Escrita Lição 7, A Teologia de Bildade, Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto

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Lição 7, A Teologia de Bildade, Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto?
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
 
 
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Lição 7, A Teologia de Bildade, Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto?
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.”  (Jó 8.4)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A existência do sofrimento não quer dizer que haja pecado oculto.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 8.1,2 Até quando falarás tais coisas?
Terça - Jó 8.3,4 DEUS perverteria o direito e a justiça?
Quarta - Jó 18.1,2 Como se usam as palavras?
Quinta - Jó 18.3-4 Que tipo de tratamento é devido?
Sexta - Jó 25.1,2 A soberania de DEUS
Sábado - Jó 25.3-5 Qual é a condição do homem?
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 8.1-4; Jó 18.1-4; 25.1-6
Jó 8
1 - Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse: 2 - Até quando falarás tais coisas, e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso? 3 - Porventura, perverteria DEUS o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a justiça? 4 - Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
Jó 18
1 - Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse: 2 - Até quando usareis artifícios em vez de palavras? Considerai bem, e, então, falaremos.3 - Por que somos tratados como animais, e como imundos aos vossos olhos? 4 - Ó tu, que despedaças a tua alma na tua ira, será a terra deixada por tua causa? Remover-se-ão as rochas do seu lugar?
Jó 25
1 - Então, respondeu Bildade, o suíta, e disse: 2 - Com ele estão domínio e temor; ele faz paz nas suas alturas. 3 - Porventura, têm número os seus exércitos? E para quem não se levanta a sua luz? 4 - Como, pois, seria justo o homem perante DEUS, e como seria puro aquele que nasce da mulher? 5 - Olha, até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos. 6 - E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho!
 

OBJETIVO GERAL - Mostrar que nem sempre o sofrimento é consequência de um pecado oculto, como pensava Bildade.

 
Resumo da Lição 7, A Teologia de Bildade, Se Há Sofrimento, Há Pecado Oculto?
I – O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS
1. DEUS é justo e reto.
2. Uma compreensão limitada da natureza de DEUS.
3. A imperfeição humana.
II – O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL
1. Moralismo por tradição.
2. A subversão da ordem moral.
3. Contemplando a cruz.
III – O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS
1. A grandeza de DEUS.
2. Onipotente, mas não ausente.
 
 
 
 
 
Resumo rápido Pr Henrique
 
I – O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS
1. DEUS é justo e reto.
 
Vemos a Teologia da prosperidade contida tanto na Teologia de Elifaz quanto na Teologia de Bildade. (Jó 8.1-22). Para Bildade a Teologia de Jó condena DEUS a ser punidor também do justo. Como sabemos que DEUS não é injusto, só restava a alternativa de que Jó estava em pecado e não queria reconhecer.
A teologia de Bildade se resume a duas teologias, a dos maus e a dos bons.
 
Bildade também acusa os filhos de Jó - Jó 8.4 - Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
Bildade assevera que os filhos de Jó foram mortos porque eram maus (8.4); por outro lado, como um homem que alegava ser justo e bom, Jó poderia desfrutar novamente do favor de DEUS se reconhecesse o seu pecado (Jó 8.5).
Para Bildade DEUS estava certo em punir os filhos de Jó, porém, se Jó dizia-se inocente, por que estava sendo punido também?
 
Realmente os filhos de Jó podem ter sido mortos porque eram maus. Basta estudarmos sobre eles para constatarmos que eram maus :

Agora Satanás atinge os filhos de Jó - Ele perdeu em um só dia seus dez filhos de forma calamitosa – sete filhos e três filhas.
Será que Satanás podia matar os filhos de Jó? Satanás não matou Jó porque DEUS não permitiu e não matou sua esposa porque sua conversa com DEUS não era sobre ela. já os filhos de Jó estavam sujeitos a morte por causa de seus constantes pecados e insistência neles. Viviam de banquete em banquete.
Os filhos de Jó eram filhos de belial como os filhos de Eli (Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor; 1 Samuel 2:12), de Samuel (Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.1 Samuel 8:3) e de Davi (Amnon, estuprou sua irmã Tamar 2 Samuel 13:1-14, Absalão, mata seu irmão Amnon. 2 Samuel 13: 23-32, Absalão persegue Davi, com o intuito de tomar seu reinado. 2 Samuel 15, Absalão, teve relaxão sexual com as mulheres do pai em praça pública. (2 Samuel 16:22) , como de tantos outros servos de DEUS.
 
E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:4,5
 
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. Jó 1:13-15
 
O texto sagrado diz: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (vv.18,19).
 
 
Os filhos de Jó eram beberrões e glutões. Isso é mostrado nos textos acima que dizem: "comendo e bebendo vinho"
Seus banquetes eram cotidianos (já deveriam ser alcóolatras) - "em casa de cada um no seu dia"
Além de viverem de festa em festa, convidavam suas irmãs -  "enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles"
Seus pais nunca estavam nessas festas. Veja que toda tragédia aconteceu no dia em que festejavam e as notícias foram levadas a Jó e sua esposa que não estavam na festa.
Os filhos de Jó eram malandros, não trabalhavam - Veja que toda tragédia aconteceu no dia em que festejavam e os trabalhadores estavam no campo trabalhando.
 
Depois de cada festa Jó tinha que santificar seus filhos - santificar quem já estava santo?
Jó oferecia sacrifícios por seus filhos - Indica que seus filhos haviam pecado.
Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:4,5
Novamente provamos que os filhos de Jó eram pecadores, com a fala de Bildade.
Jó 8.4 Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
 

2. Uma compreensão limitada da natureza de DEUS.
 
Bildade tinha algum conhecimento sobre DEUS, na certa, aprendido com os mais velhos que passavam de pai para filho as histórias sobre DEUS, aprendidas de seus pais. Pelo que parece Bildade nada conhecia a respeito do amor e do cuidado de DEUS para com suas criaturas e não acompanhava a vida de Jó de perto (não sabia da integridade de seu amigo). Para Bildade o sofrimento de Jó só podia ser consequência de um pecado oculto. Para Bildade as obras de Jó o levariam a merecer o favor de DEUS. É a teologia da meritocracia humana no processo de justificação diante de DEUS: “Mas, se tu de madrugada buscares a DEUS e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia, se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti e restaurará a morada da tua justiça” (8.5,6). Logo, o enfoque de Bildade não é a graça que flui de DEUS, mas o esforço humano que, por mérito próprio, pretende justificar o homem diante de DEUS.
Sabemos que o homem é justificado pela fé e não pelas obras. Ouvimos o evangelho, cremos (FÉ) e recebemos o ESPÍRITO SANTO.
 
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS. Romanos 10:17
... aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação. 1 Coríntios 1:21b.
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13. (Ouvir-Crer-Receber)
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso (a graça) não vem de vós; é dom de DEUS. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8, 9.
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO; Romanos 5:1
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16
E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de DEUS, porque o justo viverá da fé. Gálatas 3:11
Ora, tendo a Escritura previsto que DEUS havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. Gálatas 3:8
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6
 

3. A imperfeição humana.
 
Como Bildade exige boas obras de Jó para que ele seja justificado, Jó pergunta: “Como se justificaria o homem para com DEUS?” (Jó 9.2). Nenhuma obra poderia ser feita para se conseguir a justificação, o que nos justifica é a Fé no que DEUS faz e não o que fazemos - Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6
Se Jó agora acreditasse que seria totalmente justo por causa de sua purificação, ou santificação, ou de seus sacrifícios, como fazia por seus filhos, nunca alcançaria o favor divino que é dado pela graça (JESUS). Por isso mesmo Jó vai apelar para o redentor JESUS, mesmo não tendo conhecimento de sua existência e obra futura na cruz. Seria presunção de Jó tentar se justificar por suas qualidades, todo homem, por melhor que seja, quando colocado diante de DEUS revelará alguma sujeira oculta, pois DEUS é todo santo. “Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão, mesmo assim me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão” (Jó 9.30,31). É a santidade de DEUS em contrapartida com a pecaminosidade do homem.
“É verdade que onde há sofrimento há pecado?” Seus amigos responderiam: sim; Jó, um retumbante não.
DEUS já havia testemunhado acerca da integridade e da justiça de Jó. Isso deixa claro que nem sempre o sofrimento é fruto de uma imperfeição moral ou resultado de um pecado pessoal. Esse era o caso de Jó.
Jó sabia que não sofria devido a alguma prática no pecado, só sabia que DEUS estava no controle e esperou em DEUS a solução, mesmo que reclamando a urgência perante DEUS.
 
 
II – O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL
1. Moralismo por tradição.
 
A tradição indicava a Bildade (Jó 18.1-21) a moralidade ou o modo de viver correto em sua época - Boas obras tinham como recompensa as bênçãos de DEUS e más obras tinham como recompensa a maldição de DEUS.
 
 
2. A subversão da ordem moral.
 
Para Bildade as catástrofes sofridas por Jó ocorreram por causa da quebra da moralidade estabelecida pela sociedade. Para ele Jó sofreu as consequências da quebra de tais normas sociais.
Para Bildade, quando Jó se justificava dizendo que não cometera nenhum pecado digno de estar passando por aquilo tudo, ele estava dizendo que DEUS também amaldiçoava o justo e prosperava o ímpio, o que é verdade, muitas vezes. Porém, no fim, vamos ver a diferença entre o justo e o ímpio. Muitas vezes as pessoas não vão ter aqui na Terra o resultado de suas más ou boas obras. Os justos, ou salvos, terão seu galardão no Tribunal de CRISTO e os ímpios serão lançados no Lago de Fogo e Enxofre.
Para Bildade o rico aparentava estar bem, mas estava mal, como as árvores cheias de folhas, mas sem frutos e com as raízes cortadas - logo secariam (18.12-16). Ao não reconhecer isso, Jó estaria tentando subverter a ordem moral aceita.
 

3. Contemplando a cruz.
 
O capítulo 19 é dedicado à defesa de Jó.
Jó sabia que DEUS mantinha tudo debaixo de seu controle. Jó se via inocente em meio aquele turbilhão de dúvidas e incertezas. Não compreendia o porque de seu sofrimento.
A insistência de seus amigos em condenar Jó o fez resignar e aceitar que não poderia se auto justificar (Jó 19. 21-24). Jó, em sua fé em DEUS, busca por um mediador (um redentor) que defenderá sua causa, colocando um braço por cima de seu ombro e outro por cima do ombro de DEUS para interceder por ele. - Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos. Jó 9:33.
Jó crê num redentor que virá e crê na ressurreição, pois diz que em sua carne ainda o verá, ou seja, como homem o verá.
Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a DEUS. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim. Jó 19:25-27.
Esta é a Justificação de Jó - sua fé em JESUS que ele nunca ouviu falar e nem sabia que existia, mas cria que viria para o restaurar. Glória a DEUS!
 
 
III – O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS
1. A grandeza de DEUS.
 
 
No terceiro discurso de Bildade, sua intenção é exaltar DEUS e rebaixar Jó (Jó 25.1-6). Nos três discursos Bildade acusou Jó de estar em pecado e Jó se defendeu. Agora já não restava mais argumentos e Bildade repete o que já disse antes, mas procura fazer com que Jó veja sua pequenez em comparação a DEUS.

No capítulo 25 Bildade destaca a onipotência divina (DEUS é poderoso - pode qualquer coisa). DEUS é grande e poderoso (v.2). Por não crer na imanência de DEUS (DEUS presente conosco), Bildade aumenta mais ainda a distância entre Jó e DEUS. A Teologia de Bildade era a deísta, DEUS criou o mundo, mas ausentou-se dele. No final do Livro vamos ver DEUS bem presente na vida de Jó.
 
Podemos refutar isso de maneira bem simples e objetiva - DEUS mora em nós através do ESPÍRITO SANTO.
DEUS CONOSCO E EM NÓS -
JESUS respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. João 14:23
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19
no qual também vós juntamente sois edificados para morada de DEUS no ESPÍRITO. Efésios 2:22
Qualquer que confessar que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS está nele e ele em DEUS. 1 João 4:15
Se alguém destruir o templo de DEUS, DEUS o destruirá; porque o templo de DEUS, que sois vós, é santo. 1 Coríntios 3:17
Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós? 1 Coríntios 3:16
o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. João 14:17
 

2. Onipotente, mas não ausente.
 
Jó, vendo seu amigo brincar de DEUS para acusá-lo, usa de ironia - “Como ajudaste aquele que não tinha força e sustentaste o braço que não tinha vigor!” (Jó 26.2). Jó quer que seu amigo veja que ele não é DEUS para julgá-lo e condená-lo.
 Jó quer mostrar que DEUS é grandioso e soberano, mas também, é compassivo e amoroso. DEUS não deve ser visto apenas por seu poder, mas também pelo seu amor, pois é através deste que usa seu poder para corrigir, disciplinar, conduzir seus servos.
O DEUS que a Bíblia apresenta é amor -
E nós conhecemos e cremos no amor que DEUS nos tem. DEUS é amor e quem está em amor está em DEUS, e DEUS, nele. 1 João 4:16
Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é amor. 1 João 4:8
 
DEUS não inventou o pecado,  a morte, a dor, o sofrimento, as doenças e muito menos as enfermidades. DEUS só quer o nosso bem. ELE nos ama como PAI.
Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. Tiago 1:17
Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
 

CONCLUSÃO
DEUS é justo e reto. Bildade possuía uma compreensão limitada da natureza de DEUS. DEUS é perfeito em tudo e o homem imperfeito. O moralismo por tradição não produz vida, mas o moralismo bíblico ajustado ao amor de DEUS edifica. A inversão da ordem moral tradicional resulta em inimizades e falta de amor. Devemos contemplar a cruz onde nossos pecados, doenças, enfermidades e maldições foram colocadas em CRISTO, que morreu em nosso lugar, levando sobre ele tudo o que nos era contrário. DEUS é grande e poderoso, mas sempre está presente conosco para nos abençoar e salvar.
2. Onipotente, mas não ausente.
 
 
Nesta lição vimos que o debate entre Bildade e Jó assume alguns contornos teológicos muito relevantes. Bildade faz três discursos teológicos e em cada um deles põe em destaque a sua crença. Ele não crê na inocência de Jó e, por isso, atribui o seu sofrimento à existência do pecado. Assim, ele orienta Jó a viver segundo os ditames da tradição e, como consequência, o empurra para um moralismo de natureza apenas religiosa. Por último, quando quer exaltar a grandeza de DEUS a qualquer custo, acaba por criar um abismo intransponível entre o Criador e a criatura.
 
 
 
 
MAIS COMENTÁRIOS
Lição antiga CPAD - 2003
1º Semestre de 2003  -  O sofrimento dos justos e o seu propósito -  Pr. Claudionor de Andrade 
Lição 9 -  Bildade e a Teologia Da Prosperidade 
 
Texto Áureo:
“Mas buscai primeiro o Reino de DEUS, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão 
acrescentadas” (Mt 6.33).
BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA. Aqueles que seguem a CRISTO são conclamados a buscar acima de tudo o mais, o reino de DEUS e a sua justiça. O verbo buscar subentende estar continuamente ocupado na busca de alguma coisa, ou fazendo um esforço vigoroso e diligente para obter algo (cf. 13.45). CRISTO menciona dois objetos da nossa busca: (1) O Reino de DEUS devemos buscar diligentemente a demonstração da soberania e do poder de DEUS em nossa vida e em nossas reuniões. Devemos orar para que o reino de DEUS se manifeste no grandioso poder do ESPÍRITO SANTO para salvar pecadores, para destruir a influência demoníaca, para curar os enfermos e para engrandecer o nome do Senhor JESUS(ver estudo O REINO DE DEUS). (2) Sua justiça com a ajuda do ESPÍRITO SANTO, devemos procurar obedecer aos mandamentos de CRISTO, ter a sua justiça, permanecer separados do mundo e demonstrar o seu amor para com todos (cf. Fp 2.12,13)
Verdade Prática:
A verdadeira prosperidade é ter CRISTO no coração. Ele é o nosso supremo bem! Louvado e 
bendito seja o Cordeiro de DEUS! 
A verdadeira prosperidade é ser canal de DEUS para abençoar os outros, isso implica em ser abençoado também, pois quem planta sempre colhe e quem planta boas sementes em bons terrenos, sempre colhe bons frutos.
Leitura Diária:
Segunda Sl 30.6 A prosperidade pode gerar presunção Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais.
NA MINHA PROSPERIDADE. Sob a segurança da prosperidade, o salmista supunha que pela sua riqueza e sucesso ele se tornara tão forte que nada poderia destruir a sua prosperidade. DEUS, então, retirou a sua mão protetora, o que lhe resultou em problemas graves e desamparo na sua vida, levando-o a sentir a necessidade do constante cuidado e presença de DEUS (vv. 8-10). Todo crente que confia em si mesmo, e nas coisas temporais, e que na sua vida não dá o primeiro lugar a DEUS e ao seu reino, é aqui advertido nas palavras deste salmo.


Terça  Sl 73.3 A prosperidade pode gerar inveja
Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.
O salmista, um fiel servo de DEUS (vv. 1,13), ficou desanimado ao comparar as suas aflições com a evidente prosperidade e felicidade de muitos ímpios (vv. 2,3). Porém, DEUS restaura a confiança do salmista nEle e nos seus caminhos, ao revelar o fim trágico dos ímpios e a verdadeira bênção dos justos (vv. 16-28).


Quarta Pv 1.32 A prosperidade pode gerar destruição
Porque o desvio dos simples os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá.
O livro de Provérbios frisa que DEUS estabeleceu padrões absolutos do certo e do errado; ignorar isto resultará em tragédia em nossa vida. Uma das maiores verdades que se pode aprender durante a juventude é que realmente ceifaremos aquilo que semearmos (Gl 6.7-9). O preço que acabamos pagando pelo pecado é a angústia, o sofrimento e, até mesmo, a destruição (v. 27).


Quinta Jr 22.21 A prosperidade pode gerar apostasia
Falei contigo da tua prosperidade, mas tu disseste: Não ouvirei. Este é o teu caminho, desde a tua 
mocidade, pois nunca deste ouvidos à minha voz.
Jeremias exortou Salum, rei de Judá (v. 11) a praticar a justiça e a retidão, e a ajudar os oprimidos e necessitados. Se o rei tão-somente procedesse assim, não sofreria a desolação descrita nos versículos 6-9; Foi a prosperidade que destruiu a vida e o reinado de vários reis de Israel, Zedequias e Jeoaquim, que não souberam ajudar e amparar os mais necessitados, tirando DEUS o reinado dos tais.


Sexta 1 Co 16.2 A prosperidade e a sua utilidade no reino de DEUS
No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar.
No cap. 16 Paulo dá instruções para a coleta a favor dos crentes pobres em Jerusalém, fala dos seus planos futuros e dos seus cooperadores no trabalho do Senhor.
No Domingo os irmãos deveriam separar uma oferta especial para ajudar aos irmãos judeus que estavam passando por necessidades em Jerusalém, pois o número de crentes havia aumentado muito e estava também acontecendo perseguições e escassez de chuvas.


Sábado Ec 7.14 A prosperidade deve ser desfrutada com temor
No dia da prosperidade, goza do bem, mas, no dia da adversidade, considera; porque também DEUS fez este em oposição àquele, para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele.
ATENTA PARA A OBRA DE DEUS. Salomão nos conclama a perseverar no atingimento dos alvos ditados por DEUS (cf. Fp 3.13,14), percorrendo o caminho que Ele traçou, seja áspero ou suave. Quando o crente assim faz, DEUS opera através dele, o qual se regozija na prosperidade e aprende a confiar em DEUS na adversidade. Como o apóstolo Paulo, devemos aprender a estar contentes - quer na abundância, quer na necessidade (Fp 4.12).

Leitura Bíblica Em Classe - MATEUS 6.25-32
25 Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? 28 E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. 29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Pois, se DEUS assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? 31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? 32 (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
 
Objetivos:
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Sintetizar a teologia de Bildade.
Teologia da Prosperidade.
2- Justificar, biblicamente, a improcedência da Teologia da Prosperidade.
REFUTAÇÕES BÍBLICAS DO “EVANGELHO DA PROSPERIDADE”
Heresia segundo a qual o crente "deve ser rico", “sempre ter saúde”, senão não está abençoado.. Dizem que por ser filho de DEUS, temos o "direito" de termos o que quisermos! Vejamos as refutações bíblicas:
 
Comentários:
 
INTRODUÇÃO
OS AMIGOS DE JÓ
 É a partir do Cap. 2:11-13 que entram em cena os “amigos de Jó”: Elifaz, Bildade e Zofar, os quais foram condoer-se dele e consolá-lo. E o interessante é que eles choraram muito e ficaram sete dias e sete noites, sem pronunciar palavra alguma. Isto também acontece em nossos dias, quando sabemos de irmãos que estão passando por provações; procuramos chorar com eles e levar-lhes alguma palavra de consolo. Mas os amigos de Jó, após verem a sua situação deplorável, passado aquele momento de comoção e pesar e vendo o estado de Jó piorar, começaram a procurar uma justificativa para o que estava acontecendo. Estavam agora, agindo pela razão. Não está errado o cristão procurar saber de DEUS o porquê das coisas, desde que não esqueça de reconhecer sua soberania , onisciência, justiça, amor, etc, pois somos muito limitados para entender as coisas de DEUS. O Apóstolo Paulo em Ef 3:10 fala da multiforme sabedoria de DEUS, o qual tem muitas maneiras de realizar os seus planos em nossas vidas. Formas que geralmente não entendemos , assim como Jó e seus amigos não entenderam.
Todavia, Elifaz, procura como um filósofo a causa de Jó estar passando por tantos infortúnios, tendo por base suas próprias experiências (Jó 4:7,8). Em suma ele conclui que Jó precisava submeter-se a DEUS para que fosse abençoado, caso se arrependesse (Jó 5:17,27).
De forma maravilhosa DEUS fala, através do profeta Jeremias (9:24) “ Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me CONHECER e SABER que eu sou o SENHOR...” Conhecer a DEUS é muito mais profundo do que imaginamos. Ele não está limitado em sua maneira de agir com os seus servos. Ele prova a quem quer e como quer. Às vezes agimos como Elifaz baseados em experiências anteriores, somente, e não percebemos o que DEUS está fazendo. Temos a tendência de julgarmos as pessoas e dizermos que elas estão em tal situação por que fizeram isto ou aquilo ou deixaram de fazer isto ou aquilo. Não nos restam dúvidas que há exemplos no contexto bíblico que são incontestáveis. Que o homem colherá aquilo que ele semear, que há enfermidades provenientes de pecado, que alguns crentes estão em situações difíceis por negligência espiritual, etc. Porém o livro de Jó nos traz exceções. Pois DEUS permitiu que Satanás tocasse na família e vida daquele que era íntegro, reto e temente a DEUS (Jó 1:8).
Retornando ao relato de Elifaz, todo aquele sentimento demonstrado anteriormente, transforma-se em acusações contra Jó (6:14,29) E vale destacar que Elifaz é o mais brando do que os outros.
Pr. Pedro Júnior


I. QUEM FOI BILDADE
Este amigo de Jó era Suíta. Morador de Canaã. Suíta quer dizer morador de Suá, território ou principado nos arredores de Israel, na época Canaã.
 
 


II. A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

1. O que é a Teologia da Prosperidade.
 
Há até pelo menos duas décadas, a pregação evangélica, principalmente pentecostal, enfatizava que os cristãos não deveriam se apegar às riquezas materiais, aos interesses terrenos e que os problemas da vida, como enfermidades, perseguições, falta de dinheiro, eram provações divinas.
A afirmação que melhor resume a Teologia da Prosperidade é a que o cristão deve ser próspero financeiramente e viver sempre livre de qualquer enfermidade. Quando isto não acontece, é porque ele deve estar vivendo em pecado, não tem fé ou está vivendo sob o domínio do diabo.
 
***OS ASTROS DA Teologia da Prosperidade ou CONFISSÃO POSITIVA
1 - Quem são os principais pregadores da Teologia da Prosperidade no Brasil?
R.R. Soares, Edir Macedo, Cássio Colombo, Jerônimo Onofre da Silveira, Cristiano Netto, Jorge Linhares, Rinaldo de Oliveira, Robson Rodovalho
2 - O que esses pregadores estão ensinando?
Estão ensinando que todos os cristãos devem ser ricos financeiramente, ter o melhor salário, a melhor casa, o melhor carro, uma saúde de ferro, e afirmando que toda enfermidade vem do diabo. E que se o cristão não vive essa vida pregada por eles, é falta de fé ou que há pecado em sua vida.
 
A soberania de DEUS é a doutrina que afirma que DEUS é supremo, tanto em governo quanto em autoridade sobre todas as coisas. Entretanto, nos círculos da Confissão Positiva, ela não é levada muito a sério. Verbos como exigir, decretar, determinar, reivindicar, muitas vezes substituem os verbos pedir, rogar, suplicar, etc.
 
2. A doutrina de Bildade.
Bildade justificava as tragédias ocorridas com seu amigo Jó, acusando-o de haver falhado em sua obediência a DEUS e queria provar que DEUS só abençoa aqueles que lhe são fiéis e amaldiçoa aqueles que falham.
A fim de fundamentar a sua doutrina, evoca Bildade o testemunho dos antigos: “Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.8,9).
 
3. A falácia de Bildade. 
A doutrina de Bildade é recheada de verdades e mentiras misturadas de modo a enganar aos incautos e faltos de sabedoria. Assim são as modernas músicas "evangélicas" com letras bíblicas e mundanas e sons santos e profanos; e Pregações shows, que trazem ocultamente a maligna Teologia da Prosperidade que tem feito ricos pobres da´presença de DEUS e dos pobres, ricos sem DEUS.
1 Tm 6.10 Porque o [amor ao dinheiro] é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

III. AS CONTRADIÇÕES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Orientação Didática
Em seu livro “O que está por trás do G12”, pastor Paulo César Lima apresenta quatro equívocos da Teologia da Prosperidade. Destaque os pontos abaixo e identifique as divergências entre eles e a Bíblia. Consulte todas as referências.
1) “A Teologia da Prosperidade declara que DEUS não diz ‘não’ às orações de seus filhos.” (Ler Dt 3.23-29; 2 Sm 12.15-23; 2 Co 12.7-9.)
2) “A Teologia da Prosperidade diz que devemos orar apenas uma vez por alguma coisa. A oração repetida significa falta de fé.” (Ler Mt 26.44; 2 Co 12.8; Gn 25,21; Lc 1.13.)
3) “A Teologia da Prosperidade ensina que sofrimento significa falta de fé.” (Ler 2 Co 4.8,9; 11.23-29.)
4) “A Teologia da Prosperidade afirma que pobreza não combina com nossa posição de filhos 
do Rei.” (2 Co 8.9; Tg 5.1,6; 2 Tm 6.9,10,17-19.)


Se Bildade viveu num período anterior ao patriarca Abraão, como acreditamos, que exemplo poderia ele apresentar dos antigos, para que a sua doutrina fosse devidamente justificada?

1. A prosperidade material. Sl 73.1-10 = Os Ricos são ímpios em sua grande maioria, porque para ficar rico o homem quase sempre tem que roubar, matar, destruir e mentir, o que é larga e fartamente ensinado por satanás; portanto não é verdade que só os fiéis a DEUS é que são "Prósperos" financeiramente.

2. As provações dos justos. Sabemos que muitos servos de DEUS passaram por pobreza e até pobreza extrema como é o caso de José, Elias, Amós e Lázaro e até os apóstolos; então, como não podemos colocar à prova a fé dos mesmos, concluímos que também os crentes fiéis passam por situações difíceis.

3. A evidência de uma vida piedosa. Creio que DEUS tem um plano para cada um de nós desde que nos submetamos a ELE. Assim DEUS chama uns para serem pobres e na sua pobreza fazer uma grande obra pra ELE; enquanto também chama pessoas de classe média e alta para O servir. Também vemos que ELE chama ricos e os faz pobres, como chama pobres e os faz ricos, tudo está em Seus planos e o que temos que fazer é nos submeter a eles sem murmuração.
Paulo talvez fosse rico antes mas depois que teve contato com CRISTO viveu sem riquezas: Fp 4:11-12 "... aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas tenho experiência, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade". I Co 4:11-14 "até a presente hora sofremos forme, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos ... mas admoesto-vos como filhos amados". Paulo era um homem sem fé? fraco? débil?

IV. A JUSTA PORÇÃO DE AGUR

A Teologia da Prosperidade é diabolicamente perversa e mentirosa, porque induz os filhos de DEUS a buscar a riqueza, por concluírem ser esta tão importante quanto a salvação. 

1. A teologia da miséria. Existe a "teologia da miséria" pregada por algumas religiões, que visa a salvação através do sofrimento, o que não está correto pois sendo assim, todos os pobres miseráveis e sofredores seriam salvos sem o sacrifício vicário de CRISTO.
Jó não era justificado nem pela sua riqueza de antes e nem pela sua pobreza de agora e sim pela sua fé num redentor que esperava ele, vir em sua ajuda.
Ef 2.8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie.

2. A porção de Agur. 
“Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, 
porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de DEUS” (Pv 30.7-9).
Veja o que o ESPÍRITO SANTO nos ensina sobre o desejo de se tornar rico, usando o apóstolo Paulo:
1 Tm 6.9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.


CONCLUSÃO
REFUTAÇÕES BÍBLICAS DO “EVANGELHO DA PROSPERIDADE”
Heresia segundo a qual o crente "deve ser rico", “sempre ter saúde”, senão não está abençoado.. Dizem que por ser filho de DEUS, temos o "direito" de termos o que quisermos! Vejamos as refutações bíblicas:
      
1.    Salomão não pediu riquezas... 1 Rs 3.9
2.    O mendigo Lázaro era salvo, porém... Lc 16.20-23
3.    JESUS não tinha onde reclinar a cabeça: Mt 8.20
4.    Paulo viveu em constante pobreza: Fp 4.11
5.    Porque JESUS pediu ao rico para desfazer-se dos bens? Lc 18.22
6.    Os que querem ficar ricos caem em tentações: 1 Tm 6.9
7.    Não podemos servir a DEUS e as riquezas: Lc 16.13
8.    Igreja Apostólica não tinha membros que se diferenciassem entre si nas posses: At 2.44-45
9.    A recomendação para  os  discípulos: não ter 2 túnicas...Mt 10.9-10
10. A pobreza como honra ("o irmão de condição humilde"... Tg 1.9)
11. A oração que não é atendida: para gastar no luxo: Tg 4.3
12. "Transformação dos elementos?". Onde? Na Bíblia? A alquimia  é uma forma de feitiçaria! Ex 22.18, Ap 21.8
13. Na oração do Pai Nosso não há indicação de  pedirmos  além  do necessário ("de cada dia..." Mt 6.11)
14. A colheita de cem por um é de natureza espiritual! Mt 13.23
15. A Bíblia exorta a procurar os melhores dons (1  Co  12.31),  a buscar a DEUS e Seu Reino (Is 55.6, Mt 6.33), etc. Não há  passagem recomendando o acúmulo de bens (veja Pv 30.8-9, Sl 62.10,  1ì Tm 6.8)
16. O servo de Eliseu pegou lepra pela cobiça... 2 Rs 5.20-27
17. Cobiça como pecado: Lc 12.15-21, 1 Jo 2.16
18. "Não amar as coisas do mundo", significa não desejá-las!1  Jo .15
19. "Não ajunteis tesouro na terra..." Mt 6.19
20. José e Maria eram humildes. Sua oferta de sacrifício no templo foi um par de rolas (Lc 2.22-24), a mais simples oferta (veja  Lv 12.6-8)
21. A fascinação da riqueza sufoca o  crescimento  espiritual Mc 4.19
22. O amor ás riquezas, raiz dos males 1 Tm 6.10
23. Riqueza como serviço: 1 Tm 6.17-19
24. Pedro e João não tinham oferta para dar ao paralítico: At 3.6
25. Transitoriedade e vaidade (Pv 23.5, Ec 2.18, 5.10)
26. Pobres no mundo, mas ricos para DEUS (Tg 2.5)
27. Moisés abandonou sua riqueza e "status", para servir a DEUS  e ao Seu povo Hb 11.24-26
28. Prosperidade como resultado da obediência, e não  dos  "direitos": Dt 7.12-13, 11.13-15, etc.
29. A cobiça levou o povo de Israel a desobedecer e ser  derrotado: Js 7.1-26
30. DEUS usou Gideão, da família mais pobre de Manassés, para  libertar Israel: Jz 6.15
31. Jó, um justo, passou por um período de pobreza total: Jó 1.9-12
32. "Ganhar o mundo inteiro" ou "perder sua alma"? (Mc 8.36). Veja também Lc 12.34
     33. Qual o objetivo do evangelho? Prosperidade ou  salvação?  Veja Jo 20.31  
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REVISTA ORIGINAL CPAD - LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS E ADULTOS
 1º Trimestre de 2003 - Título: O sofrimento dos justos e o seu propósito
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 9: Bildade e a Teologia da Prosperidade - Data: 02 de Março de 2003
 
TEXTO ÁUREO
“Mas buscai primeiro o Reino de DEUS, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
 
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade é ter CRISTO no coração. Ele é o nosso supremo bem! Louvado e bendito seja o Cordeiro de DEUS!
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Sl 30.6 A prosperidade pode gerar presunção
Terça — Sl 73.3 A prosperidade pode gerar inveja
Quarta — Pv 1.32 A prosperidade pode gerar destruição
Quinta — Jr 22.21 A prosperidade pode gerar apostasia
Sexta — 1Co 16.2 A prosperidade e a sua utilidade no reino de DEUS
Sábado — Ec 7.14 A prosperidade deve ser desfrutada com temor
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 6.25-32.
25 — Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? 26 — Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27 — E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? 28 — E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. 29 — E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 — Pois, se DEUS assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? 31 — Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? 32 — (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas.
 
PONTO DE CONTATO
 Se Jó era um homem reto diante de DEUS, não tinha com que se preocupar, pois o futuro reservar-lhe-ia muita prosperidade e alegrias. Só os ímpios, aqueles que vivem sem DEUS, conhecem a calamidade absoluta, dizia Bildade em seu austero discurso. Entretanto, descobrimos em Bildade dois graves defeitos que bastam para invalidar todas as suas palavras, tornando-as mais do que inúteis para Jó.
Em primeiro lugar, falta-lhe aquela simpatia pela qual Jó ansiava. Trágica falta! A conclusão de que a família de Jó morrera vitimada por um castigo divino, era como uma espada a traspassar um coração já exausto de dor e de angústia. Em segundo lugar, Bildade estava totalmente enredado nas malhas da tradição. Isto já aconteceu com você? Gostaria de ser consolado por um amigo semelhante a este?
 
OBJETIVOS
Sintetizar a teologia de Bildade.
Justificar, biblicamente, a improcedência da Teologia da Prosperidade.
 
SÍNTESE TEXTUAL
A ideia de que a salvação traz consigo riquezas materiais não tem fundamento bíblico embora seja um pensamento antigo, haja vista a arguição de Bildade.
DEUS trata com cada um segundo o seu querer e, seu querer é que todos sejam prósperos. Se não for assim, como justificar a prosperidade de pessoas que não servem a DEUS?
Se constitui maldade ver como em nossos dias associa-se muito facilmente pobreza a pecado na vida. Se observarmos bem, veremos de que lado está o pecado. E, com certeza, não é na vida dos filhos de DEUS, mas dos ricos deste mundo que se apressam em aumentar suas riquezas à custa do sacrifício e sofrimento dos menos favorecidos, impondo-lhes um jugo difícil de suportar.
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Em seu livro “O que está por trás do G12”, pastor Paulo César Lima apresenta quatro equívocos da Teologia da Prosperidade. Destaque os pontos abaixo e identifique as divergências entre eles e a Bíblia. Consulte todas as referências.
1) “A Teologia da Prosperidade declara que DEUS não diz ‘não’ às orações de seus filhos” (Ler Dt 3.23-29; 2Sm 12.15-23; 2Co 12.7-9).
2) “A Teologia da Prosperidade diz que devemos orar apenas uma vez por alguma coisa. A oração repetida significa falta de fé” (Ler Mt 26.44; 2Co 12.8; Gn 25,21; Lc 1.13).
3) “A Teologia da Prosperidade ensina que sofrimento significa falta de fé” (Ler 2Co 4.8,9; 11.23-29).
4) “A Teologia da Prosperidade afirma que pobreza não combina com nossa posição de filhos do Rei” (2Co 8.9; Tg 5.1,6; 2Tm 6.9,10,17-19).
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas do Século 20, as igrejas evangélicas foram tomadas por uma teologia que acabou por substituir a verdadeira adoração a DEUS por um espírito meramente comercial. Referimo-nos à pervertida e ímpia Teologia da Prosperidade.
Esse arremedo de doutrina levou os fiéis a inverterem os mais caros valores de sua fé: o mais importante, agora, para milhões de filhos de DEUS não é o ser; e, sim: o ter. Dessa forma, as pessoas, em nossas igrejas, começaram a ser julgadas não pelo que eram, mas pelo que tinham.
Desse modo foi o patriarca Jó avaliado por seu amigo Bildade que, nesta lição, representa a Teologia da Prosperidade.
I. QUEM FUI BILDADE
Também não possuímos muitas informações acerca de Bildade. Limita-se a Bíblia a informar que este amigo de Jó era um suíta. Certamente morava ele em Canaã, onde Suá, à semelhança de Temã, era um daqueles pequenos reinos ali estabelecidos.
No Livro de Jó, temos três discursos de Bildade, que se encontram nos capítulos 8, 18 e 25.
II. A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
1. O que é a Teologia da Prosperidade. É a doutrina, segundo a qual o crente, por ser filho de DEUS, jamais passará por agruras financeiras, pois foi ele destinado a viver de maneira regaladamente pródiga, sem ter de se defrontar com as carências materiais comuns a todos os seres humanos.
2. A doutrina de Bildade. Como predecessor da Teologia da Prosperidade, acreditava Bildade que, se Jó estava sofrendo e já nada possuía, era porque pecara contra o Senhor. Pois somente são atribulados aqueles que desobedecem a DEUS. Logo: os que o obedecem, acham-se em larguezas e profusões.
A fim de fundamentar a sua doutrina, evoca Bildade o testemunho dos antigos: “Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.8,9).
3. A falácia de Bildade. Quão falacioso e sofistico era Bildade! Além de brincar com as palavras e jogar com raciocínios aparentemente válidos, ousa invocar até o depoimento dos antigos. Não agem assim os modernos proponentes da Teologia da Prosperidade? Na defesa deste aleijão doutrinário, torcem as Sagradas Escrituras, brincam com a verdade, fazem uso de subterfúgios lógicos e até citam, fora de seu contexto, o testemunho dos antepassados (2Pe 3.16).
III. AS CONTRADIÇÕES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Se Bildade viveu num período anterior ao patriarca Abraão, como acreditamos, que exemplo poderia ele apresentar dos antigos, para que a sua doutrina fosse devidamente justificada?
1. A prosperidade material. De acordo com a História Sagrada, os ímpios vêm prosperando materialmente muito mais do que os justos (Sl 73.1-10). O que dizer da civilização inaugurada pelo homicida Caim? A cidade por ele fundada era, tecnologicamente, avançadíssima (Gn 4.17-22). Enquanto isso, nem notícia temos do progresso alcançado pelos filhos do piedoso Sete. Que riquezas lograra Enoque? Ou Noé? Ou ainda Sem? Enquanto isso, iam os descendentes do indecoroso e irreverente Cão fundando grandes impérios: Líbia, Egito, Etiópia e os domínios de Canaã (Gn 10.1-20).
2. As provações dos justos. A História Sagrada, no registro dos fatos que ocorreram após a era de Bildade, fala de alguns homens que, apesar de sua comprovada e singular piedade, foram submetidos às piores agruras. Se Abraão, Isaque e Jacó foram abençoados com grandes riquezas, José foi vendido como escravo, e como escravo viu-se constrangido às mais inumanas humilhações (Gn 37.26-36). Elias, Amós e Lázaro vivenciaram necessidades básicas. O primeiro viu-se na contingência de nutrir-se do que lhe traziam os corvos (1Rs 17.5-7). O segundo, como boieiro, alimentava-se de sicômoros (Am 7.14). E o terceiro, além da extrema pobreza, fora coberto por uma terrível chaga; e, assim, abandonado por todos, comia das migalhas que caíam da mesa do rico (Lc 16.20-25).
3. A evidência de uma vida piedosa. Não quero, com isso, ressaltar a pobreza como evidência de uma vida plena de DEUS, como não o é também a riqueza. Pois, se nas Sagradas Escrituras há ricos piedosos, há também pobres incrédulos e nada tementes a DEUS.
Temos de agir com equilíbrio e discernimento, pois os extremismos teológicos, quer à esquerda, quer à direita da Bíblia, são nocivos. Logo: que ninguém seja julgado pelo que tem, mas pelo que é (Mt 5.16; 1Tm 5.25; Tg 1.26,27). Quer DEUS nos conceda riquezas, quer nos deixe experimentar necessidades, tenhamos sempre em mente que Ele é soberano e, como tal, sabe tratar com seus filhos (Jr 18.1-6). Habacuque e Paulo sabiam viver na abundância, e não se perturbavam na privação (Hc 3.17-19; Fp 4.10-13).
IV. A JUSTA PORÇÃO DE AGUR
A Teologia da Prosperidade é diabolicamente perversa e mentirosa, porque induz os filhos de DEUS a buscar a riqueza, por concluírem ser esta tão importante quanto a salvação. Alerta Paulo, contudo, que, os que porfiam por serem ricos, cairão em muitas ciladas (1Tm 6.9). O mesmo apóstolo ainda alerta ser o amor ao dinheiro a raiz de todos os males (1Tm 6.10).
1. A teologia da miséria. Não queremos urdir uma teologia da miséria, como se esta fosse suficiente para conduzir-nos aos céus. Se o fizermos, cairemos nas mesmas heresias daqueles monges que, com os seus votos de pobreza, supunham ter já conseguido a riqueza celeste. Assim como há ricos piedosos, e Jó, entre todos os ricos, pontificava por sua singular integridade, há também pobres ímpios e inimigos de DEUS — e não são poucos!
2. A porção de Agur. Como buscar este equilíbrio? Encontrá-lo-emos na petição que, certa vez, um homem chamado Agur endereçou a DEUS: “Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de DEUS” (Pv 30.7-9).
Noutras palavras, rogava Agur ao Senhor o pão nosso de cada dia (Mt 6.11).
Atentemos também a esta recomendação do Senhor JESUS em Mateus 6.25.
E vejamos o que ainda diz Paulo em 1 Timóteo 6.7,9.
CONCLUSÃO
Então, a que conclusão chegamos? É prejudicial ao crente possuir riquezas? Todavia, se a não usarmos para minorar o sofrimento de nossos irmãos, impiamente agimos. Por isso deve o irmão rico gloriar-se em seu abatimento (Tg 1.9).
Por conseguinte, quer pobres, quer ricos, gloriemo-nos sempre em DEUS, pois Ele fez tanto um quanto outro. Além disso, não disse o Senhor que sempre haverá pobres na terra? (Dt 15.11). Eis porque deve o rico ajudar o pobre, a fim de que todos tenham o necessário para viver.
Que nenhum Bildade venha, pois, julgar os que, à semelhança de Jó, passam por dificuldades. A riqueza e a pobreza não podem servir de referenciais para se julgar a ninguém.
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES - Subsídio Teológico
“Um famoso profeta da prosperidade uma vez pregou essa mensagem, até que foi vítima dum imprevisto: perdeu tudo. O brilho, o glamour e o ouro, tudo se desvaneceu. Esvaíram-se, igualmente, as multidões que o ovacionavam. Quase da noite para o dia suas riquezas foram substituídas por trapos. Desnudado de seu status como astro, viu-se sozinho com as Escrituras, as quais devorou com santo apetite:
‘Passei meses lendo a palavra dita por JESUS. Eu as escrevi por muitas e muitas vezes. Se você aceitar o conselho inteiro da Palavra de DEUS não há como interpretar as riquezas ou as coisas materiais como um sinal da bênção de DEUS… já pedi a DEUS que me perdoasse… por haver pregado a prosperidade terrena’.
Contrito, ele confessou que ‘muitos hoje acreditam que a evidência da bênção de DEUS sobre eles seja um carro novo, uma casa, um bom emprego e riquezas’. Isso, ressaltou, está longe de ser verdade. JESUS não ensinou que as riquezas são um sinal da bênção de DEUS… JESUS disse: ‘Estreito é o caminho que conduz à vida e são poucos os que entram por ele’”. (Cristianismo em Crise. CPAD, pp.232,233).
 
GLOSSÁRIO
Arremedo: Cópia, imitação.
Evocar: Trazer à lembrança, à imaginação.
Indecoroso: Não decoroso; indecente, indigno, vergonhoso.
Minorar: Abrandar, suavizar, atenuar, aliviar, mitigar.
Monge: Frade ou religioso de mosteiro.
Pontificar: Falar ou escrever com ênfase, em tom categórico.
Predecessor: Antecessor.
Profusão: Superabundância.
Regaladamente: Farta, abundante e sobejamente.
Sofístico: Relativo a sofisma; que emprega sofismas.
Subterfúgio: Ardil empregado para se esquivar a dificuldades; pretexto, evasiva.
Urdir: Compor, criar, imaginar cavilosamente.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
As Chaves do Sucesso Financeiro. Benjamim de Souza, CPAD.
Cristianismo em Crise. Hank Hanegraaff, CPAD.
O Crente e a Prosperidade. Severino Pedro da Silva, CPAD.
 
 
Questionário 9 - De Ev. Luiz Henrique www.henriqueestudos.cjb.net :
Texto Áureo:
1- O que devemos buscar em primeiro lugar em nossa vida?
(     ) O Dinheiro     (     ) A Riqueza     (      ) O Reino De DEUS e Sua Justiça    (     ) A Felicidade
Verdade Prática:
2- Qual a verdadeira prosperidade?
(     ) Ter muitas casas     (     ) Ter muito dinheiro no banco     (     ) Ter CRISTO no coração
3- Quem é nosso supremo bem?
(     ) Nossa Família     (     ) Nossos amigos     (     ) JESUS CRISTO
Introdução:
4- Qual a pervertida e ímpia Teologia que tem invadido as igrejas evangélicas a partir do século vinte?
(     ) Da Modernidade     (     ) Da Prosperidade      (     ) Da confissão positiva
5- De que maneira as pessoas são julgadas segundo a Teologia da Prosperidade?
(     ) Todas Iguais     (     ) Pelo que têem     (     ) Pela Bíblia     (     ) Pelo Amor
Tópico I – Quem foi Bildade?
6- Sabendo que Bildade era Suíta, de onde vinha ele?
(     ) De Canaã     (     ) Do Japão     (     ) Do Egito     (      ) Da Etiópia      (     ) Do Iraque
Tópico II – A Teologia da Prosperidade:
7- De acordo com a teologia da Prosperidade o servo de DEUS que lhe é fiel, pode passar por aflições?
(     ) Sim      (     ) Não, nunca     (     ) De vez em quando     (     ) Sempre
8- Em que acreditava Bildade em relação ao sofrimento de Jó, qual seria o motivo?
(      ) Porque amava ao Senhor     (      ) Porque pecara contra o Senhor     (     ) Porque era fiel a DEUS
9- Como citam as escrituras os Teólogos da Prosperidade?
(     ) Com critério     (     ) Com respeito e reverência     (     ) Fora de seu contexto e com subterfúgios
Tópico III- As Contradições da Teologia da Prosperidade
10- Quem mais prospera materialmente, segundo a História Sagrada? (Sl 73.1-10)
(     ) Os Crentes     (     ) Os Justos      (     ) Os Justos     (      ) Os Pobres
11- Cite pelo menos 4 exemplos de Servos de DEUS que muito prosperaram financeiramente no Antigo Testamento:
a-__________________b-______________________c-____________________d-________________
12- Cite pelo menos 4 exemplos de Servos de DEUS que passaram por necessiadades financeiras no Antigo Testamento:
a-__________________b-______________________c-____________________d-________________
12- Complete:
Fl 4. 12 Sei passar________, e sei também ter _____________; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. 13 Posso _____________as coisas naquele que me fortalece.
Tópico IV – A Justa Porção de Agur
13- A que a Teologia Da Prosperidade Induz O Crente A Buscar?
(     ) A humildade     (     ) A pobreza     (     ) A riqueza     (     ) A Vida Simples
14- O que é tão importante quanto à Salvação para os adeptos da Teologia da Prosperidade?
(     ) A Alegria do ESPÍRITO SANTO     (     ) Conhecer a DEUS     (     ) A Riqueza
15- O que acontecerá com aqueles que porfiam, ou lutam para alcançarem riquezas, segundo Paulo? (1Tm 6.9)
(     ) Cairão em muitas ciladas     (     ) Ficarão muito felizes     (     ) Ficarão muito ricos e serão salvos
16- Qual a Raíz de todos os males? (1 Tm 6.10)
(     ) O homem     (     ) A mulher     (     ) O Amor ao Dinheiro     (     ) O Ódio      (     ) A Ira
17- O que prega a Teologia da Miséria?
(     ) A salvação pela pobreza aqui na terra    (     ) A condenação pela pobreza     (     ) A Condenação
18- Qual o pedido equilibrado de Agur a DEUS? Complete:
Pv 30.7 Duas coisas te peço; não mas negues, antes que morra:8 Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a ______________nem a_______________: dá-me só o pão que me é necessário;9 para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de ____________.
Conclusão:
19- Quem fez o rico e o pobre e quem disse que sempre haverá pobres na terra?
(     ) DEUS     (     ) O DIABO     (     ) Os Teólogos Da Prosperidade
 

VOCABULÁRIO
Deísmo: Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de DEUS, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada.
Moralismo: Doutrina ou comportamento filosófico ou religioso que elege a moral como valor universal, em detrimento de outros valores existentes.

PARA REFLETIR - A respeito de “A Teologia de Bildade: Se Há Sofrimento, Há pecado oculto?”, responda:
Como a teologia de Bildade pode ser classificada? A teologia de Bildade pode ser classificada em duas esferas: a dos maus e a dos bons.
O que DEUS já havia testemunhado de Jó? DEUS já havia testemunhado acerca da integridade e da justiça de Jó.
Para Bildade, por que desgraças se abateram sobre Jó? Para ele as desgraças sofridas por Jó ocorreram por causa da quebra da moralidade estabelecida.
Segundo a lição, qual o significado da palavra “redentor”? A palavra “redentor” traduz o hebraico goel e significa alguém que defendia um familiar quando este não podia fazer sua própria defesa.
Como DEUS deve ser visto conforme as Escrituras? DEUS não deve ser visto apenas em sua força, mas, sobretudo, por seu amor. Ele nunca exaltou seu poder e grandeza acima do seu amor. Ele não disciplina simplesmente porque é grande, forte e soberano, mas porque ama.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 83, p. 39. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 7 - 4 TRIMESTRE DE 2020
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Destacar o argumento de Bildade que contrastava o pecado com o caráter santo e reto de DEUS;
Explicar a concepção de Bildade que associava o pecado à quebra da moralidade religiosa;
Esclarecer a argumentação de Bildade que contrapunha a pequenez humana com a grandeza de DEUS.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
DEUS é reto e justo. Ele é santo. Nesta lição veremos a contraposição que Bildade faz do caráter de DEUS com o pecado humano. Logo, se DEUS é santo e justo Ele não compactua com o pecado oculto de uma pessoa. Essa é uma doutrina correta. A constatamos ao longo de toda a Escritura. Entretanto, a acusação de pecado oculto se aplicaria a Jó? O livro deixa claro que não. O problema de Jó não era o pecado oculto. Embora seu amigo Bildade o acusasse, ele estava certo de que não havia nada a esconder. O diálogo de Jó e Bildade deve nos levar a seguinte reflexão: os problemas que se abatem na vida dos servos de DEUS quase sempre não podem ser explicados de forma simplista.
 
PONTO CENTRAL - Quando há sofrimento não se quer dizer que há pecado oculto.
SÍNTESE DO TÓPICO I - DEUS é justo e reto; o ser humano é imperfeito
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para explicar melhor este primeiro tópico, é importante que você faça uma reflexão doutrinária acerca da justiça de DEUS e da imperfeição do ser humano. São duas áreas teológicas que estudamos nas disciplinas de Teologia (estudo de DEUS) e Antropologia Bíblica (estudo do homem). Dominar esses dois temas é muito importante para desenvolver o presente tópico com segurança. Para auxiliá-lo nessa tarefa sugerimos duas boas obras editadas pela CPAD: Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, organizada por Stanley Horton; Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé, de Stanley Horton e William W. Menzies.
 
SÍNTESE DO TÓPICO II - Não se pode admitir a subversão da ordem moral, mas Jó estava certo de que não havia subvertido nada.

SUBSÍDIO BÍBLICO TOP2
“Neste capítulo [18], Bildade disfere um segundo ataque contra Jó. No seu primeiro discurso (Jó 8), ele lhe tinha dado encorajamento para ter esperança de que tudo lhe sairia bem. Mas aqui não há uma palavra sequer sobre isto; ele ficou mais irritante, e está tão longe de ser convencido pelos argumentos de Jó que está ainda mais exasperado. I. Ele reprova Jó de maneira contundente, como sendo arrogante e inflamado, e obstinado na sua opinião (vv.1-4). II. Ele detalha a doutrina que tinha apresentado antes, a respeito da miséria dos ímpios e a ruína que os acompanha (vv.5-21). Aqui, ele parece, o tempo todo, se fixar nas queixas de Jó sobre a infeliz condição em que se encontrava, de que ele estava nas trevas, confuso, preso, aterrorizado, e apressando-se para deixar o mundo. ‘Esta’, diz Bildade, ‘é a condição de um homem ímpio; e, portanto, és um deles’. [...] Aqui Bildade dispara suas flechas, e também suas palavras amargas, contra o pobre Jó, sem pensar que, embora ele (Bildade) fosse um homem sábio e bom, neste caso estava servindo os desígnios de Satanás, contribuindo para a aflição de Jó” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.92).
 
SÍNTESE DO TÓPICO III - Bildade defende a majestade de DEUS, mas reforça o distanciamento dEle do ser humano.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“DEUS é Exaltado e o Homem é Abatido [25] (vv.1-6). Bildade deve ser elogiado aqui, por dois motivos: 1. Por não mais falar sobre o assunto sobre o qual ele e Jó divergiam. Talvez ele começasse a pensar que Jó estava certo, e então era justo não dizer mais nada sobre isto, como alguém que disputava pela verdade, ficaria satisfeito em ceder a vitória; ou, se ainda se julgasse certo, ainda assim sabia quando já tinha dito o suficiente, e não discutiria incessantemente pela última palavra. Talvez, na verdade, uma razão pela qual ele e os demais deixaram diminuir este debate foi o fato de que percebiam que Jó e eles mesmos não divergiam tanto em opinião como pensavam: eles reconheceram que os ímpios podiam prosperar por algum tempo, e Jó reconheceu que eles seriam destruídos, no final; quão pequena, então, era a diferença! Se os contendores entendessem melhor, uns aos outros, talvez se encontrassem mais próximos uns dos outros, do que imaginavam. 2. Por falar tão bem sobre o assunto em que ele e Jó estavam de acordo. Se tivéssemos os nossos corações cheios de pensamentos respeitosos e reverentes sobre DEUS e pensamentos humildades sobre nós mesmos, não seríamos tão propensos como somos a contender por questões de duvidosa controvérsia, que são assuntos intricados ou insignificantes” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.125).
 
 
Fontes consultadas e alguns comentários inseridos:
1- CD Da CPAD, Revista e BEP, Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
2- Livro Jó - Claudionor De Andrade - CPAD - www.cpad.com.br 
3- Introdução e Comentários de Francis I.Andersen - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - S.Paulo - SP
2º Impressão 05/1996  -  http://www.vidanova.com.br/ 
4- www.estudosbiblicos.com.br 
 
 
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