Escrita Lição 3, CPAD, Rute E Noemi, Entrelaçadas Pelo Amor, 3Tr24, comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A PROPOSTA DE NOEMI
1. Uma crise em família
2. Tirando força da fraqueza
3. Sem manipulação emocional
II – A CONVICÇÃO AMOROSA DE RUTE
1. Uma amizade provada e aprovada
2. Amizade na adversidade
3. Um amor prático
III – A CONVICÇÃO DA MULHER: “O TEU DEUS É O MEU
DEUS”
1.Uma fé fervorosa
2.Uma fé que inspira
3. Sensibilidade sob liderança
TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute:
Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu
fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é
o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.” (Rt 1.16)
VERDADE
PRÁTICA
Amar uns aos outros
sem nada exigir em troca evidencia que DEUS está em nós e nos une em
relacionamentos fortes e duradouros.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Hb 11.32-34 Tirando força da fraqueza, batalhando e se
esforçando
Terça - Pv 20.11 Quando a manipulação sutil se manifesta desde a
infância
Quarta - Pv 17.17 Quando um amigo é mais chegado que um irmão
Quinta - Mt 6.19-21; 1 Tm 6.17-19; Tg 5.1-6 A situação do rico diante do princípio da Palavra de
DEUS
Sexta - Tt 2.3-5 O papel das mulheres mais velhas na orientação das
mais novas
Sábado - Lc 24.1-10; Jo 20.11-18 As mulheres como testemunhas no ministério de JESUS
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.6-8; 14-19
6 - Então, se levantou
ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de
Moabe, ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.
7 - Pelo que saiu do
lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando,
para voltarem para a terra de Judá,
8 - disse Noemi às
suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor
use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e
comigo.
14 - Então, levantaram
a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou
a ela.
15 - Pelo que disse:
Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após
a tua cunhada.
16 - Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que
tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu
povo é
o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.
17 - Onde quer que
morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor
e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
18 - Vendo ela, pois,
que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.
19 - Assim, pois,
foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas
em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é
esta Noemi?
http://www.cpad.com.br/harpa-crista-grande-90-anos-luxocor-preta-/p
HINOS SUGERIDOS: 198, 200, 344 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO
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RESUMO
RÁPIDO DO Pr. Henrique
A ÉPOCA DA HISTÓRIA DE RUTE
A Palavra de DEUS lista 14 juízes que, sob a orientação divina,
lideraram Israel. Entre eles estão: Otniel, Eúde, Sangar, Débora, Gideão,
Tolá, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel. (Veja estudo do
contexto do livro de Rute abaixo).
Se Davi nasceu em 1040
(provável), então seu pai Jessé tinha por volta de 50 anos quanto ele nasceu +
70 anos de Obede (imaginando) = 120 anos - então 1040 +120 = 1160 - Então no
reinado de Tola ou Jair a época da história de Rute em Belém.
Não existe como saber ao certo, mas podemos supor que a história de Rute se deu
neste período entre o reinado de Tola e Jair.
POPULAÇÃO
DE MOABE FOI AMALDIÇOADA
Isso porque o povo de Amom e o de Moabe não haviam dado comida nem
água aos israelitas na sua viagem quando saíram do Egito. Em vez disso, esses
dois povos haviam pago a Balaão para amaldiçoar o povo de Israel. Mas o
nosso DEUS virou a maldição em bênção.
Dt 23.3 Nenhum amonita nem moabita entrará na congregação do
Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do Senhor
eternamente. 4 Porquanto não saíram com pão e água, a receber-vos no caminho,
quando saíeis do Egito; e porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor,
de Petor, de mesopotâmia, para te amaldiçoar. 5 Porém o Senhor
teu DEUS não quis ouvir Balaão; antes o Senhor teu DEUS trocou em bênção a
maldição; porquanto o Senhor teu DEUS te amava.
Isaías 16.13 Esta é a palavra que o Senhor falou contra Moabe
desde aquele tempo. 14 Porém agora falou o Senhor, dizendo: Dentro de três
anos (tais como os anos de jornaleiros), será envilecida a glória de Moabe, com
toda a sua grande multidão; e o restante será pouco, pequeno e impotente
Isaías 25.10 Porque a mão do Senhor descansará
neste monte; mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no
monturo. 11 E estenderá as suas mãos por entre eles, como as
estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez com as ciladas das suas
mãos. 12 E abaixará as altas fortalezas dos teus muros,
abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até ao pó.
Foi Um Tremendo Erro
De Elimeleque Buscar Refúgio Em Moabe, Assim Como Abrão Foi Para O Egito E
Depois Para Gerar E Seu Filho Isaque Seguiu Seus Passos Para Gerar Também - O
Enganador E Mentiroso Jacó Se Tornou O Patriarca De Israel.
DEUS não fez com que Elimeleque E SEUS FILHOS pecassem, mas ele
usou o pecado DELES para que seus planos se cumprissem.
A lei foi dada por
DEUS e escrita por Moisés cerca de 250 anos antes de Noemi permitir que seus
dois filhos a transgredissem se casando com mulheres moabitas. --------Dt 7.3
*Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não
tomarás suas filhas para teus filhos; 4 Pois fariam desviar teus filhos de mim,
para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós,
e depressa vos consumiria.
---Êx 34.11 Guarda o
que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os
cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus. 12 Guarda-te
de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não
seja por laço no meio de ti. 13 Mas os seus altares derrubareis, e as suas
estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis. 14 Porque não te inclinarás
diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; é um DEUS zeloso. 15 Para
que não faças aliança com os moradores da terra, e quando eles se prostituírem
após os seus deuses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, como convidado deles,
comas também dos seus sacrifícios, 16 *E tomes mulheres das suas filhas para os
teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que
também teus filhos se prostituam com os seus deuses.
--- Ed 9.2 porque
tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e assim se misturou a
semente santa com os povos destas terras, e até a mão dos príncipes e
magistrados foi a primeira nesta transgressão.
---Neemias 13.23 — *Vi também, naqueles dias, judeus que
tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas.
24 — E seus filhos falavam meio
asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.
25 — E contendi com eles, e os
amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz
jurar por DEUS, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não
tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos. 26 — Porventura, não pecou nisso Salomão, rei
de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo amado
de seu DEUS, e pondo-o DEUS rei sobre todo o Israel? E, contudo, as mulheres
estranhas o fizeram pecar.
----* Ne 10. 30 — e que não daríamos as nossas filhas aos
povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos
------ *** (2Co 6.14).
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a
justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
Chegou Trigo na
Padaria – Belém foi abençoada por DEUS e as colheitas estavam novamente sendo
prósperas. Certamente o povo de DEUS estava novamente naquela fase do
arrependimento de seus pecados, principalmente de idolatria (Ball e Aserá) e
promiscuidades sexuais (Era a época dos juízes em Israel).
Noemi ouviu falar que
DEUS estava abençoando novamente seu povo.
Alguns acreditam que o
período em que Noemi e Rute vieram a Belém foi próximo ao período em que Tola
governava como Juiz sobre Israel, antes de Jair assumir (não podemos afirmar).
Belém fica na Tribo de
Judá, onde também está Jerusalém a cerca de 8,8 km ao norte.
De ônibus, cerca de 30
minutos – custando cerca de 11,00 (2 dólares), linha 231.
O nome Belém no
hebraico é בית לחם; Beit Lehem – Casa de Pão (Padaria).
Quando Noemi saíra dali em companhia de seu marido Elimeleque e
seus dois filhos Malom e Quiliom, para Moabe, cerca de 10 a 12 anos atrás (O
tempo de vida de Elimeleque ali mais Cerca De 10 Anos Após A Morte De Elimeleque),
não havia trigo na padaria, ou seja, havia fome na Terra (provavelmente roubada
toda plantação pelos Filisteus ou Midianitas).
Quando ouviu as boas novas Noemi tomou a decisão de voltar para
donde nunca deveria ter saído. A caminhada era perigosa devido a salteadores e
guerrilheiros. Mesmo assim aquela pobre idosa viúva e desfilhada mulher sabia
que só havia esperança para ela em DEUS e entre sua gente (não seria por ter
falhado na fé junto com seu marido que passou por todo aquele sofrimento?). Não
teriam seus filhos pecado contra DEUS se casando com mulheres estrangeiras (Êx
34.11-16; Dt 7.3,4; Ed 9.2; Ne 10.30, 13.23-26; 2 Co 6.14)? Não existe maldição
sem causa (Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição
sem causa não virá.
Provérbios 26:2).
Noemi sabia que DEUS é misericordioso e haveria de perdoá-la por
apoiar seu marido e depois seus filhos naquela loucura. A solução, com certeza,
era voltar para a posição de antes de tudo isso. Belém, seu povo e seu DEUS.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as
primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei
do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Apocalipse 2:5
Ide, voltai cada uma à
casa de sua mãe.
Tanto Orfa quanto Rute
tinham mãe, mas seguiram sua sogra.
Eis que voltou tua
cunhada ao seu povo e aos seus deuses.
Orfa voltou para seu
povo idólatra, não tinha se convertido, mesmo vivendo entre israelitas.
Se estivesse voltando com seu marido vivo seria uma religiosa sem conversão.
Uma falsa crente.
Rute se converteu ao verdadeiro DEUS, mesmo passando por tragédias
que às vezes pensamos que só os descrentes passam. O verdadeiro crente
permanece firme na bonança, mas também na aflição.
DEUS estava com José em toda parte – na casa de Potifar, na cadeia
e no Palácio.
Gn 39.1 E José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó,
capitão da guarda, homem egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham
levado lá. 2 E o SENHOR estava com José, e foi homem próspero;
e estava na casa de seu senhor egípcio.
Gn 39.23 E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que
estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que fazia o
Senhor prosperava.
Gn 41.38 E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este
em quem haja o espírito de DEUS?
Gn 45.7 Pelo que DEUS me enviou adiante de vós, para conservar
vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
Por mais que os homens errem e pequem, DEUS fará cumprir seus
planos, mesmo que tenha que usar uma jumenta.
Nm 22.28 Então o Senhor abriu a boca da jumenta, a qual disse a
Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes?
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
RUTE 1 – NOEMI
RETORNA A BELÉM
REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL
– PECC | 3° Trimestre de 2021 | Tema: RUTE E ESTER – A Fé e a Coragem
das Mulheres - Comentário e Adaptação:
Berenice Araújo e Luzelucia Ribeiro
Texto Áureo
“Assim,
voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a
Belém no princípio da sega da cevada.” Rt 1.22
Leitura Bíblica
Para Estudo
Rute 1.6-22
Verdade Prática
A providência
de DEUS faz da longa e árdua caminhada um venturoso retorno ao lar.
INTRODUÇÃO
I. PERSONAGENS PRINCIPAIS Rt 1.20-21
1- Noemi Rt 1:20
2- Rute, a moabita RE116
3- Boaz Rt 2.1
II. RETORNANDO
A BELÉM Rt 6-18
1- Boas noticias de Belém Rt 1.6
2- O retomo das três viúvas Rt1.7
3- Declaração de Rute R1.18
III. CHEGADA EM
BELÉM Rt 1.19-22
1- A recepção em Belém Rt.1.15
2- A reação amarga de Noemi Ri 1.20
3- Época de colheita Rt 1.22
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional
Diário
Segunda – Rt 1.6
Terça – Rt 1.9
Quarta – Rt 1.10
Quinta – Rt 1.15
Sexta – Rt 1.19
Sábado – Rt 1.22
Hinos da Harpa:
204 – 193
INTRODUÇÃO
Rute é um livro
brilhante que nos convida a refletir sobre a questão de como DEUS está
envolvido nas alegrias e dificuldades do dia a dia de nossas vidas. A
providência de DEUS está evidenciada em cada cena dessa história aparentemente
mundana e comum, tornando real a grande história de redenção para esta família
e para o mundo inteiro.
I – PERSONAGENS
PRINCIPAIS (Rt 1.20; 2.1)
Os nomes são
significativos. Na maneira hebraica de pensar, saber o nome de uma pessoa é
conhecer o seu caráter, conhecer a pessoa. O nome é a pessoa. As três
personagens principais no livro são: Noemi, a matriarca judia; Rute, a jovem
viúva gentia; e Boaz, o agricultor solteiro israelita. Sem desmerecer
Elimeleque, Malom, Quiliom e Orfa.
1. Noemi (Rt
1.20) “Porém ela lhes dizia: Não me
chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o
Todo-Poderoso.”
Noemi significa
“amável, encantadora, agradável”. E o comovente significado deste nome
destaca-se mais tarde, quando Noemi volta de Moabe com sua nora Rute,
entristecida pelas experiências amargas que ela cria ter recebido da mão do
Senhor. “Não me chamem de Noemi”, ela diz às suas conterrâneas, “chamai-me
Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso” (1.20).
Noemi não tem
mais motivos para ficar em Moabe, e ela diz às suas noras que está voltando
para casa. Ela sabe que a vida de uma viúva e estrangeira em Israel é muito
difícil; e então, compele suas noras a ficarem. Orfa concorda: Rute, não. O
capítulo termina com Noemi propondo mudar o seu nome para Mara, que significa
amargura em hebraico, e ela lamenta o seu destino trágico. Noemi, em quem se
concentra este primeiro capítulo de Rute, ficou sozinha, sem lar, sem marido,
sem filhos, sem amigos, sem esperança, sem herança.
2. Rute, a
moabita (Rt 1.16) “Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque,
aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu
povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.”
O nome de Rute
significa “companheira”. Nas Escrituras, Rute é mencionada catorze vezes no
livro que leva o seu nome (na versão ARA) e uma vez em Mateus. Ela é uma das
mulheres mais importantes da Bíblia. Por causa de sua fé no DEUS de Israel,
veio a participar da genealogia de JESUS, o Messias prometido (Mt 1.5).
Como moabita, portanto gentia, ela não poderia pertencer a Israel (Dt 23.3).
Mas constitui-se uma exceção à regra, por sua excelência de caráter e também
por se declarar pertencente àquele povo e confessar a sua fé no DEUS de Israel
(Rt 1.16). Assim, também, são feitos os caminhos da providência divina. Rute
demonstra uma lealdade notável a Noemi e “Aonde quer que fores, irei eu e, onde
quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu
DEUS” (1.16). E assim, as duas retornaram juntas a Israel.
3. Boaz (Rt
2.1) “Tinha Noemi um parente de seu
marido, senhor de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava
Boaz.”
Boaz significa
“rapidez”. Ele era um fazendeiro israelita, abastado, que morava em Belém.
Muito respeitado na cidade. É o segundo marido de Rute. Boaz pertencia à tribo
de Judá, era parente de Elimeleque, o falecido marido de Noemi. É citado 28
vezes na Bíblia como pertencente à tribo de Judá, vindo a ser bisavô do rei
Davi.
A família era
de efrateus. Efrata é uma palavra geralmente associada com Belém. A família era
bem situada na cidade. Talvez pertencesse à aristocracia local, uma família
que, quando partiu para Moabe, era conhecida como de pessoas ricas (“Ditosa eu
parti”, 1.21). Mas a riqueza e o prestígio não são garantias de felicidade ou
de ausência de sofrimento. Certamente, quando Noemi voltou, não era uma pessoa
sem importância (1.19).
II – RETORNANDO
A BELÉM (Rt 1.6-18)
1. Boas
notícias de Belém (Rt 1.6) “Então,
se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta,
ouviu que o Senhor se lembrará do seu povo, dando lhe pão.”
Enfim, Noemi
ouviu a boa notícia de que o Senhor se lembrará do Seu povo, dando-lhe pão.
Depois das mortes e da pré-condição de extinção da família de Noemi, ao ouvir
essa notícia, inicia-se um novo período para redirecionar a sua
vida. Observe o movimento dela nos textos a seguir: “Então se dispôs
ela…voltou da terra de Moabe… saiu, pois ela” (Rt 16,7). Agora, ela tem o
domínio da situação e, com suas forças renovadas, faz o caminho de volta para
Belém, “a casa do pão”. Por sua atitude, Noemi mostra que sua fé em DEUS se
mantivera viva para seguir em frente, e então, lidera o êxodo do lugar onde
estava, e suas noras a seguiram.
2. O retorno
das três viúvas (Rt 1.7) “Saiu, pois,
ela com suas duas noras do lugar onde estivera; e, indo elas caminhando, de
volta para a terra de Judá.”
As três
mulheres seguem estrada afora, quando inesperadamente, Noemi suplica às suas
noras: “Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe”. Pode-se inferir que, enquanto
caminhava, Noemi refletia sobre o futuro de suas noras e não desejava que elas
se sacrificassem por causa dela. Em Belém, ela não poderia garantir que elas
tivessem um lar; mas em Moabe, na casa dos pais, elas teriam maior
probabilidade de se casarem novamente.
Noemi deseja a
bênção do Senhor sobre elas, e disse: “Que o Senhor use convosco de
benevolência”. E ainda, pede que o “Senhor lhes de que sejais felizes, cada uma
em casa de seu marido”: isto é, que o Senhor as guiasse a novos casamentos,
para seguirem suas vidas felizes e em segurança. Assim, Noemi coloca suas noras
nas mãos de DEUS. Em seguida, Noemi se despede, beijando Orfa e Rute; e elas,
porém, choraram em alta voz. Dada a intensa emoção, pode-se intuir que as três
mulheres choraram, como em uma lamentação de luto. Pelas circunstâncias, talvez
elas nunca mais iriam se ver novamente.
As noras, Orfa
e Rute, declararam lealdade à sogra quando disseram que pretendiam voltar com
ela para o seu povo, e esperavam que Noemi aceitasse a decisão delas. Assim
acontece a primeira conversa entre as mulheres, no caminho de retorno.
3. Declaração
de Rute (Rt 1.16) “Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque,
aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu
povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.”
Noemi tenta
convencer Rute e Orfa a voltarem para Moabe. Com uma questão hipotética – “Sou
veIha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: tenho esperança ou
ainda que esta noite tivesse marido e tivesse filhos, esperá-los-eis até que
viessem a ser grandes? Abster-vos-fez de tomardes marido?” E prossegue: “Não,
filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor
descarregado contra mim a sua mão.” (1.13). Novamente as mulheres choram em voz
alta, mas desta vez, “Orfa, com um beijo se despediu de sua sogra” e ‘voltou ao
seu povo e aos seus deuses”, foi para casa de sua mãe. Diferentemente, Rute se
apegou à sua sogra, decidida a ficar junto dela, numa manifestação de profundo
vínculo emocional e de lealdade.
Depois de ouvir
em silêncio as ordens de Noemi, Rute se manifesta pela primeira vez na história
e diz: “Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te”. Para
Rute, voltar era abandonar Noemi e deixá-la mais vulnerável ainda. E fez uma
declaração de fidelidade à sua sogra: que iria seguir e viver com ela; que
estava disposta a renunciar à sua terra natal e aos seus deuses e
identificar-se com o povo e o DEUS dela; que permaneceria pelo resto da vida
com ela e que até mesmo seria sepultada na mesma sepultura. E finaliza com um
juramento, em nome do DEUS de Israel, sua lealdade para com Noemi e o
reconhecimento de Javé como o seu DEUS (v.16).
Assim, a
primeira fala de Rute para Noemi pode ser sintetizada assim: “Onde quer que o
futuro nos leve, eu ficarei ao seu lado e fiel ao seu DEUS”. A partir daquele
ponto, ambas seguiram caminho para Belém de Judá
III –
CHEGADA EM BELÉM (Rt 1.19-22)
1. A recepção
em Belém (Rt 1.19) “Então, ambas se foram, até
que chegaram a Belém: sucedeu que, ao chegarem all, toda a cidade se comoveu
por causa delas, e as mulheres diziam: Não é esta Noemi?”
Os detalhes da
viagem não foram contados, somente por algumas palavras têm-se algumas pistas.
O escritor também omitiu o nome de Noemi e de Rute, referindo-se a elas como “as
duas”, “ambas”, para dizer que elas formaram um par, que estavam unidas a uma
sorte em comum – “Então, ambas se foram, até que chegaram a Belém”.
Sucedeu que ao
chegarem ali, à porta da cidade, Noemi e Rute entraram em Belém e, juntas,
iniciaram uma nova fase de vida. Elas são recebidas pela cidade, que se comoveu
ao ver Noemi abatida física e emocionalmente, sem o marido e filhos.
2. A reação
amarga de Noemi (Rt 1.20) “Porém ela lhes
dizia: não me chameis Noemi; chamai-me Mara, por que grande amargura me tem
dado o Todo-Poderoso.”
Ao chegar a
Belém, provavelmente, Noemi viu os lugares que seu marido teria frequentado e
os filhos a brincar. As lembranças dos seus entes queridos lhe aprofundaram a
tristeza. As mulheres que a recebiam com entusiasmo também lhe trouxeram muitas
recordações, inclusive do significado do seu nome – “agradável ou bela”. As
lembranças de um passado feliz eram incompatíveis com a vida desventurada, no
presente. Tudo isso contribuiu para uma reação abrupta de Noemi às mulheres que
a chamavam pelo nome.
Então,
protestou: “Não me chameis Noemi” (agradável); um nome que não combinava com o
que ela sentia. Ela queria mesmo era ter um nome que refletisse sua profunda
dor emocional e exigiu que a chamassem de Mara, que significa
amarga. Noemi também compara a sua condição do passado com o presente,
dizendo: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre”.
3. Época de
colheita (Rt 1.22) “Assim, voltou
Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no
princípio da sega da cevada”.
Para demarcar o
tempo em que a volta de Noemi ocorreu, o escritor menciona a colheita da
cevada. Para concluir, lembre-se que o primeiro capítulo começa dizendo que
houve uma fome na terra (v.1) e termina com o registro do começo da sega da
cevada (v.22). DEUS, que conhece o fim desde o começo, foi paciente com Noemi,
que se sentia de mãos vazias e nem podia reconhecer que Rute era a portadora da
provisão que faria suas mãos cheias.
APLICAÇÃO
PESSOAL
A providência
de DEUS transforma a longa e sofrida caminhada em um venturoso retorno ao lar.
E na confiança em DEUS que podemos experimentar Sua provisão, pois só Ele pode
transformar os nossos infortúnios em bênçãos, segundo o Seu eterno propósito.
RESPONDA
1) Quais são as
três personagens principais no livro de Rute? Noemi, Rute e Boaz
2) Qual o
significado do termo “Belém”? A
casa do pão
3) Como Noemi
queria ser chamada, quando de seu retorno a Belém? Mara
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CONTEXTO DO
LIVRO DE RUTE – ÉPOCA DE JUÍZES
JUÍZES 17.6 Naqueles
dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos. (Jz
21.25).
DEUS levanta pessoas, em diferentes tempos, para conduzir o seu
povo, e a ausência de um líder pode trazer sérios prejuízos.
Ao morrerem os líderes que serviram a Josué, o compromisso dos
israelitas com o Senhor caiu no esquecimento. Em vez de se afastar dos cananeus
restantes, como o Senhor ordenara, os israelitas colocam os inimigos derrotados
no trabalho forçado, ou, simplesmente se recusam a atacá-los em seus redutos.
Cedo, os israelitas estavam se casando com povos da terra, e muitos adotaram
deuses e costumes pagãos.
O livro de Juízes traça a ruína política e espiritual de Israel. O
volume todo do livro atravessa sete ciclos padronizados que caracterizam a
época. Os ciclos envolvem: Pecado, quando os israelitas se voltam para
idolatria e abandonam a Lei de DEUS; servidão, quando os israelitas permitem a
um inimigo oprimir seu povo; súplica, quando Israel desesperado volta-se para DEUS
confessando seu pecado e pedindo por socorro; salvação, quando a pessoa de um
líder carismático (um juiz) derrota os opressores; e silêncio, um período de
descanso durante o qual o juiz ajuda Israel a permanecer fiel ao Senhor.
Os personagens centrais do livro de Juízes são:
Otniel, Débora, Gideão, Jefté e Sansão.
O livro de Juízes oferece um registro importante de um longo
período da história de Israel. Ele mostra uma época de “altos e baixos” do povo
de DEUS, um tempo marcado pelo declínio espiritual, moral e social. Um olhar
mais atento sobre este Livro nos permite dizer que um dos principais fatores
para tal decadência foi a ausência de uma liderança constante à frente de
Israel. Na lição deste domingo, estudaremos as consequências da falta de uma
liderança permanente estabelecida por DEUS.
Os juízes mencionados neste livro são: Otniel, Eúde, Sangar,
Débora, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom e Sansão. Eli e Samuel
pertencem a este grupo seleto, mas os seus feitos não são registrados no livro
de Juízes. Sendo assim, quatorze é o número de juízes registrados nas
Escrituras. Os juízes foram pessoas escolhidas por DEUS para governar o seu
povo. A função deles não era herdada, como os reis e sacerdotes, mas se tratava
de uma escolha direta de DEUS. Os juízes não tinham a função de interpretar a
Lei, mas a responsabilidade de cumpri-la e levar o povo a fazer o mesmo. Cada
um desses juízes foi levantado em um tempo de grande aflição para Israel. Sob a
autoridade e o poder de DEUS eles realizaram grandes feitos, desempenhando um
importante papel ao longo de, aproximadamente, 410 anos.
O contexto social dos juízes. Os
juízes atuaram em um período que pode ser bem compreendido e bem definido pelas
seguintes expressões: “não havia rei em Israel” (Jz 18.1) e “cada um fazia o
que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25). Estas declarações revelam um povo
sem a presença de um líder permanente, e que, em função disso, acreditava que
era livre para fazerem o que bem desejasse.
A desobediência foi uma marca no tempo dos juízes. Sem a presença e
a referência de um líder, o povo de Israel se desviou dos Mandamentos do
Senhor, foi indiferente às obras que DEUS havia realizado por ele e por seus
pais, mas, além disso, negligenciou a comunhão com DEUS, pois o livro de Juízes
registra vários episódios nos quais Israel esteve mergulhado na idolatria. Os
juízes foram levantados por DEUS em uma época de frieza espiritual, confusão
social e declínio moral.
Os Juízes foram líderes carismáticos comandantes de rebeliões contra
opressores estrangeiros e líderes espirituais e políticos da nação ou de uma ou
mais das suas áreas tribais. Como os reis mais tarde, um juiz exercia poder
associado com as três divisões do governo: legislativo, administrativo e
judiciário.
A FALTA DE UM LÍDER
1. O problema. Sabemos que liderar é o mesmo
que conduzir pessoas, orientando-as nas mais diferentes situações da vida. Tal
conceito nos mostra que a liderança é essencial para o sucesso de um
empreendimento e o bem-estar de uma sociedade. Todo grupo social, sem uma
liderança, está fadado ao desastre, assim como Israel no tempo dos juízes.
Certa vez, o Senhor JESUS vendo uma multidão se compadeceu dela “porque andavam
como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36). A percepção de JESUS a respeito
daquela multidão expõe pelo menos duas importantes lições: 1) devemos cuidar
para que haja líderes que se importam com o rebanho; 2) a falta de líderes
segundo o coração de JESUS é uma tragédia.
A situação na qual o povo de Israel foi submetido no período dos
juízes, somada à atitude e às palavras de JESUS aqui expostas, é suficiente
para mostrar o quão grave e problemática é a caminhada do povo de DEUS sem a
presença permanente de uma liderança estabelecida pelo Senhor.
As consequências gerais. Quais são
as consequências, para o povo de DEUS, que a falta de uma liderança
estabelecida por Ele pode causar? Segundo a experiência de Israel no período
dos juízes, podemos apontar os seguintes efeitos: as pessoas ficam sem ter uma
direção e se tornam como um barco à deriva; o povo passa a ter a ideia errônea
de que é livre para fazer o que bem entender, prejudicando o próximo, a si
próprio e a nação como um todo; as pessoas ficam mais vulneráveis aos ataques
dos inimigos e a toda a sorte de males.
O registro dos acontecimentos narrados no livro de Juízes é
cíclico, pois a história se repete muitas vezes, ou seja, Israel cai na
idolatria, DEUS subjuga Israel a outros povos; Israel clama em meio ao
sofrimento e DEUS os livra por meio de um juiz (Jz 3.7-9).
Ao que parece, uma das formas de DEUS corrigir o seu povo é
privando-o de líderes que o represente. Da mesma forma, quando Ele quer
abençoar e recompensar o seu povo, DEUS o presenteia com líderes segundo o seu
coração (Jr 3.14,15). Como Igreja do Senhor, devemos clamar a Ele, pedindo que
nunca falte líderes espirituais cujo caráter seja ilibado.
As principais consequências. As
consequências da falta de uma liderança permanente são inúmeras, porém as
principais, de acordo com o livro de Juízes são: a confusão social, o caos
moral e a apostasia. O povo de Israel se esqueceu do concerto com o Senhor que
o havia resgatado do Egito. O povo, sem direção, passou a caminhar pela senda
da idolatria e da devassidão. Como forma de punição pelos pecados, era oprimido
e saqueado por diversos povos inimigos.
Quais são as consequências de quando não se tem uma liderança
efetiva
A FALTA DE UM LÍDER
1. Confusão social.
2. As pessoas, erroneamente acreditam que podem fazer o que bem
entenderem, gerando caos.
3. Caos moral e apostasia.
Uma das formas de DEUS corrigir o seu povo é privando-o de líderes
que o represente.
A SOLUÇÃO
1. A inevitável necessidade de transição. A
obra de DEUS não é feita por uma pessoa apenas. DEUS decidiu conduzir o seu
povo por meio de homens. Contudo, sabemos que todos os homens têm as suas
limitações e que toda a liderança é passageira, pois o tempo passa para todos,
indistintamente. Sendo assim, a transição é inevitável e deve acontecer segundo
a orientação do Senhor. Assim como Moisés, o líder precisa ter desprendimento e
compromisso com o futuro da obra de DEUS (Nm 27.15-21) e apresentar ao Senhor aquele
que será escolhido para tal tarefa de sucedê-lo (Dt 31.1-8).
O líder que prepara o sucessor demonstra reconhecer as próprias
limitações, a dependência de DEUS e o amor à sua obra. Grandes líderes tiveram
o cuidado de trabalhar na transição de suas lideranças, dentre os quais se
destacam a ousadia de Elias, quando DEUS escolheu a Eliseu como o seu sucessor
(1Rs 19.19).
O investimento nos mais jovens. DEUS
nunca teve problemas em usar pessoas, independentemente de suas idades
cronológicas. O Senhor falou com Samuel enquanto ele era bem jovem, pois o
sacerdócio havia se corrompido (1Sm 3.1-14). Davi era um menino quando foi
separado e ungido para substituir Saul. Jeremias se considerou uma criança
diante da incumbência de ser um profeta e Timóteo enfrentou dificuldades por
ter exercido o ministério pastoral sendo ainda tão jovem (Jr 1.6,7; 1Tm
4.12-14). É preciso preparar as crianças, os adolescentes e os jovens para que,
futuramente, venham servir ao Senhor exercendo uma liderança que glorifique o
seu nome.
Josias tornou-se rei de Judá, com a idade de oito anos, após o
assassinato de seu pai, o rei Amom, e reinou por 31 anos, a partir de 641/640 à
610/609 a.C. Ele também é um dos reis mencionados na genealogia de JESUS no
Evangelho de Mateus 1.10.
Deixando um legado positivo. O
que é um legado? Segundo o Dicionário Houaiss significa “o que é
transmitido às gerações que se seguem”. Partindo deste significado podemos
afirmar que o legado de alguém é algo que o tempo não é capaz de desfazer.
Também, podemos concluir que legado não tem relação só com bens materiais, mas
com princípios, valores e exemplo de vida. Não podemos também nos esquecer de
que, nas Escrituras Sagradas, alguns líderes deixaram um “legado” de dor e
sofrimento e não podem ser vistos como um referencial a ser seguido. Tomemos
como exemplo o rei Acabe e a rainha Jezabel, símbolos da idolatria e apostasia.
Outro exemplo é o “legado” de Sansão. Este jovem foi chamado pelo Senhor para
libertar o seu povo da mão dos filisteus, mas decidiu não seguir o exemplo de
seus pais e abandonou os princípios bíblicos para fazer suas próprias escolhas
e seguir sua vontade (Jz 13.5,8,14,24,25). Ele menosprezou a capacidade e o
poder que o Senhor lhe concedeu.
Jefté derrotou os amonitas, mas, durante a batalha, fez um voto
precipitado ao Senhor, com base no qual foi obrigado a sacrificar sua
filha querida como holocausto. Ao contrário dos deuses pagãos, DEUS não deveria
ser adorado com sacrifícios humanos (Dt 32.17; Sl 106.37-38).
Toda liderança precisa estar consciente da responsabilidade de se
deixar uma “herança” frutífera para as próximas gerações até que CRISTO venha.
SUBSÍDIO III
Professor(a), escreva a seguinte frase no quadro: “Líderes
cultivam líderes” (Stan Toler). Em seguida discuta com os alunos se eles
concordam ou não com o que foi escrito e o porquê. A reflexão tem como objetivo
ajudar os alunos a compreenderem que precisamos investir na formação dos jovens
para que futuramente tenhamos líderes “segundo o coração de DEUS”, que vão
deixar um legado para as próximas gerações.
CONCLUSÃO
Aprendemos, nesta lição, a respeito da importância e o valor do
líder segundo o coração de DEUS e também as consequências da falta de uma
liderança.
É necessário preparar os adolescentes e os jovens para que,
futuramente, venham servir ao Senhor exercendo uma liderança que glorifique o
seu nome.
HORA DA REVISÃO
1. Quem é o autor do livro de Juízes?
Sua autoria é desconhecida.
2. Qual a realidade de Israel no tempo dos juízes?
Sofrimento, clamor e a resposta ao Todo-Poderoso.
3. Segundo a lição, o que se propõe o livro de Juízes?
O livro de Juízes se propõe a advertir a respeito do perigo e dos
prejuízos de um povo desprovido de uma liderança.
4. Cite três juízes de Israel.
Otniel, Débora e Sansão.
5. O que significa um legado?
“O que é transmitido às gerações que se seguem”.
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BOAZ-RUTE-NOEMI (Pr.
Henrique – EBD NA TV)
BOAZ um dos
ascendentes de Jesus (Mateus 1:5), prefigurou nosso Salvador por suas atitudes.
Ao aceitar o papel de resgatador, ele demonstrou bondade e compaixão. Jesus, na
sua misericórdia e graça, veio ao mundo para servir como resgatador, o redentor
de todos que o buscam para a salvação. BOAZ UM TIPO DE CRISTO
RUTE é um tipo de
Igreja (gentios que eram idólatras e se converteram e foram remidos por CRISTO
- comprados por seu sangue.
NOEMI é um tipo de
Israel (amaldiçoados por se misturarem com idólatras, mas através deles
recebemos o remidor – “a salvação vem dos judeus”)
Um Breve Estudo No
Livro de Rute
Esboço e Breve
reflexão
Um Breve Estudo no
Livro de Rute
Pastor Washington
Roberto Nascimento
O Título
¨ 1. O título em português é o mesmo em
Hebraico, רוּת - (lê-se: rut) - língua original;
Grego: Ρουθ - (lê-se: ruth); Latim Ruth.
¨ Em todas as
demais línguas que a Bíblia se encontra traduzida o título é o mesmo.
¨ 2. O título
diz respeito ao principal personagem do livro: Rute (1:4).
Data
¨ 1. O livro
foi escrito quando Davi já era rei de Israel, ou pelo menos já ungido por
Samuel (Rute 4:22), ano 1000 a.C.
¨ 2. O
acontecimento narrado no livro é do tempo dos juízes, cerca 1100 a.C (Rute
1:1).
Autoria
¨ 1. Não há
nenhuma indicação clara e direta sobre a autoria deste livro nele ou em outra
parte da Bíblia.
¨ 2. A tradição
judaica (Talmude) diz que o seu autor foi Samuel.
Esboço
¨ 1. Rute
decidindo (1).
¨ 2. Rute
servindo (2).
¨ 3. Rute
esperando (3).
¨ 4. Rute
recompensada (4).
Jesus e o Livro de Rute
¨ 1. Este livro
fala do goel גֹאֵל - (lê-se: goel) - o remidor - (Rute 2:20; 3:9; 4:14).
2. Boaz foi o goel - o
remidor de Rute. Ele aponta para Jesus e Rute aponta para a Igreja. Deus é
apresentado na Bíblia Hebraica (no Antigo Testamento) como o goel - o remidor -
de Israel e todos os povos. Estude esse assunto com atenção.
¨ 3. Esta
palavra: goel, aparece 22 vezes neste livro.
(Rute 2:20; 3:9; 3:12
(2x); 3:13 (4x); 4:1; 4:3; 4:4 (5x); 4:6 (5x); 4:8; 4:14)
¨ 4. Para ser
goel - גֹאֵל
- (lê-se: goel) - era necessário:
¨ 4.1. Ser
parente (Deuteronômio 25:5; João 1:14; Romanos. 1:3).
¨ 4.2. Ter
condições de pagar o preço (Rute 2:1; I Pedro 1:18,19).
¨ 4.3. Ter
vontade de pagar o preço (Rute 3:11; Mateus 20:28; João 10:15,18).
Notas Gerais
¨ 1. Versículo
chave: Rute 1:16.
“Disse porém Rute: Não me inste para que te deixe, e
me obrigue a não seguir-te, porque onde quer que tu fores irei eu, e onde quer
que pousares à noite ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o
meu Deus”.
¨ 2.
Significado dos nomes:
¨ 2.1. Belém –בֵּית לֶחֶם
- (lê-se: bet lerrem) - Casa de Pão (Rute 1:1).
¨ 2.2.
Elimeleque –אֱֽלִימֶלֶךְ- (lê-se: elimelerr) - Meu Deus é Rei (Rute
1:2).
¨ 2.3.Malom – מַחְלֹון
- (lê-se: marlon) - Doente (Rute 1:2).
¨ 2.4. Quiliom
–כִלְיֹון - (lê-se: rilion) - Fraqueza (Rute 1:2).
¨ 2.5. Orfa – עָרְפָּה-
- (lê-se: hirpa) -Teimosia (Rute 1:4).
¨ 2.6. Rute – רוּת- (lê-se:
rut) - Amizade (Rute 1:4).
¨ 2.7. Noemi – נָעֳמִי - (lê-se: noemi) - Prazer (Rute 1.3).
¨ 2.8. Mara – מָרָא-
Amargura (Rute 1:20).
¨ 3. Por que
este livro foi escrito?
¨ 3.1. Para
falar, em linguagem poética, sobre a família do Rei Davi.
¨ 3.2. Para
mostrar as bênçãos que recebe uma estrangeira, mulher, quando ela se apega ao
Deus de Israel e assim passa a fazer parte do povo do Senhor.
¨ 3.3. Para
combater a discriminação, o nacionalismo exacerbado.
¨ 4. De acordo
com a lei uma moabita não poderia fazer parte do povo de Deus (Deuteronômio
23:3). Em Rute nós temos a revelação da graça do Senhor, ela faz parte da
família de Jesus (Mateus 1:5).
¨ 5. Onde
abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5:20).
¨ 5. A
tipificação – os tipos.
¨ 5.1. Boaz
tipifica Cristo.
¨ 5.2. Rute
tipifica a Igreja.
¨ 5.3. Moabe
tipifica o mundo.
¨ 5.4. Belém
tipifica a comunhão com Deus.
¨ 6. Que a
Igreja de Jesus Cristo seja a Belém para todos que têm fome de pão (João 6:48).
“Eu sou o pão da vida”, disse Jesus.
Pastor Washington
Roberto Nascimento
O Livro de Rute – Uma
breve reflexão
Pastor Washington
Roberto Nascimento
Em termos literários
podemos dizer que o Livro de Rute é um dos mais lindos romances da Literatura
Mundial! Trata-se de uma tocante história de amor, sem usar a palavra amor.
Na Bíblia há apenas
dois livros com nomes de mulheres, um é Rute; o outro é Ester. O Livro de Rute
conta a história de uma gentia que casou com um judeu. O Livro de Ester conta a
história de uma judia que casou com um gentio.
O primeiro versículo
do livro de Rute parece com as manchetes de uma notícia trágica e muito
familiar em nossos dias – o problema da fome.
O governo desastroso e
instável dos juízes levou à fome. Belém — a cidade do pão — torna-se a cidade
da fome. Quanta ironia! Que paradoxo!
O problema da fome tem
a ver com o problema da pobreza, que tem como causa a injustiça social,
desigualdade social extrema, guerras, crises econômicas e governos corruptos,
ineficientes na administração dos recursos financeiros dos impostos e taxas,
dos recursos humanos e dos recursos naturais.
A falta de segurança
alimentar – fome – provocou a migração forçada de toda a família de Noemi, a
sogra de Rute.
O livro de Rute é
sobre esses temas presentes no mundo ainda hoje: a pobreza, os famintos, a
mulher, a pessoa idosa, a viúva, o estrangeiro, etc. Todos esses assuntos são
delicados e desafiadores.
A migração forçada é
uma jornada de tristeza caracterizada por enormes desafios. Há o problema da
língua, da cultura como um todo, da falta de moradia (os sem tetos),
vulnerabilidade de toda sorte, riscos à saúde, enfermidade e morte.
O livro de Rute fala
de todos esses problemas mencionados acima que aviltam a vida humana. Esse
assunto não se encontra apenas no livro de Rute e não ficou no passado
distante. Esse é um tema presente ao longo da Bíblia e porque não dizer da
história da humanidade. O primeiro livro da Bíblia, Gênesis, fala sobre fome,
migração e os seus riscos.
É importante deixar
claro que a fome e a falta de lugar para morar não são problemas que apenas
atingem os estrangeiros em nossa terra ou países distantes. Esses problemas
estão presente em nossas famílias, igreja, escola, bairro, cidade, estado e
nação, entre familiares e amigos. Eles têm a ver com a falta de justiça eficaz,
políticas públicas de educação, saúde, segurança e moradia. Revela uma nação
sem Deus, um mundo sem Deus e, consequentemente, sem justiça e sem
solidariedade.
A inclusão de Rute na
história de Israel é algo singular que tem muito a nos ensinar ainda hoje sobre
esse tema: inclusão.
A inclusão de Rute se
revelou como a solução de uma triste situação envolvendo fome, migração, doença
e morte. Ela reconstruiu uma família que estava destruída e não apenas isso.
Ela foi importante na construção de uma sociedade, um país, um governo bom.
O heroísmo altruísta
de Rute traz salvação não apenas para ela, sua sogra Noemi e sua família, mas
também para o povo judeu como um todo. Ao deixar tudo o que sabe para trás e
iniciar corajosamente uma nova família, Rute transforma a catástrofe em um futuro
vibrante. Ao dar à luz Obede (Rute 4:17), o avô de Davi, Rute abre caminho para
a dinastia davídica — um governo de “justiça e retidão” (II Samuel 8:15), que
não apenas representa o reino dos céus, mas também traz consigo a capacidade de
cada indivíduo habitar “seguro, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua
figueira” (I Reis 4:25). Nas mãos de Rute, a fome foi abolida e segurança,
sustentabilidade e justiça foram estabelecidas.
Rute enfrentou o
desconhecido e forjou uma nova nação, com coragem, fé, esperança e amor. Deus a
abençoou com a fertilidade - por meio dela nasceu o rei Davi, de onde temos
Jesus - para garantir o futuro da nação, abençoar Israel e todos os povos da
terra.
Rute desceu à eira e
desafiou Boaz a romper com as normas aceitas para se casar com uma moabita e se
tornar seu parceiro na construção da nação. Ao trabalhar e desafiar as normas
de sua sociedade, ela propõe a inclusão como um modelo para o avanço comunitário.
Que coragem! Que exemplo!
Rute transformou a
exclusão e opressão em inclusão e oportunidade. Ela foi um agente, nas mãos de
Deus, de mudança positiva da família, da comunidade, da nação, do mundo. Tudo
isso a partir da sua família.
Empoderar pessoas que
estão excluídas como Rute estava, e promover a inclusão de mulheres e homens
nessa situação, não apenas liberta tais pessoas de alienação e opressão, mas
também permite que contribuam para a transformação positiva da sociedade em um
ambiente mais humano, mais solitário.
Ao longo da história
temos visto que a inclusão de mulheres em todos os níveis da sociedade reduz
conflitos e fortalece governos estáveis. A Bíblia nos ensina como alcançar com
a graça de Deus os que estão marginalizados de acordo com a história de Rute.
Em Cristo Jesus
encontramos, de maneira extraordinária, a graça de Deus revelava alcançando a
todos os marginalizados em termos sociais, culturais e religiosos.
O livro de Rute fala
do importante papel das mulheres na tomada de decisões como um dos fatores mais
importante para melhorar a situação da família. Podemos, por extensão, dizer a
mesma coisa sobre a igreja, a escola, o ambiente de trabalho, a nação e o mundo
como um todo. O importante papel da mulher não deve ignorado, sob pena de
perdas enormes.
Rute nos ensina algo
revolucionário. A salvação de nosso lar ou de nossa Igreja, escola, sociedade,
não tem que ser apenas com homens, reis, líderes masculinos fortes ou mesmo
patriarcas.
Rute não é uma pessoa
egoísta. Ela é cheia de bondade; é altruísta; tem o amor conhecido no Antigo
Testamento como - חֵסֵד - (lê-se ressed), e no Novo Testamento - ἔλεος
- (lê-se: éleos) – o amor/misericórdia/graça de Deus revelado em Cristo Jesus,
o amor sacrificial.
Rute Abraão tem muito
em comum. Ambos são retratados como migrantes corajosos que deixam a terra de
seus pais para embarcar em viagens desconhecidas, movidos pela fé, esperança e
amor.
O Livro de Rute tem
apenas quatro capítulos. No primeiro capítulo, Rute está decidindo a sua vida.
No segundo capítulo, Rute está servindo. No terceiro capítulo, Rute está
esperando. No último capítulo, Rute está recompensada.
Rute aparece na
genealogia do Rei Davi e na genealogia de Jesus Cristo, o Filho de Deus (Mateus
1). Esta mulher gentia, pobre e sofrida foi alcançada pela graça de Deus. Ela
faz lembrar a história de milhares de crentes. Ela confirma a verdade bíblica
da história da redenção: onde aumentou o pecado, transbordou a graça (Romanos
5:20). Que Deus abençoe a sua vida como abençoou a vida de Rute. Um forte
abraço.
Pastor Washington
Roberto Nascimento
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Escrita Lição 3, CPAD, Rute E Noemi, Entrelaçadas Pelo Amor,
3Tr24, comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A PROPOSTA DE NOEMI
1. Uma crise em família
2. Tirando força da fraqueza
3. Sem manipulação emocional
II – A CONVICÇÃO AMOROSA DE RUTE
1. Uma amizade provada e aprovada
2. Amizade na adversidade
3. Um amor prático
III – A CONVICÇÃO DA MULHER: “O TEU DEUS É O MEU
DEUS”
1.Uma fé fervorosa
2.Uma fé que inspira
3. Sensibilidade sob liderança
TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute:
Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu
fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é
o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.” (Rt 1.16)
VERDADE
PRÁTICA
Amar uns aos outros
sem nada exigir em troca evidencia que DEUS está em nós e nos une em
relacionamentos fortes e duradouros.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Hb 11.32-34 Tirando força da fraqueza, batalhando e se
esforçando
Terça - Pv 20.11 Quando a manipulação sutil se manifesta desde a
infância
Quarta - Pv 17.17 Quando um amigo é mais chegado que um irmão
Quinta - Mt 6.19-21; 1 Tm 6.17-19; Tg 5.1-6 A situação do rico diante do princípio da Palavra de
DEUS
Sexta - Tt 2.3-5 O papel das mulheres mais velhas na orientação das
mais novas
Sábado - Lc 24.1-10; Jo 20.11-18 As mulheres como testemunhas no ministério de JESUS
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.6-8; 14-19
6 - Então, se levantou
ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de
Moabe, ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.
7 - Pelo que saiu do
lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando,
para voltarem para a terra de Judá,
8 - disse Noemi às
suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor
use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e
comigo.
14 - Então, levantaram
a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou
a ela.
15 - Pelo que disse:
Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após
a tua cunhada.
16 - Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que
tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu
povo é
o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.
17 - Onde quer que
morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor
e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
18 - Vendo ela, pois,
que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.
19 - Assim, pois,
foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas
em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é
esta Noemi?
http://www.cpad.com.br/harpa-crista-grande-90-anos-luxocor-preta-/p
HINOS SUGERIDOS: 198, 200, 344 da Harpa Cristã
PLANO DE
AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição tem o
propósito de, como ponto de partida da relação de amizade entre Noemi e Rute,
nos ensinar o valor de uma amizade em DEUS mediante a maturidade da vida
cristã. A história de Rute e Noemi se contextualiza a partir de uma crise
familiar. Desta, desabrocha uma linda amizade que terá como resultado o
aparecimento do rei do Davi, bem como a linhagem do Senhor JESUS no Novo
Testamento. Esse entrelaçamento de amor tem tudo a ver com o advento do nosso
Salvador. A amizade de Noemi e Rute não diz respeito apenas a Davi, mas também
ao aparecimento do Rei JESUS.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a proposta de Noemi; II) Abordar a convicção amorosa de Rute em
relação a sua sogra; III) Refletir a respeito da convicção de Rute: "o teu
DEUS é o meu DEUS".
B) Motivação: A lição
desta semana traz um ponto muito importante no primeiro tópico: "sem
manipulação emocional". Noemi apresentou toda a sua amargura e tristeza
diante da circunstância que se abateu sobre ela. Entretanto, isso não foi capaz
de fazer com que ela aprisionasse emocionalmente suas duas noras. A escolha de
Rute em ficar com a sogra foi de livre e espontânea vontade, jamais por pressão
de Noemi. Essa maturidade emocional de Noemi é uma imagem poderosa do Antigo
Testamento a respeito do equilíbrio e maturidade que podemos desenvolver por
meio do Fruto do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.22,23).
C) Sugestão de Método:
Após a exposição da lição, retome os pontos da Convicção de Fé da Mulher e do
Amor Prático relatados ao longo da lição. Faça uma revisão e aplicação desses
dois assuntos. Para finalizar a aula, sugerimos que você desafie a classe para
que, na semana subsequente, cada aluno(a) faça uma ação que revele o amor
prático, alinhado com o ensino da Palavra de DEUS, em relação a uma pessoa do
relacionamento dele(a). Na próxima aula, colha o relato dessa experiência, de
modo que toda a classe seja edificada com essa atividade.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Convicção de fé e prática do amor são duas lições que podem ser aplicadas de
maneira concreta na vida do aluno. No mundo de incertezas, convicções de fé
mediante a Palavra de DEUS trazem consolo; num contexto de apatia coletiva, o
amor prático nos desperta para a vida.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 98, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação e
desenvolvimento de sua aula: 1) O texto "Perfil da Personagem",
localizado depois do primeiro tópico, apresenta um panorama da vida de Noemi; 2)
O texto "A devoção de Rute", ao final do último tópico, destaca que a
decisão de Rute foi orientada por sua fé em DEUS.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Já fizemos uma visão panorâmica do livro de Rute.
Agora, vamos caminhar por seus capítulos e versículos, focados nos principais
personagens da obra: Rute, Noemi e Boaz. Nesta lição, estudaremos o
relacionamento entre Noemi e Rute, duas mulheres unidas por um amor profundo e
uma intensa mutualidade. O caráter voluntário da doação pessoal de sogra e nora
é um extraordinário exemplo de abnegação e amizade sincera.
PALAVRA-CHAVE
- Amor
I – A PROPOSTA DE NOEMI
1. Uma crise em família
É importante considerar as circunstâncias da vida de
Noemi para entender o valor e o significado de seus atos. Principal provedor da
casa, seu marido Elimeleque (no hebraico, “Meu DEUS é Rei”) havia morrido. Seus
filhos Malom (“doença”) e Quiliom (“definhamento”) casaram-se e tiveram morte
prematura, deixando viúvas as moabitas Rute (“amizade”) e Orfa (“pescoço”).
Considerando a expressão que os nomes tinham na Antiguidade, é bastante
provável que Malom e Quiliom não tivessem boas condições de saúde desde o
nascimento. A vida de Noemi (“agradável”) tornou-se amarga, como ela mesma
diria tempos depois, preferindo ser chamada de Mara (“amargosa”) (Rt 1.20).
2. Tirando força da fraqueza
Todas as pessoas, inclusive as cristãs, estão
sujeitas a dias maus (Ec 7.14). A diferença é como cada uma se comporta em meio
às tempestades da vida (Ef 6.13; Mt 7.24-27). Noemi não escondeu seus
sentimentos, mas também não os explorou, com autopiedade ou autocomiseração.
Quando soube que DEUS havia abençoado o seu povo, “se levantou” com suas noras
para voltar a Belém (Rt 1.6,7). Ela teve uma atitude de liderança, mesmo em
meio à tristeza e dor que sentia pela perda do marido e dos filhos. A distância
entre os campos de Moabe e Belém era superior a 120 quilômetros. Idosa, Noemi
soube tirar força da fraqueza subindo e descendo das montanhas, em tempos tão
remotos (Hb 11.34). Se tivesse se entregado aos seus sentimentos, jamais teria
tomado uma decisão tão desafiadora. Os problemas da vida não podem nos
paralisar (Pv 24.10).
3. Sem manipulação emocional
Rute e Orfa decidiram prontamente acompanhar a sogra.
Mas tão logo começaram a viagem, Noemi decidiu liberá-las, para que voltassem à
casa dos pais (Rt 1.7,8; 2.11). Mesmo de avançada idade, Noemi pensou primeiro
em suas noras e no futuro delas. De volta às suas origens, Rute e Orfa poderiam
casar novamente e constituírem família (Rt 1.8-13). Noemi assumiu sua condição
pessoal, sem apelar aos sentimentos das noras. Esse tipo de conduta é
fundamental para a construção de relacionamentos saudáveis. A manipulação
emocional é sutil e costuma se manifestar desde a infância (Pv 20.11). O pecado
não escolhe idade. Pessoas emocional e espiritualmente sadias não são
manipuladoras.
SINÓPSE I - A crise familiar
de Noemi traz lições a respeito da perseverança e do bem-estar emocional.
AUXÍLIO
VIDA CRISTÃ - “PERFIL DA PERSONAGEM
Histórico
• A esposa de
Elimeleque.
• A mãe de Malom e
Quiliom.
História
• Sua família, por
causa da fome, mudou-se para Moabe (1.1).
• Seu marido e filhos,
enquanto estavam em Moabe, morreram (1.3,5).
• Rute recolheu
espigas nos campos de Boaz, um parente distante, para prover sustento para ela
e Noemi (2.1-2).
• Noemi buscou
segurança para Rute, encorajando-a a se aproximar de Boaz, o parente-remidor
dessas mulheres (“o remidor” da família, 3.1-5).
• Ela cuidou de seu
neto, o filho de Rute com Boaz e avô do rei Davi (4.13-17).
Lições de Vida
• Noemi, apesar de
seus amargos desapontamentos, perseverou em sua fé.
• A jornada de fé traz
recompensas, quer na terra quer na eternidade”
(Bíblia de Estudo da
Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.448).
II – A CONVICÇÃO AMOROSA DE RUTE
1. Uma amizade provada e aprovada
Orfa amava Noemi, mas seu sentimento e força moral
não eram tão fortes quanto os de Rute. Quando a sogra disse pela segunda vez
que voltassem para a casa dos pais, Orfa se convenceu de que isso era o melhor
para ela. Chorando, abraçou Noemi e voltou para seu povo. Rute, porém, se
apegou a Noemi (Rt 1.14). A firmeza e o altruísmo de Noemi novamente se
revelam. Ela insiste para que Rute faça o mesmo que sua cunhada (Rt 1.15). A
atitude de Noemi extraiu o que havia no mais íntimo de Rute: uma convicção
amorosa por sua sogra, além de uma declaração de fé no DEUS de Israel: “[...]
aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali
pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS” (Rt 1.16). As
verdadeiras amizades resistem às mais intensas provas.
2. Amizade na adversidade
A convicção amorosa de Rute é mesmo surpreendente.
Salomão escreveu que “o amigo ama em todos os momentos; é um irmão na
adversidade” (Pv 17.17). Rute estava disposta a enfrentar toda e qualquer
dificuldade ao lado da sogra viúva e idosa. As expressões “onde quer que
pousares à noite, ali pousarei eu” e “onde quer que morreres, morrerei eu” (Rt
1.16,17) demonstravam o grau de companheirismo e comprometimento da jovem
moabita. E isso não ficou somente em palavras; transformou-se em atitudes
concretas por toda a vida. Nesses dias de tanto individualismo, qual tem sido o
nível de nossos relacionamentos?
3. Um amor prático
Chegando a Belém, Rute não ficou parada, envolta em
expectativas fantasiosas. Encarando a realidade, prontificou-se a um trabalho
humilde e penoso, que era feito por pessoas pobres e necessitadas: ir às
plantações e catar espigas que caíam e ficavam no chão durante a colheita, como
instituído nos dias de Moisés (Rt 2.2; Lv 19.9,10; 23.22; Dt 24.19). Na Palavra
de DEUS, o princípio básico é: os ricos não podem reter para si toda a riqueza,
devendo inclusive auxiliar os necessitados (Mt 6.19-21; 1 Tm 6.17-19; Tg
5.1-6); mas também não são obrigados a alimentar o ócio dos pobres, que devem
ir ao campo e trabalhar duro para garantir o seu sustento, pois, exceto nos
casos de incapacidade física ou mental, o mesmo princípio vige até hoje (Gn
3.19; 2 Ts 3.10-13). Rute trabalhou – e muito – nos campos de Boaz. Seu esforço
impressionou o chefe dos trabalhadores. No fim do dia, recolhia tudo e levava
para a sogra (Rt 2.7,17,18). Rute não apenas dizia amar, ela praticava o amor
(1 Jo 3.18).
SINÓPSE II - A
convicção amorosa de Rute nos ensina a respeito do amor prático.
III – A CONVICÇÃO DA MULHER: “O TEU DEUS É O MEU
DEUS”
1.Uma fé fervorosa
Rute é um exemplo de fé fervorosa. Sua declaração
convicta perante Noemi – “o teu DEUS é o meu DEUS” – demonstra sua profunda
devoção ao DEUS de Israel, sob cujas asas decidiu se abrigar (Rt 2.12). Seu
fervor é demonstrado em suas atitudes. Rute renunciou ao modelo de vida frívolo
dos moabitas, e não seguiu caminhos fáceis entre os belemitas (Rt 3.10).
Manteve uma vida austera e disciplinada e, assim, alcançou uma excelente
reputação: “Toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa” (Rt 3.11).
2.Uma fé que inspira
A fé de Rute foi inspirada na vida e crença de sua
sogra. Ao referir-se ao DEUS de Noemi, dava testemunho de sua fé. Em todos os
tempos, as mulheres mais velhas têm a missão de resistir aos ventos da
superficialidade espiritual, sendo piedosas, dedicadas a DEUS e à família, a
despeito das pressões da sociedade mundana. Somente assim poderão inspirar e
ensinar as mais novas (Tt 2.3-5).
3. Sensibilidade sob liderança
As Escrituras evidenciam a profunda sensibilidade
espiritual da mulher. Um exemplo disso é o fato de terem sido as primeiras a
testemunhar e crer na ressurreição de JESUS (Lc 24.1-10; Jo 20.11-18). É de
grande valor quando esse extraordinário potencial feminino é reconhecido e
floresce sob uma liderança séria, que orienta o trabalho da mulher, evitando
que ela seja explorada em sua fé (Fp 4.3; Rm 16.12; Mc 12.38-40; 2 Tm 3.6,7).
SINÓPSE III - A
convicção de Rute nos apresenta uma fé fervorosa e que inspira.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - “A DEVOÇÃO DE RUTE
Noemi pediu mais uma
vez para que Rute voltasse, mas a jovem permaneceu firme. Sua resposta é uma
das mais memoráveis promessas de devoção e amor encontradas em toda a
literatura: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde
quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu;
o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS. Onde quer que morreres,
morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro tanto, se
outra coisa que não seja a morte me separar de ti (16,17). Esta terna amizade
humana é similar à de Davi e Jônatas (1 Sm 20.17,41) e à de CRISTO e os
apóstolos (Jo 15.9,15). Além disso, é o reflexo de uma firme decisão
religiosa. Rute estava determinada a abandonar os deuses de Moabe e tornar-se
seguidora do DEUS de Israel juntamente com Noemi. Ela viu alguma coisa nas
vidas e na fé daqueles israelitas que fez com que ela se aproximasse não apenas
deles, mas também do Senhor Jeová” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.163).
CONCLUSÃO
O relacionamento de Noemi e Rute nos ensina quão
precioso para DEUS é o amor altruísta. Ao pensarem uma na outra e se dedicarem
ao cuidado mútuo, ambas foram alcançadas pelo favor divino (Rt 4.13-17). Em um
mundo tão narcisista, o Senhor espera que nos doemos mais uns aos outros. A
família é o primeiro ambiente no qual o amor deve ser praticado (1 Tm 5.8). O
segundo, nossa igreja local.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. Que atitudes de
Noemi revelam seu altruísmo?
Noemi decidiu
liberá-las, para que voltassem à casa dos pais (Rt 1.7,8; 2.11). Mesmo de avançada idade, Noemi pensou primeiro em
suas noras e no futuro delas
2. O que a insistência
de Noemi extraiu de Rute?
A atitude de Noemi
extraiu o que havia no mais íntimo de Rute: uma convicção amorosa por sua
sogra, além de uma declaração de fé no DEUS de Israel.
3. Como se revelou o
amor prático de Rute?
Rute trabalhou – e
muito – nos campos de Boaz. Seu esforço impressionou o chefe dos trabalhadores.
No fim do dia, recolhia tudo e levava para a sogra (Rt 2.7,17,18). Rute não apenas dizia amar, ela praticava o amor (1 Jo 3.18).
4. Qual a missão das
mulheres mais velhas em relação às mais novas?
As mulheres mais
velhas têm a missão de resistir aos ventos da superficialidade espiritual,
sendo piedosas, dedicadas a DEUS e à família, a despeito das pressões da
sociedade mundana. Somente assim poderão inspirar e ensinar as mais novas (Tt 2.3-5).
5. Qual a importância
da liderança em relação à sensibilidade espiritual da mulher?
É de grande valor
quando esse extraordinário potencial feminino é reconhecido e floresce sob uma
liderança séria, que orienta o trabalho da mulher, evitando que ela seja
explorada em sua fé (Fp 4.3; Rm 16.12; Mc 12.38-40; 2 Tm 3.6,7).
VOCABULÁRIO
Ócio: falta de
ocupação, cessação de trabalho.
Frívolo: que é ou tem
pouca importância; inconsistente, inútil, superficial.