Escrita Lição 11, O Presbítero, Bispo ou Ancião, Pr Henrique, EBD NA TV

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Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
https://www.youtube.com/watch?v=UZrh0vAuK-Q  Vídeos 2021
Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19Jb1trJK2jxxfcZjPwY5bO Vídeos de 2014
 
 
 
 
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TEXTO ÁUREO
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros [...]” (Tt 1.5).
 
 
VERDADE PRATICA
O presbitério deve ser constituído por pessoas idôneas para auxiliar na administração da igreja local.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tt 1.5 - O estabelecimento dos Presbíteros
Terça - Tg 5.14 - Homens espirituais
Quarta - 1 Tm 4.14 - A ação do presbitério
Quinta - 1 Pe 5.1,2 - Presbíteros apascentadores
Sexta - 1 Pe 5-3 - Como exemplo do rebanho
Sábado - Tt 1.5,7 - Bispo - Outro nome para presbítero
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 1.5-7; 1 Pedro 5,1-4.
Tito 1.5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei: 6 - aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. 7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
1 Pedro 5.1 - Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de CRISTO, e participante da glória que se há de revelar: 2 - apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 - nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
 
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conceituar o termo e a função do presbítero.
Valorizar o ministério do presbítero.
Apontar os deveres dos presbíteros.
 
 
Resumo da Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião
I - A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS
1. Significado da função.
2. A liderança local.
3. As qualificações.
II - A IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO
1. Significado do termo.
2. A atuação do presbitério.
3. A valorização do presbitério.
III - OS DEVERES DO PRESBITÉRIO
1. Apascentar a igreja.
2. Liderar a igreja local.
3. Ungir os enfermos.
 
 
Comentários de livros e meus comentários extras - Pr. Luiz Henrique
 
 
ANCIÃO/PRESBÍTERO/BISPO/PASTOR
Dentro da cristandade, o mais velho é uma pessoa que é valorizada por sabedoria e prática cristã (experiência) e ocupa uma posição de responsabilidade e autoridade em um grupo cristão. NEM SEMPRE É POR IDADE A EXPERIÊNCIA, COMO NO CASO DE TIMÓTEO E TITO QUE ANDARAM COM PAULO, BARNABÉ, LUCAS, MARCOS E SILAS. Em algumas tradições cristãs (por exemplo, Ortodoxia oriental, catolicismo romano, Anglicanismo, Metodismoo mais velho é ordenado pessoa que serve num local ou Igreja ou igrejas e que foi ordenado a um ministério de palavra, sacramento e ordem, preenchendo os ofícios de pregação e pastoral. Em outras tradições cristãs (por exemplo, Presbiterianismo, Igrejas de cristo, Irmãos de Plymouth), um ancião pode ser um leigo a servir como administrador em uma congregação local, ou ser ordenado e servir na pregação (ensino durante reuniões da igreja) ou em funções pastorais. Há uma distinção entre anciãos ordenados e anciãos leigos. Os dois conceitos podem ser combinados na conversa cotidiana (por exemplo, um ancião leigo na tradição Batista pode ser referido como "clero", especialmente na América). Em culturas mundiais não cristãs, o termo ancião se refere à idade e experiência e o sentido cristão de ancião está parcialmente relacionado a isso. https://ao.mihalicdictionary.org/wiki/Elder_(Christianity)
ANCIÃO é um Termo muito usado pelas Testemunhas de Jeová.e pelas Congregações Cristãs do Brasil.
Não aceites acusação contra presbítero, senão com duas ou três testemunhas. 1 Timóteo 5:19 - Tanto faz falar presbítero ou ancião, a palavra no orginal é a mesma. O Bispo identifica a mesma função do presbítero ou ancião, só que numa  supervisão.
De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja. Atos 20:17
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. Atos 20:28
Paulo e Timóteo, servos de JESUS CRISTO, a todos os santos em CRISTO JESUS que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: Filipenses 1:1
Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina. 1 Timóteo 5:17
E, havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. Atos 14:23
ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade, 2 João 1:1
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Tiago 5:14,15
HOJE O BISPO É CHAMADO PASTOR, SEUS AUXILIARES DIRETOS E APRENDISES, PRESBÍTEROS.
HOJE, DEVIDO A BUROCRATIZAÇÃO ECLESIÁSTICA, OS PRESBÍTEROS QUE SE DEDICAM INTEGRALMENTE A OBRA DE DEUS SÃO CHAMADOS PASTORES OU EVANGELISTAS.
 
 
O ministério local e prático. O ministério local, que era nomeado pela igreja, com base em certas qualidades (1Tim. cap. 3 e Tito 1), incluía os Presbíteros:
Presbíteros, ou anciãos, aos quais foi dado o título de "bispo", que significa supervisor, ou que serve de superintendente. Exerciam a superintendência geral sobre a igreja local, especialmente em relação ao cuidado pastoral e à disciplina. Seus deveres eram, geralmente de natureza espiritual. Às vezes se chamam "pastores". (Efés. 4:11, Vide Atos 20:28.) Durante o primeiro século cada comunidade cristã era governada por um grupo de anciãos ou bispos, de modo que não havia um obreiro só fazendo para a igreja o que um pastor faz no dia de hoje. No princípio do terceiro século colocava-se um homem à frente de cada comunidade com o título de pastor ou bispo.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman - CPAD.
Assim a igreja vem sendo buriocratizada cada dia mais.
 
 
"Pastor", "bispo" e "presbítero"
 As palavras "pastor", "bispo", "presbítero" e "ancião" têm o mesmo significado quanto ao cargo. A palavra "pastor" é a tradução de um vocábulo grego que significa "supervisor". Pastor, no original, é alguém que conduz e alimenta as ovelhas (1 Pd 1.25). Ao ministro da casa de DEUS não basta ser intelectual capacitado para o exercício do ministério cristão. É imprescindível que ele seja revestido do poder do ESPÍRITO SANTO: Nem mesmo o Senhor JESUS CRISTO iniciou o seu ministério terreno senão após receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO sobre a sua vida. Portanto, se o ministro deseja que o seu ministério seja uma continuação do ministério do Salvador, deve se deixar possuir do mesmo poder que Ele (Jo 14.12,13).
É imperioso que todos os ministros sejam revestidos do poder do alto (Jo 14.16,17). Isso é raro hoje em dia, infelizmente. Dificilmente vamos encontrar um pastor que seja usado em algum Dom Ministerial com confirmação de Dons do ESPÍRITO SANTO.
- Há uma pesada responsabilidade sobre os ombros do ministério evangélico.O ministro de DEUS é tal qual um atalaia sobre as muralhas de Sião. Ele vê o perigo e avisa os pecadores do iminente juízo divino. Caso ele não aja assim, será responsabilizado pela perda das almas sob seus cuidados. A mais terrível declaração com respeito aos pastores sem fé, vitimadas pelo pecado da desobediência, avareza, embriaguez e glutonaria, foi proferida pelo Senhor através do profeta Isaías (Isaías 56.9-12) e de Ezequiel (Ezequiel 34:1-11). O que foi dito aos pastores de Israel, deverá servir de solene aviso aos ministros da casa de DEUS hoje em dia.
Isaías profetizou contra os falsos pastores: Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados e amam o tosquenejar. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. Isaías 56:10,11.
Também o profeta Jeremias teve revelação sobre esses falsos pastores - Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o DEUS de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor. Jeremias 23:1,2
O profeta Ezequiel também profetizou a respeito dos falsos pastores: E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:Vivo eu, diz o Senhor Jeová, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto. Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Ezequiel 34:1-11
As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD. Com adições do Pr. Henrique.
 
 
Casado só uma vez?
Creio que analisando os contextos comentados por Paulo sobre as viúvas, por exemplo, mesmo que ficasse viúvo ou que fosse traído por sua esposa, o obreiro não poderia se casar de novo, pois não poderia ensinar sobre a fidelidade a DEUS. Não se admite que um homem totalmente entregue a DEUS, tendo a oportunidade de ser exclusivo de DEUS, novamente se case, querendo satisfazer a carne, pois já experimentou da satisfação total da presença de DEUS.
Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher. 1 Coríntios 7:27.
 
 
É bom desejar ser um líder espiritual. Desejar significa “dirigir o coração em direção a alguma coisa”. A liderança é uma excelente obra. Paulo destacou a sua importância. No entanto, como ele iria mostrar, os padrões tão elevados. Cada um faça as contas de quanto custará a ele, à sua família e à sociedade em que vive, só depois decida se entregar totalmente ao ministério.
 
Isto significa mais que “ter facilidade em falar”, ou “ser muito extrovertido”, ou “dar-se bem com as pessoas”, ou “ser líder nato”. Algumas destas qualidades podem complementar o equipamento espiritual essencial, mas nenhuma o substitui. Nada pode substituir a unção do ESPÍRITO SANTO, nada é mais importante ou melhor do que a presença de DEUS.
A linguagem de Paulo dá a entender perfeitamente que, referindo-se à ordenação de Timóteo, a ação do presbitério (os pastores) era reconhecimento e confirmação da ação anterior do ESPÍRITO. Os homens só confirmam o ministério que foi dado por DEUS. A escolha soberana é de DEUS.
Ninguém pode entrar para o ministério por obrigação. Deve ser por livre e espontânea vontade e desejo individual. Não deve ser por causa financeira, ou de parentesco ou por outra causa que o force a ocupar esta posição. Alguns presbíteros só o são por pressão de seus pais que são pastores e desejam que seus filhos também o sejam. (São forçados a servirem sem desejarem, ou terem sido escolhidos por DEUS para acobertarem erros dos pais). 
Existem obreiros que chegaram ao presbitério porque exigiram seus cargos e existem outros que foram colocados contra suas vontades.
As vantagens financeiras têm sido o principal entrave de muitos ministérios. Muitos presbíteros "vendem o rebanho" na época de política em troca de vantagens financeiras ou favores políticos. Também por mudança para igrejas que "rendem mais".
Somente homens cheios do ESPÍRITO SANTO servem para liderarem a obra de DEUS.
Uma das principais causas de estagnação do crescimento de igrejas é a falta de ânimo espiritual de seus líderes. Sem a alegria do ESPÍRITO SANTO não há crescimento qualitativo e nem quantitativo (esse pode até ocorrer por liberação de costumes e outros fatores).
Vemos os líderes em Atos dos Apóstolos cheios do ESPÍRITO SANTO - Todos tinham dons espirituais que confirmavam seus ministérios e serviam como confirmação de autoridade divina para seus liderados.
Reuniões periódicas com a liderança é primordial na organização da igreja. Todos os líderes devem ter o direito de se expressarem a respeito do bom andamento da igreja. Decisões devem ser tomadas em conjunto. "Na multidão de conselhos se acha sabedoria".
 
Sobre unção com óleo:
Note que a oração da fé curará o doente e não o óleo. Não se pode admitir distribuiçõa de óleo para qualquer pessoa que pedir oupagar. É a oração do ungido de DEUS que trará a cura e não o óleo ungido (antibiblico). Note também que devido a muitas doenças serem causadas pelo pecado, na oração da fé os pecados são perdoados para que haja curas (naturalmente haveria então arrependimento de pecados para que houvessem curas).
Creio que presbíteros significa todo aquele que lidera na igreja. Assim diáconos que dirigem congregação, dirigentes de cultos de campanha na rua, presidentes do círculo de oração, presbíteros, pastores, etc... podem e devem ungir com óleo. Sabendo que o óleo não cura ninguém. O importante é a oração e o arrependimento de pecado. Na prática tenho visto isso ser eficiente com todos esses líderes.
 
 
COMENTÁRIOS DIVERSOS DE DIVEROS LIVROS COM ACRÉSCIMOS OU MODIFICAÇÕES DO Pr. HENRIQUE
 
INTRODUÇÃO
SISTEMA DE GOVERNO NA IGREJA ATUAL
Sempre, na história das controvérsias cristãs, houve um luta para saber qual era o modelo de governo eclesiástico mais bíblico. O fato é que todos os modelos de governos eclesiásticos (congregacional, episcopal e presbiteriano) se baseiam no Novo Testamento. O episcopal concede o poder para o seu pastor ou bispo, o presbiteriano concede poder aos presbitério da igreja e o congregacional concede poder aos seus membros ou a um conselho de irmãos reunidos.
Há tentações em todos os modelos. O episcopal pode concentrar um poder tão grande na mão do pastor, que ele se torna uma pessoa acima da crítica e não prestar contas a igreja. O presbiteriano pode criar uma elite dentro da congregação ou denominação, pois um pequeno grupo decide sobre os demais. O congregacional pode minar a autoridade do pastor local. Portanto, não temos como definir um modelo eclesiástico mais bíblico, pois todos tem pontos fortes e fracos.
A Assembléia de DEUS começou com um modelo congregacional (depois acabou misturando os três modelos) bem definido, aja vista a herança eclesiológica batista, que é congregacional. O modelo congregacional fica bem claro nas palavras do pastor assembleiano Alcebiades Pereira dos Vasconcelos, no Mensageiro da Paz, nº 10, de 1959: No nosso entender, a igreja cristã biblicamente entendida, governa-se a si mesma, mediante o sistema democrático em que todos os seus membros livremente podem e devem ouvir e ser ouvidos, votar e ser votados, conforme a sua capacidade pessoal de servir(…) A igreja cristã, à luz do Novo Testamento, é uma democracia perfeita, em qual o pastor e seus auxiliares de administração (tenham as categorias ou denominações que tiverem) não dominam, pois quem domina sobre ela é JESUS, por mediação do ESPÍRITO SANTO, sendo o pastor apenas um servo que lidera os trabalhadores sob guia do mesmo ESPÍRITO SANTO; e, neste caso, é expressa e taxativamente proibido ter domínio sobre a igreja. I Pedro 5.2,3. [1]
Os pentecostais clássicos sempre tiveram uma tendência para a democracia na igreja, um modelo em que a congregação tinha voz, o teólogo Myer Pearlman deixa bem claro essa posição: As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo. Circunstância natural em uma comunidade onde o dom do ESPÍRITO SANTO estava disponível a todos , e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada de dons para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos presidiam às reuniões de negócios e à seleção dos oficiais; mas tudo se fez em cooperação com a igreja (Atos 6.3-6; 15.22, I Co 16.3, II Co 8.19, Fp 2.25). E Pearlman completa: Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava seus próprios negócios com liberdade.
No decorrer do tempo, a Assembléia de DEUS, não deixando de ser congregacional, passou a mesclar com o modelo episcopal e presbiteriano. Hoje, é comum a figura o pastor-presidente, um verdadeiro bispo regional. Nas Assembléias de DEUS há traços do modelo presbiteriano, com as convenções ou concílios regionais e nacionais (CGADB e Conamad). A Assembléia de DEUS, portanto, não tem um modelo eclesiástico puro. O Rev. Antônio Gouvêa Mendonça, comenta em relação a Assembléia de DEUS: Seu sistema de governo eclesiástico está mais próximo do congregacionalismo dos batistas por causa da liberdade das Igrejas locais e da limitação de poderes da Convenção Nacional. Todavia, a divisão em ministérios regionais semi-autônomos lembra um pouco o sistema presbiteriano. Alguns fatos interessantes: em cidades do interior, as Assembléias de DEUS são bem congregacionais, pois a igreja em constantes assembléias, decidem o rumo da congregação juntamente com o pastor. As igrejas AD da capital são normalmente divididas em setores, com a figura presente do pastor-presidente, sendo mais um modelo episcopal. Mas as congregações das cidades interioranas e da metrópole estão sujeitas a convenção estadual e nacional, semelhante aos supremos concílios presbiterianos.
A Assembléia de DEUS foi influenciada por várias denominações, desde de sua eclesiologia até a sua teologia. Exemplo dessa mistura esteve nas palavras do pastor Thomas B. Barrat, de Oslo, Noruega em 1914, que disse: “Com respeito à salvação, somos luteranos. Na forma do batismo pelas águas, somos batistas. Com respeito à santificação, somos metodistas. Em evangelismo agressivo, somos como o Exército da Salvação. Porém, com respeito ao batismo com o ESPÍRITO SANTO, somos pentecostais!”
O lamentável é o fato de muitas igrejas Assembléia de DEUS aderindo a um modelo episcopal, abandonaram a tradição congregacional. Mas, o modelo episcopal, hoje adotado não é o mesmo dos metodistas ou anglicanos, mas sim das igrejas neopentecostais, onde a figura do líder é centralizadora, um modelo episcopal levado ao extremo.
https://pentecostalismo.wordpress.com/2008/01/14/governo-eclesiastico/ (07-06-2021)
 
 
A Igreja deixou de ser localizada apenas em Jerusalém, passando pela Judeia e Samaria, e começou a se deslocar para “os confins da terra” (At 1.8). As “igrejas de DEUS” sofriam a perseguição e se espalhavam por vários lugares (1 Ts 2.14). A conversão do fariseu Saulo, no caminho de Damasco, fez dele um dos maiores evangelistas de todos os tempos. Em suas viagens missionárias, muitas igrejas foram abertas, inclusive na Europa. Em consequência, as igrejas necessitavam de líderes, que orientassem os crentes acerca do evangelho, da organização, do desenvolvimento e da maneira de viver dos novos grupos de cristãos.
Os apóstolos, como verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só lugar. Uns tinham que se dedicar “à oração e à palavra” (At 6.4). Outros precisavam sair evangelizando, mas o crescimento da obra exigia mais pessoas para ajudá-los. Assim, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. A boa semente do evangelho frutificava em vários lugares, e os líderes da Igreja tomaram providências para que, em cada cidade, fossem estabelecidos líderes locais para cuidarem do rebanho.
Barnabé e Saulo foram encarregados de levar socorro aos irmãos da Judeia, e o fizeram, entregando a ajuda “aos anciãos” (At 11.30). Havia uma grande fome naquela região e os líderes, com sabedoria, não mandaram a ajuda de qualquer forma. Enviaram aos líderes da comunidade cristã. Em sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé chegaram a Icônio, foram perseguidos e saíram para listra, Derbe, Antioquia, Pisídia e por muitas outras cidades. Eles fizeram excelente trabalho missionário, fundando muitas igrejas por onde passavam. E as multidões de crentes precisavam ser discipuladas.
Àquela altura da expansão da Igreja, não havia ainda um ministério organizado como conhecemos hoje, com apóstolos, profetas, pastores, evangelistas, mestres, presbíteros e diáconos, de forma bem definida e até impropriamente hierarquizada. Por isso, os discípulos mais antigos, e de mais idade, eram designados para cuidar de cada igreja. Eram os anciãos, que iam sendo escolhidos para serem superintendentes, supervisores, ou bispos. Exortando os irmãos de Éfeso, Paulo falou para os líderes daquela igreja: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28).
Em sua carta a Tito, Paulo mostra que é um verdadeiro pastor e líder, chamado por DEUS (1 Co 1.1; G1 1.1), e tem cuidado das igrejas que fundou em suas viagens missionárias. E diz para seu discípulo: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5). De acordo com o entendimento da época, a igreja local deveria ter à frente um obreiro experiente e de mais idade. Que fosse um ancião. Um jovem obreiro pode ter muito conhecimento bíblico e até muita unção de DEUS. Mas a experiência só se consegue com o tempo, com o passar dos anos (Jó 32.7). Temos ai as excessões devidas, como Timóteo e Tito.
Ao longo dos séculos, a atividade do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem como do ensino da Palavra, oração, visitação e aconselhamanto, etc.... É atividade necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas locais. O pastor local, ou presbítero, ou ancião, ou bispo, é obreiro que colabora com o pastor da igreja que também é um presbítero, ajudando-o no cuidado do rebanho do Senhor JESUS CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 129-130. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
I - A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS
 
 
1. Significado da função.
 
Formação: AT, Judaísmo Rabínico e a comunidade de Qumrã. De acordo com a terminologia do AT, o ancião era um termo vagamente definido, designando os líderes religiosos e políticos, especialmente de Israel. As referências bíblicas mostram que outras nações, como Egito e Moabe, possuíram tais líderes (cp. Gn 50.7; Nm 22.7). Embora vários termos hebraicos foram usados para descrever estes líderes, três termos aparecem com mais frequência que outros: Geralmente significando uma pessoa mais velha (cp. Gn 43.7; Êx 3.16,18; 12.21; 17.5,6); significando idade avançada ou uma idade mais velha, do verbo que significa ser muito antigo (cp. l Rs 14.4);  chefe ou governador,  (cp. Jz 5.15; 6.6-16). Em Isaías 3.2,3 são mencionadas pelo menos onze diferentes posições de liderança pelo profeta; ancião é uma delas. Particularmente importante é a ideia dos “setenta anciãos” no AT (cp. Êx 24.1; Nm 11.16).
No primeiro século d.C., o ofício de ancião era uma posição regular na sinagoga judaica. No tratado do Sinédrio sobre a Mishná, as obrigações deste ofício são claramente destacadas. O conselho de anciãos era responsável pelo governo da comunidade judaica. Em Jerusalém, o Sinédrio, que era um conselho composto de setenta e um anciãos, agia como a corte suprema para todo o Judaísmo. (Cp. Berakhoth4:7;Nedrarim 5:5; Me- ghillah 3:1; Edhuyoth 5:6; Ta’anith 3:8; Middoth 2:2; Ed 10.8; Lc 6.22; Jo 9.22; 12.42).
As descobertas de Qumrã têm revelado uma comunidade pactuai, na qual o ofício de ancião também funcionava quase do mesmo modo que no Judaísmo, e há um consenso geral de que a comunidade de Qumrã realmente tinha conexões significantes com o Cristianismo primitivo. Isto não sugere que a Igreja Primitiva adotou sua estrutura eclesiástica da comunidade de Qumrã. O Manual de Disciplina (1 QS VI) fala dos anciãos (mebaqqer) como os que estavam em segundo lugar em autoridade, vindo logo após os sacerdotes.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 297-299.
 
 
ANCIÃOS OU PRESBÌTEROS
No AT hebraico, zaqen, lit., “aquele que tem barba”, era um termo utilizado para designar um homem de certo grau e posição entre seus irmãos. Entre os israelitas havia dois tipos de anciãos; os “anciãos de Israel” que eram os chefes de família ou de clãs nas várias tribos, e os “anciãos” das cidades construídas e habitadas depois da Conquista.
A partir do século XVIII a.C., os anciãos são mencionados nos textos da Mesopotâmia como representantes do povo e defensores de seus direitos, mas sem funções administrativas. No Império Hitita, muitos deveres das municipalidades eram executados pelo conselho de anciãos. Os anciãos de Gebal (Biblos) são mencionados em Ezequiel 27.9 e a assembléia (de anciãos) do príncipe de Biblos, na história de Wen-Amon (ANET, p. 29). O sistema de anciãos também existia entre outros povos, vizinhos de Israel. Egito (Gn 50.7; Sl 105.22), Moabe, os Midianitas (Nm 22.4,7), e os Gibeonitas (Js 9.11). O termo hebraico é, assim, equivalente ao termo Homérico gerontes, ao espartano presbys, ao romano senatus e ao árabe sheikh.
O termo zaqen, não significa necessariamente um homem velho, mas implica alguma pessoa com maturidade e experiência que tenha assumido a liderança entre seus compatriotas e na sua cidade ou tribo (cf. Nm 11.16). Embora os anciãos não fossem eleitos, durante a maior parte dos períodos de Moisés até Esdras, e também na era intertestamentária, eles eram reconhecidos como o grupo de mais elevada autoridade sobre o povo. Eles agiam como representantes da nação ( Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também administravam muitos assuntos políticos e resolviam disputas entre as tribos (por exemplo, Finéias e os dez chefes tribais ou anciãos, Js 22.13-33). Os anciãos da cidade formavam uma espécie de conselho municipal cujos deveres incluíam a função de juizes com a finalidade de mandar prender assassinos (Dt 19.12), conduzir as investigações e inquéritos (Dt 21.2) e resolver conflitos matrimoniais (Dt 22.15; 25.7).
Os “anciãos de Israel”, conhecidos primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés para receber o anúncio de DEUS sobre a libertação do Egito, O pacto foi ratificado no Monte Sinai na presença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf. 19.7), os “nobres” ou os principais homens da nação, “os escolhidos aos filhos de Israel” (24.11), Mais tarde, 70 anciãos foram especialmente ungidos com o ESPÍRITO para ajudar Moisés a governar a nação (Nm 11.16-25). Nos casos em que toda a comunidade pecasse, os anciãos da congregação ou da comunidade deveriam representá-la para fazer a expiação (Lv 4.13-15).
A autoridade dos anciãos era, em princípio, maior do que a do próprio rei (cf. 2 Reis 23.1). Foi este grupo que exigiu que Samuel designasse um rei (1 Sm 8,4-6), e foram partidários da aliança real que estabeleceu Davi como rei (2 Sm 5.3). Na Babilônia, os anciãos eram o ponto central da comunidade judaica que estava no exílio (Jr 29.1; Ez 8.1; 14.1; 20.1-5), e, após o retorno a Jerusalém, ainda permaneciam ativos (Ed 5.5,9; 6.7,8,14; 10.8,14), Do Conselho de Anciãos (gerousia) do período helenístico de Judá, desenvolveu-se a Grande Assembléia (Knesset) de judeus que, em 142 a.C., concedeu grande poder a Simão, o líder macabeu (1 Mac 14.28). O Grande Sinédrio, com seus 71 membros, o supremo corpo legislativo anterior ao ano 70 d.C., constituía a mais elevada instituição dos “anciãos de Israel”.
Em sua visão do céu, João viu 24 anciãos sentados sobre tronos que rodeavam o trono de DEUS, vestidos de branco e ostentando coroas de ouro (Ap 4.4). Estes se prostram em adoração, e depositam as suas coroas diante do trono de DEUS (4.10; cf. 11.16; 19.4). Com suas harpas e salvas cheias de incenso, simbolizando as orações dos santos, eles cantam um novo cântico ao Cordeiro (5.8-10). Como anciãos, eles representam o povo de DEUS; seus tronos e coroas simbolizam um papel de remado, enquanto seu ato de adoração e as salvas de incenso sugerem uma função sacerdotal. Dessa maneira, eles parecem ser os principais representantes aos remidos como um reino de sacerdotes (Ap 1.6; cf. 20.6; 1 Pedro 2.5,9; Êx 19.6). É possível discutir se o número 24 sugere os 24 turnos do sacerdócio judaico, ou uma combinação das 12 tribos de Israel (indicando os santos do AT) e dos 12 apóstolos (os líderes dos santos do NT).
Bibliografia. W. Harold Mare, “Church Functionaries. the Witness in the Literature and Archaeology ofthe New Testament and Church Periods״, JETS,XIII (1970), 229-239. J R. Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
BISPOS OU PRESBÍTEROS
A palavra episkopos ocorre cinco vezes no NT: uma vez referindo-se a CRISTO (1 Pe 2.25), e em quatro lugares referindo-se a “bispos” ou “supervisores” em igrejas locais (Atos 20.28; Fp 1.1; 1 Tm 3.2; Tt 1.7). O verbo epishopeo ocorre em Hebreus 12.15 (“atentando” ou “tendo cuidado”) e (em alguns MSS do NT) 1 Pe 5.2 (“tendo cuidado”), enquanto o substantivo episkope no sentido de um “ofício de supervisor” aparece em Atos 1.20 (“bispado” ou “encargo”) e 1 Timóteo 3.1 (“episcopado”).
Concorda-se, de forma geral, que no NT o termo “bispo” é equivalente a “presbítero” (presbyteros). Este último termo ocorre freqüentemente em Atos como também em 1 Timóteo 5.17,19; Tito 1.5; Tiago 5.14; 1 Pedro 5.1,5. Como Anciãos. (Em 2 João 1 e 3 João 1, o sentido não é totalmente claro, como no caso dos “vinte e qnatro anciãos” em Apocalipse). O escritor Lightfoot (na obra Phiiippians, pp. 96ss.) resume as evidências do NT para a identidade dos termos da seguinte forma; (1) Em Filipenses 1.1, Paulo saúda os “bispos e diáconos”, e parece incrível que ele omitisse a segunda ordem (isto é, presbíteros ou anciãos) se fosse distinta, uma vez que os presbíteros formavam a base do ministério das igrejas do NT; (2) em Atos 20.17 Paulo convoca os “presbíteros” de Éfeso e Mileto, contudo dirige-se a eles como “bispos” (Atos 20.28); (3) Pedro apelou aos “presbíteros” para que cumprissem o ofício de “bispos” (1 Pe 5.1,2); (4) Paulo descreveu as qualificações para o oficio de um “bispo” (1 Tm 3.1-7) e em seguida para o de um “diácono” (1 Tm 3.8- 13), porém em 1 Timóteo 5.17-19 ele chama estes ministros de “presbíteros”; (5) já em Tito 1.5 o apóstolo fala mais claramente de “presbíteros”, do que de um “bispo” (Tt 1.7). Tanto a base grega quanto a judaica de “bispo” são esclarecedoras, embora não como um uso conclusivo do NT. Em sua etimologia, a palavra significa um “supervisor” ou “alguém que cuida. Por outro lado, seu uso foi variado. Aquele que “cuidou” ou “protegeu”, assumiu uma atitude de misericórdia em relação àquele que estava sob os seus cuidados. Além disso, a palavra veio a denotar o oficio de um tipo ou outro, seja financeiro, administrativo ou social, secular ou religioso.
Na vida grega a palavra também designava um ofício. O episkopos poderia ser um oficial de estado, um oficial da sociedade local (como aqueles que supervisionavam o auxílio aos pobres na cidade), ou aqueles que supervisionavam projetos de construção e possivelmente controlavam o dinheiro designado para o trabalho.
O uso judeu era similar. Na LXX, em Jó 20.29, a palavra hebraica para “DEUS” (,ei) é traduzida episkopos (para tou episkopou). Assim, o “Episkopos” é aquele que julga o ímpio, dando-lhe a herança que merece. Os homens também são assim designados, seja como oficiais (Nm 31.14), supervisores (ou superintendentes, 2 Cr 34.12,17), responsáveis pelo dinheiro para os trabalhadores, ou, em um sentido religioso, como oficiais (ou vigias) no templo (2 Rs 11.18). O rei sírio Antíoco IV indicou, "inspetores” (ou governadores, ou supervisores) sobre Israel (1 Mac 1.51), homens que deveriam colocar em prática as suas políticas.
Tanto o nome quanto o ofício do “presbítero” são essencialmente judeus (Lightfoot, op. cit., p. 96; cf. Beyer, TDNT, II, 618). O nome está particularmente ligado ao Concílio de governo de cada sinagoga judaica, seja em Israel ou na Diáspora. Tanto no AT (cf. Js 20.4; Rt 4.2; Ed 10,14) quanto no NT (cf. Lc 7,3) o caso é o mesmo, E no Sinédrio de Jerusalém os “presbíteros” (ou “anciãos”) formavam uma parte do grupo (cf. Mc 8.31; Lc 20,1; Atos 4.5).
Não é de surpreender, portanto, que os termos episkopos e presbyteros tenham sido empregados para líderes nas igrejas do NT. Estes eram termos disponíveis e já ligados a organizações que faziam parte da vida cotidiana grega e judaica. Embora certas mudanças fossem, naturalmente, necessárias em função da natureza da igreja cristã e das circunstâncias prevalecentes, os nomes familiares eram mantidos e usados.
O uso do NT de episkopos e presbyteros é importante. Já foi considerado que ambos se referiam ao mesmo indivíduo no NT, mas qual era a função desempenhada por cada um? A partir de um exame de Atos 20.17,28 pareceria que o termo “presbítero” designava a posição dos homens, isto é, daqueles que eram os líderes reconhecidos da igreja de Éfeso. Por outro lado, “bispo” ou “supervisor” são termos usados como uma referência específica ao seu ministério de apascentar a igreja de DEUS. Em 1 Pedro 2.25, os termos “Pastor” e “Bispo” estão ligados a CRISTO. Selwyn (1 Peter, p. 182) considera o segundo termo como uma interpretação do primeiro, ao invés da apresentação de uma nova idéia, recorrendo a Atos 20.28 como apoio. Ezequiel 34.11-13 combina os mesmos dois termos, como também acontece em 1 Pedro 5.2.
Em Filipenses 1.1, o termo episkopos junta- se a diakonos (“diácono”), o segundo aparecendo aqui pela primeira vez, mas a função deles não á especificada. A descrição deste ministério só é esclarecida nas Epístolas Pastorais (1 Tm 3.1-7; 5.17ss; Tt 1.5-9). Entendemos que as seguintes características fazem parte do ensino ministrado ali.
A) Em 1 Timóteo 3.1, a palavra episkope refere-se a um ofício que um homem pode almejar, Tanto em Atos 14.23 quanto em Tito 1.5, os “presbíteros" eram designados. A palavra usada em Atos (cheirotonesantes) só ocorre novamente no NT em 2 Coríntios 8.19 onde alguém foi “eleito pelas igrejas” ou “escolhido pelas igrejas” para viajar com Paulo. Na vida ateniense isto se referia a votar “levantando a mão”. O termo katasteses em Tito ocorre também em Atos 6.3, onde os apóstolos disseram à congregação para “escolher” (episkepsasthe) dentre eles sete homens a quem iriam “constituir” ou “encarregar* (katastesomen), para servir às mesas.
B) O “bispo” em 1 Timóteo 3.1-7 deve ser um homem que possua qualidades morais elevadas (vv. 2,3), apto para ensinar (v. 2), que governe bem sua própria família (vv. 4,5), espiritualmente maduro (v. 6) e que desfrute de boa reputação entre os incrédulos (v. 7). As qualificações necessárias para os “presbíteros” em Tito 1.5-9 são similares. A obra de DEUS requer homens retos e talentosos.
C) No NT, o número destas pessoas em qualquer passagem em particular está no plural. O uso do singular em 1 Timóteo 3.2 e em Tito 1.7 refere-se ao *bispo como um tipo” ao invés de um número. Não há nenhuma referência ao episcopado monárquico (Beyer, TDNT, II, 617).
Em 1 Timóteo 5.17ss., pode estar indicada uma ligação entre o “presbítero” do NT e o desenvolvimento posterior na elevação de uns sobre os outros. Os presbíteros que “governam bem" devem ser considerados “dignos de duplicada honra”. O fato de que alguns trabalhariam partícularmente “na palavra e na doutrina [ou ensino]” parece já indicar uma divisão de responsabilidades. Isto não seria contrário à palavra que os apóstolos haviam proferido em dias anteriores, “Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas” (Atos 6.2). A progressão histórica do significado de episkopos à expressão “o episcopado” pode ser verificada nos escritos dos patriarcas da igreja. Esta progressão ainda não estava tão avançada na época de Clemente de Roma (Primeira Epístola aos Coríntios), mas começa a aparecer na Didache, em Inácio (Epístolas), onde lemos: “seus bispos justos e seus presbíteros". Tal progressão já está bem desenvolvida na época de Irineu (Contra as Heresias) e Cipriano (Epistolas). Contudo, é notável que mesmo no século II e nos séculos que se seguiram até a Idade Média, a equivalência dos termos observada no século I tenha sido mantida (por exemplo, por Crisóstomo, Jerônimo, Agostinho e outros).
Bibliografia Hermann W. Beyer, ‘,Episkopos, etc.”, TDNT, II, 599-622. T. M. Lindsay, The Church and the Ministry in the Early Centuries, Londres. Hodder e Stou- ghton, 1910, W. M. D. Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
A palavra presbítero, em sua origem significa “Forma comparativa” depresbys (gr.), que tem o significado de “mais velho, como substantivo, uma pessoa mais velha; especialmente um membro do Sinédrio israelita (também figurado, membro do conselho celestial) ou um “presbítero” cristão — ancião, mais velho, “um título de dignidade” “Anciãos de igrejas cristãs, presbíteros, encarregados da administração e governo das igrejas individuais”. Equivale a “episkopos, supervisor, bispo. Também didaskolos, professor; poimén, pastor”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 130-131.
 
 
ANCIÃO NO NT (literalmente pessoa mais velha ou homem mais velho; algumas vezes transliterado como presbítero). Este termo designava três grupos diferentes no NT: (a) indivíduos mais velhos; (b) líderes político-religiosos do Judaísmo e (c) os primeiros líderes da igreja apostólica.
 
 
2. A liderança local.
 
Sobre distinção entre duas classes de presbíteros nas Assembleias de DEUS no Brasil:
Entendo que um dos motivos da evolução histórica desta distinção entre presbíteros e ministros (pastores e evangelistas) nas Assembleias de DEUS no Brasil seja a questão financeira. Como os ministros (pastores e evangelistas) recebiam ajuda financeira por trabalhar em regime integral (ou parcial), se os presbíteros fossem “promovidos” ao status de ministros, isso incorreria em ter que remunerá-los também.
Outro motivo para a consolidação e perpetuação desta ideia equivocada de classe “superior” e “inferior” de presbíteros no contexto assembleiano, credito a inacessibilidade dos nossos pioneiros aos recursos bibliográficos, em especial, às obras nas línguas originais, léxicos, comentários e dicionários bíblicos, como as temos hoje abundantemente. Acrescente-se a isto toda oposição feita ao estudo teológico formal por longos anos.
Não encontramos no Novo Testamento, em hipótese alguma, os presbíteros ou bispos que exerciam o governo na igreja se colocando em posição de domínio ou superioridade “especial” sobre companheiros ou crentes em geral. É neste sentido que Pedro escreve: "Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de CRISTO, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas, servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória. (1 Pe 5.1-4, ARC).
Percebam a humildade do apóstolo ao afirmar “sou também presbítero com eles”, em vez de “sobre eles”. Dessa forma, mesmo que o “anjos” nas cartas às igrejas da Ásia (Ap 2-3) sejam interpretado como um presbítero-líder, isso não o colocava em posição de domínio absoluto sobre os demais. As decisões na igreja do Novo Testamento sempre foram tomadas em conjunto (At 1.15-26; 6.1-6; 15.22-29). Em 1 Timóteo 3.1-7 temos a prescrição das qualidades que deveriam ser observadas nos candidatos ao bispado, presbitério ou pastorado, mas a forma como a escolha era feita não fica clara no texto. Escrevendo a Tito, Paulo orienta o estabelecimento de presbíteros nas cidades. Também não é exposto no texto como se dava o processo. Alguns entendem, fundamentados no contexto do Novo Testamento, que a igreja local participava ativamente do processo de eleição. À medida que era aumentada a autoridade dos clérigos (especialmente dos bispos), diminuía a importância e participação dos leigos. Dessa maneira, a Igreja se tornava cada vez mais institucionalizada e menos dependente do poder e da orientação do ESPÍRITO. >>http://www.portalebd.org.br/files/2T2014_L11_altair.pdf<< Com algumas adições do Pr Henrique.
 
 
O crescimento das igrejas, como fruto da evangelização e do discipulado, exige a delegação de atividades a pessoas que tenham condições de liderar o rebanho do Senhor JESUS (Tt 1.5,7). Os pastores não podem abarcar tudo para si, sob pena de não darem conta das inúmeras responsabilidades que a igreja local requer. Como a referência a presbíteros, no NT, sempre é feita no plural “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos”, dá a entender que, em geral, o presbítero não agia isoladamente, mas como um corpo de ministros, ou de líderes, que cuidava da igreja local. “Sempre são citados no plural, isto é, não é mencionada uma só igreja onde houvesse apenas um presbítero (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg 5.l4; 1 Pe 5.1).”
Certamente, pela inexistência de pessoas qualificadas com o dom ministerial de pastor, havia a necessidade de uma liderança, formada por um grupo de irmãos mais idosos, para cuidar da igreja local. Entende-se, assim, que os presbíteros têm um ministério de grande importância, auxiliando os pastores, designados por DEUS para apascentarem e cuidarem da Igreja do Senhor sob seus cuidados.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 131.
 
Na época da carta de Paulo a Tito, o jovem é o representante do apóstolo em Creta onde era evidentemente pastor da igreja cristã ali.
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei. Os dizeres dão a entender que fazia pouco tempo que Paulo estivera em Creta acompanhado com Tito que lhe servia de assistente. O fato de Tito ter sido encarregado de ordenar presbíteros... de cidade em cidade mostra a extensão dessa atividade. O ministério de Paulo em Creta havia terminado recentemente; mas o apóstolo deixou ali Tito, seu assistente, para completar a tarefa de organizar as igrejas. A linguagem de Paulo dá a entender que nem tudo estava bem nas igrejas cretenses e que parte da tarefa de Tito era corrigir o que estava errado.
Tito foi instruído a designar e ordenar presbitérios (ou “pastores”, BV) para as igrejas. Esta prática estava de acordo com o costume do apóstolo. Já na primeira viagem missionária, Lucas nos informa que, “havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido” (At 14.23). Há diferenças nas instruções de Paulo entre 1 Timóteo e Tito. Na primeira, já havia bispos no exercício do cargo, ao passo que na última, provavelmente por ser algo novo na igreja cretense, era a primeira ordenação de presbitérios.
 
O bispo era o gerente financeiro da igreja local e por isso, se por nenhuma outra razão, deve ser homem de extrema integridade. Como guardião dos fundos monetários da igreja esta poderia se tornar fonte de tentação para o bispo.
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 543-546.
 
Tito também deixará a ilha. Por isso é necessário que as instruções sejam entregues por escrito às mãos dos irmãos colaboradores e co-dirigentes em Creta. Em 1Tm já se pressupõem formas e serviços eclesiais mais sólidos, em Creta parece existir um estágio anterior de constituição da igreja.
As coisas faltantes são aquilo que ainda falta para o desenvolvimento de uma igreja plenamente emancipada. O que Paulo deixou inconcluso é confiado a Tito para que este cuide da evolução posterior. O que DEUS começou ele pretende levar à maturidade. Aqui não se tem em vista apenas um aperfeiçoamento em termos de organização! Já em 1Ts 3.10 Paulo escreve que deseja dirimir as falhas que ainda estão ligadas à fé. As igrejas devem chegar à aprovação na fé.
Tito recebe particularmente a incumbência de instituir presbíteros em cada cidade. Aparentemente a fé em JESUS se expandiu primeiramente nas cidades, ou as igrejas cresceram mais rapidamente nelas, de modo que se tornasse necessária a instalação de presbíteros. As aldeias e localidades das redondezas eram evangelizadas a partir das cidades. Em todos os lugares a instalação de servos para a igreja aconteceu com a participação dos membros da igreja. At 14.23 informa que Paulo e Barnabé retornaram a três cidades em que se haviam formado igrejas durante a primeira migração evangelizadora. Somente agora, na segunda estadia, elegem presbíteros em cada igreja, recomendando-os em conjunto com a igreja ao Senhor, mediante oração e jejum. A evangelização em Creta pode ter ocorrido de forma similar. Primeiramente Paulo e Tito viajaram em conjunto pela ilha, anunciando o evangelho de JESUS. Em uma segunda visita, pouco tempo depois, Tito (ele permaneceu na ilha, enquanto Paulo seguiu viagem) deve confirmar, em e com as jovens igrejas, presbíteros que se evidenciaram como agraciados e aprovados por DEUS em vista de seu serviço aos fiéis.
Em todas as igrejas surgidas da atividade missionária de Paulo havia serviços eclesiais organizados desde o princípio, tão logo um grupo sólido de discípulos estivesse de fato formado. O NT não dá notícia de nenhuma igreja sem liderança. O estilo de liderança pode se configurar de formas muito distintas, porém nunca na forma de uma posição especial excludente ou de uma reivindicação legal consolidada.
Tt 1.7 O presidente deve ser irrepreensível como administrador de DEUS: O presidente é um dos presbíteros e vem das fileiras deles, por isso é repetida para ele a característica decisiva: que seja irrepreensível! O singular não exclui a possibilidade de que houvesse vários presidentes em uma cidade, especialmente quando se formavam várias igrejas caseiras na mesma localidade. Ao contrário de 1Tm, não se mencionam aqui diáconos. Não se trata de listar todos os serviços na igreja e muito menos de instituir um cargo de bispo monárquico, nem de providenciar o ordenamento jurídico de cargos.
A prestação de serviços na administração de DEUS acontece pela fé. Cada administrador presta contas do que faz e deixa de fazer.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos Tito. Editora Evangélica Esperança.
 
Os homens escolhidos deveriam liderar as igrejas, ensinando a sã doutrina, ajudando os crentes a amadurecer espiritualmente, e capacitando-os a viver para JESUS CRISTO, apesar da oposição.
Os líderes que Tito escolhesse deveriam servir por amor, e não por serem cobiçosos por dinheiro.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 552-554.
 
 
3. As qualificações.
 
 
A missão do presbítero é de tanta importância que o Novo Testamento dedica vários textos a respeito das qualificações que se devem exigir dos obreiros que são escolhidos para essa função ministerial.
“O papel dos oficiais da igreja era variável e flexível na época do Novo Testamento. Até o período patriótico primitivo, tais funções ainda não tinham sido padronizadas e regulamentadas”. Tendo em vista a origem do presbítero, como acentuado em item anterior, sua importância é indiscutível. E suas qualificações são das mais relevantes. Em sua escolha, segundo a Palavra de DEUS, devem ser observadas algumas qualidades ou qualificações, com base no texto de Tito 1.6-9, que equipara o presbítero ao “bispo”'.
1) “Aquele que for irrepreensível”. O presbítero, ou bispo, deve ser uma pessoa de caráter cristão ilibado, íntegro, exemplar. Um “obreiro que não tem de que se envergonhar” (2 Tm 2.15).
2) “Marido de uma mulher Significa que o candidato ao presbitério ou ao episcopado deve ser um homem fiel à sua esposa.
(Observação minha, Pr. Henrique - casado só uma vez, mesmo que ficasse viúvo ou que fosse traído por sua esposa - ).
3) Que tenha família ajustada. Paulo dá destaque especial à criação dos filhos do presbítero ou bispo (cf. 1 Tm 3.4,5).
4) “Não soberbo”. E sinônimo de “arrogante, orgulhoso, presunçoso”. Um presbítero não deve ser orgulhoso. Quando JESUS, Mestre dos mestres, e “Sumo Pastor”, lavou os pés dos discípulos, quis dar uma grande lição aos pastores, e aos presbíteros ou bispos. E bom lembrar que cargo ministerial não é sinônimo de grandeza espiritual (1 Pe 5.5).
5) “Nem iracundo”. Uma pessoa iracunda é raivosa, colérica, furiosa. Um presbítero deve ser pessoa que sabe refrear seus impulsos emocionais. A ira é a pior opção para ser cultivada. Um iracundo perde os melhores amigos e afasta a muitos de seu convívio. JESUS oferece um curso de mansidão (Mt 11.29). Há vaga para todos.
6) “Nem dado ao vinho”. Ou seja: não dado a fazer uso de bebida alcoólica (ver Ef 5.18). Não deve beber vinho embriagante, nem ser tentado ou atraído por ele, nem comer e beber com os ébrios (Mt 24.49).  Um suco de uva puro tem as mesmas propriedades terapêuticas que o vinho, exceto o teor alcoólico.
7) “Nem espancador”. Ou não violento, agressivo. O obreiro precisa ter o fruto da temperança ou do domínio próprio, para não dar lugar a seu temperamento agressivo. O servo de DEUS não deve guiar-se por seu temperamento, mas pelo ESPÍRITO SANTO (G1 5.16).
8) “Nem cobiçoso de torpe ganância”. A ganância por bens materiais ou pelo poder tem sido a causa de muitos escândalos e descrédito contra o ministério pastoral. O apóstolo Pedro deu a mesma exortação aos presbíteros (1 Pe 5.2).
9) “Mas dado à hospitalidade”. O bispo deve ser hospitaleiro (Hb 13.2). Um presbítero, bispo ou pastor deve ser uma pessoa acolhedora; que sabe receber bem, com cortesia e amabilidade, qualquer pessoa, em sua casa, na igreja, ou em qualquer lugar. Não deve ser grosseiro nem fazer acepção de pessoas (At 10.34; Tg 2.1, 9).
10) “Amigo do bem”. O presbítero deve ter o fruto do ESPÍRITO da “benignidade”, que é a qualidade daquele que se dedica a fazer o bem (SI 37.27; G16.9, 10). Quem faz o bem colherá os frutos do que semeou.
11) “Moderado”. É sinônimo de “comedido, prudente, contido”. O presbítero ou o bispo deve ser uma pessoa assim, sem afetação, sem exibicionismo; ter uma vida sem exagero, seja na vida ministerial, seja na vida pessoal; sem ser radicalista ou liberalista, evitando os extremos. Deve ter a qualidade do fruto do ESPÍRITO da temperança (G1 5.22).
12) “Justo”. É sinônimo de “imparcial, isento, neutro, justiceiro". Ê qualidade indispensável ao líder. O Sumo Pastor nos guia “pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23.3). Nunca usar os “dois pesos e duas medidas”.
13) “SANTO”. É qualidade e condição indispensável para uma pessoa salva. Ser santo é ser separado ou consagrado para DEUS. Um líder tem o dever de zelar pela santidade. Para isso precisa estar sempre exercitando o processo da “santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
14) “Temperante”. E qualidade de quem tem “temperança”, ou domínio próprio, autocontrole. Que sabe dominar seus impulsos e paixões, seja na área dos relacionamentos, na área afetiva, sexual, ou nos apetites carnais. O intemperante em qualquer área acaba prejudicando a si ou aos outros. O bispo ou presbítero precisa ser um exemplo na temperança.
Após enumerar as quatorze qualificações para a escolha de um presbítero ou bispo, Paulo diz a condição para que ele possa exercer sua nobre missão, de cuidar, zelar e alimentar o rebanho:
1) “Retendo firme a fiel Palavra, que é conforme a doutrina (1.9a)”. Para que todas as qualificações do ministro tenham valor é necessário que ele seja “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12).
2) “Para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” (1.9b). Guardando ou retendo a “Fiel Palavra” de DEUS, o líder tem autoridade de DEUS para admoestar os que aceitam a “sã doutrina” e para “convencer os contradizentes”, ou opositores da liderança. Paulo sabia o que era esse tipo de gente (1 Tm 1.20; 2Tm 2.17; 4.14).
Para que as qualificações do presbítero ou bispo sejam completas, é interessante reunir as qualidades aqui estudadas com as da lista de Paulo a Timóteo, no capítulo 2.1-7. Uma complementa a outra.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 131-135.
 
 
O ministro cristão deve ser pessoa que evita não só o mal, mas a própria aparência do mal. Sob todos os aspectos de conduta, ele tem de estar acima de repreensão. Suas relações matrimoniais não devem ter a mínima nódoa de escândalo. Muitos na igreja primitiva consideravam que marido de uma mulher era proibição de casar-se de novo por qualquer razão. O escândalo do divórcio tem envenenado tão completamente o fluxo da ordem social de nossos tempos, que devemos ser extremamente sensatos e cuidadosos nesta questão de segundo casamento, “para que o nosso ministério não caia em descrédito” (2 Co 6.3, NVI).
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 545-547.
 
 
Observe que a maioria das qualificações envolve caráter, além da comunhão íntima com DEUS. O modo de vida de uma pessoa e os seus relacionamentos são uma janela para o seu caráter. Tenha em conta estas qualidades quando avaliar pessoas para posições de liderança em sua igreja. É importante ter líderes que possam efetivamente pregar a Palavra de DEUS, mas, ainda mais importante, eles devem viver de acordo com a Palavra de DEUS e ser exemplos para que os outros sigam.
Os pastores devem cumprir uma função positiva e outra negativa ao lidar com a verdade.
Eles devem incentivar, pregando, apoiando e reforçando as pessoas que seguem a verdade. Mas eles também devem confrontar e refutar as ideias falsas.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 553-554.
 
 
LIDERES ORDENADOS E QUALIFICADOS (Tt 1:5-9) 
É bom desejar ser um líder espiritual. Desejar significa “dirigir o coração em direção a alguma coisa”. A liderança é uma excelente obra. Paulo destacou a sua importância. No entanto, como ele iria mostrar, os padrões são elevados.
 
 
Marido de uma só mulher. O presidente deve ser exemplarmente casado. Não se espera o celibato dos servidores da igreja, mas que tenham plena capacidade matrimonial e sejam modelos no casamento. A melhor “escola matrimonial” acontece por “exemplos matrimoniais”. (Tomemos cuidado com os extremos - Paulo, Timóteo e Tito eram solteiros, até que se prove o contrário).
Presidentes e diáconos devem ser casados uma única vez; isso aponta em 3 direções:
1) Acerca da profetiza Ana lemos que era virgem até se casar. Quando o marido morreu após 7 anos de casamento, ela passou a viver sozinha até idade avançada (84 anos), servindo a DEUS. De acordo com a palavra profética permaneceu fiel ao “noivo de sua mocidade”.
2) Conforme as palavras do Senhor a monogamia é o alvo original, estabelecido por DEUS, do relacionamento entre homem e mulher. Se os próprios gentios chamam atenção para isso e os cristãos aspiram ao amor e à fidelidade no matrimônio, quanto mais isso deveria valer, então, para aqueles que se “apresentam em todas as coisas” (logo também no casamento) como “exemplo de boas obras”.
3) A interpretação aqui fornecida possui relevância justamente com vistas à prática do divórcio, que naquela época se alastrava com força, e do correlato recasamento de pessoas divorciadas, seja entre gregos, seja entre judeus.
A expressão única pode ser mantida em forma tão genérica pelo fato de que deve caracterizar de forma abrangente a atitude básica fundamental da castidade em todas as situações. O casto não reprimiu sua sexualidade, mas a tornou íntegra, porque castidade é alegrar-se com a sexualidade respeitando os limites do respeito.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.
 
 
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR OU BISPO, OU PRESBÍTERO, OU ANCIÃO -  BEP - CPAD
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministerais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.
O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.
Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho (4.12,15).
O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (32,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).
A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.
O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.
Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).
As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).
 
 
II - A IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO
 
PRESBITÉRIO, PRESBÍTERO
Grupo ou ordem de anciãos que consagrou o jovem Timóteo (1 Tm 4.14). Parece que Paulo, nesta ocasião, liderava este grupo (2 Tm 1.6). Da mesma maneira que a nação israelita tinha seus anciãos, as Sinagogas também tinham os seus, e o mesmo ocorria com o Sinédrio. Junto com o presbitério havia um conjunto de sacerdotes e escribas. Na época do NT este grupo tinha como presidente o sumo sacerdote. Paulo estabeleceu as igrejas sob o governo de um corpo de anciãos (At 14.23; 16.4; Tt 1.5; cf. At 15.4,6,23; 20.17,28). Nas igrejas atuais, particularmente naquelas que adotam a forma de administração presbiteriana, o grupo de anciãos da Igreja local é chamado de sessão, enquanto aqueles que se reúnem como representantes das igrejas de uma área maior são chamados presbíteros. E impossível dizer se os anciãos mencionados em 1 Timóteo eram de uma ou mais igrejas.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1591.
 
 
1. Significado do termo.
 
PRESBÍTEROS OU ANCIÃOS (Strong Português)
πρεσβυτερος presbuteros
comparativo de presbus (de idade avançada);
1) ancião, de idade,
1a) líder de dois povos
1b) avançado na vida, ancião, sênior
1b1) antepassado
2) designativo de posto ou ofício
2a) entre os judeus
2a1) membros do grande concílio ou sinédrio (porque no tempos antigos os líderes do povo, juízes, etc., eram selecionados dentre os anciãos)
2a2) daqueles que em diferentes cidades gerenciavam os negócios públicos e administravam a justiça
2b) entre os cristãos, aqueles que presidiam as assembléias (ou igrejas). O NT usa o termo bispo, ancião e presbítero de modo permutável
2c) os vinte e quatro membros do Sinédrio ou corte celestial assentados em tronos ao redor do trono de DEUS.

 
BISPOS (Strong Português)
επισκοπος episkopos
1) supervisor
1a) pessoa encarregada de verificar se aqueles sob a sua supervisão estã fazendo corretamente o que têm que fazer, curador, guardião ou superintendente
1b) superintendente, líder, ou supevisor de um igreja cristã
 
 
PRESBITÉRIO
Grupo ou ordem de anciãos que consagrou o jovem Timóteo (1 Tm 4,14). Parece que Paulo, nesta ocasião, liderava este grupo (2 Tm 1.6). Da mesma maneira que a nação israelita tinha seus anciãos, as Sinagogas também tinham seus, e o mesmo ocorria com o Sinédrio. Junto com o presbitério havia um conjunto de sacerdotes e escribas. Na época do NT este grupo tinha como presidente o sumo sacerdote. Paulo estabeleceu as igrejas sob o governo de um corpo de anciãos (Atos 14.23; 16.4; Tt 1.5; cf. Atos 15.4,6,23; 20.17,28).
Nas igrejas atuais, particularmente naquelas que adotam a forma de administração presbiteriana, o grupo de anciãos da Igreja local é chamado de sessão, enquanto aqueles que se reúnem como representantes das igrejas de uma área maior são chamados presbíteros. E impossível dizer se os anciãos mencionados em 1 Timóteo eram de uma ou mais igrejas. Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
HAVENDO-LHES... ELEITO ANCIÃOS. A consagração de anciãos ou presbíteros (aqui, ministros ou pastores), foi feita não somente pela busca da vontade do ESPÍRITO, mediante a oração e jejum, como também através de um exame do caráter, dos dons espiri-tuais, da reputação e da vida irrepreensível dos candidatos ao dito cargo (1 Tm 3.1-10). Se fossem achados irrepreensíveis, seriam consagrados BEP - CPAD
 
 
I Tm 4.14. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério (14). Nesta passagem, o apóstolo reconhece que o poder, que chamaríamos preparação carismática para o ministério, é decididamente o mais importante. Ele firma que Timóteo recebeu este dom por profecia, observação repetitiva de Paulo (1.18). O chamado de DEUS para servir na obra do ministério é consideração anterior e principal. E o ESPÍRITO SANTO que tem de instigar a escolha do homem para esta vocação santa. E com o seu chamado temos razão para crer que haverá as qualificações acompanhantes da “graça, dons e utilidade”.  Isto significa mais que “ter facilidade em falar”, ou “ser muito extrovertido”, ou “dar-se bem com as pessoas”, ou “ser líder nato”. Algumas destas qualidades podem complementar o equipamento espiritual essencial, mas nenhuma o substitui. Além disso, seria erro presumir que a ordenação da igreja fornece esta qualidade mística quando em falta. A significação da ordenação da igreja e sua relação com a ação anterior do ESPÍRITO estão claramente expostas em Atos 13.2,3. Falando da igreja em Antioquia na Síria, Lucas relata: “Disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram”. O mero “contato manual”, como disse alguém, a imposição das mãos do presbitério não tem significado sem essa obra antecedente do ESPÍRITO SANTO. A linguagem de Paulo dá a entender perfeitamente que, referindo-se à ordenação de Timóteo, a ação do presbitério (os pastores) era reconhecimento e confirmação da ação anterior do ESPÍRITO.
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 484-485.
 
 
I Tm 4.14 Ninguém deveria desprezar Timóteo (4.12), nem ele deveria desprezar a si mesmo. Paulo lembrou Timóteo de que ele tinha os requisitos necessários para realizar aquela obra difícil em Éfeso. Entre eles, estava um dom espiritual de DEUS. Embora Paulo não defina especificamente este dom, ele estava preocupado com a possibilidade de Timóteo hesitar em usá-lo ou deixar de usá-lo. Quando virmos as capacitações de todos os tipos (espiritual, relacional, técnica) como dons de DEUS, será mais fácil vermos a sua mão operando por meio dos esforços humanos. Ele poderia realizar a tarefa porque DEUS o tinha chamado para realizá-la, o tinha capacitado para realizá-la, e estaria com ele durante a realização dela.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 502.
 
 
Para Paulo o carisma está no começo e no centro de todo serviço e de toda a vida da igreja. O carisma não é algo acrescentado ao ministério, nem mesmo algo que somente possui certa importância à margem da verdadeira ordem eclesiástica. Dons do ESPÍRITO SANTO foram oferecidos a todos para todos, ainda que nem todos recebam os mesmos dons. Em 1Co 12-14 Paulo não fala contra Dons do ESPÍRITO SANTO, mas somente contra seu abuso. Timóteo não corre o risco dos carismáticos de Corinto. Pelo contrário, a ele o apóstolo precisa dizer: não negligencies o Dom do ESPÍRITO SANTO. O próprio DEUS o concedeu a você, não uma instância humana. Por isso utilize esse dom, exercite-se nele, use-o diligentemente!
Mediante profecia: por meio de uma palavra profética; profecias que apontam para Timóteo; falam de sua vocação. Desse chamado de DEUS lhe advém força para a luta. No começo do serviço não está o cargo, mas o carisma. No começo do carisma não está a ordenação, mas a vocação pelo próprio DEUS. Tanto o AT como o NT deixam inequivocamente claro que os servos estabelecidos para um serviço específico recebem a dádiva do BATISMO NO ESPÍRITO SANTO antes de receber os dons do ESPÍRITO para o serviço.
Pela imposição de mãos: A imposição das mãos confirma o que aconteceu, a saber, a vocação prévia por DEUS, profeticamente divulgada. A prática da imposição das mãos situa-se no âmbito dos sinais visíveis que acompanham a fé.
Paulo lhe impôs as mãos em conjunto com os anciãos (QI 30). Assim como Tito deve instalar presbíteros de cidade em cidade, assim o próprio Paulo havia instalado Timóteo como presbítero. A instalação do presbítero não era uma ação arbitrária do apóstolo, mas ele reconhecera no ESPÍRITO que DEUS já havia posto sua mão sobre o jovem: o apóstolo então agiu de modo correspondente. Embora Timóteo fosse jovem na idade, DEUS o havia chamado como “ancião” e o manifestou mediante profecia. Concedeu-lhe o ESPÍRITO SANTO, incutiu-lhe o carisma para o serviço, confirmou sua vocação pela imposição de mãos por Paulo perante muitas testemunhas.
Que carisma específico Timóteo havia, pois, recebido? Será que era pastor, mestre ou evangelista? (“Faça a obra de um evangelista!” 2Tm 4.5). O ESPÍRITO SANTO capacita o ministério com DONS DO ESPÍRITO SANTO. Seria igualmente difícil definir um dom espiritual específico para Paulo. Muito provavelmente Pauo era usado em todos os Dons do ESPÍRITO SANTO (Observação minha - Pr Henrique).
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.
 
 
2. A atuação do presbitério.
 
PRESBITÉRIO
Grupo ou ordem de anciãos que consagrou o jovem Timóteo (1 Tm 4,14). Parece que Paulo, nesta ocasião, liderava este grupo (2 Tm 1.6). Da mesma maneira que a nação israelita tinha seus anciãos, as Sinagogas também tinham seus, e o mesmo ocorria com o Sinédrio. Junto com o presbitério havia um conjunto de sacerdotes e escribas. Na época do NT este grupo tinha como presidente o sumo sacerdote. Paulo estabeleceu as igrejas sob o governo de um corpo de anciãos (Atos 14.23; 16.4; Tt 1.5; cf. Atos 15.4,6,23; 20.17,28).
Nas igrejas atuais, particularmente naquelas que adotam a forma de administração presbiteriana, o grupo de anciãos da Igreja local é chamado de sessão, enquanto aqueles que se reúnem como representantes das igrejas de uma área maior são chamados presbíteros. E impossível dizer se os anciãos mencionados em 1 Timóteo eram de uma ou mais igrejas. Dicionário Bíblico Wycliffe
 
 
Exemplo de reunião da liderança da Igreja (presbitério) - Atos 15:1-29
PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA, OU CONVENÇÃO, OU REUNIÃO DO PRESBITÉRIO
Então, alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.
Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo, Barnabé e alguns dentre eles subissem a Jerusalém aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos. Quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles. Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios. E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me. Simão relatou como, primeiramente, Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito: Depois disto, voltarei e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; levantá-lo-ei das suas ruínas e tornarei a edificá-lo. Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e também todos os gentios sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas que são conhecidas desde toda a eternidade. Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas. Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento), pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo. Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Atos 15:1-29
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-ada-1tr11-oprimeiroconciliodaigreja.htm (PARA ESTUDO POMENORIZADO DESTE ASSUNTO ENTRE NESTE LINK)
 
At 16.4,5 Pelo menos um dos novos itens da agenda da sua viagem era explicar a decisão tomada em relação aos mandamentos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos no concílio de Jerusalém (At 15). As questões entre judeus e gentios que tinham sido solucionadas no concílio provavelmente surgiriam novamente nas áreas predominantemente gentílicas para onde Paulo estava viajando.
O crescimento rápido era importante nesta primeira etapa da divulgação do Evangelho em meio aos gentios. Os críticos do ministério de Paulo orientado aos gentios (especialmente a facção judaica) estariam esperando ansiosamente por uma oportunidade para calar Paulo, ou pelo menos para diminuir a sua influência. Mas aqui, na primeira penetração real do Evangelho no mundo gentílico, a igreja prosperava, da mesma maneira como havia ocorrido no início com a igreja que era composta, em sua maioria, por pessoas de origem judaica.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 697.
 
 
E, quando iam passando (tempo imperfeito) pelas cidades (Listra, Icônio, Pisídia, Antioquia) os irmãos lhes entregavam (4) — os gentios cristãos — os decretos — lit., “dogmas” como os usados para os decretos imperiais (17.7; Lc 2.1)127 — que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. A expressão Que haviam sido estabelecidos quer dizer literalmente “que foram julgados”. Esta é a única passagem no Novo Testamento onde o verbo comum krino foi traduzido como estabelecidos. A luz desse contexto (cap. 15), provavelmente a melhor tradução para a frase seria: “As decisões a que chegaram” (Phillips) ou “Os decretos que foram deliberados”.128
Aparentemente, a promulgação dos decretos do Concílio de Jerusalém mais ajudou do que prejudicou os trabalhos, pois lemos que: as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número (5) — lit., “estavam sendo fortalecidas” e “estavam aumentando” (verbos no tempo imperfeito). Este é o quarto relatório resumido sobre o progresso do trabalho missionário (cf. 6.7; 9.31; 12.24).
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 328-329.
 
 
«...decisões...», isto é, os decretos baixados quando do concilio que houve na cidade citada, eram entregues e explicados aos irmãos. Paulo sem dúvida ansiava por mostrar-se leal ao pacto firmado em Jerusalém.  Lembremo-nos, além disso, que Silas era um dos delegados originais enviados pelos irmãos de Jerusalém, o qual poderia acrescentar o seu próprio testemunho sobre a natureza das providências tomadas naquela cidade. «Os decretos e as determinações salutares devem ser diligentemente observados, pois, de outro modo, assemelhar-se-iam a um sino sem badalo». (Starke, in loc.).
«Esses decretos ainda eram claramente considerados, pelos convertidos vindos do paganismo, como a carta magna com base na qual poderiam tomar posição firme em qualquer disputa com os judaizantes, e, sem dúvida, esses decretos ajudaram a determinar muitos que ainda estavam hesitantes, a buscarem admissão na igreja cristã». (E.H. Plumptre, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 328.
 
 
A Igreja deixou de ser localizada apenas em Jerusalém, passando pela Judeia e Samaria, e começou a se deslocar para “os confins da terra” (At 1.8). As “igrejas de DEUS” sofriam a perseguição e se espalhavam por vários lugares (1 Ts 2.14). A conversão do fariseu Saulo, no caminho de Damasco, fez dele um dos maiores evangelistas de todos os tempos. Em suas viagens missionárias, muitas igrejas foram abertas, inclusive na Europa. Em consequência, as igrejas necessitavam de líderes, que orientassem os crentes acerca do evangelho, da organização, do desenvolvimento e da maneira de viver dos novos grupos de cristãos.
Os apóstolos, como verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só lugar. Uns tinham que se dedicar “à oração e à palavra” (At 6.4). Outros precisavam sair evangelizando, mas o crescimento da obra exigia mais pessoas para ajudá-los. Assim, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. A boa semente do evangelho frutificava em vários lugares, e os líderes da Igreja tomaram providências para que, em cada cidade, fossem estabelecidos líderes locais para cuidarem do rebanho.
Barnabé e Saulo foram encarregados de levar socorro aos irmãos da Judeia, e o fizeram, entregando a ajuda “aos anciãos” (At 11.30). Havia uma grande fome naquela região e os líderes, com sabedoria, não mandaram a ajuda de qualquer forma. Enviaram aos líderes da comunidade cristã. Em sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé chegaram a Icônio, foram perseguidos e saíram para listra, Derbe, Antioquia, Pisídia e por muitas outras cidades. Eles fizeram excelente trabalho missionário, fundando muitas igrejas por onde passavam. E as multidões de crentes precisavam ser discipuladas.
Àquela altura da expansão da Igreja, não havia ainda um ministério organizado como conhecemos hoje, com apóstolos, profetas, pastores, evangelistas, mestres, presbíteros e diáconos, de forma bem definida e até impropriamente hierarquizada. Por isso, os discípulos mais antigos, e de mais idade, eram designados para cuidar de cada igreja. Eram os anciãos, que iam sendo escolhidos para serem superintendentes, supervisores, ou bispos. Exortando os irmãos de Éfeso, Paulo falou para os líderes daquela igreja: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28).
Em sua carta a Tito, Paulo mostra que é um verdadeiro pastor e líder, chamado por DEUS (1 Co 1.1; G1 1.1), e tem cuidado das igrejas que fundou em suas viagens missionárias. E diz para seu discípulo: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5). De acordo com o entendimento da época, a igreja local deveria ter à frente um obreiro experiente e de mais idade. Que fosse um ancião. Um jovem obreiro pode ter muito conhecimento bíblico e até muita unção de DEUS. Mas a experiência só se consegue com o tempo, com o passar dos anos (Jó 32.7). Temos ai as excessões devidas, como Timóteo e Tito.
Ao longo dos séculos, a atividade do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem como do ensino da Palavra, oração, visitação e aconselhamanto, etc.... É atividade necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas locais. O pastor local, ou presbítero, ou ancião, ou bispo, é obreiro que colabora com o pastor da igreja que também é um presbítero, ajudando-o no cuidado do rebanho do Senhor JESUS CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 129-130. Com acréscimos do Pr Henrique.
 
 
Na Assembleia de DEUS, o presbítero pode ser o bispo, ou o supervisor, ou o coordenador, ou o pastor-presidente, ou o pastor local, ou o pastor congregacional ou o auxiliar direto do pastor. O bispo é o supervisor de área em alguns locais onde existem várias congregações, ou corrdenador. O ancião, ou presbítero, pode ser o Pastor-Presidente de uma cidade ou região e às vezes uma liderança nacional sobre os pastores.
Porém, na bíblia, os ministros de CRISTO, como em Efésios 4.11 exercem funções de liderança dentro da Igreja, tanto local, como nacional, como internacional. Muitos dos ministros exerciam o ministério e a funçao eclesiástica.
Por exemplo:
Pedro era apóstolo, mas era presbítero porque ajudava o líder apóstolo Tiago, irmão de JESUS, na igreja em Jerusalém..
Paulo era apóstolo, mas era também mestre e exercia a função de bispo, pois coordenava as igrejas abertas por ele e Barnabé e Silas.
Tiago era apóstolo, mas também ancião, pois dirigia a Igreja em Jerusalém como pastor presidente.
João era apóstolo e também Ancião, dirigiu igreja em Éfeso e muito usado por DEUS em escrever sobre o futuro.
 
 
No Novo Testamento, tanto o pastor, como o presbítero, como o bispo, como o ancião são uma só pessoa, sendo que cada presbítero poderia assumir uma posição congregacional, ou de supervisor (bispo) de várias igrejas, como pastor-presidente (ancião) de uma igreja com várias congregações.
 
 
 
3. A valorização do presbitério.
 
Presbíteros e o Presbitério
E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos (presbíteros) por mão de Barnabé e de Saulo. Atos 11:29,30
O significado e a importância para a Igreja do NT.
Os termos associados com esta posição aparecem mais de setenta vezes no NT:
(a) quase metade das citações referem-se ao ofício no Judaísmo (cp. Mt 15.2; 26.47; Mc 8.31; 14.43; At 4.5; 25.15; note: o termo não é usado nenhuma vez no evangelho de João, exceto na variante textual em 8.9, e isto é particularmente significante à luz do tom negativo do quarto evangelho para com o Judaísmo em geral);
(b) cinco referências são designações comparativas de idade (cp. Lc 15.25; At 2.17 [RSV “homens mais velhos”]; Rm 9.12; l Tm 5.2 [RSV “mulheres mais velhas”]; Hb 11.2 [RSV “homens de idade”];
(c) as referências restantes são em relação ao ofício na Igreja Primitiva. Na história apostólica de Lucas, o ofício aparece, sem explicações de sua origem, pela primeira vez em Atos 11.30. A referência aqui é aos presbíteros na Igreja da Judéia, para quem uma coleta foi tirada na Igreja de Antioquia. Nos é dito mais tarde que Paulo “designou” (do verbo grego que significa “escolher ou eleger por meio de mãos levantadas ou indicação”) presbíteros em cada Igreja (At 14.23). A exata natureza desta ordenação apostólica ou nomeação não é descrita exceto para sugerir que orações e jejuns faziam parte do ritual. Nós podemos supor que esta aparição inexplicável, em contraste com a escolha dos sete em Atos 6, implica numa transição natural, da estrutura da Sinagoga Judaica para a organização da Igreja Primitiva (cp. At 2.46).
No ministério de Paulo (cp. At 20.17-38), quando ele se encontrou com os presbíteros da igreja de Éfeso, ele parece referir-se aos três termos ao mesmo tempo — presbítero, bispo ou supervisor e pastor. A ideia de presbíteros servindo como pastores do rebanho e supervisionando a administração da Igreja ajudou a distinguir o título do ofício de suas funções práticas. Em outras palavras, o termo presbítero, originalmente, designava aqueles que eram, tanto natural quanto espiritualmente, mais velhos ou mais maduros ou mais experientes. Observe que Paulo faz menção específica ao fato de que ninguém deveria ser admitido ao ofício de presbítero ou bispo sendo um “recém convertido” ou noviço (cp. l Tm 3.6). Timóteo e Tito, embora jovens, tinham experiência comprovada por Paulo e os demais presbíteros da Igreja. Os outros termos — pastor e bispo ou supervisor — referem-se às funções deste ofício na Igreja. Um presbítero é, portanto, um homem mais velho, um homem membro da Igreja espiritualmente mais maduro, que é responsável pela administração da congregação, podendo ser uma pessoa não tão velho, mas bem experiente. É instrutivo que Pedro refere-se a si mesmo como um presbítero; “Aos presbíteros, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou presbítero com eles” (I Pe 5.1). Nos últimos escritos pós-apostólicos da Igreja, há uma evidência clara de que o ministério de pastor ou bispo e presbítero eram o mesmo (cp. Didaquê 10.6). Devemos também supor que homnes maduros pode significar experientes em evangelismo, perseguiçoes sofridas, em lutas pelo evangelho, como Timóteo e Tito (acréscimo meu - Pr Henrique)..
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 297-299.
 
 
Recompensa Adequada pelo Serviço Fiel (5.17,18)
Os presbíteros (anciãos) que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina. 1 Timóteo 5:17
As palavras “anciãos” (1) e presbíteros (17; aqui quer dizer “pastores”, cf. BV) são tradução da mesma palavra grega; os significados, embora distintos, estão correlacionados. No versículo 1, significa os membros mais idosos da congregação; mas aqui diz respeito aos indivíduos separados para a obra do ministério: Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina (17). Há comentaristas que entendem que este versículo antecipa a distinção entre “pastores” que governam e “pastores que ensinam”, que é a prática em certas igrejas reformadas. Mas isso é improvável, quando lembramos que Paulo já havia declarado especificamente que todo bispo (ou pastor) tem de ser “apto para ensinar” (3.2).
O apóstolo está estipulando a Timóteo que o pastor que combina igreja com o serviço fiel e talentoso como pregador e professor de honra. Junto do honorário deve ser incluída a honra. Ainda não havia chegado o dia em que os ministros da igreja seriam totalmente sustentados. O costume que então vigorava era que os líderes da igreja se sustentassem, da mesma maneira que o apóstolo o fazia. Na opinião de Paulo, o bom serviço merece reconhecimento e recompensa. Aquele cujo tempo era tomado quase todo pelo trabalho da igreja deveria receber maior compensação.
Paulo sustenta seu conselho com um argumento que lembra 1 Coríntios 9.9: Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário (18). A primeira destas passagens é um preceito do Antigo Testamento encontrado em Deuteronômio 15.4, e em sua situação original é uma ordenação humanitária. Mas em outro texto Paulo argumenta que tem um significado mais profundo: “Porventura, tem DEUS cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós?” (1 Co 9.9,10). O apóstolo também cita outra passagem para a qual dá importância igual: Digno é o obreiro do seu salário. Esta é declaração de nosso Senhor registrada em Lucas 10.7. O fato surpreendente é que os estudiosos do Novo Testamento não conseguem achar evidências para provar que o Evangelho de Lucas tinha acesso geral quando estas palavras foram escritas. Provável é que o Evangelho de Lucas fosse conhecido por Paulo e também por Timóteo (Paulo teve Lucas a seu lado por um longo período).
E. K. Simpson assume a posição, junto com B. B. Warfield, de que “temos aqui uma citação verbalmente exata do Evangelho de Lucas, tratada como porção integrante das Santas Escrituras”. Nesta passagem, o apóstolo deixa clara sua opinião de que o serviço fiel e eficaz merece reconhecimento e remuneração adequada. E óbvio que a igreja começava a mudar rumando para um ministério assalariado, toatelmente separado para DEUS.
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 490-491. Com acréscimos do Pr Henrique
 
 
Dobrada honra: o termo honra retoma nitidamente o tema do v. 3, onde já se evidenciou que ele não podia se referir apenas ao sustento ou ao salário. Honrar uma pessoa significa reconhecê-la, atribuir-lhe o valor que lhe cabe. O próprio Timóteo não havia recebido a honra e o reconhecimento que merecia. Em vez de exigi-los para si, deve responder a essa deficiência com vida exemplar.
Sobretudo os que trabalham na palavra e no ensino: que realizam algo, que se esforçam, termo frequente em Paulo.
Palavra: como em 1Tm 4.12; 1Co 1.5; de modo geral a proclamação da mensagem de CRISTO.
Ensino: instrução para viver a partir da fé. De acordo com 1Tm 3.2 e Tt 1.9, ensinar faz parte das atribuições do pastor. Consequentemente se fala aqui de vários pastores em Éfeso, assim como acontecia na igreja em Filipos. Os dirigentes das famílias em cujos lares surgiram as primeiras igrejas caseiras também eram os pastores naturais para as igrejas, caso fossem aprovados.
Contrariando a declaração, muitas vezes reiterada, de que as pastorais preferem títulos para cargos sem descrever a função deles, ao passo que o próprio Paulo raramente empregaria títulos para cargos, mas em troca assinala o conteúdo dos diversos serviços, aparece o presente versículo: “Sobretudo aqueles que trabalham na palavra e no ensino.” Nem aqui nem em 1Tm 3.1s se fala de uma ordem hierárquica dos ministérios. Por isso o jovem Timóteo pode ser convocado para ser “presbítero”, porque em última análise a chave não é a idade, nem o cargo em si, mas o serviço ao evangelho, o empenho e o labor dentro dele (1Tm 4.14).
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.
 
 
NORMAS PARA A ADMINISTRAÇÃO PRÁTICA
1 Timóteo 5:17-22 - Não atarás a boca ao boi, quando trilhar. Deuteronômio 25:4 - ...pois digno é o obreiro de seu salário. ... Lucas 10:7
Esta passagem consiste numa série de normas muito práticas para a vida e a administração da Igreja.
Deve-se honrar adequadamente os anciãos, e também pagar-lhes como corresponde. No Oriente quando se debulhava, as hastes de trigo se deixavam na era; logo se fazia com que várias juntas de bois caminhassem sobre eles; ou se atava os bois num poste no meio, como um eixo e eram partidos ao redor do grão; outras vezes se acoplava a eles um pau de debulhar, aquele que se fazia passar e repassar sobre o trigo; mas em todos os casos se deixava os bois sem focinheira; estavam livres para comer todo o grão que quisessem como prêmio pelo trabalho que estavam fazendo. A lei existente de que não se devia atar a boca aos bois encontra-se em Deuteronômio 25:4. A afirmação de que todo obreiro é digno de seu trabalho pertence a JESUS (Lucas 10:7). O mais provável é que Ele tenha citado um provérbio. Todo homem que trabalha merece seu sustento, e quanto mais trabalha, mais terá ganho e merecido. O cristianismo nunca teve nada que ver com a ética suave e sentimental que exige salários iguais para todos. O que recebe o homem deve ser sempre proporcional a seu trabalho. Mas devemos notar quais são os anciãos que devem ser especialmente honrados e retribuídos. Trata-se daqueles que trabalham na pregação e no ensino.  O homem que verdadeiramente honrava a Igreja era aquele que trabalhava para edificá-la com sua pregação da verdade às pessoas, e com sua tarefa de educar os mais jovens e os novos conversos no caminho cristão.
Paulo previne a Timóteo que “a ninguém imponhas precipitadamente as mãos”. Isso pode significar uma de duas coisas.
Pode ser que signifique que não deve ser muito ligeiro em impor as mãos a qualquer pessoa para ordená-la numa função da Igreja. Ninguém deveria começar no posto mais alto. A pessoa deve dar provas de que merece uma posição de responsabilidade e liderança. Isto é duplamente importante na Igreja; porque uma pessoa que é elevada a uma alta função e logo fracassa nela ou a desacredita, não só traz desonra sobre si mesmo, mas também sobre a Igreja. Num mundo crítico a Igreja não pode deixar de ser muito cuidadosa no que concerne à classe de pessoas que escolhe como dirigentes.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. I Timóteo. pag. 129-133.
 
 
III - OS DEVERES DO PRESBITÉRIO
 
PRESBITÉRIO
LIDERANÇAS
Com o crescimento da igreja houve a necessidade de se colocar líderes para governarem a igreja em cada localidade. Depois, em uma mesma cidade já foram abertas várias congregaçoes, tudo em casas no início, ai foram necessários líderes para liderarem os líderes das congregações. Havendo agora várias regiões com igrejas implantadas, houve a necessidade de líderes que lidereassem sobre os líderes que já eram líderes de outros líderes locais.
Com o crescimento contínuo da igreja houve a necessidade de serem criados concílios onde se tomavam as principais decisões da Igreja, como por exemplo, o concílio de Jerusalém.
CONCÍLIO
Então, alguns que tinham descido da Judeia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo, Barnabé e alguns dentre eles subissem a Jerusalém aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos. Quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos e lhes anunciaram quão grandes coisas DEUS tinha feito com eles. Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. Atos 15:1-6.
DECISÃO
Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde. Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento), pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor JESUS CRISTO. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo. Na verdade, pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Atos 15:22-29.
 
 
A lógica do presbitério.
Presbíteros locais pastoreiam ovelhas, ou seja os crentes.
Presbíteros supervisores pastoreiam presbíteros locais.
Presbíteros presidentes pastoreiam presbíteros supervisores.
 
 
1. Apascentar a igreja.
Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 1 Pedro 5:1-3
 
A natureza e o significado honrosos do cargo ou da função do presbítero ou bispo lhe confere muitas responsabilidades. Seus deveres são inerentes às suas qualificações. Deveres, conforme indicam os textos bíblicos sobre o presbítero:
APASCENTAR A IGREJA
Os presbíteros, como pastores, na igreja local, têm o dever de alimentar o rebanho de CRISTO, com a sã doutrina, que é o alimento puro, saudável e nutritivo para sua vida espiritual, social, moral, familiar, como cidadão do céu e da terra. O apóstolo Pedro exorta muito bem aos presbíteros quanto a esse dever primordial de sua missão: “Apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós...” (1 Pe 5.2a).
CUIDAR DO REBANHO
Diz Pedro aos presbíteros que devem apascentar “o rebanho de DEUS”, “tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2,3). Os cuidados pastorais com as ovelhas requer muita graça e capacidade, concedidas por DEUS. O presbítero deve ter a consciência de que não é dono do rebanho. Ele cuida de ovelhas que pertencem ao Senhor JESUS e não a ele.
a) Não “por força”. Por isso, o presbítero, pastor ou bispo não tem o direito de usar “a força” ou o autoritarismo para dirigir a igreja local. Já ouvimos de obreiro que, aborrecido com alguma atitude de um ou outro crente, esbraveja, no púlpito: “Aqui, quem manda sou eu; quem quiser pode sair”. Esse tipo de comportamento revela um obreiro fracassado; que não tem autoridade nem competência para cuidar do rebanho de DEUS. O líder cristão não deve agir “por força”, mas pelo poder do ESPÍRITO de DEUS (cf. Zc 4.6).
b) “Mas voluntariamente”. O trabalho do presbítero deve ser voluntário, ou espontâneo. Não deve ser feito por obrigação imposta. Os obreiros que mais progridem em seus ministérios e as igrejas sob seu cuidado crescem são aqueles que o fazem por satisfação em servir. Quem serve voluntariamente enfrenta as lutas próprias do ministério, mas não sofre tanto desgaste quanto aqueles que executam as atividades “por obrigação”.
Observação minha, Pr. Henrique: Também não deve ser por causa financeira, ou de parentesco ou por outra causa que o force a ocupar esta posição. Alguns presbíteros só o são por pressão de seus pais que são pastores e desejam que seus filhos também o sejam. (São forçados a servirem sem desejarem, ou terem chamada de DEUS).
Existem obreiros que chegaram ao presbitério porque exigiram seus cargos e existem outros que foram colocados contra suas vontades ou porque precisam manter em sigilo os "negócios" de seus pais.
c) “Nem por torpe ganância”. Uma das qualificações do presbítero ou bispo é não ser “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). E não ter apego “ao lucro desonesto”, ao uso indevido dos recursos financeiros da igreja que dirige.
Observação minha, Pr. Henrique: Muitos presbíteros "vendem o rebanho" na época de política em troca de vantagens financeiras ou favores políticos.
d) “Mas de ânimo pronto”. Essa recomendação fala de disposição mental para servir à igreja, com prontidão. DEUS chamou Davi para ser rei, porque, entre suas qualidades pessoais ele era “valente e animoso” (1 Sm 16.18). Uma das piores coisas para uma igreja é um obreiro desanimado, sem coragem, sem interesse em ver a obra crescer. Há obreiros que estão à frente de uma igreja, apenas para ter um emprego, uma fonte de renda. Não deve ser indicado para presbítero um obreiro sem ânimo.
Observação minha, Pr. Henrique: Uma das principais causas de estagnação do crescimento de igrejas é a falta de ânimo espiritual de seus líderes. Sem a alegria do ESPÍRITO SANTO não há crescimento qualitativo e nem quantitativo.
e) “Nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS”. É um terrível engano, quando o obreiro acha que é dono da igreja local. JESUS não chama o obreiro para que ele “mande” na igreja, mas para ser servo da igreja. Autoritarismo não faz parte da liderança cristã. A resposta de JESUS ao desejo de grandeza (Mt 20.21) foi uma lição eloquente para todos os líderes cristãos (Mt 20.25-28).
Observação minha, Pr. Henrique: Reuniões periódicas com a liderança é primordial na organização da igreja. Todos os líderes devem ter o direito de se expressarem a respeito do bom andamento da igreja. Decisões devem ser tomadas em conjunto. "Na multidão de conselhos se acha sabedoria".
f) “Mas servindo de exemplo ao rebanho”. O presbítero ou bispo deve ser um líder. E o verdadeiro líder não é o que “manda”, mas o que vai à frente dos liderados. O Bom Pastor não manda as ovelhas irem à frente. Ela vai “... adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10.4). O líder é o que influencia com seu exemplo as ovelhas e elas o seguem para o seu objetivo.
Observação minha, Pr. Henrique: Vemos os líderes em Atos cheios do ESPÍRITO SANTO - Todos tinham dons espirituais que confirmavam seus ministérios e serviam como confirmação de autoridade divina para seus liderados.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 135-137.
 
O dever do pastor é: providenciar pasto, caminhos para o pasto, proteção nos caminhos para o pasto e local seguro para o rebanho. Portanto, o dever do pastor vai além da pregação. O rebanho é a Igreja. Ela pertence a DEUS como sua possessão comprada. Em certa época seus membros eram como ovelhas desgarradas, mas elas voltaram ao “Pastor e Bispo” da sua alma (cf. 2.25 - JESUS). O pastor deve instruir e guiar o rebanho em obediência e sujeição à completa vontade de DEUS.
A compensação terrena do líder pode ser insignificante, mas quando aparecer o Sumo Pastor (cf. 4.13), ele terá a sua recompensa incorruptível (cf. 1.4,5), a coroa de glória, “a felicidade do céu, o elemento principal de a vida de DEUS ser derramada na alma por meio de CRISTO”; “uma participação perpétua na sua glória e honra” (Bíblia Viva).
Roy S. Nicholson. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 242-243.
 
I Ped 5.2,3 O mandamento de Pedro para que os presbíteros apascentem o rebanho de DEUS é uma repetição das palavras que o Senhor JESUS disse ao próprio Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.16). A mesma palavra grega é usada nas duas passagens, significando “guiar”, “atender”, “cuidar”, ou “pastorear”. O “rebanho” são os crentes; os presbíteros tinham responsabilidades sobre as igrejas individuais e, consequentemente, sobre uma certa parte do “rebanho” de DEUS. Os presbíteros deviam ser como pastores, que conduzem, orientam e protegem as ovelhas que estão sob os seus cuidados. Os crentes precisariam de bons líderes quando enfrentassem a perseguição. Pedro esperava que eles fizessem a vontade de DEUS à sua maneira, tentando agradar a DEUS com fervor.
A fórmula que JESUS usava sempre era que aqueles que lideram devem ser os melhores servos (Mc 10.42-45). Os líderes devem ser exemplos de humildade e de servilismo. Os líderes não devem intimidar nem coagir as pessoas.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 732-733.
 
“...admoesto eu”. E, para reforçar essa exortação, ele lhes diz que é presbítero com eles, e assim não impõe nada a eles que ele não esteja disposto a fazer também. Ele é também “...testemunha das aflições de CRISTO”, tendo estado com Ele no jardim, acompanhando-o ao palácio do sumo sacerdote, e muito provavelmente tendo sido testemunha do seu sofrimento na cruz, à distância, entre a multidão (At 3.15). Ele acrescenta que é também “...participante da glória” que em certa medida foi revelada na transfiguração (Mt 17.1-3), e vai ser completamente desfrutada na segunda vinda de JESUS CRISTO.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 882.
 
 
2. Liderar a igreja local.
 
O líder era apresentado a Igreja pela IMPOSIÇÃO DE MÃOS E PELO JEJUM.
Por este motivo, te lembro que despertes o dom de DEUS, que existe em ti pela imposição das minhas mãos. 2 Timóteo 1:6
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 1 Timóteo 4:14
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. Atos 13:3 
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam. Atos 19:6
 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro. 1 Timóteo 5:22
A NINGUÉM IMPONHAS PRECIPITADAMENTE AS MÃOS. No tocante à ordenação de um presbítero (cf. 1Tm 4.14; At 6.6), Paulo estabelece várias coisas: (1) Ninguém deve ser ordenado para essa posição "precipitadamente". Isto é, a devida cautela e as diretrizes bíblicas devem ser observadas (ver Tt 1.5). (2) Ordenar um homem a presbítero é um ato público diante da igreja, afirmando que a vida desse homem satisfaz o padrão divino da perseverança na piedade, segundo está escrito em 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9. Noutras palavras, aqueles que serão ordenados para um cargo de direção espiritual devem ter um passado de fidelidade ao Senhor, desde a sua profissão de fé em CRISTO. (3) Se uma igreja ordena ou separa alguém, precipitadamente, i.e., sem as qualificações para o ministério, está contrariando as diretrizes divinas, e torna-se participante dos pecados desse homem (v. 22). A admoestação de Paulo: "conserva-te a ti mesmo puro" (v. 22), sinclui  recusar-se a envolver-se na escolha ou ordenação de qualquer pessoa indigna de ser ministro. BEP - CPAD.
O presbítero ou bispo tem o dever de cuidar “da Igreja de DEUS” (1 Tm 3.5). Para tanto, precisa saber “governar a sua própria casa” (1 Tm 3.4). Daí, deduz-se que um dos seus deveres é “governar” (cf. 1 Tm 5.17a) ou liderar a igreja local.
ENSINAR A IGREJA
O presbítero como homem mais experiente tem o dever de ser um ensinador na igreja local. “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina (1 Tm 5.17 — grifo nosso).
PRESERVAR A IGREJA CONTRA OS ERROS
Em todos os tempos, as igrejas foram alvo das heresias e dos falsos ensinos. Nos tempos presentes, não é diferente. Multiplicam-se como ervas daninhas os ensinos distorcidos, os modismos e as práticas estranhas à ortodoxia bíblica. O presbítero, como líder do rebanho, deve preservar a igreja local das investidas dos falsos mestres, “...retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9; 1 Tm 4.1).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.Editora CPAD. pag. 137. 
 
Ví vários líderes perderem seus ministérios por causa da escolha errada de seus líderes de departamentos. Colocavam pessoas baseados em suas condições financeiras, cuturais ou intelectuais e não por capacidade espiritual.
 
 
O DEVER DE REPREENDER
Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze. Tito 2:15 que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
2 Timóteo 4:2
Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Tito 2:6
Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. 1 Timóteo 4:13
 
1 Timóteo 5:1-2
Sempre é muito difícil repreender a outro com afabilidade; e a Timóteo algumas vezes corresponderia uma tarefa duplamente difícil — a de repreender uma pessoa mais velha que ele.
Crisóstomo escreve: "A reprimenda ofende por natureza, em particular quando é dirigida a uma pessoa mais velha; e quando provém de um homem jovem também, há uma tripla amostra de atrevimento. Deverá suavizá-la, portanto, com o modo e benignidade da mesma. Porque é possível repreender sem ofender, se tão somente se cuida nisso; requer uma grande discrição, mas pode-se fazer."
Sempre é problemático censurar e repreender. Podemos detestar tanto a tarefa de advertir a alguém que a evitemos por completo. Muitas pessoas se teriam salvado de cair na aflição ou na desgraça, se alguém lhes tivesse advertido ou repreendido a tempo. Não pode haver nada mais terrível na vida que escutar a alguém que nos diga o seguinte: "Nunca teria chegado a isto, se você me tivesse falado a tempo." É um equívoco evitar a palavra que se devia pronunciar.
Podemos censurar e repreender a uma pessoa de tal forma que não haja nada mais que irritação em nossa voz e amargura em nossas mentes e corações. A repreensão irada e a reprimenda que rechaça e despreza são raramente efetivos, e o mais provável é que causem mais mal que bem.
Só a reprimenda que provém do amor é efetiva. Se alguma vez tivermos razão para repreender a alguém, devemos fazê-lo de tal maneira que esclareçamos que o fazemos, não porque o desejamos, mas sim porque somos obrigados pelo amor, e porque queremos ajudar e não ferir.
 
AS RELAÇÕES DA VIDA
1 Timóteo 5:1-2 - Estes dois versículos estabelecem o espírito que deveriam exibir as diferentes relações das distintas idades da vida.
(1) Devemos tratar as pessoas mais velhas com afeto e respeito. Deve-se tratar o homem mais velho como a um pai, e a mulher mais velha como uma mãe. O mundo antigo conhecia bem a deferência e o respeito que se deviam à idade.
Uma das coisas mais terríveis da vida é que a juventude muitas vezes tende a considerar os anciãos como uma moléstia. Deve-se dar sempre à velhice o respeito e o afeto devido, àqueles que viveram por longo tempo e andaram muito pelo caminho da vida e da experiência. Quando existe um respeito e um afeto mútuos, então a sabedoria e a experiência da idade podem cooperar com a força, o espírito aventureiro e o entusiasmo da juventude, para grande benefício de ambos. Levítico 19.32 Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião, e temerás o teu DEUS. Eu sou o Senhor.
(2) Devemos mostrar fraternidade a nossos contemporâneos. Os homens jovens devem ser tratados como irmãos. Deve haver tolerância e se devem compartilhar as cotas com nossos contemporâneos. Os cristãos nunca poderão ser estranhos uns dos outros; devem ser irmãos no Senhor.
(3) As relações para com aqueles do sexo oposto devem distinguir-se pela sua pureza. Deve-se reservar o amor para uma pessoa; é algo temível que o físico domine a relação entre os sexos, e que um homem não possa olhar a uma mulher sem pensar em seu corpo. Deve existir uma fraternidade de mente e coração entre o povo de CRISTO, limpa de todo desejo e assegurada pela classe mais alta de mútuo amor cristão.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. I Timóteo. pag. 117-119.
 
 
3. Ungir os enfermos.
 
A unção com óleo é um ato de fé que acompanha a “oração da fé”, feita por homens de DEUS, que, liderando a igreja local, ou auxiliando os pastores-líderes, atendem aos que se encontram enfermos, e oram por sua cura, “em nome de JESUS” (Mc 16.18c). Orar pelos enfermos e curá-los é sinal de fé para “os que crerem”, independente de serem obreiros regulares. Mas orar com unção com óleo é confiado aos presbíteros (anciãos, bispos, pastores).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 137.
 
Tg 5.14 Uma característica da igreja primitiva era a sua preocupação com os doentes e o cuidado para com eles. Aqui Tiago incentiva os doentes para que chamem os presbíteros da igreja, pedindo aconselhamento e oração. Os presbíteros eram pessoas espiritualmente amadurecidas, responsáveis pela supervisão das igrejas locais (veja 1 Pe 5.1-4). Os presbíteros iriam orar sobre a pessoa doente, pedindo a cura ao Senhor. A seguir, eles a ungiriam com azeite em nome do Senhor. Enquanto oravam, os presbíteros deviam pronunciar claramente que o poder da cura residia no nome de JESUS. A unção era frequentemente usada pela igreja primitiva nas suas orações pedindo cura. Nas Escrituras, o azeite era tanto um remédio (veja a parábola do bom samaritano, em Lucas 10.30-37) como um símbolo do ESPÍRITO de DEUS (como quando usado para ungir reis; veja 1 Sm 16.1-13). Desta forma, o azeite pode ter sido um sinal do poder da oração, e pode ter simbolizado a separação da pessoa enferma para a atenção especial de DEUS.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 691.
 
 
Observação Minha - Pr. Henrique - Note que a oração da fé curará o doente e não o óleo. Note também que devido a muitas doenças serem causadas pelo pecado, na oraçao da fé os pecados eram perdoados para houvessem curas (naturalmente haveria então arrependimento de pecados para que houvessem curas).
Todo aquele a quem é dado o poder de dirigir algum trabalho na igreja se torna neste momento um presbítero, então será capaz de ungir com óleo a um doente ou enfermo.
Quem não concorda com isso, então deve pensar bem antes de dar autoridade a alguém para dirigir algum trabalho da igreja.
 
 
O enfermo e a igreja (v. 14)
Enfermidade traz solidão. Isso é particularmente doloroso para um cristão cujo lar é a igreja. Tiago escreve que o próprio membro enfermo da igreja deve tomar a iniciativa: “Chame os presbíteros da igreja”. Não é dito: “Fique resmungando em seu canto e pense: vejamos quanto tempo demorará até que alguém tenha a ideia de me visitar.” Tiago quer que o enfermo convide os visitadores da igreja com a mesma naturalidade com que chama o médico. De acordo com o v. 14, o que cabe aos visitadores fazer poderá ocorrer unicamente mediante o consentimento do enfermo. Se o próprio enfermo chamou os anciãos, tudo fica claro nesse aspecto desde o princípio. – O NT também fala do dom especial da graça, Dons de curar, concedido pelo ESPÍRITO SANTO (em grego chárisma - 1Co 12.9,28,30). Havia e há, nas igrejas, cristãos em que a efusão do ESPÍRITO de DEUS trouxe consigo esses dons, da maneira como outros recebem outras dádivas. É possível que esses “anciãos”, em grego presbýteroi (literalmente: “mais idosos”), naqueles primórdios do cristianismo e nas igrejas às quais Tiago escreveu, mesmo que ainda nem sequer fossem detentores de um cargo regulamentado, mas que simplesmente se tratava de cristãos mais antigos, mais maduros e já tivessem os dons de curar. Confiando nessa palavra da Bíblia também hoje, na hora da enfermidade, podemos chamar à nossa casa tais cristãos, a fim de que nos prestem esse serviço. Sabemos também que todo crente pode orar por um doente ou enfermo e este receber a cura (Mc 16.15-20).
 
 
A igreja e seus enfermos (v. 14).
“Estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor”:
a) Quando alguém não puder vir à igreja, a igreja tem de ir até ele: “Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento” (1Co 12.26 [TEB]). Por meio dos anciãos (presbíteros) a igreja visita o enfermo. O próprio JESUS atribuiu uma importância especial à visita a enfermos e concedeu à oração conjunta uma promessa especial (Mt 25.36; 18.19). Porém ungir, exige a presença daquele que vai ungir.
b) Os anciãos da igreja oram, não apenas, mas também por saúde. – Eles “ungem com óleo”. Esse era também um remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo o ungem “em nome do Senhor”. Nesse sentido o óleo na Escritura sempre representa um sinal para o ESPÍRITO SANTO. Foi por isso que no AT reis e sacerdotes eram ungidos (Êx 29.7; Nm 35.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). E João escreve: “Recebestes a unção” (1Jo 2.27). O ESPÍRITO SANTO concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7) começando pelo íntimo e chegando ao físico.
Será que não é suficiente impor a mão como sinal de bênção? É obrigatório que suceda ainda uma unção com óleo? Em várias outras passagens da Escritura constatamos que há imposição de mãos para bênção e cura sem a unção com óleo (At 5.12; 14.3; 19.11). Sem dúvida podemos aderir a essa regra. Contudo, quando alguém por simples obediência à presente palavra da Bíblia deseja recorrer à unção com óleo ou a solicita para si, ele de qualquer forma tem em seu favor uma boa razão da Escritura.
Fritz Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
 
A oração da fé (vv. 14,15).
Havia certamente pessoas na congregação que adoeciam por diversos motivos, fossem eles genéticos, advindos de hábitos prejudiciais à saúde ou outros fatores (obs. minha - Pr. Henrique - como por exemplo a possessão maligna - Mateus 12:22).
Desde a queda, o ser humano convive com doenças que se não matam em pouco tempo, debilitam ou tiram a capacidade de as pessoas trabalharem ou terem vida social.
A Bíblia relata diversos casos de doenças. A lepra era uma das mais conhecidas nos tempos bíblicos. Além de afastar a pessoa de sua família e amigos, ia apodrecendo os membros do corpo do doente. Fluxos de sangue também eram conhecidos, a ponto de a Lei de Moisés alertar sobre a forma como uma pessoa deveria ser tratada nesse tipo de situação. Uma pessoa com fluxo de sangue se tornava anêmica, fraca e debilitada, além de carregar em si um pesado estigma social. É evidente que havia formas de curas nos tempos antigos, mas nem todas as doenças eram conhecidas e igualmente tratadas para que o enfermo fosse curado, muitos morriam prematuramente.
Não podemos nos esquecer de que servimos a um Deus que tem poder sobre todas as doenças, e que nos pode curar.
A oração da fé deve ser ministrada pelos presbíteros da igreja, que devem ungir o enfermo com azeite em nome do Senhor. O poder da cura está em o nome do Senhor Jesus Cristo. Os presbíteros não realizam a cura, mas devem orar ao Deus que tem o poder de curar.
O verso 15 de Tiago traz mais uma característica desse caso específico de oração pela cura: o perdão dos pecados. E possível haver conexão entre um pecado e uma doença, mas da mesma forma essa conexão pode não existir. Por isso, Tiago não diz “está doente porque cometeu pecado”, mas diz “... se houver cometido pecados. Tiago não vincula doenças a pecados, mas entende que esse vínculo pode existir.
Se este é o caso em tela, ou seja, se uma pessoa peca e fica doente, podemos entender que a busca pelos presbíteros da igreja — para que orem pelo enfermo — pressupõe um arrependimento do pecado cometido e a busca pela restauração física e espiritual. Sabemos que esses casos devem ser tratados de forma individual, pois Tiago não criou essa regra. De qualquer forma, por meio da oração, os pecados serão perdoados. O bem-estar físico e o espiritual são bênçãos de Deus para seus filhos, e Ele age de forma completa em todos os sentidos.
O que não pode faltar em qualquer desses dois casos é a fé. Se uma pessoa está doente por causa de um pecado, ou se está doente por outros fatores, ela deve buscar ajuda do alto com fé. Esse elemento é indispensável tanto para o doente quanto para os presbíteros que hão de orar. E a oração da fé, não a unção com azeite, que salvará o enfermo. A unção não pode ser dispensada, mas é a fé que trará a vida ao doente. Nossa oração, portanto, não pode ser apenas para receber a cura divina, mas também para que a nossa comunhão com Deus seja restaurada e nossos pecados, perdoados.
Alexandre Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Editora CPAD. pag. 153-155.
 
 
Tg 5.14,15ª O Privilégio da Cura Divina
A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso privilégio em Cristo. Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã mais do que fazemos. Tiago diz: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele. Os presbíteros eram líderes reconhecidos ou apontados na congregação local desde os anos 40- 50 d.C. (cf. At 11.30; 14.23). Sua função era um tanto semelhante à do pastor dos nossos dias. Orar sobre ele significava orar estando em pé ao lado (“sobre”) do leito do enfermo. Um significado secundário da palavra sobre (epi) poderia ser orar junto a, em vez de sobre ele.
A prática de ungir com azeite em conexão com cura é mencionada somente mais uma única vez no Novo Testamento (Mc 6.13). Para nós essa unção serve como um símbolo de obediência à admoestação da Palavra de Deus e provavelmente como uma forma de encorajamento à fé do doente. Nos tempos do Novo Testamento, esse pode ter sido natural usado em cooperação com a oração. A unção era um meio de cura, que tinha um significado espiritual, porque era para ser administrado em nome do Senhor. Em todo caso, Tiago nos assegura que é a oração da fé (“oração oferecida com fé”, NEB) que salvará o doente, e o Senhor o levantará (v. 15).
A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e cabe a nós procurar fazer a oração da fé pela cura do doente. No entanto, recursos e intervenções providenciais, quando necessários, não deveriam ser rejeitados. Aqueles que não conhecem a Cristo recorrem à medicina e cirurgia sem oração. Nós que confiamos nEle devemos usar todos os meios salutares que a ciência moderna tem nos oferecido e ao mesmo tempo confiar a nossa cura inteiramente ao seu soberano poder.
Easton comenta: Todos sabem que quando existe uma fé viva e profunda, como era o caso na época em que Tiago foi escrito, curas extraordinárias acontecem”.
Tg 5.15b,16ª Cura e Perdão
Entre os judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. Jesus rejeitou essa visão como um princípio universal (Jo 9.1-2), mas em outro texto sugere o que sabemos ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma enfermidade específica (cf. Jo 5.14).
Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a cura também se arrependeu do seu pecado e está procurando o perdão divino. No versículo 16, a ordem da oração está invertida. Aqui a pessoa é admoestada: “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados” (v. 16, NVI, grifo do autor). Quando uma pessoa vem sinceramente a Deus com uma necessidade, receberá ajuda. Essa ajuda aumenta sua fé em Deus, e ela provavelmente também encontrará ajuda para outras necessidades.
Easton ressalta que a admoestação. Confessai as vossas culpas uns aos outros (v. 16) não deve ser entendida como uma prática universal cristã mas, sim, ser entendida em seu contexto, ou seja, a confissão sendo feita pelo doente e a oração pelos visitantes. Embora essa pareça uma interpretação razoável, a gramática permite uma exegese mais ampla. É certamente verdade que quando reconhecemos que agimos erradamente e oferecemos orações mútuas de intercessão, isso fortalecerá grandemente toda a vida espiritual da igreja e abrirá o caminho para bênçãos crescentes de Deus.
A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 195-196.
 
 
A) O cristão e a enfermidade (v. 14).
Tg 5.14 “Está alguém entre vós doente?”: para muitos é um tormento que haja enfermidade também na vida do cristão.
a) A Bíblia vê a enfermidade relacionada com o pecado humano. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), e a enfermidade como precursora da morte é igualmente decorrência do pecado. Alguém pode constatar em si mesmo a doença como decorrência de seu pecado e curvar-se debaixo dela – dando razão ao julgamento de Deus.
b) Acontece, porém, que os pecados nos foram perdoados em decorrência do sofrimento expiatório de Jesus. Será que nesse caso não deveriam ter sido retiradas também todas as consequências do pecado? Afinal, Jesus não carregou também todas as nossas enfermidades (Is 53.4)? “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Ec 3.11). Na consumação não haverá mais enfermidade nem morte, nem “sofrimento” (pela perda de entes queridos), “clamor” (de lamentação e acusação, de falta de paz e de guerras), “dor” (da doença e das feridas). “E a morte não existirá mais” (Ap 21.4). Com a primeira vinda de Jesus, Deus dá o primeiro passo e cura, sempre que for acolhido, a causa oculta do mal: perdoa o pecado e concede a sua paz. Com a segunda vinda, Deus dá o segundo passo e também anula todos os efeitos visíveis do pecado: discórdia entre pessoas, enfermidade e morte (Ap 21.4). Afinal, se Jesus não vier antes, também nós teremos de morrer. Vivemos em uma época de “não ver e, apesar disso, crer” (Jo 20.29; 1Pe 1.8; 2Co 5.7; 1Co 13.12; Rm 8.24; 1Jo 3.2). Crer sem ver é o principal tema do exame de toda a nossa vida cristã em nosso mundo.
c) Isso não exclui que Deus conceda desde já aperitivos do que há de vir, uma primeira prestação (cf. v. 15): os milagres de Jesus outrora e hoje são “sinais” (Jo 2.11; 3.2; 11.47) que mostram o que ele fará um dia de forma grandiosa e geral. As noites do “não ver e, apesar disso, crer” não são tão escuras que não luzam nelas também as estrelas. E Deus com certeza estaria disposto a nos dar mais se confiássemos nele.
d) Logo vale a regra: a salvação é presenteada por Deus em todos os casos a cada um que o pedir (Jl 2.32; Rm 10.13), mas a cura exterior, durante a presente era, é presenteada onde e quando lhe aprouver.
Jesus declara: “Peçam, e receberão” (Mt 7.7). Toda oração correta é atendida, embora com frequência de modo diferente e em momento diferente do que imaginamos, porém de forma melhor e em tempo mais acertado.
2 – O enfermo e a igreja (v. 14)
Enfermidade traz solidão. Isso é particularmente doloroso para um cristão cujo lar é a igreja. Tiago escreve que o próprio membro enfermo da igreja deve tomar a iniciativa: “Chame os presbíteros da igreja”. Não é dito: “Fique resmungando em seu canto e pense: vejamos quanto tempo demorará até que alguém tenha a ideia de me visitar.” Tiago quer que o enfermo convide os visitadores da igreja com a mesma naturalidade com que chama o médico. De acordo com o v.14, o que cabe aos visitadores fazer poderá ocorrer unicamente mediante o consentimento do enfermo. Se o próprio enfermo chamou os anciãos, tudo fica claro nesse aspecto desde o princípio. – O NT também fala do dom especial da graça (em grego chárisma) de cura dos enfermos (1Co 12.9,28,30). Havia, nas igrejas, cristãos em que a efusão do Espírito de Deus trouxe consigo esse dom, da maneira como outros recebiam outras dádivas. É possível que esses “anciãos”, em grego presbýteroi (literalmente: “mais idosos”), naqueles primórdios do cristianismo e nas igrejas às quais Tiago escreveu, ainda nem sequer fossem detentores de um cargo regulamentado, mas que simplesmente se tratava de cristãos mais antigos, mais maduros. Confiando nessa palavra da Bíblia também hoje, na hora da enfermidade, podemos chamar à nossa casa tais cristãos, a fim de que nos prestem esse serviço.
3 – A igreja e seus enfermos (v. 14).
“Estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor”:
a) Quando alguém não puder vir à igreja, a igreja tem de ir até ele: “Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento” (1Co 12.26 [TEB]). Por meio dos anciãos a igreja visita o enfermo. O próprio Jesus atribuiu uma importância especial à visita a enfermos e concedeu à oração conjunta uma promessa especial (Mt 25.36; 18.19).
b) Os anciãos da igreja oram, não apenas, mas também por saúde. – Eles “ungem com óleo”. Esse era também um remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo o ungem “em nome do Senhor”. Nesse sentido o óleo na Escritura sempre representa um sinal para o Espírito Santo. Foi por isso que no AT reis e sacerdotes eram ungidos (Êx 29.7; Nm 35.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). E João escreve: “Recebestes a unção” (1Jo 2.27). O Espírito Santo concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7) começando pelo íntimo e chegando ao físico.
Será que não é suficiente impor a mão como sinal de bênção? É obrigatório que suceda ainda uma unção com óleo? Em várias outras passagens da Escritura constatamos que há imposição de mãos para bênção e cura sem a unção com óleo (At 5.12; 14.3; 19.11). Sem dúvida podemos aderir a essa regra. Contudo, quando alguém por simples obediência à presente palavra da Bíblia deseja recorrer à unção com óleo ou a solicita para si, ele de qualquer forma tem em seu favor uma boa razão da Escritura.
4 – A tríplice promessa dada a essa oração (v. 15).
Tg 5.15 “A oração da fé” é a oração que se origina da fé. É a oração de um crente, ou seja, de uma pessoa que está “em Cristo”, na comunhão de vida com ele, e que se dirige ao Senhor com toda a sua confiança. É para uma oração desse tipo que foram dadas estas promessas:
a) “A oração salvará o enfermo”: se Deus quiser, também da morte física – podemos orar também por isso. Em todos os casos, porém, salva da “segunda morte” (Ap 2.11; 20.6,14; 21.8), a eterna e consciente morte definitiva para Deus. É isso que o NT entende consistentemente por “redenção”. A oração conjunta com aquele que jaz enfermo – inclusive com confissão do pecado (v. 16) – obtém como resultado que o doente chegue plenamente à presença de Deus.
b) “O Senhor o levantará” (não fazem isso os que oram), concedendo-lhe alívio ou cura no corpo. Deus está disposto a fazer mais do que geralmente imaginamos. Isto pode acontecer presenteando-o interiormente com a força de suportar os sofrimentos com paciência para o louvor de Deus (cf. Jó 1.21; Jo 21.19).
c) “Se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”: o serviço dos presbíteros não é mero serviço de médico. Quem tem apenas o objetivo de “se livrar” o quanto antes da enfermidade não compreendeu Tg 5.14. Quando, porém, alguém leva a totalidade de sua miséria a Jesus na presença dos irmãos, tem sua vida colocada em ordem também na totalidade. Não se trata aqui apenas de cuidado pelo corpo, mas ao mesmo tempo e acima de tudo de cuidado espiritual.
Fritz Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
 
B) Oração e confissão (v. 16-18).
O assunto oração continua sendo a tônica da parte final da Carta de Tiago.
Quem ouve deve estar ciente de que não basta orar pelo confessor, mas que também não pode ele, o ouvinte, se tornar um canal de divulgação de pecados alheios. Isso pode esvaziar a intenção da confissão, pois se uma pessoa na congregação peca e busca ajuda em confissão e oração, ela espera que sua história se encerre ali mesmo. Portanto, usemos de sabedoria nessas horas.
Elias, suas limitações e sua oração são apresentadas a seguir. Elias confrontou o rei Acabe por causa de seus pecados e deixou claro que não choveria em Israel por três anos e meio, conforme sua oração. Depois orou novamente, e Deus mandou chuva sobre Israel, ao ponto de a terra produzir novamente seus frutos. Mas como Tiago começa tratando de Elias? “Elias era um homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando pediu que não chovesse...”. O que Tiago quer realmente nos ensinar com isso? Que a nossa oração faz diferença, a oração de um justo pode muito em seus efeitos, e Deus espera que oremos a Ele. Nós não somos ouvidos porque somos perfeitos e nem o doente ou enfermo é curado por causa de nossa santidade ou perfeição. DEUS ama a todos e quer todos curados.
Podemos não ter o ministério profético como Elias tinha. Podemos não ter um destaque na história bíblica, e ser tentados de todas as formas a ceder ao pecado, mas quando nos inclinamos diante do altar do Senhor, Ele nos ouve e vem em nosso Socorro. Não há como negar que a realidade à nossa volta pode ser modificada por meio da oração.
Alexandre Coelho e Silas Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Editora CPAD. pag. 154-155. Com acréscimos do Pr Henrique
 
 
Tg 5.16 Não é o plano de Deus que o seu povo esteja só. Os membros do corpo de Cristo devem poder contar com os outros para apoio e oração, especialmente quando estão doentes ou sofrendo. Os presbíteros devem estar preparados para atender à necessidade de oração de qualquer membro, e presbítero, ou pastor deve estar alerta para orar pela cura de qualquer pessoa que esteja doente ou enferma.
A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos porque a pessoa que está orando é justa. A pessoa não está livre de pecados, mas ela confessou a Deus os pecados de que tem consciência e está completamente comprometida com o Senhor, procurando fazer a sua vontade. Outra vez, podemos dizer que a pessoa justa consegue o que quer em oração porque ela quer aquilo que Deus quer.
 
 
A premissa de perdão e cura (v. 16).
Tg 5.16 a) “Confessai, pois, os pecados uns aos outros”: aqui o foco principal é o enfermo. Que nos dias de enfermidade não apenas esperemos uma “aprazível visita”, mas aproveitemos essa situação limítrofe em que nos encontramos para um desnudamento total de nossa vida perante Deus, na qual os irmãos são testemunhas e parceiros de oração! É melhor ser envergonhado um pouco agora do que ser obrigado, por ocasião do grande dia, a “ser manifesto com isso perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10). Quando ele perdoa nossos pecados, eles serão eternamente esquecidos (cf. Mq 7.18s; Is 38.17; Sl 32.1s). Por um lado, os irmãos visitantes não precisam (toda vez que prestam esse tipo de serviço) também fazer uma confissão completa acerca de sua vida, mas por outro lado deve ficar explícito que muitas vezes aquele que está sentado à beira do leito depende do perdão de Deus tanto quanto o acamado.
b) “E orai uns pelos outros”: não devemos deixar os companheiros cristãos que sofrem (e tampouco os semelhantes em geral) tão sozinhos como ocorre com frequência, mas temos de visitar e apoiá-los por meio desse serviço sério de oração. – No presente versículo fica explícita a estreita ligação entre intercessão e arrependimento, ou confissão dos pecados. Nossos pequenos círculos de intercessão poderiam ser mais vigorosos e frutíferos se cada qual não tentasse preservar a imagem perante o outro. É benéfico que no diálogo prévio ou na própria oração seja expresso o que não foi correto em nossa vida, talvez em relação ao assunto abordado nesta ou na última visita. Tiago escreve: “Todos falhamos em muitas coisas” (Tg 3.2).
Uma frase genérica sobre a oração no presente contexto (v. 16).
“A oração de um justo”: Tiago não tem em mente a oração de quem defende a “justiça própria”, de quem pensa que pode produzir pessoalmente sua justiça (cf. Lc 18.11s). Ele diz: “Deus dá graça aos humildes” (Tg 4.6). E Paulo escreve: “Cristo foi feito pecado por nós, para que nele nos tornássemos a justiça de Deus” (2Co 5.21). Tiago tem em vista a justiça perante Deus, que nos foi conquistada e presenteada por Jesus. Em Jesus somos “justos”, direitos para Deus. – “De muito é capaz, quando tornada eficaz, a súplica do justo”:
 Como isso acontece?
a) Por parte do ser humano. No v. 17 afirma-se a respeito de Elias que ele orava “fervorosamente”. Muitas vezes oramos mais seriamente em causa própria do que na intercessão  em favor de outros. Até mesmo em vista de nós mesmos às vezes temos de ser conduzidos para a mais grave aflição, até que um grito de oração autêntica saia de nosso coração.
b) Por parte de Deus. Nossa oração é “tornada eficaz” por intermédio do grande sumo sacerdote Jesus Cristo, que intervém em nosso favor (Rm 8.34; 1Jo 2.1; Hb 4.14; 7.25s; 8.1), e através do Espírito Santo, que nos “assiste em nossa fraqueza” e nos representa perante Deus “como lhe convém” (Rm 8.26s).
Um exemplo de oração atendida da história do povo de Deus (v. 17s).
Tg 5.17s “Elias era homem semelhante a nós.” Apenas em uma coisa se diferenciava de muitos: “Ele orava com instância.” Aqui se afirma o que não é mencionado expressamente em 1Rs 17.1, que Elias também rogou pelo juízo. Sem dúvida não se tratava de oração para amaldiçoar: “Nada será suficientemente ruim para Acabe e o povo esquecido de Deus!” Mas percebeu que somente uma disciplina rigorosa é capaz de deter o povo diante do abismo, para que não perca totalmente sua característica de eleito, tornando-se apenas um povo “como os demais povos” (1Sm 8.5). Em seguida, porém, Elias orou – isso é relatado expressamente em 1Rs 18.42s – principalmente pela suspensão do juízo, pela chuva tão urgentemente necessária. Para ele vigorava (pelo menos em certas épocas – cf. também 1Rs 19.3) como para praticamente nenhum outro: “Perante humanos uma águia, perante Deus um verme.” Que atitude a dele sobre o monte Carmelo, contrariando o rei e o povo inconstante! E como se prostrou mais tarde em oração perante Deus (1Rs 18.21,42)! Como podemos ser gratos pelo fato de que ao lado das palavras sobre a fé a Escritura coloca os exemplos de pessoas reais que a vivenciaram!
Fritz Grunzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
 
CONCLUSÃO
A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS é sempre da igreja que confirma o camado de DEUS que já houve.
O presbítero é uma função dentro do corpo de CRISTO, a igreja. A liderança local tem um presbítero a sua frente. As qualificações do presbítero são bem acentuadas e pontuadas em 1 Tm 3 e em Tito 1.
TEM MUITA IMPORTÂNCIA O PRESBITÉRIO PARA A IGREJA.
O termo presbitério significa o corpo de presbíteros formado pela liderança da igreja.
A atuação do presbitério se dá nas decisões e corordenação do trabalho da igreja.
A valorização do presbitério é vista na Bíblia pelo salário a ele atribuído e a duplicada honra devida a ele ordenada.
OS DEVERES BÁSICOS DO PRESBITÉRIO são apascentar a igreja, iderar a igreja local e ungir os enfermos.
 
 
 
ESTUDO A PARTE
ECLESIOLOGIA
 
A ORIGEM DA IGREJA
Considerada Historicamente
A Igreja de CRISTO veio à existência, como tal, no dia de Pentecoste, quando do derramamento do ESPÍRITO SANTO. Assim como o Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Ex 40.34), de igual modo os primeiros membros da Igreja foram consagrados no Cenáculo e consagrados como Igreja pela descida do ESPÍRITO SANTO sobre eles e dentro deles. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da glória manifesta no Tabernáculo e no Templo, glória essa que há muito tempo havia se afastado, e cuja ausência era lamentada pelos rabinos judaicos mais piedosos (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida - Pág. 217). Davi juntou os materiais para a construção do Templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, JESUS, durante o seu ministério terreno, havia juntado os materiais com os quais haveria de dar forma à sua Igreja, por assim dizer, mas o edifício foi erigido pelo seu sucessor, o ESPÍRITO SANTO. Realmente: essa obra foi feita pelo ESPÍRITO SANTO, operando através dos apóstolos, que lançaram os fundamentos e edificaram a Igreja por sua pregação, ensino e organização. Por isso a Igreja é descrita como sendo adificada sobre o fundamento dos apóstolos (Ef 2.20).
 
 
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Existem três formas distintas de igrejas, que se diferenciam entre si pelos princípios fundamentais de sua organização, são elas: Episcopal, Presbiteriana e Congregacional.

1. O Sistema Episcopal
O sistema episcopal de organização da igreja consiste numa rija hierarquia, concentrando o poder eclesiástico no sacerdócio formado de três ordens de bispos, sacerdotes e diáconos. Essas três ordens formam uma espécie de governo sacerdotal. Esta forma é adotada pela Igreja Católica Romana, a Igreja da Inglaterra, a Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos, e a Igreja Metodista Episcopal. Nesta última os bispos se diferenciam dos presbíteros não como uma ordem distinta, mas somente por razões de funções. Em todas estas igrejas o poder principal está nas mãos do clero, que se constitui um corpo que se perpetua a si mesmo, distinto da congregação local, e virtualmente independente dela.

2. O Sistema Presbiteriano
Nas igrejas que adotam este sistema de organização, a recepção e disciplina de membros são confiadas a um conselho, composto de pastores, e anciãos eleitos pela congregação; mas todos. Os atos eclesiásticos estão sujeitos a revisão por um conselho superior, composto de pastores e anciãos de muitas outras congregações. A igreja, segundo a concepção presbiteriana, é formada de muitas e distintas congregações, reunidas por seus representantes - pastores e anciãos - em um corpo, no qual reside todo o poder eclesiástico. Por isto há uma cadeia de comando na seguinte ordem: o conselho, cujos membros são eleitos pela congregação individual; o presbitério, composto de delegados dos distintos conselhos; o sínodo, corpo local composto de delegados de vários presbitérios; e a assembléia geral, composta de delegados de todos os presbitérios, e que constitui a última corte de apelação. Todos os oficiais eleitos pela congregação local e todos os atos executados por ela podem ser anulados por esta mais alta autoridade eclesiástica.
 

3. O Sistema Congregacional - ESTE ERA O MODELO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL NO INÍCIO. HOJE TEMOS EXEMPLO DOS TRÊS SISTEMAS AO MESMO TEMPO FUNCIONANDO NA IGREJA.
No sistema Congregacional de igreja, todo o poder eclesiástico é exercido por cada igreja local, reunida em uma congregação, e as decisões tomadas pela igreja local individual não estão sujeitas a revogação por nenhum outro corpo eclesiástico. A esta classe pertence, com ligeiras diferenças e pormenores de organização, os Independentes da Inglaterra, as igrejas congregacionais da América e as igrejas batistas de todo o mundo (Su Forma de Gobierno y Sus Ordenanzas – Editora Mundo Hispano – Pág.110). Quando comparadas estes três sistemas de igreja, não há dúvida que o sistema Congregacional é o que melhor se identifica com o modelo de organização da Igreja primitiva. De acordo com o Novo Testamento, era a igreja como congregação local (e não o seu ministério ordinário), que tinha autoridade de receber, disciplinar e excluir a seus membros (1 Co 5.1-5; 2 Co 2.4,5; Rm 16.17; 2 Ts 3.6). Ela detinha com exclusividade o direito de eleger os seus próprios oficiais (Atos 1.15-26; 6.1-6; 14.23; 1 Co 16.3). De acordo com a História da Igreja, foram as congregações locais que escolheram espontaneamente, proeminentes bispos, como Atanásio (328 d.C.), Ambrósio (374 d.C.) e Crisóstomo (398 d.C.). A igreja local, ainda, detém o poder de decidir assuntos não decididos pelas Escrituras.
Vemos, pela Bíbia, que os líderes eram escolhidos pelos apóstolos e seus obreiros subordinados.
 
Governo Eclesiástico Congregacional
O governo da Igreja é atribuído aos membros da mesma, que tomam as decisões através de uma assembléia geral. Nesse modelo, todos os membros em comunhão possuem direito de voto sobre questões que vão desde a reforma da Igreja até a eleição da Diretoria.
O ponto negativo desse regime de governo é exatamente o poder que é dado aos membros, permitindo a criação de grupos políticos, dando aos mesmos o poder de até mesmo retirar o pastor da sua função.
Em casos mais simples, como a aprovação de uma reforma por exemplo, a vontade da maioria prevalece, impedindo que o planejamento estabelecido pelo pastor da Igreja seja concretizado.
A demora na tomada de decisão também é um fator negativo, pois qualquer decisão depende da quantidade de membros presentes e da votação da maioria para que a mesma seja tomada.
Por conta disso, muitas igrejas que utilizam o regime de governo congregacional, estão criando uma espécie de conselho, onde os líderes tratam de alguns assuntos e, só após essa reunião, levam à assembléia dos membros.
 
 
A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA
O Novo Testamento não provê um código detalhado de regulamentos e preceitos para o governo da Igreja, e a própria ldéia de tal código pode parecer repugnante para a liberdade da Dispensação do Evangelho. No entanto CRISTO deixou atrás de si um corpo de líderes (os apóstolos), por ele mesmo escolhido, ao qual ofereceu alguns princípios gerais para o exercício de sua função reguladora.
 
 
Princípios Gerais
Cinco princípios gerais podem ser deduzidos do ensinamento neotestamentário como um todo: Toda a autoridade se deriva de CRISTO (Mt 20.26-28); A humildade de CRISTO provê o padrão para o serviço cristão; O governo d.a Igreja deve ser exercido conjuntamente e não hierarquicamente: Ensinar e dirigir são funções intimamente associadas. Ajudantes administrativos são necessários para cooperarem com os pregadores da Palavra (Atos 6.2,3; - O Novo Dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova – Págs. 679-681). Quanto à administração e governo da Igreja; convém, pois, saber:
- CRISTO é a Cabeça da Igreja. Sabemos que DEUS “pôs todas as coisas embaixo dos seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo; como também CRISTO é a cabeça da igreja; sendo ele próprio o salvador do corpo" (Ef 1.22; 5.23). Da mesma forma que a cabeça prove, sustenta e dirige o corpo, assim também CRISTO faz a cada um dos membros de seu corpo espiritual a Igreja. O Senhor é capaz de dirigir os menores detalhes da nossa vida, e quem desconhece ou se nega a reconhecer a direção do Senhor em sua vida diária jamais conhecerá as doçuras da vida verdadeiramente cristã.
- Quando o CRISTO subiu ao Céu, concedeu certos dons à sua Igreja. São dons em forma de homens por Ele chamados. Esses diferentes dons estão relacionados em Efésios 4.11. Esses mesmos dons operaram em CRISTO, pois através do Novo Testamento vemo-Io como apóstolo (Hb 3.1), profeta (Atos 3.22,23), evangelista (Lc 4.18), pastor (Jo 1.10) e mestre (Jo 13.13,14).Agora, exaltado à destra do Pai, JESUS concede à Igreja esses dons. Ministeriais que nele operaram, para que a Igreja seja edificada. Nada há mais indefeso que um rebanho de ovelhas sem pastor, e a Igreja é comparada a um rebanho de ovelhas.
- As palavras "pastor", "bispo" e "presbítero" têm o mesmo significado quanto ao cargo. A palavra "pastor" é a tradução de um vocábulo grego que significa "supervisor". Pastor, no original, e alguém que conduz e alimenta as ovelhas (1 Pd 1.25). Ao ministro da casa de DEUS não basta ser intelectual capacitado para o exercício do ministério cristão. É imprescindível que ele seja revestido do poder do ESPÍRITO SANTO: Nem mesmo o Senhor JESUS CRISTO iniciou o seu ministério terreno senão após receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO sobre a sua vida. Portanto, se o ministro deseja que o seu ministério seja uma continuação do ministério do Salvador, deve se deixar possuir do mesmo poder que Ele (Jo 14.12,13).
É imperioso que todos os ministros sejam revestidos do poder do alto (Jo 14.16,17).
- Há uma pesada responsabilidade sobre os ombros do ministério evangélico.O ministro de DEUS é tal qual um atalaia sobre as muralhas de Sião. Ele vê o perigo e avisa os pecadores do iminente juízo divino. Caso ele não aja assim, será responsabilizado pela perda das almas sob seus cuidados. A mais terrível declaração com respeito aos pastores sem fé, vitimadas pelo pecado da desobediência, avareza, embriaguez e glutonaria, foi proferida pelo Senhor através do profeta Isaías (Is 56.9-12). O que foi dito aos pastores de Israel, deverá servir de solene aviso aos ministros da casa de DEUS hoje em dia.
 
 
 
Ajuda do Pb Alessandro Silva com modificações, comentários e adaptações do Pr. Luiz Henrique
 
 
 
VOCABULÁRIO
Intercambiável: Que pode intercambiar, permutar, trocar ou mudar reciprocamente. Étnica: Relativo a etnia; pertence ou próprio de um povo. Sinonímia: Qualidade das palavras sinônimas; de relação de sentido entre dois vocabulários que tem significação muito próxima.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2: Romanos a Apocalipse. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
 
 
 
Questionário da Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Complete os espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F "as falsas
Elaborado pelo Pr. Henrique - EBD NA TV - 99-99152-0454
 
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
Por esta causa te deixei em _____________________________, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda _____________________________ e, de cidade em cidade, estabelecesses ________________________________ [...]” (Tt 1.5).
 
VERDADE PRATICA
2- Complete:
O ________________________________ deve ser constituído por pessoas _________________________________ para auxiliar na _________________________________ da igreja local.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- O que foi necessário separar afim de garantir o discipulado integral da nova pessoa em CRISTO?
(    ) Separar crentes jovens e cheios de fé para cuidarem desse precioso rebanho.
(    ) Separar crentes idôneos e maduros na fé para cuidarem desse precioso rebanho.
(    ) Assim, os apóstolos de CRISTO passaram a estabelecer presbíteros para zelar pela administração e a vida espiritual da igreja local.
 
I - A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS
4- Qual o significado da função presbítero?
(    ) Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, o termo “presbítero” (do gr. presbyteros) é uma forma comparativa da palavra grega presbys, “pessoa mais velha”.
(    ) Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, o termo “presbítero” (do gr. presbyteros) é uma forma comparativa da palavra grega presbysteros, “pessoa mais sábia”.
(    ) Como substantivo, e no emprego dos judeus e cristãos, “presbítero” é um título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local.
(    ) É um sinônimo de bispo (gr. episkopos, supervisor); de professor (gr, didaskolos); e de pastor (gr. poimêri).
 
5- Como o apóstolo Paulo cuidou de organizar a administração das igrejas locais por onde as plantava?
(    ) Não está muito claro o aspecto pastoral da função exercida pelos presbíteros nas comunidades cristãs antigas, mas eles lideravam os crentes.
(    ) Separando um grupo de obreiros para tal trabalho.
(    ) Quando escreve ao seu discípulo, o jovem Tito, Paulo o instrui a estabelecer presbíteros em diversos lugares, de cidade em cidade.
(    ) Está claro o aspecto pastoral da função exercida pelos presbíteros nas comunidades cristãs antigas.
 
6- A quem está equiparado o presbítero e quais as qualificações exigidas aos presbíteros?
(    ) O presbítero não é um pastor, mas um protetor de ovelhas!
(    ) Em o Novo Testamento, as referências aos presbíteros encontram-se no plural; “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos”.
(    ) Como a liderança local era formada por um grupo de irmãos experientes na fé para cuidarem da igreja, a função dos presbíteros era pastoral.
(    ) O presbítero é um pastor, um apascentador de ovelhas!
(    ) A Palavra de DEUS expressa qualificações bem objetivas para o exercício fiel dessa função.
(    ) Tais qualificações estão descritas em Tito 1.6-9 para presbítero, assim como em 1 Timóteo 3.1-7 para “bispo”, denotando o aspecto sinonímico dos dois termos.
(    ) Uma leitura atenta das duas listas indica a importância da função e como as igrejas não podem descuidar-se quando da ordenação de pessoas para servi-la.
(    ) O bom conselho do apóstolo Paulo ainda é a maneira mais segura para se separar obreiros.
 
II - A IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO
7- Qual o significado do termo "presbitério"?
(    ) “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério” .
(    ) “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do ministério apostólico” .
(    ) Foi dessa forma que o apóstolo Paulo lembrou Timóteo, aconselhando-o acerca do reconhecimento do ministério do jovem pastor pelo conselho de obreiros.
(    ) O Novo Testamento classifica esse corpo de obreiro de “presbitério” (do gr: presbyterion, substantivo de presbítero, um conselho formado por anciãos da igreja cristã).
 
8- Quais eram algumas das atuações do presbitério?
(    ) No Concílio de Jerusalém, em relação às sérias questões étnicas e eclesiásticas que podiam comprometer a expansão da igreja, os apóstolos e os profetas (líderes) foram chamados para debater e legislar sobre o assunto.
(    ) No Concílio de Jerusalém, em relação às sérias questões étnicas e eclesiásticas que podiam comprometer a expansão da igreja, os apóstolos e os anciãos (presbíteros) foram chamados para debater e legislar sobre o assunto.
(    ) Em seguida, os presbíteros foram enviados à Antioquia para orientar os irmãos sobre a resolução dos problemas que perturbavam os novos convertidos: "E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém”.
 
9- Qual valorização deve ser dada ao presbitério?
(    ) O Novo Testamento mostra que o governo de uma igreja era exercido por um único líder, um pastor titular.
(    ) O presbitério deve ser valorizado, pois desde os primórdios da Igreja cristã, a sua existência tem fundamento na Palavra de DEUS.
(    ) O rebanho do Senhor será ainda mais bem atendido se o presbitério das nossas igrejas for preparado para uma atuação mais efetiva no governo da igreja e no ministério de ensino, tal como instruiu o apóstolo Paulo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”.
(    ) O Novo Testamento mostra que, apesar de haver um pastor titular, o governo de uma igreja não era exercido por um único líder, mas pelo conselho de obreiros.
(    ) O presbitério é de vital importância ao desenvolvimento das igrejas locais e ao bom ordenamento do Corpo de CRISTO.
 
III - OS DEVERES DO PRESBITÉRIO
10- Cite pelo menos três dos deveres do presbitério:
(    ) Guardar a igreja, liderar a igreja local e conduzir a igreja.
(    ) Apascentar a igreja, liderar a igreja local e ungir os enfermos.
(    ) Apascentar a igreja, conduzir a igreja local e orar pelos enfermos.
 
11- Como deve o presbitério apascentar a igreja?
(    ) Os presbíteros têm o dever de alimentar o rebanho de DEUS com a exposição da Santa Palavra.
(    ) O apóstolo Pedro bem exortou aos presbíteros da sua época acerca desta tarefa: (1 Pe 5.2a).
(    ) O apóstolo Pedro bem exortou aos presbíteros acerca desta tarefa de vital importância para a igreja: (2 Pe 1.2a).
(    ) O apascentar as ovelhas do Senhor se dá com cuidado pastoral, não pela força ou violência, como se os obreiros tivessem domínio sobre o Corpo de CRISTO.
(    ) Esse ato ocorre voluntariamente, sem interesse financeiro, servindo de exemplo ao rebanho em tudo.
(    ) Os presbíteros formam o conselho da igreja local cujo objetivo maior é atuar na formação espiritual, social, moral e familiar do povo de DEUS.
 
12- Como deve ser a liderança da igreja local?
(    ) A liderança da igreja local tem duas esferas principais de atuação: a pregação e o ensino da Palavra de DEUS.
(    ) A liderança da igreja local tem duas esferas principais de atuação: o governo e o ensino.
(    ) O presbítero, quando designado para essas tarefas, tem o dever de exercê-las na “Igreja de DEUS”.
(    ) O presbítero precisa saber governar a sua própria casa” e ser "apto a ensinar” .
(    ) O presbítero precisa saber liderar o rebanho de DEUS estando disponível “para servir” e “não para ser servido”.
(    ) Com o objetivo de exercer competentemente esta função, o presbítero deve ser uma pessoa experiente, idônea e pronta a ser exemplo na igreja local.
(    ) Ensinar e governar com equidade e seriedade é o maior compromisso de todo homem de DEUS chamado para tão nobre tarefa.
 
13- Qual a tarefa do presbítero quanto à unção dos enfermos e à palavra pastoral?
(    ) “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor”.
(    ) O ato da unção dos enfermos era muito banalizado na igreja local, de então.
(    ) O ato da unção dos enfermos não pode ser banalizado na igreja local.
(    ) Ele revela a proximidade que o presbítero deve ter com as pessoas.
(    ) O membro da igreja local tem de se sentir à vontade para procurar qualquer um dos presbíteros e receber oração ou uma palavra pastoral.
(    ) Tal obreiro foi separado pelo Pai e pela igreja para atender a essas demandas.
 
CONCLUSÃO
14- Complete:
Vimos que os termos ________________________________, bispo e pastor são sinônimos. Os ________________________________, ou bispos, sempre formaram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a ________________________________ da igreja local. Eles exercem uma função ________________________________. Nas Assembleias de DEUS no Brasil, os ________________________________ exercem este serviço, pastoreando as congregações. Eles ainda cuidam da execução das principais tarefas da Igreja: a evangelização e o ________________________________ da Palavra. Portanto, esses obreiros precisam ser bem ________________________________ e valorizados pela igreja local.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX19Jb1trJK2jxxfcZjPwY5bO Vídeos de 2014 - 6 parte
 
 
 
Referências Bibliográficas
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Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)
CHOWN, Gordon. Os dons do ESPÍRITO SANTO. São Paulo: Vida, 2002.
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Corrigida, 4ª ed., 2009. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
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DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 267.
Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 30-31.
Ênio R. Mueller. I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-243.
Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 72-73.
GEE, Donald. Acerca dos dons espirituais. 5ª ed. Pindamonhangaba, SP: IBAD, 1985.
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HORTON, Stanley M. O que a Bíblia diz sobre o ESPÍRITO SANTO. 5ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora Concordia Publishing House.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.
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O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - CPAD
SILVA, Severino Pedro. A Existência e a pessoa do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
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PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. 8 ed. São Paulo: Vida, 1984. p 225.
MENDONÇA, Antônio Gouvêa e FILHO, Prócoro Velasques. Introdução ao Protestantismo no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 1990. p 51
Gutierres Siqueira, publicado no Blog Logos News.(www.logosnews.blogspot.com)
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva
 
 
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