Escrita Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24, Pr Henrique,
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO
1.1. No começo do Dia do Senhor
1.2. Paz para todos
1.3. Problemas resolvidos
2. TEMOS UM ESPECIALISTA
2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista
2.1.1. Na intelectualidade
2.1.2. Na oratória
2.1.3. Na política
2.1.4. Na economia
2.1.5. No âmbito militar
2.1.6. Na religiosidade
2.2. O império do engano
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
2 Tessalonicenses 2.3-11
3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim
sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da
perdição,
4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou
se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer
DEUS.
5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda
estava convosco?
6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio
tempo seja manifestado.
7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que,
agora, resiste até que do meio seja tirado;
8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro
da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o
poder, e sinais, e prodígios de mentira,
10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não
receberam o amor da verdade para se salvarem.
11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que
creiam a mentira.
1 João 2.18
18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o
anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos
que é
já a última hora.
TEXTO ÁUREO
E o DEUS de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A
graça de nosso Senhor
JESUS CRISTO seja convosco. Amém! Romanos 16.20.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Daniel 9.24-27 O príncipe que há de vir
3ª feira – Isaías 51.12-15 O furor do angustiador
4ª feira – Daniel 11.37-39 Ao deus das fortalezas honrará
5ª feira – Apocalipse 13.1-3 A besta que sobe do mar
6ª feira – 1 João 2.18-29 O mentiroso e enganador
Sábado – Apocalipse 19.11-21 O destino do Anticristo
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
identificar o momento histórico em que o Anticristo se manifestará,
segundo as Sagradas Escrituras;
compreender que o mundo inteiro se dobrará diante do poder de
convencimento do Anticristo e o seguirá maravilhado (Ap 13.3); perceber que, no
final da segunda parte da Grande Tribulação, na batalha do Armagedom, o
Anticristo será definitivamente derrotado (Ap 19.20).
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, seguem alguns fatos relacionados ao Anticristo que
podem ser enfatizados no decorrer da lição:
- Seu aparecimento se dará no fim da história de Israel (Dn 8.17).
- Ele se manifestará imediatamente antes do arrebatamento da Igreja
(2Ts 2.1-3) e ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos (Ap
6.2).
- Na primeira metade da Grande Tribulação, firmará publicamente um
pacto de paz com Israel (Dn 9.27).
- Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn 11.45; Ap
13.3).
- Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8). Receberá
vida após ser curado (Ap 13.11-14).
- Governará o mundo — que o seguirá maravilhado — nos aspectos político,
religioso e econômico (Ap 13.3-8,16-18).
- Pronunciará grandes blasfêmias contra DEUS (Dn 7.8; Ap 13.6).
- Será controlado pelo diabo (Ap 13.2-5).
- Matará publicamente as Duas Testemunhas (Ap 11.7).
- Perseguirá furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).
- Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc 12.1,2;
14.1-3. Ap 16.16; 19.19).
- Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27; 11.41;
12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).
- Assentar-se-á no Templo para ser adorado como DEUS (2 Ts 2.4; Ap
13.4-8).
- Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios (2 Ts
2.9-12).
- Lutará contra CRISTO na segunda fase da Sua vinda, na campanha militar
do Armagedom.
- Será derrotado, junto com seus exércitos e lançado vivo no lago
de fogo ardente (Dn 7.11; Ap 19.20). Boa aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
“E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.” (2 Ts 2.8)
O Homem do Pecado, a encarnação máxima da maldade, será destruído por JESUS CRISTO – o Homem Perfeito.
Segunda - Ez 28.1-15 O chefe do Anticristo
Terça - 2 Ts 2.1-12 A natureza do Anticristo
Quarta - Ap 13.1-10 A ascensão do Anticristo
Quinta - 2 Ts 2.4 O auge do Anticristo
Sexta - Dn 9.27 O Anticristo e Israel
Sábado - Ap 19.20 A destruição do Anticristo
1 - Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO e pela nossa reunião com ele, 2 - que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de CRISTO estivesse já perto. 3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. 5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; 8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, 10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, 12 - para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade. 13 - Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO e fé da verdade, 14 - para o que, pelo nosso evangelho, vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor JESUS CRISTO. 15 - Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
Para auxiliar no estudo da Lição 11, destacamos que o "dia de CRISTO" ou "dia do Senhor" no texto de 2Tessalonicenses 2.1-15 (correspondente à nossa Leitura Bíblica em Classe), não se refere ao arrebatamento da igreja, mas ao período de julgamento que se iniciará após o arrebatamento e que se estenderá até o fim do Milênio. É um período de julgamento de DEUS sobre a terra. Essa compreensão dissipa a dúvida quanto ao fato de Paulo haver dito nesse texto que o dia do Senhor não viria sem que primeiro fosse manifesto o "homem do pecado", isto é, o anticristo.
Para auxiliar melhor sobre o que significa esse dia do Senhor, transcrevemos abaixo um pertinente comentário disponibilizado na Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), em nota de rodapé ao texto bíblico de 1Tessalonicenses 5.2. Leiam e entendam:
O DIA DO SENHOR
O "Dia do Senhor" refere-se, normalmente, não a um dia de 24 horas, mas a um extenso período de tempo durante o qual os inimigos de DEUS são derrotados (Is 2.12-21; 13.9-16; 34.1-4; Jr 46.10; Jl 1.15-2.11,28; 3.9,12-17; Am 5.18-20; Zc 14.1-3), vindo a seguir o reino terrestre de CRISTO (Sf 3.14-17; Ap 20.4-7).
(1) Esse "Dia" começa quando o juízo e tribulação divinos e diretos, caírem sobre o mundo, no fim desta era (v. 3). O período da tribulação está incluso no "Dia do Senhor" (Ap 6.19; ver 6.1). Essa ira de DEUS culmina com a vinda de CRISTO para destruir todos os ímpios (Jl 3.14; ver Ap 16.16; Ap 19.11-2.1).
(2) Segundo parece, o Dia do Senhor começa num momento em que as pessoas estão confiantes na paz e na segurança (v. 3).
(3) O "Dia" não surpreenderá os crentes como um ladrão de noite, porque eles foram destinados à salvação, e não à ira, e estão alertas, espiritualmente vigilantes e vivendo na fé, no amor e na justiça (vv. 4-9).
(4) Os crentes serão livres da "ira futura" (1Ts 1.10) pelo Senhor JESUS CRISTO (v. 9), quando Ele vier nas nuvens para arrebatar sua igreja e levá-la ao céu (cf. 4.17; ver Jo 14.3; Ap 3.10)
(5) O Dia do Senhor terminará depois do reino milenar de CRISTO (Ap 20.4-10), na ocasião da criação do novo céu e da nova terra (cf. 2 Pe 3.13; Ap 21.1).
Ademais, ressaltamos que a Lição trabalha noções da escatologia bíblica por uma perspectiva PRÉ-TRIBULACIONISTA, ou seja, que crê no arrebatamento da Igreja antes da Tribulação. Portanto, esta aula deve ser ministrada sob esta mesma perspectiva, que é a predominante entre os pentecostais e é a oficial das Assembleias de DEUS.
Revelar a missão do homem do pecado;
Apontar a destruição do homem do pecado.
A Bíblia fala de um indivíduo que será agente de Satanás para fazer o mal nos últimos dias. Sua identidade, natureza e missão opõem-se frontalmente a identidade, natureza e missão do Filho de DEUS, JESUS. É verdade que o Anticristo há de se revelar plenamente num momento histórico de nossa era; entretanto, segundo a Palavra de DEUS, também é verdade que seu “espírito” já opera no mundo. Os planos diabólicos do Anticristo já se encontram na Terra. É possível ver lampejos de suas influências no sistema religioso, sociocultural, político e econômico que dominam o mundo. Nossa postura, como cristão, é a de compreender essas coisas e aguardar com fé o arrebatamento da Igreja e a vinda gloriosa de nosso Senhor JESUS CRISTO.
1. Origem do Homem do Pecado.
1. Opor-se a DEUS.
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM DO PECADO
1. A ascensão de seu império.
1. Origem do Homem do Pecado.
a) Será um homem normal;
b) Será revestido de poderes malignos para execução das suas obras nefastas, nunca vistas;
c) Será satânicamente usado para fazer sinais maravilhosos, II Ts 2.9 e Apoc 13.3;
d) Será um ditador, Apoc 13.16-17;
e) Usará a religião para atingir seus objetivos, II Ts 2.4 e Ap 13.8-12;
f) Promoverá feroz perseguição, aos que não se submeterem, Apoc 13.7;
O apóstolo João fala sobre os Anticristos.
1Jo 2:18,19 muitos se têm feito Anticristos.
2Jo 7 não confessam que JESUS veio em carne.
1 Jo 2:22 Negam que JESUS é o CRISTO, negam o pai e o filho.
Satanás tem preparado um anticristo desde Gênesis 3:15, para assumir o governo do mundo.
Anticristos são figuras do anticristo.
Os mais famosos foram Faraó do Êxodo, o perverso Amã e o sanguinário Herodes (Êx 1.8-16; Et 3.1-6; Mt 2.13). Na história humana, Nero, Stalin, Napoleão Bonaparte, Hitler, etc...
O mais próximo anticristo da história humana.
Quando encerramos a leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de tempo que representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente quatrocentos anos de um período considerado "o silêncio de DEUS". Entretanto, acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu um personagem na história, considerado pelos principais estudiosos do Antigo Testamento, a figura mais próxima do verdadeiro Anticristo: Antíoco Epifânio.
Um personagem importante na história bíblica e secular.
O imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que profanou o Templo dos judeus em Jerusalém.
Foi no período Inter bíblico. No momento histórico da invasão em Jerusalém após o retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura do futuro Anticristo.
1) O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes.
2) - O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém.
3) - Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama DEUS ou se adora".
Característica mais clara do ANTICRISTO:
Tem que ser judeu e descendente do rei Davi.
Só há esta possibilidade para poder se passar pelo CRISTO e enganar os Judeus. Terá que provar ser descendente do rei Davi.
Outra grande probabilidade:
Durante a grande tribulação o mundo estará sob o domínio, da trindade satânica:
1. Dragão, (Satanás - será o anti-pai)
2. Anticristo, (será o anti-filho)
3. E o Falso Profeta, (será o anti-espirito)
1. O Dragão, (Satanás ou Diabo)
a) Satanás e seus anjos que se encontram nos lugares celestiais serão lançados à terra, com grande ira, porque sabem, que já tem pouco tempo no período da Grande Tribulação, para perseguir os homens, principalmente os judeus.
b) Serão desalojados dos lugares celestiais, Ef 6.12;
c) Será precipitado na terra, Apoc 12.9;
d) Anjos malignos o acompanhará, Apoc 12.9;
e) Virá com grande ira, porque, sua permanência é por pouco tempo, Apoc 12.12.
2. O Anticristo
a) Será um homem normal;
b) Será revestido de poderes malignos para execução das suas obras nefastas, nunca vistas;
c) Será satanicamente usado para fazer sinais maravilhosos, II Ts 2.9 e Apoc 13.3;
d) Será um ditador, Apoc 13.16-17;
e) Usará a religião para atingir seus objetivos, II Ts 2.4 e Ap 13.8-12;
f) Promoverá feroz perseguição, aos que não se submeterem, Apoc 13.7;
h) Seus nomes revelam quem ele é e o seu caráter:
Anticristo, Iníquo, Besta, Filho da Perdição, Homem do Pecado.
O anticristo terá um auto grau de capacidade (a) Na área religiosa, e Política, Apoc 13.8, 2 Tm 2.4;
b) Na área comercial, Apoc 13.16-17, Dn11;
c) Na área militar, Apoc 6.2 e 19.19;
d) Na área intelectual, Apoc 13.24 e Dn 8.23;
e) Na área política, Apoc 17.11,13 ,17;
f) Impressionará com a sua oratória, Dn 11.36.
((O Anticristo e algumas de suas atividades (a) Fazer a vontade de Satanás; b) Promover a expansão da apostasia e da impiedade; c) Opor-se a DEUS;
d) Controlar os exércitos e lavá-los ao Armagedom
e) Reinará por sete anos.
3. O Falso Profeta
a) Será semelhante a qualquer outro homem, Apoc 13.11;
b) Sua principal missão, será projetar o anticristo, Apoc 13.13;
c) Tornará compulsório o sinal da besta, Apoc 13.16-17.e 14.9;
d) Será revestido de poderes satânicos, Apoc 13.12;
e) Esconde na aparência , sua verdadeira identidade, Apoc 13.11;
f) Induzirá os homens a adorar o Anticristo e operará grandes milagres.
1. Opor-se a DEUS.
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM DO PECADO
1. A ascensão de seu império.
Nos primeiros três anos e meio, seguindo uma sequência que inclui os capítulos 38 e 39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos, primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-se do caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas. Esta invasão de Israel está assim profetizada: Tu, pois, ó filho do homem, profetiza contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. Far-te-ei virar, e te porei seis anzóis, e te farei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel (Ezequiel 39:1-2).
Em seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o Senhor: “Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 39:6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armas nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser continentes desconhecidos do profeta.
Finalmente, o caos mundial e o gênio da besta. A Bíblia descreve a pessoa do anticristo como sendo um homem muito inteligente:
Estando eu observando os chifres, vi que entre eles subiu outro chifre pequeno; e três dos primeiros chifres foram arrancados diante dele. Neste chifre havia olhos como os olhos de homem, e uma boca que falava com vanglória (Daniel 7.8).
“Olhos de homem” significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa uma tremenda capacidade oratória.
Embora todo o período de tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três anos e meio. Eis as passagens bíblicas:
Daniel 7:25: Proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e as leis. Eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Apocalipse 11:2: Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
Apocalipse 12:6,14: A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
Apocalipse 13:5: Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.
O anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador (Daniel 9.27).
Esta aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá chegado o tempo de DEUS tratar de novo com eles como o fazia durante a vigência da lei.
A voz do arcanjo relacionada com o arrebatamento da Igreja é um sinal para os israelitas. Diz a Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressurgirão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16). Leia estas outras passagens: Judas 9; Daniel 10:13,21; Daniel 12:1; Apocalipse 12:7.
DEUS nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em 1 Reis 19:14,18: Respondeu ele: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos. Os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também... Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.
Abraão de Almeida. Manual de Profecia Bíblica. Editora CPAD. 147-150.
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira.
A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o poder do Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra por mil anos (20.1-6) - Depois disso Satanás será solto e ainda reunirá um exército para lutar contra CRISTO que os vencerá e será então realizado o juízo sobre Satanás e seus seguidores no Grande Trono Branco, onde todos os que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida serão lançados no lago de fogo e enxofre. Nós, os salvos, estaremos para sempre com o Senhor, Nova Jerusalém.
13.2 BESTA... SEMELHANTE AO LEOPARDO. A besta do versículo 2 é a mesma besta do versículo 1, que representa não somente o reino gentílico mundial dos tempos do fim, mas também o rei daquele reino. Esta besta é uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o domínio político e religioso do mundo daqueles tempos (ver 17.13; Dn 7.4-6; 8.25; 9.27). É chamado o "homem do pecado", em 2 Ts 2.3,4 e o "anticristo", em 1 Jo 2.18 ("anti" quer dizer "em lugar de"; assim sendo, o anticristo afirmará ser o CRISTO verdadeiro, o Messias verdadeiro, Mt 24.24,25; 2 Ts 2.3,4). Ele fará uma aliança com a nação de Israel (Dn 9.27; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO)
13.3 FERIDA DE MORTE. Aparecerá ao mundo que o anticristo foi mortalmente ferido e depois revificado pelo poder miraculoso de Satanás (vv. 2,14; cf. 2 Ts 2.9; ver Ap 17.8). Conclui-se que DEUS permitirá a Satanás, nesta ocasião, imitar o poder de CRISTO, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana (cf. 2 Ts 2.9,10).
13.7 FAZER GUERRA AOS SANTOS. Durante a tribulação, o povo terá de escolher entre a nova, popular e fácil religião, ou crer em CRISTO e permanecer fiel.
13.8 ADORARAM-NA TODOS. O anticristo se apresentará como se fosse DEUS com poder sobrenatural demoníaco (2 Ts 2.4,9). Isso levará o povo a adorá-lo. A religião do anticristo ensina a divinização da humanidade como está divulgando a Nova Era (Gn 3.5). Ao invés da verdade de que em CRISTO DEUS se tornou homem (Jo 1.14), o Anticristo propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de DEUS (2 Ts 2.4). Atualmente, a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final dessa doutrina.
13.8 CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. A morte redentora de CRISTO, pela salvação da humanidade, foi determinada por DEUS desde o início da criação do mundo (ver 17.8; Gn 3.15; 1 Pe 1.18-20).
2Ts 2.3,4 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.”
Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18); aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra CRISTO e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor JESUS CRISTO estabelecerá o seu reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).
SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO. Diferente do arrebatamento da igreja, a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra: (1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se (2.7); (2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora, resiste”, deve ser afastado (2.7).
(1) O “mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro (ver 2.7), aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do predomínio da iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no NT (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7; ver Ap 2.7). Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do ESPÍRITO até ser arrebatada (ver Ef 6.11).
(2) Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica. (a) Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.(b) Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a DEUS e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade). (ii) A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com CRISTO e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de DEUS (Is 29.13; Mt 23.25-28). Muitas igrejas permitirão quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 4.3). (c) Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de DEUS é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra DEUS e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9). (d) O triunfo final do reino de DEUS e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de DEUS, quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver 2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1; 2Pe 3.10-13; Jd).
(3) Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2.6,7).
(a) O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao ESPÍRITO SANTO, pois somente Ele tem poder de deter a iniquidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra “ESPÍRITO” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (ver Gn 6.3; Jo 16.8; Rm 8.13; ver Gl 5.17, sobre a obra do ESPÍRITO SANTO a restringir o pecado). (b) No começo dos sete anos de tribulação, o ESPÍRITO SANTO será “afastado” (v. 7). Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O ESPÍRITO SANTO, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a CRISTO e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).(c) Retirando-se o ESPÍRITO SANTO, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno (2.3,4). DEUS então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os que se recusam a amar a verdade de DEUS (ver 2.11); os tais aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação jamais vista.(d) A ação do ESPÍRITO SANTO restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte através da igreja, que é o templo do ESPÍRITO SANTO (1Co 3.16; 6.19). Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do ESPÍRITO SANTO é uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a volta de CRISTO, para levar a igreja e livrá-la da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado”.(e) Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6 (no gênero neutro) refere-se ao ESPÍRITO SANTO e seu ministério de conter a iniquidade, ao passo que em 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a CRISTO e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).
AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO. Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO), proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12; ver também o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades (2.9-12). (b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.
A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).
(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) JESUS admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS (ver 7.22; Gl 1.9; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO).(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1). DEUS permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro (ver 1Tm 4.16; Tg 1.21).
(3) Quem entre o povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
A TRÍADE MALIGNA |
||
O Dragão |
O Anticristo |
O Falso Profeta |
“Um gigantesco dragão |
“Apesar de João não usar |
“[...] O Falso profeta |
14.4 NÃO ESTÃO CONTAMINADOS COM MULHERES. Esta expressão tem sentido espiritual. Os 144.000 permaneceram puros, recusando-se a se conformar com o sistema mundial ímpio, ou a pertencer à igreja apóstata dos últimos dias (ver 17.1). Note o caráter dos que estarão perto de CRISTO no céu.
144 mil selados |
As duas Testemunhas |
O Evangelho eterno |
"Tem havido muita controvérsia
acerca desses santos. A bíblia fala de serem os mesmos 144.000 saídos das 12
tribos de Israel, 12.000 de cada tribo, conforme nos mostra o capítulo sete.
Seja como for, podemos ter certeza de que JESUS conhece os que lhe
pertencem" (Horton, p.198). |
"Tem havido muita especulação a
respeito de quem são estas duas testemunhas. Alguns interpretam como duas
comunidades, ou dois grupos de pessoas. Contudo, a descrição é específica.
Tratam-se realmente de duas pessoas. [...] As duas testemunhas de Apocalipse
11.3 são descritas como castiçais que estão diante do DEUS da terra; isto é,
diante do DEUS verdadeiro. Estão constantemente em sua presença. Quando
profetizam espargem a luz que vem de DEUS [...]" (Horton, p. 154). Mais
prováveis são Moisés e Elias que já estiveram na Terra, no Monte da
transfiguração e os sinais que fizeram no passado são os mesmos apresentados
por essas duas testemunhas, mas também pode ser duas pessoas no espírito de
Moisés e Elias como foi João batista no espírito de Elias (na mesma unção do
ESPÍRITO SANTO). |
"O evangelho eterno é o mesmo
proclamado pelos apóstolos e registrado no Novo Testamento. Não há outro
evangelho, como bem acentuou Paulo: 'Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo
vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que temos pregado, seja
anátema' (Gl 1.18). Mesmo em meio a Grande Tribulação, DEUS tudo faz para
trazer os pecadores ao arrependimento. A mensagem do evangelho é sempre
redentora; convida o povo a reconhecer o amor, a soberania e a santidade de
DEUS" (Horton, p.202). |
Quem é o Homem do Pecado? O Anticristo.
Que nomes o Homem do Pecado recebe? A besta que sobe da terra (Ap 13.1), o príncipe que há de vir (Dn 9.26) e aquele aparece mentindo e enganando os incautos (Jo 5.43)
Por que o Homem do Pecado é chamado de Anticristo? Porque o Anticristo opõe-se a CRISTO, como se ele (o Anticristo) fosse o verdadeiro messias e salvador do mundo (Mt 24.5,23,24).
Qual é a missão do Homem do Pecado? Porque o Anticristo opõe-se a CRISTO, como se ele (o Anticristo) fosse o verdadeiro messias e salvador do mundo (Mt 24.5,23,24).
Qual é o destino final do Homem do Pecado? Ser lançado no lago de fogo.
Inicie a aula desta semana desafiando os alunos a identificarem a origem do Anticristo, os títulos que a Bíblia lhe dá e sua natureza. Esse momento é importante para verificar a perspectiva dos alunos quanto a este personagem tão enigmático da Bíblia. Após observar as reações deles quanto a identificação do Anticristo, exponha integralmente este tópico, alertando-os de que não cabe a nós cunhar a identidade do Anticristo em pessoas históricas. Infelizmente, crentes sinceros já cometeram equívocos em identificarem o Anticristo com líderes políticos e religiosos do passado e do presente. Fazer esses tipos de acusações depõe contra a seriedade do assunto bíblico. O Anticristo será um ser histórico, e literal, mas a nós não cabe o anseio de identificá-lo. Afinal de contas, a nossa esperança é não vê-lo, mas ver a CRISTO por ocasião do arrebatamento da Igreja.
“O apóstolo Paulo tinha de lidar com falsos mestres que diziam que o Dia do Senhor já tinha chegado (2 Ts 2.2 - NVI). Os tessalonicenses tornaram-se inquietos e alarmados porque esses mestres, segundo parece, negavam a volta literal do Senhor e ‘nossa reunião com ele’ no arrebatamento (2.1). Obviamente, já não se encorajavam uns aos outros de maneira que Paulo lhe ordenara (1 Ts 4.18; 5.11). Por isso, Paulo explicou que aquele dia não viria ‘sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição’ (2 Ts 2.3). Isto é: essa apostasia e a revelação do Anticristo seriam as primeiras coisas a acontecerem no Dia do Senhor. Assim não aconteceria enquanto ‘o mistério da injustiça’ estivesse refreado (2 Ts 2.7). Posto que tais coisas ainda não era chegado, e ainda podiam eles encorajar-se uns aos outros com a esperança certa de serem arrebatados para encontrar-se com o Senhor nos ares” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.636).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“Esse número é identificado como 666 [o nome da besta, ou o número do seu nome], número este que tem dado origem a muitos tipos de especulação, mas ‘é número de homem [de um ser humano]’, de modo que, dalguma maneira, é identificado com o fato de que o Anticristo alega ser DEUS mas é realmente mero homem. Por esses meios, ele conseguirá o controle econômico e se tornará ditador do mundo inteiro. Mas não conseguirá impedir a queda do sistema mundial babilônico e o total colapso econômico do mundo (Ap 18.1-24). E depois, no fim da Grande Tribulação, comandará exércitos de muitas nações arregimentados por Satanás, em Armagedom. É então que JESUS o ‘desfará pelo assopro de sua boca e o aniquilará pelo esplendor de sua vinda’ (2 Ts 2.8). Esse acontecimento é retratado poderosamente em Daniel 2.34,35,44,45 e Apocalipse 19.11-21. Seu destino final será ‘no ardente lago de fogo e de enxofre’ (Ap 19.20)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.637).
SUGESTÃO DE LEITURA - O Calendário da Profecia, O Plano Divino Através do Século e Daniel e Apocalipse.
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Lição 12 - Um Tipo
do Futuro Anticristo
Lições Bíblicas - 4º
Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: A Integridade Moral
e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje.
Comentários: Pr. Elienai
Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
veja
LIÇÃO 12, ZACARIAS, O
REINADO MESSIÂNICO - 4º Trimestre de 2012 - http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_ZiGvlR4p5ETqRtT6ABKj2
TEXTO ÁUREO
"Ninguém, de maneira
alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se
manifeste o homem do pecado, o filho da perdição"(2 Ts 2.3).
VERDADE PRÁTICA
As conquistas ditatoriais
e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro
Anticristo na Grande Tribulação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dn 7.7,8 O
pequeno chifre do animal espantoso
Terça - 1 Jo 2.22 O
"mentiroso"
Quarta - 1 Jo 2.18 O
"anticristo"
Quinta - 2 Ts 2.3,8 O
"homem da iniquidade"
Sexta - Mt 24.15 O
abominável da desolação
Sábado - 2 Ts 2.8; Ap 19.20
O Anticristo será lançado no Lago de Fogo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
- Daniel 11.1-3,21-23, 31,36
1 Eu, pois, no primeiro
ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer. 2 E, agora, te
declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto
será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas
riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. 3 Depois, se levantará um rei
valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver.
21 Depois, se levantará
em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele
virá caladamente e tomará o reino com engano. 22 E, com os braços de uma
inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o
príncipe do concerto. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; e
subirá e será fortalecido com pouca gente.
31 E sairão a ele uns
braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo
sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora.
36 E esse rei fará
conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e
contra o DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira
se complete; porque aquilo que está determinado será feito.
INTERAÇÃO
Quando encerramos a
leitura do Antigo Testamento e deparamo-nos com o primeiro livro do Novo
Testamento, o Evangelho de Mateus, nós não imaginamos o lapso de tempo que
representa passar de uma página a outra. Foram aproximadamente quatrocentos
anos de um período considerado "o silêncio de DEUS". Entretanto,
acontecimentos proféticos cumpriram-se neste período onde surgiu um personagem
na história, considerado por muitos o Anticristo, mas considerado pelos
principais estudiosos do Antigo Testamento, uma figura do Anticristo: Antíoco
Epifânio. Um personagem importante na história bíblica e secular.
OBJETIVOS- Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer as predições
proféticas do capítulo onze de Daniel.
Destacar o caráter
perverso de Antíoco Epifânio, o imperador da Síria.
Saber que Antíoco
Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para a
aula de hoje, procure se preparar com informações sobre o personagem central da
lição: o imperador sírio Antíoco Epifânio. Um homem cruel, imoral e que
profanou o Templo dos judeus em Jerusalém. Procure pesquisar informações históricas
de sites confiáveis, revistas de história e livros que abordem o período
considerado interbíblico. Este é um período pouco estudado pelos professores,
mas crucial para compreender o momento histórico da invasão em Jerusalém após o
retorno do cativeiro e a pessoa de Antíoco Epifânio como a figura do futuro
Anticristo. Boa aula!
Resumo da Lição 12
- Um Tipo do Futuro Anticristo
I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS
CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)
1. A revelação
sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2).
2. Um rei valente (11.3).
3. A divisão do reino
entre quatro generais (11.4-20).
II - O CARÁTER PERVERSO
DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)
1. Antíoco Epifânio foi
um rei perverso e bestial.
2. Antíoco Epifânio
invadiu Jerusalém (11.28).
3. Antíoco Epifânio era
cruel (vv.31-35).
III - ANTÍOCO
EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO
1. O "homem
vil" que chega ao poder.
2. O futuro governante
mundial no "tempo do fim".
3. Precisão
profética.
SINOPSE DO TÓPICO (1) O
capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império
medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro
partes.
SINOPSE DO TÓPICO (2) - O
imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade
de Jerusalém.
SINOPSE DO TÓPICO (3) -
Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela
acerca do Anticristo: "se opõe contra tudo que se chama DEUS ou se
adora".
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
- Subsídio Teológico
"A Marca da
Besta (13.16-18)
O versículo 18 oferece
uma pequena lista para se entender o sentido da marca e do nome, ou caráter, da
besta. O número 666, no entanto, tem-se tornado mui controvertido, e vem
promovendo mais especulações que qualquer outra coisa da Bíblia. Antes da invenção
dos números arábicos (0,1,2,3...), os judeus e gregos tinham de escrever os
números por extenso. Com o passar do tempo, começaram a substituir as letras do
alfabeto pelo nome dos números. Assim, as primeiras dez letras eram usadas para
os números de 1 até 10. A letra seguinte designava o 20, a outra 30, e daí por
diante.
Vem se constituindo num
passatempo popular adicionar letras aos mais diversos nomes para se obter a identidade
da besta. Alguns concluem que o Anticristo haja sido Nero César, pois tal nome
em caracteres hebraicos soma 666. Contudo, o Apocalipse está no grego, e fala
do Alfa e do Ômega, letras do alfabeto grego; e não 'Alefe' e 'Tau', letras do
alfabeto hebraico. Assim há somente especulação ao atribuir-se o número 666 a
Nero.
Através da história,
vem-se tentando identificar nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em
Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de
Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão
da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no
interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma
666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666,
por 6I6, para que se encaixasse com o nome de Calígula. A igreja primitiva,
unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo,
nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta:
"é o número de um homem". Expositores da Bíblia interpretam o seis
para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. A tripla
repetição - 666 - pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que
crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta
e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas
que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.185).
VOCABULÁRIO
Ignominiosa: Que provoca
horror, vergonha.
Escrúpulo: Consciência
dotada de sentido moral; caráter íntegro.
Despojos: O que se toma
ao inimigo; presa, espólio.
Profanar: Tratar
desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.
Dietética: Relativo a
dieta.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON
(Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2004.
SILVA, Severino Pedro.
Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005
SAIBA MAIS
pela Revista Ensinador Cristão CPAD - nº 60. p.42.
UM TIPO DO FUTURO
ANTICRISTO
Antíoco IV Epifânio foi
um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do
livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que
procurou "helenizar" a Palestina entre 168-164 a. C.
A história nos conta que
a partir das rixas locais em Jerusalém —Jasão, por exemplo, tentou se
reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau — Antíoco
Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e
reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há
muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por DEUS. Era uma
instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura
permaneceria assim com o advento do Senhor JESUS. Através dessa cultura de
poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.
Anos mais tarde Antíoco
Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela
região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos
judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações
de Epifânio:
1. Forçou a aculturação
dos judeus na cultura helênica.
2. Ordenou uma
perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião
helenísticas na Palestina.
3. Em 167 a. C., erigiu
um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de
Jerusalém.
4. Proclamou-se divino.
Seu sobrenome, "Epifânio", significa "deus manifestado".
A figura de Antíoco
Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser
cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o DEUS
de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como
uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como DEUS é atemporal e
encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha
dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel
vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.
Pelo caráter traiçoeiro,
cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam
como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história
de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa
importantíssima.
Revista Ensinador
Cristão. Editora CPAD. pag. 42.
COMENTÁRIOS DE DIVERSOS
AUTORES (Com subtrações e adições do Ev. Luiz Henrique)
INTRODUÇÃO
Neste capítulo trataremos
de um personagem que se destaca dentro da profecia de Daniel e envolve fatos
que já aconteceram e se cumpriram historicamente. O cumprimento dessas
profecias fortalece a confiança e a credibilidade das visões e revelações de
Daniel. Porém, o personagem que aparece é um dos últimos reis do Império Grego,
chamado Antíoco Epifânio IV, da família dos ptolomeus, o qual será destacado
pela crueldade e pelo desprezo às coisas sagradas. Ele aparece mais no final do
capítulo 11.
O capítulo 11 traz uma
profecia que abrange os Impérios Medo-persa, que estava acontecendo com 4 reis,
e o Grego que estava para se iniciar com seu futuro escatológico, para esses
dias em que foram profetizadas. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a
partir do final dos dias da vida de Daniel sob o reinado de Dario, o medo.
Neste capítulo DEUS revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no
período interbíblico, ou seja, aquele período entre o Antigo e o Novo
Testamentos. Porém, a revelação maior dessa profecia diz respeito ao personagem
histórico Antíoco Epifânio. Esse personagem refere-se a um futuro rei com as
mesmas características que aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o
Anticristo revelado no Novo Testamento. As profecias do capítulo 11 se
cumpriram e ocorreram entre os reinados de Dario, o medo (539 a. C.) e Antíoco
Epifânio (175-163 a. C.). Porém, a parte do texto dos versículos 36-45 diz
respeito a Israel em tempos ainda não cumpridos e que estão relacionados
intimamente com os capítulos 12 de Daniel e 13 de Apocalipse. DEUS controla a
história.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 149-150.
No capítulo 11 do livro
de Daniel o anjo de DEUS ainda está falando com ele. Os reinos se levantam e
caem segundo o programa de DEUS. DEUS é soberano, e Ele está dirigindo a
história.
A Babilônia caiu pela mão
de DEUS. Stuart Olyott descreve essa verdade assim: “O império babilônico foi
derrubado pelo poder de CRISTO. Os medos e persas foram Seus instrumentos
terrenos, mas a efetiva queda de Babilônia foi um ato divino realizado pelo próprio
Filho de DEUS”. Agora, os reis da Pérsia também cairão. Cairá também o grande
rei da Grécia. As lutas internas que se travarão entre os reinos do Norte e do
Sul estão profetizadas e nada escapará ao controle divino.
Esse capítulo 11 de
Daniel é um verdadeiro retrato do futuro. E a história sendo contada antes dela
acontecer. Osvaldo Litz chama esse capítulo de “recortes do futuro”.
DEUS está levantando a
ponta do véu e mostrando o futuro para Daniel (v. 2). DEUS escreve a história
antecipadamente. As coisas acontecem porque DEUS as determinou. A história
estava escrita desde a eternidade nos livros divinos (Dn 10.21), mas também seria
registrada no livro de Daniel bastante tempo antes que acontecesse.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
135-136.
Nesse capítulo, o anjo
Gabriel trabalha no cumprimento da promessa feita a Daniel no capitulo
anterior, isto é, ele mostra o que aconteceria ao seu povo nos dias finais, de
acordo com o que estava escrito nas escrituras da verdade. E, muito
particularmente, ele prevê aqui a sucessão dos reis da Pérsia e da Grécia e os
negócios desses reinos, especialmente a maldade que Antíoco Epifânio praticaria
nos seus dias contra o povo de DEUS.
E isso já havia sido
previsto anteriormente (cap. 8.11-12). Temos aqui:
I. Uma breve profecia
sobre o estabelecimento da monarquia grega que estava agora começando a se
instalar sobre as ruínas da monarquia persa (w. 1-4).
II. Uma previsão sobre os
negócios dos dois reinos do Egito e da Síria, fazendo referências a cada um
deles (w. 5-20).
III. A ascensão de
Antíoco Epifânio, seus atos e seus sucessos (w. 21-29).
IV. A grande maldade que
iria praticar contra a nação judaica e a sua religião, e o seu desprezo por
todas as religiões (w. 30-39).
V. A sua queda e
derradeira ruína quando estava no auge da sua perseguição (w. 40-45).
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag.
894.
I - PREDIÇÕES PROFÉTICAS
CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20)
1. A revelação sobre o
fim do Império Medo-Persa (11.2).
“Eu, porém, no primeiro
ano de Dario, o medo” (11.1). A importância dessa profecia é constatar a
fidelidade e exatidão do cumprimento das profecias especialmente no período
interbíblico. O primeiro ano do reinado de Dario foi em 539 a. C., conforme se
pode constatar nos textos de Dn 6.1 e 9.1.
O anjo de 11.1 é mesmo
anjo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para confortá-lo, mas continuar
a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa (com 4 principais de seus
reis) e o grego (11.2-4).
A revelação sobre o fim
do Império Medo-persa (11.2). Aparece no versículo 1 o rei “Dario, o medo” que
é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele é chamado “Dario, filho de
Assuero”.A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei enquanto
ele estava no campo de batalha na conquista de outras terras e nações. Porém, o
versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os três primeiros reis
persas em sequência normal são, segundo Scofield, em seu comentário: Ciro II
(550-530 a. C.), Cambises II (529-522 a. C.) e Dario I Histapes (521-486 a.
C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a. C). Existe pouca informação acerca
desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não por
muito tempo. Porém, os dados proféticos são precisos e confirmados pela própria
história. As evidências históricas do cumprimento da profecia são tão reais,
que os críticos da Bíblia sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400
anos depois de Daniel, depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação
futura dada a Daniel encontra respaldo histórico e credibilidade porque DEUS
cumpre sua palavra. Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro,
com o aparecimento do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifânio.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 150.
Dn 11.2 “Eis que ainda
três reis estarão na Pérsia”. O “homem vestido de linho” revela a Daniel que o
reino da Pérsia está chegando ao seu fim: somente três monarcas restariam para
que aquela dinastia expirasse. Lendo o capítulo quatro do livro de Esdras,
encontramos os nomes dos três monarcas que reinaram depois de Ciro: 1) Cambises
(Assuero). 2) Esmerdis (Artaxerxes). 3) Dario (Persa). A ordem cronológica
estabelecida ali não é tão fácil de ser determinada, a não ser aquilo que
podemos depreender dos textos sagrados.
Cambises (Assuero). Este
monarca não deve ser confundido com o Assuero marido de Ester; o do presente
texto é posterior àquele. “Cambises vem citado no livro de Esdras 4.6, com o
nome de Assuero. Este rei era neto da princesa Mondane, a mãe de Ciro e, consequentemente,
filha da Rainha Ester” (doutor Goodman). Evidentemente, ele é o Assuero persa,
e o outro, Assuero, da nação dos medos (Et 1.1; Dn 9.1). Esse rei governou
poucos anos. Seu feito principal foi atacar e tomar o Egito, cujo rei era
Psamético. Estendeu suas armas vitoriosas e atacou também a Etiópia. Só não
atacou Cartago, porque os fenícios o dissuadiram de atacar a sua colônia
predileta. Voltando de suas conquistas, achou uma rebelião no Egito. Revoltado,
matou Psamético, e outros nobres daquele império.
Esmerdis (Artaxerxes).
Esse monarca persa, devido às suas grandes conquistas, teve seu nome mudado
para “Artaxerxes Longímano”, que reinou provavelmente de 465 a 425 a. C. (Ed
4.7, 8,11, 23; 6.14; 7.1, 11, 12, 21; 8.1; Ne 2.1; 13.6). Segundo Heródoto, “Artaxerxes”
quer dizer “grande guerreiro”. Foi cognominado de “Longímano” por sua excessiva
bondade. A Enciclopédia Internacional diz que Longímano “... foi célebre pela
sua bondade e generosidade; permitiu aos judeus que tinham ficado em Babilônia,
depois do edito de Ciro, que voltassem a Jerusalém para restabelecer a sua
religião”. Pelo testemunho bíblico, foi ele o monarca que promulgou a “ordem”
para que Neemias reconstruísse os muros da cidade de Jerusalém, em 445 a. C.
(Ne 2.1; Dn 9.25). Em seu governo, Neemias subiu a Jerusalém, levando consigo
uma leva de cativos voltando à sua terra, com prazer e grande júbilo. (Comp. SI
126). Foi a terceira leva de cativos que desejaram acompanhá-lo.
Dario (Persa). Este
monarca vem citado no livro de Esdras, (caps. 4.5,24; 5.6, 7; 6.1,12,14,15).
Após oito (8) meses de governo do usurpador Gomates, Dario Histaspis subiu ao
trono. Seu primeiro trabalho foi extinguir as revoluções em todo o seu Império.
Sua energia, coragem, dedicação e gênio bélico, conseguiram isso. Este rei
decretou o “reinicio” da construção da casa de DEUS em Jerusalém (Ed 4.24;
6.1-12).
“... o quarto será
cumulado de grandes riquezas”.
Xerxes (Kchiarcha). Todos
os estudiosos da Bíblia concordam em que o “quarto” monarca aqui mencionado é
Xerxes. Ele foi o sucessor de Dario, o persa. Seu nome aparece na História como
Kchiarcha. Os dados históricos e proféticos se combinam entre si sobre a vida
deste soberano. Ele foi realmente o que diz a profecia: “Foi cumulado de
grandes riquezas, mais do que todos”. Ele, durante o seu reinado, atacou a
Grécia e foi derrotado nesta invasão.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
198-199.
Profecia sobre os medos e
persas (11.1,2). "Dario, o medo" (v. 1). É o mesmo Dario de 5.31. Em
9.1 ele é chamado "Dario, filho de Assuero". Esse monarca foi
constituído rei por Ciro, interinamente, na Caldeia, enquanto ele completava suas
conquistas. Assuero, o pai deste Dario, não é mencionado em Ester 1.1. Quem
estuda a Bíblia e a História precisa saber que houve mais de um Dario e mais de
um Assuero nas Escrituras. Por falar em Dario e Assuero, convém saber que esses
termos são títulos e não nomes propriamente ditos. Dario significa mantenedor,
e Assuero, poderoso. Muitos desses monarcas têm mais de um nome. Também alguns
deles têm nomes diferentes na Bíblia e na história secular, como é o caso de
Assuero, que na história secular é conhecido por Xerxes. Xerxes é palavra
grega, ao passo que Assuero é hebraica.
"três reis se
levantarão na Pérsia, e o quarto..." (v. 2). Quatro reis da Pérsia são
aqui mencionados, isso além de Ciro, pois este já estava no trono (10.1). Esses
quatro reis são:
a. Assuero, filho de
Ciro. Reinou de 529 a 522 a. C. É conhecido na história por Xerxes I e
Cambises II. É mencionado em Esdras 4.6.
b. Artaxerxes I. Reinou
de 522 a 521 a. C. É conhecido na história por Smeredis. É mencionado em Esdras
4.7-11. Determinou a suspensão das obras do templo do pós-cativeiro.
c. Dario II. Filho de
Artaxerxes. Reinou em 521 a 485 a. C. É mencionado em Esdras 4.5. É conhecido
na história por Dario Histaspes, ou simplesmente Histaspes. Foi ele quem
ordenou a conclusão das obras do templo, conforme Esdras capítulo 6. Ele é o
famoso Dario registrado na Pedra de Behistum, perto de Hamadã, no Irã, a antiga
capital dos medos, chamada então Ecbátana. Foi derrotado na famosa Batalha de
Maratona, na Grécia, em 490 a. C.
d. Assuero, o esposo de
Ester (Et 1.1). Foi o mais rico e o mais poderoso rei persa. Reinou de 485 a
465 a. C. A história chama-o Xerxes II. (Não confundir esse Assuero com o de
Esdras 4.6.) Era filho de Dario II e foi derrotado pela esquadra grega de Salamina,
Chipre, em 480 a. C.
Aqui termina a história
da Pérsia na profecia. Nada é dito dos reis restantes, uns cinco, pelo menos. É
que a glória da Pérsia entrou em rápido declínio com a morte de Assuero ou
Xerxes II. Os reis restantes nada realizaram de importante para a história.
Antônio Gilberto. DANIEL
& APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos
dias. Editora CPAD.
2. Um rei valente (11.3).
A revelação profética
sobre o Império Grego (11.3).
Xerxes I, sucessor de
Dario, o persa, foi o quarto e último rei do Império Medo-persa. Foi um rei que
juntou muita riqueza, mas ao enfrentar a Grécia, conquistou a cidade de Atenas
e isto irritou aos gregos. Despontava naquele tempo a liderança de Alexandre, o
Grande, que reuniu todas as forças bélicas e humanas dos seus exércitos e
derrotou a Xerxes, da Pérsia, vingando a nação grega. Portanto, em 331 a. C.,
Alexandre, o grande, “o rei valente” se levantou e suplantou o último rei dos
medos-persas com grande força e domínio sem qualquer resquício de misericórdia
(v. 3). Era jovem e cheio de energia, inteligente e perspicaz, porque foi capaz
de persuadir com carisma seus subordinados para que se unissem a ele a fim de
conquistar o mundo de então. Com força pujante e implacável, Alexandre foi
aumentando seu domínio geográfico e cultural conquistando outras nações. Ele
procurou agregar os povos conquistados e tornar o seu domínio num “império
unido”. Ele promoveu a miscigenação das nações conquistadas, para ter o domínio
sobre todos. Ele formou um exército coeso e forte recrutando homens de todas as
nações conquistadas. Em pouco tempo, para o contexto da época, suas conquistas
ultrapassaram todos os índices de tempo para dominar e fazer o que lhe
aprouvesse. Cumpria-se, de fato, a soberania de DEUS dirigindo a história e
fazendo valer a sua soberana vontade. Era a sua vontade exercida nos destinos
das nações e, acima de tudo, especialmente para Israel.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 151.
Dn 11.3 “... um rei
valente”. O leitor deve observar que o Império Greco-Macedônio entra em cena
neste versículo. Não é mais representado como nas composições anteriores
descritas por Daniel: 1) “Cobre” (Dn 2.32). 2) “Metal” (Dn 2.39). 3) “Folhas”
(Dn 4.21). 4) “Leopardo” (Dn 7.6). 5) “Bode peludo” (Dn 8.20, 21). Agora, no
presente versículo, este reino tem sua representação na pessoa de um “rei
valente” que reinaria com grande domínio. Este rei valente foi Alexandre Magno,
ele realmente tomou o Império Medo-persa, e reinou com grande poder (Dn 8.3,
4). Alexandre foi, de fato, um guerreiro habilidoso, porém, tudo quanto fez e
conquistou foi derramando sangue (dos outros) e pela espada. Ele foi a antítese
do verdadeiro CRISTO, que tudo quanto fez e conquistou foi derramando o seu
próprio sangue, e manifestando seu grande amor.
Vejamos o caráter
negativo de Alexandre e o caráter positivo de CRISTO: JESUS e Alexandre
morreram aos trinta e três anos. Um deles viveu para si mesmo, o outro por mim
e por você. O grego morreu num trono; o judeu morreu numa cruz. A vida de um
foi triunfante (aparentemente); a do outro, uma derrota (aparentemente). Um
deles comandou imensos exércitos armados, o outro teve apenas um pequeno grupo,
desarmado (embora tivesse um imenso exército de anjos). Um derramou o sangue
alheio sem piedade, o outro derramou o seu próprio sangue, e o derramou por
amor ao mundo. Alexandre conquistou o mundo em vida; JESUS perdeu a sua vida
para ganhar vida para seus seguidores. Um morreu na Babilônia, o outro no
Calvário. Um conquistou tudo para si, e o outro a si mesmo se deu. Alexandre,
enquanto viveu, conquistou todos os tronos; JESUS, na morte e na vida,
conquistou o Trono de Glória. Um deles ganhou um grande nome: Alexandre! O
outro “um nome que é sobre todo o nome”: JESUS! Um deles viveu para se gloriar;
o outro para abençoar. Quando o grego morreu, seu trono, conquistado pela
espada, ruiu para sempre. JESUS, quando morreu ganhou o trono que permanece
para sempre (SI 93.2).
O grego fez de todos
escravos; o judeu a todos (que o aceitaram ou aceitam) liberta da escravidão do
pecado. Um deles construiu um trono forrado de sangue; o outro edificou o seu
com amor. Um deles veio da terra; é terreno (1 Co 15.47). O outro veio do.Céu;
é celestial (1 Co 15.47 a 49). O grego morreu para sempre, o judeu para sempre
vive. Perde tudo aquele que só recebe, e tudo ganha aquele que dá.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
199-200.
Dn 11.3 Depois se
levantará um rei, poderoso. Esse poderoso rei seria Alexandre, o Grande, cabeça
do império greco-macedônio, que derrubou o império persa, fechando as páginas
da história sobre aquela potência. Quando Alexandre se pôs de pé, o mundo todo
foi abalado, e em breve (no curto espaço de onze anos — 334-323 A. C.) o mundo
inteiro da época estava sob seus pés. Alexandre morreu com apenas 33 anos de
idade, devido à malária e às complicações com o alcoolismo. Talvez seu
extraordinário poder e sucesso tenha decorrido do poder concedido pelo anjo
guardião da Grécia (ver Dan. 10.20). Ele fazia tudo de acordo com os ditames de
sua vontade (cf. os vss. 16 e 36 e também Dan. 8.4). Quintus Curtius, História
de Alexandre X.5.35, diz: “Pelo favor de sua fortuna, ele parecia, aos povos,
ser capaz de fazer o que bem entendesse".
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3421.
3. A divisão do reino
entre quatro generais (11.4-20).
“estando ele em pé, o seu
reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade, Alexandre morreu
na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do bode peludo do
capítulo 8.8, que representava a Grécia. Esse chifre foi quebrado (8.8) que
representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4. Sem seu líder
principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da unidade imperial e
foi dividido por seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de DEUS no destino das
nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação comparativa das visões dos
capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a figura das quatro cabeças do
leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8 temos a visão do bode peludo com
quatro chifres notáveis. As figuras são diferentes, mas as representações
dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão,
depois da morte de Alexandre, pelos quatro generais. São eles: Cassandro que
reinou na Macedônia; Lisímaco que reinou sobre a Trácia e a Ásia Menor;
Ptolomeu que reinou no Egito e, por último, Seleuco que reinou sobre a Síria e
o restante do Oriente Médio. Essa divisão de reinos aguçou a vaidade e a
presunção desses generais que se fizeram reis e tramas de traição e morte
envolveram esses reinos.
(11.5-20) Nos versículos
5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente,
entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul. Suplantou o rei do
Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a. C.) o qual se tornou um tipo perfeito
do Anticristo. Porém, dois desses reis da divisão do império se destacam: o rei
do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o rei do Sul é Ptolomeu. Com
ele se iniciou a dinastia dos ptolomeus. O texto diz que ele (o rei do sul —
Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte — Síria). O sul era
representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes históricos envolvendo
esses dois reinos culminam com conflitos entre ambos e com a superação do reino
do sul. Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro
reis, especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul.
Esse conflito entre os reis do norte e do sul (Síria e Egito), revelou ao final
um personagem por nome Antíoco Epifânio, quando no ano 198 a. C., Jerusalém e
Judeia passaram a ser província da Síria. No versículo 15, o rei do norte,
Antíoco III, o Grande, se impõe sobre a Judeia e Egito e se apodera fortemente
da Palestina (11.16). Esse rei, por causa da dívida com Roma, a fim de pagá-la,
estabeleceu impostos financeiros pesados, tirando-os dos tesouros da Casa de
DEUS em Jerusalém. O filho de Antíoco III foi Antíoco IV, conhecido como
Antíoco Epifânio. (período de guerras entre os Ptolomeus >>
Egito - reino do sul<< e Epifânios >>Síria
- reino do norte<<)
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 151-152.
Dn 11.4 “O seu reino será
quebrado. Isto aconteceu realmente como diz a profecia em foco. Alexandre
reinou com grande poder; ele foi chamado de Magno. Mas morreu prematuramente
aos trinta e três anos de idade. O chifre ilustre foi realmente “quebrado”,
como vaticinara o profeta do Senhor (Dn 8.8). Seu império foi dividido em
quatro partes (quatro ventos), depois da batalha de Ipsus, em 301 a. C. A sua
posteridade (família) não recebeu o reino, e sim seus quatro generais de
exércitos: 1. Ptolomeu. 2. Seleuco. 3. Lisímaco. 4. Cassandro. As quatro regiões
de que fala o texto divino foram: 1) O Egito (região Sul). 2) A Síria (região
Norte). 3) A Macedônia (região Oeste). 4) A Ásia Menor. Os generais de
Alexandre Magno reinaram também com grande autoridade, mas nenhum deles chegou
à sua glória e magnitude; também não eram de sua família; cumprindo-se, assim,
a profecia: "... seu reino será repartido... mas não para a sua
posteridade”. Esse acontecimento sobre seu reino, o próprio Alexandre já o
previu em vida como ele mesmo declarou ao seu biógrafo: “Ainda em vida,
Alexandre predisse que seus amigos lhe fariam um cruento funeral”. Cumpriu-se o
vaticínio. O Macedônio não deixou sucessor direto ao trono, pois tinha um irmão
que poderia ser seu herdeiro, mas este era imbecil; e um filho, mas era de
poucos anos de idade.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
200-201.
Daniel aponta para vários
reis da Síria e do Egito (v. 5-20). O poder alternou várias vezes, ora nas mãos
da Síria, ora nas mãos do Egito. Vejamos inicialmente a aliança entre a Síria e
o Egito (v. 5,6).
Berenice, a filha do rei
do Egito, Ptolomeu Filadelfo, foi dada em casamento ao rei da Síria, Antíoco
II, para assegurar a aliança. Mas o casamento não teve o resultado desejado, ou
seja, unir os dois reinos. Com a morte do pai de Berenice, Antíoco II voltou
para sua ex-mulher, Laodice, e esta envenenou Berenice, o marido Antíoco II e o
filho de Berenice, deixando um clima totalmente desfavorável para uma aliança
de paz entre os dois reinos. No reinado de Ptolomeu II os judeus foram cercados
de todos os favores e garantias. Ele construiu várias cidades em território
palestino com o propósito de ganhar a amizade do povo judeu. Foi nesse período
que a Septuaginta foi feita, a versão grega do Antigo Testamento. A seguir,
observemos a derrota da Síria pelo Egito (v. 7-12). O irmão de Berenice,
Ptolomeu III, venceu a batalha contra o Norte e matou todos os que assassinaram
sua irmã. Também levou todos os tesouros da Síria de volta para sua terra. Por
algum tempo houve considerável superioridade dos ptolomeus sobre os selêucidas.
Notemos agora a derrota do Egito pela Síria (v. 13-16). Embora o Egito esteja
fortificado, ele será destruído. A superioridade do Sul durou pouco. O Norte
teve uma decisiva vitória em Sidom (v. 15). Antíoco, o Grande, rei do Norte,
parecia invencível. Ninguém era capaz de lhe resistir (v. 16).
Finalmente, vejamos o
impasse entre a Síria e o Egito (v. 17-20). O rei da Síria, Antíoco, o Grande,
dá sua filha ao rei do Egito em casamento para destruir internamente o reino
(v. 17). O rei do Norte, para conquistar o Sul, mudou de tática. Antíoco concluiu
que a melhor maneira de vencer o Sul seria por meio do uso de sutileza. Muito
convincentemente foi ao Egito e contratou o casamento de sua filha, Cleópatra,
com o rei Ptolomeu V que na época tinha apenas 12 anos de idade. O casamento
realizou-se cinco anos depois. Pensou que por intermédio desse casamento
firmaria seu poder sobre o reino do Sul. O plano falhou miseravelmente, pois
Cleópatra não fez o jogo do pai, ficando do lado de seu marido. Assim, a
profecia cumpriu-se mais uma vez (v.17). Antíoco, assim, resolve conquistar
outros mundos e é fragorosamente derrotado (v. 18). Foi uma enorme derrota que
causou o fim das ambições territoriais de Antíoco (v. 19). Selêuco Filopater,
seu sucessor, mandou confiscar os tesouros do templo de Jerusalém. Mas essa
ordem nunca foi cumprida. Crê-se que Heliodoro, o emissário responsável por
saquear o templo de Jerusalém, advertido por uma visão, desistiu de executar
esse ato sacrílego. Crê-se ainda que o próprio Heliodoro o tenha envenenado (v.
20). Assim, cada detalhe profetizado aconteceu integralmente. O povo judeu
muito sofreu com essas sucessivas guerras, visto que seu território servia de
passagem e, às vezes, também de campo de batalha para os dois exércitos rivais.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
137-139.
II - O CARÁTER PERVERSO
DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35)
1. Antíoco Epifânio foi
um rei perverso e bestial.
Antíoco Epifânio, o
glorioso
A presunção desse rei o
fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos Epifanes” , isto é,
“deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a. C., e mesmo sendo
rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela crueldade. Sua ascensão
foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da Síria, ele o fez pelo
modo mais ignominioso e detestável. Suas características diabólicas o tornaram
o tipo mais próximo do futuro Anticristo.
“Depois, se levantará em
seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro generais que se tornaram reis depois
da morte de Alexandre, não se contentaram com suas regiões geográficas porque
suas ambições os fizeram tramar intrigas entre si, matando e assassinando
opositores para ostentarem mais riquezas do que já tinham. Queriam mais e mais
e começaram a buscar mais terras e partiram para a luta entre si. Seleuco IV,
da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a. C.,
morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco
Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Antíoco
Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco
Epifânio, isto é, o glorioso.
Antíoco Epifânio foi um
rei perverso
“mas ele virá caladamente
e tomará o reino com engano” (11.21). Ele chegou ao poder em 175 a. C. e tinha
apenas 40 anos de idade. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu
em 164 a. C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou de todos os artifícios
de mentira, engano, astúcia, lisonjas e crueldade como ninguém o fizera. Para
se manter no poder Antíoco Epifânio não tinha qualquer escrúpulo. Sua ascensão
ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21) e tinha sede de
conquista derramando o sangue dos seus adversários em muitas guerras.
Enriqueceu com os despojos das guerras, quando lutou contra o Egito (11.25-28).
O versículo 21 o chama de
“homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou n o Egito e se apoderou
do reino de Ptolomeu Filometer.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 153-154.
Dn 11.25 O personagem
descrito no presente texto é ainda Antíoco Epifânio, e o rei do Sul, de que
fala a profecia, é Ptolomeu Phiscon; ele tinha realmente um grande e poderoso
exército em torno de si e podia, como diz a História, vencer o próprio Antíoco
Epifânio; mas foi frustrado seu plano, em razão de, em seu próprio exército e
arraial, existir traição. De ambos os lados existia grande multidão, os dois
exércitos eram numerosos como a areia do mar. Outrossim, a ambição predominava,
e o rei do Sul (Egito) foi o mais envolvido”. A profecia já tinha previsto tudo
isso quando diz: "... o rei do Sul se envolverá na guerra com um grande e
mui poderoso exército; mas não subsistirá”. A causa deste “envolvimento” foi
que ele determinou que seu reino fosse incorporado ao grande império do rei do
Norte (Síria), e, por causa disto, a oposição cresceu entre seus próprios
generais; assim, o rei do Egito foi traído por aqueles que comiam de seus
manjares.
Dn 11.26 O presente
versículo e mais quatro que o seguem, neste capítulo, continuam descrevendo o
caráter sombrio de Antíoco Epifânio, falando de rumores de guerra entre estas
duas potências: a do Sul (Egito) e a do Norte (Síria). Durante alguns anos, os
Ptolomeus e Selêucidas fizeram vários tratados, com a finalidade de encontrarem
a paz entre os dois países, mas seus corações tinham um só intento: enganar um
ao outro.
O leitor pode observar
que, dos versículos 25 a 28, o autor sagrado, o profeta Daniel, como
recipiendário da visão, descreve, em síntese, as primeiras campanhas guerreiras
de Antíoco contra o Egito, fala também de uma campanha na qual Ptolomeu
(egípcio), e os seus não puderam resistir, em virtude da traição existente
entre seus próprios generais, como já ficou demonstrado; eles deveriam tê-lo
apoiado. A traição é inimiga do triunfo, mas os traiçoeiros sempre cairão nas
malhas da própria traição.
Dn 11.27 "... uma
mesma mesa falarão a mentira”. Podemos observar como estes dois monarcas
fizeram da “mentira seu próprio refúgio”. Mas todos sabem que “mentira gera
mentira”. (Comp. com SI 42.7). Mas ela não prevalecerá. Somente a verdade
permanece e o fim das mentiras virá, como diz a profecia, no tempo determinado.
Estes dois reis (do Norte
e do Sul), segundo o doutor Amo C. Gabelein, são ainda Antíoco e Ptolomeu
Filopater. Eles realmente fizeram vários tratados, mas sempre mentiram um ao
outro: seus corações eram atentos só para fazer o mal. O que ocasionou esta aliança
de Antíoco com Ptolomeu foi ter sido este derrotado; então decidiu aproximar-se
de Antíoco Epifânio e ambos mantiveram uma paz aparente e, assentados a mesma
mesa, falavam a mentira, pois nenhum nem outro cumpriu aquilo que tinha sido
estabelecido no tratado de paz.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
213-214.
A sua guerra contra o
Egito, que foi a segunda expedição que fez a essa nação. Isto foi declarado nos
versículos 25-27. Antíoco iria reforçar o seu poder e tomar coragem para lutar
contra Ptolomeu Filométor, rei do Egito. Ptolomeu, então, foi forçado a
fazer guerra contra ele, e o atacou com um exército grande e poderoso. Mas,
embora o seu exército fosse muito grande, ele não seria capaz de enfrentar o
inimigo. E o exército de Antíoco iria derrotar e subjugar o exército de
Ptolomeu e um grande número de soldados egípcios seria assassinado. No entanto,
o rei do Egito foi traído pelos seus próprios conselheiros. Eles eram
alimentados por ele, comiam do seu pão, mas recebiam subornos do inimigo,
Antíoco. Assim, eles iriam planejar artifícios contra o seu rei, estando
prontos até mesmo a destruí-lo. E que medidas poderiam ser tomadas para evitar
uma traição como esta? Depois da batalha, um tratado de paz seria colocado em
ação, e esses dois reis iriam se reunir em um conselho, a fim de estabelecerem
as condições de paz. No entanto, nenhum dos dois seria sincero e honesto nesse
acordo, pois através das suas pretensões e promessas de amizade e harmonia,
eles estavam mentindo reciprocamente. Pois o coração de um estava pronto para
fazer ao outro todo o mal que pudesse. Logo, não é de admirar que esse tratado
não viesse a prosperar. A paz não seria duradoura, e o seu fim ocorreria no
momento indicado pela Providência divina. Então, a guerra iria começar
novamente, como uma ferida que só foi tratada superficialmente.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag.
897-898.
Dn 11.25-28 Suscitará a
sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul. Tendo consolidado seu poder,
Antioco atacou o Egito, porque ali havia mais poder e bens a serem obtidos. O
“rei do sul” foi atacado em 170 a. C. Nas fronteiras com o Egito, ele teve de enfrentar
o exército egípcio. Isso ocorreu em Pelúsio, que ficava perto do delta do rio
Nilo. Embora os egípcios contassem com numeroso exército, foram derrotados.
Então Antioco resolveu mostrar-se amigo desse povo, e ambos os lados favoreciam
a cessação das hostilidades, mas suas esperanças nunca se cristalizaram, pois
ambos se mostravam espertos e enganadores, o que novamente é próprio da
política.
“Em 169 a. C., Antioco
invadiu o Egito e capturou Ptolomeu VI. Mas dificuldades em sua pátria o
forçaram a deixar o Egito e, a caminho de volta (levando muito despojo), ele
saqueou Jerusalém e o tesouro do templo” (Oxford Annotated Bible, na introdução
aos vss. 25-28). Foi nesse tempo que começaram as grandes atrocidades de
Antioco IV Epifânio contra os judeus, e essa circunstância inspirou o autor
sacro a passar algum tempo descrevendo o sucesso das campanhas de Antioco. O
vs. 25 mostra-nos que seu sucesso contra o Egito foi prejudicado por
conspirações em sua pátria, traições da parte de alguns de seu próprio povo.
Eles “fizeram planos contra ele”.
O vs. 26 pode referir-se
a parte das conspirações contra Epifânio. As pessoas que tinham aceitado
riquezas da parte dele não hesitaram em atacá-lo pelas costas. E também
deram-lhe maus conselhos que o levaram a entrar em conflito com seu sobrinho, o
qual, eventualmente, foi feito cativo. Ver os detalhes sobre isso em Políbio,
História XXVIII.21; Diodoro Sículo, XXX.17. O fato de Antioco ter saqueado
Jerusalém incluiu, naturalmente, grande matança do povo judeu (I Macabeus
1.20-24; II Macabeus 5.11-16; Josefo, Guerras, 1.1.1; Antiq. XII.5.3). Tendo
aprisionado seu sobrinho, Ptolomeu, ele fingiu estar agindo em seu favor, mas o
que sucedeu foi que conseguiu submeter larga porção do Egito. Foi forçado a
parar em Alexandria. O romano Polílio Laenas estragou os planos de Antioco. Ele
precisou evacuar o Egito, pelo que sua ira se voltou contra os judeus não
helenizados de Jerusalém.
Antioco contaminou o
templo em 167 a. C. O vs. 27 refere-se à falsa barganha de Antioco no Egito. Os
dois reis que figuram naquele versículo são Antioco e Ptolomeu Filometer, seu
sobrinho. Teoricamente, Filometer estava em aliança com seu tio contra o irmão
mais novo do usurpador. Foi assim que Antioco reuniu riquezas e conquistou
terras, presumivelmente em favor de Filometer, mas, na realidade, ele não se
importava em nada com seu sobrinho. Ele agia em interesse próprio o tempo todo
(segundo disse Lívio XLV.11.1). Todo esse esquema teve um fim nomeado, que
alguns estudiosos fazem ser uma referência escatológica, transferindo tudo para
o fim dos tempos e elegendo o anticristo como a verdadeira personagem
traiçoeira. Ou o fim pode ter sido do poder e da vida de Antioco, ou então da
guerra. Mas alguns insistem em dizer: “O Fim”.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3423.
2. Antíoco Epifânio
invadiu Jerusalém (11.28).
(11.25-28) Antíoco
Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de
Ptolomeu VI ( w. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente,
Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a
profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31).
Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder
e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o
altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
Dn 11.28 "... o
santo concerto”. O presente versículo, faz alusão a todas as tiranias de
Antíoco Epifânio contra o povo judeu, cujos dados históricos se encontram
narrados no primeiro e segundo livros de Macabeus. A história nos diz
(confirmando a profecia) que, em 168 a. C., ele, Antíoco, voltou da sua
expedição com grande riqueza. Então marchou para a Judéia e praticou grandes
atrocidades ali. Na viagem de volta, ao atravessar a Palestina, com o coração
contrário ao SANTO Concerto, saqueou o templo de Jerusalém, deixando na cidade
uma guarnição síria. No primeiro e segundo livros dos Macabeus, lemos de suas
tiranias contra o SANTO Concerto e o povo escolhido. Muitas de suas atrocidades
foram frustradas por intervenção divina; então ele, muito indignado, voltou
“para sua terra”, isto é, voltou para a sua cidade: a Capital, Antioquia.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 215.
Então tornará para a sua
terra com grande riqueza. Antioco voltou para sua terra levando muitos
despojos, pelo que seu tempo passado no Egito não foi desperdiçado. O grande
saque do Egito é referido em I Macabeus 1.19, bem como nos Oráculos Sibilinos
3.614 s. Passando por Jerusalém, ele ainda foi prejudicial. Entre outras
coisas, quis reintegrar Menelau como sumo sacerdote e expulsou Jasom. Talvez
seja isso o que está em vista na expressão “santa aliança", ou seja, fazer
Jasom ficar no poder. Outros estudiosos, contudo, mais corretamente, referem-se
à fé judaica quando leem “santa aliança”, pois essa fé se baseava nos pactos, a
começar por Abraão. Cf. I Macabeus 1.15,63 quanto à diatheke agia, “santa
aliança”. Ver também I Macabeus 1.20-24 e 29.36. Antioco causou muitos danos a
Jerusalém, por causa do conflito entre Jasom e Menelau. Ele saqueou o
tesouro do templo e estacionou tropas na cidade para manter a ordem. Contaminou
o templo ao oferecer uma porca sobre o altar, e então retornou à própria terra.
“Antioco lançou um grande
exército contra Jerusalém e tomou-a em ataque relâmpago; matou 40.000 pessoas;
vendeu muitos judeus como escravos; cozinhou carne de porco e salpicou o caldo
sobre o altar; invadiu o SANTO dos Santos; pilhou os vasos de ouro e outros
itens sagrados do tesouro, que alcançaram o valor de mil talentos; restaurou
Menelau ao ofício de sumo sacerdotal e fez de Filipe o governador frígio de
Judá (I Macabeus 1.24; II Macabeus 5.21)” (Adam Clarke, in loc., ao descrever
os leitos de Antioco Epifânio). A interpretação escatológica vê o anticristo
tipificado em tudo isso.
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3423-3424.
3. Antíoco Epifânio era
cruel (vv.31-35).
(11.31-35) Ao invadir
Jerusalém, Antíoco Epifânio não teve escrúpulo algum para desrespeitar valores
morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade de Israel. Estabeleceu
regulamentações contra a circuncisão, a observação do sábado, e outras práticas
dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”,
quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o altar dos holocaustos no
templo.
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
Dn 11.31 A profecia, no
que diz respeito aos acontecimentos narrados neste capítulo (versículos 1 a
30), segue mais ou menos uma ordem cronológica na “vereda dos séculos”. (Comp.
com Jó 22.15). Mas, de acordo com o que falou nosso Senhor em Mt 24.15 e Mc
13.14, os versículos 31 a 45 não se consolidaram apenas na vida de Antíoco
Epifânio, que, de fato, profanou o santuário; cremos que esta profanação, feita
por esse monarca seleuco, foi apenas um estádio daquilo que terá lugar na
figura sombria do Anticristo, nos dias da Grande Tribulação (2 Ts 2.4).
“...a abominação
desoladora”. Desejamos apontar para o estudioso do livro do profeta Daniel, uma
exposição do doutor Amo C. Gabelien, sobre a abominação desoladora: “No
versículo 31 deste capítulo, lemos da ‘abominação desoladora’. Nosso Senhor, no
seu grande discurso escatológico no monte das Oliveiras (Mt 24.15), disse:
‘Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta
Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda’. Alguns crêem, que quando nosso
Senhor falou estas palavras referiu-se a Dn 11.31 [o texto em foco], e que é
isso a ‘abominação desoladora’. Não é assim. A‘abominação desoladora’ do
versículo 31 é passada, e aconteceu nos dias de Antíoco Epifânio. A ‘abominação
desoladora’ a que se refere nosso Senhor, em Mt 24.15 e Mc 13.14, é a
mencionada em Dn 12.11, que diz: ‘E desde o tempo em que o contínuo sacrifício
for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa
dias’. Esta será estabelecida pelo Anticristo, na segunda metade da semana
profética de Daniel 9.27". Nosso ponto de vista, nesta interpretação, é o
que está estabelecido no primeiro ponto desta exposição.
“profanarão o santuário”.
Nos dias de Antíoco, ele fez um decreto em que todo o povo havia de se
conformar com a idolatria da Grécia. Um grego iníquo foi enviado a sustentar
este decreto. Todos os sacrifícios cessaram, e o ritualismo judaico, dado por
DEUS terminou. O templo (santuário) foi contaminado com carne de porco... e
dedicado a Júpiter Olímpico. A “fortaleza” (a cidade de Jerusalém) foi também
profanada. Antíoco enviou um tal Apolônio com mais de 20.000 homens para
destruir Jerusalém (a fortaleza de Sião - Cr 11.5). Houve uma multidão de
mortos, e mulheres e crianças foram levadas cativas.
Dn 11.32 “... aos
violadores...” Nos dias sombrios das atrocidades de Antíoco Epifânio contra o
povo escolhido do Senhor, houve alguns judeus incrédulos, que facilitaram sua
infiltração na Cidade Santa. No que diz respeito, porém, à grande jornada
profética futurística, estes versículos apontam diretamente para “o tempo do
fim”. O personagem traidor que entra em cena aqui, é sem dúvida o Anticristo.
Os violadores do santo concerto são aqueles judeus que por ele serão enganados
no início da Grande Tribulação (Dn 9.27).
“... o povo que conhece
ao seu DEUS...” Nos dias de Antíoco Epifânio, sem dúvida, este “povo”
conhecedor do DEUS do Céu, foram os seguidores dos fiéis Macabeus. Nos dias do
Anticristo, ele será “o remanescente de Israel”. Entre eles, os 144.000
pregadores pertencentes às doze tribos de Israel (Ap caps. 7 e 14).
Dn 11.33 Podemos ver, no
presente texto, uma referência às duas testemunhas escatológicas dos dias
sombrios da Grande Tribulação (Ap cap. 11). Eles realmente naqueles dias de
tantas trevas ensinarão a muitos, mas depois serão mortas pela espada ferina da
Besta que subiu do mar (Abismo - Ap 11.7), para que o seu testemunho tenha um
maior valor. (Comp. Hb 9.17). Daniel e seus amigos haviam sido livrados e
preservados da morte por intervenção divina (Dn 3 e 6), mas nem sempre esta é a
vontade de DEUS para com seus filhos. Assim, espada, fogo, cativeiro e roubo
são um sumário dos sofrimentos dos homens e mulheres fiéis até hoje em todas as
partes do mundo. O próprio Filho de DEUS, antes de sua partida para estar com o
Pai, nos adverte: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados
[especialmente os fiéis do tempo da tribulação], e matar-vos-ão, e sereis
odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).
Dn 11.34 Admite-se que
esta profecia, no que diz respeito ao seu primeiro estádio, refere-se aos fiéis
Macabeus, que, usados por DEUS, serviram como instrumentos para levantarem o
ânimo dos judeus desanimados, perseguidos por Antíoco Epifânio, descendente dos
monarcas selêucidas. Mas, evidentemente, todos concordam em que Antíoco foi uma
figura do verdadeiro Anticristo, e, assim, esta grande profecia terá sua total
consolidação no “tempo do fim”. Naqueles dias também haverá fiéis, que
desafiarão o poder hostil da Besta, mesmo que isso lhes custe a própria vida.
(Ver Ap 6.9-10). O autor sagrado, Daniel, enquanto registrava estas palavras do
mensageiro celeste, observava que a perseguição, tem o seu próprio propósito,
dentro do plano de DEUS, de purificação, e refinação do seu povo, mas, no
devido tempo, que Ele para si designou, dará fim a toda e qualquer prova ou
perseguição contra o seu povo.
Dn 11.35 “... alguns dos
entendidos cairão...” O texto em foco nos faz lembrar o que Paulo escreveu em
Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto”. E evidente,
que, qualquer correção de DEUS, momentaneamente, parece desagradável para
aquele que está sendo corrigido, mas “depois” produzirá um “peso de glória” (Hb
12.11). E certo que a morte de Antíoco Epifânio não pôs fim às lutas contra o
povo escolhido, pois os seus sucessores continuaram a batalha pela dominação da
Palestina. Mas, é evidente que, durante estes anos, os fiéis Macabeus
conseguiram arregimentar todos os elementos fiéis às tradições judaicas e
formar um poderoso exército, para se defrontar com o exército sírio. Eis uma
das razões por que DEUS permitiu tal perseguição ao seu povo: eles precisavam
ser purificados e embranquecidos.
"... ao fim do
tempo”. Há quinze alusões no livro de Daniel sobre “o tempo do fim”, cinco
delas neste capítulo. Esse tempo do fim é a septuagésima semana de Daniel 9.27,
com especial referência à segunda metade dela. Mas a expressão é também aplicada
à época do Evangelho de CRISTO (Hb 1.3), à época do ESPÍRITO SANTO (At 2.17), e
também aos “últimos dias maus” (2 Tm 3.1).
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
216-219.
Sua crueldade (v. 31-35).
Antíoco Epifânio possuía um ódio infernal por Israel. Ele profanou o templo e
fez cessar os sacrifícios diários (v. 31). Ele levantou um altar pagão no
templo e mandou sacrificar um porco no altar e borrifar o sangue no templo. Ele
seduziu os judeus apóstatas (v. 31b,32). Contudo, aqueles que conheciam a DEUS
eram fortes e ativos (v. 32) e não cederam nem à sedução nem à violência.
Homens com percepção espiritual circulavam entre o povo ensinando as Escrituras
(v. 33). Continuaram pregando, mesmo sob perseguição e morte (v. 33-35). Muitos
desses sábios morreram, mas aqueles que sobreviveram permaneceram puros até o
fim. Um grupo de judeus, liderados pelo sacerdote Matatias, resistiu às ordens
sacrílegas de Antíoco Epifânio e começou uma guerra de resistência, chamada a
guerra dos macabeus. Evis Carballosa registra esse fato assim:
O terrível ataque de
Antíoco Epifânio não enfraqueceu o espírito dos judeus fiéis. Ao contrário, a
perseguição fez com que muitos se unissem para dar começo ao que se conhece
como a guerra dos macabeus. O líder do movimento contra Antíoco foi um ancião sacerdote
chamado Matatias. O fiel sacerdote não só se recusou a obedecer a ordem de
oferecer sacrifícios a um deus pagão, mas também matou o emissário real e
destruiu o altar pagão. Seguidamente, Matatias e seus filhos João, Simão,
Judas, Eleazar e Jônatas organizavam uma guerra de guerrilhas que começou a
causar sérios estragos entre as forças de Antíoco.
No ano 166 a. C., só uns
meses depois de começada a guerra, Matatias morreu e um de seus filhos, Judas,
sucedeu-o como líder do movimento. Antíoco pensava que seu exército destruiria
a rebelião em curto espaço de tempo, mas equivocou-se. O exército sírio sofreu
derrota após derrota. E m dezembro do ano 164 a. C., o exército dos macabeus
marchou triunfante pelas ruas de Jerusalém. Em 25 de dezembro desse ano, o
templo foi purificado e restaurado o culto a Yahveh.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
140-141.
As perseguições e a
tirania insana que Antíoco exerceu sobre os judeus e sua religião (29-35) o
tornaram um dos monstros da história. Sua indignação contra o santo concerto
(30), tirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a abominação desoladora
(31; a imagem de Zeus do Olimpo) no Templo são exemplos da sua fúria profana.
Ele baniu todas as leis, costumes e cultos judaicos. Antíoco matou à espada as
mães e crucificou os pais que circuncidavam seus filhos. Embora tenha queimado
uma grande parte de Jerusalém, assassinado boa parte dos homens e escravizado
mulheres e crianças, ele não conseguiu destruir a resistência. Embora muitos
tenham apostatado e se submetido a Antíoco, outros ousaram resistir (32-35). Um
exército de fiéis e corajosos judeus se reuniu sob o comando de Matatias para
resistir ao exército de Antíoco.
Quando Matatias morreu,
seu filho Judas ficou à frente do exército rebelde. Suas táticas de guerrilha
(de ataques e fugas repentinos) tornaram-se famosas e lhe deram o nome de
“Martelo” ou Macabeu. Em três anos os macabeus tinham dividido e derrotado os exércitos
sírios de Antíoco e recapturado Jerusalém. O Templo foi restaurado, o altar
purificado e a adoração restituída (em 25 de dezembro de 165 a. C.). Até o dia
de hoje a Festa da Dedicação ou Hanukkah é observada pelos judeus, comemorando
esse evento. A família dos macabeus, chamada Hasmoneana, tornou-se a
reconhecida linhagem de governantes até que os romanos conquistaram a Palestina
sob o comando de Pompeu, em 63 a. C.
Em meio à escuridão do
quadro profético amedrontador apresentado nesse capítulo, uma clara luz de fé e
heroísmo começa a brilhar. O povo que conhece ao seu DEUS se esforçará e fará
proezas (32). Aqui é sugerido “Um Programa de Ação para uma Minoria Piedosa”.
1) Eles conhecem a DEUS. 2) Eles são fortes. 3) Eles fazem proezas. Eles agem
com um claro sentido de direção. 4) Sua batalha está no alto nível do espírito,
uma batalha de idéias santas. Eles ensinarão a muitos (33). 5) Sua causa
triunfa. Para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até ao fim do
tempo (35).
Roy E. Swim. Comentário
Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 541-542.
III - ANTÍOCO EPIFÂNIO,
TIPO DO ANTICRISTO
1. O “homem vil” que
chega ao poder.
“E esse rei fará conforme
a sua vontade ”(11.36). Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente.
A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei
que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao
poder, prospera, cresce em poder e, então, investe contra o DEUS de Israel.
Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa
profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz
que “se opõe contra tudo que se chama DEUS ou é objeto de culto”( 2 Ts 2.4).
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora
CPAD. pag. 154.
Dn 11.36 O leitor deve
observar que os versículos 36 a 45, do presente capítulo, se revestem de
particular interesse para os estudiosos da Bíblia. Muitos expositores acreditam
que eles dão prosseguimento à descrição a respeito de Antíoco Epifânio e suas atrocidades.
Mas, é evidente que há certas dificuldades nesta posição, em razão da morte
deste monarca selêucida ter sido diferente da que fala o texto. A possível
interpretação mantida pela tradição mais antiga e pelos pais da Igreja cristã
era a de que esses versículos, sendo aplicados ao “tempo do fim”, apontam
claramente para o Anticristo. Assim sendo, o texto em foco demonstra claramente
ser o Anticristo a antítese do verdadeiro CRISTO; JESUS é Justo, ele será o
iníquo; JESUS, ao entrar no mundo, disse ao Pai: “Eis aqui venho, para fazer, ó
DEUS, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está dito aqui no presente texto,
que ele “fará conforme a sua vontade”. O Senhor JESUS é o Filho de DEUS; ele
será “o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O texto em foco, fala-nos também que
este monstro hediondo “falará coisas maravilhosas”. Isto é, abrirá a sua boca
em blasfêmia contra DEUS e seu tabernáculo. O Anticristo blasfemará dos
“poderes superiores”, ridicularizando a própria existência de DEUS.
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
219-220.
Ele se tornou muito
orgulhoso, insolente e profano. Estando muito convencido por causa das suas
conquistas, declarou a sua oposição ao Céu, e pisou tudo que era sagrado (v.
36ss). Alguns entendem que aqui começa a profecia do anticristo. É claro que o
apóstolo Paulo, na sua profecia sobre a ascensão e o reinado do homem do
pecado, está fazendo uma alusão a isso (2 Ts 2.4), e mostra que Antíoco era um
tipo e uma figura desse inimigo, assim como a Babilônia também havia sido. Mas,
juntando essa profecia às profecias anteriores relativas a Antíoco, formando um
discurso contínuo, me parece que ela esteja provavelmente se referindo
principalmente a ele, e que nele ela teve o seu primeiro cumprimento, fazendo
uma referência a alguma outra apenas para o tempo do fim (Grande Tribulação).
(1) Antíoco ofenderia
impiedosamente o DEUS de Israel, o único e verdadeiro DEUS, chamado aqui de
DEUS dos deuses. Desafiando a DEUS e sua autoridade, ele iria agir conforme a
sua vontade contra o seu povo e a sua santa religião, exaltando-se acima dele,
como fez Senaqueribe, falando coisas incríveis contra as suas leis e
instituições. Isso se cumpriu quando Antíoco proibiu que fossem oferecidos
sacrifícios no Templo de DEUS, ordenou que os sábados fossem profanados, e que
o povo santo deveria ser contaminado, além de muitas outras perversidades.
Antíoco queria fazer com que, sob ameaças de morte, esquecessem da lei, e
mudassem todas as ordenanças (1 Mac 1.45).
(2) De uma forma
absolutamente orgulhosa, Antíoco desprezaria todos os outros deuses, iria se
exaltar acima de cada deus, até dos deuses das outras nações. Ele escreveu a
todas as partes de seu reino que todos deveriam abandonar os deuses que
adoravam para adorar somente aqueles que ele mandasse, e esta era uma atitude
contrária à prática de todos os conquistadores que o haviam precedido (1 Mac
1.41,42). E todos os pagãos concordaram com a ordem do rei, pois embora amassem
os seus deuses achavam que eles não mereciam qualquer sofrimento. No entanto,
como seus deuses eram ídolos, para eles não fazia nenhuma diferença saber quem
eram os deuses que estavam adorando. Antíoco não considerava nenhum deus e se
engrandecia acima de todos (v. 37). Ele era tão orgulhoso que achava que estava
acima da condição de homem mortal, acreditava que podia comandar as ondas do
mar e alcançar as estrelas do céu. E essas eram as expressões da sua insolência
e arrogância (2 Mac 9.8,10). Era assim que tratava todos aqueles que estavam em
sua presença, até que a ira se completou (v. 36), até ter extrapolado os
limites, e transbordado a medida da sua iniquidade. Pois aquilo que havia sido
determinado seria realizado. Nada mais, nada menos.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag.
900.
O rei obstinado — o
Anticristo (11.36-45). Jerônimo deu uma dupla interpretação a essa parte
(11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a segunda, ao
Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo Young e Seiss,
entendem que os versículos 21-35 se referem de maneira apropriada a Antíoco e
secundariamente ao Anticristo, e os versículos 36-45 devem referir-se a alguém
maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.
E esse rei fará conforme
a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o
DEUS dos deuses falará coisas incríveis e será próspero (36). Aqui a figura
clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme
do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de fundo. Lembramo-nos
das advertências de Paulo acerca do “homem do pecado” (2 Ts 2.3-4) e da visão
de João acerca da “besta” (Ap 13.5-8). Vemos claramente refletido o “pequeno
chifre” dos capítulos 7 e 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece
quando comparamos os dois pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11.
Enquanto o pequeno chifre do capítulo 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão
relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno
chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar
que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória e poder do
empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos
deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará usurpar para si
toda a bondade humana bem como a adoração divina.
Roy E. Swim. Comentário
Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 542.
2. O futuro governante
mundial no “tempo do fim”.
“E no fim do tempo”
(11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de Antíoco
Epifânio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo. Porém, a
descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo. No
versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifânio. Ninguém ostenta uma
glória que só pertence ao DEUS Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está
descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala
do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico
Antíoco Epifânio, mas estava apontando para um tempo especial que a Bíblia
descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do
capítulo 9.27.
(11.41) Segundo o texto,
os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa coligação
de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o
Anticristo será derrotado na segunda Vinda de CRISTO (Ap 19.11-20).
(11.41-43)
Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo. Ele entrará na “terra
gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição aos judeus existentes.
Os povos que rodeiam como Edom, Moabe e Amom, identificados hoje, como a
Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o seu domínio. Porém, os povos
do Oriente, como a China e rumores vindos do Norte, a Rússia, mobilizarão seus
exércitos e poderes bélicos para combater o Anticristo na “terra santa”.
(11.44,45) A destruição
do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do
Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de JESUS
CRISTO, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc
14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor
matará com o sopro da sua boca e com o esplendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).
“mas o seu fim virá”
(11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o monte santo”
refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e glorioso” não
é outro que não o lugar do Templo de DEUS em Jerusalém. O Anticristo armará
suas tendas militares em Jerusalém , nas cercanias do vale do Armagedom (Ap
16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo Messias
glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para sempre, e o
Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21).
Elienai Cabral. Integridade
Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja
Hoje. Editora CPAD. pag. 155-156.
Dn 11.40 Este versículo e
outros correlatos neste capítulo, nos mostram o ressurgimento do povo egípcio
com grande poder militar no tempo do fim. Mas, eles, os egípcios serão também
tragados pelo império brutal do homem do pecado. Este versículo é realmente
futurístico, ele aponta diretamente para o “tempo do fim”. O autor sagrado
deixa de escrever a história e olha para diante, para descrever como o tirano
Anticristo encontrará o seu fim (v. 45). Como evidência para isso, é destacado
que há muitas menções de acontecimentos registrados na história, que tiveram
lugar na parte final deste capítulo, tais como a conquista do Egito e a batalha
entre o mar Mediterrâneo e o monte Sião. Também não pode ser mais Antíoco
Epifânio, pois ele não morreu na Palestina, mas na Síria, como testemunha
Políbio. O personagem descrito nestes versículos finais é sem dúvida o
Anticristo; ele encontrará o seu fim, de fato na área mencionada, isto é, na
grande planície, que fica entre o Jordão e o Mediterrâneo, denominada de
Armagedom (Dn 11.45; Ap 16.16; 19.20).
Dn 11.41 “Edom e Moabe, e
as primícias dos filhos de Amom”. Durante o tempo da Grande Tribulação haverá
uma área demarcada por DEUS, diante da face do destruidor. Esta área servirá de
“refúgio” para o seu povo: o remanescente. Tanto no Antigo como no Novo
Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: 1) O lugar preparado por
DEUS (Ap 12.6). 2) O refúgio (Is 16.4). 3) O quarto (Is 26.20). 4) O isolamento
(SI 55.5-8), etc. Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos”
(Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e
Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses países serão os únicos a
escaparem da influência do Anti- cristo. O Egito não escapará. Edom ou Iduméia:
Geograficamente, este país encrava-se na região montanhosa do mar Morto e do
golfo de Acaba; estende-se também para dentro da Arábia Pétrea.
Moabe: Encrava-se no
Sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo rio Amom.
Amom: Encrava-se na
região Nordeste do mar Morto; hoje, esses três povos são tribos árabes.
(Orígenes). Essa região será demarcada por DEUS naqueles dias sombrios da
Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is
16.4). O monte Sião será também demarcado. (Ver Ob v. 17; Ap 14.1). Todos esses
lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de DEUS”, preparado para
a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia. (Ver as
seguintes Escrituras sobre este assunto: SI 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr
32.2; 40.11; 48.8, 9; Ez 20.35; Dn 11.41; 12.1; Os 2.14; Ob v. 17, 20; Mt
24.36; Ap 12.6, 13-17). A “mulher” perseguida e guardada por DEUS nessa época
representa, sem dúvida, o “remanescente de Israel” (Apocalipse versículo por
versículo).
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag.
222-223.
Os versículos 36-40
tratam de eventos de que não há correspondência em toda a história passada: um
quadro profético do futuro Anticristo e sua atuação, especialmente quanto a
Israel.
Mediante a expressão "nesse
tempo", no capítulo 12, os eventos escatológicos nele constantes, como
ressurreição dos mortos e recompensa dos justos, estão na sequência do tratado
nos versículos 36-45. A era em que ocorrem esses eventos envolve também os
eventos do capítulo 12.7-9.
Versículos 40-44. A
expressão "rei do Norte", no versículo 40, prova que não se trata aí
de Antíoco Epifânio, porque este seria em breve o "rei do Norte"
(isto é, da Síria), e é evidente que ele não iria combater a si mesmo... Logo,
trata-se de um futuro reino. O versículo mostra que no tempo do fim, isto é, na
época da tribulação de Israel, o rei do Sul (que nesse tempo certamente não
representará apenas o Egito, mas um bloco de nações norte-africanas) e o rei do
Norte lutarão por algum tempo contra o Anticristo. Israel será a seguir
invadido pelo reino do Norte (v. 41). O Egito também não escapará da sua
invasão (v. 42). Certamente uma das razões para isso é o acordo de paz já hoje
existente entre o Egito e Israel. Edom, Moabe e Amom serão poupados (v. 41),
para que mais tarde o remanescente de Israel para aí escape na sua fuga durante
a investida arrasadora do Anticristo contra os judeus (Mt 24.20; Is 16.1-5; Ez
20.35-38; Os 2.14; Ap 12.6,13,14). Esses antigos países bíblicos fazem hoje
parte da Jordânia.
Nos versículos 40-45 o
sujeito gramatical que motiva todos os eventos aí descritos é certamente o
"rei do Norte" do versículo 40. No texto original esses versículos
formam novo parágrafo. Esse reino nos tempos do Anticristo não será mais a Síria
dos versículos anteriores do presente capítulo, mas um bloco de nações situadas
ao extremo norte de Israel, encabeçadas pela Rússia, e chamadas na profecia, de
Gogue e Magogue (Ez 38.15).
Antônio Gilberto. DANIEL
& APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos
dias. Editora CPAD.
3. Precisão profética.
Dn 11.45 "... as
tendas do seu palácio...” Cremos que o objetivo do Anticristo, ao armar sua
tenda entre o mar Mediterrâneo e a cidade de Jerusalém, é alcançar o monte
Moriá, ou seja a área do templo, para estabelecer nele um culto à sua própria
pessoa e seu primeiro ato, após a conquista do lugar santo, é “se assentar como
DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS” (2 Ts 2.4).
“Mas virá o seu fim”.
Finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos pés” da
estátua (nos dias do Anticristo). Então... o ferro, o barro, o cobre, a prata,
e o ouro ,serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio. (Ver Dn 2.34,
35; 8.25; 9.27; 11.45; Mt 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20). Todos sabemos que este
império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu
fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. CRISTO (a grande pedra) como
sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua, nem em seu peito
(Império Medo-persa), nem no ventre (Império Greco- macedônio), nem nas suas
pernas (Império-Romano) compreendendo de 754 a. C. a 455 d. C.). Todos sabemos
que, quando JESUS veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império
Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por
cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a
pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse
sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de CRISTO
(Ap 19.11-21).
Severino Pedro da
Silva. Daniel versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 226.
As lições decorrentes da
soberania de DEUS na história
Stuart Olyott aponta
várias lições decorrentes do estudo deste precioso texto: a primeira é que a
Palavra de DEUS é absolutamente confiável. O livro de Daniel foi escrito no
século 6 a.C. Ele conta a história .minuciosamente antes dela acontecer. Isso
prova que a Palavra de DEUS é infalível, inerrante e sobrenatural. A Palavra de
DEUS não apenas contém a verdade, ela é a verdade infalível e inerrante.
Assim como ela é
confiável nos relatos históricos, também o é em sua revelação acerca de DEUS,
do homem e da salvação, também como da consumação dos séculos. É loucura
consumada ignorar, negligenciar ou descrer desse livro.
A segunda lição é que
DEUS é o Senhor soberano da história. Como poderia o Senhor ter dado a Daniel
uma detalhada visão do futuro, se esse estivesse fora de seu controle? Tudo
aconteceu como DEUS disse. Ele é quem levanta reis e abate reis. Ele levanta reinos
e abate reinos.
Tudo acontece como DEUS
disse. O que fora profetizado se cumpriu. Tudo o que ocorre na história, ocorre
porque está escrito no livro de DEUS. Tudo que acontece confirma os decretos de
DEUS. Todas as coisas se movem em direção ao triunfo final de nosso Senhor
JESUS CRISTO e ao castigo final e eterno dos ímpios. Osvaldo Litz interpreta
corretamente quando diz:
O real valor da profecia
não está na predição, mas em nos mostrar tudo acontecendo sob a onipotência de
DEUS, para que à luz da profecia achem os o caminho certo em meio às tentações
e aos perigos e estejam os consolados em tudo. Pois para os discípulos de JESUS
sobre todos os acontecimentos do tempo do fim estão também as palavras de
JESUS: ‘Levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima.
A terceira lição é que
DEUS continua DEUS, ainda que não O vejamos em parte alguma. Vimos o anjo
anunciar o futuro a Daniel. Há um verdadeiro catálogo de guerras, alianças,
casamentos, traições e uma quantidade estonteante de reis que surgem e
desaparecem. O homem ocupa todo o cenário. Frequentemente, temos a impressão de
que os acontecimentos são controlados pelo homem mais forte de sua respectiva
época. DEUS não é mencionado em parte alguma. Aparentemente, é como se a
história nada tivesse a ver com Ele. Mas, mesmo nesse tempo, DEUS continua o
Senhor da história. Esse fato continua sendo verdade, ainda que pareça não
existir evidência de que DEUS está trabalhando. A atenção do mundo estava
voltada para os medos e persas, para os gregos ou para os reinos dos ptolomeus
e selêucidas. Nesse tempo, o povo de DEUS parecia apagado. Tinha, sim, muita
tribulação e perplexidade. Mas nesse tempo, DEUS continua o Senhor de toda a
história. Mesmo quando não pode ser visto, Ele está governando os assuntos do
mundo e também os destinos do Seu povo. DEUS continua DEUS ainda que não
vejamos em parte alguma.
LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
142-144.
ASPECTOS DA GRANDE
TRIBULAÇÃO
Nos primeiros três anos e
meio, seguindo uma sequência que inclui os capítulos 38 e 39 de Ezequiel,
teríamos então, no início desse período de sete anos, primeiramente a invasão
de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-se do caos em que
ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas. Esta
invasão de Israel está assim profetizada: Tu, pois, ó filho do homem, profetiza
contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eu sou contra ti, ó Gogue,
príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. Far-te-ei virar, e te porei seis
anzóis, e te farei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel
(Ezequiel 39:1-2).
Em seguida, haverá um
rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o Senhor: “Enviarei um fogo
sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberão que eu sou o
Senhor” (Ezequiel 39:6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armas
nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser continentes
desconhecidos do profeta.
Finalmente, o caos
mundial e o gênio da besta. A Bíblia descreve a pessoa do anticristo como sendo
um homem muito inteligente:
Estando eu observando os
chifres, vi que entre eles subiu outro chifre pequeno; e três dos primeiros
chifres foram arrancados diante dele. Neste chifre havia olhos como os olhos de
homem, e uma boca que falava com vanglória (Daniel 7.8).
“Olhos de homem”
significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa uma
tremenda capacidade oratória.
Embora todo o período de
tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três
anos e meio. Eis as passagens bíblicas:
Daniel 7:25: Proferirá
palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em
mudar os tempos e as leis. Eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e
tempos, e metade de um tempo.
Apocalipse 11:2: Mas
deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos
gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
Apocalipse 12:6,14: A
mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS para que
ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram dadas à
mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu
lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da
vista da serpente.
Apocalipse 13:5: Foi-lhe
dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade
para continuar por quarenta e dois meses.
O anticristo firmará uma
aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma aliança com muitos por
uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de
cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada,
a qual será derramada sobre o assolador (Daniel 9.27).
Esta aliança não será com
todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá
chegado o tempo de DEUS tratar de novo com eles como o fazia durante a vigência
da lei.
A voz do arcanjo
relacionada com o arrebatamento da Igreja é um sinal para os israelitas. Diz a
Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo,
ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressurgirão primeiro” (1
Tessalonicenses 4:16). Leia estas outras passagens: Judas 9; Daniel 10:13,21;
Daniel 12:1; Apocalipse 12:7.
DEUS nunca ficou sem um
remanescente fiel. Um bom exemplo está em 1 Reis 19:14,18: Respondeu ele: Eu
tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor DEUS dos exércitos. Os filhos de
Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas
à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando matar-me também... Também
conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e
toda boca que não o beijou.
Abraão de Almeida. Manual
de Profecia Bíblica. Editora CPAD. 147-150.
AS ATIVIDADES DO
ANTICRISTO - BEP - CPAD.
Ao começar o Dia do
Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da
Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos,
antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
(1) A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio
mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante
mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração
a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
(2) O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer
leal a CRISTO (Ap 11.6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração,
certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus
pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se
divino desde a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12).
(3) O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais,
maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira”
significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para
enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira.
(a) Tais demonstrações
possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas
ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não
darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades
(2.9-12).
(b) Tanto as palavras de
Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o
fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO”
(1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser
provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa
atuante.
A DERROTA DO ANTICRISTO. No fim da tribulação, Satanás congregará
muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS
e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap
16.16). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural,
destruindo o poder do Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao
evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá
seu reino na terra por mil anos (20.1-6) - Depois disso Satanás será solto e
ainda reunirá um exército para lutar contra CRISTO que os vencerá e será então
realizado o juízo sobre Satanás e seus seguidores no Grande Trono Branco, onde
todos os que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida serão lançados no
lago de fogo e enxofre. Nós, os salvos, estaremos para sempre com o Senhor,
Nova Jerusalém.
Bíblia de Estudos
Pentecostal - CPAD
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
(http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações
do Pr. Luiz Henrique.
Referências
Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo -
Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida.
Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo
Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo
Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com
referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida-
EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD -
BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP -
Bíblia de Estudos Pentecostal.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro
Silva
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 6, Central Gospel, O Anticristo, 2Tr24, Pr Henrique,
EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO
1.1. No começo do Dia do Senhor
1.2. Paz para todos
1.3. Problemas resolvidos
2. TEMOS UM ESPECIALISTA
2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista
2.1.1. Na intelectualidade
2.1.2. Na oratória
2.1.3. Na política
2.1.4. Na economia
2.1.5. No âmbito militar
2.1.6. Na religiosidade
2.2. O império do engano
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
2 Tessalonicenses 2.3-11
3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim
sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da
perdição,
4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou
se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo
parecer DEUS.
5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda
estava convosco?
6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio
tempo seja manifestado.
7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que,
agora, resiste até que do meio seja tirado;
8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo
assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o
poder, e sinais, e prodígios de mentira,
10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não
receberam o amor da verdade para se salvarem.
11 - E, por isso, DEUS lhes enviará a operação do erro, para que
creiam a mentira.
1 João 2.18
18 - Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o
anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos
que é
já a última hora.
TEXTO ÁUREO
E o DEUS de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A
graça de nosso Senhor
JESUS CRISTO seja convosco. Amém! Romanos 16.20.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Daniel 9.24-27 O príncipe que há de vir
3ª feira – Isaías 51.12-15 O furor do angustiador
4ª feira – Daniel 11.37-39 Ao deus das fortalezas honrará
5ª feira – Apocalipse 13.1-3 A besta que sobe do mar
6ª feira – 1 João 2.18-29 O mentiroso e enganador
Sábado – Apocalipse 19.11-21 O destino do Anticristo
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o
aluno deverá:
identificar o momento histórico em que o Anticristo se manifestará,
segundo as Sagradas Escrituras;
compreender que o mundo inteiro se dobrará diante do poder de
convencimento do Anticristo e o seguirá maravilhado (Ap 13.3); perceber que, no
final da segunda parte da Grande Tribulação, na batalha do Armagedom, o
Anticristo será definitivamente derrotado (Ap 19.20).
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, seguem alguns fatos relacionados ao Anticristo que
podem ser enfatizados no decorrer da lição:
- Seu aparecimento se dará no fim da história de Israel (Dn 8.17).
- Ele se manifestará imediatamente antes do arrebatamento da Igreja
(2Ts 2.1-3) e ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos (Ap
6.2).
- Na primeira metade da Grande Tribulação, firmará publicamente um
pacto de paz com Israel (Dn 9.27).
- Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn 11.45; Ap
13.3).
- Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8). Receberá
vida após ser curado (Ap 13.11-14).
- Governará o mundo — que o seguirá maravilhado — nos aspectos
político, religioso e econômico (Ap 13.3-8,16-18).
- Pronunciará grandes blasfêmias contra DEUS (Dn 7.8; Ap 13.6).
- Será controlado pelo diabo (Ap 13.2-5).
- Matará publicamente as Duas Testemunhas (Ap 11.7).
- Perseguirá furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).
- Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc 12.1,2;
14.1-3. Ap 16.16; 19.19).
- Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27;
11.41; 12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).
- Assentar-se-á no Templo para ser adorado como DEUS (2 Ts 2.4; Ap
13.4-8).
- Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios (2 Ts
2.9-12).
- Lutará contra CRISTO na segunda fase da Sua vinda, na campanha
militar do Armagedom.
- Será derrotado, junto com seus exércitos e lançado vivo no lago
de fogo ardente (Dn 7.11; Ap
19.20). Boa aula!
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
Ao dirigir-se ao rei Nabucodonosor, Daniel declarou que o DEUS que
está nos céus é o único que sabe; é o único que tem as respostas e o
significado dos sonhos e das visões relacionados aos acontecimentos previstos
para ocorrer no fim dos dias (Dn 2.28). Este mesmo princípio aplica-se, literalmente
— em sua maioria —, às visões e revelações dadas a Daniel: muitas de suas
profecias fazem referência direta ao Anticristo, que governará o mundo durante
sete anos (Dn 9.24-27).
SUBSÍDIO
A Escritura afirma que o Anticristo virá para representar o diabo
(Ap 13.2), assim como o Senhor JESUS veio a este mundo como representante do
DEUS eterno, todo-poderoso (Jo 9.4).
1. O SURGIMENTO DO ANTICRISTO
Imediatamente após a consumação da segunda vinda do Senhor JESUS e
o arrebatamento dos salvos, de acordo com as profecias bíblicas, terá início o
Dia do Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13). Precisamente nesta ocasião,
aparecerá o Anticristo para cumprir um papel importantíssimo, descrito no
panorama profético dos dias finais. Esses dias serão os piores na vida do ser
humano, ainda que nos primeiros 42 meses tudo pareça transcorrer dentro da
normalidade (Ap 13.5b).
1.1. No começo do Dia do Senhor
Escassez de alimentos; enfermidades múltiplas; desemprego; violência;
terrorismo; ódio entre as nações; lutas acirradas entre classes e poderes;
insegurança; destruição da família etc.: tais
conjunturas serão observadas nos dias finais do ser humano. No
fundo do poço, onde não há claridade, esperança ou motivação positiva,
governantes mundiais, líderes e pessoas comuns — de todos os segmentos, áreas e
grupos sociais — clamarão por alguém forte e carismático — vindo da terra, do céu
ou do inferno —, com respostas e soluções urgentes para salvar a humanidade. Diante
dessas ocorrências, no momento preestabelecido por DEUS, surgirá o Anticristo,
montado em um cavalo branco, com a mensagem da esperança, anunciando um novo
tempo de prosperidade, felicidade e bênçãos (Ap 6.2).
1.2. Paz para todos
Procurando imitar a pessoa do Senhor JESUS, que veio como Príncipe
da Paz (Is 9.6), o Anticristo começará o seu governo, apresentando um plano de
paz universal em que não haverá guerras, rebeliões, manifestações ou confrontos
em todos os níveis da sociedade. O medo, o terror, o assombro e a insegurança
serão substituídos pela paz, alegria e felicidade.
Utilizando os meios de comunicação mais eficientes, poderosos e
sofisticados, o Anticristo estabelecerá um concerto de paz com a nação de
Israel — e outras nações inimigas —,
concernente à disputa territorial. Como promotor e mediador, patrocinado
oficialmente por seu governo, ele transmitirá uma mensagem ao mundo, anunciando
que o seu objetivo é a paz e a prosperidade para todos, destituída de preconceitos
ou discriminações (Dn 9.27). Com a grande boca que receberá do diabo, seus
pronunciamentos serão impecáveis e notáveis; deste modo, persuadirá milhões de
indivíduos em todos os lugares da terra (Ap 13.5). O Anticristo reconquistará a
credibilidade e a confiança das massas populares, ultrapassando todos os
créditos conferidos aos líderes postados nos anais da história universal.
1.3. Problemas resolvidos
Sete anos será o tempo do Anticristo como governante mundial,
quando a última semana de anos mencionada nas Escrituras será cumprida,
literalmente, em todas as suas atividades. Este período (Tribulação e Grande
Tribulação) será dividido em duas partes de três anos e meio cada uma. Na
primeira etapa, o Anticristo aparecerá como um príncipe salvador, um eminente e
confiável líder político, com ações visíveis e comprovadas publicamente.
Emprego, saúde, educação, segurança e lazer serão bens intangíveis garantidos a
todas as pessoas; dívidas contraídas, relacionadas à crise econômica, serão
solucionadas. Por essas e outras iniciativas — inclusive no que tange à
religiosidade (quando nada será proibido) —, o Anticristo será aceito e
admirado pelas multidões, com um índice de aprovação jamais visto na história
dos grandes líderes. Ele será um mito, com milhões de seguidores fanáticos, que
o adorarão; estes estarão prontos, se necessário, a morrer por ele.
2. TEMOS UM ESPECIALISTA
Líderes, cientistas, autoridades nas áreas da educação, economia,
habitação e segurança não têm soluções definitivas para o futuro da raça
humana. Por essa razão, a incessante procura por especialistas, em todas as
áreas, tornou-se uma
realidade incontestável em nossos dias. Gastam-se milhões
produzindo e buscando alguém superdotado, acima da média, para enfrentar e
vencer os desafios que surgem a cada instante, tais como: terrorismo; violência
urbana; fome; pandemias; ideologia de gênero; discriminação, dentre outros. E
essa busca se intensificará nos dias finais.
2.1. O Anticristo: gênio; mestre; especialista
Durante sete anos, o Anticristo será o foco, o centro, o
catalisador, a figura mais proeminente em todo o mundo. Ele se destacará em
diversas áreas. Vejamos a seguir.
2.1.1. Na intelectualidade
O mundo será impactado pelo acúmulo de conhecimentos do Anticristo,
cuja mente brilhante terá domínio sobre o intelecto. Seus poderes de percepção,
entendimento e aproveitamento das informações ultrapassarão qualquer capacidade
cognitiva humana. Ele será inigualável (Dn 8.23).
2.1.2. Na oratória
O mundo será persuadido pelo encanto mágico das expressões e
palavras inteligentes, brilhantes, emocionantes e convincentes do mais poderoso
líder de todos os tempos (Dn 11.36; Ap 13.2,6). O Anticristo será um orador
acima da média.
2.1.3. Na política
O Anticristo surgirá do anonimato, trazendo coisas novas e soluções
inovadoras. Nutrido do poder satânico, em um curto período, ele ocupará lugar
proeminente no cenário político mundial. Sua habilidade diplomática, capacidade
de articulação e astúcia deixarão admirados os especialistas das instituições
políticas, fazendo-os concordar com as ações desse líder incomparável. Suas
propostas serão seguidas de grandes sinais, que serão realizados publicamente
por ele e pelo Falso Profeta, diante de todos (Ap 13.5).
SUBSÍDIO 2.1.3
A primeira besta (o Anticristo) e a segunda (o Falso Profeta) serão
os diretores-executivos do maior e mais pernicioso sistema de engano conhecido
na História.
2.1.4. Na economia
O Anticristo será o comandante-geral das nações, o dono da última
palavra. Em seu governo, todas as ações mercantis serão nacionalizadas; nada
escapará do seu controle. Nos últimos três anos e meio de sua administração
(Grande Tribulação), ninguém poderá comprar ou vender sem sua permissão pessoal
(Dn 11.43; Ap 13.16,17).
2.1.5. No âmbito militar
Será fantástico e inovador, quase perfeito nas estratégias
militares. O Anticristo será o chefe supremo das forças armadas de todo o
mundo. Em seu intento de derrotar o Senhor JESUS e as hostes celestiais, ele
formará um poderoso exército, com 200 milhões de soldados supertreinados (Ap
9.16), que estará disposto a morrer por ele e por sua causa. O exército do
Anticristo terá a mais eficiente, destrutiva e sofisticada máquina de guerra à
sua disposição, desenvolvida com a mais alta tecnologia disponível no fim dos
tempos.
2.1.6. Na religiosidade
Nenhum líder mundial conseguiu realizar o que o Anticristo fará
durante o seu reinado de terror. Ele começará seu governo como um homem de bem,
pacificador, jurisconsulto e perito em economia; ele dará tudo de si, como se
fosse o maior interessado no bem-estar de todos. Entretanto, seu objetivo final
será unir todo o sistema religioso para que todos o adorem, a despeito da religião
que professem. João contempla a parceria entre os poderes político e religioso
nos dias finais (Ap 17.1-3).
2.2. O império do engano
Assim como Satanás utilizou-se do engano, desde o início dos
tempos, ele incorporará essa mesma estratégia no Anticristo no final desta era
(2 Co 1.7). Observe o que a Escritura ressalta a respeito do império do engano.
- JESUS declarou que o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44);
esta, aliás, é sua arma principal (Ap 12.9).
- JESUS também disse que, nos últimos dias, surgirão em todo o
mundo falsos cristos, falsos profetas, falsos apóstolos, falsos mestres, falsos
doutores, falsas doutrinas, falsos espíritos, falsos testemunhos, falsos
evangelhos, os quais desviarão milhões de seres humanos da verdade; se possível
fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24).
- Paulo acrescentou que, nos últimos dias, espíritos imundos
invadirão a terra, promoverão e implantarão o engano, levando as pessoas à
mentira (1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-5,13). Por fim, JESUS exortou Seus discípulos
acerca dos dias finais. Disse Ele: acautelai-vos, que ninguém vos engane (Mt
24.4).
CONCLUSÃO
Quando a apostasia alcançar proporções gigantescas, abrangendo o
mundo inteiro, o ESPÍRITO SANTO e a Igreja serão retirados da terra. Só então,
haverá a manifestação do
Anticristo (2 Ts 2.3-6), que será: revestido de poder satânico; referenciado
por sua inteligência, carisma e liderança; e admirado pelas massas populares
(Ap 13.3,4). O espírito demoníaco da besta — mencionado na Escritura como o
espírito do Anticristo (1 Jo 4.3; 2.18) — já está operando
no mundo. O poder desta força maligna espiritual foi-lhe conferido pelo
dragão (o diabo). Essa força controlará a vida pública e privada de milhões de
indivíduos (Ap 13.16,17), durante o governo do homem do pecado, o filho da
perdição (2 Ts 2.3). Assessorado diretamente pela segunda besta (o Falso
Profeta), o Anticristo terá a sua marca — o seu logotipo, a sua senha, a sua
legenda — postada na mão direita (ou na testa) de todos aqueles que o servirão
(Ap 13.16-18). No final dos sete anos, ele será vencido e condenado, por ocasião
da Revelação do Senhor JESUS na batalha do Armagedom, na segunda fase do
retorno de CRISTO (2 Ts 2.8).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda: Em que
momento da História terá início o Dia do Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe
3.10-13)?
R.: O Dia do Senhor — ou Grande Tribulação —, de acordo com as
profecias bíblicas, terá início imediatamente após a consumação da segunda vida
do Senhor JESUS e o arrebatamento dos salvos.