25 julho 2025

Escrita Lição 4, Central Gospel, 1 Pedro, a Epístola da Esperança, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 4, Central Gospel, 1 Pedro, a Epístola da Esperança, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99991520454 (Tel) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO 2- N° 6

 Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/escrita-licao-4-central-gospel-1-pedro.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-4-central-gospel-pedro.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-4-cg-pedro-a-epistola-da-esperanca-3tr25-pptx/281978525

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. A ESPERANÇA DOS SALVOS

1.1. A base da esperança cristã

1.2. A esperança provada e confirmada

1.2.1. A revelação da graça

2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR

2.1. A renovação da mente e do caráter

2.1.1. Vivendo em santidade

2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO

2.2.1. O preço do resgate

3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS

3.1. Um povo marcado pelo amor

3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna

3.1.2. Chamados a uma vida de santidade

3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva

3.2.1. Chamados para ser pedras vivas

3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa

3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS

3.3. Um povo peregrino e separado do mundo

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 1.13,16-19; 1 Pedro 2.1-4,11,13

1 Pedro 1.13,16-19
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de JESUS CRISTO.
16 - (...) Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 - mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

1 Pedro 2.1-4,11,13

1 - Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

2 - desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,

3 - se é que já provastes que o Senhor é benigno.

4 - E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com DEUS eleita e preciosa.

11 - Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.

13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;


TEXTO ÁUREO
Bendito seja o DEUS, que nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Timóteo 1.1; Colossenses 1.27 CRISTO é nossa esperança e salvação

3ª feira - Hebreus 2.3,4 Não negligencie tão grande salvação

4ª feira - Efésios 6.14 Vista a armadura de DEUS

5ª feira -Levítico 11.44 Seja santo, pois DEUS é santo

6ª feira - Isaías 40.6-8 A palavra do Senhor dura para sempre 

Sábado - Êxodo 19.5,6 Vós me sereis reino sacerdotal e povo santo

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

reconhecer que, como cristãos, fomos gerados para uma nova esperança;

compreender que as provações certificam a autenticidade da fé cristã;

entender que a Igreja, como geração eleita e nação santa, exerce um sacerdócio real;

perceber que, como forasteira neste mundo, a Igreja aguarda pela chegada do seu lar.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

   Prezado professor, nesta lição, incentive a reflexão sobre a esperança cristã. A abordagem deve ser dialógica, permitindo que os alunos expressem suas percepções sobre as provações da fé e a identidade da Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe 2.9).

    Caso haja tempo em seu planejamento, divida a turma em grupos e peça que relacionem versículos bíblicos que reforcem cada um dos quatro objetivos da lição. Depois, cada equipe deve compartilhar suas descobertas e explicar como esses textos fortalecem sua confiança na promessa divina. Boa aula!

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO. REVISTAS ANTIGAS BÍBLIAS E LIVROS - LEIA TUDO E PODERÁ DAR UMA EXCELENTE AULA

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1 PEDRO – BEP - CPAD

Autor: Pedro

Tema: Sofrimento por Amor a CRISTO

Data: Cerca de 60-63 d.C.

 

 

 

Considerações Preliminares

 

Esta é a primeira de duas cartas no NT escritas pelo apóstolo Pedro (1.1; 2 Pe 1.1). Ele testifica que escreveu sua primeira carta com a ajuda de Silvano (cuja forma contracta em grego é Silas), como seu escriba (5.12). O grego fluente de Silvano e seu estilo literário aparecem aqui, enquanto que, possivelmente, o grego menos esmerado de Pedro apareça na sua segunda epístola. O tom e o conteúdo de 1 Pedro combinam com o que sabemos a respeito de Simão Pedro. Os anos que viveu em estreito convívio com o Senhor JESUS estão implícitos nas suas referências à morte de JESUS (1Pd 1.11,19; 2.21-24; 3.18; 5.1) e à sua ressurreição (1.3,21; 3.21). Indiretamente, ele parece referir-se, inclusive, às ocasiões em que JESUS lhe apareceu na Galileia, depois da ressurreição (1Pd 2.25; 5.2a; cf. Jo 21.15-23). Além disso, muitas semelhanças ocorrem entre esta carta e os sermões de Pedro registrados em Atos.

Pedro dirige esta carta aos “estrangeiros dispersos” nas províncias romanas da Ásia Menor (1.1). Alguns destes, talvez hajam se convertido no dia de Pentecoste, ao ouvirem a mensagem de Pedro, e retornaram às suas respectivas cidades levando a fé que acabavam de conhecer (cf.At 2.9,10). Estes crentes são chamados “peregrinos e forasteiros” (2.11), relembrando-lhes, assim, que a peregrinação cristã ocorre num mundo hostil a JESUS CRISTO; mundo este, do qual só podem esperar perseguição. É provável que Pedro escreveu esta carta em resposta a informes dos crentes da Ásia Menor sobre a crescente oposição a eles (4.12-16), ainda sem consentimento do governo (1Pd 2.12-17).

Pedro escreveu de “Babilônia” (5.13). Isto pode referir-se literalmente à cidade de Babilônia, na Mesopotâmia, ou pode ser uma expressão figurada referente a Roma, o centro principal de oposição a DEUS, no século primeiro. Embora Pedro possa ter visitado alguma vez a grande colônia de judeus ortodoxos em Babilônia, é mais consentâneo entender, aqui, a presença de Pedro, Silas (5.12) e Marcos (5.13), juntos em Roma (Cl 4.10; cf. os comentários de Pápias a respeito de Pedro e Marcos em Roma), no começo da década de 60, do que em Babilônia. Pedro escreveu mais provavelmente entre 60 e 63 d.C., certamente antes do terrível banho de sangue em Roma, ordenado por Nero (64 d.C.).

 

Propósito

 

Pedro escreveu esta epístola de alegre esperança a fim de levar o crente a ver a perspectiva divina e eterna da sua vida terrestre e prover orientação prática aos cristãos que se encontravam sob o fogo do sofrimento entre os pagãos. O cuidado de Pedro visava a evitar que os crentes não perturbassem, sem necessidade, o governo, e sim seguissem o exemplo de JESUS no sofrimento, sendo inocente, mas portando-se com retidão e dignidade.

 

Visão Panorâmica

 

1 Pedro começa lembrando os leitores (1) de que têm uma vocação gloriosa e uma herança celestial em JESUS CRISTO (1.2-5), (2) de que sua fé e amor nesta vida estarão sujeitos a provas e purificação e que isso resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor (1.6-9), (3) de que essa grande salvação foi predita pelos profetas do AT (1.10-12), e (4) de que o crente deve viver uma vida santa, bem diferente do mundo ímpio ao seu redor (1Pd 1.13-21). Os crentes, escolhidos e santificados (1.2), são crianças em crescimento que precisam do puro leite da Palavra (2.1-3), são pedras vivas em que estão sendo edificadas como casa espiritual (1Pd 2.4-10) e peregrinos, caminhando em terra estranha (1Pd 2.11,12); devem viver de modo honroso e humilde no seu trato com todas as pessoas durante a sua peregrinação aqui (1Pd 2.13—3.12).

A mensagem preeminente de 1 Pedro diz respeito à submissão e a sofrer, perseverando na retidão, por amor a CRISTO, de conformidade com o próprio exemplo dEle (1Pd 2.18-24; 3.9—5.11). Pedro assegura aos fiéis que eles obterão o favor e a recompensa de DEUS ao sofrerem por causa da justiça. No contexto desse ensino do sofrimento por CRISTO, Pedro ressalta os temas conexos da salvação, da esperança, do amor, da fé, da santidade, da humildade, do temor a DEUS, da obediência e da submissão.

 

Características Especiais

 

Cinco características principais vemos nesta epístola. (1) Juntamente com Hebreus e Apocalipse, sua mensagem gira em torno dos crentes sob a perspectiva de severa perseguição, por pertencerem a JESUS CRISTO. (2) Mais do que qualquer outra epístola do NT, contém instruções sobre o comportamento do cristão ante à perseguição e ao sofrimento injustos (1Pd 3.9—5.11). (3) Pedro destaca a verdade de que o crente é estrangeiro e peregrino na terra (1Pd 1.1; 2.11). (4) Muitos dos títulos do povo de DEUS no AT são aplicados aos crentes do NT (e.g., 1Pd 2.5,9,10). (5) Contém um dos trechos do NT de mui difícil interpretação: quando, onde e como JESUS “pregou aos espíritos em prisão, os quais em outro tempo foram rebeldes... nos dias de Noé” (1Pd 3.19,20).

 

1.2 A PRESCIÊNCIA DE DEUS. A presciência divina é o eterno amor e propósito de DEUS para com o seu povo, a igreja (ver Rm 8.29). Os "eleitos" são o conjunto dos verdadeiros crentes, escolhidos em harmonia com a resolução divina de redimir a igreja pelo "sangue de JESUS CRISTO", em "santificação do ESPÍRITO". Todos os crentes devem participar da sua eleição, procurando diligentemente tornar mais firme sua vocação e eleição (ver 2 Pe 1.5,10)

 

 

1.2 SANTIFICAÇÃO DO ESPÍRITO.

A SANTIFICAÇÃO

1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça epaz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria (ver também o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).

(1)            Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”

(1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17 nota).

(2)            Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm

6.18)      ; por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.

(3)            A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 nota; Lv 11.44 nota; 19.2 nota; 2Cr 29.5 nota). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

(4)            Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).

(5)            A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para

cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).

(6)            A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4 nota), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl

4.2)         , obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14;

Ef 5.18).

22.37-  Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22. 37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).

(7)            A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).

 

 

1.3 NOS GEROU DE NOVO.

A REGENERAÇÃO

Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”

Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

(1)            A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5; ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).

(2)            A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).

(3)            A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt

3.2)         e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12 nota).

(4)            A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo

2.29)      , ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).

(5)            Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9 nota). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4 nota) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).

(6)            Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).

(7)            Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).

(8)            O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre

DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).

A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes:

Recebei o ESPÍRITO SANTO. ”

A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.

(1)            Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). JESUS agora cumpre aquela promessa.

(2)            Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas (ver o estudo A REGENERAÇÃO). Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).

(3)            O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).

(4)            Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17; ver o estudo A REGENERAÇÃO). Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).

(5)            Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.

(6)            Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39 nota).

(7)            Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.

 

 

1.5 GUARDADOS NA VIRTUDE DE DEUS. Este versículo apresenta três verdades a respeito da segurança do crente, mensagem esta de especial relevância para os primeiros leitores da carta de Pedro, uma vez que muitos deles estavam passando por severas perseguições. (1) Os crentes estão "guardados na virtude de DEUS" contra todas as forças do mal, que ameaçam destruir sua vida e sua salvação em CRISTO (2 Tm 4.18; Jd 24; cf Rm 8.31-39). (2) A condição essencial necessária para a proteção de DEUS é a "fé". A proteção de DEUS mediante a sua graça não opera de modo arbitrário. É somente mediante a fé que os crentes são protegidos por DEUS, assim como é somente "por meio da fé" que os crentes são salvos (Ef 2.8). Deste modo, é nossa responsabilidade conservar uma fé viva em CRISTO, como Senhor e Salvador, para termos a proteção contínua de DEUS (v. 9; Jo 15.4,6; Cl 1.23; 2 Tm 3.14,15; 4.7; Ap 3.8,10). (3) O alvo supremo da proteção divina do crente mediante a fé é a "salvação", aqui referida como a dimensão futura da nossa salvação, i.e., a obtenção da nossa herança no céu (v. 4) e a "salvação das almas" (v. 9)

 

 

1.7 A PROVA DA VOSSA FÉ. O tema do sofrimento sobressai em toda esta epístola (1Pd 2.19-23; 3.14-17; 4.1-4,12-19; 5.10). Devemos regozijar-nos nas nossas muitas provações (v. 6), porque permanecendo fiéis a CRISTO em meio a elas, isso purificará a nossa fé e resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor JESUS. O Senhor considera nossa perseverança nas provações e nossa fé nEle preciosas e de valor inestimável por toda a eternidade.

 

 

1. 8 NÃO O HAVENDO VISTO, AMAIS. DEUS considera a fé dos crentes, hoje, maior do que a daqueles que viram e ouviram JESUS pessoalmente, até mesmo depois da sua ressurreição. Os crentes de hoje, embora nunca o tenham visto, amam-no e crêem nEle. Conforme disse JESUS, há uma bênção especial para "os que não viram e creram" (Jo 20.29). Vivendo por fé, recebemos a alegria como um dom de DEUS para nós (Sl 16.11; Jo 16.24; Rm 15.13; Gl 5.22).

 

 

1.11 O ESPÍRITO DE CRISTO... NELES. Nossa fé se baseia não somente na Palavra de DEUS do NT, mas também na Palavra de DEUS do AT. O ESPÍRITO SANTO, através dos profetas, predisse os sofrimentos de CRISTO e a glória que viria depois disso (e.g., Gn 49.10; Sl 22; Is 52.13-53.12; Dn 2.44; Zc 9.9,10; 13.7; cf. Lc 24.26,27; ver 2 Pe 1.21). O ESPÍRITO SANTO é aqui chamado "o ESPÍRITO de CRISTO" porque Ele falava a respeito de CRISTO, através dos profetas, e também Ele foi enviado da parte de CRISTO (vv. 11,12; cf. Jo 16.7; 20.22; At 2.33)

 

 

1.12 PELO ESPÍRITO SANTO... PREGARAM. O mesmo ESPÍRITO que inspirou os profetas do AT (v. 11), inspirou a verdade do evangelho; assim, a mensagem do evangelho tem sua origem em DEUS, e não nos seres humanos. No dia de Pentecoste, o mesmo ESPÍRITO que inspirou a verdade do evangelho, começou a dar poder a todos os crentes para proclamarem essa mensagem (At 1.8; 2.4).

 

 

1.14 NÃO VOS CONFORMANDO. Ver Rm 12.2

 

1.16 SEDE SANTOS. DEUS é santo, e as qualidades de DEUS devem ser as qualidades do seu povo. A ideia principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a DEUS, por amor, para o seu serviço e adoração (ver Lv 11.44). A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em CRISTO (Ef 1.4); significa ser semelhante a DEUS, ser dedicado a DEUS e viver para agradar a DEUS (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb 12.14. É o ESPÍRITO de DEUS que realiza em nós a santificação, que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem de CRISTO e que nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a DEUS segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9).

 

 

1.17 ANDAI EM TEMOR. Ver At 5.11; 9.31; Rm 3.19; Fp 2.12.

 

1.19 O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO. As Escrituras deixam claro que a morte sacrificial de CRISTO na cruz é a razão da redenção do crente, i.e., sua libertação da escravidão ao pecado (cf. Ef 1.7; ver Hb 9.14).

 

 

1.22 AMAI-VOS ARDENTEMENTE UNS AOS OUTROS. Ver Jo 13.34,35; Rm 12.10.

 

 

1.25 A PALAVRA DO SENHOR PERMANECE PARA SEMPRE. A citação que Pedro faz de Is 40.8 indica que toda glória e realizações humanas, tais como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante mudança (cf. Sl 90.5-10; Tg 4.13-17), mas a Palavra de DEUS permanece para sempre. Por isso, todos os projetos humanos e o pensamento do mundo atual precisam ser sempre julgados pela Bíblia, ao invés de a Bíblia ser julgada por eles. Aqueles que torcem a Palavra de DEUS para conformá-la às tendências intelectuais e débeis padrões da sua geração, estão traindo a "palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre" (v. 23).

 

2.2 DESEJAI... O LEITE RACIONAL, NÃO FALSIFICADO. Como filhos nascidos de DEUS (1 Co 6.19; Gl 4.6), devemos desejar e ansiar pelo leite puro da Palavra de DEUS (1Pd 1.23-25). Um sinal seguro do nosso crescimento espiritual é um forte desejo de nos alimentar com a Palavra viva e permanente de DEUS. Assim, devemos estar alerta quanto à perda de fome e sede pela Palavra de DEUS, coisas estas que nossas atitudes erradas podem destruir (v. 1) e também não deixar que as preocupações, riquezas e prazeres desta vida sufoquem a vida espiritual (Lc 8.14; ver Mt 5.6; 1 Co 15.2).

 

 

2.5 SACERDÓCIO SANTO. No AT, o sacerdócio era restrito a uma minoria qualificada. Sua atividade distintiva era oferecer sacrifícios a DEUS, em prol do seu povo e comunicar-se diretamente com DEUS (Êx 19.6; 28.1; 2 Cr 29.11). Agora, por meio de JESUS CRISTO, todo crente é constituído sacerdote para o serviço de DEUS (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Esse sacerdócio de todos os crentes abrange o seguinte. (1) Todos os crentes têm acesso direto a DEUS, através de CRISTO (3.18; Jo 14.6; At 4.12; Ef 2.18). (2) Todos os crentes têm a obrigação de viver uma vida santa (vv. 5,9; 1Pd 1.14-17). (3) Todos os crentes devem oferecer "sacrifícios espirituais" a DEUS, inclusive: (a) viver em obediência a DEUS, sem conformar-se com o mundo (Rm 12.1,2); (b) orar a DEUS e louvá-lo (Sl 50.14; Hb 13.15;); (c) servir com coração íntegro e mente disposta (1 Cr 28.9; Fp 2.17; Ef 5.1,2); (d) praticar boas ações (Hb 13.16); (e) contribuir com nossas posses materiais (Rm 12.13; Fp 4.18) e (f) apresentar nossos corpos a DEUS como instrumentos da justiça (Rm 6.13,19). (4) Todos os crentes devem interceder e orar uns pelos outros e por todos (Cl 4.12; 1 Tm 2.1; Ap 8.3). (5) Todos os crentes devem proclamar a Palavra e orar pelo sucesso dela (v. 9; 3.15; At 4.31; 1 Co 14.26; 2 Ts 3.1; Hb 13.15)

 

 

2.9 A NAÇÃO SANTA. Os crentes são separados do mundo a fim de pertencerem totalmente a DEUS (Cf. At 20.28; Tt 2.14) e de proclamarem o evangelho da salvação para a glória e louvor de DEUS (cf. Êx 19.6; Is 43.20,21).

 

 

2.11 PEREGRINOS E FORASTEIROS. Nossa nova condição de possessão peculiar de DEUS nos separa do povo deste mundo e nos faz peregrinos aqui. Vivemos numa terra à qual não pertencemos. Nossa verdadeira cidadania está no céu com CRISTO (cf. Fp 3.20; Hb 11.9-16). Por sermos estrangeiros nesta terra, devemos abster-nos dos prazeres malignos deste mundo, que procuram destruir nossa

 

 

2.21 TAMBÉM CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS. A maior glória e privilégio para qualquer crente é sofrer por CRISTO e pelo evangelho (ver Mt 5.10). Sofrendo assim, o crente segue o exemplo de CRISTO e dos apóstolos (Is 53; Mt 16.21; 20.28; At 9.16; Hb 5.8). (1) O cristão deve estar disposto a sofrer (1Pd 4.1; 2 Co 11.23), i.e., participar dos sofrimentos de CRISTO (1Pd 4.13; 2 Co 1.5; Fp 3.10), e deve saber de antemão que o sofrimento fará parte do seu ministério (2 Co 4.10-12; cf. 1 Co 11.1). (2) O sofrimento por CRISTO é chamado sofrimento "segundo a vontade de DEUS" (1Pd 4.19), por amor do seu nome (At 9.16), pelo "evangelho" (2 Tm 1.8), "por amor da justiça" (3.14) e pelo "Reino de DEUS" (2 Ts 1.5). (3) Sofrer por CRISTO é uma maneira de chegar à maturidade espiritual (Hb 2.10), de obter a bênção de DEUS (4.14) e de ministrar vida ao próximo (2 Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de CRISTO é uma condição prévia para ser glorificado com CRISTO (Rm 8.17) e de alcançar a "glória" eterna (Rm 8.18). Nesse sentido, o sofrimento pode ser considerado um dom precioso de DEUS (Fp 1.29). (4) O crente, ao viver por CRISTO e pelo evangelho, não deve motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por devoção a CRISTO.

 

 

2.24 LEVOU... NOSSOS PECADOS. CRISTO carregou os nossos pecados na cruz (cf. Is 53.4,11,12), tornando-se nosso substituto, quando tomou sobre Si a penalidade dos nossos pecados (Jo 1.29; Hb 9.28; 10.10). O propósito da sua morte vicária foi livrar-nos totalmente da culpa, poder e influência do pecado. CRISTO, pela sua morte, removeu nossa culpa e o castigo dos nossos pecados e proveu um caminho, mediante o qual pudéssemos voltar a DEUS, conforme a sua justiça (Rm 3.24-26) e receber a graça de viver em retidão diante dEle (Rm 6.2,3; 2 Co 5.15; Gl 2.20). Pedro usa a palavra "sarados" ao referir-se à salvação e todos os seus benefícios (cf. Is 53.5; Mt 8.16,17)

 

3.1 MARIDOS... SEJAM GANHOS. Pedro ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para CRISTO o seu marido não salvo. (1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua liderança na família (ver Ef 5.22). (2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com espírito manso e quieto (vv. 2-4; ver 1 Tm 2.13,15). (3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para CRISTO, mais pelo comportamento, do que por suas palavras.

 

 

3.3,4 ENFEITE EXTERIOR... BELEZA INTERIOR. Os adornos berrantes, exagerados e dispendiosos são contrários ao espírito modesto que DEUS requer da parte das mulheres cristãs (ver 1 Tm 2.9). (1) O que muito importa para DEUS nas mulheres cristãs é uma disposição mansa e quieta (cf. Mt 11.29; 21.5), que as leva a honrá-lo, ao dedicarem-se a ajudar o marido e a família a alcançar a vontade de DEUS para as suas vidas. (a) O adjetivo "manso" descreve uma atitude despretensiosa que se manifesta numa submissão amável e na solicitude pelo próximo (cf. Mt 5.5; 2 Co 10.1; Gl 5.23). (b) O adjetivo "quieto" refere-se à esposa não ser agitada e indelicada. Noutras palavras, DEUS declara que a verdadeira beleza da mulher é questão de caráter, e não primeiramente de enfeites. (2) As esposas cristãs de nossos dias devem ser fiéis a CRISTO e à sua Palavra, num mundo dominado pelo materialismo, pelas modas dominantes, pelos direitos humanos, pela obsessão sexual e pelo desprezo aos valores do lar e da família.

 

 

3.7 VÓS, MARIDOS. Pedro menciona três coisas que o marido deve cuidar em relação a sua esposa. (1) Devem demonstrar consideração e compreensão, convivendo com a esposa com amor e em harmonia com a Palavra de DEUS (Ef 5.25-33; Cl 3.19). (2) Devem demonstrar respeito como co-herdeiros da graça de DEUS e da salvação. Isso quer dizer que as esposas devem ser honradas, sustentadas, ajudadas e protegidas, de conformidade com as suas necessidades. "Mais fraco", por certo se refere às forças físicas da mulher. O marido deve elogiar e estimar grandemente a esposa, à medida que ela procura amá-lo e ajudá-lo, segundo a vontade de DEUS (vv. 1-6; ver Ef 5.23). (3) Devem evitar qualquer tratamento injusto e impróprio para com elas. Pedro indica que o marido que não usa de compreensão com a sua esposa e que não a honra como uma irmã em CRISTO, prejudicará o seu relacionamento com DEUS, criando uma barreira entre suas orações e DEUS (cf. Cl 3.19).

 

 

3.10 AMAR A VIDA... VER OS DIAS BONS. Pedro cita Sl 34.12-16 para ressaltar que aquele que evita o mal, tanto nas palavras quanto nos atos e que busca a paz (Mt 5.37; Tg 5.12) terá (1) uma vida cheia das bênçãos e do favor de DEUS, (2) a íntima presença de DEUS com sua ajuda e graça (v. 12), e (3) a resposta de DEUS às suas orações (cf. Tg 5.16; 1 Jo 3.21,22).

 

 

3.15 SANTIFICAI A CRISTO, COMO SENHOR, EM VOSSOS CORAÇÕES. Pedro conclama o crente à reverência interior para com CRISTO e à dedicação a Ele como Senhor, no sentido de sempre estarmos dispostos a defender a sua causa e a explicar o evangelho aos outros (cf. Is 8.13). Assim sendo, devemos conhecer a Palavra de DEUS e a sua vontade, a fim de testemunhar corretamente de CRISTO e levar outras pessoas a Ele (cf. Jo 4.4-26).

 

 

3.19 PREGOU AOS ESPÍRITOS. Os versículos 18-20 têm sido, de longa data, de difícil interpretação para os expositores da Bíblia. (1) Uma das posições é que CRISTO, depois da sua morte e ressurreição (v. 18), foi até os anjos aprisionados, que pecaram nos dias de Noé (v. 20; cf. 2 Pe 2.4,5) e lhes proclamou a sua vitória sobre a morte e Satanás (v. 22). Outra posição é que CRISTO, pelo ESPÍRITO SANTO, proclamou através da pregação de Noé (cf. 2 Pe 2.5), uma mensagem de advertência àquela geração desobediente, que agora está no Hades esperando o juízo final. Esta interpretação condiz melhor com o contexto bíblico, aludindo ao povo desobediente e perdido dos dias de Noé. Esta interpretação estaria em harmonia com a declaração de Pedro, que o ESPÍRITO de CRISTO falou em tempos passados através dos profetas (2 Pe 1.20,21). (2) Nem este texto, nem 1 Pe 4.6, ensina que os perdidos terão uma segunda oportunidade de salvação depois da morte. Depois da morte vem o juízo (ver Hb 9.27) e com ele o destino eterno da pessoa, sem qualquer mudança no seu estado (Lc 16.26).

 

 

3.21 COMO UMA VERDADEIRA FIGURA... VOS SALVA, BATISMO. O batismo em água tem a ver com a salvação, considerado como uma fiel expressão do nosso arrependimento, da nossa fé em CRISTO e do nosso compromisso de deixar o mundo. Ele fala da nossa confissão e promessa de que pertencemos a CRISTO e morremos e ressuscitamos com Ele (At 2.38,39; Rm 6.3-5; 10.9,10; Gl 3.27; Cl 2.12). Note a comparação com o dilúvio (v. 20): assim como a obediência de Noé às instruções de DEUS, no tocante ao dilúvio, foi um testemunho da sua fé antes do dilúvio, assim também o passar pelas águas do batismo é um testemunho alusivo à nossa fé, como meio de salvação em CRISTO; fé esta que tínhamos antes de sermos batizados.

 

4.1 AQUELE QUE PADECEU. Aqueles que voluntariamente sofrem em prol da causa de CRISTO, acham mais fácil resistir ao pecado e fazer a vontade de DEUS. Estão unidos a CRISTO e compartilham da sua cruz. Como resultado, a atração do pecado torna-se algo insignificante, ao passo que a vontade de DEUS torna-se algo supremo (v. 2). Esse princípio espiritual é válido na vida de qualquer crente. Obedecer a DEUS, mesmo que isso importe em sofrimento, zombaria, ou rejeição fortalecerá moral e espiritualmente o crente, que receberá da parte de DEUS graça ainda maior (v. 14).

 

 

4.6 AOS MORTOS. Esta expressão deve ser entendida como uma alusão aos que ouviram o evangelho enquanto viviam na terra, porém agora mortos, quando Pedro escreveu. Ouviram o evangelho e creram, e, embora tenham morrido (i.e., "julgados segundo os homens na carne"), agora vivem com DEUS. O versículo pode ser parafraseado assim: "o evangelho foi pregado àqueles que creram e posteriormente morreram, a fim de que tivessem a vida eterna com DEUS".

 

 

4.7 ESTÁ PRÓXIMO O FIM DE TODAS AS COISAS. Devemos considerar a nossa vida presente, à luz da vinda iminente de CRISTO e do fim do mundo (cf. Hb 10.25; Tg 5.8,9; 1 Jo 2.18). Para Pedro, isso nos importa os seguintes compromissos: (1) orar a DEUS com fervor todos os dias (ver At 10.9; 12.5; Cl 4.2,12); (2) amar uns aos outros com sinceridade e fervor de coração (v. 8; cf. 1.22; Mt 22.37-39; 1 Ts 4.9,10; 2 Pe 1.7); (3) ser hospitaleiro e generoso com os necessitados (v. 9); (4) servir aos demais crentes mediante os dons espirituais que nos foram concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (v. 10;); (5) testemunhar de CRISTO e servir a DEUS no poder do ESPÍRITO SANTO (v. 11; At 1.5-8); (6) louvar a DEUS (v. 11); e (7) permanecer leal a CRISTO no meio das provações (vv. 12-19)

 

 

4.12 A ARDENTE PROVA. O NT salienta o fato de que o crente fiel experimenta tribulações e aflições neste mundo ímpio, controlado por Satanás e hostil ao evangelho. Aqueles que se dedicam a JESUS CRISTO com uma fé firme e leal, que andam segundo o ESPÍRITO e que amam a verdade do evangelho, experimentarão problemas e tristezas. Na realidade, sofrer por amor à justiça é evidência de que nossa devoção a CRISTO é genuína (cf. Mt 5.10-12; At 14.22; Rm 8.17,18; 2 Tm 2.12). Por essa razão, problemas na vida do crente podem ser um sinal de que ele está agradando a DEUS e sendo-lhe fiel. As aflições freqüentemente acompanham o crente na sua luta espiritual contra o pecado, o mundo ímpio e Satanás (1.6-9; Ef 6.12). Através de severas provas, o Senhor permite que o crente compartilhe do seu sofrimento e assim forma nele a excelência de caráter que Ele deseja (Rm 5.3-5; 2 Co 1.3-7; Tg 1.2-4). Quando você sofre e permanece fiel a CRISTO, é considerado bem-aven-turado, porque sobre você "repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS" (ver v.14; cf. 2.21)

 

 

4.13 ALEGRAI-VOS... DE SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES DE CRISTO. É um princípio do reino de DEUS que o sofrimento pela causa de CRISTO faz aumentar a medida da alegria que o crente desfruta no Senhor (ver Mt 5.10-12; At 5.41; 16.25; Rm 5.3; Cl 1.24; Hb 10.34). Daí, não se deve invejar os que sofrem pouco ou nada pelo Senhor.

 

 

4.14 O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a CRISTO são bem-aventurados (cf. Mt 5.11,12; 1 Pe 3.14; 4.13), porque o ESPÍRITO SANTO estará com eles de modo especial. Suas vidas estarão cheias da presença do ESPÍRITO SANTO para neles operar, abençoá-los, ajudá-los e proporcionar-lhes um antegozo da glória do

céu (cf. Is 11.2; Jo 1.29-34; 16.15; At 6.15).

 

 

5.2 APASCENTAI O REBANHO DE DEUS. Os pastores e dirigentes de igrejas têm a responsabilidade de cuidar dos crentes, de fazê-los discípulos, de alimentá-los com a Palavra e de protegê-los.

 

 

5.2 NEM POR TORPE GANÂNCIA. Pastores e dirigentes da igreja devem acautelar-se de dois pecados perigosos. (1) A ambição por dinheiro (ver 1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). O ensino do NT para quem administra a obra de DEUS é que recebam sustento adequado da igreja (Lc 10.7; 1 Co 9.14; 1 Tm 5.17) e que se contentem com o que têm para si mesmos e para suas famílias. Nenhum pastor deve enriquecer-se em detrimento da obra de DEUS. Aqueles que se deixam dominar por este desejo, ficam à mercê dos pecados da cobiça, da prevaricação e do furto. Por amor ao dinheiro, comprometem a Palavra de DEUS, os padrões da retidão e os princípios do reino de DEUS. (2) A sede de poder. Aqueles que cobiçam o poder, dominarão aqueles a quem deveriam servir, pelo abuso excessivo da sua autoridade. Antes, o pastor deve conduzir a igreja, servindo de exemplo ao rebanho na sua devoção a CRISTO, no serviço humilde, na perseverança, na retidão, na constância na oração e no amor à Palavra.

 

 

5.5 REVESTI-VOS DE HUMILDADE. A humildade deve ser o sinal distintivo de todo o povo de DEUS. É a ausência de orgulho de si mesmo; a consciência das nossas fraquezas e a disposição de atribuir a DEUS e aos outros o crédito por aquilo que estamos realizando ou que já alcançamos (cf. Mt 11.29; Fp 2.3,4; Cl 3.12). A palavra "cingir" (gr. egkomboomai) significa atar em si mesmo um pedaço de pano. Nos tempos do NT, os escravos atavam um pano branco ou avental às suas roupas, a fim de que os outros soubessem que eram escravos. A exortação de Pedro é que atemos em nós mesmos o "pano" da humildade, a fim de (1) sermos identificados como crentes em CRISTO, ao agirmos com humildade para com o próximo e (2) recebermos a graça e ajuda de DEUS (vv. 5-7). É possível que Pedro tivesse em mente a ação de JESUS, quando Ele se cingiu de uma toalha e lavou os pés dos discípulos (Jo 13.4,5).

 

 

5.7 ELE TEM CUIDADO DE VÓS. O cuidado que DEUS tem com os problemas de cada um dos seus filhos é uma verdade enfatizada através da sua Palavra (ver Sl 27.10; 37.5; 40.17; 55.22; Mt 6.25-30; 10.29-31; 11.30; Fp 4.6). Todos os nossos temores, cuidados e preocupações devem ser prontamente lançados sobre o Senhor (cf. Sl 55.22; Lc 12.11,12)

 

 

5.8 O DIABO, VOSSO ADVERSÁRIO. Quando o homem pecou, Satanás passou a ser o dominador do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Ele domina o mundo inteiro (1 Jo 5.19), percorre a terra e comanda uma hoste de espíritos malignos, através dos quais ele escraviza e mantém cativos os que estão sem CRISTO (Ef 2.2). Somente o crente em CRISTO está liberto do seu poder. Mesmo assim, como leão rugente, ele é uma ameaça aos crentes (Sl 22.13; Ez 22.25), e procura destruí-los, especialmente por meio do sofrimento (vv. 8-10). Ele destruirá espiritualmente todo aquele que abandona a proteção de DEUS. Através da nossa fé no sangue de CRISTO (Ap 12.11), da nossa luta espiritual no ESPÍRITO (Ef 6.11-18) e nossas orações a DEUS (Mt 6.13), estamos plenamente equipados para derrotar as astutas ciladas de Satanás (Ef 6.11), resistir-lhe e ficar firmes na fé (v. 9). Maior é o que está em vós do que o que está no mundo (1 Jo 4.4)

 

 

 

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INTRODUÇÃO

Os temas centrais da epístola incluem:

1.    Esperança viva: Pedro destaca a esperança viva que os cristãos têm em CRISTO, baseada em sua ressurreição e na promessa de uma herança celestial 2.

2.    Sofrimento e provação: A epístola aborda o tema do sofrimento e da perseguição que os cristãos podem enfrentar, oferecendo orientação sobre como suportar essas provações com fé e esperança 3.

3.    Santidade: Pedro exorta os cristãos a viverem de forma santa e separada do mundo, buscando a santidade em todas as áreas da vida 4.

4.    Amor e unidade: A epístola enfatiza a importância do amor mútuo e da unidade entre os cristãos 5.

5.    Serviço e liderança: Pedro também oferece conselhos sobre o serviço a DEUS e a liderança na igreja 6.

Esta é a "Epístola da Esperança" devido à sua forte ênfase na esperança que os cristãos têm em CRISTO e em sua ressurreição.

Pedro encoraja os crentes a manterem seus olhos fixos na esperança futura, mesmo em meio a dificuldades e sofrimentos presentes.

A Lição também explora o contexto histórico da epístola, escrita por Pedro por volta de 62-64 d.C., para cristãos que estavam enfrentando perseguições.

 

 

1. A ESPERANÇA DOS SALVOS

A esperança dos salvos em CRISTO reside na promessa da vida eterna e na redenção do corpo através da fé em JESUS. É uma esperança que vai além das dificuldades e provações do mundo, oferecendo consolo e força para perseverar. Essa esperança se baseia na certeza da graça de DEUS e no sacrifício de JESUS CRISTO, que proporciona a justificação e a possibilidade de herdar a vida eterna. 

O fundamento da esperança:

·        Promessa da vida eterna:

A fé em JESUS CRISTO e seu sacrifício resgatador oferece a esperança da vida eterna, um futuro glorioso com DEUS. 

·        Redenção do corpo:

A esperança cristã também inclui a redenção do corpo, a transformação para um estado perfeito e livre da morte e do sofrimento. 

·        A graça de DEUS:

A salvação é um presente de DEUS, baseado em sua graça e não em obras meritórias, o que traz segurança e paz. 

·        Intercessão do ESPÍRITO SANTO:

O ESPÍRITO SANTO intercede por nós, guiando-nos e fortalecendo-nos na fé, mesmo quando não sabemos como orar. 

A esperança em meio às provações:

·        Suporte nas dificuldades:

A esperança da salvação pode fortalecer os cristãos para suportar as situações mais difíceis da vida. 

·        Consolo na tribulação:

Mesmo em meio a lutas e provações, a esperança em CRISTO traz consolo e alegria, pois sabemos que a vitória final já foi conquistada. 

·        Visão do futuro:

A esperança nos ajuda a olhar além das circunstâncias presentes, mantendo o foco no futuro glorioso que nos aguarda. 

·        Alegria na perseverança:

A esperança cristã nos encoraja a perseverar com alegria, confiando que DEUS está conosco em todas as situações. 

A esperança como motivação:

·        Viver de acordo com a vontade de DEUS:

A esperança nos motiva a viver uma vida que agrade a DEUS, buscando cumprir seus propósitos. 

·        Servir com amor:

A esperança nos impulsiona a amar e servir ao próximo, refletindo o amor de CRISTO. 

·        Testemunhar da salvação:

A esperança nos encoraja a compartilhar a mensagem da salvação com outros, convidando-os a conhecer a CRISTO. 

 

 

1.1. A base da esperança cristã

A esperança cristã tem como fundamento principal a fé na ressurreição de JESUS CRISTO e na promessa de vida eterna. Essa esperança não é uma mera expectativa otimista, mas uma certeza baseada na ação salvífica de DEUS em CRISTO. É uma esperança que nos impulsiona a viver de forma coerente com os ensinamentos de CRISTO, buscando a justiça social e a transformação do mundo. 

Base da Esperança Cristã:

·        Ressurreição de JESUS:

A ressurreição de CRISTO é o evento central da fé cristã e a base da esperança cristã na vida eterna. 

·        Promessa de Vida Eterna:

A esperança cristã se fundamenta na promessa de vida eterna, onde os fiéis terão a oportunidade de viver em comunhão com DEUS. 

·        Fé em DEUS:

A esperança cristã é inseparável da fé em DEUS, que se manifesta em JESUS CRISTO e na sua Palavra. 

·        Confiança nas Promessas Divinas:

A esperança cristã se manifesta na confiança de que as promessas de DEUS se cumprirão, mesmo diante das dificuldades e sofrimentos da vida. 

·        Transformação Pessoal e Social:

A esperança cristã não é apenas uma expectativa futura, mas também um motor de transformação pessoal e social, motivando os cristãos a agirem em favor de um mundo mais justo e fraterno. 

Em resumo, a esperança cristã é uma virtude teologal que se enraíza na fé na ressurreição de CRISTO e na promessa da vida eterna, impulsionando os cristãos a viverem de acordo com os ensinamentos de CRISTO e a buscarem a transformação do mundo. 

 

1.2. A esperança provada e confirmada

A frase "a esperança provada e confirmada" refere-se à esperança que é fortalecida e validada através de experiências e evidências, especialmente dentro de um contexto de fé. É a esperança que não é apenas um desejo, mas uma certeza baseada em fatos e ações, especialmente dentro de uma perspectiva religiosa, onde a fé em DEUS e Suas promessas é central. 

Essa esperança provada e confirmada pode ser entendida de algumas maneiras:

·        Esperança baseada na fé:

A fé, como uma confiança forte em DEUS e em Suas promessas, é o fundamento da esperança. Quando a fé é testada e confirmada através de experiências, a esperança se torna mais profunda e segura. 

·        Esperança que vence a desesperança:

A esperança provada e confirmada pode ser um remédio para a desesperança, frustração e vazio, pois oferece uma perspectiva de futuro baseada em algo real e confiável. 

·        Esperança em tempos de tribulação:

Em momentos de dificuldade, a esperança provada e confirmada pode ser um sustento e uma fonte de força, pois a pessoa sabe que não está sozinha e que DEUS está presente. 

·        Esperança como resultado da paciência:

A paciência, desenvolvida através da perseverança em situações difíceis, pode levar à experiência, e a experiência, por sua vez, pode fortalecer a esperança. 

·        Esperança que não engana:

A esperança cristã, em particular, não é ilusória, pois é fundamentada no amor de DEUS e confirmada pela presença do ESPÍRITO SANTO. 

Em resumo, a esperança provada e confirmada é uma esperança que vai além do desejo e se torna uma certeza, baseada em experiências e evidências, especialmente dentro de um contexto de fé e confiança em DEUS. 

 

1.2.1. A revelação da graça

A revelação da graça, no contexto religioso, refere-se ao ato de DEUS revelar sua graça que é JESUS e sua obra salvífica, um favor imerecido, aos seres humanos. Essa revelação pode ocorrer de diversas formas, como através da criação, da Palavra de DEUS (Bíblia), e principalmente pela pessoa de JESUS CRISTO. A graça revelada leva à transformação da vida, abandonando o pecado e buscando uma vida justa e piedosa. 

A revelação da graça pode ser entendida em dois sentidos principais:

1. Revelação Geral: Refere-se ao conhecimento de DEUS que é acessível a todos através da criação e da consciência humana. O mundo ao nosso redor e a própria existência humana apontam para a existência de um Criador. 

2. Revelação Especial: É o conhecimento específico de DEUS e de sua vontade revelado através de meios como a Bíblia, profetas, e especialmente através de JESUS CRISTO. Essa revelação especial é fundamental para a salvação e para o entendimento do plano de DEUS para a humanidade. 

A graça de DEUS, manifestada pela revelação do evangelho, tem como objetivo principal a salvação e transformação do ser humano. Ela nos ensina a renunciar ao pecado, viver de maneira justa e piedosa, e aguardar a vinda de JESUS CRISTO. A revelação da graça não é apenas um evento pontual, mas um processo contínuo de transformação que leva o indivíduo a uma vida mais próxima de DEUS. 

Em resumo, a revelação da graça é o ato divino de tornar conhecida a bondade e o favor de DEUS, levando à salvação e transformação da vida do ser humano, isso tudo ocorre na vida de intimidade e entrega total a JESUS. 

 

2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR

O temor do Senhor como forma de amor e reverência é o caminho para a santidade, o caminho da comunhão e intimidade com Ele. A pessoa serve a quem teme. Quem teme a DEUS não tem nada a esconder dEle, não quer ficar longe dEle; pelo contrário, busca sempre a sua presença e proximidade, quer estar sempre com Ele.

 

2.1. A renovação da mente e do caráter

A renovação da mente e do caráter é um processo contínuo de transformação interior, onde a pessoa busca alinhar seus pensamentos, sentimentos e ações com os princípios e valores do Reino de DEUS. Esse processo envolve uma mudança profunda na maneira de pensar e agir, abandonando padrões antigos e adotando novos, mais alinhados com a vontade divina. 

O que é renovação da mente?

Renovar a mente não significa apagar o passado ou ignorar o conhecimento adquirido, mas sim dar um novo sentido à vida, a partir de uma nova perspectiva, a do Reino de DEUS. É um processo de transformação que se dá através da Palavra de DEUS e da busca por uma vida de fé. 

Como acontece a renovação da mente e do caráter?

·        Estudo da Palavra de DEUS:

A Bíblia é a base para a renovação da mente, pois nela encontramos os princípios e valores que devem nortear nossa vida. 

 

2.1.1. Vivendo em santidade

Viver em santidade significa buscar uma vida separada do pecado e dedicada a DEUS, seguindo seus mandamentos e buscando a perfeição moral e espiritual. É um processo contínuo de transformação, onde a pessoa busca refletir a imagem de CRISTO em seus pensamentos, palavras e ações. Santidade não é apenas uma busca individual, mas também um chamado para viver em comunidade, compartilhando a fé e encorajando uns aos outros na jornada espiritual. 

A santidade, em sua essência, é um atributo de DEUS, que é perfeitamente santo e separado do pecado. A Bíblia nos chama a buscar a santidade, pois é através dela que podemos nos aproximar de DEUS e experimentar sua graça e poder. 

Viver em santidade envolve:

·        Separação do pecado: Reconhecer e evitar práticas pecaminosas, buscando a pureza em todas as áreas da vida. 

·        Consagração a DEUS: Dedicar a vida a DEUS, buscando agradá-lo em tudo o que fazemos. 

·        Transformação interior: Permitir que o ESPÍRITO SANTO opere em nós, transformando nossos pensamentos, desejos e ações para se conformarem à vontade de DEUS. 

·        Busca pela justiça e amor: Agir com justiça, amor e compaixão, seguindo o exemplo de CRISTO. 

·        Comunhão com outros crentes: Compartilhar a fé, orar uns pelos outros e encorajar-se mutuamente na jornada da santidade. 

É importante lembrar que a santidade não é alcançada por nossos próprios esforços, mas pela graça de DEUS e pelo poder do ESPÍRITO SANTO. É um processo contínuo de crescimento e amadurecimento na fé, onde buscamos a perfeição em CRISTO, sabendo que, mesmo em nossas falhas, podemos contar com o amor e a misericórdia de DEUS. 

 

2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO

O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO são dois pilares centrais da fé cristã, interligados pela compreensão do sacrifício de JESUS. O temor a DEUS, não como medo servil, mas como reverência e respeito pela sua santidade e poder, leva à busca pela redenção, que é a libertação do pecado e suas consequências através do sacrifício de JESUS na cruz. 

Temor ao Senhor:

·        O temor ao Senhor não é medo, mas uma profunda reverência e respeito por DEUS, reconhecendo sua santidade, justiça e poder.

·        É um sentimento que leva à obediência aos seus mandamentos e à busca por agradá-lo em todas as áreas da vida.

·        O temor a DEUS é descrito como o princípio da sabedoria, ou seja, o ponto de partida para uma vida reta e justa aos olhos de DEUS. 

Redenção pelo Sangue de CRISTO:

·        A redenção é a libertação do pecado e suas consequências através do sacrifício de JESUS CRISTO na cruz.

·        O sangue de CRISTO, derramado na cruz, é visto como o preço pago para a remissão dos pecados da humanidade.

·        Essa redenção nos torna justificados diante de DEUS, ou seja, considerados justos por meio da fé no sacrifício de CRISTO.

·        A redenção nos proporciona vida eterna e a esperança de vivermos na presença de DEUS. 

A Interligação:

·        O temor a DEUS e a busca pela redenção são complementares.

·        O temor a DEUS nos leva a reconhecer a necessidade de redenção e a buscar a salvação oferecida por CRISTO.

·        A redenção, por sua vez, nos liberta do poder do pecado e nos capacita a viver uma vida que agrada a DEUS, com temor e tremor. 

Em resumo: O temor ao Senhor nos leva a reconhecer a necessidade da redenção, e a redenção pelo sangue de CRISTO nos liberta para vivermos uma vida de temor e obediência a DEUS. 

 

2.2.1. O preço do resgate

O preço do resgate da nossa alma é, segundo a fé cristã, o sacrifício de JESUS CRISTO na cruz, derramando seu sangue por nós, com o qual nos comprou, representando um valor inestimável, muito superior a qualquer bem material. Nenhuma riqueza terrena pode comprar a salvação da alma. 

A ideia de resgate, ou redenção, na teologia cristã, refere-se ao ato de JESUS CRISTO pagar o preço pela libertação da humanidade do pecado e da morte. Este preço não é quantificável em termos monetários, pois o valor da alma humana é considerado infinito. Seu sangue fio preço pago.

Elaboração:

·        Valor inestimável da alma:

A Bíblia ensina que a alma humana tem um valor inestimável, sendo criada à imagem de DEUS e destinada à eternidade. 

·        Sacrifício de CRISTO:

JESUS, na cruz, ofereceu-se como sacrifício perfeito para resgatar a humanidade do pecado, pagando o preço que nós não poderíamos pagar. 

·        Incomparabilidade com bens materiais:

Nenhum bem material, como ouro, prata ou riquezas, pode ser comparado ao valor de uma alma. 

·        Liberdade do pecado:

O resgate por meio de JESUS CRISTO oferece a libertação do poder do pecado e a reconciliação com DEUS. 

·        Ênfase no amor de DEUS:

O sacrifício de JESUS revela o amor incondicional de DEUS pela humanidade, buscando a salvação de todos. 

 

3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS

A identidade do povo de DEUS, conforme a Bíblia, é baseada na fé em JESUS CRISTO e na nova aliança estabelecida por Ele. Essa identidade vai além da nacionalidade ou tradições, incluindo todos aqueles que creem em CRISTO e são batizados em seu nome, tornando-se parte da família de DEUS. Essa identidade também implica em uma missão: anunciar as boas novas e viver de forma exemplar, refletindo a luz de DEUS no mundo. 

Pontos chave sobre a identidade do povo de DEUS:

·        Nova Aliança:

A pertença ao povo de DEUS é definida pela fé em JESUS CRISTO e pela nova aliança que Ele estabeleceu, superando a antiga aliança baseada na lei. 

·        Unidade em CRISTO:

Todos os que creem em CRISTO são unidos em uma só família, a igreja, que tem CRISTO como cabeça. 

·        Chamado para a Missão:

O povo de DEUS é chamado a ser luz no mundo, anunciando as boas novas e vivendo de acordo com os princípios do evangelho. 

·        Santidade:

A identidade do povo de DEUS também implica em santidade, ou seja, viver de acordo com os padrões de DEUS e se afastar do pecado. 

·        Comunhão:

O povo de DEUS deve viver em comunhão uns com os outros, demonstrando amor e cuidado mútuo. 

·        Herança Comum:

O povo de DEUS compartilha de uma rica herança de fé e de uma promessa de vida eterna. 

A identidade do povo de DEUS é, portanto, uma identidade dinâmica e transformadora, que nos leva a viver de acordo com o propósito de DEUS para nossas vidas e a impactar o mundo com o seu amor e graça. 

 

3.1. Um povo marcado pelo amor

Sim, o povo de DEUS é frequentemente associado à marca do amor, tanto no sentido de amar a DEUS quanto de amar o próximo. Essa é uma característica central na fé cristã e em muitas outras tradições religiosas. 

O amor a DEUS é expresso através da obediência aos seus mandamentos e da busca por uma relação pessoal com Ele. O amor ao próximo é manifestado através do cuidado, compaixão e serviço aos outros, refletindo o próprio amor de DEUS por toda a humanidade. Essa prática do amor é vista como um testemunho da fé e um caminho para a santidade. 

A Bíblia, por exemplo, enfatiza repetidamente a importância do amor, tanto em relação a DEUS quanto aos outros. Em 1 João 4:8, está escrito: "Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é amor." Essa passagem ressalta a centralidade do amor na natureza divina e na vida cristã. 

Além disso, a prática do amor é vista como um meio de união e fortalecimento da comunidade de fé. Ao amarem uns aos outros, os membros do povo de DEUS demonstram a presença de CRISTO em suas vidas e constroem laços de solidariedade e apoio mútuo. 

Em resumo, o amor é um elemento fundamental na experiência do povo de DEUS, tanto em relação à sua fé quanto em sua interação com o mundo ao seu redor.

 

3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna

Isso reflete a crença central de muitas denominações cristãs, onde a regeneração espiritual, pela fé na Palavra de DEUS e pelo ESPÍRITO SANTO, é vista como o processo que une os indivíduos a DEUS e os torna parte do Seu povo.

Elaboração:

A ideia de "Povo de DEUS" refere-se à comunidade de pessoas que foram escolhidas e chamadas por DEUS para fazerem parte de Sua família. Essa escolha não é baseada em mérito humano, mas na graça e misericórdia de DEUS. 

A "regeneração" é o termo teológico que descreve a transformação espiritual que ocorre quando uma pessoa aceita JESUS CRISTO como seu Salvador e Senhor. Essa transformação é um novo nascimento espiritual, uma mudança radical na natureza humana, onde o indivíduo passa a ter uma nova vida em CRISTO, uma vida que é eterna e que se manifesta em amor, santidade e serviço a DEUS, sendo intimamente ligada a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO. 

 

3.1.2. Chamados a uma vida de santidade

A santidade não é apenas um ideal para alguns, mas sim uma vocação para todos os cristãos. Essa busca pela santidade é um processo contínuo, um caminho que se trilha com a graça de DEUS e o auxílio do ESPÍRITO SANTO, buscando a conformidade com a vontade de DEUS e a prática do amor. 

Elaboração:

A santidade é um dos pilares da fé cristã e um chamado para todos os que creem em JESUS CRISTO. Não se trata de um estado de perfeição alcançado por alguns poucos, mas sim de um processo de transformação interior que leva o crente a se assemelhar cada vez mais a CRISTO. 

Fundamentação bíblica:

·        1 Tessalonicenses 4:3:

"Pois esta é a vontade de DEUS: a vossa santificação". 

·        Efésios 1:4:

"Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis em sua presença". 

·        1 Pedro 1:15-16:

"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo". 

·        Hebreus 12:14:

"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". 

Como viver a santidade:

A santidade não é alcançada por esforços próprios, mas sim pela graça de DEUS e a colaboração do crente. É um processo que envolve: 

1. Conhecimento da Palavra de DEUS:

Através da leitura e estudo da Bíblia, o crente pode conhecer a vontade de DEUS e os princípios que norteiam a vida cristã. 

2. Oração:

A oração é a comunicação com DEUS, e através dela o crente pode buscar a orientação do ESPÍRITO SANTO para sua vida. 

3. Prática do amor:

O amor a DEUS e ao próximo é o resumo da lei e o principal indicador da santidade. 

4. Arrependimento e confissão:

É importante reconhecer os erros e pedir perdão a DEUS e aos outros, buscando a reconciliação. 

5. Busca pela transformação:

A santidade é um processo contínuo de mudança, onde o crente busca abandonar os velhos hábitos e se revestir da nova natureza em CRISTO. 

A santidade é um processo progressivo que envolve a transformação do caráter, a busca pela semelhança a CRISTO e a prática do amor em todas as áreas da vida. 

 

3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva

Refere-se à crença cristã de que a igreja é construída sobre JESUS CRISTO, a base fundamental da fé. Assim como pedras vivas são usadas para construir um edifício, os crentes, em união com CRISTO, formam a igreja, um templo espiritual. 

Essa ideia é baseada em passagens bíblicas como 1 Pedro 2:4-10, onde CRISTO é descrito como a "pedra viva", rejeitada pelos homens, mas escolhida por DEUS e preciosa. Os crentes, por sua vez, são comparados a "pedras vivas" que são edificadas sobre essa pedra fundamental, tornando-se parte de uma casa espiritual. Essa casa espiritual é a igreja, um lugar onde os crentes se reúnem para adorar a DEUS e oferecer sacrifícios espirituais. 

Em resumo, a metáfora da pedra viva ilustra a relação entre CRISTO e a igreja, destacando a importância da fé em CRISTO como base para a construção de uma comunidade espiritual forte e unida. 

 

3.2.1. Chamados para ser pedras vivas

A passagem de 1 Pedro 2:5 descreve os salvos como "pedras vivas" sendo edificados como uma casa espiritual e sacerdócio santo. Isso significa que, após a conversão, os crentes são transformados em partes vivas do corpo de CRISTO, a Igreja, e são chamados a oferecer sacrifícios espirituais a DEUS, como louvor e adoração. 

Em detalhes: 

·        Pedras vivas:

A imagem da pedra viva é usada para enfatizar a natureza viva e ativa da fé cristã. Assim como uma construção física é feita de pedras individuais, a igreja é composta de crentes individuais que, unidos em CRISTO, formam um todo.

·        Edificados como casa espiritual:

A ideia de ser "edificados" implica um processo contínuo de crescimento e fortalecimento na fé. Assim como uma casa é construída gradualmente, a vida espiritual de cada crente é desenvolvida e aperfeiçoada através do relacionamento com CRISTO e com a comunidade de fé.

·        Sacerdócio santo:

Ser um "sacerdócio santo" significa que todos os crentes têm acesso direto a DEUS através de JESUS CRISTO e são chamados a oferecer sacrifícios espirituais, como louvor, gratidão e serviço a DEUS e ao próximo.

·        Sacrifícios espirituais:

Esses sacrifícios não são rituais religiosos, mas sim atos de devoção e serviço que expressam o amor e a gratidão a DEUS.

Portanto, a passagem de 1 Pedro 2:5 destaca que a salvação não é apenas um evento individual, mas também um chamado para fazer parte de um corpo espiritual, a igreja, e contribuir para a edificação e o testemunho do Reino de DEUS. 

 

3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa

Isso refere-se à crença de que aqueles que aceitam JESUS CRISTO como Salvador são comparados a pedras vivas, edificados sobre a "pedra angular", que é JESUS. Essa "pedra" é vista como a base sólida e preciosa sobre a qual a fé é construída, e aqueles que nela confiam estão firmados na salvação. 

A passagem bíblica de 1 Pedro 2:4-10 explica essa metáfora, onde os crentes são comparados a pedras vivas que, juntamente com outras, formam uma casa espiritual, tendo JESUS como a pedra angular. Essa imagem enfatiza a unidade e o propósito dos salvos, que são chamados para proclamar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a luz. 

Portanto, a frase "Somos os salvos firmados na pedra eleita e preciosa" reflete a ideia de que a fé em JESUS CRISTO é a base sólida para a salvação e que os crentes são unidos como pedras vivas na construção de uma comunidade espiritual. 

 

3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS

Isso refere-se ao chamado do povo de DEUS para compartilhar os atributos e feitos divinos com o mundo. Essa missão é baseada em passagens bíblicas como 1 Pedro 2:9, que descreve os crentes como uma "geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de DEUS, para anunciar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". 

Essa separação e chamado envolve:

·        Identidade: Reconhecer que fomos escolhidos e separados por DEUS para um propósito específico. 

·        Proclamação: Compartilhar as virtudes de DEUS através de palavras e ações. 

·        Transformação: Viver uma vida que reflita a luz de DEUS, impactando o mundo ao redor. 

Em resumo, ser "separado para proclamar as virtudes de DEUS" significa viver de acordo com os princípios divinos, testemunhando o amor e o poder de DEUS através de cada aspecto da vida. 

 

3.3. Um povo peregrino e separado do mundo

Isso é uma crença central do cristianismo, baseada em passagens bíblicas como 1 Pedro 2:11 e João 17:16, que descrevem os cristãos como estrangeiros e peregrinos neste mundo, com suas verdadeiras cidadanias e esperanças no reino celestial. Isso implica em uma vida de separação dos valores e prioridades do mundo, buscando viver de acordo com os princípios do Reino de DEUS. 

Elaborando:

·        Peregrinos:

A ideia de ser um peregrino sugere que os cristãos estão de passagem pela terra, com um destino final no céu. Eles não devem se apegar excessivamente às coisas materiais ou aos prazeres terrenos, mas sim concentrar suas esperanças na vida eterna. 

·        Separados do mundo:

A separação do mundo não significa isolamento social, mas sim uma distinção em relação aos valores, prioridades e estilos de vida do mundo. Isso envolve resistir às tentações e influências negativas do mundo, buscando viver de acordo com os padrões de DEUS. 

·        Passagens bíblicas:

·        1 Pedro 2:11: "Amados, exorto-vos como a peregrinos e estrangeiros a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma". 

·        João 17:16: "Eu não lhes peço que os tire do mundo, mas que os proteja do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou". 

·        Efésios 2:19: "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS". 

·        Consequências:

Essa perspectiva de peregrinação e separação do mundo leva os cristãos a buscarem uma vida de santidade, buscando agradar a DEUS em todas as áreas, incluindo suas relações, escolhas e estilo de vida. 

Em resumo, a ideia de um povo peregrino e separado do mundo é um chamado para os cristãos viverem de forma distinta, com suas esperanças voltadas para o futuro e seus valores fundamentados na Palavra de DEUS. 

 

CONCLUSÃO

Esta Lição é uma análise detalhada da Primeira Epístola de Pedro, frequentemente chamada de "Epístola da Esperança". Este livro do Novo Testamento oferece encorajamento e instrução aos cristãos que enfrentam perseguições e sofrimentos, enfatizando a esperança em CRISTO, especialmente em sua ressurreição e na promessa de uma herança incorruptível 1.

Os temas centrais da epístola incluem:

6.    Esperança viva: Pedro destaca a esperança viva que os cristãos têm em CRISTO, baseada em sua ressurreição e na promessa de uma herança celestial 2.

7.    Sofrimento e provação: A epístola aborda o tema do sofrimento e da perseguição que os cristãos podem enfrentar, oferecendo orientação sobre como suportar essas provações com fé e esperança 3.

8.    Santidade: Pedro exorta os cristãos a viverem de forma santa e separada do mundo, buscando a santidade em todas as áreas da vida 4.

9.    Amor e unidade: A epístola enfatiza a importância do amor mútuo e da unidade entre os cristãos 5.

10.                   Serviço e liderança: Pedro também oferece conselhos sobre o serviço a DEUS e a liderança na igreja 6.

A epístola é chamada de "Epístola da Esperança" devido à sua forte ênfase na esperança que os cristãos têm em CRISTO e em sua ressurreição. Pedro encoraja os crentes a manterem seus olhos fixos na esperança futura, mesmo em meio a dificuldades e sofrimentos presentes 7.

A Lição também explora o contexto histórico da epístola, escrita por Pedro por volta de 62-64 d.C., para cristãos que estavam enfrentando perseguições em várias províncias romanas da Ásia Menor (atual Turquia) 8. Pedro escreveu para fortalecer e encorajar esses cristãos a permanecerem firmes em sua fé, apesar das provações

 

 

 

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 AJUDA DE LIÇÃO ANTIGA

 

LIÇÃO 9 - PEDRO, UM DISCÍPULO SINCERO E DINÂMICO

3º TRIMESTRE DE 2007 - A BUSCA DO CARÁTER CRISTÃO

APRENDENDO COM HOMENS E MULHERES DA BÍBLIA

Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva

Complementos: Ev. Henrique

  

 

TEXTO ÁUREO

"Assim que, se alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

 

 

VERDADE PRÁTICA

O ESPÍRITO  SANTO transforma o caráter do crente que a Ele se entrega incondicionalmente.

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23; 2.1-3.

1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23

3 Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos,
4 para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós.

18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
23 sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre.

1 Pedro 2.1-3

1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2 desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 se é que já provastes que o Senhor é benigno.

 

PEDRO

Chamava-se, originalmente, Simão (= Simeão, i.e., “ouvido”), um nome judaico muito comum no Novo Testamento. Era filho de Jonas (Mt 16:17). A sua mãe não é mencionada nas Escrituras. Tinha um irmão mais novo chamado André, que foi quem primeiro o levou a JESUS (Jo 1:40-42). Era natural de Betsaida, uma cidade situada na costa ocidental do Mar da Galileia e de onde Filipe também era natural. Foi educado ali junto às margens do Mar da Galileia e foi-lhe ensinado o ofício de pescador. É provável que o seu pai tivesse morrido quando ele era ainda jovem, tendo Zebedeu e a sua mulher Salomé tomado conta dele (Mt 27:56; Mc 15:40; Mc 16:1). Publicado no Site Enciclopédia Bíblica (http://www.jesusvoltara.com.br/dicionariobiblico/pedro.htm)

 

Como é comum aos seres humanos em geral, principalmente àqueles que não têm o ESPÍRITO SANTO, é sempre mais fácil se lembrar de alguém pelos seus defeitos, assim Pedro é mais lembrado pela sua traição do que pela sua conversão. Assim Paulo é lembrado pela morte de Estevão, Davi pelo adultério, Salomão pelas suas muitas mulheres e por ter caído na idolatria, Abraão pela escrava egípcia Hagar e muitos outros pelos seus erros e não pelas suas vitórias em DEUS.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, nesta lição, estudaremos a biografia de um dos apóstolos mais dinâmicos do Novo Testamento. Pedro é proeminente nos Evangelhos e nos doze primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos. Escreveu duas importantes epístolas e foi o primeiro a pregar o evangelho aos gentios. Na classe, destaque o caráter e temperamento do apóstolo Pedro. Discuta com os educandos a mudança significativa entre os nomes Simão e Pedro, bem como as características do caráter e temperamento designados por esses nomes. Ressalte a mudança efetuada pelo ESPÍRITO  SANTO na vida de Pedro. Veja um exemplo na tabela abaixo.

 

 

PEDRO, O APÓSTOLO
Referências gerais: Mt 4:18; 16:16; 17:24; 18:21; 19:27; 26:37,58,69; Mc 3:16; 5:37; 9:2; Lc 22:8,31; 24:12,34; Jo 1:41; 13:6; 21:3,15; At 1:15; 2:14; 3:1; 4:8; 5:3,29; 8:14,20; 9:32,40; 10:9; 11:2; 12:3; 15:7; 1Co 1:12; 9:5; Gl 1:18; 2:11; 1Pe 1:1; 5:1.


Vara transformada em rocha
Impulsivo por natureza: Mt 14:28; 17:4; Jo 21:7.
Compassivo e afetuoso: Mt 26:75; Jo 13:9; 21:15-17.
Cheio de contradições estranhas, às vezes presunçoso: Mt 16:22; Jo 13:8; 18:10.
Às vezes tímido e covarde: Mt 14:30; 26:69-72.
Abnegado: Mc 1:18.
Sem dúvida inclinado a ser egoísta: Mt 19:27.
Dotado de visão espiritual: Jo 6:68.
Sem dúvida lento para compreender verdades mais profundas: Mt 15:15,16.
Fez duas grandes confissões de fé em CRISTO: Mt 16:16; Jo 6:69.
Fez também uma covarde negação: Mc 14:67-71.

 

 

A Síndrome do galo (Por Pr. Elienai Cabral, Livro da CPAD)

O primeiro capítulo apresenta um aspecto da história onde um dos homens mais extraordinários do grupo de apóstolos convocados por JESUS. Cada um daqueles homens tinha seus valores próprios, os quais foram provados através de suas vidas no cristianismo do primeiro século. Entretanto, foi o intrépido e colérico Pedro o mais atrevido e, ao mesmo tempo, o mais disposto discípulo do Senhor JESUS. Vários episódios que marcaram sua vida com o Mestre de Nazaré deixaram lições extraordinárias para a Igreja de CRISTO através dos séculos. Foi ele exatamente o discípulo que teve a experiência mais dura e difícil dentre os demais. Foi ele quem mostrou a todos os cristãos de hoje a lição da fragilidade humana.

 

 

Esta história dramática que denuncia o estado de espírito de um homem honesto, mas fragilizado pelo medo. Uma história que revela a crise de ser ou de não ser de um homem dividido entre o medo e a coragem, entre manter a integridade e renunciar a ela para não morrer. Na verdade a história de uma consciência em crise. Para Pedro, o cantar do galo foi a campainha de sua consciência, que soou em sua consciência, apavorado diante dos inimigos de JESUS, negou-O três vezes. O canto do galo constituiu-se numa síndrome atordoante no espírito de Pedro, por algum tempo Pedro perdeu a sua paz interior e temeu de não mais gozar da comunhão e do perdão, passou a sentir física e psicologicamente uma bebida de derrota e vergonha, e por vários dias o canto do galo foi o canto fúnebre, persistente e perturbador na consciência do discípulo depois que negou o seu JESUS. A memória do canto do galo não lhe foi uma coisa passada, foi uma sensação presente o tempo todo de parte de um episódio. Viveu por alguns dias uma sensação de pecado. Não é diferente na experiência de muitos cristãos quando pecam contra o Senhor. Passa a sensação sintomática de que aquele pecado condena o tempo todo, alfinetando a sua consciência. O rei Davi esteve, por algumas vezes, tomado por isto quando diz: ''Até quando consultarei a minha alma, em tristeza no meu coração cada dia?"(Sl 13.2). 

Os fracassos pessoais, humilhações, medos e tentações podem transformar-se em terríveis sofrimentos na consciência para as pessoas. A dura e amarga experiência produziu no seu coração um terrível sentimento que, certamente, o vitimou ainda mais com dores, mas de ordem física. Muitas pessoas quando passam por essas experiências são vitimadas por doenças psíquicas, as quais se manifestam variadamente, de acordo com o metabolismo de cada pessoa, tais como sinusites, enxaquecas, úlceras estomacais, descontrole arterial, alergias e outras possíveis. Não sabemos se Pedro teve alguma dessas patologias, mas sem dúvida, ele sofreu física e psicologicamente. Aprendemos nesta história de Pedro que a sua queda foi precedida por algumas fraquezas de caráter que o levou a esse pecado. Aprendemos também que a descida ao pecado é gradual. Pedro se deixou levar por sentimentos de grandeza e a síndrome atordoante no espírito de Pedro, ou seja, por algum tempo Pedro perdeu a sua paz interior e teve a sensação de não mais gozar da comunhão e do perdão de JESUS. Ele passou a sentir física e psicologicamente uma sensação mórbida de derrota e vergonha, e por vários dias. O canto do galo foi o canto fúnebre, persistente e perturbado r na consciência do discípulo depois que negou o seu Mestre. A memória do canto do galo não lhe foi uma coisa passada, mas foi uma sensação presente o tempo todo depois daquele episódio. Viveu por alguns dias uma sensação de culpa e pecado. Não é diferente na experiência de muitos cristãos modernos quando pecam contra o Senhor. Passam a ter aquela sensação sintomática de que aquele pecado cometido está o tempo todo alfinetando a sua consciência. O salmista e rei Davi esteve, por algumas vezes, tomado por essa síndrome, quando diz: "Até quando consultarei a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?" (SI 13.2). Muitas vezes, os fracassos pessoais, humilhações, medos e terrores íntimos, podem transformar-se em terríveis sofrimentos de consciência para as pessoas. A dura e amarga experiência de Pedro produziu no seu coração um terrível sentimento de culpa que, certamente, o vitimou ainda mais com outros problemas de ordem física. Muitas pessoas quando passam por essas experiências são vitimadas por doenças psicossomáticas as quais se manifestam variadamente, de acordo com o organismo de cada pessoa, tais como sinusites, enxaquecas, úlceras estomacais, descontrole arterial, alergias e outras reações possíveis. Não sabemos se Pedro teve alguma dessas patologias, mas sem dúvida, ele sofreu física e psicologicamente. 

Aprendemos nesta história de Pedro que a sua queda foi precedida por algumas fraquezas de caráter que o levaram a esse pecado. Aprendemos também que a descida para o pecado é gradual. Pedro se deixou levar por sentimentos de autoconfiança que precipitaram a sua queda. Esses sentimentos equivocados o levaram a descida ao abismo de decepção, vergonha e a trair a pessoa que ele mais admirava e amava neste mundo. Foi o canto do galo que o acordou daquele terrível pesadelo. Sem dúvida foi o canto do galo que o tornou mais humilde para reconhecer sua própria fragilidade e, para enfrentar posteriormente outras situações inusitadas. 

 

 

 

- O AMBIENTE PROPICIO QUE LEVOU AO CANTO DO GALO:

A escritura de Lucas 22.61 diz: "Antes que o galo cante hoje". As palavras do texto "antes que..." indicam alguns fatores que induziram a dolorosa experiência de Pedro. Todo o contexto histórico que antecedeu o acontecimento teve como pano de fundo um ambiente carregado de expectativas, dúvidas, medo e insegurança para todos os discípulos de JESUS. 
Aproximava-se o Dia da Festa dos Asmos, a Páscoa, e JESUS convidou seus discípulos para uma ceia pascal, costume de todos os judeus, desde a saída do Egito. Entretanto, essa seria a última ceia com aqueles discípulos. Os comentários na cidade de Jerusalém já haviam chegado aos ouvidos de todos os discípulos e o ambiente tornara-se cinzento, fechado e tristonho. Aquela reunião tinha um misto de alegria e tristeza, de comunhão e traição, de despedida e de aconchego. Nela seria exposta toda a verdade dos comentários que enchiam a cidade e mostraria o flagelo pelo qual JESUS iria passar não muito depois daquele dia. Era também a ceia que revelaria a fragilidade daqueles poucos homens que acompanhavam JESUS em seu ministério por quase quatro anos. Foi a ceia mais triste e cheia de nostalgia, dúvidas e revolta, que marcaria os discípulos pelo resto de suas vidas. Tudo isto tornou aquele aposento alto num ambiente de angústias. Esse foi o primeiro fato marcante que propiciou a cada um daqueles homens uma experiência própria, e para Pedro não foi diferente. 

Um segundo fato marcante foi uma discussão entre os discípulos após a ceia que tiveram com o Mestre (Mt 22.2430). Os discípulos começaram a contender entre si para saber qual deles era o maior, o principal. O Mestre percebeu que os espíritos estavam perturbados e que uma preocupação um tanto egoísta e fora de cogitação estava envolvendo os discípulos. JESUS, segundo o texto bíblico, imediatamente lhes mostrou que a verdadeira grandeza não era conhecida pelo exercício de uma mera autoridade humana, mas estava entranhada no coração de cada um deles. Depois daquela discussão, JESUS virou-se para Pedro, especialmente, e mostrou-lhe o seu amor e carinho, e o quanto ele representava entre os demais discípulos.
Indiscutivelmente, o sentido perceptivo de JESUS o fez ver que Pedro era especial, mas corria algum risco quanto ao seu modo de agir e reagir diante de certas circunstâncias. JESUS alertou Pedro para o perigo que corria com o diabo querendo cirandá-lo como trigo numa peneira. JESUS e o diabo sabiam do valor moral e espiritual de Pedro, mas sabiam também da fragilidade dele. JESUS disse a Pedro: "Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc22.32). A despeito dessa palavra de alerta a Pedro, ele ainda se encheu de coragem para declarar afoitamente: "Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte" (Lc22.33). Depois dessa resposta ingênua de Pedro, JESUS lhe dá o aviso mais contundente e forte que Pedro podia ouvir: "Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces" (Lc 22.34). A resposta inocente de Pedro revela o desconhecimento de si mesmo, pois sua coragem para enfrentar certas situações não era suficiente para enfrentar uma guerra espiritual. 

Um terceiro fator que contribuiu para que o ambiente entre os discípulos se tornasse ainda mais nostálgico foi quando JESUS levou seus discípulos para orar no monte das Oliveiras. Aquele monte surrado por ventos, cheio daquelas oliveiras retorcidas e marcado por guerras, tanto físicas como espirituais, foi o lugar escolhido por JESUS para preparar-se para beber o cálice da morte. O monte conhecido como Getsêmane por causa da prensa de azeitonas que se fazia nas cercanias, foi naquela noite um lugar de pressão, de solidão e angústia. Foi naquele lugar que Pedro experimentou uma dor imensa, que só não podia ser maior que a dor de JESUS. O ambiente tornara-se hostil e triste, fazendo com que se agravasse ainda mais o estado de espírito dos discípulos que, neutralizados por toda aquela sensação ruim, não conseguiam reagir nem orar com JESUS. Pedro não conseguiu superar a si mesmo naquelas horas. Posteriormente, dominado por um sentimento de revolta, de coragem e medo, tentou reagir quando JESUS foi preso, mas logo depois, seguindo-o de longe, antes que o galo cantasse ele negou a JESUS por três vezes consecutivamente. 

 

- RAZÕES QUE LEVARAM À QUEDA DE PEDRO: 

Ao analisar essa história, encontramos pelo menos três razões que motivaram a queda de Pedro antes que o "galo cantasse":

 

 

A primeira razão motivadora do "canto do galo" foi a confiança de Pedro em seus próprios méritos. Segundo o texto de Mateus 26.33, Pedro precipitou-se em responder: "Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei". 
Não podemos condenar Pedro por sua atitude afoita e temperamental com a resposta que deu a JESUS porque certamente nós faríamos do mesmo modo. Pedro estava confiante em sua fortaleza moral de homem corajoso, decidido e sensível, mas desconhecia o que estava além da sua própria 
confiança. O apóstolo Paulo, em outra ocasião, com experiência e temor podia declarar: ''Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (1 Co 10.12). Não basta força de vontade, nem a confiança no bom caráter. É preciso reconhecer que há poderes que superam os nossos próprios poderes.
No campo espiritual só é possível vencer quem vive e anda no ESPÍRITO (GI5.16). A autoconfiança, quando aliada à fé, é ótima, mas quando é usada fora de tempo, podemos ter problemas. Davi ensina a confiar no Senhor e declara: "Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso DEUS. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé" (SI 20.7,8). Pedro teve boa vontade, mas não estava devidamente preparado para suportar aquele desafio. Por isso, JESUS foi categórico com ele ao declarar-lhe: "E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc 22.32). 
 

A segunda razão motivadora do canto do galo era a falta de oração na vida de Pedro (Mt 26.40,41). Na noite em que JESUS havia de ser preso, Ele e seus discípulos subiram o monte das Oliveiras para orar. Entretanto, o cansaço psicológico envolveu a todos e os fez dormir. Havia uma sensação desagradável de perda, uma vez que JESUS já havia declarado que seria entregue nas mãos dos seus inimigos para ser morto. Aqueles discípulos tiveram dificuldades para orar porque estavam dominados pelo desânimo e estavam bloqueados emocional e espiritualmente. Enquanto JESUS orava, Pedro e seus companheiros dormiam. A tristeza de coração os dominou e Pedro, mesmo sendo convidado pelo Senhor a estar mais próximo dEle para orarem juntos, não teve forças para superar aquela hora amarga. Se tivesse orado, não teria sido derrotado tão fragorosamente quando o galo cantou. 

 

A terceira motivação para que o galo cantasse foi o estar em lugar impróprio (Lc 22.55). Diz o texto que "havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles". Pedro podia até estar imbuído por um sentimento nobre aquela hora, porque desejava acompanhar, ao menos, de longe o seu Mestre que havia sido preso. Enquanto os outros discípulos fugiram assustados, Pedro queria ver o desenrolar dos acontecimentos a distância. Entretanto, aquele ambiente estava aquecido por blasfêmias e infâmias contra o Senhor, e Pedro não podia conviver com aquelas pessoas. A madrugada estava fria no jardim da casa de Caifás, sumo-sacerdote dos judeus. JESUS fora levado para o subsolo daquela casa e Pedro o acompanhava de longe, mas em lugar impróprio. Ele estava junto do fogo e negou conhecer JESUS quando foi reconhecido por uma criada. Por três vezes consecutivas Pedro negou conhecer JESUS temendo ser preso. De repente, um pouco acima, os soldados romanos levavam JESUS, o qual olhou para Pedro e o galo cantou. Pedro lembrou-se da predição de JESUS e, amargurado e triste, chorou copiosamente. O canto do galo passaria a ser o canto permanente de sua consciência. Seu choro era sincero e ele estava arrependido de sua teimosia em confiar em si mesmo mais que em DEUS. Durante alguns dias Pedro teve que suportar aquele canto em sua consciência até o dia em que pode encontrar-se com JESUS e sentir que fora perdoado e amado. O perdão neutraliza qualquer sentimento de culpa. Quantos cristãos se tornam prisioneiros de sentimentos de culpa por coisas erradas praticadas em palavras, atos e pensamentos. O canto do galo pode ser o canto da consciência que se manifesta como uma voz interior, irritante, contínua e persistente que está sempre lembrando nossos pecados. São as pequenas concessões que fazemos no dia a dia. 
Aquelas concessões que maculam e ferem nossa integridade moral e espiritual. São aquelas pequenas coisas que satisfazem nossa natureza carnal; aquelas mentirinhas; aquelas atitudes desonestas, tudo aquilo que desperta a consciência e que a torna juíza moral de nossos atos. 

 

 

PEDRO TRANSFORMADO
Pedro, pescador profano, torna-se um homem cuja sombra curava, Mt 26:74; At 5:15.

A mudança radical na vida de Pedro se deu após o batismo no ESPÍRITO SANTO, no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de JESUS. Depois de estar por dias confinado junto com os discípulos, com medo dos judeus, Pedro agora se torna pregador, verdadeiro Pescador de Almas, cumpre seu ministério, seu chamado. Depois do batismo pentecostal do ESPÍRITO , tornou-se uma “rocha”, cumprindo-se a profecia de CRISTO: Mt 16:18; Jo 1:42; At 1:8.
Era valoroso e inabalável: At 4:19,20; 5:28,29,40,42.
 

 

PODER ESPIRITUAL
Encoraja as pessoas a repreender o pecado Mq 3:8
Mais poderoso que as forças físicas Zc 4:6
JESUS, seu exemplo supremo Lc 4:14
Acompanha o batismo no ESPÍRITO  SANTO At 1:8; At 2:2
Capacita as pessoas a falar com autoridade At 4:33; At 6:8
Enche a vida de influências curativas At 19:11; ; At 19:12; 1Co 2:4; Ef 3:16; 1Ts 1:5; 2Tm 1:7
 

PEDRO, FORTALECIDO PELO ESPÍRITO SANTO
Tornou-se sábio para instruir At 2:14
Possuía ousadia e coragem At 4:13; At 4:19; At 4:20
Tornou-se canal de bênção para os enfermos At 5:15
Orou com eficácia, e Tabita ressuscitou At 9:40
Converteu-se em instrumento do ESPÍRITO  para os gentios At 10:44
 

CRISTO DESCRITO POR PEDRO
O Filho do DEUS vivo, Mt 16:16.
A única fonte da verdade, Jo 6:68.
O Pastor e Bispo das almas, 1Pe 2:25.
 

MILAGRES DE PEDRO
Cura um aleijado, At 3:7.
Denuncia o pecado de Ananias e Safira, At 5:5,10.
Cura enfermos, At 5:15.
Cura Enéias, At 9:34.
Ressuscita Dorcas, At 9:40.
 

 

Sobre Pedro ser o primeiro Papa vejamos:

“E eu te digo que tu és Pedro,(Petrus) e sobre esta pedra(Petra) edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.” (Mateus 16:18,19).

 

A data do suposto papado de Pedro durante 25 anos em Roma não coincidem c/ as datas bíblicas que envolva Pedro como primeiro papa.

Pedro Nunca foi Bispo de Roma: Se ele foi martirizado no Reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 AD, subtraindo desta data vinte cinco anos, retrocederemos a 42 ou 43 AD.

a) Rastreando a Vida de Pedro: Vasculhando a vida de Pedro, conforme a Bíblia, iremos desmascarar esta mentira dos Romanos. O Concílio de Jerusalém (Atos 15), ocorreu em 48, ou pouco depois, entre a primeira e a segunda viagem missionária de Paulo. Embora Pedro não o presidiu; a presidência coube a TIAGO (At. 15:13-19). Em 58, Paulo escreveu a Epístola aos Romanos. No último capítulo da epístola, o apóstolo manou saudações para muita gente em Roma, mas Pedro sequer é mencionado, não acha estranho? Em 62, Paulo chega a Roma, e foi visitado por muitos irmãos (At. 28:30-31), novamente não se tem notícias de PEDRO.

b) Epístolas escritas em Roma: De Roma, Paulo escreveu quatro cartas, em 62: Efésios, Colossenses e Filemon. Em 63, Filipenses. Entre 67 e 68, após o incêndio de Roma, quando estava preso pela segunda vez, 2 Timóteo. Esse tal papa não é mencionado.

Vejamos as seguintes características de Pedro:

1.ª) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por CRISTO (Mc 1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está escrito: "Mas o ESPÍRITO expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios; ...proibindo o casamento."

2.ª) Pedro era pobre. "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro..." (At 3.6). O papa está cercado de riquezas.

3.ª) Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de Roma nunca esteve em Roma? Os católicos lançam mão de fontes extra-bíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma.

4.ª) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. "E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem." (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.

5.ª) Pedro não era infalível. "E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles, temendo os que eram da circuncisão." (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que não foi DEUS que decidiu mas foram homens pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: "porque todos pecaram e destituídos da glória de DEUS" (Rm 3.23) e ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a DEUS mentiroso. Veja: "Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós." (I Jo 1.10).

6.ª) Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: "Aos presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha das aflições de CRISTO..." (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: "Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de DEUS, enviaram para lá Pedro e João." Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos, mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At 11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente o versículo 2: "E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão." Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não podem ser questionadas.

 

 

PEDRO ERA UM DOS DISCÍPULOS MAIS CHEGADOS DENTRE OS DEMAIS:

 

 

CARTAS OU EPÍSTOLAS DE PEDRO

1Pedro
Autor: O apóstolo Pedro (v. 3071).

Esse não era o Simão Pedro do começo, impulsivo e cheio de fraquezas, a quem CRISTO chamou Simão, Mc 14:37; Lc 22:31; Jo 21:15-17, mas o Pedro que, segundo CRISTO profetizou, se converteria em uma rocha, Jo 1:42 — o mesmo homem que fora disciplinado durante anos de sofrimentos e provas e fortalecido com o batismo no ESPÍRITO  SANTO. A carta, evidentemente, pertence aos últimos períodos de sua vida.
Data e lugar: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere (5:13) pode não ser a cidade às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que se trata de Roma, chamada figuradamente Babilônia.
Destinatários: Os eleitos espalhados pela Ásia Menor. Provavelmente a todo o corpo de cristãos da região, tanto judeus quanto gentios. Pedro envia essa mensagem espiritual de ânimo, instrução e admoestação especialmente às igrejas fundadas por Paulo.
Propósito: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas por JESUS.
1) animar e fortalecer os irmãos, Lc 22:32; 2) alimentar o rebanho de DEUS, Jo 21:15-17.
Palavra-chave: “Sofrimento”, que ocorre quinze vezes ou mais na carta.
Texto-chave: 4:1.
Tema principal: A vitória sobre o sofrimento, exemplificada na vida de CRISTO.


SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2


II. A salvação gloriosa, 1:3-21
1. A esperança viva, baseada na ressurreição de CRISTO, v. 3
2. Herança incorruptível, v. 4
3. Poder divino mediante o qual os crentes são protegidos em meio ao sofrimento
a) Por meio da fé, v. 5
b) Pelo regozijo nas provas, v. 6
c) Permanecendo como ouro refinado no fogo até a vinda de CRISTO, v. 7
d) Em amor e alegria indescritíveis, v. 8
4. Plano misterioso
a) inquirido pelos profetas, que predisseram os sofrimentos de CRISTO e a glória a ser revelada nos últimos tempos; um anseio dos anjos, v. 10-12
b) Chama os crentes ao domínio próprio, à obediência, à espiritualidade, à santidade e à reverência piedosa, v. 13-17
c) Seu custo incalculável, v. 18,19
d) Conhecido antes da criação do mundo, v. 20,21


III. A vida do crente à luz da grande salvação, 1:22—2:8
1. Deve ser purificada e regenerada pela verdade eterna, demonstrando amor fraternal, 1:22-25
2. Deve estar livre das más inclinações e desejar o leite da Palavra para crescer, 2:1-3
3. Deve ser pedra viva no templo espiritual do qual CRISTO é a pedra angular, 2:5,6
4. Deve reconhecer a CRISTO como precioso, o qual foi rejeitado e serve de tropeço aos que não crêem, 2:7,8


IV. Posição e deveres dos crentes, 2:9—3:13
1. Geração nobre e santa, os crentes devem oferecer louvor ao Libertador divino, 2:9,10
2. Como estrangeiros e peregrinos, devem abster-se dos desejos carnais, 2:11
3. Deveres civis e sociais. conduta irrepreensível perante o mundo, obediência às autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil, 2:12-15
4. Devem ser bons cidadãos, 2:16,17
5. Deveres no lar cristão
a) Dos servos. ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento injusto, agradando assim a DEUS, 2:18-20
b) CRISTO é o modelo do sofredor, pois levou o peso do pecado, 2:21-25
c) Da esposa: ser pura e adornar-se com virtudes espirituais, 3:1-6
d) Do esposo: tratar a esposa com consideração, 3:7
e) De todos: ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos e misericordiosos, 3:8,9
f) Recordar que a longa vida e a resposta às orações são prometidas aos que dominam a própria língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, 3:10-13


V. Instruções e estímulo acerca do sofrimento, 3:14—4:19
1. O sofrimento por causa da justiça é motivo de alegria, não de temor, mas o cristão deve estar pronto a dar testemunho de sua experiência cristã e viver uma vida irrepreensível, 3:14-17
2. O exemplo do sofrimento vicário de CRISTO, de sua obra espiritual e de sua exaltação, 3:18-22
3. Os sofrimentos de CRISTO devem levar-nos à abnegação, à consagração a DEUS e ao abandono dos excessos sensuais do passado, 4:1-3
4. Parêntese. Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que glorificam a DEUS, 4:7-11
5. Não devemos estranhar as provas duras, e sim suportá-las com alegria, 4:12
6. O sofrimento com CRISTO e por CRISTO deve ser suportado com alegria, pois conduz à glória espiritual, 4:13,14
7. Não devemos sofrer como praticantes do mal. Mas quando sofremos como cristãos, devemos glorificar a DEUS e colocar nossa alma ao seu cuidado, 4:15-19


VI. Exortações e advertências finais, cap. 5
1. Aos presbíteros da igreja, acerca do espírito com que devem alimentar o rebanho, v. 1-4
2. Jovens e idosos devem ser humildes e confiantes, v. 5-7
3. Advertências acerca do Diabo, v. 8,9
4. Bênção e saudações, v. 10-14


O CRISTO de Pedro
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22.


Sete coisas preciosas nas cartas de Pedro
1. As provas severas, 1:7.
2. O sangue de CRISTO, 1:19.
3. A pedra viva, 2:4.
4. O próprio CRISTO, 2:6.
5. O espírito manso e tranqüilo, 3:4.
6. A fé do crente, 2Pe 1:1.
7. As promessas divinas, 2Pe 1:4.

 

2Pedro
Autor: O apóstolo Pedro 1:1 (v. 3071).
Data: Escrita provavelmente entre 60 e 70 d.C.

Tema principal: Advertência acerca dos falsos mestres e dos escarnecedores. Para combater a influência das falsas doutrinas, há grande ênfase à Palavra de DEUS e à certeza do cumprimento das promessas divinas.
Texto-chave: 3:1.
Paralelo entre 2Pedro e 2Timóteo
Ambas fazem referência à proximidade da morte, 2Tm 4:6; 2Pe 1:14.
Ambas predizem tempos perigosos para a igreja: predomínio dos ensinos falsos, 2Tm 3:13; 4:3; 2Pe 2:1; corrupção geral da sociedade, 2Tm 3:1-7; 2Pe 2:10-22; apostasia, 2Tm 4:3,4; 2Pe 2:2,20-22.


SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2


II. A vida espiritual, cap. 1
1. O chamado a ela, v. 3
2. Garantida por meio de promessas preciosas, v. 4
3. Sete passos essenciais em seu desenvolvimento e frutificação, v. 5-8
4. Seu destino final, v. 10,11
5. Palavras de despedida, v. 12-15
6. Uma experiência gloriosa, v. 16-18
7. A origem divina das Escrituras e seu poder iluminador, v. 19-21


III. Os falsos mestres, seu caráter e suas doutrinas corruptas, cap. 2
1. Suas heresias e a negação de CRISTO, v. 1
2. Sua popularidade, influência perversa, avareza e hipocrisia, v. 2,3
3. Os juízos implacáveis de DEUS sobre os anjos que pecaram, sobre os antediluvianos e sobre Sodoma e Gomorra são advertências aos ímpios, v. 4-6
4. Os justos serão libertos, mas os injustos serão reservados para o juízo futuro, v. 7-9
5. Descrição adicional dos mestres apóstatas, suas características, obra e destino
a) Sua sensualidade, presunção, arrogância e excessos, v. 10-13
b) Sua perniciosa influência e apostasia motivadas pela ganância, v. 14-16
c) Sua vacuidade, instabilidade e destino futuro, v. 17
d) Suas palavras infladas, acompanhadas de sensualidade: prometem liberdade aos homens, mas os conduzem ao cativeiro da depravação, v. 18,19
e) Sua apostasia e sua depravação total, v. 20-22


IV. Predições acerca dos escarnecedores, da chegada do dia do Senhor e exortação à firmeza, cap. 3
1. O propósito da carta, v. 1,2
2. O argumento dos escarnecedores, v. 3,4
3. A ignorância dos contestadores
a) Acerca do AT, v. 5,6
b) Acerca da preservação do mundo presente para um juízo severo, v. 7
4. Explicação para a demora divina
a) Duração de um dia para DEUS, v. 8
b) A misericórdia divina aplaca o castigo, v. 9
5. A certeza da chegada do dia do Senhor, v. 10
6. A atitude e a esperança dos crentes, v. 11-14
7. Recomendação acerca das cartas de Paulo e advertência contra a distorção das Escrituras, v. 15,16
8. Exortação à firmeza e ao crescimento espiritual, v. 17,18

 

 

O CATOLICISMO ROMANO E PEDRO NA BÍBLIA: (http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=96&cont=1&menu=2&submenu=2 - 28-08-2007).

Todos conhecem o vocábulo “Papa” e designam-no ao supremo chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Este termo vem do grego e significa “Pai”. Já em latim ele é formado pela junção da primeira sílaba das duas palavras latinas: “Pater Patrum”, que quer dizer “Pai dos Pais”. Mas o significado que os católicos mais gostam é: “Petri Apostoli Potestatem Accipiens”, isto é, “aquele que recebe autoridade do apóstolo Pedro”. Segundo a doutrina católica, o papa é o sucessor de São Pedro no governo da Igreja Universal e o Vigário de CRISTO na terra. Tem autoridade sobre todos os fiéis e sobre toda a hierarquia eclesiástica. Além da autoridade espiritual exerce uma territorial (interrompida de 1870 a 1929), que, a partir de 1929, é limitada ao Estado da cidade do Vaticano. É infalível quando fala “ex-cathedra” em assuntos de fé e moral. Alguns títulos que o papa ostenta dão uma amostra deste desvario descomunal, são eles: Bispo de Roma, Primaz da Itália, Patriarca do Ocidente, Vigário de JESUS CRISTO, Servo dos Servos de DEUS, Sumo-Pontífice da Igreja Universal, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano, Arcebispo e Metropolita da Província Romana e SANTO Padre.
O papado teve durante a história de sua existência seus altos e baixos. Recentemente, o atual papa teve de pedir desculpas aos judeus pelo seu antecessor o papa Pio XII e se vê em palpos de aranha com a questão do celibato. Apesar de toda esta imponência de chefe de Estado, líder espiritual da maior parcela de cristãos do mundo (1 bilhão) e administrador de um império financeiro que a cada ano acumula bilhões de dólares; algumas perguntas entretanto precisam ser feitas, tais como: existem provas bíblicas e históricas que indiquem ser o papa o sucessor do apóstolo Pedro? E Pedro, foi o primeiro papa e gozou de supremacia sobre os demais apóstolos? Teria Pedro fundado a igreja de Roma e tornado ela a sede de seu trono episcopal? O escopo de nossa matéria é apresentar respostas adequadas a perguntas cruciais como estas, haja vista, a internet estar cheia de sites de cunho apologético católico com o fito de refutar as verdades claras das escrituras sagradas apresentadas pelos evangélicos.


“TU ES PETRUS ET SUPER HANC PETRAM AEDIFICABO ECCLESIAM MEAM !”

Esta perícope de Mateus 16:18 é tão especial para a cúria romana, que mandaram grava-la em enormes letras douradas na cúpula da Basílica de São Pedro em Roma. Destarte ela é a fonte primacial de toda a dogmática católica. O “Tu es Petrus”, carrega atrás de si um séqüito de outras heresias erigidas em cima dos sofismas, dos textos deslocados de seus respectivos contextos, interpretados de modo arbitrário pelos teólogos e doutores papistas. É ele o genitor da infalibilidade papal, do poder temporal, e das demais aberrações teológicas, ilogismos e invencionices dessa igreja. Portanto, desmontar à luz da Bíblia todo este disparate teológico é desmoralizar a base em que se firma a eclesiologia do catolicismo.

A tese católica se firma em três questionáveis pressupostos principais a saber:

1. A primeira é a que diz que CRISTO edificou a Igreja sobre Pedro, numa interpretação toda tendenciosa e arbitrária de Mateus 16:18,19.
2. A segunda é a que afirma que Pedro fundou e dirigiu a Igreja de Roma sendo martirizado também lá.
3. A terceira se firma na suposta sucessão apostólica numa cadeia ininterrupta até nossos dias; de Pedro à Karol Wojtyla (João Paulo II ).

Outrossim, há ainda outros argumentos apresentados por nossos antagonistas que se firmam nessa trilogia e não poderão ser analisados de modo minucioso nesta matéria devido ao espaço limitado. Todavia, poderão ser encontrados em nosso site.
 

I - EM QUE PEDRA A IGREJA ESTÁ EDIFICADA?
O site católico http://www.lepanto.org.br/ApIgreja.html#Fund da “Frente Universitária Lepanto” é um site antiprotestante, e na página sobre a Igreja Católica, interpretando Mat. 16:18, traz a seguinte declaração: “Esse ponto é muito importante, pois a interpretação truncada dos protestantes quer admitir o absurdo de que Nosso Senhor não sabia se exprimir corretamente. Eles dizem que CRISTO queria dizer: "Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha Igreja, por que não és pedra, senão sobre mim." Ora, é uma contradição, pois Nosso Senhor alterou o nome de Simão para "Kephas", deixando claro quem seria a "pedra" visível de Sua Igreja.”
Essa bombástica assertiva nada mais é do que o ecoar das conjeturas conciliares pontificais. A princípio pode até impressionar, mas carece totalmente de fundamentos. Se não, vejamos: JESUS ao proferir a frase “E eu te digo que tu és Pedro,(Petrus) e sobre esta pedra(Petra) edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.” estava afirmando que realmente era ele a “PEDRA” a qual seria edificada sua igreja. Para isto temos razões à saciedade:
1. JESUS ao se referir a Pedro usa o termo grego “Petros” que significa um “seixo”, “pedregulho”, mas ao se referir à edificação da Igreja diz ser edificada não sobre o “Petros” (Pedro), mas sobre a “Petra”, um rochedo inabalável. Ora, JESUS fez nítida diferença semasiológica entre “Petra” e “Petros”: um é substantivo feminino singular e está na terceira pessoa; o outro masculino plural e se encontra na segunda pessoa. Demais disso, nunca o termo “Petra” é usado na Bíblia em relação a homem algum, mas somente em relação a DEUS. Outrossim, tal verso nem de longe insinua alguma coisa sobre Roma, sucessão apostólica e congênere. Os católicos conseguem ver o que não existe no texto!
2. A frase “Tu és o CRISTO filho do DEUS vivo” é a chave para entendermos toda a problemática. JESUS perguntou a “TODOS”, e não somente a Pedro, Quem Ele era. A ele foi revelado confessar que CRISTO era o Messias, o Filho de DEUS, daí a frase: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”, ou seja, sobre a confissão de que Ele era o Filho de DEUS. A bem da verdade, a Igreja nunca poderia estar solidamente edificada sobre homem algum pois Pedro apesar de ter sido um grande apóstolo, foi no entanto, falível e passível de erro como demonstra de maneira sobeja o contexto imediato (Mat16: 23) e os demais escritos neotestamentario.3. O significado de “Petros” e “Petra” está de perfeito acordo com o contexto doutrinário e teológico do N.T. Sendo “Petros” um fragmento tirado da grande rocha, há de se ver uma conotação com todos os cristãos como petros, e isto é descrito pelo próprio Pedro: “vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual...” I Pedro 2:5 (ênfase acrescentada). Por sua vez todas elas estão edificadas sobre a grande Petra que é JESUS Efésios 2.20. Agora compare estes dois versos: “E quem cair sobre ESTA PEDRA será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó...” “E eu te digo que tu és Pedro, e sobre ESTA PEDRA edificarei a minha Igreja...” (ênfase acrescentada). Indubitavelmente, na primeira e na segunda sentença JESUS é a pedra. Desde a época do salmista (Sl. 118:22), passando pelo profeta Isaias, a palavra profética já anunciava o Messias, como a PEDRA DE ESQUINA (Is. 28:16). JESUS afirmou ser ele mesmo essa Pedra, Mateus 21:42,44. Outrossim, é bom rememorar que na narrativa de Marcos a frase de CRISTO: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30). Isto não é de pouca relevância, pois Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro (I Pe 5.13) e segundo Eusébio, foi deste que Marcos coletou suas informações para redigir seu evangelho. Pedro em nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja, se não, Marcos teria confirmado de modo enfático. Se porventura o dogma da superioridade de Pedro é verdadeiro e de tamanha importância, como a Igreja Católica ensina, não parece praticamente inconcebível que os registros de Marcos e de Lucas se silenciem a respeito?
4. Kephas significa pedra ou Pedro? João nos dá a resposta: “E o levou a JESUS. JESUS, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” João 1:42. Veja que Cefas ou Kephas, significa Pedro e não pedra! Para fazer jus à coerência e a lógica, JESUS deveria ter dito mais ou menos assim: “Tu és Kephas e sobre esta kephas edificarei...” ou “Tu és Pedro e sobre este Pedro edificarei...” se não houvesse nenhuma diferença.
5. Teria JESUS mudado o nome de Simão Barjonas para Pedro ou apenas acrescentado? Ora, quando se muda um nome faz-se necessariamente uma substituição. O nome anterior não é mais mencionado como no caso de Abrão para Abraão. Já no caso de Pedro apenas foi acrescentado como bem atesta Lucas “agora, pois, envia homens a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro” Atos 10:5,18,32 – 11:13 (ênfase acrescentada). Veja que é um nome acrescentado e não mudado como querem os teólogos do Vaticano. Veja ainda que ele continuou sendo chamado de Simão (Atos 15:19) ou Simão Pedro (João 21:2,3,7) algo que no mínimo seria estranho se o antigo nome tivesse sido trocado. Querer ver nisto uma ligação da suposta supremacia petrina com relação ao papado é ir longe demais!
6. Alardeia os católicos em ver na simbologia das chaves (v.19) uma supremacia jurisdicional sobre toda a cristandade. Conquanto sabemos ser a chave outorgada realmente a Pedro para “abrir” e “fechar”, no entanto cabe salientar que foram as chaves do Reino do Céu e não da Igreja que foram dadas...e Reino do Céu não é a Igreja! O uso dessas chaves estavam antes nas mãos dos fariseus (cf. Lucas 11:52). Essas chaves representam a propagação do evangelho de arrependimento de pecados, pelo qual todos os cristãos, e não Pedro apenas, podem abrir as portas dos céus para os pecadores que desejam ser salvos. Tanto é, que em Mateus 18:18 JESUS a confia aos demais apóstolos; Pedro portanto foi o primeiro a usa-la em Pentecostes, onde quase três mil almas foram salvas, depois a usou para pregar ao primeiro gentio Cornélio. É esta a chave que abre a porta, e não é prerrogativa exclusiva do hierarca católico. Ninguém tem poder de monopoliza-la como querem os Católicos Romanos.
Certo site Ortodoxo comentando sobre o assunto em lide, disse com muita propriedade: “Para a Igreja una e indivisa a interpretação desta passagem do Evangelho é toda outra. Como disse Orígenes (fonte comum da Tradição patrística da exêgese), JESUS responde com estas palavras à confissão de Pedro: este torna-se a pedra sobre a qual será fundada a Igreja porque exprimiu a Fé verdadeira na divindade de CRISTO. E Orígenes comenta: "Se nós dissermos também: 'Tu és o CRISTO, Filho de DEUS Vivo', então tornamo-nos também Pedro (...) porque quem quer que seja que se una a CRISTO torna-se pedra. CRISTO daria as chaves do Reino apenas a Pedro, enquanto as outras pessoas abençoadas não as poderiam receber?". Pedro é, então, o primeiro "crente" e se os outros o quiserem seguir podem "imitar" Pedro e receber também as mesmas chaves. JESUS, com as Suas palavras relatadas no Evangelho, sublinha o sentido da Fé como fundamento da Igreja, mais do que funda a Igreja sobre Pedro, como a Igreja Romana pretende. Tudo se resume, portanto, em saber se a Fé depende de Pedro, ou se Pedro depende da Fé... Por isso mesmo, São Cipriano de Cartago pôde afirmar que a Sé de Pedro pertence ao Bispo de cada Igreja Local, enquanto São Gregório de Nissa escrevia que JESUS "deu aos Bispos, através de Pedro, as chaves das honras do Céu". A sucessão de Pedro existe onde a Fé justa (ortodoxa) é preservada e não pode, então, ser localizada geograficamente, nem monopolizada por uma só Igreja nem por um só indivíduo. Levando a teoria da primazia de Roma às últimas conseqüências, seríamos obrigados a concluir que somente Roma possui essa Fé de Pedro - e, nesse caso, teríamos o fim da Igreja una, santa, católica e apostólica que proclamamos no Credo: atributos dados por DEUS a todas as comunidades sacramentais centradas sobre a Eucaristia.” E mais “Afirma, depois, a Igreja de Roma que é ela a Igreja fundada por Pedro e que essa fundação apostólica especial lhe dá direito a um lugar soberano sobre todo o universo. Ora a verdade é que, para além do fato de não sabermos realmente se São Pedro foi o fundador dessa Igreja Local e o seu primeiro Papa (aliás, terão os Apóstolos sido Bispos de qualquer Igreja Local...?), temos conhecimento que outras cidades ou outras localidades mais pequenas podiam, igualmente, atribuir a si mesmas essa distinção, por terem sido fundadas por Pedro, Paulo, João, André ou outros Apóstolos. Assim, o Cânone do 6º Concílio de Nicéia reconhece um prestígio excepcional às Igrejas de Alexandria, Antioquia e Roma, não pelo fato de terem sido fundadas por Apóstolos, mas porque eram na altura as cidades mais importantes do Império Romano e, sendo assim, deram origem a importantes Igrejas Locais...”


ONDE A PRIMAZIA DE PEDRO?
A dialética vaticana ávida por achar um nepotismo em Pedro em detrimento aos demais apóstolos, esquiva-se em seus sofismas teológicos. Procuram a qualquer preço encontrar nas sagradas escrituras um elo de ligação entre a “protagonização” de Pedro e a alegada supremacia do papa. Os argumentos apresentados são quase sempre furtados de seus contextos a fim de fortalecer essa cadeia de quimeras teológicas. Para justificar tal devaneio, saem pela tangente arrazoando que:
a) A Pedro foi conferida com exclusividade a chave dos céus (Mat. 16:19).
b) A Pedro foi dado por duas vezes, cuidar com exclusividade do rebanho de CRISTO (Lc. 22:31,32 – Jo 21:15,17).
c) Pedro foi o primeiro a pregar um sermão em Pentecostes. (At. 2:14)
d) Pedro foi o primeiro a evangelizar um gentio. (At. 10:25)
e) Testemunha, diante do Sinédrio, a mensagem de CRISTO. (At. 4:8)
f) No catálogo dos apóstolos (Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:13-16; At 1:13), o nome de Pedro sempre é colocado em primeiro lugar.
g) Escolhe Matias para suceder Judas. (At. 1:15)

A pessoa que analisar o assunto pelas lentes papistas, tende a ficar impressionada com a avalanche de textos que colocam Pedro no topo da lista de exclusividades. A primeira vista, a abundância de primeiro, primeiro, primeiro tende a sustentar essa corrente. Entrementes, vamos expurgar do engodo romanista tais textos e veremos que não são tão pujantes quanto parecem.
a) A questão correspondente já está respondida de maneira sobeja neste opúsculo.
b) Os católicos frisam nestes textos a palavra “confirmar e apascentar” e vêem neles uma suposta primazia jurisdicional petrina. A falácia deste argumento está em não mostrar que o apóstolo Paulo também “confirmava” as igrejas (cf. At. 14:22 – 15:32,41). Quanto ao “apascentar”, esta também não era uma exclusividade de Pedro pois todos os bispos consoante At. 20:28 deveriam ter esta incumbência. Para sermos coerentes deveríamos dar este “status” de primazia aos demais, pois não só apascentavam como confirmavam as igrejas.
c) Ora, Pedro ao pregar em pentecostes estava apenas fazendo uso das chaves para abrir a porta da salvação. Demais disso, alguém tinha de tomar a palavra e coube a Pedro o mais velho e intrépido. Mas... ao terminar a mensagem, ninguém o teve por especial, mas dirigiram-se a todos (At. 2:37) com a expressão: “Que faremos varões IRMÃOS?” (ênfase acrescentada). Dirigiram-se a toda a igreja e não apenas a Pedro.
d) Ao contrário do que pensam os católicos, o caso de Cornélio é um contragolpe no argumento romanista pois Pedro teve de dar explicações perante a Igreja por ter se misturado e comido com um gentio. Raciocinemos, onde a primazia de Pedro neste episódio? Se a tivesse, porventura daria explicações perante seus supostos comandados? Certamente que não! Mas Pedro teve de se explicar, por que não possuía nenhum governo sobre os demais.
e) A refutação segue o mesmo parâmetro da anterior.
f) É bom frisarmos que este primeiro lugar na lista de nomes é apenas de caráter cronológico e não funcional. Percebe-se que os quatro primeiros nomes da lista dos sinópticos são: Simão, André, João e Tiago são os primeiros a serem chamados para seguir o mestre e dentre eles coube a Pedro ter uma prioridade cronológica. Não obstante em outros lugares como em Gálatas 2:9 seu nome não aparece nesta posição.
g) A miopia exegética é um mal constante na cúpula romana e leva-a a ver o que não está no texto! Lendo cuidadosamente At. 1:15-26 vemos que Pedro apenas expôs o problema, qual seja, a falta de um sucessor para o cargo de Judas, no entanto Matias foi eleito pela igreja por voto comum, e não por decisão de Pedro.
Os sofismas destes textos são flagrantes, contudo, a derrocada teológica peremptória destes argumentos, está nas atitudes de CRISTO – o ÚNICO Sumo Pastor, Chefe Supremo, Cabeça e Fundamento da Igreja – em não titubear e corrigir algumas precoces ambições de supremacia entre eles. Certa feita tal idéia foi sugerida ao mestre (Mateus 20:18-27) que no mesmo instante a rechaçou dizendo: “...Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles.Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;...” (ênfase acrescentada). Noutra feita essa questão foi novamente levantada. (cf. Lucas 22:24) Veja que se os apóstolos tivessem cientes desta utópica promessa, de maneira alguma teriam levantado esta questão e o próprio pescador Galileu, ou mesmo JESUS, haveriam de esclarecer-lhes o primado de Simão Pedro sobre eles, a recordar a alegada promessa em Mateus 16:18. Mas não o fez, simplesmente por não existir.
O próprio Pedro desfaz essa lenda ao dizer que: “ninguém tenha DOMÍNIO sobre o rebanho...” (cf. I Pd. 5:1-3) Não se pode ver aí nenhum vestígio de superioridade, supremacia ou destaque sobre os demais, pois ele mesmo se igualava aos outros dizendo: “...que sou também presbítero com eles...” Pedro jamais mandou! Pelo contrário, foi mandado...e obedeceu (Atos 8:14) fazendo jus às palavras de JESUS “Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.” (Jo. 13:16)
 

PEDRO ESTEVE EM ROMA?
Não obstante a Bíblia trazer um silêncio sepulcral sobre o assunto, os católicos afirmam ser fato incontestável ter sido o apóstolo Pedro o fundador da igreja em Roma. Atribuem-lhe ainda um pontificado de 25 anos na capital do império e conseqüente morte neste lugar. É claro que estas ligações são a-priori de valor inestimável, pois entrelaçadas vão robustecer a tese vaticana da primazia do papado. Contudo, não deixam de ser argumentos gratuitos! Há de se frisar que somente a chamada “(con) tradição”, vem em socorro da causa romanistas nestas horas e mesmo assim de maneira dúbia. Vejamos:
Pedro não pode ter sido papa durante 25 anos, pois foi martirizado no reinado do Imperador Nero, por volta de 67/68. Subtraindo vinte cinco anos, retrocederemos ao ano de 42 ou 43. Nessa época não havia se realizado o Concílio de Jerusalém (Atos 15), que se deu por volta de 48-49, Pedro participou (mas não deveria pois segundo a tradição, nesta época, ele estava em Roma), no entanto, foi Tiago quem o presidiu (Atos 15;13,19). Em 58, Paulo escreveu a epístola aos Romanos. E no capítulo 16 mandou uma saudação para muitos irmãos, mas Pedro sequer é mencionado. Paulo chegou a Roma no ano 62 e foi visitado por muitos irmãos (Atos 28;30 e 31). Todavia, nesse período, não há nenhuma menção de Pedro. O Apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossenses, Filemon(62) e Filipenses(entre 67 e 68) mas Pedro não é mencionado em nenhuma delas. Se Pedro estava em Roma no ano 60, como se deve entender a revelação referida nos Atos dos Apóstolos 23:11, em que JESUS disse a Paulo: “Importa que dês testemunho de mim também em Roma?” Cadê o papa de Roma na ocasião?
É por estas e outras que não acreditamos que Pedro tenha fundado ou presidido a Igreja de Roma como afirmam os católicos!
 

SOBRE PEDRO SER A PEDRA PRINCIPAL, OU LÍDER DA IGREJA:

O INSUSTENTÁVEL SUPORTE DA TRADIÇÃO
A tradição é um dos pilares nos quais se assenta a teologia romanista. O principal órgão desta tradição é a chamada “Patrística” que são os escritos dos primitivos cristãos. Essa tradição é de relevante valor à causa católica, pois dela advém toda a sofismática da tal “Sucessão Apostólica”. É dela que é extraída a má interpretação de Mateus 16:18, da primazia de Roma, da corrente sucessória de S. Pedro etc. Na verdade as coisas são bem diferentes quando analisadas de maneira honesta.
Dos inúmeros “pais da Igreja”, somente 77 opinaram a respeito do assunto de Mateus 16:18, sendo que 44 reconheceram ser a fé de Pedro a rocha. 16 deles julgaram ser o próprio CRISTO e somente 17 concordaram com a tese vaticana. Nenhum deles afirmavam a infalibilidade de Pedro e tão pouco o tinham como papa. Exemplo disso é S. Agostinho que em seu Livro I, Capítulo 21 das Retratações (Livro escrito no fim da sua vida, para retratar-se de seus escritos anteriores) expressamente afirma que sempre, salvo uma vez, ele havia explicado as palavras Sobre esta pedra - não como se referissem à pessoa de Pedro, mas sim a CRISTO, cuja Divindade Pedro havia reconhecido e proclamado.
Diz certa fonte católica que: “Se a corrente da sucessão apostólica por alguma razão encontra-se interrompida, então as ordenações seguintes não são consideradas válidas, e as missas e os mistérios, realizados por pessoas ilegalmente ordenadas — desprovidos da graça divina. Essa condição é tão séria que a ausência de sucessão dos bispos em uma ou outra denominação cristã despoja-a da qualidade de Igreja verdadeira, mesmo que o bensino dogmático presente nela não esteja deturpado. Esse foi o entendimento da Igreja desde o seu início.”
Pois bem, procurarei não ser prolixo ao historiar sobre essa questão. Todos sabem que o trono dos papas teve seus momentos de vacância, muitos papas conquistaram este título por dinheiro, alguns papas considerados legítimos foram condenados como hereges, outros pela ganância do cargo foram envenenados por seus rivais, ainda outros foram nomeados por imperadores; quando não, havia três ou mais papas se excomungando mutuamente pela disputa da cadeira de São Pedro. Sem falar é claro, da época negra da pornocracia. Não é debalde que na “Divina Comédia”, Dante Alighieri, coloca vários papas no inferno! Há ainda uma tremenda contradição nas muitas listas dos pontífices romanos expostas por historiadores católicos, nas quais os nomes de tais sucessores aparecem trocados ou faltando. Não creio que estes homens sejam os verdadeiros sucessores da cátedra de Pedro! A bem da verdade, essa tal sucessão ininterrupta e contínua dos papas é totalmente arrebentada e falsa. É por demais ultrajante mesmo para uma mente mediana suportar tamanha incongruência!
Pelo que foi resumidamente exposto acima, podemos concluir serenamente que: PEDRO NUNCA FOI PAPA E NEM O PAPA É O VIGÁRIO DE CRISTO.

OBRAS CONSULTADAS
NOITES COM OS ROMANISTAS; M.H. Seymour –Edições Cristãs
DOZE HOMENS, UMA MISSÃO; ARAMIS C. DE BARROS – EDITORA LUZ E VIDA
O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS; EARLE E. CAIRNS – EDICÇOES VIDA NOVA
PEDRO NUNCA FOI PAPA NEM O PAPA É VIGÁRIO DE CRISTO; ANIBAL P. REIS – EDIÇÕES CAMINHO DE DAMASCO
QUEM FUNDOU SUA IGREJA; Pe. ALBERTO LUIZ GAMBARINI – EDITORA ÁGAPE (católico)
OS PAPAS ; AQUILES PINTONELLO – EDIÇÕES PAULINAS
A HIERARQUIA; Pe. JOSÉ COMBLIN – PAULUS

 

 

 

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Devocional

"Pastoreando suas ovelhas (Jo 21.17)

Muita coisa tem sido feita da pergunta que JESUS fez a Pedro três vezes: 'Amas-me?' Alguns pastores e professores falam sobre como essa pergunta cria intencionalmente um paralelo com as três negações de Pedro sobre CRISTO. Outros enfatizam as diferentes palavras gregas traduzidas por amor nessa passagem. Quase esquecida em todas essas discussões está a ênfase que JESUS colocou sobre ministrar aos outros.

'Pastoreia as minha ovelhas', JESUS disse cada vez que Pedro afirmou seu amor por Ele. 'Se você realmente me ama, cuidará daqueles que me pertencem'. Observe que em nenhuma vez JESUS perguntou se Pedro amava as ovelhas. A motivação fundamental para o ministério era e é o amor por JESUS CRISTO e uma disposição para agir. Há outra mensagem aqui também. 'Mesmo que você tenha fracassado', JESUS parece estar dizendo, 'Eu ainda posso usá-lo na vida dos outros'.

E quanto à sua vida? Você ama JESUS? Está provando seu amor por Ele servindo aos outros? Sua motivação em ministrar é para demonstrar seu amor por CRISTO? Qualquer coisa menor não vai 'agüentar'.

Será que os fracassos do passado estão perseguindo você e impedindo-o de buscar a CRISTO? Olhe para a lição de Pedro e descubra que DEUS ainda deseja que você seja um servo frutífero para Ele. Se amamos a JESUS, ministraremos aos outros."

(KENDRICK, M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. Rio de Janeiro:CPAD, 1999, p.276.)

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Nosso temperamento, embora inato, pode e deve ser controlado pelo ESPÍRITO  SANTO. Uma vez que o temperamento, a personalidade e o caráter fazem parte integral do ser humano, o homem que deseja ser guiado por DEUS deve entregá-los completa e totalmente ao ESPÍRITO  do Senhor: "Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO  de DEUS, esses são filhos de DEUS" (Rm 8.14). Ser guiado em tudo! No sentir, pensar e agir!

Quão maravilhoso é para o crente ter o seu temperamento controlado pelo ESPÍRITO  SANTO! "Se vivemos no ESPÍRITO , andemos também no ESPÍRITO " (Gl 5.25).

 

 

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LIÇÃO 4, CENTRAL GOSPEL, 1 PEDRO, A EPÍSTOLA DA ESPERANÇA NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 4, Central Gospel, 1 Pedro, a Epístola da Esperança, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99991520454 (Tel) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO 2- N° 6

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. A ESPERANÇA DOS SALVOS

1.1. A base da esperança cristã

1.2. A esperança provada e confirmada

1.2.1. A revelação da graça

2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR

2.1. A renovação da mente e do caráter

2.1.1. Vivendo em santidade

2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO

2.2.1. O preço do resgate

3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS

3.1. Um povo marcado pelo amor

3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna

3.1.2. Chamados a uma vida de santidade

3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva

3.2.1. Chamados para ser pedras vivas

3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa

3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS

3.3. Um povo peregrino e separado do mundo

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 Pedro 1.13,16-19; 1 Pedro 2.1-4,11,13

1 Pedro 1.13,16-19
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de JESUS CRISTO.
16 - (...) Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 - mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

1 Pedro 2.1-4,11,13

1 - Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

2 - desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,

3 - se é que já provastes que o Senhor é benigno.

4 - E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com DEUS eleita e preciosa.

11 - Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.

13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;


TEXTO ÁUREO
Bendito seja o DEUS, que nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos. 1 Pedro 1.3

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Timóteo 1.1; Colossenses 1.27 CRISTO é nossa esperança e salvação

3ª feira - Hebreus 2.3,4 Não negligencie tão grande salvação

4ª feira - Efésios 6.14 Vista a armadura de DEUS

5ª feira -Levítico 11.44 Seja santo, pois DEUS é santo

6ª feira - Isaías 40.6-8 A palavra do Senhor dura para sempre 

Sábado - Êxodo 19.5,6 Vós me sereis reino sacerdotal e povo santo

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

reconhecer que, como cristãos, fomos gerados para uma nova esperança;

compreender que as provações certificam a autenticidade da fé cristã;

entender que a Igreja, como geração eleita e nação santa, exerce um sacerdócio real;

perceber que, como forasteira neste mundo, a Igreja aguarda pela chegada do seu lar.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

   Prezado professor, nesta lição, incentive a reflexão sobre a esperança cristã. A abordagem deve ser dialógica, permitindo que os alunos expressem suas percepções sobre as provações da fé e a identidade da Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe 2.9).

    Caso haja tempo em seu planejamento, divida a turma em grupos e peça que relacionem versículos bíblicos que reforcem cada um dos quatro objetivos da lição. Depois, cada equipe deve compartilhar suas descobertas e explicar como esses textos fortalecem sua confiança na promessa divina. Boa aula!

 

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

   Autor das Epístolas Universais que levam seu nome, Pedro escreveu a primeira carta por volta de 63 d.C., reafirmando a verdadeira graça de DEUS e exortando os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.12); nela, identifica-se como presbítero (1 Pe 5.1). Já no início da segunda epístola, apresenta-se como Simão Pedro, servo e apóstolo (2 Pe 1.1).

    As cartas foram destinadas aos cristãos dispersos em cinco regiões (1 Pe 1.1), sendo três delas — Ponto, Capadócia e Ásia — mencionadas em Atos 2.9, onde muitos ouviram sua pregação no Pentecostes.

 

1. A ESPERANÇA DOS SALVOS

    Em sua primeira carta, Pedro destaca a misericórdia divina ao regenerar os fiéis para uma viva esperança, fundamentada na ressurreição de CRISTO (1 Pe 1.1-12).

 

1.1. A base da esperança cristã

    O estilo conciso de Pedro reúne verdades essenciais, proporcionando um rico campo de reflexão sobre temas fundamentais da fé cristã:

    • os pilares do cristianismo — o apóstolo apresenta cinco elementos centrais: eleição, presciência, santificação, obediência e salvação (1 Pe 1.2);

    • a viva esperança — a salvação, oferecida por CRISTO, é confirmada por Sua ressurreição; no entanto, compreender essa verdade exige discernimento, pois é uma revelação acessível apenas pelo ESPÍRITO (cf. 1 Co 2.14). Pedro exalta a DEUS por conceder essa nova vida àqueles que creem (1 Pe 1.3);

    • a certeza da herança eterna — a expectativa cristã aponta para um futuro glorioso nos céus, onde a recompensa reservada para os salvos é incorruptível. Essa segurança, contudo, depende da fé, que sustenta o crente em meio às adversidades e confirma sua participação na salvação (1 Pe 1.4,5).

 

1.2. A esperança provada e confirmada

    A verdadeira esperança produz alegria (Rm 12.12), mas não exclui o sofrimento. Enquanto projeta o crente para a glória futura, confronta a dura realidade da existência terrena. Essa tensão entre a herança prometida e as provações do presente gera desafios e, por vezes, tristeza (1 Pe 1.6).

    Pedro reafirma que as aflições são parte do processo que comprova a autenticidade da fé, tornando-a mais preciosa que o ouro refinado no fogo (1 Pe 1.7). As provações são passageiras, mas a promessa é eterna: estar com CRISTO para sempre (1 Pe 1.9; cf. Rm 8.17b; 2 Tm 2.11,12).

 

1.2.1. A revelação da graça

    Os profetas, inspirados pelo Senhor, anunciaram a manifestação da graça e receberam revelações sobre os sofrimentos e a glória do Messias. No entanto, entenderam que sua mensagem se destinava às gerações futuras. Essa salvação foi proclamada por pregadores enviados pelo ESPÍRITO SANTO (Hb 2.3,4), e seu mistério é tão grandioso que até os anjos anseiam compreendê-lo (1 Pe 1.10-12).

 

2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR

    Após enfatizar a grandeza da salvação, Pedro exorta os crentes a uma vida de sobriedade, santidade e temor ao Senhor (1 Pe 1.13-20).

 

2.1. A renovação da mente e do caráter

    Pedro usa a expressão "Cingindo os lombos do vosso entendimento" (1 Pe 1.13), semelhante à linguagem de Paulo em Efésios 6.14, mas aplicada à renovação da mente. A Bíblia ensina que o intelecto deve atuar em harmonia com os valores morais e sagrados, especialmente ao enfrentar provações. Nenhuma aflição é um fim em si mesma, pois todas são transitórias.

    Diante das dificuldades, duas atitudes são essenciais: manter a sobriedade, sem se deixar dominar pela ansiedade, e confiar plenamente na graça que será revelada em CRISTO (1 Pe 1.13).

 

OBSERVAÇÃO 1

    Ser santo significa "ser separado para DEUS". Embora inseridos no mundo, os que pertencem ao Senhor devem viver de modo distinto, refletindo Seu caráter. Assim como um filho se assemelha ao pai, a vida dos crentes deve expressar essa identidade (1 Pe 1.15,16; cf. Lv 11.44).

 

2.1.1. Vivendo em santidade

    Os desejos maus, cultivados antes do conhecimento da verdade, revelam ignorância espiritual e distanciamento do Altíssimo (At 17.30; Ef 4.18; 1 Tm 1.13).

    Como filhos da obediência, os cristãos são chamados à transformação, rejeitando antigos padrões e recusando a conformidade com as paixões carnais (1 Pe 1.14).

 

2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de CRISTO

    DEUS julga a conduta de cada indivíduo sem parcialidade, exigindo uma vida de reverência e obediência. Diante dessa realidade, é essencial caminhar em temor, conscientes de que todos prestarão contas de suas ações (1 Pe 1.17; cf. 1 Co 3.13).

 

2.2.1. O preço do resgate

 

    O termo grego elytrōthēte, empregado em 1 Pedro 1.18, significa "resgatar mediante pagamento", sendo utilizado para descrever a libertação de escravos ou prisioneiros. No Antigo Testamento, esse conceito aparece nos sacrifícios expiatórios pelos pecados, como em Levítico 17.11, onde a expressão hebraica ye-kap-pēr expressa a ideia de "expiar, cobrir, fazer propiciação".

    O Cordeiro de DEUS entregou Seu próprio sangue como o preço definitivo da redenção (1 Pe 1.19; cf. Jo 1.29). Esse resgate fazia parte do plano salvífico, estabelecido pelo Rei das eternidades antes da criação do mundo, mas revelado em CRISTO para a salvação dos eleitos (1 Pe 1.20; cf. Tt 1.2).

 

3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS

    Na sequência, Pedro enfatiza as três virtudes cardeais — fé, esperança e amor (1 Pe 1.21,22) —, destacando a regeneração pela Palavra, o chamado à santidade (1 Pe 1.23—2.3) e a edificação dos crentes como pedras vivas em CRISTO, a pedra angular (1 Pe 2.4-10).

    A identidade do povo de DEUS, segundo Pedro, é definida não apenas pela fé, mas também por uma vida santificada e separada do mundo, refletida na conduta exemplar entre os gentios (1 Pe 2.11,12).

 

3.1. Um povo marcado pelo amor

    A obediência à verdade conduz ao amor fraternal sincero, que deve ser demonstrado com dedicação e intensidade (1 Pe 1.22; cf. 1 Tm 1.5; Rm 12.10; Hb 13.1). Assim como CRISTO realizou a redenção por amor, os crentes são chamados a amar uns aos outros, refletindo essa mesma obediência à verdade (1 Jo 4.7,11,20).

 

3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna

    Pedro ensina que os crentes são regenerados por uma semente incorruptível, a Palavra de DEUS, que é viva, indestrutível e eterna (1 Pe 1.23). O nascimento natural é transitório, mas o espiritual, operado pelo ESPÍRITO, permanece para sempre (Jo 3.6). Para destacar sua perenidade em contraste com a fragilidade da existência humana, Pedro cita Isaías 40.6-8 (1 Pe 1.24,25).

 

3.1.2. Chamados a uma vida de santidade

    No capítulo 2 (1 Pe 2.1-3), Pedro reafirma que a vida cristã deve refletir a santidade divina (cf. Tópico 2.1.1; 1 Pe 1.14-16). Regenerados pela Palavra, os crentes são chamados a permanecer nela, pois é ela quem purifica e sustenta seu crescimento.

 

3.2. Um povo edificado sobre CRISTO, a Pedra Viva

    Pedro apresenta em sua epístola JESUS como a Pedra Viva, enfatizando que Ele é o verdadeiro fundamento da fé (1 Pe 2.4). No Antigo Testamento, a devoção de Israel estava ligada ao Templo e ao sacerdócio, mas agora, sem esses elementos físicos, DEUS habita em um santuário imaterial formado por aqueles que pertencem a CRISTO (Os 3.4,5).

    A Ressurreição confirma que Ele está vivo e é inabalável, sendo o alicerce sobre o qual a Igreja é edificada (Ap 1.18). Embora reprovado pelos homens, continua sendo a fonte da salvação e a pedra angular do novo pacto (At 4.11,12).

 

3.2.1. Chamados para ser pedras vivas

    Pedro descreve os crentes como pedras vivas, edificadas em uma casa espiritual para DEUS (1 Pe 2.5; cf. Ef 2.22). Nessa estrutura, exercem um sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios aceitáveis por intermédio de CRISTO (cf. Rm 12.1,2; Hb 13.15,16; Fp 4.15-18).

 

3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa

    Pedro utiliza três imagens para descrever CRISTO como a pedra central do plano divino (1 Pe 2.6-8):

   • a pedra eleita e preciosa — JESUS é a pedra escolhida e valiosa aos olhos de DEUS (cf. Is 28.16; Sl 118.22); no entanto, foi rejeitado por Israel, que não reconheceu Sua missão redentora (Jo 1.11). Aqueles que creem, porém, sabem que Ele é honrado pelo Pai e o aceitam como fundamento da fé (1 Pe 2.6,7);

   • a pedra de esquina — CRISTO é a pedra angular (ARA) sobre a qual a Igreja é erigida; embora rejeitado pelos líderes judeus, tornou-se o alicerce do novo templo espiritual, garantindo a estabilidade de sua edificação (cf. Ef 2.20). O próprio JESUS afirmou que edificaria Sua Igreja sobre esse fundamento inabalável (Mt 16.18);

   • a pedra de tropeço — aqueles que resistem à Palavra tropeçam em CRISTO. A incredulidade e a desobediência revelam a rejeição ao Salvador (1 Pe 2.8). Como Isaías profetizou, muitos cairiam por rejeitá-lo (Is 8.14,15). JESUS declarou que o Reino seria retirado de Israel e entregue a um povo que produzisse frutos espirituais, ou seja, a Igreja (Mt 21.42-46; Ef 2.14; Jo 15; Rm 9.22-26).

 

OBSERVAÇÃO 2

    Rejeitar a Pedra Viva resulta em severo juízo. Quem nela tropeça se despedaça; quem a rejeita será esmagado (Mt 21.42-44). A imagem do vaso quebrado contra a rocha simboliza a destruição dos que resistem ao Messias (Rm 9.30-33). Muitos ainda recusam a cruz, pois ela confronta o orgulho humano. Como disse John Stott: "A cruz ainda é a pedra de tropeço para o orgulho dos homens."

 

3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de DEUS

    Ao iniciar 1 Pedro 2.9 com a conjunção "mas", o apóstolo estabelece um contraste entre os que rejeitaram CRISTO e aqueles que nele creem. Aos fiéis, é atribuída uma identidade distinta: raça eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Chamados para proclamar as virtudes daquele que os resgatou das trevas para a luz. Essa designação reflete o propósito divino originalmente confiado a Israel (Ex 19.5,6), agora transferido à Igreja.

    Pedro encerra essa seção destacando a transformação dos crentes, enfatizando que, antes, não eram povo, mas agora pertencem a DEUS; antes, não conheciam a misericórdia, mas agora a receberam (1 Pe 2.10).

 

3.3. Um povo peregrino e separado do mundo

    Pedro retoma a ideia da identidade dos crentes, destacando sua condição de peregrinos e estrangeiros (1 Pe 2.11). Seu chamado é para um viver santo, em contraste com a impiedade do mundo. O conceito de peregrinação enfatiza a transitoriedade da existência terrena e a necessidade de viver em fidelidade à pátria celestial (Hb 13.14; Fp 3.20). O estrangeiro está afastado do mundo; o forasteiro apenas passa por ele (Jo 14.1,2; Jo 17.14-16).

    Diante dessa realidade, Pedro exorta à renúncia dos desejos carnais que guerreiam contra a alma (1 Pe 2.11). A conduta íntegra diante dos gentios deve servir de testemunho, de modo que até os incrédulos venham a glorificar a DEUS (1 Pe 2.12; cf. Mt 5.16).

 

CONCLUSÃO

    No encerramento do segundo capítulo de sua primeira epístola, Pedro exorta os crentes à submissão às autoridades — tema que será explorado com mais profundidade na lição seguinte, pois são instituídas por DEUS para manter a ordem e punir o mal (1 Pe 2.13,14; cf. Rm 13.1-7). Ele também ensina os servos a se submeterem, mesmo injustiçados, seguindo o exemplo de CRISTO, nossa esperança, nosso resgatador e nosso supremo modelo de vida (1 Pe 2.21-25).

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais são os cinco pilares do cristianismo, destacados em 1 Pedro 1.2?

R.: Eleição, presciência, santificação, obediência e salvação.

 

Fonte: Revista Central Gospel

 

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