Lição 5 - Dons de Elocução
LIÇÕES BÍBLICAS -
2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida
Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO
ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Veja -
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm
TEXTO ÁUREO
“Se alguém falar, fale
segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o
poder que DEUS dá, para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS CRISTO,
a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!” (1 Pe 4.11)
VERDADE PRÁTICA
Os dons de profecia, de
variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar,
exortar e consolar a Igreja de CRISTO.
Leitura Diária
Segunda - Jo 17.17 A
Palavra de DEUS é a verdade
Terça - 1 Tm 4.14 Não
despreze o dom de DEUS
Quarta - 1 Co 14.3 Os
objetivos do dom de profecia
Quinta - 1 Co 14.32
Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons
Sexta - 1 Co 14.22-25
Sinais para os fiéis e para os infiéis
Sábado - 1 Co
12.31 Buscar os dons com zelo
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1 Coríntios 12.7,10-12,-
14.26 32
I Coríntios 12.7 - Mas a manifestação
do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. 10 - e a outro, a
operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir
os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação
das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo
ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer. 12 - Porque, assim como
o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são
um só corpo, assim é CRISTO também.
1 Coríntios 14.26 - Que fareis, pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 27 - E, se alguém falar
língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua
vez, e haja intérprete. 28 - Mas, se não houver
intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS. 29 - E falem dois ou
três profetas, e os outros julguem. 30 - Mas, se a outro,
que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 - Porque todos
podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos
sejam consolados. 32 - E os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas.
OBJETIVOS -
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
Analisar
biblicamente o dom de profecia.
Compreender
o dom de variedade de línguas.
Valorizar
o dom de interpretação de línguas.
PALAVRA-CHAVE - Elocução: Ação ou efeito de enunciar o pensamento por
palavras.
Comentários
meus, com base na vida prática de dois grandes avivamentos ocorridos entre 1992
e 1995, em Imperatriz - MA, nas congregações Monte Tabor e Monte Hermom, da
Igreja Evangélica Assembleia de DEUS, dos quais participei ativamente dos
dois - Ev. Henrique - Atualmente muitos dons têm operado através da igreja
de Imperatriz devido a um culto realizado às quartas-feiras, em todas as 160
congregações
e também na quinta-feira, no templo central, denominado culto de adoração.
Em sua igreja existe oportunidade para que O ESPÍRITO SANTO se manifeste?
Oram por doentes e enfermos? Expulsam demônios? Profetizam? Oram por
batismos no ESPÍRITO SANTO toda semana? Paulo nos orienta: "Desejai
ardentemente os dons"(1 Co 12.31; 14.1). "Procurai abundar nos dons" (1 Co
14.12). "Não proibais falar em línguas" (1 Co 14.39). "Não desprezeis as
profecias'.
O grupo que contém os últimos três dons é o de Dons
de Elocução, também chamados de Dons de Inspiração, pois os crentes são
inspirados pelo ESPÍRITO SANTO a dizerem alguma coisa numa ação sobrenatural.
Também podem ser chamados de Dons da fala.
São eles: 1- Dom de profecia, 2- Dom de Línguas, ou
Variedade de línguas e o 3- Dom de interpretação de Línguas.
A função primária deles é a edificação da Igreja, ou
seja, fazer com que a Igreja cresça na graça e no conhecimento de CRISTO como
único Salvador e Senhor.
(1 Co 14.3). O dom de
Profetizar é para edificar, consolar e exortar. O dom de Variedade de Línguas é
para edificação própria e para edificação da Igreja, quando há interpretação,
quando não há interpretação, as línguas servirão apenas para aquele que as fala
ser edificado. O dom de Interpretação é para fazer com que as línguas sirvam
para edificação da Igreja e também para o crente ao orar em línguas receba
revelação ou mensagens diretamente do ESPÍRITO SANTO que lhe falará através das
línguas e lhe dará entendimento.
Todos podem e devem ter os dons
do ESPÍRITO SANTO, devem desejá-los ardentemente, mas principalmente o de
profetizar, pois esse dom edifica a igreja e é uma grande arma na evangelização.
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
Pelo que entendemos o dom
de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens
sobrenaturais, inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, podendo ser em uma língua
conhecida para quem fala e também para quem ouve, ou numa língua
desconhecida para quem fala e conhecida para quem ouve (caso de línguas mais
interpretação), objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa
destinatária da mensagem.
Os dons, inclusive o de profetizar, são
movidos em nós pelo amor, a mais essencial virtude do fruto do ESPÍRITO,
implantado em nós, quando nos convertemos a CRISTO (1 Co 13.2). Para que o
crente seja usado nesse dom deve primeiro desejar o bem da pessoa que vai
receber a profecia, pois é com esse intuito que DEUS nos usa. O Apóstolo
Paulo nos exorta a não desprezarmos as profecias
(1 Ts 5.20), por isso as
mesmas devem passar pelo crivo das escrituras, sendo julgadas pela igreja
antes de serem aceitas integralmente, pois as mensagens vêm perfeitas da
parte do ESPÍRITO SANTO, mas passam pelo instrumento que é o crente. Como as
profecias e as interpretações de línguas podem ser transmitidas
parcialmente, integralmente ou acrescentadas pelos que as transmitem, pode
haver mudança de entendimento por parte daqueles que as recebem devido a uma
mudança de sentido feita pelo que foi instrumento do ESPÍRITO SANTO para a
transmitir (1 Co 14.29-33; 1 Ts 5.20). Assim, quem é instrumento usado nesse
dom deve evitar interpretar a mensagem recebida à sua maneira ou de maneira
que o ouvinte deseja ouvir, mas entregar somente o que recebeu. Infelizmente
acontece muito desse dom ser exercido fora da igreja local, sendo por isso
mesmo usado de maneira errônea devido à falta de julgamento da veracidade
das mensagens ai transmitidas. Alguns por dinheiro ou por fama transmitem
mensagens que somente agradam aos ouvintes ou trazem mensagens de terror aos
incautos que se guiam por essas mensagens. O Dom de Discernimento é muito
importante nesses casos, revelando se tais mensagens vêm do que fala, ou do
Diabo, ou de DEUS. "Porque,
em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" 1
Coríntios 13:9
As profecias
vêm para edificação, exortação e
consolação (1 Co 14:3). Línguas + Interpretação = Profecia (1 Co
14:27,13).
Não devemos confundir Profeta com aquele que
profetiza, pois
Profeta é
ministério dado por CRISTO (Ef 4.11), profecia é manifestação do ESPÍRITO
SANTO, é dom do Mesmo. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer
ou revela coisas que estão acontecendo ou aconteceram em outra parte,
profecia não prediz nada. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas
pouquíssimos são escolhidos para serem profetas.
Profeta Ágabo: At 21 8 Partindo no
dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista,
que era um dos sete, ficamos com ele. 9 Tinha este quatro filhas virgens que
profetizavam (Dom do ESPÍRITO SANTO).
10 Demorando-nos ali por muitos dias, desceu da Judéia
um profeta, de nome Ágabo (Ministério
dado por CRISTO a Igreja); 11 e vindo ter conosco, tomou a cinta de
Paulo e, ligando os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO
SANTO: Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta
cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
2. A relevância do
dom de profecia.
“E temos, mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a
uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da
alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19).
Se esse dom não fosse
importante para a Igreja certamente Paulo não diria o que disse em 1 Co 14.1
"(1 Co 14.1 "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar". Para que não haja desordem no culto, ou
seja, quando houver num mesmo culto vários irmãos que profetizam e todos
eles desejam trazer uma mensagem da parte de DEUS à igreja, Paulo orienta
então que haja no máximo, durante um mesmo culto, dois ou três irmãos que
profetizem, sendo que um deve esperar pelo outro, assim um profetiza, depois
outro e depois outro (1 Co 14.29-31). Essas profecias deveriam ser julgadas
de acordo com a Palavra de DEUS, de acordo com a santidade e honestidade
daqueles que as transmitiam e pela sua veracidade comprovada pelos que as
receberam (1 Co 14.29).
Por que as profecias devem
ser julgadas? Por que podem vir de três fontes distintas: DEUS, o homem ou o
Diabo.
Exemplo:
Pode alguém chegar na igreja
e dizer que a doença que um membro tem é para que ele não se desvie do
evangelho - isso, com certeza, é uma mensagem satânica, pois JESUS já levou
nossas doenças e enfermidades na cruz, ELE não vai devolver isso para nós.
Pode alguém, na igreja,
dizer sobe a briga de um casal e sua separação sendo que ela já tenha ouvido
de uma vizinha esse fato ocorrido e está tentando se passar por alguém usado
em profecia, trazendo uma mensagem que não é nem do diabo e nem de DEUS.
Graças a DEUS, pode também
alguém trazer mensagens da parte de DEUS para edificação, exortação ou
consolação.
Não desprezeis as profecias.
1 Tessalonicenses 5:20 - A igreja tem perdido muito pela
falta das profecias que foram praticamente banidas da igreja por falta de quem
as julgue, por falta de líderes experientes nos dons.
O apóstolo Paulo dava muito valor às
profecias - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por
profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
(1 Timóteo 4:14)
Este mandamento te dou, meu filho Timóteo,
que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa
milícia; (1 Timóteo 1:18)
- As profecias são ótimas ferramentas
na evangelização. - De sorte que as línguas são um
sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para
os infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22.
3. Propósitos da
profecia.
Os principais propósitos da
profecia são a edificação da Igreja e a evangelização. A Igreja não pode ser
guiada pelas profecias, mas deve ouvir as profecias e julgá-las para que
haja uma sábia direção de DEUS em auxílio à obra de DEUS e uma união por
parte dos membros da Igreja.
A igreja que ouve e
julga as profecias é mais propensa a evitar e combater o pecado entre seus
membros.
Onde não há profecia, o povo se corrompe;
mas o que guarda a lei esse é bem-aventurado (Provérbios
29:18).
Mas, se todos profetizarem, e algum
incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é julgado;
1 Coríntios 14:24 - Esta declaração de Paulo nos
leva a crer que as profecias são excelentes ferramentas para evangelização,
pois os segredos do coração das pessoas são revelados provocando neles a
certeza de que DEUS está entre nós.
"os segredos do seu coração
se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a
DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós" -
1 Coríntios 14:25.
os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente
entre vós.
1 Coríntios 14:25
II - VARIEDADE DE
LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
variedades de línguas?
O dom de Línguas ou de
Variedade de Línguas como o nome mesmo diz, são línguas inspiradas
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO para que, através das mesmas possamos
ser edificados, para que possamos transmitir mensagens de DEUS aos homens e
para que adoremos e glorifiquemos a DEUS.
O que fala em língua edifica-se a si mesmo, ...
1 Coríntios 14:4a; Ora, quero que
todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem
profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também
interprete para que a igreja receba edificação.
1 Coríntios 14:5 (Grifo nosso).
Observação importante - Todo
crente batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas e pode e deve falar nessa
língua a vida toda, principalmente para orar pela sua própria edificação,
mas nem todos que são batizados e falam em línguas todos os dias possuem o
Dom de Línguas. A língua que falamos ao ser batizados é para nosso uso
próprio e nos acompanha em toda nossa jornada de fé aqui na Terra, só
findando quando formos arrebatados ou morrermos. ...falam
todos em línguas (têm todos o dom de línguas - grifo nosso)?
interpretam todos? 1 Coríntios 12:30b.
As línguas foram profetizadas
por Isaias e trazem refrigério àqueles que as falam. -
Assim por
lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse:
Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não
quiseram ouvir. Isaías 28:11-12
Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; porém não quiseram ouvir.
Isaías 28:11-12
Todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO
podem falar em línguas espirituais, podem oram em línguas, podem ser
edificados quando oram em línguas, podem intercalar sua pregações falando em
línguas, podem cantar em línguas e até profetizar em línguas, porém nem
todos recebem o Dom de Variedade de Línguas.
Quem tem o
Dom de Línguas pode falar 4 tipos de línguas diferentes:
1-Línguas do batismo (para edificação própria -
o crente pode falar nela a vida toda)
2- Língua para falar com estrangeiro - Língua
conhecida pelo ouvinte e não pelo que a fala. Exemplo maior em Atos 2, onde
os apóstolos falaram na língua dos estrangeiros.
3- Língua para Intercessão - Não são palavras
expressadas, mas gemidos de intercessão (Rm 8; ).
4- Línguas para serem interpretadas - Podem ser
interpretadas pelo mesmo que as fala ou por outrem.
Quem ora em línguas deve orar para poder
interpretá-las. Por isso, o que
fala em língua, ore para que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13)
2. Qual é a
finalidade do dom de Variedade de Línguas?
As línguas são úteis para
louvor e adoração a DEUS. "falando
entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando
ao Senhor no vosso coração" (Efés. 5:19,
Colos. 3:16). Todo crente deve ser batizado no
ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida aqui na
Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si mesmo,
... 1 Coríntios 14:4a; Mas
vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no
ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em línguas)
Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o
que está falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica
fortalecido para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha
espiritual.
ORAR BEM - Porque, se eu orar em língua
desconhecida, o meu espírito ora bem.... (1
Coríntios 14:14a)
O apóstolo Paulo dava tanto valor ao falar
em línguas que declara seu dom de línguas ao coríntios: Dou graças a DEUS,
que falo em línguas mais do que vós todos. 1
Coríntios 14:18.
Na igreja devemos evitar
falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as manifestações do
ESPÍRITO SANTO e também para que a mensagem pregada e explicada seja ouvida
por todos.
Paulo diz que enquanto um
irmão está sendo usado em profecias ou em dom de línguas com interpretação
os outros devem estar calados ou falando em línguas bem baixinho para não
atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara que todos ouçam e
para que todos sejam edificados.
Não se deve proibir falar
em línguas, mas educar aqueles que falam -
Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em
línguas. 1 Coríntios
14:39
De DEUS =
Mensagem de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa que tem três
fins:
1- Edificação = Fazer com que siga
fazendo a Obra de DEUS.
2- Exortação = Fazer com que desperte e
anime para fazer a Obra de DEUS.
3- Consolação = Fazer com que a tristeza
não abata a pessoa, porque DEUS está presente e assistindo e ajudando em
tudo.
O dom de profecia não tem elemento preditivo, ou
seja, não tem a função de dizer o futuro.
3. Atualidade do dom.
Aqueles que dizem que as
línguas eram
manifestações do ESPÍRITO SANTO somente para a época dos
primeiros apóstolos devem assumir uma posição firme sobre isto (os
Cessacionistas), pois estão afirmando que toda nossa geração está sendo
usada por demônios ou usando de falsidade quando falamos em línguas.
Com certeza sabemos que eles
estão equivocados, pois essas manifestações do ESPÍRITO SANTO eram comuns
até mesmo entre os pais dessas denominações tradicionais que negam a
atualidade dos dons do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente posso afirmar que estão
debaixo da ação de demônios que os cegam. São claras a manifestações do
ESPÍRITO SANTO em nossos dias, basta ligar um aparelho de TV ou acessar a
internet ou visitar qualquer igreja pentecostal.
Se o apóstolo Paulo diz que os
dons são de utilidade para a Igreja, quem somos nós para dizermos em
contrário?
Exemplo de dom de línguas no Novo Testamento
- Atos 2.3, 4, 8 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E todos foram cheios do
ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO
SANTO lhes concedia que falassem. 8 Como pois os ouvimos, cada um, na
nossa própria língua em que somos nascidos? (grifo nosso).
Exemplo no Antigo Testamento -
"Porém no arraial ficaram dois homens; o
nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o espírito
(porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e
profetizavam no arraial. Números 11:26
Segundo alguns eruditos em Hebraico o
significado de "profetizavam" aqui neste texto pode ser "falaram em línguas
desconhecidas".
Veja também
Daniel 5:25-28 - Daniel leu uma mensagem
escrita na parede do palácio.
III - INTERPRETAÇÃO
DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do dom.
É a capacitação sobrenatural dada pelo ESPÍRITO
SANTO ao crente para que possa entender uma mensagem dada em línguas
espirituais (línguas estranhas). Pode ser dado ao mesmo que fala em Línguas para
serem interpretadas ou a outro que irá interpretá-las - Não é tradução, mas
interpretação. O crente ouve a palavra em línguas e as interpreta
sobrenaturalmente, por uma capacitação do ESPÍRITO SANTO. Em parte
entendemos e em parte profetizamos (1 Co 13.9). Esse dom deve ser buscado
por todos os crentes que têm o dom de línguas, segundo Paulo (Por
isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.
1 Coríntios 14:13).
“E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito,
três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete,
esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS” (1 Co 14.27,28).
"Falar
língua estranha" aqui significa falar em línguas para serem interpretadas.
"Faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez"
significa que aqueles que estão falando e sendo interpretados (ou eles
mesmos interpretam), devem falar até serem interpretados, parando a
interpretação devem falar bem baixinho a partir dai e deixar que o ESPÍRITO
SANTO use outro crente para falar e ser interpretado até que não haja mais
interpretação e ai começará outro a falar e ser interpretado até que cesse a
interpretação. Pronto, Paulo diz que num mesmo culto ou reunião não devam
falar e serem interpretados mais do que três crentes e sempre um depois do
outro.
"Haja intérprete" Presume-se que os crentes só falarão línguas em alta voz
na igreja se houverem intérpretes ou ele mesmo as interpretar. é evidente
que existem os momentos em que todos se alegram num culto legitimamente
pentecostal e nesse momento todos ou quase todos falam em línguas ao mesmo
tempo como louvor e adoração a DEUS (falavam em línguas e glorificavam a
DEUS - Atos 10.46).
Por que não podemos ficar falando alto em
línguas sem interpretação, durante os cultos? Porque ninguém o entenderá e
não produzirá nem almas para DEUS e nem edificação para a igreja.
Porque o que fala em língua desconhecida
não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito
fala mistérios. 1 Coríntios 14:2.
Se, pois, toda a igreja se congregar num
lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão
porventura que estais loucos? 1 Coríntios 14:23
Mas, se todos profetizarem, e algum
indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim,
lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está
verdadeiramente entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Mas, se todos profetizarem, e algum
indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim,
lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está
verdadeiramente entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Se, pois, toda a igreja se congregar
num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis,
não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar
num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis,
não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar num
lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão
porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou
infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24.
2. Há diferença entre
dom de interpretação e o de profecia?
São semelhantes e até um
pode substituir o outro. A diferença maior é que no dom de profecia a
mensagem sobrenatural do ESPÍRITO SANTO é dada na língua do ouvinte enquanto
que nano dom de línguas é dada a mensagem do ESPÍRITO SANTO em línguas
desconhecidas para o que fala e para o que houve, havendo necessidade de um
interprete para que a mensagem seja válida para a pessoa a quem foi
direcionada a ouça e entenda.
Estevam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que “não
haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas para serem
interpretadas, ao passo que a profecia não depende de outro dom para
produzir a edificação de alguém”.
Exemplo de interpretação no Antigo
Testamento:
Este, pois, é o escrito que se
escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o
acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.
Daniel 5:25-28
- Este,
pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Esta é a
interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. TEQUEL:
Pesado foste na balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu
reino, e dado aos medos e aos persas.
Daniel 5:25-28.
Daniel
leu aquela língua desconhecida e a interpretou (veja que é interpretação,
não é tradução - uma palavra pode significar muita coisa).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
1 Dons, só depois
do batismo com o Espírito Santo.(vaso vazio não transborda)
2 O senhorio é de Cristo (cabeça do corpo)
3 Para glorificação de Deus (o ESPÍRITO SANTO
glorifica a DEUS)
4 Vaso deve estar limpo sempre para o uso
constante (santificação)
5 Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS
(nada de orgulho).
6 Todos os dons
são para os outros só um para nós, linguagem de oração.
(língua em que
fomos batizados para orarmos em línguas)
7 Dom de
Variedade de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem. (Língua do
batismo é para oração - deve ser falada todo dia)
Fim dos meus comentários - Ev. Luiz Henrique.
Resumo da
Lição 5 - Dons de Elocução
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
2. A relevância do
dom de profecia.
3. Propósitos da
profecia.
II - VARIEDADE DE
LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
variedades de línguas?
2. Qual é a
finalidade do dom de variedade de línguas?
3. Atualidade do dom.
III - INTERPRETAÇÃO
DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do dom.
2. Há diferença entre
dom de interpretação e o de profecia?
SINOPSE DO TÓPICO (1)
- O propósito
do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
- O dom de
línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1
Coríntios 12.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
- O dom de
interpretação de línguas é imprescindível para que todos sejam edificados.
Revista Ensinador
Cristão CPAD, n° 58, p.38.
Estudaremos nesta lição
os dos dons de elocução. Neste grupo estão relacionados o dom de profecia,
variedade de línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.10).
O dom de profecia - Em 1
Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de profecia. O apóstolo
incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê? Seria este dom
superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a edificação do Corpo
de CRISTO, pois o dom de profecia tem como propósitos a edificação, a
exortação e consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir este dom?
Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia "é aquele dom especial que
exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de DEUS à sua
igreja" (ou à alguém- acréscimo nosso) . Ao conceder o dom da profecia,
DEUS não faz distinção entre homem e
mulher.
Felipe, o evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9).
Variedade de línguas (1Co
12.10) - O dom de variedade de línguas é diferente das línguas estranhas
como evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO. Segundo a Bíblia,
as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1 Co 14.22). Quem
possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de
interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas
estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma
desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes
dizendo que eles estavam "falando ao ar" (1 Co 14.9), pois ninguém era edificado. As línguas estranhas continuam
sendo um sinal divino para a igreja atual e não deve ser desprezado, todavia
quem já possui este dom deve buscar interpretar as línguas.
Interpretação de línguas - É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo
ESPÍRITO SANTO, que torna o
crente capaz de interpretar, na sua própria língua, aquilo que foi dito pelo
crente em línguas estranhas (ou por ele mesmo - acréscimo nosso). Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao
uso deste dom (1Co 14.27,28). Se não há interprete a vontade de DEUS não é
revelada e a igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de
interpretação complementa o dom de profecia ou a substitui. Os dons de poder
são para os crentes atuais. Os dons são atuais, contemporâneos,
úteis e necessários".
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Se o
homem, e, muito mais, o crente, não zelar pela comunhão com DEUS, o pecado
destrói a comunicação com o Senhor. Mas, no seio da igreja cristã, DEUS
comunica-se com seus servos, através da leitura da Bíblia; através de seus
mensageiros, pregadores, ensinadores e líderes, visando sua edificação. De
modo sobrenatural, o Senhor usa pessoas, com os dons especiais de expressão
verbal, ou de elocução, para transmitir sua vontade, orientações, exortações
e direção divina.
Pelo dom de profecia,
DEUS supre aquilo que a mensagem costumeira não consegue alcançar. Quantas
vezes, no meio da congregação, um servo ou uma serva de DEUS, que tem esse
dom, levanta-se e entrega uma mensagem de exortação, de alerta, ou de
edificação para toda a comunidade presente. Via de regra, a profecia
autêntica provoca alegria e glorificação a DEUS. Em outras ocasiões, o dom
de variedade de línguas é usado por DEUS, com interpretação, para confortar
a igreja ou, equivalendo a uma profecia (com interpretação), consolar ou
edificar o seu povo.
Infelizmente, nos tempos
presentes, percebe-se que muitas igrejas, ditas pentecostais, substituíram a
adoração viva e cheia da presença do ESPÍRITO SANTO, por um tipo de liturgia
social, em que palmas e danças tomam o lugar da glorificação a DEUS. Os dons
espirituais são esquecidos, ou nunca procurados. Vemos que a adoração a DEUS, em glórias,
aleluias e em línguas estranhas, é muito mais eloquente para a adoração
individual e coletiva. E, quando o dom de variedade de línguas é praticado,
com interpretação, é de grande valor para a igreja.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 53-54.
«.. .edificando...» No
original grego, essa palavra era usada para indicar a ereção literal de
edifícios, conforme se vê em Mat. 2:41 e Marc. 13:1,2. Porém, também era
usada metaforicamente, no sentido de edificação espiritual, como um meio de
desenvolvimento espiritual. (Ver também I Cor. 8:1, onde essa palavra é
explanada. E outras referências onde essa palavra reaparece são I Cor.
10:23; 14:4,17; Rom. 15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício
qualquer é levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo
contínuo de edificação e aprimoramento, assim também se dá no caso da alma
humana, ou mesmo da comunidade de almas remidas. Torna-se necessário um
desenvolvimento gradual; porquanto nenhum crente se aperfeiçoa
imediatamente, e nem de maneira fácil. A profecia é o dom espiritual que
mais contribui para o nosso desenvolvimento em CRISTO, para nossa
transformação moral em CRISTO, para nossa transformação metafísica à imagem
de JESUS CRISTO. Por essa razão é que o dom profético se reveste de
tanta importância. De fato, de alguma maneira, todos os dons espirituais
visam exatamente esse propósito, o desenvolvimento espiritual do crente,
segundo a imagem moral e metafísica de CRISTO, conforme aprendemos em I Cor.
12:7.
«.. .exortando...» No
sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é direito, e não para
que se faça o que é mal. Essa palavra pode significar «exortação» (ver Fil.
2:1), «consolo» (ver II Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II Cor. 8:4), ou mesmo a
combinação de exortação e consolo, que também é «encorajamento» (ver Heb.
6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para que se faça o que é
correto e próprio. A maioria dos intérpretes entende que aqui se deve
compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento». Assim sendo,
mediante o dom da profecia, o indivíduo pode ser encorajado, exortado,
consolado, sujeito a uma súplica, porquanto compreende o que se diz; e
aquilo que ouve tem a energia do poder do ESPÍRITO de DEUS. Sem o
acompanhamento da interpretação, entretanto, o dom de línguas não pode
conseguir tal efeito; por conseguinte, as línguas formam um dom inferior ao
da profecia.
«...consolando...» No
original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado aqui, embora essas
duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais dão a entender
«consolo», embora a palavra que ora consideramos significa especificamente
isso. Sua forma verbal, «paramutheomai», significa «animar», «encorajar»,
«consolar». Por conseguinte, sua forma nominal significa «encorajamento»,
«consolo». Há uma outra forma nominal dessa palavra que também significa
«encorajamento», «consolo» ou «alívio». (Ver Sófocles, El. 129; Thu. 5, 103,
1; Epigr. Gre. 951,4; Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183;
7,392). Muitas são as aflições e as tristezas pelas quais devem passar todos
os crentes. Pode-se observar facilmente, na experiência humana, que os
crentes não são poupados, em qualquer sentido, da tristeza geral e das dores
que afligem a humanidade em geral. No entanto, em CRISTO, mediante o dom da
profecia, há alívio para tais sofrimentos. Ouvimos falar acerca da
providência de DEUS, de seu amor e cuidado, de seu propósito, e a mente do
crente é levada a compreender assim o propósito da agonia, bem como a
esperança relativa ao futuro, quando toda a adversidade será finalmente
eliminada, e quando a própria morte física (o pior dos males físicos) houver
de ser tragada na vitória. Ora, o falar em línguas, sem a ajuda da
interpretação, não pode realizar isso, não pode consolar, fortalecer,
encorajar. Por isso é que o dom de línguas é inferior à profecia.
Por esses motivos é que
a profecia, no dizer de Findlay (in loc.), «...serve para melhor edificar a
igreja cristã, para estimular a vontade dos crentes e para fortalecer o
espírito cristão».
«Edificação, ânimo,
encorajamento, conforme a necessidade de cada um». (Shore, in loc.).
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Candeias. Vol. 4. pag. 216.
I - DOM DE PROFECIA
(1 Co 12.10)
1. O que é o dom de
profecia?
Deve-se considerar que a
profecia, bem como outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, é absolutamente
necessária nos dias presentes. Concluir que os dons, os carismas, os
milagres, sinais e prodígios, foram apenas para os dias dos apóstolos, é
querer reduzir o poder e a ação do ESPÍRITO SANTO a uma matriz teológica,
acadêmica e intelectualizada, que não se coaduna com as afirmações da
Palavra de DEUS.
1. O
QUE É DOM DE PROFECIA?
O dom de profecia é um dom
especial, em que seu portador transmite uma mensagem para a igreja ou para
alguém, na inspiração do ESPÍRITO SANTO. Não pode ser uma mensagem
humana, pessoal da parte do que a transmite, mas é falada numa linguagem
humana. É necessário ter cuidado com as distorções que podem ocorrer na
transmissão da mensagem profética, na igreja de hoje.
Segundo Raymond Carlson,
“A profecia, no Novo Testamento, que difere de uma pregação comum, é uma
manifestação sobrenatural, dada para edificação, exortação e consolação.
Através de 1 Coríntios 14.30, entendemos que o dom nos é dado por revelação
através do ESPÍRITO”. A profecia não pode acrescentar nada à
Bíblia.
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 54-56.
A profecia é uma
manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a
cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Ainda que nalguns
casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da
Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrenatural, não
devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de pregar o
Evangelho.
O apóstolo Paulo
adverte os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo
enumera:
a. Porque “o que
profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação... O que
profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”,
“exortação” e “consolação” são os três elementos básicos da profecia, são a
razão de ser e de existir desse dom. É evidente que isto contraria a crença
tão popular entre nós, de que o principal elemento da profecia é o preditivo
(predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo quanto o Novo
Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas das quais já se
cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão de cumprir. No
entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo da profecia
é relativamente o menor.
Observação
minha - Ev. Henrique - O dom usado para predizer alguma coisa é a Palavra de
Sabedoria, onde o atributo de DEUS ,onisciência, está sendo revelado a
respeito do futuro. Quem é usado nesse dom é o Ministério Profeta e não o
que tem dom de profecia, pois esse dom é para edificação, exortação e
consolação e não para predizer alguma coisa.
Os
profetas recebiam muito da mensagem futurística e as escreviam, em sua
maioria.
b. Porque ‘‘se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de
todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim,
lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está
verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo mais que
precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o seu uso na Igreja
hodiemamente:
Devido a possíveis
abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está sujeito a análise e a
consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo: “...falem dois ou três
profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
Paulo arremata suas
advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém cuida ser
profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de profecia não
deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2 Tm 2.16), a fim de que a
Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de Oliveira.
A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Pode-se aceitar que nenhuma «profecia» excederá aos limites da
verdade revelada nos documentos básicos registrados na Bíblia; mas a profecia pode contribuir
bastante para interpretar tais verdades, além de abordar necessidades
específicas da igreja local, envolvendo questões de ensino, questões morais,
que pessoas menos dotadas não saberiam resolver com sucesso. Considerando-se
o dom profético sob esse prisma, esse é um dom altamente desejável na igreja
cristã moderna.
Um crente que é usado em
profecia, pois, exerce um poder imediato
maior, em uma igreja local, que um pastor comum. Por isso mesmo, o pastor
que, ao mesmo tempo, é usado em profecias, é um extraordinário presente para a igreja.
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Candeias. Vol. 4. pag. 188.
O crente não deve
desprezar as profecias (5.20). As mensagens apostólicas eram revelatórias.
Atualmente, as mensagens são expositivas.
O dom de profecias era o
mais importante na Igreja primitiva (I Co 14.1). Paulo disse que a profecia
fala aos homens edificando, exortando e consolando (ICo 14.3). Paulo ensina
que a edificação, a exortação e o consolo que emanam da Palavra não devem
ser desprezados na igreja. William Hendriksen lembra que o dom de profecia
era como uma chama ardente. Essa chama não deveria ser apagada ou extinta!
Assim, Paulo une os dois assuntos, como se estivesse dizendo; “Ao ESPÍRITO
não apaguem; aos pronunciamentos proféticos não desprezem”. Isto porque ao
desprezarem as profecias estavam rejeitando Aquele que é sua fonte, o
ESPÍRITO SANTO. O mesmo escritor ainda esclarece; A razão para tal
descrédito das palavras proféticas pode ser facilmente percebida. Onde quer
que DEUS planta trigo, Satanás semeia o seu joio. Onde quer que DEUS
estabeleça uma igreja, o diabo erige uma capela. E assim também, sempre que
o ESPÍRITO SANTO capacita determinados homens para operarem curas
milagrosas, o diabo semeia suas “maravilhas da mentira”. E sempre que o
Paracleto coloca em cena um autêntico profeta, o enganador apresenta seu
falso profeta. A mais fácil - não, porém, a mais sábia - reação a esse
estado de coisas é o desprezo a toda profecia. Acrescente-se a isso o fato
de que os fanáticos, os intrometidos e os ociosos de Tessalônica talvez não
gostassem de alguns dos pronunciamentos dos legítimos profetas, o que nos
fez entender prontamente porque entre alguns membros da congregação a
proclamação profética caíra em descrédito. É preciso deixar claro que não
existem hoje novas revelações de DEUS fora as registradas nas Escrituras. Como disse,
Billy Graham, a Bíblia tem uma capa ulterior. Ainda mesmo que um anjo viesse
do céu e pregasse alguma novidade fora da Bíblia deveria ser anátema. A
revelação de DEUS está contida na Escritura. Ele fala pela Escritura. Por
isso, devemos restaurar a supremacia da Palavra e a primazia da pregação na
Igreja contemporânea.
LOPES. Hernandes Dias.
1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de
CRISTO. Editora Hagnos. pag. 149-150.
Não desprezeis as
profecias (20)
Examinai tudo (21;
“discerni tudo”, BJ; “usem o bom senso a todo custo”, CH; “examinai tudo
cuidadosamente”, NASB; “ponham à prova todas as coisas”, NVI; cf. BAB, BV,
NTLH; “julgai todas as coisas”, RA). Estas últimas três exortações na
passagem equilibram as primeiras duas. O julgamento cristão, o bom senso, o
exame criterioso são ações imprescindíveis na vida da igreja. Isto também é
o ESPÍRITO que dá (cf. 1 Co 14.29; 12.10, onde “discernir” é um dos dons).
Erdman escreve: “Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra
passagem, ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser
exercidos em amor, que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação
das pessoas e que as pessoas que são movidas pelo ESPÍRITO reconhecerão o
senhorio de CRISTO e se empenharão em promover a sua glória”.41
Retende o bem (21).
Quando o trigo e o joio forem separados, retenha o trigo. Quando descobrir a
falsificação pelo som do metal genuíno, mantenha o que é de valor. Ninguém
jamais ficou rico apenas descartando o que é espúrio. Esta é a ilusão do
crítico destrutivo.
Árnold E. Airhart.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 400.
I Tes 5.19 “Não apagueis o
ESPÍRITO!” ESPÍRITO SANTO é fogo! Será que ainda estamos conscientes disso,
nós que consideramos a sã doutrina como marca essencial da verdadeira igreja
e temos tanta predileção pela sua temperatura amena? A instintiva e
apaixonada aversão de Lutero contra todo “entusiasmo”, que tornou ainda mais
difícil e negativo seu encontro com todo tipo de movimentos complicados na
época da Reforma, fez da preocupação com “fanatismo” um traço fundamental
das igrejas evangélicas. Sempre que há um fogo flamejando, tememos
imediatamente o nefasto incêndio que ameaça o edifício da igreja. Por essa
razão é típico para a histórica eclesiástica evangélica que os novos
movimentos nela nunca foram saudados com alegria, mas sempre foram
inicialmente alvos de suspeita e combate. “Apagar” fogo questionável aparece
como uma das principais tarefas da direção da igreja e da teologia. Paulo,
porém, adverte justamente de forma oposta: “Não apagueis o fogo do ESPÍRITO
SANTO!” Logo já deve ter havido uma tendência nessa
direção na jovem igreja – uma constatação surpreendente para nós. Talvez era
essa a tendência naquela parcela da igreja, que via com preocupação a
conduta inquieta e agitada dos “desordeiros”, aos quais a exortação de 1Ts
4.11 se dirigia em particular e contra os quais 2Ts investe de forma ainda
mais incisiva. Nesse caso teríamos aqui de fato um paralelo com
acontecimentos da época da Reforma. Mas então é particularmente digno de
nota que justamente pessoas como Paulo e seus colaboradores não tirem
aquelas conclusões temerosas que impregnaram nosso sangue, mas advertem
aquele grupo crítico da igreja contra todas as tentativas de “apagar”!
Também aqui Paulo foi novamente capaz de unir coisas aparentemente
contraditórias: “Empenhai tudo para serdes tranquilos” e “Não apagueis o
ESPÍRITO”. Nada pode ser mudado na natureza de fogo do ESPÍRITO, e o fogo
procura e precisa queimar. Quando se ignora isso, obtém-se aquele “ESPÍRITO
SANTO” cuja existência é apenas postulada dogmaticamente, mas não mais
experimentada pela igreja de forma viva e irrefutável.
Aquele efeito e dom do
ESPÍRITO que para Paulo sempre foi o mais importante e digno de ser
conquistado (1Co 14.1; o “amor” não constitui dom do ESPÍRITO, mas fruto do
ESPÍRITO! – Gl 5.22) é o propheteuein, o “profetizar”.
Conforme 1Co 14.24s propheteuein na igreja também é, sobretudo, o dom de ver
e denunciar com força penetrante as condições essenciais de pessoas.
Dependendo de cada caso, essas palavras também podem ter sido associadas a
anúncios de juízos divinos e manifestações divinas da graça. Tais
“profecias” também havia em Tessalônica. Novamente parece que nelas também
podem ter emergido críticas na igreja. Ainda que agora já lancemos um olhar
prévio sobre a segunda carta, capazes de deduzir dela consequências para a
realidade na época da primeira, podem ter sido manifestadas várias
“profecias” que começavam a clamar “por meio do ESPÍRITO” (2Ts 2.2): “O dia
do Senhor chegou!”. O grupo sensato da igreja se defendia com razão contra
tal “fanatismo”. Mas tirava disso diretamente a conclusão genérica a que se
chegou na época da Reforma: de nada valem todas essas “profecias”. E agora é
novamente muito grandioso e importante que Paulo – que neste caso específico
dava toda razão à crítica! – não concorda simplesmente com isso: “muito bem!
O melhor é que vocês deem fim a todo esse profetismo!”, mas pelo contrário
adverte: “Não menosprezeis as profecias.” Apesar de tudo prevalece, e
precisa prevalecer, o cumprimento da promessa de Joel por ocasião de
Pentecostes: “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens
terão visões, e sonharão vossos velhos” (At 2.17). É preciso que vigore o
anseio de pessoas como Moisés: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse
profeta!” (Nm 11.29). Apesar de todas as difíceis e amargas experiências da
igreja de DEUS até nos nossos dias, isso precisa continuar assim! O fogo do
ESPÍRITO precisa queimar e enviar suas chamas, do contrário restará
tão-somente lava endurecida, da qual os teólogos fabricam suas peças
doutrinárias.
I Tes 5. 21s Todavia:
“Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de
maldade.” Novamente a palavra apostólica unifica questões opostas. Quando
pessoas produzem percepções através do ESPÍRITO SANTO e anunciam atos
divinos, será que resta aos ouvintes somente uma coisa: a sujeição
obediente? “Assim diz o Senhor” - será que neste caso ainda podemos
“julgar”? Porventura os profetas da antiga aliança não exigiram de rei,
sacerdote e povo a aceitação incondicional da palavra? No AT com razão! Mas
na igreja de JESUS não apenas os “videntes” possuem o ESPÍRITO SANTO, mas
todos, ou seja, também os ouvintes das profecias! Justamente porque na nova
aliança não apenas ditos proféticos isolados são inspirados pelo ESPÍRITO,
mas todo o coração está continuamente repleto dele, os ditos divinos já não
aparecem mais tão inequivocamente destacados ao lado dos pensamentos e
sentimentos humanos. Vimos anteriormente que para o NT todo falar dos
crentes deve ser “palavra de DEUS”. Nesse caso, porém, pode ocorrer com uma
maior facilidade do que no AT que os “profetas” involuntária e
desavisadamente mesclem dádivas do ESPÍRITO e ideias próprias, coisas
espirituais e psíquicas. Por isso na nova aliança também há uma necessidade
bem maior do que na antiga de “examinar as profecias”. Portanto, o caminho
genuíno passa exatamente no meio termo entre menosprezo e supervalorização!
Quando, enfim, a igreja
de JESUS em todo o mundo se recuperará a atitude de, por puro medo do
“fanatismo”, não apagar constantemente o ESPÍRITO, sendo por isso pobre de
fogo, vigor e dons? Quando ela deixará de ser refém acrítica de todo
movimento que parece possuir algo “vivo”, e será realmente capaz de ouvir e
julgar?!
O resultado de um exame
é sempre duplo. Coisas boas, valiosas são destacadas. Agora “retende-o”! Não
permitais que a palavra ouvida seja apenas agitação de uma hora, mas
acolhei-a em vossa vida e vosso serviço. Em contraposição, “abstende-vos de
toda forma de maldade”. A palavra não autêntica, oriunda de nossa própria
natureza, sempre pode ser reconhecida pelo fato de que também possui em si
algo de nossa natureza maligna. Aqui nossa resistência precisa ser
implacável. Tão logo surgir algo indisciplinado ou amargo, sem amor ou
egoísta, a igreja precisa declarar seu não, até mesmo quando isto alega
resultar do ESPÍRITO, sendo apresentado com entusiasmo e exigências. Talvez
possamos dar mais um passo e ver “o” maligno, o diabo, por trás do mal.
Então também Paulo já teria contado com a possibilidade de que o inimigo
tentaria penetrar na igreja mesclando coisas más e perigosas à proclamação.
No presente contexto a admoestação teria o seguinte sentido: reconheçam o
inimigo, o maligno, em qualquer configuração e disfarce, justamente também
no disfarce especialmente devoto e santo! Rejeitai-o com a mesma
determinação com que acolheis o bem.
Evidentemente essa
obrigação de examinar e discernir não é fácil. Seria muito mais belo se
pudéssemos aceitar sem preocupação e com alegria tudo o que penetra em
nossos ouvidos no âmbito da igreja. Mas isso não acontece de acordo com
nossos desejos e nossa comodidade. Os tessalonicenses não conseguem se
furtar à verdadeira situação e à consequente tarefa sem conjurar graves
ameaças à vida da igreja. E nós tampouco o podemos.
Werner de Boor.
Comentário Esperança I Carta aos Tessalonicenses. Editora Evangélica
Esperança.
2. A relevância do
dom de profecia.
ERROS
A SEREM EVITADOS NO USO DO DOM DE PROFECIA
1) Usar a profecia
para guiar a igreja
A mensagem através do
dom de profecia tem como finalidade: “exortação, edificação e consolação” (1
Co 14.3). Não tem por objetivo guiar ou direcionar a administração da igreja
local.
2) Usar o dom de
profecia como um “oráculo”
Tendo em vista a finalidade
da profecia, não é correto o crente só fazer as coisas se consultar um
profeta. A profecia é para o proveito da igreja e
não de domínio particular.
3) Usar o dom de
profecia como fonte de doutrina
A fonte por excelência de doutrina é a Palavra
de DEUS. Nenhuma profecia pode acrescentar ou retirar o que já foi revelado
nas Sagradas Escrituras.
4) Usar o dom de
profecia de forma descontrolada
O dom de profecia deve
ser usado, na igreja, com decência e ordem. Diz Paulo: “Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se
tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40).
Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 59-61.
I Cor 14.1. A profecia é
o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa dois
verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os dons
espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) “indica uma ação
interminável, enquanto ‘procurai com zelo’ realça a intensidade e não a
continuidade da ação”. O amor deve ser buscado com persistência, mas também
é correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a
profecia.
A discussão sobre o
lugar da
profecia e do falar em línguas termina com um notável princípio. A
adoração
é essencial para edificar o corpo de CRISTO, mas, às vezes, a adoração
que
busca ou enfatiza de forma exagerada a presença e o poder do ESPÍRITO
SANTO pode chegar a ser caótica e confusa. Aqui o princípio de
Paulo é importante: Faça-se tudo decentemente e com ordem (40).
Donald S. Metz.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 348-349; 353-355.
3. Propósitos da
profecia.
Como todos os demais
dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais da parte de DEUS
para a Igreja de JESUS CRISTO. Só deve ser usado de forma correta, com base
na Palavra de DEUS. “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o
que for útil” (1 Co 12.7) ou proveitoso para a igreja. De maneira bem clara
e até didática, o dom de profecia tem três finalidades básicas, em proveito
da igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e
consolação” (1 Co 14.3).
1) Edificação
Assim como um edifício
de pedras é edificado pouco a pouco, com a união dos elementos materiais,
com a argamassa própria, da mesma forma, os crentes em JESUS são “edifício
de DEUS” (1 Co 3.9). A formação espiritual de um discípulo de JESUS começa
com a conversão, mas não para no discipulado inicial. Deve continuar por
toda a vida. Pouco a pouco, o ensino da Palavra e da doutrina do Senhor vai
construindo o caráter cristão no crente.
Mas, às vezes, é
necessária uma mensagem especial ou específica para alguém ou para toda a
congregação. E aí que DEUS usa um profeta para transmitir uma mensagem da
parte de DEUS, visando corrigir ou colocar “no prumo”, ou “no nível”, alguma
área da edificação espiritual.
2) Exortação
Exortar tem o sentido
de
“chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar. Deriva da palavra
grega
parakalao, que tem o sentido de confortar, inspirar, defender e guiar.
Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a longanimidade e
doutrina” (2 Tm 4.2).
Uma mensagem profética
ajuda a entender como aplicar a Profecia Maior, que é a Bíblia Sagrada, para
os dias presentes, quando surgem problemas, situações e circunstâncias, que
não existiam, quando a mensagem bíblica foi escrita. Sem o ensino da Palavra
de DEUS e da mensagem profética, há uma tendência para a ocorrência de
desvios de conduta e distorções perigosas no meio das igrejas locais. Diz
Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se corrompe...” (Pv 29.18a).
3) Consolação
O ESPÍRITO SANTO é
chamado de “O outro Consolador” (cf. Jo 14.16). Ele é o parakleto prometido
por CRISTO. Por isso, também usa o dom de profecia, para transmitir mensagem
de consolação aos servos de DEUS. Já vimos que o verbo parakaleo (gr.)
significa consolar, confortar. E o que podemos ver em Barnabé, amigo de
Paulo (At 4.36; ver Rm 15-4,5; 1 Co 14.3; 2 Co 1.3,4-7)). Consolação vem
deparaklesis (gr.) e tem o sentido de “consolar”, “dar alegria”, dar “paz”.
Paulo diz que todos os crentes podem profetizar (se DEUS conceder tal dom),
visando a consolação da igreja: “Porque todos podereis profetizar, uns
depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados” (1 Co
14.31 — grifo nosso).
MERRILL C. TENNEY.
Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 3. pag. 1089-1090.
III -
INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1.
Definição do dom.
Já
vimos que o dom de línguas propicia mensagens de edificação para quem o
possui e que, para a edificação da igreja, necessita de interpretação. E
isso é possível, através do dom de interpretação de línguas.
1. O
QUE É O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
O
pastor Antônio Gilberto ensina que “É um dom de manifestação de mensagem
verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não se trata de “tradução de
línguas”, mas de “interpretação de línguas”.13 O dom de línguas prescinde do
dom de interpretação de línguas, para que seja útil para a edificação da
igreja.Paulo deu precioso ensino à igreja de Corinto sobre o uso dos dons.
Ao que parece, o dom de línguas era muito usado, mas sem o necessário
equilíbrio espiritual e emocional.
Esse dom deve andar lado a lado com o dom de línguas, no seio da igreja
cristã. São “dons geminados”. Gordon Chown diz que “A interpretação é tão
milagrosa quanto a própria Língua — e isto quer dizer que quem possui o Dom
de Línguas não vai procurar decifrá-la com a mente, mas sim, pede e recebe a
Interpretação da mesma fonte divina de onde surgiu a Língua”.14 Isso não
quer dizer que o dom de interpretação de línguas é outro tipo de dom de
profecia.
A
profecia é autossuficiente em sua ação para quem a ouve. O dom de
interpretação de línguas depende da mensagem em línguas, para que tenha
eficácia.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e
aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 68.
Observação minha –
Ev. Henrique – Só há interpretação para a língua específica do dom de
línguas. Não há interpretação da língua falada como evidência do batismo. O
crente pode falar em língua que recebeu no batismo a vida inteira e mesmo
assim nunca receber o dom de línguas.
Por isso mesmo
Paulo pergunta: Falam todos em diversas línguas? Ou seja: têm todos o dom de
línguas? A resposta óbvia é não. Todos podem e devem ser batizados no
ÉSPÍRITO SANTO, mas nem todos terão o dom de línguas.
Interpretação das línguas
O dom de interpretação de línguas é o único cuja existência ou função
depende de outro dom - a variedade de línguas. Consequentemente, não havendo
o dom de variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas.
“Interpretação” aqui não é a mesma coisa que tradução. A interpretação
geralmente alonga-se mais que a simples tradução.
O dom de interpretação de línguas revela o poder, a riqueza, a soberania
e a sabedoria de Deus. Por certo que este dom não implica em que haja algum
tipo de conhecimento do idioma por parte do intérprete.
A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o
é o próprio dom de variedade de línguas.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
I
Cor 14. 27. Línguas privadamente faladas não são incluídas nestas instruções
paulinas. Um crente pode falar em línguas consigo mesmo quanto tempo quiser,
quando ele sentir a necessidade de tal louvor de sua alma a Deus. Na igreja,
entretanto, mesmo quando se encontra presente o intérprete, Paulo limitava
tal exercício a duas pessoas, ou quando muito, a três. Mas essa regra não
parece tão severa quando verificamos, no vigésimo nono versículo, que ele
estabelece o mesmo regulamento para os profetas.
Portanto, Paulo não subestimava as «línguas interpretadas»; antes,
situava-as em pé de igualdade com a profecia, pelo menos no que concerne ao
número de pessoas envolvidas em cada reunião. A passagem de 1 Cor. 14:5
parece indicar um total pé de igualdade entre a profecia e as línguas
interpretadas, porque, nesse caso, a «edificação» é dada através das
línguas.
No
entanto, o vigésimo segundo versículo deste capítulo parece indicar que
Paulo favorecia a profecia acima das línguas interpretadas. Devemos meditar
que Paulo, ao assim instruir aos crentes, não «apagava ao Espírito» (ver I
Tes. 5:18-20), conforme alguns o têm acusado; porque há limite às instruções
que alguém pode absorver numa única reunião.
Outrossim, precisamos reconhecer que há limite para o «período de atenção»
de qualquer indivíduo, embora alguns possam estender por mais tempo esse
período. Um culto exageradamente longo pode resultar em dano. Não seremos
ouvidos por muito falar.
A
necessidade de intérprete também elimina qualquer possibilidade de dois ou
três falarem em línguas ao mesmo tempo, porquanto isso criaria total
confusão, visto que, nesse caso, um mínimo de quatro pessoas estaria
participando do culto, ao mesmo tempo. O dom de interpretação de línguas mui
provavelmente é mais raro que o do falar em línguas, e bastaria essa
raridade para limitar a atividade das línguas; sem a interpretação, em uma
igreja que estivesse obedecendo às instruções de Paulo à risca, não se
ouviriam línguas. Somente nas ocasiões em que intérpretes «bem conhecidos»,
«experientes» e «comprovados» estivessem presentes é que seriam exercidas as
línguas. E, nessas ocasiões, dois ou três poderiam usar o dom de línguas.
O
fato de que as línguas podem e devem ser assim limitadas, mostra-nos que
esse dom também é controlado pela inteligência, sobre quando deve ser
exercido; pois, do contrário, Paulo não teria podido estabelecer qualquer
regra, e nem alguém seria capaz de antecipar como o Espírito de Deus pode
mover homens a falarem «involuntariamente».
«...sucessivamente...» Paulo proíbe o falar em línguas em massa, todos ao
mesmo tempo, mas apenas uma pessoa de cada vez. Cada qual teria sua
oportunidade; e isso é uma outra evidência que as línguas são controladas
pela inteligência, pelo menos usualmente; caso contrário, como poderia um
homem, que estivesse prestes a irromper em línguas, refrear-se de modo a não
interferir na manifestação de outrem?
I
Cor 14. 28. Não há que duvidar que essa era a instrução mais difícil de ser
obedecida que Paulo apresentou aos coríntios; seja como for, porém,
certamente foi difícil eles abafarem suas atitudes de vangloria, no uso
desse dom, a fim de obedecerem às injunções apostólicas, em qualquer aspecto
dessas instruções. A menos que esteja presente um intérprete, as línguas não
devem ser usadas na igreja. Isso não impediria o largo uso desse dom, em
casa; pois, nesse caso, a alma do crente pode ser edificada, e Deus pode ser
glorificado, mesmo que a mente nada aproveite em seu entendimento. Mas,
visto que a «edificação» é a razão mesma pela qual os dons espirituais
existem na igreja, as línguas devem ser limitadas a fim de atender a essa
exigência; e só poderão fazê-lo quando acompanhadas de interpretação.
No
original grego, a gramática é um pouco obscura aqui, parecendo dar a
entender que o intérprete deve manter-se calado; mas devemos compreender
aqui a existência de um sujeito oculto, na frase. Assim sendo, o que se
entende da frase grega é que, não havendo intérprete, «...aquele que fala em
línguas deve...» permanecer calado.
«...falando consigo mesmo...» No original grego, encontramos aqui uma
expressão enfática. O crente fala apenas para «si mesmo», comungando com o
Senhor em seu coração, como que em êxtase, sem a necessidade da presença de
um intérprete. Mas essa «comunhão» não deve ocorrer nos cultos públicos,
como se um indivíduo, arrebatado em êxtase, se separasse do resto da
congregação para ter o seu culto particular. Antes, tal exercício deve ser
feito somente em casa. Embora outra coisa possa ser compreendida, essa é a
única forma de instrução que faz sentido. Os cultos públicos visam a
edificação da congregação inteira, e com essa finalidade é que devem ser
efetuados. Essa mesma forma de falar em línguas, em voz alta, para o próprio
indivíduo, faz parte inerente do significado do próprio verbo, que significa
«falar audivelmente», ou, pelo menos, esse é o seu sentido quase exclusivo.
No dizer de Findlay (in loc.): «A instrução de falar no coração, sem ruído,
seria contrária ao sentido do verbo ‘lalein’ (falar), e, de fato, contrário
à natureza de uma ‘língua’».
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 227-228.
Observação minha –
Ev. Henrique – falar consigo mesmo significa falar bem baixinho para não
atrapalhar o vizinho de banco que quer escutar a mensagem pregada, ou
ensinada, ou a interpretação de outro que está sendo usado. O crente pode
orar em línguas ao lado de sua esposa, na cama, à noite, e a esposa nem
saber que ele estava orando. A altura da voz é regulada pelo que fala –
ninguém é obrigado a falar alto em línguas.
a)
A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se
tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a Deus,
cada parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo
(hino), a doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma
linguagem que não era geralmente conhecida), a revelação, a interpretação da
língua - tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.
b)
Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca
um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas
estranhas em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando
muito, três. Tal restrição eliminaria a confusão e a frustração que poderiam
ocorrer se a maior parte do culto fosse dedicada a tais atividades.
c)
Devem falar um de cada vez (14.27b). Além do limite do número de pessoas que
podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta
restrição iria eliminar a confusão gerada por várias pessoas falando ao
mesmo tempo em um culto público.
d)
Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja
intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo
aquilo que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma
interpretação. De acordo com Morris, esta restrição “nos mostra que não
devemos pensar que as línguas eram o resultado de um irresistível impulso do
Espírito Santo que levava os homens a fazer um discurso em êxtase e
desorganizado. Se eles preferissem, poderiam manter silêncio, e isso é o que
Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões”.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag.
353.
2. Há
diferença entre dom de interpretação e o de profecia?
Como é óbvio o que o nome diz, a finalidade principal é a interpretação da
mensagem, transmitida à igreja, através do dom de línguas. No culto
pentecostal, deve haver sabedoria e humildade no uso dos dons. Não é comum
haver quem tenha os nove tipos de dons. Normalmente, o Espírito distribui “a
cada um como quer”. Quanto mais dons houver numa igreja local, maior será
sua edificação espiritual. A Palavra de Deus é a fonte primária e mais
importante para a edificação do crente. Mas, como vimos, os demais dons
também contribuem para a edificação da igreja.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag.69.
Dom
de profecia - A mensagem é dada na língua do ouvinte, não há necessidade de
intérprete.
Dom
de interpretação
de línguas -
A
mensagem é dada em línguas espirituais ou estranhas e necessita de um
intérprete ou o mesmo que a fala deverá interpretá-la para que o ouvinte a
entenda.
INTERPRETAR, INTÉRPRETE O substantivo
"intérprete" (gr. diermeneutes, a pessoa que explica totalmente ou
interpreta) é usado no NT apenas em 1 Coríntios 14.27,28. O verbo dessa raiz
ocorre em 1 Coríntios 12.30; 14.5,13,27. No cap. 14, Paulo instrui que o
falar em línguas em uma assembleia da igreja deve ocorrer de uma maneira
ordeira, mas somente quando houver um "intérprete" presente, pois somente
então isso será edificante. Aquele que fala em línguas deve orar para que
ele mesmo possa interpretar (v.13). Um dos propósitos do dom de línguas era
que um inconverso pudesse ouvir a mensagem em seu próprio idioma, como
aconteceu com aqueles que estavam presentes no Pentecostes (At 2.8), e
depois ouvi-la interpretada por um outro que não conhecesse aquela língua.
Isto seria, portanto, um milagre duplo, contudo um milagre que
correspondesse especificamente ao ouvinte.
No AT,
José atuou como um intérprete (do heb. pathar) de vários sonhos (Gn 40-41).
Daniel convenceu Nabucodonosor de sua habilidade, dada por Deus, de fornecer
a interpretação (aram. p'shar) ou a explicação do sonho do rei,
primeiramente dizendo ao rei o que este viu no sonho (Dn 2.5-45).
Posteriormente, Daniel revelou a interpretação do sonho de Nabucodonosor da
grande árvore que havia sido derrubada (4.8-27), e da escritura na parede do
palácio de Belsazar (5.12-28). A palavra pesher, "interpretação" (Ec 8.1),
tornou-se o termo padrão para as explicações, ou comentários, dos livros
canônicos do AT pelos membros da comunidade de Qumrã. R. A. K.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
979.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva e Ev. Luiz Henrique
RESPOSTAS DO
QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm