no Antigo Testamento a adoração era com base na letra; no Novo Testamento é no Espírito; No Antigo Pacto o sacerdócio é local e cabia à tribo de Levi; no Novo o sacerdócio é universal; no Antigo a unção do Espírito vinha especialmente sobre ofícios, isto é, reis, profetas e sacerdotes; no Novo o derramamento do Espírito é sobre toda carne; no Antigo a adoração é reservada ao Templo; no Novo há o "templo da adoração", isto é, cada crente é um santuário do ESPÍRITO SANTO; no Antigo o Espírito estava com os crentes; no Novo o Espírito está nos crentes. Esses fatos justificam a diferença na forma litúrgica, no entanto, conservam de igual modo a sua essência.

 

CONCLUSÃO

Aprendemos, pois como Davi organizou o culto a Jeová e nos deixou um legado de zelo e piedade. Devemos cultuar a DEUS, mas não de qualquer forma. A Escritura adverte que, tratando-se do culto ao Senhor, ele deve ser realizado e oferecido ao Eterno com decência e ordem (1 Co 14.40). Embora não estejamos mais debaixo dos preceitos da Velha Aliança concernentes ao culto, os princípios que os fundamentam - reverência, pureza, sinceridade -, devem nortear ainda hoje o nosso culto.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

KLAUBER, M. O Caminho do Adorador. RJ: CPAD, 2005.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

1. Qual é a essência do culto? R. A adoração ao Senhor.

2. Um culto sem essa essência significa o quê? R. Significa culto frio e sem propósito.

3. Nos dias de Samuel, como a arca estava sendo usada? R. Como uma espécie de amuleto, fetiche.

4. Explique em que consistia a liturgia no Antigo Testamento. R. Consistia numa liturgia complexa e inflexível.

5. Quais são as duas qualidades exigidas para a realização do culto? R. Decência e ordem.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico

"Na segunda tentativa de trazer a arca para Jerusalém, Davi preparou-se com os levitas, que eram servos escolhidos por DEUS para cuidar da arca. Eles deveriam se preparar, como DEUS tinha ordenado, para realizar uma tarefa sagrada. Uzá estava morto, não porque DEUS quisesse a arca em Jerusalém, mas porque ele não era um levita e tinha tocado a arca com suas mãos não santificadas.

A arca era a evidência da presença de DEUS com seu povo (cf. Êx 25.10-22, 1 Cr 13.6). A omissão de Saul em indagar de DEUS através dela revela seu menosprezo total ao significado do relacionamento com DEUS. Davi, entretanto, teve o cuidado de trazê-la para Jerusalém, o centro político e geográfico de Israel. Para Davi, o relacionamento com DEUS era de importância central, o coração vivo da nação. A advertência do cronista é tanto para os judeus pós-exilados em Judá como para nós. Ele é o foco e o centro de nossas vidas.

A Lei do Antigo Testamento é explícita. A arca deve ser levada em travessões, carregada somente por levitas (Nm 4.15). É bom estar ansioso por estar perto de DEUS, mas devemos ser cuidadosos em nos aproximarmos dEle da maneira como Ele ordenou. O mais profundo significado da arca encontra-se na sua cobertura. Feita de puro ouro e representando modelos de dois dos anjos que guardam a santidade de DEUS, a cobertura era o trono simbólico de DEUS".

(Adaptado de o Guia do Leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, pp.268-9).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

"Você deseja ser um adorador? Anseia por estar na presença de DEUS? Aspira ver a face do Pai? Isto só é possível através da salvação por Jesus Cristo. Não se pode adorar a DEUS sem a certeza dela. Não se pode louvá-Lo sem o perdão dos pecados. Não podemos nos aproximar do Pai, a não ser através de Jesus Cristo. Somente confessando-o como Senhor e Salvador das nossas vidas podemos alcançar o Pai.

Para adentrar à presença de DEUS e ter a sua comunhão, é necessário que o homem pecador obtenha reconciliação com Ele, que é santo. Se ainda não somos redimidos por Cristo e não estamos convictos de que a nossa relação com o Senhor está restaurada, não podemos entrar pela porta. E não podemos adorar a DEUS, ficando consequentemente do lado de fora.

Verifique sua vida. Certifique-se de que já entregou sua vida a Cristo como Salvador. Então, louve e adore ao DEUS da sua salvação. Mas lembre-se: adorar a DEUS às vezes requer esforço e sacrifício. Quantas chuvas e calor já impediram você de adorar a DEUS! Algumas pessoas olham para o guarda-roupa e queixam-se por terem de repetir as vestes da semana anterior e, por isso, deixam de ir à igreja para adorar a DEUS. Não permita que nada o impeça de adorar ao Senhor".

(KLAUBER, M. O Caminho do Adorador. RJ: CPAD, 2007, p.52).

 

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Lição 12: Davi e o seu sucessor

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos -  4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 20 de dezembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Crônicas 28.4-8

4 - E o SENHOR, DEUS de Israel, escolheu-me de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por príncipe, e a casa de meu pai, na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer rei sobre todo o Israel.

5 - E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o SENHOR), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do SENHOR sobre Israel.

6 - E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios, porque o escolhi para filho e eu lhe serei por pai.

7 - E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje.

8 - Agora, pois, perante os olhos de todo o Israel, a congregação do SENHOR, e perante os ouvidos do nosso DEUS, guardai e buscai todos os mandamentos do SENHOR, vosso DEUS, para que possuais esta boa terra e a façais herdar a vossos filhos depois de vós, para sempre.

 

INTERAÇÃO

Prezado professor, nesta lição, estudaremos a respeito da transição do reino de Davi para Salomão, seu filho com Bate-Seba. Não podemos esquecer que o reino de Israel pertencia ao Senhor, não a Davi. Os líderes de DEUS, levantados na atualidade, também precisam estar conscientes deste princípio bíblico: a obra pertence ao Senhor. Ele é o único dono. Não somos proprietários de nada, somos mordomos. Um dia teremos de prestar conta ao nosso Senhor. Não podemos nos esquecer que “formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes”. Davi, no momento certo, passa o cetro para o seu sucessor que, com certeza, já estava sendo preparado para esse momento. Salomão não era o filho mais velho de Davi, no entanto, isso não importava para o Senhor, pois o filho de Jessé também era o menor dentre seus irmãos. O Senhor havia escolhido a Salomão. DEUS escolhe e usa quem quer.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Mostre aos seus alunos os pontos fortes e fracos de Salomão. Explique que, enquanto Salomão buscou ao Senhor e procurou viver em santidade, obteve êxito, mas, ao deixar se levar pelos enganos do mundo, acabou errando o alvo e se desviando dos propósitos de DEUS para sua vida.

 

Palavra-Chave

Sucessão: Do latim sucessionis, passagem, transmissão de direitos. Na lição significa a continuidade da monarquia davídica.

 

COMENTÁRIO - introdução

Sabemos pela Escritura que o governo monárquico de Davi teve uma longa duração, cerca de 40 anos. Mas, como nenhum governo humano tem a capacidade de se perpetuar, chegou o tempo do segundo monarca de Israel passar o cetro para o seu sucessor. A história mostra-nos os últimos atos daquele que, sem dúvida, foi um dos maiores governos da história bíblica. Davi é um dos poucos personagens da Bíblia que tem a rara capacidade de nos causar admiração e decepção ao mesmo tempo. Admiração pela sua piedade e coração quebrantado; e decepção por haver falhado quando todos vibrávamos por seus acertos. Seja como for, o velho monarca conseguia ainda ouvir a DEUS e, por isso, foi capaz de preparar um sucessor.

 

I. UM SUCESSOR INDICADO POR DAVI, MAS ESCOLHIDO POR DEUS

1. As insubmissas escolhas humanas. A transmissão do reino a Salomão não aconteceu de forma tão amistosa e pacífica. Durante seu reinado, Davi teve que administrar alguns conflitos internos que provaram ser extremamente danosos. O mais impressionante é que os levantes contra a autoridade real, isto é, as tentativas de golpe de estado, não vieram, por exemplo, dos militares, mas de seus próprios filhos: Absalão (2 Sm 15.4) e Adonias (1 Rs 1.5). Nenhum deles havia sido escolhido por DEUS para suceder a Davi. De fato, o que observamos são homens ávidos pelo poder e que desejavam sentar-se no trono a qualquer custo. Eram escolhas e projetos meramente humanos para uma nação que tinha, de DEUS, um desígnio divino a cumprir (Sl 135.4).

2. A escolha divina. Quando Davi ainda fazia seu projeto para a construção do Templo, DEUS revelou ao profeta Natã que um de seus filhos, e não ele, seria o escolhido de DEUS para construir o Santuário (1 Cr 17.11-15). A profecia do texto de 1 Crônicas 17.11-15, refere-se primeiramente a Salomão, o herdeiro carnal de Davi, que levantaria posteriormente o Templo. Contudo, ela também aponta para o futuro e prediz o reino eterno do Messias, Jesus Cristo, o filho de Davi. Salomão, portanto, não chegou ao trono por uma simples indicação de Davi, mas por uma escolha divina (1 Cr 22.9), pois, mesmo antes de apresentá-lo ao povo, Davi já sabia dessa revelação divina.

 

II. UM SUCESSOR DE POUCA EXPERIÊNCIA, MAS QUE HERDOU UM GRANDE LEGADO

1. O legado político institucional. Sem dúvida um dos grandes legados que Davi deixou para seu filho Salomão foi o fortalecimento das instituições. Uma nação forte possui instituições sólidas. Não devemos esquecer que Israel, até os dias de Samuel, era apenas um aglomerado de tribos. Com Saul, a monarquia foi instaurada, todavia, por causa de seu governo desobediente a DEUS, não foi possível consolidá-la. No final do reinado de Davi encontramos as instituições de Israel bastante consolidadas. Observamos nos dias de Davi um exército bem montado, capaz de vencer grandes batalhas e uma guarda real bem aparelhada (1 Cr 18.14-17; 27.32-34). Outro fator que deve ser levado em conta é o sistema judiciário daqueles dias. O rei agia como o juiz do povo (1 Cr 18.14). Entretanto, ele nomeara oficiais e juízes para cuidar da política externa e dos negócios da coroa real (1 Cr 26.29-32). Davi foi hábil na organização até mesmo das minúcias do reino (1 Cr 27.25-31).

2. O legado religioso. O maior legado deixado por Davi ao seu filho Salomão foi o espiritual. Davi foi um homem que durante sua vida, demonstrou por diversas vezes que era dependente da orientação divina (1 Sm 23.2; 30.8; 2 Sm 2.1), e sabia, portanto, que o reinado do filho só teria êxito se Salomão agisse da mesma forma.

A chave para um reinado bem-sucedido estava no conhecimento e cumprimento das leis imutáveis de DEUS, por isso, Davi apela ao filho para que não se esqueça, durante o seu governo, de ser um homem apegado à Palavra de DEUS. Ele já havia discursado antes e lembrado toda a congregação de Israel de guardar todos os mandamentos do Senhor (1 Cr 28.8). O aviso fora dado e cabia ao seu filho, juntamente com seus súditos, observar esse importante legado (1 Cr 28.9).

 

III. UM SUCESSOR JOVEM, MAS DE GRANDE PIEDADE

1. Na vida privada. Como já constatamos, ao colocar Salomão no trono de Israel, Davi estava seguindo a orientação de DEUS. Todavia, como já vimos em outras lições, a decisão divina não anula nossas responsabilidades diante do Senhor. Esta é uma verdade bíblica incontestável (Dt 30.19). No início do seu reinado, Salomão respondeu bem à vocação divina e proferiu uma das mais belas orações da Bíblia; uma oração que agradou a DEUS (v.10). Após ser visitado pelo Senhor durante um sonho, Salomão ora a DEUS e, por meio de suas palavras e intenções, ele revela traços de seu caráter piedoso (1 Rs 3.3-15). Mas o que havia na oração do sucessor de Davi que tanto agradou ao Senhor?

a) Ele reconheceu os atributos divinos. Salomão reconheceu a benevolência de DEUS (v.6), e deu graças ao Senhor, pois era consciente de que estava no trono pela bondade do Altíssimo e não por causa de seus méritos.

b) Ele demonstrou humildade. Em sua oração, Salomão reconheceu que não passava de uma criança e que não sabia como se conduzir (v.7).

c) Ele demonstrou um grande senso de justiça e não foi egoísta. Salomão orou ao Senhor pedindo um coração sábio, a fim de que soubesse discernir o bem do mal (v.9). Neste particular Salomão se distancia das pessoas comuns, pois não desejou aquilo que parece ser o alvo de todos os homens: longevidade, posses, vingança (v.11). Na oração de Salomão percebemos que ser próspero e abençoado é algo que transcende a tudo isso.

2. Na vida pública. Algo que marcou o reinado de Salomão foi sua forma de administrar. Tal capacidade chamou a atenção da rainha de Sabá, que constatou esse fato ao visitar a Israel (1 Rs 10.1-13). A chamada rainha do Sul admirou-se da sabedoria de Salomão, da casa que edificara, de seus criados e dos sacrifícios oferecidos ao Eterno. O mais importante de tudo é que o êxito do reinado não foi atribuído unicamente a Salomão, mas ao seu DEUS, que foi glorificado na boca de alguém que não o servia (v.9).

 

CONCLUSÃO

Davi cumpriu a sua missão, mas antes de morrer foi sábio e preparou um sucessor. Embora estejamos separados de Davi por um longo espaço de tempo, os princípios por ele vividos ainda continuam válidos para hoje. A liderança de Davi foi bem-sucedida porque ele não viveu para si, mas para DEUS e para o próximo. Será que somos líderes com este perfil? Será que temos buscado esse tipo de vida?

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005.
DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2008.

 

EXERCÍCIOS

1. Qual era o desejo dos dois filhos de Davi que usurparam o trono? R. Eles desejavam o poder.

2. Além de Salomão, a quem se refere à profecia de 1 Crônicas 17.11-15? R. Aponta para o futuro e prediz o reino eterno do Messias.

3. Qual é a chave para um reinado bem-sucedido? R. Conhecimento e cumprimento das leis imutáveis de DEUS. 

4. Cite os elementos da oração de Salomão que agradaram a DEUS. R. Salomão reconheceu os atributos divinos, demonstrou humildade e senso de justiça.

5. Relacione o que aconteceu a Salomão, por ocasião da visita da rainha de Sabá, com o texto de Mateus 5.16, e avalie se estamos agindo como o sucessor de Davi.

R. Resposta pessoal.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico

 “O reino de Davi veio, completo, para as mãos de Salomão. Era uma área estimada em 128.000 quilômetros quadrados [...]. Sob o domínio de Davi, as condições domésticas em Israel permaneciam primitivas e patriarcais. Davi fez nascer a nação israelita; Salomão produziu o estado israelita. O seu governo era uma monarquia absoluta. Os membros do seu gabinete ampliado eram chamados de príncipes. [...] Ignorando as antigas divisões tribais, Salomão dividiu o país inteiro em 12 distritos administrativos, nove a oeste do Jordão e três a leste. Em cada distrito havia um oficial comissionado cuja responsabilidade era a de fornecer à corte provisões para um mês a cada ano. [...] Porém, várias políticas de Salomão não eram boas: (1) o trabalho forçado desorganizava a vida familiar do seu povo; (2) o comércio internacional trouxe deuses estrangeiros e encorajou a idolatria; (3) seu excessivo programa de construções superou os seus recursos; (4) sua corte esplendorosa cobrava excessivas taxas do seu povo, sobrecarregando a todos; (5) sua imensa poligamia chegava a ser uma tolice [...]. Embora indignado com Salomão, o Senhor, por sua graça, não lhe tirou o reino; mas tirou de seu filho . Mas o Senhor levantou ‘adversários’ a Salomão. O primeiro foi Hadade, o edomita, que tinha fugido para o Egito durante o reinado de Davi. [...] Mesmo com todas as fraquezas, Salomão [...] foi o responsável pelo estabelecimento do Templo como o santuário religioso central da nação”. (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006. pp.1740-42).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

“Adonias queria realmente ser rei de Israel. Afinal, ele era o filho mais velho de Davi vivo. Era bonito, talvez nobre na aparência - tanto assim que dois dos conselheiros de Davi (Joabe e Abiatar) deram-lhe apoio. Mas Davi já havia prometido seu trono a Salomão. Os sonhos e planos de Adonias foram em vão.

Isso não impediu Adonias. Desesperadamente aprisionado em seu próprio mundo, ele contratou um bando de homens da corte e carruagens para 'provar' que ele era o rei. Até realizou os sacrifícios oficiais esperados de um rei recém-coroado e enviou convites para sua própria coroação. Seu jogo quase funcionou, mas sua obstinação finalmente levou à sua morte.

Ele não conseguia reconhecer e nem trabalhar dentro de limites. Por qualquer motivo, estava indisposto a respeitar os desejos dos outros ou aceitar a vontade de DEUS quando essa contradizia a sua própria. Seu egocentrismo levou-o a desafiar seu pai, negar a soberania de DEUS e, eventualmente, morrer de forma precoce.

Siga seus planos dentro da vontade de DEUS, e não em vez de ou apesar dela. Os limites que Ele colocou sobre você só fará seus planos florescerem. Nossos desejos encaixam-se melhor dentro da vontade de DEUS”.

(KENDRICK, M.; DARY, L. 365 lições de vida extraídas de personagens da Bíblia. RJ: CPAD, 1999. p.148).

 

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Lição 13: Davi - Um homem segundo o coração de DEUS

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2009

Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS

Comentarista: José Gonçalves - Data: 27 de dezembro de 2009

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Samuel 13.13,14; 16.11,12; Salmos 89.20

1 Samuel 13

13 - Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou; porque, agora, o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.

14 - Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.

1 Samuel 16

11 - Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.

12 - Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.

Salmos 89

20 - Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.

 

INTERAÇÃO

“homem segundo o coração de DEUS”. Davi começou bem a sua carreira, teve alguns tropeços, no entanto, buscou a DEUS, colocou-se de pé novamente e terminou os seus dias bem, na presença do Pai. Aprendemos com isso que fazer a vontade de DEUS é o segredo para se ter uma vida bem-sucedida. A Palavra de DEUS diz que “Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi” (1 Rs 2.10). Que cada um de nós saiba também reconhecer os erros, arrepender-se deles e confessá-los, pois somente assim teremos cumprido nossa missão existencial.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Mostre aos seus alunos os principais acontecimentos da vida do “homem segundo o coração de DEUS”. Conclua perguntando à classe o que aprenderam de mais significativo durante o trimestre e que gostariam de relatar à turma.

 

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DA VIDA DE DAVI

Samuel unge Davi como o próximo rei. 1 Samuel 16.1-13

Davi torna-se músico de Saul. 1 Samuel 16.19-23

Davi enfrenta e derrota Golias. 1 Sm 17.48-58

Saul dá início à perseguição a Davi. 1 Sm 18.6-11

Davi casa-se com Mical, filha de Saul. 1 Sm 18.27

Davi foge para Nobe, e vai ter com o sacerdote Aimeleque. 1 Sm 21.1-10

Davi torna-se rei de Judá. 2 Sm 5.1-25

Davi é constituído rei de todo Israel. 2 Sm 1-2

Davi traz a Arca para Jerusalém. 2 Sm 6.1-23

A queda e a restauração de Davi. 2 Sm 11.2,4,5,14-17; Sl 51.1-19

Os últimos dias de Davi. 1 Rs 1.1-53; 2.1-10


Palavra-Chave

Servo: Aquele que não tem direitos, ou não dispõe de sua pessoa e bens.

 

COMENTÁRIO - introdução

O que tornou Davi um homem segundo o coração de DEUS? O que o distinguiu dos demais monarcas a ponto de sua vida servir de referencial para avaliar todos quantos vieram depois dele? Constantemente, encontramos expressões que classificam os reis como os que governaram bem porque andaram no “caminho de Davi” (2 Rs 22.2); e os que governaram mal, pois não fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, “como Davi” (2 Cr 28.1). Acreditamos que há indicações nas Escrituras que nos permitem identificar alguns traços do caráter de Davi, que o levaram a ser considerado pelo próprio DEUS um homem segundo o coração dEle.

 

I. UM HOMEM PRONTO PARA SERVIR (AT 13.36)

1. Davi serviu voluntariamente a sua geração. O texto de Atos 13.36 na versão atualizada traz a seguinte redação: “Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de DEUS, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção”.

Paulo faz uma importante afirmação sobre Davi quando diz que ele viveu para servir. Nessa declaração observamos o segundo monarca de Israel sendo um ajudador do povo, e não o contrário. O povo era o ator principal e Davi, o coadjuvante. Talvez isso nos surpreenda pelo fato de estarmos tão acostumados a contemplar, muitas vezes, os líderes sendo servidos e nunca servindo. Entretanto, a mensagem que resume bem o coração da Bíblia pode ser sintetizado na palavra “servir”. Servir foi a missão do filho de DEUS (Mt 20.28) e também a de seu ancestral humano, Davi.

2. Davi serviu a DEUS com propósito. Há outro fato sobre Davi registrado no texto de Atos 13.22 que merece a nossa reflexão: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade”. Essa Escritura é digna de uma atenção especial porque é o próprio DEUS que dá testemunho de Davi. É Ele quem declara que encontrou Davi e que este fará toda a sua vontade. Este rei serviu a sua geração, no entanto, o seu servir foi segundo a vontade de DEUS. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros. A vontade de DEUS aparece aqui como “o que se tem determinado e que será feito”. Este homem, com seu coração de servo, realizou aquilo que o Senhor esperava. Ele serviu à sua geração e, assim, pagou a dívida moral e política que tinha com esta. Todos nós, de alguma forma, somos devedores à geração que pertencemos. Por isso, é importante discernirmos o que o Senhor está pedindo de nós.

 

II. UM HOMEM PRONTO PARA CRER

1. O menor na casa de Jessé se tornou o maior em Israel. Segundo os melhores intérpretes, Davi deveria ter entre 15 e 20 anos na época em que foi ungido por Samuel como o futuro sucessor de Saul. Nessa ocasião, ele por certo não sabia da grandeza de que agora desfrutava como rei. Sem dúvida isso mostra a grande fé que Davi demonstrou no Senhor e nas suas promessas. Do ponto de vista humano, o futuro era distante e incerto, já que DEUS não lhe antecipara os detalhes da sua unção (1 Sm 16.11; 17.14,28).

2. O pequeno pastor que realizou proezas com o poder da fé. A fé de Davi o transformou em um grande homem. De fato, é a fé que está por trás de cada uma das suas ações. Uma das primeiras demonstrações públicas dessa confiança é quando ele enfrenta o gigante filisteu. A cena mais impressionante do combate é quando a Bíblia afirma que, “levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu” (1 Sm 17.48). Apesar de já termos visto em detalhes esse duelo, vale a pena relembrar que aos olhos naturais isso parecia uma corrida rumo ao suicídio, porém, na perspectiva de fé do jovem pastor, era a corrida da vitória.

 

III. UM HOMEM PRONTO A SE HUMILHAR

1. Quando buscou reconciliação com o Senhor. Davi era um homem de diálogo e pronto tanto para perdoar como para se humilhar. Sem dúvida essa era uma de suas maiores virtudes (Sl 34.18). Davi era um homem de temperamento forte, mas também de coração quebrantado. Podemos demonstrar isso com apenas dois fatos. O caso ocorrido com Bate-Seba, esposa de Urias (2 Sm 11-12), e o incidente do censo (1 Cr 21).

No primeiro e mais dramático caso, observamos Davi reconhecendo o seu erro e obtendo como resposta do profeta a garantia do perdão de DEUS. No Salmo 51, toda a sua interioridade é derramada diante de DEUS. Somente um homem realmente arrependido e com um coração quebrantado faz uma oração tão pura e sincera como a descrita naquele texto.

O caso do censo é relatado na Bíblia como algo que “pareceu mal aos olhos de DEUS” (1 Cr 21.7). Sendo cabeça do povo, o ato de Davi trouxe consequências terríveis para a nação, provocando a morte de milhares de pessoas por meio de uma praga enviada por DEUS. Tão logo se deu conta do mal causado, Davi quebranta-se mais uma vez diante do Senhor: “E disse Davi a DEUS: Não sou eu o que disse que se contasse o povo? E eu mesmo sou o que pequei e fiz muito mal; mas estas ovelhas que fizeram? Ah! SENHOR, meu DEUS, seja a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo de teu povo” (1 Cr 21.17).

2. Quando buscou reconciliação com o próximo. Pelo menos em duas situações específicas, Davi demonstra ser um homem disposto a construir relacionamentos. Primeiramente perdoando a Saul quando este o perseguia para matá-lo, e depois quando foi procurado no deserto por Abigail, esposa de Nabal, o carmelita (1 Sm 25). Quanto a Saul, como já vimos, seu ódio e fúria em relação a Davi não tinha apenas uma origem humana, mas também diabólica (1 Sm 18.10-12). No caso de Nabal, sua falta de cordialidade, diplomacia e bom senso, indignaram a Davi, que estava disposto a cometer uma chacina (1 Sm 25.13-17). Mesmo estando preparado para cumprir seu intento, Davi recebe Abigail, mulher de Nabal, que, por meio do diálogo, o convence de não o executar (1 Sm 25.18-35).

 

CONCLUSÃO

Davi foi o homem segundo o coração de DEUS, no entanto, como aprendemos, isso não significa que fosse isento de falhas ou imune ao pecado. Ele teve seus acertos, mas também seus erros. Os aspectos do caráter de Davi revelados nas Escrituras tornaram-no muito mais que um rei. Eles o transformaram em um líder-servo, um homem segundo o coração de DEUS, que até hoje ilustra as histórias bíblicas para as crianças, inspira vocações e serve de referencial para nós, adultos.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. Ed. 7. RJ: CPAD, 2008.
DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2008.

 

EXERCÍCIOS

1. Qual a mensagem que resume o “coração da Bíblia”? R. A palavra servir.

2. Quem é o nosso maior exemplo de servo? R. Jesus Cristo.

3. O que está por trás de cada ação de Davi? R. A fé inabalável em DEUS.

4. Ao perceber que DEUS feria o povo por causa do censo, qual foi a atitude de Davi?

R. Quebrantou-se mais uma vez diante do Senhor.

5. Se alguém lhe perseguisse, assim como Saul fez com Davi, você estaria disposto a perdoar-lhe? R. Resposta pessoal.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Histórico

“Os motivos de Davi

O mais significativo em toda a narrativa do censo e suas consequências é que Davi pôde perceber que a eira de Araúna, o jebuseu, deveria ser o local do templo de Yahweh (1 Cr 21.28-22.1). Obtendo esta percepção, passou a reunir os materiais e a mão-de-obra especializada para dar início às preparações da edificação que seu filho Salomão veria terminada.

O desejo de Davi de edificar um templo para Yahweh começou após Hirão, rei de Tiro, ter-lhe construído um palácio real, e a Arca da Aliança ter sido trazida para Jerusalém. Por várias razões, incluindo talvez a rebelião de Absalão, a obra não pôde ser executada naquele período. Agora, cerca de quatro ou cinco anos depois, o momento parecia propício, especialmente porque a eira de Araúna havia sido comprada e designada para esse propósito.

O motivo da intenção de Davi construir um templo é claro: ele vivia em um suntuoso palácio de cedro, enquanto Yahweh habitava em uma simples tenda (2 Sm 7.1,2; 1 Cr 17.1). É importante entender que, no antigo Oriente Médio, a soberania de um monarca não era totalmente reconhecida até que tivesse construído uma apropriada habitação. Se isto era verdade sobre os reis humanos, quanto mais o seria sobre os deuses, que, afinal, eram os verdadeiros reis sob os quais os governadores serviam!”.

(MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. 7 ed. RJ: CPAD, 2008.pp. 290-291).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Você deseja que DEUS faça em sua vida o mesmo que fez com Davi? Se a sua resposta for afirmativa, coloque-se no altar do ESPÍRITO SANTO; apresente sua vida àquEle que a todos transforma segundo a imagem de Cristo. Davi, o homem segundo o coração de DEUS, não era perfeito. Já é do seu conhecimento que este personagem, como servo de DEUS, soldado, pai e rei, teve muitas falhas e erros, mas colocou sua vida inteiramente nas mãos de DEUS. Ele não usou máscaras ou disfarces. Você tem se colocado por inteiro no altar do Senhor?

Davi conhecia ao Senhor e sabia que Ele era poderoso para livrar e transformar o homem pecador. Davi conhecia ao Senhor de modo pessoal, pois andava em sua presença. Conhecia ao Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle. Você conhece ao Senhor pessoalmente? Mantém um relacionamento diário com Ele? O fato de conhecer ao Senhor pessoalmente fez a diferença na vida do filho de Jessé. Para ser um homem ou mulher segundo o coração de DEUS, se faz necessário conhecê-Lo e viver inteiramente com Ele, obedecendo-Lhe em tudo. Que o Altíssimo continue a derramar ricas bênçãos sobre sua vida e família. Confie nEle e viva para a glória do DEUS Pai, Aquele que também o ungiu para uma grande obra.

 

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NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA - Lição 7, Betel, Davi – DEUS não rejeita um coração quebrantado, 4Tr25

 

Escrita Lição 7, Betel, Davi – DEUS não rejeita um coração quebrantado, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

EBD, Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | Tema: Personagens Bíblicos Virtuosos E Marcantes – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a DEUS diante das circunstâncias da vida | Escola Bíblica Dominical 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A origem do rei Davi

1.1. Davi, pastor de ovelhas e músico. 

1.2. Davi, unção e reinado. 

1.3. Davi derrota o gigante Golias. 

2- Davi, um pecador arrependido

2.1. Os pecados de Davi. 

2.2. Davi se arrepende. 

2.3. Davi foi sincero e grato. 

3- Davi, um homem segundo o coração de DEUS

3.1. DEUS conhecia Davi. 

3.2. Davi se submeteu a DEUS. 

3.3. Davi não tocava os ungidos do Senhor. 

 

TEXTO ÁUREO

“Os sacrifícios para DEUS são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó DEUS”. Salmo 51.17.

 

VERDADE APLICADA

Confiança, temor e disposição em obedecer ao Senhor em tudo devem caracterizar o viver do discípulo de CRISTO.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Conhecer a origem do rei Davi
- Ressaltar que Davi se arrependeu de seus pecados
- Compreender que Davi foi aceito por DEUS pelo arrependimento sincero.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA – Salmos 51.1-7

SALMO 51
1 Tem misericórdia de mim, ó DEUS, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos parece mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava- -me, e ficarei mais alvo do que a neve.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1 Sm 16.13 O ESPÍRITO do Senhor apoderou-se de Davi.
TERÇA | 2Sm 8.1-6 0 Senhor dava vitória a Davi em tudo.
QUARTA | 2Sm 24.24 Davi, um homem que valorizava as ofertas a DEUS.

QUINTA | Sl 78.70-72 Davi, de pastor de ovelhas a pastor de Israel.
SEXTA | Sl 89.20-24 DEUS manda Samuel ungir Davi.
SÁBADO | At 13.22,23 Davi, um homem segundo o coração de DEUS.


HINOS SUGERIDOS: 340, 501, 503

 

MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore para que possamos cultivar um coração quebrantado e contrito.

 

PONTO DE PARTIDA: Do campo para o trono

 

INTRODUÇÃO 

 O rei Davi é uma das figuras mais emblemáticas da história bíblica, conhecido por sua trajetória singular, que o levou de simples pastor de ovelhas a monarca de Israel. Pertencente à tribo de Judá, Davi ganhou destaque, inicialmente, ao derrotar o gigante Golias com uma funda e uma pedra, demonstrando coragem e fé inabaláveis.

 

1- A origem do rei Davi  

Davi nasceu em Belém, na Judéia, provavelmente em 1040 a.C. Era o mais novo dos oito filhos de Jessé, oriundo da tribo de Judá. Ele faz parte da genealogia de JESUS CRISTO, como registrado em Mateus 1.1: “Livro da geração de JESUS CRISTO, Filho de Davi, Filho de Abraão’: Sua vida foi marcada por uma combinação de triunfos, como a solidificação do reino de Israel, e de desafios pessoais, como o episódio com Bate-Seba.

 

1.1. Davi, pastor de ovelhas e músico  

Ainda jovem, Davi pastoreava os rebanhos de seu pai. Como pastor, aprendeu tanto a cuidar dos animais quanto a livrá-los de predadores. Chegou, inclusive, a matar um leão e um urso que estavam atacando as ovelhas (1Sm 17.33-35). O jovem Davi também era um excelente músico. Quando um espírito mau assombrava o rei Saul, ele era chamado para dedilhar sua harpa, fazendo os espíritos maus saírem de Saul, que logo se aquietava (1 Sm 16.16,17). Muitos Salmos são tradicionalmente creditados a Davi, e refletem a profunda relação que ele tinha com DEUS.

 

Comentário de O Antigo Testamento Interpretado (pág. 1181): “Buscai-me, pois, um homem que saiba tocar bem. Saul estava disposto a tentar tudo que pudesse ajudá-lo, pelo que ordenou que Davi fosse trazido para tocar. Pouco sabia ele que o músico que seria trazido à corte em breve haveria de substituí-lo como rei. Davi possuía dotes raros como poeta e, sem dúvida, como músico. É provável que alguns de seus primeiros salmos tivessem sido compostos enquanto observava as ovelhas do pai nas colinas e vales perto de Belém. Dons poéticos e musicais eram cultivados e desenvolvidos nos profetas da escola de Samuel”.

 

1.2. Davi, unção e reinado  

 Após rejeitar Saul, DEUS mandou Samuel ungir o novo rei dentre os filhos de Jessé. Samuel obedeceu à vontade de DEUS: tomou um vaso de azeite e foi a Belém, à casa de Jessé (1 Sm 16.1-3). Depois de passarem por ele todos os filhos de Jessé sem nenhuma confirmação do Senhor acerca do que seria ungido rei, Samuel perguntou a Jessé: “Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar’; 1 Sm 16.11. Assim, diante da confirmação do Senhor, Davi foi ungido rei (1 Sm 16.12,13).

 

Bispo Samuel Ferreira (1998): “Davi é ungido rei. Finalmente Samuel pôde conhecer Davi, que, segundo a descrição bíblica, era ruivo, formoso de semblante e de boa aparência (1 Sm 16.12a). Diante de Davi, Samuel ouviu o Senhor dizer: “Levanta-te, e unge-o, porque este mesmo é” (1 Sm 16.12b). No mesmo instante, Samuel tomou o vaso de azeite e derramou-o sobre Davi, ungindo-o perante seus irmãos (1 Sm 16.13a). A unção capacitou Davi para receber a presença do ESPÍRITO SANTO em sua vida: ‘ .. e desde aquele dia em diante o ESPÍRITO do Senhor se apoderou de Davi…”, 1 Sm 16.13b.

 

1.3. Davi derrota o gigante Golias  

 

Davi enfrentou o gigante filisteu Golias, que desafiava o exército de Israel. Enquanto os soldados temiam o guerreiro de quase três metros de altura, Davi, confiando em DEUS, rejeitou a armadura de Saul e as armas convencionais, pegou sua funda, cinco pedras lisas, e partiu para enfrentar Golias (1 Sm 17.30-40). Contrariando todas as expectativas, Davi acertou a testa de Golias, o derrubou e matou (1 Sm 17.48-51). Esse ato de coragem e fé não apenas garantiu a vitória de Israel, mas também marcou o início da ascensão de Davi como uma figura central na história do povo de DEUS.

 

Bispo Samuel Ferreira (1998): “A escolha de Davi coube ao Senhor. Ninguém se lembrava dele, pois estava no campo. Era o mais novo, considerado o mais fraco. Jessé não imaginava tal coisa, mas o testemunho bíblico diz: “Achei a Davi filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade’; At 13.22. Nos dias atuais, o Senhor ainda procura quem realmente queira fazer a Sua vontade (At 20.24).

 

EU ENSINEI QUE:

Diante da confirmação do Senhor, Davi foi ungido rei.

 

2- Davi, um pecador arrependido 

 

O pecado nos afasta de DEUS, e o perdão só é possível após o arrependimento e a confissão. Davi entendeu isso. Sem confissão, o ESPÍRITO SANTO se entristece e se afasta; e, sem o ESPÍRITO SANTO, não conseguimos viver como novas criaturas. A velha natureza adâmica volta a prevalecer na vida de quem perde o temor a DEUS.

 

2.1. Os pecados de Davi   

 

Davi, já rei de Israel, viu Bate-Seba, esposa de Urias, um de seus soldados, tomando banho e, movido pelo desejo, cometeu adultério. Ela engravidou, e Davi tentou encobrir seu pecado, ordenando que Urias retornasse do campo de batalha para casa; mas, diante da recusa de Urias, o rei arquitetou a morte do marido de Bate-Seba ao enviá-lo para a frente de combate (25m 11.14-17).

 

Davi pagou um alto preço pelo seu pecado dentro da sua própria casa e, principalmente, com os seus filhos. Todo pecado gera consequências, mesmo recebendo o perdão de DEUS. Infelizmente, há pessoas que têm dificuldades em lidar com as consequências de seus próprios erros. É preciso perseverar na presença do Senhor e, pela abundante Graça de DEUS, permanecer firmes na fé, mesmo vivenciando momentos difíceis.

 

2.2. Davi se arrepende    

 Os atos de adultério e assassinato desagradaram a DEUS. Porém, ao ser confrontado pelo profeta Natã, Davi se arrependeu: “Disse Davi a Natã: Realmente pequei contra o Senhor”, 2Sm 12.13. Assim, o rei mostrou consciência de que o pecado é uma afronta grave contra DEUS (Si 51.4). Ele reconheceu que precisava ser purificado, lavado do seu pecado para ter um coração puro e um espírito reto (S1 51.10). Apesar disso, as consequências do seu erro seguiram por toda a sua vida, refletindo a gravidade da sua transgressão (2Sm 12.10,11).

 

Pr. Valdir Alves comenta: “Os rituais externos não tiram pecados e não podem obter perdão. Os sacrifícios e trabalhos voluntários não tiram culpas nem condenação (Si 51.16). O perdão exige coração quebrantado e contrito diante de DEUS (Sl 51.17)”.

 

2.3. Davi foi sincero e grato   

 Davi prometeu fazer algo para DEUS depois de restaurado: ajudar outras pessoas a encontrar o perdão (S1 51.13). Davi se recusou a oferecer ao Senhor o que não lhe custasse nada (2Sm 24.24). Adorador por excelência, em quase todos os Salmos de sua autoria, Davi relatou a sua adoração exclusiva ao Senhor. No Salmo 15.2, ele descreve o verdadeiro cidadão do Céu: “Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração”.

 

Bispo Abner Ferreira (2013): “O que será que DEUS observou em Davi quando disse: “É este”? Na verdade, DEUS não está procurando homens perfeitos, porque eles não existem. Não há um justo sequer. DEUS procura pessoas íntegras. A palavra integridade é “thalnan” no hebraico, e significa: “completo, inteiro, que vive com simplicidade, sadio, sólido, forte”: Íntegro é o que somos quando não há alguém olhando, significa ser completamente honesto. Não significa uma pessoa que causa boa impressão, mas que é completa, sem máscaras”.

 

EU ENSINEI QUE:

Davi se recusou a oferecer ao Senhor o que não lhe custasse nada.

 

3- Davi, um homem segundo o coração de DEUS 

 

Diante da resistência de Saul em deixar que a vontade de DEUS norteasse sua vida (1 Sm 13.13,14), o próprio DEUS encontraria um homem disposto a agir conforme o Seu quer e, assim, seria o governante de Seu povo. Davi foi este homem (Sl 89.20). Escolhido, ungido e levantado por DEUS para ser rei de Israel. Preciosas lições podemos extrair a partir do estudo da vida deste homem.

 

3.1. DEUS conhecia Davi   

 DEUS conhecia a essência de Davi. Todos esta mos sujeitos às mesmas falhas que ele, porque todos pecamos e fomos destituídos da glória de DEUS (Rm 3.23). Ao se arrepender com sinceridade, Davi alcançou o perdão de DEUS, que o conhecia bem. Davi foi ungido rei de Israel ainda jovem e por vontade de DEUS. Isso significa que DEUS realmente não vê como nós vemos, porque Ele olha para o coração, enquanto nós vemos a aparência externa (1 Sm 16.7).

 

Pr. Valdir Alves, em Diamantes Lapidados, ressalta: “Um homem segundo o coração de DEUS não está isento de cometer falhas ou de pecar. Mesmo com as suas fraquezas, é uma referência de exemplo para nós. Homem segundo o coração de DEUS que influenciou a sua época e continua a influenciar. São muitas virtudes e qualidades que a Bíblia descreve a respeito de Davi. O ESPÍRITO de DEUS estava sobre ele”.

 

3.2. Davi se submeteu a DEUS  

 Davi recebeu o testemunho de DEUS por fazer a Sua vontade e guardar os Seus Mandamentos (At 13.22b). Ele não praticou idolatria, porque foi fiel ao seu DEUS. No curso da vida, ele pecou, se arrependeu e fez o que era bom aos olhos do Senhor. Davi depositava sua força no Senhor DEUS, como disse a Golias: “Eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o DEUS dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado”, 1 Sm 17.45.

 

Bispo Abner Ferreira (2013): “Diferente de Saul, Davi sempre buscou a orientação de DEUS. Prova disso é que, em 2 Samuel 2.1-4, vemos que ele pergunta ao Senhor para onde iria naquele momento. Não há detalhes específicos de como receberá a orientação, provavelmente pode ter sido por meio do Urim e Tumim – pedras guardadas na estola sacerdotal que Abiatar levava (1 Sm 23.6). Conforme a posição em que elas se encontrassem, indicaria a resposta do Senhor: “sim”, ou “não”. Davi nos ensina que buscar a orientação de DEUS é sempre a melhor opção. Infelizmente, não é o que acontece em nossos dias, em que pessoas buscam a vontade de DEUS em práticas questionáveis”.

 

3.3. Davi não tocava os ungidos do Senhor 

 Davi não estendeu a mão contra Saul, um ungido do Senhor (1 Sm 24.6). Ele não afrontou Saul nem mesmo depois de DEUS o ter rejeitado, e também não permitiu que seus soldados se levantassem contra Saul (1Sm 24.7,8). Agindo assim, Davi obedeceu ao Senhor, que nos alerta a não tocar os Seus ungidos (1Cr 16.22). Comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal: “Ungido do Senhor, essa expressão refere-se a Saul apenas quanto ao seu papel de rei de Israel; não significa que continuava agora na unção do ESPÍRITO SANTO. Davi não receberá instruções da parte de DEUS no sentido de remover Saul do trono, tirando sua vida (…)”.

 

EU ENSINEI QUE:

Ao se arrepender com sinceridade, Davi alcançou o perdão de DEUS.

 

CONCLUSÃO  

 Davi nos ensina a assumir e confessar nossos pecados com sinceridade, abrindo o coração para receber o perdão, ter paz interior e não perder a alegria da salvação. Sua história continua a nos inspirar por retratar um homem imperfeito, mas cujo coração era voltado para DEUS.