Responda conforme a
revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.
Comentário: Pr.
Elienai Cabral
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as
falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"_______________________ semanas estão determinadas sobre o teu povo e
sobre a tua ______________________ cidade, para extinguir a
transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a
justiça eterna, e ______________________ a visão e a profecia, e
______________________
o SANTO dos santos" (Dn 9.24).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
DEUS
______________________ os seus mistérios a quem reconhece a sua
______________________ e submete-se a sua vontade em amor e
_______________________.
COMENTÁRIO-INTRODUÇÃO
3- Diferentemente
dos capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel descreve qual
futuro?
( ) O futuro de
Israel.
( ) O futuro
do mundo.
(
) O futuro dos gentios.
I. DANIEL
INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19).
4- Qual o tempo
da profecia de Jeremias e em que tempo se cumpriria?
( ) Daniel, agora
um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob o domínio de
Artaxerxes.
( ) Daniel, agora
um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob o domínio de
Dario.
( ) O profeta
esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias e descobriu que a profecia
de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os
judeus.
( ) Logo este
tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim.
( ) Ao
compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a DEUS, pedindo-lhe o
cumprimento da promessa ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o
reino a Israel.
5- Como foi a
oração de confissão de Daniel pelos pecados de seu povo e seus (vv.
3-11, 20)?
(
) A oração de Daniel visava mostrar a DEUS a culpa de Israel.
( ) A oração de
Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa.
( ) Ele não
apenas informou a culpabilidade do seu povo, mas a sua própria também:
"pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos
rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos"
( ) A despeito da
sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de DEUS,
pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a
DEUS.
6- Como Daniel
reconheceu a justiça de DEUS em sua oração (vv.7,16)?
( )
O juízo de DEUS é como os acertos de contas humanos. A justiça
divina é paralela à justiça humana.
( ) A princípio,
como um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a
manifestação da justiça de DEUS contra o seu povo, mas ao mesmo tempo
ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina.
( ) Não podemos
confundir o juízo de DEUS com os acertos de contas humanos. A justiça
divina não é justiça humana.
II. DEUS REVELA O
FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27).
7- O que pode
significar o cálculo de setenta semanas (v.24)?
( ) Cada dia da
semana pode significar um dia profético; cada semana, um período de setenta anos.
( ) Daniel
confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel.
( ) Na Bíblia, o
número setenta ganhou um sentido profético.
( ) Cada dia da
semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos.
( ) As setenta
semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por
sete.
8- O que quer
dizer a expressão "setenta semanas"? Complete:
a) Explicação. O
versículo 24 afirma que DEUS determinou as ______________________
semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido
em três grupos: 1) ______________________ semanas (49 anos); 2)
______________________ e duas semanas (434 anos); 3)
______________________ (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo
(1). O início desta profecia deu-se com o decreto da
_______________________ de
Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se
trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a. C. (cf. Ne
2).
c) O segundo grupo
(2). É o período do ______________________ do Messias, JESUS de Nazaré
(vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi
novamente destruída através da liderança do general do exército romano,
_______________________,
em 70 d. C.
d) O terceiro (3).
Esta semana ainda não ______________________ (v.27). Compare o versículo
27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma
________________________ que ainda não se cumpriu. Esta última semana
refere-se, então, ao período que implicará o ______________________ do
Anticristo e o início do tempo de ________________________
para Israel.
9- Quais os três
príncipes mencionados na profecia de Daniel (vv.25,26)?
( ) O primeiro
príncipe é o Messias.
(
) O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o
santuário em 70 d. C., trata-se de Antíoco Epifâneo.
( ) O segundo
apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário
em 70 d. C., trata-se do general Tito.
( ) E o
terceiro
príncipe surgirá no futuro, na última semana profetizada por Daniel.
Este príncipe não é o Messias "tirado", mas certamente um
personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito.
Trata-se, portanto, do Anticristo.
10- Qual o
intervalo que precede a septuagésima semana (v.27)?
( ) O estudo das
Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a
septuagésima semana.
( ) A Bíblia
identifica este intervalo profético como "o tempo dos gentios".
( ) A Bíblia
identifica este intervalo profético como "o tempo do fim".
( ) A comunhão
espiritual entre judeus e gentios, mediante a salvação em CRISTO, formou
um novo povo para DEUS: a Igreja.
( )
Atualmente, estamos no tempo da graça de DEUS e temos de anunciar o ano
aceitável do Senhor para o mundo inteiro.
( ) Após o tempo
gentílico virá a última semana que, identificada pelas profecias
bíblicas, significa um tempo de Grande Tribulação.
( ) É neste tempo
que o "assolador", isto é, o "anticristo" ou "o homem do pecado" ou "o
homem da perdição", virá sobre a asa das abominações.
( ) Os sinais que
precedem a revelação dessa figura abominável estão ocorrendo por toda
parte.
( ) A Igreja de
CRISTO não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será
arrebatada antes do tempo da tribulação.
III. OS
PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27).
11- Quais os
propósitos da septuagésima semana?
( ) Revelar o
"homem do pecado", trazer as duas testemunhas de DEUS na Grande
Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
( ) Revelar o
"homem do pecado", trazer os 144 mil pregadores de DEUS na Grande
Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
( ) Revelar o
"homem do pecado", trazer os juízos de DEUS na Grande
Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
12- Como se dará
a revelação do "homem do pecado" (2 Ts 2.3)? Quem será esse personagem
do livro de Daniel?
( ) De acordo com
as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das
predições do versículo 27 de Daniel.
( ) A passagem
bíblica começa com o pronome "ele", também identificado como "o rei feroz"; "o chifre
grande"; "o animal terrível e espantoso".
( ) A passagem
bíblica começa com o pronome "ele", também identificado como "o rei de
cara feroz"; "o chifre pequeno"; "o animal terrível e espantoso".
( ) Em o Novo
Testamento, ele é identificado como "o anticristo" e "a
besta que saiu do mar".
( ) Apesar de
apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal.
( ) Trata-se de
um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua
diplomacia, astúcia e inteligência política.
13- Como será a
Grande Tribulação (Mt 24.15,21)?
( )
Durante esse período, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com CRISTO
na glória.
( ) O Anticristo
"fará uma aliança com muitos por uma semana. Note a expressão
"com muitos"!
( ) Esta quer
dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta
aliança não será unânime entre os judeus.
( ) O Anticristo
terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por
fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.
( ) A força
política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio,
isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo
será um período de falsa paz e harmonia.
( ) Surgirá um
tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo.
( ) Perseguição,
humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande
Tribulação.
( ) Antes de tudo
isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com CRISTO
na glória.
14- Como e quando
será revelada a vitória gloriosa do Messias?
( ) JESUS CRISTO,
o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda vinda visível
sobre o Monte das Oliveiras.
( ) JESUS CRISTO,
o Messias prometido, será revelado quando da sua terceira vinda visível
sobre o Monte das Oliveiras.
( ) O Rei
aniquilará por completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do
próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no
mundo todo.
( ) Esta é uma
mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenhamos medo, creiamos
tão somente! Breve JESUS voltará! Alegremo-nos nesta esperança!
CONCLUSÃO
15- Complete:
Vivemos um tempo de
incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as
______________________ bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de
se debruçarem sobre as Escrituras e estudá-las com
_______________________, graça e _______________________. Entretanto, a
Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto,
corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será
_______________________ aos nossos olhos.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada.
Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em
português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes.
Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM
CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
-
Pb Alessandro Silva
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP. @PrHenrique
04 dezembro 2014
Lição 10 - As Setenta Semanas, 2parte
II - DEUS
REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)
1. As setenta
semanas (v.24).
“setenta semanas
estão determinadas...” (9.24). A profecia ganha um sentido especial, porque
depois que Daniel descobriu que o profeta Jeremias, seu contemporâneo, havia
profetizado que o exílio de Israel duraria setenta anos, ele entendeu que
esse número tinha um significado especial (Jr 25.11-13; 19.10). Não se
tratava de um tempo aleatório, mas, de fato, significava um tempo especial
de anos que envolveria o seu povo Israel. O número setenta, então, ganha um
sentido escatológico, para significar, na linguagem bíblica, cada dia da
semana significando um ano, e assim, cada semana pode referir-se a um
período de sete anos. Portanto, as setenta semanas compreendem, a 70 x 7 =
490 anos. A contagem dessas setenta semanas teria o seu início a partir do
decreto de Artaxerxes (445 a.C.). No versículo 24 está escrito que estas
semanas “estão determinadas” por DEUS.
A profecia divide
as “setenta semanas” em três períodos distintos. O primeiro período de “sete
semanas”, é equivalente a 49 anos, ou seja, sete períodos de sete anos. O
segundo período seria de sessenta e duas semanas. Subtende-se que se trata
de 62 x 7= 434 anos. Essas sessenta e duas semanas, somadas às sete
primeiras semanas, chegariam ao tempo da restauração de Jerusalém até a
vinda do Messias. O terceiro período implica em “uma semana”, ou seja, sete
anos, quando haverá uma invasão do Anticristo e se iniciará um tempo de
tribulação para Israel. E o período denominado como o da “grande
tribulação”(9.27).
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 132-133.
Dn 9.24 “Setenta
semanas...” Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a
palavra “shabua”. Em hebraico “shabua” significa, literalmente, um “sete”.
Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também um “sete” de anos.
Precisamente nesta profecia tem o sentido profético de anos e não de dias.
(Ver Nm 14.34 e Ez 4.6). Assim sendo, estas “setenta semanas” são setenta
“grupos de sete anos”, ou seja, 490 anos. A grande profecia das setenta
semanas, visava, não somente ao “povo” mas também à restauração da cidade
que se encontrava em grande ruína. (Ver Ne 1.3). Seis acontecimentos
marcantes deviam acontecer no decorrer das setenta semanas escatológicas:
1)
Extinguir a transgressão, em grego é “anomia”, e significa “violação da lei,
desordem, anarquia; declínio para a margem esquerda ou direita da linha da
santidade”; tudo isso Israel tinha praticado em grau supremo e, segundo o
anjo intérprete, esta “transgressão” na vida da nação israelita não podia
ultrapassar a “septuagésima semana”.
2) Dar fim aos pecados. O termo
“pecado”, no grego, é “hamartia”, significa “tortuosidade” no sentido
próprio, e “errar o alvo” no sentido religioso. Segundo o anjo, o pecado
tinha de ser "tirado” da vida da nação, antes da introdução do reino milenar
de CRISTO. (Ver Rm 11.26).
3) Expiar a iniquidade. O termo “iniquidade” tem
sentido lato, tanto no Antigo como no Novo Testamento, como por exemplo: “rãshã”,
“ponêros”, “athesmos”, etc. Isso significa “desobediência, insubordinação”.
Essa iniquidade na vida de Israel seria “expiada”, de acordo com o texto em
foco, dentro dos limites das setenta semanas. Isso porém, não aconteceu por
desobediência de Israel, de não aceitar JESUS como seu Messias. (Ver Jo
1.11).
4) Trazer a justiça eterna. A “justiça eterna” do presente texto é a
“Justiça de CRISTO”, que ele ganhou na cruz. A promessa para Israel é que,
antes do reino milenar CRISTO será introduzido no mundo com essa “justiça”,
e a nação inteira desfrutará dela em plenitude.
5) Selar a visão e a
profecia. A “profecia” do texto em foco, sem dúvida, é a das setenta
semanas; ela precisava ser selada com seu cumprimento. Isso terá seu
cumprimento em plenitude, quando DEUS “restaurar o reino a Israel”. (Ver At
1.6).
6) Ungir o Santo dos santos. Em algum sentido, todos os templos, isto
é, o de Salomão; o de Esdras; o de Herodes, e o que será usado pelos judeus
descrentes sob a aliança com o Anticristo (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.4), e o
templo escatológico de Ezequiel (Ez caps. 40 a 48), todos são tratados como
uma só casa: a “casa de DEUS”. Assim, CRISTO purificou o “templo dos seus
dias”, embora construído (ou reconstruído) por um usurpador idumeu (Herodes)
para agradar aos judeus. A nova promessa, segundo o anjo, é de que este
“santuário” onde ficava o “Santo dos santos”, será “ungido” por CRISTO antes
que as setenta semanas expirem. Todas essas “seis coisas” terão seu
cumprimento pleno com o retorno de CRISTO a este mundo com poder e grande
glória, isto é, sete anos após o arrebatamento da igreja deste mundo. (Ver
Ap 1.7).
Severino Pedro
da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 178-179.
"Setenta semanas
estão determinadas sobre o teu povo..." (9.24). Circunstâncias e observações
sobre a profecia das setenta semanas:
a. Findaram-se os
70 anos e não ocorria o repatriamento dos judeus. (Ler Daniel 9.2; Jeremias
25.11,12; 29.10.)
b. Por que 70
anos de cativeiro e nem mais nem menos? Tratava-se de disciplina de Israel
por quebra deliberada dos preceitos divinos exarados em Levítico 25.3-5;
26.14, 33-35; 2 Crônicas 36.21. O cativeiro de Judá foi, em grande parte,
fruto da desobediência dos judeus quanto às palavras do Senhor, acima
exaradas. Vemos na passagem de Levítico que DEUS determinou a observância de
um ano sabático, ou de descanso, quando a terra descansava. Isso devia ser
observado cada 7 anos. Ora, durante os quase 500 anos que vão da monarquia
de Israel ao seu cativeiro, eles não cumpriram o preceito do Senhor.
Resultado: DEUS mesmo fez a terra repousar, mantendo seus maus "inquilinos"
fora por 70 anos. Ora, 70 anos é o total de anos sabáticos ocorridos no
espaço de 490 anos.
DEUS lida muito
bem com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta
que acabamos de mencionar.
c. As setenta
semanas da profecia em foco (9.24-27) são semanas de anos; não de dias. Eis
o porquê disso:
1) O original não
diz "semana", e sim "setes" ("setenta setes"). Quando se trata de semana de
dias, como em Daniel 10.2,3, é acrescentado, em hebraico, a palavra para
dias: "yamin".
2) É bíblica a
expressão "semana de anos". (Ler Levítico 25.8; Números 14.34; Ezequiel
4.7.) Aplicação prática de uma "semana de anos" (Gn 29.20,27).
3) Os seis
ditosos eventos preditos, a respeito de Israel, em 9.24, ainda não se
cumpriram.
4) Em 9.27, por
ocasião da última das setenta semanas, a Bíblia diz: "E ele fará firme
aliança com muitos por uma semana". É algo ridículo um pacto entre nações
por uma semana de dias, quando somente o protocolo e as celebrações muitas
vezes tomam mais de uma semana...
d) A
autenticidade desta profecia (9.24-27) foi atestada por JESUS, em Mateus
24.15, onde ele também mostra que a última das setenta semanas é ainda
futura, uma vez que o fato ali citado por JESUS ainda não ocorreu depois que
Ele proferiu aquelas palavras.
5. A divisão das
70 semanas em três grupos. A leitura da passagem (w. 24-27) mostra que as
semanas estão divididas em três grupos. Sendo semanas de anos, totalizam 490
anos. Os três grupos são: um de 7 semanas, um de 62, e um de uma.
Comparando-se
Apocalipse 12.6 com 13.5 vê-se que o ano bíblico ou profético é de 360 dias,
pois 1.260 dias dá 42 meses de 30 dias. Também em Gênesis 7.11 e 8.4 temos a
expressão "cinco meses", e, em 7.24 e 8.3, do mesmo livro, vemos que esses
cinco meses equivalem a 150 dias, ou seja, 5 meses de 30 dias, o que
significa anos de 360 dias na Bíblia. O calendário religioso de Israel era
lunar. A lua nova marcava o início dos meses, sendo essa uma ocasião
festiva. Esse ano era de 354 dias, mas nos fatos gerais e nas profecias era
arredondado para 360 dias. O calendário solar é posterior, e é relacionado
com as estações do ano.
a. O 1º grupo de
semanas - 7 semanas ou 49 anos (v. 25). Esse período começaria com a
expedição do decreto de reconstrução de Jerusalém, o qual foi baixado em 445
a. C. por Artaxerxes Longímano, de acordo com as maiores autoridades no
assunto. O capítulo 2 de Neemias descreve a ocasião desse decreto; Neemias
foi comissionado pelo rei para dar cumprimento a esse ato. De acordo com a
profecia em estudo, no fim dos 49 anos a cidade de Jerusalém estaria
reconstruída (ano 397 a.C.)
Houve dois
decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da
Bíblia confundem. Um em 457 a. C., de embelezamento do templo e restauração
do culto, a cargo de Esdras (Ed cap 7). O outro foi o da reconstrução dos
muros e, portanto, da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos
tratando - foi baixado o ato em 445 a. C. A partir daí, começaria a contagem
das setenta semanas proféticas.
b. O 2º grupo de
semanas - 62 semanas ou 434 anos (vv. 25,26). Nesse período surge o Messias
e é morto. A cidade de Jerusalém é destruída e há guerras até o fim. Os 434
anos vão de 397 a. C. até os dias da morte de CRISTO. Logo depois ocorreu a
destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d. C. Conforme o versículo 26,
após a morte de JESUS seguiu-se a destruição de Jerusalém. Assim, de acordo
com a profecia (v. 26), o Messias morreria antes da destruição da cidade, o
que de fato ocorreu.
Um retrospecto
histórico do nosso calendário. O nosso calendário, isto é, o que está em uso
entre nós, foi primeiramente organizado por Rômulo, tido como o primeiro rei
de Roma. Tinha dez meses. Numa Pompílio - outro rei de Roma -
acrescentou-lhe dois meses. Júlio César reformou-o posteriormente. Em 526 d.
C. Dionísio elaborou novo calendário, mas enganou-se nos cálculos,
resultando num erro de atraso de quase 5 anos. O ano 33 do atual calendário
corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente. (O limitado escopo
deste livro não permite um tratamento minucioso deste ponto, mas o estudante
que ignorar isso ver-se-á em complicações quando quiser situar a revelação
divina no tempo, quando lidar com os tempos do Novo Testamento.)
c. O 3º grupo de
semanas - o de uma semana, isto é, 7 anos (v.27). Esta semana é futura. Para
ver isso é bastante comparar o versículo 27 com as palavras de JESUS em
Mateus 24.15, que ainda não se cumpriram. Esta última semana não começará
enquanto Israel estiver fora da sua terra, disperso, o que pode ser visto no
versículo 26. No começo deste século, Israel iniciou a volta à Palestina e
continua o retorno.
Há um intervalo
de tempo entre 69º e a 70º semanas, indicado no versículo 26, pela expressão
"e até o fim". Neste intervalo (que já vai para mais de 2.014 anos), enquanto Israel
é rejeitado (ver Lucas 13.34,35), a Igreja é formada e arrebatada para o
Céu. Realmente, à luz de Daniel 9.24, a profecia das Setenta Semanas nada
tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostramos, no caso do
intervalo: "e até o fim".
Após o
arrebatamento da Igreja terá início então a 70º semana - os sete anos em que
ocorrerá a Grande Tribulação, a qual é descrita em detalhes em Apocalipse,
capítulos 6 a 18. É assombrosa a precisão da profecia bíblica!
6. Análise
resumida das Setenta Semanas. Essas semanas tratam das provações e
sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu Libertador
apareça, para que, como diz o final do versículo 24 da profecia em estudo,
os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna. Estas
"semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. "Sobre o teu povo [o povo
de Daniel], e sobre a tua santa cidade" (a cidade de Jerusalém - v. 24).
a. "Setenta
semanas estão determinadas". Terão seu fiel cumprimento, pois estão
determinadas por DEUS.
b. As seis coisas
preditas, que estão para acontecer durante as setenta semanas (ou 490 anos)
a Israel: 1) "fazer cessar a transgressão": o tipo de transgressão do seu
povo, que Daniel acabara de confessar em oração. 2) "dar fim aos pecados". O
sentido original é de reter, deter, restringir. O mesmo vocábulo original é
traduzido "tornar inativo" em Jó 37.7. 3) "expiar a iniquidade". A obra
realizada por CRISTO no Calvário operará então em favor de Israel. 4)
"trazer a justiça eterna". Isto terá lugar em Israel pela transformação
interior, conforme o que está escrito em Jeremias 31.33,34. 5) "selar a
visão e a profecia". Quando o povo andar em retidão, abandonando as suas
transgressões, a visão e a profecia podem ser seladas. (Ver Jeremias 31.34.)
6) "ungir o Santo dos santos". Certamente isto tem a ver com a purificação
do templo de Jerusalém que foi profanado pela "abominação desoladora"
mencionada em Daniel 11.31 e à qual se referiu JESUS em Mateus 24.15.
c. Estas seis
coisas, para terem lugar, necessário se faz que CRISTO venha e que Israel
seja restaurado e convertido.
Antônio
Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os
últimos dias. Editora CPAD.
2. Os três
príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26).
O primeiro
período contém “sete semanas” equivalentes a 49 anos literais, que começaram
ainda no reino de Artaxerxes, no mês de Nisã (abril) de 445 a. C. O seu
início deu-se a partir “da saída da ordem para restaurar e para edificar a
Jerusalém” (9.25). Nesse período de 49 anos (sete semanas) foram
reconstruídos os muros e a cidade de Jerusalém.
O segundo período
contém “sessenta e duas semanas” equivalentes a 434 anos literais (9.25).
Esse segundo período refere-se ao tempo do final da Antiga Aliança com
Israel até a chegada do “Ungido”, o Messias profetizado, revelado, porém
ultrajado e rejeitado pelo seu povo, foi morto e foi cortado (9.26).
O terceiro
período contém apenas “uma semana” equivalente à “sete anos” quando o
3°
príncipe”, identificado no Novo Testamento como “Anticristo” "Fará uma
aliança com muitos por uma semana” (9.27). Profeticamente, esta “última
semana” complementa as “setenta semanas profetizadas”. Entretanto, uma
vez
cumpridos os dois períodos de sessenta e nove semanas, resta, tão
somente, a
última semana. Independente das interpretações discordantes, o
pensamento pré-tribulacionista, entende que esse período de “uma semana”
chegará ao seu
cumprimento após um intervalo profético entre a 69a e 70a
semanas. Esse intervalo profético é identificado na Bíblia como “o tempo dos
gentios” quando a união entre judeus e gentios formaria um novo povo, a
igreja (Ef 2.12-16). Estamos vivendo esse tempo da igreja (1 Pe 2.9).
Outrossim, esse período de “uma semana” é, também, identificado pelas
profecias bíblicas como um tempo de “grande tribulação”, especialmente, para
o povo judeu. Nesse tempo virá “o assolador”(Anticristo), ou seja, “o homem
do pecado”, “o filho da perdição”, o “anticristo” que virá sobre “a asa das
abominações” (Dn 9.27).
A igreja de
CRISTO não entrará nessa fase das abominações praticadas pelo “homem do
pecado”, ainda que sintamos os sinais da sombra desse personagem, a igreja
será, antes, arrebatada. Os que esperam entrar na primeira fase da Grande
tribulação esquecem que só se justifica o arrebatamento da Igreja pelo fato
de que ela não conhecerá o anticristo, nem experimentará a força do seu
domínio no mundo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17).
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 134-135.
Dn 9.25 As
setenta semanas do capítulo em foco apresentam três divisões principais, e a
última semana está dividida em dois períodos de três anos e meio cada um.
a) “Sabe e
entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,
até o Messias, o Príncipe, sete semanas”. Aqui está o ponto de partida para
a contagem das setenta semanas: a saída da ordem”. São encontradas duas
ordens nesse tempo do cativeiro; a primeira foi promulgada por Ciro, rei dos
persas, e a segunda por Artaxerxes Longímano. Examinando Esdras 1.2, 3, fica
esclarecido que a primeira “ordem”, dada por Ciro, não foi para “restaurar e
para edificar Jerusalém”, e sim, para edificar o templo. (Ver 2 Cr 36.23; Ed
1.2). É evidente que a “ordem” referida por Gabriel não é a de Ciro e sim, a
de Artaxerxes, que a promulgou no dia 14 do mês de Nisã (abril) do ano 445
a. C., data da ordem para reedificação da cidade Santa (Ne cap. 2): durou
“sete semanas” segundo o calendário profético. Mas a construção levou 49
anos pelo calendário humano. (A frase 49 anos aparece também em Lv 25.8 com
sentido especial), b) “E sessenta e duas semanas: as ruas (praças) e as
tranqueiras (circunvalações) se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. O
primeiro período que começou no ano 445 a. C., terminou em 396 a. C. A
partir daí se iniciaria um novo período que cobriria um lapso de tempo de
434 anos, dando seqüência ao primeiro que foi de 49 anos. O segundo período
que é o das “sessenta e duas semanas” está ligado ao primeiro que, juntos,
somam 483 anos, tempo esse em que “as ruas e as tranqueiras” seriam
reedificadas, "mas em tempos angustiosos”. Esses tempos sombrios, marcam as
atrocidades sofridas por Israel debaixo do poder dos monarcas selêucidas, e
do domínio romano. Dentro deste período de 69 semanas, (483 anos), um fato
notável deveria acontecer: O nascimento do Messias, o Príncipe, e só depois
da morte do Messias é que viria o terceiro período: uma semana, c) “E ele
firmará um concerto com muitos por uma semana”. Essa terceira divisão seria
dividida em duas seções de três anos e meio cada. Ela se refere ao tempo
sombrio da Grande Tribulação. Observemos agora um cômputo geral das semanas:
vejamos desde seu ponto de partida até sua chegada, no Novo Testamento. A
primeira divisão é de 49 anos; a segunda de 434 anos; as duas somam 483
anos. O ponto de contagem dos 483 anos, foi marcado no ano 445 a. C. Se
somarmos os 49 a. C. com os 33 da vida de CRISTO, temos apenas, 478 e não
483 anos. Mas é evidente que, 69 semanas não são 478 anos, mas 483. A
predição dizia que o Messias, o Príncipe, seria morto no final das 69
semanas. (Ver v. 26), e realmente foi o que aconteceu. CRISTO morreu, como
sabemos, na 69ª semana. (Ver Lc 24.44). O nosso calendário atual teve sua
origem em Dionísio Exiguus, abade romano, tendo como ponto de partida a
fundação de Roma em 754 a. C. Segundo os anais da história deste império, na
hora da coroação de Rômulo, houve um eclipse lunar; os astrônomos calcularam
que esse eclipse teria ocorrido no ano 750 a. C. Há, portanto, uma diferença
de 4 anos não computados; isso é realmente o que lemos nas margens e rodapés
de nossas Bíblias: 4 anos antes de CRISTO. Observemos: de 445 a. C. a 33 d.
C. são 478 anos. De 1 a. C. a 1 d. C. é um ano. Este ano, junto aos 478, com
mais 4 não computados, soma exatamente 483 anos; assim, as profecias são
imortais e se combinam entre si em cada detalhe! A 69ª
semana terminou no dia 10 de Nisã (abril) - segunda-feira, quando JESUS
entrou em Jerusalém montado em um jumentinho e “chorou sobre ela”. (Ver Lc
19.41). Há apenas uma diferença de 4 dias, em virtude de 483 anos divididos
por séculos, teriam 119 anos bissextos, pois os anos proféticos não marcam
décadas, mas séculos. “A duração de um ano solar é de 365 dias e 1/4. Esta
fórmula não se acha primariamente nos livros; está descrita nos céus, na
mecânica celeste que rege os astros. O dia solar por exemplo, é o espaço em
horas e minutos em que a Terra faz uma revolução completa em torno do seu
eixo. A duração exata do dia solar é de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e
9/10 de segundos. Os anos hebraicos são de 12 meses, e os meses são de 30
dias. Notemos que, tanto os acréscimos em dias como a diminuição em horas e
minutos aqui são significativos; além disso, os anos contados em séculos
absorvem os anos bissextos.
“Em 4 séculos
temos um verdadeiro ano bissexto”. (Sir R. Anderson). Com o aumento de dias
em anos, e com a diminuição de horas em dias no que diz respeito à mecânica
celeste, e com a absorção dos anos bissextos pelos séculos, temos os 4 dias
computados pela mecânica divina. (Ver Jr 1.12). DEUS vela sobre os dias,
horas e meses e anos no cumprimento de suas predições (comp. Ap 9.15).
Dn 9.26 “E depois
das sessenta e duas semanas será tirado o Messias”. "... do príncipe, que há
de vir”. Dois príncipes são citados nos versículos 25 e 26; o primeiro está
seu nome escrito com “p” maiúsculo, enquanto que o segundo, com “p”
minúsculo. No versículo 25, o “Príncipe” escrito com “P” maiúsculo é chamado
também, o Messias. No versículo 27, o “príncipe” escrito com “p” minúsculo é
chamado “ele” que fará um concerto com muitos por uma semana. Aí surge
grande dificuldade entre os comentadores, se “ele” aí se refere a CRISTO ou
ao Anticristo. “Gramaticalmente falando, poderia referir-se a qualquer um,
porém, a presunção favorece o último por estar mais perto do pronome”. O
primeiro Príncipe (é CRISTO) aparecerá dentro das 69 semanas; o segundo,
porém, só na última semana. Observe bem a frase “e o povo do príncipe, que
há de vir, destruirá a cidade e o santuário”. O texto em foco, não diz que
“o príncipe” destruiria a cidade, e sim, o “seu povo”. Essa profecia se
refere ao “povo romano” que destruiu a cidade de Jerusalém no ano 70 d. C.
Portanto, o “Príncipe” (O Anticristo), ainda virá, não para destruir a
cidade e o santuário, mas para o profanar. (Ver 2 Ts 2.4).
Severino Pedro
da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 179-182.
Dn 9.25 a. "desde
a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém". Aqui temos a
indicação do tempo em que começaria a primeira semana. Essa ordem ou
decreto, como já abordamos (Ne 2.1), foi entregue a Neemias para sua
execução no ano 445 a. C.
b. "até o
Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas". Isso totaliza 69 semanas
de anos, ou seja, 483 anos. É o tempo que vai da reconstrução de Jerusalém
pelos repatriados até a morte e ascensão do Messias.
Dn 9.26 a.
"sessenta e duas semanas". A isso acrescentem-se mais as 7 semanas do
versículo 25, com o que perfaz 69 semanas até a morte e ascensão de JESUS.
b. "será morto o
Ungido". (Ler Isaías 53.8 onde isso é mais bem explicado.)
c. "e já não
estará". (Ler Mateus 23.39.)
d. "e o povo de
um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário". Jerusalém foi
destruído no ano 70 d. C.
O povo que a
destruiu foi o romano. Logo, de acordo com as palavras deste versículo, é de
área do antigo Império Romano que deve proceder o futuro Anticristo. [Essa
área incluía a Grécia, que era parte do dito império, bem como os demais
territórios situados em todo o contorno do mar Mediterrâneo.]
e. "o seu fim".
Isto é, o fim da cidade (Jerusalém) e seu santuário ( o templo). Isso fala
de sua destruição no ano 70 d.C., à qual já nos referimos.
f. "será como num
dilúvio". Isto é, será irresistível e esmagador, assim como foi quando Tito,
o general, arrasou a cidade e o povo, com suas tropas.
g. "e até o fim
haverá guerra". Esse tempo indefinido entre as semanas 69ª e 70ª não é
contado como parte delas, como está bem claro mediante o exame dos
versículos 26 e 27. Tal tempo não determinado: "até o fim", já vai para
mais de 2.014 anos! É esse o tempo em que a Igreja está sendo constituída,
edificada, e preparada para ser arrebatada da Terra para o Céu. Os eventos
desse tempo não concernem a "teu povo e tua santa cidade" (isto é, de
Daniel). Por que o tempo chamado "até o fim", situado entre a 69ª e a 70ª
não é contado quanto a Israel? É pelo fato de Israel durante esse tempo
estar fora de sua terra, o que ocorreu após o ano 70 d. C. até 1948. Mas o
certo é que há ainda muitos milhões de judeus fora da Palestina.
Há na Bíblia
outros exemplos de longos intervalos de tempo numa mesma passagem, como:
Isaías 61.1,2. O
ano aceitável do Senhor, e o dia da vingança do nosso DEUS. Hão já
decorridos mais de 2.014 anos entre esses eventos citados num mesmo versículo.
Isaías 9.6,7.
Entre o nascimento do Menino e a época do "DEUS Forte" estão muitos séculos,
como bem sabemos pela história.
Gênesis 1.1,2.
Entre esses dois versículos devem ter ocorrido muitos milênios.
h. "Desolações
são determinadas". Os tempos do fim serão caracterizados por guerras e suas
misérias.
Antônio
Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os
últimos dias. Editora CPAD.
3. O intervalo
que precede a septuagésima semana (v.27).
Dn 9.27 "... ele firmará um
concerto com muitos por uma semana”. Tem sido afirmado por alguns que o
hebraico “berith” (aliança), empregado aqui não pode ser uma
“aliança” entre homens, mas tem de referir-se a uma aliança da parte de
DEUS. Eles porém, se esquecem de que o mesmo termo hebraico é usado acerca
da aliança entre Acabe e Benadabe. (Ver 1 Rs 20.34), da aliança entre Efraim
e a Assíria. (Ver Os 12.1), e também da aliança entre Antíoco e Ptolomeu.
(Ver Dn 11.22). Essa “aliança” ou “concerto” é o que o profeta Isaías chama
de “concerto com a morte” (Is 28.15), e continua o profeta: “O vosso
concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não
subsistirá”. (Ver v. 18). O objetivo do Anticristo neste concerto é
exclusivamente tomar o lugar santo (o templo) e profaná-lo. (Ver 11.31). O
Anticristo se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS
(2 Ts 2.4); será esse o momento em que “a abominação da desolação de que
falou o profeta Daniel, está no lugar santo” (Mt 24.15). Os judeus não
aceitarão esse tipo de “abominação” na casa de DEUS, e, certamente,
reclamarão ao Anticristo; ele, indignado, “romperá” o concerto com eles,
deflagrando uma grande perseguição. (Ver Mt 24.15-22). Eis a razão, por que,
no retorno de CRISTO à terra para exterminar o Anticristo e estabelecer o
reino milenar, Ele purificará novamente o “santuário” e “ungirá o Santo dos
santos”, conforme a profecia.
Severino Pedro
da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 184.
Dn 9.27 Cinco
coisas terão lugar durante a última "semana ", os sete anos de ascendência
do Anticristo:
a. Ele fará uma
aliança de peso, com os judeus, por sete anos. Note as palavras da profecia
"fará firme aliança".
b. A aliança ele
(o Anticristo) a quebrará no meio da semana, isto é, decorridos três anos e
meio.
c. A Grande
Tribulação terá início sobre Israel. "Sobre a asa das abominações virá o
assolador".
d. O Anticristo
dominará "até que a destruição... se derrame sobre ele".
e. CRISTO
aparecerá para destruir o Anticristo e suas hostes, livrando assim Israel da
destruição total quando toda esperança de salvação estiver perdida, "até que
a destruição que está determinada, se derrame sobre ele". Isso ocorrerá na
batalha do Armagedom.
a. "Ele".
Trata-se do Anticristo.
b. "fará firme
aliança". Deve ser uma falsificação do divino concerto prometido por DEUS em
Jeremias 31.31-33.
c. "com muitos".
Uma referência ao povo de Israel, já reunido em sua terra.
d. "por uma
semana". É a última das Setenta Semanas proféticas, que terá lugar na terra,
após o arrebatamento da Igreja.
e. "na metade da
semana". Isto é, após três anos e meio. (Ler aqui Daniel 7.24,25; Apocalipse
11.2,3; 12.6,14; 13.5). Nos últimos três anos e meio ocorre a Grande
Tribulação propriamente dita, de que falou JESUS em Mateus capítulo 24.
Disso também se ocupa o livro de Apocalipse, nos capítulos 11 a 18.
f. "fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares". Isso demonstra que o templo de Jerusalém
estará então reconstruído. Disso falou JESUS em Mateus 24.15b ("está no
lugar santo"). (Ver também 2 Tessalonicenses 2.3,4.)
g. "sobre a asa
das abominações". Esta expressão é de mui difícil interpretação. O termo
"abominação" é muito usado na Bíblia para significar ídolos. Comparando-se
as passagens paralelas de Daniel 11.31; 12.11 e Mateus 24.15, vê-se que se
trata de um ídolo que será colocado no Lugar SANTO do templo, que estará
então reconstruído. Outras passagens que falam da reconstrução do templo são
2 Tessalonicenses 2.4 e Apocalipse 11.1-2.
h. "virá o
assolador". Uma referência ao Anticristo.
i. "até que a
destruição, que está determinada se derrame sobre ele". Essas palavras da
profecia referem-se à derrota total e completa do Anticristo e seus
exércitos confederados, ao descer JESUS em glória sobre o monte das
Oliveiras, conforme Zacarias 14.1-5; Mateus 24.30; Atos 1.11; Apocalipse
19.11-16.
Sim, a última
semana culminará com a vinda de JESUS em glória com todos os seus santos
para socorrer Israel, destruir a Besta e seus exércitos, e julgar as nações.
Virá em seguida o
Milênio, que será uma preparação do mundo por mil anos, sob o governo de
CRISTO, seguindo-se o Juízo Final ou do Grande Trono Branco, e o perfeito
Estado Eterno, conforme 1 Coríntios 15.24,25; Apocalipse 20.5,6.
É com o Milênio
que terá início o cumprimento das seis bênçãos de DEUS sobre Israel,
preditas no versículo 24 da profecia que estamos estudando.
Antônio
Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os
últimos dias. Editora CPAD.
Dn 9.27
Os
defensores do ponto de vista do segundo advento postulam um intervalo de
tempo entre os vs. 26-27. compreendendo que o "príncipe" faria "firme
aliança" com muitos. Além disso. eles interpretam que o "príncipe" será o
anticristo o qual estabelecerá uma aliança com o povo judeu. reunido no
território de Israel durante um período de "tribulação" (12.1; Mt 24.21; Ap
7.14) de sete anos, a septuagésima "semana").
cessar o
sacrifício.
De conformidade com os
defensores do ponto de vista do segundo advento. há aqui uma referência à
proibição determinada pelo
anticristo. do "sacrifício e a oferta de manjares" ! talvez representando a
prática religiosa em geral pelo povo judeu reunido após três anos e meio IAp 11.2; 12.6, 14) do período da tribulação.
o assolador. De acordo com o
ponto de vista do segundo advento. isso descreve uma catástrofe que
atingirá a cidade de Jerusalém em conexão com as atividades do anticristo.
Frases semelhantes a "asa das abominações" ocorrem em Dn 8.13; 11.31; 12.11
Inatas).
bem como em
1 Macabeus 1.54. Dn 8.13 e 1 Macabeus 1.54 são claras referências às atividades
de Antíoco IV. JESUS refere-se a essa "abominação" em sua predição de
eventos futuros IMt 24.15; Me 13.14).
Bíblia de
Estudo de Genebra.
Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 999.
III - OS
PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)
1. Revelar o
“homem do pecado” (2 Ts 2.3).
O versículo 27
nos obriga a reconhecer que nem Antíoco Epifânio, nem Tito têm cumprido os
terríveis presságios da declaração dessa escritura do v. 27. As ações
realizadas neste versículo não correspondem ao personagem do versículo 26.
Na realidade, a predição do versículo 27 remonta a uma época escatológica.
A escritura
começa com o pronome “ele” (v. 27). Quem? Que personagem será esse? O
personagem é identificado, também, como “o rei de cara feroz”;“o chifre
pequeno” que surge do “animal terrível e espantoso”, representando o império
romano. Do ressurgimento desse antigo império romano surgirá “o príncipe
romano” (Dn 7.25). Esse personagem é, também, identificado na linguagem do
Novo Testamento como “o anticristo” (1 Jo 2.18; 4.3) e como “a Besta que
saiu do mar”(Ap 13.1). O personagem é apresentado numa linguagem figurada
mas a sua existência será literal. Ele será um líder mundial que chamará a
atenção das nações da terra pela inteligência que demonstrará na diplomacia
e na astúcia política.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado
do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 135.
2 Ts 2.3 A
chegada do dia do Senhor se dará “como o ladrão de noite” (1 Ts 5.2); mesmo
assim, alguns eventos deverão precedê-lo. O dia final do Senhor não virá sem
que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado. Esta
“apostasia” ou rebelião será uma revolta enorme contra DEUS. Ela poderá
começar entre aqueles que crêem em DEUS e se espalhar entre todas as pessoas
que se recusam a aceitar CRISTO. Assim, ela incluirá os judeus que
abandonaram a DEUS e alguns membros da igreja cuja fé é apenas simbólica.
Embora a rebelião contra DEUS pareça bastante difundida hoje, à medida que a
vinda de CRISTO se aproxima, esta apostasia e oposição ativa contra DEUS irá
se intensificar. Durante a apostasia, um homem fora do comum virá a público.
Ele terá considerável poder de Satanás e personificará o mal. Ao longo de
toda a história, determinados indivíduos personificaram o mal e foram hostis
a tudo o que CRISTO representa (veja 1 Jo 2.18; 4.3; 2 Jo 7). Estes
“anticristos” viveram em todas as gerações, e outros como eles irão
continuar a realizar o mal. Então, pouco antes da segunda vinda de CRISTO,
“o homem do pecado”, um homem completamente maligno, surgirá. Ele será um
instrumento de Satanás, equipado com o poder de Satanás (2.9). Este homem
irá se opor à lei, tanto às leis morais de DEUS quanto às leis civis. Ele
promoverá a imoralidade e a anarquia. Este homem “sem lei” e iníquo será o
Anticristo. Ele estará no mundo e então alcançará poder e notoriedade. Este
fato é demonstrado pela palavra “manifeste”. O livro do Apocalipse fala de
uma “besta” que simboliza o Anticristo (Ap 13.5-8). A besta simboliza o
Anticristo — não Satanás, mas alguém sob o poder e o controle de Satanás
(veja também Ap 16.13 e 19.20, onde ele é o segundo membro da falsa
trindade). O mal de Satanás irá culminar em um Anticristo final, um homem
que irá concentrar todos os poderes do mal contra JESUS CRISTO e seus
seguidores, trazendo destruição. Mas até mesmo este homem, com todo o poder
que terá, estará, em última análise, condenado à destruição (veja Ap 20.10).
DEUS ainda reina
e a sua vitória é certa. O iníquo será destruído, mas não antes que DEUS o
use de acordo com os propósitos divinos. Durante este período de grande
rebelião e apostasia, será demonstrada toda a extensáo da maldade, e a
rebelião contra DEUS será exibida em todo o seu horror e feiura. Sempre, em
meio a todo o sofrimento, em todos os tempos. DEUS está atraindo as pessoas
a si, chamando-as ao arrependimento. Isto irá continuar durante estes
últimos dias.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 2. pag. 465.
Uma revelação
desse homem do pecado (v. 3): o anticristo surgirá dessa apostasia geral. O
apóstolo mais tarde
fala da revelação do iníquo (v. 8), mencionando a revelação que deveria ser
feita da sua iniquidade, para a sua destruição. Parece que aqui ele fala da
sua ascensão, que deveria ocorrer na apostasia geral que o apóstolo havia
mencionado, e menciona que toda sorte de doutrinas falsas e corrupções se
concentrariam nele. Grandes discussões ocorreram ao longo da história em
relação a quem de fato é e o que se tenciona com esse homem do pecado e
filho da perdição.
Observe: 1. Os nomes
dessa pessoa, ou melhor, o estado e o poder aqui considerado. Ele é chamado
de o homem do pecado, para indicar sua extraordinária iniquidade. Não
somente ele é dedicado ao mal e o pratica, mas também promove, encoraja e
comanda o pecado e a iniquidade em outros;
2. Ele é o filho da perdição,
porque ele mesmo está dedicado à destruição certa e é o agente para destruir
muitos outros, tanto o corpo quanto a alma.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.
Editora CPAD. pag. 675-676.
A IGREJA DE
Tessalônica cometeu dois sérios equívocos acerca da doutrina da segunda
vinda de CRISTO. Ambos perigosos e de conseqüências danosas. Quais foram
esses equívocos?
1. O equívoco de
marcar datas quanto à segunda vinda de CRISTO (2.1,2).
Alguns crentes de
Tessalônica estavam sendo enredados pelo engano, pensando que a vinda de
CRISTO já havia acontecido. Eles fixaram uma data e na mente deles essa data
já havia chegado.
Paulo já havia
ensinado a igreja sobre a segunda vinda (I Ts 2.19) e a necessidade de estar
preparado para ela (1Ts 5; 1-11), mas eles confundiram a vinda súbita com
uma vinda imediata. O problema dos tessalonicenses não era a questão da
demora da parousia, mas, sim, sua crença de que estava esmagadoramente
iminente.
É bem provável
que após a leitura da primeira carta de Paulo à igreja, alguns intérpretes
fantasiosos tivessem chegado a essa equivocada interpretação e perturbado a
igreja com suas conclusões. O verbo “perturbar” sugere ser agitado num vento
tempestuoso, e é usado metaforicamente para ficar tão perturbado a ponto de
perder sua compostura e bom senso normais. É ficar transtornado pela
notícia. O erro doutrinário traz perturbação em vez de edificação e consolo.
Sempre que alguém tenta administrar essa agenda que pertence à economia da
soberania de DEUS cai em descrédito e colhe decepção. Somente DEUS conhece
esse Dia.
2. O equívoco de
não observar os sinais da segunda vinda de CRISTO (2.3).
Se por um lado não
podemos marcar datas acerca do dia da segunda vinda de CRISTO, por outro,
não podemos fechar os olhos aos seus sinais. O apóstolo pontua para a igreja
que a segunda vinda de CRISTO não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja manifestado o homem da iniquidade.
Dois sinais
precederão a segunda vinda de CRISTO: a. A apostasia (2.3). A palavra grega
apostasia significa queda, caída, rebelião, revolta. Trata-se de uma
apostasia final que ocorrerá imediatamente antes da parousia. Essa apostasia
será uma intensificação e culminação de uma rebelião que já começou, pois o
mistério da iniquidade já opera no mundo. O fato de que o Dia do Senhor
será precedido pela apostasia também já fora claramente predito pelo Senhor
no Seu sermão profético (Mt 24.10-13). O que é apostasia? Como podemos
entendê-la? Concordo com a descrição de Howard Marshall: Apostasia é uma
palavra utilizada no grego secular para uma revolta política ou militar e
era usada na Septuaginta para a rebeldia contra DEUS (Js 22.22; 2Cr 22.19;
33.10; Jr 2.19). Em especial, referia-se ao desvio da Lei. Nos últimos dias
a oposição dos homens a DEUS, bem como a imoralidade e a iniquidade
crescerão grandemente (Mt 24.12; 2Tm 3.1-9). Estas coisas estão associadas
com um aumento de guerras entre as nações (Mt 13.7,8) e com a atividade de
falsos profetas e mestres (Mc 13.22; ITm 4.1-3; 2Tm 4,3,4).
William
Hendriksen alerta para o fato de que a apostasia futura de modo algum ensina
que os que são genuínos filhos de DEUS “cairão da graça”. Tal queda não
existe (2.13,14). Significa, porém, que a fé dos pais - fé a qual os filhos
aderem por algum tempo de uma maneira meramente formal será afinal e
completamente abandonada por muitos dos filhos. O mesmo escritor ainda diz:
“O uso do termo apostasia aqui em 2Tessalonicenses 2.3, sem um adjetivo
adjunto coloca em realce o fato de que, de modo geral, a Igreja visível
abandonará a fé genuína”.
b. O aparecimento
do homem da iniquidade (2.3). O movimento de apostasia chegará ao seu apogeu
quando seu líder maior, o arquioponente de DEUS, o homem da iniquidade, for
revelado. Esse homem da iniquidade, também chamado de “o filho da perdição”
e “o iníquo” é uma designação paulina do anticristo. Assim como JESUS terá
Sua revelação no apocalipse, também o anticristo terá sua manifestação. Isso
enfatiza o caráter “sobre-humano” da pessoa mencionada, pois a coloca como
contraparte da revelação do próprio Senhor JESUS CRISTO.
O texto que
estamos considerando foca sua atenção na pessoa, na atividade e na derrota
do anticristo. William Barclay entende que estamos diante de uma das
passagens o anticristo, o inimigo consumado de DEUS e da Igreja mais
difíceis de todo o Novo Testamento. Vamos, agora, examinar mais detidamente
esse tema.
Sua identidade
revelada (2.3)
A palavra
anticristo significa um cristo substituto ou um cristo rival. O prefixo
grego anti pode significar duas coisas: “contrário a” e “no lugar de”.
Antonio Hoekema diz, portanto, que a palavra “anticristo” significa um
cristo substituto ou um cristo rival. Assim, o anticristo é ao mesmo tempo
um cristo rival e um adversário de CRISTO.
Satanás não
apenas se opõe a CRISTO, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar
de CRISTO. Satanás sempre desejou ser adorado e servido como DEUS (Is 14.14;
Lc 4.5-8). Um dia produzirá sua obra-prima, o anticristo, que levará o mundo
a adorá-lo e acreditar em suas mentiras. No livro de Daniel o anticristo é
representado inicialmente não como uma pessoa, mas como quatro reinos (leão,
urso, leopardo e outro animal terrível), numa descrição clara dos impérios
da Babilônia, Medo-persa, Grego e Romano (Dn 7.1-6,17,18). Outro símbolo do
anticristo no livro de Daniel é Antíoco Epifânio, que profanou o templo,
quando o consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos em seu
altar (Dn 7.21,25). No ensino de JESUS, o anticristo é visto também como um
destruidor como o
imperador romano Tito, que no ano 70 d. C. destruiu a cidade de Jerusalém e
o templo (Mt 24.15-20), bem como um personagem escatológico (Mt 24.21,22). A
profecia bíblica vai se cumprindo historicamente e avança para a sua
consumação final (Mt 24.15-28).
Nas cartas de
João o termo anticristo é empregado em um sentido impessoal (I Jo 4.2,3).
Ele se referiu também ao anticristo de forma pessoal. Mas João vê o
anticristo como uma pessoa que já está presente, ou seja, como alguém que
representa um grupo de pessoas. Assim, o anticristo é um termo utilizado
para descobrir uma quantidade de gente que sustenta uma heresia fatal (I Jo
2.22; 2Jo 7). João fala ainda tanto do anticristo que virá quanto do
anticristo que já está presente. Assim, João esperava um anticristo que
viria no tempo do fim. Os anticristos são precursores do anticristo (I Jo
2.28). Para João, o anticristo sempre esteve presente nos seus precursores,
mas ele se levantará no tempo do fim como expressão máxima da oposição a
CRISTO e Sua Igreja.
Na teologia do
apóstolo Paulo, o anticristo é visto como o homem do pecado (2.3). Ele
surgirá da grande apostasia (2.3); será uma pessoa (2.3), será objeto de
adoração (2.4), usará falsos milagres (2.9), só pode ser revelado depois que
aquilo e aquele que o detém for removido (2.6,7) e será totalmente derrotado
por CRISTO (2.8).
Seu caráter
descrito (2.3,8)
Paulo não usa o
termo anticristo nesta carta. Essa designação é utilizada no Novo Testamento
apenas por João (IJo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7). Mas esse é o nome pelo qual
identificamos o último grande ditador mundial que Paulo chama de “homem da
iniquidade”, “filho da perdição” (2.3), aquele que “[...] se opõe a DEUS”
(2.4), aquele que se exalta acima de todos os demais (2.4), que se proclama
DEUS (2.4), também chamado de “iníquo” (2.8). Vamos examinar três aspectos
do caráter do anticristo:
1. Ele é o homem da iniquidade (2.3). Vale pontuar
que o anticristo escatológico não é um sistema nem um grupo, mas um homem.
Toda a descrição apresentada por Paulo é de caráter pessoal. O homem da
iniquidade “se opõe”, “se exalta”, “se assenta no templo de DEUS”, “proclama
a si mesmo como DEUS”, e será “morto”. À luz de 2Tessalonicenses 2.3,4,8 e 9
podemos afirmar com sólida convicção que Paulo está fazendo uma predição
exata acerca de uma pessoa certa e específica que se manifestará e que
receberá sua condenação quando CRISTO voltar.
William
Hendriksen, destacado escritor reformado diz que o papa pode ser chamado “um anticristo”, um entre
muitos dos precursores do anticristo final. Em tal pessoa o mistério da
iniquidade já está em operação. Chamar, porém, o papa de o anticristo é algo
que contraria toda a sã exegese. O anticristo é o homem sem lei que viverá e
agirá na absoluta ilegalidade. Ele será um transgressor consumado da lei de
DEUS e dos homens. Será um monstro absolutista. A palavra grega anomia,
iniquidade, descreve a condição de quem vive de modo contrário à lei. Ele é
a própria personificação da rebelião contra as ordenanças de DEUS. O homem
da iniquidade realizará os sonhos de Satanás sobre a terra, liderando a mais
ampla e mais profunda rebelião contra DEUS em toda a História.
William
Hendriksen coloca esse fato com clareza; É importante observar, que assim
como a apostasia não será meramente passiva, mas ativa (não meramente
negação de DEUS, mas também uma rebelião contra DEUS e Seu CRISTO), assim
também o homem da iniquidade será um transgressor ativo e agressivo. Ele não
leva o título de “homem sem lei” por jamais ter ouvido a lei de DEUS, e,
sim, porque publicamente a despreza!
2. Ele é o filho
da perdição (2.3). Não apenas seu caráter é sumamente corrompido, mas seu
destino é claramente definido. Ele procede do maligno e se destina
inexoravelmente à perdição. Ele é um ser completamente perdido e designado
para a perdição. Ele será lançado no lago de fogo (Ap 19.20; 20.10). A
palavra grega “perdição”, traz a idéia de que o anticristo está destinado a
ser destruído.
3. Ele é o iníquo
(2.8). A palavra grega anomos, traduzida por “iníquo”, significa ilegal,
iníquo, aquele que vive ao arrepio da lei. O anticristo será um homem
corrompido em grau superlativo. Ele será inspirado pelo poder de Satanás e
terá um caráter tão perverso quanto o daquele que o inspira. Podemos
afirmar, acompanhado por uma nuvem de testemunhas, de que o conceito de
Paulo sobre o anticristo procede da profecia de Daniel. Observemos os
seguintes pontos: 1) O homem da iniquidade (2.3 - Dn 7.25; 8.25); 2) O filho
da perdição (2.3 - Dn 8.26); 3) Aquele que se opõe (2.4 - Dn 7.25); 4) E que
se exalta contra tudo [que é] chamado DEUS ou é adorado (2.4 - Dn 7.8,20,25;
8.4,10,11); 5) De modo que se assenta rio santuário de DEUS, proclamando a
si mesmo como DEUS (2.4 - Dn 8.9-14).
LOPES. Hernandes Dias.
1 e 2
Tessalonicenses.
Como se preparar para a segunda vinda de CRISTO. Editora
Hagnos. pag. 175-181.
2. A Grande
Tribulação (Mt 24.15,21).
O texto diz que
“ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Será, na verdade,
uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”, indicando
que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente para se
impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e
aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento
de um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou
seja, o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a
metade da semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder
e Israel, e se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte
em Israel. Na interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na
terra, porque antes, ela será arrebatada e estará com CRISTO na sua glória
nos céus. Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não
estará na terra, quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A
Tribulação diz respeito ao mundo de então e a Israel especialmente.
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.
Mt 24.15,16 JESUS
advertiu contra a procura de sinais, mas como uma parte final da sua
resposta à segunda pergunta dos discípulos (24.3) Ele lhes falou do evento
definitivo que iria significar a destruição vindoura.
A abominação da
desolação se refere à profanação do Templo pelos inimigos de DEUS. Mateus
insiste para que os seus leitores entendam as palavras de JESUS à luz da
profecia do profeta Daniel, no Antigo Testamento (veja Dn 9.27; 11.31;
12.11).
O primeiro
cumprimento da profecia de Daniel aconteceu em 168 a. C., com Antíoco
Epifânio, quando ele sacrificou a Zeus um porco no altar do Templo sagrado e
fez do judaísmo uma religião ilegal, punível com a morte. Isto incitou a
guerra dos macabeus.
O segundo
cumprimento aconteceu quando se concretizou a predição de JESUS sobre a
destruição do Templo (24.2). Dentro de poucos anos (70 d. C.), o exército
romano iria destruir Jerusalém e profanar o Templo.
Com base em
24.21, o terceiro cumprimento ainda está por acontecer. As palavras de JESUS
se referem ao final dos tempos e ao anticristo.
No final dos
tempos, o anticristo irá cometer o sacrilégio final, colocando uma imagem de
si mesmo no Templo e ordenando a todos que a adorem (2Ts 2.4; Ap 13.14,15).
Muitos dos
seguidores de JESUS estariam vivos durante a época da destruição de
Jerusalém e do Templo, em 70 d. C. JESUS advertiu os seus seguidores para
que saíssem de Jerusalém e da Judéia e fugissem para os montes, cruzando o
rio Jordão, quando vissem o Templo sendo profanado. Isto provaria ser para a
sua proteção, pois quando o exército romano invadisse, a nação e a sua
cidade principal seriam destruídas.
Mt 24.21 JESUS
avisou sobre fugir rapidamente porque haverá, então, grande aflição, como
nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá
jamais. Grandes sofrimentos aguardavam o povo de DEUS nos anos que se
seguiriam. O historiador judeu Josefo registrou que quando os romanos
saquearam Jerusalém e devastaram a Judéia, cem mil judeus foram levados
prisioneiros, e um milhão e cem mil pessoas morreram assassinadas ou de
fome. As palavras de JESUS também indicam, em última análise, o período
final de tribulações no fim dos tempos, porque nada como isto já terá sido
visto, ou será visto novamente. Ainda assim, a grande tribulação é aliviada
por uma grande promessa de esperança para os crentes verdadeiros.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 1. pag. 142.
A GRANDE
TRIBULAÇÃO
Mt 24.21. “Porque
haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo
até agora, nem tampouco haverá jamais.”
Começando com
24.15, JESUS trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande
tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”,
de Ap 7.14, são idênticas no grego).
Tais sinais
indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais
conducentes à, e indicadores da volta de CRISTO à terra, depois da
tribulação (24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).
O maior desses
sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível,
que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de
CRISTO à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível,
relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias
em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27; 1Jo 2.18). O Anticristo, também chamado o homem do pecado,
colocará uma imagem dele mesmo no templo de DEUS, declarando ser ele mesmo
DEUS (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Seguem-se fatos
salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A “abominação
da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com
a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom
(24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
(2) Se os santos
da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois,
virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a
tribulação, época em que CRISTO voltará à terra (ver 24.33). O decurso
de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas
Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap
11.1,2; 12.6; 13.5-7).
Por causa da
grande expectativa da volta de CRISTO (24.33), os santos daqueles dias devem
acautelar-se quanto a informes afirmando que CRISTO já voltou. Tais informes
serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação
será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap
1.7).
Outro sinal que
ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão
“grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) JESUS
admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir
esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos,
porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que
demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão
e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS.
(2) Noutra parte,
as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos
mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1). DEUS permite o engano
acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor
por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias
difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano
religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os
escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o
erro.
(3) Quem entre o
povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de
crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts
2.11).
Finalmente, a
“grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e
tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será de
âmbito mundial (ver Ap 3.10).
(2) Será o pior
tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn
12.1; Mt 24.21).
(3) Será um tempo
terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).
(4) O período
será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap
13.12).
(5) Os fiéis da
igreja de CRISTO recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da
tribulação (ver Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10).
(6) Durante o
período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em JESUS
CRISTO e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
(7) Será um tempo
de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos
permanecerem fiéis a DEUS (Ap 12.17; 13.15).
(8) Será um tempo
de ira de DEUS e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
(9) A declaração
de JESUS de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a
redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece
indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a
totalidade da raça humana seria destruída.
(10) A grande
tribulação terminará quando vier JESUS CRISTO em glória, com sua noiva (Ap
19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e
destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
(11) O trecho
principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete
anos de duração é encontrado em Ap 6–18.
STAMPIS.
Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio
de Janeiro: CPAD, 1995.
3. Revelar a
vitória gloriosa do Messias.
JESUS CRISTO, o
Messias prometido, se revelará de modo especial na sua vinda pessoal e
visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). Ele virá e instalará um
reino de paz e harmonia no mundo, desfazendo por completo o Anticristo, o
falso profeta e ao próprio Diabo (Ap 19.19-21). Na Grande Tribulação, os
juízos de DEUS serão manifestos sobre Israel, mas na vinda pessoal, Israel
será restaurado e governará com CRISTO por mil anos (Ap 20.2,5).
Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.
Ap 19.19 Esta
besta é a mesma que tinha vindo do mar (capítulo 13; veja o comentário ali).
Os reis da terra referem-se aos “dez chifres” que João tinha visto na besta
(veja 13.1), e, muito provavelmente, o seu número simboüza todos os reis da
terra que prometem lealdade ao Anticristo. Com o derramar da sexta taça da
ira de DEUS, “espíritos de demônios, que fazem prodígios... vão ao encontro
dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande
Dia do DEUS Todo-poderoso... no lugar que em hebreu se chama Armagedom”
(16.14-16). O capítulo 16 nos deu uma prévia daquilo que estava por vir e de
como viria; o capítulo 19 descreve o evento propriamente dito. Aqui, o
versículo 19 fala da congregação para a batalha do Armagedom.
A besta e os reis
da terra e seus exércitos reuniram-se para fazerem guerra àquele que estava
assentado sobre o cavalo (CRISTO) e ao seu exército (os redimidos). As
linhas da batalha tinham sido traçadas, e o maior confronto da história
mundial estava prestes a acontecer.
Ap 19.20 Os dois
exércitos posicionaram-se um de frente para o outro - a besta e todos os
reis da terra versus o Cavaleiro do cavalo branco e o seu povo redimido. De
repente, a batalha tinha se acabado. Náo houve luta, pois, em um segundo, o
fim tinha chegado. Não havia necessidade de uma batalha, porque a vitória
tinha sido obtida séculos antes, quando o Cavaleiro do cavalo branco,
CRISTO, tinha morrido em uma cruz.
Naquela ocasião,
Satanás tinha sido derrotado; aqui, no Armagedom, ele é finalmente despido
de todo o seu poder. A besta de Satanás (o Anticristo, descrito em 13.1-10)
foi presa, juntamente com o seu falso profeta, que tinha enganado os que
receberam o sinal da besta.
Isto está
descrito em 13.11-18. A besta e o Falso profeta foram presos e lançados
vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. Este é o destino final de todos
os ímpios. Neste ponto, entretanto, somente estes dois seres iníquos
receberam esta punição. Este lago é diferente do abismo mencionado em 9.1;
ele é mencionado em 14.10,11 e 19.3. Há diversas declarações a respeito de
poderes espirituais e pessoas sendo lançados no lago de fogo. Aqui, o
Anticristo e o falso profeta foram lançados no lago ardente. A seguir, o seu
líder, o próprio Satanás, será lançado naquele lago (20.10), e finalmente a
morte e o inferno também serão lançados ali (20.14). Depois disto, aqueles
cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida serão atirados no lago de
fogo (20.15).
Ap 19.21 Com os
dois líderes presos (a besta e o falso profeta), o exército ficou abandonado
para ser destruído. CRISTO, com a espada que saia da sua boca (19.15), mata
todo o exército de reis e soldados rebeldes com um único ataque mortal. A
sua espada do julgamento atinge e destrói tudo. As aves de rapina, que
tinham sido chamadas anteriormente pelo anjo (19.17,18), se fartaram das
carnes dos mortos. Como náo havia sobrado ninguém da batalha para sepultar
estes mortos, eles foram abandonados para que as aves de rapina os
devorassem.
Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 2. pag. 907-908.
A Derrota do
Anticristo e de seus Exércitos (Ap 19.19-21)
"E vi a besta, e
os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele
que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa,
e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou
os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram
lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram
mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo,
e todas as aves se fartaram das suas carnes."
As aves de rapina
são chamadas (Ap 19.17) numa antecipação do desfecho da batalha. Elas
estarão prontas e esperando o Anticristo entrar no grande vale ao sul de
Nazaré. Este lugar já foi designado em Apocalipse 16.16 como Armagedom, o
monte ou a colina de Megido que, em hebraico, significa "o lugar de
rebeliões unidas". Há os que o definem como "a cidade ou monte de matança".
O profeta Joel (3.12) designou o lugar como "o vale de Josafá", ou seja: "o
vale onde Jeová julga".
Megido não é o
vale referido em Zacarias 14.4,5, onde JESUS aparecerá quando de sua volta
em toda sua glória. Seus pés pisarão o monte das Oliveiras, que será rachado
em duas partes, uma metade se movendo em direção ao norte, e a outra em
direção ao sul, deixando um grande vale entre o Leste e o Oeste. Depois,
aparentemente, irá Ele locomover-se em direção a Megido. (Megido é também o
nome do vale de Taanaque (Jz 5.19), que é a Planície de Esdrelom. Foi neste
lugar que Débora e Baraque derrotaram os cananeus. Foi aqui que Josias foi
morto por Faraó Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29). Não foram poucas as
batalhas travadas no vale do Megido).
João vê ainda o
Anticristo acompanhado pelo seu falso profeta e os "reis e outros
governadores da terra", cujos exércitos haviam sobrevivido à Grande
Tribulação. Por haverem se submetido ao Anticristo (Ap 17.13), estes reis
finalmente são chamados, e ajuntam-se aos espíritos demoníacos. Os exércitos
de todas as nações unem-se sob a bandeira do Anticristo para desafiar a
CRISTO que estará acompanhado por todos seus verdadeiros seguidores.
As agências
demoníacas fazem, nesta hora, exatamente o que DEUS quer; preparam-se para a
guerra (Jr 25.32,33; Sf 3.8; Zc 14.2,3; Ap 16.12,16). A guerra termina com a
derrota do Anticristo e de seus exércitos, mas o julgamento divino afetará
todo o resto do mundo (Jr 25.29-33).
Muitos falsos
mestres ensinam que o bem gradualmente triunfará sobre o mal; que uma melhor
educação trará a paz e a prosperidade ao um mundo. Até mesmo alguns crentes
apegam-se a certas promessas bíblicas que falam de amor e esperança, achando
que o mundo mudará antes da volta de CRISTO. Sem dúvida, haverá bom solo
para receber a palavra de DEUS. Haverá arrependimento e mudança de vidas até
o tempo da volta de JESUS (At 3.19). Mas é totalmente oposta ao ensino
bíblico a suposição de que todos os seres humanos serão eventualmente
salvos. Pelo contrário: quase todo o mundo, nesta hora, seguirá o
Anticristo, e há de tomar a marca da besta. Consequentemente, quando JESUS
voltar para reinar, será necessário, antes de mais nada, julgar os que aqui
tiverem ficado.
Embora o capítulo
19 de Apocalipse não descreva esta grande batalha, a aparência de CRISTO
sobre o cavalo branco há de confundir os exércitos do Anticristo (Ap
6.15-17). A batalha é de pouca duração. O Anticristo e o Falso Profeta serão
imediatamente presos.
O Falso Profeta é
o último de uma longa fila de falsos cristos e profetas que vêm operando
enganos e mentiras (Mt 24.24). Seus milagres haviam enganado os que levavam
a marca da Besta. Com os seus feitos, conseguia enganar a muitos (2 Ts
2.9,10; Ap 13.13-15), mas nada disto o ajuda a escapar. Juntamente com o
Anticristo, é lançado vivo no "lago de fogo que arde com enxofre". Embora o
lago de fogo tenha sido preparado para Satanás e seus anjos, esses seus dois
agentes nele perecerão.
Satanás não é
lançado imediatamente no lago de fogo (Ap 20.10). Somente o será depois do
Milênio. Quando isto acontecer, lá encontrará o Anticristo e o Falso
Profeta. Os demais ímpios serão afiançados após o juízo do grande trono
branco (Ap 20.15). O lago de fogo é o destino final dos ímpios.
No Novo
Testamento, há três palavras traduzidas como "inferno" - hades, tártaro e
geena. Hades é usado para referir-se ao estado intermediário, onde os ímpios
vão quando morrem (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18;
6.8; 20.13,14). As vezes, é usado para traduzir a palavra hebraica "sheol"
do Antigo Testamento. "Tártaro" é praticamente sinônimo de "hades", porque
também é um estado intermediário entre a vida e o juízo, do qual não há
retorno ou possibilidade de mudança (2 Pe 2.4). "Geena", entretanto, é o
estado final, "inferno", ou "fogo de inferno" (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9;
23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6) e refere-se ao "lago de fogo".
"Geena" foi o
nome aramaico para o vale de Hinon, onde eram oferecidas crianças em
holocausto a Moloque. No Novo Testamento, "geena" tinha se tornado o lugar
da queima de lixo. JESUS usou-a por causa do seu fogo intenso e contínuo,
como um tipo do julgamento divino, e fez deste nome um sinônimo para o fogo
do castigo eterno.
Para os outros
seguidores do Anticristo, também não há escape. O remanescente dos reis da
terra e seus exércitos são mortos. JESUS usará a "espada de sua boca", isto
é: falará a palavra de DEUS e a "espada do juízo divino" matará a todos.
Estes são os povos que rejeitaram o Evangelho pregado a "toda nação, tribo,
língua e povo" pelo primeiro dos três anjos do capítulo 14 durante a Grande
Tribulação. Todos os mortos no Armagedom já haviam tido a oportunidade de
ouvir o Evangelho. Mas por haverem rejeitado a CRISTO, foi-lhes permitido
cair em completo engano para que creiam na mentira, e para que sejam
julgados todos os que não creram na verdade (2 Ts 2.11,12). Pelo seu modo de
viver, já haviam esgotado qualquer possibilidade de herdar o Reino de DEUS
(1 Co 6.9-11; G1 5.21).
Mais uma vez,
João chama a atenção às aves de rapina que agora estão fartas com as carnes
dos mortos. Finalmente, não se encontra mais ninguém sobre a terra para
impedir o estabelecimento do reino milenial de CRISTO.
HORTON. Stanley. M.
Serie
Comentário Bíblico Apocalipse As coisas que Brevemente devem acontecer.
Editora CPAD.
ELABORADO:
Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/)
com
algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
Questionário da
Lição 10 - As Setenta Semanas

02 dezembro 2014
Lição 10 - As Setenta Semanas, 6 partes, 4Tr14, Ev Henrique, EBD NA TV, ...

27 novembro 2014
Vídeos da Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim, 4 partes, 4Tr14, Ev Henrique, EBD...

26 novembro 2014
Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim 1 parte
Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim 1 parte
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje. Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO
"E disse: Eis que te
farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se
exercerá no determinado tempo do fim" (Dn 8.19).
VERDADE PRÁTICA
O tempo do fim não é
o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de DEUS com o povo de Israel,
prenunciando a vinda de CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tt 2.13 O aparecimento do grande DEUS
Terça - Dn 7.13 CRISTO vindo em glória nas nuvens
Quarta - Mc 13.26 CRISTO vindo com grande poder
Quinta - Mt 25.31,32 JESUS vindo em glória para julgar as nações
Sexta - At 1.10,11 Os anjos afirmam que JESUS voltará
Sábado - Mt 16.27 JESUS vindo para julgar a cada um
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 8.1,3-11
Daniel 8.1 No ano terceiro do reinado
do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me
apareceu no princípio.
Daniel 8.3-11 - 3 E levantei os meus olhos e vi, e eis que um
carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas
eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por
último. 4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e
para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem
pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se
engrandecia. 5 E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente
sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta
notável entre os olhos; 6 dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas,
ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto
da sua força. 7 E o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e
feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas, pois não havia força no
carneiro para parar diante dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não
houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. 8 E o bode se engrandeceu
em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi
quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro
ventos do céu.
INTERAÇÃO "O tempo do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de DEUS mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo. OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a: Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode. Identificar a visão do chifre pequeno. Compreender o período do tempo do fim ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Prezado professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza o esquema abaixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula! Resumo da Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim I - A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5) 1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). 2. Os chifres do carneiro. 3. A visão do bode (Dn 8.5-8). II - O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9) 1. A visão da ponta pequena. 2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11). 3. A purificação do santuário (Dn 8.14). III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO 1. Antíoco Epifânio. 2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). 3. O tempo do fim (Dn 8.17). SINOPSE DO TÓPICO (1) A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego SINOPSE DO TÓPICO (2) O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel. SINOPSE DO TÓPICO (3) Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de DEUS, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Histórico "MEDOS, MÉDIA Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31). AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Histórico "PÉRSIA Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a. C. Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a. C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental. Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Revista Ensinador
Cristão - CPAD nº58. p.40.
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje. Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
INTERAÇÃO "O tempo do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de DEUS mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo. OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a: Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode. Identificar a visão do chifre pequeno. Compreender o período do tempo do fim ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Prezado professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza o esquema abaixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula! Resumo da Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim I - A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5) 1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). 2. Os chifres do carneiro. 3. A visão do bode (Dn 8.5-8). II - O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9) 1. A visão da ponta pequena. 2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11). 3. A purificação do santuário (Dn 8.14). III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO 1. Antíoco Epifânio. 2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). 3. O tempo do fim (Dn 8.17). SINOPSE DO TÓPICO (1) A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego SINOPSE DO TÓPICO (2) O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel. SINOPSE DO TÓPICO (3) Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de DEUS, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Histórico "MEDOS, MÉDIA Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31). AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Histórico "PÉRSIA Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a. C. Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a. C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental. Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
O oitavo capítulo de
Daniel retrata os impérios Medo-Persa e Grego respectivamente. O
carneiro de dois chifres representa o império Medo-Persa. O Bode é
figura do império Grego e o grande chifre do bode refere-se a
Alexandre Magno, o mais célebre conquistador do Mundo Antigo.
Alexandre humilhou o
império Medo-Persa sem compaixão e piedade. Representado pelo grande
chifre do bode que foi quebrado, o imperador grego morreu
prematuramente. A visão de Daniel apresenta mais quatro chifres que
cresceram no seu lugar. Eles representavam os quatro generais que
dividiram o império Grego em quatro regiões, após a morte de
Alexandre, isto é, Macedônia, Ásia Menor, Síria-Babilônia e Egito.
Entretanto, desses quatro chifres cresceu um pequeno chifre que foi
visto na figura de Antíoco Epífanes, o rei da Dinastia Selêucida que
governou a Síria entre 174 e 164 a. C.
Antíoco Epífanes
atacou as quatro regiões e suas respectivas potências militares. A
história confirma também o assassinato do sumo-sacerdote judeu Onias
em 170 d. C. e a profanação do templo de Jerusalém. Daniel teve uma
visão extensa e assustadora ao ponto de lhe tirar a força física
para fazer as coisas mais básicas da vida. Mas era uma visão que
devia ser guardada em segredo.
Muitos estudiosos
concordam que o capítulo oito de Daniel traz um testemunho de uma
profecia histórica que se cumpriu parcialmente. A história teria
testemunhado os acontecimentos que os santos profetas, sem os
conhecerem de antemão, profetizaram em nome do Senhor. É bem verdade
que o nosso DEUS zela pela sua Palavra.
A Bíblia diz que o
espírito do anticristo opera no mundo. De acordo com a crueldade, a
ignomínia e a covardia de Antíoco Epifânio muitos estudiosos o
relacionam como um tipo do Anticristo de que fala o Novo Testamento.
Mas enquadrá-lo como Anticristo ainda passa por especulação.
Todavia, o que deve alegrar o crente são as vidas que abrem os olhos
espirituais e percebem por si mesma o benefício de crermos na graça
preciosa e suficiente de DEUS, o nosso bendito e eterno Pai.
Aproveite a aula de
hoje para mostrar aos alunos como o nosso DEUS relaciona-se com o
Seu povo escolhido. Somos a igreja de DEUS, um povo escolhido e
chamado por Ele para anunciar as boas novas da vida eterna. Não
permita que o seu aluno deixe a aula sem este esclarecimento: o de
que o Senhor, através do Seu Filho JESUS, e na força do ESPÍRITO
SANTO, tem cuidado de nós.
COMENTÁRIO DE VÁRIOS
COMENTARISTAS E LIVROS
INTRODUÇÃO
Se fizermos uma
digressão ao conteúdo dos capítulos 2 ao 7, Daniel apresenta a história
e profecia relacionadas diretamente com as nações gentílicas. Nos
capítulos 3 e 6 a história ganha um sentido especial porque fala da
vitória do remanescente judeu contra as influências pagãs. O capítulo 4
é um testemunho que o Rei Nabucodonosor faz acerca da sua experiência
que o levou a tornar-se insano e agir como um animal do campo, fruto do
juízo da parte de DEUS, que por fim o restaurou da sua insanidade
mental. No capítulo 5, temos a queda do Império Babilônico, por ocasião
da festa de Belsazar. Nesta festa, com a profanação dos vãos sagrados do
templo de Jerusalém, DEUS intervém na festa e sua mão escreve na parede
do salão de festas a sentença de juízo contra o Império Babilônico. No
capítulo 6, a história de Daniel na cova dos leões é inserida na
história que o profeta quis contar, mas que o fato havia acontecido 60
anos depois, no primeiro ano do reinado do rei Dario, o medo,
aproximadamente no ano 539 a. C. Daniel teve o propósito de enfatizar a
fidelidade em meio a desobediência civil ante leis e decretos que tinham
como objetivo se opor ao DEUS de Daniel.
Ao chegar ao capítulo 7,
Daniel dava início à segunda parte do livro. A partir de então, as
visões foram específicas a Daniel, tratando do futuro do seu povo
(Israel) e das nações do mundo representadas pelas figuras dos quatro
animais com características diferentes que lembram as figuras
mitológicas do mundo pagão. Neste capítulo temos a segunda visão de
Daniel. No capítulo 7 aparecem os quatro animais representativos dos
impérios que governaram o mundo de então, mas que prefiguravam o juízo e
o estabelecimento do reino de DEUS na terra num tempo especial. Neste
capítulo, DEUS revela a Daniel o futuro desses impérios por meio de
sonhos.
Chegamos ao capítulo 8,
quando DEUS revela o destino desses impérios por meio de uma visão que
tem um caráter particular. Neste capítulo, DEUS mostra a Daniel a queda
dos dois últimos Impérios, o Medo-persa e o Grego, representados pelas
figuras de outros animais: um bode e um carneiro. Os mesmos impérios
tratados no capítulo 7 e representados pelo Urso (7.5) e pelo Leopardo
(7.6) ganham um sentido especial e particular no capítulo 8. Os dois
outros animais, com características especiais eram um carneiro (8.3,4) e
um bode (8.5-9). Ambos eram animais poderosos, mas foram destruídos,
porque ninguém prevalece contra o Cetro de DEUS. Chama atenção a partir
do capítulo 8 a mudança de idioma utilizado por Daniel. Nos capítulos 2
ao 7, o idioma do texto foi o aramaico dos gentios, no qual DEUS trata
diretamente com as nações gentílicas. Nos capítulos 8 ao 12, o idioma
foi o hebraico, porque a visão dizia respeito, essencialmente, ao povo
judeu, sob o domínio desses impérios mundiais. Porém, no capítulo 8,
DEUS revela a Daniel as características dos dois Impérios, o Medo-persa
e o Grego, representados por dois animais, “o carneiro e o bode”. Os
elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no passado;
porém, algumas características desses dois impérios personificam o
futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim”(Dn 8.19).
ASPECTOS GERAIS DAS
VISÕES DE DEUS A DANIEL
Nos tempos antigos a
linguagem figurada era utilizada, especialmente, pelos povos pagãos. A
cultura da época ilustrava valores e aspectos humanos através de
componentes da natureza, do mundo animal. Neste capítulo, o escopo é
menos abrangente, mas não menos importante, porque a visão tem apenas
dois animais que surgem poderosos e ultrajantes pelo poder de violência
e destruição que promovem. Nesta visão, DEUS mostra a Daniel esses dois
animais que representavam força, energia, autoridade, poder e
perspicácia na invasão das nações e no domínio sobre os reis vencidos.
A visão dada a Daniel
(8.1)
O texto literalmente
diz: “apareceu-me, a mim, Daniel”. Daniel estava, de fato, distinguindo
as visões dadas a Nabucodonosor nas quais ele foi apenas o intérprete
das visões pessoais que DEUS lhe deu. O caráter das visões concedidas a
Daniel era moral e espiritual, enquanto que, as visões dadas a um rei
pagão tinha um caráter material e político. Sonhos e visões são vias
pelas quais DEUS revela a sua vontade, mas não são únicas maneiras de
DEUS falar.
A data da visão (8.1)
Não há uma data certa,
mas aproximada, quando os estudiosos entendem que o ano primeiro seja
541 a. C., e o ano terceiro teria que ser 539 a. C., que foi o ano da
tomada da Babilônia pelos medos e persas. O texto indica que Daniel
estava em Susã, capital da província de Elão.
O local da visão (8.2)
O texto declara que
Daniel se viu junto ao rio Ulai: “vi, pois, na visão, que eu estava
junto ao rio Ulai”. Alguns comentaristas seguem a ideia de LeonWood que
entende que Daniel não esteve fisicamente em Susã, mas que foi
transportado em espírito junto ao rio Ulai para ter essa visão. Não há
necessidade de discutir se esteve realmente em Susã ou não. O que
importa é que DEUS estava dando a Daniel uma visão que retratava
ascensão e queda dos dois impérios que aparecem na visão como o carneiro
e como o bode. Posteriormente, esse rio mudou seu curso e se dividiu em
dois outros rios, identificados como os rios Karon e Kerkah.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 115-117.
As visões e profecias
desse capitulo concentram- se única e inteiramente nos eventos que
estavam para ocorrer dentro em breve nas monarquias da Pérsia e da
Grécia, e parecem não conter qualquer referência a qualquer outra coisa.
Nada é dito aqui sobre a monarquia dos caldeus, apesar desta ser
exatamente a sua época. E, por essa razão, esse capítulo não está
escrito em caldeu, como os seis capítulos anteriores, para beneficio dos
caldeus, mas no idioma hebreu, e da mesma forma estão os demais
capítulos até o final do livro, em benefício dos judeus, para que
pudessem saber que adversidades estavam diante deles e qual seria a
conclusão, e assim pudessem se precaver de antemão. Nesse capítulo,
temos: I. A própria visão do carneiro, e do bode, e a pequena ponta que
lutaria e prevaleceria contra o povo de DEUS, por um determinado tempo
limitado (w. 1-14). II. A interpretação dessa visão por um anjo,
mostrando que o carneiro representava o império persa, o bode, o grego,
e a pequena ponta, um rei da monarquia grega, que se lançaria contra os
judeus e a religião, e que era Antíoco Epifânio (w. 15-27). A
congregação judaica, desde os seus primórdios, fora por todo tempo, em
maior ou menor grau, abençoada com profetas, homens divinamente
inspirados para lhes explicar a intenção de DEUS em suas providências, e
dar-lhes alguma perspectiva do que estava para acontecer com eles. Mas,
logo após a época de Esdras, a divina inspiração foi interrompida, e não
houve mais nenhum profeta até que chegasse o tempo do Evangelho. Por
isso os acontecimentos daquela época foram aqui profetizados por Daniel,
e deixados em registro, para que DEUS não ficasse sem testemunho, e eles
não ficassem sem um direcionamento.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 873.
O capítulo 8, assim
sendo, elabora certos assuntos que figuram no capítulo anterior. A
Babilônia não está mais em foco, e até os medos-persas foram mencionados
para introduzir o monstro macedônio, Alexandre. Mas a ênfase real recai
sobre o pequeno chifre, Antíoco Epifânio. “O propósito deste capítulo é,
por um lado, tornar claras algum as questões que haviam sido tratadas de
maneira um tanto crítica no capítulo 7; e, por outro, renovar a certeza
de que o fim estava próximo. O cálice da iniquidade de Antíoco estava
quase cheio. Esse é o episódio final na grande tribulação que precederá
o fim. DEUS interviria e o homem do pecado seria destruído. Neste
capítulo voltamos ao idioma hebreu, deixando de lado o aramaico”
(Arthur Jeffery, in loc).
CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.
Editora Hagnos. pag. 3410.
I - A VISÃO DO
CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5)
1. A visão do
carneiro (Dn 8.3,4,20).
DEUS, em sua infinita
sabedoria, utiliza elementos da cultura que prevalecia nos dias de
Daniel, mesmo que ele não precisasse de figuras mitológicas para
entender as verdades divinas. DEUS utiliza as figuras mitológicas do
mundo animal para dar a Daniel uma visão ampla sobre dois impérios que
viriam e que fariam parte da estratégia divina para revelar a Israel a
soberania de DEUS sobre todas as nações.
A visão do Carneiro (Dn
8. 20)
Na visão, Daniel estava
diante do rio Ulai e, de repente, surge na visão um carneiro doméstico,
mas que era audacioso e estava “diante do rio”. O carneiro era forte e
tinha dois chifres, um maior que o outro. Esse carneiro simbolizava o
Império Medo-persa que era o símbolo da aliança imperial dos medos e dos
persas - Dario, o medo e Ciro, o grande (persa) - (Dn 8.20).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 118.
O carneiro medo-persa
(8.3-4). Na primeira visão de Daniel no capítulo 7, os animais que
simbolizavam o poder mundial eram animais selvagens. Agora a disposição
da visão muda e dois desses mesmos poderes mundiais aparecem como
animais domesticados — um carneiro e um bode. Será que é possível que o
ESPÍRITO de DEUS esteja retratando aqui mais uma importante fase da vida
humana e da história, ou seja, o aspecto cultural? Enquanto o capítulo 7
ressalta o poder político das nações, o capítulo 8 destaca as
influências culturais. Se concordarmos com essa hipótese, é possível
imaginar que esses dois aspectos, provenientes de dois reinos
diferentes, convirjam em dado momento em uma manifestação culminante do
mal, ou seja, no surgimento do Anticristo.
Qualquer que seja o
significado da mudança da natureza dos animais, o carneiro e o bode logo
estavam furiosamente em guerra. O carneiro aparece primeiro, dando
marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia (“para o
sul”, NVI; v.4). Keil sugere que a direção das marradas parece indicar
que os avanços para o oriente não eram tão estrategicamente importantes
comparados com os feitos em outras direções. Tanto Ciro quanto Dario
lideraram campanhas bem-sucedidas para o Oriente, em direção à índia,
mas é o seu impacto ocidental que mais seriamente afetou a história.
O animal de duas pontas
(dois chifres), com a segunda crescendo mais que a primeira, claramente
sugere a história medo-persa. Ciaxerxes, da Média, era um líder poderoso
que se aliou ao caldeu Nabopolassar e seu filho, Nabucodonosor, para
derrubar o império assírio em 612 a. C. Ao lado da Babilônia, a Média
era um poder dominante dos seus dias. Mas a bravura do talentoso Ciro logo se
tornou evidente, e ele rapidamente ascendeu até o topo da aliança
medo-persa.
A palavra animais (chayywoth)
significa criaturas viventes em geral e podem ser tanto selvagens quanto
domesticados. “Nenhuma criatura vivente podia ficar diante dele, e não
havia quem pudesse livrar-se do seu poder; e ele fazia o que bem
desejava e tornou- se grande” (4, lit.). E se engrandecia (higddil) não
significa aqui “tornar-se arrogante” mas, sim, “fazer grandes coisas”.
Isso se repete no versículo 8; cf. SI 126.2-3: “Grandes coisas fez o
Senhor por nós”.
Roy E. Swim.
Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 529.
A identificação específica dos
dois animais forma a própria compreensão do autor com relação à
seqüência dos eventos futuros. JESUS, nosso Senhor, usou também em
vários de seus ensinos doutrinários, métodos semelhantes.
Exemplificando, temos a parábola do Bom Semeador, em Mt 13.4-9, 18-23 e
ss. No texto em foco, o anjo mostrou a Daniel, em cada interpretação,
que todos aqueles reinos mundiais estavam em fase de transição, e
recomendou que ficasse firme e prosseguisse até o fim. (Comparar Dn
12.13).
Severino Pedro da Silva.
Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
2. Os chifres do
carneiro.
Os dois chifres “o qual
tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do
que a outra“ (8.3). Na versão ARC, a expressão fala de duas pontas que
são traduzidas em outras versões como dois chifres. Portanto, os dois
chifres do carneiro são os dois reis da Média e da Pérsia. Segundo os
historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como
emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça deles,
principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo
com a história, a princípio, os medos haviam prevalecido na guerra
contra a Babilônia e teve Dario como o primeiro governante daquela união
entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e
Ciro tornou-se o rei do império. O carneiro, com seus dois chifres,
representado pela união da Média e da Pérsia, identificado como o
Império Medo-persa venceu e derrotou o Império Babilônico quando
Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou dos vasos
sagrados da Casa de DEUS trazidos do Templo de Jerusalém. Nota-se que há
uma repetição do predito na visão do capítulo 7 sobre o segundo e o
terceiro impérios, porém, DEUS, com uma maneira especial de aclarar a
mente de Daniel mostrou a ele o que estaria fazendo no futuro desses
impérios e com o próprio povo de Israel. Os dois chifres do carneiro são
destacados, tendo um dos chifres maior que o outro. O chifre maior (“o
mais alto”) representava Ciro, o persa (8.3) e o chifre menor
representava Dario, da Média.
Marradas do Carneiro,
“vi que o carneiro dava marradas para o ocidente e para o norte, e para
o meio dia” (8.4) — São três direções audaciosas do carneiro dando
marradas, isto é, dando coices com violência para se sobrepor.
Interpretando o termo “marrada”, no contexto dessa visão, Daniel percebe
que o carneiro com seus dois chifres, representado pelo Império
Medo-persa, quando batalhou contra Nabonido, pai de Belsazar, da
Babilônia, foi um animal violento e dominador. Suas marradas foram
fortes e capazes de suplantar a força militar da Babilônia. As três
direções das marradas do carneiro abrangia todos aqueles países
adjacentes que envolviam a Babilônia, Lídia e o Egito, Palestina e
outros mais das cercanias do Oriente Médio. Estas três regiões lembram e
se comparam literalmente à figura das “três costelas” na boca do urso
que Daniel viu em sua visão no capítulo 7.5. As duas visões tratam das
mesmas conquistas dos medos e persas. No capítulo 7, os medos-persas são
representados pelo urso e no capítulo 8.4, eles são representados pelo
carneiro. O que DEUS queria mostrar a Daniel diferia apenas quanto aos
aspectos político do mundo de então e os aspectos moral e espiritual que
envolveria esse Império.
(8.4) A força do
Carneiro — “e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem
pudesse livrar-se da sua mão”.
Na cultura persa, a
figura do carneiro era muito popular. Esse animal é sempre referido ao
macho das ovelhas. Simboliza força e bravura na defesa da sua família.
Seus chifres são símbolos do poder de domínio e autoridade do carneiro
para defender seu rebanho. O símbolo mais importante dos medos-persas
era a cabeça de ouro de um carneiro que fazia parte da coroa real, do
peitoral de bronze dos guerreiros nas grandes batalhas. Na cronologia
histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes aconteceram no
período desses dois reis até que o carneiro é vencido e, surge na visão
de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (8.5-7).
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 119-120.
1. Ele viu um carneiro
com duas pontas (v. 3). Essa era a segunda monarquia, da qual os reinos
da Média e da Pérsia eram as duas pontas. As pontas eram muito altas.
Mas a que veio por último era a mais alta, e tomou a dianteira da mais
antiga. Assim, o último será o primeiro, e o primeiro, o último. O reino
da Pérsia, que se levantou por último, em Ciro, tornou-se mais eminente
que o dos medos, governado por Dario, o medo..
2. Ele viu o carneiro
atacando todos à sua volta com as suas pontas (v. 4), para o ocidente
(em direção à Babilônia, Síria, Grécia e Ásia Menor), para o norte (em
direção aos lídios, armênios e citianos), e para o sul (em direção à
Arábia, Etiópia e Egito), pois todas essas nações foram, em uma época ou
outra, atacadas pelo império persa na tentativa de aumentar os seus
domínios. E, por fim, ele se tornou tão poderoso que nenhum animal podia
estar diante dele. Esse carneiro, embora pertencente a uma espécie
animal que muitas vezes servia de presa, tornou-se temível até mesmo
para os próprios animais predadores, de modo que não havia nenhum que
ficasse diante dele, nenhum que dele escapasse, nenhum que pudesse
livrar-se da sua mão. Todos deveriam se submeter a ele. Os reis da
Pérsia agiam conforme a sua vontade, alcançavam sucesso em todas as
investidas no exterior, possuíam um poder incontrolável em seu país, e
tornaram-se notáveis. Ele se considerava notável porque fazia o que
queria. Mas fazer o bem é o que torna os homens verdadeiramente
notáveis.
HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 874.
3. A visão do bode
(Dn 8.5-8).
“eis que um bode vinha
do ocidente sobre a terra, mas sem tocar no chão” (8.5). A figura do
bode, na mitologia do mundo de então significava poder, força e ousadia.
Velocidade e mobilidade são características desse animal que lembram a
cabra montês que salta em montanhas de pedra com firmeza e sem resvalar.
O bode é um animal que vive em regiões rochosas e inóspitas. O texto diz
que “o bode” tinha uma velocidade que nem “tocava o chão”. Está se
referindo a Alexandre, filho de Felipe da Macedônia, que surgiu com
força incrível e com grande mobilidade para conquistar o mundo, a partir
da conquista do Império Medo-persa que não se conteve diante dele.
Quando surgiu o bode no espaço que o carneiro dominava, lançou-se contra
o carneiro com muita força e domínio, ferindo-o e quebrando, de
imediato, os dois chifres. O poder de Dario e Ciro caiu e foi usurpado
pelo poder simbólico do bode que representava o Império Grego.
“vinha do ocidente sobre
toda a terra” (8.5). Esse bode vinha do Ocidente com tanta velocidade e
força que os seus pés não tocavam o chão. Na realidade, o ocidente é
chamado “o poente” da Média e da Pérsia. Em 334 a.C., Alexandre, cruzou
um famoso estreito entre os mares Negro e Egeu e com a força militar que
tinha foi avançando até o Oriente e derrotou os exércitos dos medos e
persas. Por uns dois ou três anos seguintes, Alexandre, definitivamente
conquistou o Império Medo-persa por volta de 331 a. C.
“aquele bode tinha uma
ponta notável entre os olhos” (8.5). Ele tinha um chifre no meio de sua
testa. Era o Império Grego através de Alexandre, o Grande, que, com seus
exércitos, suplantavam tudo e agiam com muita rapidez. O carneiro foi
totalmente humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e o carneiro foi
pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição
e derrota do Império Medo-persa pelos gregos. Daniel vê em sua visão que
“o bode” vinha do Ocidente com muita força e rapidez e representava o
novo Império, o Grego.
Quem era a “ponta
notável”? (8.5)
Daniel vê em sua visão
que o bode tinha “uma ponta notável”, isto é, o bode tinha “um chifre no
meio dos olhos” que chamava a atenção e, histórica e profeticamente
estava se referindo ao líder mundial que ficou conhecido como,
Alexandre, o Grande. Sob seu comando, representado pelo bode, quando
deparou-se com o carneiro, quebrou os dois chifres do carneiro (Média e
Pérsia). Na visão de Daniel, o bode demonstrou ter uma força superior ao
do carneiro. Esse bode era, não só constituído de força e violência, mas
tinha uma mobilidade ímpar. Esse “chifre notável” tornou-se, portanto, o
grande conquistador por um espaço curto de tempo. Alexandre fora educado aos pés do grande
sábio grego Aristóteles. Ele nasceu na Macedônia em 356 a. C. Era de uma
inteligência avançada para o seu tempo. Quando tornou-se o grande
comandante das milícias gregas, a começar pela Macedônia, Alexandre
demonstrava perspicácia e tenacidade ante os seus liderados. Ele era
capaz de convencer seus liderados, generais e soldados, a superarem suas
forças para conquistarem terras e mais terras.
(8.6,7) A violência do
bode unicórnio. Era um animal unicórnio por causa do “chifre notável”
que tinha sobre a fronte. O texto diz que esse bode investiu com todas
as forças sobre o carneiro e quebrou, de imediato, os dois chifres do
carneiro. Ciro e Dario foram quebrados, e a união da Média e da Pérsia
foi suprimida pela força desse bode, ou seja, o Império Grego que
sucedeu ao medo-persa.
O chifre notável é
quebrado repentinamente - “mas, estando na sua maior força, aquela
grande ponta foi quebrada” (8.8) - Quando Alexandre gozava do maior
prestígio que um grande rei podia experimentar, no auge de sua glória
militar e política, o jovem conquistador perdeu a vida de modo
misterioso no ano 323 a. C. A profecia que DEUS deu a Daniel uns 200
anos antes se cumpriu cabalmente na vida de Alexandre, o Grande.
Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para
a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 120-121.
Dn 8.5: “um bode...” O
profeta Daniel, em sua grande visão, deixa um pouco de lado o carneiro
(Império medo-persa) e entra em cena com o Império Greco-Macedônio. No
capítulo dois (2) deste livro, o Império Greco-Macedônio é representado
pela composição de cobre, que forma “o ventre e coxas” da colossal
imagem vista por Nabucodonosor em sua visão noturna. Enquanto que, no
capítulo quatro (4), versículo quatorze, ele pode ser visto nas “folhas”
da grande árvore, vista também em um sonho. No capítulo 7.6, ele é
representado pelo “Leopardo” ali descrito. Agora, porém, no texto em
foco, o reino Greco-Macedônio é representado pelo “bode voador”. Em
sentido profundo da exegese, o bode representava o poderoso exército
comandado por Alexandre, enquanto que a “ponta notável entre os olhos”
representava o próprio Alexandre (v. 21). Daniel observa que aquele
“bode” vinha do “Ocidente” em direção ao Oriente; isso indicava que o
bode vinha da Grécia (Ocidente) em direção a Babilônia (Oriente). O
exército de Alexandre era considerado um “exército-relâmpago”, e por
essa razão, o profeta de DEUS registra que ele não “tocava no chão”.
Daniel, como em outras oportunidades, ficou sem entender a visão, mas o
anjo Gabriel, passou a explicar-lhe todos aqueles pormenores: “...o bode
peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o
rei primeiro”. E evidente que o rei primeiro do texto em foco é
Alexandre Magno. O “bode peludo”, além de poderoso, “tinha uma ponta
notável entre os olhos”. O leitor deve observar bem a frase: “entre seus
olhos”. - Mas por que entre seus olhos? - A história diz que Alexandre,
quando jovem, educou-se aos pés de Aristóteles, como Paulo aos pés de
Gamaliel (At 22.3). Aristóteles foi discípulo de Platão. Juntos, esses
dois filósofos eram chamados de “os dois olhos da Grécia”.
Dn 8.6: Os amantes da
história antiga reafirmam a descrição de Daniel no presente texto, sobre
a corrida de Alexandre Magno “com todo o ímpeto da sua força” contra os
medos e persas. “Conta-se que ele, quando frequentava uma escola na
Grécia (era macedônio), costumava dizer que um dia se vingaria com todo
o ímpeto das agressões dos persas, que, sendo senhores do mundo, ainda
desejavam dominar a Grécia. A célebre batalha do Passo de Dardanelos e a
batalha naval de Salamina falam bem alto do tipo de guerra que os
persas, de tão longe, iam fazer à Grécia. Tão logo Alexandre pôde
convencer os gregos de que era tempo de se desforrarem dos persas,
reuniu tudo que tinha, e com uma coragem indômita, que lhe era peculiar,
atirou-se pelo Oriente, nada estorvando a sua incrível coragem”.
Alexandre não perdia tempo. Dali em diante nada lhe resistiria. Por isso
Daniel o vê como um bode que vinha voando.
Dn 8.7: O presente
versículo foi escrito antes de seu cumprimento (talvez 200 anos antes).
Alexandre combateu, de fato, o Império Medo-persa, mais ou menos em 331
a. C. E esta profecia foi escrita por Daniel, mais ou menos em 539 a. C.
E uma predição notável o choque de dois Impérios mundiais. Em nossos
dias, poderíamos imaginar um choque de duas grandes
potências mundiais como os Estados Unidos da América do Norte e a União
Soviética. Isso significaria, uma catástrofe mundial que envolveria todo
o mundo. As duas pontas quebradas, vistas por Daniel no grande impacto
dos dois animais, significam o fim do império medo-persa, fundado por
Dario e Ciro. Esta dinastia só deixou de existir com a implantação do
novo sistema mundial dos gregos, que helenizaram o mundo daqueles dias.
Dn 8.8: “Aquela grande
ponta foi quebrada”. O simbolismo aqui apresentado é perfeitamente
verdadeiro em seu cumprimento. Alexandre foi um exímio guerreiro, e, ao
terminar todas suas grandes conquistas, entregou-se aos vícios mais
hediondos daquela época; isto lhe ocasionou morte prematura. Morreu aos
trinta e três (33) anos de idade, O chifre ilustre foi quebrado, como
disse a profecia acima.
“E subiram no seu
lugar
quatro também notáveis”. As quatro pontas notáveis do texto em foco,
compreendem também, as quatro “cabeças” que o “Leopardo” tinha (Dn
7.6). Na simbologia profética aplicada nas notas expositivas
do cap. 7.6, elas compreendem os quatro generais que se “levantaram”
depois da morte de Alexandre, que são: 1) Ptolomeu. 2) Seleuco. 3)
Antípater e 4) Filétero. Esses generais, após a morte de Alexandre
Magno, fundaram quatro realezas para os quatro ventos do céu: Egito
(Ptolomeu), Síria (Seleuco), Macedônia (Antípater), e Ásia Menor
(Filétero).
Eles foram, de fato, governantes “notáveis”, mas não atingiram a
glória
de Alexandre.
Severino Pedro da Silva.
Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
151-154.
Ele viu esse carneiro
ser vencido por um bode. Ele estava ponderando sobre o carneiro
(maravilhando-se de que um animal tão frágil pudesse ter se tornado tão
superior) e pensando qual seria o resultado. E, eis que surgiu um bode
(v. 5). Este era Alexandre, o Grande. Ele, de fato, conquistou o mundo, e depois sentou e
chorou porque não havia outro mundo para ser conquistado. Unus Pellaeo
juveni non sufficit orbis -Um mundo era muito pequeno para o jovem de
Pella. Esse bode (uma criatura famosa pela delicadeza ao caminhar,
Provérbios 30.31) vinha com incrível rapidez, de forma que não tocava o
chão, tamanha a velocidade com que se movia. Ele tinha
poder, e conhecia a sua própria força. Ele se via como alguém que estava
em condições de lutar contra todos os seus vizinhos. Alexandre
prosseguia com suas conquistas com tal rapidez e com tamanha fúria, que
nenhum dos reinos que atacou tinha coragem para oferecer resistência, ou
dar um fim ao avanço de seus exércitos vitoriosos. Em seis anos ele se
tornou o senhor da maior parte do mundo então conhecido. Com justiça
poderia ser chamado de uma ponta notável, pois o seu nome ainda
permanece vivo na história como o nome de um dos mais celebrados
comandantes de guerra que o mundo já conheceu. As vitórias e realizações
de Alexandre ainda são o passatempo dos estudiosos. Esse bode dirigiu-se
ao carneiro que tinha duas pontas (v. 6). Alexandre, com seu exército
vitorioso, formado por não mais do que 30.000 soldados a pé e 5.000
cavalos, atacou o reino da Pérsia. Ele foi ao seu encontro, para
surpreendê-lo com a fúria do seu poder, antes que pudesse ficar sabendo
de seus movimentos.
Ele se aproximou do carneiro. Alexandre com seu
exército veio contra Dario Codomano, então imperador da Pérsia,
movendo-se com irritação contra ele (v. 7). Foi com extrema violência
que Alexandre deu prosseguimento à sua guerra contra Dario, que, embora
levasse um grande número ao campo de batalha, ainda assim, por falta de
habilidade, não era páreo para ele, de forma que Alexandre foi muito
duro com ele, quando afinal contra ele travou combate, e o feriu, e
lançou-o por terra e o pisou com
os pés,
expressões essas que, pensam alguns, referem-se às três famosas vitórias
que Alexandre alcançou contra Dario, em Granico, Isso e Arbela, através
das quais esse rei foi, enfim, totalmente aniquilado, havendo perdido,
na última batalha, 600.000 homens, de forma que Alexandre tornou-se o
senhor absoluto do império persa e quebrou as suas duas pontas, os
reinos da Média e da Pérsia. O carneiro que destruíra todos diante de si
(v. 4) é agora destruído. Dario não tinha poder para estar diante de
Alexandre, nem possuía quaisquer amigos ou aliados que pudessem ajudar a
livrá-lo de sua mão.
Alexandre tinha cerca de vinte anos de idade quando
iniciou as suas guerras. Quando tinha cerca de vinte e seis, venceu
Dario e tornou-se senhor de todo o império persa. Porém, quando estava
com cerca de trinta e dois ou trinta e três anos de idade, sendo ainda
forte, e estando em sua plenitude, ele morreu. Ele não foi morto na
guerra, em um leito de honra, mas morreu de excesso de bebida alcoólica,
ou, como alguns suspeitam, envenenado. Ele não deixou nenhum filho vivo
para apreciar aquilo pelo que trabalhara incansavelmente, mas deixou um
monumento duradouro à vaidade da pompa e do poder do mundo, e da sua
incapacidade de fazer um homem feliz.
Ele viu esse reino
dividido em quatro partes, e que no lugar daquela grande ponta subiram
quatro notáveis, quatro dos comandantes de Alexandre. Essas quatro pontas notáveis apontavam em direção aos
quatro ventos do céu, como as quatro cabeças do leopardo (cap. 7.6), os
reinos da Síria e Egito, Ásia e Grécia - a Síria estendendo-se para
leste, a Grécia para oeste, a Ásia Menor para o norte e o Egito para o
sul.
O bode é uma descrição
profética acerca de um dos maiores líderes políticos da história,
Alexandre Magno.
Daniel elenca quatro fatos a seu respeito.
Em primeiro lugar, fala
da rapidez de suas conquistas (Dn 8.5, 21). Esse bode representa o
império grego (v. 21). As conquistas de Alexandre foram extensas e
rápidas. Osvaldo Litz afirma que em apenas treze anos Alexandre
conquistou todo o mundo conhecido de sua época.
O império medo-persa foi
desmantelado, dando lugar ao império grego. Em 334 a.C., Alexandre
cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas. Pouco tempo
depois, venceu Dario III na batalha de Issos (333 a.C.). Em 331, venceu
o grosso das forças medo-persas na famosa batalha de Gaugamela.
Em segundo lugar, Daniel
fala do poder desse líder (Dn 8.5). Alexandre é descrito como o chifre
notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro. Era um homem
irresistível, um líder carismático, com punho de aço.
Em terceiro lugar,
Daniel fala dos triunfos de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn
8.6,7). O poderio e a força de Alexandre são descritos na maneira como
enfrentou o carneiro: 1) fere-o; 2) quebra seus dois chifres; 3)
derruba-o na terra; e 4) pisoteia-o.
Em último lugar,
Daniel
fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino (Dn 8.8). “O
engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua queda e
decadência. Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais
perto está também de seu fim”. A Grécia não foi uma exceção (v. 8). O
versículo 8 profetiza a morte inesperada de Alexandre Magno na
Babilônia, em 323 a. C., exatamente quando ele queria reconstruir a
cidade da Babilônia, contra a palavra profética de que a cidade jamais
seria reconstruída. Com sua morte, o império grego foi dividido em
quatro partes entre quatro reis: a Cassandro couberam a Macedônia e a
Grécia, no ocidente. Lisímaco governou a Trácia e a Bitínia, no norte.
Ptolomeu governou a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul. Selêuco
governou a Síria e a Babilônia, no oriente.
Após a morte de
Alexandre e a divisão de seu reino entre esses quatro generais (v.
8,22), o grande império grego desintegrou-se e enfraqueceu-se. A
profecia acerca de Alexandre cumpriu-se literalmente, duzentos anos
depois da profecia dada a Daniel.
LOPES. Hernandes Dias.
DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 103-105.

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