Questionário 
   da 
   Lição 
   
 2 - O Propósito da Tentação
   Responda conforme a 
   revista da CPAD do 3º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
 Tema: 
 FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica
   Complete os espaços 
   vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as 
   falsas.
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP. @PrHenrique
10 julho 2014
Lição 2 - O Propósito da Tentação, 3parte
      Lição 2 - O Propósito da Tentação, 3parte
III – PROPÓSITO DAS 
  TENTAÇÕES (Tg 1.3-4, 12.)
 
  1. Para provar a 
  nossa fé (v.3)
 
  Tg 1.12 A Bíblia Sagrada 
  aprofunda o significado de bem-aventurado para incluir uma alegria 
  profunda que vem do recebimento da graça de DEUS. Da mesma maneira que 
  os atletas perseveram no seu treinamento para melhorar a sua capacidade 
  e a sua resistência para a competição, os cristãos também perseveram no 
  treinamento espiritual ao suportarem, com perseverança, a provação 
  (versão RA), que irá trazer maturidade e integridade.
 
  As provações de hoje se 
  parecerão com um treinamento quando nós enfrentarmos os desafios de 
  amanhã. A maneira de entrar no círculo vencedor de DEUS é amá-lo e 
  permanecer fiel a Ele, mesmo sob pressão. Existe uma linha de chegada. 
  Há bons resultados pelo caminho - o progresso espiritual tem marcadores 
  de quilometragem.
 
  Mas as provações desta 
  vida estão limitadas a esta vida. Algum dia, as provações terminarão. O 
  primeiro capítulo da carta de Tiago nos ensina que o objetivo de longo 
  prazo de DEUS para nós é a maturidade e a integridade, mas o seu 
  objetivo eterno para nós é a coroa da vida, uma expressão rica em 
  esperança. O crente que suporta com perseverança, confiando em DEUS, 
  terá uma vida que, embora não seja cheia de glória nem de honra, ainda é 
  verdadeiramente abundante, alegre, e vitoriosa. Suportar as provas da 
  vida dá aos crentes um sabor de eternidade, mesmo no presente. Esperar 
  por 
  esta maravilhosa 
  recompensa e por aquele que a apresentará a nós pode ser uma fonte de 
  resistência e coragem em tempos de provações (veja também 1 Co 9.24-27; 
  2 Tm 4.7,8). Os cristãos podem se considerar verdadeiramente 
  bem-aventurados, não importando quais sejam as suas circunstâncias 
  exteriores, porque a eles foi prometida a coroa da vida.
 
  Comentário do Novo 
  Testamento Aplicação Pessoal. 
  Editora CPAD. Vol 2. pag. 665-666.
 
  Quando somos provados 
  precisam os estar de olho na recompensa (1.12). Quando DEUS nos prova é 
  para o nosso bem, por isso somos bem-aventurados. Quando somos provados, 
  desenvolvemos a paciência triunfadora. Quando somos provados somos 
  aprovados por DEUS. Quando somos provados somos galardoados por DEUS. 
  Quando somos provados temos a oportunidade de demonstrar nosso amor por 
  DEUS. A Bíblia diz que nossa leve e momentânea tribulação produz para 
  nós eterno peso de glória (2Co 4.17). Como Lutero expressou no hino 
  Castelo Forte, ainda que percamos família, bens, prazeres. DEUS continua 
  sendo nosso castelo forte. 
 
 
  Herbert Lockyer narra 
  uma história que lança luz sobre essa questão. 
 
 
  A história é contada por 
  uma mulher piedosa que, tendo enterrado um de seus filhos, recolheu-se a 
  sua melancolia. Contudo, quando leu o Salmo 18.45: ‘Vive o Senhor’, foi 
  consolada. Então, outro filho morreu. Ainda assim, ela permaneceu calma 
  e confiante, enquanto dizia: ‘o consolo pode morrer, mas DEUS está 
  vivo’. Porém, o mais pesado golpe de todos ocorreu quando o seu amado 
  esposo morreu, e ela quase foi subjugada pelo sofrimento. Mas sua filha 
  que sobrevivera, observando como antes sua mãe falava para confortar-se 
  a si mesma, perguntou-lhe, desconsolada: ‘DEUS morreu, mamãe? DEUS 
  morreu?’. Isso alcançou o dolorido coração daquela mulher, e a sua 
  antiga confiança no DEUS vivo retornou. O fato de sermos provados nos 
  capacita, não apenas para recebermos recompensa futura, mas também nos 
  equipa para sermos usados por DEUS agora. Li algo maravilhoso que nos 
  ajuda a entender esse princípio: O processo utilizado no passado para o 
  cultivo das árvores que se tornariam os mastros principais dos navios 
  militares e mercantes era assim: os grandes construtores de navios 
  selecionavam as árvores localizadas no topo das altas colinas para, 
  provavelmente, virem a ser o mastro de um navio. Então, eles cortavam 
  todas as árvores que as circundavam e que protegeriam da força do vento 
  as árvores escolhidas. Com o passar dos anos, e com os fortes açoites 
  dos ventos contra aquelas árvores, elas cresciam e se tornavam mais 
  fortes ainda, até que, finalmente, estavam suficientemente firmes para 
  serem o mastro de um navio.
 
  LOPES. Hernandes Dias.
  TIAGO 
  Transformando provas em triunfo. 
  Editora Hagnos. pag. 23-24.
 
   
 
  Tg 1.12 
  “Bem-aventurado”: a palavra constitui praticamente uma continuação das 
  bem-aventuranças de JESUS (Mt 5.3-11). Não se trata de verdades gerais. 
  Não são verdadeiras “em si”, mas apenas verdadeiras em e por meio de 
  JESUS CRISTO, por meio do Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO. Em sua graça 
  DEUS concede o maravilhoso prêmio à nossa porçãozinha de aprovação, que 
  na verdade vive a cada instante da fidelidade dele.
 
  a) Quem é “ditoso”? “A 
  pessoa que carrega (ou “suporta”) com perseverança a provação”. Trata-se 
  de um verbo derivado do grego “paciência”, “permanecer por baixo”, 
  hypomoné (cf. o comentário a Tg 1.3). Portanto, é importante não tentar 
  escapar das múltiplas provas de DEUS, mas perseverar nelas por amor e 
  para louvor dele: seja sob o peso que significa sermos atribulados por 
  causa da obediência de fé – condições precárias, tarefas difíceis, 
  pessoas que nos causam problemas, preces aparentemente não atendidas – 
  seja (conforme a composição da palavra) debaixo da tribulação de nos 
  encontrarmos, em um aspecto qualquer, ou até mesmo em vários aspectos, 
  humanamente no lado obscuro da vida.
 
  b) “Bem-aventurado” em 
  que sentido? Desde já, porque o beneplácito de DEUS repousa sobre nós 
  quando, pelo amor de nosso Pai, suportamos aquilo que nos foi ordenado 
  como filhos de DEUS. Mas DEUS por sua graça nos presenteará 
  principalmente no alvo com o grande prêmio de vitória: “Porque, depois 
  de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida.” O termo grego stéphanos 
  significa os louros da vitória na competição esportiva. Como ficaremos 
  pasmos quando DEUS responder de forma tão maravilhosa à nossa corrida 
  cristã, na qual de fato nos guiamos pela palavra: “Deste-me trabalho com 
  os teus pecados e me cansaste com as tuas iniqüidades” (Is 43.24). “Lá 
  soará, DEUS coroará: só ele salvação trará” (Philipp Friedrich Hiller 
  [1699-1769]). – “A vida” é a definição de conteúdo daquilo que a coroa 
  representa. Por isso pode ser traduzida: “Receberá a coroa, a saber, a 
  vida.” Ou seja, a única coisa chamada vida, nosso Senhor JESUS CRISTO, o 
  grande DEUS, sua comunhão eterna. “Estaremos com o Senhor eternamente” 
  (1Ts 4.17). Quem tem JESUS tem tudo. “Contigo está a fonte da vida, e em 
  tua luz vemos a luz” (Sl 36.9). “O Senhor é meu bem e minha porção” (Sl 
  16.5; cf. também 1Jo 1.2).
 
  “Que DEUS prometeu”: cf. 
  Jo 3.16,36; 10.28; Rm 6.23; Cl 3.4; 1Ts 4.17b. DEUS fez promessas. 
  Penhorou sua palavra. Ele há de resgatá-la, inclusive quando parece 
  estar atrasado (Hc 2.3; 2Pe 3.9). “A palavra do Senhor é verdadeira; e o 
  que ele promete ele certamente cumprirá” (Sl 33.4).
 
  “Aos que o amam”: em 
  JESUS vemos o que significa amar a DEUS. Por amor ao Pai ele trilhou 
  qualquer caminho, também o mais enigmático: ao sinal dele tornou-se ser 
  humano, “a fim de procurar e salvar o que está perdido” (cf. Fp 2.6ss; 
  Lc 19.10). Segundo o desígnio do Pai, concordou com que os famosos se 
  afastassem dele e somente os sem-nome o seguissem. “Eu te louvo, ó Pai… 
  sim, Pai; porque assim foi agradável perante ti” (Mt 11.25s). Ele também 
  ofertou dor e lágrimas do caminho indizivelmente difícil e enigmático 
  até a cruz como sacrifício ao Pai (Hb 5.7). Amar a DEUS: entre nós isso 
  também inclui precisamente que por meio do ESPÍRITO de JESUS suportemos, 
  segundo sua orientação e por amor ao Pai, caminhos incompreensíveis e 
  sinas aparentemente absurdas: “Sim, Pai, de todo coração, o fardo teu 
  carregarei” (Paul Gerhardt).
 
  Fritz Grünzweig. 
  Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
   
 
  Provação, dificuldades, 
  problemas, sofrimento, tribulação, depressão, seja qual for o nome que 
  damos às adversidades e às tragédias da vida, a verdade absoluta é que 
  não é fácil enfrentá-las. O ser humano pode ser forte, inteligente, 
  brilhante ou, até mesmo, o maior gênio da matemática, e ainda assim não 
  estar imune aos dramas da vida. Como aconteceu com John Forbes Nash Jr. 
  Que ainda jovem fez uma descoberta revolucionária no campo da matemática 
  que anos depois lhe renderia o prêmio Nobel de Economia. Mas mesmo para 
  uma mente brilhante como a de Nash não foi suficiente para que ele 
  ficasse imune à esquizofrenia que quase destruiu sua vida, carreira e 
  casamento. 
 
 
  A adversidade náo 
  escolhe a classe social, baixa ou alta; a escolaridade, analfabeto ou 
  doutor; a beleza, bonito ou feio; a religião, cristão ou pagão nem o 
  grau de espiritualidade, infiel ou comprometido.
 
  Ela é uma fatalidade, 
  parte de um mundo caído. E parte de um mundo que vive no mal, que herdou 
  as consequências da rebelião do primeiro casal que teve o privilégio de 
  ver DEUS face a face.
 
  Mas independentemente 
  desse drama que vivemos, nós, como servos do Senhor, podemos 
  experimentar e viver de forma diferente mesmo diante dos problemas e das 
  provações que o mundo nos prepara.
 
  E no versículo 12, 
  Tiago, novamente, vai de forma contundente contra tudo aquilo que o 
  mundo nos apresenta como resposta fácil quando afirma que existe maior 
  alegria no fato de perseverarmos na provação, porque depois de aprovados 
  receberemos o grande prêmio, a coroa da vida, que DEUS garantiu entregar 
  àqueles que o consideram acima de tudo nessa vida. Tiago começa dizendo 
  “feliz” ou “bem-aventurado” é a pessoa que persevera na provação. O 
  grande dilema e mesmo ironia dessa bem-aventurança é que ela pressupõe a 
  felicidade quando nós nos encontramos em um estado deplorável. É fácil 
  abraçar aquilo que o salmista diz: “Como é feliz aquele que não segue o 
  conselho dos ímpios” (SI 1.1). É certo que ninguém em sã consciência 
  iria para a porta de um botequim para se aconselhar com bêbados sobre 
  sua vontade de abrir um negócio. Qual a felicidade que alguém 
  encontraria seguindo conselhos dessas pessoas? Por isso, é muito fácil 
  perceber que feliz é aquele que tem sua satisfação na lei do Senhor (SI 
  1.2). Por outro lado, é muito mais difícil aceitar que exista felicidade 
  em se perseverar na provação. Todos nós já tivemos nossos dias difíceis. 
  E quantos se animam com os famosos: “Não chora”; “Deixa disso, não vale 
  nem a pena se estressar”; “Ah, isso vai passar”; “Levanta a cabeça, 
  esquece isso, tudo vai ficar bem”; “Nada como um dia após o outro”; 
  “Você tem que ser forte”. Se tivéssemos essa força, não seria exatamente 
  isso que estaríamos fazendo?
 
  Mas independentemente de 
  ser tão difícil abraçar o que Tiago diz, ainda assim, é verdade que 
  feliz é aquele que persevera. Por mais doloroso que seja aceitar, há 
  felicidade mesmo quando nos encontrarmos em um estado miserável. O 
  próprio mundo nos dirá que somos coitados por estarmos nesse estado. Ou 
  muitos de nós olham para as pessoas em dificuldade como coitadas e 
  miseráveis. A razão disso é que definimos a miséria das pessoas pelo que 
  elas passam. Só que DEUS define nossa miséria não pelo que passamos, mas 
  pelo que deixamos de alcançar. Por essa razão, Tiago nos ensina que 
  feliz é a pessoa que persevera na provação. A felicidade aqui está 
  ligada a perseverança. Como Tiago já havia mencionado nos versículos 3 e 
  4: “pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. [...] E 
  a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros 
  e íntegros Não temos outra saída, pois, como cristãos, precisamos 
  praticar a perseverança a fim de alcançar um caráter perseverante. Da 
  mesma forma que um atleta persevera ou passa por estresse físico para 
  alcançar um grau maior de resistência, assim também acontece conosco, os 
  cristãos. Precisamos resistir aos testes ou às tribulações da vida a fim 
  de obter a perseverança espiritual que trará perfeição. Diante dos 
  problemas, temos que zelar pela nossa atitude diante de DEUS. Não 
  devemos permitir que entremos na murmuração que leva ao desespero. Mas 
  como o autor de Hebreus escreveu devemos “suportar as dificuldades como 
  disciplina. DEUS nos trata como a seus filhos. Ora, qual o filho que não 
  é disciplinado por seu pai?” (Hb 12.7). Tribulação para o não cristão é 
  punição, mas para o cristão é teste, uma verdadeira prova de amor do 
  Pai. Como escreveu Thomas M.: “Uma pessoa pode não ser sempre feliz 
  quando tudo acontece segundo os seus próprios desejos, mas ela pode 
  resistir e perseverar o mal com vitória e paciência”. E a perseverança é 
  alcançada na provação, ou seja, durante a tempestade. DEUS quer de nós 
  dependência, confiança nele, ou seja, quer que nos apoiemos nele. O 
  cristão chora. O cristão sente dor. O cristão se humilha diante de DEUS. 
  Ele clama ao pai por socorro. Ele persevera na provação. Como JESUS 
  disse: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, 
  não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Quando JESUS 
  disse isso ele estava sendo poético e politicamente correto com suas 
  palavras? E claro que não. JESUS estava prestes a enfrentar a morte e 
  ele sabia muito bem disso. Seu próprio sentimento demonstra isso. No 
  versículo anterior, ele dissera que sua alma estava profundamente 
  triste, “tristeza mortal” (Mt 26.38). E o evangelista Lucas nos informa 
  que sua angustia era tamanha que ele orava intensamente, e seu suor era 
  como “gotas de sangue que caíam no chão” (Lc 22.44). Não podemos ser 
  cínicos. Não podemos negar que o sofrimento existe e que ele dói. Ele 
  machuca. As dificuldades física, emocional e econômicas desta vida são 
  reais. A vida é repleta de problemas. Não temos como fugir dessa 
  realidade. Somos pessoas vulneráveis a tudo. Basta um vírus, e ficamos 
  de cama. Basta uma mudança de tempo, e pegamos uma gripe. Basta uma 
  noite mal dormida, um pouco de estresse, falta de comida e uma queda na 
  pressão sanguínea que perdemos os sentidos, como acontece com aqueles 
  que sofrem de síncope do vaso vagai.
 
  Mas será que DEUS está 
  pedindo que tenhamos fé a ponto de ignorar ou fazer de conta que não 
  estamos sofrendo ou que não sofremos de forma alguma porque somos 
  supercrentes? De forma alguma! Não é vergonha nem pecado um cristão 
  ficar doente ou sofrer, sentir-se frágil. Isso é ser humano. Como Paulo 
  afirmou: “por amor de CRISTO, vos foi concedido não somente crer nele, 
  mas também sofrer por ele” (Cl 1.29, A21). Contudo, o Senhor espera que 
  não vivamos presos, limitados nem acorrentados pelas tragédias da vida 
  de tal forma que nos impossibilite de ver além do nosso próprio 
  problema. Pois assim deixamos de enxergar tudo aquilo que de mais 
  precioso ele tem nos dado e nos preparado para receber. Como disse o 
  profeta Habacuque: “mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas 
  nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção 
  de alimentos na lavoura, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, 
  ainda assim, eu exultarei no Senhor e me alegrarei no DEUS da minha 
  salvação” (3.17,18).
 
  As aflições externas só 
  serão o mal maior, se DEUS não for nosso bem maior. Por isso, rejeitar 
  nossa situação não é o caminho, mas o caminho é perseverar na nossa 
  provação.
 
  Provação e tentação 
  traduzem a mesma palavra grega (peirasmos). Esta deve ser a razão que 
  Tiago trata dos dois sentidos nesse parágrafo. Primeiro, ele trata da 
  felicidade do homem que persevera na provação (certamente, a melhor 
  opção no v. 12). Todo tipo de sofrimento atinge o homem em conseqüência 
  da queda de Adão e a maldição que foi pronunciada contra o mundo por 
  DEUS. O apóstolo Paulo escreveu: “Considero que os nossos sofrimentos 
  atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. A 
  natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de DEUS 
  sejam revelados. Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua 
  própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na 
  esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão 
  da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos 
  filhos de DEUS” (Rm 8.18-21).
 
  A felicidade dos que 
  perseveram nas provações e são aprovados (,dokimos, v. 2) culmina no 
  galardão de receber a coroa da vida (v. 12). Essa coroa (stephanos, 
  grinalda, uma coroa de folhas) correspondia nos jogos olímpicos à 
  medalha de ouro nos dias atuais. A aprovação do Senhor resulta na honra 
  concedida a um vencedor. Todo cristão que não desiste, mas persevera, 
  será reconhecido como vencedor, recebendo a coroa da vida, prometida por 
  DEUS para aqueles que o amam.
 
  Paulo afirma que ele 
  corre para ganhar o prêmio que ele também chama de coroa (stephanon). 
  Enquanto os que correm no estádio correm para uma coroa ou grinalda que 
  perece, Paulo esmurra seu corpo para ganhar a corrida de DEUS. A 
  grinalda que o Senhor lhe dará não perece (ICo 9.25), mas durará para 
  sempre. A permanente e duradoura confirma que a vida eterna nunca 
  acabará. Novamente, em 2Timóteo, Paulo, pouco antes de sua decapitação 
  em Roma, expressa sua confiança em ser galardoado com uma coroa 
  (stephanos) de justiça (4.8). Todos os justificados (declarados justos 
  pela graça) receberão a coroa que os identifica como perfeitos, sem 
  mácula ou mancha de pecado.
 
  A coroa é o emblema de 
  sucesso espiritual concedido pelo Rei do universo àqueles que mantêm sua 
  fé. Talvez tenha sido desse versículo que C. S. Lewis tenha tirado a 
  ideia de coroar os jovens vencedores Pedro, Edmundo, Susana e Lucia, no 
  final de sua primeira aventura, contra a Rainha má de Nárnia, pois eles 
  passaram no teste da fé e perseveram até o fim.
 
  E coroa da vida aqui 
  pode ser entendida como a coroa que é a vida que DEUS nos premiou. Essa 
  vida é sem dúvida a vida eterna, o desfrutar da presença de DEUS na 
  eternidade. Em Apocalipse 2.9 e versículos seguintes, JESUS diz para os 
  cristãos que estão sofrendo que aqueles que perseverarem que o prêmio 
  será a vitória sobre a morte. “Estas são as palavras daquele que é o 
  Primeiro e o Ultimo, que morreu e tornou a viver. Conheço as suas 
  aflições e a sua pobreza, mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que 
  se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás. Não tenha 
  medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês 
  na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. 
  Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. Aquele que tem 
  ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas. O vencedor de modo algum 
  sofrerá a segunda morte’.
 
  JESUS conhece nossa 
  aflição. Ele sabe onde está localizada nossa dor. Ele conhece exatamente 
  o que estamos passando. E ele pede de nós coragem? Ele diz para nós 
  “deixarmos disso”, ou “sairmos dessa”? Não. Ele pede de nós fidelidade. 
  Ser fiel, mesmo em caso de ter que enfrentar a morte. Esse versículo de 
  Tiago é um dos mais apocalípticos de todo o livro. Pois ele está olhando 
  para o presente: as nossas dificuldades e provações hoje, mas nos 
  chamando para uma disposição futura. É impressionante como, em grande 
  parte da Bíblia, a questão do sofrimento está relacionada com o presente 
  e o futuro.
 
  O presente sempre sendo 
  o momento que experimentamos nosso sofrimento, e o futuro sendo sempre 
  nossa âncora na qual devemos nos apoiar. Parece que, de alguma forma, o 
  Senhor quer nos ensinar que o sofrimento nessa vida, no presente, é 
  inevitável. Em parte, é inevitável por estarmos em um mundo caído, 
  corrompido e contaminado pelo pecado. E focalizar no sofrimento, na dor, 
  no problema, na tribulação só agrava o fato como se fosse uma forma que 
  o mundo encontrou para nos distanciar de DEUS. Mas o encorajamento do 
  Senhor está em nos ensinar e nos impulsionar a olhar para além do 
  sofrimento na expectativa e na esperança daquilo que ele está reservando 
  para nós para toda a eternidade.
 
  Por pior que sejam os 
  nossos sofrimentos, e eles são legítimos e verdadeiros, Paulo diz que 
  eles ainda assim se quer podem ser comparados com a glória que em nós 
  será revelada (Rm 8.18). Ou ainda que eles, embora nada mais sejam do 
  que leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que 
  pesa mais do que todos eles (2Co 4.17). Por essa razão, precisamos fixar 
  os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê 
  é transitório, mas o que não se vê é eterno (v. 18). 
 
 
  De alguma forma 
  sobrenatural encontraremos força mudando nosso foco do problema para a 
  glória aguardada da herança que receberemos no momento prometido. Além 
  disso, é necessário reconhecer a própria limitação do período de 
  sofrimento atual que é passageiro, mesmo que para muitos de nós algumas 
  horas de angústia pareçam representar uma vida inteira de sofrimento. E 
  se falhamos em ter uma visão correta e certa de nosso futuro, falharemos 
  em uma abordagem correta e equilibrada do nosso presente. Viveremos no 
  tormento da dor sem esperança. Ficaremos desanimados e desmotivados com 
  a própria vida, e muito mais ainda com a vida cristã. Estaremos nos 
  culpando por não agirmos como deveríamos, e a tendência de correr para 
  mais longe de DEUS, por conta da própria sensação e sentimento de 
  falência espiritual, por saber como devemos agir e acabar agindo de 
  outra forma.
 
  Como é lastimável pensar 
  que existem muitas pessoas enganando e sendo enganadas com essa ideia 
  diabólica de que o crente 11.10 sofre, o crente não fica doente. Quando 
  o que a Bíblia mais afirma é que o sofrimento é real. Que os problemas 
  machucam, doem. Que essa vida não é fácil não. E essa mentira nos tenta 
  a encobrir uma realidade que é impossível de ser coberta. E tão 
  impossível encobrir e mascarar o sofrimento como cobrir o mar ou impedir 
  que o sol apareça. Podemos e tentamos fazer de tudo — correr para 
  médicos, tomar remédios, fazer tratamentos, praticar esportes, 
  alimentar-se bem, mas a verdade é que a vida neste mundo pressupõe dor, 
  angústia e tribulação.
 
  Seria utopia achar que o 
  sofrimento é injusto tanto quanto que DEUS é injusto por permitir que o 
  mundo seja assim. Por outro lado, o lado melhor da moeda, é que DEUS não 
  nos criou para a terra, mas para o céu. E pode um crente viver no 
  presente sem a visão do céu? O presente que recebemos no meio de tudo é 
  um chamado para focalizarmos nossa pátria verdadeira (Fp 3.20).
 
  Por isso, a constância e 
  a perseverança têm grande valor para DEUS. O apóstolo Paulo disse que 
  DEUS retribuirá a cada um conforme o seu procedimento’. Ele dará vida 
  eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e 
  imortalidade (Rm 2.6,7). Na competição dos jogos, a perspectiva de 
  ganhar o prêmio serve de estímulo para os atletas. Também, para todos os 
  que perseveram na corrida cristã, apesar das aflições e oposição, DEUS 
  oferecerá a coroa da vida.
 
  Russell P. 
  Shedd,. Edmilson F. Bizerra. 
  Uma Exposição De Tiago
  A Sabedoria De 
  DEUS. 
  Editora Shedd Publicações.
 
   
 
  Tg 1.3 Embora a nossa 
  tendência seja pensar nas provas como uma maneira de testar o que não 
  sabemos ou não temos, passar por uma prova deveria ser uma oportunidade 
  positiva para provar aquilo que aprendemos. Esta prova à nossa fé é um 
  teste que tem um objetivo positivo. Neste caso, os problemas não 
  determinam se os crentes têm fé ou não. Os problemas fortalecem os 
  crentes, acrescentando paciência à fé que já se encontra presente. A 
  paciência é a fé ampliada; ela envolve a confiança em DEUS por um 
  período muito longo de tempo. Tiago náo está questionando a fé dos seus 
  leitores — ele supõe que eles confiam em CRISTO. Ele não está 
  convencendo as pessoas a terem fé; ele está encorajando os crentes a 
  permanecerem fiéis até o fim. Tiago sabe que a fé deles é verdadeira, 
  mas esta fé precisa amadurecer.
 
  Não podemos conhecer 
  verdadeiramente a nossa própria profundidade até que vejamos como 
  reagimos sob pressão. Diamantes preciosos começam sendo carbono, 
  sujeitos a uma pressão intensa durante algum tempo. Sem pressão, o 
  carbono continua sendo carbono. 
 
 
  A prova da sua fé é a 
  pressão contínua que a vida exerce sobre você. A paciência, como uma 
  pedra preciosa, é o resultado desejado deste teste. A paciência não é 
  uma submissão passiva às circunstâncias; é uma resposta forte e ativa 
  aos eventos difíceis da vida, mantendo-lhe em pé à medida que você 
  enfrenta as tempestades.
 
  Não é simplesmente a 
  atitude de suportar as provações, mas sim a capacidade de convertê-las 
  em glória e superá-las.
 
  Comentário do Novo 
  Testamento Aplicação Pessoal. 
  Editora CPAD. Vol 2. pag. 663.
 
   
 
  Aprova da nossa fé (v. 
  3) fortalece nossa paciência. JESUS disse: “E na vossa paciência que 
  ganhareis a vossa alma” (Lc 21.19, ASV). Tiago não nos dá este conselho 
  com base na sua autoridade pessoal. Sabendo que significa: “Descubram 
  por conta própria”. O tempo do verbo sugere uma ação progressiva e 
  contínua — descobrindo continuamente. O apóstolo diz, na verdade: 
  “Procurem ser alegres e perseverantes e vejam se não é a melhor maneira 
  de lidar com as suas provações”.
 
  E por que deveríamos 
  continuar provando? Tasker responde: “Para que os cristãos sejam 
  perfeitos e completos, avançando até alcançar a vida equilibrada de 
  santidade perfeita e íntegra”.3 Essa é a vontade de DEUS para o cristão. 
  A exortação aponta para uma santidade representando o alvo mais elevado 
  da maturidade cristã. Mas essa maturidade não deve estar dissociada do 
  cumprimento do mandamento do nosso Senhor e da sua provisão para 
  alcançar esse elevado nível de santidade. A palavra perfeitos é a mesma 
  que JESUS usou quando instruiu seus seguidores: “Sede vós, pois, 
  perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48).
 
  A. F. Harper. 
  Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 155.
 
   
 
  Tg 1.3 a) Aprendemos a 
  paciência. “Pois tendes o conhecimento de que o teste de autenticidade 
  de vossa fé produz paciência.” O termo grego para “paciência”, hypomoné, 
  significa também “perseverança”, “constância”, literalmente “permanecer 
  por baixo”, debaixo das condições difíceis, das tarefas onerosas, dos 
  sofrimentos físicos e psíquicos etc., permanecer debaixo de DEUS e de 
  sua vontade, no lugar em que ele nos colocou. Nossa natureza humana 
  perde a paciência diante das adversidades. Mas em que sentido, afinal, 
  as tribulações produzirão paciência nos cristãos?
 
  Paulo escreve: “Estais 
  radicados nele”, em CRISTO (Cl 2.7). As tribulações são capazes de nos 
  prestar o serviço de nos ensinar a enraizar-nos cada vez mais 
  profundamente em DEUS, a agarrar-nos cada vez mais firmemente a ele. É 
  como as árvores fazem na natureza: as de raízes rasas são derrubadas, 
  uma depois da outra, pela tempestade. As faias solitárias sobre os 
  montes agarram-se cada vez mais firmemente às rochas nas ventanias. 
  Consequentemente, nossa constância se fortalece cada vez mais nos testes 
  de autenticidade. – Igualmente colhemos experiências com nosso Senhor, 
  como p. ex.: “Ele tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz 
  subir, ele empobrece e enriquece; abaixa e também exalta” (1Sm 2.6s). Em 
  novas provações saberemos por experiência própria: não há motivos para 
  resignar. Sabemos o que podemos esperar de DEUS nas provações, qual é o 
  método de nosso DEUS: ele socorre na aflição e, na hora certa, também 
  ajuda a sair dela. Em certas circunstâncias, outros, ainda iniciantes na 
  fé, poderão aprender algo com a tranquilidade, serenidade e certeza 
  daqueles que há muito vivem com seu Senhor e em muitas provações já 
  colheram numerosas experiências com ele. “… que têm sido exercitados” 
  (Hb 12.11). Ademais é importante que preservemos as experiências de 
  tribulações anteriores para a atualidade e o futuro, para nós e outros 
  (Sl 77.12) e as façamos frutificar em determinadas ocasiões.
 
  Fritz Grünzweig. 
  Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
   
 
  2. Produzir a 
  paciência (v.3,4)
 
  Similar à sua lista de 
  fraquezas de 4.8-10, esta lista inclui aflições, necessidades e 
  angústias que a maioria dos pregadores não apresentaria perante seus 
  ouvintes.
 
  Por pregar a CRISTO, 
  Paulo tinha sido açoitado. Em 11.23-25, Paulo lembra que tinha sido 
  açoitado cinco vezes pelos judeus.
 
  Ele também tinha sido 
  espancado com varas pelas autoridades civis em três ocasiões diferentes. 
  Lucas registrou, no livro de Atos, que Paulo e Silas sofreram esta 
  punição em Filipos (veja At 16.23,24).
 
  Paulo tinha sido 
  aprisionado em Filipos (At 16.23). Em praticamente todas as cidades, 
  Paulo tinha enfrentando tumultos, normalmente provocados pelos judeus 
  rancorosos. Em Antioquia da Pisídia, os judeus incitaram os homens e 
  mulheres influentes da cidade para expulsá-lo daquela cidade (At 
  13.49-52). Em Icônio, os cidadãos tramaram apedrejar Paulo até a morte 
  (At 14.5,6). Em Listra, uma multidão irritada o apedrejou, e, 
  milagrosamente, ele sobreviveu e seguiu até a cidade seguinte para 
  pregar o Evangelho (At 14.19). Em Filipos, uma multidão cercou Paulo e 
  Silas e os aprisionou (At 16.19-24).
 
  Em Tessalônica, uma 
  multidão que procurava Paulo cercou a casa de Jason (At 17.5). Em Éfeso, 
  uma multidão de ourives enraivecidos atacou os companheiros de viagem de 
  Paulo (At 19.23-41). Mesmo durante o ministério de Paulo entre os 
  coríntios, os judeus de Corinto o prenderam e o levaram diante do 
  governador (veja At 18.12-17). Em toda parte onde Paulo pregava o 
  Evangelho, ele encontrava-se com multidões inflamadas. Ele esperava 
  oposição, mas também esperava que JESUS o guiasse nestas situações 
  difíceis (veja 1.3-7).
 
  Depois de listar algumas 
  das aflições involuntárias que tinha enfrentado, Paulo mencionou as 
  aflições que ele havia suportado voluntariamente pela causa do 
  Evangelho. Paulo não apenas enfrentou obedientemente todos os tipos de 
  oposição a CRISTO, como também fez sacrifícios pessoais para poder 
  continuar a anunciar as boas novas. Paulo tinha trabalhado até a 
  exaustão para não se tornar um peso para as pessoas a quem estava 
  pregando, em especial para os coríntios (veja 11.9). Em Tessalônica, ele 
  trabalhou noite e dia; talvez isto lhe tenha causado algumas daquelas 
  noites sem dormir, em vigília (1 Ts 2.9; 3.8). Talvez algumas destas 
  vigílias voluntárias não tivessem sido passadas em trabalho físico, mas 
  em orações por todas as igrejas. Além disto, Paulo tinha jejuado muitas 
  vezes. Ele pode ter feito isto para não ser um peso financeiro para as 
  pessoas a quem estava pregando (veja 11.7-10).
 
  Comentário do Novo 
  Testamento Aplicação Pessoal. 
  Editora CPAD. Vol 2. pag. 216-217.
 
   
 
  Mas como os seus 
  caluniadores coríntios aparentemente sentiram que a honra da indicação 
  feita por DEUS significava sucesso e proeminência, Paulo teve que 
  ressaltar que até mesmo os seus sofrimentos eram demonstrações da 
  autenticidade do seu apostolado (4-5).201 Em tudo - possivelmente em 
  todas as ocasiões - Paulo e seus companheiros de trabalho se tornavam 
  recomendáveis (dignos de elogio, cf. 3.1; 4.2; 5.12) como ministros 
  (servos; cf. 6.4; Mt 20.26; Mc 10.43) de DEUS. Redpath sugere que todas 
  as condições mencionadas em 4-10 “fornecem uma plataforma para a 
  exibição da graça de DEUS” na vida dos seus servos.202
 
  Paulo recomenda o seu 
  ministério, primeiramente, na muita paciência (“grande persistência”, 
  RSV). Esta qualidade, muita ressaltada por JESUS (Mt 10.22; 14.13; Lc 
  8,15; 21.19) e certamente significativa para Paulo (1.6; 11.23-30; Rm 
  5.3; 1 Ts 1.3), coloca-se no topo de três grupos de provações. O 
  primeiro grupo, no versículo 4, apresenta os sofrimentos de Paulo em 
  termos gerais. Eles podem se referir àquelas dificuldades que são 
  independentes do agente humano, e incluem aflições (cf. 1.3-10; 2.4; 
  4.8,17; At 14.22; 20.23), todas as experiências de pressão física, 
  mental ou espiritual que talvez possam ser evitadas; necessidades 
  (“privações”, NEB), que não possam ser evitadas; e angústias (“dilemas”, 
  NEB, 4.8), das quais não é possível escapar.
 
  Donald S. Metz. 
  Comentário Bíblico Beacon. I Coríntios. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 
  438.
 
   
 
  «...na muita 
  paciência...» Esta última palavra, no original grego, é «upomone». 
  Trata-se não simplesmente da capacidade de esperar com tranquilidade e 
  sem queixumes, pela concretização de algo que se espera, conforme a 
  definição ordinária da palavra moderna «paciência». Antes, dentro do uso 
  neotestamentário há a ideia de «constância», «fortaleza», «permanência», 
  «perseverança», em face das dificuldades, das perseguições e de um 
  trabalho árduo e prolongado. Por isso mesmo, um elevado lugar é 
  atribuído a essa virtude, nas páginas do N.T., bem como em outras 
  literaturas cristãs. Notemos a «constância de CRISTO», em seus 
  sofrimentos (Pol. 8:2); a fortaleza «similar à de CRISTO» (ver II Tes. 
  3:5); a «constância» na prática do que é direito (ver Rom. 2:7); a 
  «perseverança dos santos» (em, Apo. 3:10). O Senhor JESUS dava a essa 
  virtude uma importância muito grande, conforme se vê em Luc. 8:16; 
  21:19; Marc. 13:13; Mat. 10:22 e 24:13. Esta epístola torna a 
  mencioná-la, no trecho de II Cor. 12:12. E nas passagens de I Tim. 6:11; 
  II Tim. 3:10 e Tito 2:2, essa virtude aparece logo depois do «amor», nas 
  listas das virtudes cristãs. Crisóstomo teceu louvores a essa virtude 
  como segue: «É ela a raiz de toda a bondade, a mãe da piedade, o fruto 
  que nunca murcha, uma fortaleza jamais conquistada, um porto que 
  desconhece tempestades». (Hom. 117). O mesmo autor diz em sua Ep. ad 
  Olymp. 7: «(ela é) a rainha das virtudes, o alicerce das ações corretas, 
  a paz na guerra, a calma na tormenta, a segurança nas maquinações, que 
  nenhuma violência humana e nenhum poder do mal poderá prejudicar». 
  Clemente de Roma, ao referir-se às várias virtudes que recomendavam aos 
  apóstolos, deu o primeiro lugar a essa virtude. (Ver Cl. 12:12).
 
  Aquieta-te, minha alma: 
  o Senhor está a teu lado; Suporta com paciência a cruz da tristeza ou da 
  dor; Deixa ao teu DEUS ordenar e providenciar; Em toda a modificação ele 
  permanecerá fiel; Aquieta-te, minha alma; teu melhor e celeste Amigo Por 
  caminhos espinhosos te conduz a um fim feliz. (Katharina von Schlegel).
 
  «Todos os homens aprovam 
  a paciência, embora poucos estejam dispostos a praticá-la». (Tomás à 
  Kempis, 1380-1471, em sua famosa obra Imitação de CRISTO).
 
  «É na vossa perseverança 
  que ganhareis as vossas almas» (Luc. 21:19).
 
  «Tendes ouvido da 
  paciência de Jó...» (Tia. 5:11).
 
  «...aflições...» No 
  grego temos o termo «thlipsis», uma palavra geral que indica várias 
  formas de aflição, produzidas por circunstâncias externas adversas, 
  pelas tribulações, pelas perseguições, pelas angústias mentais e 
  espirituais. A ideia à raiz dessa palavra é «pressão». O verbo grego 
  «thlibo» significa «premir», «espremer», «restringir», «estreitar», e, 
  por conseguinte, «oprimir, «afligir». Esse vocábulo é usado por nada 
  menos de quarenta e cinco vezes nas páginas do N.T., com tais sentidos 
  como «tribulação» (como em Mat. 13:21 e 24:21,29), «aflição» (como em 
  Marc. 4:17 e 13:19); «angústia» (como em I Cor. 7:28); e «perseguição» 
  (como em Atos 11:19).
 
  «...privações...» é 
  tradução do vocábulo grego «anagke», que quer dizer «necessidade», 
  «calamidade». Essa palavra, no original grego, também podia transmitir a 
  idéia da «falta» de algo necessário, ou seja, a redução a uma pobreza 
  extrema. Sabemos que Paulo sofreu assim, porquanto aprendeu como ter 
  abundância e sofrer penúria. (Ver Fil. 4:12). Essa palavra grega, 
  entretanto, pode significar simplesmente «calamidades», «experiências 
  adversas», o que também se verificou na vida do apóstolo dos gentios. 
  Esse vocábulo é empregado por dezoito vezes no N.T., e ambas essas 
  ideias aparecem inerentes nas ocorrências do mesmo. «...angústias...», 
  no grego, é «stenochoria», que literalmente traduzido seria 
  «estreiteza», demonstrando um estado de «confinamento», de «restrição», 
  dando a ideia de angústias, apertos de muitas formas.
 
  É interessante que 
  alguns estudiosos veem certa intensificação crescente das dificuldades 
  mencionadas por Paulo —«Aflições» (II Cor. 1:4,8; 2:4 e 4:7), que podem 
  ser evitadas; «necessidades» (II Cor. 12:10), que não podem ser 
  evitadas; e «apertos» (II Cor. 12:10), do que não há como escapar». 
  (Plummer, in loc.).
 
  «A ideia aqui prevalente 
  é a de pressão e confinamento: cada estágio mais estreito do que o 
  anterior, de tal modo que nenhum espaço é deixado para movimento ou 
  escape». (Stanley, in loc.).
 
  Paulo expressa as suas 
  grandes tribulações mediante o emprego de diversos trios, três ao todo, 
  expressando nove formas de angústia (nos versículos quarto e quinto 
  deste capítulo). Comenta Faucett(ín loc.), acerca disso: «O primeiro 
  trio expressa as aflições em geral; o segundo trio, aquelas que se 
  originam nas violências dos homens; e o terceiro trio, expressa aquelas 
  que ele provocou contra si mesmo, direta ou indiretamente. Tudo isso 
  comprovava o seu direito de exortá-los com autoridade, bem como sua 
  capacidade de servir-lhes de exemplo.
 
  O recital que se segue 
  (nos versículos quarto a décimo deste capítulo) é uma extravasam do 
  coração de Paulo, com o objetivo único de revelar o seu amor, através 
  daquilo que ele teve de tolerar. Tudo começa com a menção de seus 
  sofrimentos físicos, uma lista impressionante, repetida com maiores 
  detalhes em II Cor. 11:23-28. Paulo se regozijava nesses sofrimentos, 
  mas não mediante alguma ufania no martírio, conforme com freqüência os 
  sofrimentos dos santos se transformam em uma espécie de indulgência 
  masoquista. Para Paulo, essas coisas eram as ‘marcas do Senhor JESUS’ 
  (ver Gál. 6:17). Os sinais de seu companheirismo com seu Senhor, o 
  resultado e aprova de sua fidelidade a seu Senhor e à sua mensagem...Em 
  seguida nos é oferecida uma descrição sobre as qualidades que 
  acompanhavam a mensagem do apóstolo. Nisso se encontram os frutos e 
  manifestações do ESPÍRITO SANTO. Essas são as graças que Paulo procurava 
  cultivar, e que ele reputava como essenciais naquele que quisesse 
  recomendar o seu ministério aos outros». (James Reid, ín loc.).
 
  CHAMPLIN, Russell 
  Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. 
  Editora Candeias. Vol. 4. pag. 353-354.
 
   
 
  II Ts 1.4 Aparentemente, 
  não era costumeiro de Paulo falar, nas igrejas de DEUS, sobre um grupo 
  de crentes a fim de se gloriar de determinadas características. No caso 
  dos tessalonicenses, entretanto, Paulo os elogiou, assim como outros já 
  tinham feito (I Ts 1.7-10).
 
  A palavra hupomone, 
  traduzida como paciência, é a mesma palavra usada em I Tessalonicenses 
  1.3. Ela retrata não uma aceitação passiva face às dificuldades, mas sim 
  uma resistência ativa contra elas, demonstrada pela fé. 
 
 
  Os crentes 
  tessalonicenses permaneciam fiéis a DEUS mesmo em meio a todas as 
  perseguições e aflições que estavam suportando. Paulo tinha sido 
  perseguido durante a sua primeira visita a Tessalônica (At 17.5-9). Sem 
  dúvida, aqueles que tinham respondido positivamente à sua mensagem e 
  tinham se tornado cristãos continuavam a enfrentar perseguições. 
  
 
 
  Comentário do Novo 
  Testamento Aplicação Pessoal. 
  Editora CPAD. 
  Vol 2. pag. 
  462.
 
   
 
  Em linguagem exuberante, 
  Paulo relembra a origem emocionante da igreja tessalonicense. Eles são 
  chamados de amados irmãos... de DEUS (4). A frase de DEUS deve ser 
  colocada depois de irmãos, e não depois de é referindo-se à eleição (cf. 
  AEC, BAB, BJ, NVI, RA). A fraternidade cristã é a fraternidade dos 
  filhos de DEUS que nasceram de novo e estão mutuamente unidos pelo amor 
  e pela vida comum que têm em CRISTO. E muito real e forte. Tais pessoas 
  foram e são amadas continuamente por DEUS (cf. Rm 8.31-39). “Amados por 
  DEUS” (BV) era termo reservado no Antigo Testamento para Israel e 
  pessoas especiais. Em CRISTO, todos os homens tomam parte do privilégio.
 
  Acerca dos 
  tessalonicenses cristãos, Paulo confirma: sabendo... a vossa eleição 
  (4). E comum este conceito bíblico ser erroneamente interpretado ou 
  torcido. Eleição significa escolha, e nas Escrituras os eleitos são 
  aqueles a quem DEUS escolheu para serem seus filhos e herdeiros da vida 
  eterna. A construção grega (4) denota que o ato de eleição de DEUS brota
 
  do seu amor imutável. Há 
  acordo sobre este ponto entre todos os que aceitam as Escrituras como 
  regra. A divisão surge na questão do método e base da eleição. Para um 
  grupo, é a deliberação secreta e eterna de DEUS, sua escolha soberana de 
  certos indivíduos, ao mesmo tempo em que ele ignora os demais. Mas o 
  único ponto de vista consistente com o teor geral
 
  das Escrituras, como 
  também com todas as passagens em questão, é o que ensina que a eleição é 
  a escolha de DEUS para a vida, pela graça, de todos os que 
  salvadoramente creem em JESUS CRISTO. O chamado é universal, de forma 
  que ainda que o princípio no qual a escolha é feita seja decretado 
  eternamente, a eleição não é arbitrária, mas condicional à aceitação da 
  oferta de misericórdia em CRISTO. A escolha é condicional, e, portanto, 
  os eleitos são aqueles que permanecem na fé e perseveram na obediência7 
  (cf. 2.13-15; 2 Pe 1.10).
 
  Paulo não hesita em 
  insistir no conhecimento da eleição para a salvação pessoal. Tal 
  garantia é promessa das Escrituras. A força da palavra porque, que 
  inicia o versículo 5, denota que a eleição dos tessalonicenses foi 
  deduzida dos fatos indisputáveis de sua experiência. Eles têm “fé”, 
  “amor” e “esperança” (3) em JESUS CRISTO? E estas virtudes se mostram em 
  “obra” (3), por exemplo, afastar-se dos ídolos; em “trabalho” (3), por 
  exemplo, servir ao DEUS vivo e verdadeiro; e em “paciência” (3), por 
  exemplo, esperar dos céus a seu Filho (cf. 9,10)? O auto-exame minucioso 
  não deve suscitar dúvidas ansiosas, mas combater a falsa confiança na 
  bênção de um dia que é apenas lembrança.
 
  Paulo nos lembra o que 
  James Denney denomina de “os sinais da eleição”.
 
  Árnold E. 
  Airhart. 
  Comentário Bíblico Beacon. I e II Tessalonicenses. 
   Editora CPAD. Vol. 9. pag. 361-362.
 
   
 
  A terceira razão para o 
  louvor prestado por Paulo aos crentes tessalonicenses é que eles tinham 
  suportado bem as perseguições, não abandonando o poder da fé e nem a 
  constância do testemunho cristão. Os trechos de I Tes. 1:6; 2:14 e 3:2-5 
  mostram-nos que aqueles crentes estavam sob o assédio da perseguição, 
  quando Paulo lhes escreveu sua primeira epístola; e essa situação teve 
  prosseguimento durante os meses passados entre o recebimento da primeira 
  e da segunda epístolas. Aqueles crentes, tendiam para o desencorajamento 
  por esse motivo; mas o apóstolo dos gentios demonstra como não tinham 
  razão alguma para o desânimo, já que o progresso espiritual deles, que 
  era fator verdadeiramente importante, nada sofrera, sendo tão 
  extraordinário que ele podia elogiá-los perante outras comunidades 
  cristãs, de outras localidades, utilizando-se deles como um exemplo de 
  como os crentes devem confiar em CRISTO e mostrar-se perseverantes sob a 
  opressão.
 
  «Estamos sempre prontos 
  para ver nisso todas as coisas, exceto aquilo que vem de DEUS, os erros 
  feitos pelo o b reiro, os pre co n e eito s de novos discípulos, no 
  sentido que a luz ainda não clareou, e também as falhas de caráter que o 
  ESPÍRITO SANTO não conseguiu vencer; e quando fixamos nossa atenção 
  sobre essas coisas, é apenas natural que nos mostremos inclinados à 
  censura. O homem natural gosta muito de encontrar defeitos; pois isso 
  lhe dá, com pouquíssimo trabalho, o senso consolador de ser superior. 
  Mas é um olho maligno aquele que só pode ver faltas, deleitando-se 
  nelas. Antes de comentarmos as deficiências ou equívocos, que só se 
  tornam visíveis em face do pano de fundo da nova vida, agradeçamos a 
  DEUS pela vida nova, por mais humilde e imperfeita que seja essa forma. 
  Não é necessário que o caráter do crente seja agora o que ainda será. 
  Porém, somos forçados, pela força do dever, pela verdade e por tudo 
  quanto é correto e justo, a dizer:
 
  ‘Graças sejam dadas a 
  DEUS por aquilo que ele começou a fazer mediante a sua graça’. Existem 
  pessoas que nunca deveriam ver trabalhos feitos pela metade; e talvez 
  essas mesmas pessoas devessem ser proibidas de criticar as missões, 
  tanto as de âmbito pátrio como as que atuam no estrangeiro. A graça de 
  DEUS não é responsável pelas falhas dos pregadores ou dos convertidos; 
  mas ela é antes a fonte originária de suas virtudes; é a fonte de sua 
  nova vida; é também a esperança do futuro deles; e a menos que acolhamos 
  suas operações com ações de graças constantes, não estaremos em uma 
  atitude mediante a qual a graça divina possa operar em nós».
 
  (Denny, in loc.).
 
  «...nos gloriamos de 
  vós...» Os crentes tessalonicenses não tinham reais motivos para estarem 
  desencorajados; pois o que devia ser realizado, estava sendo realizado. 
  Paulo se «gloriava» neles perante outras igrejas. É usado por ele o 
  vocábulo grego «egkauchomai», que significa «ufanar-se», e que em um mau 
  sentido significa «mostrar-se arrogante». Não era coisa de somenos que o 
  grande apóstolo dos gentios pensasse que o progresso espiritual daqueles 
  crentes era de tal natureza que merecesse jactar-se ele do mesmo de 
  maneira sincera. Isso Paulo disse a fim de encorajá-los em meio às 
  tribulações e descoroçoamentos. Em Corinto (bem como em outras 
  localidades da província da Acaia), Paulo apresentava o caso dos crentes 
  tessalonicenses como um exemplo de como os crentes devem progredir na
  sua vida 
  espiritual (ver II Cor. 1:1). Outro sim, o trecho de I Tes. 1:8 deixa 
  entendido um contato e uma atividade muito maiores do que aquela 
  concentrada em qualquer província romana isolada. Poucos meses, pelo 
  menos, se tinham passado; e isso teria dado a Paulo tempo de visita 
  diversos territórios, onde poderia ter iniciado novas obras. Não sabemos 
  dizer, entretanto, quanto tempo se passara desde que ele escrevera sua 
  primeira epístola aos Tessalonicenses; mas pelo menos alguns meses 
  teriam sido necessários para que houvesse aqueles novos acontecimentos.
 
  «...igrejas de DEUS...» 
  (Quanto a notas expositivas completas sobre a «igreja», em sua chamada, 
  em sua natureza, em sua missão e em seu destino, ver Efé. 3:10. Ver as 
  notas expositivas sobre a «igreja de DEUS», em I Tes. 3:5,15). Essa 
  expressão também se acha nas passagens de I Cor. 1:2; 10:32; 11:22; 
  15:9; II Cor. 1:1; Gál. 1:13. No plural temos «igrejas de DEUS» 
  
 
 
  As igrejas de DEUS são 
  dele (é usado o genitivo possessivo, no o rig in a l grego), pertencem 
  ao Senhor; e também em DEUS elas encontram seu propósito e destino, sua 
  presente existência e sua manutenção partem dele; e é ele quem exerce 
  autoridade religiosa sobre elas, porquanto CRISTO é o Filho unigénito de 
  DEUS e é também o Cabeça da igreja (ver Efé. 1:23).
 
  «Os crentes 
  tessalonicenses não precisavam temer que estavam ocultos em algum posto 
  distante. Nem os homens e nem DEUS deixavam de dar atenção à coragem 
  deles... Seus fundadores e amigos, mesmo à distância, observavam com 
  ufania quão resoluta era a fé deles; ao passo que no processo seguro da 
  providência divina aquela fé tinha um destino todo próprio, porquanto 
  estava vinculada aos desígnios eternos do Senhor».
 
  (Moffatt, in loc.).
 
  É possível que os 
  crentes tessalonicenses tivessem imaginado que o tom de louvor, da parte 
  do apóstolo Paulo, em sua primeira epístola, fosse um tanto exagerado. 
  Mas agora Paulo mostra que em nada ele se, mostrara exagerado. Os seus 
  elogios eram plenamente merecidos por eles, de formas espiritualmente 
  recomendáveis. A vereda pela qual eles tinham começado a andar, a 
  despeito das dificuldades crescentes, agora era exposta novamente como o 
  caminho pelo qual deveriam palmilhar.
 
  « ...constância de f é 
  ...» No grego, a primeira dessas palavras é «upomone», que poderia ser 
  traduzida por «paciência» ou «resistência». Mui raramente, porém, tal 
  termo tem o sentido de «paciência», se emprestarmos a esse vocábulo o 
  sentido de passividade sem queixumes. Por exemplo, Jó, apesar de ser 
  homem de grande paciência, não ficou passivo, e não deixou de 
  queixar-se, conforme os registros bíblicos deixam bem claro. Contudo, em 
  meio à sua tremenda provação, ele se mostrou «resistente», sem jamais 
  ter abandonado a sua confiança no Senhor. 
 
 
  Aqueles crentes de 
  Tessalônica, que sofriam sob a perseguição, mereciam ser elogiados. 
  Podiam eles ficar no aguardo de uma glória que me estava sendo Separada 
  através de sua resistência fiel debaixo da tribulação, visto que eram 
  sais a CRISTO. Por outro lado, seus perseguidores não podiam enganar a 
  si mesmos sob o pensamento que o tratamento desumano que conferiam a 
  outros, ainda que feito em nome a e DEUS, pudesse ser esquecido pelo 
  Senhor ou pudesse deixar de ser devidamente castigado. As leis morais do 
  universo exigem que o homem colha segundo aquilo que tiver semeado; e 
  isso se aplica tanto no caso do incrédulo como no caso do próprio 
  crente. 
 
 
  As ações de um homem e 
  sua conduta na vida tomarão evidente que tipo de colheita ele poderá 
  esperar. O juízo é certo; e não nos deveríamos equivocar a esse 
  respeito, porquanto assim o requerem as leis morais. Doutro modo, se 
  alguém pudesse fazer o mal, sem nunca ser punido, DEUS seria motivo de 
  zombarias e o mundo não passaria de caos. Por outro lado, o bem que os 
  homens praticam não pode deixar de ser notado pela mente divina. Mas 
  naturalmente, embora isso não seja destacado no presente texto, o juízo 
  será disciplinador, e não meramente retributivo, o que fica 
  perfeitamente claro em passagens como I Ped. 3:18-20 e 4:6, onde também 
  aparecem as notas expositivas centrais sobre o julgamento divino. Assim, 
  pois, o juízo divino será exato, tendo por desígnio recompensar e punir, 
  em medida exata, de conformidade com a gravidade de cada crime; mas essa 
  própria vingança serve, «resistência persistente», a despeito das 
  circunstâncias difíceis. Isso pode ser confrontado com o trecho de Rom. 
  5:3-5 (conforme a tradução inglesa de Williams, mas aqui vertida para o 
  português), e que diz: «...o sofrimento produz ‘resistência’ (a mesma 
  palavra do presente versículo); a resistência, o caráter comprovado; o 
  caráter comprovado, a esperança; e a esperança jamais nos desaponta; 
  pois através do ESPÍRITO SANTO, que nos foi dado, o amor de DEUS tem 
  invadido os nossos corações». Vemos, no presente contexto, que a 
  «resistência» do crente, aqui focalizada, é uma qualidade espiritual, um 
  produto de um andar inspirado e dirigido pelo ESPÍRITO SANTO; e todas as 
  qualidades e graças cristãs são produzidas da mesma maneira.
 
  «A paciência humana, por 
  conseguinte, além da resistência, possui igualmente a qualidade da 
  expectação, em que o crente aguarda que algo aconteça, que ‘alguém venha 
  em seu socorro’. A mensagem da paciência de DEUS, nos profetas e através 
  deles, contribui para a reativação da paciência. 
 
 
  Nas páginas do N.T...... 
  a ‘paciência de DEUS’ (ver Rom. 15:5), continua revestida do mesmo 
  sentido tão lato». (R. Gregor Sjnith).
 
  Cumpre-nos observar, no 
  presente versículo, que essa «resistência» se alicerça sobre a fé. A fé 
  consiste da outorga da alma a CRISTO, em que o crente entrega a sua 
  pessoa aos cuidados do Senhor, a fim de ser transformado segundo a sua 
  imagem. Tal consagração a CRISTO dá a um crente a disposição e o poder 
  de suportar dificuldades que se originam em face de sua expressão de 
  lealdade a CRISTO.
 
  «...perseguições...» No 
  grego temos o vocábulo «diogmos», que significa «perseguição» ou «teste 
  severo». Também tem o sentido de «caça»; pois se deriva do verbo 
  «dioko», que quer dizer «perseguir», «caçar», «expulsar». 
 
 
  Em sentido nominal, esse 
  termo também significa «tormento», «molestamento». Esse vocábulo dá-nos 
  a entender a figura simbólica de um animal caçado, de uma presa 
  perseguida, de um tormento incansável e sem misericórdia.
 
  « ...tribulações...» No 
  grego é «thlipsis», que significa «pressão», «opressão», e, 
  metaforicamente, «aflição», «perseguição». Excelente tradução, nesse 
  caso, é «opressão», que preserva à ideia de pressão inerente que há 
  nessa palavra. A forma verbal, «thlibo», significa «pressionar», 
  «comprimir», «estreitar».
 
  «Portanto, quanto mais 
  profundidade alguém alcança na fé, tanto mais será dotado de paciência 
  para suportar a tudo com fortaleza de espírito, por um lado; e, por 
  outro lado, a impaciência e a covardia ante a adversidade deixa 
  transparecer a incredulidade, da parte de quem assim age, e mais 
  especialmente ainda quando as perseguições devem ser sofridas por amor 
  ao evangelho. Neste último caso a influência da fé aparece em primeiro 
  plano».
 
  (Calvino, in loc.).
 
  ao mesmo tempo, de 
  medida instrutora, corrigindo e produzindo alguma espécie de 
  restauração, ainda que os punidos sob hipótese alguma venham a obter a 
  glória reservada aos eleitos. (Ver o trecho de Rom. 11:32, que mostra 
  Sue até mesmo os secretos decretos de DEUS, contra os ímpios, têm a 
  finalidade e aplicar sua misericórdia para com todos, através da 
  aplicação da disciplina).
 
  O primeiro capítulo da 
  epistola aos Efésios deixa perfeitamente claro que o poder restaurativo 
  de CRISTO, que é universal e cósmico, é tão grande que é simplesmente 
  impossível que qualquer coisa, em qualquer lugar, possa escapar de sua 
  órbita, ainda que esse poder seja aplicado em graus variados, e sempre 
  porque os homens ou os seres angelicais se prostrem ante sua posição de 
  Cabeça e Senhor, posição essa que, finalmente, será firmada e 
  reconhecida universalmente. (Ver a passagem de Fil. 2:10, 11 e as notas 
  expositivas ali existentes, que deixam isso bem claro). Todos se 
  prostrarão perante «JESUS» (onde se destaca sua qualidade de 
  «Salvador»), e todos se prostrarão perante «o Senhor». Ver o mistério da 
  vontade de DEUS, Efé. 1:10.
 
  A passagem à nossa 
  frente fala sobre o fervor ardente do judaísmo posterior, utilizando-se 
  da linguagem dos profetas, que proferiam palavras duras e altissonantes 
  contra os inimigos e perseguidores da nação de Israel. Nessas palavras 
  há uma verdade que não pode ser ignorada. No entanto, não honramos a 
  DEUS por fazer dele o grande Destruidor de todos os séculos, que queima 
  pessoas como se fossem leitões assados, em uma imensa fornalha. Há 
  certas passagens que lançam uma preciosa luz sobre a natureza dos 
  julgamentos de DEUS, definindo mais exatamente o que eles significam.
 
  CHAMPLIN, Russell 
  Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. 
  Editora Candeias. Vol. 5. pag. 229-230.
 
   
 
  3. Chegar à 
  perfeição.
 
  Ef 4.13 A palavra “até” 
  indica que o processo descrito em 4.12 deve continuar até que um certo 
  objetivo seja alcançado – quando todos os crentes chegarem (conseguirem, 
  alcançarem) à unidade da fé. Isto quer dizer a unidade na crença no 
  próprio CRISTO, e essa crença relaciona-se intrinsecamente com o nosso 
  conhecimento pessoal dele. O objetivo inclui a realização de um esforço unido 
  para viver e proclamar essa fé.
 
  Unidade em nosso 
  conhecimento refere-se ao mais completo e total conhecimento 
  experimental. Cada crente deve ter um relacionamento íntimo e pessoal 
  com JESUS CRISTO. Paulo o chamou aqui de Filho de DEUS, mostrando que o 
  seu conhecimento inclui um entendimento apropriado do novo 
  relacionamento com o Pai que foi concedido pelo Filho (Rm 8.10-17).
 
  Este corpo unificado dos 
  crentes é dito maduro e completamente adulto, à medida da estatura 
  completa de CRISTO. O foco, neste versículo, está em nós - cada crente 
  como parte do corpo completo. Esta metáfora quer dizer que a igreja, 
  como o corpo de CRISTO, deve se adequar à Cabeça em desenvolvimento e 
  maturidade. Isto não se refere à perfeição (impossível nesta vida), mas 
  ao crescimento - como crianças tornando-se adultas, o que leva ao 
  próximo conselho referente a esse crescimento.
 
  Comentário do Novo 
  Testamento Aplicação Pessoal. 
  Editora CPAD. Vol 2. pag. 337.
 
   
 
  O versículo 13 rememora 
  o anterior e oferece explicação adicional da “edificação” da igreja. Uma 
  vez mais, Paulo usa três frases, cada uma iniciada com a preposição 
  grega eis: 
 
  1) à unidade da fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da 
  estatura completa de CRISTO. 
 
  Estas não são idéias paralelas. A primeira 
  fala do meio da maturidade, a segunda fala da realidade da maturidade e 
  a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução melhor do 
  versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade 
  inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e 
  chegaremos à maturidade, medida por nada menos que a estatura completa 
  de CRISTO” (NEB).
 
  A unidade da fé e do 
  conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. 
  RA). A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e 
  conhecimento para recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao 
  Filho de DEUS e a nossa confiança nele — DEUS manifestado na carne que 
  morreu no Calvário em nosso benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é 
  semelhante à fé no ponto em que significa “compreensão, familiaridade, 
  discernimento”. Não devemos equipará-lo a conhecimento intelectual, mas 
  a relações pessoais. A unidade se origina dessa intimidade com o Filho 
  proporcionada pela graça. Paulo não está falando da experiência inicial 
  com CRISTO. O apóstolo se preocupa com o crescimento e aumento em 
  entendimento e compreensão dos propósitos e vontade de DEUS conforme 
  estão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja podem e 
  devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
 
  A varão perfeito 
  refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no 
  qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. 
  Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando 
  possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 
  3.7-16).
 
  A medida da estatura 
  completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade 
  cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando 
  alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a 
  expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz 
  que é “a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja 
  está à altura da maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à 
  medida que cresce em direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de 
  sua meta em CRISTO. Precisamos também destacar que não há crescimento na 
  igreja separadamente de nosso crescimento individual como crente. É cada 
  um de nós individualmente que tem de se dirigir com empenho à estatura 
  completa de CRISTO.
 
  Willard H. 
  Taylor. 
  Comentário Bíblico Beacon. Efésios. 
  Editora CPAD. Vol. 9. pag. 161-162.
 
   
 
  A Natureza Da Perfeição
 
  1. Em sua manifestação 
  terrena, a perfeição aparece como maturidade espiritual, como elevado 
  grau de santidade, de parceria com poder espiritual e utilidade nas mãos 
  de DEUS, no que diz respeito tanto a nós, quanto à igreja. Recebemos 
  poder a fim de servirmos e cumprirmos nossas respectivas missões.
 
  2. Porém, nas dimensões 
  celestiais, começaremos dotados da mesma natureza que CRISTO (ver I João 
  3:2), e assim seremos participantes de sua plenitude e atributos (ver 
  Col. 2:10).
 
  3. Por semelhante modo, 
  pertencem-nos a natureza e os atributos do Pai (ver Efé. 3:19).
 
  4. Na qualidade de seres 
  tão exaltados, ainda assim a nossa perfeição será apenas «relativa», 
  pois só DEUS é perfeito. Mas iremos passando de um estágio de glória 
  para outro, perenemente aumentando a nossa perfeição, sempre nos 
  aproximando, mas nunca atingindo plenamente, as perfeições divinas. 
  Portanto, a glorificação será um processo interminável. A impecabilidade 
  será apenas seu início. Também iremos avançando no campo das virtudes 
  positivas de DEUS, em seus atributos, e na participação de sua forma de 
  vida.
 
  Qual será o tempo da 
  maturidade? Paulo não frisa aqui nenhum ponto no tempo, presente ou 
  futuro, para atingirmos esse alvo da perfeição. Mas a, eternidade 
futura 
  será o terreno da busca contínua e bem-sucedida. De fato, sendo DEUS 
infinito, e visto que estamos crescendo segundo a sua plenitude, 
  passaremos a eternidade nessa inquirição, crescendo sempre na direção 
da 
  perfeição. Esse é o próprio significado da vida, pois a vida vem de 
  DEUS, é de DEUS, está em DEUS e volta-se para DEUS.
 
  
  ELABORADO: Pb Alessandro 
  Silva, com algumas modificações (subtrações e adições) do Ev. Luiz 
  Henrique.
 
   
 
  
 
 TEXTO 
 ÁUREO
 
 1- 
 Complete:
 
 "Meus irmãos, 
 tende grande ___________________________ quando___________________________ em várias 
 ___________________________, sabendo 
 que a prova da vossa ___________________________ produz a paciência" (Tg 1.2,3).
 
  
 
 VERDADE 
 PRÁTICA
 
 2- 
 Complete:
 
 O 
 ___________________________ 
 sobre a ___________________________ fortalece-nos espiritualmente e nos torna mais 
 ___________________________ 
 de DEUS.
 
  
 
 COMENTÁRIO 
 - INTRODUÇÃO
 
 3- 
 Definitivamente, o homem moderno não está preparado para sofrer. O que Tiago 
 nos ensina a esse respeito?
 
 (    
 ) Os membros de muitas igrejas evangélicas, através da 
 
 Teologia Sistemática, 
 têm se iludido com a filosofia enganosa do "não sofrimento". 
 
 
 (    ) Os 
 membros de muitas igrejas evangélicas, através da Teologia da Prosperidade, 
 têm se iludido com a filosofia enganosa do "não sofrimento". 
 
 
 (    ) O 
 resultado é que quando o iludido sofre o infortúnio, perde a fé em "DEUS".
 
 
 (    ) Mas, 
 que se entenda bem, num "deus" que nada tem com as Escrituras! 
 
 
 (    ) A 
 lição dessa semana tem o objetivo de resgatar esse ensinamento evangélico. 
 
 
 (    ) 
 Aprenderemos acerca da tentação, do sofrimento e da provação, não como 
 consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas como o caminho 
 delineado por DEUS para o nosso aperfeiçoamento. 
 
 (    ) 
 Ninguém melhor do que JESUS CRISTO, com seu exemplo de vida, para nos 
 ensinar tal lição. 
 
 (    ) O 
 convite do Mestre é um chamado ao sofrimento por amor do seu nome. 
 
 
  
 
 I. O 
 FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
 
 4- O que é 
 tentação?
 
 (    ) O 
 termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, peirasmos, quanto no grego, 
 massah, para tentação, significa "exercício de fé", "provação" ou "fiel 
 nas perseguições". 
 
 
 (    ) O 
 termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego, 
 peirasmos, para tentação, significa "prova", "provação" ou "teste". 
 
 
 (    ) A 
 expressão pode estar relacionada também ao conflito moral, isto é, a uma 
 incitação ao pecado. 
 
 (    ) De 
 fato, como mostram as Escrituras, a tentação é uma provação, uma espécie de 
 teste. 
 
 (    ) O 
 pecado, por sua vez, já se trata de um ato imoral consumado. 
 
 
 (    ) Por 
 isso, a tentação não é, em si mesma, pecado, pois ninguém peca quando passa 
 pelo processo "probatório". 
 
 (    ) A 
 própria vida terrena do Senhor JESUS demonstra, com clareza, a distinção 
 entre tentação e pecado. 
 
 (    ) A 
 Epístola aos Hebreus afirma que JESUS, o nosso Senhor, em tudo foi tentado.
 
 
 (    ) Ele 
 foi provado e testado em todas as coisas. 
 
 (    ) 
 Todavia, o Mestre não pecou. 
 
 (    ) 
 Portanto, confiantes de que JESUS CRISTO é o nosso Sumo Sacerdote perfeito, 
 devemos nos aproximar, com fé, do trono da graça sabendo que Ele conhece as 
 nossas tentações e pode nos dar a força necessária para resistirmos. 
 
 
  
 
 5- Como é 
 o Fortalecimento após a tentação (v.2)?
 
 (    ) Do 
 mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o 
 cristão passa pelas tentações para ser purificado dos seus pecados. 
 
 
 (    ) Do 
 mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o 
 cristão passa pelas tentações para se aperfeiçoar no Reino de DEUS. 
 
 
 (    ) Quando 
 tentado, o crente é posto à prova para mostrar-se aprovado tal como CRISTO, 
 que foi conduzido ao deserto para ser tentado por Satanás e embora 
 debilitado e provado espiritualmente, saiu do deserto vitorioso e 
 fortalecido, tendo em seguida iniciado seu ministério terreno de pregação a 
 respeito do Reino de DEUS. 
 
  
 
 6- À luz 
 do exemplo de CRISTO, o que compreendemos bem quanto ao que Tiago quer dizer 
 quando exorta-nos a termos "grande gozo quando [cairmos] em várias 
 tentações"?
 
 (    ) Tal 
 conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentação, além de 
 amoroso e bondoso, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de 
 DEUS. 
 
 (    ) Tal 
 conselho aponta a fé de que ao passar pela tentação, além de feliz e 
 longânimo, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de 
 DEUS. 
 
 (    ) Tal 
 conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentação, além de 
 paciente e maduro, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de 
 DEUS. 
 
  
 
 7- Por que 
 nos sentirmos felizes pela tentação (v.12)?
 
 (    ) 
 Atentemos para esta expressão: "Bem-aventurado o varão que sofre a provação, 
 ele será testado". 
 
 (    ) Quando 
 o cristão é submetido às tentações há uma tendência de ele entregar-se à 
 tristeza e à angústia. 
 
 (    ) 
 Atentemos para esta expressão: "Bem-aventurado o varão que sofre a 
 tentação". 
 
 (    ) Em 
 outras palavras, como é feliz, realizado ou atingiu a felicidade aquele 
 crente que é provado, não em uma, mas em várias tentações (v.2). Ser 
 participantes dos sofrimentos de CRISTO e ao mesmo tempo felizes parece 
 paradoxal. 
 
 (    ) A 
 Bíblia, porém, orienta-nos a que nos alegremos em DEUS porque a tribulação 
 produz a paciência, e esta, a experiência que, finalmente, culmina na 
 esperança. 
 
 (    ) Isto 
 mesmo! Vivemos sob a esperança de receber diretamente de JESUS a coroa da 
 vida. 
 
 (    ) Uma 
 recompensa preparada de antemão pelo nosso Senhor para os que o amam. 
 
 
 (    ) Você 
 ama ao Senhor? É discípulo dEle? Então, não tema passar pela tentação.
 
 
 (    ) Há uma 
 promessa: Você "receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos 
 que o amam". Alegre-se e regozije-se em ser participante das aflições de 
 CRISTO, pois é justamente nessa condição - de felicidade verdadeira -, que 
 Ele nos deixará por toda a eternidade quando da revelação da sua glória!
 
  
 
 II. A 
 ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
 
 8- Por que 
 Tiago diz que a tentação é humana? 
 
 (    ) A 
 Epístola de Tiago aplica o termo "concupiscência", utilizado no versículo 15, à ideia 
 de que alguns pecam por desejar o pecado. 
 
 (    ) Embora 
 a tentação objetive provar o crente, as Escrituras afirmam que ela não vem 
 da parte de DEUS, mas da fragilidade humana. 
 
 (    ) O ser 
 humano é atraído por aquilo que deseja. 
 
 (    ) A 
 história de Adão e Eva nos mostra o primeiro casal sendo tentado por aquilo 
 que lhe atraía. 
 
 (    ) Mesmo 
 sabendo que não poderiam tocar na árvore no centro do Jardim do Éden, depois 
 de atraídos pelo desejo, Adão e Eva entregaram-se ao pecado.
 
 
 (    ) A 
 Epístola de Tiago aplica o termo "gerar", utilizado no versículo 15, à ideia 
 de que ninguém peca sem desejar o pecado. 
 
 (    ) Assim, 
 antes de ser efetivamente consumada, a transgressão passa por um processo de 
 gestação interior no ser humano. 
 
 (    ) 
 Portanto, a origem da tentação está nos desejos humanos e jamais no 
 Altíssimo, "porque DEUS [...] a ninguém tenta". 
 
 
  
 
 9- 
 Complete segundo a atração pela própria concupiscência: 
 
 
 O texto 
 bíblico é claro ao dizer que "cada um é tentado, quando atraído e engodado 
 pela sua própria ___________________________" (v.14). A tentação exterioriza o vício, 
 os desejos, a malignidade da natureza __humana__, isto é, a concupiscência. 
 Ser tentado é sentir-se ___________________________ pela própria malícia ou os sentimentos 
 mais reclusos de nossa natureza má. Você tem ouvido o 
 ___________________________ das suas 
 malícias? Elas te ___________________________? Ouça a Epístola de Tiago! Não dê vazão às 
 pulsões interiores, antes procure ___________________________ JESUS 
 afastando-se do pecado. Assim, não darás luz ao pecado e 
 ___________________________. 
 
  
 
 10- DEUS 
 nos fortalece na tentação?
 
 (    ) "Não 
 veio sobre vós tentação, senão demoniaca; mas fiel é DEUS, que vos não deixará 
 sozinhos, antes com a tentação dará também o escape, para 
 que a possais suportar".
 
 (    ) Embora 
 a tentação seja fruto da fragilidade humana, quando ouvimos o ESPÍRITO 
 SANTO, DEUS nos dá o escape em tempo oportuno.
 
 (    ) "Não 
 veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará 
 tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para 
 que a possais suportar".
 
 (    ) O 
 SANTO ESPÍRITO nos fará lembrar a Palavra de DEUS para não pecarmos contra o 
 nosso Senhor Altíssimo. 
 
 (    ) Para 
 que isso seja uma realidade em nossa vida, precisamos cultivar a Palavra de 
 DEUS em nossos corações.
 
  
 
 III. - O 
 PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
 
 11- Quais 
 os propósitos da tentação, segundo Tiago?
 
 (    ) Para 
 testar a nossa fé, para produzir a longanimidade e para chegarmos à glória.
 
 (    ) Para 
 provar a nossa fé, para produzir a paciência e para chegarmos à perfeição.
 
 (    ) Para 
 confirmar a nossa fé, para produzir a bondade e para chegarmos à salvação.
 
  
 
 12- O que 
 DEUS faz para provar a nossa fé (v.3)? 
 
 (    ) Na 
 época de Tiago, os cristãos estavam animados por possuírem um suntuoso 
 templo para congregarem. 
 
 (    ) Na 
 época de Tiago, os cristãos estavam desanimados por passarem duras provas de 
 perseguição. 
 
 (    ) No 
 versículo três, o meio-irmão do Senhor utiliza então o termo "sabendo", o 
 qual se deriva do verbo grego ginosko e significa saber, reconhecer ou 
 compreender, para encorajá-los a compreenderem o propósito das lutas 
 enfrentadas na lida cristã: DEUS prova a nossa fé. 
 
 (    ) À 
 semelhança do aluno que estuda e pesquisa para submeter-se a uma prova e, em 
 seguida, ser aprovado e diplomado, os filhos de DEUS são testados para 
 amadurecer a fé uma vez dada aos santos.
 
 (    ) O 
 capítulo 11 da epístola aos Hebreus lista inúmeras pessoas que tiveram sua 
 fé provada, porém, terminaram vitoriosas e aprovadas. Por isso o referido 
 texto bíblico é conhecido como a "galeria dos heróis da fé". 
 
 
  
 
 13- O que 
 DEUS faz para produzir a paciência (vv.3,4) em nós? 
 
 
 (    ) No 
 grego, "paciência" deriva de hupomone e denota a capacidade de perseverar, 
 ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis. 
 
 
 (    ) No 
 grego, "paciência" deriva de 
 ρεύμα
 
 
 e denota a capacidade de perseverar, 
 ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis. 
 
 
 (    ) A 
 palavra aparece em o Novo Testamento ao lado de "tribulações" , 
 aflições e perseguições. 
 
 (    ) Também 
 está ligada à esperança, à alegria e, 
 frequentemente, à vida eterna. 
 
 (    ) O 
 termo ilustra a capacidade de uma pessoa permanecer firme em meio à alguma 
 pressão, pois quem é portador da paciência bíblica não desiste facilmente, 
 mesmo sob as circunstâncias das provas extremas. 
 
 
 (    ) Tiago 
 encoraja-nos então a alegrarmo-nos diante do enfrentamento das várias 
 tentações (v.1), pois a paciência é resultado da prova da nossa fé.
 
  
 
 14- O que 
 DEUS faz para que cheguemos à perfeição? 
 
 (    ) A 
 expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo final e atual, de 
 perfeição e maturidade espiritual. 
 
 (    ) A 
 habilidade de perseverar ou desenvolver a paciência não acontece da noite 
 para o dia. Envolve tempo, experiência e maturidade. 
 
 (    ) O 
 meio-irmão do Senhor destaca na epístola a paciência para que o leitor seja 
 estimulado a chegar à perfeição e, consequentemente, à completude da vida 
 cristã, que se dará na eternidade. 
 
 (    ) A 
 expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo gradual, em desenvolvimento 
 constante, com vistas à maturidade espiritual. 
 
 (    ) O 
 motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na 
 vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo CRISTO JESUS. 
 
 
  
 
 CONCLUSÃO
 
 Complete:
 
 Sabemos que 
 todo cristão passa por ___________________________ e 
 ___________________________ ao longo da vida. Talvez 
 você esteja vivendo tal situação. Lembre-se de que o nosso Senhor JESUS 
 passou por inúmeras ___________________________ e 
 ___________________________, mas venceu todas, 
 tornando-se o maior exemplo de vida para os seus seguidores. Cada 
 ___________________________ vencida pelo crente, significa um avanço rumo ao amadurecimento 
 espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de varão perfeito à medida da 
 estatura de ___________________________ (Ef 4.13). Este é o nosso objetivo na jornada cristã! 
 DEUS nos ____________________________! Estejamos firmes no Senhor JESUS, pois Ele já 
 ___________________________ por nós e por isso somos mais que vencedores. 
 
 
  
 RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
  
 Referências Bibliográficas
 A. F. Harper. 
 Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 171-172.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã 
 Autêntica. Editora CPAD. pag. 15-16.
 BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia 
 Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
 Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
 Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. 
 Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
 Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e 
 Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
 Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em 
 português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. 
 Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
 BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM 
 CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora 
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 Pb Alessandro Silva
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015
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