Escrita Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva


 


EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2024, Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada, Escola Bíblica Dominical, Lição 12, O verdadeiro sentido de serem dois em um
   

ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO CORPO
1.1. Precisam estar conectados no corpo 
1.2. Fatores que influenciam uma carne 
1.3. Ao unir-se ao cônjuge, o individualismo é eliminado e a individualidade permanece 
2- A UNIÃO PRECISA ESTAR NA ALMA
2.1. Precisam estar conectados na alma 
2.2. A consciência de não trocar o casamento por nada 
2.3. O entendimento de que a reconciliação conjugal é possível 
3- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO ESPÍRITO
3.1. Precisam estar conectados no espírito 
3.2. O que DEUS uniu não separe o homem 
3.3. A presença de DEUS enche o espírito 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24
 
 
VERDADE APLICADA
Uma carne passou a vigorar porque DEUS viu que não era bom o homem estar só, pois não havia quem que lhe correspondesse.
 
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar que a união precisa estar firmada no corpo
- Ressaltar que a união precisa estar conectada na alma
- Explicar que a união precisa estar vinculada no espírito
 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA – Mt 19.5,6; 1Co  7.5
MATEUS 19
5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe a se unirá à sua mulher, e serão dois numa carne?
6 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.
1 CORÍNTIOS 7
5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
 
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Pv 5.15-21 O adultério fere o “uma só Carne”
TERÇA – Pv 6.32 O adultério destrói a alma
QUARTA – Rm 7.2-3 A mulher casada está ligada a seu marido.
QUINTA – 1Co 7.2 Cada um deve ter seu cônjuge.
SEXTA – 1 Co 7.33 O esposo cuida de como agradar sua esposa.
SÁBADO – 1 Co 7.34 A mulher casada deve agradar o seu marido.
 
HINOS SUGERIDOS: 5, 362, 369
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os cônjuges sejam um no Senhor.
 
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Melhor é serem dois do que um (Luciano Subirá)
 
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Eclesiastes 4.9-12)
O rei Salomão, instrumento divino para nos trazer estas palavras, não estava falando especificamente sobre o casamento; ele falava sobre um exemplo de unidade que cabe num relacionamento de amigos, de parceiros de trabalho e ainda outros. E embora estas palavras não se apliquem exclusivamente ao matrimônio, este princípio bíblico também não exclui, em hipótese alguma, a relação conjugal. E é dentro deste contexto, da vida do casal, que queremos buscar entender não apenas o texto em si, mas como estas verdades se relacionam com outras declarações bíblicas acerca do casamento. O escritor de Eclesiastes menciona quatro áreas onde o companheirismo faz toda a diferença e justifica a afirmação de que é melhor serem dois do que um.

São elas:
1) Parceria – 2) Suporte – 3) Cuidado – 4) Proteção
Sem estas quatro expressões de companheirismo talvez fosse melhor declarar que é melhor ser um do que dois, uma vez que os “benefícios” que justificam esta afirmação deixaram de estar presentes.

Queremos refletir um pouco sobre cada um deles.
 
PARCERIA
O primeiro benefício mencionado na declaração bíblica de que é melhor serem dois do que um é que os dois terão “melhor paga do trabalho”. Isto fala de duas coisas: da parceria nas conquistas e de sinergia, que é o resultado desta parceria.
Primeiramente queremos analisar a visão de parceria e como isto se encaixa na união matrimonial. A mulher foi criada por DEUS para ser uma auxiliadora idônea, capaz (Gn 2.18). Isto significa que o homem não foi criado por DEUS para conquistar sozinho e, somente depois, partilhar o “despojo” com sua esposa. Mesmo tendo a responsabilidade de provedor, o homem precisa viver a relação de parceria em cada conquista no casamento. DEUS reconheceu que o homem precisaria de ajuda e, ao criar a mulher a fez com toda capacidade de prover ajuda!
Isto fala não só das conquistas materiais e geração de renda. Embora a palavra hebraica traduzida como “paga do trabalho” seja “sakar” – que significa “soldo, salário, pagamento” – ela também tem o significado de “recompensa”. O casamento é uma parceria contínua! Desde a procriação, cuidado, provisão e educação dos filhos até os ganhos materiais e financeiros o casal deve caminhar em parceria. Mesmo sendo o cabeça do lar e tendo a responsabilidade final nas decisões, o esposo deve ouvir os conselhos de sua esposa e incluí-la em seus projetos.
Se cada um quiser viver por si, como se fossem dois solteiros dividindo a mesma cama e o mesmo teto, não poderão dizer que é melhor serem dois do que um. A beleza da parceria, além do companheirismo e cumplicidade nas conquistas, pode também ser vista nos resultados. Melhor paga do trabalho não significa um salário que é dobrado para depois ser repartido entre os dois; isto não faria a menor diferença! Se cada um sozinho ganha quatro mil reais e pode ficar com tudo para si, qual é a vantagem de juntarem suas rendas que, totalizadas, chegam a oito mil reais e depois dividi-la em dois voltando ao resultado inicial? A verdade é que, juntos, mesmo repartindo, o casal conquista mais! Por exemplo, se cada um sozinho produz uma renda de quatro mil reais, mas juntos conseguem produzir doze mil reais (em vez de só os oito mil reais que conseguem sozinhos), então temos uma sinergia. Em vez de somar resultados, a parceria os multiplica! Isto é sinergia e vemos este princípio na Bíblia:
“Como poderia um só perseguir mil, e dois fazerem fugir dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o Senhor lhos não entregara?” (Deuteronômio 32.30)
“Perseguireis os vossos inimigos, e cairão à espada diante de vós. Cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós. Para vós outros olharei, e vos farei fecundos, e vos multiplicarei, e confirmarei a minha aliança convosco.” (Levítico 26.7-9)
Falando das batalhas que o povo de Israel iria travar ao entrar na terra Prometida, Moisés, da parte de DEUS, fala aos hebreus que um deles perseguiria mil, mas dois juntos não somariam os resultados para dois mil, mas o multiplicariam para dez mil! Também afirma que cinco perseguiriam a cem (o equivalente a vinte pessoas por perseguidor), mas cem perseguiriam a dez mil (o equivalente a cem pessoas por perseguidor). Isto é sinergia. Tanto em um exemplo como no outro vemos que neste tipo de parceria os resultados não se somam, se multiplicam. Podemos trazer este princípio para o planejamento familiar, para a criação dos filhos, para o trabalho e conquistas materiais e, não só para a dimensão natural, mas também para a espiritual: a vida de oração do casal.
Tenho aprendido a incluir a participação de minha esposa em tudo que faço. Desde o planejamento financeiro e decisões que precisam ser tomadas nesta área até as questões do ministério; a Kelly participa na forma como prego e ensino (antes, na preparação, e depois, na avaliação), como conduzo as reuniões ministeriais e a vida da Igreja, em minhas viagens (mesmo quando não pode me acompanhar faz a retaguarda de oração)… Sou muito grato a DEUS por me permitir viver em parceria com minha esposa!
Porém, se os cônjuges decidem viver cada um por si, sem a dimensão de parceria proposta nas Escrituras, não poderá se dizer que é melhor serem dois do que um… Reveja estes valores em seu casamento. Não deixe de buscar viver esta poderosa parceria. O casamento não é apenas duas pessoas que decidiram viver juntas, é o ato de construírem juntos uma vida!
 
SUPORTE
Outra característica importante do companheirismo e que valida a afirmação de que é melhor serem dois do que um, é o suporte. A Escritura Sagrada declara que “se caírem, um levanta o companheiro”. Nos momentos de altos e baixos que enfrentamos, o que está melhor ajuda o outro. Encorajamento, apoio, suporte, são essenciais a união matrimonial.
Muitas pessoas entram com a motivação e expectativa errada no matrimônio; elas entram na aliança matrimonial pensando muito mais em receber do que em oferecer algo. Esperam que o cônjuge, ou mesmo a própria relação, façam-nas felizes. Porém, o fato é que não nos casamos com o único propósito de sermos felizes, mas primeiramente, para fazermos o cônjuge feliz (Dt 24.5). A Palavra de DEUS nos ensina que o homem casado deve agradar a sua esposa e vice-versa (1 Co 7.33,34).
É correto esperar receber suporte do seu cônjuge, mas antes de esperar receber (ou mesmo cobrar esta atitude), devemos oferecer suporte! Estamos falando dos padrões de DEUS para o casamento e não do matrimônio segundo o mundo. Portanto, espera-se dos cônjuges cristãos um comportamento que demonstre maturidade cristã. E esta maturidade nos faz compreender que dar é mais importante do que receber (At 20.35).
Em sua carta aos coríntios, Paulo declara que “o amor não busca os seus próprios interesses” (1 Co 13.5). Escrevendo aos filipenses, o apóstolo também ensina o crente a não olhar só para si, mas para os outros, e afirma o seguinte:
“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” (Filipenses 2.4)
O Senhor JESUS também nos ensinou (não só com palavras, mas principalmente por seu exemplo) acerca da virtude de servir em vez de apenas buscar ser servido:
“Mas JESUS, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10.42-45)
A maioria das queixas dos casados contra o próprio cônjuge são cobranças do que o outro deveria ter feito. Infelizmente, somos egoístas demais e focados no próprio umbigo! Contudo, quando em vez de somente querer ser servidos, colocamos nossos cônjuges à frente e passamos primeiro a servir, alimentamos um outro ciclo onde nossos cônjuges, em vez de também apenas cobrarem, passarão a também nos servir com alegria. Não é fácil colocar o outro à frente de seus sonhos, projetos e vontades!
Lembro-me que na ocasião em que o Israel – nosso primeiro filho – nasceu, a Kelly entrou numa crise enorme. Estávamos casados há dois anos e meio nesta ocasião, mas a Kelly havia saído de casa e mudado para a nossa cidade cerca de um ano antes do casamento; portanto já estava há pelo menos três anos e meio morando longe dos pais. A distância de quase setecentos quilômetros entre nossa casa e a casa dos meus sogros, somada à uma certa limitação financeira dos primeiros anos de casado, não nos permitia vê-los com tanta frequência como gostaríamos, mas mesmo assim a Kelly nunca deixou de me apoiar e de sustentar a mesma declaração que Rute fez à sua sogra Noemi:
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.” (Rute 1.16)
De repente, após o nascimento do Israel, minha esposa começou a demonstrar sinais de tristeza por estar tão longe do restante da família (dela e minha, pois meus pais moravam numa cidade próxima à dos pais dela). Ela dizia que havia se dedicado em me apoiar e acompanhar e que nunca havia se arrependido disto, mas que partia o coração dela saber que o nosso filho iria crescer longe dos avós e do restante da família. Conversamos e oramos acerca disso várias vezes e a situação parecia somente se agravar.
Um dia, tive uma conversa séria com ela; disse que percebia que ela não estava conseguindo superar aquilo, embora continuasse se esforçando muito para me apoiar. Expliquei que, embora ela não reclamasse nem pedisse para nos mudarmos, era evidente que, naquele momento, seu coração não estava mais ali na cidade. Então declarei a ela que, em função do que ela estava enfrentando, eu estava disposto a deixar o pastorado daquela igreja para nos mudarmos para mais perto da cidade dos nossos pais, uma vez que, depois de DEUS, a família é nossa maior prioridade. A Kelly se alarmou com minha sugestão e disse que não queria atrapalhar meu ministério. Retruquei que eu poderia exercer o ministério onde quer que estivesse, que já tínhamos uma boa equipe ministerial naquela igreja, e que não havia me mudado para lá afim de ficar ali para sempre. Mesmo assim, ela preferiu orar mais e buscar ao Senhor antes de qualquer decisão precipitada e, acabou entendendo da parte de DEUS que não era a hora de nos mudarmos e que o Senhor traria graça e ela venceria aquela crise, como de fato aconteceu.
Mesmo não tendo nos mudado, naquele dia a Kelly percebeu que meu compromisso com ela era bem maior do que ela imaginava. Foi algo parecido com o sacrifício que DEUS pediu a Abraão; ainda que ele não tenha chegado ao ponto de imolar Isaque, soube-se que ele teria ido até o fim. Esta foi a minha primeira experiência no casamento onde realmente enxergamos a importância de oferecer suporte um ao outro. Eu faria qualquer coisa para apoiar minha esposa e vê-la feliz; ela, por sua vez, lutava com sua crise não querendo me tirar do propósito divino e achando que, mesmo em meio à lutas e dificuldades, deveria estar ao meu lado a qualquer preço.
Penso que se tivéssemos agido de forma egoísta, com ela lutando para estar perto dos pais e eu lutando pelo meu ministério, nossa relação, em vez de consolidada como foi, teria sofrido um sério desgaste. Oferecer suporte ao cônjuge é algo de um valor imensurável. Se trouxermos este padrão de conduta cristã ao nosso casamento tudo será diferente! Porém, se os cônjuges decidem apenas esperar (ou mesmo cobrar) por suporte da parte do outro, então não poderá se dizer que é melhor serem dois do que um.
Reveja estes valores em seu casamento. Nunca deixe de ser um instrumento divino de apoio e fortalecimento, de consolo e amparo ao seu cônjuge!
 
CUIDADO
O texto de Eclesiastes também afirma que “se dois dormirem juntos, se aquentarão”. Acredito que isso fala – dentro do contexto da união matrimonial – de levar calor para a vida do companheiro, ajudá-lo a superar os desconfortos da vida, bem como promover pequenas alegrias e cuidados.
Um casal “brigado” normalmente não gosta de dormir junto, porque este é um ato de intimidade. Na minha primeira semana de casado, a Kelly brincou comigo acerca disso. Ela me falou que a mãe dela a havia aconselhado antes de casar, dizendo: “Aconteça o que acontecer, não importa o desentendimento que um dia você e o Luciano possam vir a ter, nunca saia do quarto!” E quando eu ia elogiar a sabedoria da minha sogra ao dar este conselho, ela terminou com a seguinte frase: “Se alguém tiver que sair do quarto, que seja ele! Você, minha filha, defenda o seu território!” Nós rimos juntos da brincadeira, mas decidimos desde aquele dia vigiar para que isto não viesse a acontecer de fato. A Palavra de DEUS nos adverte:
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o Sol sobre a sua ira, nem deis lugar ao diabo.” (Efésios 4.26,27)
Isto significa que um casal nunca deve deixar a ira durar até o dia seguinte; pelo contrário, os cônjuges devem se reconciliar antes de dormir! Mas por que a tendência de um casal que se desentende é dormir separado? A verdade é que dormir junto fala de intimidade. Também fala do leito do casal e da sua vida sexual. O conceito de amor e intimidade de um casal está fortemente associado ao quarto e à cama. E este tipo de cuidado mútuo não pode faltar. Porém, aquecer um ao outro é algo que, no casamento, fazemos não só de modo literal, sob cobertas, mas também no âmbito emocional. São conversas, expressões de carinho por meio de palavras, presentes e atitudes que não permitem que o coração do cônjuge se esfrie.
Cuidado não é só prover e arrumar a casa; também fala de coisas pessoais de um para o outro, dos pequenos mimos, de tudo aquilo que mostra que o cônjuge se importa de fato. Quando isso falta, a relação se deteriora, e então, sem estes valores, acabamos tendo que dizer que é melhor ser um do que dois. Reveja a importância do cuidado mútuo em seu casamento. E faça valer a afirmação “é melhor serem dois do que um”.
 
PROTEÇÃO
O texto de Eclesiastes ainda revela que “se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão”. Isso fala de proteção, defesa mútua, cobertura recíproca. Quando as batalhas surgem, o casal deve aprender a se unir e resistir juntos. Há muitos tipos de lutas e de inimigos que tentam prevalecer contra nós. Uma delas, é a batalha que é continuamente travada no reino espiritual contra todo cristão (e matrimônio):
“Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” (Efésios 6.11-13)
Paulo escreve aos efésios advertindo acerca da realidade da batalha espiritual, mostra claramente quem é o inimigo e revela que, para oferecer resistência, o cristão deve se revestir da armadura de DEUS (que é detalhada nos versículos 14 a 17). Mas depois de falar das armas é que ele ensina como se trava esta batalha:
“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no ESPÍRITO e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”. (Efésios 6.18)
A oração não é apresentada como uma arma. O ato de orar é a própria guerra onde entramos munidos de toda a armadura de DEUS. O primeiro nível de resistência que um casal deve aprender a oferecer é mediante a oração. Temos que cobrir a vida de nosso cônjuge de oração; devemos fazer guerra contra o inimigo (e as circunstâncias) por meio da oração!
Recordo-me de certa ocasião em que o entendimento da necessidade deste tipo de batalha pelo cônjuge ficou, na prática, muito claro para mim. No nosso primeiro ano de casado, a Kelly enfrentou uma luta que vencemos em oração. Certo dia saí cedo de viagem para voltar no fim da tarde do mesmo dia. Por conta de um atraso causado pelo tráfego da rodovia, liguei para casa para dizer a minha esposa que chegaria depois do previsto, o que me faria ir direto para a igreja, uma vez que era dia de culto. Quando pedi que fosse me encontrar na reunião, a Kelly disse que preferia não ir ao culto, pois não estava bem. Perguntei o que ela estava sentindo, posto que pela manhã, quando saí de viagem, ela estava bem. Ela me falou de sintomas físicos, mas também de uma grande batalha emocional e espiritual que passara a sentir no fim da tarde e que não entendia o que era aquilo nem porque estava acontecendo. Senti que deveria orar com ela por telefone mesmo e, travei batalha contra as forças das trevas, abençoei a vida dela, intercedi e desliguei o telefone. Ela me contou depois do culto que estava deitada quando eu orei por ela; de repente, um calorão começou a percorrer seu corpo e fazê-la suar e os sintomas desapareceram completamente. Fiquei espantado quando voltei para casa e ela me mostrou os lençóis e o travesseiro completamente molhados! A Kelly testemunhou que foi imediatamente curada no corpo e que toda nuvem de opressão desapareceu enquanto eu orava por ela. Isto nos fez levar mais a sério a realidade da batalha espiritual que travamos e a importância de cobrirmos de oração a vida um do outro. Gosto de um exemplo bíblico que mostra alguém lutando por outro em oração:
“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de CRISTO, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de DEUS.” (Colossenses 4.12 – ARC)
A palavra grega traduzida como “combatendo” neste versículo é “agonizomai” e, conforme o Léxico da Concordância de Strong, significa: “entrar em uma competição, competir com adversários, lutar, esforçar-se com zelo extremo, empenhar-se em obter algo”. A versão KJA (King James Atualizada) traduziu como “guerreando”, a versão Atualizada de Almeida escolheu esta palavra como “esforça-se sobremaneira”, a e a versão Revisada optou por “sempre luta por vós”.
Além da batalha espiritual, que travamos por meio da oração, há outros níveis de resistência a oferecer. É a guerra contra a sensualidade e as propostas de envolvimento sexual ilícito, cujo apelo é cada dia maior. Já nos dez mandamentos, na Antiga Aliança, temos dois mandamentos que envolvem a saúde matrimonial:
1) “não adulterarás” e
2) “não cobiçarás a mulher do próximo”. Portanto, percebemos que DEUS sempre tratou disso como uma área que requer cuidado. O apóstolo Paulo advertiu os irmãos de Corinto:
“Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.” (1 Coríntios 7.5)
A Bíblia diz que Satanás, como tentador, vai tentar explorar as brechas que os cônjuges dão nesta área. Reconheço, porém, que esta batalha não se trava somente com oração e que o tipo de resistência que o casal deve oferecer contra os ataques sensuais envolve cuidar e suprir as necessidades físicas um do outro. Um cônjuge suprido emocional e sexualmente não estará exposto a este tipo de ataque como aquele que tem sido negligenciado nesta área. Há uma declaração no Livro de Provérbios que nos mostra isto:
“A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.” (Provérbios 27.7)
O casal deve lutar junto, e não um contra o outro. Talvez um dos tipos de defesa que deva ser praticado pelo marido e mulher seja o de proteger ao cônjuge de si mesmo. Muitas vezes existem ataques verbais (e emocionais) que ferem profundamente ao cônjuge e ainda entristecem ao ESPÍRITO SANTO:
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o ESPÍRITO de DEUS, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.” (Efésios 4.29-31)
O matrimônio é o mais profundo laço de relacionamento, supera o dos filhos com seus pais, por isso o homem deixa pai e mãe para se unir à sua mulher (Gn 2.24). Contudo, muitos cônjuges erram deixando haver interferência dos pais no relacionamento. Devemos honrar ao pais, isto é bíblico, mas quando os pais (ou sogros) começam a atacar e implicar com seu cônjuge, penso que você deve protegê-lo (a menos que ele esteja realmente insistindo no pecado). Ao longo dos anos de ministério pastoral tenho visto muitos problemas e mágoas causados por esta falta de cuidado e proteção.
Neste nível de relacionamento, a cobertura recíproca é importantíssima. Nunca descubra seu cônjuge a quem quer que seja; não exponha as fraquezas dele, não o critique em público. Proteja-o de ser ferido emocionalmente!
Estes são ingredientes importantíssimos para um relacionamento: parceria, suporte, cuidado e proteção. Sem eles não dá para dizer que é melhor serem dois do que um! Se não trouxermos estes valores e práticas para nossa relação conjugal, então, tristemente teremos que reconhecer que é melhor ser um do que dois. Negligenciando estas práticas acabaremos por concluir que era melhor ter ficado solteiro. E muitos casados estão tentando viver sob o mesmo teto como se ainda fossem solteiros; isto tem que mudar, caso contrário, seu relacionamento estará condenado.
Texto extraído do livro “O Propósito da Família”


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O CORDÃO DE TRÊS DOBRAS

 

A Bíblia diz em Eclesiastes 4.9-12 que “melhor é serem dois do que um”, mas termina falando sobre o cordão de três dobras e revelando que é melhor serem três do que dois. Fica implícito que a conta de uma terceira dobra no cordão está mostrando que o “time” aumentou.

“Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Eclesiastes 4.12)

Salomão afirma que se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão. Isto mostra que um cordão dobrado oferece maior resistência. Porém, ao acrescentar-se uma terceira dobra, ele fica ainda mais resistente! Se há benefícios em ser dois, há muito mais em ser três!

Como já afirmamos, Salomão não fez esta afirmação direcionada exclusivamente ao casamento; ele fala de relacionamento de um modo geral. E, em qualquer relacionamento, a terceira dobra poderia ser mais uma pessoa. Porém, quando examinamos a revelação bíblica acerca do casamento, descobrimos que, no modelo divino, deve sempre haver a participação de uma terceira parte. E isto não fala da presença de algum filho e nem tampouco de um (abominável) triângulo amoroso! Fala da participação do Senhor no casamento.

A presença de Deus é a terceira dobra e deve ser cultivada na vida do casal. Adão e Eva não ficaram sozinhos no Éden, Deus estava diariamente com eles e, da mesma forma como idealizou com o primeiro casal, Ele quer participar do nosso casamento também!

Vemos esta questão do envolvimento de Deus na união matrimonial sob três diferentes perspectivas:

1. Deus como parte do compromisso do casal;

2. Deus como fonte de intervenção na vida do casal;

3. Deus como modelo e referência para o casal.

 

UMA DUPLA ALIANÇA

Como já afirmamos no primeiro capítulo, o casamento é uma aliança que os cônjuges firmam entre si e também com Deus. O Senhor, através do profeta Malaquias, referiu-se ao casamento como sendo uma aliança entre o homem e a sua mulher:

“Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança”. (Malaquias 2.14)

A esposa foi chamada por Deus como “a mulher da tua aliança”, o que deixa claro qual é o enfoque bíblico do casamento. Esta aliança matrimonial não é apenas uma aliança dos cônjuges entre si, mas do casal com Deus. O matrimônio, portanto, é uma dupla aliança. Malaquias diz que Deus se faz presente testemunhando a aliança do casal. O mesmo conceito também nos é apresentado no livro de Provérbios:

“Para te livrar da mulher adúltera, da estrangeira, que lisonjeia com palavras, a qual deixa o amigo da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus”. (Provérbios 2.16,17)

Novamente as Escrituras condenam o abandono ao cônjuge, pois neste texto, assim como em Malaquias, a infidelidade é abordada. Nesta situação, é a mulher quem foi infiel ao amigo de sua mocidade e é chamada de alguém que se esqueceu da aliança do seu Deus. A palavra “aliança”, neste versículo de Provérbios, fala não apenas da aliança entre os cônjuges, mas da aliança deles com Deus. Fala da obediência que alguém deve prestar à Lei do Senhor e também se refere ao matrimônio como uma aliança da qual Deus quer participar.

No Antigo Testamento vemos Deus, por intermédio de Moisés, seu servo, entregando a Israel dez mandamentos que se destacavam de todos os demais. Eles foram chamados de “as palavras da aliança”:

“E, ali, esteve com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras”. (Êxodo 34.28)

Um destes mandamentos mostra que preservar o casamento não é apenas uma obrigação da aliança contraída entre os cônjuges; é parte da aliança firmada com o próprio Deus: “Não adulterarás” (Êx 20.14). As ordenanças do Senhor foram escritas (incluindo a ordem de não adulterar) e o livro onde foram registradas passou a ser chamado de “o livro da aliança”:

“Moisés escreveu todas as palavras do Senhor… E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor faremos e obedeceremos. Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras.” (Êxodo 24.4a,7,8)

Portanto, o casamento é uma dupla aliança; é uma aliança dos cônjuges entre si, mas também é uma aliança de ambos com Deus. Logo, o Senhor está presente na aliança, no compromisso do casamento. Esta é uma das formas em que Deus pode ser a terceira dobra no relacionamento conjugal.

 

EDIFICAR COM A BÊNÇÃO DE DEUS

Outra forma como Deus pode e quer participar no casamento é podendo intervir, agir em nossas vidas e relacionamento conjugal. Não temos a capacidade de fazer este relacionamento funcionar somente por nós mesmos; aliás, temos que admitir nossa dependência de Deus para tudo, pois o Senhor Jesus Cristo mesmo declarou: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). A Palavra de Deus nos ensina que precisamos aprender a edificar com a bênção de Deus, e não apenas com nossa própria força e capacidade:

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmo 127.1)

“Edificar a casa” é uma linguagem bíblica para a construção do lar, não do prédio em que se mora. Provérbios 14.1 declara que “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba”. Isto não quer dizer que temos uma mulher “pedreira” e outra “demolidora”, pois o texto fala do ambiente do lar e não de um edifício físico.

Há ingredientes importantes para edificação da casa (Pv 24.3), mas o essencial é cultivar diária e permanentemente a presença de Deus.

 

PARECIDOS COM DEUS

Uma outra maneira como Deus se torna parte em nosso casamento é como modelo e referência para nossas vidas. O Senhor é o padrão no qual devemos nos espelhar!

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.” (Efésios 5.1)

O Novo Testamento revela com clareza que o plano divino para cada um de nós é conformar-mo-nos com a imagem do Senhor Jesus Cristo:

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8.29)

As Escrituras declaram que fomos “predestinados” (destinados de antemão) para sermos conformes à imagem de Jesus! Cristo é nosso referencial de conduta; o apóstolo João declara que “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6). O apóstolo Pedro afirmou que devemos seguir os Seus passos, o que significa: caminhar como Ele caminhou (1 Pe 2.21). A transformação que experimentamos na vida cristã é progressiva (a Bíblia chama “de glória em glória) e tem endereço certo: tornar-nos semelhantes a Jesus (2 Co 3.18).

O Senhor Jesus atribuiu ao “coração duro” o grande motivo da falência do matrimônio (Mt 19.8). As promessas de Deus ao Seu povo no Antigo Testamento eram de um transplante de coração (Ez 36.26); o Senhor disse que trocaria o coração de pedra (duro, da natureza humana decaída) por um coração de carne (maleável, com a natureza divina). A nova natureza deve afetar nosso casamento. Se Deus passar a ser o modelo ao qual os cônjuges buscam se conformar, certamente se aproximarão um do outro e viverão muito melhor!

Pense em dois cônjuges cristãos manifestando as nove características do fruto do Espírito (Gl 5.22,23): “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Se manifestarmos a natureza de Deus, andaremos na plenitude do propósito divino para os relacionamentos.

Cresci ouvindo meu pai dizer (e aplicar em relação ao casamento) o seguinte: “Quando duas coisas se parecem com uma terceira, forçosamente serão iguais entre si”. Ele dizia que se o marido e a mulher vão se tornando parecidos com Deus, então eles ficam mais parecidos um com o outro. No ano de 1995, quando eu era ainda recém-casado, eu vi num curso do “Casados Para Sempre”, ministrado pelo Jessé e Sueli Oliveira (hoje presidentes nacionais do MMI – Marriage Ministries Internacional), uma ilustração interessante: um triângulo que tinha na ponta de cima palavra “Deus” e nas duas de baixo as palavras “marido” e “esposa”. Nesta ilustração eles nos mostraram que quanto mais o marido e a esposa subiam em direção a Deus, mais próximos ficavam um do outro. Nunca mais eu a Kelly esquecemos este exemplo.

Quero falar de apenas três (entre muitos) valores que encontramos na pessoa de Deus e que deveríamos reproduzir em nossas vidas. Certamente muitos casamentos podem ser salvos somente por praticar estes princípios: amar, ceder e perdoar.

 

Amar

Se Deus será parte de nosso casamento como modelo e referência, então temos que aprender a andar em amor, uma vez que as Escrituras nos revelam que Deus é amor (1 Jo 4.8). A revelação bíblica de que Deus é amor não foi dada apenas para que saibamos quem Deus é, mas para que nos tornemos imitadores d’Ele:

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios 5.1,2)

Há diferentes palavras usadas no original grego (língua em que foram escritos os manuscritos do Novo Testamento) para amor: “eros” (que retrata o amor de expressão física, sexual), “storge” (que fala de amor familiar), “fileo” (que aponta para o amor de irmão e/ou amigo), e “ágape” (que enfoca o amor sacrificial). Quando a Bíblia fala do amor de Deus, usa a palavra “ágape”; este é o amor que devemos manifestar! Ao escrever aos coríntios, o apóstolo Paulo ensina como é a expressão deste amor:

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13.4-7)

Se imitarmos a Deus e manifestarmos este tipo de amor, as coisas certamente serão bem diferentes em nosso matrimônio!

Ceder

A grande maioria das brigas e discussões gira em torno de quem está certo, de quem tem a razão. Muitas vezes, não vale à pena ter a razão; há momentos em que a melhor coisa é ceder, quer isto seja agradável, quer não! Observe o que Jesus Cristo nos ensinou a fazer:

“Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.” (Mateus 5.39-41)

Se seguirmos a Deus, como nosso modelo e referencial, e aos seus princípios, o casamento tem tudo para funcionar. O matrimônio não é um desafio por causa da pessoa com quem convivemos, e sim porque este convívio suscita nossa carnalidade e egoísmo e mostra quem nós somos! A dificuldade não está no cônjuge e sim em nossa inaptidão em ceder. Se amadurecermos nesta área, nossa vida conjugal definitivamente colherá os frutos.

 

Perdoar

Se imitarmos nosso modelo e referencial, que é Deus, e perdoarmos como Ele perdoa – como um ato de misericórdia e não de merecimento, incondicional e sacrificialmente – levaremos nosso relacionamento a um profundo nível de cura, restauração e intervenção divina. A instrução bíblica é muito clara em relação a isto:

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efésios 4.32)

Concluindo, sem Deus (presente, intervindo e como nosso referencial) no casamento será impossível viver a plenitude do propósito divino para o matrimônio. Mesmo um casal que nunca se divorcie, viverá toda sua vida conjugal aquém do plano de Deus; por melhor que pareça sua relação matrimonial aos olhos humanos, ainda estará distante do que poderia e deveria viver.


Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de CRISTO. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa
 

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IMPORTANTÍSSIMO PARA SE ENTENDER A LIÇÃO

 

MATEUS

19:3 Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

19:4 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,

19:5 E disse: Portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

19:6 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.

19:7 Disseram-lhe eles: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

19:8 Disse-lhes ele: Moisés por causa da dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.

19:9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

19:10 Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.

19:11 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.

19:12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.

 

 

PARA APRENDER ESTA LIÇÃO PRECISA MUITO COMPREENDER ESSES

VERSÍCULOS A SEGUIR.

 

¹³ Quando um homem tomar mulher e, depois de coabitar com ela, a desprezar, ¹⁴ E lhe imputar coisas escandalosas (indecentes, coisa feia), e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher, e me cheguei a ela, porém não a achei virgem; ¹⁵ Então o pai da moça e sua mãe tomarão os sinais da virgindade da moça, e levá-los-ão aos anciãos da cidade, à porta; ¹⁶ E o pai da moça dirá aos anciãos: Eu dei minha filha por mulher a este homem, porém ele a despreza; ¹⁷ E eis que lhe imputou coisas escandalosas, dizendo: Não achei virgem a tua filha; porém eis aqui os sinais da virgindade de minha filha. E estenderão a roupa diante dos anciãos da cidade. ¹⁸ Então os anciãos da mesma cidade tomarão aquele homem, e o castigarão. ¹⁹ E o multarão em cem siclos de prata, e os darão ao pai da moça; porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. E lhe será por mulher, em todos os seus dias não a poderá despedir. ²⁰ Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça, ²¹ Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti. Deuteronômio 22:13-21

 

¹ Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente (escandalosas, coisa feia),, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1

 

PARA APRENDER ESTA LIÇÃO PRECISA MUITO COMPREENDER O SIGNIFICADO ORIGINAL DAS PALAVRA USADAS POR JESUS, A SEGUIR.

 

PROSTITUIÇÃO - πορνεια PORNEIA (GREGO)

1) relação sexual ilícita ANTES DO CASAMENTO

1a) fornicação, homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais etc.
1b) relação sexual com parentes próximos; Lv 18

 

ADULTÉRIO - μοιχευω moicheuo (GREGO)
1) cometer adultério
1a) ser um adúltero (a)

Traição ao cônjuge

³² Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de PROSTITUIÇÃO, faz que ela cometa ADULTÉRIO, e qualquer que casar com a repudiada comete ADULTÉRIO. Mateus 5:32

 

LEMBRE-SE DE QUE PROSTITUIÇÃO É ANTES DO CASAMENTO.

O MARIDO AO SE CASAR DESCOBRIA QUE A MULHER NÃO ERA MAIS VIRGEM E LHE DAVA CARTA DE DIVÓRCIO, ISSO ERA PERMITIDO POR LEI (VEJA ACIMA Dt 22 E Dt 24).

FORA DISSO NÃO HÁ PERMISSÃO ALGUMA DA PALAVRA DE DEUS PARA DIVÓRCIO, PELO CONTRÁRIO – DEUS ODEIA O DIVÓRCIO.

 

"Eu odeio o divórcio", diz o Senhor, o Deus de Israel, "e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas", diz o Senhor dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis. Ml 2.16

 

 
 
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TRICOTOMIA

Esta corrente de pensamentos acredita que o homem é formado por três partes, ou seja Corpo , alma e espírito, com base nas seguintes passagens das escrituras sagradas:

 

Hebreus 4:12 A palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

 

Aqui entendemos que a divisão de que trata este versículo, se refere a divisão Espiritual do Homem, isto é , dividindo a alma do espírito, podemos entender melhor, quando ouvimos alguém dizer que está em atrito interior, deseja algo, mas sabe que não deve fazer, ou então quando o corpo físico está bem, mas mesmo assim se sente desanimado, triste, amargurado, e ora ou outra quer reagir a esta amargura, isto mostra uma vida espiritual superior ao estado da alma, é o caso do Salmo 43:5 Porque estas abatida, óh minha alma? porque te perturbas dentro de mim? espera em DEUS, pois ainda o louvarei, meu salvador e DEUS meu.

 

I Tessalonicenses 5:23 O mesmo DEUS de paz vos santifique completamente. E todo o vosso ESPÍRITO, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.

 

Quando o texto de Gênesis 2:7 diz que o homem se tornou alma vivente, quer dizer que o homem possui o corpo, o ESPÍRITO é o vento soprado em suas narinas, e isto produziu uma terceira parte, chamada de Alma vivente, demonstrando assim que o homem possui duas natureza, uma física e outra espiritual.

 

 

Física

é igual ao Corpo.

Espiritual

é igual a ESPÍRITO e Alma.

 

 

E dentro desta Triunidade do homem, cada parte possui uma função específica, entendendo que DEUS o criou tricotomo com o objetivo de cada uma dessas partes tivesse um diferentes mas com o mesmo objetivo dentro do homem, ou seja o espírito tem função diferente da alma e do corpo, mas o objetivo dos três é o mesmo, que é dar vida , capacidade intelectual, poder de escolha, autoridade, obediência, estética, sentimentos divinos tal como o amor, respeito, arrependimento, etc...

 

AS FUNÇÕES DO CORPO

A parte física do homem é totalmente material, como a palavra diz é apenas corpo, foi feito do barro, e para o barro voltará Eclesiastes 12:7 , não necessita de julgamento de DEUS, pois o corpo, não tem poder de decisão dentro do homem, ele apenas executa as decisões da alma, o corpo não tem vida após a morte, e serve apenas para esta vida, dentro desse mundo.

 

O corpo humano que recebemos ao nascer não será o mesmo corpo que o homem terá após o arrebatamento da igreja, na eternidade futura, o corpo após o arrebatamento da igreja e a ressurreição dos mortos de que trata o Apostolo São Paulo em I Coríntios 15:49 a 54 " e nós seremos transformados " e assim entendemos que o corpo humano passará por uma grande transformação no arrebatamento da igreja, e assim os salvos em CRISTO receberão um corpo glorioso Filipenses 3: 21, desta forma o corpo daqueles que forem arrebatados não voltará ao pó da terra, mas também não serão os mesmos, serão transformados para ser um corpo celestial, pois existe corpo material e corpo espiritual. I Coríntios 15:44.

 

Quando DEUS criou o Homem, ele já o fez com instintos, capacitando-o para realizar os desejos divinos para o qual foi criado, e este instinto, DEUS colocou no homem, ele já nasce com esta capacidade, é uma herança, um Dom divino, alguns estão no corpo, e outros na alma e no ESPÍRITO.

 

Estes instintos naturais dentro do corpo humano servem para dar qualidade a vida do homem, e ao mesmo tempo lhe qualidade para tudo que o homem fizer para o criador, um exemplo disso é o instinto da estética, que através dele o homem pode perceber a beleza e perfeição de qualquer coisa, bem como a imperfeição.

 

 

Através do corpo humano o homem pode:

 

Se alimentar fisicamente

Se movimentar

Ouvir

Enxergar

Se reproduzir

Trabalhar ( Cultivar o Jardim do Éden )

Dominar ( Dominai sobre os animais da terra )

Estética ( E viu DEUS que era bom ) Etc..

 

AS FUNÇÕES DA ALMA

A alma possui relação com a parte material do homem ( corpo ) e a parte espiritual ( ESPÍRITO ), é como o meio termo, não é nem totalmente carne, e nem totalmente espírito, mas possui tendências a carne e tendências ao espírito, assim o homem pode perfeitamente viver num corpo físico material e obedecer a um DEUS espiritual.

 

A alma dentro do corpo é a personalidade do homem, é a sua capacidade de pensar, decidir, sem a alma o corpo não vive, pois é a alma que dá qualidade de vida ao corpo, é a alma que planeja, pensa, dá ordens ao corpo para se movimentar, falar, ouvir, etc...

 

As funções da alma dentro do corpo:

 

1-Pensar    2-Decidir    3-Organizar    4-Comandar o corpo    5-Amor    6-Fé    7-Consciência    8-Arrependimento

9-Tristeza    10-Ira    11-Perseverança , Etc..

 

AS FUNÇÕES DO ESPÍRITO

O espírito dentro do corpo humano é a relação do homem com a vida espiritual, entendendo que o homem não é apenas corpo, matéria, mas também possui relação com o mundo espiritual.

 

Quando DEUS criou o homem ele o fez do pó da terra, e soprou sobre o corpo de barro, e este sopro produziu alma vivente, assim entendemos que a junção do corpo mais espírito ( sopro de DEUS ) produziu a alma vivente, assim o homem possui uma tri-unidade, Corpo, alma e ESPÍRITO. Isaías 57:16.

 

O corpo humano como já escrevemos, foi feito por DEUS do pó da terra, porém o ESPÍRITO, não foi feito, mas DEUS deu de si ao homem, o sopro de DEUS no homem, foi como um verdadeiro presente, DEUS permitiu ao homem Ter em si parte do criador, tanto é que quando o corpo morre, este sopro de vida, o espírito volta ao criador Eclesiastes 12:7, pois ao contrário do corpo e da alma, o espírito não se desfaz, e nem está sujeito a julgamento, ou condenação espiritual mas conhecido como inferno, devido o ESPÍRITO ser totalmente divino, ele não foi criado de DEUS, ele é parte de DEUS, e por isso na morte do corpo, o espírito volta ao criador que o deu, ou seja enquanto vive o corpo, parte de DEUS vive com ele.

 

Sendo o ESPÍRITO a relação espiritual dentro do corpo humano, as funções do espírito dentro do homem é dar a ele a direção de DEUS para a vida do homem, é o espírito que mostra a vontade de DEUS na vida humana, na verdade o ESPÍRITO busca orientar a alma para que tome decisões dentro da vontade de DEUS, um exemplo disso vemos em Salmos 43:5, onde o Salmista mostra o ESPÍRITO repreendendo a alma, e dando conselhos a mesma para permanecer fiel a DEUS , neste caso não podemos falar que é o corpo que fala a alma, pois o corpo é apenas lugar de morada da alma, mas sim o espírito.

 

 

O Evangelho de JESUS CRISTO tem dois mandamentos que em si resumem toda a lei dada a Moisés, isto porque toda a Lei foi feita buscando trazer ao homem o conhecimento de seus deveres emocionais perante o seu próximo, são estes os mandamentos de Nosso Salvador JESUS CRISTO descritos em São Mateus 22:37-39

 

Amarás o Senhor Teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

 

Porque JESUS deu um mandamento de amor? o amor como muitos pensam não é um sentimento que entra em nossos corações? porventura o homem pode ter controle sobre seus sentimentos? se o homem não pode controlar os sentimentos então este mandamento nunca poderá ser cumprido, mas se homem pode controlar, então ele pode escolher a pessoa para expressar seus sentimentos, inclusive a DEUS.

 

Criacionismo

Aqueles que crêem no Criacionismo defendem a tese de que a alma e espírito é produto da criação de DEUS, ou seja para cada criança que nasce DEUS cria um espírito e uma alma para a mesma, é como se DEUS soprasse sobre cada criança a nascer, criando a sua alma e espírito , isto baseado em Hebreus 12:9, Isaías 57:16 Eclesiastes 12:7, e se DEUS é o pai dos espíritos, somente ele pode criar uma nova alma.

 

O conceito mais aceito no meio Cristão é que o homem foi criado a imagem e semelhança de DEUS no sentido espiritual, porém após o pecado de Adão, o pecado manchou esta imagem divina no homem, e com isto alguns traços da imagem de DEUS no homem foram perdendo o valor, isto é melhor compreendido ao ver o pecado crescendo, e os valores morais perdendo o valor, e ver que o homem após o pecado tem uma facilidade muito grande de não cumprir suas palavras, de desrespeitar o próximo, e desobedecer ao seu criador, será que os homens de nossos dias ainda são a imagem e semelhança de DEUS ? , a resposta é não, pois somente a obra expiatória de CRISTO poderá recuperar a imagem de DEUS no homem, mediante o arrependimento dos pecados, assim quando o homem recebe o amor de CRISTO, o Apostolo São Paulo afirma que o homem passa a ser uma nova criatura, II Coríntios 5:17, A palavra nova criatura quer dizer que a primeira criação já não mais existe, a imagem do pecado que restou de Adão deixa de existir, e assim em CRISTO o homem passa a ser novamente a imagem de DEUS, pois tudo se faz novo.

 

É frequente na bíblia, a maneira de identificar uma pessoa com outra por causa da semelhança de traços da personalidade. O comportamento do indivíduo, suas tendências e caráter, são retratados em termos genéticos, hereditários ou de família.

 

O indivíduo de mau caráter, de más intenções é chamado de filhos de Belial Juízes 19:22 - I Samuel 1:16 e 25:3-25 Deut. 13:13, II Cor. 6:15.

 

Quem profere mentiras é chamado de filho do diabo São João 8:44, Atos 13:10, I São 3:8

 

Os incrédulos são chamados filhos do mundo ou filhos da ira São Lucas 16:8, Efésios 2:3, Atos 23:15

 

Judas Iscariotes se perdeu porque era filho da perdição. João 17:12

 

Os homens bons, fiéis a DEUS crentes em CRISTO são chamados de filhos da luz , filho do reino , filhos da paz , filhos de DEUS, São Lucas 16:8, São Mateus 13:38, São Lucas 10:6, São Mateus 5:9, I São João 3:10

 

O pai e seus filhos

 

O diabo é o

Pai da mentira

São João 8:44

Abraão é o

Pai dos crentes

Romanos 4:11-12

DEUS é o Pai

DEUS é o Pai

DEUS é o Pai

Dos misericordiosos

Das luzes

Celeste

II Coríntios 1:3

Tiago 1:17

São Mateus 5:45

 

 

Isso quer dizer que a expressão imagem e semelhança, também demonstra uma identificação moral, envolvendo os conceitos de liberdade e responsabilidade.

 

 

LIBERDADE Gênesis 1:28 - 2:15-16

Liberdade é capacidade de locomoção, de ação e de decisão própria.

 

Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra

Colocou o Homem no jardim para o cultivar

De toda a árvore do jardim comerás livremente.

 

RESPONSABILIDADE

Responsabilidade é a capacidade de responder a um compromisso assumido. DEUS quando criou o homem, ele lhe deu liberdade, mas esta liberdade não era absoluta, pois ao direito de liberdade, lhe impôs o dever da responsabilidade.

 

Encher a terra é um Direito, mas sujeitá-la é um dever

Gênesis 1:28

Cultivar o Jardim do Éden é um Direito, mas guardá-lo é um dever Gênesis 2:15

Comer de toda árvore é um Direito, mas não comer da árvore do conhecimento é um dever. Gênesis 2:16-17

 

A liberdade repousa num fundamento moral que se chama dever . Ninguém tem direito a liberdade se nega o dever da responsabilidade.

ESPÍRITO - Alma - Corpo.

No estudo passado, vimos como DEUS formou o homem e como o homem se compõe: ESPÍRITO, Alma e Corpo. Veremos agora como cada parte é individualmente e como interagem entre si.

·  Na tradução da Bíblia para o português, três palavras no grego foram traduzidas como vida, porém são palavras distintas ora significando vida no espírito, vida na alma ou vida do corpo.  

  # Vida no ESPÍRITO:  Zoé (Chay no hebraico), vida da qualidade de DEUS, vida no espírito,

  vida eterna.

  # Vida na Alma:      Psyche (Nephesh no hebraico), vida racional, vida da alma, a vida do

  homem.

  # Vida no Corpo:    Bios, o presente estado de existência, vida natural, vida da carne   corrompida após o pecado.
 

·  Vemos que a Bíblia no original trata de cada parte especificamente e veremos que cada uma tem um centro pessoal e atributos também específicos, apesar da interação muito forte entre as partes. Podemos chamar de “vidas próprias”. Lembrar que ainda estamos falando do homem como foi criado originalmente.  a) Corpo

# Levíticos 17:11; a vida da carne está no sangue. Algumas traduções dizem: a alma da carne está no sangue, e isso traz muita confusão. O correto é a vida da carne está no sangue. Em várias passagens as palavras vida e alma se confundem.

Levíticos 17:14; a vida de toda a carne é o sangue.

Deuteronômio 12:23; o sangue é a vida.

Gênesis 9:4; a carne com sua vida, isto é, o sangue.

·  Carne se refere ao corpo, portanto o corpo tem uma vida própria. Se uma pessoa se cortar os se ferir com muita perda de sangue, caso não for socorrida inclusive com uma transfusão de sangue, a pessoa morre. Porque morre? Acabou o corpo? Morre porque o que dá vida ao corpo na forma atual, é o sangue.

Muitas vezes dizemos: a alma saiu do corpo e o corpo morreu. Muitas pessoas pensam assim, porque a alma saiu então o corpo morreu. Não é verdade. A Bíblia nos informa que porque o corpo morreu, a alma saiu.

 

# Gênesis 35:18; ao sair-lhe a alma (porque morreu)

Se fosse o contrário, ninguém cometeria suicídio. Como uma pessoa pode tirar a alma para morrer? A pessoa se suicida fazendo algo ao seu corpo.

Estamos citando isso para entendermos que cada uma das três partes do homem é de certa forma um centro pessoal com vida própria. A vida do nosso corpo está no sangue. É um centro pessoal com vida própria, o corpo tem uma vida do corpo.

Quando o corpo deixa de ter a vida do corpo, a alma sai, porque o corpo morreu, parou de funcionar fisicamente falando, por velhice ou por algum problema. Então a alma sai pois não tem mais nada para fazer ali.

·  Mas o que o corpo faz? O corpo possui atributos que são só do corpo, p.ex., andar, beber água etc. Apesar de não se separar da alma nem do espírito para andar ou beber água, essas são funções só do corpo. Os cinco sentidos são funções exclusivas do corpo: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar.

Agora quando digo: “eu te amo”, não é uma função do corpo, é uma emoção, está na alma.

b) Alma

A alma é a manifestação do ser humano, sua personalidade. É formada por mente, emoção e vontade. O tempo todo estamos trabalhando nestas três áreas; meu intelecto (mente) está raciocinando, estou tendo algum tipo de emoção e a minha vontade é o que estou fazendo, o que escolhi.

A vontade é o resultado do que a minha mente propôs; a vontade concretiza, manifesta o que se passa no meu intelecto e nas minhas emoções. Tudo o que faço é porque exerci vontade para cumprir. A alma é o centro dos nossos problemas.

Com nossa alma é impossível compreendermos as coisas de DEUS, pois DEUS colocou o espírito para ter comunhão com o homem. O nosso intelecto está interligado com os nossos sentidos e, naturalmente, o intelecto quando raciocina ou quando quer entender alguma coisa, diz: “preciso ver”, “preciso entender como funciona”, “se não entender como vou crer? As coisas de DEUS, espirituais, são pela fé. Você não vai ver nada, mas o intelecto pede para ver.

Imaginem se todas as pessoas não se manifestassem, fossem como um poste; não abre a boca, sentimento nada, intelecto nada, vontade nada, isso seria nada. Seria um poste. O que faz você vir aqui? uma decisão na alma. O que fez você colocar essa roupa hoje? O que fez a sua vida estar no ponto em que está? O que faz você atrair ou não pessoas que gostam de você? O que faz você ter problemas ou sucessos? É as pessoas te olharem e te conhecerem, se relacionarem com você, conhecerem a manifestação do seu intelecto, vontade e emoções. A alma é a manifestação do homem neste planeta.

A minha alma é o centro de comunicação com meus semelhantes. É nessa comunicação que vem amizade ou inimizade. É a manifestação de como eu sou, não tem nada com corpo ou espírito.

Quando vou para um lugar tranquilo, digo que me alegra, traz paz para minha alma; ou então digo que não gosto de tal lugar. O corpo e o espírito não têm nada com isso. É um sentimento, emoção, e sentimento é na alma. É verdade que o corpo será levado a ver coisas, será comandado pela alma.

A alma tem também o seu centro pessoal, ela age e vive no intelecto (mente), nas emoções e na vontade. Na alma é que reside o nosso “livre arbitrium”, a nossa vontade que é soberana. Ela pode ser influenciada pelo corpo ou pelo espírito, mas é soberana; quando decido está decidido.

Alma e corpo são muito interligados. Os cinco sentidos do corpo, ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar, são as janelas da minha alma. O que os cinco sentidos fazem, é levar informações para minha alma. Vejo, ouço, daí reajo na minha personalidade, na minha alma.

Podemos dizer que somos o resultado do que vemos e do que ouvimos; por isso precisamos selecionar o que ver e ouvir para que a manifestação seja em padrão correto. Tudo entra pelo ouvido ou pelo olho, em situação normal, é levado para dentro e a minha emoção, minha mente, vão sendo treinadas para o bem ou para o mal, para rir ou ficar triste.

Eu sinto, eu quero, eu penso, são ações na alma e só na alma. O corpo tem ações físicas, mas a alma se expressa através do corpo. Quando você está alegre ou triste e as pessoas olham para seu rosto, logo vão notar. O corpo reflete a nossa alma.

 # Provérbios 15:13; o coração alegre aformoseia o rosto

 # Provérbios 2:10~11

 

Se a alma influencia o corpo, o corpo também influencia a alma. Há um intercâmbio muito grande entre alma e corpo. A Bíblia chama esse intercâmbio, esse relacionamento muito próximo, de homem exterior. É a manifestação da alma influenciada pelo corpo.

# II Coríntios 4:16; o nosso homem exterior se corrompe, vai envelhecendo, vai tendo problemas. Isso falando do homem caído, após o pecado.

Já o nosso homem interior, a nossa alma influenciada pelo espírito, se renova de dia-em-dia. Isso para as pessoas que já aceitaram JESUS como Salvador, e têm um espírito novo, sem pecado. Veremos mais adiante que existe uma luta entre espírito e corpo, uma luta interna na nossa alma, para comando da alma.

A alma influenciada pelo corpo, se preocupa com o mundo natural; recebendo informações através do corpo, ela reage para com o mundo natural, para com os nossos semelhantes. O espírito age e reage para com as coisas espirituais, com o mundo espiritual.

A Bíblia define também o que se chama de homem natural (corpo + alma) e homem espiritual.

# I Coríntios 2:14~15; o homem natural não entende as coisas do espírito; portanto com a alma e corpo não é possível entendermos as coisas de DEUS. Isso é básico para entendermos tudo.

·  O homem natural é assim chamado, pois a alma e o corpo se comunicam com o mundo natural, embora o espírito fique isolado, mas está ali o tempo todo. O homem natural não tem um espírito recriado, não tem assim a comunicação com o céu. Ele só entende o mundo natural, o que vê, o que pode explicar, o que entende.  

Já o espiritual é aquele que tem o seu espírito recriado. I Coríntios 2:14~16, nos fala da diferença entre homem espiritual e natural. O verso 16 nos aponta que podemos ter a mente de CRISTO. Com o nosso espírito recriado, nossa alma volta a condição de comando originalmente criado por DEUS, e passa a ter um processo chamado santificação, para mudar o padrão para tudo o que DEUS programou. É a transferência da vida de CRISTO, do padrão da Palavra de DEUS para nossa vida. É por isso que mudamos. Quando isso acontece, passamos a viver o que Paulo nos disse em:    # Gálatas 2:20

 

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LIÇÃO 12 1TR24 BETEL NA ÍNTEGRA
 
Escrita Lição 12, BETEL, O verdadeiro sentido de serem dois em um, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
 
EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2024, Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada, Escola Bíblica Dominical, Lição 12, O verdadeiro sentido de serem dois em um
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO CORPO
1.1. Precisam estar conectados no corpo 
1.2. Fatores que influenciam uma carne 
1.3. Ao unir-se ao cônjuge, o individualismo é eliminado e a individualidade permanece 
2- A UNIÃO PRECISA ESTAR NA ALMA
2.1. Precisam estar conectados na alma 
2.2. A consciência de não trocar o casamento por nada 
2.3. O entendimento de que a reconciliação conjugal é possível 
3- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO ESPÍRITO
3.1. Precisam estar conectados no espírito 
3.2. O que DEUS uniu não separe o homem 
3.3. A presença de DEUS enche o espírito 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24
 
 
VERDADE APLICADA
Uma carne passou a vigorar porque DEUS viu que não era bom o homem estar só, pois não havia quem que lhe correspondesse.
 
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar que a união precisa estar firmada no corpo
- Ressaltar que a união precisa estar conectada na alma
- Explicar que a união precisa estar vinculada no espírito
 
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA – Mt 19.5,6; 1Co  7.5
MATEUS 19
5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe a se unirá à sua mulher, e serão dois numa carne?
6 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.
1 CORÍNTIOS 7
5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
 
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Pv 5.15-21 O adultério fere o “uma só Carne”
TERÇA – Pv 6.32 O adultério destrói a alma
QUARTA – Rm 7.2-3 A mulher casada está ligada a seu marido.
QUINTA – 1Co 7.2 Cada um deve ter seu cônjuge.
SEXTA – 1 Co 7.33 O esposo cuida de como agradar sua esposa.
SÁBADO – 1 Co 7.34 A mulher casada deve agradar o seu marido.
 
HINOS SUGERIDOS: 5, 362, 369
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os cônjuges sejam um no Senhor.
 
INTRODUÇÃO
Serem “dois uma só carne” sempre foi mal interpretado. O verdadeiro amor envolve corpo, alma e espírito. Onde dois se fundem em um, não há mais espaço para individualismo, egoísmo, egocentrismo.
 
 
1- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO CORPO
Unidade física: corpo. A unidade física busca o prazer com a pessoa amada, a geração de novas vidas e a perpetuação da raça humana. No início, era somente Adão, depois, DEUS fez Eva [Gn 2.21-22]. Em seguida, de dois DEUS manda voltar a ser um novamente [Gn 2.24]. Unir-se dá ideia de ser colado, grudado um ao outro; quando você desmembra algo colado, há ferimentos e cicatrizes de ambas as partes; numa alusão de como estreitou o relacionamento conjugal. Mas o propósito de DEUS para o casamento é algo muito mais sublime do que unir os corpos.
 
 
1.1. Precisam estar conectados no corpo 
O corpo é a sede da alma e do espírito. O corpo entra em contato no âmbito físico. A união do corpo a entrega física de uma forma responsável, consensual e com amor. Adão disse que Eva seria osso dos seus ossos e carne da sua carne [Gn 2.23]. Agora casados, a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo. Do mesmo modo o marido, porque um passa a ser do outro e vice-versa [ 1 Co 7.4] . No casamento não se faz guerra de sexo, nem barganha; deve ser de livre e espontânea vontade, sem coação. Mas, a partir de agora, não se pode defraudar (tirar, suprimir, esconder, evitar) um ao outro, senão por consentimento mútuo e por algum tempo para se aplicar à oração e consagração. Paulo recomenda que, se isso acontecer, que se junte novamente e rapidamente, para que Satanás não tente por causa da incontinência (falta de controle, dificuldade de segurar o apetite sexual) [1Co 7.5].
 
 
Cuidado com o seu casamento [ 1Co 7.5]. Cada um tem o seu limite, precisa de acordo nessa área. Não pode haver egoísmo. Deve ser uma pista de mão dupla, reciprocidade. A junção dos corpos é tão real que quando há uma gestação o filho que nasce contém DNA, sangue dos dois; normalmente puxam as características físicas dos pais; porque se fundiram em um. A importância da união dos corpos é tão grande que os filhos passam a conter a informação genética e hereditária dos pais como resultado dessa união.
 
 
1.2. Fatores que influenciam uma carne 
Para que uma carne funcione, precisa de DEUS, precisa de amor, precisa de responsabilidade, precisa de diálogo, precisa de renúncia, precisa recuar em uma decisão ou um projeto quando os mesmos forem prejudicar um ou o outro. Recua com um gosto amargo, para mais na frente avançar com sabor de mel. Uma só carne cuida, ama, respeita, vê as necessidades e auxiliam. Uma só carne não se restringe ao ato sexual apenas, vai além disso. O casamento também funciona como companhia, estar juntos, não é bom estarmos só. A solidão é horrível e deprimente [Gn 2.18]. O casamento também funciona como companheirismo (modo solidário, amistoso, cordial, bondoso e leal no convívio entre duas pessoas) [Ec 4.9-12].
 
 
As características da personalidade são pessoais e intransferíveis. Da mesma forma, o temperamento varia de pessoa para pessoa. Não se muda temperamento, mas com esforço se controla. São quatro classes principais e conhecidas do temperamento: sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático. Uma tem os nervos à flor da pele, se irrita facilmente, a outra dificilmente se irrita ou o faz com fragilidade. A personalidade leva uma pessoa a ser totalmente extrovertida, fala muito, a outra é introvertida, fala pouco. Uma pessoa fala alto demais, a outra fala baixo demais.
 
 
1.3. Ao unir-se ao cônjuge, o individualismo é eliminado e a individualidade permanece 
Individualismo é tudo aquilo que você pode passar para a outra pessoa e não o faz, você não divide, você não reparte, o que é chamado de egoísta, quando a pessoa só pensa nela, o “EU” está aflorado, o egocentrismo prevalece e a pessoa quer que tudo gire em torno dela. O amor não busca os seus próprios interesses [1Co 10.24; 13.5]. Diferentemente da individualidade, que são as características da personalidade de cada um (ninguém pode ser você), algo que não se pode passar para a outra pessoa: ninguém pode fazer em seu lugar, como tomar banho, se alimentar, fazer as necessidades fisiológicas, entre outras coisas pessoais. A individualidade pode ser cativante, o individualismo repugnante.
 
 
Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Laços Benditos”): “Nessa unidade, se fortalece os laços do matrimônio. Numa só carne não há divisão. “O eu passa a ser nós”; os meus amigos passam a ser os nossos amigos”; “o meu dinheiro passa a ser o nosso dinheiro”; “o meu carro passa a ser o nosso carro”; “os meus parentes passam a ser os nossos parentes”; “a minha igreja passa a ser a nossa igreja”; “o meu patrimônio passa a ser o nosso patrimônio.
 
 
EU ENSINEI QUE:
A unidade física mostra como estreita o relacionamento conjugal.
 
 
2- A UNIÃO PRECISA ESTAR NA ALMA
Em relação ao casamento, a unidade na alma fala do compartilhamento de pensamentos, experiências e emoções. É preciso que haja no casamento amor, diálogo, cumplicidade, entre outros. Para que o casamento seja saudável, deve haver unidade no corpo, na alma e no espírito.
 
 
2.1. Precisam estar conectados na alma 
A alma é a sede das emoções, sentimentos, desejos, afetividade, pensamentos, identidade de cada indivíduo. Parte imaterial do ser humano. Nesse caso um sente a dor do outro; se um estiver doente, o outro não se considera com saúde plena, porque estão conectados. Um complementa o outro. As características emocionais começam a ficar parecidas. Se um se entristece, o outro não terá alegria. Quando um está feliz, a felicidade alcança o outro. Seguem rigorosamente o que está escrito em Romanos 12.15: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”.
 
 
O desejo de um passa a ser dos dois. Isso mostra que eles estão intimamente ligados na alma. Não é pensar igual, mas puxar para o mesmo lado, agir no mesmo sentido e ter o mesmo propósito, ser cúmplices, assinar embaixo, serem coparticipantes de todos os projetos.
 
 
2.2. A consciência de não trocar o casamento por nada 
O que DEUS uniu, ninguém o separe [Mc 10.9]. Se tiver que escolher entre o casamento e os amigos, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e os parentes, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e a igreja, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e a faculdade, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e as diversões, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e o emprego, escolha o casamento. É uma insensatez trocar o casamento pelas demais coisas. A única coisa que não se pode trocar é DEUS pelo casamento.
 
 
Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Antes e depois do altar”). O casamento não se troca, quando está ruim ou em crise, precisa ser corrigido ou melhorado. Os defeitos do primeiro casamento podem não aparecer no segundo, mas no segundo poderão surgir defeitos que não existiam no primeiro.”
 
 
2.3. O entendimento de que a reconciliação conjugal é possível 
Reconciliar-se é voltar a restabelecer boas relações com a pessoa amada, com quem estava brigado ou em sérios conflitos. Aproximação mútua entre os cônjuges após uma separação. Voltar à comunhão que se perdeu. Todos estão sujeitos a desgastes, descontentamentos e afastamentos no relacionamento conjugal. Reconciliar é deixar para trás o acontecido, passar por cima das falhas e voltar à convivência interrompida por desavenças. Após a reconciliação, não fique batendo na mesma tecla, esqueça o passado, não cobre mais nada do antigo episódio – “esquecendo-me das coisas que para trás ficam” [Fp 3.13]. As brigas não podem ser permanentes nem capazes de acabar um casamento para sempre.
 
 
Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Antes e depois do altar”): “Reatar com o amor, reconquistar o que se perdeu, ser franco, verdadeiro, aceitar que errou, pedir perdão, recomeçar de novo. Todos precisam ter uma nova oportunidade, o direito de mais uma chance para mostrar que mudou. Para uma reconciliação, a vergonha, a timidez, o radicalismo e o orgulho devem ser deixados de lado. Mais vale uma reconciliação do que ficar chorando o leite derramado pelo resto da vida. Quem der muito valor e ficar remoendo o orgulho ferido, nunca reconciliará.”
 
 
EU ENSINEI QUE:
Para que o casamento seja saudável, deve haver unidade no corpo, na alma e no espírito.
 
 
3- A UNIÃO PRECISA ESTAR NO ESPÍRITO
Unidade espiritual: espírito. A unidade espiritual busca sentido para a vida e isso pode ser construído dentro do próprio casamento e no relacionamento com DEUS. O espírito entra em contato no âmbito espiritual. O espírito é o sopro de DEUS, a parte não material do ser humano, que se comunica e se relaciona com DEUS. DEUS é ESPÍRITO e só podemos adorá-lo em espírito e em verdade [ Jo 4.24].
 
 
3.1. Precisam estar conectados no espírito 
O espírito é a sede da consciência, do racional, do tribunal da alma, da inteligência do ser humano. A falta de união no espírito tem levado muitos casais ao fracasso, porque ficam restritos só ao corpo e a alma, prazer e sentimento, sem razão. O corpo pode deixar de ser atrativo, a alma pode deixar de sentir emoções e sentimentos, mas o espírito é para sempre, até que a morte os separe [Mt 19.6]. Hoje há muitos casamentos não integrais, não totais, mas parciais. O casamento é completo, quando os cônjuges estão unidos no corpo, na alma e no espírito. Ligados no espírito, os dois exercem a mesma fé, buscam, adoram e servem a DEUS no mesmo ESPÍRITO e propósito. DEUS passa a estar presente na vida do casal. Ele estando no centro da união conjugal, não há como dar errado, pois Ele se responsabiliza e a Sua Palavra dá o respaldo suficiente.
 
 
Quando estão ligados no espírito, um apoia o outro nas questões espirituais. Quando estão ligados no espírito, um apoia o outro no desempenho ministerial e eclesiástico. Quando estão ligados no espírito, os dois se envolvem juntos na obra de DEUS.
 
 
3.2. O que DEUS uniu não separe o homem 
JESUS deu essa instrução em Mateus 19.3-9; os que se separam é por causa da dureza de coração; falta de compreensão e perdão. A ordenança para não se separar é até que a morte chegue, antes disso é uma decisão particular, humana e de livre-arbítrio dos cônjuges e não há liberdade bíblica para fazê-la [1Co 7.39]. Quando o casal se separa, não temos mais um inteiro, mas, sim, duas metades. O plano divino exclui do casamento a infidelidade, a bigamia e o divórcio de forma arbitrária (que segue apenas a vontade de quem decide).
 
 
Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Laços benditos”): “Antes da consumação do divórcio, os cônjuges devem lutar pela reconciliação e reconstrução do casamento; que possam enxergar as consequências e o desenrolar de uma decisão que ficará registrada pelo resto da vida.”
 
 
3.3. A presença de DEUS enche o espírito 
A presença da terceira dobra do cordão leva o casamento a não se quebrar facilmente [Ec 4.12b]. A mente é cuidada pela presença do ESPÍRITO SANTO. Mas necessário se faz ter DEUS no centro das atenções e não tomar nenhuma decisão ou fazer algum projeto sem consultar ou falar com Ele. O que torna o casamento do cristão diferente dos demais é a presença de DEUS, mas DEUS se faz presente quando há temor e obediência a Sua Palavra. Por isso, vemos a diferença que faz no lar, quando o homem teme ao Senhor e anda nos seus caminhos [Sl 128.1-3].
 
 
Nos pilares do casamento, o amor e a responsabilidade são peças fundamentais, pois o amor enche o coração e cuida da alma. A responsabilidade enche o estômago e cuida do corpo. Mas, primordialmente, a presença de DEUS é o que destaca o casamento do cristão, pois vemos muitos casamentos de incrédulos que têm amor e responsabilidade, mas falta a presença do ESPÍRITO de DEUS na vida dos cônjuges.
 
 
EU ENSINEI QUE:

A unidade espiritual busca sentido para a vida e isso pode ser construído dentro do próprio casamento a no relacionamento com DEUS.

 
 
CONCLUSÃO
Nunca podemos renunciar aquilo que DEUS fez; as coordenadas foram do próprio Criador; se não fosse possível, então Ele não teria declarado em Sua Palavra: “E serão os dois uma só carne’: Essa união conjugal é um processo que acontece e se concretiza ao longo do tempo.