Escrita Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO
1.1. No começo do Dia do Senhor
1.2. Paz para todos
1.3. Problemas resolvidos
2. TEMOS UM ESPECIALISTA
2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista
2.1.1. Na intelectualidade
2.1.2. Na oratória
2.1.3. Na política
2.1.4. Na economia
2.1.5. No âmbito militar
2.1.6. Na religiosidade
2.2. O império do engano
 
 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

2 Tessalonicenses 2.3-11

3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.

5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;

8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;

9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,

10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.

1 João 2.18

18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é

já a última hora.

 

 

TEXTO ÁUREO

E o DEUS de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor

JESUS CRISTO seja convosco. Amém! Romanos 16.20.

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Daniel 9.24-27 O príncipe que há de vir

3ª feira – Isaías 51.12-15 O furor do angustiador

4ª feira – Daniel 11.37-39 Ao deus das fortalezas honrará

5ª feira – Apocalipse 13.1-3 A besta que sobe do mar

6ª feira – 1 João 2.18-29 O mentiroso e enganador

Sábado – Apocalipse 19.11-21 O destino do Anticristo

 

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

identificar o momento histórico em que o Anticristo se manifestará, segundo as Sagradas Escrituras;

compreender que o mundo inteiro se dobrará diante do poder de convencimento do Anticristo e o seguirá maravilhado (Ap 13.3); perceber que, no final da segunda parte da Grande Tribulação, na batalha do Armagedom, o Anticristo será definitivamente derrotado (Ap 19.20).

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, seguem alguns fatos relacionados ao Anticristo que podem ser enfatizados no decorrer da lição:

- Seu aparecimento se dará no fim da história de Israel (Dn 8.17).

- Ele se manifestará imediatamente antes do arrebatamento da Igreja (2Ts 2.1-3) e ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos (Ap 6.2).

- Na primeira metade da Grande Tribulação, firmará publicamente um pacto de paz com Israel (Dn 9.27).

- Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn 11.45; Ap 13.3).

- Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8). Receberá vida após ser curado (Ap 13.11-14).

- Governará o mundo — que o seguirá maravilhado — nos aspectos político, religioso e econômico (Ap 13.3-8,16-18).

- Pronunciará grandes blasfêmias contra DEUS (Dn 7.8; Ap 13.6).

- Será controlado pelo diabo (Ap 13.2-5).

- Matará publicamente as Duas Testemunhas (Ap 11.7).

- Perseguirá furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).

- Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc 12.1,2; 14.1-3. Ap 16.16; 19.19).

- Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27; 11.41; 12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).

- Assentar-se-á no Templo para ser adorado como DEUS (2 Ts 2.4; Ap 13.4-8).

- Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios (2 Ts 2.9-12).

- Lutará contra CRISTO na segunda fase da Sua vinda, na campanha militar do Armagedom.

- Será derrotado, junto com seus exércitos e lançado vivo no lago de fogo ardente (Dn 7.11; Ap 19.20). Boa aula!

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Lição 11, O Homem do Pecado
 
1º Trimestre de 2020- A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção- Comentarista CPAD - Pr Elienai Cabral
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
Preciso de sua ajuda para continuar esse trabalho -
Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 operação 013 - conta poupança 56421-6 Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
 
 
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/03/slides-licao-11-o-homem-do-pecado-4.html
Vídeo desta Lição 11 - https://www.youtube.com/watch?v=VKFjJaJ_1bs
 
veja
LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO - 4º Trimestre de 2012 -  http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_ZiGvlR4p5ETqRtT6ABKj2
 
 
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Lição 11, O Homem do Pecado
 
TEXTO ÁUREO
“E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.”  (2 Ts 2.8)
 
 
VERDADE PRÁTICA
O Homem do Pecado, a encarnação máxima da maldade, será destruído por JESUS CRISTO – o Homem Perfeito.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ez 28.1-15 O chefe do Anticristo
Terça - 2 Ts 2.1-12 A natureza do Anticristo
Quarta - Ap 13.1-10 A ascensão do Anticristo
Quinta - 2 Ts 2.4 O auge do Anticristo
Sexta - Dn 9.27 O Anticristo e Israel
Sábado - Ap 19.20 A destruição do Anticristo
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Tessalonicenses 2.1-15
1 - Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO e pela nossa reunião com ele, 2 - que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de CRISTO estivesse já perto. 3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. 5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; 8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, 10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, 12 - para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade. 13 - Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO e fé da verdade, 14 - para o que, pelo nosso evangelho, vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor JESUS CRISTO. 15 - Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
 
 
PROFESSORES DE ADULTOS
Para auxiliar no estudo da Lição 11, destacamos que o "dia de CRISTO" ou "dia do Senhor" no texto de 2Tessalonicenses 2.1-15 (correspondente à nossa Leitura Bíblica em Classe), não se refere ao arrebatamento da igreja, mas ao período de julgamento que se iniciará após o arrebatamento e que se estenderá até o fim do Milênio. É um período de julgamento de DEUS sobre a terra. Essa compreensão dissipa a dúvida quanto ao fato de Paulo haver dito nesse texto que o dia do Senhor não viria sem que primeiro fosse manifesto o "homem do pecado", isto é, o anticristo.

Para auxiliar melhor sobre o que significa esse dia do Senhor, transcrevemos abaixo um pertinente comentário disponibilizado na Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), em nota de rodapé ao texto bíblico de 1Tessalonicenses 5.2. Leiam e entendam:
O DIA DO SENHOR
O "Dia do Senhor" refere-se, normalmente, não a um dia de 24 horas, mas a um extenso período de tempo durante o qual os inimigos de DEUS são derrotados (Is 2.12-21; 13.9-16; 34.1-4; Jr 46.10; Jl 1.15-2.11,28; 3.9,12-17; Am 5.18-20; Zc 14.1-3), vindo a seguir o reino terrestre de CRISTO (Sf 3.14-17; Ap 20.4-7).

(1) Esse "Dia" começa quando o juízo e tribulação divinos e diretos, caírem sobre o mundo, no fim desta era (v. 3). O período da tribulação está incluso no "Dia do Senhor" (Ap 6.19; ver 6.1). Essa ira de DEUS culmina com a vinda de CRISTO para destruir todos os ímpios (Jl 3.14; ver Ap 16.16; Ap 19.11-2.1).
(2) Segundo parece, o Dia do Senhor começa num momento em que as pessoas estão confiantes na paz e na segurança (v. 3).
(3) O "Dia" não surpreenderá os crentes como um ladrão de noite, porque eles foram destinados à salvação, e não à ira, e estão alertas, espiritualmente vigilantes e vivendo na fé, no amor e na justiça (vv. 4-9).
(4) Os crentes serão livres da "ira futura" (1Ts 1.10) pelo Senhor JESUS CRISTO (v. 9), quando Ele vier nas nuvens para arrebatar sua igreja e levá-la ao céu (cf. 4.17; ver Jo 14.3; Ap 3.10)
(5) O Dia do Senhor terminará depois do reino milenar de CRISTO (Ap 20.4-10), na ocasião da criação do novo céu e da nova terra (cf. 2 Pe 3.13; Ap 21.1).

Ademais, ressaltamos que a Lição trabalha noções da escatologia bíblica por uma perspectiva PRÉ-TRIBULACIONISTA, ou seja, que crê no arrebatamento da Igreja antes da Tribulação. Portanto, esta aula deve ser ministrada sob esta mesma perspectiva, que é a predominante entre os pentecostais e é a oficial das Assembleias de DEUS.
 
 
OBJETIVO GERAL - Esclarecer que o Homem do Pecado é a encarnação máxima da maldade.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar o homem do pecado;
Revelar a missão do homem do pecado;
Apontar a destruição do homem do pecado.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Bíblia fala de um indivíduo que será agente de Satanás para fazer o mal nos últimos dias. Sua identidade, natureza e missão opõem-se frontalmente a identidade, natureza e missão do Filho de DEUS, JESUS. É verdade que o Anticristo há de se revelar plenamente num momento histórico de nossa era; entretanto, segundo a Palavra de DEUS, também é verdade que seu “espírito” já opera no mundo. Os planos diabólicos do Anticristo já se encontram na Terra. É possível ver lampejos de suas influências no sistema religioso, sociocultural, político e econômico que dominam o mundo. Nossa postura, como cristão, é a de compreender essas coisas e aguardar com fé o arrebatamento da Igreja e a vinda gloriosa de nosso Senhor JESUS CRISTO.
 
 
PONTO CENTRAL - O Homem do Pecado é a encarnação máxima da maldade.
 
Resumo da Lição 11, O Homem do Pecado
I – O HOMEM DO PECADO
1. Origem do Homem do Pecado.
2. Títulos do Homem do Pecado.
3. A natureza do Homem do Pecado.
II – A MISSÃO DO HOMEM DO PECADO
1. Opor-se a DEUS.
2. Opor-se a Israel.
3. Opor-se a JESUS CRISTO.
4. Opor-se à Igreja.
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM DO PECADO
1. A ascensão de seu império.
2. O auge de seu império.
3. A ruína de seu império.
 
 
Resumo do Pr Henrique da Lição 11, O Homem do Pecado
 
 
INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos nosso estudo devemos primeiro ter a certeza de que não passaremos pela Grande Tribulação. Seremos arrebatados antes. Estaremos na Nova Jerusalém (Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. João 14:2,3).
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; 2 Pedro 2:9 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Apocalipse 3:10.
 
 
 
I – O HOMEM DO PECADO
1. Origem do Homem do Pecado.
O Anticristo
a) Será um homem normal;
b) Será revestido de poderes malignos para execução das suas obras nefastas, nunca vistas;
c) Será satânicamente usado para fazer sinais maravilhosos, II Ts 2.9 e Apoc 13.3;
d) Será um ditador, Apoc 13.16-17;
e) Usará a religião para atingir seus objetivos, II Ts 2.4 e Ap 13.8-12;
f) Promoverá feroz perseguição, aos que não se submeterem, Apoc 13.7;
 
 
Não confundir anticristos com o anticristo.
O apóstolo João fala sobre os Anticristos.
1Jo 2:18,19 muitos se têm feito Anticristos.
2Jo 7 não confessam que JESUS veio em carne.
1 Jo 2:22 Negam que JESUS é o CRISTO, negam o pai e o filho.
Satanás tem preparado um anticristo desde Gênesis 3:15, para assumir o governo do mundo.
Anticristos são figuras do anticristo.
Os mais famosos foram Faraó do Êxodo, o perverso Amã e o sanguinário Herodes (Êx 1.8-16; Et 3.1-6; Mt 2.13). Na história humana, Nero, Stalin, Napoleão Bonaparte, Hitler, etc...
O mais próximo anticristo da história humana.
Quando encerramos a leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de tempo que representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente quatrocentos anos de um período considerado "o silêncio de DEUS". Entretanto, acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu um personagem na história, considerado pelos principais estudiosos do Antigo Testamento, a figura mais próxima do verdadeiro Anticristo: Antíoco Epifânio.

Um personagem importante na história bíblica e secular.
O imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que profanou o Templo dos judeus em Jerusalém.
Foi no período Inter bíblico. No momento histórico da invasão em Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura do futuro Anticristo.
1) O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes.
2) - O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.
3) - Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama DEUS ou se adora".
 

Característica mais clara do ANTICRISTO:
Tem que ser judeu e descendente do rei Davi.
Só há esta possibilidade para poder se passar pelo CRISTO e enganar os Judeus. Terá que provar ser descendente do rei Davi.
Fará aliança com Israel que será quebrada depois de 3 anos e meio.

Outra grande probabilidade:
Muito provavelmente será descendente também de uma mãe Árabe, muçulmana (maior religião do mundo). Isso porque conseguirá reconstruir o templo ao lado da Mesquita de Al-Aqsa, também conhecida como O Domo da Rocha, em Jerusalém. Ali colocará sua imagem para ser adorada na segunda metade da Grande Tribulação.
 
 
Outra grande probabilidade: MUITO PROVAVELMENTE O ANTICRISTO SERÁ UM EFEMINADO - E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. E não terá respeito aos deuses de seus pais, #nem terá respeito ao amor das mulheres#, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Daniel 11:36,37
 
2. Títulos do Homem do Pecado.
Seus nomes revelam quem ele é e o seu caráter: Anticristo ” (1 Jo 2.18), Iníquo, Besta (Ap 13.1, Príncipe que há de vir (Dn 9.26), Filho da Perdição e Homem do Pecado (2 Ts 2.3), mentiroso e enganador (Jo 5.43).
 
 
3. A natureza do Homem do Pecado.
Bíblia fala de um indivíduo que será agente de Satanás para fazer o mal nos últimos dias. Sua identidade, natureza e missão opõem-se frontalmente a identidade, natureza e missão do Filho de DEUS, JESUS. É verdade que o Anticristo há de se revelar plenamente num momento histórico de nossa era; entretanto, segundo a Palavra de DEUS, também é verdade que seu “espírito” já opera no mundo. Os planos diabólicos do Anticristo já se encontram na Terra. É possível ver lampejos de suas influências no sistema religioso, sócio-cultural, político e econômico que dominam o mundo. Nossa postura, como cristão, é a de compreender essas coisas e aguardar com fé o arrebatamento da Igreja e a vinda gloriosa de nosso Senhor JESUS CRISTO.
 
 
II – A MISSÃO DO HOMEM DO PECADO
Satanás tenta imitar tudo de DEUS, até mesmo a trindade -
A Trindade Satânica
Durante a grande tribulação o mundo estará sob o domínio, da trindade satânica:
1. Dragão, (Satanás - será o anti-pai)
2. Anticristo, (será o anti-filho)
3. E o Falso Profeta, (será o anti-espirito)
1. O Dragão, (Satanás ou Diabo)
a) Satanás e seus anjos que se encontram nos lugares celestiais serão lançados à terra, com grande ira, porque sabem, que já tem pouco tempo no período da Grande Tribulação, para perseguir os homens, principalmente os judeus.
b) Serão desalojados dos lugares celestiais, Ef 6.12;
c) Será precipitado na terra, Apoc 12.9;
d) Anjos malignos o acompanhará, Apoc 12.9;
e) Virá com grande ira, porque, sua permanência é por pouco tempo, Apoc 12.12.
2. O Anticristo
a) Será um homem normal;
b) Será revestido de poderes malignos para execução das suas obras nefastas, nunca vistas;
c) Será satanicamente usado para fazer sinais maravilhosos, II Ts 2.9 e Apoc 13.3;
d) Será um ditador, Apoc 13.16-17;
e) Usará a religião para atingir seus objetivos, II Ts 2.4 e Ap 13.8-12;
f) Promoverá feroz perseguição, aos que não se submeterem, Apoc 13.7;
h) Seus nomes revelam quem ele é e o seu caráter:
Anticristo, Iníquo, Besta, Filho da Perdição, Homem do Pecado.
O anticristo terá um auto grau de capacidade (a) Na área religiosa, e Política, Apoc 13.8, 2 Tm 2.4;
b) Na área comercial, Apoc 13.16-17, Dn11;
c) Na área militar, Apoc 6.2 e 19.19;
d) Na área intelectual, Apoc 13.24 e Dn 8.23;
e) Na área política, Apoc 17.11,13 ,17;
f) Impressionará com a sua oratória, Dn 11.36.
((O Anticristo e algumas de suas atividades (a) Fazer a vontade de Satanás; b) Promover a expansão da apostasia e da impiedade; c) Opor-se a DEUS;
d) Controlar os exércitos e lavá-los ao Armagedom
e) Reinará por sete anos.
3. O Falso Profeta
a) Será semelhante a qualquer outro homem, Apoc 13.11;
b) Sua principal missão, será projetar o anticristo, Apoc 13.13;
c) Tornará compulsório o sinal da besta, Apoc 13.16-17.e 14.9;
d) Será revestido de poderes satânicos, Apoc 13.12;
e) Esconde na aparência , sua verdadeira identidade, Apoc 13.11;
f) Induzirá os homens a adorar o Anticristo e operará grandes milagres.
 

1. Opor-se a DEUS.
E abriu a boca em blasfêmias contra DEUS, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. Apocalipse 13:6
o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. 2 Tessalonicenses 2:4
 
 
O anticristo será um opositor consumado de DEUS (Dn 7:25; 11:36; 2 Ts 2:4; 1 Jo 2:2; Ap 13:6) - "Proferirá palavras contra o Altíssimo"; "contra o DEUS dos deuses, falará coisas incríveis". O apóstolo Paulo diz que ele "se opõe e se levanta contra tudo que se chama DEUS, ostentando-se como se fosse o próprio DEUS". João declara: "e abriu a sua boca em blasfêmias contra DEUS, para lhe difamar o nome". Diz ainda: "Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho". O anticristo vai usar todas as suas armas para ridicularizar o nome de DEUS. Ele vai fazer chacota com o nome do Altíssimo.
 
 
2. Opor-se a Israel.
Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei, então, que é chegada a sua desolação. Lucas 21:20
 
 
3. Opor-se a JESUS CRISTO.
Tentou matar JESUS logo em seu nasciemnto - Então, Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos. Mateus 2:16
Tentou persuadir JESUS ao pecado - Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4:1 ( concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16).
 
 
4. Opor-se à Igreja.
O anticristo fará violenta e esmagadora oposição contra a igreja (Dn 7:25; 7:21; Ap 12:11; 13:7) - "Ele magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos". "Ele fará guerra contra os santos e prevalecerá contra eles". Mas, mediante a morte os santos o vencerão (Ap 12:11). João diz: "Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse" (13:7). O anticristo se levantará contra a igreja, contra o culto e contra toda expressão de fidelidade a DEUS. Esse será o ponto mais intenso da grande tribulação (Mt 24:15-22).
 
 

III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM DO PECADO
1. A ascensão de seu império.
Sua presente dissimulação e futura revelação (2 Ts 2:6-8)
• Diz o apóstolo Paulo que o anticristo está sendo detido por ALGO (v. 6) e por ALGUÉM (v. 7). "E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito o mistério da iniquidade já opera o aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém" (2 Ts 2:6-7). O que é esse ALGO? Quem é esse ALGUÉM? A maioria dos estudiosos entende que o algo é a LEI e que o ALGUÉM é AQUELE QUE FAZ A LEI SE CUMPRIR.
• É por isso que o anticristo vai surgir no período da grande apostasia, quando os homens, não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.
 
  POR QUANTO TEMPO O ANTICRISTO GOVERNARÁ? https://www.youtube.com/watch?v=eAiR725UTmI (ajuda)
A Tribulação de Sete Anos
Thomas Ice
“Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Daniel 9.27).
Críticos da interpretação literal da profecia bíblica têm frequentemente questionado a legitimidade bíblica de um termo que usamos: “Tribulação”. A verdade de que haverá um tempo mundial de tribulação que durará por sete anos é derivada principalmente dos livros bíblicos de Daniel e do Apocalipse; todavia, essa verdade é usada muitas vezes em outras passagens. Espero demonstrar neste artigo o fato de que a Bíblia afirma, sim, que haverá um período de sete anos conhecido como Tribulação, o qual acontecerá no futuro relativamente aos dias presentes.
A Tribulação em Deuteronômio
Quando a nação de Israel acampou às margens do rio Jordão, antes de colocar um pé sequer na Terra Prometida, o Senhor deu-lhe um resumo de toda a história da nação por meio de Seu porta-voz, Moisés.
Deuteronômio é essa revelação, e é como um mapa indicando para onde a história está se encaminhando antes que se empreenda a viagem. A revelação de um evento denominado a Tribulação é incluída por DEUS como parte do itinerário original. Embora diferentes segmentos da jornada histórica tenham sido atualizados com maiores detalhes, sendo acrescentados ao longo do caminho, jamais foi feito um único ajuste ao curso original. Parte dessa jornada inclui a Tribulação.
No processo da exortação de Moisés à nação de Israel, ele apresenta, em Deuteronômio 4.25-31, um resumo daquilo que aconteceria à nação eleita depois que cruzasse o rio Jordão e se estabelecesse na terra. Essa passagem inclui o fato de que a nação seria espalhada por todo o mundo, mas que um dia se reuniria novamente. Deuteronômio 4.29-30 diz:
“De lá, buscarás ao Senhor, teu DEUS, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o Senhor, teu DEUS, e lhe atenderes a voz”.
Assim, vemos que já em Deuteronômio, logo no início, DEUS delineia um plano futuro para Israel, que inclui um período comumente chamado “a Tribulação”.
A Tribulação nos Profetas
Edificando sobre a introdução de Moisés à “Tribulação” em Deuteronômio 4.30, os Profetas usam esse termo em referência pelo menos quatro vezes em três passagens. Tomando esses textos cronologicamente, a primeira passagem que examinaremos está em Jeremias 30.7, e é o tão conhecido “Dia da Angústia de Jacó”:
“Palavra que do Senhor veio a Jeremias, dizendo: Assim fala o Senhor, DEUS de Israel: Escreve num livro todas as palavras que eu disse. Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão. São estas as palavras que disse o Senhor acerca de Israel e de Judá: Assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor e de temor e não de paz. Perguntai, pois, e vede se, acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada homem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu DEUS, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, servo meu, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranquilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei” (Jr 30.1-11).
Considere as seguintes observações encontradas em Jeremias 30.1-11 sobre o “Dia da Angústia de Jacó”:
Será um tempo de sorte restaurada para Israel e para Judá (Jr 30.3).
Será um tempo no qual Israel e Judá serão trazidos de volta para sua terra a fim de tomarem posse dela (Jr 30.3).
Será um tempo de dores para Jacó (isto é, o Israel nacional) das quais ele terá libertação (Jr 30.7).
Será um tempo único na história (Jr 30.8).
Será um tempo no qual a escravidão do Israel nacional terminará (Jr 30.8).
Isso levará a um tempo em que Israel servirá ao Senhor e a Davi, seu rei (Jr 30.9).
Isso levará a um tempo em que Israel será reunido desde longe e habitará na terra em tranquilidade e sossego, sem que ninguém lhe inspire medo (Jr 30.10).
Será um tempo em que serão destruídas as nações por onde Israel foi espalhado (Jr 30.11).
Será um tempo no qual DEUS punirá Jacó justamente e destruirá parte dele (Jr 30.11).
Esta passagem não fala de nenhum tempo passado de juízo sobre Israel, mas se encaixa no padrão profético de um tempo futuro no qual Israel retornará de outras nações para sua própria terra, passará pelos testes da Tribulação, mas será resgatado daquele tempo à medida que o Senhor julgar as nações. Esse tempo, então, leva ao tempo de obediência e bênção nacional de Israel. Esta é a Tribulação e ela ainda está no futuro.
 
"Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas".
Daniel 12.1-2 nos apresenta uma outra passagem importante sobre a Tribulação.
“Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”.
Esta passagem sobre a Tribulação inclui os seguintes elementos:
“Nesse tempo” se refere à seção anterior (Daniel 11.36-45), que é descritiva das muitas atividades do Anticristo durante a Tribulação (Dn 12.1).
Será um tempo em que o arcanjo Miguel “se levantará”, indicando que ele defenderá Israel contra seus inimigos (Dn 12.1).
Será um tempo de angústia como jamais ocorreu na história nacional até aquele ponto (Dn 12.1). Essa passagem é citada por JESUS em Mateus 24.21.
Será um tempo em que todos os israelitas eleitos serão resgatados (Dn 12.1).
Será um tempo seguido pela ressurreição dos israelitas salvos e dos não-salvos (Dn 12.2).
Novamente, temos a figura do Israel nacional durante o tempo da maior angústia imposta por seus inimigos em toda a história; mas DEUS, através de uma intervenção angelical, resgatará Sua nação eleita (veja Mateus 24.31). Isto se encaixa no padrão de uma tribulação futura, mas não se correlaciona com o juízo sobre Israel que ocorreu no ano 70 d.C., como alguns críticos afirmam.
A passagem final do Antigo Testamento sob consideração é Sofonias 1.14-18. Este texto junta praticamente todos os termos em uma passagem usada para descrever e designar a Tribulação encontrada na Bíblia. Mais da metade dos termos sobre a Tribulação no Antigo Testamento são encontrados nesta passagem.
“Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas. Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderão livrar no dia da indignação do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida, porque, certamente, fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra”.
É interessante que a ênfase dessa passagem está no juízo do Senhor sobre as nações quando “a terra será consumida e (...) todos os moradores da terra” (Sf 1.18).
Esta passagem afirma que, durante a Tribulação, o Senhor julgará as nações.
 
O Dia do Senhor
O “Dia do Senhor” é o termo mais amplamente usado no Antigo Testamento para descrever o tempo que chamamos de “a Tribulação”. O Dr. Paul Benware resume as atividades do “Dia do Senhor” como um tempo no qual “o Senhor intervirá na história humana para julgar as nações, disciplinar Israel e estabelecer Seu governo no reino messiânico”.[1]
Novamente, vemos uma característica recorrente no Dia do Senhor que já vimos em outras descrições da Tribulação, que é o Senhor defendendo Israel contra as nações. Isto fica especialmente claro em Zacarias 14.1-8.
“Eis que vem o Dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha. Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul. Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos, com ele. Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo. Mas será um dia singular conhecido do Senhor; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde. Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto”.
“Ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém” (Zc 14.2). “Então, sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha” (Zc 14.3). Isto dificilmente se encaixa no evento do ano 70 d.C. ou em qualquer outra possibilidade histórica, como alguns alegam. Trata-se de algo que aguarda cumprimento no futuro.
A Septuagésima Semana de Daniel
As “setenta semanas” de Daniel, profetizadas em Daniel 9.24-27, são a moldura dentro da qual a Tribulação, ou a septuagésima semana, acontecerá.[2] O período de sete anos da septuagésima semana de Daniel apresenta o período ou o tempo de duração da Tribulação. Uma apresentação gráfica das setenta semanas é uma grande ajuda para se compreender que a futura Tribulação terá sete anos de duração. Isto é confirmado no Apocalipse, quando há referências a dois períodos de três anos e meio. O ministério das duas testemunhas ocorre nos primeiros três anos e meio (Apocalipse 11.3), enquanto é dito que outros eventos da Tribulação ocorrerão nos três anos e meio seguintes (Apocalipse 12.6; Ap 13.5).
Como as sessenta e nove semanas já foram literalmente cumpridas na história (como foi visto acima), segue que a semana final deve ser cumprida da mesma maneira. Qualquer tentativa de encontrar um cumprimento literal dos sete anos finais requer uma lacuna de tempo entre a sexagésima nona e a septuagésima semanas. Isso nos proporciona a base para que a semana final da profecia de Daniel seja cumprida literalmente no futuro.
A Tribulação em Zacarias
Zacarias foi uma das contribuições finais para o cânon do Antigo Testamento. Esta profecia prova ser especialmente útil a qualquer pessoa que esteja interessada na época em que ocorrerá a Tribulação. O enfoque de Zacarias não foi somente sobre a nação de Israel, mas ele fornece um enfoque profético sobre Jerusalém. Os capítulos 12 a 14 de Zacarias envolvem detalhes proféticos que creio serem descritivos de uma Tribulação futura.
 
Zacarias descreve um tempo ainda futuro quando Israel será rodeado por exércitos gentios hostis de todas as partes da terra. Nesse tempo, o Senhor intervirá para salvar os judeus, na medida em que Israel se converter a JESUS como seu Messias.
Zacarias 12 a 14 mostra claramente um tempo em que todas as nações da terra terão circundado Jerusalém em um cerco. Quando este fato acontecer, o Senhor não usará exércitos gentios como Seu agente de juízo, como aconteceu no ano 70 d.C; em vez disso, Ele intervirá para resgatar Israel dessa ameaça, que acontecerá na futura Tribulação. Esta passagem descreve um tempo ainda futuro quando Israel será rodeado por exércitos gentios hostis de todas as partes da terra. Nesse tempo, o Senhor intervirá para salvar os judeus, na medida em que Israel se converter a JESUS como seu Messias, como está indicado em Zacarias 12.10 e Zacarias 13.1:
“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).
“Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zc 13.1).
Zacarias 14 descreve um cenário consistente com uma interpretação futura desses eventos:
A Tribulação terminará com a Segunda Vinda de JESUS a Jerusalém para resgatar Israel, Seu povo arrependido.
A vinda do Senhor não resultará em juízo sobre Israel através dos exércitos das nações que cercarão Israel; em vez disso, ela leva a um juízo divino sobre as nações e ao resgate de Israel.
Depois da Segunda Vinda começará o Milênio, no qual Israel será abençoado nacionalmente.
Israel receberá JESUS como seu Messias, o que resultará em bênçãos mundiais a todas as nações do mundo.
Conclusão
A Bíblia afirma claramente a existência de um período de tempo futuro ao qual denominamos comumente de Tribulação, que terá uma duração de sete anos. O propósito da Tribulação será expurgar os judeus rebeldes e incrédulos, o que levará a uma conversão nacional de Israel a JESUS como seu Messias. Mais adiante, virá um tempo sobre o qual Apocalipse 3.10 diz que DEUS testará os habitantes da terra, ou os incrédulos, a fim de demonstrar a incredulidade deles na história, não importando a que testemunhas ou circunstâncias eles estarão expostos. Maranata! (Thomas Ice — Pre-Trib Perspectives)
Notas:
Paul Benware, Understanding End Times Prophecy [Entendendo a Profecia dos Tempos do Fim] (Chicago: Moody Press, 1995), p. 244.
Uma das discussões mais legíveis e extensivas sobre a cronologia das 70 semamas é encontrada em Harold H. Hoehner, Chronological Aspects of the Life of Christ [Aspectos Cronológicos da Vida de CRISTO] (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1977), pp. 115-39. Uma apresentação mais popular é de Herb Vander Lugt, The Daniel Papers [Os Documentos de Daniel] (Grand Rapids: Radio Bible Class, 1994).
https://www.chamada.com.br/mensagens/tribulacao_sete_anos.html
 
 
 
2. O auge de seu império.
 O número de sua identificação (Ap 13:18: 2 Ts 2:3)
• O anticristo no seu cumprimento profético foram governos anticristãos e totalitários ao longo dos séculos que perseguiram a igreja, assim, como o falso profeta simboliza as religiões e as filosofias falsas deste mundo que desviaram os homens de DEUS para adorarem o anticristo e o dragão. Ambas as bestas se opõem a igreja durante toda a dispensação.
• Mas, o anticristo aponta para um personagem escatológico que reunirá toda a maldade dos impérios e governos totalitários.
• O anticristo será uma pessoa, ele é o homem da iniquidade, o filho da perdição, o abominável da desolação, a besta que emerge do mar, a encarnação de Satanás: Os cristãos primitivos entenderam que ele era Nero. Os reformadores entenderam que ele era o Papa romano.
Estudiosos modernos disseram que foi representado por Napoleão, Hitler, Mussoline.
• Seu número é 666. Sete é o número perfeito, seis o número imperfeito. Seis é o número do homem, o número incompleto, imperfeito, o número do fracasso. O número do anticristo é fracasso, sobre fracasso, sobre fracasso. Ele incorporará a plenitude da imperfeição, a consumação da maldade.
 
 
 
3. A ruína de seu império.
A limitação do anticristo (Ap 13:5)
a) O anticristo tem um poder limitado - visto que pode matar os santos, mas não vencê-los (12:11; 20:4). Os verdadeiros crentes preferirão a morte à apostasia (13:8), vencendo assim a besta (15:2). Eles não temem aquele que só pode matar o corpo e não a alma. O anticristo também não pode fazer nada contra DEUS e contra os remidos na glória, a não ser falar mal (13:6).
b) O anticristo tem um tempo limitado (13:5) - Quando o seu tempo acabar, ele mesmo será lançado no lago do fogo (19:20).
 
Sua total destruição (2 Ts 2:8)
• JESUS o matará com o sopro da sua boca e o destruirá pela manifestação da sua vinda (2 Ts 2:8).
• Ele será quebrado sem esforço de mãos humanas (Dn 8:25).
• JESUS vai tirar o domínio do anticristo para o destruir e o consumir até o fim (Dn 7:26).
• O anticristo será lançado no lago do fogo que arde com enxofre (Ap 19:20).
• CRISTO colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:24-25).
• A igreja selada por DEUS (Ap 9:4), preferirá a morte à apostasia e assim vencerá o dragão e o anticristo (Ap 12:11). Aqueles cujos nomes estão no livro da vida não adorarão o anticristo (Ap 13:8). Esses reinarão com CRISTO para sempre.
 
 
 
 
COMENTÁRIOS DE REVISTAS ANTIGAS
 
Lição 12 - Um Tipo do Futuro Anticristo - Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje. Comentários: Pr. Elienai Cabral
 
TEXTO ÁUREO
"Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição"(2 Ts 2.3).
 
VERDADE PRÁTICA
As conquistas ditatoriais e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo na Grande Tribulação.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 11.1-3,21-23, 31,36
1 Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer. 2 E, agora, te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. 3 Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver.
21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano. 22 E, com os braços de uma inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá e será fortalecido com pouca gente.
31 E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora.
36 E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito.
 
 
Resumo da Lição 12 - Um Tipo do Futuro Anticristo
I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)
1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).
2. Um rei valente (11.3).
3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).
II - O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)
1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.
2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28). 
3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35).
III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO  DO ANTICRISTO
1. O "homem vil" que chega ao poder. 
2. O futuro governante mundial no "tempo do fim".
3. Precisão profética.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes.
SINOPSE DO TÓPICO (2) - O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.
SINOPSE DO TÓPICO (3) - Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama DEUS ou se adora".
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"A Marca  da Besta (13.16-18)
O versículo 18 oferece uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia. Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de escrever os números por extenso. Com o passar do tempo, começaram a substituir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.
Vem se constituindo num passatempo popular adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta. Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não 'Alefe' e 'Tau', letras do alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a Nero.
Através da história, vem-se tentando identificar nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 6I6, para que se encaixasse com o nome de Calígula. A igreja primitiva, unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: "é o número de um homem". Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. A tripla repetição - 666 - pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.185).
 
 
 
UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
Antíoco IV Epifânio foi um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que procurou "helenizar" a Palestina entre 168-164 a. C.
 
A história nos conta que a partir das rixas locais em Jerusalém —Jasão, por exemplo, tentou se reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau — Antíoco Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por DEUS. Era uma instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura permaneceria assim com o advento do Senhor JESUS. Através dessa cultura de poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.
Anos mais tarde Antíoco Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações de Epifânio:
1. Forçou a aculturação dos judeus na cultura helênica.
2. Ordenou uma perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião helenísticas na Palestina.
3. Em 167 a. C., erigiu um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de Jerusalém.
4. Proclamou-se divino. Seu sobrenome, "Epifânio", significa "deus manifestado".
A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o DEUS de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como DEUS é atemporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.
Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.
Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 42.
 
 
COMENTÁRIOS DE DIVERSOS AUTORES (Com subtrações e adições do Ev. Luiz Henrique)
INTRODUÇÃO
Neste capítulo trataremos de um personagem que se destaca dentro da profecia de Daniel e envolve fatos que já aconteceram e se cumpriram historicamente. O cumprimento dessas profecias fortalece a confiança e a credibilidade das visões e revelações de Daniel. Porém, o personagem que aparece é um dos últimos reis do Império Grego, chamado Antíoco Epifânio IV, da família dos ptolomeus, o qual será destacado pela crueldade e pelo desprezo às coisas sagradas. Ele aparece mais no final do capítulo 11.
O capítulo 11 traz uma profecia que abrange os Impérios Medo-persa, que estava acontecendo com 4 reis, e o Grego que estava para se iniciar com seu futuro escatológico, para esses dias em que foram profetizadas. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a partir do final dos dias da vida de Daniel sob o reinado de Dario, o medo. Neste capítulo DEUS revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período Inter bíblico, ou seja, aquele período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Porém, a revelação maior dessa profecia diz respeito ao personagem histórico Antíoco Epifânio. Esse personagem refere-se a um futuro rei com as mesmas características que aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o Anticristo revelado no Novo Testamento. As profecias do capítulo 11 se cumpriram e ocorreram entre os reinados de Dario, o medo (539 a. C.) e Antíoco Epifânio (175-163 a. C.). Porém, a parte do texto dos versículos 36-45 diz respeito a Israel em tempos ainda não cumpridos e que estão relacionados intimamente com os capítulos 12 de Daniel e 13 de Apocalipse. DEUS controla a história.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 149-150.
 
No capítulo 11 do livro de Daniel o anjo de DEUS ainda está falando com ele. Os reinos se levantam e caem segundo o programa de DEUS. DEUS é soberano, e Ele está dirigindo a história.
A Babilônia caiu pela mão de DEUS. Stuart Olyott descreve essa verdade assim: “O império babilônico foi derrubado pelo poder de CRISTO. Os medos e persas foram Seus instrumentos terrenos, mas a efetiva queda de Babilônia foi um ato divino realizado pelo próprio Filho de DEUS”. Agora, os reis da Pérsia também cairão. Cairá também o grande rei da Grécia. As lutas internas que se travarão entre os reinos do Norte e do Sul estão profetizadas e nada escapará ao controle divino.
Esse capítulo 11 de Daniel é um verdadeiro retrato do futuro. E a história sendo contada antes dela acontecer. Osvaldo Litz chama esse capítulo de “recortes do futuro”.
DEUS está levantando a ponta do véu e mostrando o futuro para Daniel (v. 2). DEUS escreve a história antecipadamente. As coisas acontecem porque DEUS as determinou. A história estava escrita desde a eternidade nos livros divinos (Dn 10.21), mas também seria registrada no livro de Daniel bastante tempo antes que acontecesse.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 135-136.
 
Nesse capítulo, o anjo Gabriel trabalha no cumprimento da promessa feita a Daniel no capítulo anterior, isto é, ele mostra o que aconteceria ao seu povo nos dias finais, de acordo com o que estava escrito nas escrituras da verdade. E, muito particularmente, ele prevê aqui a sucessão dos reis da Pérsia e da Grécia e os negócios desses reinos, especialmente a maldade que Antíoco Epifânio praticaria nos seus dias contra o povo de DEUS.
E isso já havia sido previsto anteriormente (cap. 8.11-12). Temos aqui:
I. Uma breve profecia sobre o estabelecimento da monarquia grega que estava agora começando a se instalar sobre as ruínas da monarquia persa (w. 1-4).
II. Uma previsão sobre os negócios dos dois reinos do Egito e da Síria, fazendo referências a cada um deles (w. 5-20).
III. A ascensão de Antíoco Epifânio, seus atos e seus sucessos (w. 21-29).
IV. A grande maldade que iria praticar contra a nação judaica e a sua religião, e o seu desprezo por todas as religiões (w. 30-39).
V. A sua queda e derradeira ruína quando estava no auge da sua perseguição (w. 40-45).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 894.
 
 
I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)
1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).
“Eu, porém, no primeiro ano de Dario, o medo” (11.1). A importância dessa profecia é constatar a fidelidade e exatidão do cumprimento das profecias especialmente no período Inter bíblico. O primeiro ano do reinado de Dario foi em 539 a. C., conforme se pode constatar nos textos de Dn 6.1 e 9.1.
O anjo de 11.1 é mesmo anjo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para confortá-lo, mas continuar a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa (com 4 principais de seus reis) e o grego (11.2-4).
A revelação sobre o fim do Império Medo-persa (11.2). Aparece no versículo 1 o rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele é chamado “Dario, filho de Assuero”. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei enquanto ele estava no campo de batalha na conquista de outras terras e nações. Porém, o versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os três primeiros reis persas em sequência normal são, segundo Scofield, em seu comentário: Ciro II (550-530 a. C.), Cambises II (529-522 a. C.) e Dario I Histapes (521-486 a. C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a. C). Existe pouca informação acerca desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não por muito tempo. Porém, os dados proféticos são precisos e confirmados pela própria história. As evidências históricas do cumprimento da profecia são tão reais, que os críticos da Bíblia sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400 anos depois de Daniel, depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação futura dada a Daniel encontra respaldo histórico e credibilidade porque DEUS cumpre sua palavra. Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro, com o aparecimento do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifânio.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 150.
 
 
Dn 11.2 “Eis que ainda três reis estarão na Pérsia”. O “homem vestido de linho” revela a Daniel que o reino da Pérsia está chegando ao seu fim: somente três monarcas restariam para que aquela dinastia expirasse. Lendo o capítulo quatro do livro de Esdras, encontramos os nomes dos três monarcas que reinaram depois de Ciro: 1) Cambises (Assuero). 2) Esmerdis (Artaxerxes). 3) Dario (Persa). A ordem cronológica estabelecida ali não é tão fácil de ser determinada, a não ser aquilo que podemos depreender dos textos sagrados.
Cambises (Assuero). Este monarca não deve ser confundido com o Assuero marido de Ester; o do presente texto é posterior àquele. “Cambises vem citado no livro de Esdras 4.6, com o nome de Assuero. Este rei era neto da princesa Mondane, a mãe de Ciro e, consequentemente, filha da Rainha Ester” (doutor Goodman). Evidentemente, ele é o Assuero persa, e o outro, Assuero, da nação dos medos (Et 1.1; Dn 9.1). Esse rei governou poucos anos. Seu feito principal foi atacar e tomar o Egito, cujo rei era Psamético. Estendeu suas armas vitoriosas e atacou também a Etiópia. Só não atacou Cartago, porque os fenícios o dissuadiram de atacar a sua colônia predileta. Voltando de suas conquistas, achou uma rebelião no Egito. Revoltado, matou Psamético, e outros nobres daquele império.
Esmerdis (Artaxerxes). Esse monarca persa, devido às suas grandes conquistas, teve seu nome mudado para “Artaxerxes Longímano”, que reinou provavelmente de 465 a 425 a. C. (Ed 4.7, 8,11, 23; 6.14; 7.1, 11, 12, 21; 8.1; Ne 2.1; 13.6). Segundo Heródoto, “Artaxerxes” quer dizer “grande guerreiro”. Foi cognominado de “Longímano” por sua excessiva bondade. A Enciclopédia Internacional diz que Longímano “... foi célebre pela sua bondade e generosidade; permitiu aos judeus que tinham ficado em Babilônia, depois do edito de Ciro, que voltassem a Jerusalém para restabelecer a sua religião”. Pelo testemunho bíblico, foi ele o monarca que promulgou a “ordem” para que Neemias reconstruísse os muros da cidade de Jerusalém, em 445 a. C. (Ne 2.1; Dn 9.25). Em seu governo, Neemias subiu a Jerusalém, levando consigo uma leva de cativos voltando à sua terra, com prazer e grande júbilo. (Comp. SI 126). Foi a terceira leva de cativos que desejaram acompanhá-lo.
Dario (Persa). Este monarca vem citado no livro de Esdras, (caps. 4.5,24; 5.6, 7; 6.1,12,14,15). Após oito (8) meses de governo do usurpador Gomates, Dario Histaspis subiu ao trono. Seu primeiro trabalho foi extinguir as revoluções em todo o seu Império. Sua energia, coragem, dedicação e gênio bélico, conseguiram isso. Este rei decretou o “reinicio” da construção da casa de DEUS em Jerusalém (Ed 4.24; 6.1-12).
“... o quarto será cumulado de grandes riquezas”.
Xerxes (Kchiarcha). Todos os estudiosos da Bíblia concordam em que o “quarto” monarca aqui mencionado é Xerxes. Ele foi o sucessor de Dario, o persa. Seu nome aparece na História como Kchiarcha. Os dados históricos e proféticos se combinam entre si sobre a vida deste soberano. Ele foi realmente o que diz a profecia: “Foi cumulado de grandes riquezas, mais do que todos”. Ele, durante o seu reinado, atacou a Grécia e foi derrotado nesta invasão.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 198-199.
 
 
Profecia sobre os medos e persas (11.1,2). "Dario, o medo" (v. 1). É o mesmo Dario de 5.31. Em 9.1 ele é chamado "Dario, filho de Assuero". Esse monarca foi constituído rei por Ciro, interinamente, na Caldeia, enquanto ele completava suas conquistas. Assuero, o pai deste Dario, não é mencionado em Ester 1.1. Quem estuda a Bíblia e a História precisa saber que houve mais de um Dario e mais de um Assuero nas Escrituras. Por falar em Dario e Assuero, convém saber que esses termos são títulos e não nomes propriamente ditos. Dario significa mantenedor, e Assuero, poderoso. Muitos desses monarcas têm mais de um nome. Também alguns deles têm nomes diferentes na Bíblia e na história secular, como é o caso de Assuero, que na história secular é conhecido por Xerxes. Xerxes é palavra grega, ao passo que Assuero é hebraica.
"três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto..." (v. 2). Quatro reis da Pérsia são aqui mencionados, isso além de Ciro, pois este já estava no trono (10.1). Esses quatro reis são:
a. Assuero, filho de Ciro. Reinou de 529 a 522 a.  C. É conhecido na história por Xerxes I e Cambises II. É mencionado em Esdras 4.6.
b. Artaxerxes I. Reinou de 522 a 521 a. C. É conhecido na história por Smeredis. É mencionado em Esdras 4.7-11. Determinou a suspensão das obras do templo do pós-cativeiro.
c. Dario II. Filho de Artaxerxes. Reinou em 521 a 485 a. C. É mencionado em Esdras 4.5. É conhecido na história por Dario Histaspes, ou simplesmente Histaspes. Foi ele quem ordenou a conclusão das obras do templo, conforme Esdras capítulo 6. Ele é o famoso Dario registrado na Pedra de Behistum, perto de Hamadã, no Irã, a antiga capital dos medos, chamada então Ecbátana. Foi derrotado na famosa Batalha de Maratona, na Grécia, em 490 a. C.
d. Assuero, o esposo de Ester (Et 1.1). Foi o mais rico e o mais poderoso rei persa. Reinou de 485 a 465 a. C. A história chama-o Xerxes II. (Não confundir esse Assuero com o de Esdras 4.6.) Era filho de Dario II e foi derrotado pela esquadra grega de Salamina, Chipre, em 480 a. C.
Aqui termina a história da Pérsia na profecia. Nada é dito dos reis restantes, uns cinco, pelo menos. É que a glória da Pérsia entrou em rápido declínio com a morte de Assuero ou Xerxes II. Os reis restantes nada realizaram de importante para a história.
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
 
2. Um rei valente (11.3).
A revelação profética sobre o Império Grego (11.3).
Xerxes I, sucessor de Dario, o persa, foi o quarto e último rei do Império Medo-persa. Foi um rei que juntou muita riqueza, mas ao enfrentar a Grécia, conquistou a cidade de Atenas e isto irritou aos gregos. Despontava naquele tempo a liderança de Alexandre, o Grande, que reuniu todas as forças bélicas e humanas dos seus exércitos e derrotou a Xerxes, da Pérsia, vingando a nação grega. Portanto, em 331 a. C., Alexandre, o grande, “o rei valente” se levantou e suplantou o último rei dos medos-persas com grande força e domínio sem qualquer resquício de misericórdia (v. 3). Era jovem e cheio de energia, inteligente e perspicaz, porque foi capaz de persuadir com carisma seus subordinados para que se unissem a ele a fim de conquistar o mundo de então. Com força pujante e implacável, Alexandre foi aumentando seu domínio geográfico e cultural conquistando outras nações. Ele procurou agregar os povos conquistados e tornar o seu domínio num “império unido”. Ele promoveu a miscigenação das nações conquistadas, para ter o domínio sobre todos. Ele formou um exército coeso e forte recrutando homens de todas as nações conquistadas. Em pouco tempo, para o contexto da época, suas conquistas ultrapassaram todos os índices de tempo para dominar e fazer o que lhe aprouvesse. Cumpria-se, de fato, a soberania de DEUS dirigindo a história e fazendo valer a sua soberana vontade. Era a sua vontade exercida nos destinos das nações e, acima de tudo, especialmente para Israel.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 151.
 
Dn 11.3 “... um rei valente”. O leitor deve observar que o Império Greco-Macedônio entra em cena neste versículo. Não é mais representado como nas composições anteriores descritas por Daniel: 1) “Cobre” (Dn 2.32). 2) “Metal” (Dn 2.39). 3) “Folhas” (Dn 4.21). 4) “Leopardo” (Dn 7.6). 5) “Bode peludo” (Dn 8.20, 21). Agora, no presente versículo, este reino tem sua representação na pessoa de um “rei valente” que reinaria com grande domínio. Este rei valente foi Alexandre Magno, ele realmente tomou o Império Medo-persa, e reinou com grande poder (Dn 8.3, 4). Alexandre foi, de fato, um guerreiro habilidoso, porém, tudo quanto fez e conquistou foi derramando sangue (dos outros) e pela espada. Ele foi a antítese do verdadeiro CRISTO, que tudo quanto fez e conquistou foi derramando o seu próprio sangue, e manifestando seu grande amor.
Vejamos o caráter negativo de Alexandre e o caráter positivo de CRISTO: JESUS e Alexandre morreram aos trinta e três anos. Um deles viveu para si mesmo, o outro por mim e por você. O grego morreu num trono; o judeu morreu numa cruz. A vida de um foi triunfante (aparentemente); a do outro, uma derrota (aparentemente). Um deles comandou imensos exércitos armados, o outro teve apenas um pequeno grupo, desarmado (embora tivesse um imenso exército de anjos). Um derramou o sangue alheio sem piedade, o outro derramou o seu próprio sangue, e o derramou por amor ao mundo. Alexandre conquistou o mundo em vida; JESUS perdeu a sua vida para ganhar vida para seus seguidores. Um morreu na Babilônia, o outro no Calvário. Um conquistou tudo para si, e o outro a si mesmo se deu. Alexandre, enquanto viveu, conquistou todos os tronos; JESUS, na morte e na vida, conquistou o Trono de Glória. Um deles ganhou um grande nome: Alexandre! O outro “um nome que é sobre todo o nome”: JESUS! Um deles viveu para se gloriar; o outro para abençoar. Quando o grego morreu, seu trono, conquistado pela espada, ruiu para sempre. JESUS, quando morreu ganhou o trono que permanece para sempre (SI 93.2).
O grego fez de todos escravos; o judeu a todos (que o aceitaram ou aceitam) liberta da escravidão do pecado. Um deles construiu um trono forrado de sangue; o outro edificou o seu com amor. Um deles veio da terra; é terreno (1 Co 15.47). O outro veio do.Céu; é celestial (1 Co 15.47 a 49). O grego morreu para sempre, o judeu para sempre vive. Perde tudo aquele que só recebe, e tudo ganha aquele que dá.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 199-200.
 
 
3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).
“estando ele em pé, o seu reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade, Alexandre morreu na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do bode peludo do capítulo 8.8, que representava a Grécia. Esse chifre foi quebrado (8.8) que representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4. Sem seu líder principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da unidade imperial e foi dividido por seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de DEUS no destino das nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação comparativa das visões dos capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a figura das quatro cabeças do leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8 temos a visão do bode peludo com quatro chifres notáveis. As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre, pelos quatro generais. São eles: Cassandro que reinou na Macedônia; Lisímaco que reinou sobre a Trácia e a Ásia Menor; Ptolomeu que reinou no Egito e, por último, Seleuco que reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Essa divisão de reinos aguçou a vaidade e a presunção desses generais que se fizeram reis e tramas de traição e morte envolveram esses reinos.
(11.5-20) Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Suplantou o rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a. C.) o qual se tornou um tipo perfeito do Anticristo. Porém, dois desses reis da divisão do império se destacam: o rei do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o rei do Sul é Ptolomeu. Com ele se iniciou a dinastia dos ptolomeus. O texto diz que ele (o rei do sul — Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte — Síria). O sul era representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes históricos envolvendo esses dois reinos culminam com conflitos entre ambos e com a superação do reino do sul. Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Esse conflito entre os reis do norte e do sul (Síria e Egito), revelou ao final um personagem por nome Antíoco Epifânio, quando no ano 198 a. C., Jerusalém e Judeia passaram a ser província da Síria. No versículo 15, o rei do norte, Antíoco III, o Grande, se impõe sobre a Judeia e Egito e se apodera fortemente da Palestina (11.16). Esse rei, por causa da dívida com Roma, a fim de pagá-la, estabeleceu impostos financeiros pesados, tirando-os dos tesouros da Casa de DEUS em Jerusalém. O filho de Antíoco III foi Antíoco IV, conhecido como Antíoco Epifânio. (período de guerras entre os Ptolomeus >> Egito - reino do sul<< e Epifânios >>Síria - reino do norte<<)
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 151-152.
 
Dn 11.4 “O seu reino será quebrado. Isto aconteceu realmente como diz a profecia em foco. Alexandre reinou com grande poder; ele foi chamado de Magno. Mas morreu prematuramente aos trinta e três anos de idade. O chifre ilustre foi realmente “quebrado”, como vaticinara o profeta do Senhor (Dn 8.8). Seu império foi dividido em quatro partes (quatro ventos), depois da batalha de Ipsus, em 301 a. C. A sua posteridade (família) não recebeu o reino, e sim seus quatro generais de exércitos: 1. Ptolomeu. 2. Seleuco. 3. Lisímaco. 4. Cassandro. As quatro regiões de que fala o texto divino foram: 1) O Egito (região Sul). 2) A Síria (região Norte). 3) A Macedônia (região Oeste). 4) A Ásia Menor. Os generais de Alexandre Magno reinaram também com grande autoridade, mas nenhum deles chegou à sua glória e magnitude; também não eram de sua família; cumprindo-se, assim, a profecia: "... seu reino será repartido... mas não para a sua posteridade”. Esse acontecimento sobre seu reino, o próprio Alexandre já o previu em vida como ele mesmo declarou ao seu biógrafo: “Ainda em vida, Alexandre predisse que seus amigos lhe fariam um cruento funeral”. Cumpriu-se o vaticínio. O Macedônio não deixou sucessor direto ao trono, pois tinha um irmão que poderia ser seu herdeiro, mas este era imbecil; e um filho, mas era de poucos anos de idade.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 200-201.
 
 
II - O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)
1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.
Antíoco Epifânio, o glorioso
A presunção desse rei o fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos Epifanes” , isto é, “deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a. C., e mesmo sendo rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela crueldade. Sua ascensão foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da Síria, ele o fez pelo modo mais ignominioso e detestável. Suas características diabólicas o tornaram o tipo mais próximo do futuro Anticristo.
“Depois, se levantará em seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro generais que se tornaram reis depois da morte de Alexandre, não se contentaram com suas regiões geográficas porque suas ambições os fizeram tramar intrigas entre si, matando e assassinando opositores para ostentarem mais riquezas do que já tinham. Queriam mais e mais e começaram a buscar mais terras e partiram para a luta entre si. Seleuco IV, da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a. C., morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Antíoco Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso.
Antíoco Epifânio foi um rei perverso
“mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano” (11.21). Ele chegou ao poder em 175 a. C. e tinha apenas 40 anos de idade. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a. C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou de todos os artifícios de mentira, engano, astúcia, lisonjas e crueldade como ninguém o fizera. Para se manter no poder Antíoco Epifânio não tinha qualquer escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21) e tinha sede de conquista derramando o sangue dos seus adversários em muitas guerras. Enriqueceu com os despojos das guerras, quando lutou contra o Egito (11.25-28).
O versículo 21 o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou n o Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 153-154.
 
Dn 11.25 O personagem descrito no presente texto é ainda Antíoco Epifânio, e o rei do Sul, de que fala a profecia, é Ptolomeu Phiscon; ele tinha realmente um grande e poderoso exército em torno de si e podia, como diz a História, vencer o próprio Antíoco Epifânio; mas foi frustrado seu plano, em razão de, em seu próprio exército e arraial, existir traição. De ambos os lados existia grande multidão, os dois exércitos eram numerosos como a areia do mar. Outrossim, a ambição predominava, e o rei do Sul (Egito) foi o mais envolvido”. A profecia já tinha previsto tudo isso quando diz: "... o rei do Sul se envolverá na guerra com um grande e mui poderoso exército; mas não subsistirá”. A causa deste “envolvimento” foi que ele determinou que seu reino fosse incorporado ao grande império do rei do Norte (Síria), e, por causa disto, a oposição cresceu entre seus próprios generais; assim, o rei do Egito foi traído por aqueles que comiam de seus manjares.
Dn 11.26 O presente versículo e mais quatro que o seguem, neste capítulo, continuam descrevendo o caráter sombrio de Antíoco Epifânio, falando de rumores de guerra entre estas duas potências: a do Sul (Egito) e a do Norte (Síria). Durante alguns anos, os Ptolomeus e Selêucidas fizeram vários tratados, com a finalidade de encontrarem a paz entre os dois países, mas seus corações tinham um só intento: enganar um ao outro.
O leitor pode observar que, dos versículos 25 a 28, o autor sagrado, o profeta Daniel, como recipiendário da visão, descreve, em síntese, as primeiras campanhas guerreiras de Antíoco contra o Egito, fala também de uma campanha na qual Ptolomeu (egípcio), e os seus não puderam resistir, em virtude da traição existente entre seus próprios generais, como já ficou demonstrado; eles deveriam tê-lo apoiado. A traição é inimiga do triunfo, mas os traiçoeiros sempre cairão nas malhas da própria traição.
Dn 11.27 "... uma mesma mesa falarão a mentira”. Podemos observar como estes dois monarcas fizeram da “mentira seu próprio refúgio”. Mas todos sabem que “mentira gera mentira”. (Comp. com SI 42.7). Mas ela não prevalecerá. Somente a verdade permanece e o fim das mentiras virá, como diz a profecia, no tempo determinado.
Estes dois reis (do Norte e do Sul), segundo o doutor Amo C. Gabelein, são ainda Antíoco e Ptolomeu Filopater. Eles realmente fizeram vários tratados, mas sempre mentiram um ao outro: seus corações eram atentos só para fazer o mal. O que ocasionou esta aliança de Antíoco com Ptolomeu foi ter sido este derrotado; então decidiu aproximar-se de Antíoco Epifânio e ambos mantiveram uma paz aparente e, assentados a mesma mesa, falavam a mentira, pois nenhum nem outro cumpriu aquilo que tinha sido estabelecido no tratado de paz.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 213-214.
 
A sua guerra contra o Egito, que foi a segunda expedição que fez a essa nação. Isto foi declarado nos versículos 25-27. Antíoco iria reforçar o seu poder e tomar coragem para lutar contra Ptolomeu Filométor, rei do Egito. Ptolomeu, então, foi forçado a fazer guerra contra ele, e o atacou com um exército grande e poderoso. Mas, embora o seu exército fosse muito grande, ele não seria capaz de enfrentar o inimigo. E o exército de Antíoco iria derrotar e subjugar o exército de Ptolomeu e um grande número de soldados egípcios seria assassinado. No entanto, o rei do Egito foi traído pelos seus próprios conselheiros. Eles eram alimentados por ele, comiam do seu pão, mas recebiam subornos do inimigo, Antíoco. Assim, eles iriam planejar artifícios contra o seu rei, estando prontos até mesmo a destruí-lo. E que medidas poderiam ser tomadas para evitar uma traição como esta? Depois da batalha, um tratado de paz seria colocado em ação, e esses dois reis iriam se reunir em um conselho, a fim de estabelecerem as condições de paz. No entanto, nenhum dos dois seria sincero e honesto nesse acordo, pois através das suas pretensões e promessas de amizade e harmonia, eles estavam mentindo reciprocamente. Pois o coração de um estava pronto para fazer ao outro todo o mal que pudesse. Logo, não é de admirar que esse tratado não viesse a prosperar. A paz não seria duradoura, e o seu fim ocorreria no momento indicado pela Providência divina. Então, a guerra iria começar novamente, como uma ferida que só foi tratada superficialmente.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 897-898.
 
 
2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28).
(11.25-28) Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de Ptolomeu VI ( w. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
 
Dn 11.28 "... o santo concerto”. O presente versículo, faz alusão a todas as tiranias de Antíoco Epifânio contra o povo judeu, cujos dados históricos se encontram narrados no primeiro e segundo livros de Macabeus. A história nos diz (confirmando a profecia) que, em 168 a. C., ele, Antíoco, voltou da sua expedição com grande riqueza. Então marchou para a Judéia e praticou grandes atrocidades ali. Na viagem de volta, ao atravessar a Palestina, com o coração contrário ao SANTO Concerto, saqueou o templo de Jerusalém, deixando na cidade uma guarnição síria. No primeiro e segundo livros dos Macabeus, lemos de suas tiranias contra o SANTO Concerto e o povo escolhido. Muitas de suas atrocidades foram frustradas por intervenção divina; então ele, muito indignado, voltou “para sua terra”, isto é, voltou para a sua cidade: a Capital, Antioquia.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 215.
 
 
3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35).
(11.31-35) Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio não teve escrúpulo algum para desrespeitar valores morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade de Israel. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observação do sábado, e outras práticas dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o altar dos holocaustos no templo.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
 
 
Dn 11.31 A profecia, no que diz respeito aos acontecimentos narrados neste capítulo (versículos 1 a 30), segue mais ou menos uma ordem cronológica na “vereda dos séculos”. (Comp. com Jó 22.15). Mas, de acordo com o que falou nosso Senhor em Mt 24.15 e Mc 13.14, os versículos 31 a 45 não se consolidaram apenas na vida de Antíoco Epifânio, que, de fato, profanou o santuário; cremos que esta profanação, feita por esse monarca seleuco, foi apenas um estádio daquilo que terá lugar na figura sombria do Anticristo, nos dias da Grande Tribulação (2 Ts 2.4).
“...a abominação desoladora”. Desejamos apontar para o estudioso do livro do profeta Daniel, uma exposição do doutor Amo C. Gabelien, sobre a abominação desoladora: “No versículo 31 deste capítulo, lemos da ‘abominação desoladora’. Nosso Senhor, no seu grande discurso escatológico no monte das Oliveiras (Mt 24.15), disse: ‘Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda’. Alguns crêem, que quando nosso Senhor falou estas palavras referiu-se a Dn 11.31 [o texto em foco], e que é isso a ‘abominação desoladora’. Não é assim. A ‘abominação desoladora’ do versículo 31 é passada, e aconteceu nos dias de Antíoco Epifânio. A ‘abominação desoladora’ a que se refere nosso Senhor, em Mt 24.15 e Mc 13.14, é a mencionada em Dn 12.11, que diz: ‘E desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias’. Esta será estabelecida pelo Anticristo, na segunda metade da semana profética de Daniel 9.27". Nosso ponto de vista, nesta interpretação, é o que está estabelecido no primeiro ponto desta exposição.
“profanarão o santuário”. Nos dias de Antíoco, ele fez um decreto em que todo o povo havia de se conformar com a idolatria da Grécia. Um grego iníquo foi enviado a sustentar este decreto. Todos os sacrifícios cessaram, e o ritualismo judaico, dado por DEUS terminou. O templo (santuário) foi contaminado com carne de porco... e dedicado a Júpiter Olímpico. A “fortaleza” (a cidade de Jerusalém) foi também profanada. Antíoco enviou um tal Apolônio com mais de 20.000 homens para destruir Jerusalém (a fortaleza de Sião - Cr 11.5). Houve uma multidão de mortos, e mulheres e crianças foram levadas cativas.
Dn 11.32 “... aos violadores...” Nos dias sombrios das atrocidades de Antíoco Epifânio contra o povo escolhido do Senhor, houve alguns judeus incrédulos, que facilitaram sua infiltração na Cidade Santa. No que diz respeito, porém, à grande jornada profética futurística, estes versículos apontam diretamente para “o tempo do fim”. O personagem traidor que entra em cena aqui, é sem dúvida o Anticristo. Os violadores do santo concerto são aqueles judeus que por ele serão enganados no início da Grande Tribulação (Dn 9.27).
“... o povo que conhece ao seu DEUS...” Nos dias de Antíoco Epifânio, sem dúvida, este “povo” conhecedor do DEUS do Céu, foram os seguidores dos fiéis Macabeus. Nos dias do Anticristo, ele será “o remanescente de Israel”. Entre eles, os 144.000 pregadores pertencentes às doze tribos de Israel (Ap caps. 7 e 14).
Dn 11.33 Podemos ver, no presente texto, uma referência às duas testemunhas escatológicas dos dias sombrios da Grande Tribulação (Ap cap. 11). Eles realmente naqueles dias de tantas trevas ensinarão a muitos, mas depois serão mortas pela espada ferina da Besta que subiu do mar (Abismo - Ap 11.7), para que o seu testemunho tenha um maior valor. (Comp. Hb 9.17). Daniel e seus amigos haviam sido livrados e preservados da morte por intervenção divina (Dn 3 e 6), mas nem sempre esta é a vontade de DEUS para com seus filhos. Assim, espada, fogo, cativeiro e roubo são um sumário dos sofrimentos dos homens e mulheres fiéis até hoje em todas as partes do mundo. O próprio Filho de DEUS, antes de sua partida para estar com o Pai, nos adverte: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados [especialmente os fiéis do tempo da tribulação], e matar-vos-ão, e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).
Dn 11.34 Admite-se que esta profecia, no que diz respeito ao seu primeiro estádio, refere-se aos fiéis Macabeus, que, usados por DEUS, serviram como instrumentos para levantarem o ânimo dos judeus desanimados, perseguidos por Antíoco Epifânio, descendente dos monarcas selêucidas. Mas, evidentemente, todos concordam em que Antíoco foi uma figura do verdadeiro Anticristo, e, assim, esta grande profecia terá sua total consolidação no “tempo do fim”. Naqueles dias também haverá fiéis, que desafiarão o poder hostil da Besta, mesmo que isso lhes custe a própria vida. (Ver Ap 6.9-10). O autor sagrado, Daniel, enquanto registrava estas palavras do mensageiro celeste, observava que a perseguição, tem o seu próprio propósito, dentro do plano de DEUS, de purificação, e refinação do seu povo, mas, no devido tempo, que Ele para si designou, dará fim a toda e qualquer prova ou perseguição contra o seu povo.
Dn 11.35 “... alguns dos entendidos cairão...” O texto em foco nos faz lembrar o que Paulo escreveu em Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto”. E evidente, que, qualquer correção de DEUS, momentaneamente, parece desagradável para aquele que está sendo corrigido, mas “depois” produzirá um “peso de glória” (Hb 12.11). E certo que a morte de Antíoco Epifânio não pôs fim às lutas contra o povo escolhido, pois os seus sucessores continuaram a batalha pela dominação da Palestina. Mas, é evidente que, durante estes anos, os fiéis Macabeus conseguiram arregimentar todos os elementos fiéis às tradições judaicas e formar um poderoso exército, para se defrontar com o exército sírio. Eis uma das razões por que DEUS permitiu tal perseguição ao seu povo: eles precisavam ser purificados e embranquecidos.
"... ao fim do tempo”. Há quinze alusões no livro de Daniel sobre “o tempo do fim”, cinco delas neste capítulo. Esse tempo do fim é a septuagésima semana de Daniel 9.27, com especial referência à segunda metade dela. Mas a expressão é também aplicada à época do Evangelho de CRISTO (Hb 1.3), à época do ESPÍRITO SANTO (At 2.17), e também aos “últimos dias maus” (2 Tm 3.1).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 216-219.
 
As perseguições e a tirania insana que Antíoco exerceu sobre os judeus e sua religião (29-35) o tornaram um dos monstros da história. Sua indignação contra o santo concerto (30), tirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a abominação desoladora (31; a imagem de Zeus do Olimpo) no Templo são exemplos da sua fúria profana. Ele baniu todas as leis, costumes e cultos judaicos. Antíoco matou à espada as mães e crucificou os pais que circuncidavam seus filhos. Embora tenha queimado uma grande parte de Jerusalém, assassinado boa parte dos homens e escravizado mulheres e crianças, ele não conseguiu destruir a resistência. Embora muitos tenham apostatado e se submetido a Antíoco, outros ousaram resistir (32-35). Um exército de fiéis e corajosos judeus se reuniu sob o comando de Matatias para resistir ao exército de Antíoco.
Quando Matatias morreu, seu filho Judas ficou à frente do exército rebelde. Suas táticas de guerrilha (de ataques e fugas repentinos) tornaram-se famosas e lhe deram o nome de “Martelo” ou Macabeu. Em três anos os macabeus tinham dividido e derrotado os exércitos sírios de Antíoco e recapturado Jerusalém. O Templo foi restaurado, o altar purificado e a adoração restituída (em 25 de dezembro de 165 a. C.). Até o dia de hoje a Festa da Dedicação ou Hanukkah é observada pelos judeus, comemorando esse evento. A família dos macabeus, chamada Hasmoneana, tornou-se a reconhecida linhagem de governantes até que os romanos conquistaram a Palestina sob o comando de Pompeu, em 63 a. C.
Em meio à escuridão do quadro profético amedrontador apresentado nesse capítulo, uma clara luz de fé e heroísmo começa a brilhar. O povo que conhece ao seu DEUS se esforçará e fará proezas (32). Aqui é sugerido “Um Programa de Ação para uma Minoria Piedosa”. 1) Eles conhecem a DEUS. 2) Eles são fortes. 3) Eles fazem proezas. Eles agem com um claro sentido de direção. 4) Sua batalha está no alto nível do espírito, uma batalha de idéias santas. Eles ensinarão a muitos (33). 5) Sua causa triunfa. Para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até ao fim do tempo (35).
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 541-542.
 
 
III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO
1. O “homem vil” que chega ao poder.
“E esse rei fará conforme a sua vontade ”(11.36). Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em poder e, então, investe contra o DEUS de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama DEUS ou é objeto de culto”( 2 Ts 2.4).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
 
Dn 11.36 O leitor deve observar que os versículos 36 a 45, do presente capítulo, se revestem de particular interesse para os estudiosos da Bíblia. Muitos expositores acreditam que eles dão prosseguimento à descrição a respeito de Antíoco Epifânio e suas atrocidades. Mas, é evidente que há certas dificuldades nesta posição, em razão da morte deste monarca selêucida ter sido diferente da que fala o texto. A possível interpretação mantida pela tradição mais antiga e pelos pais da Igreja cristã era a de que esses versículos, sendo aplicados ao “tempo do fim”, apontam claramente para o Anticristo. Assim sendo, o texto em foco demonstra claramente ser o Anticristo a antítese do verdadeiro CRISTO; JESUS é Justo, ele será o iníquo; JESUS, ao entrar no mundo, disse ao Pai: “Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está dito aqui no presente texto, que ele “fará conforme a sua vontade”. O Senhor JESUS é o Filho de DEUS; ele será “o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O texto em foco, fala-nos também que este monstro hediondo “falará coisas maravilhosas”. Isto é, abrirá a sua boca em blasfêmia contra DEUS e seu tabernáculo. O Anticristo blasfemará dos “poderes superiores”, ridicularizando a própria existência de DEUS.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 219-220.
 
Ele se tornou muito orgulhoso, insolente e profano. Estando muito convencido por causa das suas conquistas, declarou a sua oposição ao Céu, e pisou tudo que era sagrado (v. 36ss). Alguns entendem que aqui começa a profecia do anticristo. É claro que o apóstolo Paulo, na sua profecia sobre a ascensão e o reinado do homem do pecado, está fazendo uma alusão a isso (2 Ts 2.4), e mostra que Antíoco era um tipo e uma figura desse inimigo, assim como a Babilônia também havia sido. Mas, juntando essa profecia às profecias anteriores relativas a Antíoco, formando um discurso contínuo, me parece que ela esteja provavelmente se referindo principalmente a ele, e que nele ela teve o seu primeiro cumprimento, fazendo uma referência a alguma outra apenas para o tempo do fim (Grande Tribulação).
(1) Antíoco ofenderia impiedosamente o DEUS de Israel, o único e verdadeiro DEUS, chamado aqui de DEUS dos deuses. Desafiando a DEUS e sua autoridade, ele iria agir conforme a sua vontade contra o seu povo e a sua santa religião, exaltando-se acima dele, como fez Senaqueribe, falando coisas incríveis contra as suas leis e instituições. Isso se cumpriu quando Antíoco proibiu que fossem oferecidos sacrifícios no Templo de DEUS, ordenou que os sábados fossem profanados, e que o povo santo deveria ser contaminado, além de muitas outras perversidades. Antíoco queria fazer com que, sob ameaças de morte, esquecessem da lei, e mudassem todas as ordenanças (1 Mac 1.45).
(2) De uma forma absolutamente orgulhosa, Antíoco desprezaria todos os outros deuses, iria se exaltar acima de cada deus, até dos deuses das outras nações. Ele escreveu a todas as partes de seu reino que todos deveriam abandonar os deuses que adoravam para adorar somente aqueles que ele mandasse, e esta era uma atitude contrária à prática de todos os conquistadores que o haviam precedido (1 Mac 1.41,42). E todos os pagãos concordaram com a ordem do rei, pois embora amassem os seus deuses achavam que eles não mereciam qualquer sofrimento. No entanto, como seus deuses eram ídolos, para eles não fazia nenhuma diferença saber quem eram os deuses que estavam adorando. Antíoco não considerava nenhum deus e se engrandecia acima de todos (v. 37). Ele era tão orgulhoso que achava que estava acima da condição de homem mortal, acreditava que podia comandar as ondas do mar e alcançar as estrelas do céu. E essas eram as expressões da sua insolência e arrogância (2 Mac 9.8,10). Era assim que tratava todos aqueles que estavam em sua presença, até que a ira se completou (v. 36), até ter extrapolado os limites, e transbordado a medida da sua iniquidade. Pois aquilo que havia sido determinado seria realizado. Nada mais, nada menos.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 900.
 
O rei obstinado — o Anticristo (11.36-45). Jerônimo deu uma dupla interpretação a essa parte (11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a segunda, ao Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo Young e Seiss, entendem que os versículos 21-35 se referem de maneira apropriada a Antíoco e secundariamente ao Anticristo, e os versículos 36-45 devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.
E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero (36). Aqui a figura clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de fundo. Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do “homem do pecado” (2 Ts 2.3-4) e da visão de João acerca da “besta” (Ap 13.5-8). Vemos claramente refletido o “pequeno chifre” dos capítulos 7 e 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece quando comparamos os dois pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11. Enquanto o pequeno chifre do capítulo 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória e poder do empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará usurpar para si toda a bondade humana bem como a adoração divina.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 542.
 
 
2. O futuro governante mundial no “tempo do fim”.
“E no fim do tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de Antíoco Epifânio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo. Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo. No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifânio. Ninguém ostenta uma glória que só pertence ao DEUS Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico Antíoco Epifânio, mas estava apontando para um tempo especial que a Bíblia descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do capítulo 9.27.
(11.41) Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na segunda Vinda de CRISTO (Ap 19.11-20).
(11.41-43) Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo. Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom, Moabe e Amom, identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o Anticristo na “terra santa”.
(11.44,45) A destruição do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de JESUS CRISTO, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc 14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor matará com o sopro da sua boca e com o esplendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).
“mas o seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de DEUS em Jerusalém. O Anticristo armará suas tendas militares em Jerusalém , nas cercanias do vale do Armagedom (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 155-156.
 
 
Dn 11.40 Este versículo e outros correlatos neste capítulo, nos mostram o ressurgimento do povo egípcio com grande poder militar no tempo do fim. Mas, eles, os egípcios serão também tragados pelo império brutal do homem do pecado. Este versículo é realmente futurístico, ele aponta diretamente para o “tempo do fim”. O autor sagrado deixa de escrever a história e olha para diante, para descrever como o tirano Anticristo encontrará o seu fim (v. 45). Como evidência para isso, é destacado que há muitas menções de acontecimentos registrados na história, que tiveram lugar na parte final deste capítulo, tais como a conquista do Egito e a batalha entre o mar Mediterrâneo e o monte Sião. Também não pode ser mais Antíoco Epifânio, pois ele não morreu na Palestina, mas na Síria, como testemunha Políbio. O personagem descrito nestes versículos finais é sem dúvida o Anticristo; ele encontrará o seu fim, de fato na área mencionada, isto é, na grande planície, que fica entre o Jordão e o Mediterrâneo, denominada de Armagedom (Dn 11.45; Ap 16.16; 19.20).
Dn 11.41 “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Durante o tempo da Grande Tribulação haverá uma área demarcada por DEUS, diante da face do destruidor. Esta área servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: 1) O lugar preparado por DEUS (Ap 12.6). 2) O refúgio (Is 16.4). 3) O quarto (Is 26.20). 4) O isolamento (SI 55.5-8), etc. Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses países serão os únicos a escaparem da influência do Anti- cristo. O Egito não escapará. Edom ou Iduméia: Geograficamente, este país encrava-se na região montanhosa do mar Morto e do golfo de Acaba; estende-se também para dentro da Arábia Pétrea.
Moabe: Encrava-se no Sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo rio Amom.
Amom: Encrava-se na região Nordeste do mar Morto; hoje, esses três povos são tribos árabes. (Orígenes). Essa região será demarcada por DEUS naqueles dias sombrios da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O monte Sião será também demarcado. (Ver Ob v. 17; Ap 14.1). Todos esses lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de DEUS”, preparado para a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia. (Ver as seguintes Escrituras sobre este assunto: SI 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2; 40.11; 48.8, 9; Ez 20.35; Dn 11.41; 12.1; Os 2.14; Ob v. 17, 20; Mt 24.36; Ap 12.6, 13-17). A “mulher” perseguida e guardada por DEUS nessa época representa, sem dúvida, o “remanescente de Israel” (Apocalipse versículo por versículo).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 222-223.
 
 
Os versículos 36-40 tratam de eventos de que não há correspondência em toda a história passada: um quadro profético do futuro Anticristo e sua atuação, especialmente quanto a Israel.
Mediante a expressão "nesse tempo", no capítulo 12, os eventos escatológicos nele constantes, como ressurreição dos mortos e recompensa dos justos, estão na sequencia do tratado nos versículos 36-45. A era em que ocorrem esses eventos envolve também os eventos do capítulo 12.7-9.
Versículos 40-44. A expressão "rei do Norte", no versículo 40, prova que não se trata aí de Antíoco Epifânio, porque este seria em breve o "rei do Norte" (isto é, da Síria), e é evidente que ele não iria combater a si mesmo... Logo, trata-se de um futuro reino. O versículo mostra que no tempo do fim, isto é, na época da tribulação de Israel, o rei do Sul (que nesse tempo certamente não representará apenas o Egito, mas um bloco de nações norte-africanas) e o rei do Norte lutarão por algum tempo contra o Anticristo. Israel será a seguir invadido pelo reino do Norte (v. 41). O Egito também não escapará da sua invasão (v. 42). Certamente uma das razões para isso é o acordo de paz já hoje existente entre o Egito e Israel. Edom, Moabe e Amom serão poupados (v. 41), para que mais tarde o remanescente de Israel para aí escape na sua fuga durante a investida arrasadora do Anticristo contra os judeus (Mt 24.20; Is 16.1-5; Ez 20.35-38; Os 2.14; Ap 12.6,13,14). Esses antigos países bíblicos fazem hoje parte da Jordânia.
Nos versículos 40-45 o sujeito gramatical que motiva todos os eventos aí descritos é certamente o "rei do Norte" do versículo 40. No texto original esses versículos formam novo parágrafo. Esse reino nos tempos do Anticristo não será mais a Síria dos versículos anteriores do presente capítulo, mas um bloco de nações situadas ao extremo norte de Israel, encabeçadas pela Rússia, e chamadas na profecia, de Gogue e Magogue (Ez 38.15).
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
 
3. Precisão profética.
Dn 11.45 "... as tendas do seu palácio...” Cremos que o objetivo do Anticristo, ao armar sua tenda entre o mar Mediterrâneo e a cidade de Jerusalém, é alcançar o monte Moriá, ou seja a área do templo, para estabelecer nele um culto à sua própria pessoa e seu primeiro ato, após a conquista do lugar santo, é “se assentar como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS” (2 Ts 2.4).
“Mas virá o seu fim”. Finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... o ferro, o barro, o cobre, a prata, e o ouro ,serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio. (Ver Dn 2.34, 35; 8.25; 9.27; 11.45; Mt 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20). Todos sabemos que este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. CRISTO (a grande pedra) como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua, nem em seu peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Greco- macedônio), nem nas suas pernas (Império-Romano) compreendendo de 754 a. C. a 455 d. C.). Todos sabemos que, quando JESUS veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de CRISTO (Ap 19.11-21).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 226.
 
 
ASPECTOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Nos primeiros três anos e meio, seguindo uma sequência que inclui os capítulos 38 e 39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos, primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-se do caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas. Esta invasão de Israel está assim profetizada: Tu, pois, ó filho do homem, profetiza contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. Far-te-ei virar, e te porei seis anzóis, e te farei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel (Ezequiel 39:1-2).
Em seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o Senhor: “Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 39:6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armas nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser continentes desconhecidos do profeta.
Finalmente, o caos mundial e o gênio da besta. A Bíblia descreve a pessoa do anticristo como sendo um homem muito inteligente:
Estando eu observando os chifres, vi que entre eles subiu outro chifre pequeno; e três dos primeiros chifres foram arrancados diante dele. Neste chifre havia olhos como os olhos de homem, e uma boca que falava com vanglória (Daniel 7.8).
“Olhos de homem” significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa uma tremenda capacidade oratória.
Embora todo o período de tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três anos e meio. Eis as passagens bíblicas:
Daniel 7:25: Proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e as leis. Eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Apocalipse 11:2: Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
Apocalipse 12:6,14: A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
Apocalipse 13:5: Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.
O anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador (Daniel 9.27).
Esta aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá chegado o tempo de DEUS tratar de novo com eles como o fazia durante a vigência da lei.
A voz do arcanjo relacionada com o arrebatamento da Igreja é um sinal para os israelitas. Diz a Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressurgirão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16). Leia estas outras passagens: Judas 9; Daniel 10:13,21; Daniel 12:1; Apocalipse 12:7.
DEUS nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em 1 Reis 19:14,18: Respondeu ele: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos. Os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também... Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.
Abraão de Almeida. Manual de Profecia Bíblica. Editora CPAD. 147-150.
 
 
 
AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO - BEP - CPAD.
Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira.
(a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades (2.9-12).
(b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.

A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o poder do Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra por mil anos (20.1-6) - Depois disso Satanás será solto e ainda reunirá um exército para lutar contra CRISTO que os vencerá e será então realizado o juízo sobre Satanás e seus seguidores no Grande Trono Branco, onde todos os que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida serão lançados no lago de fogo e enxofre. Nós, os salvos, estaremos para sempre com o Senhor, Nova Jerusalém.
Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD
 
 
 
LIÇÃO 10, O GOVERNO DO ANTICRISTO - Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à Igreja”. Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
  
 
TEXTO ÁUREO 
"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se tem feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora" (1 Jo 2.18). 
 
VERDADE PRÁTICA 
O espírito do Anticristo já opera no mundo. Portanto, combatamo-lo com a Palavra de DEUS e com a divulgação do Evangelho de CRISTO até aos confins da terra.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 13.1-9 
1 E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia. 2 E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.3 E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. 4 E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? 5 E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. 6 E abriu a boca em blasfêmias contra DEUS, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. 7 E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação. 8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. 9 Se alguém tem ouvidos, ouça.
(BEP - CPAD)
 
Os pronomes pessoais indicam um rei, mais do que um reino. Isso significa que o carisma de Alexandre (Império grego), a astúcia de Ciro (Império medo-persa) e a crueldade de Nabucodonosor (império babilônico) estão presentes nesse rei. E o principal, ele empunha todo o poder e autoridade de Satanás, até mesmo se assentando no trono de Satanás.
 
 
13.1 VI SUBIR DO MAR UMA BESTA. O capítulo 13 descreve o conflito entre o anticristo e DEUS e também o seu povo durante a tribulação. A besta que sobe do mar é o último grande governo mundial da história, e consiste em dez reinos sob o controle do anticristo (ver 17.12; Dn 2.40-45; 7.24,25; 11.36-45). O mar representa muitas nações (cf. 17.15). Satanás concede seu poder a esse governo e o usa contra DEUS e contra seu povo (v. 2). Ver 17.8-11, para a explicação dada pelo anjo a respeito da besta.
13.2 BESTA... SEMELHANTE AO LEOPARDO. A besta do versículo 2 é a mesma besta do versículo 1, que representa não somente o reino gentílico mundial dos tempos do fim, mas também o rei daquele reino. Esta besta é uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o domínio político e religioso do mundo daqueles tempos (ver 17.13; Dn 7.4-6; 8.25; 9.27). É chamado o "homem do pecado", em 2 Ts 2.3,4 e o "anticristo", em 1 Jo 2.18 ("anti" quer dizer "em lugar de"; assim sendo, o anticristo afirmará ser o CRISTO verdadeiro, o Messias verdadeiro, Mt 24.24,25; 2 Ts 2.3,4). Ele fará uma aliança com a nação de Israel (Dn 9.27; ver o estudo 
O PERÍODO DO ANTICRISTO)
13.3 FERIDA DE MORTE. Aparecerá ao mundo que o anticristo foi mortalmente ferido e depois revificado pelo poder miraculoso de Satanás (vv. 2,14; cf. 2 Ts 2.9; ver Ap 17.8). Conclui-se que DEUS permitirá a Satanás, nesta ocasião, imitar o poder de CRISTO, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana (cf. 2 Ts 2.9,10).
13.7 FAZER GUERRA AOS SANTOS. Durante a tribulação, o povo terá de escolher entre a nova, popular e fácil religião, ou crer em CRISTO e permanecer fiel.
(1) Quem permanecer fiel a DEUS e à sua Palavra será perseguido e talvez morto (ver 6.9; 7.9).
(2) Satanás vencê-los-á, não no sentido de destruir a sua fé, mas causando a morte de muitos (6.9-11). Durante "quarenta e dois meses" o anticristo perseguirá os santos (v. 5).
13.8 ADORARAM-NA TODOS. O anticristo se apresentará como se fosse DEUS com poder sobrenatural demoníaco (2 Ts 2.4,9). Isso levará o povo a adorá-lo. A religião do anticristo ensina a divinização da humanidade como está divulgando a Nova Era (Gn 3.5). Ao invés da verdade de que em CRISTO DEUS se tornou homem (Jo 1.14), o Anticristo propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de DEUS (2 Ts 2.4). Atualmente, a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final dessa doutrina.
13.8 CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. A morte redentora de CRISTO, pela salvação da humanidade, foi determinada por DEUS desde o início da criação do mundo (ver 17.8; Gn 3.15; 1 Pe 1.18-20).
 
 
 
O PERÍODO DO ANTICRISTO (BEP - CPAD)
2Ts 2.3,4 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.”

Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18); aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra CRISTO e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor JESUS CRISTO estabelecerá o seu reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).

SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO. Diferente do arrebatamento da igreja, a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra: (1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se (2.7); (2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora, resiste”, deve ser afastado (2.7).
(1) O “mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro (ver 2.7), aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do predomínio da iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no NT (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7; ver Ap 2.7). Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do ESPÍRITO até ser arrebatada (ver Ef 6.11).
(2) Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica. (a) Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.(b) Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a DEUS e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade). (ii) A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com CRISTO e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de DEUS (Is 29.13; Mt 23.25-28). Muitas igrejas permitirão quase tudo  para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 4.3). (c) Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de DEUS é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra DEUS e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9). (d) O triunfo final do reino de DEUS e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de DEUS, quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver  2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1; 2Pe 3.10-13; Jd).
(3) Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2.6,7).
(a) O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao ESPÍRITO SANTO, pois somente Ele tem poder de deter a iniquidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra “ESPÍRITO” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (ver Gn 6.3; Jo 16.8; Rm 8.13; ver Gl 5.17, sobre a obra do ESPÍRITO SANTO a restringir o pecado). (b) No começo dos sete anos de tribulação, o ESPÍRITO SANTO será “afastado” (v. 7). Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O ESPÍRITO SANTO, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a CRISTO e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).(c) Retirando-se o ESPÍRITO SANTO, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno (2.3,4). DEUS então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os que se recusam a amar a verdade de DEUS (ver 2.11); os tais aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação jamais vista.(d) A ação do ESPÍRITO SANTO restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte através da igreja, que é o templo do ESPÍRITO SANTO (1Co 3.16; 6.19). Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do ESPÍRITO SANTO é uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a volta de CRISTO, para levar a igreja e livrá-la da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado”.(e) Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6 (no gênero neutro) refere-se ao ESPÍRITO SANTO e seu ministério de conter a iniquidade, ao passo que em 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a CRISTO e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).

AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO. Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém (ver o estudo
 A GRANDE TRIBULAÇÃO), proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12; ver também o estudo 
A GRANDE TRIBULAÇÃO).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades (2.9-12). (b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.

A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).
 
A GRANDE TRIBULAÇÃO (BEP - CPAD)
Mt 24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.”
Começando com 24.15, JESUS trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de CRISTO à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de CRISTO à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27; 1Jo 2.18; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de DEUS, declarando ser ele mesmo DEUS (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15). Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
(2) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que CRISTO voltará à terra (ver 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).
Por causa da grande expectativa da volta de CRISTO (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que CRISTO já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) JESUS admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS (ver 7.22; Gl 1.9; ver o estudo 
O PERÍODO DO ANTICRISTO).(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1). DEUS permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro (ver 1Tm 4.16; Tg 1.21).
(3) Quem entre o povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10). (2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21). (3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7). (4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). (5) Os fiéis da igreja de CRISTO recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10). (6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em JESUS CRISTO e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7). (7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a DEUS (Ap 12.17; 13.15). (8) Será um tempo de ira de DEUS e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17). (9) A declaração de JESUS de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída. (10) A grande tribulação terminará quando vier JESUS CRISTO em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21). (11) Não devemos confundir essa fase da vinda de JESUS, no fim da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver notas sobre estes versículos, que tratam da vinda de JESUS, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação. (12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6–18.
 
 
6º Agente: A 1ª Besta (Apocalipse - Versículo por Versículo Autor: Severino Pedro da Silva Editora: CPAD Ano: 2002)
 
1. “E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia”. 
I. “...Uma Besta”. A palavra para “besta” neste capítulo não é a mesma usada no capítulo 4.6 e ss: (“zoon, o que vive”), mas, a palavra grega “therion”, que significa “uma fera”. Ela era usada na literatura grega e helenista para indicar animais “perigosos”. Usava-se também para indicar seres animalescos, de natureza sobrenatural, ou indivíduo de natureza bestial. No presente texto, João usa a palavra para descrever a “figura sombria do Anticristo”. Esta Besta será uma pessoa e não apenas uma personificação do mal, ela é chamada de “Besta”, porque do ponto de vista divino de observação é o que ela é. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela” (13.4; 17.11; 19.20). “Em inglês, o pronome é “he”, usado somente para pessoas. Deve-se ter isto em mente para compreensão do significado do pensamento, pois em português, “ela” é usado tanto para pessoas animais ou coisas”.
1. Ele será o monstro mais hediondo que o mundo já conheceu; somos forçados a crer que ele tenha duas nacionalidades: uma romana e a outra judia. Sobre a primeira (Dn 2.44; 7.7 e ss; 8.9 e ss; 9.27; Ap 13.1 e ss); sobre a segunda (Dn 11.37, 38, 45; Mt 24.15; Mc 13.14; Jo 5.43; 2Ts 2.4; 1Jo 2.18; 2Jo v.7). Em figura de retórica ver At 22.28. Sobre sua raça ver Ez 21.25-27; 28.2 e ss; Dn 8.23-25; 9.27; Mt 12.43-45. Semelhantemente, ele exercerá suas atividades em duas capitais: (Roma – centro político) e (Jerusalém – centro religioso). Os rabinos judaicos ensinam que ele será da tribo de Dã: “Dã será (no futuro) serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda” (Gn 30.6; 49.17). Os místicos contemporâneos dizem que o Anticristo nasceu a 5 de fevereiro de 1962, na Palestina; foi para um dos países árabes. Atualmente se encontra em silêncio em Jerusalém. Não sabemos se isso é real, ou fictício, mas será uma coincidência curiosa que adicionando os números da data desse ano, temos 1 + 9 + 6 + 2 = 18, ou seja, três x6 ou 666. Não devemos duvidar se há ou não nisso significação especial, pois a Bíblia afirma que “...já o mistério da injustiça opera” (2Ts 2.7). “...ouvistes que vem o Anticristo... por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18).
2. “Em João (1 Epístola 2.18, 22 e 2 João v.7), fala do “Anticristo e de muitos anticristos”. O “Anticristo” (1Jo 2.18), a pessoa, deve ser discriminada dos “muitos anticristos” e do “espírito do Anticristo” (1Jo 4.3); o que caracteriza todos eles é a negação da encarnação do Verbo (a palavra), o Filho Eterno, JESUS, como o CRISTO (Mt 1.16; Jo 1.1), os “muitos anticristo” precedem e preparam o caminho para o Anticristo, que é a Besta que “subiu do mar”, ele será o último chefe político, como o falso profeta (a segunda Besta) de Ap 13.11 e ss; 16.13; 19.20 e 20.10, será o último chefe religioso. O termo exato, “anticristo”, limita-se, no Novo testamento, à primeira e à segunda Epístolas de João; mas o conceito é perfeitamente comum. Esse termo é usado no singular ou plural, nas passagens (1Jo 2.18, 22; 4.3 e 2Jo v.7). Seu nome demonstra que ele será a antítese do verdadeiro CRISTO: JESUS é o Justo, ele será o iníquo; JESUS, ao entrar no mundo disse: “Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está escrito que ele fará conforme a sua vontade (Dn 11.36). O Senhor JESUS é o Filho de DEUS, ele será “o filho da perdição” (2Ts 2.3); seu governo será segundo a eficácia (energia, ou operação interna) de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira...”.
 
2. “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”. 
I. “...a besta que vi era semelhante...”. A pessoa aqui citada compreende também seu reino ou governo. O apóstolo João contempla agora esta grande visão, cerca de 651 anos da visão de Daniel 7. (Em Daniel 7 a ordem é inversa). Daniel olha para o futuro dos séculos e vê (Leão, Urso, Leopardo e Fera Terrível), João olha para o passado e vê (Besta, Leopardo, Urso e Leão). “O Anticristo sumariará todo o brilho da Grécia, todo o poder maciço e passado da Pérsia, todo o domínio absoluto real e autocrático da Babilônia que os gentios já conheceram”. Essa Besta combina características das primeiras três feras de Dn 7.2 e ss. A força e a brutalidade do império babilônico, medo e persa aparecem também no império romano. A vigilância felina do leopardo, o poder lento esmagador do urso e o rugido do leão, que eram características familiares para os pastores da Palestina.
 
3. “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”. 
I. “...uma de suas cabeças (“como”) ferida de morte”. Aqui João vê como fato consumado uma forma revivificada do império romano, que desapareceu há séculos. Essa ferida mortal ou como diz o grego “ferida até a morte”, foi feita quando Odoacro, rei dos hérulos, apoderou-se de Roma, terminando assim o império. Nos dias atuais Roma existe, mas não o império. Durante o governo sombrio do “homem do pecado”, sua primeira grande maravilha será “curar” (através do poder do dragão) essa monarquia. Três vezes neste capítulo é referido esta “cura” (restauração) e de todas elas como significação especial (vs. 3, 12, 14).
1. O Novo Testamento ensina que temos um adversário espiritual em atividade neste mundo, a saber, Satanás. Ele dará todo o seu poder ao Anticristo, o filho da perdição (13.2); ele maravilhará o mundo com suas “mágicas” em vários aspectos:
(a) O leopardo representa o reino da Grécia e da Macedônia (Dn 7.6); rápido, veloz, conquistador e incansável. O Anticristo terá essas qualidades em grau supremo:
(b) Os pés de urso representam a Média e a Pérsia (Dn 7.5); dando as idéias de força, estabilidade e consolidação. As Escrituras falam de seus (“PÉS”) em várias conexões (Dn 2.33, 34, 41, 42; 7.7, 19, 23; 8.10, 13). Outras expressões com o mesmo sentido, são usadas no Novo Testamento, tais como: “pisada” (Lc 21.24); “pisarão” (Ap 11.2). Observe novamente a expressão (“SEUS PÉS”) nesta secção (13.2). Até o “MAPA GEOGRÁFICO” deste império é a “figura de um pé!”. O Anticristo também incorporará esses aspectos em seu poder:
(c) A boca de Leoa representa a monarquia do império da Babilônia (Dn 7.4); subentendendo ruína ameaçadora rugido de blasfêmia, perseguição e matança. O Anticristo será o possuidor supremo dessas qualidades:
(d) A Besta ou fera terrível (Dn 7.7); representa Roma imperial. Terrível, e espantosa e muito forte. O Anticristo será tudo isso e mais ainda; pois o “dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.
 
4. “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?”. 
I. “...e adoraram a besta”. A autoridade da Besta e geograficamente extensa, é mundial: sobre cada tribo, povo, língua e nação. A exemplo dos antigos Césares, ela exigirá adoração universal. Há um pormenor a salientar no versículo 12 deste capítulo. Enquanto nos versículos 4 e 8 a adoração é aparentemente voluntária e espontânea, embora interesseira, no versículo doze parece haver intenção de coagir: observe bem a frase “faz com que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”. Isso não é de admirar, pois além das força invisíveis do mal: o dragão lhe deu “o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”, mas quatro coisas o ajudarão na sua popularidade: o número, a imagem, o nome e o sinal (13.17; 15.2). “O que significa tudo isso, no momento, é impossível dizer com certeza, onde estão estampados, as Escrituras claramente indicam”.
 
5. “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses”. 
I. “...foi-lhe dada uma boca”. O presente versículo encontra seu paralelo, na passagem de (Dn 7.8), onde lemos: “Estando eu considerando as pontas, eis que dentre elas subiu outra ponta pequena (o Anticristo), diante da qual três das pontas primeiras forma arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como de homens e uma boca que falava grandiosamente”. Isso é dito porque, conforme já vimos, esse homem, apesar de possuir naturalmente grande inteligência e autoridade, não poderá ser explicado somente sobre bases humanas. Por seis vezes (número do homem) é dito que esse poder “lhe foi dado” (13.2, 5, 7, 14, 15). Esse poder será limitado pelo tempo, mas mesmo assim, durará “quarenta e dois meses”. Esta expressão e outras similares são termos técnicos freqüentemente empregados para descrever o período sombrio chamado de Grande Tribulação. Emprega-se também a frase “um tempo, tempos, e metade de um tempo” (Ap 12.14), como sendo igual a 42 meses e 1.260 dias (11.2, 3; 12.6, 14; 13.5). Expressões estas que denotam o período durante o qual a Cidade Santa foi calcada aos pés dos gentios, e as duas testemunhas profetizaram, a mulher esteve no deserto, e a Besta que subiu do mar ocupou o trono que herdou do dragão vermelho.
 
6. “E abriu a sua boca em blasfêmia contra DEUS, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu”. 
I. “...abriu a sua boca em blasfêmias”. O Anticristo blasfemará os “poderes do mundo superior”, ridicularizando sua própria existência. Apresentará suas próprias explicações acerca de todos os problemas difíceis do universo, e conseguirá enganar a maioria dos homens com seu aparente poder messiânico.
1. O tabernáculo de Jerusalém foi alvo das blasfêmias de Antíoco IV Epifânio. O tabernáculo dos céus será objeto das blasfêmias do Anticristo, durante seu período de existência na terra. durante sua vida terrena, o Filho de DEUS foi alvo cerrado das grandes blasfêmias dos rebeldes fariseus. Eles chegaram até blasfemar do infinito ESPÍRITO de DEUS, e assim ultrapassaram todos” os limites da Redenção” (Mt 12.31, 32). Os súditos da Besta, porém, blasfemarão não só da pessoa de DEUS, mas do seu nome, do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
 
7. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”. 
I. “...foi-lhe permitido fazer guerra aos santos”. O versículo em foco, tem sua base literária nas palavras de Daniel (7.21), aludindo ao poder que Antíoco IV Epifânio teve de ferir e derrotar a nação de Israel. (Ver também nota expositivas em Ap 11.7, onde são usadas palavras similares, acerca da morte das duas testemunhas). Historicamente, conforme o vidente João encarava a questão, o Anticristo será a culminação desse poder satânico vindo do mundo exterior. Quando surgir no grande cenário mundial, o mundo inteiro sofrerá suas perseguições atrozes, e não apenas a Igreja (não a da graça) composta pelos mártires e assinalados durante a Grande Tribulação. Os santos serão vencidos, não no sentido espiritual, pois neste sentido serão “mais do que vencedores” (Rm 8.37), mas, sim, no sentido físico. Alguns deles morrerão à míngua, porquanto não poderão adquirir alimentos, medicamentos e outros meios de subsistência, já que não prestaram lealdade a Besta
8. “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”. 
I. “...o livro da vida do Cordeiro”. O presente texto, faz referência ao “livro da vida”. Encontramos de novo a mesma idéia e expressão, em 21.27, sendo ali o mesmo significado do pensamento que temos aqui. “Naquela passagem, somente os que têm sue nomes registrados naquele livro terão a permissão de entrar na Nova Jerusalém. Portanto, essa referência pode ser presente ou escatológica, e a questão da vida eterna está envolvida no quadro”.
1. Desde a fundação do mundo. Essa expressão se acha fora do Apocalipse por seis vezes: (Mt 13.35; 25.34; Lc 11.50; Hb 4.3; 9.26; 1Pd 1.20). No Apocalipse, fora das duas passagens já mencionadas, ver 17.8. A expressão nos leva a entender que o nome de alguém é registrado no “Livro da Vida” devido à expiação de CRISTO. (Ver notas expositivas sobre isso, em Ap 3.5).
 
9. “Se alguém tem ouvidos, ouça”. 
I. “...se alguém tem ouvidos, ouça!”. Esta expressão “...se alguém tem ouvidos, ouça” ou “...quem tem ouvidos, ouça”, é frequentemente usada nos Evangelhos; ela é peculiar e exclusiva aos lábios do Senhor JESUS (cf. Mt 13.9, 43; Mc 4.9). Ela também aparece em Ap 2.7, 11, 29 e 3.13, 22, nas quais são acrescentadas as palavras: ‘...o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. Fora do Apocalipse achamo-la em Mt 13.9, 43, dentro das “parábolas do reino”. (Cf. também Mc 4.9, 23; 7.16; Lc 8.8; 14.35). Tal expressão chama a nossa atenção para a necessidade de darmos ouvidos à mensagem proferida e de agirmos de acordo com ela. O ouvir a palavra de DEUS traz ao homem grande segurança contra o pecado “que tão de perto” o rodeia.
 
 
 
A TRÍADE MALIGNA
O Dragão
O Anticristo
O Falso Profeta
“Um gigantesco dragão
de muitas cabeças e
muitos chifres. Este
dragão é identificado,
no versículo 10 [Cap.
12], como Satanás. Assim
como o cavalo vermelho,
em 6.3, significa
sangue e morte, também
o vermelho deste
dragão é uma referência
ao fato de Satanás ser
um assassino desde o
princípio (Jo 8.44)”
“Apesar de João não usar
o nome ‘Anticristo’, o
grego anti primariamente
significa ‘em vez de’. Ele
buscará ser o substituto
daquele que foi DEUS
ungido. Noutras palavras
o Anticristo não admitirá
ser o Anticristo. Clamará
ser o CRISTO real, o fidedigno
cumprimento das
profecias que apontam
para o rei que está vindo
para implantar o seu
reino” (Horton, p.172).
“[...] O Falso profeta
estará a frente da igreja
apóstata durante a
primeira parte da Grande
Tribulação (os verdadeiros
crentes já terão sido arrebatados
para o encontro
com o Senhor JESUS nos
ares ). Assim, o Falso Profeta
tornar-se-á o líder do
sistema religioso mundial
que o Anticristo estabelecerá
na última parte
da Grande tribulação [...]”(Horton, p.181).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIÇÃO 11, O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL - Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à Igreja”. Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
 
 
TEXTO ÁUREO
"[...] Temei a DEUS e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas"  (Ap 14.7).
 
VERDADE PRÁTICA
Apesar de sua influência e poder, o Anticristo não poderá calar a verdade do Evangelho - a Palavra de DEUS é para sempre.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Apocalipse 14.1-7
1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai. 2 E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua harpa. 3 E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. 4 Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para DEUS e para o Cordeiro. 5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de DEUS. 6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, 7 dizendo com grande voz: Temei a DEUS e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
 
 
 
14.1 CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL. Os capítulos 14 e 15 introduzem os julgamentos dos capítulos 16?18 e revelam a recompensa reservada aos que perseveram na fé em JESUS (v. 12; 15.2-4). O capítulo 14 começa descrevendo uma cena de 144.000 crentes proeminentes que aparecem no céu perto do Cordeiro. Certamente representam os mais consagrados e fiéis do povo de DEUS de todos os tempos que desfrutam de graça e posição especiais no céu. A cifra 144.000 não significa que o número deles é restrito a esse total. Qualquer crente pode passar a pertencer a esse grupo mediante a fé, o amor e o serviço devotado a DEUS.
14.4 NÃO ESTÃO CONTAMINADOS COM MULHERES. Esta expressão tem sentido espiritual. Os 144.000 permaneceram puros, recusando-se a se conformar com o sistema mundial ímpio, ou a pertencer à igreja apóstata dos últimos dias (ver 17.1). Note o caráter dos que estarão perto de CRISTO no céu.
(1) Estão separados do mundo e da igreja apóstata (v. 4).
(2) Seguem a CRISTO (cf. Mc 8.34; Jo 14.21).
(3) Dedicam-se a DEUS e a CRISTO (v. 4).
(4) Não falam mentira (v. 5; cf. 21.27-22.15).
(5) São moralmente inculpáveis (SANTIFICAÇÃO)
14.6 O EVANGELHO ETERNO. Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de CRISTO será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a DEUS, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao anticristo (vv. 7,9).
 
 
Apocalipse - Versículo por Versículo Autor: Severino Pedro da Silva Editora: CPAD Ano: 2002
 
1. “E OLHEI, e eis que estava o cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele centro e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu Pai”. 
I. “...o Cordeiro sobre o monte de Sião”. “Sião” é mencionado somente uma vez no Apocalipse e é um termo extremamente interessante. Como certo escritor expressou: “Das 110 vezes que Sião é mencionado, 90 são em termos do grande amor e afeição do Senhor por ele, de modo que o lugar tem grande significação. No Novo Testamento, Sião é mencionado nas seguintes passagens: (Mt 21.5; Jo 12.15; Hb 12.22; 1Pd 2.6). “A palavra “Sião” significa “monte ensolarado”. Ainda que a palavra tenha uma ampla aplicação, (incluindo até mesmo o local do templo de Jerusalém, algumas vezes), indica a colina mais oriental das duas sobre as quais Jerusalém foi edificada. O monte Sião também é identificado com a Jerusalém “lá de cima” (Gl 4.26), e com a cidade de DEUS nos céus (Hb 12.22)”. A cidade de Davi era Jerusalém (1Rs 8.1). O templo foi edificado no monte de Moriá; o palácio de Davi, no monte Sião. Portanto, Sião se tornou o lugar escolhido como a sede do reinado de CRISTO durante o Milênio (Is 2.3; Ob v.17).
1. Com ele 144.000. Novamente há aqui uma visão sobre os 144.000 vistos no capítulo sétimo deste livro. durante a Grande Tribulação, esse grupo de assinalados são comparado a “orvalho” ou “chuvisco”, e no Milênio a “leão” (Mq 5.7, 8). O presente texto, parece descrever um quadro do começo do Milênio. No capítulo 12.10, João ouve uma grande voz (“no céu”); nesta secção porém, ele ouve uma voz (“do céu”). Evidentemente, ele não está no céu e, sim na terra. A visão, trata-se, pois, de uma antecipação: o Cordeiro, na sua segunda vinda ou “parousia”, reunindo o grupo já mencionado no capítulo 7.4-8. São eles os 144.000 israelitas selados em suas frontes, preservados vivos, durante a grande Tribulação, agora o Senhor os reúne no monte de Sião. Neste versículo é descrita a natureza do selo: tinham em suas testas o nome do Cordeiro e o de seu Pai.
 
2. “E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas”. 
I. “...como a voz de muitas águas”. A descrição da palavra “voz” que se repete por quatro vezes no texto em foco, é similar à várias outras que aparecem no Apocalipse. A voz é associada ao “trovão”, conforme também se vê no presente versículo. Há quase sessenta ocorrências da “voz”, neste livro, e com certa variedade de discriminações. (Cf. notas expositivas sobre isso em Ap 1.15, p.2). Agora a “voz” assume uma qualidade musical, produzida por instrumentos de cordas. O grande som dos céus se transforma em uma música, e de natureza agradável. Tais simbolismos eram usados para mostrar a “bem-aventurança” daquele que entrar nos céus por meio do martírio; e isso visa também a consolar aqueles que em breve teriam de seres martirizados pelo próprio Anticristo (cf. 6.11). Nos versículos que se seguem, são chamados de “primícias”. Isto é, o nome que se dava à parte das coisas que os israelitas adquiriam para oferecer ao Senhor (Lv 22.12; Nm 5.9; 18.8; 28 e 29). Segundo o Dr. J. Davis, os primeiros frutos colhidos, penhores da futuras messes, pertenciam ao Senhor. Assim também, os 144.000 são as “primícias” dentre os israelitas comprados para DEUS e para o Cordeiro.
 
3. “E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”.
I. “...cantavam um como cântico novo”. O cântico do Senhor, é declarado nas Escrituras como “um novo cântico” (Sl 40.3; 96.1; 149.1) e só pode aprendê-lo aquele que está com seus pés em um lugar firme “como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Sl 125.1). Não devemos nos esquecer de que os 144.000 regozijam-se porque foram “comprados dentre os homens”. Temos a frase dupla “comprados da terra” (um lugar pecaminoso) e “comprados como primícias” (os primeiros). Algumas versões dizem: “comprados” ou “resgatados” em lugar de “redimidos”.
1. A última vez que vimos o Cordeiro ele estava diante do trono, no céu (9.9); aqui ele está na cidade Santa, Sião ou Jerusalém. É possível que devemos entender também que simbolicamente o monte Sião, significa lugar de vitória e libertação. O Salmo 2, promete que o Ungido do Senhor será colocado “...sobre... o monte de Sião”. No Novo Testamento, todavia, Sião se tornou “a cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). Os 144.000 são todos novas criaturas, e por este motivo entoam “um novo cântico” ao Cordeiro que os resgatou.
 
4. “Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para DEUS e para o Cordeiro”. 
I. “...não estão contaminados com mulheres”. A sabedoria divina divide este versículo em quatro partes distintas, como segue:
1. (a) Não estão contaminados. É esta uma das razões que os faz “primícias” à semelhança de CRISTO as primícias dos que dormem (1Co 15.20). Isso não quer dizer (segundo se depreende) que os 144.000 são somente homens (ainda que a expressão “não se contaminaram com mulheres” tenha esse sentido), ou meninos recém-nascidos como tem sido interpretado por alguns eruditos.
(b) São virgens. Devemos compreender isto no sentido espiritual (Mt 25.1 e ss), em contraste com a igreja apóstata (14.8), que espiritualmente era uma “prostituta” (17.1 e ss). Significa que não foram desviados da fidelidade ao Senhor. Conservaram em si mesmos seu amor virginal. 2Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 2.4.
(c) São os que seguem o Cordeiro. Essas palavras estão de acordo com o que lemos em Mc 2.14; 10.21; Lc 9.59; Jo 1.43 e 21.19, que falam sobre as exigências do discipulado cristão e sobre o fato que CRISTO chama alguns para “segui-lo”. As exigências feitas por CRISTO ao discipulado é “renúncia total”, e logo a seguir: “tomar a cruz”. O caráter dos 144.000 demonstra isso muito bem, a seriedade em suas vidas e no seu caráter, os declarou “pioneiros da fé” não fingida durante o sombrio tempo de extrema apostasia.
(d) Como primícias. Isso é dito também acerca de CRISTO, em primeiro Coríntios 15.20, quando Paulo faz uma importante defesa sobre a “ressurreição”. Paulo diz que CRISTO ressuscitou, como o emblema expressivo, da ressurreição da imortalidade. Na qualidade de “colheita”, CRISTO foi o primeiro exemplar. No presente texto, os 144.000 foram também aceitos como os primeiros exemplares a aceitarem o testemunho de CRISTO, e por cuja razão são contados como “primícias”, e “seguidores” do Cordeiro para onde quer que vai.
 
5. “E na sua boca não se achou engano; por que são irrepreensíveis diante do trono de DEUS”. 
I. “...na sua boca não se achou engano”. O leitor deve observar que a expressão contida no texto “...na sua boca não se achou engano” é dita também a respeito de cristo, em 1Pd 2.22. O termo grego, deste texto, diz “anomos”, forma negativa de “momos”, isto é, “mácula”, “culpa”, “censura”, etc. Isso pode ser comparado com 1Pd 1.19, onde CRISTO, na qualidade de Cordeiro de DEUS, aparece “sem mácula”. A dignidade destes 144.000 já se encontrava profetizada nas páginas áureas da Bíblia Sagrada, (cf. Sf 3.13), que diz: “o remanescente de Israel não cometerá iniquidade, nem proferirá mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa”. Os 144.000 serão assim. Eles não “negarão” a CRISTO; não concordarão com a fraude do culto do Anticristo. Eles se manterão puros de toda idolatria e imoralidade. “Serão nazireus completos para DEUS no tocante à sua relação com o mundo”.
 
6. “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. 
I. “...tinha o evangelho eterno”. DEUS nunca se deixou a si mesmo sem testemunho (At 14.17); Ele é o DEUS que “nunca muda” (Ml 3.6), e durante o tempo da Grande Tribulação levantará um grupo de pregadores do “Evangelho do Reino” que com grande poder darão o seu testemunho. Na plenitude dos tempos ele levantou antes da manifestação do Messias prometido a Israel, um João Batista; a pregação de João era precursora, isto é, preparava o caminho da manifestação do Filho de DEUS aos filhos de Israel (Ml 4.5, 6; Mt 3.1 e ss; Jo 1.15 e ss). O mesmo JESUS designou também um grupo de pregadores do “Evangelho do Reino” (Mt 10.5-7). Observe bem a frase: “Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel. E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus”. Após sua morte e ressurreição ele ordenou que se pregasse o “Evangelho da graça de DEUS” a toda criatura “começando por Jerusalém” (Mc 16.15; Lc 24.47). Agora, no presente texto, vimos um elevado poder angelical a pregar “O Evangelho Eterno”.
 
1. O Evangelho pregado nessa época de Angústia é o mesmo Evangelho ensinado por JESUS, porque, como sabemos, não há “outro evangelho” (Gl 1.8). O Evangelho é o mesmo, mas pode ser apresentado na sua multiforme: (a) O EVANGELHO DO REINO; (b) O EVANGELHO DA GRAÇA; (c) O EVANGELHO ETERNO; (d) O QUE PAULO CHAMA DE MEU EVANGELHO. O Dr. C. I. Scofield, define o Evangelho como segue:
 
2. A palavra evangelho, em si significa “boas novas”; por isso o Evangelho é alguma coisa essencialmente diferente de qualquer ensino ou doutrina anterior. Quatro manifestações do Evangelho devem ser anotadas e cada uma delas, com significação especial:
(a) O EVANGELHO DO REINO. Isto é, as boas novas que DEUS propôs estabelecer na terra, em cumprimento do concerto davídico (2Sm 7.16, etc), um reino não político, mas espiritual, judaico, porém, universal, sobre o qual o Filho de DEUS herdeiro de Davi, reinará, e o qual será, por mil anos, a manifestação da justiça de DEUS entre os homens. Duas pregações deste Evangelho são mencionadas nas Escrituras, uma passada, começando com o ministério de João Batista e terminando com a rejeição do seu Rei pelos judeus. A outra. Ainda futura (Mt 24.14), durante a Grande Tribulação, e imediatamente antes da Vinda em glória de CRISTO – O Rei rejeitado:
(b) O EVANGELHO DA GRAÇA DE DEUS. Isto é, “as boas novas” de JESUS CRISTO, o Rei rejeitado, que morreu na cruz pelos pecados do mundo, que ressurgiu para nossa justificação, e que por Ele todos os que crêem são justificados de todas as coisas. Esta manifestação do Evangelho é referida de várias maneiras, como segue: (aa) É o Evangelho “de DEUS”. Rm 1.1, porque se origina no seu amor; (bb) “de CRISTO”. 2Co 10.14, porque dimana do Seu sacrifício e porque ele é o único objeto de fé para salvação; (cc) “da graça de DEUS”. At 20.24, porque salva aquele a quem a lei condena; (dd) “da glória”. 1Tm 1.11, porque diz respeito Àquele que está na glória, e que leva muitos filhos à glória. Hb 2.10; (ee) “da nossa salvação”. Ef 1.13, porque é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê; (ff) “da circuncisão”. Gl 2.7, porque diante do poder deste Evangelho, “não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas CRISTO é tudo em todos”. Cl 3.11; (gg) “da incircuncisão”. Gl 2.7, porque salva inteiramente à parte de forma e ordenanças; (hh) “da paz”. Ef 6.15, porque por CRISTO o Evangelho estabelece paz entre o pecador e DEUS, e dá paz interior também:
(c) O EVANGELHO ETERNO (o do presente texto). Este será pregado logo no fim da Grande Tribulação e imediatamente antes do julgamento das nações descritas em Mt 25.31 a 46. Essas “boas novas”, pregadas pelo “anjo” é universal, e abrange a “toda a criatura”.
(d) O EVANGELHO QUE PAULO PREGAVA. (Ele o chamou de “meu Evangelho”. Rm 2.16). Este é o Evangelho de DEUS no seu mais pleno desenvolvimento, e inclui a revelação do resultado desse Evangelho na chamada da Igreja, e as relaçoes, posições, privilégios e responsabilidades:
(e) HÁ OUTRO EVANGELHO. 2Co 11.4; Gl 1.6. Este é apenas uma falsificação que alguém usa tirando proveito do “Evangelho de CRISTO”. Somos advertidos contra ele, o tal evangelho.
 
7. “Dizendo com grande voz: Temei a DEUS, e daí-lhe glória; porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar e as fontes das águas”. 
I. “...porque vinda é a hora do seu juízo”. O leitor deve observar como a mensagem do Evangelho é progressiva em suas várias manifestações ao mundo, e em qualquer época: - simplesmente “Evangelho” (Mc 1.15). “O Evangelho de CRISTO” (Rm 1.16). “O Evangelho de DEUS”(Rm 1.1). “O Evangelho de JESUS CRISTO” (Mc 1.1). “O Evangelho do Reino” (Mt 4.23). “O Evangelho da graça de DEUS” (At 20.24). “O Evangelho de seu Filho” (Rm 1.9). “O Evangelho da glória de CRISTO” (2Co 4.4). “O Evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13). “O Evangelho da paz” (Ef 6.15). “O Evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO” (2Ts 1.18). “O Evangelho Eterno” como é visto no presente versículo e no anterior. Em todas as formas apresentadas nas notas expositivas do versículo seis e ss, o evangelho é “um só” (Gl 1.6-9). Em qualquer época o Evangelho pode se chamado de “pro tõn aiõnõn”, (desde a eternidade), isto é, “as boas novas da época”, com este sentido, o termo se acha mais de 25 vezes em o Novo Testamento. Este Evangelho é eterno no plano de DEUS, desde a fundação do mundo.
1. Temei a DEUS. Este termo em (Ec 12.13), é abrangente a todos os homens. Essa expressão é judaica, e ocorre inúmeras vezes tanto no Antigo como no Novo Testamento. É evidente que esse Evangelho é uma “boa novas” tanto para Israel, como para todas as nações, como mensagem precursora para o Reino Milenial (cf. Mt 3.2, 3).
 
 
II. O JUÍZO É ANUNCIADO AOS MORADORES DA TERRA - V. 6-7
1. Os moradores da terra são exortados a temerem a DEUS e darem glória a ele -v. 6-7
• O capítulo 13 encerra com uma nota triste. A pergunta que ecoa em todo mundo é: "Quem é como a besta, quem pode pelejar contra ela?" (13:4). Somos informados que a besta tinha autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação (13:7). Mas, agora, o anjo proclama as boas novas de alguém mais forte, o Todo poderoso DEUS. Ele sim, deve ser temido. A ele sim, deve ser dada toda a glória.
• Enquanto durar o tempo os homens têm a oportunidade de se arrependerem e de se voltarem para DEUS.
• Somente DEUS é digno de ser adorado (14:7), porque ele é o DEUS criador. Ele é a origem de todas as coisas.
 
2. Os moradores da terra são alertados sobre a chegada do juízo — v. 7
• Antes do juízo, DEUS alerta, avisa, e conclama ao arrependimento. As trombetas do juízo sempre visaram levar o homem ao arrependimento (9:20-21; 16:8).
• Os ímpios vivem como se o juízo jamais fosse chegar (2 Pe 3:4). Eles vivem desapercebidamente (Mt 24:37-39).
• Mas agora, o juízo é chegado: é a hora da queda da Babilônia (v. 8), da ira de DEUS (v. 10), do lago do fogo (v. 11), a hora da foice, da lagaragem (v. 16,19,20), portanto nenhuma hora de misericórdia.
 
  
 
 
144 mil selados
As duas Testemunhas
O Evangelho eterno
"Tem havido muita controvérsia acerca desses santos. A bíblia fala de serem os mesmos 144.000 saídos das 12 tribos de Israel, 12.000 de cada tribo, conforme nos mostra o capítulo sete. Seja como for, podemos ter certeza de que JESUS conhece os que lhe pertencem" (Horton, p.198).
Pregarão o mesmo evangelho que JESUS pregou - O evangelho do Reino - A maneira de transmissão deste evangelho é diferente do da graça e também do eterno, pois durante a Grande Tribulação só será salvo alguém que estiver disposto a ser degolado por não aceitar a marca da besta. Difere da maneira de pregar o evangelho da graça, pois não apresenta a salvação sem merecimento e também apresenta a próxima etapa da vida humana sobre a Terra com o próprio CRISTO reinando por mil anos sobre a Terra.
"Tem havido muita especulação a respeito de quem são estas duas testemunhas. Alguns interpretam como duas comunidades, ou dois grupos de pessoas. Contudo, a descrição é específica. Tratam-se realmente de duas pessoas. [...] As duas testemunhas de Apocalipse 11.3 são descritas como castiçais que estão diante do DEUS da terra; isto é, diante do DEUS verdadeiro. Estão constantemente em sua presença. Quando profetizam espargem a luz que vem de DEUS [...]" (Horton, p. 154). Mais prováveis são Moisés e Elias que já estiveram na Terra, no Monte da transfiguração e os sinais que fizeram no passado são os mesmos apresentados por essas duas testemunhas, mas também pode ser duas pessoas no espírito de Moisés e Elias como foi João batista no espírito de Elias (na mesma unção do ESPÍRITO SANTO).
Pregarão o mesmo evangelho que JESUS pregou - O evangelho do Reino - A maneira de transmissão deste evangelho é diferente do da graça e também do eterno, pois durante a Grande Tribulação só será salvo alguém que estiver disposto a ser degolado por não aceitar a marca da besta. Difere da maneira de pregar o evangelho da graça, pois não apresenta a salvação sem merecimento e também apresenta a próxima etapa da vida humana sobre a Terra com o próprio CRISTO reinando por mil anos sobre a Terra. É uma preparação para o milênio, assim como João Batista foi o precursor de CRISTO. Somente estas testemunhas terão o ESPÍRITO SANTO na Terra.
"O evangelho eterno é o mesmo proclamado pelos apóstolos e registrado no Novo Testamento. Não há outro evangelho, como bem acentuou Paulo: 'Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que temos pregado, seja anátema' (Gl 1.18). Mesmo em meio a Grande Tribulação, DEUS tudo faz para trazer os pecadores ao arrependimento. A mensagem do evangelho é sempre redentora; convida o povo a reconhecer o amor, a soberania e a santidade de DEUS" (Horton, p.202).
A maneira de transmissão deste evangelho é diferente, pois após a Grande Tribulação e o Milênio só restará a eternidade com DEUS, na Nova Terra e na Nova Jerusalém ou sem DEUS, no Lago de fogo e de Enxofre. Difere da maneira de pregar o evangelho da graça, pois não apresenta a salvação através de um salvador ausente, mas presente governando durante mil anos.
  
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"O Ministério [Das Duas Testemunhas]
O ministério destas duas testemunhas incluirá pregação, profecias e realização de milagres. Elas chamarão as pessoas ao arrependimento, predirão eventos futuros e anunciarão que é chegado o reino. Como Zorobabel e Josué, que procuraram restaurar Israel à sua terra, as duas testemunhas encorajarão a fidelidade a DEUS, independentemente das circunstâncias individuais.
Apocalipse 11.4 descreve as testemunhas como 'as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do DEUS da terra'. Este versículo é uma alusão a Zacarias 4.3, 11, 14, em que Zorobabel e Josué, o sumo sacerdote, líderes de Israel na época de Zacarias, são retratados como um castiçal, ou luz para Israel. O seu combustível é o azeite de oliva, que representa o poder do ESPÍRITO SANTO. Assim também, nos últimos dias, as duas testemunhas se levantarão pelo poder de DEUS e trabalharão em seu cargo profético.
DEUS protegerá as duas testemunhas daqueles que tentarem causar-lhes mal antes que a sua missão esteja concluída. Apocalipse 11.5-6 registra os poderes milagrosos dados a estas testemunhas e declara que se alguém lhes quiser fazer mal, será destruído pelo fogo. [...] De maneira similar, os idólatras e inimigos de Moisés foram destruídos pelo fogo (Nm 16.35)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.157).
 
 
 
SUBSÍDIOS DA CPAD - LIÇÃO 11 - 1 TRIMESTRE DE 2020
PARA REFLETIR - A respeito de “O Homem do Pecado”, responda:
Quem é o Homem do Pecado? O Anticristo.
Que nomes o Homem do Pecado recebe? A besta que sobe da terra (Ap 13.1), o príncipe que há de vir (Dn 9.26) e aquele aparece mentindo e enganando os incautos (Jo 5.43)
Por que o Homem do Pecado é chamado de Anticristo? Porque o Anticristo opõe-se a CRISTO, como se ele (o Anticristo) fosse o verdadeiro messias e salvador do mundo (Mt 24.5,23,24).
Qual é a missão do Homem do Pecado? Porque o Anticristo opõe-se a CRISTO, como se ele (o Anticristo) fosse o verdadeiro messias e salvador do mundo (Mt 24.5,23,24).
Qual é o destino final do Homem do Pecado? Ser lançado no lago de fogo.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O principal título do homem do pecado é “anticristo”, ele aparecerá como “ungido” do Diabo.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A missão do homem do pecado passa pela oposição a DEUS, a Israel, a JESUS CRISTO, à Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O império do anticristo fará com ele domine a economia e a religiosidade humana, mas será destruído pela ira do Cordeiro de DEUS.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO TOP1
Inicie a aula desta semana desafiando os alunos a identificarem a origem do Anticristo, os títulos que a Bíblia lhe dá e sua natureza. Esse momento é importante para verificar a perspectiva dos alunos quanto a este personagem tão enigmático da Bíblia. Após observar as reações deles quanto a identificação do Anticristo, exponha integralmente este tópico, alertando-os de que não cabe a nós cunhar a identidade do Anticristo em pessoas históricas. Infelizmente, crentes sinceros já cometeram equívocos em identificarem o Anticristo com líderes políticos e religiosos do passado e do presente. Fazer esses tipos de acusações depõe contra a seriedade do assunto bíblico. O Anticristo será um ser histórico, e literal, mas a nós não cabe o anseio de identificá-lo. Afinal de contas, a nossa esperança é não vê-lo, mas ver a CRISTO por ocasião do arrebatamento da Igreja.
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“O apóstolo Paulo tinha de lidar com falsos mestres que diziam que o Dia do Senhor já tinha chegado (2 Ts 2.2 - NVI). Os tessalonicenses tornaram-se inquietos e alarmados porque esses mestres, segundo parece, negavam a volta literal do Senhor e ‘nossa reunião com ele’ no arrebatamento (2.1). Obviamente, já não se encorajavam uns aos outros de maneira que Paulo lhe ordenara (1 Ts 4.18; 5.11). Por isso, Paulo explicou que aquele dia não viria ‘sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição’ (2 Ts 2.3). Isto é: essa apostasia e a revelação do Anticristo seriam as primeiras coisas a acontecerem no Dia do Senhor. Assim não aconteceria enquanto ‘o mistério da injustiça’ estivesse refreado (2 Ts 2.7). Posto que tais coisas ainda não era chegado, e ainda podiam eles encorajar-se uns aos outros com a esperança certa de serem arrebatados para encontrar-se com o Senhor nos ares” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.636).
 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“Esse número é identificado como 666 [o nome da besta, ou o número do seu nome], número este que tem dado origem a muitos tipos de especulação, mas ‘é número de homem [de um ser humano]’, de modo que, dalguma maneira, é identificado com o fato de que o Anticristo alega ser DEUS mas é realmente mero homem. Por esses meios, ele conseguirá o controle econômico e se tornará ditador do mundo inteiro. Mas não conseguirá impedir a queda do sistema mundial babilônico e o total colapso econômico do mundo (Ap 18.1-24). E depois, no fim da Grande Tribulação, comandará exércitos de muitas nações arregimentados por Satanás, em Armagedom. É então que JESUS o ‘desfará pelo assopro de sua boca e o aniquilará pelo esplendor de sua vinda’ (2 Ts 2.8). Esse acontecimento é retratado poderosamente em Daniel 2.34,35,44,45 e Apocalipse 19.11-21. Seu destino final será ‘no ardente lago de fogo e de enxofre’ (Ap 19.20)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.637).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 81, p41.
 

SUGESTÃO DE LEITURA - O Calendário da Profecia, O Plano Divino Através do Século e Daniel e Apocalipse.
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. CPAD
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Apocalipse - Versículo por Versículo Autor: Severino Pedro da Silva Editora: CPAD Ano: 2002
Mateus, introdução e comentário - Série cultura bíblica - R. V. G. Tasker - Editora: Vida Nova
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
MENZIES, Willian W; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
HORTON, Stanley M. (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
 

 

 

 

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Lição 12 - Um Tipo do Futuro Anticristo

Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos

Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje.

Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

veja

LIÇÃO 12, ZACARIAS, O REINADO MESSIÂNICO - 4º Trimestre de 2012 -  http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_ZiGvlR4p5ETqRtT6ABKj2

 

TEXTO ÁUREO

"Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição"(2 Ts 2.3).

  

VERDADE PRÁTICA

As conquistas ditatoriais e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo na Grande Tribulação.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dn 7.7,8 O pequeno chifre do animal espantoso

Terça  - 1 Jo 2.22 O "mentiroso"

Quarta - 1 Jo 2.18 O "anticristo"

Quinta - 2 Ts 2.3,8 O "homem da iniquidade"

Sexta - Mt 24.15 O abominável da desolação

Sábado - 2 Ts 2.8; Ap 19.20 O Anticristo será lançado no Lago de Fogo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 11.1-3,21-23, 31,36

1 Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer. 2 E, agora, te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. 3 Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver.

21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano. 22 E, com os braços de uma inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá e será fortalecido com pouca gente.

31 E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora.

36 E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito.

 

INTERAÇÃO

Quando encerramos a leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de tempo que representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente quatrocentos anos de um período considerado "o silêncio de DEUS". Entretanto, acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu um personagem na história, considerado por muitos o Anticristo, mas considerado pelos principais estudiosos do Antigo Testamento, uma figura do Anticristo: Antíoco Epifânio. Um personagem importante na história bíblica e secular.

 

OBJETIVOS- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer as predições proféticas do capítulo onze de Daniel.

Destacar o caráter perverso de Antíoco Epifânio, o imperador da Síria.

Saber que Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para a aula de hoje, procure se preparar com informações sobre o personagem central da lição: o imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que profanou o Templo dos judeus em Jerusalém. Procure pesquisar informações históricas de sites confiáveis, revistas de história e livros que abordem o período considerado interbíblico. Este é um período pouco estudado pelos professores, mas crucial para compreender o momento histórico da invasão em Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura do futuro Anticristo. Boa aula!

 

Resumo da Lição 12 - Um Tipo do Futuro Anticristo

I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)

1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).

2. Um rei valente (11.3).

3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).

II - O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)

1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.

2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28). 

3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35).

III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO  DO ANTICRISTO

1. O "homem vil" que chega ao poder. 

2. O futuro governante mundial no "tempo do fim".

3. Precisão profética.

 

SINOPSE DO TÓPICO (1) O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes.

SINOPSE DO TÓPICO (2) - O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.

SINOPSE DO TÓPICO (3) - Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama DEUS ou se adora".

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico

"A Marca  da Besta (13.16-18)

O versículo 18 oferece uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou caráter, da besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia. Antes da invenção dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de escrever os números por extenso. Com o passar do tempo, começaram a substituir as letras do alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por diante.

Vem se constituindo num passatempo popular adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade da besta. Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala do Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não 'Alefe' e 'Tau', letras do alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a Nero.

Através da história, vem-se tentando identificar nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 6I6, para que se encaixasse com o nome de Calígula. A igreja primitiva, unanimemente, rejeitou o artifício.

O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: "é o número de um homem". Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. A tripla repetição - 666 - pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.185).

 

VOCABULÁRIO

Ignominiosa: Que provoca horror, vergonha.

Escrúpulo: Consciência dotada de sentido moral; caráter íntegro.

Despojos: O que se toma ao inimigo; presa, espólio.

Profanar: Tratar desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.

Dietética: Relativo a dieta.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por  Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005

 

SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão CPAD - nº 60. p.42.

 

 

UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO

Antíoco IV Epifânio foi um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que procurou "helenizar" a Palestina entre 168-164 a. C.

 

A história nos conta que a partir das rixas locais em Jerusalém —Jasão, por exemplo, tentou se reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau — Antíoco Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por DEUS. Era uma instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura permaneceria assim com o advento do Senhor JESUS. Através dessa cultura de poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.

Anos mais tarde Antíoco Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações de Epifânio:

1. Forçou a aculturação dos judeus na cultura helênica.

2. Ordenou uma perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião helenísticas na Palestina.

3. Em 167 a. C., erigiu um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de Jerusalém.

4. Proclamou-se divino. Seu sobrenome, "Epifânio", significa "deus manifestado".

A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o DEUS de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como DEUS é atemporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.

Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.

Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 42.

 

 

COMENTÁRIOS DE DIVERSOS AUTORES (Com subtrações e adições do Ev. Luiz Henrique)

INTRODUÇÃO

Neste capítulo trataremos de um personagem que se destaca dentro da profecia de Daniel e envolve fatos que já aconteceram e se cumpriram historicamente. O cumprimento dessas profecias fortalece a confiança e a credibilidade das visões e revelações de Daniel. Porém, o personagem que aparece é um dos últimos reis do Império Grego, chamado Antíoco Epifânio IV, da família dos ptolomeus, o qual será destacado pela crueldade e pelo desprezo às coisas sagradas. Ele aparece mais no final do capítulo 11.

O capítulo 11 traz uma profecia que abrange os Impérios Medo-persa, que estava acontecendo com 4 reis, e o Grego que estava para se iniciar com seu futuro escatológico, para esses dias em que foram profetizadas. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a partir do final dos dias da vida de Daniel sob o reinado de Dario, o medo. Neste capítulo DEUS revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, aquele período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Porém, a revelação maior dessa profecia diz respeito ao personagem histórico Antíoco Epifânio. Esse personagem refere-se a um futuro rei com as mesmas características que aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o Anticristo revelado no Novo Testamento. As profecias do capítulo 11 se cumpriram e ocorreram entre os reinados de Dario, o medo (539 a. C.) e Antíoco Epifânio (175-163 a. C.). Porém, a parte do texto dos versículos 36-45 diz respeito a Israel em tempos ainda não cumpridos e que estão relacionados intimamente com os capítulos 12 de Daniel e 13 de Apocalipse. DEUS controla a história.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 149-150.

 

No capítulo 11 do livro de Daniel o anjo de DEUS ainda está falando com ele. Os reinos se levantam e caem segundo o programa de DEUS. DEUS é soberano, e Ele está dirigindo a história.

A Babilônia caiu pela mão de DEUS. Stuart Olyott descreve essa verdade assim: “O império babilônico foi derrubado pelo poder de CRISTO. Os medos e persas foram Seus instrumentos terrenos, mas a efetiva queda de Babilônia foi um ato divino realizado pelo próprio Filho de DEUS”. Agora, os reis da Pérsia também cairão. Cairá também o grande rei da Grécia. As lutas internas que se travarão entre os reinos do Norte e do Sul estão profetizadas e nada escapará ao controle divino.

Esse capítulo 11 de Daniel é um verdadeiro retrato do futuro. E a história sendo contada antes dela acontecer. Osvaldo Litz chama esse capítulo de “recortes do futuro”.

DEUS está levantando a ponta do véu e mostrando o futuro para Daniel (v. 2). DEUS escreve a história antecipadamente. As coisas acontecem porque DEUS as determinou. A história estava escrita desde a eternidade nos livros divinos (Dn 10.21), mas também seria registrada no livro de Daniel bastante tempo antes que acontecesse.

LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 135-136.

 

Nesse capítulo, o anjo Gabriel trabalha no cumprimento da promessa feita a Daniel no capitulo anterior, isto é, ele mostra o que aconteceria ao seu povo nos dias finais, de acordo com o que estava escrito nas escrituras da verdade. E, muito particularmente, ele prevê aqui a sucessão dos reis da Pérsia e da Grécia e os negócios desses reinos, especialmente a maldade que Antíoco Epifânio praticaria nos seus dias contra o povo de DEUS.

E isso já havia sido previsto anteriormente (cap. 8.11-12). Temos aqui:

I. Uma breve profecia sobre o estabelecimento da monarquia grega que estava agora começando a se instalar sobre as ruínas da monarquia persa (w. 1-4).

II. Uma previsão sobre os negócios dos dois reinos do Egito e da Síria, fazendo referências a cada um deles (w. 5-20).

III. A ascensão de Antíoco Epifânio, seus atos e seus sucessos (w. 21-29).

IV. A grande maldade que iria praticar contra a nação judaica e a sua religião, e o seu desprezo por todas as religiões (w. 30-39).

V. A sua queda e derradeira ruína quando estava no auge da sua perseguição (w. 40-45).

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 894.

 

I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)

1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).

“Eu, porém, no primeiro ano de Dario, o medo” (11.1). A importância dessa profecia é constatar a fidelidade e exatidão do cumprimento das profecias especialmente no período interbíblico. O primeiro ano do reinado de Dario foi em 539 a. C., conforme se pode constatar nos textos de Dn 6.1 e 9.1.

O anjo de 11.1 é mesmo anjo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para confortá-lo, mas continuar a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa (com 4 principais de seus reis) e o grego (11.2-4).

A revelação sobre o fim do Império Medo-persa (11.2). Aparece no versículo 1 o rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele é chamado “Dario, filho de Assuero”.A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei enquanto ele estava no campo de batalha na conquista de outras terras e nações. Porém, o versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os três primeiros reis persas em sequência normal são, segundo Scofield, em seu comentário: Ciro II (550-530 a. C.), Cambises II (529-522 a. C.) e Dario I Histapes (521-486 a. C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a. C). Existe pouca informação acerca desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não por muito tempo. Porém, os dados proféticos são precisos e confirmados pela própria história. As evidências históricas do cumprimento da profecia são tão reais, que os críticos da Bíblia sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400 anos depois de Daniel, depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação futura dada a Daniel encontra respaldo histórico e credibilidade porque DEUS cumpre sua palavra. Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro, com o aparecimento do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifânio.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 150.

 

Dn 11.2 “Eis que ainda três reis estarão na Pérsia”. O “homem vestido de linho” revela a Daniel que o reino da Pérsia está chegando ao seu fim: somente três monarcas restariam para que aquela dinastia expirasse. Lendo o capítulo quatro do livro de Esdras, encontramos os nomes dos três monarcas que reinaram depois de Ciro: 1) Cambises (Assuero). 2) Esmerdis (Artaxerxes). 3) Dario (Persa). A ordem cronológica estabelecida ali não é tão fácil de ser determinada, a não ser aquilo que podemos depreender dos textos sagrados.

Cambises (Assuero). Este monarca não deve ser confundido com o Assuero marido de Ester; o do presente texto é posterior àquele. “Cambises vem citado no livro de Esdras 4.6, com o nome de Assuero. Este rei era neto da princesa Mondane, a mãe de Ciro e, consequentemente, filha da Rainha Ester” (doutor Goodman). Evidentemente, ele é o Assuero persa, e o outro, Assuero, da nação dos medos (Et 1.1; Dn 9.1). Esse rei governou poucos anos. Seu feito principal foi atacar e tomar o Egito, cujo rei era Psamético. Estendeu suas armas vitoriosas e atacou também a Etiópia. Só não atacou Cartago, porque os fenícios o dissuadiram de atacar a sua colônia predileta. Voltando de suas conquistas, achou uma rebelião no Egito. Revoltado, matou Psamético, e outros nobres daquele império.

Esmerdis (Artaxerxes). Esse monarca persa, devido às suas grandes conquistas, teve seu nome mudado para “Artaxerxes Longímano”, que reinou provavelmente de 465 a 425 a. C. (Ed 4.7, 8,11, 23; 6.14; 7.1, 11, 12, 21; 8.1; Ne 2.1; 13.6). Segundo Heródoto, “Artaxerxes” quer dizer “grande guerreiro”. Foi cognominado de “Longímano” por sua excessiva bondade. A Enciclopédia Internacional diz que Longímano “... foi célebre pela sua bondade e generosidade; permitiu aos judeus que tinham ficado em Babilônia, depois do edito de Ciro, que voltassem a Jerusalém para restabelecer a sua religião”. Pelo testemunho bíblico, foi ele o monarca que promulgou a “ordem” para que Neemias reconstruísse os muros da cidade de Jerusalém, em 445 a. C. (Ne 2.1; Dn 9.25). Em seu governo, Neemias subiu a Jerusalém, levando consigo uma leva de cativos voltando à sua terra, com prazer e grande júbilo. (Comp. SI 126). Foi a terceira leva de cativos que desejaram acompanhá-lo.

Dario (Persa). Este monarca vem citado no livro de Esdras, (caps. 4.5,24; 5.6, 7; 6.1,12,14,15). Após oito (8) meses de governo do usurpador Gomates, Dario Histaspis subiu ao trono. Seu primeiro trabalho foi extinguir as revoluções em todo o seu Império. Sua energia, coragem, dedicação e gênio bélico, conseguiram isso. Este rei decretou o “reinicio” da construção da casa de DEUS em Jerusalém (Ed 4.24; 6.1-12).

“... o quarto será cumulado de grandes riquezas”.

Xerxes (Kchiarcha). Todos os estudiosos da Bíblia concordam em que o “quarto” monarca aqui mencionado é Xerxes. Ele foi o sucessor de Dario, o persa. Seu nome aparece na História como Kchiarcha. Os dados históricos e proféticos se combinam entre si sobre a vida deste soberano. Ele foi realmente o que diz a profecia: “Foi cumulado de grandes riquezas, mais do que todos”. Ele, durante o seu reinado, atacou a Grécia e foi derrotado nesta invasão.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 198-199.

 

Profecia sobre os medos e persas (11.1,2). "Dario, o medo" (v. 1). É o mesmo Dario de 5.31. Em 9.1 ele é chamado "Dario, filho de Assuero". Esse monarca foi constituído rei por Ciro, interinamente, na Caldeia, enquanto ele completava suas conquistas. Assuero, o pai deste Dario, não é mencionado em Ester 1.1. Quem estuda a Bíblia e a História precisa saber que houve mais de um Dario e mais de um Assuero nas Escrituras. Por falar em Dario e Assuero, convém saber que esses termos são títulos e não nomes propriamente ditos. Dario significa mantenedor, e Assuero, poderoso. Muitos desses monarcas têm mais de um nome. Também alguns deles têm nomes diferentes na Bíblia e na história secular, como é o caso de Assuero, que na história secular é conhecido por Xerxes. Xerxes é palavra grega, ao passo que Assuero é hebraica.

"três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto..." (v. 2). Quatro reis da Pérsia são aqui mencionados, isso além de Ciro, pois este já estava no trono (10.1). Esses quatro reis são:

a. Assuero, filho de Ciro. Reinou de 529 a 522 a.  C. É conhecido na história por Xerxes I e Cambises II. É mencionado em Esdras 4.6.

b. Artaxerxes I. Reinou de 522 a 521 a. C. É conhecido na história por Smeredis. É mencionado em Esdras 4.7-11. Determinou a suspensão das obras do templo do pós-cativeiro.

c. Dario II. Filho de Artaxerxes. Reinou em 521 a 485 a. C. É mencionado em Esdras 4.5. É conhecido na história por Dario Histaspes, ou simplesmente Histaspes. Foi ele quem ordenou a conclusão das obras do templo, conforme Esdras capítulo 6. Ele é o famoso Dario registrado na Pedra de Behistum, perto de Hamadã, no Irã, a antiga capital dos medos, chamada então Ecbátana. Foi derrotado na famosa Batalha de Maratona, na Grécia, em 490 a. C.

d. Assuero, o esposo de Ester (Et 1.1). Foi o mais rico e o mais poderoso rei persa. Reinou de 485 a 465 a. C. A história chama-o Xerxes II. (Não confundir esse Assuero com o de Esdras 4.6.) Era filho de Dario II e foi derrotado pela esquadra grega de Salamina, Chipre, em 480 a. C.

Aqui termina a história da Pérsia na profecia. Nada é dito dos reis restantes, uns cinco, pelo menos. É que a glória da Pérsia entrou em rápido declínio com a morte de Assuero ou Xerxes II. Os reis restantes nada realizaram de importante para a história.

Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.

 

2. Um rei valente (11.3).

A revelação profética sobre o Império Grego (11.3).

Xerxes I, sucessor de Dario, o persa, foi o quarto e último rei do Império Medo-persa. Foi um rei que juntou muita riqueza, mas ao enfrentar a Grécia, conquistou a cidade de Atenas e isto irritou aos gregos. Despontava naquele tempo a liderança de Alexandre, o Grande, que reuniu todas as forças bélicas e humanas dos seus exércitos e derrotou a Xerxes, da Pérsia, vingando a nação grega. Portanto, em 331 a. C., Alexandre, o grande, “o rei valente” se levantou e suplantou o último rei dos medos-persas com grande força e domínio sem qualquer resquício de misericórdia (v. 3). Era jovem e cheio de energia, inteligente e perspicaz, porque foi capaz de persuadir com carisma seus subordinados para que se unissem a ele a fim de conquistar o mundo de então. Com força pujante e implacável, Alexandre foi aumentando seu domínio geográfico e cultural conquistando outras nações. Ele procurou agregar os povos conquistados e tornar o seu domínio num “império unido”. Ele promoveu a miscigenação das nações conquistadas, para ter o domínio sobre todos. Ele formou um exército coeso e forte recrutando homens de todas as nações conquistadas. Em pouco tempo, para o contexto da época, suas conquistas ultrapassaram todos os índices de tempo para dominar e fazer o que lhe aprouvesse. Cumpria-se, de fato, a soberania de DEUS dirigindo a história e fazendo valer a sua soberana vontade. Era a sua vontade exercida nos destinos das nações e, acima de tudo, especialmente para Israel.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 151.

 

Dn 11.3 “... um rei valente”. O leitor deve observar que o Império Greco-Macedônio entra em cena neste versículo. Não é mais representado como nas composições anteriores descritas por Daniel: 1) “Cobre” (Dn 2.32). 2) “Metal” (Dn 2.39). 3) “Folhas” (Dn 4.21). 4) “Leopardo” (Dn 7.6). 5) “Bode peludo” (Dn 8.20, 21). Agora, no presente versículo, este reino tem sua representação na pessoa de um “rei valente” que reinaria com grande domínio. Este rei valente foi Alexandre Magno, ele realmente tomou o Império Medo-persa, e reinou com grande poder (Dn 8.3, 4). Alexandre foi, de fato, um guerreiro habilidoso, porém, tudo quanto fez e conquistou foi derramando sangue (dos outros) e pela espada. Ele foi a antítese do verdadeiro CRISTO, que tudo quanto fez e conquistou foi derramando o seu próprio sangue, e manifestando seu grande amor.

Vejamos o caráter negativo de Alexandre e o caráter positivo de CRISTO: JESUS e Alexandre morreram aos trinta e três anos. Um deles viveu para si mesmo, o outro por mim e por você. O grego morreu num trono; o judeu morreu numa cruz. A vida de um foi triunfante (aparentemente); a do outro, uma derrota (aparentemente). Um deles comandou imensos exércitos armados, o outro teve apenas um pequeno grupo, desarmado (embora tivesse um imenso exército de anjos). Um derramou o sangue alheio sem piedade, o outro derramou o seu próprio sangue, e o derramou por amor ao mundo. Alexandre conquistou o mundo em vida; JESUS perdeu a sua vida para ganhar vida para seus seguidores. Um morreu na Babilônia, o outro no Calvário. Um conquistou tudo para si, e o outro a si mesmo se deu. Alexandre, enquanto viveu, conquistou todos os tronos; JESUS, na morte e na vida, conquistou o Trono de Glória. Um deles ganhou um grande nome: Alexandre! O outro “um nome que é sobre todo o nome”: JESUS! Um deles viveu para se gloriar; o outro para abençoar. Quando o grego morreu, seu trono, conquistado pela espada, ruiu para sempre. JESUS, quando morreu ganhou o trono que permanece para sempre (SI 93.2).

O grego fez de todos escravos; o judeu a todos (que o aceitaram ou aceitam) liberta da escravidão do pecado. Um deles construiu um trono forrado de sangue; o outro edificou o seu com amor. Um deles veio da terra; é terreno (1 Co 15.47). O outro veio do.Céu; é celestial (1 Co 15.47 a 49). O grego morreu para sempre, o judeu para sempre vive. Perde tudo aquele que só recebe, e tudo ganha aquele que dá.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 199-200.

 

Dn 11.3 Depois se levantará um rei, poderoso. Esse poderoso rei seria Alexandre, o Grande, cabeça do império greco-macedônio, que derrubou o império persa, fechando as páginas da história sobre aquela potência. Quando Alexandre se pôs de pé, o mundo todo foi abalado, e em breve (no curto espaço de onze anos — 334-323 A. C.) o mundo inteiro da época estava sob seus pés. Alexandre morreu com apenas 33 anos de idade, devido à malária e às complicações com o alcoolismo. Talvez seu extraordinário poder e sucesso tenha decorrido do poder concedido pelo anjo guardião da Grécia (ver Dan. 10.20). Ele fazia tudo de acordo com os ditames de sua vontade (cf. os vss. 16 e 36 e também Dan. 8.4). Quintus Curtius, História de Alexandre X.5.35, diz: “Pelo favor de sua fortuna, ele parecia, aos povos, ser capaz de fazer o que bem entendesse".

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3421.

 

3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).

“estando ele em pé, o seu reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade, Alexandre morreu na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do bode peludo do capítulo 8.8, que representava a Grécia. Esse chifre foi quebrado (8.8) que representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4. Sem seu líder principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da unidade imperial e foi dividido por seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de DEUS no destino das nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação comparativa das visões dos capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a figura das quatro cabeças do leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8 temos a visão do bode peludo com quatro chifres notáveis. As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre, pelos quatro generais. São eles: Cassandro que reinou na Macedônia; Lisímaco que reinou sobre a Trácia e a Ásia Menor; Ptolomeu que reinou no Egito e, por último, Seleuco que reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Essa divisão de reinos aguçou a vaidade e a presunção desses generais que se fizeram reis e tramas de traição e morte envolveram esses reinos.

(11.5-20) Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Suplantou o rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a. C.) o qual se tornou um tipo perfeito do Anticristo. Porém, dois desses reis da divisão do império se destacam: o rei do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o rei do Sul é Ptolomeu. Com ele se iniciou a dinastia dos ptolomeus. O texto diz que ele (o rei do sul — Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte — Síria). O sul era representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes históricos envolvendo esses dois reinos culminam com conflitos entre ambos e com a superação do reino do sul. Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Esse conflito entre os reis do norte e do sul (Síria e Egito), revelou ao final um personagem por nome Antíoco Epifânio, quando no ano 198 a. C., Jerusalém e Judeia passaram a ser província da Síria. No versículo 15, o rei do norte, Antíoco III, o Grande, se impõe sobre a Judeia e Egito e se apodera fortemente da Palestina (11.16). Esse rei, por causa da dívida com Roma, a fim de pagá-la, estabeleceu impostos financeiros pesados, tirando-os dos tesouros da Casa de DEUS em Jerusalém. O filho de Antíoco III foi Antíoco IV, conhecido como Antíoco Epifânio. (período de guerras entre os Ptolomeus >> Egito - reino do sul<< e Epifânios >>Síria - reino do norte<<)

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 151-152.

 

Dn 11.4 “O seu reino será quebrado. Isto aconteceu realmente como diz a profecia em foco. Alexandre reinou com grande poder; ele foi chamado de Magno. Mas morreu prematuramente aos trinta e três anos de idade. O chifre ilustre foi realmente “quebrado”, como vaticinara o profeta do Senhor (Dn 8.8). Seu império foi dividido em quatro partes (quatro ventos), depois da batalha de Ipsus, em 301 a. C. A sua posteridade (família) não recebeu o reino, e sim seus quatro generais de exércitos: 1. Ptolomeu. 2. Seleuco. 3. Lisímaco. 4. Cassandro. As quatro regiões de que fala o texto divino foram: 1) O Egito (região Sul). 2) A Síria (região Norte). 3) A Macedônia (região Oeste). 4) A Ásia Menor. Os generais de Alexandre Magno reinaram também com grande autoridade, mas nenhum deles chegou à sua glória e magnitude; também não eram de sua família; cumprindo-se, assim, a profecia: "... seu reino será repartido... mas não para a sua posteridade”. Esse acontecimento sobre seu reino, o próprio Alexandre já o previu em vida como ele mesmo declarou ao seu biógrafo: “Ainda em vida, Alexandre predisse que seus amigos lhe fariam um cruento funeral”. Cumpriu-se o vaticínio. O Macedônio não deixou sucessor direto ao trono, pois tinha um irmão que poderia ser seu herdeiro, mas este era imbecil; e um filho, mas era de poucos anos de idade.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 200-201.

 

Daniel aponta para vários reis da Síria e do Egito (v. 5-20). O poder alternou várias vezes, ora nas mãos da Síria, ora nas mãos do Egito. Vejamos inicialmente a aliança entre a Síria e o Egito (v. 5,6).

Berenice, a filha do rei do Egito, Ptolomeu Filadelfo, foi dada em casamento ao rei da Síria, Antíoco II, para assegurar a aliança. Mas o casamento não teve o resultado desejado, ou seja, unir os dois reinos. Com a morte do pai de Berenice, Antíoco II voltou para sua ex-mulher, Laodice, e esta envenenou Berenice, o marido Antíoco II e o filho de Berenice, deixando um clima totalmente desfavorável para uma aliança de paz entre os dois reinos. No reinado de Ptolomeu II os judeus foram cercados de todos os favores e garantias. Ele construiu várias cidades em território palestino com o propósito de ganhar a amizade do povo judeu. Foi nesse período que a Septuaginta foi feita, a versão grega do Antigo Testamento. A seguir, observemos a derrota da Síria pelo Egito (v. 7-12). O irmão de Berenice, Ptolomeu III, venceu a batalha contra o Norte e matou todos os que assassinaram sua irmã. Também levou todos os tesouros da Síria de volta para sua terra. Por algum tempo houve considerável superioridade dos ptolomeus sobre os selêucidas. Notemos agora a derrota do Egito pela Síria (v. 13-16). Embora o Egito esteja fortificado, ele será destruído. A superioridade do Sul durou pouco. O Norte teve uma decisiva vitória em Sidom (v. 15). Antíoco, o Grande, rei do Norte, parecia invencível. Ninguém era capaz de lhe resistir (v. 16).

Finalmente, vejamos o impasse entre a Síria e o Egito (v. 17-20). O rei da Síria, Antíoco, o Grande, dá sua filha ao rei do Egito em casamento para destruir internamente o reino (v. 17). O rei do Norte, para conquistar o Sul, mudou de tática. Antíoco concluiu que a melhor maneira de vencer o Sul seria por meio do uso de sutileza. Muito convincentemente foi ao Egito e contratou o casamento de sua filha, Cleópatra, com o rei Ptolomeu V que na época tinha apenas 12 anos de idade. O casamento realizou-se cinco anos depois. Pensou que por intermédio desse casamento firmaria seu poder sobre o reino do Sul. O plano falhou miseravelmente, pois Cleópatra não fez o jogo do pai, ficando do lado de seu marido. Assim, a profecia cumpriu-se mais uma vez (v.17). Antíoco, assim, resolve conquistar outros mundos e é fragorosamente derrotado (v. 18). Foi uma enorme derrota que causou o fim das ambições territoriais de Antíoco (v. 19). Selêuco Filopater, seu sucessor, mandou confiscar os tesouros do templo de Jerusalém. Mas essa ordem nunca foi cumprida. Crê-se que Heliodoro, o emissário responsável por saquear o templo de Jerusalém, advertido por uma visão, desistiu de executar esse ato sacrílego. Crê-se ainda que o próprio Heliodoro o tenha envenenado (v. 20). Assim, cada detalhe profetizado aconteceu integralmente. O povo judeu muito sofreu com essas sucessivas guerras, visto que seu território servia de passagem e, às vezes, também de campo de batalha para os dois exércitos rivais.

LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 137-139.

 

II - O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)

1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.

Antíoco Epifânio, o glorioso

A presunção desse rei o fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos Epifanes” , isto é, “deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a. C., e mesmo sendo rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela crueldade. Sua ascensão foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da Síria, ele o fez pelo modo mais ignominioso e detestável. Suas características diabólicas o tornaram o tipo mais próximo do futuro Anticristo.

“Depois, se levantará em seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro generais que se tornaram reis depois da morte de Alexandre, não se contentaram com suas regiões geográficas porque suas ambições os fizeram tramar intrigas entre si, matando e assassinando opositores para ostentarem mais riquezas do que já tinham. Queriam mais e mais e começaram a buscar mais terras e partiram para a luta entre si. Seleuco IV, da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a. C., morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Antíoco Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso.

Antíoco Epifânio foi um rei perverso

“mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano” (11.21). Ele chegou ao poder em 175 a. C. e tinha apenas 40 anos de idade. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a. C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou de todos os artifícios de mentira, engano, astúcia, lisonjas e crueldade como ninguém o fizera. Para se manter no poder Antíoco Epifânio não tinha qualquer escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21) e tinha sede de conquista derramando o sangue dos seus adversários em muitas guerras. Enriqueceu com os despojos das guerras, quando lutou contra o Egito (11.25-28).

O versículo 21 o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou n o Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 153-154.

 

Dn 11.25 O personagem descrito no presente texto é ainda Antíoco Epifânio, e o rei do Sul, de que fala a profecia, é Ptolomeu Phiscon; ele tinha realmente um grande e poderoso exército em torno de si e podia, como diz a História, vencer o próprio Antíoco Epifânio; mas foi frustrado seu plano, em razão de, em seu próprio exército e arraial, existir traição. De ambos os lados existia grande multidão, os dois exércitos eram numerosos como a areia do mar. Outrossim, a ambição predominava, e o rei do Sul (Egito) foi o mais envolvido”. A profecia já tinha previsto tudo isso quando diz: "... o rei do Sul se envolverá na guerra com um grande e mui poderoso exército; mas não subsistirá”. A causa deste “envolvimento” foi que ele determinou que seu reino fosse incorporado ao grande império do rei do Norte (Síria), e, por causa disto, a oposição cresceu entre seus próprios generais; assim, o rei do Egito foi traído por aqueles que comiam de seus manjares.

Dn 11.26 O presente versículo e mais quatro que o seguem, neste capítulo, continuam descrevendo o caráter sombrio de Antíoco Epifânio, falando de rumores de guerra entre estas duas potências: a do Sul (Egito) e a do Norte (Síria). Durante alguns anos, os Ptolomeus e Selêucidas fizeram vários tratados, com a finalidade de encontrarem a paz entre os dois países, mas seus corações tinham um só intento: enganar um ao outro.

O leitor pode observar que, dos versículos 25 a 28, o autor sagrado, o profeta Daniel, como recipiendário da visão, descreve, em síntese, as primeiras campanhas guerreiras de Antíoco contra o Egito, fala também de uma campanha na qual Ptolomeu (egípcio), e os seus não puderam resistir, em virtude da traição existente entre seus próprios generais, como já ficou demonstrado; eles deveriam tê-lo apoiado. A traição é inimiga do triunfo, mas os traiçoeiros sempre cairão nas malhas da própria traição.

Dn 11.27 "... uma mesma mesa falarão a mentira”. Podemos observar como estes dois monarcas fizeram da “mentira seu próprio refúgio”. Mas todos sabem que “mentira gera mentira”. (Comp. com SI 42.7). Mas ela não prevalecerá. Somente a verdade permanece e o fim das mentiras virá, como diz a profecia, no tempo determinado.

Estes dois reis (do Norte e do Sul), segundo o doutor Amo C. Gabelein, são ainda Antíoco e Ptolomeu Filopater. Eles realmente fizeram vários tratados, mas sempre mentiram um ao outro: seus corações eram atentos só para fazer o mal. O que ocasionou esta aliança de Antíoco com Ptolomeu foi ter sido este derrotado; então decidiu aproximar-se de Antíoco Epifânio e ambos mantiveram uma paz aparente e, assentados a mesma mesa, falavam a mentira, pois nenhum nem outro cumpriu aquilo que tinha sido estabelecido no tratado de paz.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 213-214.

 

A sua guerra contra o Egito, que foi a segunda expedição que fez a essa nação. Isto foi declarado nos versículos 25-27. Antíoco iria reforçar o seu poder e tomar coragem para lutar contra Ptolomeu Filométor, rei do Egito. Ptolomeu, então, foi forçado a fazer guerra contra ele, e o atacou com um exército grande e poderoso. Mas, embora o seu exército fosse muito grande, ele não seria capaz de enfrentar o inimigo. E o exército de Antíoco iria derrotar e subjugar o exército de Ptolomeu e um grande número de soldados egípcios seria assassinado. No entanto, o rei do Egito foi traído pelos seus próprios conselheiros. Eles eram alimentados por ele, comiam do seu pão, mas recebiam subornos do inimigo, Antíoco. Assim, eles iriam planejar artifícios contra o seu rei, estando prontos até mesmo a destruí-lo. E que medidas poderiam ser tomadas para evitar uma traição como esta? Depois da batalha, um tratado de paz seria colocado em ação, e esses dois reis iriam se reunir em um conselho, a fim de estabelecerem as condições de paz. No entanto, nenhum dos dois seria sincero e honesto nesse acordo, pois através das suas pretensões e promessas de amizade e harmonia, eles estavam mentindo reciprocamente. Pois o coração de um estava pronto para fazer ao outro todo o mal que pudesse. Logo, não é de admirar que esse tratado não viesse a prosperar. A paz não seria duradoura, e o seu fim ocorreria no momento indicado pela Providência divina. Então, a guerra iria começar novamente, como uma ferida que só foi tratada superficialmente.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 897-898.

 

Dn 11.25-28 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul. Tendo consolidado seu poder, Antioco atacou o Egito, porque ali havia mais poder e bens a serem obtidos. O “rei do sul” foi atacado em 170 a. C. Nas fronteiras com o Egito, ele teve de enfrentar o exército egípcio. Isso ocorreu em Pelúsio, que ficava perto do delta do rio Nilo. Embora os egípcios contassem com numeroso exército, foram derrotados. Então Antioco resolveu mostrar-se amigo desse povo, e ambos os lados favoreciam a cessação das hostilidades, mas suas esperanças nunca se cristalizaram, pois ambos se mostravam espertos e enganadores, o que novamente é próprio da política.

“Em 169 a. C., Antioco invadiu o Egito e capturou Ptolomeu VI. Mas dificuldades em sua pátria o forçaram a deixar o Egito e, a caminho de volta (levando muito despojo), ele saqueou Jerusalém e o tesouro do templo” (Oxford Annotated Bible, na introdução aos vss. 25-28). Foi nesse tempo que começaram as grandes atrocidades de Antioco IV Epifânio contra os judeus, e essa circunstância inspirou o autor sacro a passar algum tempo descrevendo o sucesso das campanhas de Antioco. O vs. 25 mostra-nos que seu sucesso contra o Egito foi prejudicado por conspirações em sua pátria, traições da parte de alguns de seu próprio povo. Eles “fizeram planos contra ele”.

O vs. 26 pode referir-se a parte das conspirações contra Epifânio. As pessoas que tinham aceitado riquezas da parte dele não hesitaram em atacá-lo pelas costas. E também deram-lhe maus conselhos que o levaram a entrar em conflito com seu sobrinho, o qual, eventualmente, foi feito cativo. Ver os detalhes sobre isso em Políbio, História XXVIII.21; Diodoro Sículo, XXX.17. O fato de Antioco ter saqueado Jerusalém incluiu, naturalmente, grande matança do povo judeu (I Macabeus 1.20-24; II Macabeus 5.11-16; Josefo, Guerras, 1.1.1; Antiq. XII.5.3). Tendo aprisionado seu sobrinho, Ptolomeu, ele fingiu estar agindo em seu favor, mas o que sucedeu foi que conseguiu submeter larga porção do Egito. Foi forçado a parar em Alexandria. O romano Polílio Laenas estragou os planos de Antioco. Ele precisou evacuar o Egito, pelo que sua ira se voltou contra os judeus não helenizados de Jerusalém.

Antioco contaminou o templo em 167 a. C. O vs. 27 refere-se à falsa barganha de Antioco no Egito. Os dois reis que figuram naquele versículo são Antioco e Ptolomeu Filometer, seu sobrinho. Teoricamente, Filometer estava em aliança com seu tio contra o irmão mais novo do usurpador. Foi assim que Antioco reuniu riquezas e conquistou terras, presumivelmente em favor de Filometer, mas, na realidade, ele não se importava em nada com seu sobrinho. Ele agia em interesse próprio o tempo todo (segundo disse Lívio XLV.11.1). Todo esse esquema teve um fim nomeado, que alguns estudiosos fazem ser uma referência escatológica, transferindo tudo para o fim dos tempos e elegendo o anticristo como a verdadeira personagem traiçoeira. Ou o fim pode ter sido do poder e da vida de Antioco, ou então da guerra. Mas alguns insistem em dizer: “O Fim”.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3423.

 

2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28).

(11.25-28) Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de Ptolomeu VI ( w. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.

 

Dn 11.28 "... o santo concerto”. O presente versículo, faz alusão a todas as tiranias de Antíoco Epifânio contra o povo judeu, cujos dados históricos se encontram narrados no primeiro e segundo livros de Macabeus. A história nos diz (confirmando a profecia) que, em 168 a. C., ele, Antíoco, voltou da sua expedição com grande riqueza. Então marchou para a Judéia e praticou grandes atrocidades ali. Na viagem de volta, ao atravessar a Palestina, com o coração contrário ao SANTO Concerto, saqueou o templo de Jerusalém, deixando na cidade uma guarnição síria. No primeiro e segundo livros dos Macabeus, lemos de suas tiranias contra o SANTO Concerto e o povo escolhido. Muitas de suas atrocidades foram frustradas por intervenção divina; então ele, muito indignado, voltou “para sua terra”, isto é, voltou para a sua cidade: a Capital, Antioquia.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 215.

 

Então tornará para a sua terra com grande riqueza. Antioco voltou para sua terra levando muitos despojos, pelo que seu tempo passado no Egito não foi desperdiçado. O grande saque do Egito é referido em I Macabeus 1.19, bem como nos Oráculos Sibilinos 3.614 s. Passando por Jerusalém, ele ainda foi prejudicial. Entre outras coisas, quis reintegrar Menelau como sumo sacerdote e expulsou Jasom. Talvez seja isso o que está em vista na expressão “santa aliança", ou seja, fazer Jasom ficar no poder. Outros estudiosos, contudo, mais corretamente, referem-se à fé judaica quando leem “santa aliança”, pois essa fé se baseava nos pactos, a começar por Abraão. Cf. I Macabeus 1.15,63 quanto à diatheke agia, “santa aliança”. Ver também I Macabeus 1.20-24 e 29.36. Antioco causou muitos danos a Jerusalém, por causa do conflito entre Jasom e Menelau. Ele saqueou o tesouro do templo e estacionou tropas na cidade para manter a ordem. Contaminou o templo ao oferecer uma porca sobre o altar, e então retornou à própria terra.

“Antioco lançou um grande exército contra Jerusalém e tomou-a em ataque relâmpago; matou 40.000 pessoas; vendeu muitos judeus como escravos; cozinhou carne de porco e salpicou o caldo sobre o altar; invadiu o SANTO dos Santos; pilhou os vasos de ouro e outros itens sagrados do tesouro, que alcançaram o valor de mil talentos; restaurou Menelau ao ofício de sumo sacerdotal e fez de Filipe o governador frígio de Judá (I Macabeus 1.24; II Macabeus 5.21)” (Adam Clarke, in loc., ao descrever os leitos de Antioco Epifânio). A interpretação escatológica vê o anticristo tipificado em tudo isso.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3423-3424.

 

3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35).

(11.31-35) Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio não teve escrúpulo algum para desrespeitar valores morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade de Israel. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observação do sábado, e outras práticas dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o altar dos holocaustos no templo.

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.

 

Dn 11.31 A profecia, no que diz respeito aos acontecimentos narrados neste capítulo (versículos 1 a 30), segue mais ou menos uma ordem cronológica na “vereda dos séculos”. (Comp. com Jó 22.15). Mas, de acordo com o que falou nosso Senhor em Mt 24.15 e Mc 13.14, os versículos 31 a 45 não se consolidaram apenas na vida de Antíoco Epifânio, que, de fato, profanou o santuário; cremos que esta profanação, feita por esse monarca seleuco, foi apenas um estádio daquilo que terá lugar na figura sombria do Anticristo, nos dias da Grande Tribulação (2 Ts 2.4).

“...a abominação desoladora”. Desejamos apontar para o estudioso do livro do profeta Daniel, uma exposição do doutor Amo C. Gabelien, sobre a abominação desoladora: “No versículo 31 deste capítulo, lemos da ‘abominação desoladora’. Nosso Senhor, no seu grande discurso escatológico no monte das Oliveiras (Mt 24.15), disse: ‘Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda’. Alguns crêem, que quando nosso Senhor falou estas palavras referiu-se a Dn 11.31 [o texto em foco], e que é isso a ‘abominação desoladora’. Não é assim. A‘abominação desoladora’ do versículo 31 é passada, e aconteceu nos dias de Antíoco Epifânio. A ‘abominação desoladora’ a que se refere nosso Senhor, em Mt 24.15 e Mc 13.14, é a mencionada em Dn 12.11, que diz: ‘E desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias’. Esta será estabelecida pelo Anticristo, na segunda metade da semana profética de Daniel 9.27". Nosso ponto de vista, nesta interpretação, é o que está estabelecido no primeiro ponto desta exposição.

“profanarão o santuário”. Nos dias de Antíoco, ele fez um decreto em que todo o povo havia de se conformar com a idolatria da Grécia. Um grego iníquo foi enviado a sustentar este decreto. Todos os sacrifícios cessaram, e o ritualismo judaico, dado por DEUS terminou. O templo (santuário) foi contaminado com carne de porco... e dedicado a Júpiter Olímpico. A “fortaleza” (a cidade de Jerusalém) foi também profanada. Antíoco enviou um tal Apolônio com mais de 20.000 homens para destruir Jerusalém (a fortaleza de Sião - Cr 11.5). Houve uma multidão de mortos, e mulheres e crianças foram levadas cativas.

Dn 11.32 “... aos violadores...” Nos dias sombrios das atrocidades de Antíoco Epifânio contra o povo escolhido do Senhor, houve alguns judeus incrédulos, que facilitaram sua infiltração na Cidade Santa. No que diz respeito, porém, à grande jornada profética futurística, estes versículos apontam diretamente para “o tempo do fim”. O personagem traidor que entra em cena aqui, é sem dúvida o Anticristo. Os violadores do santo concerto são aqueles judeus que por ele serão enganados no início da Grande Tribulação (Dn 9.27).

“... o povo que conhece ao seu DEUS...” Nos dias de Antíoco Epifânio, sem dúvida, este “povo” conhecedor do DEUS do Céu, foram os seguidores dos fiéis Macabeus. Nos dias do Anticristo, ele será “o remanescente de Israel”. Entre eles, os 144.000 pregadores pertencentes às doze tribos de Israel (Ap caps. 7 e 14).

Dn 11.33 Podemos ver, no presente texto, uma referência às duas testemunhas escatológicas dos dias sombrios da Grande Tribulação (Ap cap. 11). Eles realmente naqueles dias de tantas trevas ensinarão a muitos, mas depois serão mortas pela espada ferina da Besta que subiu do mar (Abismo - Ap 11.7), para que o seu testemunho tenha um maior valor. (Comp. Hb 9.17). Daniel e seus amigos haviam sido livrados e preservados da morte por intervenção divina (Dn 3 e 6), mas nem sempre esta é a vontade de DEUS para com seus filhos. Assim, espada, fogo, cativeiro e roubo são um sumário dos sofrimentos dos homens e mulheres fiéis até hoje em todas as partes do mundo. O próprio Filho de DEUS, antes de sua partida para estar com o Pai, nos adverte: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados [especialmente os fiéis do tempo da tribulação], e matar-vos-ão, e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).

Dn 11.34 Admite-se que esta profecia, no que diz respeito ao seu primeiro estádio, refere-se aos fiéis Macabeus, que, usados por DEUS, serviram como instrumentos para levantarem o ânimo dos judeus desanimados, perseguidos por Antíoco Epifânio, descendente dos monarcas selêucidas. Mas, evidentemente, todos concordam em que Antíoco foi uma figura do verdadeiro Anticristo, e, assim, esta grande profecia terá sua total consolidação no “tempo do fim”. Naqueles dias também haverá fiéis, que desafiarão o poder hostil da Besta, mesmo que isso lhes custe a própria vida. (Ver Ap 6.9-10). O autor sagrado, Daniel, enquanto registrava estas palavras do mensageiro celeste, observava que a perseguição, tem o seu próprio propósito, dentro do plano de DEUS, de purificação, e refinação do seu povo, mas, no devido tempo, que Ele para si designou, dará fim a toda e qualquer prova ou perseguição contra o seu povo.

Dn 11.35 “... alguns dos entendidos cairão...” O texto em foco nos faz lembrar o que Paulo escreveu em Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto”. E evidente, que, qualquer correção de DEUS, momentaneamente, parece desagradável para aquele que está sendo corrigido, mas “depois” produzirá um “peso de glória” (Hb 12.11). E certo que a morte de Antíoco Epifânio não pôs fim às lutas contra o povo escolhido, pois os seus sucessores continuaram a batalha pela dominação da Palestina. Mas, é evidente que, durante estes anos, os fiéis Macabeus conseguiram arregimentar todos os elementos fiéis às tradições judaicas e formar um poderoso exército, para se defrontar com o exército sírio. Eis uma das razões por que DEUS permitiu tal perseguição ao seu povo: eles precisavam ser purificados e embranquecidos.

"... ao fim do tempo”. Há quinze alusões no livro de Daniel sobre “o tempo do fim”, cinco delas neste capítulo. Esse tempo do fim é a septuagésima semana de Daniel 9.27, com especial referência à segunda metade dela. Mas a expressão é também aplicada à época do Evangelho de CRISTO (Hb 1.3), à época do ESPÍRITO SANTO (At 2.17), e também aos “últimos dias maus” (2 Tm 3.1).

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 216-219.

 

Sua crueldade (v. 31-35). Antíoco Epifânio possuía um ódio infernal por Israel. Ele profanou o templo e fez cessar os sacrifícios diários (v. 31). Ele levantou um altar pagão no templo e mandou sacrificar um porco no altar e borrifar o sangue no templo. Ele seduziu os judeus apóstatas (v. 31b,32). Contudo, aqueles que conheciam a DEUS eram fortes e ativos (v. 32) e não cederam nem à sedução nem à violência. Homens com percepção espiritual circulavam entre o povo ensinando as Escrituras (v. 33). Continuaram pregando, mesmo sob perseguição e morte (v. 33-35). Muitos desses sábios morreram, mas aqueles que sobreviveram permaneceram puros até o fim. Um grupo de judeus, liderados pelo sacerdote Matatias, resistiu às ordens sacrílegas de Antíoco Epifânio e começou uma guerra de resistência, chamada a guerra dos macabeus. Evis Carballosa registra esse fato assim:

O terrível ataque de Antíoco Epifânio não enfraqueceu o espírito dos judeus fiéis. Ao contrário, a perseguição fez com que muitos se unissem para dar começo ao que se conhece como a guerra dos macabeus. O líder do movimento contra Antíoco foi um ancião sacerdote chamado Matatias. O fiel sacerdote não só se recusou a obedecer a ordem de oferecer sacrifícios a um deus pagão, mas também matou o emissário real e destruiu o altar pagão. Seguidamente, Matatias e seus filhos João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas organizavam uma guerra de guerrilhas que começou a causar sérios estragos entre as forças de Antíoco.

No ano 166 a. C., só uns meses depois de começada a guerra, Matatias morreu e um de seus filhos, Judas, sucedeu-o como líder do movimento. Antíoco pensava que seu exército destruiria a rebelião em curto espaço de tempo, mas equivocou-se. O exército sírio sofreu derrota após derrota. E m dezembro do ano 164 a. C., o exército dos macabeus marchou triunfante pelas ruas de Jerusalém. Em 25 de dezembro desse ano, o templo foi purificado e restaurado o culto a Yahveh.

LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 140-141.

 

As perseguições e a tirania insana que Antíoco exerceu sobre os judeus e sua religião (29-35) o tornaram um dos monstros da história. Sua indignação contra o santo concerto (30), tirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a abominação desoladora (31; a imagem de Zeus do Olimpo) no Templo são exemplos da sua fúria profana. Ele baniu todas as leis, costumes e cultos judaicos. Antíoco matou à espada as mães e crucificou os pais que circuncidavam seus filhos. Embora tenha queimado uma grande parte de Jerusalém, assassinado boa parte dos homens e escravizado mulheres e crianças, ele não conseguiu destruir a resistência. Embora muitos tenham apostatado e se submetido a Antíoco, outros ousaram resistir (32-35). Um exército de fiéis e corajosos judeus se reuniu sob o comando de Matatias para resistir ao exército de Antíoco.

Quando Matatias morreu, seu filho Judas ficou à frente do exército rebelde. Suas táticas de guerrilha (de ataques e fugas repentinos) tornaram-se famosas e lhe deram o nome de “Martelo” ou Macabeu. Em três anos os macabeus tinham dividido e derrotado os exércitos sírios de Antíoco e recapturado Jerusalém. O Templo foi restaurado, o altar purificado e a adoração restituída (em 25 de dezembro de 165 a. C.). Até o dia de hoje a Festa da Dedicação ou Hanukkah é observada pelos judeus, comemorando esse evento. A família dos macabeus, chamada Hasmoneana, tornou-se a reconhecida linhagem de governantes até que os romanos conquistaram a Palestina sob o comando de Pompeu, em 63 a. C.

Em meio à escuridão do quadro profético amedrontador apresentado nesse capítulo, uma clara luz de fé e heroísmo começa a brilhar. O povo que conhece ao seu DEUS se esforçará e fará proezas (32). Aqui é sugerido “Um Programa de Ação para uma Minoria Piedosa”. 1) Eles conhecem a DEUS. 2) Eles são fortes. 3) Eles fazem proezas. Eles agem com um claro sentido de direção. 4) Sua batalha está no alto nível do espírito, uma batalha de idéias santas. Eles ensinarão a muitos (33). 5) Sua causa triunfa. Para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até ao fim do tempo (35).

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 541-542.

 

III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO

1. O “homem vil” que chega ao poder.

“E esse rei fará conforme a sua vontade ”(11.36). Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em poder e, então, investe contra o DEUS de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama DEUS ou é objeto de culto”( 2 Ts 2.4).

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.

 

Dn 11.36 O leitor deve observar que os versículos 36 a 45, do presente capítulo, se revestem de particular interesse para os estudiosos da Bíblia. Muitos expositores acreditam que eles dão prosseguimento à descrição a respeito de Antíoco Epifânio e suas atrocidades. Mas, é evidente que há certas dificuldades nesta posição, em razão da morte deste monarca selêucida ter sido diferente da que fala o texto. A possível interpretação mantida pela tradição mais antiga e pelos pais da Igreja cristã era a de que esses versículos, sendo aplicados ao “tempo do fim”, apontam claramente para o Anticristo. Assim sendo, o texto em foco demonstra claramente ser o Anticristo a antítese do verdadeiro CRISTO; JESUS é Justo, ele será o iníquo; JESUS, ao entrar no mundo, disse ao Pai: “Eis aqui venho, para fazer, ó DEUS, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está dito aqui no presente texto, que ele “fará conforme a sua vontade”. O Senhor JESUS é o Filho de DEUS; ele será “o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O texto em foco, fala-nos também que este monstro hediondo “falará coisas maravilhosas”. Isto é, abrirá a sua boca em blasfêmia contra DEUS e seu tabernáculo. O Anticristo blasfemará dos “poderes superiores”, ridicularizando a própria existência de DEUS.

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 219-220.

 

Ele se tornou muito orgulhoso, insolente e profano. Estando muito convencido por causa das suas conquistas, declarou a sua oposição ao Céu, e pisou tudo que era sagrado (v. 36ss). Alguns entendem que aqui começa a profecia do anticristo. É claro que o apóstolo Paulo, na sua profecia sobre a ascensão e o reinado do homem do pecado, está fazendo uma alusão a isso (2 Ts 2.4), e mostra que Antíoco era um tipo e uma figura desse inimigo, assim como a Babilônia também havia sido. Mas, juntando essa profecia às profecias anteriores relativas a Antíoco, formando um discurso contínuo, me parece que ela esteja provavelmente se referindo principalmente a ele, e que nele ela teve o seu primeiro cumprimento, fazendo uma referência a alguma outra apenas para o tempo do fim (Grande Tribulação).

(1) Antíoco ofenderia impiedosamente o DEUS de Israel, o único e verdadeiro DEUS, chamado aqui de DEUS dos deuses. Desafiando a DEUS e sua autoridade, ele iria agir conforme a sua vontade contra o seu povo e a sua santa religião, exaltando-se acima dele, como fez Senaqueribe, falando coisas incríveis contra as suas leis e instituições. Isso se cumpriu quando Antíoco proibiu que fossem oferecidos sacrifícios no Templo de DEUS, ordenou que os sábados fossem profanados, e que o povo santo deveria ser contaminado, além de muitas outras perversidades. Antíoco queria fazer com que, sob ameaças de morte, esquecessem da lei, e mudassem todas as ordenanças (1 Mac 1.45).

(2) De uma forma absolutamente orgulhosa, Antíoco desprezaria todos os outros deuses, iria se exaltar acima de cada deus, até dos deuses das outras nações. Ele escreveu a todas as partes de seu reino que todos deveriam abandonar os deuses que adoravam para adorar somente aqueles que ele mandasse, e esta era uma atitude contrária à prática de todos os conquistadores que o haviam precedido (1 Mac 1.41,42). E todos os pagãos concordaram com a ordem do rei, pois embora amassem os seus deuses achavam que eles não mereciam qualquer sofrimento. No entanto, como seus deuses eram ídolos, para eles não fazia nenhuma diferença saber quem eram os deuses que estavam adorando. Antíoco não considerava nenhum deus e se engrandecia acima de todos (v. 37). Ele era tão orgulhoso que achava que estava acima da condição de homem mortal, acreditava que podia comandar as ondas do mar e alcançar as estrelas do céu. E essas eram as expressões da sua insolência e arrogância (2 Mac 9.8,10). Era assim que tratava todos aqueles que estavam em sua presença, até que a ira se completou (v. 36), até ter extrapolado os limites, e transbordado a medida da sua iniquidade. Pois aquilo que havia sido determinado seria realizado. Nada mais, nada menos.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 900.

 

O rei obstinado — o Anticristo (11.36-45). Jerônimo deu uma dupla interpretação a essa parte (11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a segunda, ao Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo Young e Seiss, entendem que os versículos 21-35 se referem de maneira apropriada a Antíoco e secundariamente ao Anticristo, e os versículos 36-45 devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.

E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero (36). Aqui a figura clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de fundo. Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do “homem do pecado” (2 Ts 2.3-4) e da visão de João acerca da “besta” (Ap 13.5-8). Vemos claramente refletido o “pequeno chifre” dos capítulos 7 e 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece quando comparamos os dois pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11. Enquanto o pequeno chifre do capítulo 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória e poder do empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará usurpar para si toda a bondade humana bem como a adoração divina.

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 542.

 

2. O futuro governante mundial no “tempo do fim”.

“E no fim do tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de Antíoco Epifânio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo. Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo. No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifânio. Ninguém ostenta uma glória que só pertence ao DEUS Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico Antíoco Epifânio, mas estava apontando para um tempo especial que a Bíblia descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do capítulo 9.27.

(11.41) Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na segunda Vinda de CRISTO (Ap 19.11-20).

(11.41-43) Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo. Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom, Moabe e Amom, identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o Anticristo na “terra santa”.

(11.44,45) A destruição do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de JESUS CRISTO, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc 14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor matará com o sopro da sua boca e com o esplendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).

“mas o seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de DEUS em Jerusalém. O Anticristo armará suas tendas militares em Jerusalém , nas cercanias do vale do Armagedom (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21).

Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 155-156.

 

Dn 11.40 Este versículo e outros correlatos neste capítulo, nos mostram o ressurgimento do povo egípcio com grande poder militar no tempo do fim. Mas, eles, os egípcios serão também tragados pelo império brutal do homem do pecado. Este versículo é realmente futurístico, ele aponta diretamente para o “tempo do fim”. O autor sagrado deixa de escrever a história e olha para diante, para descrever como o tirano Anticristo encontrará o seu fim (v. 45). Como evidência para isso, é destacado que há muitas menções de acontecimentos registrados na história, que tiveram lugar na parte final deste capítulo, tais como a conquista do Egito e a batalha entre o mar Mediterrâneo e o monte Sião. Também não pode ser mais Antíoco Epifânio, pois ele não morreu na Palestina, mas na Síria, como testemunha Políbio. O personagem descrito nestes versículos finais é sem dúvida o Anticristo; ele encontrará o seu fim, de fato na área mencionada, isto é, na grande planície, que fica entre o Jordão e o Mediterrâneo, denominada de Armagedom (Dn 11.45; Ap 16.16; 19.20).

Dn 11.41 “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Durante o tempo da Grande Tribulação haverá uma área demarcada por DEUS, diante da face do destruidor. Esta área servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: 1) O lugar preparado por DEUS (Ap 12.6). 2) O refúgio (Is 16.4). 3) O quarto (Is 26.20). 4) O isolamento (SI 55.5-8), etc. Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses países serão os únicos a escaparem da influência do Anti- cristo. O Egito não escapará. Edom ou Iduméia: Geograficamente, este país encrava-se na região montanhosa do mar Morto e do golfo de Acaba; estende-se também para dentro da Arábia Pétrea.

Moabe: Encrava-se no Sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo rio Amom.

Amom: Encrava-se na região Nordeste do mar Morto; hoje, esses três povos são tribos árabes. (Orígenes). Essa região será demarcada por DEUS naqueles dias sombrios da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O monte Sião será também demarcado. (Ver Ob v. 17; Ap 14.1). Todos esses lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de DEUS”, preparado para a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia. (Ver as seguintes Escrituras sobre este assunto: SI 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2; 40.11; 48.8, 9; Ez 20.35; Dn 11.41; 12.1; Os 2.14; Ob v. 17, 20; Mt 24.36; Ap 12.6, 13-17). A “mulher” perseguida e guardada por DEUS nessa época representa, sem dúvida, o “remanescente de Israel” (Apocalipse versículo por versículo).

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 222-223.

 

Os versículos 36-40 tratam de eventos de que não há correspondência em toda a história passada: um quadro profético do futuro Anticristo e sua atuação, especialmente quanto a Israel.

Mediante a expressão "nesse tempo", no capítulo 12, os eventos escatológicos nele constantes, como ressurreição dos mortos e recompensa dos justos, estão na sequência do tratado nos versículos 36-45. A era em que ocorrem esses eventos envolve também os eventos do capítulo 12.7-9.

Versículos 40-44. A expressão "rei do Norte", no versículo 40, prova que não se trata aí de Antíoco Epifânio, porque este seria em breve o "rei do Norte" (isto é, da Síria), e é evidente que ele não iria combater a si mesmo... Logo, trata-se de um futuro reino. O versículo mostra que no tempo do fim, isto é, na época da tribulação de Israel, o rei do Sul (que nesse tempo certamente não representará apenas o Egito, mas um bloco de nações norte-africanas) e o rei do Norte lutarão por algum tempo contra o Anticristo. Israel será a seguir invadido pelo reino do Norte (v. 41). O Egito também não escapará da sua invasão (v. 42). Certamente uma das razões para isso é o acordo de paz já hoje existente entre o Egito e Israel. Edom, Moabe e Amom serão poupados (v. 41), para que mais tarde o remanescente de Israel para aí escape na sua fuga durante a investida arrasadora do Anticristo contra os judeus (Mt 24.20; Is 16.1-5; Ez 20.35-38; Os 2.14; Ap 12.6,13,14). Esses antigos países bíblicos fazem hoje parte da Jordânia.

Nos versículos 40-45 o sujeito gramatical que motiva todos os eventos aí descritos é certamente o "rei do Norte" do versículo 40. No texto original esses versículos formam novo parágrafo. Esse reino nos tempos do Anticristo não será mais a Síria dos versículos anteriores do presente capítulo, mas um bloco de nações situadas ao extremo norte de Israel, encabeçadas pela Rússia, e chamadas na profecia, de Gogue e Magogue (Ez 38.15).

Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.

 

3. Precisão profética.

Dn 11.45 "... as tendas do seu palácio...” Cremos que o objetivo do Anticristo, ao armar sua tenda entre o mar Mediterrâneo e a cidade de Jerusalém, é alcançar o monte Moriá, ou seja a área do templo, para estabelecer nele um culto à sua própria pessoa e seu primeiro ato, após a conquista do lugar santo, é “se assentar como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS” (2 Ts 2.4).

“Mas virá o seu fim”. Finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... o ferro, o barro, o cobre, a prata, e o ouro ,serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio. (Ver Dn 2.34, 35; 8.25; 9.27; 11.45; Mt 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20). Todos sabemos que este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. CRISTO (a grande pedra) como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua, nem em seu peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Greco- macedônio), nem nas suas pernas (Império-Romano) compreendendo de 754 a. C. a 455 d. C.). Todos sabemos que, quando JESUS veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de CRISTO (Ap 19.11-21).

Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 226.

 

As lições decorrentes da soberania de DEUS na história

Stuart Olyott aponta várias lições decorrentes do estudo deste precioso texto: a primeira é que a Palavra de DEUS é absolutamente confiável. O livro de Daniel foi escrito no século 6 a.C. Ele conta a história .minuciosamente antes dela acontecer. Isso prova que a Palavra de DEUS é infalível, inerrante e sobrenatural. A Palavra de DEUS não apenas contém a verdade, ela é a verdade infalível e inerrante.

Assim como ela é confiável nos relatos históricos, também o é em sua revelação acerca de DEUS, do homem e da salvação, também como da consumação dos séculos. É loucura consumada ignorar, negligenciar ou descrer desse livro.

A segunda lição é que DEUS é o Senhor soberano da história. Como poderia o Senhor ter dado a Daniel uma detalhada visão do futuro, se esse estivesse fora de seu controle? Tudo aconteceu como DEUS disse. Ele é quem levanta reis e abate reis. Ele levanta reinos e abate reinos.

Tudo acontece como DEUS disse. O que fora profetizado se cumpriu. Tudo o que ocorre na história, ocorre porque está escrito no livro de DEUS. Tudo que acontece confirma os decretos de DEUS. Todas as coisas se movem em direção ao triunfo final de nosso Senhor JESUS CRISTO e ao castigo final e eterno dos ímpios. Osvaldo Litz interpreta corretamente quando diz:

O real valor da profecia não está na predição, mas em nos mostrar tudo acontecendo sob a onipotência de DEUS, para que à luz da profecia achem os o caminho certo em meio às tentações e aos perigos e estejam os consolados em tudo. Pois para os discípulos de JESUS sobre todos os acontecimentos do tempo do fim estão também as palavras de JESUS: ‘Levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima.

A terceira lição é que DEUS continua DEUS, ainda que não O vejamos em parte alguma. Vimos o anjo anunciar o futuro a Daniel. Há um verdadeiro catálogo de guerras, alianças, casamentos, traições e uma quantidade estonteante de reis que surgem e desaparecem. O homem ocupa todo o cenário. Frequentemente, temos a impressão de que os acontecimentos são controlados pelo homem mais forte de sua respectiva época. DEUS não é mencionado em parte alguma. Aparentemente, é como se a história nada tivesse a ver com Ele. Mas, mesmo nesse tempo, DEUS continua o Senhor da história. Esse fato continua sendo verdade, ainda que pareça não existir evidência de que DEUS está trabalhando. A atenção do mundo estava voltada para os medos e persas, para os gregos ou para os reinos dos ptolomeus e selêucidas. Nesse tempo, o povo de DEUS parecia apagado. Tinha, sim, muita tribulação e perplexidade. Mas nesse tempo, DEUS continua o Senhor de toda a história. Mesmo quando não pode ser visto, Ele está governando os assuntos do mundo e também os destinos do Seu povo. DEUS continua DEUS ainda que não vejamos em parte alguma.

LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 142-144.

 

ASPECTOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Nos primeiros três anos e meio, seguindo uma sequência que inclui os capítulos 38 e 39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos, primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-se do caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas. Esta invasão de Israel está assim profetizada: Tu, pois, ó filho do homem, profetiza contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. Far-te-ei virar, e te porei seis anzóis, e te farei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel (Ezequiel 39:1-2).

Em seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o Senhor: “Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 39:6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armas nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser continentes desconhecidos do profeta.

Finalmente, o caos mundial e o gênio da besta. A Bíblia descreve a pessoa do anticristo como sendo um homem muito inteligente:

Estando eu observando os chifres, vi que entre eles subiu outro chifre pequeno; e três dos primeiros chifres foram arrancados diante dele. Neste chifre havia olhos como os olhos de homem, e uma boca que falava com vanglória (Daniel 7.8).

“Olhos de homem” significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa uma tremenda capacidade oratória.

Embora todo o período de tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três anos e meio. Eis as passagens bíblicas:

Daniel 7:25: Proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e as leis. Eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.

Apocalipse 11:2: Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.

Apocalipse 12:6,14: A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.

Apocalipse 13:5: Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.

O anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador (Daniel 9.27).

Esta aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá chegado o tempo de DEUS tratar de novo com eles como o fazia durante a vigência da lei.

A voz do arcanjo relacionada com o arrebatamento da Igreja é um sinal para os israelitas. Diz a Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressurgirão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16). Leia estas outras passagens: Judas 9; Daniel 10:13,21; Daniel 12:1; Apocalipse 12:7.

DEUS nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em 1 Reis 19:14,18: Respondeu ele: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos. Os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também... Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.

Abraão de Almeida. Manual de Profecia Bíblica. Editora CPAD. 147-150.

 

AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO - BEP - CPAD.

Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira.

(a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades (2.9-12).

(b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.

A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o poder do Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra por mil anos (20.1-6) - Depois disso Satanás será solto e ainda reunirá um exército para lutar contra CRISTO que os vencerá e será então realizado o juízo sobre Satanás e seus seguidores no Grande Trono Branco, onde todos os que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida serão lançados no lago de fogo e enxofre. Nós, os salvos, estaremos para sempre com o Senhor, Nova Jerusalém.

Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD
 

ELABORADO: Pb Alessandro Silva

 (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.

 

 

 

Referências Bibliográficas (outras estão acima)

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.

Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.

BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.

www.ebdweb.com.br

www.escoladominical.net

www.gospelbook.net

www.portalebd.org.br/

http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva

  

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Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24 NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de  Almeida Silva

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO

1.1. No começo do Dia do Senhor

1.2. Paz para todos

1.3. Problemas resolvidos

2. TEMOS UM ESPECIALISTA

2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista

2.1.1. Na intelectualidade

2.1.2. Na oratória

2.1.3. Na política

2.1.4. Na economia

2.1.5. No âmbito militar

2.1.6. Na religiosidade

2.2. O império do engano

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

2 Tessalonicenses 2.3-11

3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.

5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;

8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;

9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,

10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.

1 João 2.18

18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é

já a última hora.

  

TEXTO ÁUREO

E o DEUS de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor

JESUS CRISTO seja convosco. Amém! Romanos 16.20.

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Daniel 9.24-27 O príncipe que há de vir

3ª feira – Isaías 51.12-15 O furor do angustiador

4ª feira – Daniel 11.37-39 Ao deus das fortalezas honrará

5ª feira – Apocalipse 13.1-3 A besta que sobe do mar

6ª feira – 1 João 2.18-29 O mentiroso e enganador

Sábado – Apocalipse 19.11-21 O destino do Anticristo

  

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

identificar o momento histórico em que o Anticristo se manifestará, segundo as Sagradas Escrituras;

compreender que o mundo inteiro se dobrará diante do poder de convencimento do Anticristo e o seguirá maravilhado (Ap 13.3); perceber que, no final da segunda parte da Grande Tribulação, na batalha do Armagedom, o Anticristo será definitivamente derrotado (Ap 19.20).

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, seguem alguns fatos relacionados ao Anticristo que podem ser enfatizados no decorrer da lição:

- Seu aparecimento se dará no fim da história de Israel (Dn 8.17).

- Ele se manifestará imediatamente antes do arrebatamento da Igreja (2Ts 2.1-3) e ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos (Ap 6.2).

- Na primeira metade da Grande Tribulação, firmará publicamente um pacto de paz com Israel (Dn 9.27).

- Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn 11.45; Ap 13.3).

- Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8). Receberá vida após ser curado (Ap 13.11-14).

- Governará o mundo — que o seguirá maravilhado — nos aspectos político, religioso e econômico (Ap 13.3-8,16-18).

- Pronunciará grandes blasfêmias contra DEUS (Dn 7.8; Ap 13.6).

- Será controlado pelo diabo (Ap 13.2-5).

- Matará publicamente as Duas Testemunhas (Ap 11.7).

- Perseguirá furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).

- Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc 12.1,2; 14.1-3. Ap 16.16; 19.19).

- Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27; 11.41; 12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).

- Assentar-se-á no Templo para ser adorado como DEUS (2 Ts 2.4; Ap 13.4-8).

- Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios (2 Ts 2.9-12).

- Lutará contra CRISTO na segunda fase da Sua vinda, na campanha militar do Armagedom.

- Será derrotado, junto com seus exércitos e lançado vivo no lago de fogo ardente (Dn 7.11; Ap

19.20). Boa aula!

  

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Ao dirigir-se ao rei Nabucodonosor, Daniel declarou que o DEUS que está nos céus é o único que sabe; é o único que tem as respostas e o significado dos sonhos e das visões relacionados aos acontecimentos previstos para ocorrer no fim dos dias (Dn 2.28). Este mesmo princípio aplica-se, literalmente — em sua maioria —, às visões e revelações dadas a Daniel: muitas de suas profecias fazem referência direta ao Anticristo, que governará o mundo durante sete anos (Dn 9.24-27).

 

 

SUBSÍDIO

A Escritura afirma que o Anticristo virá para representar o diabo (Ap 13.2), assim como o Senhor JESUS veio a este mundo como representante do DEUS eterno, todo-poderoso (Jo 9.4).

  

1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO

Imediatamente após a consumação da segunda vinda do Senhor JESUS e o arrebatamento dos salvos, de acordo com as profecias bíblicas, terá início o Dia do Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13). Precisamente nesta ocasião, aparecerá o Anticristo para cumprir um papel importantíssimo, descrito no panorama profético dos dias finais. Esses dias serão os piores na vida do ser humano, ainda que nos primeiros 42 meses tudo pareça transcorrer dentro da normalidade (Ap 13.5b).

  

1.1. No começo do Dia do Senhor

Escassez de alimentos; enfermidades múltiplas; desemprego; violência; terrorismo; ódio entre as nações; lutas acirradas entre classes e poderes; insegurança; destruição da família etc.: tais

conjunturas serão observadas nos dias finais do ser humano. No fundo do poço, onde não há claridade, esperança ou motivação positiva, governantes mundiais, líderes e pessoas comuns — de todos os segmentos, áreas e grupos sociais — clamarão por alguém forte e carismático — vindo da terra, do céu ou do inferno —, com respostas e soluções urgentes para salvar a humanidade. Diante dessas ocorrências, no momento preestabelecido por DEUS, surgirá o Anticristo, montado em um cavalo branco, com a mensagem da esperança, anunciando um novo tempo de prosperidade, felicidade e bênçãos (Ap 6.2).

 

 

1.2. Paz para todos

Procurando imitar a pessoa do Senhor JESUS, que veio como Príncipe da Paz (Is 9.6), o Anticristo começará o seu governo, apresentando um plano de paz universal em que não haverá guerras, rebeliões, manifestações ou confrontos em todos os níveis da sociedade. O medo, o terror, o assombro e a insegurança serão substituídos pela paz, alegria e felicidade.

Utilizando os meios de comunicação mais eficientes, poderosos e sofisticados, o Anticristo estabelecerá um concerto de paz com a nação de Israel — e outras nações inimigas —,

concernente à disputa territorial. Como promotor e mediador, patrocinado oficialmente por seu governo, ele transmitirá uma mensagem ao mundo, anunciando que o seu objetivo é a paz e a prosperidade para todos, destituída de preconceitos ou discriminações (Dn 9.27). Com a grande boca que receberá do diabo, seus pronunciamentos serão impecáveis e notáveis; deste modo, persuadirá milhões de indivíduos em todos os lugares da terra (Ap 13.5). O Anticristo reconquistará a credibilidade e a confiança das massas populares, ultrapassando todos os créditos conferidos aos líderes postados nos anais da história universal.

 

1.3. Problemas resolvidos

Sete anos será o tempo do Anticristo como governante mundial, quando a última semana de anos mencionada nas Escrituras será cumprida, literalmente, em todas as suas atividades. Este período (Tribulação e Grande Tribulação) será dividido em duas partes de três anos e meio cada uma. Na primeira etapa, o Anticristo aparecerá como um príncipe salvador, um eminente e confiável líder político, com ações visíveis e comprovadas publicamente. Emprego, saúde, educação, segurança e lazer serão bens intangíveis garantidos a todas as pessoas; dívidas contraídas, relacionadas à crise econômica, serão solucionadas. Por essas e outras iniciativas — inclusive no que tange à religiosidade (quando nada será proibido) —, o Anticristo será aceito e admirado pelas multidões, com um índice de aprovação jamais visto na história dos grandes líderes. Ele será um mito, com milhões de seguidores fanáticos, que o adorarão; estes estarão prontos, se necessário, a morrer por ele.

  

2. TEMOS UM ESPECIALISTA

Líderes, cientistas, autoridades nas áreas da educação, economia, habitação e segurança não têm soluções definitivas para o futuro da raça humana. Por essa razão, a incessante procura por especialistas, em todas as áreas, tornou-se uma

realidade incontestável em nossos dias. Gastam-se milhões produzindo e buscando alguém superdotado, acima da média, para enfrentar e vencer os desafios que surgem a cada instante, tais como: terrorismo; violência urbana; fome; pandemias; ideologia de gênero; discriminação, dentre outros. E essa busca se intensificará nos dias finais.

 

 

2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista

Durante sete anos, o Anticristo será o foco, o centro, o catalisador, a figura mais proeminente em todo o mundo. Ele se destacará em diversas áreas. Vejamos a seguir.

 

 

2.1.1. Na intelectualidade

O mundo será impactado pelo acúmulo de conhecimentos do Anticristo, cuja mente brilhante terá domínio sobre o intelecto. Seus poderes de percepção, entendimento e aproveitamento das informações ultrapassarão qualquer capacidade cognitiva humana. Ele será inigualável (Dn 8.23).

  

2.1.2. Na oratória

O mundo será persuadido pelo encanto mágico das expressões e palavras inteligentes, brilhantes, emocionantes e convincentes do mais poderoso líder de todos os tempos (Dn 11.36; Ap 13.2,6). O Anticristo será um orador acima da média.

  

2.1.3. Na política

O Anticristo surgirá do anonimato, trazendo coisas novas e soluções inovadoras. Nutrido do poder satânico, em um curto período, ele ocupará lugar proeminente no cenário político mundial. Sua habilidade diplomática, capacidade de articulação e astúcia deixarão admirados os especialistas das instituições políticas, fazendo-os concordar com as ações desse líder incomparável. Suas propostas serão seguidas de grandes sinais, que serão realizados publicamente por ele e pelo Falso Profeta, diante de todos (Ap 13.5).

 

 

SUBSÍDIO 2.1.3

A primeira besta (o Anticristo) e a segunda (o Falso Profeta) serão os diretores-executivos do maior e mais pernicioso sistema de engano conhecido na História.

 

 

2.1.4. Na economia

O Anticristo será o comandante-geral das nações, o dono da última palavra. Em seu governo, todas as ações mercantis serão nacionalizadas; nada escapará do seu controle. Nos últimos três anos e meio de sua administração (Grande Tribulação), ninguém poderá comprar ou vender sem sua permissão pessoal (Dn 11.43; Ap 13.16,17).

  

2.1.5. No âmbito militar

Será fantástico e inovador, quase perfeito nas estratégias militares. O Anticristo será o chefe supremo das forças armadas de todo o mundo. Em seu intento de derrotar o Senhor JESUS e as hostes celestiais, ele formará um poderoso exército, com 200 milhões de soldados supertreinados (Ap 9.16), que estará disposto a morrer por ele e por sua causa. O exército do Anticristo terá a mais eficiente, destrutiva e sofisticada máquina de guerra à sua disposição, desenvolvida com a mais alta tecnologia disponível no fim dos tempos.

  

2.1.6. Na religiosidade

Nenhum líder mundial conseguiu realizar o que o Anticristo fará durante o seu reinado de terror. Ele começará seu governo como um homem de bem, pacificador, jurisconsulto e perito em economia; ele dará tudo de si, como se fosse o maior interessado no bem-estar de todos. Entretanto, seu objetivo final será unir todo o sistema religioso para que todos o adorem, a despeito da religião que professem. João contempla a parceria entre os poderes político e religioso nos dias finais (Ap 17.1-3).

  

2.2. O império do engano

Assim como Satanás utilizou-se do engano, desde o início dos tempos, ele incorporará essa mesma estratégia no Anticristo no final desta era (2 Co 1.7). Observe o que a Escritura ressalta a respeito do império do engano.

- JESUS declarou que o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44);

esta, aliás, é sua arma principal (Ap 12.9).

- JESUS também disse que, nos últimos dias, surgirão em todo o mundo falsos cristos, falsos profetas, falsos apóstolos, falsos mestres, falsos doutores, falsas doutrinas, falsos espíritos, falsos testemunhos, falsos evangelhos, os quais desviarão milhões de seres humanos da verdade; se possível fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24).

- Paulo acrescentou que, nos últimos dias, espíritos imundos invadirão a terra, promoverão e implantarão o engano, levando as pessoas à mentira (1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-5,13). Por fim, JESUS exortou Seus discípulos acerca dos dias finais. Disse Ele: acautelai-vos, que ninguém vos engane (Mt 24.4).

  

CONCLUSÃO

Quando a apostasia alcançar proporções gigantescas, abrangendo o mundo inteiro, o ESPÍRITO SANTO e a Igreja serão retirados da terra. Só então, haverá a manifestação do

Anticristo (2 Ts 2.3-6), que será: revestido de poder satânico; referenciado por sua inteligência, carisma e liderança; e admirado pelas massas populares (Ap 13.3,4). O espírito demoníaco da besta — mencionado na Escritura como o espírito do Anticristo (1 Jo 4.3; 2.18) — já está operando

no mundo. O poder desta força maligna espiritual foi-lhe conferido pelo dragão (o diabo). Essa força controlará a vida pública e privada de milhões de indivíduos (Ap 13.16,17), durante o governo do homem do pecado, o filho da perdição (2 Ts 2.3). Assessorado diretamente pela segunda besta (o Falso Profeta), o Anticristo terá a sua marca — o seu logotipo, a sua senha, a sua legenda — postada na mão direita (ou na testa) de todos aqueles que o servirão (Ap 13.16-18). No final dos sete anos, ele será vencido e condenado, por ocasião da Revelação do Senhor JESUS na batalha do Armagedom, na segunda fase do retorno de CRISTO (2 Ts 2.8).

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda: Em que momento da História terá início o Dia do Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13)?

R.: O Dia do Senhor — ou Grande Tribulação —, de acordo com as profecias bíblicas, terá início imediatamente após a consumação da segunda vida do Senhor JESUS e o arrebatamento dos salvos.