Escrita Lição 4, Central Gospel, 1 Pedro, a Epístola da Esperança, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO
2- N° 6
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-4-central-gospel-pedro.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ESPERANÇA DOS SALVOS
1.1. A base da esperança cristã
1.2. A esperança provada e confirmada
1.2.1. A revelação da graça
2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR
2.1. A renovação da mente e do caráter
2.1.1. Vivendo em santidade
2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO
2.2.1. O preço do resgate
3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS
3.1. Um povo marcado pelo amor
3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna
3.1.2. Chamados a uma vida de santidade
3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva
3.2.1. Chamados para ser pedras vivas
3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa
3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS
3.3. Um povo peregrino e separado do mundo
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 1.13,16-19; 1 Pedro 2.1-4,11,13
1 Pedro 1.13,16-19
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de JESUS CRISTO.
16 - (...) Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a
obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes
dos vossos pais,
19 - mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado.
1 Pedro 2.1-4,11,13
1 - Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e
invejas, e todas as murmurações,
2 - desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite
racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 - se é que já provastes que o Senhor é benigno.
4 - E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade,
pelos homens, mas para com DEUS eleita e preciosa.
11 - Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos
abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.
13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do
Senhor; quer ao rei, como superior;
TEXTO ÁUREO
Bendito seja o DEUS, que nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Timóteo 1.1; Colossenses 1.27 CRISTO é nossa
esperança e salvação
3ª feira - Hebreus 2.3,4 Não negligencie tão grande salvação
4ª feira - Efésios 6.14 Vista a armadura de DEUS
5ª feira -Levítico 11.44 Seja santo, pois DEUS é santo
6ª feira - Isaías 40.6-8 A palavra do Senhor dura para
sempre
Sábado - Êxodo 19.5,6 Vós me sereis reino sacerdotal e povo
santo
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
reconhecer que, como cristãos, fomos gerados para uma nova
esperança;
compreender que as provações certificam a autenticidade da fé
cristã;
entender que a Igreja, como geração eleita e nação santa,
exerce um sacerdócio real;
perceber que, como forasteira neste mundo, a Igreja aguarda
pela chegada do seu lar.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, nesta lição, incentive a reflexão
sobre a esperança cristã. A abordagem deve ser dialógica, permitindo que os
alunos expressem suas percepções sobre as provações da fé e a identidade da
Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe
2.9).
Caso haja tempo em seu planejamento, divida a
turma em grupos e peça que relacionem versículos bíblicos que reforcem cada um
dos quatro objetivos da lição. Depois, cada equipe deve compartilhar suas
descobertas e explicar como esses textos fortalecem sua confiança na promessa
divina. Boa aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO. REVISTAS ANTIGAS BÍBLIAS E LIVROS -
LEIA TUDO E PODERÁ DAR UMA EXCELENTE AULA
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1 PEDRO – BEP - CPAD
Autor: Pedro
Tema: Sofrimento por
Amor a CRISTO
Data: Cerca de 60-63
d.C.
Considerações
Preliminares
Esta é a primeira de
duas cartas no NT escritas pelo apóstolo Pedro (1.1; 2 Pe 1.1). Ele testifica que escreveu sua primeira carta com
a ajuda de Silvano (cuja forma contracta em grego é Silas), como seu escriba
(5.12). O grego fluente de Silvano e seu estilo literário aparecem aqui,
enquanto que, possivelmente, o grego menos esmerado de Pedro apareça na sua
segunda epístola. O tom e o conteúdo de 1 Pedro combinam com o que sabemos a respeito de Simão
Pedro. Os anos que viveu em estreito convívio com o Senhor JESUS estão
implícitos nas suas referências à morte de JESUS (1Pd 1.11,19; 2.21-24; 3.18; 5.1) e à sua ressurreição (1.3,21; 3.21). Indiretamente,
ele parece referir-se, inclusive, às ocasiões em que JESUS lhe apareceu na
Galileia, depois da ressurreição (1Pd 2.25; 5.2a; cf. Jo 21.15-23). Além disso, muitas semelhanças ocorrem entre esta
carta e os sermões de Pedro registrados em Atos.
Pedro dirige esta
carta aos “estrangeiros dispersos” nas províncias romanas da Ásia Menor (1.1).
Alguns destes, talvez hajam se convertido no dia de Pentecoste, ao ouvirem a
mensagem de Pedro, e retornaram às suas respectivas cidades levando a fé que
acabavam de conhecer (cf.At 2.9,10). Estes crentes são chamados “peregrinos e
forasteiros” (2.11), relembrando-lhes, assim, que a peregrinação cristã ocorre
num mundo hostil a JESUS CRISTO; mundo este, do qual só podem esperar
perseguição. É provável que Pedro escreveu esta carta em resposta a informes
dos crentes da Ásia Menor sobre a crescente oposição a eles (4.12-16), ainda
sem consentimento do governo (1Pd 2.12-17).
Pedro escreveu de
“Babilônia” (5.13). Isto pode referir-se literalmente à cidade de Babilônia, na
Mesopotâmia, ou pode ser uma expressão figurada referente a Roma, o centro
principal de oposição a DEUS, no século primeiro. Embora Pedro possa ter
visitado alguma vez a grande colônia de judeus ortodoxos em Babilônia, é mais
consentâneo entender, aqui, a presença de Pedro, Silas (5.12) e Marcos (5.13),
juntos em Roma (Cl 4.10; cf. os comentários de Pápias a respeito de Pedro e
Marcos em Roma), no começo da década de 60, do que em Babilônia. Pedro escreveu
mais provavelmente entre 60 e 63 d.C., certamente antes do terrível banho de
sangue em Roma, ordenado por Nero (64 d.C.).
Propósito
Pedro escreveu esta
epístola de alegre esperança a fim de levar o crente a ver a perspectiva divina
e eterna da sua vida terrestre e prover orientação prática aos cristãos que se
encontravam sob o fogo do sofrimento entre os pagãos. O cuidado de Pedro visava
a evitar que os crentes não perturbassem, sem necessidade, o governo, e sim
seguissem o exemplo de JESUS no sofrimento, sendo inocente, mas portando-se com
retidão e dignidade.
Visão Panorâmica
1 Pedro começa
lembrando os leitores (1) de que têm uma vocação gloriosa e uma herança
celestial em JESUS CRISTO (1.2-5), (2) de que sua fé e amor nesta vida estarão
sujeitos a provas e purificação e que isso resultará em louvor, glória e honra
na vinda do Senhor (1.6-9), (3) de que essa grande salvação foi predita pelos
profetas do AT (1.10-12), e (4) de que o crente deve viver uma vida santa, bem
diferente do mundo ímpio ao seu redor (1Pd 1.13-21). Os crentes, escolhidos e santificados (1.2), são
crianças em crescimento que precisam do puro leite da Palavra (2.1-3), são
pedras vivas em que estão sendo edificadas como casa espiritual (1Pd 2.4-10) e peregrinos, caminhando em terra estranha (1Pd 2.11,12); devem viver de modo honroso e humilde no seu trato
com todas as pessoas durante a sua peregrinação aqui (1Pd 2.13—3.12).
A mensagem preeminente
de 1 Pedro diz respeito à submissão e a sofrer,
perseverando na retidão, por amor a CRISTO, de conformidade com o próprio
exemplo dEle (1Pd 2.18-24; 3.9—5.11). Pedro assegura aos fiéis que eles obterão o favor
e a recompensa de DEUS ao sofrerem por causa da justiça. No contexto desse
ensino do sofrimento por CRISTO, Pedro ressalta os temas conexos da salvação,
da esperança, do amor, da fé, da santidade, da humildade, do temor a DEUS, da
obediência e da submissão.
Características
Especiais
Cinco características
principais vemos nesta epístola. (1) Juntamente com Hebreus e Apocalipse, sua
mensagem gira em torno dos crentes sob a perspectiva de severa perseguição, por
pertencerem a JESUS CRISTO. (2) Mais do que qualquer outra epístola do NT,
contém instruções sobre o comportamento do cristão ante à perseguição e ao
sofrimento injustos (1Pd 3.9—5.11). (3) Pedro destaca a verdade de que o crente é
estrangeiro e peregrino na terra (1Pd 1.1; 2.11). (4) Muitos dos títulos do povo de DEUS no AT são
aplicados aos crentes do NT (e.g., 1Pd 2.5,9,10). (5) Contém um dos trechos do NT de mui difícil
interpretação: quando, onde e como JESUS “pregou aos espíritos em prisão, os
quais em outro tempo foram rebeldes... nos dias de Noé” (1Pd 3.19,20).
1.2 A PRESCIÊNCIA DE
DEUS. A presciência divina é o eterno amor e propósito de DEUS para com o seu
povo, a igreja (ver Rm 8.29). Os "eleitos" são o conjunto dos
verdadeiros crentes, escolhidos em harmonia com a resolução divina de redimir a
igreja pelo "sangue de JESUS CRISTO", em "santificação do ESPÍRITO".
Todos os crentes devem participar da sua eleição, procurando diligentemente
tornar mais firme sua vocação e eleição (ver 2 Pe 1.5,10)
1.2 SANTIFICAÇÃO DO
ESPÍRITO.
A SANTIFICAÇÃO
1Pe 1.2 “Eleitos
segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a
obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça epaz vos sejam
multiplicadas”.
Santificação (gr.
hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e
“apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com
alegria (ver também o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).
(1)
Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o
padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor,
teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa
consciência, e de uma fé não fingida”
(1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO
mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do
poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo
atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o
fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de
dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17 nota).
(2)
Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta,
mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente
diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente
diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com
CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm
6.18)
; por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a
necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO,
temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos
livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3)
A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS
para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada
da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 nota; Lv 11.44 nota; 19.2
nota; 2Cr 29.5 nota). De igual modo a santificação é um requisito
para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém
verá o Senhor (Hb 12.14).
(4)
Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At
26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO
SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5)
A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação
do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para
cumprir a vontade de DEUS
quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO
SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do
espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
(6)
A verdadeira santificação requer que o crente
mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4 nota),
mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl
4.2)
, obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS
(Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO
(Rm 8.14;
Ef 5.18).
22.37- Segundo o NT, a santificação não é
descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo
contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela
graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim
de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é
descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os
desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO
à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22. 37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(7)
A santificação pode significar uma outra experiência
específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS
uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está
chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais
perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS
como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza,
poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
1.3 NOS GEROU DE NOVO.
A REGENERAÇÃO
Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”
Em 3.1-8, JESUS
trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento,
ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação
mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do
novo nascimento.
(1)
A regeneração é a nova criação e transformação da
pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6;
Tt 3.5; ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS).
Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente
(3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e
santidade” (Ef 4.24).
(2)
A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO,
todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a
DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).
(3)
A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos
seus pecados, volta-se para DEUS (Mt
3.2)
e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu
Senhor e Salvador (ver 1.12 nota).
(4)
A regeneração envolve a mudança da velha vida de
pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto
da escravidão do pecado (ver 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de
obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo
2.29)
, ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).
(5)
Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma
prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9 nota). Não
é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço
vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4
nota) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).
(6)
Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos
caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam,
demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
(7)
Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a
vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em
iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse”
(v. 21).
(8)
O novo nascimento não pode ser equiparado ao
nascimento físico, pois o relacionamento entre
DEUS e o salvo é
questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física
entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para
filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso
período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota).
Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante
nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros
(Hb 5.9; 2Tm 2.12).
Jo 20.22 “E, havendo
dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes:
Recebei o ESPÍRITO SANTO.
”
A outorga do ESPÍRITO SANTO
por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO
SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era,
realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a
nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
(1)
Durante a última reunião de JESUS com seus
discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que
receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco,
e estará em vós” (14.17 veja nota). JESUS agora cumpre aquela promessa.
(2)
Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22,
infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por
“soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do
AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego
da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso
que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes
outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é,
assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem
se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente
sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas (ver o estudo A
REGENERAÇÃO). Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito
vivificante” (1Co 15.45).
(3)
O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o
fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos
discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo
imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de
recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga
da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco
depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
(4)
Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros
crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto.
Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A
partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo
concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17; ver o estudo A REGENERAÇÃO). Foi, também,
nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem
espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte
para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
(5)
Este trecho é essencial para a compreensão do
ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam
o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou)
antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At
2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do
Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
(6)
Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida
dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os
autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir
precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para
serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39 nota).
(7)
Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que
a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma
profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo
imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e
naquele lugar.
1.5 GUARDADOS NA
VIRTUDE DE DEUS. Este versículo apresenta três verdades a respeito da segurança
do crente, mensagem esta de especial relevância para os primeiros leitores da
carta de Pedro, uma vez que muitos deles estavam passando por severas perseguições.
(1) Os crentes estão "guardados na virtude de DEUS" contra todas as
forças do mal, que ameaçam destruir sua vida e sua salvação em CRISTO (2 Tm 4.18; Jd 24; cf Rm 8.31-39). (2) A condição essencial necessária para a
proteção de DEUS é a "fé". A proteção de DEUS mediante a sua graça
não opera de modo arbitrário. É somente mediante a fé que os crentes são
protegidos por DEUS, assim como é somente "por meio da fé" que os
crentes são salvos (Ef 2.8). Deste modo, é nossa responsabilidade conservar uma
fé viva em CRISTO, como Senhor e Salvador, para termos a proteção contínua de DEUS
(v. 9; Jo 15.4,6; Cl 1.23; 2 Tm 3.14,15; 4.7; Ap 3.8,10). (3) O alvo supremo da proteção divina do crente
mediante a fé é a "salvação", aqui referida como a dimensão futura da
nossa salvação, i.e., a obtenção da nossa herança no céu (v. 4) e a
"salvação das almas" (v. 9)
1.7 A PROVA DA VOSSA
FÉ. O tema do sofrimento sobressai em toda esta epístola (1Pd 2.19-23; 3.14-17; 4.1-4,12-19; 5.10). Devemos regozijar-nos nas nossas muitas provações
(v. 6), porque permanecendo fiéis a CRISTO em meio a elas, isso purificará a
nossa fé e resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor JESUS. O
Senhor considera nossa perseverança nas provações e nossa fé nEle preciosas e
de valor inestimável por toda a eternidade.
1. 8 NÃO O HAVENDO
VISTO, AMAIS. DEUS considera a fé dos crentes, hoje, maior do que a daqueles
que viram e ouviram JESUS pessoalmente, até mesmo depois da sua ressurreição.
Os crentes de hoje, embora nunca o tenham visto, amam-no e crêem nEle. Conforme
disse JESUS, há uma bênção especial para "os que não viram e creram"
(Jo 20.29). Vivendo por fé, recebemos a alegria como um dom de
DEUS para nós (Sl 16.11; Jo 16.24; Rm 15.13; Gl 5.22).
1.11 O ESPÍRITO DE
CRISTO... NELES. Nossa fé se baseia não somente na Palavra de DEUS do NT, mas
também na Palavra de DEUS do AT. O ESPÍRITO SANTO, através dos profetas,
predisse os sofrimentos de CRISTO e a glória que viria depois disso (e.g., Gn 49.10; Sl 22; Is 52.13-53.12; Dn 2.44; Zc 9.9,10; 13.7; cf. Lc 24.26,27; ver 2 Pe 1.21). O ESPÍRITO SANTO é aqui chamado "o ESPÍRITO
de CRISTO" porque Ele falava a respeito de CRISTO, através dos profetas, e
também Ele foi enviado da parte de CRISTO (vv. 11,12; cf. Jo 16.7; 20.22; At 2.33)
1.12 PELO ESPÍRITO
SANTO... PREGARAM. O mesmo ESPÍRITO que inspirou os profetas do AT (v. 11),
inspirou a verdade do evangelho; assim, a mensagem do evangelho tem sua origem
em DEUS, e não nos seres humanos. No dia de Pentecoste, o mesmo ESPÍRITO que
inspirou a verdade do evangelho, começou a dar poder a todos os crentes para
proclamarem essa mensagem (At 1.8; 2.4).
1.14 NÃO VOS
CONFORMANDO. Ver Rm 12.2
1.16 SEDE SANTOS. DEUS
é santo, e as qualidades de DEUS devem ser as qualidades do seu povo. A ideia
principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a DEUS,
por amor, para o seu serviço e adoração (ver Lv 11.44). A santidade é o alvo e o propósito da nossa
eleição em CRISTO (Ef 1.4); significa ser semelhante a DEUS, ser dedicado a DEUS
e viver para agradar a DEUS (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb 12.14. É o ESPÍRITO de DEUS que realiza em nós a
santificação, que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em
nós a imagem de CRISTO e que nos capacita, pela comunicação da graça, a
obedecer a DEUS segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9).
1.17 ANDAI EM TEMOR.
Ver At 5.11; 9.31; Rm 3.19; Fp 2.12.
1.19 O PRECIOSO SANGUE
DE CRISTO. As Escrituras deixam claro que a morte sacrificial de CRISTO na cruz
é a razão da redenção do crente, i.e., sua libertação da escravidão ao pecado
(cf. Ef 1.7; ver Hb 9.14).
1.22 AMAI-VOS
ARDENTEMENTE UNS AOS OUTROS. Ver Jo 13.34,35; Rm 12.10.
1.25 A PALAVRA DO
SENHOR PERMANECE PARA SEMPRE. A citação que Pedro faz de Is 40.8 indica que toda glória e realizações humanas, tais
como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante mudança (cf. Sl 90.5-10; Tg 4.13-17), mas a Palavra de DEUS permanece para sempre. Por
isso, todos os projetos humanos e o pensamento do mundo atual precisam ser
sempre julgados pela Bíblia, ao invés de a Bíblia ser julgada por eles. Aqueles
que torcem a Palavra de DEUS para conformá-la às tendências intelectuais e
débeis padrões da sua geração, estão traindo a "palavra de DEUS, viva e
que permanece para sempre" (v. 23).
2.2 DESEJAI... O LEITE
RACIONAL, NÃO FALSIFICADO. Como filhos nascidos de DEUS (1 Co 6.19; Gl 4.6), devemos desejar e ansiar pelo leite puro da
Palavra de DEUS (1Pd 1.23-25). Um sinal seguro do nosso crescimento espiritual é
um forte desejo de nos alimentar com a Palavra viva e permanente de DEUS.
Assim, devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de DEUS,
coisas estas que nossas atitudes erradas podem destruir (v. 1) e também não
deixar que as preocupações, riquezas e prazeres desta vida sufoquem a vida
espiritual (Lc 8.14; ver Mt 5.6; 1 Co 15.2).
2.5 SACERDÓCIO SANTO.
No AT, o sacerdócio era restrito a uma minoria qualificada. Sua atividade
distintiva era oferecer sacrifícios a DEUS, em prol do seu povo e comunicar-se
diretamente com DEUS (Êx 19.6; 28.1; 2 Cr 29.11). Agora, por meio de JESUS CRISTO, todo crente é
constituído sacerdote para o serviço de DEUS (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os crentes abrange o
seguinte. (1) Todos os crentes têm acesso direto a DEUS, através de CRISTO
(3.18; Jo 14.6; At 4.12; Ef 2.18). (2) Todos os crentes têm a obrigação de viver uma
vida santa (vv. 5,9; 1Pd 1.14-17). (3) Todos os crentes devem oferecer
"sacrifícios espirituais" a DEUS, inclusive: (a) viver em obediência
a DEUS, sem conformar-se com o mundo (Rm 12.1,2); (b) orar a DEUS e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15;); (c) servir com coração íntegro e mente disposta (1 Cr 28.9; Fp 2.17; Ef 5.1,2); (d) praticar boas ações (Hb 13.16); (e) contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp 4.18) e (f) apresentar nossos corpos a DEUS como
instrumentos da justiça (Rm 6.13,19). (4) Todos os crentes devem interceder e orar uns
pelos outros e por todos (Cl 4.12; 1 Tm 2.1; Ap 8.3). (5) Todos os crentes devem proclamar a Palavra e
orar pelo sucesso dela (v. 9; 3.15; At 4.31; 1 Co 14.26; 2 Ts 3.1; Hb 13.15)
2.9 A NAÇÃO SANTA. Os
crentes são separados do mundo a fim de pertencerem totalmente a DEUS (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o evangelho da salvação para a
glória e louvor de DEUS (cf. Êx 19.6; Is 43.20,21).
2.11 PEREGRINOS E
FORASTEIROS. Nossa nova condição de possessão peculiar de DEUS nos separa do
povo deste mundo e nos faz peregrinos aqui. Vivemos numa terra à qual não
pertencemos. Nossa verdadeira cidadania está no céu com CRISTO (cf. Fp 3.20; Hb 11.9-16). Por sermos estrangeiros nesta terra, devemos
abster-nos dos prazeres malignos deste mundo, que procuram destruir nossa
2.21 TAMBÉM CRISTO
PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS. A maior glória e privilégio para
qualquer crente é sofrer por CRISTO e pelo evangelho (ver Mt 5.10). Sofrendo assim, o crente segue o exemplo de CRISTO
e dos apóstolos (Is 53; Mt 16.21; 20.28; At 9.16; Hb 5.8). (1) O cristão deve estar disposto a sofrer (1Pd 4.1; 2 Co 11.23), i.e., participar dos sofrimentos de CRISTO (1Pd 4.13; 2 Co 1.5; Fp 3.10), e deve saber de antemão que o sofrimento fará
parte do seu ministério (2 Co 4.10-12; cf. 1 Co 11.1). (2) O sofrimento por CRISTO é chamado sofrimento
"segundo a vontade de DEUS" (1Pd 4.19), por amor do seu nome (At 9.16), pelo "evangelho" (2 Tm 1.8), "por amor da justiça" (3.14) e pelo
"Reino de DEUS" (2 Ts 1.5). (3) Sofrer por CRISTO é uma maneira de chegar à
maturidade espiritual (Hb 2.10), de obter a bênção de DEUS (4.14) e de ministrar
vida ao próximo (2 Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de CRISTO é uma
condição prévia para ser glorificado com CRISTO (Rm 8.17) e de alcançar a "glória" eterna (Rm 8.18). Nesse sentido, o sofrimento pode ser considerado
um dom precioso de DEUS (Fp 1.29). (4) O crente, ao viver por CRISTO e pelo
evangelho, não deve motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo
por devoção a CRISTO.
2.24 LEVOU... NOSSOS
PECADOS. CRISTO carregou os nossos pecados na cruz (cf. Is 53.4,11,12), tornando-se nosso substituto, quando tomou sobre
Si a penalidade dos nossos pecados (Jo 1.29; Hb 9.28; 10.10). O propósito da sua morte vicária foi livrar-nos
totalmente da culpa, poder e influência do pecado. CRISTO, pela sua morte,
removeu nossa culpa e o castigo dos nossos pecados e proveu um caminho,
mediante o qual pudéssemos voltar a DEUS, conforme a sua justiça (Rm 3.24-26) e receber a graça de viver em retidão diante dEle (Rm 6.2,3; 2 Co 5.15; Gl 2.20). Pedro usa a palavra "sarados" ao
referir-se à salvação e todos os seus benefícios (cf. Is 53.5; Mt 8.16,17)
3.1 MARIDOS... SEJAM
GANHOS. Pedro ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para CRISTO o
seu marido não salvo. (1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua
liderança na família (ver Ef 5.22). (2) Ela deve conduzir-se de modo santo e
respeitoso, com espírito manso e quieto (vv. 2-4; ver 1 Tm 2.13,15). (3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para
CRISTO, mais pelo comportamento, do que por suas palavras.
3.3,4 ENFEITE
EXTERIOR... BELEZA INTERIOR. Os adornos berrantes, exagerados e dispendiosos
são contrários ao espírito modesto que DEUS requer da parte das mulheres
cristãs (ver 1 Tm 2.9). (1) O que muito importa para DEUS nas mulheres
cristãs é uma disposição mansa e quieta (cf. Mt 11.29; 21.5), que as leva a honrá-lo, ao dedicarem-se a ajudar o
marido e a família a alcançar a vontade de DEUS para as suas vidas. (a) O
adjetivo "manso" descreve uma atitude despretensiosa que se manifesta
numa submissão amável e na solicitude pelo próximo (cf. Mt 5.5; 2 Co 10.1; Gl 5.23). (b) O adjetivo "quieto" refere-se à
esposa não ser agitada e indelicada. Noutras palavras, DEUS declara que a
verdadeira beleza da mulher é questão de caráter, e não primeiramente de
enfeites. (2) As esposas cristãs de nossos dias devem ser fiéis a CRISTO e à
sua Palavra, num mundo dominado pelo materialismo, pelas modas dominantes,
pelos direitos humanos, pela obsessão sexual e pelo desprezo aos valores do lar
e da família.
3.7 VÓS, MARIDOS.
Pedro menciona três coisas que o marido deve cuidar em relação a sua esposa.
(1) Devem demonstrar consideração e compreensão, convivendo com a esposa com
amor e em harmonia com a Palavra de DEUS (Ef 5.25-33; Cl 3.19). (2) Devem demonstrar respeito como co-herdeiros da
graça de DEUS e da salvação. Isso quer dizer que as esposas devem ser honradas,
sustentadas, ajudadas e protegidas, de conformidade com as suas necessidades.
"Mais fraco", por certo se refere às forças físicas da mulher. O
marido deve elogiar e estimar grandemente a esposa, à medida que ela procura
amá-lo e ajudá-lo, segundo a vontade de DEUS (vv. 1-6; ver Ef 5.23). (3) Devem evitar qualquer tratamento injusto e
impróprio para com elas. Pedro indica que o marido que não usa de compreensão
com a sua esposa e que não a honra como uma irmã em CRISTO, prejudicará o seu
relacionamento com DEUS, criando uma barreira entre suas orações e DEUS (cf. Cl 3.19).
3.10 AMAR A VIDA...
VER OS DIAS BONS. Pedro cita Sl 34.12-16 para ressaltar que aquele que evita o mal, tanto nas
palavras quanto nos atos e que busca a paz (Mt 5.37; Tg 5.12) terá (1) uma vida cheia das bênçãos e do favor de DEUS,
(2) a íntima presença de DEUS com sua ajuda e graça (v. 12), e (3) a resposta
de DEUS às suas orações (cf. Tg 5.16; 1 Jo 3.21,22).
3.15 SANTIFICAI A
CRISTO, COMO SENHOR, EM VOSSOS CORAÇÕES. Pedro conclama o crente à reverência
interior para com CRISTO e à dedicação a Ele como Senhor, no sentido de sempre
estarmos dispostos a defender a sua causa e a explicar o evangelho aos outros
(cf. Is 8.13). Assim sendo, devemos conhecer a Palavra de DEUS e
a sua vontade, a fim de testemunhar corretamente de CRISTO e levar outras
pessoas a Ele (cf. Jo 4.4-26).
3.19 PREGOU AOS
ESPÍRITOS. Os versículos 18-20 têm sido, de longa data, de difícil
interpretação para os expositores da Bíblia. (1) Uma das posições é que CRISTO,
depois da sua morte e ressurreição (v. 18), foi até os anjos aprisionados, que
pecaram nos dias de Noé (v. 20; cf. 2 Pe 2.4,5) e lhes proclamou a sua vitória sobre a morte e
Satanás (v. 22). Outra posição é que CRISTO, pelo ESPÍRITO SANTO, proclamou
através da pregação de Noé (cf. 2 Pe 2.5), uma mensagem de advertência àquela geração
desobediente, que agora está no Hades esperando o juízo final. Esta
interpretação condiz melhor com o contexto bíblico, aludindo ao povo
desobediente e perdido dos dias de Noé. Esta interpretação estaria em harmonia
com a declaração de Pedro, que o ESPÍRITO de CRISTO falou em tempos passados
através dos profetas (2 Pe 1.20,21). (2) Nem este texto, nem 1 Pe 4.6, ensina que os perdidos terão uma segunda
oportunidade de salvação depois da morte. Depois da morte vem o juízo (ver Hb 9.27) e com ele o destino eterno da pessoa, sem qualquer
mudança no seu estado (Lc 16.26).
3.21 COMO UMA
VERDADEIRA FIGURA... VOS SALVA, BATISMO. O batismo em água tem a ver com a
salvação, considerado como uma fiel expressão do nosso arrependimento, da nossa
fé em CRISTO e do nosso compromisso de deixar o mundo. Ele fala da nossa
confissão e promessa de que pertencemos a CRISTO e morremos e ressuscitamos com
Ele (At 2.38,39; Rm 6.3-5; 10.9,10; Gl 3.27; Cl 2.12). Note a comparação com o dilúvio (v. 20): assim
como a obediência de Noé às instruções de DEUS, no tocante ao dilúvio, foi um
testemunho da sua fé antes do dilúvio, assim também o passar pelas águas do
batismo é um testemunho alusivo à nossa fé, como meio de salvação em CRISTO; fé
esta que tínhamos antes de sermos batizados.
4.1 AQUELE QUE
PADECEU. Aqueles que voluntariamente sofrem em prol da causa de CRISTO, acham
mais fácil resistir ao pecado e fazer a vontade de DEUS. Estão unidos a CRISTO
e compartilham da sua cruz. Como resultado, a atração do pecado torna-se algo
insignificante, ao passo que a vontade de DEUS torna-se algo supremo (v. 2).
Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer crente. Obedecer a DEUS,
mesmo que isso importe em sofrimento, zombaria, ou rejeição fortalecerá moral e
espiritualmente o crente, que receberá da parte de DEUS graça ainda maior (v.
14).
4.6 AOS MORTOS. Esta
expressão deve ser entendida como uma alusão aos que ouviram o evangelho
enquanto viviam na terra, porém agora mortos, quando Pedro escreveu. Ouviram o
evangelho e creram, e, embora tenham morrido (i.e., "julgados segundo os
homens na carne"), agora vivem com DEUS. O versículo pode ser parafraseado
assim: "o evangelho foi pregado àqueles que creram e posteriormente
morreram, a fim de que tivessem a vida eterna com DEUS".
4.7 ESTÁ PRÓXIMO O FIM
DE TODAS AS COISAS. Devemos considerar a nossa vida presente, à luz da vinda
iminente de CRISTO e do fim do mundo (cf. Hb 10.25; Tg 5.8,9; 1 Jo 2.18). Para Pedro, isso nos importa os seguintes
compromissos: (1) orar a DEUS com fervor todos os dias (ver At 10.9; 12.5; Cl 4.2,12); (2) amar uns aos outros com sinceridade e fervor
de coração (v. 8; cf. 1.22; Mt 22.37-39; 1 Ts 4.9,10; 2 Pe 1.7); (3) ser hospitaleiro e generoso com os
necessitados (v. 9); (4) servir aos demais crentes mediante os dons espirituais
que nos foram concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (v. 10;); (5) testemunhar de CRISTO
e servir a DEUS no poder do ESPÍRITO SANTO (v. 11; At 1.5-8); (6) louvar a DEUS (v. 11); e (7) permanecer leal a
CRISTO no meio das provações (vv. 12-19)
4.12 A ARDENTE PROVA.
O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta tribulações e aflições
neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao evangelho. Aqueles que se
dedicam a JESUS CRISTO com uma fé firme e leal, que andam segundo o ESPÍRITO e
que amam a verdade do evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na
realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de que nossa devoção a CRISTO
é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do crente podem
ser um sinal de que ele está agradando a DEUS e sendo-lhe fiel. As aflições
freqüentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o
mundo ímpio e Satanás (1.6-9; Ef 6.12). Através de severas provas, o Senhor permite que o
crente compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter
que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece fiel a CRISTO, é
considerado bem-aven-turado, porque sobre você "repousa o ESPÍRITO da
glória de DEUS" (ver v.14; cf. 2.21)
4.13 ALEGRAI-VOS... DE
SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de DEUS
que o sofrimento pela causa de CRISTO faz aumentar a medida da alegria que o
crente desfruta no Senhor (ver Mt 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34). Daí, não se deve invejar os que sofrem pouco ou
nada pelo Senhor.
4.14 O ESPÍRITO DA
GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a CRISTO são
bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o ESPÍRITO SANTO estará com eles de modo
especial. Suas vidas estarão cheias da presença do ESPÍRITO SANTO para neles
operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da glória do
céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).
5.2 APASCENTAI O
REBANHO DE DEUS. Os pastores e dirigentes de igrejas têm a responsabilidade de
cuidar dos crentes, de fazê-los discípulos, de alimentá-los com a Palavra e de
protegê-los.
5.2 NEM POR TORPE
GANÂNCIA. Pastores e dirigentes da igreja devem acautelar-se de dois pecados
perigosos. (1) A ambição por dinheiro (ver 1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). O ensino do NT para quem administra a obra de DEUS
é que recebam sustento adequado da igreja (Lc 10.7; 1 Co 9.14; 1 Tm 5.17) e que se contentem com o que têm para si mesmos e
para suas famílias. Nenhum pastor deve enriquecer-se em detrimento da obra de DEUS.
Aqueles que se deixam dominar por este desejo, ficam à mercê dos pecados da
cobiça, da prevaricação e do furto. Por amor ao dinheiro, comprometem a Palavra
de DEUS, os padrões da retidão e os princípios do reino de DEUS. (2) A sede de
poder. Aqueles que cobiçam o poder, dominarão aqueles a quem deveriam servir,
pelo abuso excessivo da sua autoridade. Antes, o pastor deve conduzir a igreja,
servindo de exemplo ao rebanho na sua devoção a CRISTO, no serviço humilde, na
perseverança, na retidão, na constância na oração e no amor à Palavra.
5.5 REVESTI-VOS DE
HUMILDADE. A humildade deve ser o sinal distintivo de todo o povo de DEUS. É a
ausência de orgulho de si mesmo; a consciência das nossas fraquezas e a
disposição de atribuir a DEUS e aos outros o crédito por aquilo que estamos
realizando ou que já alcançamos (cf. Mt 11.29; Fp 2.3,4; Cl 3.12). A palavra "cingir" (gr. egkomboomai)
significa atar em si mesmo um pedaço de pano. Nos tempos do NT, os escravos
atavam um pano branco ou avental às suas roupas, a fim de que os outros
soubessem que eram escravos. A exortação de Pedro é que atemos em nós mesmos o
"pano" da humildade, a fim de (1) sermos identificados como crentes
em CRISTO, ao agirmos com humildade para com o próximo e (2) recebermos a graça
e ajuda de DEUS (vv. 5-7). É possível que Pedro tivesse em mente a ação de JESUS,
quando Ele se cingiu de uma toalha e lavou os pés dos discípulos (Jo 13.4,5).
5.7 ELE TEM CUIDADO DE
VÓS. O cuidado que DEUS tem com os problemas de cada um dos seus filhos é uma
verdade enfatizada através da sua Palavra (ver Sl 27.10; 37.5; 40.17; 55.22; Mt 6.25-30; 10.29-31; 11.30; Fp 4.6). Todos os nossos temores, cuidados e preocupações
devem ser prontamente lançados sobre o Senhor (cf. Sl 55.22; Lc 12.11,12)
5.8 O DIABO, VOSSO
ADVERSÁRIO. Quando o homem pecou, Satanás passou a ser o dominador do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Ele domina o mundo inteiro (1 Jo 5.19), percorre a terra e comanda uma hoste de espíritos
malignos, através dos quais ele escraviza e mantém cativos os que estão sem CRISTO
(Ef 2.2). Somente o crente em CRISTO está liberto do seu
poder. Mesmo assim, como leão rugente, ele é uma ameaça aos crentes (Sl 22.13; Ez 22.25), e procura destruí-los, especialmente por meio do
sofrimento (vv. 8-10). Ele destruirá espiritualmente todo aquele que abandona a
proteção de DEUS. Através da nossa fé no sangue de CRISTO (Ap 12.11), da nossa luta espiritual no ESPÍRITO (Ef 6.11-18) e nossas orações a DEUS (Mt 6.13), estamos plenamente equipados para derrotar as
astutas ciladas de Satanás (Ef 6.11), resistir-lhe e ficar firmes na fé (v. 9). Maior é
o que está em vós do que o que está no mundo (1 Jo 4.4)
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
INTRODUÇÃO
Os temas
centrais da epístola incluem:
1. Esperança viva: Pedro destaca a esperança viva que os cristãos têm em CRISTO,
baseada em sua ressurreição e na promessa de uma herança celestial 2.
2. Sofrimento e provação: A epístola aborda o tema do sofrimento e da perseguição que os
cristãos podem enfrentar, oferecendo orientação sobre como suportar essas
provações com fé e esperança 3.
3. Santidade: Pedro exorta os cristãos a viverem de forma santa e separada do
mundo, buscando a santidade em todas as áreas da vida 4.
4. Amor e unidade: A epístola enfatiza a importância do amor mútuo e da unidade
entre os cristãos 5.
5. Serviço e liderança: Pedro também oferece conselhos sobre o serviço a DEUS e a
liderança na igreja 6.
Esta é a
"Epístola da Esperança" devido à sua forte ênfase na esperança que os
cristãos têm em CRISTO e em sua ressurreição.
Pedro encoraja
os crentes a manterem seus olhos fixos na esperança futura, mesmo em meio a
dificuldades e sofrimentos presentes.
A Lição também explora o contexto histórico da epístola, escrita
por Pedro por volta de 62-64 d.C., para cristãos que estavam enfrentando
perseguições.
1. A ESPERANÇA DOS SALVOS
A esperança dos salvos em CRISTO reside na promessa da vida
eterna e na redenção do corpo através da fé em JESUS. É uma esperança que
vai além das dificuldades e provações do mundo, oferecendo consolo e força para
perseverar. Essa esperança se baseia na certeza da graça de DEUS e no
sacrifício de JESUS CRISTO, que proporciona a justificação e a possibilidade de
herdar a vida eterna.
O fundamento da esperança:
·
Promessa
da vida eterna:
A fé em JESUS CRISTO e seu sacrifício resgatador oferece a
esperança da vida eterna, um futuro glorioso com DEUS.
·
Redenção
do corpo:
A esperança cristã também inclui a redenção do corpo, a
transformação para um estado perfeito e livre da morte e do sofrimento.
·
A
graça de DEUS:
A salvação é um presente de DEUS, baseado em sua graça e não em
obras meritórias, o que traz segurança e paz.
·
Intercessão
do ESPÍRITO SANTO:
O ESPÍRITO SANTO intercede por nós, guiando-nos e fortalecendo-nos
na fé, mesmo quando não sabemos como orar.
A esperança em meio às provações:
·
Suporte
nas dificuldades:
A esperança da salvação pode fortalecer os cristãos para suportar
as situações mais difíceis da vida.
·
Consolo
na tribulação:
Mesmo em meio a lutas e provações, a esperança em CRISTO traz
consolo e alegria, pois sabemos que a vitória final já foi conquistada.
·
Visão
do futuro:
A esperança nos ajuda a olhar além das circunstâncias presentes,
mantendo o foco no futuro glorioso que nos aguarda.
·
Alegria
na perseverança:
A esperança cristã nos encoraja a perseverar com alegria, confiando
que DEUS está conosco em todas as situações.
A esperança como motivação:
·
Viver
de acordo com a vontade de DEUS:
A esperança nos motiva a viver uma vida que agrade a DEUS, buscando
cumprir seus propósitos.
·
Servir
com amor:
A esperança nos impulsiona a amar e servir ao próximo, refletindo o
amor de CRISTO.
·
Testemunhar
da salvação:
A esperança nos encoraja a compartilhar a mensagem da salvação com
outros, convidando-os a conhecer a CRISTO.
1.1. A base da esperança cristã
A esperança cristã tem como fundamento principal a fé na
ressurreição de JESUS CRISTO e na promessa de vida eterna. Essa esperança
não é uma mera expectativa otimista, mas uma certeza baseada na ação salvífica
de DEUS em CRISTO. É uma esperança que nos impulsiona a viver de forma
coerente com os ensinamentos de CRISTO, buscando a justiça social e a
transformação do mundo.
Base da Esperança Cristã:
·
Ressurreição de
JESUS:
A ressurreição de CRISTO é o evento central da fé cristã e a base
da esperança cristã na vida eterna.
·
Promessa de
Vida Eterna:
A esperança cristã se fundamenta na promessa de vida eterna, onde
os fiéis terão a oportunidade de viver em comunhão com DEUS.
·
Fé em DEUS:
A esperança cristã é inseparável da fé em DEUS, que se manifesta em
JESUS CRISTO e na sua Palavra.
·
Confiança nas
Promessas Divinas:
A esperança cristã se manifesta na confiança de que as promessas de
DEUS se cumprirão, mesmo diante das dificuldades e sofrimentos da vida.
·
Transformação
Pessoal e Social:
A esperança cristã não é apenas uma expectativa futura, mas também
um motor de transformação pessoal e social, motivando os cristãos a agirem em
favor de um mundo mais justo e fraterno.
Em resumo, a esperança cristã é uma virtude teologal que se enraíza
na fé na ressurreição de CRISTO e na promessa da vida eterna, impulsionando os
cristãos a viverem de acordo com os ensinamentos de CRISTO e a buscarem a
transformação do mundo.
1.2. A esperança provada e confirmada
A frase "a esperança provada e confirmada" refere-se à
esperança que é fortalecida e validada através de experiências e evidências,
especialmente dentro de um contexto de fé. É a esperança que não é apenas
um desejo, mas uma certeza baseada em fatos e ações, especialmente dentro de
uma perspectiva religiosa, onde a fé em DEUS e Suas promessas é central.
Essa esperança provada e confirmada pode ser entendida de algumas
maneiras:
·
Esperança
baseada na fé:
A fé, como uma confiança forte em DEUS e em Suas promessas, é o
fundamento da esperança. Quando a fé é testada e confirmada através de
experiências, a esperança se torna mais profunda e segura.
·
Esperança que
vence a desesperança:
A esperança provada e confirmada pode ser um remédio para a
desesperança, frustração e vazio, pois oferece uma perspectiva de futuro
baseada em algo real e confiável.
·
Esperança em
tempos de tribulação:
Em momentos de dificuldade, a esperança provada e confirmada pode
ser um sustento e uma fonte de força, pois a pessoa sabe que não está sozinha e
que DEUS está presente.
·
Esperança como
resultado da paciência:
A paciência, desenvolvida através da perseverança em situações
difíceis, pode levar à experiência, e a experiência, por sua vez, pode
fortalecer a esperança.
·
Esperança que
não engana:
A esperança cristã, em particular, não é ilusória, pois é
fundamentada no amor de DEUS e confirmada pela presença do ESPÍRITO SANTO.
Em resumo, a esperança provada e confirmada é uma esperança que vai
além do desejo e se torna uma certeza, baseada em experiências e evidências,
especialmente dentro de um contexto de fé e confiança em DEUS.
1.2.1. A revelação da graça
A revelação da graça, no contexto religioso, refere-se ao ato
de DEUS revelar sua graça que é JESUS e sua obra salvífica, um favor imerecido,
aos seres humanos. Essa revelação pode ocorrer de diversas formas, como
através da criação, da Palavra de DEUS (Bíblia), e principalmente pela pessoa
de JESUS CRISTO. A graça revelada leva à transformação da vida,
abandonando o pecado e buscando uma vida justa e piedosa.
A revelação da graça pode ser entendida em dois sentidos
principais:
1. Revelação Geral: Refere-se ao conhecimento de DEUS que é
acessível a todos através da criação e da consciência humana. O mundo ao
nosso redor e a própria existência humana apontam para a existência de um
Criador.
2. Revelação Especial: É o conhecimento específico de DEUS e de sua
vontade revelado através de meios como a Bíblia, profetas, e especialmente
através de JESUS CRISTO. Essa revelação especial é fundamental para a
salvação e para o entendimento do plano de DEUS para a humanidade.
A graça de DEUS, manifestada pela revelação do evangelho, tem como
objetivo principal a salvação e transformação do ser humano. Ela nos
ensina a renunciar ao pecado, viver de maneira justa e piedosa, e aguardar a
vinda de JESUS CRISTO. A revelação da graça não é apenas um evento
pontual, mas um processo contínuo de transformação que leva o indivíduo a uma
vida mais próxima de DEUS.
Em resumo, a revelação da graça é o ato divino de tornar conhecida
a bondade e o favor de DEUS, levando à salvação e transformação da vida do ser
humano, isso tudo ocorre na vida de intimidade e entrega total a JESUS.
2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR
O temor do Senhor como forma de amor e reverência é o caminho para
a santidade, o caminho da comunhão e intimidade com Ele. A pessoa serve a quem
teme. Quem teme a DEUS não tem nada a esconder dEle, não quer ficar longe dEle;
pelo contrário, busca sempre a sua presença e proximidade, quer estar sempre
com Ele.
2.1. A renovação da mente e do caráter
A renovação da mente e do caráter é um processo contínuo de
transformação interior, onde a pessoa busca alinhar seus pensamentos,
sentimentos e ações com os princípios e valores do Reino de DEUS. Esse
processo envolve uma mudança profunda na maneira de pensar e agir, abandonando
padrões antigos e adotando novos, mais alinhados com a vontade divina.
O que é renovação da mente?
Renovar a mente não significa apagar o passado ou ignorar o
conhecimento adquirido, mas sim dar um novo sentido à vida, a partir de uma
nova perspectiva, a do Reino de DEUS. É um processo de transformação que
se dá através da Palavra de DEUS e da busca por uma vida de fé.
Como acontece a renovação da mente e do caráter?
·
Estudo da
Palavra de DEUS:
A Bíblia é a base para a renovação da mente, pois nela encontramos
os princípios e valores que devem nortear nossa vida.
2.1.1. Vivendo em santidade
Viver em santidade significa buscar uma vida separada do
pecado e dedicada a DEUS, seguindo seus mandamentos e buscando a perfeição
moral e espiritual. É um processo contínuo de transformação, onde a pessoa
busca refletir a imagem de CRISTO em seus pensamentos, palavras e
ações. Santidade não é apenas uma busca individual, mas também um chamado
para viver em comunidade, compartilhando a fé e encorajando uns aos outros na
jornada espiritual.
A santidade, em sua essência, é um atributo de DEUS, que é
perfeitamente santo e separado do pecado. A Bíblia nos chama a buscar a
santidade, pois é através dela que podemos nos aproximar de DEUS e experimentar
sua graça e poder.
Viver em santidade envolve:
·
Separação do
pecado: Reconhecer e evitar práticas pecaminosas, buscando a pureza em
todas as áreas da vida.
·
Consagração a DEUS: Dedicar
a vida a DEUS, buscando agradá-lo em tudo o que fazemos.
·
Transformação
interior: Permitir que o ESPÍRITO SANTO opere em nós, transformando nossos
pensamentos, desejos e ações para se conformarem à vontade de DEUS.
·
Busca pela
justiça e amor: Agir com justiça, amor e compaixão, seguindo o exemplo de CRISTO.
·
Comunhão com
outros crentes: Compartilhar a fé, orar uns pelos outros e encorajar-se
mutuamente na jornada da santidade.
É importante lembrar que a santidade não é alcançada por nossos
próprios esforços, mas pela graça de DEUS e pelo poder do ESPÍRITO SANTO. É
um processo contínuo de crescimento e amadurecimento na fé, onde buscamos a
perfeição em CRISTO, sabendo que, mesmo em nossas falhas, podemos contar com o
amor e a misericórdia de DEUS.
2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO
O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO são dois
pilares centrais da fé cristã, interligados pela compreensão do sacrifício de JESUS. O
temor a DEUS, não como medo servil, mas como reverência e respeito pela sua
santidade e poder, leva à busca pela redenção, que é a libertação do pecado e
suas consequências através do sacrifício de JESUS na cruz.
Temor ao Senhor:
·
O temor ao
Senhor não é medo, mas uma profunda reverência e respeito por DEUS,
reconhecendo sua santidade, justiça e poder.
·
É um sentimento
que leva à obediência aos seus mandamentos e à busca por agradá-lo em todas as
áreas da vida.
·
O temor a DEUS
é descrito como o princípio da sabedoria, ou seja, o ponto de partida para uma
vida reta e justa aos olhos de DEUS.
Redenção pelo Sangue de CRISTO:
·
A redenção é a
libertação do pecado e suas consequências através do sacrifício de JESUS CRISTO
na cruz.
·
O sangue de CRISTO,
derramado na cruz, é visto como o preço pago para a remissão dos pecados da
humanidade.
·
Essa redenção
nos torna justificados diante de DEUS, ou seja, considerados justos por meio da
fé no sacrifício de CRISTO.
·
A redenção nos
proporciona vida eterna e a esperança de vivermos na presença de DEUS.
A Interligação:
·
O temor a DEUS
e a busca pela redenção são complementares.
·
O temor a DEUS
nos leva a reconhecer a necessidade de redenção e a buscar a salvação oferecida
por CRISTO.
·
A redenção, por
sua vez, nos liberta do poder do pecado e nos capacita a viver uma vida que
agrada a DEUS, com temor e tremor.
Em resumo: O temor ao Senhor nos leva a reconhecer a necessidade da
redenção, e a redenção pelo sangue de CRISTO nos liberta para vivermos uma vida
de temor e obediência a DEUS.
2.2.1. O preço do resgate
O preço do resgate da nossa alma é, segundo a fé cristã, o
sacrifício de JESUS CRISTO na cruz, derramando seu sangue por nós, com o qual
nos comprou, representando um valor inestimável, muito superior a qualquer bem
material. Nenhuma riqueza terrena pode comprar a salvação da alma.
A ideia de resgate, ou redenção, na teologia cristã, refere-se ao
ato de JESUS CRISTO pagar o preço pela libertação da humanidade do pecado e da
morte. Este preço não é quantificável em termos monetários, pois o valor
da alma humana é considerado infinito. Seu sangue fio preço pago.
Elaboração:
·
Valor
inestimável da alma:
A Bíblia ensina que a alma humana tem um valor inestimável, sendo
criada à imagem de DEUS e destinada à eternidade.
·
Sacrifício de CRISTO:
JESUS, na cruz, ofereceu-se como sacrifício perfeito para resgatar
a humanidade do pecado, pagando o preço que nós não poderíamos pagar.
·
Incomparabilidade
com bens materiais:
Nenhum bem material, como ouro, prata ou riquezas, pode ser
comparado ao valor de uma alma.
·
Liberdade do
pecado:
O resgate por meio de JESUS CRISTO oferece a libertação do poder do
pecado e a reconciliação com DEUS.
·
Ênfase no amor
de DEUS:
O sacrifício de JESUS revela o amor incondicional de DEUS pela
humanidade, buscando a salvação de todos.
3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS
A identidade do povo de DEUS, conforme a Bíblia, é baseada na
fé em JESUS CRISTO e na nova aliança estabelecida por Ele. Essa identidade
vai além da nacionalidade ou tradições, incluindo todos aqueles que creem em CRISTO
e são batizados em seu nome, tornando-se parte da família de DEUS. Essa
identidade também implica em uma missão: anunciar as boas novas e viver de
forma exemplar, refletindo a luz de DEUS no mundo.
Pontos chave sobre a identidade do povo de DEUS:
·
Nova Aliança:
A pertença ao povo de DEUS é definida pela fé em JESUS CRISTO e
pela nova aliança que Ele estabeleceu, superando a antiga aliança baseada na
lei.
·
Unidade em CRISTO:
Todos os que creem em CRISTO são unidos em uma só família, a
igreja, que tem CRISTO como cabeça.
·
Chamado para a
Missão:
O povo de DEUS é chamado a ser luz no mundo, anunciando as boas
novas e vivendo de acordo com os princípios do evangelho.
·
Santidade:
A identidade do povo de DEUS também implica em santidade, ou seja,
viver de acordo com os padrões de DEUS e se afastar do pecado.
·
Comunhão:
O povo de DEUS deve viver em comunhão uns com os outros,
demonstrando amor e cuidado mútuo.
·
Herança Comum:
O povo de DEUS compartilha de uma rica herança de fé e de uma
promessa de vida eterna.
A identidade do povo de DEUS é, portanto, uma identidade dinâmica e
transformadora, que nos leva a viver de acordo com o propósito de DEUS para
nossas vidas e a impactar o mundo com o seu amor e graça.
3.1. Um povo marcado pelo amor
Sim, o povo de DEUS é frequentemente associado à marca do amor,
tanto no sentido de amar a DEUS quanto de amar o próximo. Essa é uma
característica central na fé cristã e em muitas outras tradições
religiosas.
O amor a DEUS é expresso através da obediência aos seus mandamentos
e da busca por uma relação pessoal com Ele. O amor ao próximo é
manifestado através do cuidado, compaixão e serviço aos outros, refletindo o
próprio amor de DEUS por toda a humanidade. Essa prática do amor é vista
como um testemunho da fé e um caminho para a santidade.
A Bíblia, por exemplo, enfatiza repetidamente a importância do
amor, tanto em relação a DEUS quanto aos outros. Em 1 João 4:8, está
escrito: "Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é
amor." Essa passagem ressalta a centralidade do amor na natureza
divina e na vida cristã.
Além disso, a prática do amor é vista como um meio de união e
fortalecimento da comunidade de fé. Ao amarem uns aos outros, os membros
do povo de DEUS demonstram a presença de CRISTO em suas vidas e constroem laços
de solidariedade e apoio mútuo.
Em resumo, o amor é um elemento fundamental na experiência do povo
de DEUS, tanto em relação à sua fé quanto em sua interação com o mundo ao seu
redor.
3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna
Isso reflete a crença central de muitas denominações cristãs, onde
a regeneração espiritual, pela fé na Palavra de DEUS e pelo ESPÍRITO SANTO, é
vista como o processo que une os indivíduos a DEUS e os torna parte do Seu
povo.
Elaboração:
A ideia de "Povo de DEUS" refere-se à comunidade de
pessoas que foram escolhidas e chamadas por DEUS para fazerem parte de Sua
família. Essa escolha não é baseada em mérito humano, mas na graça e
misericórdia de DEUS.
A "regeneração" é o termo teológico que descreve a
transformação espiritual que ocorre quando uma pessoa aceita JESUS CRISTO como
seu Salvador e Senhor. Essa transformação é um novo nascimento espiritual,
uma mudança radical na natureza humana, onde o indivíduo passa a ter uma nova
vida em CRISTO, uma vida que é eterna e que se manifesta em amor, santidade e
serviço a DEUS, sendo intimamente ligada a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO.
3.1.2. Chamados a uma vida de santidade
A santidade não é apenas um ideal para alguns, mas sim uma vocação
para todos os cristãos. Essa busca pela santidade é um processo contínuo,
um caminho que se trilha com a graça de DEUS e o auxílio do ESPÍRITO SANTO,
buscando a conformidade com a vontade de DEUS e a prática do amor.
Elaboração:
A santidade é um dos pilares da fé cristã e um chamado para todos
os que creem em JESUS CRISTO. Não se trata de um estado de perfeição
alcançado por alguns poucos, mas sim de um processo de transformação interior
que leva o crente a se assemelhar cada vez mais a CRISTO.
Fundamentação bíblica:
·
1
Tessalonicenses 4:3:
"Pois esta é a vontade de DEUS: a vossa
santificação".
·
Efésios 1:4:
"Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para
que fôssemos santos e irrepreensíveis em sua presença".
·
1 Pedro
1:15-16:
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também
santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos,
porque eu sou santo".
·
Hebreus 12:14:
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor".
Como viver a santidade:
A santidade não é alcançada por esforços próprios, mas sim pela
graça de DEUS e a colaboração do crente. É um processo que envolve:
1. Conhecimento da Palavra de DEUS:
Através da leitura e estudo da Bíblia, o crente pode conhecer a
vontade de DEUS e os princípios que norteiam a vida cristã.
2. Oração:
A oração é a comunicação com DEUS, e através dela o crente pode
buscar a orientação do ESPÍRITO SANTO para sua vida.
3. Prática do amor:
O amor a DEUS e ao próximo é o resumo da lei e o principal
indicador da santidade.
4. Arrependimento e confissão:
É importante reconhecer os erros e pedir perdão a DEUS e aos
outros, buscando a reconciliação.
5. Busca pela transformação:
A santidade é um processo contínuo de mudança, onde o crente busca
abandonar os velhos hábitos e se revestir da nova natureza em CRISTO.
A santidade é um processo progressivo que envolve a transformação
do caráter, a busca pela semelhança a CRISTO e a prática do amor em todas as
áreas da vida.
3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva
Refere-se à crença cristã de que a igreja é construída sobre JESUS CRISTO,
a base fundamental da fé. Assim como pedras vivas são usadas para
construir um edifício, os crentes, em união com CRISTO, formam a igreja, um
templo espiritual.
Essa ideia é baseada em passagens bíblicas como 1 Pedro 2:4-10,
onde CRISTO é descrito como a "pedra viva", rejeitada pelos homens,
mas escolhida por DEUS e preciosa. Os crentes, por sua vez, são comparados
a "pedras vivas" que são edificadas sobre essa pedra fundamental,
tornando-se parte de uma casa espiritual. Essa casa espiritual é a igreja,
um lugar onde os crentes se reúnem para adorar a DEUS e oferecer sacrifícios
espirituais.
Em resumo, a metáfora da pedra viva ilustra a relação entre CRISTO
e a igreja, destacando a importância da fé em CRISTO como base para a
construção de uma comunidade espiritual forte e unida.
3.2.1. Chamados para ser pedras vivas
A passagem de 1 Pedro 2:5 descreve os salvos como "pedras
vivas" sendo edificados como uma casa espiritual e sacerdócio
santo. Isso significa que, após a conversão, os crentes são transformados
em partes vivas do corpo de CRISTO, a Igreja, e são chamados a oferecer
sacrifícios espirituais a DEUS, como louvor e adoração.
Em detalhes:
·
Pedras
vivas:
A imagem da pedra viva é usada para enfatizar a natureza viva e
ativa da fé cristã. Assim como uma construção física é feita de pedras
individuais, a igreja é composta de crentes individuais que, unidos em CRISTO,
formam um todo.
·
Edificados
como casa espiritual:
A ideia de ser "edificados" implica um processo contínuo
de crescimento e fortalecimento na fé. Assim como uma casa é construída
gradualmente, a vida espiritual de cada crente é desenvolvida e aperfeiçoada
através do relacionamento com CRISTO e com a comunidade de fé.
·
Sacerdócio
santo:
Ser um "sacerdócio santo" significa que todos os crentes
têm acesso direto a DEUS através de JESUS CRISTO e são chamados a oferecer
sacrifícios espirituais, como louvor, gratidão e serviço a DEUS e ao próximo.
·
Sacrifícios
espirituais:
Esses sacrifícios não são rituais religiosos, mas sim atos de
devoção e serviço que expressam o amor e a gratidão a DEUS.
Portanto, a passagem de 1 Pedro 2:5 destaca que a salvação não é
apenas um evento individual, mas também um chamado para fazer parte de um corpo
espiritual, a igreja, e contribuir para a edificação e o testemunho do Reino de
DEUS.
3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa
Isso refere-se à crença de que aqueles que aceitam JESUS CRISTO
como Salvador são comparados a pedras vivas, edificados sobre a "pedra
angular", que é JESUS. Essa "pedra" é vista como a base
sólida e preciosa sobre a qual a fé é construída, e aqueles que nela confiam
estão firmados na salvação.
A passagem bíblica de 1 Pedro 2:4-10 explica essa metáfora, onde os
crentes são comparados a pedras vivas que, juntamente com outras, formam uma
casa espiritual, tendo JESUS como a pedra angular. Essa imagem enfatiza a
unidade e o propósito dos salvos, que são chamados para proclamar as grandezas
daquele que os chamou das trevas para a luz.
Portanto, a frase "Somos os salvos firmados na pedra eleita e
preciosa" reflete a ideia de que a fé em JESUS CRISTO é a base sólida para
a salvação e que os crentes são unidos como pedras vivas na construção de uma
comunidade espiritual.
3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS
Isso refere-se ao chamado do povo de DEUS para compartilhar os
atributos e feitos divinos com o mundo. Essa missão é baseada em passagens
bíblicas como 1 Pedro 2:9, que descreve os crentes como uma "geração
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de DEUS, para anunciar as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz".
Essa separação e chamado envolve:
·
Identidade: Reconhecer
que fomos escolhidos e separados por DEUS para um propósito específico.
·
Proclamação: Compartilhar
as virtudes de DEUS através de palavras e ações.
·
Transformação: Viver
uma vida que reflita a luz de DEUS, impactando o mundo ao redor.
Em resumo, ser "separado para proclamar as virtudes de DEUS"
significa viver de acordo com os princípios divinos, testemunhando o amor e o
poder de DEUS através de cada aspecto da vida.
3.3. Um povo peregrino e separado do mundo
Isso é uma crença central do cristianismo, baseada em passagens
bíblicas como 1 Pedro 2:11 e João 17:16, que descrevem os cristãos como
estrangeiros e peregrinos neste mundo, com suas verdadeiras cidadanias e
esperanças no reino celestial. Isso implica em uma vida de separação dos
valores e prioridades do mundo, buscando viver de acordo com os princípios do
Reino de DEUS.
Elaborando:
·
Peregrinos:
A ideia de ser um peregrino sugere que os cristãos estão de
passagem pela terra, com um destino final no céu. Eles não devem se apegar
excessivamente às coisas materiais ou aos prazeres terrenos, mas sim concentrar
suas esperanças na vida eterna.
·
Separados
do mundo:
A separação do mundo não significa isolamento social, mas sim uma
distinção em relação aos valores, prioridades e estilos de vida do
mundo. Isso envolve resistir às tentações e influências negativas do
mundo, buscando viver de acordo com os padrões de DEUS.
·
Passagens
bíblicas:
·
1
Pedro 2:11: "Amados, exorto-vos como a peregrinos e estrangeiros a
vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma".
·
João
17:16: "Eu não lhes peço que os tire do mundo, mas que os
proteja do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou".
·
Efésios
2:19: "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas
concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS".
·
Consequências:
Essa perspectiva de peregrinação e separação do mundo leva os
cristãos a buscarem uma vida de santidade, buscando agradar a DEUS em todas as
áreas, incluindo suas relações, escolhas e estilo de vida.
Em resumo, a ideia de um povo peregrino e separado do mundo é um
chamado para os cristãos viverem de forma distinta, com suas esperanças
voltadas para o futuro e seus valores fundamentados na Palavra de DEUS.
CONCLUSÃO
Esta Lição é
uma análise detalhada da Primeira Epístola de Pedro, frequentemente chamada de
"Epístola da Esperança". Este livro do Novo Testamento oferece
encorajamento e instrução aos cristãos que enfrentam perseguições e
sofrimentos, enfatizando a esperança em CRISTO, especialmente em sua
ressurreição e na promessa de uma herança incorruptível 1.
Os temas
centrais da epístola incluem:
6. Esperança viva: Pedro destaca a esperança viva que os cristãos têm em CRISTO,
baseada em sua ressurreição e na promessa de uma herança celestial 2.
7. Sofrimento e provação: A epístola aborda o tema do sofrimento e da perseguição que os
cristãos podem enfrentar, oferecendo orientação sobre como suportar essas
provações com fé e esperança 3.
8. Santidade: Pedro exorta os cristãos a viverem de forma santa e separada do
mundo, buscando a santidade em todas as áreas da vida 4.
9. Amor e unidade: A epístola enfatiza a importância do amor mútuo e da unidade
entre os cristãos 5.
10.
Serviço e liderança: Pedro também
oferece conselhos sobre o serviço a DEUS e a liderança na igreja 6.
A epístola é
chamada de "Epístola da Esperança" devido à sua forte ênfase na
esperança que os cristãos têm em CRISTO e em sua ressurreição. Pedro encoraja
os crentes a manterem seus olhos fixos na esperança futura, mesmo em meio a
dificuldades e sofrimentos presentes 7.
A Lição também
explora o contexto histórico da epístola, escrita por Pedro por volta de 62-64
d.C., para cristãos que estavam enfrentando perseguições em várias províncias
romanas da Ásia Menor (atual Turquia) 8. Pedro escreveu para fortalecer e
encorajar esses cristãos a permanecerem firmes em sua fé, apesar das provações
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
AJUDA DE LIÇÃO ANTIGA
LIÇÃO 9 - PEDRO, UM DISCÍPULO SINCERO E DINÂMICO
3º TRIMESTRE DE 2007 - A BUSCA DO CARÁTER CRISTÃO
APRENDENDO COM HOMENS E MULHERES DA BÍBLIA
Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva
Complementos: Ev. Henrique
TEXTO ÁUREO
"Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).
VERDADE PRÁTICA
O ESPÍRITO SANTO transforma o caráter do crente que a Ele se
entrega incondicionalmente.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23; 2.1-3.
1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23
3 Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que,
segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança,
pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos,
4 para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar,
guardada nos céus para vós.
18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos vossos pais,
19 mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado,
22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade
fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração
puro;
23 sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,
pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre.
1 Pedro 2.1-3
1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e
invejas, e todas as murmurações,
2 desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 se é que já provastes que o Senhor é benigno.
PEDRO
Chamava-se, originalmente, Simão (= Simeão, i.e., “ouvido”), um
nome judaico muito comum no Novo Testamento. Era filho de Jonas (Mt 16:17). A
sua mãe não é mencionada nas Escrituras. Tinha um irmão mais novo chamado
André, que foi quem primeiro o levou a JESUS (Jo 1:40-42). Era natural de
Betsaida, uma cidade situada na costa ocidental do Mar da Galileia e de onde
Filipe também era natural. Foi educado ali junto às margens do Mar da Galileia
e foi-lhe ensinado o ofício de pescador. É provável que o seu pai tivesse
morrido quando ele era ainda jovem, tendo Zebedeu e a sua mulher Salomé tomado
conta dele (Mt 27:56; Mc 15:40; Mc 16:1). Publicado no Site Enciclopédia
Bíblica (http://www.jesusvoltara.com.br/dicionariobiblico/pedro.htm)
Como é comum aos seres humanos em geral, principalmente àqueles que
não têm o ESPÍRITO SANTO, é sempre mais fácil se lembrar de alguém pelos seus
defeitos, assim Pedro é mais lembrado pela sua traição do que pela sua
conversão. Assim Paulo é lembrado pela morte de Estevão, Davi pelo adultério,
Salomão pelas suas muitas mulheres e por ter caído na idolatria, Abraão pela
escrava egípcia Hagar e muitos outros pelos seus erros e não pelas suas
vitórias em DEUS.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, nesta lição, estudaremos a biografia de um dos apóstolos
mais dinâmicos do Novo Testamento. Pedro é proeminente nos Evangelhos e nos
doze primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos. Escreveu duas importantes
epístolas e foi o primeiro a pregar o evangelho aos gentios. Na classe,
destaque o caráter e temperamento do apóstolo Pedro. Discuta com os educandos a
mudança significativa entre os nomes Simão e Pedro, bem como as características
do caráter e temperamento designados por esses nomes. Ressalte a mudança
efetuada pelo ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro. Veja um exemplo na tabela
abaixo.
PEDRO, O APÓSTOLO
Referências gerais: Mt 4:18; 16:16; 17:24; 18:21; 19:27; 26:37,58,69; Mc 3:16;
5:37; 9:2; Lc 22:8,31; 24:12,34; Jo 1:41; 13:6; 21:3,15; At 1:15; 2:14; 3:1;
4:8; 5:3,29; 8:14,20; 9:32,40; 10:9; 11:2; 12:3; 15:7; 1Co 1:12; 9:5; Gl 1:18;
2:11; 1Pe 1:1; 5:1.
Vara transformada em rocha
Impulsivo por natureza: Mt 14:28; 17:4; Jo 21:7.
Compassivo e afetuoso: Mt 26:75; Jo 13:9; 21:15-17.
Cheio de contradições estranhas, às vezes presunçoso: Mt 16:22; Jo 13:8; 18:10.
Às vezes tímido e covarde: Mt 14:30; 26:69-72.
Abnegado: Mc 1:18.
Sem dúvida inclinado a ser egoísta: Mt 19:27.
Dotado de visão espiritual: Jo 6:68.
Sem dúvida lento para compreender verdades mais profundas: Mt 15:15,16.
Fez duas grandes confissões de fé em CRISTO: Mt 16:16; Jo 6:69.
Fez também uma covarde negação: Mc 14:67-71.
A Síndrome do galo (Por Pr. Elienai Cabral, Livro da CPAD)
O primeiro capítulo apresenta um aspecto da história onde um dos
homens mais extraordinários do grupo de apóstolos convocados por JESUS. Cada um
daqueles homens tinha seus valores próprios, os quais foram provados através de
suas vidas no cristianismo do primeiro século. Entretanto, foi o intrépido e
colérico Pedro o mais atrevido e, ao mesmo tempo, o mais disposto discípulo do
Senhor JESUS. Vários episódios que marcaram sua vida com o Mestre de Nazaré
deixaram lições extraordinárias para a Igreja de CRISTO através dos séculos.
Foi ele exatamente o discípulo que teve a experiência mais dura e difícil
dentre os demais. Foi ele quem mostrou a todos os cristãos de hoje a lição da
fragilidade humana.
Esta história dramática que denuncia o estado de espírito de um
homem honesto, mas fragilizado pelo medo. Uma história que revela a crise de
ser ou de não ser de um homem dividido entre o medo e a coragem, entre manter a
integridade e renunciar a ela para não morrer. Na verdade a história de uma
consciência em crise. Para Pedro, o cantar do galo foi a campainha de sua
consciência, que soou em sua consciência, apavorado diante dos inimigos de
JESUS, negou-O três vezes. O canto do galo constituiu-se numa síndrome
atordoante no espírito de Pedro, por algum tempo Pedro perdeu a sua paz
interior e temeu de não mais gozar da comunhão e do perdão, passou a sentir
física e psicologicamente uma bebida de derrota e vergonha, e por vários dias o
canto do galo foi o canto fúnebre, persistente e perturbador na consciência do
discípulo depois que negou o seu JESUS. A memória do canto do galo não lhe foi
uma coisa passada, foi uma sensação presente o tempo todo de parte de um
episódio. Viveu por alguns dias uma sensação de pecado. Não é diferente na
experiência de muitos cristãos quando pecam contra o Senhor. Passa a sensação
sintomática de que aquele pecado condena o tempo todo, alfinetando a sua
consciência. O rei Davi esteve, por algumas vezes, tomado por isto quando diz:
''Até quando consultarei a minha alma, em tristeza no meu coração cada
dia?"(Sl 13.2).
Os fracassos pessoais, humilhações, medos e tentações podem
transformar-se em terríveis sofrimentos na consciência para as pessoas. A dura
e amarga experiência produziu no seu coração um terrível sentimento que,
certamente, o vitimou ainda mais com dores, mas de ordem física. Muitas pessoas
quando passam por essas experiências são vitimadas por doenças psíquicas, as
quais se manifestam variadamente, de acordo com o metabolismo de cada pessoa,
tais como sinusites, enxaquecas, úlceras estomacais, descontrole arterial,
alergias e outras possíveis. Não sabemos se Pedro teve alguma dessas
patologias, mas sem dúvida, ele sofreu física e psicologicamente. Aprendemos
nesta história de Pedro que a sua queda foi precedida por algumas fraquezas de
caráter que o levou a esse pecado. Aprendemos também que a descida ao pecado é
gradual. Pedro se deixou levar por sentimentos de grandeza e a síndrome
atordoante no espírito de Pedro, ou seja, por algum tempo Pedro perdeu a sua
paz interior e teve a sensação de não mais gozar da comunhão e do perdão
de JESUS. Ele passou a sentir física e psicologicamente uma sensação mórbida de
derrota e vergonha, e por vários dias. O canto do galo foi o canto fúnebre,
persistente e perturbado r na consciência do discípulo depois que negou o seu
Mestre. A memória do canto do galo não lhe foi uma coisa passada, mas foi
uma sensação presente o tempo todo depois daquele episódio. Viveu por alguns
dias uma sensação de culpa e pecado. Não é diferente na experiência de muitos
cristãos modernos quando pecam contra o Senhor. Passam a ter
aquela sensação sintomática de que aquele pecado cometido está o tempo
todo alfinetando a sua consciência. O salmista e rei Davi esteve, por algumas
vezes, tomado por essa síndrome, quando diz: "Até quando consultarei a
minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?" (SI 13.2). Muitas
vezes, os fracassos pessoais, humilhações, medos e terrores íntimos, podem
transformar-se em terríveis sofrimentos de consciência para as pessoas. A dura
e amarga experiência de Pedro produziu no seu coração um terrível sentimento de
culpa que, certamente, o vitimou ainda mais com outros problemas de ordem
física. Muitas pessoas quando passam por essas experiências são vitimadas por
doenças psicossomáticas as quais se manifestam variadamente, de acordo com o
organismo de cada pessoa, tais como sinusites, enxaquecas, úlceras estomacais,
descontrole arterial, alergias e outras reações possíveis. Não sabemos se Pedro
teve alguma dessas patologias, mas sem dúvida, ele sofreu física e psicologicamente.
Aprendemos nesta história de Pedro que a sua queda foi precedida
por algumas fraquezas de caráter que o levaram a esse pecado. Aprendemos também
que a descida para o pecado é gradual. Pedro se deixou levar por sentimentos de
autoconfiança que precipitaram a sua queda. Esses sentimentos equivocados o
levaram a descida ao abismo de decepção, vergonha e a trair a pessoa que ele
mais admirava e amava neste mundo. Foi o canto do galo que o acordou daquele
terrível pesadelo. Sem dúvida foi o canto do galo que o tornou mais humilde
para reconhecer sua própria fragilidade e, para enfrentar posteriormente outras
situações inusitadas.
- O AMBIENTE PROPICIO QUE LEVOU AO CANTO DO GALO:
A escritura de Lucas 22.61 diz: "Antes que o galo cante
hoje". As palavras do texto "antes que..." indicam alguns
fatores que induziram a dolorosa experiência de Pedro. Todo o contexto
histórico que antecedeu o acontecimento teve como pano de fundo um ambiente
carregado de expectativas, dúvidas, medo e insegurança para todos os discípulos
de JESUS.
Aproximava-se o Dia da Festa dos Asmos, a Páscoa, e JESUS convidou seus
discípulos para uma ceia pascal, costume de todos os judeus, desde a saída do
Egito. Entretanto, essa seria a última ceia com aqueles discípulos. Os
comentários na cidade de Jerusalém já haviam chegado aos ouvidos de todos os
discípulos e o ambiente tornara-se cinzento, fechado e tristonho. Aquela
reunião tinha um misto de alegria e tristeza, de comunhão e traição, de
despedida e de aconchego. Nela seria exposta toda a verdade dos comentários que
enchiam a cidade e mostraria o flagelo pelo qual JESUS iria passar não
muito depois daquele dia. Era também a ceia que revelaria a fragilidade daqueles
poucos homens que acompanhavam JESUS em seu ministério por quase quatro anos.
Foi a ceia mais triste e cheia de nostalgia, dúvidas e revolta, que marcaria os
discípulos pelo resto de suas vidas. Tudo isto tornou aquele aposento alto
num ambiente de angústias. Esse foi o primeiro fato marcante que propiciou a
cada um daqueles homens uma experiência própria, e para Pedro não foi
diferente.
Um segundo fato marcante foi uma discussão entre os discípulos após
a ceia que tiveram com o Mestre (Mt 22.2430). Os discípulos começaram a
contender entre si para saber qual deles era o maior, o principal. O Mestre
percebeu que os espíritos estavam perturbados e que uma preocupação um tanto
egoísta e fora de cogitação estava envolvendo os discípulos. JESUS, segundo o
texto bíblico, imediatamente lhes mostrou que a verdadeira grandeza não era
conhecida pelo exercício de uma mera autoridade humana, mas estava entranhada
no coração de cada um deles. Depois daquela discussão, JESUS virou-se para
Pedro, especialmente, e mostrou-lhe o seu amor e carinho, e o quanto ele
representava entre os demais discípulos.
Indiscutivelmente, o sentido perceptivo de JESUS o fez ver que Pedro era
especial, mas corria algum risco quanto ao seu modo de agir e reagir diante de
certas circunstâncias. JESUS alertou Pedro para o perigo que corria com o diabo
querendo cirandá-lo como trigo numa peneira. JESUS e o diabo sabiam do
valor moral e espiritual de Pedro, mas sabiam também da fragilidade dele. JESUS
disse a Pedro: "Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e
tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc22.32). A despeito
dessa palavra de alerta a Pedro, ele ainda se encheu de coragem para declarar
afoitamente: "Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à
morte" (Lc22.33). Depois dessa resposta ingênua de Pedro, JESUS lhe dá o
aviso mais contundente e forte que Pedro podia ouvir: "Digo-te, Pedro, que
não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces" (Lc
22.34). A resposta inocente de Pedro revela o desconhecimento de si mesmo, pois
sua coragem para enfrentar certas situações não era suficiente para
enfrentar uma guerra espiritual.
Um terceiro fator que contribuiu para que o ambiente entre os
discípulos se tornasse ainda mais nostálgico foi quando JESUS levou seus
discípulos para orar no monte das Oliveiras. Aquele monte surrado por ventos,
cheio daquelas oliveiras retorcidas e marcado por guerras, tanto físicas como
espirituais, foi o lugar escolhido por JESUS para preparar-se para beber o
cálice da morte. O monte conhecido como Getsêmane por causa da prensa de
azeitonas que se fazia nas cercanias, foi naquela noite um lugar de pressão, de
solidão e angústia. Foi naquele lugar que Pedro experimentou uma dor imensa,
que só não podia ser maior que a dor de JESUS. O ambiente tornara-se hostil e
triste, fazendo com que se agravasse ainda mais o estado de espírito dos
discípulos que, neutralizados por toda aquela sensação ruim, não conseguiam
reagir nem orar com JESUS. Pedro não conseguiu superar a si mesmo naquelas
horas. Posteriormente, dominado por um sentimento de revolta, de coragem e
medo, tentou reagir quando JESUS foi preso, mas logo depois, seguindo-o de
longe, antes que o galo cantasse ele negou a JESUS por três vezes
consecutivamente.
- RAZÕES QUE LEVARAM À QUEDA DE PEDRO:
Ao analisar essa história, encontramos pelo menos três razões que
motivaram a queda de Pedro antes que o "galo cantasse":
A primeira razão motivadora do "canto do galo" foi a
confiança de Pedro em seus próprios méritos. Segundo
o texto de Mateus 26.33, Pedro precipitou-se em responder: "Ainda que
todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei".
Não podemos condenar Pedro por sua atitude afoita e temperamental com a
resposta que deu a JESUS porque certamente nós faríamos do mesmo modo. Pedro
estava confiante em sua fortaleza moral de homem corajoso, decidido e sensível,
mas desconhecia o que estava além da sua própria
confiança. O apóstolo Paulo, em outra ocasião, com experiência e temor podia
declarar: ''Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (1 Co
10.12). Não basta força de vontade, nem a confiança no bom caráter. É preciso
reconhecer que há poderes que superam os nossos próprios poderes.
No campo espiritual só é possível vencer quem vive e anda no ESPÍRITO (GI5.16).
A autoconfiança, quando aliada à fé, é ótima, mas quando é usada fora de tempo,
podemos ter problemas. Davi ensina a confiar no Senhor e declara: "Uns
confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do
Senhor, nosso DEUS. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de
pé" (SI 20.7,8). Pedro teve boa vontade, mas não estava devidamente preparado
para suportar aquele desafio. Por isso, JESUS foi categórico com ele ao
declarar-lhe: "E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc
22.32).
A segunda razão motivadora do canto do galo era a falta de oração
na vida de Pedro (Mt 26.40,41). Na noite em que JESUS havia de ser
preso, Ele e seus discípulos subiram o monte das Oliveiras para orar.
Entretanto, o cansaço psicológico envolveu a todos e os fez dormir. Havia uma
sensação desagradável de perda, uma vez que JESUS já havia declarado que
seria entregue nas mãos dos seus inimigos para ser morto. Aqueles discípulos
tiveram dificuldades para orar porque estavam dominados pelo desânimo e estavam
bloqueados emocional e espiritualmente. Enquanto JESUS orava, Pedro e seus
companheiros dormiam. A tristeza de coração os dominou e Pedro, mesmo sendo
convidado pelo Senhor a estar mais próximo dEle para orarem juntos, não teve
forças para superar aquela hora amarga. Se tivesse orado, não teria sido
derrotado tão fragorosamente quando o galo cantou.
A terceira motivação para que o galo cantasse foi o estar em lugar
impróprio (Lc 22.55). Diz o texto que "havendo-se
acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre
eles". Pedro podia até estar imbuído por um sentimento nobre aquela hora,
porque desejava acompanhar, ao menos, de longe o seu Mestre que havia sido
preso. Enquanto os outros discípulos fugiram assustados, Pedro queria ver o
desenrolar dos acontecimentos a distância. Entretanto, aquele ambiente estava
aquecido por blasfêmias e infâmias contra o Senhor, e Pedro não podia conviver
com aquelas pessoas. A madrugada estava fria no jardim da casa de Caifás,
sumo-sacerdote dos judeus. JESUS fora levado para o subsolo daquela casa e
Pedro o acompanhava de longe, mas em lugar impróprio. Ele estava junto do fogo
e negou conhecer JESUS quando foi reconhecido por uma criada. Por três vezes
consecutivas Pedro negou conhecer JESUS temendo ser preso. De repente, um pouco
acima, os soldados romanos levavam JESUS, o qual olhou para Pedro e o galo
cantou. Pedro lembrou-se da predição de JESUS e, amargurado e triste, chorou
copiosamente. O canto do galo passaria a ser o canto permanente de sua
consciência. Seu choro era sincero e ele estava arrependido de sua teimosia em
confiar em si mesmo mais que em DEUS. Durante alguns dias Pedro teve que
suportar aquele canto em sua consciência até o dia em que pode encontrar-se com
JESUS e sentir que fora perdoado e amado. O perdão neutraliza qualquer
sentimento de culpa. Quantos cristãos se tornam prisioneiros de sentimentos de
culpa por coisas erradas praticadas em palavras, atos e pensamentos. O canto do
galo pode ser o canto da consciência que se manifesta como uma voz interior,
irritante, contínua e persistente que está sempre lembrando nossos pecados. São
as pequenas concessões que fazemos no dia a dia.
Aquelas concessões que maculam e ferem nossa integridade moral e espiritual.
São aquelas pequenas coisas que satisfazem nossa natureza carnal; aquelas
mentirinhas; aquelas atitudes desonestas, tudo aquilo que desperta a
consciência e que a torna juíza moral de nossos atos.
PEDRO TRANSFORMADO
Pedro, pescador profano, torna-se um homem cuja sombra curava, Mt 26:74; At
5:15.
A mudança radical na vida de Pedro se deu após o batismo no ESPÍRITO SANTO, no
dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de JESUS. Depois de
estar por dias confinado junto com os discípulos, com medo dos judeus, Pedro
agora se torna pregador, verdadeiro Pescador de Almas, cumpre seu ministério,
seu chamado. Depois do batismo pentecostal do ESPÍRITO , tornou-se uma “rocha”,
cumprindo-se a profecia de CRISTO: Mt 16:18; Jo 1:42; At 1:8.
Era valoroso e inabalável: At 4:19,20; 5:28,29,40,42.
PODER ESPIRITUAL
Encoraja as pessoas a repreender o pecado Mq 3:8
Mais poderoso que as forças físicas Zc 4:6
JESUS, seu exemplo supremo Lc 4:14
Acompanha o batismo no ESPÍRITO SANTO At 1:8; At 2:2
Capacita as pessoas a falar com autoridade At 4:33; At 6:8
Enche a vida de influências curativas At 19:11; ; At 19:12; 1Co 2:4; Ef 3:16;
1Ts 1:5; 2Tm 1:7
PEDRO, FORTALECIDO PELO ESPÍRITO SANTO
Tornou-se sábio para instruir At 2:14
Possuía ousadia e coragem At 4:13; At 4:19; At 4:20
Tornou-se canal de bênção para os enfermos At 5:15
Orou com eficácia, e Tabita ressuscitou At 9:40
Converteu-se em instrumento do ESPÍRITO para os gentios At 10:44
CRISTO DESCRITO POR PEDRO
O Filho do DEUS vivo, Mt 16:16.
A única fonte da verdade, Jo 6:68.
O Pastor e Bispo das almas, 1Pe 2:25.
MILAGRES DE PEDRO
Cura um aleijado, At 3:7.
Denuncia o pecado de Ananias e Safira, At 5:5,10.
Cura enfermos, At 5:15.
Cura Enéias, At 9:34.
Ressuscita Dorcas, At 9:40.
Sobre Pedro ser o primeiro Papa vejamos:
“E eu te digo que tu és Pedro,(Petrus) e sobre esta pedra(Petra)
edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a
terra, será desatado também nos céus.” (Mateus 16:18,19).
A data do suposto papado de Pedro durante 25 anos em Roma não
coincidem c/ as datas bíblicas que envolva Pedro como primeiro papa.
Pedro Nunca foi Bispo de Roma: Se ele foi martirizado no Reinado de Nero, por
volta de 67 ou 68 AD, subtraindo desta data vinte cinco anos, retrocederemos a
42 ou 43 AD.
a) Rastreando a Vida de Pedro: Vasculhando a vida de Pedro, conforme a Bíblia,
iremos desmascarar esta mentira dos Romanos. O Concílio de Jerusalém (Atos 15),
ocorreu em 48, ou pouco depois, entre a primeira e a segunda viagem missionária
de Paulo. Embora Pedro não o presidiu; a presidência coube a TIAGO (At.
15:13-19). Em 58, Paulo escreveu a Epístola aos Romanos. No último capítulo da
epístola, o apóstolo manou saudações para muita gente em Roma, mas Pedro sequer
é mencionado, não acha estranho? Em 62, Paulo chega a Roma, e foi visitado por
muitos irmãos (At. 28:30-31), novamente não se tem notícias de PEDRO.
b) Epístolas escritas em Roma: De Roma, Paulo escreveu quatro cartas, em 62:
Efésios, Colossenses e Filemon. Em 63, Filipenses. Entre 67 e 68, após o
incêndio de Roma, quando estava preso pela segunda vez, 2 Timóteo. Esse tal
papa não é mencionado.
Vejamos as seguintes características de Pedro:
1.ª) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por CRISTO (Mc
1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero.
Em I Timóteo está escrito: "Mas o ESPÍRITO expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores
e doutrinas de demônios; ...proibindo o casamento."
2.ª) Pedro era pobre. "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro..."
(At 3.6). O papa está cercado de riquezas.
3.ª) Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da
igreja de Roma nunca esteve em Roma? Os católicos lançam mão de fontes
extra-bíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma.
4.ª) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. "E
aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a
seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também
sou homem." (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de
reverência e adoração.
5.ª) Pedro não era infalível. "E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti
na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da
parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi
retirando, e se apartando deles, temendo os que eram da circuncisão." (Gl
2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida
e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica
demorou 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que
não foi DEUS que decidiu mas foram homens pecadores reunidos que chegaram a
conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: "porque todos
pecaram e destituídos da glória de DEUS" (Rm 3.23) e ainda está escrito
que quando dizemos que não temos pecado fazemos a DEUS mentiroso. Veja:
"Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não
está em nós." (I Jo 1.10).
6.ª) Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu:
"Aos presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles
e testemunha das aflições de CRISTO..." (I Pe 5.1). Em At 8.14 está
escrito: "Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que
Samaria recebera a Palavra de DEUS, enviaram para lá Pedro e João." Note
bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos, mas foram os apóstolos que
lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At 11.1-18 vemos Pedro
justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente o versículo 2:
"E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da
circuncisão." Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do
papa não podem ser questionadas.
PEDRO ERA UM DOS DISCÍPULOS MAIS CHEGADOS DENTRE OS DEMAIS:
CARTAS OU EPÍSTOLAS DE PEDRO
1Pedro
Autor: O apóstolo Pedro (v. 3071).
Esse não era o Simão Pedro do começo, impulsivo e cheio de
fraquezas, a quem CRISTO chamou Simão, Mc 14:37; Lc 22:31; Jo 21:15-17, mas o
Pedro que, segundo CRISTO profetizou, se converteria em uma rocha, Jo 1:42 — o
mesmo homem que fora disciplinado durante anos de sofrimentos e provas e
fortalecido com o batismo no ESPÍRITO SANTO. A carta, evidentemente,
pertence aos últimos períodos de sua vida.
Data e lugar: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere (5:13) pode não ser
a cidade às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que se trata de Roma, chamada
figuradamente Babilônia.
Destinatários: Os eleitos espalhados pela Ásia Menor. Provavelmente a todo o
corpo de cristãos da região, tanto judeus quanto gentios. Pedro envia essa
mensagem espiritual de ânimo, instrução e admoestação especialmente às igrejas
fundadas por Paulo.
Propósito: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas
por JESUS.
1) animar e fortalecer os irmãos, Lc 22:32; 2) alimentar o rebanho de DEUS, Jo
21:15-17.
Palavra-chave: “Sofrimento”, que ocorre quinze vezes ou mais na carta.
Texto-chave: 4:1.
Tema principal: A vitória sobre o sofrimento, exemplificada na vida de CRISTO.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A salvação gloriosa, 1:3-21
1. A esperança viva, baseada na ressurreição de CRISTO, v. 3
2. Herança incorruptível, v. 4
3. Poder divino mediante o qual os crentes são protegidos em meio ao sofrimento
a) Por meio da fé, v. 5
b) Pelo regozijo nas provas, v. 6
c) Permanecendo como ouro refinado no fogo até a vinda de CRISTO, v. 7
d) Em amor e alegria indescritíveis, v. 8
4. Plano misterioso
a) inquirido pelos profetas, que predisseram os sofrimentos de CRISTO e a
glória a ser revelada nos últimos tempos; um anseio dos anjos, v. 10-12
b) Chama os crentes ao domínio próprio, à obediência, à espiritualidade, à
santidade e à reverência piedosa, v. 13-17
c) Seu custo incalculável, v. 18,19
d) Conhecido antes da criação do mundo, v. 20,21
III. A vida do crente à luz da grande salvação, 1:22—2:8
1. Deve ser purificada e regenerada pela verdade eterna, demonstrando amor
fraternal, 1:22-25
2. Deve estar livre das más inclinações e desejar o leite da Palavra para
crescer, 2:1-3
3. Deve ser pedra viva no templo espiritual do qual CRISTO é a pedra angular,
2:5,6
4. Deve reconhecer a CRISTO como precioso, o qual foi rejeitado e serve de
tropeço aos que não crêem, 2:7,8
IV. Posição e deveres dos crentes, 2:9—3:13
1. Geração nobre e santa, os crentes devem oferecer louvor ao Libertador
divino, 2:9,10
2. Como estrangeiros e peregrinos, devem abster-se dos desejos carnais, 2:11
3. Deveres civis e sociais. conduta irrepreensível perante o mundo, obediência
às autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil, 2:12-15
4. Devem ser bons cidadãos, 2:16,17
5. Deveres no lar cristão
a) Dos servos. ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento
injusto, agradando assim a DEUS, 2:18-20
b) CRISTO é o modelo do sofredor, pois levou o peso do pecado, 2:21-25
c) Da esposa: ser pura e adornar-se com virtudes espirituais, 3:1-6
d) Do esposo: tratar a esposa com consideração, 3:7
e) De todos: ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos e misericordiosos,
3:8,9
f) Recordar que a longa vida e a resposta às orações são prometidas aos que
dominam a própria língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, 3:10-13
V. Instruções e estímulo acerca do sofrimento, 3:14—4:19
1. O sofrimento por causa da justiça é motivo de alegria, não de temor, mas o
cristão deve estar pronto a dar testemunho de sua experiência cristã e viver
uma vida irrepreensível, 3:14-17
2. O exemplo do sofrimento vicário de CRISTO, de sua obra espiritual e de sua
exaltação, 3:18-22
3. Os sofrimentos de CRISTO devem levar-nos à abnegação, à consagração a DEUS e
ao abandono dos excessos sensuais do passado, 4:1-3
4. Parêntese. Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que
glorificam a DEUS, 4:7-11
5. Não devemos estranhar as provas duras, e sim suportá-las com alegria, 4:12
6. O sofrimento com CRISTO e por CRISTO deve ser suportado com alegria, pois
conduz à glória espiritual, 4:13,14
7. Não devemos sofrer como praticantes do mal. Mas quando sofremos como
cristãos, devemos glorificar a DEUS e colocar nossa alma ao seu cuidado,
4:15-19
VI. Exortações e advertências finais, cap. 5
1. Aos presbíteros da igreja, acerca do espírito com que devem alimentar o
rebanho, v. 1-4
2. Jovens e idosos devem ser humildes e confiantes, v. 5-7
3. Advertências acerca do Diabo, v. 8,9
4. Bênção e saudações, v. 10-14
O CRISTO de Pedro
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22.
Sete coisas preciosas nas cartas de Pedro
1. As provas severas, 1:7.
2. O sangue de CRISTO, 1:19.
3. A pedra viva, 2:4.
4. O próprio CRISTO, 2:6.
5. O espírito manso e tranqüilo, 3:4.
6. A fé do crente, 2Pe 1:1.
7. As promessas divinas, 2Pe 1:4.
2Pedro
Autor: O apóstolo Pedro 1:1 (v. 3071).
Data: Escrita provavelmente entre 60 e 70 d.C.
Tema principal: Advertência acerca dos falsos mestres e dos escarnecedores.
Para combater a influência das falsas doutrinas, há grande ênfase à Palavra de
DEUS e à certeza do cumprimento das promessas divinas.
Texto-chave: 3:1.
Paralelo entre 2Pedro e 2Timóteo
Ambas fazem referência à proximidade da morte, 2Tm 4:6; 2Pe 1:14.
Ambas predizem tempos perigosos para a igreja: predomínio dos ensinos falsos,
2Tm 3:13; 4:3; 2Pe 2:1; corrupção geral da sociedade, 2Tm 3:1-7; 2Pe 2:10-22;
apostasia, 2Tm 4:3,4; 2Pe 2:2,20-22.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A vida espiritual, cap. 1
1. O chamado a ela, v. 3
2. Garantida por meio de promessas preciosas, v. 4
3. Sete passos essenciais em seu desenvolvimento e frutificação, v. 5-8
4. Seu destino final, v. 10,11
5. Palavras de despedida, v. 12-15
6. Uma experiência gloriosa, v. 16-18
7. A origem divina das Escrituras e seu poder iluminador, v. 19-21
III. Os falsos mestres, seu caráter e suas doutrinas corruptas, cap. 2
1. Suas heresias e a negação de CRISTO, v. 1
2. Sua popularidade, influência perversa, avareza e hipocrisia, v. 2,3
3. Os juízos implacáveis de DEUS sobre os anjos que pecaram, sobre os
antediluvianos e sobre Sodoma e Gomorra são advertências aos ímpios, v. 4-6
4. Os justos serão libertos, mas os injustos serão reservados para o juízo
futuro, v. 7-9
5. Descrição adicional dos mestres apóstatas, suas características, obra e
destino
a) Sua sensualidade, presunção, arrogância e excessos, v. 10-13
b) Sua perniciosa influência e apostasia motivadas pela ganância, v. 14-16
c) Sua vacuidade, instabilidade e destino futuro, v. 17
d) Suas palavras infladas, acompanhadas de sensualidade: prometem liberdade aos
homens, mas os conduzem ao cativeiro da depravação, v. 18,19
e) Sua apostasia e sua depravação total, v. 20-22
IV. Predições acerca dos escarnecedores, da chegada do dia do Senhor e
exortação à firmeza, cap. 3
1. O propósito da carta, v. 1,2
2. O argumento dos escarnecedores, v. 3,4
3. A ignorância dos contestadores
a) Acerca do AT, v. 5,6
b) Acerca da preservação do mundo presente para um juízo severo, v. 7
4. Explicação para a demora divina
a) Duração de um dia para DEUS, v. 8
b) A misericórdia divina aplaca o castigo, v. 9
5. A certeza da chegada do dia do Senhor, v. 10
6. A atitude e a esperança dos crentes, v. 11-14
7. Recomendação acerca das cartas de Paulo e advertência contra a distorção das
Escrituras, v. 15,16
8. Exortação à firmeza e ao crescimento espiritual, v. 17,18
O CATOLICISMO ROMANO E PEDRO NA BÍBLIA:
(http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=96&cont=1&menu=2&submenu=2
- 28-08-2007).
Todos conhecem o vocábulo “Papa” e designam-no ao supremo chefe da
Igreja Católica Apostólica Romana. Este termo vem do grego e significa “Pai”.
Já em latim ele é formado pela junção da primeira sílaba das duas palavras
latinas: “Pater Patrum”, que quer dizer “Pai dos Pais”. Mas o significado que
os católicos mais gostam é: “Petri Apostoli Potestatem Accipiens”, isto é,
“aquele que recebe autoridade do apóstolo Pedro”. Segundo a doutrina católica,
o papa é o sucessor de São Pedro no governo da Igreja Universal e o Vigário de CRISTO
na terra. Tem autoridade sobre todos os fiéis e sobre toda a hierarquia
eclesiástica. Além da autoridade espiritual exerce uma territorial
(interrompida de 1870 a 1929), que, a partir de 1929, é limitada ao Estado da
cidade do Vaticano. É infalível quando fala “ex-cathedra” em assuntos de fé e
moral. Alguns títulos que o papa ostenta dão uma amostra deste desvario
descomunal, são eles: Bispo de Roma, Primaz da Itália, Patriarca do Ocidente,
Vigário de JESUS CRISTO, Servo dos Servos de DEUS, Sumo-Pontífice da Igreja
Universal, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Soberano do Estado da Cidade do
Vaticano, Arcebispo e Metropolita da Província Romana e SANTO Padre.
O papado teve durante a história de sua existência seus altos e baixos.
Recentemente, o atual papa teve de pedir desculpas aos judeus pelo seu
antecessor o papa Pio XII e se vê em palpos de aranha com a questão do
celibato. Apesar de toda esta imponência de chefe de Estado, líder espiritual
da maior parcela de cristãos do mundo (1 bilhão) e administrador de um império
financeiro que a cada ano acumula bilhões de dólares; algumas perguntas
entretanto precisam ser feitas, tais como: existem provas bíblicas e históricas
que indiquem ser o papa o sucessor do apóstolo Pedro? E Pedro, foi o primeiro
papa e gozou de supremacia sobre os demais apóstolos? Teria Pedro fundado a
igreja de Roma e tornado ela a sede de seu trono episcopal? O escopo de nossa
matéria é apresentar respostas adequadas a perguntas cruciais como estas, haja
vista, a internet estar cheia de sites de cunho apologético católico com o fito
de refutar as verdades claras das escrituras sagradas apresentadas pelos
evangélicos.
“TU ES PETRUS ET SUPER HANC PETRAM AEDIFICABO ECCLESIAM MEAM !”
Esta perícope de Mateus 16:18 é tão especial para a cúria romana, que mandaram
grava-la em enormes letras douradas na cúpula da Basílica de São Pedro em Roma.
Destarte ela é a fonte primacial de toda a dogmática católica. O “Tu es
Petrus”, carrega atrás de si um séqüito de outras heresias erigidas em cima dos
sofismas, dos textos deslocados de seus respectivos contextos, interpretados de
modo arbitrário pelos teólogos e doutores papistas. É ele o genitor da
infalibilidade papal, do poder temporal, e das demais aberrações teológicas,
ilogismos e invencionices dessa igreja. Portanto, desmontar à luz da Bíblia
todo este disparate teológico é desmoralizar a base em que se firma a
eclesiologia do catolicismo.
A tese católica se firma em três questionáveis pressupostos principais a saber:
1. A primeira é a que diz que CRISTO edificou a Igreja sobre Pedro, numa
interpretação toda tendenciosa e arbitrária de Mateus 16:18,19.
2. A segunda é a que afirma que Pedro fundou e dirigiu a Igreja de Roma sendo
martirizado também lá.
3. A terceira se firma na suposta sucessão apostólica numa cadeia ininterrupta
até nossos dias; de Pedro à Karol Wojtyla (João Paulo II ).
Outrossim, há ainda outros argumentos apresentados por nossos antagonistas que
se firmam nessa trilogia e não poderão ser analisados de modo minucioso nesta
matéria devido ao espaço limitado. Todavia, poderão ser encontrados em nosso
site.
I - EM QUE PEDRA A IGREJA ESTÁ EDIFICADA?
O site católico http://www.lepanto.org.br/ApIgreja.html#Fund da “Frente
Universitária Lepanto” é um site antiprotestante, e na página sobre a Igreja
Católica, interpretando Mat. 16:18, traz a seguinte declaração: “Esse ponto é
muito importante, pois a interpretação truncada dos protestantes quer admitir o
absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles dizem que CRISTO
queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha
Igreja, por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é uma contradição,
pois Nosso Senhor alterou o nome de Simão para "Kephas", deixando
claro quem seria a "pedra" visível de Sua Igreja.”
Essa bombástica assertiva nada mais é do que o ecoar das conjeturas conciliares
pontificais. A princípio pode até impressionar, mas carece totalmente de
fundamentos. Se não, vejamos: JESUS ao proferir a frase “E eu te digo que tu és
Pedro,(Petrus) e sobre esta pedra(Petra) edificarei a minha Igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos
Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.”
estava afirmando que realmente era ele a “PEDRA” a qual seria edificada sua
igreja. Para isto temos razões à saciedade:
1. JESUS ao se referir a Pedro usa o termo grego “Petros” que significa um
“seixo”, “pedregulho”, mas ao se referir à edificação da Igreja diz ser
edificada não sobre o “Petros” (Pedro), mas sobre a “Petra”, um rochedo
inabalável. Ora, JESUS fez nítida diferença semasiológica entre “Petra” e
“Petros”: um é substantivo feminino singular e está na terceira pessoa; o outro
masculino plural e se encontra na segunda pessoa. Demais disso, nunca o termo
“Petra” é usado na Bíblia em relação a homem algum, mas somente em relação a DEUS.
Outrossim, tal verso nem de longe insinua alguma coisa sobre Roma, sucessão
apostólica e congênere. Os católicos conseguem ver o que não existe no texto!
2. A frase “Tu és o CRISTO filho do DEUS vivo” é a chave para entendermos toda a
problemática. JESUS perguntou a “TODOS”, e não somente a Pedro, Quem Ele era. A
ele foi revelado confessar que CRISTO era o Messias, o Filho de DEUS, daí a
frase: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que
to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”, ou seja, sobre a
confissão de que Ele era o Filho de DEUS. A bem da verdade, a Igreja nunca
poderia estar solidamente edificada sobre homem algum pois Pedro apesar de ter
sido um grande apóstolo, foi no entanto, falível e passível de erro como
demonstra de maneira sobeja o contexto imediato (Mat16: 23) e os demais
escritos neotestamentario.3. O significado de “Petros” e “Petra” está de perfeito
acordo com o contexto doutrinário e teológico do N.T. Sendo “Petros” um
fragmento tirado da grande rocha, há de se ver uma conotação com todos os
cristãos como petros, e isto é descrito pelo próprio Pedro: “vós também, quais
pedras vivas, sois edificados como casa espiritual...” I Pedro 2:5 (ênfase
acrescentada). Por sua vez todas elas estão edificadas sobre a grande Petra que
é JESUS Efésios 2.20. Agora compare estes dois versos: “E quem cair sobre ESTA
PEDRA será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó...”
“E eu te digo que tu és Pedro, e sobre ESTA PEDRA edificarei a minha Igreja...”
(ênfase acrescentada). Indubitavelmente, na primeira e na segunda sentença JESUS
é a pedra. Desde a época do salmista (Sl. 118:22), passando pelo profeta
Isaias, a palavra profética já anunciava o Messias, como a PEDRA DE ESQUINA
(Is. 28:16). JESUS afirmou ser ele mesmo essa Pedra, Mateus 21:42,44.
Outrossim, é bom rememorar que na narrativa de Marcos a frase de CRISTO: “Tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30).
Isto não é de pouca relevância, pois Marcos por muito tempo foi companheiro de
Pedro (I Pe 5.13) e segundo Eusébio, foi deste que Marcos coletou suas
informações para redigir seu evangelho. Pedro em nenhum momento disse de si
mesmo como a rocha ou pedra da igreja, se não, Marcos teria confirmado de modo
enfático. Se porventura o dogma da superioridade de Pedro é verdadeiro e de
tamanha importância, como a Igreja Católica ensina, não parece praticamente inconcebível
que os registros de Marcos e de Lucas se silenciem a respeito?
4. Kephas significa pedra ou Pedro? João nos dá a resposta: “E o levou a JESUS.
JESUS, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás
chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” João 1:42. Veja que Cefas ou Kephas,
significa Pedro e não pedra! Para fazer jus à coerência e a lógica, JESUS
deveria ter dito mais ou menos assim: “Tu és Kephas e sobre esta kephas
edificarei...” ou “Tu és Pedro e sobre este Pedro edificarei...” se não
houvesse nenhuma diferença.
5. Teria JESUS mudado o nome de Simão Barjonas para Pedro ou apenas
acrescentado? Ora, quando se muda um nome faz-se necessariamente uma
substituição. O nome anterior não é mais mencionado como no caso de Abrão para
Abraão. Já no caso de Pedro apenas foi acrescentado como bem atesta Lucas
“agora, pois, envia homens a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome
Pedro” Atos 10:5,18,32 – 11:13 (ênfase acrescentada). Veja que é um nome
acrescentado e não mudado como querem os teólogos do Vaticano. Veja ainda que
ele continuou sendo chamado de Simão (Atos 15:19) ou Simão Pedro (João
21:2,3,7) algo que no mínimo seria estranho se o antigo nome tivesse sido
trocado. Querer ver nisto uma ligação da suposta supremacia petrina com relação
ao papado é ir longe demais!
6. Alardeia os católicos em ver na simbologia das chaves (v.19) uma supremacia
jurisdicional sobre toda a cristandade. Conquanto sabemos ser a chave outorgada
realmente a Pedro para “abrir” e “fechar”, no entanto cabe salientar que foram
as chaves do Reino do Céu e não da Igreja que foram dadas...e Reino do Céu não
é a Igreja! O uso dessas chaves estavam antes nas mãos dos fariseus (cf. Lucas
11:52). Essas chaves representam a propagação do evangelho de arrependimento de
pecados, pelo qual todos os cristãos, e não Pedro apenas, podem abrir as portas
dos céus para os pecadores que desejam ser salvos. Tanto é, que em Mateus 18:18
JESUS a confia aos demais apóstolos; Pedro portanto foi o primeiro a usa-la em
Pentecostes, onde quase três mil almas foram salvas, depois a usou para pregar
ao primeiro gentio Cornélio. É esta a chave que abre a porta, e não é
prerrogativa exclusiva do hierarca católico. Ninguém tem poder de monopoliza-la
como querem os Católicos Romanos.
Certo site Ortodoxo comentando sobre o assunto em lide, disse com muita
propriedade: “Para a Igreja una e indivisa a interpretação desta passagem do
Evangelho é toda outra. Como disse Orígenes (fonte comum da Tradição patrística
da exêgese), JESUS responde com estas palavras à confissão de Pedro: este
torna-se a pedra sobre a qual será fundada a Igreja porque exprimiu a Fé
verdadeira na divindade de CRISTO. E Orígenes comenta: "Se nós dissermos
também: 'Tu és o CRISTO, Filho de DEUS Vivo', então tornamo-nos também Pedro
(...) porque quem quer que seja que se una a CRISTO torna-se pedra. CRISTO
daria as chaves do Reino apenas a Pedro, enquanto as outras pessoas abençoadas
não as poderiam receber?". Pedro é, então, o primeiro "crente" e
se os outros o quiserem seguir podem "imitar" Pedro e receber também
as mesmas chaves. JESUS, com as Suas palavras relatadas no Evangelho, sublinha
o sentido da Fé como fundamento da Igreja, mais do que funda a Igreja sobre
Pedro, como a Igreja Romana pretende. Tudo se resume, portanto, em saber se a
Fé depende de Pedro, ou se Pedro depende da Fé... Por isso mesmo, São Cipriano
de Cartago pôde afirmar que a Sé de Pedro pertence ao Bispo de cada Igreja
Local, enquanto São Gregório de Nissa escrevia que JESUS "deu aos Bispos,
através de Pedro, as chaves das honras do Céu". A sucessão de Pedro existe
onde a Fé justa (ortodoxa) é preservada e não pode, então, ser localizada
geograficamente, nem monopolizada por uma só Igreja nem por um só indivíduo. Levando
a teoria da primazia de Roma às últimas conseqüências, seríamos obrigados a
concluir que somente Roma possui essa Fé de Pedro - e, nesse caso, teríamos o
fim da Igreja una, santa, católica e apostólica que proclamamos no Credo:
atributos dados por DEUS a todas as comunidades sacramentais centradas sobre a
Eucaristia.” E mais “Afirma, depois, a Igreja de Roma que é ela a Igreja
fundada por Pedro e que essa fundação apostólica especial lhe dá direito a um
lugar soberano sobre todo o universo. Ora a verdade é que, para além do fato de
não sabermos realmente se São Pedro foi o fundador dessa Igreja Local e o seu
primeiro Papa (aliás, terão os Apóstolos sido Bispos de qualquer Igreja
Local...?), temos conhecimento que outras cidades ou outras localidades mais
pequenas podiam, igualmente, atribuir a si mesmas essa distinção, por terem
sido fundadas por Pedro, Paulo, João, André ou outros Apóstolos. Assim, o
Cânone do 6º Concílio de Nicéia reconhece um prestígio excepcional às Igrejas
de Alexandria, Antioquia e Roma, não pelo fato de terem sido fundadas por
Apóstolos, mas porque eram na altura as cidades mais importantes do Império
Romano e, sendo assim, deram origem a importantes Igrejas Locais...”
ONDE A PRIMAZIA DE PEDRO?
A dialética vaticana ávida por achar um nepotismo em Pedro em detrimento aos
demais apóstolos, esquiva-se em seus sofismas teológicos. Procuram a qualquer
preço encontrar nas sagradas escrituras um elo de ligação entre a
“protagonização” de Pedro e a alegada supremacia do papa. Os argumentos
apresentados são quase sempre furtados de seus contextos a fim de fortalecer
essa cadeia de quimeras teológicas. Para justificar tal devaneio, saem pela
tangente arrazoando que:
a) A Pedro foi conferida com exclusividade a chave dos céus (Mat. 16:19).
b) A Pedro foi dado por duas vezes, cuidar com exclusividade do rebanho de CRISTO
(Lc. 22:31,32 – Jo 21:15,17).
c) Pedro foi o primeiro a pregar um sermão em Pentecostes. (At. 2:14)
d) Pedro foi o primeiro a evangelizar um gentio. (At. 10:25)
e) Testemunha, diante do Sinédrio, a mensagem de CRISTO. (At. 4:8)
f) No catálogo dos apóstolos (Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:13-16; At 1:13), o
nome de Pedro sempre é colocado em primeiro lugar.
g) Escolhe Matias para suceder Judas. (At. 1:15)
A pessoa que analisar o assunto pelas lentes papistas, tende a ficar
impressionada com a avalanche de textos que colocam Pedro no topo da lista de
exclusividades. A primeira vista, a abundância de primeiro, primeiro, primeiro
tende a sustentar essa corrente. Entrementes, vamos expurgar do engodo
romanista tais textos e veremos que não são tão pujantes quanto parecem.
a) A questão correspondente já está respondida de maneira sobeja neste
opúsculo.
b) Os católicos frisam nestes textos a palavra “confirmar e apascentar” e vêem
neles uma suposta primazia jurisdicional petrina. A falácia deste argumento
está em não mostrar que o apóstolo Paulo também “confirmava” as igrejas (cf.
At. 14:22 – 15:32,41). Quanto ao “apascentar”, esta também não era uma
exclusividade de Pedro pois todos os bispos consoante At. 20:28 deveriam ter
esta incumbência. Para sermos coerentes deveríamos dar este “status” de
primazia aos demais, pois não só apascentavam como confirmavam as igrejas.
c) Ora, Pedro ao pregar em pentecostes estava apenas fazendo uso das chaves
para abrir a porta da salvação. Demais disso, alguém tinha de tomar a palavra e
coube a Pedro o mais velho e intrépido. Mas... ao terminar a mensagem, ninguém
o teve por especial, mas dirigiram-se a todos (At. 2:37) com a expressão: “Que
faremos varões IRMÃOS?” (ênfase acrescentada). Dirigiram-se a toda a igreja e
não apenas a Pedro.
d) Ao contrário do que pensam os católicos, o caso de Cornélio é um contragolpe
no argumento romanista pois Pedro teve de dar explicações perante a Igreja por
ter se misturado e comido com um gentio. Raciocinemos, onde a primazia de Pedro
neste episódio? Se a tivesse, porventura daria explicações perante seus
supostos comandados? Certamente que não! Mas Pedro teve de se explicar, por que
não possuía nenhum governo sobre os demais.
e) A refutação segue o mesmo parâmetro da anterior.
f) É bom frisarmos que este primeiro lugar na lista de nomes é apenas de
caráter cronológico e não funcional. Percebe-se que os quatro primeiros nomes
da lista dos sinópticos são: Simão, André, João e Tiago são os primeiros a
serem chamados para seguir o mestre e dentre eles coube a Pedro ter uma
prioridade cronológica. Não obstante em outros lugares como em Gálatas 2:9 seu
nome não aparece nesta posição.
g) A miopia exegética é um mal constante na cúpula romana e leva-a a ver o que
não está no texto! Lendo cuidadosamente At. 1:15-26 vemos que Pedro apenas
expôs o problema, qual seja, a falta de um sucessor para o cargo de Judas, no
entanto Matias foi eleito pela igreja por voto comum, e não por decisão de
Pedro.
Os sofismas destes textos são flagrantes, contudo, a derrocada teológica
peremptória destes argumentos, está nas atitudes de CRISTO – o ÚNICO Sumo
Pastor, Chefe Supremo, Cabeça e Fundamento da Igreja – em não titubear e
corrigir algumas precoces ambições de supremacia entre eles. Certa feita tal
idéia foi sugerida ao mestre (Mateus 20:18-27) que no mesmo instante a rechaçou
dizendo: “...Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus
grandes exercem autoridades sobre eles.Não será assim entre vós; antes,
qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e
qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;...” (ênfase
acrescentada). Noutra feita essa questão foi novamente levantada. (cf. Lucas
22:24) Veja que se os apóstolos tivessem cientes desta utópica promessa, de
maneira alguma teriam levantado esta questão e o próprio pescador Galileu, ou
mesmo JESUS, haveriam de esclarecer-lhes o primado de Simão Pedro sobre eles, a
recordar a alegada promessa em Mateus 16:18. Mas não o fez, simplesmente por
não existir.
O próprio Pedro desfaz essa lenda ao dizer que: “ninguém tenha DOMÍNIO sobre o
rebanho...” (cf. I Pd. 5:1-3) Não se pode ver aí nenhum vestígio de
superioridade, supremacia ou destaque sobre os demais, pois ele mesmo se
igualava aos outros dizendo: “...que sou também presbítero com eles...” Pedro
jamais mandou! Pelo contrário, foi mandado...e obedeceu (Atos 8:14) fazendo jus
às palavras de JESUS “Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado
maior do que aquele que o enviou.” (Jo. 13:16)
PEDRO ESTEVE EM ROMA?
Não obstante a Bíblia trazer um silêncio sepulcral sobre o assunto, os
católicos afirmam ser fato incontestável ter sido o apóstolo Pedro o fundador
da igreja em Roma. Atribuem-lhe ainda um pontificado de 25 anos na capital do
império e conseqüente morte neste lugar. É claro que estas ligações são
a-priori de valor inestimável, pois entrelaçadas vão robustecer a tese vaticana
da primazia do papado. Contudo, não deixam de ser argumentos gratuitos! Há de
se frisar que somente a chamada “(con) tradição”, vem em socorro da causa
romanistas nestas horas e mesmo assim de maneira dúbia. Vejamos:
Pedro não pode ter sido papa durante 25 anos, pois foi martirizado no reinado
do Imperador Nero, por volta de 67/68. Subtraindo vinte cinco anos,
retrocederemos ao ano de 42 ou 43. Nessa época não havia se realizado o
Concílio de Jerusalém (Atos 15), que se deu por volta de 48-49, Pedro
participou (mas não deveria pois segundo a tradição, nesta época, ele estava em
Roma), no entanto, foi Tiago quem o presidiu (Atos 15;13,19). Em 58, Paulo
escreveu a epístola aos Romanos. E no capítulo 16 mandou uma saudação para
muitos irmãos, mas Pedro sequer é mencionado. Paulo chegou a Roma no ano 62 e
foi visitado por muitos irmãos (Atos 28;30 e 31). Todavia, nesse período, não
há nenhuma menção de Pedro. O Apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma:
Efésios, Colossenses, Filemon(62) e Filipenses(entre 67 e 68) mas Pedro não é
mencionado em nenhuma delas. Se Pedro estava em Roma no ano 60, como se deve
entender a revelação referida nos Atos dos Apóstolos 23:11, em que JESUS disse
a Paulo: “Importa que dês testemunho de mim também em Roma?” Cadê o papa de
Roma na ocasião?
É por estas e outras que não acreditamos que Pedro tenha fundado ou presidido a
Igreja de Roma como afirmam os católicos!
SOBRE PEDRO SER A PEDRA PRINCIPAL, OU LÍDER DA IGREJA:
O INSUSTENTÁVEL SUPORTE DA TRADIÇÃO
A tradição é um dos pilares nos quais se assenta a teologia romanista. O
principal órgão desta tradição é a chamada “Patrística” que são os escritos dos
primitivos cristãos. Essa tradição é de relevante valor à causa católica, pois
dela advém toda a sofismática da tal “Sucessão Apostólica”. É dela que é
extraída a má interpretação de Mateus 16:18, da primazia de Roma, da corrente
sucessória de S. Pedro etc. Na verdade as coisas são bem diferentes quando
analisadas de maneira honesta.
Dos inúmeros “pais da Igreja”, somente 77 opinaram a respeito do assunto de
Mateus 16:18, sendo que 44 reconheceram ser a fé de Pedro a rocha. 16 deles
julgaram ser o próprio CRISTO e somente 17 concordaram com a tese vaticana.
Nenhum deles afirmavam a infalibilidade de Pedro e tão pouco o tinham como
papa. Exemplo disso é S. Agostinho que em seu Livro I, Capítulo 21 das
Retratações (Livro escrito no fim da sua vida, para retratar-se de seus
escritos anteriores) expressamente afirma que sempre, salvo uma vez, ele havia
explicado as palavras Sobre esta pedra - não como se referissem à pessoa de
Pedro, mas sim a CRISTO, cuja Divindade Pedro havia reconhecido e proclamado.
Diz certa fonte católica que: “Se a corrente da sucessão apostólica por alguma
razão encontra-se interrompida, então as ordenações seguintes não são
consideradas válidas, e as missas e os mistérios, realizados por pessoas
ilegalmente ordenadas — desprovidos da graça divina. Essa condição é tão séria
que a ausência de sucessão dos bispos em uma ou outra denominação cristã
despoja-a da qualidade de Igreja verdadeira, mesmo que o bensino dogmático
presente nela não esteja deturpado. Esse foi o entendimento da Igreja desde o
seu início.”
Pois bem, procurarei não ser prolixo ao historiar sobre essa questão. Todos
sabem que o trono dos papas teve seus momentos de vacância, muitos papas
conquistaram este título por dinheiro, alguns papas considerados legítimos
foram condenados como hereges, outros pela ganância do cargo foram envenenados
por seus rivais, ainda outros foram nomeados por imperadores; quando não, havia
três ou mais papas se excomungando mutuamente pela disputa da cadeira de São
Pedro. Sem falar é claro, da época negra da pornocracia. Não é debalde que na
“Divina Comédia”, Dante Alighieri, coloca vários papas no inferno! Há ainda uma
tremenda contradição nas muitas listas dos pontífices romanos expostas por
historiadores católicos, nas quais os nomes de tais sucessores aparecem
trocados ou faltando. Não creio que estes homens sejam os verdadeiros
sucessores da cátedra de Pedro! A bem da verdade, essa tal sucessão
ininterrupta e contínua dos papas é totalmente arrebentada e falsa. É por
demais ultrajante mesmo para uma mente mediana suportar tamanha incongruência!
Pelo que foi resumidamente exposto acima, podemos concluir serenamente que:
PEDRO NUNCA FOI PAPA E NEM O PAPA É O VIGÁRIO DE CRISTO.
OBRAS CONSULTADAS
NOITES COM OS ROMANISTAS; M.H. Seymour –Edições Cristãs
DOZE HOMENS, UMA MISSÃO; ARAMIS C. DE BARROS – EDITORA LUZ E VIDA
O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS; EARLE E. CAIRNS – EDICÇOES VIDA NOVA
PEDRO NUNCA FOI PAPA NEM O PAPA É VIGÁRIO DE CRISTO; ANIBAL P. REIS – EDIÇÕES
CAMINHO DE DAMASCO
QUEM FUNDOU SUA IGREJA; Pe. ALBERTO LUIZ GAMBARINI – EDITORA ÁGAPE (católico)
OS PAPAS ; AQUILES PINTONELLO – EDIÇÕES PAULINAS
A HIERARQUIA; Pe. JOSÉ COMBLIN – PAULUS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"Pastoreando suas ovelhas (Jo 21.17)
Muita coisa tem sido feita da pergunta que JESUS fez a Pedro três
vezes: 'Amas-me?' Alguns pastores e professores falam sobre como essa pergunta
cria intencionalmente um paralelo com as três negações de Pedro sobre CRISTO.
Outros enfatizam as diferentes palavras gregas traduzidas por amor nessa
passagem. Quase esquecida em todas essas discussões está a ênfase que JESUS
colocou sobre ministrar aos outros.
'Pastoreia as minha ovelhas', JESUS disse cada vez que Pedro
afirmou seu amor por Ele. 'Se você realmente me ama, cuidará daqueles que me
pertencem'. Observe que em nenhuma vez JESUS perguntou se Pedro amava as
ovelhas. A motivação fundamental para o ministério era e é o amor por JESUS
CRISTO e uma disposição para agir. Há outra mensagem aqui também. 'Mesmo que
você tenha fracassado', JESUS parece estar dizendo, 'Eu ainda posso usá-lo na
vida dos outros'.
E quanto à sua vida? Você ama JESUS? Está provando seu amor por Ele
servindo aos outros? Sua motivação em ministrar é para demonstrar seu amor por
CRISTO? Qualquer coisa menor não vai 'agüentar'.
Será que os fracassos do passado estão perseguindo você e
impedindo-o de buscar a CRISTO? Olhe para a lição de Pedro e descubra que DEUS
ainda deseja que você seja um servo frutífero para Ele. Se amamos a JESUS,
ministraremos aos outros."
(KENDRICK, M. 365 lições de vida extraída de personagens da
Bíblia. Rio de Janeiro:CPAD, 1999, p.276.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Nosso temperamento, embora inato, pode e deve ser controlado pelo
ESPÍRITO SANTO. Uma vez que o temperamento, a personalidade e o caráter
fazem parte integral do ser humano, o homem que deseja ser guiado por DEUS deve
entregá-los completa e totalmente ao ESPÍRITO do Senhor: "Porque
todos os que são guiados pelo ESPÍRITO de DEUS, esses são filhos de
DEUS" (Rm 8.14). Ser guiado em tudo! No sentir, pensar e agir!
Quão maravilhoso é para o crente ter o seu temperamento controlado
pelo ESPÍRITO SANTO! "Se vivemos no ESPÍRITO , andemos também no
ESPÍRITO " (Gl 5.25).
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LIÇÃO 4, CENTRAL GOSPEL, 1 PEDRO, A EPÍSTOLA DA ESPERANÇA NA
ÍNTEGRA
Escrita Lição 4, Central Gospel, 1 Pedro, a Epístola da Esperança,
3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99991520454 (Tel) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO
2- N° 6
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ESPERANÇA DOS SALVOS
1.1. A base da esperança cristã
1.2. A esperança provada e confirmada
1.2.1. A revelação da graça
2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR
2.1. A renovação da mente e do caráter
2.1.1. Vivendo em santidade
2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO
2.2.1. O preço do resgate
3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS
3.1. Um povo marcado pelo amor
3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna
3.1.2. Chamados a uma vida de santidade
3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva
3.2.1. Chamados para ser pedras vivas
3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa
3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS
3.3. Um povo peregrino e separado do mundo
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 1.13,16-19; 1 Pedro 2.1-4,11,13
1 Pedro 1.13,16-19
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de JESUS CRISTO.
16 - (...) Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a
obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes
dos vossos pais,
19 - mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado.
1 Pedro 2.1-4,11,13
1 - Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e
invejas, e todas as murmurações,
2 - desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite
racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 - se é que já provastes que o Senhor é benigno.
4 - E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade,
pelos homens, mas para com DEUS eleita e preciosa.
11 - Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos
abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.
13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do
Senhor; quer ao rei, como superior;
TEXTO ÁUREO
Bendito seja o DEUS, que nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Timóteo 1.1; Colossenses 1.27 CRISTO é nossa
esperança e salvação
3ª feira - Hebreus 2.3,4 Não negligencie tão grande salvação
4ª feira - Efésios 6.14 Vista a armadura de DEUS
5ª feira -Levítico 11.44 Seja santo, pois DEUS é santo
6ª feira - Isaías 40.6-8 A palavra do Senhor dura para
sempre
Sábado - Êxodo 19.5,6 Vós me sereis reino sacerdotal e povo
santo
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
reconhecer que, como cristãos, fomos gerados para uma nova
esperança;
compreender que as provações certificam a autenticidade da fé
cristã;
entender que a Igreja, como geração eleita e nação santa,
exerce um sacerdócio real;
perceber que, como forasteira neste mundo, a Igreja aguarda
pela chegada do seu lar.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, nesta lição, incentive a reflexão
sobre a esperança cristã. A abordagem deve ser dialógica, permitindo que os
alunos expressem suas percepções sobre as provações da fé e a identidade da
Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe
2.9).
Caso haja tempo em seu planejamento, divida a
turma em grupos e peça que relacionem versículos bíblicos que reforcem cada um
dos quatro objetivos da lição. Depois, cada equipe deve compartilhar suas
descobertas e explicar como esses textos fortalecem sua confiança na promessa
divina. Boa aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Autor das Epístolas Universais que levam seu nome, Pedro escreveu a
primeira carta por volta de 63 d.C., reafirmando a verdadeira graça de DEUS
e exortando os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.12); nela, identifica-se como
presbítero (1 Pe 5.1). Já no início da segunda epístola, apresenta-se como
Simão Pedro, servo e apóstolo (2 Pe 1.1).
As cartas foram destinadas aos cristãos dispersos em cinco regiões (1 Pe
1.1), sendo três delas — Ponto, Capadócia e Ásia — mencionadas em
Atos 2.9, onde muitos ouviram sua pregação no Pentecostes.
1. A
ESPERANÇA DOS SALVOS
Em sua primeira carta, Pedro destaca a misericórdia divina ao
regenerar os fiéis para uma viva esperança, fundamentada na ressurreição de CRISTO
(1 Pe 1.1-12).
1.1. A base da
esperança cristã
O estilo conciso de Pedro reúne verdades essenciais, proporcionando um
rico campo de reflexão sobre temas fundamentais da fé cristã:
• os pilares do cristianismo — o apóstolo apresenta cinco elementos
centrais: eleição, presciência, santificação, obediência e salvação (1 Pe 1.2);
• a viva esperança — a salvação, oferecida por CRISTO, é confirmada por
Sua ressurreição; no entanto, compreender essa verdade exige
discernimento, pois é uma revelação acessível apenas pelo ESPÍRITO (cf. 1 Co
2.14). Pedro exalta a DEUS por conceder essa nova vida àqueles que creem
(1 Pe 1.3);
• a certeza da herança eterna — a expectativa cristã aponta para um
futuro glorioso nos céus, onde a recompensa reservada para os salvos é
incorruptível. Essa segurança, contudo, depende da fé, que sustenta o crente em
meio às adversidades e confirma sua participação na salvação (1 Pe 1.4,5).
1.2. A
esperança provada e confirmada
A verdadeira esperança produz alegria (Rm 12.12), mas não exclui o
sofrimento. Enquanto projeta o crente para a glória futura, confronta a dura
realidade da existência terrena. Essa tensão entre a herança prometida e as
provações do presente gera desafios e, por vezes, tristeza (1 Pe 1.6).
Pedro reafirma que as aflições são parte do processo que comprova a
autenticidade da fé, tornando-a mais preciosa que o ouro refinado no fogo (1 Pe
1.7). As provações são passageiras, mas a promessa é eterna: estar com CRISTO
para sempre (1 Pe 1.9; cf. Rm 8.17b; 2 Tm 2.11,12).
1.2.1. A
revelação da graça
Os profetas, inspirados pelo Senhor, anunciaram a manifestação da graça e
receberam revelações sobre os sofrimentos e a glória do Messias. No entanto,
entenderam que sua mensagem se destinava às gerações futuras. Essa salvação foi
proclamada por pregadores enviados pelo ESPÍRITO SANTO (Hb 2.3,4), e seu
mistério é tão grandioso que até os anjos anseiam compreendê-lo (1 Pe 1.10-12).
2. SANTIDADE
E TEMOR AO SENHOR
Após enfatizar a grandeza da salvação, Pedro exorta os crentes a uma vida
de sobriedade, santidade e temor ao Senhor (1 Pe 1.13-20).
2.1. A
renovação da mente e do caráter
Pedro usa a expressão "Cingindo os lombos do vosso
entendimento" (1 Pe 1.13), semelhante à linguagem de Paulo em Efésios
6.14, mas aplicada à renovação da mente. A Bíblia ensina que o intelecto
deve atuar em harmonia com os valores morais e sagrados, especialmente ao
enfrentar provações. Nenhuma aflição é um fim em si mesma, pois todas são
transitórias.
Diante das dificuldades, duas atitudes são essenciais: manter a
sobriedade, sem se deixar dominar pela ansiedade, e confiar plenamente na graça
que será revelada em CRISTO (1 Pe 1.13).
OBSERVAÇÃO 1
Ser santo significa "ser separado para DEUS". Embora inseridos
no mundo, os que pertencem ao Senhor devem viver de modo distinto, refletindo
Seu caráter. Assim como um filho se assemelha ao pai, a vida dos crentes deve
expressar essa identidade (1 Pe 1.15,16; cf. Lv 11.44).
2.1.1. Vivendo
em santidade
Os desejos maus, cultivados antes do conhecimento da verdade, revelam
ignorância espiritual e distanciamento do Altíssimo (At 17.30; Ef 4.18; 1 Tm
1.13).
Como filhos da obediência, os cristãos são chamados à transformação,
rejeitando antigos padrões e recusando a conformidade com as paixões carnais (1
Pe 1.14).
2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO
DEUS julga a conduta de cada indivíduo sem parcialidade, exigindo uma
vida de reverência e obediência. Diante dessa realidade, é essencial caminhar
em temor, conscientes de que todos prestarão contas de suas ações (1 Pe
1.17; cf. 1 Co 3.13).
2.2.1. O preço
do resgate
O termo grego elytrōthēte, empregado em 1 Pedro 1.18, significa
"resgatar mediante pagamento", sendo utilizado para descrever a
libertação de escravos ou prisioneiros. No Antigo Testamento, esse
conceito aparece nos sacrifícios expiatórios pelos pecados, como em Levítico
17.11, onde a expressão hebraica ye-kap-pēr expressa a ideia de "expiar,
cobrir, fazer propiciação".
O Cordeiro de DEUS entregou Seu próprio sangue como o preço definitivo da
redenção (1 Pe 1.19; cf. Jo 1.29). Esse resgate fazia parte do plano
salvífico, estabelecido pelo Rei das eternidades antes da criação do mundo, mas
revelado em CRISTO para a salvação dos eleitos (1 Pe 1.20; cf. Tt 1.2).
3. A
IDENTIDADE DO POVO DE DEUS
Na sequência, Pedro enfatiza as três virtudes cardeais — fé, esperança e
amor (1 Pe 1.21,22) —, destacando a regeneração pela Palavra, o chamado à
santidade (1 Pe 1.23—2.3) e a edificação dos crentes como pedras vivas em CRISTO,
a pedra angular (1 Pe 2.4-10).
A identidade do povo de DEUS, segundo Pedro, é definida não apenas pela
fé, mas também por uma vida santificada e separada do mundo, refletida na
conduta exemplar entre os gentios (1 Pe 2.11,12).
3.1. Um povo
marcado pelo amor
A obediência à verdade conduz ao amor fraternal sincero, que deve ser
demonstrado com dedicação e intensidade (1 Pe 1.22; cf. 1 Tm 1.5; Rm
12.10; Hb 13.1). Assim como CRISTO realizou a redenção por amor, os crentes são
chamados a amar uns aos outros, refletindo essa mesma obediência à verdade (1
Jo 4.7,11,20).
3.1.1.
Regenerados pela Palavra eterna
Pedro ensina que os crentes são regenerados por uma semente
incorruptível, a Palavra de DEUS, que é viva, indestrutível e eterna (1 Pe
1.23). O nascimento natural é transitório, mas o espiritual, operado pelo ESPÍRITO,
permanece para sempre (Jo 3.6). Para destacar sua perenidade em contraste
com a fragilidade da existência humana, Pedro cita Isaías 40.6-8 (1 Pe
1.24,25).
3.1.2. Chamados
a uma vida de santidade
No capítulo 2 (1 Pe 2.1-3), Pedro reafirma que a vida cristã deve
refletir a santidade divina (cf. Tópico 2.1.1; 1 Pe
1.14-16). Regenerados pela Palavra, os crentes são chamados a permanecer
nela, pois é ela quem purifica e sustenta seu crescimento.
3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva
Pedro apresenta em sua epístola JESUS como a Pedra Viva, enfatizando que
Ele é o verdadeiro fundamento da fé (1 Pe 2.4). No Antigo Testamento, a
devoção de Israel estava ligada ao Templo e ao sacerdócio, mas agora, sem esses
elementos físicos, DEUS habita em um santuário imaterial formado por aqueles
que pertencem a CRISTO (Os 3.4,5).
A Ressurreição confirma que Ele está vivo e é inabalável, sendo o
alicerce sobre o qual a Igreja é edificada (Ap 1.18). Embora reprovado pelos
homens, continua sendo a fonte da salvação e a pedra angular do novo pacto (At
4.11,12).
3.2.1. Chamados
para ser pedras vivas
Pedro descreve os crentes como pedras vivas, edificadas em uma casa
espiritual para DEUS (1 Pe 2.5; cf. Ef 2.22). Nessa estrutura, exercem um
sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios aceitáveis por intermédio de CRISTO
(cf. Rm 12.1,2; Hb 13.15,16; Fp 4.15-18).
3.2.2. Firmados
na pedra eleita e preciosa
Pedro utiliza três imagens para descrever CRISTO como a pedra central do
plano divino (1 Pe 2.6-8):
•
a pedra eleita e preciosa — JESUS é a pedra escolhida e valiosa aos olhos de DEUS
(cf. Is 28.16; Sl 118.22); no entanto, foi rejeitado por Israel, que não
reconheceu Sua missão redentora (Jo 1.11). Aqueles que
creem, porém, sabem que Ele é honrado pelo Pai e o aceitam como
fundamento da fé (1 Pe 2.6,7);
•
a pedra de esquina — CRISTO é a pedra angular (ARA) sobre a qual a Igreja é
erigida; embora rejeitado pelos líderes judeus, tornou-se o alicerce do novo
templo espiritual, garantindo a estabilidade de sua edificação (cf. Ef
2.20). O próprio JESUS afirmou que edificaria Sua Igreja sobre esse
fundamento inabalável (Mt 16.18);
•
a pedra de tropeço — aqueles que resistem à Palavra tropeçam em CRISTO. A
incredulidade e a desobediência revelam a rejeição ao Salvador (1 Pe
2.8). Como Isaías profetizou, muitos cairiam por rejeitá-lo (Is 8.14,15). JESUS
declarou que o Reino seria retirado de Israel e entregue a um povo que
produzisse frutos espirituais, ou seja, a Igreja (Mt 21.42-46; Ef 2.14; Jo 15;
Rm 9.22-26).
OBSERVAÇÃO 2
Rejeitar a Pedra Viva resulta em severo juízo. Quem nela tropeça se
despedaça; quem a rejeita será esmagado (Mt 21.42-44). A imagem do vaso
quebrado contra a rocha simboliza a destruição dos que resistem ao Messias (Rm
9.30-33). Muitos ainda recusam a cruz, pois ela confronta o orgulho humano.
Como disse John Stott: "A cruz ainda é a pedra de tropeço para o orgulho
dos homens."
3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS
Ao iniciar 1 Pedro 2.9 com a conjunção "mas", o apóstolo
estabelece um contraste entre os que rejeitaram CRISTO e aqueles que nele
creem. Aos fiéis, é atribuída uma identidade distinta: raça eleita, sacerdócio
real, nação santa e povo adquirido. Chamados para proclamar as virtudes daquele
que os resgatou das trevas para a luz. Essa designação reflete o propósito
divino originalmente confiado a Israel (Ex 19.5,6), agora transferido à Igreja.
Pedro encerra essa seção destacando a transformação dos crentes,
enfatizando que, antes, não eram povo, mas agora pertencem a DEUS; antes, não
conheciam a misericórdia, mas agora a receberam (1 Pe 2.10).
3.3. Um povo
peregrino e separado do mundo
Pedro retoma a ideia da identidade dos crentes, destacando sua condição
de peregrinos e estrangeiros (1 Pe 2.11). Seu chamado é para um viver santo, em
contraste com a impiedade do mundo. O conceito de peregrinação enfatiza a
transitoriedade da existência terrena e a necessidade de viver em fidelidade à
pátria celestial (Hb 13.14; Fp 3.20). O estrangeiro está afastado do mundo; o
forasteiro apenas passa por ele (Jo 14.1,2; Jo 17.14-16).
Diante dessa realidade, Pedro exorta à renúncia dos desejos carnais que
guerreiam contra a alma (1 Pe 2.11). A conduta íntegra diante dos gentios deve
servir de testemunho, de modo que até os incrédulos venham a glorificar a DEUS
(1 Pe 2.12; cf. Mt 5.16).
CONCLUSÃO
No encerramento do segundo capítulo de sua primeira epístola, Pedro
exorta os crentes à submissão às autoridades — tema que será explorado com
mais profundidade na lição seguinte, pois são instituídas por DEUS para
manter a ordem e punir o mal (1 Pe 2.13,14; cf. Rm 13.1-7). Ele também
ensina os servos a se submeterem, mesmo injustiçados, seguindo o exemplo de CRISTO,
nossa esperança, nosso resgatador e nosso supremo modelo de vida (1 Pe
2.21-25).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são os cinco pilares do cristianismo, destacados em 1
Pedro 1.2?
R.: Eleição, presciência, santificação, obediência e salvação.
Fonte: Revista Central Gospel
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