Escrita Lição 3, CPAD, O Céu, O Destino Do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 3, CPAD, O Céu, O Destino Do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO

I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1. Definindo céu.

2. O céu conforme o ensino de Paulo.

3. O alvo do cristão.

II – A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

1. O novo céu e a nova terra.

2. A linda cidade como nossa nova morada.

III – CÉU: O FIM DA JORNADA CRISTÃ

1. Estaremos onde DEUS está.

2. As lágrimas cessarão.

3. O Céu como repouso eterno.

 

 

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO.”(Fp 3.20)

 

VERDADE PRÁTICA

O crente deve viver a vida cristã com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10

A maravilhosa realidade bíblica do Céu

Terça - 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6

Estaremos para sempre com o Senhor no Céu

Quarta - 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8

Há um prêmio a ser alcançado: o Céu

Quinta – Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20

Céu: morada de DEUS e pátria dos santos

Sexta - Jo 14.3

A promessa de que estaremos com CRISTO no Céu

Sábado – 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19

Uma nova realidade experimentada no Céu

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4

Filipenses 3.13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,

14 - prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS.

20 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO,

21 - que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

Apocalipse 21.1 - E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS.

4 - E DEUS limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

 

 

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SUBSÍDIO EXTRA PARA A LIÇÃO

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Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman - VIDA

 

O destino dos justos.

1. Natureza do céu.

Os justos são destinados à vida eterna na presença de DEUS. DEUS criou o homem para ser ele conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como também gozar eternamente de sua presença no mundo vindouro.

O cristão durante a sua vida terrestre experimenta pela fé a presença do DEUS invisível, mas na vida vindoura essa experiência da fé tornar-se-á um fato consumado. Ele verá a DEUS face a face, terá a experiência que alguns teólogos chamam a "Visão Beatifica".

O céu descreve-se por vários títulos:

1) Paraíso (literalmente, jardim), lembrando-nos a felicidade e o contentamento dos nossos primeiros pais ao participarem de comunhão e conversação com o Senhor DEUS. (Apo. 2:7; 2Cor. 12:4)

2) "Casa de meu Pai", com suas muitas mansões (João 14:2) expondo o conforto, descanso e comunhão do lar.

3) O país celestial, a caminho do qual estamos viajando, como Israel naquele tempo se destinava a Canaã, a Terra da Promissão. (Heb. 11:13-16.)

4) Uma cidade, sugerindo a ideia duma sociedade organizada. (Heb. 11:10; Apo. 21:2.) Devemos distinguir as seguintes três fases na condição dos cristãos que partiram desta vida: primeira, existe um estado intermediário de descanso enquanto aguardam a ressurreição; segunda, depois da ressurreição segue-se o juízo sobre as obras (2Cor. 5:10; 1Cor. 3:10-15); terceira, ao fim do Milênio descerá do céu a Nova Jerusalém, o lar final dos remidos (Apoc. 21). A Nova Jerusalém descerá do céu, faz parte do céu, e, portanto, é o céu no pleno sentido da palavra. Sempre que DEUS se revela pela sua presença pessoal e glória celeste, aí é céu, e dessa maneira podemos descrever a Nova Jerusalém. (Apo. 22:3,4.) Por que desce essa cidade do céu? O propósito final de DEUS é trazer o céu à terra. (Vide Deut. 11:21.) Ele tornará "a congregar em CRISTO todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Efés. 1:10); então DEUS será "tudo em todos" (1Cor. 15:28).

Embora a Nova Jerusalém não chegue até a terra, ela será visível aos moradores terrestres, pois "as nações andarão à sua luz" (Apo. 21:24).

 

2. Necessidade do céu.

O estudo das religiões revela o fato de que a alma humana instintivamente crê que existe céu. Esse instinto foi implantado no coração do homem pelo próprio DEUS, o Criador dos instintos humanos. Os argumentos que provam a existência da vida futura não são formulados principalmente para que os homens acreditem nessa vida, mas porque os homens já acreditam, e desejam trazer a inteligência sujeita às mais profundas instituições do coração.

Também o céu é essencial às exigências da justiça. Os sofrimentos dos justos sobre a terra e a prosperidade dos ímpios exigem um estado futuro no qual se faça plena justiça. A Bíblia ensina que tal lugar existe. Platão, o mais sábio dos gregos, opinou que a vida futura era uma probabilidade, e aconselhou os homens a colherem as melhores opiniões a respeito, e a embarcar nelas como que numa balsa, e navegar perigosamente os mares da vida, "a não ser que com mais segurança pudesse achar um navio melhor, ou uma palavra divina". Essa palavra divina que os sábios desejaram são as Escrituras Sagradas, nas quais se ensina a existência da vida futura, não como opinião ou teoria, mas como fato absoluto.

 

3. As bênçãos do céu.

(a) Luz e beleza. (Apo. 21:23; 2:5.) A melhor linguagem humana é inadequada para descrever as gloriosas realidades da vida futura. Nos caps. 21 e 22 do Apocalipse o ESPÍRITO emprega linguagem que nos ajuda a compreender algo das belezas do outro mundo. A toupeira que vive no buraco na terra não pode compreender como é a vida da águia que se eleva acima das altas montanhas. Vamos imaginar um mineiro que nascesse em uma mina 500 metros abaixo da superfície e que aí passasse todos os seus dias, sem nunca ter visto a superfície da terra. Como seria difícil tentar descrever-lhe as delícias visuais de verdes árvores, campos floridos, rios, pomares, picos de montanhas, e o céu estrelado. Ele nada disso apreciaria, pois seus olhos não viram, seus ouvidos não ouviram e não entrou em seu coração o conhecimento dessas coisas.

 

(b) Plenitude de conhecimento, (1Cor. 13:12.) O sentimento expresso pelo sábio Sócrates ao dizer: "Uma coisa sei, é que nada sei", tem sido repetido pelos sábios daquele tempo. O homem está rodeado dos mistérios e anseia pela sabedoria. No céu esse anseio será satisfeito absolutamente; os mistérios do universo serão desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então gozaremos de melhor qualidade de conhecimento, o conhecimento de DEUS.

 

(c) Descanso. (Apo. 14:13; 21:4.) Pode-se formar certa concepção do céu contrastando-o com as desvantagens da vida presente. Pense em tudo que neste mundo provoca: fadiga, dor, luta e tristeza, e considere que no céu essas coisas não nos perturbarão.

 

(d) Servir. Existem pessoas acostumadas a uma vida muito ativa que não se interessam pelo céu, pensando que o céu seja lugar de inatividade, onde seres etéreos passem o tempo tocando harpa. Essa, porém, não é uma concepção exata. É verdade que os redimidos tocarão harpas, pois o céu é lugar de música. "Haverá trabalho a fazer também. "... Estão diante do trono de DEUS, e o servem de dia e de noite no seu templo." "(Apo. 7:15); "... e os seus servos o servirão"... (Apo. 22:3). Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, com instruções sobre como cuidar dele, certamente não deixará o homem sem ter o que fazer no segundo paraíso.

 

(e) Gozo. (Apo. 21:4.) O maior prazer experimentado neste mundo, mesmo que ampliado um milhão de vezes, ainda não expressaria o gozo que espera os filhos de DEUS nesse reino. Se um poderoso rei, possuidor de ilimitadas riquezas, quisesse construir um palácio para sua noiva, esse palácio seria tudo quanto a arte e os recursos pudessem prover. DEUS ama seus filhos infinitamente mais que qualquer ser humano. Possuindo recursos inexauríveis, ele pode fazer um lar cuja beleza ultrapasse tudo quanto a arte e imaginação humanas poderiam conceber. "Vou preparar-vos lugar."

 

(f) Estabilidade. O gozo do céu será eterno. De fato, a permanência é uma das necessidades para que a felicidade seja perfeita. Por muito gloriosas que sejam a beleza e a felicidade celestiais, saber que essas coisas acabariam já é suficiente para que o gozo perca sua perfeição. Lembrar-se de que inevitavelmente tudo findará , seria um empecilho ao gozo perfeito. Todos desejam o estado permanente: saúde permanente, paz permanente e prosperidade permanente. A instabilidade e insegurança são temidas por todos. Mas a felicidade no céu é justamente a divina promessa de que o seu gozo nunca há de terminar nem diminuir de intensidade.

 

(g) Gozos Sociais. (Heb. 12:22, 23; 1Tess. 4:13-18) Por natureza, o homem é um ser social. O homem solitário é anormal. Se na vida presente os gozos sociais proporcionam tanta felicidade, como não será muito mais gloriosa a amável comunhão social no céu. Nas relações humanas, mesmo as pessoas mais chegadas a nós têm suas faltas e características que destroem a sua personalidade. No céu os amigos e parentes não terão faltas. Os gozos sociais nesta vida fazem-se acompanhar de desapontamento. Muitas vezes os próprios familiares nos causam grandes tristezas; as amizades acabam e o amor desvanece. Mas no céu não haverá os mal-entendidos e nenhuma rixa; tudo será bom e belo, sem sombra e sem defeito, cheio de sabedoria celestial e resplandecente com a glória de DEUS.

 

(h) Comunhão com CRISTO. (João 14:3; 2Cor. 5:8; Fil. 1:23.) "Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (1Ped. 1:8). Naquele dia seremos como ele é; os nossos corpos serão como o seu glorioso corpo; nós o veremos face a face; aquele que pastoreou o seu povo no vale das lágrimas, no céu conduzirá esse povo de gozo em gozo, de glória em glória, e de revelação em revelação.

 

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JERUSALÉM (Dicionário Teológico - Claudionor Correia de Andrade - CPAD

[Do heb. Yerushalaim, habitação de paz] Cidade que o Pai Celestial preparou para que os santos viéssemos a habitá-la quando da consumação de todas as coisas.

Ela acha-se descrita no Apocalipse 21.

Por esta cidade, ansiavam os patriarcas e reis. Por esta mui ditosa cidade, ansi­amos todos nós.

 

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COMENTÁRIOS BEP – CPAD

FILIPENSES 3

3.13 UMA COISA FAÇO.

Paulo se acha qual um atleta numa corrida (cf. Hb 12.1), esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que faz, a fim de não ficar aquém do alvo que CRISTO estabeleceu para a sua vida. Esse alvo era a perfeita união entre Paulo e CRISTO (vv. 8-10), sua salvação final e sua ressurreição dentre os mortos (v. 11). (1) Era essa a motivação da vida de Paulo. Recebera um vislumbre da glória do céu (2 Co 12.4) e resolvera que sua vida inteira, pela graça de DEUS, estaria voltada para a resolução de avançar com toda determinação e finalmente chegar ao céu e ver CRISTO face a face (cf. 2 Tm 4.8; Ap 2.10; 22.4). (2) Semelhante determinação é necessária a todos nós. No decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações, tais como os cuidados deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam sufocar nossa dedicação ao Senhor (cf. Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é esquecer-se das "coisas que atrás ficam", i.e., o mundo iníquo e nossa velha vida de pecado (cf. Gn 19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as coisas que estão adiante, a salvação completa e final em CRISTO.

3.20 NOSSA CIDADE ESTÁ NOS CÉUS.

O termo "cidade" aqui (gr. politeuma) significa "cidadania" ou "pátria". Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo: tornaram-se estranhos e peregrinos na terra (Rm 8.22-24; Gl 4.26; Hb 11.13; 12.22,23; 13.14; 1 Pe 1.17; 2.11). (1) No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade. Nascemos de novo (Jo 3.3); nossos nomes estão registrados nos livros do céu (4.3); nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. (2) É para o céu que nossas orações sobem (2 Cr 6.21; 30.27) e para onde nossa esperança está voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares já estão lá, e nós também estaremos ali dentro em breve. JESUS também está ali, preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle (ver Jo 14.2,3; cf. Jo 3.3; 14.1-4; Rm 8.17; Ef 2.6; Cl 3.1-3; Hb 6.19,20; 12.22-24; 1 Pe 1.4,5; Ap 7.9-17). Por essas razões, desejamos profundamente uma cidade melhor, ou seja: a cidade celestial. Por isso, DEUS não se envergonha de ser chamado nosso DEUS, e Ele já nos preparou uma cidade eterna (Hb 11.16).

 

 

Apocalipse 21.1-4

21.1 UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo mundo, transformado e redimido, onde CRISTO permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26; Is 65.17; 66.22; Rm 8.19-22; Hb 1.12; 12.27; 2 Pe 3.13). Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12). A nova terra se tornará a habitação dos homens salvos e transformados com corpos celestes e eternos e DEUS morará com os santos (vv. 2,3,10; 22.3-5). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de CRISTO, i.e., corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, celestial, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).

21.2 A NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá sobre a terra como a cidade de DEUS, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual DEUS é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16). A nova terra será a sede do governo de JESUS como prometido a Davi, e JESUS habitará por mil anos com o seu povo judeu e outros povos ali (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8)

21.4 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3; Rm 5.12; Is 35.10; 65.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que lhes causaria tristeza (Is 65.17).

 

 

A CIDADE DE JERUSALÉM

1Cr 11.7,8 “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redor, desde Milo até completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade.”

 

HISTÓRIA DA CIDADE DE JERUSALÉM.

A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida Gn 14.18, onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (i.e., Jerusalém; ver Gn 14.18). Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Js 15.8) ou “Jebus” (11.4). Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué e permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (2Sm 5.5-7; 1Cr 11.4-7). Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido e, posteriormente, do reino do Sul, Judá. Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1Rs 5—8; 2Cr 2—5; ver o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO), de modo que a cidade também tornou-se o centro religioso de adoração ao DEUS do concerto.

Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C., e finalmente a destruiu juntamente com o templo (2Rs 25.1-11; 2Cr 36.17-19). Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retorno dos judeus da Pérsia em 536 a.C. para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; 5.1—6.15; Ne 3.4). Já nos tempos do NT, Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de freqüentes rebeliões dos judeus contra o poder romano, a cidade e o templo voltaram a ser destruídos.

Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes como: “Sião” (2Sm 5.7); “a Cidade de Davi” (1Rs 2.10); “santa cidade” (Ne 11.1); “a cidade de DEUS” (Sl 46.4); “a cidade do grande Rei” (Sl 48.2); “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26); “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14); “O SENHOR Está Ali” (Ez_ 48.35) e “a cidade de verdade” (Zc 8.3). Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.

 

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA OS ISRAELITAS.

A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de DEUS do AT. (1) Quando DEUS relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5, 11, 21; 14.23, 24). Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1Rs 11.13; 14.21) onde o templo do DEUS vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, “a Cidade de DEUS”, e “a Cidade do SENHOR”. Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém, para aparecer “perante o SENHOR, teu DEUS, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2, 6, 11, 15). (2) Jerusalém era a cidade onde DEUS revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1). Era, também, o lugar onde DEUS reinava sobre seu povo Israel (Sl 99.1,2; cf. 48.1-3, 12-14). Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1Rs 8.44; cf. Dn 6.10). As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção (Sl 125.1,2). Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto DEUS queria para o seu povo. Sempre que o povo de DEUS se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de DEUS, da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu DEUS. (3) Quando o povo de DEUS destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos, o Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando DEUS permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Note que a promessa de DEUS, de um “concerto eterno” com seu povo, sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). Dessa maneira, DEUS estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas.

 

O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ.

 A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã. (1) Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali JESUS foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o CRISTO glorificado derramou o ESPÍRITO SANTO sobre os seus discípulos no Pentecostes (At 2). A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de JESUS CRISTO espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8; cf. 24.47). A igreja de Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em JESUS tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At 15.1-31; Gl 2.1-10). (2) Os livros do NT reiteram boa parte do significado da Jerusalém do AT, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava aqui na terra mas no céu, onde DEUS habita e CRISTO reina à sua destra; de lá, Ele derrama as suas bênçãos; e de lá, JESUS voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a CRISTO para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, DEUS está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido”

(Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS” (Ap 21.3). DEUS e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3). (3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de DEUS? Isaías em 65.17 do seu livro fala de “céus

novos e nova terra” (Is 65.17), e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que quando CRISTO voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de DEUS (ver Ap 21.2).

 

 

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ

Gn 26.3-5 “...peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai. E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.”

A NATUREZA DO CONCERTO. A Bíblia descreve o relacionamento entre DEUS e seu povo em termos de “pacto” ou “concerto”. Esta palavra aparece pela primeira vez em 6.18 e prossegue até o NT, onde DEUS fez um novo concerto com a raça humana mediante JESUS CRISTO (ver estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO). Quando compreendemos o concerto entre DEUS e os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), aprendemos a respeito de como DEUS quer que vivamos em nosso relacionamento pactual com Ele.

(1)   O nome especial de DEUS, em relação ao concerto, conforme a revelação bíblica, é Jeová (traduzido “SENHOR”; ver 2.4). Inerente neste nome pactual está a benignidade de DEUS, sua solicitude redentora pela raça humana, sua contínua presença entre o seu povo, seu propósito de estar em comunhão com os seus e de ser o seu Senhor.

(2)   A divina e fundamental promessa do concerto é a seguinte: “...para te ser a ti por DEUS e à tua semente depois de ti” (ver 17.7). Desta promessa dependem todas as demais integrantes do concerto. Significa que DEUS se compromete firmemente com o seu povo fiel a ser o seu DEUS, e que por amor, Ele lhe concede graça, proteção, bondade e bênção (Jr 11.4; 24.7; 30.22; 32.38; Ez 11.20; Zc 8.8).

(3)   O alvo supremo do concerto entre DEUS e a raça humana era salvar não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. No caso de Abraão, DEUS já lhe prometera que nele “todas as nações da terra” seriam benditas (12.3; 18.18; 22.18; 26.4). DEUS estendeu sua graça pactual à nação de Israel a fim de que esta fosse “para luz dos gentios” (Is 49.6; cf. 42.6). Isso cumpriu-se mediante a vinda do Senhor JESUS CRISTO como Redentor, quando, então, os cristãos começaram a levar a mensagem do evangelho por todo o mundo (Lc 2.32; At 13.46,47; Gl 3.8-14).

(4)   Nos diversos concertos que DEUS fez com o ser humano através das Escrituras, há dois princípios atuantes: (a) era somente DEUS quem estabelecia as promessas e condições do seu concerto, e (b) cabia ao ser humano aceitar por fé obediente essas promessas e condições. Em certos casos, DEUS estabeleceu com muita antecipação as promessas e as responsabilidades de ambas as partes (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS); em tempo algum, porém, o povo conseguiu, junto a DEUS, alterar as condições dos concertos para beneficiar-se.

 

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO.

(1) DEUS, ao estabelecer comunhão com Abraão, mediante o concerto (cap. 15), fez-lhe claramente várias promessas: DEUS como escudo e recompensa de Abraão (15.1), descendência numerosa (15.5) e a terra de Canaã como sua herança (15.7; ver 15.6; 17.8; cf. 12.1-3).

(2)   DEUS conclamou Abraão a corresponder a essas promessas por fé, aceitá-las, e confiar nEle como seu Senhor. Por Abraão assim fazer, DEUS o aceitou como justo (15.6) e foi confirmado mediante comunhão pessoal com Ele.

(3)   Não somente Abraão precisou, de início, expressar sua fé para a efetuação do concerto, como também DEUS requereu que, para a continuação das bênçãos do referido concerto, Abraão devia, de coração, agradar a DEUS, através de uma vida de obediência. (a) DEUS requereu que Abraão andasse na sua presença e que fosse “perfeito” (ver 17.1). Noutras palavras, se a sua fé não fosse acompanhada de obediência (Rm 1.5), ele estaria inabilitado para participar dos eternos propósitos de DEUS. (b) Num caso especial, DEUS provou a fé de Abraão ao ordenar-lhe que sacrificasse seu próprio filho, Isaque (22.1,2). Abraão foi aprovado no teste e, por conseguinte, DEUS prometeu que o seu pacto com ele (Abraão) ia continuar (ver 22.18). (c) DEUS informou diretamente a Isaque que as bênçãos continuariam imutáveis e que seriam transferidas para ele porque Abraão lhe foi obediente e guardou os seus mandamentos (26.4,5).

(4)   DEUS ordenou diretamente a Abraão e aos seus descendentes que circuncidassem cada menino nascido na sua família (17.9-13). O Senhor determinou que cada criança do sexo masculino não circuncidada fosse excluída do seu povo (17.14) por violação do concerto. Noutras palavras, a desobediência a DEUS levaria à perda das bênçãos do concerto.

(5)   O concerto entre DEUS e Abraão foi chamado um “concerto perpétuo” (17.7). A intenção de DEUS era que o concerto fosse um compromisso permanente. Era, no entanto, passível de ser violado pelos descendentes de Abraão, e assim acontecendo, DEUS não teria de cumprir as suas promessas. Por exemplo, a promessa que a terra de Canaã seria uma possessão perpétua de Abraão e seus descendentes (17.8) foi quebrada pela apostasia de Israel e pela infidelidade de Judá e sua desobediência à lei de DEUS (Is 24.5; Jr 31.32); por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2Rs 17), enquanto que Judá foi posteriormente levado para o cativeiro em Babilônia (2Reis 25; 2Cr 36; Jr 11.1-17; Ez 17.16-21).

(6)    

O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE.

(1) DEUS procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de DEUS. Somente então é que DEUS diria: “Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente” (26.24). (2) Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos (25.20,26). Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse (25.21). Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de DEUS, em resposta à oração e busca da sua face (ver 25.21). (3) Isaque também tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, DEUS proibiu Isaque de descer

ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a DEUS, teria a promessa divina:

“...confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai” (26.3; ver 26.5).

 

O CONCERTO DE DEUS COM JACÓ.

(1) Isaque e Rebeca tinham dois filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênçãos do concerto fossem transferidas ao primogênito, i.e., Esaú. DEUS, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo mais velho serviria ao mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua primogenitura (ver 25.31). Além disso, ele ignorou os padrões justos dos seus pais, ao casar-se com duas mulheres que não seguiam ao DEUS verdadeiro. Em suma: Esaú não demonstrou qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de DEUS. Daí, Jacó, que realmente aspirava às bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú (28.13-15). (2) Como no caso de Abraão e de Isaque, o concerto com Jacó requeria “a obediência da fé” (Rm 1.5) para a sua perenidade. Durante boa parte da sua vida, esse patriarca serviu-se da sua própria habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó, finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor (31.13), no sentido de sair de Harã e voltar à terra prometida de Canaã e, mais expressamente, de ir a Betel (35.1-7), que DEUS renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão (35.9-13). Para mais a respeito do concerto, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS.

  

O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS

Dt 29.1 “Estas são as palavras do concerto que o SENHOR ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe.”

 

O CONCERTO NO MONTE SINAI (HOREBE).

DEUS fez um concerto com Abraão e o renovou com Isaque e Jacó (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ). O concerto de DEUS com os israelitas, feito ao sopé do monte Sinai (ver Êx 19.1), abrange os dois princípios básicos tratados no estudo supra citado. (1) Unicamente DEUS estabelece as promessas e compromissos do seu concerto, e (2) aos seres humanos cabe aceitá-los com fé obediente. A diferença principal entre este concerto e o anterior é que DEUS fez um sumário das respectivas promessas e responsabilidades do concerto antes da sua ratificação (Êx 24.1-8).

(1)   As promessas de DEUS, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram feitas a Abraão (ver Êx 19.1). DEUS prometeu (a) que daria aos israelitas a terra de Canaã depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6; 19.4; 23.20, 23), e (b) que Ele seria o seu DEUS e que os adotaria como o seu povo (Êx 6.7; 19.6; ver Dt 5.2). O alvo supremo de DEUS era trazer ao mundo o Salvador através do povo do concerto.

(2)   Antes de DEUS cumprir todas essas promessas, Ele requereu que os israelitas se comprometessem a observar as suas leis declaradas quando eles estavam acampados no monte Sinai. Depois de DEUS revelar os dez mandamentos e muitas outras leis do concerto, os israelitas juraram a uma só voz: “Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas da lei de DEUS, o concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado (ver Êx 24.8).

(3)   Essa resolução de cumprir a lei de DEUS, continuou como uma condição prévia do concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e no oferecimento dos sacrifícios determinados por DEUS no concerto é que Israel continuaria como a possessão preciosa de DEUS e igualmente continuaria a receber as suas bênçãos. Noutras palavras, a continuação da eleição de Israel como o povo de DEUS dependia da sua obediência ao seu Senhor (ver Êx 19.5, .).

(4)   DEUS também estipulou claramente o que aconteceria se o seu povo deixasse de cumprir as obrigações do concerto. O castigo pela desobediência era a destruição daquele povo, quer por banimento, quer por morte (ver Êx 31.14,15). Trata-se de uma repetição da advertência de DEUS, dada por ocasião do êxodo, i.e., aqueles que não cumprissem as suas instruções para a Páscoa seriam excluídos do povo (Êx 12.15, 19; 12.15 .). Essas advertências não eram fictícias. Em Cades, por exemplo, quando os israelitas se rebelaram, incrédulos, contra o Senhor e se recusaram a

entrar em Canaã, por medo dos seus habitantes, DEUS se irou com eles e, como castigo, fê-los peregrinar no deserto durante trinta e nove anos; ali, morreram todos os israelitas com mais de vinte anos de idade (exceto Calebe e Josué, ver Nm 13.26—14.39; 14.29 .). O castigo pela desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de habitar na terra do repouso, por DEUS prometido (cf Sl 95.7-11; Hb 3.9-11,18).

(5)   DEUS não esperava de seu povo uma obediência perfeita, e sim uma obediência sincera e firme. O concerto já reconhecia que, às vezes, devido às fraquezas da natureza humana, eles fracassariam (ver

30.20  .). Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los consigo mesmo, DEUS proveu o sistema geral de sacrifícios e, em especial, o Dia Anual da Expiação. O povo podia, assim, confessar seus pecados, oferecer os diversos sacrifícios, e deste modo reconciliar-se com o seu Senhor. Todavia, DEUS julgaria severamente os desobedientes, a rebeldia e a apostasia deliberada.

(6)   No seu concerto com os israelitas, DEUS tencionava que os povos doutras nações, ao observarem a fidelidade de Israel a DEUS, e as bênçãos que recebiam, buscassem o Senhor e integrassem a comunhão da fé (ver 4.6 .). Um dia, através do Redentor prometido, um convite seria feito às nações da terra para participarem dessas promessas. Assim, o concerto tinha um relevante aspecto missionário.

 

O CONCERTO RENOVADO NAS PLANÍCIES DE MOABE.

Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto, DEUS chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem-sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor DEUS estaria com eles.

(1)   Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio (ver introdução). Depois de uma introdução (1.1-5), Deuteronômio faz um resumo histórico de como DEUS lidou com seu povo desde a partida do Sinai (1.64.43). Repete as principais condições do concerto

(4.44—26.19), relembra aos israelitas as maldições e as bênçãos do concerto (27.1—30.20) e termina com as providências para a continuação do concerto (31.1—33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, à uma só voz, deu um caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (cf. Êx 24.1-8; Dt 27; 29.10-14).

(2)   O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de DEUS obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a bênção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 2730). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5 .) e obedecendo à sua lei (30.15-20).

(3)   Moisés ordenou ao povo que periodicamente relembrasse o concerto feito. Cada sétimo ano, na Festa dos Tabernáculos, todos os israelitas deviam comparecer ao lugar que DEUS escolhesse. Ali, mediante a leitura da lei de Moisés, eles relembrariam do concerto de DEUS com eles, e também, mediante a renovação da promessa, de cumprir o que ouviam (31.9-13).

(4)   O AT registra vários exemplos notáveis dessa lembrança e renovação do concerto. Após a conquista da terra, e pouco antes da morte de Josué, este conclamou todo o povo com esse propósito (Js 24). A resposta do povo foi clara e inequívoca: “Serviremos ao SENHOR, nosso DEUS, e obedeceremos à sua voz” (Js 24.24). Diante disso: “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo” (Js 24.25). Semelhantemente, Joiada dirigiu uma cerimônia de renovação do concerto, quando Joás foi coroado (2Rs 11.17), e assim fizeram também Josias (2Rs 23.1-3), Ezequias (cf.2Cr 29.10) e Esdras (Ne 8.1—10.39).

(5)   A chamada para relembrar e renovar o concerto é oportuna hoje. O NT é o concerto que DEUS fez conosco em JESUS CRISTO. Lembramos do seu concerto conosco quando lemos e estudamos a sua revelação contendo suas promessas e preceitos, quando ouvimos a exposição da Palavra de DEUS e, mais especificamente, quando participamos da Ceia do Senhor (ver 1Co 11.17-34). Na Ceia do Senhor, também renovamos nosso compromisso de amar ao Senhor e de servi-lo de todo o nosso coração (ver 1Co 11.20 .).

 

 

     O TEMPLO DE SALOMÃO

2Cr 5.1 “Assim, se acabou toda a obra que Salomão fez para a Casa do SENHOR; então, trouxe Salomão as coisas consagradas de Davi, seu pai; a prata, e o ouro, e todos os utensílios, e pô-los entre os tesouros da Casa de DEUS”.

 

HISTÓRIA DO TEMPLO.

(1)   O precursor do templo foi o Tabernáculo, a tenda construída pelos israelitas enquanto acampados no deserto, junto ao monte Sinai (Êx 2527; 30; 3638; 39.3240.33). Após entrarem na terra prometida de Canaã, conservaram esse santuário móvel até os tempos do rei Salomão. Durante os primeiros anos do reinado deste, ele contratou milhares de pessoas para trabalharem na construção do templo do Senhor (1Rs 5.13-18). No quarto ano do seu reinado, foram postos os alicerces; sete anos mais tarde, o templo foi terminado (1Rs 6.37,38). O culto ao Senhor, e, especialmente, os sacrifícios oferecidos a Ele, tinham agora um lugar preciso na cidade de Jerusalém (ver o estudo A CIDADE DE JERUSALÉM).

(2)   Durante a monarquia, o templo passou por vários ciclos de profanação e restauração. Foi saqueado por Sisaque do Egito durante o reinado de Roboão (12.9) e foi restaurado pelo rei Asa (15.8, 18). Depois doutro período de idolatria e de declínio espiritual, o rei Josias fez os reparos na Casa do Senhor (24.4-14). Posteriormente, o rei Acaz removeu parte dos ornamentos do templo, enviou-os ao rei da Assíria como meio de apaziguamento político e cerrou as portas do templo (28.21, 24). Seu filho, Ezequias, voltou a abrir, consertar e purificar o templo (29.1-19), mas esse foi profanado de novo pelo seu herdeiro, Manassés (33.1-7). O neto de Manassés, Josias, foi o último rei de Judá que fez reparos no templo (34.1, 8-13). A idolatria continuou entre seus sucessores, e finalmente DEUS permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia destruísse totalmente o templo em 586 a.C. (2Rs 25.13-17; 2Cr 36.18,19).

(3)   Cinquenta anos mais tarde, o rei Ciro autorizou o regresso dos judeus de Babilônia para a Palestina e a reconstrução do templo (Ed 1.1-4). Zorobabel dirigiu as obras da reconstrução (Ed 3.8), mas sob a oposição dos habitantes daquela região (Ed 4.1-4). Depois de uma pausa de dez ou mais anos, o povo foi autorizado a reiniciar as obras (Ed 4.245.2), e em breve o templo foi completado e dedicado (Ed 6.14-18). No início da era do NT, o rei Herodes investiu muito tempo e dinheiro na reconstrução e embelezamento de um segundo templo (Jo 2.20). Foi este o templo que JESUS purificou em duas ocasiões (ver Mt 21.12,13; Jo 2.13-21). Em 70 d.C., no entanto, depois de freqüentes rebeliões dos judeus contra as autoridades romanas, o templo e a cidade de Jerusalém, foram mais uma vez arrasados, ficando em ruínas.

 

O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA OS ISRAELITAS.

 Sob muitos aspectos, o templo tinha

o mesmo significado para os israelitas que a cidade de Jerusalém (ver o estudo A CIDADE DE JERUSALÉM). (1) Simbolizava a presença e a proteção do Senhor DEUS entre o seu povo (cf. Êx 25.8; 29.43-46). Quando ele foi dedicado, DEUS desceu do céu e o encheu da sua glória (7.1,2; cf.

Êx 40.34-38), e prometeu que poria o seu Nome ali (6.20, 33). Por isso, quando o povo de DEUS queria orar ao Senhor, podia fazê-lo, voltado em direção ao templo (6.24, 26, 29, 32), e DEUS o ouviria “desde o seu templo” (Sl 18.6). (2) O templo também representava a redenção de DEUS para com o seu povo. Dois atos importantes tinham lugar ali: os sacrifícios diários pelo pecado, no altar de bronze, (cf. Nm 28.1-8; 2Cr 4.1) e o Dia da Expiação quando, então, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo a fim de aspergir sangue no propiciatório sobre a arca para expiar os pecados do povo (cf. Lv 16; 1Rs 6.19-28; 8.6-9; 1Cr 28.11). Essas cerimônias do templo relembravam aos israelitas o alto preço da sua redenção e reconciliação com DEUS. (3) Em tempo algum da história do povo de DEUS, houve mais de uma morada física ou habitação de DEUS. Isso demonstrava que há um só DEUS — o Senhor Jeová, o DEUS dos israelitas, segundo o concerto. (4) Todavia, o templo não oferecia nenhuma garantia absoluta da presença de DEUS; simbolizava a presença de DEUS somente enquanto o povo rejeitasse todos os demais deuses e obedecesse à santa lei de DEUS. Miquéias, por exemplo, verberava contra os líderes do povo de DEUS, por sua violência e materialismo, os quais ao mesmo tempo, sentiam-se seguros de que nenhum mal lhes sobreviria enquanto possuíssem o símbolo da presença de DEUS entre eles: o templo (Mq 3.9-12); profetizou que DEUS os castigaria com a destruição de Jerusalém e do seu templo. Posteriormente, Jeremias repreendeu os idólatras de Judá, porque se consolavam mediante a constante repetição das palavras: “Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este” (Jr 7.2-4, 8-12). Por causa de sua conduta ímpia, DEUS destruiria o símbolo da sua presença — o templo (Jr 7.14,15). DEUS até mesmo disse a Jeremias que não adiantava ele orar por Judá, porque Ele não o atenderia (Jr 7.16). A única esperança deles era endireitar os seus caminhos (Jr 7.5-7).

 

O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA A IGREJA CRISTÃ.

A importância do templo no NT deve ser considerada no contexto daquilo que o templo simbolizava no AT.

(1)   O próprio JESUS, assim como os profetas do AT, censurou o uso indevido do templo. Seu primeiro grande ato público (Jo 2.13-17) e o seu último (Mt 21.12,13) foram expulsar do templo aqueles que estavam pervertendo o seu verdadeiro propósito espiritual (ver Lc 19.45 .). Passou a predizer o dia em que o templo seria completamente destruído (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).

(2)   A igreja primitiva em Jerusalém estava frequentemente no templo à hora da oração (At 2.46; 3.1; 5.21, 42). Assim faziam segundo o costume, sabendo, contudo, que esse não era o único lugar onde os crentes podiam orar (ver At 4.23-31). Estêvão, e posteriormente Paulo, testemunharam que o DEUS vivo não poderia ser confinado a um templo feito por mãos humanas (At 7.48-50; 17.24).

(3)   A ênfase do culto, para os cristãos, transferiu-se do templo para o próprio JESUS CRISTO. É Ele, e não o templo, quem agora representa a presença de DEUS entre o seu povo. Ele é o Verbo de DEUS que se fez carne (Jo 1.14), e nEle habita toda a plenitude de DEUS (Cl 2.9). O próprio JESUS declara ser Ele o próprio templo (Jo 2.19-22). Mediante o seu sacrifício na cruz, Ele cumpriu todos os sacrifícios que eram oferecidos no templo (cf. Hb 9.1—10.18). Note também que na sua fala à mulher samaritana, JESUS declarou que a adoração dentro em breve seria realizada, não num prédio

específico, mas “em espírito e em verdade”, i.e., onde as pessoas verdadeiramente cressem na verdade da Palavra de DEUS e recebessem o ESPÍRITO de DEUS por meio de CRISTO (ver Jo 4.23 .).

(4)   Posto que JESUS CRISTO personificou em si mesmo o significado do templo, e posto que a igreja é o seu corpo (Rm12.5; 1Co 12.12-27; Ef 1.22,23; Cl 1.18), ela é denominada “o templo de DEUS”, onde habita CRISTO e o seu ESPÍRITO (1Co 3.16; 2 Co 6.16; cf. Ef 2.21,22). Mediante o seu ESPÍRITO, CRISTO habita na sua igreja, e requer que o seu corpo seja santo. Assim como no AT, DEUS não tolerava qualquer profanação do seu templo, assim também Ele promete que destruirá quem destruir a sua igreja (ver 1Cr 3.16,17 .), para exemplos de corrupção e destruição da igreja por pessoas.

(5)   O ESPÍRITO SANTO não somente habita na igreja, mas também no crente individualmente como seu templo (1Co 6.19). Daí, a Bíblia advertir enfaticamente contra qualquer contaminação do corpo humano por imoralidade ou impureza (ver 1Co 6.18,19).

(6)   Finalmente, note que não há necessidade de um templo na nova Jerusalém (Ap 21.22). A razão disso é evidente. O templo era apenas um símbolo da presença de DEUS entre o seu povo, e não a plena realidade. Portanto, o templo não será necessário quando DEUS e o Cordeiro estiverem habitando entre o seu povo: “o seu templo é o Senhor, DEUS Todo-poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22).

 

 

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Dicionário Bíblico Wycliffe (com modificações do Pr Henrique)

Nova Jerusalém

A Nova Jerusalém (Ap 3.12; 21,1,10) foi aguardada por Abraão (Hb 11.10,16), prometida por CRISTO (Jo 14,2,3), referida como o monte Sião e a cidade do DEUS vivo (Hb 12.22), aludida por Paulo (Gl 4.26), empregada como um incentivo (Ap 3.12), e descrita em Apocalipse 21.1-22.5. Ela não é idêntica à Jerusalém terrestre do Milênio, nem é equivalente ao novo céu. Esta cidade descerá do céu, vinda de DEUS depois do Milênio, e será o centro da nova ordem. Ela é a habitação de CRISTO e da Igreja, e é acessível às nações salvas.

A cidade é descrita primeiro do ponto de vista de sua população, a Igreja (Ap 21.1-9); e então do ponto de vista de suas proporções materiais, um cubo de 2.400 quilômetros de cada lado, feita de ouro e pedras preciosas (Ap 21.10-23); e finalmente do ponto de vista de suas provisões eternas (Ap 21.24-22.5). Esta conquista arquitetônica divina possui uma realidade material - os santos ressurretos e CRISTO habitarão nela em realidades espirituais. H. A. Hoy

 

CIDADE DE DEUS

1.Um termo usado para descrever Jerusalém (Sl 46.4; 48.1,8). Foi a cidade que DEUS escolheu para ali fazer a sua habitação entre as tribos de Israel (Dt 12.5).

2.Esse termo também é usado para descrever o paraíso, ou a Nova Jerusalém (Hb 11.10; 12,22; Ap 3.12; 21; 22),

  

 

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Apocalipse 20.1-4

Apocalipse Versículo Por Versículo – Pr Severino Pedro da Silva - CPAD

 

I. “...um novo céu, e uma nova terra”. no princípio, portanto, DEUS criou os céus e a terra. no texto original hebraico a palavra para céus é (“shamayim”). A terminação “im” indica o plural. Isso pretende mostrar que há mais do que somente um céu.

1. Na Bíblia distingue-se pelo menos três céus; o céu inferior (auronos), o céu intermediário (mesoranios) e o superior (eporanios).

(a) Céu inferior. Por céu inferior entendemos o céu atmosférico. Isto é o (“alto”): onde sobrevoam as aves e os aviões, passam as nuvens, desce a chuva, se processam os trovões e relâmpagos. DEUS o chamou de “...a face da expansão dos céus”. Gn 1.20 e JESUS, de “...extremidade inferior do céu”. Lc 17.24.

(b) Céu intermediário. Por céu intermediário entendemos céu estelar ou planetário, chamado também o céu astronômico. A Bíblia o chama de a (“altura”):

(c) Céu superior. Esse é chamado de as (“alturas”). Sl 93.4; At 1.9; Hb 1.3. É declarado em 2Co 12.2, como sendo “...o terceiro céu”, o “Paraíso”; podemos chamá-lo de “o espiritual”, e de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). É o lugar onde habita DEUS (Sl 123.1), CRISTO (Mc 16.19), o ESPÍRITO SANTO em seu retorno (Ap 14.13), os anjos (Mt 22.30; Jd v.6); será também a morada dos salvos em CRISTO (Jo 14.3).

2. DEUS criou os céus pelo supremo poder da palavra (1Cr 16.26; Jó 26.13; Sl 8.3; 33.6; 96.5; 136.5; Pv 8.27). Os céus incluindo a terra (Êx 20.11; 31.17; Ne 9.6; Sl 89.11, 12; 102.25; Salmo 115; Salmo 121.2; 124.8; 134.3; 156.6; Pv 3.19; Is 37.16; 42.5; 44.18; 51.13; Jr 10.12; 32.17; 51.15; Zc 12.1; At 4.24; 14.15; Ef 3.9; 2Pd 3.5; Ap 4.11; 10.6; 13.7). DEUS os criou em seis dias (Êx 20.11; 31.17). São sustentados pelo poder da sua palavra (Sl 33.9; 148.5; Hb 1.3; 2Pd 3.5). Uma vez que o (“Céu Superior”), é eterno, não é, pois sujeito a nenhuma mudança “...um novo céu, e uma nova terra” implica a transformação dos (“céus atmosféricos e astronômicos”); eles passarão com grande estrondo no dia do juízo (Is 51.6; Mt 24.33; Mc 13.31; Lc 21.33; Hb 1.10, 11; 2Pd 3.7, 10; Ap 6.16 (1º estágio); Ap 20.11; 21.1; consumação.

3. E o mar já não existe. Uma omissão conspícua da nova criação de DEUS é a de oceano: “...e o mar já não existe” (21.1). Como o coração de João deve ter sido confortado por tal revelação, pois na ilha de Patmos o Apóstolo estava separado pelo revolto do mar! No céu, entretanto, nada nos separará dos nossos queridos.

I. “...a nova Jerusalém”. Esta linda cidade, vista por João, corresponde à mesma do versículo 10, deste capítulo; porém, em relação ao tempo, uma visão está distante da outra cerca de mil anos. “Este trecho ocupa-nos outra vez com o período milenial. O que foi dito em 20.5-6, é agora revelado plenamente, e temos uma descrição da noiva, a esposa do Cordeiro, na sua glória milenial, em relação a Israel e às nações sobre a terra”.

1. A cidade em foco de gigantescas dimensões tendo o formato quadrangular, vista no versículo 10; descrerá para a terra no início do Milênio e, ficará (“acima”) da Jerusalém terrestre durante mil anos e, a iluminará (v. 23). Iluminada pela glória da Jerusalém celeste a Jerusalém terrestre se transformará também na cidade casada como descreve o profeta Isaías: “Nunca mais te chamarão: desamparada, nem a tua terra se denominará jamais: Assolada; mas chamar-te-ão: Hefzibá; e à tua terra: Beulá...”(Is 62.4a.). Aqui o profeta descreve a glória de Sião durante o Milênio. A cidade (“desamparada”), será chamada (“Hephzibat”) meu regozijo está nela”, e a terra desolada, (“Beulá”), ou casada. E o senhor habitará em Sião e se regozijará sobre ela como o noivo se regozija da noiva.

I. “...o tabernáculo de DEUS”. O trecho de Ezequiel 37.27, mostra esse tempo futuro: “O meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu DEUS e eles serão o meu povo”. No presente texto, é-nos dito com notável franqueza que a habitação de DEUS está com os homens. A expressão, “...grande voz”, presente em cerca de 18 versículo deste livro, e tão nossa conhecida, aparece agora, pela última vez, para anunciar o tabernáculo de DEUS com os homens. O tabernáculo, como sabemos, era a tenda em que permanecia a glória de DEUS, e onde, no deserto, o povo se reunia para, através de sacrifícios e sacerdotes, aproximar-se de seu Criador. Agora, esta cidade será eterno tabernáculo, pois nela DEUS mesmo estará com os homens. E a fim de que não haja engano, as palavras são repetidas: “O mesmo DEUS estará com eles”. E então o pensamento é expressivo e um verdadeiro clímax de esperança: “...eles serão o seu povo”.

1. O antigo tabernáculo tinha o “sshekinah” de DEUS ou resplendor divino; na nova cidade isso sucederá supremamente. O próprio tabernáculo fora construído de modo a permitir certa manifestação de DEUS entre os homens. Aqui, porém, agora, tudo que no passado era sombra, agora é realidade.

I. “...toda a lágrima”. No capítulo 7.17 deste livro a expressão “...toda a lágrima” é atribuída aos mártires da Grande Tribulação: a do presente texto, porém, a todos os santos de todos os tempos. Agora, como nos versículos anteriores, essa cidade será o eterno tabernáculo, pois nele DEUS mesmo estará com seus filhos e nela não haverá lágrimas, nem morte, nem luto, nem pranto, nem dor. A lágrima é (“silenciosa”): o pranto não. Na dor ou sofrimento intenso sobrevém o pranto. A lágrima é antes expressão da dor surda, intensa, intima. Agora tudo isso é (“pretérito”), diz o texto em foco: “...as primeiras coisas são passadas”. Hough observa que as lágrimas acompanham todos os atos dos homens. Elas são contundentes em três fases principais da vida humanas: Ao nascer; no viver; e na morte. As lágrimas afloram-nos aos olhos pelas tristezas, pelos ideais perdidos ou frustrados, pelos defeitos e pelas vitórias que foram obtidas ou perdidas. Porém, na nova terra, a última lágrima já foi derramada, e toda tristeza será substituída por uma alegria eterna.

 

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Lição 13, O Sacerdócio Celestial
2º Trimestre de 2019 - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de CRISTO - Comentário: Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com

 

O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre.

No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), onde estavam o Altar de Holocausto e a Pia de Bronze; o Lugar SANTO, onde estavam o Candelabro, A Mesa dos Pães da Proposição e o Altar de Incenso; e o Lugar Santíssimo, onde estavam a Arca da Aliança (contendo as tábuas da lei, o vaso contendo o Maná e a Vara de Arão que floresceu) e a tampa da Arca toda de Ouro, denominada Propiciatório, tendo em suas extremidades dois Querubins com suas asas se encontrando no meio da Arca.

O Pátio era descoberto, mas o Lugar SANTO e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos com cortinas nas cores Azul, Branco, Violeta e Vermelho..

A mobília que compunha o Lugar SANTO era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso.

Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de JESUS CRISTO no Santuário Celestial (Jo 8:12; Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).

Falou-lhes, pois, JESUS outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12

Eu sou o pão da vida. João 6:48

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25

 

2. O santuário celestial.

O TABERNÁCULO ORIGINAL E VERDADEIRO É NO CÉU. MOISÉS CONSTRUIU UMA CÓPIA.

Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte. Êxodo 26:30
Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte. Êxodo 25:40
Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Hebreus 8:5

 

JESUS É O SUMO SACERDOTE DESTE VERDADEIRO TABERNÁCULO E SEU SACERDÓCIO É DA ORDEM DE MELQUISEDEQUE

Assim também CRISTO não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei. Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem; Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:5-10

 

ESSE TABERNÁCULO CELESTIAL É A NOVA JERUSALÉM

Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:22-24

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles, e será o seu DEUS. E DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. Apocalipse 21:1-4

 

Este Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde DEUS habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). CRISTO JESUS garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.

Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. João 14:1-3

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4:17

 

 

3. O sacrifício perfeito de CRISTO.

O sacrifício de JESUS CRISTO foi suficiente e eterno (Hb 9.24).

 

"Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de DEUS";

JESUS subiu ao céu para oferecer a DEUS seu precioso sangue da Nova e Eterna Aliança. não num santuário terrestre e feito por mãos humanas.

Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar. Hebreus 8:13
E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24
Ora, o DEUS de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor JESUS CRISTO, grande pastor das ovelhas, Hebreus 13:20

 

 

"Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes",

Arão precisava oferecer sacrifícios por ele mesmo, pois era pecador, porém JESUS nunca pecou, portanto não precisava oferecer sacrifícios repetidos por Ele mesmo.

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15

 

 

"como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio";

JESUS não entrou com sangue alheio, de animais, no santuário celestial, mas com seu próprio sangue. ELE decidiu morrer por nós, o animal não decidia isso.

O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo. 1 Timóteo 2:6
O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Tito 2:14

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. João 10:17,18

 

 

"De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo".

Se JESUS tivesse pecado teria que oferecer sacrifício por si mesmo.

Se JESUS fosse pecador e da ordem de Arão teria que ser substituído depois de sua morte.

Todo ano teria JESUS de repetir seu sacrifício se fosse feito como pecador e com sangue de animais.

 

 

Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.

JESUS veio na época certa, no ano certo, no dia certo, na hora certa, para fazer seu sacrifício perfeito e assim desfazer o poder do pecado, se fazendo pecado em nosso lugar. Ele levou não só nossos pecados, como nossas doenças e enfermidades.

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Isaías 53:4
Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças. Mateus 8:17

 

 

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

Não é o sacrifício de um animal apenas, mas de um homem que só pode morrer uma vez. JESUS foi justificado no ESPÍRITO.

E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: DEUS se manifestou em carne, foi justificado no ESPÍRITO, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. 1 Timóteo 3:16

 

Assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. Hebreus 9:24-28

JESUS vem nos buscar para vivermos eternamente com ELE na Nova Jerusalém.

 

 

CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva.

santuário maior - No céu - A Nova Jerusalém.

um sacrifício suficiente - JESUS morreu por nós.

uma salvação definitiva – ouvindo a pregação do evangelho e crendo em JESUS como único Salvador e Senhor se recebe a salvação. Cuidado para não perder uma tão grande salvação.

Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao SANTO dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante CRISTO JESUS, pode entrar na presença de DEUS pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).
E rasgou-se ao meio o véu do templo. Lucas 23:45
E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. Marcos 15:38

Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, Hebreus 10:20.

 

Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Romanos 15:4

Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:3,4

 

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Escrita, Lição 13, CPAD, A Cidade Celestial, 2r24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

CPAD, 2º Trimestre de 2024, adultos

Tema: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU

Comentarista: Osiel Gomes

 

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO.” (Fp 3.20)

 

VERDADE PRÁTICA

A cidade celestial é o alvo de toda a nossa jornada que iniciou com o Novo Nascimento e se consumará com a entrada pelos portões celestiais.

 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lc 23.46; 2 Co 12.2-4 O Paraíso como a habitação de DEUS, dos anjos e dos salvos

Terça - Ap 3.12 A Nova Jerusalém, a cidade que descerá do Céu         

Quarta - Cl 1.20 A reconciliação de tudo o que está na Terra e no Céu

Quinta - Jo 4.10 O rio da água da vida fluirá abundantemente

Sexta - Fp 3.20 A nossa verdadeira morada está nos Céus

Sábado - 2 Co 5.8; Fp 1.21,23 A esperança sincera de todo cristão peregrino

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 21.9-14; 22.1-5

Apocalipse 21

9 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.

10 - E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de DEUS descia do céu.

11 - E tinha a glória de DEUS. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.

12 - E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.

13 - Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas.

14 - E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

Apocalipse 22

1 - E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro. 

2 - No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3 - E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de DEUS e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4 - E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.

5 - E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor DEUS os alumia, e reinarão para todo o sempre.

 

 

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PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A Pátria Celestial é o ponto de chegada de todos salvos em CRISTO que foram iluminados pela Palavra de DEUS e provaram de uma tão grande salvação. A nossa morada não está aqui, mas no Céu. Por isso, ao longo desta lição, estudaremos a realidade bíblica do Paraíso e da Cidade Celestial, e o eterno e perfeito estado dos salvos. Ainda, nesse tempo presente, conhecemos essa realidade de maneira bem limitada, mas haverá o dia em que a conheceremos plenamente (1 Co 13.12).

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Conceituar o Paraíso; II) Explicar a eternidade como doutrina bíblica e como descrita no Livro de Apocalipse; III) Conscientizar a respeito do estado final de todos os santos.

B) Motivação: Há um hino clássico que diz o seguinte: "Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou, do reino lá do céu embaixador eu sou". É uma letra que revela exatamente o que Bíblia diz a respeito de nossa verdadeira cidadania. Sim, a Bíblia diz que nós não somos desse mundo, embora estejamos nele.

C) Sugestão de Método: Estamos na última lição deste trimestre. Antes de iniciar a aula desta última lição, faça uma revisão dos principais pontos que abordamos ao longo do trimestre. Mostre que o propósito do nosso estudo foi percorrer a carreira cristã que se iniciou com o Novo Nascimento. E que durante essa caminhada nos deparamos com muitos obstáculos e, também, com muita graça de DEUS para auxiliar-nos. Relembre a classe lições importantíssimas como a escolha das duas portas, a confissão e o abandono do pecado, as armas espirituais que temos a nossa disposição, dentre outras. Pondere o tempo que você levará para a revisão. Não ultrapasse 10 minutos. Em seguida, introduza a última lição do trimestre.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Claramente quem cultiva o sentimento de morar brevemente no Céu, procura não se acostumar com o pecado, leva a sério a necessidade de ter uma vida santa. Sim, a consciência da cidadania celestial traz a nossa vida um senso de urgência e seriedade na comunhão com DEUS e sua Igreja.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tópico a respeito de a Nova Jerusalém como a cidade celestial dos cristãos; 2) O texto "Rio e Árvore da Vida", ao final do segundo tópico, expande o assunto da vida eterna conforme descrita no Livro do Apocalipse.

 

 

PALAVRA-CHAVE - Cidade

 

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Os cristãos que têm conhecimento das Sagradas Escrituras sabem que não foram destinados para viver apenas neste mundo. Aqui, somos peregrinos e forasteiros (1 Pe 2.11). Brevemente os portões celestiais se abrirão e partiremos para viver eternamente com o Pai, em nossa pátria celestial (Fp 3.20). Por isso, estudaremos a respeito do Paraíso Eterno, a Cidade Celestial, o Eterno Estado em que desfrutaremos da presença de DEUS e como as Escrituras ensinam como será a nossa glorificação final. Aqui, se encontra o que nos aguarda ao final de nossa Jornada Cristã.

 

Devemos cuidar para não confundir o Milênio com o Estado Eterno. Este (Estado Eterno) caracteriza a eternidade sem fim em que passaremos com DEUS; aquele (Milênio) é um período em que JESUS reinará por mil anos na Terra [...].”

 

I – O PARAÍSO ETERNO 

1. O que é o Paraíso?

Uma definição que podemos mencionar de paraíso é o Céu como morada de DEUS, dos anjos e dos salvos (2 Co 12.2-4). Quando estava na cruz, nosso Senhor fez uma promessa ao ladrão arrependido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Essa promessa foi prontamente cumprida, pois, quando por ocasião de sua morte, o corpo do Senhor JESUS foi para a sepultura, mas seu espírito para o Pai, ou seja, para o Céu, o lugar de habitação de DEUS (Lc 23.46). Não há como mensurar tamanha alegria do ladrão ao ouvir de JESUS a promessa de um encontro no Paraíso. Este lugar é a expressão de toda soma das bem-aventuranças em CRISTO. O apóstolo Paulo foi arrebatado e levado ao Paraíso (2 Co 12.4), que é o mesmo lugar que aparece em Apocalipse 2.7.

 

2. O que é a Cidade Eterna?

Depois do julgamento final, após o Milênio (Ap 20), e a purificação da Terra por meio de fogo (2 Pe 3.10), surgirá a Nova Jerusalém, que figura como a Cidade Eterna de DEUS (Ap 3.12; 21; 22). Quando esteve neste mundo, o Senhor JESUS assegurou que prepararia um lugar para os santos (Jo 14.2,3).

A Nova Jerusalém, criada por ocasião da purificação ocorrida na Terra (2 Pe 3.10), tem sua origem no Céu, e será também terrena, visto que substituirá a antiga cidade que estava contaminada; ela descerá diretamente dos Céus (Ap 21.1-3). Nessa ocasião, os salvos serão cidadãos dessa cidade, desfrutarão das bênçãos eternas e a habitarão com seus corpos transformados em um estado glorioso (1Co 15.54).

 

3. Quando a eternidade começará?

De acordo com o estudo atento de Apocalipse, depois do Arrebatamento da Igreja, ocorrerá a Grande Tribulação por um período de sete anos, em seguida nosso Senhor retornará gloriosa e triunfantemente por ocasião de sua Segunda Vinda e implantará o Reino Milenial. Depois do Milênio, entraremos no glorioso Estado Eterno (Ap 21; 22). Aqui, devemos cuidar para não confundir o Milênio com o Estado Eterno. Este caracteriza a eternidade sem fim em que passaremos com DEUS; aquele é um período em que JESUS reinará por mil anos na Terra e, ao final desse período, pessoas serão julgadas diante do Trono Branco, o Juízo Final (Ap 20.11-15). Aguardemos piedosamente o Reino Eterno, o Novo Céu, a Nova Terra e a Nova Jerusalém!

 

SINÓPSE I

O Paraíso e a Nova Jerusalém como realidades eternas do Céu.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã

A cidade de Jerusalém também foi importante para a igreja cristã.

(1) Jerusalém foi o berço do cristianismo. Foi ali que JESUS CRISTO foi crucificado e ressuscitou dos mortos. Foi também em Jerusalém que o CRISTO ressuscitado ‘derramou’ o ESPÍRITO Santo sobre os discípulos no dia de Pentecoste [...]. A partir dessa cidade, a mensagem de JESUS CRISTO se espalhou ‘até aos confins da terra’ (At 1.8; cf. Lc 24.47). [...] (2) Os autores do Novo Testamento aceitaram grande parte do significado de Jerusalém para o Antigo Testamento, mas também reconheceram o seu simbolismo relacionado a uma cidade celestial. Em outras palavras, quando o Novo Testamento retrata Jerusalém como a cidade santa, não se refere apenas a um lugar na terra, mas no céu, onde DEUS habita e onde CRISTO governa à sua direita (isto é, o lugar de maior honra e autoridade). Dali, Ele envia as suas bênçãos e dali JESUS irá retornar.” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.696).

 

 

II – O ETERNO E PERFEITO ESTADO

1. O estado perfeito à luz da doutrina bíblica.

De Gênesis a Apocalipse, há um propósito divino na consumação dos séculos, onde tudo ocorrerá por ocasião da Segunda Vinda de CRISTO JESUS, após o Milênio, em que serão estabelecidos um Novo Céu e uma Nova Terra (Ap 21.1). Nesse tempo, o propósito original de DEUS se cumprirá e toda Terra se encherá de sua glória. Conforme o apóstolo Paulo escreveu, haverá reconciliação geral de todas as coisas, em que Céu e Terra serão a mesma grei (Cl 1.20). Por isso, o perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia como um lugar belo, de santidade e perfeição, pois a antiga ordem, em que imperava a natureza do pecado, foi abolida e deu lugar a um lugar santo, puro e perfeito.

 

2. O estado perfeito à luz de Apocalipse 22.1-5.

O livro do Apocalipse traz alguns símbolos que descrevem de maneira mais vívida o divino estado perfeito de todas as coisas. São símbolos que comunicam a singularidade desse novo estado: a) um rio; b) a árvore; c) a ausência de males; d) a presença de DEUS.

a) A vida eterna descrita como um rio.

O apóstolo João descreve essa eternidade como um rio da vida que brota do trono de DEUS e do Cordeiro (Ap 22.1). Aqui, está presente o aspecto simbólico do rio como símbolo de vida que em diversas vezes o Senhor JESUS mencionou como água da vida (Jo 4.10; cf. Sl 46.4; Ez 47.1-12).

b) A vida eterna descrita como árvore.

A árvore da vida remonta ao livro de Gênesis (Ap 22.2; cf. Gn 2.9; 3.22). Seus 12 frutos, de mês em mês, e suas folhas simbolizam a vida que triunfou sobre as enfermidades e a morte. Não haverá mais dores nem doenças, pois no divino estado eterno, a morte não prevalecerá mais.

c) A vida eterna sem males.

Não haverá mais “maldição contra alguém” (Ap 22.3). O problema do coração do ser humano será para sempre resolvido, pois o mal será plenamente erradicado. Ali, o trono de DEUS e do Cordeiro estarão centralizados no coração do ser humano.

d) A vida eterna na presença de DEUS.

Contemplaremos a DEUS face a face (1 Co 13.12), e sua presença será a nossa luz para sempre (Ap 22.4). Que alegria indizível! Prestaremos culto olhando diretamente para Ele. Sua presença gloriosa fará com que não haja mais noite, não havendo mais qualquer escuridão, e para sempre reinaremos com Ele.

 

SINÓPSE II

A vida eterna é descrita na Bíblia como um rio, uma árvore, lugar sem males e a presença eterna de DEUS.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Rio e Árvore da Vida

“O Rio Puro da Água da Vida. Este rio aparentemente literal sugere o fluxo contínuo do ESPÍRITO Santo e da vida, da bênção e do poder espiritual que Ele nos dá (cf. 7.17; 21.6; 22.17; Is 44.3; Jo 7.37-39). O rio é um lembrete de que as pessoas ainda são dependentes de DEUS Pai e de CRISTO JESUS para tudo na sua vida, assim como sempre foram.

A Árvore da Vida. Este pode ser um substantivo coletivo, referindo-se às árvores que revestem ambos os lados do rio da vida. Esta árvore se refere à vida eterna dada a todos os membros do povo de DEUS (Gn 2.9; 3.22). As folhas que curam indicam a ausência de qualquer coisa que traga dano físico ou espiritual (cf. Ez 47.12). Observe que mesmo em nossos corpos imortais seremos dependentes do Senhor para obtermos força, vida e saúde.” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2469).

 

 

III – O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

1. O que todo crente salvo deve esperar?

Os santos de DEUS, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, nunca viveram nesta Terra com a ideia de permanecer nela eternamente. O patriarca Abraão vivia nela com a esperança da Cidade Celestial, cujo construtor é DEUS (Hb 11.9,10; Gl 4.26; Hb 11.16). Moisés passou por ela com essa mesma intenção, deixou o Egito e sua glória porque tinha consciência de algo melhor, a recompensa gloriosa (Hb 11.24-27).  Por isso, o cristão que vive neste mundo sabe que, aqui, ele é peregrino nesta jornada, pois está consciente de que o seu lar, a sua verdadeira cidade, é a celestial de onde o nosso grande e maravilhoso DEUS habita (Ap 21.3,22; 22.3).

 

2. Viveremos todos em unidade.

Ao se fazer menção dos inscritos nas 12 portas da cidade, onde estão os nomes das 12 tribos de Israel, e dos alicerces levam os nomes dos 12 apóstolos está evidente que se trata de pessoas originárias de todas as eras (Ap 21.9-14). As pessoas tanto de Israel quanto da Igreja serão reunidas, formando um só Corpo de CRISTO, cumprindo-se plenamente dessa forma o que está escrito em Gálatas: “nisto não há judeu nem grego” (Gl 3.28). Viveremos na Nova Cidade sem qualquer tipo de segregação, discriminação e diferença de classes, pois seremos um só povo em CRISTO JESUS.

 

3. Finalmente em casa.

Sabemos que nossa morada final não é aqui neste mundo, nem na sepultura, prova disso é que somos denominados de peregrinos e estrangeiros nesta Terra (Hb 11.13). O apóstolo Paulo nos lembra de que a nossa cidade está nos Céus (Fp 3.20). Os cristãos que verdadeiramente mantêm comunhão com CRISTO e sua Palavra cultivam em seu coração o desejo de ir para a casa, como anelava o apóstolo dos gentios (2 Co 5.8; Fp 1.21,23). Essa é a nossa grande recompensa de quando findarmos, aqui na Terra, a nossa jornada. Essa é a bendita esperança de todo cristão sincero que deseja morar no Céu.

 

SINÓPSE III

No Estado Final, finalmente, poderemos dizer: estamos em casa.

Viveremos na Nova Cidade sem qualquer tipo de segregação, discriminação e diferença de classes, pois seremos um só povo em CRISTO JESUS.”

 

CONCLUSÃO

O Céu é o destino final de uma jornada que se iniciou com o Novo Nascimento. Do início da jornada até o final, enfrentaremos inimigos que intentam nos desviar da rota para o Céu. Por isso, durante a travessia da jornada, é necessário toda vigilância e zelo, sabendo que aquEle que começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia do nosso Senhor JESUS CRISTO (Fp 1.6). Portanto, coloquemos nossos olhos no Autor e Consumador da nossa fé, olhando para frente, pois a Canaã Celestial é logo ali.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como podemos definir o Paraíso?

Uma definição que podemos mencionar de paraíso é o Céu como morada de DEUS, dos anjos e dos salvos (2 Co 12.2-4).

2. De onde virá a Nova Jerusalém?

Do céu.

3. De acordo com a lição, como o perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia?

O perfeito e eterno estado é descrito na Bíblia como um lugar belo, de santidade e perfeição, pois a antiga ordem, em que imperava a natureza do pecado, foi abolida e deu lugar a um lugar santo, puro e perfeito.

4. Quais os símbolos apresentados no livro de Apocalipse que descrevem o divino estado perfeito de todas as coisas?

São símbolos que comunicam a singularidade desse novo estado: a) um rio; b) a árvore; c) a ausência de males; d) a presença de DEUS

5. O que os cristãos sinceros devem cultivar em seu coração?

Os cristãos que verdadeiramente mantêm comunhão com CRISTO e sua Palavra cultivam em seu coração o desejo de ir para a casa, como anelava o apóstolo dos gentios (2 Co 5.8; Fp 1.21,23).

 

 

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LIÇÃO NA ÍNTEGRA

Lição 3, O Céu, O Destino Do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1. Definindo céu.

2. O céu conforme o ensino de Paulo.

3. O alvo do cristão.

II – A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

1. O novo céu e a nova terra.

2. A linda cidade como nossa nova morada.

III – CÉU: O FIM DA JORNADA CRISTÃ

1. Estaremos onde DEUS está.

2. As lágrimas cessarão.

3. O Céu como repouso eterno.

 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO.”(Fp 3.20)

 

VERDADE PRÁTICA

O crente deve viver a vida cristã com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10

A maravilhosa realidade bíblica do Céu

Terça - 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6

Estaremos para sempre com o Senhor no Céu

Quarta - 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8

Há um prêmio a ser alcançado: o Céu

Quinta – Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20

Céu: morada de DEUS e pátria dos santos

Sexta - Jo 14.3

A promessa de que estaremos com CRISTO no Céu

Sábado – 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19

Uma nova realidade experimentada no Céu

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4

Filipenses 3.13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,

14 - prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS.

20 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO,

21 - que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

Apocalipse 21.1 - E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS.

4 - E DEUS limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

 

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o céu na perspectiva bíblica como morada eterna reservada para os cristãos. Veremos a descrição do Céu segundo o livro do Apocalipse, bem como o fim da carreira cristã. Após uma vida de perseverança na fé, renúncia aos prazeres desse mundo e bom ânimo diante das tribulações, os cristãos desfrutarão do repouso eterno ao lado de DEUS. Para tanto, arguiremos acerca do que é exigido dos servos de DEUS para que desfrutem da esperança celestial e o que as Escrituras Sagradas estabelecem como regra de fé e prática para a vida cristã enquanto se aguarda o Dia da Redenção.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Distinguir o céu como morada final na vida eterna com DEUS; II) Apresentar o conceito de Céu conforme o Livro do Apocalipse; III) Pontuar que o céu é o destino dos cristãos e o lugar de repouso após a árdua carreira da vida cristã neste mundo.

B) Motivação: O Livro do Apocalipse descreve maiores detalhes a respeito de como será o Céu. Nesse sentido, o Novo Céu é um lugar sem precedente, incomum, diferente de qualquer realidade conhecida pela mente humana. Fomente com seus alunos o diálogo sobre os elementos que descrevem o Céu, apresentados no Livro do Apocalipse e pergunte o que eles pensam sobre essa nova realidade. Reforce que a esperança do céu é uma questão de fé.

C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição destaca a descrição do Livro do Apocalipse a respeito do Céu. Após o cumprimento do juízo divino, DEUS prometeu criar um Novo Céu e uma Nova Terra, completamente diferentes dos primeiros. Nesse novo ambiente espiritual os cristãos desfrutarão da vida eterna ao lado de DEUS. Pergunte aos alunos o que eles compreendem sobre o céu na conjuntura do estado intermediário da alma, após a morte neste tempo presente, e o céu que os cristãos experimentarão depois do juízo final, descrito em Apocalipse 21.1,2. Você pode apresentar essa explicação por meio de projeção digital.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A Palavra de DEUS aponta que a vida eterna na nova cidade celestial só estará disponível àqueles que amam e praticam a verdade. Ficarão de fora os pecadores e qualquer que ama e vive no pecado. Portanto, é a esperança do porvir que nos leva a perseverar na fé, a manter uma vida santa, bem como a nutrir o amor de CRISTO em nossos corações. 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã", localizado depois do primeiro tópico, destaca a compreensão de Jerusalém como a Cidade Celestial como destino dos cristãos fiéis; 2) O texto "O novo céu e a nova terra", ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da vida no Novo Céu e na Nova Terra preparada para os servos de DEUS.

 

PALAVRA-CHAVE - Céu

 

COMENTÁRIO-INTRODUÇÃO

Ao homem natural é impossível discernir as coisas espirituais, visto que elas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Por isso, a sabedoria humana apresenta diversas concepções enganosas a respeito do céu, a ponto de negar a sua existência. Contudo, ao cristão é garantido a gloriosa promessa de desfrutar do céu como sua morada na vida eterna com DEUS (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11). Em vista disso, o nosso propósito é o de mostrar o céu como destino glorioso de todo cristão peregrino.

 

 

I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1. Definindo céu

A palavra hebraica shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento. O termo grego ouranós, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento com dois sentidos: 1) como firmamento, universo, atmosfera; 2) céus siderais e estrelados, região acima dos céus siderais, sede da ordem das coisas eternas e perfeitas onde DEUS e criaturas celestes habitam. Nas traduções da Bíblia em língua portuguesa, a palavra shamayim foi traduzida por “altura”; e ouranós, como “algo elevado”. Ambas as palavras são usadas para se referir a três locais distintos: 1) céu atmosférico (Dt 11.11,17); 2) universo ou firmamento dos céus (Gn 1.14; 15.5; Hb 1.10); 3) morada de DEUS (Is 63.15; Mt 7.11,21; Ap 3.12). Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de DEUS.

 

2. O céu conforme o ensino de Paulo

O apóstolo Paulo foi arrebatado até o terceiro céu. Não por acaso, esse céu está enfatizado nas cartas do apóstolo como lugar celestial, o lar dos salvos em CRISTO JESUS, onde temos um destino assegurado: o de estar para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6). Por isso, vivendo em CRISTO, o crente desenvolve um relacionamento na esfera do reino, de modo que, ainda que não tenha ido para o céu, toda a sua vocação é celestial no presente momento de sua vida. Dessa forma, o poder que está em sua vida vem do céu e o habilita a vencer a cada dia.

 

3. O alvo do cristão

Depois de salvo, não pertencemos mais a este mundo. Por isso, Paulo ensina que prossegue para o alvo, isto é, a linha de chegada que o atleta alcança o prêmio (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8). Assim, o apóstolo persegue o prêmio com determinação, liberdade, empenho e com os olhos fixos no Autor da Salvação (Hb 12.2). Igualmente, o cristão passa a ter o céu como alvo por causa da soberana vocação, que vem de cima, isto é, de DEUS por meio de JESUS CRISTO. O seu alvo revela o resultado de uma nova vida e, por isso, o crente se volta para as coisas do céu (Cl 3.2). A expressão a “nossa pátria está nos céus” sintetiza bem essa nova realidade (Fp 3.20). Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19). Para viver a plenitude dessa cidadania, o cristão peregrina para algo perfeito, absoluto, em que finalmente terá o corpo abatido transformado conforme o corpo glorioso de JESUS CRISTO (1 Co 15.44; 1Jo 3.2).

 

SINÓPSE I

O cristão passa a ter o Céu como alvo por causa da soberana vocação, que vem de cima, isto é, de DEUS por meio de JESUS CRISTO.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã

“[...] Paulo fala a respeito de Jerusalém ‘que é de cima’, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a CRISTO para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas ‘ao monte de Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial’ (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, DEUS está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá ‘do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido’ (Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: ‘Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS’ (Ap 21.3). DEUS e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3). (3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de DEUS? Isaías em 65.17 do seu livro fala de ‘céus novos e nova terra’ (Is 65.17), e em seguida apresenta um ‘Mas’ enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos creem que quando CRISTO voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá a nova terra como a sede do reino eterno de DEUS (Ap 21.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636)

 

II – A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

1. O novo céu e a nova terra

Depois da abertura dos sete selos, conforme Apocalipse 6, em que predominaram a desordem, a tribulação e o juízo, o quadro revelado na sequência é o de um novo estado eterno. O apóstolo João diz que o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar não existe mais; esse céu (também ouranós) é o espaço astronômico, não se trata da habitação eterna de DEUS. Então, o apóstolo contempla um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1). O adjetivo grego kainós (novo), que aparece no texto, traz a ideia de novo com respeito à forma; fresco, recente, não usado. Nesse sentido, o novo céu é um lugar sem precedente, incomum e desconhecido. Isaías profetizou a criação de novos céus e nova terra (Is 65.17); o apóstolo Pedro confirmou essa esperança (2 Pe 3.13). Esse lugar é o destino do cristão, um novo lar completamente redimido, sem qualquer semelhança com o mundo antigo, pois “eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5).

 

2. A linda cidade como nossa nova morada

No versículo 2 (Ap 21), o apóstolo João faz menção à descida da Cidade Santa e somente a partir do versículo 9 que ele começa a descrever a beleza dessa cidade. Por meio de passagens do Novo Testamento, a Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de DEUS, a pátria dos salvos, lugar em que os santos habitarão (Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20). Assim, cremos e afirmamos que essa linda cidade será um lugar em que DEUS e o Cordeiro são o seu templo; a glória de DEUS a iluminará, e o Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 21.22,23). Na Nova Jerusalém não haverá dor, tristeza ou sofrimento (Ap 21.4). Além disso, depois da ressureição (Ap 20.4), e quando todas as coisas forem consumadas, essa Jerusalém Celestial descerá do céu e ficará para sempre na nova terra. O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa Cidade. Portanto, para nós, a visão descrita em Apocalipse 21 refere-se ao Céu como a eternidade, a Nova Jerusalém como a Nova Cidade, o nosso novo lar criado sem pecado, onde a bem-aventurança eterna será desfrutada pelos santos para todo o sempre.

 

SINÓPSE II

A Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de DEUS, a pátria dos santos, lugar em que os santos habitarão.

 

AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

O Novo Céu e a Nova Terra

“É o destino final dos salvos: ‘E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe’ (Ap 21.1). O céu e a terra que conhecemos desaparecerão para darem lugar a uma nova criação. Isso é anunciado desde o Antigo Testamento e é ratificado no Novo. O próprio Senhor JESUS CRISTO confirmou essa palavra profética: ‘O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar’ (Mt 24.35). A promessa divina de que a terra permanece para sempre significa que sempre haverá uma terra, mas não necessariamente a mesma. A palavra profética também anuncia um novo céu e uma nova terra. Quando for instalado o juízo do Grande Trono Branco, o céu e terra deixarão de existir: ‘E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles’ (Ap 20.11). Trata-se de uma fase preparatória para o estabelecimento do novo céu e da nova terra. A terra contaminada pelo pecado não resistirá ao esplendor da presença de DEUS; o universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquEle que está assentado sobre o trono. E o fato de a morte e o Inferno serem lançados no Lago de Fogo indica que, no novo céu e na nova terra, não haverá morte nem condenação” (Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200).

 

 

III – CÉU: O FIM DA JORNADA CRISTÃ

1. Estaremos onde DEUS está

Em Apocalipse 21, há uma concretização da jornada cristã em que o crente estará onde DEUS habita, conforme o nosso Senhor disse que viria e nos levaria para estarmos com o Pai (Jo 14.3). Nesse lugar, habitaremos com DEUS em seu tabernáculo, pois nós seremos o seu povo e Ele o nosso DEUS (Ap 21.3). Tudo isso se tornará realidade no futuro, quando nossa união com DEUS se dará sem impedimento, cumprindo toda a expectativa tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos (Lv 26.11-12; Ez 43.7; 2Co 6.16; Ap 7.15).

 

2. As lágrimas cessarão

Uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no céu é a de que DEUS enxugará de nossos olhos todas as lágrimas. Essas lágrimas simbolizam a tristeza, o sofrimento, as tragédias humanas e outros diversos males que não terão lugar nessa nova realidade de vida, pois todas as primeiras coisas são passadas (1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19). Tudo isso será possível porque haverá também uma transformação no mundo físico, de modo que ele será inteiramente transformado e liberto da corrupção, como Paulo esclareceu a respeito da redenção do mundo material (Rm 8.21).

 

3. O Céu como repouso eterno

A expressão “repouso” nada tem a ver com tédio, pois no Céu haverá constante atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (1 Co 13.12). Trata-se de uma dimensão completamente distinta do que conhecemos atualmente. Por isso, quando afirmamos que o Céu será um lugar de repouso ou de descanso é pelo fato de que o crente descansará de suas fatigas, cansaço e exaustão presentes hoje (Ap 14.13); estaremos plenamente satisfeitos em comunhão uns com os outros e com o nosso Senhor (Mt 8.11; Ap 19.9). Esse lugar de repouso é o fim de nossa jornada cristã, é a experimentação da morada dos redimidos. Portanto, toda nossa vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu como verdadeira esperança (Cl 3.2).

 

SINÓPSE III

O Céu é o lugar de repouso do cristão e o fim de nossa carreira espiritual.

 

CONCLUSÃO

Para se viver a esperança celestial é preciso nascer de novo, viver em CRISTO e transformar a mente. É preciso ter uma nova natureza (Jo 3.12). Sem isso, é impossível crer nas coisas espirituais, pois estas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Portanto, prossigamos a nossa jornada para o Céu de glória, o alvo de todo salvo em CRISTO, conforme as regras divinas estabelecidas na Palavra de DEUS (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8).

 

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Dos três locais aplicados à palavra Céu, qual o mais importante para o cristão de acordo com a lição?

Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de DEUS.

2. O que o apóstolo mostra com a expressão a “nossa pátria está nos céus”?

Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19).

3. Segundo a lição, como o apóstolo João descreve a nova Jerusalém?

O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa Cidade.

4. Cite uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no Céu.

Uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no céu é a de que DEUS enxugará de nossos olhos todas as lágrimas.

5. De acordo com a lição, como a nossa vida cristã atual deve ser vivida?

A vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu como verdadeira esperança (Cl 3.2).

 

 

LEITURAS PARA APROFUNDAR

- Os 50 Acontecimentos Finais na História da Humanidade;  

- Estudos sobre o Apocalipse